Revista Tecnologia Gráfica Nº 92

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FESPA BRASIL/ EXPOPRINT DIGITAL A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO ANO XIX Nº 92 • VOL. I 2015 • ISSN 1678-0965

Eventos apontam tendências e novidades em impressão digital

Entrevista Alejandro Tomás assume a Ricoh com a missão de transformá-la em empresa de serviço

Tutorial Crie o efeito de madeira gravada

Gestão ambiental A indústria gráfica e o lixo eletrônico

Embalagens

R E V I S TA T E C N O L O G I A G R Á F I C A 9 2

Pesquisa mostra tendências sobre embalagens nos mercados emergentes

PAPELÃO ONDULADO

Logística, durabilidade e sustentabilidade impulsionam o uso do material em embalagens para hortifrúti


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Ausência de processadora, química, goma, água ou resíduo NOVA PRO-T3 Não há nada melhor C

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“O uso de uma processadora não se faz mais necessário, portanto, eliminamos a química, a água e a energia consumida por ele. Esta opção não é apenas a mais ecológica, mas que também nos permite economizar dinheiro.” Alex Greenman, Sócio e diretor de vendas da Axis Printing Ltd

Brillia HD PRO-T3 A chapa mais avançada do mercado T3 não requer processadora, química, goma ou água, além de não produzir nenhum resíduo. Esta chapa pode melhorar seus custos, reduzir a mão de obra, acelerar a produção e aumentar sua sustentabilidade. A produção de chapas verdadeiramente ecológica. Sustentabilidade é bom. Não há nada melhor. PRO-T3.

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Lance desafios

C Apoio

Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700

omo sempre, nossa revista reúne uma série de artigos excelentes sobre os mais diversos temas. Iniciamos pelo panorama do segmento de embalagens em papelão ondulado e vamos percorrendo temas técnicos dos mais interessantes, incluindo a cobertura da Fespa Brasil 2015 e ExpoPrint Digital, que já anunciou que a partir da próxima edição torna-se anual. Entre todos os assuntos ressalto o artigo sobre Gestão em tempos de crise, que discorre sobre importantes itens a serem observados durante esta época delicada em que nos encontramos. Não me cansarei de ressaltar que de todos os itens aos quais devemos prestar atenção, um dos mais (senão, o mais) importantes é o que se refere à mão de obra. Se a importância desse item é vital em tempos normais, durante as crises assume papel relevante e destacado. Manter colaboradores bem informados sobre todos os aspectos que estejam afetando a empresa, dar-lhes-á a oportunidade de participarem com sugestões que, na maioria das vezes, são absolutamente pertinentes, vindas de uma coletividade que vive os problemas do dia a dia, sendo os mais indicados para falar em redução de tempos, redução de desperdícios e tantos outros fatores do setor produtivo. Apresentar-lhes desafios, diante de cenários mais complexos, serve de motivação em alguns casos até maior do que salários ou benefícios. Sempre pratiquei e preguei essa defesa em minha vida profissional. O mais comum é ver pessoas passarem a praticar essa linha e se surpreenderem pelos excelentes resultados alcançados. Não desperdice esse insumo importantíssimo em tempos de crise. Passando a praticar, você será mais um que se surpreenderá positivamente. Boa leitura a todos!

Claudio Baronni

diretor presidente da Diretoria Executiva da ABTG VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Sumário 12

Fespa Brasil/ExpoPrint Digital: público cresce e evento se torna anual EVENTO

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O mercado de embalagens em papelão ondulado

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Duplicar o faturamento da Ricoh Brasil é meta de Alejandro Tomás

ESPECIAL

ENTREVISTA

A gestão em períodos de crise

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DscoopX reúne 2.200 pessoas em Washington

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O papel do papel

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Alvejantes ópticos e os novos espectrofotômetros

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Seybold

Gestão

Evento

Cartilha Boas Práticas para Impressão Digital em Grandes Formatos Digitec

Seu logotipo gravado em madeira Tutorial

Cursos

A REVISTA TÉCNIC

A DO SETOR ANO XIX Nº 92 GRÁFIC O • VOL. I 2015 • ISSN 1678-096 5

Entrevista

BRASIL EIRO

FESPA BRASIL/ EXPOPRINT DIGITAL

Eventos apont tendências e am em impressãonovidades digital

Alejandro Tomás assume a Ricoh com a missão de transformá-la em empresa de serviço

Tutorial

Crie o efeito de madeira gravad a

Gestão ambiental

A indústria gráfica e o lixo eletrôn ico

Embalagens

Pesquisa mostra tendências sobre embalagens nos mercados emergentes

Normalização

42

Literatura e Na Rede

6 10 39 58 92

Gestão Ambiental

Produtos

GIA GRÁ FICA

Por que você deve se preocupar com o lixo eletrônico

Como Funciona

Notícias

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TECNOLO

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R E V I S TA

Embalagens nos mercados emergentes

PAPELÃO ONDULADO

Logística, durabi e sustentabilid lidade impulsionam ade o uso do material em embala gens para hortifrúti

Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGE Fotostock/Keystone Brasil


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NOTÍCIAS

Novo serviço de informação na biblioteca Josef Brunner

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s alunos e a comunidade acadêmica da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris e da Facul­ dade Senai de Tecnologia Grá­ fica têm agora acesso on-​­line a todas as normas técnicas brasi­ leiras da ABNT por meio de uma nova ferramenta: a ABNT Co­ leção, uma base de dados com mais de 9.000 normas. O aces­ so é obri­ga­to­ria­men­te por meio dos computadores da bi­blio­te­ca da escola, conectados à rede do Senai SP. Trata-​­se de uma assina­ tura adquirida pelo Senai, que permite a vi­sua­li­z a­ção do tex­ to completo dos documentos. A impressão é restrita e con­ trolada, já que a distribuição e co­mer­cia­li­z a­ç ão de normas é atribuição exclusiva da ABNT. Para os bi­blio­te­cá­rios Silvia Fru­tuo­s a Araujo e Márcio Al­ berto Moralles, o acesso on-​ ­line aos textos completos das normas garante a praticidade e a segurança da atua­li­z a­ção da informação no momento que o usuá­rio precisa. “Esse acesso contribui muito na formação pro­f is­sio­nal dos nossos alunos”. Outros importantes servi­ ços oferecidos aos usuá­rios da bi­blio­te­ca Josef Brunner são: ◆◆ Serviço de consulta e de empréstimo de livros. A bi­blio­te­ca é aberta para consulta aos pro­ fissionais das áreas ­­ de celulose, papel e gráfica e a estudantes. As­so­cia­dos da ABTG e fun­cio­

Cooperação na destinação de resíduos 6 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015

ná­rios de empresas as­so­cia­das podem utilizar o serviço de em­ préstimos. O prazo para devo­ lução das obras é de 15 dias, renovável por mais 15. ◆◆ Serviço de empréstimo entre bi­blio­te­cas (EEB). Os estudantes de outras instituições de ensino, públicas e particulares, podem solicitar o empréstimo de obras

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Berg Re­sí­duos tem con­tri­ buí­do va­lio­sa­men­te com o Senai. Certificada pela Cetesb para o recebimento de todos os re­sí­duos — sólidos e líquidos — gerados pela indústria gráfica, a empresa vem rea­li­z an­do um trabalho di­f e­ren­cia­do para os clien­tes desse segmento. A Berg

por meio desse programa de coo­p e­ra­ç ão entre bi­blio­te­c as. A responsabilidade por danos, ex­tra­vios e atrasos na devolução do ma­te­rial emprestado cabe à bi­blio­te­ca solicitante. Ocupando uma área de 295 m², a bi­blio­te­ca Josef Brun­ ner é a maior do Senai SP. Conta com um acervo total superior a tem cuidado da destinação dos re­sí­duos das aulas práticas da Theo­bal­do De Nigris sem cus­ tos para a instituição, de forma segura e efi­cien­te. Com isso, os professores e técnicos do Se­ nai podem dedicar mais tem­ po ao ensino e, principalmen­ te, demonstrar pelo exemplo a

22 mil itens, sendo 15 mil exem­ plares de livros e 200 títulos de revistas, dentre outros. Embo­ ra seja es­pe­cia­li­za­da em celulo­ se, papel e tecnologia gráfica, a bi­blio­te­ca é rica em literatura, artes e temas de interesse ge­ ral. O nome é uma homena­ gem ao empresário e técnico suí­ço Josef Brunner, já falecido, que teve papel fundamental no desenvolvimento da tecnologia gráfica no Brasil. A bi­blio­te­c a Josef Brunner fun­cio­na de se­ gunda a sexta-​­feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 17h. Durante o pe­río­do de re­ cesso escolar (janeiro e julho), a bi­blio­te­ca não fun­cio­na aos sábados. Contato pelo telefo­ ne (11) 2797-​­6325 ou por e-​­mail biblioteca114@sp.senai.br. importância de se ge­ren­ciar com responsabilidade o impacto am­ bien­tal das atividades gráficas. A Berg desenvolve e implanta pro­ jetos de ge­ren­cia­men­to de re­sí­ duos, assessora na obtenção do Cadri, rea­li­z a palestras educa­ tivas, além, é claro, de destinar corretamente os re­sí­duos.


Colacril e Senai desenvolvem cooperação

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Colacril, maior indústria de autoadesivos da América Latina, tornou-​­se um dos novos parceiros da Escola Senai Theo­ bal­do De Nigris, fornecendo o ma­te­rial autoadesivo utilizado pelos alunos nas aulas de impressão flexográfica. A empresa, integrante do grupo CCRR , produz mais de 200 itens diferentes em pa­péis, filmes e vinis, base acrílica e hotmelt para os mercados na­cio­nal e in­ter­na­cio­nal. Os autoadesivos Colacril vêm sendo utilizados pelos alunos do curso Técnico em Impressão Rotográfica e Flexográfica, Técnico em Offset, além dos cursos de formação ini­cial e con­ti­nua­da (programas

de ini­cia­ção pro­f is­sio­nal, qualificação, aperfeiçoamento e es­pe­ cia­li­z a­ção). Também se be­ne­f i­ ciam da coo­pe­ra­ção estudantes da pós- ​­g ra­dua­ç ão Desenvolvimento e Produção de Embalagens Flexíveis e da gra­d ua­ç ão Tecnologia em Produção Gráfica. Além de ter a marca Colacril difundida entre os alunos, a empresa receberá constantes informações sobre o desempenho de seus materiais em condições reais de trabalho, o que ajudará no desenvolvimento de novos produtos. Outra motivação da Colacril para essa parceria é contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e, desse

Impressora flexo modular Mark Andy, na qual os alunos veem na prática o desempenho dos adesivos Colacril

modo, ajudar a desenvolver o mercado de rótulos e etiquetas autoadesivas no Brasil. Ju­l ia­n a Coe­l ho de Almeida, técnica de ensino da escola e es­p e­c ia­l is­t a em flexografia, destaca a importância de garantir aos alunos materiais de excelente qualidade para o

desenvolvimento das aulas práticas. Segundo Ju­lia­na, a proximidade com a Colacril também garante uma rica troca de informações técnicas que podem ajudar no desenvolvimento dos produtos da empresa e melhorar os conhecimentos colocados à disposição dos estudantes.

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NOTÍCIAS

ONS27. Conheça, participe!

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ano 2014 foi repleto de atividades para o Organismo de Normalização Se­to­rial de Tecnologia Gráfica, o ONS-27. Representantes de cerca de 90 empresas se encontraram e debateram diversos assuntos relativos à padronização de processos, boas práticas, meio am­bien­te, entre outros, nas 15 comissões de estudos ativas no momento. A Comissão de Estudos de Processos em Flexografia saiu na frente na adoção da nova versão da parte 6 da família ISO 12647 e publicou a norma Tecnologia gráfica – Controle de proces­ so e separação de cores, prova e impressão. Parte 6: Impressão flexográfica em junho. No final do ano também foi publicada a ABNT NBR ISO 16759, Tecnologia gráfica – Quan­ti­f i­ca­ ção e comunicação para o cálculo DIA

Manhã

da pegada de carbono de produ­ tos impressos. Essa norma orien­ ta o gráfico quanto aos requisitos para quantificar a pegada de carbono dos seus processos, independentemente do tipo de tecnologia de impressão empregada. Dando continuidade a esse tema, a Comissão de Estudos de Ques­tões Ambientais e Segurança, responsável por essa adoção, está ini­cian­do em 2015 o desenvolvimento de uma cartilha com informações fundamentais para a com­preen­s ão do que é pegada de carbono e qual o seu impacto na indústria gráfica. A Comissão de Estudos de Rótulos e Etiquetas Au­toa­de­si­ vas também concluiu a revisão do documento ABNT NBR 15394, Tecnologia gráfica – Métodos de ensaios para materiais autoade­ sivos sensíveis à pressão. A norma

foi para Consulta Na­cio­nal e sofrerá os últimos ajustes antes de ser publicada, ainda no primeiro semestre de 2015. Durante este ano as comissões de estudos con­ti­nuam no desenvolvimento de mais de dez projetos. A secretaria do ONS 27 estima que em 2015 quatro normas sejam publicadas, fora os manuais e boletins técnicos disponibilizados gratuitamente no site da ABTG . Dentre os projetos em desenvolvimento, estão: ◆◆ Adoção das novas versões da série ISO 12647 Tecnologia gráfi­ ca – Controle de processo e sepa­ ração de cores, prova e impres­ são (partes 2, 3, 4 e 7) ◆◆ Cartilha de Pegada de Carbono para a Indústria Gráfica ◆◆ Manual de Problemas e Soluções em Acabamento Editorial

Revisão da ABNT NBR 11945 Tecnologia gráfica – Impres­ sos – Avaliação da resistência a vários agentes ◆◆ Desenvolvimento do Selo Verde para Chapas de Impressão ◆◆ Criação da norma de controle de processo e separação de cores, prova e impressão para metalgrafia. Todos os profissionais e interessados estão convidados a participar das reu­niões das comissões de estudo existentes. Elas são livres e gratuitas. Para mais informações sobre os projetos em desenvolvimento e como participar das reu­n iões entre em contato com Maí­ra de Oliveira, secretária do ONS27, pelo e-​­mail ons27@abtg.org.br ou pelo telefone (11) 2618-​­2046. ◆◆

Bruno Mortara, superintendente do ONS27

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Questões ambientais

Rótulos e etiquetas autoadesivas

Chapas para impressão

Segurança em documentação eletrônica Impressos de segurança

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Impressão offset

09h–10h30 Gerenciamento de cores

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09h–12h

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Impressão Digital

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Impressos de segurança

Pós impressão

Impressão offset

09h–12h

09h–12h

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Questões ambientais

JUN

Formulários e VDP

Segurança em documentação eletrônica Chapas para impressão

09h–10h30 Gerenciamento de cores

(excepcionalmente de quarta-feira)

09h–11h

Tarde

8 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015

09h–12h

09h–11h

10h30–12h00 Tintas gráficas

Metalgrafia

14h–17h

14h–17h



PRODUTOS

Solução inovadora para sistemas de vinco

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riado com o objetivo de eliminar os problemas de cracking no processo de dobra e vinco, a inglesa Tech-ni-Fold desenvolveu há 15 anos o Tri- Creaser. O dispositivo evoluiu recentemente para uma nova versão, o Tri- Creaser Fast Fit, e agora a fabricante busca distribuidores no Brasil. O Tri- Creaser Fast Fit pode ser descrito como um anel de borracha fácil de ser ajustado ao eixo de uma dobradeira. O mecanismo produz um conjunto de vincos, permitindo que qualquer substrato possa ser dobrado sem ficar quebradiço. O código em três cores indica o uso para substratos leves, médios ou pesados, e as fitas de

Aspecto final de cadernos dobrados sem ( ) e com ( ) o uso de equipamento dotado do Tri-Creaser Fast Fit

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vinco, com formato especial, são tratadas com calor a temperaturas exatas para não ficar nem muito duras e nem muito moles. As fitas de vinco são cortadas de modo que possam ser acopladas ao componente

macho como se estivessem acopladas aos shafts (eixos). Um compartimento abre e fecha para garantir que o perfil único fique na posição correta, formando uma espécie de círculo completo que se projeta para fora do diâmetro externo. Quando a fita colorida escolhida estiver posicionada, o componente fêmea de oito canais fica localizado no lado oposto. O canal correspondente e codificado corretamente com o ponto é colocado sobre a fita de vinco, para que, quando uma folha passar, a impressão desejada seja feita. De acordo com o fabricante, um folheto

com instruções simples ajuda na configuração inicial, material de apoio que normalmente pode ser dispensado depois de uma ou duas tiragens em função da simplicidade do processo. O segredo do Tri- Crea ser Fast Fit se encontra na maneira como o dispositivo produz vincos muito mais profundos nas áreas sujeitas ao cracking, sem danificálas. O componente de borracha, mais macio, estende as fibras do substrato, permitindo que ele dobre sem que a superfície

ou a tinta rachem. O dispositivo, com oito opções, trabalha com um código de cores fácil de usar — mesmo para operadores inexperientes — e um corte nos encaixes de vinco rotativos permite uma aplicação rápida e eficiente sem que seja necessário remover os eixos da dobradeira. Mais detalhes: graham.harris@technifold.co.uk ou www.technifold.com.

ID Laser Graph, nova solução de corte e gravação a laser

fabricante de equipamentos Automatisa, se dia da no município catarinense de São José, lançou a máquina de corte e gravação a laser ID Laser Graph, projetada especialmente para aumentar a capacidade de produção na área de acabamento e aprimorar a qualidade final do produto gráfico. Ao proporcionar com o sistema laser uma gama infinita de facas “virtuais”, a nova máquina pode atender a baixas tiragens — pedidos muitas vezes inviáveis pelo custo se 10 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2015

utilizadas facas tradicionais — sem perda de mate rial para o

preparo do corte, além de eliminar qualquer tipo de estoque

físico. Com máquinas a laser, não são ne ces sários lotes mínimos para impressão e, além disso, não há perda de material para o preparo do corte. Atuando desde 2001 na fabricação, comercialização e pósvenda técnico de equipamentos a laser de pequena e média potência, a Automatisa desenvolve soluções industriais para corte e gravação a laser atendendo a diversos setores da indústria no Brasil e na América Latina. www.automatisa.com.br


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Versatilidade é destaque na nova impressora C70 da Xerox

Xerox acaba de lançar a impressora Color C70. Trata-​­se de um equipamento versátil que pro­por­cio­na a produção de diversos materiais, desde imãs usados por piz­z a­r ias até folhetos e outras peças promocionais. Indicado para qualquer am­b ien­t e de impressão, incluindo lojas de impressão rápida, agên­cias de publicidade e comunicação, fábricas, pequenas e mé­ dias empresas, com o novo modelo os usuá­r ios podem aumentar e expandir suas ofertas de aplicativos para incluir rótulos chanfrados em po­liés­ter, menus, sinalizações e adesivos para vitrines. A Xerox Color C70 oferece resolução de 2.400 × 2.400 dpi e maior precisão de registro na impressão frente e verso. Essa qualidade de imagem é combinada com opções de acabamento em linha flexíveis como gram­pea­men­to,

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perfuração, dobra e corte de rosto. A impressora atinge velocidades de até 70 páginas por

minuto em cores e 75 ppm em preto e branco e é o primeiro dispositivo, nessa categoria, que oferece impressões a cores em linho para aplicações únicas, como planejamento de eventos, que utilizam apliques e enfeites lu­xuo­s os. O toner Emul­s ion Ag­g re­g a­t ion da Xerox, com exclusiva tecnologia ultra-​ ­l ow-melt, é compatível com relevos difíceis e depressões como o linho e outros substratos especiais, como o po­liés­ ter. A Xerox Color C70 já está disponível no mercado. www.xerox.com/index/ptbr.html

Heidelberg oferece contratos de serviços a preços especiais

esde fevereiro a Heidelberg do Brasil está promovendo a campanha A hora é agora!, que oferece planos de manutenção com 5% de desconto para contratos novos, com vantagens como peças originais com redução de 15% do valor e garantia am­plia­d a de três para seis meses, além de suporte técnico remoto por telefone/internet exclusivo.

A área de serviços da Heidelberg do Brasil disponibiliza 12 módulos, como manutenções preventivas, corretivas, treinamentos operacionais, remanejamento de máquinas e ge­ren­ cia­men­to de cor. Eles podem ser contratados e customizados de acordo com as necessidades de cada empresa, crian­do planos totalmente personalizados e acessíveis. Nas manutenções

anuais das impressoras, mais de 80 itens são verificados, lubrificados, ajustados e trocados pelos técnicos es­p e­cia­li­z a­dos. Após cada intervenção, o clien­ te recebe um relatório com detalhes dos procedimentos rea­ li­z a­dos e futuras necessidades e prio­ri­da­des. O planejamento ­anual é rea­li­z a­do em conjunto com as gráficas, crian­do um cronograma das manutenções

Akad apresenta nova impressora

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Akad está lançando a impressora solvente de grande formato Novajet 3308 série K512 , que imprime imagens de alta qualidade de até 720 × 1.440 dpi, com largura útil de 3,20 m. A velocidade máxima, no modo 180 × 720 dpi com duas passadas, chega a 80 m2/h quando instalada com 8 cabeças de impressão Konica Minolta KM512MN de 12 picolitros, e a 40 m2/h, quando instalada com 4 cabeças de impressão Konica Minolta KM512MN de 14 picolitros. O sistema de alimentação é rolo a rolo e acompanha rebobinador de mídia (take-​­u p). Modos de impressão versáteis facilitam a adequação da qualidade a uma excelente velocidade de produção em vários tipos de materiais. É utilizada na impressão de banners, painéis, faixas, decoração de am­bien­tes, displays, imagens para pontos de venda, adesivação automática e am­plia­ ções, entre outras aplicações. www.akad.com.br

e inspeções preventivas pe­rió­ di­cas. Os clien­tes com contrato contam ainda com suporte técnico remoto exclusivo por telefone e internet. Os interessados devem en­v iar uma solicitação para contratos .ser vicos@ heidelberg.com ou pelos telefones 0800 940 9008 / (11) 4003-​­8502 / (11) 5525-​­4577. www.heidelberg.com.br VOL. I  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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ESPECIAL

Fespa Brasil/ExpoPrint Digital anuncia edição anual O evento comprovou a posição de primeira grande feira de negócios do ano no setor de impressão digital e comunicação visual. Promovida entre os dias 18 e 21 de março no Pavilhão Branco do Expo Center Norte, em São Paulo, a feira superou as expectativas e passa a ser anual.

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urante os quatro dias de realização da Fespa Brasil 2015 e ExpoPrint Digital foi registrada a presença de 14.236 visitantes únicos, o que significa crescimento de 8% em relação à edição anterior. Para abrigar as marcas nacionais e internacionais, a área de exposição foi aumentada em 8%. Foram 12% mais expositores do que em 2013, e um crescimento ainda maior em marcas expostas: nesta edição foi atingido o número de 439 marcas. Reforçando a proposta feita pela Fespa e pela APS (organizadoras e realizadoras do evento) desde a primeira edição, de reinvestir no mercado, buscando

12 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I 2015

profissionalizar o setor e criar demandas de impressão e negócios sustentáveis, foram organizados dois congressos gratuitos durante a exposição: o Congresso Internacional de Impressão Digital e Digital Textile Conference, já presente em outras partes do mundo e realizado pela primeira vez no Brasil. Ambos somaram 496 participantes. A próxima edição já está marcada e o período será antecipado. A feira passa a ser anual e ocorrerá de 6 a 9 de abril de 2016. Outra novidade é a união com um terceiro evento, que acontecerá na mesma data e espaço: a Brasil Label, iniciativa promovida entre a APS Feiras e a Fespa voltada para o segmento de impressão de rótulos. Para Alexandre Keese, diretor da APS Feiras, o balanço é o mais positivo possível. "Recebemos na Fespa Brasil 2015 e ExpoPrint Digital impressores vindos de todos os lugares do País. São empresários buscando novos investimentos, tecnologias e oportunidades de negócio. E tudo foi encontrado aqui”. O diretor da APS aponta alguns destaques da feira: “Tivemos uma área têxtil forte, com impressão em tecido gerando novas oportunidades de produtos e negócios em vestuário. Apresentamos ainda sublimação, comunicação visual, rápidas e baixas tiragens; enfim, conseguimos cobrir tudo o que existe de novo”.


PRODUTOS E INOVAÇÕES

ExpoPrint Digital/Fespa Brasil 2015 CALCGRAF

A Calcgraf esteve na ExpoPrint Digital com as ferramentas que compõem seus sistemas de gestão, atendendo a todos os segmentos da indústria gráfica e empresas de qualquer porte. Com soluções ba seadas na internet, mesmo as empresas com restrição de investimento podem usufruir de ferramentas adequadas às suas necessidades e com baixo custo de implementação. Modulares, os sistemas trazem recursos como Web-to-print (B2B), portal de acesso dos clientes aos serviços da gráfica que permite o gerenciamento de pedidos via web; PCP, ferramenta direcionada ao controle e planejamento de produção; Apontamento Automatizado, módulo de automação dos apontamentos de produção; CRM , sistema totalmente web e integrado ao ERP Calcgraf, que possibilita

eficiente gestão dos processos internos em todas as áreas da empresa; e o módulo de Pós-cálculo, que permite a personalização do cenário de análise, facilitando as consultas gerenciais, simplificando a identificação de distorções entre o que foi previsto e o efetivamente realizado.

demanda precisão e qualidade. A imagePress C800 é uma impressora colorida de alta qualidade, voltada para o setor gráfico de produção leve. Trabalha em velocidades de até 80 ppm (A4), com até 500 mil impressões mensais, imprime envelopes e em uma variedade de mídias revestidas, coloridas com relevo, e texturas. Já a imagePress C60 é

direcionada ao mercado publicitário. A tecnologia opera em velocidades de até 60 ppm (A4) e ajuste fino de calibração de cor para obter o melhor resultado possível. Faz até 250 mil impressões por mês e possui diversas opções de acabamento. Outra novidade foi a Océ Arizona 6170, que reforça a presença da Canon no segmento de comunicação visual, com qualidade de impressão e versatilidade. O destaque do novo modelo, apresentado pela primeira vez na América Latina, é a velocidade. A impressora de mesa é capaz de produzir 33 placas no formato 1,22 × 2,44 m por hora mantendo a qualidade pela qual a linha 6100 é conhecida. O alvo são as empresas de comunicação visual que atendem os grandes varejistas. www.canon.com.br

www.calcgraf.com.br

COTAPRINT CANON

Em linha com os planos de expansão para 2015 com o objetivo de fortalecer sua presença no mercado gráfico, a Canon apresentou duas novas soluções voltadas para o mercado de produção, que

O publicitário Thiago Cid e o analista de sistemas Henrique Magalhães levaram uma proposta inovadora para a feira. Trata-se do CotaPrint, site que promete fazer a ponte entre gráficas e cliente. Desde outubro, quando foi lançado, acumula VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

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PRODUTOS E INOVAÇÕES

o cadastro de 500 gráficas de todo o País, que pagam uma mensalidade para constar no banco de dados da empresa, variando entre R$ 29,90 e R$ 49,90, sendo que os primeiros 15 dias são gratuitos. Através da página, o cliente solicita, gratuitamente, o orçamento de um produto ou serviço qualquer. O pedido é enviado às gráficas que informaram ser habilitadas a fazer aquele tipo de serviço e elas, por sua vez, podem entrar em contato

com o cliente via e-mail ou por telefone para apresentar o preço com o qual trabalham. O formato do negócio não é uma novidade na internet. Mas o CotaPrint se destaca por ser o primeiro a oferecer o serviço exclusivamente a consumidores e empresas do setor gráfico. Segundo Thiago, o objetivo foi deixar a plataforma o mais simples possível para facilitar a vida de quem necessita de um produto gráfico. O cliente nem precisa fazer cadastro para solicitar um orçamento. O mesmo funciona para as gráficas. Depois de receber o email com a solicitação do orçamento, tudo corre no ambiente da gráfica, sem interferência do Cotaprint. A startup nasceu em 2014 e foi alavancada após receber financiamento do Gávea Angels, grupo de investidores sediados no Rio de Janeiro.

sistema composto por um par de cilindros cujo controle e monitoramento pode ser realizado a partir da unidade de gerenciamento da máquina. O sistema pode laminar filmes BOPP de 23 a 42 mícrons, ou filmes de náilon de até 35 mícrons, e oferece como aces sórios opcionais o sistema Jogger, que otimiza a vibração do equipamento, assegurando uma laminação ainda mais precisa, a unidade de recepção RU para empilhamento de itens laminados, e um rolo extra de filme para demandas mais exigentes. A linha Vega está disponível nos modelos Vega 530A, para formatos de até 53 × 75 cm, velocidade máxima de 15 metros por minuto; e Vega 400A , que conta com sistema de separação automático de folhas, velocidade para até 18 metros por minuto, acomoda formatos de até 38 × 66 cm, e trabalha com gramaturas que vão de 115 até 500 g/m. www.diginove.com.br

DURST

A Durst Brasil mostrou a nova Rho P10 160, que incorpora o mesmo conceito tecnológico e robustez

www.cotaprint.com.br

DIGINOVE

O destaque da Diginove foi a laminadora Foliant Vega A, em operação no estande da Xerox. Tratase de uma nova geração de equipamentos desenvolvida para processos de laminação em baixas e médias tiragens, que trabalha com tecnologia de precisão para separação de folhas através de um

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Atenção, profissionais gráficos!

Bem-sucedida empresa do Reino Unido busca empreendedor para lançar produtos revolucionários no Brasil A PESSOA QUE ESTAMOS BUSCANDO…

Está cansado de trabalhar para os outros, usando todas as suas habilidades semana após semana, mês após mês, apenas para que outra pessoa colha os benefícios? Você é um dos milhares que pensaram em abrir seu próprio negócio, mas não sabe exatamente como começar, ou vê seus planos adiados pelos custos iniciais? Não seria ótimo poder usar as habilidades que aprendeu para comandar um negócio rentável e único e criar o estilo de vida que sempre desejou? Imagine controlar seu próprio destino e colher as recompensas de todo o seu árduo trabalho.

OPORTUNIDADE ÚNICA E se eu contasse sobre uma oportunidade única, em que você pode realizar seus sonhos ao promover e vender uma gama única de produtos de primeira que são incomparáveis na indústria gráfica? Como você reagiria se eu dissesse que esse negócio requer poucos recursos financeiros e que inclui vendas comprovadas e estratégias de publicidade e marketing que já deixaram outros distribuidores ricos?

Estamos buscando uma pessoa especial para começar uma pequena equipe visando introduzir nossos produtos no Brasil. Não estamos procurando empresas que vendem produtos já existentes: interessam-nos apenas empreendedores que têm a experiência, a paixão e a ambição certas para ter sucesso.

VOCÊ SE QUALIFICA? Se você não tem todas as 5 qualidades abaixo, por favor nem considere se candidatar… Sem o Tri-Creaser

Usando o Tri-Creaser

DO CHÃO DE FÁBRICA PARA LÍDER DO MERCADO INTERNACIONAL Em janeiro de 1999 tive a sorte de inventar um revolucionário dispositivo giratório para dobras que eliminou problemas de cracking em dobradeiras comuns, como as da Heidelberg, Stahl e MBO. Isso significou que as empresas gráficas e de acabamentos podiam vincar e dobrar materiais em alta gramatura, como folhetos, cartões comemorativos e capas de livros, em velocidades de até 30.000 cópias por hora. Essa invenção foi um sucesso estrondoso que me catapultou do chão de fábrica para líder do mercado internacional. Busquei empreendedores que pudessem repetir minha história de sucesso em seu país. Eis o que Andre Palko, nosso distribuidor nos Estados Unidos, diz:

Meu nome é Graham Harris; sou o diretor executivo da Tech-ni-Fold Ltd, uma empresa do Reino Unido. Vim de um passado humilde, trabalhando em um departamento de pós-impressão, e agora cuido da minha própria empresa, que tem sucesso mundialmente.

Hoje estou buscando alguém com um passado semelhante ao meu para ser nosso distribuidor no Brasil.

“Há pouco mais de dois anos tive a sorte de ver um anúncio de ‘Procura-se revendedor’ para um dispositivo de dobra especial chamado Tri-Creaser. Depois de pedir a alguns clientes que testassem o Tri-Creaser, logo me convenci de sua eficácia. Quando passei a acreditar no produto, Graham voltou suas atenções para nossa abordagem ao mercado. Ele nos pediu que colocássemos um anúncio de uma página em uma publicação da indústria gráfica usando seu modelo, e os resultados foram fenomenais! Em seis meses contratei uma segunda pessoa e atingi um volume de negócios de US$500.000 no primeiro ano. No segundo ano, mais que dobramos esse montante e estamos no caminho para dobrar as vendas novamente em nosso terceiro ano. Desde que testamos o primeiro dispositivo e publicamos o primeiro anúncio, nunca olhamos para trás.”

◆ Experiência em acabamento/pós-impressão ◆ Altamente motivado ◆ Experiência em gestão ◆ Aberto a novas ideias ◆ Fala inglês muito bem

NÃO SE MENCIONAM VALORES… Isso não é importante para nós nesta etapa; é muito mais crucial quem você é. Ajudamos você a montar uma distribuidora, vendendo nossos produtos. A chave é ter alguém com o desejo e a ambição de ter sucesso.

Se você tem TODAS as 5 qualidades e está interessado, entre em contato agora: 1. Ligue para o Graham: +44 (0)1455 55 44 91 2. Envie um fax: +44 (0)1455 55 45 26 3. E-mail: info@technifold.co.uk Assim que você nos contatar, enviaremos GRATUITAMENTE nosso “Pacote do distribuidor” e formulário de candidatura. Por enquanto, deixo vocês com um depoimento do Rodrigo, nosso distribuidor mexicano: “Fiquei 10 anos encarregado da produção da fábrica e, enquanto tornava a empresa mais eficiente, descobri os dispositivos da Tech-ni-Fold, então quando Graham me ofereceu a oportunidade de ser distribuidor no México, eu já sabia o valor das ferramentas e os benefícios que elas poderiam trazer para a empresa. Agora estou economizando dinheiro na produção e ganhando dinheiro vendendo ferramentas. Ser parte da equipe da Tech-ni-Fold é uma das melhores experiências que já tive na vida. Recomendo fortemente se tornar um distribuidor a qualquer profissional com o ímpeto para obter sucesso”.

Ver é crer… Você pode ver nossos produtos em ação em nosso site, www.technifold.com Ad Tech-ni-fold v2.indd 1

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PRODUTOS E INOVAÇÕES

da linha Durst, porém indicada para o segmento entry-level. Trata-se de uma impressora digital inkjet UV que conta com padrão sete cores, gerando pontos de 10 picolitros para reprodução de imagens e traçados com alta qualidade, podendo trabalhar com configurações de entrada de mídia por rolo ou mesa plana. Sua velocidade está estimada em 100 m/hora, com resolução de 1.000 dpi. www.durst.com.br

GOMAQ

Distribuidora das impressoras jato de tinta digital e duplicadores digitais da marca Riso, a Gomaq expôs a ComColor 9150, que permite uma impressão com a velocidade de 150 páginas por minuto, com baixos custos operacionais, aumento de produtividade e confiabilidade para um desempenho superior. Com baixo consumo de energia e sem emissão de CO ₂, são consideradas, segundo o fabricante, as impressoras mais sustentáveis do mercado. gomaq.com.br

EPSON

GUTENBERG

A Epson destacou a linha SureColor Série F, que marcou a entrada da Epson no segmento têxtil e hoje conta com produtos de impressão direta sobre tecido (F2000) e sublimação (F6070 e F7170), equipados com a tecnologia mais recente em impressão de imagens de alta performance: o sistema de cabeças de impressão exclusivo Epson PrecisionCore TFP. A SureColor F2000 imprime diretamente sobre tecidos e peças de vestuário de algodão, com velocidade que permite estampar uma nova camiseta a cada 27 segundos, tornando-a a impressora mais rápida de sua categoria. Com a linha de impressão sublimática (F6070 e F7170), a Epson apresentou não só impressões a velocidades de até 58,9 metros quadrados por hora, mas uma solução completa para o setor têxtil, com tintas sublimáticas específicas para o sistema de cabeça de impressão, papel tratado com baixo consumo de tinta, suporte técnico on-site e programa de benefícios Epson Rewards. Para o usuário final, a principal vantagem é a economia no custo total de produção, que pode chegar até a 60% quando se usa a solução completa Epson.

O destaque da Gutenberg em impressão digital foi sua nova representada, a Primera Inc., empresa americana especializada em impressoras para criação de rótulos e etiquetas para as mais variadas aplicações. Os equipamentos desenvolvidos pela Primera oferecem soluções para os mercados de impressão de código de barras, rótulos para garrafas, embalagem de cosméticos, etiquetas para crachás, embalagem alimentícia, rótulos de produtos para limpeza e muitas outras aplicações. A combinação de dois poderosos equipamentos Primera, a impressora LX 900 e o aplicador de rótulos AP 362, pode trazer para diversos nichos a possibilidade de personalizar rótulos com qualidade e alta tecnologia em baixas tiragens.

global.latin.epson.com/br

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www.gutenberg.com.br

HEIDELBERG

Um pouco mais de três anos e meio após ter lançado as vendas da série de sistemas de impressão digital Linoprint C, a Heidelberg apresentou uma nova geração de impressoras digitais que oferecem desempenho ainda melhor. Os novos modelos Linoprint CV, Linoprint CP, Linoprint CE e Linoprint


PRODUTOS E INOVAÇÕES

CM , lançados em janeiro na Alemanha, são voltados para a flexibilidade e produtividade aprimoradas na produção econômica de tiragens pequenas, personalizadas e híbridas. A Linoprint CV, com velocidade de 90 páginas A4 por minuto, alto padrão de qualidade e funções detalhadas, estabelece novos padrões em sua classe de desempenho. O sistema pode imprimir com cinco cores, tornandose único em seu segmento. Além das quatro cores primárias, o sistema oferece, também, branco com

até 50 m/h e largura de 1,62 m, enquanto a HP Latex 360, desenhada para oferecer alta qualidade e alta velocidade, chega a velocidades até 91 m/h, na mesma largura. http://www8.hp.com/br/pt/home.html

IDS MAILGRAF

opacidade elevada ou, alternativamente, um verniz com propriedades de alto brilho como uma cor adicional — tanto como verniz de área total ou localizado. Os usuários podem escolher dentre uma grande variedade de substratos, variando de papéis texturizados a meios envernizados, papel colorido e filmes sintéticos. Além disso, como a Linoprint CV é projetada para grandes formatos, os usuários podem produzir brochuras ou pôsteres dobráveis de seis páginas com até 700 mm de comprimento em uma única operação. Compacta, a Linoprint CE atinge 65 páginas A4 por minuto, posicionando-se como equipamento de entrada no mundo da impressão digital.

Representante de soluções para acabamento e embalagens, a IDS Mailgraf mostrou na ExpoPrint Digital sua solução Duplo DC616 , equipamento que reúne aplicações de corte, vinco e picote em uma única plataforma. O sistema exibido no estande da Ricoh finaliza impressos produzidos na nova Ricoh Pro C7100x, como cartões de visita, fôlderes e

www.heidelberg.com/br

HP A HP levou para a feira sua linha de impressoras

com tecnologia de tinta látex. Três modelos estão expostos: HP Latex 310, 330 e 360. Desenhada para espaços pequenos e de fácil operação, a HP Latex 310 atinge velocidade máxima de até 48 m/h, trabalhando com largura de 1,37 m. A HP Latex 330 é uma máquina versátil, com velocidade

convites com aplicações especiais. A Duplo DC616 possui uma série de recursos para atender à demanda de impressos sob demanda ou personalizados em toner, podendo finalizar até seis picotes, 25 cortes e 20 dobras em uma mesma etapa. Possui setup totalmente automatizado, permitindo VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

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PRODUTOS E INOVAÇÕES

rápida troca entre trabalhos, conta com sistema para armazenamento de padrões de trabalho, sistema de registro de marcas de registro e sangrias, e inclui ainda duas ferramentas de perfuração de ajuste manual. Sua velocidade está estimada em 10 páginas por minuto. www.idsmailgraf.com.br

ISIDORA

A nova versão da plataforma Isidora de webto-print, totalmente desenvolvida no Brasil com tecnologia de ponta, traz avanços tecnológicos

como impressão de dados variáveis, editor avançado, lojas prontas para uso e biblioteca de produtos, além da exibição dos diferentes portais que já estão ativos na internet. Também foi lançada na feira, em evento realizado no dia 19 de março, a Comunidade de Usuários Isidora. “Foi uma excelente oportunidade de congraçamento, troca de ideias e visualização de futuros negócios para os nossos atuais e futuros clientes”, afirmou Andrea Costa, diretora da plataforma. www.isidora.com.br

KONICA MINOLTA

A Konica Minolta lançou oficialmente no Brasil duas novas impressoras da série bizhub: a bizhub Press C1070P e a bizhub Pro C1060L . A primeira é um equipamento de impressão digital de alta produção que, além de inovações de design em seu hardware (com CPU embutida), oferece velocidade de 71 páginas por minuto à resolução de 1.200 × 1.200 dpi. Nela, também se pode trabalhar com mídias em gramaturas de 62 a 300 g/m. 18 TECNOLOGIA GRÁFICA

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A bizhub Pro C1060L é um equipamento que, afora operar como impressora colorida, também conta com sistema de digitalização agregado. Sua velocidade está estimada em 60 páginas por minuto e pode ser integrada a unidades de acabamento para finalização in-line de impressos como livretos e outros materiais promocionais. Presentes em ambos os modelos estão inovações únicas da família Konica Minolta. Entre elas, a possibilidade de se configurar padrões de retículas em opções que vão da estrutura convencional (de amplitude modulada, AM) à estocástica (frequência modulada, FM), ideal para reprodução de maior qualidade de imagens com áreas de gradações de cores, ou para eliminar problemas de moiré e steps de impressão. konicaminolta.com.br

OKI DATA

A Oki Data destacou na feira as impressoras que possibilitam a impressão com toner branco e clear. A C941 é o único equipamento cinco cores com tecnologia de impressão LED e uma nova referência para a área gráfica. O modelo é compatível com o Fiery XF 5 , soft ware de gerenciamento de cores e controle de fluxo de trabalhos gráficos, e possibilita a impressão no formato A3+ de provas de cor e de conceito, criação de mocapes em mídias escuras de até 360 g/m e personalização de rótulos e embalagens em vinil adesivo, com toner branco e clear. Além disso, é possível fazer banners de até 33 cm × 132 cm e imprimir duplex em mídias de até 320 g/m. Já a impressora C711WT tem fácil utilização e permite a impressão colorida, além do branco, em vários tipos de mídias como transfers,


PRODUTOS E INOVAÇÕES

uma quinta cor às suas impressões (branco ou transparente), permitindo aplicações com brilho branco ou claro. A segunda novidade foi a plataforma 1 to 1 Create. O novo software, baseado em nuvem, permite que pequenas e médias gráficas ofereçam serviços de marketing para seus clientes. A plataforma conta com um site onde a empresa pode acessar todas as ferramentas, exemplos e dicas necessárias para realizar campanhas de marketing que permitam avaliar de maneira precisa o retorno sobre o investimento do cliente (ROI). www.ricoh.com.br

ROTATEK

papéis coloridos e clear, em formato A4 e gramaturas de até 250 gramas. Além desses modelos, foi apresentada na feira a C911, impressora A3+ que possui o menor índice de intervenção técnica do mercado, segundo o fabricante. www.okidata.com/brasil

Além das máquinas de fabricação própria, como impressoras híbridas e offset, a Rotatek tornouse parceira de marcas tradicionais no segmento de impressão digital. Entre elas a Kodak, da qual a Rotatek expôs em seu estande a NexPress SX3300, impressora digital eletrofotográfica de alta qualidade. Com cinco cores, o equipamento é capaz de reproduzir as cores de processo CMYK e simular

RICOH

O grupo industrial japonês enfocou a nova linha de equipamentos de produção Ricoh Pro C7100x. O novo produto é ideal para pequenas e médias empresas, com sofisticado acabamento, velocidade máxima de 90 páginas por minuto e qualidade de impressão de até 1.200 × 4.800 dpi. A impressora

utiliza papel com gramatura de até 360 g/m e oferece acabamento premium, compatível com uma vasta gama de substratos, o que permite diversos tipos de aplicações como embalagens, rótulos, peças de marketing, livros, folhetos e cartões de visitas. Além disso, o novo produto pode integrar

padrões de cores Pantone, empregando o método de passada única para impressão frente ou frente e verso, qualquer que seja a imagem reproduzida. A quinta unidade de cor é usada para aplicação de cores especiais (RGB), tinta dourada, tintas metalizadas, efeitos de texturas e relevos com efeitos 3D, verniz fosco e brilho, marca d’água, tinta invisível para impressão de segurança, tintas aromatizadas e neon. A NexPress SX3300 pode imprimir 6.000 folhas por hora, formato A4 na cor preta e/ ou policromia 4/0 ou 5/0, com diferentes níveis de cobertura, frente e verso automático sem redução VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

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PRODUTOS E INOVAÇÕES

de velocidade padrão. A máquina é indicada para os segmentos editorial, promocional, embalagens, etiquetas e rótulos e impressão de álbuns. www.rotatek.com.br

SHARP

Um dos destaques da Sharp, que participou pela primeira vez de uma feira do setor, foi a nova multifuncional monocromática A3, a MXM754N, ideal para soluções de impressão com dados variáveis. O equipamento é capaz de processar e imprimir

trabalhos via Adobe PostScript ou PCL , com velocidade de até 75 páginas por minuto e em uma resolução de 1.200 × 1.200 dpi. Quem passou pelo estande também pôde conferir as multifuncionais coloridas A3 MX2640N e MX 5141N sendo utilizadas em técnicas inovadoras como a prova de cor certificada e a produção de photobook. Outra atração preparada pela fabricante japonesa foi a solução em controle de impressão, contabilização e gerenciamento eletrônico de documentos, possibilitada graças às multifuncionais coloridas A4 MX C301 e MX C300W e à multifuncional monocromática para papel A3 MXM365N. Todas são impressoras que contêm a plataforma para integração de software, oferecendo um sistema exclusivo e disponível para criação e edição de novas aplicações, capaz de gerar total integração com qualquer outro soft ware. www.sharpbr.net

T&C

Durante a ExpoPrint Digital, a empresa apresentou soluções de provas digitais, sinalização, fotografia 20 TECNOLOGIA GRÁFICA

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e sublimação da Epson, com destaque para a impressão direta em tecido Epson Surecolor SCF2000; o plotter de recorte digital da Summa; exemplos de enobrecimento digital da Scodix; e impressoras digitais LED da Oki. No espaço da T&C foi exposto também o lançamento da Konica Minolta, a bizhub Press C1070P, equipamento de impressão digital de alta produção que, além de inovações de design em seu hardware, traz velocidade de 71 páginas por minuto com resolução de 1.200 × 1.200 dpi, sendo possível trabalhar com mí dias em gramaturas de 62 a 300 g/m. www.tecshopping.com.br

XEROX

A Xerox, acompanhando lançamento mundial, apresentou na feira duas novas opções de toner, dourado e prateado, para a impressora X1000 . A aplicação proporciona impressão com textura marcante em variadas gradações de dourado e prateado, seguindo a escala Pantone. Com os novos toners, a X1000 , lançada há cinco anos, capacita-se a produzir até mesmo itens de segurança como marcas d’água e personalização, além de destacar objetos ou a página inteira, o que a torna ideal para a impressão de material promocional como catálogos, folheteria para mala direta e embalagens que exijam acabamento em dourado ou prateado. A Xerox afirma ser a primeira empresa do setor a oferecer tinta seca prata na velocidade nominal. Rápida e com amplo alcance, a X1000 imprime 100 páginas por minuto. www.xerox.com/index/ptbr.html


C

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RE ALIZAÇÃO

COORDENAÇÃO

C OOR DENA Ç Ã O INTER N A C I O N A L

C O ORD E N AÇÃO T É CN I CA

APOIO


EM 2015, A FESTA

É NO BRASIL

Em plena Cidade

Maravilhosa XXIV CONGRESSO

16º CONGRESSO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA

LATINO-AMERICANO DA INDÚSTRIA GRÁFICA

XXII THEOBALDO

DE NIGRIS CONCURSO LATINO-AMERICANO DE PRODUTOS GRÁFICOS


ESPECIAL Tânia Galuzzi

Caixas de papelão ondulado se sofisticam e ganham os pontos de venda

Cresce o uso do papelão ondulado na produção de embalagens para frutas, legumes e verduras. Logística facilitada, durabilidade e sustentabilidade são apontadas como características decisivas para a escolha.

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Q

uem costuma frequentar os supermercados ou lojas de hortifrúti sabe. Há algum tempo as gôndolas das ­­áreas destinadas às frutas e hortaliças frescas vêm sendo invadidas por caixas que são verdadeiros displays. Feitas de papelão ondulado, essas embalagens estão atravessando a cadeia de produção, conectando produtor e consumidor final, extrapolando as funções essenciais de armazenamento e transporte, assumindo também o papel de apresentar o produto ao comprador. O uso do papelão ondulado para a produção de embalagens vem crescendo de uma forma geral. De acordo com dados da As­so­cia­ção Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO), o consumo aparente per capita de caixas, aces­só­rios e chapas de papelão ondulado cresceu de 14,6 kg por habitante/ano em 2006 para 17 kg por habitante/ano em 2013. Em 2011, do total de caixas e aces­só­rios de papelão ondulado expedidos no País (num total de 1.885.980 toneladas), 137.568 toneladas foram utilizadas pelo setor de horticultura, floricultura e fruticultura, correspondendo a 7,29% do total.

Entre as 17 ca­te­go­rias industriais listadas no levantamento, o segmento hortifrúti só perdeu para produtos ali­men­tí­cios, que abocanhou 42,79%, e químicos e derivados, com 8,13%, deixando para trás ­­áreas como produtos far­ma­cêu­ti­cos, bebidas e o segmento têxtil. Em 2013, o setor de frutas e verduras utilizou 138.144 toneladas, correspondendo a 6,95% do total, mantendo-​­se, apesar da queda per­cen­tual frente aos outros setores, no posto de terceira categoria de maior consumo. Em fevereiro deste ano, quando foram expedidas 254.416 toneladas de caixas, aces­só­rios e chapas de papelão ondulado, volume 3,95% in­fe­rior ao do mesmo pe­río­do de 2014, refletindo a retração na economia brasileira, 7,32% destinaram-​­se à horticultura, fruticultura e floricultura, como consta no boletim estatístico da ABPO. A força do papelão ondulado junto às frutas e verduras fica ainda mais evidente quando se olha para os números da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Cea­gesp). O entreposto é a principal central de abastecimento do País, movimentando dia­ria­men­te cerca de 250 mil toneladas de frutas, legumes, verduras, pescados e flores, entre outros produtos. É considerado o maior da América Latina e o terceiro centro de co­mer­cia­li­z a­ção atacadista de perecíveis do mundo, atrás apenas de Paris e Nova York. Desde 2004, o Centro de Qua­li­da­de em Horticultura (CQH) da Cea­gesp faz um levantamento da evolução das embalagens que circulam pelo entreposto por tipo de ma­te­rial. São entrevistados os atacadistas mais representativos e estimada uma porcentagem da utilização de cada tipo de embalagem. Há 10 anos, a madeira ainda era, de longe, o ma­te­rial mais usado, somando quase 99 milhões de unidades, contra 60 milhões de unidades em papelão, pouco mais de um milhão em plástico e perto de 10 milhões em sacaria. Em 2009, pela primeira vez as posições se inverteram, com o papelão superando a madeira, com 87 milhões de


unidades, contra 83 milhões. Em 2014, o CQH esti­ ma que tenham passado pela Cea­gesp quase 105 mi­ lhões de unidades de papelão ondulado, soma 15% su­pe­rior à movimentação de caixas de madeira, com 91 milhões de unidades. O plástico também mos­ trou fôlego, saltando de 1,3 milhão de unidades em 2004 para 16 milhões no ano passado. DIFERENCIAIS

Para Ga­briel­la Michelucci, diretora de Papelão On­ dulado da Klabin, a embalagem em papelão ondu­ lado está em crescimento no mercado de hortifrúti devido a uma combinação de fatores que envol­ ve logística, durabilidade e sustentabilidade. “Para atender esse segmento, a Klabin elaborou, produz e co­mer­cia­li­za embalagens de papelão ondulado que atendem de pequenos a grandes produtores rurais”. A executiva ressalta o fato de o produto facilitar o transporte ao eliminar a necessidade de controle das embalagens va­zias e os espaços de armazena­ gem, além do frete de retorno. Outro ponto impor­ tante é a durabilidade. Altamente resistente ao frio

e à umidade, a caixa preserva e conserva as frutas e alimentos, o que impede o aparecimento de fun­ gos e bac­té­rias. Ga­briel­la ressalta ainda a questão da sustentabilidade intrínseca ao papelão ondulado e o atendimento às leis fi­tos­sa­ni­tá­rias. A Klabin é líder no mercado brasileiro de emba­ lagens de papelão ondulado. Em 2013, o volume mé­ dio de embalagens de papelão ondulado produzido pela companhia foi de 45.500 toneladas por mês, com market share de 16,1%. Do total de produtos co­mer­cia­li­za­dos pela companhia em 2014, o volume de vendas de papelão ondulado representou 32%. Nos últimos cinco anos, a Klabin investiu em me­ lho­rias e na am­plia­ção das fábricas de papelão on­ dulado. As oito plantas da Klabin em Goiana (PE), Feira de Santana (BA), Betim (MG), Jun­diaí (Distrito In­dus­trial e Tijuco Preto, SP), Piracicaba (SP), Itajaí (SC) e São Leo­pol­do (RS) receberam investimentos em sistemas de impressão e acabamento. Um dos diferenciais das embalagens produzidas pela Klabin, como afirma Ga­briel­la, é a utilização, quando espe­ cificada, de fibra virgem, respeitando a normativa VOL. I  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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nº– 009 de 12 de novembro de 2002, referente à contaminação de alimentos, uso que também confere maior resistência ao produto. E a aplicação de recursos não para. No início deste ano, a companhia inaugurou uma nova máquina de papel na unidade de Goiana, triplicando a capacidade de produção de papel reciclado, passando das atuais 50 mil toneladas/ano para 160 mil toneladas/ano. Com isso, a planta tornou-​ ­se a maior fábrica de papelão ondulado da América Latina. Essa nova capacidade, somada ao aumento de 15 mil toneladas com a reforma da máquina de papel 21, em Piracicaba, fará com que a Klabin atinja a produção total de 270 mil toneladas/ano de papel reciclado, em 2015. A MWV Rigesa, outro nome de peso no setor, continua também a apostar em papelão ondulado. Presente na re­gião Nordeste há mais de 17 anos, a companhia anunciou em novembro de 2014 o investimento de US$ 21 milhões para aumento de sua produção na unidade de Pacajus (CE) com a aquisição de uma nova onduladeira, prevista para entrar em fun­cio­ na­m en­to em abril deste ano. A operação em Pacajus é estratégica para a expansão dos ne­ gó­cios de papelão ondulado da MWV Rigesa nas re­giões Norte e Nordeste, e os investimentos projetam crescimento na produção local de 15% a 20% ao ano, nos próximos cinco anos. Sérgio Ivancko, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia, credita a elevação no uso do papelão ondulado às vantagens econômicas, produtivas e ambientais do ma­te­rial. “Números apresentados pela As­so­cia­ção Brasileira de Embalagem (Abre) mostram que o volume de embalagens produzidas em papelão ondulado representa perto de 18% do total da produção de embalagens no Brasil, incluindo todos os tipos de materiais. Apesar de um crescimento tímido no mercado de papelão ondulado em 2014, percebemos uma preferência por esse produto”. ATRATIVIDADE

Para atender o segmento de frutas, legumes e verduras a MWV Rigesa projetou a linha BrightBox, nova geração de embalagens que agregam mais valor ao produto. Com alta resistência à cadeia de frio, a BrightBox permite que o produto chegue mais fresco, conservando por mais tempo a sua qualidade. “Mas fomos além. A BrightBox, com seu design 26 TECNOLOGIA GRÁFICA

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inovador, expõe o produto no ponto de venda com todo destaque e visibilidade que ele merece. As caixas oferecem segurança alimentar e ras­trea­bi­li­da­ de garantida da matéria-​­prima, entregam mais segurança, proteção, ganhos logísticos, praticidade e ainda a possibilidade de impressão sofisticada, destacando também a marca”, diz Sérgio Ivancko. Hoje, o maior desafio para os fabricantes de embalagens em papelão, na opi­nião do es­pe­cia­lis­ta da MWV Rigesa, é in­f luen­ciar a melhoria da cadeia, de maneira que a embalagem adequada possa ser utilizada. “A questão tecnológica da embalagem não é mais um entrave e, em cadeias estruturadas, como a de exportação, a embalagem de papelão ondulado é dominante”. Um exemplo do aperfeiçoamento técnico do setor é o Ma­nual Hortifrutícola, que já existe há oito anos. Ele foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Normas Técnicas da ABPO visando a cons­cien­ti­zar e uniformizar os cri­té­rios a serem seguidos na fabricação, controle da qualidade e na utilização da embalagem para frutas, legumes e verduras. Um dos principais alvos do ma­nual foi ajudar as empresas a seguirem as exi­gên­cias governamentais quanto ao di­men­sio­na­men­to das embalagens. Os avanços na fabricação das embalagens vão desde a produção do papelão ondulado até a impressão em flexografia ou offset (com o empastamento da folha impressa) e o acabamento, com linhas de corte e vinco rotativo ou plano, in-​­line e off-​­line. As novas tec­no­lo­gias de produção abrem espaço para a customização das caixas, tanto por produto quanto de acordo com necessidades específicas do usuá­rio, dando vazão à cria­ti­vi­da­de dos desenvolvedores, como comentam Giselen Cristina Pascotto Wittmann, técnica de ensino, e Camila Christini Tomas, designer, ambas da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris. Também nas empresas convertedoras, que não fabricam e sim compram as chapas de papelão ondulado, o cuidado com a atua­li­z a­ção tecnológica e com a efi­ciên­cia na administração dos processos rendem bons resultados. A Mazurky, de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, registrou crescimento de 39% nas vendas do primeiro bimestre de 2015, puxadas pela indústria far­ma­ cêu­ti­ca, alimentícia e de comunicação. “O mercado está estagnado em função da crise. Acredito que o nosso resultado vem do investimento que fazemos em mar­ke­ting, em atendimento di­fe­ren­ cia­do e gestão integrada. Temos as principais certificações de qualidade“, afirma Eduar­do Mazurkyewistz, diretor da empresa. Há 11 anos em atividade, a Mazurky converte entre 270 e 300 toneladas de papelão ondulado por mês.


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Embalagens em mercados emergentes: América Latina e Ásia‑Pacífico Relatório Primir* proximadamente 82% da população mun­ dial vive nos paí­s es chamados emergentes e essa população representa mais de 40% da economia do planeta. Mais im­ portante ainda, os economistas pre­veem que mais de 70% do Produto Interno Bruto Mun­dial virá dos mercados emergentes durante os próximos dez anos. Como esses mercados crescem e mudam, há inte­ ressantes oportunidades para a indústria gráfica, es­pe­cial­men­te no setor de embalagens. Um novo estudo da Primir, “Embalagem em Mer­ cados Emergentes: América Latina e Ásia-​­Pacífico”, feito pela LPC Inc, concentra-​­se em re­giões com maior po­ten­cial para crescimento, es­p e­cial­men­ te China, Índia, Brasil e México. A receita total de vendas anuais de embalagens desses paí­ses foi de US$ 66,7 bilhões em 2012. Participaram das pesquisas e entrevistas para a confecção desse estudo mais de 240 empresas convertedoras de embalagens na Ásia e na Amé­ rica Latina. Além dos convertedores em geral, os pro­prie­tá­rios de marcas nos mercados emergentes e nos Estados Unidos forneceram suas previsões sobre as ten­dên­cias para as embalagens e os futu­ ros fluxos comerciais nesses mercados. Os setores de embalagem examinados foram: etiquetas e ró­ tulos, embalagens flexíveis, embalagens em cartão e em papelão ondulado e micro-​­ondulado.

Uma característica comum a todas as empresas nessas re­giões é a capacidade de oferecer os mesmos níveis de qualidade que as empresas similares na Eu­ ropa Ocidental ou nos Estados Unidos. Os quatro principais mercados emergentes pos­suem linhas de produção com máquinas de impressão das melho­ res marcas, pré-​­impressão digital e produção de cha­ pas na empresa, fluxos de trabalho automatizados e sistemas de Enterprise Resource Planning que fa­ zem a gestão de re­sí­duos, produção e rentabilidade. Apesar dos convertedores dos paí­ses emergentes entregarem os mesmos níveis de qualidade, há dife­ renças importantes em relação aos convertedores europeus ocidentais e norte-​­americanos. Devido à logística de importação de ma­té­rias-​­primas a partir de mercados desenvolvidos, os níveis mé­dios do es­ toque de insumos ou consumíveis são tipicamente para 120-​­180 dias. Há uma falta de pes­soal técnico com treinamento, particularmente em flexografia. E as equipes de gestores têm o desafio de gerir as es­tra­té­gias de receita das empresas em mercados crescendo a taxas cinco a seis vezes su­pe­rio­res das registradas nos paí­ses desenvolvidos. O comércio entre os paí­ses emergentes está su­ perando os fluxos comerciais entre paí­ses desenvol­ vidos e entre desenvolvidos e emergentes. A Chi­ na substituiu os Estados Unidos como parceiro co­mer­cial mais importante do Brasil e, em 2010, o

*A Print Industries Market Information and Research Organization (Primir) é uma organização de pesquisa de mercado da indústria de comunicação gráfica, criada em 2005 dentro da Association for Suppliers of Printing, Publishing and Converting Technologies (NPES).

28 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015


Brasil ultrapassou a Espanha para se tornar o quarto maior destino das exportações do México. Produ­ tos de exportação acabados, da parte alta da cadeia de valores, tais como eletrônicos, medicamentos e brinquedos, chegam aos seus destinos totalmen­ te embalados. A impressão da embalagem ocorre no país de origem. Enquanto alguns mercados emergentes são mais focados na exportação do que outros, os pro­prie­ tá­rios de marcas e compradores de embalagem en­ trevistados enfatizaram a importância de garantir os canais regionais de fornecimento de embalagem para o consumo interno. A preferência pri­mor­dial nesses mercados é para que a impressão ocorra nas proximidades de onde o produto está sendo processado, rotulado e engarrafado. Existem oportunidades lucrativas para os for­ necedores de equipamentos e consumíveis. Pro­ jeções indicam que as taxas anuais de crescimen­ to para a produção de embalagens nos mercados emergentes serão de duas a quatro vezes su­p e­ rio­res às assinaladas nos mercados desenvolvidos. Embora cada mercado tenha seus pró­prios de­ sa­f ios e demandas específicas, gráficas e conver­ tedores, em todos os mercados emergentes, têm de­sa­f ios muito semelhantes: ◆◆ Diminuição das tiragens médias dos trabalhos ◆◆ Encontrar mão de obra qualificada ◆◆ Demandas de prazos de execução cada vez menores ◆◆ Impressão com consistência de cores a cada trabalho e entre repetições de trabalhos ◆◆ Exigências de qualidade de impressão baseadas em normas internacionais ◆◆ Flutuação de preços de matérias‑primas ◆◆ Acesso ao conhecimento técnico e educação sobre as melhores práticas de impressão FLEXOGRAFIA, UM MERCADO EM CRESCIMENTO

O mercado de flexografia está em crescimento na Ásia e na América Latina, nos setores de embala­ gens flexíveis, de rótulos e etiquetas. No entanto, enquanto no México e no Brasil os mercados de fle­ xografia são bem preparados, na China e na Índia são mercados nascentes para a tecnologia de im­ pressão. Nesses mercados há a percepção de que outros processos de impressão se­riam su­pe­rio­res ou mais baratos do que a flexografia. Na Ásia, os

fornecedores em diferentes nichos devem trabalhar em conjunto para atender às exi­gên­cias dos merca­ dos e educar de forma mais eficaz a indústria sobre as vantagens, méritos e capacidades da flexografia. Em relação aos substratos os filmes prometem ter o maior crescimento nos mercados emergen­ tes. Filmes adesivos têm previsão de crescimento em taxas duas vezes maiores que pa­péis adesivos e 2,5 vezes a taxa de outros tipos de papel. Os en­ trevistados pre­veem que as taxas de crescimento anuais para filmes transparentes chegarão a por­ centagens de dois dígitos, pois os consumidores dos mercados emergentes exigem cada vez mais produtos de con­ve­niên­cia. Na Índia e na China, os consumidores estão bus­ cando a segurança de bebidas engarrafadas e seladas. RECEITA DE EMBALAGENS EM MERCADOS EMERGENTES 2013: CONSUMO DOMÉSTICO PARA CADA SUBSETOR (US$ milhões) RECEITA TOTAL IMPRESSÃO DE EMBALAGENS

VALOR TOTAL EXPORTADO

VALOR DE CONSUMO DOMÉSTICO

Rótulos e etiquetas

3.700

1.300

2.400

Embalagem flexível

7.100

1.300

5.800

Embalagem em cartão

10.700

2.500

8.200

Embalagem em papelão

26.500

8.700

17.800

Rótulos e etiquetas

1.100

60

1.040

Embalagem flexível

2.800

340

2.460

Embalagem em cartão

2.100

110

1.990

Embalagem em papelão

2.700

400

2.300

China

Índia

Brasil Rótulos e etiquetas

660

70

590

Embalagem flexível

1.600

190

1.410

Embalagem em cartão

850

20

830

Embalagem em papelão

2.800

60

2.740

Rótulos e etiquetas

600

150

450

Embalagem flexível

1.100

240

860

Embalagem em cartão

940

50

890

Embalagem em papelão

1.400

60

1.340

México

Novo estudo da Primir concentra-​­se em regiões com maior potencial para as mudanças, especialmente a China, Índia, Brasil e México, com receita total de vendas de embalagens de US$ 66,7 bilhões, em 2012. VOL. I  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

29


A demanda por filmes de alta barreira surgirá, uma vez que os convertedores têm de buscar canais locais de fornecimento capazes de atender requisitos de desempenho cada vez mais rigorosos para as suas aplicações impressas. A LPC estima que entre 850 e 900 novos sistemas de impressão (para todos os setores de embalagem) serão vendidos para a China, Índia, Brasil e México, anual­men­te, durante os próximos cinco anos. Os fornecedores de equipamentos (impressão e pós-​­impressão) precisam entender as novas complexidades de vendas de equipamentos nesses mercados emergentes e ajustarem suas es­tra­té­gias comerciais. Por exemplo, enquanto há oportunidades na Índia, estima-​­se que 70% de todas as impressoras flexográficas vendidas naquele país em 2102 e 2013 eram usadas. TAXA MÉDIAS DE CRESCIMENTO ANUAL (2013–17) EMBALAGENS NO MERCADO GLOBAL X MERCADOS EMERGENTES 7,68%

7,42% 5,73%

5,95%

3.90%

rótulos e etiquetas) são altas, es­pe­cial­men­te porque em mercados emergentes as tiragens mé­dias das embalagens flexíveis são muito mais baixas do que em mercados desenvolvidos. Os esforços de mar­ke­ting devem se concentrar nos rótulos de bebidas, sachês e bolsas de café e chá, além de aplicações de dados variáveis em papelão ondulado. O estudo da Primir demonstra que os membros da NPES encontrarão oportunidades nesses mercados emergentes se eles fornecerem soluções e serviços voltados para as necessidades específicas do país. Eles terão de adaptar as suas es­tra­té­gias de vendas, incorporando educação e novas soluções para as suas ofertas, a fim de se be­ne­f i­ciar das taxas de crescimento elevadas para embalagens desses mercados. O relatório completo “Embalagem em Mercados Emergentes: América Latina e Ásia-​­Pacífico”, com 241 páginas, está disponível para membros da NPES e Primir sem nenhum custo. Os não as­ so­cia­dos podem adquirir o relatório completo por US$ 4.500,00; um Sumário Executivo, de 41 páginas, pode ser comprado por US$ 995,00. Para obter mais informações sobre o estudo ou sobre a Primir, entre em contato com Rekha Ratnam, diretor assistente de Dados de Mercado e Pesquisa (telefone: 001.703.264.7200, ou pelo e-​ ­mail: rratnam@primir.org). PALAVRA DO THE SEYBOLD REPORT

Global

China

Índia

Brasil

México

Os mercados emergentes estão preparados para produzir embalagens a taxas de crescimento anuais de duas a quatro vezes as taxas dos mercados desenvolvidos.

Na China, país onde a compra de máquinas usadas é ilegal, fornecedores relatam maneiras de contornar esses regulamentos. Impressoras de manufatura chinesa proliferam em todos os setores de embalagens em toda a Ásia, e o aumento destas vendas representa uma grande amea­ç a para outros fabricantes. É importante entender a formação de preços locais para vendas competitivas de máquinas fabricadas localmente. A necessidade e oportunidade para soluções digitais em setores de embalagens (para além de 30 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015

Agradecemos à Primir por nos permitir publicar este artigo, que dá aos leitores um olhar profundo e va­ria­do sobre as informações do estudo completo. Uma vez que o The Seybold Report é uma das poucas publicações da indústria que fornece informações regulares sobre a indústria de impressão em nível mun­dial, sentimos que esse artigo, reproduzido com permissão da Primir, é de grande interesse para os leitores do boletim. Certamente, este artigo deve ser lido e estudado de perto. Agradecemos à Primir por nos permitir apresentar essa informação em tempo útil e va­lio­so para os nossos leitores. Tradução autorizada de texto publicado

no The Seybold Report, volume 14, nº- 24, dezembro de 2014.


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ENTREVISTA Tânia Galluzzi

Ricoh Brasil

Mudar para não mudar

N

Alejandro Tomas 32 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I 2015

o final do ano passado a Ricoh Brasil, sub si diária do grupo industrial japonês Ricoh Company, anunciou seu novo gerente geral. Alejandro Tomas assumiu o posto no dia 1º– de outubro com a missão de dar sequência ao processo de crescimento da empresa no País. Com a mudança, Diego Imperio fica com a função de vice-presidente regional, cuidando de todo o Brasil, englobando a subsidiária local e os grandes distribuidores. De acordo com Alejandro, a palavra chave aqui é continuidade. A Ricoh Brasil tem evoluído acima das expectativas — a empresa cresceu 20% em 2013 e 15% em 2014 — e, por essa razão, a Ricoh Latin America decidiu designar uma pessoa exclusivamente para potencializar a subsidiária, mantendo assim a estabilidade da operação e o ciclo ascendente. Nos últimos anos, a Ricoh Brasil quintuplicou de tamanho, posicionando-se como líder em equipamentos formato A3, tanto em P/B quanto em cor, segundo dados da IDC Brasil, empresa de análise de mercado especializada nas indústrias de tecnologia da informação, telecomunicações e mercados de consumo em massa de tecnologia. Antes de vir para o Brasil em 2007, Alejandro era, desde 2005, gerente de Crédito da Ricoh Américas, no Uruguai, seu país de origem. Possuindo sólida experiência e formação acadêmica, com especialização financeira e em marketing, o executivo foi transferido para o Brasil em 2007 como diretor financeiro. Mesmo 100% Ricoh, a subsidiária na época chamava- se Gestetner do Brasil, operando no Rio de Janeiro, com revendas em todo o País, passando a se chamar Ricoh Brasil três anos depois.


Em 2013 Alejandro Tomas foi nomeado diretor sênior de Finanças e Administração para agora, numa sucessão natural, segundo ele, chegar ao posto de country manager, ou gerente geral. Quais são seus principais objetivos ao assumir o cargo de gerente geral? Alejandro Tomas – Quando vim para cá, em 2007, o faturamento da Ricoh no Brasil era de R$ 50 milhões, contando com 150 funcionários. Fechamos 2014 com uma receita de R$ 280 milhões, mais de 500 funcionários, filiais no Rio, São Paulo, Espírito Santo e Itajaí, 300 revendas e 500 clientes diretos na área de outsourcing de impressão. Minha meta é dar continuidade a esse crescimento, acelerando os processos internos de transformação. Estamos nos transformando em uma empresa de serviço e o objetivo é duplicar ou triplicar nosso faturamento nos próximos três ou quatro anos. Nosso direcionamento será ampliar nosso core business de MPS , investir cada vez mais no segmento de alto volume e em serviços profissionais. Quais processos internos precisam ser acelerados? AT – Desde a atualização do ERP até a expansão dos negó cios na linha de equipamentos de produção para o segmento gráfico e a introdução de novas tecnologias, como projetores e lousas digitais, tanto para os clientes corporativos quanto para as revendas. A ideia é nos posicionarmos como um fornecedor único. Quais são as estratégias para as três áreas que o senhor acaba de citar? AT – O MPS nada mais é do que o outsourcing de impressão e estamos trabalhando para migrar do management printing solution (MPS) para o management document solution (MDS), envolvendo novas tecnologias e processos focados no documento. O output da informação está mudando,

não se restringe mais à impressão. O mercado está se transformando e nós também. Já o segmento de alto volume é dividido em duas linhas: impressoras inkjet coloridas em formulário contínuo e impressoras folha solta. Os equipamentos em formulário contínuo atendem principalmente o mercado transacional, os birôs de serviço, a produção de malas diretas e livros. Nesse segmento estamos liderando a migração da tecnologia laser P/B para jato de tinta colorida e conseguimos colocar cinco conjuntos de impressão do nosso equipamento de ponta, a 5000 , nos principais birôs de impressão transacional do mercado brasileiro. É um segmento que está evoluindo e a Ricoh lançará no segundo semestre deste ano uma máquina de formulário contínuo para a produção de livros. Trata- se da 60000 , uma evolução da IP 5000 , com qualidade de impressão superior.

Enxergamos o gráfico como uma extensão da Ricoh na geração de negócios. Estamos caminhando bem também na linha das impressoras folha solta, com as quais atendemos o setor gráfico com equipamentos P/B e cor. Para ele lançamos na ExpoPrint Digital a Ricoh Pro C7100 x, voltada às pequenas e mé dias empresas. Ela trabalha com uma quinta cor, que pode ser o toner branco ou um clear, funcionando como um verniz. No campo dos serviços profissionais atuamos como uma consultoria. Entramos nos processos dos clientes com a digitalização dos dados, com soluções de gestão eletrônica de documentos e softwares para otimização de processos. Evidentemente usamos a nossa tecnologia, porém pensamos mais no fluxo do documento do que na impressão.

Olhando para esses três segmentos, como se divide a receita da Ricoh Brasil hoje? AT – Um terço de nosso faturamento vem dos equipamentos de produção, tanto formulário contínuo quanto folha solta, um terço do outsourcing de impressão e um terço dos canais indiretos, que são as revendas. A parte de serviços profissionais cruza essas três áreas, representando entre 3% e 4% de nossa receita total. Nosso foco em outsourcing é seguir atendendo as contas grandes e globais da Ricoh. Continuaremos crescendo com novas tecnologias na parte de sistemas de produção e ao mesmo tempo queremos ampliar nossa presença nacional com os revendedores. Além dos lançamentos já mencionados, quais são os projetos para o setor gráfico em 2015? AT – Nosso diferencial para o gráfico não é somente o hardware, o produto em si, mas as soluções que ajudam a empresa a gerar mais negócios. Enxergamos o gráfico como uma extensão da Ricoh na geração de negócios e para isso temos algumas soluções, como soft wares de web-to-print, nas quais vamos além da venda dos sistemas, prestando serviços de implementação, suporte e assistência técnica direta. É um pacote completo, no mesmo conceito que trabalhamos no segmento corporativo. Apresentamos uma oferta única e abrangente, o que na nossa visão representa uma segurança maior para o cliente. Porque a diferença entre o gráfico e o cliente corporativo é que ele faz seu negócio a partir de nossa máquina e a corporação basicamente usa a máquina como uma parte de seu processo, ela não é o seu negócio principal. O gráfico pode esperar a Ricoh ainda mais próxima neste ano, sobretudo em função do equipamento lançado na ExpoPrint Digital. Queremos chegar a ele, no Rio e em São Paulo, com a nossa força direta de vendas, e no resto do Brasil por meio de nossos canais indiretos. VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA 33


EVENTO Tânia Galluzzi

DscoopX reúne 2.200 pessoas em Washington

Conferência anual de usuários HP discute a geração de negócios no universo da impressão digital. Participaram do evento 250 latino-​­americanos.

John Rogers, diretor executivo global da Dscoop, na abertura do evento

Sessão de abertura oficial

34 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015

N

em mesmo a forte nevasca que atin­ giu Washington, nos Estados Unidos, no dia 5 de março, provocando atrasos e cancelamentos de voos, foi su­f i­cien­te para afastar o público. A 10ª– edição da conferên­ cia a­ nual da Ds­coop foi a maior entre as já rea­li­z a­ das, reunindo entre os dias 5 e 7 de março mais de 2.200 pes­soas, entre usuá­rios das impressoras HP, fornecedores e técnicos. Desse universo, 600 par­ ticipantes eram estrangeiros, dos quais 250 latino-​ a­ mericanos. O grupo brasileiro, incluindo a equi­ pe da HP Brasil, reuniu 75 pes­soas. “A participação

dos membros da Ds­coop, mesmo em cir­cuns­tân­ cias únicas, mostra o quão comprometida é essa co­ munidade”, afirmou John Rogers, diretor executivo global da Ds­coop na abertura do evento. Cria­da em 2005, a Ds­coop, Digital So­lu­tions Coo­ pe­ra­ti­ve, é uma comunidade mun­dial que congre­ ga gráficas e parceiros da indústria com o objetivo de partilhar ideias e informações visando ao desen­ volvimento do mercado e à geração de ne­gó­cios com o uso de tec­no­lo­gias de impressão digital da HP, incluindo HP Indigo, Scitex, equipamentos com tintas látex e impressoras inkjet rotativas. O que começou com 250 membros, hoje soma duas mil empresas e 12 mil as­so­cia­dos in­di­vi­duais. Seguindo a tendência do mercado, a conferência neste ano dedicou es­pe­cial atenção ao segmento de embalagens, com uma grade de nove palestras exclusivas. Além dessas, entre workshops, mesas redondas e palestras, foram 62 sessões, com de­ bates sobre gestão, vendas e mar­ke­ting, palestras técnicas e operacionais. Como palestrantes-​­chave participaram Jim Stengel, ex-​­diretor de mar­ke­ting global da Procter & Gamble e autor do livro Grow: How I­deals Power Growth and Profit at the World’s Grea­test Com­pa­nies, Soren Kaplan, es­pe­cia­lis­ta em inovação e tecnologia disruptiva, e Alon Bar-​­Shany,


Apresentação da HP Indigo 30000

vice-​­presidente e diretor geral da divisão HP Indigo. Completando o pacote oferecido aos participantes, a Ds­coopX contou com uma área de exposição que reuniu 116 fornecedores, número também recorde, entre empresas de embalagem, acabamento, substratos, mala direta, transpromo, co­mer­ cial e es­pe­cia­li­da­des para o segmento fotográfico. Em encontro com a imprensa, John Rogers afirmou que para 2016 a Ds­coop planeja abrir a conferência para todos os usuá­rios HP, deixando de ser exclusiva aos membros da comunidade. Outra ideia é envolver os designers gráficos. Ainda neste ano serão rea­li­za­dos encontros regionais na Irlanda, em junho; no Japão, em setembro (em conjunto com a Igas 2015), afora o Ds­coop Days Latin America (nos moldes do ocorrido em São Paulo, no ano passado) no México, em maio; e em junho na Colômbia. SOLUÇÕES

Aproveitando a oportunidade de mostrar seu port­ fó­lio de soluções para o segmento gráfico, a HP levou para a Ds­coopX as inovações promovidas nas impressoras digitais HP Indigo 10000, 7800, WS 6800, 20000 e 30000. Elas in­cluem um pacote de aprimoramentos para a HP Indigo 10000, atua­li­za­ções para as impressoras digitais HP Indigo 7800 e WS 6800, possibilidades de aplicações adicionais para os modelos 20000 e 30000 e uma solução de serviços multifacetada para usuá­rios da HP Indigo. O conjunto de aprimoramentos da HP Indigo 10000 fornece melhoria na uniformidade das cores, na produtividade e na capacidade de uso, além de uma va­rie­da­de expandida de aplicações graças às novas cores Spot e tintas especiais, incluindo o branco HP Indigo ElectroInk. Os avanços nas HP Indigo 7800 e WS 6800 minimizam a necessidade de óleo adi­cio­nal na formação de imagens, benefício estendido aos clien­tes que pos­suem as impressoras HP Indigo 7500 , 7600 e WS 6600 , por meio de atua­li­z a­ções. Já para a HP Indigo 30000 , que agora imprime em mídia metalizada, o destaque foi a solução com verniz duplo de passada única com o Tresu ­iCoat 30000 Twin, bem como a dobradeira-​­coladeira Kama FlexFold 52.

A operação da nova unidade de verniz em linha da 30000, impressora com formato meia folha focada na produção de cartuchos, foi demonstrada para clien­tes e jornalistas brasileiros por Paulo Faria, gerente do Segmento de Embalagens da HP Brasil, e Danilo Eskenazi, diretor de vendas da Comprint. A solução aceita verniz UV e base água, assim como tintas rea­ti­vas, que podem ser aplicados na totalidade do impresso ou em ­­áreas específicas. Com velocidade de 3.450 folhas por hora para materiais 4 × 0, o foco são produtos com tiragens até 5.000 unidades. Ques­tio­na­dos quanto à possibilidade da am­plia­ção do formato para folha inteira, os técnicos informaram que a arquitetura da máquina está pronta para o formato maior, porém por uma questão de estratégia de mercado se manterá no 75 × 53 cm, pelo menos por enquanto. Onze unidades já estão em fun­cio­na­men­ to, sendo sete nos Estados Unidos e as demais no México, Canadá, Is­r ael e Alemanha. Presente na apresentação, Luca Cia­lo­ne, country manager HP Indigo & Inkjet Web Press na HP, confirmou que a empresa terá o maior estande da Drupa 2016, ocupando os 9.000 m2 do pavilhão 17. A jornalista viajou a convite da HP Brasil

Grupo constituído por clientes, jornalistas e técnicos brasileiros que participaram da apresentação da HP Indigo 30000 VOL. I  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

35


GESTÃO AMBIENTAL

Lixo eletrônico. Ele pode prejudicar sua empresa.

William Walter

B

oa parte das gráficas, não importando o tamanho ou segmento de atua­ção, sabe o que fazer com os re­sí­duos resultantes do processo de impressão, como aparas e re­ sí­duos químicos. Além desses, porém, outro ma­ te­rial que precisa ser descartado começou a fazer parte do dia-​­a-dia das empresas. Estou falando de computadores, escâneres, impressoras digitais e pe­ riféricos que se tornaram obsoletos, estão quebra­ dos ou simplesmente não atendem mais as nossas necessidades operacionais. Com as constantes atua­li­z a­ções dos soft­wares de edição de imagem e dia­gra­ma­ção, agên­cias de cria­ção e gráficas são forçadas a trabalhar com ar­ quivos cada vez maiores e complexos, que exigem processamento ágil para atender os prazos de pro­ dução cada vez mais curtos. Nesse cenário é co­ mum ouvir dos operadores que o computador está ficando lento e que está na hora de trocar por outro mais rápido. Nos últimos anos, a rápida obsolescência, com­ binada com a grande demanda por tecnologia e com a facilidade em adquirir equipamentos ele­ troe­le­trô­ni­cos, vem provocando um problema de dimensões mundiais: o descarte incorreto desses equipamentos no meio am­bien­te.

36 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015

O lixo eletrônico é o que mais cresce no mun­ do. Segundo estudo coor­de­na­do pela United Na­ tions University, Step (Solving the E-​­Waste Problem, www.step-​­initiative.org), são gerados anual­men­te 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico (e-​­lixo), número que pode atingir 65 milhões de toneladas em 2017. A rea­li­da­de do Brasil não é diferente. Afi­ nal, segundo estudo das Nações Unidas divulgado em 2010, somos o maior gerador de lixo ele­troe­le­ trô­ni­co per capita em comparação com os paí­ses em desenvolvimento.

Em 2012, a Agência Brasileira do Desenvolvi­ mento In­dus­trial (ABDI) divulgou um estudo am­ plo apontando que eram gerados 4,8 kg de lixo ele­ troe­le­trô­ni­co por habitante, podendo atingir 7,2 kg em 2016. Para o ano de 2015, a expectativa é da geração de 1.250.000 toneladas desse tipo de lixo. A maior parte do lixo eletrônico produzido no País vai para lixões ou aterro sanitário, no caso da cidade possuir um. Quan­do o lixo eletrônico é tra­ tado em empresas responsáveis, os componentes voltam ao ciclo produtivo, exceto as placas eletrô­ nicas, que são exportadas para paí­ses como Bélgica, Alemanha e Japão, nações que pos­suem tecnologia para extrair metais nobres dessas placas. Os paí­ses desenvolvidos são acusados de en­viar 70% do lixo gerado internamente para paí­ses da Áfri­ ca, para a China e a Índia, contaminando o meio am­ bien­te e causando muitas doen­ças às pes­soas que manipulam esses equipamentos de forma incorreta.


CLASSIFICAÇÃO DOS ELETROELETRÔNICOS

Além dos riscos de poluir o meio ambiente, outro fator de extrema importância e que merece a atenção tanto das agências de publicidade quanto das gráficas é a correta destruição das informações contidas nos discos rígidos dos computadores, cartões de memória ou nos celulares que são descartados ou doados. A pergunta que se deve fazer é: existem dados sigilosos nesses equipamentos que possam prejudicar sua marca ou reputação e também dos seus clientes? Por isso, é recomendável a contratação de empresas certificadas para destruir fisicamente essas mídias e dar destinação ambiental e socialmente responsável aos equipamentos eletroeletrônicos. Após a coleta ou o recebimento dos equipamentos, começa o processo de desmontagem, seguida da separação dos componentes, descaracterização e compactação para envio às empresas que farão o processamento de acordo com o tipo de

LINHA VERDE ■ ■ ■ ■

Desktops Notebooks Impressoras Aparelhos Celulares

LINHA MARROM ■ ■ ■ ■

Televisor Tubo / Monitor Televisor / Monitor Plasma/LCD DVD / VHS Produtos de Áudio

LINHA BRANCA ■ ■ ■ ■ ■

Geladeiras Refrigeradores e Congeladores Fogões Lava-roupas Ar condicionado

LINHA AZUL ■ ■ ■ ■

Batedeiras Liquidificadores Ferros Elétricos Furadeiras

material. Por exemplo, o plástico será triturado, os metais derretidos, e assim por diante. Finalizada essa etapa, os materiais seguem para a indústria como matéria-prima. E com isso o ciclo recomeça.

Midia de impacto total no setor gráfico Tecnologia Gráfica

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R E V I S TA T ECNOLOG

Anuário Abigraf

IA GRÁFIC A

90

REVISTA ABIGRAF 272 JULHO/AGO STO 2014

Diretor da ANJ fala sobre a nova certificação para jornais, desenvo lvida em parceria com a ABTG Certificadora

Sustentabilidade Especialistas se para debater os reúnem impacto legislação na indústria s da gráfica

Tutorial Thiago Justo mostra como transformar sua foto em uma autêntica gravura

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VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

37


Além de empresas, existem também as coo­pe­ra­ti­ vas es­pe­cia­li­z a­das nesse segmento. POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

No dia 2 de agosto de 2010 entrou em vigor a Lei Federal nº– 12.305 que trata da Política Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos. O Art. 33 trata diretamente do lixo eletrônico. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, me­dian­te retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos re­sí­duos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e co­mer­cian­tes de produtos ele­troe­le­trô­ni­cos e seus componentes. Por não fabricar nem co­mer­cia­li­zar produtos ele­ trônicos, esse encargo não se aplica à indústria grá­ fica. Contudo, as empresas e os grandes geradores

de lixo eletrônico são responsáveis pela gestão dos re­sí­duos frutos de suas atividades. A gráfica não tem a obrigação de coletar componentes eletrôni­ cos, mas continua com o dever de dar a destinação correta ao lixo eletrônico por ela gerado, o que sig­ nifica que não pode descartá-​­lo em qualquer lugar. Agora, quando você encontrar esses equipa­ mentos em algum canto da empresa pegando poei­ ra saberá que o lugar deles é de volta ao ciclo pro­ dutivo, contribuindo para manter a água, a terra e o ar limpos, bem como seguras as informações da empresa e, sobretudo, dos clien­tes. WILLIAM WALTER é tecnólogo gráfico

pela Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e diretor da Colara Soluções Ambientais (william@colara.eco.br)

VOCÊ CONHECE AS SUBSTÂNCIAS NOCIVAS À SAÚDE QUE ESTÃO PRESENTES NO LIXO ELETRÔNICO? SUBSTÂNCIA

ONDE É ENCONTRADA

Antimônio

◆◆ Semicondutores

◆◆ Inibição

◆◆ Soldas

◆◆ Bioacumulativo

◆◆ Ligas

◆◆ Bioacumulativo

◆◆ Transistores

◆◆ Inibição

◆◆ Painel

Bário

frontal do CRT (cinescópio)

◆◆ Liga

Berílio

de infravermelho CRT antigos ◆◆ Estabilizador (PVC) ◆◆ Placas de circuitos impressos ◆◆ Baterias, interruptores ◆◆ Materiais fluorescentes ◆◆ Soldagem

38 TECNOLOGIA GRÁFICA

◆◆ Aço

decorativas

inoxidável

◆◆ Efeitos

da pressão sanguínea acumulativos no ambiente

aos sistemas nervoso central, periférico (com danos no desenvolvimento do cérebro em crianças) e endócrino ◆◆ Efeitos negativos nos sistemas circulatório e renal ◆◆ Efeitos secundários nos ossos e intestinos

◆◆ Irritação

e dano nas vias aéreas e pulmões e úlceras ◆◆ Irritação no fígado ◆◆ Dermatites

◆◆ Termostatos,

sensores, relés, interruptores de transmissão de dados, telecomunicações, celulares ◆◆ Luzes fluorescentes ◆◆ Baterias

◆◆ Efeito

◆◆ Proteção

◆◆ Desregulador

◆◆ Sistemas

contra inflamabilidade (placas de circuitos impressos, conectores, coberturas de plástico, cabos em TVs e eletrodomésticos)

(especialmente rins)

◆◆ Aumento

◆◆ Cirrose

◆◆ Pigmentos

VOL. I  2015

◆◆ Cancerígeno

◆◆ Diversos

componentes (ligas metálicas)

e fibrose (pulmões)

◆◆ Cancerígeno

◆◆ Danos

◆◆ Superfícies

PBB (bifenilas polibromadas) PBDE (éter difenil polibromados)

◆◆ Efisema

de placas de circuitos impressos de tubos de CRT ◆◆ Solda e vidro de lâmpadas ◆◆ Vidro

Mercúrio

do cérebro muscular ◆◆ Danos em órgãos vitais (coração, fígado) e baço ◆◆ Fraqueza

◆◆ Bioacumulativo

SMD

◆◆ Tubos

Cromo hexavalente Cromo VI

◆◆ Inchaço

◆◆ Chips

◆◆ Detectores

Cobre

com genoma de enzimas ◆◆ Risco de câncer (bexiga, rins, pele, fígado, pulmão, cólon)

◆◆ Sensibilização

◆◆ Semicondutores

Chumbo

◆◆ Interação

com cobre mecânicas, conectores, molas ◆◆ Relés ◆◆ Partes

Cádmio

de enzimas

◆◆ Cancerígeno

◆◆ Semicondutores ◆◆ Ligas

Arsênico

DANOS À SAÚDE

bioacumulativo crônicos e danos ao cérebro ◆◆ Problema nos rins ◆◆ Pode ligar-se ao DNA ◆◆ Efeitos

◆◆ Acumula-se

endócrino biologicamente ao longo da cadeia alimentar


NA REDE

LITERATURA

Impressão Offset – Máquina Alimentada a Folha KODAK @kodakbrasileira A Kodak Brasileira tem agora um perfil no Twitter. Essa é a segunda rede de relacionamento em que a Kodak Brasileira está inserida, uma vez que a empresa possui perfil no Facebook. Além da filial brasileira, a Kodak América Latina (@kodakLatam) também ganhou perfil no Twitter, em espanhol. “Estar nas mídias sociais não é mais uma questão de opção. As empresas podem não ter seus perfis nessas redes, mas, certamente, seus clientes estão lá, trocando informações. Fazer parte desse network é uma forma de cultivar novos contatos, atender com mais agilidade dúvidas dos clientes e divulgar novidades”, afirma Gilberto Farias, presidente da Kodak Brasileira.

Antônio Paulo Rodrigues Fernandes, Clodoaldo Pascoali, Fernando Caparroz, Jefferson Zompero, Suzana Fernandes do Nasciemento L ançamento recente, a obra foi editada como material didático dos cursos técnicos oferecidos pelo Senai. No entanto, o profissional também encontrará no livro informações valiosas para melhorar seu desempenho e aprofundar seus conhecimentos nesse processo de impressão que continua sendo o mais utilizado em todo o mundo. A obra introduz o processo offset em seu contexto atual com ênfase nos campos de aplicação, equipamentos utilizados e seu fluxo produtivo. Depois, detalha o funcionamento de uma impressora plana típica, as características e propriedades dos insumos e o controle de variáveis de impressão. A obra faz parte da coleção Informações Tecnológicas da Senai SP Editora que visa a reduzir a escassez de literatura técnica em português, atualizada. Senai-SP Editora www.senaispeditora.com.br

HEIDELBERG DO BRASIL www.heidelberg.com.br A Heidelberg do Brasil reformulou seu site e conta com uma nova plataforma on-line, estruturada para que, em apenas três cliques, seus visitantes encontrem o que desejam entre as soluções em pré-impressão, impressão, acabamento, Prinect, consumíveis Saphira e serviços oferecidos a gráficas de todos os tamanhos e segmentos. Organizado em diferentes níveis de conteúdo e áreas de negócio, o site reúne matérias, animações, novidades e testemunhais sobre produtos e serviços, lançamentos e campanhas — com destaque para informações específicas para impressão comercial, impressão de embalagens, impressão de rótulos e etiquetas e aplicações especiais. Entre as novidades está a versão para dispositivos móveis, como smart phones e tablets, além da integração com as redes sociais e o YouTube. Funcionalidades de SEO ( Search Engine Optimization) também foram acrescentadas para promover resultados mais assertivos através dos sites de busca.

Adobe Photoshop CC Marcos Serafim de Andrade Este livro demonstra a utilização das principais ferramentas do Photoshop CC, o soft ware da Adobe para edição de imagens. Por meio de atividades passo a passo, são apresentados os recursos para tratar fotografias digitais ou digitalizadas, criar logotipos e cartões postais e para se trabalhar com pintura digital. Também se demonstra como preparar imagens para publicação impressa, para exibição em meios digitais ou para utilização em outros soft wares, como o InDesign e o Illustrator. São ainda explicadas as ferramentas de automatização da produtividade e muitas outras funções que facilitam o trabalho de designers e produtores gráficos. Tudo isso com o apoio de arquivos-modelos disponibilizados on-line. Editora Senac www.editorasenacsp.com.br

VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Boas Práticas para Impressão Digital em Grandes Formatos Parte I

O quarto volume da Coleção Digitec é voltada para o profissional do mercado de comunicação visual e impressão de grandes formatos, abordando desde a instalação da impressora até a geração de arquivos e o RIP.

1. INSTALAÇÃO DA IMPRESSORA

Para a instalação de uma impressora digital, a recomendação é seguir os manuais do fornecedor do equipamento. Esses materiais geralmente indicam os seguintes itens: ◆ Espaço de acesso e movimentação de mídias: em média 1,5 m nas laterais e atrás. Na frente, 3 metros (variando conforme a dimensão da máquina). ◆ No-break compatível com a potência do equipamento: recomenda- se usar aparelhos homologados pelos fornecedores das impressoras. ◆ Climatização: temperatura e umidade dentro dos parâmetros indicados pelo fornecedor. ◆ Ventilação ou exaustão: devem ser verificadas conforme o tipo de impressora. ◆ Instalação elétrica: aterramento é fundamental. Em alguns casos, o fornecedor pode cancelar a instalação até que o aterramento esteja adequado. 2. MANUTENÇÃO

Para garantir a melhor performance de sua impressora digital de grande formato, devemos manter sempre as indicações dos procedimentos de limpeza diários, que evitam o entupimento dos orifícios (nozzles), bem como as manutenções preventivas indicadas pelo fabricante.

Aplicação de Desenho

42 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I 2015

Arquivo Intermediário

Exija de seu fornecedor treinamentos sobre manutenções e procedimentos do equipamento. Também é recomendado ter uma agenda de visitas regulares de técnicos especializados. Esses profissionais fazem revisões completas na impressora, realizando regulagens mecânicas e eletrônicas completas, assegurando resultados de impressão consistentes. Não é recomendada a contratação de técnicos ou empresas de manutenção terceirizadas, durante a garantia do equipamento, a fim de evitar quebra do contrato de compra e venda pelo fabricante. Procure sempre um profissional especializado no seu equipamento, com peças originais para manutenções e reparos. 3. MÍDIAS E SUBSTRATOS

A escolha da mídia para impressão é fator determinante na qualidade dos trabalhos produzidos. Mídias de melhor qualidade apresentam resultados de impressão superiores. Para escolher o melhor substrato, atente para: ◆ Verificar a confiabilidade do fabricante ◆ Realizar os testes de impressão antes de comprar a mídia ◆ Verificar a qualidade, lote a lote ◆ Armazenar e transportar corretamente da mídia

Software RIP

Impressora


4. TINTAS

A tinta utilizada na sua impressora é determinante para o alto padrão no gamut de cores, resolução aparente, durabilidade externa, estabilidade e funcionamento da impressora por longos períodos. Utilize somente tintas originais fornecidas pelo fabricante, caso isso seja um requisito do fabricante para a garantia. Sempre verifique o consumo, durabilidade externa e quantidade de resíduos que sua impressora gera. Essa é uma maneira de verificar a qualidade da tinta e o bom funcionamento da impressora, lote a lote. A utilização de perfis de cor ICC adequada promove os melhores resultados de impressão, assim como economia de tinta. Se a tinta utilizada não atende suas necessidades, não tenha medo de buscar outra opção, sempre com alguma base de referência. Informe-se sobre o produto que deseja utilizar. Tenha consciência e compromisso com o meio ambiente, não descarte em qualquer lugar os resíduos de tinta. Questione o fabricante e ou fornecedor de tinta para que empregue o destino correto aos resíduos. Normalmente, o procedimento indicado para os resíduos de tinta é a incineração. 5. PRÉ-IMPRESSÃO 5.1 Arte-finalização e geração do arquivo fechado

Duas das etapas cruciais do processo de confecção de materiais de comunicação visual são a de arte-finalização e a de geração do arquivo fechado, também conhecida como etapa de fechamento de arquivos. A primeira faz uma diagramação mais fina e define os parâmetros finais que antecedem a etapa de geração dos arquivos fechados. Essa última etapa nada mais é do que converter e gerar os arquivos que serão processados pelo RIP da impressora. Ela pode ser desempenhada pelo cliente, mas em se tratando de comunicação visual Vetor

é normalmente feita pela equipe da gráfica ou birô de impressão, pois demanda alguma experiência e conhecimento de determinadas características particulares dos equipamentos de impressão, assim como o work flow de produção, que variam de empresa para empresa. Para melhor compreensão, detalhamos o workflow básico das empresas de impressão de materiais de comunicação visual. A arte começa com um desenho ou imagem, normalmente encontrado numa aplicação de desenho tal como Adobe Illustrator, Adobe Photoshop, Adobe InDesign ou CorelDraw. É essa arte que o profissional deseja ver reproduzida na impressora. Para chegar à impressora, no entanto, a arte deve passar pelo RIP, que é o soft ware que comanda a impressora. No entanto, o RIP normalmente não entende o formato no qual os arquivos encontram-se nos programas de desenho. Salvo o caso das imagens que podem ser enviadas diretamente para o RIP sem problemas, os desenhos e ilustrações encontram-se num formato que denominamos nativo. Por exemplo: um arquivo de MS

Bitmap VOL. I 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

43


Word geralmente é salvo no formato.doc. O RIP não interpreta diretamente esses arquivos. Para chegar até o RIP, esse arquivo precisa ser convertido em uma linguagem que ele compreenda. Nesse caso, a codificação intermediária é normalmente

PostScript type

ELABORADORES DA COLEÇÃO Membros Digitec: Diretor: Bruno Mortara Coordenadores: Wiliam Corrêa, Paulo Addair Daniel Filho, Andrea Ponce Assistente: Roseane Assis de Brito Autores: Ibis Itiberê Salgado Luzia (Epson) IbisLuzia@epson.com.br; Ivan Paes (Jetbest Brasil – Nova Silk) ivan.paes@novasilk.com.br; Luiz Ricardo Emanuelli (Infosign) luiz@infosign.net.br; Ricardo Augusto Lie (Ampla Digital) ricardo@ampladigital.com.br; Ricardo Minoru Horie (Bytes & Types) minoru@bytestypes.com.br Informações: consulte o site www.abtg.org.br (11)2797- 6700 ou digitec@abtg.org.br

44 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I 2015

Bitmap type

o PostScript ou o PDF. Arquivos PostScript e PDF contêm descrições dos elementos de página, tanto os vetoriais quanto os bitmap. 5.2 Elementos de página vetoriais × bitmap

Em relação aos tipos de elementos de página, eles são divididos em duas categorias: vetores e bitmaps. Um elemento vetorial é confeccionado por meio de equações matemáticas de cada linha ou ponto que compõem seu desenho. Os elementos bitmap são compostos por pixels dispostos numa matriz de forma a compor uma imagem. Os desenhos vetoriais, ao contrário das imagens bitmap, podem ser escalonados para quaisquer tamanhos sem correr o risco de serrilhar. Isto porque os vetores são independentes de resolução, enquanto as imagens bitmap dependem de resolução para que possam ser impressas com qualidade. Quanto mais pontos concentrados numa área, maior a definição da imagem que ela irá formar na impressão. No exemplo acima, a letra do lado esquerdo encontra-se em formato vetorial e pode ser ampliada indefinidamente sem perder definição, ao passo que a letra da direita, por encontrar-se no formato

bitmap, não pode ser muito ampliada, pois tenderá a mostrar os pixels que a compõem. 5.3 Dicas de arte-finalização

Embora o assunto seja complexo e a sua completa abordagem extrapole o objetivo dessa cartilha, seguem algumas dicas importantes. Sempre que possível, dê preferência para trabalhar com elementos vetoriais e minimizar o uso de formatos rasters, também conhecidos como formatos de imagens bitmap ( JPEG ou TIFF). Em comunicação visual trabalha-se com grandes formatos e altas resoluções, uma combinação que é fatal para arquivos com baixa definição. Isso porque, quando esses arquivos são ampliados, o que se obtém é uma imagem com baixa definição. Além disso, muitos recursos sofisticados encontrados nas impressoras mais modernas, tais como recorte, aplicação de tinta branca, prata e verniz, só são interpretados corretamente pelo RIP quando a arte contém elementos vetoriais que descrevem precisamente onde esses recursos devem ser empregados. Muitas vezes o profissional prefere arte-finalizar o arquivo em um formato de imagem bitmap ( JPG ou TIFF), limitando assim a resolução do arquivo. Como normalmente a resolução do arquivo de imagem para o qual o profissional gera a arte é baixa (menor do que 100 dpi, por exemplo), a imagem quando ampliada serrilha e acaba comprometendo a qualidade da impressão. Além disso, arquivos de imagem podem ficar enormes quando a arte é ampliada no momento do fechamento. Isso faz com que o arquivo demande um tempo de processamento muito maior no RIP do que seria necessário se a arte fosse enviada no formato vetorial. Se o designer optar por enviar o arquivo em algum formato raster, sempre que possível verifique antes com o birô de impressão a resolução necessária das imagens em relação ao equipamento e a aplicação do impresso (empena de prédio, materiais de ponto de venda, banners etc). Veja na próxima edição a segunda e última parte da cartilha Boas Práticas para Impressão Digital em Grandes Formatos.



GESTÃO

Gestão em tempos bicudos

O

ano de 2015 começou com muitas de­ nún­cias de corrupção e duras medidas na economia. Além disso, as expectati­ vas do PIB brasileiro não são boas, não haverá crescimento este ano segundo a maioria dos analistas e o aumento do dólar é uma rea­li­da­de. Esse cenário traz instabilidade para os merca­ dos brasileiros. Afora os problemas reais, temos de conviver com a insegurança dos em­pre­sá­rios, que, com toda a razão, estão temerosos sobre o futuro. Mas essa não é a primeira e muito provavelmen­ te não será a última crise que iremos passar. A eco­ nomia é cíclica e, portanto, vive de altos e baixos, regra válida para todas as eco­no­mias do mundo. Contudo, o que precisamos fazer é saber que elas existem e as empresas devem manter os radares liga­ dos para antever e se preparar para os movimentos que apontam no horizonte. Vamos entender os efeitos do panorama a­ tual. Por exemplo, as grandes empresas para as quais as gráficas promocionais prestam serviços estão re­ vendo seus budgets e provavelmente estão rea­ va­lian­do os investimentos nas áreas ­­ de desenvol­ vimento de produtos, mar­ke­ting e comunicação. Consequentemente teremos menor demanda de produtos gráficos, o que traz aumento da concor­ rência, provocando a necessidade de as gráficas se­ rem mais efi­cien­tes, fazendo com que o empresário pense mais para rea­li­z ar um investimento. No segmento edi­to­rial a si­tua­ç ão é a mesma. As editoras serão ainda mais seletivas quanto à produção das obras, ajustando a demanda à nova rea­li­da­de de mercado. O segmento de embalagens talvez seja a área com menos alterações. Todavia é preciso lembrar que o nosso mercado depende de uma demanda derivada do varejo, que pode sofrer com a desace­ leração do comércio no médio prazo. Esta si­tua­ção traz insegurança para todos. Por essa razão temos que ter foco em resultados e pla­ nejar as ações ime­dia­tas e as de médio e longo prazo.

Luiz Flávio S. Botana

José Pires de Araújo Jr.

CONTROLES FUNDAMENTAIS

O primeiro passo é ava­liar o fluxo de caixa. Essa é a melhor ferramenta para planejamento e toma­ da de decisão. Acompanhe dia­ria­men­te seu fluxo de caixa, tenha na cabeça qual é o seu ponto de equilíbrio e em quanto está sua margem de con­ tribuição; avalie seus fi­nan­cia­men­tos e emprésti­ mos. Controle seus processos, saiba exatamente quanto eles custam. São eles que irão pesar na hora de formar seu preço. 46 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2015

Invista em ações de mar­ke­ting que gerem ven­ das. Mar­ke­ting é estratégia pura, sua função é conquistar e manter clien­tes. Planeje as ações com aju­ da do pes­soal de vendas. Desta forma ficará mais fácil obter resultados nas vendas. Não podemos esquecer que a maioria dos clien­tes ainda compra preço, mas não se esqueça de oferecer valor para ele. A venda de valor deixa o clien­te mais satisfeito, mais fiel e melhora sua lucratividade. O grande investimento para esse momento é em pes­soas. Tal investimento pode trazer para a em­ presa um retorno mais rápido e maior do que em uma máquina. As pes­soas são cria­ti­vas, podem fa­ zer uma enorme diferença para a empresa não ape­ nas com seu trabalho, mas também com suas ideias. A GESTÃO INTERNA DA INDÚSTRIA GRÁFICA NA CRISE

Uma crise que tem a sua origem fora dos limites de uma empresa causa dois efeitos na sua gestão ope­ ra­cio­nal: um de fora para dentro, que é fruto das reais alterações do am­bien­te que afetam a empre­ sa, como aumento de preços, escassez de ma­té­ rias-​­primas ou dificuldades em ne­go­cia­ções; e ou­ tro que vai de dentro para fora, que é a percepção que a empresa tem do que está por vir e as suas medidas preventivas em relação a esses problemas. Se o primeiro desses efeitos (de fora para den­ tro) tende a equalizar empresas do mesmo ramo, visto que todos lidam mais ou menos com os mes­ mos problemas, o segundo (de dentro para fora) faz com que cada companhia tome medidas pro­ porcionais à gravidade da crise que ela acredita que virá. Isso pode fazer com que empresas muito pes­ simistas tomem medidas extremas e des­ne­ces­sá­ rias e com que as muito otimistas não adotem as ações ne­ces­sá­rias e importantes. Portanto, o primeiro passo para que a gestão ope­ra­cio­nal seja adequada é manter todos os en­ volvidos muito bem informados. É preciso que de­ diquem um bom tempo à análise dos dados inter­ nos e externos para que o espectro das medidas a serem adotadas seja adequado ao am­bien­te previs­ to. É importante conversar com economistas, com o gerente do banco, com outros em­pre­s á­rios do seu ramo e de outros setores e, sobretudo, com os clien­tes para que seja possível desenhar um cenário futuro com uma ra­zoá­vel probabilidade de acerto. Mas existem algumas medidas usual­men­te ade­ quadas para momentos como o que estamos viven­ do. O que pode mudar de empresa para empresa é a dosagem na aplicação dessas medidas. São padrões


de gestão que dão destaque para requisitos básicos que devem ser adotados em momentos difíceis. ◆◆ Preservação dos recursos existentes ◆◆ Foco maior no momento presente ◆◆ Conservadorismo perante o clima de incerteza Dian­te disso, apresentam-​­se algumas ações que podem ser aplicadas internamente.

A comunicação entre os gestores e suas equipes também é importante para manter a atenção no trabalho e o moral da tropa elevado. É um momento de muita discussão, muita ajuda recíproca, quando as críticas e sugestões podem ser va­lio­sas. Enfim, esse pe­río­do deve ser tratado como um momento de exceção e que, dessa forma, exige uma gestão mais próxima do ope­ra­cio­nal.

1. Contenção de investimentos

Essa é uma das medidas mais ób­vias. Um investimento é uma decisão que tomo agora e que surtirá efeito na empresa no futuro. Dian­te de um futuro incerto, é melhor repensar o tema. Além disso, investimentos são grandes tomadores de recursos, sejam eles pró­prios ou de terceiros, e não é recomendável em tempos de crise nem diminuir os recursos pró­prios, nem aumentar o endividamento. Logo, é fundamental repensar os investimentos. Alguns devem ser suspensos, se estavam ba­ sea­dos num cenário que sofreu mudanças. Pode-​ s­ e pensar em retomar o assunto quando o cenário futuro ficar mais claro. Outros investimentos podem ser adia­dos, partindo do pressuposto de que a aplicação de recursos é correta, mas o momento de fazê-​­lo não. E haverá investimentos que devem ser mantidos. São aqueles cujo fluxo de caixa ime­ dia­to será pior sem o investimento do que com ele. 2. Rígido controle dos custos e das despesas

Valem exatamente as mesmas regras aplicadas para os investimentos. Só se gasta o estritamente necessário, que é es­sen­cial e urgente. Itens importantes, mas não urgentes devem ser adia­dos. Itens desejáveis devem ser cancelados. Porém, nenhuma dessas regras supera o bom senso. Sendo assim, o mais importante é que o nível de aprovação das despesas se eleve. Os em­pre­s á­rios, diretores e gerentes devem dedicar um tempo pes­soal maior dentro da empresa para aprovar essas despesas. Em momentos de crise, não faz sentido que o empresário reclame das altas despesas que já foram feitas. Ele deve ­atuar pre­via­men­te para elas não sejam feitas. Não se pode nem se deve engessar a empresa, contudo um aumento do controle é necessário. 3. Aumento do foco na gestão do dia a dia

Em pe­r ío­dos difíceis a palavra-​­chave é sobrevivência. Precisamos sair dela igual ou melhor do que entramos. Portanto, a crise precisa ser vivida. Cada momento deve ser analisado cri­te­rio­sa­ men­te, sendo que cada decisão deve ser tomada com muito critério. Os gestores precisam estar por perto o tempo inteiro, pois resoluções que se­riam coe­ren­tes em tempos normais podem ser erradas em si­tua­ções críticas.

4. Certo congelamento do planejamento de médio e longo prazo

Repare que estamos falando de congelamento e não de abandono. As empresas são feitas para serem eternas e é sabido que as más fases são cíclicas. Logo, é natural que o foco central da gestão seja o ope­ra­cio­nal, mas é totalmente previsível que as crises passem e que as empresas devam se preparar para a retomada nos momentos favoráveis. Os gestores podem a­ diar projetos, rever estudos, ­adiar contratações. É até recomendável que eles o façam em pe­río­dos incertos. Porém, guarde esses projetos e estudos em algum lugar que seja acessível, para que possam ser retomados assim que o am­bien­te volte a ser favorável. 5. Ataque total aos erros

Se um erro ope­ra­cio­nal já é muito caro em si­tua­ ções normais, imagine em tempos instáveis. A gestão deve trabalhar junto com suas equipes para otimizar os processos que permitam a eliminação dos erros. Verificações, análises críticas de projetos, check lists e outras ferramentas devem ser aplicadas intensamente para evitar os pre­juí­zos provocados por erros. Coloque os seus melhores talentos a serviço dessa tarefa, pois os erros podem ser fatais. 6.Eduque, treine, motive

O gestor deve real­men­te assumir a liderança do processo em momentos bicudos. É a hora de chamar a responsabilidade de todos na missão de vencer as dificuldades. Ele pode ser o grande mentor do grupo, pode ser o grande educador da equipe, mostrando como se atua em condições adversas; deve ser o exemplo de conduta e pode ser um dos treinadores do time. A visibilidade dos líderes precisa aumentar com o objetivo de mostrar a todos a disposição, a coragem e a competência para lidar e vencer os momentos difíceis. Concluindo, o grau de efetividade dessas medidas vai depender da competência na sua execução e de quanto os efeitos externos podem estar anulando os esforços internos. Isso não é previsível, mas certamente se dará muito melhor quem trabalhar forte para enfrentar tais ce­ná­rios. Sairá melhor da crise quem se preparar para enfrentá-​­la.

LUIZ FLÁVIO S. BOTANA

é professor da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, assim como JOSÉ PIRES DE ARAÚJO JR, mestre em Administração. VOL. I  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

47


COMO FUNCIONA Célio Robusti

O papel do papel

D

esde os tempos mais remotos o ser hu­ mano busca reproduzir graficamente, nos mais diversos tipos de materiais, um sig­ no, um símbolo, com o intuito de per­pe­ tuar sua cultura e, consequentemente, sua espécie. O estado da arte dos processos de impressão con­ siste na reprodução, da maneira mais fiel possível, de uma imagem. O mercado gráfico se vale de al­ guns processos de impressão que utilizam formas específicas, alguns tipos de tintas e uma va­rie­da­de incontável de substratos, dos quais o mais utilizado é o papel. Podemos definir papel como uma folha composta, basicamente, de fibras celulósicas uni­ das entre si, misturadas ou não com outros produ­ tos químicos (aditivos) que lhe darão características específicas, dependendo de sua finalidade. ADITIVOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DO PAPEL

Cargas minerais Subs­ti­tuem parte das fibras celulósicas, conferindo ao papel maior opacidade (menor transparência) e melhor secagem da tinta de impressão. No entan­ to, di­mi­nuem as características mecânicas da folha. Amidos Podem ser dosados em pontos do processo nos quais a celulose se encontra na forma de pasta ou na superfície do papel semipronto. No primeiro caso, aumenta a resistência mecânica da folha. Já no se­ gundo caso, pro­por­cio­na um aumento da resistência su­per­f i­cial da mesma, ou seja, diminui a probabili­ dade de arrancamento de partículas de sua superfí­ cie, condição adequada para impressão offset plana.

Agentes de colagem interna Di­mi­nuem a capacidade de absorção de líquidos pelo papel e, portanto, a capacidade de absorção de tintas líquidas na rotogravura e na flexografia, melhorando seu desempenho no que diz respeito ao aumento do valor tonal. Alvejantes ópticos Conferem ao papel branco maior alvura (medida da reflexão de luz [azul] num comprimento de onda de 457 nanômetros) e maior brancura (reflexão de to­ dos os comprimentos de onda do espectro visível, de 400 a 700 nanômetros, de maneira ba­lan­cea­da). Na prática, a medição de brancura pode ser efe­tua­ da utilizando-​­se vá­rias fórmulas matemáticas que não condizem, ne­ces­s a­ria­men­te, com o conceito teó­ri­co. Por isso os alvejantes ópticos aumentam a brancura e a alvura, uma vez que eles absorvem as ra­dia­ções ul­tra­vio­le­tas e as ree­mi­tem no espectro visível (na faixa do azul). Quan­do dosados em ex­ cesso, os alvejantes ópticos podem comprometer a composição de cores na impressão, pois o papel encontra-​­se branco-​­azulado. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO PAPEL

1. Preparação da massa Consiste em transformar as placas/blocos de celu­ lose em pasta (caso a fábrica em questão seja so­ mente aquela destinada à produção de papel — fábrica não integrada), além de retirar impurezas e mudar sua forma física para que possa ser ade­ quada ao tipo de papel fabricado, de acordo com as características desejadas ou com o processo de impressão. Alguns aditivos podem ser adi­cio­na­dos nesta etapa do processo. 2. Ap­proach flow (fluxo de aproximação) É o elo entre a preparação da massa e a máquina de fabricação de papel (máquina de papel). Nessa etapa a pasta é transformada em suspensão fibro­ sa por meio da adição de mais água no processo, quando, então, passa por mais uma fase de retira­ da de impurezas, além de receber mais aditivos an­ tes de alimentar a máquina de papel.

Foto microscópica da superfície de uma folha de papel

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3. Máquina de papel A água adi­cio­na­da an­te­rior­men­te é retirada grada­ tivamente em toda a extensão da máquina e retor­ na ao processo após con­di­cio­na­men­to adequado. O processo de formação da folha tem início com a retirada de parte da água contida na suspensão


fibrosa por meio de vácuo. Essa fase interfere de forma significativa na resistência mecânica do papel, devido a possível diferença de distribuição de fibras celulósicas, o que interfere, também, na distribuição e no consumo de tinta na impressão.

Caixa de entrada

Após a formação, a folha ainda é submetida aos processos de prensagem e de secagem para retirada da água por meio de ação mecânica e de evaporação, respectivamente. No caso da fabricação de papel para imprimir e escrever, a folha é submetida ao processo de calandragem antes de ser enrolada, quando possíveis correções podem ser efetuadas, por exemplo, na aspereza, na espessura e no volume específico aparente. Imprimir uma imagem em um papel muito áspero implica em maior consumo de tinta e menor poder de cobertura. Um papel com alto volume específico aparente (corpo) e baixa aspereza é o mais adequado para impressão em rotogravura.

Formação

Acabamento Prensagem

Secagem

Calandragem

MÁQUINA DE PAPEL – REMOÇÃO DE ÁGUA DA FOLHA

Formação da folha

Enrolamento

Prensagem

Calandragem

CÉLIO ROBUSTI é professor da Escola Senai

Theobaldo De Nigris.

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NORMALIZAÇÃO

Alvejantes ópticos e os novos espectrofotômetros

Bruno Mortara

Alvejantes ópticos no papel de impressão forçam a criação de novos padrões de cabines de luz e de espectrofotômetros.

ecentemente, o uso quase indiscriminado de alvejantes ópticos em pa­péis de impressão gráfica forçou a ISO a alterar seus padrões de iluminação e medição a fim de adequar-​­se às modificações na percepção e na medição de cores provocadas por esses agentes químicos. Em poucas palavras, os alvejantes ópticos — conhecidos por sua sigla em inglês FWA ( fluo­res­cent whitening agents) — são subs­tân­cias químicas misturadas à massa ou ao revestimento dos pa­péis. Quan­do excitadas pela parte invisível de raios luminosos incidentes — ra­ dia­ção ul­tra­vio­le­ta —, tais subs­tân­cias retornam luz visível em tons de azul e, por vezes, magenta. Esse fato faz com que uma imagem impressa em papel com alvejantes ópticos, vista numa cabine de iluminação com luzes an­te­rio­res à norma ISO 3664 , de 2009, se mostre muito diferente do que quando vista sob a luz solar moderada. Para superar esse problema, a ISO especificou um novo iluminante para as cabines de luz, na ISO 3664 , e para os espectrofotômetros, na ISO 13655 , de forma que aquilo que se vê numa cabine de luz normalizada (imagem + fluo­res­cên­cia), agora pode ser aferido por um espectrofotômetro atua­li­z a­do, de maneira consistente. O novo iluminante recebeu uma definição precisa, na faixa de ul­tra­vio­le­tas, de 300 nm até 380 nm. OS NOVOS ESPECTROFOTÔMETROS

Figura 1 – Medição de uma amostra com a condição M1, em vermelho, e depois com M2, em verde. Os valores de CIELAB b* espelham esse efeito, com – 11,53 em M1 (azulado) e – 2,70 em M2.

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Assim como as cabines de luz, os espectrofotômetros — instrumentos que medem a energia refletida a cada cinco ou 10 nm da faixa espectral, resultando numa medição precisa da cor amostrada —, também adotaram o novo iluminante. Isso garante que aquilo que se vê equivale àquilo que se mede! Mas como saber se um espectrofotômetro está atua­li­z a­do em relação à norma ISO 13655 , que especifica as diversas condições de leitura? Essa resposta deve vir acompanhada de uma explicação sobre as condições de medição dessa norma: M0 , M1, M2 e M3 .

M0

A condição M0 foi concebida para que os antigos instrumentos, como o XRite i1Pro1, que pos­suíam iluminante incandescente em conformidade com iluminante padrão CIE “A”, ainda tivessem um lugar ao sol. Há uma grande diferença nos con­teú­ dos UV do iluminante entre os espectrofotômetros mais antigos e/ou de diferentes fabricantes. Por isso, cada um desses instrumentos obtinha valores diferentes na leitura de um mesmo papel com elevados níveis de alvejante óptico. Isso provocava in­con­sis­tên­cias entre aparelhos e entre valores medidos e sua vi­sua­li­z a­ção. Os datasets produzidos em conformidade com a norma ISO 12647-2 , como o Fogra39L, que gerou o perfil IsoCoa­tedV2, ou o Fogra45L, que gerou o perfil PSOUn­coa­ted, foram medidos com instrumentos M0 . Assim, provas e impressos que simulam essas condições de impressão devem ser ava­lia­dos somente com a condição M0. M1

Esse é o futuro das medições espectrais e colorimétricas. Espectrofotômetros que pos­suam a condição M1 têm sua iluminação de acordo com o CIE D50 , assim como definida pela ISO 3664 de 2009. Um instrumento nessas condições excita os alvejantes ópticos do substrato (quando presentes) e o resultado medido será mais azulado, em função do iluminante. Os datasets produzidos em conformidade com a norma ISO 12647-2, de 2013, futuros Fogra51 e 52, ainda em teste, foram desenvolvidos com medição M1. Provas e impressos que simulam essas condições de impressão devem ser ava­lia­dos somente com a condição M1. M2

A condição M2 tem o objetivo de excluir totalmente os con­teú­dos UV do iluminante (UV- ​­Cut) e, assim, obter uma leitura livre da interferência


dos alvejantes ópticos. Isso se torna extremamente interessante quando se comparam as leituras M0 e M1. Com essa técnica é possível perceber a contribuição líquida dos alvejantes, podendo-​­se entender sua interferência, como fica evi­den­cia­ do na Figura 1. M3

A condição M3 é ainda mais restrita do que a M2 . Assim como a M2, a M3 não possui UV, mas, além disso, sua luz atravessa filtros polarizadores. Como resultado, a fluo­res­cên­cia e o brilho especular não são capturados por um instrumento M3 . Tal condição serve somente para espectrodensitômetros que ava­liam a densidade de impressão — em es­ pe­cial no caso de tinta offset ainda úmida —, não servindo para ava­lia­ção de cores. M0, M1, M2. . . QUAL DEVO UTILIZAR?

Assim que a empresa adotar iluminante de cabine de luz e de console de máquinas de acordo com a ISO 3664:2009, seus instrumentos deverão medir em M1, caso contrário, uns medem uma coisa e outros veem outra.

Ao longo da cadeia gráfica, essa nova configuração cria um problema: uma prova certificada ISO 12647-7 simulando, por exemplo, a condição Fogra39L (cria­da com M0) pode ser aprovada se medida com um i1Pro1, que só mede M0, e ser recusada se medida com um i1Pro2, em M0. Os novos instrumentos, mesmo simulando um iluminante incandescente — M0 —, não dão conta dos valores desconhecidos de UV, típicos dos antigos instrumentos M0. Toda a cadeia gráfica deverá alinhar-​­se aos iluminantes M1, assim que com­preen­de­rem que os antigos instrumentos devem ser trocados e as cabines de luz e consoles de máquinas deverão receber lâmpadas de acordo com a ISO 3664:2009. Outra questão. Sempre que se verifica a conformidade de uma prova (ISO 12647-7) ou de um impresso (ISO 12647-2), é preciso fazê-​­lo contra os valores de um dataset. Ora, um dataset é uma carta de cores impressa numa condição padronizada e lida com um instrumento numa condição M0 , para os antigos datasets, e M1, para os mais recentes. É fundamental alinhar os processos gráficos — prova e impressão —, de acordo com os instrumentos

Exemplo de papéis com alto conteúdo de FWAs: papel sulfite à esquerda e uma escala Pantone, abaixo. À esquerda, iluminados com fonte UV pura, e à direita, com iluminação comum. Observe a altíssima reflexão do papel sulfite, que contém elevados índices de FWAs.

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existentes na empresa (M0 ou M1), assim como com os iluminantes das cabines de luz e dos consoles das máquinas (ISO 3664 do ano 2000 ou de 2009). DATASETS M1

Exemplo de papéis com baixo conteúdo de FWAs: papel de provas digitais (abaixo) e papel de jornal. À esquerda, iluminados com fonte UV pura e à direita, com iluminação comum.

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O instituto de pesquisa alemão Fogra promete li­ berar em breve os datasets Fogra51 e 52 e seus res­ pectivos perfis para o público. Até que isso ocorra, con­ti­nua­re­mos vivendo em um mundo com re­fe­ rên­cias somente M0 e instrumentos M0 e M1. Isso tem gerado certa confusão entre os técnicos e es­ pe­cia­lis­tas: vivemos na era da ISO 12647-2:2004, ou podemos implementar a ISO 12647-2:2013 com datasets em linha com as normas de vi­sua­li­z a­ção e medição na condição M1? O conselho geral, inclu­ sive da Fogra, é que esperemos até que sejam libe­ rados os datasets feitos com a condição M1, dentro dos requisitos da ISO 12647-2:2013 , para que possa­ mos implementar e nos comunicarmos ba­sea­dos nessa nova condição. CONCLUSÃO

Quem tem processos em linha com a ISO 12647‑2 de 2004, checagem e conformidade a essa norma, contra datasets cria­dos com M0 (Fogra39L, por

exemplo), instrumentos M0 e cabines de luz com lâmpadas em conformidade com a ISO 3664:2000 , deve planejar a migração nos seguintes quesitos: ◆◆ Troca de bulbos das cabines e consoles para conformidade com a ISO 3664:2009 ◆◆ Troca de espectrofotômetros para instrumentos capazes de medir em M1 ◆◆ Calibração de provas segundo datasets novos, assim que forem lançados, provavelmente em abril ◆◆ Calibração de sistemas de impressão offset segundo a ISO 12647-2:2013 , assim que os itens acima forem so­lu­cio­na­dos. Para simplificar, quando a Fogra liberar os datasets ba­sea­dos em M1, o processo pode ser ini­cia­do e as atua­li­z a­ções de iluminações, instrumentos, re­ fe­rên­cias e calibrações feitas de forma segura. Esse é um processo lento e deve ser comunicado para toda a cadeia gráfica, incluindo os fornecedores de insumos e, es­pe­cial­men­te, os clien­tes. BRUNO MORTARA é superintendente do ONS27,

coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós-​­graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.


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2ª– a 5ª– : 18/5 a 27/5 das 19h as 22h. Requisitos: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e

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