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Uma “casa comum” das gerações do Fado de Coimbra

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OBITUÁRIO

OBITUÁRIO

Academia propõe-se a unir todos que partilham paixão pela arte. “Alma Mater” escolhida para acolher anúncio oficial.

- POR DANIELA FAZENDEIRO -

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AAcademia do Fado, da Canção e da Guitarra de Coimbra foi anunciada oficialmente no passado dia 13 de maio, na Sala do Senado da Reitoria da Universidade de Coimbra. O presidente da direção, António Ribeiro, reforçou a importância do cruzamento das “gerações de 50 até às atuais” no seu discurso. Ao longo do dia, a Academia organizou momentos musicais pela cidade em tom de homenagem a Coimbra, à Universidade, à Casa e à Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (AAC).

O fadista declara que o grupo nasceu da necessidade de construir uma “casa comum” das várias gerações ligadas a esta arte e do desejo de “desconstruir os muros e acantonamentos que isolam e separam as pessoas”. Além disso, afirma que “o Fado de Coimbra é muito maior do que o claustro universitário e deve ser transversal às várias academias e cidades”.

António Ribeiro acredita que os estudantes perdem o contacto com o fado e com as novidades em desenvolvimento quando se afastam da Casa. Nesse sentido, existe uma preocupação com a formação, motivada pela “carência de cultores da guitarra de Coimbra, da viola e do canto em grande parte das cidades portuguesas” e pela necessidade de dar continuidade a esta arte. Realça ainda a importância de cultivar novos escritores, porque “sem boa poética não há bom fado”.

A promoção do fado e da canção de Coimbra é outro dos objetivos da Academia. O presidente da direção realça a importância de levar o phado para junto dos meios de comunicação social, de modo a aumentar a sua divulgação e proporcionar-lhe uma projeção “que nunca teve”.

A atividade da Academia teve início a 22 de outubro de 2022, após a realização de uma assembleia de fundadores no edifício-sede da AAC. De momento, é constituída apenas pelos membros fundadores, no entanto, são “todos bem-vindos”, declara o presidente. António Ribeiro assevera que a única condição imposta é o amor pelo fado.

Lisboa, Madeira e Porto já foram palco de tertúlias organizadas pela Academia. A “Alma Mater”, Coimbra, foi o local escolhido para fazer o anúncio oficial pela importância que carrega e para consciencializar os conimbricenses para a marca que o fado representa e da qual devem tirar partido. “A intergeracionalidade – abraço de todas as gerações no fado, na canção e na guitarra de Coimbra” foi o tema atribuído com o objetivo de representar a missão principal do grupo.

No futuro, a Academia pretende organizar tertúlias pelo país inteiro. Além disso, os fundadores querem fazer uma gala nacional, implementar a formação no ano 2024, criar uma audioteca e videoteca do Fado de Coimbra e um espaço museológico.

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