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Colônia Leopoldina AS RUAS DE NOSSA CIDADE
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Ernane Santana Santos Colaboração José Araújo de Luna
Colônia Leopoldina AS RUAS DE NOSSA CIDADE
COLÔNIA LEOPOLDINA – ALAGOAS 2007 3
D. Leopoldina de Bragança, Princesa do Brasil * 13.07.1847 + 07.02.1871
Pais: Pais: D. Pedro II, Imperador do Brasil * 1825 Mãe: Teresa de Bourbon, Princesa das Duas Sicílias * 1822
Casamento: Em 1864 com Augusto, Príncipe de Saxe-Coburg-Gotha * 1845
Filhos: Pedro, Príncipe de Saxe-Coburg-Gotha * 1866 Augusto, Príncipe de Saxe-Coburg-Gotha * 1867 José, Príncipe de Saxe-Coburg-Gotha * 1869 Luis, Príncipe de Saxe-Coburg-Gotha * 1870
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ÍNDICE
Apresentação Palavras do Autor da Indicação Considerações Gerais sobre Colônia Leopoldina Colônia Leopoldina As Ruas de Nossa Cidade Logradouros Públicos Loteamento José Teotônio do Rêgo Loteamento Abides Borges Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti Loteamento José Maria de Omena Conjunto Habitacional José Maria Quirino Loteamento Jardim Conjunto Habitacional Vila Mandacaru Anexos
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D. Pedro II, Imperador do Brasil * 02.12.1825 + 17.11.1889
Pais: Pai: D. Pedro I, Imperador do Brasil * 1798 MĂŁe: D. Leopoldina de Ă ustria * 1797
Casamento: Em 1843 com a Princesa napolitana Tereza Cristina Maria de Bourbon
Filhos: Leopoldina, Princesa do Brasil * 1847 Isabel, Princesa do Brasil * 1846
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APRESENTAÇÃO Este Poder Legislativo, representado pelos signatários da 13a e 14a Legislatura, vereadores abaixo subscritos, tem a honra de apresentar ao público o presente memorial histórico das conceituações pessoais dos representantes das denominações das ruas de Colônia Leopoldina, ou os seus respectivos fundamentos, em comemoração ao centenário do município – 1904 e 2004. Trabalho de iniciativa do vereador Ernane Santana Santos, 1 o secretário da Mesa Diretora, com o assessoramento de José Araújo de Luna, assistente técnico da Câmara e responsável pelos serviços de sua secretaria. 2001/2002 – 13a Legislatura Presidente:
José Marcos dos Santos Ferreira
Vice-Prefeito: Ricardo Pereira Xavier 1o Secretário: Ernane Santana Santos 2o Secretária: Ana Cristina Guerra Rocha Suplente:
Arnaldo Alexandre da Silva Amaro Bernardo dos Santos
Vereadores:
Maria das Graças Leite F. de Oliveira Luiz Costa Monteiro da Cruz José Messias da Silva 2007/2008 14a Legislatura
Presidente:
José Messias da Silva
Vice-Presidente: Divonete Félix de Oliveira 1o Secretário: Ernane Santana Santos 2a Secretária: Maria das Graças Costa Almeida (Arnaldo Alexandre da Silva – suplente no exercício do mandato) Suplentes:
Luiz Costa Monteiro da Cruz Erivaldo Cavalcante Junior
Vereadores:
Ricardo Pereira Xavier Maria das Graças Leite Ferreira de Oliveira Carmelita Maria da Conceição Silva
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RELAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA CÂMARA MUNICIPAL DE COLÔNIA LEOPOLDINA
José Araújo Luna: Assistente Técnico Legislativo que responde pelos serviços da secretaria
Josefa Araújo de Souza Borges: Redatora de Atas
Clebson Santana de Luna: Digitador Rosineide Ma Pereira Xavier Sousa: Arquivista
Marília Gabriela da Conceição Gomes: Chefe de Gabinete (pesquisadora auxiliar desta obra) Cosma Ma Santana Silva: Chefe de Serviços Gerais
Severino Francisco da Silva: Chefe de Sonorização
PALAVRAS DO AUTOR DA INDICAÇÃO Alguém lá disse: “Quando o sonho é bom, existe sempre a tentação de não querer acordar, de nele permanecer. Quando a realidade se mostra desalentadora, o refúgio do sono é sempre um caminho fácil. Mas entre o sonhar e o viver (mal) existe uma terceira opção mais intensamente: o despertar”. Inicialmente, sonhamos com a construção de nossa Câmara de Vereadores e tornamos realidade o sonho acalentado durante anos. Agora, estamos novamente sonhando em deixar para nossa comunidade esta pequena colaboração para que possa ser divulgada nas escolas, nas igrejas, nas associações não governamentais e entre o povo de nossa terra. Este livro contém um breve relato histórico político, administrativo, econômico e social, o registro de nossa memória do passado e do presente, nossa evolução urbana, o surgimento das primeiras ruas, das praças, dos loteamentos, becos e travessas de nossa centenária cidade, que muito tem para contar aos nossos descendentes, uma vez que “ninguém pode desconhecer sua história, nem a ela ficar indiferente”. Assim sendo, haveremos de despertar em nossa comunidade o desejo de continuar sonhando e buscando a nossa realidade social, despertando 8
em todos nós o desejo de conhecer um pouco mais este pedaço da história de nossa cidade. Colônia Leopoldina, segundo dados oficiais, foi o 35o município a ser criado no Estado de Alagoas. Queremos pedir aos leitores deste modesto livro que, se por ventura, encontrarem erros ou fatos históricos mal situados no tempo e no espaço, nos perdoem, por enquanto, somente comete erros aquele que se dispõe a fazer alguma coisa. Finalmente, agradeço destacadamente aos meus pais, Adalgiso Borges Santos (in memoriam) e Maria de Lourdes Santana Santos (in memoriam); à minha esposa Eutália Guerra; aos meus filhos, Natalie, Nathália, Natassia e Ernane Manoel Guerra Silva Santos. Reconheço também, o empenho do presidente da Câmara, José Messias da Silva, do prefeito Manuilson Andrade Santos e de José Araújo de Luna na viabilização dessa obra.
Ernane Santana Santos
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
A primitiva povoação teria surgido no começo do século XIX, região do Vale do Rio Jacuípe, bem próximo a Serra do Teixeira. Efetuou-se como povoado a partir de 1852 com a instalação da Colônia Militar, tendo o tenente João Gama Lobo Bentes como primeiro comandante e diretor fundador. Em 05 de janeiro de 1860 a Colônia Militar recebeu a visita do imperador D. Pedro II, ponto alto das reminiscências históricas da terra. Sua Majestade pernoitou na antiga Casa da Diretoria. Pela manhã assistiu missa na capela devotada à Nossa Senhora do Carmo, e, em seguida, plantou duas árvores conhecidas como castanholas. Denominou a Colônia Militar com o nome de Colônia Militar Leopoldina, em homenagem a sua filha, princesa Leopoldina, que contava com 05 anos de idade na época. D. Pedro II teria, através de um Decreto Imperial, de 20 de fevereiro de 1852, criado a Colônia Militar com o objetivo de combater os remanescentes dos revoltos cubanos e papaméis, instalados na densa mata do território que ia de Maragogi a Porto Calvo. A derrota dos revoltosos e os gastos enormes feitos pelo Império na Guerra do Paraguai terminaram por acabar com a Colônia Militar no ano de 1867. A Lei no 372, de 05 de julho de 1861, criou o Distrito de Leopoldina e a Lei n o 321, de 12 de junho de 1901, elevou a povoação a categoria de vila, contribuindo para que a antiga colônia encontrasse o caminho do progresso. Pela Lei no 985, de 20 de junho de 1923, passou à categoria de cidade. Somente em 1943, numa reforma administrativa feita pelo Estado, recebeu definitivamente o nome de Colônia Leopoldina, através do Decreto Lei no 2999, de 31 de dezembro de 1943, assinado pelo então interventor federal, capitão Ismar de Góes Monteiro. Quando a Colônia Militar foi extinta, em 1867, o lugar continuou sob a jurisdição de Porto Calvo, ao qual esteve ligado administrativamente até 1901, quando conquistou sua autonomia política.
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COLÔNIA LEOPOLDINA
Acesso: BR 101. Distância da capital: 112 Km. Localização: Microrregião Mata Alagoana II. Limites: Ibateguara, Novo Lino, União dos Palmares, Maraial (PE), e Água Preta (PE). Clima: Temperado. Temperatura: Máxima = 39oC e Mínima = 27oC. Área: 287 Km2 IBGE, 2005. População: 17.880 hab. IBGE, 2005. Eleitorado: 12.819 TRE-AL, 2006. Economia: Agroindústria do açúcar e do álcool e pecuária. Educação: Zona Urbana (01 unidade de ensino da rede pública estadual, 04 unidades de ensino da rede municipal) e na Zona Rural (21 unidades de ensino da rede municipal). Saúde: 03 Centros de Saúde, 05 Postos do PSF, 01 Unidade Mista de Saúde (hospital).
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AS RUAS DE NOSSA CIDADE O município de Colônia Leopoldina foi criado através da Lei no 321, de 12 de junho de 1901, no entanto, por dificuldades financeiras do Império, somente foi instalado de fato e de direito no dia 16 de julho de 1904, data de sua emancipação política. Governava Alagoas, nesta época, o Dr. Euclides Vieira Malta. Através da Lei Municipal no 31, de 31 de julho de 1915, aprovou-se as denominações das primeiras ruas da Vila de Leopoldina, as quis se encontram enumeradas a seguir: Rua Major Lobo Bentes Rua 15 de Novembro Rua 16 de Julho Rua da Alegria Rua Boa Vista Rua Santo Antônio Rua da Fava Dura Rua Nova TRAVESSAS Travessa D. Pedro II Travessas 15 de Novembro I e II Travessa Severina Ferreira de Lima Travessas Gustavo Fittipaldi D’Oliveira I e II Travessa Padre Francisco Travessa 7 de Setembro Travessas Genival Rodrigues da Silva I e II PRAÇAS Praça D. Pedro II Praça Largo de São Francisco Praça Teódulo Augusto da Luz Praça Centenário
Com o passar do tempo alguns destes logradouros sofreram modificações em suas denominações.
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Praça D. Pedro II, construída na administração Manuilson Andrade Santos
Praça do Centenário, construída na administração Manuilson Andrade Santos
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LOGRADOUROS PÚBLICOS
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Castanhola plantada pelo Imperador D. Pedro II em 1860
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A Lei no 31 de julho de 1915, aprovou a denominação das ruas existentes na antiga Vila Leopoldina, como se intitula a estrutura administrativa anterior, iniciando-se pela Praça D. Pedro II, que recebeu esta denominação por congregar os mais eminentes princípios da história de Colônia Leopoldina. Denominação esta que as gerações sucessivas nunca deverão substituir. A denominação de Praça D. Pedro II nos leva aos mais profundos sentimentos de respeito e zelo pelos ideais que nortearam a vida pública e administrativa de nossa cidade ou do nosso município de Colônia Leopoldina. Nesta Praça D. Pedro II, se congregam os maiores sentimentos de natividade. Em cada espaço seu, dorme no silêncio do tempo, os elos de respeito a nossa própria nacionalidade. Aqui nasceu e se desenvolveu a Colônia Militar Leopoldina. Aqui surgiu e floresceu nossa devoção católica, nossos princípios cristãos que estão sob a guarda de Nossa Senhora do Carmo, na importante igreja de nossa cidade, construída pelo padre Francisco Gerardt. Nesta praça está implantada a maior homenagem cívica que já se prestou ao signatário do nosso Império. Foi no dia 05 de janeiro de 1860, que o imperador D. Pedro II pisou neste solo desta, deixando solenemente coberta pelo correr do tempo as suas pisadas históricas. Nos trâmites de sua existência, pela fundação da vida municipal, a nossa Praça D. Pedro II já é centenária; ela guarda na sua intimidade 100 (cem) pensamentos de cada um de nós. Razões estas, para que sua denominação seja irremovível. Nesta praça encontram-se: A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo. A Casa Paroquial. A Sede do Banco do Brasil S/A. A estátua do Padre Francisco Gerardt. A antiga casa onde funcionou o Fomento Agrícola Estadual. O Chalé da Família Santana (onde funciona a Secretaria de Obras e Urbanismo) e o Chalé da família de José Teotônio do Rêgo. A Câmara Municipal de Colônia Leopoldina. A agência dos Correio do Brasil. A Cadeia Pública Estadual. O busto da Princesa Leopoldina e de D. Pedro II. As castanholas (árvores) plantadas pelo imperador D. Pedro II. A estátua do Padre Cícero Romão Batista. A sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. 16
A antiga Casa da Colônia Militar, reedificada como residência. O edifício Castelo Branco onde funcionava o Fórum Guedes de Miranda. Nele encontramos o Centro Administrativo Municipal, onde funcionam a Secretaria de Assistência Social, de Saúde e de Agricultura; os Projetos Fome Zero e Porta Aberta, além da Junta do Serviço Militar e a Biblioteca Pública Municipal.
Praça D. Pedro II – Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo
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Rua Filadelfo José da Silva
Denomina-se Rua Filadelfo José da Silva aquela que fica localizada às margens do Rio Jacuípe, antiga Rua do Rio. Foi crida pela Lei no 551-A, de 13 de janeiro de 1986 em homenagem a Filadelfo José da Silva, por iniciativa de um projeto de lei apresentado pelo vereador José Acyoli Maciel. Filadelfo Silva nasceu no Engenho Macuca, no dia 17 de julho de 1900. Era filho de José Antônio da Silva e Maria do Livramento da Silva e casou-se com D. Marcionila Araújo da Silva, em março de 1927, nascendo desse casamento os seguintes filhos: Edvaldo, Emiraldo, Edileusa (foi diretora e professora do Grupo Escolar Aristheu de Andrade), Edlene (foi diretor ado ensino fundamental) e Everaldo Araújo Silva, autor do livro A Colônia da Princesa, no qual narra toda a história da fundação do município de Colônia Leopoldina. Filadelfo José da Silva desenvolveu atividades políticas, econômicas e sociais em nosso município. Foi comerciante por mais de 60 anos; agricultor e pecuarista no sítio Gavião. Integrou a Câmara de Vereadores como suplente de José Vicente Soares (falecido), no período de 06 de maio de 1948 a 31 de janeiro de 1951, cuja composição era a seguinte: Alfredo de Paula Cavalcanti, José Araújo de Luna, José Luiz da Silva, Aloísio Tavares Cordeiro, Elias Bastos Carneiro, Antônio Soares da Silva, Filadelfo José da Silva e Sérgio Muniz de Araújo. Participou ativamente da vida social desta cidade e contribuiu para o desenvolvimento local. Foi no período de seu mandato na Câmara de Vereadores, que a prefeitura, juntamente com eles, comprou o seu 1o ônibus, que ligava Colônia Leopoldina a Palmares – PE (1950). Tal aquisição só foi possível com a renúncia dos subsídios de todos os vereadores e do prefeito Durval Gonçalves. Sempre foi um homem cordato, amigo e honesto, participante e colaborador, além de empreendedor, pois junto com seu amigo Sérgio Muniz instalou o primeiro cinema de Colônia Leopoldina, que funcionava precariamente nas dependências da Prefeitura Municipal. Faleceu nesta cidade em 29 de janeiro de 1984.
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Rua Filadelfo JosĂŠ da Silva
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Avenida Clodoaldo da Fonseca
A Avenida Clodoaldo da Fonseca surgiu, segundo pesquisas do escritor Everaldo Araújo Silva, no governo do intendente Gustavo Fittipaldi D’Oliveira, quando o Conselho Municipal de Leopoldina, em 24 de dezembro de 1912, através da Lei no 15, decretou que a rua onde foi posta a última estaca dos estudos do ramal da estrada de ferro nesta vila, fosse denominada Avenida Clodoaldo da Fonseca, em homenagem a sua vida política como governador do Estado de Alagoas. Este projeto da construção de uma estrada de ferro atravessando o território leopoldinense, ligando-a a Pernambuco, até hoje não foi realizado. O gaúcho Clodoaldo da Fonseca era coronel do Exército Brasileiro, primo-irmão do marechal Hermes da Fonseca, rio-grandense-do-sul e presidente da República, bem como era sobrinho do marechal Deodoro da Fonseca. Em 1888, quando era aluno da Escola Militar de Porto Alegre, já apoiava o movimento republicano no Brasil. Nesta época, era a família Malta que detinha o poder no Estado de Alagoas, com uma solidez de concreto, quase impossível de derrubar. Os Malta, Dr. Euclides Vieira e Joaquim Vieira, se sucediam no poder em Alagoas. Em 1912, apresentaram a candidatura do general Olímpio da Fonseca, também parente do presidente Hermes. Durante uma manifestação de adeptos da candidatura oposicionista do Clodoaldo da Fonseca, o governador Euclides Malta mandou reprimi-la com bastante severidade. Houve mortos e feridos de ambos os lados. Quando o clima político esquentou, o próprio general Olímpio da Fonseca refletiu melhor e desistiu da candidatura. Em razão dessas ocorrências, o Dr. Euclides Vieira Malta renunciou ao governo das Alagoas, antes do seu término, que seria em 13 de março de 1913, findando-se assim o ciclo da oligarquia Malta na política alagoana. Portanto, à falta de um opositor, Clodoaldo da Fonseca foi eleito e empossado em 12 de junho de 1912, cumprindo seu mandato até 12 de junho de 1915.
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Av. Clodoaldo da Fonseca
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Rua Padre Cícero Romão Batista A Rua Padre Cícero (antiga Rua do Caboge), surgiu através da Lei no 526, de 22 de agosto de 1984, por indicação do vereador José Alfredo de Souza, para homenagear o “Santo do Juazeiro”. A igreja católica nunca aceitou a hipótese de que ele “operava milagres” como o da “Beata Mocinha”, que ao receber a Hóstia Santa de suas mãos, teria vertido sangue de sua boca, além de outros milagres atribuídos ao santo “Milagreiro do Nordeste”. “Escritores, religiosos, políticos, poetas, sociólogos, estudiosos da cultura nordestina admitem que o sentimento místico na ligação entre padre Cícero Romão Batista (padim Ciço) e Virgulino Ferreira Lampião, completa a trilogia dos ídolos nordestinos com o desaparecimento de Luiz Gonzaga”. Segundo o historiador Gidson Oliveira, “Padre Cícero foi considerado o grande condutor das massas nordestinas, o Conselheiro do Rosário, o guia espiritual que aceitou ajudar os homens a carregar a cruz de suas vidas”. O padre Cícero ama seu povo, pregando: “Quem matou, não mate mais”. Era ao mesmo tempo um homem religioso, político e humanista. Nunca negou o milagre com a Beata Mocinha. Foi censurado e penalizado pelo Santo Ofício do Vaticano. Proibido de ouvir confissões, celebrar missas, casar e batizar, enquanto seu processo tramitava no Vaticano. Desobedeceu ao Papa Leão XII, e continuou suas atividades sacerdotais sempre conduzindo as ovelhas de Cristo no caminho do amor e da fraternidade. Em Juazeiro do Norte, durante todo o ano e principalmente no mês de março, os romeiros do Nordeste inteiro visitam o seu túmulo, para reverenciar aquele que para nós é considerado o “Santo Milagreiro”, meu Padim, Padre Cícero.
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Padre CÍCERO ROMÃO BATISTA O cearense do século – eleito em 22/03/2001
Nasceu em Crato no Ceará em 24/03/1844 Faleceu em 20 de julho de 1934 às 06:00h da manhã 1911 – 1o prefeito do Juazeiro – CE 1912 – vice-presidente do Estado do Ceará Filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana
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Rua Padre Francisco É também conhecida como a antiga Rua do Visgueiro e foi criada através da Lei n o 97, de 14 de novembro de 1956, com a qual se pretendeu homenagear, postumamente, o missionário padre Francisco Gerardt, nascido na Holanda em 12 de maio de 1881, que aqui chegou em 1910 e exerceu significativa influência na vida religiosa dos leopoldinenses. Era homem de grande vocação sacerdotal, gostava muito de construir e era considerado um exímio mestre de obras. Segundo o escritor Everaldo Araújo Silva, “foi o padre Francisco quem construiu a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, em Colônia Leopoldina, com a ajuda do irmão leigo, de nome Aleixo. Sua construção começou no ano de 1913 e foi concluída no ano de 1923, quando na oportunidade recebeu a bênção oficial e a sagração do seu altar-mor. Morou bastante tempo na Rua 16 de Julho. Por força da Lei no 48, de 12 de junho de 1917, foi concedido ao padre Francisco S.C.J. (Congregação Sagrado Coração de Jesus), independente de quaisquer impostos, o terreno necessário na Praça D. Pedro II, na parte traseira da Igreja Nossa Senhora do Carmo para edificação da casa paroquial, que até hoje ali permanece servindo de morada para todos os padres e missionários que aqui chegarem com a missão evangélica à Santa Igreja Católica Romana”. Anos depois, padre Francisco mudou-se para a cidade de Água Preta – PE aonde veio a falecer no dia 14 de agosto de 1973, aos 72 anos de idade, certo de que aqui na terra, havia cumprido com êxito seu papel sacerdotal que lhe fora confiado pelas autoridades do Vaticano. Padre Francisco é considerado um dos maiores consolidadores do catolicismo em nossa região e um dos melhores pregadores católicos que por aqui já passaram. Sua participação na vida religiosa de nossos munícipes não passou despercebida e, na década de 60, através da Lei Municipal, teve o seu nome escolhido pra denominar uma das principais ruas de nossa cidade. Colônia Leopoldina prestou-lhe assim uma singela homenagem, mas que traduz o grande reconhecimento do povo de nossa terra por aquele que, em vida, tudo fez para engrandecer o nosso município, conduzindo seu rebanho pastoral sempre pelo caminho do bem, da justiça e da fé em Deus. Nessa rua encontramos:
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O Mercado Público Municipal Presidente Médici. O Clube UDAL (União dos amigos Leopoldinenses). A Escola de Ensino Fundamental Joaquim Luiz da Silva. A Secretaria Municipal de Educação. O Colégio Cenecista Padre Francisco. A Igreja Presbiteriana. A Unidade Mista Maria Loureiro Cavalcante (Hospital).
Estátua do padre Francisco
Rua Padre Francisco
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Rua Miguel Evaristo de Omena
Miguel Evaristo de Omena nasceu no Engenho Batateira, pertencente à Usina Biritinga, o município de Murici – AL, no ano de 1929. Casou-se com D. Antônia Maria Pitta, surgindo desse casamento o nascimento dos filhos: José Maria de Omena, Ederito, Juanício e D. Lourdes Pitta de Omena. Foi agricultor (plantador de cana-de-açúcar) e também pecuarista. Durante muitos anos morou na Fazenda Primavera, município de Colônia Leopoldina. Não foi um homem dedicado a política partidária, porém seus descendentes (filho e neto) ingressaram na política leopoldinense. Seu filho José Maria de Omena foi eleito vereador pelo MDB, e em 1977/79 ocupou a presidência da Câmara Municipal. Foi candidato a prefeito do município em três oportunidades. Em 1970/72 foi eleito vice-prefeito no governo do Sr. José Luiz Lessa. Como suplente de deputado estadual chegou a assumir o mandato por curto período, no governo de Muniz Falcão. O neto de Miguel Evaristo de Omena (Otogbison de Almeida Omena) também seguiu a carreira política, tendo sido eleito vereador por cinco eleições consecutivas (24 anos legislando), ocupando a presidência da casa legislativa no período de 1989/90. Como presidente da Câmara, naquela época, foi também o presidente da Constituinte, participando com seus pares da elaboração da Lei Orgânica Municipal em 1990. A Rua Miguel Evaristo de Omena, antiga Rua da Lama, passou a receber esta denominação através da Lei no 518, de 13 de dezembro de 1983, por iniciativa do vereador José Maria de Omena. Miguel Evaristo de Omena faleceu nesta cidade de Colônia Leopoldina aos 75 anos de idade e seu corpo se encontra sepultado no Cemitério de São Sebastião, pertencente ao município.
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Rua José Inácio da Rocha A Rua José Inácio da Rocha foi criada através da Lei no 461, de 07 de abril de 1974, e era também conhecida com o nome de Rua do Sapé, e foi instituída através de um Projeto de Lei de iniciativa do vereador Abdias Gomes de Lima. José Inácio da Rocha (conhecido por Seu Cazuza) nasceu em 14 de fevereiro de 1912, em Lagoa dos Gatos – PE. Era casado com D. Isabel Castelo Branco que lhe deu nove filhos: Edézio, José Lamenha, Aristides, Geraldo, Antônio, Edite, Josefa, Maria José e Maria do Socorro Lamenha. Vindo do agreste paraibano, morou no Engenho Riacho do Mato (Maraial – PE). Regressou à terra natal. Tempos depois voltou a Colônia Leopoldina onde foi residir no Engenho Canto Escuro, dedicando-se a lavoura branca (algodão), cana-de-açúcar e banana; revendia pele de animais em Caruaru – PE, ao mesmo tempo em que trazia artigos de couro acabados para vender na feira leopoldinense, tais como: arreios, celas, mantas, cintos, botas, alpercatas, etc. Também possuiu armazém de algodão para estocá-lo e vendê-lo na cidade acima mencionada. Não teve participação direta na política municipal, porém, alguns parentes seus como Antônio Lins da Rocha (sobrinho) foi vereador e presidente da Câmara no período de 1960/62, assim como foi eleito prefeito de Colônia Leopoldina em dois períodos distintos (1966/70 e 1974/77). No seu primeiro mandato inaugurou o sistema de energia elétrica da CEAL, além de construir o Edifício Castelo Branco, onde até o ano de 2002 funcionava o Fórum “Guedes de Miranda, bem como construiu uma escola de ensino fundamental que hoje é denominada de Escola Antônio Lins da Rocha. Por sua vez, outro sobrinho seu, Severino Inácio da Rocha exerceu o mandato de vereador de 1989 a 1992. Seu filho Aristides Lamenha da Rocha e seu neto Fernando Lamenha da Rocha foram vereadores em nosso município, exercendo seus mandatos com bastante competência e fidelidade partidária. O homenageado póstumo era primo dos senhores Manoel Ataíde da Silva (Neco Caetano) e de Aristides Caetano da Silva, que também exerceu o mandato de vereador em Colônia Leopoldina. Faleceu no dia 12 de agosto de 1973, vítima de complicações diabéticas. Esta homenagem póstuma é o resultado de sua participação direta e indireta na vida econômica e política de Colônia Leopoldina. Nessa rua encontramos: O Ginásio Poli Esportivo Municipal
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Rua José Inácio da Rocha
Rua José Inácio da Rocha
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Avenida Senador Arnon de Mello Esta avenida surgiu através de Projeto de Lei no 02/83 de autoria do vereador Manoel José da Silva e foi sancionada através da Lei no 516, de 07 de dezembro de 1983. Era a antiga Rua do Cruzeiro. Segundo o jornal A Gazeta de Alagoas, de 19 de setembro de 2003, Arnon de Mello nasceu na então Vila de Santa Luzia do Norte em 19 de setembro de 1911. Seus pais eram Affonso Calheiros de Mello e Lúcia de Farias Mello. Foi o nono dos onze filhos do casal. Estudou no Ginásio de Maceió e concluiu o curso secundário no Colégio Diocesano, em 1929. Sua vocação para o jornalismo, surgiu quando criou um jornalzinho escolar chamado O ECO. Aos 14 anos teve seu primeiro contato com uma empresa jornalística – O Jornal de Alagoas – fundado em 1908, quando conseguiu seu primeiro emprego numa redação, o de revisor. Neste período, teve a grande oportunidade de desenvolver a vocação para o jornalismo, lendo os originais de Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Raquel de Queiroz. Também se familiarizou com as obras de outros grandes alagoanos como: Jorge de Lima, Manoel Diegues Jr., Aurélio Buarque de Holanda e Valdemar Cavalcante. Aos 19 anos, Arnon de Mello resolveu continuar com os estudos no Rio de Janeiro. Em 1930 começou a trabalhar em vários jornais da grande imprensa, chegando a ser um dos diretores da Rede dos Diários Associados. Foi conhecido como o “menino repórter”, pois costumava se envolver, de corpo e alma nos grandes embates partidários, entrevistando, ousadamente, deputados e senadores cassados pela Revolução de 30. Escreveu os seguintes livros: Os sem trabalho na política e São Paulo venceu (1933). Em 1940 lançou o terceiro livro África, narrando suas impressões dos países que visitou no Continente Africano. Foi diretor da Rádio Tupi e membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Com 39 anos de idade, já bacharel em direito, chegou ao governo de seu Estado, nas eleições de 1950. Em 1958, elegeu-se pela primeira vez para o Senado, onde cumpriu três mandatos consecutivos. Era casado com D. Leda Collor de Mello, pai de Pedro Collor, Ana Luiza e Fernando Collor de Mello que chegou a ser prefeito de Maceió, governador de Alagoas e presidente da República (atualmente é senador por Alagoas). Arnon de Mello fundou a Rádio Gazeta de Alagoas em 02 de outubro de 1960, adquiriu o jornal A Gazeta Alagoas em 1952, e em 27 de setembro de 1976 fundou a TV Gazeta de Alagoas, afiliada da Rede Globo de Televisão, criando assim o maior complexo de comunicação do Nordeste. Fez uma verdadeira revolução na arte de lidar com a política, transformando os meios culturais, sociais, políticos e 29
econômicos, com seus veículos de comunicação. Faleceu na cidade de Maceió, em 29 de setembro de 1983. Após sua morte, foi criado o Instituto Arnon de Mello, que vem desenvolvendo um excelente trabalho na comunidade alagoana. Arnon de Mello, que tantas vezes esteve em Colônia Leopoldina, teve o seu nome aprovado por Lei Municipal para denominar uma importante rua de nossa cidade.
Avenida Senador Arnon de Melo
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Rua Artur Ferreira de Freitas
A presente rua denominada Rua Artur Ferreira de Freitas, por iniciativa do vereador José Araújo de Luna, foi criada pela Lei no 567, de 25 de junho de 1987 e surgiu em virtude da delimitação imposta à Rua Senador Arnon de Mello. A Rua Artur Ferreira de Freitas surgiu pela decisão de se prestar uma homenagem de reconhecimento à família Ferreira de Freitas, migrada do sertão pernambucano, a qual inicialmente se instalou no povoado de Sertãozinho de Baixo, município de Maraial – PE. Posteriormente, adquiriu propriedades em nosso município, implantando suas raízes de existência entre nós. Em data de uma longa anterioridade, procedente também do longínquo sertão de Pernambuco, o coronel Joaquim Luiz da Silva, aqui chegou e comprou a propriedade Taquara, onde funcionava o engenho de mesmo nome. Devido a aproximação e a afinidade da família Ferreira de Freitas com o coronel Joaquim Luiz da Silva, chega a este município o Sr. Severino Ferreira de Freitas, o seu progenitor. Inicialmente, pelo processo patrimonial das “sesmarias” adquiriu a propriedade Marinheiro e adjacências, daí foram aparecendo às diversas ramificações da família. Em nossa cidade edificou para sua memória, uma casa chalé ainda existente. Ali alvoreceram e se estenderam as raízes dos Freitas. Ao longo do tempo, é de notório conhecimento que muitos membros desta família se tornaram estudiosos, funcionários públicos, doutores, professores, fazendeiros e políticos. Em seguida, esta residência ficou para o senhor Artur Ferreira de Freitas representando esta família. Pelo instinto de conservação e respeito ao patrimônio familiar, e pela sua peculiaridade de zelo e trabalho, ele manteve a propriedade Marinheiro e outras sob sua posse e hereditariedade. Assim, ao longo dos dias, a comunidade foi criando o reconhecimento de gratidão pela dedicação, comprovada por fatos e ocorrências, de sua vida por este município. Artur Ferreira de Freitas fez de sua vida nesta cidade um testemunho de colaboração e dedicação às necessidades dos mais carentes. Dificilmente se negava a uma justa solicitação, razões estas que levaram o município a lhe homenagear, num gesto permanente de gratidão, concedendo-lhe em memória, o seu nome para denominação de uma rua.
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Rua José Alves Caldas A Rua José Alves Caldas foi crida através da Lei no 678, de 05 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Valdeci José da Silva. Ele era filho do Sr. João Caldas e de D. Antônia Fittipaldi Caldas, sendo mais conhecido como Zito Caldas. Nasceu em 04 de abril de 1923. Casou-se com D. Maria Auxiliadora Santana Caldas (Dora Caldas) no dia 08 de setembro de 1943. O casal teve seis filhos: João Francisco, Tânia Marly, Eraldo Robson, Nadja Fernanda, Rosângela Caldas e José Alves Caldas Jr. (Ztitinho Caldas). Foi proprietário da Fazenda Pimpão localizada na divisa dos municípios de Colônia Leopoldina e Joaquim Gomes, na qual criava gado bovino. Como empresário foi dono da Autoviária Nossa Senhora de Lourdes, que, com seu ônibus transportava diariamente os passageiros na linha de Colônia Leopoldina a Palmares – PE e vice-versa. Com o seu caminhão também transportava açúcar da Usina Porto Rico e a banana produzida em Leopoldina para a capital pernambucana. Ele trazia as mercadorias compradas pelos comerciantes no Recife, abastecendo assim o comércio local. Era sobrinho do major Gregório Caldas e primo de Gustavo Fittipaldi D’Oliveira, que fez parte do Conselho Municipal em 1908, foi intendente de Leopoldina em 1911 e nomeado em 1930 pelo governo provisório da revolução, delegado de Leopoldina. Não participava diretamente da política, mas sempre apoiou o grupo político liderado pelo ex-prefeito Alfredo de Paula Cavalcanti e o deputado Manoel Freire Borges (Balé). Seu filho José Alves Caldas Jr. foi eleito vice-prefeito de nosso município em três oportunidades (1993/1996, 2000/2004, 2005/2008). Ocupou o cargo de prefeito municipal em três momentos distintos da vida política leopoldinense. Em 1997, foi chefe do gabinete do prefeito Severiano Freitas. José Alves Caldas faleceu em Colônia Leopoldina no dia 04 de abril de 1964, vítima de insuficiência renal. Segundo testemunho daqueles que com ele conviveu, era um cidadão exemplar, bom pai de família, trabalhador incansável e excelente amigo. Seu corpo encontrase sepultado no Cemitério de São Sebastião, em nossa cidade. Nessa rua encontramos: A Quadra de Esportes “Mané Garrincha”
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Rua Jose Alves Caldas
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Rua Maria de Lourdes Santana Santos Esta rua foi criada através da Lei no 688, de 05 de setembro de 1997, iniciativa da vereadora Maria das Graças Leite. Maria de Lourdes Santana Santos, conhecida como D. Lourdes dos Correios, era filha do comerciante e agricultor Francisco Santana e Silva e de D. Francisca da Costa Barros. Nasceu em Colônia Leopoldina no dia 15 de janeiro de 1923. Casou-se com o Sr. Adalgiso Borges Santos no dia 07 de setembro de 1942. Desse matrimônio nasceram 16 filhos. Estudou no Grupo Escolar Aristheu de Andrade e no Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Palmares – PE), onde concluiu o Curso Normal Rural. Foi telegrafista do Departamento de Correios e Telégrafos. Posteriormente, quando o Serviço do Telégrafo foi extinto, ela foi promovida para o cargo de Agente Postal. Durante mais de 35 anos dedicou-se aos Correios. Em épocas diferentes também trabalhou como Agente Postal (substituindo colegas) nas localidades de: Ibareguara, Canastra e Campestre (AL). Com muito esforço e dedicação sempre trabalhou nos Correios e em casa, cuidando de seus quatorze filhos. Não lhe faltaram zelo e carinho para estimular a todos os filhos e aprenderem a ler e escrever. Ela mesma, nas horas vagas, os ajudava nos deveres de casa. Criou seus filhos à luz da religião católica ensinando-lhes o amor a Deus e ao próximo, bem como os orientava sobre a importância do trabalho honesto, do perdão e da justiça. Ficou bastante orgulhosa quando seu filho Ernane concluiu o curso de Medicina em 1971. Ainda encontrou tempo para se dedicar à pintura e às artes plásticas, retratando em seus quadros a natureza e o dia a dia das pessoas. Sempre gostou da política partidária e participou de várias campanhas. Em 1988, defendeu as candidaturas de Dr. Osvaldo Gomes de Barros e Dr. Ernane para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Colônia Leopoldina. Em 1992 fez campanha apoiando a candidatura de uma mulher (D. Telma Gomes de Melo) para o governo municipal e de seu filho para vereador. No Conjunto Osman Loureiro, em Maceió, onde residiu por um certo tempo participou dos movimentos reivindicatórios, cobrando das autoridades os benefícios para aquele centro urbano recémconstruído. Gostava muito de poesia e chegou a escrever algumas, guardando-as para si. Quando faleceu em 26 de abril de 1994, seu filho Ernane mandou imprimir no seu sanitinho distribuído como lembrança na missa de sétimo dia, a seguinte quadra do poeta violeiro Lourival Batista: “O filho sente saudade, 34
Quando a mãe está ausente, Mas, não é nem a metade, Da saudade que ela sente.”
D. Lourdes Santana, foi homenageada pelos seus relevantes serviços prestados ao município, tendo seu nome colocado para denominar uma das ruas de nossa cidade.
Rua Maria de Lourdes Santana Santos
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Rua Gustavo Fittipaldi D’Oliveira
Esta Tua Gustavo Fittipaldi, também conhecida como a antiga Rua do Motor, é oriunda da Lei no 59, de 25 de abril de 1952. Gustavo Fittipaldi foi membro do Conselho Municipal em 1908/1910 e em 1912 exerceu a intendência municipal de Leopoldina. “É no período do intendente Gustavo Fittipaldi a Lei no 15, de 24 de dezembro de 1912, que denominou a rua onde foi posta a última estaca dos estudos do ramal da estrada de ferro nesta Vila de Leopoldina, de Avenida Clodoaldo da Fonseca”, em homenagem ao ex-governador alagoano. No dia 24 de janeiro de 1903, Gustavo Fittipaldi também participou da comitiva que recepcionou o governador Dr. José Fernandes Barros Lima, o qual veio reinstalar solenemente a Comarca Leopoldinense. Era também coronel da Guarda Nacional e, durante a Revolução de 1930, foi nomeado pelo governo provisório de Alagoas para o cargo de delegado municipal da cidade. Nesta rua encontramos o Matadouro Público Municipal.
Rua Gustavo Fittipaldi D’Oliveira – Matadouro Público Municipal
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Rua Francisco Machado da Silva Esta rua foi criada por determinação da Lei no 590, de 24 de outubro de 1988 que denominou de Rua Francisco Machado da Silva, aquela que fica por trás da Rua Teódulo Augusto da Luz, e surgiu através do Projeto de Lei no 05, de 02 de setembro de 1988, sendo seu autor o vereador Manoel José da Silva. Francisco Machado, mais conhecido como Chico Machado, nasceu em Colônia Leopoldina em 29 de novembro de 1907. Era fogueteiro de profissão e segundo Everaldo Araujo Silva “era um exímio artista na arte da pirotecnia e seus fogos de artifício eram engenhosamente preparados com requintada perícia e excelente qualidade”. Além de ser o nosso “Chico Fogueteiro”, nas horas vagas, dedicava-se a sua velha viola, exercendo também com grande satisfação a “profissão” de violeiro. Em diversas oportunidades enfrentou embates poéticos com outros violeiros vindos dos estados de Pernambuco e Paraíba. Todavia, sentia-se mesmo realizado quando seus foguetes e balões animavam as festas juninas, natalinas, casamentos, batizados e a tradicional festa do mártir São Sebastiao. Como um grande carnavalesco que também era, fundou na década de 50 o famoso “Bloco Leão da Aldeia” e posteriormente também fundou o “Bloco do Jacaré”, que durante os festejos momescos saía às ruas para animar o carnaval leopoldinense ao som, quase sempre, da banda de música de Belém de Maria – PE, enquanto os foliões cantarolavam os versos do seu famoso Bloco do jacaré: “Chamei Chiquinha, chamei Lionô, A Mariêta não pode marchar, Porque estava no rio lavando roupa, O Jacaré, partiu pra lhe pegar Olê, olá, olê, olá, Entra no frevo, que essa trinca é de amargar.”
Além de poeta popular, participava do grupo político do seu velho amigo Alfredo Cavalcanti. Certa feita, quando Alfredo Cavalcanti, recebeu o candidato a governador, Abraão Fidélis de Moura, ele, além de fazer espocar seu foguetório em homenagem ao candidato visitante, ainda improvisou estas quadras:
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“Eu sou o Leão da aldeia, Valente como um terror, Abraão é o candidato, Votemos nele pra governador” “Sou pobre, sou rico, Grito de peito empolado, Com Alfredo na prefeitura, O povo está descansado.”
Seu filho Daniel, durante muito tempo tentou manter acesa a bandeira carnavalesca do seu velho pai, todavia, em virtude de dificuldades financeiras e da própria mudança dos costumes poulares na forma de comemorar as festas momescas, não conseguiu o êxito desejado. A Câmara de Vereadores homenageou em 1988, aquele que em vida foi um dos mais festejados carnavalescos de nossa terra.
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Rua Elisiário Olympio Carneiro Gama
Esta rua fica situada por trás da antiga Rua do Matadouro Público Municipal e foi criada através da Lei no 574, de 25 de setembro de 1987, através do Projeto de Lei no 04/87, de autoria do vereador José Araújo de Luna. Elisiário Olympio Carneiro Gama era tenente da Guarda Nacional. Numa eleição realizada em Leopoldina no ano de 1921 foi eleito juiz do 2o Distrito de Leopoldina. Em janeiro de 1923 esteve presente na comitiva que foi receber o governador Dr. José Fernandes de Barros Lima, quando de sua visita oficial à Comarca de Leopoldina. Seu filho Rubens Carneiro Gama foi vereador de Colônia Leopoldina. Também foi um dos fundadores do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido político fundado em 1965, em oposição à ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido oficial da Revolução de 1964. Elisiário Carneiro da Gama residiu durante muitos anos na antiga Rua do Comércio e faleceu com mais de 90 anos de idade. Em razão de suas atividades exercidas em nosso município teve o seu nome lembrado para denominar também uma das ruas de nossa centenária cidade.
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Rua Teódulo Augusto da Luz
A Rua Teódulo Augusto da Luz, também conhecida como antiga Rua do Cemitério, surgiu através da Lei no 291, de 17 de agosto de 1966, como uma homenagem póstuma àquele cidadão que durante mais de 40 anos exerceu a função de coletor estadual, principalmente, em Colônia Leopoldina. Chegou a dirigir a “Filarmônica 16 de Julho”. Era casado com D. Alice Souza da Cruz e o casal teve os seguintes filhos: Eurico, Maria do Carmo, Rubens, Teônio, Guiomar e Leone. No governo de Muniz Falcão, seu filho Eurico da Luz chegou a exercer o cargo de coletor estadual, também em Colônia Leopoldina. Teódulo Augusto da Luz era filho de Emília Souza da Luz (D. Preta) e morou por muito tempo em uma das casas que servia aos administradores da antiga Colônia Militar Leopoldina. Era genro do famoso maestro Sabino de Souza. Acometido de diabetes, faleceu aos 81 anos de idade na cidade de Colônia Leopoldina, onde se encontra sepultado.
Tua Teódulo Augusto da Luz
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Rua Severino Ferreira de Lima
A Rua Severino Ferreira de Lima é também conhecida como a antiga Rua do Engenho Santo Antônio, tendo a mesma sido criada através da Lei no 461, de 07 de abril de 1974. Severino Ferreira de Lima nasceu em 24 de junho de 1905, em Colônia Leopoldina. E seus pais eram pernambucanos da cidade de Surubim. Casou-se em 24 de dezembro de 1933 com D. Quitéria Gomes Ferreira e tiveram os seguintes filhos: Ozair, Neil, Divair, Azauri, Valdir e Ari. Todos residem em Pernambuco. Iniciou sua vida profissional como comerciante, dedicando-se posteriormente ao cultivo da cana-de-açúcar, como fornecedor das usinas Porto Rico e Santa Terezinha. Ingressou na política no ano de 1950, por incentivo e apoio de amigos e políticos da época, respaldados em seu prestígio pessoal, perante a comunidade leopoldinense, pois gozava de boa reputação e admirável personalidade, honestidade, atitude exemplar e amor ao próximo. Foi candidato a vereador por três vezes, sendo vitorioso em todas, e obtendo nas urnas considerável votação. Também exerceu o mandato de presidente da Câmara de Vereadores, no biênio 1959/1960. Em 1960, foi convidado pelo ex-prefeito Alfredo de Paula Cavalcanti, para compor a chapa no executivo municipal como vice-prefeito pelo antigo PSD (Partido Social Democrático), sendo novamente vitorioso com expressiva votação sobre seu opositor (naquele período o candidato à vice-prefeito também era votado em cédula à parte, igualmente o candidato a prefeito), o candidato da extinta e antiga UDN (União Democrática Nacional). Quando, em 1961, o prefeito Alfredo Cavalcanti assumiu o cargo de deputado estadual, ele foi empossado prefeito, tocando a administração municipal por quase dois anos, com bastante dignidade e tendo como seu grande aliado o secretário municipal Sr. José Araújo de Luna. Encerrou sua carreira política em 1961, deixando como herdeiro político o ex-vereador José Francisco Xavier (Zé Brasilino). Com a restauração da Rua Alto Santo Antônio, na gestão do então prefeito Antônio Lins da Rocha, a mesma foi inaugurada com o nome de Rua Severino Ferreira de Lima, conferindo este honroso e justo tributo em sua homenagem. Severino Ferreira faleceu em 20/03/1969, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, no vizinho Estado de Pernambuco. Que as gerações futuras perenizem esse nome, entre outros que deram sua parcela de contribuição à história política de Colônia Leopoldina. Nessa rua encontramos: 41
A Assembleia de Deus (primeira igreja evangélica). O Posto Médico do Programa de Saúde da Família (PSF-I). A Escola de Ensino Fundamental Antônio Lins da Rocha. O Centro de Desenvolvimento Crescer (escola para deficientes). A Praça do Centenário. A Companhia de Abastecimento D’água e Saneamento do Estado de Alagoas (CASAL). A Praça Largo do São Francisco.
Rua Severino Ferreira de Lima
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Rua 15 de Novembro Ainda sob a égide da Lei Municipal no 31, de 31 de julho de 1915, que estabeleceu as primeiras denominações das ruas desta cidade, encontramos a merecer a atenção a Rua 15 de Novembro, que homenageia uma data nacional e a sua denominação substitui a antiga Rua do Comércio. Podemos afirmar que esta rua foi uma testemunha ocular de muitos fatos políticos, econômicos, sociais e religiosos de nossa centenária cidade. É uma homenagem à Proclamação da República em nossa pátria, ocorrida em 15 de novembro de 1889, sob a liderança do alagoano e marechal, Manuel Deodoro da Fonseca, natural da antiga Vila de Santa Maria Madalena D’Lagoa do Sul (hoje, Marechal Deodoro). Este movimento republicano contou, segundo alguns historiadores, com o apoio de uma base social formada por cafeicultores, militares e setores da classe urbana, porém, sua base principal era o Exército Brasileiro, que propugnava: “Progresso a qualquer custo, mas dentro da ordem”, assim como, desde o início, foi propagado e defendido pelo Partido Republicano Paulista, cujo lema era “Administrar o que é nosso”. Há de se salientar que, dificilmente, deixe de existir nas cidades de todo o território nacional, uma rua que não tenha esta denominação histórica. Normalmente uma destacada via pública, possuidora de um grande centro comercial e de progressos. Este movimento político militar (alguns acham que foi mesmo um golpe militar) acabou com o Brasil Imperial e instaurou no país uma república federativa, sendo Deodoro o seu primeiro presidente e, Floriano Peixoto (outro alagoano), seu vice-presidente. A partir de então o poder, antes imperial, ficou dividido entre o executivo, o legislativo e o judiciário. Nessa rua encontramos: A Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina. O Cartório de Imóveis. A Escola de Artes e Ofícios. O Escritório da Ceal. O Cartório de Registro Civil. A Igreja Universal do Reino de Deus.
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Rua 15 de Novembro
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Rua Genival Rodrigues da Silva
A Rua Genival Rodrigues da Silva recebeu esta denominação por homenagem popular. Está sendo regularizada através de Projeto de Lei de autoria do vereador Ernane Santana. Também já foi conhecida como Rua da Fava Dura e Rua do Sol. Representa uma homenagem póstuma àquele que exerceu suas atividades laborativas e políticas em nossa cidade. Genival Rodrigues da Silva era natural de Sumé, no Estado da Paraíba. Também ficou conhecido como o poeta “Genival da Paraíba”. Era declamador nato e nas horas vagas também escrevia suas poesias matutas, a exemplo de “100 mil sacas”, quando a Usina Taquara atingiu o grande feito de produzir mais de 100 mil sacas de açúcar no ano de 1967. Em versos comemorava: “No ano de 67 Ouvi seu Lessa dizê: Empresa, campo e transporte Vai trabaiá pra valer Pruquê prá quem nunca viu Taquara fazer cem mil Cunfie, que esse ano vê”
E mais adiante acrescentava: “Era otimismo de sobra Toda a tristeza sumiu Adelido e Zé Maria Foi quem premêro apraiudiu Gritando com muita pressa: Genival, diga a Seu Lessa Qui já compretô cem mil”
Ele e sua esposa D. Aparecida aqui chegaram no ano de 1964 onde residiu na antiga Rua Nova e posteriormente, mudou-se definitivamente para a Usina Taquara, onde exerceu as funções de auxiliar de escritório, e gozava de grande simpatia e apoio do industrial José Luiz Lessa. Foi eleito vereador em 1973, todavia não chegou a concluir o seu mandato em razão de 45
haver sido acometido de grave moléstia, vindo a falecer em 17 de agosto de 1976. Seu corpo foi velado no prédio da Prefeitura Municipal e depois enterrado no Cemitério de São Sebastião. Do seu casamento nasceram: Maria da Conceição, Messias (único filho homem, já falecido), Rita de Cássia, Genivalda, Flávia, Fábia, Sandra e Maria Aparecida. Sempre foi um homem trabalhador. Nas horas vagas entregava-se de corpo de alma “nos braços da boemia”. Suas poesias eram declamadas em quase todos os ambientes. Era um líder nato e transmitia a todos sua alegria de viver, sem deixar de enaltecer a terra que o recebeu de braços abertos. Foi exatamente uma das ruas que ele mais frequentava, a antiga Rua do Sol, que passou a se chamar Rua Genival Rodrigues. Em 1970, quando da inauguração da luz elétrica da nossa cidade pela CEAL, ele escreveu uma poesia intitulada “Colonha Quilariô”, cujos primeiros versos são os seguintes: “Um versejador matuto No meio dos home letrado Fica assim meio acanhado Num sabe nem cunversar Mais ninguém vai sinsurá Pruquê poeta eu num sou Já dixe e digo de ovo Só quero dizê ao povo Colonha quiliariô”
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Rua da Boa Vista Através do ato legal da Lei Municipal no 31, de 31 de julho de 1915, registra-se a denominação da Rua da Boa Vista. Esta rua é de pouco espaço. Nela está localizado um televisor público e um chafariz que serve também para o abastecimento de água dos moradores da Rua José Augusto da Silva. Neste logradouro público, também localizamos várias casas comerciais e residenciais. A Rua da Boa Vista, guarda no tempo a celebridade de ser a única via por onde o povo se dirigia ao cemitério público municipal, hoje denominado de Cemitério São Sebastião. Esta rua há poucas décadas passadas comemorava com muito destaque as festas juninas, bem embandeiradas, com guerreiros, cheganças, pastoril, reisados, bancas de fogos, etc;
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Rua Manoel Ataíde da Silva a Lei no 290, de 17 de agosto de 1964, deu a denominação de Rua Manoel Ataíde da Silva, àquela que por bastante tempo se chamou de Rua do Cacimbão, tendo em vista, ali haver uma cacimba que fornecia água para a cidade, afora outras fontes de água existentes na época. O nome de Manoel Ataíde da Silva tem repercussão histórica nos estados de Alagoas e Pernambuco. Do outro lado, em Pernambuco, sempre existiu o Engenho Forty do Mato, conhecido por Riacho do Mato, localidade que estimulou as decisões do imperador D. Pedro II, para criar a Colônia Militar Leopoldina. Nessa divisa de Alagoas com Pernambuco, definida pelo Rio Jacuípe e matas adjacentes, se homiziavam em épocas remotas de 1850, os bandoleiros citados no livro Colônia da Princesa. Manoel Ataíde da Silva, também conhecido como Neco Caetano, membro de família tradicional de Pernambuco, consignou entrelaçamento com a família Luna do Engenho Canto Escuro, por matrimônio com D. Maria anunciada da Conceição, e gerou uma prole requintada com professores, doutores, agricultores, juízes, todos radicados aqui no nosso município, engrandecendo e contribuindo para o bem-estar social da nossa centenária cidade. São os filhos: Antônio, Geraldo, Maria Dorothéia, Maria das Mercês e Maria Consuelo. Antônio Luna da Silva, seu filho, foi, por mais de 20 anos, o tabelião da cidade, também foi diretor e professor do Colégio Normal Padre Francisco. Candidato à prefeito. Formou-se em direito e exerceu a função de juiz de direito e desembargador, quando se aposentou. Sua irmã, Maria Consuelo Lessa, foi secretaria municipal de educação no período de 1997/2000. Manoel Ataíde, normalmente estimulava as cavalhadas da época e ele próprio passeava em bons cavalos nos dias de festa da cidade. Trata-se assim, de homenagem justa e merecida. Nessa rua encontramos: Rua Manoel Ataíde da Silva
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Rua Manoel Lino da Silva Pela Lei no 519, de 13 de dezembro de 1963, foi esta rua denominada de Rua Manoel Lino da Silva, em homenagem ao ex-vereador Manoel Lino. Surgiu através do Projeto de Lei no 05/83, de 28 de novembro de 1983, cujo autor foi o vereador Antônio José Acyoli. Por muitos anos era conhecida como Rua do Esconde Negro, provavelmente por ser localizada no final da cidade, naquele período bem distante dos nossos dias. Ali existia um sítio de mangueiras, onde possivelmente, alguns homens de cor negra se escondiam dos capitães de mato existentes nos inúmeros engenhos da região, a exemplo do Engenho Canto Escuro, onde possivelmente, funcionou um dos muitos quilombos de Alagoas. Ali também existiam vários cercados de gado bovino localizados em terreno foreiro do município.
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Rua Francisco Araújo Silva A presente rua foi denominada pela Lei no 452, de 10 de outubro de 1973. A conceituação da referida denominação foi uma homenagem concedida a uma pessoa simples, porem muito ligada às atividades do dia a dia da população. Como atividade principal, exercia o ramo de almocreve entre esta cidade e Palmares – PE, com o correr do tempo, angariou um ciclo de respeito e confiança no comércio atacadista da cidade de Palmares, servindo até de intermediário de compras para vários comerciantes locais. Assim, com mais outras pequenas atividades laborativas conseguiu criar sua família, que seguindo seu exemplo, também se conceituou dentro da cidade e do município, com uma prole de bons costumes bem enaltecida.
Inauguração do calçamento da Trav. Gustavo Fittipaldi.
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Rua Durval Gonçalves Pereira A denominação de Rua Durval Gonçalves Pereira, foi criada pela Lei no 97, de 14 de novembro de 1956. Esta rua já foi mencionada pela Lei no 31. Durante 41 anos foi conhecida como Rua da Alegria, em homenagem a uma senhora bastante popular e alegre, de nome Ana Izaías, que a história se fundamentou em suas alegrias de virtudes pessoais. Essa mesma rua também ostentou o nome de Rua das Pedrinhas, por um grande período. Todavia, a Lei no 97 acima, consignou como iniciativa de gerações uma devedora homenagem ao ex-prefeito Durval Gonçalves, como assim era conhecido. Durval Gonçalves era membro da diretoria da Usina Santa Terezinha – PE. Transferiuse para Colônia Leopoldina por intermédio de Alfredo de Paula Cavalcanti, fornecedor de canas daquela empresa. A importância de Durval Gonçalves se fez sentir no período das primeiras eleições pela redemocratização do país, ocorridas em 03 de outubro de 1947. O governo municipal de Durval Gonçalves trouxe grandes transformações e progresso para Leopoldina. Trouxe a energia elétrica de origem hidráulica ao município (era conhecida como “luz da barragem”); implantou a primeira linha telefônica municipal ligada à Usina Santa Terezinha, via Palmares – PE. Adquiriu um ônibus pela prefeitura municipal, para fazer o transporte de passageiros ligando Colônia Leopoldina à Palmares. O ônibus acima mencionado foi comprado com a contribuição do valor dos subsídios de dois mandatos de cada vereador daquela legislatura. Tivemos naquele período a instalação do Posto de Saúde Estadual no município; crescentes números de escolas, com a interiorização das estradas vicinais. Assim, os leopoldinenses devem muita gratidão ao ex-prefeito Durval Gonçalves, que faleceu em agosto de 1952, último ano do seu mandato, vítima de assassinato por motivos pessoais. Nessa rua encontramos: O Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente
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Rua Durval Gonรงalves Pereira
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Rua Izidoro Zózimo de Araújo Esta denominação substitui a antiga Rua Nova, editada pela Lei no 31, de 31 de julho de 1915. A presente denominação surgiu mediante um Projeto de Lei de 1975, do ex-vereador José Maria de Omena. A aposição da placa da Rua Izidoro Zózimo de Araújo, somente ocorreu anos depois (1987), por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. Sua conceituação é a respectiva homenagem à vida pregressa de Izidoro Zózimo de Araújo. Era filho de Severino Rozendo de Araújo, intendente do município no ano de 1919, pai do ex-vereador Djalma Costa Araújo, genitor de outros vários filhos funcionários municipais e comerciantes nesta cidade. Todos contribuíram decisivamente para o bem estar público do município. No comércio se destacou como um contribuinte que sempre fortaleceu as finanças publicas. Exercendo entre outras atividades, o comércio da Padaria Olinda, muito conhecida ao longo do tempo. Faleceu vítima de acidente automobilístico, quando já era funcionário da Usina Taquara S/A.
Rua Izidoro Zózimo de Araújo
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Rua Izidoro Zózimo de Araújo
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Rua 7 de Setembro
A presente rua foi por muito tempo conhecida por Rua da Titara, denominação adquirida provavelmente pela sua localização em terrenos ainda pouco explorados, em meio aos matagais do final da cidade, onde deveria existir vegetação intensa do mato conhecido por “Titara”. Somente mesmo nos anos anteriores de 1966, pela Lei no 300, de 06 de outubro de 1966, recebeu a denominação de Rua 7 de Setembro, em homenagem ao acontecimento histórico conhecido por Independência do Brasil, proclamada pelo então imperador D. Pedro I, em 07 de setembro de 1822. A rua mencionada é conhecida também por ser a rua da cidade com o maior número de casas. Tornou-se popular como sendo a rua que sempre abrigou grande número de trabalhadores rurais, representando um sustentáculo da mão de obra para diversas atividades do município. Por um longo período, as habitações foram simples e humildes (de taipa), mas, com o decorrer do tempo familiarizou-se com o progresso. Hoje, temos a satisfação de vermos edificações bem regulares e de aspectos superiores e com muitas transformações, correspondendo assim, o valor e o merecimento de sua denominação.
Rua 7 de Setembro
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Rua 16 de Julho
Esta rua representa uma das originalidades tradicionais da cidade de Colônia Leopoldina. Sua primeira denominação pela Lei no 31, de 31 de julho de 1915, foi a de Rua Major Lobo Bentes, uma homenagem deferida assim ao primeiro diretor da Colônia Militar. Possivelmente fez parte da antiga Rua do Comércio, que decerto descia espaço abaixo, onde hoje fica implantada realmente a Rua 16 de Julho. Todavia, foi cedendo ao fluxo da história e ficou denominada de Rua 16 de Julho, em respeito ao dia consagrado a Nossa Senhora do Carmo, por estímulo do seu maior devoto da época, que foi justamente o diretor da Colônia, major Lobo Bentes. Consolidou-se ainda mais pelo fato de legalmente ser o dia em que se comemora a emancipação política do município. As razões desta denominação se congregam ao valor da tradicionalidade da Praça D. Pedro II. Devemos assim cultuá-la como uma das que representa a fundação do nosso município e de nossa cidade. Nessa rua encontramos: O Grupo Escolar Aristheu de Andrade. A Casa onde funcionou o antigo Correios e Telégrafos. A Creche Branca de Neve. O Chalé pertencente à família do senhor Marcos Antônio Luna. O oitão da antiga casa da Colônia Militar, onde funcionou a escola da professora Dona Cila Braga. A casa onde funcionou a antiga Coletoria Federal.
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Rua 16 de Julho
Rua 16 de Julho
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Rua Mário Lima Braga
Por mais que se preserve determinada eficiência no setor do serviço público, por vezes, ocorrem falhas quase inexplicáveis. Um bom exemplo foi o que ocorreu com a lei que deu denominação a esta rua, que não foi anotada em livro próprio. A correção desta falha está ocorrendo através do Projeto de Lei no 02, de 12 de junho de 2007, de autoria do vereador Ernane Santana e já aprovado na Câmara. É uma rua hoje considerada parte do centro da cidade. Sua denominação é quase como uma homenagem obrigatória para reverenciar a memória de uma pessoa que foi de relevante destaque para o curso da coisa pública deste município. Mário Lima Braga, nasceu no ano de 1901 e faleceu no ano de 1966. O nome Mário Lima Braga, traz com toda amplitude o eco do seu trabalho, exercido tanto no âmbito do Executivo como no Legislativo, quando foi diretor da casa legislativa deste município. Destaco, como de muita importância para o município, a família Braga. Com uma história alicerçada e sustentada pelo trabalho e pela luta em benefício da comunidade. Sua mãe, a Sra. Narcisa Lima Braga, conhecida como D. Cila, fundou a primeira escola particular (Santa Terezinha), mais conhecida como Escola de D. Cila, aonde o próprio Mário Lima Braga chegou a lecionar. Considerável número de pessoas daquela época foram alunos de sua mãe. Ele era conhecido pelo seu autodidatismo, conhecia as línguas espanhola, francesa, holandesa e até traduzia textos latinos, conforme afirmação do escritor Everaldo Araújo Silva. Também exerceu a função de advogado de ofício. Sua esposa, de nome Benedita de Lima Braga, foi a primeira Agente Postal do município, na década de 1930 a 1940. O homenageado, com denominação de rua em sua memória, foi também secretário da municipalidade no governo de Laurentino Gomes de Barros, o primeiro interventor pela Revolução de 1930. Pelos idos de 1950 ingressou no legislativo municipal, ocupando em seguida o cargo de diretor, logo após a organização da estrutura administrativa da Câmara. Exerceu as funções no legislativo até 1963, quando foi aposentado pela Resolução no 124, de 3 de janeiro de 1963, deixando seu filho Sebastião Silva Braga como seu substituto
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legal, pelo Decreto no 1, da mesma data e ainda como escriturário o outro filho, José Silva Braga, que se aposentou como oficial legislativo. Fica estabelecida assim, em linhas gerais, os motivos relevantes pelos quais se denominada de Rua Mário Lima Braga, àquela via pública.
Rua Mário Lima Braga
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Rua José Francisco do Nascimento
Esta Rua José Francisco do Nascimento se encontra regularizada através do Projeto de Lei no 03, de 12 de junho de 2007, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. José Francisco do Nascimento era mais conhecido pelo apelido de “Zé Caboclo”. Exercia as atividades de negociante ambulante, comercializando vários produtos entre esse município e o município de Porto Calvo. Também mantinha uma pequena mercearia na Rua Largo Padre Francisco, onde residia com seus familiares. Ele e sua esposa tiveram vários filhos, dentre eles, Gustavo Nascimento, apelidado por “Gui”, que se destacou como um exímio violonista, abrilhantando muitas festas populares em nossa cidade, destacando-se as famosas serestas ao luar, de uma época que ainda nem energia elétrica a cidade possuía. José Francisco do Nascimento angariou o apoio desta comunidade, que lhe dedicou esta homenagem por ter total confiança em seus bons princípios de homem trabalhador e honesto. Nessa rua encontramos: O Posto de Saúde José Luiz Lessa. A Escola de Ensino Fundamental Alfredo de Paula Cavalcanti.
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LOTEAMENTOS
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LOTEAMENTO JOSÉ TEOTÔNIO DO RÊGO
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O Loteamento José Teotônio do Rêgo, foi criado através da Lei n o 566, de 25 de junho de 1987. É composto das oito ruas a seguir:
1. Rua Antônio Augusto da Silva 2. Rua Senador Teotônio Vilela 3. Rua José Máximo de Souza Filho 4. Rua Hercília Araújo 5. Rua Francisco Santana e Silva 6. Rua José Augusto da Silva 7. Rua Alfredo Emídio de Souza 8. Rua Antônio de Barros Pereira
José Teotônio do Rêgo nasceu em Passo do Camaragibe, no dia 18 de fevereiro de 1888. Aqui chegando, casou-se, no dia 16 de outubro de 1909, com a adolescente Maria Augusta Portella Ramos, na antiga Capela da ainda Colônia Militar. Sua esposa era filha do casal Juvêncio da Costa Ramos e Ana Portella Ramos. José Teotônio do Rêgo constituiu numerosa família e além de político foi comerciante durante mais de sessenta anos. Negociava com tecidos e gêneros alimentícios, além de ser o dono da única farmácia da cidade. Em 1915, já era membro do Conselho Municipal de Leopoldina. Em 4 de maio de 1923, também como membro do Conselho Municipal, participou do grupo de figuras políticas de projeção da região que recebeu a comitiva governamental do doutor José Fernandes de Lima, governador do Estado de Alagoas, quando da reinstalação solene da Comarca de Leopoldina. Restaurada pelo Decreto no 976, de 16 de maio de 1922, conforme informação prestada pelo conterrâneo Everaldo Araújo Silva. Progrediu bastante durante a sua longa vivência, contribuindo desta forma para a prosperidade do município. Merecendo por tudo isso a conceituada denominação de uma rua. Foi atuante membro da Liga Católica Jesus, Maria e José. Sabia fazer amigos e era muito espirituoso. Faleceu no dia 1o de junho de 1977, aos oitenta e nove anos de idade.
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Rua Antônio Augusto da Silva Esta rua é uma das integrantes do 1o loteamento compreendido dentro das limitações da área desta cidade. Surgiu por necessidade do aproveitamento de espaço para incrementar as edificações em nossa cidade, justificando o interesse social por moradia para todos. O Loteamento a que se refere à localização desta rua teve a denominação de Loteamento José Teotônio do Rêgo, estabelecido pela Lei no 566, de 25 de junho de 1987, por iniciativa do vereador Enock Marques Pinheiro. É composto de oito ruas, inclusive esta a que se refere a presente conceituação, considerando que Antônio Augusto da Silva exerceu o mandato de vereador deste município. Ele era dono do Sítio Riachão, o qual recebeu de herança de seu velho pai, o Sr. Augusto da Silva, proprietário primitivo daquele pedaço de terra. Antônio Augusto era primo do ex-prefeito Antônio Lins da Rocha, e nas horas vagas gostava de tocar seu acordeom (instrumento musical muito apreciado e recomendado pela elite daquela época). Participou de vários folguedos populares, destacando-se o reisado alagoano. Animou com seu acordeom inúmeros eventos festivos em nossa cidade. Através de suas atividades como político de inserção popular, granjeou o reconhecimento e a homenagem que lhe foi concedida pela comunidade leopoldinense, quando em 1987, resolveu colocar seu nome como patrono de uma das ruas de nossa comunidade.
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Rua Senador Teotônio Vilela A Lei no 566, de 25 de junho de 1987, transformou uma parte do Loteamento José Teotônio do Rêgo em Rua Senador Teotônio Vilela, por sugestão do vereador José Pereira do Nascimento. Teotônio Vilela nasceu em 28 de maio de 1917, em Viçosa – AL. Foi orador da turma no Colégio Jesuíta e escandalizou a todos, aos 15 anos de idade, pregando um “novo pacto social”. Em 1937, ele foi tentar a vida no Rio de Janeiro. Voltou a Alagoas e foi negociar com gado até fundar uma usina de açúcar. Em 1948, Teotônio Vilela, então filiado à UDN (União Democrática Nacional), elege-se deputado estadual e, posteriormente, vice-governador. Em 1966 foi eleito senador pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional); inicialmente, apoiou a chamada Revolução de 64 e, depois, voltar-se contra os militares, quase teve o seu mandato cassado; escapou por causa da amizade com o ministro dos transportes Mário Andreazza (homem forte da ditadura militar). Nos anos 70 cobrou a redemocratização nacional em discursos fortes que lhe valeram o apelido de “Menestrel das Alagoas”. Cobrava um “Projeto de Emergência” para ajudar a pobreza, defendia a moratória da dívida externa, reformas sociais e eleições diretas para presidente. Teotônio ligou-se ao MDV (Movimento Democrático Nacional) em 1979, sendo oposição ao regime militar e presidindo a comissão parlamentar de inquérito que discutiria a anistia militar aos cassados pelo AI-5 (Ato Institucional no 5). Morreu em 27 de novembro de 1983, depois de comover toda a nação com sua forte disposição de luta. Dizia: “há coisas que enchem a vida de alegria: lavar um cavalo na água fria do rio, sacudir um boi pelo rabo na carreira de uma vaquejada e falar com os jovens sentindo a esperança”. Seu filho Teotônio Vilela, seguiu-lhe os passos políticos e, quando estava exercendo o seu terceiro mandato de senador da República, foi eleito governador de Alagoas, no ano de 2006. Em 25 de abril de 2004, quando se comemorava o aniversário dos 20 anos do movimento “Diretas Já”, afirmávamos que Teotônio Vilela, Ulysses Guimarães e Tancredo Neves foram os maiores líderes da campanha pela redemocratização do Brasil, da abertura política e, sobretudo, os heróis que tanto lutaram pela volta das eleições diretas para presidente da República. Em razão do exposto e de toda sua atuação política no Estado mereceu esta justa homenagem póstuma. O poeta popular conhecido por “Zé da Feira”, natural de Paulo Jacinto, um ano antes de sua morte assim expressou seu sentimento pelo “Menestrel das Alagoas”: 66
“Não sou um poeta clássico Das letras conhecedor Mas faço versos para um homem Que o Brasil consagrou Com a minha rima singela Louvo TEOTÔNIO VILELA Nosso ETERNO Senador”
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Rua José Máximo de Souza Filho Esta rua também foi editada pela Lei no 566, de 25 de junho de 1987, por sugestão do ex-vereador Orogibson Almeida de Omena. A mesma traz na memória a figura do exvereador José Máximo de Souza Filho, dotado de muita popularidade e sempre voltado para os problemas das pessoas mais carentes do município. Foi criado por seu tio e padrinho, o Sr. José Máximo de Souza, que também exerceu os mandatos de vereador e vice-prefeito de nossa cidade. A denominação de Rua José Máximo de Souza Filho, conduz a uma histórica recordação das atividades do vereador, sempre em benefício das causas que ele abraçou em benefício do povo mais necessitado. Deixou em meio às suas ações, com destaque, o convite ao “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, o grande sanfoneiro de Exu, para fazer uma apresentação musical em nossa Praça D. Pedro II. O show daquele dia foi considerado um grande evento para a comunidade leopoldinense. Assim, todos que se voltam para o bem comum do povo merecem gratidão.
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Rua Hercília Araújo Silva Nasceu a Rua Hercília Araújo Silva por força da Lei no 563, de 25 de junho de 1987, por sugestão do vereador José Amâncio da Silva. Hercília Araújo Silva nasceu em 03 de agosto de 1924, no Engenho Cavaco, no município de Água Preta – PE. Era filha de Francisco Araújo Silva e Benedita Teófila Lins. Aos dezenove anos de idade casou-se com o Sr. José Amâncio da Silva, com quem teve sete filhos. Vilma, José Amâncio, Pedro Josafá, Valderice, Valdir e Zilma. Seu esposo, José Amâncio da Silva, era comerciante e político atuante, tendo participado do Poder Legislativo por quatro legislaturas seguidas (legislou durante 22 anos) e foi eleito presidente da Câmara para o período 1979/81. Ao lado de seu esposo Hercília Araújo Silva fica paralela as Ruas Francisco Santana e Silva e Antônio de Barros Pereira, ambas situadas no Loteamento José Teotônio do Rego. D. Hercília Araújo Silva viveu quase toda sua vida aqui em Leopoldina e faleceu no dia 11 de março de 1985, sendo sepultada no cemitério local. Como católica que era, criou todos os seus filhos dentro dos preceitos da Igreja Católica Apostólica Romana. Sua neta, Daniela Borges Amâncio, ocupa hoje na Secretaria Municipal de Educação, o cargo de Coordenadora de Ensino, assim como seu neto, Fabiano Borges Amâncio, ocupa o cargo de Assessor de Planejamento da Secretaria de Administração.
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Rua Francisco Santana e Silva
A Rua Francisco Santana e Silva fica situada no Loteamento José Teotônio do Rego e foi assim denominada através da Lei no 566, de 25 de junho de 1987, por iniciativa do vereador José Araújo de Luna. Francisco Santana Caldas chegou a Canastra, distrito de Piquete (hoje Ibateguara) e dele adquiriu uma casa comercial em Colônia Leopoldina, localizada na antiga Rua do Comércio, hoje Rua 15 de Novembro. Casou-se com D. Francisca da Costa Barros, com quem teve seis filhos: Maria Auxiliadora, Maria de Lourdes, Maria Zildete, Maria Estela, Maria Carmelita e Antônio Santana e Silva, que faleceu aos dois anos de idade. Em Colônia Leopoldina, tornouse influente homem do comércio e da agricultura, além de atuar na política local como presidente do PSD (Partido Social Democrata). Possuía várias propriedades, onde empregava quase uma centena de pessoas e nelas plantava café, banana, cacau, além de criar gado bovino. Viúvo, casou-se em segunda núpcias com a diretora do Grupo Escolar Aristheu de Andrade, D. Celeste de Lima. Seus cunhados, Adalberto da Costa Barros e João Ferreira Bastos, exerceram mandato de vereador em nosso município na década de 30. No ano de 1923, juntos com outras autoridades recepcionou a comitiva do governador Dr. José Fernandes de Barros Lima, que aqui chegou em visita à Leopoldina. Pertenceu à Liga Católica Jesus, Maria e José, sendo seu presidente por um determinado período. Participou ativamente da vida social do município e era conhecido pelo apelido carinhoso de “Seu Chiquinho”. Cedeu uma casa de sua propriedade, situada à Praça D. Pedro II, para que os Correios e Telégrafos viessem a funcionar sem ônus para o Estado. Em 1952, após sofrer um enfarte, foi hospitalizado na Casa de Saúde São Marcos (Recife – PE), e faleceu no dia 11 de julho do mesmo ano. Seu sepultamento ocorreu em Colônia Leopoldina, sendo considerado um dos mais concorridos daquela época, manifestando o reconhecimento por sua boa índole e fidelidade aos amigos. Deixou como legado às suas filhas, uma excelente formação m oral e cívica, extensiva aos seus descendentes. Suas atividades empresariais, comerciais, políticas e sociais, em muito contribuíram para o desenvolvimento de nossa querida Colônia Leopoldina, razão porque foi homenageado pela Câmara de Vereadores, tendo seu nome sido escolhido como patrono de uma de nossas ruas.
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Rua Francisco Santana e Silva
Inauguração do calçamento da Rua Francisco Santana e Silva
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Rua José Augusto da Silva
Esta rua se encontra localizada dentro dos limites do Loteamento José Teotônio do Rego, criado através da Lei no 566, de 25 de junho de 1987. Conforme acordo estabelecido à época, cada vereador foi credenciado a fazer a indicação de um nome para distinguir as ruas deste aglomerado urbano. Coube assim, ao vereador Manoel José da Silva fazer a indicação da Rua José Augusto da Silva. José Augusto da Silva era conhecido popularmente por José Novo. Também foi vereador por este município. Nasceu e viv eu no Engenho Livramento em Colônia Leopoldina, sendo fornecedor de cana-de-açúcar por vários anos. Durante o seu mandato eletivo, foi sincero colaborador da administração pública. Era parte destacada de uma comunidade familiar de relevante conceito para a vida do município, merecendo assim, o reconhecimento desta comunidade com a lembrança do seu nome para denominar uma de nossas vias públicas.
Rua José Augusto da Silva
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Rua Alfredo Emídio de Souza
Ainda encravada no Loteamento José Teotônio do Rego, encontramos a rua acima denominada, Rua Alfredo Emídio de Souza, sancionada através da Lei no 566, de 25 de junho de 1987. A presente rua foi de sugestão do ex-vereador José Alfredo de Souza, filho do homenageado. Alfredo Emídio de Souza, nascido neste município, teve uma vida longa. Foi genitor de uma prole numerosa, representante moral de várias famílias congraçadas em torno da família “Emídio de Souza”. Toda a sua vida foi devotada aos trabalhos no campo, sendo ele o proprietário do sítio denominado “Coirana”. Participou com muita dignidade das atividades de nossa comunidade, dando o estímulo e sincera colaboração e respeito à coisa pública. Contraiu matrimônio por duas vezes. Todos os seus filhos e descendentes fazem parte e colaboraram no esforço para o bem comum de nossa comunidade, razão porque se conceitua esta honrosa denominação.
Rua Alfredo Emídio de Souza
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Rua Antônio Barros Pereira A Rua Antônio Barros Pereira foi assim denominada pela Lei no 566, de 25 de junho de 1987, que criou o Loteamento José Teotônio do Rego. Esta denominação surgiu por uma iniciativa do vereador Antônio José Acioly Maciel. Naquela oportunidade a cada vereador foi facultado do direito de apresentar uma indicação para denominar as ruas do aludido loteamento. Antônio Barros Pereira, era proprietário do Sítio São Pedro, encravado neste município de Colônia Leopoldina. Explorava o comércio de abate de gado. Era membro da tradicional família do Sr. Salustiano de Barros Lins, proprietário do Engenho Ouro Preto, hoje município de Novo Lino. O homenageado viveu muitos anos nesta cidade, estabelecendo boas relações em meio à sociedade local, vindo a ser sogro do ex-prefeito Antônio Lins da Rocha, falecido há anos passados.
Rua Antônio Barros Pereira
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LOTEAMENTO ABIDES BORGES
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Rua Adalgiso Borges Santos
O Loteamento Abides Borges foi criado pela Lei no 693, de 19 de setembro de 1997, por indicação do vereador Ernane Santana Santos, e é composto de três ruas: Adalgiso Borges Santos Mário de Gusmão Gonçalves Ligarião Benício Freire Borges
Abides Borges de Borba era filho de Manoel Borges da Costa Muniz, que exerceu o cargo de intendente municipal (prefeito) no ano de 1908. Seu pai também era proprietário do Engenho Jericó e no período situado entre o ano de 1904 a 30 de junho de 1908, foi nomeado 2o suplente de juiz substituto. Quando intendente reformou o Mercado Público Municipal, ainda hoje existente na Rua 15 de Novembro, porém, em completo estado de ruínas e abandono. Em 1928, Abides Borges já fazia parte do Conselho Municipal, durante o governo do prefeito Aristheu Portela Ramos. Posteriormente, no mesmo ano, Abides Borges assume a presidência do referido conselho. Segundo relatos de Everaldo Araújo Silva “Abides Borges era proprietário do Engenho Santo Antônio, o qual se utilizando da capacidade hidráulica de que dispunha sua propriedade, iluminou primeiro seu engenho e, entre 1927 e 1928 ampliou sua capacidade energética e passou a fornecer energia elétrica para Leopoldina, criando uma empresa para esta finalidade”. 76
Ainda de acordo com Everaldo Araújo Silva “Abides Borges faleceu no mês de abril de 1929 aos 38 anos de idade”. Deixou viúva sua esposa Adalgisa Freire Borges, e órfãos os seguintes filhos: Manoel, Olival, Ligarião, Nair, Nildes Freire Borges. Foi um grande político, grande empreendedor e senhor de engenho. Essa família Freire Borges entrelaçou-se com outra família da região: Fittipaldi D’Oliveira, Santos, Loureiro Cavalcanti, Corte Real, Medeiros, Ramos, Luna, Bandeira de Melo, Caldas entre outras. Abides Borges era pai de Manoel Freire Borges e de Ligarião Benício Freire Borges e tio de Adalgiso Borges Santos. Dessa miscigenação familiar surgiram muitos comerciantes, médicos, agricultores, políticos, advogados, engenheiros e industriais. Por sua participação na vida política, social e econômica de nossa cidade de Leopoldina, a Câmara resolveu, em 1997, homenageá-lo ainda que postumamente.
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Rua Adalgiso Borges Santos Esta rua faz parte do Loteamento Abides Borges, criado através da Lei n o 693/97, de 19 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. Adalgiso Borges Santos, também conhecido por “Seu Giso”, nasceu no dia 25 de janeiro de 1921, no município de Água Preta – PE. Era segundo filho de uma prole de nove filhos. Durante muitos anos morou no Engenho Lua Nova, de propriedade de seu pai, Mário da Silva Santos. Em 1942, casou-se com D. Maria de Lourdes Santana, filha do comerciante e agricultor Francisco Santana e Silva. Deste casamento nasceram os seguintes filhos: Maria Gisomar, Ernane, Solange, Paulo, Sônia, Antônio, Fátima Cristina, Francisco, Francisca, Márcio, Márcia Inez, Jorge Luiz, além de Fátima Santana e Maria de Lourdes falecidas antes de completarem um ano de vida. Estudou suas primeiras letras em Água Preta e Palmares – PE. Desde cedo dedicou-se a agricultura familiar, sendo considerado o braço forte de seu pai. Era neto de Manuel Borba da Costa Muniz que foi intendente municipal (prefeito) no ano de 1908. Durante a segunda guerra mundial, juntou com seu pai fabricou muito álcool para ser utilizado como combustível (álcool carburante) durante aquele período em que a gasolina importada era por demais escassa. Forneceu cana-de-açúcar para as usinas Taquara – AL e Santa Terezinha – PE. Dedicou-se ao pequeno comércio, mas seu fraco mesmo era a agricultura. Politicamente, exerceu o cargo de presidente do PSP (Partido Social Progressista). Em 1965, em plena ditadura militar, junto com Djalma Falcão, seu filho Ernane, Rubens Carneiro Gama e outros c companheiros, fundou em Colônia Leopoldina o partido político MDB (Movimento Democrático Brasileiro), do qual foi seu presidente. Ainda durante os 21 anos do período militar, por conveniência do seu grupo político presidiu a ARENA local (Aliança Renovadora Nacional), dando total apoio naquela oportunidade ao candidato a prefeito José Luiz Lessa. Quando seu primo Manuel Freire Borges exercia o mandato de deputado estadual (1954/57), foi nomeado para o cargo de delegado da cidade. Foi apelidado carinhosamente pelos seus amigos como “Tenente Giso”. Viveu quase toda sua vida em Colônia Leopoldina, ora cultivando cana-de-açúcar, banana ou mesmo o café, chegando a instalar uma pequena torrefação, que não foi adiante. Seu filho Ernane Santana, seguindo a influência da família foi candidato a vice-prefeito em 1988. Em 1992 foi eleito vereador pelo PFL, ocupando a presidência da Câmara no biênio 1993/94 e sendo reeleito vereador pelo PST, ocupou novamente a presidência da Câmara no quadriênio 1997/2000. Em 2000, foi eleito pelo PST e 78
ocupou a primeira secretaria da casa legislativa Tancredo Neves. Em 2004/2006, foi reeleito e continua ocupando a primeira secretaria da Câmara de Vereadores. Adalgiso Borges foi funcionário público estadual e durante vários anos coordenou as atividades do LIFAL (Laboratório Farmacêutico de Alagoas). Ele era uma pessoa alegre, brincalhona e possuidora de um vasto número de amigos, colecionados ao longo de sua trajetória de vida, interrompida em 07 de março de 1993, aos 72 anos de idade, na cidade de Maceió – AL. Seu corpo se encontra sepultado no Cemitério Parque das Flores. Em virtude de sua participação significativa na vida política e econômica de Colônia Leopoldina, teve seu nome lembrado, sendo homenageado como o patrono de uma das ruas do Loteamento Abides Borges, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos.
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Rua Dr. Mário de Gusmão Gonçalves
A rua com a denominação acima mencionada, integra o Loteamento Abides Borges, projetado para regularizar uma grande área situada em terreno foreiro do município, onde há muito existia um cercado de animais. Todavia, o progresso chegou ali com a construção da quadra de esportes “Mané Garrincha”. O município, pela necessidade de organizar os serviços de suas ruas, criou pela Lei no 693, de 19 de setembro de 1997, o Loteamento Abides Borges. Nome bastante conceituado na história de Colônia Leopoldina, com merecida distinção, principalmente por suas qualidades pessoais, sendo presidente do nosso legislativo e, entre outros feitos, em 1925 instalou provisoriamente, partindo de sua propriedade Engenho Santo Antônio, o primeiro fornecimento de energia elétrica de origem hidráulica para nossa cidade. Dr. Mário de Gusmão Gonçalves, nascido no Engenho Tigre da Usina Santa Terezinha, município de Água Preta – PE, foi trazido por seu genitor, Durval Gonçalves Pereira, primeiro prefeito desta cidade de Colônia Leopoldina, no período da redemocratização do nosso país. Mário Gonçalves, como era conhecido, viveu boa parte de sua juventude na Fazenda Brejo Mole, adjacente a esta cidade, principalmente após o falecimento do seu pai. Estudou na Faculdade de Direito de Maceió, chegando a se formar em advocacia, mesmo assim, mantendo o cultivo da cana-de-açúcar na referida fazenda. Foi vereador por este município, no período compreendido de 1976 a 1982; militou como advogado junto às atividades do Fórum Guedes de Miranda desta cidade e foi consultor jurídico da Câmara Municipal, participando destacadamente na melhoria dos trabalhos daquela casa legislativa, atuando sempre pelo bem de nossa sociedade. Faleceu em 1995, em virtude de crise cardíaca, aos 52 anos. A escolha do seu nome para uma rua de nossa cidade é demonstração de respeito e gratidão do nosso povo. Foi uma iniciativa do vereador Ernane Santana Santos.
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Rua Dr. Mรกrio de Gusmรฃo Gonรงalves
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Rua Ligarião Freire Borges
A Rua Ligarião Freire Borges fica situada no Loteamento Abides Borges, criado pela Lei no 693, de 19 de setembro de 1997, através de indicação feita pelo vereador Ernane Santana Santos. Ligarião Freire Borges nasceu em Palmares – PE no dia 25 de fevereiro de 1916, sendo registrado no município de Colônia Leopoldina – AL, onde seus pais, Abides Borges de Borba e sua mãe, Adalgisa Freire Borges, residiam, mais precisamente no Engenho Santo Antônio. Aqui cresceu, estudou e passou toda sua infância. Após o falecimento do seu pai, tornou-se o administrador do engenho da família. Seu avô paterno Manuel Borba da Costa Muniz foi intendente municipal (prefeito) e seu pai Abides Borges de Borba, também fez parte do Conselho Municipal (Câmara de Vereadores). Era irmão do deputado estadual Manuel Freire Borges. Casou-se em primeiras núpcias com D. Rute Loureiro Cavalcanti, com quem teve um casal de filhos: Eraldo e Edna Cavalcanti Borges (atual diretora da Escola de Ensino Fundamental Manuel Siqueira Campos, existente na Destilaria Porto Alegre). Seus avós paternos foram o coronel Ligarião Benício de Luna Freire e D. Filomena Pessoa de Melo. Quando separou-se de D. Rute, passou a contrair novas núpcias com a senhora Odecilda Anfelim, da cidade de Sangueiro – PE. Dessa união, nasceram sete filhos: Ligarião Benício, Olival, Abides, Emanuel, Gerônimo, Adalgisa, Rui e Ricardo Borges. Na década de 60 o casal fixou residência na Rua 15 de Novembro em Colônia Leopoldina. Também residiu no chalé pertencente à família Severiano Ferreira de Freitas e no Engenho Santo Antônio. Por muitos anos administrou os engenhos Macaco e Cavaco, ambos existentes no vizinho município de Água Preta – PE. Era considerado um homem de palavra, de extraordinária coragem e vontade constante de lutar pela vida. Em determinado período de sua vida percorreu grande parte do nordeste brasileiro com seu caminhão, conduzindo e vendendo gado bovino nas feiras livres das cidades. Faleceu aos 73 anos de idade, na cidade de Maceió, no dia 27 de dezembro de 1989. Seu corpo encontra-se sepultado no cemitério de São Sebastião em Colônia Leopoldina.
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Rua LigariĂŁo Freire Borges
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LOTEAMENTO MARIA LOUREIRO CAVALCANTI
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Este loteamento surgiu através da Lei no 692, de 16 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos, e todas as ruas que nele se encontra são de autoria do mesmo vereador. A denominação do referido loteamento representa uma gratidão de caráter fraternal a unidade hospitalar desta cidade, único centro de saúde deste município. Maria Loureiro Cavalcanti, conhecida por D. Maroquinha, foi um testemunho de vida comunitária de Colônia Leopoldina. Reconhecida pela coletividade, por ter sua vida devotada à paz e tranquilidade das pessoas carentes. Mulher muito religiosa e temente a Deus, pertencia ao Apostolado da Oração do Sagrado Coração de Jesus. Era esposa do ex-prefeito Alfredo de Paula Cavalcanti. Esta denominação é o reconhecimento a Maria Loureiro Cavalcanti e caracteriza, extensivamente, uma homenagem à mulher leopoldinense. Neste loteamento existem sete ruas a seguir enumeradas:
1. Rua Filomena Freitas de Souza 2. Rua Joaquim Monteiro da Cruz 3. Rua Guiomar Freitas Gonçalves 4. Rua Gilberto Afonso Ferreira 5. Rua Eduardo Jorge Silva Ferreira Lessa 6. Rua José Maria Ramos 7. Rua José Máximo de Souza
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Rua Filomena de Freitas Souza
Esta Rua Filomena de Freitas faz parte do Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, criado através da Lei no 692, de 19 de setembro de 1997, por sugestão do vereador Ernane Santana Santos. Os pais de Filomena de Freitas eram o Sr. Severiano Ferreira de Freitas e D. Filomena Ferreira de Freitas. Filomena Freitas nasceu aqui em Colônia Leopoldina, no chalé existente na antiga Rua do Cruzeiro, onde seus pais residiam. Foi casada com o Sr. José Máximo de Souza Filho (Zeca Máximo) que foi vereador por várias legislaturas, plantador e fornecedor de cana-de-açúcar para as usinas Porto Rico – AL e Santa Therezinha – PE. Sempre que pôde, D. Filomena, ao lado de seu esposo, participava da vida social e política da sua terra natal. Do seu casamento nasceu apenas um filho, Severiano José Freitas de Souza, que, seguindo os passos do pai e de seu avô José Máximo de Souza, exerceu o mandato de vereador em duas oportunidades (1989/92 e 1993/96). Em 1996, foi eleito prefeito do município, cumprindo seu mandato no quadriênio 1997/2000. D. Filomena Freitas proprietária da Fazenda Marinheiro. Faleceu no dia 18/12/1989, sendo sepultada no Cemitério São Sebastião, em Colônia Leopoldina. Como exemplo de mãe e mulher que foi durante toda a sua vida, recebeu justa homenagem do povo leopoldinense, tendo uma das ruas da cidade denominada com o seu nome.
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Rua Joaquim Monteiro da Cruz
A Rua Joaquim Monteiro da Cruz, está situada no Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, que surgiu através da Lei no 692, de 19 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. Joaquim Monteiro da Cruz nasceu em 15/09/1913 e era filho de Guilherme Alves da Silva e D. Ritinha, neto do coronel Sebastião Alves da Silva, proprietário do Engenho Pé de Serra de São João da Mata. Quando Joaquim Monteiro da Cruz tornou-se dono do referido engenho, batizou-o de Engenho São Sebastião. Era católico praticamente e pertencente a Liga Católica Jesus, Maria e José da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo. Segundo Everaldo Araujo Silva, ilustre historiador leopoldinense, este engenho banguê foi o primeiro a ser movido a vapor nesta região. Atuou por mais de 40 anos no setor agrícola comi plantação diversificada: banana, arroz, laranja, jerimum, feijão, milho, cacau e melancia. No campo político (interventor de Colônia Leopoldina, em 24 de maio de 1945. Segundo Everaldo Araújo Silva, “Joaquim Monteiro da Cruz dizia que sua paixão declarada era mesmo pela agricultura, porém quando convocado, não se furtou a dar sua contribuição como político. Revela que foi político acidentalmente, mas governou o município com muita categoria e zelo público durante um ano e seis meses a frente do Poder Executivo local”. Ao longo de sua trajetória como agricultor desenvolveu várias pesquisas agronômicas em seu Engenho São Sebastião ou Pé de Serra, como era mais conhecido pelo povo da região. Seu neto, Luiz Costa Monteiro da Cruz, seguindo os passos de seu avô, ingressou na política no ano de 1988. Ocupou o cargo de Secretário de Obras e Urbanismo nos governos de D. Telma Gomes de Melo (1992/96) e Severiano Freitas (1997/2000). No ano de 2000 foi eleito vereador pelo PMDV para o quadriênio 2001/2004. Reeleito vereador em 2004, tornando-se assim até o presente momento o único representante político da família Monteiro da Cruz. Joaquim Monteiro da Cruz era casado com D. Iolanda Pereira Monteiro com a qual teve vários filhos. Faleceu na cidade de Recife – PE no dia 03/06/1993, aos 80 anos de idade. Em reconhecimento pelos seus relevantes serviços prestados a comunidade, seu nome foi aprovado pela Câmara de Vereadores para denominar uma das ruas do Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti.
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Rua Joaquim Monteiro da Cruz
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Rua Guiomar de Freitas Gonçalves
A Rua Guiomar de Freitas Gonçalves está localizada no Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, assim denominada pela Lei municipal no 692, de 19 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. Guiomar de Freitas nasceu em 04 de março de 1927 e seus pais eram Severiano Ferreira de Freitas e Filomena Ferreira de Freitas. Casou-se com o Sr. Manoel Florêncio Gonçalves e foi mãe de dois filhos: Manoel Florêncio Gonçalves e Filomena de Freitas Gonçalves. Durante muitos anos, trabalhou no Posto Médico de Saúde Pública Estadual como enfermeira e visitadora em nossa cidade. Era considerada uma mãe zelosa, amiga e uma funcionária, que naquela época, servia de exemplo aos novos agentes de saúde, tal a maneira profissional e tranquila como a todos atendia. Faleceu em 19 de janeiro de 1973, aqui em Colônia Leopoldina, onde seu corpo se encontra sepultado no cemitério local. Teve razoável participação política na vida de nossa centenária cidade, razão porque recebe do povo leopoldinense esta justa homenagem.
Inauguração do calçamento da Rua Guiomar de Freitas Gonçalves
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Rua Gilberto Afonso Ferreira Esta rua é integrante do Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, criado pela Lei no 692, de 16 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. Gilberto Afonso Ferreira, conhecido como Gilberto Lessa, era filho de José Afonso Ferreira e Alzira Lessa Ferreira. Nasceu em 08 de julho de 1818 no Engenho Taboca, município de Água Preta – PE. Casou-se com Maria de Lourdes Lessa Ferreira (sua prima), filha do então senhor do Engenho Laranjeiras, João Luiz da Silva. Tiveram nove filhos. Gilberto Afonso Ferreira, por intuição nativa, criou-se e viveu toda a sua existência como parte do sistema agrário da região, tendo sido dono de várias propriedades, tais como: Cruzeiro do Sul, Espinho, Laranjeiras, Carito e Cavaco. Dotado de grande capacidade administrativa, além de proprietário, foi fornecedor de cana-de-açúcar para várias usinas, principalmente a Taquara. Possuía grande carisma e tinha um coração generoso: sempre ajudava a quem a ele recorria. Muito colaborou com os municípios de Água Preta, Maraial e Colônia Leopoldina. Através da afinidade com a família Lessa, na pessoa do Sr. José Luiz Lessa da Silva, refeito deste município por dois mandatos, teve as portas abertas para o seu progresso social. Participou da política partidária, no vizinho município de Maraial – PE, se destacando com a eleição para vereador. Por princípios natos e pessoais, participou destacadamente de trabalhos comunitários em nosso município, o que o levou a receber, como homenagem de gratidão do nosso povo, o título de “Cidadão Leopoldinense”, outorgado pela Câmara Municipal de Colônia Leopoldina. Faleceu em 08 de fevereiro de 1996, aos 78 anos de idade, vítima de infarto fulminante.
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Rua Gilberto Afonso Ferreira
Rua Eduardo Jorge Silva Lessa Ferreira
A presente rua faz parte do conglomerado de ruas do Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, criado pela Lei no 692, de 19 de setembro de 1997, através de indicação feita pelo vereador Ernane Santana Santos. Eduardo Jorge Silva Lessa Ferreira, nasceu aos 16 de novembro de 1964, na maternidade do Hospital Português, na cidade de Recife – PE. Filho de Fernando Luiz Lessa Ferreira e Maria Consuêlo Silva Lessa Ferreira. Fez o curso primário na Vila de Sertão de Baixo, município de Maraial – PE, vizinho a nossa cidade de Colônia Leopoldina, onde sua genitora era professora. Rumou para o Recife, onde tencionava concluir seus estudos no antigo e conceituado Colégio Nóbrega. Cedo, ainda, despertou para a agricultura, talvez por hereditariedade e paixão pela vida interiorana. Guardava um entusiasmo ímpar por Colônia Leopoldina, embora nela não residisse. Aparentava buscar o aconchego de nossas cercanias. Todavia, perseverava pela vida no campo, sempre ao caminho e ao abraço da terra leopoldinense. Era um jovem amigo, trabalhador e dinâmico. Não concluiu o 2o grau, tinha ânsia de independência. Abandonou os estudos e partiu para a agricultura. O leopoldinense sentia por Eduardo imenso respeito, provavelmente fazendo eco a sua dedicação por nossa cidade. Naturalmente passou a integrar a fraternidade leopoldinense. Esse reconhecimento fez manifestar um verdadeiro espocar de sentimentos, no momento da sua partida, retribuição da gratidão que sempre denotou por nós leopoldinenses. Desapareceu aos 22 anos, vítima de morte violenta, deixando uma saudade imorredoura e um imenso vazio para seus familiares e amigos.
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Rua Eduardo Jorge Silva Lessa Ferreira
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Rua José Maria Ramos
Esta rua é também parte integrante do Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, criado pela Lei no 692, de 19 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos, que surgiu no sentido de regularizar a urbanização da cidade. A conceituação desta denominação carrega consigo uma eminente tradicionalidade de família e enseja uma gratidão histórica bem como personaliza o seu próprio sentido. A tradicionialidade repercute pela memória de seus antepassados, que militaram na política administrativa do município. José Maria Ramos era neto do 14o intendente (prefeito) do município, na pessoa do seu avô materno, Alfredo Figuerôa de Medeiros. Seu avô paterno, Antônio Juvêncio da Costa Ramos, exerceu o mandato de deputado estadual e intendente (prefeito) deste município. O seu tio Aristeu Portela Ramos foi o 19o intendente (prefeito) do município de Colônia Leopoldina. José Maria Ramos era filho do tabelião público Antônio Portela Ramos. Dedicado ao seu trabalho, chegava até a ir à casa do contribuinte em busca de trabalho para executá-lo. Na vida particular, José Maria Ramos, foi funcionário da Legião Brasileira de Assistência, uma sociedade civil fundada por Darcy Vargas em 1942 para assistir as famílias dos soldados enviados à segunda guerra mundial e que hoje realiza trabalhos assistenciais para toda a comunidade brasileira. Militou na política local, foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal, no período de 1956/1957, retirando-se da vida pública, foi negociar em Recife – PE. Faleceu aos 52 anos de idade. Fica assim o testemunho para conceituação da presente denominação.
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Rua José Máximo de Souza Esta rua faz parte do Loteamento Maria Loureiro Cavalcanti, criado pela Lei no 692, de 19 de setembro de 1997, por iniciativa do vereador Ernane Santana Santos. Sua denominação procede de um enumerado contingente de filhos da terra que já nasceram predestinados ao bem comum do município. Era um homem de classe simples e honesto. Dedicou toda a sua vida à agricultura, como plantador e fornecedor de cana-de-açúcar. Era membro de uma numerosa família que participou de vários setores de nossa comunidade. Também foi eleito vereador por dois mandatos e vice-prefeito do município na década de 60. Acompanhou todo o ciclo político de Colônia Leopoldina e sempre se posicionou pelo bem estar da comunidade, gozando assim, de toda a confiança de seus munícipes.
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LOTEAMENTO JOSÉ MARIA DE OMENA Vila Nova
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Loteamento José Maria de Omena
Inauguração do Centro de Referência de Assistência Social do Loteamento José Maria de Omena
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O Loteamento José Maria de Omena surgiu no requerimento no 11/97, de autoria do vereador Ernane Santana Santos, que solicitava regularidade de planta para constituição de ruas projetadas no lugar onde outrora era conhecida por “Lixão” e, hoje, a população local passou a reconhecê-lo com o nome mais atraente e sugestivo de “Vila Nova”. A área encontra-se compreendida entre o limite do Cemitério Público Municipal São Sebastião, com extensão do plano traseiro da Rua Miguel Evaristo de Omena, com a Fazenda Brejo Mole, dos herdeiros de Mário Gusmão Gonçalves. Esta área já possui um núcleo habitacional de razoável porte, necessitando apenas ser regularizada pelo Poder Executivo, através de carta topográfica. Segundo informações do Posto de Saúde da Família – PSF 2, nesse loteamento existem hoje 463 casas e uma população de aproximadamente 1.860 pessoas. José Maria de Omena é procedente do município de Murici – AL, aonde chegou para exercer suas atividades de contador no escritório da Usina Taquara, durante os anos 50/60. Através do apoio do industrial José Luiz Lessa, ele ingressou na política local, chegando a ser candidato a prefeito por mais de uma vez. Foi eleito vereador em 1976, sendo escolhido o presidente da Câmara para o biênio 1977/79. Foi suplente de deputado estadual e chegou a ocupar o cargo por determinado período de tempo no ano de 1985. Com sua amplitude política, conseguiu eleger seu filho Otogibson Omena para substituí-lo na Câmara. José Maria de Omena era um homem dotado de conceituado conhecimento dentro do serviço público, imprimia uma melhor desenvoltura nos trabalhos legislativos. Ao encerrar suas atividades públicas na Câmara Municipal, exercia as funções do cargo de assessor parlamentar. Era também proprietário de terras, orador eloquente e poeta de coração.
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CONJUNTO RESIDENCIAL JOSÉ MARIA QUIRINO
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Inauguração do Conjunto Habitacional José Maria Quirino
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Este conjunto residencial denominado José Maria Quirino, foi criado através da Lei n o 765, de 13 de outubro de 2003, de autoria do Poder Executivo. Consta de quatro ruas, as quais foram criadas por força de Lei, e cujos nomes dos homenageados são os seguintes:
Rua José Gomes de Lima Rua Manoel Crisóstomo da Silva Rua Genildo Loureiro Pinto Rua José Francisco Xavier
Além dessas ruas acima mencionadas existem outras ruas e casas populares, construídas pela Caixa Econômica Federal, através de convênio com a Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina. Convém salientar que este terreno no qual está localizado o referido conjunto habitacional, foi fruto de uma doação do industrial José Maria Quirino, que doou também os terrenos onde se encontram construídos o Fórum Guedes de Miranda e a Praça do Centenário. José Maria Quirino é natural da cidade de Lajedo – PE. Chegou a Colônia Leopoldina há mais ou menos 18 anos, quando, na oportunidade adquiriu, do Sr. José Luiz Lessa, a antiga Usina Taquara S/A, sendo a mesma remodelada e com capacidade para produzir mais de 01 milhão de sacas de açúcar por ano. Através da Resolução no 514/2001 à Câmara de Vereadores outorgou-lhe o título de “Patrono do Bem-Estar da Comunidade de Colônia Leopoldina” e através da Resolução no 515/2001 o título de “Cidadão Benemérito de Colônia Leopoldina”.
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Rua José Gomes de Lima Esta rua foi criada pela Lei no 765, de 13 de outubro de 2003 a qual também criou o Conjunto Residencial Industrial José Maria Quirino, de iniciativa do Poder Executivo e com a aprovação da Câmara de Vereadores. José Gomes de Lima era filho de Sebastião Gomes de Lima e de D. Maria H. de Lima. Nasceu na antiga Rua da Lama, no dia 05 de novembro de 1928, onde residiu até os 15 anos de idade. Quando adolescente, foi comerciário e também se dedicou ao fabrico de formas de sapato, na fábrica do Sr. Antônio Cordeiro da Silva. Posteriormente, aprendeu o ofício de alfaiate, o qual desempenhou com bastante eficiência. Também foi dono do Bar e Sorveteria Belvedere, que funcionava na parte inferior da Câmara de Vereadores. Na época da redemocratização do país (1947) foi inscrito no Cartório Eleitoral da 24a Zona, sendo o décimo eleitor ali alistado. Ingressou na política junto com seu irmão Abdias Gomes de Lima, o qual foi vereador em três legislaturas seguintes. Desempenhou o papel de vereador eleito em dois mandatos consecutivos (1966/69 e 1969/73), quando então foi eleito presidente da Câmara de Vereadores no biênio 71/73. Foi vice-prefeito do Sr. Antônio Lins da Rocha (1973/76), exercendo também naquela ocasião o cargo de Secretário Municipal da Administração durante três anos e seis meses, do qual afastou-se para concorrer ao cargo de prefeito, sendo eleito em 1976 com expressiva margem de votos sobre seu opositor. Foi eleito para um mandato de quatro anos, porém o Governo Revolucionário de 64 achou por bem prorrogar todos os mandatos por mais dois anos. Assim governou o município por seis anos seguidos. Nesse período, teve a honra e a satisfação de, juntamente com o governador Guilherme Palmeira inaugurar o Hospital Maria José Loureiro Cavalcanti e a Rodovia BR 109, asfaltada, ligando-se a BR 101. Casado com D. Maria Luriva Fagundes de Lima, a qual no seu governo ocupou o cargo de secretária da Administração. Do seu casamento nasceram: José Nilton, José Roberto, José Marcelo, Maria Verônica, José Iran e José Alexandre Fagundes de Lima. Como prefeito teve um bom desempenho, executando vários melhoramentos na cidade, dentre eles o calçamento a paralelepípedo de várias ruas. Morou durante muitos anos na Rua Padre Francisco, era aposentado como servidor público do município e pela Assembleia Legislativa do Estado. Faleceu em 03 de maio de 2007. Seu corpo foi velado na Prefeitura Municipal, onde recebeu as homenagens póstumas. Encontra-se enterrado no Cemitério São Sebastião.
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Rua JosĂŠ Gomes de Lima
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Rua Manoel Crisóstomo da Silva A Rua Manoel Crisóstomo da Silva surgiu com a Lei no 765, de 13 de outubro de 2003 e faz p arte do Conjunto José Maria Quirino, por iniciativa do Poder Executivo. Manoel Crisóstomo da Silva nasceu no Sítio São Pedro, município de Colônia Leopoldina, no dia 13 de maio de 1913. Era filho de Antônio Crisóstomo da Silva e de Francisca Maria da Conceição. Casou-se com D. Maria Marculina e dessa união nasceu os seguintes filhos: Josefa, José Francisco, José Maria, José Manoel da Silva, Julieta, Jaci, José Manoel Crisóstomo, Antônio Crisóstomo, Josefa Antônia e Manoel Crisóstomo da Silva. Durante muito tempo exerceu suas atividades laborativas transportando nos lombos dos burros, a laranja, a banana e o gengibre para os municípios pernambucanos de Maraial, Canhotinho e Garanhuns. Além de ser tropeiro durante boa parte de sua vida, foi agricultor por mais de 50 anos em nosso município. Seus filhos: José Maria Crisóstomo (Zezito) foi eleito vereador para o mandato de 1964/67 e José Manoel Crisóstomo (Dedé) foi candidato a vereador em quatro oportunidades, chegando como suplente, a assumir o mandato mais de uma vez. Seu Crisóstomo sempre acompanhou o grupo político de Alfredo de Paula Cavalcanti. Seu avô chegou ao Brasil em 1901, vindo de Portugal no navio da Marinha. Participou do movimento revolucionário que colocou no poder o gaúcho Getúlio Vargas, no dia 20 de outubro de 1930, com seu Estado Maior em Curitiba. Faleceu na Segunda Guerra Mundial, durante o Estado Novo, quando o Brasil deu sua contribuição à história, atuando naquele embate mundial. Manoel Crisóstomo faleceu na cidade de Recife – PE no dia 24/08/2003 e seu corpo se encontra sepultado no Cemitério de São Sebastião, em nossa cidade. Foi um pai exemplar, extremamente dedicado ao trabalho e um amigo de todas as horas. Em outubro de 2003 o Poder Executivo e a Câmara de Vereadores, através de lei, resolveram colocar seu nome em uma das ruas do Conjunto Residencial José Maria Quirino, como uma homenagem póstuma ao filho da terra, que deixou grande exemplo de vida para todos nós.
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Rua Genildo Loureiro Pinto Esta rua fica situada no Conjunto José Maria Quirino, criada através da Lei n o 765, de 13 de outubro de 2003, por iniciativa do Poder Executivo Municipal. Genildo Loureiro nasceu em 04 de julho de 1939, na cidade de Colônia Leopoldina – AL. Era filho de José Fernandes Pinto e de D. Izabel Loureiro Pinto. Foi adotado por seus tios Alfredo de Paula Cavalcanti e Maria Loureiro Cavalcanti. Estudou o curso primário em Colônia Leopoldina e cursou o ginásio no Colégio Diocesano de Garanhuns – PE. Casou-se com D. Marinice Avelino Pinto e o casal teve os seguintes filhos: José Genildo, Geane, Fernando, Eduardo e Juliana Avelino Pinto. Agricultor, durante muito tempo plantou cana-de-açúcar e banana na Fazenda Limeira que adquiriu de seus pais adotivos. Como empresário foi dono do posto de gasolina chamado Posto de Limeira. Seus pais residiram no Povoado Sertãozinho de Baixo, pertencente ao município de Maraial – PE. Sobrinho que era de D. Maria Loureiro Cavalcanti, uma das mulheres políticas mais atuantes que o município conheceu até hoje, não teve dúvida e logo ingressou na política, sendo candidata a vereadora em mais de uma oportunidade. Participou da chapa do Sr. Antônio Luna da Silva como candidato a vice-prefeito, no ano de 1976, não obtendo êxito. Ocupou a Secretaria de Viação e Obras Públicas, no período de 1993/96, quando governava o município a Sra. Telma Gomes de Melo. Era membro do Lyons Club de Colônia Leopoldina, sócio-fundador da ACOPAL (Associação Comunitária dos Produtores Agropecuários de Leopoldina) e representante da Asplana em nosso município. Faleceu vítima de enfarto do miocárdio no ano ode 2000, aqui em nossa cidade, a qual, in memoriam, decidiu colocar o seu nome como patrono de uma das ruas existentes no Conjunto Residencial Jose Maria Quirino.
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Rua Genildo Loureiro Pinto
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Rua José Francisco Xavier
A Rua José Francisco Xavier fica situada no Conjunto Residencial José Maria Quirino, nesta cidade de Colônia Leopoldina, e sua denominação foi estabelecida através da Lei no 765/2003, de 13 de outubro de 2003, por iniciativa do Poder Executivo. José Francisco Xavier, mais conhecido como Zé Brasilino, nasceu em Colônia Leopoldina em 04 de maio de 1924. Seus pais foram Brasilino Francisco Xavier e Nila Merandolina das Mercês. Foi comerciante nos engenhos Jericó, Cavaco e aqui mesmo na cidade, na Rua 15 de Novembro. Ingressou na política em décadas passadas, sendo eleito vereador por seis vezes consecutivas. No biênio 1981/83, ocupou a presidência da Câmara de Vereadores. Durante 22 anos exercendo o mandato de vereador, sempre soube ser coerente e justo com as camadas mais necessitadas e humildes de nossa sociedade. Com grande habilidade política, conseguiu superar todos os obstáculos surgido sem seus respectivos mandatos. Seus pais eram pessoas simples e voltadas para o trabalho privado, exercendo atividades diversas. Do seu casamento com D. Maria Geraldina Pereira Xavier, nasceram cinco filhos: Ricardo Pereira – ex-presidente da Câmara de Vereadores, do qual com certeza reproduzirá o trabalho político do seu genitor , José Rinaldo, Maria Rosineide (funcionária deste legislativo municipal como arquivista), Rosilene e Maria José Xavier de Santana. Faleceu no dia 08 de maio de 2000 e seu corpo foi velado no plenário da Câmara de Vereadores. Após receber as homenagens póstumas de alguns ex-colegas vereadores e amigos presentes, foi sepultado no Cemitério São Sebastião aqui em nossa cidade. Deixou para seus familiares o exemplo de homem bom, trabalhador e honesto, sendo, pois, justa a homenagem póstuma que lhe é prestada com a lembrança de seu nome para denominar uma das ruas do Conjunto Residencial José Maria Quirino.
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Rua JosĂŠ Francisco Xavier
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LOTEAMENTO JARDIM
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Trata-se de uma área procedente do antigo Engenho Santo Antônio, caracterizado como propriedade privada e que atualmente, em virtude desde ciclo habitacional que se generalizou em todas as comunidades, com uma enorme demanda por moradia para todos, gerou mais este loteamento por ações de vendas individuais. Por escolha popular, o dito aglomerado urbano tem a denominação de Loteamento Jardim. No momento está aguardando as providências para sua integração à estrutura urbana municipal. Atualmente este loteamento conta, aproximadamente, com 50 casas edificadas. Conforme foi dito acima, o Loteamento Jardim também não se encontra regularizado junto à prefeitura o que deverá acontecer através de um Projeto de Lei que pretendo apresentar à Câmara, logo após o recesso parlamentar.
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CONJUNTO HABITACIONAL VILA MANDACARU
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Vila Mandacaru
Vila Mandacaru
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Segundo informações prestadas pela Sra. Josefa Ivanilda, em 20 de agosto de 1991, um grupo de trabalhadores “sem teto”, apoiados pelo padre Aldo Giazzon – com a participação entre os trabalhadores dos Srs. Maurício Pereira, Adelmo Lins, Elias Pinheiro, José Manoel e a Sra. Josefa Ivanilda – tomou posse de um terreno pertencente ao Governo do Estado de Alagoas (doado pelo industrial José Luiz Lessa), onde a Companhia de Habitação de Alagoas – COHAB pretendia construir um conjunto habitacional para a população de baixa renda. Como tal fato demorou a acontecer, os trabalhadores resolveram “invadir” o referido terreno para ali edificarem suas casas. Inicialmente ergueram aproximadamente umas cem casas de lona. Esse movimento resistiu durante muito tempo à ordem de despejo dada pelo governo estadual, inclusive com a presença ostensiva da polícia militar de Alagoas. Resolveram não abandonar o local. Era o início da construção de uma Vila que foi denominada Vila Mandacaru, uma vez que naquele local existia um pé de mandacaru e uma fonte d’água, que representa um símbolo ode resistência para o povo sertanejo. Apesar da grande pressão exercida sobre os novos “posseiros”, eles não arredaram o pé do terreno pertencente à COHAB. Hoje existe nesta comunidade aproximadamente 269 casas residenciais, contando com uma população em torno de 1.345 pessoas, conforme informações do posto médico de saúde familiar. A Vila Mandacaru possui energia elétrica, água tratada e também é abastecida com água de uma fonte natural ali existente, bem como conta com um serviço sanitário (precário). Por iniciativa do prefeito Manuilson Andrade Santos e com a participação do vereador Ricardo Brasilino, foram encaminhados vários pedidos ao governador Ronaldo Lessa, que, após longo período, transferiu a propriedade do terreno para o município. A emissão do título de posse, para cada morador da Vila, foi imediata, possibilitando as construções de forma legal. Todavia, a vila não se encontra ainda regularizada no serviço de cadastro da Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina.
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Vila Mandacaru – Centro Comunitário
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ANEXOS
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Estado de Alagoas Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina Lei no 774 De 22 de junho de 2004
ESTABELECE CRISTÉRIOS LEGAIS DE ESCLARECIMENTOS “BANDEIRA DO MUNICÍPIO” E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O Prefeito do Município de Colônia Leopoldina, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1o – Ficam esclarecidos os critérios legais dos referenciais registrados na “Bandeira do Município”, mediante o texto descrito pela presente lei: a) onde está registrado – 1852, representa a data referencial da instalação da Colônia Militar, cognominada “Colônia Militar Leopoldina”, título de Imperial denominação nobiliárquica; em 20 de fevereiro de 1852, b) juntando-se ao referencial 1852, estampa-se o brasão do Município, instituído pela Lei Municipal no 583, de 13 de abril de 1988, que representa os registros originais do município, com a seguinte descrição: 1. acima, a coroa traduzindo a insígnia do Imperador D. Pedro II, 2. o campo verde sintetizando o verde de nossas matas e de nossas culturas, c) no final do relevo constante da Bandeira, encontramos o ato referencial do registro – 1901, caracterizando a elevação da povoação à categoria de Vila e Município, através da Lei no 321, de 12 de junho de 1901. Art. 2o – A Lei no 321 de que trata o artigo anterior, em seu artigo 5o, autoriza a instalação do município recém-criado, convenientemente em atenção as suas condições financeiras. Art. 3o – A Conveniência legal a que se refere o artigo 5o mencionado no artigo anterior desta lei, é o responsável legal pela instalação política administrativa do município. Art. 4o – Pela presente lei, a Câmara Municipal está autorizada a colocar em sua sala legislativa, um Quadro explicativo contendo cópia da lei atual com o anexo da Lei no 321/1901, com subscrição da iniciativa e nome dos demais Vereadores. Art. 5o – Fica o município autorizado a registrar o centenário de suas atividades municipais, retroativamente a partir de 1904. Art. 6o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7o – Revogam-se as disposições em contrário. Colônia Leopoldina, 22 de junho de 2004 Manuilson Andrade Santos Prefeito Publicada na Secretaria de Administração, em 22 de junho de 2004. 115
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Cláudio. Histórias do rádio. 1.ed. Maceió: Graciliano Ramos, 2004. Arquivo Público da Câmara Municipal de Vereadores de Colônia Leopoldina. FEITOSA, José Alves. O sonho de Zé da Feira. 1.ed. Maceió: Sergasa, 1983. SILVA, Everaldo Araújo. A Colônia da Princesa. 1.ed. Maceió: Igasa, 1983. Jornal Gazeta de Alagoas. Caderno Especial: TV Gazeta comemora 30 anos. Maceió, 27 setembro de 2005. Revista IstoÉ. Edição 1574. Especial 11. Juscelino Kubitschek. O estadista do século. OLIVEIRA, Gildson. Luiz Gonzaga: o matuto que conquistou o mundo. Recife: Comunicarte, 1991.
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QUEM É ERNANE SANTANA SANTOS
Nascido em 1944, na cidade de Colônia Leopoldina, filho de Adalgiso Borges Santos e de Maria de Lourdes Santana Santos, casado com D. Eutália Maria Guerra Silva Santos, com quem tem 04 filhos: Maria Natalie, Nathália Guerra, Natassia Guerra e Ernane Manoel. É médico e iniciou uma carreira de professor, da Universidade Federal de Alagoas e da Escola de Ciências Médicas de Alagoas, em 1972. Hoje não mais leciona. Fez curso de mestrado em saúde pública na Universidade de São Paulo – USP, além de possuir cursos de especialização em Psiquiatria e em Clínica Médica. Estudou seu curso primário no Grupo Escolar Aristheu de Andrade, nesta cidade e, no Ginásio Agamenon Magalhães, em Palmares – PE, concluiu o curso ginasial, onde despontou como presidente do Clube de Ciências “Vital Brasil”. Naquele mesmo ano, 1962, participou ativamente da campanha política do governador Miguel Arraes de Alencar. Inicia, em 1963, o curso científico no Colégio Castro Alves, em Salvador – BA. Em 1964 cursa o 2o ano no Colégio Marista de Maceió. Em 1965, ainda estudou no Colégio Carneiro Leão, em Recife e, logo em seguida, por questão de saúde, transferiu-se para Maceió, onde no Colégio Moreira e Silva, concluiu o curso científico. No ano de 1965, submeteu-se ao concurso vestibular de Medicina, sendo aprovado entre os primeiros. Neste mesmo ano é eleito secretário do Diretório Acadêmico professor Sebastião da Hora, e, ao concluir o curso médico, é escolhido por seus colegas para ser um dos oradores oficiais da festa de conclusão que ocorreu em 11 de dezembro de 1971. Ainda em pleno ano de 1965, período pós-golpe de estado (Revolução de 64), resolve, juntamente com seu pai, Adalgiso Borges Santos, fundar o partido político MDB (Movimento Democrático Brasileiro) em Colônia Leopoldina. Partido que teve a honra de apoiar para o governo do Estado o Dr. Sebastião Marinho Muniz Falcão, que não conseguindo a maioria absoluta dos votos naquele pleito eleitoral, não tomou posse, em razão de obstáculos casuísticos criados pelo governo revolucionário. É nesse ano, que apoia para prefeito municipal, o jovem comerciante e vereador Antônio Lins da Rocha, que inicia a quebra de uma oligarquia política de mais de 20 anos. Em 1969, após aprovação em concurso público promovido pela Secretaria de Educação do Estado de Alagoas, leciona a disciplina Química Inorgânica no Colégio Estadual de Alagoas por um período de 07 anos. Em 1972 ministra aulas de Ciências Físicas e Biológicas 117
no Colégio Cenecista Padre Francisco, em Colônia Leopoldina, e nesse mesmo ano é contratado como médico da comunidade local. No ano de 1976, ingressa na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas, onde durante quase 15 anos participa do seu quadro funcional, ora atuando como médico perito do Instituto Médico Legal (IML), ora como médico psiquiatra do Manicômio Judiciário “Pedro Marinho Suruagy”, ou mesmo como professor da Academia de Polícia Civil de Alagoas (APOCAL). Sendo posteriormente, nomeado para exercer o cargo de Chefe do Serviço Médico Odontológico do Estabelecimento Prisional São Leonardo, até pedir exoneração do cargo e afastamento definitivo do quadro de pessoal da secretaria acima mencionada. Em 1971 resolve apoiar a candidatura vitoriosa do industrial/prefeito José Luiz Lessa, triênio 1972/74. Em 1974 retorna à cena política votando para prefeito no Sr. José Gomes de Lima e em 1980 participa mais uma vez da campanha política que conduzirá o Sr. José Luiz Lessa, novamente, à prefeitura do município de Colônia Leopoldina. Transcorre o ano de 1988, quando a pedido do amigo deputado Nenoí Pinto, resolve fundar o Partido da Frente Liberal (PFL), com os Srs. Adalgiso Borges Santos, Aristides Lamenha da Rocha, José Acioly Maciel e José Araújo de Luna e, é indicado candidato à viceprefeito na chapa do Dr. Osvaldo Gomes de Barros, que não conseguindo êxito, perde o pleito para os Srs. José Santana de Melo/Lourinaldo de Lima. Permanece no PFL, como presidente, e nas eleições de 1992 é eleito vereador com expressiva votação, sendo escolhido, por unanimidade, em 1o de janeiro de 1993, presidente da Câmara de Vereadores para o biênio 1993/1994. Prossegue dirigindo o PFL, até 1996, quando, por divergências políticas com o Diretório Regional, solicita desfiliação do partido e funda, a pedido do ex-deputado Francisco Porcino, o PST (Partido Social Trabalhista), pelo qual concorre ao pleito municipal e é reeleito vereador. Ocupa mais uma vez, por unanimidade de seus pares, a presidência da Câmara na gestão municipal do prefeito Severiano Freitas. Em 1996, como 1o secretário da mesa diretora da Câmara, participa dos processos de cassação da ex-prefeita Telma Gomes de Melo. Em dezembro de 1998, os colegas Márcio Jorge dos Santos Ferreira, Valdecir José da Silva e Fernando Lamenha Silva, apresentaram uma emenda à Lei Orgânica do Município, baseada em jurisprudência de nossa corte máxima de justiça (STJ), datada de 03 de abril de 1997, que permitia a recondução de dirigentes de câmaras municipais para os mesmos cargos, por um único período subsequente. A lei foi aprovada por unanimidade, possibilitando, assim, 118
mais uma vez os seus colegas reconduzirem-no ao mandato de presidente da Câmara para o biênio 1999/00. É ainda nesse mês de dezembro de 1999 que os mesmos colegas acima mencionados, resolvem apresentar um projeto de resolução dando ao recém-construído anexo da Câmara, o nome do vereador Ernane Santana Santos, como uma prova de gratidão e reconhecimento pelo excelente trabalho desenvolvido enquanto presidente, quando durante 04 anos lutou decididamente para que fosse concretizado o seu sonho maior de reformular e construir um prédio digno para os trabalhos legislativos. O anexo foi oficialmente inaugurado em 22 de dezembro de 2000. Coube a gestão de Ernane Santana Santos a iniciativa de recuperar e ampliar o prédio da Câmara, tornando-o, assim, à altura dos trabalhos ali realizados. Obedecendo aos padrões modernos da engenharia arquitetônica e conservando as características existentes, com o objetivo de preservar os traços históricos do acervo (foi construído de 1947), a recuperação e ampliação são motivos de orgulho para os leopoldinenses. As novas instalações permitiram um melhor desempenho dos vereadores, assessores e funcionários. Centro de processamento de dados, aparelho de fax, som moderno, auditório para 50 pessoas confortavelmente sentadas, ar-condicionado, almoxarifado, sala de reuniões, instalações sanitárias e outras benfeitorias colocam a Câmara Municipal de Colônia Leopoldina entre as mais modernas do Estado. Convém ressaltar que toda construção do anexo foi realizada com recursos do próprio poder. Estas conquistas justificaram a denominação do anexo com o nome de Ernane Santana Santos. Durante sua atividade parlamentar participou de inúmeros congressos em Brasília, em defesa do município; também participou de congressos em Goiânia e Maceió. Nas cidades de Capela e União dos Palmares, como membro do Conselho Legislativo da UVEAL, proferiu palestras sobre as atividades legislativas e as práticas políticas. Exerceu no período 1994/98, a função de 2o secretário da mesma entidade e em maio de 1999, participando de Congresso da União dos Vereadores do Brasil (UVB), em Brasília – DF, é eleito membro titular do Conselho de Contas desta entidade. Nas eleições do ano 2000, participando da coligação “A VONTADE DO POVO”, seu partido, PST, elege 02 vereadores e contribui decisivamente para a vitória da chapa Manuilson Andrade Santos e José Alves Caldas Júnior, prefeito e vice-prefeito eleitos respectivamente para o período 2001/2004.
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Em 2004, disputa novo mandato, agora pelo Partido Liberal, e tem votação expressiva, sendo eleito para o quadriênio 2005/2008.
Outros títulos
Ex-presidente do Rotary Club Maceió Leste 1988/1989. Médico honorário da SOBRAMES/AL (Sociedade dos Médicos Escritores de Alagoas). Membro honorário da Academia Alagoana de Cultura. Presidente da Câmara nos períodos de 1993/94, 1997/98, 1998/2000. 1o secretário da Câmara de Vereadores nos períodos de 1995/96, 2001/02, 2003/04, 2005/06 e 2007/08.
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QUEM É JOSÉ ARAÚJO DE LUNA (ZITO LUNA)
Carrega consigo a história política e administrativa dos seus antepassados. Já nos idos de 1904, quando se instalou o primeiro período político administrativo do município, o seu avô paterno major Manoel Henrique de Luna, figurou como membro do primeiro Conselho Municipal, hoje Câmara Municipal de Vereadores, chegando a ser, em seguida, presidente do Conselho. O seu tio, Izidoro Roberto de Luna, foi juiz municipal (estrutura da época), o seu avô materno, no ano de 1919, foi intendente municipal, hoje (prefeito municipal), todos tendo o Engenho Canto Escuro como raiz e sustentáculo, alimentando estes princípios políticos. José Araújo de Luna, nascido em 1925, muito jovem ainda, com idade entre 19 e 20 anos, ingressou na política na gloriosa campanha de princípios democráticos que ora se restabeleciam, votando na primeira eleição correspondente à sua participação na vida política em 02 de dezembro de 1945. Neste período de sua juventude, já após seus estudos no Colégio Diocesano de Garanhuns, exercia atividades gerais trabalhando com seus pais no Engenho Canto Escuro. Participou das eleições de 1947, vindo a ocupar cargo de tesoureiro da prefeitura, após 02 anos se afastou para ingressar na fiscalização estadual, como fiscal de renda auxiliar, exercendo o cargo por 06 anos. Após este período, voltou aos serviços da prefeitura exercendo as funções de secretário geral da municipalidade, servindo a 04 prefeitos. Continuou no serviço público como supervisor de obras e, na eleição de 1982, foi eleito vereador e presidente da Câmara. Encontrava-se a Câmara na sua 9a legislatura. Presidente pleno, no exercício do mandato, eleito por unanimidade de votos, procedendo daí por diante com a responsabilidade legislativa, com o trabalho pessoal de assessoria técnica legislativa, ao exercício do seu mandato de presidente, assessoria legislativa aos seus pares e sucessivamente aos outros dois. Presidentes desta legislatura de 06 anos, estendendo-se com os cargos de vice-presidente e 1o secretário. No exercício da presidência além de representar a Câmara, representou, por indicação oficial, em seminários e congressos, o Sr. prefeito José Luiz Lessa da Silva. Durante o seu mandato teve a honra de ser o diretor do Colégio Cenecista por 04 anos e meio. Durante este mandato, ainda foi assessor do deputado Roberto Torres na Assembleia Legislativa, em virtude de junções políticas. 121
Nas eleições de 15 de novembro de 1988 não foi reeleito, admitindo até o jogo político dos seus adversários. Todavia, já com o trabalho legislativo realizado sob sua responsabilidade e mediante os cursos de técnica legislativa que fizera, no curso deste período, foi escolhido e nomeado assistente técnico legislativo da Câmara, pelo então presidente Lourinaldo de Lima. Encontrando-se neste ato, funcionário da Câmara, continuando sua vida legislativa. A Câmara tinha como presidente Otogibson Almeida de Omena, quando se instalou no Brasil uma nova Assembleia Constituinte, empenhada na elaboração de uma nova Constituição, com a correspondente responsabilidade dos municípios na elaboração das suas próprias leis orgânicas. A Câmara Municipal, reconhecendo a sua capacidade, o designou para responder pelo trabalho de assessoramento legislativo. Neste período representou a Câmara, e com a mesa diretora, ofereceu sugestões para a elaboração da Constituição Estadual e a 06 de abril de 1990 era promulgada a Lei Orgânica do Município (Lei no 612), confirmado pelo “Quadro da Constituinte Municipal” aposto no plenário desta casa legislativa. No espaço legislativo, continuou com o referido assessoramento nos períodos seguintes das presidências de José Marcos Ferreira, Ernane Santana Santos, José Pereira do Nascimento, Ernane Santana Santos, José Marcos Ferreira, Ricardo Pereira Xavier e, atualmente, José Messias da Silva. Foi o precursor da ideia da reeleição da mesa diretora da Câmara, incumbindo-se do trabalho de arregimentar, nos meios jurídicos do Supremo Tribunal de Justiça, os arrazoados que sustentaram a aprovação da matéria. José Araújo de Luna teve o reconhecimento deste legislativo municipal, pela resolução no 499/97, que denominou o plenário da casa de “Sala Legislativa José Araújo de Luna”. Hoje, aos 82 anos de idade e aos 60 anos de serviço público, tem a honra e o orgulho de continuar junto aos vereadores, elaborando a memória daquele poder.
Outros títulos
Presidente da Câmara de Vereadores (Período 83/85) Recebeu a Comenda Imperador D. Pedro II É autor do Hino Cívico de Colônia Leopoldina
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HINO CÍVICO DE COLÔNIA LEOPOLDINA
Letra: José Araújo de Luna Música: Jodimarco Dioniz
SALVE! SALVE! COLÔNIA LEOPOLDINA QUE VIESTE DA COLÔNIA MILITAR BERÇO DE HERÓICAS FAMÍLIAS POR TEUS FILHOS A TE GLORIFICAR
SALVE! SALVE! COLÔNIA LEOPOLDINA REMINISCÊNICAS DE TEU IMPERADOR COM TEUS FILHOS A ESTUDAR DOUTORES, POETAS, ESCRITORES PARA SUA TERRA SEMPRE HONRAR
SALVE! SALVE! COLÔNIA LEOPOLDINA CASTANHOLAS SIMBOLIZAM A PRINCESA LEOPOLDINA VIVENCIANDO SUAS MATAS VERDEJANTES DO RIO JACUÍPE DAS FLORESTAS EXUBERANTES MEMÓRIAS DO PASSADO TRÁS LEMBRANÇA DO PRESENTE QUE TUA IMAGEM NÃO SAIA DA MENTE
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Estado de Alagoas PREFEITURA MUNICIPAL DE COLÔNIA LEOPOLDINA Lei no 583 de 13 de abril de 1988 “Institui com fundamento legal o Brasão do Município de Colônia Leopoldina e dá outras providências.”
O Prefeito do Município de Colônia Leopoldina. Faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1o – Fica instituído o Brasão do Município de Colônia Leopoldina com fundamento em sua história e suas origens. Art. 2o – Representam as insígnias deste Brasão, os registros originais contidos no campo de seu escudo, anexo ao presente, a partir de 1852, quando da instalação da “Colônia Militar”. Art. 3o – Fica o chefe do Executivo Municipal autorizado a proceder a confecção de bandeiras do Município com a originalidade de dados a que se refere o artigo anterior. Art. 4o – O Município pagará Cz$ 10.000,00 (dez mil cruzados) pela elaboração do Escudo a que se refere a presente lei. Art. 5o – As despesas com a execução da presente lei, será efetuada à conta dos saldos orçamentários apurados em balanço. Art. 6o – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrario. Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina, 13 de abril de 1988. Ass. José Luiz Lessa da Silva – Prefeito Municipal Publicada no serviço de Administração da Prefeitura Municipal de Colônia Leopoldina aos treze (13) dias do mês de abril do ano de mil novecentos e oitenta e oito (1988). Ass. José Santana de Melo – secretário
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