ARTE EXPOSTA Três lugares de exposição de arte
PERMACULTURA Compartilhando uma vida melhor
MASP
TOMIE OHTAKE
BIENAL
ENTREVISTAS
María Catalina Plazas Restauradora e Conservadora de Arte
Kiara Terra Escritora e Contadora de Histórias
CURTA O CURTA DICAS DE LEITURA
CLICK
ASSISTIMOS E INDICAMOS
MÚSICA Fernandinho BeatBox — Caminho Estreito
PEDALANDO NO TEMPO A evolução da bicicleta
NA BATUCADA DO SAMBA Uma história de resistência
SUPER-HERÓIS Superman Mulher Maravilha Batman Homem-Aranha
Revista Eletrônica Abre-te cérebro! #2 Mais um semestre se passou e até que enfim o 2º volume da nossa revista saiu do forno!!! Depois de um período de longos estudos, pesquisas, leituras, conversas, risadas e algumas lamentações, afinal de contas somos adolescentes, aqui estamos novamente com uma revista super legal, recheada de pautas bacanas, links interessantes, entrevistas incríveis, além de dicas de livros e filmes. Esta publicação é o resultado do trabalho desenvolvido no 2º semestre de 2012 pela turma do Ateliê Matéria Prima no Ar. Abre-te cérebro! E descubra o tesouro do conhecimento. P.S. A turma de 2012 do Ateliê Matéria Prima no Ar se despede deste projeto e faz um pedido: Que outros integrantes que passarem por esta redação publiquem volumes tão especiais quanto foram os nossos deste ano!
O Ateliê Matéria Prima no Ar, pertence ao Projeto Matéria Prima Itapevi, um projeto socioeducativo do Instituto Eurofarma, que oferece atividades complementares ao ensino escolar para crianças e adolescentes com idade entre 7 e 12 anos. Saiba mais sobre o Instituto Eurofarma: http://www.eurofarma.com.br/versao/pt/resposabilidade/index.asp
Envie sugestões para os próximos volumes: E-mail: abretecerebro@hotmail.com
Idealização: Ateliê Matéria Prima no Ar Educadora responsável: Renata Melo Participantes do Ateliê Matéria Prima no Ar Alan Macedo Alessandro Alves Quatrini Amanda Letícia Daniel da Silva Beatriz Mariane Santana Carlos Augusto Soares Emanoel Pereira de Oliveira Ester de Araújo Souza Evelyn Vitória Freitas Silva Gabriel Calixto Nunes Guilherme Santos Moreira Igor Mateus de Oliveira Inara Priscila Santos Kevin Pedro Silva Larissa Rocha Menezes Layanne Araújo da Silva Lyncon Gabriel Gouvea Maiara Aparecida Mendes Maria Eduarda Conceição Robert da Silva Arruda Samuel Calixto Nunes Weverton Souza Ferreira Capa: Zulmira Amaral Diagramação: Bianca Colussi de Sousa e Renata Melo com colaboração da turma do Ateliê Matéria Prima no Ar Realização: Instituto Eurofarma Gestão pedagógica: La Fabbrica do Brasil
A bicicleta levou muito tempo para chegar ao qu
e adaptações. Veja como foi a evolução desse m
e crianças e faz você se Um projeto de Leonardo da Vinci Por volta de 1966, monges italianos encontraram documentos de Leonardo da Vinci e junto com eles, havia um projeto de uma bicicleta. Esses documentos eram de aproximadamente do ano de 1490. O projeto mostrava um desenho de uma bicicleta muito parecida com a que conhecemos hoje, mas pelas análises que foram feitas, o eixo de direção dobrava no meio e, por causa disso, devia ser muito difícil manter o equilíbrio em cima dela. Mas, antes de Leonardo da Vinci, já existiam pinturas em vasos, murais e relevos com brinquedos de duas rodas que provavelmente
O Celerífero Em 1790, um brinquedo, criado pelo francês Conde de Sivrac, era todo de madeira e tinha duas rodas, ligadas por uma ponte onde a pessoa podia sentar e apoiar as mãos em uma parte que ficava na transversal. Para brincar, era preciso apoiar os pés no chão e empurrar, tentando manter o equilíbrio. A brincadeira devia ser bem difícil, pois, como era todo em madeira, pesava muito, além disso, os tombos eram inevitáveis.
inspiraram a criação da bicicleta como conhecemos hoje. A Draisiana Em 1817, um engenheiro agrônomo e florestal alemão chamado Karl von Drais, colocou em um celerífero um sistema de direção, um sistema de freio e um selim onde era possível ajustar a altura. Com o sistema de direção, ficou um pouco mais fácil manter o equilíbrio e com o selim ajustável, pessoas de várias estaturas podiam experimentar a brincadeira. Esse brinquedo adaptado passou a se chamar “draisiana”. Muitas pessoas gostaram, pois passaram a sentir mais segurança durante o movimento. Mesmo assim, o impulso era dado com os pés, que depois eram levantados quando o condutor pegava o equilíbrio. A velocidade dependia do piso, pois naquela época os pisos eram bem irregulares. Algumas draisianas começaram a ser fabricadas e espalhadas pelo mundo, devido ao seu sucesso.
Por Alan Macedo Carlos Augusto Soares Kevin Pedro Silva Samuel Calixto Nunes
e é hoje, foram anos e anos de tentativas
Weverton Souza Ferreira
meio de transporte que agrada adultos
e sentir voando.
A primeira competição Em 1829 aconteceu na cidade de Munique,
Feita para mulheres
Outras pessoas fizeram novas adaptações para melhorar ainda mais as draisianas, por exemplo o inglês Denis Johnson, que lançou em 1819, um modelo especialmente feito para mulheres, com armação mais curvada para que elas não tivessem problemas com as longas saias.
Os primeiros pedais por alavanca nas rodas traseiras
Em 1839, um ferreiro escocês chamado Kirkpatrick Macmillan, depois de muitos experimentos, adaptou uma draisiana, colocando por meio de alavancas um sistema de propulsão por pedais na roda traseira. A bicicleta passou a funcionar melhor, mas ainda não era muito confortável.
a primeira competição. Competiram 26 draisianas e o vencedor conseguiu percorrer pouco mais de 30 km. Foi uma verdadeira vitória porque percorrer essa distância sem pedais, não devia ser nada fácil.
A criação do velocípede e os pedais na roda dianteira Em 1861, Pierre Michaux, um francês que tinha uma oficina de carroças, recebeu em sua oficina uma draisiana para ser consertada. Quando o serviço foi feito, seu filho fez o teste para ver como tinha ficado. Ele gostou muito, mas achou cansativa. Depois da declaração do filho, Pierre pensou em criar um sistema que facilitasse a locomoção da bicicleta. Então, criou um sistema de propulsão por alavancas e pedais na roda dianteira. O resultado foi tão bom que ele começou a fabricar esse novo modelo que passou a ser chamado de velocípede. Outros velocípedes foram inventados pelo ferreiro francês Pierre Lallement, e pelo inglês Philipp Moritz Fisher, mas não tiveram tanto sucesso como o de Michaux. Projetistas de várias partes do mundo começaram a produzir e vender este tipo de veículo.
Primeiras ciclovias
Com a popularidade das bicicletas nas ruas da França, em 1862 são criados caminhos especiais para os velocípedes, para que não se misturassem com charretes e carroças, evitando acidentes. Esses caminhos podem ser considerados as primeiras ciclovias.
A grande roda Em 1870, James Starley, um fabricante de máquinas de costura, criou um modelo de biciclo muito diferente dos outros. Era todo feito em aço, pneus em borracha maciça e um sistema de freios mais moderno. A roda dianteira era enorme, media 125 cm e os pedais eram fixos ao eixo da roda dianteira. Era na época, a máquina de propulsão humana mais rápida do momento.
Grandes exposições e a popularidade dos veículos Nesta época, as pessoas começaram a perceber a importância desse tipo de veículo e então, passaram a fabricar cada vez mais biciclos, triciclos, quadriciclos e sociáveis, que eram veículos de propulsão humana de duas, três ou até mais de quatro rodas. Tornou-se popular porque era muito mais barato comparado a outros transportes da época, como charretes, carroças e carruagens. Além disso, ocupavam menos espaço, eram mais limpos e podiam ser conduzidos por qualquer pessoa. Em muitos lugares do mundo, grandes exposições mostravam invenções modernas da época. Esses veículos eram verdadeiras atrações dessas exposições.
O biciclo vira um problema
Algum tempo depois, o biciclo de roda grande passou a virar um problema, pois geralmente quando o condutor se deparava com algum obstáculo e tinha que diminuir a velocidade, ele era arremessado e tomava tombos enormes, muitas vezes com graves consequências, pois o selim era muito alto.
Mais segurança e popularidade Os fabricantes dos biciclos começaram a se preocupar em criar um veículo de duas rodas mais seguro, então surge o modelo da “bicicleta de segurança”, com duas rodas do mesmo tamanho e com selim e pedais centralizados, o que fez com que o equilíbrio melhorasse para o condutor. O modelo é muito parecido com a bicicleta que conhecemos hoje. Com as novas adaptações, as pessoas começaram a ver a bicicleta como um transporte mais seguro, confortável, eficiente, muito simples e barato. Por causa de todas essas vantagens, ganhou adeptos de diferentes idades e passou a ser comercializada cada vez mais, em várias partes do mundo.
Melhoras nos pneus Para melhorar ainda mais o conforto da bicicleta, muitas coisas foram feitas ao longo do tempo. E no ano de 1888 o inglês John Boyd Dunlop, criou o pneu com câmara de ar. Esses pneus foram testados em competições para ver o seu funcionamento, antes de serem vendidos. Eles funcionaram muito bem e então, foram colocados à venda. Três anos mais tarde, o francês Edouard Michelin, criou os pneus sem câmara de ar que popularizaram ainda mais as bicicletas.
Correntes Novas tecnologias foram aplicadas e a bicicleta passou a ter correntes, o que facilitou ainda mais a sua condução, evitando trancos nos joelhos dos ciclistas.
O surgimento das bicicletas BMX Elas surgiram nos anos 50, mas se popularizaram no final dos anos 60. Eram bicicletas especiais com designe apropriado para pistas irregulares. Com esse modelo de bicicleta, surgiu também um novo tipo de esporte, o bicicross, uma espécie de corrida em pistas irregulares de terra com manobras simples e arriscadas. Com o sucesso desse esporte, surgiram equipes, campeonatos e revistas especializadas em bicicletas BMX. Com ela surge o ciclismo profissional.
Bicicleta de Montanha Mais conhecida como Mountain Bike é uma modalidade de ciclismo que surgiu na Califórnia no final da década de 50. As bicicletas feitas para esse tipo de competição são adaptadas com um sistema de freio especial, além de marchas para facilitar as pedaladas nas subidas. Geralmente é um esporte praticado em montanhas, estradas de terra e trilhas. É preciso muita resistência e destreza do ciclista, devido ao esforço para percorrer lugares com diversas irregularidades e obstáculos. Nos anos 70, muitas pessoas começaram a utilizar as mountain bikes nas cidades, pois achavam muito agradável pedalar esse tipo de bicicleta no asfalto.
Tecnologia cada vez mais avançada Nos anos 90, com a popularização das mountain bikes e do uso em geral das bicicletas, novas tecnologias são desenvolvidas para melhorar ainda mais as peças e os acessórios deste meio de transporte.
Bicicleta elétrica É muito parecida com uma bicicleta comum, mas a diferença é que ela tem um motor elétrico que fica preso a uma das rodas junto com uma bateria. Ele é movido por energia elétrica, não faz barulho e não polui o meio ambiente. Pode ser utilizado para acelerar a bicicleta ou para ajudar a pedalar e isso numa subida pode facilitar bastante. Pode atingir uma velocidade de até 25km/h quando o motor é acelerado, mas quando o ciclista não aciona o motor, ela funciona como uma bicicleta comum.
Bicicleta desmontável Além de ser um ótimo meio de transporte, este tipo de bicicleta é ideal para quem não tem muito espaço em casa. É de fácil manuseio e cabe em qualquer local. Geralmente é acompanhada de uma bolsa para guardá-la e carregá-la quando dobrada. É muito prática, leve, segura, fácil de guardar e de transportar e pode ser usada em conjunto com outros meios de transporte, como trem, metrô e carro, pois ela cabe tranquilamente em um porta-malas.
Bicicleta e saúde A partir dos anos 90, muitas pessoas começam a ver a bicicleta como alternativa de transporte ecologicamente correto e ideal para uma boa saúde. A ideia é cada vez mais estimular o uso da bicicleta e diminuir o uso do automóvel, pois pedalar reduz o estresse, diminui o engarrafamento e traz qualidade de vida para a população, além de fazer um bem enorme para o físico e para o planeta.
Alugue uma bicicleta e conheça o mundo Alugar uma bicicleta é comum nas cidades europeias e americanas, principalmente para quem está fazendo turismo. Nesses lugares, é bem fácil alugar uma bicicleta, sair pedalando e conhecendo as cidades, pois existem muitos pontos que prestam esse tipo de serviço.
People For Bikes É um movimento de pessoas que incentivam o uso de bicicletas como meio de transporte, seja por uma saúde melhor ou por um mundo melhor. Clique no link e conheça este movimento: http://www.peopleforbikes.org/
Clique no link e saiba muito mais sobre esse transporte que a cada dia ganha mais adeptos em todo o mundo: http://www.escoladebicicleta.com.br
Projeto Bike Sampa É uma iniciativa do banco Itaú em parceria com a Prefeitura de São Paulo e a empresa Serttel/Samba. O objetivo é estimular o uso das bicicletas nas grandes cidades. As pessoas podem se cadastrar pelo site do projeto, depois retirar a bicicleta em uma das estações e devolvê-la em outra. Os primeiros trinta minutos de utilização são gratuitos e, após esse período, serão cobrados R$ 5,00 a cada meia hora. Todas as bicicletas do Bike Sampa tem chip para controle e monitoramento. Hoje o projeto conta com 60 estações em 14 bairros da cidade, mas pretende disponibilizar 3 mil bicicletas espalhadas em 300 estações em diferentes pontos da cidade até 2014. Para se cadastrar e saber mais sobre este projeto, clique no link: www.bikesampa.com
Bike anjos Este é um serviço gratuito feito por ciclistas muito experientes e que utilizam a bicicleta como o seu maior meio de transporte. Eles ajudam pessoas que querem aprender a pedalar na cidade com mais confiança e segurança., acompanham o ciclista iniciante em suas primeiras pedaladas e ensinam manutenção básica e medidas de segurança no trânsito. Por que o serviço é gratuito? Porque eles são realmente apaixonados por bicicletas e acreditam que este meio de transporte pode tornar as grandes cidades mais humanas. Ilustração— Zulmira Amaral
Clique no link e saiba mais sobre este trabalho: http://bikeanjo.com.br/
Filme: Cartas para Julieta Diretor: Gary Winick Roteiro: Jose Rivera e Tim Sullivan Gênero: Romance País: Estados Unidos Ano: 2010 Este filme conta a história de Sophie, uma jornalista que sonha em se tornar escritora. Em suas férias ela e Victor, seu noivo, decidem fazer uma viagem romântica, então escolhem Verona, a cidade onde se passa a mais famosa história de amor, a de Romeu e Julieta. Quando chegam à Verona, as coisas não acontecem como Sophie planejou, o casal tem interesses diferentes e, por isso, acabam fazendo tudo separados. Victor se interessa em descobrir ingredientes culinários porque é chef de cozinha e Sophie se oferece para ser voluntária da “Casa de Julieta”, um lugar onde mulheres respondem cartas com dúvidas amorosas que as pessoas escrevem endereçadas à personagem do famoso romance. Por causa disso, ela encontra uma carta escrita há 50 anos. A partir daí, muitas coisas acontecem e a história de Sophie muda radicalmente. Além de bonita, esta história fala de coisas muito importantes, como a coragem de mudar e viver novas experiências, a atitude que temos que ter na vida e, principalmente, sabermos aproveitar as oportunidades que encontramos no meio do caminho.
Filme: O Palhaço Diretor: Selton Mello Roteiro: Selton Mello e Marcelo Vindicatto Gênero: Comédia/Drama País: Brasil Ano: 2011 Este filme fala sobre a vida de artistas circenses que percorrem cidades interioranas do Brasil levando alegria a muitas pessoas. Mas, toda a alegria do espetáculo, esconde a tristeza do palhaço Benjamin, que herdou a profissão do pai, o dono do circo. Benjamin sofre com as dificuldades financeiras do circo, pois o dinheiro recebido na bilheteria dos espetáculos não é suficiente para manter os artistas, além disso, ele passa por uma crise e não sabe se quer seguir a profissão de palhaço. O filme todo tem imagens lindas e coloridas e nos emociona em muitos momentos. Ele representará o Brasil na disputa a uma vaga para concorrer ao prêmio de melhor filme estrangeiro do Oscar 2013.
Filme: A Guerra dos Botões Diretor: Yves Robert Roteiro: Yves Robert e François Boyer Gênero: Comédia País: França Ano: 1962
Este filme conta a história de dois grupos de meninos que moram em aldeias vizinhas. Os moradores adultos das aldeias também tem uma certa rivalidade que já dura anos e, por causa disso, seus filhos também aprendem a ser rivais. Os dois grupos de meninos vivem em guerra, mas a maneira de atacar o inimigo é muito diferente: quem perde fica sem os botões, cadarços e suspensórios de suas roupas. Cada grupo tem um líder e eles passam a maior parte do tempo pensando nas estratégias de ataque. Os meninos aprontam o tempo todo e geralmente são pegos pelos pais ou pelo professor, que os colocam de castigo. Ao mesmo tempo são muito inteligentes, determinados, sabem se organizar, tem espírito de equipe e dividem todas as tarefas do grupo. A história é bem divertida, mas apesar de nos fazer rir, quase que o tempo todo, também nos faz pensar sobre muitas coisas, por exemplo, sobre conflitos, guerras que são passadas de geração em geração e que quase sempre não tem nenhum sentido.
Fernandinho BeatBox acaba de lançar seu novo CD Caminho Estreito. Tivemos a honra de entrevistá-lo e, ele, além de bater um super-papo com a gente, ainda fez um pequeno show especialmente para o Projeto Matéria Prima.
Capa do novo CD de Fernandinho BeatBox
Neste novo trabalho, Fernandinho fala sobre seu caminho, fases da sua vida, o que aprendeu e como quer contribuir para o crescimento das pessoas, o legado que quer deixar. É um CD que está sendo muito bem falado, as pessoas estão ouvindo e curtindo. Inclusive o cantor Seu Jorge declarou, no programa Altas Horas, que está impressionado com a qualidade do CD. É um CD que tem participação de muita gente legal, como o próprio Seu Jorge, Tita Lima, Renan Samam, Pregador Luo, Fino entre outras pessoas. Fernandinho nos contou um pouco sobre algumas músicas: “Minha Mademoiselle, é uma música que eu falo das mulheres... Como as mulheres devem ser tratadas, com carinho, com respeito. A música Ê moleque é um samba que fala da molecada de hoje e do quanto estão entrando em contato com as drogas e com prostituição, como isso está atingindo a sociedade. Em Bons Tempos, eu falo de um tempo em que as pessoas iam pros bailes, sabiam se divertir sem perigo, falo de brincadeiras antigas, como estrela nova cela, queimada, enfim, brincadeiras de rua que eram muito saudáveis e que hoje em dia não se vê tanto, tem criança que nem sabe o que é... É uma pena porque eram tempos muito bons”. Em nossa conversa, percebemos que Fernandinho é um artista muito determinado e disciplinado... Ele diz: “Sempre coloquei na minha cabeça que se eu entrasse para fazer uma parada eu nunca ia fazer de qualquer jeito porque pra mim tem que ser uma coisa que vá revolucionar. Eu acredito que quando a gente quer alguma coisa, tem que ter foco, disciplina, força de vontade e responsabilidade. Isso é muito importante para você ingressar em qualquer coisa que você queira fazer”. A página no Facebook de Fernandinho BeatBox cresce muito a cada dia e isso com certeza é por causa da atenção que ele dá aos seus fãs.
Ouçam o CD Caminho Estreito e descubra outros caminhos de Fernandinho BeatBox. http://www.fernandinhobeatbox.com.br/ Veja o clipe da música Samba de Boca: http://www.youtube.com/watch?v=QUtcXorXvs4 Clique no link e veja uma parte da apresentação de Fernandinho BeatBox no Projeto Matéria Prima: http://www.youtube.com/watch?v=BP5sAaiHYzA&feature=youtu.be
A.C. Como você define beat box? F.B. Beat box é o homem fazendo o que a máquina faz. É o lance de imitar caixa, bumbo, chimbal. Enfim, é fazer base pros MC’s cantarem em cima.
A.C. No que você se inspirou para fazer este trabalho? F.B. O lance do Beat Box na verdade vem de muitos anos, eu assisti a um filme, que eu nem lembro o nome, mas era um filme de gangues de breaks de Nova York e tinha uns caras fazendo beat box, dança de rua... E eu me identifiquei muito com aquilo, então comecei a fazer beat box em casa e na escola. Eu era conhecido como “o maluco do Put Pá” e tinha mais ou menos uns 13 anos. E tem até uma história muito engraçada sobre isso... Tinham uns caras na escola, Abraão e Ananias, que falavam: Aê maluco, faz aqueles barulhos lá com a boca? Só que a minha escola era muito alta, então eu fui descendo todas as escadas fazendo beat box até uma hora que eu não aguentava mais, já estava cansado e parei... Os caras falaram: “Faz mais aí, mano! Faz mais aí!” E aí me batiam pra eu fazer... Eu apanhei por causa do beat box...(Risos) , Se foi bom eu não sei, mas de repente, foi até um incentivo. Minha inspiração veio também do Michael Jackson que é um cara que também fazia beat box. Depois ganhei um vinil do Vanila Ice e, no disco, tinha um cara fazendo beat box, mas nessa época eu nem sabia que o nome era esse. O cara fazia numa perfeição tão grande e alvoroço do público era tanto que eu queria saber o que era. Alguns anos depois eu descobri que aquilo era Beat Box e que o cara fazia todos aqueles sons com a boca... Que era a mesma coisa que vinha fazendo.
A.C. Quando você começou a se apresentar profissionalmente? F.B. Bom, eu já fazia beat box há algum tempo e um dia fui numa baladinha com uns amigos na Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros. A baladinha se chamava “Enigma”. E aí, eles já tinham falado que iam me colocar no palco para fazer beat box. Eu fiquei timidão, morrendo de vergonha, mas a reação do público foi ótima e ali eu vi que era isso que eu queria pra minha vida. Então, essa foi a primeira vez que eu subi no palco, na verdade não era nem um palco, era uma cabine de DJ, Ninguém mais queria que eu descesse. No final da apresentação, o cara, responsável pela balada, falou: “Eu vou te dar 10 reais por semana pra você vir aqui, você topa?”. Eu respondi: “Ganhar dinheiro fazendo esse negócio com a boca? Claro que eu topo?”. E eu continuo fazendo isso até hoje.
A.C. O beat box faz parte dos elementos da cultura Hip Hop? F.B. A cultura Hip Hop tem quatro elementos oficiais: o Break, que é a dança, o MC, que é o Mestre de Cerimônia, o DJ, que comanda a música e o Graffiti, que é a expressão através da pintura. O beat box para alguns é considerado um quinto elemento, mas não são todos que reconhecem isso, não é oficial. Tem uma discussão muito grande sobre este assunto, mas se é ou não é o quinto elemento, não importa, o que importa é que ele esteja aí para somar.
Fernandinho BeatBox durante apresentação no Projeto Matéria Prima
A.C. Em sua música Bons tempos, você fala de uma saudade dos tempos antigos. Como você vê os novos tempos? F.B. Bom, eu sei que as coisas mudam e a gente tem que acompanhar o crescimento, a evolução, o lance do computador... Só que hoje, parece que muitas coisas perderam a emoção. Por exemplo, escrever uma carta, tinha tanta emoção... Tinha gente que não só escrevia, como colocava um perfuminho para ter mais emoção ainda... Hoje é bacana você apertar uma tecla e a informação chegar em questão de segundos, mas ficou mecânico, sabe? Recentemente eu estava em um Pub em Londres... Eu não bebo cerveja, mas, fui acompanhar o pessoal da banda... E eu percebi que estava todo mundo mexendo em algum equipamento eletrônico. Estava tão silencioso que se uma agulha caísse no chão, dava para ouvir... Ninguém conversava, estava cada um no seu mundinho virtual. Então é um tempo estranho, parece que as pessoas não se amam mais.
A.C. Quando você era criança, o que você queria ser quando crescesse? F.B. Quando eu era criança eu ia pra Bahia com a minha mãe de ônibus, eu sempre sentava perto do motorista e ficava ali viajando com as paisagens, as vaquinhas... E eu pensava: “Cara, vou ser motorista pra poder viajar bastante”. Eu tenho uma paixão muito grande por viagens e hoje Deus me acrescentou um pouquinho mais, e por causa do meu trabalho, já visitei 32 países. A.C. Além do Marcelo D2, você já tocou com outros artistas? F.B. Sim, eu já toquei com Seu Jorge, Tita Lima, Fernanda Abreu, já estive em festivais de música dividindo o palco com Jay Z, Beyonce, Eminem, The Wallers, Fugees... Muita gente legal! Às vezes o pessoal pergunta por que eu sempre fico meio sozinho no canto do palco, mas na verdade, eu estou agradecendo a Deus por tudo, pelos lugares onde ele me coloca. Então, em cada palco que eu subo, cada vez mais, me considero uma pessoa muito privilegiada. Às vezes, eu estou em lugares, que nem acredito que eu consegui, por mais que eu tenha trabalhado tanto para estar lá. Então, dividir palco com essas pessoas, é um grande sonho realizado, porque eu sou fã deles também e pra mim não tem preço que pague.
Turma do Ateliê Matéria Prima no Ar e Fernandin
A.C. Você já passou por alguma coisa cons
F.B. Já aconteceu. Eu não lembro em que ano foi, dente, eu quebrei o dente e tive que colocar pino. meu pino caiu... O show tinha mais de 75 mil pess eu fiquei olhando pra ele, mas continuei lá, não pe o maior sorriso, sem o dente, ele se desconcentro constrangedor, mas também foi engraçado... Agor tudo direitinho!
A.C. Qual foi o momento mais difícil da sua vida? F.B. Eu tive uma vida difícil, pra vocês terem ideia, já morei até na rua... Eu apanhei muito na minha infância e por isso, um dia decidi sair de casa. Nessa época, eu dormia na praça, na rua... Então, Graças a Deus, eu tive um grande amigo, que infelizmente já morreu, e ele me chamou para morar na casa dele. E ele foi muito corajoso porque, imagina levar alguém que você mal conhece para a sua casa... É difícil. Mas ele me deu a maior força. Aí eu arrumei um emprego num lava-rápido. E quando eu fui pedir emprego, todo maltrapilho, as pessoas me olharam com um pouco de desconfiança, mas eu entendi porque até eu ia ficar com medo de me dar emprego naquela época. Como eu já tinha trabalhado em outro lava-rápido, eu ajudei muito o pessoal. Foi difícil essa época que eu morava na rua mas, eu sempre sonhei em vencer através da música da arte. Eu canalizei meus pensamentos para coisas boas. Eu tive que ser adulto antes do tempo, mas eu aprendi com o sofrimento. Infelizmente tem pessoas que encaram isso de outra forma, descontando em todo mundo, eu não quis isso. O Rap me salvou porque através das informações que eu adquiri com a música, consegui aprender muito. Tinha gente que falava que fazer rap era coisa de vagabundo, falavam que o que eu fazia era cuspir no microfone, mas hoje em dia essas mesmas pessoas me veem de outro jeito. Eu foquei em coisas boas. Depois o tempo passou e eu voltei para a casa dos meus pais.
nho BeatBox
strangedora nos seus shows?
mas um dia eu fui atropelado e por causa do aci. Aí, um dia, eu estava no meio de um show e o soas. Eu estava fazendo beat box, o dente caiu e erdi o rebolado. Aí, eu olhei pro Marcelo D2, abri ou e começou a rir muito no meio do show... Foi ra eu já coloquei as próteses não cai mais não, tá
A.C. Que tipo de música você gosta de ouvir? F.B. Eu gosto de blues, soul, funk... Eu não consigo ouvir só rap. Mas, quando eu falo “funk”, eu tô falando do funk de verdade, Tim Maia, Kool and the Gang, James Brown... Isso que estão tocando por aí não é funk, é uma batida que colocam uma letra que, em muitas vezes, incentiva coisas erradas... A gente tem que ter cuidado com aquilo que ouve e o que vai falar pros outros.
A.C. Como você organiza suas apresentações? Você faz um roteiro? F.B. Eu não sei chegar e fazer uma set list. Eu gosto de sentir o clima porque sentindo o clima, eu sei o que o público quer ouvir. E, Graças a Deus tem dado certo. Eu já fui tocar em festival de rock pesado e foi super legal! O Beat Box não pode se limitar a fazer só Rap.
Livro: Persépolis Autora: Marjane Satrapi Editora: Cia. Das Letras
Livro: Apaixonada por palavras Autora: Paula Pimenta Editora: Gutenberg Brasil
É uma história em quadrinhos que conta a interessante vida da autora Marjane Satrapi. Ela nasceu no Irã, numa época em que o país estava passando por uma ditadura. Apesar de ter nascido em um lugar com tantas proibições, Marjane teve a sorte de nascer numa família de mente aberta, sua mãe era artista plástica e seu pai engenheiro. Ela não gostava de usar o véu que todas as mulheres usavam obrigatoriamente e de muitas outras proibições de seu país. Quando criança, queria ser profeta, na adolescência, gostava de rock e sempre adorou livros. Aos 14 anos, foi estudar na Europa, pois o Irã estava passando por um momento muito difícil, então, seus pais acharam melhor que ela fosse embora. Ela sofreu bastante porque estava sozinha, longe de seus pais, mas também viveu experiências que a fizeram aprender muitas coisas. Além de escrever sua história, Marjane também ilustra os quadrinhos. É um livro divertido e que nos faz entender de um jeito muito fácil acontecimentos importantes na história do Irã.
tem de nos fazer sentir parte da história. Muitas vezes nos identificamos tanto que dá a impressão que ela fez o livro inspirado na nossa vida. Diferente de todos os outros livros da autora, este é de crônicas e autobiográfico. Neste livro, é possível conhecer um pouquinho mais sobre a Paula e, como ela, a gente também se apaixona pelas palavras e sente uma vontade enorme de ser amiga dela. Todas as crônicas do livro, foram escritas entre 2000 e 2009 e tratam de diversos assuntos importantes para ela neste período. Quando resolveu publicar o livro, Paula releu todos os textos e notou que muitas das coisas que havia escrito, já não faziam parte do seu momento atual, mas resolveu publicar mesmo assim porque, segundo ela, tudo aquilo que escreveu, foi importante naquele momento de sua história.
Dica de
Dica de Layanne Araújo
Inara Priscila
O que mais me encanta nos livros da Paula Pimenta é a facilidade com que ela
Livro: O médico e o monstro Autor: Robert Louis Stevenson Adaptação: Luc Lefort Coleção: O Tesouro dos Clássicos Editora: Ática Esta é uma história de suspense e de muita tensão que se passa em Londres. Dr. Jekyll, um médico muito rico resolve deixar um testamento com seu advogado. Neste documento, uma herança beneficia um homem suspeito de cometer crimes. Isso causa desconfiança no advogado e ele começa a fazer uma investigação. Enquanto isso, coisas estranhas começam a acontecer e mais crimes são descobertos. Com a investigação, o advogado descobre que a herança deixada é para o próprio médico, pois ele tem dupla personalidade, em alguns momentos é uma pessoa boa e correta e em outros, uma pessoa má e assassina. Isso o obriga a ter duas identidades, a do Dr. Jekill, um médico muito respeitado e de boa índole e a do desprezível Mr. Hyde, o beneficiado no testamento. Sempre que o Dr. Jekyll não consegue controlar seus impulsos, toma uma poção preparada em seu laboratório e deixa a sua natureza maligna tomar seu corpo, transformandose em Mr. Hyde. Com o passar do tempo, o médico percebe que sua personalidade Hyde irá sobressair a de Jekill, e com isso, fará desaparecer o médico e só existirá o monstro. Dica de Alan Macedo
Livros: A casa da madrinha e O sofá estampado Autora: Lygia Bojunga Editora: Casa Lygia Bojunga Esses livros foram escritos pela mesma autora, que escreve de uma maneira bem simples, de fácil entendimento e que prende a atenção do leitor, muitas vezes até nos surpreende, pois ela mistura bicho com gente e eles conversam entre si de uma forma tão natural que a gente acaba acreditando e embarcando no livro. Apesar da fantasia que tem na história, ela também fala da dura realidade e dos problemas que existem em relação à sobrevivência e dos amores não correspondidos. Ela nos traz uma curiosidade tão grande que queremos chegar logo no final das páginas do livro. Vale a pena conhecer o trabalho de Lygia Bojunga. Dica de Beatriz Mariane e Evelyn Vitória
Curta: Frankenstein Punk Diretores: Cao Hamburger e Eliana Fonseca Gênero: Animação Ano: 1986 País: Brasil Tempo: 12 min Esta é uma animação feita em stop-motion, que conta a história de Frankenstein, uma criatura criada por um cientista. Numa noite chuvosa, o cientista está ouvindo música e um raio cai em seu laboratório. A energia do raio, atinge a vitrola e depois atinge Frank, dando-lhe vida e ele sai pela cidade tentando se relacionar, mas todos tem medo dele por causa de seu visual diferente. A animação faz uma paródia com o filme Singing in the Rain e Frank até dança como Fred Astaire. Clique no link e assista ao filme: http://portacurtas.org.br/curtanaescola/pop_160.asp?Cod=561
Curta: Dona Cristina Perdeu a Memória Diretora: Ana Luiza Azevedo Gênero: Ficção Ano: 2002 País: Brasil Tempo: 13 min É uma história que conta a amizade entre um menino de 8 anos e uma senhora de 80. Apesar de serem de gerações muito distantes , eles se tornam amigos de um jeito bem diferente e um ajuda o outro. Clique no link e assista ao filme: http://portacurtas.org.br/curtanaescola/pop_160.asp?Cod=1454&exib=5513
Curta: Pão com Mortadela e Meia Mussarela Diretora: Natália Ferretti Gênero: Documentário Ano: 2008 País: Brasil Tempo: 10 min Este documentário, produzido por alunos da oficina de audiovisual do Cine Tela Brasil, conta a superação de dois jovens após um tratamento de câncer. Esta história nos mostra que, às vezes, coisas que parecem tão banais, passam a ter um grande valor dependendo da situação em que estamos.
Clique no link e assista ao filme: http://www.youtube.com/watch?v=bAAKoDPHKAg
er rpod e p u ter s m e . Si u . o . l s e n v e isí nca p r inv u a n c i f o X, Quem perp u s raio com
Por Gabriel Calixto Nunes Guilherme Santos Moreira Igor Mateus de Oliveira Inara Priscila Robert da Silva Arruda
m nage o s ranhã r r e a p o um sã nenh róis e h m e ém r s upe sair tamb e e Os s s r o édio , hum a . os pr t m l a a tória dr s i de , h r o da terr cinha o bate ério, t m m s o i c u m o o ói é ocinh s r-her m e p m u s idade t algu n m e u e id o de mes r jetiv o b f i o comu n u O s o n m ma s te es hu s ele r o e s d o as, é T os t d e n e a pl ad pacid omo c a é c , s a a d dade ist r r e u v t u a ios f aso, c a res r cenár po leito é s o o e so nã ra qu m a p e, is io rgira r u á s n s e ele de c Sim, tipo . s o esenh ol d d í s s o n seu parar com m a s tud i for o e p u q te, lares rovei p a e ta-se Divir
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Como tudo começou... Quatro perfis dos super-heróis mais populares de todos os tempos.
e são d i v r e as, t t e n a re pl t n e r so!!! s i Viaja o pular d u , s t i e m isív pode r inv a s c i e f l ra, e entu voar,
v em de a d o s p a por d a os e m t i h a c u n e o r ai x es, m estão e ap s oder s a e i r r tó mp s his a se se a u u S q ão. ois or, p m a l. uito o ma a m m r t con lém ito a bem u o m d a es a lut em ilidad n b a e h rim m sarem c e s t a o s p er bém idade s se c m a i a r s t ó e , st grand retas as hi e m d u s g s sec l io a ste cenár ar de m ne s s a o e r p a m is s r A pen a ma s rcebe uns. d i e n ó i p r a m -he assem uper comu c s i s f i i s a t o popu m en o s d d i ã e t r e o m s s iad ficara rinho os cr d s a e o u u t i q u é q as m as em m t s , i s v re ho s . adrin u s das q nema s i o c n e o V is! imeir de T s e -heró i m pr r r e é p s u s os, as de imad i n r a ó t s his ho l nas e v í s pos o é
Como tudo comeรงou...
Em 2013 serรก lanรงado o filme O homem de Aรงo. Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YS5MjT1__IM
Criador: Joe Shuster e Jerry Siegel Ano de criação: 1933, mas ficou muito popular em 1938. Identidade secreta: Clark Kent, um repórter atrapalhado e tímido. Superpoderes: Força sobre-humana, supervelocidade, visão de calor, visão de raio X, sopro congelante, super-audição, capacidade de voar.
O
mais popular e o primeiro super-herói dos quadrinhos. Ele é conhecido como
Homem de Aço. Sua história começou assim: O fictício planeta Krypton estava condenado a explodir. O governante de Krypton Jor-El resolve mandar seu filho Kal-El à Terra para salvá-lo. O nome Kal-El, no idioma kryptoniano, significa Filho das Estrelas. Kal-El, ainda criança, sai de seu planeta à bordo de um foguete. Quando chega à Terra o foguete cai na cidade de Smallville. Dois agricultores encontram o bebê e resolvem adotá-lo batizando o menino como Clark Kent. Ele cresce e descobre que possui habilidades diferentes dos humanos e também acaba descobrindo sua origem. Quando vira adulto e já sabe de toda a sua história, ele vai morar na Metrópolis, cidade fictícia onde se passa a história. Começa a trabalhar no Jornal Planeta Diário e lá, conhece muitas pessoas, entre elas, a repórter Lois Lane, seu grande amor. Quando a cidade está em perigo, Clark Kent entra em alguma cabine telefônica, beco escuro ou qualquer outro lugar que não possa ser visto e, então, se transforma no poderoso Superman, mais rápido que uma bala, dono de uma força sobre-humana. O inimigo número 1 de Superman é Lex Luthor, um empresário invejoso e maldoso que tenta o tempo todo destruir o herói. Numa de suas tentativas para destruir Superman, descobre a kryptonita, um minério do planeta Krypton capaz de extrair a força do Homem de Aço. Mas, é claro, por mais difícil que seja, Superman, o grande super-herói, sempre encontra uma saída e vence a batalha do bem contra o mal.
Como tudo começou...
Curiosidade: Charles Moulton, o criador da Mulher Maravilha, era psicólogo e jornalista. Em sua época de estudante, criou um teste de pressão sanguínea que, mais tarde, foi muito importante para a invenção do polígrafo, o primeiro detector de mentiras. Este aparelho tem a função de medir reações do corpo humano revelando alterações fisiológicas que indicam se a pessoa que está sendo examinada está dizendo a verdade ou mentindo. Nas histórias da super-heroína, Charles já demonstrava sua paixão pela verdade, pois quando a Mulher Maravilha laçava alguém com seu laço mágico, a pessoa era incapaz de mentir.
Criador: Charles Moulton Ano de criação: 1941 Identidade secreta: Diana Price, uma enfermeira da Força Aérea Norte-Americana. Superpoderes: Força sobre-humana, capacidade de voar, grande velocidade, agilidade e extrema resistência física.
Hipólita,
a Rainha das Amazonas, governava a Ilha Themyscira, mais conhecida como
Ilha Paraíso. O maior desejo da rainha era ter uma filha, então, certo dia, quando moldava uma peça de barro, pediu aos deuses que lhe concedessem este desejo. Cinco deusas do Olimpo lhe atenderam e então, a imagem moldada, se transformou em uma menina muito especial com características de alguns deuses: força de Hércules, sabedoria de Atena, beleza de Afrodite e velocidade de Hermes. A rainha lhe deu o nome de Diana e assim nasceu a primeira super-heroína. Além dos superpoderes, as deusas lhe presentearam com objetos que melhoravam suas habilidades: dois braceletes indestrutíveis, uma tiara dourada que também tinha a função de bumerangue, um laço mágico inquebrável capaz de fazer as pessoas falarem a verdade e um avião invisível. Quando Diana já era adulta, um avião caiu na Ilha Themyscira e quem o pilotava era Steve Trevor, um piloto da Força Aérea Americana. O piloto precisava voltar ao seu país e para resolver o problema, a Rainha Hipólita propôs uma competição entre as amazonas e quem vencesse ficaria conhecida como a campeã das amazonas e levaria o piloto numa missão de paz para a sua terra natal. Diana foi proibida por sua mãe de participar da competição, mas se disfarçou, competiu e venceu todas as provas. Então, no momento de sua vitória, ela se revelou e falou que o seu desejo era defender a paz, lutar contra as injustiças e acabar com malfeitores. Assim, sua mãe concordou e Diana partiu para os Estados Unidos acompanhando o piloto. Ao conhecer melhor Steve Trevor, Diana se apaixonou por ele. Quando chegou no mundo dos humanos, ela teve que adotar uma identidade secreta e então passou a viver como Diana Price, uma enfermeira da Força Aérea Norte-Americana. Quando a cidade estava em perigo, Diana, a Mulher Maravilha, sempre entrava em ação para defender seus habitantes.
Como tudo comeรงou...
Criadores: Bob Kane e Bill Finger Ano de criação: 1939. Identidade secreta: Bruce Wayne, um bilionário órfão. Superpoderes: Ele não tem superpoderes, mas é muito inteligente e, como é bilionário, possui equipamentos de alta tecnologia que facilitam sua chegada aos lugares mais difíceis e distantes, além de possuir apetrechos especiais para capturas.
Bruce Wayne ficou órfão quando
tinha 8 anos. Seus pais, Thomas e Martha Wayne foram
mortos por criminosos de Gotham City, metrópole onde se passa a história. Depois deste acontecimento, Bruce foi criado por seu tio Philip Wayne. Revoltado com a morte de seus pais, ele cresce com o desejo de vingança e dedica sua vida a aprender artes marciais e a desenvolver o máximo de habilidades e um físico atlético e bem preparado para qualquer combate. Determinado a combater o crime ele estuda muito e torna-se o melhor detetive do mundo, além de se especializar em fugas e disfarces. Um dia, quando observava um morcego, lembrou-se de uma cena de sua infância, certa vez, andava pelo jardim de sua mansão, quando caiu num buraco onde havia muitos morcegos. No momento em que caiu, os morcegos saíram voando assustados com sua presença. Por causa dessa lembrança, Bruce teve a ideia de criar um uniforme e uma máscara que lembravam um morcego e então, decidiu adotar o nome de Batman. Além do uniforme e da máscara, ele também passou a mudar a voz para se disfarçar e intimidar criminosos. Depois da morte de seus pais, Batman prometeu fazer justiça, mas jurou nunca matar ninguém, então, em seus combates, são utilizados apenas alguns apetrechos para facilitar a captura dos criminosos, como o cinto de utilidades que contém dispositivos, como lasers, cápsulas de gás, cordas e bumerangues. Bruce é o herdeiro da Empresa Wayne, do ramo de alta tecnologia, por isso, seus equipamentos são de última geração, como o batmóvel, batplano, batlancha, entre outros. Ele também é dono da Fundação Wayne, dedicada a ajudar vítimas de crimes e prevenir que pessoas tornem-se criminosas. O lugar de trabalho e transformação de Batman é a batcaverna, onde ele tem um supercomputador que facilita suas investigações. Os dois grandes aliados de Batman são o Tenente James Gordon e Alfred, o mordomo da Mansão Wayne, que também é formado em medicina de guerra e sempre socorre Batman quando necessário. Gordon ganhou o batsinal, que, quando acionado, envia ao céu um sinal e o Homem-Morcego fica sabendo que a cidade está em perigo.
Como tudo começou...
Clique no link e veja Anderson Silva falando sobre sua paixĂŁo pelo Homem-Aranha: http://terratv.terra.com.br/Esportes/UFC/Anderson-Silva-fala-de-superpoderes-e-paixao-por-HomemAranha_5110-434021.htm
Criador: Stan Lee e Steve Ditko Ano de criação: 1962 Identidade secreta: Peter Parker, um estudante tímido e muito inteligente. Superpoderes: Teias super resistentes que agarram em qualquer lugar, sentido aranha, que acusa quando o perigo está próximo a acontecer, capacidade de escalar altos prédios e se fixar em paredes.
Peter
Parker ficou órfão quando criança e por isso, foi morar com seus tios
Benjamin e May Parker na cidade de Nova York. Peter cresceu e se tornou um estudante tímido e muito inteligente. Um dia quando assistia a uma aula de ciências, foi picado por uma aranha radioativa. Naquele momento ele não se deu conta do que tinha lhe acontecido, mas certa vez, num momento de distração, quase foi atropelado por um carro e num reflexo fora do comum, ele deu um grande salto e se fixou na parede de um prédio, assim, Parker descobriu seus poderes aracnídeos. A descoberta dos poderes o deixou muito feliz e imediatamente pensou que poderia ganhar dinheiro com isso de alguma maneira. Mas, por causa de sua ambição, não se preocupou em deter um ladrão de uma fuga e, logo depois, o mesmo bandido assassinou seu tio Benjamin. Este fato lhe causou um grande sentimento de culpa e a lição que aprendeu, vira uma frase que se torna o bordão da história do Homem-Aranha: "Com grandes poderes vem grandes responsabilidades". Assim, ele começa a combater o crime e a utilizar seus poderes para fazer justiça. Apesar de ter o poder de saltar pelos altos prédios de Nova York e disparar suas teias superpoderosas, ele é um herói bastante parecido com pessoas comuns, por exemplo, Peter trabalha num jornal e quando sua tia May fica viúva, ele percebe que mais do que nunca precisa ajudá-la a pagar as contas de casa, e então, passa a vender fotos do Homem-Aranha para um jornal onde trabalha para aumentar sua renda. Como a maioria dos jovens, no decorrer de sua vida, Peter vive grandes paixões, termina os estudos, vira adulto, vai morar sozinho e por fim, resolve se casar com Mary Jane uma moça que descobre a sua identidade secreta.
Visitamos três locais de exposiç
Bienal, MASP e Institut
Conheça um pouco sob
Bienal Internacional de Arte de São Paulo
Como
o próprio nome já diz, a Bienal Internacional
de Arte de São Paulo é um evento que acontece a cada dois anos. É uma grande exposição de arte contemporânea, ou seja, a arte que está sendo produzida no nosso tempo. Este evento acontece no Pavilhão Ciccilo Matarazzo, do Parque do Ibirapuera, também conhecido por Pavilhão da Bienal, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Neste evento, muitos artistas brasileiros e estrangeiros expõem suas obras de arte, que geralmente são feitas com muitos tipos de materiais.
Nan Chou – para compor essa obra, durante
No ano de 2012 a Bienal já está na sua 30ª edição
do dia, o artista taiwanês Tehching Hsieh, tir ponto. Na primeira foto, ele está careca e n
e o tema é A Iminência das Poéticas.
bastante como o tempo passou.
Clique no link e saiba mais: http://www.bienal.org.br/30bienal/pt/Paginas/ default.aspx
Manto da apresentação -
ção de arte em São Paulo:
Esta é uma das obras de
to Tomie Ohtake.
o artista homenageado
Arthur Bispo do Rosário, da 30ª Bienal. Ele viveu
bre cada um deles.
mais de 50 anos em um hospital psiquiátrico e lá fazia composições com objetos diversos, que se transformaram em obras de arte. Neste manto, ele bordou nomes de muitas pessoas que conhecia, pois acreditava que assim estaria vestido no dia de seu encontro com Deus.
Sobre a visita à Bienal: “O que mais me encantou na Bienal, foi a forma com que a arte evoluiu na minha mente. Antes ver um quadro bonito já era arte pra mim. Agora eu entendo que muito mais importante do que a obra pronta é o processo, quanto tempo ela levou para ficar pronta, o que aconteceu durante aquele tempo e, acima de tudo, o que ela quer nos dizer porque por traz de uma obra sempre tem a ideia do artista”.
Layanne Araújo
e um ano, de hora em hora, nas 24 horas
rava uma foto ao lado de um cartão de na última, bem cabeludo, dá pra perceber
Hastings – A artista Sheila Hicks faz um trabalho lindo de arte têxtil. Nesta obra, por exemplo, desfiou roupas que já não serviam mais para sua família e enrolou os fios, formando cordões parecidos com dreads.
Turma do Matéria Prima no Ar na 30ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo
Vista do prĂŠdio do MASP
Museu de Arte de São Paulo - MASP O
Museu de Arte de São Paulo localiza-se na Avenida Paulista. Ele foi fundado em
1947 por Assis Chateaubriand e sua primeira sede ocupava apenas quatro andares do edifício do grupo Diários Associados, localizado no centro de São Paulo. Após alguns anos, foi necessário um espaço maior e então, um terreno foi doado ao Município para a construção da nova sede do museu. O prédio que hoje abriga o MASP foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi. Sua arquitetura é muito diferente: um retângulo de 74 metros sustentados apenas por quatro pilares. Ele foi construído desta maneira porque o terreno foi doado sob a condição de que fosse preservada a vista para o centro da cidade e para a Serra da Cantareira. Assim foi feito e a nova sede foi inaugurada em novembro de 1968. Hoje o famoso vão livre é o principal local onde acontecem diferentes manifestações de São Paulo. O acervo de obras de arte do MASP é o mais valioso da América Latina contando com obras de Renoir, Manet, Monet, Cézanne, Degas, Van Gogh, além de outros grandes artistas. Além do acervo permanente, são realizadas exposições temporárias nacionais e internacionais. No prédio tem pinacoteca, biblioteca, fototeca, videoteca, cursos de arte, palestras, exibição de filmes e concertos musicais. Clique no link e saiba mais: http://masp.art.br
Sobre a visita ao MASP: A visita ao MASP foi muito legal porque pude ver ao vivo o que eu tinha lido nas minhas pesquisas sobre o museu. Valeu a pena ter ido à exposição porque vimos quadros do Caravaggio de mais de 400 anos. Eu acho que esses quadros foram restaurados várias vezes porque estavam muito bem conservados. No momento da saída, nós vimos o começo de uma manifestação, as pessoas estavam fazendo barulho e gritando para defender seus direitos.
Lyncon Gabriel
A turma do Matéria Prima no Ar no MASP
Instituto Tomie Ohtake
Está
localizado no bairro de Alto de
Pinheiros, num prédio lindo e moderno roxo e cor de rosa. Ele foi inaugurado em 2001 e o nome do Instituto é uma homenagem a Tomie Ohtake, uma pintora que hoje tem 99 anos que, mesmo muito idosa, ainda pinta quadros. O prédio foi projetado por seu filho, Ruy Ohtake. Inicialmente o espaço foi criado para guardar as obras de Tomie, mas depois, decidiram que obras de novos artistas também seriam expostas, além da arte que é referências nos últimos 50 anos. É um lugar onde acontecem exposições, cursos de arte, seminários e palestras. Tem ateliê de arte, restaurante, livraria e loja de objetos. Clique no link e saiba mais: http://www.institutotomieohtake.org.br Prédio do Instituto Tomie Ohtake
Exposição Jasper Johns
Sobre a visita ao Instituto Tomie Ohtake: “Ir ao Instituto Tomie Ohtake, foi muito legal... Uma experiência maravilhosa, pois eu nunca tinha visto Exposição de Arte digital
exposições desse tipo. Vimos duas exposições. A primeira era de gravuras, do artista Jasper Johns. Foi bacana porque eu nunca entendia o porquê dos artistas repetirem tantas vezes a mesma figura, mas olhando de perto pude compreender que tem diferença entre cada uma delas. A segunda exposição era de arte digital. Foi tudo muito mágico pra mim, pois tinha uma parte que só havia televisões e era só tocarmos em um microfone que nossas imagens apareciam nas telas... Eu adorei, pena que ficamos pouco tempo. E para a nossa surpresa, já no final, encontramos o diretor geral do Instituto Ricardo Ohtake, que é filho da Tomie Ohtake. Ele até tirou fotos com a gente. Foi muito emocionante, acho que para todos. Pra mim, será um eterno aprendizado”.
Ricardo Ohtake Tomie Ohtake
Diretor Geral do Instituto e filho de
Evelyn Vitória Freitas Silva
Entrevistamos a restauradora e conservadora de arte do Museu Nacional da ColĂ´mbia. Ela tem um profundo amor pelo que faz e jĂĄ perdeu as contas de quantas obras foram cuidadas por suas mĂŁos.
A.C. Há quantos anos você trabalha como restauradora/ conservadora de arte? M.C.P. Há 10 anos.
A.C. Como é o trabalho de um restaurador/conservador de arte? Onde ele pode trabalhar? M.C.P. O trabalho de um restaurador/ conservador é dividido em três fases: Conservação preventiva, que está ligada a verificar o contexto em que o objeto se encontra, sem tocar no objeto em si. Conservação, que é impedir a progressão da deterioração e restauração que é a recuperação de valores históricos e estéticos do objeto. O restaurador pode trabalhar em um museu, escavações arqueológicas, em arquivos, bibliotecas e qualquer outro lugar onde você encontra objetos que possuem representação cultural.
A.C. Quando você decidiu que teria essa profissão? M.C.P. Foi quando eu ainda estava no colégio. Um dia eu estava assistindo a um programa de TV chamado “Momento Cultura” e, no programa, mostraram a restauração de uma pintura. Eu me encantei com aquele programa e aprendi que a ciência pode ser aplicada à arte através da restauração. A partir daquele momento eu queria estudar e seguir a carreira de conservadora e restauradora de arte.
A.C. Para se tornar um conservador/ restaurador de arte qual é o curso que uma pessoa precisa fazer e quanto tempo é necessário estudar? M.C.P. A pessoa deve ter paixão e amor pela arte. Deve gostar e ter conhecimentos em ciências naturais, como biologia, química e física, deve ter habilidade manual e gosto pela história e pela cultura. O curso universitário dura 5 anos.
A.C. Vimos na internet que você faz um trabalho de pesquisa de peças de museu? Por que esse trabalho é importante? M.C.P. A pesquisa é importante em qualquer disciplina, neste caso, é importante porque determina qual é o valor social ou cultural que tem um objeto. Nesse sentido, nos permite saber se uma peça é original ou qual é a sua forma correta de exposição. A pesquisa é a janela que se abre para o mundo a possibilidade de conhecimento em diferentes áreas.
A.C. Você viaja muito a trabalho? M.C.P. Sim eu tenho que viajar muito. Ser conservadora do Museu Nacional da Colômbia, também me faz comissária de arte, ou seja, uma pessoa encarregada de receber e entregar as obras que serão apresentadas a diferentes entidades culturais, garantindo o estado de conservação das peças que estão sendo recebidas ou retiradas do museu.
A.C. Sabemos que você veio ao Brasil no mês de setembro para buscar as obras da exposição do Botero? Sempre que termina uma exposição é necessário alguém acompanhar as obras? Por quê? M.C.P. Sim. Porque, como eu disse, o comissário é a garantia de proteção das obras de patrimônio cultural. Cada vez que um objeto é retirado do museu, existe toda a documentação que diz o estado de conservação daquele objeto. O acompanhamento do comissário garante a verificação da documentação e as condições de conservação das obras.
A.C. Como é o Museu Nacional da Colômbia? Você trabalha nele há muito tempo? M.C.P. Eu trabalho no Museu Nacional desde 2007. O Museu foi criado em 1886, e a partir de 1948 passou a ser o que é hoje. Antes era uma prisão, mas em 1948 tornou-se um museu. Atualmente, temos quatro tipos de coleções: arte, história, antropologia e arqueologia. Ele é composto por três níveis, de acordo com as coleções.
A.C. Que tipo de conhecimento uma pessoa precisa ter para ser um bom restaurador/conservador de arte? M.C.P. A pessoa precisa saber de muitas coisas: química, física, biologia, história da arte, sociologia, artes... Mas, mais do que isso, deve ser uma pessoa que acredita no que faz e faça seu trabalho com a alma e o coração.
A.C. Por que a pessoa deve ter conhecimento em física, química e biologia? M.C.P. É importante ter conhecimento em química para saber, por exemplo, do que o objeto foi feito, saber a sua composição, que produtos poderão ser utilizados e quais são suas reações diante de fatores externos. Deve conhecer biologia para saber que tipo de fatores biológicos podem afetar os objetos, como microorganismos, que são fungos e bactérias ou macroorganismos, que são insetos e roedores, para assim, controlar a deterioração causada por pragas. E a física é importante para saber o comportamento dos materiais, por exemplo, pesos, teoria das cores, entre outras importâncias físicas.
Vista aérea do Museu Nacional da Colômbia
A.C. Quais são as ferramentas que um conservador/restaurador costuma usar no processo de conservação e restauração de uma obra. M.C.P. Geralmente, usamos ferramentas que são as mesmas usadas pelos dentistas, tais como os bisturis, pinças, espátulas, entre outros utilizados para a conservação e restauração. Quanto à conservação preventiva, usamos equipamentos de medição, tais como dataloggers, que servem para medir a umidade relativa e temperatura, luxímetro, que serve para medir a luz e o medidor de raios ultravioletas, além de equipamentos de controle como desumidificadores, umidificadores, purificadores de ar, entre outras ferramentas, de acordo com a necessidade de cada objeto.
A.C. Vimos que você leciona em uma Universidade? O que você ensina em suas aulas? M.C.P. Eu gerencio projetos de pesquisa e de teses, na Universidad Externado de Colombia e Facultad de Estudios del Patrimonio.
A.C. Quantas obras de arte você já restaurou? M.C.P. Muitas. O trabalho do conservador/ restaurador é muito parecido com o trabalho de um médico. Somos os médicos das obras de arte. Então, se perguntar para um médico: Quantos pacientes você já atendeu em sua vida? A resposta será: Muitos. (Risos)
A.C. O que você pensa sobre a senhora espanhola que restaurou o Cristo sem autorização e acabou estragando a obra? M.C.P. A Cecília? Bom, penso que ela não teve a intensão de danificar a obra, mas acabou fazendo isso. Aconteceu uma mudança de valor em um objeto. Todos os países, como a Espanha, o Brasil ou a Colômbia, tem regras claras em relação à intervenção do patrimônio cultural. No entanto, é um exemplo de como você pode transformar o valor social e cultural de um objeto. Antes muitos não o conheciam e não o identificavam, agora todo o mundo sabe quem ele é. Nesse sentido, a pergunta é: Recupera-se o original ou deixa o objeto que todos agora reconhecem?
Turma do Ateliê Matéria Prima no Ar em entrevista co
A.C. Que dica você daria para alguém que quer se tornar restaurador e conservador de arte? M.C.P. Que realmente goste de arte, que ame e adore a aplicação da ciência na arte. O meu maior conselho é que tenham amor pelo que fazem e, especialmente, a consciência de conservação. Se você tem consciência de conservação com os objetos que tem em sua casa e com o seu patrimônio familiar... É provável que será um excelente conservador/ restaurador do patrimônio cultural de uma nação.
A.C. Qual é a importância de conservar e restaurar uma obra de arte?
om María Catalina Plazas
M.C.P. Pela conservação e restauração, conseguimos recuperar a identidade social e cultural de um povo. É através dos objetos associados a manifestações culturais, que nos identificamos como um grupo social e cultural de um determinado período da história.
Conheça o Museu Nacional da Colômbia: http://www.museonacional.gov.co/
Veja uma das pesquisas de María Catalina Plazas: http://www.museonacional.gov.co/inbox/files/docs/Textiles_del_mas_alla_mac.pdf
No mês de outubro de 2012 foi rea Children’s Eyes on Earth Intern para mostrar o olhar infantil e Jovens de até 17 anos de mais de mais de 4 m Todas as imagens nos contam um se passando com este pla
Deixamos aqui as nossas impressões
1º lugar: “SOS” Foto de Anastasya Vorobko - 8 anos - Rússia
“As fábricas são muito prejudiciais aos seres vivos. A paisagem quase não aparece por causa de tanta fumaça... Ninguém merece!” Samuel Calixto Nunes “Este pássaro está pedindo socorro porque essa fábrica chegou para destruir o lugar dele”. Beatriz Mariane Santana e Kevin Pedro Silva
alizada a primeira edição do concurso mundial national Youth Photography Contest, criado e adolescente sobre questões ambientais. e 90 países participaram do concurso, que teve mil imagens registradas. ma história que nos faz refletir sobre o que está aneta que todos nós compartilhamos.
s sobre as imagens vencedoras do concurso...
2º lugar: “Saída de Emergência” Foto de Juan Carlos Canales - 14 anos - Espanha
“Nesta foto eu pude perceber que no mundo em que nós estamos poucas coisas não são artificiais e muitas vezes o que a gente precisa mesmo é de uma ‘’Saída de Emergência’’ para fugir de toda essa poluição”. Layanne Araújo “Esses pássaros estão tentando sair deste lugar de fábricas enormes para encontrar outro lugar mais natural, que combine melhor com eles”. Gabriel Calixto Nunes
O 3ª lugar foi dividido entre duas pessoas...
3º lugar: “Campos Verdes” Foto de Bianca Stan - 14 anos - Romênia
Este é um campo lindo... Ela pode andar descalça livremente porque não tem nenhuma sujeira. Esta é uma cena que eu posso ver como liberdade”. Ester de Araújo Souza
“Uma mãe conversa com o seu filho... — Filho, observe a natureza... Tenha muito cuidado com ela porque um dia pode acabar”. Emanoel de Oliveira “Eles estão em silêncio para aproveitar este momento de admiração”. Evelyn Vitória Freitas Silva
3º lugar: “Manhã em Situ Gunung” Foto de Michael Theodric - 14 anos - Indonésia
“Ao contrário do que estamos acostumados a ver no nosso dia-a-dia, prédios, carros, barulho, poluição... Este lugar é limpo, tem bastante vegetação, parece silencioso e muito calmo para viver”. Evelyn Vitória Freitas Silva
“Esta foto deve ter sido tirada pela manhã. Este homem está muito sossegado em sua jangada... Deve ser um lugar tranquilo para morar”. Igor Mateus de Oliveira
Visite o site e veja outras imagens do concurso: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/10/121015_galeria_talento_infantil_jp.shtml
Ela é contadora de histórias há 15 anos, como escritora, já p
muitas outras histórias que só estão esperando o seu mom Nesta entrevista, Kiara Terra nos conta sobre su
A.C. Sabemos que você é escritora e contadora de histórias, mas o que veio primeiro? K.T. Eu comecei a contar histórias primeiro. Eu penso o seguinte: antes da pessoa aprender falar ela já ouviu muitas histórias. A gente ouve histórias desde a barriga da nossa mãe, a gente nem sabe a língua, mas já ouve a mãe conversar com a barriga, conversar quando vai ao médico... Depois quando a gente nasce, falam com a gente, falam da papinha, falam do dia, falam da febre, contam histórias, apresentam a família, falam tantas coisas...
Quer dizer, a gente ouve muitas histórias antes mesmo de aprender a falar. Então, pra mim, veio primeiro a escuta, depois a vontade de contar minhas próprias histórias e muito depois veio a vontade de escrever. Na verdade a linguagem falada é muito diferente da linguagem escrita e quando eu escrevo eu tenho uma sensação estranha de estar falando. É uma dificuldade pra mim porque a gente fala diferente de quando escreve e eu tenho que fazer essa mudança, essa transposição da linguagem falada pra linguagem escrita, mas, sem dúvida nenhuma, o que veio primeiro foi a vontade de ouvir e contar histórias, a contadora. A escritora veio um pouco depois.
publicou três livros e em sua cabeça criativa tem
mento para pular para dentro de novos livros. ua trajetória e seus futuros projetos.
A.C. Qual foi o momento da sua vida que você sentiu que seria contadora de histórias e escritora? K.T. Eu conto história há 15 anos, e quem contava história pra mim, quando eu era criança, era meu pai. Na verdade, mais do que contar histórias que já existiam, ele gostava de inventar e quanto mais maluca fosse a história, melhor! Então, desde pequena eu gostava de histórias porque era uma brincadeira de nós dois, minha e do meu pai. A minha mãe também adorava contar histórias e gosta até hoje, ela ainda conta para as minhas filhas. Mas, eu comecei a ser contadora sem pensar. Eu estudava numa escola de teatro e atravessando a rua de onde eu estudava, tinha uma editora, eu fui fazer um teste e passei. A partir daí, comecei a contar histórias e não parei mais. Um dia eu fui contar história na cidade da minha mãe e a mãe da minha melhor amiga, que era minha vizinha na época, me disse: “Kiara você se lembra que aos 3 anos de idade eu perguntei o que você queria ser quando crescesse e você disse: Eu quero contar histórias para as pessoas?” Eu fiquei surpresa, porque não lembrava que tinha dito isso com essa idade.
Ela disse: “Quando eu vi seus vídeos, seus livros, eu me emocionei porque aos 3 anos de idade você já sabia o que queria ser”. Mas eu não sabia que sabia, eu fui contando, contando, contando e estou fazendo isso até hoje. E o meu primeiro livro nasceu de uma noite que eu estava conversando com a minha filha mais velha. No meio da conversa, aconteceu uma situação que eu não sabia o que dizer. Depois fiquei um tempão com aquilo, sem saber o que dizer, até o momento em que eu soube, aí eu escrevi o meu primeiro livro, que é uma homenagem a ela. Mas, eu acho que as histórias são como sementes que a gente guarda por dentro sem perceber, até que uma hora a gente vê que já estão ali prontas, aí a gente escreve, depois tem que trabalhar o texto, ver o que tem que melhorar, escrever de novo... Mas, o coração da história, a pergunta que tem na história, vai se formando dentro da gente aos poucos e quando ela vem para o mundo, já está um pouco pronta. Conforme a gente vai vivendo, vai percebendo o que acontece, mas acho que em nenhum momento eu parei e planejei que seria contadora de histórias ou escritora. . Quando vi, já estava fazendo.
A.C. Como nascem suas histórias? K.T. As histórias nascem de perguntas difíceis, perguntas sem respostas. Eu falo sem resposta não é porque não tenha nenhuma resposta, mas porque pode ter mais de uma... Porque pra mim pode ter uma resposta, pra outra pessoa pode ter outra. Cada pessoa vai ler de um jeito. Eu acho que as minhas histórias nascem de perguntas que não consegui responder. A vida da gente é cheia de buracos, de faltas, de saudades, de lacunas, de perguntas sem respostas, e uma história é o que a gente faz com as faltas que a gente tem na vida. Eu acho que uma história é como se fosse uma renda, que é cheia de fios e de espaços vazios, a gente pega os fiozinhos, pega a palavra e tenta tecer algum sentido. A gente tenta dar uma resposta, criar algum sentido, criar um lugar no mundo para aquilo que a gente está vivendo, aquilo que está difícil de alguma maneira.
Então, as minhas histórias nascem das perguntas, das hipóteses, das possibilidades, das tentativas de respostas, do desejo de quando eu encontro uma pergunta sem resposta... Uma saudade, um amor não correspondido, das perguntas: O que é ser mãe? O que é cuidar do outro? O que é cuidar da gente mesmo? O que é a beleza? O que é ser filha de alguém? Como é que a gente se torna filha do pai que a gente tem? A pergunta fica pulando em mim e quando ela sai, pronto, virou uma história... A história é uma tentativa de colocar as perguntas no colo porque talvez, ela não seja respondida nunca, mas pode ser dividida, compartilhada com as pessoas. A verdade é que a história é um segredo que eu estou contando, toda história que eu escrevo e que eu conto tem um segredo que é a pergunta. Acho que ela nasce do desejo de dividir este segredo com as pessoas.
A.C. Como é o processo para publicar um livro? K.T. O meu processo aconteceu de duas maneiras, o primeiro livro, A menina dos pais crianças, eu sentei e escrevi em uma noite, uma madrugada. Essa e mais cinco histórias eu escrevi em três dias, elas estavam prontas, querendo sair de qualquer maneira. Depois disso, mandei para a editora, ela leu, gostou e escolheu outra história que não era A menina dos pais crianças, mas a que eu queria publicar era esta. Então um dia encontrei a editora numa reunião e falei que eu queria publicar A menina dos pais crianças, e que eu ia reescrever e melhorar. Eu reescrevi, entreguei pra ela, ela gostou, mas ainda tive que melhorar algumas coisas. O texto foi lido por várias pessoas, que deram suas opiniões, depois mudei mais algumas coisas até chegar ao texto que foi publicado. Então, a editora escolheu o ilustrador e gostei demais, achei que ele foi incrível. O segundo livro, foi mais ou menos o mesmo processo, a editora me chamou, pediu os textos que eu tinha, eu mandei, ela leu, a gente mudou algumas partes, ela escolheu o ilustrador, nós conversamos, pude dar alguns palpites e chegamos na ilustração. E o terceiro livro escrevi muito rápido, mostrei pra editora, tive que escrever de novo porque faltavam algumas partes, e quando o texto estava pronto, a aprovação foi muito rápida. A ilustração é de Ionit Zilberman, uma grande amiga minha. Outras vezes, é um projeto por encomenda, a editora já sabe o que ela quer e me pede, por exemplo, um livro para ensinar professores a contar histórias, aí eu organizo o livro por atividades obedecendo a um pedido da editora. Então eu posso enviar um projeto meu ou atender a um pedido da editora. Mas, demora, tem que corrigir muitas vezes o texto, colocar nas páginas... É um processo longo até o livro sair.
A.C. A escolha do ilustrador pode ser feita pela editora ou por quem escreve o livro? K.T. A ilustração é muito do livro. Num livro infantil a gente não vai lembrar do texto, mas vai lembrar da ilustração. A gente fecha o olho e logo lembra da ilustração. É muito importante. O ilustrador conta a história do jeito dele, dá a leitura, a visão dele, a gente até dá palpite, mas é o mundo dele transposto ali. Muitas vezes a editora indica o ilustrador, como foi o caso do ilustrador do livro A menina dos pais crianças. Ele já é muito famoso, ilustrou vários livros, mas nós nos conhecemos pessoalmente no dia do lançamento. Ele me disse uma coisa muito bonita, que aquele tinha sido um dos livros mais bonitos que ele já tinha ilustrado. Falou que quando leu os textos, lembrou dos pais dele também. Eu fiquei muito honrada. O segundo livro, O Tatu e a Girafa, também foi uma escolha da editora. Mas, no caso do último livro Hocus Pocus – Um pai de presente, ilustrado pela Ionit, é diferente porque não é só uma história minha que ela ilustra, é uma história dela que eu escrevo e uma história minha que ela ilustra, tudo ao mesmo tempo. Um pouco de mim está na segunda parte da história e um pouco dela está no começo. Esse livro é um livro de nós duas, a gente está ombro a ombro. Não é um livro de autor e ilustrador, é um livro onde a ilustração e a palavra estão juntas mesmo. É um encontro. A história é nossa, é essa sensação que a gente tem desde o começo. Durante o processo foi muito gostoso porque ela fazia os desenhos e me mostrava, me mostrava também as fotos dela quando era criança e eu me emocionava e também mostrava as minhas fotos com o meu pai. Ela me contou as histórias dos desenhos e eu contava coisas da minha infância também. Então a gente foi criando juntas.
A.C. Seus livros já foram publicados em outros países? A.C. Como é feita a escolha das histórias que você vai contar? K.T. Eu faço bastante lançamento de livros e nesse caso, eu recebo os livros e faço uma adaptação. Já em outras vezes, eu conto histórias que eu escrevi e ainda numa terceira possibilidade, eu escolho as histórias que quero contar. Mas em todos os casos, eu tenho que encontrar onde eu estou dentro daquela história, onde ela me toca... Encontrar de alguma maneira o prazer para contar.
A.C. Você já pensou em escrever um livro especialmente para o público adolescente? K.T. Olha, nunca pensei, na verdade, tem uma história que eu escrevi que eu acho que é uma história que seria lida por adolescentes... Mas, eu não gosto muito dessa divisão da história por faixa etária, eu sei que é uma coisa necessária, que o mercado precisa, mas eu acho que as histórias são para todas as pessoas, às vezes, uma história de criança toca muito a gente, às vezes uma de adolescente, de adulto, não toca tanto... Eu acho que uma boa história toca todo mundo.
A.C. Onde você costuma se apresentar como contadora de histórias? K.T. Eu faço apresentações em lugares variados, ultimamente estou me apresentando na Livraria Cultura, Livraria da Vila, Livraria 97 e Livraria Casa do Livro, essa são as livrarias que eu tenho parceria. E há dois anos, faço pela Companhia das Letras um circuito de contação de histórias mensal, com aproximadamente 3 a 4 histórias por mês. Na maioria das vezes eu faço apresentações solo nas livrarias, mas em algumas vezes, faço em dupla com um músico improvisador chamado Marko Conca nas Livrarias Cultura dos shoppings Bourbon e Market Place aos domingos. Faço bastante trabalhos no Sesc também.
K.T. Não, na verdade a minha carreira como escritora é uma carreira recente. Faz pouco tempo que eu comecei a publicar. Eu comecei a escrever pra crianças em 2008, faz pouco tempo. Ainda não tive tempo nem de escrever tudo o que eu tenho pra escrever e pra mandar para as editoras daqui. Eu acho que deve ser delicioso ter um livro em outro idioma, mas eu ainda não tenho não.
A.C. Nós sabemos que você tem duas filhas, elas gostam de suas histórias? K.T. Eu acho que elas gostam. Elas sabem das histórias, sabem o que originou as histórias, no que eu me inspirei, elas sabem que os livros sempre tem alguma coisa a ver com elas, a gente conversa elas participam de todo o processo de criação de minhas histórias, são as primeiras para quem eu conto. Acho que elas gostam.
A.C. Você ou alguém já pensou em transformar seus livros em peças de teatro ou desenho de animado? K.T. Já. O me segundo livro O Tatu e a Girafa, tem um clip em animação, que é uma graça, muito bonitinho. E uma grande amiga minha, que é produtora de teatro, me pediu a permissão pra transformar a história A menina dos pais crianças em uma peça de teatro, logo mais vai acontecer isso.
A.C. Qual foi a apresentação mais diferente que você já fez? K.T. Eu tenho feito, às vezes, histórias em exposições de arte contemporânea. Neste caso eu olho a obra do artista e faço a mesma coisa que faço com as história, penso onde estão as perguntas sem respostas dentro daquela obra. Aí, eu escrevo uma narrativa que tem a ver com a obra do artista e faço a história junto com as pessoas, encontrando outras perguntas que as pessoas tem quando olham aquela obra de arte. Eu chamo essas histórias abertas de travessias narrativas. Acho que isso é o mais difícil que eu tenho feito, que é o mais desafiador, é o que eu tenho menos pronto... Eu tenho que chegar e ver como é que aquela obra toca as pessoas e como é que a gente faz disso
A.C. O que você gosta de ler? K.T. Eu leio muita história de criança e tenho três autores preferidos que escrevem para crianças, sou fã apaixonada do Ricardo Azevedo, da Eva Furnari e da Angela Lago, acho o trabalho deles lindo. Tem outros autores mais recentes que também gosto muito que é o Lalau e Laurabeatriz, que fazem poemas para crianças e Lollo e Blandina Franco, outra dupla. De literatura adulta eu gosto de Manuel de Barros porque eu me identifico, acho que é um poeta que tem muito a ver com o trabalho que eu faço, quando eu conto histórias, quando eu escrevo. Sou também muito apaixonada por Guimarães Rosa. Esses dois autores, eu leio e fico sem palavras, eu sou capaz de ler e ficar um mês pensando no que eu li porque as perguntas que eles trazem são perguntas que batem muito forte.
Kiara Terra com sua filha Tereza em entrevista com a turma do Ateliê Matéria Prima no Ar
A.C. Que profissão você gostaria de ter se não fosse escritora e contadora de histórias? K.T. Ai... Acho que eu nem sei responder essa! Eu tenho formação de atriz, gosto muito de teatro e, de alguma maneira, a contação de histórias é estar em cena com as pessoas, tem muita ligação com o teatro, mas o teatro sem interação, que é o teatro em que só o ator fala e a plateia só escuta é o teatro que eu já experimentei e não gostei. Eu gosto muito do risco, da criança falar alguma coisa e eu ter que responder na hora... Sabe a sensação de: Meu Deus! E agora, o que eu faço? Eu gosto muito disso. Mas, se eu não fosse contadora de história e escritora, eu acho que eu seria palhaça.
A.C. Você pretende lançar mais livros? K.T. Eu tenho quatro, cinco projetos na gaveta, que em janeiro do ano que vem eu vou começar a colocar no mundo, mostrar pras editoras. São projetos que nascem todos das histórias contadas. Um projeto se chama Livro de choros, que é uma coleção com 108 choros humanos, maneiras que o ser humano chora. Tem outro livro de uma história que eu escrevi chamada Dona Certeza, que eu já conto há dois anos, tá prontinha, mas eu tenho que sentar e escrever. E tem outro livro inspirado na minha filha mais nova, que é a Tereza. Um dia eu perguntei pra ela de onde a gente vinha e ela me disse que eram os pássaros que traziam as pessoas. Acho que a resposta foi inspirada na cegonha. Ela me disse que quem a trouxe para o mundo foi um pavão. Eu comecei a pensar nas pessoas sendo trazidas pelos pássaros e, como nós somos diferentes entre si, cada pessoa foi trazida por um pássaro diferente. Tem gente que foi trazida por um pardal, por um flamingo, por uma galinha d`angola, por um urubu, por uma pomba, por uma ema, um avestruz, um cisne. Cada pessoa foi trazida por um pássaro porque é muita sobrecarga pra cegonha trazer todo mundo, né gente? E as pessoas não são diferentes? Então, dessa nossa conversa veio a ideia de um livro. E tem algumas outras ideias que ainda são sementes, mas estão esperando ficar prontas pra nascer.
Kiara também nos contou a história do nascimento de seus três livros...
Tudo começou porque numa noite, eu estava com a minha filha mais velha fazendo ela dormir e ela me falou que estava triste porque tinha feito uma medição na escola e descobriu que era a menor e a mais leve da turma. Então eu disse: “Filha, você é a menor e a mais leve porque é a mais nova, você faz aniversário por último”. Ela disse: “Eu sei mãe, mas eu não queria ser pequena... Eu falei: “Filha você é linda, todo mundo te ama, você tem muitos amigos, você é muito querida”. Ela falou: “Eu não tô falando disso, é que eu não queria ser a mais leve e a menor da turma”. Então, eu lembrei de todas as vezes em que eu me senti menos... Porque crescer não é uma tarefa muito fácil, em vários momentos da vida, a gente se sente terrível. Eu não sabia o que dizer na hora e o que eu disse foi: “Olha minha filha, você pode ser qualquer coisa, de qualquer tamanho, pode ser grande, pequena, alta, baixa, eu amo você de qualquer jeito... Eu queria que você soubesse”. Eu não sabia mais o que dizer pra ela, mas aquilo ficou dentro de mim remoendo e eu lembrei dos pais que eu tive, que foram pais que eram muito crianças. O lado bonito disso é que tinha muita imaginação, contavam histórias, brincavam comigo, mas o lado difícil era que no mundo de gente grande das responsabilidades, das coisas que os pais tem que fazer, eles eram muito atrapalhados. Aí eu pensei neles, nesse lugar de ser filha de pais crianças, o meu lugar de ser mãe, pensei em quando nasceu a minha primeira filha e pensei naquele momento que eu estava ali com ela quando ela me conta que não se sentia do tamanho certo, pensei na frase que eu disse “você pode ser de qualquer tamanho que eu amo você”... Pensei em tudo isso, então escrevi o livro. Essa sensação de que quando a gente olha uma pessoa e fala: eu amo você e não tem nenhuma condição pra esse amor, foi uma constatação que eu aprendi com ela e com os meus pais. A história se mistura, é a família de onde eu vim com a família que eu criei depois... É a minha história.
todos os bichos eram maiores que ele numa ladeira e quando ele olha pra fre É a girafa, mas ele nem sabe que ela é subida com olhos lindos em cima. Eles chamada Tatufa, é uma mistura de tat tem o poder de saltar e um dia ela cai na por ele, vai embora e tem um filho, ce um melão. Ele é um pássaro azul vo vore genealógica desse filho, que é um pai pássaro, uma mãe Tatufa... Imagin estragar a surpresa. Mas, a ideia é fala ser bem diferentes uma das outras, a amar. Essa história nasceu numa conv fazer a árvore genealógica na escola, Pai?” Eu respondi: “Eu tenho dois pais criou que é o padrasto. Bota aí outro q Ela disse: “Não mamãe, só tem um qu disse: “Pode botar dois”. Ela: “Não ma tem um quadrado na árvore, qual é o outro nome”. Ela: “Não, eu quero um essa coisa da árvore genealógica arrum das pessoas tem uma família que pare enganchou na outra, uma planta que c organizadinha como uma árvore japon cortada com tesoura, às vezes a vida é desejo de dizer: Tudo bem gente, a m Está tudo bem, a gente dá um jeito.
Este é um livro muito engraçado que fala também da minha família. É uma história de amor entre um tatu bola de jardim e uma girafa. A girafa era muito alta, então ela via o mundo lá longe, todos os bichos eram pequenos, a vida pra ela era, sempre distante e o tatu bola, como vivia no chão, tudo era urgente, tudo era amedrontador, e, era tudo um sufoco. Um dia ele sobe ente, vê os olhos mais lindos do mundo. é uma girafa, ele só sabe que é uma s se apaixonam e tem uma filha tu bola de jardim com girafa. A Tatufa nas asas de um pássaro azul, se apaixo, que nasce num ovo amarelo que pareoador que ensina o avô a voar. Aí, a árma avó girafa, um avô tatu de jardim, um na? Não vou contar o resto pra não ar que numa família as pessoas podem gente não precisa ser igual para se versa com a minha primeira filha, que foi e ela falava assim: “Mãe quem e o seu s, um pai biológico e o meu pai que me quadrado, porque eu tenho dois pais”. uadrado pro pai, qual é o seu pai? Aí eu amãe, você não está entendendo só nome dele”? Ai, eu falei: bota barra e m só!”... Bom, eu fiquei pensando que madinha, pouca gente tem, a maioria ece uma floresta, uma árvore que cresceu por cima... A nossa vida não é nesa, que é aquela árvore que foi é uma mata atlântica... Foi um pouco o mãe é uma girafa, o pai é um tatu bola...
Este é o terceiro livro que eu acabei de lançar. Ele conta a história de uma ilustradora de livros infantis, que é muito amiga minha e também conta um pouco da minha história com o meu pai. Nós duas tivemos histórias muito parecidas com os nossos pais/padrastos. E a história conta que quando ela tinha uns 7 ou 8 anos, o padrasto dela, que na verdade foi quem a criou, tinha uma máquina Polaróide, aquela máquina antiga que tem que esperar alguns segundos para a foto aparecer num papel branco... Ele falava que a máquina era mágica e ela não acreditava. Ele falou: “Escolhe uma coisa pra você fotografar”. Então, ela tirou uma foto dele e ele disse que, para a foto aparecer, ela tinha que falar as palavra mágicas: Hocus Pocus. E ela falava: “hocus pocus, hocus pocus, hocus pocus”... Quando a imagem foi aparecendo, ela achou que era por causa das palavras que ela estava falando... E repetiu várias vezes. Então, eu escrevi a história de um pai e uma filha. Eu falo no livro: “nem toda criança nasce e o pai esta lá para tirar fotos de como elas são bonitas e gordinha ao nascer, algumas meninas ganham seus pais como um presente bem embrulhados que a gente só ganha na hora certa. Comigo foi assim e eu vou contar... Aí conta de como chegou o pai que casou com a mãe, conta que ele nunca tinha tido filha, que começou ser pai e filha naquela hora e fala uma coisa muito bonita no livro que é o seguinte: o começo é onde a gente está quando encontra uma coisa importante, o começo é naquele instante, nada mais importa, se for importante aquele encontro, ali está o começo. Um dia a máquina quebra e ele vem com um pacote. Ela pergunta: “É outra máquina pai? E quando ela abre, são papeis e lápis. Então ele fala: Vou te contar um segredo, o que fazia a máquina ser mágica era a sua capacidade de olhar as coisas até que elas ficassem bonitas, até que viesse a beleza. Eu tenho uma sensação muito curiosa, ela aprendeu com o pai dela a olhar as imagens até que a beleza viesse, assim como eu aprendi com meu pai a olhar as histórias e as palavras até que a beleza viesse. Então esse livro é um livro na nossa condição de filha, são duas filhas com saudades de seus pais, e duas filhas que viraram filha na marra, viraram filhas com o tempo, viraram filhas do exercício de conviver com a pessoa. A gente se tornou filhas desses pais com o tempo.
Veja o trailer do livro O Tatu Bola e a Girafa: http://www.youtube.com/watch?v=yrso_HFH5HY
Para saber mais sobre Kiara , entre no blog: http://kiaraterra.blogspot.com.br/
A origem Ele se originou de um ritmo africano chamado Lundu, uma dança de roda de Angola. Nesta dança, também conhecida por umbigada ou batuque, uma pessoa ficava no centro de uma roda, dançando no ritmo de palmas, canto e instrumentos de percussão. Quando queria convidar alguém para entrar na roda, dava uma ''umbigada'' e, assim, o convidado entrava no meio do círculo para dançar.
Negro Fandango - Obra de Augustus Earle, 1822
Por Beatriz Mariane Santana Evelyn Vitória Freitas Silva Larissa Rocha Layanne Araújo Lyncon Gabriel Maria Eduarda
Conheça alguns fatos históricos deste gênero musical que com muita criatividade tornou-se uma das principais manifestações populares brasileiras.
A chegada Chegou no Brasil através dos negros escravos que foram levados para a Bahia. Depois, na metade do século XIX, esses escravos partiram para o Rio de Janeiro porque lá era a capital do Império e precisava de mão de obra para trabalhar. Eles foram para os bairros da Gamboa e Saúde onde tinha a maior concentração de empregos.
Festas Muitos escravos se casaram na Bahia e quando foram morar no Rio de Janeiro, levaram suas esposas que na maioria eram baianas. Para ajudar no orçamento da casa, elas vendiam quitutes na Praça Onze, próxima aos bairros da Gamboa e da Saude. Apesar de tanta pobreza e do cansaço do trabalho, as famílias adoravam fazer festas e sempre se reuniam para se divertir ao som de batuques e danças formando animadas rodas de samba. As mulheres eram as grandes organizadoras da festança que corriam por toda a madrugada.
Tia Ciata - foi muito importante para a história do samba
Encontro de músicos na casa da Tia Ciata
Donga, Pixinguinha e João Baiana - músicos que frequentavam as festas da casa da Tia Ciata
Discriminado por alguns Apesar de ser um ritmo muito alegre, as pessoas mais ricas da época, não gostavam desse tipo de música e até falavam mal, muitas vezes, discriminando, com preconceito, dizendo que era música de “desocupados”.
Uma das principais casas onde aconteciam as rodas de samba era a casa da dona Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata. As festas na casa desta baiana eram tão animadas e o ritmo tão cativante que começou a atrair músicos como Donga, Sinhô, João Baiana e Pixinguinha, grandes músicos da época. Era tudo muito bem organizado e em cada cômodo era tocado um ritmo diferente: na sala músicos com cavaquinhos, violões e instrumentos de sopro; nos quartos e na sala de jantar era tocado o samba corrido com palmas, marcando o ritmo e no quintal aconteciam batucadas com capoeira e trabalhos de candomblé, uma prática religiosa muito comum entre as famílias baianas e descendentes de escravos.
Primeiro samba gravado Em 1917, foi gravado em disco o primeiro samba chamado ''Pelo Telefone'' pelo sambista Donga, apelido de Ernesto Santos. Mas, essa gravação trouxe muita polêmica, pois algumas pessoas diziam que além de Donga, outros compositores tinham participado da criação, já que naquele tempo, as composições eram feitas em conjunto. Diziam que esta em especial, tinha sido composta numa das festas da casa de Tia Ciata. Mas, de qualquer maneira, Donga e Mauro Almeida foram os compositores que registraram este samba na Biblioteca Nacional. Este samba fez um grande sucesso e a partir de sua popularização, o samba começa a se fixar como gênero musical. Clique no link e veja uma gravação de 1966, com interpretação de Hebe Camargo, Pixinguinha, Chico Buarque, Donga e Mauro Almeida. http://www.youtube.com/watch?v=GS-rCr-ZoZI
A chegada do rádio e a difusão do ritmo
Noel Rosa
Com a chegada do rádio, em 1922, o samba passou a ser divulgado com mais facilidade, então conquistou muita gente, até pessoas de classe média do Rio de Janeiro, como o ex-estudante de medicina Noel Rosa e o ex-estudante de direito Ary Barroso.
Ary Barroso
O rádio também contribuiu para que muitas pessoas ficassem famosas cantando samba, como por exemplo, Francisco Alves, Orlando Silva e Carmen Miranda. Eles foram grandes ídolos do samba. Orlando Silva
Francisco Alves
Carmen Miranda
Variações do ritmo Depois do surgimento do rádio, o samba começou a se popularizar e com isso, surgiram variações do ritmo, como o samba-enredo, o samba-choro, o samba de partido alto, o samba-canção, o samba-exaltação, entre outros.
Samba e carnaval Com a popularização do gênero, grandes blocos de carnaval foram criados. E em 1929, surgiu a primeira escola de samba que se chamava “Deixa Falar”. Ela se apresentou na Praça Onze e as pessoas adoraram a batida, tão forte que contagiava a todos. O samba-enredo fez tanto sucesso que no ano seguinte, mais cinco escolas surgiram para participar do desfile na Praça Onze: a ''Cada Ano Sai Melhor'', a ''Estação Primeira de Mangueira'', a ''Vai como Pode'' (atual Portela), a ''Para o Ano Sai Melhor'' e a ''Vizinha Faladeira''.
“Deixa Falar” - 1ª Escola de Samba do Brasil
O samba melódico Entre os anos 1930 e 1940, importantes compositores como Noel Rosa, Ary Barroso, Lamartine Babo, Braguinha (João de Barro) e Ataulfo Alves se destacaram com o samba-canção, um samba mais lento, melódico e romântico, acompanhado por violão e bem menos batucado. Noel Rosa: Com que roupa? http://www.youtube.com/watch?v=rETSGoLBjjk Lamartine Babo: A.E.I.O.U. http://www.youtube.com/watch?v=1xsmrGKtY1M Braguinha: Linda loirinha http://www.youtube.com/watch?v=S5jk0fG3vfE Ataulfo Alves: Laranja madura http://www.youtube.com/watch?v=C9tG10EHf-4&feature=related Ary Barroso: Camisa amarela http://www.youtube.com/watch?v=pqUF4dXOPcY&feature=related
Grandes compositores Houve uma época, por volta da década de 50 e 60, que o samba tocava com menos frequência nas rádios porque outros ritmos estavam fazendo mais sucesso, como por exemplo, a bossanova. Mas, no final da década de 60 voltou com força total e a batida tradicional do samba foi relembrada por grandes compositores como: Cartola, Nelson Cavaquinho Candeia, Chico Buarque de Holanda, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Zé Kéti, Martinho da Vila, entre outros.
Nelson Cavaquinho e Cartola - Dois grandes compositores do samba
Clique no link para ouvir: Candeia - Testamento do Partideiro http://www.youtube.com/watch?v=Uax_rK7zC3M Nelson Cavaquinho – Juízo Final http://www.youtube.com/watch?v=rgcTGJQNNe8&feature=related Reportagem de 1979 - Programa Fantástico sobre o Clube do Samba http://www.youtube.com/watch?v=uRF-5npsqTo&feature=related
Surge o movimento do pagode Na década de 80, surge o pagode, ritmo que se originou do samba, com uma linguagem mais popular. Este novo ritmo estourou no mercado fonográfico. Alguns artistas que se destacaram nessa época foram Zeca Pagodinho, Jovelina Pérola Negra, Grupo Fundo de Quintal e Jorge Aragão. Capa do 1º disco de Zeca Pagodinho - 1986
Ilustração: Kleber Sales
Clique no link e saiba mais sobre alguns dos sambistas de todos os tempos: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT865240-1655-3,00.html
A batucada dos nossos tantãs Samba, a gente não perde o prazer de cantar E fazem de tudo pra silenciar A batucada dos nossos tantãs No seu ecoar, o samba se refez Seu canto se faz reluzir Podemos sorrir outra vez Samba, eterno delírio do compositor Que nasce da alma, sem pele, sem cor Com simplicidade, não sendo vulgar Fazendo da nossa alegria, seu habitat natural O samba floresce do fundo do nosso quintal Este samba é pra você Que vive a falar, a criticar Querendo esnobar, querendo acabar Com a nossa cultura popular É bonito de se ver O samba correr, pro lado de lá Fronteira não há, pra nos impedir Você não samba mas tem que aplaudir
A letra “A batucada dos nossos tantãs”, do grupo Fundo de Quintal, nos mostra um pouco dessa história de resistência do samba.
Samba-Patrimônio Imaterial O samba é uma das principais manifestações culturais do nosso país. Em 2005, o samba-de-roda da Bahia foi declarado pela Unesco como Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade. E em 2007, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) registrou oficialmente, no Livro de Registro das Formas de Expressão, do Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro, as matrizes do Samba do Rio de Janeiro - samba de terreiro, partido-alto e samba-enredo. Clique no link e assista ao programa que fala sobre o samba carioca, que se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2007: http://www.youtube.com/watch?v=6TR2WnlKeJ0
Clique no link e ouça a música: http://www.youtube.com/watch?v=l3YDy4bhoyU
Imagens: Alessandro Alves Quatrini Por Alessandro Alves Quatrini Amanda Silva Emanoel Oliveira Ester de AraĂşjo Souza Maiara Mendes
Você já pensou em viver em um lugar onde tudo funciona em harmonia, plantas, pessoas, animais? Isso é muito possível com a permacultura, mas você sabe o que isso significa? Permacultura é cultura permanente, ou seja, uma coisa que permanece, fica, não desaparece ou se esquece. Para melhorar o nosso bem estar e as coisas à nossa volta é necessário estarmos em harmonia com a natureza, cuidarmos dela e principalmente educar as crianças para que elas possam continuar educando outras pessoas futuramente. Para que tudo esteja em harmonia é necessário que haja uma mudança de atitude em pequenas coisas do nosso dia-a-dia.
Na prática...
De onde vem o termo Permacultura?
Podemos começar cuidando das pessoas, plantando uma pequena horta, fazendo um jardim, não desperdiçando alimentos, água e não poluindo ou consumindo em excesso.
Bill Mollison e David Holmgren criaram este termo a partir dos estudos de como sociedades indígenas agiam com a natureza. Eles observaram que essas tradições eram muito espirituais e respeitosas com a terra e trabalhavam sempre em conjunto ou seja, através da cooperação de todos, assim, o benefício também era coletivo.
Turma do Ateliê Itapevi + Verde preparando estruturas com bambu
Possibilidades criativas Hoje em dia não precisa ter um grande espaço para plantar, você pode fazer sua própria horta ou jardim em pequenos espaços, como por exemplo, apartamentos. Muitas pessoas estão pendurando suas plantinhas em paredes: os famosos jardins verticais. Diversos objetos podem ser usados para a criação deste tipo de jardim, como por exemplo, botas, xícaras, latas, caixotes, garrafas pet, taças e até copos. Veja essas imagens e se inspire para plantar e, quem sabe, até colher, crie seu próprio jardim e seja mais feliz!
Clique no link abaixo e conheça algumas ideias criativas e simples: http://jeitinhopradecorar.blogspot.com.br/2012/10/hortas-e-jardins-verticais.html
Como plantar Para uma horta será necessário um local que tenha luminosidade e que seja próximo a um ponto de água (torneira), porque a maioria das hortaliças precisam de locais com essa característica. Um jardim também requer cuidado quase que diário, mas podemos construir em locais sombreados compondo com plantas ornamentais.
Ferramentas * colheres; * ancinho; *tesouras de poda pequena e grande; * regadores ou mangueira. Outros acessórios * luvas para jardinagem; * chapéu.
evi + Ateliê Itap Turma do
Verde p
canteiros reparando
e regando a
Materiais para a formação do jardim * Pedras ou outro material que ajuda na drenagem da água; * Terra; * Adubo orgânico; * Palha e/ou folhas secas; * Mudas e/ou sementes; * Recipiente para plantar como vasos, caixotes, garrafas, pneus, chapeiras, botas ou outros que possam ser úteis e que combine com o desenho do seu jardim.
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Passo a passo para plantar Para fazer uma horta de temperos ou um jardim em pequenos espaços você vai precisar de: * Um vaso ou recipiente que possa servir de vaso como caixote, pneu, garrafas, latas, botas e outros. Se preferir um recipiente que não seja vaso, certifique-se que ele esteja adequado para a drenagem da água (furos embaixo do recipiente); * Coloque pedras ou areia no fundo do vaso ou recipiente. Caso não tenha, utilize qualquer material drenante (entulho, telhas, etc); * Em seguida, coloque terra, matéria orgânica em decomposição (folhas, gravetos) e adubo orgânico. Pode ser qualquer terra; Obs: Os adubos orgânicos que podemos encontrar em floricultura são: Bokashi, esterco de vaca, esterco de galinha, farinha de osso, calcário, torta de mamona e húmus de minhoca. O Bokashi é o mais completo, mas o húmus de minhoca é considerado um dos melhores e pode ser produzido em casa com a compostagem de alimentos não cozidos como cascas de frutas e sobras de verduras. * Misture bem esses elementos; * Faça uma cobertura utilizando palhas ou folhas secas picadas. Uma camada de aproximadamente 5 cm; * Em seguida abra um buraco e coloque a muda ou semente proporcional ao tamanho do que você está plantando; * Feche o buraco. Se for semente não aperte, mas se for muda aperte a terra próximo ao caule da planta; * Regue sempre que a terra estiver seca. De preferência com um regador ou algum sistema por gotejamento; * Se for vaso, coloque-o em um local que a planta goste (sol ou sombra). Caso esteja plantando em algum recipiente fixo como pneus ou pequenos canteiros, dê preferencia para plantas que goste daquele ambiente; * Cuide para que ele possa crescer bem.
Essas dicas de como plantar foram dadas por Bruno Helvécio, educador responsável pelo Ateliê Itapevi + Verde. Para consultorias em implantação de horta em escolas e residências, entre em contato com ele no contato@humanaterra.com.br ou ligue para (11) 4702-2350 ou (11) 99681-8249.
Integrantes do Ateliê Matéria Prima no Ar em entrevista com o educador Bruno Helvécio
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Revista Eletr么nica