A Trajetória do Movimento Estudantil Leopoldinense - Júnior Amorim

Page 1

1


2


Júnior Amorim

A Trajetória do Movimento Estudantil Leopoldinense

Colônia Leopoldina – Alagoas Edição do autor 2011 3


Dedicatória

Dedico este trabalho com muitíssimo afeto a minha esposa Ivânia, pela sua fé e esperança depositada nas realizações dos nossos projetos. Agradeço a Deus, Jesus Cristo e Nossa Senhora, por nossa maravilhosa união. Obrigado meu amor pela sua meiga docilidade, compreensão e sensibilidade, pois tais virtudes conduziram-me com firmeza e, sobretudo, com imensa perseverança na realização desta obra. E aos meus estimados sobrinhos Wellingta (Ruan e Raad), Wandson, Gabriela, Beatriz, Neto e Anna Belle.

Júnior Amorim Autor

4


5


Júnior Amorim Nasceu no dia 28 de outubro de 1970, na cidade de Colônia Leopoldina – AL, filho de José Amorim – Altilho – PE, 04/03/36 (falecido em 31/08/88) e de Marli Francisco Xavier – Colônia Leopoldina – AL, 30/03/44) tem quatro irmãos: Franklin, Henrique, Washinigton e Helga. Em 26 de julho de 2001 casou-se com Ivânia Maria Bezerra Silva. É funcionário público na Prefeitura de Colônia Leopoldina – concursando desde 10/08/98 no cargo de assistente administrativo. De 29 de agosto de 2001 a 31 de março de 2008 exerceu a função de secretário-geral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Ainda na Prefeitura de Colônia Leopoldina, trabalhou nos cargos de diretor do Setor de Promoções Culturais, Esportivais e Turísticas (SPCET) de 03 de fevereiro de 1997 a 31 de março de 2000 – no governo do então prefeito Severiano Freitas (PMDB); de auxiliar bibliotecário na Biblioteca Municipal Dr. Neidey Alcântara de Oliveira, de 03 de outubro de 1988 a 08 de julho de 1991; chefe e preparador eleitoral no Cartório Eleitoral (PJCL), respectivamente, nos períodos de 09 de julho de 1991 a 10 de outubro de 1994. No Governo do Estado de Alagoas trabalhou como auxiliar de administração, na Secretaria do Trabalho e Ação Social (SETAS), de julho de 1995 a janeiro de 1997. Em outras áreas profissionais já atuou em diversas funções, sendo elas: recepcionista/caixa de supermercados, vendedor de livros e outros. Júnior Amorim possui uma trajetória brilhante de luta em defesa das conquistas da nossa gente. Já em 1982, aos 12 anos de idade, iniciou no campo esportivo, presidindo a agremiação da Escolinha do Vasco da Gama. Também jogou na Escolinha do Bahia, da saudosa professora Luiza Ferreira, em 1984/89; no Atlético CL, de 1990/93, no Flamengo (do Caboge), em 1996. Em 1993 presidiu a Liga Leopoldinense de Esportes (LLE) e fundou o Campeonato Leopoldinense de Futebol, em 1996. Ainda na Liga foi eleito com ênfase aos postes de presidente e vice-presidente, respectivamente, entre os períodos de 15/02/97 a 15/02/99 e de 30/04/03 a 30/04/05. Outra fase importante na carreira de Júnior Amorim, deu-se com a sua passagem no movimento cultural, principalmente, na qualidade de membro do GRUCALE, nos anos de 1987/90. Da intensa atividade no tal movimento, foi para o cenário político em sua terra natal. Registra-se, também, sua militância atuante no Partido dos Trabalhadores, no ano de 1990 e seu retorno ao mesmo, em 1995. Com o engajamento no movimento estudantil leopoldinense, onde exerceu o mandato de conselheiro fiscal (1990) e secretário-geral (1991), respectivamente, no Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha. Foi assim que conquistou em 6


1992, ser eleito presidente da União Municipal dos Estudantes Leopoldinenses (UMEL), obtendo naquele ano uma votação expressiva de 373 votos. Durante os dois anos à frente da UMEL, Júnior Amorim afirmou sua posição política de trabalho em prol da educação, da cultura, do esporte e do lazer. De 1994 a 1996 foi conselheiro fiscal da Sociedade Musical Prof. Sebastião Braga. Em julho de 1995 se desfiliou da sigla do PT, e ingressou no PMDB, no mesmo ano, do qual tornou-se secretário geral par o quadriênio de 1997/2001. Em 1998, Júnior Amorim disputou a eleição para o Conselho Tutelar. A eleição reuniu dez concorrentes, e ele elegeu-se conselheiro tutelar com 164 votos em quinto lugar. Júnior Amorim passou três anos (1998 a 2001) no Conselho Tutelar, onde assumiu também com mérito a presidência do órgão por um ano. Neste mesmo ano, Júnior Amorim destacou-se como coordenador municipal da candidatura do então governador Dr. Manoel Gomes de Barros (Mano), do PMDB, ao Governo de Alagoas. Nas eleições municipais de 01 de outubro de 2000, concorreu uma cadeira na Câmara Municipal de Vereadores pelo PMDB, onde recebeu carinhosamente 97 votos. Infelizmente não alcançou o objetivo, mas marcou o pleito com mensagens positivas e realistas. Em 2002, por seis meses, Júnior Amorim lecionou no “Projeto de Educação Infantil” da ADECOMA, no Conjunto Mandacaru. Após sete anos no PMDB, Júnior Amorim deu baixa na sua ficha partidária no dia 22 de novembro de 2002. No dia 18/05/2003, em prol as lutas sindicais, Júnior Amorim presidiu a Comissão Eleitoral de fundação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Colônia Leopoldina (SINSEPMCOL). Colaborando com a trincheira política do vereador Ricardo Brasilino – na época presidente da Câmara, filia-se ao Partido Social Liberal (PSL). Nas eleições municipais de 2004, Júnior Amorim apoiou com êxito as reeleições do prefeito Manuilson Andrade Santos (PSB), do seu vice José Alves Caldas Júnior (PL) e do vereador Ricardo Brasilino (PSL). Já nas eleições de 2006, Júnior Amorim volta ao cenário político como coordenador municipal, desta vez da candidatura do senador Teotônio Vilela Filho, do PSDB, que se elegeu em primeiro turno governador do Estado de Alagoas. Depois de quatro anos no PSL, Júnior Amorim conclui seu ciclo vitorioso, e filia-se ao Partido Trabalhista Nacional (PTN), em 24 de setembro de 2007 e por questões de compromissos partidários se desliga do PTN no dia 05/05/2009. De 03 de setembro de 2007 a 07 de outubro de 2008, trabalhou na função de leiturista da GBS Engenharia Ltda., de Maceió – AL – empresa que presta serviços terceirizados a Companhia Energética de Alagoas (CEAL). Na área política partidária, Júnior Amorim 7


prestou assessoria aos amigos vereadores Ricardo Brasilino, de Colônia Leopoldina, Dr. Oswaldinho Gomes de Barros Filho, de Novo Lino e Moacir Mendes, de Sertãozinho de Baixo – Distrito de Maraial – PE. De 1o de abril de 2008 a 31 de dezembro de 2008, exerceu a chefia de gabinete do então prefeito Manuilson Andrade Santos (PDT). No pleito municipal de 2008, Júnior Amorim ao lado do então prefeito Manuilson Andrade Santos e Eulália Moraes i- candidata a prefeita que fora impugnada pela Justiça Eleitoral – comemoram a vitória histórica da chapa formada por Cássio Alexandre (PDT), prefeito, e Meilton Luna (DEM), vice-prefeito. Através da Portaria no 010, de 01 de janeiro de 2009, o prefeito Cássio Alexandre Reis de Amorim Urtiga (PDT) indica Júnior Amorim à chefia de gabinete. No tocante a representatividade religiosa, Júnior Amorim atuou como tesoureiro (2003) e presidente (2009), respectivamente, da Comissão da Festa do Glorioso Mártir São Sebastião. Nas eleições gerais de 03 e 31 de outubro de 2010, Júnior Amorim acompanhou as orientações políticas das lideranças Manuilson Andrade Santos e Cássio Alexandre que juntos somaram forças para as vitórias dos candidatos: Nelito Gomes de Barros, deputado estadual; Maurício Quintella Lessa, deputado federal; Benedito de Lira e Renan Calheiros, senadores; Teotônio Vilela Filho, governador; e Dilma Rousseff, presidenta do Brasil. De 13 a 31 de maio de 2010, presidiu a Comissão Provisória Municipal de Previdência (CMP). Essa comissão foi à responsável pela realização das eleições do Conselho Municipal de Previdência. É membro desde o dia 07 de novembro de 2010 do Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Paralelamente a chefia de gabinete, o prefeito o nomeou no dia 24 de novembro de 2010 presidente do Conselho Municipal de Previdência e representante do município no Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) de Murici/Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos/SEMARH-AL. De maio a setembro do corrente ano lecionou no Programa de Educação de Jovens e adultos (PROEJA) do Governo do Estado de Alagoas. A convite de Wanessa Costa, primeira-dama do município, e presidente da Comissão Provisória Municipal do Partido da República (PR), ingressa na fileira da citada sigla partidária como vice-presidente em meados de setembro do fluente ano.

8


9


Apreciação

O ato de fazer uma apresentação no campo literário envolve responsabilidades do apresentador e do apresentando, é a dualidade milenar que se estabelece revelando o poder da criatividade intelectual, tornando o abstrato que é a ideia no concreto que é o real e palpável com as formas e cores sublinhadas da satisfação interior em produzir um documento onde estão bem próximos tudo que estava fragmentado em termos do pensamento. Sinto-me muito à vontade em proceder esta apresentação pelo valor que este jovem escritor sempre demonstrou pelas responsabilidades assumidas e bem concluídas, pelos desafios que já encarou, pelo amor devotado a esta tão sofrida terra que nos viu nascer. O encaminhamento e o desenvolvimento deste trabalho são uma narrativa dinâmica e bem cadenciada dos fatos vivenciados como testemunha ocular desta fase do seu despertar para os embates da vida. Observou e guardou todo acervo, e quão felizes irão por certo ficar aqueles personagens que participaram dos eventos e das ocorrências, pois nossa memória está documentada e viva para dar o exemplo às futuras gerações. Parabéns Júnior Amorim, pela sua fidelidade aos seus princípios e ao seu patrimônio cultural, que você teve a feliz iniciativa em doar, em transitar todas as sensações da guerra e da paz, ao transitar pela difícil fase da adolescência e aqui, está se perpetuando nesta edição do seu primeiro trabalho sócio-lítero cultural. Externo meu reconhecimento de público ao seu valor e a sua capacidade. Everaldo Araújo Silva Escritor Apreciação escrita em janeiro de 1996

10


Prefácio

O ano de 2011 enseja a celebração de duas extraordinárias e significativas datas para a classe estudantil leopoldinense: o vigésimo segundo ano de aniversário de instalação da Comissão Pró-Grêmio Cenecista e o décimo da Comissão Pró-UMEL. Esta obra reúne as mais e variadas gigantescas conquistas do nosso movimento estudantil, entre os períodos compreendidos de setembro de 1989 a maio de 1997. A ideia do movimento estudantil foi inserida pedagógica e politicamente no seio da juventude leopoldinense, através do agrônomo e professor Rudson Sarmento Maia. Ganhando espaço, a concepção aos poucos adquiriu adesões expressivas entre os educandos. Essa corrente vitoriosa expandiu-se e surgiu a primeira safra dos líderes estudantis nas escolas do município. Como, por exemplo, o saudoso Cláudio Luiz, Caetano Monteiro, Hamilton Alexandre, Vitalino do Nascimento, José Machado, Romildo Laurentino, dentre outros. Implantado o movimento estudantil leopoldinense, as metas foram sendo colocadas em prática pelas mais distintas formas de atuação na comunidade escolar e em todos os segmentos da sociedade leopoldinense, por meio do Jornal do Estudante, Congressos da UBES, Campanhas para a fundação e eleições dos Grêmios Estudantis, Debates Estudantis, Eventos Culturais, Torneios Escolares de Futsal, Congressos da UESA, Entrevistas, Campanhas em prol da Biblioteca Pública, Campeonato Leopoldinense de Futsal, além de atos públicos em defesa da política educacional de boa qualidade. Com a fundação da UMEL, o movimento estudantil leopoldinense chegou ao seu ápice. Logo na primeira eleição da sua presidência pelo voto direto e secreto em 1992, participaram 632 estudantes, a partir da 5a serie do ensino fundamental até o 3o ano do ensino médio, além de ex-alunos. Durante aquele período, a UMEL assumiu definitivamente um papel relevante de articulação na política local, destacando-se em inúmeras manifestações na constante e árdua batalha em defesa do bem-estar dos munícipes. Tenho plena convicção que este documentário traduz uma fantástica história destes fatos, dessas ocorrências que retratam as minúsculas derrotas. Mas, por outro lado, mostra claramente as maiúsculas e calorosas vitórias no eixo do sistema educacional.

Júnior Amorim Autor

11


Sumário Capítulo I – 1989 O líder universitário Chegada de Rudson a Colônia Leopoldina O começo de uma luta Congresso da UBES Comissão Pró-Grêmio Cenecista Compromisso com a cultura Concurso de redação

Capítulo II  1990 Conexão estudantil Eleições da presidência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha Caetano Monteiro unifica diretoria O afastamento de Caetano Monteiro Grêmio faz campanha em prol da biblioteca pública Duas chapas agitam disputa da presidência do Grêmio Estudantil Cenecista Padre Francisco O PCB e os líderes estudantis Vitalino do Nascimento é eleito presidente do Grêmio Cenecista Prefeito Zé de Melo prestigia os estudantes I Festão do Estudante Hamilton Alexandre participa do Congresso da UBES O regresso de Caetano Monteiro

Capítulo III - 1991 VI Congresso da UESA Diretoria da UESA visitam Colônia Leopoldina Hamijlton Alexandre é eleito novo presidente do Grêmio Antônio Lins Fundação do Grêmio Estudantil Aristheu de Andrade Projeto Farmácia Escolar GRUCALE faz doação de livros ao Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha Uma jovem na presidência do Grêmio Aristheu de Andrade Torneio Escolar de Futsal

Capítulo IV - 1992 Grêmio tem novos diretores I Encontro Estadual de Grêmios Estudantis Presidente da UBES e diretores da UESA visitam Colônia Leopoldina II Campeonato Leopoldinense de Futsal Fundação da UMEL Relação dos estudantes por escolas nas eleições da UMEL-1992 Votação dos candidatos a presidente da UMEL (Eleições – 1992) A posse dos diretores da UMEL Diretoria Geral da UMEL (Biênio 1992/94)

Capítulo V - 1993 Desportistas fundam Liga Leopoldinense de Esportes Torneio São Sebastião de Futsal Secretário-geral da UMEL renuncia Diretoria da UMEL participa da cerimônia de instalação da UMJIL UMEL entrega abaixo-assinado ao presidente da Câmara de Vereadores UMEL organiza debate sobre educação na Escola Antônio Lins da Rocha Uma sala TELEUMEL Vereadores respondem ao pronunciamento do ex-secretário de Administração Duelo no futsal: UMEL, versus Atlético CL

12


Secretário da UMEL, Gilberto Sobreira assume à presidência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha VII Congresso da UESA Gincana escolar UMEL versus Comercial Rocha UMEL faz distribuição de donativos Criado comitê para combater a miséria O mapeamento da fome Intercâmbio: GRUCALPE e UMEL 11 de agosto: Dia do Estudante 18 de agosto: aniversário da UMEL Mandacaru: dois anos de ocupação, de luta e resistência 22 de agosto: Dia Nacional do Folclore Ato público Escritor Everaldo Araújo Silva ministra palestra sobre a Monarquia no Brasil Fórum Criança e Adolescente UMEL participa da elaboração do Plano Decenal de Educação UEL no III Campeonato Leopoldinense de Futsal 30o Congresso da UBES Dia Nacional da Consciência Negra 2o Ano Contabilidade é campeão do Torneio Estudantil de Futsal

Capítulo VI - 1994 Fórum discute Municipalização da Saúde e a criação do Conselho Municipal de Saúde UMEL organiza I Fórum Educação e Sociedade Chico Amâncio participa da festa dos dez anos do PT de Colônia I Encontro Regional da Juventude UMEL instala Sala de Leitura Everaldo Araújo Silva 1a Corrida Junina de Pedestre 90 anos de Emancipação Política de Colônia Leopoldina Relação Humana é tema de debate UMEL conquista cadeira no Conselho Municipal de Saúde I Campeonato Estudantil de Futsal UMEL empata com Almoxarifado em partida amistosa Eleições estudantis Resultado por educandários – Eleição UMEL / 1994 Passeata marca aniversário do Mandacaru I Torneio Veterano de Futsal Erivan Soares empossa diretoria do Grêmio Cenecista Transição de cargos: o novo presidente da UMEL, Genésio é empossado em cerimônia bastante festiva Diretoria da UMEL (Gestão: 1994/96) Música é vida O governo de Genésio

Capítulo VII – Depoimentos e cartas Capítulo VIII - Entrevistas Capítulo IX - 1996 Votação dos candidatos a presidente da UMEL (Eleições 1996) Diretoria Geral da UMEL (Biênio: 1996/98)

Jornais estudantis Caderno fotográfico Anexos

13


Capítulo I – 1989

O líder universitário

Em 1978, foi aprovado no vestibular da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o estudante Rudson Sarmento Maia. No ano de 1979, ingressou nesta mesma universidade, no curso de Agronomia. Ainda muito jovem, com uma visão ampla das dificuldades políticas e socioeconômicas existentes no Brasil, principalmente no Estado de Alagoas, logo aderiu ao movimento estudantil universitário. De 1980 a 1984, participou de 02 (dois) congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE), nas capitais de São Paulo – SP e no Recife – PE. Neste mesmo período, elegeu-se presidente do Diretório dos Estudantes de Agronomia. Tal fase do movimento foi considerada como o “período da abertura democrática” em nosso país, pois este ainda se encontrava em pleno regime de ditadura militar. Rudson Sarmento Maia ficou registrado nos anais da história do movimento estudantil alagoano, como um dos líderes mais atuantes e dinâmicos, nas reivindicações que fez em prol da educação e da democracia no Brasil.

Chegada de Rudson a Colônia Leopoldina

Já formado em agronomia pela UFAL, veio residir em Colônia Leopoldina, em princípios de 1989. Tendo grande conhecimento da política estudantil, no que diz respeito aos nossos professores verificou o quadro educacional e social dos leopoldinenses. Disposto a levar seu plano avante, tomou o professor Rudson uma importante decisão: incentivar e implantar o movimento estudantil secundarista em nosso município. Após a criação de tal movimento, teria este maior força junto à sociedade estudantil leopoldinense, no que se refere à participação ativa nos destinos da educação, da política e da cultura em geral.

O começo de uma luta

No mês de fevereiro de 1989, um grupo de estudantes incentivados por Rudson S. Maia, Miguel Florêncio, Osvaldo Acioly, Adelmo Torres e Jair de Assis, todos descontentes com as

14


péssimas condições do ensino leopoldinense, começaram articulando democraticamente a criação do movimento estudantil secundarista leopoldinese. Os pioneiros deste movimento foram os corajosos estudantes: Cláudio Luiz, Hamilton Alexandre, Caetano Monteiro, Vitalino do Nascimento, Jaelson de Assis, Romildo Laurentino, Jamacy Agustinho e José Machado. Apesar de pouca experiência, no princípio, aventuraram-se na fundação do primeiro JORNAL DO ESTUDANTE. Nesse mesmo ano, foram lançados dois exemplares do citado jornal estudantil. O mais importante deles, o de número 02, relatava a necessidade da “democracia nas escolas municipais”. Tal matéria dava ênfase a “Gestão Democrática” no ensino, através de uma Emenda Popular sobre ELEIÇÕES DIRETAS PARA DIRETORES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS, que se pretendia ser incluída na Lei Orgânica do Município.

Congresso da UBES

A primeira vitória no âmbito nacional e a mais sensacional do movimento estudantil leopoldinense, ocorreu em meados de setembro de 1989. Nesse mesmo período, os estudantes Cláudio Luiz Jatobá de Santana e Caetano Monteiro de Lima, participaram do Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), em São Paulo – SP. Em tal evento, não adquiriram apenas grandes experiências em matérias de simpósios, como também, trouxeram novas ideias para os nossos educandos. O Congresso da UBES reuniu várias delegações, e Alagoas foi representada pela União dos Estudantes Secundários de Alagoas (UESA). Com a volta de Cláudio Luiz e Caetano Monteiro, de São Paulo, os estudantes leopoldinenses lhes depositaram grande confiança, necessária aos objetivos do movimento ao mesmo tempo que, proporcionava novas expectativas para o crescimento e fortalecimento das conquistas estudantis em nossa cidde.

Comissão Pró-Grêmio Cenecista

A ascendência do Congresso da UBES deu coragem e audácia aos estudantes Hamilton Alexandre da Silva, Vitalino do Nascimento e José Machado da Silva Filho, os quais, entusiasmados com o sucesso do movimento estudantil, encabeçaram a formação da Comissão Pró-Grêmio Cenecista.

15


Isto ensejou ao Colégio Cenecista “Pe. Francisco” – CNEC, a honra e o privilégio de ser o berço do nosso movimento. Essa longa caminhada motivou os estudantes a continuarem sua jornada no terreno educacional. A comissão serviu como boa experiência, coroando-se de êxito, pois conseguiu alcançar os objetivos que se propôs. Por outro lado, foi dela a responsabilidade direta pela ruptura do centralismo educacional e cultural em nosso meio. Tal se deu, principalmente, após a mobilização dos militantes estudantis no processo político educacional.

Compromisso com a cultura

A cultura sempre esteve presente na vida da juventude. Prova-nos isto o trabalho da comissão, que de formação excepcional, presenteou ao povo leopoldinense, no início de dezembro de 1989, no Clube UDAL, um espetáculo teatral que recebeu por título o Auto da Compadecida. Tal drama é de Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, Paraíba, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro – a peça foi montada e dirigida pelo conceituado professor Pedro Onofre, de Maceió – AL. O sucesso do espetáculo foi comprovado pelos leopoldinenses após sua apresentação, sendo aplaudido e comentado por todos.

Concurso de redação

Em 12 de dezembro de 1989, promoveu a Comissão Pró-Grêmio Cenecista um concurso literário de redação, que versava o tema “Ecologia”. O referido concurso reuniu 10 (dez) estudantes inscritos, sendo o nível dos trabalhos por eles apresentados, de excelente qualidade. A comissão contou com a colaboração do Banco do Brasil agência local, que premiou os dois vencedores, Florânice Santos de Andrade e Júnior Amorim com simbólicas cadernetas de poupança, encerraram-se todas as atividades do ano de 1989 com solenes festividades. Tudo isto deixou um saldo positivo e uma expectativa para o futuro.

16


Capitulo II – 1990

Conexão estudantil Deu-se em 05 de março de 1990, a conexão entre os líderes estudantis da Escola de 1o e 2o Graus Antônio L. da Rocha e do Colégio Cenecista “Pe. Francisco”. Através dessa união, os líderes Hamilton Alexandre da Silva, Caetano Monteiro de Lima, Cláudio Luiz Jatobá de Santana, Jamacy Agustinho da Silva Júnior, José Romildo Laurentino da Silva e Jaelson de Assis da Silva; partiram juntos rumo a fundação histórica do Grêmio Estudantil Antônio da Rocha. Essa mobilização resultou ainda na integração de novos militantes. Uniram-se aos demais, entre outros, Jodivaldo José da Silva Dionízio, Poliana Maciel Loureiro, Ednaldo José da Silva, Júnior Amorim, Reginaldo Silva Barros, Vilma Ferreira Barbosa e Fabiano Henrique Borges Amâncio.

Eleições da presidência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha Formação das chapas – Em 18 de março de 1990, ocorreu um racha entre o grupo. Após essa divisão, foram formadas três chapas para disputarem as eleições, compostas com os seguintes integrantes: Chapa 1 – Caetano Monteiro de Lima (presidente) e Cláudio Luiz J. de Santana (vice-presidente); Chapa 2 – Hamilton Alexandre da Silva (presidente) e Júnior Amorim (vice-presidente); e a Chapa 3 – Fabiano H. B. Amâncio (presidente) e Reginaldo Silva Barros (vice-presidente). Debate estudantil – No Clube UDAL, dia 24 de março de 1990, realizou-se o primeiro debate estudantil envolvendo os candidatos à presidência do grêmio. Neste grande acontecimento político estudantil, os presidenciáveis apresentaram aos seus eleitores as plataformas de governo. A eleição – no dia três de abril de 1990, nas dependências da Escola Antônio L. da Rocha, realizou-se com sucesso absoluto o pleito de fundação do grêmio estudantil. De maneira democrática e popular, a Chapa 1 – Caetano Monteiro e Cláudio Luiz saiu vitoriosa obtendo um total de 60% dos votos válidos. Este resultado foi bastante expressivo, pois a Chapa 3 – Fabiano Amâncio e Reginaldo Barros recebeu em segundo lugar o

17


percentual de 28% dos votos. No entanto, o pior resultado foi o da Chapa 2 – Hamilton Alexandre e Júnior Amorim que somou apenas 9% dos votos. Caetano Monteiro unifica diretoria

O presidente eleito Caetano Monteiro nomeou a diretoria unificando todas as correntes, no dia 05 de abril de 1990. A primeira diretoria do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha formou-se com os seguintes membros: Executiva – Caetano Monteiro de Lima, Cláudio Luiz Jatobá de Santana, Hamilton Alexandre da Silva, Jamacy Agustinho da Silva Júnior, Jaelson de Assis da Silva e José Romildo Laurentino da Silva; Social – Fabiano Henrique Borges Amâncio, Jodivaldo José da Silva Dionízio, Poliana Maciel Loureiro, Márcio Caetano da Silva e Vilma Ferreira Barbosa; Conselho Fiscal – Ednaldo José da Silva e Júnior Amorim.

Grêmio faz campanha em prol da biblioteca pública

A 29 de abril de 1990, o presidente Caetano Monteiro, do Grêmio Estudantil Antônio L. da Rocha encaminhou aos mestres ofícios circular, solicitando-lhes que enviassem listas dos livros de suas respectivas disciplinas. Estas listas fariam parte da documentação que seria entregue ao prefeito José Santana de Melo, o Zé de Melo, reivindicando a ampliação do acervo da Biblioteca Pública Municipal Dr. Neyder Alcântara de Oliveira. Infelizmente, os professores com medo de represálias, exceção de alguns, não deram importância ao fato. Dessa forma, não foi apresentado o referido projeto ao chefe do Poder Executivo.

O afastamento de Caetano Monteiro

Em 07 de maio de 1990, Caetano Monteiro afastou-se da presidência do grêmio. Este episódio ficou marcado nos bastidores como: “o dia do golpe”. Pois comentava-se que tal fato, teria partido da organização dos opositores Hamilton Alexandre e Júnior Amorim, secretário e conselheiro fiscal respectivamente, da entidade estudantil. Com a saída de Caetano Monteiro, assumiu o cargo de presidente interinamente na mesma data, o então vice-presidente Cláudio Luiz.

18


Duas chapas agitam disputa da presidência do Grêmio Estudantil Cenecista Padre Francisco

A briga pela presidência do Grêmio Estudantil Cenecista Pe. Francisco reuniu dois excelentes grupos. De um lado, a Chapa 1 – Vitalino do Nascimento (presidente) e Jackeline P. da Silva (vice-presidente), e do outro, a Chapa 2 – Antônio Marcos Alves (presidente) e José Cícero da Silva (Veiga) (vice-presidente). Com os blocos nas ruas, à medida que o pleito se aproximava, a disputa tornava-se cada vez mais ferrenha.

O PCB e os líderes estudantis

Em Colônia Leopoldina, no dia 22 de maio de 1990, o Partido Comunista do Brasil (PCB), foi regularizado pelos educadores Adelmo de Oliveira Torres, Rudson Sarmento Maia, Miguel Florêncio da Silva Júnior e Jair de Assis da Silva, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A meta do PCB era de uma proposta de conscientização política inovadora, sobretudo nos anseios da juventude leopoldinense. Em seus inúmeros encontros promovidos, se faziam sempre presentes os jovens líderes estudantis Hamilton Alexandre, Jaelson de Assis, Romildo Laurentino, Jamacy Agustinho, Caetano Monteiro e Cláudio Luiz. Nas reuniões internas do partido, o simpatizante Hamilton Alexandre, encabeçava a pauta das “diretrizes” do movimento estudantil. Uma parceria marcante entre os professores e os estudantes, fez com que os “políticos tradicionais” ficassem preocupados com o fortalecimento de mais uma esquerda (pois, na época, já contava com o PT) em nossa cidade. Em um dos debates organizados por seus militantes no município, participaram os membros da Executiva Regional do PCB, Régis Cavalcante e Anivaldo Miranda, além do convidado especial Ronaldo Lessa (engenheiro civil, vereador de 1988 a 1992 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), em Maceió – AL.

Vitalino do Nascimento é eleito presidente do Grêmio Cenecista

19


No dia 08 de junho de 1990, com um comparecimento de 90% dos estudantes foi realizada a eleição da presidência do Grêmio Estudantil Cenecista Pe. Francisco. A campanha transcorreu em clima de grande agitação, mas sem nenhuma violência. O diretor do colégio, Sr. Severino Cavalcante de Almeida (Tininho), garantiu o processo democrático da juventude em busca dos seus ideais. Com o resultado da eleição, que sagrou vitoriosa a Chapa 1 – Vitalino do Nascimento e Jackeline Pereira da Silva, os estudantes tomaram as ruas da cidade comemorando o sucesso do movimento.

Prefeito Zé de Melo prestigia os estudantes

O prefeito Zé de Melo tomou conhecimento da existência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, em seu gabinete através do Jornal do Estudante. Logo, enviou ao presidente Cláudio Luiz, o Of. no 126/PMCL, datado de 01/08/90, segundo o qual, destacava o trabalho da entidade e colocava-se inteiramente a disposição para uma eventual reunião com os líderes estudantis.

I Festão do Estudante

De 06 a 12 de agosto de 1990, os grêmios estudantis Antônio Lins da Rocha e Cenecista padre Francisco, promoveram o glorioso I Gestão do Estudante. O evento reuniu um público bastante diversificado, onde prestigiou exposições de livros, amostra de vídeos e teatro. Outro ponto alto da festa foi os debates educacionais proferidos pelas professoras Maria José P. Viana, do Partido dos Trabalhadores (PT – AL) e Tânia Maria Moura, da Central Única dos Trabalhadores (CUT – AL).

Hamilton Alexandre participa do Congresso da UBES

O secretário Hamilton Alexandre da Silva, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, representou os estudantes leopoldinenses no Congresso da UBES, realizado em agosto de 1990, em Vitória – ES. Com o comparecimento de Hamilton, abriu-se para o nosso movimento, uma vitrine de conquistas para outros futuros encontros desse porte. Após sua chegada do encontro nacional, inicia-se uma nova filosofia de trabalho na base do movimento estudantil leopoldinense. 20


O regresso de Caetano Monteiro

No dia 10 de setembro de 1990, Cláudio Luiz transfere o cargo de presidente ao amigo Caetano Monteiro. Ao assumir a presidência, Caetano Monteiro transportou toda responsabilidade para a equipe. No entanto, o importante nesta nova volta de Caetano Monteiro, é que ele se conscientizou, inclusive de aceitar a participação na elaboração das metas do grêmio estudantil.

21


Capítulo III – 1991

VI Congresso da UESA

Nos dias 08 de junho de 1991, foi realizado no Ginásio de Esportes do Centro Educacional Antônio Gomes de Barros, em Maceió – AL, o VI Congresso da União dos Estudantes Secundários de Alagoas (UESA). O evento reuniu 630 delegados, representando os movimentos estudantis da capital e do interior. No segundo dia, os delegados votaram e escolheram a Chapa 2 – “Unir Para Lutar” para dirigir os destinos da UESA. O estudante de Arapiraca, Luciano Marcos Freitas, encabeçou à presidência da Chapa 2. Através da articulação do secretário-geral Hamilton Alexandre, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, com os líderes da capital, negociou-se para o movimento leopoldinense um cargo na chapa “Unir Para Lutar”. Tal cargo seria preenchido por Hamilton Alexandre. Entretanto, com sua ausência no congresso por motivos particulares, a caravana leopoldinense indicou no posto de vice-presidente da Zona Norte da UESA, o ex-vicepresidente do Grêmio Estudantil Lins da Rocha, Cláudio Luiz. A diretoria da UESA ficou assim constituída: Luciano Marcos Freitas, Evânio José, João Honorato, Sandra Ozana, Clayton Rosa, Jefferson Félix, Maria Margarida, Carlos Henrique, Edvaldo Francisco, Maria José, Luciém Ferreira, Rosival da Silva, Adelardo Pedro, Flávia Daniela, Valdir Mendonça, Ibson Leonardo, Cláudio Luiz J. de Santana, Alan Kardec, Josias Santa e Maria Lúcia. A comitiva de Colônia Leopoldina foi representada com muito brio neste congresso. Fizeram parte da delegação Cláudio Luz, Caetano Monteiro, Vitalino do Nascimento, José Machado, Kleber Lins dos Santos e Cícero Manoel da Silva.

Diretores da UESA visitam Colônia Leopoldina

No dia 02 de julho de 1991, no Clube UDAL, os diretores da UESA Luciano Marcos Freitas (presidente), Evânio José (vice-presidente), João Honorato (secretário-geral) e Cláudio Luiz (vice-presidente da Zona Norte) participaram de um fórum/debate com lideranças estudantis locais. Estiveram presentes no encontro Vitalino do Nascimento, Hamilton Alexandre, José Machado, Kleber Lins dos Santos, Júnior Amorim, Josenildo Gomes, Sandra Soares, 22


Alcineide Maria, Valdir J. das Neves, Reginaldo Luiz, Maria Lucimar, Maria das Dores, Cosmo Marques, Nivaldo T. Filho, Chico Amâncio, Maria Conceição (Ceiça), Ana Cristina Veloso, Elvis Tenório, Edson Ribeiro e Robson José. Neste ato, foram avaliados planos de trabalhos, com o objetivo de: 1o) realizar eleição no Grêmio Antônio Lins; e 2o) fundar o grêmio na Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade.

Hamilton Alexandre é eleito novo presidente do Grêmio Antônio Lins

No dia 28 de setembro de 1991, das 10:00 às 13:00h, no Clube UDAL, realizou-se a eleição da presidência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha. Registraram-se na eleição, os seguintes estudantes: Josenildo Gomes, Érica Valéria, Nivaldo T. Filho, Sandra Soares, Alcineide Maria, Cosmo Marques, Franklin Amorim, Elza Maria, Micheline Cordeiro, Maria Lucimar, Jodivaldo Dionízio, Maria das Dores, Gilberto Sobreira, Ana Cristina Veloso, Elvis Tenório, Júnior Amorim, José Marques, Chico Amâncio, Edson Ribeiro, Robson Cláudio, Maria Conceição, Vilma Ferreira, Paulo André e Hamilton Alexandre. Prestigiaram o pleito os educadores Rudson S. Maia e Arleide C. Lins. Antes da eleição, abriu-se uma série de debates. Na ocasião, os referidos educadores ressaltaram o papel de extrema importância que os estudantes através do grêmio, proporcionaram durante um ano e cinco meses de atuação dentro e fora da comunidade escolar. Inscreveram-se duas chapas para disputar a eleição, sendo elas: a Chapa 1 – encabeçada por Hamilton Alexandre e a Chapa 2 – representada por Chico Amâncio. Encerrada a votação, foi proclamada vencedora com 20 votos a Chapa 1. Ao assumir o cargo de presidente, Hamilton Alexandre discursou agradecendo o apoio de todos nesta nova fase do grêmio. Em seguida, nomeou a diretoria, composta com os seguintes membros: presidente – Hamilton Alexandre da Silva; vice-presidente – Vilma Ferreira Barbosa; secretário-geral – José Amorim Júnior; 2o secretário – Josenildo Gomes; 1o tesoureiro – Nivaldo Temisto Filho; 2a tesouraria – Elza Maria; diretor de cultura – Jodivaldo Dionízio; diretor de imprensa – Franklin André Amorim; diretora social – Micheline Cordeiro; diretor de esportes – José Marques da S. Filho; oradora – Érica Valéria; suplentes – Alexandre Gilberto Sobreira e Sandra Soares; conselho fiscal – Elvis Tenório, Paulo André e Alcineide Maria; representante de turma – Robson Cláudio.

23


Fundação do Grêmio Estudantil Aristheu de Andrade

No Centro Paroquial, dia 18 de outubro de 1991, com expressivo comparecimento de mais de 200 estudantes, realizou-se o pleito de instituição do Grêmio Estudantil Aristheu de Andrade. Para a referida eleição foram inscritas três chapas, compostas pelos seguintes presidenciáveis: a Chapa 1 – José Carlos da Silva (o Federal), a Chapa 2 – Adriano Almeida Costa (Didi) e na Chapa 3 – Kleber Lins dos Santos. A convite dos mencionados candidatos, se fizeram presentes no ato do processo eleitoral, com bastante satisfação o diretor Cláudio Luiz, da UESA, o presidente Hamilton Alexandre e o secretário-geral Júnior Amorim, respectivamente, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha. O pleito foi acirrado, com uma margem muito pequena de votos da primeira para a segunda chapa, de forma que, surpreendentemente, venceu a Chapa 1 do alegre jovem José Carlos da Silva (o Federal).

Projeto Farmácia Escolar

No dia 30 de outubro de 1991, o Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, sob à presidência de Hamilton Alexandre, instituiu e colocou em pleno funcionamento o pioneiro Projeto Farmácia Escolar. O projeto atendia casos de primeiros socorros, no qual beneficiou com prioridade absoluta toda escola. Para execução do projeto, o grêmio estudantil firmou parceria com o Poder Executivo local que fornecia os medicamentos.

GRUCALE faz doação de livros ao Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha

Em julho de 1986, promoveu-se com sucesso formidável uma gigantesca campanha de arrecadações de obras-primas entre literárias e científicas, com a participação de vários segmentos da sociedade leopoldinense. Tal campanha coletou 648 livros e 151 revistas para o acervo da futura biblioteca pública municipal.

24


Através das mobilizações populares, a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e o prefeito José Luiz Lessa da Silva (Zé Lessa), sancionou a Lei no 559/86, de 16/12/86, criando a Biblioteca Pública Municipal Dr. Neyder Alcântara de Oliveira, subordinada a administração do serviço de Educação e Cultura. Logo após, com o êxito da campanha, notouse claramente que o momento era ideal para criar uma entidade firme que pudesse representar a comunidade como um todo. Assim, inúmeras lideranças artísticas fundaram o GRUCALE – Grupo Cultural e Artístico Leopoldinense, no dia 14 de junho de 1987. Quase dois anos de negociação, no dia 1o de agosto de 1988, uma comissão formada pelo GRUCALE, pais e estudantes com 25 integrantes, além da presença do vereador Antônio J. A. Maciel (Totinha), da coord. da Educação e Cultura, Maria Consuêlo Lessa Ferreira e do advogado da prefeitura, Dr. Juarez R. Costa, reuniram-se em audiência com o prefeito José L. Lessa da Silva (Zé Lessa) que se dizia: “O Leão da Educação”. Na oportunidade, foi entregue um relatório constando 317 assinaturas que solicitava um desfecho sobre a construção do prédio da referida biblioteca. O prefeito, mais uma vez, não atendeu as reivindicações e, em forma de protesto o GRUCALE instalou uma barraca com os livros na Praça D. Pedro II, em condições precárias, chamando a atenção da população sobre o descaso do poder local na formação intelectual da juventude leopoldinense. Após este ato, o material foi colocado em um depósito, no qual permaneceu amontoado por mais de três anos. Com o desativamento do GRUCALE, o seu ex-presidente Elias Marques Pinheiro, doou os 500 livros restantes do acervo ao Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, no dia 04 de novembro de 1991.

Uma jovem na presidência do Grêmio Aristheu de Andrade

O presidente José Carlos da Silva (o Federal) ficou alguns dias à frente do Grêmio Estudantil Aristheu de Andrade. Com sua desistência escolar, no dia 06 de novembro de 1991, a jovem Simone Nolaço da Silva assumiu a presidência da entidade. Muito inteligente e habilidosa, Simone Nolaço nomeou a diretoria com os seguintes membros: Kleber Lins dos Santos, Jatahí Augusto da Silva, Rosilene Maria da Silva, Adriano Almeida Costa, Silvanea Nolaço da Silva, Manoel Mário e Sideclei Vieira da Silva. A equipe desempenhou um excelente trabalho durante os últimos meses, destacando-se pela eficiência na posição grandiosa das conquistas estudantis. 25


Torneio Escolar de Futsal

Organizado exclusivamente pelo Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha em festejos ao dia da Proclamação da República do Brasil, o Torneio Escolar de Futsal, ralizado no dia 15 de novembro de 1991, na Quadra Municipal Mané Garrincha, reuniu a participação das turmas: 5a Série “C”, 6a Série “B”, 7a Série “B”, 8a Série “A”, 8a Série “B”, 2o Ano Contabilidade e 3o Ano Contabilidade “Tecnolandos 91”, da Esc. de 1o e 2o Graus Antônio L. da Rocha; 8a Série “Única”, da Esc. de 1o Grau Aristheu de Andrade e Cenecista “Misto”, do Colégio Cenecista “Pe. Francisco”. Para realizar o torneio, o grêmio estudantil contou com o patrocínio do candidato a prefeito Júnior Luna (PDC), do Banco do Brasil, da Pastelaria Chinesa (do amigo Bada) e dos supermercados Rocha e Econômico. O presidente Hamilton Alexandre, contou com o apoio expressivo do diretor de Esportes do Grêmio E. Antônio L. da Rocha, José Marques da Silva Filho e do professor Guido Torres, além dos árbitros Manoel Henrique de Luna Neto (Mané Gordinho), Ligarião Benício Borges, Sebastião Batista dos Santos Filho (Tão) e do mesário Jefferson Macêdo. A esquadra do 3o Ano Contabilidade os “Tecnolandos 91” foi a grande campeã. O timão formou com Zé Mário, Ernando, Carlinhos, Marcone, Júnior Amorim, Calixto, Juvenal e Jodivaldo.

26


Capítulo IV – 1992

Grêmio tem novos diretores No dia 10 de fevereiro de 1992, devido a conclusão escolar (8a Série e 3o Ano Contabilidade) dos diretores Vilma Ferreira Barbosa, Júnior Amorim e Jodivaldo Dionízio, o presidente Hamilton Alexandre, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, nomeou para representar os cargos de vice-presidente, secretária-geral e diretora de imprensa, da citada entidade, os seguintes membros: José Edson Emídio de Souza, Maria das Graças da Silva e Simone Nolaço da Silva.

I Encontro Estadual de Grêmios Estudantis

Nos dias 14 e 15 de março de 1992, no Espaço Cultural Salomão A. Barros de Lima, da UFAL (antiga Reitoria), em Maceió – AL, organizou-se pela UESA o I Encontro Estadual de Grêmios Estudantis, com um total de 70 lideranças estudantis alagoanas representando as delegações de Colônia Leopoldina, Novo Lino, Xingó, Delmiro Gouveia, Olho D‟Água das Flores, Rio Largo, Arapiraca e Maceió. O encontro contou ainda com a presença ilustre da presidente da UBES, Leila Márcia. A palestra foi ministrada pelo presidente da UESA, Luciano Marcos. Na oportunidade do ato, o presidente Hamilton Alexandre, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, que foi o principal mentor do evento, em seu discurso solicitou mais ação dos companheiros na busca de resgatar o movimento secundarista no Estado de Alagoas. “O verdadeiro papel do movimento é conscientizar os estudantes politicamente na construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais solidária e democrática”, acrescentou Hamilton. A presidente da UBES, Leila Márcia, abordou em sua explanação a atuação da entidade no Brasil, indicando inclusive novas bandeiras de lutas, como por exemplo, o combate ao sistema capitalista. Confirmou, ainda, sua passagem em várias escolas da capital e dos interiores, especialmente em Colônia Leopoldina.

Presidente da UBES e diretores da UESA visitam Colônia Leopoldina

27


Os grêmios estudantis Antônio Lins da Rocha e Cenecista Pe. Francisco, organizaram no Clube UDAL, dia 17 de março de 1992, com um público superior a dois mil espectadores, um amplo encontro com as presenças de Leila Márcia (presidente da UBES), Luciano Marcos, Evânio José, João Honorato e Cláudio Luiz (diretores da UESA). O evento teve como ilustre apresentador o benemérito ex-secretário do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, Júnior Amorim. Dando início aos discursos, o presidente Hamilton Alexandre, destacou a gloriosa e importante presença histórica da presidente da UBES, Leila Márcia em nossa querida terra. Segundo o presidente da UESA, Luciano Marcos, a lastimável crise que atravessa o movimento secundarista é fruto dos problemas sociais, uma vez que, nossa educação não é priorizada no Brasil. Para o secretário-geral da UESA, João Honorato, o centro da atenção do encontro e a estrela principal da festa, chama-se Leila Márcia. Já o vice-presidente da UESA, Evânio José, incentivou a partir de uma entidade municipal. “Essa entidade tem que ser de caráter combativo, atuante, principalmente na formação profissional, educacional, cultural e política da sociedade estudantil” declarou Evânio. A presidente da UBES, Leila Márcia, em sua oratória criticou as cobranças que a sociedade brasileira recai sobre a juventude. Em seguida, Leila Márcia, chamou atenção dizendo: “Na verdade nós não somos „adultos‟ totalmente. Pois, uma juventude sem educação, sem cultura, sem emprego, não pode ser tão pressionada desta forma”. Falou ainda do movimento estudantil da década de 60, das conquistas dos grêmios livres em 1985, do engajamento da mulher nas lutas sociais e da questão dos meninos de rua. Concluindo seu pronunciamento, Leila Márcia ressaltou com ênfase: “Nós temos direitos, deveres e obrigações de estarmos preocupados com o nosso país. Porque, acredito eu fielmente que num futuro mais próximo, dentro de cada município, seremos nós que iremos governá-los”. Fechando o evento, discursaram, também apontando as deploráveis condições do ensino no município, o professor do Curso de Contabilidade, Rudson Sarmento Maia e o presidente da Câmara M. de Vereadores, Dr. Marcos Ferreira. Através dos grêmios estudantis Antônio Lins da Rocha e Cenecista Pe. Francisco, promoveu-se o II Campeonato Leopoldinense de Futsal, na Quadra Municipal Mané Garrincha, de 21 de abril a 23 de junho de 1992. O campeonato reuniu 10 clubes, e os participantes com os elencos foram: Atlético – Edson, Joilson, Filho, Clebson, Lula e Rei (técnico Xumba); Asa Branca – Bartó, Cada, Everaldo, Josimar, Marcone, Ernando, Sérgio, 28


Fabiano Amâncio e Girico (técnico PM Lucas); Escolinha – Rubens, Ivan, Toinho da Areia, Mané da Tomate, Agaci, Dorgiv al, Ailton, Ricardo e Henrique (técnico Amerlindo Carlos); Independente – Lula Costa, Dorgi, Beta Lopes, Carlos Souza, Roberval Davino, Robson, De Melo, Carlinhos, Lula, Claudemir e Dodô (técnico Luís Francisco); Asa Júnior – Izaque, Elias Fedelis, Jodimarco, Antônio, Val, Eran, Deminha, Dinho Cidecley, Mica, Silvânio e Albérico Valença (técnico Mané Gordinho); Colonial – Du da Destilaria, Marquinhos, Reginaldo Lima, Djaílson, Célio, Vavá, Coquinho, Praça, Manoel, Marcelo Fagundes e Genivaldo (técnico Habides Borges); Milan – Didi, Samuel Nicácio, Ral, Júnior Guerra, Zé Mário, Jeffersom Macêdo, Lando e Prexedes (técnico Paulo Roberto); Esporte M.L.C. – Edilson Zequinha, Boiadeiro, Fernando, Zé Nilton, Genival, Gil de Tota, Zé Barbosa e Iranildo (técnico José Renivaldo); Comercial Rocha – Neném, Galego, Maurício, Tuca, Antônio, També, Val, Ednaldo e Cláudio (técnico Pacheco); Oficina S.H. – Alezir, Carlos, Valmir Felipe, Mida, Josemir Barbosa, Nado, Evaldo, Manuel, Enock Pinheiro, Zé Mago, Sérgio e Zoroastro (técnico José Pedro). No cerimonial de abertura na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, o diácono Antônio Severino fez a bênção dos jogadores e o atleta Júnior Guerra, do Milan, leu o juramento do atleta. Após a leitura do juramento, o atleta mais velho da competição, Geraldo da Telasa, do Atlético, teve a honra de acender a “Pira Olímpica”. No ato, o presidente do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, Hamilton Alexandre, declarou oficialmente a abertura do certame. E defronte a Câmara Municipal de Vereadores, todos prestigiaram o hasteamento das bandeiras ao som do Hino Nacional, na voz do professor Guido Torres. Os jogadores acompanhados pela Banda Marcial Sabino de Souza desfilaram ainda pelas principais ruas da cidade com destino a quadra. Na abertura do torneio que envolve as dez equipes, a garotinha Nathaly Borges com honradez deu o ponta pé inicial. O torneio foi conquistado pelo bicho-papão Atlético que venceu o Asa Branca por 4 x 0. Patrocinaram o certame, os pretensos candidatos a prefeito de Colônia Leopoldina, o fornecedor de cana Júnior Luna, do PDC, e o industrial Zé Lessa, do PSC. Destaca-se, ainda, o apoio expressivo da UESA, da Pastelaria Chinesa (do amigo Bada), do Banco do Brasil, do Supermercado Rocha, de Nenes Club e do Clube UDAL. Fizeram parte da comissão organizadora, os seguintes membros: Hamilton Alexandre, Vitalino do Nascimento, Manoel José da Silva Filho, Paulo Edson Araújo, Vilma Ferreira, Carlinhos Claudino, Daniela Karlla, Kleber Lins, Antônio Marcos, Júnior Amorim, Franklin Amorim, Jodivaldo Dionízio, Jatahí Augusto e Cícero Manoel da Silva. 29


Decisões – No primeiro confronto do campeonato, dia 22 de abril, entre os clubes do Atlético x Asa Branca, os colorados sobressaíram melhor em cima dos alviverdes com uma vitória pelo placar de 6 x 4. No entanto, na final do 1o turno, dia 28 de maio, o Atlético devolveu o resultado sobre o Asa Branca, com uma magnífica goleada de 7 x 3. O Asa Branca fez a 1a fase e a semifinal do 2o turno de forma brilhante e arrebatadora. Na final do turno, encontraram-se de novo os dois gigantes: Atlético e Asa Branca. Desta vez, o Asa Branca venceu apertado por 1 x 0. No dia 23 de junho, os campeões dos dois turnos decidiram o certame, mais de duas mil pessoas assistiram a grande final. Os clubes colocaram suas forças máximas em quadra, de um lado, o Asa Branca do viva-vira, e do outro, o Atlético, assustado com o rendimento do adversário. O jogo foi acirrado, mas em três lances precisos, o Atlético marcou 3 x 0, e apesar da pressão sustentou o resultado que garantiu a vitória e seu primeiro título leopoldinense. Premiação – A comissão organizadora realizou no dia 19 de julho, no Clube UDAL, das 20:00 às 22:00h, uma exuberante cerimônia de premiação aos destaques do II Campeonato Leopoldinense de Futsal. De forma espetacular o evento comemorou o sucesso do campeonato, onde na ocasião reuniu todas as equipes que nele participou. Em ordem, destacase a classificação geral, o quadro dos 10 principais artilheiros e os destaques que foram homenageados. Classificação Geral – Atlético (campeão), Asa Branca (vice), Independente (3o), Escolinha (4o), Milan (5o), Asa Júnior (6o), Colonial (7o), Esporte MLC (8o), Oficina SL (9o), e Comercial Rocha (10o). Artilheiros – Rei (Atl) 51 gols; Girico (AB) 35 gols; Clebson (Atl) 34 gols; Júnior Guerra (Mil) 32 gols; Josimar (AB) 31 gols; De Melo (Ind) 30 gols; Dinho (AJr.) 27 gols; Filho (Atl) e Ral (Mil) 24 gols; e Marcone (AB) 23 gols. Destaques – Melhor jogador: Filho, do Atlético; Destaque: Girico, do Asa Branca; Goleiro menos vazado: Bartó, do Asa Branca; Revelação: Cidecley, do Asa Júnior; Melhor goleiro: Rubens, da Escolinha; Melhor capitão: Ironildo, do Esporte ML; Jogador disciplinado: Cláudio da “Padaria”, do Comercial Rocha; Melhor técnico: Antônio de França Campos (Xumba), do Atlético; e Melhor árbitro: Sebastião B. S. Filho (Tão).

Fundação da UMEL

30


As lideranças estudantis representadas nos grêmios estudantis Antônio Lins da Rocha, Cenecista Pe. Francisco e Aristheu de Andrade revolucionaram a politica do município no período que se estendeu de 27 de junho a 18 de agosto de 1992, no qual resultou com muito brio de forma planejada e organizada, a fundação da União Municipal dos Estudantes Leopoldinenses – UMEL. Prévias da presidência – Numa ampla reunião realizada no dia 27/06/92, no Clube UDAL, com participação de 20 lideranças estudantis, iniciou-se o processo de fundação da entidade municipal. A coordenação dos trabalhos coube ao presidente Hamilton Alexandre, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, que definiu a seguinte pauta: 1o) criação da sigla “UMEL”, denominada por Hamilton com o nome de União Municipal dos Estudantes Leopoldinenses; e 2o) realizações de prévias com eleições, tendo em vista a escolha dos candidatos a presidente. Após um caloroso debate, realizaram-se as prévias em sistema de dois turnos, com os candidatos que disputariam à presidência. O resultado constatado do 1o turno foi o seguinte: Hamilton Alexandre e Júnior Amorim empatados com 07 (sete) votos cada; Paulo Edson Araújo e Jatahí Augusto empatados também com 02 (dois) votos cada e Chico Amâncio e Vilma Ferreira Barbosa receberam também 01 (um) cada. O 2o turno foi disputado pelos dois mais votados. Registra-se, portanto, um fato importante neste turno. No caso, se Júnior Amorim ficasse em segundo lugar, não concorreria ao cargo de presidente, ou seja, seria confirmado como vice na chapa de Hamilton, mas, o placar geral foi favorável a Júnior Amorim que recebeu 11 (onze) votos contra 09 (nove) de Hamilton Alexandre. Com este resultado, formou-se duas fortíssimas chapas compostas com os seguintes candidatos: Chapa 1 – Hamilton Alexandre (presidente) e Jodivaldo Dionízio (vice-presidente e a Chapa 2 – Júnior Amorim (presidente) e Vilma Ferreira (vice-presidente). Festa da Padroeira – Em comemoração a Festa da Padroeira Nossa Senhora do Carmo e aos 88 anos de aniversário da Emancipação Política de Colônia Leopoldina, realizou-se através da prefeitura municipal, com o empenho do prefeito Lourinaldo de Lima (Bilau), um gigantesco Encontro de Bandas Fanfarras, o evento foi coordenado pelo professor Fabiano Amâncio, que contou com o apoio expressivo dos candidatos Hamilton Alexandre e Jodivaldo Dionízio, da Chapa 1, e Júnior Amorim e Vima Ferreira, da Chapa 2, na organização do desfile das bandas. Dias das eleições estudantis – Os candidatos a presidente da UMEL e do Grêmio Estudantil Cenecista juntamente com os diretores das escolas se reuniram no dia 31/07/92, às 20:00h, na Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade, onde definiram os critérios das eleições. O 31


calendário das eleições ficaram da seguinte forma: Dia 12/08 – Escola de 1o e 2o Graus Antônio L. da Rocha; Dia 13/08 – Colégio Cenecista “Pe. Francisco” e eleição do Grêmio Cenecista, composta pelas chapas: Chapa 1 – Antônio Marcos Alves (presidente) e Arnaldo Sérgio Sobreira (vice-presidente); e a Chapa 2 – Paulo Edson Araújo (presidente) e Neide Maria S. Elias (vice-presidente); Dia 14/08 – Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade (eleição e apuração). Transição da presidência – A 07 de agosto de 1997, o presidente Hamilton Alexandre, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, deixou o cargo e o transfere ao então vicepresidente Edson Emídio. Com isso, Edson Emídio entra na galeria como o quarto diretor a assumir à presidência do grêmio em membros de três anos de sua existência. Debate estudantil – Em festejos ao Dia do Estudante, realizou-se no dia 11 de agosto de 1992, no Clube UDAL, onde reuniu mais de mil pessoas, com presença de estudantes, professores, diretores, políticos, comerciantes, sindicalistas e religiosos, o maior debate estudantil entre a Chapa 1 – Hamilton Alexandre e Jodivaldo Dionízio e a Chapa 2 – Júnior Amorim e Vilma Ferreira. Registra-se no encontro também as presenças do vice-presidente da UESA, Evânio José, e a do vice-presidente da Zona Norte da UESA, Cláudio Luiz. Estes diretores da UESA são articuladores da Chapa 1. A coordenação do evento coube ao artista Elias Marques Pinheiro. Eleições – A primeira série realizou-se no dia 12/08, na Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha, onde compareceu 360 (trezentos e sessenta) estudantes e 07 (sete) exestudantes. A votação foi marcada por um clima muito agitado, pois defronte a escola a bancada da Chapa 1 marcou presença expressiva com cartazes, bandeiras, faixas e uma orquestra de frevo do início até o final do pleito. A segunda série realizou-se no dia 13/08, no Colégio Cenecista “Pe. Francisco”, com participação de 101 (cento e um) estudantes e 13 (treze) ex-estudantes. Também neste pleito, com o mesmo número de estudantes, promoveuse a eleição do Grêmio Estudantil Cenecista, mais uma vez, os integrantes da Chapa 1 festejam com tudo que tiveram direito. A terceira série, sem dúvida, foi a mais emocionante, pois seria inicialmente no dia 14, mas devido a greve justa dos profissionais da área da educação do Estado de Alagoas, aconteceu no dia 18. Em plena continuidade da greve, os estudantes da Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade, num total de 151 (cento e cinquenta e um), ou seja, 50% do alunado compareceram para o ato de votação livre e democrático. Um fato interessante aconteceu neste pleito, quando a equipe da chapa 1 chegou defronte a escola, deparou-se com uma 32


gigantesca manifestação de estudantes acompanhados por uma batucada e bandeiras vermelhas agitando em prol da chapa 2. Essa adesão virou o cenário político. Apuração – Às 21:00h, no Clube UDAL, deu-se a apuração dos votos das eleições da UMEL e do Grêmio Estudantil Cenecista, com presenças das seguintes autoridades: João Reis de Figueiredo (diretor do Clube UDAL), Cláudio Luiz (diretor da UESA), Zilma Araújo Q. Silva (diretora adjunta da Escola Aristheu de Andrade), Gisélia F. Sobreira, Maria Francisca Alves, Josefa Araújo de S. Borges, Marineide Barros e Josefa F. da Silva (secretária do Colégio Cenecista “Pe. Francisco”), José Rodrigues Torres (diretor do Curso de Contabilidade), Miguel Florêncio da Silva Júnior, Fabiano Henrique Borges Amâncio e Reginaldo Silva Barros (professores da Escola Antônio Lins da Rocha), além dos candidatos Hamilton Alexandre, Jodivaldo Dionízio, Júnior Amorim e Vilma Ferreira, da UMEL, e os candidatos Antônio Marcos, Arnaldo Sobreira, Paulo Edson Araújo e Neide Elias, do Grêmio Estudantil Cenecista. A mesa diretora dos trabalhos foi constituída por José R. Torres, Zilma A. Q. Silva, Maria F. Alves, Marineide Barros e Josefa F. da Silva. Após uma hora de apuração, a mesa diretora dos trabalhos divulgou o resultado que elegeu para governar a UMEL a Chapa 1 – Júnior Amorim e Vilma Ferreira, com 373 votos, e no Grêmio Estudantil Cenecista a Chapa 1 – Antônio Marcos Alves e Arnaldo Sérgio Sobreira, com 60 votos. Na comemoração da vitória, Júnior Amorim e Vilma Ferreira foram carregados nos ombros pela multidão de estudantes até a Praça D. Pedro II, onde discursaram em cima do “Trio Elétrico Energia” cedido pelo empresário e candidato a prefeito Zé Lessa, onde agradeceram aos estudantes o magnífico apoio e confiança neles depositados.

Relação dos estudantes por escolas nas eleições da UMEL - 1992 Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha – 5a Série “A”: Alexandro Paulinho, Jerri Anderson, Roberto Ramos, Rosilene Leão, Marivalva Maria, Tatiana Rocha, Luíza Maria, José Hélio, Alesângela Timóteo, Fabiola Sarmento, Iones Patrícia, Adriana Alves, Erotildes Ribeiro, Ana Cláudia, Adélia Elvira, Schirley Maria, Nadja Maria, Valdilene Maria, Juciquesia Ferreira, Robson Cláudio, Elizangela das Dores, Edna Maria, Edvânia Salustiano, Cristiana Feliciano, Marinês Alves, Cristiane Maria, Adriane Vidal, José Alberto, Lenildo Carmo, Sandoval Vieira, Josélia José e Petrúcio de Macena; 5a Série “B”: Edvânia Maria, Erivane Maria, Adriana Quitéria, Maria Rosângela, Josial José, Joyny Cavalcante, Flávia Bernardo, Roseli Maria, Ângela Maria, Maria José, Gilberto Ramos, Ana Célia, Ednaldo José, 33


Rosilene Maria, Lídia, Célia Cristina, Cícera Maria, Glaucineide José, Dauniene Maria, Lindalva Helena, Suely Silvestre, Severino Ramos da Conceição, Cristina Maria, Reginaldo José, Laércio Minervino, Amaury Vanderley, Laelson Francisco, Lúcia Machado, Cícera Rozonia, Marta Maria e Renata Wanderley; 5a Série “C”: Birlene Maria, Alexsandro Vieira, Rejane Feijó, Maria José, Edson Soares, Glete Bezerra, Josimar Nunes, Cícera de Amorim, Deyse Geanne, Gilvane Barros, Rute Lauriano, Rildo de Oliveira, Maria das Dores, Cícera Quitéria, Adélia de Amorim, Ana Lúcia, José Pereira, Givaldo Pereira, Givaldo Barros, Lucinaldo Bezerra e Vicente Duque; 6a “A”: Luciano Macedo, Márcia Barbosa, Anerice Pereira, Maria Edilene, Tercélia Josefa, Claudenice da Conceição, Mariana Valéria, Edineide da Silva, Jacione Nunes, José Edvaldo, Marli Maria, Edileide Guiomar, Rita de Cássia, Cícera Patrícia, Maria Helena, Luciana da Conceição, Eva Vitor, Arlete Sandra, Latécia Maria, Hidelbrando Júnior, Izonete Peixoto, Ivânia Ramos, Márcio Fábio, Alesandro Timóteo, Wellington Tavares, Elisângela Inácio, Edivaneide Braz, Maria Cristina, Edneide Leite. Maria Lucineide, Maria Genônima, Claudiégina Sucinade, Cícero Pedro, Reginaldo Luiz e Paulo Henrique; 6a Série “B”: Alcineide Maria, Claudete Alves, Maria das Neves, Claudiane Santos, Mévie Clécia, Marcione Maria, Ivanildo Emídio, Maria Aparecida, Meclise Moreira, Maciana Claudino, Lucenir Maria, Karina Vanderley, Licínio de Souza, Josemilson Demesio, Gernildo Ângelo, Lilian Veríssimo, Valderice Maria, Quitéria Maria, Maria Lúcia, Erika Ribeiro, Juliana Bezerra, Ana Paula, Maria Lucimar, Luciana Vasconcelos, Edlene Félix, Maria das Dores, Almeri José, Leone Xavier, Eliane Maria, Ronilson Fabrício, Geovanice Viana, Maria José, Lidiane Nunes, Marly Josefa e Áurea Lúcia; 7a Série “A”: Saulo de Tarso, Luciano do Nascimento, José Carlos, Alysson Lessa. Juselino José, Marcos Antônio, Luis Carlos, Ana Cristina, Adriana, Andréia Minerviso, Márcia Andrade, Quitéria Roseno, Milena Vanderley, Maria Isabel, Luciege Maria, Maria de Fátima, Maria da Conceição, Alessandra Teixeira, Luciege da Silva, Nádia Ramos, Janailde Barbosa, Daniella Amâncio, Shirley Ramos, Genivaldo Serafim, José Edson, Roberto Luna, Alysson de França, Josivânia Nunes, Bráulio Cosmo, Lêda Pereira e Severina Cristina; 8a Série “A”: Erivelton José, Gilsaneide de Amorim, Luciene Inês, Erica Valéria, Lissandra de Oliveira, Vanessa Holanda, Ronilda Maise, Caroliny Barbosa, Sueley Amorim, Cidecley Buarque, Jorge Claudino, Cícera Santos, Katiana Rejane, Anderly Bezerra, Luciana Veloso e Ivaneide Cândido; 8a Série “B”: Francisco J. B. Amâncio, Josenilda Gessé, Márcio Roberto, Josenilson Barros, Claudione Clemir, Geane Lins, Dalzineide Maria, Neide Nara, Sérgio Roberto, Clemilda Maria, Valdeilda Alves, Maria J. Bispo, Sílvia Ventura, Roseane de Brito, Rosilda Mendes, Jane 34


Cleide, Júnior Guerra, Gilberto Sobreira, José Mariano, Jorge Alexandre, Júnior Acioly, Wagner Lins, José Jorge, Edmilson Valentim, Ricardo Alexandre e Cícero José; 1o Ano Contabilidade “A”: Edvane Emídio, Samuel Nicácio, Neila Nara, Elizângela Luna, Rejane Rodrigues, Maria de Fátima, Iracilda Maria, Cláudia Rejane, Marilene Maria, Jucelina Mendes, Edvânia Ribeiro, Simoneide Nolaço, Danilo Duque, Franklin Amorim, Júnior Lamenha, Silvanea Nolaço, Micheline Cordeiro, Anna Fábia, Caetano Monteiro, Ivone Maria, Cícero Cláudio, Antônio Marcelino, Érica Valéria, Simone Nolaço, Cristiana Maria, Edvânia Moreira e Luciano José; 1o Ano Contabilidade “B”: Valderez Santana, Valdemir Agustinho, Stelita Maria, Elza Maria Santana, Daniel Andrade, Antônio José, Nadilson João, Rivonaldo Souza, Gilvania Lins, Miraneide Machado, Fernando José, Reginaldo Feitosa, Misael Araújo, Genilson Ângelo, Ivanise Maria, Iricélia de Oliveira, Isoneide da Silva, Gilbernon Barros, Cileide da Silva, Dacione Josefa, Elias Barreto, Daniel Amâncio, Júnior Duque, Cosmo Marques e Luis Carlos; 2o Ano Contabilidade “A”: Manezinho Jandaia, Edson Emídio, Quitéria Maria, Macksoel Bezerra, José Mário, Jafferson Macêdo, Alexandre Ricardo, Valdeneide Cordeiro, Edna Lúcia, Célia Alexandre, José Lourival, Eduardo José, Maria Suely, José Manoel, Jovanice Marques, Edilma Vidal, Maria Cícera, Maria José, Ubiraneide Raquel, Cátia Jatobá, Carlos da Silva, Albertina Maria, Henrique Amorim, Nauderi Maria, José Carlos, Vanúzia Gonçalves e Clóvis Alexandre; 3o Ano Contabilidade “A”: Ironildo de Oliveira, Gilson Barros, Jodimarco Luiz, Wiu José, Claudivan José, Cláudio Rocha, Edson Ribeiro, Jailson Barros, Nilza Machado, Genildo Pinto, Eliane Maria, Josefa Maria, Cláudia Simone, Valéria Viana, Suely Maria, Luciana do Nascimento, Maria José, Zenilda Cavalcante, Elisângela Viana, Viviane Florêncio, Janecleide Maria, Janaína Maria, Risoneide Santiago, Maria das Graças, Márcia Rocha, Valdir J. das Neves, Marineide Augusta, Edneide Valentim, Hamilton Alexandre, Maria Raquel, Carlos Ferreira e José M. da S. Filho; Exalunos: Ana Veloso, Givaldo Amorim, Jodivaldo Dionízio, Cláudia Maria, Gilson Ferreira, Júnior Amorim e Carlinhos Claudino. Colégio Cenecista “Padre Francisco” (CNEC) – 5a Série “A”: Washington Araújo, Rosângela Maria, Wanessa Cristina, Rquel Lins, Carlos Alberto, Adriana Maria, Juarez Demezio, Daniela Maria, Maria Enilda, Wequiles Ferreira, Cláudio José, Roseane da Silva e Flávio Loureiro; 6a Série “A”: Antônio Fernandes, Sérgio Roberto, Edna Soares, Geane Maria e Wagner Costa; 7a Série “A”: Jeane Dionízio, Paula Cristina, Claudenice Freitas, Maria Aparecida, Elivanilda Maria, Ricardo Carneiro, Rogério da Silva, Micheline Silene, Ana Lúcia, Edvaldo Dionízio, Maria Quitéria, Cristiane Macêdo, Aparecida Moraes, Jaciane de 35


Moraes, Anderson Tôrres e Neide Elias; 1o Ano Magistério: Jailene Claudino, Gilvania Ribeiro, Eliane Lamenha, Joselita Santana, Gecilda Maria, Dalva Antão, Sineide Fagundes, Valquíria Silva, Cosmo Soares, José Severino, Anilda Sobreira, Marcos Antônio, Aparecida Claudino, Valmir Alves, Josiane Demésio, Maria Sueleide, Edlene Rodrigues, Mônica Costa, Gilene Gomes, Valdinete Santana, Elisa Balbino, Diaílson José, Berivaldo Macena, Claudieje Rocha e Antônio Marcos; 2o Ano Magistério: Uélica Cordeiro, Machado Filho, Edlene Silva, Maria Josete, Maria de Fátima, Arnaldo Sobreira, Maria Lúcia, Carlos José, Sheyla Sobreira, Mônica Valença, Marisa Soares, Cleyde Maria, Vitalino do Nascimento, Rosemery Félix, Suely Ribeiro, Glaucione Vitor, Sandra Helena, Adenilce Ana, Berildes Gomes, Maria do Carmo, Kátia Regina, Lenilda Maria, Jessandra de Oliveira, Dulcenea Ferreira, Laudiene Maria e Joareline Pereira; 3o Ano Magistério: Maria de Fátima, Sueli Maria, Edlene Mendonça, Ubirací Souza, Maria José, Solange Melo, Luciana Moreira, Edna Natan, Marli Maria, Jovanice Soares, Josefa Veríssimo, Márcia Valéria, Eliane Matos, Sílvia Carneiro, Telma Vanderley, Jucyrace Silva e Rosilene de Melo; Ex-alunos: Carmelita Maria, Anselma Dias, Silvania Nicácio, Luciana Maria, Eraldo Balbino, Nárija Temisto, Cícera Maria, Isaílda Ferreira, Ianes Ribeiro, Edileide S. das N. Caldas, Maria de Lourdes, Geralnalva Barreto e Maria dos Anjos. Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade – 5a Série “A”: Alexandro Gama, Netinho Amâncio, Clara Fagundes, José Dalmário, Amada de Lima, Odilon Manoel, Ana Elvira, Bruno César, Leonilda Alexandre, José Luciano, Apolônia Luna, Pedro Josafá, Mário Luna, Ecileide Luiza, Edva Pereira, Kátia Arcanjo, Rejane Marques, Silvania Mendes, Renata Carneiro, Rosileine Maria, Ednaldo Claudino, Sílvio Severino, Jadilton Rocha, Vânderson de Lima, Roberto Carneiro, José Adelson Márcio Bezerra, João Paulo, Célia Maria, Auxiliadora Caldas, Luis Carlos, Alexandra Rafael, Erodiana Fernanda e Gilvaneide Lamenha; 5a Série “B”: Lidalva Manuela, Shirley Marques, Alcione Oliveira, Geisione Lins, Alciene Oliveira, Ângela Alves, Carlos Tadeu, Waldegilson Lins, Cícero Antônio, Leonaldo Milton, Daniela Karlla, Dayse Aparecida, Edvânia Valentim, Anderson Alves, Edson Antônio, Antônio Carlos, Murilo Júnior, Aristides Júnior e Maria José; 5a Série “C”: Glegson Tôrres, Juciana Alves, Maria Lúcia, Cledivânia Ferreira, Edvania Alexandre, Sara Barreto, Márcio Félix, Maltides Barreto, Maria Rosicleide, Messias Celestino, Sirleide da Conceição, Ubiranilda Raquel, e Marcelino da Silva; 6a Série “A”: Caetano Júnior, André Vitor, Ângela Patrícia, Cristiane Marques, Joana Paula, Elizabeth Michele, Bonifácio Neto, Tifani Brito, Maurízio Alves, Jenifer Maria, Edijane Valentim, Valéria da Conceição, Verenalda Maria, Adalberto 36


Henrique, Joselma Maria, Everton Calado, Juliano Acioly, Lenildo Santos, Elaine Cristina, Lucélia Maria, Patrícia Augusta e Ivaneide Lopes; 6a Série “B”: Graziella Carvalho, Márcia Ferreira, Josielma Maria, Cleovania Ferreira, Cristina Ferreira, Maria Aparecida, Edilma Maria, Lourinaldo Alexandre, Claudivânia Maria, Antônio Edbrás, José Roberto, José Cláudio, Juvenal Antônio, Thaís Seine, Joelma Cristina, Maria Verônica, Clemilson Marques, Genildo de Lima, Tanama Gomes e Maria de Fátima; 7a Série “A”: Elton Fabrício, Silônia Nolaço, Eleonôra Neves, Adriana Mendes, Ivanildo José, Gilvaniede Bezerra, Isys Patrick, Adriana Lamenha, Flávia Maria, Sandra Maria, Edlene Rodrigues, Aristóteles Lamenha, Elizanja Rodrigues, Eran Andrade, Rosilene Nunes, Janaína da Silva, Meílton Luna, Creuza Maria e José Mário; 8a Série “A”: Ivânia Maria, Edgilda Barbosa, Rosilene Maria, Rosileide Leão, Ubiranildes Raquel, Cícera de França, Maria da Glória, Sidicley Vieira, Márcio Araújo, Wilma Cristina, Valquíria Nunes, Maria José, Andréa Marques, Cirleide Maria, Gabriele Brito, Lília de Figueiredo, Ester Viviane, Anderlândia Barreto, Cícero Manoel e Jatahí Augusto.

37


Votação dos candidatos a presidente da UMEL (Eleições – 1992) Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Hamilton Alexandre da Silva / Jodivaldo J. da Silva Dionízio José Amorim Júnior / Vilma Ferreira Barbosa

Nulos Brancos Total

Votação 121 226 18 02 367

Colégio Cenecista Padre Francisco Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Hamilton Alexandre da Silva / Jodivaldo J. da Silva Dionízio José Amorim Júnior / Vilma Ferreira Barbosa

Nulos Total

Votação 62 50 02 114

Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Hamilton Alexandre da Silva / Jodivaldo J. da Silva Dionízio José Amorim Júnior / Vilma Ferreira Barbosa

Nulos Brancos Total

Votação 49 97 03 02 151

Resultado Final das Eleições da UMEL Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Hamilton Alexandre da Silva / Jodivaldo J. da Silva Dionízio José Amorim Júnior / Vilma Ferreira Barbosa

Nulos Brancos Total

Votação 232 373 23 04 632

38


Grêmio Estudantil Cenecista Pe. Francisco Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Hamilton Alexandre da Silva / Jodivaldo J. da Silva Dionízio José Amorim Júnior / Vilma Ferreira Barbosa

Nulos Brancos Total

Votação 232 373 23 04 632

Grêmio Estudantil Cenecista Pe. Francisco Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Antônio Marcos Alves / Arnaldo Sérgio Sobreira Paulo Edson Araújo / Neide Maria Silva Elias

Nulos Brancos Total Geral

Votação 60 50 01 03 114

39


A posse dos diretores da UMEL

No dia 16 de outubro de 1992, às 21:00h, nas dependências do Clube UDAL, realizouse solenemente a cerimônia de posse da primeira diretoria da União Municipal dos Estudantes Leopoldinenses – UMEL. O ato de abertura foi inicialmente coordenado pelo professor Fabiano Amâncio, após seu brilhante discurso, o professor ressaltou as presenças de vários convidados, dentre eles a dos vereadores Severino Inácio da Rocha e Severiano Freitas; do recém-eleito vice-prefeito, Zitinho Caldas; dos membros do Partido dos Trabalhadores (PT), Jair de Assis, Adelmo Lins e Almery Rocha; do secretário de administração, Talmo Melo; da presidente do PMDB, Luciana Freitas; dos educadores, Adelmo Torres, Miguel Florêncio e José Rodrigues Torres; e das professoras, Edileide S. das N. Caldas e Norma S. L. Torres; dos deportistas, Clebson S. de Luna, Edvaldo S. Santana, Reinaldo Soares dos Santos e Ernande Balbino; além dos estudantes Nivaldo T. Filho, Valdir José das Neves, Daula M. G. Lúcio e Ivânia Maria Bezerra Silva. Dando prosseguimento a solenidade, o mestre convidou para fazer parte da mesa, os eleitos Júnior Amorim e Vilma Ferreira, presidente e vice-presidente da UMEL, respectivamente, e os diretores Paulo Edson de Araújo e José Carlos Claudino da Silva. Em um discurso abrangente, Júnior Amorim destacou a luta de vários companheiros pela organização do movimento estudantil em nosso município. E enfatizou: “Sempre o movimento estudantil teve como meta a defesa de uma política inovadora na educação, na saúde, na cultural e no social, onde assegure os direitos conquistados na Constituição Federal. Portanto, a fundação da UMEL, veio premiar essa batalha, pois, nós temos muito que ainda aprender e, porque não conquistarmos. Um dos nossos objetivos é intensificar um trabalho de agentes fiscalizadores na política, dos poderes Executivo e Legislativo, buscando parceiros para o pleno cumprimento dos direitos e deveres da população. Esses dois longos anos, a UMEL, com certeza será uma referência do que um grupo organizado pode e deve contribuir para a transformação da vida social de um povo, que seja no presente ou num futuro bem próximo”. A vice-presidente Vilma Ferreira foi bastante direta: “O nosso desejo é lutar pelos direitos principalmente dos estudantes e dos professores de uma forma mais globalizada, pois o grupo tem uma corrente muito forte de união”. Após o pronunciamento da vice, a presidência franqueou a palavra aos convidados, que inicialmente fez uso dela, Adelmo Lins que foi candidato a prefeito do PT nas eleições de 1o de outubro passado. Adelmo Lins relatou 40


em seu discurso a trajetória de luta da esquerda leopoldinense na batalha por uma qualidade digna em nosso sistema educacional. Finalizando Adelmo Lins entregou aos diretores da UMEL uma cópia do “Programa de Trabalho do PT”, contendo as propostas de campanha para governar o município. O vereador Severiano Freitas reeleito pelo PMDB, períodos de 1988/1992 e 1992/1996 afirmou que a UMEL, hoje, representa o elo da corrente política de renovação em nossa cidade e que, na qualidade de representante do povo, irá se posicionar sempre ao lado dos interesses do bem-estar dos munícipes. Um dos fundadores do movimento estudantil leopoldinense, professor Adelmo Torres, da Escola Antônio Lins da Rocha, espera que através da UMEL o panorama político venha sofrer influências positivas em diversas áreas, como, por exemplo, na educação, na saúde e na cultura, pois, desde o início do movimento estudantil esse é um momento muito especial, mostrando que os estudantes representam um conjunto de mudanças e conceitos para um futuro mais promissor. Já o diretor do Curso de Contabilidade, professor José Rodrigues Torres Filho, agradeceu a oportunidade de está somando à classe estudantil pelo cumprimento dos direitos constitucionais. De posse dos trabalhos, o mestre de cerimônia, professor Fabiano Amâncio, convidou a formosa estudante Ivânia Maria, da 8a série da Escola Aristheu de Andrade, que passou o diploma às mãos do presidente Júnior Amorim. No mesmo procedimento, o presidente empossou os outros 22 (vinte e dois) diretores da UMEL. Fechando a festa de posse, o diretor Chico Amâncio, elogiou a todos que nessa jornada do movimento estudantil contribuíram de forma ativa para o pleno crescimento da política voltada em defesa da juventude. Finalizando o ato, diretores e convidados comemoraram com um coquetel ali servido.

Diretoria Geral da UMEL (Biênio 1992/94) Diretoria Executiva: José Amorim Júnior, presidente; Vilma Ferreira Barbosa – vicepresidente; Paulo Edson Araújo – secretário-geral; José Carlos Claudino da Silva – assessor; e Lenilda Maria da Silva – diretora financeira. Diretoria social: Érica Valéria da Silva, Jatahí Augusto Ferreira e Flaviano Daniel Borges Amâncio; diretores de cultura, Franklin André Amorim, Daniela Karlla C. de França e José Mário da Silva Filho; diretores de imprensa, Manoel José da Silva Filho, Ivanaldo José da Silva e Eraldo Balbino de Oliveira; diretores de esportes.

41


Diretoria de relações humanas, Maria Elisa Balbino Oliveira e Neide Maria Silva Elias; Diretoras de educação, Francisco José Borges Amâncio, Cícero Manoel da Silva e Alexandre Gilberto Sobreira; Diretores de política, Cícera Patrícia Palmeira da Silva e Nádia Quitéria Ramos da Silva; Diretoras de direitos humanos, Josivânia Maria Nunes da Silva e Sandra Soares da Silva; Diretoras de assistência social.

42


Capítulo V – 1993

Desportistas fundam Liga Leopoldinense de Esportes

No dia 05 de janeiro de 1993, nas dependências do Clube UDAL, reuniu-se um grupo de desportistas e fundaram a Liga Leopoldinense de Esportes (LLE). Na ocasião, se fizeram presentes os seguintes desportistas: José Rodrigues Torres Filho, Divonete Félix de Oliveira, Antônio Carlos F. Gomes, Antônio de França Campos – Xumba, Júnior Amorim, Hamilton A. da Silva, Rivonaldo Soares dos Santos, Rivaldo Soares dos Santos, Luís Carlos Pereira da Silva, Paulo R. da Rocha Nascimento, Armelindo de Andrade C. Filho, Cloves Alexandre da Silva, José Lopes da S. Júnior (o Filho), José Salvador da Silva, Edvaldo S. Santana, Antônio Marcos Alves, Fabiano H. B. Amâncio, Manoel J. da S. Filho, Ernande Balbino Silva, Erivelton J. da Silva, Clebson S. de Luna, Cláudio L. A. Ferreira, Luís Mário de Lima, Reinaldo S. dos Santos, Manoel H. de L. Neto e Érica V. da Silva. Para coordenar os trabalhos da fundação da entidade, a mesa foi composta pelos seguintes membros: Antônio Carlos F. Gomes (Secretaria Municipal de Administração), José Rodrigues T. Filho (professor), Divonete Félix de Oliveira (presidente do Clube UDAL) e Antônio de França Campos (diretor municipal de Esportes). Assumindo a presidência dos trabalhos, o Sr. Carlos Gomes, colocou a pauta da reunião em discussão, onde explicou os objetivos da eleição de fundação da agremiação esportiva, franqueada a palavra, diversos desportistas se manifestaram no sentido de apoiarem a iniciativa do governo municipal. Em seguida, foram apontados e apreciados inúmeros nomes que poderiam exercer com honradez às funções de dirigentes da LLE. Aberto o processo de inscrição de chapas, os coordenadores da eleição receberam apenas a inscrição de uma única chapa, encabeçada pelo presidente da UMEL, Júnior Amorim, tendo como vice-presidente o ex-presidente do Grêmio E. Antônio L. da Rocha, Hamilton A. da Silva. Dando sequência, o senhor presidente da mesa dirigiu o pleito, sendo por aclamação eleita a referida chapa. O presidente recém-eleito Júnior Amorim, disse em seu discurso que o trabalho da diretoria visará o pleno desenvolvimento do esporte local. E, espera que, a política partidária imposta pelos governantes, não seja colocada em primeiro plano, visando assim prejudicar os projetos da LLE. Se isto de fato vier acontecer, ele colocará o cargo à disposição, pois sua intenção não é nadar contra a maré. Após a explanação, ele divulgou os nomes da diretoria da LLE (biênio: 1993/95) José Amorim Júnior (presidente), Hamilton 43


Alexandre da Silva (vice-presidente), Rivonaldo Soares dos Santos (1o secretário), Rivaldo Soares dos Santos (2o secretário), Antônio de França Campos (1o tesoureiro), Luís Carlos P. da Silva (2o tesoureiro), Paulo Roberto da Rocha Nascimento (chefe do departamento de futebol) e Carlos Eduardo Gomes de Melo (representante da LLE junto ao departamento de esportes amadores da Federação Alagoana de Futebol).

Torneio São Sebastião de Futsal

A UMEL organizou no dia 31 de janeiro de 1993, na Quadra Municipal Mané Garrincha, o I Torneio São Sebastião de Futsal, com denominação de “Taça UMEL”. Este evento realizou-se em comemoração a tradicional Festa do Glorioso Mártir São Sebastião. O torneio contou com a participação de dez equipes, sendo elas: Atlético, Almirante, Com. Rocha, Escolinha, E. Cidade, H. Leon, Independente, Milan, Misto e Votorantim. Aliás, o bicho-papão Atlético, um dos favoritos ao título, ficou no meio do caminho. Levando a melhor sobre as outras equipes, onde apresentou um belo futebol, o Independente bateu o Almirante na decisão do torneio e, sagrou-se com todo mérito o grande campeão. Os azulinos conquistaram a Taça UMEL com Lula Costa, Robson, Dodô, De Melo e Agustinho (policiais militares), Coquinho, Carlinhos, Beta Lopes e Roberval Davino (delegado).

Secretário-geral da UMEL renuncia

Em carta enviada ao presidente da UMEL, Júnior Amorim, datada de 03/03/1993, o secretário-geral Paulo Edson Araújo, comunicou seu desligamento definitivo da diretoria da entidade. De acordo com a correspondência, o diretor afirmava total insatisfação no posicionamento político da presidência. Ele, ainda, avaliava que, o presidente estava acumulando muitos cargos, como, por exemplo, as presidências da UMEL e da LLE. No entanto, sem nenhum abalo na diretoria, o presidente acatou a renúncia de Paulo Edson Araújo e, imediatamente nomeou para ocupar a referida secretaria, o diretor Gilberto Sobreira.

Diretoria da UMEL participa da cerimônia de instalação da UMJIL 44


Nas dependências do Colégio Mário Gomes de Barros, no município de Novo Lino, ao dia 07 de março de 1993, realizou-se solenemente a fundação da União Municipal dos Jovens Independentes Linenses (UMJIL). O evento reuniu várias lideranças, entre elas: o prefeito de Novo Lino, Dr. Oswaldo Gomes de Barros; o secretário de administração, Jorge Prado; e o presidente da UMEL, Jair Alves de Lima, Manoel Felizardo dos Santos Filho e Rodrigo Buarque. Com êxito total, o salão do colégio ficou repleto de professores, estudantes e políticos, dentre outras personalidades de renome do município. Ao abrir o ato, o jovem diretor Jair Alves de Lima, agradeceu o esforço dos poderes Executivo e Legislativo, além do apoio caloroso dos companheiros leopoldinenses no incentivo da criação da entidade. Destacou, ainda, o papel cultural que o grupo irá desempenhar em diversos segmentos com os jovens linenses. Franqueada a palavra, o prefeito Dr. Oswaldo Gomes de Barros, confirmou total apoio do seu governo aos pontos primordiais da UMJIL, os quais destacaram como metas para uma sociedade justa e harmoniosa. Ao discursar, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, enfocou a presença dos estudantes leopoldinenes como uma enorme parceria na construção de um intercâmbio educacional e cultural mais sólido entre os irmãos alagoanos.

UMEL entrega abaixo-assinado ao presidente da Câmara de Vereadores

Em 29 de março de 1993, os diretores da UMEL juntamente com vários representantes de classes da Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha, participaram da sessão da Câmara Municipal de Vereadores. Na oportunidade, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, entregou ao presidente da Casa Legislativa, vereador Dr. Ernane Santana Santos, um abaixo-assinado contendo 84 assinaturas de estudantes. No teor do abaixo-assinado, os estudantes endossavam o trabalho coerente e eficaz da entidade estudantil, como, também, solicitavam dos poderes Legislativo e Executivo, as seguintes providências: 1o) um calendário para os vencimentos salariais dos trabalhadores em Educação; 2o) o pleno funcionamento da Biblioteca Pública Municipal Dr. Neyder Alcântara de Oliveira; e 3o) o registro e estágio para os concluintes do Curso de Contabilidade.

45


Durante à sessão na Câmara, o vereador Severiano Freitas, do PMDB, foi o porta-voz que entremeou o diálogo do Poder Legislativo e as representatividades estudantis. Destacou em seu discurso a importância dos estudantes na Câmara, no qual frisou: “Os estudantes como os professores formam uma força invencível na busca da transformação do sistema educacional de Colônia Leopoldina. É histórica essa passagem dos estudantes nesta Casa Legislativa, marcada pelo direito de reivindicarem o cumprimento da Lei”. Usaram da palavra também no plenário o presidente da Câmara, Dr. Ernane Santana Santos e os legisladores José Pereira do Nascimento – Fernando, Valdecir José da Silva, Maviael de Souza Gomes e Dr. Márcio Jorge dos Santos Ferreira, onde ressaltaram a iniciativa da UMEL. Após os discursos dos mesmos, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, expõe na tribuna do parlamento municipal o quadro clínico que se encontra o rumo da educação de nossa comunidade leopoldinense. “É preciso valorizar o educador, a exemplo de toda categoria do funcionário público municipal, com salários justos, condições de trabalho e, porque não, promover um concurso público transparente que evite o corporativismo, dando de fato dignidade ao trabalhador”, ressaltou o líder estudantil. Também estendeu o convite a todos os legisladores para juntos discutirem em uma ampla reunião na Escola Antônio L. da Rocha, com data prevista para o próximo dia 06/04, as propostas para a área educacional leopoldinense.

UMEL organiza debate sobre educação na Escola Antônio Lins da Rocha

Reivindicado e coordenado pelo presidente da UMEL, Júnior Amorim, realizou-se no dia 06/04/1993, na Escola de 1o e 2o Graus Antônio L. da Rocha, um amplo debate sobre mudança na melhoria da educação municipal. Na oportunidade, a sabatina reuniu inúmeros participantes, entre eles: Edson Alves da Silva (diretor do Curso de Contabilidade), Josefa B. Amâncio, Telma Lúcia Costa, Viviane Barbosa Florêncio, Maria das Dores da S. Campos, Maria Luceny Passos da Silva, Fabiano H. B. Amâncio, Genival João da Silva, Miguel Florêncio da Silva Júnior e Elias Felipe (professores da escola), Maria Anita Borges Mendonça (secretário municipal de educação), Carlos Gomes (secretário municipal de administração) e Severiano Freitas (vereador). O debate foi acompanhado por um bom público de estudantes e teve ainda uma participação excelente dos professores, uma vez que, submeteram os secretários há uma série de perguntas. 46


Em resposta as indagações dos educadores, Fabiano Amâncio, Elias Felipe e Josefa B. Amâncio, o secretário de Administração, Sr. Carlos Gomes, disparou o verbo: “Estou aqui para passar mensagens e não posso responder pelo secretário municipal de Finanças, o Sr. Talmo Melo, que é o verdadeiro responsável pela questão financeira da PMCL”. Na avaliação do vereador Severiano Freitas, do PMDB, que faz oposição ao governo municipal, a prefeita Telma Melo (PL) vem infringindo a Lei Orgânica do Município, deixando inclusive a classe do funcionalismo à mercê da própria sorte.

Uma sala

A União Municipal de Colônia Leopoldina apela à prefeita Telma Melo para que ceda uma sala destinada a funcionar como centro de estudos da moçada. Os estudantes já editam um BOLETIM noticioso e agora reivindicam à prefeita um espaço físico que lhes permita desenvolver estudos e projetos culturais. Jornal de Alagoas, edição de 25/04/93

TELEUMEL

Com base no êxito e na experiência do Jornal Voz Estudantil, a diretoria da UMEL, concluiu que era necessário se utilizar, também, de outras formas para informar fatos de interesses variáveis aos leopoldinenses. Então, decidiu-se criar no dia 24 de abril de 1993, o TELEUMEL, com o objetivo específico de realizar entrevistas (em vídeo) com personalidades de vários setores da sociedade que participam ativamente da vida de Colônia Leopoldina. No entanto, o lançamento do TELEUMEL, nos dias 27 e 28 de abril, na Praça D. Pedro II, foi impedido autoritariamente pela prefeita Telma Melo, que utilizou inclusive de segurança policial, porque o entrevistado era nada menos do que o seu irmão, Antônio Carlos F. Gomes, que renunciou dias antes, ao cargo de secretário de administraçoão, e que resolveu contar para toda a comunidade como funcionava o “GOVERNO DE TODOS PARA TODOS”.

Vereadores respondem ao pronunciamento do ex-secretário de administração

Em entrevista concedida ao presidente da UMEL, Júnior Amorim, o ex-secretário de administração, Sr. Antônio Gomes de Farias, tornou público os motivos que o levaram a 47


se demitir do governo municipal, deixando claro sua total discordância quanto à forma como vem sendo administrado o município. Os desentendimentos constantes entre as equipes de Talmo Melo, secretário de finanças, e seu tio, secretário de administração, culminaram com “entrevista explosiva” onde o mesmo sugere a existência de irregularidades administrativas, causando “grandes estragos” na imagem do governo municipal, atingindo, principalmente, o secretário de finanças, e por tabela, tentando alcançar a figura do presidente da Câmara, Dr. Ernane Santana e do secretário municipal de saúde, Dr. Flávio Lima. Em suas respostas na sessão realizada em 03 de abril do corrente ano, os Srs. vereadores Ernane Santana e Flávio Lima, afirmaram serem “teleguiados” pelo Regimento Interno da Câmara que não permite o uso daquele recinto para “despedidas pessoais” e sim, apenas para abordagem de assuntos de interesse público. Uma semana antes, todavia, o mesmo comparecendo a Câmara limitou-se a comentários amenos não “dizendo o que sabia e nem sabendo o que dizia”, basta verificar as estatísticas da apuração dos votos de 03 de outubro, onde se observa serem eles os mais votados de sua coligação e que foram decisivos para a vitória. Na ocasião expressaram solidariedade aos Srs. vereadores Ernane Santana e Flávio Lima, os vereadores Severiano Freitas e Márcio Jorge que através da tribuna da Câmara, solicitaram coerência dos governantes, para evitar decepções ao povo e contradições nas apurações. Necessário se faz que se ponha um ponto final nesse episódio e que a Exma. Sra. prefeita, responda de imediato aquela denúncia, mesmo sabendo que se trata de questões provenientes de mágoas e ressentimentos familiares, isso porque, a demora em se dar esclarecimento ao público apenas ajuda a complicar mais ainda a situação de seu governo, que vem atravessando as mais diversas dificuldades. Assim, o povo espera que nenhum dispositivo legal tenha sido “arranhado”, julgando-nos com o passar dos tempos. Boletim Informativo da Câmara M. Vereadores de Colônia Leopoldina – AL, edição do dia 01 de maio (Dia do Trabalhador). Duelo no futsal: UMEL versus Atlético CL

A Quadra Municipal Mané Garrincha foi o palco ideal do amistoso entre a UMEL e o Atlético CL, no último dia 19 de maio de 1993. Dirigida pelo diretor de esportes, Ivanaldo José da Silva (Val), a esquadra estudantil foi derrotada por 5 a 4. Para se ter ideia da importância desse jogo, o Atlético é campeão leopoldinense e foi recentemente vencedor do torneio de futsal, organizado e patrocinado pelo comerciante Luciano Lins. Nesta partida, os clubes formaram com os seguintes jogadores: Atlético – Bartó (G), Filho, Henrique e Clebson (1) um gol cada; Neném (2), Vavá, Dinho e Guri; UMEL – Rubens (G), Praxedes, Jodimarco, Josimar Nunes e Eron (1) um gol cada; Eran e Ironildo.

48


Secretário da UMEL, Gilberto Sobreira assume à presidência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha

Sem presidente desde o final do ano de 1992, o Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha, mergulhou numa profunda crise política e administrativa que se aproximava de sete meses. Essa turbulência só teve um desfecho feliz no início de junho de 1993, quando Gilberto Sobreira, secretário geral da UMEL, assumiu à presidência do órgão estudantil. O novo presidente, o 5o desde a fundação (03/04/90), ficaria à frente da entidade até as próximas eleições marcadas para o mês de agosto do próximo ano de 1994. O presidente Gilberto Sobreira para não perder mais tempo e nem espaço, lançou no dia 20 de junho, o nono exemplar do Jornal do Estudante. A reportagem de capa referiu-se ao desempenho dos ex-presidentes, onde destacou também as novas perspectivas em relação ao futuro da educação do município.

VII Congresso da UESA

A UMEL liderou as caravanas dos estudantes de Colônia Leopoldina, Novo Lino, Joaquim Gomes e Jundiá, no VII Congresso das UESA, promovido pela entidade estadual nos dias 05 e 06 de junho de 1993, no Campus Universitário da UFAL, em Maceió – AL. Após um período ausente do movimento, Hamilton Alexandre retornou articulando junto a diretoria da UMEL e líderes estudantis a formação da maior delegação já enviada há um congresso de estudantes. Às vésperas do encontro, a diretoria da UMEL percorreu as escolas convidando e cadastrando os estudantes interessados em participar do citado evento. No dia 05/06/93, momento antes da saída da caravana, onde se encontrava concentrada a massa de 72 estudantes defronte ao Grupo M. Joaquim L. da Silva, chegou a notícia que o transporte solicitado à prefeita Telma Melo, simplesmente não estava liberado. Esse boicote “organizado” pela equipe do governo municipal não desanimou os estudantes, pois, os líderes estudantis conseguiram uma Toyota e, um micro-ônibus com o prefeito de Novo Lino, Dr. Oswaldo Gomes de Barros. Em consequência deste motivo, houve uma baixa significativa na delegação: muitos companheiros desistiram da viagem. No entanto, só foi possível levar um grupo composto de 17 líderes, sendo eles: Ednaldo J. da Silva, Chico Amâncio, Gilberto Sobreira, José Machado, Hamilton Alexandre, Jodivaldo Dionízio, Vitalino do Nascimento, Daniel Amâncio, Franklin 49


Amorim, Luis Carlos P. da Silva, Nivaldo T. Filho, Cícero Manoel da Silva, Júnior Amorim, Romildo Laurentino, Ivanilson José, Paulo Edson Araújo e Bráulio C. da Silva. A delegação dirigida pela UMEL foi recepcionada pelo vice-presidente da Zona Norte da UESA, Cláudio Luiz. A UMEL foi a principal entidade do interior a participar ativamente de todos os debates do congresso, inclusive, teve ainda o nome do seu presidente apontado para disputar o pleito da UESA. Após o encerramento tumultuado dos debates, minutos antes de iniciar a votação, como forma de protesto as delegações comandadas pela UMEL retiraram-se do plenário, em virtude das irregularidades e fraudes nas atas de inúmeras delegações.

Gincana escolar

A UMEL promoveu em festejo, aos 89 anos de Emancipação Política de Colônia Leopoldina, no dia 16 de julho de 1993, no Clube UDAL, uma organizada gincana escolar envolvendo os alunos da 7a e 8a séries da Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade. O evento sociocultural e educacional contou com o incentivo especial do escritor Everaldo Araújo Silva, além do apoio dos educadores Fabiano Amâncio e Arleide CForreia Lins. O corpo de honra dos jurados foi composto por Luciana Cavalcante (comerciante), Vilma Ferreira Barbosa (vice-presidente da UMEL), Ivânia Maria B. Silva (estudante do 1o Ano Contabilidade), Elias Felipe (professor) e Hamilton Alexandre (ex-presidente do Grêmio Estudantil Antônio L. da Rocha). Com uma disputa bastante acirrada, a turma da 8a série liderada pelas estudantes Adriana Lamenha e Neide “Cantora” foi a grande vencedora do evento. Na cerimônia de premiação as duas estudantes foram condecoradas com medalhas e receberam da garotinha Monique Carneiro o troféu de campeã. Por outro lado, as alunas Ângela Patrícia e Cristiane Marques Silva, coordenadoras da 7a série, também receberam em nome da turma o troféu de participação e, ainda, foram honrosamente condecoradas com medalhas.

UMEL versus Comercial Rocha

50


No dia 17 de julho de 1993, na Quadra Municipal Mané Garrincha, coordenada pelo diretor de esportes da UMEL, Manoel J. da S. Filho (Manezinho Jandaia), realizou-se uma partida amistosa da esquadra estudantil versus a forte equipe do Comercial Rocha. Durante todo o jogo, o elenco da UMEL manteve um bom desempenho e superou o adversário pelo placar de 7 x 5. Os atletas que integraram a UMEL, e os seus gols marcados foram os seguintes: Izaque (G); Josimar Nunes, Júnior Guerra e Jodimarco (2) dois gols cada; Filho (1); Romildo Lopes e Ironildo.

UMEL faz distribuição de donativos Os estudantes que participaram da gincana escolar das turmas da 7a e 8a séries, respectivamente, da Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade, coletaram os seguintes produtos: 70 cestas básicas, 116 pares de sapatos e 1010 peças de roupas. Esses produtos foram doados a UMEL. De posse desses materiais, a diretoria fez a distribuição junto às famílias carentes de baixa renda, no dia 19 de julho de 1993, na Praça D. Pedro II. Na ocasião, estiveram apoiando o ato, Cícero Manoel (Til), dir. da Assoc. dos Mor. do Mandacaru, Severiano Freitas, vereador do PMDB, e Severino Manoel, membro do Partido dos Trabalhadores (PT).

Criado comitê para combater a miséria

Em reunião realizada no dia 07/07/93, nas dependências do Banco do Brasil, por iniciativa do seu gerente Isaias Baldin, e com as presenças de representantes de sindicatos, entidades civis, lideranças das igrejas (Católica e Assembleia de Deus), organizações não governamentais e partidos políticos, decidiu-se pela formação do Comitê do Movimento de Âmbito Nacional “AÇÃO DA CIDADANIA CONTRA A FOME, A MISÉRIA E PELA VIDA”, que sugere a concretização das ações emergenciais para atender o sofrimento da população indigente de nosso Estado, onde segundo estatística do IBGE, em 1991, o município de Colônia Leopoldina apresentava um total de 1874 famílias vivendo em estado de indigência.

51


Novamente reunidos os diversos representantes da comunidade, no dia 15/07/93, na agência do BB local, discutiram os próximos passos do comitê e a criação da comissão que ficaram assim constituídas: Comissão da Fome – Dr. Ernane Santana Santos, Maria Clara G. Andrade, Antonio Benedito Silva, Júnior Amorim, Vilma Ferreira e José Pereira (pastor); Comissão de Organizações – Isaias Baldin, Maria Clara G. Andrade, Severino Inácio da Rocha e Luciana M. L. Freitas; Comissão de Iniciativas – Odecilda Angelim de Lima, Dr. Flávio Lima, Severiano Freitas, irmã Salete, Maurício de Souza, Manoel Benedito da Silva, Jair de Assis e Júnior Amorim.

O mapeamento da fome

A comissão encarregada de levantar dados e elaborar o MAPA DA FOME, decidiu em reunião de 16 de julho de 1993, pela aplicação do questionário confeccionado pelo presidente da Câmara, Dr. Ernane Santana, ficando o mesmo coordenador da pesquisa, tendo ainda como subcoordenadores o vereador Dr. Flávio Lima, a diretora do hospital local, enfermeira Maria Clara e o presidente da UMEL, Júnior Amorim. Para trabalho de tamanha envergadura e alcance social contou-se com o apoio de voluntários: estudantes, funcionários da Câmara de Vereadores, do Hospital Maria Loureiro, do Posto de Saúde Municipal, representantes da Vila Mandacaru, da Assembleia de Deus e Pastoral da Saúde. A eles, nossos agradecimentos e a certeza de que o trabalho realizado muito servirá para amenizar o sofrimento e a miséria de nossos irmãos mais carentes, que já se encontram nos limites insuportáveis da fome e do desespero. Acreditamos que o primeiro passo tenha sido dado. Boletim Informativo da Câmara M. de Vereadores de Colônia Leopoldina – AL, edição de 02 de agosto de 1993. Intercâmbio: GRUCALPE e UMEL

A UMEL lançou no dia 05 de agosto de 1993, o seu quinto número do dinâmico e fantástico Jornal Voz Estudantil. Paralelo ao lançamento do jornal, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, acompanhado do ex-estudante Romildo Laurentino (um dos fundadores do movimento estudantil leopoldinense), participou da “Exposição Artística do GRUCALPE”, realizada em sua própria sede, às 20:00h, na cidade de Palmares – PE. Este evento realizou-se com o objetivo de divulgar a recente visita do diretor do GRUCALPE, Joarish Telles, a Alemanha. Na sede do grupo, reuniram-se diversos artistas ilustres do cenário cultural palmarense. 52


Durante a exposição, exibiu-se um documento sobre o neonazismo. Após a amostra, o ato encerrou-se com uma mesa-redonda onde a temática abordada foi o racismo e a cultura popular brasileira.

11 de agosto: Dia do Estudante

Nas comemorações ao Dia do Estudante, a UMEL recebeu orgulhosamente a visita do diretor do GRUCALPE, Joarish Telles, de Palmares – PE. Na companhia do presidente da entidade, Júnior Amorim, Joarish Telles proferiu significativas palestras nos educandários Antônio L. da Rocha e Aristheu de Andrade, onde falou do perfil desenvolvido pelo GRUCALPE há mais de 20 anos na comunidade palmarense. Além do mais, ele humildemente fez questão de enaltecer o grande guerreiro quilombola, o Zumbi dos Palmares. Destacou ainda que, o GRUCALPE foi o espelho de luta que inspirou o movimento sociocultural leopoldinense nos meados de 1987. Nesse período, surgiu com muita luz, força e garra o gigante GRUCALPE. Grupo que atuou em Colônia Leopoldina de forma bastante expressiva, reivindicando os direitos culturais e educacionais, até o ano de 1991. Nos dias 13 e 14, em pleno ritmo frenético das festividades da Semana do Estudante, a UMEL promoveu dois animadíssimos shows musicais. O primeiro realizou-se no Clube UDAL, e outro na Praça D. Pedro II, ocasião em que a galera estudantil emocionada sacudiu o corpo e lavou a alma. Os shows superaram toda a expectativa por parte da organização. A festa inesquecivelmente teve como atração especial, o talentoso cantor leopoldinense Valdir José, da Banda Riu‟s.

18 de agosto, aniversário da UMEL

A Assembleia Geral em homenagem ao aniversário de um ano de fundação da UMEL, realizada no dia 18 de agosto de 1993, no Clube UDAL, reuniu um público de aproximadamente 400 pessoas. Entre esse contingente de participantes, estiveram prestigiando o ato, as seguintes lideranças políticas: Maurício Pereira (presidente da Associação dos Moradores do Mandacaru), Severino Inácio da Rocha (comerciante), Jair Alves (diretor da UMJIL de Novo Lino – AL), Luciana Freitas (presidente do PMDB de Colônia Leopoldina – AL), Josias (Pastoral da Juventude – AL), Severino Manoel (membro do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores), Jaorish Telles (diretor do GRUCALPE 53


de Palmares – PE), Elias Felipe (professor), Hamilton Alexandre da Silva (ex-presidente do Grêmio Estudantil Antônio L. da Rocha), Dr. Flávio Lima de Souza e Severiano Freitas (vereadores). Representando a entidade se fizeram presentes os diretores: Júnior Amorim, Vilma Ferreira, Gilberto Sobreira, Chico Amâncio, Érica Valéria, Lenilda Maria, Daniel Amâncio, Cícero Manoel da Silva, Daniel Benvindo de Andrade, Franklin Amorim, Daniela Karlla, Maria Elisa Balbino, José Mário e Neide M. S. Elias. Em discurso de abertura, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, destacou positiva sua atuação à frente da entidade, mas frisou que esse trabalho é fruto da união e da competência de todos os diretores da UMEL. Após o pronunciamento do presidente, o secretário-geral Gilberto Sobreira fez a leitura do estatuto da entidade. Em seguida, a diretora Érica Valéria leu a ata do resultado das eleições de agosto-92. Mostrando transparência dos seus atos na tesouraria, a diretora Lenilda Maria prestou conta do balancete compreendido entre outubro92 e agosto-93. Com expectativa para as próximas eleições – definida para o dia 18/08/94, o diretor de política, Chico Amâncio, apresentou o regulamento que regerá o processo eleitoral estudantil. Franqueada a palavra, Hamilton Alexandre da Silva, um dos guerreiros do nosso movimento estudantil leopoldinense, ou porque não, do Estado de Alagoas, enfatizou o auge da UMEL em referência apenas um ano de vida. E acrescentou: “A UMEL dirigida por Júnior Amorim & Cia. está de parabéns. Estou feliz de verdade e ao mesmo tempo bastante orgulhoso de presenciar esta magnífica festa”. O vereador Flávio Lima de Souza, abordou a importância do movimento estudantil brasileiro, através da UNE, da UBES e da UESA, nas imemoráveis conquistas em defesa dos direitos à educação, à saúde, ao emprego, enfim, à cidadania. Papel que, segundo o legislador, a UMEL é mais um exemplo dessas entidades vencedoras em prol dos direitos da humanidade. Com os términos das explanações, o evento foi oficialmente encerrado pelo GRUCALPE que apresentou as seguintes atrações: peça de teatro, dança africana, capoeira e o filme Zumbi dos Palmares.

Mandacaru: dois anos de ocupação, de luta e resistência

A Associação dos Moradores do Mandacaru festejou com muito brio o aniversário de dois anos de “ocupação, de luta e resistência” do Mandacaru, no dia 20 de agosto de 1993, com presença expressiva da comunidade e de vários segmentos da sociedade alagoana.

54


Entre os representantes destes segmentos, o presidente da A.M.M., Maurício Pereira de Souza, contou com a participação marcante da secretária de Educação de Maceió – AL, professora Maria José Viana; da representante do MST-AL, Eloísa Gabriel; dos membros do Diretório Municipal do PT, Adelmo Lins, Elias Pinheiro, Almery Rocha e Jair de Assis; e do presidente da UMEL, Júnior Amorim. O presidente da UMEL, Júnior Amorim, em seu pronunciamento deu ênfase aos que contribuíram de forma direta e indireta e aos que continuam na luta em defesa desse espaço tão significativo para realização do sonho deste povo: “a posse dos títulos e a construção da casa própria com dignidade e justiça”. Dentro da programação do ato, inaugurou-se pelo presidente da associação, Maurício Pereira de Souza, a primeira lavanderia comunitária que homenageia o professor canadense Thomás Alphonse. Esta obra foi construída através do sistema de mutirão.

22 de agosto: Dia Nacional do Folclore A UMEL promoveu “um baile pró-cultural e um super bingo”, no dia 22 de agosto de 1993, no Clube UDAL, em festança às comemorações ao Dia Nacional do Folclore. A festa reuniu um público bastante animado. Esse belo público prestigiou a apresentação da Academia de Kung-Fu, do professor Jailton de Xexéu – PE, riu a vontade como show espetacular do Teatro City, aplaudiu entusiasmado a capoeira dos meninos da “Horta Nossa Esperança”, da ATRAPO, e contagiou-se com a dança delirante do Grupo Funk. Outra atração que emocionou, foi o show da dupla de sanfoneiros que une duas gerações. De um lado o pai, Tião Marcolino, e do outro o seu talentoso filho Douglas Marcolino. Após os espetáculos, o baile varou à noite ao som do cantor leopoldinense Jodivaldo Dionízio.

Ato público

Em homenagem ao Dia do Soldado, 25 de agosto, a UMEL liderou um ATO PÚBLICO em protesto as condições desfavoráveis à política educacional implantada pelo governo municipal.

55


Para o ato, a UMEL contou com a participação de 40 estudantes. Esse grupo era formado especialmente por estudantes e ex-estudantes do Curso de Contabilidade. O protesto teve início na Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha e ganhou as principais vias públicas da cidade. Após os discursos de vários líderes estudantis, o ato encerrou-se vitoriosamente defronte ao chalé dos Santana, na Praça D. Pedro II, residência oficial da prefeita Telma Melo (PL).

Escritor Everaldo Araújo Silva ministra palestra sobre a Monarquia no Brasil

No dia 03 de setembro de 1993, a convite do presidente da UMEL, Júnior Amorim, juntamente com a diretora do Colégio Cenecista Pe. Francisco – (CENEC), professora Gisélia Sobreira, o escritor leopoldinense Everaldo Araújo Silva, autor do livro A Colônia da Princesa, proferiu uma importante palestra sobre a Monarquia no Brasil. O tema foi abordado no referido educandário, que contou com a participação de aproximadamente 60 estudantes, das turmas do segundo e terceiro anos de Magistério. O evento levou ao conhecimento dos estudantes a origem do Império do Brasil. Serviu também para que, a comunidade cenecista absorvesse melhor o trabalho que o mestre desenvolve no tocante à cultura do povo brasileiro.

Fórum Criança e Adolescente

A Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina, através da Secretaria M. de Saúde, promoveu no dia 28 de setembro de 1993, nas dependências do Grupo Municipal Joaquim Luiz da Silva, o Fórum Criança e Adolescente. Tal evento reuniu representantes de órgãos governamentais, sociedades civis e ONGs. Entre eles, destacamos os seguintes: Cleide Maria A. Tavares (CBIA – AL), José Gerônimo Neto (secretário municipal de saúde), Telma Gomes de Melo (prefeita), José Alves Caldas Júnior (vice-prefeito), Ernane Santana Santos (presidente da Câmara), Aldo Giazzon (padre), Genildo L. Pinto (secretário municipal de obras), Maria das Dores (supervisora educacional), Maria Clara (diretora da Unid. M. Ma L. Cavalcante), Maria José R. L. da Silva (professora), Maria José A. da Silv a (dire5tora da Escola Zora de Menezes), Maria Francisca A. Soares (diretora da Escola Antônio Lins da Rocha), Maria de Fátima Carneiro (diretora do Grupo 56


Aristheu de Andrade), Cleonides S. Loureiro (diretora do Grupo Municipal Joaquim L. da Silva), Odecilda Angelim de Lima (presidente do Clube da Mulher do Campo), Severina Maria e Maria de Lurdes (Clube das Mães), Maria Verônica e José Machado (Grupo do Adolescente), Florisval Alexandre e José Ferreira da Silva (membros da ATRAPO), Júnior Amorim, Gilberto Sobreira, Cícero Manoel da Silva e Chico Amâncio (diretores da UMEL). O fórum abordou com objetivo específico a criação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. As palestras foram proferidas pela representante da CBIA – AL, Cleide Maria, juntamente com o secretário de Saúde, Dr. José Gerônimo Neto. Na oportunidade, Cleide Maria, falou dos direitos adquiridos pela sociedade infanto-juvenil com a sanção da Lei no 8.069 (de 13 de julho de 1990) pelo então presidente Fernando Collor de Mello, que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

UMEL participa da elaboração do Plano Decenal de Educação

No dia 11 de outubro de 1993, no Grupo M. Joaquim L. da Silva, a Secretaria Municipal de Educação promoveu uma reunião ampliada que contou com a participação de várias entidades municipais na elaboração das propostas do “Plano Decenal de Educação 1993/2003”. A Secretaria de Educação, professora Anita Borges, recebeu inúmeras sugestões dos representantes das categorias, a fim de reverter a situação clínica do ensino local. Na ocasião, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, entregou-lhe uma lista de sugestões contendo 15 itens formulados pelos diretores da entidade. Segundo a representante da pasta educacional, as propostas selecionadas pelos técnicos da referida secretaria, serão encaminhadas aos órgãos competentes do Estado de Alagoas.

UMEL no III Campeonato Leopoldinense de Futsal

Organizado pelo diretor de Esportes, Antônio de França Campos (Xumba), o III Campeonato Leopoldinense de Futsal contou com a participação numerosa de 16 clubes. O primeiro turno foi dividido em quatro grupos. Formaram a chave da UMEL, os times: Granja 3 Irmãos, Independente e Sendas (Sertãozinho – PE). A UMEL estreou com uma vitória de 6 x 4, no dia 12 de agosto, sobre a boa equipe da Granja 3 Irmãos. Na segunda partida, mesmo apresentando um futebol dinâmico, não foi 57


suficiente para superar a poderosa esquadra do Independente que venceu por 11 x 7. No terceiro confronto, estava em jogo a classificação para as semifinais. No entanto, nova derrota, desta vez para o Sendas, por 8 x 4. No segundo turno, a UMEL ficou no Grupo B, ao lado dos clubes: Milan, Esporte e Sendas. Os três últimos jogos foram realizados nos dias 16, 23 e 31 de outubro. No primeiro jogo, revanche contra o Sendas, desta vez superando o rival com uma vitória folgada de 9 x 2. No segundo duelo, a equipe apresentou um futebol de baixo nível e levou uma implacável goleada do Milan de 13 x 3. A UMEL despediu-se do certame com uma amarga derrota por 8 x 5, aplicada pelo poderoso Esporte. Apesar da derrota, a equipe ficou com o nono lugar na classificação geral do campeonato. A esquadra estudantil formou com Bau (G), Zé Mago, Maurício, Marquinhos, Cosmo, Cal Rocha, Djaílson, Valmir, Reginaldo Inácio e Edvânio Balbino. Após vencer a grande final contra a ASPA, da Destilaria Porto Alegre, o Atlético conquistou o bicampeonato leopoldinense – 1992/93. O Atlético formou com Fernadinho, Vavá, Fabiano Amâncio, Rubens, Clebson, Rei, Dinho, Henrique, Filho, Romildo Lopes e Neném. 30o Congresso da UBES

O diretor da UMEL, Cícero Manoel da Silva, representou com muita honraria os estudantes leopoldinenses no 30o Congresso da UBES, realizado nos dias 01 e 02 de novembro de 1993, na grande São Paulo – SP. Para levantar a contrapartida com as despesas, uma vez que a preferida Telma Melo (PL) procurada pelo grupo recusou-se a contribuir, a UMEL fez uma “vaquinha” entre os comerciantes, estudantes e professores. Através da solidariedade dessas categorias levantou-se com garra o capital. No encontro nacional, o diretor Cícero Manoel da Silva fez parte da caravana da “Juventude Revolução”, uma das tendências dos partidos políticos de esquerda de Alagoas.

Dia Nacional da Consciência Negra

A UMEL promoveu antecipadamente no dia 19 de novembro de 1993, o I Concurso de Redação, com o tema: “A influência da cultura negra no Brasil”. Este evento realizou-se em 58


homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra, o qual reverencia o líder dos quilombos, Zumbi dos Palmares, assassinado na manhã do dia 20 de novembro de 1695. Com o apoio e o patrocínio exclusivo do nosso conterrâneo escritor Everaldo Araújo Silva, o concurso obteve um êxito magnífico, onde mais de 30 trabalhos foram apresentados por estudantes de diversas escolas. O presidente da UMEL, Júnior Amorim, entregou os prêmios aos três vencedores nas suas respectivas escolas. Foram honrosamente contemplados os seguintes alunos: Sineide Fagundes da Silva e Luciana da Silva Nascimento, 2o Ano de Magistério, respectivamente, do Colégio Cenecista Pe. Francisco – CNEC, e Bráulio Cosmo da Silva, 8a série da Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade. 2o Ano Contabilidade é campeão do Torneio Estudantil de Futsal

Selando as atividades sociopolíticas e esportivas do ano com chave de ouro, a UMEL organizou no dia 21 de novembro de 1993, na Quadra Municipal Mané Garrincha, com presença de oito equipes, o Torneio Estudantil de Futsal. Este evento esportivo contou com o patrocínio de Marcelo Fagundes, além da colaboração do professor Fabiano Amâncio. Os participantes foram divididos em dois grupos. Grupo “A”: 2o Ano Magistério, Aristheu de Andrade, ex-alunos e 2o Ano Contabilidade. Grupo “B”: 7a Série, 8a Série, 1o Ano Contabilidade e 1o Ano Magistério. De acordo com o regulamento classificaram-se para as semifinais dois clubes de cada grupo. No “A”: ex-alunos e 2o Ano Contabilidade. No “B”: 7a Série e 1o Ano Magistério. Na abertura da segunda fase, vitória de goleada de 10 x 0 dos ex-alunos sobre o 1o Ano Magistério. No outro duelo, empate de 3 x 3 entre a 7a Série e o 2o Ano Contabilidade, mas nas penalidades máximas a classificação ficou com o 2o Ano Contabilidade que venceu por 5 x 4. A disputa do 3o lugar reuniu a 7a Série e o 1o Ano Magistério. A 7a Série levou a melhor vencendo a partida por 2 x 1. Numa decisão dramática o 2o Ano Contabilidade sagrou-se campeão do torneio. O jogo que decidiu o título foi emocionante. O 2o Ano Contabilidade liquidou o adversário marcando 4 gols, contra apenas 3 dos ex-alunos. Os atletas que integram o 2o Ano Contabilidade na conquista do título foram os seguintes: Izaque (G); Luciano, Samuel Nicácio, Franklin Amorim, Eron, Aílton e Cosmo. Os artilheiros: Josimar Nunes (8a Série) 16 gols; Jodimarco (ex-alunos) 12 gols; Júnior Guerra 59


(ex-alunos) e Eron (2o Ano Contabilidade) 10 gols; Ral (ex-alunos) 7 gols; Lando (1o Ano Magistério) e Luciano (8a Série) 6 gols; Samuel Nicácio (2o Ano Contabilidade), Everaldo (1o Ano Contabilidade) e Paulo (7a Série) 4 gols; Marquinhos (2o Ano Magistério) e Eran (7a Série) 3 gols; Wandercarlos (8a Série), Gilberto Sobreira (1o Ano Contabilidade), Mida (Aristheu), Márcio (1o Ano Magistério), Val (ex-alunos) e Cal Rocha (2o Ano Contabilidade) 2 gols; Lon e Wellington (1o Ano Magistério), Aílton (2o Ano Contabilidade), Cícero 8a Série), Beta (Aristheu), Jorginho e Murilio (ex-alunos) e Getúlio (1o Ano Contabilidade) 1 gol.

60


Capítulo VI – 1994

Fórum discute Municipalização da Saúde e a criação do Conselho Municipal de Saúde

Durante os meses de janeiro (18 e 25) e fevereiro (02 e 09) de 1994, a Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu no Grupo Municipal Joaquim L. da Silva, 4 etapas do Fórum Saúde Pública, com os temas: “Municipalização da Saúde e Conselho Municipal de Saúde”. O encontro contou com a participação do secretário municipal de Saúde, Dr. José Gerônimo Neto; da prefeita do município, Telma Melo; do vice-prefeito, José Alves Caldas Júnior (Zitinho); do presidente da Câmara, Dr. Ernane Santana Santos; da presidente do Clube da Mulher do Campo, Odecilda Angelim de Lima; do representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Geraldo Ângelo; dos diretores da UMEL – Júnior Amorim, Gilberto Sobreira e Chico Amâncio; da diretora da Unidade Mista Maria L. Cavalcante, enfermeira Maria Clara; do representante da Polícia Militar, PM Silva Lucas; do membro da ATRAPO, José Ferreira da Silva; do diretor do Grupo dos Jovens, Valdemir Agustinho; do diretor do Curso de Contabilidade, Edson Alves; dos funcionários da Saúde – Rosângela Maria, Edilma Regina, Maria das Graças, Ernandes Barbosa, Gesiana Barreto e Vanúzia Gonçalves; dos funcionários da Educação – Edvanilda Neves, Arleide C. Lins, Edna Lúcia, Maria José R. Luna, Cleonides Loureiro, Joselita B. R. Amorim, Alba Fátima e Gilvânia Lamenha, além do vereador José Pereira do Nascimento. No final do fórum, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, defendeu com bravura a cadeira da entidade na futura composição do Conselho Municipal de Saúde, no qual a entidade discutirá temas importantes na área da saúde no tocante à educação, como, por exemplo, atendimento médico-odontológico nas escolas.

UMEL organiza I Fórum Educação e Sociedade

Superando com coragem e determinação toda pressão política por parte do governo municipal, a UMEL organizou o I Fórum Educação e Sociedade, nos dias 28 e 29 de abril de 1994, no Clube UDAL. Na abertura oficial do fórum, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, agradeceu entusiasmado em nome da diretoria o comparecimento dos estudantes, dos professores, dos palestrantes, das ONGs, dos sindicalistas e demais convidados. “Somos hoje 61


responsáveis pelas transformações na política de Colônia Leopoldina. A UMEL está fazendo sua parte, pois este fórum é um retrato dessa mudança”, concluiu o presidente. Na primeira série do encontro, o público conferiu as palestras da Secretaria Municipal de Educação, professora Anita Borges; do representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – AL, Adelmo Lins; e do vereador de Xexéu  PE, Jailton F. do Nascimento. Os temas debatidos foram: Administração, Moradia e Ecologia. Abordando o tema Administração, a secretária Anita Borges destacou o encontro como uma formação de diálogo entre o poder executivo e as representações de classes. Questionada sobre o caos na área educacional, a mesma explicou que apresentou uma proposta a prefeita Telma Melo em relação ao atraso de mais de dois meses no salário da categoria. O tema Moradia foi pincelado pelo líder comunitário Adelmo Lins. Após apresentar dados do déficit habitacional municipal, Adelmo Lins entregou aos organizadores do fórum, o “Projeto de Moradia Popular” que visa equacionar esta carência na área habitacional. Em relação ao seminário, disse: “Esse espaço está sendo de imensa importância, pois abriu as discussões em torno dos principais pontos para o pleno desenvolvimento da cidade”. Encerrando a primeira etapa da sabatina, o convidado especial vereador Jailton F. do Nascimento, de Xexéu – PE, salientou a importância da Ecologia. O mesmo chamou a atenção para os problemas locais, como, por exemplo, o reflorestamento das margens do Rio Jacuípe, a questão do lixo que poderia ser solucionado com a implantação da coleta seletiva (lixo reciclável), na qual gera emprego e renda e sobre o possível combate aos produtos químicos despejados no Rio Jacuípe pela Usina Taquara. No segundo dia 29, as principais temáticas tratadas foram: Informatização, Legislação, Cultura, Direito e Cidadania. Os expositores foram: o vereador do PMDB, Severiano Freitas; o professor do Curso de Contabilidade, Adelmo de Oliveira Torres; o juiz de direito, Antônio Luna da Silva, o agrônomo e professor, Rudson Sarmento Maia; e o escritor Everaldo Araújo Silva. A princípio o professor Adelmo de Oliveira Torres disse no seu pronunciamento que, o “esvaziamento” do encontro se deu pelo fato das ameaças de demissões impostas pela prefeita Telma Melo (PL) em represálias aos funcionários públicos que visitassem o fórum. E acrescentou: “Os estudantes estão de parabéns pela realização deste ato de tamanha envergadura para a sociedade leopoldinense”. Com o segundo mandato na Câmara pelo PMDB, o vereador Severiano Freitas descreveu o simpósio de uma rara oportunidade para a comunidade enfrentar a realidade do agravamento do ensino público. “Foi a primeira vez que aconteceu um debate tão importante 62


nos últimos cinco anos, tratando-se, sobretudo, dos diversos temas associados em educação. Parabéns, UMEL!”, enfatizou o legislador. O agrônomo Rudson Armento Maia – o principal fundador do movimento estudantil leopoldinense, ministrou com sucesso o debate sobre Cidadania. “Historicamente, em Colônia, a partir de vários movimentos sociais, notamos a prática de uma verdadeira cidadania. A ação comandada pela UMEL é um exemplo claro de luta e justiça por direitos conquistados”, ponderou o agrônomo. Em sua explanação o juiz de direito, Dr. Antônio Luna da Silva, falou dos direitos adquiridos na atual Constituição, onde todo cidadão tem o direito de se organizar; ainda se referiu solidariamente aos movimentos sociais, uma vez que, todos os cidadãos têm de ser tratados igualmente pela lei. O último orador do evento bem-sucedido, o escritor Everaldo Araújo Silva, fez uma análise positiva da cultura do nosso povo. Muito embora, sem apoio algum do governo local, mostra o compromisso sério que esta juventude tem em prol da nossa terra natal. Finalizando, o mestre Everaldo disse: “Vocês estudantes estão seguindo a trilha certa. Pra frente juventude!”

Chico Amâncio participa da festa dos dez anos do PT de Colônia

No dia 06 de maio de 1994, no Centro Paroquial, o diretor da UMEL, Chico Amâncio prestigiou a cerimônia do aniversário de fundação de dez anos do Partido dos Trabalhadores em nossa sociedade leopoldinense. Em 1984, o PT de Colônia foi legalizado por um grupo de amigos, entre eles: Yrapuan Araújo  Yrá (que aliás em 1988 foi o primeiro candidato a prefeito pela esquerda), o artista Elias Marques Pinheiro e o professor/escritor leopoldinense José Francisco de Melo Neto (1951) conhecido em nossa cidade por Zé de Melo – atual educador adjunto da Universidade Federal da Paraíba, no Campus I, em João Pessoa. A cerimônia foi digna de um partido que vem se firmando cada vez mais na sociedade, contando inclusive com a presença da sua militância e de várias lideranças comunitárias, estudantis, sindicalistas, religiosas e de professores. No ato, o presidente do PT, Jair de Assis, conduziu a mesa-redonda com participação do membro do MST-AL e secretário-geral do PT de Colônia, Adelmo Lins; do presidente da Associação dos Moradores do Mandacaru, Maurício P. de Souza; e do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL), Paulo Fernando dos Santos, o Paulão do PT de Maceió – AL.

I Encontro Regional da Juventude 63


Colônia Leopoldina foi sede do I Encontro Regional da Juventude, realizado nos dias 21 e 22 de maio de 1994, no qual reuniu as delegações de: Jundiá, Campestre, Novo Lino e Joaquim Gomes. A UJIPA (União Jovem: Instrumento Presente Para o Amanhã) entidade recém-fundada, foi a responsável pela brilhante organização do evento sociocultural. Em sua diretoria constam os seguintes jovens: Saulo Wilker, Alexandre Félix, Wagner Lins, Ivanilson José, Márcio Roberto, Sandoval Almeida, José Joaquim, Rubens Vitor, Roberto Carneiro e Wellington Sandro. O coordenador da UJIPA, Saulo Wilker, abriu o evento no Clube UDAL. Na ocasião, convidou para fazer parte da mesa de honra as seguintes autoridades: a prefeita do município, Telma Melo; o representante da Pastoral da Terra, Valdo Lira Soares; e o presidente da UMEL, Júnior Amorim, além dos expositores o professor da UFAL, Gabriel LouisleCampion e do representante da Secretaria do Meio Ambiente de Maceió – AL, Reinaldo Falcão. Os palestrantes debateram o tema “Problema Ecológico em Alagoas” para um público superior a mais de 500 espectadores. À noite, no Centro Parouial, o tema “Questão Educacional em Alagoas” recebeu atenção especial de um público seleto de educadores e estudantes. A palestra foi ministrada pela representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL), professora Margareth França e contou com a participação do vereador Severiano Freitas, do comerciante e exvereador Severino I. da Rocha e do presidente da UMEL, Júnior Amorim. Após o debate, exibiu-se um documentário sobre “Gestão Democrática”, modelo educacional implantado na gestão do prefeito Ronaldo Lessa (PSB), onde tem à frente da Secretaria M. de Educação de Maceió, a professora Maria José Viana, do Partido dos Trabalhadores. Prosseguindo o encontro na manhã do dia 22, realizou-se um torneio de futsal na Quadra Municipal Mané Garrincha. E novamente, na parte da tarde, no Centro Paroquial, promoveu-se uma enorme e importante palestra com a temática “Saúde e Sexualidade”. Estes temas foram debatidos pela socióloga Vilma de Oliveira e pela assistente social Ana Lúcia Marinho, da Sociedade Civil Bem-Estar Familiar do Brasil (BENFAM-AL). Marcou presença nesta explanação, o engenheiro civil e candidato ao Governo de Alagoas, Marcos Vieira e o jornalista e candidato ao Senado Federal, Régis Cavalcante. Às 21:30h, o evento encerrou-se de forma magnífica no Clube UDAL, com uma apresentação especial do Grupo Teatral Moinhos de Máscaras, de Maceió – AL, que encantou o público com uma belíssima apresentação humorística. 64


UMEL instala Sala de Leitura Everaldo Araújo Silva

Depois de quatro longas décadas de uma incansável luta em busca por um espaço de estudo e pesquisa, a atual geração representada pela UMEL, fundou no dia 05 de junho de 1994, a Sala de Leitura Everaldo Araújo Silva. A cerimônia de inauguração ocorreu às 09:00h, na Rua Severino Ferreira de Lima, 254.. O espaço servirá simultaneamente de sal de leitura e também como sede da entidade. O imóvel pertence aos comerciantes: Antônio Carneiro e Marinho Carneiro, o qual foi alugado a UMEL por um salário mínimo e que será pago religiosamente todo mês da seguinte forma: o vereador Severiano Freitas financiará 50% (cinquenta por cento) e o restante, ou seja, os outros 50% (cinquenta por cento) será rachado com os demais vereadores Valdecir José, Dr. Ernane Santana, José Alfredo de Souza, Dr. Flávio Lima, Lúcio Flávio, Maviael de Souza, Dr. Márcio Jorge e José P. do Nascimento (Fernando). O ato sociocultural contou com presença de professores, estudantes, comerciantes, políticos, organizações não governamentais – ONGs entre outras representações da sociedade. Dentre 80 participantes estavam os diretores da UMEL – Júnior Amorim, Vilma Ferreira, Gilberto Sobreira, Cícero Manoel da Silva, Chico Amâncio, Carlinhos Claudino, Daniel Amâncio, Elisa Balbino e Ivanaldo José; o patrono da sala, escritor Everaldo Araújo Silva; o escritor e proprietário do Supermercado Brilar em Maceió – AL, Severino Araújo e sua esposa, engenheira Kátia Araújo; o pároco da Igreja M. Nossa Sra. do Carmo, padre Aldo Giazzon; os comerciantes Severino Inácio da Rocha, Antônio Carneiro, Marinho Carneiro e Carlos H. S. Maciel; os vereadores Valdecir José da Silva e Severiano Freitas; o presidente do PT de Colônia, Jair de Assis; o coordenador da UJIPA, Saulo Wilker; o diretor do MST-AL, Adelmo Lins, a presidente do Clube da Mulher do Campo, Odecilda Angelim de Lima, a presidente do PMDB, Luciana Freitas, o locutor da Câmara, Ernande Balbino, o fotógrafo João Bosco Alves, o ex-presidente do Grêmio Estudantil Antônio L. da Rocha, Hamilton Alexandre, os educadores – Josefa Borges Amâncio, Adelmo Torres, Miguel Florêncio, Fabiano Amâncio, Paulo Edson Araújo, Adalgisa Borges, Josefa Santana do Nascimento, Marilene P. de Melo, Edleusa Araújo Edna L. Borges e Emanoel da Silva; o membro do Grupo dos Jovens, Valdemir Agustinho; o cantor Valdir José; o músico Vitalino do Nascimento; os ex-líderes estudantis Romildo Laurentino e Jamacy Agustinho, e os 65


estudantes – Cícera Shirley, Valdir José das Neves, Francisco Caetano, Vanessa Holanda, Geane M. Lins, Ronilda Maise, Lília Soares, Ester Viviane, José Joaquim, Fredson Jorge, Jorge Alexandre, Francisco Manoel, Alexandre Félix, Josenilson Silva, Érico da Silva, Wagner Lins, Jorge L. Alves da Silva e Dayse Aparecida. Na cerimônia, fizeram parte da mesa as seguintes personalidades: o presidente da UMEL, Júnior Amorim, o homenageado escritor Everaldo Araújo Silva, o vereador Severiano Freitas, o padre Aldo Giazzon, e o secretário-geral da UMEL, Gilberto Sobreira. Em discurso eloquente e franco, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, não economizou elogios ao perfil do patrono da sala, que ao longo dos anos vem dando exemplo de amor como ninguém, a nossa cidade. Para se ter uma ideia da sua grandeza histórica, é só lembrarmos do seu esplêndido livro A Colônia de Princesa, lançado no dia 23 de janeiro de 1983, no qual o escritor relata os heróis que marcaram a história de nosso povo. Júnior Amorim também parabenizou com orgulho o esforço dos diretores da UMEL, o apoio da Câmara M. de Vereadores, e expressou agradecimento aos doadores dos livros entre eles e Aldo Giazzon, Elias M. Pinheiro, Fabiano Amâncio, Miguel Florêncio, Adelmo Lins, Severino Araújo, Jadson Pedro, Edvaldo Florêncio, Antônio Luna da Silva, João Neto, José L. Lessa da Silva, Manoel Jandaia, Severiano Freitas, Rudson Sarmento, Josefa B. Amâncio, Jair de Assis, João Neto, Ruy Borges, Hamilton Alexandre, Edleusa Araújo, Luciana Freitas e Everaldo Araújo Silva. Após o seu pronunciamento, o padre Aldo Giazzon, benzeu as instalações abençoando a todos pela enorme conquista social. O escritor Severino Araújo recitou inúmeras poesias dos seus livros e destacou a batalha dos estudantes em transformar Colônia Leopoldina numa potência educacional e cultural do Estado de Alagoas. Já o diretor da UMEL, Chico Amâncio, ressaltou a importância do patrono Everaldo Araújo Silva em nossa sociedade leopoldinense. O coordenador do MST-AL, Adelmo Lins, relatou as lutas árduas da juventude em prol de uma biblioteca pública, principalmente, quando estava à frente do GRUCALE, onde enfrentou o governo do então prefeito Zé Lessa, apresentando diversos projetos nas áreas da educação e da cultura. Para Saulo Wilker, coordenador da UJIPA, o movimento estudantil leopoldinense através da UMEL, deu um gigantesco avanço na política cultural da nossa gente. “A homenagem pública ao escritor Everaldo Araújo Silva simboliza respeito e toda dedicação que ele tem pela terra natal”, destacou Saulo. Representando com honradez o Poder Legislativo, o vereador Severiano Freitas fez uma explanação de alerta positivo sobre o 66


benefício infinito que trará sem sombra de dúvida, a sala de leitura para a comunidade leopoldinense, especialmente para os estudantes e professores. Em discurso emocionante, o homenageado escritor Everaldo Araújo Silva, deu um banho literalmente falando para a encantada plateia. Com palavras mansas, verdadeiras e repletas de sensibilidades, o mestre retribuiu à juventude a decência do título de maneira espetacular, deixando assim, sobre suas mentes, uma mensagem clara e significativa: “Homenagem não se implora. É dada espontaneamente com carinho e reconhecimento àquele cidadão que vê o mundo de forma mais humana”, afirmou sabiamente o mestre. A emoção transportada dos olhos repletos de lágrimas, acompanhada pela voz quase partida ao meio, foi recebida com uma calorosa salva de palmas. No final do ato, os músicos Vitalino do Nascimento e Valdir José, da Banda Filarmônica Sabino de Souza, executaram uma música a qual foi composta especialmente em homenagem ao escritor Everaldo Araújo Silva. 1a Corrida Junina de Pedestre

A UMEL organizou no dia 28 de junho de 1994, com patrocínio exclusivo da Farmácia Veterinária COTASC (dos amigos Carlos Souza e Henrique Araújo) a 1 a Corrida Junina de Pedestre. Quinze atletas participaram da prova de resistência num percurso de 9 Km, cujo asfalto de péssima qualidade era o maior desafio. Apesar desse obstáculo, os corredores superaram o tempo máximo de 37 minutos da largada do trevo (BR 101), até a chegada defronte a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo. O maratonista José da Silva, o “Neguinho da Areia” – como é mais conhecido entre os leopoldinenses, cravou o tempo de 29 minutos e sagrou-se o grande campeão da corrida. Em segundo lugar ficou Jack e na terceira colocação Toinho (irmão do campeão). Na cerimônia de premiação, o presidente da UMEL, Júnior Amorim, dignamente condecorou o fantástico campeão “Neguinho da Areia” com taça e medalha de menção honrosa pela brilhante conquista. Também foram condecorados com troféus e medalhas os atletas Jack e “Toinho da Areia”, respectivamente, pelos diretores da UMEL, Chico Amâncio e Carlinhos Claudino.

90 anos de Emancipação Política de Colônia Leopoldina

67


Em festejos aos 90 anos de Emancipação Política de Colônia Leopoldina, a UMEL promoveu no dia 16 de julho de 1994, no Centro Paroquial, um debate memorável sobre o tema com o escritor Everaldo Araújo Silva. Atendendo a convite especial do presidente da entidade, Júnior Amorim, participaram deste evento as seguintes personalidades: Edna Morais, Sandra Soares, Márcio Roberto, Apolônia Luna, João Alves, Elton Fabrício, Paulo E. Araújo, Josefa B. Amâncio, Vitalino do Nascimento, Romildo Laurentino, Ivânia M. B. Silva, Marcelo Moreira, Moisés Barreto, Marcelo José, Givaldo Amorim, Ronaldo Adriano, Adelmo Lins, Amauri P. dos Anjos, Saulo Wilker, Wagner Lins, Alexandre Félix, Geremias Alexandre, Daniel Amâncio, Chico Amâncio, Zé Mário, Gilberto Sobreira, Cícero Manoel, Ivanaldo José e Carlinhos Claudino. O debate questionou o descaso com a história política, social e cultural do município, pois não há um planejamento nem a curto e nem a longo prazo para valorizar essas categorias. Concluiu-se que, a comunidade está a mercê da sorte e do esforço das suas organizações, que buscam de certa forma preservar as raízes culturais e as tradições da população.

Relação Humana é tema de debate

A convite da UMEL, o empresário Severino Araújo, que também é poeta e um dos filhos ilustres de Colônia Leopoldina, atual proprietário do Supermercado Brilar, em Maceió – AL, ministrou uma palestra para 21 convidados no dia 24 de julho de 1994, no Centro Paroquial, sobre a tese: “Relação Humana”. No debate, entre os presentes estavam Elias M. Pinheiro, Ivânia M. B. Silva, Apolônia Luna, Paulo Edson Araújo, Everaldo Araújo Silva, Zito Luna, Licínio Neto, Chico Amâncio, Gilberto Sobreira, Carlinhos Claudino, Júnior Amorim, Amauri Pereira dos Anjos e Adelmo Lins. Segundo o empresário, os mecanismos básicos para um bom relacionamento entre patrão e empregado se dão por cinco fatores principais: Planejamento, Organização, Comando, Coordenação e Controle.

UMEL conquista cadeira no Conselho Municipal de Saúde A prefeita Telma Melo (PL), baixou “Portaria de no 58/94”, datada de 10 de agosto de 1994, na qual nomeou os representantes do Conselho Municipal de Saúde. 68


No governo municipal: José Gerônimo Neto (secretário de Saúde), vereador Dr. Ernane Santana (suplente); Anita Borges (secretária de Educação), Galba Florêncio (suplente); Talmo Melo (secretário de Finanças) e Nerutcha Luna (suplente). A classe dos prestadores de serviço: Maria das Graças, Maria Dulcilene (suplente); Edileide Caldas, Nilza Machado (suplente); Maria Clara e Daniel José (suplente). E a dos usuários: João Sebastião (APPAGA), Odecilda Angelim de Lima (suplente); Gilberto Sobreira (UMEL), Adelmo Lins (suplente); Maurício Pereira de Souza (Associação dos Moradores do Mandacaru), Cícero Manoel (suplente); Moisés Augusto (Sindicato dos Trabalhadores Rurais), Geraldo Ângelo da Silva (suplente); Aldo Giazzon (Igreja Católica), José Ferreira da Silva (suplente); Ivandege Maria (Grupo dos Jovens) e Valdemir Agustinho (suplente).

I Campeonato Estudantil de Futsal

De 19 de julho a 14 de agosto de 1994, realizou-se na Quadra Municipal Mané Garrincha, o I Campeonato Estudantil de Futsal. O evento foi promovido pela UMEL que contou com a participação de nove clubes, sendo eles: Zora, da Escola Municipal Zora de Menezes; Aristheu, da Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade; NACES, do Supletivo 1o Grau; 2o Ano Magistério e 3o Ano Magistério, do Colégio Cenecista “Pe. Francisco”; 7a Série, 1o Ano Contabilidade, 2o Ano Contabilidade e 3o Ano Contabilidade, da Escola de 1o e 2o Graus Antônio L. da Rocha. Para a organização do certame, a entidade recebeu apoio exclusivo dos patrocinadores Severiano Freitas (vereador), Júnior Luna (fornecedor de cana) e Everaldo Araújo Silva (escritor). Na decisão do 1o Turno, dia 30/07, o 2o Ano Magistério goleou facilmente o 1o Ano Contabilidade por 9 x 0. Os gols foram marcados por Eduardo (3); Márcio Araújo e Iranildo (2); Lando e Edson Emídio (1). Rubens Vitor foi o árbitro da partida, auxiliado por Geremias Alexandre e Ivanaldo José. No dia 13/08, na disputa do 2o Turno, o 3o Ano Contabilidade venceu o 3o Ano Magistério, pelo placar de 6 x 2. Os gols foram assinalados por Antônio José (5) e Samuel Nicácio (1) para o time dos Contadorandos, e Djaílson e Cal Rocha (1) anotaram para os Professorandos. Este jogo foi arbitrado por Ivanaldo José, tendo como auxiliares Geremias Alexandre e Daniel Amâncio. Na preliminar da grande final do dia 14 de agosto, as equipes do 1o Ano Contabilidade e do 3o Ano Magistério disputaram o 3o lugar do campeonato. Num jogo bastante 69


movimentado, o 1o Ano Contabilidade bateu o rival por 5 x 2. Júnior Guerra foi o autor dos cinco gols do 1o Ano Contabilidade, enquanto Djaílson e Cal Rocha marcaram os tentos da equipe dos Professorandos. Disputaram o título, o 2o Ano Magistério (campeão do 1o Turno) versus o 3o Ano Contabilidade (campeão do 2o Turno). Neste clássico, os Contadorandos ficaram com o prêmio, aplicando uma goleada impiedosa de 12 x 2. Os gols do 3o Ano Contabilidade foram marcados por Maurício (5); Antônio José (3); Samuel Nicácio (2); Danilo e Franklin (1). Edson Emídio e Lando (1) descontaram para o 2o Ano Magistério. As duas partidas finais, foram arbitradas por Geremias Alexandre, auxiliado por Ivanaldo José e Daniel Amâncio. Os quatro clubes finalistas e os destaque da competição receberam da diretoria da UMEL, troféus e medalhas de honra ao mérito. Na cerimônia de premiação, se fez presente a diretora do Colégio Cenecista Pe. Francisco, Gisélia Sobreira. E para comemorar o encerramento do torneio, a diretora Gisélia Sobreira deu uma recepção as equipes na Pastelaria Chinesa do amigo Bada. Os clubes, os gols e os melhores do campeonato: 7a Série: Jorge (G), Paulo Henrique (11), Eran (11), Sinho (4), Jailson (2), Binho, Manoel, Josenildo e Marcone; 1o Ano Contabilidade: Everaldo (G), Júnior Guerra (25), Luciano (9), Romildo Lopes (6), Jorginho (2), Bráulio (1), Juscelino (1), Sérgio e José Carlos; 2o Ano Contabilidade: Misael (G), Francisco Assis (5), Cosmo (3), Jefferson (3), Genilson (1). Chico Amâncio (1), Lindomar, João Alves e Cosmo Soares; 3o Ano Contabilidade: Zé Mário (G), Antônio José (23), Samuel Nicácio (16), Maurício (12), Ailton (6), Danilo (6), Franklin (3), Luciano, Antônio Marcelino e Cícero Cláudio; Zora: Misso (G), Eraldo (8), Del (6), Júnior Gouveia (2), Rosenildo, Marinaldo, Manoel, Wellington e Welma; NACES: Bau (G) Val (12), Rodemendes (4), Van (4), Adriano (3), Eduardo (2), Agenor Alves (1), e Wilson (1); 2o Ano Magistério: Gilberto (G), Eduardo (16), Lando (13), Iranildo (12), Edson Emídio (10). Lon (8), Márcio Araújo (3), Erivan Soares (1), Iran, Rogério e Valdemir; 3o Ano Magistério: Lito (G), Djaílson (16), Cal Rocha (14), Marquinhos (7), Valmir (6), Gilsomar (1), Moga e Marzinho; Aristheu: Netinho (G), Araponga (7), Eduardo (5), Cristiano (3), Rafael (3), Peba (2), Vicente (1), Wilton (1), Pedro, Elinaldo e Ademir. Melhor Goleiro: Netinho, do Aristeu; Goleiro M. Vazado: Zé Mário, do 3o Ano Contabilidade; Artilheiro: Júnior Guerra, do 1o Ano Contabilidade, com 25 gols; Melhor Jogador: Lando, do 2o Ano Magistério e Jogador Revelação: Maurício, do 3o Ano Contabilidade.

70


UMEL empata com Almoxarifado em partida amistosa

A UMEL representada por um time misto de diretores enfrentou a fortíssima esquadra do Almoxarifado, da Destilaria Porto Alegre, no dia 16 de agosto de 1994, em partida amistosa realizada na Quadra Municipal Mané Garrincha. Os clubes fizeram uma bela apresentação. O jogo terminou empatado em 5 x 5. Os gols da UMEL foram anotados por Márcio Araújo (2); Gilberto Sobreira, Júnior Amorim e Franklin (1) um gol cada. Do lado do Almoxarifado marcaram Joílson (2); Adelmo Torres, Eduardo e Edson (1) um gol cada. O elenco estudantil formou com Zé Mário (goleiro); Carlinhos, Chico, Júnior Amorim, Zé Luiz, Márcio Araújo, Franklin e Gilberto Sobreira. Representou o Almoxarifado os atletas Dário (goleiro); Lula, Adelmo Torres, Edson, Eduardo e Joílson.

Eleições estudantis

De 08 de junho a 18 de agosto de 1994, a UMEL mobilizou mais uma vez com sucesso absoluto os estudantes leopoldinenses para as eleições gerais à presidência da entidade e dos grêmios Antônio Lins, Cenecista e Aristheu de Andrade. Registros das chapas – A campanha ganhou mais força após uma ampla reunião com 22 lideranças estudantis realizada na Sala de Leitura Everaldo Araújo Silva, na qual o presidente Júnior Amorim deferiu os registros das chapas. Para à presidência da UMEL foram constituídas três capas, sendo elas: Chapa 1 – Chico Amâncio (presidente) e Gilberto Sobreira (vice-presidente); Chapa 2 – Cícero Manoel (presidente) e Luciano José (vice-presidente) e a Chapa 3 – Genésio (presidente) e Robertinho Carneiro (vice-presidente). No Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha registrou-se a Chapa “Única” – Jefferson Macêdo (presidente) e Érica Valéria (vice-presidente). Também no Grêmio Estudantil Cenecista confirmou-se apenas a Chapa – Erivan Soares da Silva (presidente) e Rosejane G. Wanderley (vce-presidente). Enquanto, no Grêmio Estudantil Aristheu de Andrade registrou-se duas fortíssimas chapas. A Chapa 1 com Apolônia Luna (presidente) e Sandra Soares (vicepresidente) e a Chapa 2 com Meilton Luna (presidente) e Reginaldo Luiz (vice-presidente). Debate Estudantil – Em homenagem ao Dia do Estudante promoveu-se no Clube UDAL, às 21:00h, com um público de, aproximadamente, 500 participantes, um imenso fórum e debate entre as referidas chapas. Após abertura oficial do ato, os candidatos Chico 71


Amâncio, da Chapa 1, e Cícero Manoel, da Chapa 2, tentaram apresentar sem sucesso os seus planos de governo, os quais foram recebidos por uma sonora vaia pelos aliados da Chapa 3 – “UMEL de Cara Nova”. Com uma batucada infernal, a estratégia organizada e bem “orientada” da equipe de Genésio, atingiu o planejado: neutralizou os adversários. Essa eufórica ala só era controlada quando o próprio candidato Genésio usava da palavra na tribuna. Tudo isto não passava de uma encenação, pois a finalidade desses grupos era tumultuar de fato o desempenho dos candidatos adversários no encontro. Na prática, os aliados da Chapa 3 – “UMEL de Cara Nova” sabiam que seu candidato não reunia experiência suficiente em relação aos demais. Durante o fórum, muitos apelos foram feitos para acalmar os estudantes. Contudo, indivíduos infiltrados entre as chapas iniciaram um confronto direto. O saldo dessa confusão: estudantes agredidos e, por fim, o cancelamento do evento. Apesar desse lamentável conflito, os estudantes tiveram ainda fôlego para saírem às ruas comemorando o sagrado dia “D”. Propostas – A Chapa 1 – “Dinâmica e Luta” encabeçada por Chico Amâncio elaborou o Plano de Governo na b ase de uma visão mais ampla da política educacional e do compromisso social da UMEL com toda comunidade leopoldinense. O Plano de Governo da Chapa „ – “Dinâmica e Luta”. Para tanto: Articular a implantação do Conselho Municipal de Educação e o funcionamento da Biblioteca Pública Dr. Neyder Alcântara de Oliveira; Mobilizar as fundações dos Conselhos Escolares; Defender o Concurso Público para a carreira do magistério e funcionários em geral; Defesa do Plano de Cargos e Carreiras – PCC; Lutar pela Gestão Democrática (eleições diretas para diretores nas escolas municipais); Promover atividades pedagógicas (cursos literários, exposições de livros, ampliação do Jornal Voz Estudantil, exibição de vídeos e documentários); Organizar atividades culturais e esportivas (incentivo à formação de grupos de teatro, festivais musicais, revelação de pintores e desenhistas, torneios e campeonatos estudantis); Aquisição de uma sede própria para a Sala de Leitura Everaldo Araújo Silva; Qualificação profissional e encaminhamento ao mercado de emprego; Implantação da Carteira do Estudante (fazer valer a lei da “Meia Entrada” e firmar convênios com órgãos públicos, ONGs e setor privado; Cidadania (aquisição de documentos: RG, Reservista, Carteira do Trabalho, Título de Eleitor); 72


Defesa da criação do Crédito Educativo. Grupos de apoio A Chapa 1 – “Dinâmica e Luta” recebeu o apoio da maioria dos diretores da UMEL, também dos candidatos à presidentes Jefferson Macêdo e Apolônia Luna, nos grêmios estudantis Antônio Lins e Aristheu de Andrade, respectivamente, além de pouquíssimos professores e partidos políticos (PMDB, PSB e uma ala do PT). O militante do PT e candidato da Chapa 2, Cícero Manoel não recebeu adesão nenhuma, pois sua candidatura não foi nem aprovada pela cúpula do Partido dos Trabalhadores. No entanto, a Chapa 3 – “UMEL de Cara Nova” liderada pelo fenômeno Genésio José, 6a Série do Colégio Cenecista e monitor da “Horta Nossa Eseprança”, da Associaão de Trabalhadores e de Pequenos Produtores Rurais – (ATRAPO), reuniu em torno de sua candidatura diversos grupos (UJIPA, ATRAPO, Grupo dos Jovens) – coordenados pela Igreja Católica, vereadores da situação, todos os escalões do poder executivo: prefeita, vice-prefeito, secretários, diretores das escolas, militância do “PT de Cara Nova”, os articuladores Rudson Sarmento e Hamilton Alexandre, além das chapas – “Única” no Colégio Cenecista e a “2” no Aristheu de Andrade. Esse bolo bem recheado de “aliados” – tinha uma posição notória: uns controlar a UMEL com o objetivo de levar adiante projetos políticos e sociais, e outros destruí-la, pois o movimento incomodava muita gente. Gente essa, que se sentia ameaçada no seu intocável cargo. O pleito – 810 estudantes de quatro educandários participaram das eleições da UMEL e dos grêmios estudantis realizados no dia 18 de agosto. Este número representa uma marca histórica para o movimento estudantil, pois a categoria atingiu mais de 5% (cinco por cento) da população leopoldinense. As eleições transcorreram em clima festivo e tranquilo, onde contou com a cooperação de diretores, professores e funcionários das escolas. Apuração – às 22:00h, no Clube UDAL, deu-se a apuração do pleito. No ato, se fizeram presentes as seguintes personalidades: Júnior Amorim, Gilberto Sobreira, Carlinhos Claudino, Érica Valéria, Daniel Amâncio, Cícero Manoel, Sandra Soares, Ivanaldo José, José Mário e Chico Amâncio (diretores da UMEL), Arnaldo Sobreira (diretor do Clube UDAL), Rudson Sarmento Maia (agrônomo), Saulo Wilker (coordenador da UJIPA), Gisélia Sobreira (diretora do Colégio Cenecista), Josefa Araújo S. Borges e Maria F. Alves (secretárias do Colégio Cenecista), Edson Alves (diretor do Curso de Contabilidade), Verônica Maria (diretora da Escola Aristheu de Andrade), Maria da Silva, Jaqueline Domingos, Gilvan José, Miguel Florêncio e Lucineide Maria (professores), além dos estudantes Genésio, Robertinho Carneiro, Jefferson Macêdo, Erivan Soares da Silva, Rosejane Wanderley, Apolônia Luna, 73


Meilton Luna, Reginaldo Luiz, Bráulio Cosmo, Lucinalda Andrade, Ednaldo Jorge, Juliana Maria, Andreza Marques, Juliana Maria, Maria Verônica, Rodemendes Wanderley, Manuela Domingos, Regina Marques, Daula M. G. Lúcio e Ivânia M. B. Silva. A mesa diretora dos trabalhos foi composta por Gisélia Sobreira, Edson Alves, Josefa A. S. Borges, Verônica Maria, Maria da Silva, Jaqueline Domingos e Lucineide Maria. Finalizada a contagem dos votos pela mesa diretora, foi declarada eleita com 507 votos a Chapa 3 – “UMEL de Cara Nova” liderada por Genésio e Robertinho Carneiro, com uma diferença de 246 votos para a segunda colocada e, 408 votos da terceira colocada. Para à presidência do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha foi eleito o companheiro Jefferson Macêdo. E no Grêmio Estudantil Cenecista elegeu-se a Chapa “Única” – Erivan Soares e Rosejane G. Wanderley. Enquanto isso, a disputa da presidência do Grêmio Estudantil Aristeu de Andrade foi mais acirrada entre os primos “Luna”. Mesmo assim, a Chapa 2 – Meilton Luna e Reginaldo Luiz venceu com uma diferença de 49 votos. Resultado por educandários – Eleição UMEL/1994

Colégio Cenecista Pe. Francisco - CNEC Chapa 1 2 3

Candidato Francisco José Borges Amâncio / Alexandre Gilberto Sobreira Cícero Manoel da Silva / Luciano Jose da Silva Genésio da Silva / Roberto Carneiro da Silva Júnior

Nulos Brancos Total

Votação 55 02 101 03 01 102

Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha Chapa 1 2 3

Candidato Francisco José Borges Amâncio / Alexandre Gilberto Sobreira Cícero Manoel da Silva / Luciano Jose da Silva Genésio da Silva / Roberto Carneiro da Silva Júnior

Nulos Brancos Total

Votação 93 04 223 06 03 329

74


Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade Chapa 1 2 3

Candidato Francisco José Borges Amâncio / Alexandre Gilberto Sobreira Cícero Manoel da Silva / Luciano Jose da Silva Genésio da Silva / Roberto Carneiro da Silva Júnior

Nulos Brancos Total

Votação 104 03 179 08

NACES (Supletivo 1o Grau) Chapa 1 2 3

Candidato Francisco José Borges Amâncio / Alexandre Gilberto Sobreira Cícero Manoel da Silva / Luciano Jose da Silva Genésio da Silva / Roberto Carneiro da Silva Júnior

Total

Votação 09 00 14 23

Votação dos candidatos a Presidente da UMEL – Gestão: 1994/1996 Chapa 1 2 3

Candidato Francisco José Borges Amâncio / Alexandre Gilberto Sobreira Cícero Manoel da Silva / Luciano Jose da Silva Genésio da Silva / Roberto Carneiro da Silva Júnior

Nulos Brancos Total

Votação 261 09 507 16 06 810

Grêmio Estudantil Aristheu de Andrade Chapa 1 2

Candidato Apolônia Alzira R. Luna da Silva / Sandra S. da Silva Meilton Luna / Reginaldo Luiz

Nulos Brancos Total

Votação 114 163 11 08 296

Passeata marca aniversário do Mandacaru 75


Uma passeata com mais de 600 pessoas pelas principais vias públicas da cidade, no dia 20 de agosto de 1994, marcou as festividades em homenagem ao terceiro aniversário do Mandacaru. O ato foi organizado pela Associação dos Moradores do Mandacaru. O presidente da AMM, Maurício Pereira de Souza, contou com as presenças dos membros do MST-AL, Eloísa Gabriel e Adelmo Lins; dos presidentes do PT e da UMEL, respectivamente, Jair de Assis e Júnior Amorim; além da vice-prefeita de Maceió e candidata a deputada estadual, Heloísa Helena e do presidente da CUT-AL e candidato a deputado federal, Paulo Fernando dos Santos Paulão), ambos pelo Partido dos Trabalhadores. O ato encerrou-se após discursos dos líderes ao lado da quadra de esportes, num palanque improvisado com um caminhão. Na ocasião, a cúpula do governo municipal mandou desligar os refletores. Apesar desta baixa, a festa não perdeu o brilho, pois a lua, as estrelas e o povo foram testemunhas da verdade.

I Torneio Veteranos de Futsal

Através da UMEL e com a coordenação do desportista João Reis de Figueiredo, realizou-se o I Torneio Veteranos de Futsal, no dia 21 de agosto de 1994, na Quadra Municipal Mané Garrincha. Participaram da competição os seguintes clubes: ASV, Veteranos F. C. (Barrigudos), ASPA, Garagem F. C. de Veteranos, Usina Taquara e Polícia Militar. O torneio contou com o patrocínio da Drogaria Central, da Casa São Geraldo e do vereador Severiano Freitas. Resultados dos jogos da 1a fase: pelo Grupo “A” ASV 1 x 3 ASPA, Garagem 4 x 5 ASV e ASPA 5 x 1 Garagem; e pelo Grupo “B” PM 1 x 2 VFC (Barrigudos), Usina Taquara 2 x 4 PM e VFC (Barrigudos) 8 x 0 Usina Taquara. Placar das partidas das semifinais: ASPA 4 x 4 PM (nos pênaltis: ASPA 4 x 3) e VFC (Barrigudos) 1 x 2 ASV. Na final, o ASPA goleou o ASV por 5 a 0, sagrando-se campeão invicto. Os gols foram marcados por Miro e Valter (2) e Girico (1). Miro, do ASPA, foi o artilheiro do torneio, com 7 gols assinalados. Na cerimônia de premiação, o presidente da UMEL, Júnior Amorim e o desportista João Reis de Figueiredo, condecoraram o campeão e o vice-campeão, respectivamente, com troféus e medalhas de honra ao mérito. A festa encerrou-se com um coquetel oferecido aos atletas e convidados.

76


Erivan Soares empossa diretoria do Grêmio Cenecista

No dia 14 de setembro de 1994, o presidente Erivan Soares da Silva juntamente com a sua vice-presidente Rosejane Gama Wanderley, empossaram a mais nova diretoria do Grêmio Estudantil Cenecista Pe. Francisco. A diretoria que responderá por um mandato de um ano (14/09/94 a 14/09/95), é formada pelos seguintes membros: Gilberto Sobreira (secretário geral), Daniela Karlla (tesoureira), Orlando José (diretor de esportes), Juliana Maria (diretora de imprensa), Patrícia Palmeira (diretora de educação), Márcio Araújo (diretor de patrimônio), Rosilene Maria da Silva (diretora de cultura), Josivânea Nunes (diretora social) e Gilvaneide Bezerra (conselheira fiscal). Nota-se nesta composição a mensagem de diretores com vasta experiência, entre eles, destacamos os ex-diretores da UMEL: Gilberto Sobreira, Daniela Karlla, Patrícia Palmeira e Josivânea Nunes.

Transição de cargos: o novo presidente da UMEL, Genésio é empossado em cerimônia bastante festiva

O presidente Júnior Amorim, da UMEL, empossou como novo presidente da entidade na noite de sábado, dia 17 de setembro de 1994, o jovem Genésio da Silva, de 18 anos. A solenidade aconteceu no Clube UDAL, com presenças do padre Aldo Giazzon; do juiz Antônio Luna da Silva; da diretora Gisélia F. Sobreira, do Colégio Cenecista Pe. Francisco – CNEC; do presidente Maurício P. de Souza, da Associação dos Moradores do Mandacaru; do vereador Severiano Freitas; do coordenador Adelmo Lins, do MST-AL; da advogada Almira Melo; da presidente Luciana Freitas, do Diretório M. do PMDB; do ex-presidente Caetano Monteiro de Lima, do Grêmio Estudantil Antônio L. da Rocha; do militante Romildo Laurentino, do PT de Colônia Leopoldina; da diretora Amara Marques de Araújo, da ATRAPO; dos educadores – Adelmo de Oliveira Torres e Elda Brito; e das estudantes Ivânia M. B. Silva e Apolônia Luna, dentre outras personalidades de renome no município. A formação da mesa foi composta por Júnior Amorim, Vilma F. B arbosa, Gilberto Sobreira, Lenilda Maria, Chico Amâncio, Elisa M. Balbino, Carlinhos Claudino, Daniel Amâncio, Sandra Soares, Érica Valérica, Patrícia Palmeira, Cícero Manoel e Josivânea Nunes. 77


Na oportunidade, o presidente Júnior Amorim, fez a saudação aos presentes reafirmando a importância da entidade na questão das ações em relação aos estudantes do município. Em seguida, os diretores Gilberto Sobreira e Lenilda Maria leram, respectivamente, a “Ata da Eleição-1994” e a “Prestação de Contas da Gestão-1992/94”. No momento da transição da presidência, Genésio assinou com os demais diretores o termo de posse e recebeu das mãos de Júnior Amorim a chave da Sala de Leitura Everaldo Araújo Silva. Após assumir à presidência, Genésio antes mesmo do seu primeiro pronunciamento, franqueou a palavra a plateia. Ativo na defesa dos interesses sociais, o vereador Severiano Freitas (PMDB), em suas palavras elencou o trabalho da UMEL e comprometeu-se em manter forte e firme sua relação de contribuição também com a nova diretoria ora empossada. O segundo orador, Adelm Lins, coordenador do MST-AL, enfatizou o papel positivo de transformação que a UMEL promoveu com esforço junto a comunidade escolar ao longo desses dois primeiros anos de fundação. Representando a categoria estudantil, Apolônia Luna, 8a série da Escola de 1o Grau Aristheu de Andrade, não economizou elogios aos ex-diretores da UMEL, destacando-os pela coragem e pela mensagem de garra e de dedicação, que encararam os obstáculos em prol de uma melhor qualidade de vida para o povo leopoldinense. Em discurso cauteloso, Genésio disse que iria conduzir a UMEL com novas mudanças em sua estrutura política. Falou também que a incumbência de dirigir a entidade é de toda a equipe, e que buscará parceria principalmente junto aos seus aliados. No entanto, defendeu a autonomia da UMEL. Segundo ele, este ponto tem que ser preservado. Finalizou agradecendo feliz aos que depositaram confiança em seu grupo, particularmente na sua pessoa. O secretário-geral Saulo Wilker, um dos líderes da nova diretoria da entidade, frisou em seu pronunciamento que a partir daquele momento, iniciaria uma nova fase na política estudantil. Segundo ele, a UMEL adotará uma postura menos agressora nos embates políticos.

Diretoria da UMEL (Gestão: 1994/96)

Presidente: Genésio da Silva: Vice-presidente: Roberto Carneiro da Silva Júnior; Secretario geral: Saulo Wilker Marques Silva; Assessora geral: Maria Dagmar Barbosa; Diretor de patrimônio: Sandoval da Silva Almeida; Diretores financeiros: Luis Carlos da Silva do Nascimento e Maria Verônica; Diretores de cultura; Vitalino do Nascimento e Erivelton José da Silva; Diretores de esporte: Ivanilson José da Silva e Alessandro da Silva Pereira; 78


Diretores de educação: Wagner Lins Cavalcante e Silvanio dos Santos; Diretores de política: José Ferreira da Silva e Paulo Edson Araújo; Diretores de imprensa: Wellington Sandro Silva de Carvalho e Jorge Alexandre da Silva; Diretores de direitos humanos: Valdemir Agustinho de Souza e Maria das Graças da Silva; Diretores de Assuntos sociais: Márcioi Moreira Bezerra Silva e Gilvaneide Maria da Silva.

Música é vida

Através da iniciativa do escritor Everaldo Araújo Silva, com o apoio do músico Vitalino do Nascimento e de Paulo Edson Araújo, respectivamente, diretores de Cultura e de Política da UMEL, fundou-se uma entidade em homenagem a um dos mais conceituados músicos leopoldinense, o ex-professor Sebastião Silva Braga (Bastos), no dia 18 de setembro de 1994. O evento se deu no Centro Paroquial, com presenças de mais de 50 pessoas representando diferentes segmentos da sociedade leopoldinense. A entidade foi batizada de Sociedade Musical Prof. Sebastião Braga. Durante a solenidade, o escritor Everaldo Araújo Silva explicou que o principal objetivo da sociedade musical ora constituída, será executar um trabalho árduo com crianças e adolescentes carentes em faixas etárias entre 07 aos 17 anos, onde terão a oportunidade de receberem ensinamentos gratuitamente, de aulas teóricas e práticas de música instrumental. Outro ponto importante deste projeto, é que os seus fundadores espelham-se no exemplo bem-sucedido da Fundação Música e Vida dos Meninos de São Caetano, coordenado pelo maestro Mozart Vieira, no município de São Caetano do Sul – PE.

O governo de Genésio

Em outubro de4 1994, a diretoria da UMEL através do seu presidente Genésio da Silva, lançou com uma nova face a primeira edição do Jornal Voz Estudantil. O jornal enfocou os principais acontecimentos aos meses de setembro e outubro. Para a tiragem deste boletim noticioso e de grande valia para a categoria estudantil, a entidade contou com o apoio expressivo da Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina, da Câmara M. de Vereadores, do Comercial Rocha Ltda. e da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Levando sempre informações importantíssimas em suas páginas com conteúdos 79


verídicos e imparciais, o informativo destacou-se mais uma vez junto a todos os setores da sociedade. Entre os textos em vitrines, a matéria com o título “Desafio”, de autoria de Paulo Edson Araújo, abordou a capacidade de ler e escrever. Outro texto que mereceu a atenção especial, com o título “Conquista”, escrito pela secretária municipal de Educação, professora Anita Borges, tratava do drama da categoria do Magistério. A equipe de coordenação da “Horta Nossa Esperança”, da ATRAPO, deu também sua parcela de contribuição para a redação do jornal, com o tema “Esperança”. A reportagem referiu-se a história da fundação do projeto da horta, no qual divulgou os dados das atividades desenvolvidas pela equipe com as crianças carentes do nosso município.

80


Capítulo VII – Depoimentos e cartas

Ter acompanhado Júnior Amorim, para mim foi de uma satisfação imensa, pois sua garra e determinação fazem dele este líder nato, a quem tive a honra de trabalhar ao seu lado e, ter aprendido tantas coisas com ele. Sempre firme e forte nas suas decisões, tornou-se um irmão, um companheiro de luta a quem admiro e respeito. Vilma Ferreira Barbosa (ex-vice-presidente da UMEL 1992/94)

Transcendente, dotado de virtude simples, mas bem definidas, demonstrou veemência, compatibilidade e, sobretudo, seriedade. Digno representante dos interesses coletivos dos estudantes. Francisco José Borges Amâncio (ex-diretor da UMEL 1992/94)

Comentar sobre Júnior Amorim, é lembrar o sucesso do movimento estudantil. O que ele deixou de lembrança do seu mandato como presidente da UMEL, foi a realização de uma conquista em favor da massa estudantil. Nenhuma forma de agradecimento do mundo, pode recompensar o que ele realizou por nós: fez com que nos acreditássemos no valor que tem um estudante. E soube mostrar a nossa sociedade que “os estudantes unidos ninguém os detêm”. Em nome de todos os estudantes, obrigada Júnior Amorim, por ter feito de nós verdadeiros estudantes. Apolônia Alzira Rodrigues Luna da Silva (ex-estudante da Escola Aristheu de Andrade)

A princípio, gostaria de parabenizá-lo pela atuação da UMEL. Fico muito feliz em saber, que não é só nas capitais que pulsa o movimento estudantil (...). José A. Parente (Totó) Coordenador Geral da UBES São Paulo SP, em 12/07/93

(...) Queremos trocar ideias com você no que diz respeito a visão política da UMEL, em relação ao nosso pais. Cláudia V. Cavalcante Diretora da UBES e Secretária-Geral da UMES São Paulo – SP, em 07/01/94 81


Capítulo VIII - Entrevistas “... A luta pelo direito é constante, e deve ser o ideal de toda sociedade organizada...” ANA FLORINDA M. DA SILVA DANTAS Juiz de Direito

Entrevista concedida ao presidente Hamilton Alexandre da Silva, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha e publicada no Jornal do Estudante em 08 de outubro de 1991. Ana Florinda Mendonça da Silva Dantas, 37 anos, nasceu em Salvador – BA. Magistrada em Direito pela Faculdade de Salvador – BA, advogou durante 09 anos, os quais exerceu como Procuradora do Estado da Bahia. Vinda para Alagoas, prestou concurso para o Tribunal de Justiça no cargo de juiz de direito, e aprovada com mérito e competência, é hoje a juíza da nossa comarca. Nesta entrevista, a juíza aborda assuntos polêmicos, inclusive, a ação do MST na ocupação do terreno localizado no Engenho Santo Antônio, propriedade da Companhia Habitacional Popular do Estado de Alagoas COHAB/AL, em 20 de agosto de 1991, por cem famílias carentes que recebeu o nome de Mandacaru. Jornal do Estudante – De que forma a senhora ver o nosso município? Juíza – Como um reflexo das dificuldades pelos quais passa o país e o Estado de Alagoas em particular. Jornal do Estudante – O que deveria mudar? Juíza – As mudanças necessárias são as mesmas esperadas no país: a visão do desenvolvimento do município como um todo, em que seja dada prioridade à educação, à saúde e ao desenvolvimento social. Jornal do Estudante – Como a senhora ver o ensino do município? Juíza – Possuo poucas informações a respeito, mas tenho uma visão positiva dos resultados, a partir do nível dos auxiliares com que conto. Jornal do Estudante – Ao lançar o Concurso de Redação qual era o seu objetivo? Juíza – O concurso é uma experiência que teve início no município de São Sebastião – AL, minha primeira comarca. O seu objetivo é levar ao jovem estudante a refletir sobre um tema que considero relevante naquele momento, despertando discussões e debates a seu respeito.

82


Jornal do Estudante – Já foi criado o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA? Juíza – O Conselho Titular já foi criado através da lei municipal, mas ainda não ocorreu a sua implantação, que é uma das minhas prioridades no momento. Será o tema de palestra a ser proferida pelo promotor da comarca no próximo dia 15 de outubro, às 19:00h, no Salão Paroquial. Jornal do Estudante – Os “menores de rua” estão aumentando cada vez mais em Colônia. O que fazer para reverter este quadro? Juíza – Trabalhar muito, enfrentando a falta de condições e usando toda a equipe disponível. Foi criado recentemente um grupo de Comissários Orientadores, que vêm atuando no cadastramento dos menores que apresentam comportamento desajustado socialmente, e acompanhando os casos junto às respectivas famílias. Estamos ainda desenvolvendo vários projetos que serão apresentados à comunidade no encontro programado para o dia 15 próximo. A participação da comunidade é fundamental para o êxito desse tipo de trabalho. Jornal do Estudante – O Executivo e Legislativo têm contribuído para chegar a uma solução? Juíza – Tenho notado um interesse na cooperação, e espero que diante de propostas concretas a colaboração se efetive. Até o momento tanto o Legislativo com a apresentação do projeto de lei regulamentando a atividade do Conselho Tutelar do município, como o Executivo, aprovando e sancionando a lei, não nos tem faltado com o apoio necessário. Jornal do Estudante – A senhora criou o Comissário de Menores. Para que serve? Juíza – O seu objetivo é o acompanhamento e a orientação dos casos de crianças e adolescentes com desajustes sociais ou que pratiquem infrações, buscando facilitar a integração desses jovens com a comunidade, prevenindo futuras ocorrências de maior gravidade. Jornal do Estudante – No Brasil, a violência e o extermínio de menores vêm mais por parte de policiais. O que fazer para acabar com isto? Juíza – Cada caso deve ser apurado, e punido com rigor os culpados. O trabalho preventivo, como o que pretendemos realizar, visa justamente evitar que em nosso município o problema atinja níveis de maior gravidade. Jornal do Estudante – A senhora acha que é necessário uma mudança na Constituição? Juíza – Sim, desde que seu objetivo seja um aprimoramento das instituições e não um pretexto para retrocessos nos direitos já conquistados pelos cidadãos. Jornal do Estudante – É legal o Movimento do Sem Teto? Juíza – Eventualmente tais movimentos podem ignorar as normas legais, pois se constituem em mecanismos de pressão para modificar uma situação social que lhe é adversa. Jornal do Estudante – Qual o seu parecer sobre a violência ocorrida em Maceió com os sem teto? Juíza – Toda violência deve ser condenada, pois não constrói. Quanto ao episódio em particular, tudo o que sei é fruto de leitura dos jornais, que nem sempre espelham a realidade, e portanto me sinto incapacitada para emitir uma opinião mais contundente. Em princípio sou contra toda forma de violência. 83


Jornal do Estudante – Todo trabalhador tem direito no mínimo a um salário. O que fazer para o cumprimento desta lei? Juíza – Recorrer aos mecanismos que a lei põe à disposição do cidadão para fazer valer os seus direitos. A luta pelo direito é constante, e deve ser ideal de toda sociedade organizada. A cada direito que tenha sido desatendido corresponde um meio de faze-lo efetivo, cabendo ao cidadão prejudicado buscar a orientação de um profissional de direito para dar a solução ideal e adequada para cada caso. Jornal do Estudante – O Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha tem como objetivo o desenvolvimento da educação e o bem-estar da sociedade. Para isto, criamos o nosso jornal. O que a senhora acha desta iniciativa? Juíza – Desde o primeiro numero que recebi e li, venho acompanhando com atenção e entusiasmo esse trabalho, que considero da maior importância, pois revela nos seus idealizadores e colaboradores a existência de uma mobilização, de um ideal em prol dos seus objetivos. O grêmio estudantil está de parabéns pela iniciativa, que espero se desenvolva a cada dia, inclusive com execução de outros projetos com o entusiasmo e a criatividade que nal faltam aos seus membros.

84


“... Os mandacarus se multiplicarão à medida que as instituições de hoje e de amanhã, acumularem riqueza e poder a custa dos mais fracos...” ALDO GIAZZON Padre Entrevista concedida ao presidente Hamilton Alexandre da Silva, do Grêmio Estudantil Antônio Lins Rocha e publicada no Jornal do Estudante em 14 de fevereiro de 1992.

O padre Aldo Giazzon nasceu na cidade de São Giustina – Belluno, na Itália, no ano de 1938. Desde 1984 é o pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo. Em 1988, foi o principal fundador da Associação de Trabalhadores e Pequenos Produtores Rurais – ATRAPO, em Colônia Leopoldina. Destaca-se a seguir, nesta entrevista os mais importantes assuntos sobre catolicismo, teologia, moradia popular, educação, política entre outros mais. Jornal do Estudante – Segundo pesquisas dos meios de comunicação e da própria igreja, o catolicismo sofreu uma queda no Brasil. Ao que o senhor atribui esta crise? Pe. Aldo – Para mim, não há “queda”. Quem antigamente se declarava católico, frequentar a igreja ou frequentando outras, hoje se sente mais livre e se declara o que ele é. Por outro lado, entendo que há maior compromisso, interesses e entendimentos daqueles que hoje frequentam a igreja, assumindo tarefas que pareciam exclusivas do padre, exemplo: encontros explicando a palavra de Deus, levar a comunhão aos enfermos, etc. Jornal do Estudante – Uma pesquisa realizada pelo IBGE diz que 72% da população é católica, mas 7 entre 10 brasileiros frequentam cartomantes, videntes e sessões espíritas. A igreja perdeu sua articulação entre os brasileiros? Pe. Aldo – Não cabe à igreja “articular” todos os brasileiros, indagar sobre o futuro é próprio do homem, consultar cartomantes e videntes pode ser pouca fé no Deus vivo, mas sabemos que pessoas dotadas de percepção, podem descobrir coisas da vida de alguém. Pela ciência, sabemos que a mente tanto tem capacidade de transmitir o pensamento como de captar o pensamento de outros. Jornal do Estudante – O Sr. acha que hoje se desvanece o temor de pecar e de ser punido por isso? Pe. Aldo – Os valores que a sociedade apresenta (poder, dinheiro, vaidade, aproveitamento só para si, individualismo, etc.), são tidos como mais importantes que os valores do Evangelho (justiça, fraternidade, partilha dos bens, perdão, amor, doação, etc.). Assim muitos incautos ou ingênuos, sobretudo entre os jovens acham que o bem é seguir que o mundo apresenta sem medir as consequências, salvo depois de arrepender ou lastimar de sua sorte! Jornal do Estudante – O que é Teologia da Libertação? 85


Pe. Aldo – A Teologia da Libertação o- TLD é um discurso que tem Deus como centro, um Deus que está presente também nas situações da história, da política, da economia, da sociologia, etc. Ela pressupõe uma experiência espiritual de encontro com o Senhor na massa dos pobres, feitos pobres pelo sistema. A Teologia é um esforço de aproveitamento de sistematização desta experiência. A experiência é algo pessoal e mutável; assim há várias tendências de TDL. Jornal do Estudante – Por que o Papa João Paulo II critica a Teologia da Libertação? Pe. Aldo – O Papa critica certos aspectos da TDL e valoriza outros. No último documento oficial da igreja (AAS no 76) ao no 24 se lê: “Hoje de um modo totalmente novo, por causa dos terríveis desafios que a humanidade deve enfrentar, torna-se necessário e urgente que o amor de Deus e a liberdade na verdade e na justiça imprimam a sua marca nas relações entre o homem e entre os povos e animem a vida das culturas”. Abre-se diante de nós uma nova fase da história da liberdade. Liberdade não é fazer não importa o quê: ela é liberdade para o bem, participatividade de todos no processo de desenvolvimento e no uso dos bens produzidos. Ao no 42: “Ninguém pode menosprezar seus semelhantes despojando-os injustamente e tratando-os como objetos ou instrumentos...” Assim é preciso denunciar e mudar aquelas estruturas de exploração e de servidão que fazem uns ricos mais ricos e outros pobres cada vez mais pobres. Jornal do Estudante – Por que os conservadores enxergam nas atitudes dos religiosos ligados à teologia da Libertação casamento do Marxismo com o Cristianismo a razão para o enfraquecimento da igreja? Pe. Aldo – A alguns, a igreja parece enfraquecer porque não se desenvolvem algumas práticas religiosas tradicionais: a outros, porque são derrubados certos privilégios de poder ou dominação. Eu penso que onde a igreja está mais comprometida com o povo, aí se torna mais presente a força de Deus, embora os poderosos queiram abafá-la. Nada de estranho quanto a isso, pois o pior fizeram com o seu fundador, Jesus Cristo. Jornal do Estudante – O Sr. acha que a crença e a prática religiosa passaram a ser individual, ou seja, acreditar em Deus deixou de significar adesão a alguma igreja concreta? Pe. Aldo – Há uma tendência relevante ao individualismo e a fechar-se em si mesmo. Alguns ficam desnorteados por causa de tantas “religiões” e acham que qualquer religião é um modo de viver. Isto me parece bastante negativo. Não vejo porém essa falta de adesão à igreja concreta, pelo menos em nossa região. Jornal do Estudante – Como o Sr. ver o nosso município no contexto político, social e econômico? Pe. Aldo – Todos se perguntam: porque tantos candidatos, quando têm eleições? Por que, os candidatos gastam fortunas para poder chegar lá? É só por amor ao povo? Para servir ao povo, como eles gostam de enganar o povo? Um número considerável de pessoas sabe quando entra na prefeitura e os que chegam lá, se aproveitam, calam a boca e mamam. Todos eles calam a boca e se protegem uns dos outros; só assim podem se perpetuar no poder: poder gera capital e capital gera poder. Já se viu um pobre honesto e inteligente (e tem em Colônia) entrar no poder? Eu me pergunto: tem pessoas que ganham Cr$ 900.000,00 ou 600.000,00 o que elas fazem de mais importante e de mais nobre que uma professora que ganha atrasados os miseráveis Cr$ 30.000,00 (30 vezes menos) se esforçando todo dia e acabando com sua saúde. Uns são super valorizados e outros super desvalorizados. Jornal do Estudante – Que nota o Sr. avalia os poderes Executivo e Legislativo? 86


Pe. Aldo – Está na vista! Outo dizer muitas vezes: “Se algum candidato aparecer me pedindo o voto, só votarei se conseguir este favor (?). Quer dizer que muitos eleitores querem favores pessoais e não olham o bem comum, quem consegue se eleger, uma vez empossado no cargo, pode até dizer: “Me elegi com o meu esforço e não devo nada a ninguém”. Está na vista! Jornal do Estudante – Como o Sr. observa o ensino em nosso município? Pe. Aldo – Noto um esforço razoável na sede do município, embora dezenas e dezenas de crianças, por vários motivos, não tenham condições de frequentar a escola. Parece-me que nunca se tomou a sério uma verdadeira alfabetização de adultos; no interior a situação é lastimável; alguns sítios e fazendas estão completamente abandonados, de número excessivo de alunos e de várias séries na esma sala etc., e pela vergonhosa exploração da mão de obra de crianças que têm que trabalhar na cana (até com 7 anos) para ajudar a família. Jornal do Estudante – Como está o ensino dirigido pela igreja? Pe. Aldo – A igreja não recebe verba do Estado, pelo menos aqui. Ela tem algumas classes da alfabetização de adultos na região. A experiência tem dado bons resultados a tal ponto de nos incentivar a continuar, sobretudo nas periferias. Jornal do Estudante – A quem o Sr. atribui o problema do Mandacaru? Pe. Aldo – Todos sabem em que época nasceu o Mandacaru, na entressafra. Surgiu por falta de: 1o) casa para o povo morar, povo que foi obrigado a sair dos sítios e fazendas sem indenização, quando não despejado ou corrido; 2o) trabalho e de ganho, como pagar aluguél? Ganhar 12 e pagar 9?; 3o) condições mínimas de higiene e espaço. Um quarto para 6-7 pessoas, sem água, sem luz e sem sanitário. Tem gente que não quer enxergar esta realidade e tapa a situação com a força bruta, gastando um dinheirão. Se eu tivesse o dinheiro que foi gasto para manter a ordem, bem que teria feito já uma dezena de casas e a ordem seria bem melhor! Os mandacarus se multiplicarão à medida que as instituições de hoje e de amanhã, acumularem riqueza e poder a custa dos mais fracos. Jornal do Estudante – No atual quadro politico que se forma para as eleições municipais, o Sr. vê alguma perspectiva de mudança? Pe. Aldo – Todos nós acreditamos em dias melhores. Peço a Deus que elejam candidatos competentes e honestos, e não aqueles que compram votos, fazem ameaças ou roubam na apuração. Se antes das eleições não são honestos, como o poder ser depois? O povo não se queixe: tem os governantes que merece! Jornal do Estudante – O Sr. acredita que o país vai melhorar? Pe. Aldo – Todo dia há novos planos para melhorar, dizem eles. Só que a corrupção está se alastrando dos altos escalões aos baixos. Enquanto não entrar na cadeia os verdadeiros ladrões a coisa vai... vai... não sei se vai melhorar. Jornal do Estudante – A Festa de São Sebastião correspondeu as suas expectativas? Pe. Aldo – Desde que cheguei em Colônia, fiz questão que a comunidade participasse o quanto mais possível. Foi duro nos primeiros tempos, por vícios adquiridos. Aos poucos nós começamos a nos entender e assim formamos comissões que com o empenho e sacrifício assumem as festas. Acredito que a comunidade toda ganhou, por isso me sinto satisfeito e vemos uma numerosa participação todo ano as nossas festas.

87


Jornal do Estudante – O Grêmio Estudantil tem como objetivo o desenvolvimento da educação e o bem-estar da sociedade. O que o Sr. acha do nosso trabalho? Pe. Aldo – Acho louvável e incentivo, pois é de grande valia para todos.

88


“Acho inclusive, que compete aos jovens, especialmente estudantes, examinarem paciente e cautelosamente cada candidato, seu passado e seu presente para não se decepcionarem no futuro...” TEMA GOMES DE MELO Ex-primeira-dama e pré-candidata a prefeita de Colônia Leopoldina – AL. Entrevista concedida ao presidente Hamilton Alexandre da Silva, do Grêmio Estudantil Antônio Lins da Rocha e publicada no Jornal do Estudante em 20 de maio de 1992. Telma Gomes de Melo nasceu no ano de 1936, na cidade de Canavieiras – BA. Exprimeira-dama do município, ficou conhecida durante a gestão do seu saudoso marido e exprefeito, José Santa de Melo – o Zé de Melo (falecido em 05/01/980), pela classe menos favorecida como a “mãe da pobreza” devido a um belíssimo trabalho desempenhado na área de assistência social em nossa região. A seguir, veremos sua entrevista de capa de campanha, onde ela aborda sua pré-candidatura a prefeita de Colônia, fala também da educação, ocupação do Mandacaru, eleições diretas para diretores nas escolas municipais entre outros temas. Jornal do Estudante – O que faz uma mulher pública? Telma Melo – Comete a mulher que assume tarefas públicas uma multiplicidade de responsabilidades. Por exemplo: viver os problemas da coletividade e não somente vivenciálos, mas acima de tudo, buscar soluções; desse modo, para mim, a tribuna da mulher é a rua, o jardim, o hospital como sua enorme gama de problemas reclamando soluções hábeis e inteligentes. Enfim, a tarefa principal da mulher pública é o bem-estar da coletividade. Jornal do Estudante – Qual seu grande projeto de vida? Telma Melo – Projeto, plano ou ideal? Pouco importa! No momento a mercê de Deus e dos homens e mulheres desta terra é a combinação de uma Colônia Leopoldina em sintonia com a própria evolução. A educação tem que estar desempenhando o seu verdadeiro papel; estímulo a cultura e as artes; frentes de trabalho para oferecer opções ao homem do campo; a saúde reclama providências inadiáveis na cidade e no interior. Os métodos administrativos sofrerão profundas transformações, adequando-os às necessidades, sem o sacrifício do erário público. Jornal do Estudante – Seus adversários insistem na sua inelegibilidade. A senhora é realmente candidata a prefeita? Telma Melo – Pena que no momento em que estamos diariamente preocupados com as coisas sérias de interesse coletivo, descompromissados com este mesmo povo, percam-se com questões menores, o que denota, desde já que não têm aptidão pública. Por esta e outras razões o homem público, o político está se transformando numa figura repelente e desacreditada. Sou candidata por imposição popular e disputarei palmo a palmo.

89


Jornal do Estudante – A senhora é candidata do prefeito? Telma Melo – Sou candidata, como já disse, do povo de Colônia, quanto ao fato de ser candidata ou não do senhor prefeito, só o próprio poderá responder. Mais uma vez afirmo: sou candidata do povo de Colônia, até dos que concorrem comigo. Eu diria até que ficaria muito bem este slogan de campanha: TELMA E O POVO CONTRA O RESTO. Jornal do Estudante – O que a senhora achou da GREVE dos funcionários (ocorrida em abril). Achou justa? Telma Melo – Da greve em si não gostei, porque conduzida por homens que têm a responsabilidade de estabelecer a “harmonia e a tranquilidade; não o fizeram há título de que, não importa”. Pareceu-me que os estimuladores da crise foram incompetentes na mediação, até defesa em um momento difícil. Acho que antes da eclosão de uma greve devem ser esgotados todos os recursos, até a exaustão. Não houve isso, houve precipitação de alguns vereadores, inclusive um que coloca o seu nome ao julgamento popular e seus próprios funcionários, a um cargo executivo. Pasmem! Sou a favor da greve, quando toda uma classe é atingida nos seus direitos. Desse modo, achei que os funcionários, reclamando um direito justíssimo, paralisaram atividades embora reconheça que o destino da citada greve seria outro caso, os microfones da Câmara de Vereadores estivessem em mãos mais habilidosas, tranquilas e conscientes das suas graves responsabilidades. Veja-se que a categoria continua penalizada! Jornal do Estudante – Os salários dos funcionários são insignificantes. Se prefeita que soluções a senhora adotará para resolver problema? Telma Melo – Os salários dos funcionários, não condizem com a realidade, por exemplo, o salário do professor. Entretanto, aqui em Colônia, um estudo desse problema demandaria tempo, administrações passadas, etc. Se eleita, contudo, buscarei num caráter justo, impor um número de funcionários estritamente necessários, a fim de que se possa realmente pagar um salário digno e justo. Reconheço com todos que a Prefeitura abriga um contingente muito grande de funcionários, isto por falta de opções no campo de trabalho, eis porque falei anteriormente em novas frentes de trabalho, para o binômio prefeitura-campo não sejam as únicas alternativas. Jornal do Estudante – Diante da necessidade de democratizar o ensino e sendo uma reivindicação dos estudantes e professores. A senhora fará eleições diretas para diretores nas escolas municipais? Telma Melo – Não vejo o menor problema, desde quando o diretor e demais auxiliares, assim escolhidos se identificarão melhor, e os jovens estudantes passam a assumir responsabilidades. Creio na juventude nos seus ideais e jamais iria cerceá-los. Jornal do Estudante – A educação se encontra em total abandono e descaso material e pedagógico. A senhora pretende fazer alguma reforma no ensino? Telma Melo – Não sei até onde vai o abandono mencionado. Contudo a educação será, se não a meta principal do meu governo, talvez a mais preocupante. Anteriormente já me referia a esta prioridade. Tratando-se de reforma, tenho a declarar que na educação ele se fará necessária bem como nos diferentes setores de uma administração dinâmica. Jornal do Estudante – A senhor foi contra a “invasão” do Mandacaru? Telma Melo – O termo invasão, por si só, implica em atitude não pacífica. Entretanto, vivendo o país num sistema eminentemente capitalista, onde o rico tem assento em todos os lugares, sempre como o melhor, o mais inspirado, o dono das terras e até das verdades, em 90


geral nada fica para os “descamisados”. Este retrato social leva, muitas vezes, a invasão similares. É um problema social todo país e somente o futuro vivendo um sistema de governo justo e democrático por excelência, poderá sanar tais inconvenientes. Acredito que o sol nasceu para todos e não para alguns poucos privilegiados. Jornal do Estudante – Dizem que ter muito dinheiro é decisivo numa eleição. Nessa lógica a senhora acha que o prefeito é “seu” LESSA? Telma Melo – Não obstante reconhecer a realidade dessa afirmação não acredito que o dinheiro de A ou B venha decidir o pleito em Colônia. E o povo onde ficará? Sou daquelas que acredita que este povo de Colônia, não se troca e não se vende. E por acreditar irei até o fim ao lado dos humildes. São pessoas que não misturam o joio com o trigo. Tem consciência de seu valor. Quanto ao candidato citado, admiro-o, mas a resposta se dará nas urnas com o povo se manifestando livremente. Jornal do Estudante – A senhora acha que a votação de Júnior Luna para deputada estadual, refletirá para a eleição dele? Telma Melo – São duas realidades bem distintas, por isso não acredito nessa suposta influência. É um jovem com o seu ideal, embora, politicamente, não consiga polarizar atenções. Jornal do Estudante – Até que ponto a gestão do seu falecido marido irá lhe ajudar? Telma Melo – Até o momento em que ele demonstrou ao povo de Colônia, competência e capacidade, muito especialmente, identificando-se com os problemas do povão. Sua obra foi interrompida, mas será retomada no meu governo. No seu espírito liberal e democrático devo tudo. Por isso sou candidata. Jornal do Estudante – Qual o seu ponto de vista sobre o governo Bilau? Telma Melo – O senhor prefeito, a meu ver, tem sua maneira de dirigir, tornando-se às vezes polêmico. Acho desse modo que embora tenha o meu ponto de vista, quanto a administração atual, julgo inoportuno, estar fazendo o papel de juiz, ora absolvendo, ora condenando. Acho que o melhor juízo está com a sua própria consciência. Ela sim pode absolver ou condenar com absoluta segurança. Assim procedo porque nem sempre a nossa verdade é verdade dos outros, isto é, a nossa verdade, muitas vezes carece de retoques e reparos. Jornal do Estudante – A senhora acha que o voto do jovem será decisivo numa eleição como essa para prefeito? Telma Melo – Corretíssimo. Nesta eleição o voto do jovem é de importância vital, razão pela qual, lanço o meu grito de alerta ao jovem, seja ele estudante ou não. Não se deixe envolver pelas promessas falazes, porque via de regra visam apenas o poder, nunca o cumprimento do prometido. Certas decepções não têm retorno, pelo menos durante 04 exaustivos anos. Acho inclusive, que comete aos jovens, especialmente estudantes, examinarem paciente e cautelosamente cada candidato, seu passado e seu presente para não se decepcionarem no futuro. Creio muito no jovem, na sua força interior e nos seus ideais e na sua própria imaginação. Ajudar participando deste trabalho é a sua própria iluminação. Avante pois, juventude de Colônia! CONTEM COMIGO!

91


“De pleno acordo com eleições diretas, pois seria eleito aquele funcionário que de fato é amado e respeitado por seus colegas...”. MARIA DE FÁTIMA FARIAS DOS PASSOS Professora Entrevista concedida ao presidente da UMEL, Júnior Amorim e publicada no Jornal Voz Estudantil, no dia 23 de março de 1993. Maria de Fátima Farias dos Passos é natural de Colônia Leopoldina – AL, nasceu em 14/04/59, casada, mãe de três filhos. A educadora é uma guerreira com sua liderança política em favor das causas sociais em nosso município. Nesta brilhante entrevista, ela revela, por exemplo, que é de acordo com eleições diretas para diretores nas escolas municipais. Aborda também o descaso com a biblioteca pública, dentre outros tópicos. Jornal Voz Estudantil – Na greve dos funcionários públicos no dia 22/04/92, a senhora foi um alvo do esquema do ex-prefeito Lourinaldo de Lima (Bilau), e de sua “equipe”. Portanto, não está na hora de organizar os funcionários públicos, especialmente os professores e, eventualmente fundar o SINDICATO? Profa Fátima Farias – Em abril do ano passado, lutei ao lado de alguns companheiros que reivindicavam melhor salário. Sofri represálias fortíssimas por parte do Poder Executivo, mas enfim surtiu algum efeito, pois o salário subiu um pouco. Só que uma luta não se faz só, e meus companheiros com medo não prosseguiram na luta. Daí, eu tenho certeza se de fato é o momento do surgimento de um sindicato, que para os menos esclarecidos é fazer oposição; fato não verídico. No entanto, essa ideia ainda faz parte dos meus pensamentos. Jornal Voz Estudantil –O sistema mais coerente, correto e democrático é realizar eleições diretas para DIRETORES nas escolas públicas. A senhora é de acordo com este sistema, ou prefere nomeação? Profa Fátima Farias – De pleno acordo com eleições, pois seria eleito aquele funcionário que de fato é amado e respeitado por seus colegas. Pois o diretor tem que ser querido pelo “pessoal” e não pelo secretário ou prefeito. Jornal Voz Estudantil – A inexistência de uma BIBLIOTECA PÚBLICA é um grande problema para os professores e estudantes. Considerando que a biblioteca é fundamental para o desenvolvimento cultural, intelectual dos professores e dos estudantes, a senhora acha que esta questão não é levada a sério por parte das autoridades competentes do nosso município? Profa Fátima Farias – Sim, é óbvio o desinteresse; pois já foi solicitado o prédio do antigo almoxarifado, bem como doações de estantes, mesas e enciclopédias, pois a UMEL se dispõe de alguns livros e boa vontade de encontrar uma solução para a cultura local. Jornal Voz Estudantil –A quem a senhora atribui a decadência do ensino público em nosso município? Profa Fátima Farias – Em primeiro lugar ao descaso com que é escolhido o corpo docente das escolas. Depois, a falta de cursos de aperfeiçoamento, e também ao péssimo salário que não permite ao professor ter um só trabalho. Falta de preparo geral. 92


Jornal Voz Estudantil –Qual seria a solução ideal para uma educação qualitativa e quantitativa em nossa cidade? Profa Fátima Farias – Já falei, teria que haver uma solução para escolha do professor, bem como, escolas mais agradáveis, menos quentes, e cursos temporários para os professores além do que um salário justo, para que o profissional tenha incentivo para trabalhar, pesquisar, sorrir e viver.

93


“O amor pelo trabalho; é como se fosse minha casa, acostumei-me com a vida no Colégio Cenecista...”. GISÉLIA FEITOSA SOBREIRA Secretária do Colégio Cenecista Pe. Francisco – CNEC. Entrevista concedida ao presidente Arnaldo Sérgio Sobreira, do Grêmio Estudantil Pe. Francisco e publicada na primeira edição do Jornal do Estudante, no dia 03 de junho de 1993.

Gisélia Feitosa Sobreira, nasceu em 11 de janeiro de 1943, na cidade de Colônia Leopoldina – AL. No dia 06 de março de 1967, iniciou sua carreira no Colégio Cenecista Pe. Francisco – CNEC. Mais tarde, em 1981, foi designada pelo então diretor Antônio Luna da Silva, para ocupar com mérito o cargo de secretária do referido educandário. Nessa entrevista exclusiva para o Jornal do Estudantil, a educadora relata a história da fundação do Colégio Cenecista Pe. Francisco e um pouco dos seus grandes mestres que marcaram época em prol desse patrimônio do saber de Colônia Leopoldina. Jornal do Estudante – Como foi fundado o Colégio? Quais foram os seus fundadores? Gisélia F. Sobreira – Em 20 de janeiro de 1960, na presença do Sr. Narciso César da Silva, diretor executivo da NECEG (na época) que relatou algo sobre a Campanha Nacional Educandários Gratuitos no País e Estado, também sobre seu fundador Felipe Tiago Gomes, foi feita a nomeação da primeira diretoria do setor local. Presidente Manoel Barbosa de França; vice-presidente Alfredo de Paula Cavalcanti; 1o secretário José Araújo de Luna; 2o secretário Gilberto de Paula Cavalcanti; tesoureiro Heitor de Lima Vasconcelos. Jornal do Estudante – Após sua fundação quanto tempo levou para ser registrado? Gisélia F. Sobreira – Em 05 de maio de 1960, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) autorizou o funcionamento como estabelecimento de ensino do 1o grau, pela portaria no 318; em 1971, por um Decreto Governamental foi autorizado o funcionamento do 2o grau, por prazo indeterminado (Decreto Gov. no 1897, de 26/04/71). Jornal do Estudante – Onde funcionava o Colégio? Gisélia F. Sobreira – No prédio do Grupo Escolar Aristheu de Andrade. Jornal do Estudante – Qual foi o seu primeiro diretor? Gisélia F. Sobreira – Padre Afonso Winhowen SCJ, vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo. Jornal do Estudante – Quantos diretores já direcionaram o Colégio? Gisélia F. Sobreira – Oito, são eles: Pe.l Afonso Winhoven SCJ, Dr. Neyder Alcântara de Oliveira, Pe. Jorge, Dr. Solalberk, Dr. Antônio Luna da Silva, José Meira Lins, José Araújo de Luna e Severino Cavalcante de Almeida.

94


Jornal do Estudante – Qual foi o primeiro quadro de professores? Gisélia F. Sobreira – Jesus Piauiense de Arêa Leão, Pe. Afonso Winhoven SCJ, Celestina Cavalcanti Lima de Vasconcelos, Antônio Luna da Silva, Heitor Lima de Vasconcelos, Manoel Freire Borges e Maurício Siqueira Campos. Jornal do Estudante – Sabemos que o Cenecista possui um Conselho, quem compõe esse Conselho? Gisélia F. Sobreira – Manoel Benedito da Silva, João Severino da Silva, José Acioly Maciel e Severino Inácio da Rocha (comerciantes); José Alves Caldas Júnior e Severiano José de Freitas Souza (políticos); e Maria Cely Passos (professora). Jornal do Estudante – Essas pessoas que compõe o Conselho são ligadas a educação, sim ou não, por quê? Gisélia F. Sobreira – Apenas a professora Maria Cely Passos está ligada a educação, os demais são comerciantes e políticos. Foi a indicação feita pelo senhor diretor e aprovada em reunião para o prazo de 02 anos. Jornal do Estudante – Quais as principais dificuldades enfrentadas pelo colégio hoje? Gisélia F. Sobreira – Principais dificuldades são: a falta de um prédio para melhor acomodação; pouca renda, impossibilitando um melhor salário aos funcionários; a falta de firmeza nas decisões da direção no tocante a disciplina; falta de uma máquina de datilografia. Jornal do Estudante – Gisélia, com todos os aborrecimento que você enfrenta no cotidiano do estabelecimento de ensino e com a pouca remuneração que recebe, o que a faz continuar? Gisélia F. Sobreira – O amor pelo trabalho; é como se fosse minha casa, acostumei-me com a vida no colégio. A gente sofre, passa decepções, mas tem momentos gratificantes. É bom encontrar um ex-aluno que passou pelo nosso colégio dizer, que eu era muito exigente “braba”, mas esse aluno tem um bom emprego lá fora. Como contribuímos para o INSS, resta-me a esperança de, daqui há 05 anos ter uma aposentadoria, se Deus me conceder a graça de chegar até lá.

95


“Afirmo com toda segurança que enquanto estiver sendo editado o Jornal do Estudante a classe estudantil leopoldinense terá VOZ e VEZ. ADELMO DE OLIVEIRA TORRES Professor Entrevista concedida ao presidente da UMEL, Júnior Amorim e publicada no Jornal Voz Estudantil em 03 de junho de 1993.

Adelmo de Oliveira Torres, nasceu em 15 de março de 1960, no município de Colônia Leopoldina – AL. É professor na Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha (Curso de Contabilidade) e no Colégio Cenecista “Pe. Francisco” (CNEC), onde desenvolve e defende uma política pedagógica com gestão democrática. Em entrevista ao JVE, ele destaca, inclusive, pontos importantes do anseio da comunidade leopoldinense, que prioritariamente deveriam ser solucionáveis pelos poderes Executivo e Legislativo. Como por exemplo, a política salarial do corpo docente, a estruturação da biblioteca pública, e sugere uma nova edição da Lei Orgânica do município. Jornal Voz Estudantil – O sistema mais coerente, correto e democrático é realizar ELEIÇÕES DIRETAS PARA DIRETORES nas escolas públicas. O senhor é de acordo com este sistema ou prefere nomeação? Prof. Adelmo Torres – Sou totalmente a favor de eleições diretas para diretores, pois neste processo podemos aliar competência com legitimidade. A nomeação é sempre decorrente de acordos políticos, impossibilitando a direção tomar decisões de ordem administrativas sem consultar o grupo que a nomeou. Jornal Voz Estudantil – Se o senhor fosse diretor do Curso de Contabilidade eleito pelos estudantes, pais e professores. Que atitude tomaria no sentido de informatizar, desenvolver uma proposta de salário digno para os professores e, especialmente, conscientizar o estudante de sua participação no meio social? Prof. Adelmo Torres – Antes de responder a esta pergunta, quero registrar que tive a honra de ser convidado para dirigir o Curso de Contabilidade pela atual secretaria de Educação, professora Anita Borges, e que por divergências no acerto de pagamentos da horaaula não fui efetivado como diretor. Com relação a informatização no sentido de investimentos em computadores e aplicativos, é fundamental que antes se invista no professor em todos os aspectos, inclusive o financeiro. A questão da proposta salarial só será possível quando houver uma integração maior entre professores, alunos, pais de alunos e governantes, hoje tão dispersos. Com relação a participação dos alunos nos movimentos sociais, é tarefa dos professores incentivá-los e conscientizá-los da importância destes movimentos. Jornal Voz Estudantil – Como o senhor analisa a direção do CURSO DE CONTABILIDADE e seu quadro de professores? 96


Prof. Adelmo Torres – Direção e professores do Curso de Contabilidade, para mim, são verdadeiros heróis, pois ensinam em condições precárias, mas são movidos por um senso de responsabilidade e dedicação que só o amor ao magistério e a consciência do dever cumprido explica. Jornal Voz Estudantil – A evasão escolar vem aumentando a cada mês, especialmente no Contabilidade. O senhor atribui este problema a que fator? Prof. Adelmo Torres – Evasão é um problema que vem sendo detectado em todas as escolas do país. Os motivos são generalizados, como ingresso no mercado de trabalho, não permitindo a conciliação de horários, sucateamento das escolas públicas, exploração das mensalidades das escolas particulares e principalmente o descrédito nas instituições. Enfim, ausência total de perspectivas. Jornal Voz Estudantil – O senhor tem esperança em uma política salarial mais digna para a classe? Prof. Adelmo Torres – A partir do momento em que os quatro pilares de sustentação, ou seja, professores, alunos, pais de alunos e governantes perceberem que não estão indo a lugar nenhum, tomara que não seja tarde demais. Aí sim, a política salarial sairá do verbo. Jornal Voz Estudantil – A falta de investimentos materiais e salariais impossibilitam um bom rendimento do professor? Prof. Adelmo Torres – Por mais criativo e competente que seja um professor, se não houver infraestrutura que lhe permita desenvolver o seu trabalho, o rendimento inevitavelmente ficará comprometido. Jornal Voz Estudantil – Como o senhor vê a direção do Colégio Cenecista? Prof. Adelmo Torres – Escolas comunitárias em todo o país sempre tiveram um perfil conservador e os seus dirigentes não fogem a regra. É necessário que a escola participe mais dos problemas das comunidades, senão estará entrando na contramão da modernidade. Jornal Voz Estudantil – Que nota o senhor dá ao atual governo municipal? Prof. Adelmo Torres – Infelizmente a população leopoldinense tem pouco a comemorar neste primeiro quadrimestre de governo. Governantes e governados falam línguas diferentes e isto não é bom para o município. Jornal Voz Estudantil – Que nota o senhor atribui aos vereadores? Prof. Adelmo Torres – Não tenho informações de que tipo de trabalho ou linhas de ação vem sendo realizado pelos vereadores. Há uma distância enorme entre os representantes do povo e a comunidade. É necessário que os vereadores tomem a iniciativa de convidar membros da comunidade para juntos discutir os reais problemas que os afligem. Achei interessante o lançamento do JORNAL TRIMESTRAL pela Câmara de Vereadores, mas seria interessante também uma nova tiragem da “Lei Orgânica do Município” pois 90% da população não tem. Jornal Voz Estudantil – Jornal Voz Estudantil – Qual em sua opinião o vereador (es) que está (ão) atuando em defesa dos professores, estudantes, enfim, da sociedade leopoldinense? Prof. Adelmo Torres – O vereador Severiano Freitas tem se revelado um defensor atuante nos problemas concernentes à educação como um todo. A sua solidariedade em momentos difíceis de alunos e professores é importante e gera resultados positivos. 97


Jornal Voz Estudantil – A leitura é fundamental para o desenvolvimento cultural, intelectual e profissional de um indivíduo. O senhor é de acordo que a falta da regulamentação e funcionamento pleno da BIBLIOTECA PÚBLICA, faz com que os estudantes não se interessem pela leitura? Prof. Adelmo Torres – A criação da Biblioteca Municipal seria o “ponto inicial” para uma virada, para incentivar os estudantes a se habituarem a ler. Enquanto não tivermos esta biblioteca estaremos indo a lugar nenhum. Jornal Voz Estudantil – Esta é a quinta edição do nosso Jornal Voz Estudantil, para o senhor estamos num caminho certo? Prof. Adelmo Torres – Afirmo com toda segurança que enquanto estiver sendo editado o Jornal do Estudante a classe estudantil leopoldinense terá VOZ e VEZ. Jornal Voz Estudantil – Com base na experiência deste jornal, decidimos sair o TELEUMEL, com o objetivo específico de realizar entrevistas com personalidades de vários setores da sociedade leopoldinense e outros. Este meio de informar é viável para o desenvolvimento da cidade. O senhor aprova esta iniciativa? Prof. Adelmo Torres – Estamos vivendo uma nova ordem mundial, onde o papel da imprensa é bastante significativa, principalmente, a imprensa investigativa. E importante modernizar e diversificar as formas de entrevistas como no caso TELEUMEL. A sociedade leopoldinense já percebeu a seriedade como a UMEL vem desenvolvendo o seu trabalho e isto é prova de maturidade e pleno exercício da cidadania.

98


“A UMEL, órgão estudantil do município, tem tido, segundo meu conhecimento, uma atuação concreta, efetiva no tocante a defesa dos estudantes, professores e da educação em geral, além da promoção de vários eventos, alguns com arrecadação cuja apuração é em favor dos carentes.” MARIA VALÉRIA LINS CALHEIROS Juíza de Direito Entrevista concedida ao presidente da UMEL, Júnior Amorim e publicada no Jornal Voz Estudantil, em março de 1994.

A meritíssima juíza Maria Valéria Lins Calheiros, nasceu no dia 12 de maio de 1945, em Maceió – AL, filha de Edson Gomes Lins e de Olga Nobre Lins. No dia 28 de setembro de 1992, na qualidade de Juíza substituta da titular Dra. Ana Florinda, foi designada para a Comarca de Colônia Leopoldina. Há um ano e seis meses à frente do Poder Judiciário local, ela associou coerência e competência em suas ações e destacou-se assim em prol da justiça social no município. Consolidando seu belo trabalho, a Câmara Municipal de Vereadores outorgou-a com o título honorário “Cidadã Leopoldinense”, no dia 30 de novembro de 1993 através de projeto de lei de autoria do vereador Dr. Flávio Lima de Souza. Nesta íntegra entrevista, a meritíssima juíza considera o povo leopoldinense politicamente conscientizado, ressalta também o trabalho do “Comissário de Menores” e preocupa-se com o aumento da criminalidade. Jornal Voz Estudantil – A senhora chegou no nosso município em 28/09/92, como juíza substituta, tendo também, o objetivo de presidir as eleições municipais de Colônia Leopoldina e de Novo Lino, num período que podemos considerar “A HORA DA DECISÃO”. Destaque os principais pontos positivos e negativos do pleito de 03 de outubro de 1992. Juíza – Destaco como principal ponto positivo das eleições de 03/10/91, a conscientização do povo LEOPOLDINENSE e LINENSE na escolha de seus candidatos, votando de acordo com suas consciências e preferências pessoais, independentes de qualquer tipo de pressão, exercendo a verdadeira democracia. Como ponto negativo o voto do analfabeto por sentir que lhes falta o discernimento necessário no exercício de sua cidadania, sendo manipulado por políticos inescrupulosos. Jornal Voz Estudantil – De que forma a senhora observa o nosso município no seu contexto político, econômico e social? Juíza – Colônia Leopoldina vista em seu contexto político, econômico e social, apesar de contar com um povo de certa forma politicamente conscientizado, sofre as consequências da política adotada em nosso país, daí a miserabilidade da população, em sua maioria, trazendo como consequências a criminalidade, a marginalidade, por lhes faltar o imprescindível as suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, vestuário, lazer, etc. 99


Jornal Voz Estudantil – Quais as mudanças necessárias? Juíza – Seriam necessárias mudanças sérias e concretas na política adotada em nosso país, com uma maior conscientização de nossos dirigentes, através de melhor repartição das rendas, objetivando atender as necessidades básicas do povo em geral, sem qualquer tipo de demagogia. Jornal Voz Estudantil – A senhora considera altíssimo o número de “menores infratores” em Colônia Leopoldina, ou são casos isolados? Juíza – É um fato concreto que o número de menores infratores tem aumentado em nosso município, apesar de não se poder generalizar. Não se pode esconder que, a maioria das infrações cometidas por estes menores são decorrentes da falta das condições mínimas de sobrevivência, empurrando-os, de certa forma, para a marginalidade. Jornal Voz Estudantil – Em sua opinião, é importante a reativação do Comissário de Menores? Juíza – No meu ponto de vista é de máxima importância a reativação do Comissário de Menores, no sentido de ser desenvolvido um trabalho consciente e efetivo em prol dos menores carentes, como forma da diminuição da marginalidade mirim. Jornal Voz Estudantil – De que forma a senhora observa a criminalidade em Colônia, e quais os crimes mais polêmicos? Juíza – O índice atual de criminalidade em Colônia é considerável, destacando-se os crimes ligados a roubos de veículos, estupros, formação de quadrilhas e homicídios, onde a maioria dos autores encontram-se foragidos, escapando assim, da ação da justiça na aplicação da pena como retribuição do mal praticado. Jornal Voz Estudantil – A senhora recebe da população muitas denúncias sobre “abuso de autoridades”, principalmente, por parte dos policiais desta jurisdição. Em face, quais as punições tomadas? Juíza – É verdade que tenho recebido da população denúncias de “abuso de autoridades”, principalmente vindo dos policiais. Toda denúncia recebida está sendo apurada, com abertura de alguns inquéritos, punição dos responsáveis. Jornal Voz Estudantil – Como a senhora questiona o ensino em Colônia? Juíza – Deixo de emitir opinião sobre o ensino em Colônia Leopoldina, por não dispor de elementos para tal. Jornal Voz Estudantil – O jornalista Bóris Casoy, diz o seguinte: “É preciso passar o Brasil a limpo”. O exemplo disto foi o impeachment do ex-presidente COLLOR, e agora, as possíveis cassações de políticos corruptos. A senhora acredita que o povo brasileiro está formando uma nova consciência política? Juíza – O povo brasileiro deu prova contundente de que está investido de uma nova consciência política, cujo exemplo maior foi o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, levando a efeito de forma consciente, sem demagogia e, principalmente, sem derramamento de sangue. Estamos em uma nova era política. Jornal Voz Estudantil – A senhora é a favor ou não da revisão constitucional? Juíza – Sou a favor da reforma constitucional em certos aspectos, como a política fiscal, bancária, a extinção do monopólio e do voto do analfabeto. 100


Jornal Voz Estudantil – Segundo a Constituição Federal, todo trabalhador tem direito no mínimo a um salário. O que fazer para o cumprimento desta lei? Juíza – O salário mínimo é um direito previsto pela Constituição Federal. No caso do não cumprimento do preceito constitucional, cabe aquele que tem o direito ferido, acionar a justiça para o cumprimento da lei. Jornal Voz Estudantil – Através da iniciativa do vereador Dr. Flávio Lima, a senhora, a promotora Dra. Maria Margarida e o Pe. Aldo Giazzon, receberam no ano passado o título de CIDADÃOS LEOPOLDINENSES. Como a senhora analisa essa louvável condecoração? Juíza – De minha parte foi uma honra imensa vez que apenas tenho cumprido a minha função que é o de aplicar a justiça no caso concreto. Jornal Voz Estudantil – Em relação a UMEL, do seu papel, da sua atuação na sociedade, o que a senhora afirma? Juíza – A UMEL, órgão estudantil do município, tem tido, segundo meu conhecimento, uma atuação concreta, efetiva no tocante a defesa dos estudantes, professores e da educação em forma geral, além da promoção de vários eventos, alguns com arrecadação cuja apuração é em favor dos carentes.

101


Capítulo IX – 1996

Votação dos candidatos a presidente da UMEL (Eleições 1996) Escola de 1o e 2o Graus Antônio Lins da Rocha Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Alexandre Gilberto Sobreira / André Vitor da Siva Joílson Luiz da Silva Dionízio / José Valdir Calixto da Silva

Nulos Brancos Total

Votação 147 114 02 00 263

Grupo Escolar Aristheu de Andrade Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Alexandre Gilberto Sobreira / André Vitor da Siva Joílson Luiz da Silva Dionízio / José Valdir Calixto da Silva

Nulos Brancos Total

Votação 55 216 16 00 287

Colégio Cenecista “Pe. Francisco” - CNEC Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Alexandre Gilberto Sobreira / André Vitor da Siva Joílson Luiz da Silva Dionízio / José Valdir Calixto da Silva

Nulos Brancos Total

Votação 74 74 07 01 156

Resultado Final das Eleições da UMEL Chapa Chapa 1 Chapa 2

Candidato Alexandre Gilberto Sobreira / André Vitor da Siva Joílson Luiz da Silva Dionízio / José Valdir Calixto da Silva

Nulos Brancos Total

Votação 276 404 23 03 706

102


* Apuração realizada no Clube UDAL, às 22:00h, no dia 20 de agosto de 1996.

Diretoria Geral da UMEL (Biênio: 1996/98)

Presidente: Joílson Luiz da Silva Dionízio Vice-Presidente: José Valdir Calixto da Silva

Diretores sociais: Jodivaldo José da Silva Dionízio, Manoel José da Silva Filho, José Adalberon da Silva, Reinaldo Guerra Freitas Júnior, Jodimarco Luiz da Silva Dionízio, Ivanilson José da Silva, Andreza Marques da Silva, Flávia Maria da Silva, Marta Maria da Silva, Ronaldo Adriano Ferreira da Silva e Carlos Tadeu dos Passos.

103


Jornais Estudantis

104


105


106


107


108


109


110


111


112


113


114


115


116


117


118


119


120


121


122


123


124


125


126


127


128


129


130


131


132


133


134


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.