NESTA EDIÇÃO... INFORMAÇÃO Jornal Joca
HISTÓRIA Estação Júlio Prestes e Sala São Paulo
ENTRETENIMENTO Epidemia da dança HQ Uma história de amor
ASSISTIMOS E INDICAMOS
CURIOSIDADE Como nascem os livros
CURTA O CURTA
ESPORTE Sobre skate
ARTE Stephan Doitschinoff
ENTREVISTA VIA SKYPE Humberto Alves
ENTREVISTA César Obeid
SUSTENTABILIDADE Brinquedos à moda antiga DICAS DE LEITURA
Revista Eletrônica Abre-te cérebro! #3 Está no ar o 3º volume da revista Abre-te Cérebro! Para quem não sabe, esta publicação é o produto final dos estudos do Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital. Ao longo do semestre pesquisamos diferentes assuntos, visitamos alguns locais para complementar nossas pesquisas, assistimos a filmes, lemos livros, navegamos na internet, fizemos entrevistas e descobrimos muitas coisas interessantes que agora podem ser compartilhadas nesta revista com os nossos leitores. Aproveitem! Abre-te cérebro! E descubra o tesouro do conhecimento.
O Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital, pertence ao Projeto Matéria Prima Itapevi, um projeto socioeducativo do Instituto Eurofarma, que oferece atividades complementares ao ensino escolar para crianças e adolescentes com idade entre 7 e 12 anos. Saiba mais sobre o Instituto Eurofarma: http://www.eurofarma.com.br/versao/pt/resposabilidade/index.asp
Envie sugestões para os próximos volumes: E-mail: abretecerebro@hotmail.com
Idealização: Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Educadora responsável: Renata Melo
Participantes do Ateliê Matéria Prima no Ar Alex Alves de Siqueira Allyson Chaves Rodrigues Amanda Letícia da Silva Antonio Eduardo Silva dos Santos Daniela Santos Moreira Ellen Araújo Alexandrino da Silva Felipe Guimarães Barroso Isadora Ramos de Oliveira Jhenifer Siqueira Pereira Laryssah Rocha Luís Felipe Simões Maria Eduarda Souza da Silva Marcelo Caitano Micael de Jesus Castro Milleny Vitória Fernandes de Oliveira Nicolas Alves de Siqueira Patrick Papa Barcelos Pedro Freire Felipe Ryan Lucas Pereira dos Santos Sabrina Pacola Guedes Sara Pacola Guedes Sarah Santos da Silva Thiago Fernando Santos de Camargo Vitor da Silva Conçani Vitor Silva de Oliveira Wesley dos Santos
Capa: Gabriel Daher Diagramação: Bianca Colussi de Sousa e Renata Melo com colaboração da turma do Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Realização: Instituto Eurofarma Gestão pedagógica: La Fabbrica do Brasil
Geralmente as histórias são guardadas em um lugar muito especial: os livros. Quando o autor escreve e a editora aprova a publicação, eles passam por um grande processo de feitura para depois chegarem às prateleiras de uma livraria ou biblioteca. Ilustração: Robledo Lira
Os livros são muito antigos... Saiba um pouco desta história... Johann Gutenberg inventou os tipos móveis no século XV. Ele esculpiu uma coleção de moldes de letras que podiam ser reunidos manualmente compondo qualquer palavra. Tudo era montado manualmente, linha por linha para formar todo o texto.
Antes de Gutenberg Antes da invenção de Gutenberg os livros eram manuscritos, ou seja, escritos à mão.
Por
Daniela Santos/Isadora Ramos/Sara Pacola/Vitor Conçani/ Ellen Araújo/Maria Eduarda/Sabrina Pacola/Milleny Vitória
Linotipo Depois foi inventada uma máquina chamada linotipo, onde uma linha inteira poderia ser montada em blocos de chumbo.
A evolução das técnicas de fabricação de um livro Com o tempo, as técnicas de fabricação industrial evoluíram muito. O que antes demorava dias, hoje, numa fôrma de impressão, pode levar menos de uma hora.
Projeto gráfico Para que um livro seja publicado é preciso que muitas decisões sejam tomadas, para isso, é feito um projeto gráfico para definir como será o formato, posicionamento das imagens e do texto, as cores, o tipo de papel, a quantidade de páginas que irão constituir o livro, entre outras coisas.
Quando chega à gráfica... Quando o projeto gráfico é enviado à gráfica é gerado um “boneco do livro”, ou seja, uma cópia impressa para que o cliente possa pré-visualizar seu livro. A partir desta pré-visualização, ele pode fazer uma revisão final, seja ela de texto ou de posicionamento das imagens antes do material ser impresso em várias cópias.
Fotolito e chapas de alumínio Muitas gráficas utilizam o fotolito, um plástico transparente gigante feito de acetato, onde são impressos os textos e as imagens do livro. Ele serve como matriz para a impressão do material gráfico. O fotolito, aderido a uma chapa de alumínio por vácuo, é exposto à luz por algum tempo. Assim acontece a etapa de gravação ou sensibilização. Em seguida, a chapa é lavada com químicos específicos que irão reagir com as áreas expostas à luz. Esta etapa chama-se revelação. As chapas são o suporte do que virá a ser o livro.
Cores A beleza dos desenhos só nasce depois de um processo de separação de cores que é chamado de Policromia e acontece a partir de quatro cores: ciano, magenta, amarelo e preto, representadas pela sigla CMYK, utilizadas no sistema de cores para impressão –
Cyan (azul), Magenta (vermelho), Yellow (amarela) e blacK (preta). Quatro chapas de alumínio, uma para cada cor, é criada e a partir da combinação dessas quatro cores obtém-se todas as outras, formando o livro colorido.
Processo CTP Computer To Plate Os processos mais modernos de impressão substituem o fotolito pelo processo do CTP - Computer To Plate eliminando a criação do fotolito e gravando a laser a chapa de impressão diretamente do computador.
Impressão Offset O processo offset é um processo indireto, ou seja, uma chapa de alumínio é preparada para receber o grafismo e o contra grafismo, um processo físico-químico de repulsão entre água e tinta, onde a área do grafismo recebe a tinta e a do contra grafismo recebe a água. A impressão acontece da seguinte forma: da chapa para a blanqueta, que é um suporte de borracha que funciona como transferência da imagem, e da blanqueta para o papel. Máquinas rotativas produzem no papel o que está escrito nas chapas, como se fosse um grande carimbo. O custo do material diminui à medida que tiragem aumenta.
Impressão D É um sistema que proporciona
impressões, pois elimina alguma
processo convencional de impre
Seu custo é mais barato, por iss
tiragens do material impress
Turma do Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital durante a visita à Editora Paulus
Dobras
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Depois que o livro é organizado na sequência correta, ele passa pela etapa de “refilar o papel”, ou seja, cortar os excessos para dar acabamento e ficar naquele formato que nós conhecemos. Este processo é feito numa máquina de corte, as imensas guilhotinas. Uma lâmina deste tipo de máquina pode cortar mais de três mil folhas de uma só vez.
Pronto! Depois de impressa a tiragem definida inicialmente, os livros são enviados para as livrarias, enquanto outros são armazenados para serem distribuídos posteriormente.
Livro: As Aventuras de Pinóquio Autor: Carlo Collodi Editora: Cosac Naify
Pinóquio, um boneco de madeira que ganha vida... Todas as pessoas já conhecem essa história, pois ela é muito antiga, tem mais de cem anos... Mas esta edição é muito especial por causa das ilustrações feitas por Alex Cerveny. Ele utilizou uma técnica do final do século XIX chamada cliché verre, que consiste em pegar uma placa de vidro, chamuscar com uma vela, depois desenhar com uma agulha, chave de fenda ou qualquer outro objeto pontiagudo. As ilustrações são muito bonitas e bem diferentes. Vale a pena ler e conhecer essa técnica. Dica de Maria Eduarda Souza
Livro: A Vida Íntima de Laura Autor: Clarice Lispector Editora: Rocco
Este livro conta a história de uma galinha, Laura. Como todas as pessoas Laura têm qualidades e defeitos, sabe botar ovos melhor que qualquer galinha, mas, tem o pescoço muito feio. Aparentemente ela é muito simples e até tonta, mas, na verdade, Laura é muito inteligente e esperta porque quando tem que agir e arrumar uma solução para as coisas ela pensa. A autora escreve sobre diversos assuntos que nos faz pensar nas nossas atitudes, por exemplo, como tratamos as pessoas, como gostamos de ser tratados preconceitos, medos. É um livro fácil de ler e muito bom pra pensar. Dica de Milleny Vitória
Livro: A Invenção de Hugo Cabret Autor: Brian Selznick Editora: SM Brasil
A história se passa nos anos 30 e o personagem principal é Hugo Cabret, que vive clandestinamente numa estação de trem. Hugo herdou de seu pai o talento de consertar máquinas. Ele também tem um segredo, quer desvendar um mistério sobre um autômato encontrado por seu pai antes de falecer. Um desenho misterioso, uma chave, um caderno de anotações, o dono de uma loja de brinquedos... São elementos que fazem essa história ficar cada vez mais interessante. As ilustrações parecem cenas de cinema, talvez seja por isso que os direitos autorais tenham sido comprados pela indústria cinematográfica e virado um filme de grande sucesso. Dica de Sabrina Pacola
Livro: Bons Conselhos de Meu Pai Autor: João Ubaldo Ribeiro Editora: Objetiva
É um livro muito bom porque nos ensina a ser uma pessoa educada, respeitosa, amiga, que sabe entender os outros, não ser medrosa, ignorante, indiferente, amarga, intolerante... O autor tinha um pai muito estudioso que sempre foi exemplo e inspiração para o filho. Recebeu durante toda a sua vida conselhos para se tornar um bom cidadão. É um livro que você pode ler sempre que precisar de um conselho para ser uma pessoa melhor. Dica de Ellen Araújo
ASSISTIMOS E INDICAMOS
Filme: As aventuras de Pi Diretor: Ang Lee Roteiro: Baseado no livro de Yann Martel País: Estados Unidos Gênero: Aventura/Drama Ano: 2012
Pi é um jovem que nasceu na Índia e passou toda a sua infância convivendo com os bichos no zoológico que seu pai administrava. Um menino curioso que se interessava por conhecer diferentes religiões, respeitando todas elas. Certo dia sua família decide ir embora para o Canadá com a intenção de melhorar de vida, a bordo de um navio cargueiro, levam alguns bichos com eles. No caminho, o navio naufraga e Pi é o único sobrevivente. A partir desse dia, sua vida muda completamente... E, para continuar vivo, Pi precisa enfrentar muitos perigos e agir com inteligência, coragem e fé. Essa surpreendente história foi baseada no livro a L ife of Pi, do escritor Yann Martel. Existe uma polêmica de que Martel teria plagiado o livro Max e os Felinos, do escritor brasileiro Moacyr Scliar, publicado em 1980 e traduzido para a língua inglesa em 1990. De qualquer forma, As Aventuras de Pi é um ótimo filme e merece ser visto por todos.
Filme: O Artista Diretor: Michel Hazanavicius Roteiro: Michel Hazanavicius País: França/ Bélgica Gênero: Drama Ano: 2011
Este é um filme atual com características de filme antigo: mudo e em preto e branco. Assistindo a este filme, podemos entender a passagem do cinema mudo para o cinema falado e o que essa mudança causou na carreira de alguns autores da época. Muitos não se adaptaram às mudanças e entraram em crise, já outros que se adaptaram, puderam experimentar novas possibilidades. A história gira em torno do casal protagonista do filme, George Valentin e Peppy Miller, ele, um grande astro, que entra em decadência por não aceitar a mudança, e ela, uma atriz em início de carreira que aceita a nova tecnologia e se torna uma grande estrela do cinema. Uma das coisas mais legais deste longa é quando o esperto cachorrinho de George Valentin, aparece nas cenas. O filme O Artista recebeu cinco prêmios do Oscar de 2011: melhor filme, ator, direção, figurino e trilha sonora.
Filme: Tempos Modernos Diretor: Charles Chaplin Roteiro: Charles Chaplin País: Estados Unidos Gênero: Comédia/Drama Ano: 1936
Este filme é um clássico, uma sátira sobre a Revolução Industrial e também uma crítica social. Se passa nos anos 30, mas o que se discute é muito atual porque reflete a situação de muitos trabalhadores do nosso tempo que vivem uma rotina estressante e muitas vezes chegam a ficar esgotados e doentes... Mas, mesmo com tanta dificuldade, nunca perdem o humor, a vontade de viver e principalmente a esperança.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM - tem entre suas linhas de trem a Linha 8 – Diamante, que compreende o trecho entre as estações Júlio Prestes e Itapevi. Mas, a Estação Júlio Prestes também é uma histórica estação ferroviária da cidade de São Paulo, que hoje abriga o Complexo Cultural Júlio uma das melhores salas de concerto do mundo.
Prestes, onde fica a Sala São Paulo,
Por
Daniela Santos/Isadora Ramos/Sara Pacola/Vitor Conçani
Foto: Tuca Vieira
Mas, para compreender toda a história desse prédio grandioso e super bonito, é preciso entender a história do café do Estado de São Paulo.
Fachada do prédio da Estação Júlio Prestes
Em meados do século XIX e XX o café era o principal produto que o Brasil exportava como mercadoria para outros países. Era plantado no interior de São Paulo, depois levado para o Porto de Santos e exportado para os Estados Unidos e Europa. No começo, esse transporte era feito por mulas... Isso mesmo, aqueles animais! Imagina o trabalho?! A demora?! Demorava mais ou menos dez dias para ser transportado do interior até o Porto de Santos... Quando chovia, a terra virava lama, as mulas ficavam mais cansadas e demorava muito mais... Era complicado!
O tempo foi passando e as coisas foram evoluindo, surgiram novas tecnologias e o trem estava entre elas. Então, pensaram em construir uma ferrovia aqui no Brasil que ligasse o interior do Estado de São Paulo até o Porto de Santos. A primeira ferrovia foi a Estação da Luz, financiada pelos ingleses. Para a sua construção, eles trouxeram muitos materiais, desde a estrutura metálica até os preguinhos.
Os cafeicultores - grandes barões do café que plantavam e vendiam esta mercadoria – tinham um grande poder econômico e político e quando souberam da novidade, não gostaram muito, viram isso como uma afronta... Pessoas de outros países transportando mercadorias deles... Então, começaram a procurar meios de fazer outras ferrovias que pudessem transportar o café. Assim, surgiram estações, linhas de trem e uma delas é a Estação Júlio Prestes, que no início se chamava Estação de Ferro Sorocabana. O primeiro prédio da sede era modesto, comparado à Estação da Luz, então para não ficar para trás, os barões pensaram em construir um projeto de um prédio glamoroso, muito maior e mais bonito que pudesse representar todo esse poder que os cafeicultores paulistas tinham na época.
Imagem: Acervo FAU/USP
O projeto foi feito em 1925, por Christiano Stockler das Neves, arquiteto brasileiro muito famoso da época. No ano seguinte a construção foi iniciada, mas só foi concluída em 1938, doze anos depois.
Projeto de Christiano Stockler, 1925
Imagem: Acervo FAU/USP
O motivo de tanta demora aconteceu porque em 1929 aconteceu a queda da bolsa de Nova York e isso gerou uma crise econômica que fez com que os países parassem de importar certos produtos como o café, desvalorizando esta mercadoria, além disso, os poderes econômicos e políticos dos cafeicultores já não eram mais os mesmos. Em 1938, o edifício foi concluído, mas a entrega foi feita com algumas diferenças do que estava no projeto. O terceiro andar, por exemplo, onde teria um hall e um grande salão de festas com teto de vidro, não foi construído.
Projeto modificado entregue em 1938
No lugar, foi feito um jardim de inverno, com palmeiras imperiais, onde as pessoas podiam circular, pois fazia parte da estação de trem.
Com o tempo, começaram a surgir outros meios de transporte e o investimento ferroviário ficou cada vez menor. Isso dificultou a manutenção deste prédio imenso, então os responsáveis pela administração das estações resolveu desativá-lo. Na década de 1980, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM - assumiu a linha, mas o prédio continuou desativado, funcionando apenas o trem. O prédio ficou fechado por quase dez anos porque até então não tinham encontrado uma função para ele. Anos depois, perceberam que o prédio da Estação Júlio Prestes contava um pouco a história de São Paulo e, assim, foi tombado pelo Patrimônio Histórico.
No chão dos salões do prédio, florzinhas e folhas de café, que representam a valiosa mercadoria da época.
Algumas locações eram feitas para a realização de festas e eventos institucionais, mas só em 1997, ele se tornou o Complexo Cultural Júlio Prestes, pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
No vitral à esquerda, divindades gregas que exaltam atividades muito importantes da época para o Estado de São Paulo: o comércio, a indústria e as plantações. Nos salões, vitrais e lustres originais que contam a história desta evolução.
No vitral à direita, a cidade de Santos ainda muito simples, do outro lado, a mesma cidade muito mais desenvolvida, colorida, movimentada. Entre as duas vemos um trem representando todo o desenvolvimento que a cidade teve com a chegada da ferrovia.
Enquanto isso, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo OSESP- estava precisando de uma sede e reconheceram que o prédio tinha potencial para receber a orquestra.
Foto: Stefan Schmeling
Assim, em 1997, no local onde era o antigo jardim de inverno do prédio, começou a ser construída a Sala São Paulo, uma sala de concertos com a finalidade de ser a sede da OSESP. A inauguração aconteceu em 1999 e, com um projeto acústico de primeira qualidade e capacidade para 1.484 lugares, ela está entre as melhores salas de concerto do mundo.
Construção removível Por se tratar de um prédio tombado pelo patrimônio histórico, as estruturas originais não poderiam ser alteradas, por isso, todo o projeto de construção da sala foi feito de forma removível.
O teto O teto ajustável da sala tem 15 conjuntos de três placas cada, somando 45 quadrados de aço revestidos em madeira. Eles se movimentam para cima e para baixo por cabos de elevadores. O teto ajustável serve para afinar o som da sala para que não perca qualidade porque, às vezes, a orquestra precisa tocar uma música que foi composta para ser tocada num lugar muito alto, como por exemplo, uma catedral, então, sem a altura adequada, poderia soar estranho. Com o teto ajustável, este problema não existe. Da mesma forma que é possível tocar uma música que foi composta para um lugar menor, pois ele se ajusta de acordo com o que será tocado. Para sustentar o pesado teto foi construída uma cobertura de policarbonato, um material muito resistente. Para muitos, ele é considerado um instrumento gigante.
O piso O piso é revestido com discos de neoprene e piso de madeira naval para vedar os ruídos externos e trepidações.
Os vidros que separam a estação de trem dos salões do prédio também são acústicos para isolar os sons que possam vir da parte externa.
As cadeiras As cadeiras foram feitas com um material especial que imita a característica humana de absorção e reflexão do som, isso faz com que a reverberação do que está sendo tocado seja a mesma com a sala cheia ou vazia.
Passagem secreta Embaixo do palco ficam guardados alguns instrumentos, como por exemplo, os pianos. Que não podem ficar mudando tanto de lugar por causa de seu tamanho ou mesmo para não prejudicar a sua afinação. Quando é necessário levá-los ao palco, são colocados em um elevador que sobe por uma abertura no próprio palco.
Por onde o som passeia Os instrumentos não usam microfones para ampliar o som porque a acústica foi pensada de uma forma tão perfeita que não importa onde você esteja, o som passeia por todos os lugares da sala igualmente.
Para saber mais sobre concertos, valores de ingressos, visitas monitoradas e muito mais visite o site:
A turma do Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital durante a visita monitorada no Complexo Cultural Júlio Prestes
http://www.osesp.art.br/portal/paginadinamica.aspx?pagina=salasaopaulo
Skate é estilo de vida, é observar a arquitetura d
e curtir a diversidade musical, é respeitar, incen
Conheça um pouco mais o universo interessante e ur O COMEÇO O skate surgiu no princípio dos anos 60 na Califórnia em uma época em que o surf era o esporte preferido da galera local... Mas, quando a maré estava baixa, não era possível praticar, foi então que os surfistas tiveram a ideia de colocar rodinhas de patins em pranchas e surfar no asfalto... Assim surgiu o skate. Nesta época, os skates eram muito primitivos, só a partir de 1965 começaram a ser fabricados industrialmente para serem comercializados. Com a sua popularidade, surgiram também os primeiros campeonatos. Em 1971, foi inventada a rodinha de uretano, mais aderentes e muito mais silenciosas. Em 1975, foi desenvolvido um truck - eixo de metais - especialmente para skate, que facilitava as curvas na direção em que se inclinava o corpo. A nova estrutura tornou o skate mais seguro e muito mais popular.
SURGIMENTO DO SKATE VERTICAL Nos anos 70 houve um forte racionamento de água nos Estados Unidos e muitas pessoas tiveram que utilizar a água de suas piscinas nos afazeres do dia a dia, com isso, logo esvaziaram. Foi aí que os skatistas tiveram a ideia de utilizar as piscinas vazias para andar de skate e perceberam que eram ótimas pistas com obstáculos para fazerem manobras, desta forma surge o skate vertical. Esta década foi o auge do skate.
SURGIMENTO DO SKATE STREET Alguns anos depois, a revista Skateboarder, que era a principal publicação sobre skate da época, decidiu cobrir notícias apenas sobre bike´s. Por causa disso, muitos perderam o entusiasmo pelo assunto e abandonaram o esporte, pistas fecharam e foi a maior crise. Então, os skatistas que realmente gostavam e não viam aquilo apenas como moda, começaram a andar nas ruas, transformando tudo que viam pelo caminho em obstáculos e criando o street skate.
a cidade e interagir com ela, é abrir os horizontes
ntivar e vibrar com os amigos em suas manobras radicais.
rbano do skate e apaixone-se você também. SKATE NO BRASIL Por volta de 1965 o skate surge no Brasil. Não existia muita regra e sua prática era apenas por lazer. Muitos shapes — base de madeira - eram construídos com tábuas do fundo de gavetas e as rodinhas eram de carrinho de supermercado. Com o passar do tempo o skate ganhou novos adeptos e se tornou a atividade preferida de muita gente. Na década de 90 a organização do esporte e os eventos cresceram muito e, então, ganhou um enorme espaço na mídia. Segundo a Confederação Brasileira de Skate – CBSK - existem 1.250 pistas no Brasil e o nosso país é o segundo com maior mercado de skate no mundo, ficando atrás apenas dos
O SKATE E A CIDADE O skatista tem um olhar diferenciado sobre a cidade, ele observa obstáculos e interage com a arquitetura urbana para realizar suas manobras. Muitos utilizam o skate para se locomover de um local para outro e isso, além de ser muito divertido, beneficia o trânsito, o que é ótimo para a cidade.
Clique no link e assista a uma reportagem sobre o documentário CityZen, que retrata o ponto de vista de skatistas sobre a cidade de São Paulo. http://mais.uol.com.br/view/14473421
Estados Unidos.
Uma pesquisa feita pela Secretaria da Juventude de São Paulo, aponta que este é o segundo esporte mais praticado por jovens, depois do futebol.
Veja o trailer do documentário: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=DkURYrZ143s#
Por Alex Alves/Allyson Chaves/Antonio Eduardp Felippe Guimarães/ Laryssah Rocha Luis Felipe/ Micael de Jesus/Thiago Fernando/ Maria Eduarda/Milleny Vitória
SKATISTAS BRASILEIROS
SKATISTAS BRASILEIROS
BOB BURNQUIST– É um dos grandes nomes do skate nacional. Ele pratica desde os 11 anos. Mora na Califórnia desde 1994 porque lá o skate é coisa séria, tratada com muito respeito. Bob inovou criando o Switchstance o jeito de skate com as bases trocadas. Em 2004 foi convidado para carregar a tocha olímpica e fez parte do percurso com seu skate nos pés. Em 2006, comprou o terreno de seu vizinho e construiu a Mega Rampa, a maior rampa do mundo em sua casa. Ele é tão especial que virou personagem de vídeo games como Playstation e Game Boy, além de aplicativos para IPhone. Bob coleciona vitórias, já sofreu quedas seríssimas, mas se recuperou e foi o pioneiro em muitas conquistas do skate.
LINCOLN UEDA — Foi o primeiro brasileiro a conquistar um título num campeonato internacional de skate. Em 1989, ele ficou em quarto lugar no Münster Monster Mastership”, um dos maiores campeonatos do mundo, disputado na Alemanha. Ueda nasceu em Guarulhos-SP, mas vive nos Estados Unidos há 11 anos, é muito respeitado e admirado por grandes skatistas como Christian Hosoi e Tony Hawk por seu estilo inconfundível e pelos incríveis aéreos que faz com o skate, que até lhe renderam um simpático apelido: japonês voador. Ueda participou do documentário Vida Sobre Rodas, que conta a história do skate nacional e de grandes skatistas da atualidade.
Sua história foi contada no documentário Sem Limites. Clique no link para assistir: http://vimeo.com/52628106
MENINAS DO SKATE Hoje em dia, o skate já não é uma prática apenas dos meninos, não! Cada vez mais as garotas estão dominando esta modalidade com muito charme e estilo. Existem aulas, competições, pistas com horários só para elas — como é o caso da pista de São Bernardo do Campo — redes sociais onde trocam informações e compartilham experiências... E isso só tende a crescer. Clique no link e assista ao vídeo Carving the Mountains, uma aventura de oito garotas skatistas nas montanhas de Madrid. http://www.youtube.com/watch?v=RDioW5xf524
SKATE ECOLÓGICO O skate por si só, já é uma atividade bastante sustentável porque pode te levar a todos os lugares, sem poluir o meio ambiente. Algumas empresas já estão criando linhas de skates feitos de bambu e seus criadores dizem que “a matéria-prima é mais vantajosa que a madeira, pois é uma planta com o crescimento mais rápido do planeta e se renova facilmente, além de ser capaz de retirar do ar quatro vezes mais dióxido de carbono que uma árvore do mesmo tamanho e porte”. A proposta é unir a sustentabilidade à saúde e ao bem-estar. A única desvantagem é que ele ainda é um pouco mais caro do que os skates comuns. Entre no site e conheça uma linha de skate de bambu: http://www.legendssk8.com/#!marcas/cfvg
MANOBRAS RADICAIS
SKATE E MÚSICA
Com a evolução do skate, os equipamentos também ficaram mais seguros, os shapes ganharam noses (parte da frente), tails (parte de trás), os trucks ficaram mais leves e as rodas mais aderentes e menores, assim, ficou muito mais fácil fazer manobras, que, com o tempo evoluíram numa grande diversidade.
Skate e música tem tudo a ver. Quem curte skate está sempre pesquisando para descobrir novos sons, novas bandas... Tem mente aberta e, por isso, geralmente não seguem um padrão musical, preferem experimentar variados estilos, pois sabem que a diversidade de sons é bem legal. E vamos combinar, que fazer manobras com trilha sonora é muito mais divertido.
Para saber muito mais sobre as diferentes manobras de skate, visitem o site abaixo, lá tem vídeos explicativos com o passo a passo de 28 manobras. http://www.manobrasdeskate.com/
O SKATE DITA MODA Para andar de skate, é preciso sentir-se leve sem nenhum incômodo por isso, as roupas são bem confortáveis, trazendo uma espontaneidade no jeito de se vestir, geralmente as camisas e bermudas são mais largas e os tênis flexíveis. Isso tem inspirado muita gente que nem pratica o esporte, até estilistas famosos já criaram coleções baseadas neste visual urbano.
SKATE E OLIMPÍADAS Existe uma discussão sobre a inclusão do Skate como esporte olímpico. As opiniões dividem-se sobre o assunto... Alguns concordam e gostariam de ver o skate como modalidade olímpica, já outros discordam e defendem que o skate é muito mais que um esporte: é estilo de vida, tem uma ligação coma arte, etc. e tal... Por isso, não deve ficar preso às regras das Olimpíadas. Se quiser saber mais sobre todos os lados desta polêmica, entre no site: http://cemporcentoskate.uol.com.br/fiksperto/a-questo-olmpica
O skate é um excelente exercício físico, pois desenvolve a consciência corporal, a flexibilidade, ajuda a tonificar alguns músculos do nosso corpo, fortalece as articulações e ligamentos, além de aumentar os batimentos cardíacos, o que é ótimo para a saúde. Esta prática também melhora a coordenação motora, o equilíbrio e a concentração. Para andar de skate, o melhor é estar com um equipamento adequado: joelheira, capacete e cotoveleira, pois esses acessórios de segurança podem evitar muitas contusões e melhorar o desempenho nas manobras.
Foto: Ollie Impossible_http://fnfmedia.blogspot.com
SKATE E SAÚDE
Dançar faz bem... Quando dançamos movimentamos nosso corpo, o que é ótimo para a saúde, ficamos mais felizes e espalhamos alegria para quem nos assiste. Muitas pessoas dançam para expressar-se artisticamente, fazem disso uma profissão, mas há quem dance apenas para se divertir, para alegrar a alma, simplesmente pelo puro prazer de dançar.
Veja alguns casos de grupos de pessoas comuns que dançam e se divertem mundo afora... I Charleston The World
Charleston, uma dança que surgiu nos anos 20, foi resgatada neste projeto. A ideia é bem simples e muito bacana. Funciona assim: pessoas comuns se juntam em locais famosos de sua cidade para dançar este ritmo, então, fazem uma gravação divertida mostrando as belezas de sua cidade, depois compartilham o vídeo no site do Youtube. Não tem regras e, geralmente, as pessoas não se conhecem. Existe até um mapa de todas as cidades que já participaram do projeto, algumas delas são: Berlim, Tel Aviv, Amsterdam, Paris, entre outras. O primeiro e único, até agora, do Brasil é um vídeo de São Paulo, lançado pela cantora Blubell. Clique no link e veja que legal o vídeo de São Paulo: http://www.youtube.com/watch?v=DGV-UgYTy5w Veja o mapa com todas as cidades: http://www.icharlestontheworld.com/I_Charleston_the_world/Accueil.html
Na foto ao lado, a cantora Blubell e o grupo HopAholics dançando e gravando o vídeo para o I Charleston World Por Milleny Vitória/Sabrina Pacola/Maria Eduarda/Ellen Araújo/Sarah Santos/ Nicolas Alves/Victor de Oliveira/Ryan Lucas/Marcelo Caitano
Matt - Dançando pelo Mundo
Em 2005, Matthew Harding, estava viajando pelo sudeste da Ásia com um amigo e, numa brincadeira, seu amigo resolveu gravá-lo fazendo uma dancinha esquisita por todos os lugares por onde passavam. Colocaram o vídeo no site do Youtube e, por sorte, uma empresa achou aquilo uma boa ideia e, então, resolveu patrociná-lo. Assim, Matt, como é conhecido, pôde viajar e conhecer diferentes lugares e culturas dançando em frente a monumentos históricos e com pessoas nativas de cada lugar. Clique no link e confira o último vídeo produzido em 2012: http://www.youtube.com/watch?v=Pwe-pA6TaZk Clique no link e veja o site que conta toda a história de Matt: http://www.wherethehellismatt.com/ Na foto acima, Matt dançando com crianças no Afeganistão, um dos muitos lugares por onde ele dançou.
One billion Rising
Um bilhão que se ergue - é um evento que acontece há 15 anos em diversas cidades do planeta. Criado pela organização V-Day, tem o objetivo de reunir bilhões de pessoas para dançar a mesma música pelo fim da violência contra a mulher, pois consideram que a dança tem o poder de revolucionar o mundo. Clique no link e veja a coreografia na cidade de Barcelona: http://www.youtube.com/watch?v=TLa5hx1ujlk
Mulheres americanas dançando no evento One Billion Rising
Harlem Shake
É a febre da internet da atualidade, um hit, um meme, que começou em fevereiro desse ano e, de lá pra cá, se espalhou em milhares de vídeos com pessoas comuns fantasiadas, ou não, dançando descoordenadamente ao som da música Harlem Shake, que significa requebrar, do produtor musical americano Baauer. Clique aqui e veja o comercial de televisão que foi a inspiração para a febre do Harlem Shake: http://www.youtube.com/watch?v=Nn0QRaqSb4k Clique aqui e veja um dos muitos milhões de vídeos da dança Harlem Shake: http://www.youtube.com/watch?v=eTXV4AdZ-dE
Na foto acima, bailarinos europeus dançando Harlem Shake
Curta: Rua das Tulipas Diretor: Alê Camargo Gênero: Animação Ano: 2007 País: Brasil
A animação Rua das Tulipas fala sobre
Tempo: 8 minutos
sonhos... Não aqueles que acontecem quando estamos dormindo, mas sim, aqueles que existem em nossa imaginação, que desejamos que aconteça. Esta história é sobre a vida do Professor Paulino, um professor/ inventor, que vivia inventando robôs, máquinas e tudo que pudesse facilitar a vida dos moradores da Rua das Tulipas. Um grande inventor muito querido por todos. Mas, duas questões não saiam da cabeça do Professor Paulino: O que fazer quando já fez de tudo? O que fazer quando os sonhos são grandes demais? Para assistir ao curta, clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=2qU1Utp-03Y
Uma menininha que não queria dormir, pede à sua avó para lhe contar histórias assustadoras e diz que só dormirá quando ficar com muito medo. Este curta metragem de animação conta três lendas do folclore brasileiro: Boitatá, Corpo Seco e Jurupari. O autor se Curta: Historietas Assombradas
inspirou no cineasta Tim Burton para
para Crianças Malcriadas
fazer as ilustrações dos personagens.
Diretor: Victor-Hugo Borges
Se você tem medo de histórias assustadoras,
Gênero: Animação
não assista este filme antes de dormir.
Ano: 2005 País: Brasil Tempo: 15 minutos
Para assistir ao curta, clique no link: http://vimeo.com/23659396
Este curta metragem conta a história de um espantalho que queria ser diferente. Ele não queria ter a função de espantar pássaros porque tinha uma boa alma, gostava de pássaros. Todas as vezes que os via voando, acenava e oferecia sementes a eles, pois era uma maneira de tentar se aproximar, fazer amizade. Apesar de sua boa intenção, os pássaros estavam acostumados a vê-lo como inimigo, pois assim foram ensinados. Será que podemos julgar sem conhecer? Para assistir ao curta, clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=46ZMXOV7OhU
Curta: La Leyenda Del Espantapájaros (A Lenda do Espantalho) Diretor: Marco Besas Gênero: Animação Ano: 2005 País: Espanha Tempo: 10 minutos
CHEGOU O
O ÚNICO JORNAL PARA QUEM TEM DE 7 A 12 ANOS
As sessões do jornal dividem-se por temas: Brasil, Mundo, Cotidiano, Tecnologia, Educação Financeira, Esporte, Social e Repórter Mirim. Neste semestre fizemos uma descoberta muito legal, descobrimos o Joca, um jornal super bacana feito especialmente para crianças de 7 a 12 anos. E não é um jornal de notícias apenas de crianças, não! É um jornal sobre notícias que acontecem no dia a dia do mundo todo, assuntos comentados por outros veículos de comunicação, só que escritas numa linguagem que criança entende.
A publicação é quinzenal e você pode adquiri-lo fazendo uma assinatura anual. E olha só: todas as edições vem acompanhadas de um encarte, que pode ser utilizado como uma ferramenta de ensino por professores e até servir de referência para conversas entre pais e filhos.
Por Milleny Vitória/Sabrina Pacola/Maria Eduarda/ Ellen Araújo/Sarah Santos/Nicolas Alves/ Victor de Oliveira/Ryan Lucas/Marcelo Caitano
Veja alguns comentários da nossa turma sobre o Jornal Joca:
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Entre no site do Jornal Joca e saiba mais informações: http://jornaljoca.com.br/
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Entre no clima da rima de César
Numa manhã muito especial, fomos tomados pela poesia rimada de César Obeid. Ele tem 23 livros publicados. É um grande pesquisador da cultura popular. Durante o nosso descontraído encontro, ele tocou viola, improvisou um repente com o nome de cada pessoa da nossa turma, contou histórias com barbante e falou de sua trajetória como escritor.
A.C. Desde criança você teve contato com arte? C.O. - No colégio, quando eu tinha mais ou menos a idade de vocês eu só brincava, não tinha contato nenhum com arte. Educação Artística naquela época era Desenho Geométrico. Eu estudei em colégio de freira e quando eu e meus colegas resolvemos fazer uma peça de teatro, falaram que era coisa do demônio. Eu nunca tive incentivo nenhum para fazer nada ligado à arte... Fui buscar tudo isso depois. Eu fazia faculdade de Administração de Empresa e aos 21 anos, quando eu estava no último ano do curso, resolvi que não era aquilo que eu queria da vida, então resolvi terminar só por terminar. Eu ia pra faculdade com livros do Brecht, do Shakespeare debaixo do braço... Eles falando de economia, de marketing e eu querendo saber sobre o Universo, sobre outras coisas. Eu reconheço que administração é uma carreira legal, mas não era o que eu queria fazer. Depois que terminei o curso, fui fazer dramaturgia, fui estudar literatura, dança, mímica, teatro... Acho que na idade de vocês, é importante conhecer e aproveitar o máximo de coisas artísticas, mas se isso não acontecer, é possível correr atrás do tempo perdido, basta querer. Eu penso que todo mundo pode aprender sempre e não é porque não teve a oportunidade ainda criança que não possa buscar isso depois. Todos podem recuperar o tempo perdido. Mas, vocês tem muita sorte porque eu sei que aqui no Projeto Matéria Prima o contato com a arte é diário... Aproveitem isso!
A.C. - Com que idade você descobriu que queria ser escritor? Como foi essa descoberta? C.O. - Eu estava na faculdade de Administração de Empresas e resolvi fazer teatro, mas, por medo, preconceito e por ser tudo uma novidade, eu comecei com dramaturgia que é escrever teatro... Eu tinha 18, 19 anos. Primeiro comecei a escrever teatro, depois cordel e depois outras coisas.
A.C. - Sua família te apoiou quando soube do seu desejo de ser escritor? C.O. - Não. Nenhum pouco. O universo das artes não era muito presente na minha casa. O meu pai era um pequeno comerciante e eu já trabalhava com ele... A gente vivia daquilo. Quando eu falei que ia fazer teatro, ele ficou louco... A minha mãe não lia muito livro, o meu pai só lia um pouco de jornal... Imagina? Eu ia largar uma coisa que era estável para fazer teatro... Ninguém apoiou na época. Mas, quando a gente quer muito uma coisa, a gente vai atrás e é isso aí.
A.C. - Como você conheceu a literatura em cordel? Você acha as pessoas dão valor a esse tipo de literatura? C.O. - Eu conheci o cordel quando estudava dramaturgia, já escrevia teatro. Na época, um grupo de teatro amador pediu para eu fazer uma peça temática. Aí, o pai de uma das atrizes me deu um disco de cantoria, gravado em 1978 pelos poetas Oliveira de Panelas e Otacílio Batista e, então, eu comecei a ouvir e fiquei enlouquecido. Era um LP, um vinil antigo chamado Regras da Cantoria. Eu percebi que o cordel tinha dezenas de modalidades, Sextilha, Oitava, Décima, Martelos, Galopes... Eu pirei naquilo, fiquei realmente apaixonado. Eu já tinha lido um folheto ou outro, mas com aquele disco eu realmente me encantei por essa capacidade de fazer verso de improviso. E esta forma de fazer versos é sem sombra de dúvidas, a mais complexa. Eu já estudei poesia popular de vários lugares do mudo, dos árabes, dos latinos, dos europeus, dos africanos... Mas, a do pessoal do interior do Nordeste do Brasil é a mais complexa com toda certeza. A gente deveria tem o maior orgulho disso, mas, ainda tem muita gente que, infelizmente, tem preconceito contra a nossa própria cultura. Se você ouve um martelo agalopado, por exemplo, ele é tão complexo quanto um soneto e por que as pessoas falam tanto do soneto e não do martelo agalopado? Porque falta conhecimento. Mas, de uns tempos pra cá, as coisas vem mudando, muitos estão começando a olhar um pouco mais a nossa mestiçagem de uma forma positiva, e isso é muito bom!
A.C. - Por que você escolheu a linguagem da literatura de cordel para escrever seus livros? C.O. - Porque quando eu comecei em 1996, 97, quase ninguém falava em literatura de cordel... Poucas pessoas sabiam. E eu tenho uma característica que quando eu pego uma coisa para estudar, me aprofundo. Escrevi cordel durante dez anos sem parar... E só me dedicava àquilo. Eu gosto da ideia de se aprofundar em algum assunto porque hoje a gente tem muita informação no mundo... Não adianta você estudar duzentas coisas e não estudar de verdade nada. Escolha apenas alguns assuntos e se aprofunde, crie um material interessante, assim, você vai fazer um trabalho muito bom pra você e para os outros.
César Obeid durante o encontro com a turma do ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital.
A.C. - Você sempre escreveu em formato de literatura de cordel? C.O. - Os meus primeiros livros são em cordel ou tem o cordel ali de alguma maneira... Porque, como eu disse, durante dez anos eu só escrevi cordel. Estudei todas as modalidades, publiquei vários livros. Mas, depois eu comecei a sentir a necessidade de escrever outras coisas, eu comecei a ver que existem outras possibilidades, foi aí que eu voltei para teatro, para a prosa, foi quando eu descobri o limerique, que é uma forma de poesia inglesa. Então, de uns cinco anos pra cá eu tenho feito outras coisas, mas não deixei de escrever em cordel.
A.C. - Existe alguma técnica para escrever em cordel? C.O. - Existe. Você tem que seguir a rima perfeita, que são as palavras que tem o mesmo som, por exemplo, “mesa” rima com “beleza”, apesar de escrever mesa com s e beleza com z, elas tem o mesmo som, ou seja , são palavras que rimam. Há dois tipos de rimas, a rima perfeita e a rima parecida. No cordel não pode ter rima parecida. Tem que ser a rima perfeita. Aí, tem a métrica, se o verso tem cinco sílabas, ele tem que ter cinco sílabas, se tem sete, tem que ter sete e se tem dez, tem que ter dez sílabas.
A.C. - Quanto tempo você demora para escrever um livro? C.O. - Eu demoro dois, três, às vezes, quatro anos. Demora bastante tempo porque a responsabilidade de escrever um livro é muito grande. Tem que tomar cuidado com vírgula, com frase, com o conteúdo... O livro tem uma vida muito longa por isso, o escritor tem que ser cuidadoso.
A.C. - Quantos tempo você demorou para escrever Mitos Brasileiros em Cordel? C.O. - Este eu demorei quatro anos, porque os mitos são bem interessantes, eles refletem a nossa cultura... Antigamente, as pessoas usavam os mitos para explicar algumas coisas porque não existia explicação científica, hoje a gente sabe que a Terra gira em torno do Sol, que a lua tem quatro fases, que existem as diferentes estações do ano, que as estrelas são corpos celestes... Porque hoje, temos alguns recursos que nos fazem entender os fenômenos da natureza, mas, houve um tempo em que não era assim, então, criava-se uma lenda, um mito para tentar justificar. A curiosidade faz parte da nossa natureza humana... Sempre quisemos saber de onde vêm as coisas e os mitos tinham a função de tentar explicar. Somos um povo de florestas, então, temos diversidade nas cores, na fauna, na flora, nas línguas e também na mitologia. Por isso foram muitos estudos, então demorei um pouco mais.
A.C. - O que te inspira para escrever suas histórias? C.O. - Alguma coisa que eu gosto muito ou que me irrita muito. Eu preciso amar ou ficar com muita raiva do assunto que eu vou escrever... Não há meio termo. Se, por exemplo, eu estou escrevendo um livro de comédia, eu tenho que rir, se eu estou escrevendo um livro pra chorar, eu tenho que chorar, se estou escrevendo um trava-língua, minha língua tem que travar... Não tem meio termo, no primeiro momento, pra mim tem que ser sempre o extremo.
A.C. - O que você costuma ler? C.O. - Eu tenho uma leitura bem eclética. Há três anos comecei a estudar literatura juvenil porque eu sempre escrevia infanto-juvenil . Mas eu senti necessidade de escrever para um leitor mais jovem, na faixa de 12, 13, 14 anos. Eu não conhecia muito essa literatura aí, fui ler os escritores que fazem isso... Reli a obra do Pedro Bandeira, Walcir Carrasco, li os livros da Thalita Rebouças, da Paula Pimenta, Mag Cabot... Ou seja, eu fui ler o que essas pessoas estão fazendo e comecei a gostar... Tanto que estou terminando de escrever um livro para jovens. Então, agora eu estou lendo bastante literatura juvenil.
A.C. - Qual é a sua opinião sobre a língua portuguesa? C.O. - O nosso português é único... Riquíssimo! Nós vivemos essa diversidade há 500 anos e isso gerou na gente uma língua única. Portugal colonizou o Brasil, mas também colonizou outros países. Eles já faziam o comércio de escravos, muito antes do descobrimento do Brasil. Colocavam pessoas de muitas etnias num mesmo navio para que não houvesse rebelião. A viagem era longa, demorava um, dois meses, então, as pessoas conversavam em línguas diferentes e, assim, quando chegavam ao Brasil, já tinham criado durante o percurso, uma nova língua. Então, a gente tem 500 anos de mistura de raças, basta olhar a nossa cara... Indígenas, africanos, europeus... Então, o nosso português é diferente, é uma língua linda e a gente tem que tomar muito cuidado para não reduzir, não matar. Para isso, tem que ler bastante para manter a língua ativa.
A.C. - Como é a sua rotina de trabalho? C.O. - Em algumas épocas do ano, basicamente no final e nos três primeiros meses eu me dedico mais à escrita porque eu não preciso viajar tanto, então eu fico lendo e estudando bastante. No finalzinho de março, abril até novembro, eu viajo, tenho muitos compromissos fora de casa. Então, a rotina do escritor é basicamente estudar, ler e escrever nas horas possíveis. Como escritor, eu também faço muitos trabalhos como esses, de encontros, oficinas com professores, palestras, oficinas temáticas, entre outras coisas.
A.C. - Quais são os seus artistas favoritos? C.O. - Têm vários. Na área da literatura, sem dúvida, o Machado de Assis, na música, eu gosto muito do Chico Buarque, tem uma dupla de poetas, Os Nonatos, que adoro o trabalho deles... Tem muita gente.
A.C. - Qual foi o momento mais difícil que você já enfrentou em sua carreira? C.O. - O momento mais difícil foi o começo porque você começa querendo fazer um monte de coisas e não sabe muito bem por onde ir, geralmente não tem apoio, não tem dinheiro, não tem contatos... O começo é bem difícil.
A.C. - Qual é a dica que você daria para alguém que quer se tornar escritor ou apenas saber escrever melhor? C.O. - Gente, o conselho que eu daria é o mesmo que eu dou pra alguém que quer fazer qualquer coisa na vida: Dedicação. Dedique-se ao que você quer. Vocês tem que encontrar na vida algo que queira fazer e se aprofundar, ler bastante sobre aquilo e fazer disso uma leitura prazerosa. Leia todos os dias, nem que você pare 15 minutos, mas pare só para ler, pois assim, você vai treinar sua mente e vai ver que um livro leva a outro, você vai começar a ler com prazer, vai ficar feliz, perceber suas emoções e naturalmente vai escrever melhor.
A.C. - Como você se definiria? C.O. - Olha eu sou uma pessoa que busca ser feliz, trabalhei e trabalho bastante, penei e peno muito, já fiz muitas coisas e tenho ainda várias outras para fazer, mas eu quero, no meio de tudo isso, buscar momentos pra ser feliz, pra eu me divertir, relaxar, descansar... Então eu me comunico, tenho todo o meu trabalho pra buscar momentos de satisfação e ajudar outras pessoas.
Clique no link e saiba mais sobre o trabalho do escritor: http://www.cesarobeid.com.br/
Stephan Doitschinoff
S
Brincar é muito legal e construir um brinquedo também. Existem muitos brinquedos que podemos fazer em casa ou na escola reutilizando diversos materiais. Quando construímos brinquedos com nossos amigos, temos a oportunidade de criar algo original, personalizado, com a nossa cara e, além de ser uma atividade muito divertida, desenvolvemos a nossa criatividade e reaproveitamos materiais que muitas vezes iriam para o lixo. Ilustrações: Sther Cerqueira Bispo - 10 anos
Selecionamos 10 brinquedos que você pode fazer com materiais que podem ser facilmente conseguidos, basta somar um pouquinho de dedicação com bastante criatividade. Aproveite as nossas dicas e divirta-se!
fita adesirbante ou corda de varal, ba de 3m te en am ad im 2 garrafas pet, aprox O que você vai precisar: oridos e tesoura. va, retalhos de tecidos col tural (boca da garrafa). partes com a abertura na as lize uti e io me ao as raf Como fazer: Recorte as gar a fita adesiva bem um com s rte pa Junte as duas nte pela abertura. Para resistente. Passe o barba você irá segurar, utilize fazer os suportes por onde nto cortada. Faça o acabame parte da garrafa que foi com retalhos de tecidos. dupla. As pessoas A brincadeira: É sempre em e enquanto um abre ficam em lados opostos , assim, o brinquedo o barbante o outro fecha ra o outro e à medida vai e vem de um lado pa , a brincadeira fica que a velocidade aumenta mais dinâmica.
Por Amanda Letícia da Silva /Jhenifer Siqueira/Patrick Papa Barcelos/Pedro Freire Felipe/ Wesley dos Santos/Sabrina Pacola/Maria Eduarda/Ellen Araújo.
O que você vai precisar: Folha de papel em branco, retalhos de tecidos, tesoura, arroz, algodão ou enchimento para almofadas. Como fazer: Desenhe moldes separados - cabeça, corpo, braços, pernas e sapatos. Recorte os tecidos a partir dos moldes. Faça contorno com lápis, recorte e costure em volta deixando um espaço aberto para colocar o enchimento. Depois, costure o espaço aberto. Amarre a lã para fazer o cabelo. Faça o acabamento (olhos, boca, nariz) com caneta para tecido. A roupinha pode ser feita com o tecido e o modelo que preferir. A brincadeira: Reúna seus amigos, solte a imaginação e brinque bastante.
O que você vai precisar: Um elástico de mais ou menos 3 metros ou meias-calças que não serão mais utilizadas. Como preparar: Amarre as pontas de uma tira de elástico ou da meia calça de aproximadamente três metros de comprimento.
A brincadeira: Para fazer esta brincadeira, são necessários no mínimo três participantes. Duas crianças ficam em cada extremidade do elástico colocando-o preso às suas pernas para formar um retângulo. O terceiro participante se posiciona ao lado do elástico esticado e pula no vão do retângulo fazendo desenhos e amarrações com uma ou duas pernas. O elástico começa rente ao chão, mas à medida que a pessoa consegue fazer os movimentos corretamente, ele vai subindo. Então, quem conseguir pular mais alto ganha o jogo.
cidos, jornal, : Retalhos de te
tesoura, papel
crepom.
cido duas tiras de te peteca. Corte a su a ra pa de base de jornal e lão para servir m duas folhas pe co pa la de bo a do ra um ça um ça um quad mprimento), fa a aparência de Como fazer: Fa a e 45 cm de co Ele ficará com . ur rg do la ci te de de cm a ca te tir a A pe ente 20 brulho com um a bola. Pronto! (aproximadam amarrando o em volvendo toda en om ou ep rt cr l co pe cê pa e vo embrulhe com m os tecidos qu acabamento co o ça Fa . oa sc ovo de pá ra ser jogada. está pronta pa ilidade e precisa ter ag só cê vo l, ci fá É muito r sozinho ou em A brincadeira: É possível joga ir. ca ca te pe alto sempre não deixar a peteca para o a e gu jo ar eç m o tente grupo. Para co for jogar sozinh Se a. m ci ra pa ixo grupo ela batendo de ba eferir jogar em pr se as , m , ir á-la ca Quem recebe bater sem deix outra pessoa. de o çã re . di jogo ada na ra não sair do deverá ser lanç deixar cair pa de po o nã e r precisa rebate
O que você vai
precisar
O que você vai precisar: Lata de leite em pó ou achocolatado, barbante ou corda de varal, retalhos de tecidos, cola, tesoura e prego.
Como fazer: Faça dois furos alinhados em cada latinha. Passe a corda ou o barbante pelos furos e una as extremidades com um nó bem forte dentro do recipiente. Tampe a lata prendendo a corda ou o barbante e decore colando retalhos de tecidos.
A brincadeira: É muito fácil. Certifique-se que o barbante está bem preso, suba nas latas, segurando a corda ou o barbante e vá se equilibrando para não cair. Depois, quando tiver praticado bastante, pode até apostar corrida com seus amigos.
O que você vai precisar: Duas ou três varetas de bambu (de 51 e 32 centímetros aproximadamente), uma folha de papel de seda, tesoura, cola, Linha, sacos ou sacolas plásticas. Como fazer: Cruze as varetas. Use a linha para amarrá-las nos cruzamentos. Coloque o papel sobre a armação, deixando uns dois centímetros de sobra. Dobre a sobra e cole as pontas. Para que o brinquedo não fique girando no ar é necessário fazer a rabiola, que deve ficar presa numa linha amarrada na ponta da vareta mais longa. Corte tiras de sacos plásticos e vá amarrando nesta linha. Amarre uma linha nas extremidades da vareta. No centro desta linha, amarre a linha principal que será usada para levantar a pipa (o restante deve ser enrolado em uma lata ou carretel). Os formatos das pipas variam entre caixas, estrelas, losangos entre outros formatos. .A brincadeira: Num dia claro, com bastante vento, em um espaço aberto longe de postes e fios elétricos, deixe sua pipa contra o vento, solte a linha aos poucos. Se necessário, solicite a ajuda a um amigo, peça para que ele segure a pipa um pouco distante de onde você estiver, mantendo-a levantada. Quando o vento estiver propício, faça um sinal para que ele solte a pipa, depois continue puxando e movimentando a linha para que ela permaneça no ar. A pipa também pode ser chamada por outros nomes, como papagaio, raia, peixinho, capucheta e também tem formatos variados.
Obs: Nunca use cerol quando for soltar sua pipa, pois ele pode cortar e machucar muito as pessoas.
O que você vai precisar: 1 espiga de milho verde, fitas, retalhos de tecidos colorido, 4 pauzinhos de madeira e cola. Como fazer: Descasque o milho verde, mas deixe os cabelos. Espete os quatro pauzinhos na espiga, para serem os braços e pernas. Cole um pedaço de tecido para fazer o rosto da boneca. Faça vestidinhos coloridos com retalho e faça o acabamento com fitas coloridas ou tecidos. A brincadeira: Chame seus amigos, invente histórias e use as bonequinhas como personagens.
O que você vai precisar: Pedaços de madeira em formato de tacos, garrafas pet com tampa, bolinha de borracha ou de tênis, areia, giz de lousa. Como fazer: Com a ajuda de um adulto, corte a madeira em formato de taco, coloque um pouco de areia dentro de uma garrafa pet, desenhe dois círculos em lados opostos do espaço onde acontecerá o jogo.
A brincadeira: Forme dois times com no mínimo uma dupla em cada um. Um time será o rebatedor e o outro o arremessador. Faça um círculo no chão, para servirem de bases e coloque a garrafa plástica com um pouco de areia no centro. O arremessador tem a função de tentar derrubar a garrafa da dupla ou time adversário. Se a garrafa for derrubada, o time que atirou a bola ganha um ponto. Se o rebatedor conseguir defendê-la ou se a bolinha não acertar a garrafa, quem jogou deve correr para pegá-la e voltar ao seu círculo. Enquanto o lançador não pegar a bolinha, os rebatedores correm entre as bases e batem os tacos quando se cruzam. Cada batida vale um ponto. Depois as funções dos times se invertem, rebatedor passa a ser arremessador e arremessador passa a ser rebatedor. O time que completar a quantidade de pontos combinada no início do jogo, ganha a partida.
O que você vai precisar: - 1 tábua de 1m x 30 cm, 1 ripa de 80 cm x 3 cm, 1 ripa de 60 cm x 3 cm, 4 rolimãs, 1 parafuso com porca, pregos, martelo, serrote, furadeira e lixa para madeira. Como fazer: Serre a tábua para fazer a frente do carrinho. Em seguida, faça um furo na tábua e outro na ripa maior. Encaixe os rolimãs e coloque os calços feitos com as sobras da madeira. Lixe todo o carrinho e suas peças. Pregue a ripa menor na parte de trás da tábua. Para finalizar, lixe a ripa maior da parte da frente e coloque o parafuso e a porca. Os rolamentos usados como rodinhas podem ser encontrados facilmente em oficinas mecânicas e muitas vezes os donos até doam, pois não irão utilizar mais. Obs: É imprescindível que você peça a ajuda de um adulto para construir seu carrinho. A brincadeira: Escolha um local calmo, sem grande quantidade de carros nem pedestres, de preferência uma ladeira asfaltada e lisa. Para frear o carrinho é preciso ficar em posição diagonal para encostar no chão. Boa diversão!
O que você vai precisar: Arroz, linha, agulha, retalhos de tecido, tesoura ou apenas pedrinhas. Como fazer: Esta brincadeira pode ser feita de uma forma bem simples, apenas com pedrinhas que tenham mais ou menos o mesmo tamanho. Mas, se você preferir, pode fazer com saquinhos de tecidos da seguinte maneira: Recorte cinco pedaços de tecidos em formato de retângulos. Depois dobre um por um ao meio juntando ponta com ponta, formando quadrados. Costure as laterais e deixe abertas as partes de cima dos quadradinhos. Preencha um por um com arroz e depois costure as partes abertas. Pronto, você já tem as cinco marias! Obs: É muito importante fazer os saquinhos num tamanho que você consiga segurar todos juntos em sua mão. A brincadeira: É um jogo de muitas fases... Então, vamos lá: 1ª fase - As cinco marias são lançadas no solo. Uma é escolhida e jogada para o alto. Com a mesma mão, o jogador pega uma das outras quatro que ficaram no chão e tenta pegar a que está no ar sem deixá-la cair. Isso se repete com todas as a outras marias. 2ª fase - Pegar duas marias antes de segurar a que está no alto; 3ª fase - Recolher três marias por vez, antes de pegar a que está no alto. A última que sobra é pega sozinha. 4ª fase - Pegar quatro marias por vez e, depois, as duas que sobraram. 5ª fase - Com uma das mãos, o jogador tem que fazer uma espécie de ponte no chão. Enquanto uma maria é lançada para o alto, outra tem que passar por debaixo da "ponte", antes que a que está no alto seja apanhada. 6ª fase - Duas marias por vez têm que passar por debaixo da ponte. 7ª fase - O participante tem que passar três marias por debaixo da ponte, sem deixar a que está no alto cair. 8ª fase - Passar quatro marias por debaixo da ponte. 9ª fase - Cinco marias são lançadas para o alto ao mesmo tempo e o jogador tem que tentar pegá-las com as costas da mão. Ganha quem conseguir cumprir todas as etapas.
Se você quiser conhecer mais sobre brincadeiras das cinco regiões do Brasil, visite a exposição Trilhas do Brincar, no Espaço de Eventos do SESC Santo André, até 28/07. De terça à sexta das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados das 10h30 às 18h30. Grátis. Veja este vídeo sobre a exposição: http://www.youtube.com/watch?v=il0_cRDnetA
Brasil - Dia ensolarado, de muito calor... Rússia - Quase noite, neve e muito frio... O que isso tem a ver? O dia em que fizemos uma entrevista com o jogador Humberto
Alves,
que saiu do Brasil há mais de dois anos para jogar futsal em um time russo. Durante mais de duas horas, batemos um papo muito divertido com direito a ver neve e tudo (via internet, é claro!).
A.C. - Como começou a sua história com o futebol? H. A. - Começou na rua... Eu brincava muito, jogava futebol com meus colegas. Depois foram surgindo oportunidades, eu fui me dedicando, até que um dia virou realidade. A.C. - Há quanto tempo você joga profissionalmente? H. A. - Desde 2004. Faz dez anos. Eu jogava em várzea, quadra, rua, escola, campeonatos de cidades, pra ganhar um dinheiro, para ajudar em casa. As pessoas falavam de mim e eu comecei a ser indicado. Então, fui chamado para jogar na equipe de Suzano, que era profissional. Eu aceitei e depois fui jogando em outras equipes profissionais. A.C. - Há quanto tempo você mora na Rússia? Qual o nome da cidade onde você vive? H. A. - Eu moro há dois anos e dois meses numa cidade que se chama Novosibirski , na Sibéria. A.C. - Você fala russo? H. A. – Muito pouco... Eu acho muito difícil. Mas, o básico, eu consigo me comunicar. Se eu estiver conversando com uma pessoa e souber pelo menos o assunto da conversa, eu consigo mais ou menos. Mas se tiver mais de duas pessoas na mesma conversa, eu tenho dificuldade, não consigo acompanhar muito bem. A minha filha de três anos fala melhor que eu... Ela é minha tradutora.
Humbe
A.C. – Como foi receber uma proposta para sair do Brasil e jogar em outro país? H. A. - Eu jogava no Joinville. Já tinha recebido uma oferta para jogar fora do Brasil, mas recusei porque foi logo no começo e na época eu tinha acabado de me casar e também ainda não me sentia confortável pra sair. AÍ, quando recebi a proposta da Rússia, foi na hora certa porque eu já estava seguro, era o que gostaria de ter naquele momento da minha vida... Então, eu aceitei.
A.C. - O técnico do seu time é russo? H. A. - Agora, não. Há um mês chegou um treinador brasileiro, mas por dois anos o treinador era russo. Aí, a coisa era russa mesmo... (risos). A.C. - Qual é a sua rotina de treinos? H. A. - Eu treino duas vezes por dia: duas horas e meia de manhã e duas horas e meia de tarde. A.C. - Alguns dos seus familiares mora com você? H. A. - Sim. Minha esposa e minha filha. Senão, eu não iria aguentar... Não dá pra ficar sozinho aqui, não!
A.C. - Você tem amigos na Rússia?
erto Alves durante entrevista Via Skype
H. A. - Sim. Eu e minha esposa temos um casal de amigos russos. Eles falam inglês, então, a gente consegue conversar, misturando um pouco inglês com russo.
A.C. - Você costuma viajar para outros países para jogar futsal. H. A. - Sim. Aqui na Rússia, quando começam os treinamentos, a gente costuma ir pra Portugal, também já fomos pro Cazaquistão... A gente faz uns amistosos nesses lugares. E quando eu estava no Brasil, viajei pra Espanha, pro Japão e outros lugares.
A.C. - Você já se perdeu na Rússia? H. A. - Já. No terceiro dia que eu estava aqui me perdi e fui enganado por um taxista também. Fiquei perdido por mais de uma hora e meia. Estava muito frio e, então, eu revolvi mostrar o cartão do hotel que eu estava para um taxista. Ele me disse que me lavaria até lá. Então, eu entrei no carro, ele percorreu uma distância muito curta e disse que já tinha chegado... Me cobrou um valor alto pela corrida... Mais ou menos uns 50 reais. Eu estava do lado do hotel... Daria pra eu ir a pé porque era muito perto... Mas, eu não sabia. A.C. - Qual o nome do time em que você joga? É um time famoso? H. A. - Eu jogo no Sibiryak. Aqui é uma equipe muito conhecida de futsal, mas também tem futebol de campo. Aí no Brasil, não é muito conhecido, talvez seja no meio do futsal ou por quem acompanha o futsal. A.C. - Quantos gols você já fez nessa equipe? Você já foi artilheiro? H. A. - Em dois anos e pouco eu fiz 83 gols. Eu sou artilheiro da equipe. Disputei três campeonatos e nos três eu fui o 3º artilheiro. A.C. - O que você mais gosta de fazer quando não está jogando? H. A. - Eu gosto muito de ficar com minha esposa e minha filha assistindo filme. Também gosto de ler a bíblia.
A.C. - O clima da Rússia é igual ao do Brasil? H. A. - Cara... Não! (Risos) É muito diferente. Calor é só durante junho, julho e agosto que chega até mais ou menos 30°, 35° graus porque depois a temperatura vai caindo, caindo... E quando chega no mês de novembro já está abaixo de zero... Menos 15º, menos 20º... Aí, em dezembro, janeiro, já está menos 40º, 45º... A.C. - Qual foi a coisa mais diferente que já aconteceu com você neste país? H. A. - Um dia eu estava na cidade de Norilsk Nickel , aqui mesmo na Rússia. Terminei de jantar, depois fiquei no computador... Então, comecei a ficar com sono e achei estranho porque ainda estava sol. Quando olhei no relógio, eram 4h00 da manhã... Depois perguntei pra um russo: Aqui não escurece, não? Aí, ele me respondeu que durante quatro meses é só dia e os outros oito meses do ano é só noite. A.C. - Você já jogou ou tem vontade de jogar futebol de campo? H. A. - Já joguei, sim. No começo eu jogava campo, cheguei a jogar um período no São Paulo, mas foi por pouco tempo porque era muito longe. Meu pai tinha uma oficina mecânica e eu precisava ajudar ele. Não estava dando para conciliar o estudo, o jogo e o trabalho. Então, eu parei de jogar campo. Depois eu recebi uma proposta para jogar futsal na equipe de Suzano e foi quando eu comecei mesmo. O clube era próximo de casa e ficou mais fácil. Na época, eu ganhava uma cesta básica e 60 reais, então já dava para ajudar meu pai e conseguir estudar.
A.C. - Você já jogou na Seleção Brasileira? H. A. - Sim. Da metade de 2007 até a metade de 2008. Um ano. A.C. - Você tem vontade de voltar pra Seleção Brasileira?
Turma do Ateliê Matéria Prima no Ar em entrevista com Humberto Alves
H. A. - Sim. Tenho vontade, sim! A.C. - Sua família sempre te apoiou para ser jogador de Futsal? H. A. - Sim. Eles me apoiaram porque o futsal foi entrando na minha vida como um trabalho, mas não foi uma profissão que eu quis escolher... Foi acontecendo conforme a necessidade, como eu disse, surgiu a oportunidade de ganhar um dinheiro com isso, até que virou uma profissão. A.C. - Você pensava que um dia seria jogador? H. A. - Não. Eu nunca desejei, nem meu pai pensou nisso. Talvez o meu irmão quisesse que eu fosse jogador, mas eu mesmo nunca tive aquele desejo todo. Hoje sim, eu gosto muito do que eu faço, mas antes eu não tinha ideia do que ia fazer... Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa porque estava crescendo, ficando mais velho e precisava correr atrás de algo. Então, isso veio pra mim, eu abracei e estou até hoje, graças a Deus, deu tudo certo.
A.C. - Qual foi o momento mais difícil em sua careira como jogador de futsal? H. A. - São vários momentos, por exemplo, quando a gente trabalha, trabalha, trabalha e não vence, não consegue chegar ao objetivo, também quando você está vivendo um bom momento no trabalho como jogador e se machuca... São coisas difíceis. Claro que você sabe que vai passar, mas no momento que acontece é muito difícil.
A.C. - Você já se machucou jogando futsal? H. A. - Já. Algumas vezes e bastante feio. Minhas lesões são consequências de outras lesões, que eu não cuidei do jeito que deveria. Eu já quebrei os dois tornozelos, já rompi ligamentos, cartilagem eu já não tenho muita do lado direito e, por causa disso tudo tenho que tomar remédio para o resto da vida.
A.C. - Todas essas lesões são por causa de jogos? H. A. - Sim. São lesões em cima de lesões. Geralmente os atletas se machucam um pouco, mas continuam jogando porque aguentam naquele momento... E, muitas vezes isso vai se agravando.
A.C. - Do que você sente mais saudade no Brasil? H. A. - Da família, do calor e do arroz e feijão.
A.C. - Que dica você daria para uma pessoa que quer ser jogador? H. A. - Seja profissional. Não é só pelo talento que você vai conseguir o que quer. Trabalhe muito. Se você tem talento para jogar futebol, para escrever, para a computação... Seja dedicado em qualquer área, que a recompensa vem pra você. Aproveite qualquer oportunidade porque o que você plantar, lá na frente terá o melhor... Em qualquer carreira... E as pessoas vão te ver com bons olhos... Eu tenho certeza. Tenha dedicação em tudo, não só no futebol. O futebol é um meio de ganhar dinheiro como qualquer outro trabalho, talvez a mídia seja maior, aparece mais, mas um dia acaba e o que fica é o seu nome... Tem que pensar muito.
Carreira 2011 - Sibiryak Futsal - Rússia 2010 - Joinville Futsal - Joinville - SC 2007 a 2009 – Seleção Brasileira de Futebol de Salão 2008 a 2009 – Malwee / Jaraguá do Sul – SC 2005 a 2008 – São Caetano do Sul - SP 2004 – ADC Wimpro/Guarulhos – SP 2003 - Suzano Futsal 2002 – São Paulo Futebol Clube - SP
Títulos 2009 – Campeão Sul-Americano – Porto Iguazu (Arg) – Malwee 2009 – Campeão da Libertadores da América – Malwee 2009 – Campeão Sul-Americano de Clubes – Malwee 2009 – Campeão da Superliga – Malwee 2008 – Campeão da Taça Brasil de Clubes – Malwee 2008 – Campeão Catarinense – Malwee
Para saber mais sobre a carreira de Humberto Alves, clique no link: http://www.humbertofutsal16.blogspot.com.br/
Ilustrações: Fernando Santos
Que saudade
Eles se conheceram ainda
do José...
crianças. Ela tinha 8 e ele 12 anos. Ela morava num orfanato, ele com sua tia no bairro da Liberdade. Encontravam-se durante as férias escolares, pois seus parentes eram vizinhos. Brincavam felizes naquele quintal onde moravam muitas famílias.
Aqueles tão esperados Obaaa! As férias
encontros nas férias foram
estão chegando,
os melhores momentos
vou ver a Alair!
daquela infância.
Oi José, meu amigão!
Cresceram. Continuaram amigos, até que um dia ela
Oi Alair,
mudou-se para a casa de
tudo bem?
sua tia na cidade de Itapevi. José, muito amigo da família e principalmente de Alair, sempre que podia os visitava.
Poxa! Ela é demais,
José amava
mas só me enxerga
Alair, mas não
como amigo...
tinha coragem de se declarar... Achava que ela o via apenas como amigo.
Pessoal, tenho uma notícia... Vou me casar.
Poxa!
Anos se passaram e José não se declarou... Certo dia, ele arrumou uma namorada e logo resolveu se casar.
Mas, seu coração e sua mente não Com a esposa teve quatro filhos. Era feliz com a
esqueciam Alair.
vida que levava... Como será que está a Alair? Que saudade que sinto dela...
Papai, vem brincar com a gente?
Alguns anos depois, sua esposa adoeceu... Vou cuidar de José, estou muito doente...
você!
A mamãe está doente!
Mas, não resistiu... E faleceu. Descanse em paz, querida! Vou cuidar dos nossos filhos.
José ficou muito triste e teve que enfrentar dificuldades para cuidar dos filhos sozinho. Calma, meus filhos! Um de cada vez.
Pai, fiz xixi na calça!
Pai, tô com fome! Pai, me leva pra passear?
Que saudade da Alair... Como será que ela está?
E quanto mais o tempo passava ficava com mais saudade de Alair. Um dia quando já não aguentava mais de tanta saudade resolveu ir visitá-la. E quando se reencontraram... Os dois se abraçaram fortemente de tanta saudade.
José! Eu também Alair! Que saudade!
estava com saudade!
Oi!
Nossa! Como ele está bonito hoje...
Então, as visitas passaram Oi!
a ser cada vez mais frequentes.
Até que um dia ele resolveu declarar seu amor antigo...
Eu também gosto de você, José, mas
Eu estou... Ou melhor,
sempre achei que me via apenas como uma
sempre fui apaixonado por
amiga. Claro que eu aceito te namorar!
você! Quer namorar comigo?
Depois de algum tempo, José apresentou seus filhos para Alair. O namoro de Alair e José foi uma maravilha. Ele fazia o esforço que fosse preciso para conseguir recursos para se casar com ela... Enquanto ela, se sentia cada vez mais parte da família que ele havia construído.
Começaram a namorar... E o amor transbordava...
Eu te amo!
Eu te amo!
José sempre foi muito extrovertido e adorava frequentar a escola de samba Mocidade Alegre onde era passista e tinha muito samba no pé.
Isso deixava Alair um pouco enciumada.
Não vai, não! Seus filhos precisam de você!
Tô indo pro samba.
Ele queria que ela gostasse de escola de samba como ele, mas não era a praia dela...
Não, não! Obrigada! Vamos comigo, quem sabe, você também vira passista?
Então, como ele a amava muito, preferiu ficar mais com a família. Que bom que ele vai Não, meu filho, hoje vamos ficar todos juntos!
Pai, hoje você não vai sair?
Os filhos de José adoravam Alair. Ó, meus queridos, claro que quero! Pra mim vocês são um presente de Deus! Alair, você quer ser a nossa mãe?
ficar com a gente!
Como um não conseguia viver sem o outro... Eles logo se casaram! O casamento foi lindo! VIVA!!!
Uma grande festa para comemorar um grande amor.
VIVA OS NOIVOS!!!
Depois do casamento eles se
Mas, em compensação, viveram
uniram ainda mais, pois tiveram
muitos momentos felizes também...
que enfrentar momentos difíceis no começo...
Parabéns pra você...
Alair, vou pegar
♫♪
água lá no poço...
♫♪
Poxa! Quando
♫♪
será que vamos ter água encanada?
Obrigada, meu amor!
♫♪
♫♪
♫♪ ♫♪
José trabalhava como torneiro mecânico em uma indústria que produzia diamante industrial. E para ajudar no orçamento da casa, Alair fazia tricô e vendia nas lojinhas do bairro. Depois, eles tiveram mais uma filha... E deram o nome de Tatiana.
O tempo foi passando e eles foram melhorando de vida. Com seu trabalho, Alair conseguiu comprar uma brasília, o primeiro carro da família. Depois, eles tiveram mais uma filha. Alair e José sempre gostaram muito de festa e para registrar todos os momentos especiais que comemoravam, compraram uma câmera filmadora. Quando a tecnologia ficou mais avançada, eles compraram uma câmera digital.
Alair e José são casados há 38 anos, são felizes até hoje e se orgulham de sua família e de sua linda história de amor.
Este HQ foi baseado na história de Alair e José, avós de Amanda Letícia da Silva (filha de Tatiana), integrante da turma do Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital. Roteiro: Amanda Letícia da Silva/Jhenifer Siqueira/ Patrick Papa Barcelos/Pedro Freire Felipe/Wesley dos Santos Ilustrações: Fernando Santos
Revista Eletr么nica