Actualidad
Economia ibérica Outubro 2016 ( mensal ) | N.º 232 | 2,5 € (cont.)
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Las nuevas tendencias del consumo en España y Portugal
“Queremos que o mercado seja uma solução para empresas que estão num caminho de crescimento” pág. 08
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MDS pronta para operar em Espanha pág. 20
Cota 200 quer chegar às estradas da América Latina pág. 28
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Índice
índice
Ilustração: Sandra Guerreiro
Nº232
Grande Tema
Las nuevas tendencias del consumo en España y Portugal
38.
Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Vítor Fernandes e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Carlos Sánchez-de la Flor (estagiário), Clementina Fonseca e Susana Marques Direção de Informação (interina): Belén
Copy desk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro
CR7 abre na 48.Pestana Gran Vía, em Madrid, até 2018
Editorial
Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro
04. Más consumo y nuevos hábitos - Belén Rodrigo
Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Antonio Viñal Menéndez-Ponte, Fernando Costal Carinhas e Nuno Ramos Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal
Opinião 06.
Há “ouro” em Lisboa - Fernando Costal Carinhas
44.
Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787
¿Ha pagado más impuesto sobre vehículos del que debería? - Antonio Viñal Menéndez-Ponte
As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Atualidade 24.
Portugal, país clave en el crecimiento estratégico de la consultora Everis
E mais...
08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 30.Marketing 34.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 48.Setor Imobiliário 54.Vinhos & Gourmet 58.Barómetro Financeiro 60.Setor Automóvel 62.Calendário Fiscal 63.Bolsa de Trabalho 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Espaço de Lazer 74.Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
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editorial editorial
Más consumo y nuevos hábitos
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ptimismo a la vez que prudencia a la hora de analizar la recuperación del consumo. Las cifras muestran que tanto en España como en Portugal, y en general en toda Europa, los consumidores vuelven a sentir confianza y compran más. Es cierto que la crisis sigue dentro de la cabeza del consumidor y más allá de la afectación real en su bolsillo, su percepción es igualmente decisiva en la evolución del sector, y éste ha mejorado considerablemente en los últimos meses. Sin embargo, nadie se atreve a ser excesivamente optimista y se sigue mirando con un cierto recelo hacia el futuro. Pero hay una realidad que no se puede esconder y es el de la recuperación del sector después de varios años estancado. Por un lado, las cifras de consumo se aproximan a las de los años anteriores. Por otro, las tendencias de consumo van cambiando y se van modificando los hábitos de los consumidores. El gasto en consumo final de los ho-
Por Belén Rodrigo* gares españoles registró una tasa de firmando la tendencia observada desde crecimiento del 3,1% en 2015 impul- el tercer trimestre de 2013. Y las ventas sado por las compras de bienes dura- minoristas crecieron un 3,6% en 2015, deros y por la mejora del crédito, con- frente al crecimiento del 0,9% del año anterior. En el caso de Portugal, en el primer semestre de este año se ha registrado un crecimiento del 1,8% en “Cuando hablamos relación al mismo periodo del ejercicio anterior, alcanzando los 8.594 millode los hábitos de nes de euros en volumen de ventas. los consumidores Y cuando hablamos de los hábitos de destacan dos hechos: los consumidores destacan dos hechos. Uno es que españoles y portugueses se uno es que españoles preocupan cada vez más por una alimentación y una vida sana, generando y portugueses se la necesidad de comprar determinados preocupan cada vez productos saludables. Y el otro que el comercio electrónico va ganando terremás por comprar no a pasos agigantados. Los números productos saludables, no son todavía muy significativos pero sí demuestran que comprar por Intery el otro es que el net es un nuevo hábito que se está excomercio electrónico tendiendo rápidamente. Hay que reconocer que el comercio va ganando terreno a de hoy compite contra sí mismo. Las pasos agigantados” tendencias del consumo y la transformación tecnológica están imponiendo cambios vertiginosos. Los estudios nos dicen que en cinco años más, se prevé que cada individuo disponga de media de siete aparatos tecnológicos conectados a Internet, pero hoy por hoy sólo somos capaces de interpretar el 20% de la ingente cantidad de datos e información que generamos. Cuando algunos comienzan a digerir la era digital, otros ya se adentran en la nueva era cognitiva, donde las máquinas se adaptan al lenguaje humano y aprenden de él. * Directora Email: brodrigo@ccile.org
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Há “ouro” em Lisboa Por Fernando Costal Carinhas*
É
bem notória a “corrida ao ouro” Lisboeta e tal facto não está a passar ao lado dos mais avisados. Não se descobriram filões de ouro no subsolo da capital Portuguesa, mas a efervescente procura das melhores oportunidades de investimento que Lisboa (ainda) oferece assemelha-se aos fenómenos de procura do ouro, como aquele que aconteceu na Califórnia no séc. XIX. A verdade é que o “ouro”, em Lisboa, está acima do solo. O ouro, em Lisboa, é na verdade o património imobiliário que, tendo estado votado à letargia durante os anos de estagnação e congelamento de rendas e de míngua económica, foi reanimado por uma conjuntura (política, económica e legislativa) favorável, estando a viver, desde o início de 2014, uma época dourada. Se, durante alguns anos, nos habituámos a ver as cidades (em especial as principais cidades do país) decoradas com cartazes pendurados em varandas ou vedações, onde se lia “Vende-se” ou “Arrenda-se”, até que o passar do tempo ou uma intempérie se encarregassem de os fazer desaparecer, verificamos hoje uma total inversão do paradigma. De facto, os mesmos cartazes são hoje em dia elementos fugazes da decoração urbana e o “Vende-se” e/ ou “Arrenda-se” rapidamente são substituídos ou sobrepostos com a conjugação desses mesmos verbos no pretérito perfeito: “Vendido”, “Arrendado”. O melhor exemplo da inversão do paradigma no setor imobiliá-
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rio será mesmo a capital do País. De facto, em pouco tempo, Lisboa está a ficar de cara lavada. A cidade onde muitos prédios jaziam, votados ao abandono; onde outros ostentavam os andaimes de um passado melhor, mas que não eram há muito utilizados, e outros ainda, que não tendo passado das sapatas, aguardavam por quem os viesse terminar; transformou-se, rapidamente numa cidade onde o horizonte é pontilhado pelos perfis de gruas em toda
“Tanto o arrendamento de escritórios, como de espaços de retalho, têm mantido um ritmo positivo de transações” a sua extensão, onde os estaleiros voltaram a ter atividade, e os andaimes voltaram a estar povoados de trabalhadores atarefados. Gradualmente, Lisboa ostenta as suas cores claras “pintadas de fresco”, as cantarias alinhadas e de branco reluzente. E porque estes fenómenos são agregadores, juntamente com a renovação e requalificação do património edificado, a aposta tem sido também significativa na requalificação do espaço urbano envolvente. A cidade, que já esteve de costas voltadas para o rio, abre agora salas de visita que têm o Tejo como painel de fundo e os vãos, as janelas e sa-
cadas do edificado ribeirinho são acerrimamente disputados. Lisboa está, assim, a tornar-se uma “sala de visitas” da Europa, juntando aos excelentes clima e condições geográficas uma envolvente urbana agradável, uma ótima oferta de retalho, unidades hoteleiras em linha com as melhores práticas europeias e com qualidade e custo de vida que são, indubitavelmente, competitivos no contexto europeu. E a comprovar que o que se tem dito sobre a época dourada do setor imobiliário em Portugal não é uma mera quimera estão os números recentes relativos aos volumes e transações neste setor económico. Com efeito, no que ao arrendamento comercial diz respeito, passou-se da quase absoluta estagnação e de um cenário de excedente para uma situação de escassez de espaço relativamente à procura. Tanto o arrendamento de escritórios, como de espaços de retalho têm mantido um ritmo positivo de transações. No que toca ao retalho a procura de espaços localizados em zonas prime das grandes cidades mantém a liderança. Em Lisboa marcas como a Versace, a Bulgari, a Pinko ou a COS anunciaram abertura ou abriram novos espaços em Lisboa, continuando o eixo Avenida da Liberdade - Chiado a captar as principais atenções destes retalhistas para instalarem as suas f lagship stores na capital. Não obstante, todas as subcategorias deste setor apresentam um crescimento constante gerando a necessidade de mais
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oferta de espaços. Com efeito, tem-se assistido a um investimento sustentado na criação de novos espaços de retalho, seja de espaços stand alone , integrados em edifícios requalificados, em especial no centro das cidades, seja de shopping centres . É ainda de salientar que até mesmo o setor de retail parks , porventura aquele que mais padeceu com a crise do imobiliário, está lentamente a recuperar estando já prevista a abertura de novos espaços com um incremento significativo da área disponível neste subsetor. No que toca ao arrendamento de escritórios a procura mantém igualmente um crescimento constante, verificando-se já uma escassez de espaços de qualidade nas zonas preferenciais. A criação de novos espaços, que correspondam às exigências dos consumidores é já uma realidade, a qual tem sido sustentada por pré-arrendamentos destes futuros novos espaços, o que bem demonstra a vivacidade deste setor. A fechar esta breve referência ao setor comercial não podia deixar de referir aquele que tem sido um grande motor da requalificação urbana e um grande foco de investimento privado e institucional, em especial no centro histórico da cidade: a instalação de novas unidades hoteleiras, as quais, não só têm contribuído para a requalificação do edificado, como também representam um elemento essencial na revitalização dos centros urbanos. Mas o que parece ser o filão mais fiável do ouro Lisboeta é mesmo o mercado habitacional. Sustentado por programas politico-legislativos como os Golden Visa, o Regime dos Residentes não Habituais, a legislação relativa à reabilitação urbana e a legislação relativa ao alojamento local, o crescimento neste setor da atividade imobiliá-
ria é evidente e merece destaque. Somando a todas as referidas medidas legislativas o facto de Portugal oferecer sol, mar, paisagem natural, gastronomia e bom acolhimento, tem feito com que o nosso país se torne um porto seguro de investimento, e em muitos casos de residência, para muitos estrangeiros, o que, sem dúvida, tem favorecido o sucesso desta área do investimento imobiliário. Acresce ainda aos referidos factores um outro, bastante relevante: é que, não obstante nos últimos três anos se ter verificado um crescimento dos preços no mercado habitacional, que em Lisboa foi de cerca de 22% e a nível nacional de cerca de 5,3%, Portugal continua a ter preços de imobiliário muito competitivos com os demais países da Europa sendo o custo de vida bastante inferior à maioria deles. Estão assim reunidas as condições para que investidores privados ou institucionais olhem para o nosso País como um foco de investimento neste setor, ainda mais quando as previsões apontam para uma aceleração, ainda que ligeira, no crescimento dos preços habitacionais. Isto dito, é importante referir que, ao contrário do que sucedia há um ano e meio, o investimento de estrangeiros em imobiliário não se deve, em primeira linha, ao programa dos Golden Visa . Ainda que a excelência do programa de Golden Visa português tenha obtido reconhecimento internacional pela “Global Residence and Citizenship Programs”, ficando à frente dos homólogos austríacos e belgas, e tenha, de facto, representado uma importante fonte de investimento em imobiliário, a chegada de investidores estrangeiros é presentemente fomentada pela globalidade dos atrativos oferecidos por Portugal, sendo evidência disso mesmo o facto
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de o número dos tradicionais investidores trazidos pelos Golden Visa ter sido ultrapassado por investidores de origem francesa e brasileira. Finalmente, não poderia deixar de referir, um pouco mais aturadamente aquele que, sendo um setor de atividade autónomo do setor imobiliário, tem assumido uma relevância fulcral no desenvolvimento da economia portuguesa e, de forma muito evidente, do mercado imobiliário – o turismo. E não é só pela disseminação de unidades hoteleiras e a renovação de ativos imobiliários afetos a esse fim, como atrás já referido, mas também pela inf luência direta nas mudanças profundas que têm ocorrido no mercado imobiliário de rendimento tradicional. Fruto do f luxo de turistas e do novo enquadramento legislativo, muitos dos fogos que estavam afetos ao arrendamento tradicional, podem hoje ser explorados como unidades de alojamento local ou para arrendamento de curta duração a turistas o que tem permitido aos proprietários incrementar substancialmente o rendimento do seu património imobiliário e investir na sua renovação, o que, em Lisboa, tem assumido especial relevância na zona histórica da cidade. Tendo em conta a evolução recente do mercado imobiliário e os indicadores deste setor, é possível antever uma continuação do crescimento sustentado do mesmo. Para que tal aconteça é imprescindível que haja uma manutenção da aposta em políticas que promovam a sustentabilidade do mercado imobiliário e que permitam que continue a ser um mercado atrativo e competitivo no panorama europeu. * Associado da PLMJ Imobiliário E-mail: fernando.costalcarinhas@plmj.pt
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Maria JoĂŁo Carioca CEO da Euronext Lisbon 8 act ualidadâ‚Ź
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“Queremos que o mercado seja
uma solução para empresas que estão num caminho de crescimento”
Apesar do contexto internacional ainda pouco favorável ao mercado de capitais, a bolsa portuguesa quer voltar a ser uma das alternativas viáveis das empresas para a sua capitalização, como forma de alavancar projetos de crescimento. Maria João Carioca salienta que a Euronext Lisbon está empenhada em atrair para a bolsa empresas de setores com grande vitalidade e que apresentem uma boa estrutura financeira, afim de que, assim, se tornem atrativas para os grandes investidores internacionais.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org
Recentemente chegada à Euronext, que balanço faz dos três meses em que está à frente da bolsa portuguesa? Quais os principais desafios com que deparou?
São três meses no meio do verão, em contexto de “Brexit” e de alguma instabilidade política... é um contexto muito curto e influenciado por estes desenvolvimentos. De qualquer modo, da minha parte, faço um balanço positivo, fundamentalmente porque há um conjunto de desafios no universo Euronext que são muito interessantes, como a relação que
Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
temos fomentado com os parceiros de mercado, através de um conjunto de iniciativas que estão a decorrer. Para uma empresa como a Euronext, que está a ver os dois lados do mercado – as empresas e os investidores – o desafio é sempre garantir que estas duas dimensões têm o vigor e a presença em mercado suficientes para se atrairem mutuamente. Por exemplo, estamos agora a levar um grupo de empresas portuguesas à China para tomarem contacto com um número significativo de investidores chineses, exatamente porque acreditamos ser importante fazer essas pontes.
Em que termos é que essa aproximação se está a fazer…?
É um evento organizado a nível global, da Euronext, não são só empresas portuguesas, são de um conjunto de mercados, mas há também um conjunto de empresas portuguesas… É um roadshow?
Na prática, é um roadshow, que nós apoiamos, com outros parceiros. É um evento para as empresas se mostrarem aos investidores – a tomada de decisão [sobre a eventual entrada em bolsa] continua a seguir o percurso normal, mas 9
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estar em mercado é isso: dar-se a conhecer, perceber do que é que os investidores estão à procura, depois entender se aqueles investidores são o perfil que se pretende… isso tem tudo a ver com a natureza dos desafios que aqui temos. Há outras iniciativas a decorrer nesta mesma linha – todo o programa da unidade “Capitalizar” vai neste sentido, de criar condições para que haja um olhar por parte das empresas, quando estão a pensar em qual a melhor estrutura para se financiarem, ou para terem acesso ao mercado e que possam ter condições – estamos a trabalhar ativamente nisso também. No contexto atual, há muito trabalho que tem de ser feito agora, que se calhar só vai colher frutos numa altura em que a economia esteja mais estável, mas este trabalho tem de ser feito em permanência. Quanto ao “Brexit”, qual o impacto que tem tido para a bolsa portuguesa e para as empresas portuguesas cotadas? Tem afetado o mercado?
É inquestionável que afeta o mercado. É ainda muito cedo para concluirmos qual o sentido desse impacto… O que sabemos é que, tendo em conta a incerteza e 10 act ualidad€
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os dossiês que estão ainda em aberto, os planos de investimento das empresas e a disponibilidade de fundos por parte dos investidores têm refletido esses períodos de incerteza. Há uma necessidade de perceber o que é que fica do lado de lá do canal, o que fica do lado de cá, assim como quanto tempo é que este processo irá demorar… e a incerteza, em mercado, é sempre um fator que contrai, que não ajuda a que as transações ocorram cedo… ... Há um adiamento das decisões de investimento?
Exatamente. Ainda nem conseguimos perceber exatamente qual é o horizonte do “Brexit”… Esse é um dos cenários que está a afetar a bolsa portuguesa, a instabilidade ligada à economia nacional e internacional. É uma das principais razões por que muitas empresas portuguesas não vão para o mercado de capitais ou há outras ainda?
É um dos elementos. Será a combinação de um conjunto amplo de elementos. Há elementos de contexto atual, efetivamente o de estarmos, a nível mundial e também europeu, a ter um conjunto de fatores que
vêm desde a crise – toda a política de gestão das taxas de juro dos bancos centrais tem um impacto muito forte na maneira como a atividade dos mercados está a ser conduzida – e o “Brexit” veio somar-se a isso tudo… Saliento ainda a realidade dos próprios mercados de capitais, com algumas das movimentações que existem... Nós estamos – num contexto “Brexit” – a discutir a fusão de duas grandes bolsas, a London Stock Exchange e a Deutsche Börse. Se essa fusão vai ou não efetivamente ocorrer e quais os contornos de mercado que daí vão resultar, é algo que suscita muitas questões, nomeadamente sobre como é que isso se traduzirá para as infraestruturas e também para a capacidade de mercados mais pequenos, como o nosso, e de empresas de dimensão relativamente pequena, como são as PME portuguesas, continuarem a ter acesso aos mercados e continuarem a ter infraestruturas a funcionar… Por outro lado, em Portugal, há ainda a questão do setor bancário, que tem tido, permanentemente, vários sobressaltos e notícias que obviamente não ajudam à confiança dos investidores, nem ajudam
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a uma gestão das estruturas financeiras das empresas de uma forma estável, firme e continuada… Há ainda que salientar o ritmo a que a economia está a crescer e as incertezas sobre se o modelo económico que está a ser seguido vai sustentar o crescimento. Isto tudo reflete-se no mercado. Mas a incerteza no setor bancário não tem sido muito negativa para a bolsa? Ainda hoje vieram mais notícias de um processo complexo, como tem sido o do BPI. Quer pronunciar-se sobre este caso?
De maneira nenhuma. Não me vou pronunciar sobre processos específicos de empresas cotadas. É muito cedo… A visão do setor é toda ela de complexidade – e isso, em termos de mercado, mais do que qualquer caso específico, tem impacto.
Pondo então de lado o setor bancário, que tem vários processos de movimentação ainda em aberto e com cenários complexos, que setores apresentam melhor comportamento e que se podem destacar?
Acho que o nosso mercado tem uma composição diversificada. Para a dimensão da nossa economia, conseguimos ter um mercado de cotadas que tem presenças relativamente diversificadas, o que é muito útil para a nossa economia – temos desde utilities... o setor financeiro ainda tem, obviamente, um peso muito significativo, mas também temos empresas do setor primário, da distribuição, comércio… Temos um mix importante, e isso é bom. E temos visto desempenhos positivos em empresas de setores diversos, como a energia – com empresas do setor energético a terem presença em mercado muito positivas, com evoluções da cotação, mas também com liquidez, que despertam os investidores a nível internacional, e que comparam muito bem com os seus pares de indústria… Gostaríamos, obviamente, de ter no mercado mais empresas – e esse é um dos trabalhos que temos vindo a fazer –, porque há setores em Portugal que têm um dinamismo tal que pode catapultar a vinda de algumas empresas desses setores para o mercado, e desde que estas tenham um
“Há várias iniciativas a decorrer – todo o programa da unidade Capitalizar vai neste sentido”, de levar as empresas a analisar qual a melhor forma de se financiarem volume de negócios e de investimento atrativos para irem para o mercado de capitais. Falo do turismo, mas também de setores ligados às tecnologias, ou mesmo do setor primário… Queremos que o mercado [de capitais] seja uma solução para empresas que estão num caminho de dinamismo e que estão em setores de crescimento, mas que vão continuar a precisar de financiamento para crescer. Poder ter o capital disponível para facilitar o crescimento através do mercado é a nossa missão, por isso, gostava de ver acontecer mais [entradas em bolsa].
Quanto ao mercado de obrigações, que teve também uma forte queda, há previsões de alguma recuperação, já que era um setor refúgio para os investidores…?
A dinâmica entre estes dois setores é sempre uma dinâmica de equilíbrio entre ambos – entre equity e dívida, entre obrigações e ações. Estamos à espera de decisões importantes, nomeadamente de bancos centrais relativamente à evolução das taxas de juro e esse é um fator muito determinante. Estamos a questionar se a política [relativa às taxas de juros] não está já em momento de inverter. Enquanto o mercado estiver nesta incerteza, e enquanto nos Estados Unidos não houver uma decisão da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, e como é que a União Europeia vai acompanhar este movimento – e em contexto “Brexit”, como é que a política do euro se vai afirmar face à política da libra –, vamos ter ainda um período que não vai ser fácil. Os investidores estão à procura de yeld [taxa de capitalização] – é incontornável, neste momento, com as taxas tão baixas como elas estão, há tanto tempo –, mas ainda não estamos num momento em que se veja um regresso agressivo outubro de 2016
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grande entrevista gran entrevista às equities, porque entre a procura de yield e a incerteza no mercado ainda não há confiança para uma entrada de capital nas ações europeias. É uma tendência que se verifica em vários mercados, não só no português…?
É uma tendência que se verifica em vários mercados. Não podemos descartar que Portugal tem tido, nos últimos anos, um conjunto de fatores específicos, que temos de ter em atenção. Como os problemas no setor bancário, que se têm arrastado…
Da banca para a bolsa Maria João Carioca é, desde junho, a nova CEO da Euronext Lisbon, presidindo ainda à Interbolsa e à recém-criada Euronext Technologies, a plataforma tecnológica que dá apoio ao grupo Euronext. A gestora é ainda membro executivo do conselho de administração da Euronext NV. Antes de assumir estes cargos no grupo Euronext, Maria João Carioca pertencia à comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, insituição onde foi, nomeadamente, responsável pelas áreas de Sistemas de Informação, Operações, Marketing, Organização e Corporate. Anteriormente, entre 2004 e 2008, foi administradora da SIBS Pagamentos, depois de ter passado pela Unicre, como responsável pela unidade de Estratégia.
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Maria João Carioca iniciou a sua carreira profissional em 1993, como consultora da McKinsey & Company. Passou por vários escritórios da consultora, em Lisboa, Madrid e Amesterdão, e dedicava-se aos setores de serviços financeiros e Administração Pública. Mais tarde, passou a associate principal da McKinsey e trabalhou com a McKinsey Global Institute para o estudo de 2003 sobre a produtividade de Portugal, que foi conduzido pelo Ministério da Economia. Licenciada em Economia, pela Universidade Nova de Lisboa, possui ainda um MBA, pelo INSEAD, tendo completado o programa LCOR, na Harvard Business School. Contribuiu para o livro “Conquistar o Futuro da Europa” e para as iniciativas “Novo Portugal” e “Portugal Leaping Forward”.
… A Itália também tem uma situação séria com o setor bancário para resolver, ou mesmo a Alemanha também tem problemas… Espanha continua a ter turbulência política, embora tenha registado um crescimento económico, mas tem turbulência política que ainda não está resolvida, que também não é descartável. Os problemas em Portugal, sendo muito específicos, tiveram, de facto, um impacto menos positivo nos investidores. Mas o contexto a nível europeu, genericamente, ainda contém muitas incertezas. Tivemos uma crise em 2008 e, desde então, já lá vão oito anos e ainda se arrasta, está a ser difícil inverter este ciclo económico. Se o mercado estivesse muito ávido de investir e o setor bancário a nível europeu estivesse mais pujante, algumas das situações em Portugal talvez se resolvessem mais depressa… Tem que haver investidores…
Tem que haver investidores e condições de entorno que ajudem os investidores a tomar decisões. O capital não desapareceu, está é, em muitos casos, como que à espera dos caminhos que lhe dão retorno com níveis de risco adequados. Se não, retém-se. Existe algum projeto, por parte do grupo Euronext, que envolva também Espanha?
Institucionalmente, as relações com o mercado espanhol são as melhores. Estamos todos a ver como é que a paisa-
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gem europeia se vai recompor, havendo “Brexit” e toda a deslocação de capital e de mercados – e de oportunidades – que isso vai implicar… Historicamente, a proximidade entre ambos os mercados tem sido sempre grande, mas não há grandes movimentações enquanto estes assuntos não se resolverem…. Qual foi a tendência do mercado bolsista nacional nos primeiros oito meses do ano?
Os números de volumes deste ano apontam para uma contração generalizada a nível europeu, que em alguns mercados anda próxima dos 40%, refletindo precisamente as incertezas de que já falámos. Depois, há outras áreas em que os investidores – exatamente porque estão à procura de segurança adicional – em que acabamos por ter mais negócio. É o caso do mercado secundário, do mercado de derivados, do mercado ligado à informação para os investidores, que não estão a reagir de maneira muito negativa e al-
guns têm mesmo evoluções positivas. Recentemente, a Euronext anunciou a relocalização de uma parte do negócio para Portugal. Em que é que vai consistir esse projeto e o que representa para Portugal e para a Euronext?
Portugal está a recrutar para um centro de competências que estava em Belfast, na Irlanda. Estamos ainda a aproveitar essa deslocação de recursos para olhar para tudo o que são as nossas áreas de tecnologias e trazer alguns recursos para Portugal. Estamos muito perto de nos tornarmos o segundo maior empregador ao nível do grupo Euronext. Com quantas pessoas vão contar mais?
Neste momento, estamos a contar com cerca de 120 pessoas, só para esse centro de competências, mas ainda não sabemos os números totais, vai depender das equipas que se venham a constituir. E quando é que o projeto se irá concretizar?
Está já a decorrer. Estamos a recrutar,
e no final do primeiro quadrimestre de 2017 estará operacional. Estamos a assegurar a contratação, formação e a assegurar transição e assegurar entradas em produção que sejam compatíveis com o serviço e com a qualidade e resiliência das nossas plataformas tecnológicas, e que vão servir todo o grupo Euronext. Que serviços irá ter?
São equipas que vão fazer o desenvolvimento das nossas plataformas. Portanto, terá uma grande componente de desenvolvimento… serão ainda equipas para a área de operação e equipas que vão estar a trabalhar na transição – a Euronext tem um grande projeto de mudar a plataforma de legacy que tinha para uma nova plataforma, para dar resposta às novas necessidades dos nossos clientes, com mais serviços ligados à informação e a serviços adicionais para os nossos clientes. Portugal terá, assim, aqui concentrada uma grande parte da nova geração de sistemas da Euronext.
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Caixabank sobe preço na OPA sobre o BPI O CaixaBank reviu as condições da operação pública de aquisição sobre a totalidade das ações do congénere português BPI, aumentando o preço oferecido, de 1,113 para 1,134 euros por ação. O banco catalão sublinhou que estão reunidas as condições para avançar com a operação, após a recente desblindagem dos estatutos do banco liderado por Fernando Ülrich. Segundo o líder do banco catalão, o banco português fica melhor preparado para cumprir as exigências regulatórias aplicáveis. “Estamos dispostos a assumir o controlo do BPI para ajudar a instituição a enfrentar com garantias os futuros
desafios do setor financeiro português e as exigências regulatórias”, afirmou Gonzalo Gortázar, presidente executivo do CaixaBank, num comentário enviado às redações e citado pelo “Jornal de Negócios”. De acordo com a assembleia-geral do BPI, realizada no passado dia 21 de setembro, foi colocado um ponto final à blindagem dos estatutos, ou seja, acabaram os limites de 20% dos direitos de voto. A proposta foi aprovada por 88,22% dos votos expressos. “O CaixaBank avalia positivamente a decisão dos acionistas do BPI de eliminar as restrições aos direitos de voto, uma
vez que dará estabilidade à entidade, ao permitir aplicar o princípio de uma ação, um voto, em linha com as melhores práticas de governo corporativo”, salientou ainda o presidente do Caixabank, instituição que detém cerca de 45% do banco português. O grupo catalão, cujo maior acionista é a fundação La Caixa, espera prosseguir com a OPA, “que representa um forte compromisso de investimento com Portugal”. “Esta decisão da assembleia-geral permitirá seguir com uma operação que estamos convencidos de que é o melhor para o futuro da entidade e de todos os seus acionistas”.
El Corte Inglés assinala 15 anos em Portugal, tendo aumentado as vendas em 2,9%
As vendas do El Corte Inglés, que completa este ano 15 anos de atividade em Portugal, cresceram 2,9% no nosso país, atingindo os 429,6 milhões de euros. O El Corte Inglés alcançou, no exercício terminado a 29 de fevereiro de 2016, um volume de negócios de 429.652.974 de euros, o que corresponde a um aumento de 2,9% face ao ano anterior, conforme o relatório e contas do grupo. Este exercício corresponde ao 14º ano completo de atividade no nosso país, uma vez que a empresa se prepara para celebrar, em novembro, o seu 15º aniversário de atividade.
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“Tendo em conta a conjuntura económica em Portugal ao longo de 2015, a direção da empresa manifestou-se muito satisfeita com a evolução das vendas e dos resultados”, frisou o grupo espanhol. Os resultados brutos de exploração (EBITDA) aumentaram 5,7%, para os 40,6 milhões e os resultados, líquidos de impostos, atingiram as 19,2 milhões de euros, superando em 3,8% os do ano anterior. Este exercício ficou marcado pela remodelação de vários espaços dentro das lojas, sobretudo nos Grandes Armazéns de Lisboa e do Porto, onde a empresa fez um esforço de incorporação de novas marcas, produtos e serviços. “A estratégia do El Corte Inglés continua a basear-se na diferenciação através dos elevados níveis de atendimento, garantia e qualidade. De igual modo, continua a apostar na inovação, antecipando necessidades e procurando surpreender o público com novas marcas, produtos e serviços, bem como novas formas de os obter”. O grupo “tem aumentado os seus in-
vestimentos, não só na melhoria dos seus espaços físicos, mas também na criação de canais de venda e de comunicação inovadores, numa perspetiva de omnicanalidade, tornando cada vez mais cómodas, fáceis e atrativas todas as interações com os seus clientes. Neste sentido, o El Corte Inglés lançou, com grande êxito, a app do supermercado, com uma tecnologia pioneira, interativa e amiga do consumidor”, sublinhou a companhia, adiantando que “a equipa de ecommerce tem continuado a trabalhar neste e noutros segmentos, onde se inclui a tecnologia, a moda e acessórios, a cultura e lazer, o desporto e a decoração, para, em breve, apresentar propostas de comércio eletrónico igualmente precursoras”. Este esforço de adequação da oferta à procura exige um trabalho contínuo no sentido de aumentar a flexibilidade de todas as equipas, desde a área de compras à do marketing, passando pelas equipas do online e pelas operações e vendas, destacou ainda a companhia liderada por Ángel Vaca (na foto).
Breves Millennium bcp entre os melhores bancos digitais na Europa Ocidental O Millennium bcp foi distinguido pela revista norte-americana “Global Finance” como um dos “Melhores Bancos Digitais na Europa Ocidental”, no âmbito dos “The World’s Best Trade Finance Banks”. O Millennium bcp foi o único banco português entre as instituições premiadas. Dulce Mota, diretora de Comunicação do Millennium bcp, afirma que “esta distinção reflete o esforço que o banco tem vindo a fazer para antecipar e acompanhar a transformação digital”. ”Nós estamos atentos às mudanças e aos hábitos dos clientes, e sabemos que a maioria acede diariamente às contas via tablet ou smartphone. É, por isso, que continuamos a trabalhar diariamente para oferecer cada vez melhores soluções digitais, porque acreditamos que este é o driver para o crescimento do negócio”, conclui. Como destaca o editor e diretor editorial da Global Finance, Joseph Giarraputo, “os bancos mais bem-sucedidos do mundo são aqueles que efetiva-
mente se transformaram em bancos digitais totalmente integrados, com um forte foco na experiência do utilizador.” Acrescenta que “os vencedores dos prémios deste ano são os bancos que entendem que ambos os clientes corporativos e de retalho esperam que os seus parceiros financeiros lhes facilitem o acesso a um conjunto de produtos financeiros e ferramentas que são totalmente integrados na sua vida digital.” Os bancos vencedores nesta categoria foram selecionados com base nos seguintes critérios: estratégia para atrair e servir clientes digitais; sucesso na obtenção de clientes para usar ofertas digitais; crescimento de clientes digitais; oferta de produtos; benefícios adquiridos com iniciativas digitais; e, ainda, o design da app. Há 17 anos que a publicação distingue os melhores bancos a nível mundial, em diversas categorias, sendo estes prémios considerados de excelência para a comunidade financeira global.
Gas Natural Fenosa com uma quota de mercado de 15% em Portugal A quota de mercado da Gas Natural Fenosa em Portugal ultrapassa já os 17% no segmento industrial, sublinhou a companhia, na apresentação dos seus resultados semestrais. Atuando no mercado da distribuição de gás natural e de eletricidade, a GNF frisa que “continua como o segundo operador do país, com uma quota superior a 15%“. A empresa continua a investir na inovação para cumprir as expetativas dos clientes e, inclusive, consegue antecipar-se a elas, incorporando novas funcionalidades em todos os canais digitais, como a contratação e a atenção online, onde se alcançaram os seis milhões de consultas anuais. O grupo espanhol obteve lucros de 645
milhões de euros no primeiro semestre de 2016, uma descida de 6,5% em termos homólogos. Este valor exclui os impactos cambiais, que foram mais positivos no primeiro semestre de 2015. O EBITDA dos primeiros seis meses do ano atingiu 2.457 milhões de euros, uma redução de 0,4% face ao período homólogo, devido à descontinuação do negócio de gás de petróleo liquefeito no Chile. Apesar do contexto complicado, que afetou especialmente os negócios de fornecimento e comercialização de gás nas suas atividades reguladas da América Latina, os resultados demonstram a solidez do modelo de negócio da Gas Natural Fenosa, sublinhou o grupo energético espanhol.
Bosch e IEFP iniciam formação a uma centena de desempregados A Bosch e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Braga iniciaram um novo programa de formação, onde participam durante dois meses uma centena de desempregados, e cujo objetivo é colmatar as necessidades da indústria de tecnologia.
Esta é a primeira edição deste programa de formação, no âmbito de uma parceria entre a Bosch e o IEFP, e visa preparar os formandos “para rapidamente assumirem funções nas áreas de produção e logística” daquela ou de outra empresa industrial e “assim dar uma resposta mais competitiva à flexibilidade exigida pelos clientes deste setor”. O programa integra conteúdos como eletrónica, logística ou saúde e segurança no trabalho, ao longo de 200 horas de formação, refere o comunicado da empresa. A Bosch em Braga já contratou 400 colaboradores este ano e prevê realizar novas contratações. Mercado de venda de medicamentos expandiu-se em 2015 O mercado português de medicamentos alcançou em 2015 um crescimento de 3,9% em valor, contrariando a tendência depois de seis anos de quedas consecutivas, de acordo com o estudo “Setores Portugal - Indústria Farmacêutica”, publicado pela Informa D&B. As vendas de medicamentos em farmácias em Portugal continental situaram-se em 2.491 milhões de euros em 2015, face aos 2.398 milhões contabilizados no ano anterior. Esses 2.491 milhões de euros estão “todavia, longe do máximo de 3.353 milhões de euros do ano 2008”, adianta o mesmo estudo. Personal20 assina nova abertura em Lisboa A empresa de ginásios Personal20 e o empresário de fitness Marco Santos assinaram um acordo para a abertura de mais um espaço daquela cadeia em Lisboa e o sétimo em Portugal. O mais recente ginásio daquela cadeia portuguesa possui um quadro de técnicos de fitness e personal trainers qualificados para trabalhar todas as
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Breves vantagens da eletroestimulação muscular no treino, nomeadamente a perda de peso, remodelação corporal, redução da gordura, tratamento da celulite, alívio das dores nas costas e ganho de massa muscular. Personal20 é o primeiro conceito nacional de eletro fitness. Fundado pelo CEO da Vivafit, Pedro Ruiz e pelo diretor da Bodyconcept, Alexandre Lourenço(ambos na foto), o Personal 20 é um novo conceito de fitness “orientado para os resultados e que junta equipamentos de eletroestimulação muscular, com o acompanhamento
permanente de um personal trainer”, explica a empresa. Cada sessão de treino é totalmente personalizada e dura apenas 20 minutos, mas equivale a mais de uma hora de treino num ginásio regular, devido à utilização da eletroestimulação muscular. Efapel fatura mais 7% nos primeiros seis meses do ano A Efapel, maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão, registou vendas de 15,4 milhões de euros no primeiro semestre, o que representa um crescimento homólogo de 7%. Já as vendas no mercado externo cresceram 8%, no mesmo período, um ponto percentual acima do crescimento global. O sucesso nas exportações deve-se, essencialmente, ao bom desempenho em mercados europeus, como Alemanha, República Checa, Áustria, Polónia e Espanha, e ainda em alguns mercados do Médio Oriente. A empresa continua a apostar na divulgação da sua marca e dos seus produtos em feiras internacionais, tendo participado, no período em análise, nomeadamente na Feira Light and Building, em Frankfurt (Alemanha). A prospeção de novos mercados é uma das grandes prioridades da Efapel, que atualmente tem as “atenções centradas em alguns mercados europeus, onde a empresa pretende entrar ou reforçar a sua posição”, destacou o fabricante de Coimbra.
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Novo Banco promove conferência sobre turismo no Algarve O Novo Banco promoveu o seminário “O Turismo como Pilar da Economia Nacional”, que decorreu em Faro, no último dia 22 e que contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira da Silva, e as intervenções do presidente da NERA, Vítor Cabrita Neto, e do presidente do Novo Banco, António Ramalho. O evento incluíu uma mesa redonda com responsáveis de empresas do setor, do Turismo de Portugal e da Universidade do Algarve. Com o objetivo de destacar a estratégia de sucesso que tem vindo a ser prosseguida no setor do turismo, com o envolvimento de todos os agentes (empresários, Estado e setor financeiro), e debater os desafios e oportunidades de crescimento futuro, o seminário integrava-se num ciclo de conferências que o Novo Banco vem realizando a nível nacional, destinadas a destacar os melhor exemplos de contribuição para a economia
nacional em termos de exportação, investimento e criação de emprego e, ainda, para debater os desafios e oportunidades para as empresas portuguesas. “O turismo tem-se assumido como um importante pilar da económica nacional, representando já 6,3% do PIB nacional, mantendo uma forte dinâmica ao nível das receitas. É o maior setor exportador nacional, representando 45% das exportações de serviços e contribuindo positivamente para a redução do défice externo, com um excedente comercial de 3.145 milhões de euros”, de acordo com o comunicado difundido pelo Novo Banco.
Lucro da Mota-Engil dispara com resultados extraordinários A Mota-Engil obteve um lucro de 72,6 milhões de euros, no primeiro semestre de 2016, o que representou um aumento de mais de cinco vezes face aos 13 milhões obtidos no período homólogo, e um crescimento de 7% face ao primeiro semestre do ano. Ganhos extraordinários através da venda do negócio de portos e logística, mas também da Indáqua, ajudam a explicar a forte subida dos lucros da Mota-Engil no primeiro semestre. O EBITDA (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações) aumentou 3%, para os 149 milhões de euros, atingindo uma margem de 14%, em linha com a alcançada
no primeiro semestre de 2015. As vendas e o EBITDA ficaram, todavia, aquém do esperado. O volume de negócios ascendeu a 1.036 milhões de euros, uma diminuição de 4% face ao semestre homólogo. A América Latina foi “responsável por 33% do total”. Já os resultados financeiros foram negativos, embora tenham melhorado de um prejuízo de 42,8 milhões de euros para apenas 29,9 milhões negativos. A Mota-Engil é o maior grupo de construção nacional. Opera também na área do ambiente, serviços, bem como das atividades de concessões rodoviárias, através do grupo Ascendi (onde tem 60%).
Novas aberturas da Coviran no arquipélago dos Açores O quinto supermercado da rede Coviran na Região Autónoma dos Açores abriu recentemente na ilha do Faial. O novo supermercado da Horta denomina-se Rufrimar Produtos Alimentares e é um inovador estabelecimento, que coloca à disposição dos seus clientes 600 metros quadrados de área de vendas, quatro caixas de saída e um completo sortido de talho, charcutaria, frutaria, padaria e peixaria. Incorpora também uma cafetaria, para maior comodidade dos seus clientes. Esta loja inclui uma ampla variedade de produtos dietéticos e saudáveis, assim como o melhor da Marca Coviran, sempre com uma excelente relação qualidade preço. A abertura criou 33 postos de trabalho, uma equipa jovem, do próprio meio, garantindo assim a aposta do Grupo Cooperativo em criar emprego e riqueza no circulo mais próximo à sua atividade, graças aos seus sócios. Duas gerações
com o nome Rufino, pai e filho, através da relevância geracional estão a trazer esforço e valor à sua ilha”, enquadra a cadeia cooperativa espanhola. A Coviran conta já com 327 sócios aderentes em Portugal, responsáveis por mais de 1.662 postos de trabalho criados. Na sua aposta pela oferta local, trabalha com 262 fornecedores portugueses aos quais já comprou 80% do sortido em 2015, “dando, assim, resposta às necessidades em constante alteração, de um setor tão competitivo como este”, adianta o grupo em comunicado.
Empresas em Portugal preveem empregar mais entre 2016 e 2017
O número de empresas dispostas a con- área de Estudos de Mercado da Mercer, tratar novos colaboradores praticamente “Em 2015, o PIB real cresceu 1,5%, seguinduplicou, de acordo com o estudo “Total do a tendência do ano anterior. Em 2016, Compensation Portugal 2016“, realiza- as estimativas apontam para uma expando pela consultora Mercer, que analisou são semelhante e para 2017 prevê-se uma 160.232 postos de trabalho em 305 em- continuação da tendência de crescimento, presas no mercado português. Com uma com previsões que apontam para 1,7%. amostra que atingiu um número recorde É uma conjuntura que também contribui de postos de trabalho analisados no es- para o aumento significativo da intenção tudo, 2016 confirma a tendência que se de contratação de novos colaboradores – verificou no ano passado, sendo que o a taxa de desemprego reduziu de 12,6% número de empresas que prevê aumentar em 2015 para 11,6% em 2016, sendo que o seu efetivo de colaboradores aumentou se estima que se fixe nos 10,7% em 2017”. para 49% face aos 26% de 2015. Uma par- No que respeita à evolução salarial por te igualmente significativa (cerca de 44% níveis funcionais, “tem-se observado que das organizações) afirma que irá manter as funções de maior nível de responsabio número de colaboradores em 2016 e lidade têm sido as mais penalizadas em apenas 7% prevê reduzir o número de fases de contração da economia, bem colaboradores. Para 2017, estima-se que como as que mais recuperam em períoo número de empresas que pretendem dos de crescimento económico. No enaumentar os quadros irá estabilizar-se na tanto, este ano, seguindo as tendências ordem dos 46%. positivas, registou-se um aumento geneSegundo Tiago Borges, responsável da ralizado dos salários”.
Gestores
em Foco
Rodolfo Florit Schmid (na foto) é o novo diretor geral da Seat Portugal. Licenciado em Direito e Gestão de Empresas, Rodolfo Florit Schmid de 43 anos, está ligado ao grupo Seat há mais de 16 anos. Desempenhou várias funções na área das finanças e comercial, estando nos últimos anos a desempenhar as funções de secretário geral da presidência do grupo automóvel. Rodolfo Florit Schmid sucede a Marc Bisbe, que assumirá as funções de Head of Sales da Seat SA. Clara Tur Muñoz (na foto) é a nova Executiva de Contas da Grafe Publicidade. A empresa de comunicação institucional e publicidade, com sede em Lisboa, integra, assim mais uma colaboradora espanhola, que terá como uma das prioridades promover as relações entre Portugal e Espanha. A jovem catalã, com formação na área da tradução e intérprete, tem uma vasta experiência nos domínios do e-commerce e do acompanhamento direto de clientes nesta área, possuindo ainda bons conhecimentos da língua e da cultura portuguesas. Liliana Conde (na foto) é a nova diretora geral do Internacional Design Hotel, sucedendo a Sara Freire na liderança desta unidade de quatro estrelas, localizada na Baixa de Lisboa. Ao longo dos últimos 11 anos, Liliana Conde integrou o grupo NH Hotels, onde desenvolveu funções de chefia em diversas unidades daquela cadeia em Portugal. Entre 2014 e o primeiro semestre de 2016, acumulou, nomeadamente, o cargo de diretora geral dos hotéis NH Liberdade, que já dirigia desde 2009, e o NH Campo Grande. Liliana Conde ingressou no ramo da hotelaria em 1993, tendo passado pelo Hotel Village Cascais, pelo grupo 3K Hotéis e pelo Quality Hotel Lisboa, antes de entrar para a NH.
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Breves El macrocentro Madrid Xanadú saldrá a la venta por 500 millones de euros El gigante canadiense Ivanhoé Cambridge ha comenzado el proceso de preparación de venta del centro comercial Xanadú de Arroyomolinos (Madrid), uno de los cinco grandes centros comerciales de España. El objetivo se centra en cerrar la transacción en el primer tramo de 2017. Varios intermediarios inmobiliarios ya han recibido el interés de venta por parte de Ivanhoé Cambridge y, a su vez, ya han comenzado a trasladarlo a potenciales inversores con gran capacidad de compra, pues se espera que la operación se pueda cerrar por más de 500 millones de euros, lo que significaría un récord en una transacción de un centro comercial en España. Madrid Xanadú fue inaugurada en 2003. La promoción correspondió a una joint venture formada por la multinacional estadounidense The Mills y la empresa española PGC (Parcelatoria Gonzalo Chacón), que un año después vendió la participación a su socio americano. La empresa inmobiliaria Ivanhoé Cambridge adquirió el centro en 2007 por 770 millones, en una operación que incluyó otros dos complejos comerciales en Reino Unido y Canadá. Inditex abre su primera tienda en Vietnam Inditex continúa con su expansión internacional, concretamente en Asia, y ha aterrizado en Vietnam con su primera tienda Zara en Ho Chi Minh. Situada en el centro comercial Vincom Center, el más grande de la ciudad, cuenta con 2.400 metros cuadrados distribuidos en dos plantas, con una superficie comercial de 1.800 metros cuadrados. El nuevo establecimiento consta de una fachada con ocho escaparates en los que destaca su estructura metálica, que invita a los clientes a acceder a su interior, donde pueden encontrar las últimas colecciones para señora (Woman, Trafaluc y Basic), caballero y niño. La enseña de moda fundada por Amancio Ortega ha terminado su primer trimestre fiscal de 20162017 (desde el 1 de febrero al 30 de abril) con un beneficio neto de 554 millones de euros, lo que supone un aumento del 6% respecto al mismo periodo del ejercicio fiscal anterior.
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Repsol y La Caixa venden un 20% de Gas Natural al fondo GIP
Repsol y Criteria — sociedad que agrupa las participaciones industriales de La Caixa— han anunciado la venta del 20% de Gas Natural al fondo Global Infraesructure Partners (GIP). La petrolera controlaba hasta la fecha el 30% de la compañía y la entidad bancaria acumulaba un 34,43% a través de un pacto parasocial. En la operación, el 20% vendido de
Gas Natural se valora en 3.802 millones de euros (19 euros por acción, por encima de su valor bursátil). De ellos, 1.901 millones de euros corresponden a Repsol y otros 1.901 millones a Criteria. De esta manera, la petrolera obtiene unas plusvalías de 246 millones por la venta. La entidad bancaria, por su parte, obtiene una plusvalía de 218 millones. El pacto parasocial que tenían hasta haberse fraguado esta operación ha llegado ya a su fin. Han creado un nuevo compromiso por el cual se garantiza que las decisiones se continúen tomando de manera individual, pero con GIP en el accionariado a partir de ahora.
ACS ampliará el puerto de Aberdeen por 400 millones de euros El grupo ACS, a través de su filial Dragados, ha sido seleccionada como oferta preferente para ampliar el puerto de Aberdeen (Escocia) por un importe de 400 millones de euros. El contrato comprende el diseño y la construcción de un nuevo puerto que complemente y aumente la capacidad del actual y que posibilite la operación de barcos de mayor tamaño para poder satisfacer el futuro incremento de demanda previsto, según ha señalado la compañía. Las nuevas instalaciones estarán situadas en una bahía al sur del puerto existente de Aberdeen. Los trabajos de construcción del nuevo puerto comenzarán en 2017 y
se prevé que estén concluidos antes de finales de 2020. Abarcarán principalmente el dragado de la bahía y los canales de acceso, la construcción de dos diques de abrigo al norte y sur de la bahía y la construcción de 1.400 metros de nuevos muelles e infraestructuras asociadas.
Breves BBVA culmina la integración de CatalunyaCaixa BBVA y CatalunyaCaixa han finalizado su proceso de integración, de forma que contarán con una red de 967 oficinas en Cataluña y presencia en todas las poblaciones con más de 8.000 habitantes, según ha informado BBVA en un comunicado. Esta entidad financiera cuenta con un 25% de cuota de mercado y 2,6 millones de clientes en Cataluña, territorio que supone el 30% de su negocio en España, y con la integración incrementa su cobertura de red en un 18% a los clientes de CX y en un 38% a los de BBVA, y también la red de cajeros se incrementa en un 61% y un 40%, respectivamente. En cuatro años, BBVA ha duplicado su número de oficinas en Cataluña a través de la integración
de CatalunyaCaixa (unión de Caixa Catalunya, Tarragona y Manresa) y de Unnim (Caixa Sabadell, Terrassa y Manlleu). BBVA inicia una etapa con nueva estructura organizativa a través de dos direcciones territoriales en Cataluña: una para Barcelona y su área metropolitana, y la otra para el resto de Cataluña.
Másmóvil se convierte en el cuarto operador tras la compra de Pepephone
Másmóvil ha cerrado la compra del 100% de la compañía telefónica Pepephone, por 158 millones de euros, según ha comunicado al Mercado Alternativo Bursátil. El objetivo de la empresa es consolidarse como cuarto operador móvil en España, después de que la CNMC aprobase la adquisición de Yoigo, por 612 millones de euros. “Estamos muy satisfechos de cerrar hoy la compra de Pepephone y de haber recibido la semana pasa-
da la autorización de la CNMC para adquirir Yoigo”, ha afirmado en un comunicado el consejero delegado de Másmóvil, Meinrad Spenger. “Los clientes de Pepephone y Yoigo cuentan con nuestro más firme compromiso de seguir recibiendo sus servicios en las mismas condiciones y con los mismos niveles de calidad con que los están recibiendo en la actualidad”, finalizó Meinrad Spenger. Pepephone, fundado en 2007, ha experimentado en los últimos años un gran crecimiento tanto en su base de clientes— que han aumentado un 35% en los dos últimos años— como de ingresos, que crecieron un 40% en ese mismo periodo.
Ferrovial compra Transchile por 64 millones de euros Ferrovial ha entrado en el negocio de gestión de infraestructuras de transmisión eléctrica al comprar Transchile, compañía propietaria de una línea de ese país, por un importe de 72 millones de dólares (unos 64 millones de euros), según anunció la compañía. Con esta operación, el grupo que preside Rafael del Pino da un paso más en su estrategia de crecimiento y ex-
pansión internacional, que contempla la extensión de su negocio concesional más allá de las infraestructuras de transporte. En virtud de la operación cerrada, Ferrovial ha entrado en gestión de líneas eléctricas al comprar a las firmas brasileñas Alupar y Cemig la compañía Transchile. Esta firma es propietaria de una línea de transmisión eléctrica de 204 kilómetros de longitud entre las subestaciones de Charrúa y Cautín, al Sur de Chile. Primer vuelo low-cost España-EE.UU. Norwegian será la primera aerolínea que opere vuelos de bajo coste entre España y Estados Unidos. Tras haberlo probado con cierto éxito en otras ciudades, como París, Oslo y Londres, ahora ha anunciado que pondrá en marcha a partir del verano de 2017 cuatro rutas, que funcionarán todo el año, entre Barcelona y Norteamérica (hacia Los Ángeles, San Francisco, Nueva York y Miami), a partir de 179 euros por trayecto. España supone el 21% del tráfico de Norwegian, la tercera low cost europea, por detrás de Ryanair — que también aspira a ofrecer vuelos transoceánicos — y easyJet. El consejero delegado de la compañía noruega de bajo coste, Bjørn Kjos, justificó la elección de la capital catalana por su atractivo turístico en general y, en particular, por el tirón de la industria de los cruceros. De los 2,6 millones de turistas de este tipo que tuvo el Puerto de Barcelona en 2015, el 19% procedían de Estados Unidos. Actualmente, operaban alguna ruta entre Barcelona y EE.UU. las aerolíneas Delta, United y American.
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MDS pronta para operar em Espanha O grupo português MDS espera fechar o ano com uma receita superior aos 50 milhões de euros obtidos no ano passado, graças ao crescimento em mercados como Portugal, Angola, Brasil e Malta. Espanha é a morada que se segue, já que a corretora de seguros e de gestão de risco, detida pela Sonae e pela brasileira Suzano, acaba de concretizar uma joint-venture com os franceses da Filhet-Allard para atuar no mercado espanhol, aguardando apenas a autorização da entidade de supervisão para formalizar a aquisição duma posição importante nesse corretor.
“E
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
m Portugal, a MDS é claramente líder”, afirma José Manuel Fonseca, CEO do grupo MDS, esclarecendo que mais do que um corretor são um consultor de risco. Segundo o gestor, a liderança passa pela aposta no conhecimento: “ Temos naturalmente capacidade de resposta em todas as linhas de negócio do universo dos seguros e da gestão do risco, mas com acesso a know-how específico em várias linhas de negócio, o que nos permite uma capacidade de penetração maior. Temos das melhores equipas que há no setor,
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com quadros altamente qualificados e forte especialização técnica, dotados de uma capacidade de dialogar com as companhias de igual para igual. Somos uma empresa tecnologicamente sofisticada, com sistemas operacionais e de gestão de ultima geração. Para nós ser líder não é forçosamente ser o primeiro. Se a MDS o for, ótimo, mas queremos sobretudo ser um consultor de referência, que marca, que aposta no desenvolvimento do mercado, que cresce com ele e que dá um contributo relevante, ou seja, que aporta valor.” José Manuel Fonseca lidera a MDS desde 2000, altura em que a Sonae,
fundador e principal acionista (detém 50% do capital da holding dona da MDS), desencadeia a expansão da atividade da corretora. A estratégia foi bem-sucedida, já que a MDS “teve sempre uma evolução positiva, com os percalços naturais de um crescimento rápido”, mas foi a partir do início deste milénio que “o ritmo acelerou mais significativamente”, conta o CEO. A holding conclui o ano de 2015 com um volume de negócios perto dos 50 milhões de euros, realça José Manuel Fonseca, confiante também na performance deste ano: “Estimamos continuar a crescer nas diferentes geografias
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onde operamos, essencialmente numa base orgânica”. Os negócios no Brasil arrancaram no ano 2000, através de uma parceria com a corretora local Lazam. O objetivo inicial era acompanhar os clientes da MDS na expansão das suas atividades no Brasil. Essa ambição foi potenciada a partir de 2002, altura em que a MDS faz uma joint-venture com o grupo brasileiro Suzano (detentora de 49% do capital da holding dona da MDS), criando a Lazam-MDS, que está sedeada em São Paulo e possui escritórios em vários pontos do Brasil. Atualmente serão o terceiro ou quarto maior grupo de seguros do Brasil, segundo José Manuel Fonseca, que acre- mercado brasileiro, com 12 escritórios dita que são seguramente o maior gru- e 380 funcionários, com clientes de po com capital brasileiro, já que acima grande dimensão. O Brasil tremeu, estarão apenas grupos americanos. mas a MDS não, crescemos bastante. “Temos tido uma evolução notável no Este ano temos tido também a ajuda
do real, que está a recuperar, depois de ter desvalorizado bastante em 2015. A operação está a correr bem e a receita ultrapassará os 90 milhões de reais, seguramente.”
Brokerslink, o gigante da corretagem que a MDS criou A máxima “a união faz a força” também pode ser aplicada ao setor dos seguros. Prova disso é a consultora global Brokerslink, presente em 90 países, com quatro mil escritórios em todo o mundo, cerca de 10 mil colaboradores e uma carteira de prémios geridos na ordem dos 17,8 mil milhões de euros. José Manuel Fonseca, mentor e CEO da Brokerslink, explica que tudo começou em 2004, no Porto, e que seria difícil, na altura, prever que a ideia de associar corretoras de vários países, de modo a potenciar as sinergias e a simplificar o acesso a novos mercados, pudesse atingir esta dimensão: “A MDS tinha clientes com exposição fora de Portugal e também alguns brokers parceiros fora de Portugal com quem trabalhava. Começámos a pensar que fazia sentido chegar a uma alternativa que pudesse fazer frente aos mega brokers de grande dimensão norte-
americanos, que estão em todo o mundo. Nós pensámos numa alternativa com uma abordagem mais amigável, mais próxima do cliente.” A MDS foi a empresa fundadora do que começou por ser uma associação de corretores. Entretanto, a Brokerslink transformou-se numa plataforma global, que agora tem uma vocação claramente orientada para o negócio. José Manuel Fonseca explica que a Brokerslink funciona “como uma rede, que aglutina os conhecimentos dos diferentes mercados representados”. Dessa forma, “possui uma capacidade de atuação muito forte e com uma enorme eficiência em qualquer mercado”. A MDS recorre à Brokerslink sempre que a solicitação o exige, diz. Por outro, a Brokerslink pode concorrer a negócios de maior dimensão, somando os serviços das suas acionistas. A empresa está agora sediada na
Suíça (Zurique), “que é reconhecidamente neutra e um bom domicílio para este tipo de empresa”, já possui mais de 50 acionistas, com origem em 40 países, oriundos dos cinco continentes. A MDS mantém-se como maior acionista. José Manuel Fonseca adianta que recebem “constantes solicitações de brokers interessados em entrar na plataforma”, mas os critérios são muito rigorosos e limitam as entradas de capital para que não haja desequilíbrios de poder. “Trata-se de um modelo de negócio que não é comum, com uma base global, mas com uma estrutura complexa, que envolve diferentes leis de diferentes mercados. A operação que tornou possível a plataforma foi assessorada pelo BPI, assinala o CEO: “Usámos um banco português e aprendemos todos muito com todo o processo. Correu tudo muito bem”.
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atualidade actualidad Em Angola, “país que vive um período difícil”, a MDS também tem conseguido crescer com enorme vitalidade: “As crises são conjunturais e quando vamos para um país não é para entrar e sair. Partimos para os mercados com um grande respeito. Fomos para Angola para evoluir com esse mercado. Queremos ser um broker inovador com capacidade de criar muito valor no mercado de Angola. Temos consciência de que há muito para fazer e que o país vai ultrapassar a crise. A MDS vai continuar a servir os seus clientes neste mercado, que são de vários países, com a mesma filosofia de broker muito técnico, especializado, que entrada no mercado espanhol. José Maaposta numa equipa local forte e que nuel Fonseca revela que a MDS fez uma conta com uma retaguarda fortíssima joint-venture com um broker de grande em Portugal, que dá apoio a todos os dimensão de origem francesa, que já operava em Espanha, a Filhet-Allard: mercados em que o grupo opera.” A MDS está também a arrancar a ope- “Criámos, assim, a Filhet-Allard MDS, ração no mercado moçambicano, onde que opera ativamente no mercado estambém quer liderar, ou seja, “ser um panhol. A equipa tem muita qualidade, broker de referência que cresce com o temos o investimento formalizado e aguardamos a todo o momento a aumercado.” . torização da autoridade de supervisão O “inovador modelo de negócios” do para concretizarmos o investimento no grupo em Malta broker. Hoje somos ibéricos. Sabemos Outro ponto chave do mapa estratégi- que o mercado espanhol é um mercado co da MDS é Malta, sede da participa- maduro, mas com oportunidades. Em da HighDome, “uma cell captive, com Espanha, a empresa tem dois acionistas um modelo de negócio muito inovador que são grandes players nos mercados e sofisticado”, declara José Manuel Fon- vizinhos (a MDS, em Portugal, e a seca. O gestor explica que neste tipo de Filhet-Allard, em França). Queremos soluções os clientes assumem também crescer e estamos muito confiantes nesa função de seguradores, já que podem ta operação.” A MDS não atua apenas nos mercados “alugar” uma célula na seguradora: “Há negócios em que o cliente quer assumir em que opera com um broker próprio, o seu próprio risco e como tal ser segu- sublinha José Manuel Fonseca: “Somos rador através de uma solução de com- globais do ponto de vista do serviço que panhia cativa. Para tal, é possível criar prestamos, cobrindo todas as linhas de uma célula na HighDome. O processo negócio, e somos globais do ponto de obedece a regras muito estritas. Mais vista geográfico também. Temos clienninguém oferece esta possibilidade no tes de todas as áreas, de todas as indúsnosso mercado e está a correr muito trias, com atuação internacional” (ver caixa). bem.” Para este crescimento sólido, foi de. terminante contar com um alicerce “Hoje somos ibéricos” Madrid é mais recente morada do gru- chamado Sonae, que em 1984 criou po, que já há algum tempo preparava a a MDS para gerir os programas de 22 act ualidad€
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seguros das empresas do grupo. “A Sonae é um acionista muito importante, de enorme reputação, e muito desafiador enquanto cliente, já que tem atividades muito diferentes em Portugal e a nível internacional”, frisa o CEO da MDS. No entanto, se “no início da MDS, a Sonae pesava muito na faturação, agora pesa menos, dada a expansão orgânica da consultora, que atua agora a nível global. Em Portugal, “o grande desafio é a economia, cujo abrandamento afeta sempre o mundo dos seguros”, nota o gestor, salientando que “os seguros são sempre um barómetro da atividade económica”. A demonstrada resiliência do setor O mundo dos seguros tem sabido resistir à crise, não só em Portugal como em termos globais, lembra José Manuel Fonseca, recuando até 2001: “No início deste século houve sinistros de grande impacto: os atentados de 11 de setembro, em 2001, o Katrina, em 2005, e a queda da Enron, em 2002 e suas consequências. Mesmo assim o setor aguentou-se sem falências, mostrou resiliência, nenhuma seguradora deixou de pagar os seus sinistros”. O caso do 11 de setembro é emblemático quanto à capacidade de resposta do setor, salienta o gestor: “Foi um sinistro que tocou quase todas as áreas em que os seguros atuam. As perdas seguráveis situaram-se entre os 50 e os 60 biliões de dólares [44 mil a 53 mil milhões de euros, ao câmbio atual] e foram pagas em pouco mais de um ano”. A robustez do setor assenta na sua filosofia conservadora, advoga: “O setor dos seguros tem uma cultura financeira conservadora de longo prazo. As seguradoras sabem que as reservas que possuem não são suas, são para pagar sinistros futuros e que não podem falhar. Isto obriga a uma responsabilidade enorme, que tem sido boa conselheira”.
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Portugal, país clave en el crecimiento estratégico de la consultora Everis
La consultora española Everis cuenta con un centro de alto rendimiento en Lisboa desde donde se llevan a cabo proyectos internacionales que se implementan en otros mercados. Desde Portugal se van a formar equipos para otros países aprovechando el potencial del trabajador luso.
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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
l grupo español de consultoría y proveedor de servicios TIC Everis comenzó su andadura en Portugal hace 17 años, mercado que hoy representa un punto estratégico de la compañía en lo que a la competencia internacional de sus trabajadores se refiere. “Somos 400 empleados en Portugal, lo que no constituye ni el 10% de la plantilla en Europa. Pero en nuestro caso no se trata de crecer en número sino en calidad y el trabajador portugués aporta un gran conocimiento tecnológico y dominio de la lengua inglesa que enriquece mucho al grupo”, explica Miguel Teixeira, CEO de Everis Portugal, quien trabaja en la compañía desde hace más de nueve
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años, desempeñando diferentes funciones, hasta que asumió su actual cargo en el año 2014.
En el año 2015, el negocio de Everis Portugal estuvo también marcado por la apertura de un centro de alto rendimiento en Lisboa, con casi 60 personas
Siguiendo la dinámica del grupo en todos los países en los que está presente, “2015 fue un año muy positivo en crecimiento, un 1,6%, y en resultados en Portugal. No ha sido tan fuerte como en otros países pero sí muy constante en los últimos cinco años, a dos dígitos, donde el 98% de nuestro aumento se ha debido al mercado nacional y no al africano como ocurre en otras empresas”, puntualiza Teixeira. Con una facturación superior a los 20 millones de euros, en Portugal la consultora Everis cuenta ya con 400 trabajadores cuando hace 10 años eran apenas 100. Es una de las empresas que más trabajo da a los jóvenes ya que “el 80% de los contratos los realizamos con recién licencia-
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atualidade actualidad dos. En ocasiones son personas cuya formación académica encaja en lo que hacemos y otras veces les formamos con cursos específicos”. Desde Everis se enorgullecen en tener una plantilla formada por “personas con conocimiento y buena gente”. En el año 2015 el negocio de Everis Portugal estuvo también marcado por la apertura de un centro de alto rendimiento en Lisboa, donde ya trabajan casi 60 personas. “Este centro nos va a ayudar mucho a aumentar el mercado ya que realizamos proyectos desde Portugal para otros países”, aclara el CEO. “Estamos aprovechando las ventajas de los trabajadores portugueses que cuentan con un buen nivel de inglés y conocimientos tecnológicos”, añade. No es por casualidad que en la directiva de Everis UK se encuentran cinco portugueses o que uno de los principales responsables de Everis Italia sea portugués. Líneas de negocio Con el paso del tiempo, Everis ha ido desarrollando proyectos en las más diversas áreas aunque gran parte de sus clientes están en el área de la banca, seguros, salud y sector público. “Hace cinco años dependíamos mucho del área financiera y ahora estamos más diversificados”, puntualiza Miguel Teixeira. Para este año desde Portugal se van a centrar en los sistemas cognitivos, “ayudando a los clientes a usar toda la tecnología existente”. Y en esta área entra en juego la llamada inteligencia artificial, es decir, “detectar el comportamiento de clientes que van a salir según su forma de actuar los últimos meses”. Y las posibilidades para realizar proyectos son ilimitadas. Por ejemplo, en el área de la salud, se logra detectar “grupos con riesgos específicos”. Everis crea productos y presenta proyectos pilotos que muchas veces “acaban por adquirir los clientes. Siempre tenemos en cuenta sus necesidades y lo vamos adaptando a cada uno”. Everis es una de las empresas que ha 26 act ualidad€
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colaborado con la administración pública para desarrollar aplicaciones
para el programa Simplex. Han presentado, por ejemplo, medidas para utilizar el chip del “Cartão de Cidadão” portugués. A la hora de hablar del futuro, Miguel Teixeira asegura que su prioridad es que los clientes “se fijen en nosotros por nuestros talento, que confíen en nuestro trabajo. Hay áreas en las que somos los mejores”. Además, desde Portugal, está previsto “ayudar en la formación de equipos en otros países, aprovechando el potencial humano que tenemos”. Conscientes de la limitación del mercado y de las dificultades económicas del mismo, “vamos a exportar nuestros conocimiento y ser responsables de abrir una oficina en otro país. Está dentro de los planes aunque se trata de una cuestión estratégica del grupo”.
Everis crece un 20% y factura 16 millones de euros En el último año, Everis ha logrado un incremento del 20% en sus ingresos, hasta alcanzar una facturación de 816 millones de euros. El ejercicio fiscal de la compañía finalizó el pasado 31 de marzo, ya que se rige por el calendario japonés, al formar parte del grupo NTT. Un año antes la facturación de la marca fue de 691 millones. El resultado bruto de explotación (Ebitda) de Everis se disparó un 42%, hasta los 74,3 millones. Tiene presencia en 13 países de Europa y Latinoamérica. Según explicó el CEO de la consultora, Benito Vázquez durante la presentación de los últimos resultados, “en todas las geografías hemos crecido a ritmo de dos dígitos. El crecimiento es sólido y sostenible”. Su principal mercado es Europa, responsable de 596 millones de facturación. La consultora también ha aumen-
tado en España un 19%, hasta lograr 474 millones de euros. El mercado español representa cerca del 50% de facturación”. En relación con los sectores, el sector con mayor presencia de Everis es la banca. Cerca del 30% de su facturación se corresponde a contratos con entidades financieras. Everis tenía 16.000 empleados al cerrar el ejercicio fiscal y ha contratado a 1.000 personas más en el primer trimestre (entre los meses de abril y junio). El 80% de los nuevos trabajadores son recién titulados. “Los ritmos de crecimiento los estamos manteniendo”, afirma Vázquez. Everis confía en seguir creciendo a un ritmo de dos dígitos y seguir siendo “uno de los principales generadores de empleo para talento joven y cualificado en todas las geografías donde opera”.
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Cota 200: engenharia portuguesa quer chegar às estradas da América Latina Os projetos rodoviários são a área de eleição da Cota 200 - Projetos e Consultoria de Engenharia. Para resistir à quebra de investimento nacional neste segmento, o gabinete de engenharia apostou na internacionalização e na consultadoria no domínio da segurança rodoviária. Depois de Angola, Espanha e Timor, a empresa quer entrar na América Latina.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
or iniciativa de três engenhei- últimos anos a Cota 200 teve de se ros civis, nasceu em maio de adaptar à conjuntura económica ad2000 a Cota 200 - Projetos versa, tendo optado por manter uma e Consultoria de Engenharia, equipa permanente muito reduzida, Lda., optando pelo “mercado em estreita relação com uma rede de da consultoria da engenharia de trans- colaboração externa de vários espeportes, com o objetivo de agarrar as cialistas, com grande experiência no oportunidades que se colocavam não desenvolvimento de projetos rodovisó a nível nacional, mas também em ários, garantindo sempre a qualidade Espanha, nos PALOP e na América de serviço a que os seus clientes se haLatina”, conta Paulo Gil Mota, sócio bituaram”. Paulo Gil Mota é engenheiro esmaioritário da empresa. O engenheiro reconhece que “nos pecialista em transportes e vias de
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comunicação e auditor de segurança rodoviária, o que inspirou “a principal vocação da empresa”, que “é a elaboração e gestão de projetos, envolvendo equipas multidisciplinares, bem como as auditorias e inspeções de segurança rodoviária”. O engenheiro sublinha que a segurança assume cada vez maior importância em matéria de construção e manutenção de estradas: “Consideramos que a área da engenharia de segurança rodoviária está em expansão, tanto no mercado nacional
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como no mercado internacional”. Sendo uma microempresa, a Cota 200 “tem vindo paulatinamente a aumentar o seu volume de negócios”, observa Paulo Gil Mota, porém, “nos últimos anos, os efeitos da crise fizeram-se sentir, com grande retração do mercado nacional de obras públicas, mas com o esforço de diversificação que tem sido feito ao nível dos mercados onde atuamos, não deixamos de ter um crescimento constante da carteira de clientes”. À semelhança de outros setores, a internacionalização é a resposta para manter o dinamismo da atividade, salienta o gerente da Cota 200: “Temos consciência que neste momento é difícil sobreviver apenas com o mercado de Portugal e, por isso, especializámonos em serviços de valor acrescentado exportáveis para todo o mundo, como é o caso da consultoria na área da segurança rodoviária, em que a Cota 200 tem competências reconhecidas pelo mercado.” Neste momento, “o mercado externo representa cerca de 50% da faturação da Cota 200”, frisa. Para chegar aos mercados externos, a Cota 200 “tem investido na presença em congressos internacionais e no estabelecimento de parcerias com empresas, que normalmente já estão instaladas nesses mercados”, conta Paulo Gil Mota, informando que já desenvolveram “trabalhos em Angola, Espanha e Timor, sempre a convite de outras empresas”. Na mira da Cota 200 está a América Latina: “Esperamos em breve entrar no mercado da América Latina, que é uma região com países carenciados de infraestruturas de transportes e com recursos para investir nesta área. Para isso, temos dado alguns passos no sentido de estabelecer parcerias com empresas e entidades bem posicionadas nesses mercados, como é o caso da Asociación Española de la Carretera, com quem temos mantido uma saudável colaboração na organização de eventos técnico-científicos, na área da segurança rodoviária”.
Já a nível nacional, “a abordagem aos clientes é feita através de contactos pessoais, nos quais é apresentado o curriculum da empresa e se discutem possibilidades da Cota 200 para desenvolver soluções para alguns dos problemas com que se debatem, ao nível das infraestruturas rodoviárias”, realça Paulo Gil Mota. O engenheiro nota que “muitos dos clientes chegam por recomendação de outros, que ficaram muito satisfeitos com a qualidade do serviço prestado pela Cota 200”. O gerente da Cota 200 lembra que “o mercado português em termos de consultoria de transportes é formado essencialmente por empresas de pequena dimensão, com uma gestão muito marcada pelo caráter técnico da sua atividade”. Neste contexto, “com a redução da procura que se verificou a nível interno, tem-se assistido ao encerramento de muitas empresas e à aquisição de outras por parte grandes grupos estrangeiros, que pretendem fortalecer as suas competências ao nível do mercado global”. Paulo Gil Mota aplaude o nível atual da engenharia portuguesa, que “acumulou nos últimos anos um forte know-how”. Isso “constitui uma oportunidade que deve ser aproveitada para conquistar mercados internacionais”. Esse é o grande desafio, “a consolidação da internacionalização da engenharia portuguesa”, conclui. Sem querer revelar o volume de negócios, Paulo Gil Mota indica que “a quebra que se fez sentir a nível nacional no mercado de projeto, tem sido compensada com a atividade de consultoria na área da segurança rodoviária e com a atividade internacional”. Assim, este ano, “tudo indica, que a faturação da Cota 200
vai duplicar a faturação de 2015”, estima o engenheiro. Paulo Gil Mota atribui os bons resultados à “proposta de valor da Cota 200”, que “assenta na ideia de considerar que cada projeto é único e tem de responder com qualidade, às necessidades e expectativas do cliente”. Entre as principais vantagens da empresa face aos concorrentes, o engenheiro destaca “a experiência adquirida ao longo dos anos no desenvolvimento de pequenos e grandes projetos rodoviários e nas suas competências ao nível da segurança rodoviária”. Paulo Gil Mota acrescenta que “seja qual for o cliente, administrações públicas, concessionárias rodoviárias, autarquias ou investidores privados, a Cota 200 tem sempre a preocupação de responder de acordo com as suas necessidades específicas e expetativas, garantindo sempre a qualidade do produto final”. Por outro lado, “o mais crítico para as empresas com a dimensão da Cota 200 são a queda dos investimentos públicos e privados, as dificuldades de acesso ao crédito, a carga fiscal e a morosidade no pagamento por parte dos clientes públicos”, assinala Paulo Gil Mota.
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“Ponha Portugal no Mapa”, a campanha que faz dos portugueses realizadores e embaixadores
O novo “vá para fora cá dentro” do Turismo de Portugal convoca potenciais realizadores para depois os transformar em embaixadores. A campanha “Ponha Portugal no mapa” quer incentivar os portugueses a fazer miniférias em época baixa no país.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
magine um mapa digital. Ao clicar num ponto correspondente a uma terra do seu interesse surgem vídeos curtos sobre o lugar. Esse vídeo mapa será o resultado da campanha “Ponha Portugal no mapa”, que o Turismo de Portugal tem em curso. O objetivo é promover o turismo interno, incentivando os portugueses à realização de miniférias na época baixa. A campanha “pretende mostrar a diversidade da oferta turística nacional através do ponto de vista dos portugueses, que são convidados a fazer pequenos filmes sobre o que consideram mais interessante visitar em Portugal”, explica em comunicado o Turismo de Portugal. De acordo com um estudo publicado este ano pela Marktest, 87% dos portugueses que utilizam redes sociais costuma ver vídeos nas mesmas. O Turismo de Portugal apela à visualização, mas, numa primeira fase, apela também à realização e à partilha de vídeos sobre o país, indica
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O mapa dos prémios Portugal voltou a brilhar nos “World Travel Awards”, arrebatando 24 prémios, na gala realizada no passado dia 4 de setembro, na ilha italiana da Sardenha. Portugal concorria em 91 categorias nesta 23ª edição do evento, que distingue o que de melhor há no turismo de cada país. Ao vencer em 24 categorias, mais oito do que 2015, Portugal solidifica a imagem de destino de qualidade que tem vindo a afirmar, destacam os responsáveis nacionais. Entre os prémios, destaque para a Madeira, que venceu na categoria de melhor destino de ilhas, para o Algarve, considerado melhor destino de praia europeu, para Lisboa, eleita a melhor ci-
dade destino de cruzeiros, e para os Passadiços do Paiva (percurso pedonal de oito quilómetros nas margens do rio Paiva, em Arouca) obtiveram o prémio de projeto mais inovador da Europa. Na hotelaria, o Conrad Algarve foi considerado o melhor resort & spa de luxo da Europa, o Pine Cliffs Resort, a Luxury Collection Resort foi classificado como o melhor resort familiar e o Altis Belém Hotel & Spa ganhou o prémio de melhor design hotel europeu. Em paralelo, atribuíram-se prémios a nível nacional para a hotelaria, tendo o Belmond Reid’s Palace, no Funchal, na Madeira, sido considerado o melhor hotel português.
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o mesmo organismo: “Em linha com as atuais tendências de comunicação, em que o conteúdo gerado pelas pessoas é muito valorizado e tem um elevado capital de influência nos momentos de decisão de compra, a campanha de turismo interno irá, numa primeira fase, envolver e mobilizar os portugueses na produção de pequenos filmes sobre a oferta turística nacional. Nesse sentido, sob o mote ‘Ponha Portugal no mapa’, os Portugueses serão convidados a filmar Portugal e a construir o primeiro vídeo mapa do país que ficará disponível numa plataforma digital criada para o efeito.” Durante 16 semanas serão lançados 16 desafios que inspirem os portugueses a filmarem Portugal, através de uma aplicação desenvolvida pela startup portuguesa Glymt e que pode ser descarregada na plataforma www.ponhaportugalnomapa.pt. Cada desafio é subordinado a um tema, como o mar ou a arte, por exemplo. “Estes desafios pretendem mostrar a diversidade da oferta nacional, permitem uma ampla cobertura do território e refletem os ativos estratégicos definidos no âmbito da Estratégia para o Turismo 2027”, lê-se no comunicado. Para acederem a estes desafios, o turista deve “instalar no telemóvel a app Glymt, fazer um vídeo de cerca de 5” a 20” sobre cada desafio e posteriormente carregar o vídeo na mesma app”, informa o Turismo de Portugal, acrescentando que “os vídeos selecionados poderão ser utilizados na comunicação nacional e internacional do país, até ao limite máximo de 400 e terão uma recompensa para o participante de 50 euros por vídeo selecionado”. A campanha deverá seduzir mais facilmente “o público mais jovem, normalmente pouco ativo na produção de conteúdos para o turismo, o que proporcionará um olhar diferente e inusitado
da oferta turística nacional”. A segunda fase da campanha “Ponha Portugal no Seu Mapa” recorre “a canais de televisão e outros meios, para a exibição de spots de publicitários, produzidos a partir de uma seleção dos vídeos feitos pelos portugueses durante a fase de mobilização”, revela o Turismo de Portugal. Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo sublinha que “esta é uma campanha totalmente inovadora, na qual todos os portugueses são convidados a participar, pois somos todos embaixadores do turismo de Portugal”. Desta forma, serão “os portugueses a construir a nossa imagem de promoção”. Por seu lado, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, lembra que “no primeiro semestre deste ano o número de portugueses a escolherem Portugal para fazerem férias aumentou 7,6% e, apesar de ser um ótimo sinal, temos de ambicionar mais, pois estes resultados podem ser claramente melhorados”. Até porque “o turismo interno é fator de dinamização das regiões e representa também um papel crucial na redução da sazonalidade turística”, adianta. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, “o peso do turismo interno em Portugal é de cerca de 40,6% nos hóspedes (3,5 milhões), e no acumulado de janeiro a junho de 2016, as dormidas de residentes em Portugal no alojamento turístico português foram de 6,3 milhões (+7,9%), sendo que o mercado interno correspondeu a 27,3% das pernoitas totais”. Aproximando a lupa das regiões, “em total de pernoitas, de janeiro a junho de 2016, o destino número um dos residentes em Portugal foi Lisboa, com 1,41 milhões de dormidas, seguindo-se o norte de Portugal, com 1,38 milhões, Algarve, com 1,29 milhões, centro,
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Lista completa dos prémios internacionais Prémios europeus Melhor Companhia Aérea a Voar para África: TAP Melhor Companhia Aérea a Voar para a América do Sul: TAP Melhor Resort all-inclusive: Pestana Porto Santo All Inclusive & Spa Beach Resort, Porto Santo, Madeira Melhor Destino de Praia na Europa: Algarve Melhor Resort de Praia: Hotel Quinta do Lago, Quinta do Lago, Algarve Melhor Boutique Hotel: Vila Joya, Albufeira, Algarve Melhor Boutique Resort: Choupana Hills Resort & Spa, Funchal, Madeira Melhor Hotel de Negócios: Myriad by SANA Hotels, Lisboa Melhor Destino de Cruzeiro: Lisboa Melhor Porto de Cruzeiros: Porto de Lisboa Melhor Design Hotel: Altis Belém Hotel & Spa, Lisboa Melhor Resort de Família: Pine Cliffs Resort, Albufeira, Algarve Melhor Villas de Hotel: Private Villas no Vila Vita Parc, Herdade dos Grous, Algarve Melhor Destino de Ilhas: Madeira Melhor Hotel e Spa de Ilhas: The Vine Hotel, Madeira Melhor Hotel Monumento: Bairro Alto Hotel, Lisboa Melhor Resort & Spa de Luxo: Conrad Algarve Melhor MICE hotel (Meetings, Incentives, Conferencing, Exhibitions): EPIC SANA Hotel Algarve, Alburfeira, Algarve Melhor Revista a Bordo: Up Magazine Melhor Empresa de cruzeiros fluviais na Europa: Douro Azul Melhor Projeto de Desenvolvimento Turístico: Passadiços do Paiva Melhor Gabinete de Turismo: Turismo de Portugal Melhor Resort Mais Romântico: Monte Santo Resort, Lagoa, Algarve
com 1,16 milhões, Alentejo, com 420,3 mil, Madeira, com 330,1 mil e Açores, com 300 mil”. outubro de 2016
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Centromarketing de Centro de Formação Formação CCILE CCILE
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Telemarketing
Lisboa, 03 de outubro 09h00-13h00
Cada vez mais o Telemarketing é utilizado para promoção de vendas e serviços, pois permite potenciar negócios a baixo custo e comunicar diretamente com o consumidor.
Direito do Desporto para Juristas Lisboa, 04 de outubro 14h30-18h30
Desporto é, cada vez mais, sinónimo de atividade económica e gera normalmente problemas jurídicos que levam muitos praticantes e atletas a procurar apoio legal. A especificidade das normas e regulamentos que constituem o Direito Desportivo torna o conhecimento deste setor jurídico essencial para a representação legal de qualquer Cliente.
Publicidade no Facebook
Lisboa, 10 de outubro 09h00-13h00 / 14h00-18h00
O Facebook é a principal rede social a nível mundial e um dos sítios na internet com mais visitantes regulares. Mais de 1,4 milhares de milhão de pessoas utilizam-se para se ligarem ao que lhes interessa e mais de 900 milhões de pessoas visitam-no todos os dias. Como tal, é o local perfeito para publicitar os seus produtos e serviços a um target definido por geografias e interesses.
Comunicação Assertiva
Lisboa, 11 de outubro 09h00-13h00
A comunicação assertiva é caracterizada pelo “ir direto ao ponto”, transmitir ideias, afirmações, expressar diretamente opiniões sem ser percebido como uma pessoa agressiva ou evasiva. Resolve muito problemas imediatos, minimizando a probabilidade de problemas futuros, mas não serve para toda a situação e nem para tudo o que se quer…
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Competências de Alto Desempenho Lisboa, 12 de outubro 09h00-18h00
O propósito desta formação passa por dar a conhecer aos formandos os princípios do alto desempenho, assim como estratégias e técnicas que sustentem práticas no negócio eficientes e que proporcionem ganhos ao nível da comunicação e do desempenho individual e coletivo.
Gerir o Stress nas Chefias Intermédias Lisboa, 14 de outubro 09h00-13h00
Nos últimos anos, face às crescentes mudanças no contexto empresarial, a realidade de trabalho passa por uma enorme exposição a ambientes cada vez mais complexos e exigentes que potenciam o stress em excesso, o qual, na maioria das vezes, impede o bom desenvolvimento das tarefas laborais. A gestão eficaz do stress é, pois, uma competência fundamental para a manutenção da qualidade de vida, pessoal e profissional, de qualquer trabalhador.
Merchandising
Lisboa, 17 de outubro 09h00-13h00
Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Ajustar o seu espaço, loja, empresa ou armazém às necessidades e exigências dos clientes é essencial, pois um merchandising deficiente acarreta custos para a empresa e não traz mais valias diretas.
Mobilidade Internacional: Regime Laboral e Fiscal dos Trabalhadores Lisboa, 18 de outubro 14h30 – 18h30
Com o fenómeno da globalização, as empresas internacionalizamse e procuram novos mercados, verificando-se uma crescente mobilização de pessoas com o envio de expatriados pelas empresas para as suas filiais. Em Portugal, o tratamento fiscal dos expatriados em sede de IRS tem um enquadramento específico denominado de regime dos “residentes não habituais”. Os colaboradores mobilizados para o exterior são também objeto de normas tributárias específicas.
Estratégias de Marketing Digital Lisboa, 19 de outubro 09h00-18h00
Nos dias que correm, a realidade digital é condição essencial para o sucesso de qualquer organização. Cada vez mais, as organizações têm de apostar em estratégias de marketing digital para se expandirem, sendo crucial uma forte e atrativa presença na internet.
Finanças para Não Financeiros
Lisboa, 20 e 21 de outubro 09h00-18h00
Cada vez mais nas organizações, muitos são aqueles que não te nho conhecimentos de f inanças, são chamados a par ticipar em atividades que exigem esses co nhecimentos. Com esta formação pretende dar-se uma visão geral da contabilidade de uma forma rápida e descomplicada mas ef icaz.
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Criatividade e Inovação
Lisboa, 24 de outubro 09h00-13h00
A Criatividade e a Inovação traduzem-se na exploração bem-sucedida de novas ideias, essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas. Uma empresa ou qualquer outra organização que pretenda manter-se à frente de seus concorrentes precisará de sistemas inovadores e criativos.
Conflitos de Consumo e RAL Lisboa, 25 de outubro 14h30 – 18h30
É importante que as empresas conheçam as suas obrigações de publicidade, divulgação e promoção de resolução de litígios de consumo por vias alternativas de mediação, conciliação e arbitragem assim como os vários regimes de defesa do consumidor e as regras específicas para contratos à distância ou que regulam os serviços essenciais.
Desenvolvimento de Competências de Delegação
Comunicação Oral em Espanhol de Negócios
- Sessões InformativasIntrodução à Automação
Cada vez mais a realidade de trabalho das empresas passa por comunicar com os quatro cantos do mundo. E todos sabemos que uma comunicação correta é essencial para o sucesso de qualquer diálogo. Sente que quando comunica com os seus clientes, fornecedores ou colegas de Espanha ou da América Latina usa expressões em “portuñol”? Então este é o curso indicado para corrigir essa lacuna!
Num mundo em constante evolução tecnológica, os automatismos entraram nos nossos hábitos diários de forma surpreendente. Atualmente, muitas vezes nem damos conta do nível de integração destes equipamentos no nosso dia-a-dia e o quanto nos facilitam a vida: caixas multibanco, elevadores, semáforos, portas automáticas… A necessidade de atender ofertas cada vez maiores em espaços temporais mais reduzidos, fez com que mais empresas se interessassem pela automação da sua atividade comercial com o objetivo de manter a sua competitividade.
Lisboa, 26 e 27 de outubro 10h30 – 17h30
Novo Regulamento de Proteção de Dados no Contexto Laboral
Lisboa, 13 de outubro 09h00-18h00
Lisboa, 28 de outubro 09h30 – 13h30
As empresas dispõem de inúmeras informações dos seus trabalhadores, desde os dados recolhidos na fase de recrutamento e contratação até à sua localização durante o tempo de trabalho, com o recurso às tecnologias de localização. Mostra-se essencial que as empresas conheçam as novas regras para preparem e desencadearem internamente os procedimentos complexos e morosos necessários ao cumprimento da Lei.
Lisboa, 26 de outubro 09h00 – 18h00
Um dos principais desafios para a liderança ao longo dos últimos anos tem sido a temática da delegação, sendo essa a principal forma de aumentar a maturidade e autonomia na equipa. Este curso tem como objetivo trabalhar os colaboradores para que estes encontrem caminhos e ferramentas para a delegação correta e motivação da sua equipa.
Departamento de Formação Tel. 213509310/6 • E-mail:ccile@ccile.org
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fazer bem Hacer bien
Endesa e EDP integram projeto para melhorar a resiliência urbana às alterações climáticas A
Endesa e a EDP são duas das empresas que participam no Resccue (Resiliência para Enfrentar a Mudança Climática nas Áreas Urbanas), o primeiro grande projeto europeu de inovação em resiliência urbana. A iniciativa, cofinanciada pelo programa Horizonte 2020 da União Europeia, tem como objetivo melhorar a capacidade das cidades para se prepararem, absorverem e recuperarem o mais rapidamente possível perante uma crise. Em concreto, o projeto Resccue focase na avaliação do impacte dos fenómenos associados às alterações climáticas no funcionamento dos serviços essenciais nas cidades, como a água e a energia, e em facultar modelos e ferramentas práticas e inovadoras para melhorar a resistência das cidades face aos cenários climáticos atuais
e futuros. O projeto conta com um orçamento de oito milhões de euros e irá desenvolver-se durante 48 meses, a partir de três casos de estudo: Barcelona, Lisboa e Bristol. A Endesa vai participar no caso de Barcelona, no qual serão avaliados os riscos associados a inundações, secas, ondas de calor ou um eventual aumento do nível do mar e as suas consequências nos serviços urbanos como o abastecimento de água, a energia, os transportes, as telecomunicações e o tratamento de resíduos na capital catalã. Para tal, serão analisadas as interdependências existentes entre estes serviços essenciais. O papel da Endesa vai centrar-se em quantificar o impacto das alterações climáticas na capacidade de recuperação do fornecimento de energia elétrica e a sua interação com o ciclo
da água. O projeto permitirá, assim, analisar em que medida as melhorias trazidas pelas redes inteligentes e, em particular, pelas microredes (sistemas de pequena escala que combinam geração, armazenamento e distribuição de eletricidade) podem contribuir para a resiliência das cidades. O projeto Resccue irá combinar esforços de 18 parceiros de cinco países, liderados pela Aquatec (Suez Water Advanced Solutions), entre os quais se encontram as três autarquias das cidades que vão ser objeto de estudo, a agência das Nações Unidas UNHabitat, empresas de serviços urbanos como a Endesa, EDP, Águas de Portugal e Suez Advanced Solution UK, centros de investigação (Cetaqua, FIC, LNEC e IREC), universidades (Exeter e EIVP) e as PME Opticits, Hidra e UrbanDNA.
Solução inovadora para tratar efluentes industriais A
Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica Portuguesa desenvolveu um novo processo para tratamento de efluentes com corantes resultantes da indústria têxtil que ajuda a reduzir o seu impacto ambiental. Realizada no Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da ESB, em colaboração com a Aquitex – empresa portuguesa líder na comercialização de produtos auxiliares têxteis –, esta investigação surge com o intuito de encontrar uma solução económica, eficaz e sustentável que auxilie na remoção da grande variedade e quantidade de corantes presentes nas águas residuais da indústria têxtil. Como resultado de um trabalho de investigação associado a uma tese de mestrado na ESB em Microbiologia, em parceria com a empresa Aquitex, foi obtido um grupo de microrganismos
capaz de reduzir ou eliminar da água a cor proveniente dos corantes usados para tingir as peças de vestuário. Estes corantes – eliminados juntamente com os efluentes e tratados nas estações de tratamento de águas residuais – não são facilmente degradados pelos microrganismos das ETAR, pelo que a sua presença nas águas tem implicações que vão além do nível estético. Estes compostos corados e seus produtos de degradação estão associados aos elevados níveis de toxidade nas águas, o que resulta num grave flagelo ambiental, salienta a ESB. Pela primeira vez, foram encontrados microrganismos com ampla ação sobre corantes de diferentes cores e tipos e com capacidade de degradação em menos de 24 horas. O processo proposto para patente utiliza as propriedades intrínsecas de algumas leveduras isoladas de águas residuais com efluentes têxteis,
que, durante o seu crescimento, alteram as propriedades dos corantes, no sentido de potenciar a eliminação da cor presente nesse tipo de águas. Prevê-se que poderão existir outras aplicações da mesma tecnologia, ou tecnologias derivadas desta, noutros problemas do processamento têxtil, nomeadamente na redução da água usada
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fazer bem
Schneider Electric entre as 50 empresas que estão a mudar o mundo A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia e automação, acaba de ser distinguida pela revista “Fortune” como uma das empresas que está a mudar o mundo. O grupo encontra-se na 24.ª posição da lista “Change the World”, de 2016, elaborada por esta publicação e que destaca empresas que abordam problemas sociais globais como parte da sua estratégia de negócio e integram as necessidades da sociedade na sua estratégia corporativa. Globalmente, a lista distingue empresas que fazem esforços intencionais para provar que o lucro pode ser canalizado para aliviar alguns dos problemas sociais mais persistentes no mundo. A Schneider Electric foi nomeada pelo
seu programa “Acesso à Energia”, que faz chegar energia elétrica a pessoas e comunidades sem recursos e que, ao mesmo tempo, dá formação a trabalhadores locais de modo a superar a falta de experiência local, melhorar o seu nível de vida e garantir práticas sustentáveis. No seu website, a revista “Fortune” destaca a solução de backup de energia solar da Schneider Electric, que forneceu 128 escolas no Quénia bem como as ações de formação em gestão de energia levadas a cabo pelo grupo, destinadas a jovens de diversos países de África, Ásia e América do Sul. Desde 2009, a Schneider Electric já treinou mais de cem mil pessoas e, até 2025, os objetivos traçados situam-se
em um milhão de pessoas formadas, dez mil formadores treinados e cerca de dez mil empreendedores ajudados pelos programas da Schneider Eletric. “Os problemas que assolam o mundo, em particular nas geografias mais desfavorecidas, estão muito presentes na forma como a Schneider Eletric olha para o seu papel na sociedade. Somos uma empresa que diariamente trabalha para conectar o mundo, e para que todas as pessoas possam ter acesso a energia. Com estes programas, queremos garantir o irrefutável direito humano a uma energia de qualidade, através de soluções inovadoras e sustentáveis”, refere David Claudino, country president da Schneider Eletric em Portugal. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org
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fazer bem Hacer bien
Autarquia de Campolide promove reciclagem do lixo O lixo doméstico pode valer dinheiro, para os moradores da freguesia de Campolide, em Lisboa. Através do programa “Pago em Lixo”, os moradores da freguesia podem trocar o seu lixo – colocado em pontos de recolha específicos – por moedas e notas, que podem ser utilizadas nos mais de 70 estabelecimentos do bairro que aderiram à iniciativa. O conceito passa por os moradores entregarem o seu lixo num local próprio definido pela freguesia e, em troca, receberem uma “moeda” local, com que podem fazer compras do dia-a-dia. O valor varia consoante o peso e tipo de resíduo entregue por cada morador, que a autarquia limitou a 10 quilos por
dia por residente. O lixo é pesado por funcionários designados pela junta e a cada quilo de lixo indiferenciado pode ser trocado por uma nota simbólica. Cada moeda ou nota “lixo” corresponde a um valor comercial de um euro, um valor “simbólico”. O lixo reciclável vale mais. Por cada quilo de embalagens, papel ou vidro, são distribuídas duas notas, ou seja, dois euros. Os cabeleireiros, frutarias, restaurantes, farmácias, cafés, sapatarias, drogarias ou peixarias e outras lojas e serviços aderentes são identificados através de um dístico emitido pela autarquia. Os espaços serão depois reembolsados em dinheiro real pela junta.
A autarquia de Campolide investiu, numa fase inicial cerca de 15 mil euros no projeto, mas o presidente da Junta de Freguesia de Campolide garante que este poderá ser ampliado. “O objetivo é consciencializar a população sobre a importância da higiene urbana, assim como a correta reciclagem e separação do lixo, contribuindo simultaneamente para a dinamização da economia e comércio local, de modo a que todos sejamos vencedores”, adianta André Couto. A duração do projeto vai depender da receção dos moradores. As recolhas da campanha “Pago em Lixo” começaram no mês passado, em dias pré-agendados para cada bairro.
Tetra Pak assume compromisso de utilização de eletricidade 100% renovável até 2030
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Tetra Pak aderiu ao RE100, assumindo o compromisso de aumentar a utilização de eletricidade renovável dos 20% atuais para os 100%, em todas as operações globais, até 2030. O anúncio foi realizado há cerca de um mês, no
Clean Energy Ministerial, em São Francisco, nos Estados Unidos. “A participação no RE100 reflete o nosso compromisso em minimizar o impacte ambiental da nossa atividade e em aumentar a utilização de recursos renováveis. Estabelecemos
uma meta ambiciosa para garantir que as emissões de dióxido de carbono em toda a nossa cadeia de valor são limitadas aos níveis de 2010 até 2020, e estamos a fazer excelentes progressos. Em 2015, as emissões caíram 15% em relação ao valor base de 2010, apesar da produção ter aumentado 16%”, frisou Charles Brand, vice-presidente executivo de Gestão de Produto e Operações Comerciais da Tetra Pak. O RE100 é uma iniciativa empresarial global liderada pelo The Climate Group, em parceria com o CDP, para impulsionar a procura e a oferta de fontes de energia renovável. A decisão da Tetra Pak de integrar RE100 reforça, uma vez mais, o compromisso com o combate às alterações climáticas e surge seis meses após a empresa ter aderido ao Paris Pledge for Action na COP21.
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Las nuevas tendencias del consumo en España y Portugal Españoles y portugueses están recuperando el hábito del consumo a la vez que las tendencias cambian de forma vertiginosa. El comercio electrónico, todavía con poca expresión, gana espacio un poco por toda Europa. Existen nuevas costumbres en el ritmo de vida y en la mesa pero el precio sigue siendo el factor clave a la hora de decidir la compra de los productos. Actualidad€ analiza las tendencias del gran consumo y de la gran distribución en el mercado ibérico. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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ras varios años sufriendo las consecuencias de la crisis económica, los números y los indicadores de confianza muestran que el consumo ha entrado en una fase de recuperación en Europa. Las ventas medias agregadas del comercio en la Unión Europea avanzaron un 3,3% en 2015, crecimiento superior al 2,8% de la zona del euro y positivo por segundo año consecutivo en esta década, en términos constantes. Un consumo que se encuentra en constante transformación al igual que los hábitos de los consumidores y las tendencias de la distribución. Tanto en España como en Portugal hay razones para ser optimistas en lo que se refiere a la evolución de este sector. En el caso del mercado español, el gran consumo mantendrá su volumen de mercado en 2016, repitiendo la tendencia registrada a lo largo de 2015, según el informe "Balance y Perspectivas Gran Consumo 2016" elaborado por la consultora líder en paneles de consumo Kantar. El mercado sí ha crecido en valor en el último ejercicio (+1,8%), como consecuencia del incremento de precios de los últimos meses. Para César Valencoso, Consumer Insights Director de Kantar Worldpanel, "el gran consumo es un mercado complejo y sensible a múltiples factores, pero si no hay ninguna sorpresa en los próximos meses, podemos esperar un año bastante estable en el sector, muy asociado al estancamiento de la población y a los cambios ya palpables en los hábitos del consumidor". El informe recoge las principales tendencias que tanto el consumidor como la industria han protagonizado en el último año, y que condicionarán con su evolución a medio plazo. Entre ellas, destaca “un consumidor más optimista y
abierto al cambio, la continua- sus gastos (+6,3%), y también deción de la guerra en frescos por clara haber reducido algunas de parte de la gran distribución, y sus medidas anticrisis a la hora una europeización de las costum- de hacer la compra: un 3,4% ha bres de los españoles en la cocina dejado de pensarse más los gastos y en la mesa”. extra (en total lo hacen un 67,4% La crisis sigue dentro de la ca- de los hogares), y también ha babeza del consumidor y más allá jado la proporción de hogares que de la afectación real en su bolsi- ha dejado de comprar determinallo, su percepción es igualmente das marcas por su precio (40,6% decisiva en la evolución del sec- ante un 42,5% en 2014). tor, y ésta ha mejorado considerablemente en los últimos meses. Gasto en los hogares españoles El gasto en consumo final de los hogares españoles registró una tasa Desde 2011 se de crecimiento del 3,1% en 2015 impulsado por las compras de bienes han duplicado las duraderos y por la mejora del crédito, promociones (de confirmando la tendencia observada desde el tercer trimestre de 2013. Y 21 para 41%) y los las ventas minoristas crecieron un portugueses son uno 3,6% en 2015, frente al crecimiento del 0,9% del año anterior. Las vende los pueblos más tas del comercio minorista en valoobsesionados con res corrientes crecieron en 2015 un 1,8%, hasta aproximadamente los ellas 208 mil millones de euros, según datos del Instituto Nacional de EsSegún los datos del estudio, un tadística (INE), mostrando el mayor 37,5% de los hogares confiesa que crecimiento de la facturación desde acaba gastando más dinero en el el inicio de la crisis. No obstante, supermercado del que se había la pérdida de actividad en el sector propuesto (+3,3% respecto 2014), comercio desde 2008 es del 13,5%, un 25,2% declara que la crisis no cerca de 33 mil millones de euros ha afectado a su estilo de vida y a menos de facturación.
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grande tema gran tema des Empresas de Distribución (ANGED) presenta cada año una memoria anual sobre los datos del sector. Se trata de una orga niz ación profesional de ámbito nacional integrada por 19 de las más de s t a c a d a s c ompa ñ ía s de la distribución minorista, en sectores como alimentación, grandes aumentó un punto, almacenes, electrodomésticos, hasta el 64,7% en alimentación moda, bricolaje, librería, jugue- envasada. Sin embargo, el hipertería, regalo, mueble, informática mercado aumenta su cuota cuatro y electrónica, entre otros. En el décimas hasta el 16,3% por priEmpresas de distribución siguen último informe referente al 2015, mera vez desde el inicio de la crise puede observar como la cuota sis. Los supermercados pequeños creciendo La Asociación Nacional de Gran- de mercado de los supermercados (hasta 400 metros cuadrados) y los establecimientos tradicionales rebajan su cuota hasta el 13% y el 5,9% respectivamente. Entre 2008 y 2015 se han producido 2.400 aperturas de superLos datos del informe de Anged tam- Un 12% de hogares ya realiza en algún bién muestran como el e-commerce, momento del año la compra online. mercados, 800 de ellos de superaunque todavía con poca expresión, Casi todas las categorías de bienes ficie superior a 1000 m2, lo que continúa ganando espacio un poco de consumo tecnológicos han evolusupone más de 114 nuevos centros por toda Europa y en España y en Por- cionado positivamente en 2015 por seal año, frente a un ritmo de una tugal esta tendencia no es una excep- gundo año consecutivo desde el inicio apertura y media por año de hición. Sigue aumentando el número de de la década. Avanzaron un 6,7% en permercados. Por su parte, los hogares portugueses que compran 2015. La relevancia del comercio elecformatos tradicionales de alimenbienes de gran consumo online (7,8%). trónico en España es todavía modesta tación y droguería/ perfumería Existe además un alto potencial de (2% del PIB en 2015), aunque el crecicontinúan reduciéndose. Este ritcrecimiento, y el 64% de los consumi- miento medio anual de la facturación mo de aperturas se ha traducido dores considera conveniente comprar ha sido superior al 40% desde 2000. en un aumento de la superficie por Internet aunque el 50% opta por Cuatro de cada diez adultos compracomercial del 8% desde el 2008. no hacerlo por los gastos adicionales ron por Internet en 2015, frente al 8% En la dimensión del supermercade la entrega. Y aunque el comercio de 2004. El perfil de cliente, según do, el crecimiento ha sido superior electrónico sigue creciendo también el informe del BBVA, responde a un al 18%, debido al crecimiento de lo hace el tradicional de proximidad, consumidor con nivel de ingresos superficie del 30% del formato de superior a la media, familiarizado con con una subida del 2,8%. más de mil metros cuadrados. El En España, el comercio electrónico del la utilización de Internet y usuario de crecimiento de la superficie del gran consumo (sin productos frescos) la banca digital. La composición de hipermercado ha sido del 1% en representa solo el 0,8% de las ventas la cesta de consumo está sesgada ese mismo período. totales, según Nielsen, pero con creci- a la compra de bienes duraderos y El 2015 se ha confirmado como servicios. miento en 2015 del 18%. un buen año para los grandes grupos de distribución del país. En términos reales, descontado los efectos de los precios, las ventas constantes avanzaron en 2015 un 3,6% interanual. La recuperación de la confianza del consumidor, gracias al avance del empleo, 3% en términos de contabilidad nacional, de la renta salarial real y de los créditos al consumo, afianzó la recuperación de las ventas de productos distintos a la alimentación (+4,6%). El empleo minorista en España sumó 32.200 nuevos ocupados en 2015, hasta más de 1,9 millones de trabajadores, según la Encuesta de Población Activa. El descenso de la población y la recuperación del consumo de alimentación fuera del hogar produjeron, en cambio, un avance más modesto de las ventas de alimentación (0,6%).
Comercio electrónico aún con gran potencial
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Grupo Dia y Lidl han sido los más dinámicos, aumentando en 0,4 puntos su cuota de mercado gracias a la compra de superficie en el primer caso y la apertura de establecimientos en el segundo (8,6% y 3,6% respectivamente en el acumulado del año). Mercadona ha reforzado en 0,2 puntos su posición de líder (22,7%) y Carrefour ha crecido ligeramente una décima hasta el 8,5%. Grupo Auchan mantiene su presencia del 3,8%, y Eroski retrocede dos décimas hasta el 6,2%. Bienes de consumo En España, el 30% del gasto de los hogares en alimentación sigue estando en tiendas tradicionales, con más de 117.000 especialistas, según datos del DIRCE 2015 (INE), con cuotas de mercado superiores en la distribución de productos frescos, el 45% en frutas y verduras y pescado. Un indicador avanzado de la tendencia del consumo de los hogares, como es la venta de electrodomésticos, registró un repunte de ventas del 14,2% en 2015, el doble que el año anterior. El número de unidades vendidas creció un 11,2%, por lo que siguen
recuperándose los precios, según to turístico. El 54% de las compras datos de ANFEL. En el sector de que realizan los turistas en España tecnologías del hogar, el comercio son en tiendas de ropa. electrónico alcanzó un 13% de las Las cadenas especializadas conventas en 2015, según la consulto- centraron el 31,8% del total de ra GFK, con un crecimiento del ventas; seguidas de los hipermer24,1% frente al 9,2% estimado cados y supermercados (24,3%); para el conjunto del sector. tiendas multimarca (19,9%); facEl sector textil facturó 17.743 mi- tory/outlet (15,1%) y grandes alllones de euros en 2015, un 7,7% macenes (8,9%). En el año 2015, más, recuperando parte del empleo, destaca la ligera recuperación de tiendas y gasto per cápita perdido la tienda multimarca y continúa el desde el inicio de la crisis, según avance de la tienda especializada. datos de Acotex. Junto al aumento de la demanda local, el sector ha Mercado portugués Cuando hablamos del mercado apoyado su recuperación en el gasportugués, los números del gran consumo en el sector alimentar y no alimentar también son positivos. En el primer semestre de este año se ha registrado un crecimiento del 1,8% en relación al mismo periodo del ejercicio anterior, alcanzando los 8.594 millones de euros en volumen de ventas, tal y como muestra el "Barómetro de Ventas" de la Asociación Portuguesa de Empresa de Distribución (APED). Su directora general, Ana Isabel Morais, destaca los resultados “favorables para la economía portuguesa” y asegura que una de las características del mercado portugués es “el comportamiento del consumidor, a quien le gusta la outubro de 2016
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grande tema gran tema
Mercadona da el salto a Portugal en 2019
Uno de los protagonistas en las cadenas de distribución en España, Mercadona, ha anunciado su desembarco en Portugal en la que va a ser su primera internacionalización. Inicialmente, la compañía se ha puesto como objetivo abrir cuatro tiendas en 2019. “Por el momento, estamos conociendo el terreno, estudiando las diferentes opciones y aprendiendo mucho”, explica Elena Aldana, directora de Relaciones Institucionales en Portugal. La inversión prevista en esta primera fase para las 4 tiendas y oficinas es de 25 millones de euros y supondrá la creación de 200 puestos de trabajo. Otra prioridad es reclutar talento y formar un gran equipo. Ya han lanzado dos convocatorias para seleccionar a 150 personas que serán los futuros directivos de la compañía en Portugal. De momento, no se ha decidido la localización de las tiendas aunque se pretende que sean cómodas “para nuestros Jefes (como denominamos internamente a los clientes), con buenos accesos y aparcamiento”. Mercadona ha crecido en España con un modelo muy particular de negocio al que llaman el Modelo de Calidad Total. “Nuestro objetivo es que, quien atiende a nuestros clientes lo haga
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muy bien; y eso solo se consigue estando él mismo satisfecho, es decir, tratando bien al trabajador”, subraya Elena Aldana. De ahí que los sueldos de la plantilla estén por encima de la media. El 100% del personal con jornada completa cobra como mínimo de inicio más de 1.100 euros/mes netos. Con dos años de antigüedad sube a 1.197 euros, con tres años a 1.307 y con cuatro años a 1.429 euros. “Todos los trabajadores cuentan con contrato indefinido y apostamos por la promoción interna y la igualdad – el 51% de los ascensos laborales en el último año fueron mujeres, entre las que me encuentro. Hay que apostar por la gente, creer en ella y estoy segura de que vamos a desarrollar un gran equipo portugués”, puntualiza la directora de Relaciones Institucionales en Portugal. Desde la empresa valenciana consideran la entrada en el mercado luso como una “grandísima responsabilidad, que queremos hacer muy bien para satisfacer a los cinco componentes de la compañía: jefe, trabajador, proveedor, sociedad y capital”. Para ganarse la confianza del público portugués pretenden “observar, escuchar y preguntar mucho para conocer sus
hábitos de compra y sus necesidades, y así adaptarnos a las necesidades de los jefes portugueses con productos innovadores de la máxima calidad y al mejor precio posible, contando con buenos fabricantes y proveedores que lo hagan posible”. A la hora de hablar de proveedores para el mercado portugués, Mercadona pretende conocer bien al cliente luso para que “una vez definido el surtido, comprar y desarrollar el producto que mejor satisfaga sus necesidades. Seguro que tendremos productos con marca Hacendado y con otras muchas marcas”, aclaran en la empresa. Actualmente ya trabajan con algunos proveedores de Portugal, donde compran 50 millones de euros anuales.
Grupo familiar Creada en Valencia en 1977 por Francisco Roig y su mujer Trinidad Alfonso, esta compañía de supermercados cuenta con capital español y familiar. Desde su fundación, el objetivo es satisfacer plenamente todas las necesidades de alimentación, limpieza del hogar e higiene personal de sus clientes, así como las necesidades relacionadas con el cuidado de sus mascotas. Hoy en día cuenta con una plantilla de 76.000 trabajadores. Desde un principio han destacado por su apuesta en la innovación. “Ya en 1982 fuimos los primeros en utilizar el escáner de código de barras en caja. Desde entonces no hemos parado y el ritmo se acelera exponencialmente. Invertimos 651 millones de euros el año pasado (3.146 millones en los últimos cinco años); 126 millones en el proyecto de transformación digital". Al cierre de 2015, Mercadona disponía de una red de 1.574 supermercados, en las 17 Comunidades Autónomas. Para el presente ejercicio, la compañía preve "aumentar el volumen de ventas y la facturación un 2%".
gran tema grande tema
en el consumo “y ahora estamos en diversidad pero el factor precio sigue el periodo de recuperación”. De ahí siendo el que más pesa en el momenEl mercado del gran la prudencia a la hora de hablar de to de la compra. Por ese motivo, los consumo portugués, este sector al que define como “dicomerciantes están centrados en las námico, altamente competitivo y promociones”. Desde 2011 se han en el primer semestre, diversificado”. duplicado las promociones (de 21 alcanzó ventas de para 41%) y los portugueses son uno Según el barómetro han crecide los pueblos más obsesionados con do las ventas un 3,5% en el sector 8.594 millones de alimentar, especialmente los biedichas promociones. Sin embargo, euros (un 1,8% más) nes perecederos (9,8%). “Hay una aunque los descuentos cada vez son transformación de hábitos y una mayores, su eficiencia está dismimayor preocupación por la salud”, nuyendo. La directora general de la APED recuerda que aunque los con- son muy volátiles y las personas es- destaca Ana Isabel Morais. Entre sumidores se muestran muy confia- tán muy sensibles”. Desde el 2012 se los alimentos que más cae su condos en la economía, “los indicadores han producido caídas del 20 al 30% sumo se encuentran los lacticinios, que bajan un 2,4%, “siguiendo así una tendencia mundial muy preocupante para el sector”. En los dos últimos años, se ha verificado que los llamados productos saludables crecieron, sobre todo el pan dietético y productos como yogures bio y arroz integral, que crecieron 45% y 44% respectivamente. Los jóvenes están dispuestos a pagar más por la adquisición de productos saludables. Esto se desprende del estudio presentado por la consultora Nielsen que analiza las tendencias del gran consumo para este año. El 66% de los consumidores a nivel mundial están dispuestos a pagar más por marcas comprometidas con la sostenibilidad. outubro de 2016
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
¿Ha pagado más
impuesto sobre vehículos del que debería?
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l “imposto sobre veículos” (ISV - equivalente al impuesto de matriculación española) sigue dando de que hablar. Hace unos años la Administración fiscal portuguesa se empeñaba en cobrar el impuesto a los trabajadores españoles transfronterizos (es decir, trabajadores en Portugal pero con residencia fiscal en España) por conducir su vehículo en Portugal con una matrícula española. Demanda mediante, fueron necesarias dos reformas legales para dar una solución satisfactoria a este tema. Los problemas, sin embargo, continúan. En la reciente sentencia del Tribunal de Justicia de la Unión Europea (TJUE) C-200/15, el Estado portugués fue condenado al entender el TJUE que el ISV viola las reglas de la libre circulación de mercancías. Esto no significa que el impuesto sea ilegal. Lo que estaba en juego era la determinación de la base imponible de los vehículos usados procedentes de otro Estado miembro. El ISV recoge una tabla para calcular la depreciación del vehículo usado que se introduce en territorio portugués. El problema estriba en que dicha tabla no considera la depreciación del vehículo en su primer año de vida ni dicha depreciación puede exceder el 52% en los vehículos con más de cinco años de antigüedad. En efecto, la tabla actual es la siguiente:
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Por Antonio Viñal Menéndez-Ponte*
el ISV equipara el vehículo usado con menos de un año al vehículo nuevo comprado en Portugal; 2) la depreciación de un vehículo con más de 5 años tiene un tope del 52% con independencia de su estado real. Más de uno a dos años 20 El TJUE, de manera acertada, deterMás de dos a tres años 28 minó que el valor de un vehículo dismiMás de tres a cuatro años 35 nuye a partir del momento mismo de la Más de cuatro a cinco años 43 compra o de su entrada en circulación, Más de cinco años 52 y que ese valor continúa disminuyendo más allá del quinto año. Asimismo, explicó en la sentencia que un Estado Vemos, pues, que el ISV no consi- miembro no puede cobrar un impuesto dera ningún porcentaje de reducción sobre los vehículos usados importados para vehículos con menos de un año ni calculado con base en un valor superior dicho porcentaje va más allá del 52%, al valor real del vehículo. Por ello, el ISV, en su redacción actual, aunque la antigüedad del vehículo sea no garantiza que los vehículos usados superior a los cinco años. El TJUE dictaminó que esta situación importados paguen un impuesto de vaera contraria al artículo 110 del Trata- lor semejante al de los vehículos usados do de Funcionamiento de la Unión en territorio nacional, siendo esta norma Europea (TFUE). El motivo es que el contraria al artículo 110 del TFUE. ISV discrimina al vehículo usado importado en relación con el vehículo usa- *Partner de Antonio Viñal & Co. do comprado en territorio nacional (es Abogados.Lisboa decir, en Portugal) en dos supuestos: 1) E-mail: lisboa@avinalabogados.com
Tiempo de uso Porcentaje de reducción
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
ADVOCACIA E FISCALIDADE
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
“Who’s Who Legal” destaca 20 portugueses em M&A e governance A Uría Menéndez - Proença De Carvalho foi a sociedade com mais advogados distinguidos (quatro) no guia “Who’s Who Legal M&A e Governance” em Portugal, que destacou 20 profissionais a nível nacional. Da firma ibérica foram indicados Carlos Costa Andrade, Francisco Brito e Abreu, Daniel Proença de Carvalho e Jorge de Brito Pereira.
A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) e a PLMJ contaram, por sua vez, com três nomeações cada. No primeiro caso, foram destacados Nuno Galvão Teles, Carlos Osório de Castro e João Soares da Silva. Já da PLMJ, foram referidos Manuel Santos Vítor, Luís Sáragga Leal e Vasco de Ataíde Marques. Já a Vieira de Almeida & Associados rece-
beu duas indicações: Jorge Bleck e João Vieira de Almeida. Quatro sociedades tiveram um advogado distinguido: Cuatrecasas, Gonçalves Pereira (Frederico Pereira Coutinho), GómezAcebo & Pombo (Jorge Santiago Neves), Linklaters (António Soares) e Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados (Francisco Sá Carneiro).
“Direito Civil e Sistema Financeiro” analisados em nova obra “Direito Civil e Sistema Financeiro” é uma nova obra que resulta da compilação de diversos estudos que se integram na zona de confluência do direito civil, do direito bancário e do direito dos valores mobiliários. Da autoria de Ana Mafalda Miranda, o livro aborda “problemas que envolvem a aplicação de uma medida de resolução a uma instituição bancá-
Em trânsito: » A AVM acaba de realizar três contratações para
as suas áreas de fiscal e propriedade intelectual. Para o departamento de Fiscal ingressaram Maria João Marques e Tânia Rosário. A primeira transita da Deloitte Angola, onde trabalhou nos últimos três anos como consultora sénior fiscal, e a segunda deixa a Albino Jacinto & Associados, dedicando-se agora ao contencioso tributário. Para o departamento de propriedade intelectual entrou Márcia Martinho Rosa, que transita da Francisco Dória Nobrega. De acordo com a firma, estas contratações permitem responder às recentes solicitações que tem recebido dos clientes, quer no mercado nacional, quer internacional.
ria, a tutela dos investidores, aspetos da responsabilidade civil no contexto financeiro, a tutela do cliente bancário. A pretensão é de reflexividade, procurando-se contribuir para a densificação da ciência jurídica num domínio específico complexo”, que se tem revelado especialmente pertinente em Portugal, adianta a autora. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
as relacionadas com shipping e a zona franca. Com mais de 20 anos de experiência, a nova advogada da SRS é licenciada em Direito, pela Universidade de Coimbra, foi consultora jurídica do Governo da Região Autónoma da Madeira, na Direção Regional do Património, e consultora jurídica na Dixcart Management Madeira, nas áreas de direito comercial, fiscal e laboral. Entre 2008 e 2015, foi sócia gerente da Vallerton Management e Serviços, no Funchal.
» Diogo Leote Nobre e Joana Vasconcelos são as novas contratações da Miranda. Os dois advogados transitam da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira e irão, assim, contribuir para o reforço da Miranda nos mercados nacional e internacional. » A SRS Advogados acaba de reforçar a equipa do Diogo Leote Nobre integra a Miranda como sócio, escritório da Madeira com a integração de Cristi- com valências essencialmente em direito laboral e na Dionísio, que integra a firma como consultora, direito do desporto, enquanto Joana Vasconcelos com vista a consolidar a vertente técnica das áre- entra como consultora para a área laboral. 46 act ualidad€
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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setor imobiliário
sector inmobiliario
Pestana CR7 abre na Gran Vía, em Madrid, até 2018
Desde 16 de agosto que o novo Pestana CR7 Lisboa, situado no coração da Baixa Pombalina, “vai a jogo”. À semelhança da primeira unidade hoteleira da marca, também inaugurada no verão, no Funchal, este novo quatro estrelas procura seduzir os adeptos da tecnologia. Dos quatro “cantos” que a marca anunciou, aguardam-se ainda os Pestana CR7 de Madrid e de Nova Iorque.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
obsessão pela performance do jogador de futebol Cristiano Ronaldo alimenta o conceito de hotelaria Pestana CR7, que privilegia “o conforto tecnológico” como tática principal para somar pontos junto dos potenciais hóspedes. Esta nova marca, detida em partes iguais pelo grupo Pestana e por Cristiano Ronaldo, prometeu quatro unidades hoteleiras. A primeira foi inaugurada no porto do Funchal, no passado dia 1 de julho, a segunda a 16 de agosto, na Baixa de Lisboa (nas fotos), e as próximas poderão abrir em 2017 ou 2018, em Madrid (na Gran Vía) e em Nova Iorque (perto de Times Square). Os quatro Pestana CR7 custarão no total 75 milhões de euros, avança o grupo Pestana, que se ocupa da 48 act ualidad€
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gestão operacional do negócio. José Roquette, administrador para a área do desenvolvimento do grupo Pestana, não quis precisar a data certa das próximas aberturas, mas adiantou que o CR7 Madrid também resultará de uma reconstrução, à semelhança do hotel de Lisboa. Em comum, além de uma localização “de reconhecida sustentabilidade turística”, os quatro estrelas Pestana CR7 possuem a aposta na tecnologia de fácil uso, alicerçada no espírito de partilha e de interação, que procura satisfazer as necessidades da geração “Millenials” e de todos os apreciadores do conforto tecnológico. Assim, a somar à localização privilegiada, na interseção da Rua do Comércio com a Rua da Prata, o novo Pestana CR7 Lisboa possibilita “acesso rápido e gratuito
à internet, com uma velocidade de 1GB em wireless, assim como WiFito-Go gratuito em todo o país”, para que “os clientes possam estar sempre ligados com o mundo, dentro ou fora do hotel”. Todos os quartos estão equipados com “carregadores duplos USB para smartphones e tablets, televisões HD 48’’, Apple TV e sistema de streaming para Android, cabos HDMI, cofres digitais, ar condicionado, telefone, frigo bar, secador de cabelo, tapetes de ioga, roupões e ainda mood lighting no chuveiro com leds que se iluminam de azul, para a água fria, e de vermelho, para a água quente”. Em todos os 82 quartos (23 CR Room (standard), 50 CR Superior, cinco CR Superior Corner, quatro CR Superior Rooftop) e na suite CR7 “os hóspedes terão a oportu-
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nidade de facilmente conectarem os seus aparelhos móveis à televisão e aos speakers do quarto com tecnologia Bluetooth”. A CR7 suite, caracterizada como “um adultplayground no coração da cidade” disponibiliza mais dois mimos: PS4 e óculos de realidade virtual. Nos espaços comuns poderá contar com “som envolvente dos adeptos num estádio de futebol ao longo do percurso feito pelas escadas”. Se optar pelo elevador, poderá apreciar “os principais momentos da vida de Cristiano Ronaldo de forma dinâmica”, através de uma parede de touchscreen. A homenagem ao craque leva-nos ao tapete dos quartos, onde “uma sequência de sete marcas de chuteiras replicam as pegadas de um sprint real de Cristiano Ronaldo no relvado”. A marca Pestana CR7 disponibiliza ainda uma App exclusiva, com dicas de exercício físico de Cristiano Ronaldo, bem como recomendações de jogging tracks. Miguel Plantier, diretor do Pestana CR7 Lisboa, sublinha que a aposta na tecnologia obrigará a uma atualização constante, assente em parcerias com diversos operadores. José Roquette apresentou a marca como “um novo conceito vibrante, que vem refrescar as propostas do
grupo, que já leva 44 anos a desenhar e a gerir hotéis”. O Pestana CR7 Lisboa custou 15 milhões de euros e criou 50 novos postos de trabalho, revela o gestor, indicando tratar-se de “uma equipa de nómadas”, já que “75% destes profissionais já trabalharam no estrangeiro”. A interação do staff com os hóspe-
O Pestana CR7 Lisboa custou 15 milhões de euros. As quatro unidades da marca (Lisboa, Funchal, Madrid e Nova Iorque) deverão representar um investimento de 75 milhões de euros des promete ser um dos elementos diferenciadores. O hotel criou “o conceito de Embaixadores Pestana CR7, uma equipa devidamente preparada para aconselhar os roteiros para que cada cliente possa ser um verdadeiro nativo e descobrir o me-
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lhor de Lisboa”. O hotel nasce da recuperação de um edifício Pombalino, sob a direção do arquiteto Jaime Morais, manteve a estética origina no exterior, coordenando-a com um interior moderno, onde o verde dos relvados é a cor dominante. Além dos hóspedes, o Pestana CR7 Lisboa está também aberto a quem quiser usufruir do seu espaço de restauração, o CR7 Corner Bar & Bistro, voltado para a rua. O restaurante e o lounge contam com uma carta assinada pelo chefe Rui Martins, “organizada por produtos”, de modo a que os pedidos assentem “numa lógica de partilha entre grupos de amigos ou como refeição”. A Liquid Consulting responsabilizase pela carta de cocktails. A estadia num quarto standard custa a partir de 250 euros e na CR7 suíte a partir dos 1.250 euros. Com a abertura destes novos hotéis Pestana CR7, grupo Pestana “ultrapassa a fasquia das 90 unidades em 15 países, consolidando a sua estratégia de internacionalização”. Ao todo, o grupo que faturou 432 milhões de euros, em 2015, gere quatro marcas: Pestana Hotels & Resorts, Pestana Collection Hotels, Pestana Pousadas de Portugal e Pestana CR7.
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Casas na Área Metropolitana de Lisboa são vendidas em menos de seis meses C erca de 55% das casas em oferta na Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa) entre o segundo trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016 demoraram menos de seis meses a ser vendidas, apurou a “Confidencial Imobiliário” no âmbito do “SIR-Sistema de Informação Residencial”. Nesse período acumulado de 12 meses terminado no primeiro trimestre de 2016 (inclusive), as empresas que integram o SIR para esta região reportaram um total de 6.746 casas transacionadas na AM Lisboa, das quais cerca de 20% vendidas em menos de três meses e 35% entre os três e os seis meses. Para Ricardo Guimarães, diretor da
“Confidencial Imobiliário”, “o facto de mais de metade das casas evidenciarem um tempo de absorção até seis meses e de os imóveis com mais potencial serem mesmo vendidos em apenas três meses, é já um sinal da crescente procura de habitação.” Na sua perspetiva, “esta pressão resulta da cada vez mais evidente carência de oferta compatível com uma procura potencial por parte dos compradores domésticos, especialmente das famílias, cujas dinâmicas não cessaram e foram gerando pressões para a compra ou mudança de habitação, num cenário em que quase todo o investimento dos últimos anos em habitação foi
canalizado para novos setores e outros perfis de compradores”. Ainda de acordo com os dados do SIR para o período em análise, 24% das vendas realizadas na AM Lisboa ocorreram num período entre seis e 12 meses desde que as casas foram colocadas em oferta. Em termos de segmentação geográfica, do total de vendas realizadas, 40% concentrou-se no concelho de Lisboa, seguindo-se Sintra, Cascais e Oeiras, com pesos entre os oito e os 9%. Em Lisboa, a maioria das vendas indicadas ao SIR nesse período apresentaram um preço médio de venda entre os 1.750 e os três mil euros por metro quadrado.
District é o novo centro empresarial e de lazer do Porto É na Rua Augusto Rosa, uma das artérias mais movimentadas da cidade Invicta, próxima do Teatro Nacional de São João e da Praça da Batalha, que vai nascer o District Offices and Lifestyle, um projeto simultaneamente pensado para trabalho e lazer. No total, são cerca de seis mil metros quadrados completamente renovados que vão receber dezenas de escritórios, restaurantes, concept stores e espaços para eventos. A recuperação deste edifício histórico, antiga casa do Governo Civil do Porto e da PSP, está a ser orientada pelo Grupo Endutex, empresa responsável pela construção dos hotéis Moov. Construído no século XVIII, no local onde foi demolida a muralha fernandina, apresenta traços do estilo Neoclássico, caraterizado pelas linhas sóbrias e simétricas. A preservação deste património tem sido uma das principais prioridades ao longo de todo o processo de obras. No total são 58 espaços para escritórios, 9 para restauração e mais de 16 para co-
mércio, divididos por 5 pisos. Destaque ainda para as salas de reunião, sala para eventos, anfiteatro e centro de cópias, todos disponíveis para a utilização de entidades externas, seja para eventos privados, workshops ou exposições de arte. Localizado no centro histórico do Porto, o District Offices and Lifestyle pretende ser um novo ponto de encontro
na cidade. Até ao momento, mais de 80% do edifício já está reservado por empresas e lojas, sendo que se espera que atinja a lotação máxima até ao final de agosto. As rendas variam entre os 150€ e os 670€, com todas as despesas fixas incluídas (luz, internet, ar condicionado, linha de telefone, limpeza áreas comuns). A abertura oficial está agendada para o final de setembro.
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Monte Santo Resort é o “mais romântico da Europa” O Monte Santo Resort, no Carvoeiro (Algarve), foi eleito o Resort Mais Romântico da Europa, nos World Travel Awards. Esta é já a segunda vez consecutiva que o hotel de luxo ganha este prémio nos Óscares do Turismo, numa cerimónia que decorreu a 4 de setembro, na Sardenha em Itália. O Monte Santo Resort é gerido pela Amazing Evolution desde 2012 e, nos últimos três anos, tem vindo a ganhar elevado reconhecimento internacional. Uma recompensa que para Margarida Almeida, CEO da Amazing Evolution, se deve a “um grande trabalho de equipa”. Situado no Carvoeiro, numa costa de rara beleza, e a poucos minutos de magníficas praias de águas quentes e cristalinas, o resort de cinco estrelas foi especialmente concebido para desfrutar de maravilhosos dias de descanso. Com oito hectares de jardins e lagos, este oásis de luxo, oferece acomodações amplas e confortáveis, distribuídas por suites e moradias geminadas, até três quartos, e incluem cozinha totalmente equipada, sala de jantar e ainda uma
varanda ou terraço com vista privilegiada para o jardim ou piscina. Não falta ainda o spa para renovar a alma e o restaurante Monte dos Comensais que propõe uma variedade de pratos onde a combinação perfeita de sabores e texturas resulta numa verdadeira experiência gastronómica, com assinatura do chef Nuno Alves.
Além do Monte Santo Resort, também o Choupana Hills, outro hotel da do portefólio da Amazing Evolution, voltou a ser consagrado com o prémio de “Melhor Boutique Hotel da Europa”, assim como o Conrad Algarve que foi distinguido com os prémios de “Melhor Resort de luxo da Europa” e “Melhor Suite de Hotel”.
Mercado imobiliário português posicionado para captar mais investimento estrangeiro P ortugal precisa de ter um ambiente fiscal estável e transparente para que a captação de investimento imobiliário estrangeiro continue a crescer. Esta foi uma das condições mais referida no “Portugal Real Estate Summit”, o maior encontro de investidores imobiliários internacionais já realizado no país, e que decorreu a 20 e 21 de setembro no Estoril. De acordo com a organização do evento, que esteve a cargo da “Vida Imobiliária“ e da Promevi, o balanço da primeira edição do certame é “muito positivo”, tendo contado com
a presença de cerca de 300 pessoas. “Os players presentes neste evento, incluindo os de origem nacional e internacional, com exposição ao mercado nacional ou ainda não presentes no país, destacaram que é preciso dar condições para que o capital estrangeiro continue a selecionar o mercado nacional, tendo sido debatida a possibilidade de ser cobrado um novo imposto sobre o património imobiliário de luxo. Além da fiscalidade e aspetos de regulação, a institucionalização dos veículos de investimento, com a criação dos chamados REIT’s (Real
Estate Investment Trusts), foram outra posição defendida pela indústria imobiliária presente como uma forma de aportar uma vantagem competitiva ao mercado nacional”, refere em comunicado a organização. No primeiro dia do encontro, a consultora JLL adiantou esperar que este ano cerca de 720 novos apartamentos da gama alta estejam em venda no centro de Lisboa, um número que representa um crescimento de cerca de 18% face à oferta contabilizada no ano passado, em torno das 600 unidades.
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Investimento no mercado logístico alcança os 413 milhões de euros em Espanha O ivestimento no mercado logístico em Espanha alcançou um volume de 413 milhões de euros no primeiro semestre de 2016, valor similar ao registado no período homólogo, de acordo com o relatório de “Mercado Logístico 1º Semestre 2016”, realizado pela consultora imobiliária Aguirre Newman. O relatório descreve que durante este período foram realizadas menos operações embora de maior dimensão, entre as quais se destacam a venda dos portefólios da Gran Europa e da Zaphir Logistics, ambas assessoradas pela Aguirre Newman. A maioria dos investimentos em ativos de rendimento foram realizadas nos mercados “Prime”, Madrid e Barcelona, onde foi registado 80% do volume total transacionado. Salienta-se também que como consequência da escassez do produto, os investidores estão a começar a ganhar interesse em mercados secundários, como
Valencia, Saragoça, Sevilha ou Pamplona. No mercado da comunidade madrilena, a procura de espaços logísticos durante o segundo trimestre deste ano foi de 76,3% em relação ao trimestre anterior, com uma contratação de 34.233 metros quadrados. A renda máxima alcançada no segundo trimestre situou-se nos cinco euros por metro quadrado/mês e as rendas da zona prime mantiveram-se entre 4,5 e os cinco euros por metro quadrado por mês, devido ao reduzido número de operações registadas. Segundo o relatório da Aguirre Newman, perante a fraca oferta de espaços logísticos destaca-se o comportamento dinâmico da oferta de activos industriais. Com uma área contratada de 80.829m² em 30 operações, 50% correspodem a transacções de arrendamento. Relativamente
às operações de venda, os 63,6% foram inferiores a mil metros quadrados. Estes dados indicam a melhora da procura no mercado industrial com um importante número de operações de reduzido volume. À semelhança dos trimestres anteriores, a elevada atividade no mercado de promoção imobiliária com uso industrial/ logístico continuou presente, um claro indicador do retorno da atividade promotora e da recuperação do setor. Neste sentido foram realizadas seis operações de development tanto para cliente final como para desenvolvimento de novos projetos. Já em Barcelona, durante o segundo trimestre de 2016, a procura de espaços logísticos tem sido muito positiva em Barcelona, alcançando quase 160.500 metros quadrados, área semelhante à obtida em igual período de 2015.
Interesse de investidores na Europa mantém-se no segundo trimestre N o mercado europeu em geral, o investimento imobiliário continuou forte, durante o segundo trimestre de 2016, com um volume de negócios de 54 mil milhões de euros, mais 2,5% do que no primeiro trimestre de 2016 e mais 30,4% na média de dez anos, muito embora tenha ficado aquém do segundo trimestre de 2015. O setor de escritórios registou o trimestre mais forte, com um aumento de 8,3% face ao primeiro trimestre de 2016, alicerçado num desempenho com particular destaque na Europa do Norte. Apesar de alguma incerteza no Reino Unido depois do referendo sobre a União Europeia, a confiança mantevese sólida noutros mercados europeus e os níveis de investimento revelaram-se estáveis numa comparação anual. Os volumes de investimento em França e
na Suécia – o terceiro e quarto maiores mercados europeus – foram particularmente resilientes. No último ano, o investimento nestes mercados cresceu 32% e 20% respetivamente. Os resultados do segundo trimestre de 2016 em França e na Suécia foram marcados por um elevado dinamismo no setor dos escritórios. Assinale-se o “excelente desempenho na Irlanda, com valores recordes de 2,3 mil milhões de euros em negócios de imobiliário comercial no segundo trimestre de 2016, mais do dobro do mesmo período no ano passado. Destaque para a venda do Blanchardstown Centre por perto de mil milhões de euros neste trimestre. A Polónia segue-se à Irlanda, com 1,5 mil milhões de euros no segundo trimestre, três vezes mais o nível registado no
mesmo período do ano passado. A Alemanha revelou uma descida nos níveis de investimento neste trimestre, muito provavelmente relacionada com a falta de stock nos mercados principais, que influenciou o valor total da Europa. O Reino Unido teve um desempenho menos forte do que os mercados europeus no período que antecedeu a votação do “Brexit”, muito embora alguns princípios sólidos continuem a suportar o mercado do Reino Unido. Jonathan Hull, Managing Director de Investimento da CBRE EMEA, refere que “muito embora os investidores tenham reagido de forma cautelosa ao “Brexit”, os princípios do mercado mantêm-se fortes e os investidores continuam a beneficiar de níveis significativos de capital para investirem”.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Herdade das Servas lanza al mercado el nuevo Alvarinho E
l “Herdade das Servas Alvarinho 2015” es un nuevo producto de la casa lusa, vino blanco de las viñas portuguesas de Estremoz, en la región sureña del Alentejo. Cien por cien fruto de la casta Alvarinho, esta bebida debe servirse a una temperatura de entre 10 y 12 grados centígrados. Vinho branco con un precio de venta recomendado de doce euros es perfecto para combinar con ensaladas, mariscos, pescados a la parrilla, carnes blancas o sushi. Una novedad descrita como elegante, persistente al final, de color cetrino con aromas a melocotón, limón y mango con toques de notas minerales de las tierras calizas de color rojizo del Alentejo, en viñedos envueltos en el clima mediterráneo de la región.
Producto resultado de las inversiones que realizó en 2015 la sociedad vinícola, en esencia por su apuesta en un equipo de enólogos formado por Luis Serrano, Tiago Garcia y Ricardo Constantino cuyo fin es la búsqueda de nuevos sabores y experiencias para cualquier amante del vino. La uva Alvarinho es una de las variedades de uvas blancas portuguesas, que posee características únicas, y que, bien trabajadas, puede dar lugar a vinos de alta calidad, como este nuevo “Herdade das Servas Alvarinho blanco 2015“, que tras tres meses de reposo, espera otros tres, tras ser embotellado hasta estar disponible para su consumición. En resumen, se trata de un vino blanco, mineral, elegante y persistente al final.
Oktobeerfest llega otro año más a Lisboa L a fiesta tradicional alemana tendrá su propia versión en la capital lusa de la mano del Lisbon Marriott Hotel, que celebrará este mes de octubre del 6 al 8 y del 12 al 15 en Citrus Restaurante, una
ocasión de intercambio cultural y social. La octava edición de esta festividad germana organizada por el Lisbon Marriott Hotel, en colaboración con el grupo Nabeiro, contará con
la famosa banda de músicos Hofbrauhaus de la región alemana de Baviera que envolverán a todos los asistentes con el espíritu “All you can dance”, con el objetivo de disfrutar de una velada animada. Acompañado por la música y la cerveza se podrá disfrutar de un menú típico de la gastronomía de la región sureste de Alemania donde se podrá escoger entre las características salchichas alemanas y otros dos platos representativos, precedidos de entrantes y acompañados por diversas especialidades alemanas, postres o el strudel de manzana del chef António Alexandre. La cerveza protagoniza la fiesta muniquesa que comenzará con la tradicional apertura del barril de la bebida estrella, con la presencia del embajador de Alemania en Portugal, Christof Weil (en la foto, en la fiesta del año 2014).
Textos Carlos Sánchez-de la Flor actualidade@ccile.org Fotos DR
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vinos & Gourmet
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Licor Nacional premiado en el “International Wine & Spirit Competition” L icor Nacional gana la presea de bronce en Inglaterra en el concurso “International Wine & Spirit Competition 2016” (IWSC) así como el reconocimiento del premio “Double Gold Best Value” en el certamen asiático de “China Wine & Spirit Awards Best 2014” (CWSA). Este licor, hecho con hierbas típicas de Portugal, persigue el deseo de mejorar las ventas y despertar el consumo entre los portugueses, por esta razón busca mediante una estrategia de rebranding , cambiar la imagen de la botella, del packaging y de la identidad de la marca.
Con casi cinco años de existencia y una producción aproximada de 300 mil botellas, el producto de Caves da Montanha se convierte en “el licor portugués más premiado internacionalmente y uno de los más vendidos en Portugal”. La marca galardonada resuelve el conf licto con Licor Beirão tras la
absolución en los procesos judiciales en el Tribuna de Propiedad Intelectual por el eslogan “Licor de Portugal”.
Texto Carlos Sánchez-de la Flor actualidade@ccile.org Foto DR
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Região dos vinhos verdes prevê “excelente colheita” em 2016 A
Região dos Vinhos Verdes prevê uma “excelente colheita” na vindima de 2016, prevista para se realizar entre as últimas semanas de setembro e o fim de outubro. Em consulta realizada pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) a todas as regiões vinícolas, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) apresentou uma previsão quantitativa com uma diminuição entre os sete a 10% nas uvas tintas e entre os 12 a 15% nas brancas, apesar das expetativas de acréscimo de qualidade em relação aos anos anteriores. “Dada a existência, na Região dos Vinhos Verdes, de uma área significativa de vinha nova na meia encosta – e, como tal, mais suscetível a uma situação de carência hídrica, perante as atuais condições de temperatura elevada e de baixos teores de humidade atmosférica –, poderá, nesta colheita, verificar-se uma diminuição no rendimento do mosto, o que, na verdade, pode revelar-se muito
positivo quanto à qualidade da uva”, refere o enólogo António Cerdeira. Para Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, “independentemente do rendimento do mosto que possa ser obtido na vindima, pois tudo dependerá das condições climáticas dos meses de agosto e setembro, estimamos uma redução da produção global na ordem dos 10%, mas es-
tamos expetantes quanto à excelente qualidade da colheita deste ano, que deverá ser superior aos outros anos”. Recorde-se que a Região dos Vinhos Verdes produziu, na anterior vindima, cerca de 87 milhões de litros, ocupando o segundo lugar no consumo interno e liderando as exportações, que chegaram a um total de 107 países.
QP Chardonnay 2014 da Marcolino Sebo acrescenta qualidade O QP Chardonnay 2014, topo de gama dos brancos da Marcolino Sebo Wines and Oils, apresenta-se ao mercado como um produto que “acrescenta qualidade aos vinhos já propostos pelo produtor borbense para este ano”. Integralmente baseado na casta que lhe dá nome, este vinho regional alentejano tem aspeto límpido e brilhante, de cor amarela esverdeada. No aroma surge uma fruta tropical acompanhada de lima, marmelo e frutos secos. Na
boca tem boa acidez, é macio, complexo, com notas de caramelo, compota e baunilha, tudo integrado num conjunto fresco e equilibrado. É ideal para acompanhar pratos de peixe e marisco, servido a uma temperatura de 10 a 12º centígrados. Foram engarrafadas sete mil unidades deste QP Chardonnay 2014, comercializadas com um PVP de sete euros. O produto tem a habitual assinatura do enólogo Jorge Santos. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Atividade económica melhora pelo segundo mês
Foto ACTUALIDADE
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economia portuguesa está a dar sinais de alguma recuperação, de acordo com os indicadores de coincidentes do Banco de Portugal revelados no passado dia 16 de setembro. O indicador aumentou 0,5% em agosto, depois de em julho ter subido 0,3% e de em junho ter estabilizado num crescimento de 0,2%. A leitura de 0,5% em agosto é a mais elevada
desde março e sugere uma recuperação na economia portuguesa, que tem vindo a abrandar nos últimos trimestres. O PIB de Portugal cresceu 0,9% no primeiro trimestre e repetiu o desempenho no segundo trimestre, prolongando a tendência de abrandamento da economia que se começou a notar na última metade de 2015.
Crescimento da Zona Euro recua para mínimo de 20 meses
Importações caem e permitem excedente de 2,2 mil milhões
O índice PMI, da IHS Markit, que mede a evolução da economia da Zona Euro, atingiu em setembro o valor mais baixo em 20 meses, indicando o fraco crescimento da atividade económica da região. O indicador recuou de 52,9, em agosto, para 52,6, em setembro. Os valores acima de 50 indicam expansão da atividade económica, sendo que quando o índice recua significa um abrandamento no crescimento da atividade económica. De acordo com a Markit, o indicador para medir a evolução dos serviços recuou em setembro, enquanto o setor industrial deu sinais de melhoria. O abrandamento do índice geral ficou ligado ao desempenho da economia alemã, onde se salienta o fraco crescimento do setor dos serviços. De facto, o índice PMI para a Alemanha desceu de 53,3, em agosto, para 52,7, em setembro, em mínimos de 16 meses, adianta o "Jornal de Negócios".
O saldo da balança de bens e serviços apresentou um excedente de 2.186 milhões de euros, em julho, superior aos 1.607 milhões de euros registados no período homólogo, revela o Banco de Portugal no seu boletim estatístico. A evolução da balança de bens e serviços deveu-se à redução das importações em 2,7% (variações de -3,2% nos bens e de -0,2% nos serviços), superior ao decréscimo de 1,3% das exportações (variações de -2,4% nos bens e de 1% nos serviços). A rubrica viagens e turismo apresentou um saldo positivo de 4.385 milhões de euros, mais 11,5% do que em igual período de 2015. Em sentido contrário, as estatísticas da balança de pagamentos relativas a julho de 2016 foram divulgadas pelo Banco Central e dão conta de que, nos primeiros sete meses de 2016, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital se situou nos 249 milhões de euros, inferior ao saldo de 1.161 milhões de euros registado no mesmo período de 2015.
Número de desempregados mantém-se abaixo dos 500 mil
Inflação na Zona Euro permanece nos 0,2% em agosto
O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou ligeiramente em agosto, depois de no mês anterior ter ficado abaixo dos 500 mil, pela primeira vez em oito anos. No entanto, face ao mesmo período de 2015, o número de desempregados registou uma descida de 7%. Na variação face a julho, registou-se, assim, um agravamento de 0,2% (mil pessoas). Ainda assim, o número de desempregados inscritos permanece abaixo dos 500 mil, depois de em julho ter quebrado em baixo esta fasquia pela primeira vez desde agosto de 2008. Os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 5% face a agosto de 2015, e os desempregados de longa duração diminuíram 9,1%. O desemprego caiu em todas as regiões de Portugal, destacando-se o Algarve, com uma queda de 17,5%.
A inflação na Zona Euro manteve-se nos 0,2%, em agosto, confirmou o Eurostat. Portugal integra o grupo de países que registou os mais elevados aumentos no índice de preços no consumidor. A Bélgica é o único país a registar uma taxa de inflação ao nível da que o BCE ambiciona para o conjunto da Zona Euro. Em agosto, este país manteve, pelo segundo mês consecutivo, uma taxa de 2%. É, de resto, o único país da União Europeia com este índice. Este foi, assim, o segundo mês em que os preços subiram 0,2% na Zona Euro, abaixo dos 0,3% de inflação na União Europeia, onde o indicador progrediu, face aos 0,2% de julho. O objetivo do BCE, de ter aumento de preços em torno dos 2%, continua assim longe, mesmo com os estímulos que arrancaram em abril deste ano. Em Portugal, a taxa de inflação subiu para os 1,2%. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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29 de Outubro • Belas Clube de Campo
Para mais informações contactar: Francisco Contreras · Tel. 213 509 310 / Fax 213 526 333 e-mail: ccile@ccile.org outubro de 2016
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Skoda Kodiaq
Robustez e elegância
A estética segue uma nova premissa de design da Skoda, combinando robustez e elegância, com grelha estilizada 3D, mais larga, e faróis mais esguios com iluminação LED, a mesma que é utilizada para os farolins traseiros, onde o formato em ‘C’ se adequa à assinatura luminosa da Skoda. .Fotos DR
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aseado na plataforma modular MQB, a mesma utilizada no VW Golf, o Skoda Kodiaq tem um comprimento de 4,697 metros, 1,882 metros de largura e
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1.676 metros de altura. Já a distância entre eixos é de 2,791 metros. Com estas “avantajadas” dimensões a Skoda teve que fazer um esforço para controlar o peso. E conseguiu valores extremamente interessantes, em especial na versão de entrada na gama, com o motor a gasolina 1.4 TSI de 125 cavalos, com valores de 1452 kg e 1540 kg para as variantes de tração dianteira ou tração integral, respetivamente. O Kodiaq faz bom uso desses atributos para oferecer uma habitabilidade de destaque e uma bagageira com 720 litros de capacidade, mas
que pode expandir-se até aos 2065 litros com o rebatimento dos bancos traseiros. Estas dimensões permitem também que seja possível uma terceira fila de bancos, aumentado para sete a capacidade de transporte de passageiros. Existem também bastantes novidades tecnológicas e detalhes práticos que ajudam e protegem o Kodiaq. As pontas das portas estão protegidas com plástico, para evitar aqueles toques nos parques de estacionamento, foi instalado um bloqueio elétrico para crianças e passageiros mais jovens, bem como encostos de cabeça especiais para os ajudar a enfrentar aquela viagem mais longa. O sistema Front Assist inclui, de série, o sistema de travagem de emergência
sector automóvil Setor automóvel
em cidade, sendo capaz de detetar situações perigosas que envolvam peões ou veículos. Este sistema avisa o condutor e, quando necessário, parcial ou totalmente atua os travões. O sistema de travagem de emergência em cidade está ativo até 34 km/h. A proteção dos peões Predictive é opcional e complementa o auxílio da parte dianteira do veículo. Um sistema de quatro câmaras que proporcionam uma visão a 360º no ecrã central e o Skoda Connect permite estar permanentemente ligado à Internet e transformar todo o carro num hotspot, e tem ainda um sistema de carregamento do telemóvel por indução, ou seja, sem necessitar de cabos. O Driving Mode Select é opcional e permite escolher 3 tipos de configuração pré-definidas: “Normal”, “Eco” e “Sport”. Há ainda o modo Individual que permite uma parametrização in-
dividual do funcionamento do motor, caixa DSG, direção hidráulica, ar condicionado e amortecimento quando equipado com o Controlo Dinâmico do Chassis (DCC), este último sistema introduz o modo Comfort nas configurações pré-definidas. A Skoda apresenta este novo SUV com uma oferta de cinco motores. Dois diesel e três a gasolina, com potências entre os 125 cavalos e os 190 cavalos. A variante diesel mais acessível surge com um motor de 2.0L TDI com 150 cavalos e 340 Nm, com consumo médio de 5,0 l/100 km havendo outra, mais potente, com 190 cv e 400 Nm, capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 8,6 segundos e atingir os 209 km/h. No que diz respeito aos motores a gasolina, existem também dois blocos, um 1.4 TSI e outro 2.0 TSI. A versão de entrada apresenta também 125 cavalos e 200 Nm
de binário, com um consumo médio de 6,0 l/100 km. A versão mais potente do bloco 1.4 TSI tem uma potência de 150 cavalos e 250 Nm de binário. Por fim, a opção mais potente tem por base o 2.0 TSI de 180 cavalos e 320 Nm de binário. Todos os motores dispõem de sistema stop&start e o sistema de travagem conta com regeneração de energia. Escolhas múltiplas também para a caixa: Manual de seis, e automáticas DSG de seis e de sete velocidades, esta última associada às duas variantes mais potentes, diesel e gasolina. O Kodiaq contará, ainda, com sistemas de controlo dinâmico do chassis (opcional) e tecnologias dedicadas ao modo Off-Road. Os preços de comercialização ainda não são conhecidos e o lançamento no mercado português só será efetuado no primeiro trimestre de 2017.
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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
outubro de 2016
ac t ua l i da d € 61
calendário fiscal calendario fiscal >
S
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Outubro Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas em agosto/2016
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Declaração de remunerações relativa a setembro/2016
Entidades empregadoras
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de setembro/2016
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo liquidado referente a setembro/2016
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em setembro/2016, que se consideram localizadas noutros Estados membros
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 3º trimestre/2016, que se consideram localizadas noutros Estados membros
Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
25
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em setembro/2016
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou colectivas)
31
IRC
2ª prestação do pagamento especial por conta (PEC)
Sujeitos passivos do IRC, que exercem a título principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
O PEC não é aplicável no exercício do início de actividade e no seguinte.
31
IRC
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em agosto de 2016
Entidades pagadoras dos rendimentos
Obtenção de nº fiscal especial para o não residente
62 act ualidad€
outubro de 2016
É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE
Comunicação por:
- transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - recolha direta no Portal da AT.
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE160148
M
BE160149
M
89/05/28
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
JORNALISMO
INGLÊS
ADMINISTRATIVO
BE160150
M
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE160151
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS
PROFESSORA DE ESPANHOL
BE160152
M
INGLÊS
TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO / COMERCIAL
BE160153
F
FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ CATALÃO/ PORTUGUÊS
TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO FRANCÊS - ESPANHOL / TRADUTORA JURADA DE FRANCÊS
BE160154
M
ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS
CONSULTOR/ TÉCNICO COMERCIAL
BE160155
F
INGLÊS
GUIA TURÍSTICA
BE160156
M
ESPANHOL/ ITALIANO/ INGLÊS
RECURSOS HUMANOS
BE160157
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
SOCIÓLOGA
BE160158
F
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
CONTABILIDADE
BE160159
F
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE160160
M
INGLÊS/ FRANCÊS
ENGENHARIA CIVIL / PROJETISTA
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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no o vuet m ubro de 2016 4
ac t ua l i da d € 63
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-julio de 2016
E
l comercio hispano portugués sigue dando muestras de fuerte dinamismo según se desprende de los últimos datos estadísticos oficiales publicados por Datacomex referentes a los siete primeros meses de 2016. En dicho periodo el comercio entre los dos países ibéricos superó los 16,7 mil millones de euros, de los cuales 10,4 mil millones corresponden a las ventas españolas y 6,2 mil millones euros a las compras españolas a su vecino Portugal. Estas cifras representan, en términos globales, un aumento del 0,75% en relación a igual periodo de 2015. Por lo que a la distribución geográfica se refiere que se recoge en los cuadros 2 y 3, Portugal se posi-
ciona entre los cinco primeros clientes de España, por detrás del mercado francés, alemán, inglés e italiano y su peso relativo respecto a las exportaciones totales españolas supera el 7,2%. A su vez, el mercado portugués ocupa la octava posición entre los principales proveedores de España con un peso relativo del 3,9% sobre el total de las importaciones españolas. El sector automóvil mantiene el liderazgo entre la oferta española a Portugal con una cifra de ventas superior a los 967,1 millones de euros, seguido de las máquinas y aparatos mecánicos con 698,6 millones y las materias plásticas; sus manufacturas con 677,9 millones de euros. Este conjunto de tres partidas representa el 22,4% del total de las ventas españolas a Portugal. A su vez, los princi-
pales productos de la oferta exportadora portuguesa a España se centró también en los vehículos automóviles, tractor con 755,6 millones de euros, las materias plásticas; sus manufacturas con 406,9 millones de euros y las prendas de vestir, de punto con 389,8 millones de euros. También en este caso estas tres partidas que ascienden a los 1.552,4 millones de euros representa el 25% del total de las compras españolas a su vecino Portugal en este primer semestre del año. En la distribución geográfica por comunidades autónomas, Cataluña mantiene su posición de liderazgo con ventas por valor de 2.540,3 millones de euros lo cual significa el 24,2% del total de las ventas a Portugal, seguido de Madrid con 1.502,0 millones de euros (el 14,3%
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-julio 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
Saldo 15
Cober 15 %
1.265.646,00
754.840,44
510.806
167,67
1.273.065,27
787.297,60
485.768
161,70
feb
1.465.191,08
827.300,47
637.891
177,11
1.424.674,66
881.040,78
543.634
161,70
mar
1.561.949,47
932.848,80
629.101
167,44
1.544.255,54
909.551,96
634.704
169,78
abr
1.477.756,94
899.902,04
577.855
164,21
1.483.478,88
890.593,70
592.885
166,57
may
1.525.932,63
937.979,01
587.954
162,68
1.485.269,66
936.319,08
548.951
158,63
jun
1.612.563,57
935.179,29
677.384
172,43
1.617.427,95
945.815,34
671.613
171,01
jul
1.567.605,41
940.868,83
626.737
166,61
1.674.117,52
978.191,32
695.926
171,14
ago
1.265.446,98
757.335,49
508.111
167,09
sep
1.587.123,43
902.605,53
684.518
175,84
oct
1.563.637,65
968.476,56
595.161
161,45
nov
1.524.960,94
932.714,75
592.246
163,50
dic
1.471.544,58
807.681,82
663.863
182,19
17.915.003,09
10.697.623,95
7.217.379
167,47
10.476.645,10
6.228.918,88
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
64 act ualidad€
outubro de 2016
4.247.726
Cober 16 %
VENTAS ESPAÑOLAS 15
ene
Total
Saldo 16
168,19
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-julio 2016
del total de las ventas) y en la tercera posición la Comunidad Autónoma de Galicia con 1.444,4 millones de euros (13,8% del total de las ventas). En la demanda española Galicia encabeza la lista con compras por valor de 1.122,1 millones de euros (el 18% del total de las compras), seguido de Cataluña con 1.010,7 millones de euros (16,2%) y Madrid con 908,8 millones de euros (14,6%). Se habrá de destacar que a nivel de provincias, Barcelona encabeza la lista de la oferta española con 2.024,1 millones de euros, seguido de la provincia de Madrid (1.502 millones de euros), Pontevedra (676,4 millones de euros) A Coruña (602,1 millones de euros) y Valencia (534,7 millones de euros). A su vez, en la demanda española, Madrid lidera el ranking de las provincias que más compraron a Portugal con 908,8 millones de euros, seguida de Barcelona (864,2 millones de euros), A Coruña (547,8 millones de euros) Pontevedra (470,8 millones de euros), Valencia (452,8 millones de euros) y en la sexta posición Valladolid (263,5 millones de euros).
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
22.961.570,11
2
004 Alemania
16.991.662,12
3
006 Reino Unido
11.911.898,00
4
005 Italia
11.905.448,30
5
010 Portugal (d.01/01/86)
10.476.645,10
6
400 Estados Unidos
6.721.000,66
7
003 Países Bajos
4.778.734,81
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.596.686,25
9
204 Marruecos
4.031.966,37
10
052 Turquía
3.060.300,51
11
720 China
2.874.881,72
12
060 Polonia
2.839.647,76
13
039 Suiza (d.01/01/95)
2.455.026,84
14
412 México
2.349.610,34
15
208 Argelia
1.766.049,14
16 17 18 19 20
632 Arabia Saudí 732 Japón 038 Austria 508 Brasil 030 Suecia SUBTOTAL TOTAL
1.444.081,61 1.410.793,13 1.329.561,41 1.325.448,59 1.306.847,74 116.537.860,51 149.407.576,77
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
3.Ranking principales países proveedores de España enero-julio 2016 Orden País 1
004 Alemania
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-julio 2016 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
755.644,76
2
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
406.894,81
3
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
389.835,30
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
288.092,67
5
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
280.266,99
6
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
255.726,52
7
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
248.291,09
8
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
221.934,70
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
001 Francia
18.052.255,48
720 China
13.545.083,74 10.584.199,65
4
005 Italia
5
400 Estados Unidos
7.465.301,84
6
006 Reino Unido
6.532.173,16
7
003 Países Bajos
6.521.233,55
8
010 Portugal (d.01/01/86)
6.228.918,88
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.088.081,95
10
204 Marruecos
3.341.657,68
11
060 Polonia
2.965.012,78
12
052 Turquía
2.933.357,81
13
208 Argelia
2.613.131,18
14
061 República Checa (d.01/01/93)
2.345.275,30
15
732 Japón
2.093.284,20
16
039 Suiza (d.01/01/95)
2.068.081,48
17
664 India
18
288 Nigeria
19 20
6.228.918,88
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-julio 2016 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
967.195,24
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
698.611,80
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
677.914,45
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
565.918,80
5
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
385.235,14
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
341.532,33
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
326.291,91
8
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
305.489,17
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
301.715,11
TOTAL
10.476.645,10
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
2
208.619,85
TOTAL
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016
21.536.091,56
3
Importe
1
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-julio 2016 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 16
1.983.201,62
Cataluña
2.540.253,19
Galicia
1.122.070,79
1.933.339,35
Madrid, Comunidad de
1.501.982,68
Cataluña
1.010.684,93
075 Rusia (d.01/01/92)
1.854.384,66
Galicia
1.444.424,93
Madrid, Comunidad de
908.755,10
508 Brasil
1.802.238,17
Andalucía
1.056.415,10
Comunitat Valenciana
618.109,30
SUBTOTAL
120.486.304,05
Comunitat Valenciana
813.848,73
Andalucía
523.102,91
TOTAL
157.843.717,21
Castilla-La Mancha
620.420,19
Castilla y León
454.153,73
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
outubro de 2016
ac t ua l i da d € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
OFERTAN
REFERENCIA
Empresa portuguesa del ramo de la decoración busca empresas españolas de importación de muebles e iluminación para relación comercial
OP160901
Tiendas gourmet españolas interesadas en vender productos de panadería y pastelería portugueses
OP160902
Empresa portuguesa liquida stock de velas perfumadas en vaso (varios colores) a precio de fábrica
OP160903
Empresa portuguesa de manutención exterior en aeropuertos ofrece sus servicios a empresas del mismo sector en España
OP160904
Empresas Portuguesas BUSCAN
REFERENCIA
Fabricantes españoles de electrodomésticos y equipos de refrigeración comercial
DP160705
Distribuidores españoles interesados en vender productos alimenticios portugueses
DP160706
Empresas españolas proveedoras de harina para uso industrial
DP160801
Colegios privados en Madrid
DP160802
Empresas españolas que compren material reciclado (latas de acero)
DP160803
Operadores aéreos en España
DP160804
Empresas españolas importadoras de cortinas, edredones y tejidos por metro
DP160901
Empresas españolas dedicadas a la comercialización de materiales de perforación de piedra/roca
DP160902
Empresa portuguesa de mediación inmobiliaria busca inversores inmobiliarios interesados en invertir en Portugal para presentar oportunidades de negocio
DP160903
Empresas Espanholas OFERECEM
REFERÊNCIA
Empresa espanhola fabricante de embalagens metálicas procura agente comercial para Portugal
OE160601
Particular espanhol procura sócio comercial em Portugal no setor do tabaco para apresentar a sua marca de cigarros para o seu fabrico e comercialização
OE160901
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
66 act ualidad€
outubro de 2016
oportunidades de negocio
oportunidades de negócio
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Fábricas em Portugal que produzam malha em algodão para t-shirt
DE160601
Distribuidores portugueses de alimentos para animais de estimação
DE160602
Fabricantes portugueses de camisas e roupa interior
DE160603
Distribuidores portugueses de produtos de parafarmácia com armazéns próprios
DE160604
Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras ou agentes de vinho branco engarrafado
DE160605
Produtores portugueses de carne de frango, ovino e bovino com certificação Halal
DE160606
Empresas portuguesas do setor do caravanismo/ autocaravanismo e campismo
DE160701
Empresas portuguesas da área da venda e reparação de maquinaria de limpeza
DE160901
Importadores portugueses de produtos de alimentação
DE160902
Empresas portuguesas de transporte rodoviário de passageiros
DE160903
Empresas portuguesas de confeção de vestuário para mulher e criança
DE160904
Oportunidades de
negócio à sua espera
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
outubro de 2016
ac t ua l i da d € 67
espaço de lazer
espacio de ocio
Portugal, protagonista en el Festival ÍDEM de La Casa Encendida
El espectáculo “Bichos”, de la compañía de Madeira Grupo Dançando com a Diferença (GDD), fue el elegido para inaugurar la IV edición del festival.
F
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
iel a su vocación internacional, el una prestigiosa compañía reconocida Festival ÍDEM 2016 se acercó internacionalmente por su labor de dar este año a Portugal con “Bichos”, visibilidad y valoración de las capacidaun gran espectáculo de danza des artísticas, al contar en su elenco con inclusiva, y con el documental intérpretes con y sin diversidad funcioCiudadanos de cuerpo entero, basado nal. Animales humanizados o seres huen un proyecto de teatro comunita- manos animalizados, proponen un viaje rio del coreógrafo Hugo Cruz. ÍDEM al centro de nuestra identidad e invitan a 2016 se ha consolidado como un evento conectar con la naturaleza salvaje y a recude referencia al acercar al público pro- perar los instintos más primarios. El especpuestas de gran nivel artístico realizadas táculo Bichos (de Rui Lopes Graça) tuvo en torno a/o por colectivos en riesgo de lugar los pasados días 9 y 10 coincidiendo exclusión social. En la recién finalizada con el arranque del festival. En ambas joredición, se ha hecho un especial énfasis nadas se agotaron las localidades y fue muy en los proyectos de carácter comunitario bien acogido por el público. Además, el 16 de septiembre se proe invita a experimentar cómo las artes escénicas representan una herramienta yectó el audiovisual “Ciudadanos de muy valiosa para la cohesión e integra- cuerpo entero”, de Patricia Poção, documental que encierra y descodifica el proción social de todo tipo de colectivos. El grupo portugués Dançando com ceso de creación del espectáculo dirigia Diferença (GDD) está considerado do por Hugo Cruz: MAPA-o jogo da
68 act ualidad€
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cartografía. A Pele, compañía de Hugo Cruz, convocó a un gran grupo de vecinos de distintos barrios de Oporto para construir un espectáculo en torno a la historia de la ciudad contada por ellos mismos, que habla de cómo es Oporto hoy, de lo que significa vivir en comunidad y hacer teatro. ÍDEM 2016, celebrado del 9 a 25 de septiembre, tuvo como comisaria a Paz Santa Cecilia, gestora cultural y filóloga de formación, tiene una amplia experiencia en el terreno de la gestión de las artes escénicas, tanto a nivel nacional como internacional. El Festival ÍDEM de la Casa Encendida, de la Fundación Montemadrid, es el descendiente evolucionado del Ciclo de Artes Escénicas y Discapacidad que se ha celebrado en La Casa Encendida durante diez años (2003-2012).
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Agenda cultural
As cidades delas
Livro
“Porque falha Portugal?”
Numa obra contundente, o jornalista Gustavo Sampaio analisa as causas que estão na base de “três pedidos de assistência financeira internacional em apenas 40 anos de democracia” por parte de Portugal, bem como do “ incumprimento sistemático das regras de contenção do défice orçamental e da dívida pública, casos sucessivos de corrupção nas mais altas esferas política e económica, ascensão recorrente de ex-governantes no meio empresarial”. No livro, que tem como subtítulo “ os governantes que se servem da política, a porta giratória de interesses conflituantes e a banalização da mentira”, o autor começa por observar que “os fatores culturais e geográficos são condicionantes mas não determinam, em última análise, o sucesso ou o fracasso socioeconómico de uma nação”. Para Gustavo Sampaio, “o problema essencial está no mau funcionamento das instituições políticas e económicas”. Para se perceber por que razão falha Portugal, o jornalista advoga que é preciso saber: “de onde vieram e para onde foram logo a seguir, ao nível profissional, os governantes portugueses desde 1976, beneficiando ou não dos efeitos de trampolim profissional, porta giratória e/ ou benefício directo”. Gustavo Sampaio revela neste livro “233 casos concretos de um fenómeno sistemático, incluindo a mais recente vaga de recrutamento de exgovernantes”, questionando: “Mérito e competência ou pagamento de favores, movimentação de influências e partilha de informação privilegiada?” O jornalista considera que “a tradição do clientelismo partidário na atribuição de altos cargos diretivos; a proliferação de condecorações a políticos e empresários ligados a casos de corrupção ou negócios ruinosos, sob uma lógica de autopromoção da casta; e a consagração da mentira como instrumento político, gerando repulsa nos cidadãos que se afastam cada vez mais das urnas de voto” são ajudam a explicar a “presente crise de credibilidade da classe política e, consequentemente, do regime democrático”.
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Exposições
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Elas são designers, arquitetas e engenheiras civis e inspiraram três roteiros diferentes em Lisboa. Estes três trajetos passam por 19 edifícios, que em comum têm a assinatura de mulheres, seja porque os projetaram, remodelaram ou idealizaram projetos que lhes deram uma nova vida. É o caso do MUDE – Museu do Design e da Moda, do Museu Nacional dos Coches, do Palacete Ribeiro da Cunha, do anfiteatro da Fundação Calouste Gulbenkian, do painel de azulejos de Maria Keil, o famoso “O Mar”) ou do Teatro Tália. A ideia de mostrar esta Lisboa feminina começou com o projeto europeu MoMoWo — Women’s creativity since the Modern Movement, representado em Portugal pelo IADE, os percursos foram pensados por Maria Helena Souto, docente do IADE e responsável científica do projeto em Portugal. “From the Downtown Lisbon to the Hills”, “From Santos to Belém”, e “Modern Lisbon” são os três itinerários possíveis, que podem ser descarregados gratuitamente para computador ou smarthphone através da página do MoMoWo. O projeto intitula-se “Cultural Touristic Itineraries” e passa também por Espanha, França, Itália, Eslovénia e Países Baixos. No total, há 18 roteiros, com referências a mais de 100 obras de mulheres europeias. Em paralelo, em Lisboa, até 31 de outubro, pode visitar a “Exposição Itinerante – Travelling Exhibition”, na Fundação Portuguesa das Comunicações. A mostra inclui o “Chronomomowo, onde se encontram registados 100 anos de feitos de mulheres ordenados numa linha temporal, e a exposição digital interativa MoMoWo | 100 obras em 100 anos | Mulheres Europeias na Arquitetura e no Design, que exibe obras criadas por arquitetas e designers, num tributo que permitirá ao público compreender a importância dos seus contributos para as respetivas áreas profissionais”, bem como reportagens fotográficas dos finalistas e vencedores de um concurso internacional de fotografia, lançado pelo MoMoWo, e “cujo desafio consistiu em retratar as designers, arquitetas e engenheiras civis nos espaços privados das suas casas, com o enfoque nas ligações entre o seu quotidiano doméstico e o trabalho profissional”. O projeto MoMoWo é co-financiado pelo Creative Europe Programme, que celebra as contribuições das mulheres profissionais nas áreas da arquitetura, engenharia civil, planeamento urbano, paisagismo, design de produto e interiores.
Até 31 de outubro, na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa
MAAT, um novo museu
Espetáculos, performances, concertos e atividades educativas. Vai ser assim, ao longo de doze horas, a inauguração do novo edifício do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, no dia 5 deste mês. O museu, desenhado pela arquiteta inglesa Amanda Levete, acolhe também três novas exposições, de acordo com a informação da página oficial da instituição: “Pynchon Park, uma obra de grandes dimensões criada pela artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster especificamente para a sala principal do novo edifício; The World of Charles and Ray Eames, que aborda a vida e a obra de uma das duplas de arquitetos mais influentes do século XX; e A Forma da Forma, uma das exposições centrais da 4.ª Trienal de Arquitetura de Lisboa”.
Inauguração a 5 de outubro
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Helena Liz comemora 40 anos de carreira em Vouzela
Para celebrar os seus 40 anos de carreira, o Museu Municipal de Vouzela exibe uma exposição com 14 obras da pintura de Helena Liz. A artista é natural do Sabugal e tem fortes ligações a Vouzela, onde passa alguns períodos. Madrid é, no entanto, a cidade onde vive, desde 1970. Aí estudou pintura, conheceu e privou com outros pintores e fez várias exposições, em galerias e em feiras como a Arco Madrid. A sua pintura tem “um pé no expressionismo” e “possui muitos recursos do simbolismo”, escreve no catálogo da exposição João Melo, a quem coube a apresentação da mostra, no dia da inauguração. “É uma pintura não figurativa, com fortes conotações poéticas, em tons suaves”, acrescenta o escritor. João Melo escreve ainda que para a artista, “a pintura é a mais apaixonante das linguagens e os seus quadros são a sua voz, o que não sabe dizer de outra maneira”. Pintar reflete também “uma forma de conhecimento e do momento que vivo”, admite Helena Liz. Num texto de 1983, a escritora Agustina Bessa Luís defende que “os quadros de Helena são símbolos, como tudo”. São “temor e tremor, como na leitura de Kierkegaard, e um passo aquém disso”. As suas obras refletem “uma esperança frustrada dos acontecimentos que passaram e vão passar-se ainda”. Agustina Bessa Luís escreve que “as mulheres são inconcebí-
veis, com o rigor que esta palavra encerra. A paixão desenhalhes um rio ou uma flor na pele, como desejarem; mas o amor não lhes interessa. Quando começam a pintar quadros é como se vestissem o hábito de carmelitas descalças”.
Até 30 de novembro, de terça a domingo, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Vouzela Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Perve exibe obras de Picasso, Dali, Man Ray, Sonia Delaunay, entre outros “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, traduzida para português por Alexandre O”Neill e ilustrada por cem gravuras de Salvador Dali, uma parceria ibérica, que já custava tanto como um “carocha” na época em que foi produzida, em 1973, de acordo com o diretor da galeria de arte Perve ao Diário de Notícias. Esta raridade pertence ao acervo da galeria e pode ser vista até 8 de outubro numa exposição que mostra cerca de 150 obras da Perve. Por lá encontrará duas gravuras de Picasso, que retratam o também pintor Max Jacob. O pintor e fotógrafo Man Ray assina também duas gravuras, que pode ver nesta mostra, que inclui ainda obras da ucraniana Sonia Delaunay, que chegou a viver em Vila do Conde, dos moçambicanos Malangatana e Mário Macilau, do angolano Sueki, do argentino Alberto Cedrón, entre outros artistas estrangeiros. A mostra inclui também trabalhos de artistas portugueses. Destaque para uma máscara de Carnaval de Cruzeiro Seixas (na foto), uma tela de António Palolo, para uma fotografia da escritora Sophia de Mello Breyner pela lente de Fernando Lemos, ilustrações de “Os Lusíadas” de Júlio Pomar, João Cutileiro, Gil Teixeira Lopes, obras de Artur Bual, Carlos Calvet, Shikhani, Rosa Ramalho, Mário Cesariny e vários outros artistas, que habitualmente expõem na Perve. A curadoria é de Carlos Cabral
Nunes, diretor da galeria. A Perve, que faz 17 anos em março do próximo ano, retoma assim o hábito de expor o seu acervo, depois de ter dedicado os últimos anos à divulgação da obra de Mário Cesariny, falecido há 10 anos: “Ao longo destes 10 anos, fomos incorporando um conjunto assinalável de obras. Muitas, por uma razão ou por outra, permaneceram ocultas, afastadas da sua missão: serem vistas por olhos que as queiram ver, para além dos nossos que amiúde as contemplam. Desafiados pelas obras que fomos amando ao longo de uma década e considerando esta data redonda uma oportunidade de celebrar o Acervo da Perve Galeria, procuraremos mostrar esse vasto conjunto de obras de arte que fomos reunindo, em exposições alternadas que decorrerão ao longo dos próximos meses.” Na sinopse da exposição da Perve lê-se ainda que é o espírito da partilha que preside à realização desta iniciativa: “A partilha entre galeria e público, de obras realizadas nas mais distintas latitudes e épocas que, divergindo em múltiplos sentidos, convergem, pelo menos, numa mesma procura de autenticidade narrativa e de concretização plástica do momentum que se possa eternizar ante o olhar de um, um que seja, espetador – atento e navegante desse mar imenso que é um sonho de liberdade”.
Até 8 de outubro, na Perve, em Lisboa outubro de 2016
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Comer, beber, ver e ouvir, no Topo Chiado
As traseiras das ruínas do Convento do Carmo foram recuperadas e servem uma das mais generosas vistas sobre o triângulo Baixa Pombalina, Tejo e encosta do Castelo de São Jorge. Servem também música, petiscos e cocktails, com a assinatura do projeto Topo, que soma o Chiado ao Martim Moniz.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
á muito que se percebeu que jantar e uma zona de lounge ao ar livre, um projeto de restauração e exploração nem todos os prédios têm que que serve petiscos e cocktails. comercial de lojas inseridas nessa área. A terminar em telhados. São Com a recuperação da zona envolvente empresa que detém as lojas Take Me vencada vez mais as hortas e jar- das ruínas do Convento do Carmo, pro- ceu a concessão e ficou com a exploração dins que substituem o laranja movida pela Câmara Municipal de Lis- das duas lojas a concurso e convocou a pelo verde, aproveitando o topo dos edi- boa, abriu-se concurso para concessionar equipa do Topo para dinamizar a zona fícios para oxigenar as cidades. Noutros casos, as telhas deram lugar a pratos e copos, convidando os cidadãos a socializar mais perto do céu. O conceito Topo nasceu para concretizar esse potencial, pela mão de cinco empreendedores. A sociedade (cada um detém 20%) começou por arrendar o sexto e último piso do Centro Comercial do Martim Moniz, no verão passado, e depressa o transformaram num dos restaurantes e lounges mais cobiçados de Lisboa. Pedro Rebelo Neto, um dos sócios, confirma que “o Topo do Martim Moniz está a ser bem-sucedido e gera lucro”. O espaço tem um restaurante coberto, que funciona ao almoço e ao
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de restauração, formando uma sociedade (controlam 40% dos Topo Chiado e a empresa Topo é dona da restante quota). Pedro Neto Rebelo conta que “alargar o conceito Topo a outros espaços da cidade já era um objetivo”. Perante as potencialidades que as traseiras do convento oferecem, funcionando como uma varanda sobre a baixa lisboeta, só poderiam aceitar o desafio: “Abrimos este verão. Queríamos fazer um soft opening, mas a verdade é que o Topo Chiado está cheio todos os dias”. O espaço não passa despercebido aos turistas que sobem o Elevador de Santa Justa e/ou visitam as ruínas e museu do Convento do Carmo. O acesso faz-se pelo largo do Carmo ou pela rua do Carmo, subindo a escadaria ou o novo elevador. Aberto a partir do meio-dia e até à uma da manhã, aos domingos, terças e quartas, e até às duas, às quintas, sextas e sábados, o Topo Chiado recebe sobretudo turistas até que o sol se põe, conta Pedro Neto Rebelo, esclarecendo que “à noite, são os portugueses que aparecem mais”. O gestor reconhece que “os portugueses estão muito mais atentos aos novos espaços da cidade e cada vez mais têm o hábito de sair para descontrair ao fim do dia.” Além da vista e da música que anima sempre o espaço, há uma lista com perto de 30 cocktails diferentes prontos a seduzir a clientela, frisa Pedro Neto Rebelo: “Vendemos em bebidas o triplo do que vendemos em comida. Os nossos cocktails custam oito euros são muito apreciados. Foram criados pela empresa especializada Black Pepper & Basil, que deu formação aos nossos funcionários. Todos os cocktails são feitos com frutos naturais. Podem conter álcool ou não. A lista inclui os muito pedidos Summer of 69, que mistura rum com maracujá, morango e um licor, e Gin Garden, feito com gin, sumo de lima e hortelã. Também lá está o Dragon Square, uma homenagem à praça do Martim Moniz, centro da “China Town lisboeta”. Entre os cocktails não alcoólicos fazem sucesso o Berbies Mik, com mix de frutos vermelhos, sumo de limão e goma de baunilha, e o Pineapple & Lime, que combi-
na ananás e lima com hortelã e gengibre. Pedro Neto Rebelo adianta, que além dos cocktails da carta, também se fazem outros por medida, conforma os desejos e sugestões dos clientes. A carta de pratos e petiscos é coordenada pelo chefe João Pedro e mantém algumas das iguarias da carta do Topo do Martim Moniz, como os croquetes de alheira, e inclui outras como croquetes de porco lento (cozinhado a baixa temperatura), creme de cenoura com coco, burrata (queijo italiano) com tomate cherry, carpaccio, pica pau de atum fresco com manga e rolos de chouriço e trufa. Isto do lado dos petiscos. No que toca aos pratos, a carta inclui bife da vazia, bife de atum,
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camarões tigre com arroz de tinta de choco, entre outras sugestões que surgirão, em consonância com a sazonalidade dos ingredientes. Há também saladas, pratos vegetarianos e sobremesas. “As pessoas gostam do conceito de picar, pelo que pedem vários pratos para partilhar”, comenta Pedro Neto Rebelo. O gestor sublinha que o projeto está só a arrancar e que há várias ideias a desenvolver. “Queremos que seja também um espaço com programação cultural. Queremos acolher cinema ao ar livre e espetáculos musicais. Já cativemos fado e foi fantástico, com este cenário!” Pedro Neto Rebelo promete que não será o frio a desencorajar os comensais: “Iremos manter o restaurante ao ar livre e o lounge. Além disso, dispomos de 30 lugares sentados num espaço interior.” Por enquanto, as refeições servem-se na esplanada do piso superior. No lounge do piso inferior, servem apenas bebidas. No espaço, é a vista que sobressai. Pode apreciá-la sentado, à mesa, nas cadeiras Thonet, ou no lounge, nas peacock. Quanto a próximos Topo, Pedro Neto Rebelo revela que planeiam ter mais dois espaços em Lisboa e talvez um no Porto, sempre “nas alturas”. No entanto, a prioridade é manter os atuais no topo.
Topo Chiado Terraços do Carmo Tel. 213420626 http://www.topo-lisboa.pt
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Statements Para pensar
“Orçamento [do Estado para 2017] deveria retomar redução do IRC”
António José Saraiva , presidente da CIP, defendendo ainda outras medidas, como a criação de um veículo para a restruturação e conversão da dívida das empresas,
“Jornal Económico”, 23/9/16
“O programa Portugal 2020 já tem, neste momento, um atraso significativo [por razões informáticas e de procedimentos administrativos, entre outros condicionantes]” Idem, ibidem
”Uma das melhores mensagens de estabilidade é toda a gente hoje reconhecer que o défice este ano deverá ficar abaixo dos 3%, perto das metas estabelecidas pelo Governo, e toda a gente, mesmo instituições normalmente muito críticas, reconhecem que deverá ficar próximo do que está definido pela Comissão Europeia” Manuel Caldeira Cabral , ministro da Economia, “Jornal de Negócios”, 16/9/16
“Os próximos dez anos passarão, necessariamente, pela aposta na reabilitação urbana, na sustentabilidade e eficiência energéticas, e em programas como os vistos Gold e o regime de tributação de residentes não habituais [como contributos necessários para o desenvolvimento da construção em Portugal]” Reis Campos , presidente da CPCI-Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, “Jornal Económico”, 23/9/16
“Respeitamos e lamentamos a decisão, mas a União Europeia como é não está em risco (...) Agradecíamos que o pedido para o ‘Brexit’ acontecesse o mais rápido possível” Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, “Jornal de Negócios”,
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