ActuAlidAd
Economia ibérica junho 2015( mensal ) | n.º 216 | 2,5 € (cont.)
Universidades fomentam criação de empresas inovadoras Pág. 38
“Las empresas que han dado el salto a mercados exteriores están apoyando la recuperación” Pág. 08
Emprego deve ser uma prioridade Pág. 50
II Torneio Ibérico de Padel CCILE: um desporto na moda Pág. 54
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Índice
índICE
Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro
Nº216
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20 Grande Tema 38.
Economia ibérica
Propriedade e Editor: cÂMARA DE coMÉRcIo E InDÚSTRIA LuSo-ESPAnhoLA - “Instituição de utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Alberto charro, jesus Matías Pérez Alejo, Eduardo Serra jorge, josé Gabriel chimeno josé joão Guilherme e Rui Miguel nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, clementina Fonseca e Susana Marques
Copydesk : joana Santos e Beatriz González Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Dominguez (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: nuno Ramos, Teresa cardoso de Menezes e Teresa Patrício da Silva Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. nossa Sra. da conceição, 7 2794-014 carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de correios e Telecomunicações de Portugal nº de registo no Instituto de comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Universidades fomentam criação de empresas inovadoras
Editorial 04.
Nem todos podem ser empresários, mas todos devem ser empreendedores
Opinião 06. Perfil das novas empresas está a mudar:
da necessidade à oportunidade
- Teresa Cardoso de Menezes
46. Direito sucessório europeu – uma nova
realidade (II)
- Teresa Patrício da Silva
Atualidade 22.La editorial portuguesa Gradiva da el salto
al mercado español
26.Pestana Hotel Group, nuevos proyectos y
renovada imagen
28.La Botica de los Perfumes abre primeira Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
CNA Corporate Finance reforça mercado da consultoria em fusões e aquisições
loja em Portugal
E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 34.Vinhos & Gourmet 36.Setor Imobiliário 46. Advocacia e Fiscalidade 50. Eventos 60.Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64. Intercâmbio Comercial 66. Oportunidades de Negócio 68. Calendário Fiscal 69. Bolsa de Trabalho 70. Espaço de Lazer 74. Statements
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Nem todos podem ser empresários,
mas todos devem ser empreendedores
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normal do empreendedor é o desconforto”, apontava o ministro da Economia, no mesmo evento, aludindo à vontade de melhorar que define a essência do empreendedorismo. Esse espírito empreendedor pode socorrer-nos numa altura em que o desemprego, em Portugal, ultrapassa os 13%. Entre os jovens, o problema assume maiores proporções, com a taxa acima dos 33%. A criação do próprio emprego configura-se como solução para uma parte destes jovens e as universidades são território fértil em ideias para potenciais negócios. O Grande Tema desta edição procura perceber como estão algumas das maiores universidades do país a dar a mão aos jovens empreendedores. Que tipo de formação é dada nesse sentido? Que instrumentos fornecem aos seus alunos para materializarem os projetos? Quanto investem as universidades em inovação? Em que áreas surgem os projetos mais promissores? O papel das universidades no desempenho das empresas não deve limitar-se à fase de nidificação, como sustenta o protagonista da Grande Entrevista desta edição, Jose Luis Bonet, empresário e presidente da Câmara de Comércio de Espanha: “A empresa
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m vez de distribuirmos pequenas garrafas de água, podemos servi-la através de um jarro? É mais barato, já que temos máquina de filtrar água, e também poupamos o ambiente”. A ideia partiu de uma funcionária da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola e já está a ser posta em prática, constituindo um bom exemplo da capacidade de empreender, o verbo que todos devemos conjugar no presente e na primeira pessoa do singular. O empreendedorismo é sobretudo associado à capacidade de transformar ideias em projetos empresariais, mas empreender é mais do que isso: é a capacidade de implementar uma solução, com o objetivo de melhorar um resultado. O tema foi discutido no evento comemorativo do primeiro aniversário do Startup Campus powered by Banif, em Lisboa, no passado dia 11 de maio. À pergunta “todos podem ser empreendedores?”, colocada no evento, corresponde a resposta: “Nem todos podem ser empresários, mas todos podem ser empreendedores.” Todos não são demais para tentar melhorar um projeto empresarial, sejam ou não empresários. “O estado
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deve manter uma relação fluída e uma colaboração intensa com as universidades. Esta relação tem impacto na melhoria da formação e empregabilidade dos novos graduados, permite às universidades conhecer as necessidades do mercado de trabalho, adaptando a formação académica à realidade empresarial, e impulsionar o espírito empreendedor e a inovação entre os estudantes.” Os números parecem denunciar a boa saúde do empreendedorismo no país. De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Economia, Portugal figurava em terceiro lugar no ranking de “Aceleração de Startups” em 2014 e em quinto no que se refere à facilidade na criação de empresas na Europa. O Governo indica ainda que entre 2013 e 2014 foram criadas 35 mil empresas e que 50% da empregabilidade foi gerada por empresas com atividade há menos de cinco anos. Outro sinal positivo chega-nos de empresas como a Uniplaces, um projeto nascido no contexto universitário (que abordamos no Grande Tema). A plataforma de arrendamento para universitários está a conseguir contratar jovens portugueses talentosos que haviam emigrado. Por um lado, porque acreditam no potencial da Uniplaces, por outro, porque voltaram a acreditar no potencial do país, que não só está a atrair mais turistas, mas também investidores estrangeiros, interessados em desenvolver em Portugal os seus projetos de negócio. Está ao alcance de todos nós contribuir para melhorar as possibilidades empregadoras do país e as respetivas condições de trabalho. Está ao alcance de todos: empreender! E-mail: actualidade@ccile.org
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oPInIão opinión
Perfil das novas empresas está a mudar: da necessidade
Por Teresa Cardoso de Menezes*
à oportunidade
E
xiste uma evolução cada vez mais clara no perfil das novas empresas que estão a ser criadas em Portugal. Esta transformação no perfil das empresas está associada, naturalmente, a uma mudança geral no tecido empresarial nacional e às condições gerais da própria economia. Estas condições da economia são, como se sabe, o tema à volta do qual gravitam todas as discussões sobre a recuperação e sustentabilidade do país, alimentadas diariamente por protagonistas de todos os quadrantes e áreas de intervenção – não só da economia, mas também política e social, já que estamos a falar da reorganização de mecanismos de criação e distribuição de riqueza. Por isso, interessa, neste momento, percebermos até que ponto a transformação no perfil das novas empresas é causa ou consequência da mudança no tecido empresarial, qual o valor que estas empresas trazem à economia – ou seja, em que medida são apenas uma emergência, fruto da necessidade, ou, pelo contrário, partem da identificação inteligente de uma oportunidade, trazendo consigo desde o início o germe da sua sustentabilidade e crescimento, com o qual contaminam positivamente todo o tecido empresarial. É provável que encontremos nas novas empresas um misto das duas situações – necessidade e oportunidade. Mas para os agentes e decisores políticos e económicos - e, em geral, para todos quantos se preocupam minimamente com o futuro do país – é muito relevante perceber os ingredientes que estão a alterar o perfil das novas empresas. Eles sinalizam
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mais altos desde 2007. Quando se compara 2014 com 2007, percebemos que a dimensão das empresas que nascem diminuiu: a maioria constituiu-se com um capital social mais baixo, apresenta uma média de empregados inferior e um volume de negócios mais reduzido. A redução do capital social explica-se, em parte, com uma alteração introduzida em 2011, que reduziu para um euro por sócio o capital social mínimo exigido para abrir uma empresa. como conse“São cada vez mais as quência, em 2014 metade das novas empresas já era criada com um capital social novas empresas que inferior a cinco mil euros, o montante anteriormente exigido. Ou seja, abrir uma exportam, um perfil empresa tornou-se mais acessível. que se revela logo Foram introduzidos nos últimos anos estímulos por parte do Estado, autarà nascença, já que e outras entidades, para a criação muitas delas exportam quias de empresas e do próprio emprego. Basta procurarmos no Google por ‘emprelogo no seu primeiro e vemos rapidamente a ano de vida. Em 2013, já endedorismo’ quantidade de entidades que encontramos relacionadas com este tema. eram 10% [do total] “ Esta facilidade em abrir uma empresa permitiu a realização de iniciativas para identificando os tais ingredientes que testar o mercado com um produto ou podem sinalizar mudanças e caminhos. um conceito que, se não tiver sucesso, Encontrou-se um cenário que, embo- não se traduz numa grande perda de ra muito sujeito à necessidade, mostra investimento. É uma situação que encomo muitos empreendedores estão a contramos noutros mercados de cariz dar o passo seguinte, transformando tradicionalmente empreendedor, como esta necessidade em oportunidades. o norte-americano, que apela e facilita a iniciativa individual. E a verdade é que A necessidade: iniciativa individual dois terços dos empreendedores estão a Nesta análise, constatou-se que a inicia- criar a sua primeira empresa. tiva individual está a aumentar. Nos dois um dos traços distintivos das novas últimos anos compreendidos no estudo empresas é o seu reduzido número de (2013 e 2014), foram criadas mais de 35 empregados. isto significa que as nomil organizações por ano, um dos valores vas empresas têm uma dimensão mais
uma atitude, um caminho e, portanto, um futuro. Para entender mais profundamente este fenómeno, produzimos o estudo ‘O Empreendedorismo em Portugal 2007-2014’, que analisou as start-ups (empresas no primeiro ano de vida) e as empresas jovens (até aos cinco anos) desse período. Procurou-se, desta forma, traçar um perfil destas novas empresas,
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pequena e que, por outro lado, o empreendedorismo tem vindo a tornar-se uma opção de iniciativa individual ou de criação do próprio emprego. E, uma vez mais, há um dado que sustenta esta alteração do perfil das novas empresas: 94% das empresas que nasce tem como sócios pessoas singulares. O reduzido número médio de empregados nas start-ups e nas novas empresas não lhes retira, no entanto, importância quando falamos em emprego. Na sua totalidade, as empresas no seu primeiro ano de vida já representam 18% do emprego criado anualmente. Se a estas juntarmos as empresas jovens (até aos cinco anos de vida), este conjunto representa quase metade (46%) dos novos empregos criados anualmente.
ram o passo que conseguiu transformar a necessidade numa excelente oportunidade. São cada vez mais as novas empresas que exportam, um perfil que se revela logo à nascença, já que muitas delas exportam logo no seu primeiro ano de vida. Em 2013, já eram 10% as empresas que exportavam no primeiro ano de vida, mais dois pontos percentuais do que em 2007. No período que analisámos, e se considerarmos apenas as start-ups exportadoras, cerca de metade do volume de negócios do primeiro ano de vida tem origem nas exportações. Em 2013, este indicador deu um salto para 67%, a taxa mais alta desde 2007, enquanto a média das exportações passa de 138 mil euros em 2007 para 145 mil euros em 2013. Todas as empresas, grande ou pequeA oportunidade: empresas mais nas, mais ou menos antigas, foram um globais dia uma start-up. E se acreditamos que, É quando olhamos para os mercados tal como num indivíduo, a personalialvo das start-ups e das novas empresas dade e o perfil que revela nos primeiros que vemos como alguns empresários de- anos de vida dão pistas e condicionam
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a sua maturidade, então podemos talvez tirar conclusões sobre as características das empresas e empreendedores que teremos num futuro próximo: mais iniciativa, maior flexibilidade e olhos postos nos mercados externos. Quando produzimos esta análise, quisemos, além da “fotografia” do último ano, produzir o “filme” desde 2007, que nos dá a noção da evolução e, portanto, uma indicação da sua continuidade. Quando detetamos uma mudança de perfil nas empresas, sabemos que esta informação é essencial para quem pretenda compreender e protagonizar esta transformação. E por falar em transformação, há ainda outro dado sobre as novas empresas que merece realce: são estas empresas que registam uma maior percentagem de cargos de liderança ocupados por mulheres. E isto também é sinal de evolução. * Diretora geral da Informa D&B Email: informadb@informadb.pt
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“Las empresas que han dado el salto a mercados exteriores están apoyando en gran medida la recuperación” Asumió la presidencia de la recién creada Cámara de Comercio de España con el deseo de aportar su experiencia para impulsar la internacionalización del tejido empresarial español. Para José Luis Bonet es la mejor forma de conseguir competitividad empresarial, crecimiento, riqueza y empleo. Desde el nuevo organismo, en cooperación con el resto de cámaras, espera dar impulso a un modelo de crecimiento más inteligente.
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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
a nueva Cámara de España releva al Consejo Superior de Cámaras. ¿Qué beneficios podrán notar las empresas con esta nueva entidad?
Como bien sabe, la nueva Ley de Cámaras de Comercio, que entró en vigor en el mes de abril de 2014, creó la Cámara de Comercio de España con el objetivo de convertirla en un nuevo modelo y referente de la colaboración públicoprivada. Su configuración, que aglutina a los principales actores de la economía española–grandes empresas, administraciones, cámaras de comercio y otros representantes empresariales–, coloca a esta institución en una situación óptima 8 act ualidad€
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para poner en práctica políticas de apoyo y servicio a las empresas, especialmente pymes, ajustadas a la realidad económica y empresarial españolas. ¿Cuáles son las líneas maestras que quiere seguir para dinamizar el sector exterior?
Las cámaras de comercio tenemos mucho que aportar en el proceso de mejora de la competitividad e impulso de la internacionalización del tejido empresarial español. Entre otras iniciativas, la Cámara de España elaborará y ejecutará el Plan Cameral de Internacionalización, que será el conjunto de las actividades dirigidas a impulsar la exportación de
bienes y servicios y la presencia exterior de la empresa española. Todo ello en colaboración con las cámaras de comercio del territorio nacional y con la nueva participación de las cámaras de comercio de España en el extranjero y, por supuesto, en coordinación con el Ministerio de Economía y Competitividad. Ha anunciado que pretende gestionar las partidas que reciban las cámaras con fondos estructurales. ¿Podrán contar con más ayudas?
La Cámara de España participará como organismo intermedio del Programa Operativo de Crecimiento Inteligente 2014-2020. El objetivo de dicho pro-
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José Luis Bonet Presidente de la Cámara de Comercio de España
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grande entrevista gran entrevista grama es el de contribuir a la mejora y recuperación de la competitividad de la economía a través del impulso de un modelo de crecimiento más inteligente, apoyado en la investigación, el desarrollo y la innovación, las TIC y las pymes. Como organismo intermedio, la Cámara de Comercio de España cuenta con un catálogo de programas específicos en materia de I+D+i, TICs y pymes. Hay muchos nombres de peso en el Comité de la Cámara. ¿Es importante que los grandes empresarios se comprometan con este proyecto?
Por supuesto. Las políticas de apoyo a la competitividad empresarial y la internacionalización deben contar con una mayor participación del sector privado, de las grandes empresas, porque es absolutamente necesario aprovechar su experiencia. ¿Hace falta modernizar el tejido empresarial español?
Quizá más que de modernización deberíamos hablar de innovación. El contexto globalizado y caracterizado por la intensa competencia exige que las empresas ofrezcan productos y servicios de mayor valor añadido, calidad, diferenciación y especialización, aspectos fuertemente ligados a la capacidad innovadora de las compañías. La incorporación del concepto de la innovación en la estrategia y práctica habitual de la empresa es uno de los factores clave de la competitividad y, por ello, desde la Cámara estamos poniendo en marcha varios programas que inciden precisamente en la mejora de la competitividad de las pymes, a través de la adopción de una cultura a favor de la innovación permanente para lograr un crecimiento sostenido. ¿Es necesario un nuevo modelo productivo?
El nuevo modelo de crecimiento de la economía española debe descansar necesariamente sobre la internacionalización y la mejora de la competitividad empresarial. La internacionalización permite a la empresa crecer y crear riqueza y em10 act ualidad€
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pleo para ganar en tamaño y eficiencia, factores de impacto directo sobre la productividad del conjunto de la economía. ¿Qué hubiese sido de las empresas españolas durante la crisis sin la internacionalización?
Quizá lo único positivo que ha habido durante los años de crisis económica, ha sido, justamente, la evolución de las empresas internacionalizadas. Creo que es de justicia destacar la capacidad que han tenido las empresas españolas para compensar la mala situación de la demanda nacional. La internacionalización ha sido la vía de escape para
“Lainternacionalización ha sido la vía de escape [durante la crisis económica] para multitud de empresas, que han podido resistir gracias a su apuesta internacional” multitud de empresas, que han podido resistir gracias a su apuesta internacional. Además, como se ha demostrado, las empresas que han dado el salto a mercados exteriores han soslayado, en mejores condiciones, la etapa de crisis y son las que están apoyando en gran medida la recuperación, porque tienen mayor propensión a la innovación, son más productivas y competitivas y ofrecen empleo más estable. El avance de las exportaciones españolas es cada vez más pujante, gracias a estos factores entre otros, como la depreciación del euro frente al dólar, la bajada de los precios del petróleo, los ajustes de costes y que han permitido que nuestras ventas al exterior, en el primer trimestre de 2015 hayan batido un récord histórico, con un crecimiento del 4,4%.
¿Las pymes han sido las más afectadas? ¿Han salido reforzadas?
Sí. Las pymes han sido las más afectadas por las crisis, algunas, desgraciadamente, se han quedado en el camino, pero las que siguen en el mercado creo que han aprendido bien la lección y, como he dicho antes, han sabido compensar la mala situación interna apostando por los mercados exteriores. En mi experiencia con las empresas, sobre todo en la Fira de Barcelona, que presido, he percibido, especialmente, un cambio sustancial de mentalidad y de actitud en las pymes de nuestro país. De una anterior posición que no consideraban esencial la internacionalización y no la veían como un necesario proceso de adaptación a la globalización, se ha llegado a considerarla como una necesidad indiscutible. Esto constituye una oportunidad y disposición y la nueva Cámara de Comercio de España hará los máximos esfuerzos para facilitar ese proceso a las pymes. ¿Todavía hay empresas españolas que se asustan al hablar de la internacionalización?
Cada vez menos, pero es verdad que salir al exterior puede producir algo de vértigo. Por regla general, la pequeña y mediana empresa presenta una serie de limitaciones, como es su propio tamaño, que se traduce en problemas de tipo financiero o falta de recursos humanos especializados. Estas circunstancias son las que condicionan, en gran medida, su salto a mercados exteriores. Ahora bien, existen fórmulas e instrumentos – desde una línea de financiación ICO o Cofides o el apoyo de las instituciones públicas o privadas que nos dedicamos a ello- para solventar estos hándicaps y le aseguro que la gran mayoría de pymes que han arriesgado y han decidido dar el paso, lo están haciendo con éxito. Por eso, hay que perder el miedo. ¿Qué es lo que más preocupa a los empresarios antes de dar el paso de salir de las fronteras?
Creo que las empresas que deciden dar
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el salto a mercados exteriores son conscientes que deben adaptar la oferta, los precios, la política comercial y de marketing a la demanda local de cada mercado y añadir valores diferenciados de calidad y marca y creo que eso es lo que más preocupa. Por ello, la información y la formación son, sin duda, factores imprescindibles. En este sentido, quiero recordar que existen instituciones como las propias Cámaras de Comercio que ayudan al exportador, especialmente en sus primeros pasos para dar el salto a los mercados internacionales. ¿Qué mercados todavía no han descubierto los españoles?
España ha conseguido mantener su posición competitiva en el contexto mundial durante los años de crisis, mejorando incluso su situación respecto a los países del entorno europeo, que han sido siempre su principal objetivo. Este proceso ha sido global, en la medida en que ha potenciado la diversificación de los mercados de destino. Según revelan los datos sobre el comportamiento del comercio exterior en el primer trimestre de este año que, por cierto, han sido muy buenos, los destinos geográficos de las exportaciones españolas fueron el 65% a la Unión Europea, el 11% a América del norte y sur, a Asia un 9% y hacia África un 6%. Lógicamente, la oferta exportadora debería diversificarse, estamos ya en los cinco continentes, pero tenemos que impulsar nuestras ventas en mercados fuera de la UE. ¿Es el mercado portugués el punto de partida más natural para la internacionalización de las empresas españolas? ¿Es un mercado que se debería conocer mejor?
Lógicamente. Portugal, es un socio comercial de primer orden, un destino natural para la internacionalización de las empresas españolas. Portugal y España conforman un verdadero mercado ibérico y, desde que nos incorporamos juntos a la Unión Europea, las relaciones económicas y comerciales entre ambos países no han cesado de intensificarse. Portugal acapara más de 10% de las
ventas españolas a la Unión Europea y respecto a las inversiones, es el país del mundo donde han invertido un mayor número de empresas españolas y a la inversa también, porque Portugal se ha convertido en uno de los principales inversores en nuestro país. ¿Las empresas deberían invertir más en formación?
No le quepa la menor duda. Invertir en formación es invertir en futuro, además, la competitividad de una empresa está muy relacionada con el nivel de formación de sus empleados. Pero yo iría más lejos. Ya no es sólo invertir en formación, sino que la empresa debe mantener una relación fluida y una colaboración intensa, por ejemplo con la Universidad. Esta relación tiene implicaciones en la mejora de la formación y empleabilidad de los nuevos graduados, permite conocer las habilidades y capacidades que se requieren en el mercado de trabajo, acercando de esta manera la formación académica que se imparte en los centros universitarios a la realidad empresarial, e impulsa el espíritu emprendedor y la innovación entre
los estudiantes. La Cámara de España no es ajena a esta necesidad, y queremos contribuir activamente a la mejora de las relaciones entre universidades y empresas. De hecho, una de las primeras medidas que hemos adoptado ha sido la creación de una Comisión Universidad-Empresa y la organización de un foro de encuentro en el que expertos procedentes de ambos entornos abordarán los principales problemas a los que se enfrenta este tipo de cooperación y plantearán soluciones con el objetivo de impulsarla. Creemos firmemente que avances en este ámbito beneficiarán en el futuro a la sociedad en su conjunto y a nuestro progreso económico. Los datos confirman la recuperación económica de España ¿2015 será un gran año?
La economía española ha vivido una situación muy complicada desde que en 2007 estallara la crisis, pero a partir de 2014 volvió a la senda de la recuperación y llevamos creciendo siete trimestres consecutivos y a un ritmo cada vez más acelerado, lo que demuestra que la recuperación se está consolidando, Junho de 2015
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grande entrevista gran entrevista de Garantía Juvenil, impulsado por el Gobierno, estamos llevando a cabo el Programa de Cualificación y Empleo, cuyo objetivo es formar a 80.000 jóvenes entre 16 y 24 años, y facilitar su entrada en el mercado laboral. Actuamos como mediadores entre las empresas y los jóvenes para aumentar sus oportunidades laborales y ponemos a su disposición a un orientador laboral que se responsabiliza de la formación, cualificación e inserción. Desde las Cámaras de Comercio creo que podemos ayudar mucho a este grupo que, en la actualidad, es
el que presenta un mayor índice de desempleo. ¿Cómo ve a las nuevas generaciones de empresarios españoles?
Creo que actualmente tenemos la generación de empresarios más preparada de la historia de nuestro país. La nueva generación son personas con un alto nivel formativo, que han salido fuera, que hablan otros idiomas y que están conectados las 24 horas con su empresa, con sus clientes, porque manejan y controlan el mundo digital y se han adaptado a las nuevas exigencias tecnológicas y de gestión.
Profesor y empresario hace casi 50 años que es un hecho constatable. Además, nuestro patrón de crecimiento se está transformando hacia un modelo mucho más equilibrado, sostenible y competitivo y esta transformación se debe al esfuerzo realizado por la sociedad española y por las reformas que ha llevado a cabo el Gobierno, como la reforma financiera, del mercado de trabajo, la consolidación de las cuentas públicas o la última reforma fiscal que ha mejorado el poder adquisitivo de las familias. Todas estas medidas han sido claves para restablecer la credibilidad y confianza tras uno de los periodos más complicados de nuestra historia económica reciente. En cuanto a este año, soy optimista porque la recuperación económica va a ganar en firmeza y va a ser el año de la consolidación. Es verdad que existen ciertos riesgos, como son el todavía alto nivel de desempleo, el enquistamiento de los problemas geopolíticos que generan incertidumbres y volatilidad financiera o que la recuperación de la eurozona se ha moderado y es desigual para un país y otro, pero creo que España afronta con firmeza esta etapa y las previsiones son bastante favorables. ¿Esperan poder contribuir desde la Cámara a la creación de empleo? ¿Cómo?
Actualmente, en el marco del Sistema 12 act ualidad€
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José Luis Bonet es uno de los empresarios más conocidos de España por su gestión al frente de Freixenet. Natural de Barcelona (1941), padre de 12 hijos, ha desarrollado su carrera en dos ámbitos: la docencia y la empresa. Durante casi 50 años compaginó su trabajo en la empresa familiar con el de profesor titular de Economía Política y Hacienda Pública en la Universidad de Barcelona. Ha formado el carácter empresarial de varias generaciones a las que transmitió el germen de la internacionalización. Esa estrategia de abrir mercados fuera de España, junto con la de potenciar la calidad de sus productos, emplear una innovadora estrategia comercial y de marketing y la tecnificación del proceso de elaboración del cava, son las bases sobre las que José Luis Bonet ha asentado el éxito de la empresa. Licenciado en Derecho, por la Universidad de Barcelona con premio extraordinario de licenciatura en 1963. Doctor en Derecho con sobresaliente “Cum Laude”, por la Universidad de Barcelona y premio extraordinario de Doctorado 1976/1977. Entre su extensa experiencia pro-
fesional, durante la que ha ocupado más de 40 cargos importantes, cabe destacar que ha sido: • presidente del grupo Freixenet desde marzo de 1999; • presidente del consejo de administración de la Fira Internacional de Barcelona desde septiembre de 2004; • presidente de la AMRE (Asociación de Marcas Renombradas Españolas) y presidente de la Fundación Foro de Marcas Renombradas Españolas desde 2002; • presidente de la Asociación para el Fomento del Desarrollo Agroalimentario desde 2002; • presidente de Alimentaria de Barcelona desde julio 2000; • presidente de Vila Universitaria y Hotel Campus; • presidente de la delegación española de la Tribuna España-Corea desde 2012; • presidente del Patronato Fundació Escola Betània-Patmos desde 2014 y miembro de la Comisión Delegada del Patronato. • presidente de ANDEMA (Asociación Nacional para la Defensa de la Marca), de 1998 a agosto 2014; • presidente de Fira 2000, desde marzo 2004 a abril 2014.
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Lucros do Santander Totta sobem 28% no primeiro trimestre
Foto Sandra Marina Guerreiro
nária, no valor de 32 milhões de euros, obtida com a venda de 51% da participação que a Santander Totta Seguros detinha nas empresas Aegon Santander Portugal Não Vida e Aegon Santander Portugal Vida (operação realizada no quarto trimestre de 2014), o que evidencia o crescimento sustentado dos resultados nos últimos trimestres. A margem financeira alcançou 142,6 milhões de euros, subindo 10,3% em relação aos 129,2 milhões de euros contabilizados no período homólogo. A evolução positiva da margem financeira tem vindo a beneficiar, principalmente, da diminuição do custo de financiamento, em particular dos depósitos. O crescimento de 9,6% do produto bancário conjugado com a diminuição dos custos operacionais em 0,2% traduziu-se na melhoria de 5,1pp do rácio de eficiência, que no final do trimestre se situou em 51,3%. Os depósitos aumentaram 7,5%,
O Santander Totta alcançou um resultado líquido de 53,8 milhões de euros no primeiro trimestre, que compara com os 42,1 milhões registados no período homólogo, o que corresponde a uma subida de 27,8%. Esta evolução é reflexo do aumento das receitas e da diminuição dos custos operacionais. Na comparação com o trimestre anterior, o resultado líquido subiu 27,5%, excluindo a receita extraordi-
em termos anuais, tendo reduzido ligeiramente face ao final de 2014, ascendendo a 20.022 milhões de euros. Por seu turno, a carteira de crédito totalizou 26.506 milhões de euros, diminuindo 1,8% em termos homólogos. O ritmo de descida do crédito tem vindo a abrandar em virtude do comportamento positivo do crédito a empresas, que aumentou 0,8% em termos anuais, e de crescimentos muito significativos na produção de crédito à habitação. O rácio de crédito em risco situouse em 5,71%, com evolução positiva em relação ao valor observado no final de 2014, com reforço do nível de cobertura cujo rácio se situou em 78% (75,9% em dezembro de 2014). Quanto ao financiamento obtido junto do Eurosistema, ascendeu a 3,5 mil milhões de euros, com reduções de 30,1% face ao valor observado no final de março de 2014 e de 7% em relação ao final de 2014. A carteira de ativos elegíveis como garantia nas operações de financiamento junto do Eurosistema ascendeu a 12,1 mil milhões de euros.
euroscript International vai integrar empresa de traduções médicas A euroscript International, líder no
se na tecnologia, uma presença global e
mentares, documentos e processos, que
fornecimento de soluções globais de
experiência com soluções de gestão de
a euroscript adquiriu no ano passado,
gestão de conteúdos, vai adquirir a
conteúdos empresariais regulamentados,
criam uma oferta única que responde
ForeignExchange
documentos e conformidade, enquanto a
aos desafios globais específicos do se-
Translations,
em-
presa norte-americana líder no ramo
ForeignExchange oferece competência e
tor das ciências da vida e permite aos
das traduções médicas.
experiência no ramo dos serviços linguís-
clientes assegurar a qualidade, eficácia e segurança dos seus produtos”, adianta o
De acordo com as duas empresas, estas
ticos no mercado de dispositivos médi-
apresentam uma grande complementari-
cos e no mercado farmacêutico com uma
mesmo responsável.
dade em termos das respetivas carteiras
base de clientes global sólida, salienta
Por seu lado, a ForeignExchange subli-
de clientes, ofertas de produtos e serviços e penetração no mercado em áreas
Mark Evenepoel, CEO da euroscript. ”As aquisições da ForeignExchange e da
nha o impacto que esta aquisição dará à empresa. Juntas, as empresas emprega-
geográficas críticas dentro do setor das
Infotehna, líder no fornecimento de solu-
rão 1.700 colaboradores, espalhados por
ciências da vida. A euroscript destaca-
ções de gestão de informações regula-
23 países.
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Foto Sandra Marina Guerreiro
Delta Cafés compra distribuidor em França
O grupo Delta adquiriu a DAC - Distribuition Azuréne de Café, distribuidor francês com a qual já tinha uma parceria, com atividade centrada na Côte d’Azur (sul de França). O grupo português sublinha que este acordo resulta da estratégia de expansão da Delta no mercado francês. Sem revelar o valor do negócio, a Delta Cafés realça que a relação com a DAC se mantém há mais de 20 anos e garantiu uma carteira com quase 500 clientes no canal horeca (hotéis, restaurantes e cafés). Em comunicado, o administrador do grupo Delta Cafés Rui Miguel Nabeiro sublinha que “esta aquisição no mercado francês tem como base a nossa
visão estratégica e aposta num mercado prioritário, onde queremos duplicar o número de clientes nos próximos três anos”. O grupo Delta pretende “continuar a crescer além-fronteiras e a reforçar a nossa presença nos vários mercados em que estamos presentes, para que cada vez mais a Delta Cafés se torne uma marca global”, adianta o mesmo responsável. A empresa de Campo Maior (Alentejo) já está presente em mais de 35 mercados, sendo que conta com uma estrutura direta em Espanha, França, Luxemburgo, Angola e Brasil. Nos restantes países, o modelo de negócio assenta em parcerias com distribuidores locais.
Fundos da GNB Gestão de Ativos eleitos pela Morningstar A Morningstar que, anualmente, distingue os melhores fundos e sociedades gestoras, nacionais e estrangeiras a atuar em Portugal, reconheceu, mais uma vez, a consistência da qualidade e performance de fundos geridos pelas sociedades GNB Fundos Mobiliários, e GNB International Management, do grupo Novo Banco.
Este ano foram distinguidos diversos fundos do Novo Banco nas categorias de “Melhor Fundo Nacional de Obrigações Euro” (concedido ao NB Rendimento Plus), “Melhor Fundo Nacional Misto Defensivo Euro” (atribuído ao NB Estratégia Ativa II) e “Melhor Fundo Estrangeiro de Obrigações Euro” (para o NB Opportunity Fund).
Receitas de hotéis subiram 14%, para quase 140 milhões em março Os hotéis em Portugal registaram 3,1 milhões de dormidas em março, um aumento de 11,5% face ao período homólogo segundo os dados do INE. Os proveitos dos estabelecimentos hoteleiros também cresceram 14%, para os 138,8 milhões de euros. O mercado interno aumentou 17,9% em março, o que representa uma ligeira descida face ao mês anterior (mais 18.5%), enquanto as dormidas de estrangeiros registaram uma subida de 9%, para as 2,1 milhões, superior à evolução registada em fevereiro, fixada em 8,1%. Os turistas espanhóis foram os principais impulsionadores desta subida. Já o Reino Unido registou um aumento de 5,1%, com um peso atual de 20,5% do total das dormidas, o mercado alemão 11,5%, tendo alcançado um peso de 19% e as dormidas de turistas franceses subiram 12,9%. Mercado automóvel na União Europeia cresce 8,2% no primeiro quadrimestre Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas de veículos ligeiros de passageiros no conjunto da União Europeia (UE) cresceram 8,2%, ultrapassando as 4,6 milhões de unidades. Todos os principais mercados registaram uma evolução positiva, contribuindo para a recuperação do mercado da UE. O crescimento das vendas em Espanha (mais 23,9%), Itália (16,2%), Reino Unido (6,4%), Alemanha (6,4%) e França (5,6%) foram as mais expressivas no quadrimestre. Neste período, destaque para o mês de abril, com as vendas de veículos ligeiros de passageiros a aumentaram pelo vigésimo mês consecutivo (+6,9%), totalizando 1.166.482 de unidades e registando o melhor resultado volume para o mês de abril desde 2009. Todos os principais mercados contribuíram positivamente para o crescimento global, especialmente Itália, com um crescimento de dois dígitos (+24,2%), Alemanha (+ 6,3%), Reino Unido (+5,1%), Espanha (+3,2%) e França (+ 2,3%), que tiveram um melhor desempenho do que em abril de 2014. Portos de Setúbal e Sesimbra assinam acordo com Refer A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) e a Rede Ferroviária Nacional (Refer), assinaram, recentemente, um protocolo de parceria para o lançamento do “Estudo de Modernização da Ligação Ferroviária à Zona Central do Porto de Setúbal”. O protocolo tem como objeto a elaboração dos estudos técnicos e operacionais e dos
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Breves projetos de execução para a melhoria da ligação ferroviária à zona central do Porto de Setúbal, que incluem também as infraestruturas ferroviárias da Estação de Praias do Sado, do Terminal Somincor e do triângulo de Praias do Sado, um projeto que faz parte da lista que integra o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI+3). O Porto de Setúbal é já o segundo porto nacional na utilização da ferrovia. No ano de 2014, foram realizados 5.600 comboios neste porto, representando 34% do total movimentado nos portos portugueses. A execução deste projeto permitirá a duplicação da capacidade e a redução de custos de movimentação de comboios nos terminais portuários, uma aposta que significa mais competitividade no transporte ferroviário, protegendo o ambiente, a cidade e as zonas envolventes, das sobrecargas nas vias rodoviárias. Vítor Caldeirinha, presidente da APSS, frisou na ocasião que o crescimento do porto de Setúbal nos últimos três anos, de cerca de um milhão de toneladas por ano, e a sua capacidade instalada e de expansão fora do perímetro urbano está ligado à aposta na ferrovia, seja pela modernização das ligações ferroviárias à zona central do porto, seja na ligação a Espanha e resto da Europa. Lucros da Corticeira Amorim disparam 41% A Corticeira Amorim encerrou o primeiro trimestre do ano com um volume de vendas de 147,4 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 6,3% face a igual período do ano anterior. Este foi um comportamento para o qual muito contribuiu a Unidade de Negócio Rolhas, que registou um aumento de vendas superior a 10%. De salientar também uma subida de vendas muito significativa na unidade de aglomerados compósitos, de 12,5%. A conjugação do desempenho da sua mais importante unidade de negócio (Rolhas) e de uma desvalorização significativa do euro, que permitiu um efeito positivo dos câmbios, sustentam em grande parte o crescimento da atividade e dos indicadores de resultados neste primeiro trimestre de 2015. O resultado líquido ascendeu a 8,4 milhões de euros, o que reflete um crescimento de 41,2% face ao período homólogo. O bom registo operacional contribuiu para um crescimento significativo ao nível do EBITDA, indicador que, expurgando o efeito da variação cambial, valorizou 17%. MAPFRE abriu nova loja delegada em Portalegre A MAPFRE inaugurou recentemente uma nova loja delegada em Portalegre, dando continuidade ao seu plano de expansão de lojas no mercado português, aumentando para 32 o número de lojas existentes na zona sul do país. Sobre esta inauguração, Pablo Gonzalez, diretor coordenador comercial da MAPFRE Seguros, salientou que “é muito importante que os nossos parceiros cresçam connos-
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BPI promove encontros sobre inovação para empresas O BPI está a organizar um ciclo de oito conferências subordinadas ao tema da inovação, em diversas cidades do país. Os próximos “Encontros BPI Inovação” irão decorrer este mês na Covilhã, Leiria, Braga e Lisboa. Foram já realizados quatro eventos (em Vila Real, Porto, Viseu e Aveiro), nos quais estiveram presentes mais de 200 participantes. “Esta iniciativa, que conta com o apoio da Cotec Portugal – Associação Empresarial para a Inovação, tem como objetivo reforçar o empenho, demonstrado ao longo dos anos pelo BPI e pela Cotec, no apoio às PME portuguesas, estimular o debate entre os principais intervenientes na inovação empresarial e apresentar os apoios e os mecanismos de financiamento disponíveis para as empre-
sas inovadoras”, salienta o BPI. Entre os oradores participantes, contam-se, entre outros, Daniel Bessa, diretor geral da Cotec, cuja intervenção se centra na importância da inovação nas empresas portuguesas, ou Lurdes Pinho, responsável de Corporate Banking do BPI, que faz uma abordagem aos diversos instrumentos financeiros disponíveis para empresas inovadoras, nomeadamente, a Linha BPI/FEI Inovação II e outros disponíveis no âmbito do Portugal 2020.
REN investe até 800 milhões nos próximos três anos A Rede Energética Nacional (REN) vai investir entre 700 milhões a 800 milhões de euros até 2018. Segundo o comunicado ao mercado divulgado no “Dia do Investidor”, o investimento em Portugal será feito sobretudo nas redes de eletricidade, a que é afeto um montante entre os 500 e os 550 milhões de euros. Os restantes 200 a 250 milhões de euros serão investidos no setor do gás, adiantou a empresa liderada por Rodrigo Costa. O novo plano de negócios para o período entre 2015 e 2018 prevê ainda a canalização de mais 900 milhões de euros para a área internacional.
A gestora das infraestruturas nacionais de eletricidade e gás natural compromete-se ainda a manter a atual política de dividendos, estando previsto o pagamento de cerca de 0,171 euros anuais por ação durante este período. Em termos de resultados líquidos, a REN prevê que em 2018 os lucros possam atingir os 120-130 milhões de euros, um acréscimo de 10% face ao valor estimado de 90 milhões a 100 milhões de euros para este ano, o que é resultado de uma diminuição dos custos financeiros e com o progressivo fim da contribuição extraordinária sobre as empresas energéticas.
apuntes de economÍa
Inapa lucra 1,6 milhões de euros até março A companhia Inapa fechou o primeiro trimestre de 2015 com lucros de 1,6 milhões de euros, uma melhoria de 7,2% face a igual período de 2014, anunciou a empresa, cujos principais acionistas são o Estado (via Parpública, Parcaixa e grupo CGD) e o grupo BCP. Nos três primeiros meses do ano, a Inapa teve um EBITDA recorrente (re-EBITDA) de 7,2 milhões de euros, uma queda de 13,7% face ao período homólogo de 2014, com a margem a diminuir de 3,5% para 3,2%. Os resultados operacionais, medidos pelo EBIT (resultado antes de juros e impostos) regrediram 12,4%, para 5,8 milhões de euros. Os custos financeiros foram menores, em 11,6%, passando para 3,8 milhões de euros e as provisões foram 21,2% menores do que um ano antes, nos 900 mil euros. Os custos de exploração “líquidos
de proveitos com prestações de serviços e outros rendimentos” e sem provisões também sofreram uma diminuição, de 4,2%, para 33,6 milhões de euros. A dívida da companhia, incluindo securitização, era de 309,9 milhões de euros em final de março, menos 2,2% (ou 6,8 milhões de euros) face a dezembro de 2014 e menos 8,9% (30,3 milhões de euros) face ao mesmo mês de 2014. Em termos consolidados, a Inapa realizou vendas de 226,3 milhões de euros, menos 6,2% do que no primeiro trimestre de 2014. O papel foi responsável por 194,1 milhões de euros (menos 7,6%) e por um volume transacionado de 208 mil toneladas, menos 7,8% do que um ano antes. Neste segmento, o negócio principal da Inapa, os resultados operacionais, medidos pelo EBIT, foram de 4,8 milhões de euros, igual a 2,4% das vendas.
Dolce Vita Tejo reforça oferta na área da moda O Dolce Vita Tejo, centro comercial sob gestão da Pragma Management, reforçou a sua oferta na área da moda, com a abertura da nova loja Mango, que foi relocalizada e ampliada, sendo agora a maior desta insígnia em Lisboa (na foto). Em breve, a marca espanhola trará mais novidades, com a abertura da loja Violeta by Mango, uma linha com tamanhos até ao 52. O Dolce Vita Tejo será, então, o primeiro shopping de Lisboa a reunir as três insígnias. Esta foi a primeira loja a abrir no Dolce Vita Tejo já sob a nova imagem, desenvolvida pelo gabinete de arquitetura inglês Leonard Design, e que inclui uma fachada pop up, que rompe com a linha arquitetónica do edifício, criando uma experiência de
marca diferenciadora para o visitante. Outras três marcas de moda reforçaram nas últimas semanas a oferta do centro comercial. A Stefano, luxuosa marca de moda feminina, inaugurou em maio a primeira loja em Portugal. Depois da presença em Milão, Madrid e Berlim, a marca chega ao Dolce Vita Tejo. A marca de acessórios Ornare inaugurou também neste centro comercial da região de Lisboa o seu novo espaço. Por fim, a Sunset apresentou o seu novo espaço no Dolce Vita Tejo, disponibilizando a sua coleção de moda praia. O Dolce Vita Tejo disponibiliza cerca de 280 lojas, distribuídas por dois pisos.
apontamentos de economia co, pois isso confirma que a MAPFRE é uma seguradora que os apoia, apresentando soluções competitivas, através de um atendimento personalizado e adaptado às necessidades de cada cliente”. Em Portugal desde 1986, a MAPFRE Seguros possui uma rede com mais de 70 lojas em todo o país. Vendas da Bial em Espanha aumentaram 15% para os 60 milhões As vendas da Bial Espanha subiram 15% no ano passado, elevando para 60 milhões de euros o volume de negócios no mercado espanhol da farmacêutica portuguesa. Este crescimento foi o terceiro maior entre as primeiras 50 companhias farmacêuticas a atuar no mercado espanhol, de acordo com o ranking da IMS, consultora líder mundial na área da saúde. Os dados da IMS revelam ainda que a Bial ocupa a 44ª posição no ranking da indústria farmacêutica em Espanha. A Bial inaugurou, em maio de 2012, em Bilbau, a primeira unidade de Investigação & Desenvolvimento (I&D) e Industrial construída de raiz fora de Portugal, num investimento que só em infraestruturas atingiu os 12 milhões de euros. Dados do Ministério espanhol da Indústria mostram que a Bial ocupa a 26ª posição no ranking das farmacêuticas internacionais que mais investem em investigação e desenvolvimento em Espanha. António Portela, CEO da companhia, mostrou-se satisfeito com os resultados já alcançados pela Bial Espanha e frisou que este “é o mercado externo mais relevante para a Bial e queremos continuar a crescer e a desenvolver novos produtos, como a investigação em vacinas”. Certif debate livre circulação de produtos da construção no espaço europeu A Certif participou na 37ª Reunião do Grupo dos Organismos Notificados Europeus, no âmbito do Regulamento dos Produtos da Construção (RPC), que se realizou em Paris, há cerca de um mês. Nestas reuniões, onde estão representados todos os Estados-membros comunitários, pretende-se debater a criação, em última instância, de “condições ideais para a livre circulação dos produtos da construção no espaço económico europeu, bem como a correspondente livre concorrência entre todos os fabricantes”, explicou aquele organismo especializado na certificação de produtos e serviços. “A livre circulação dos produtos da construção no espaço económico europeu tem um elevado impacto no desenvolvimento das atividades económicas dos Estados-membros. Tendo em consideração o risco para a segurança que alguns destes produtos representam, é fácil perceber a importância da missão deste grupo de trabalho”, que tem de avaliar as questões tendo em conta critérios de natureza técnica, financeira e comercial.
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Breves El Corte Inglés dará el 50% de los nuevos puestos de responsabilidad a mujeres Con este nuevo acuerdo, El Corte Inglés “se compromete a que a su finalización, el 31 de diciembre de 2020, como mínimo, el 50% de los nuevos puestos de responsabilidad que se hayan creado sean ocupados por mujeres”, ha indicado la compañía. Además, otra medida que se incluye en el nuevo Plan de Igualdad es la creación de un apartado específico en violencia de género, que mejora las condiciones y permisos establecidos para los trabajadores afectados por esta situación. Por otro lado, el nuevo plan se compromete a la búsqueda de fórmulas de distribución del tiempo de trabajo que mejoren la conciliación de la vida personal, familiar y laboral. El acuerdo establece nuevos permisos para los 90 mil trabajadores de la compañia(el 64% son mujeres y el 36% son hombres). Iberia gana el handling de los principales aeropuertos de Aena Aena ha resuelto el concurso público en el que se han adjudicado las 49 licencias de handling de rampa con una vigencia de siete años de 43 aeropuertos y dos helipuertos de su red. Las empresas a las que se les otorgan tendrán que prestar los servicios de asistencia de equipajes, asistencia a las operaciones de pista y ayuda de carga y correo en la terminal del aeropuerto y el avión. Las principales candidatas que pujaban por estas licen-
El beneficio neto de Repsol alcanza los 761 millones de euros Repsol obtuvo en el primer trimestre de 2015 un beneficio neto de 761 millones de euros, apoyado en la fortaleza de su modelo de negocio integrado (upstream-downstream) que le ha permitido minimizar la fuerte caída del precio del petróleo. Este resultado supone un descenso del 6% respecto a los 807 millones de euros registrados en el primer trimestre de 2014, periodo en el que se contabilizaron 299 millones de euros de resultados de operaciones interrumpidas, básicamente plusvalías por el cierre definitivo de la venta de activos de Gas Natural Licuado (GNL). El beneficio neto ajustado, que mide específicamente la marcha de los
negocios, se situó en 928 millones de euros, lo que supone un aumento del 74% respecto al mismo periodo del año anterior. La buena marcha de los negocios de refino y química y la fortaleza del dólar frente al euro compensaron el efecto que en los negocios de exploración y producción tuvo la brusca caída, del 50%, en el precio del crudo.
CaixaBank concluye absorción de Barclays CaixaBank ha culminado la fusión legal con Barclays España tras la inscripción de la operación en el Registro Mercantil. La entidad que preside Isidro Fainé ha realizado la integración tecnológica y operativa de clientes y productos. Las 261 oficinas de Barclays Bank en España se integrarán en la red de CaixaBank, que elevará su número de
oficinas hasta las 5.438 y alcanzará los 14 millones de clientes. A lo largo de las próximas semanas, las 261 oficinas de Barclays en España cambiarán su imagen corporativa en la rotulación exterior de las oficinas por la de CaixaBank. Y de forma progresiva, la marca CaixaBank se implantará en la red de oficinas.
Sabadell agrupa sus activos hoteleros en la sociedad HIP cias eran Iberia, Globalia, Swissport, Aviapartner, Atlántica de handling y WFS Servicios Aeroportuarios. Iberia se ha alzado como la clara ganadora con 15 licencias y dos lotes, seguida de Globalia en UTE con Iberhandling (11 licencias), Swissport (cinco y un lote), Avipartner (siete licencias), WFS Servicios Aeroportuarios (cuatro), Atlántica de Handling (una) y Acciona (una). Iberia ha logrado convertirse en el principal operador de los mayores aeropuertos de la red, entre ellos, Adolfo Suárez Madrid-Barajas, Barcelona-El Prat, o MálagaCosta del Sol. También será la encargada de algunos de menos peso como el de Asturias, Girona-Costa Brava, Menorca, Santiago y Tenerife Sur.
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Banco Sabadell entra con fuerza en el sector hotelero español. Tras convertirse como consecuencia de la crisis y el impago de deudas en un importante propietario de hoteles y apartamentos turísticos en toda España, la entidad ha decidido poner orden a toda esta cartera para darle la vuelta y conseguir que le genere beneficios en lugar de pérdidas. El banco que preside Josep Oliu ha creado Hotel Investments Partnership (HIP), una empresa a la que traspasará todos los hoteles que ahora tiene en balance y que tendrá una gestión diferenciada y totalmente autónoma. La compañía acaba
de comenzar a operar este mismo mes y nace con una cartera inicial de veinte hoteles valorados en alrededor de 250 millones de euros y que suman más de mil habitaciones. Entre ellos figura el hotel Barceló Estepona Thalasso, en la Costa del Sol, o el Isla Bonita de Costa Adeje, en Tenerife. HIP, sin embargo, se ha marcado unos objetivos mucho más ambiciosos y se ha propuesto sumar unos activos en balance de mil millones de euros en un plazo de tres años, con una cartera de entre 60 y 70 hoteles, la mitad de ellos de alta gama.
Gas Natural Fenosa gana 404 millones de euros en el primer trimestre Gas Natural Fenosa obtuvo un beneficio neto de 404 millones de euros en el primer trimestre de 2015, el 0,5% más que en el mismo periodo del ejercicio anterior, por la incorporación de la sociedad chilena Compañía General de Electricidad (CGE), que compensó el impacto regulatorio en España. La compañía ha subrayado que este crecimiento, a pesar de un entorno macroeconómico, energético y regulatorio exigente, se sustenta en tres pilares: el adecuado equilibrio del perfil de negocio de la empresa, su creciente presencia
internacional y su estricta disciplina financiera. En este escenario, el resultado bruto de explotación (Ebitda) consolidado alcanzó en el primer trimestre los 1.369 millones de euros, el 11,8% más que en el mismo periodo de 2014. Este incremento se debió, principalmente, a la incorporación de CGE al grupo el pasado mes de noviembre, y en el primer trimestre completo aportó un Ebitda de 125 millones de euros. El Ebitda del trimestre también recogió el impacto positivo de la apreciación del dólar frente al euro, cuantificada en 35 millones de euros.
Gestores
en Foco
Adecco ha elegido a Alain Dehaze nuevo CEO de la empresa líder mundial de recursos humanos. Actualmente es el CEO de Adecco Francia y miembro del comité ejecutivo desde 2009 y asumirá el cargo que dejará a finales del mes de agosto Patrick de Maeseneire. Alain Dehaze tiene una extensa experiencia internacional y un conocimiento profundo de la industria. Carlos Guembe, anterior CEO de Schindler Iberia, ocupa ahora el cargo de presidente ejecutivo de la Zona Europa Sur de la multinacional, incluyendo Turquía, Israel y África. Con una trayectoria de 25 años en esta
Telefónica aumenta beneficios en 160% Telefónica ha registrado un beneficio de 1.802 millones de euros en el primer trimestre, una cifra que multiplica por 2,6 la registrada en el mismo periodo de 2014. El trimestre estuvo marcado por el acuerdo para la venta de la filial británica O2 a Hutchison Whampoa por más de 13.500 millones de euros. El beneficio operativo antes de depreciaciones y amortizaciones (Oibda) aumentó un 2,4% en términos orgánicos y un 7,7% en términos reportados, hasta alcanzar los 3.618 millones de euros, también por encima de las previsiones de los analistas. A su vez, el margen de Oibda se situó en el 31,3%,
0,3 puntos porcentuales menos en términos orgánicos y 1,4 puntos porcentuales menos en términos reportados. El resultado operativo aumentó un 3,2% en términos orgánicos (bajó un 5% en términos reportados) hasta alcanzar los 1.511 millones. La operadora registra crecimientos en Alemania, Brasil e Hispanoamérica.
Cepsa cuadruplica sus ganancias La petrolera española logró un beneficio neto de 218 millones de euros en los tres primeros meses del año, cifra que multiplica por cuatro las ganancias del mismo periodo de 2014 (47 millones). Según ha informado la compañía en un comunicado, el incremento del beneficio neto se debe a “la fortaleza de la integración de sus distintos negocios”, en especial al aumento de los márgenes de refino y a la “optimización” de las capacidades
de destilación y conversión en sus refinerías. También ha contribuido la mejora de la demanda nacional de los carburantes de automoción, unos factores que han permitido compensar la caída de los precios del crudo y las paradas de refinerías. El resultado neto ajustado se situó en 163 millones de euros, un 90% más que en el mismo periodo de 2014, también gracias a los márgenes de refino.
compañía, Carlos Guembe ha ocupado diversos cargos de responsabilidad dentro de Schindler, tanto en España como en Portugal. Para sucederle, el consejo de administración del grupo ha decidido nombrar nuevo CEO de Schindler Iberia a Julio Arce, quien se incorporó a Schindler en julio de 1995. Desde 2003 Julio Arce es miembro del Comité de Dirección, con un período internacional entre 2006 y 2007 para asumir la Dirección General de Schindler Holanda. Actualmente desempeñaba el cargo de director técnico de Schindler Iberia. La Federación de las Industrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) ha elegido a Tomás Henriques presidente hasta 2017, en el que ya es su quinto mandato al mando de la Federación que representa cerca de 85% del sector de la industria alimentaria y de las bebidas. Para el recién reelegido presidente, las prioridades de la FIPA durante los próximos años pasan por “promover un compromiso nacional, con todos los partidos políticos, para la industria alimentaria y de las bebidas que permita reforzar la competitividad, impulsar el crecimiento externo, fomentar el empleo y asegurar la confianza de los consumidores”.
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CNA Corporate Finance reforça mercado da consultoria em fusões e aquisições
A CNA - Corporate Finance, uma nova empresa a atuar no mercado de gestão de ativos e corporate finance, tem vindo a assumir-se cada vez mais como um parceiro de referência na intermediação de operações de fusões e aquisições. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
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CNA - Corporate Finance, uma nova empresa a atuar no mercado de gestão de ativos e corporate finance , tem vindo a assumir-se cada vez mais como um parceiro de referência na intermediação de operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Criada há três anos, a CNA resulta de uma cisão da área de corporate finance da consultora Cachudo Nunes & Associados, a qual conta com mais de 35 anos de atividade no mercado nacional, tendo incorporado entretanto um conjunto de novos acionistas, composto por personalidades conhecidas do meio académico e empresarial (na 20 act ualidad€
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foto, em pé, Miguel Moura, João Costa Pinto, João Cantiga Esteves, Sérgio Bastos e Eduardo Cachudo Nunes, enquanto sentados estão Jorge Moreira, Luís Cachudo Nunes e Clarice Santos), que garantem um novo fôlego ao projeto, adianta Luís Cachudo Nunes, presidente da CNA. A CNA conta ainda com a participação acionista de um family office brasileiro, o que lhe confere um acesso privilegiado a este mercado. Na vertente das fusões e aquisições, a CNA oferece serviços especializados de consultoria, que vão desde a análise de alternativas estratégicas e elaboração de estudos
preliminares, preparação do dossiê de apresentação a investidores até a fase de propostas, negociação e concretização de operações. Paralelamente, desenvolve todas as atividades inerentes ao processo negocial, que passam por garantir que a filosofia de investimento e estratégia do investidor selecionado se adequa aos objetivos dos acionistas das empresas suas clientes. Relativamente à consultoria na área financeira das empresas, alguns dos principais serviços prestados são o desenvolvimento de planos de negócio, a restruturação financeira (restruturação de passivos e operações similares), bem
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como a assessoria na renegociação ou contratação de financiamentos. A CNA também desenvolve processos de reestruturação organizacional, em que implementou operações de fusões e cisões com o objetivo de melhorar a eficiência orgânica, unificando numa mesma estrutura cadeias de empresas detidas por diferentes grupos de acionistas. Face a dificuldades resultantes de falta de liquidez ou excesso de endividamento, algumas empresas limitam-se a tentar converter créditos de curto em médio e longo prazo, o que representa apenas um adiar do problema e não uma solução, salienta Luís Cachudo Nunes. A alternativa passa pela abertura do capital social a investidores externos ou fundos de investimento, com participações minoritárias ou mesmo de controlo, defende ainda. Deste modo, pode-se garantir ainda uma “maior profissionalização da gestão” das empresas familiares ou de menor dimensão, as quais poderão beneficiar de uma estrutura financeira mais sólida, em resultado da intervenção dos fundos de capital institucionais, refere. A CNA pretende consolidar a sua atividade apoiando o reforço do financiamento às empresas, com recurso a modalidades alternativas ao financiamento bancário tradicional. “As empresas portuguesas e, nomeadamente, as PME, têm necessidade, em termos globais, de se recapitalizar e reforçar os seus capitais próprios, pelo que poderão estar interessadas em abrir o seu capital ou alienar participações sociais”, exemplifica Luís Cachudo Nunes. “As PME são a base do tecido empresarial nacional e nós apostamos nas fusões e aquisições como forma de potenciar o crescimento das empresas de pequena
e média dimensão e incrementar as suas possibilidades de sucesso”, enquadra, por seu lado, Eduardo Cachudo Nunes, administrador da CNA. No ano passado, a CNA inter- Moldes mediou uma operação de grande - Segurança dimensão, em que identificou e se- Telecomunicações lecionou um investidor estratégico - Componentes para automóvel internacional, que adquiriu uma - Indústria de jóias PME portuguesa, numa operação cujo valor total ultrapassou os cem milhões de euros. “O mercado de M&A está a re- íses. A CNA tem vindo a alargar animar, não só em Portugal, mas este tipo de parcerias a outros pasobretudo na Europa e nos Estados íses, dispondo atualmente de acesUnidos”, destaca Luís Cachudo so direto a redes internacionais de Nunes. M&A e a investidores e intermediários um pouco por todo o mundo, o que garante uma cada vez maior A CNA está focada taxa de sucesso na apresentação de oportunidades de investimento em nos negócios PME portuguesas. potenciais no Por seu lado, a CNA tem já em carteira, diversos mandatos com mercado europeu boas perspetivas de concretização e brasileiro, sem de negócio em áreas como a indústria de moldes, componentes para deixar de estar automóveis e aeronáutica, metaatenta a novas lomecânica, saúde, agroindústria, transportes marítimos, ou as tecgeografias nologias de informação e conhecimento.
Setores com oportunidades de fusão/ aquisição:
Por enquanto, a CNA está focada em negócios potenciais no mercado europeu e brasileiro, embora Angola e Moçambique possam vir a interessar, quando o tecido empresarial destes países for mais desenvolvido, frisa Luís Cachudo Nunes. Na Europa, um dos mercados privilegiados é Espanha, onde a CNA, no âmbito de anteriores contactos estabelecidos pela Cachudo Nunes & Associados, tem parcerias com empresas congéneres, com o objetivo de captar investidores de capital de risco para negócios em Portugal e ainda para determinar eventuais intenções de investimento entre as empresas dos dois pa-
Reforço do capital com entrada de novos acionistas Recentemente a CNA decidiu proceder a um aumento de capital, permitindo a entrada de novos acionistas, personalidades, que tendo acompanhado a atividade da empresa, se interessaram e acreditaram no projeto, reconhecendo-lhe inequívocas potencialidades de crescimento futuro. A iniciativa do aumento de capital passa, também, por assegurar as condições necessárias para a evolução pretendida da atividade da empresa, que engloba no seu horizonte estratégico de longo prazo a criação de um fundo de private equity. Junho de 2015
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La editorial portuguesa Gradiva da el salto al mercado español
Gradiva lanzó el mes pasado en castellano el último libro del autor bestseller José Rodrigues dos Santos, “La llave de Salomón”. Reportero de guerra, profesor universitario y presentador de informativos, lleva más de dos millones de ejemplares vendidos por todo el mundo y cada libro que lanza es un éxito de ventas. La editorial lusa opera en España como Gradiva Ibérica e irá introduciendo en el mercado español las obras de otros escritores portugueses, como la del neurocirujano João Lobo Antunes o la del dueño de la farmacéutica Bial y autor de libros científicos Luís Portela.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
ionera en la publicación de obras de divulgación científica en Portugal, Gradiva se lanza ahora en una nueva aventura, la de editar en castellano para distribuir en España y en América Latina. Gradiva Ibérica inicia su actividad en el mercado español con un conjunto seleccionado de títulos que pueden ser bien recibidos por los lectores españoles. El primer autor en ser traducido, José Rodrigues dos Santos (foto a la der.), seguido de otros como Carlo Fiolhais, Nuno Crato, João Lobo Antunes y Luís Portela. Este primer salto al país vecino se realiza con mucha cautela. Tal y como explica la editorial de Guilherme Valente (foto al lado), “avanzamos con seguridad”. Teniendo en cuenta la proximidad geográfica, el trabajo se está realizando desde Portugal y cuentan con el apoyo de la empresa distribuidora española Logintegral, que trabaja en la distribución de prensa, revistas, libros
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La editora Gradiva avanzó para España con el apoyo de la empresa distribuidora española Logintegral, que cuenta con 24 mil puntos de venta
y productos comerciales. Dispone de 24 mil puntos de venta diaria de prensa y revistas, cuatro mil librerías en España, 200 rutas de transporte nacional, 1.500 rutas de transporte al punto de venta, almacén propio y externo. “Si verificamos que es necesario tener un espacio propio en Madrid lo vamos a tener”, garantizan. Al editor y fundador de Gradiva le gusta mucho España y cree que hay lectores españoles que se interesan por los autores portugueses. “Vamos a dar la oportunidad a estos autores que sean leídos por nuevos lectores”, afirma Guilherme Valente. Y otra
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atualidade actualidad
razón de peso para la entrada en ciente del espacio ibérico, del este nuevo mercado es el hecho conocimiento recíproco profunde que “existen menos lectores en dizado de nuestros países, de la Portugal para los libros de cali- sensibilidad de nuestra gente, la dad que publicamos”. El editor interacción enriquecedora de luso no ve riesgos en la entrada nuestras culturas. Para todo ello en un mercado tan grande como el libro es el gran instrumento, el el español. “Sólo veo desafíos y para nosotros un desafío es hacer La edición lusa las cosas bien y estar preparados para el éxito o el fracaso. Tal y de “La Llave de como explica a Actualidad€, la Salomón” ya se gran expectativa de la editorial es conseguir buenas ventas en Espaencuentra en su 9ª ña, “creemos que es realista, si el edición, con 115 mil autor tiene tanto éxito hasta en Tailandia, ¿por qué no lo tendrá ejemplares vendidos en España, que está tan cerca de en Portugal nosotros?”. De momento van a traducir autores portugueses con la idea de avanzar después con autores ex- mejor mediador”. Interrogado sotranjeros. Para la entrada en el bre la poca presencia de autores mercado español se ha decidido portugueses en España, el ediuna inversión a fondo perdido. tor de Gradiva considera que “la “Verificados los resultados con frontera es tan solo psicológica, y este primer lanzamiento, esta- está abierta en las dos direcciobleceremos entonces los objetivos nes, pero parece que nosotros para este mercado. Si fuese nega- los portugueses hemos tenido, tivo, no habrá ningún problema”, realmente, mayor dificultad que admite el editor. nuestros amigos españoles en reGuilherme Valente es un gran parar en eso, en interiorizar esa defensor “de la integración cre- nueva realidad”. 24 act ualidad€
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Obra de José Rodrigues dos Santos Algunos libros de Rodrigues dos Santos fueron publicados en castellano por Roca Editorial, entre ellos “Ira divina”. Ya dejaron de trabajar con esta editorial y fue el propio autor quien animó mucho a Gradiva para editar el libro en España. Tal y como explica Rodrigues dos Santos a Actualidad€, “creo que esta novela puede seducir a los lectores españoles porque expone descubrimientos genuinos de la ciencia sobre lo que ocurre cuando morimos y no imagino un tema más universal e interesante que este”. El autor portugués recibe muchos emails de lectores españoles así como sudamericanos. La edición portuguesa de “La Llave de Salomón” ya se encuentra en su 9ª edición con 115 mil ejemplares vendidos en Portugal. En total, todas las obras del autor vendidas en Portugal y en los restantes países en los que ha sido publicado, ascienden a más de dos millones de ejemplares. Solo en Francia, por ejemplo, el autor ya vendió cerca de 400 mil libros. Toda la obra del autor se encuentra, en este momento, publicada por Gradiva. Fundada en 1981, Gradiva comenzó a darse a conocer con la publicación de obras de divulgación científica, como Carl Sagan,Stephen Hawking, Richard Dawkins, Stephen Jay Gould o Hubert Reeyes. Posteriormente desarrolló su área de publicación de obras de ficción, filosofía, historia, política y ciencias sociales tanto para académicos como para público en general. Y es la editorial de las obras completas de António José Saraiva y de Eduardo Lourenço.
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Pestana Hotel Group, nuevos proyectos y renovada imagen El grupo Pestana afronta nuevos proyectos dentro y fuera de Portugal con una renovada identidad. Pasa a llamarse Pestana Hotel Group para competir con las grandes multinacionales. Acaba de inaugurar la Posada de Lisboa y va a abrir un hotel de lujo en la antigua Casa de la Carnicería, en la Plaza Mayor de Madrid. Además se quedará con el 13% de la participación de la CGD en las Posadas de Portugal.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
l mayor grupo hotelero por- les: capitales y ciudades europeas dontugués continúa su expansión de tenemos alguna presencia (Londres, nacional e internacional con Berlín, Ámsterdam y Barcelona) y capiambiciosos proyectos. Acaba tales en Latinoamérica, donde estamos de inaugurar en Lisboa una nueva Pousada en la que ha invertido En el 2017 abrirá nueve millones de euros para recuperar y rehabilitar uno de los edificios en Madrid un de Terreiro do Paço. Otra de las buehotel de lujo en la nas noticias para el grupo dirigido por Dionísio Pestana es la de haber antigua Casa de la ganado el concurso para rehabilitar la Carnicería antigua Casa de la Carnicería en la Plaza Mayor de Madrid. Su proyecto ha sido elegido para construir allí un hotel de lujo, que abrirá en el 2017, en una fase de consolidación”, explica en el que invertirán alrededor de 11 José Roquette, administrador responsamillones de euros. “España es un ble por el área de desarrollo del grupo. mercado estratégico para el Grupo “Hace mucho que teníamos definido Pestana. Tenemos en curso un plan ese objetivo, analizamos el mercado de expansión en dos ejes fundamenta- en profundidad y estudiamos más de
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80 proyectos en Madrid. Sabíamos que este día iba a llegar”. El proyecto presentado por Pestana supone la recuperación y transformación de esta propiedad, una construcción del siglo XVII, usada en esa época para abastecer carne a las tiendas de toda la ciudad. Con más de 400 años, es un edificio con estatuto de Interés Cultural desde 1985. La experiencia del grupo portugués en la recuperación del patrimonio histórico y la adaptación hotelera a este tipo de edificios, como ha hecho recientemente en la Pousada de Lisboa, ha sido uno de los criterios importantes y un elemento que ha dado valor a la propuesta presentada. Para el grupo Pestana el proyecto de Madrid le permite proseguir uno de los ejes de crecimiento a largo plazo,
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cadena NH junto con el family office Mazabi y el grupo familiar Ardid presentaron las otras dos propuestas que acabaron por perder. El desembarco en España del grupo luso se produjo hace apenas año y medio, cuando adquirió un establecimiento en Barcelona, el Pestana Arena Barcelona, operación que se oficializó en octubre de 2013 y que supuso una inversión de 15 millones de euros. En Barcelona, el proyecto de Pestana cuenta con 84 habitaciones, salas de reuniones, gimnasio, restaurante, bar y tiene como principal atractivo su localización, a pocos metros de la Plaza España, junto al parque Miró y el nuevo centro comercial y de ocio de Las Arenas, levantado sobre una antigua Plaza de Toros.
“tener unidades en todas las capitales europeas y continuar creciendo en el Nueva marca Las tres submarcas del grupo (hoteles continente americano”. Además, “es una oportunidad de entrar por la puer- y resorts, posadas y segmento de lujo) ta grande en una de las plazas más em- pasan ahora a estar uniformizadas, toblemáticas de Europa”. Y subrayan el das asociadas al nombre Pestana. Y la hecho de que Madrid asiste hoy “a una nueva identidad gráfica presenta únicaclara recuperación en este campo des- mente la “P”, con diferencias cromáticas pués de años perdiendo terreno hacia para cada submarca: azul para los hoteBarcelona”. El grupo luso se impuso les y resorts, dorado para el segmento en la puja con la mejor oferta econó- de lujo y rojo para las posadas. Según mica para hacerse con la concesión del ha explicado el responsable de Markeinmueble durante un mínimo de 40 ting del grupo, Nuno Ferreira Pires, el años. El Ayuntamiento fijó como pre- objetivo es “ampliar” la notoriedad de cio de partido 300 mil euros y seguirá la marca en los mercados emisores para siendo el propietario del inmueble. La cada una de las submarcas. “Pretende-
mos que la ‘P’ acabe por asociarse por sí sola a la marca necesidad de asociarse al nombre Pestana”. Este nuevo posicionamiento surge después de la reestructuración de los órganos sociales de la empresa que cuenta con una nueva comisión ejecutiva para el liderazgo operacional del negocio hotelero. Para el presidente de la Comisión Ejecutiva, José Theotónio, esta nueva marca permite al grupo comenzar a competir en el mercado de gestión para dirigir unidades hoteleras que no son de su propiedad. Además, tras los 42 años de existencia, “el grupo necesitaba refrescar su imagen”, añade. En el 2014 tenían registradas 10.409 camas distribuidas en 86 hoteles en 16 países que esperan convertir en 13.000 camas en 2017. En total han invertido cerca de un millón de euros para la renovación de la imagen, valor al que hay que añadir otro, el de la sustitución de los materiales que se realizará poco a poco. Theotónio confirmó también que el grupo va a adquirir la participación de casi un 13% de la Caixa Geral de Depósitos (CGD) en Pestana Posadas de Portugal. Se trata de una participación de Caixa Capital, una sociedad del grupo CGD que administra cinco fondos de capital de riesgo del banco estatal. Tras esta adquisición el grupo hotelero pasa a controlar el 85% del capital de la empresa administradora de las Posadas, y el 15% restante pertenece a la Fundación Oriente.
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La Botica de los Perfumes abre primeira loja em Portugal A La Botica de los Perfumes, loja de perfumes low-cost, acaba de inaugurar uma unidade em Lisboa. Após esta primeira loja em Portugal, a cadeia espanhola pretende abrir novos espaços noutras cidades do país.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
cadeia de perfumes e cosmética low-cost La Botica de los Perfumes abriu a sua primeira loja em Portugal, há cerca de um mês. A empresa espanhola, que lançou esta primeira loja em Lisboa pondera abrir outros espaços em Portugal, em regime de franchising. A La Botica de los Perfumes tem, atualmente, mais de 140 lojas em Espanha e afirma-se cada vez mais neste segmento da perfumaria. “Os nossos clientes associam qualidade, exclusividade e economia”, referem os responsáveis da marca, destacando a variedade de perfumes e cosmética de baixo custo que disponibilizam nas suas lojas. Os produtos comercializados incluem mais de 160 fragrâncias femininas, masculinas e infantis, com preços entre os 6,9 e os 15,9 euros, assim como uma ampla 28 act ualidad€
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variedade de cosméticos naturais, entre outros produtos de beleza. “O nosso público-alvo são as mulheres entre os 20 e os 45 anos, tendo em conta que representam cerca de 85% de nosso perfil de cliente comprador”, adianta Paulo Rodrigues (foto da esq.), diretor de Expansão da La Botica de los Perfumes. Apesar da vasta concorrência que já existe neste segmento, a nova empresa considera “Portugal um país estratégico para a expansão da nossa marca, dada a proximidade e semelhança de consumo”, explica a empresa. “Apesar de já existir concorrência no mercado, acreditamos que o modelo de negócio que propõe a La Botica de los Perfumes é muito mais completo, acessível e rentável, de maneira que o interesse dos empreendedores está assegurado”, considera ainda a empresa. Em Portugal, o grupo criou a empresa
La Botica de los Perfumes Sec. XXI para abrir a primeira loja própria. “A fórmula de expansão em Portugal será a mesma que a utilizada em Espanha, ou seja, através do sistema de franchising. Desta forma, esperamos alcançar o mesmo sucesso de expansão em Portugal que em Espanha. Um desafio importante, mas que esperamos cumprir a médio prazo”. O conceito a desenvolver será o da linha La Botica Petite, “um negócio adaptado a populações de até 25 mil habitantes, com um investimento mais reduzido, que permite adaptar as necessidades dos empreendedores com as suas possibilidades de crescimento”. O investimento para a implementação de uma loja especializada de La Botica de los Perfumes é de 19.990 euros, enquanto que uma loja La Botica Petite requere um investimento de 9.500 euros, esclarece a empresa.
Centro de Formação CCILE apresentações em Contexto Comercial 01 de junho / 09h30 às 13h00 O objetivo das apresentações comerciais é comunicar ideias relativas a um produto ou serviço de uma forma interessante, objetiva e sistematizada, muito apelativa e agradável para o cliente. Os comerciais que utilizem estes pressupostos conseguiram dar um ênfase maior aos seus produtos e destacar-se da concorrência. Serão encarados pelos clientes como profissionais capazes de satisfazer as suas necessidades de fornecimento de produtos e serviços. Conteúdos programáticos: I. Competências para falar perante grupos e públicos II. Técnicas para apresentações e reuniões comerciais III.Planeamento e organização das reuniões e apresentações comerciais IV.Formas para conduzir as reuniões e apresentações comerciais V Fecho da apresentação e reunião de forma positiva preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Gestão de Queixas e reclamações 03 de junho/09h30 – 13h30
Responder da mesma forma a todas as reclamações pode resultar com alguns, mas não com todos. Os clientes têm de saber que o interesse da empresa neles se estende até à altura em que estão insatisfeitos com um produto ou serviço, e não está apenas limitado ao momento da compra. Mas na maior parte do tempo as empresas apoiam-se em linguagem standard e políticas inflexíveis. É vital insistir no diálogo para assegurar o enraizamento da negociação. Isto exige perícia e uma gestão cuidadosa do processo. Conteúdos programáticos: I. Princípios, Atitudes e II. Objeções III. Queixas e Reclamações IV. Registo das Reclamações
actualidad aTuaLIdadE
Sensibilização para a Segurança e Saúde no trabalho 04 de junho 09h00 – 13h00 / 14h00-18h00 A Segurança e a Saúde são dois elementos que estão intimamente relacionados com o propósito de garantir condições de trabalho adequadas em todas as empresas/organizações. Conteúdos programáticos: I. Atitudes Pró-ativas de Segurança II. Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais III.Princípios Gerais de Segurança IV. Práticas de Trabalho Seguro V. Máquinas e Equipamentos de Trabalho VI. Movimentação Manual de Cargas VII. Higiene do Trabalho preços: Associados: €150 * Não Associados: €170 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Comunicação positiva e persuasiva 05 de junho / 09h30 – 13h30 A comunicação é essencial para o sucesso de qualquer relação negocial, sendo um instrumento indispensável na divulgação de produtos e serviços. A intenção da comunicação persuasiva e eficaz é construir relacionamentos. A nível negocial, a persuasão é usada para incentivar os clientes a retornar ou experimentar novos produtos. Conteúdos programáticos: I. A atitude mental positiva como suporte à mudança de comunicação e relação com os outros II. Distinção conceptual: persuasão e manipulação III. Persuasão IV. Princípios da linguagem positiva V. Palavras e expressões a eliminar do nosso discurso VI. Linguagem positiva aliada à persuasão VIII. Treino da linguagem positiva em contexto negocial
preços:
preços: Associados:€70 * Não Associados: €90
*Acresce IVA à taxa legal em vigor
*Acresce IVA à taxa legal em vigor
Associados:€70 * Não Associados: €90
Inteligência Emocional 22 de junho / 09h00 – 13h00
A inteligência emocional representa a habilidade de entender, administrar e expressar corretamente os sentimentos, além de lidar da mesma forma com as emoções de outras pessoas. É uma habilidade essencial para a formação, desenvolvimento e a manutenção de relacionamentos, tanto pessoais quanto no ambiente e trabalho. Há razões para supor que os líderes emocionalmente inteligentes têm mais sucesso e chegam mais longe na sua carreira. Conteúdos programáticos: I. Identificação da Inteligência Emocional II. Reconhecer e Gerir as Emoções III. O impacto da Inteligência Emocional na gestão da vida pessoal e profissional IV. Construção de um perfil individual V. A Comunicação Assertiva VI. A Criatividade na Comunicação VII. Desenvolver as estratégias de dinamização e motivação dos grupos preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
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Foto Sandra Marina Guerreiro
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Moda do El Corte Inglés em desfile no Palácio de Palhavã
Cerca de 110 marcas representando a coleção de moda primavera/ verão do El Corte Inglés foram apresentadas num desfile realizado recentemente no Palácio de Palhavã, em Lisboa.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
coleção de moda primavera/ verão do El Corte Inglés foi apresentada, recentemente, num desfile onde estiveram algumas das mais conhecidas marcas e estilistas nacionais e internacionais. Representando centenas de marcas de moda para homem, mulher, jovem, acessórios e sapataria, foram apresentados no desfile 110 conjuntos de propostas para ambos os sexos para a estação em curso. O desfile, realizado no Palácio de Palhavã, contou com a presença de inúmeros convidados dos mais diversos quadrantes da vida social, políticia e económica, como foi o caso de Manuela Ramalho Eanes, antiga pri30 act ualidad€
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meira dama de Portugal (na foto, entre Ángel Vaca, diretor geral do El Corte Inglés Portugal, e Pilar Baselga, mulher do embaixador Eduardo Junco). Cerca de 30 modelos desfilaram na passerelle a moda de marcas como a Hugo Boss, Armani, HossIntropia, Tommy Hilfigger, FrenchConnecLuís Onofre, BDBA, Roberto Veri- tion, Escada, Calvin Klein, Adolfo no, Decenio, Ralph Lauren, Lani- Dominguez, Amitié, entre muitas dor, Karen Millen, TedBaker, Gant, outras.
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BQ altera identidade corporativa A
empresa de desenvolvimento e comercialização de smartphones BQ lançou uma nova identidade corporativa, através da qual procura refletir os seus valores, missão e posicionamento da marca de origem espanhola. A nova imagem será implementada em todos os produtos da empresa: smartphones, tablets, e-readers, impressoras 3D e robótica educativa, sendo acompanhada ainda por uma nova página web, mais intuitiva e de fácil navegação, assim como de novos perfis nas redes sociais. Esta nova identidade reforça o posicionamento da BQ e reflete a sua missão como “marca que pretende tornar a tecnologia acessível a todos, ajudando as pessoas a entendê-la, estimulando-as a utilizá-la e inspirando-as a desenvolvê-la”, sublinha a empresa. Rodrigo del Prado, um dos sócios
fundadores e diretor geral adjunto da BQ, afirma que “esta nova imagem vai além da questão puramente visual. Agrega e comunica todos os valores pelos quais trabalhamos e que são a fonte principal da nossa identidade”. A BQ define-se como “uma empresa tecno-otimista, que acredita no desenvolvimento e na utilização responsável e ética da tecnologia, e que considera a educação a única via possível para o conseguir. Por esta razão, compromete-se com a educação tecnológica dos mais novos e graúdos, procurando romper com a resistência que o desconhecimento por vezes traz”, esclarece ainda a BQ. A BQ promove o “espírito maker, porque acredita que é importante as pessoas utilizarem a tecnologia, mas que também a entendam e sejam ca-
pazes de a desenvolver”. Neste sentido, o papel fundamental do homem no mundo da tecnologia é o eixo central do novo logótipo, que, a partir de agora, incluirá um símbolo formado por cinco pontos, correspondentes às impressões digitais de uma mão, a principal ferramenta da criação humana. Paralelamente, a marca renovou também o design das suas iniciais, que surgem mais estilizadas. De salientar ainda que a BQ aposta, na cocriação e numa tecnologia open source, de software e hardware livres, considerando “o conhecimento livre como a única via para a evolução da sociedade atual”.
Barbot lança tinta com textura Velvet Poudré A
nova tinta da Barbot Velvet Poudré promete dar uma nova textura às paredes de casa. “A perfeição da pele de pêssego tem sido consecutivamente um objetivo a alcançar pela ciência. Na cosmética, são vários os produtos de beleza que pretendem dar à pele feminina a textura macia daquele fruto”, sublinha a marca de tintas. Procurando estar na vanguarda da decoração de interiores, a Barbot lançouse então à procura da textura perfeita e apresenta agora a sua mais recente inovação – a Velvet Poudré. Uma tinta mate, que transporta a suavidade e delicadeza da pele de pêssego para as paredes, criando uma sensação extra de conforto e de bem-estar. Com um toque aveludado, a Velvet Poudré desperta os sentidos, apresentando tons claros e sofisticados.
A nova tinta da Barbot reúne as características que asseguram uma boa pintura: grande poder de cobertura e
resistência, fácil aplicação e limpeza, facilitando o trabalho dos adeptos da tendência “faça você mesmo”. É especialmente indicada para salas de estar, quartos e outros espaços de convívio e descontração. “Para a Barbot, a tinta é mais do que um efeito decorativo. É um veículo de emoções e de sensações, que agora ganha um novo sentido, com a Velvet Poudré. Esta tinta, desenvolvida pela equipa de inovação da Barbot, apresenta uma textura muito suave, que convida ao toque, transmitindo uma sensação única de conforto, reforçada pelos tons suaves em que está disponível”, explica Sofia Miguel, diretora de Marketing da Barbot. A mais recente inovação da Barbot já está à venda, em latas de 0,75, 2,5 e 10 litros.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Vinhos & Gourmet
vinos & Gourmet
Exportações de vinho mantêm ligeira subida em 2014
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s exportações de vinho abrandaram o ritmo de crescimento em 2014, progredindo 0,4% face ao ano anterior (em que tinham aumentado 2,4%), para um total de 728,7 milhões de euros, revelou o Instituto da Vinha e do Vinho (IV V). Para este comportamento positivo das vendas portuguesas ao exterior, contribuiu sobretudo a subida (de 7%) do preço médio por litro, que foi vendido para o estrangeiro por 2,55 euros, face aos 2,37 euros obtidos em 2013. De assinalar que no ano passado – o quinto consecutivo com registo de aumento nas exportações –, os vinhos nacionais chegaram a uma dezena de novos mercados, aumentando para 146 o total de países de destino. O instituto liderado por Frederico Falcão destacou o comportamento dos vinhos engarrafados, em detrimento da quebra nos vinhos a granel, por serem aqueles que
“transportam a origem Portugal para os consumidores, através dos rótulos com indicação da origem, das regiões e das castas”. Assim, do valor total exportado pelas empresas portuguesas deste setor, 690 milhões de euros foram provenientes da venda de vinhos en- ano passado já 51% do vinho porgarrafados, correspondente a 306 tuguês foi comercializado para milhões de garrafas de 0,75 litros. outros continentes. Face a 2013, o acréscimo de 11,9 “O preço é um fator determinante, milhões de garrafas compradas e os dados revelam que os vinhos pelos estrangeiros renderam mais de maior valor acrescentado – os 27,6 milhões de euros a este setor. que têm a indicação da origem Ainda de acordo com os dados no rótulo – são exportados para fornecidos pelo IV V, tutelado fora da Europa a um preço mais pelo Ministério da Agricultura, elevado, o que leva as empresas a há ainda a assinalar que enquanto investir na conquista destes merem 2013 foram os europeus que cados”, detalhou o responsável compraram mais quantidade, no pelo IV V.
Espanha no foco da promoção da região de Viseu Dão Lafões C ativar turistas e investidores foi o objetivo da campanha promocional que esteve a decorrer em algumas cidades espanholas em abril, por iniciativa da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, numa parceria com o Turismo do Centro. De acordo com o Plano de Marketing traçado para esta campanha, o foco da divulgação passava pela oferta dos produtos turísticos relacionados com turismo de natureza, turismo de saúde (termas), circuitos culturais e religiosos, gastronomia e vinhos, golfe e turismo de negócios para o mercado espanhol.
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José Morgado Ribeiro, presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Viseu Dão Lafões, destaca que “temos muito interesse em impulsionar a visita do público espanhol, que está tão próximo e temos a certeza que estas ações de rua programadas terão o mesmo sucesso das realizadas em Lisboa e Porto”. Pela sua proximidade a Portugal, Ourense, Vigo (cidades da Galiza) e Salamanca (Castela e Leão) são considerados centros estratégicos e foram as cidades escolhidas para várias ações promocionais no país vizinho. Em Salamanca e Ourense, diversas promotoras, acompanhadas por uma
carrinha decorada, distribuiram material promocional e informativo de modo a atrair visitantes para a região, divulgando a diversidade de oferta em termos de turismo de natureza, saúde e bem-estar, assim como a agenda dos diversos eventos organizados em Viseu Dão Lafões, região conhecida pela sua gastronomia e vinhos. Já na cidade de Vigo, também no dia 23 de abril, a CIM Viseu Dão Lafões participou num roadshow de promoção turística, em parceria com a Agência de Promoção Turística do Centro, que incluiu encontros de negócios destinados a atrair investidores.
vinos & Gourmet
Adegga.com apresenta plataforma online inovadora para produtores O projeto Adegga.com apresenta o Adegga Selected, uma inovadora plataforma de compra de vinho online que permite aos consumidores adquirir vinho diretamente aos seus produtores preferidos. Com um custo fixo de entrega ao domícilio de cinco euros, o Adegga Selected – acessível em www.adegga.com – permite encomendar todos os vinhos dos produtores selecionados aderentes ao projeto. Por outro lado, vão também estar disponíveis para compra vinhos exclusivos apenas acessíveis na plataforma Adegga.com. Para os produtores de vinho, o Adegga Selected é um serviço integrado de marketing e vendas, disponível 365 dias por ano e que os aproxima dos consumidores dos seus vinhos. O Adegga Selected inclui eventos, campanhas de marketing digital, um canal de vendas online e um serviço de logística integrado para entrega dos vinhos ao domicílio. O Adegga Selected foi criado na sequência do sucesso dos eventos Adegga WineMarket, onde é possível provar e comprar vinhos de 40 produtores selecionados, que passam agora a estar disponíveis 365 dias por ano em Adegga.com. As vantagens do Adegga Selected para o consumidor final são diversas: são criadas relações privilegiadas com seus produtores preferidos; é disponibilizado online o catálogo completo do produtor com pequenas séries e edições exclusivas para este ponto de venda; os preços de compra direta são definidos pelo produtor; o pagamento das encomendas efetuadas pode ser feito com multibanco ou cartão de crédito. Os produtores Adegga Selected são
selecionados pela equipa Adegga, pela qualidade dos seus vinhos, pela sua história e pela diferenciação do seu posicionamento no mercado. Os produtores beneficiam dos clientes angariados pelo Adegga, da partilha de custos de marketing e logística e da projeção nacional e internacional da marca Adegga. Os serviços fornecidos pelo Adegga vão desde a logística integrada, que inclui armazenamento e expedição dos vinhos vendidos até ao apoio pós-venda ao cliente final. A Paulo Laureano Vinus foi o parceiro selecionado para o lançamento da nova plataforma, estando já definidos os próximos produtores Adegga Selected, a anunciar durante as próximas semanas. A partir de julho próximo, a plataforma estará também disponível internacionalmente para os mercados da Alemanha e da Suécia. A Paulo Laureano Vinus, no momento de apresentação da nova plataforma Adegga.com, apresenta três novos vinhos ao mercado: Paulo Laureano Genus Generationes Maria Teresa Laureano Verdelho 2014, Paulo Laureano GenusGenerationes Teresa Laureano Rosé 2014 e Paulo Laureano Edição Especial Tinto 2008, este último em venda exclusiva no Adegga.com. “O nosso objetivo é que o Adegga seja um ‘Booking.com’ da área dos vinhos. Somos a forma mais fácil que o consumidor tem para obter vinhos de qualidade selecionada, diretamente dos seus produtores preferidos a partir de um único local de compra. Para os produtores vamos ser uma importante ferramenta de marketing e vendas”, diz André Ribeirinho, cofundador do Adegga.
Vinhos & Gourmet
QP Syrah 2011 medalhado com ouro no “Mundus Vini” O
vinho QP Syrah 2011, do vitivinicultor borbense Marcolino Sebo, foi distinguido com a “Medalha de Ouro” no concurso “Mundus Vini“ (em Dusseldorf, na Alemanha), que contou com a participação de 800 vinhos, de 40 países, perante um júri de 150 elementos. Este monovarietal foi obtido pelo método tradicional de pisa em lagar, com fermentação controlada. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês e outros tantos em garrafa. Apresenta cor vermelho púrpura, aroma complexo de fruto pretos maduros, cacau, especiarias e baunilha. Na boca é um vinho denso, com forte estrutura e com um final de prova bastante persistente. Aconselha-se que seja servido a uma temperatura de 18- 20º, principalmente em companhia de pratos tradicionais, sobremesas e queijos. Tem um preço de venda ao público (PVP) recomendado de 8,40 euros. O QP Syrah 2011 foi produzido sob a direção técnica do enólogo Jorge Santos.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR Junho de 2015
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setor imobiliário
sector inmobiliario
Mutua Madrileña acumula 1.200 millones en edificios
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utua Madrileña, una de las grandes aseguradoras del mercado español, es también uno de los principales propietarios de edificios de oficinas. A través de su filial inmobiliaria, di-
rigida por Emilio Colomina, Mutua gestiona una cartera con más de una veintena de activos inmobiarios, con una superficie de unos 200.000 metros cuadrados. En esta cartera, destacan quince edificios, con una superficie aproximada de 175.00 metros cuadrados, que incluyen varios inmuebles situados en el eje prime (la zona más demandada) de Madrid. Así, en la principal arteria de la capital, el Paseo de la Castellana, Mutua Inmobiliaria posee los números 31, 36, 50 y 110, y Torre de Cristal, ubicado en el com-
plejo de las Cuatro Torres, situado en el número 259. A escasos metros de La Castellana, en pleno corazón financiero de la capital, posee el edificio Alfredo Mahoy, con unos 24.000 metros cuadrados de superficie, y las Torres Colón. Estos quince edificios contaban con un valor de tasación de 1.200 millones de euros al cierre de 2014, una estimación ligeramente superior al año anterior y que supone unas plusvalías latentes de 356 millones. En 2014, la inmobiliaria facturó 46,8 millones de euros procedente del pago de alquileres, situando su nivel de ocupación en un 90%, un 2% más que el año anterior. “La favorable evolución del negocio de Mutua Inmobiliaria se debe en gran medida al plan de inversiones iniciado en 2008 y finalizado en 2014, por el que se han modernizado los edificios de la compañía”, explican desde la aseguradora.
RE/MAX alcanza los cien mil agentes asociados L a inmobiliaria RE/MAX LLC ha alcanzado la cifra de 100.000 Agentes Asociados en su red. Un incremento que en palabras de Dave Liniger, presidente de la compañía, “era de prever, teniendo en cuenta el espectacular crecimiento experimentado en los últimos tres años” y está directamente relacionado con el modelo de negocio de RE/ MAX, que desde hace 42 años atrae a los mejores inmobiliarios del mundo. Esta positiva evolución de asocia-
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dos ha alcanzado su punto álgido durante los tres primeros meses del año, en los que ha registrado un aumento del 2,1%. Un dato muy significativo teniendo en cuenta que durante todo el pasado año el crecimiento de agentes asociados fue de un 5,1%. “En un mercado al alza, los agentes más productivos siempre van a querer afiliarse a una marca reconocida que apoya sus esfuerzos con valiosos recursos
y herramientas tecnológicas innovadoras”, añadió Dave Liniger. Otro de los aspectos que más ha contribuido a esta expansión es la formación con la que cuentan los agentes de RE/MAX. Instituciones educativas como RE/MAX University o escuela RE/MAX en el caso de nuestro país, ofrecen una formación integral basadas en las necesidades de los agentes.
sector inmobiliario
setor imobiliário
Neinver y Colony Capital se unen para comprar activos logísticos en España y Portugal
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einver, compañía española especializada en el desarrollo, inversión, gestión de fondos y gestión de activos inmobiliarios, y la firma de inversión Colony Capital han firmado un acuerdo para crear una ‘joint venture’ con el objetivo de adquirir activos logísticos en mercados
europeos, con especial interés en España y Portugal, con una capacidad de inversión de 200 millones de euros. En concreto, ambas compañías han cerrado su primera adquisición conjunta, una operación realizada bajo la fórmula sale and leaseback, con la
adquisición de 16 centros logísticos que suman 110 mil metros cuadrados en diferentes ubicaciones de España y Portugal. En esta operación, Neinver y Colony Capital han sido asesorados por Aiga Investments, al tiempo que Aguirre Newman ha asesorado al vendedor.
Amancio Ortega refuerza sus inversiones en ladrillo en Londres E l fundador de Inditex, Amancio Ortega, sigue reforzando sus inversiones inmobiliarias en Londres tras comprar por 400 millones de libras (551,53 millones de euros) el edificio ubicado en Oxford Street, cuyo principal inquilino es Primark, competidor de Zara. En concreto, el empresario gallego, que ha llevado a cabo esta operación a través de su firma de inversión Pontegadea, ha adquirido
dicho inmueble, con una superficie de 20 mil metros cuadrados, a los grupos Land Securities y Frogmore. Amancio Ortega posee varios edificios en la capital británica y ha comprado este año el inmueble de la sede de la multinacional minera Rio Tinto, por 366 millones de euros. Recientemente compró el edificio ubicado en Gran Vía 32, en Madrid, que actualmente se está rehabilitando para albergar la tienda
más grande de Primark en España y que cuenta además con otros inquilinos como H&M, Mango y Lefties, perteneciente al gigante gallego. El primer accionista de Inditex y primera fortuna de España ingresará este año 961 millones de euros en concepto de dividendos de la compañía, frente a los 894,4 millones de euros que percibió por el mismo concepto en el ejercicio de 2014.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR Junho de 2015
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O papel das universidades na criação de empresas Numa altura em que a taxa de desemprego ultrapassa os 13%, em termos gerais, e entre os jovens supera mesmo os 33%, a criação do próprio emprego é para muitos a solução. As universidades estão a reforçar as suas estratégias de apoio ao empreendedorismo e exibem vários exemplos de empresas nidificadas nesse contexto. A Actualidad€ quis saber como estão algumas instituições de ensino superior a fomentar a criação de empresas. Será que podemos atribuir boa nota às universidades portuguesas neste campo? Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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uando um estudante entra numa universidade longe da sua casa, uma das primeiras preocupações é arranjar onde viver durante o curso. Enquanto estudantes, o português Miguel Amaro, o inglês Ben Grech, ambos agora formados em gestão, e o engenheiro informático argentino Mariano Kostelec, aperceberam-se da oportunidade de negócio que essa dificuldade comportava e durante um estágio no UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto criaram a plataforma de arrendamento para universitários Uniplaces, com o objetivo de centralizar online anúncios de alojamento para universitários em todo o mundo. “Existem 60 milhões de estudantes no mundo, que gastam mais de 500 mil milhões de dólares/ano e não há uma marca que os represente”, frisa Miguel Amaro, confiante de que a Uniplaces pode ocupar esse lugar. “O Facebook foi criado como uma marca de estudantes, mas agora já não é isso. Achamos que há potencial para uma marca totalmente vocacionada para o universo dos estudantes.” A Uniplaces existe desde 2012 e, de acordo com Miguel Amaro, cresceu 1000% em 2014, no que diz respeito ao valor gerado pelas rendas pagas por estudantes que contrataram alojamento através da plataforma. Razão de sobra para a Fábrica de Startups, projeto de apoio a empreendedores, que conta com o patrocínio do Banif, ter convidado o jovem empreendedor a partilhar a sua história no passado dia 11 de maio, em Lisboa, por altura do primeiro aniversário do projeto. António Lucena de Faria, CEO da Fábrica de Startups, falava da importância de fomentar o espírito empreendedor nas pessoas, sobretudo numa altura de maior fragilidade económica: “Muito se fala de empreendedorismo, mas
precisamos de mais, de muito mais. São os empresários que criam as empresas, que por sua vez criam emprego. Mas não basta ter uma ideia de negócio. Aqui educam-se as pessoas que têm capacidade para empreender.” No mesmo evento, o ministro da Economia, António Pires de Lima, manifestou o seu "entusiasmo pelo contributo que o empreendedorismo está a dar à recuperação da economia" e assinalou que Portugal é
O estudo global "U-Multiranking" dá boa nota à investigação no ensino superior em Portugal, mas aponta fragilidades no domínio da transferência do saber reconhecido internacionalmente pelo ambiente favorável ao empreendedorismo, tendo sido o terceiro país no ranking de "Aceleração de Startups" em 2014 (depois do reino Unido e da França). "123 empresas aceleradas num país de 10 milhões é notável", nota, acrescentando que Portugal ocupa o quinto lugar entre os países europeus em termos de facilidade na criação de empresas. Ainda de acordo com os dados do Ministério da Economia, entre 2013 e 2014 foram criadas 35
mil empresas e 50% da empregabilidade foi gerada por empresas com atividade há menos de cinco anos. Existem atualmente várias estruturas como a Fábrica de Startups que ajudam a materializar boas ideias de negócios. Sobretudo na última década, muitos organismos com esse objetivo nasceram mesmo nas universidades, como forma de fazer a ponte entre o ensino e o mundo laboral. A Uniplaces é um dos exemplos, em rota de crescimento, de negócios que nasceram no universo universitário, inclusive inspirados pela vida e pelas dificuldades dos universitários. Depois do estágio na UPTEC, a Uniplaces beneficiou de um período de incubação na Startup Lisboa e agora já tem a sua própria sede. Aliás têm escritórios em Lisboa e em Londres. A empresa ganha dinheiro cobrando uma percentagem das rendas, que, no ano passado, rondou os 6,5 milhões de euros. Para se financiar, a Uniplaces já fez três rondas de investimento. Além dos salários dos seus funcionários, a fatura mais pesada é a destinada à divulgação. Miguel Amaro conta que essa é a prioridade, pelo que a empresa investe 100 mil euros em comunicação, sobretudo online, através do Google e do Facebook. De salientar que a plataforma comunica em sete línguas diferentes, empregando 95 pessoas, de 17 nacionalidades. Miguel Amaro revela que inclusive estão a atrair de volta alguns portugueses talentosos que haviam emigrado. “Acreditam no potencial da nossa empresa e em Portugal”, assinala o empresário, acrescentando que “os sucessivos prémios de turismo que Portugal tem acumulado também ajudam”. O jovem empresário considera que é preciso “apostar mais em empresas qualificadas” e está empenhado em fazer da Uniplaces uma marca com capacidade de competir a nível mundial”. Junho de 2015
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Ciências do mar e biotecnologia em força no Algarve
A Universidade do Algarve (UA) chama a si “um papel de relevância, quer a nível regional quer a nível nacional, no que concerne à promoção e ao incentivo do empreendedorismo”, sublinha o gabinete de comunicação da instituição, informando que “o incentivo se traduz na integração destas competências a nível curricular, transversalmente em todos os cursos, e no trabalho realizado desde 2003 pela Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia (CRIA), apoiando a promoção e sensibilizando para a educação e formação nas áreas do empreendedorismo e criação de empresas, desde a fase de captação de pessoas e ideias de negócio, até à fase de crescimento e internacionalização dessas empresas”. A UA “procura otimizar a sua estrutura interna, no sentido da agregação de competências e recursos, por forma a facilitar a resposta às necessidades identificadas pelos agentes regionais” e tem contribuído para “a criação e desenvolvimento de um amplo conjunto de empresas, assentes na inovação e conhecimento, que promovem os recursos e potencialidades da região”, em áreas como a biotecnologia, a agroalimentar e as ciências do mar, que “ocupam um papel prioritário pela
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sua implementação no tecido económico regional e pelo potencial de conhecimento existente”. O gabinete de comunicação contabiliza 67 novas empresas criadas (spin-offs e start-ups) no universo UA. São disso bons exemplos, no âmbito das ciências do mar, a Sparos, a Marsensing ou a Caviar Portugal, “representantes da inovação e transformação do setor económico e do aumento de competitividade regional na economia do mar, valorizando o conhecimento e a inovação de novos produtos e serviços de elevado valor acrescentado, direcionados a mercados internacionais”. Nas áreas da saúde, da eletrónica ou da biotecnologia, respetivamente, realce para a GyRad, a Easysensing, ou Pharmaplant. “O desenvolvimento e comercialização de novos produtos e serviços por parte destas empresas, potenciam a excelência no seio da comunidade académica e aumentam a capacidade económica da região, reforçando, assim, o papel da UA”, indica o gabinete de comunicação desta universidade.
UA investe seis milhões de euros em investigação A UA investe cerca de 6.000.000 de euros em investigação (média dos últimos
quatro anos), que é desenvolvida, essencialmente, nos seus centros de investigação. Além da biologia marinha, da área agro-alimentar e da biotecnologia, “áreas como a eletrónica, a optoeletrónica e as telecomunicações, deverão ser destacadas”. O gabinete de comunicação frisa também que, “mais recentemente, um muito dinâmico grupo vinculado ao Centro de Investigação Biomédica tem evidenciado uma invulgar produtividade, motivo pelo qual foi, recentemente, galardoado com prestigiadíssimos prémios”. Pelo exposto, “futuramente, este campo será, sem dúvida, um dos estandartes da investigação desenvolvida na UA”. De salientar também “o bom desempenho em disciplinas do domínio das artes e do património, com especial ênfase para a arqueologia”. Dinamizar a relação universidade-empresa, bem como os mecanismos de transferência de conhecimento tem sido “uma prioridade da UA nos últimos anos, não apenas para valorizar o conhecimento interno, como também para reforçar a sua atuação junto dos agentes regionais”. Isto “através de uma aproximação aos agentes empresariais da região, em cooperação com as demais entidades regionais, procurando identificar necessidades e potencial na região”. A UA conta com “um portefólio de aproximadamente 55 patentes, na sua maioria de âmbito nacional, e tem vindo a promover a capacitação de novas patentes de âmbito internacional em colaboração com parceiros empresariais que pretendam uma cooperação efetiva e duradoura”. Neste sentido, “a crescente colaboração entre a UA e os agentes do setor empresarial, ancorada nas oportunidades disponibilizadas pelas políticas públicas, especificamente nos programas QREN e no Portugal 2020, muito contribui para o reforço das patentes registadas, concretamente de âmbito internacional, dado o foco dos mercados globais”. Os responsáveis pela UA estão otimistas
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quanto ao futuro no que concerne à investigação: “A rede de investigadores de centros, recentemente muito bem avaliados, como o Centro de Ciências do Mar, Centro de Investigação Biomédica, Centro de Eletrónica, Optoeletrónica e Telecomunicações, Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano, Centro de Investigação Marinha e Ambiental e Centro de Investigação sobre Espaço e Organizações, dão a garantia de uma enorme qualidade e dinamismo; por seu turno, “as oportunidades criadas no âmbito de candidaturas a projetos nacionais e internacionais, em associação com o tecido empresarial, permitem albergar fundamentadas esperanças num crescimento exponencial da atividade de pesquisa; por fim a promoção de uma maior aproximação entre os serviços de apoio à investigação e os centros tornará, sem dúvida, muito mais competitivas as nossas candidaturas.” O gabinete de comunicação aponta as áreas ligadas ao mar como as que irão marcar o rumo em termos de futuro. A grande aposta da universidade continuará a pautar-se pelo binómio de qualidade de ensino e rigor científico: "Através de uma docência estimulante, imprimir um cunho de elevado rigor científico nos seus estudantes." Os responsáveis da UA alertam ainda: "Se a sociedade quiser bons quadros, competentes profissionais, excelentes pensadores e estrategas, não deverá ceder às facilidades de formações pouco sólidas e efémeras que apenas servirão para o exercício de profissões de baixa qualificação e de nula criatividade. O verdadeiro empreendedor é um investigador, não nos esqueçamos nunca disto.”
Universidade do Minho está entre as que registam mais patentes A Universidade do Minho (UM) mantém desde 2005 um programa anual permanente – Programa de Empreendedorismo da Universidade do Minho – “para estimular comportamentos empreendedores nos estudantes e investigadores e apoiar a criação de empresas inovadoras com potencial de mercado”, informa José Mendes (foto nesta pág.), vice-reitor, para a valorização do conhecimento e projetos especiais. O programa é operacionalizado pela TecMinho e procura “fomentar o espírito empreendedor na comunidade académica, dotando-a de competências pessoais e instrumentais que favoreçam o planeamento e a exploração de negócios inovadores; valorizar a propriedade intelectual detida pela UM; explorar comercialmente os resultados de atividades de investigação científica; facilitar as saídas profissionais para todos os diplomados, desde a licenciatura ao doutoramento; aumentar, ao redor da universidade, o número de empresas altamente inovadoras capazes de absorver as tecnologias e o conhecimento inovador gerados no meio académico”, detalha José Mendes.
Engenharias e ciências geram mais empresas Os projetos empreendedores contam com o apoio do gabinete Start@TecMinho, bem como do Laboratório de Ideias de Negócio (IdeaLab) e do Laboratório de Empresas. A TecMinho implementa o concurso de ideias de negócio SpinUM e pode atribuir a marca “spin-off da Universidade do Minho”. Além disto, acrescenta o professor, organiza “eventos diversos para a promoção do empreendedorismo, como palestras nos diversos cursos da universidade, conferências, feiras de empreendedorismo, apresentações a investidores e encontros anuais de spin-offs; e cursos de formação em empreendedorismo”.
José Mendes adianta que as empresas criadas a partir da universidade provêm sobretudo das áreas tecnológicas, como as engenharias (biológica, biomédica, civil, eletrónica, industrial, informática e sistemas de informação, dos materiais, mecânica, de polímeros, têxtil), as ciências (biologia, física, geologia, química) e medicina. No entanto, há também empresas provenientes dos cursos de economia e gestão e de comunicação social, sociologia, psicologia e educação. Entre as empresas criadas nos últimos cinco anos, o vice-reitor dá os exemplos da Biomode (comercialização de kits de diagnóstico rápido dos três principais micro-organismos que põem em causa a segurança alimentar), da iSurgical3D (produção de próteses e ortóteses a usar em pacientes com base em tecnologias 3D), da New Textiles (comercialização de têxteis repelentes de insetos responsáveis pela transmissão de doenças como a malária ou dengue), da Ecofoot (utilização de nano-partículas nos processos de tingimento dos tecidos têxteis), da WeAdapt (produção de vestuário adaptado a pessoas (Cont.)
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com necessidades especiais), da KeepSolutions (desenvolvimento de soluções avançadas para a área da gestão de informação e preservação digital), da EXVA (processamento e análise de vídeo através da utilização de algoritmos de inteligência artificial, incluindo segmentação de objetos em movimento, deteção da face e seguimento de pessoas e veículos), da Bn'ML - Behavioral& Molecular Lab (avaliação na fase préclínica dos efeitos comportamentais e neuromoleculares de fármacos de doenças neurológicas e psiquiátricas), da Geo Justiça (serviços de apoio à resolução de conflitos relacionados com a propriedade através da utilização de informação geográfica e de análises espaciais) e da Letra – Cerveja Artesanal Minhota. A UM procura colocar “a investigação ao serviço da sociedade de uma forma orgânica e sistemática, auscultando as necessidades das empresas de forma a promover a sua inovação e a melhorar a sua competitividade através das competências da universidade, assim como explorando resultados de investigação realizada na universidade a partir de parcerias e licenciamento a empresas, tanto nacionais como internacionais”. José Mendes sublinha ainda que “cada vez mais o apoio que a universidade, através da TecMinho, presta à criação de spin-offs académicas tem aproximado a investigação do mercado, já que estas novas empresas aptas a valorizar resultados de investigação gerados no decurso de atividades científicas têm vindo a conquistar mercados e a representar um significativo impacto na economia e sociedade".
Exemplo disso é o número de pedidos de patente que tem registado na última década um aumento sustentado: “o número de pedidos de patente no ano 2000 (incluindo pedidos nacionais e internacionais) foi de apenas 5” e “em 2014 ascendeu a 27, o que revela um progresso significativo nesta área”. A UM regista uma média anual para o período compreendido entre 2010 e 2014 de 26 pedidos por ano. “Estes resultados colocam a UM como uma das universidades portuguesas com maior número de pedidos de patente”. A universidade especifica que “as engenharias detêm mais patentes”, sobretudo a biológica, a têxtil, a eletrónica e toda a área dos novos materiais. As ciências naturais e a medicina têm vindo a ganhar representatividade. A UM pretende gerar “emprego altamente qualificado resultante desta interação universidade-indústria, na colocação de novos produtos e processos no mercado e na promoção de novos projetos colaborativos com empresas”. Os royalties são “uma parte menos relevante do impacto desta interação”, mas têm trazido benefícios económicos claros para a universidade e os investigadores, tendo havido anos em que este valor representou cerca de 300 mil euros”.
jovens, o desemprego assume contornos ainda mais graves, ultrapassando os 33%. Perante este cenário, a criação do próprio emprego tornou-se cada vez mais incentivada e as universidades parecem acusar essa tendência, como se poderá constatar através dos textos sobre a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade do Porto, a Universidade do Minho e a Universidade do Algarve (a Actualidad€ contactou igualmente a Universidade de Aveiro e a Universidade da Beira Interior, que não responderam até à hora de fecho desta edição).
O orçamento atribuído pelo Estado português para o ensino superior foi de 950 milhões de euros, menos 91 milhões de euros do que no ano passado.
A formação em empreendedorismo, os instrumentos de apoio aos projetos com vocação empresarial, a incubação nos primeiros tempos das novas empresas e os crescentes casos de sucesso de empresas nidificadas nas universidades são testemunho de que as universidades portuguesas estão no bom caminho. Ainda assim, o último U-Multiranking, o maior estudo sobre instituições do ensino superior do mundo, compilado e financiado pela Comissão Europeia, dá pistas para algumas fragilidades O exemplo da Uniplaces é inspira- go atingiu 13,7% no primeiro tri- no que toca à ligação do ensino unidor a vários níveis, já que além de mestre deste ano e que as previsões versitário com a sociedade e respetigerar empregos e de operar à esca- do Fundo Monetário Internacional vas necessidades. la global, também estar a resgatar (FMI) apontam para uma taxa anuSe várias instituições portuguesas o talento português, de jovens que al de 13,1%. O organismo prevê re- aparecem bem cotadas no domínio haviam sentido a necessidade de dução do desemprego nos próximos da investigação, já no que se refere à emigrar. anos, mas a taxa deverá estar ainda transferência de conhecimentos (que Recorde-se que a taxa de desempre- acima dos 10% em 2020. Entre os avalia itens como a co-publicação
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Universidade Nova cria a primeira academia de empreendedorismo Para “estimular a cultura empreendedora entre os estudantes e aumentar o seu potencial de sucesso”, a Universidade Nova de Lisboa (UNL) conta com o Gabinete de Empreendedorismo, orientado pelo Conselho de Empreendedorismo, presidido por Charles Buchannan, “antigo administrador da Fundação Luso-Americana, com um currículo reconhecido no incentivo ao empreendedorismo no nosso país”. Neste âmbito, a UNL, em parceria com a operadora de telecomunicações NOS, criou “a primeira academia de empreendedorismo universitária aberta a todos os 19.000 alunos das nove unidades orgânicas da universidade: a Starters Academy powered by NOS”. O objetivo é “proporcionar aos estudantes a oportunidade de trabalhar ideias e projetos inovadores em conjunto, num ambiente multidisciplinar, em experiências empreendedoras, numa lógica de total orientação para o mercado”. Para tal, a Academia dispõe dos programas: Creating and Managing Entrepreneurial Ventures, curso destinado a estimular o espírito empreendedor dos melhores alunos da UNL; NOVA Idea Competition powered by BPI, concurso interno de planos de negócio, que pretende promover a cultura empreendedora dentro da universidade e estimular o trabalho multidisciplinar, através da constituição de equipas compostas por elementos de várias unidades orgânicas; gabinete de apoio ao empreendedor; workshops e conferências para motivar e incentivar as melhores práticas empreendedoras. A UNL destaca-se na área das tecnologias de investigação, no entanto, “tem-se verificado um crescimento no setor dos serviços e produtos promovidos por alunos sem background nas tecnologias”.
Entre os bons exemplos, a este nível, estão “a Crowdprocess, uma plataforma de computação distribuída, cujos fundadores passaram por alguns programas da StartersAcademy, a Seabookings – uma plataforma de booking de actividades náuticase a now club - um método pragmático e simples, orientado para os resultados, de modo a que no espaço de apenas um ano seja possível, de modo eficaz, melhorar o inglês - que passaram pelo programa Creating and managing entrepreneurial ventures e pela competição NOVA Idea Competition”. No que se refere à produção de artigos científicos, as áreas da bioquímica e biologia molecular, microbiologia e química estão acima da média da universidade. “A investigação produzida nestas áreas tem impacto em áreas críticas para o país, nomeadamente na saúde, ambiente e produção de recursos”, assinala a UNL, acrescentando que “a NOVA tem também uma boa performance em investigação na área das TIC (apesar de não estar visível na produção de textos científicos, torna-se clara na captura de financiamento nacional e internacional)”.
30% da despesa total da Nova vai para a investigação “A investigação e a inovação são claramente uma aposta da NOVA”, que diz investir o equivalente a mais de 30% da sua despesa total. Em 2013,
a UNL gastou aproximadamente 34 milhões de euros em actividades relacionadas com investigação. A UNL procura estabelecer parcerias com empresas e outras instituições, no âmbito da investigação. “Procura-se que haja um equilíbrio entre a investigação fundamental e a aplicada, mais alinhada com as necessidades das empresas e da sociedade”, salientam. “As áreas das ciências da vida apresentam sistematicamente excelentes resultados, quer em termos de produção como de impacto da sua produção científica”. A UNL frisa que “desde 2009 tem apresentado uma evolução sustentada tanto no número de artigos científicos, como no impacto da sua produção científica”, esperando “no futuro continuar a apresentar resultados acima da média mundial em termos de investigação”. Entre os principais desafios, a UNL coloca o combate ao insucesso escolar. A universidade “incentiva o aumento da qualidade dos alunos desde o 1º ano, com atribuição de prémios aos estudantes melhor classificados”, através do “reconhecimento do mérito em cada ciclo de estudos de acesso ao ensino superior (licenciatura e mestrado integrado) com a iniciativa de atribuição de bolsa para as propinas do ano letivo seguinte, para os melhores caloiros em cada curso”. A UNL quer estreitar a relação com empresas, no sentido de aumentar a colaboração em estágios profissionais e, em alguns casos, participação no ensino. Outro desafio prende-se com “a análise de resultados de acordo com os objetivos constantes dos planos de atividade, sob a forma de monitorização de um conjunto de indicadores integrados num Plano Estratégico institucional”.
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Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto acolhe 190 projetos “Mudar mentalidades e promover a evolução das empresas para a economia do conhecimento são objetivos que demoram o seu tempo e não dependem exclusivamente da vontade da Universidade do Porto”, ressalva Carlos Melo Brito (foto nesta página), pró-reitor da Universidade do Porto (UP) para a inovação e empreendedorismo, no entanto, a referida instituição está a fazer a sua parte, tendo criado “um ecossistema de inovação e empreendedorismo que envolve todas as etapas da valorização económica do conhecimento: desde o ensino e investigação até à incubação, passando pela transferência de conhecimento, criação de negócios e capacitação”. Em concreto, especifica o professor, “a iniciativa empresarial de base científica, tecnológica e criativa é incentivada na UP por um conjunto de ações de valorização do espírito empreendedor, designadamente concursos de ideias de negócio, programas de mentoring, de aceleração e de coaching, conferências, etc., pelos programas de formação pós-graduada em empreendedorismo, pelas condições proporcionadas nos centros de investigação e institutos de interface, pelo estabelecimento de parcerias com empresas, pelos vários serviços disponibilizados pelo UPTEC (entre os quais se destaca a incubação de start-ups) e pelo apoio dado pelo gabinete de transferência de conhecimento, a UP Inovação”. Com isto pretende-se gerar “um
mindset empreendedor entre a comunidade académica, pelo reforço da comercialização da propriedade intelectual e pela atração de empresas para colaborarem com a universidade em atividades de I&D+i”. Carlos Brito informa que “no UPTEC TECH avultam empresas e centros de inovação de várias áreas de especialização tecnológica, como a energia, o software webe mobile, a eletrónica, a robótica, a química, os polímeros e materiais compósitos, os sistemas de monitorização, entre outras”. Já no UPTEC PINC (Pólo das Indústrias Criativas) estão “representadas áreas como o design, o audiovisual, a comunicação, a arquitetura, as artes visuais, as artes performativas e a edição”. No UPTEC MAR “operam em áreas como a biotecnologia marinha, a aquacultura, a energia das ondas, a robótica marinha, o ambiente, o turismo e a náutica de recreio”. Por fim, “o UPTEC BIO acolhe start-ups de biotecnologia, indústria farmacêutica e cosmética, saúde, química, indústria agroalimentar, entre outras”. O pró-reitor da UP destaca algumas das empresas criadas neste universo: “Entre as empresas que resultaram da transferência de conhecimento da UP e que possuem tecnologias licenciadas, destaco a Veniam Works (tecnologias de rede que transformam veículos em pontos móveis de acesso à Internet), a Streambolico (tecnologia de comuni-
cação para transmissão de dados em tempo real através de redes sem fios, designada de Streambolico InWiFi), a Metablue (desenvolvimento de dispositivos médicos, nomeadamente um inovador otoscópio digital), a Kinematix (tecnologia FITiNSENSE, sistema de precisão único no mundo que pode ser aplicado em calçado desportivo e que permite melhorar o desempenho de atletas e prevenir lesões), a FoodInTech (desenvolvimento de software, hardware e dispositivos para o setor alimentar, como a tecnologia SIGA – Sistema Integrado de Gestão Alimentar) e a Sphere Ultrafast Photonics (desenho e fabrico de tecnologia laser ultrarrápida).”
Empresas do UPTEC com impacto de 60 milhões de euros por ano no PIB Carlos Brito esclarece que “mais do que destacar casos de sucesso, é importante enaltecer a estratégia de valorização do conhecimento da UP no seu todo”, apresentando os números: “atualmente o UPTEC acolhe 190 projetos empresariais, representando 1.700 postos de trabalho e um impacto no PIB de aproximadamente 60 milhões de euros por ano”. A investigação é transversal a todos os cursos. No entanto, Carlos Brito realça que as ciências médicas e da saúde, as engenharias e as ciências exatas e naturais estão tradicionalmente mais vocacionadas para tal. O pró-reitor adianta que “em 2014 o montante global de financiamento para investigação captado pela universidade em ambiente competitivo foi cerca de 24 milhões de euros, sendo perto de 2/3 proveniente de programas internacionais”.
com parceiros industriais, patentes com algumas exceções: a Universi- de Aquiles do ensino superior em premiadas, patentes com empresas, dade Nova de Lisboa, a Universi- Portugal reside na área do ensino spin-offs, receitas decorrentes do dade de Coimbra e a Universidade e aprendizagem, que avalia a taxa contínuo desenvolvimento profissio- do Porto obtiveram classificação A de graduados e o tempo que demonal) a avaliação que vai de A (melhor) no iten de receitas de fonte priva- ram a graduar-se. De acordo com a E (pior) não é das mais favoráveis, da, por exemplo. Outro calcanhar o gabinete oficial de estatística da 44 act ualidad€
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empresariais A UP tem feito “um esforço significativo de aprofundamento e alargamento dos serviços prestados à comunidade e em particular às empresas, através de frutuosas parcerias ao nível da formação avançada, da inovação, do desenvolvimento de produtos, da consultoria técnica e da transferência de tecnologia”, diz o professor. Isto para “contribuir para a adequação do tecido empresarial à economia do conhecimento, encontrando nas empresas o parceiro ideal para desenvolver investigação aplicada”. Por outro lado, “o conhecimento transmitido e gerado na universidade tem alavancado spin-offs nas mais diversas áreas, muitas delas incubadas, quer virtual quer fisicamente, no UPTEC”, observa Carlos Brito. A evolução verifica-se também no que concerne ao registo de patentes, que “nos últimos cinco anos foi muito positiva e auspiciosa, facto a que não é alheia a atividade da U.P Inovação”, comenta o pró-reitor, acrescentando que “em 2010, a UP tinha 102 patentes ativas (nacionais e internacionais) e agora possui 154, o que traduz um crescimento superior a 50%”. Carlos Brito adianta ainda que “entre 2006 e 2014 foram licenciadas 26 tecnologias (das quais 21 estão ativas), o que gerou um retorno na casa do meio milhão de euros – valor que resulta, sobretudo, da dinâmica dos três últimos anos, dado que o desenvolvimento de um produto demora a ser rentabilizado”. As tecnologias licenciadas “inserem-se em áreas tão diversas como: tecnologias de informação e comunicação, design urbano, dispositivos médicos, desenvolvimento de software e hardware,
União Europeia (Eurostat), no ano passado, 29,2% dos portugueses entre os 30 e os 34 anos possuíam uma licenciatura, longe da meta traçada por Portugal para 2020, ter 40% desta faixa da população
comunicação digital, indústria farmacêutica, sensores corporais, tecnologia laser ou pavimentos de madeira”. Para Carlos Brito, “o futuro da investigação científica na UP passa não apenas pela evolução de determinadas áreas do saber, mas também pela interdisciplinaridade do conhecimento”, que é “uma das grandes tendências da ciência contemporânea”. A universidade está a promover essa interdisciplinaridade, “partindo da premissa de que a interação entre diferentes áreas do conhecimento constitui a forma mais adequada de abordar questões cuja complexidade transcende uma disciplina específica”. O professor lembra que “a investigação atual radica no diálogo, na partilha e na transversalidade de saberes, sendo cada vez mais difícil perceber onde termina um domínio epistemológico e começa outro”. Neste contexto, “é particularmente fascinante o cruzamento entre ciência, tecnologia, arte e pensamento, do qual emergem novos paradigmas de investigação”, nota. De resto, “o Processo de Bolonha veio promover a mobilidade e a interdisciplinaridade do conhecimento, permitindo, por exemplo, que uma pessoa que se diplomou em história possa
fazer um 2º ciclo em economia”. Carlos Brito advoga que é preciso “reforçar a presença da investigação nos diferentes ciclos de estudo”, já que “o ensino é mais enriquecedor e consequente se for baseado no conhecimento gerado pelas atividades de I&D+i das diferentes faculdades”. Outra “grande preocupação” da UP é a empregabilidade associada aos cursos que ministra, bem como o futuro profissional dos seus diplomados, refere Carlos Brito: “O Observatório do Emprego e da Trajetória Profissional dos Diplomados da Universidade do Porto está a organizar ações de formação para potenciar a empregabilidade. Refiro-me a cursos pós-laborais de línguas estrangeiras, a workshops versando a gestão de carreira, as técnicas de procura ativa de emprego, o coaching, o marketing pessoal, entre outros temas relacionados com a empregabilidade. Além da qualificação especializada conferida nas faculdades, queremos que, a jusante, os nossos diplomados dominem técnicas essenciais para atraírem os empregadores, para promoverem as respetivas competências pessoais (soft skills) e para melhorarem o seu conhecimento do mercado de trabalho.”
licenciada. Os dados do INE, di- dades e institutos) 362 200 alunos. vulgados em fevereiro, dão conta O orçamento atribuído pelo Estade 1,4 milhões de licenciados em do português para o ensino supePortugal. Este ano letivo inscreve- rior foi de 950 milhões de euros, ram-se nas 15 instituições de ensi- menos 91 milhões de euros do que no superior portuguesas (universi- no ano anterior. Junho de 2015
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advoCaCIa E FIsCaLIdadE
abogacÍa Y Fiscalidad
Direito sucessório europeu –
uma nova realidade (II)
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onforme explanado no artigo anterior, entrará em vigor no próximo dia 17 de agosto o Regulamento uE nº 650/2012 do Parlamento Europeu e do conselho, de 4 de julho de 2012 (de ora em diante designado de Regulamento ou, como coloquialmente é denominado, Bruxelas iV) que introduz no direito sucessório europeu uma verdadeira revolução, com a abordagem unitária à sucessão. A regra geral do Regulamento será a de que a lei aplicável à sucessão é a da residência habitual do falecido. de salientar que um Estado terceiro é, para efeitos do Regulamento, além dos Estados não pertencentes à união Europeia, o Reino unido, irlanda e dinamarca (vide parte i), pelo que se adivinham situações inesperadas no seio da própria uE.
I . Escolha de Lei tendo definido a regra geral, o Regulamento pretende que os cidadãos possam organizar antecipadamente a sua sucessão através da escolha da lei aplicável. Podem, assim, os cidadãos dos Estados-membros escolher a lei da sua nacionalidade como sendo a aplicável à sua sucessão. caso uma pessoa tenha mais do que uma nacionalidade, a escolha pode recair entre qualquer uma das suas nacionalidades. Assim, a partir de 17 de agosto de 2015, inclusive, a escolha da lei aplicável à sucessão, caso se pretenda que seja a lei da nacionalidade, deverá ser feita sob a forma de disposição por morte ou resultar dos termos dessa disposição. É admitida a possibilidade dessa escolha de lei ter sido efetuada antes 46 act ualidad€
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da entrada em vigor do Regulamento, desde que respeite as condições do mesmo. Exemplo: Gertrudes Santos tem nacionalidade portuguesa e italiana tendo residido toda a sua vida em Portugal. Em 2014, quando outorgou o seu testamento escolheu como lei aplicável à sua sucessão a lei italiana. considerando que nos termos do direito internacional privado dos dois países é a lei da nacionalidade a conexão determinante, após a entrada em vigor do Regulamento, a lei italiana é possível e válida, sendo essa a aplicável à integralidade da sucessão. A lei da nacionalidade poderá ser a de um Estado terceiro à uE, pelo que, nesse caso, haverá que atender às regras do direito internacional privado da lei desse Estado. Exemplo: leonel Magno, de nacionalidade argentina, falece em 18 de agosto de 2015 em Portugal, onde vivia há 30 anos. tinha escolhido previamente a lei da sua nacionalidade para regular a sua sucessão. deixa três filhos e vários bens imóveis e móveis em Portugal. Nos termos do Regulamento, será aplicada a lei argentina, ou seja, a lei de um Estado terceiro à uE. de registar que este Regulamento não se aplica às regras sucessórias nacionais dos Estados-membros. Há países que dispõem no seu direito a sucessão legitimária, onde prevalece uma classe de sucessíveis legitimários com direito legal de herdar uma quota da herança, e, noutros, onde se estipula o princípio da liberdade sucessória (como é o caso do Reino unido). Se atentarmos na situação em que, para efeitos do Regulamento, a dinamarca, o Reino unido e a irlanda são tidos como países terceiros, vejamos algumas situações dignas de destaque com cidadãos do Reino unido.
Por Teresa Patrício da silva*
•Cidadãos britânicos residentes no Reino Unido com bens na zona Bruxelas IV de acordo com o direito internacional privado inglês a lei inglesa é a competente para os bens imóveis sitos no Reino unido (lex situs) e para os outros bens (ações, contas bancárias, bens pessoais, etc.) será aplicável a lei do domicílio do falecido. Ou seja, caso os cidadãos britânicos não elejam a lei inglesa, a lei aplicável para a sucessão dos seus bens imóveis será a do Estado onde os mesmos se situam. Por esta razão parece ser aconselhável a eleição da lei da sua nacionalidade. •Cidadãos do Reino Unido habitualmente residentes na zona Bruxelas IV Se um cidadão britânico: a) Proprietário de bens imóveis no Reino unido e noutros países da zona Bruxelas iV não tiver elegido a lei da sua nacionalidade para reger a sucessão, aplicar-se-á a lei inglesa aos seus bens imóveis no Reino unido e a lei do Estado da residência habitual para todos os outros, nos termos do Regulamento. Esta situação é diferente da anterior pois no caso de existirem diversos bens imóveis em vários países da zona Bruxelas iV não será aplicável a lex situs de acordo com o direito internacional privado inglês, mas sim a lei da residência habitual; b) tiver elegido a lei da sua nacionalidade, será aplicável a lei inglesa à sucessão de todos os seus bens, quer se situem no Reino unido ou em qualquer um dos países da Zona Bruxelas iV, devendo os Estados da zona Bruxelas iV respeitar essa eleição de lei e regular a integralidade da sucessão pela lei inglesa.
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Exemplo: a) James Smith, cidadão britânico, reside em Espanha há 10 anos, tendo uma propriedade no Reino Unido, uma propriedade em Espanha e outra em França. i. Tendo falecido após 17 de agosto de 2015 e não tendo elegido a lei da sua nacionalidade (lei inglesa), aplicarse-á à sua sucessão a lei inglesa quanto ao imóvel sito no Reino Unido e a lei espanhola quanto ao imóvel sito em Espanha e em França, dado que a sua residência habitual é em Espanha. ii. Em caso de eleição da lei da nacionalidade, os bens imóveis no Reino Unido, Espanha e França estarão sujeitos às regras sucessórias do direito inglês. b) Se James Smith fosse residente em Inglaterra e não tivesse elegido a lei inglesa para regular a sua sucessão, seria aplicável a lei inglesa para o bem imóvel no Reino Unido, a lei espanhola para o bem imóvel sito em Espanha e a lei francesa para o bem imóvel sito em França.
mente aos fundos da conta bancária podem afastar essa disposição legal por uma questão de ordem pública. Torna-se atinente perguntar se não existirão situações limite que possam ser consideradas violações da ordem pública relacionadas com a sucessão legitimária, que vários países europeus consagram, como por exemplo Portugal, Espanha, Itália e França.
Nestas situações, qual virá a ser a decisão de um tribunal em França, no caso de um cidadão com múltipla nacionalidade, francesa e inglesa, escolher a lei inglesa para a sua sucessão e, desta forma, por via testamentária II. Ordem pública Em circunstâncias excecionais, por deixar os seus filhos menores em Franconsiderações de interesse público, os ça sem quaisquer meios de sustento? órgãos jurisdicionais e outras autoridaEsta opção legislativa de permitir des competentes para tratar matérias o afastamento da lei estrangeira por sucessórias dos Estados-membros questões de ordem pública funda-se têm a possibilidade, nos termos do na tentativa de assegurar a conexão Regulamento, de afastar certas dis- entre a lei do falecido e a lei escolhida posições da lei estrangeira, quando e de evitar que seja eleita uma lei com a sua aplicação num caso específico a intenção de frustrar as expetativas seja manifestamente incompatível dos herdeiros com direito à legítima. com a ordem pública do Estadomembro em causa. Exemplo: Mo- III. Do Certificado Sucessório Europeu hammed, cidadão da Arábia Saudita, Para que os herdeiros, legatários, exetem uma avultada conta bancária em cutores testamentários ou administraItália, foi residente toda a sua vida na dores da herança possam provar facilArábia Saudita, onde vem a falecer. mente a sua qualidade e os seus direiDado que nesse Estado está em vigor a tos e poderes noutro Estado-membro “Lei Sharia” (onde é aceite o princípio onde se situam os bens da herança, da desigualdade de tratamento entre pode ser emitido um Certificado Suo género masculino e o feminino) e cessório Europeu. tendo deixado um filho e uma filha, Este documento é um formulário que de acordo com a “Lei Sharia” não simplificado facultativo, que não neherdariam da mesma forma, as autori- cessita de nenhuma formalidade esdades competentes em Itália relativa- pecífica e é reconhecido em todos os
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Estados de destino. Exemplo: Ramon Pancho, de nacionalidade espanhola, tem alguns bens imóveis em França e falece em Espanha onde residiu toda a sua vida e onde também era titular de bens móveis e imóveis. Deixa mulher e filhos. A autoridade competente em Espanha emite um Certificado Europeu, onde identifica os herdeiros e a lei espanhola como sendo a aplicável à sucessão, permitindo que os herdeiros possam apresentar esse documento em França para tramitarem o processo sucessório nesse país, à luz da lei espanhola. IV. Conclusão O objetivo da abordagem efetuada foi a de simplificar a compreensão de uma matéria complexa e de grande relevância, que cada vez mais deverá estar consciencializada nos cidadãos europeus em termos da necessidade de delinear antecipadamente a sucessão do seu património. Não se esgota, por isso, nestes dois abreviados artigos toda a riqueza jurídica e alcance social do Regulamento UE nº 650/2012, que vai entrar em vigor brevemente. Este instrumento jurídico da UE, não só prevê situações inovadoras que vão alterar definitivamente a forma como se encaram as sucessões a nível internacional, como vai permitir uma melhor planificação nesta matéria e, principalmente, obrigar a uma atualização dos testamentos já outorgados. Acreditamos que nos próximos anos iremos assistir a uma concretização destes princípios e a uma mudança de paradigma da realidade sucessória internacional. Este é mais um passo importante no caminho da consolidação e desenvolvimento da segurança jurídica das transmissões por via sucessória na UE. * English Solicitor e Senior Partner da Teresa Patrício & Associados E-mail: teresa.patricio@palaw.com.pt
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Diogo, Neto, Marques & Associados distinguida no direito imobiliário em Portugal A Diogo, Neto, Marques e Associados foi distinguida com o prémio “Melhor escritório de Direito Imobiliário em Portugal”, em 2014, nos prémios anualmente atribuídos pela publicação financeira e jurídica inglesa “ACQ5”. Os prémios da “ACQ5” são atribuídos desde 2006, e têm muito prestígio no setor jurídi-
co, galardoando anualmente os advogados e sociedades de advogados que mais se destacam pela excelência do serviço que prestam nos diversos ramos do direito. A Diogo, Neto, Marques e Associados tem como sócios Mário Diogo, Paulo Neto e Jorge Marques, e conta com escritórios em Pombal e Lisboa.
Equipa de Arbitragem da MLGTS nomeada entre as melhores do mundo A equipa de Arbitragem da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) foi nomeada pela “Global Arbitration Review” uma das cem melhores equipas de arbitragem internacional a nível mundial. A equipa, coordenada por António Pinto Leite, é posicionada na categoria “Elite”, estando, por isso, entre as cem melhores equipas desta área de atuação a nível mundial, de
acordo com a publicação inglesa. São referidos os contributos de João Morais Leitão e Miguel Galvão Teles para o desenvolvimento da arbitragem em Portugal e são ainda destacados António Pinto Leite, António Sampaio Caramelo, Francisco Cortez, Miguel de Almada e Filipe Vaz Pinto. A distinção da “Global Arbitration Review” baseia-se num inquérito que inclui a opinião de utilizadores da arbitragem
Em trânsito: » A SRS Advogados acaba de eleger três novas sócias.
e dos advogados e árbitros, nacionais e estrangeiros. A equipa de Arbitragem Internacional da MLGTS integra 12 advogados, tendo os seus membros atuado, como advogados ou como árbitros, em arbitragens comerciais envolvendo partes de países como Espanha, Brasil, Moçambique, Angola, EUA, Índia, Coreia do Sul, Japão ou Israel. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
na política de crescimento da sociedade fundada por Pedro Ana Menéres, Carla Neves Matias e Ivone Rocha (fotos Rebelo de Sousa. em baixo, pela mesma ordem) reforçaram a equipa de 20 Já em fevereiro, a SRS elegera como sócio João Maricoto sócios da SRS, respetivamente nas áreas de life sciences, Monteiro, coordenador do Departamento de Direito Fiscal contencioso e arbitragem e ainda direito público, ambiente e Penal Económico. e energia. O reforço da equipa da SRS Advogados, que conta já com » A advogada da Vieira de Almeida & Associados (VdA) uma centena de colaboradores, representa mais um passo Francisca Paulouro passa a integrar a categoria de of counsel. A decisão foi tomada por unanimidade pelo colégio de sócios da VdA, “com base nas competências, mérito e características específicas da advogada e do seu percurso”, afirmou o managing partner, João Vieira de Almeida. A advogada, que está na VdA desde 2002, tem trabalhado ativamente na área da saúde, dispondo, nomeadamente, de “experiência na assessoria jurídica regulatória às maiores companhias farmacêuticas de inovação que operam em Portugal”.
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Emprego deve ser uma prioridade das empresas e do país
A recuperação do emprego perdido com a crise deve ser uma das prioridades da política económica do próximo Governo, defende o líder do Partido Socialista português. Num recente almoço de empresários, António Costa sublinhou ainda a importância do fortalecimento das políticas a nível ibérico em termos geoestratégicos europeus e mundiais.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
ortugal e Espanha devem Espanhola (CCILE). O líder socialista ter, cada vez mais, uma destacou, assim, a necessidade de uma agenda comum no seio maior colaboração entre ambos os paída Europa”, defendeu ses em matérias, por exemplo, como a António Costa, líder do política de imigração na Europa, ou a Partido Socialista (PS), num recente reconstrução da arquitetura da Zona almoço de empresários promovido pela Euro. Câmara de Comércio e Indústria LusoPara tal, defendeu, convém repensar
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a geografia dos dois países, em termos ibéricos, passando a encarar “o coração do mercado ibérico a partir de regiões ditas do interior”, que acabam por estar mais perto do resto da Europa do que, por exemplo, Lisboa. Como é o caso também da cidade mais central – e interior – da Península, mas que também
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ferroviárias, etc. é, simultaneamente, a mais António Costa destaca as desenvolvida, que é Madrid, oportunidades que se abrem salientou António Costa, com o “novo ciclo político” no almoço organizado pela resultante das eleições legisCCILE, no passado dia 30 lativas que decorrerão este de abril. A questão da inteano em Portugal e Espanha, rioridade e das regiões fronquase na mesma altura. Um teiriças deve ser encarada ciclo que o futuro candidato como uma vantagem relatia primeiro ministro espera, vamente à sua proximidade independentemente dos reao “coração do mercado ibé08 sultados obtidos em Espanha, rico”, frisa o líder socialista, que seja marcado por uma que iniciou o seu discurso salientando a efeméride dos 30 anos oportunidade única”, dada a previsão aposta na “criação de um espaço ibérico da adesão simultânea de Portugal e de de grande aumento das rotas Atlânticas, comum, que fortaleça a posição dos nosEspanha à atual União Europeia, que se nomeadamente com a duplicação do sos dois países no conjunto da UE“. O bom estado das relações entre assinalam este ano, e ainda os 600 anos canal do Panamá e com as mudanças no mercado energético norte-americano. os dois países sente-se já a vários nídos Descobrimentos. A atividade portuária representa outra Essa nova visão de um “espaço ibérico veis, nomeadamente na “cooperação área onde a articulação ibérica é fun- comum” tem de “permitir responder policial” entre Portugal e Espanha e damental. “Os portos portugueses no aos desafios de conetividade que exis- no “enorme crescimento das relações Atlântico não devem ser vistos como tem entre os dois países e entre a Pe- comerciais entre os dois países” e ainda concorrentes dos portos espanhóis no nínsula Ibérica e o resto da União Eu- do investimento, em especial do investiMediterrâneo”, mas sim como “uma ropeia”, a nível das conexões elétricas, mento espanhol em Portugal. Junho de 2015
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09 Linhas do programa eleitoral do PS No evento, o líder socialista explicou as grandes linhas do “Cenário Macroeconómico”, um documento apresentado em abril pelo PS que resulta do contributo de um conjunto de especialistas da área económica sobre as perspetivas das políticas públicas para o desenvolvimento do país, e que serve de base para o programa eleitoral do PS, entretanto também já anunciado há dias. António Costa salienta que as medidas anunciadas garantem uma “sustentabilidade [das finanças públicas], que resulta do impacto conjunto daquelas medidas” e da sua “aplicação harmónica”, que deverão ter resultados melhores que os atuais. O Partido Socialista pretende ter em conta uma margem de
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milhões de euros do novo Quadro Comunitário de Apoio relativos a 2014 que não foram utilizados, realçou o dirigente socialista. Outras medidas passam pela dinamização de setores com capacidade para reabsorverem grande parte do chamado desemprego de longa duração, como sejam a restauração ou a 11 construção (através da reabilitação urbana). Uma das grandes preocupações do fumanobra quer do lado do rendimento das famílias – assente na reposição dos turo Governo, caso o Partido Socialista mínimos sociais e no aumento do ren- venha a ganhar as eleições, será o empredimento disponível das famílias, mas go, em especial o destinado aos jovens. procurando não afetar os custos de O investimento das empresas em inovatrabalho das empresas – quer do lado ção e internacionalização, que deverá ser das empresas – através da recapitaliza- apoiado com maiores vantagens fiscais, ção das empresas e ainda da aceleração deverá, por outro lado, estar articulado da execução dos fundos comunitários, com políticas ativas de emprego, diriginomeadamente dos cerca de 3,6 mil das sobretudo aos jovens, na criação de
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emprego estável e não de estágios profissionais ou de trabalho precário, contrariando algumas tendências atuais. Deste modo, e como forma de diversificar as fontes de financiamento da segurança social, a opção socialista coloca de lado a prevista redução do IRC para as empresas, preferindo usar esse diferencial na criação de um “IRC social consignado ao financiamento da segurança social”, sendo, em contrapartida, reduzidas até um máximo de qua-
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Uma das grandes preocupações do PS é o emprego jovem, um desígnio que deve envolver também as empresas, defendeu António Costa
tro pontos percentuais as contribuições para a segurança social. Esta medida iria beneficiar mais empresas, ou seja, a totalidade das que suportam encargos sociais com o trabalho, antecipa o PS. Entre as medidas de política económica defendidas por este partido, que estão em discussão pública, estão ainda a criação de mecanismos institucionais para melhor articulação entre as empresas e as instituições dedicadas à investigação e desenvolvimento.
01.O secretário geral do Partido Socialista, António Costa
10.Alberto Laplaine Guimarães, Ángel Vaca, Pedro Monteiro Coelho e Nuno Ribeiro da Silva
02.Cristina Garcia, Carlos Ruiz Mateos e Piedad Viñas
11.Basílio Horta, Enrique Santos, António Costa e António Vieira Monteiro
03.Nuno Meleças, Sofia Simões, Pedro Paulino e Juan Santos
12.José Aser Castillo, Luís Sobral, Enrique Belzuz e Manuel Álvarez
04. Pedro Coelho, Teresa Tavares e Elmar Derkitsch
13.Eduardo Costa, João Gameiro e Duarte Torres
05.Nuno Ribeiro da Silva, Eduardo Catroga, José Carvalho Netto e João Santos
14.Alda Delgado, Antonio Carmona e José Minguéz
06.António Mourato, João Falacho, Paulo Branco e Luís Miguel Silva
15.Francisco Dezcallar, Luz Torrico, José Augusto Nicolau e Julia Llata
07.Maria Medeiros, Enrique Belzuz, Catarina Paiva, Tiago Borges e Duarte Torres
16.Raúl Martins, Crispin Stilwell e Reuben Mifsud
08.Julia Nieto, Enrique Santos, António Costa, Alberto Charro e Álvaro Sebastián de Erice 09.Rui Semedo, Alberto Charro, Matías Pérez Alejo e José Carvalho Netto
17.José Vital Morgado, Francisco André, David Damião e Rui Miguel Nabeiro
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Padel: um desporto na moda, a conquistar novos praticantes
O padel está a ganhar uma adesão surpreendente, que já levou ao surgimento de diversos novos campos de jogo. Um dos novos recintos é o Racket Club, na Quinta da Marinha, onde se realizou o II Torneio Ibérico de Padel CCILE, que este ano contou com 60 jogadores.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
divertimento e a competição marcaram em simultâneo o II Torneio Ibérico de Padel CCILE, que este ano reuniu em Cascais 60 jogadores. A dupla vencedora, constituída por Sebastião Mendonça e João Paulo Fernández (foto em cima), venceu a prova, batendo numa emocionante final a dupla formada por Javier Gallego e Jose María Echaniz (foto na pág. 55), todos estreantes neste torneio. A qualidade dos jogadores foi mais visível este ano, segundo vários participantes, o que levou ao prolongamento dos jogos, pela tarde fora. Apesar de ser uma modalidade relativamente nova no nosso país, e de se tratar de um torneio amador, as duplas em prova disputaram, assim, de forma renhida
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os seus jogos, sendo a tónica dominante, todavia, um saudável convívio entre todos os participantes e convidados deste segundo torneio, realizado no recéminaugurado Quinta da Marinha Racket Club, no passado dia 9 de maio. Os semi-finalistas foram José Luís Leitão e Sandra Marques de Mendonça (foto na pág. 57) – que no ano passado venceram o primeiro torneio desta prova organizada pela CCILE – e Nuno Santos e João Mendonça. Antes de perderem o último jogo que os afastaria da prova, Sandra Marques de Mendonça sublinhou que a prova deste ano estava mais competitiva, “com jogadores mais fortes”. A atleta antecipava, assim, maiores dificuldades em garantir um lugar na final e um resultado como o do ano passado,
o que se viria a concretizar, com o afastamento da dupla nas meias-finais. Outra dupla a reconhecer que este ano a prova estava mais renhida do que no ano anterior foi Catarina Rosa e Miguel Costa (foto na pág. 56), que participaram no primeiro torneio, mas com outras duplas. Apesar de não estar a correr bem, a dupla garantiu que “participava pela diversão”. “É um jogo que se presta a pares mistos e permite um convívio familiar e com os amigos muito bom”, salientou Miguel Costa. O ator frisa mesmo que se trata de um jogo que “não tem rivalidade negativa”. Por seu turno, Catarina Rosa sublinhou o facto de ser uma modalidade que permite conciliar o jogo de pesso-
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02 as com níveis de treino diferentes, sem Rodríguez, o qual já tinha participado afetar a prestação coletiva da dupla. Por no torneio do ano passado. Também os jovens irmãos Borja e Peoutro lado, “é mais prático de jogar do que o ténis” e não é necessário pertencer layo Corominas se estrearam, este ano, a um clube, podendo-se jogar pontual- no torneio de padel da Câmara e formaram uma animada dupla. mente, salienta ainda. Talvez, por estas razões, a modalidade tenha crescido tanto nos últimos dois anos, acredita a mesma praticante, que As marcas tem estado afastada dos courts, mas que retomou para participar no torneio da patrocinadoras CCILE. aproveitam o “Torna-se um jogo muito divertido, mesmo para quem já não pratica ténis, evento por aliar a o movimento para alcançar a bola é prática desportiva mais curto”, afirma por seu lado, Isabelle Catarino, que experimentou pela às relações primeira vez o padel e ficou logo fã. No empresariais de entanto, vai continuar a praticar a modalidade que escolheu nos útlimos anos âmbito ibérico e e que é o golfe. também por ser uma Alejandro Coloma, que joga padel há ano e meio, “adora” esta modalidade modalidade nova por ser “engraçada e ser mais fácil recuperar a bola face ao ténis”, o desporto que praticava antes. Todavia, neste torneio, o primeiro em que participou, sen- Modalidade ganha cada vez mais tiu várias dificuldades, que acabaram praticantes em Portugal São, assim, cada vez mais os interespor afastar a dupla que fez com Javier
sados nesta modalidade desportiva, que se iniciou em Portugal há poucos anos, mas que em Espanha tem já um alargado número de aderentes e de campos para a sua prática. “Estou surpreendida, cada vez há mais campos e mais jogadores. Há uns tempos, ninguém sabia o que era este desporto. Em Espanha, pelo contrário, há milhares de campos”, sublinha Rosalva Fonseca (foto na pág. ant.), sócia gerente da Dom Senhorio. Este foi o segundo ano em que esta empresa de mediação imobiliária patrocinou o evento organizado pela CCILE. “É um evento importante para fixar a nossa marca, pela ligação que o torneio tem às empresas espanholas e portuguesas, já que a Dom Senhorio está também em Espanha”, explicou Rosalva Fonseca. Também Beatriz Rubio, CEO da REMAX Portugal, salienta que este torneio se insere na estratégia de comunicação da marca em Portugal, dada a ligação da Câmara às empresas e dado o crescimento que esta modalidade está a ter em Portugal, entre gestores e outros perfis de praticantes, à semeJunho de 2015
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07 lhança do que aconteceu em Espanha há mais tempo. “Fico admirada com o crescimento do padel, mas acredito que ainda há mais espaço para crescer. Faltam campos, por exemplo, no centro de Lisboa”, comentou a gestora, durante o torneio, que se realizou num dos espaços mais recentes lançados em Portugal para a prática desta 56 act ualidad€
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modalidade, inaugurado há cerca de três meses, mas que regista já uma forte procura, segundo os seus responsáveis. Beatriz Rubio, que costuma jogar em diversos campos à volta de Lisboa, ou com a família ou ainda com colegas e franchisados da REMAX, afirma que se trata de um jogo “muito divertido, que une as pessoas pelo trabalho e con-
vívio”, ao mesmo tempo. A gestora, que jogou no primeiro Torneio de Padel da CCILE, esteve este ano apenas a assistir nos bastidores. Já o managing director da Gas Natural Fenosa, outra da empresas patrocinadoras, sublinhou que o apoio dado a este evento está ligado à política de relações institucionais entre esta empresa e a CCILE, que inclui o patrocínio de vários eventos. Rafael Benjumea (foto na pág. seg., com Pascal Ballayer) referiu ainda a “muito boa organização do evento e a qualidade dos jogadores participantes”, demonstrando que “é para continuar, por muitos anos” a ligação a este desporto e a este torneio, já que muitos dos interessados em jogar ficaram de fora, por limitação de inscrições, sublinhou. Tendo em conta a alta qualidade dos jogadores este ano, o gestor, que fez dupla com Pascal Ballayer, acabou por ficar de fora do torneio mais cedo do que o previsto. “Não tenho hipótese!”, confessou, sublinhando “o grande pro-
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14 fissionalismo da dupla adversária”. E concluiu, também, que este despor-
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to, em Portugal, está a ter “um cresci- seus preferidos para praticar, a par do mento muito rápido”, sendo um dos running e do ciclismo.
01.A dupla vencedora – Sebastião Mendonça e João Paulo Fernández – (ao centro), a receber os prémios atribuídos pela sua participação, das mãos de José Manuel Loureiro e de Rosalva Fonseca
08. P ascal Ballayer e Rafael Benjumea
02.A outra dupla finalista, constituída por Javier Gallego e Jose María Echaniz
10. Javier Gallego e José María Echaniz
03. Jorge Couto Leitão e Luís Fragoso
11. José Luís Leitão e Sandra Marques de Mendonça
04. Catarina Rosa e Miguel Costa
12. R ocío Álvarez e Marta Alabau
05. Luís Lourenço, José Fonseca, Daniel Monteiro e Maria Álvarez
13. Gonçalo Sobral
06. Paulo Pina e João Gaspar da Silva
14. María Álvarez
07.Ramón Corominas e Jose López
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09. Gonçalo Sobral e José Laurindo Costa
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Por nuno ramos nrc.gmv@gmail.com
McLaren 570S Coupé Rival de peso
A marca britânica, com um grande palmarés na Formula 1 parece querer atacar as rivais alemãs e italianas em todas as frentes no que diz respeito ao mercado dos superdesportivos.O 570S Coupé promete emoções fortes e espera causar “arrepios” a rivais como o Porsche 911, o Audi R8, o Mercedes AMG GT, ou mesmo o Ferrari 458.
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570S coupé marca, também, o nascimento de uma nova gama de modelos conhecida como “Mclaren Sports Series” e que dará origem a três modelos que formam a base da gama da casa britânica. des-
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ta forma, a oferta da Mclaren estará arquitetada em redor da “Sports Series”, da “Super Series”, onde está o 650S e a “ultimate Series”, onde estão o P1 e o P1 GtR. AMclaren espera que a sua produção chegue às quatro mil unida-
des, ficando assim entre a elite das marcas desportivas como Porsche, Ferrari e lamborghini, com modelos pensados para lhes fazer concorrência O design exterior tem muitos traços do 650S, em particular na
sector automóvil sETor auToMóvEL
dianteira e do P1 na zona posterior, em especial as óticas. Em relação às dimensões, o 570S tem 4,53 metros de comprimento, 2,95 de largura e 2,02 de altura. diferente dos seus rivais, o Mclaren 570S aposta no baixo peso: apenas 1.313 quilos. Para isso, é constituído por um chassis Monocell ii semelhante ao do 650S, que apenas
utilizável, tem um acesso mais sim- 570S coupé consegue performanples e um interior, também, mais ces de grande nível, pois acelera dos simples. Os revestimentos são me- zero aos 100 km/h em 3,2 segunnos agressivos e mais confortáveis e dos, alcança os 200 km/h em 9,5 o equipamento muito completo, ao segundos e atinge uma velocidade nível dos seus rivais. destaca-se o máxima de 328 km/h. A Mclaren reclama que o 570S é dos painel de instrumentos tFt, elemento que salta mais à vista, assim mais económicos da gama, com emiscomo o ecrã central sensível ao to- sões de cO2 de 258 gr/km e um conque (iRiS) que integra o controlo sumo homologado de 12 l/100 km.
pesa 80 quilos, mas com alterações práticas. Falamos de embaladeiras mais baixas e bancos ligeiramente mais altos. tudo para o tornar mais utilizável. diferentes são, também, os painéis da carroçaria do modelo, pois a única semelhança com os restantes modelos da marca são a frente e a traseira, com inspiração no P1 e no 650S. Mas onde existem maiores diferenças é no interior. Sendo mais
Apesar de ter sido lançado em do ar condicionado, o rádio e o siscoupé, o 570S terá outras variantes. tema Bluetooth. Apetrechado de uma mecânica se- uma versão descapotável, o Spider, melhante aos restantes modelos, o um Grand tourer, com mais espaV8 de 3,8 litros foi revisto para de- ço interior e uma versão long tail, bitar uma potência de 570 cavalos como no saudoso Mclaren F1, com às 7400 rpm e um binário máximo menos peso e mais orientada para de 600 Nm. Associada a este motor, um uso em pista. Os valores de mercado ainda não está uma caixa de dupla embraiagem de sete velocidades SSG (Sea- estão confirmados, mas deverão rondar os 200 mil euros – ao nível mlessShiftGearbox). com um peso de 1.313 quilos, o dos seus principais rivais.
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Economia portuguesa cresce 1,4% no 1º trimestre
Foto Arquivo
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produto interno bruto (PIB) registou uma variação de 1,4% entre janeiro e março deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2014. O INE adianta que este crescimento se deve a um abrandamento das importações (influenciado pela descida do preço do petróleo) e a uma aceleração das exportações. Ou seja, a procura externa líquida
volta a dar um contributo positivo ao PIB, assim como a procura interna, embora esta última tenha tido um impacto menos significativo, devido a uma redução dos stocks das empresas. "No entanto, em termos da variação face ao trimestre anterior, o crescimento do PIB traduziu o contributo positivo da procura interna", acrescenta o INE.
Inflação na Zona Euro sai de terreno negativo
Portugal atinge excedente externo de 351 milhões de euros
A taxa de inflação na Zona Euro situou-se nos 0%, em abril, deixando assim de estar em terreno negativo, onde se encontrava desde dezembro. Também no conjunto da União Europeia, a taxa atingiu um valor nulo, sendo assim o primeiro mês, desde dezembro, que esta taxa não se encontra em terreno negativo, adianta o Eurostat. Portugal, tal como tinha sido revelado pelo INE, registou um aumento da taxa de inflação, que se situou no valor mais elevado desde julho de 2013. Os receios de deflação parecem, assim, cada vez mais apagados. O BCE afastou sempre este cenário, realçando que as taxas de inflação negativas estavam associadas à queda dos preços do petróleo, que de mais de 100 dólares por barril, no verão, baixaram para valores em torno dos 50 dólares.
A balança corrente e de capital, que contabiliza o fluxo de pagamentos de Portugal ao exterior, atingiu um excedente de 351 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa 0,8% do PIB. Aquele valor contrasta com o défice de 172 milhões de euros (-0,4% do PIB) no mesmo período do ano passado, de acordo com os dados do "Boletim Estatístico de Maio", do Banco de Portugal. Esta evolução positiva resultou de um desagravamento do défice da balança corrente, de 749 milhões de euros no primeiro trimestre de 2014 para 119 milhões nos primeiros três meses do ano. O principal contributo veio da balança de serviços, onde o excedente aumentou para 1.876 milhões de euros (4,5% do PIB). A balança de bens continua negativa, embora o défice tenha descido de 5,3% para 4% do PIB. As exportações de serviços aumentaram 7,8% no primeiro trimestre, enquanto as vendas de bens ao exterior cresceram 4%. As importações de serviços subiram 9,1% e de bens caíram 1,4%.
BBVA perspetiva crescimento de 2% para a economia nacional este ano
Taxa de desemprego sobe para os 13,7%
O crescimento abaixo do esperado no primeiro trimestre não altera o cenário antecipado pelo BBVA para a economia portuguesa, que antecipa um crescimento de cerca de 2% do PIB para o conjunto de 2015. "Esperamos um crescimento relativamente robusto e estável que deverá resultar num crescimento médio anual de cerca de 2% no conjunto do ano", refere o BBVA num relatório publicado há cerca de duas semanas, adiantando que o crescimento abaixo do esperado no primeiro trimestre "não supõe uma mudança significativa no nosso cenário". A área de research do banco espanhol adianta que para o trimestre em curso "os dados mais recentes sugerem que a economia poderia estar a crescer a um ritmo relativamente constante".
A taxa de desemprego em Portugal voltou a subir, totalizando no final do primeiro trimestre 13,7% da população ativa. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o agravamento de 0,2 pontos percentuais representou uma deterioração pelo segundo trimestre consecutivo. Deste modo, existiam no final de março quase 713 mil pessoas sem trabalho, mais 14.600 do que no trimestre anterior. Em termos homólogos, a taxa de desemprego caiu 1,4 pontos percentuais. Segundo o INE, este agravamento em cadeia deve-se essencialmente ao segmento das mulheres, pessoas com mais de 45 anos, com o terceiro ciclo de escolaridade e desempregadas há 12 ou mais meses. No trimestre anterior, a taxa de desemprego já se tinha agravado, de 13,1 para 13,5%, assinalando a primeiro subida do desemprego desde o primeiro trimestre de 2013. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
62 act ualidad€
Junho de 2015
Junho de 2015
ac t ua l i da d â‚Ź
InTErCâMBIo CoMErCIaL intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-marzo de 2015
L
os últimos datos oficiales del comercio hispano portugués relativos al primer trimestre de 2015 confirman, de nuevo, la tendencia al alza experimentada desde el inicio del año: las ventas acumuladas crecen un 1,3% respecto al primer trimestre de 2014 y las compras lo hacen en un 8,8%. En este último trimestre los f lujos comerciales arrojan una cifra que supera los 6.819,8 millones de euros, frente a los 6.556,8 millones de euros alcanzados en igual período del año anterior, lo que representa un aumento superior al 4%. los cuadros 2 y 3 recogen la distribución geográfica del comercio exterior español y de los mismos se desprende que Portugal ocupa la quinta posición entre los principa-
les clientes de España, con un peso relativo del 7%, y la octava posición entre los principales proveedores, con un peso relativo del 3,9%. Se habrá de destacar la importancia relativa del mercado portugués para la oferta exportadora española en comparación con los principales socios comerciales de España como son Alemania (80,7 millones de habitantes y un PiB de 2,9 mil millones de euros) y Francia (63,9 millones de habitantes y un PiB de 2,1 mil millones de euros). En términos generales la distribución sectorial del comercio bilateral mantiene las posiciones relativas de los últimos años, según la nomenclatura tARic (clasificación del arancel aduanero común para territorios comunitarios). la
demanda española que se recoge en el cuadro 4 está encabezada por los vehículos automóviles, tractor con compras por valor de 309,2 millones de euros, seguido de los combustibles, aceites minerales (283,6 millones de euros) y en la tercera posición las prendas de vestir de punto (144,6 millones de euros). Este conjunto de productos representa el 29% del total de las compras españolas a su vecino, Portugal. Respecto a las ventas españolas a Portugal, también en este caso los vehículos automóviles, tractor con 432,8 millones de euros lideran la lista, seguido de las máquinas y aparatos mecánicos con 265 millones de euros y en la tercera posición las materias plásticas; sus manufacturas con 262,7 millones de euros.
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-marzo 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
Saldo 14
Cober 14 %
1.273.065,27
787.297,60
485.768
161,70
1.394.797,28
779.497,73
615.300
178,94
feb
1.424.674,66
881.040,78
543.634
161,70
1.338.884,15
766.810,74
572.073
174,60
mar
1.544.255,54
909.551,96
634.704
168,78
1.454.677,19
822.211,81
632.465
176,92
abr
0,00
0,00
0
0,00
1.532.349,96
782.847,71
749.502
195,74
may
0,00
0,00
0
0,00
1.486.578,30
912.595,57
573.983
162,90
jun
0,00
0,00
0
0,00
1.482.773,80
871.005,17
611.769
170,24
jul
0,00
0,00
0
0,00
1.570.348,08
879.267,89
691.080
178,60
ago
0,00
0,00
0
0,00
1.364.765,16
687.959,14
676.806
198,38
sep
0,00
0,00
0
0,00
1.697.509,98
875.454,32
822.056
193,90
oct
0,00
0,00
0
0,00
1.799.843,69
918.444,34
881.399
195,97
nov
0,00
0,00
0
0,00
1.426.480,47
867.186,35
559.294
164,50
dic
0,00
0,00
0
0,00
1.464.870,06
845.054,06
619.816
173,35
4.241.995,47
2.577.890,35
1.664.105
164,55
18.013.878,11
10.008.334,83
8.005.543
179,99
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
64 act ualidad€
Junho de 2015
Cober 15 %
VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14
ene
Total
Saldo 15
Rankings 2.Ranking principales paises clientes de España enero a marzo 2015
Este conjunto de productos representa el 25% del total de las ventas españolas. incluimos igualmente, en este apartado, un cuadro que recoge la distribución geográfica del comercio bilateral por las principales comunidades autónomas. destacan la cc.AA. de cataluña, Madrid y Galicia que juntas representan el 53% del comercio entre España y Portugal. cataluña lidera la lista de las principales comunidades proveedoras de Portugal con una cifra que supera los 1.065,3 millones de euros, seguido de Madrid con 650,4 millones de euros y Galicia con 552,4 millones de euros. En el apartado de las compras españolas, la cc.AA. de Madrid lidera esta lista con 472,5 millones de euros, seguido de Galicia con 456,2 millones de euros y cataluña con 408,7 millones de euros. Si analizamos la distribución geográfica por provincias, en la oferta española a Portugal aparece en el primer puesto la provincia de Barcelona (867,7 millones de euros), seguido de Madrid (650,4 millones de euros), Pontevedra (245,8 millones de euros) y A coruña (237,8 millones de euros), y en la demanda española destacan las provincias de Madrid (472,5 millones de euros), Barcelona (354,0 millones de euros), A coruña (223,9 millones de euros) y Pontevedra (194,7 millones de euros). Para finalizar y reforzando la idea inicial, el último cuadro pone de manifiesto el crecimiento constante que desde enero de este año se viene produciendo en ambos sentidos con aumentos medios del 10% en las ventas españolas y del 7,5% en las compras españolas a Portugal.
Orden País
Importe
1
001 Francia
9.728.646,76
2
004 Alemania
6.852.711,90
3
005 Italia
4.598.878,28
4
006 Reino Unido
4.426.532,72
5
010 Portugal (d.01/01/86)
4.241.995,47
6
400 Estados Unidos
2.598.596,98
7
003 Países Bajos
2.029.380,35
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
1.506.130,10
9
204 Marruecos
1.387.260,48
10
052 Turquía
1.220.614,78
11
060 Polonia
1.140.936,07
12
720 China
1.030.589,71
13
412 México
1.024.774,02
14
039 Suiza (d.01/01/95)
920.324,11
15
632 Arabia Saudí
845.601,08
16 17 18 19 20
208 Argelia
748.137,97
508 Brasil
704.452,34
952 Avituallamiento terceros 732 Japón
664.897,12 646.912,53
800 Australia
577.885,29
SUBTOTAL
46.895.258,07
TOTAL
60.972.798,95
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
3.Ranking principales paises proveedores de España enero a marzo 2015 Orden País
Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
309.182,13
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
283.617,75
3
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
144.559,52
4
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
143.672,98
5
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
104.725,66
6
24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS
104.070,46
7
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
98.421,00
8
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
89.541,37
9
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
86.567,32
TOTAL
2.582.923,14
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a marzo 2015 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
432.767,15
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
265.043,83
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
262.686,32
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
222.144,72
5
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
219.326,78
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
178.332,80
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
142.933,12
8
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
129.188,42
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
127.664,36
TOTAL
3.821.932,50
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
1
004 Alemania
8.575.864,80
2
001 Francia
7.671.468,11
3
720 China
5.833.700,16
4
005 Italia
3.895.100,79
5
400 Estados Unidos
3.223.302,82
6
003 Países Bajos
2.742.603,02
7
006 Reino Unido
2.678.182,84
8
010 Portugal (d.01/01/86)
2.577.890,35
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
1.715.132,13
10
208 Argelia
1.574.533,68
11
204 Marruecos
1.195.677,18
12
060 Polonia
1.170.710,80
13
052 Turquía
1.108.938,44
14
288 Nigeria
1.049.391,18
15
412 México
941.386,14
16
061 República (d.01/01/93)
17 18 19 20
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a marzo 2015
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015
7.Ranking principales cc.aa proveedoras/clientes de Portugal enero a marzo 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
906.813,72
CC.AA.
075 Rusia (d.01/01/92)
816.723,22
Cataluña
1.065.311,84
Madrid, Comunidad de
632 Arabia Saudí
813.844,88
Madrid, Comunidad de
650.448,06
Galicia
456.217,27
007 Irlanda
812.796,79
Galicia
552.409,91
Cataluña
408.710,28
760.843,56
039 Suiza (d.01/01/95)
Checa
472.527,07
Andalucía
455.389,03
Comunidad Valenciana
255.503,20
SUBTOTAL
50.064.904,61
Comunidad Valenciana
251.092,00
Andalucía
211.796,23
TOTAL
66.496.778,75
Castilla La Mancha
241.601,15
Castilla y León
159.779,50
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Junho de 2015
ac t ua l i da d € 65
oPorTunIdadEs dE nEgóCIo
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas fabricantes de vidrio templado de 19 mm de espesura y 2400 mm de diámetro
DP150502
Empresa portuguesa de equipamientos médicos, busca empresas españolas del sector interesadas en comprar productos médicos y hospitalar de esterilización y desinfección
OP150401
Empresa portuguesa de logística busca empresas portuguesas que exporten para España
OP150402
Empresa portuguesa de logística busca importadores españoles de tejidos para toallas; algodón rizado y felpa
OP150403
Empresa portuguesa fabricantes de equipos en inox busca empresas españolas del sector para presentar sus productos
OP150404
Empresa portuguesa de comercialización de sistemas de digitalización 3D busca contactos de empresas españolas para presentar sus productos
OP150405
Empresa portuguesa del sector de la metalurgia busca empresas españolas fabricantes de semirremolques, compresores, generadores, máquinas de embalaje y máquinas y equipamientos eléctricos para presentar sus servicios
OP150406
Empresa portuguesa del área de la distribución de bricolaje y afines busca socio español para aumentar la distribución de sus productos
OP150407
Empresa portuguesa de asesoría busca empresas españolas de transporte de mercancías en Galicia, Cataluña y Madrid para presentar sus servicios
OP150501
Empresa portuguesa distribuidora de café busca empresas españolas interesadas en representar sus productos
OP150502
Empresa portuguesa del sector textil busca empresas españolas del mismo sector para una relación comercial
OP150503
Empresas españolas importadoras de fruta
DP150504
Empresas españolas fabricantes de máquinas para la producción de hielo seco
DP150505
Empresas españolas fabricantes de biscotes
DP150506
Empresas españolas de metalúrgia
DP150601
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de tubos de aço com solda helicoidal
DE150506
Empresa espanhola do setor das ferramentas industriais procura empresas portuguesas que trabalham com madeira e metais para apresentar os seus produtos
OE150401
Empresa espanhola procura distribuidores de artigos sanitários para distribuir os seus produtos em Portugal
OE150402
Empresa espanhola do setor da alimentação procura empresas portuguesas que importem vitelo ou cordeiro em carcaça/canal
OE150403
Empresa espanhola do setor dos móveis procura empresas portuguesas do setor da bricolagem (distribuição) para apresentar os seus produtos
OE150404
Empresa espanhola do setor da biotecnologia procura fabricantes de testes de diagnóstico de doenças infecciosas em Portugal para apresentar os seus produtos
OE150405
Empresa espanhola fabricante de elementos logísticos de plástico procura empresas portuguesas importadoras de paletes de plástico
OE150406
Empresas importadoras portuguesas
DE150508
Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras de puericultura têxtil
DE150509
Clínicas de medicina estética em Portugal
DE150510
Empresas portuguesas de contabilidade
DE150511
Agente comercial para o mercado português, além de fabricantes de peças de malha e camisolas
DE150601
Empresas portuguesas fabricantes de dobradiças de aço inoxidável para assentos de WC
DE150602
Empresas portuguesas fabricantes/ exportadoras de roupa (pijamas, roupões e camisas de dormir)
DE150603
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
66 act ualidad€
Junho de 2015
oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
Junho de 2015
ac t ua l i da d â‚Ź 67
CaLEndárIo FIsCaL calendario Fiscal >
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
1 15 29
2 16 30
3 17
4 18
5 19
6 20
7 21
8 22
9 10 23 24
11 25
12 26
13 27
14 28
Junho Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
11
IVA
Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em abril/2015
Contribuintes do regime normal mensal
11
Segurança Social
Declaração mensal de remunerações relativas a maio/2015
Entidades empregadoras
22
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de maio/2015
Entidades empregadoras
22
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC, bem como Imposto selo liquidado em maio/2015
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
22
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em maio/2015, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É também aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE
25
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em maio/2015
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
A comunicação
30
IRC
Declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em abril de 2015
Entidades pagadoras dos rendimentos
A entidade pagadora deve obter um número fiscal (NIF especial) para o sujeito passivo não residente.
30
IRC/IRS/IVA/ Selo
IES /Declaração Anual, referente ao exercício de 2014
Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada
Pode ainda ser enviada até 15 de julho
30
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2014 noutro Estado membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
PUB
68 act ualidad€
Junho de 2015
Av. Marquês de Tomar, nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 www.portugalespanha.org
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE140249
F
BE140250
M
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
15/07/1992
INGLÊS/ ESPANHOL/ COREANO
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
INGLÊS/ PORTUGUÊS
PROJETOS DE ENERGIA
BE140251
F
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ ALEMÃO
JORNALISTA/ CRIAÇÃO E GESTÃO DE CONTEÚDOS/ COPY
BE140252
M
INGLÊS/FRANCÊS/ ESPANHOL
ADMINISTRATIVA / FINANCEIRA
BE140253
M
ESPANHOL/ INGLÊS
CONTABILIDADE E GESTÃO
BE140254
M
21/05/1974
INGLÊS/ ESPANHOL
TÉCNICO COMERCIAL
BE140255
F
24/10/1989
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
JORNALISMO
BE140256
P
09/04/1985
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
CIÊNCIAS AMBIENTAIS
BE140257
M
10/05/1978
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS
ENGENHARIA E CONSULTORIA AMBIENTAL
BE140258
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS
SOCIÓLOGA
24/01/1972
BE140259
F
18/04/1973
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS
DIREITO
BE140260
M
30/08/1970
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS
ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
BE140261
M
30/04/1957
PORTUGUÊS/ ESANHOL/ ALEMÃO/ FRANCÊS
ENGENHARIA CIVIL
BE140262
F
20/11/1972
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO/ PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, COMUNICAÇÃO E LÍNGUAS
BE140263
M
28/06/1985
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
BE140264
F
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
DIREITO HUMANITÁRIO
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Agenda cultural
Fado e Flamenco juntos num Badasom
“Os Números da Nossa Vida”
O jornalista Nuno Aguiar procura explicar alguns dos números mais presentes no quotidiano, elaborando sobre as seguintes questões: “Por que é que os institutos de estatística tentam medir as gorjetas que damos aos taxistas e as drogas que consumimos? Como é que uma noitada em Paris nos anos 80 determina a austeridade que nos é imposta? Por que não basta estar sem trabalho para ser considerado desempregado? Como é possível que aquilo que é dito pelo presidente do Banco Central Europeu influencie a prestação da nossa casa? Como é que as agências de rating se tornaram tão poderosas ao ponto de fazerem cair governos?” Como defende o autor, “só compreendendo a sua história, a forma como são calculados, aquilo que nos dizem e o que não nos revelam, seremos capazes de os questionar”.
“Economia Gravata”
Sem
Depois de “Determinantes da Despesa Pública em Portugal”, editado em 2006, Paulo Reis Mourão, lança agora “Economia Sem Gravata. Na obra o autor, doutorado pro em economia e professor na Universidade do Minho, partilha a sua visão sobre o desenvolvimento económico português. “O desenvolvimento tem evidenciado um desequilíbrio territorial no nosso país – não só a ideia feita da litoralização, mas sobretudo adonutização das cidades e a siberização do interior”, defende.
Junho de 2015
O Fado representa 30% das exportações de música em Portugal e o seu reconhecimento tem vindo a aumentar, sobretudo desde que foi considerado Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, em 2011, como notou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto (terceira, da esuqerda para a direita, na foto), na apresentação do Badasom 2015, no passado dia 7 de maio, no Museu do Fado. O festival é também uma oportunidade para reforçar a internacionalização deste género musical, já que apresenta desde a sua primeira edição espetáculos de fado e de flamenco, também considerado Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO (2010). A oitava edição do Badasom, que decorre em Badajoz nos dias 9, 10 e 11 de julho, é a mais feminina de sempre, já que “presta homenagem a todas as mulheres, flamencas e fadistas, que através da história têm preservado e transmitido, de geração em geração, a essência e a alma das músicas mais representativas de Espanha e Portugal”. A organização indica ainda que o programa desta edição “quer honrar muito especialmente as intérpretes atuais do flamenco e do fado, não só pela sua criatividade e qualidade mas também porque são as autênticas agentes da sua criação artística e cultural”. Assim inauguram o festival a fadista Ana Moura (quarta, da esquerda para a direita, na foto), uma das vozes mais internacionais do fado, e a companhia da bailarina e coreógrafa Sara Baras. No dia 10 atuam a cantaora Celia Homero, vencedora do prémio de flamenco “Lámpara Minera”, e Dulce Pontes, uma cantora portuguesa repetente neste festival, onde já havia atuado em 2011. No último dia do Badasom, sobem ao palco do auditório Municipal Ricardo Carapeto a jovem fadista Cuca Roseta e a espanhola Niña Pastori. Francisco Campos, diretor e programador do Badasom (sexto, da esquerda para a direita, na foto), recorda que o festival nasceu com o objetivo de aproximar a cultura portuguesa e a extremenha. O público português tem aderido à iniciativa: no ano passado cerca de 30% dos bilhetes vendidos online foram adquiridos a partir de Portugal. Na atual edição os preços variam entre os 17 e os 22 euros por noite. O Badasom “é hoje uma referência europeia na promoção e difusão da cultura portuguesa e espanhola através da música e da palavra”, frisa a organização. O festival é promovido pela Consejería de Educación y Cultura do Governo da Extremadura com a colaboração do Ayuntamiento de Badajoz. A organização depende do Consorcio López de Ayala. A produção técnica e artística é da responsabilidade da produtora Gestión Ibérica de Eventos. Foto Sandra Marina Guerreiro
Livros
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Música
Nos dia 9, 10 e 11 de julho, no Auditório Ricardo Carapeto, em Badajoz
Jazz ao vivo anima Lisboa e Tróia
Arrancou a 2 de maio a nona edição do Meo Out Jazz, que se prolongará até ao fim do verão. A fórmula é a mesma das edições anteriores: espetáculos de jazz ao vivo e com entrada livre, num jardim, praça, miradouro ou rua diferentes a cada fim-desemana. Os concertos começam às 17 horas. Para os sábados estão programados espetáculos mais intimistas: Mano a Mano + DJ Mistah Isaac (dia 6 de Junho, no Cais das Colunas), C.A.T + DJ Darksunn (dia 13, no parque da Quinta das Conchas), Janeiro + DJ Pedro Rendas (dia 20, no miradouro do Torel) e Lisboa Jamaican Day (dia
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27, no Martim Moniz). Para os finais de tarde de domingo estão reservados espetáculos mais festivos, que, durante este mês, acontecerão no Parque Tejo: Jorge Moniz Quarteto + DJ Ruim (dia 7), Adilan Ferreira + Jazz Hop Portugal (dia 14), Rocky Marsiano apresenta Meu Kamba+ DJ Rui Miguel Abreu (dia 21) e MC Ary - Pé de Chinelo + DJ Sam The Kid / Big (dia 28). Este ano, o Meo Out Jazz estica-se até Tróia, onde atuam este mês Maloca - Mo Francesco Quintetto + DJ John Player Special, no Jardim do Norte. Os espetáculos continuam em julho, agosto e setembro, sempre antes do pôr do sol.
Todos os sábados e domingos, até 27 de setembro, em Lisboa, e dia 27 de junho, 25 de julho e 22 de agosto, em Tróia
Arte
Bienal da Maia
Está a decorrer a Bienal de Arte Contemporânea da Maia, que propõe até ao final de outubro um total de 14 exposições e várias atividades paralelas. Com o tema “Cidade: Território físico e mental”, a bienal tem a curadoria de José Maia e apresenta “uma centena de
criadores de diferentes gerações e áreas artísticas com percurso nacional e internacional, que enquanto artistas, artistas-curadores, artistas-programadores, artistas-produtores, artistas-editores ou artistas-investigadores, têm dinamizado a Área Metropolitana do Porto e as sub-regiões do Litoral Norte – Braga e Viana do Castelo – com projetos artísticos, exposições, mostras de performances, performances-concerto, ciclos de conferências, ciclos de cinema, criação de espaços alternativos, publicação e edições de livros, entre outras”. Entre as diversas atividades, destaque para a mostra coletiva “O Lugar Cheio de Tempo”, que conta com trabalhos de artistas como Amadeo de Souza-Cardoso ou Hamish Fulton, e estará patente entre junho e agosto, no Fórum da Maia.
Até 30 de outubro, na Maia
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Programa de luxo da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música A Orquestra Sinfónica do Porto é um dos trunfos do projeto Casa da Música, que assinala este ano o seu 10º aniversário. Entre o extenso programa que a Casa da Música tem proporcionado, há que destacar os concertos frequentes da sua orquestra residente, que propõe este mês uma agenda de luxo. Assim, no dia 6 de junho a Sala Suggia (nome que homenageia a reputada violoncelista portuense Guilhermina Suggia) estará “Sob o Signo de Jun Mahler”, interpretando a Sinfonia nº 6 deste compositor, uma obra que Adorno descreveu como “a marcha brutal e cega da multidão”, aludindo à “impressionante energia, ao ritmo imparável que pulsa desde o início” da que é também considerada “a apoteose da forma-sonata”. No dia 19 de junho, a orquestra residente da Casa da Música recorda em “O Violino Polaco”, a “famosa Grande Valsa Brihante de Chopin”, através de “uma rara versão de Stravinski” que reforça “a espetacular diversidade de ambientes” desta obra do compositor polaco. O russo Chostakovitch é o protagonista do concerto de dia 21, com a sua 5ª Sinfonia , que representou “um esforço no sentido da inteligibilidade e da simplicidade”, de acordo com as palavras do próprio compositor, preocupado em “agradar ao público” com esta obra.
Por último, ainda este mês, no dia 26, a Orquestra Sinfónica do Porto vai “viajar pelo espaço” e pelas obras “Mercúrio”, de Haydn, e “Júpiter”, de Mozart, que “são das favoritas do grande público”, entre o reportório destes compositores do século XVIII. O espetáculo será comentado e chama-se “1781 - Odisseia no Espaço”. A Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música reúne permanentemente 94 instrumentistas, “o que lhe permite executar todo o repertório sinfónico desde o Classicismo ao Século XXI”, De assinalar, que “a origem da Orquestra remonta a 1947, ano em que foi constituída a Orquestra Sinfónica do Conservatório de Música do Porto”, tendo desde então diversas designações.
Na Sala Suggia, na Casa da Música DE Z eJ m un UNHO bh r o d e 2 0 1 35
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N
Como Marlene Vieira assina o Avenue
A mudança de conceito do Avenue, em 2013, trouxe uma crescente visibilidade e reconhecimento ao trabalho da chefe Marlene Vieira, que além de liderar a cozinha deste restaurante assina também um espaço com o seu nome no Mercado da Ribeira. Cada vez mais apaixonada pelos produtos do mar, a chefe considera que no que toca a cozinhar peixe, há ainda muito caminho para desbravar… Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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Junho de 2015
ão foi imediata a paixão de Marlene Vieira pela cozinha. O pai tinha um talho, na Maia, e a avó cozinhava diariamente para cerca de 20 pessoas, conta a chefe do restaurante lisboeta Avenue, detido pelo guionista brasileiro Aguinaldo Silva, resgatando as suas primeiras memórias gastronómicas. “Gostava das peles de bacalhau crocantes, feitas na chapa pela minha avó e das broas de milho cozinhadas no forno a lenha”, recorda-se, adiantando que nessa altura a cozinha não lhe dizia nada. Foi mais tarde, que teve a oportunidade de ajudar num restaurante, o Costa Brava, na Maia, e aí percebeu que gostava de cozinha. “A cozinheira desse restaurante, a Isabel, que hoje é psicóloga, conseguiu chegar até mim” e também contribuiu para que Marlene percebesse que a figura do chefe não era exclusivamente masculina, acrescenta. Seduzida pela dinâmica da cozinha, Marlene Vieira decidiu que era por aí o seu caminho e inscreveu-se na Escola de Hotelaria de Santa Maria da Feira, onde se formou. Do seu currículo fazem parte a cozinha do Forte de São João Baptista, dois anos num restaurante português em Nova Iorque, o Alfama, a cozinha do Sheraton Porto, a do Degusto de Vítor Claro, a do West In Campo Real e ainda a do restaurante Manifesto de Luís Baena. Desde maio de 2012, lidera a cozinha do Avenue, que atualmente concilia com a gestão do espaço Marlene Vieira no renovado Mercado da Ribeira, também em Lisboa. Na cozinha, gosta de fazer de tudo e anda sempre à procura de um novo desafio, esclarece a chefe: “Gosto de tudo, até sentir que está perfeito, depois aborreço-me. Satura-me fazer sempre a mesma coisa. Passei por todas as secções na cozinha, a meu pedido, porque procurei sempre desafios.” Considera que tem intuição para a cozinha e gosta de lhes dar o seu “toque”, pelo que em alguns dos restaurantes por que passou “servia de filtro das receitas”. No entanto, reconhece que há receitas intocáveis porque estão perfeitas, como a da “tarte Tatin”, exemplifica. Também confessa que liderar uma equipa, que é parte da receita de sucesso de um restaurante, lhe dá gozo. “Sempre fui
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muito acelerada e mandona”, graceja Marlene Vieira. Por gostar de ensinar, Marlene Vieira não prescinde de dar aulas na Escola de Hotelaria de Lisboa e também foi uma das professoras do programa de televisão “Chef´s Academy”: “Ser professora é muito importante para mim. Gosto de transmitir o que sei e sinto que consigo ajudar as pessoas. Fascinam-me particularmente os casos mais difíceis. Tenho três ex-alunos a trabalhar comigo, porque apesar de manifestarem algumas dificuldades na cozinha, eu vi neles potencial.” A chefe admite que “o Avenue tem sido uma grande escola” onde sempre teve margem de manobra: “É ao Avenue que se deve o grande salto do meu nome. Comecei com uma cozinha muito confortável, sem fugir muito ao tradicional, mas em 2013, reformulámos o conceito do restaurante. Abandonámos essa cozinha de conforto e quisemos passar para uma cozinha mais elegante, mas sofisticada, mais criativa e mais moderna, mais digna da Avenida da Liberdade. É também uma aposta mais arriscada, fiquei mais exposta.”
tas vezes jogada ao lixo e hoje integra as fileiras da cozinha criativa e está presente em várias cartas de reputados restaurantes”. A carta do Avenue também propõe uma cavala marinada em sal e vinagre de mostarda e frita em crostini, acompanhada com puré de cenoura à maneira algarvia e cebola de curtume.
Os sabores e os ingredientes continuam a ser quase na totalidade portugueses, esclarece a chefe, que continua a querer honrar a gastronomia portuguesa, tornando-a “menos pesada, mais moderna e elegante”. O fundamental é não perder a essência, alerta: “Quero que as pessoas identifiquem aquilo que têm no prato”. Marlene Vieira diz que “tudo pode ser inspirador”, mas são sobretudo os ingredientes de qualidade que inspiram as receitas. A chefe sublinha “as enormes potencialidades do peixe e do marisco”, ainda por explorar, apesar de “já serem cada vez mais bem cozinhados em Portugal”. Bom exemplo disso é “a cavala, que era mui-
O peixe e o marisco estão em maioria na carta do Avenue. Marlene Vieira faz referência ao prato que tem no carabineiro o seu ator principal: “O carabineiro é um ingrediente de luxo. Trata-se de outro prato inspirado no Algarve, com amêndoas verdes e gaspacho de tomate e suco feito da cabeça do carabineiro e alho. Foi uma receita criada para a primavera, mas vai manter-se no verão. É dos pratos mais pedidos.” Empenhada em apresentar novos sabores, a chefe sugere ainda “um prato de rocaz, um peixe açoriano de grandes dimensões, que tem um sabor a lagosta e é muito difícil de encontrar”. A carta inclui também pratos mais tradicionais como o arroz de polvo, que será servido
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com uma apresentação mais irreverente. Entre as propostas de carne, a chefe seleciona o prato de presas de porco preto, feito com uma carne que só precisa de sal e que se derrete na boca. É servido com beldroegas do Alentejo. As sobremesas também merecem destaque e a chefe faz questão de frisar a presença do pastel de nata do Avenue, que “tem vindo a evoluir de carta para carta”. Na ementa de verão, a chefe promete que “se vai ver o pastel de nata, mas o sabor vai ser surpreendente”. De assinalar, que o Avenue possui para os almoços um menu executivo, com propostas que dificilmente se encontram em menus por 20€ (sem bebida), salienta a chefe. “É muito equilibrado em termos de paladar e em termos nutricionais”, observa. O Avenue dispõe ainda de um menu de degustação de estação (49€), de um menu de degustação clássicos (69€), com os pratos que permanecem na ementa, independentemente da estação do ano, menu de degustação Avenue (90€) e ainda um menu de degustação vegetariano (45€). As bebidas são pagas à parte, podendo o cliente optar ou não pelas sugestões de harmonização do restaurante. A garrafeira e enoteca foi também uma aposta mais vincada a partir de 2013, altura em que o Avenue contratou os serviços da “Wine for You”.
Avenue Avenida da Liberdade, 129 B Lisboa Tel: 21 6017127
Junho de 2015
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úLTIMas
últimas
Statements Para Pensar
“A concessão de crédito vai ser mais exigente nos próximos dez anos”” Fernando Ulrich, presidente do BPI, “Dinheiro Vivo.pt”, 8/5/15
“Os números do primeiro trimestre são bem positivos e se se confirmarem nos trimestres seguintes, isso significará que Portugal vai a caminho de um novo recorde nas exportações (...) [facto que é] um sinal de modernização da economia” Paulo Portas, vice primeiro ministro, “Rádio Renascença.pt”, 11/5/15
“2014 foi o melhor ano de sempre do turismo em Portugal e é muito difícil crescer fortemente sobre um recorde absoluto. Contudo, nos três primeiros meses do ano, Portugal cresceu dois dígitos em termos de turismo (...) [o que] significa um contributo muito positivo para as exportações na área dos serviços” Idem, “Negócios.pt”, 15/5/15
“Confirma-se que não é ocasional, não é por acaso. Portugal está no GPS dos destinos principais do turismo, e isso é um grande trabalho que o setor privado tem feito e que também é o resultado de uma estratégia completamente diferente de promoção” Idem, ibidem
“Todo o investimento estrangeiro que vier, desde que cumpra as regras do país, é bem vindo”
António Vieira Monteiro, presidente executivo do Banco Santander Totta, comentando os mais recentes investimentos de capital chinês em Portugal, “Dinheiro Vivo.pt”, 6/5/15
“A maior parte do tecido empresarial português vive em 1998, do ponto de vista tecnológico” Alexandre Nilo Fonseca, presidente da Acepi-Associação da Economia Digital,
“Negócios Online.pt”, 20/5/15 act ualidad€
Junho de 2015