Actualidade Economia Ibérica - nº 231

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Actualidad

Economia ibérica Setembro 2016 ( mensal ) | N.º 231 | 2,5 € (cont.)

"Estrelas" do norte Os projetos que poderão acelerar a região PÁG. 38

“O Bankinter Portugal tem uma perspetiva e uma forma de estar de longo prazo” pág. 08

CarburesGroup inova nos materiais compósitos para as indústrias automóvel e aeronáutica pág. 20


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Índice

índice

Foto de capa: Egidio Santos

Grande Tema

Nº231

Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo

“Estrelas” do Norte – os projetos e setores que poderão acelerar a região

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Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy desk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org)

Editorial

Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro

04. Ordem para acelerar

Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Antonio Viñal Menéndez-Ponte, Elena Velez de la Calle e Nuno Ramos Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins

Opinião 06.

- Elena Velez de la Calle

Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor.

Las relaciones jurídico- económicas entre Portugal y Colombia

46.

Cinco claves para vender un inmueble en Portugal - Antonio Viñal Menéndez-Ponte

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Atualidade 24.

La transformación digital del BPI al servicio de las empresas

E mais...

08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 26.Marketing 34.Fazer Bem 46. Advocacia e Fiscalidade 50.Setor Imobiliário 54.Vinhos & Gourmet 60.Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74.Statements

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

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editorial editorial

Ordem para acelerar

O

ritmo de crescimento da economia está a abrandar desde o início de 2015, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os números mais recentes indicam que o produto interno bruto (PIB) cresceu 0,8% em termos reais no segundo trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado, e avançou 0,2%, face ao primeiro trimestre deste ano. A avançar, mas a ritmo lento, a economia terá que “meter prego a fundo” para alcançar a estimativa de crescimento traçada pelo governo para o corrente ano: 1,8%. Para perceber que evolução está a ter e que contributo está a dar a região norte para a economia portuguesa, analisam-se no Grande Tema desta edição alguns dos projetos de infraestruturas, e não só, que poderão impulsionar o crescimento económico.

Oportunidade para conhecer melhor o centro de investigação que ajudou a colocar no ar o novo avião de transporte militar da brasileira Embraer, o KC-390 (na foto). Parte da aeronave foi desenvolvida em Portugal pelos engenheiros do CEIIA Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel. A equipa assina também o primeiro sistema de gestão de mobilidade que contabiliza em tempo real as emissões de CO2. O mobi.me mereceu a “bênção” da ONU e já funciona em vários países europeus, bem como no Brasil. O artigo explica também como o grupo Amorim, líder mundial no setor da cortiça, está a dar a mão aos empreendedores que queiram inovar a partir desta matéria-prima, através da incubadora Amorim Cork Ventures. Os chinelos com sola de cortiça Asportuguesas são fruto dessa aposta. A Amorim Cork Ventures promete mais e já alargou o seu programa de

empreendedorismo a Barcelona. Para que todo o dinamismo empresarial possa gerar bons resultados comerciais dentro e fora de portas, o enquadramento logístico e de transportes deve estar bem articulado. A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) garante que é para isso que está a trabalhar. O organismo faz o ponto da situação relativamente à Plataforma Logística Multimodal do Porto de Leixões. Também a pensar no transporte de mercadorias está o Douro’s Inland Waterway 2020, um projeto que promete transformar o Douro num curso de água seguro, com boas rotas de comércio, além das turísticas, que por enquanto ainda dominam o tráfego fluvial duriense. No âmbito do turismo, o norte está claramente a puxar os números para cima, tendo sido a região que mais cresceu em Portugal, em termos de proveitos totais, alcançando os 117,5 milhões de euros (+ 20%), nos cinco primeiros meses deste ano. Na mesma linha, a APDL faz um balanço muito positivo do novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, que assinalou em julho o seu primeiro aniversário. Num ano, atracaram em Leixões 58 navios de cruzeiro, transportando 80.500 passageiros. Acresce que a infraestrutura (ver foto de capa), desenhada pelo arquiteto Luís Pedro Silva, arrebatou, em junho, o prémio internacional de arquitetura e design da “AZAwards”. A maioria destes projetos conta com fundos europeus para o grosso do seu financiamento. Numa altura em que o PIB parece estar a travar o seu crescimento, são projetos assim que poderão dar ordem para voltar a acelerar a economia.  Email: actualidade@ccile.org

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opinião opinión

Las relaciones jurídicoeconómicas entre Portugal y Colombia

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as relaciones comerciales y económicas entre Colombia y Portugal existen hace más de un siglo. Dichas relaciones se intensificaron, tal como lo demuestra la creación de nuevas instituciones de comercio, tal como la oficina de Procolombia en Lisboa1. Así, Colombia fue considerada en 2014 por el ministro de economía de Portugal de aquel momento como uno de los tres actores comerciales principales de América latina junto con Perú y Brasil. Efectivamente, son numerosos los instrumentos internacionales que entraron en vigor recientemente y que permitieron exaltar las relaciones entre esos dos países. Así, el Tratado de Libre Comercio entre Colombia y la Unión Europea (TLC), que entró en vigor el 1 de agosto de 2013, empezó a dar resultados. En el año 2015, Colombia fue el 51º cliente de bienes de Portugal, alcanzando la exportación portuguesa los 59,2 millones de euros. Por consiguiente, se observó un crecimiento promedio anual del 36

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por ciento en el período entre 2011 a 2015. Los principales productos importados que se pueden enumerar son los cementos hidráulicos (36,8%);

“El Tratado de Libre Comercio entre Colombia y la Unión Europea (TLC) empezó a dar resultados. En el año 2015, Colombia fue el 51º cliente de bienes de Portugal, alcanzando la exportación portuguesa los 59,2 millones de euros” prendas y complementos de vestir, de punto (12,2%); plástico y sus manufacturas (7,2%); calentadores de agua y sus partes (5,2%); prendas y complementos de vestir, excepto las de punto (5%) y calzado (3%)2 . En cuanto a las exportaciones colombianas, Portugal fue el séptimo destino de las ventas de Colombia a la

Por Elena Velez de la Calle*

Unión Europea y los principales productos exportados a este país fueron: carbón (282.341.242,09 de dólares); café (2.475.504,76 de dólares) bananos o plátanos frescos (4.958.915,87 de dólares); plástico (1.525.585,52 de dólares) y cueros (1.663.020,54 de dólares). Además, fuera de los sectores de industria y servicios, el turismo se está desarrollando de forma equilibrada (no obstante el hecho de que la nueva línea de vuelo directo Lisboa-Bogotá prevista por acuerdos entre TAP y Avianca no se llevó a cabo), tanto por el acuerdo de cooperación en el ámbito de turismo entre la República de Colombia y la República Portuguesa por un lado, y por otro lado por la posibilidad que los colombianos tienen desde julio del año 2014 de viajar libremente al espacio Schengen. En cinco meses3 del año 2015, 2.261 colombianos entraron en el espacio Schengen por Portugal, lo que equivale a más del total del año 2014. Recíprocamente, el número de portugueses interesados en visitar Colombia se ha duplicado entre los años 2012 y 2014, pasando de 3.144 a 7.325 turistas, gracias a la estabilidad actual del país y la influencia de la presencia novedosa del Estado colombiano en los catálogos de compañías de viaje. Sin embargo, no siempre se esperó a la ratificación de los instrumentos internacionales, ya que de las 50 empresas portuguesas presentes en Colombia, solamente dos de ellas se destacan por haber invertido después del TLC, una de


opinión

las cuales es Nobrand4, que inaugu- den Visa creado en Portugal para ró en julio del año 2015 su primera resaltar la economía del país protienda en Colombia, con una inver- moviendo inversiones a través de la sión de 270 mil euros. Otras han atribución de permisos de residencia empezado a realizar sus principales a los compradores fuera de la UE y inversiones ahora que entró en vigor que realicen inversiones en Portugal el acuerdo para evitar la doble tributación5, tal como el grupo alimentar Notas: Jerónimo Martins, el cual piensa en 1 Procolombia, entidad bajo la tutela del Ministerio de comercio colombiano invertir 500 millones de euros antes encargada de promover el turismo, del 2020. las inversiones y las exportaciones de Por consiguiente, cabe preguntarse Colombia, la cual está presente en 26 Estados en el extranjero, entre ellos si la mayoría de las empresas tienen en cuenta la protección que les pro- 2 Portugal. Cifras proporcionadas por curan estos instrumentos y la faciliProcolombia. dad que estos conlleven. Igualmente, 3 Idem 4 El TLC proporciona facilidades de qué pasó con las otras 150 empresas establecimiento en sus artículos 113 portuguesas interesadas por el mery siguientes tal como soluciones de controversias en su título XII, cado colombiano pero que no invirde los cuales Nobrand (marca de tieron, ¿sería la ausencia de un tratacalzado del grupo Pedreira) puede do bilateral de inversiones entre estos beneficiarse. 5 Acuerdo que entró en vigor el 30 dos países que les ha disuadido? de enero de 2015 y que introduce Por otra parte, a día de hoy, Colombia no tiene filiales ubicadas en * Abogada Portugal a pesar del programa Gol- E-mail: elenavelezdelacalle@gmail.com

opinião

por un periodo mínimo de cinco años 6. De esta manera, estos dos países podrían acercarse aún más en el futuro, aprovechando el conjunto de las normas existentes.  substancialmente una estabilidad jurídica sobre las condiciones mínimas de operación entre residentes fiscales de los dos países mediante: una reducción de la carga tributaria efectiva consolidada, acceso a tasas de retención reducidas; respecto de no aplicación de doble tributación sobre una misma renta; y posibilidad de exonerar un ingreso. 6 Estas inversiones deben ser, de conformidad con la ley 29/2012 del 9 de agosto: - transferencia de capital por un importe igual o superior a 1 millón de euros; - inversión que conduzca a la creación, al menos, de 10 puestos de trabajo - adquisición de bienes inmuebles por un valor igual o superior a 500 mil euros

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Carlos BrandĂŁo Presidente executivo do Bankinter Portugal 8 act ualidadâ‚Ź

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“O

Bankinter Portugal tem uma perspetiva e uma forma de estar de longo prazo”

O grupo espanhol Bankinter começou a operar em Portugal no passado mês de abril, depois da aquisição do negócio de retalho do Barclays. Carlos Brandão, presidente executivo do banco, analisa os primeiros meses no mercado e avança os principais objetivos do grupo a curto e médio prazo. Garante que o Bankinter quer contribuir para o crescimento da economia portuguesa e descarta, para já, novas aquisições.

C

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org

omo decorreu a transição do Barclays para o Bankinter?

Correu muito bem. Essencialmente foi um trabalho de equipa, entre Portugal, Espanha e inclusive da parte do Barclays de Inglaterra, e teve frutos muito interessantes. Permitiu que, de um dia para o outro, pudéssemos mudar a imagem das nossas 84 agências. Foi tudo planeado, construído e executado com muito rigor. E, acima de tudo, permitiu que os nossos clientes não sentissem qualquer impacto. Todos os nossos serviços estavam operacionais no dia 1 de abril, sem nenhum tipo de prejuízo para os nossos clientes.

Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Quais foram as partes mais complicadas e as mais simples no processo?

A parte tecnológica é a mais difícil de integrar, até pelo tempo que demora. Estamos a falar de uma multinacional como o Barclays, que tem sistemas em várias partes do mundo. Trazê-lo para Portugal é complexo, leva o seu tempo e tem mais desafios. Por outro lado, a parte mais fácil foi a cultura. Existia uma identificação muito grande entre a cultura que o Barclays tinha e a cultura e os valores do Bankinter. A integração foi quase imediata. Como reagiram os clientes?

A reação foi também interessante. Dividimos o processo em várias fa-

ses: houve uma primeira fase de informação aos nossos clientes, sobre a transição, e a reação da maioria dos clientes foi muito positiva. O Bankinter é um banco que é muito conhecido ao nível das empresas, e ao nível dos clientes particulares temos um desafio maior, de dar a conhecer melhor os nossos serviços. Mas, no conjunto, foi muito positivo e a prova é que nos primeiros quatro meses de atividade conseguimos angariar perto de quatro mil novos clientes. Significa que a aceitação do mercado relativamente à marca Bankinter tem sido muito positiva. E entre os empregados, houve muita ansiedade ou medo pelo seu futuro? 9


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Sempre tivémos o cuidado de informar as pessoas do estado do processo. Qualquer decisão que nós tomássemos ia ter em conta três aspetos. O primeiro, naturalmente, era o interesse do acionista anterior. O segundo, o interesse estratégico, ou seja, a identificação da nova entidade face àquilo que nós fazíamos. E o terceiro, o respeito às pessoas porque sem elas não há organizações e não há trabalho. Essa informação permanente ao longo do processo permitiu que as pessoas estivessem bastante tranquilas desde o primeiro dia em que anunciámos o princípio de acordo de venda ao Bankinter até ao dia em que foi realizada a integração plena dos negócios. A preocupação que tivémos com as pessoas serviu para melhorar e aumentar o seu grau de confiança. Temos uma equipa muito motivada, claramente identificada com os valores e objetivos do Bankinter. O rumo do Bankinter é muito diferente do seguido pelo Barclays?

A perspetiva de fazer parte do negó10 act ualidad€

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cio que antes era não-core para um negócio core permite-nos fazer aquilo que qualquer gestor deve fazer na sua empresa: investir no negócio e nas pessoas. Acreditar na economia,

Até 2018, o Bankinter quer aumentar a quota de produção de crédito à habitação para 7% e a quota de crédito a empresas para 4% nos processos, no mercado e nos próprios clientes. A diferença é muito grande. A estratégia de crescimento que o Bankinter tem em Portugal faz toda a diferença face ao Barclays. Tem sido boa a aceitação da marca Bankinter em Portugal?

Uma marca como o Bankinter, pela confiança e segurança que transmite

ao mercado, acaba por ser uma escolha natural. Trouxe ao mercado a vontade de fazer crescer a economia, a estabilidade, o seu rating... É uma entrada vista de forma natural, quer por fazer parte do mercado vizinho – pelas trocas comerciais entre os dois países –, quer pelo facto da banca espanhola ser uma banca de referência no contexto mundial e pelo facto de poder trazer para o mercado português estes valores de eficiência, de solvência e de confiança. A marca foi aceite de forma natural. No processo de mudança de imagem foi preciso um investimento muito alto?

Este investimento deve ser contínuo. O processo de mudança foi muito programado. Começou pela imagem dos nossos cartões de visita, que são as nossas agências. Mudámos as imagens de todas as agências num dia, mas não era suficiente. Fizemos também uma campanha institucional chamada “Conheça o Bankinter”, fizemos logo de seguida uma campanha de crédito habitação que


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aliou o nosso posicionamento enquanto marca com o nosso posicionamento enquanto produto. É um exercício que não passa por investimento pontual. Vamos ter algumas novidades do ponto de vista institucional agora em setembro, com nova campanhas, e continuaremos a investir cada vez mais na marca e no conhecimento do próprio banco, até ter os níveis de notoriedade de outras marcas. Que tipo de novidades chegam este mês?

Trabalhamos para segmentos affluent, premier e de banca privada, e queremos ter também uma aposta forte nas empresas sem esquecer os clientes particulares porque um cliente particular fidelizado é extremamente interessante do ponto de vista da relação bancária. As novidades vão estar relacionadas com produtos de contas para clientes particulares e vamos apostar no segmento de empresas, em termos de campanha institucional, nas vertentes de transacionalidade e de crédito.

A estrutura manteve-se igual. Esperam crescer?

Por enquanto vamos manter. Obviamente tudo é equacionado em função do que o mercado nos permitir e em função dos resultados em Portugal. Hoje em dia as 84 agências que temos e os 950 colaboradores que fazem parte do universo Bankinter Portugal são suficientes. Não há dúvidas que temos desafios interessantes pela frente como são uma melhoria de eficiência, o desafio do digital de automatizar os processos Os clientes e empresas ibéricos vão ser uma prioridade para o Bankinter?

Todos os clientes são prioritários para nós, mas os ibéricos têm, naturalmente, uma palavra especial e terão um carinho específico na nossa forma de abordagem, até porque queremos aproveitar todas as sinergias entre os dois países. Vamos dedicar uma atenção a este tipo de clientes, com ofertas específicas, e com muito foco na atividade de empresas e na parte transacional entre os dois países.

De que forma é que o Bankinter Portugal contribui para os resultados do grupo Bankinter?

Em Portugal, somos um negócio rentável e o nosso primeiro contributo para o grupo são resultados positivos. Em termos de posicionamento estratégico, valemos perto de 7% dos ativos totais geridos pelo universo Bankinter. A nossa ambição é que, no espaço de três anos, possamos valer perto de 15%. Queremos crescer mais do que o mercado em Portugal, mais do que os nossos concorrentes, com uma banca responsável orientada ao cliente e muito orientada aos valores que tornaram o Bankinter uma referência na banca espanhola. Qual é a quota de mercado do Bankinter?

A nossa quota de mercado é de 1%, em termos do número de agências e pela dimensão dos ativos. Mas a ambição de crescimento está refletida também em outros aspetos. Na produção de crédito à habitação, no primeiro trimestre de vida do Bankinter em Portugal e no setembro de 2016

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grande entrevista gran entrevista maior desaf io ao nível do crédito. O próprio mercado vai ter que aumentar os níveis de crescimento e vai precisar do crédito da banca. O crescimento do Bankinter em Portugal, a partir de agora, vai ser só orgânico?

Para já, sim. Não temos intenção imediata de crescer de forma inorgânica. O nosso grande objetivo vai ser consolidar esta aquisição, praticamente a primeira de relevância do Bankinter fora do território espanhol. Mas espera muitos movimentos na banca portuguesa?

mês de julho, tivémos uma quota de produção entre os quatro e os 5%, bastante acima da nossa quota natural. Qual são as expetativas de crescimento a curto, médio prazo?

Queremos captar em Portugal, durante estes nove meses de 2016, perto de 15 mil clientes,

dos quais já conseguimos captar perto de quatro mil. Queremos investir na economia, em termos de crédito, 700 milhões de euros e crescer em recursos 900 milhões de euros. Estamos bastante em linha com os nossos objetivos no que diz respeito ao crescimento dos nossos clientes e do passivo, e sentimos um

Principais indicadores e objetivos até 2018 Quotas de mercado aquando da aquisição Banca Premier: 6% Banca Private: 5% (Objetivo: atingir 10% da quota de mercado até 2018)

de crédito no valor de 4.473 milhões de euros e 2.530 milhões de euros em depósitos e cerca de 173 mil clientes, dos quais aproximadamente 19 mil eram empresas.

Até 2018, o Bankinter quer aumentar a quota de produção de crédito à habitação para 7% e a quota de crédito a empresas para 4%.

Objetivos para 2016: - Captar 15 mil novos clientes - Aumentar os recursos de clientes em 900 milhões de euros - Conceder à economia 700 milhões de euros em crédito (500 milhões de euros a empresas e 200 milhões a particulares).

A operação em Portugal detinha, a 1 de abril de 2016, uma carteira

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Muita coisa se diz sobre o sistema financeiro português. Não há dúvida nenhuma que, vindo de uma trajetória de crescimento negativo há uns anos, há agora um crescimento ténue, e nós precisamos de uma banca forte para poder apoiar o crescimento da economia portuguesa. Essa banca forte não passa apenas por ser uma banca de grandes grupos, também há espaço no mercado para optar por bancos especialistas, que apostam no serviço de forma muito dirigida para o seu nicho de clientes. Acredito que podem existir movimentos de consolidação em Portugal, mas não acredito que sejam massivos e os únicos capazes de tornar o sistema financeiro mais forte. No crédito à habitação, fizeram uma nova oferta muito competitiva, com um spread de 1,25%. Como correu esta campanha?

Correu muito bem, estamos a ver níveis de produção de cerca de 5%. Tem sido uma boa âncora de captação de clientes. É interessante ver a dinâmica de crédito em Portugal, com as famílias a investir e a confiar no Bankinter.


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“Sem dúvida, a banca tem que se reorganizar e ser mais eficiente. Há algum tempo que vemos uma tendência clara da banca para apostar em canais alternativos, como a internet” Que resultados esperam para este primeiro ano de atividade?

Vão ser claramente positivos. Queremos continuar a investir em Portugal, porque acreditamos no mercado. Esta necessidade de investir está relacionada com a imagem de transparência do Bankinter. A dimensão de investimento vainos permitir ter bons resultados e a nossa perspetiva não é de curto prazo. A nossa perspetiva e a nossa

forma de estar em Portugal são de longo prazo. É o compromisso que nós temos. O mercado obrigou os bancos a reinventarem-se e a procurar outras soluções para ganhar dinheiro?

Sem dúvida, a banca tem que se reorganizar e ser mais eficiente. Há

algum tempo que vemos uma tendência clara da banca para apostar em canais alternativos, como a internet. A tendência futura vai ser claramente esta aposta forte em suportes digitais sem perder de vista a relação pessoal obrigatória ente o banco e o cliente, mas com processos mais rápidos e eficientes. 

Vasta experiência no setor bancário Carlos Brandão detém uma vasta experiência no setor bancário, tendo trabalhado em instituições como o Banco Santander Totta, BBVA e Barclays Bank. Foi responsável da Área de Riscos no Banco Santander Totta, onde trabalhou durante 12 anos, tendo entrado em 2008 para o Barclays Bank como membro da Comissão Executiva portuguesa e com responsabilidades nas áreas de Crédito, Risco e Collections & Recoveries. Em 2012 tornou-se membro da Comissão Executiva

Ibérica, responsável pela área de Risco e Controlo em Portugal. Em setembro de 2014, é nomeado Country Manager do Barclays em Portugal e no ano seguinte passa a acumular este cargo com o de CEO do Retalho do Barclays em Portugal. Desempenha o cargo de presidente executivo do Bankinter no mercado português desde o passado mês de abril. Casado e com dois filhos, Carlos Brandão tem como hobbies o desporto (ténis, futebol e ski), cinema e teatro.

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Banco Popular disponibiliza novas linhas de financiamento para empresas No passado dia 14 de julho, o Banco Popular Portugal assinou a linha IFD 2016-2020, com a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e as Sociedades de Garantia Mútua (SGM). Trata-se de uma linha no montante global de mil milhões de euros, destinada a reforçar a capacidade empresarial, investimentos em ativos fixos corpóreos ou incorpóreos, aumento de fundo de maneio e complemento de despesas não elegíveis no âmbito do programa Portugal 2020. Com prazos máximos de seis anos e possibilidade de dois anos de carên-

cia, os empréstimos podem atingir o valor máximo de 4.250.000 de euros e contam com uma garantia prestada pela SGM até 70% do valor da operação. Os valores de spread a praticar situam-se entre os 1,8%, para empresas “PME Líder”, e os 3,4%, para empresas definidas como escalão C, sempre indexados à Euribor a 12 meses. Foi igualmente assinado, no dia 15 de julho, um protocolo com o IFAP, que possibilita o financiamento em condições especiais, às entidades que desenvolvam atividades no setor agrícola e com candidaturas ou projetos

aprovados no âmbito do FEAGA ou FEADER. Nesta linha, poderá ser aplicada uma comissão de formalização ou equivalente, de até 0,5%, caso o valor do spread seja inferior a 4%, valor máximo definido pela entidade gestora da linha. “Estas duas iniciativas estão em linha com o posicionamento do Banco Popular, de apoio ao investimento junto das PME e dos empresários, disponibilizando um leque alargado de produtos e serviços, capaz de satisfazer as suas necessidades”, frisa a instituição liderada por Carlos Álvares.

Mercado liberalizado de energia conta já com 4,5 milhões de consumidores O mercado livre de eletricidade alcançou um número acumulado de cerca de 4,5 milhões de clientes, em maio, uma subida de 12% face a igual mês de 2015, de acordo com os dados mais recentes da ERSE Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. O consumo destes mais de 4,5 milhões de clientes representa perto de 91% do consumo total registado em Portugal Continental. A quase totalidade dos grandes consumidores está já no mercado livre, enquanto a percentagem de domésticos continua a aumentar, representando, em maio, mais de 78% do consumo total do segmento, face aos 71% registados no mês homólogo de 2015. Em termos de consumo, registouse um aumento de 33 GWh face a abril, para um total de 39 787 GWh, o que representa um acréscimo de 0,5% face ao mês anterior e de 3,2% comparativamente com o

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mês homólogo de 2015. Também em termos de consumo, deve destacar-se o facto da intensidade de mudança dentro do mercado livre ser cerca do dobro do consumo que transita entre o comercializador de último recurso e o mercado. No global, a carteira de clientes ainda fornecidos no mercado regulado ascendia em maio a 1,6 milhões de clientes face aos mais de 6 milhões de clientes existentes no país. Em termos de quotas de mercado, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre, tendo subido 0,3 pontos percentuais na quota de

consumo para os 45,3% e mantido a quota de clientes nos 85,3% A Iberdrola manteve a liderança do segmento de grandes consumidores (25%), reforçando a sua quota em 0,2 p.p., mantendo-se a Endesa como líder no segmento de clientes industriais (25%), tendo mantido a sua quota face ao mês anterior.


Breves ActivoBank considerado “Best Commercial Bank” pela “World Finance” O ActivoBank foi distinguido, pelo quinto ano consecutivo, com o prémio “Best Commercial Bank em Portugal”, pela World Finance, no âmbito dos “World Finance Banking Awards 2016”. A prestigiada publicação, reconhece o posicionamento do ActivoBank, entre várias instituições nacionais e internacionais, pela sua oferta de valor e investimento contínuo nas plataformas digitais. Esta presença disruptiva tem-se traduzido no contínuo crescimento da base de clientes, tendo o ActivoBank conquistado em 6 anos o patamar de 106.000 clientes. No Facebook, com 136.000 fãs, o ActivoBank disponibilizou de forma totalmente inovadora, a primeira sucursal virtual em Portugal (Ponto Activo Virtual) onde o cliente pode contactar diretamente e de forma segura um gestor a partir desta Rede Social. Luís Magro, diretor de Marketing deste banco online, destaca que “o ActivoBank tem vindo a reforçar, de forma constante, a sua estratégia digital no

panorama bancário, sendo pioneiro na utilização de novas tendências úteis e inovadoras, e que têm permitido captar e intensificar uma relação de proximidade à distância, uma relação cada vez mais adotada pelos clientes. Inovação, satisfação na experimentação, preçoqualidade, recomendação e confiança na marca, são algumas das propostas de valor do ActivoBank que se traduz desde o início e ainda patente, na assinatura da marca “Simplifica”: um banco desenhado ao pormenor para simplificar a vida das pessoas”, adianta a instituição. A “World Finance” é uma das publicações de referência no setor financeiro, integrando o grupo World News Media.

Novo Banco eleito “Best Trade Bank in Portugal” em 2016 O Novo Banco foi eleito o melhor banco de Trade Finance, em Portugal, pela revista internacional “Trade & Forfaiting Review” (TFR), anunciou a instituição, em comunicado. “Trata-se de uma revista internacional especializada em Trade and Supply Chain Finance que se dedica à publicação de notícias, tendências e artigos de opinião sobre fi- co é, assim, o primeiro banco a ser distinnanciamento e estruturação de operações guido pela TFR em Portugal. de comércio internacional, créditos docu- “Este prémio representa o reconhecimento mentários, temas de regulação e análise de internacional das competências do Novo risco político”, refere a mesma entidade. Banco nesta importante vertente de negóO ano de 2016 foi o ano escolhido pelo con- cio, onde é líder no mercado nacional e tem selho editorial da revista para o alargamen- vindo a confirmar a sua posição de grupo to dos “TFR Excelence Awards”, tendo sido financeiro português com maior e melhor decidida a atribuição, pela primeira vez, de oferta no apoio ao comércio internacional”, prémios por país e por região. O Novo Ban- adianta.

Vodafone entra no capital da Sport TV A Vodafone Portugal anunciou ter celebrado com a NOS e com a Olivedesportos um acordo, por via do qual a Vodafone passa a integrar a estrutura acionista da Sport TV Portugal. Na sequência do acordo celebrado, a Sport TV passará a ter uma nova estrutura acionista, constituída em partes iguais pela Vodafone, NOS e Olivedesportos, que se compromete a fortalecer o modelo de negócio da Sport TV, em prol dos seus clientes. “A entrada da Vodafone na Sport TV reflete o nosso empenho no exercício de uma estratégia de re-

forço da nossa posição enquanto operador total de telecomunicações. Com este acordo assumimos uma posição acionista naquela que é a empresa nacional com mais experiência e know-how na distribuição de conteúdos desportivos e que reúne a preferência dos consumidores portugueses”, sublinhou Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal. Recentemente, a Cabovisão juntou-se à Vodafone e à NOS no acordo de distribuição recíproca de conteúdos desportivos estabelecido por aqueles dois operadores. EDP Brasil pondera entrar no mercado de transporte de eletricidades A EDP Brasil pondera participar no concurso que o Governo brasileiro vai lançar este mês com vista à construção e gestão de linhas de transporte de eletricidade no país. O Governo brasileiro espera atrair, assim, investimentos na ordem dos 12,6 mil milhões de reais (3,45 mil milhões de euros), criando um total de 25 mil empregos diretos para construir quase sete mil quilómetros de corredores de eletricidade em 10 estados brasileiros, revelou o “Jornal de Negócios Online”. A companhia portuguesa, que está já presente na produção, distribuição e comercialização de eletricidade no Brasil, poderá avançar também para a atividade de transporte de eletricidade, adianta a publicação, citando uma entrevista do presi-

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Breves dente da EDP Brasil à agência “Reuters”. Miguel Setas sublinhou que a EDP tem como vantagem a capacidade de gestão demonstrada na construção de duas centrais hidroelétricas no Brasil, cuja entrada em operação foi antecipada. Se optar por entrar no concurso, a EDP Brasil vai concorrer a lotes que exijam um investimento “moderado”, deixando para o futuro a entrada em investimentos de maior dimensão. Donos do Hospital dos Lusíadas adquirem novas clínicas em Portugal O grupo UnitedHealth, que já gere cinco hospitais em Portugal, está, atualmente, em processo de aquisição do controlo exclusivo de mais três clínicas no país, revelou o “Diário Económico Online”. Além da proposta de compra de Clínica de Santa Tecla, em Braga, noticiada pelo mesmo site, este garante que a UnitedHealth terá avançado também para a aquisição da Clisa, empresa que gere as unidades médicas da Clínica de Santo António Amadora e da Clínica de Santo António Sacavém. As três operações de aquisição estarão a ser analisada pela Autoridade da Concorrência, que terá de dar a luz verde a estes negócios, adianta a mesma fonte. Atividade da Certif impulsionada pela exportação A Certif, líder de mercado em Portugal na área da certificação de produtos e serviços, encerrou o primeiro semestre do ano com o registo de grande procura em todas as área de atividade, onde se destaca a conquista de novos clientes e o alargamento da gama de produtos certificados por parte de clientes já em carteira. Destaque para a emissão de 154 novos certificados na área do serviço de instalação, manutenção e assistência técnica de equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham gases com efeito de estufa, área que fica a registar a soma de 850 certificados emitidos. A associação certificadora destaca ainda a intensa atividade internacional desenvolvida neste período, “uma aposta permanente da Certif, nomeadamente ao nível do apoio à exportação de produtos portugueses, merece realce a que foi desenvolvida em torno de processos com vista a certificações no Brasil, Países Árabes e México, muito por solicitação de clientes que pretendem colocar os seus produtos nestes mercados. Angola e Cabo Verde são casos semelhentes muito recentes. Destaque-se ainda a obtenção de novos clientes em Chipre, Espanha, Itália e Turquia”.

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TAP reduz prejuízos e amortiza dívida A TAP anunciou que fechou o primeiro semestre do ano com prejuízos de 28,2 milhões de euros, o que representa uma queda de 74% relativamente aos primeiros seis meses do ano passado. No que se refere aos resultados obtidos no primeioro semestre deste ano, os responsáveis da TAP destacam a previsão de terminar o ano com resultados positivos na atividade aérea. No entanto, estas contas excluem a atividade de manutenção de aviões no Brasil, que tem sido sempre deficitária. Para o transporte aéreo, o segundo semestre é mais forte que o

primeiro porque abrange as férias de verão, o Natal e a Passagem de Ano. A faturação da TAP caíu no primeiro semestre, mas a queda acabou por ser compensada pela redução dos custos operacionais, principalmente com combustível. Apesar destes números, a transportadora aérea conseguiu também reduzir a dívida em mais de 9%.

Barómetro da Informa DB sobre insolvências no 1º semestre 2016 No primeiro semestre de 2016, por comparação com o primeiro semestre de 2015, a criação de novas empresas desceu, ainda que evoluindo de modo irregular, quer ao longo do período, quer setorial e regionalmente. O mesmo se passou com os encerramentos, que subiram ligeiramente. Já as insolvências mantiveram a tendência de queda, ao passo que os comportamentos de pagamento das empresas registaram melhorias. Quanto a nascimentos, nos primeiros seis meses de 2016, foram criadas 20.377 novas entidades, o que representou um decréscimo de 4% (menos 845 entidades) face ao primeiro semestre do ano passado. Apesar da quebra observada na constituição de empresas e outras organizações no primeiro semestre de 2016, esta

tendência não se manifestou de forma constante ao longo dos últimos meses. Após dois anos consecutivos de subida, o comportamento deste indicador começou a revelar alguma instabilidade em outubro de 2015, iniciando uma variação homóloga negativa que se manteve até janeiro de 2016. Embora se tenha verificado uma recuperação em fevereiro, nos meses de março e abril as constituições voltaram a descer, aumentando novamente em maio. Junho encerrou este período de volatilidade com uma queda homóloga de 4%. O rácio de nascimentos/ encerramentos nos últimos 12 meses, sofreu, de igual modo, uma ligeira contração: entre julho de 2015 e junho de 2016 nasceram 2,2 entidades por cada uma que encerrou (vs. 2,4 em período homólogo).


Volume de negócios da Sonae atinge 2.431 milhões de euros no semestre No primeiro semestre de 2016, a Sonae prosseguiu a sua estratégia de crescimento tendo beneficiado do reforço das posições competitivas da generalidade das suas áreas de negócio, da aposta na internacionalização, da diversificação dos estilos de investimentos e da potenciação das suas competências e ativos. O volume de negócios consolidado da Sonae alcançou 2.431 milhões de euros, um aumento de 4,4% face ao primeiro semestre de 2015, devido principalmente ao contributo positivo da Sonae MC e da Sonae SR. No retalho alimentar, o volume de negócios da Sonae MC alcançou os 1.691 milhões de euros, “aumentando 3,6% quando comparado com o primeiro semetsre do ano passado, e continuando a reforçar a quota de mercado do Continente, num mercado maduro e competitivo”, salienta a companhia.

No retalho especializado, o volume de negócios da Sonae SR, que integra a Worten e a Sonae Sports and Fashion, situou-se nos 614 milhões de euros, aumentando 5,5% quando comparado com o período homólogo. Esta evolução foi motivada por ambas as divisões, que continuaram a registar melhorias nas vendas por metro quadrado. A Sonae RP, unidade de imobiliário de retalho, concretizou, no primeiro semestre, três operações de sale and leaseback, no valor de 230 milhões de euros, equivalentes a um ganho de capital de aproximadamente 63 milhões. Esta estratégia permitiu à Sonae RP libertar capital dos seus ativos mais maduros, mantendo, ao mesmo tempo, um nível adequado de flexibilidade operacional. O valor contabilístico líquido do capital investido pela Sonae RP em bens imobiliários totalizou 888 milhões de euros.

Portugueses fazem cada vez mais férias no estrangeiro O mais recente estudo da Marktest sobre comportamentos e consumos indica que, desde 2013, os portugueses viajam mais de avião em lazer. Espanha e França são os destinos preferidos. Os portugueses estão cada vez mais a escolher o estrangeiro como destino de férias. De acordo com o estudo da Marktest que analisa o comportamento e os consumos dos portugueses, o número de pessoas que tem viajado de avião em lazer continua a crescer desde 2013. Ou seja, há três anos, apenas 15% dos portugueses se deslocaram ao estrangeiro. Um número que subiu para os 17,5%, em 2014, e 18,5%, em 2015. Dos destinos escolhidos, Espanha e França continuam a ser os preferidos, com 19% dos entrevistados a escolher estes dois países europeus, seguidos de Inglaterra e Irlanda (16%). Destaque para os Açores que com a entrada das

companhias low-cost, em 2015, também tem vindo a ser bastante mais procurado (10% em 2015, face a 7% em 2014). Mas, embora as viagens ao estrangeiro estejam a ganhar mais adeptos (48% em 2015, face a 45% em 2014), a praia continua no topo da preferência no que toca ao tipo de férias que os portugueses mais gostam, ao contrário das viagens de cruzeiros que tem vindo a manter-se nos 1,5%. No que diz respeito ao tipo de alojamento escolhido para as férias, a opção com mais adesão é o hotel ou aparthotel, de acordo com 45% dos entrevistados (face a 40,4%, em 2014), seguido da casa de familiares ou amigos (29%), casa alugada (21%), habitação própria (15%) e campismo (10%). Nota para o facto de 58% dos entrevistados ter gozado férias na sua residência habitual.

Gestores

em Foco

Ao fim de quatro anos, Marc Bisbe (na foto) vai deixar a direção geral da Seat em Portugal a partir deste mês. O gestor vai assumir novas funções no grupo Seat, em Espanha, como Regional Manager. Licenciado em Informática e com o MBA em Gestão de Empresas, pela ESADE, Marc Bisbe está há 27 anos ligado à Seat. Peter Dawson é o novo presidente do grupo Garland. O novo presidente sucede a Bruce Dawson, que, tendo liderado o grupo durante 25 anos, assume agora a posição de chairman. Pretendendo continuar o trabalho da anterior admnistração, Peter Dawson recorda que “nos últimos cinco anos, a Garland conheceu um crescimento exponencial. Passámos de cerca de sete mil metros quadrados de área logística para mais de 85 mil, além de termos aberto novas delegações de norte a sul de Portugal, bem como em Espanha e em Marrocos. Nos últimos 10 anos, investimos mais de 20 milhões de euros”, salientou. Manuela Tavares de Sousa (na foto), CEO da Imperial, foi eleita a personalidade do ano na categoria de negócios. A distinção foi atribuída pela comissão de honra do Baile da Rosa, que este ano aconteceu na Casa da Música. O Baile da Rosa é um evento anual, e um importante e respeitado acontecimento social do país, que tem como objetivo distinguir a carreira de personalidades dos mais diversos quadrantes da sociedade. Licenciada em Engenharia Química e, depois, em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto, Manuela Tavares de Sousa iniciou o seu percurso profissional na Imperial como responsável pelo Departamento de Investigação e Desenvolvimento desta empresa de produção de chocolates. Em 2001, foi nomeada CEO da Imperial.

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Breves La marca Don Algodón vuelve a ser española La marca Don Algodón, fundada en la década de los ochenta por el empresario Pepe Barroso y que pasó a formar parte de la multinacional norteamericana BCBG Maz Azria a finales de 2005, ha sido adquirida -a excepción de la clase de cosmética y perfumería-, por la compañía Secretos Textil, empresa valenciana con sede en Albaida que se ha convertido en la nueva propietaria. Secretos Textil tiene previsto en su plan de expansión de la marca alcanzar acuerdos de licencia para acceder a otros segmentos de mercado, reflejados en su página web, dentro del mundo de la moda, el calzado y los complementos, tales como bolsos, maletas, relojes de pulsera, gafas, cascos y otros accesorios, tanto a nivel nacional como internacional. Este plan llega tras el éxito de la primera licencia de Don Algodón en ropa de hogar, subrayan. La conocida marca Don Algodón revolucionó el mundo de la moda femenina en los años ochenta y noventa, llegando a tener 80 tiendas en toda España y más de 30 en el extranjero, entre propias y en franquicia. Mercadona invertirá 21millones de euros en su centro de datos de León Mercadona ha comenzado este verano las obras de construcción de su nuevo Centro de Proceso de Datos (CPD), en los terrenos ubicados junto a su Bloque Logístico en la localidad leonesa de Villadangos del Pá-

ramo (León). La puesta en marcha está prevista para el segundo semestre de 2018. La inversión estimada es de 21 millones de euros, de los cuales 6 millones corresponderían a la parte de obra e instalaciones, y

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Repsol obtiene un beneficio neto ajustado de 917 millones de euros

Repsol obtuvo en el primer semestre de 2016 un beneficio neto ajustado de 917 millones de euros, frente a los 1.240 millones de euros obtenidos en el mismo periodo del ejercicio anterior, en los que se incluían resultados financieros excepcionales de 500 millones de euros, derivados básicamente de la posición en dólares que tenía la compañía tras

cobrar la expropiación de YPF, y cuyo importe se destinó posteriormente a la adquisición de Talisman. En un entorno de precios deprimidos del crudo y del gas, las medidas de eficiencia y ahorro implementadas por Repsol han permitido que todos los negocios de la compañía hayan tenido un resultado positivo. Destaca particularmente la mejora del resultado neto ajustado del área de Upstream en 301 millones de euros respecto al mismo periodo de 2015. Por otro lado, en el conjunto del ejercicio 2016, los accionistas han recibido un importe aproximado de 0,8 euros por acción.

New Balance entra en el accionariado de la gallega Alfico El gigante americano New Balance ha entrado en el accionariado de la gallega Alfico, empresa de distribución con casi 40 años de trayectoria. De esta manera la compañía española abandona la forma de administrador único para pasar a tratarse la gestión mediante un consejo de administración. Alfico hasta ahora era la distribuidora de New Balance en España, Portugal y Andorra y, de hecho, la marca le concedió el premio a la mejor distribuidora de la empresa a nivel mundial. La buena marcha y hacer de la compañía gallega ha propiciado la deci-

sión de la empresa americana por tener el control de ella. Desde 2011 han aumentado su facturación a un ritmo del 50% y en el pasado ejercicio fiscal tuvieron una cifra de negocio de 68 millones de euros. «Este año también creceremos, pero de forma mucho más moderada», afirma Anna Scheidgen, hasta ahora directora general de Alfico.


Breves Gas Natural Fenosa completa la compra de la comercializadora irlandesa Vayu

Gas Natural Fenosa ha cerrado la compra del 100% de la comercializadora irlandesa de gas y electricidad Vayu Limited. Vayu es, desde 2003, una compañía irlandesa de comercialización de gas y electricidad a clientes comerciales e industriales que también realiza la com-

praventa de energía renovable con pequeños productores, y que opera en Irlanda y en Reino Unido. Para Gas Natural Fenosa, la adquisición de Vayu se enmarca en el cumplimiento del nuevo plan estratégico que contempla el crecimiento en el negocio de comercialización de energía en Europa. Esta operación complementa la posición del grupo en los mercados europeos donde ya está presente (Francia, Italia, Bélgica, Países Bajos, Portugal, Alemania y Luxemburgo) y permitirá desarrollar la actividad de trading y operaciones de GNL.

Fnac abrirá hasta 25 tiendas en España en cinco años Fnac, distribuidora de productos culturales, de ocio y tecnología, ha sufrido en los últimos años la contracción del consumo, la piratería y el auge de los nuevos soportes para acceder a la cultura. Sin embargo, a partir de 2013, el grupo francés estabilizó su negocio en España y, ahora que ya percibe una incipiente recu- “Prevemos abrir entre cuatro y cinco peración, comienza una etapa de tiendas al año, de más de 1.000 meexpansión. Marcos Ruão, director tros cuadrados, durante los próxigeneral del grupo en España, ha mos cinco ejercicios, lo que nos diseñado un plan de expansión con llevaría a contar con 50 estableciel que, prácticamente, la compañía mientos en España, frente a los 28 francesa duplicará su presencia en que tenemos actualmente”, señala España en los próximos cinco años. Ruão.

los 15 millones restantes al equipamiento e instalaciones informáticas. La construcción de este nuevo CPD, el segundo que dispondrá la compañía tras la puesta en marcha del de Albalat dels Sorells en Valencia, se ubicará en una parcela de 7.200 m², de los que 2.000 m² serán de superficie construida. Renfe prevé cerrar 2016 con un nuevo récord de viajeros de AVE La compañía espera cerrar este ejercicio con entre 23 y 25 millones de pasajeros en alta velocidad, con lo que encadenaría su tercer ejercicio con récord anual y duplicaría los datos registrados en 2012. El presidente de Renfe, Pablo Vázquez, ha indicado que las previsiones para este verano son “buenas”, con unas estimaciones para diciembre que volverían a superar los datos con que se cerraron los últimos tres años, desde 2013. Fue en febrero de ese año cuando Renfe lanzó su nueva estrategia comercial, que comprendía reducciones del 11% en la tarifa base de los billetes del Ave en clase Turista y Turista + y descuentos de hasta el 70% en función de la disponibilidad, así como diferentes tipos de bonos. Esta política de precios y la puesta en servicio de nuevas rutas como Alicante, Girona, la frontera francesa, el eje atlántico, Palencia, León o Zamora hizo que el AVE empezara a ganar viajeros hasta sumar, previsiblemente, cuando acabe 2016 tres años de subidas. ISP se hace con el control de la tecnológica española Antevenio Inversiones y Servicios Publicitarios (ISP) se ha hecho con el control de la compañía tecnológica española Antevenio, cotizada en el mercado Alternext en París, tras adquirir del consejero delegado y fundador de la empresa, Joshua Novick, todas sus acciones. Antevenio ha explicado que ISP (que ya era uno de sus principales accionistas) había adquirido la participación del 11,89% del capital y de los derechos de voto que poseía Novick por un precio de 6 euros por acción. Como consecuencia de la operación, ISP y Aliada Investment (firma perteneciente al mismo grupo) elevan su participación hasta el 50,74% del capital de Antevenio. El holding de la familia Rodés ya había comprado las participaciones que tenía en Antevenio BBVA y Corporación Financiera Alba.

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CarburesGroup inova nos materiais compósitos para as indústrias automóvel e aeronáutica O grupo espanhol Carbures-Carbon Structures, um dos maiores fabricantes europeus de peças para o setor aeronáutico e automóvel em fibra de carbono, continua a expandir a sua atividade industrial em várias frentes e a desenvolver soluções únicas de vanguarda nos novos materiais compósitos. Depois da fibra de vidro e da fibra de carbono, segue-se o grafeno e os nanocompósitos, “os materiais do futuro”.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

grupo espanhol CarburesCarbon Structures continua a afirmar-se como um dos principais fabricantes europeus de peças em fibra de carbono, não só pela expansão da sua atividade, como também pela inovação introduzida na sua produção. A área dos compósitos (fibra de vidro, fibra de carbono e grafeno) está concentrada na divisão Carbures Aerospatiale & Defense, uma das três áreas de negócio do grupo andaluz, que contemplam

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ainda as áreas automóvel, ferroviá- estruturais em fibra de carbono ou rio e de construção civil. outros materiais compostos, por Quanto à divisão Carbures A&D, mês, apenas para a indústria aeroas três grandes áreas produtivas são náutica, sendo um dos principais a produção de peças e estruturas clientes desta unidade a Airbus. em compósitos, o fabrico de equiNuma visita a esta fábrica de 15 pamentos elétricos e eletrónicos e mil metros quadrados de área, é os serviços de engenharia (ver caixa possível ver in loco como se trana pág. seg.). O grupo fabrica pe- balham os “materiais do futuro”, ças com compósitos também para como explicam os responsáveis do a indústria automóvel, mas noutras CarburesGroup, para produzir parunidades. Da fábrica da Carbures tes completas para novos aviões ciEuropa em Jerez de la Frontera (Cá- vis e militares de vários fabricantes. dis) saem mais de duas mil peças Curiosamente, esta produção é rea-


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lizada de forma muito especializada, com algum automatismo, mas com vários procedimentos manuais e técnicos, dada a delicadeza do trabalho, já que a fibra de carbono em resina é um material muito dispendioso. Assim, são os funcionários que pintam, montam e colam as várias películas de fibra de carbono (ou fibra de vidro, consoante as peças), peça a peça, explica Agustín Moreno, diretor de Business Development da área aeronáutica do grupo Carbures. A Carbures bateu o seu anterior recorde de produção de peças de avião, em 2015, somando um total de mais de 39.300 peças, ou seja, sivamente, a substituir componentes mais 22% do que em 2014. As pre- em ligas de alumínio nas aeronaves. visões para 2016 são, igualmente, Além das partes estruturais, aqui são de superar os resultados do ano an- produzidas peças em fibra de vidro terior, adianta Agustín Moreno. para o interior das aeronaves. Apertado e rigoroso processo produtivo Construída em 2013, a unidade é uma das mais modernas do setor, tendo ainda recebido inclusivamente um prémio nacional pelo seu design. A certificação da produção está igualmente assegurada por várias entidades, como a Airbus, associações ambientais e de fibra de carbono, entre outras, contando ainda a Carbures com a supervisão da entidade reguladora de mercados financeiros. A Carbures tem uma classificação de Tier2, adianta o responsável pela unidade, onde trabalham cerca de 200 pessoas diariamente, em três turnos. Aqui são feitas as peças estruturais (asas, fuselagem, tubagens, estabilizadores horizontais, cockpit, motores, etc.) para diferentes modelos da Airbus, das famílias de aviões comerciais A320, A320neo, A330, A340, A350 e A380, assim como para as aeronaves militares A400M e C295. Esta produção destina-se à fábrica da Airbus em Sevilha. Estes materiais têm vindo, progres-

A empresa espanhola fornece outros fabricantes aeronáuticos, como a Alenia Aerospace, a Boeing e a Bombardier. O grosso da produção é em fibra de

Transferência de conhecimentos para o mundo empresarial O grupo Carbures, criado em 1999 a partir de um spin off da Universidade de Cádis, possui três grandes áreas de atividade, que são a aeronáutica e defesa, a automoção e a construção civil. Na vertente da aeronáutica e de defesa, a Carbures Aerospace & Defense atua em três grandes vetores: - Produção de materiais compósitos (fábricas em Sevilha, Cádis e Puerto Santa María) - Serviços de engenharia - Equipamentos e sistemas de testes Em 2014, a Carbures tomou uma participação maioritária (87%) na universidade privada Atlântica, sedeada em Oeiras. A ligação a esta universidade portuguesa permite complementar a área da investigação e desenvolvimento (I&D) de âmbito académi-

co com a atividade industrial desenvolvida pela Carbures em Espanha, salienta Javier Moreno (na foto em cima, à dir.), diretor geral da Carbures A&D e presidente do conselho de administração da EIA-Ensino, Investigação e Administração, a sociedade gestora da universidade portuguesa. A universidade, que faz 20 anos, ministra cursos superiores em áreas de grande componente técnica, nas áreas da indústria aeronáutica, da engenharia de materiais, sistemas e tecnologias de informação, ciências empresariais e saúde. Além da Península Ibérica, o grupo está presente noutros países europeus, e ainda na Ásia, bem como nos Estados Unidos e Austrália, contando com 18 fábricas e 900 empregados. A faturação consolidada ronda os 160 milhões de euros.

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carbono, material que é importado ser muito pesada”. Assim, as peças são dos EUA, em grandes rolos de pelí- cortadas sobre os moldes dos aviões e cula, e cuja conservação é feita em compactadas com diversas camadas unidades refrigeradas a -23º. “Este destas telas de fibra de carbono, com material é de elevada resistência – a a ajuda de resinas, por operadores quedas, à corrosão, a diferenças de altamente qualificados, assegurandotemperatura e pressão, etc. – e bai- se, assim, uma elevada força e resisxo peso”, salienta Agustín Moreno. tência de cada peça. A inspeção final “Mais flexível que o aço, e mais leve”. da qualidade das peças produzidas é Quanto à resistência, estas peças em feita com elevado controlo e monitofibra de carbono são “quatro vezes rização automática, mas no final são os próprios engenheiros que atestam, mais resistentes que o aço”. “O que toda a indústria procura peça a peça, a sua conformidade com hoje é reduzir peso [dos componen- os requisitos produtivos da Carbures tes]. Portanto, muita montagem é e do cliente. Um dos problemas da indústria é feita de forma a ter reforço, mas sem

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a questão da reciclagem, que ainda é praticamente incipiente. Estas peças, pela sua resistência e pela mistura de materiais que levam, tornam muito difícil a sua destruição ou separação para reciclagem. Depois de ter inovado a nível mundial no desenvolvimento dos materiais, a multinacional espanhola quer continuar na vanguarda destes materiais e está já a desenvolver novas aplicações para os “materiais do futuro”, o grafeno e os nanocompósitos, para aumentar a resistência e leveza das peças, destaca, por seu lado, Javier Moreno, diretor geral da Carbures A&D, adiantando que a fábrica de Cádis irá ser ampliada. O grupo vai investir mais sete milhões de euros nesta fábrica e na de Illescas para servir a procura. “O grafeno não vai substituir a fibra de carbono, vai é ter outras aplicações”, nomeadamente na indústria automóvel, garante o engenheiro da Carbures. “A Carbures pauta-se por ser um modelo de transferência de conhecimento altamente qualificado, da universidade para a área industrial e desta para a universidade”, frisa o mesmo responsável. 


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La transformación digital del BPI al servicio de las empresas

La transformación digital es una de las principales prioridades estratégicas para el BPI. Francisco Barbeira, responsable de esta materia, acaba de recibir el premio “Portugal Digital Awards” como mejor líder en el área digital. En entrevista a Actualidad€ explica los servicios digitales que dispone el banco para particulares y empresas y los principales desafíos que el BPI tiene en este campo.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a oferta digital de los bancos tos y servicios y sus procesos internos se ha convertido en un very la forma como se relacionan con sus En los últimos años, dadero reto para las entidades clientes”. En las últimas décadas, se ha el banco hizo una financieras. Cada vez ofrecen asistido a olas sucesivas de transformamás servicios a sus clientes para ción que fueron juntando a las tradicio“enorme inversión que puedan realizar las operaciones de nales sucursales un vasto conjunto de en capacidades, una forma fácil y rápida sin moverse de nuevos canales: ATMs, banca telefónicasa o de la oficina. Uno de los bancos ca, homebanking y más recientemente infraestructuras y portugueses que más está apostando en mobile banking. “Es muy interesante procesos asociados esta materia es el BPI que tiene al frenobservar que cada uno de estos canales te del área de innovación y tecnología no ha sustituido a los anteriores sino al digital” a Francisco Barbeira. Ingeniero de Sisque se han complementado, aumentantemas e Informática, trabaja en el BPI Según Francisco Barbeira, “estamos do el número de productos y servicios hace 20 años, y acaba de ser distinguido presenciando una profunda alteración disponibles para los clientes. como mejor líder en el área digital en en la forma como los bancos y otros secSi es verdad que hoy estamos ante los premios “Portugal Digital Awards”. tores de actividad redefinen sus produc- una alteración más profunda, esta es

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esencialmente una nueva oportunidad para mejorar nuestro servicio y estrechar nuestra relación con los clientes”, reflexiona el gestor. En los últimos años, el BPI hizo una “enorme inversión en capacidades, infraestructuras y procesos asociados a lo digital, por lo que estamos bien preparados para extraer valor, para el banco y los clientes, de esta enorme oportunidad de transformación”. Desde esta entidad financiera son conscientes que el acceso permanente y en cualquier lugar a todos los servicios financieros por parte de las empresas es cada vez más un factor de diferenciación y éxito. “Teniendo en cuenta que una empresa trabaja, normalmente, con más de un banco, es evidente que la oferta de un conjunto de canales de contacto, sencillo, completo e integrado es un gran factor de diferenciación y fidelización”. Entre las apuestas digitales del BPI destaca la solución de homebanking (BPI Net Empresas) así como otra para smarthphones (App BPI Empresas), “que además de garantizar el acceso a la información actualizada en movilidad, dispone de varias funcionalidades, destacando las transferencias SEPA y procesos de autorizaciones de operaciones pendientes”. Adhesión de los clientes y servicios disponibles Los canales de homebanking y mobile banking tienen un peso importante en las transacciones de los clientes del BPI y cada vez un mayor peso en las ventas. “Tenemos más de un millón de clientes adheridos y en las empresas dos tercios de los clientes son utilizadores activos y frecuentes de estos canales”, resalta Fernando Barbeira. Además la valoración que reciben de las empresas sobre los canales digitales “es francamente positiva por su alcance y por su sencilla utilización”. La introducción de estos canales ha alterado la forma de relacionarse con los clientes que ahora pueden escoger lo que les resulte más conveniente según las necesidades y el contexto. En la gestión de la tesorería, por ejemplo, un

documentarios, abrir o liquidar remesas y emitir cheques al extranjero”. En los próximos años temas como Internet of Things, impresión 3D, smart-machines, blockchain, big-data, machine learning, entre otros, “van a continuar a desafiarnos para repensar los productos y los servicios, el modelo de distribución, el operativo, nuestra cadena de valor y la experiencia que podamos ofrecer cliente del BPI puede, a través de BPI a nuestros clientes, colaboradores Net Empresas, realizar sus órdenes de y socios en los procesos de innovación”, pago a los proveedores, factura a factu- añade. Ante la dificultad de saber el pora o utilizando un fichero en formato SEPA. Los beneficiarios reciben automáticamente un aviso y pueden pedir el anticipo de esos pagos recurriendo igualmente a BPI Net Empresas (BPI Confirming). “Y todo este proceso se desarrolla de forma transparente, autónoma y muy rápida”, puntualiza. El responsable del área digital del BPI destaca otra área en la que el banco logra autonomía y eficiencia facilitando infor- tencial de este cambio, Francisco Barmación y simplificando procesos como beira cree que la actividad bancaria va a resultado de la utilización de canales cambiar y no tiene dudas de que “el BPI digitales. “A través de Trade Finance el estará al frente de esta transformación cliente puede pedir o utilizar créditos entregando valor a nuestros clientes”. 

GoBanking, el puesto de trabajo móvil GoBanking es una solución de puesto de trabajo móvil del BPI que fue distinguida en los premios “Portugal Digital Awards 2016”. Está disponible para más de 600 gestores de particulares y se va a extender a los gestores de clientes empresa. Fue diseñado para que los gestores comerciales del BPI puedan estar próximos de los clientes y ejercer su actividad con total movilidad, donde y cuando el cliente prefiera, con total acceso a la información de las funcionalidades necesarias para prestar el mejor servicio en el momento de contacto. Permite además que el

gestor comparta la pantalla con el cliente aumentando el nivel de interacción de la experiencia de servicio y de venta. Se asienta en tres pilares fundamentales: • una nueva solución de equipamiento: puesto de trabajo móvil diseñado para utilización táctil de forma sencilla e intuitiva; • rediseño total de las funcionalidades de servicio y venta con foco en la mejora de la experiencia de integración entre colaboradores y clientes; • nueva plataforma de firma digital, que simplifica el proceso de cierre de venta y servicio.

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Lisboa é palco da nova campanha de moda do El Corte Inglés L isboa foi a cidade escolhida pelo El Corte Inglés para palco da nova campanha da moda outono/ inverno 2016 da cadeia de distribuição espanhola. Na última semana de julho, decorreu a rodagem para o anúncio da nova campanha do El Corte Inglés, que será lançado em simultâneo em Portugal e Espanha, no final do verão. A protagonista desta nova campanha é a modelo internacional Coco Rocha (na foto), de 27 anos, “que foi escolhida pela sua versatilidade, elegância e beleza indiscutíveis”. Segundo destaca a Vogue Paris, esta jovem canadiana é uma das 30 melhores modelos da década de 2000. Foi vencedora de inúmeros prémios e galardões, entre os quais “Marie Claire’s Prix d’Excellence”, “Model of the Year

Award”, “Vienna Fashion Award”, entre muitos outros. Coco irá chamar o Outono através de uma dança muito especial, capaz de invocar ventos e nuvens. O seu passado como bailarina será, portanto, sublinhado. A escolha de Lisboa para cenário da campanha de moda outono/ inverno foi, segundo o diretor de Criatividade do El Corte Inglés, “uma opção natural, uma vez que a cidade oferece tudo o que necessita para esta rodagem: cenários diversificados, estilos arquitetónicos contrastantes, inúmeros miradouros, e uma luz única”. A equipa de publicidade e criatividade sublinha ainda o facto de a empresa também estar em Portugal e ser intenção do Grupo comunicar a beleza de Portugal junto do

público espanhol. No processo de decisão pesou ainda o facto de, no passado, terem tido boas experiências de trabalho em Lisboa. A criatividade é da equipa central do El Corte Inglés, em conjunto com a agência Zapping e a The Gang, e estará disponível em televisão, imprensa, rádio, rede de mupies e internet. 

Barbot com novas tintas e primários para aplicação em exteriores O s dias de verão, solarengos e longos, convidam a desfrutar mais dos espaços exteriores da casa. Mas, antes de reunir os amigos, a Barbot sugere duas novas soluções para dar uma nova cor e um novo brilho às madeiras e metais de exterior.

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Um das novidades é Barbolux Acqua, um esmalte aquoso, que permite acabamentos perfeitos e duradouros. Com elevada capacidade de resistência à passagem do tempo e aos fenómenos naturais, como a luz, este novo esmalte da Barbot não amarelece, proporcionado assim uma boa retenção do brilho e da cor. À durabilidade, o novo esmalte da Barbot junta a facilidade de aplicação, secagem rápida e boa lacagem. O produto está disponível em latas de 0,375 ml, 0,75 ml e quatro litros, e em diversas cores, nomeadamente nos

tons tendência para este ano, como marfim, amarelo, cinza, vermelho, verde-garrafa e azul, sem esquecer a possibilidade de um acabamento brilhante ou mate. O primário aquoso da Barbot, Hydrolite Primer, é o produto indicado para as paredes exteriores que possam ser mais complicadas e pouco consistentes, devendo ser utilizado antes da aplicação de tintas aquosas. Ao ter uma boa selagem da superfície a pintar e um bom poder de penetração, o Hydrolite Primer permite um maior rendimento das tintas de acabamento enquanto regulariza a absorção da superfície. Desta forma, é possível conseguir resultados duradouros e preparar da melhor forma os espaços favoritos para receber os melhores momentos que só o verão pode oferecer. 


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Cepsa com nota máxima em avaliação a postos de abastecimento de combustível A

Cepsa obteve a classificação de Muito Bom na avaliação realizada pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), a postos de abastecimento de combustível em todo o país, entre janeiro e abril de 2016. Além da classificação máxima dada à rede de postos de abastecimento, a avaliação revela ainda que a Cepsa possui 16 postos com classificação acima de 90 pontos (em 100) – dos quais quatro com 98 pontos, a nota mais alta obtida no estudo. Entre os postos estão: Cepsa – Rua do Caires (Braga); Cepsa – Chão de Couce (Aguda); Cepsa – Albergaria-a-

Velha e, ainda, Cepsa – Lago (Amares). Segundo João Madeira, responsável comercial da rede Cepsa em Portugal, “a classificação de Muito Bom atribuída à Cepsa é um grande motivo de orgulho. Continuamos a apostar fortemente na nossa rede de postos de abastecimento, quer seja através de serviços com alto valor, ou através dos produtos da marca que acrescentam uma enorme qualidade ao serviço final.” A ENMC, entidade legalmente responsável pela monitorização da qualidade do serviço prestado aos consumidores, no âmbito das competências de super-

visão do Sistema Petrolífero Nacional (SNP), revela assim, pela primeira vez, uma classificação nacional de postos de abastecimento de combustível. Entre as classificações definidas pela ENMC estão: Insuficiente (menos de 50 pontos), Suficiente (de 51 a 75 pontos), Bom (de 75 a 90 pontos) ou Muito Bom (91 a 100 pontos), de acordo com o número total de pontos obtido por cada posto de abastecimento. Como critérios de avaliação estiveram, por exemplo, a conformidade legal dos equipamentos, as reclamações de clientes ou o manual de boas práticas das marcas. 

Facebook influencia cada vez mais decisão de compra Q ual a influência da presença das marcas no Facebook para o consumidor e qual o impacto dessa perceção no processo de decisão de compra foram as questões iniciais levantadas por um novo estudo levado a cabo por uma aluna e investigadora do IPAM, que procurou desvendar de que forma a presença das marcas na rede social Facebook – e a forma como estas se posicionam e se relacionam com o consumidor – determina ou influencia a intenção e decisão de compra. O estudo sugere que o Facebook, com cada vez mais expressão, aumenta a influência de consumidores sob consumidores, que partilham nas redes sociais as suas opiniões e experiências. Ou seja, verifica-se que o “boca a boca” nesta rede social tem verdadeiramente impacto na intenção de compra no ponto de venda. A pesquisa realizada mostra também

que o consumidor – que utiliza as redes sociais –, atribui elevada importância à presença das marcas no Facebook, que tem tendência para seguir as suas marcas preferidas, e que utiliza esta rede social como meio de pesquisa para as marcas. Mais de 64 por cento dos inquiridos afirma que utiliza o Facebook para conhecer ou saber mais sobre as marcas. O estudo atesta que a diferenciação entre produtos está na relação emocional que é estabelecida com os consumidores e que a força da marca está no que fica na mente do consumidor, mesmo quando não está na presença digital da mesma. Outro dado interessante é que cerca de três quartos dos inquiridos revela que se estiver à espera de feedback da marca no Facebook e se este não for devolvido,

esse comportamento vai ter impacto na relação que mantém com ela. A pesquisa do IPAM foi realizada a um conjunto de 172 pessoas, com conta ativa no Facebook, e com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos, sendo que 58,1% dos inquiridos era do sexo feminino e 49,1% do sexo masculino. A faixa etária selecionada justifica-se por ser o segmento de idade com a taxa mais alta de compras online em 2015, segundo dados do INE. Mais de 70% possui licenciatura ou mestrado. 

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Um regresso às aulas colorido e criativo com a Zippy A Zippy lança uma nova campanha de Regresso às Aulas, integrada na coleção outono/ inverno da marca, com o mote “Color Your Happy Future”. Na nova campanha, cada cor está associada a uma atitude positiva. Desde o catálogo, à montra e ao universo digital da marca, toda a campanha está assente em frases chave em que cada cor corresponde a uma atitude, como “Be pink, be sweet”; “Be purple, be inspired ”; “Be green, be wild ”; “Be red, be happy”; “Be orange; be creative”; “Be yellow, be shining”; “Be blue, be smart”; “Be black, be brave” e “Be every

color, be Zippy”. Adicionalmente, a Zippy faz crescer a sua linha de artigos de regresso às aulas e disponibiliza materiais para que as crianças possam dar cor às suas ideias, como um caderno e caixa de lápis “Color Your Happy Future”. A Zippy apresenta ainda novas soluções para o seu público-alvo.

Destacam-se a linha de sapatilhas “Eu consigo sozinho”, a gama de sapatilhas Water Repellent e as calças Jogg Jeans. 

Pioneer lança app gratuita para controlar o sistema áudio do automóvel

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Pioneer DJ acaba de lançar a nova app Advanced Remote Control (ARC) que transforma qualquer smartphone num controlo remoto, permitindo gerir e personalizar as funções do sistema de áudio do automóvel. A app ARC da Pioneer, disponível para iOS e Android, permite aos utilizadores maximizarem o potencial do seu equipamento de áudio, facilitando ações como a pesquisa das suas músicas favoritas, a mudança de fontes de transmissão de áudio (FM, DAB,

Bluetooth, etc.), o acesso ao Spotify ou a outras apps semelhantes, a personalização das cores de iluminação ou o controlo das definições de áudio, através do ecrã do smartphone. A aplicação foi projetada de forma a minimizar a distração durante a condução. Para garantir que a segurança não é comprometida, a Pioneer recomenda o uso do smartphone num suporte apropriado enquanto se utiliza a app. Em alternativa, a app pode também ser controlada por outro

passageiro dentro do veículo. Segundo Jesse Claessens, Marketing & Communication Manager da Pioneer Europe, “os produtos da Pioneer têm a merecida reputação de serem os mais fáceis de utilizar do mercado. No entanto, limitações nas dimensões físicas do visor de um DIN e, em menor grau, nos modelos dois DIN definem limites para o tamanho da área do ecrã LCD. A app Advanced Remote Control da Pioneer contorna estas restrições, uma vez que permite utilizar o ecrã do smartphone como uma extensão do sistema Pioneer”. A ARC da Pioneer está, atualmente, disponível em diversas línguas, como português, espanhol, árabe, holandês, inglês, francês, entre outras. 

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Nasce selo para reforçar confiança nas compras online em Portugal A

ACEPI-Associação da Economia Digital, a associação DNS. PT e a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor assinaram um protocolo no âmbito do qual desenvolveram a iniciativa Confio.pt, materializada no selo Confio, para reforçar a confiança nas compras online em Portugal. O novo Confio.pt vem substituir o selo Confiança Online, gerido pela ACEPI durante a última década. “Pretendemos garantir uma confiança adicional para os consumidores digitais e, dessa forma, garantir um crescimento do comércio eletrónico em Portugal. Por último, o lançamento em simultâneo do selo digital europeu – Trust – da responsabilidade de um organismo de elevado prestígio a nível europeu, o Ecommerce Europe, é um garante adicional para

os consumidores internacionais de que os sites portugueses seguem as melhores práticas e regras internacionais no comércio e l e t r ó n i c o ”, sublinha Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEPI. O selo Confio foi desenvolvido com base num código de conduta que estabelece um conjunto de regras e boas práticas relativas ao comércio eletrónico e à utilização da internet em geral, aceites por todos os profissionais e entidades aderentes. Pela primeira vez, existe a obrigatoriedade de ade-

são a um centro de resolução de litígios online por parte das entidades aderentes e acreditadas. O custo do selo é definido em função do volume de faturação das entidades, variando entre os 75 e os 2.500 euros por ano. Além dos sites, também os blogues poderão solicitar o selo. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org setembro de 2016

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Super Bock promove-se em Espanha C om o objectivo de reforçar a presença em Espanha, a Super Bock acaba de lançar uma campanha de comunicação centrada na Super Bock Negra Sin, variante lançada no país vizinho em 2012. A campanha esteve veiculada na Galiza (Corunha, Santiago de Compostela, Vigo, Pontevedra, Ferrol e Ourense) e nas Astúrias (Oviedo, Gijón e Avilés), as duas principais regiões onde a Super Bock Negra Sin (Super Bock Preta Sem Álcool) é comercializada. O mercado das cervejas sem álcool vale cinco vezes mais em Espanha do que em Portugal. Para esta campanha a Super Bock adaptou o provérbio “ver para crer”

à sua maneira com o slogan “Beber para crer”, que serve de mote para incentivar os consumidores das regiões da Galiza e das Astúrias a provar a marca portuguesa de cerveja. Durante o mês de agosto, foram realizadas ações de publicidade de exterior, com criatividades em galego e asturiano (outdoor e mupi), e na Galiza será ainda transmitido um spot de rádio (Ser, 40 Principales, Cadena 100, Rock FM e Europa FM) e um anúncio de 20 segundos na TV Galícia, sendo que o plano de meios inclui ainda comunicação no digital, também adaptada em castelhano. A criatividade esteve a cargo da agência espanhola Caldas Naya. 

Mourinho é “the first” na Adidas

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português José Mourinho, agora treinador do Manchester United, é um dos protagonistas da nova campa-

nha da Adidas com a série de filmes “First Never Follows – Let the Talkers Talk”. The best focus on being first. Em cada filme, os jogadores respondem às intrigas, à polémica e ao hype que envolve cada clube na preparação do início da temporada 2016/17, sendo que no último filme calam as analises teóricas típicas das pré-temporadas. Entre os restantes protagonistas estão Paul Pogba, Manuel Neuer, Gareth Bale, James Rodriguez, Diego Costa e

Miralem Pjanic, bem como Zinedine Zidane, treinador do Real Madrid. Os jogadores aparecem a usar o novo kit de cada clube, bem como as novas botas da marca. A Adidas fez também um compilado com esses vídeos e apresentou uma versão completa com 1 minuto e 45 segundos. Em Portugal, a marca fará um investimento nesta campanha, com uma versão de 20 segundos e 60 segundos, nas plataformas de sites de futebol/ desporto, Facebook, YouTube e em mobile.

Navio Gil Eannes quer organizar eventos O antigo navio-hospital da frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova pretende mostrar às empresas e operadores turísticos e culturais o seu potencial para receber eventos, enquanto novo espaço na cidade. “O Gil Eannes é todo ele um mundo a descobrir, cheio de beleza e de caráter que se pode afirmar como um espaço único para eventos de empresas, espaço de apresentação de moda, para receções e até cenário de filmes, como já o foi, ou para

fotografias”, afirma o presidente da Câmara de Viana do Castelo e da fundação que gere o antigo naviomuseu. Construído em 1955 nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e resgatado há 18 anos da sucata, altura em que assumiu as funções de museu, o navio Gil Eannes registou um aumento de 139% do número de visitantes estrangeiros, ou seja,

duplicou o número de visitantes espanhóis e ingleses e triplicou o número de franceses. 

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Nestlé refuerza su estrategia digital

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estlé ha reforzado su estrategia digital, renovando su web de cocina y su app de recetas como respuesta al aumento de búsquedas de recetas de cocina por internet (que ya cuenta con más de 1,5 millones de descargas). Las plataformas nacieron en 2006 y 2011 y ahora ambas se han modernizado con una nueva imagen, contenidos más actuales y con nuevas recetas y vídeo-recetas. Ya son casi 3.000 los platos que se pueden encontrar

y todos ellos han sido supervisados por chefs y nutricionistas. Según la compañía, el valor añadido de w w w.ne st lec ocina.es, reside en la información nutricional que se ofrece al consumidor. Un amplio equipo de nutricionistas supervisa todos y cada uno de los platos. En este sentido, las recetas incluyen datos sobre su aporte calórico, macronutrientes (hidratos, grasas y proteínas) y cantidades de otros componentes como azúcar, sal, fibra… “Cena Planner” es otra de las herramientas online que la empresa acaba de poner al servicio de los consumidores y que propone cenas alternativas

saludables en función de lo que el usuario indica que ha comido ese día (www.nestlemenuplanner. es). Esta nueva opción se suma al ya existente “Menú Planner”, que ofrece semanalmente propuestas de platos equilibrados, diseñados para cubrir las necesidades nutricionales sin renunciar al placer de comer bien. Elena Ripollés, una experta bloguera en repostería que trabaja en la sede de Nestlé España, es quien fotografía los platos acabados que se publicarán en las diferentes plataformas digitales. Una vez que las recetas se han compartido a través de la web, la app de cocina y los perfiles sociales de las marcas, los community managers de las mismas interactúan nuevamente con los usuarios para conocer su opinión, gustos y preferencias. 

Mahou lanza cerveza con limón M ahou ha lanzado Mahou Limón, una nueva cerveza que “combina equilibradamente la esencia y el sabor de la cerveza Mahou con el toque justo de limón”, según sus responsables. Se trata del tercer lanzamiento que la marca Mahou realiza este año. Mahou Limón posee una proporción del 60% de cerveza y esto le hace mantener su color original de una lager. Por ello, consigue sorprender a los paladares más cerveceros ya que conserva el sabor de la Mahou de siempre pero con un refrescante toque cítrico. Con una graduación de 3,2º, posee un aroma intenso a cítricos, limón y fondo a cereal que en boca tiene una acidez con notas dulces y un ligero amargor. Ya está disponible en canal alimentación y en hostelería y se puede encontrar en formato botella de 33 cl. retornable, lata 33 cl. y doble o caña

de barril. Pablo Sánchez, Brand Manager de Mahou San Miguel, explica en un comunicado que “Mahou Limón es el tercer lanzamiento de producto que presentamos este año, junto con Maestra y Mahou Cinco Estrellas Sin Gluten. Con Mahou Limón queremos llegar a ese público que estaba demandando una clara con un sabor muy cervecero, muy de Mahou”. La presentación de Mahou Limón se realizó en Manzana Mahou 330, el espacio de ocio y cultura situado en el Palacio de Santa Bárbara que propone una conversación entre el arte, la gastronomía y la cerveza. Durante el evento, los asistentes pudieron descubrir en primicia el nuevo

producto, maridado con diferentes propuestas gastronómicas llevadas a cabo por los chefs Javier Goya, Javier Mayor y David Alfonso, de El TriCiclo. 

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Entidades apoiam vítimas dos incêndios da Madeira e de outras regiões A Rede Multibanco, através das Caixas Automáticas, tem uma campanha a decorrer para angariação de donativos destinados a apoiar os bombeiros e as populações afetadas pelos incêndios que fustigam o país. A iniciativa está disponível nas 12.500 caixas Multibanco existentes no país. Os donativos podem ser feitos através do serviço “Ser Solidário”, que transfere as verbas diretamente para as contas das entidades que se associaram a esta campanha: a Liga dos Bombeiros Portugueses (no apoio aos bombeiros) e a Cáritas (para ajudar as vítimas dos incêndios). O serviço é “gratuito, fiável e seguro, sendo, portanto, um meio privilegiado para o apoio em campanhas extraordinárias de angariação de donativos”, assegura a SIBS. Os donativos podem ser usados para dedução fiscal, usando como comprovativo o recibo impresso no Multibanco, com o NIF inserido pelo utilizador. Entretanto, outras instituições financeiras disponibilizaram também ofertas em dinheiro para as vítimas dos in-

cêndios em Portugal. O Banco Santander Totta decidiu conceder um donativo de 500 mil euros à Região Autónoma da Madeira, como forma de apoio à regularização da vida das populações da ilha, fortemente atingidas nos últimos dias por diversos incêndios. “O contributo é imediato”, diz o banco, em comunicado. Também o BCP tinha anunciado um donativo de 10 mil euros às vitimas do incêndio que deflagrou na Madeira. Para além de donativos, o BCP, o Santander Totta e a CGD (esta com a Cáritas e Lusa) criaram contas de solidariedade para receber donativos. Por sua vez, o BPI, em associação com a SIC Esperança, abriu uma conta de solidariedade a favor das vítimas dos incêndios florestais em todo o país. O banco deu um contributo inicial de 100 mil euros para esta conta, designada SIC Esperança BPI Incêndios, disponível para aceitar os donativos de to-

dos os cidadãos, através de uma simples transferência bancária, realizável por internet ou multibanco, utilizando o seguinte IBAN: PT50 0010 0000 5352 8870 0012 0. Através desta iniciativa, o BPI expressa a sua solidariedade a todas as populações e instituições atingidas pela recente vaga de incêndios, com especial relevo para a Região Autónoma da Madeira, e manifesta a sua disponibilidade para colaborar com as autoridades públicas e privadas no sentido de minorar o sofrimento das pessoas e apoiar o esforço de recuperação do património atingido. 

Mercedes-Benz junta-se à iniciativa “Estrada Segura”

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ercedes-Benz associou-se à TSF, à Galp e à Brisa, para, numa ação conjunta, alertarem a população para os fatores de risco associados à condução em condições adversas e

às formas mais eficazes para os condutores chegarem sãos e salvos ao destino. A iniciativa tem por nome “Estrada Segura”. Todos sabemos que existem épocas em que o aumento de tráfego nas estradas se torna maior e por essa razão também os cuidados deveriam ser redobrados. No entanto, a realidade é que muitas vezes a pressa de chegar ou as saudades fazem com que nos tornemos menos cuidadosos. No âmbito da iniciativa “Estrada

Segura”, a Mercedes-Benz e a TSF vão estar junto dos condutores nos próximos dias 28 de outubro e 23 de dezembro, para os alertar para os perigos a evitar quando conduzem, e, também, presenteá-los com um pit stop gratuito, para os condutores de viaturas Mercedes-Benz saberem o estado da sua viatura e o que devem fazer em caso de haver algum sinal de alerta. Esta ação pedagógica vai estar em simultâneo, das 17h30 às 21h30 nas seguintes estações de serviço da Galp, sentido Norte–Sul: Santo Tirso, Águas Santas, Pombal, Aveiras, Seixal e Alcácer do Sal. 

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Fundação Mapfre investe 910 mil euros em formação e investigação A

Fundação Mapfre abriu candidaturas a três programas distintos de apoio à formação e à investigação, destinados aos estudantes universitários portugueses. Bolsas para pós-graduação em seguros, apoio a projetos de investigação e uma bolsa destinada a financiar um trabalho científico na área de cuidados a pessoas idosas. São estes os programas que a Fundação Mapfre tem, neste momento, a decorrer, no âmbito dos seus projetos de formação e investigação, que ascendem a um investimento total superior a 900 mil euros. Até 23 de setembro, os estudantes universitários portugueses que pretendam investir na sua formação na área dos

seguros, podem candidatar-se a bolsas de estudo que a Fundação Mapfre preparou em regime de pós-graduação, e que irão decorrer em universidades e instituições espanholas no próximo ano letivo. Estas bolsas contam com o valor máximo de seis mil euros cada uma para programas de um ano académico completo. Esta iniciativa, de âmbito mundial, representa 150 mil euros de investimento, sendo a seleção dos candidatos desenvolvida em regime de meritocracia e ainda de acordo com a carência social do aluno, nomeadamente, situação de desemprego. A Fundação Mapfre dá também con-

tinuidade ao objetivo de promover a investigação, investindo, mais uma vez, num programa de financiamento de projetos inovadores, no montante global de 760 mil euros. Esta iniciativa pretende premiar 26 projetos de investigadores ou equipas de investigação do âmbito académico e profissional, que desejem desenvolver programas de investigação independentes, ou junto de universidades, hospitais, empresas ou centros de investigação. Nas áreas da prevenção e segurança rodoviárias, promoção da saúde e seguro e previdência, a fundação criou ainda o programa de apoio à investigação Ignacio Hernando de Larramendi. 

Aki adere a projeto “Junior Achievement” e prepara crianças para o futuro O Aki cooperou, pelo segundo ano consecutivo, com a Junior Achievement Portugal. Esta organização sem fins lucrativos, proporciona experiências transformadoras – através de programas para alunos desde o ensino básico ao universitário – e que desenvolvem competências ao nível da resolução de problemas, criatividade, espírito de iniciativa, trabalho em equipa, organização, cidadania, responsabilidade pessoal, aptidão digital e visão de como funcionam as organizações. Esta parceria integra-se no âmbito da estratégia empresarial do Aki, que disponibiliza horas de trabalho dos seus colaboradores para participarem em ações de Responsabilidade Social e Ambiental. Este ano, foram 108 os colaboradores que se inscreveram nesta iniciativa. Os voluntários vão colaborar em várias escolas de todo o país nos programas “A Família” e “A Comunidade”, destinados a turmas do 1º e 2º ano de esco-

laridade. Para Pedro Morais Barbosa, responsável de Comunicação Institucional da empresa, “esta parceria é muito importante para o AKI e acreditamos que a Junior Achievement tem um papel fundamental na nossa sociedade e no futuro destas crianças. Além disso, estamos muito orgulhosos da nossa equipa. O espírito de serviço e de proximidade faz realmente parte do nosso ADN e isso reflete-se na quantidade de colaboradores que vão participar nesta iniciativa”, adianta o mesmo responsável do Aki. Por seu lado, Erica Nascimento, CEO da Junior Achievement Portugal, salientou que “os mais pequenos acreditam que podem ser o que quiserem quando crescerem e os voluntários do AKI, com os nossos programas dãolhes razão, formando-os com as ferramentas necessárias para fazerem a

diferença num futuro próximo. A aproximação das organizações ao mundo académico, a ponte entre a teoria e a prática, está na base da atuação da JA, através do voluntariado de competências de parceiros como o AKI, que com a sua disponibilidade complementam o papel dos nossos professores e do currículo escolar tradicional.“ Em 2015, participaram nesta iniciativa 70 colaboradores que estiveram presentes em cerca de 50 turmas, atingindo 1100 alunos e realizando aproximadamente de 440 horas de voluntariado. 

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Grupo Bernardo da Costa e Habitat for Humanity realizam parceria solidária

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grupo Bernardo da Costa juntou-se à Habitat for Humanity e ajudou na construção de uma casa para uma família carenciada, durante o passado mês. No dia 25 de junho, uma equipa do grupo Bernardo da Costa “entrou em campo para continuar o trabalho de voluntariado em prol de oferecer mais do que uma casa, um lar”. A casa fica na Avenida Central, nº 94, Marrancos, no concelho de Vila Verde,

e contou com o trabalho desenvolvido pela equipa do grupo Bernardo da Costa para fazer a estrutura do alpendre, colocação do chão exterior, fazer uma estrutura interior (calhas para gesso cartonado) e ajuda em trabalhos de eletricidade, sendo uma das especialidades dos colaboradores desta empresa. “No grupo Bernardo da Costa não é a primeira vez que fazemos voluntariado. Gostamos de nos associar a causas e gostamos de ajudar quem mais precisa. Além do contributo de materiais que as várias empresas do grupo entregam, todos os cola-

boradores fazem questão de participar em causas tão importantes como a agora desenvolvida. Com esforço e sacrifício, uma coisa sabemos: ajudar faz-nos bem e ficamos mais felizes”, afirmou Susana Barros, diretora de Marketing do grupo Bernardo da Costa. “Ajudar é, sem dúvida, uma experiência positiva em todos os aspetos!”, concluiu a responsável. O grupo Bernardo da Costa está presente no mercado desde 1957, tendo iniciado a sua atividade focada no core business de serviços de instalações elétricas de apoio à construção civil. O grupo conta no total com dez empresas, que se dedicam a algumas outras áreas de atividade, como a dos equipamentos de segurança eletrónica, a nível de sistemas para as áreas do controlo de acessos, CCTV, domótica, entre outras. 

Fundação Vodafone lança programa “Instant Schools For Africa” O grupo Vodafone e a sua Fundação anunciaram o lançamento de um dos maiores programas de responsabilidade social em 25 anos da história da fundação. A iniciativa “Instant Schools For Africa” terá início no outono e pretende proporcionar acesso gratuito a materiais didáticos digitais a milhões de jovens na República Democrática do Congo, Gana, Quénia, Lesoto, Moçambique e Tanzânia. Esta iniciativa foi desenvolvida em conjunto com a Learning Equality, uma instituição sem fins lucrativos líder em soluções tecnológicas educativas de fonte aberta, e com outros parceiros educativos, ministérios da educação e especialistas locais em educação de cada um dos países. Os recursos didáticos fornecidos abran-

gem disciplinas como matemática e ciências e irão proporcionar a milhões de crianças e jovens o acesso a conteúdos – desde a escola primária até ao ensino secundário – comparáveis em qualidade e abrangência aos recursos disponíveis em escolas de países ditos desenvolvidos. Criados à medida dos padrões locais, estes materiais incluem também conteúdos concebidos para crianças que não beneficiam de um sistema de ensino tradicional: segundo um estudo da UNESCO, em 2013, 59 milhões de crianças com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos não frequentavam a escola, sendo que 30 milhões dessas crianças viviam na África subsariana. Os materiais didáticos tradicionais, tais como cadernos, livros de apoio, exames de anos anteriores, fichas de avaliação e

recursos de sala de aula não são financeiramente comportáveis para a maior parte das escolas africanas. Já os materiais didáticos digitais disponíveis através de redes móveis – tablets básicos para os alunos e computador e projetor para os professores –, são uma alternativa mais vantajosa e podem ser atualizados regularmente para garantir que os alunos recebem a informação e os conhecimentos mais recentes na escola e em casa. O acesso aos recursos didáticos da iniciativa “Instant Schools for Africa” será totalmente gratuito para os utilizadores da rede Vodafone. Haverá uma colaboração com outras grandes operadoras móveis dos países envolvidos para procurar incentivar outros fornecedores a adotarem uma abordagem não comercial semelhante. 

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"Estrelas" do norte

Os projetos e setores que poderão acelerar a região Aproximámos a lupa da região norte do país para conhecer alguns dos caminhos que está a seguir para crescer de forma sustentada. Fizemos zoom sobre as infraestruturas geridas pela APDL, sobre centros de investigação e inovação, que laboram em áreas como a cortiça, a indústria automóvel ou a indústria aeronáutica, para saber que “estrelas” irão guiar o cada vez mais turístico e internacional norte de Portugal. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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gosto estava ainda a começar quando a CNN publicava que o Douro, o rio que atravessa a região norte, ligando Espanha ao Atlântico, é provavelmente a mais espantosa região de vinhos do mundo. A cadeia de televisão de notícias norte-americana elencou 20 argumentos a favor da região, convidando o mundo a descobrir o Douro: a beleza natural do rio, das vinhas e dos olivais, para conhecer de cruzeiro, de comboio, ou através da estrada Nacional 222, entre a Régua e o Pinhão (considerada a melhor estrada do mundo, de acordo com uma fórmula científica, já que apresenta 11 segundos de reta para cada segundo gasto a curvar – a estrada ideal tem uma relação 10:1); “a perfeição do Vinho do Porto” e a crescente qualidade dos vinhos de mesa; a gastronomia, com as “tripas à Moda do Porto” e a “maior sanduíche do mundo”, a “francesinha”, à cabeça, seguidas da lampreia, das papas de sarrabulho, do cabrito, do polvo frito, do bolo de bacalhau e da alheira; o património histórico e arquitetónico protagonizado pelas gravuras rupestres de Foz Côa, o “grafite mais antigo do mundo”, pelos palácios, quintas e solares, pelas igrejas, castelos e pontes do período Românico (séc. XII), ou pelo ancestral mirandês; também as propostas de cultura e lazer que o Porto oferece estão entre as razões que conquistaram a redação da CNN. O turismo é, sem sombra de dúvida, uma das “estrelas” que estão a conduzir o norte ao crescimento, já que os argumentos da CNN e outros atrativos da região norte estão a conquistar cada vez mais pessoas, de Portugal e do resto do mundo. Em 2015, Portugal recebeu mais de 17 milhões de turistas e espera-se que esse número seja ultrapassado este ano. A região norte, outrora com tímidos números respeitantes ao turismo, está agora a contribuir significativamente para este crescimento: nos primeiros cinco meses deste ano, a considerada época baixa, foi mesmo a região que mais cresceu em Portugal, em termos de proveitos totais, alcançando os 117,5 milhões de euros

(+ 20%). O Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) registou neste período mais de um milhão de dormidas do que nos primeiros cinco meses de 2015, o que traduz um crescimento de 15,5%, o triplo do crescimento registado em Lisboa. A subida de aposento foi de 18,6%, com o rendimento médio por quarto a aumentar para os 39,5 euros. A taxa média anual de ocupação é de 80%, prova de que os portugueses e os turistas estrangeiros perceberam que o Porto e o norte de Portugal proporcionam experiências diferenciadoras. Estes valores transmitem confiança aos investidores, estando previstas novas unidades de quatro e cinco estrelas, a inaugurar em 2017.

Em maio, o Norte 2020 tinha aprovado apoios no valor de 397,8 milhões de euros de fundos comunitários, destinados a financiar investimentos no valor de 710 milhões de euros Também os comerciantes beneficiam com este dinamismo do setor. Em declarações à agência Lusa, Nuno Camilo, presidente da Associação de Comerciantes (ACP), dizia que o turismo “hoje é um balão de oxigénio que não só cria muitos postos de trabalho e janelas de oportunidade para pequenos negócios, que estão a crescer de forma considerável, como conseguiu alimentar o tecido empresarial que estava a definhar de dia para dia, porque não havia estímulos nem nada que incrementasse a economia”. Exemplo disso é a subida das vendas no comércio e serviços do Porto: cresceu “entre 15 a 20%” até junho, face a 2015. “A atividade empresarial da

Os números da região • Quase 35% da população re-

sidente em Portugal mora na região norte: cerca de 3,6 milhões de habitantes, distribuídos por 86 municípios e 1.426 freguesias. • A região é responsável por 39% das exportações nacionais e representa cerca de 29% do produto interno bruto (PIB) da economia nacional.

cidade está a crescer via turismo, que está a arrastar consumo para o comércio”, observou Nuno Camilo. Consciente do poder catalisador do setor, que está a registar os melhores resultados de sempre, Melchior Moreira, presidente da TPNP, prometeu em 2011 abrir na “Invicta” a melhor loja de turismo da Europa. Chama-se Porto Welcome Center e ocupa 450 metros quadrados, com abertura para a Praça Almeida Garrett (em frente à estação ferroviária de São Bento) e para a renovada Praça das Cardozas. O espaço está já a funcionar em regime de teste, de modo a que tudo possa ser afinado até ao dia 27 deste mês, data da abertura oficial, que coincide com o Dia Mundial do Turismo. O Porto Welcome Center integra a rede de 65 lojas interativas de turismo promovidas pela TPNP, custou cerca de 2,1 milhões de euros e aposta na tecnologia e na inovação para promover a região norte de Portugal: além de promotores humanos, o turista pode contar com uma promotora virtual, pode fazer visitas virtuais, consultar mapas, ver vídeos sobre a região e sobre os seus 86 municípios, dispõe de aplicações para smartphone, pode comprar produtos regionais e experimentar a gastronomia portuguesa no bar gastronómico, com esplanada, que conta com carta do chefe Marco Gomes. No dia de apresentação à imprensa, Melchior Moreira salientou que o objetivo é tornar o espaço autossustentável, setembro de 2016

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Amorim Cork Ventures descobre novos usos para a cortiça O uso de cortiça no calçado tem vindo a crescer. A marca Asportuguesas nasceu para dar um novo protagonismo a esta matéria-prima ao criar chinelos de verão, com sola de cortiça. O produto foi lançado no passado mês de abril, depois de mais de um ano de investigação no seio da Amorim Cork Ventures (ACV). A start-up Ecochic, detentora de Asportuguesas, é a primeira a sair da Amorim Cork Ventures, constituída em 2014 pela Corticeira Amorim. Somando 150 anos de experiência em cortiça, a Amorim lidera o setor a nível mundial e tem vindo a alargar o espetro de aplicação da cortiça, matéria-prima que dá continuamente provas da sua versatilidade. A ACV nasce precisamente para “apoiar projetos com cortiça, inovadores e que se apresentem como competitivos no mercado global”, afirma Paulo Bessa, diretor-geral da incubadora. “Sendo a inovação um dos pilares estratégicos da atividade da Corticeira Amorim, considerou-se que este seria um passo natural na evolução do grupo que, como líder mundial, tem uma posição privilegiada para apoiar empreendedores que se queiram juntar à empresa na sua missão de acrescentar valor à cortiça”, sublinha, notando que “em nenhum momento, a cortiça usufruiu da notoriedade e conhecimento que usufrui nos dias de hoje”. Assim, a Corticeira Amorim achou “estarem reunidas as condições para se avançar com a criação da Amorim Cork Ventures, que visa investir no lançamento de novas startups/ empreendedores, bem como em pequenas empresas já existentes, com novos produtos e conceitos em cortiça, mas que necessitem de um parceiro para ganhar dimensão e para aceder aos mercados externos”. A Amorim Cork Ventures já apoiou a constituição de quatro start-ups, na área de têxteis de decoração, na área

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de saúde e bemestar e na área de moda, bem como a incubação de mais de 10 projetos, indica Paulo Bessa. O gestor revela que “aquando da constituição da ACV foi alocado um milhão de euros para a sua atividade” e que “uma parte significativa deste valor não foi ainda investida”. O diretor da AVC, detida a 100% pela Corticeira Amorim, salienta que “dada a solidez financeira do grupo”, estarão sempre “numa situação privilegiada para apoiar bons projetos e start-ups, independentemente do valor já investido”. Paulo Bessa destaca o projeto que “se encontra num estado mais maduro de evolução e comercialização, a start-up Ecochic, detentora da marca de flipflops de cortiça Asportuguesas, recentemente lançada com grande sucesso no mercado”. O referido projeto “cumpre todos os requisitos considerados chave para a ACV: produto inovador, em que a cortiça aparece como elemento diferenciador, com grande potencial de penetração nos mercados internacionais, sendo um projeto liderado por um empreendedor, no qual depositamos grande confiança”. A empresa Ecochic, do empreendedor Pedro Abrantes, considerou que a Amorim Cork Ventures seria o parceiro ideal para o desenvolvimento do produto que idealizara: “A oportunidade de trabalhar com a Corticeira Amorim e de beneficiar de todo o seu know-how, quer em termos de conhecimento do material, quer em termos de força de

distribuição, foi decisiva para o desenvolvimento, com sucesso, de Asportuguesas, que apresentam inúmeros benefícios face às soluções atualmente existentes no mercado.” Tendo a cortiça como principal matéria-prima, estes flip-flops, já à venda no website da marca (Asportuguesas. shoes), apresentam “um design de sola inovador, que confere maior conforto ao caminhar, uma tira mais ergonómica e confortável, uma maior resistência na ligação tira e sola, assim como uma maior aderência em pisos molhados”. A marca quer assumir-se como amiga do ego e do ambiente: “Cuidamos do status e do mundo ao mesmo tempo. Porque agora é possível elevar a autoestima e a sustentabilidade.” Paulo Bessa faz “um balanço muito positivo” da atividade da ACV: “Temos mais de 200 candidaturas de diversas áreas de negócio – o que comprova o potencial e a grande versatilidade do material – 20 projetos apoiados (quatro dos quais resultaram em novas empresas/ start-ups), que se encontram em diferentes fases de evolução de negócio. E, mesmo sem


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qualquer esforço de comunicação fora de Portugal, a ACV recebeu já candidaturas de 13 países diferentes – o que prova que, um pouco por todo o mundo, existem criativos/ empreendedores a desenvolver projetos e soluções com cortiça.” A empresa não pretende apoiar a inovação apenas em Portugal, pelo que avançou este ano com o programa de internacionalização em Barcelona, para apoiar projetos locais. Paulo Bessa assume que “as expetativas são ambiciosas, mas dado o perfil de negócios da Corticeira Amorim – líder mundial de uma atividade eminentemente internacional – não podia ser de outra forma”. O gestor realça que as 14 start-ups que irão selecionar já no primeiro programa de aceleração que acontece fora de Portugal “são uma prova clara dessa ambição”. Barcelona foi a cidade escolhida para internacionalizar a ACV devido à “proximidade da matéria-prima (zona de produção de cortiça) e respetivo conhecimento do material”, bem como ao “ambiente propício a empreendedores e start-ups” e ao facto de estar próxima de outros países, que também serão alvo deste programa (França e Itália), também eles conhecedores da matéria-prima cortiça”. Paulo Bessa não tem dúvidas de que o impacto do setor da cortiça vai muito para além da região norte do país: “Sendo Portugal o seu principal produtor (50%) e transformador (70%), a produção de cortiça é feita em sete países da Bacia Ocidental do Mediterrâneo e os seus benefícios são claramente extensivos a estas áreas. Falar de cortiça é falar de uma matéria-prima que viabiliza uma floresta, que por sua vez presta inúmeros serviços ambientais, é falar de uma atividade económica rentável e que, em cima disto, protege as pessoas. Em suma, 'people, planet and profit'”. Acresce que se recuarmos a 2009, constatamos que “as exportações de cortiça, em seis anos, valorizaram mais de 200 milhões de euros, sendo convicção da empresa e do setor que há ainda um bom caminho por conquistar”, argumenta Paulo Bessa. O diretor da ACV sublinha que o setor tem como principais desafios: “continuar a conquistar quota de mercado aos vedantes alternativos, tirando partido da preferência do consumidor pela rolha de cortiça e do seu cariz que, como nenhuma outra opção, conjuga fator premium, qualidade e credenciais de sustentabilidade; aumentar o crescimento da utilização de pavimentos e outras soluções técnicas de cortiça na área de construção, já que a cortiça cumpre os requisitos da construção sustentável na medida em que se trata de um produto natural, com um desempenho técnico altamente eficaz ao longo do seu ciclo de vida; e, por último, encontrar novas abordagens à cortiça ou conjugá-la com outros materiais, sendo precisamente neste âmbito que surge a Amorim Cork Ventures, a primeira incubadora e capital de risco dedicada exclusivamente a negócios com cortiça”.

como sucede com a loja no aeroporto Francisco Sá Carneiro. A abrir outras janelas de oportunidades estão também os 3,3 mil milhões de euros em fundos europeus destinados à região. O novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Fernando Freire de Sousa, empossado no passado mês de julho, assumiu que gerir de forma eficaz esta verba é a sua prioridade. Em maio, o Programa Operacional Regional do Norte 2014-2020 (Norte 2020) já tinha aprovado apoios no valor de 397,8 milhões de euros de fundos comunitários, destinados a financiar investimentos no valor de 710 milhões de euros. Nesta altura, haviam sido pagos 31,1 milhões de euros aos beneficiários. A maioria dos projetos visados situam-se na Área Metropolitana do Porto: 932 em 1.650. A internacionalização, a inovação e a investigação são os objetivos mais privilegiados pelos apoios. A Actualidad€ tentou obter mais informação junto da CCDR-N, que admitiu não conseguir responder até ao fecho desta edição às perguntas enviadas. Por outro lado, sabe-se, desde já, que uma das áreas a beneficiar pelos fundos europeus é a dos transportes e logística, destaca a APDL (ver caixa nas págs. 44/45). Também relevante para o crescimento da região norte do país é a forma como se canalizam os investimentos para a inovação e investigação. Organismos como o CEIIA, que aceitou explicar alguns dos seus projetos (ver caixa na pág. seg.), e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia –INL, sedeado em Braga, ou o CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal, com sede em Vila Nova de Famalicão (que não responderam, em tempo útil, às perguntas da revista Actualidad€) constituem bons exemplos a esse nível, colocando o norte ao leme do que melhor se faz no mundo em áreas tão competitivas como a mobilidade, a nanotecnologia e o têxtil. Com um impacto à escala global é de destacar os avanços feitos pelo setor corticeiro, área em que Portugal dá cartas. Em Santa Maria da Feira (Mozelos), está a sede do maior grupo de cortiça do mundo, a Amorim, que criou, em 2014, uma nova empresa, a Amorim Cork Ventures, com o objetivo de fomentar a inovação em torno desta matéria-prima (caixa ao lado). Estes são apenas alguns exemplos dos muitos que se podem destacar como as “estrelas” que poderão orientar o norte na desejável rota de crescimento, com potencial impacto na economia de todo o país.  setembro de 2016

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CEIIA: engenharia portuguesa inova na mobilidade

Em julho, foi oficialmente apresentado o avião de transporte militar KC390, um dos mais recentes motivos de orgulho do CEIIA, que participou no desenvolvimento desta aeronave da construtora brasileira Embraer, anunciada como substituta dos C-130. Mas motivos de orgulho não faltam ao CEIIA, revelando-se como um dos mais relevantes pólos de inovação no norte do país. O organismo emprega cerca de 200 engenheiros, em áreas como a aeronáutica e as tecnologias de informação. Criado em 1999 como Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel, o CEIIA tem vindo a alargar a sua esfera de ação a outras áreas da mobilidade, nomeadamente a aeronáutica, como assinala o organismo, questionado pela Actualidad€: “Não podemos deixar de fazer um balanço positivo da nossa atividade. O CEIIA é hoje um centro de engenharia e desenvolvimento de produto, que participa no desenvolvimento de estruturas e sistemas complexos nos setores automóvel e aeronáutica, e desenvolve produtos e serviços nas indústrias da mobilidade. Existem re-

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sultados concretos nas várias áreas de trabalho que comprovam a importância do papel de um centro de engenharia e desenvolvimento de produto num país como Portugal, apesar de termos ainda muito a fazer.” O primeiro produto com a chancela do CEIIA foi o coupé desportivo Vinci GT, em 2006. O veículo não chegou a ser comercializado, mas provou a capacidade do centro no desenvolvimento do que foi o primeiro carro português. O CEIIA percebeu entretanto que poderia chegar a outras áreas da mobilidade.

Mobi.me mede emissões de CO2 da mobilidade Destaque para “o desenvolvimento de um sistema de gestão de mobilidade que é hoje uma referência internacional, sendo o primeiro no mundo que contabiliza em tempo real as emissões de CO2 da mobilidade, o mobi.me”. O sistema foi referenciado pela ONU na COP 20, em Lima, e na COP21, em Paris, e recebeu a distinção por ser “uma das best cloud services da Europa”. O sucesso mede-se também através da internacionalização para o Brasil e

para várias cidades da Europa, conta fonte do CEIIA: “O sistema mobi.me suporta hoje a gestão e a operação da mobilidade partilhada em Barcelona. Em Londres, Milão e Lisboa é a plataforma usada para a gestão da mobilidade no âmbito do projeto Sharing Cities. Este sistema permitiu ainda começar a pensar uma nova geração de produtos de mobilidade de duas e quatro rodas, com funções avançadas de gestão de energia, autonomia e conectividade, que estamos hoje a desenvolver e testar em algumas cidades nacionais, em parceria com as universidades e a indústria nacional.” Outros excelentes cartões de visita são “a participação no desenvolvimento do maior avião da Embraer e a participação, nos últimos sete anos, no desenvolvimento e customização de vários helicópteros do fabricante anglo-italiano Agusta Westland (agora Leonardo), bem como no desenvolvimento de aeronaves da Dassualt, em França, e da Marenco, na Suíça”, aponta a direção do CEIIA, sublinhando que “todas estas experiências permitiram criar uma equipa de engenharia de referência internacional com capacidade coletiva para atrair para Portugal qualquer programa de desenvolvimento aeronáutico e automóvel do mundo, e envolver, a partir daqui, a nossa indústria e as nossas universidades em programas de desenvolvimento internacionais”. A aeronáutica soma já um investimento acumulado de 49 milhões de euros, por parte do CEIIA. O organismo obteve receitas no valor de 15 milhões de euros em 2015, 70% das quais devido à exportação dos seus produtos. Neste contexto, o KC-390 impõe-se como um marco da aeronáutica portuguesa “por ser o primeiro grande projeto de desenvolvimento aero-


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náutico em que Portugal participou até ao momento, e que permitiu desenvolver capacidade nacional para ir das fases preliminares de desenvolvimento até à produção e certificação de três importantes módulos daquela aeronave multiusos, correspondendo a cerca de dois terços da sua estrutura”, salienta a mesma fonte, explicando que “a estarmos presentes nas fases preliminares da definição de um produto, podemos não só estar ligados a todo o ciclo de vida da aeronave e participar no desenvolvimento das suas melhorias, modificações e alterações, como também influenciar a sua cadeia de valor com a definição dos vários fornecedores a envolver na sua construção e modificação ao longo da sua vida útil, sendo que a vida útil no setor aeronáutico é bastante longa podendo ir até aos 30 ou 40 anos”. Recorde-se que no desenvolvimento desta aeronave participaram também organismos brasileiros, argentinos e da República Checa. O contributo português engloba o CEIIA, a OGMA e várias empresas portuguesas. Para algumas foi “a primeira oportunidade para fornecer esta indústria”, e para outras “a possibilidade de evoluir na cadeia de valor aeronáutico”. Impacto elevado poderá ter também o projeto BE, que diz respeito ao desenvolvimento de um veículo interativo com funções autónomas para novos ambientes de mobilidade. “Com este projeto pretende-se criar no nosso país um modelo de industrialização de nova geração a partir de um integrador nacional que poderá evoluir para um construtor com fortes ligações à operação de sistemas de mobilidade partilhada, onde o veículo

é usado como um serviço”, explica a direção do CEIIA, acrescentando que se pretende “posicionar o país nesta nova geração de mobilidade usada como serviço e trabalhar estas novas oportunidades para novos modelos de negócio que vêm permitir uma reconfiguração da indústria convencional, possibilitando a criação de novas cadeias de valor, em alternativa aos construtores automóveis convencionais”. Inicialmente sedeado nas instalações do parque Tecmaia (Maia), o CEEIA mudou-se em meados de 2014 para um novo edifício construído de raiz, em Matosinhos, onde desenvolve

as diversas áreas em que opera. “A atividade de engenharia e desenvolvimento do CEIIA concretiza-se em rede, entre empresas e universidades, através de projetos concretos que resultam em novos produtos e serviços, pela integração das várias competências”, frisa fonte do centro, acentuando a importância das parcerias, que “têm sido fundamentais no desenvolvimento da atividade do CEIIA”. Além das parcerias com empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional e internacional, o CEIIA participa em redes internacionais de conhecimento, como a EREA, a IFAR e o eMi3, que “têm contribuído para manter em perma-

nência o acesso ao conhecimento e a novas oportunidades de desenvolvimento de projetos com atores globais da indústria e do meio académico”, nota. Enquanto centro de engenharia e desenvolvimento de produto, o CEIIA cruza várias áreas do conhecimento e da investigação e desenvolvimento, o que coloca desafios em várias frentes: “Desde os materiais, estruturas e processos de fabrico, passando pela eletrónica e os sistemas inteligentes, até às metodologias de desenvolvimento baseados em formas criativas de abordagem, usando competências de design de produto e de projeto, cálculo estrutural e prototipagem, que permitem obter produtos desenhados para serem usados como serviços orientados a uma nova geração de utilizadores.” Os fundos do Portugal 2020 poderão dar o empurrão necessário a alguns projetos, nomeadamente o BE. Este projeto de I&D resulta de “um consórcio liderado pela TMG Automotive, com o apoio do CEIIA, e envolve 11 entidades, entre empresas fornecedoras do automóvel e da aeronáutica como a Inapal Metal, Fibrauto e GMV, universidades e centros de saber como a UMINHO, IST, FEUP e Centi, e várias start-ups, como a Veniam e Follow Inspiration, entre outras”. A direção do CEIIA espera que os fundos do Portugal 2020 “sejam cada vez mais instrumentos de suporte ao desenvolvimento de projetos verdadeiramente estruturantes e inovadores para o desenvolvimento do país, em torno de um posicionamento distintivo em áreas tecnologicamente emergentes, onde o talento nacional possa verdadeiramente fazer a diferença a nível global”.

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APDL investe na logística e num Douro mais atraente para as empresas “Transformar o Douro num curso de água seguro, com boas rotas de comércio, que contribua para os objetivos europeus de transportes para 2020” é o objetivo do “Douro´s Inland Waterway”, uma das principais apostas da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), que também gere a Via Navegável do Douro (uma extensão de 208 quilómetros, entre a Foz do Douro e Barca D’Alva). O projeto implica “um investimento de 75 milhões de euros e pretende melhorar e promover a Via Navegável do Douro, reforçando a segurança, otimizando o sistema de comunicações e criando novas formas de mais empresas utilizarem o rio como meio de transporte”, afirma a APDL, acrescentando que “em cinco anos, pretende alcançar uma completa e segura navegabilidade fluvial, de acordo com as normas e objetivos europeus, que permita às empresas de transporte de mercadorias, para além das turísticas, incrementar a sua operação no rio, 24 sob 24 horas, retirando total vantagem desta modalidade de transporte”. A primeira fase do projeto arrancou em março de 2015 e terminará em janeiro de 2017 e diz respeito a “estudos e investimentos na atualização do Plano de Emergência para o Douro, bem como ao desenvolvimento de sistemas de informação (River Information Services) com vista a potenciar a comunicação assente numa metodologia inovadora, que rege e orienta o projeto de forma transversal”. A fase seguinte, “a de concretização do projeto, contemplará o aprofundamento e alargamento do canal, a modernização da via e das eclusas, trabalho que será desenvolvido em parceria com a EDP num investimento que ascenderá, aproximadamente, a 70 milhões de euros”, informa a APDL.

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A obra “recebeu recentemente, no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa, o financiamento de 2,3 milhões de euros por parte da Comissão Europeia” e estão em curso candidaturas a fundos comunitários: “A DIW 2020 – Safer and Sustainable Accessibility, centra-se na melhoria das condições de segurança no estuário do rio Douro tendo um orçamento previsto de 10 milhões de euros e o DIW 2020 – River Information Service irá implementar o RIS recentemente desenvolvido para a navegação interior, ou seja, o hardware e software necessários para um sistema de comunicações em pleno funcionamento nos 208 km do canal de navegação. Este sistema foi desenvolvido em total alinhamento com os requisitos da Diretiva 2005/44/ CE. Conta com um orçamento de 2,4 milhões de euros estando prevista a sua conclusão em abril de 2018.” A APDL frisa que o Douro é uma “ponte entre o país e a Europa, pelo que a expetativa no sucesso deste projeto é bastante grande”. A direção do organismo sublinha que “apesar da atividade turística predominar sobre todas as outras, a verdade é que o potencial da Via Navegável do Douro para o transporte de mercadorias é enorme. Vejase a ligação com o Porto de Leixões que, segundo o ‘Atlantic Core Nework Corridor Study’, não está explorada no seu potencial máximo, devido a estrangulamentos de navegação existentes ao longo do rio”. O projeto será desenvolvido pela APDL, contando com o apoio do Instituto Hidrográfico e da EDP, “que detém a propriedade sobre as eclusas do rio, um instrumento essencial para navegação do Douro”. Estão ainda envolvidos os operadores da Via Navegável, a CCDR-N, os municípios ribeirinhos, o Turismo do Porto e Norte, a Capitania do Porto do Douro, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto

Douro (UTAD), a Fundação Casa da Música, os museus do Côa e Douro, a REFER Telecom, o MTI Ferro de Moncorvo, entre outras entidades. Igualmente ambicioso e nevrálgico para a região é a Plataforma Logística Multimodal do Porto de Leixões, que inclui dois pólos, com uma área total de 70 hectares, a curta distância dos terminais portuários, com ligação rodoviária ao Porto de Leixões, e um terminal ferroviário conectado à rede ferroviária nacional. “Os acessos fáceis e rápidos ao Grande Porto, ao aeroporto e às principais vias rodoviárias e ferroviárias, são também vantagens relevantes para uma empresa que aqui se instale”, frisa a direção da APDL. “Com condições únicas para a atração e instalação de pólos logísticos e de distribuição, que permitirão fixar novos tráfegos, contribuirá decisivamente para o desenvolvimento do porto de Leixões e da Área Metropolitana do Porto, servindo de interface para a distribuição capilar”. O projeto “tira vantagem da atual capacidade do porto e da sua localização na fachada Atlântica para complementar a atividade portuária, ao conferir maior valor acrescentado às suas operações, alargando o hinterland do porto para Espanha e desenvolvendo as atividades logísticas já existentes na área portuária”. A plataforma inclui “armazéns modulares adaptáveis à necessidade de pequenos clientes; naves integrais para o aluguer de longa duração, concebidas à medida das necessidades dos clientes; lotes infraestruturados, aptos para a construção”. No Pólo 1 (Gonçalves), mais próximo da área portuária, “a ocupação está já a 50%, decorrendo agora a fase de construção de armazéns logísticos”, revela a APDL, acentuando que este pólo “proporciona uma localização privilegiada para atividades portuá-


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rias de segunda linha (armazenagem e des/consolidação de cargas)”. Já o Pólo 2 (Gatões/Guifões), localizado junto ao nó com a Via Regional Interior, “constitui uma plataforma excelente quer para tráfegos portuários, quer para as atividades logísticas de apoio ao consumo na Área Metropolitana do Porto”. Aqui estão já as instalações da empresa Luís Simões, ocupando dois dos catorze lotes previstos. Para aqui “está ainda prevista a instalação do futuro terminal ferroviário intermodal”. A APDL assinala que “está em curso a elaboração de Um Plano Estratégico dos Portos de Leixões, Viana do Castelo e Via Navegável do Douro que defina os eixos e objetivos estratégicos, que promovam o desenvolvimento competitivo e sustentável destas unidades”.

Balanço positivo do primeiro ano do novo terminal de cruzeiros Já concluído está um projeto que transformou visualmente e organicamente o porto de Leixões, o novo terminal de cruzeiros (imagem de abertura do artigo), inaugurado há cerca de um ano: “O balanço de primeiro ano de atividade do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões é bastante positivo. Já recebeu cerca de 80 500 passageiros e 58 navios e tem sido alvo de distinções que reforçam a notoriedade e a excelência da infraestrutura, como foi o caso do prémio internacional de arquitetura e design da "AZAwards", tendo sido selecionado entre 826 projetos de mais de 50 países. Para o próximo ano, existe já a reserva de cais para 86 escalas no terminal, o que estima a chegada de 95 mil passageiros e 40 mil tripulantes. Também em 2017, está previsto o início de atividade do restaurante e marina, pelo que o acesso do público ao terminal deixará de ser limitado. Queremos continuar a afirmar o Terminal de

Cruzeiros do Porto de Leixões como um ponto estratégico de fluxo de navios oriundos de todo o mundo.” Apesar de o Porto de Leixões ter registado, no primeiro semestre deste ano, no movimento total, uma quebra de 3%, face ao período homólogo do ano anterior, atribuída às “condições climatéricas” e à “conjuntura internacional”, em particular, “o decrescimento do movimento com Angola”, a APDL prevê “que no final do ano o balanço seja igualmente positivo”. A direção da APDL sustenta que “a localização estratégica na fachada Noroeste da Península Ibérica, coloca o Porto de Leixões numa posição privilegiada no contexto do sistema portuário europeu”. A mesma fonte salienta que “Leixões é um porto exportador por excelência, que serve praticamente todo o tipo de navios e de cargas, bem como cruzeiros”. Acresce que “dispõe de diversos serviços de linhas regulares para os principais portos europeus e mundiais e tem ligações diretas para Angola e outros países africanos”. A infraestrutura engloba “cinco quilómetros de cais, 55 hectares de terraplenos e 120 hectares de área molhada”, e está equipada “com os mais

avançados sistemas de gestão e segurança do tráfego portuário”. As principais mercadorias exportadas a partir de Leixões são “ferro e aço, produtos refinados e produtos aromáticos, papel e cartão, cubo de granito, azulejos e mosaicos, máquinas e aparelhos, bebidas e cortiça”. Vão maioritariamente para o norte da Europa, Reino Unido, França, Espanha, Argélia, Marrocos, Angola, Cabo Verde, China e Canadá. A direção da APDL conclui que “apresenta infraestruturas de apoio indispensável às empresas do norte do país, promovendo uma oferta de serviços eficientes a custos competitivos, essenciais para o escoamento de produtos acabados e abastecimento de matérias-primas e bens de consumo, tendo um papel determinante na competitividade e internacionalização das empresas portuguesas”. Além disso, “a atividade do Porto de Leixões tem contributos diretos e indiretos para o desenvolvimento da comunidade local e regional, constituindo-se como uma alavanca de desenvolvimento regional, fomentando a existência de negócios de importação e exportação de mercadorias, com grande impacto na economia nacional”.

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Cinco claves para vender

un inmueble en Portugal

S

i en el último artículo (edición de junio de 2016) veíamos las claves del lado comprador, en esta ocasión nos detendremos sobre los puntos más importantes del lado vendedor. Conviene tener en cuenta que, por lo que respecta a este tipo de operaciones, hay diferencias de calado entre España y Portugal, siendo especialmente aconsejable analizar con carácter previo sus implicaciones fiscales.

Por Antonio Viñal Menéndez-Ponte*

Foto Sandra Marina Guerreiro

caso de personas físicas residentes en la UE en el espacio de 3 años. Portugal? Al precio de la venta se le restan el de compra (ajustado con los 3.-¿Quién se hace cargo de los gascoeficientes de depreciación, el coste tos del notario? de las mejoras realizadas en el inmueLos gastos del notario, así como los ble durante los últimos 12 años, los del Registro de la Propiedad, son por honorarios del agente de la propiedad cuenta del comprador. inmobiliaria y otros gastos, como el IMT, los honorarios del notario...) 4.-Si tengo una hipoteca sobre el inmueble, ¿qué trámites necesito hacer con mi banco? Si el inmueble se compró recurriendo al crédito hipotecario, el banco que lo concedió debe emitir un docu1.-¿Qué documentos necesito prepamento llamado “distrate” que certifirar? ca la renuncia a la hipoteca y permite El vendedor deberá tener a mano su cancelación en el Registro de la cuatro documentos básicos: Propiedad. a) El certificado del Registro de la Propiedad; 5.-¿En qué consiste la manifesta b) La “caderneta predial”, emitida por ción del derecho legal de preferenlas Finanças y que contiene la inforcia? mación catastral del inmueble; A la hora de vender un inmueble, c) La licencia de uso; ciertas entidades públicas gozan de d) El certificado energético. un derecho legal de preferencia, las cuales deben pronunciarse acerca 2.-¿Qué impuestos debo pagar si del ejercicio o no de tal derecho. El soy residente en Portugal? vendedor puede utilizar la página En el momento de la venta puede web “Casa Pronta” para anunciar producirse una plusvalía o una min- De la cantidad obtenida sólo se ten- la venta, debiendo incluir los datos usvalía. Nos vamos a fijar en el primer drá en cuenta el 50%. del vendedor, comprador, la identisupuesto. Aquí debemos diferenciar La plusvalía obtenida por una per- ficación del inmueble y del negocio entre vendedor persona física y ven- sona física residente en Portugal tri- a realizar. Así, las entidades que dedor persona jurídica. El primero butará de acuerdo con la tabla general pretendan ejercer el derecho de preestá sujeto a las normas del “Código del impuesto, es decir, se añadirá al ferencia pueden consultar la web y, do Imposto sobre o Rendimento das resto de rentas obtenidas en ese ejerci- en su caso, manifestar su ejercicio. Si Pessoas Singulares” (CIRS), impues- cio fiscal, aplicándose el tipo que co- éstas no se pronuncian en el plazo de to equivalente al IRPF español; el rresponda. No obstante, cuando ven- 10 días hábiles, la venta puede seguir segundo lo estará al “Código do Im- damos la vivienda propia permanente adelante.  posto sobre o Rendimento das Pes- la plusvalía estará exenta de tributasoas Colectivas” (CIRC), equivalente ción si se produce la compra de una *Partner de Antonio Viñal & Co. al Impuesto de Sociedades. nueva vivienda propia permanente en Abogados.Lisboa ¿Cómo se calcula la plusvalía en el Portugal o en cualquier otro país de E-mail: lisboa@avinalabogados.com

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A Macedo Vitorino & Associados vai lançar uma nova área de consultoria jurídica estratégica, designada MVBusiness, dirigida a empresas que pretendam concretizar novos projetos ou mudar a sua abordagem estratégica. O novo serviço foi anunciado recentemente, na altura em que a sociedade comemorava os seus 20 anos de existência. Fundada por António e João Macedo Vitorino e a que se juntaram os sócios Susana Vieira e André Dias, a Macedo Vitorino & Associados pretende, com esta nova área, dar resposta às necessidades do mercado, juntando-se a outros projetos lançados já este ano, nomeadamente o MVStart, programa que visa apoiar o nascimento e crescimento de startups, oriundas de incubadoras como a Startup Lisboa e a DNA Cascais. A sociedade de advogados pretende também investir em novas parcerias para o projeto “Why Portugal – The Case for Investing in Portugal”, que tem

Foto Augusto Cabrita

Macedo Vitorino & Associados lança área de consultoria jurídica estratégica para empresas

como objetivo mostrar às empresas internacionais e aos investidores institucionais as vantagens de investir em Portugal quando comparado com outros destinos na Europa. Os 20 anos da Macedo Vitorino & Associados foram assinalados com um encontro entre colaboradores, clientes e ex-colaboradores da firma. “A nossa dedicação aos clientes é especial e reflete-se nestes 20 anos de sucesso

conjunto. Queremos, por isso, celebrar com os nossos clientes, parceiros e amigos, o percurso que já fizemos juntos. Este será um ano de novos horizontes e contamos marcá-lo com iniciativas que apontem também para o futuro”, disse, na ocasião, João de Macedo Vitorino (na foto, à esq., tendo a seu lado os também sócios António de Macedo Vitorino, Susana Vieira e André Dias).

MLGTS publica “Lei da Concorrência Anotada” A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) anuncia a publicação do livro “Lei da Concorrência Anotada”, da autoria dos membros séniores da sua equipa de direito europeu e da concorrência. A obra, editada na “Coleção MLGTS”, é coordenada por Carlos Botelho Moniz e conta com a participação de Joaquim Vieira Peres, Eduardo Maia Cadete, Gonçalo Machado Borges, Pedro de Gouveia e Melo, Inês Gouveia e Luís do Nascimento Ferreira. Segundo Carlos Botelho Moniz, “a

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Lei da Concorrência Anotada resulta da experiência que os seus autores acumularam ao longo dos anos, na sua atividade profissional, no tratamento de inúmeros processos relativos à aplicação das normas europeias e nacionais de concorrência e da vontade de partilharem as reflexões decorrentes dessa experiência, procurando dessa forma contribuir, ainda que modestamente, para a consolidação de uma área do direito que só nas últimas décadas começou a ter a

atenção devida em Portugal”. Não tendo a pretensão de ser uma obra doutrinária completa sobre o regime jurídico da concorrência, aprovado pela Lei n.º 19/2012, de 8 de maio, a Lei da Concorrência Anotada dedica uma atenção especial à prática decisória das autoridades portuguesas, tanto da Autoridade da Concorrência, como dos tribunais, cujas decisões se têm revestido de “importância determinante na densificação do conteúdo normativo das disposições legais e no preenchimento de conceitos de conteúdo relativamente indeterminado, que só a prática decorrente da respetiva aplicação permite burilar e delimitar com progressivo rigor”, salientam os autores da nova obra.


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Universidade do Minho dá formação em Direito Judiciário A Escola de Direito da Universidade do Minho promove o mestrado em Direito Judiciário. O curso pretende conceder aos licenciados em Direito competências específicas para acesso a e/ou o exercício de profissões essencialmente forenses, para o que se considera relevante o domínio dos direitos processuais e o conhecimento da organização judiciária.

A formação assenta, essencialmente, no estudo dos diversos ramos do direito processual, com relevância ainda para o estudo da jurisdição e seus fundamentos, bem como da organização e funcionamento dos tribunais. Também será analisada a problemática da comunicação na justiça. O diretor do curso é Wladimir Correia Brito, atualmente professor catedrático do

Departamento de Ciências Jurídicas da EDUM, presidente do Observatório Lusófono de Direitos Humanos e membro da lista de Conciliadores das Nações Unidas, designada pelo Governo português. É ainda diretor da revista “Scientia Ivridica” e integra comissões científicas de revistas especializadas de Portugal, Brasil, Cabo Verde e Espanha.

PLMJ lidera mercado português como “sociedade full-service” A PLMJ voltou, uma vez mais, “a assumir a liderança do mercado, ao ser o escritório nacional com os melhores resultados registados nos rankings da Chambers and Partners Europe 2016, o mais prestigiado diretório internacional que avalia a atividade das maiores sociedades de advogados da Europa”, salienta a sociedade. “A PLMJ assume um papel dominante como sociedade full-service de caráter internacio-

nal, ao encontrar-se novamente nos lugares José Miguel Júdide topo em 20 das 21 áreas de prática ana- ce (na foto), como lisadas”, adianta a mesma fonte. “Star Individual”, e A sociedade recebe ainda destaque nas ainda a nomeação do sócio fundador Luís nomeações individuais, arrecadando 51 Sáragga Leal, como “Senior Statesmen”, à recomendações atribuídas a 39 dos seus qual se junta, este ano, Pedro Sáragga Leal, advogados. sócio da PLMJ Imobiliário e Construção, que Entre os especialistas distinguidos, destaque obteve a mesma distinção. Abel Mesquita para a consagração do sócio fundador da manteve a sua nomeação como “Eminent PLMJ e coordenador da PLMJ Arbitragem, Practitioner em Employment”.

Em trânsito: »

Antónlo Soares (na foto) é o novo managing partner da Linklaters Portugal. Sócio do escritório desde a sua fundação em Portugal, em 2002, o advogado é também o responsável do Departamento de Corporate Finance. Dedicado às áreas de mercado de capitais e de private and public M&A, em particular, o advogado tem experiência em ofertas públicas de subscrição e de venda, privatizações, fusões e aquisições e restruturação de empresas, acompanhando operações de âmbito nacional ou internacional. A sociedade de advogados integrou, entretanto, Mariana Lemos para o seu Departamento de Direito Fiscal, liderado por Rui Camacho Palma. A nova associada da Linklaters completou o estágio em advocacia e, posteriormente, trabalhou na Ernst & Young e na Deloitte, na área da consultoria fiscal de empresas, quer a nível nacional como internacional.

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A sua experiência centra-se no planeamento tributário internacional e em questões fiscais transacionais, com particular incidência nos impactos fiscais transfronteiriços. » A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados conta com quatro novos sócios: Catarina Levi Osório (na foto), que integra o escritório como sócia de indústria, e Eduardo Maia Cadete, Filipa Marques Júnior e Magda Fernandes, como sócios contratados. Catarina Levy Osório integra a sociedade desde 2010, sendo sócia contratada já desde 2015. Eduardo Maia Cadete colabora com a sociedade desde 2001, integrando a equipa de europeu e concorrência. Já Filipa Marques Júnior colabora com este escritório desde 2002, na equipa de contencioso e arbitragem, tal como Magda Fernandes, que passou a colaborar com a MLGTS em 2007. setembro de 2016

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Las 15 calles con los alquileres más caros

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as calles más exclusivas del mercado del alquiler español se reparten entre Marbella, Ibiza, Barcelona, Pozuelo de Alarcón, Madrid o Gavà. La Calle Alcalá de Marbella tiene las viviendas en alquiler más caras de España. Los propietarios de esta exclusiva zona malagueña piden una media de 38.950 euros mensuales por arrendar sus lujosos chalets, según un estudio de la empresa Idealista. La Avenida Tibidabo de Barcelona es la segunda dirección con los precios más exclusivos para arrendar un inmueble, con 18.363 euros al mes de media. Le siguen dos calles marbellís: la Calle Sierra Blanca, con 16.300 euros mensuales, y la urbanización Guadalmina Baja, con 16.267 euros mensuales. 

Mutua compra la antigua sede de Fórum Filatélico M utua Madrileña ha comprado la antigua sede madrileña de Fórum Filatélico por 30,8 millones de euros, según un comunicado publicado por la compañía. El edificio tiene unos 3.600 metros cuadrados, está situado en el barrio de Chamberí. La aseguradora explica que la adquisición se ha realizado íntegramente con recursos propios y que el inmueble será destinado al alquiler en su totalidad. Se van a realizar trabajos de reforma y acondicionamiento para dotar al edificio de “las últimas tecnologías” en materia de eficiencia, sostenibilidad, reducción de consumo energético y respeto por el medio ambiente. El mercado de alquiler de oficinas de Madrid está “en clara recuperación”, señala el texto en-

Merlín prepara su fusión con Metrovacesa M erlín cerrará en los próximos meses los últimos f lecos formales que le restan para culminar la integración de Testa, la firma patrimonialista que compró Sacyr, mientras ejecuta su acuerdo de fu-

sión con Metrovacesa, con el que constituirá la primera inmobiliaria española. Merlín culminará así el proceso de compra e integración de Testa que acordó con Sacyr en junio de 2015, mientras materializa el pacto de fusión con Metrovacesa que alcanzó en junio de este año con Santander y el resto de bancos accionistas de esta inmobiliaria. Las dos empresas pretenden cerrar antes de fin de año esta operación, que dará lugar a una compañía con activos en renta valorados en unos 10.000 millones de euros y que tendrán al Santander como primer socio. 

viado por Mutua, que destaca que las perspectivas son aún mejores en el segmento de los edificios de lujo que en el mercado en general. El inmueble pertenecía hasta ahora a un fondo inmobiliario de Credit Suisse, que lo adquirió en subasta hace 15 meses. En la operación han participado CBR E como asesor inmobiliario, Eversheds Nicea como asesor legal de Credit Suisse y Pérez-Llorca como asesor legal de Mutua Madrileña. 

El stock de casas baja de 500.000

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n el primer trimestre de este año el excedente de viviendas nuevas sin vender ni alquilar ascendía a un total de 493.112 casas, lo que significa un descenso del 28,3% sobre el nivel máximo alcanzado en 2009 (en concreto 687.953), regresar al excedente contabilizado justo antes de la crisis en 2007 y bajar por primera vez desde entonces de las 500.000 unidades, según los datos facilitados por la Confederación Española de Asociaciones de Fabricantes de Productos de Construcción (Cepco). En ese estudio destaca que ya hay cuatro provincias donde el excedente es inexistente: Cantabria, Navarra, Cáceres y Badajoz. 

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sector inmobiliario

Asiáticos compram sede da operadora NOS O edifício onde está a sede da operadora de telecomunicações NOS, no Campo Grande em Lisboa, foi vendido a um fundo de investimento asiático, cuja identidade não é conhecida. O negócio, por valor também desconhecido, foi comunicado pela Multi Portugal, empresa proprietária e gestora do espaço, conhecido como Metrópolis. Detida pelo fundo norte-americano Blackstone, a Multi Portugal tinha dado sinais ao mercado em 2014 que estaria disponível para começar a negociar a venda deste ativo imobiliário na capital portuguesa por um valor a partir dos 100 milhões de euros, mas não é pú-

Governo português lançou o programa “Valorização do Património”, projeto que visa concessionar a privados 30 imóveis históricos que se encontrem degradados, para que sejam recuperados e desenvolvidos projetos diferenciadores. O programa está a ser desenvolvido pelos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças. “Esperamos investimentos nestes primeiros 30 edifícios de cerca de 150 milhões de euros. Estes edifícios, ao serem colocados ao serviço da comunidade, vão poder criar também emprego”, sublinhou o ministro da Economia, Manuel Cal-

Sintra vende imóveis em hasta pública

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blico por quanto terá terminado a transação. “A NOS é o principal inquilino do edifício e nele manterá a sua sede que conta com uma área de 15 mil metros quadrados”, garantiu a Multi Portugal em comunicado. A operadora de telecomunicações está a operar naquele complexo de escritórios com uma área de 15.000 metros quadrados, localizado junto ao Estádio do Sporting, desde 2012. 

Governo quer investir 150 milhões em edifícios públicos degradados O

setor imobiliário

Câmara Municipal de Sintra prossegue com a política de alienação de imóveis da autarquia. Desta vez, está agendada para o próximo dia 20 de setembro, a venda em hasta pública de um lote de 10 imóveis de vários tipos. Desde comércio à habitação, bem como garagens, os ativos estão todos situados no concelho de Sintra, em várias localidades. As ofertas podem ser feitas até à véspera da hasta pública, dia 19 de setembro, às 17 horas. A cerimónia de adjudicação vai decorrer no Palácio Valenças, em Sintra, no dia seguinte, às 10 horas. O imóvel de menor valor base de licitação é uma garagem na Tapada das Mercês, por 11.500 euros, com 18,2 metros quadrados e em bom estado de conservação.

Preços no Algarve recuperam 5%

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deira Cabral. O Convento de São Paulo em Elvas, propriedade do Ministério da Defesa e cedido ao município, é o primeiro espaço que vai ser lançado a concurso, estando previsto para o local a criação de uma unidade hoteleira.

s preços de venda das casas nos concelhos de Albufeira, Loulé e Portimão, que são os três principais mercados residenciais do Algarve em termos de volume de vendas, subiram mais de 5% entre 2014 e 2015, revela a Confidencial Imobiliário. De acordo com esta entidade, que produz estatísticas para o mercado imobiliário residencial em Portugal, no 4º trimestre de 2015, os preços da habitação recuperavam, em termos homólogos, 8,3% em Albufeira, 5,5% em Loulé e 5% em Portimão, confirmando a tendência que se sente na região algarvia. A generalidade dos concelhos do Algarve apresentou uma subida homóloga dos preços habitacionais até 5%, verificando-se mesmo um número considerável de concelhos onde a recuperação se situou entre cinco e 10%. 

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Imobiliário comercial português movimenta 885 milhões de euros no primeiro semestre E ntre janeiro e junho de 2016, foram investidos 885 milhões de euros na aquisição de imóveis de uso comercial em Portugal. Este volume de investimento foi aplicado em 21 transações, as quais envolveram imobiliário de retalho, de escritórios, de logística/ industrial e ainda hotéis, revela a JLL, no seu mais recente estudo “Market Pulse”, onde a consultora analisa a performance dos mercados ocupacionais e de investimento imobiliário relativo ao segundo trimestre de 2016. Os imóveis para uso de retalho foram os mais transacionados no semestre, concentrando 45% do total investido, e também os ativos de escritórios mereceram a atenção dos investidores, ao serem responsáveis por 39% do volume semestral de investimento. No

seu relatório trimestral, a JLL dá ainda nota de que a classe “outros usos” (onde a hotelaria é dominante) teve um peso de 11%, sendo que o setor industrial concentrou apenas 4% do volume transacionado no semestre. De acordo com Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal, “o investimento em imobiliário comercial mantém-se bastante elevado, voltando a superar, em apenas um semestre, o total anual registado entre 2008 e 2014. As perspetivas são para que, no restante do ano, os volumes transacionados continuem em níveis bastante elevados, apesar de uma conjuntura europeia mais marcada pela incerteza. No caso do Brexit, que já afetou o mercado de investimento do Reino Unido, não se verifica, até agora, impacto em Portugal

e, mesmo a médio-prazo, qualquer reflexo deverá ser pouco expressivo. Por isso, acreditamos que os investidores vão continuar a considerar o nosso mercado nas suas estratégias, aproveitando muitas das boas oportunidades existentes com boas rentabilidades, voltando a colocar 2016 como ano recorde de investimento imobiliário”, conclui. Ainda no âmbito do mercado de investimento, a JLL apurou que mais de 95% do volume investido é de origem internacional, revelando também que as yields se mantiveram inalteradas em todos os segmentos no segundo trimestre face ao trimestre anterior. Ainda assim, em termos homólogos, continuam a descer de forma transversal a todos os segmentos. 

Lisboa em 46º lugar dos mercados de retail mais atrativos do mundo A s cidades na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) dominam metade dos 10 principais mercados globais ocupados por retalhistas internacionais. Londres continua na primeira posição do ranking, de acordo com a nona edição do estudo “How Global is the Business of

Retail?”, da CBRE. O estudo de 2016 mostra que 57,9% dos retalhistas internacionais têm presença em Londres. O Dubai surge na segunda posição, com 57%, seguido de Xangai (54,4%), Nova Iorque (46,6%) e Singapura e Moscovo, juntas em 5º lugar (46%). Portugal está em 30º lugar entre os 61 países contemplados neste estudo, registando 34,1% dos retalhistas internacionais presentes no país em 2016. Lisboa surge no 46º lugar do ranking , de entre um conjunto de 190 cidades globais, com 33,3%, e a cidade do Porto, é a 93ª

colocada, com 24,3%. Para Carlos Récio, diretor da agência de Retail da CBRE, “este estudo vem mostrar uma tendência ascendente nos rankings de Portugal e principais cidades do país, o que está em linha com a dinâmica a que vimos assistindo no comércio de rua nestas duas localizações. Em 2016, estamos a assistir à entrada de um conjunto de retalhistas de diferentes setores de atividade no nosso mercado, o que certamente terá reflexos em futuros rankings que venham a ser elaborados. Parte desta dinâmica está associada ao crescimento do número de turistas que nos visita, o que a par com o momento particularmente ativo do setor da reabilitação urbana, tem permitido disponibilizar no mercado novo stock de espaços comerciais.” 

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Casa do Vale propõe uma “fusão de sabores” A

história da Casa do Vale começa na Quinta dos Canais, uma centenária propriedade com cinco hectares localizada no lugar de Balde, em Baião. Dona de uma das mais impressionantes vistas sobre o Douro, é aqui que hoje se estão a escrever novos capítulos, onde se destaca a abertura do primeiro ponto de venda físico, na Rua de Tânger, no Porto (junto à Avenida da Boavista). Desde cedo que Otília e Jorge Cardoso, os responsáveis pela propriedade há 30 anos, perceberam que esta se tratava de uma terra fértil, com potencial para ser mais do que um simples refúgio de fim de semana. Começaram então a desenhar os primeiros projetos para rentabilizar os terrenos, fundindo-se a experiência rural de Otília, oriunda de uma família produtora de vinho do Porto, com a intenção de partilhar a riqueza da terra com o mundo. A vontade de fazer mais e melhor levou-os a pensarem mais além, fugindo ao óbvio – a produção de vinho. Ambos apaixonados por viagens, foi no Oriente que encontraram a sua inspiração – a

produção de cogumelos shiitake, vista pelo produtor como uma espécie “todo o terreno”, já que se adapta facilmente a qualquer terroir. Desde então, têm importado o know-how e a tecnologia do Japão, país de origem deste produto, acreditando que a região fará o resto. E fez. Hoje são especialistas não só na produção de cogumelos shiitake ao natural, mas também em variados subprodutos como cogumelos desidratados, farinhas e compotas gourmet, chutneys e vinagretes. Mas a fusão de sabores não fica por aqui. A proximidade com o lugar da Pala permitiu-lhes apostar na produção de laranjas de elevada qualidade, fazendo justiça à reputação da região. Também aqui o foco está no subproduto, onde se destacam as compotas, com surpreendentes fusões de sabores: laranja com Vinho Verde, laranja com espumante ou laranja com vinho do Porto.

Além de partilhar a região em cada produto, a Casa do Vale está de portas abertas para receber todos os amantes da gastronomia. Ao longo de todo o ano, os visitantes são convidados a fazer parte de todos os trabalhos da quinta, desde a apanha da fruta à transformação dos produtos. Estes podem depois ser adquiridos diretamente na propriedade. Recentemente, a Casa do Vale abriu o primeiro ponto de venda físico, no Porto, perto da Avenida da Boavista. Além da venda de todos os produtos da Casa do Vale, este espaço vai também contar com várias atividades para os consumidores, como degustações com chefes, workshops e apresentações de novidades. 

Vinhos verdes juntam-se para entrar no Cazaquistão O s vinhos verdes produzidos em Portugal acabam de chegar ao Cazaquistão, após dois anos de negociação entre a Vercoope - União das Adegas Cooperativas da Região dos Vinhos Verdes e um importador local, afirmando a marca Via Latina como a primeira a entrar naquele mercado. A encomenda que dá início às relações comerciais no novo destino de exportação deverá representar o envio de cerca de 20 mil garrafas, correspondentes a quatro referências do portfólio da marca.

Para Casimiro Alves, presidente da Vercoope, “a entrada num novo mercado é sempre motivo de satisfação e, neste caso concreto, registar exportações para o Cazaquistão é sinónimo de que os nossos esforços resultaram”. Já Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) acrescenta que “os esforços da região vão ampliando resultados em todo o mundo, e os vinhos verdes têm, cada vez mais, uma aceitação ampla em mercados diversificados. O Cazaquistão é exemplo disso”, salienta ainda. 

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Parceiros Na Criação lança novas colheitas de vinhos e azeite U ma estreia absoluta – o h’OUR rosé – e três novas colheitas – branco 2015, tinto 2012 e azeite virgem extra de 2015 – dão mote às novidades da duriense Parceiros Na Criação (PNC). Com produtos no mercado desde 2013, a história da PNC começava a desenhar-se há precisamente 20 anos, quando o seu mentor, João Nápoles de Carvalho, se instalava na propriedade da família, em Barcos – Tabuaço, para gerir os destinos da vinha (12,5 hectares) e do pequeno olival (um hectare). Se até 2009 a produção era de uva – vendida a uma casa de vinhos do Porto e Douro – e de azeite para consumo particular, o ano de 2010 marcou o ponto de viragem. Dessa vindima,

nasceram os primeiros vinhos: um branco de “teste” e a estreia do h’OUR tinto, lançado em 2013 (juntamente com o branco e o azeite de 2012). Na génese da PNC estão vinhos tipicamente durienses, feitos com castas autóctones, que se distinguem pela frescura e acidez natural, impressas pela altitude das vinhas (450 e 550 metros). Assumidamente vinhos com potencial de guarda. A pedido do mercado – nomeadamente da Brito Garrafeira, um co-

nhecido distribuidor do Algarve –, surge este ano o rosé, que assim faz aumentar o portefólio da PNC para cinco referências: branco, rosé, tinto, Touriga Nacional e azeite virgem extra. 

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AdegaMãe associa vinhos ao maior evento náutico de Portugal A

The Tall Ships Races Lisboa, o maior evento náutico já realizado em Portugal, que decorreu em julho, em Lisboa, contou com o apoio dos vinhos AdegaMãe. Foi entre 22 e 25 de julho que o terminal de cruzeiros de Santa Apolónia recebeu os grandes navios de vela mundiais, num dos maiores festivais family-friendly da Europa e que atraiu milhares de visitantes. O vinho oficial do evento tem, também, uma grande vocação marítima – são os “vinhos de inspiração atlântica” da AdegaMãe. A AdegaMãe é a mais recente empresa do grupo Riberalves, criada em 2010, em Torres Vedras (que integra a Região de Vinhos de Lisboa), “propondo-­se à produção de vinhos únicos, característicos de uma região muito influenciada pelo clima atlântico”. Frescura e mineralidade são as notas dominantes numa casa que tem vindo a conquistar cada vez mais reconhecimento nacional (prémio Empresa do Ano 2015, nos galardões referência do setor, emPortugal, atribuídos pela “Revista de Vinhos”) e internacional (exportações valem 60% das vendas). Pela ligação à

Riberalves, empresa líder no setor da comercialização de bacalhau embalado, a principal referência da casa é a marca Dory, inspirada nas pequenas embarcações que os portugueses utilizavam na pesca do chamado “fiel amigo”. A imagem desta marca é, precisamente, uma foto de um pescador num dóri, com o lugre bacalhoeiro ao fundo, o mítico Creoula. E foi esse mesmo Creoula um dos 50 navios que esteve a participar na

The TallShips Races Lisboa 2016, e a bordo do qual a AdegaMãe promoveu parte da ativação de marca prevista no evento, nomeadamente uma Dory Wine Party, aberta ao público, evocando a história da pesca do bacalhau e a inspiração marítima dos vinhos AdegaMãe. “Queremos desde já agradecer à Marinha Portuguesa a possibilidade de utilizar o Creoula”, salientou Bernardo Alves, diretorgeral da AdegaMãe. 

Visconde de Borba Rosé 2015 para acompanhar os sabores do verão O produtor borbense Marcolino Sebo apresenta o Visconde de Borba Rosé 2015, que já foi distinguido em diversas provas do setor e que conta com “numerosos apreciadores, nesta altura do ano”, frisa fonte da adega alentejana. O Visconde de Borba Rosé 2015 é um DOC Alentejo produzido a partir das castas Aragonez e Alfrocheiro, pelo processo “Bica Aberta” com temperatura controlada. É um vinho de cor rosada viva, aroma complexo de

frutos vermelhos e flores silvestres, sabor frutado, fresco, ligeiramente acídulo, encorpado, com boa persistência. É ideal para tomar como aperitivo ou acompanhar alguns grelhados e/ou mariscos, servido a uma temperatura de 10-12º C. Foram produzidas e serão comercializadas cinco mil unidades de 0,75L, com um PVP de quatro euros. Todo o processo foi dirigido pelo enólogo Jorge Santos.  Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Centro de Formação CCILE Desenvolvimento de Competências de Apresentação em Público Lisboa, 13 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

Qualquer profissional tem a necessidade de comunicar, seja com clientes externos, acionistas ou com equipas de trabalho da sua própria empresa. O modo como as pessoas se apresentam ou apresentam as suas ideias, projetos ou produtos é essencial e contribui para um maior ou menor êxito no alcançar dos objetivos definidos. Ao contrário do que se acredita, a eficácia de uma apresentação está em saber manter um perfeito equilíbrio entre o que dizemos e como dizemos.

Técnicas de Negociação de Compras

Lisboa, 15 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00 Fechar negócio com fornecedores nem sempre é tarefa fácil… Na maioria das vezes, revela-se um “jogo de interesses”... Enquanto o comprador quer baixar o preço, quem fornece defende a qualidade para mantê-lo e, enquanto o fornecedor quer encurtar os prazos de pagamento, quem compra luta para estender datas e diminuir juros...

Espanhol de Negócios

Lisboa, 19 de setembro a 28 de novembro 2as e 4as das 18h00 às 20h00 O curso de Espanhol de Negócios, reformulado segundo o Quadro Europeu de Referência para as Línguas, é por excelência um curso comercial e adaptado à realidade empresarial, que conta com o importante contributo e experiência de formadores nativos e com larga experiência no ensino.

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Cobrar, Cobrar, Cobrar: Que meio utilizar? Lisboa, 20 de setembro 14h30-18h30

É essencial que, nos dias de hoje, se tenha conhecimento das ferramentas que a lei coloca ao dispor do credor na área da recuperação do crédito, as ferramentas que permitem acautelar uma cobrança difícil e as que, quando necessário, permitem uma mais fácil e célere cobrança coerciva.

Comunicação Escrita em Espanhol de Negócios Lisboa, 21 e 22 de setembro 09h00-16h30

Cada vez mais a realidade de trabalho das empresas passa por comunicar com os quatro cantos do mundo e uma comunicação correta é essencial para o sucesso de qualquer diálogo. Corrija as suas lacunas ao nível da escrita em espanhol.

Prospeção Comercial Lisboa, 26 de setembro 09h00-13h00

A prospeção de clientes sempre foi essencial para a construção de uma carteira de clientes e para um conhecimento mais real do mercado. Nos dias que correm, face à conjuntura económica do país, a prospeção tornou-se praticamente obrigatória para as empresas que querem sobreviver.

Desenvolvimento de Equipas de Alto Desempenho Lisboa, 27 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

É essencial desenvolver competências ao nível das capacidades de feedback, gestão e motivação de equipas que permitam a sua aplicabilidade em contexto real nas organizações, contribuindo para a melhoria da satisfação dos colaboradores e do clima social.

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Como Ter Sucesso no LinkedIn Lisboa, 28 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

Em qualquer atividade profissional é importante desenvolver e manter uma boa rede de contactos. A rede mais poderosa para lhe trazer todo este suporte e projetá-lo para outra dimensão profissional é o LinkedIn. Mas de que forma o LinkedIn lhe pode trazer proveitos a nível profissional? O que deverá fazer para alcançar resultados e ser bem-sucedido?

Gestão de Stocks Lisboa, 29 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Uma Gestão de Stocks deficiente acarreta custos de armazéns, de pessoal, de produtos e de eficiência, traduzindo-se em enormes quantidades de material obsoleto.

Sensibilização para a Condução em Contexto Profissional Lisboa, 30 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

São muitas as empresas que têm colaboradores cujo dia-a-dia é passado na estrada, nomeadamente a visitar clientes. Como tal, é essencial que conheçam as suas obrigações legais relativamente à condução em contexto profissional e que os seus comerciais reconheçam a importância de uma postura correta de condução no aperfeiçoamento das funcionalidades de conforto e segurança na condução de veículos.

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org

setembro de 2016

ac t ua l i da d € 57


Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Enoturismo da CAAR lança Programa Especial Vindima 2016

A

quinta de enoturismo da Casa Agrícola Alexandre Relvas (CA AR) preparou um programa especial para a vindima, onde convida o visitante a participar na colheita de 2016 da produtora de vinho regional alentejano, a decorrer de 22 de agosto a 30 de setembro. Estruturado em duas partes distintas, o programa de Enoturismo, Vindima 2016, contempla atividades na vinha (workshop de

introdução à viticultura, análise sensorial de grainhas e engaços, prova de bagos e análise com refratómetro e vindima manual) e atividades na adega (workshop de introdução à vinificação, prova de mostos, receção de uva, inoculação, remontagem, batonage , vinificação em talha e pisa das uvas). No final das atividades desenvolvidas na vinha e

na adega (com uma duração prevista de duas horas cada), o visitante poderá dar por terminado o seu programa ou optar por um petisco, acompanhado com as melhores colheitas dos vinhos da CA AR. No final do almoço, e tendo como base a máxima de que “no Alentejo não há almoço sem sesta”, o visitante poderá descansar à sombra de um chaparro, embalado numa rede de descanso. 

Hotel Solverde SPA faz piquenique ao ar livre preparado por chefe Manuel Pinto

O

piquenique é, sem dúvida, uma das atividades mais associadas ao verão, mas a proposta do Hotel Solverde SPA & Welness Center, em Vila Nova de Gaia, traz um um novo sentido ao conceito deste tradicional tipo de refeição feito em família, em

que se leva um cesto ou lancheira para o campo ou para a praia. Pelo segundo ano consecutivo, e até 15 de setembro, esta unidade hoteleira de cinco estrelas localizada no norte do país convida hóspedes e outras pessoas para um piquenique muito diferente, que se pode adquirir e degustar nos jardins do próprio hotel ou na praia. A cesta em verga mantém-se, assim como a toalha aos quadrados brancos e encarnados e uma refeição leve, embora variada na oferta. No entanto, a refeição é preparada por uma equipa liderada pelo chefe Manuel Pinto, o que

garante e adiciona um sabor único à ementa. Da mão de mestre de cozinha sairão petiscos como uma fresca salada de tomate e queijo feta, palitos de queijo e presunto, ovos cozidos, tortilhas no ponto certo, mini-quiche lorraine , sanduíche Solverde em pão integral, bem como panados de peru finos e secos. Os comensais vão, ainda, encontrar no cesto, uma bola de espinafres, frutos secos, empadas de galinha e fruta da época. Não falta, obviamente, a fresca limonada e o pastel de nata, receita do hotel e que não fica atrás de congéneres premiados no que respeita ao crocante do folhado, cremosidade e consistência do recheio. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

58 act ualidad€

setembro de 2016


vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

Faça um

holeno in one seu negócio XXI Torneio Ibérico de Golfe 2016

29 de Outubro • Belas Clube de Campo

Para mais informações contactar: Francisco Contreras · Tel. 213 509 310 / Fax 213 526 333 e-mail: ccile@ccile.org setembro de 2016

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Mercedes- Benz Classe C Cabriolet – Família Completa

A versão descapotável junta-se à berlina, Estate e Coupé, dando por concluída a reformulação da gama do Classe C.

E

Fotos DR

ste novo cabriolet da Mercedes-Benz é inspirado na variante coupé. Essas semelhanças ficam patentes com a capota fechada, circunstância em que o perfil do novo ca-

60 act ualidad€

setembro de 2016

briolet de duas portas se assemelha ao do Classe C Coupé. A dianteira caracterizada pela grelha diamante, faróis LED, capô comprido e uma linha de cintura elevada. Na traseira, o visual desportivo sobressai, com os

seus largos “ombros” e farolins LED. Com uma capacidade de 360 litros, 285 litros com a capota aberta, a bagageira permite transportar uma grande quantidade de bagagem. Na versão base, a capota de lona clássica totalmente automática do cabriolet possui acabamento em preto, estando ainda disponível como opção uma capota multicamada com isolamento acústico e acabamento em castanho-escuro, azul-escuro, vermelho escuro ou preto. Esta pode ser aberta e fechada em menos de 20 segundos até aos 50 km/h. No interior abunda a pele com propriedades de reflexão de calor, num total de cinco cores, opcionais. Os bancos traseiros foram concebidos como bancos individuais. Os seus encostos oferecem uma abertura de


sector automóvil Setor automóvel

carga para a bagageira e podem ser rebatidos completamente na proporção de 50:50 para uma maior funcionalidade prática na utilização diária. Nota para os sofisticados sistemas de assistência à condução e para o moderno sistema de informação e entretenimento. O Classe C Cabriolet está também disponível opcionalmente com o AIRCAP, sistema defletor automático, que protege os ocupantes da turbulência causada pela deslocação do ar e com AIRSCARF, sistema de aquecimento do pescoço, para um conforto ao longo de todo o ano, principalmente no inverno. As motorizações disponíveis variam desde o motor de 1.6 litros de quatro cilindros na versão C 180 com uma

O sistema de tração integral 4MApotência de 156 cavalos, até ao motor de 3.0 litros de seis cilindros no Mer- TIC está disponível para o C 220 d. A cedes-AMG C 43 4MATIC, com 367 nova caixa de velocidades automática cavalos. A versão C 200 está disponí- 9G-TRONIC pode ser encomendada vel opcionalmente com tração integral para todas as versões de motores. A suspensão de série rebaixada em 4MATIC. Em relação aos modelos com motor 15 milímetros, comparativamente à lidiesel, as opções variam desde o motor mousine e as jantes de 17 polegadas de de quatro cilindros de 170 cavalos de série conferem um caráter desportivo. Assim, este novo cabriolet da Mercepotência na versão C 220 d ou de 204 cavalos de potência na versão C 250 d. des-Benz, apresenta-se com um formaPor encomenda, podem ser esco- to mais desportivo e simultaneamente lhidas duas versões de topo, o C 63 elegante que se caracteriza pelos porAMG, que debita 467 cavalos de po- menores de qualidade e espírito veranetência e finalmente a C 63 S AMG, ante proporcionado pela capota aberta. com 510 cavalos. Será lançado no mercado português Todas as versões estão equipadas com ainda neste mês de setembro, com valores tecnologia ecológica SCR e catalisador que começam nos 54 mil euros, na verde redução seletiva, para o tratamento são C 220d, e que terminam nos 121 mil dos gases de escape. euros, com a versão C 63 S AMG. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

setembro de 2016

ac t ua l i da d € 61


barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica acelera em julho

Foto DR

O

s indicadores coincidentes do Banco de Portugal apontam em duas direções opostas. Por um lado, a atividade voltou a acelerar em julho, mas, por outro, o consumo privado cresce a um ritmo mais lento do que no mês anterior. O indicador coincidente de atividade acelerou de 0,3% para 0,5% em julho. No mesmo mês, o indicador de consumo priva-

Zona Euro com inflação de 0,2% em julho

do recuou de 1,8 para 1,6%. No caso do primeiro, trata-se de uma ligeira inversão depois de uma quebra sucessiva desde dezembro do ano passado. Para o segundo, verifica-se um acentuar da tendência de arrefecimento, iniciada em novembro. Tanto a atividade como o consumo estão em terreno positivo desde o final de 2013.

Défice externo agrava-se

O défice externo, no primeiro semestre do ano, aumentou para A inflação na Zona Euro ficou em 0,2% em termos homólogos 933 milhões de euros, o que compara com 49 milhões de euros em julho, avançou o Eurostat confirmando a sua primeira esti- do mesmo período de 2015. Um agravamento, mas que não mativa. Portugal registou 0,7%, o quarto maior valor da União se ficou a dever às dinâmicas do comércio internacional, mas Europeia (UE). ao facto de se estar a pagar mais lucros ao exterior e a menos Os preços na Zona Euro aumentaram 0,2% em julho face ao fundos comunitários recebidos internamente, revelou o Banco mesmo mês do ano passado, um aumento face aos 0,1% re- de Portugal. gistados em junho quando regressou a terreno positivo, mas De facto, entre compras e vendas ao exterior Portugal registou longe da meta do Banco Central Europeu (BCE) de garantir "um excedente de 1.037 milhões de euros, superior aos 794 mium aumento de preços em torno dos 2%. O valor confirma a lhões de euros registados no período homólogo", decorrente de primeira estimativa avançada também pelo Eurostat no final uma queda quer das importações quer das exportações, mas de julho. Portugal continua a registar um dos valores mais ele- mais expressiva nas primeiras: "esta evolução deveu-se à reduvados da Zona Euro. ção das importações em 2%, superior ao decréscimo de 1,3% Os números divulgados pelo Eurostat revelam ainda que Por- das exportações (variações de -2,0% nos bens e de 0,1% nos tugal, com 0,7%, regista a quarta maior inflação da União Eu- serviços)", precisa o BdP, que destaca o contributo particularropeia e terceira maior da Zona Euro. mente positivo do turismo, que registou um excedente externo No mês em análise, 12 países da UE registaram quedas de preços. de 3.145 milhões de euros, um aumento de 11,5% face a 2015.

Taxa de desemprego baixa Custo do trabalho aumentou para 11,2% no final do primeiro 2,5% no segundo trimestre O índice de custo do trabalho ajustado de dias úteis registou um semestre A taxa de desemprego, em junho, fixou-se nos 11,2%, de acréscimo homólogo de 2,5%, no segundo trimestre de 2016. No acordo com as estimativas provisórias do Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor mantém-se inalterado face à estimativa definitiva obtida para maio de 2016. No entanto, realça a nota do INE, a estimativa definitiva da taxa de desemprego para maio foi revista em menos 0,4 pontos percentuais face à estimativa provisória divulgada um mês antes. De acordo com os dados do INE, há agora 568,8 mil pessoas desempregadas. Em três meses, o desemprego passou de 12% para 11,2%, o valor mais baixo em seis anos e meio (novembro de 2009) e abaixo do objetivo do Governo para este ano (11,4%). Nestas estimativas, foi considerada a população dos 15 aos 74 anos e os valores foram previamente ajustados de sazonalidade.

trimestre anterior tinha sido observado um acréscimo homólogo de 0,7%, adianta o Instituto Nacional de Estatística. As duas principais componentes dos custos do trabalho são os custos salariais e os outros custos (por hora efetivamente trabalhada). Os custos salariais aumentaram 2,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior, e os outros custos aumentaram 1,7%. Para aquela evolução, contribuiu também o efeito conjugado do acréscimo de 2,0% dos custos médios por trabalhador/a e do decréscimo de 0,5% do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador. Em termos de setores de atividade económica, o maior aumento foi na indústria, mas aquele indicador progrediu também nos serviços e muito residualmente na construção e obras públicas. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

62 act ualidad€

setembro de 2016


setembro de 2016

ac t ua l i da d â‚Ź


intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-junio de 2016

C

omparando las cifras del primer semestre del año con igual período del 2015, se constata un aumento significativo en la oferta española a su vecino Portugal que supera el 0,91% (8.909 millones de euros en 2016 frente a los 8.828,2 millones de euros en 2015) y en el caso de las compras españolas, éstas registraron una quiebra del -1,2% (5.288,1 millones de euros en 2016 frente a los 5.350,8 millones de euros en igual periodo del año pasado), según los datos publicados recientemente por Datacomex de la Secretaría de Estado de Comercio. Respecto al mes anterior, es decir al mes de mayo, las ventas españolas a Portugal registraron un crecimiento del 5,7%, mientras que las compras evolucionaron negativamente

con una ligera quiebra del -0,3%. En este periodo de los seis primeros meses del año, la tasa de cobertura se situó en el 168,47%, 3,4 puntos más que en el mismo periodo de 2015 y un superávit con Portugal de 3.620,9 mil millones de euros. En lo que a la distribución geográfica del comercio exterior español se refiere, se mantienen básicamente las mismas posiciones anteriores. Portugal consolida su quinta posición entre los principales clientes del mercado español con un peso relativo del 7% sobre el total de las exportaciones españolas, y en la octava posición entre los mercados proveedores a España con un peso relativo del 3,9% sobre el total de las importaciones españolas. El comercio exterior español en términos globales originó, en este

primer semestre del año, un déficit comercial de 7.878,3 millones de euros, lo que supone un descenso del 31,4% respecto al mismo periodo del año anterior. Las exportaciones crecieron un 2,3% entre enero y junio, hasta los 128.041,2 millones de euros, máximo histórico de la serie para el acumulado en este periodo. Por su parte, las importaciones retrocedieron un 0,5% y registraron un total de 135.919,5 millones de euros. La tasa de cobertura se situó en el 94,2% al finalizar junio, 2,6 puntos más que en el mismo periodo de 2015 (91,6%). Por lo que a la distribución sectorial se refiere, las ventas españolas a Portugal están encabezadas por el sector (según la nomenclatura TARIC) por los vehículos automóviles;

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-junio 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

Cober 15 %

1.265.646,00

754.840,44

510.806

167,67

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

feb

1.465.191,08

827.300,47

637.891

177,11

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

mar

1.561.949,47

932.848,80

629.101

167,44

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

abr

1.477.756,94

899.902,04

577.855

164,21

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

may

1.525.932,63

937.979,01

587.954

162,68

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

jun

1.612.563,57

935.179,29

677.384

172,43

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

jul

1.674.117,52

978.191,32

695.926

171,14

ago

1.265.446,98

757.335,49

508.111

167,09

sep

1.587.123,43

902.605,53

684.518

175,84

oct

1.563.637,65

968.476,56

595.161

161,45

nov

1.524.960,94

932.714,75

592.246

163,50

dic

1.471.544,58

807.681,82

663.863

182,19

17.915.003,09

10.697.623,95

7.217.379

167,47

8.909.039,69

5.288.050,05

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 act ualidad€

setembro de 2016

3.620.990

Cober 16 %

VENTAS ESPAÑOLAS 15

ene

Total

Saldo 16

168,47


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-junio 2016

tractores (852,8 millones de euros), seguido de máquinas y aparatos mecánicos (596,6 millones euros), materias plásticas; sus manufacturas (581,1 millones de euros), aparatos y material eléctricos (475,4 millones de euros), los combustibles, aceites minerales (325,7 millones de euros) y por ultimo y en la sexta posición el sector de la fundición, hierro y acero con una cifra de ventas que supera los 293,9 millones de euros. A su vez, en el ranking de la demanda española destacan los vehículos automóviles; tractores (654,4 millones de euros), materias plásticas; sus manufacturas (350,5 millones de euros); prendas de vestir, de punto (326,7 millones de euros), máquinas y aparatos mecánicos (250,9 millones de euros), muebles, sillas, lámparas (211,8 millones de euros) y los aparatos y material eléctricos (211,8 millones de euros). Se habrá de destacar el peso del conjunto de los cuatro principales sectores del comercio bilateral cuyo volumen de transacciones comerciales supera los 3.973,5 millones de euros, lo que representa el 30% del comercio bilateral. Cataluña, con 2.167,9 millones de euros de ventas a Portugal, lidera la distribución geográfica por CC.A A., seguido de Madrid, con 1.270,2 millones de euros, y Galicia, con 1.227,6 millones. En el ranking de la demanda española, la lista va encabezada por Galicia (948,5 millones de euros), seguido de Cataluña, con 860,9 millones, y de la Comunidad de Madrid, con 767,4 millones de euros. Este grupo de tres comunidades autónomas representa el 51% del comercio hispano portugués en el primer semestre de 2016. 

Orden País

Importe

1

001 Francia

19.946.469,29

2

004 Alemania

14.743.176,57

3

005 Italia

10.159.130,98

4

006 Reino Unido

10.043.309,45

5

010 Portugal (d.01/01/86)

8.909.039,69

6

400 Estados Unidos

5.748.552,43

7

003 Países Bajos

4.141.828,22

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

3.936.252,72

9

204 Marruecos

3.476.696,39

10

052 Turquía

2.597.577,94

11

720 China

2.463.941,37

12

060 Polonia

2.449.908,03

13

039 Suiza (d.01/01/95)

2.120.904,97

14

412 México

1.934.558,97

15

208 Argelia

1.520.678,38

16 17 18 19 20

632 Arabia Saudí 732 Japón 038 Austria 030 Suecia 061 República Checa (d.01/01/93)

1.286.393,47 1.193.430,89 1.155.189,12 1.151.814,51 1.143.151,17

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-junio 2016 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

654.398,17

2

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

350.485,67

3

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

326.748,91

4

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

250.962,28

5

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

237.220,84

6

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

211.786,62

7

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

195.914,43

8

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

189.504,33

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

181.198,45

TOTAL

5.288.050,05

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-junio 2016 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

852.797,96

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

596.550,45

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

581.120,58

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

475.412,26

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

325.715,72

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

293.926,02

SUBTOTAL

100.122.004,56

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

274.138,17

TOTAL

128.041.207,65

8

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

254.229,92

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

252.986,00

TOTAL

8.909.039,69

3.Ranking principales países proveedores de España enero-junio 2016 Orden País 1

004 Alemania

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016

18.772.667,12

2

001 Francia

15.622.368,01

3

720 China

11.581.558,22

4

005 Italia

8.992.910,25

5

400 Estados Unidos

6.577.368,80

6

006 Reino Unido

5.657.982,47

7

003 Países Bajos

5.635.272,37

8

010 Portugal (d.01/01/86)

5.288.050,05

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

3.475.009,85

10

204 Marruecos

2.973.749,29

11

060 Polonia

2.560.656,84

12

052 Turquía

2.549.941,56

13

208 Argelia

2.307.689,68

14

061 República Checa (d.01/01/93)

2.084.978,24

15

732 Japón

1.797.557,76

16

664 India

1.744.994,44

17

039 Suiza (d.01/01/95)

18

288 Nigeria

19 20

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-junio 2016 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 16

1.739.545,03

Cataluña

2.167.936,94

Galicia

948.478,09

1.728.842,49

Madrid, Comunidad de

1.270.164,73

Cataluña

860.983,77

075 Rusia (d.01/01/92)

1.555.538,70

Galicia

1.227.615,27

Madrid, Comunidad de

767.417,39

508 Brasil

1.521.093,00

Andalucía

890.158,51

Comunitat Valenciana

532.301,50

SUBTOTAL

104.167.774,17

Comunitat Valenciana

703.088,26

Andalucía

438.026,69

TOTAL

135.919.512,28

Castilla-La Mancha

523.936,49

Castilla y León

386.110,59

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

setembro de 2016

ac t ua l i da d € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Distribuidores españoles de cebolla deshidratada

DP160605

Empresas portuguesas de mediana y gran dimensión operando en España

DP160701

Distribuidores españoles de dispositivos médicos y productos de higiene íntima

DP160702

Empresas en Galicia, Asturias, País Vasco y Cataluña que compren o vendan pescado congelado

DP160703

Mataderos en Salamanca especializados en "picanha maturada"

DP160704

Fabricantes españoles de electrodomésticos y equipos de refrigeración comercial

DP160705

Distribuidores españoles interesados en vender productos alimenticios portugueses

DP160706

Empresas españolas proveedores de harina para uso industrial

DP160801

Colegios privados en Madrid

DP160802

Empresas españolas que compren material reciclado (latas de acero)

DP160803

Operadores aéreos en España

DP160804

Empresa portuguesa de equipamientos de seguridad y de gestión electrónica, busca socio en España para expandir su negocio

OP160801

Empresa portuguesa disponibiliza su servicio de domiciliación de empresas para los más variados sectores y profesionales en Guimarães

OP160802

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de plásticos, PVC, resinas e poliuretano

DE160401

Empresas portuguesas do setor têxtil para a confeção de cintos em pele

DE160501

Lares de idosos e residências resort em Portugal

DE160502

Agente de vendas para representar no mercado português produtos de cabeleireiro e estética

DE160503

Fábricas em Portugal que produzam malha em algodão para t-shirt

DE160601

Distribuidores portugueses de alimentos para animais de estimação

DE160602

Fabricantes portugueses de camisas e roupa interior

DE160603

Distribuidores portugueses de produtos de parafarmácia com armazéns próprios

DE160604

Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras ou agentes de vinho branco engarrafado

DE160605

Produtores portugueses de carne de frango, ovino e bovino com certificação Halal

DE160606

Empresas portuguesas do setor do caravanismo/ autocaravanismo e campismo

DE160701

Empresa espanhola fabricante de embalagens metálicas procura agente comercial para Portugal

OE160601

Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal

OE160602

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

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Setembro Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

12

IVA

Declaração mensal e pagamento do IVA apurado, relativamente às operações efetuadas em julho/2016

Contribuintes do regime normal mensal

12

Segurança Social

Declaração mensal de remunerações relativas a agosto/2016

Entidades empregadoras

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de agosto/2016

Entidades empregadoras

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo referente a agosto/2016

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em agosto/2016, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido os 50 mil euros no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE

26

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em agosto/2016

Sujeitos passivos do IVA

Comunicação por: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal

30

IRC

2º Pagamento por conta do IRC 2016

Sujeitos passivos do IRC cujo período de tributação é coincidente com o ano civil.

30

IRC

2º Pagamento adicional por conta da derrama estadual de 2016

Sujeitos passivos do IRC que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000 de euros

30

IRC

Declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em julho de 2016

Entidades pagadoras de rendimentos

30

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado noutro Estado membro ou em país terceiro

Sujeitos passivos do IVA (exceto os abrangidos pelo regime de isenção do artº 9º do CIVA, artº 53º ou 60º), com imposto suportado no estrangeiro no ano de 2015.

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Desde que o montante a reembolsar seja igual ou superior a 50 euros


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

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INGLÊS

TURISMO

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INGLÊS/ PORTUGUÊS

TÉCNICA COMERCIAL

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INGLÊS

TÉCNICA DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

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M

INGLÊS/ FRANCÊS

GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

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F

INGLÊS/ ESPANHOL

COMERCIAL E MARKETING

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PORTUGUÊS/ INGLÊS

GESTÃO FINANCEIRA

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INGLÊS/ PORTUGUÊS

JORNALISMO

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Data de Nascimento Línguas

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Área de Atividade

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ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

MARKETING / RELAÇÕES PÚBLICAS / CONSULTORIA

INGLÊS

LOGÍSTICA

ESPANHOL/ INGLÊS

ADMINISTRATIVO/ TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO

INGLÊS

MARKETING DIGITAL

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

JORNALISMO

INGLÊS

ADMINISTRATIVO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural Livro

”Marketing Digital & E-Commerce”

Da autoria de Carolina Afonso, David Monteiro, Inês Amaral e João Neto e coordenado por Jorge Remondes, o livro “Marketing Digital & E-Commerce” procura sistematizar e organizar ideais em torno de uma área que está em constante atualização. “O marketing é cada vez mais uma filosofia de gestão em que o online e o tradicional se integram progressivamente sem que haja necessidade, no futuro, de se falar de marketing online ou marketing tradicional. Só haverá uma tipologia de marketing: o marketing”, sustenta Jorge Remondes. O peso crescente do marketing digital na comunicação é o tema central da obra, que desmonta vários aspetos inerentes a esta área: tendências da área como “a importância crescente do mobile ” ou “o investimento em marketing de conteúdo” e o saber tirar partido do real time marketing ; como as novas ferra-

Exposições

Museu Nacional dos Coches recorda a Embaixada de D. João V ao Papa Clemente XI

O Coche do Embaixador, o Coche dos Oceanos e o Coche da Coroação de Lisboa são as estrelas da exposição “300 Anos da Embaixada de D. João V ao Papa Clemente XI 1716-2016”, que se pode visitar, por estes dias, na sala de exposições temporárias no Museu Nacional dos Coches. A mostra, que conta com o apoio da Fundação Millennium bcp, “apresenta-se como uma viagem ao passado, recordando a importância das chamadas embaixadas e entradas solenes nas cortes europeias”, nomeadamente a que se realizou no dia 8 de julho de 1716, por ordem de D. João V “para obter algumas prerrogativas para a Igreja Portuguesa”. Os três coches em exposição pertencem ao acervo do Museu Nacional dos Coches. Foram construídos em Roma e “revelam uma grande qualidade artística nos grupos escultóricos representados, cuja mensagem alegórica dá ênfase ao título de Estado que D. João V possuía por direito, ‘Senhor da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia’”. Como destaca o comunicado da exposição, o reinado de D. João V “ foi um dos mais significativos para a diplomacia portuguesa”. O rei “fez desta embaixada o ponto alto de ostentação ao enviar a Roma D. Rodrigo Annes de Sá Almeida e Meneses, 3º Marquês de Fontes”. O objetivo da embaixada foi cumprido, já que, a 7 de novembro de 1716, o Papa Clemente XI emitiu uma bula em que atribui o estatuto de patriarcal à cidade de Lisboa.

Até 15 de janeiro de 2017, no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa

Música e desporto

Glow Run promete colorir a noite de Oeiras

mentas definem novos tipos de consumidores; a digital brand experience como um novo vetor da marca; a questão da social media intelligence assente nas necessidades do consumidor; como implementar projetos de ecommerce de sucesso. A obra promete ajudar a potenciar as ferramentas de marketing digital e e-commerce , já que como defende David Monteiro, “investir em branding é acarinhar o negócio” e “querer bem à organização”. O autor considera que “a presença estratégica das marcas na web já não demonstra apenas modernidade, representa antes o diferencial entre a competitividade e o sucesso ou a decadência de modelos de negócio e a falência preanunciada”. João Neto destaca que “uma loja de e-commerce deve abranger as características adequadas ao perfil de consumidor para mais facilmente converter a visita numa venda”. Paralemente ao livro, editado pela Psicosoma, foi criada a plataforma www.mkt-digital-ecommerce.pt para partilhar informações sobre o tema e potenciar a relação entre autores e leitores.

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A primeira Glow Run, em Portugal, realizou-se na Maia, no dia 25 de maio de 2014. Desde essa data, a corrida colorida, já animou cidades como Viseu, Coimbra, Setúbal e Oeiras, que voltará a acolher o evento no próximo dia 17. O conceito Glow Run apareceu nos EUA, combinando música, atividade física e cor. O evento realiza-se sempre à noite, num percurso de cinco quilómetros, durante o qual os participantes podem correr, caminhar ou dançar. Em Oeiras, a Glow Run está agendada para as 21 horas, no Jamor, iniciando com uma sessão de aquecimento ao som de zumba. Depois, começa a corrida, acompanhada de música e imagens multimédia. “Antes da partida, e quando o nosso speaker assim o indicar, fazemos um lançamento de pó fluorescente”, explica a organização. Depois começa a corrida, “cada um ao seu ritmo, caminhando, correndo ou rastejando”. Ao longo do percurso de aproximadamente cinco quilómetros, “os participantes serão surpreendidos por várias Glow zones com diferentes cenários de luz e música”. No final haverá “uma Glow party ao som das músicas do momento”. Qualquer pessoa pode participar. As inscrições custam entre os 12,90 euros e 15,50 euros (dependendo da antecedência com que se inscreve), para adultos, e 10,90 euros para crianças. Os adultos recebem um kit, que inclui a t-shirt oficial Glow Run, um acessório Glow à escolha (óculos, orelhas ou colar), um stick led de 30cm e um saco de pó fluorescente. Os mais pequenos (9-13) recebem um mini kit que inclui a t-shirt oficial e dois acessórios à escolha. Todos os participantes têm direito a um seguro, bem como uma garrafa de água de 0,33l. No recinto haverá ainda um local dedicado ao facepaiting, bem como uma loja de


espacio de ocio

espaço de lazer

acessórios, com batons, vernizes, pinturas, atacadores, entre outras coisas que ajudam a construir um visual festivo. Esta edição prevê também “uma zona de restauração com uma oferta variada de sabores para que todos possam retemperar as energias”

No dia 17 de setembro, em Oeiras

Teatro

Homenagem à literatura de cordel, no S. João

No século XVII, em Portugal, era popular a venda de textos que contavam histórias em rima. Os escritos eram presos a cordas e assim expostos para venda. Daí o nome literatura de cordel, que o dramaturgo e encenador José Carretas quis homenagear com a peça “Cordel”, que estará em cena no Teatro Nacional S. João (TNSJ), no Porto, entre os dias 15 e 25 deste mês: “Com Cordel, o teatro homenageia, reinventa, brinca com essa forma de literatura popular conhecida como ‘literatura de cordel’. Uma literatura que deve o seu nome à guita em que, nas feiras e romarias, se expunham folhas volantes de impressão rudimentar, difundindo factos históricos, versos, cenas de teatro, anedotas ou contos tradicionais. Atento às memórias e estórias, aos mitos e ritos populares, José Carretas encena este universo originário do grande caudal da literatura oral, seguindo um filão – ou cordel – eminentemente feminino: histórias de mulheres sábias, sanguinárias, místicas, dissolutas e apaixonadas, começando nessa Xerazade que é a Donzela Teodora, célebre por vencer duelos de sabedoria com os maiores eruditos do seu tempo, e culminando numa capi-

toa de malfeitores que profanou o corpo da mulher amada para o preservar junto a si, dando origem a um culto secreto que guarda a memória de ladrões com nomes de mulheres…” A peça percorre “vidas exemplares em rimas imaginosas, que se desfiam como um novelo”, através de um texto escrito por José Carretas e Amélia Lopes, e “desenrola-se como umas mil e uma noites que tivessem lugar num barroco tardio e de feira”. Em palco estão os atores Beatriz Wellenkamp Carretas, Emílio Gomes, Joana Carvalho, Margarida Carvalho, Teresa Faria e os músicos João Guimarães, Manuel Brásio, Tiago Candal. O espetáculo é uma coprodução da Panmixia, do Teatro da Terra e do TNSJ.

Entre os dias 15 e 25 de setembro, no TNSJ, no Porto

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

70 espetáculos de flamenco animam Sevilha

Em ano de bienal, as ruas, praças e salas de espetáculos de Sevilha acolhem durante 25 dias 70 espetáculos de flamenco. A 19ª edição da Bienal de Flamenco de Sevilha arranca dia 8 com a flash mob flamenco, junto à Catedral de Sevilha. O evento apresenta uma buleria coreografada pelo aclamado bailarino Farruquito, vencedor do Giraldillo al Baile em 2014. “De forma simultânea, a peça será interpretada na Costa Rica, na Venezuela, no México, no Casaquistão, em Buenos Aires, no Japão, na Turquia, na Polónia, no Chile, na Rússia, no Peru, na Coreia do Sul, no Equador, no Uruguai e na Bielorrússia, demonstrando assim que o flamenco está em qualquer parte”, sublinha a organização do festival. A programação integra as últimas criações dos vencedores dos Prémios Nacionais de Dança: Rocío Molina, Eva Yerbabuena, Olga Pericet, María Pagés, Javier Barón, Isabel Bayón ou Israel Galván. Presentes também nomes grandes do “cante” flamenco como José Mercé, Arcángel, José Enrique Moren-

te, Esperanza Fernández, Estrella Morente ou Lole Montoya, bem como consagrados “bailarores”: Antonio Canales, Israel Galván, Andrés Marín, Antonio Molina El Choro, Alberto Sellés, Milagros Mengíbar, Farruquito, Patricia Guerrero. Entre os músicos, destaque para Vicente Amigo, Tomatito, Pepe Habichuela e Dani de Morón. Esta edição promove encontros em palco de estrelas como a cantora Esperanza Fernández e o vencedor de vários Grammys Gonzalo Robalcaba. O pianista Dorantes partilhará o palco com os turcos Taksim Trio (Gitanos del mundo) e a “cantora do momento, Rocio Márquez manterá um diálogo muito especial com Famhi Alqhai, um dos melhores violagambistas de Europa, considerado o herdeiro de Jordi Savall”. Em paralelo, decorrerá a segunda edição ‘EX’ – Feria de la Edición Contemporánea y el Libro de Artista de Sevilla, no Espaço Santa Clara, dedicada ao tema “Flamenco Editavél”.

De 8 de setembro a 2 de outubro, em Sevilha setembro de 2016 S

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The Sandeman Chiado propõe “casamentos” com Vinho do Porto

A marca da Sogrape abriu um restaurante e wine bar em Lisboa, onde demonstra que há uma proposta de Vinho do Porto para cada prato. Simples ou associado a outros ingredientes num cocktail, o Vinho do Porto da Sandeman prova, neste espaço, que há uma larga margem de crescimento para as oportunidades de consumo da mais famosa bebida portuguesa

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

m 1790, o escocês George Sande- de maio. Trata-se de uma aposta da Soman não teve dúvidas quanto ao grape para reforçar a marca, sobretudo potencial dos Vinhos do Porto e no mercado português, onde “perdeu do espanhol Jerez e investiu 300 alguma notoriedade”, explica Duarte libras para criar The House of O’Neal, da Grape Ideas, a empresa da Sandeman e apostar na comercialização Sogrape que se ocupa da dinamização destas duas bebidas. A identidade ibérica comercial das marcas do grupo e que da marca foi reforçada pela icónica per- criou o conceito que sustenta o The Sansonagem Don, trajado com a capa negra deman Chiado. de estudante de Coimbra e o sombrero Mariana Seabra, gerente do The Santípico de Jerez. O grupo Sogrape, atual deman Chiado, assinala que o objetivo detentor da marca lembra que “o Sande- do espaço é principalmente “reforçar a man Don é uma das primeiras imagens marca em Portugal e despertar os portude marca criada no mundo e o primeiro gueses para novas situações de consumo grande ícone no mundo dos vinhos”. A de Vinho do Porto”. A marca está empenhada em provar figura foi pintada, em 1928, por George Massiot Brown e mantém-se como ima- que o Vinho do Porto não é apenas um bom aperitivo ou digestivo, mas sim um gem da Sandeman. “Don” é agora o anfitrião do The San- bom parceiro em qualquer momento da deman Chiado, o restaurante e wine bar refeição. Ou seja, no universo de Vinhos que abriu em Lisboa, no passado mês do Porto da Sandeman, poderá encon-

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trar o vinho certo para cada prato. Para provar isso mesmo, o The Sandeman Chiado apresenta uma carta organizada em torno de alguns ingredientes estrela, como a abóbora, as línguas de bacalhau, o rosbife, a alheira, o pregado e as vieiras. A carta foi pensada pelos chefes consultores Luís Américo Teixeira (lidera a cozinha da Cantina 32, no Porto) e João Pupo Lameiras (à frente da cozinha da Casa de Pasto da Palmeira, também no Porto) e propõe para cada um destes ingredientes três possíveis contextualizações e acompanhamentos. No caso da abóbora, por exemplo, é sugerida com pato fumado e laranja ou com cacau, iogurte e beterraba ou ainda com queijo e amêndoas. A cada um destes pratos corresponde uma sugestão de Vinho do Porto Sandeman (branco, ruby ou tawny), simples, servido na


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temperatura adequada, ou em cocktail, sempre com Vinho do Porto como um dos ingredientes. Além das propostas baseadas em “ingredientes estrela”, o The Sandeman Chiado apresenta também “tachinhos de cobre”, onde servem “comida de conforto” como o “cevadoto de línguas de bacalhau” (feito à maneira de risoto, mas com grãos de cevada, em vez de arroz), o “arroz de pregado e camarão”, o “bife do acém com manteiga de alho e batata doce assada”, o “arroz de pato com fumeiro à lareira”, a “feijoada de pernil de porco”, entre outras possibilidades. Para os tachinhos são também apresentadas propostas de vinho do Porto ou em cocktail. O The Sandeman Chiado possui uma variedade de 15 cocktails, assinados por Kiko Pericolli, como o “Honey, I’m Don”, o “Port Passion”, o “Devilish Centaur” ou o “King Basilico”, entre outros. A marca tem tradição nesta área, já que foi a primeira a usar vinho do porto como ingrediente de cocktails, nos anos 60”, destaca Mariana Seabra. A gerente do The Sandeman Chiado realça que as propostas de harmonização entre os pratos e as bebidas são flexíveis e o consumidor pode optar por fazer as

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suas próprias combinações e encomen- tem tido e confia que vão atrair novos dar cocktails a gosto. jovens consumidores, menos habituados No capítulo das sobremesas, destaque a beber Vinho do Porto: “O ambiente para a que mistura propostas de dife- e o serviço são bastante descontraídos e rentes regiões do país: pão-de-ló, queijo queremos que os clientes se sintam tenda Serra da Estrela DOP, doce de ovos, tados a experimentar. Servimos refeições, redução de Vinho do Porto e gelado de mas também é possível apenas petiscar canela. “Deve tentar carregar um pouco ou até só tomar uma bebida.” de tudo isto em cada colherada”, sugere A remodelação e decoração do espaço, Mariana Seabra. da autoria do arquiteto Paulo Lobo, “é A gerente está satisfeita com a receti- moderna e sofisticada”, em tons de douvidade que o The Sandeman Chiado rado, madeira e negro. As paredes estão recheadas de referências à história da Sandeman e do Vinho do Porto, como as reproduções das gravuras em carvão de William Prater, que retratou o Douro mais dos castanhos e nos seus no final do século XIX (os originais esaromas predominam o carvalho e tão nas caves de Gaia), ou a pipa gravada os frutos secos. com o símbolo da Sandeman, que foi a Convém saber ainda que o vinho primeira marca a fazê-lo. do Porto é sempre um vinho de O The Sandeman Chiado possui uma lote, pelo que a sua idade é a idaesplanada no renovado Largo Rafael de média dos lotes usados para o Bordalo Pinheiro, com 20 lugares senfazer. tados, e ocupa o rés-do-chão e primeiro Em anos de colheita excecional, andar do número 28, com mais 80 lugaproduzem-se os vintage: estes vires sentados. No piso térreo funciona o nhos são engarrafados dois anos bar e sala de refeições e no primeiro anapós a colheita e envelhecem em dar há mais duas salas de refeições, uma garrafa. Os vinhos Late Bottled Vindelas vocacionada para eventos ou festas tage são também de qualidade sude grupos. 

Branco, ruby ou tawny? No The Sandeman Chiado, o wine advisor Ricardo Raimundo explicanos que há três tipos de Vinho do Porto: o branco (feito com uvas brancas), o ruby e o tawny (ambos feitos a partir de uvas tintas). O ruby tem uma cor mais avermelhada porque envelhece em grandes balseiros de carvalho (25 a 40 mil toneladas), o que faz com que fique mais protegido da exposição ao ar e à madeira, pelo que possui aromas mais característicos da uva. Por sua vez, o tawny envelhece em condições oxidativas: em barricas mais pequenas, privilegiando o contacto com a madeira, que faz com que a sua cor se aproxime

perior (ainda que insuficiente para produzir um vintage), envelhecem de quatro a seis anos nos balseiros, sendo depois engarrafados.

The Sandeman Chiado Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 28, Lisboa Tel. 937 850 068 http://thesandemanchiado.com/

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últimas

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Statements Para pensar

“[O crescimento do setor segurador em Portugal, em 2015] permitiu aos seguradores assumirem as suas responsabilidades com desempenhos adequados, mas ainda há um caminho a percorrer, prevendo-se a tendência de aumento dos prémios. Embora a atividade económica apresente sinais de melhoria, o clima é ainda de alguma indefinição, pelo que será precipitado assumir que os piores terão sido ultrapassados” Ricardo Pinto dos Santos, Country Manager da MDS Portugal, “OJE”, 19/7/16

“Não podemos descurar também outro fator: um movimento de consolidação no mercado, muito por força das novas exigências – caso da [diretiva comunitária] Solvência II (já em vigor) ou da nova diretiva comunitária de distribuição de seguros, que vem exigir a todos os operadores uma maior responsabilização e dever de informação, tendo implicações substanciais na estrutura e políticas de negócio” Idem, ibidem

“A atual oferta do mercado de arrendamento não é suficiente, nem adequada para dar resposta aos níveis de procura dos consumidores portugueses e isso está a provocar um aumento sistémico do valor médio de arrendamento” Ricardo Sousa, CEO da Century21, “Expresso”, 20/8/16

“Este mercado é caracterizado por pequenos proprietários, e fazem falta os investidores, com carteiras de 100 ou mais imóveis para arrendar, que conseguem rentabilidade graças à escala que têm e que poderiam apresentar valores mais baixos” Idem, ibidem

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