Revista Abre-te Cérebro! #4

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LUIZ ANELLI-PALEONTÓLOGO

CAMILLA FALLEIROS-CANTORA LÍRICA

FOTOGRAFIA-PELO BURACO DA AGULHA

LITERATURA-INOVANDO OS CLÁSSICOS

EXPOSIÇÃO-MAIS DE MIL BRINQUEDOS

ESCULTURAS CINÉTICAS-THEO JANSEN

NO GINGADO DA CAPOEIRA

PLANTAS DE COZINHA


NESTA EDIÇÃO...

Fotografia Pelo Buraco da Agulha

Literatura Clássicos em HQ

Sustentabilidade Plantas de Cozinha

Exposição Mais de Mil Brinquedos para as Crianças Brasileiras


Entrevista Via Skype Camilla Falleiros – Cantora Lírica

Arte Theo Jansen

Esporte No gingado da Capoeira

Entrevista Luiz Anelli – Paleontólogo

E+ Filmes: Assistimos e Indicamos Curtas-metragens: Curta o Curta Livros: Dicas de Leitura


Revista Eletrônica Abre-te cérebro! #4 É com muito orgulho que apresentamos aos nossos leitores o 4º volume da Revista Abre-te Cérebro! Esta é uma publicação semestral dos estudos desenvolvidos no Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital. Ao longo do semestre pesquisamos diferentes assuntos, visitamos uma super exposição, assistimos a longas e curtas metragens, entrevistamos pessoas bacanas, lemos diversos livros selecionados especialmente para o nosso ateliê, navegamos na internet e descobrimos muitas coisas interessantes que agora podem ser compartilhadas nesta revista. Aproveitem! Abre-te cérebro! E descubra o tesouro do conhecimento.

O Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital, pertence ao Projeto Matéria Prima Itapevi, um projeto socioeducativo do Instituto Eurofarma, que oferece atividades complementares ao ensino escolar para crianças e adolescentes com idade entre 7 e 12 anos. Saiba mais sobre o Instituto Eurofarma: http://www.eurofarma.com.br/versao/pt/resposabilidade/index.asp

Envie sugestões para os próximos volumes: E-mail: abretecerebro@hotmail.com


Idealização: Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Educadora responsável: Renata Melo Participantes do Ateliê Matéria Prima no Ar Alex Alves de Siqueira Allyson Chaves Rodrigues Amanda Letícia da Silva Antonio Eduardo Silva dos Santos Ellen Araújo Alexandrino da Silva Felipe Guimarães Barroso Isadora Ramos de Oliveira Jhenifer Siqueira Pereira Laryssah Rocha Luís Felipe Simões Maria Eduarda Souza da Silva Marcelo Caitano da Silva Junior Micael de Jesus Castro Milleny Vitória Fernandes de Oliveira Nicolas Alves de Siqueira Patrick Papa Barcelos Pedro Freire Felipe Ryan Lucas Pereira dos Santos Sabrina Pacola Guedes Sara Pacola Guedes Sarah Santos da Silva Thiago Fernando Santos de Camargo Vitor da Silva Conçani Vitor Silva de Oliveira Wesley dos Santos Capa: Fernando Santos Diagramação: Bianca Colussi de Sousa e Renata Melo com colaboração da turma do Ateliê Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Realização: Instituto Eurofarma Gestão pedagógica: La Fabbrica do Brasil


Na entrada, dois bonecões gêmeos gigantes representando Cosme e Damião, padroeiros das crianças.


O SESC Pompeia está completando 30 anos e para comemorar seu aniversário, apresenta a exposição Mais de Mil Brinquedos para as Crianças Brasileiras que tem direção de arte e cenografia assinadas por Vera Hamburger e curadoria de Renata Meireles e Gandhy Piorski. Super colorida, lúdica e muito divertida, esta é a nova versão da exposição Mil Brinquedos para as Crianças Brasileiras, que aconteceu em 1982, na época de inauguração do SESC Pompeia. Muitos dos brinquedos que foram expostos há 30 anos, podem ser vistos novamente nesta nova versão, que ocupa 2 mil m² do espaço e, desta vez, tem mais de 6.000 brinquedos expostos, com algumas partes que podem ser manipuladas. São brinquedos do tempo dos nossos pais, avós e até dos nossos bisavós. Neles, não há etiquetas dizendo de onde são, nem a quem eles pertenceram, pois o importante não é a origem, mas sim, o que esses brinquedos despertam dentro de cada um de nós. Visitamos a exposição e descobrimos muitas coisas interessantes. Veja a seguir o que você vai encontrar por lá...

Por Ellen Araújo/Maria Eduarda/Marcelo Caitano Milleny Vitória/Nicolas Alves/Ryan Lucas/ Sabrina Pacola/Sarah Santos/Victor de Oliveira


Quando a gente ganha um brinquedo de presente geralmente ele chega em nossas mãos já embrulhados num pacote lindo. Mas, você já parou para pensar o que acontece antes disso? Como é a linha de produção de um brinquedo?

O brinquedo nasce da criatividade, na imaginação, depois vira um desenho.

Para confeccionar alguns brinquedos, é feita uma armação de aço coberta por uma massa plástica, que dá origem ao molde. Depois é feito outro molde do tamanho do brinquedo.

São colocados os números de peças, já nas medidas, para en-

trar na linha de produção industrial em série. Por último é feita a pin-

.

tura e os detalhes finais


Esta esteira simula a esteira de uma fábrica de brinquedos. As peças entram por um lado separadas e desmontadas e saem pelo outro lado já com tudo montadinho.

ular e da coleção partic rt pa m ze fa e qu s Boneca são cas desta coleção ne bo s ta ui M . to de Ana Caldat a Lisa, de o, a réplica da Mon pl em ex r po o, m únicas co te uzida especialmen od pr i fo e qu i, nc Leonardo da Vi ora. para a colecionad


a tinha paixão pelos El ia. pe m Po SC SE o a Bo Bardi projetou cisco, A arquiteta italiana Lin a era o Rio São Fran av st go s ai m e qu s uma das coisa menacenários do Brasil e nstruiu um rio em ho co , SC SE do co ni tô eto arquite posição. por isso em seu proj gam por ele nesta ex ve na ti iri m de os nh . Barqui gem ao rio brasileiro

ressante Outra parte inte a presença de neste espaço é a acolher as uma lareira par cluiu esta pessoas. Lina in projeto para o lareira em seu ra uma pessoa SESC porque e ora. muito acolhed


Trigêmeos Ciclistas é uma obra criada por Guto Lacaz, especialmente para a exposição. Nesta peça, que se movimenta de um lado para o outro, nada é elétrico, tudo é movido pelo moinho da água do riozinho do SESC Pompeia.

suas , que começou a produzir lar pu po a ist art de an gr lina, um hes as Esta obra é de Mestre Mo roduzir nos mínimos detal rep em o çã pa cu eo pr a ha um obras aos 52 anos. Ele tin m frequência, nas que costumava ver co ce as nte me ica ist art ia uz cenas do cotidiano. Reprod bar. que mostra cenas de um nça. como é o caso desta obra e ele apelidou de geringo qu s na lda ro de a tem sis és de um A obra se movimenta atrav na exposição de 1982. Esta peça esteve presente


m Integrantes da turma ouve a explicação e observam s com atenção os brinquedo feitos com miriti, uma ma deira extremamente leve . com textura bem diferente

do de miriti, Neste brinque ncionamento o sistema de fu nivelas. é feito por ma


Por dentro - A ideia desta obra, onde foram colocadas miniaturas de bichinhos dentro de bambus, é nos fazer pensar no que significa “por dentro”... Por dentro de uma casa, por dentro das ideias, por dentro dos sentimentos do amigo, por dentro da gente mesmo... Ficar por dentro.

Hamburger, oposta da artista Vera pr A s. oa ss pe m se e Uma cidad e humana. xão sobre a invisibilidad fle re a é , ra ob ta es u que crio não pessoas a ponto delas as le go en e qu e ad A ideia é de uma cid serem mais vistas.


Painel que acende As fotos que aparecem no painel mostram como muitas crianças brincam em outros lugares do Brasil. Bonequinhas de ossos Feitas com ossos de animais domésticos, essas bonecas são muito comum nas brincadeiras de crianças de tribos indígenas. Boneca grega do século V a.C. Esta é uma das peças mais importantes da exposição, pois ela é extremamente rara. É uma boneca muito antiga que passou por uma técnica chamada carbono -14, desenvolvida por cientistas, que determina a época de existência das coisas. Esta técnica consegue identificar, a idade dos dinossauros, por exemplo.

Painel que acende

Boneca grega do século V a.C.

Bonequinhas de ossos


Cavalinho, rolimã, bicicletinha, trenó, pogobol, bola. Parede montada com brinquedo para utilizar na rua.

Agora que você tem tantas dicas bacanas, não deixe de visitar a exposição. Anote aí: Mais de Mil Brinquedos para as Crianças Brasileiras SESC Pompeia - Rua Clélia, 93 - Pompeia De terça a domingo das 10h às 19h Até 02/02/2014 Grátis.



Os livros clássicos não são coisas velhas e cansativas, são obras vivas que nos transformam e nos faz entender que ler histórias importantes de escritores do passado pode ser muito atual.

A evolução dos HQs

Antigamente o mais comum era encontrarmos HQs da Turma da Mônica, dos Super Heróis da Marvel, da Disney... Mas hoje em dia, os produtos com esta linguagem evoluíram muito, existem HQs da melhor qualidade, com ilustrações incríveis de grandes quadrinistas, tornando-se literalmente uma forma de arte.

As adaptações de livros clássicos para a linguagem dos quadrinhos dividem opiniões... Para alguns, esse tipo de adaptação banaliza a literatura, tornando-se uma falta de respeito com grandes obras de escritores importantes do passado, mas felizmente outros pensam o contrário, que este tipo de HQ é uma ótima introdução ao fantástico mundo da literatura e pode abrir as portas de entrada para o universo da boa leitura.

Aproveite as dicas nas páginas seguintes e conheça alguns títulos clássicos lançados em HQ. Será uma boa oportunidade de ler, ou reler, obras da literatura mundial de forma diferente e muito divertida.

Por Amanda Letícia da Silva/Isadora R. de Oliveira/ Pedro Freire/Sara Pacola


Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Ano de publicação da obra original: 1605 Ano de publicação do HQ: 2005 Roteiro do HQ: Caco Galhardo Ilustrações: Caco Galhardo Editora: Peirópolis

Os Lusíadas, de Luís de Camões Ano de publicação da obra original: 1572 Ano de publicação do HQ: 2010 Roteiro do HQ: Fido Nesti Ilustrações: Fido Nesti Editora: Peirópolis

Clique no link e veja a entrevista com Renata Borges, da Editora Peirópolis, falando sobre livros clássicos em quadrinhos: http://www.editorapeiropolis.com.br/2013/09/19/colecao-classicos-em-hq/


Os Sertões – A Luta, de Euclides da Cunha Ano de publicação da obra original: 1902 Ano de publicação do HQ: 2010 Roteiro do HQ: Carlos Ferreira Ilustrações: Rodrigo Rosa Editora: Desiderata

A Divina Comédia - Inferno Purgatório e Paraíso, de Dante Alighieri Ano de publicação da obra original: Entre 1304 e 1321 Ano de publicação do HQ: 2011 Roteiro do HQ: Seymour Chwast Ilustrações: Seymour Chwast Editora: Quadrinhos na Cia


A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson Ano de publicação da obra original: 1883 Ano de publicação do HQ: 2011 Roteiro do HQ: Christophe Lemoine Ilustrações: Jean-Marie Woehrel Editora: L&PM

Coleção Clássico da Literatura em Quadrinhos Além das histórias e das excelentes ilustrações, essas edições em capa dura, que contam com o apoio da UNESCO, trazem também informações sobre o autor, sua época e sua obra nas últimas páginas dos livros. Clique no link do vídeo da editora L&PM

Foto: Assoc. Bras. de Arte Rupestre

http://www.youtube.com/watch?v=CXCQim4d_xo Contar histórias através de desenhos... Um costume muito antigo Contar histórias através de desenhos é uma prática bem antiga. Desde a pré-história, o homem já desenhava nas paredes das cavernas os fatos mais importantes de sua rotina, como por exemplo, a caça e as batalhas que realizavam.

Pintura rupestre de uma caverna na Serra da Capivara - Piauí

Na Idade Média a população mais simples, que geralmente não sabia ler e escrever, aprendiam histórias da Bíblia através de desenhos feitos em vitrais. Em algumas igrejas as histórias bíblicas são representadas em sequência, como é o caso da igreja Sainte-Chapelle, na França, onde os vitrais contam toda história do Antigo Testamento.

Vitrais da capela de Sainte-Chapelle, na França.


Livro e Game É um projeto da Fundação Telefônica, no qual clássicos da literatura brasileira foram transformados em games online. Em todos os jogos há trechos dos livros, textos que comentam as obras e a vida dos autores. São três por enquanto: O Cortiço, (de Aluísio de Azevedo) No jogo é preciso montar uma vila, calculando o orçamento dos materiais.

Memórias de um Sargento de Milícias (de Manuel Antônio de Almeida) Um jogo de dez etapas, relacionadas à história do livro.

Dom Casmurro, (de Machado de Assis) Jogo da memória, quebra-cabeças, labirintos e enigmas relacionados ao triângulo amoroso da história.

As imagens desta página foram tiradas do site Livro e Game

Clique no link e acesse o site: http://www.livroegame.com.br/


Entrevistamos Luiz

Eduardo Anelli, paleontólogo, escritor, pesquisador

e professor do Instituto de Geociências da USP. Anelli adora escrever sobre dinossauros e, nesta entrevista, ele nos contou coisas muito interessantes sobre esses animais gigantes que viveram aqui na Terra... E o que nos deixou mais fascinados foi saber que alguns dinos ainda vivem entre nós.

A.C. Quando começou o seu interesse pela Paleontologia? L.A. O meu interesse pela paleontologia começou quando eu estava fazendo o curso de Biologia na faculdade... Sou biólogo. Um dia eu estava bem perdido procurando um sentido, um significado pra minha vida na faculdade e um professor me falou assim: “Olha eu tenho uma coleção de fósseis aqui que foram coletados há muito tempo... Têm conchas, trilobitas, ossos de dinossauros. Está tudo guardado numas caixas. Você não quer arrumar? Vê o que tem. É uma coisa legal”. Aí eu falei: “Eu quero, sim!”. Então, peguei as caixas, limpei tudo, organizei e montei uma grande exposição com todos os fósseis. Foi assim que começou o meu interesse. Depois disso, falei com o meu professor que eu queria me especializar em Paleontologia. Vim aqui para a USP, fiz Mestrado, depois Doutorado. Aí, na metade do meu doutorado apareceu um concurso aqui na USP para professor. Eu prestei e passei. Agora eu sou professor há 17 anos.


A.C. Há quantos anos você trabalha como paleontólogo? L.A. Há vinte e dois anos. Cheguei aqui em 1991.

A.C. O que uma pessoa precisa fazer para se tornar um paleontólogo? L.A. Tem que fazer uma graduação para então fazer pós-graduação em Paleontologia, pois só é possível se tornar paleontólogo no Mestrado ou Doutorado. Já aconteceu de pessoas com formação em Jornalismo se especializarem em Paleontologia, outros que se formaram em Medicina e se tornaram paleontólogos muito bons. Mas, o ideal é que você estude antes Biologia ou Geologia, o que tornará mais fácil entender processos geológicos e biológicos ligados aos fósseis.

A.C. Você já encontrou muitos fósseis de dinossauros em suas escavações? L.A. Eu não estudo dinossauro eu só escrevo sobre eles. Não sou um cientista que vai para o campo coletar dinossauros. Eu já encontrei dinossauros, sim, mas não é minha especialidade. A minha especialidade são as conchas. Eu trabalho com conchas fósseis de idade mais antiga que os dinossauros, 300 milhões de anos... Nesta época, nem tinha dinossauros ainda. Já descobri muitas conchas e ainda vou descobrir mais.

Turma do Ateliê Matéria-Prima no Ar - Cultura Digital em entrevista com Luiz Anelli, no Instituto de Geociências da USP


A.C. E por que você resolveu escrever sobre dinossauros? L.A. Essa é a pergunta que eu mais gosto de responder. Os dinossauros viveram por muito tempo e vivem até hoje. Eles viveram por quase toda a Era Mesozoica, que soma mais ou menos 160 milhões de anos. Foi um período longo quando muitas coisas aconteceram. Por exemplo, ocorreram extinções globais, a América do Sul, o Oceano Atlântico e os pterossauros, que não são dinossauros, nasceram nesta Era. Aconteceu muita coisa. Eu aprendi muito com os dinossauros. O tempo geológico é muito extenso. Quando ouvimos que a estrela mais próxima está há 4 mil anos luz da Terra... O que significa isso? A luz percorre 300 mil quilômetros por segundo... Multiplique esta quilometragem pelos segundos contidos em 4 mil anos. É tudo muita vastidão. O tempo geológico também é assim, muito grande, muito longo, muito vasto. Então, enquanto retrocedemos, o tempo e a geografia mudam, formando um grande labirinto geográfico-temporal, onde é fácil nos perdermos. Pensamos: o Oceano Atlântico está se abrindo, mas o que estava acontecendo na Austrália? A Austrália ainda estava colada na Antártica, onde ainda não havia muitas geleiras, mas apenas nas suas montanhas... Enfim! São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. E os dinossauros são para mim como a linha de Perseu, o herói que entrou no labirinto para matar o Minotauro. Ele não se perdeu porque segurava um novelo, cuja linha esticada indicou a ele o caminho de volta. E os dinossauros são a minha linha para andar no labirinto geológico do tempo e da geografia. Escrever sobre os dinossauros me ajudou não só a aprender, mas a reter tudo o que aprendia. A gente lê os livros e esquece boa parte das coisas, pois nem sempre temos em que segurar. Eu segurei nos dinossauros e isso me ajudou muito. Foi escrevendo agarrado neles que consegui organizar mentalmente todo o conhecimento que lia e ouvia.

Na entrada do Instituto de Geociências da USP, a turma do Ateliê Matéria-Prima no Ar - Cultura Digital observa a réplica de um Allosaurus fragilis, animal que viveu na Terra há mais de 150 milhões de anos


A.C. Qual foi o primeiro fóssil já encontrado no Brasil? Quando e onde foi descoberto? L.A. Nossa! A gente nunca vai saber isso porque os índios encontravam fósseis, os fazendeiros encontravam fósseis, enfim, muitas pessoas encontravam fósseis. Mas existem relatos muito antigos de mais ou menos 160 anos atrás sobre dois pesquisadores naturalistas, Martius e Spix, que saíram dos museus da Inglaterra, entraram num navio e vieram visitar o Brasil. Chegando aqui, pegaram índios, escravos e atravessaram a Amazônia coletando coisas: dente de jacaré, cabeça de passarinho, pedra, planta... Eles levavam tudo para o museu britânico. Quando passaram pelo Ceará encontraram fósseis de peixe: um peixe de pedra (Anelli mostra um fóssil). Esse é o mais antigo relato que conheço de gente que encontrou fóssil no Brasil.

A.C. Por que os dinossauros foram extintos da Terra? L.A. Vocês já devem ter ouvido falar que existiram várias extinções em massa, não é? Caíram vários meteoros, vulcões explodiram... E quando isso acontecia, a Terra ficava um lixo, todos os bichos morriam ou quase todos. Uma destas extinções ocorreu pouco depois de uma grande explosão causada pelo impacto de um asteroide que caiu onde hoje fica o México. Ele tinha 10 quilômetros de diâmetro. O impacto causou um enorme problema no mundo, lançando poeira, expulsando material terrestre para o espaço. Essas rochas ficaram em torno da Terra em orbita, como se fossem milhões de satélites, e então começaram a voltar, como meteoros incandescentes, em chamas, por toda a Terra. Ao mesmo tempo, na Índia, ocorria um grande vulcanismo, mas não como um vulcão comum. A crosta que se abriu começou a soltar muito material do manto terrestre: lava, gases, vapores venenosos como CO2, H2S, NH3. Esses gases se misturaram com o vapor de água produzindo ácidos, e consequentemente a chuva ácida que contaminou rios, lagos e o solo. Esta chuva acabou com o que havia sobrado do grande impacto. Com as chamas, atmosfera, água e solo contaminados, quase todos os dinossauros morreram.

“Essas rochas ficaram em torno da Terra em órbita, como se fossem milhões de satélites, e então começaram a voltar, como meteoros incandescentes, em chamas... quase todos os dinossauros morreram”

A.C. Como são os lugares escolhidos para procurar fósseis? L.A. Depende do fóssil que você procura. Por exemplo, se você quer encontrar um fóssil do Tiranossauro rex, tem que encontrar rochas com idade entre 75 a 65 milhões de anos, que foi o tempo que ele viveu. Rochas com esses esqueletos existem nos Estados Unidos e na China... Tinha T. rex nesses lugares. Não adianta procurar em rochas de outras idades e outros lugares. Tem que procurar a rocha no lugar certo, com a idade correta. Eu trabalho com conchas do período Carbonífero, então, eu não posso procurar conchas em rochas do período Cretáceo.


A.C. Em uma sinopse do seu livro Dinos do Brasil está escrito: “Agora, o mais intrigante de tudo é saber que eles ainda andam por aí”. O que você quis dizer com esta frase? Que os dinossauros ainda existem? Nem todos morreram na grande explosão? L.A. O problema maior foram as primeiras horas seguidas ao impacto do asteroide. Quem sobreviveu às primeiras horas conseguiu se livrar da morte. Os bichos grandes não tiveram como se abrigar da irradiação do calor expelido pelas rochas que voltavam em chamas do espaço. Além disso, necessitavam de muitos alimentos e não havia mais plantas, pois a luz solar estava bloqueada por fumaça e poeira. Já os bichos pequenos, conseguiram se esconder com mais facilidade. Os dinossauros grandes, enormes, é que desapareceram. Mas, havia um grupo de dinossauros pequeninos, emplumados, as aves. Esses animais sobreviveram e se multiplicaram, são os dinossauros atuais, grandes como o avestruz e pequeninos como o beija-flor. A galinha é um dinossauro, todas as aves são. O problema é que as pequeninas aves com suas penas coloridas são tão diferentes da imagem que temos dos imensos dinossauros daquela época que fica difícil fazer a associação. Hoje já se sabe que quase todos os dinossauros tinham penas, até mesmo o Tiranossauro rex.

A.C. Então, o que caracteriza um animal para ser considerado um dinossauro? L.A. São as características encontradas em seus ossos, sua anatomia. Eles têm três dedos principais nos pés. Os ossos púbis, ílio e ísquio, não se fundem, deixando uma cavidade entre eles, chamada acetábulo. O osso astrágalo tem uma projeção dorsal nos dinossauros, etc. São características que só os dinossauros têm (Anelli nos explica mostrando os ossos da réplica de um Allossauro de 12 metros exposto no pátio do Instituto de Geociências). É assim que os definimos, mostrando o que só eles têm, o que os faz diferentes dos outros animais. Os Pterossauros, por exemplo, não podem ser considerados dinossauros porque seu esqueleto era muito diferente.


A.C. Quais foram as maiores descobertas em seu trabalho? L.A. As minhas descobertas são bem simples. São conchas e ninguém liga muito para conchas. Mas na Antártica eu encontrei conchas que ninguém havia antes estudado. Eram conchas de uma idade geológica, o Mioceno (cerca de 35 milhões de anos atrás), na qual as conchas eram ainda desconhecidas em todo o continente antártico. Vocês sabem o tamanho da Antártica? Imagine o Brasil... É o dobro do Brasil. É enorme. Tem um continente lá embaixo. Foi um grande momento. Uma vez, estava no Canadá com um grupo de paleontólogos para visitar rochas com dinossauros. Era o lugar onde existem mais dinossauros articulados no mundo. De repente, encontrei um osso e mostrei para o meu amigo que estuda dinossauros. Ele ficou muito empolgado porque aquela era a parte que faltava de um Centrossauro, uma parte que ninguém ainda havia encontrado. Foi uma descoberta muito legal.

A.C. Como é feito o cálculo do tempo de existência, tamanho, formas, entre outras coisas, de animais que foram extintos da Terra? L.A. Para descobrir a forma é só montar o esqueleto. Eles se encaixam. Como já foram encontrados muitos dinossauros, basta recompor as partes à medida que vão sendo encontradas. É mais ou menos assim: você estuda determinado assunto, depois chega num lugar e encontra um objeto relacionado àquele estudo. Então, dependendo das características do objeto, você consegue saber de onde ele veio, a quem ele pertenceu e assim por diante... Isso também acontece quando fósseis são encontrados. A contagem do tempo é feita pelos relógios atômicos presentes em alguns minerais encontrados nas rochas.

“... mas, havia um grupo de dinossauros pequeninos, emplumados, as aves. Esses animais sobreviveram e se multiplicaram, são os dinossauros atuais, grandes como o avestruz e pequeninos como o beija-flor. A galinha é um dinossauro, todas as aves são”

Livros publicados por Luiz Eduardo Anelli


A.C. O que você considera mais fascinante e também mais perigoso em sua profissão? L.A. Foram muitas coisas fascinantes. Coisas bem legais acontecem de tempos em tempos. Eu descobri uns fósseis que foram muito importantes quando eu viajei e trabalhei na Antártica. Mas hoje, o que é mais fascinante é que descobri que eu gosto muito de escrever. Sento na minha casa e fico escrevendo sobre a vida pré-histórica. Isso é a coisa mais fascinante hoje. Quanto aos perigos, existem muitos. A gente vai a muitos lugares perigosos. Por exemplo, certa vez, na Antártica, fiquei acampado por trinta dias, ao lado de um vulcão e de uma geleira. Por todos os lados estava cercado por encostas verticais com 190 metros de altura. Só havia pedra, sem planta, sem nada. Também não havia médico. Neste tempo todo, não aconteceu nenhum acidente comigo. A receita é não fazer besteira. São muitos os lugares perigosos, onde existem cobras, vespas e outros bichos. Por exemplo, uma vez trabalhando na Amazônia, após três dias de viagem, chegamos à pedreira onde estavam os fósseis que eu ia estudar. Mas, não havia apenas os fósseis lá. Havia um oceano de vespas. Uma martelada na rocha e um furação de vespas viria para cima da gente. Assim, a receita foi voltar para casa sem fósseis (e sem picadas de vespas). São muitos outros perigos, mas o maior deles é, sem dúvida a idiotice, e a desobediência.

Turma do Ateliê Matéria-Prima no Ar - Cu no Instituto de Geociências da USP

A.C. Além da Antártica, você já viajou para outros países para encontrar fósseis? L.A. Sim. Já fui para outros países para encontrar fósseis e quando os encontro, não posso trazê-los, tem que ficar no museu daquele país. Eu já viajei bastante pela Argentina porque lá tem muitos fósseis... É possível encontrar fóssil em todos os lugares que você for por lá. Existem muitos museus de Paleontologia. A Argentina é um verdadeiro sítio paleontológico... Maravilhoso! Já fui na Bolívia, no Chile, nos Estados Unidos, no Canadá e já viajei muito pelo Brasil também.


A.C. Como foi fazer a curadoria para a exposição Dinos na Oca? L.A. Foi maravilhoso! Olha só, era a 49ª grande exposição de um grande produtor de exposições, uma pessoa muito experiente que tinha acabado de fazer a exposição “Brasil 500 anos”. Para fazer a cenografia chamaram uma importante cenógrafa brasileira. Trabalhei com ela por seis meses. Para fazer o livro da exposição chamaram um grande designer aqui da USP. Então, me disseram: “Temos sete milhões para montar esta exposição. Escolhe os dinossauros e nós iremos atrás deles”. Eu escolhi e o pessoal da produção viajou para os Estados Unidos e os encontrou. Fretaram um avião só pra trazer os dinossauros... E, assim foi feita uma grande exposição. Foi maravilhosa!

ultura Digital A.C. Que dica você daria para quem tem interesse em se tornar um paleontólogo? A.C. Sabemos que você publicou alguns livros sobre seus estudos, você tem outros projetos para novos livros? L.A. Tenho. Nossa! Muitos! Eu tenho vários livros como projeto. Um livro sobre o que os dinossauros do Brasil podem nos ensinar sobre a nossa pré-história. Este já está pronto. Tenho outro sobre o que os dinossauros faziam. Porque geralmente quando a gente abre um livro sobre dinossauros, eles estão correndo e querendo atacar uns aos outros. No entanto, eles faziam outras coisas também... Subiam em árvores, cuidavam do ninho, os filhotes brincavam, dormiam... Enfim, eles faziam outras coisas e não só fugiam e atacavam o tempo todo.

L.A. Tem que ir muito bem na escola, fazer uma boa graduação em Biologia ou Geologia e desde os primeiros anos que estiver cursando a faculdade, procurar um professor bacana e tentar trabalhar com ele. Não pode perder tempo. Sempre se envolver com matérias ligadas à Paleontologia. Ter leitura também. Ler sobre Paleontologia, sobre a evolução da vida e sobre os fósseis que precisam ser estudados no Brasil.


ASSISTIMOS E INDICAMOS

Filme: Morte e Vida Severina Direção: Afonso Serpa Roteiro: João Cabral de Melo Neto País: Brasil Gênero: Animação Ano: 2010

Esta é uma produção audiovisual no formato de desenho animado inspirada na obra de João Cabral de Melo Neto, publicada originalmente no ano de 1956. Este texto que já foi adaptado para o teatro, filmes, e seriados de TV, também ganhou uma versão em HQ com ilustrações de Miguel Falcão, dando origem a esta animação. A história conta a saga de Severino, um retirante nordestino que sofre e enfrenta a seca, a fome e as tantas mortes causadas palas dificuldades da dura vida de seu povo. O texto é fiel ao da obra original, os desenhos são em preto e branco e feitos com caneta bico de pena. A tecnologia 3D foi um dos recursos utilizados nesta produção. Esta versão animada nos permite conhecer uma importante obra de forma tão prazerosa.


Filme: Branca de Neve (Blancanieves) Direção: Pablo Berger Roteiro: Pablo Berger País: Espanha Gênero: Drama Ano: 2012

Inspirado na fábula dos Irmãos Grimm, conta a história da menina órfã maltratada pela madrasta má. Nesta versão espanhola Branca de Neve herda o talento de seu pai e se torna uma grande toureira. Depois de passar por várias humilhações e escapar da morte, ela passa a fazer parte de uma trupe de anões toureiros . Este é um filme mudo e em preto e branco composto por uma linda trilha sonora e movimentação de câmera muito interessante.

Filme: As Sete Faces do Dr. Lao (Seven Faces of Dr. Lao) Direção: George Pal Roteiro: Charles Beaumont País: Estados Unidos Gênero: Aventura/Fantasia Ano: 1964 Considerado inovador para a época em que foi lançado, devido aos recursos utilizados na maquiagem e nos efeitos especiais, este filme conta a história de Doutor Lao, um sábio chinês que chega na cidade de Abalone anunciando a chegada de seu grande circo. No primeiro momento ele se depara com muitos problemas: preconceito, corrupção, violência, falsidade, falta de respeito... Dois dias de espetáculo do misterioso circo são suficientes para a transformação da cidade. As atrações são como um espelho que reflete a personalidade das pessoas. Este filme nos ensina a pensar que é importante valorizarmos o coletivo. Um dos momentos mais marcantes é quando em um dos diálogos, Dr. Lao diz que “qualquer lugar onde as pessoas vivem e trabalham juntas tem muito valor” e que “o mundo todo é um circo, se a gente souber como olhar para ele”.


NO GINGADO DA CAPOEIRA Capoeira... Para alguns, uma dança, para outros, uma luta... Tanto faz! O que importa é que ao toque do berimbau, este jogo ritmado se transforma num verdadeiro diálogo de corpos, atraindo pessoas e deixando todo mundo com vontade de entrar na roda. Por Antonio Eduardo/Jhenifer Siqueira/Laryssah Rocha/Patrick Papa/ Thiago Fernando/Wesley dos Santos

A história No início do século XVI, os colonizadores portugueses trouxeram milhares de africanos para o Brasil para serem escravizados. A principal atividade econômica deste período era o cultivo da cana-de-açúcar em grandes fazendas do nordeste brasileiro. Os escravos, que trabalhavam incansavelmente nas lavouras, viviam em condições desumanas e eram alvos de violência física e castigos dos senhores de engenho. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Muitos não suportavam os maus tratos e tentavam fugir, mas eram perseguidos pelos capitães do mato, que quando os capturavam, agiam com muita brutalidade. Diante de tanto sofrimento, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores. Em seu país, os angolanos eram acostumados a dançarem ao som de músicas acompanhadas por atabaques, mas no Brasil esta prática era proibida. A solução foi adaptar o ritmo e o movimento de suas danças africanas a um tipo de luta, deste disfarce, surgiu a capoeira. Além de servir para a defesa física, era uma forma de preservar a cultura africana e uma maneira de aliviar o estresse do duro trabalho.


O termo Escondidos, os lutadores praticavam a capoeira ficando bem próximos ao chão em terreiros próximos às senzalas para não serem descobertos pelos senhores de engenho. Esses terreiros eram campos desmatados com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. É daí que surge o termo “capoeira”, que significa “o mato que nasce depois do desmatamento”.


NO GINGADO DA CAPOEIRA

A música Fundamental na capoeira, a música é sempre tocada pelos membros da roda que se revezam e que respondem ao canto, também chamado de ladainha. O principal instrumento utilizado no jogo é o berimbau. É ele que dita o ritmo e o estilo de jogo dando um som característico à capoeira. Os ritmos tocados podem ser bem variados.


Os movimentos Na capoeira os praticantes utilizam mais os movimentos com os pés e a cabeça e menos os movimentos com as mãos. São normalmente simulações de ataque, defesa e esquiva. O objetivo do jogo é demonstrar superioridade em quesitos como a força, a habilidade e a autoconfiança.

O gingado O gingado é o movimento de todo o corpo de forma ritmada, mantendo o corpo relaxado, deslocando o centro de gravidade do corpo constantemente e mantendo-se alerta para movimentos de esquiva, ataque e contra-ataque.


NO GINGADO DA CAPOEIRA

Capoeira Angola É o estilo mais antigo. Os golpes são jogados próximos ao chão e o ritmo musical é mais lento. Na roda os participantes não batem palmas. Na Capoeira Angola, a formação do mestre depende exclusivamente da vontade daquele que ensina, ou seja, após muitos anos de prática e de dedicação ao mestre e à capoeira, o praticante recebe de seu tutor um lenço, que representa que esse discípulo está pronto


Capoeira Regional O ritmo musical e os movimentos são mais rápidos e secos, é jogada em pé. Durante a roda os participantes batem palmas. Conforme os praticantes vão desenvolvendo suas habilidades, aprendendo golpes diferentes e pensando sobre esses golpes, vão sendo graduados por meio de um cordão, onde cada cor representa um estágio em que o praticante está classificado, assim vão adquirindo novos cordões até se tornar um mestre. Na capoeira regional a roupa é sempre branca, com calças largas e camiseta.

Capoeira Contemporânea Mais praticado atualmente, este estilo une um pouco dos dois primeiros, porém os movimentos são mais rápidos. Golpes giratórios são muitos utilizados, sempre acompanhados de movimentos acrobáticos.


NO GINGADO DA CAPOEIRA

Coisas bacanas que devemos saber sobre a capoeira A capoeira tem mais de 300 anos de história e é praticada em mais de 150 países. Em todos os lugares a língua cantada é o português; É uma expressão cultural caracterizada por seus movimentos ágeis e harmoniosos que integra crianças, adolescentes e adultos, independente de seus costumes ou classes sociais; O jogo é uma excelente ferramenta educativa e agente de integração sociocultural; A prática da capoeira provoca o aumento da frequência cardíaca, a queima de gordura, além de desenvolver força muscular, flexibilidade e resistência física; No Brasil, a capoeira foi proibida por um longo período, pois era vista como uma prática violenta; Em 1930, Manuel dos Reis Machado, mais conhecido como mestre Bimba, um importante capoeirista da época, fez uma apresentação da luta para o então presidente Getúlio Vargas. Getúlio gostou tanto que depois da apresentação transformou a capoeira em esporte nacional brasileiro.

Besouro – É um filme lançado em 2009 que conta a história de um capoeirista que adotou este nome ao se identificar com o inseto que, pelas suas características, não deveria voar, mas voa. Ele desafiou o preconceito, combateu a opressão e defendeu seu povo com muita coragem, se tornando um dos melhores capoeiristas de todos os tempos.


Clique nos links abaixo e assista a dois vídeos muito legais sobre capoeira: Capoeira (parte 1) – TV Escola: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=12095 Capoeira (parte 2) – TV Escola http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=12097 Clique no link e assista ao documentário Mestre Bimba – A Capoeira Iluminada, que conta a história de um grande capoeirista, referência nacional. http://www.youtube.com/watch?v=INhSuNR_iuE Clique no link e acesse vídeos e músicas de capoeira: http://www.youtube.com/user/RARIDADESCAPOEIRA


PLAN

D

COZI

Algumas plantas medicinais são podem ser plantadas e cultivada casa, trazendo mais beleza, saú

Selecionamos algumas informaç dessas plantinhas maravilhosas. C

Por Alex Siqueira/Ellen Araújo/Maria Edua Ryan Lucas/Sabrina Pacola/Sara Paco


NTAS

DE

INHA

muito utilizadas na culinária. Elas as em pequenos espaços em sua úde e sabor para a sua vida.

ções bem bacanas sobre seis Confira nas próximas páginas!

arda/Marcelo Caitano/Milleny Vitória/Nicolas Alves ola/Sarah Santos/Vitor Conçani/Victor de Oliveira


MANJERICÃO

PLANTAS DE COZINHA

O manjericão é uma das mais importantes ervas na culinária, seu aroma e sabor dá um toque especial aos pratos. Na Índia, é cultivado quase que como planta sagrada, no México, como talismã do amor.

Dicas de cultivo Sementes: devem ser plantadas a mais ou menos 1 cm de profundidade fazendo buracos com o dedo na terra e depositando duas ou três sementes por buraco. Cubra com terra cuidadosamente e por fim regue com água; Mudas: coloque terra num vaso, faça um buraco com a mão ou com uma pá de jardim e coloque as mudas com cuidado para que as raízes não se dobrem. Depois junte um pouco mais de terra até cobrir um pouco o caule. Pressione a terra com as mãos; 

Coloque o vaso em um local que receba a luz do sol;

Algumas pessoas cortam as flores para favorecer o crescimento das folhas;

O manjericão deve ser regado todos os dias ou no mínimo a cada dois dias;

Para que sua planta continue a crescer e tenha maior longevidade é recomendado o replantio;

No solo e em boas condições de cultivo, podem ultrapassar a 1 metro de altura.

Alguns benefícios para a sua saúde 

É rico em magnésio, ferro, cálcio, potássio e vitamina C;

Melhora a saúde do sistema cardiovascular;

Estimula a digestão e alivia dores de estômago;

É um excelente remédio para afastar insetos;

Alivia a tensão muscular, causadas por stress, exaustão e indigestão;

Tem propriedades antissépticas e desintoxicantes;

O chá quente reduz a febre e o muco no peito e no nariz, aliviando os sintomas de gripes, resfriados, congestão, tosse e dor de garganta. Se tomado antes de dormir, garante um bom sono;

É um repelente natural contra insetos.

Clique no link e acesse uma receita de molho pesto: http://www.tudogostoso.com.br/receita/5887-molho-pesto.html


Salsinha A salsa é cultivada há mais de trezentos anos, é uma planta aromática e muito utilizada na culinária mundial. Seu gosto suave combina com vários pratos e ainda faz bem para saúde, mas, deve ser acrescentada apenas no final do cozimento, para que não perca suas propriedades. Dicas de cultivo 

Pode ser plantada facilmente em vasos, jardineiras ou canteiros;

Regue a salsinha de forma regular, mas nunca deixe a terra muito úmida;

Ela precisa de pelo menos quatro horas de sol por dia;

Verifique sempre se não há ataque de pragas na plantação de salsinha, e se houver, utilize somente inseticidas naturais, já que as ervas são usadas como temperos e chá.

A germinação da salsinha é muito lenta, por isso pode demorar um pouco para as primeiras plantinhas aparecerem;

Na hora de colher, o segredo é cortar o galho e não apenas as folhas, deixando-o a um ou dois dedos de distância do solo.

Alguns benefícios para a sua saúde 

Tem propriedades antioxidantes, que retardam o envelhecimento das células;

Evita a formação de pedras nos rins;

Funciona como calmante;

Ajuda na digestão;

Combate a formação de gases e a fermentação intestinal;

Previne o câncer;

Ajuda no tratamento da acne juvenil;

Clareia sardas;

É diurética;

Afina o sangue;

Pode combater as doenças cardiovasculares;

Impedem a formação de trombos, coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames.

Clique no link e acesse uma receita de Alichella (antepasto de aliche e salsinha) http://www.tudogostoso.com.br/receita/20638-alichella-antipasto-de-aliche-e-salsinha.html


PLANTAS

PIMENTA

DE COZINHA

Pimenta é o nome dado a várias plantas com sabor geralmente picante. Capsaicina e piperina são seus princípios ativos. Além de ingrediente nas culinárias de muitos países, a pimenta já teve outras funções na história do mundo, foi utilizada como oferenda aos deuses e até mesmo como moeda.

Dicas de cultivo 

As sementes podem ser plantadas em sementeiras, copos ou saquinhos de plástico ou papel, e transplantadas quando atingem aproximadamente 10 cm;

As pimentas são plantas de regiões tropicais, crescendo melhor em temperatura acima de 20°C;

Precisa de solo bem fértil;

Deve ser regada com frequência, mas não deixe a terra ficar encharcada.

Alguns benefícios para a sua saúde 

A capsaicina ajuda na produção de uma secreção que protege o revestimento do estômago da gastrite e das úlceras;

Combate o envelhecimento celular;

Eleva o gasto calórico e ajuda no emagrecimento;

Diminui a gordura e controla os níveis de glicose no sangue;

Aumenta a capacidade do pulmão;

Ajuda no tratamento da rinite alérgica;

Alivia dores de cabeça;

Diminui o risco de doenças cardiovasculares;

Ajuda na desobstrução dos vasos sanguíneos e ativam a circulação arterial;

É antisséptica, analgésica, cicatrizante e anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado diretamente sobre a pele machucada;

É recomendada a ingestão de uma pequena pimenta malagueta por dia, como se fosse uma pílula.

Clique no link e acesse uma receita de molho de pimenta: http://www.tudogostoso.com.br/receita/20915-molho-de-pimenta.html


ALHO O alho é uma planta que leva muitos meses para nascer, mas a espera pode ser recompensadora, pois o alho fresquinho é muito mais saboroso. Existem muitos tipos de alho, que diferem em cor, casca, tamanho, forma, sabor e número de dentes por cabeça.

Dicas de cultivo 

Para plantar alho em vasos e floreiras, ou no quintal de casa, recomenda-se a compra dos bulbos em viveiros especializados para que a germinação seja mais eficaz;

Plante em um local espaçoso para caber o maior número possível de dentes;

A profundidade das covas varia, ficando entre 3 cm e 5 cm. O tipo de terra deve ser leve e fina;

O alho precisa de exposição prolongada à luz, prefere temperaturas mais baixas e não aguenta água em excesso;

A planta está boa para a colheita quando atinge de 30 cm a 40 cm e apresenta de três a quatro folhas verdes, sendo que as demais devem estar secas;

Após a retirada da terra, é necessário deixar os bulbos expostos ao sol de três a quatro dias.

Alguns benefícios para a sua saúde 

O alho é mundialmente utilizado na medicina popular para a cura de diversas doenças;

Tem propriedades anti-inflamatórias;

Ajuda no tratamento e controle de doenças como: artrite, reumatismo, asma, tuberculose, hipertensão e diabetes;

Reduz o colesterol e a glicose sanguínea;

Melhora a circulação do sangue;

Previne e trata resfriados;

Estimula as energias;

Elimina as toxinas;

Evita queda de cabelo;

Combate a acne.

Clique no link e acesse uma receita de arroz com alho: http://www.tudogostoso.com.br/receita/132015-arroz-com-alho.html


PLANTAS DE

TOMILHO

COZINHA

Com delicadas folhas verdes, o tomilho é utilizado como especiaria na culinária, chás e banhos de imersão. O nome vem da palavra grega thymus, que significa coragem. Os gregos acreditavam que a erva proporcionava força e sabedoria.

Dicas de cultivo 

O tomilho pode ser cultivado facilmente em jardineiras e vasos;

O plantio por ramos cortados de plantas adultas saudáveis é o método ideal, pois levam menos tempo para crescerem até a colheita;

Corte e mergulhe a metade inferior do ramo em um recipiente com água até que surjam raízes;

Depois plante no local definitivo, ou plante os raminhos em vasos mantidos bem úmidos por três ou quatro semanas;

O espaçamento entre as plantas pode ser geralmente de 15 cm a 20 cm;

Regue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido;

Se as plantas estão bem desenvolvidas, não há problema se o solo secar por um curto período entre uma rega e outra. Mas fique atento na quantidade de água, pois o excesso de umidade prejudica o tomilho.

Alguns benefícios para a sua saúde 

Possui propriedades antibióticas;

Combate problemas torácicos e respiratórios, incluindo tosse, bronquite e congestão torácica;

Auxilia no tratamento do mau hálito, insônias, pesadelos, gripes, resfriados e dores de garganta;

Tem propriedades diuréticas, hipertensivas, expectorantes e antissépticas;

Melhora o fluxo sanguíneo, alivia os sintomas da artrite e das dores musculares;

Auxilia na diminuição de cólicas menstruais, sensação de enfartamento, inchaço, luxação, acne, stress e a depressão.

Clique no link e acesse uma receita de batata com tomilho: http://www.tudogostoso.com.br/receita/30791-batata-cozida-com-cebola-e-tomilho.html


CEBOLINHA É um ingrediente que pode ser usado em praticamente todos os preparos de alimentos salgados. Serve também de decoração para deixar os pratos mais bonitos. Sempre deve ser adicionada no finalização dos alimentos, pois não pode queimar ou cozinhar demais. Deve ser usada ainda fresca para manter seu aroma e sabor, mas se não for usar todo o maço, é possível picar e congelar e assim conservar suas propriedades. O recomendado é consumir pelo menos três hastes todos os dias. Dicas de cultivo 

É muito fácil cultivá-la, basta colocar as sementes em um vasinho, regar e em poucos dias crescerá cebolinha fresca em sua casa;

Num vaso coloque pedras e em cima das pedras coloque terra deixando um pequeno espaço na parte de cima;

Na terra faça um buraco não muito fundo;

Coloque uma muda de cebolinha com raiz no buraco dentro da terra;

Aperte a terra para a cebolinha ficar firme;

Depois de plantada coloque o vasinho da cebolinha em um lugar com sol;

Sempre lave as cebolinhas antes de usar, pois a terra possui sujeiras, bactérias e, às vezes, produtos químicos.

Alguns benefícios para a sua saúde 

Ela é um dos melhores antibióticos naturais. Contém alta concentração das vitaminas A, E e C;

É rica em magnésio, zinco, manganês e cobre, minerais que ativam o metabolismo e, consequentemente, a digestão;

Melhora o sistema imunológico de uma forma geral, protegendo o organismo contra doenças degenerativas ou cardíacas;

Aumenta a elasticidade dos vasos sanguíneos e a absorção de ferro;

Combate a salmonela, bactéria que provoca infecção gastrointestinal;

Melhora a visão, ajuda no crescimento do cabelo e retarda o envelhecimento;

Regula a pressão arterial e combate o stress;

Em forma de suco, age como repelente e pode ser aplicada na pele para tratar feridas provocadas por picadas de inseto;

Pode ser comida como fonte de fibra para melhorar o desempenho do intestino;

Pode ser usada como máscara facial para curar acne e deixar a pele com uma aparência mais saudável.

Clique no link e acesse uma receita de peixe com cebolinha: http://www.tudogostoso.com.br/receita/79606-carne-de-onca.html








Dicas de LIVRO Robinson Crusoé AUTOR Daniel Defoe EDITORA Scipione

LIVRO Frankenstein AUTORA Mary Shelley EDITORA L&PM Quando a escritora criou Frankenstein,

Nesta história, Robinson Crusoé quer conhecer o mundo através do mar. Ele consegue realizar seu sonho e nesta viagem, vive muitas aventuras, entre elas, sobrevive a um naufrágio e vai parar em uma ilha deserta. Lá constrói uma casa e salva um índio de uma tribo de canibais. Robinson passa a chamá-lo de Sextafeira e os dois se tornam muito amigos. Eu aprendi com esta história, que independente de todas as barreiras da vida, é possível vencer e sermos felizes, nos tornarmos heróis. Temos que tentar tornar nossos sonhos em realidade. Eu entrei na história completamente, como eu nunca pensei que poderia entrar... Eu vivi esta história.

em 1816, ela não imaginava que seria uma

Dica de Laryssah Rocha

Dica de Thiago Fernando S. de Camargo

histórias mais conhecidas no mundo. Este livro é sobre um criador em uma criatura. O cientista Victor Frankenstein, o criador, tinha a ambição de criar a vida de forma diferente, então pegou partes de corpos humanos e conseguiu alcançar seu objetivo, fez surgir um ser parecido com um humano, mas com a imagem de um monstro. Victor ficou apavorado e desprezou sua criatura. Apesar da aparência, o monstro tinha boa índole e queria se aproximar das pessoas, fazer parte do mundo, mas tanto desprezo o tornou muito mal. Assim é no mundo real, quando as pessoas são maltratadas, desprezadas, se tornam más, mas quando são bem tratadas, se tornam boas.


e leitura LIVRO

LIVRO

Toda Mafalda

A Loira do Banheiro

AUTOR

e Outras Histórias

Quino

AUTORA

EDITORA

Heloisa Prieto

Martins

EDITORA Ática

Este livro é muito legal porque tem todas as tirinhas da Mafalda escritas e desenhadas por Quino, cartunista argentino. Mafalda é uma menina que tem seis anos. Ela tem muitos amigos, gosta de brincar, é curiosa, esperta, inteligente, adora ouvir os Beatles e odeia tomar sopa. Ela não combina com a sua idade, parece mais velha porque é muito questionadora. Ela não se conforma com o mundo dos adultos porque acha que este mundo é muito complicado, às vezes, eu também acho, por isso eu me identifi-

Este livro traz 19 histórias que estão divididas em 5 blocos: Será que é lenda?, Memória do Mundo, Histórias de amor, Aventuras Contadas por Meu Pai e Medos Inquietantes. São histórias de medo, de alegria, de amor, de tristeza, de mistério, entre outros sentimentos. Algumas histórias nós já conhecíamos, mas foram contadas pela autora de um jeito diferente e interessante. Nós gostamos muito e por isso indicamos. Esperamos que vocês também gostem.

co com ela. Dica de Milleny Vitória F. de Oliveira

Dica de Alex Alves de Siqueira e Vitor da Silva Conçani


Dicas de curtas-metragens disponíveis na internet

Pigeon: Impossible Direção: Lucas Martel Gênero: Animação País: Estados Unidos Ano: 2009 Tempo: 6 min e 14 seg

Um agente secreto recebe uma maleta num encontro suspeito no meio de uma avenida de Washington . Ao receber a mala, ele segue pelas ruas e depois começa a comer um biscoito sentado num banco tranquilamente. De repente, uma pombinha para ao seu lado e ele oferece um pedaço a ela. É aí que a história muda completamente, a pomba não quer apenas as migalhas, que o biscoito inteiro, por causa disso, um conflito se inicia entre os dois e na confusão, a pomba entra na mala e começa uma verdadeira guerra. Este curta-metragem com menos de sete minutos, envolveu mais de cem pessoas em sua produção. É realmente um curta muito bem feito. Não perca! Clique no link e assista: http://vimeo.com/8527864


This Way Up Direção: Adam Foulkes Gênero: Animação País: Ucrânia Ano: 2008 Tempo: 8 min e 37 seg

Este curta-metragem conta a história de uma dupla de trabalhadores de uma funerária, que tem a missão de transportar um caixão ao seu destino: debaixo da terra. A missão aparentemente tão simples acaba se tornando muito complicada, pois no caminho eles passam por várias situações em que cada vez mais se atrapalham. Tanta confusão nos faz torcer para que os dois consigam respirar aliviados e principalmente para que a defunta, enfim, consiga descansar em paz. Clique no link e assista: http://www.youtube.com/watch?v=vmfC7VY5Ods

Superman 75th Anniversary Direção: Zack Snyder e Bruce Timm Gênero: Animação Ano: 2013 País: Estados Unidos Tempo: 2 min e 08 seg

Em 1938, foi criado o Superman, um super herói com incríveis poderes, que consegue voar, soltar laser pelos olhos, ver além do alcance e tem uma força descomunal. Em homenagem aos 75 anos do herói, a DC Comics e a Warner Bros, criaram este curta-metragem em animação, que começa mostrando a primeira capa em HQ e um pouco da jornada do Homem de Aço, que evoluiu dos quadrinhos para outras linguagens como por exemplo, videogame, desenhos animados e séries de TV. Clique no link e assista: http://vimeo.com/76907078


O Lirismo de Camilla Falleiros Cantora lírica, dona de uma poderosa voz soprano, Camilla

Falleiros saiu

do Brasil para estudar música antiga na Schola Cantorum Basiliensis em Basel, na Suíça, lugar onde grandes nomes da música barroca e renascentista também se formaram. Em concertos e espetáculos de ópera ela segue cantando pela Europa em vários idiomas, inclusive latim.

A.C. Quando você descobriu que queria ser cantora lírica? C.F. Acho que desde criança eu sempre quis ser cantora. Tenho duas irmãs e nós crescemos cantando juntas, principalmente eu com a minha segunda irmã. Comecei a ter aula de piano quando tinha 7 anos e a minha professora sempre fazia duas festinhas por ano, uma na época das Festas Juninas e outra na época do Natal e, nestas festinhas, além de a gente tocar piano, ela montava um repertório onde todos os alunos cantavam. Eu adorava isso. Adorava tocar piano, mas eu gostava mais ainda de cantar. Meu pai e minha mãe também cantaram na juventude deles, não profissionalmente, mas cantavam por hobbie. E o que aconteceu foi que, numa época da minha vida, comecei a pensar no que eu queria ser... Eu queria ser arquiteta, neurologista, atriz... Eu queria ser tudo! Mas, continuava fazendo piano e certa vez, quando eu já estava pensando e me decidindo mesmo sobre o que eu queria fazer, perguntei para uma amiga, que tinha tido aulas de piano com a mesma professora que eu, e que já tinha começado a estudar canto, se seria possível entrar na faculdade direto para estudar canto, sem nunca haver feito aula e ela me respondeu que seria melhor se eu me preparasse antes. Assim, resolvi continuar estudando piano e me preparar para eventualmente, mais tarde, começar a fazer canto. Eu nunca disse: “quero ser cantora lírica”, mas acho que me tornei cantora porque a música, o canto sempre me acompanhou, desde pequena.


A.C. Sua família te apoiou quando você decidiu seguir esta carreira? C.F. Eles nunca foram contra, mas principalmente meu pai, sempre me falou que seria melhor se eu escolhesse alguma coisa que me desse segurança financeira. Não foram contra, mas acho que, na época, eles teriam ficado mais tranquilos se eu tivesse escolhido alguma coisa que, na cabeça deles, ganhasse dinheiro. Mas, depois que eu terminei os estudos eles sempre mostraram muita admiração pelo que eu faço.


O Lirismo de Camilla Falleiros A.C. Que tipo de música você ouvia e gostava de cantar quando era criança? C.F. Como eu já falei um pouco, eu adorava cantar com a minha irmã e a gente cantava de tudo. É engraçado porque naquela época, eu não gostava nada de ópera, a gente nunca escutava ópera em casa. Ouvia muita MPB por causa da minha mãe, ouvia Elis Regina, Chico Buarque, e, claro, as coisas da época da minha infância. Cantava música que tocava no rádio da cozinha, Roberto Carlos... Cantava músicas que eu aprendia na escola, cantava inventando inglês, que não era inglês coisa nenhuma, fazia piada de música que a gente não gostava, mas cantava assim mesmo, cantava rock, porque meu pai gostava muito de rock, ele gostava de David Bowie, de várias bandas de rock, de jazz... A gente cantava de tudo. Então, eu cresci ouvindo Jazz, Rock dos anos 70 e Música Popular Brasileira. Aquela minha professora de piano mostrava repertório de música brasileira do começo do século XX e até mesmo do século XIX, muito chorinho, muito samba antigo e, com isso, eu fui conhecendo muita coisa diferente. Não eram todas as crianças que conheciam e gostavam dessas músicas, mas eu gostava bastante, então gostava de cantar esse tipo de música também. A.C. Quando surgiu o interesse em estudar canto lírico? Como e onde foi esse estudo? C.F. Durante o meu estudo de piano na faculdade em São Paulo, eu comecei a ter um interesse muito grande pelo canto lírico. Eu era muito jovem e resolvi investir um pouco mais de tempo nisso, então comecei a cantar num coro em São Paulo (Museu Lasar Segall) e fui procurar aula de canto lírico na USP. O meu primeiro professor foi o tenor Benito Maresca, que infelizmente faleceu no ano passado... Uma personalidade “da lírica” em São Paulo Comecei a ter aula particular de canto com o Benito e acompanhava, como pianista, os alunos particulares dele. Nesta época eu comecei a fazer workshop, cursos com professores que vinham do exterior para São Paulo ou para Campos do Jordão. Em julho sempre acontece um festival de inverno em Campos do Jordão e eles dão oportunidade de bolsa para jovens instrumentistas e cantores para participar dos cursos, sempre com professores ótimos tanto do exterior quanto do Brasil. Assim eu tive a oportunidade de fazer parte destes festivais e participar de cursos fantásticos. Os anos foram passando, eu fui participando também de outros cursos e festivais e me envolvendo cada vez mais com a música antiga, ou seja a do período do Renascimento e do período Barroco.


Turma do Matéria Prima no Ar - Cultura Digital em entrevista via Skype com Camilla Falleiros

A.C. Como se dividem as vozes na música lírica? C.F. As vozes femininas são divididas em soprano, que é a voz mais aguda, depois vem contralto, que é a voz mais grave, mezzo soprano, que é entre grave e agudo. Nas vozes masculinas, tem o tenor, que é o agudo, o barítono, que é meio agudo, mais pra baixo e as vozes bem graves são os baixos. A minha voz é soprano.


O Lirismo de Camilla Falleiros A.C. Onde você estudou canto quando morava no Brasil? C.F. Eu estudei piano no Conservatório Dramático Musical de São Paulo que naquela época em que eu fazia não era muito conhecido. Não sei como está a situação do Dramático, mas muita gente da época de Mario de Andrade (importante figura do movimento Modernista no Brasil) tinha estudado no Dramático... Depois veio a USP, a UNESP e ele caiu no esquecimento... Eu não sei como está hoje, só sei que era um prédio muito lindo no centro de São Paulo. Canto lírico mesmo, eu estudei na ULM Tom Jobim com a fantástica Lenice Prioli (mezzo soprano) além de ter aulas particulares com o tenor Benito Maresca. A.C. Por que você foi estudar na Suíça? C.F. Eu comecei a me interessar e me envolver muito com a música antiga e coincidentemente naquela época eu tive um namorado que tinha estudado na Holanda e estava voltando para o Brasil. Através dele eu conheci muita gente da área da música antiga e foi então que eu decidi que queria estudar essa música, só que no Brasil não tinha onde. Eu escutava muitos CDs de artistas dos quais eu gostava e via que muitos deles tinham estudado em Basel, na Suíça. Aí eu pensei: “eu quero estudar lá também”. Então decidi me preparar para fazer uma prova e estudar num lugar chamado Schola Cantorum Basiliensis, que é uma faculdade só de música antiga. Eu passei, estudei e aqui estou até agora.

A.C. Então, você escolheu a Suíça porque é o melhor lugar para estudar a música antiga? C.F. Na verdade, quando eu decidi estudar música antiga, eu tinha possibilidade de escolher outros lugares, eu poderia ter ido para a Holanda, para a França ou para a Londres, pois nesses lugares existem também escolas muito fortes para estudar esse tipo de música, mas muitos artistas, eu diria, os mais conhecidos, tinham estudado em Basel, e para mim seria um desafio, pois eu teria que aprender uma outra língua (alemão) Eu adoro desafios! Outro motivo é o mercado favorável de trabalho: estando na Suíça, é possível trabalhar na Europa inteira porque é tudo muito próximo. A Suíça é um país fantástico, um país lindo onde tudo funciona muito bem.


A.C. Você canta em outros idiomas? C.F. A língua na qual eu mais canto é o italiano porque o repertório de musica barroca italiana é enorme. Mas eu também canto em alemão, inglês, francês e em latim, por exemplo, nos concertos nas igrejas, porque antigamente a música sacra era composta em latim. A.C. E em português? C.F. Música clássica, raramente. Eu canto em português somente se canto música popular brasileira, coisa que eu faço de vez em quando por aqui. A.C. Qual é língua oficial da Suíça? C.F. A Suíça tem três partes oficiais. A parte alemã, que fica mais no Norte e no Leste, a parte francesa, que é no Oeste e a parte italiana, que é no Sul. Então, tem três línguas oficiais: Francês, Alemão e Italiano. Na verdade são quatro, mas uma está caindo no esquecimento, que é uma língua chamada Reto-romanche ou rético, do Centro Sul da Suíça, que é uma mistura de português, francês, italiano, latim... Tudo junto. Dependendo da parte que o suíço esteja, ele vai falar uma língua. E em toda a parte alemã se fala o Dialeto Suíço Alemão, embora nas regiões eles tenham diferenças enormes. É como se no Brasil a gente escutasse alguém do Acre ou do Pará falando com alguém do Rio Grande do Sul, por exemplo.


O Lirismo de Camilla Falleiros A.C. Quantos idiomas você fala? C.F. Vamos contar comigo: Português, Inglês, Francês, Italiano, Alemão, Espanhol e também o Dialeto Suíço. São seis línguas e um dialeto. Eu gosto muito da ideia de que se eu falar outra língua vou poder me comunicar com pessoas de muitos lugares do mundo. Mas, qualquer um pode aprender, é só estudar, viu gente?! A.C. Foi muito difícil aprender a falar em outras línguas? Quanto tempo demorou? C.F. Eu tenho o privilégio de ter facilidade em aprender línguas. O meu pai era indiano e o irmão dele também então, eu cresci com ele falando com a família e com todos os amigos deles em inglês. E da parte da minha mãe, o meu avô, pai dela, era italiano e, por isso, ela sempre vinha com expressões e poesias na língua italiana. Eu cresci com isso no ouvido. Depois que eu terminei a 8ª série, era assim que se chamava na época, eu fui estudar em um colégio francês e lá eu fazia também aulas de teatro em francês e isso me ajudou a aprender a língua muito rápido. Mais tarde, quando eu resolvi estudar na Suíça, decidi um pouco antes aprender alemão e fiz um curso na USP. Mas, eu não fiz muito tempo, não... Fiz durante uns cinco meses e quando eu cheguei na Suíça tive que aprender na marra. E esse é o melhor jeito de aprender, tem que sair falando sem ter vergonha. Olha gente, aprendam outras línguas porque isso abre o mundo pra vocês.

A.C. Você tem uma rotina de trabalho? C.F. Eu trabalho como autônoma, ou seja, não tenho um emprego fixo. Neste caso, as pessoas me ligam ou me escrevem e falam que precisam de mim para uma apresentação em tal data, eu me organizo e vou. Então, ser autônoma requer muita disciplina. Eu demorei muito para aprender, mas hoje eu tenho uma rotina de trabalho. Todos os dias, sempre que eu posso de manhã e de tarde, eu treino as técnicas e exercícios vocais, durante meia hora, quarenta minutos, estudo o repertório das obras que eu tenho que aprender ou que eu gostaria de aprender por mais meia hora. Tem que ser um pouco de cada vez para não forçar muito a voz, porque a gente não é como instrumentista que pode treinar durante um longo tempo. Não pode exagerar no tempo para não cansar muito a voz. Outra coisa muito importante na rotina de um cantor é cuidar do corpo e fazer exercícios, por isso incluí Tai Chi e Yoga na minha rotina.


A.C. Você se apresenta sozinha ou com outras pessoas? C.F. Depende. Já tive alguns concertos solo, que é quando uma cantora ou um cantor é acompanhado por um pianista, por alguns instrumentos, a chamada orquestra de câmara, ou por uma orquestra inteira. Mas, muitas vezes, eu canto com outros colegas que dividem o concerto comigo em duetos ou mesmo cada um cantando uma peça solo, então depende, existem programas onde eu canto sozinha e tem outros onde canto com outros cantores. Existe também a situação da ópera, onde naturalmente dividimos o palco com outros cantores.

A.C. Você tem alguma técnica para cantar? C.F. Existem várias técnicas e cada cantor precisa encontrar a técnica que vai lhe ajudar da melhor maneira a desenvolver o que ele tem como potencial. Eu demorei para descobrir quais eram as pessoas que me ajudavam e que traziam uma boa técnica para o tipo de repertório que eu canto, pra minha voz ou pra minha pessoa. No momento eu estou utilizando técnicas de duas pessoas que têm maneiras diferentes de abordar o que estou buscando para aperfeiçoar a minha voz.


O Lirismo de Camilla Falleiros

A.C. Nesta profissão, você costuma viajar muito? C.F. Nesta profissão a gente viaja demais. Nos últimos dois anos eu tenho viajado menos, mas normalmente viajo sim bastante. Somente neste ano, para vocês terem uma idéia: há duas semanas eu estava em Viena, há um mês eu estava na Alemanha, perto de Berlim, na semana passada eu estava numa outra cidade aqui na Suíça, no mês que vem eu vou para Praga, na Tchecoslováquia... São muitas viagens. Geralmente músicos viajam muito. Desde a época da renascença, ou do período barroco os músicos já viajavam muito; antigamente viajavam a cavalo ou de navio, mas sempre viajaram seja para fazer intercâmbio com outros músicos ou mesmo para tocar.


A.C. Como são os espetáculos que você costuma fazer? C.F. No teatro são as chamadas óperas, onde a gente tem que aprender toda a música de cor, interpretar os personagens, usar máscaras, figurinos. Geralmente existem os chamados solistas e, também um coro. As canções são as árias e entre as árias existem os recitativos que são frases quase recitadas e não cantadas. Esse tipo de apresentação, às vezes, duram duas, três horas, ou até mais. A preparação para uma produção destas dura por volta de seis semanas, ou seja, se eu tenho uma ópera na Alemanha, eu viajo um mês e meio antes e tenho ensaio todos os dias com o diretor de cena, com o maestro, etc... São muitas pessoas envolvidas para fazer figurino, máscaras, cenário, maquinário do teatro... É muito trabalho. Mas eu também faço óperas concertantes, onde não tem máscaras e nem figurinos, a gente vai lá e só canta. Além disso, nos teatros também existem as matinês, onde a gente canta apenas algumas árias da ópera que entrará em estreia.

A.C. Se você não fosse cantora, o que você gostaria de ser? C.F. Eu queria ser tanta coisa, gente... Mas, tem uma coisa da qual eu gosto muito: cozinhar. Eu queria ser chef de cozinha. A.C. Você pretende voltar algum dia para o Brasil?

A.C. Você já passou por alguma situação difícil ou constrangedora no palco? C.F. (Risos) Já passei por várias. Já tropecei num vestido longo, já caí no palco, já estive no lugar errado na hora errada, etc... Mas, tem uma história que aconteceu há mais ou menos dois anos... Eu estava numa ópera e, de repente, no momento em que eu estava cantando uma ária super longa, que durava uns sete minutos, esqueci completamente o texto e as variações musicais da repetição, o chamado “da Capo”... Então, comecei a inventar um monte de coisas e a orquestra não parava de tocar. E eu cantava, cantava tudo improvisado... Eu não sei como consegui chegar ao final! Depois, fui me desculpar com o maestro, com a orquestra e eles disseram que nem perceberam. Essa situação foi bem difícil!

C.F. Essa pergunta é difícil. Pode ser... Eu na verdade não me radiquei definitivamente por aqui. Mas, eu não sei o que o futuro me reserva. A gente pode encaminhar o futuro, mas o que vai acontecer de verdade no final das contas, a gente nunca sabe. Eu não diria que nunca mais vou voltar, mas se, e quando eu voltar, eu gostaria de saber o que eu faria, eu gostaria de ter um terreno bem preparado porque o Brasil já é um país muito caótico e se a pessoa não sabe o que vai fazer fica ainda mais complicado. De qualquer modo, eu vou todo ano visitar a minha família e meus amigos no Brasil.


PELO BURACO DA AGULHA Pinhole - O Charmoso Jeito de Fotografar Sem o Uso de Lentes Por Alex Siqueira/Allyson Rodrigues Felipe Guimarães/Luís Felipe Simões Micael Castro/ Vitor Conçani

Jardim decorado Por Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Foto tirada com câmera pinhole


As meninas Por Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Foto tirada com câmera pinhole

Câmera Pinhole é um tipo de câmera fotográfica artesanal que serve para captar imagens sem a necessidade do uso de equipamentos convencionais. Ela não possui lentes, tem apenas um minúsculo furo por onde a luz é captada para dentro da câmera, por isso, recebe este nome, pinhole, que vem do inglês pin-hole, ou seja, “buraco de agulha”.

Unidos Por Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Foto tirada com câmera pinhole


Os primeiros passos Por Matéria Prima no Ar - Cultura Digital Foto tirada com câmera pinhole

Como fazer uma câmera Pinhole Este tipo de câmera pode ser construída facilmente, basta termos à mão o material necessário que pode ser desde uma caixa e sapatos, latinha de leite em pó, caixinha de madeira ou qualquer outro objeto com tampa para que, dentro, fique totalmente escuro, sem a menor entrada de luz.

A câmera escura A pinhole pode ser revestida com papel cartão ou pintada com tinta spray preto-fosco. É necessário cobrir todo o interior e a tampa da caixa ou lata, transformando-a numa câmera escura.

No foco Por Sabrina Pacola Guedes Foto tirada com câmera pinhole


Sentados na Paulista

No vão

Por Allyson Chaves Rodrigues Foto tirada com câmera pinhole

Por Antonio Eduardo Silva dos Santos Foto tirada com câmera pinhole

O furo Com o auxílio de uma agulha ou prego bem fino faça um furo numa parte da câmera. Em alguns casos, em que o material utilizado é muito resistente, difícil de ser furado, é preciso fazer um buraco maior e colar sobre ele um retalho de latinha de alumínio, assim, o furo da agulha pode ser feito neste retalho sobreposto ao furo maior. O furo deve ser fechado pelo lado de fora da câmera com fita isolante preta e permanecer assim até o momento de exposição à luz. Ele servirá como o dispositivo de controle da entrada de luz no interior da câmera no momento da captação da imagem.

Cidade de pedra Por Alex Alves de Siqueira Foto tirada com câmera pinhole

Paulista em preto e branco Por Wesley dos Santos Foto tirada com câmera pinhole


Como usar a câmera pinhole: Coloque o papel fotográfico dentro da caixa escura, que foi preparada anteriormente, mas lembre-se de que esta ação requer um cuidado especial, pois o carregamento da câmera com o papel deve ser feito em um local seguro, que evite danificá-lo, pois ele é muito sensível à luz e deve permanecer na caixa escura até o momento da revelação. O papel deve ser fixado na parede interna da câmera, centralizando-o frente ao orifício. Logo em seguida, tampe a caixa. O manuseio deve ser feito apenas sob uma luz vermelha de 15w, que não danifica o filme.

De frente com a kombi Por Laryssah Rocha Foto tirada com câmera pinhole

Como fazer cópia das fotos – Negativo/Positivo As cópias em positivo são conseguidas por contato, isto é, colocamos face a face a imagem em negativo com o papel fotográfico virgem e sobre eles uma lâmina de vidro. Depois expomos à luz por alguns segundos. O processo de cópias pode ser feito usando a fonte de luz do ampliador ou, no caso alternativo, com uma lâmpada leitosa de 60w acesa sobre o vidro com o papel fotográfico.

Negativo/Positivo digital Podemos positivar as imagens de forma digitalizada utilizando um scanner e um computador com programa de edição de imagem. É só escanear a imagem, depois invertê-la no programa de edição escolhido, passando do negativo para o positivo.


Do alto Por Laryssah Rocha Foto tirada com câmera pinhole

Para fazer a revelação: É necessário preparar um espaço que servirá de laboratório fotográfico. Ele deve ser iluminado apenas com uma luz vermelha de no máximo 15w. Para fazer a revelação são necessários químicos apropriados: revelador, interruptor e fixador. Revelador – serve para fazer a imagem aparecer; Interruptor - serve para interromper a ação do revelador; Fixador – serve para fixar a imagem no papel; Água – serve para limpar todos os químicos presentes no papel fotográfico.

Coluna de segurança Por Felipe Guimarães Barroso Foto tirada com câmera pinhole


Para fazer uma oficina de pinhole 

Caixa de sapato, caixa de madeira ou lata (com tampa)

Tinta spray preto-fosco ou papel preto

Fita isolante preta

Agulha ou prego de ponta fina

Papel fotográfico P&B

Revelador

Interruptor

Fixador

Água

4 recipientes de plástico

3 pinças (uma para cada recipiente)

Lâmpada vermelha de 15w

Ampliador ou lâmpada de 60w

Clique no link e veja um vídeo super legal sobre como fazer uma câmera pinhole: http://www.manualdomundo.com.br/2012/11/camera-fotografica-caseira-pinhole-de-lata/

Cristo Foto tirada com câmera pinhole Por Marcelo Caitano da Silva Junior

A praça Foto tirada com câmera pinhole Por Maria Eduarda Souza da Silva

Os produtos químicos e os materiais de laboratório podem ser encontrados em casas de comércio fotográfico profissionais. Clique no link e acesse uma loja especializada: http://www.consigo.com.br/home.php


Bastidores da nossa oficina de pinhole

Posicionando a câmera pinhole

Tirando foto com câmera pinhole na Av. Paulista

Tirando foto com câmera pinhole em Itapevi

Sessão de fotografias pinhole

Revelando as fotos

Secando os negativos das fotos

Observando os negativos das fotos

As nossas câmeras pinhole


Revista Eletr么nica


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