Actualidad
Economia ibérica Novembro 2015( mensal ) | N.º 221 | 2,5 € (cont.)
Calçado português
caminha formoso e seguro Reabilitação em Portugal e internacionalização sustentam crescimento da Lucios pág. 08
Marcelo Rebelo de Sousa apela a consensos em áreas chave da política nacional pág. 50
XX Torneio Ibérico de Golfe CCILE SUPLEMENTO ESPECIAL
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Índice
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Foto de capa: Undandy
Nº221
Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Jesus Matías Pérez Alejo, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo
índice
Autovision Portugal cresce e coloca profissionais em várias áreas
Grande Tema
Calçado português caminha formoso e seguro
38.
Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copydesk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org)
Editorial 04. Setores tradicionais e inovação: uma
combinação de sucesso
Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Dirce Rente e Nuno Ramos Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Opinião 46. A Europa e o combate ao crime –
– a prevenção da utilização do sistema financeiro
- Dirce Rente
Atualidade 22. El ICEX apoya a las mujeres para lanzar sus
empresas al exterior
24. Pop Up Store, las tiendas efímeras
que se consolidan en España
26. Universidade Atlântica mais próxima das
necessidades das empresas
28. Casa da Ínsua, la primera franquicia
internacional de Paradores
30. Galiza impulsiona a gastronomia como Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
motor económico
E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 32.Marketing 36. Fazer Bem 46. Advocacia e Fiscalidade 48.Setor Imobiliário 50.Eventos 56.Vinhos & Gourmet 60.Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64. Intercâmbio Comercial 66. Oportunidades de Negócio 68. Calendário Fiscal 69. Bolsa de Trabalho 70. Espaço de Lazer 74. Statements
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editorial editorial
Setores tradicionais
e inovação: uma combinação de sucesso
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Foto DR
riar sabrinas-bota ou cal- de Estudos Económicos do Ministéçado de inspiração militar rio da Economia, entre os bens exmas com aplicações de ren- portados cujo preço mais subiu, no das ou de outros materiais ano passado, o calçado assumiu a prisão alguns dos novos pro- mazia, com uma subida de 1,7%. dutos do cada vez mais inovador calDe resto, o calçado não é o único seçado made in Portugal. Inovar para conquistar novos nichos de mercado O calçado foi o e para estar na vanguarda de um setor que movimenta largos milhões de euproduto que mais ros por ano em toda a Europa. subiu de preço, Em Portugal, o setor, que no ano passado movimentou exportações na vertente da no valor de pouco mais de 1.900 miexportação, em 2014, lhões de euros, deverá valer já perto de 2.500 milhões de euros, de acordo e deverá manter-se com os dados mais recentes compiem alta lados pela APICCAPS, a principal associação empresarial do setor no nosso país e que calcula que os preços médios dos produtos nacionais conti- tor tradicional – e, portanto, já totalnuem em alta nos próximos tempos. mente maduro – a ter uma dinâmica Em 2014, de acordo com o Gabinete ascensional nos mercados externos.
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Os têxteis são outro dos grandes setores de exportação que continua com um desempenho ascendente, depois de uma época recente menos positiva. Estes dois setores, em conjunto, movimentaram quase 15% do total das exportações portuguesas, em 2014, num montante aproximado de sete mil milhões de euros. Mas não é só de criatividade e de pormenores ligados à moda que vive a indústria de calçado. As empresas que produzem calçado de conforto estão também a inovar e marcar pontos, a nível mundial. Uma dessas empresas comercializa modelos para a equipa de engenheiros e mecânicos automóveis que dão assistência a uma das equipas da Fórmula Um, demonstrando, assim, a elevada qualidade técnica do calçado profissional made in Portugal, como se destaca também no “Grande Tema” deste mês. Às empresas exige-se, assim, cada vez maior capacidade de inovação, e, nesse processo, as universidades podem e devem ter um papel de peso, numa grande parte dos setores produtivos. Esse foi o objetivo assumido pela Universidade Atlântica, a funcionar em Oeiras e que fornece clientes como a Airbus. Adquirida no ano passado pela empresa espanhola Carbures, a Universidade Atlântica está a ser reformulada, no sentido de orientar os seus cursos precisamente para as necessidades de inovação que o mercado acusa, quer em investigação, quer em recursos humanos, como explica um dos seus responsáveis, num artigo publicado nesta edição. Email: actualidade@ccile.org
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Centro de Formação CCILE Criatividade e Inovação Lisboa, 02 de novembro 09h00-13h00
A Criatividade e a Inovação traduzemse na exploração bem-sucedida de novas ideias, essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas. Uma empresa ou qualquer outra organização que pretenda manter-se à frente de seus concorrentes, precisará de sistemas inovadores e criativos. Preços: Associados: €140 * Público em Geral: €180
PEPEX: Uma Solução para as Suas Cobranças Lisboa, 09 de novembro 09h30-13h30
O Pepex é uma nova ferramenta legal extrajudicial que pode ser utilizada pelos credores na recuperação dos seus créditos. Importa pois conhecer como utilizar e as vantagens inerentes ao mesmo bem como compreender em que situações este procedimento deve anteceder a ação judicial de cobrança e como pode ser utilizado de forma prática pelas empresas para recuperar as suas dívidas sem recurso ao tribunal. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Guia dos Acidentes de Trabalho para Empregadores Lisboa, 10 de novembro 14h30-18h30
Em caso de acidente de trabalho, é essencial que o empregador conheça os procedimentos a seguir, nomeadamente como proceder se depois da alta o trabalhador sinistrado ficar incapacitado para o seu trabalho habitual e como reagir e se relacionar com a seguradora. É iguamente importante compreender como decorre o processo em tribunal e o seu papel no âmbito do mesmo e como acionar a intervenção do IEFP para o caso de não existir na empresa ocupação compatível com a incapacidade do trabalhador sinistrado. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
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Contratar com o Estado Lisboa, 11 de novembro 09h30-13h30 Importa que os fornecedores de bens e os prestadores de serviços conheçam os contratos que regem as compras públicas desde a sua formação à adjudicação e execução, pretendendo esta formação contribuir para a melhoria da qualidade das propostas e das candidaturas dos concorrentes, esclarecendo obrigações e deveres recíprocos, com vista ao sucesso dos candidatos e à promoção da concorrência, prevenindo-se litígios e conflitos. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Tipos de Contrato de Trabalho e Formas de Cessação Lisboa, 12 de novembro 09h30-13h30
No momento de admitir um trabalhador é essencial escolher bem o tipo de contrato de trabalho e as cláusulas a incluir no tipo escolhido. Conhecer as situações em que a lei permite a contratação a termo revela-se essencial para evitar consequências não esperadas pela empresa. Conhecer os vários tipos de Contratos de Trabalho bem como conhecer as formas de cessação do contrato de trabalho e as consequências de cada uma delas é essencial para poder reestruturar a sua empresa. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Cross Selling de Produtos e Serviços Lisboa, 16 de novembro 09h00-13h00
Riscos Elétricos para Não Eletricistas Lisboa, 19 de novembro 09h00-13h00
A utilização da eletricidade exige vários cuidados. A origem da maioria dos acidentes elétricos está relacionada com a falta de informação ou imprudência de quem trabalha e utiliza recursos elétricos. Assim, é essencial conhecer todos os riscos elétricos e as suas medidas de prevenção e regras de atuação em caso de acidente. Preços: Associados: €100 * Público em Geral: €120
Código Contributivo, Retribuição e Processamento Salarial Lisboa, 20 de novembro 09h30-13h30
As alterações na constituição da base contributiva, as taxas sociais únicas, os novos limites de isenção do pagamento da taxa social única e o novo regime dos trabalhadores independentes são matérias do Código contributivo que importa às empresas conhecer e aplicar bem no seu dia-a-dia. Tal como também é importante conhecer as principais regras legais sobre retribuição base, diuturnidades, ajudas de custo, gratificações e as novas regras do subsídio de refeição. A retribuição inerente à isenção de horário, os subsídios de turno e de trabalho noturno serão também objeto de análise. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Representantes dos Trabalhadores na Comissão de HST
Lisboa, 23 e 24 de novembro 09h00-18h00
Para aumentar a performance de vendas de uma empresa e o valor a longo prazo de cada cliente, o Cross-Selling, ou seja, venda de produtos ou serviços paralelos ou acessórios, é uma técnica essencial. Contudo, quando utilizado incorretamente, pode confundir os clientes, atrasar o ciclo de vendas e muitas vezes induzir os clientes a pedir descontos.
A Comissão de HST é a voz dos trabalhadores no que se refere a este tema e representa os trabalhadores nos seus direitos e obrigações neste âmbito, devendo ser um canal de comunicação aberto. Os representantes dos trabalhadores devem conhecer o enquadramento legal e normativo referente à prevenção de riscos profissionais e os elementos básicos da gestão da prevenção desses riscos.
Preços: Associados: €140 * Público em Geral: €180
Preços: Associados: €150 * Público em Geral: €170
Contratação Laboral Lisboa, 25 de novembro 09h30-13h30
Em março de 2015, foram publicados diplomas legais que contemplam apoios ao recrutamento de recursos humanos por parte das empresas. Assim, os responsáveis pela gestão de recursos humanos devem considerar essas medidas no sentido de garantir uma intervenção mais eficaz e potenciadora de objetivos de crescimento ou de racionalização de custos. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Técnicas de Cobrança Extrajudicial e Táticas de Cobrança Judicial Lisboa, 25 de novembro 14h30-18h30 Os atrasos nos pagamentos resultam, em regra, de falta de técnicas de acompanhamento por parte do credor. Para as colmatar importa conhecer as técnicas de estruturação e de organização de um caderno de procedimentos de prevenção e de cobrança que permitem maximizar os resultados e evitar os incobráveis. Por outro lado, é essencial conhecer todos os mecanismos legais em matéria de cobranças judiciais para estabelecer as melhores táticas em termos de cobrança judicial mais eficaz e menos onerosa. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Crimes Fiscais para Empresas e Administradores
Lisboa, 26 de novembro 09h30-13h30 Nas relações da Autoridade Tributária e da Segurança Social com os contribuintes temos assistido, nos últimos anos, a um incremento de medidas de controlo por parte do Estado, bem como a uma maior exigência no que toca às regras de cobrança de impostos. Assim, é imperioso que gerentes e administradores conheçam as suas obrigações, sobretudo devido às consequências gravosas que podem daí advir. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Apresentações em Contexto Comercial Lisboa, 30 de novembro 09h00-13h00
Os comerciais que comunicam os seus produto ou serviços de uma forma interessante, objetiva e sistematizada, muito apelativa e agradável para o cliente conseguirão destacar-se da concorrência. Preços: Associados: €140 * Público em Geral: €180 * A todos os valores acresce IVA à taxa legal em vigor.
SESSÕES INFORMATIVAS O Impacto Legislativo da Gestão de Recursos Humanos Lisboa, 03 de novembro 10h00-13h00
Nos últimos anos, o Código do Trabalho tem sofrido um elevado número de alterações, tendo sido introduzidas também várias novidades. Como tal, é importante fazer um resumo das principais implicações e mudanças que estas alterações suscitaram nas relações laborais. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50
O Regime Jurídico do Comércio Eletrónico e a Proteção de Bases de Dados Lisboa, 18 de novembro 10h00-13h30 O comércio eletrónico e a proteção de dados pessoais são temas cada vez mais presentes no dia-a-dia assumindo uma grande importância no domínio empresarial. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50
Como Acionar o Fundo de Compensação Lisboa, 27 de novembro 10h00-13h30
A 1 de outubro de 2013 entrou em vigor o regime jurídico do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT), cujo objetivo central é assegurar o direito dos trabalhadores ao recebimento de metade do valor da compensação devida por cessação do contrato de trabalho, determinada nos termos da legislação laboral. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50
Golden Visa: Uma Perspetiva Ibérica
Lisboa, 04 de novembro 10h00-13h00 Conhecer as semelhanças e diferenças entre os programas espanhol e português de autorização de residência para investidores. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50
Contratos entre Empresas, Garantias Contratuais e Cobrança de Créditos Lisboa, 10 de novembro 10h00-13h30
Para garantir “pagamentos na hora”, evitando correr riscos de cobrança difícil, é imprescindível antever e prevenir situações de incumprimento. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50
Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org
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Luis Machado Administrador da Lucios (Grupo Azevedo’s) 8 act ualidad₏
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Reabilitação em Portugal e internacionalização sustentam crescimento da Lucios A empresa de construção Lucios nasceu há 77 anos e tem sido capaz de reinventar-se, face às crises e exigências do mercado. Integrada desde a década de 90 no grupo Azevedo’s, a empresa aposta agora na reabilitação urbana, quer para o segmento hoteleiro, quer para o residencial. Em 2014, a faturação em Portugal chegou aos 57 milhões de euros e este ano esperam atingir os 65 milhões. Luís Machado, administrador da Lucios, justifica a longevidade da construtora e fala dos projetos para dilatar a internacionalização.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org
ual é a fórmula que tem permitido ao grupo manter-se há sete décadas, superando as diferentes crises que afetaram o setor da construção?
Em 1942, o mestre Lúcio Azevedo (primeira geração da Lucios), decidiu arriscar por conta própria, sem grandes recursos financeiros, com métodos rudimentares e a ajuda de meia dúzia de homens trabalhadores e com a mesma vontade de arriscar. À construção civil, o mestre Lúcio trouxe o seu cunho pessoal e os valores que acompanharam as gerações seguintes. Chegados à década de 70, a Lucios tem mais uma vez que vencer as contrariedades dos anos de crise em Portugal. Sob a direção do filho, Alberto Carvalho Azevedo (segunda geração), o mercado alvo da empresa reinven-
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tasse e alarga-se a obras pelo norte do país e para clientes tão diversos como fábricas, bancos e outras instituições, que não deixaram de investir na construção civil. É nesta época, mas alguns anos mais tarde, que um novo mercado emerge: as casas de segunda habitação junto às praias, nomeadamente em Matosinhos. Uma aposta ganha e que levou ao investimento no mercado residencial de qualidade. Não deixando de querer ser uma referência para clientes, fornecedores e concorrência, houve a necessidade de controlar as diversas especialidades na construção: assim nasce uma nova empresa, a Padinho, que se dedica à venda de materiais de construção. Acrescentam-se, igualmente, pólos internos de execução: a carpintaria, a serralharia e a central de betão. Com
estas adições, imprime-se um novo dinamismo à empresa que passa a ter o máximo de autonomia nas suas obras e um controlo absoluto na qualidade da sua realização. A Lucios ganha novo fôlego, há maior solidez e determinação de vencer. Com uma dimensão considerável é chegada a hora, nos anos 90, de reorganizar as empresas do grupo. É aqui que entra a Azevedo’s, uma empresa de gestão global de participações, que passa a agrupar todas as áreas de negócios. Isto acontece já com a gestão da terceira geração da família, que incute novas metodologias para a consolidação da Lucios e a orienta em novas direções e mercados. Nestes últimos anos, com a gestão executiva a cargo de Filipe Azevedo (terceira geração), a Lucios assumiu-se como pioneira e especialista na área da reabilitação ur9
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bana, título comprovado por vários prémios atribuídos, e expandiu-se, levando o nome da Lucios além-fronteiras. Em 2013, o grupo falava da necessidade de diminuir o peso da atividade em Portugal no volume de negócios, tendo em conta a crise no setor da construção. Conseguiram fazê-lo? Quanto pesa agora Portugal no volume de negócios do grupo?
Diversificámos geograficamente a nossa atividade. Já realizámos obras em países como França e Brasil e a faturação da Lucios é considerável em países como Moçambique. No entanto, não atingimos, ainda, a diversificação pretendida naquele mercado, visto que Portugal continua a ter um peso superior ao que pretendemos atingir num futuro próximo. Quanto faturaram em 2014 e quanto esperam faturar em 2015?
Em Portugal, no ano de 2014, faturámos 57 milhões de euros. Atualmente, temos uma carteira de encomendas que ronda os 65 milhões de euros. Em termos de mercados externos, a Lucios Moçambique, faturou, em 2014, cerca de 11 milhões de dólares (perto de 9,7 milhões de euros). Quais são os principais mercados em que a Lucios opera e como os aborda10 act ualidad€
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“Em 2014, o segmento da reabilitação representou cerca de 50% da faturação da Lucios em Portugal. (que chegou aos 57 milhões de euros)... estamos em condições de assumir que esta será sempre uma área potencial” ram? Quais são os que estão a revelar um maior potencial de crescimento, em termos de oportunidades de negócio?
Demos os primeiros passos no mercado internacional em 2011, com a Lucios Moçambique, pensada e estruturada no seio de um grupo de empresas portuguesas, com um know-how de mais de 70 anos no mercado da construção. A Lucios Moçambique tem vindo a desenvolver a sua atividade no mercado moçambicano em torno de obras residenciais, industriais, de comércio e de serviços. Estamos em fase de arranque com um contrato com um cliente privado e a
montar toda a estrutura envolvente que dará suporte à nossa entrada na Argélia. Gana é um dos mercados que temos em estudo, onde esperamos novidades muito em breve. Quais são as obras mais emblemáticas da Lucios em Portugal e fora de Portugal?
Em Portugal, fomos responsáveis pela reabilitação do Hotel Intercontinental, do Hotel Vincci e do Hotel NH Collection, todos eles na cidade do Porto. Mais a sul, ainda no segmento hoteleiro, construímos o Hotel Hilton Bom Sucesso. Na área da indústria, construímos a nave industrial Acerol e assumimos vários projetos para a Unicer. No que diz respeito a obras residenciais, reabilitámos o Passeio das Cardosas, na baixa da cidade invicta. A construção do edifício de cirurgia do ambulatório do Centro Hospitalar de Coimbra e a Lenitudes - Medical Center & Research foram projetos que assumimos no setor da saúde. Estamos em fase final de conversão de um edifício em hotel de quatro estrelas na rua do Heroísmo e de um outro na Rua do Infante, ambos no Porto. Estamos a construir um novo edifício para o ensino do desporto e educação física no Instituto Superio da Maia (ISMAI), o empreendimento DehausGardenRe-
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sidenz, na Avenida da Boavista (Porto) e o Edifício Focus Lx, localizado na Avenida António Augusto Aguiar, em Lisboa. Já em Moçambique, destacamos, na área residencial, a construção de um edifício de habitação e comércio
onde irá nascer a Sede do Comité Olímpico de Moçambique. Por sua vez, no setor do ensino avançámos este ano com a construção do Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias, na cidade de Quelimane.
Que peso têm as obras públicas no volume de negócios da Lucios?
Atualmente, em Portugal, o peso é praticamente nulo. Em Moçambique, face à conjuntura das finanças públicas e à parcela importante de investimento privado, a
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estratégia passa por ter uma reduzida componente de obra pública. Quando foi que perceberam que a reabilitação iria ser uma área com potencial? Quanto pesa no volume de negócios da Lucios?
Em 2014, o segmento da reabilitação representou cerca de 50% da faturação da Lucios em Portugal. Face ao peso deste segmento no mercado português, bem como no nosso próprio ADN, estamos em condições de assumir que esta será sempre uma área potencial. Quais os segmentos em que mais trabalham?
Em Portugal, temos vindo a assumir muitas obras de reabilitação de edifícios
O mercado moçambicano representou no ano passado um volume de negócios de perto de 9,7 milhões de euros para a Lucios. Argélia e Gana já estão na mira da construtora com vista à criação de hotéis. O segmento residencial tem também ganho força,
Grupo Azevedo’s aposta em novas áreas Em meados da década de 90, a família Azevedo’s fundadora da construtora Lucios, avançou para a criação de uma empresa de gestão global de participações, que passa a agrupar todas as áreas de negócio entretanto criadas pela Lucios. Assim, atualmente, o grupo Azevedo’s detém 100% do capital da empresa de engenharia e construção Lucios (obras em Portugal), a Lucios Moçambique e a Lucios França, e a participação maioritária (90%) na Lucios Argélia. No domínio dos materiais de contrução, o grupo Azevedo’s é dono da Padinho e
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da Padimat Moçambique. O grupo Azevedo’s entrou também no setor do imobiliário, onde detém a Azinv (100%), a Lucios Imobiliária (90%), a Neiva & Azevedos (50%) e a Emim (30%). Outra área de negócio entretanto acrescentada é a da domótica, automação e multimédia, graças à participação na Livingdam (50%). O grupo possui também investimentos na indústria, nomeadamente na Mozapart Sgps (30%), e no setor do turismo: na Promocircular (50%), na Nosso Legado (30%) e na Residence Convento Santa Joana (33%).
quer em Portugal quer em Moçambique. Que peso tem a Lucios Indústria no grupo?
Diariamente, uma empresa como a nossa tem de gerir dezenas de obras, centenas de colaboradores, milhares de quilómetros e toneladas de matérias-primas. Para fazer uma gestão organizada e eficiente de todos os movimentos, calendários e pessoas, criámos a Lucios Indústria. Esta área agrega, desde 2013, a produção de suporte da empresa: a produção de carpintaria e acabamento, e a produção e comercialização de betão, e ainda faz a gestão do parque de materiais, equipamentos e instalações. Que desafios se colocam ao grupo atualmente? Que perspetivas traça para o futuro?
O nosso grande objetivo passa por consolidar o mercado nacional e nele melhorar margens. Já em Moçambique, esperamos um incremento considerável no volume de negócios. Quantas pessoas emprega o grupo?
O Grupo Azevedo’s onde se insere a Lucios (mercados nacional e internacional) e a Padinho (com as marcas Padinho, Padimat e WaterEvolution) reúne cerca de 600 colaboradores. Só em Portugal, a Lucios emprega cerca de 290 pessoas.
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
BCP reforça em Angola com o Banco Emissão do Privado Atlântico Santander Totta ficou 40 pontos abaixo do custo da República
O Banco Comercial Português reforçou a sua capacidade de expansao em Angola por via da fusão do Banco Millennium Angola com o Banco Privado Atlântico, conseguindo, dessa forma, obter condições para crescer em contexto adverso e, simultaneamente, adaptar-se às implicações decorrentes da alteração da equivalência de supervisão. O Banco Comercial Português anunciou ter assinado um memorando de entendimento com o maior acionista do Banco Privado Atlântico (a Global Pactum-Gestão de Ativos), com vista à fusão entre o Banco Millennium Angola e o Banco Privado Atlântico, “de que resultará a segunda maior instituição privada em crédito à economia, com uma quota de mercado aproximada de 10% em volume de negócios”, refere o banco português. “A junção das capacidades complementares do BMA e do Atlântico po-
tencia oportunidades de crescimento e maximiza a capacidade de criação de valor em Angola, possibilitando a manutenção da contribuição da atividade em Angola em níveis consentâneos com a ambição do Millennium bcp e retornos sobre o capital investido na ordem dos 20%, compensando o abrandamento da economia angolana face aos planos iniciais”, adianta a mesma instituição. O memorando de entendimento prevê para a nova entidade um conselho de administração constituído por 15 membros, dos quais cinco nomeados pelo Millennium bcp, bem como uma Comissão Executiva, de sete membros, incluindo dois indicados pelo Millennium bcp, que indicará ainda um dos vice-presidentes do CA. O BMA é o sexto maior banco, em crédito, do sistema bancário angolano e o oitavo maior em depósitos.
O Banco Santander Totta procedeu, há dias, a uma emissão de 750 milhões de euros em covered bonds a cinco anos, feita a um custo 40 pontos base abaixo do da República Portuguesa. A emissão – colocada junto de mais de 60 investidores, incluindo bancos centrais fora da Zona Euro, com uma taxa swap acrescida de 55 pontos base” – viu a procura exceder a oferta. “Este excelente resultado permitiu que na operação de dia 19 de outubro – face às emissões de 2014 em covered bonds a cinco anos – o Banco Santander Totta tivesse reduzido o spread em mais de 30 pontos base”. Para este desfecho muito positivo, terá contribuído o rating do banco, que ao longo do último ano foi objeto de um upgrade (A1 pela Moody’s/ A pela DBRS / BBB+ pela Fitch), assegura o Santander Totta.
Endesa lidera segmento de grandes consumidores de eletricidade A Endesa continuava em agosto a liderar o segmento de grandes consumidores de eletricidade em Portugal, com uma quota de 26,5%, depois ter ter retirado em julho a posição anteriormente detida pela EDP Comercial neste segmento, de acordo com o relatório da Entidade Reguladora para os Serviços Energéticos (ERSE) . No segmento de grandes consumidores, a EDP Comercial (22,5%) e a Iberdrola (19,7%) perderam quota de mercado, em 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente. A Endesa (26,5%), líder no segmento, manteve a sua quota, assim como a Axpo (0,5%). A GN Fenosa (9,7%), a Galp (6,1%) e a Fortia (14,8%) aumentaram as suas quotas em 0,1 p.p, 0,2 p.p. e
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0,1 p.p., respetivamente. “O segmento de clientes industriais é aquele que apresenta um maior potencial de intensidade competitiva. Em agosto, a Endesa (28%)continuou a liderar este segmento, mantendo a sua quota, seguida da Iberdrola (24,2%), com redução de 0,2 p.p.”, adianta a ERSE A Galp (14%%) e a GN Fenosa (4,5%) aumentaram as suas quotas em 0,5 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente. A EDP (22,3%), que ocupa o terceiro lugar, reduziu a sua quota em 0,6 p.p.. A Audax (3,3%) e a Axpo (1,7%), mantiveram as suas quotas. Em julho, além da Endesa, também a GN Fenosa reforçou a quota junto dos grandes consumidores, de 7,5 para 9,6%, enquanto a EDP Comercial perdeu terre-
no, de 27,6 para 22,7%, passando, deste modo, a ser o segundo fornecedor deste segmento. No seu resumo informativo mensal sobre o mercado liberalizado de eletricidade, a ERSE adianta a existência de cerca de 4,18 milhões de clientes em regime de mercado no final de agosto. O consumo de eletricidade no mercado livre atingiu os 39.237 GW, mais cerca de 11% face ao período homólogo, o que representa 88,2% do consumo total registado em Portugal continental. A EDP Comercial manteve a sua posição como o principal operador no mercado livre em número de clientes (84,5% do total) e em consumos (cerca de 43,3% dos fornecimentos no mercado livre).
Breves Marão e Transmontana recebem 253 milhões de fundos comunitários Os dois grandes projetos rodoviários da região transmontana – o túnel do Marão e a Autoestrada Transmontana – viram aprovada a atribuição de mais de 250 milhões de euros dos Fundos de Coesão. A União Europeia aprovou a atribuição, através do Fundo de Coesão, de 164,4 milhões de euros para a Autoestrada Transmontana, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP) em comunicado, explicando que o cofinanciamento no âmbito do Quadro Comunitário QREN 20072013 é atribuído para a concretização da A4 entre Amarante e Vila Real. Trata-se de um lanço com 134 quilómetros, que complementa a autoestrada entre o Porto e Bragança e faz a ligação à fronteira espanhola em Quintanilha/Zamora.
A IP destaca tratar-se do primeiro cofinanciamento a um projeto em regime de PPP, enquadrando-se no “elevado interesse público que a concretização desta infraestrutura compreende, contribuindo para a coesão do território e desenvolvimento regional”, a qual se integra ainda nas Redes Transeuropeias de Transportes. Também o projeto do Túnel do Marão viu aprovado, em agosto passado, a atribuição de 89 milhões de euros no âmbito dos Fundos de Coesão da UE. “Com este cofinanciamento o montante do investimento fica em 61 milhões, ou seja, menos de metade dos 150 milhões do custo das três empreitada atualmente em curso”, sublinha a IP.
Crowne Plaza Porto fecha ano com resultados recorde
A mais recente marca hoteleira da Avenida da Boavista, o Crowne Plaza Porto, completou o primeiro ano de atividade com mais do dobro do GOP (lucro operacional bruto) registado no ano anterior. Há um ano, o InterContinental Hotels Group (IHG), detentor da insígnia Crowne Plaza, reforçou a presença em Portugal, com a introdução de uma nova marca na Avenida da Boavista. No espaço de apenas um ano, o hotel duplicou o lucro operacional bruto face à anterior insígnia, um marco previsto a ser atingido em dois anos. A elevada e con-
sistente taxa de ocupação foi o principal motor para estes resultados, onde se registou um aumento no total da receita de alojamento de dois dígitos. Destaque para os meses de verão, altura em que foram atingidos picos de 90%, traduzindo-se no melhor período de sempre do hotel. A par da elevada procura pelo destino esteve ainda a capacidade do hotel em atrair novos perfis de turistas, nomeadamente no segmento de negócios, mais concretamente na área das reuniões, conferências e incentivos. Nem o intensivo processo de renovação do hotel, na primeira metade do ano, abrandou este desempenho. Pelo contrário, o investimento de 2,5 milhões de euros contribuiu para a melhoria de todas as áreas e serviços do Crowne Plaza Porto, de forma a implementar as exigentes normas da marca internacional Crowne Plaza. O grande foco deste processo foram as salas de eventos e reuniões (na foto), principal área estratégica do Crowne Plaza Porto.
TransMetal Meeting promove relações entre empresas metalúrgicas da Galiza e norte de Portugal Aprofundar a relação entre os dois mercados fronteiriços do norte de Portugal e da Galiza e desenvolver e analisar oportunidades de negócio e de colaboração conjunta com empresas, associações ou potenciais clientes de ambos os lados da fronteira foi o mote do “TransMetal Meeting 2015”, encontro que decorreu nos passados dias 14 e 15 de outubro, em Arco de Valdevez (Minho). A iniciativa resultou de uma colaboração entre a AIMMAP (Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal), o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza-norte de Portugal (AECT GNP) e outras associações e visou reforçar a colaboração empresarial entre as duas regiões. Participaram no encontro mais de 150 entidades, entre empresas do setor metalúrgico e metalomecânico, centros de formação, centros tecnológicos, empresas de additive manufactoring, robótica e automatismos. O evento previa a criação, no futuro, de uma rede de colaboração transfronteiriça, tanto para as empresas como para as instituições e organismos com presença nos dois países e com potencial para colaborar no desenvolvimento do setor, incluindo associações, centros tecnológicos e centros de formação. Produção automóvel em Portugal aumenta 4,8% em setembro A produção automóvel em Portugal totalizou, em setembro, os 14.726 veículos automóveis, o que representou um acréscimo de 4,8% face ao mês homólogo do ano anterior. Já em termos acumulados, no período de janeiro a setembro de 2015, foram produzidos 122.067 veículos automóveis, o que representou um decréscimo de 2,6% face ao mesmo período do ano anterior, o qual foi exclusivamente determinado
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Breves pela quebra da produção de veículos comerciais ligeiros. Do total de veículos produzidos, 117.517 destinaram-se à exportação, o que representou 96,3% da produção total e menos 3% do que os veículos exportados no período homólogo do ano anterior. Por países de destino, nos primeiros nove meses do ano, a Alemanha absorveu 26,4% dos veículos que Portugal exportou, seguida de Espanha (13,4%) e do Reino Unido (9,9%). O total da UE-28 absorveu 76,9% dos veículos exportados, enquanto o total da Ásia representou 14,3%, sendo que só a China ascendeu a 12,4% das exportações de automóveis produzidos em Portugal. Comércio através do telemóvel deverá crescer quase 120% até 2020 O comércio através do telemóvel deverá crescer 119% até 2020, de acordo com as mais recentes estimativas da Forrester. A consultora estima, assim, que o m-commerce deverá superar, em cinco anos, a barreira dos 223 mil milhões de euros. Para este ano, a Forrester calcula que o comércio móvel movimente cerca de 102 mil milhões de euros. Dentro de cinco anos, 15% das vendas serão feitas através de smartphones, mas serão os tablets a experimentar o maior crescimento, ao acumular 33% das transações. Números que explicam que 70% dos negócios de comércio eletrónico estejam já adaptados ao m-commerce. Operadores logísticos faturaram mais 5,3% em 2014 A crescente externalização das atividades logísticas por parte das empresas portuguesas favoreceu, nos últimos anos, o crescimento do volume de negócios das empresas especializadas na prestação destes serviços, apesar do contexto económico negativo, revela um estudo anual da DBK, filial da Informa D&B. O volume de negócios global do setor, considerando as atividades de armazenamento de mercadorias e as operações associadas realizadas sobre as mercadorias armazenadas (manipulação, transporte e distribuição), situou-se nos 495
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MAPFRE lança novo seguro de vida com coberturas alargadas A seguradora MAPFRE acaba de lançar um novo seguro de vida, o MAPFRE VIDA, que integra uma nova geração de seguros de vida risco individual. O MAPFRE VIDA, ao invés da generalidade dos produtos similares existentes no mercado, aposta na proteção das pessoas seguras durante a sua vida, para além das tradicionais coberturas. Além disso, tem a particularidade de ser o único no mercado que se adapta às necessidades de cada cliente, devido ao elevado leque de coberturas, conferindo-lhe uma ampla proteção em diversas adversidades. O MAPFRE VIDA é um seguro que, para além da habitual proteção dos beneficiários do detentor, também protege o próprio cliente em caso de invalidez, doenças graves e incapacidades temporárias. O cliente pode ainda incluir até 26 doenças graves, segunda opinião médica, coberturas de acidentes,
coberturas de assistência, entre outras. Sendo um produto modular, permite ao cliente optar por pacotes pré-desenhados (Base e Plus) que asseguram uma ampla proteção. Caso pretenda uma proteção totalmente personalizada, contempla também uma modalidade flexível que possibilita ao cliente escolher livremente o que necessita.
Hovione cria sociedade de capital de risco na área da saúde A Hovione, uma multinacional portu- dos produtos de saúde à escala gloguesa da área química e farmacêutica, bal, tem agora disponíveis fundos de criou a Hovione Capital, uma socieda- cinco milhões de euros para investir, de de capital de risco, que arranca através da Hovione Capital, em projecom um capital de 750 mil euros e que tos nacionais com potencial global. vai apoiar projetos de start-ups na Peter Villax, CEO da Hovione Capiárea dos dispositivos médicos, regis- tal, afirmou que “neste momento, há tos de saúde eletrónicos e soluções muitos novos projetos e ótimas ideias de monitorização de doenças cróni- em Portugal”, sendo privilegiados cas. O grupo, que conta com uma ex- “projetos com promotores de grande periência de mais de 50 anos em so- potencial com ideias e produtos inoluções de alta tecnologia no mercado vadores”.
apuntes de economÍa
Novo embaixador de Espanha em Portugal toma posse
Juan Manuel de Barandica apresentou as credenciais como novo embaixador de Espanha em Portugal perante o Presidente da República português, Aníbal Cavaco Silva (na foto), numa cerimónia realizada no passado dia 23 de outubro, em Lisboa. Na cerimónia, estava presente, igualmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o ministro conselheiro da Embaixada de Espanha, Álvaro Sebastián de Erice.
Juan Manuel de Barandica, licenciado em Direito, ingressou na carreira diplomática em 1972. Entre os seus diversos cargos, foi embaixador na Líbia, Reino Unido, Países Baixos, Roménia, na República Checa e na Áustria, e, mais recentemente, embaixador na Unesco, na divisão das Nações Unidas para a educação e cultura. Em setembro de 2000 foi agraciado pelo presidente Jorge Sampaio com a GrãCruz da Ordem do Infante Dom Henrique.
Arko Services consolida atividade na área dos serviços A Arko Services, empresa de ser- ços ligados aos mais diversos perviços em diversas áreas, continua fis profissionais, em áreas como a expandir a sua atividade para rececionistas, bilheteiras, centros novas áreas. “Com os exigentes de atendimento, zeladores, hospevalores de uma empresa de segu- deiras, promotoras, motoristas, varança e com as nossas experientes let parking e serviços de transferes. equipas, a Arko Services garante “A empresa tem vindo a consolidar um serviço de excelência a todos a sua atividade, contando já com os seus clientes”, nos mais diver- parceiros como a RTP, Sporting, sos domínios, explica Catarina AXA, Alstom, Volvo Ocean Race, ou Esaguy, gestora de Comunicação a Volta a Portugal, e promete contida empresa. nuar a expandir o seu negócio, manCom cerca de um ano de existên- tendo sempre a qualidade dos seus cia, a empresa disponibiliza servi- serviços”, frisa a mesma fonte.
apontamentos de economia milhões de euros, em 2014, mais 5,3% do que o registado no ano anterior. O número de operadores com atividade significativa no setor rondou os 80, no período em análise, com um volume de emprego próximo dos 9.100 trabalhadores. O armazenamento e as operações no armazém viram a sua importância reforçada nesse exercício, sendo responsáveis por 50,5% do volume de negócios total. Os 49,5% restantes (245 milhões de euros) corresponderam a operações de transporte das mercadorias armazenadas. Os produtos de alimentação e bebidas representam a maior parte do negócio dos operadores logísticos, com cerca de 52% da faturação setorial no exercício de 2014. O setor de farmácia, drogaria e perfumaria tem também um forte peso no mercado nacional da logística, gerando aproximadamente 20% da faturação. Para o biénio 2015-2016, o mesmo estudo estima um crescimento anual do mercado de cerca de 5%, para os 520 milhões de euros em 2015. Rangel tem novas instalações no aeroporto de Lisboa A Rangel conta com um novo espaço no Aeroporto da Portela, em Lisboa, para as operações de carga aérea, o que vai agora permitir um maior controlo e proximidade do centro de operações, propiciando uma maior capacidade de resposta. Haverá agora uma maior proximidade com o controlo alfandegário e, consequentemente, rapidez na transferência de documentação e otimização dos processos de importação e exportação. “Este espaço era fundamental para este tipo de operações e permite à Rangel continuar a ser uma referência em Portugal”, afirma Nuno Rangel, vice-presidente da Rangel.
Recorde-se que ainda este ano a Rangel foi eleita o maior agente da TAP em 2014, tendo para isso contribuído o transporte de um total de 1373 toneladas de carga, expedidas a partir de Lisboa e Porto.
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Breves Los mejores gestores españoles Los presidentes de Telefónica, César Alierta, de Inditex, Pablo Isla, y de Caixabank, Isidro Fainé, han sido calificados como los mejores gestores empresariales en España según un estudio sobre éxito empresarial de Advice Strategic Consultants. El análisis no es una clasificación de poder, influencia, imagen y reputación, sino que «identifica a aquellos líderes empresariales que generan mayor valor tangible para sus compañías, fruto de la excelencia en su labor y, con ello, contribuyen de manera decisiva al éxito de sus empresas», según el director general de Advice Strategic, Jorge Díaz. Bajo ese criterio, los tres primeros líderes destacados son César Alierta, que aglutina un 81% de los votos de los expertos consultados para el estudio; Pablo Isla, con un 79%, y Isidro Fainé, con un 77%. Por detrás se sitúan el presidente de El Corte Inglés, Dimas Gimeno, con un 71%, y la presidenta de Banco Santander, Ana Botín, con un 70%. “Los líderes de opinión valoran muy positivamente sus primeros doce meses de gestión y la transformación positiva que están llevando a cabo en sus empresas”, señala la consultora de esos dos últimos empresarios, que tomaron las riendas de los grandes almacenes y el primer banco español respectivamente tras fallecer sus anteriores presidentes. Abertis y Orange se alían para introducir el pago por móvil en las autopistas Abertis, a través de su filial francesa Sanef, y Orange se han aliado para desarrollar un sistema de pago del peaje de las autopistas con el móvil que ya está funcionando en pruebas en una vía de Francia. Una vez que este servicio de pago por móvil se ponga en servicio operativo, el cliente que desee utilizarlo deberá registrarse en Internet y cargar la correspondiente aplicación en su teléfono móvil. Una vez en la autopista, cuando llegue a la cabina de pago del peaje, sólo tendrá que acercar la parte trasera de su teléfono smartphone a una terminal de cobro para abonar el importe correspondiente y que la barrera se abra en “menos de un segundo”. El pago se podrá realizar incluso si el dispositivo está apagado o fuera de cobertura, según datos del grupo Abertis.
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Repsol vende parte del negocio de gas canalizado a Gas Natural y Redexis Repsol ha acordado con Gas Natural Distribución y con Redexis Gas la venta de parte de su negocio de gas canalizado por un total de 651,5 millones de euros. La operación supone una plusvalía aproximada (después de impuestos) de 367 millones de euros. Los acuerdos, que se completarán en los primeros meses de 2016, quedan sujetos a la obtención de las correspondientes autorizaciones administrativas. Repsol mantiene una cartera de instalaciones de gas canalizado con capacidad de suministro para 141.535
clientes, de carácter regional, con los que continuará con su operativa habitual. Gas natural Distribución es filial de Gas Natural Fenosa, en la que la propia Repsol tiene una participación cercana al 35%. Le corresponden 250.000 puntos de suministro y un desembolso de 450 millones de euros. Redexis Gas, por su parte, es la antigua Endesa Gas y ahora está controlada por Goldman Sachs. Con esta operación, el total de puntos de suministro adquiridos a Repsol alcanza los 71.530 y 270 kilómetros de red de distribución.
Indra firma tres nuevos contratos con la Dirección General de Tráfico Indra ha firmado tres nuevos contratos con la Dirección General de Tráfico (DGT) por un importe de 17,5 millones de euros con los que consigue reforzar su posición como su principal proveedor de servicios tecnológicos. El contrato ha sido adjudicado a la empresa de trabajo temporal UTE creada por Indra y Telvet para la gestión y explotación del Centro de Gestión del Tráfico de Madrid durante los dos próximos años. El espacio de actuación no
se centra solamente en la capital, sino que se extiende a las provincias colindantes como Toledo, Cuenca, Guadalajara, Ciudad Real y otras más alejadas como Jaén, Cáceres y Badajoz. Otros de los proyectos de soporte y asistencia técnica en los que Indra presta sus servicios, es en la gestión del Centro Estatal de Tramitación de Denuncias Automatizadas y que realiza también de forma conjunta en UTE con las empresas Telvent y Wordline Iberia.
El fondo de Louis Vuitton compra el 49% de El Ganso El Ganso ha cerrado la entrada en su accionariado de L Capital, fondo de inversión esponsorizado por Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH), mediante la adquisición del 49% de Acturus Capital, según ha informado la firma de moda en un comunicado. En concreto, ambas compañías han elaborado de forma conjunta un «ambicioso plan de negocio» que ayudará a dinamizar la marca y reforzará el crecimiento de la misma en los mercados internacionales. La entrada de L Capital en El Ganso se enmarca dentro de la apuesta del fondo de
participar en el desarrollo internacional de compañías con un gran potencial de crecimiento. Algunas de las compañías que forman o han formado parte de su portfolio son Ba&Sh, Giuseppe Zanotti, Pepe Jeans & Hackett y Gant USA.
Gas Natural Fenosa Chile compra el 8,33% de Metrogas por 116 millones Gas Natural Fenosa Chile ha cerrado la compra del 8,33% de la empresa Metrogas, tras alcanzar un acuerdo con el grupo gasista Trigas, por un importe de 116 millones de euros. Tras esta adquisición, el grupo Gas Natural Fenosa en Chile pasará de tener una participación de control del 51,84% a tener el 60,17% en la sociedad Metro-
gas, compañía chilena distribuidora de gas. Con ese nuevo reparto del capital, el Consejo de Administración quedará formado por cinco consejeros designados por Gasco, cuatro por Copec y un consejero designado hasta ahora por Trigas, que pasará a ser designado por Gas Natural Fenosa Chile.
Famosa se alía con Bandai para vender sus “Nancy” y “Nenuco” en Reino Unido Famosa y Bandai han firmado un acuerdo para la distribución de sus muñecos Nenuco, Nancy y Pin y Pon en Reino Unido e Irlanda a partir de 2016, según ha anunciado la juguetera española, que fortalece así su posición en el mercado europeo. Este acuerdo se produce tras el reciente nombramiento de Marie-Eve Rougeot como nueva consejera delegada de Famosa y coincide con la estrategia de fortalecimiento de la ju-
guetera española en el mercado europeo. De hecho, la compañía potenciará también la marca y los productos Feber en el mercado británico. “Estamos encantados de asociarnos con Bandai, un líder del mercado juguetero en Reino Unido. Esta relación nos permite seguir creciendo en Europa sobre las bases que Famosa estableció al entrar en el mercado del Reino Unido en 2012”, explica la compañía española.
El software de una start-up española seleccionada por Airbus para su aceleradora El software de la start-up española OBUU entra en el Airbus BizLab, la aceleradora de negocios de Airbus, junto a otros cuatro proyectos – de un total de 150– con un programa informático para la gestión del stock de piezas y repuestos. La forman tres ingenieros españoles Francisco Inglés, Mario Inglés y Nicolás Hornillos que han diseñado un software para gestionar el stock de herramientas y repuestos de una línea aérea o de un centro de mantenimiento de aviones (MRO, «Maitenance Repair and Overhaul», en inglés). Mario Inglés ha explicado que lo que empezó como un proyecto de fin de carrera, la
experiencia lo ha convertido en un programa informático del que ya hay una versión beta. “Lo que hace nuestro software es estudiar el historial de reparaciones de las herramientas o repuestos”, para posteriormente realizar una simulación de las necesidades de piezas, que puedan generarse en un determinado momento.
Gestores
en Foco
Neinver, compañía española especializada en inversión, desarrollo y gestión de activos inmobiliarios y segundo operador de centros outlet en Europa, ha nombrado a Daniel Losantos, hasta ahora director general, consejero delegado de la compañía. Carlos González será quien asuma a partir de ahora la Dirección General, manteniendo las funciones de director financiero, cargo que ha venido ocupando hasta la fecha. Daniel Losantos, ingeniero industrial por la Universidad Pontificia de Comillas ICAI y MBA por Columbia Business School, se incorporó al departamento de Desarrollo de Negocio de Neinver en 2011 y en 2012 fue nombrado director general del Grupo. Previamente, Losantos trabajó varios años en la boutique financiera y de inversión A&G. Por su parte, Carlos González se incorporó al departamento financiero de Neinver en 2011 y en 2012 fue nombrado director financiero. Licenciado en Económicas por Cunef y MBA por el Instituto de Empresa, antes de su incorporación a Neinver ha sido director financiero de la Inmobiliaria Chamartín y ha trabajado en otras empresas como Beam Global, Allied Domecq Spirits & Wine y Bearbull. PayPal ha nombrado a Raimundo Sala nuevo director general para España y Portugal. Dentro de PayPal, Sala ha ocupado el cargo de director de Ventas para España y Portugal, siendo responsable de la estrategia comercial para pequeñas, medianas y grandes empresas desde septiembre de 2013. En su nuevo rol, aplicará su liderazgo y sólida experiencia en gestión para mantener a PayPal a la vanguardia de la revolución de los pagos digitales. La trayectoria de Raimundo incluye más de 15 años liderando relaciones estratégicas en compañías internacionales. Antes de unirse a PayPal, ocupó diferentes roles en Europa, Oriente Medio, Sudamérica y Estados Unidos en compañías de renombre internacional.
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atualidade actualidad
Autovision Portugal cresce e coloca profissionais em várias áreas A Autovision, uma empresa do grupo Volkswagen dedicada à prestação de serviços para empresas, pretende consolidar a atividade em Portugal e contratar novos profissionais, quer internamente, para efetuar serviços nas empresas do grupo, quer externamente, para empresas clientes. Além da Volkswagen, a empresa conta com outros clientes, na área do trabalho temporário. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
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Autovision Portugal, que inclui as áreas do trabalho temporário (através da participada Autovision People) e de prestação de serviços (Autovision Serviços), continua a consolidar a sua atividade. Segundo explicam José Leal e João Costa (na foto), diretores da AutoVision Portugal & Espanha, a empresa, pertencente ao grupo Volkswagen, continua a reforçar as diversas vertentes de atuação, contando já com cerca de 600 colaboradores em Portugal e Espanha e ainda, indiretamente, cerca de 600 em regime de trabalho temporário, em Portugal. A Autovision Portugal foi constituída em 2004 e começou a atuar no ano seguinte, sendo então a primeira participada da Autovision fora da Alemanha, depois da criação desta empresa de serviços em 2001, em Wolfsburg (ver caixa). Abrangendo ainda o mercado espanhol, a delegação ibérica é gerida a partir de Palmela e conta com sucursais em Pamplona e Barcelona. Tendo em conta o crescimento registado e a necessidade de estar mais perto dos 20 act ualidad€
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clientes, foram criados alguns escritórios comerciais em Lisboa, Vila Franca de Xira e Porto (delegação do norte). A assinalar o décimo aniversário, a filial portuguesa da Autovision mantém um “forte crescimento na vertente da prestação de serviços ao grupo Volkswagen”, mas também a outros clientes, depois de em 2008 ter criado uma empresa de trabalho temporário, a Autovision People, destaca João Costa. Da logística industrial à gestão de qualidade
A principal área de atividade da
empresa é a prestação de serviços para empresas do grupo, realizada através da AutoVision Serviços, sendo que, na gestão de recursos humanos, presta serviços a diversos outros clientes a nível nacional, nas vertentes do recrutamento e seleção, processamento de salários, gestão interna ou consultoria em recursos humanos. Quanto aos perfis profissionais mais requisitados pela AutoVision, estão os cargos ligados à indústria, sobretudo com formações em engenharia e tecnologias de informação, uma vez que a empresa está a constituir um centro de serviços partilhados de com-
actualidad atualidade
petências para toda a Europa. Faturação superior a 11 milhões de euros
Os serviços prestados aos clientes pela Autovision abrangem uma carteira variada de profissionais. “No trabalho temporário, o trabalhador é um dos clientes, há um compromisso entre a empresa, que necessita dos serviços e o colaborador, que tem de ser satisfeito”, refere João Costa. Quanto aos ciclos de contratação, o responsável reconhece que na indústria automóvel há “picos” de trabalho e que nem sempre os contratos são tão duradouros como os trabalhadores pretenderiam. A faturação da Autovision Serviços ronda os 8,3 milhões de euros e a da Autovision People ascende a 3,1 milhões.
Criada em 2001 e já com 23 delegações A AutoVision GmbH foi criada em 2001, em Wolsburg, pelo grupo Volkswagen, para assinalar o 50º aniversário do fabricante automóvel. O objetivo da criação da empresa de serviços, que dispõe já de 14 mil colaboradores, era “fomentar o desenvolvimento da região de Wolsburg e a fixação de pessoas e fornecedores ligados àquela indústria, contribuindo assim para melhorar a atratividade da região, pertencente à província da Baixa Saxónia, enquadra João Costa, diretor da filial ibérica da AutoVision, que conta com 1.200 colaboradores no total. Desde então, foram já lançadas 23 delegações da AutoVision,
quatro das quais fora da Alemanha. A filial de Portugal & Espanha foi a primeira a nascer fora da Alemanha, em 2004, tendo depois sido constituídas as delegações da Hungria, Bélgica e Eslováquia. A filial ibérica tem sede em Palmela e conta com sucursais em Pamplona (ligada à Volkswagen Navarra) e Barcelona (ligada à fábrica da Seat España). Nestes dez anos de atividade, a empresa foi-se desenvolvendo e além da prestação de serviços à Volkswagen, criou em 2008 uma área de trabalho temporário, a AutoVision People, passando a prestar serviços a diversos outros clientes em todo o país.
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atualidade actualidad
El ICEX apoya a las mujeres
para lanzar sus empresas al exterior ICEX España Exportación e Inversiones anima y ayuda a las empresarias para iniciar el camino de la internacionalización. A través de varios programas intenta que las mujeres superen las principales barreras para poder llevar los negocios que dirigen al exterior.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
l pequeño tamaño de la mayor parte de las empresas dirigidas por mujeres es el primer obstáculo para su crecimiento en el exterior. Desde ICEX España Exportación e Inversión tratan de ofrecer a las mujeres todas las herramientas posibles para superar esas barreras. “Adaptamos el perfil de las mujeres que quieren internacionalizar, teniendo en cuenta sus preocupaciones específicas, su perfil y el tipo de proyecto”, explica Alicia Montalvo (a la izq. en la foto de la pág. 23), la directora general de Cooperación Institucional y Coordinación de ICEX. Este organismo cuenta con programas dirigidos a todo tipo de empresas “pero algunos se adaptan mejor al perfil de pequeña empresa, que se
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mueve en el ámbito digital y con difi- empresa de forma experimental, o con cultades para financiarse”. Entre las he- una idea, pero muy pequeñas”, puntuarramientas disponibles para ayudar a las liza. Cree que hace falta que tengan un empresarias en la internacionalización se acompañamiento para que la idea tendestaca el ICEX Next (acompañamien- ga la potencia suficiente desde el punto de mercados electrónicos), sin olvidar to de vista de herramienta estratégica “los servicios de información y aseso- para moverse en el exterior. “Necesitan ramiento (los generales gratuitos o los formación, información y financiación personales, que son a medida), para bus- pero este último paso llega cuando tiecar socios, preparar reuniones o eventos, nes claro lo que tienes que hacer”, añade. entre otros”, a través de la red externa de Considera muy importante “persistir en el intento y dejarse acompañar” y ase100 oficinas ICEX. Alicia Montalvo señala algunas razo- gura que cuando las mujeres rompen la nes por las cuales las empresarias tienen barrera “sus empresas se sostienen bien más dificultades a la hora de extender en los mercados internacionales”. Casi siempre las empresas dirigidas su negocio en el exterior. “Hay causas que tienen que ver con el propio perfil por mujeres se encuentran en el sector de empresa, muchas veces microempre- de bienes de consumo y de servicios, “es sa. Muchas mujeres se lanzan con una muy difícil encontrar mujeres empresa-
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rias que tengan su propia empresa en temas industriales”, aclara la directora general de Cooperación Institucional y Coordinación del ICEX. Normalmente las empresarias se lanzan al exterior eligiendo los mercados de países desarrollados y muchas van a Latinoamérica por la facilidad del idioma. Para incentivar a las empresarias en su salida al exterior, ICEX organizó el pasado mes una jornada, “Las mujeres empresarias ante el reto de la internacionalización: programas de ICEX de especial interés”. En la apertura participó Ana Bujaldón, presidenta de la Federación Española de Mujeres Directivas, Ejecutivas, Profesionales y Empresarias (FEDEPE), entidad que impulsó junto al ICEX un seminario que “nace de una convicción y una necesidad compartida: abrir nuevas oportunidades de negocio con el objetivo de alcanzar el equilibrio de género en los puestos de responsabilidad de las empresas”.
importancia de la presencia digital, y ha recomendado invertir en “una web espectacular, y eso requiere investigación, dinero, tiempo y un SEO que la posicione para generar tráfico”. Araceli empezó fabricando en el extranjero aunque ahora está trayendo toda su producción para utilizar la marConsolidación de proyectos ca España como recurso. A la hora de Durante el seminario se abordó el internacionalizar, lamenta que “supone tema de la iniciación y consolidación de un esfuerzo muy grande con resultaproyectos conocido como ICEX Next. dos muy pequeños, que desmotivan Según explicó Adela Giménez, directora bastante”. No cree que los problemas adjunta de Iniciación de ICEX, la ma- encontrados se deban al hecho de ser yoría de las empresas que han recurrido mujer: “al principio puede ser un cona este programa estaban dirigidas por dicionante, si te ven insegura, pero hombres, “pero los que tenían a mujeres cuando ven que quieres hacer las cosas detrás, aunque menos numerosos, han bien, la gente se involucra”. destacado por su tamaño y por el gran Otra de las herramientas disponivalor que aportaban”. Isabel Llorens, so- bles para las empresarias es eMarket cia del club de hoteles con encanto Rus- Services, destinado a las empresas que ticae, y Marisa Aracil, directora general quieren entrar en los mercados electróde la marca de moda femenina Mak, nicos. Según las estadísticas del Instison dos empresarias que participaron tuto Nacional de Estadística (INE), en en el seminario para dar a conocer sus 2014 España se situó por primera vez experiencias. En el caso de Llorens, su por encima de la media europea en el estrategia de expansión venía reforzada sector e-commerce gracias a un increpor un modelo de negocio que lleva mento anual de alrededor del 20% en evolucionando desde hace 19 años, y los últimos ejercicios. “El e-commerce una tecnología fácilmente replicable en supone un menor riesgo, con costes los países en los que se va implantando. reducidos, y permite comprobar cómo “Para nosotras lo más complicado ha sido funciona un producto en determinados el desconocimiento sobre la fiscalidad mercados”, afirmó la directora adjunta de nuestros productos en otros países, y de Información y Servicios Personalizapara eso el asesoramiento de ICEX Next dos de ICEX, Victoria Vera. Furnit-U, fue muy útil”. Llorens ha destacado la es una empresa de e-commerce que ha
dado el salto internacional y tal y como contó su directora general, Inés Ramírez, en poco más de un año han logrado consolidar una web que combina la venta de producto de diseñadores noveles con una plataforma de petición de presupuestos que pone en contacto a los consumidores con los fabricantes. “El mayor reto es el acceso a la financiación necesaria para poder acometer el plan de internacionalización en que estamos trabajando ahora”. Los retos de las mujeres exportadoras Entre los retos de las mujeres exportadoras se encuentra el de conseguir una buena financiación para los proyectos, tal y como destacó en su intervención María Gómez del Pozuelo, directora general de la red social de mujeres profesionales y emprendedoras Womenalia. Es consciente de la necesidad de tener un producto sólido para poder competir y en su caso, reconoce que no está preparada para entrar en Estados Unidos porque su empresa cuenta con cinco ingenieros frente a los 1.500 que tiene Linkedin. “Pero en otros mercados valoran más lo que aportamos a las mujeres para avanzar profesionalmente que la velocidad de la página. El problema es cuando tienes que convencer a los inversores de la utilidad de servicios que, como hombres, no son capaces de entender”, puntualiza. novembro de 2015
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atualidade actualidad
Pop Up Store, las tiendas efímeras que se consolidan en España Las grandes marcas quieren apostar por innovar y ofrecer experiencias únicas a sus clientes y muchas veces optan por hacerlo en una pop up store. Otras marcas más desconocidas utilizan estas tiendas efímeras para un primer contacto con el público. Es un negocio que ha llegado a España para quedarse.
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na tienda efímera tiene un carácter exclusivo, un lugar, un diseño y un momento únicos e irrepetibles. Estas son algunas de las razones por las cuales cada vez más marcas optan por alquilar este tipo de espacios para dar a conocer sus productos. En algunos casos, cuando se trata de nuevas firmas, es un primer ensayo con los clientes mientras que las marcas ya consolidadas usan este tipo de espacios para presentar sus últimas novedades u ofrecer una experiencia nueva a los consumidores. “Se encuentran en ubicaciones estratégicas, se rompe con el esquema de tienda tradicional, se inventa el sitio! La localización de una pop up store puede ser en cualquier lugar, depende de nuestra imaginación y creatividad”, explica
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
Laura Moreno, directora creativa de de una manera innovadora y exclusiva. Pop Up Store Spain. “Si miramos hacia Las empresas se promocionan de una la parte económica la inversión de capi- manera más potente y directa durante tal es menor a los puntos tradicionales una pop up store. Sirve para probar y abrirse a nuevos mercados”, añade. Este tipo de comercio surgió diez La inversión de años atrás en EE.UU. mientras que en se da de forma más generalizada capital es menor a los España desde hace dos. Es difícil contabilizar el puntos tradicionales negocio y saber el volumen de facturación que generan pero si hay algo que de venta que generan es evidente es que es una herramienta un retorno de la comercial cada vez más utilizada por pequeñas y grandes firmas. Según el inversión interesante y último Observatorio Cetelem, que medible a corto plazo estudia los hábitos de consumo de los españoles, el 41% de los consumidores que conocen las pop up stores visitaron de venta que generan un retorno de la una en el último año y la mitad de ellos inversión interesante y medible a corto las conoció a través de las redes sociales. plazo a la vez que posiciona a la marca No existe un patrón a la hora de esti-
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mar la duración de una pop up. Según las empresas consultadas del sector, las marcas que quieren desarrollar una tienda temporal para probar un mercado o para testear nuevas zonas suelen establecerse entre tres y seis meses. Este tipo de pop up las emplean más las firmas que buscan potenciar la imagen de marca. Y luego hay otro tipo de proyectos que duran entre un día y una semana aproximadamente en los que el objetivo principal es la venta y conocer de una forma más cercana a los consumidores finales. Esta opción la utilizan sobre todo las tiendas online y los diseñadores o pequeños empresarios. En España son una herramienta muy empleada por empresas de moda pero puede ser de cualquier producto o servicio. Negocios alrededor de las pop up stores
Pop Up Store Spain, fundada y dirigida por Daniel Aguirre, fue la primera empresa en España que empezó a hacer tiendas efímeras. “Llevamos ocho años ofreciendo a las marcas un servicio integral: el espacio en una ubicación estratégica, interiorismo y decoración, plan de comunicación y publicidad y todos los servicios complementarios que rodeen a la pop up”, subraya Laura Moreno. “Nuestro objetivo es diseñar pop up stores personalizadas para cada marca en las que el consumidor final viva una experiencia de compra única e irrepetible”. Actualmente es normal ver espacios (mas vulgarmente conocidos como markets) en los que se juntan varias marcas y diseñadores durante unos días para darse a conocer y vender sus productos. Sin embargo, las que están empezando a verse y que llegan con más fuerza son las pop up de marcas corporativas que establecen sus tiendas temporales durante varios meses “en las que el objetivo principal es potenciar su imagen y ofrecer experiencias únicas a sus clientes”. ¿Ventajas?” Son muchas, entre ellas, “la inversión de capital es menor a los puntos tradicionales de venta que generan un retorno de la inversión interesante y medible a corto plazo a la vez que posiciona la marca
de una manera innovadora y exclusiva”, resalta Laura. Pop Up Place es una empresa que funciona como un Marketplace, donde buscan espacios para realizar una pop up al mismo tiempo que ponen en contacto a sus propietarios con potenciales clientes. A pesar de tener su oficina en Bracelona, más de la mitad del negocio se produce en Madrid. David Pérez, uno de los socios y fundadores, asegura que la localización del local es esencial para que el negocio tenga éxito. Además, “hay que ser novedoso para captar al consumidor”. El 90% de las ra. ”En Barcelona hay muchos locapop up españolas se encuentran en Ma- les, con precios que oscilan entre los drid y hay localizaciones como Marbe- 150 y los 500 euros por día, en zonas lla o Mallorca que funcionan muy bien buenas”, afirma Valentina. La marca durante el verano. Levi´s, por ejemplo, estuvo todo un Valentina y Philippe lanzaron hace año instalada en una pop up y Herunos meses una web de difusión de mès presentó recientemente uno de las pop up en Barcelona. “Hace falta sus últimos productos en uno de escomunicar estas acciones porque si tos espacios. no, pasan desapercibidas”, resaltan Las pop up stores emplean en su los responsables. Van a hacer lo mis- mayoría canales online para darse a mo en Madrid y quieren dar el salto a conocer. Es por eso que suelen llegar Valencia. En Barcelona buscan tam- a los más jóvenes que suelen estar bién locales para aquellas empresas más enterados de las últimas ofertas que quieren abrir una tienda efíme- de ocio y cultura en sus ciudades. novembro de 2015
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Universidade Atlântica mais próxima das necessidades das empresas Adquirida no ano passado pela multinacional espanhola Carbures Group, a Universidade Atlântica quer trabalhar em parceria com as empresas, de modo a alinhar os seus cursos com o mercado de trabalho e garantir a transferência de conhecimento do meio académico para o meio empresarial.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Carbures nasceu há 15 anos de uma spin off da Universidade de Cadiz”, recorda Carlos Guillén, administrador desta multinacional, que está presente na Europa, Ásia, América e Austrália, sendo “uma referência mundial em processos de produção de componentes em materiais compostos como a fibra de carbono”, e que tem as fabricantes de aviões Airbus, Boeing e Bombardier na lista de principais clientes. Fundada por cinco professores da refe-
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rida universidade, a Carbures beneficiou setor de ensino era um objetivo do grudas parcerias com o meio académico. A po Carbures”, pelo que não hesitaram ligação ao meio universitário tornou-se quando surgiu a oportunidade de commais forte com a compra, em junho de prar esta instituição, que passava por 2014, da universidade Atlântica, situ- um mau período. ada em Oeiras, por 1,255 milhões de A nova administração procedeu a euros. Com a entrada no capital da EIA uma reestruturação tanto ao nível da - Ensino, Investigação e Administração, gestão como da oferta formativa. Em SA, sociedade que detém e gere a Uni- curso está a remodelação da universiversidade Atlântica, esta empresa anda- dade Atlântica, no sentido de a “focar luza tornou-se a maior acionista desta nas necessidades das empresas e de a instituição de ensino. Carlos Guillén, tornar rentável”, o que deverá acontecer agora também reitor da Atlântica ou “dentro de quatro ou cinco anos”, estima New Atlântica, explica que “entrar no o reitor. Carlos Guillén diz que a nova
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direção está empenhada em “formar profissionais de excelência” e em “contribuir para a criação de novos produtos e de novas patentes”. Há cursos que se mantêm, como o de enfermagem, área em que têm 100% de empregabilidade e considerado pela Ordem dos Enfermeiros como um curso modelo. Entretanto, foi criado o de engenharia de materiais, explica uma nota informativa da universidade: “O curso tem uma componente muito prática, já que “ao longo do curso e enquanto parte curricular os alunos estagiarão em em“As melhores presas do grupo, podendo escolher um universidades do dos quatro continentes onde a Carbures opera. A conexão entre a universidade e mundo têm empresas a multinacional tecnológica é uma mais por detrás”, frisa valia para os estudantes e professores – criando-se sinergias entre o estudo e o Carlos Guillén mercado de trabalho, oferecendo a possibilidade de criação de projetos conjuntos –, para a investigação em Portugal sustenta que “as melhores universidae sobretudo para o desenvolvimento e des do mundo têm empresas por detrás, crescimento de Portugal nesta área. Os como é o caso de Harvard”. O reitor quatro melhores alunos têm ainda a frisa que “é essencial a transferência de oportunidade de assinarem um contra- conhecimento para o mercado”. Esta é to de um ano com a referida empresa no uma prioridade da universidade Atlânfim do curso.” tica, e é dessa forma que se quer diferenCarlos Guillén frisa que “será um curso de engenharia muito diferente dos outros, porque todos os anos os alunos passarão por fábricas da Carbures, em diferentes países”, ou seja, a componenDecorreram no passado dia 16 de outubro, na Sociedade de Geote prática e o contacto com o mercado grafia de Lisboa, as primeiras Jorde trabalho é valorizada desde o início. nadas de Responsabilidade Social Outro curso em que a ligação ao grupo organizadas pela universidade Carbures se poderá revelar profícua é o Atlântica, em colaboração com o de Engenharia de Dispositivos Médicos, Observatório de Responsabilidade uma vez que o uso de fibras de carbono Social das Empresas Português tem muito potencial nesta área. (ORSEP) e o Observatório EspaNo entanto, esclarece Carlos Guilnhol de Responsabilidade Social lén, “a universidade trabalhará para das Organizações (OERSO). o mundo e não apenas para o grupo A iniciativa foi dirigida a empresas Carbures”. Conhecedor de Portugal e e profissionais de diversos setores admirador da “qualidade dos engenheida indústria e contou com “a parros portugueses”, o reitor sublinha que ticipação de empresas de renome, a Atlântica pretende fazer a diferença que têm políticas bem delineadas pela forte componente prática do curso, na área da Responsabilidade Soque se reflete também na contratação cial Empresarial e que acederam dos docentes, já que “muitos têm expea dar o seu testemunho: Mapfre, riência profissional em empresas, além de serem professores”. Carlos Guillén
ciar, já que contrasta com a visão que vigora em algumas universidades mais tradicionais. “Temos as competências técnicas para garantir essa tradução do conhecimento em valor para as empresas”, acrescenta. Além de querer estar muito próxima das empresas, a universidade Atlântica quer também trabalhar em parceria com outras universidades portuguesas e estrangeiras. Carlos Guillén esteve sempre atento ao trabalho feito nas universidades portuguesas, sobretudo no domínio das engenharias ligadas à indústria aeronáutica e aeroespacial, como é o caso da Universidade da Beira Interior e do Instituto Superior Técnico (Lisboa). “Acredito que Portugal tem um grande potencial na área da engenharia, pelo que compete a todas as instituições de ensino trabalhar em parceria para se tornarem mais fortes”, advoga o reitor da Atlântica. À parte da participação no ensino privado, em Portugal, o grupo Carbures não exclui a possibilidade de vir a ter uma fábrica no país, mas Carlos Guillén diz que nada há de concreto ainda nesse sentido.
Educar para a responsabilidade social Leroy Merlin, Delta, Sic Esperança, CTT- Correios, Epos, Grupo Teixeira Duarte e IKEA”. Carlos Guillén conta que criou em Espanha, há 10 anos, o OERSO e agora criou o congénere português. O reitor da universidade Atlântica considera fundamental não confundir marketing social com responsabilidade social, uma vez que “uma coisa é patrocinar um evento de cariz social, outra é compreender e cumprir a lei, garantir boas condições laborais aos funcionários, bem como um equilíbrio entre a sua vida profissional e familiar e adotar uma política de transparência e ética de luta contra a corrupção”.
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Casa da Ínsua, la primera franquicia internacional de Paradores Paradores de Turismo se ha lanzado a la internacionalización y va a tener su primera franquicia en Portugal. Ha elegido Casa da Ínsua, del grupo Visabeira, que desde el pasado 15 de octubre forma parte de la cadena española. Paradores ha optado por un nuevo modelo de negocio, frecuentemente utilizado por otras cadenas hoteleras, para aumentar sus ingresos y atraer turistas extranjeros a la red nacional.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
aradores ha presentado su primer establecimiento bajo su nuevo modelo de negocio de franquicias, el Parador Casa Da Ínsua, localizado en Penalva do Castelo en Portugal, que supone el salto de la cadena al mercado internacional. “El sistema de franquicias está ampliamente extendido en el sector hotelero y turístico y para Paradores significa una apuesta decidida por establecer un modelo de autofinanciación sostenible y un modo de crecimien28 act ualidad€
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to tanto en España como en el exterior”, explicó Ángeles Alarcó, Presidenta de Paradores de Turismo, durante el acto de presentación en Madrid. “Necesitábamos que el hotel que se uniese no nos restase marca”, y Casa da Ínsua cumplía todos los requisitos, “con una ubicación singular y un edificio único” además de su interés en querer estar alineado con Paradores. La presidenta de Paradores no ha ocultado su deseo de seguir creciendo en Portugal y en otros mercados y asegura que ya están
trabajando en la segunda franquicia. Se trata de un modelo de negocio “ampliamente extendido en el sector hotelero y turístico y para Paradores representa una apuesta decidida por establecer un modelo de autofinanciación sostenible y un modo de crecimiento dentro y fuera de España”. Incluso ha reconocido que “una cadena ibérica de Paradores sería un sueño”. Recuerda que desde la cadena española “queremos que nuestro cliente se sienta en casa, no sienta diferencia con otros paradores, y en Casa da
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Ínsua lo vamos a conseguir”. En su búsqueda por internacionalizarse apareció el grupo portugués Visabeira, que cuenta con más de 100 empresas de muy diversos sectores en 10 mercados diferentes. Hace seis años llevaron a cabo una importante y costosa remodelación y restauración de la Casa da Ínsua en Penalva do Castelo (Viseu) para adaptarla a un hotel. “Buscábamos colocar este hotel en un mercado internacional de forma más eficaz. Al estar tan cerca de España pensamos que era un mercado interesante e iniciamos las conversaciones para poder llegar a un acuerdo con Paradores”, explica el presidente de Visabeira, Frederico Costa. Hubo gran entendimiento por ambas partes y “fue muy sencillo firmar este compromiso”. Para el grupo portugués esta alianza significa “más retorno económico y más clientes. Es un orgullo poder ser la primera franquicia internacional de Paradores”. “Este acuerdo simboliza el trabajo conjunto de los dos países”, subrayó la secretaria de Estado de Turismo, Isabel Borrego. “El Gobierno sabía que la red de Paradores era una herramienta fantástica y creímos que debía seguir creciendo e internacionalizándose con un modelo de negocio que no hipotecase nuestros números”. Para su homólogo portugués, Adolfo Mesquita, este acuerdo “permite a Portugal promocionarse en España y por otro refuerza la visibilidad de España en Portugal por lo que nos permitirá seguir trabajando en conjunto”. Reconoce que estar en la red de Paradores “es otra nueva y buena forma de que los españoles conozcan Portugal”.
Esta nueva línea de negocio está dirigida a establecimientos ya operativos de cuatro o más estrellas en edificio singulares, con entorno emblemático y que, en definitiva, aporten valor a la marca Parador. Para ello, deben cumplir con los requisitos y valores de Paradores: atención al cliente diferencial, certificaciones y estándares de calidad y excelencia en la gestión, rentabilidad, una oferta de restauración completa y permanente, y servicios complementarios (salas para convenciones, spa, golf, etc.). En cuanto a las ubicaciones, Paradores tiene en cuenta que los potenciales establecimientos que se pueden incluir en este sistema no estén en la zona de inf luencia comercial de la red actual, analizándose tanto la distancia al parador más cercano. En el caso concreto del Parador Casa da Ínsua, el más cercano de la red nacional es el Parador de Ciudad Rodrigo (Salamanca), que dista a 125 kilómetros. Por su parte, Paradores pone a disposición del franquiciado su marca, número uno en turismo cultural y de naturaleza, así como una serie de beneficios asociados a sus capacidades tanto comerEl modelo de franquicia ciales (el Programa de Amigos en Paradores de Paradores cuenta con 700.000 El Plan Estratégico de Paradores afiliados), como operativas, dede Turismo contempla el creci- rivadas de ser una de las mayomiento de la red vía franquicia. res cadenas hoteleras de España.
El franquiciado contará en todo momento con el soporte del equipo de Paradores que le atenderá y le ayudará en su día a día, tanto en cuestiones operativas como en el resto de cuestiones relativas a su franquicia. Desde el equipo comercial de Parador Casa da Ínsua informan que en una primera fase están disponibles habitaciones doble con desayuno a partir de 90 euros. Actualmente, el mercado portugués es el primer cliente seguido del belga. El español representa un pequeño porcentaje. Esta antigua casa solariega cuenta con 35 habitaciones (nueve de ellas suites) y ofrece a sus huéspedes un conjunto de experiencias, desde la posibilidad de elaborar queso o realizar una cata de vinos en sus bodegas. Sin olvidar sus jardines de carácter inglés y francés con más de 32 tipos de camelias. novembro de 2015
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Galiza impulsiona a gastronomia como motor económico
Para valorizar todos os produtos genuinamente galegos e de qualidade e promover o turismo e a economia, a Junta da Galiza trouxe a Lisboa o “Obradoiro de Sabores”. De 26 a 28 de setembro, a Xuventude de Galiza - Centro Galego de Lisboa acolheu várias ações de show cooking e provas de alguns dos melhores sabores galegos.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
ieiras que sabem a mar, sardinhas de São João à galega, pão temperado com água do Atlântico e cozinhado num forno a lenha, a genuína Tarte de Santiago e vinho da Galiza. Esta foi a ementa de uma das sessões de show cooking e prova inserida na iniciativa “Galicia, Pórtico Universal -Obradoiro de Sabores”, que decorreu entre os dias 26 e 28 de setembro, na sede da Xuventude de Galiza - Centro Galego de Lisboa. O objetivo foi dar a conhecer os produtos genuinamente galegos, captar a atenção de potenciais im30 act ualidad€
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portadores, bem como promover a região à boleia da gastronomia. A cozinhar os referidos petiscos, à vista da assistência, composta por potenciais clientes dos produtos galegos, esteve Lucía Freitas, chefe do restaurante Tafona Casa de Xantar (Santiago de Compostela), uma assumida embaixadora da gastronomia da Galiza: “Os galegos souberam manter as tradições e a qualidade em tudo o que fazem, seja pão, queijo, enchidos, peixe, marisco… A Galiza tem um mar espetacular e excelentes produtos hortícolas.” A chefe sublinha ainda que “as instituições estão a trabalhar
muito bem para promover estes produtos de qualidade e a gastronomia galega porque sabem que isso gera visitas, favorece o turismo e movimenta toda a economia da região”. Antonio Rodríguez Fernández, subdiretor de pesca e mercado da Junta da Galiza informa que na região “há mais de 50 lotas, onde se vendem mais de 100 espécies diferentes, de todos os grupos biológicos, inclusive algas”. Anualmente, estamos a falar da venda de cerca de “120 milhões de quilos de peixe fresco, proveniente da pesca extrativa”. Destes, “22 mi-
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lhões são de pesca artesanal”, assina- licia, “Pórtico Universal - Obradoiro la, frisando que “isso tem um valor de Sabores”, que vai já na terceira intrínseco e é preciso sublinhá-lo, edição, levando a Galiza a outras dar-lhe projeção, tornar estes produ- regiões de Espanha e agora a Portos mais competitivos”. Note-se que tugal, considera que promover tudo além de favorecer a sustentabilidade, isto implica uma representação o a pesca artesanal se reflete também mais fiel possível da cultura galega, na qualidade do sabor dos produtos. recriando o ambiente, contando a história e os sentimentos por detrás do ciclo de vida de cada produto e, A marca “Pesca de Rías” Neste contexto, a Junta da Galiza por último, servindo os produtos de criou a marca “Pesca de Rías”, um forma a valorizá-los. Para tal, conselo que garante a qualidade ao con- vocaram alguns dos melhores cozisumidor e valoriza os diferentes pro- nheiros galegos, também eles empedutos capturados de forma sustentá- nhados em divulgar “a excelência da vel na região, melhorando o retorno gastronomia local”. para quem torna possível colocá-los no mercado. Antonio Rodríguez Grupo 9: chefes defendem Fernández dá um exemplo: “A cap- gastronomia galega Lúcia Freitas integra o chamado tura de percebes, por exemplo, tem muito que se lhe diga. Os percebei- Grupo 9, um coletivo de cozinheiros ros ou percebeiras têm que trabalhar formado atualmente por 25 chefes de nas pedras, com trajes de neopreno restaurantes galegos (eram nove inipara se protegerem, já que se trata de cialmente), que se uniram para “reivindicar a modernidade e vigência da uma atividade perigosa.” O responsável pela iniciativa “Ga- nova cozinha galega, sem renunciar
às origens da vanguarda gastronómica ‘made in Galicia’ que combina o melhor da tradição e da inovação”, como explicam na sua página web. A chefe do Tafona sustenta que ao defenderem o produto galego e a nova cozinha galega estão também “a impulsionar os pequenos agricultores e os artesãos”. A cozinheira lembra que “muitas pessoas saíram da Galiza, das suas aldeias (para fugir da vida difícil que tiveram os seus pais e da crise), estudaram, aprenderam e viram coisas diferentes e os que voltaram querem fazer as coisas bem e ir mais além”. Lúcia Freitas considera que é fundamental o trabalho de equipa: “Estes jovens regressaram ao campo, ao setor primário, dispostos a abraçar novos projetos e novas ideias. Nós, os cozinheiros, estamos a apoiar esta gente, estamos a trabalhar todos juntos e tem que ser assim. São os pequenos produtores que mantêm a nossa cultura e a nossa identidade.” novembro de 2015
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Mahou San Miguel lanza su primera cerveza sin gluten M ahou San Miguel ha lanzado al mercado San Miguel Gluten Free, su primera cerveza apta para celíacos, que ya se encuentra disponible en los lineales de supermercados e hipermercados de toda España, así como en algunos establecimientos especializados de hostelería. Este lanzamiento se produce tras un largo proceso de investigación llevado a cabo por el Departamento de I+D+i de Mahou San Miguel, que ha desarrollado una técnica puntera para obtener un producto apto para personas celíacas sin perder las propiedades organolépticas de esta cerveza. El resultado: una San Miguel apta para las personas intolerantes al gluten que mantiene todo el sabor.
San Miguel Gluten Free es un proyecto global con el que la compañía pretende llegar a varios países. En esta primera fase, la nueva variedad estará disponible en España e Italia. Durante todo el proceso de investigación y elaboración de San Miguel Gluten Free, la compañía ha colaborado con FACE (Federación de Asociaciones de Celíacos de España), que representa a las más de 450.000 personas que podrían ser celíacos en el país, para elaborar un producto que cumpla todas las necesidades de estos consumidores. De hecho, la asociación certifica esta circunstancia a través de un número específico que podrá verse en todos los envases.
La nueva cerveza actualiza la imagen de marca de San Miguel con las características distintivas de los productos para celíacos. El logotipo aparece destacado por una aureola verde, el mismo tono en el que se muestra el collarín de la marca. De esta forma, se destaca el carácter natural del producto. Además, el envase también incorpora una espiga barrada, el símbolo internacional que identifica los productos sin gluten.
Zara y Santander, las únicas marcas españolas en el ranking de las 100 mejores
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ara y Santander vuelven a aparecer en el informe de las 100 mejores marcas a nivel mundial. La primera en aparecer en este ranking es Zara que está en el puesto número 30 y ha aumentado su valor un 16%, subiendo seis puestos respecto al año pasado. Santander aparece más abajo, en el número 70 de la lista, con un
13% más de valor. Ha escalado cinco puestos respecto a 2014. Interbrand, consultora encargada de realizar el informe, asegura que las posiciones de las dos marcas son el reflejo de que con una correcta estrategia de marca se incrementa el valor de esta marca, algo que considera que es una asignatura pendiente para muchas
firmas en nuestro país. Zara ha logrado mejorar su posición gracias a las experiencias de compra. El emplazamiento estratégico de sus más de 2.000 tiendas en todo el mundo sirve para que los consumidores establezcan conexiones entre Zara y marcas premium como Valentino, The Row y Stella McCartney. Además, la experiencia online de Zara, disponible en 27 mercados tiene un estilo editorial que funciona muy bien. Por su parte, Santander se ha diferenciado de otras empresas del sector financiero por su compromiso con la innovación, convirtiendo la contratación de talentos tecnológicos en una de sus prioridades. Esta apuesta ha servido para que la marca siga siendo relevante.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Festivais de verão obtêm retorno de 60 milhões de euros O Nos Alive (na foto) foi o festival de verão com melhor desempenho mediático nos meios de comunicação social portugueses, entre outubro de 2014 e setembro de 2015. O vencedor deste ano da “Maratona dos Festivais de Verão Cision” contou com 5.703 notícias publicadas sobre o evento, bem como com mais de 26 horas de tempo de antena registadas nos meios de informação nacionais, de acordo com dados da Cision. Na segunda posição da tabela, surge o Super Bock Super Rock (SBSR), seguido de perto pelo Meo Sudoeste. Apesar do bom desempenho em termos de antena conseguido pelo SBSR, com mais de 28 horas de presença nos média nacionais, os 3.357 conteúdos noticiosos registados (número inferior ao registado pelo Alive)
fizeram a diferença que levou o Nos Alive ao primeiro lugar da tabela. O Vodafone Paredes de Coura, o Meo Marés Vivas e o Nos Primavera Sound foram, respetivamente, o quarto, quinto e sexto festivais com melhores resultados. Para se entender a grande capacidade para gerar retorno para as diferentes marcas envolvidas nos diversos festivais de verão que se realizam no país, basta verificar que os nove festivais que fazem parte deste ranking Cision, juntos, conseguiram, em menos de um ano de análise, um retorno mediático de aproximadamente 60 milhões de euros. A “Maratona dos Festivais de Verão Ranking Cision” é um estudo realizado de forma continuada pela Cision, que analisa a evolução do mediatismo comparado de diversos festivais de música
realizados em Portugal. O desempenho mediático conquistado por cada festival é calculado tendo em conta a metodologia Cision de avaliação de comunicação, que considera o número de notícias identificadas, o espaço ou tempo de antena ocupado e as oportunidades de visualização, tendo em conta as audiências alcançadas e o valor do espaço editorial contabilizado em função das tabelas de publicidade de cada órgão de comunicação social. Assim, o ranking concerne ao período refletido na comunicação social entre 1 de outubro de 2014 e 30 de setembro de 2015.
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Fabrica concebe mobiliário de cortiça para a Expo Milão 2015 O centro de investigação & comunicação Fabrica, do grupo Benetton, foi o vencedor de um concurso lançado pela Expo Milão para a conceção de uma área de lazer, que visa enriquecer a experiência do visitante desta exposição mundial. Sob o mote “You Make the Park”, a proposta desenvolve-se em torno de uma inovadora coleção de mobiliário exterior, que tem como principais materiais a cortiça, a terracota de Galestro e a madeira. A Corticeira Amorim foi parceira deste projeto desde a sua conceção, com um papel ativo no aconselhamento técnico e no fornecimento da cortiça necessária para toda a coleção. Desenvolvida em clara sintonia com
a temática da Expo, “Alimentar o Planeta, Energia para a Vida”, esta linha de mobiliário sustentável evoca o conceito “o que vem da terra, à terra retorna”, o que sustenta o recurso a materiais naturais e 100% recicláveis, de que é exemplo maior a cortiça, explica Sam Baron, conhecido designer internacional e responsável de design da Fabrica. Para a Expo Milão 2015, que decorreu recentemente naquela cidade italiana, a equipa de designers internacionais da Fabrica concebeu uma coleção de mobiliário a partir de um conceito de convívio num parque, que é parte integrante da
exposição. “Dado que esta equipa tem proveniências e hábitos diferentes, pensámos em juntar materiais e referências variadas”, adianta o mesmo criativo, destacando que “ao desenhar as peças para o exterior, a cortiça pareceu-nos o material perfeito para este projeto e, obviamente, a Corticeira Amorim o parceiro de referência”.
Tranquilidade garante descontos adicionais para clientes A Tranquilidade lançou uma nova campanha com enfoque nos seguros de património (casa e carro) e de saúde, destinada ao segmento de clientes individuais e famílias. Assim, de 1 de outubro até 31 de dezembro, os clientes vão beneficiar de condições exclusivas, com a atribuição de duas mensalidades grátis na compra de um novo seguro para a Casa ou de Saúde, e de descontos especiais no Automóvel. Para a habitação, a companhia disponibiliza o Tranquilidade Casa, que se destaca pela proteção do imóvel e/ ou recheio contra um eventual roubo ou uma inundação, entre muitos outros riscos, garantindo ainda o acesso a inúmeros serviços de assistência ao lar, 24 horas por dia. “Este produto tem um preço muito acessível, a par-
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tir de três euros por mês, e é facilmente adaptável às especificidades de cada cliente”, garante a companhia. Para a proteção do automóvel, o Tranquilidade Auto oferece, entre outras, a cobertura “Proteção especial do condutor”, que pode ser subscrita em todas as opções do seguro automóvel. Com capitais até 500 mil euros e garantias muito completas, idênticas às que a lei prevê para o seguro de responsabilidade civil obrigatório, esta cobertura pode fazer toda a diferença em caso de acidente quando a responsabilidade pertence ao condutor. Na Tranquilidade, o cliente encontra no Seguro de Saúde Individual Sanos diversas soluções de saúde, flexíveis e adaptadas às suas necessidades, com preços desde sete euros
por mês. A opção Essencial destaca-se pelo facto de, para além de situações de internamento com capital de 15 mil euros de hospitalização, garantir consultas médicas, análises clínicas e exames auxiliares de diagnóstico. A opção Extra Care é uma solução inovadora no mercado, que funciona como complemento de seguro do saúde individual ou da entidade patronal, e assegura capitais mais elevados para situações específicas de hospitalização e doenças graves, com acesso a clínicas no estrangeiro. Com estas soluções integradas, os clientes da Tranquilidade conseguem não só obter descontos adicionais na compra destes produtos e em outros seguros, como também garantir uma maior comodidade na sua gestão.
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Prémios BPI Capacitar e BPI Seniores já apoiaram 159 projetos Os Prémios BPI Capacitar e BPI Seniores já apoiaram 159 projetos de inclusão social, desde 2010. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
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BPI continua a apostar na vertente da responsabilidade social empresarial (RSE), tendo este ano aumentado o valor do Prémio BPI Seniores para 700 mil euros contra os 500 mil euros atribuídos anteriormente. Segundo Filipa Roquette, diretora de Comunicação do banco, “a decisão de aumentar o valor reflete, em primeiro lugar, a importância que o banco atribui a este grande problema social, o crescente número de candidaturas recebidas, os bons resultados alcançados, a experiência entretanto adquirida e também a melhoria da conjuntura e da situação do próprio banco. Este reforço permitirá apoiar mais projetos que fazem realmente a diferença na melhoria das condições de vida de muitas pessoas apoiadas pelos projetos vencedores”.
A responsável sublinha que “no total, nos últimos seis anos, os prémios BPI Capacitar e BPI Seniores entregaram, até à data, mais de 4,2 milhões de euros para 159 projetos de inclusão social, que abrangeram cerca de 54 mil beneficiários diretos”. Deste modo, “é já, sem dúvida, uma das mais relevantes iniciativas de RSE em Portugal”, conclui Filipa Roquette. Recentemente, foram atribuídos os prémios referentes à terceira edição do Prémio BPI Seniores (ver caixa), enquanto decorrem as avaliações, por parte do júri dos prémios, dos projetos candidatos ao BPI Capacitar 2015. A sexta edição do BPI Capacitar irá distinguir, mais uma vez, “projetos com boa qualidade técnica e sustentabilidade. É objetivo do regula-
Distinguidos 32 projetos na 3ª edição do BPI Seniores No âmbito da 3ª edição do prémio BPI Seniores, o BPI entregou, no passado dia 6 de outubro, 700 mil euros para apoiar 32 projetos que ajudam idosos e que promovem a inclusão social e o envelhecimento ativo de pessoas com mais de 65 anos. Deste conjunto, podem destacar-se os dois projetos que receberam, ex-aequo, o primeiro prémio, pelas suas características inovadoras e pelo potencial de replicação em qualquer outra zona de Portugal: - a Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança (ASMAB), pelo seu projeto de combate à violência doméstica junto dos idosos do distrito de Bragança, uma questão de
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grande impacto social, abordada pela primeira vez nos prémios BPI Seniores; - a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, pelo inovador e corajoso projeto de voluntariado universitário, que assegura visitas semanais a idosos por estudantes universitários de ciências médicas, com um conceito simples e facilmente replicável. Criado em 2013, o prémio BPI Seniores recebeu já 1.682 candidaturas e distinguiu 78 projetos. No total dos três anos, foram entregues 1,7 milhões de euros a instituições privadas sem fins lucrativos.
mento dos Prémios ser aberto e não limitar o âmbito dos projetos nem dos seus promotores, conceito que a sociedade em geral tem compreendido”, destaca Filipa Roquette. Nas cinco anteriores edições do BPI Capacitar, foram distinguidos 81 projetos de inclusão social de instituições privadas sem fins lucrativos, que abrangem mais de 20 mil beneficiários diretos. A entrega dos prémios desta sexta edição está prevista para dia 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. “Os Prémios BPI Capacitar e BPI Seniores são duas importantes iniciativas de RSE do banco. A atuação do banco no âmbito da sua RSE é muito abrangente. Apesar da conjuntura económica dos últimos anos, o banco manteve um contributo anual médio na ordem dos 4,5 milhões de euros, distribuído pelas áreas da solidariedade, cultura, educação, investigação, inovação e empreendedorismo”.
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grande tema gran tema
O setor do calçado continua este ano a caminhar de forma segura noutros mercados, mantendo, assim, o dinamismo demonstrado nos últimos anos. A afirmação internacional do calçado fabricado em Portugal tem contado com apoios públicos, nomeadamente para a divulgação deste produto nas principais feiras mundiais do setor. O preço médio de cada par de sapatos também tem subido, sendo já o segundo mais caro do mundo, só superado pelo calçado italiano. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
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grande tema gran tema
Calçado português
caminha formoso e seguro
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setor do calçado nacional vive uma fase de grande dinamismo, graças, nomeadamente, à forte vertente exportadora que tem caracterizado as estratégias das empresas produtoras. Para apoiar essas estratégias e consolidar a marca Portugal no panorama internacional, têm, em grande medida, contribuído as campanhas e programas estratégicos delineados por associações do setor, com o apoio de fundos públicos, que, nos últimos anos, têm catapultado o prestígio do calçado português. A "indústria mais sexy da Europa" continua a ser o label das campanhas do setor (foto na pág. ao lado), revelando a crescente aposta quer na qualidade quer ainda ao nível do design dos artigos, que assim têm conquistado cada vez mais consumidores por todo o mundo. O calçado português conseguiu já valorizar-se e tornar-se o mais caro do mundo ao nível dos preços médios de exportação, superados só pelo calçado italiano, que continua a liderar (ver caixa na pág. 41). Deste modo, é de salientar que perto de 95% do calçado produzido em Portugal se destine à exportação. As exportações subiram, no último ano, cerca de 15,4% em volume e 7,8% em valor. A nível global, o volume de ne-
gócios do setor "rondará os 2.500 mi- gosto do cliente, produzido a partir de lhões de euros anuais", estima a Asso- três formas, 75 modelos e uma granciação Portuguesa dos Industriais de de variedade de cores de pele. Através Calçado, Componentes, Artigos de de uma plataforma online, os sapatos Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS). Undandy podem ser totalmente persoA forte procura de calçado fabrica- nalizados, em apenas cinco passos, podo em Portugal tem criado inúmeras dendo ser escolhidas desde a biqueira, oportunidades para as empresas por- modelo, material, à cor dos atacadores e das costuras, ou com o nome do próprio cliente inscrito na sola. "São mais de 156 mil milhões de moAs empresas de delos de sapatos, sendo a única marca calçado português no mundo de calçado personalizado para homem", afiançam os dois resexportaram mais ponsáveis pela Undandy, Gonçalo de 1.900 milhões Henriques e Rafic Daud (foto na pág. 40), que assim querem satisfazer todas de euros em 2014, as dificuldades sentidas normalmente ou seja, cerca na escolha de uns sapatos – ou botas de 95% da produção ou ténis – de qualidade. A grande procura registada pelos seus artigos, produzidos numa fábrica em S. João da Madeira, conhecida como a “Capital tuguesas, não só da área da produção, do Calçado” em Portugal, levou já a como também da revenda, sendo de empresa a disponibilizar também núsalientar, nomeadamente, a crescente meros mais pequenos, para mulher, já tendência para a venda destes artigos que este é um calçado com um "conpela internet. ceito unissexo". Uma das empresas que viu uma A plataforma permite encomendas oportunidade neste nicho de mercado a partir de qualquer ponto da Europa, é a Undandy, recentemente criada por mas o Reino Unido é o grande mercadois jovens empreendedores e que pro- do de aposta, por ser um dos mercapõe aos clientes comprar calçado feito dos tendência para o resto da Europa à mão, já pronto ou personalizado ao e ainda o de maior peso em termos de novembro de 2015
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O e-commerce representa uma das principais tendências na comercialização de calçado, contribuindo ainda para a personalização dos modelos escolhidos pelo cliente
ser estudadas parcerias, mas ainda não está nada fechado", adianta Gonçalo Henriques.
"Uma das melhores indústrias de calçado do mundo" aposta no e-commerce Até ao momento, a empresa investiu cerca de 450 mil euros, esperando que uma parte deste investimento seja comparticipada ao abrigo do programa Portugal 2020. O gestor afirma que "as vendas ultrapassaram as nossas expetativas", tendo sido vendidos, nos primeiros cinco meses, mais de 200 pares de sapatos. Neste período, a empresa participou na Moda Lisboa, em colaboração com e-commerce. "plataforma tecnologicamente comple- o estilista Nuno Gama. Para já, a venda destes exemplares xa", mas o objetivo é ter também "alA Undandy conta faturar este ano, está restrita ao site, que assenta numa guns pontos de venda físicos. Estão a com apenas oito meses de operação,
Apoios à promoção e internacionalização das empresas A estratégia definida a nível nacional para internacionalizar o setor do calçado tem como base o plano estratégico "Footwear Cluster Strategic Plan 2020", que assenta em três grandes pilares: qualificação e rejuvenescimento de gestores e não só, inovação (de materiais e componentes, design, equipamentos e processos e desenvolvimento sustentável) e pela internacionalização e comunicação (campanha de imagem coletiva, internacionalização da cadeia de valor, upgrade da imagem das empresas e promoção comercial externa). Para apoiar a implementação desses objetivos, as empresas podem concorrer a fundos previstos em diversos programas públicos, nacionais e comunitários, como o Compete 2020-Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, no âmbito do programa Portugal 2020.
Recorde de participação na feira de Milão Uma das iniciativas que mais ajuda
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as empresas a divulgar a sua existência nos mercados internacionais é a participação nas grandes feiras mundiais do calçado. Este ano, de resto, Portugal destacou-se pela sua participação recorde na mais recente Micam, a feira de calçado de Milão que se realizou em setembro, com a presença de 93 empresas. Na Micam, a maior feira de calçado do mundo, Portugal surgiu, assim, com a segunda maior delegação estrangeira presente no evento, a seguir a Espanha. Esta representação empresarial, a maior de sempre de Portugal num evento externo, correspondia a "mais de oito mil postos de trabalho e sensivelmente 500 milhões de euros de exportação", de acordo com uma fonte da APICCAPS citada pela agência Lusa. Uma aposta que se insere na estratégia de fazer da promoção comercial externa a grande prioridade da indústria de calçado portuguesa, que atual-
mente coloca cerca de 90% da sua produção em mais de uma centena e meia de países, num valor próximo dos 1.900 milhões de euros. A delegação portuguesa na Micam foi apoiada pelo programa Compete 2020, no âmbito da estratégia promocional definida pela associação e pela AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Ao todo, estiveram presentes nesta feira mais de 1.600 expositores, de aproximadamente 50 países, e mais de 40 mil visitantes profissionais. Em fevereiro, tinha-se já realizado outra edição da Micam, onde estiveram presentes 84 empresas portuguesas. No total, a estratégia promocional do setor português do calçado prevê a participação, durante o ano de 2015, de cerca de 150 empresas da fileira num "mega programa à escala internacional", que se traduzirá na presença em cerca de 60 dos "mais prestigiados" eventos internacionais da especialidade.
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cerca de 250 mil euros e, no próximo ano, atingir os 750 mil euros. Quanto à origem dos compradores, pertencem aos mais diversos países europeus, mas também a mercados mais longínquos, como EUA, Dubai, ou Qatar. Entrar em força nos EUA será o "passo seguinte, mas precisamos de maior volume [de encomendas], para contornar os custos alfandegários". "Temos uma das melhores indústrias de calçado do mundo", em termos de qualidade, considera Gonçalo Henriques, sublinhando que foi a partir dessa constatação e do desafio de procurar chegar ao maior número de pessoas que os dois gestores pensaram no projeto da Undandy, apresentando "sapatos com os melhores materiais disponíveis, mas a um preço mais baixo do que o normal, por estarmos a vender diretamente ao consumidor final", e através de uma plataforma de acesso virtual. Os preços rondam os 220 euros no caso dos sapatos e 280 no caso das botas. Gonçalo Henriques conta a história de um comprador inglês que afirmou estar a comprar naquela plataforma precisamente por fazer questão de comprar calçado de origem portuguesa, o que significa que o made in Portugal tem já um público fidelizado, explica o gestor. "Não equacionámos sequer produzir noutro país", adianta o mesmo responsável, sublinhando o papel determinante que a APICCAPS teve para ajudar a empresa a encontrar o parceiro industrial com quem trabalham. Outra empresa recente a apostar no comércio online de calçado nacional destinado à exportação é a LXoesPortuguese Shoes (na foto). "A nossa premissa é vender sapatos portugueses. Apostamos em marcas de gama média-alta e alta", ligadas à área da moda – Imelda’Secret, Lazuli, Atlanta Mocassin, JJ Heitor, Nobrand, Hugo Manuel Shoes e Vannel Shoes –, explica Eduarda Carvalho, cofundadora da nova empresa, criada há pouco mais de um mês, mas que já exporta para
Exportações crescem 54% nos últimos cinco anos e preços continuam em alta As exportações portuguesas de calçado aumentaram 54% nos últimos cinco anos, tendo atingido o valor recorde de 1.909 milhões de euros em 2014. No mesmo período, adianta a APICCAPS, o calçado afirmou-se como "o produto que mais positivamente contribui para a balança comercial portuguesa", com um saldo positivo na ordem dos 1.300 milhões de euros. Portugal exporta cerca de 90% da sua produção de calçado para 152 países, nos cinco continentes. Além do reforço da presença no mercado europeu, o setor tem dado passos muito consistentes em mercados extra-UE, como Austrália, EUA, Canadá, Japão, China ou Rússia. A nível de preços, o calçado português manteve-se, em 2014, como o segundo mais caro do mundo depois do italiano. De acordo com os dados do "World Footwear Yearbook 2015", o preço médio de cada par de sapatos produzido e exportado por Portugal é de cerca de 28 euros, contra 44 euros do calçado italiano e cerca de 19,5
euros do par de calçado exportado por Espanha, o grande concorrente de Portugal nos mercados internacionais. Este alto nível dos preços deve-se à forte aposta das empresas na exportação de calçado de couro. No entanto, nos próximos anos, é de esperar que o preço médio comece a baixar à medida que forem sendo introduzidos novos produtos, nomeadamente a exportação de calçado em outros materiais (por exemplo sintéticos e em plástico), o que permitirá também entrar em novos mercados. Já a China, que assegura 65% da produção mundial de calçado, pratica um preço oito vezes mais baixo do que o calçado português. As últimas estatísticas disponíveis apontam para exportações de 39 milhões de pares de calçado português, no valor de 887 milhões de euros, no primeiro semestre de 2015, o que representa um aumento homólogo de 0,44% e o sexto ano consecutivo de crescimento do setor.
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grande tema gran tema cerca de 30 mercados. "Pretendemos, numa primeira fase, apostar no mercado europeu e, depois, numa segunda fase, nos EUA. Uma loja online vende para todo o lado. A longo prazo, queremos exportar para todo o mundo, desde que, claro, os mercados justifiquem", adianta a jovem empreendedora. A LXoes realizou todo o investimento recorrendo apenas a "capitais próprios", esclarece ainda. "Queremos tornar-nos uma referência no mercado online, no que concerne ao calçado português. Pretendemos reunir bastantes marcas, para que a oferta vá de encontro aos mais variados gostos dos nossos consumidores", adianta Eduarda Carvalho. Quanto aos preços médios que o calçado made in Portugal tem vindo a registar e que o tornam um dos mais caros do mundo, considera ser uma questão "relativa", tendo em conta o poder de compra de cada mercado, além de que, "atendendo à qualidade dos materiais e à forma como é fabricado, o preço praticado parece-nos justo. É um produto com qualidade e com durabilidade". "Não podemos afirmar se tem potencial para subir de preço", comenta, quando questionada sobre o potencial de subida de preços da produção nacional. Quanto aos constrangimentos ao crescimento da atividade, refere os sentidos atualmente pela sua empresa. "A maior dificuldade, neste momento, é conseguir fazer com que a marca LXoes seja reconhecida como um e-marketplace de calçado português. Quem começa um projeto, encontra sempre diversas dificuldades. O segredo está em repensar os objetivos, sempre que alguma coisa não corra como previsto. Temos um longo caminho a percorrer para tornar a LXoes numa plataforma de referência. E é esse, neste momento, o nosso grande desafio", afirma a gestora. Há mais tempo na comercialização online de calçado nacional está, no42 act ualidad€
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meadamente, a plataforma Portugal Shoes, que comercializa cerca de 150 marcas de diversos fabricantes nacionais. Foi o primeiro e-marketplace do setor do calçado, integrando toda a cadeia de valor, desde a produção à comercialização junto do cliente final. Contudo, para potenciar a sua divulgação e chegar a um público mais sofisticado, as marcas estão a apostar nas feiras internacionais do setor, contando, para tal, com a ajuda da AICEP-Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e da APICCAPS. Na feira de Milão, a grande montra internacional do setor, estiveram presentes 93 empresas portuguesas, o que representou um recorde de participação do nosso país (ver caixa na pág. 40). Com maior presença já a consolidarse nos mercados externos, e com uma forte aposta também na inovação, está a marca Josefinas. Depois de ter afirmado no mercado as suas sabrinas de luxo produzidas à mão, a marca investiu nesta estação em novos produtos – as botas e os ténis –, os quais podem ser adquiridos pela internet. As primeiras são as Josefinas Twiggy (na foto), botas inspiradas na icónica supermodelo dos anos 60 e concebidas a partir de um modelo de sabrina da marca, que se podem transformar "numas botas elegantes, criadas à mão em pele 100% genuína". Foram consi-
deradas "as sabrinas-botas do momento", pela revista "Elle", destaca Sofia Oliveira, uma das responsáveis pela marca portuguesa. Manufaturadas por mestres sapateiros de São João da Madeira, as elegantes "Josefinas são o resultado de materiais de excelência trabalhados por mãos que contam anos de história na arte de bem-fazer sapatos. Cada par de Josefinas é criado para a cliente que o compra; é arte para os pés". "Sabemos que as Josefinas são construídas de forma exímia, traduzindose em grande qualidade e conforto. Além disso, as Josefinas são adaptáveis aos pés da mulher que as calça, graças ao cordão ajustável", frisa a mesma responsável. Atualmente, a marca Josefinas é exportada um pouco para todo o mundo, com destaque para o mercado norteamericano, que absorve 35% da produção. Os preços das sabrinas oscilam entre os 100 e os 200 euros, mas este ano foi também concebido um modelo exclusivo que custava mais de três mil euros. A conceção destas originais sabrinas tem conquistado ainda recomendações de revistas de moda consagradas a nível mundial, como a "Vogue", a "Elle" ou a "Grazia", e por bloggers, que arrastam milhares de seguidores nas redes sociais, como a "The Blonde Salad" ou a "Man Rapeller".
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O próximo passo será abrir uma loja em Portugal, a par da loja virtual. Também no mundo da moda encontra-se a Only2Me (na foto), uma empresa do Porto que tem colaborado nomeadamente com a estilista Katty Xiomara para algumas produções de moda. A Only2Me comercializa sapatos de homem, senhora e criança produzidos em Portugal, em unidades localizadas em São João Madeira e Felgueiras, além de comercializar chapéus e marroquinaria em pele. Estes produtos podem ser adquiridos online ou através de lojas de revendedores. Sublinhando "a qualidade dos materiais usados, mas também a inovação de técnicas de produção" e, sobretudo, o serviço prestado aos clientes, a empresa exporta mais de 90% da sua produção, para os seguintes mercados: França, Inglaterra, Escócia, Holanda, Espanha, Austrália e Nova Zelândia. Relativamente ao mercado espanhol, em concreto, este encontra-se em recuperação, embora ainda "longe" dos valores alcançados em anos anteriores, adianta Miguel Almeida, diretor da empresa. A principal preocupação da empresa portuense agora é cimentar os mercados atuais, em especial os mais recentes: "a Austrália e a Nova Zelândia foram apostas recentes, que têm dado resultados, e para os quais as expetativas de crescimento são muitas e as possibilidades de crescimento, por consideração à dimensão do mercado, extraordinárias". A empresa, que não recorreu recentemente a fundos públicos para a sua promoção internacional, adianta que este ano espera crescer 10%, depois de ter aumentado o volume de negócios em 12% em 2014. Em termos dos principais constrangimentos à atividade, Miguel Almeida aponta os tempos de produção para entrega. "Como subcontratamos a produção, temos como grande dificuldade o espaço de produção para prazos de entrega curtos. Há também uma inércia própria e característica da
indústria em receber produtos diferen- mercado da tes daqueles que a rotina de anos de produção trabalho deram e que tendem a acabar, de calçado mas que não se quer ver", considera o prof i s sio gestor. nal na EuOutra dificuldade sentida passa pelo ropa", opera acesso às matérias primas, comenta através das Miguel Almeida: "há ainda o acesso a marcas Lamatérias-primas que está dificultado e voro, No a quase ausência em Portugal de pro- R i s k , dutos complementares aos sapatos (fivelas, peças metálicas, tecidos, atacadores, rivetes, etc.), ao ponto de quando se quer algo diferente ter quase sempre de se recorrer a Espanha ou a Itália".
O acesso a matérias-primas e sobretudo a acessórios, como fivelas ou peças metálicas para os sapatos, são uma das principais dificuldades sentidas pelos fabricantes O nicho do calçado profissional e de segurança Mas não é só no universo da moda que o calçado português se distingue, pela sua inovação e qualidade. Também no segmento do calçado de conforto ou de segurança as empresas portuguesas marcam pontos face aos congéneres de outros países, como Espanha, um dos principais concorrentes da indústria de calçado portuguesa. A ICC - Indústria e Comércio de Calçado, que tem como principal marca a Lavoro (foto na pág. 44), existe há quase 30 anos e é uma das principais empresas europeias no segmento do calçado de conforto ou de segurança. A empresa de Guimarães, que pretende continuar a "ser uma referência no
Portcal e Go Safe, destinadas aos mais diversos setores de atividade: indústria, construção civil, logística, transportes, manutenção, eletrónica, extração de minérios, saúde, exploração florestal, forças de segurança, militares, proteção civil, entre muitas outras. A ICC-Lavoro, cuja produção média anual, nos últimos anos, ronda os 500 mil pares de sapatos, desenvolve "processos de inovação centrados no utilizador e assume-se, por isso, como um living lab para o calçado profissional. A ICC - Lavoro aposta na "melhor matéria-prima, a aliar moda e criatividade ao cumprimento dos mais elevados padrões de qualidade no processo de produção", incorporando ainda "mais de duas décadas de investigação, desenvolvimento e inovação, que a convertem hoje num sinónimo de tecnologia, conforto, qualidade, segurança e saúde, orientados para um consumidor exigente", sublinha Ricardo Valentim, coordenador do Mercado Ibérico da ICC-Lavoro. "A ICC-Lavoro, a primeira empresa do setor do calçado profissional a deter certificação IDI, faz questão de monitorizar ao pormenor, reúne especialistas interdisciplinares, em regime de co-criação, para desenvolver, testar e produzir, com enfoque em ambientes da vida real, diversas tipologias de calçado profissional". novembro de 2015
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Reconhecida como a terceira empresa portuguesa com maior número de registos de patentes e modelos de utilidade pública (18 no total) e uma das mais inovadoras tem patenteados produtos como o "Clima Cork System", um sapato de conforto que inclui uma camada isolante de cortiça, entre a sola e a palmilha, por forma a regular o calor e o frio dentro do calçado, conferindo um conforto extra e contribuindo assim para a redução da fadiga, ao beneficiar a distribuição uniforme do peso, entre muitos outros produtos inovadores e adaptados às necessidades de cada pessoa. Um dos clientes da empresa é a McLaren Formula One, cuja equipa de engenheiros e técnicos de mecânica automóvel utiliza calçado fabricado pela Lavoro. A empresa, que foi já por cinco vezes consecutivas considerada "PME Líder", exporta mais de 90% da sua produção, chegando a meia centena de mercados. Alemanha, Benelux, Reino Unido, Irlanda e Suíça são os principais mercados. Espanha é igualmente um mercado atrativo: "apesar de muito competitivo, é um mercado com muito potencial e prioritário. Já o trabalhamos há vários anos. Conhecemos as suas idiossincrasias. Equacionamos agora investir na criação de uma nova unidade em Espanha ou crescer por aquisição. Há 44 act ualidad€
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externos. Nos últimos cinco anos, as exportações aumentaram 54%, para um valor recorde de 1.900 milhões de euros nos últimos anos". Já relativamente a 2015, "as exportações estão igualmente a crescer, ainda que a um ritmo moderado, fruto de um grande investimento do setor em matéria de internacionalização", adianta o mesmo responsável. "Acreditamos que o preço médio do calçado português possa continuar a aumentar, à medida que o setor e as empresas forem conquistando notoriedade no mercado internacional", frisa ainda. Sobre o mercado espanhol em concrevários dossiês em estudo", adianta Ri- to, tanto é um dos destinos do calçado cardo Valentim. "Depois do Qatar, nacional, como é nosso concorrente a Omã, Emirados Árabes Unidos, Ni- nível internacional, segundo a instituigéria, Egipto e Zâmbia, só para citar ção. os mais recentes, a aposta recai agora em Espanha e no continente america- Indústria vai investir mais 160 mino", antecipa o responsável da empresa lhões em cinco anos vimaranense, que tem beneficiado de A APICCAPS, que apoia as empreapoios públicos para a sua promoção sas da fileira do calçado a vários níveis, internacional, no âmbito do QREN. adianta que além dos fundos públicos, O volume de negócios da ICC - La- a grande maioria do investimento em voro, em 2014, rondou os 12 milhões modernização industrial e promoção de euros e o "objetivo é chegar aos 25 comercial tem sido realizado pelas milhões de euros, no período de três a empresas. "O setor, com dinheiros cinco anos". próprios, tenciona investir 160 milhões A empresa opera num mercado que de euros nos próximos anos. Se a sua deverá valer, em toda a Europa, cerca estratégia e os seus projetos merecerem de mil milhões de euros por ano, ou a atenção dos apoios públicos – até por40 milhões de pares. que em muitos casos se trata de colma"Portugal tem tudo para ser a grande tar falhas de mercado–, melhor". referência mundial no domínio da proEstes investimentos, previstos para os dução de calçado: as melhores matérias- próximos cinco anos, incidem sobre as primas, mão de obra mais qualificada, áreas da internacionalização, inovação unidades modernas com equipamentos e qualificação e representarão também de última geração, técnicos com von- a criação de algumas centenas de novos tade de fazer sempre mais e melhor e, postos de trabalho. mais recentemente, até uma imagem Quanto aos maiores desafios e dificulde marca reconhecida. Hoje, mais do dades do setor, considera que "o fraco que o preço, os mercados valorizam a desempenho de vários mercados euroqualidade do produto e uma série de peus é, por hoje, o nosso maior consmais valias associadas ao serviço", con- trangimento a uma cabal afirmação no sidera Ricardo Valentim. mercado internacional". Também Fortunato Frederico, presiMas o caminho está a ser feito e as dente da APICCAPS, salienta esperar empresas portuguesas atraem cada vez que "2015 seja um ano de consolidação mais clientes com as suas criações inodo calçado português nos mercados vadoras e de grande qualidade.
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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A Europa e o combate ao crime –
a prevenção da utilização do sistema financeiro
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á uns anos a esta parte que a União Europeia tem vindo a assumir um papel central e interventivo no que concerne aos fenómenos criminais relacionados com o sistema financeiro. É nesse contexto que deverão ler-se os mais recentes diplomas aprovados pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho: a Diretiva (UE) 2015/849 e o Regulamento (UE) 2015/847. Os diplomas, com o objetivo de intensificar a prevenção e o combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, vêm revogar os seus antecedentes (Diretiva 2005/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26.10.2005 e a Diretiva 2006/70/CE da Comissão, de 01.08.2006, e o Regulamento (CE) 1781/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15.11.2006, respetivamente) e vinculam os Estados membros e seus cidadãos a inúmeras novas obrigações. Assim, e antes de mais, a Diretiva, dirigida aos Estados membros e com o objetivo claro de prevenir a utilização do sistema financeiro para efeito de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo, vem ampliar o leque das entidades obrigadas ao cumprimento dos deveres e obrigações consagrados, listando: instituições de crédito e financeiras; auditores técnicos de contas externos e consultores fiscais; notários e outras profissões jurídicas independentes, em determinadas situações; prestadores de serviços a sociedades ou trusts; pessoas que comercializem bens que impliquem pagamentos em numerário de montante igual ou superior a 10 mil euros (numa ou em várias operações interligadas); prestadores de serviços de jogo, e, ainda, erigir como uma das suas preocupações centrais a identificação e verifi-
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cação dos beneficiários efetivos – isto é, reais e em última instância (incluindo em caso de sociedades detidas por outas sociedades). As informações deverão, aliás, ser inscritas num registo central situado fora das sociedades – o qual poderá, depois, ser consultado pelas autoridades competentes, pelas Unidades de Informação Financeira, pelas entidades obrigadas, bem como por quem manifeste um interesse legítimo no que diz respeito ao branqueamento de capitais, ao financiamento do terrorismo ou a infrações subjacentes associadas. A Diretiva aposta ainda num claro reforço da vigilância e da comunicação de transações suspeitas, por parte das entidades obrigadas, definindo as condições em que a denúncia deve ser realizada, sendo também definidas as medidas de diligência a adotar pelas entidades obrigadas – aliás, são mesmo estabelecidos regimes diferenciados consoante o risco identificado (por exemplo, nas “pessoas politicamente expostas” as medidas de diligência reforçada são até aplicáveis a membros da família ou a pessoas conhecidas como lhes sendo estreitamente associadas). A informação obtida através destas medidas de diligência e os registos das transações efetuadas deverão ser conservados, pelo menos, durante cinco anos e os Estados membros ficam obrigados a assegurar proteção a quem denuncie suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo. Já o Regulamento, que obriga não só os Estados membros, como também os prestadores de serviços de pagamento e os prestadores de serviços intermediários estabelecidos na União Europeia, vem complementar a Diretiva e, entre o mais,
Por Dirce Rente*
listar a informação sobre o ordenante e o beneficiário que deve acompanhar as transferências de fundos, em qualquer moeda, enviadas ou recebidas por um prestador de serviços de pagamento ou por um prestador de serviços intermediário estabelecido na União. Estabelece, ainda, obrigações de verificação e controlo das informações e/ ou das transferências de fundos para os prestadores de serviços, os quais ficam também vinculados a responder prontamente a pedidos de informação que provenham das autoridades competentes. As infrações às obrigações em apreço deverão ser fiscalizadas e sancionadas, de forma efetiva, por cada Estado membro. As obrigações e princípios consagrados pelos diplomas deverão ser integralmente adotados e entrar em vigor sensivelmente nos próximos dois anos (até 26 de junho de 2017) em todos os Estados membros. Em Portugal, cremos, não irá assistir-se a um laboro legislativo intenso para adequar a legislação nacional atual à recente legislação comunitária, embora admitamos sejam introduzidas algumas alterações. Com efeito, a legislação nacional atual, em particular a “Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo” (Lei n.º 25/2008, de 05 de junho, que transpôs as ora revogadas Diretivas comunitárias) – que, aliás, foi objeto de oito alterações desde a sua entrada em vigor, duas das quais já no presente ano de 2015 – é muito detalhada e vanguardista, inclusive no que concerne às matérias que foram reforçadas no âmbito da legislação comunitária. * Advogada da PLMJ E-mail: dirce.rente@plmj.pt
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
Três escritórios dão origem à Raposo, Sá Miranda & Associados
As sociedades de advogados Pedro Ra- rações de Pedro Raposo, um dos sócios. poso & Associados, Sá Miranda & As- Miguel Miranda, outro dos sócios da nova sociados e Ney da Costa & Associados sociedade, salientou, por sua vez, que fundiram-se, dando origem a um novo “esta união resulta numa sociedade mais escritório, com mais de uma centena de sólida, dinâmica e preparada para o futuprofissionais. PRA-Raposo, Sá Miranda & ro”. Por seu turno, o sócio Almeida Correia Associados é a designação da nova socie- destacou a “proximidade” com o cliente, dade, que conta com 14 sócios, liderando “dada a dispersão geográfica da socieda10 áreas de prática. de, e um conjunto de serviços mais am“A fusão permite-nos consolidar a presen- plos, já que o leque de áreas trabalhadas ça nacional e reforçar a nossa estrutura é mais abrangente”. noutros mercados”, de acordo com decla- A nova sociedade tem escritórios em Lisboa,
Porto, Algarve e Açores, e no plano internacional, conta com parceiros na Cidade da Praia, Díli, Luanda, Macau, Maputo, Rio de Janeiro e São Paulo. Em termos de áreas de atuação, está vocacionada para as áreas de corporate, fiscal, laboral, família e sucessões, propriedade intelectual e privacidade, imobiliário e veículos de investimento, administrativo e contratação pública, contencioso e arbitragem, comercial, contratos e concorrência e recuperação de crédito e insolvências.
SRS Advogados cria área de Direito da Vinha e do Vinho A SRS Advogados acaba de lançar um naging partner da SRS Advogados. subgrupo especializado em Direito da “Esta nova área vem responder à crescente Vinha e do Vinho, com o objetivo de me- importância que o setor vinícola tem vindo lhorar os serviços que presta aos seus a registar nos últimos anos no aumento clientes neste setor económico de grande das exportações portuguesas. É nosso importância para Portugal. “Esta área de objetivo dar apoio jurídico abrangente aos prática é um projeto multidisciplinar, com empresários deste setor, no sentido de uma equipa que agrega valências em ma- responder às suas necessidades, quer ao téria de propriedade intelectual, imobiliário, nível nacional, quer internacional”, realça comercial, fiscal, laboral e regulatório”, re- Gonçalo Moreira Rato, consultor da SRS fere Pedro Rebelo de Sousa, sócio e ma- Advogados, responsável pelo subgrupo
Em trânsito: »
A Sérvulo e Associados aumentou a sua equipa com nove contratações, para as áreas de prática de direito público, societário, financeiro, fiscal, concorrência e contencioso. Os novos advogados e advogados estagiários são (na foto, da esq. para a dir.) Constança Ferreira Nunes, Gonçalo Bargado, Inês Palma Ramalho, Teresa Pala Schwalbach, Alessandro Azevedo, Ana Filipa Morais Antunes, Alberto Saavedra, Catarina Saramago e Mafalda Carmona. Assim, desde o início do ano, já ingressaram na
de Direito da Vinha e do Vinho. Portugal é o quinto maior produtor de vinho na Europa, o qual é responsável, por seu lado, por 50% do volume total de negócios agrícolas, com cerca de 13 mil empresas. No âmbito da criação desta área, a SRS Advogados organiza este mês um evento que contará com especialistas do setor, nacionais e estrangeiros, para debater questões de interesse para os agentes económicos que atuam nesta área. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
Sérvulo um total de 10 advogados e cinco advogados estagiários.
» Dez advogados portugueses, dois dos quais res-
ponsáveis jurídicos em empresas, foram eleitos como os melhores profissionais na área com menos de 40 anos, na Península Ibérica. Entre 250 candidatos aos prémios “40 Under Forty”, concedidos pela publicação “Iberian Lawyer”, foram distinguidos, em Portugal, Ana Luís de Sousa (VdA), André Figueiredo e Maria João Mata (ambos da PLMJ), Domingos Cruz (CCA Ontier), Filipe Vaz Pinto (MLGTS), Francisco Proença de Carvalho (Uría Menéndez-Proença de Carvalho), Paulo Costa Martins (Cuatrecasas, Gonçalves Pereira) e Sofia Mateus (CMS Rui Pena & Arnaut). Foram igualmente reconhecidos os responsáveis jurídicos Luís Graça Rodrigues (da Indra Sistemas Portugal) e Nuno Moraes Bastos (da Zurich). novembro de 2015
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setor imobiliário
sector inmobiliario
Inversión récord en la compra de centros comerciales L a inversión inmobiliaria en el sector retail está batiendo récords, en niveles incluso por encima de la época precrisis. El volumen alcanzado en los primeros nueve meses ha llegado hasta los 2.588 millones de euros, lo que equivale a un 42% más que en el mismo periodo del año anterior, según datos de la consultora inmobiliaria JLL. En el peor año de la crisis para este segmento, en 2011, apenas se invirtieron en España 500 millones en todo el ejercicio. En el otro lado de la balanza, 2007 fue el mejor en el volumen de transacciones, cuando casi se alcanzaron los 4.000 millones. A lo largo de estos tres últimos trimestres se han adquirido un total de 486 activos en 46 operaciones, en gran parte destinados a la compra de centros y parques comerciales prime (de mayor
tamaño y en mejores localizaciones). El producto estrella, por volumen de transacción, para los inversores son los centros comerciales, que aglutinan el 52% de las ventas. Tras estas compras, se sitúa el interés por los locales (23%). Entre las operaciones de este último trimestre destacan las adquisiciones llevadas a cabo por el grupo Lar, que compró recientemente el centro comercial MegaPark de Barakaldo por 170 millones de euros en una operación que contó con el asesoramiento de JLL, así como el centro El Rosal por 87,5 millones. Además, se vendió el parque comercial Rivas Futura por 52 millones de euros a Credit Suisse,
y el parque Connecta Córdoba por 15,3 millones a MDSR Investments. Cabe destacar también, por el volumen, las transacciones de dos carteras de supermercados: Blue Box portfolio de Caprabo, vendido por 97 millones de euros a Meridia Capital; y el conjunto de supermercados Carrefour y Dia, que compró Kennedy Wilson por 88 millones.
Bankia pone a la venta 4.500 viviendas
Antigua sede del BBVA renovada
Bviviendas en España con descuen-
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ankia ha puesto a la venta 4.500
tos del 40%. La campaña, denominada comercialmente ‘Me merezco mi propia casa’, estará vigente hasta el próximo 30 de noviembre, según
ha informado la entidad. La selección de inmuebles incluye pisos en toda España de segunda mano y abarca viviendas urbanas y de cos-
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ta, así como de grandes capitales, ciudades dormitorio y pequeñas poblaciones. Los inmuebles se podrán adquirir a través de la red de oficinas de Bankia y del portal inmobiliario de Haya Real Estate, la empresa de servicios de gestión inmobiliaria encargada de la comercialización de los inmuebles del banco. Por comunidades autónomas, Cataluña es la que cuenta con mayor oferta de vivienda, con 1.104 inmuebles. Le sigue Castilla-La Mancha, con 977; Canarias, con 873; Andalucía, con 675; Comunidad Valenciana, con 543; y Comunidad de Madrid, con 422. A los compradores que requieran financiación, Bankia les ofrecerá préstamos hipotecarios en condiciones competitivas en función de su vinculación con la entidad.
os trabajos de rehabilitación del edificio Castellana 81, que hasta hace apenas unas semana albergó la sede del BBVA, han comenzado ya de la mano de OHL de forma que el inmueble, propiedad de Gmp, saldrá al mercado de alquiler de oficinas por primera vez en su historia. Las actuaciones prevén un extenso plan de renovación de los espacios interiores e instalaciones, así como un completo programa de medidas para posicionar el edificio como uno de los más sostenibles y eficientes del mercado de oficinas, con reducciones del consumo energético y de agua de hasta del 50%. CBRE y Aguirre Newman han sido las consultoras seleccionadas por Gmp para liderar el proceso de comercialización del inmueble.
sector inmobiliario
Preço das casas em Portugal aumenta acima da média europeia
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s preços das casas em Portugal continuam a aumentar, e a um ritmo mais elevado do que na média da Zona Euro, de acordo com os dados do Eurostat referentes ao segundo trimestre de 2015. Os preços das casas aumentaram 1,2% na Zona Euro no segundo trimestre do ano quando comparado com os três meses anteriores. Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,1%. Já no que toca à União Europeia, o aumento em cadeia foi de 1,3% e o
setor imobiliário
Arquitetura
homólogo foi de 2,3%. Em Portugal, a evolução dos preços das casas é mais acentuada, quer num caso quer no outro. Em cadeia, os preços das casas cresceram 3,7% e quando comparado com o segundo trimestre do ano passado o aumento foi de 2,9%. Na Zona Euro, os países que viram os preços aumentarem de forma mais acentuada foram dois que, nomeadamente, sofreram uma intervenção financeira externa. Chipre registou, em cadeia, um aumento de 7,4% dos preços, o mais acentuado entre os 19 Estados membros. Já em termos homólogos, é na Irlanda que se regista o maior crescimento (10,7%).
portuguesa na Galiza O
s primeiros “Encontros Internacionais de Arquitetura Galiza-Portugal” estão a decorrer, desde o dia 29 de outubro e até 12 de novembro, nas cidades de Vigo e Pontevedra, em Espanha. A iniciativa é comissariada pelo arquiteto Tiago do Vale, em parceria com o gabinete galego Santos-Mera Arquitectos e será inteiramente dedicada à arquitetura portuguesa, com um enfoque particular na reabilitação e intervenção no património. Estes encontros pretendem também ser um fórum de debate para partilha de pontos de vista sobre a multiplicidade de temas de interesse comum a nível de arquitetura e urbanismo que possam envolver as regiões das duas margens do Minho.
Novo projeto de Souto Moura em quinta histórica de Lisboa D ezassete moradias na Quinta do Paço do Lumiar, é o mais recente projeto do arquiteto Eduardo Souto Moura, premiado em 2011 com um Pritzker e em 2013 com um Wolf. Integrado num espaço de 14.500 metros quadrados, originário do século XVIII, o empreendimento é composto por 17 moradias em banda, onze T3+1 e seis T4+1, organizadas perpendicularmente ao longo de um novo arruamento que atravessa o terreno de Norte a Sul. As moradias a poente têm piscina na área ajardinada exterior do lote, enquanto as moradias a nascente têm piscina no pátio interior. Apesar de serem
distintas mantêm características estruturalmente comuns. São ambas casas pátio, sendo o pátio central, o que divide a zona social da zona privada, tendo ainda em comum um corredor de distribuição que atravessa toda a casa e que funciona como elemento estruturante na organização do espaço. A Quinta do Paço do Lumiar, situase na secular freguesia do Lumiar, conhecida no século XVIII pelas suas nobres quintas, olivais e vinhas, razão pela qual esta zona está classificada no PDM de Lisboa como “zona de quintas históricas” no centro da cidade, situando-se junto ao edifício
do Colégio Manuel Bernardes, na Quinta dos Azulejos, do séc. XVIII. Bem perto estão também pontos de interesse cultural, histórico e social, como o Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro, ambos inseridos no cenário natural do Parque Monteiro Mor.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR novembro de 2015
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Marcelo Rebelo de Sousa apela a consensos em áreas chave
Poucos dias antes de anunciar a sua candidatura à Presidência da República de Portugal, o professor e ex-comentador político alertou para os desafios que os portugueses têm pela frente, num almoço promovido pela CCILE, que reuniu cerca de 300 pessoas. Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que a História prova que é possível Governo e oposição chegarem a acordos em prole da evolução do país.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
o passado dia 9 de outubro, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a sua candidatura às próximas eleições presidenciais (janeiro de 2016), deixando como nota dominante o apelo ao diálogo entre Governo e oposição. O mesmo apelo que o can-
didato do centro-direita havia feito Marcelo Rebelo de Sousa comeno dia 1 de outubro, na qualidade de çou por assinalar que “o mundo orador principal de um almoço, que vive um momento complexo e juntou cerca de 300 pessoas (empre- preocupante em termos económisários, quadros empresariais e diplo- cos”. O exemplo mais f lagrante é matas), promovido pela Câmara de o que se passa com a China, disComércio e Indústria Luso-Espanho- se: “Ninguém sabe o que pensar la, em Lisboa. das estatísticas chinesas ou da
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evolução económica e do mercado financeiro chinês.” Determinante para o futuro é também a escolha dos norteamericanos do próximo presidente da República, bem como a “muito grave situação do Próximo e Médio Oriente”. O professor considera que “a continuação da situação nessa zona traz imprevisibilidade económica, política e social, em especial para a Europa”, que vive desde já “o problema do drama dos refugiados”. A mesma Europa que “dá sinais de crescimento e de criação de emprego, de reponderação dos seus mecanismos monetários, financeiros e económicos e de re04 forço da sua união política”, mas que enfrenta “alguns desafios que irão marcar 2016 e 2017”, nomeadamente “vários atos eleicratização, seguindo-se a integraA integração na torais em diversos países” e, “por ção na União Europeia, a ritmo ventura, um referendo no Reino acelerado, tendo Portugal feito União Europeia: Unido”, observa o analista políem 12 anos o que grandes eco“Portugal fez em 12 tico. nomias fizeram em 40.” Durante À plateia constituída por empreeste período, a economia portuanos o que grandes sários e quadros de algumas das guesa viveu “nacionalizações, execonomias fizeram maiores empresas de Portugal e propriações e depois reprivatizade Espanha, Marcelo Rebelo de ções tardias, feitas de forma que em 40” Sousa admitiu que “nunca se vinão se compadecia com as crises, veu uma época de estabilidade” e com a globalização e com a interque isso “não existe”. Mas se “o No caso de Portugal, o profes- nacionalização a um ritmo muito natural é viver em crise”, ressalva sor sustenta que estamos perante acelerado”, sublinha. que “esta normalidade tem sido “vários desafios resultantes das O ex-comentador político recortransformada em crises muito últimas décadas: primeiro com a da que destes desafios decorreram graves e imprevisíveis”. descolonização, depois a demo- outros: “O desafio da valorização
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do elemento humano do Estado, quando entrámos em instabilidada língua, da educação, da cul- de financeira e aumentámos a clitura e da presença de Portugal no vagem na sociedade portuguesa.” mundo, a inclusão dos imigrantes em Portugal; o refazer um sistema político ao mesmo tempo “Com a sabedoria muito velho e muito novo, já que de uma nação de a democracia plena só começou em 1982. Novo também porque oito séculos, os é pequeno o papel da mulher e portugueses andam dos jovens, nulo o dos imigrantes e nem sempre é valorizado o dos à procura de uma emigrantes.” realidade que Marcelo Rebelo de Sousa conclui que tudo isto agravou a dilhes possa dar a ficuldade de se fazer a renovasensação de que se ção interna e externa do sistema político. Por um lado, temos o ultrapassou a crise” desafio europeu: “A Portugal exige-se que continue próximo dos centros de coesão reforçada Por outro lado, temos o desafio e que evite ser marginalizado, das reformas internas em áreas que aposte no euro e na união fulcrais como “educação, saúde, monetária. Processo mais difícil segurança social, administração
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pública, justiça”, que foram sendo revistos “sempre tarde e sempre parcialmente”. Para o candidato à Presidência da República é fundamental perceber que estes “são desafios globais que exigem respostas o mais consensuais que for possível”. Marcelo Rebelo de Sousa lembra que quando liderava o PSD, por alturas do Governo PS de António Guterres, esses consensos aconteceram, muitas vezes à custa de reuniões secretas entre os dois líderes. “Com a sabedoria de uma nação de oito séculos, os portugueses andam à procura de uma realidade que lhes possa dar a sensação de que se ultrapassou a crise”, defende. Ideias que Marcelo Rebelo de Sousa reiterou no discurso em que anunciou a sua candidatura: “Estou consciente de como o estado do mundo e da Europa não dei-
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xam antever anos fáceis e de como Portugal tem de sair claramente de um clima de crise financeira, económica e social, pesada e injusta, que já durou tempo de mais. Para
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aos governados perceberem aquilo têm de estar ao serviço do fim com que podem contar no quadro maior e o fim maior na política é o da composição parlamentar resul- combate à pobreza, é a luta contra tante daquilo que votam. Mas a as desigualdades, é a afirmação da estabilidade e a governabilidade justiça social.”
“A revisão da Constituição não é uma prioridade para o futuro do país” isso considero essencial que haja, como nas democracias mais avançadas, convergências alargadas sobre aspetos fundamentais de regime. Considero ainda que não há desenvolvimento, nem justiça, nem mais igualdade com governos a durarem seis meses ou um ano, com ingovernabilidade crónica e sem um horizonte que permita
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Na mesma linha, ainda durante o almoço organizado pela CCILE, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentava ao desafio de “tentar ultrapassar clivagens” e chegar a “convergências de regime” em matérias como “a Europa, as políticas financeiras e sociais” o desafio da “governabilidade”, já que “regressar a um Governo de oito me-
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ses ou de um ano seria um recuo de- revisão nos próximos anos, ainda que mocrático e a última coisa desejável haja pontos a mudar. No entanto, para o país”. nesta altura, seria um fator adicional Questionado sobre a sua posição de crispação na sociedade portugueface à necessidade de uma revisão sa”. A prioridade é a governabilidada Constituição, Marcelo Rebelo de de e conseguir pactos de regime nas Sousa deixou claro que não considera matérias essenciais para a evolução prioritário fazê-lo agora: “Não é cru- da economia portuguesa, insistiu o cial para o futuro do país fazer uma professor.
01.Marcelo Rebelo de Sousa
10.Carlos Gaspar, Patrick Loison, Gonçalo Morgado e António Pereira
02.Juan Santos, Enrique Santos, Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Castro e Almeida e Juan Manuel de Barandica
11.Luís Mira Amaral, Ángel Vaca, Matías Pérez Alejo e Nuno Ribeiro da Silva
03.Marcelo Rebelo de Sousa, Nuno Amado e Nuno Ribeiro da Silva 04.Embaixador de Espanha Juan Manuel de Barandica e Marcelo Rebelo de Sousa 05.Marcelo Rebelo de Sousa com os embaixadores Caroline Fleetwood, Giuseppe Morabito, Jozef Adamec, Boudewijn Dereymaeker e Paul Schmit
12. Carlos Álvares, Celeste Hagatong, Luís Castro e Almeida e João Marques da Cruz 13.José Carlos Sitima, Miguel Gil, Miguel de Sousa e João Gaspar da Silva 14.Enrique Santos, Marcelo Rebelo de Sousa, Juan Barandica e Nuno Amado 15.O almoço contou com cerca de 300 pessoas
06.Luz Torrico e Juan Manuel de Barandica
16.Ramón Vecino, Eduardo Espinar, Manuel Champalimaud e Ana Garcia
07.Rui Teixeira Motta e Pedro Rebelo de Sousa
17.Dulce Mota, Luís Rego e Pilar del Rio
08.Marcelo Rebelo de Sousa, João Gorjão Clara e Celeste Hagatong
18.Cecilio Oviedo com os embaixadores Katalin Gonczy, Ove Thorsheim, Giuseppe Morabito
09.Maria Teixeira, Ana Paula Sousa, Maria do Rosário Berardo e Rosalva Fonseca
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19.José Carvalho Netto, Vitor Santos, Pedro Rebelo de Sousa e Diogo Tavares
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Encontro com o Vinho e Sabores traz últimas novidades a Lisboa T ermina esta semana a 16ª edição do “Encontro com o Vinho e Sabores”, que este ano decorre entre 30 de outubro e 2 de novembro, e que, como habitualmente, traz ao Centro de Congressos de Lisboa, em Alcântara, algumas das mais recentes novidades da área vinícola e da alimentação gourmet. Considerado o maior evento vínico e gastronómico realizado anualmente no país, o encontro destina os três primeiros dias para o público em geral, estando o dia 2 de novembro reservado a profissionais ou a iniciativas paralelas promovidas por empresas e outras entidades ligadas ao setor. Este ano, os visitantes do “Encontro com o Vinho e Sabores” podem comprar os vinhos junto dos stands dos mais de 400 produtores (e não na loja do evento, como nas edições anteriores), ou podem ainda subscrever um serviço de entrega ao domicílio, assegurado pela Vinha (www.vinha.pt). Ao longo de três pavilhões, os visitantes poderão experimentar mais de 2000 vinhos e outros produtos ali-
mentares, como azeite, queijos, enchidos, etc., e outras bebidas, como gin, podendo ainda conhecer as novidades em termos de acessórios de vinho. O evento conta ainda com diversas atividades paralelas, desde provas especiais, a seminários e iniciativas promovidas por entidades do setor. De destacar ainda o anúncio e a entrega de prémios de três concursos: o “Concurso de Vinhos A Escolha da Imprensa”, o “Concurso de Cartas de Vinhos”,
ambos organizados pela “Revista de Vinhos”, e o “Concurso Queijos de Portugal”, da responsabilidade da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL). Um dos pontos altos deste evento corresponde, precisamente, às provas especiais – pequenos seminários com provas de vinhos raros ou preciosos, orientadas por especialistas que ajudam a descobrir os segredos de grandes néctares – e que nesta edição são oito.
Licoroso Tinto Reserva 2011 é a nova revelação da Marcolino Sebo O vitivinicultor de Borba Marcolino Sebo produziu e apresenta agora ao mercado o seu vinho Licoroso Tinto Reserva 2011, “uma autêntica revelação que vai agradar e mesmo surpreender os paladares mais exigentes”. Exclusivamente baseado em uvas da casta Alicante Bouschet, colhidas na vinha mais antiga, em avançado estado de maturação, este Reserva Alentejo DOC teve fermentação se-
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gundo o método tradicional de pisa em lagar, com temperatura controlada. Com um estágio de 24 meses em barricas usadas de carvalho francês e mais seis meses em garrafa na cave da adega, esta primeira produção deu origem a 4.500 garrafas, que serão comercializadas com um PVP recomendado de 30 euros. Entre as suas características a salientar, o Marcolino Sebo Licoroso Tinto Reserva 2011
apresenta uma cor retinta, aroma a fruta madura e especiarias. Na boca é untuoso e encorpado, bastante complexo e com um final de prova persistente. Para uma melhor degustação, deve ser servido a uma temperatura de 16ºC, na companhia de queijos secos de sabor intenso e frutos secos. A supervisão de todo o processo de produção do novo vinho licoroso esteve a cargo do enólogo Jorge Santos.
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Portugal conquista 111 medalhas em concurso chinês de vinhos e outras bebidas O s produtores portugueses conquistaram um total de 111 medalhas nos “China Wine & Spirits Awards 2015”, o maior concurso de vinhos e bebidas espirituosas realizado naquele país asiático. Deestes prémios, atribuídos por um painel de uma centena de jurados, selecionados entre os maiores distribuidores de vinhos da China, destacam-se as 20 medalhas de duplo ouro, a que se juntam 62 de ouro, 23 de prata e seis de bronze atribuídas a vinhos portugueses, de acordo com a “Revista de Vinhos”. A publicação destaca ainda a atribuição de prémios “Best Buy”, que recompensa a relação qualidade-preço e que atribui ainda aos vinhos portugueses mais 129 medalhas (39 de duplo ouro, 51 de ouro, 22 de prata e 17 debronze).
O concurso, realizado em setembro e que juntou vinhos oriundos de 35 países, distinguiu ainda quatro tintos em classificações nacionais: Vinho Português do Ano (Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon 2012), Vinho do Ano Alentejo (Monte Alentejano Reserva 2013), Vinho do Ano Douro (Parcelas Red 2012) e Vinho do Ano Lisboa (Amoras Reserva 2011). Com um total de 19 medalhas, a Casa Ermelinda Freitas foi o produtor português mais premiado, seguida a curta distância pela DFJ Vinhos, com 16. Segmentando as distinções alcançadas pelos representantes portugueses, os vinhos tintos destacam-se, com um total de 66 medalhas (entre as quais 12 duplo ouro e 39 de ouro). Os brancos receberam 26 medalhas (duas Duplo Ouro e 15 Ouro), os
generosos oito medalhas (quatro de duplo ouro e outras tantas de ouro), os rosés seis (dois Duplo ouro e um Ouro), os espumantes dois (um Ouro) e houve ainda uma medalha de Prata para uma aguardente. Lisboa foi a região nacional mais premiada com a maior distinção do concurso, o duplo ouro. Recebeu 14 medalhas. A competição incluiu vinhos provenientes de 35 países. A atribuição de prémios aos vinhos portugueses na China, cujo consumo de vinho ainda é bastante reduzido, pode ter inf luência nas exportações nacionais para aquele país. Os últimos números dizem que depois de uma grande subida entre 2010 e 2013, 2014 fechou com uma quebra de 14,6% nas exportações.
Grandjó Late Harvest 2012: um Colheita Tardia da Real Companhia Velha A
Real Companhia Velha tem já o mercado a tão aguardada colheita de 2012 do seu afamado Grandjó Late Harvest, uma edição que foi duplamente distinguida pelo crítico de vinhos João Paulo Martins: na “Revista de Vinhos”, ao pontuá-lo com 18 valores, atribuindo-lhe ainda o selo de “boa compra” e a destacá-lo “para a cave”; e no seu Guia ‘Vinhos de Portugal 2016’ ao elegê-lo como o “Melhor(es) Vinho(s) de Colheita Tardia” que se produz no nosso país. Feito 100% com uvas da casta Sémillon, provenientes de vinhas plantadas na Quinta do Casal da Granja, em Alijó – e, por isso, batizado de Grandjó –, este é um vinho bastante peculiar. Para chegar ao copo do con-
sumidor, tem que reunir, principalmente, na vinha condições especiais: manhãs de nevoeiro e tardes soalheiras, que permitam o desenvolvimento de botrytis cinerea, o fungo responsável pela podridão nobre, o factor-chave de sucesso nesta equação. A última colheita lançada tinha sido a de 2008, o que o torna raro. Esta foi a primeira colheita com a assinatura do enólogo Jorge Moreira, que o descreve como um vinho limpo, brilhante e de cor amarelo dourado, demonstrando todas as características deste tipo de néctar. O aroma é complexo, com notas citrinas, de alperce, passas e mel, em combinação com nuances de baunilha e aromas tostados provenientes do estágio em
madeira. Na prova, o “Grandjó Late Harvest 2012” enche o paladar com uma doçura volumosa, uma untuosidade glicérica e um final de prova persistente. Graças à sua acidez viva e à combinação de nectár doce com um vasto leque de sabores, deixa o paladar limpo e fresco. Um néctar do qual foram produzidas apenas 6.600 garrafas de 375 ml, à venda por 19 euros a garrafa, a solo ou em caixa de madeira com três unidades.
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Cortiça das rolhas das garrafas de vinho vai constar do rótulo
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s garrafas de vinho com rolha de cortiça vão poder conter no rótulo informação sobre a composição desse vedante a partir do final deste mês, mas desde que a cortiça represente metade da matéria utilizada, de acordo com uma portaria publicada no mês passado. As novas regras são facultativas e as garrafas rotuladas até 1 de agosto de 2016, que não cumpram as novas regras, ainda podem ser comercializadas até ao esgotamento do stock, mas, a partir dessa data, poderão referir no rótulo o uso de vedante em cortiça, com larga tradição em Portugal.
“A presente portaria visa favorecer a utilização mais generalizada desta prática e sensibilizar as empresas para a melhoria da informação ao consumidor, evitando, ao mesmo tempo, qualquer acréscimo de burocracia ou outros custos de contexto não justificados para os respetivos operadores económicos”, de acordo com o referido pelo Ministério da Agricultura e do Mar, no preâmbulo do diploma, que entrou em vigor a 30 de outubro. A portaria exige que a referência no rótulo ao uso de cortiça, enquanto vedante, tenha caráter facultativo e passe a obedecer a critérios exigentes de composição e qualidade do produto. A referência à cortiça no rótulo da garrafa só vai poder ser feita quando representar mais de 50% da matéria-prima do vedante, quando a empresa produtora do vedante estiver certificada e quando
os engarrafadores e os operadores económicos responsáveis pela introdução dos produtos no mercado estejam na posse de documento que assegurem a rastreabilidade necessária à comprovação do cumprimento das novas normas. Tem-se vulgarizado, nos últimos anos, a utilização de diversos tipos de vedantes nos produtos vitivinícolas engarrafados, como sejam as cápsulas de alumínio e outros vedantes sintéticos. No entanto, o consumidor nem sempre tem possibilidade de identificar o tipo de vedante utilizado, considera o Ministério, salientando ainda que em Portugal, “a utilização da rolha de cortiça natural, enquanto vedante, tem uma larga tradição e continua a corresponder à expetativa de um número significativo de consumidores nacionais, que a valorizam tendo em conta as suas características”.
Pôpa Fiction dá mote a trilogia de vinhos
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ôpa Fiction é o nome – a fazer lembrar um conhecido filme de ação – da nova trilogia de vinhos idealizada pelos irmãos Stéphane e Vanessa Ferreira e a primeira com a assinatura Pôpa Art Projects. “Num projeto em que a ficção inspirou a vinificação, a coleção Pôpa Fiction foi beber ao imaginário da pulp fic-
tion (literatura de cordel, em português), um terreno literário fértil em policiais tintos e personagens complexas, para criar três vinhos únicos: Hot Lips, In The Flesh e The Grape Escape”, enquadram os promotores. Pôpa Art Projects promete apresentar uma nova forma de ver o mundo vínico. Sob o mote “another point of view”, os “Netos do Pôpa” convidaram o artista Mário Belém para inaugurar a primeira coleção deste projeto ímpar e o resultado está à vista: a ilustração de três garrafas de um litro cujos rótulos se apresentam como capas de livros, repletas de design, de pop art e de referências às publicações que animaram os EUA e a Europa durante a primeira metade do século XX. Realizado pelos
irmãos Stéphane e Vanessa Ferreira, com escrita criativa da dupla Ricardo Henriques e Luís Mileu, design de Mário Belém, este projeto não ficaria completo sem a mestria de João Menezes, enólogo da Quinta do Pôpa e criador desta trilogia de néctares, que deve beber-se sem qualquer moderação moral, com a paixão à flor da pele e o saca-rolhas na liga! São vinhos com humor, notas de especiarias e picante qb. Uma edição limitada a 2.550 garrafas de um litro, com um valor de 29 euros cada. Além das garrafas individuais, irão ser lançados também packs, com vinho e merchandising, como t-shirts, posters, postais, entre outros. Acabados de lançar, podem ser comprados diretamente ao produtor, via online ou em feiras.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Vinhos & Gourmet
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Kia Sorento 2015
Muito carro por pouco dinheiro A terceira geração do Kia Sorento está a ser comercializada em Portugal com um conjunto de características que agita a concorrência. Por apenas 38.987 euros este SUV de sete lugares da marca coreana oferece muito por pouco dinheiro.
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identidade com o modelo anterior foi mantida, mas a nova geração incorpora elementos de design mais modernos, um capô mais longo e um novo desenho das colunas D. Além de um preço final bastante competitivo e um nível de equipamento comparável com um SUV de segmento superior, está classificado como viatura de classe 1 nas portagens, fator a ter em conta nos tempos que correm. Construído com base na plataforma da geração anterior, a mesma do Hyundai Santa Fé, mas bastante melhorada, o Sorento oferece um espaço interior que faz frente aos maiores monovolumes. O objetivo da Kia é exatamente esse, por isso, este modelo é vendido em Portugal na versão de sete lugares e tração apenas nas rodas da frente. O Sorento cresceu 95 milímetros, 60 act ualidad€
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atingindo agora os 4,78 metros, no comprimento e teve uma redução de 15 milímetros na altura, para 1,685 metros, enquanto cresceu 80 milímetros na distância entre eixos, para os 2,78 metros. Desta forma, garante mais espaço para os passageiros em to-
das as três filas de bancos. No exterior foram feitas muitas alterações. Na dianteira, sobressai a exclusiva grelha da Kia com o seu novo padrão tridimensional em forma de diamantes emoldurado pelos faróis envolventes e faróis de nevoeiro salientes.
sector automóvil Setor automóvel
O capô comprido, a linha do tejadilho tanto no estacionamento paralelo como baixa e a silhueta inclinada contribuem no estacionamento perpendicular e na para as suas proporções dinâmicas. marcha atrás. O sistema reconhece o Tudo isto é rematado pelas vistosas espaço disponível, vira a direção e calluzes de travagem LED integradas nas cula a distância aos veículos em volta. O condutor tem apenas de gerir a veluzes traseiras. O largo e horizontal habitáculo pro- locidade e engrenar a mudança necesporciona uma sensação acolhedora. sária. De destacar também o sistema de aviPartindo dos contornos fluídos, que vão do painel de instrumentos até às sa- so de saída de faixa, o LDWS. Consisídas de ventilação e ao revestimento das te numa câmara na parte dianteira do portas, tudo foi concebido para envol- veículo, que monitoriza os limites da ver o condutor. O design ergonómico faixa de rodagem e se o condutor sair é também realçado pelo qualidade dos inadvertidamente da faixa onde circumateriais e pelos distintos frisos croma- la, o painel de instrumentos emite um dos. O conjunto cria uma sensação de alerta. bem-estar aos ocupantes. Para terminar, um sistema de áudio Mas é ao nível dos equipamentos e com ecrã TFT-LCD de 3,8”, que possistemas de ajuda à condução que este sui comandos do rádio e leitor de CD, Kia se destaca. Enumeramos, desde mãos livres Bluetooth, funções de arlogo, o sistema inteligente de auxílio ao mazenamento/ leitura de MP3 e muito estacionamento, designado SPAS. Este mais. Em relação às motorizações escolhiestá concebido para ajudar o condutor
das para o mercado nacional, a Kia optou por lançar a uma versão Diesel 2.2 litros CRDi, com 200 cavalos de potência e 440 Nm de binário acoplado a uma caixa manual de seis velocidades. Para esta motorização, existem várias versões disponíveis. A TX 4X2, TX Auto 4X2, com caixa automática e finalmente a TX Top Auto 4X2, que além de incorporar uma caixa de velocidades automática, está apetrechada com um nível de equipamento superior, ultrapassando o da principal concorrência. Apesar dos 200 cavalos de potência, no que respeita aos consumos, parece bastante “poupado”. A marca coreana anuncia um consumo médio de 5,7 litros/ 100 quilómetros. Um dos grandes argumentos de venda do Sorento é a longa garantia dada – de sete anos ou 150 mil quilómetros.
PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Atividade económica e confiança estabilizam
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indicador de atividade económica do Instituto Nacional de Estatística (INE), a crescer desde abril, estabilizou em agosto face ao mês de julho. Já o indicador de clima económico, que mede a confiança dos empresários e neste caso referente a setembro, manteve-se ao mesmo nível de julho, mês em que interrompeu a recuperação iniciada no final de 2014.
BBVA prevê "crescimento estável" no 3º trimestre
"Em Portugal, os indicadores de atividade económica, disponível até agosto, e de clima económico, disponível até setembro, estabilizaram", afirma o INE, acrescentando que os "indicadores de curto prazo (ICP) apontam para um aumento da atividade económica na indústria e em setores de serviços e uma redução na construção e obras públicas".
Excedente externo volta a reforçar-se em agosto
O BBVA prevê que o produto interno bruto (PIB) português tenha crescido entre 0,4 e 0,5% no terceiro trimestre do ano, melhorando ligeiramente a estimativa anterior. Esta previsão representa uma ligeira revisão em alta face à última estimativa, já que em setembro o banco previa que o crescimento fosse de 0,4%. "A recuperação da economia portuguesa estabilizou no terceiro trimestre, apesar de algumas incertezas externas. A melhoria da procura interna, em especial do consumo privado, continua a constituir o principal impulso ao crescimento", revela o BBVA na última nota de análise, divulgada há cerca de uma semana. Em setembro, o BBVA reviu em baixa o crescimento da economia para o conjunto do ano, com a nova estimativa a ser de 1,7%, contra os 2% anteriormente previstos.
O saldo externo da economia portuguesa voltou a melhorar em agosto, ascendendo agora a um valor superior a 2.300 milhões de euros nos primeiros oito meses do ano. O "Boletim Estatístico" do Banco de Portugal adianta que a balança corrente e de capital – um saldo entre os pagamentos feitos e recebidos face ao resto do mundo – reforçou-se novamente em agosto, superando agora os 2.328 milhões de euros. Este resultado representa uma melhoria em comparação com o mesmo período de 2014, altura em que se fixou nos 1.935 milhões de euros. A rubrica responsável por este resultado mais positivo foi a balança corrente, cujo excedente aumentou de 190 milhões para 842 milhões de euros, quando se compara o período dos primeiros oito meses de 2014 e de 2015. Uma melhoria homóloga de 652 milhões de euros, grande parte do qual (393 milhões) veio do saldo positivo da balança de bens e serviços – a diferença entre exportações e importações –, que se aproxima dos 2.300 milhões de euros.
Receitas turísticas aumentam 10,8% até agosto
Desemprego em Espanha abaixo dos cinco milhões
As receitas turísticas geradas em Portugal até agosto foram de 7.612 milhões de euros, mais 10,8% do que em idêntico período de 2014, de acordo com dados do Banco de Portugal. Já as despesas turísticas foram de 2.422 milhões de euros, mais 9,2% do que no mesmo período do ano passado, pelo que o saldo do turismo na balança comercial foi de 5.190 milhões de euros até agosto, ou seja, mais 11,6%. Só em agosto, as receitas turísticas foram de 1.610 milhões de euros, mais 6% do que no mesmo mês de 2014. Quanto às receitas apenas com turistas internacionais, entre janeiro e agosto, houve um aumento de 11%, ainda que a subida nas dormidas de estrangeiros tenha sido menor (de 6,7%).
O desemprego em Espanha caiu para os 4.850.800 desempregados, situando-se pela primeira vez abaixo da fasquia dos cinco milhões, verificada em igual trimestre de 2011. O ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, estima que haja menos 650 mil pessoas desempregadas em 2015. Quanto ao emprego atual, é também preciso recuar quatro anos para se encontrarem mais de 18 milhões de empregados. A criação de 182.200 postos de trabalho no terceiro trimestre aumentou o número de postos de trabalho para os 18.048.700 (menos 100 mil do que no final de 2011). O crescimento do emprego neste trimestre deve-se ao aumento do trabalho temporário. Por região, os maiores aumentos de emprego no terceiro trimestre registaram-se na Catalunha, Ilhas Baleares e na Galiza. Já na Andaluzia, o emprego baixou em mais de 50 mil pessoas. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
62 act ualidad€
novembro de 2015
novembro de 2015
ac t ua l i da d â‚Ź
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-agosto de 2015
A
pesar de la quiebra tanto en las ventas como en las compras españolas a Portugal durante el mes de agosto (fenómeno habitual en consecuencia de la disminución de la actividad empresarial), el comercio entre los dos países mantiene un nivel de actividad muy dinámico habiendo superado los 18.853,9 millones de euros, de los cuales 11.767,7 millones de euros corresponden a las ventas españolas y 7.086,1 millones de euros a las compras a su vecino Portugal. La tasa de cobertura se ha situado en los 166% y el saldo acumulado en estos ocho meses del año es de 4.681,6 millones de euros. Respecto a los ocho primeros meses del año 2014, las ventas españolas registraron un ligero aumento del 1,2% (11.625,2 millones de euros en 2014)
y en el caso de las compras este au- sulta significativo el peso relativo de mento se situó en el 9% (6.502,2 mi- la partida 87 (vehículos automóviles; llones de euros en los ocho primeros tractor) que representa, en términos meses del 2014). globales, el 10% del comercio entre Por lo que a la distribución geográ- los dos países. Otras partidas imporfica del comercio exterior español se tantes son los combustibles, aceites refiere (recogida en los cuadros 2 y 3), minerales que tienen un peso relatiPortugal reduce ligeramente su posi- vo del 7,6% y las materias plásticas; ción entre los principales clientes de sus manufacturas (6,2%). Se concluEspaña ocupando el quinto puesto ye pues, que en este periodo aproxi(tradicionalmente ha venido ocupan- madamente un cuarto del comercio do la tercera posición) con un peso hispano portugués está concentrado relativo del 7,1% y entre los principa- en estas tres partidas. Habrá que señalar el peso de Catales mercados proveedores (cuadro 3) se baja a la octava posición que co- luña en lo que a la oferta española a rresponde a un peso relativo del 3,9% su vecino Portugal se refiere y que en sobre el total de las importaciones este periodo aportó más del 25% de españolas del exterior que ascendie- las ventas españolas habiendo alcanron, en dicho período, a los 180.908,3 zado los 2.987,7 millones de euros de ventas de productos y servicios. A millones de euros. Respecto a los cuadros 4 y 5 que continuación aparece la comunidad exponen la distribución sectorial re- autónoma de Madrid, con una cifra
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-agosto 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
Saldo 15
VENTAS COMPRAS Cober (%) 15 ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14
Saldo 14
Cober (%) 14
ene
1.273.065,27
787.297,60
485.768
161,70
1.394.797,28
779.497,73
615.300
178,94
feb
1.424.674,66
881.040,78
543.634
161,70
1.338.884,15
766.810,74
572.073
174,60
mar
1.544.255,54
909.551,96
634.704
169,78
1.454.677,19
822.211,81
632.465
176,92
abr
1.483.478,88
890.593,70
592.885
166,57
1.532.349,96
782.847,71
749.502
195,74
may
1.485.269,66
936.319,08
548.951
158,63
1.486.578,30
912.595,57
573.983
162,90
jun
1.617.427,95
945.815,34
671.613
171,01
1.482.773,80
871.005,17
611.769
170,24
jul
1.674.117,52
978.191,32
695.926
171,14
1.570.348,08
879.267,89
691.080
178,60
ago
1.265.446,98
757.335,49
508.111
167,09
1.364.765,16
687.959,14
676.806
198,38
sep
0,00
0,00
0
0,00
1.697.509,98
875.454,32
822.056
193,90
oct
0,00
0,00
0
0,00
1.799.843,69
918.444,34
881.399
195,97
nov
0,00
0,00
0
0,00
1.426.480,47
867.186,35
559.294
164,50
dic
0,00
0,00
0
0,00
1.464.870,06
845.054,06
619.816
173,35
11.767.736,48
7.086.145,28
4.681.591
166,07
18.013.878,11
10.008.334,83
8.005.543
179,99
Total
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
64 act ualidad€
novembro de 2015
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero a agosto 2015
de ventas por valor de 1.767,1 millones de euros (15% del total de las ventas) y Galicia, en la tercera posición, con 1.538,4 millones de euros (13,1% del total de las ventas). En la demanda española, Galicia encabeza la lista con 1.254 millones de euros de compras (17,7% del total de las compras españolas a Portugal) seguido de Madrid, con 1.223,7 millones de euros (17,3%) y en la tercera posición Cataluña (16,7%). Si desglosamos estos cuadros por provincias, Barcelona (2.375,3 millones de euros) surge como la principal proveedora a Portugal, seguido de la provincia de Madrid (1.767,1 millones de euros), Pontevedra (704,1 millones de euros), A Coruña (647,4 millones de euros), Valencia (389 millones de euros) y Tarragona (319,5 millones de euros). A su vez, las provincias que más compraron a Portugal fueron Madrid (1.223,7 millones de euros), Barcelona (997,8 millones de euros), A Coruña (613,7 millones de euros), Pontevedra 535,2 millones de euros), Valencia (513,9 millones de euros) y en la sexta posición la provincia de Valladolid (239,8 millones de euros).
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Industria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
25.822.341,79
2
004 Alemania
17.658.585,69
3
005 Italia
12.060.875,42
4
006 Reino Unido
11.888.792,54
5
010 Portugal (d.01/01/86)
11.767.736,48
6
400 Estados Unidos
7.670.558,63
7
003 Países Bajos
5.204.218,24
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.211.783,78
9
204 Marruecos
3.869.074,12
10
052 Turquía
3.357.016,36
11
060 Polonia
3.078.541,42
12
720 China
2.911.880,99
13
412 México
2.882.107,97
14
039 Suiza (d.01/01/95)
2.552.195,54
15
632 Arabia Saudí
2.231.100,66
16 17 18 19 20
208 Argelia 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 732 Japón 951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios
2.113.663,02 1.976.865,51 1.955.801,56 1.630.590,91 1.457.418,60
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a agosto 2015 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
821.799,67
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
796.694,28
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
426.284,15
4
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
417.656,17
5
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
282.946,49
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
268.718,24
7
24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS
262.960,57
8
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
239.263,81
9
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
234.216,07
TOTAL
7.086.145,28
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a agosto 2015 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1.141.821,40
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
754.357,68
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
739.861,92
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
642.239,74
5
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
596.193,88
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
429.729,35
SUBTOTAL
126.301.149,21
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
400.229,47
TOTAL
164.837.172,54
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
350.725,99
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
3.Ranking principales países proveedores de España enero a agosto 2015 Orden País 1
004 Alemania
Importe
2
001 Francia
19.547.840,65
720 China
15.348.047,04 11.203.883,01
4
005 Italia
5
400 Estados Unidos
8.677.098,85
6
006 Reino Unido
7.992.489,62
7
003 Países Bajos
7.340.614,27
8
010 Portugal (d.01/01/86)
7.086.145,28
11.767.736,48
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015
23.189.407,03
3
323.504,69
TOTAL
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.633.116,66
10
208 Argelia
4.420.173,21
11
204 Marruecos
3.223.432,25
12
052 Turquía
3.123.403,44
13
288 Nigeria
3.040.665,60
14
060 Polonia
2.966.091,53
15
412 México
2.590.708,18
16
632 Arabia Saudí
2.436.553,90
17
061 República Checa (d.01/01/93)
2.335.871,04
Cataluña
2.987.741,86
Galicia
1.254.065,32
18
075 Rusia (d.01/01/92)
2.274.469,51
Madrid, Comunidad de
1.767.140,00
Madrid, Comunidad de
1.223.734,07
19
508 Brasil
2.190.078,86
Galicia
1.538.411,63
Cataluña
1.184.674,48
20
007 Irlanda
2.105.622,13
Andalucía
1.235.030,56
Comunitat Valenciana
681.655,53
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero a agosto 2015 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
SUBTOTAL
135.725.712,07
Castilla-La Mancha
687.837,93
Andalucía
670.504,65
TOTAL
180.908.259,27
Comunitat Valenciana
683.560,04
Castilla y León
410.810,15
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
novembro de 2015
ac t ua l i da d € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresa portuguesa del sector del café y aperitivos salados, busca contactos de empresas españolas interesadas en establecer una relación comercial
OP150801
Empresa portuguesa del sector contact center, busca personal para campaña en catalán
OP150802
Empresa portuguesa fabricante de películas solares y estores, busca clientes para ampliar su negocio
OP150803
Empresa de consultoría en Portugal busca socios estratégicos para sus clientes con actividades en las áreas de la industria alimenticia, de joyas, de moldes, de caucho, de transformación de aluminios, y de sistemas, equipamientos y accesorios de seguridad
OP150901
Empresa portuguesa de artes gráficas e inyección de plásticos busca agente comercial en España
OP150902
Empresas españolas interesadas en adquirir una empresa de servicios en el área de la comunicación
OP151001
Empresa portuguesa con sede e instalaciones en Lisboa y 20 años de experiencia en el mercado portugués, busca fabricantes españoles interesados en un distribuidor oficial o representante exclusivo
OP151002
Empresa portuguesa busca fabricantes españoles de ropa fitness
DP150901
Empresas españolas almacenistas de harinas y fabricantes de comidas precocinadas en la zona sur de Galicia
DP150902
Empresas españolas fabricantes o distribuidoras de aperos de labranza (azadas, rastrillos, etc.)
DP151001
Empresas portuguesas distribuidoras de materiales de oficina y consumibles
DP151002
Empresas españolas de distribución alimentaria y gran consumo
DP151003
Empresas españolas productoras de muesli
DP151004
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Agentes comerciais no sul de Portugal
DE151001
Sociedades de advogados em Portugal
DE151002
Empresas portuguesas fabricantes de lençóis e edredões
DE151003
Empresas portuguesas fabricantes de móveis clássicos para restauração/hotelaria
DE151004
Empresas portuguesas fabricantes de camisolas e pijamas de criança em malha circular
DE151005
Fábricas de produtos alimentares no Algarve
DE151006
Empresas portuguesas do setor têxtil com uma produção de 600.000 unidades/ano
DE151007
Empresas portuguesas fabricantes de produtos cosméticos, farmacêuticos e fitossanitários
DE151008
Agentes comerciais com experiência no setor de packaging na zona de Lisboa
DE151009
Assistente para o seu departamento médico em Madrid
OE151001
Formador bilingue (espanhol-português) da área de Recursos Humanos
OE151002
Procura local ou centro de negócios para alugar em Portugal
OE151003
Empresas interessadas na aquisição de uma companhia do setor geoespacial estabelecida em Portugal
OE151004
Empresa espanhola marca líder na venda de iogurte gelado procura parceiros para a abertura de novas lojas em Portugal
OE151005
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
66 act ualidad€
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
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ac t ua l i da d â‚Ź 67
calendário fiscal calendario fiscal >
Novembro Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T Q
Q
S
S
D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica mensal e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas em setembro/2015
Contribuintes do regime normal mensal
A solicitação de reembolso, implica o preenchimento dos anexos – relação de clientes, fornecedores e regularizações
10
Segurança Social
Declaração de remunerações e pagamento das contribuições relativas a outubro/2015
Entidades Empregadoras
16
IVA
Declaração periódica trimestral e pagamento do IVA apurado, relativamente às operações efetuadas no 3º trimestre de 2015
Contribuintes do regime normal trimestral
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em outubro/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de outubro/2015
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo liquidado em outubro/2015
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
25
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em outubro/2015
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal
30
IRC
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em setembro de 2015
Entidades pagadoras dos rendimentos
Obtenção de nº fiscal especial para o não residente
A solicitação de reembolso implica o preenchimento dos anexos – relação de clientes, fornecedores e regularizações
PUB
68 act ualidad€
novembro de 2015
Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE140296 BE140297
F
03/04/1968
PORTUGÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS
DOCENTE DE ESPANHOL
F
21/07/1971
INGLÊS
ADMINISTRAÇÃO
BE140298
F
29/12/1980
INGLÊS/ ESPANHOL
MARKETING E COMUNICAÇÃO
BE140299
M
03/01/1961
INGLÊS
ARQUITETURA
BE143000
F
10/07/1985
ESPANHOL/ CATALÃO/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
ADMINISTRATIVA
BE143001
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
ADMINISTRAÇÃO
BE143002
M
FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS
BE143003
M
04/10/1984
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ GREGO ANTIGO E MANDARIM (INICIADO)
CONSULTOR DE ASSUNTOS PÚBLICOS
BE143004
F
13/03/1987
INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
RECECIONISTA
BE143005
F
21/09/1986
INGLÊS/ BASCO
ENGENHARIA E ORGANIZAÇÃO NAVAL
BE143006
F
INGLÊS/FRANCÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE143007
F
INGLÊS
JORNALISMO
BE143008
F
INGLÊS/ FRANCÊS
ADVOCACIA
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Agenda cultural
Música e dança
Flamenco no Casino Estoril
Livro
“Santuários de Portugal - Caminhos de Fé”
Da autoria de Maria do Rosário Barardo, esta obra “oferece ao leitor, num único volume com 684 páginas, a possibilidade de aceder de forma clara, metodológica e estruturada e profusamente ilustrada aos conteúdos histórico-culturais, bem como aos aspetos arquitetónicos e artísticos e às tradições religiosas e festividades, de um universo de 161 locais de culto católico com designação de Santuário, tal como cada uma das 20 Dioceses de Portugal continental e arquipélagos dos Açores e da Madeira assim considera”. O livro “permite uma visão de conjunto destinada não só ao peregrino e ao visitante de turismo religioso, mas também a um público mais vasto que procura estes locais de culto sob o ponto de vista histórico-cultural”, reunindo “uma vasta informação destinada ao visitante/turista com indicação das coordenadas que o ajudam a encontrar o caminho destes conjuntos monumentais, igrejas ou ermidas”.
“Miriam, a Sereia que Desistiu do Mar”
Um conto infantil, que pretende despertar a consciência ambiental, como afirma a autora Ondina Bordalo: “O meu desejo é que a mensagem deste livro seja como que um S.O.S do nosso maravilhoso planeta que faz parte da infindável e extasiante criação de Deus e do seu objetivo para a Humanidade, despertando a consciência de muitos para a mudança de hábitos e posturas na prática que conduzam à preservação da magnífica biodiversidade que ainda podemos usufruir!”
70 act ualidad€
novembro de 2015
As noites de quinta-feira no Casino Estoril vibram ao ritmo do flamenco até ao final de novembro. Já no dia 5 sobem ao palco do Lounge D a Companhia Diego El Gavi Sexteto com a artista portuguesa convidada Marta Chasqueira, vencedora do Prémio de Melhor Coreógrafa de Danças do Mundo, atribuído pelo “Dance Awards 09”. A Companhia Diego El Gavi Sexteto será uma constante em todos os espetáculos, “assim como o conhecido guitarrista Joantxin Osaba que, vindo diretamente de Jerez de la Frontera, irá emprestar um inconfundível “toque” de flamenco às atuações do grupo de Diego El Gavi”. A banda protagoniza “uma mistura musical” decorrente das diferentes nacionalidades dos seus músicos de trajetória internacional: “um saxofonista argentino, percussionista e contrabaixo cubano e Diego el Gavi, cantor cigano de Portugal”. A acompanhar o grupo Diego El Gavi Sexteto na noite de “Baile Flamenco” do dia 12 de novembro estará a bailarina Tati de Málaga, “nome consagrado”, com experiência em Zarzuela e Opera Flamenca no Teatro Cervantes de Málaga, tendo atuado internacionalmente com reconhecidas companhias de Flamenco da Andaluzia. A bailarina regressa a Portugal, onde já havia apresentado “Romancero Flamenco a Lorca”, no Instituto Cervantes, em 2011. No dia 19 de novembro, a Companhia Diego El Gavi Sexteto terá como artista convidada Isabel Rodriguez, bailarina de formação clássica e de flamenco, “co-fundadora do grupo Gitanillas, com o qual desenvolveu o seu trabalho como coreógrafa”. Este ciclo de “Festival Flamenco” no Casino Estoril encerra a 26 de novembro com a atuação do bailarino João Pereira e da Companhia Diego El Gavi Sexteto. Neto de sevilhanos, o português João Pereira foi artista convidado em duas edições do festival Flamenco de Lisboa e continua, atualmente, a sua formação em Triana, Sevilha.
Até 26 de novembro, no Casino Estoril
Exposições
O velho oeste mais próximo no Thyssen-Bornemisza
Em que cenários e como viviam e os índios norte-americanos, no século XIX? As respostas aguardam os visitantes da exposição “A Ilusão do oeste longínquo” em cartaz no museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid. Oportunidade para conhecer o trabalho de “artistas que no século XIX penetraram nos territórios do Oeste norte-americano, assumindo o objetivo de mostrar as suas paisagens desconhecidas e exóticas, e de representar as formas de vida dos índios que desapareciam devido a um programa ideológico, político, militar e colonizador”, lê-se na apresentação da mostra. A estes artistas se deve, em muito, a “ilusão” do oeste longíquo (far west), “combinando o entusiasmo romântico e a genuína admiração com os tópicos, preconceitos e expetativas que toldavam o olhar do homem branco”. A imagem “que mais tarde se converteria no mito do índio selvagem, vivendo nas pradarias em
espacio de ocio comunhão com a natureza, muito incrustado na visão que o cinema popularizaria anos depois, centrada em mostrar o ponto de vista dos ocupantes e as canseiras e perigos que tiveram que enfrentar”. A exposição exibe pinturas e fotografias de artistas como Karl Bodmer, George Catlin, Henry Lewis, Albert Bierstadt, Edward S. Curtis o Carleton E. Watkins, entre outros, num “apaixonante capítulo, pouco conhecido até aqui da história da arte”.
Até 7 de fevereiro de 2016, no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid
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séries “Ouve-me, Sente-me, Vê-me” (1979), em que o grande plano do rosto de Helena Almeida surge tapado e amordaçado, o que pode ser entendido como “uma afirmação de feminismo”, sugere João Ribas, que com, Marta Moreira de Almeida, assina a curadoria da mostra. “Helena Almeida introduz as preocupações centrais que definem a sua prática artística numa diversidade de disciplinas, nomeadamente o interesse em ultrapassar os limites do espaço pictórico e narrativo que sempre desempenhou um papel fundamental na obra da artista”, lê-se na sinopse da exposição, que viajará a seguir para Paris e depois Bruxelas. Helena Almeida é uma das mais relevantes artistas plásticas da atualidade. Nascida em Lisboa no ano de 1934 e filha do escultor Leopoldo de Almeida, a artista formou-se em Belas Artes. “Desde o início da sua carreira (finais da década de 60), explora e questiona disciplinas tradicionais, em especial pintura, procurando constantemente romper com o plano pictórico”.
Até 10 de janeiro de 2016, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto
Serralves viaja pelas obras de Helena Almeida
”A minha pintura é o meu corpo, a minha obra é o meu corpo”, admite Helena Almeida, a artista plástica em destaque no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, que propõe a mostra “A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra”. A exposição conta o percurso artístico de Helena Almeida em pintura, fotografia, vídeo e desenho, salientando “a importância do corpo – que regista, ocupa e define o espaço – e o seu encontro performativo com o mundo nas obras realizadas pela artista de meados dos anos 1960 até à atualidade”. Entre as obras expostas figuram as suas famosas pinturas “habitadas”, em que a própria pintora surge a disputar espaço com generosas pinceladas de tinta azul, bem como as
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
A nova forma de expor arte antiga “Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé”, diz o provérbio que ajuda a explicar a iniciativa “ComingOut. E se o Museu saísse à rua?”, organizada pelo Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a HP Portugal. Na realidade, o que saiu à rua foi uma representação da coleção do MNAA, ou seja “reproduções de altíssima qualidade de 31 obras-primas, em escala real e providas de molduras em madeira e tabelas, tal qual são expostas nas salas de um qualquer museu”. O projeto que está a animar ruas e praças do Chiado, Bairro Alto e Príncipe Real, em Lisboa, inspirou-se numa mostra similar desenvolvida em Londres, nos bairros de Convent Garden, Soho e Chinatown, pela National Gallery, denominado “The Grand Tour”. “Obras de Misericórdia” de Peter Brueghel, o Jovem, “São Jerónimo” de Albrecht Dürer, “Retrato do Rei D. Sebastião” de Cristóvão de Morais, “Retrato da Família do 1º Visconde de Santarém” de Domingos António de Sequeira são algumas das reproduções expostas. Desta forma, “o MNAA pretende contribuir para a valorização
da cidade enquanto destino cultural, seja do ponto de vista de quantos a habitam, seja dos visitantes que a demandam e a que muito importa oferecer uma experiência qualificada.” Em simultâneo, “através de um diversificado percurso por inúmeros tesouros nacionais, que integram a nossa memória coletiva e contam nove séculos do nosso passado”, a iniciativa promove o próprio museu, funcionando como um convite aos turistas e aos lisboetas “a visitarem o MNAA para solidificarem o seu conhecimento sobre Portugal e a sua História”.
Até 1 de janeiro, em Lisboa novembro de 2015 N
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Onze anos de Eleven
O número 11 repete-se na história do Eleven: 11 sócios abriram a 11 de novembro de 2004 este restaurante lisboeta. Joachim Koerper é coproprietário e lidera a cozinha do Eleven há 11 anos. À Actualidad€, o chefe, distinguido com uma estrela Michelin, garante-nos que há mais do que 11 razões para visitar o Eleven. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
O
chefe Joachim Koerper fazia consultadoria para o hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, quando o dono, José Miguel Júdice, o desafiou a abrir um restaurante de topo em Lisboa. O projeto viabilizou-se com a ajuda financeira de mais nove sócios. Nascia assim, a 11 de novembro de 2004, o Eleven, com a assinatura gastronómica deste chefe alemão, que se encantou pela cozinha do Sul da Europa, na sua passagem por vários restaurantes de renome, distribuí72 act ualidad€
novembro de 2015
dos por França, Espanha e Portugal. A ambição dos responsáveis do Eleven foi, desde o início, posicioná-lo entre os melhores restaurantes portugueses, o que acabou por acontecer, através de diversos prémios, entre eles a cobiçada estrela Michelin, que chegou em 2005, um ano depois de abrir, o que é raro na lista de restaurantes estrelados. O Eleven manteve a estrela até 2009, perdeu-a em 2010 e recuperou-a em 2013. A distinção atribuída pelo guia da marca de pneus já fazia parte do cur-
rículo de Joachim Koerper, que trabalhou “em restaurantes que totalizam 14 estrelas Michelin”. De cada país e de cada restaurante, Joachim extraiu um pouco da “ cultura” e do “savoir faire dos chefes”. Nascido em 1952, na cidade alemã de Saarbrücken, o chefe começou a viajar pelo sul da Europa na década de 70 e rendeu-se aos produtos mediterrânicos. O chefe sublinha que a cozinha portuguesa e a espanhola “estão em plena ascendência”. Joachim Koerper define o seu conceito de cozinha para o Eleven, como
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“um conceito de autor e globalizado”, uma vez que “as influências são de todo o lado, de onde trabalho e de onde trabalhei”. No topo da ementa do Eleven, o chefe sustenta: “A natureza é a perfeição, a minha missão é extrair dela a melhor matéria-prima, sentir os aromas, provar os sabores e texturas para assim imprimir a magia da simplicidade e elegância à minha cozinha.” A nota introdutória do restaurante sublinha ainda que Joachim Koerper “pratica uma cozinha de mercado e de estação”, já que “aproveita os ingredientes frescos disponíveis em cada dia, em cada época do ano”. O cliente deve contar com “uma cozinha de sentidos”, que não explora apenas o paladar, mas também a vista e o olfacto. Trata-se de “uma cozinha de carinho”, que “visa proporcionar experiências gastronómicas memoráveis”. Onze anos passados, Joachim Koerper considera que a evolução do Eleven tem sido “muito boa” e materializa-se através do “elevado número de clientes que saem do restaurante satisfeitos”. Já “o mais desafiante foi passar pela crise e manter o barco a navegar”, admite. A este desafio soma-se, desde agosto, também o de gerir, em paralelo, o Eleven Rio, no Rio de Janeiro, no país Natal de Cintia Paiva Koerper, a mulher do chefe. Joaquim Koerper diz que “quando se tem boas equipas a coordenar, é fácil gerir” e que o novo projeto está a correr “maravilhosamente bem” e que tem recebido “muito clientes que já estiveram no Eleven Lisboa”. O chefe descarta a possibilidade de abrir um terceiro restaurante: “Não pretendo abrir novas casas Eleven, dois é um número muito bom. Manter a qualidade é o meu foco.” Quem quiser pô-la à prova, deve aceitar as sugestões do chefe e experimentar no Eleven lisboeta a “barra de ouro”, nome da entrada que serve foie gras em formato de barra de ouro. O chefe recomenda igualmente a salada de lavagante com lentilhas e Pak-Choi, prato que faz “brilhar um
grande produto, o lavagante”, num entorno que acusa as influências da globalização na cozinha do chefe. O robalo acompanhado da frescura do pepino e da acidez da ostra é o prato de peixe aconselhado. Por sua vez, entre as referências de carne, a escolha do chefe recai no cordeiro com crosta de pimento, acompanhado de polenta em duas texturas, ou no leitão a baixa temperatura, servido com chutney de tomate e molho de maracujá. “Mais um exemplo de globalização que deu certo”, comenta o chefe. A lista de sobremesas na carta de outono disponibiliza, entre outras opções, a pêra belle-Helene, “um clássico reinventado” pelo chefe, ou soufflé de marmelo, que se mantém há 11 anos na carta, com ligeiras nuances de sabor. A tudo isto acresce outro ingrediente relevante: a localização. Situado no cume do Jardim Amália
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Rodrigues, o Eleven garante vista premium: a tranquilidade da geometria verde do Parque Eduardo VII rematada com o brilho das águas do Tejo no horizonte. Com a geografia a favor, a arquitetura fez o resto para assegurar um ambiente aprazível: “O projeto arquitetónico, da autoria de João Correia, procurou acima de tudo integrar o edifício na sua envolvente exterior, de forma a preservar a relação com os dois elementos mais marcantes da sua localização: o verde do jardim e as vistas sobre a cidade de Lisboa.” O espaço é “modernista e minimalista nas formas e elementos decorativos exteriores” e “utiliza materiais orgânicos”, como a pedra, a madeira e o ferro.
Restaurante Eleven Rua Marquês de Fronteira, Jardim Amália Rodrigues, 1070 – Lisboa Telefone: 21 386 22 11
novembro de 2015
ac t ua l i da d € 73
últimas
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Statements Para pensar
“Sinais de uma forte procura e de uma maior expetativa de trabalhos futuros encorajaram as empresas a contratarem mais pessoas, conduzindo a um crescimento do emprego ligeiro depois do abrandamento verificado em setembro. Contudo, enquanto a criação de postos de trabalho atingiu um máximo de cinco meses nos serviços, diminuiu para um mínimo de oito meses na indústria, o que é frequentemente relacionado com o facto de as empresas procurarem ganhos de produtividade de forma a impulsionar a competitividade” Chris Williamson, economista-chefe da Markit Economics, sobre o índice composto de gestores de
compras na produção (PMI, na sigla inglesa, e que mede a evolução da atividade produtiva na Zona Euro), da Markit, que subiu em outubro, depois de em setembro ter tocado num mínimo de quatro meses, “Negócios. pt”, 23/10/15
“Ainda assim, este índice [PMI] continua num nível que sinaliza um crescimento trimestral modesto de 0,4% do PIB, sinalizando que a região vai ter de esforçar-se mais para atingir o crescimento de 1,5% em 2015 (...) A menos que a atividade económica e o índice de preços suba significativamente nos próximos meses, a combinação de um crescimento relativamente fraco e deflação assinalado pelos inquéritos vão impulsionar as expetativas de que o BCE vai intensificar o seu programa de quantitative easing no encontro de dezembro” Idem, ibidem
“A intensidade e persistência dos fatores que estão a atrasar o regresso da inflação a níveis abaixo, mas próximos de 2% no médio prazo, requerem uma análise profunda (....) neste contexto, o nível de acomodação da política monetária terá de ser reavaliado na reunião de política monetária de dezembro” Mario Draghi, presidente do BCE, “Negócios.pt”, 22/10/15
“La economía española ha corregido muchos de sus desequilibrios y problemas que tenía y este año va a crecer al 3,3% (....) y en el déficit vamos a ir hacia el 4,2% que es nuestro objetivo para este año” act ualidad€
novembro de 2015
Luis de Guindos, ministro de la Economía, “Expansión.com”, 22/10/2015