Actualidade Economia Ibérica - nº 255

Page 1

Actualidad

?

Economia ibérica setembro 2018 ( mensal ) | N.º 255 | 2,5 € (cont.)

Que desafios enfrenta o capital de risco? PÁG. 34

Sabadell Portugal atento a oportunidades turístico-imobiliárias Pág. 12

Trade Iberia ayuda a las empresas a dar el salto de la internacionalización pág. 18


2 act ualidadâ‚Ź

setembro de 2018


Índice

índice

Fotomontagem: Sandra Marina Guerreiro

Nº 255 - setembro de 2018

Actualidad

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Manuela Ramos Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Manuela Ramos (manuela@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro

Grande Tema 34.

Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Cecilio Oviedo e Nuno Almeida Ramos

Que desafios enfrenta o capital de risco?

Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89

Editorial 04.

Nº de Registo na ERC: 117787

Quem vai financiar a evolução do Portugal empreendedor?

Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha

Opinião 40.

Brexit revisitado

Atualidade 20.

Titan se refuerza en su centenario antes de abordar nuevos mercados

E mais... 06. Apontamentos de Economia 12.Grande Entrevista 24.Marketing 30.Fazer Bem 42. Advocacia e Fiscalidade 46.Vinhos & Gourmet 50.Ciência & Tecnologia 52. Setor Imobiliário 54.Barómetro Financeiro 56. Setor Automóvel 58.Oportunidades de Negócio 60.Calendário Fiscal 61.Bolsa de Trabalho 62.Espaço de Lazer 66. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola setembro de 2018

ac t ua l i da d € 3


editorial editorial

Quem vai financiar a evolução do Portugal empreendedor?

C

Foto Arquivo

riado, na Estónia, por Janus Friis e Niklas Zennstrom, o software de comunicação Skype foi lançado em 2003. Dois anos depois, este sistema, que revolucionou a comunicação mundial ao permitir ligações de voz e vídeo através da Internet, foi comprado pela eBay. Desde maio de 2011, pertence à gigante norte-americana Microsoft. Também a empresa de streaming de música Spotify, criada na Suécia, em 2008, sentiu a necessidade de atravessar o Atlântico para financiar a sua evolução, tendo entrado em abril deste ano na Bolsa de Nova Iorque. Estes dois exemplos não são casos isolados. São várias as tecnológicas de origem europeia que acabam por ser adquiridas por gigantes americanas como a Microsoft, a Google, a Amazon, o Facebook, entre outras. Talvez porque o contrário disso fosse a estagnação do negócio e a sua consequente deterioração. Talvez porque na Europa escasseie o financiamento necessário para as manter,

4 act ualidad€

a crescer, por cá… No entanto, a União Europeia parece estar mais empenhada em incentivar o nascimento de novos projetos e em garantir que a sua evolução também pode ser assegurada sem mudar de continente. Já a Estratégia de Lisboa (estabelecida no ano 2000) tinha a ambição da Europa se tornar até ao ano 2010 na economia mais dinâmica e competitiva do mundo, com base no conhecimento. Para tal, a UE deveria investir 3% do produto interno bruto (PIB) em inovação e ciência. Esse objetivo não chegou a ser alcançado, pelo que foi reformulado com a Estratégia Europa 2020, cujo mote é promover o conhecimento inteligente (investindo na educação, na investigação e na inovação), sustentável (baixar as emissões de carbono) e inclusivo (criando mais e melhor emprego e reduzindo a pobreza). São estes os objetivos a perseguir, na distribuição e aplicação dos fundos europeus. Portugal já recebeu quase um quarto do que lhe foi destinado: “Até ao

final de junho de 2018 foram transferidos 5.711 milhões de euros para Portugal pela Comissão Europeia. Este valor equivale a 21,9% do valor programado no Portugal 2020 e mantém-se acima da média da UE (que se encontrava em 14,6%), sendo a taxa mais elevada entre os Estadosmembros com envelopes financeiros mais elevados (acima de sete mil milhões de euros)“, de acordo com o último “Boletim Informativo de Fundos” da UE. O comissário europeu para a inovação, Carlos Moedas, considera uma vitória aumentar de 80 mil milhões para 100 mil milhões de euros o investimento da UE em inovação e tecnologia. Esse empenho é decisivo para atrair o investimento privado, sustenta o comissário. Nessa linha, a UE criou o Venture EU, que visa disponibilizar 410 milhões de euros para atrair investidores privados e juntar cerca de 2100 milhões de euros a fundos de capital de risco. Os fundos de capital de risco são a alternativa que se impõe a economias demasiado dependentes da banca para se financiarem. No entanto, a Europa tem manifestado maior dificuldade nesta matéria. No caso português, atrair capital estrangeiro para os fundos de capital de risco de origem portuguesa é mesmo o maior desafio do setor, como se poderá ler no “Grande Tema” desta edição. O país soube criar um ecossistema de empreendedorismo e inovação dinâmico, falta agora criar condições para financiar a evolução desses projetos empresariais.  E-mail: smarques@ccile.org

setembro de 2018


editorial

setembro de 2018

editorial

ac t ua l i da d â‚Ź 5


apontamentos de economia apuntes de economÍa

Santander Totta sobe lucros em 15,2%, para 263,6 milhões de euros

Foto Sandra Marina Guerreiro / Arquivo

Os lucros do Santander em Portugal, no primeiro semestre de 2018, subiram 15,2%, para 263,6 milhões de euros, em termos homólogos. O banco liderado por António Vieira Monteiro (na foto) viu ainda o produto bancário crescer 19,8% e os custos operacionais 18,1%, o que se traduziu numa ligeira melhoria do rácio de eficiência (menos 0,7 pontos percentuais em relação a junho de 2017). A margem financeira fixou-se em 444,1 milhões de euros neste período, o que Os recursos de clientes subiram 21,8%, representou um aumento de 31,3% totalizando 39.516 milhões de euros. face aos primeiros seis meses de 2017. Quanto aos depósitos, que represenNa conferência de imprensa de apre- tam 85% dos recursos, subiram 21,1%. sentação de resultados, realizada em O crédito total ascendeu a 41.400 Lisboa, o presidente do Santander milhões, crescendo 25,3% face a Totta afirmou que “o banco continua junho do ano passado. a evidenciar um contínuo crescimento Entretanto, António Vieira Monteiro sustentado da sua atividade”. foi considerado a 26ª personalidade Os custos operacionais incluem os “mais poderosa de 2018” em Portugal, custos de integração do Banco Popular, de acordo com a listagem anual elaboe situaram-se em 309 milhões de euros. rada pelo “Jornal de Negócios”. O banO custos com pessoal também subi- queiro está há seis anos à frente do ram, por causa da integração do grupo espanhol em Portugal e foi “um Popular e das suas subsidiárias. A dos poucos presidentes dos mercados subida foi de 13,2%, para os 178,8 do grupo que não saiu de funções com milhões de euros. Ana Botín”, assinala a publicação.

Iberia reforça ligações a Buenos Aires e Cidade do México Com o início da época de inverno, a Iberia reforçou a sua aposta na América Latina, com três voos adicionais por semana para dois dos seus principais destinos: Buenos Aires (Argentina) e Cidade do México (México). A partir do próximo dia 27 de outubro, a companhia aérea espanhola vai, assim, disponibilizar 17 voos por semana, em vez dos dois voos diários atuais, entre Madrid e a capital argentina. As três frequências adicionais vão ser operadas com aviões A330-200, aumentando para 625 mil os assentos disponíves nesta rota (mais 90 mil que atualmente). Também para a capital do México, a Iberia programou aumentar as frequências para 17 por semana entre Madrid e aquela cidade da América Central, durante a temporada de inverno 2018/ 2019.

Caixa Geral de Depósitos e Cosec colaboram na distribuição na área de seguros de crédito

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Cosec – Companhia de Seguros de Crédito estabeleceram um protocolo de distribuição que visa a comercialização dos produtos de seguro de crédito da Cosec através das redes comerciais da CGD, a maior rede bancária do país. A CGD pode, agora, colocar mais um produto financeiro à disposição dos seus clientes, que permite a gestão do risco de crédito das suas transações comerciais em condições mais seguras e cobre os prejuízos decorrentes do não paga-

6 act ualidad€

setembro de 2018

mento das vendas, sendo particularmente relevante nas operações de exportação de bens e serviços para os mercados externos e para apoiar a internacionalização das empresas. Este produto complementa a cooperação já existente entre a CGD e a Cosec em matéria de seguros de crédito com garantia do Estado, e vem reforçar a atual oferta de produtos e serviços da CGD para o segmento de empresas, nomeadamente na vertente de comércio externo (que vai desde as transferências internacionais às

operações documentárias, passando pelas garantias bancárias) sendo mais uma opção para potenciar o desenvolvimento do negócio das empresas nacionais e a sua expansão para novos mercados. Para a Cosec, líder de mercado de seguro de créditos, esta parceria vem permitir o reforço significativo da sua rede de distribuição, contribuindo para o alargamento do mercado, através da crescente penetração do seguro junto das empresas nacionais, sobretudo das PME, afirma o grupo segurador.


Breves Millennium bcp é o banco principal das empresas, com 20% de quota O Millennium bcp é o Banco principal das Empresas em Portugal, de acordo com o estudo realizado pela DATA E, onde lidera com uma quota de mercado de 20,2% em todas as dimensões (microempresas, PME, midcaps e grandes empresas). Estes dados resultam do mais recente “Barómetro de Serviços Financeiros (BFin 2018)”, que tem por objetivo analisar o mercado dos serviços financeiros disponibilizados pelos bancos que operam em Portugal. Enquanto Banco principal, o Millennium lidera nos setores do comércio, serviços e indústria, nas empresas exportadoras e no Portugal 2020. Sendo o banco mais utilizado em linhas de crédito, é também a principal escolha das empresas que têm intenção de investir nos próximos 12 meses. Liderança que se estende também ao digital, quer na quota de utilização do ser-

viço Net Banking e Mobile Banking, mas também na satisfação com o Net Banking. Relativamente à imagem que transmite, o Millennium bcp é o mais referido como o “Banco Globalmente Melhor para as Empresas”, “Globalmente Mais Eficiente”, com os “Produtos mais adequados às Empresas”, “Mais Inovador” e o “Mais próximo dos Clientes”. De acordo com a DATA E, o “Barómetro Serviços Financeiros Empresas-Bancos (BFin Bancos)” é um estudo que tem como principal objetivo caracterizar o setor bancário português na ótica das empresas, relativamente aos produtos e serviços que os bancos disponibilizam. Os resultados do BFin 2018 são baseados numa amostra de mais de 1.300 empresas, extrapolados para o universo empresarial português. A informação foi recolhida entre abril e junho de 2018.

MAPFRE Seguros premeia condutores em nova campanha

A MAPFRE Seguros acaba de lançar uma campanha direcionada para o ramo automóvel, que permite aos seus clientes usufruirem de até 33% de desconto.Subordinada ao claim “Qual o seu perfil de condutor?”, a campanha aposta no humor para, num tom descontraído, apresentar 21 perfis de condutores “fictícios”, com estilos de condução familiares ao público em geral, como, por exemplo, o “Azelha”, o “Guga Maps”, o “Messias”, o “Azarado”, o “Estiloso” ou o “Miúfas”, que poderão ser consultados na página da seguradora. A nova campanha assume como objetivo transmitir a ideia de que na MAPFRE cada cliente tem o seu desconto personalizado, criado “à sua medida” e adaptado ao seu perfil de condução.

Assim, como exemplo, o estilo “Avó” aplica-se ao condutor que tem a concessão da faixa do meio de qualquer autoestrada e as rotundas são sempre feitas por fora; o estilo “Azarado” está constantemente a ser atingido pelos postes e pilares dos estacionamentos, que insistem em se mover do sítio. Para promover a campanha, foram criadas várias peças de comunicação e conteúdos partilháveis, disponíveis no YouTube e outras redes sociais da MAPFRE. Segundo Luis Anula, administrador-delegado da MAPFRE Seguros, “esta é, sem dúvida, a altura ideal para lançar uma campanha que premeia os melhores condutores” e que está “concebida para permitir uma maior perceção das suas vantagens junto das redes de distribuição e dos consumidores em geral”.

Fusões e aquisições de empresas em Portugal caem em julho O mercado de fusões e aquisições (M&A) em Portugal caiu em número de operações e em volume transcionado em julho, de acordo com os dados do Transactional Track Record (TTR). O volume financeiro dos investimentos desceu 45%, para 952 milhões de euros, quando comparado com o mesmo período de 2017, num total de 15 operações. À semelhança do que tem vindo a acontecer ao longo de 2018, o imobiliário mantém-se em destaque, com sete negócios no mês em análise, com destaque para a compra do centro comercial Almada Fórum à norte-americana Blackstone, por 406,7 milhões de euros, por parte da Merlin Properties (ver também pág. 52). Desde o início do ano, foram 173 os negócios registados no país, o que correspondeu a uma redução de 16,8% em comparação com o mesmo intervalo de 2017. Destes, 71 tiveram os respetivos valores financeiros divulgados, revelando um valor total aportado superior a 14,9 mil milhões de euros, importância que reflete um crescimento de 77,7% face ao período homólogo do ano anterior, e que foi fortemente influenciada pela oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges sobre a EDP – Energias de Portugal, em maio, avaliada em 9,1 mil milhões de euros. Em número de operações cross-border, o mercado português soma, no ano, 68 operações inbound, em que empresas portuguesas foram adquiridas por companhias estrangeiras. Destas, 19 foram investimentos de empresas com sede em Espanha, somando 1,9 mil milhões de euros aportados pelos vizinhos ibéricos em território português. Transinsular reforça ligação entre Europa e África com nova escala em Algeciras O serviço Lince Class da Transinsular, uma empresa do grupo ETE, começou a fazer escala, desde o passado dia 23, em Algeciras (no Total Terminal International), inaugurando uma ligação direta entre o território continental da Espanha e Cabo Verde, que servirá ainda como ponto para o transshipment de carga para o Mediterrâneo, nomeadamente outros portos em Espanha, bem como Itália, Grécia e Turquia. O reforço do Lince Class, com uma nova escala no continente europeu, vai aproximar a Península Ibérica e o Mediterrâneo dos mercados africanos de Cabo Verde (Praia e Mindelo) e Guiné-Bissau. Esta linha internacional é a única no mercado a garantir datas fixas com uma periodicidade quinzenal, tem uma capacidade de transporte de 1.500 TEUs mensais e os melhores Transit Times do mercado. O Lince Class descarrega na Cidade da Praia as importações destinadas a Cabo Verde e aos mercados

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 7


Breves africanos de proximidade, recebendo no Mindelo as cargas de exportação com destino a Leixões, Lisboa e Algeciras e dirigidas à Europa, Mediterrâneo e resto do mundo. Movimento de passageiros em Leixões cresce 38% no primeiro semestre A comemorar três anos de existência, o Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos, já registou a passagem de mais de 300 mil passageiros e 426 navios. No balanço do primeiro semestre do ano, passaram por este porto mais de 50 mil turistas, o que significou uma subida de 38% comparativamente com os primeiros seis meses de 2017. “Ao longo dos últimos três anos, temos captado a atenção e o interesse das maiores companhias de cruzeiro mundiais. Temos sido uma das principais portas de entrada na região e temos renovado, ano após ano, o recorde de movimento de navios e passageiros”, segundo fonte da APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo. Representando 81% do movimento de passageiros, o Terminal de Cruzeiros de Leixões continua a ser a principal porta de entrada de turistas na região Porto e Norte de Portugal, estimando-se que até ao final do ano passem por esta infraestrutura um total de 110 mil passageiros, renovando o recorde que ano após ano vem alcançando. Hotelaria portuguesa aumenta preço médio por quarto ocupado A hotelaria portuguesa registou em junho um aumento de 9% do preço médio por quarto ocupado face ao mês homólogo do ano passado, para 101 euros, mas um recuo de 0,7 pontos percentuais da taxa de ocupação dos quartos, para 81%. De acordo com o indicador mensal “Tourism Monitors”, da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em junho, Lisboa foi o destino que registou uma melhor performance no preço médio por quarto ocupado (ARR), que se fixou nos 124 euros, seguido do Algarve e Estoril/Sintra (108 euros). No mês em análise, o preço médio por quarto disponível (RevPAR) aumentou 9%, para os 82 euros, destacando-se, em termos relativos, o crescimento de 24% da Costa Azul, seguida do Alentejo e das Beiras, com 18%. Por destinos turísticos, Lisboa (91%), Madeira (89%) e Grande Porto (85%) registaram as taxas de ocupação quarto mais elevadas, tendo as categorias quatro e três estrelas voltado a registar, pelo segundo mês consecutivo, uma quebra de 1,1 e de 2,6 pontos percentuais.

8 act ualidad€

setembro de 2018

Crédito ao consumo dispara, enquanto empresas evitam endividamento Os novos créditos ao consumo automó- através de cartões e descoberto, tanto vel e pessoal cresceram mais de 20% em número como no montante. no mês de junho, em comparação com Quanto às empresas, metade das emprejunho de 2017, e atingiram em conjunto sas em Portugal não tem dívidas aos 547 milhões de euros, de acordo com o bancos, ainda de acordo com um levanBanco de Portugal (BdP). O valor dos tamento do BdP. Esta realidade verificanovos créditos ao consumo pessoal -se sobretudo em empresas muito jovens aumentou 20,9%, para 267 milhões de ou com dimensão demasiado pequena, euros, e o financiamento para compra de mas também entre as que têm envergaautomóvel subiu 20,3%, para 280 milhões, dura suficiente para poderem escolher de acordo com os dados sobre a evolução outros meios de recolha de fundos. A dos novos créditos aos consumidores. nível de setores, é no imobiliário que a Observando a variação homóloga em per- dependência bancária é menor. As concentagem e em número de contratos, clusões constam de um estudo levado também o número de novos créditos ao a cabo pelo BdP, destinado a entender a consumo aumentou pela mesma ordem. importância de fatores como a dimensão, Os empréstimos pessoais aumentaram a idade e o setor em que uma empre19,5%, e os créditos para compra de sa opera são relevantes para explicar o automóvel cresceu 18,4%. Estes tipos acesso ao endividamento bancário, os de consumo totalizaram 38.719 e 19.694 seus rácios de autonomia financeira e contratos, respetivamente. o peso negocial que tem com os forneA decrescer estão os novos empréstimos cedores.

Exportações de componentes automóveis batem recorde As exportações de componentes automóveis registaram no primeiro semestre um recorde absoluto, com 3.900 milhões de euros (um crescimento homólogo de 8,1%). De acordo com a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, a indústria de componentes representa 15% das exportações portuguesas de bens, sendo que o desempenho no primeiro semestre desta indústria compara com a subida de 6,6% da exportação de bens, superando, assim, os resultados da média da restante indústria transformadora. Citando dados do Instituto Nacional de Estatística, a AFIA concluiu que Espanha e Alemanha reforçaram a sua posição como principais destinos de exportação, seguidos dos mercados de França e Reino Unido. No global, a União Europeia representa 91% das vendas. O conjunto destes quatro países repre-

sentam 71% do total das exportações da fileira. Este aumento das exportações foi acompanhado do crescimento da produção de automóveis em Portugal, onde operam quatro grandes fabricantes. A produção de 154 mil unidades nas quatro bases fabris representa quase o dobro do registado no primeiro semestre de 2017. O maior fabricante, a Volkswagen Autoeuropa, produziu 115 mil veículos, o que correspondeu a um crescimento de 150%.


Cresce a expansão da Coviran em Portugal Entre maio e junho, três novos supermercados Coviran em Portugal abriram as suas portas, dois no distrito de Lisboa e o terceiro em Coimbra. As novas aberturas de supermercados foram em Igreja Nova-Mafra (na foto), e em São Marcos, ambos no distrito de Lisboa , e uma terceira no distrito de Coimbra . Com estas três novas aber turas, a Coviran soma 350 metros quadrados de sala de vendas e criou dez postos de trabalho. A coope rativa tem desenvolvido o projeto Coviran em Por tugal “adaptando -se à realidade deste país e às necessidades dos seus sócios, oferecendo-lhes um modelo de ne g ó cio que pe r mite g e r ir de for ma autónoma e profis sional c a d a s u p e r m e r c a d o, a te n d e n -

do às par ticularidades locais de cada um, sob o modelo coope rativo”. “Em poucos anos, a Coviran ocupa um espaço relevante no setor da distribuição luso, que representam uma quota de 0,85%, a quota ascende a 2,15% em estabelecimentos inferiores a mil metros quadrados”. Em 2017, a Coviran e nce r r ou o exe r cício com 3 0 0 super mer cados em todo o território nacional, alcançando os 20 0 sob insígnia , com presença nos seus 18 distritos e nas duas regiões autónomas insulares da Madeira e Açores.

Corticeira Amorim atinge vendas de 400 milhões no primeiro semestre A Cor ticeir a A mor im encer r ou o pr imeir o semestr e do a no com u m r e s u l t a d o l í q u i d o d e 41, 2 milhões de euros, um crescimento de 9, 2% face ao per íodo homólogo. As venda s atingir a m os 3 9 9,9 milhões de eur os, uma subida de 12 ,7% face ao obtido no p r ime ir o s e me s tr e de 2 017. Pa r a es t a subida , contr ibuír a m o cr escimento da atividade e a in te g r a ç ão d a B ou r r a s s é e d a Elf ver son que, em conjunto, ma is que compens a r a m o impac to da desva lor iz ação do dóla r. Toda s a s unidades de ne gócios r e gist a r a m cr escimento de ven-

das no segundo trimestre de 2018, com a exce ção da unidade de r eves timentos . Em ter mos acumulados, no pr i meir o semes tr e de 2018 , a unidade de ne gócios de r olha s r e gistou um cr escimento da s venda s d e 18%, d e s t a c a n d o - s e a i n d a os cr escimentos da unidade de m a té r i a s - p r i m a s e a d e i s o l a mentos . O EBITDA evoluiu favor avelmente, tendo atingido os 77,4 milhões de eur os, no per íodo em a ná lise, o que r epr esentou um aumento de 9,6% face aos pr imeir os seis meses de 2017.

Gestores

em Foco

Leonor Freitas, que lidera a Casa Ermelinda Freitas, é a vencedora da 1ª edição do Prémio Mulher Empresária 2018 do BPI, um galardão que visa reconhecer o percurso das gestoras portuguesas e dar visibilidade às lideranças no feminino no mundo dos negócios. A nomeação de Leonor Freitas é um “reconhecimento pelo seu percurso profissional, pelo seu compromisso social e a postura inspiradora e empreendedora, que tornou a Casa Ermelinda Freitas numa referência no mercado vinícola português e internacional”, frisa o banco sobre o prémio concedido no mês passado. “A empresária representa a quarta geração de mulheres à frente da empresa agrícola fundada em 1920. Sob a sua liderança, a Casa Ermelinda Freitas registou um notável crescimento”. Antes de assumir o comando da sua empresa, Leonor Freitas trabalhou durante mais de 20 anos para o Ministério da Saúde, em Setúbal, onde se dedicou, especialmente, à prevenção do alcoolismo e de outras toxicodependências. Leonor Freitas representará Portugal nos IWEC Awards 2018, este mês, em conjunto com outras 40 empresárias de 20 países. João Fernandes (na foto) é o novo presidente do executivo da Região de Turismo do Algarve (RTA), para o período 2018-2023, sucedendo, assim, a Desidério Silva. Com 44 anos, João Fernandes é licenciado em Engenharia do Ambiente e pós-graduado em Gestão Empresarial, pela Universidade do Algarve, tendo ainda aperfeiçoado a sua formação na área do turismo nas Ecole Hôtelière de Lausanne, Hospitality Management Institute e Universidade Nova de Lisboa. Foi vice-presidente da comissão executiva da RTA (2013-2018), vice-presidente da Associação Turismo do Algarve (2013-2014), membro da assembleia geral da RTA (2009-2013), do Turismo de Portugal (2009-2013), entre outros cargos. Elidérico Viegas assumiu a presidência da mesa da assembleia-geral da RTA, e não a presidência daquele organismo, como erradamente noticiou a Actualidad€ na edição nº 253. Isolete Correia foi, por sua vez, empossada secretária da mesa.

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 9


Breves CaixaBank abre una oficina en Australia Caixabank ha abierto una oficina de representación en Sídney (Australia), una operación que sitúa a la entidad bancaria como la única de España presente en el país oceá-

nico. La nueva oficina ofrecerá asesoramiento en comercio exterior y financiación de proyectos tanto a las empresas españolas con actividad en Australia como a las australianas que operan en España, y también buscará relacionarse con las instituciones financieras locales. Con esta apertura, CaixaBank ha destacado que ya está presente en los cinco continentes del mundo con 24 puntos repartidos en 19 países, entre oficinas de representación y seis sucursales internacionales en Polonia, Reino Unido, Alemania y Marruecos. Sobre la economía australiana, que se consolidó en 2017 como la cuarta de Asia Pacífico, ha detallado que más de 1.100 empresas españolas tienen relación comercial con el país y más de 100 están instaladas allí. Telefónica vende a Amancio Ortega un 10% de Telxius por 379 millones Telefónica ha vendido a Pontegadea, el vehículo de inversión controlado por Amancio Ortega, un 9,99% de Telxius, su filial de infraestructuras de telecomunicaciones, por un total de 378,8 millones de euros (una transacción que supone pagar 15,2 euros por cada acción de Telxius) Con esta operación Telefónica incorpora a Pontegadea como socio a largo plazo en un holding que controla su filial de infraestructuras. El despacho de abogados Bird&Bird ha asesorado a Pontegadea en esta compra. Por otro lado, Telefónica, Pontegadea y Pontel han suscrito un acuerdo de socios que regula las relaciones de Telefónica y Pontegadea como socios de Pontel, acorde con el acuerdo de accionistas entre Telefónica, Taurus Bidco (KKR) y Telxius. Telxius, creada por Telefónica en febrero de 2016, tiene más de 16.400 torres de telecomunicaciones en seis países y

10 act ualidad€

setembro de 2018

BBVA promueve un parque eólico con Endesa BBVA y Endesa han firmado un contrato bilateral a largo plazo (‘power purchase agreement’ o PPA, por sus siglas en inglés), para la compra y venta de energía verde. El acuerdo incluye la construcción de un parque eólico en España, que garantizaría la producción de 80 gigavatios (GWh) y estaría disponible a partir de 2020. Enel Green Power España -la filial renovable de Endesa- construirá y mantendrá la planta, y BBVA comprará la energía. La compañía eléctrica líder en España suministrará el 30% del consumo de BBVA mediante el parque eólico y el 70% mediante el modelo de suminis-

tro tradicional que incluye certificados verdes, tanto en edificios corporativos como en la red de sucursales bancarias. “Con este proyecto contribuimos a aumentar la capacidad instalada de energía renovable en España, un pilar clave para que nuestro país pueda alcanzar sus ambiciosos objetivos climáticos”, ha señalado Ricardo Forcano, director global de Talento y Cultura de BBVA.

Bankinter vende una cartera de créditos tóxicos en Portugal de 66,4 millones de euros

Bankinter ha anunciado un acuerdo con la compañía británica Arrow Global Limited para la venta de una cartera de créditos morosos y fallidos de su negocio en Portugal por importe de 66,4 millones de euros, según ha informado a la CNMV. La cartera corresponde a créditos morosos con

garantía real y con garantía personal por un importe de 134,7 millones de euros y créditos fallidos por un importe de 227,5 millones de euros, detalla el banco que dirige María Dolores Dancausa. Una vez concluida la venta, la ratio de morosidad de Bankinter en Portugal se verá reducida en aproximadamente 250 puntos básicos y el del conjunto del grupo Bankinter en 23 puntos básicos. El acuerdo, añade la entidad, se ha alcanzado tras un proceso competitivo “entre inversores de primer orden”.


Breves Repsol entra en la empresa de domótica Wattio La petrolera española Repsol y el Centro para el Desarrollo Tecnológico Industrial (CDTI), dependiente del Ministerio de Ciencia, Innovación y Universidades, han entrado en el capital de la empresa tecnológica Wattio, especializada en domótica, con una inversión de 1,5 millones de euros. La entrada de Repsol y del CDTI se ha concretado a través de una ampliación de capital de 2 millones de euros en la que también han participado los socios actuales de Wattio. La empresa tecnológica, fundada por Patxi Echeveste, desarrolla soluciones que permiten controlar el hogar desde el teléfono móvil. La entrada de Repsol en

Wattio se produce tras la compra, a finales de junio, de activos de gas y electricidad de Viesgo, lo que supuso un paso significativo para el desarrollo de un negocio de bajas emisiones. Además, tras esta operación, Repsol comercializará gas y electricidad a clientes minoristas.

EDP Renováveis cierra un contrato de venta de energía a Facebook durante 15 años La filial de renovables de la portuguesa EDP ha anunciado la firma de un contrato de venta de energía con Facebook, compañía a la que abastecerá durante quince años. Según EDP Renováveis, el acuerdo se ha alcanzado a través de su filial EDP Renewables North America LLC y prevé dar a Facebook 139 megavatios (MW) de energía producida en el parque eólico Headwaters II, situado en el estado de Indiana (EEUU). Dicho parque “producirá energía limpia suficiente para

alimentar el equivalente a más de 52.000 casas por año”, ha indicado EDP Renováveis, que tiene su sede en España. Por su parte, Facebook ha apuntado que el acuerdo supone “un paso adelante” para cumplir sus “objetivos de sostenibilidad de las operaciones con energía limpia y renovable”.

ofrece una combinación de torres de telecomunicaciones y una red internacional de cable submarino de fibra óptica. Rodilla compra Hamburguesa Nostra El grupo de restauración Rodilla ha comprado la cadena de hamburgueserías Hamburguesa Nostra, conocida por sus bocados gourmet, con el objetivo de potenciarla. Con esta adquisición, el grupo controlado por Damm desde 2012 suma Hamburguesa Nostra a sus marcas Rodilla (especializada en sandwiches), Café de Indias o Cafés Jamaica, entre otras. Hamburgesa Nostra fue fundada en 2007 por Carlos Rodríguez, fruto de la expansión de su histórico negocio de carnicería artesanal creado en 1958 por Juan José Rodríguez García en El mercado de Chamartín de Madrid. Tras esta adquisición, la familia Rodríguez continuará como accionista minoritario de la empresa y su fundador se mantendrá en el negocio como asesor en el área de calidad de producto, I+D+I y formación. Hamburguesa Nostra cuenta con servicio take away (para llevar) y otro de entrega a domicilio, igual que los establecimientos de Rodilla. Además, sus hamburguesas pueden comprarse para cocinar en casa. Correos prueba drones híbridos en Lugo para repartos a zonas de difícil acceso Para ello, la compañía asegura trabajar junto a los principales agentes españoles y europeos del sector en el diseño de una solución “operativa, segura y eficiente” para el uso de drones en el transporte de mercancías, concretamente, en el reparto de pequeña paquetería. Correos ha comenzado a realizar pruebas con drones híbridos, los que combinan la doble tecnología de propulsión avión y multirrotor, con el fin de

validar su uso para garantizar envíos a zonas de difícil acceso o aisladas, según ha informado la sociedad postal pública. La operadora realiza estas pruebas en las instalaciones que el Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (Inta) tiene en Castro Rey (Lugo), que se suma a las ya acometidas en Sotres (Cantabria) con drones comunes para envíos convencionales. Correos se consolida así como primer operador logístico de España que hace pruebas en entornos reales, que la empresa enmarca en su apuesta por la tecnología y por explorar las posibilidades que estos dispositivos ofrecen para mejorar la prestación del servicio postal y de paquetería.

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 11


grande entrevista gran entrevista

Santiago Tiana e Antonio Pena Managing director e diretor comercial do Banco Sabadell 12 act ualidadâ‚Ź

setembro de 2018


gran entrevista grande entrevista

Sabadell Portugal atento a oportunidades no turismo e investimento imobiliário

O Banco Sabadell quer atrair mais clientes empresas em várias áreas, ligadas aos negócios nacionais e internacionais, ou ao financiamento do investimento industrial ou da área turístico-imobiliária. Santiago Tiana, managing director da sucursal do banco em Portugal, e Antonio Pena, diretor comercial, explicam quais as oportunidades que o banco pode financiar no mercado ibérico e em toda a rede do grupo espanhol.

Q

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

uais são as áreas comerciais do Banco Sabadell em Portugal? Santiago Tiana: : O Banco

Sabadell integra o grupo Sabadell, que tem uma estrutura semelhante em todos os países onde atua. Nos países onde há muito investimento direto de capital espanhol, mas pouca presença de empresas espanholas, temos escritórios de representação, e em aqueles países onde existe muito volume de investimentos e muita presença direta de empresas espanholas, estamos estabelecidos com sucursal operativa, principal-

mente para dar apoio às filiais espanholas que estão instaladas no mercado. O Banco Sabadell quis reforçar a sua presença em Portugal com a abertura desta nova sucursal, aproveitando as sinergias comerciais existentes no mercado ibérico, onde existe um número relevante de filiais de empresas espanholas estabelecidas em Portugal e de filiais de empresas portuguesas estabelecidas em Espanha, muitas delas já clientes do grupo Sabadell. O Banco Sabadell quer também ser um parceiro privilegiado para

os grandes grupos empresariais portugueses no mercado ibérico. O objetivo do Sabadell em Portugal é prestar um serviço global e muito coordenado nas diferentes geografias onde o banco está presente ao nível internacional. Portanto, é a banca de empresas? ST: Sim, traba lhamos com toda

a tipologia de empresas, mas principa lmente com aquelas que têm uma forte relação com o mercado espanhol ou português, independentemente da sua faturação. No caso das grandes companhias, setembro de 2018

ac t ua l i da d € 13


grande entrevista gran entrevista

que são as que têm operações mais complexas e precisam de um apoio mais global, podemos dar-lhes um valor acrescentado pelo facto do Banco Sabadell estar presente em 22 países, conseguindo desta forma acompanhar o cliente na sua globalidade. António Pena: A nossa atividade é portanto, nas áreas de banca de empresas, banca corporativa e banca de investimentos. ST: A área de banca de investimentos é também muito importante para nós. Em Portugal, com o crescimento da economia, há muitos novos investimentos que estão a surgir, e que requerem de produtos mais sofisticados como o financiamento estruturado de real estate , project finance , etc. Esta área de negócio precisa de um suporte especializado, no nosso caso, prestado através da Direção de Banca de Investimentos Espanha, com dependência direta da Direção Geral de Banca Corporativa, conseguindo desta forma acompanhar de modo global os nossos clientes. 14 act ualidad€

setembro de 2018

“As exportações portuguesas são um dos alicerces do crescimento da economia do país (...) e muitas destas estão dirigidas ao mercado da União Europeia, incluindo Espanha. O facto de estarmos nos dois países faz com que possamos também acompnar estas empresas” Foi por causa desta nova vaga de investimentos que quiseram regressar a Portugal? ST: Em 1994, abrimos a primeira

sucursal em Portugal, para acompanhar os nossos clientes neste mercado, ainda antes deste crescimento do mercado ibérico. Portan-

to, Portugal sempre foi um foco para o Sabadell desde há longo tempo e sempre continuámos com esta estratégia. Evidentemente que quando estabelecemos a parceria com o BCP, os nossos interesses passaram a estar representados por este banco, se bem que continuámos a acompanhar de perto a atividade dos nossos clientes no dia a dia. Quando este acordo – acionista e comercial– acabou, em março de 2017, o Sabadell decidiu voltar a Portugal com a atual figura de sucursal. Durante estes últimos meses, estivemos a preparar a parte jurídica da constituição da sucursal. É uma sucursal criada na Zona Euro, com atividade consolidada no banco em Espanha. AP: É uma sucursal, porque assim beneficiamos por um lado do balanço do grupo em Espanha e, portanto, não temos limitações à concessão de crédito e, por outro, do bom rating atribuído ao grupo, o que nos coloca numa excelente posição de mercado face à concorrência. Então mantiveram os clientes através do vosso banco em Espanha? ST: As empresas sempre foram

clientes do Banco Sabadell. As operações em Espanha foram sempre acompanhadas diretamente pelo próprio Banco, mas as operações em Portugal, durante o tempo em que não atuámos diretamente no mercado, foram acompanhadas por o nosso banco parceiro. Com a nova sucursal, pretendemos acompanhar a globalidade das operações destes clientes, quer em Espanha quer em Portugal.


gran entrevista grande entrevista

A nível de produtos e serviços comerciais, querem destacar algum, por exemplo para as PME? ST: O nosso catálogo é praticamen-

te o mesmo que temos em Espanha, já que o nosso objetivo é que o nível de qualidade do serviço que prestamos aos nossos clientes seja exatamente igual nos dois mercados e que o cliente se sinta “em casa”.

Mas querem destacar algum produto mais inovador ou específico para o mercado nacional? AP: Como referido anteriormente, o

nosso catálogo de produtos é basicamente o mesmo que em Espanha, evidentemente adaptado à realidade do mercado português, como por exemplo, é o caso de “Emissão de Papel Comercial”, que é um produto específico do mercado português. O que é realmente importante para nós é que os nossos clientes sejam atendidos em Portugal com a qua-

lidade de serviço a que estão habituados. ST: O nosso valor acrescentado é que tentamos fazer é adaptar as soluções à medida dos clientes. Conhecemos o mercado – o português e o espanhol, através da casa-mãe – e como a nossa estrutura é muito ágil, não fazemos duas operações simétricas, sobretudo por exemplo, na banca de investimento, são soluções à medida, de acordo com a tipologia do projeto. Não é uma banca massiva, de vender cartões bancários através de marketing, é uma banca mais especializada. Esta é a vantagem de estar aqui, diretamente, é uma vantagem que se traduz para os clientes. E como veem o mercado das empresas exportadoras portuguesas? ST: As exportações portuguesas são

um dos alicerces do crescimento da economia do país, têm aumentado muito nos últimos anos, e muitas destas são dirigidas ao mercado da

União Europeia, incluindo também muito para Espanha. O facto de estarmos nos dois países faz com que possamos também acompanhar estas empresas. O crescimento do país tem vindo pela vertente do investimento estrangeiro e pelo aumento das exportações. AP: ... e pelo turismo... Ou seja, pelo turismo e pelo crescimento das exportações. Há que salientar também que, como é conhecido, Espanha é o principal mercado para Portugal, quer ao nível das importações como das exportações. Ao nível do investimento direto estrangeiro não é tão significativo (devido à fase atual da economia espanhola), mas ao nível do intercâmbio comercial são dois mercados muito interligados e que têm muitas empresas com interesses em ambos os mercados. Há algumas peculiaridades, mas no geral, são dois mercados que se cruzam muito bem. setembro de 2018

ac t ua l i da d € 15


grande entrevista gran entrevista Banco apoia negócios de trade finance

E se for uma empresa que exporta para fora da Península Ibérica, também tem interesse em ser vossa cliente? ST: Claro, como foi dito, estamos

presentes em muitos mercados. Desde que o banco foi criado há mais de 130 anos, esteve desde o primeiro momento vocacionado para acompanhar o negócio internacional. É uma das bandeiras do banco. A nível de comércio internacional em Espanha temos uma das maiores quotas de mercado, por exemplo no caso dos créditos documentários a nossa quota atinge os

Um banco para as empresas Em 1994, o Banco Sabadell abriu a primeira sucursal em Portugal, tendo mais tarde realizado uma parceria estratégica com o BCP, envolvendo uma troca de participações entre os dois grupos. Esta longa parceria terminou no ano passado. Agora, o banco originário da Catalunha volta a abrir uma sucursal em Portugal, para atuar nos segmentos de banca de empresas, de investimento e financiamento de projetos ou créditos, aproveitando a intensa atividade de empresas espanholas no mercado nacional e vice-versa, como enquadrou Santiago Tiana, managing director da sucursal. A funcionar há cerca de três meses no centro de Lisboa, o banco conta, nesta fase de arranque, com um efetivo de 12 funcionários, número que nos próximos anos se deverá expandir, afiança Santiago Tiana.

25%. Ou seja, o negócio internacional, no Banco Sabadell, é muito expressivo. Temos muitos bancos correspondentes em todo o mundo e uma importante rede de escritórios de representação, que nos permitem acompanhar esta tipologia de operações de trade finance, já seja com operações iniciadas em Portugal ou em Espanha e que acabam em países terceiros. Esta vocação internacional permite-nos acompanhar os nossos clientes em praticamente todos os países do mundo. É verdade que hoje em dia, nas exportações, normalmente, se utilizam meios de pagamento mais simples– como transferências –, mas estamos capacitados e somos líderes no mercado ibérico em termos de meios de pago mais complexos, tais como créditos documentários, remessas documentárias, etc... E quanto às taxas praticadas? ST: As taxas de juro estão no míni-

mo...

Cobram as mesmas comissões em qualquer país...? ST: Nós normalmente aplicamos

condições de grupo. Ainda que es-

16 act ualidad€

setembro de 2018

teja em Espanha ou em Portugal, hoje em dia, as decisões financeiras estão centralizadas e, portanto, as negociações fazem-se de forma global para todos os países onde o cliente tenha presença, pelo que o tarifário é conhecido e harmonizado. Esta é outra vantagem, porque com um só interlocutor – o diretor de conta, que leva o relacionamento entre a empresa e o banco– a empresa consegue gerir as operações em todos os países onde esteja o seu negócio Sendo um banco mais dirigido à vertente do investimento, qual o interesse nas áreas do turismo e do imobiliário? ST: O Banco Sabadell é um dos mais

reconhecidos, no mercado ibérico, ao nível do financiamento de projetos hoteleiros e turísticos. Temos uma carteira de clientes forte– Portugal e Espanha são dois países que atraem muito turismo e há muitos players nesta área. E estas empresas além de terem projetos nestes países, têm avançado também para países terceiros e, portanto, o banco acompanha estes clientes nossos nesses projetos – aqui temos muita experiência. Porque há muitos players portugueses e espanhóis que


gran entrevista grande entrevista

são muito fortes no setor do turismo. AP: Estamos a falar de outros países, como França, Inglaterra, EUA, México, República Dominicana, Brasil, etc. ST: E mesmo só Portugal é hoje um grande destino nesta área. Destacava Lisboa. A capital de Portugal, está claramente na moda e temos tido muita procura de empresas que investem em unidades hoteleiras, hostels, residências de estudantes, de terceira idade, centros comerciais, etc., e principalmente nesta região. Não atuamos no crédito a particulares, mas no segmento de crédito a negócios empresariais, temos financiado muitos projetos imobiliários. Estamos muito ativos e contamos com todo o apoio de Espanha, onde o banco está organizado por setores de atividade, portanto, temos uma

especialização importante. Está fora de hipótese voltarem a ter alguma parceria formal com outro banco em Portugal? ST: O banco está sempre aberto a

novas oportunidades que possam surgir e que possam criar valor para o acionista, mas, neste momento, não está prevista nenhuma no mercado português. De qualquer forma, não nos compete a nós decidir...

Nem nos seguros? ST: Também não. E qual o balanço que fazem desta nova fase do banco em Portugal? ST: Neste curto período de tempo

de cerca de dois meses em que estamos a operar, a atividade tem sido muito satisfatória. Há muito interesse em operações e investimentos

de diversa ordem... O mercado está-se a mover e já detetámos diversas oportunidades para nós. Esperemos continuar a crescer nos próximos tempos... AP: Queria também realçar os valores do Banco Sabadell: como disse o Santiago, somos um banco de clientes e não um banco de operações, ou seja, apostamos num relacionamento a longo prazo. Outro valor nosso é a qualidade de serviço: o facto de termos uma estrutura pequena é uma vantagem importante, porque nos dá flexibilidade para fazer operações à medida dos clientes e conseguir acompanhá-los nos serviços multipaís, ajustando-nos à realidade da globalização das empresas. ST: Acrescentaria ainda que dispomos de uma estrutura muito ágil, o que nos permite prestar um serviço especializado, com uma capacidade de resposta muito rápida.  PUB

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 17


atualidade actualidad

Trade Iberia ayuda a las empresas a dar el salto de la internacionalización Especializada en el mundo ibérico, la marca de marketing y representación comercial ha sido diseñada pensando en las empresas con comercio online que quieran ampliar fronteras.

T

Texto Belén Rodrigo brodrigo@cile.org Fotos DR

ras una dilatada trayectoria en el mercado portugués e internacional prestando servicios como comercial, traductor, especialista en atención al cliente y formador en áreas tan diversas como el software, los dispositivos móviles, el sector papelero, o la moda y el mobiliario de hogar, Gerardo Mendoza Barrera tomó la decisión a inicios de este año de lanzar al mercado la marca Trade Iberia. Constituyó la empresa (denominada Wide Local) y el primer paso fue crear la marca para mantener presencia en las redes y relacionarse con sus clientes. Para su lanzamiento, Gerardo, empresario de origen español y afincado en Braga desde hace ya más de quince años, aprovechó la bonanza en la relación con los clientes ya en cartera y la aparición de nuevos desafíos. “Trade Iberia nace para ofrecer un servicio integral a las empresas 18 act ualidad€

setembro de 2018

que desean tener presencia internacional, pero a las que dar este salto les produce algún vértigo. Además, planteamos

Trade Iberia ofrece un servicio que cierra el círculo: localiza, traduce y adapta las herramientas de marketing y presta consultoría comercial, entre otros servicios que una buena forma de afrontar este desafío puede ser hacerlo de una forma

progresiva”, explica el fundador y director general de la firma. “Primero aprender a andar, para luego aprender a correr. Internacionalizarse primero dentro de la península, para posteriormente evaluar una internacionalización a otros mercados más lejanos”, añade. Trade Iberia ofrece un servicio que cierra el círculo: localiza, traduce y adapta las herramientas de marketing, presta consultoría comercial y ofrece servicios de atención al cliente, para que las empresas puedan emprender su actividad en plenitud de facultades al otro lado de la frontera. En el ámbito de las traducciones, Trade Iberia mantiene “la totalidad de los clientes para los que se trabajaba anteriormente en régimen autónomo, agencias que conservamos como clientes y a las que debemos todo nuestro respeto y agradecimiento”. Es por ello que prefiere no divulgar el nombre de los clientes


actualidad atualidade

finales aunque confirma una fuerte de los servicios lingüísticos y aunque presencia en el sector de la moda algunas empresas perdiesen clientes, “en otras ocasiones algunas empresas y mobiliario infantil, mobiliario y lo vieron claro y apostaron con deterropa de hogar, “para la que es probaminación por la internacionalización blemente la marca más importante como forma de sobrevivir. En estos del mercado portugués, así como casos, el mundo de la traducción salió para uno de los grupos internacioganando. Y las empresas ganaron nales de referencia en Europa en la también”. venta online”. Se trabaja tanto con Los servicios a los que más tiempo empresas portuguesas que quieran dedica Trade Iberia (con sede en entrar con paso firme en el mercado Braga) en estos momentos son la español como con empresas españolas que deseen establecerse con el apoyo “será exactamente en este escenario en el localización de productos y el mantede un socio local como Trade Iberia que tendrá lugar la práctica totalidad de nimiento de contenidos de plataformas en Portugal. “Así como para cualquier la actuación de Trade Iberia”. Recuerda de venta online y marketing. Centrados empresa de otro origen que desee esta- que es una empresa diseñada pensando en dar el mejor servicio a los clientes, blecerse en estos mercados. Creemos que en las empresas con comercio online Gerardo Mendoza Barrera no se muestra cuando una empresa triunfa, la sociedad que quieren ampliar fronteras. “No está preocupado de momento con la comgana”, subraya el director general. limitada a este modelo, pero sin duda petencia. “Es un riesgo y posiblemente Gerardo Mendoza Barrera reconoce que es uno de los que tienen un papel un error”, comenta, “pero algunas cosas que el crecimiento de las app y comercio protagonista”, puntualiza. hay que calcularlas, y otras simplemente online “ha sido clave para la fundación Analizando el mundo de la traducción, sentirlas”, puntualiza. Con más clientes de la empresa y su consolidación a corto el director general de Trade Iberia cree en el mercado luso, espera también atraer y medio plazo”. Y con toda seguridad que la crisis “la crisis vino a agitar el a empresas españolas ya que “entiendo afirma que va a ser un factor determi- mercado de una forma en ocasiones trau- mejor sus inquietudes que otro socio nante en su expansión y éxito porque mática”. Pero en su opinión en el ámbito local”.  PUB

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 19


atualidade actualidad

Titan se refuerza en su centenario antes de abordar nuevos mercados La compañía Titan ha definido un plan estratégico que prevé doblar la rentabilidad y elevar la facturación hasta los 120 millones de euros, en el horizonte 2021.

I

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ndustrias Titan, empresa tros clientes. Trabajamos para líder en el mercado espa- seguir construyendo esta historia ñol de pintura decorativa de éxito”, af irma el consejero y referente en pintura en delegado. “Con el nuevo plan polvo, celebra cien años de de negocio intentamos articular historia tras un proceso de trans- el futuro, recuperando la rentaformación y ref lexión interna. bilidad y eficiencia de la empresa Esta nueva etapa coincide con la que permita sentar las bases para entrada de la cuarta generación un crecimiento más ambicioso”, familiar y con la renovación de la añade. Tienen previsto doblar cúpula directiva, encabezada por la rentabilidad (en valor relativo, Daniel Llinás como nuevo CEO. medida como EBITDA/Ventas), “Espero contribuir para moder- pasando del 6% actual a un nizar y dinamizar la empresa 11%, alcanzando una facturación y hacer un TITAN más líder. aproximada de 120 millones de Nuestro plan se apoya en nuestras euros, en el año 2021. Desde el punto de vista geomarcas, el servicio, la innovación, la eficiencia y la sostenibilidad, grá f ico, la compañía concentracon el objetivo de dar una exce- rá sus esfuerzos en sus mercados lente propuesta de valor a nues- de ba se, E spa ña y Por t ug a l,

20 act ualidad€

setembro de 2018

au nque sin olvida r la export ación, habiendo c errado su f ilia l marroquí en diciembre del pasado año. El mercado español supone actua lmente el 80% de las ventas y Titan aspira a reforzar su presencia en segmentos clave de pintura líquida, como grandes superf icies o profesiona l, así como pintura en polvo. El año pasado cerraron el ejercicio con una facturación de 113 millones y esperan para el 2018 un aumento del 4%. “Queremos una empresa saneada para dentro de dos o tres años comenzar una segunda fase mucho más a mbiciosa”, rec onoc e L l i ná s. Con una tasa de exportación del 6%, se pretende seguir ven-


actualidad atualidade

setembro de 2018

ac t ua l i da d â‚Ź 21


atualidade actualidad las nueve delegaciones y de allí a las tiendas y clientes. “Las delegaciones van a ser centros de servicio para garantizar la entrega en algunas zonas en el mismo día y el resto enviarlas directamente desde el almacén para evitar la doble manipulación”, matizan. Además van a proceder a cambios en la red de tiendas de distribución. Titan desarrolló una red de 41 tiendas exclusivas, unas 100% propiedad de Titan y otras abiertas con los socios. “No era fácil gestionar estas tiendas cuando tenemos 6.000 puntos de venta en España y Portugal”, explica el CEO. Se ha procedido a transferir las tiendas y en muchos casos se han quedado con ellas los clientes o los empleados. Por otro lado, como consecuencia de la crisis del sector que supuso una caída del 33% desde 2007 hasta 2013, la empresa ha llevado diendo a l exterior pero Daniel a cabo una restructuración de Llinás deja claro que “este no Titan desarrolló una personal. Tenían una estructura es el momento de tener prede costes desfasada a la realidad sencia industria l fuera pero es red de 41 tiendas del mercado, “en producción a lgo que queremos hacer en un exclusivas, unas 100% y administración tuvimos que futuro”. comenzar un proceso de reducpropiedad de Titan y ción de personal. No se podía Innovación y nuevos productos otras abiertas con los posponer para tener unas bases La innovación ha sido una de sostenibles, pero fue difícil. La las claves del éxito de Titan socios. “No era fácil reducción neta de la plantilla fue durante toda su historia. Han gestionar estas tiende 100 personas pero también desarrollado productos como el esmalte sintético Titanlux o la das cuando tenemos incorporamos nuevo ta lento”, explica el CEO de la compañía primera pintura en cubeta y con 6.000 puntos de venta que cuenta ahora con una plantirejilla incorporada. A principios de este año 2018, la compañía ha en España y Portugal”, lla de 673 personas. La empresa elevará también de lanzado un nuevo esmalte multi explica el CEO forma progresiva la inversión superf icie a base de agua, el publicitaria, esencialmente con Titanlux Ecológico, un producto con altas prestaciones, secado cativa en la pintura en polvo en la marca Titanlux, que ya se rápido y completamente inodoro, España y Portugal, por lo que inició en abril de este año con así como una nueva pintura de esperan dar el salto con este pro- la campaña “Píntalo, píntalo de nuevo”. El plan incluye igualmuy alta resistencia para paredes ducto a mercados exteriores. y techos, también bajo la marca Desde la dirección de la empre- mente inversiones relevantes en Titanlux, algo que no se había sa reconocen que cuentan con la mejora de la eficiencia de los hecho hasta ahora. El consejero un modelo logístico desfasado el procesos, principalmente, a la delegado de la empresa cente- cual genera costes altos y se va a renovación y mejora de los sistenaria cree que hay poco espacio modificar. Tienen dos almacenes mas de información, elementos para crecer de manera signif i- centrales desde los que se sirven a logísticos y de producción.  22 act ualidad€

setembro de 2018


Plano de Mobilidade do Programa actualidad Integral de Qualificação e Emprego (PICE)

atualidade

Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 23


marketing

marketing

“Ricas férias” com a Cepsa

A

Cepsa lançou a sua mais recente campanha de verão, designada “Ricas férias” – uma campanha em que todas as semanas serão sortea-

dos dois prémios até 1000€ em combustível na rede Cepsa. Em vigor nos 260 postos Cepsa espalhados pelo país, a campanha estará ativa até meados de setembro e promete-lhe “umas ‘Ricas férias’ este verão, na companhia da Cepsa”. A pensar nos condutores que nesta época se deslocam pelas autoestradas nacionais, a Cepsa tem uma campanha exclusiva nas suas 28 áreas de serviço, com a oferta de um cupão de dois euros em combustível – valor que o utilizador poderá descontar

no próximo abastecimento na rede da Cepsa. No total, a Cepsa tem 428 mil cupões para oferecer a quem abastecer nas suas áreas de serviço. A Cepsa conta já com uma extensa rede de áreas de serviço e está presente em todas as autoestradas de norte a sul do país. Recentemente, iniciou a exploração da sua nova concessão de Leiria na A1 – “uma via fundamental para consolidar uma presença que se pretende consistente e bem distribuída por todas as regiões de Portugal Continental”, frisa a companhia de distribuição de combustíveis. Com estas campanhas, desenvolvidas pela Bar Olgilvy, a Cepsa reforça novamente a sua aposta no mercado nacional, reconhecendo e fidelizando os clientes que confiam na marca. 

Sonae Indústria lança marca Surforma S urforma é a nova marca da Sonae Indústria que agrega a sua oferta de laminados e compactos e que foi recentemente apresentada ao mercado nacional. Esta é uma “marca jovem, dinâmica e que trabalha de forma integrada o conceito, o produto e a comunicação. A marca assume a superfície e a forma como pilares fundamentais para o seu desenvolvimento tendo sempre como referencial o design ”, salienta a empresa industrial. A “Surforma garante elevado desempenho nas aplicações em que o design , a qualidade e a durabilidade sejam um requi-

24 act ualidad€

setembro de 2018

sito. Tratando-se de materiais versáteis e com ótimas caraterísticas superficiais, permitem a designers e arquitetos o recurso a soluções ideais para o sucesso dos seus projetos. Os laminados Surforma criam ambientes ímpares e disruptivos ao mesmo

tempo que conjugam qualidade, versatilidade e exclusividade. A apresentação da Surforma no mercado norte-americano foi, entretanto, feita no decorrer da “Feira IWF 2018”, que decorreu na semana passada em Atlanta, nos Estados Unidos. 


marketing

Vendas online do Aki mais do que duplicaram num ano J ulho foi o mês mais forte de sempre do Aki a nível de encomendas online . A atividade e-commerce teve um aumento de 168% face ao mesmo período do ano passado e uma progressão de 50% relativamente ao número de visitas no período homólogo. No primeiro dia de agosto, foi ainda estabelecido um novo máximo de vendas diário, bem como um novo recorde de encomendas. Em valor acumulado, a atividade de e-commerce do Aki até final do mês de julho do presente ano já superou o volume de vendas conseguido em todo o ano de 2017. Entre os artigos mais vendidos

online , encontram-se o mobiliário de jardim, as piscinas e as churrasqueiras. Também se destacam os artigos de arrumação, móveis de WC e equipamento de cozinha. “Em julho de 2017, o Aki lançou um novo site , totalmente responsive , pioneiro no segmento de mercado, com o intuito de reforçar o conceito de proximidade da marca. Esta plataforma pretendeu ser uma solução integrada, capaz de promover a bricolage junto dos portugueses através de conteúdos como o catálogo, didatismo, vídeos, serviços e compras online, na loja ou mistas (para o serviço Click & Collect). Ao fim de um

marketing

ano, o balanço não podia ser mais positivo”, afirma Paulo Ferreira, responsável de Comunicação Comercial do Aki. “A aposta no digital está a garantir melhores resultados comerciais e ainda a reforçar a proximidade do cliente com a loja e com vendedores. Paralelamente, o e-commerce afirma-se com uma extensão da área de influência das lojas, facilitando as compras. Além disso, ter esta plataforma digital permite fornecer ferramentas que ajudam na pedagogia e aconselhamento dos nossos clientes para a manutenção, reparação e melhoramento da casa e jardim”. 

Novo catálogo da Barbot dá dicas para conservar a madeira A Barbot acaba de lançar o novo catálogo de madeiras. Além da apresentação de todos os produtos da marca para tratar madeiras de interior, exterior e soalhos, o catálogo apresenta-se também como um guia para os consumidores. A madeira é um dos materiais mais utilizados em decoração e construção, por isso é uma das preocupações dos consumidores saber como tratar, proteger e realçar este produto. O catálogo surge, assim, divido em três partes: tratamentos, realçar a textura da madeira e envernizar e proteger. Para facilitar a interpretação dos materiais, o documento incluiu ícones informativos, como o tempo de diluição dos produtos, tempo de secagem, número de demãos, rendimento, entre outros. No catálogo o cliente Barbot poderá ainda sentir a textura dos produtos, através de pequenas amostras. Este catálogo surge após o lança-

mento da nova gama de madeiras, que chegou ao mercado no final do ano passado, e que inclui vernizes para o tratamento das madeiras, nomeadamente no que diz respeito a fungos, poros ou qualquer outro problema, como é o caso do Akua Tapa Poros. Da linha fazem ainda parte vernizes para realçar a textura da madeira, quer de exterior quer de interior: Prodex Original, Prodex Aquoso ou Prodex Opaco. Já para envernizar e proteger madeiras de interiores, a gama dispõe

do Barbolux Madeiras Brilhante, Barbolux Madeiras Acetinado, Akua Madeiras Brilhante e Akua Madeiras Acetinado. Para envernizar e proteger madeiras de exterior a Barbot disponibiliza o Barbolux Madeiras Brilhante, Akua Marítimo e o Barbodeck. A gama inclui, ainda outros vernizes destinados ao tratamento de soalhos. O catálogo encontra-se já disponível nas 19 lojas Barbot e em diversos pontos de venda da marca.  setembro de 2018

ac t ua l i da d € 25


marketing

marketing

Laranjinha apresenta tendências da nova estação outono/ inverno

C outono, a Laranjinha apresenta om a chegada dos dias frescos de

propostas originais para os mais pequenos, inspiradas pelos passeios no bosque, pela natureza e pelos tons da estação. É tempo de partir em busca de novas aventuras e a Laranjinha, marca de roupa infantil 100% portuguesa, apresenta as tendências outono/ inverno para os pequenos exploradores. A coleção apresenta-se numa paleta cromática em tons outonais, secos e neutros que são realçados por cores mais luminosas como o verde, o azul e o cor-de-rosa. As peças aliam um design clássico e atual a um aspeto determinante: o conforto. Para tal, foram propostas novas malhas, a sua conjugação com diversos tecidos e acabamentos aveludados e envolventes. A linha de interiores, desenhada dos zero aos 24 meses, indicada também para bebés prematuros, é o ponto de partida para preparar o enxoval. Fatinhos dois em um, bodies, babygrows, peças interiores em tecido de algodão delicado, toalhas de banho, sacos de dormir, botinhas,

luvas, gorros, babetes e pijamas são algumas das propostas para os mais pequenos. Esta linha é composta por vários temas, com diversas propostas de cor, nos quais se destacam as peças em tecido microestampado de pintas, as riscas suaves, a malha felpa ou laminada, peças cardadas, apontamentos nas cores da estação, bordados e detalhes em folho ou plissado. A Laranjinha apresenta também propostas de pijamas para o Natal, com uma rena a assumir o papel principal. Além dos interiores, os diferentes temas incluem sugestões de peças para exterior muito confortáveis – como vestidos, jardineiras, camisas e um casaco reversível –, perfeitas para as primeiras saídas à rua. Para os bebés (até 36 meses), destacam-se as combinações de xadrez e estampados com estrelas. A Laranjinha propõe peças em materiais nobres, como algodão e lã, em tons tradicionais (cor de rosa ou azul), peças em flanela, impermeáveis forrados a polar para os dias mais frios, bombazinas e uma linha muito completa de tricotados,

como casacos, calças, calções, macacões, gorros ou botinhas, que complementam todos os temas. Nesta linha, podemos ainda destacar um tema em tons terra, num tecido estampado com motivos outonais, como folhas, esquilos e cogumelos. Para crianças, dos dois aos oito anos, são apresentados quatro temas. O primeiro inclui propostas em bombazine com estampado de flores, vichy vermelho escuro, peças em denim, felpas e vários tricotados. O segundo tema é a extensão de uma das propostas para bebé, ideal para vestir a família a combinar, com peças em xadrez e bombazina, em tons de verde e cinza. O tema de bebé em tons terra estende-se também aos mais crescidos, com peças estampadas com motivos outonais e em tecido xadrez, com propostas de veludo com elastano para as meninas e, para os rapazes, peças em bombazine ou sarja. Este tema inclui ainda impermeáveis e opções de duffle coat. O último tema foi trabalhado em xadrez misturado com Oxford, em tons de azul-marinho. 

Um Bongo muda fórmula de sumos e renova imagem A marca Um Bongo está a apresentar uma nova fórmula, com 80% de fruta e 20% de água, sem ingredientes artificiais ou adição de açúcares. “Estas mudanças são o reflexo de um reposicionamento mais estruturante na marca Um Bongo que mantém válidas as dimensões de sabor, confiança e diversão inerentes ao seu ADN, mas agora ajustadas às necessidades do contexto atual. Com a

crescente valorização de propostas mais naturais e saudáveis, é fundamental conferir à marca características nutricionais diferenciadoras e credíveis que nos permitam fortalecer a relação de confiança com os pais”, comenta Ana Rita Martins, marketing manager da marca Um Bongo. Este lançamento é acompanhado por uma nova identidade da marca Um Bongo. Além dos já existentes sabores

8 frutos, laranja e manga, a marca decidiu colocar no mercado dois novos néctares: maçã e banana. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

26 act ualidad€

setembro de 2018


marketing

setembro de 2018

marketing

ac t ua l i da d â‚Ź 27


marketing

marketing

El Corte Inglés vuelve a apostar por la Liga

E

l Cor te Inglés continuará apoyando tanto LaLiga Santander (Primera División) como LaLiga 1|2|3 (Segunda Dvisión) durante las tres próximas temporadas. De esta manera, los grandes almacenes estarán presentes en más de 2.000 par tidos. Con este acuerdo, , El Corte Inglés tendrá la posibilidad de comercializar en exclusiva productos oficiales de la institución depor tiva que

estarán disponibles en los centros del grupo, donde también se podrán organizar diversos tipos de eventos y acciones con sus clientes. Además, Viajes El Corte Inglés será la agencia oficial de LaLiga para las tres próximas temporadas. Ambas organizaciones trabajarán asimismo para poner a disposición de los clubes una de las plataformas de venta de entradas de LaLiga Santander y LaLiga

1|2|3 para algunos de los equipos nacionales. De esta manera, el grupo de distribución se convertiría en el primer operador que comercialice entradas de ambas categorías del fútbol profesional a través de su red de canales de venta. Otra de las novedades que se integran en este acuerdo es la posibilidad de incorporar espacios experienciales en centros de toda España para que los clientes puedan disfrutar de actividades de realidad virtual y contenidos exclusivos. El acuerdo incluye, además, el patrocinio de LaLiga Genuine, para equipos de personas con discapacidad intelectual. De esta forma, El Corte Inglés se suma a la apuesta de LaLiga por normalizar la práctica del fútbol en este colectivo a través de este proyecto integrador. LaLiga Genuine impulsa la deportividad, en vez de la competitividad, y premia todas las acciones que promuevan el juego limpio. 

Citroën lanza unas gafas para combatir el mareo C itroën ha decidido poner fin a un problema que afecta de forma muy frecuente a quien viaja en coche: ha lanzado unas gafas para combatir el mareo. La marca asegura que se trata de las primeras gafas de este tipo desarrolladas precisamente para conseguir eliminar la cinetosis (mareo por movimiento) que funcionan en un 95% de los casos. Tal y como afirma la propia marca, una de cada tres personas experimentan al menos una vez en la vida un mareo en un vehículo y más de 30 millones de personas en Europa se marean siempre en los viajes. Estas gafas, bautizadas como

Seetroën por la marca de automoción, funcionan según un sencillo principio: recrean la línea del horizonte por medio de un líquido de color para solucionar el conflicto sensorial que origina el problema. Gracias al líquido en movimiento que se encuentra en los anillos situados alrededor de los ojos, en el eje frontal (derecha/ izquierda), pero también en el eje sagital (delante/ atrás), las gafas recrean la línea del horizonte para resolver el conflicto entre los sentidos que causa el mareo. Citroën ha confiado el diseño a 5.5, un estudio de diseño colectivo de París, que ha incorporado al pro-

ducto los códigos de frescura, facilidad y ergonomía de la marca. El resultado: unas gafas de look hightech, en plástico blanco de tacto suave. Las gafas no tienen cristales, por lo que se pueden compartir toda la familia, y se venden por 99 euros, en la boutique lifestyle de la marca: lifestyle.citroen.com. Hay que ponerse las gafas cuando se notan los primeros síntomas. Tras unos 10 ó 12 minutos, el dispositivo permite a la mente resincronizarse con el movimiento percibido por el oído interno, mientras que los ojos se mantienen fijos en un objeto inmóvil como un smartphone o un libro. 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR

28 act ualidad€

setembro de 2018


marketing

setembro de 2018

marketing

ac t ua l i da d â‚Ź 29


fazer bem Hacer bien

Allianz reforça estratégia de sustentabilidade e aposta nos automóveis elétricos O

grupo Allianz assume cada vez mais uma postura consistente na sua estratégia de sustentabilidade, estabelecendo novos objetivos e compromissos para uma economia de baixas emissões de carbono para as próximas décadas. “A Allianz é uma das primeiras companhias de seguros a estabelecer metas climáticas de longo prazo, vinculadas ao objetivo de manter o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados, presentes no Acordo Climático de Paris”, afirma fonte do grupo segurador. Assim, até 2040, num processo gradual, a Allianz irá excluir os seguros de bens e propriedades e investimentos particulares associados ao carvão e a

cobertura de seguro de tais riscos. Além disso, irá reduzir a pegada de carbono das suas operações comerciais até esta data. Em conjunto com entidades internacionais de âmbito científico, económico e da sociedade civil da SBTi (Science Based Target Iniciative)– como a UNGC (UN Global Compact), o CDP (Carbon Disclosure Project), o WRI (World Resources Institute) e o WWF (World Wide Fund for Nature)–, até ao final do ano, a Allianz irá desenvolver as metas científicas e objetivos, através da abordagem ao critério de avaliação denominado “ASG” (ambiente-sociedade-governação). Para Oliver Bate, CEO da Allianz,

não há tempo a perder. “Não é uma questão de iniciarmos este percurso, mas sim de quão rapidamente conseguimos acompanhar esta mudança”. O responsável acrescenta que “as mudanças climáticas geram enormes riscos económicos e sociais e estão já a prejudicar milhões de pessoas. Como seguradora líder, queremos promover a transição para uma economia que respeite o meio ambiente”. No âmbito desta estratégia, também a Allianz Portugal está a dinamizar o segmento de produtos destinado aos veículos elétricos e híbridos, com um ajuste de tarifa em todos os seus pacotes e disponibilização de coberturas específicas para este tipo de veículos. 

Jogo ajuda crianças com dificuldades ao nível da fala F oi recentemente lançada uma aplicação móvel de apoio à terapia da fala, que vai ajudar o desenvolvimento de motricidade orofacial das crianças. A app Happies promove a evolução da criança, através de mais de 30 animações com movimentos específicos de bochechas, lábios e língua. Destinada a crianças dos dois aos seis anos com dificuldades em determinada palavra/letra ou com atraso cognitivo, a aplicação surge com o objetivo de criar recursos digitais simples e didáticos para promover o desenvolvimento dos mais novos. “Sentimos necessidade de criar jogos terapêuticos mais lúdicos e interativos, para potenciar o envolvimento da criança na terapia e aumentar o tempo de treino”, explica Célia Clemente, terapeuta da fala e uma das fundadoras do Happies.

30 act ualidad€

setembro de 2018

Esta é a primeira app que permite aos pais e terapeutas da fala avaliarem o desempenho da criança em cada um dos exercícios, através de um sistema de pontuação de estrelas. “Em Portugal as crianças têm em média apenas 45 minutos de terapia por semana. Queremos facilitar e aumentar o tempo de terapia, através da utilização de dispositivos móveis”, refere a fundadora. A aplicação permite apoiar o desenvolvimento da motricidade orofacial de forma mais divertida, já que a criança pode ver em tempo real a animação e os movimentos que está a fazer com a cara. A gravação em vídeo dos exercícios da criança é também possível, para monitorização da sua evolução ou para posterior análise por um terapeuta da fala.

O Happies, projeto apoiado pelo Uptec – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, já conta com a parceria da clínica Sinapse e do Pony Club do Porto (equitação terapêutica) para desenvolvimento e distribuição da aplicação junto de pais e terapeutas. A aplicação está já disponível para smartphones e tablets Android e Apple. 


fazer bem

Hacer bien

Cepsa vai instalar postos de carregamento ultrarrápido em Portugal A Cepsa celebrou um acordo de colaboração com a Ionity, a rede europeia de carregamento de alta performance , formada pelos grupos BMW, Daimler, Ford Motor Company e a Volkswagen, Audi e Porsche, para a instalação de pontos de carregamento elétricos nas suas estações de serviço em Portugal e Espanha. Os primeiros pontos de carregamento desta rede irão estar operacionais a partir do início do próximo ano. Como resultado dessa colaboração, a IONITY vai instalar até 100 carregadores nas estações de serviço da Cepsa e a marca de combustíveis será responsável por identificar as estações de serviço onde os pontos de carregamento podem ser instalados e por fornecer 100% de eletricida-

de renovável a essas instalações. Com uma capacidade de 350 kW, a rede Ionity permite que o tempo de carregamento de veículos elétricos seja mais reduzido em comparação com os

atuais carregadores de 50 kW. Recorde-se que a Cepsa possui atualmente uma rede de cerca de 1.800 estações de serviço na Península Ibérica, 300 das quais instaladas em Portugal. 

PUB

Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 31


fazer bem Hacer bien

Nobre doa mais de 760 quilos de produtos alimentares A Nobre doou 762 quilogramas de bens alimentares a instituições de solidariedade de norte a sul do país, no âmbito do “Prémio Portugal é Nobre”. Este é o balanço final de mais um ano de apoio da Nobre à Volta a Portugal em Bicicleta que, ao longo dos 11 dias de prova, ofereceu produtos alimentares da marca em quantidade equivalente ao peso do vencedor de cada

etapa a instituições das localidades por onde passou a prova. “É para nós um grande motivo de orgulho poder participar na mais importante e emocionante prova de ciclismo em Portugal e, ao mesmo tempo, apoiar instituições de solidariedade de norte a sul. Ações como esta mostram que a responsabilidade social faz parte do ADN da Nobre, marca que pretende

contribuir para uma cidadania mais ativa e mais próxima de quem mais precisa”, refere Lia Oliveira, diretora de Marketing da Nobre. A Nobre apoiou, assim, pelo quarto ano consecutivo, a maior prova da modalidade realizada em território nacional, que este ano decorreu entre 1 e 12 de agosto, com arranque na cidade de Setúbal e término em Fafe. 

Josefinas cria coleção de sapatilhas contra a violência doméstica

Y

ou Can Leave é a designação assumida por uma coleção especial de sapatilhas da marca de calçado de luxo portuguesa Josefinas em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Ajudar na luta contra a violência doméstica, que em Portugal ainda afeta cerca de 14 mulheres por dia, é o objetivo desta iniciativa, através da qual a marca promete ajudar cinco mulheres em risco, durante um mês, por cada par vendido. Por cada conjunto de sapatilhas desta edição especial que seja vendido, a Josefinas compromete-se a proporcionar a cinco vítimas de

violência doméstica acolhidas em Casas Abrigo da APAV o acesso, além de casa e alimentação para si e para os filhos, a apoio psicológico, jurídico e social para ajudar no início de uma nova vida longe dos abusos. “Qualquer mulher pode ser vítima de violência. É extremamente provável, se não 100% garantido, que conheçamos alguém que é, ou que já foi, alvo de maus-tratos psicológicos, verbais ou sexuais”, afirma Maria Cunha, CEO da Josefinas, explicando que a intenção da marca é “alertar para este flagelo, na grande maioria das vezes silencioso, e contribuir

para a luta contra o mesmo”. Leave, Speak e Strong são os três modelos de sapatilhas que compõem a coleção da marca de luxo nacional, sendo comercializados por 298 euros. A inspiração para o design da coleção são as etiquetas de vestuário. Como explica Maria Cunha, “tal como uma peça de roupa trivial, parece tornar-se essencial que cada ser humano venha com uma etiqueta de ‘como cuidar’ para que não seja destruído por outra pessoa”. “As três sapatilhas You Can Leave partilham cinco símbolos que mostram como cuidar e estão impressos para que ninguém se esqueça que, numa relação, que deveria ter por base o amor, o cuidado e o respeito mútuo, não há lugar para violência, culpa, vergonha, intimidação ou controlo”, afirma ainda a responsável. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

32 act ualidad€

setembro de 2018


Hacer bien

setembro de 2018

fazer bem

ac t ua l i da d â‚Ź 33


grande tema gran tema

Que desafios enfrenta o capital de risco?

A inovação e o empreendedorismo estão de boa saúde em Portugal, mas o mesmo não se pode dizer da resposta à necessidade de capitalização dos novos negócios, nem sequer dos negócios mais maduros. O grosso do financiamento das empresas tem sido emprestado pelos bancos, em linha com o que se passa na maioria dos países europeus, onde a banca é o principal credor de grande parte das empresas. Esta "banco-dependência" europeia contrasta com a situação dos EUA, onde as empresas recorrem mais a outras fontes de financiamento, como o capital de risco. Em Portugal, no ano passado, os operadores possuíam 4.800 milhões de euros de ativos sob gestão. O valor está a crescer, mas a um ritmo lento, que não acompanha a procura. A pergunta que se impõe é: como capitalizar o setor que pode capitalizar a economia? Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

34 act ualidad€

setembro de 2018


gran tema grande tema

A

crescer, mas pouco. Esta é a conclusão mais evidente do capítulo que o mais recente relatório anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) dedica ao setor do fundos de capital de risco (FCR) e sociedades de capital de risco (SCR). De acordo com o documento, “os operadores nacionais de capital de risco detinham no final de 2017 aproximadamente 4,8 mil milhões de euros de ativos sob gestão, o que representa um crescimento de 3,1% em relação ao final do ano anterior, explicado na totalidade pelos fundos de capital de risco, onde se registaram crescimentos relevantes nas participações sociais, nos depósitos e nos outros ativos”. As sociedades de capital de risco, por seu lado, “observaram uma queda do investimento, principalmente em depósitos e outros meios líquidos afetos ao investimento em capital de risco”. O relatório assinala que “o investimento foi mais acentuado nas atividades de informação e comunicação e nas atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares, enquanto na indústria transformadora e nas atividades de alojamento e de restauração decresceu”. Em suma, o crescimento tem-se mantido moderado desde 2012, não acompanhando o ritmo europeu: “Na Europa, os investimentos em capital de risco aumentaram 34% (para 6,4 biliões de euros), o valor mais elevado dos últimos dez anos, com destaque para o segmento de bens de consumo e serviços”, lê-se no relatório. A CMVM indica ainda que “as operações de reorientação estratégica ou de recuperação de empresas (turnaround) permaneceram as mais relevantes, e corresponderam a cerca de três em cada dez operações de investimento em private equity e a um terço do investimento do setor”. Já “as operações de expansão e de venture capital canalizaram, cada uma, um em cada cinco euros do investimento do setor”. Desta forma, a CMVM conclui que

“os operadores de capital de risco continuaram a revelar menos apetência para investir em projetos com elevado risco e em fase de arranque, uma vez que o investimento em empresas na fase startup permaneceu reduzido”. O relatório sublinha que “o investimento em capital de risco permite recapitalizar as empresas participadas, apoiar novos modelos de negócio ainda por testar, criar emprego e valorizar o setor, mas o seu peso no PIB nacional (2,5%) continua a ser reduzido, o que significa que o capital de risco ainda não se conseguiu afirmar como uma importante alavanca do crescimento

A Península Ibérica reúne alguns dos melhores empreendedores da Europa, de acordo com a Comissão Europeia económico em Portugal”. De observar que “um valor significativo dos investimentos em capital de risco foi direcionado para setores menos propensos à geração de maior valor acrescentado bruto” e que “os investimentos em SGPS não financeiras canalizaram 1.200 milhões de euros e são um veículo para investimentos noutras atividades, enquanto o investimento em atividades imobiliárias atingiu 363,1 milhões de euros do investimento realizado via FCR e 10,6% do total do setor”. De acordo com um estudo da consultora Deloitte, encomendado pela Associação Portuguesa de Capital de Risco e Desenvolvimento (APCRI), apresentado em maio de 2017, sobre os 10 anos precedentes, a banca e o Estado foram responsáveis por mais de dois terços dos cerca de 3.400 milhões de fundos de capital de risco levantados em Portugal nesse período. Sendo considerado um setor com

O que é o capital de risco? A chamada indústria de capital de risco engloba o capital de risco (venture capital), que financia o empreendedorismo, seja ainda na fase de projeto (ideias/ protótipos) ou de startup, o capital de expansão, que é canalizado para financiar o desenvolvimento e expansão de uma empresa, e os management buy-outs e management buy-ins (muitas vezes designados de private equity), que são os investimentos maioritários realizados em empresas em colaboração com a gestão residente ou com uma nova equipa de gestores. De acordo com a APCRI, “o capital de risco pode ser definido como uma forma de investimento empresarial, com o objetivo de financiar empresas, apoiando o seu desenvolvimento e crescimento constituindo uma das principais fontes de financiamento para jovens empresas, ‘startups’ e investimentos de risco com elevado potencial de rentabilização, dado que proporciona às empresas meios financeiros estáveis para a gestão dos seus planos de desenvolvimento”. Como se explica no site da APCRI, “a participação destas entidades no capital das sociedades é temporário e, na generalidade dos casos, minoritária”, tendo como objetivo intervir na empresa para "criar valor, alienando a sua participação num prazo médio de três a sete anos”. A APCRI ainda frisa que “as condições de entrada, de relacionamento, e de saída são predefinidas em acordo parassocial, celebrado entre os promotores e investidores de capital de risco”.

Vantagens de recorrer ao capital de risco: • Disponibiliza capitais próprios ajustados às necessidades das empresas; • Não exige garantias reais ou pessoais; • Não contempla o pagamento de encargos financeiros, na vertente de reforço/ constituição do seu capital próprio, prevendo, em alternativa, a partilha do risco e da valorização da empresa; • Facilita o acesso a capitais alheios, em consequência do fortalecimento da sua estrutura de capitais próprios. • O operador de capital de risco intervém ainda como um elemento de valorização da gestão da empresa, de credibilização junto do mercado e de acesso a uma vasta rede de conhecimento, podendo ser um forte elemento de criação de valor.

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 35


grande tema gran tema

Presidente da APCRI : "O maior desafio é captar mais capital para o setor" A Associação Portuguesa de Capital de Risco e Desenvolvimento (APCRI) é a estrutura organizativa representativa da indústria do capital de risco em Portugal, tendo, atualmente, 27 empresas associadas, que operam direta ou indiretamente no setor. Paulo Caetano integra a direção da APCRI e traçou um retrato sobre o capital de risco em Portugal.

Desde o momento mais crítico da crise, como tem evoluído o investimento por capital de risco em Portugal? A crise afetou as sociedades de capital de risco (SCR) em Portugal de diversas formas. A economia sofreu, muitas empresas desapareceram, outras ficaram debilitadas, o que naturalmente impacta nos portefólios dos fundos de capital de risco, afetando desde logo a rentabilidade desses mesmos fundos de investimento. A crise também afetou a sustentabilidade do setor a médio e longo prazo. Isto porque o capital de risco em Portugal tem sido sobretudo investido pelo Estado e pela banca, o que os torna os seus principais investidores. Por razões diferentes, quer a banca quer o Estado deixaram de ter disponibilidade para avaliar esta tipologia de investimento, o que desde logo impacta na sustentabilidade do setor a médio e longo prazo. Por outro lado, a crise também provocou o surgimento de novas equipas de gestão, por sinal, equipas muito competentes. Surgiu um enquadramento novo em torno do ecossistema empreendor, que se revelou muito competente em Portugal, contribuindo com novas ideias e novos projetos. Fomos competentes no sentido em que criámos um ecossistema dinâmico. A título de exemplo refiro a receção de eventos

36 act ualidad€

setembro de 2018

como o Web Summit, que constitui uma montra de excelência dentro deste ecossistema. Ainda assim, no final do ano passado, os operadores nacionais de capital de risco detinham perto de 4,8 mil milhões de euros de ativos sob gestão. Este valor traduz um ligeiro crescimento (3,1%). No entanto, verifica-se que uma parte muito significativa destes ativos são fundos de restruturação de empresas, com uma exposição exagerada em poucas sociedades de capital de risco. Acresce que o stock de capital disponível para investir tem caído de forma brutal. Na realidade, o capital disponível é cada vez menor, já que tem vindo a diminuir nos últimos sete anos, e não têm surgido investidores novos no setor. Infelizmente, não há em Portugal uma estrutura forte de family offices e os potenciais investidores de longo prazo (neste caso até porque não há alternativa não residentes) não têm a motivação certa para investir. Temos excelentes equipas no setor, constituídas por profissionais muito competentes. Temos também um bom enquadramento legal, fiscal e regulamentar para o capital de

risco, mas mesmo assim há uma grande dificuldade em atrair novos investidores. A necessidade de estabilidade do regime fiscal tem que ser assumida. A solução tímida de oferecer um bom enquadramento fiscal alinhado com a LOE (Lei do Orçamento do Estado) causa uma perceção errada para o investidor, que não encontra estabilidade nesse modelo. E refiro este ponto em particular, porque os investidores em capital de risco são não residentes. Muito se fez no sentido de dinamizar o setor, mas parece que falhámos em detalhes que são relevantes. Não temos dimensão para competir com o capital de risco de origem externa, mas temos bons projetos capazes de atrair investimento estrangeiro para os nossos fundos. A nossa preocupação é a de contribuir para a garantia da sustentabilidade do setor de capital de risco a médio e longo prazo. Como trazer capital novo para investir e, em particular, investidores não residentes que investem em fundos nacionais geridos por SCR portuguesas? As empresas têm que ser capitalizadas e o capital de risco é o instrumento para suprimir essa necessidade. Não nos parece que exista outro caminho.

Que peso têm ou poderão vir a ter as corporate ventures em Portugal? Na minha opinião deveriam ter muito mais peso. Não entendemos por que razão as grandes empresas nacionais não absorvem dentro da sua estrutura mecanismos de capital de risco. Parece-nos evidente. Garantir soluções evolutivas e inovadoras, alinhadas com o modelo de negócio base de uma grande empresa, permite seguramente garantir cenários


gran tema grande tema

de evolução a médio e longo prazo para qualquer empresa. Por isso não entendemos por que razão não existem mais corporate ventures em Portugal. Poderiam resultar destas medidas projetos muito interessantes que contribuíriam para o futuro destas empresas. Penso que para isso acontecer, a gestão destas empresas necessita de ancorar essa opção e garantir o empowerment certo dentro da sua equipa de gestão para esta área. O capital de risco, e neste caso específico o corporate venture, deverá ser um instrumento paralelo de investimento, alinhado com as áreas base de negócio. E que simultaneamente permita puxar pela inovação e pela investigação e desenvolvimento. Em Portugal, talvez o grupo Sonae e a EDP sejam bons exemplos. Ambos, quer através da Sonae Capital quer da EDP Inovação, têm garantido este posicionamento. Será necessário sensibilizar os gestores destas empresas para as oportunidades deste modelo. Outra forma de incentivar esta aposta é a haver benefícios fiscais para as entidades que promovam este tipo de investimento.

Como classifica a atividade das incubadoras universitárias ou municipais portuguesas? Que peso já têm no empreendedorismo no país? Considera que estão a adequar-se às necessidades do país (ou seja dos setores em que somos ou poderemos ser mais fortes)? Fez-se um trabalho notável para alicerçar a cultura de empreendedorismo em Portugal. Quer as universidades, quer as incubadoras espalhadas pelo país são muito dinâmicas e o que se criou é muito bom. Esta geração startup é muito positiva.

Estamos a atravessar um bom momento em termos de oportunidades de investimento? Quais são, em Portugal, as áreas mais interessantes para investir, as que oferecem a melhor relação risco/potencial? Há muitas oportunidades de investimento, em várias áreas. Portugal é demasiado pequeno para ter um foco, penso que a diversificação de aplicação de investimentos dos fundos de capital de risco é o que melhor nos assenta.

As sociedades associadas da APCRI também estão a investir fora de Portugal? Onde e em que áreas? Que percentagem do investimento vai para projetos externos? A maioria das nossas sociedades de capital de risco só investe em projetos portugueses.

Que percentagem do investimento tem sido canalizada para as startups? Não muito significativa. Sendo que em volume de empresas é grande, mas pequeno em montante do capital investido. Não esqueçamos os buy-out, que representam sempre um maior volume de investimento.

Em média, em quantos anos, o investimento através de capital de risco passa a gerar frutos? Admitindo que um fundo de capital de risco tem um período de maturidade de 10 anos e que há que considerar o período de investimento e desinvestimento, diria que, em média, os projetos começam a gerar os tais frutos num prazo de três anos.

Que valores anuais de capital de risco de origem externa Portugal tem conseguido atrair?

Infelizmente, o valor é ainda pouco significativo. Muito ainda há que fazer para inverter o ponto onde estamos. Alias, em linha com o que já referimos atrás.

A associação espanhola de capital de crescimento e investimento (ASCRI) tem manifestado interesse em negociar mais em Portugal? Em que moldes funcionará a parceria com a APCRI? Vejo a ASCRI a fazer ações para os seus associados em Portugal. A APCRI e a ASCRI têm excelentes relações, de muito longa data, e só prevejo a continuação da colaboração mútua. A parceria que refere é contínua.

Que desafios enfrenta Portugal, no que se refere ao investimento por capital de risco? O maior e mais evidente desafio é o de captar mais capital para o setor. Como? Por um lado com pequenos ajustes ao nível fiscal, o que atrairá investidores não residentes. Por outro, e com os incentivos certos, trazer para o lado investidor as seguradoras e fundos de pensões nacionais. Muito em linha com o que hoje já se pratica em muitos países europeus através de legislação específica. Acredito que vão continuar a surgir novas equipas no setor. Fiquei muito feliz com o aparecimento de um novo fundo recentemente. A equipa demonstrou competência e criou condições para reunir o capital disponível para o arranque desta operação. Por fim, vamos ter que trazer alguma transparência para o sistema. A gestão da informação estatística é positiva, mas falta cobrir a questão da performance dos fundos. Esse é o nosso trabalho de casa.

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 37


grande tema gran tema

Capital de risco de origem espanhola procura negociar mais em Portugal A Associação Espanhola de Capital, Crescimento e Investimento (ASCRI) nasceu em 1986 para representar o setor do capital privado, o que inclui capital de risco e private equity. A ASCRI agrupa mais de 100 empresas, de origem espanhola e também internacionais, bem como cerca de 70 fornecedores de serviços e 10 investidores institucionais. José Zudaire, diretor da ASCRI, referiu à "Actualidad€" que “a Espanha está a atravessar o melhor momento de sempre” no que se refere ao investimento privado, que esteve perto dos cinco mil milhões de euros no ano passado. Na mesma linha Miguel Zurita, presidente da ASCRI, quando apresentou os números do setor relativos a 2017 e ao primeiro trimestre de 2018, assinalou que “os números recorde de investimento colocaram Espanha em linha com a média europeia no que se refere ao peso de capital de risco e de private equity no PIB”, chegando aos 0,43%, pela primeira vez na história do país. Outro dado relevante do relatório sobre o setor em 2017, sublinhado por Miguel Zurita, é o de que “o portefólio de empresas que beneficiam de capital de risco e private equity têm melhor desempenho em termos de crescimento, rentabilidade e criação de empregos em comparação com outras empresas”. Isso “gera a confiança necessária para continuar a liderar investimentos socialmente responsáveis e ge-

38 act ualidad€

setembro de 2018

radores de valor e continuar a trabalhar com as administrações públicas, no sentido de construir um quadro regulamentar comparável ao dos nossos países vizinhos e que permita um crescimento sustentável e favoreça a competitividade do setor a nível internacional”. Os novos investimentos de capital de risco e de private equity feitos em Espanha em 2017 somaram os 4.958 milhões de euros, distribuídos por 715 operações. Isto num setor que gere a totalidade de 25,4 mil milhões de euros (metade dos quais provenientes de fundos internacionais). No entanto, o peso dos fundos internacionais tende a subir, já que o volume de fundos estrangeiros a investir em companhias espanholas atingiu um recorde em 2017, alcançando os 3.500 milhões de euros, representan-

do 72% do total investido. Os fundos privados domésticos investiram 1.266 milhões de euros. Desses, cerca de 100,8 milhões de euros são provenientes de fundos públicos. José Zudaire não tem dúvidas de que este ano será o melhor de sempre e informa que no primeiro trimestre se registou um crescimento homólogo de mais de 10%, ao atingir os 918 milhões de euros. Para o gestor, estes valores devem-se “ao bom momento da economia espanhola e à confiança dos investidores, quer espanhóis, quer estrangeiros, interessados em investir em Espanha”. O diretor da ASCRI frisa que as empresas são as protagonistas: “As empresas são a base do crescimento do investimento, sobretudo as pequenas e médias empresas (PME). José Zudaire acredita que o mercado português é igualmente apetecível: “Estamos aqui para fazer 'pontes' com Portugal, com a nossa congénere APCRI. Queremos que os nossos associados também operem em Portugal. Alguns já o fazem e com sucesso”. Oportunidades de investimento não faltam, admite o gestor, sublinhando que “a Península Ibérica reúne os melhores empreendedores da Europa, de acordo com a Comissão Europeia”. Ao contrário do financiamento bancário, que se limita a emprestar dinheiro, “o investimento garantido por estes fundos acrescenta valor aos negócios, já que


gran tema grande tema

integram a gestão das financiadas, procurando torná-las mais rentável, ajudando-as a crescer e a expandir os seus respetivos mercados, bem como a melhorar o impacto social que geram”, argumenta José Zudaire. Se a Europa quer dilatar o contributo dos privados na capitalização da economia tem que trabalhar em conjunto, defende o gestor: “Somos bons para a economia, acrescentamos-lhe valor. As associações do setor devem trabalhar em conjunto. Interessa-nos estabelecer 'pontes', de modo a fazer mais negócio. Todos ganham”. As 'pontes' devem chegar também a mercados com quem Portugal e Espanha têm uma maior afinidade, como é o caso de países da América Latina: nesse sentido, a ASCRI assinou um acordo de cooperação com a BID-FOMIN e com associações de venture capital e private equity de França, Chile, México, Argentina e Colômbia. O objetivo é promover investimentos bilaterais, bem como fortalecer o ecossistema de negócios e desenvolver uma plataforma de troca de informações, como explica José Zudaire: “Nos últimos anos, os países da América Latina passaram por um rápido crescimento da atividade empreendedora e lançaram várias iniciativas inovadoras. Cada vez mais fundos de capital de risco e private equity de Espanha se interessam por esses países com os quais partilhamos uma tradição histórica, e estou confiante de que este acordo será o início de uma longa colaboração, a partir da qual todos os países sairão mais fortes".

elevado potencial, capaz de gerar rentabilidades elevadas, e apesar de numa década, terem duplicado os fundos e os operadores de capital de risco em Portugal, o seu peso na economia portuguesa é ainda pouco significativo. Recorde-se que o setor do capital de risco tem pouco mais de duas décadas em Portugal. Tradicionalmente, as empresas, em Portugal, recorrem ao crédito bancário para se financiar. Em maior ou menor escala, esta realidade estende-se ao resto da Europa, como observava o comissário europeu da Inovação, Carlos Moedas, em entrevista ao "Diário de Notícias", em julho deste ano: “A seguir à crise, o investimento na Europa caiu mais de 20% em geral. Acho que o grande problema da Europa tem sido a banco-dependência, ou seja, estava extremamente dependente dos bancos e Portugal era um exemplo maior; 80% das dívidas das empresas eram bancárias e 20% eram capital de risco e outras fontes de capital e nos EUA era exatamente o contrário, a parte bancária eram 20 ou 30%. O que temos de tentar reconstruir, e os fundos europeus ajudam e o Plano Juncker ajuda, é a base de capital das empresas. Ainda estamos com dificuldades, em que é um pouco "chapa ganha, chapa gasta", e as empresas têm de acumular riqueza para poderem ter músculo. E esse caminho é difícil sobretudo num país como Portugal, que tradicionalmente não tinha muito capital e que a crise veio afetar ainda mais. O caminho está traçado e é preciso começar a pensar que os políticos têm de ter políticas que favoreçam a criação de empresas e mais capital.” A União Europeia parece estar cada vez mais empenhada em aumentar a participação do capital de risco na economia: Uma das medidas nesse sentido é o VentureEU, um programa de 2.100 milhões em capital de risco, destinado a financiar empresas tecnológicas inovadoras. “O VentureEU é um elemento central da estratégia de inova-

ção aberta que lançámos há três anos. É essencial para que a Europa continue a ser um líder industrial e um motor económico”, comentou Carlos Moedas, em declarações à Lusa. A União Europeia contribui com 410 milhões de euros e pretende atrair investidores privados para alcançar um "bolo" total de 2.100 milhões de euros em fundos de capital de risco. A Comissão Europeia pretende, assim, manter o conhecimento na Europa, bem como as respetivas oportunidades que estas tecnologias poderão potenciar. Os dados da Comissão Europeia, revelam que em 2016 foram investidos 6.500 milhões de capital de risco na UE, que contrasta com os 39.400 milhões investidos nos EUA. Recorde-se que não são raros os casos de empresas europeias bem sucedidas que recorrem ao financiamento nos EUA, como é o caso do Skype, criado na Estónia, e depois comprado pela Microsoft. O Governo português, por seu lado, também quer continuar a fomentar o empreendedorismo, quer de origem interna, quer externa, bem como atrair capital estrangeiro, nomeadamente fundos de capital de risco. Para tal, o Executivo anunciou em julho passado, um fundo de coinvestimento de até 50 milhões de euros. Entre outras medidas, no capítulo das startups (até quatro anos), o Governo pretende lançar a linha ADN Startup, com 10 milhões de euros, para financiar empresas na sua fase mais precoce. Cada startup poderá beneficiar de financiamentos de no máximo 50 mil euros, para operações até oito anos. O Startup Portugal+ engloba um investimento de cerca de 300 milhões de euros e aposta em programas de coinvestimento entre o Estado e investidores estrangeiros, de modo a continuar a alimentar o ecossistema empreendedor nacional, que nos últimos anos se tem vindo a dinamizar significativamente.  setembro de 2018

ac t ua l i da d € 39


opinião opinión

Brexit revisitado

U

n ño después del Brexit y citando a Kipling analicé las posibles consecuencias doce meses después. Ahora, cuando faltan siete meses para el final de marzo de 2019 vuelvo a retomar el escurridizo tema. El ajustado referéndum de 23 junio de 2016 puede tener consecuencias malas para el Reino Unido, Irlanda y los otros 26 Estados de la UE, salvo que el pueblo británico tome otras decisiones democráticas que lleven a disminuir los efectos de un Brexit a partir del año 2021 o a seguir siendo una parte activa del Consejo Europeo y las demás instituciones. La política británica se complica progresivamente con la debilidad de Theresa May y las elecciones interesan ahora a la izquierda. La verdad es que Reino Unido siempre fue un socio atípico. Siempre este Estado miembro ha tenido problemas en sus relaciones con las CEE y la UE. Allí, hubo pocos europeístas de corazón en 40 años y ahora la salida es un problema complejo, prácticamente una guerra no cruenta con las instituciones y los partidos divididos, donde se mezclan realidades, sensibilidades y tendencias políticas, tanto en el Gobierno como en las Cámaras del Parlamento de Westminster, mientras que el Consejo Europeo de los 27 se muestra razonable, firme y unido, racionalmente dirigido de las negociaciones por el timonel Michel Barnier, que ha usado bien las viejas herramientas citadas por Kipling en “IF”, pero con el agravante adicional de tener que enfrentar

40 act ualidad€

setembro de 2018

Por Cecilio Oviedo*

también el proteccionismo ameri- terio de Raab va cediendo poderes cano el último año. En paralelo al al número 10 de Downing Street. Brexit y en la Era Trump, la UE a Theresa May ha dicho “Yo lideraré 27 está en el proceso de revisar su las negociaciones con la UE”. El proyecto de futuro como entidad ministro del Brexit será su “segunsupranacional. do” apoyados por el gabinete para Reino Unido es un partner estra- mayor eficacia. Lo que es cierto tégico global, que no puede olvi- es que a todos los niveles crece el descontento con la Premier. El Gobierno ha publicado un nuevo libro blanco para un Brexit “Se está suave, que ha indignado a los más proponiendo como tories más radicales. Reino Unido y la UE acordaron un período de primera opción transición de 21 meses a partir de un Brexit suave, la salida británica el 29 de marzo de 2019, y que proporcionará una una zona de libre continuidad del acceso británico comercio de bienes al mercado único de la UE hasta diciembre de 2020. Mientras que con la UE, con el período de transición proporaranceles cero y ciona el tiempo necesario para que las empresas ajusten sus operaciosin contingentes nes, no ofrece garantías sobre lo con estrecha que ocurrirá en el futuro. Según este Libro Blanco, Reino Unido, cooperación seguirá sometido a la necesaria aduanera, legislativa legislación europea y al Tribunal de Justicia de la UE hasta el final y en otros campos. de 2020 o incluso después si hay Sería similar a un consenso. Se está proponiendo como priacuerdo de libre mera opción un Brexit suave, una comercio” zona de libre comercio de bienes con la UE, con aranceles cero y sin contingentes con estrecha coodar que fue el Imperio Británico. peración aduanera, legislativa y en Los británicos ya se oponen mayo- otros campos. Sería similar a un ritariamente al Brexit de Theresa acuerdo de libre comercio y no al May (sólo el 10% están satisfe- Espacio Económico Europeo-EEE chos de su gestión) y empiezan a con Noruega, Islandia y Liechsarrepentirse (la mitad) o a abrazar tenstein. Los radicales temen que opciones radicales (la cuarta par- el Brexit pierda ya “fuerza” a la alte) dos años después del Brexit y tura de la fecha de salida del 29 de tras la dimisión de los duros Jo- marzo de 2019. Para Bruselas,en hnson y Davis, mientras el minis- este caso una futura relación co-


opinión

mercial pasaría por un pacto de libre comercio solo sobre bienes, similar al CETA firmado con Canadá. En cualquier caso la cooperación en seguridad es ineludible. Ante la debacle en el socio, en Bruselas es un hecho la cohesión de los otros 27 en la negociación. Por parte de los Veintisiete, la cohesión negociadora se ha impuesto con realismo. No sienta bien querer separar las 4 libertades y además se mantienen dos graves problemas Irlanda del Norte y los servicios financieros. El deseo del RU de acceder al mercado interior (salvo Pesca) mientras no es miembro del EEE no es realista. Los servicios son tan importantes como las mercancías. Y los movimientos de personas y capitales son sagrados para la UE. Hay una preocupación del sector de la inversión por las consecuencias en los rendimientos de las inversiones y en la competitividad. Esta última se ha deteriorado en RU y ha aumentado en otros mercados. Como segunda opción está siempre la opción de no hacer Brexit y mantenerse en la UE. Una mayoría de británicos según las encuestas de julio serían ahora favorables a esta opción. Pero haría falta un nuevo referéndum. Theresa May asegura que el Brexit se llevará a cabo, pero miembros de su Gobierno aún consideran la posibilidad de marcha atrás. ¿Se puede? Lo que es seguro es que el referéndum no fue vinculante y que, a día de hoy, no se ha activado el artículo 50 del Tratado Europeo para comenzar la ruptura con Bruselas. Como tercera opción está la posibilidad de una salida sin acuerdo (Brexit duro), el portazo como la opción de los eurófobos y el gran temor de los empresarios (el principal socio del Reino Unido es la UE). Es perjudicial para todos, sería un mal precedente para otros países europeos y es la opción

que suscita más preocupación en Europa y por supuesto en España y Portugal. El Gobernador del Banco de Inglaterra ha hablado de una alta probabilidad de que no haya acuerdo y el Gobierno prepara planes ante el desabastecimiento en este caso. Si al final hubiera Brexit, la mejor opción como second best sería una cuarta, la del EEE, que no perjudicaría a España y Portugal, al respetar las cuatro libertades, especialmente el movimiento de trabajadores y pensionistas, pues se mantendría todo casi como está con una cierta compensación económica por el libre acceso al EEE y la recuperación de soberanía. La solución del Acuerdo de Libre Comercio a la canadiense es mucho más compleja. Para España y Portugal el objetivo de la negociación es el reforzamiento de la UE y no su debilitación. España y Portugal tienen problemas específicos y con un Brexit duro ambos países tendrían que perder. Aunque las relaciones comerciales no sean el principal problema, las relaciones de servicios financieros, de bancos y de inversión son intensas. Hay una negociación específica con España sobre Gibraltar y los turistas, jubilados e inversores británicos están tan preocupados como las empresas y los trabajadores ibéricos. Con un Brexit duro sin acuerdo habría que estar a las reglas y relaciones OMC y empezar a negociar. En conclusión, el problema principal está en el Gobierno británico que está muy dividido y también lo está la oposición y la misma sociedad. Realmente se quiso abandonar la UE, a la que se ve como un enemigo, por una mayoría en 2016 para no depender de las instituciones europeas y recuperar la soberanía de un antiguo Imperio que ya no existe, pero nadie parece

opinião

saber a dónde dirigir la nave, salvo aquellos como Blair y muchos laboristas que piden otro referéndum. No se sabe aún qué hacer con la frontera irlandesa, la única frontera terrestre de Reino Unido con la UE y sus muchos puntos de paso. El tema de la cuarta libertad ha sido manipulado por muchos. El querer negociar bilateralmente con los otros Estados miembros un Canadá PLUS o un EEE MINUS tipo Noruega pero con control de personas, no deja de ser un buffet al gusto de Theresa May, la hija del Vicario (¿cómo no recordar ahora con nostalgia a la tan denostada Thatcher?), que todos los 27 han rechazado sin abandonar a Barnier en la estacada. En este momento la opinión pública es contraria a la Premier y a un Brexit sin acuerdo, reforzándose la tesis de que hay que votar sobre el acuerdo que se alcance, porque el resultado del Brexit no es convincente y quieren volver a ser consultados. Curiosamente ningún gran partido quiere otro referéndum. Casi todos piensan que el choque de trenes sería económicamente devastador. Mientras tanto la UE no se puede parar.
Hay varios lobbies intentando que sea el electorado – y no Westminster – el que decida de nuevo. Hace un mes sólo el 40% se oponía a una nueva consulta. Hay conversaciones sobre el segundo referéndum, en el que habría cambios estructurales, ya que el electorado ha cambiado demográficamente: han muerto 1,2 millones de votantes – los mayores eran más partidarios del Brexit –, y hay 1,4 millones de votantes nuevos que ya tienen edad de participar en una cita con las urnas. Mayoritariamente son los más jóvenes los más partidarios de la permanencia.  *Consejero de Economía de la Embajada de España en Portugal E-mail: coviedo@comercio.mineco.es setembro de 2018

ac t ua l i da d € 41


ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Augusto de Athayde & Associados firma parceria com espanhola DeRojas A Augusto de Athayde & Associados vai consolidar a área do apoio jurídico ao investimento empresarial no mercado ibérico, na sequência da recente parceria com a congénere espanhola De Rojas Abogados.

A

Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

sociedade de advogados Augusto de Athayde & Associados (AAA) acaba de constituir uma parceria estratégica com a DeRojas, escritório congénere sediado em Alicante (Espanha). Esta boutique jurídica, especializada no direito dos seguros e mercantil presta ainda serviços ao nível do direito do processo civil e do contencioso. Segundo Augusto de Athayde, sócio administrador da AAA (na foto, entre Joaquin de Rojas e Ana Guerreiro), a parceria não irá alterar o funcionamento orgânico do escritório português e serviu, essencialmente, para complementar áreas de atuação e para colmatar algumas “necessidades sentidas pelos clientes da Augusto de Athayde & Associados”, que desde a sua constituição, há cerca de um ano, tem procurado apostar na internacionalização dos seus clientes, que são 42 act ualidad€

setembro de 2018

exclusivamente do segmento empresarial. “Começámos por Espanha, parceiro ideal e natural, já que há uma integração cada vez mais forte dos dois países vizinhos”, os dois mercados sobre os quais incide a parceria, adianta o partner da AAA. Por seu turno, a Derojas irá, através desta nova parceria estratégica, facilitar aos seus clientes a entrada em Portugal. As áreas de atuação da AAA são, sobretudo, o direito bancário, dos seguros, comercial, processo civil e contencioso, direito penal, direito financeiro e ainda todo o apoio jurídico transversal ao investimento direto estrangeiro. Augusto de Athayde sublinha o “substancial aumento do investimento direto estrangeiro em Portugal, nos últimos três anos”, mercê das condições sociais e económicas oferecidas pelo país e, ainda da sua ligação histórica e comercial à África lusófona e ao vasto mercado brasileiro, assim como ao enqua-

dramento legislativo de áreas como os golden visa e o Estatuto do Residente Não Habitual, que atraem muitas empresas e investidores de todo o mundo, salienta o mesmo advogado. “Portugal é uma plataforma de acesso aos mercados europeus e outros, e Espanha pode beneficiar amplamente com isto”, considera. O responsável sublinha ainda o papel do turismo e do imobiliário no crescimento nacional e nesta capacidade de atração de novo investimento estrangeiro, mas adverte para eventuais riscos no futuro, nomeadamente de uma “bolha” imobiliária. A sociedade de advocacia, sediada em Lisboa, tem como co-partners Augusto de Athayde e Vanessa Boto Cerqueira, que fundaram o escritório há cerca de um ano e que lideram uma equipa de cinco advogados. 


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

ADVOCACIA E FISCALIDADE

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 43


ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Sérvulo reforça presença nos Açores

A Sérvulo & Associados formalizou recentemente uma parceria com o advogado Rodrigo de Oliveira, para estender a sua presença aos Açores. Mark Kirkby, sócio da Sérvulo & Associados responsável pelas parcerias regionais nos Açores e na Madeira, afirmou ao “Jornal Económico” que este tipo de parceria permite manter a identidade e a autonomia dos escritórios locais, tendo como mais valia os laços de confiança com os acionistas regionais. “A Sérvulo já experimentou em tempos outra abordagem ao mercado

de serviços jurídicos açoriano, que gundo o mesmo porta-voz. não atingiu os seus objetivos, que Já o advogado Rodrigo de Oliveira, a passava pela abertura de um escri- trabalhar na Ilha de São Miguel destório próprio na região. Parece-nos, de 2002, acredita que as prioridades hoje, que a aposta em parcerias da parceria são “manter um conhecicom escritórios regionais de ele- mento aprofundado e atualizado do vada credibilidade é uma solução processo negocial nas matérias de mais interessante”, defende o mes- interesse específico dos Açores” e mo responsável, de acordo com a “contribuir, na fase da sua implemenreferida publicação. Ao lado deste tação e execução, para um melhor escritório açoriano, a sociedade aproveitamento das melhores oporterá maior capacidade de dar uma tunidades de financiamento europeu” resposta multidisciplinar a dossiês por parte das empresas e stakeholmais complexos ou exigentes, tal ders açorianos e externos”, ainda de como já acontece na Madeira, se- acordo com a mesma publicação.

Vítor Constâncio dirige cátedra da Universidade de Navarra Depois de oito anos como vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio (na foto, ao centro) foi anunciado pela Universidade de Navarra (de Espanha) como diretor da nova cátedra “Cuatrecasas de Estabilidade Financeira”. A cátedra Cuatrecasas foi criada pela sociedade de advogados Cuatrecasas, com o intuito de estabelecer colaborações com universidades para o desenvolvimento de qualificações académicas. De acordo com a Universidade de Navarra, a criação desta cátedra visa “estabelecer uma colaboração entre a Cuatrecasas e a instituição de ensino superior no âmbito da docência, da formação e da investigação, com foco específico na promoção e colaboração em atividades relacionadas com a política monetária, o setor bancário e regulação financeira”. Durante a sessão de apresentação da cátedra que vai dirigir, Vítor Constâncio insistiu na necessidade de “reforçar a unificação bancária” e defendeu a “criação de um ativo financeiro paneuropeu segu44 act ualidad€

setembro de 2018

ro.” Ao mencionar esse ativo, Vítor Constâncio disse não se referir “a uma euro-obrigação de pleno direito, mas a um ativo sintético baseado na dívida nacional e com apoio público parcial” o qual, além de “permitir a diversificação da carteira de investimento dos bancos, teria um papel crucial na integração do mercado monetário europeu. Propôs, também, que a “função de estabilidade fiscal” seja incluída no núcleo da política monetária euro-

peia, incluindo um fundo de estabilidade “como o que foi proposto pelo Fundo Monetário Internacional”. Além de dirigir a “Cátedra Cuatrecasas de Estabilidade Financeira”, o ex-responsável do BCE integrará também o corpo docente do mestrado em Banca e Regulação Financeira e dará algumas aulas da licenciatura em Economia, como professor associado da Faculdade de Economia da Universidade de Navarra. 


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

ADVOCACIA E FISCALIDADE

Em trânsito: » A CCA Ontier reforçou o seu » Luis de Carlos será, a partir do póximo ano, o Departamento de Corporate/ novo sócio presidente da Uría Menéndez, enM&A, com a integração de quanto Salvador Sánchez-Terán exercerá o Sara Reis (na foto), que passa cargo de sócio diretor do escritório espanhol. a ser a nova coordenadora da Esta sociedade está presente também em Porequipa. tugal, há vários anos, atuando sob a designação A advogada transita da Mirande Uría Menéndez – Proença de Carvalho. da & Associados, onde integrava o Departamento de Corporate/M&A, na » Luís Barreto Xavier, antigo diretor da Católiqualidade de principal associate. Sara Reis, que ca Global School of Law, tornou-se consultor da passou ainda pela PLMJ e pela AAA, tem cerca Abreu Advogados para a área da Inovação. de 15 anos de experiência em corporate, com O professor universitário tornou-se consultor especial enfoque em operações cross-border, para a área da Inovação da Abreu, enquanto fusões e aquisições, na análise e negociação de continua a lecionar e a investigar neste estabecontratos de compra e venda de ações/quotas, lecimento de ensino da Universidade Católica Portuguesa. entre outras operações empresariais. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

PUB

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 45


Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Rota vinícola do Alentejo parte de Évora

AComissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA)) acaba de anunciar a criação de um novo espaço para a Rota dos Vinhos do Alentejo, com o objetivo de elevar o posicionamento do vinho da região. A Rota dos Vinhos do Alentejo ganha, assim, um novo ponto de partida, muito mais acessível, situado no “coração” de Évora, perto da Praça do Giraldo, da Sé e do Templo Romano, num espaço que promete ser o cartão de visita aos vinhos do Alentejo. Este é um projeto aprovado e que contará com o apoio do Turismo de Portugal através do Programa Valorizar – Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior – e que conta com um investimento de 608 mil euros, com 320 mil de apoios da União Europeia. “O conceito criado para este novo

espaço pretende, acima de tudo, levar os consumidores a viverem uma experiência – mais do que um espaço de provas de vinho, este deve ser um espaço onde sentem a essência do que é o Alentejo. Será um espaço mais moderno, mais interativo e com recurso à multimédia, onde vamos dar um forte destaque ao enoturismo, ajudando desta forma a divulgar os 65 produtores aderentes à Rota dos Vinhos do Alentejo”, comenta Francisco Mateus, presidente da CVRA. “Pretende-se que a Rota dos Vinhos seja mais do que a definição num mapa dum circuito turístico. Aproveitando o interesse de potenciais visitantes e turistas nacionais e estrangeiros

pela temática vinícola, procura-se no Alentejo interessá-los também por outros aspetos da realidade cultural e turística regional, como o seu património edificado, o artesanato, a animação turística e cultural, a gastronomia, o seu povo e as suas gentes”, adianta aquela entidade. No centro de Évora, cidade classificada pela UNESCO como património mundial da humanidade, a CVRA coloca ao dispor dos visitantes uma sala de provas, onde se pode conhecer melhor os vinhos e castas da região, bem como a oferta local de enoturismo, entre outras propostas culturais. 

Vinhos do Tejo voltam a destacar-se na “Wine Enthusiast”

S

ão já mais de uma dezena os vinhos da região do Tejo distinguidos pela “Wine Enthusiast”. Em maio, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVRTejo) anunciava que, numa seleção de apenas sete vinhos de Portugal e Espanha, a “Wine Enthusiast” destacava dois vinhos do Tejo. Na sua edição de junho, a mesma revista norte-americana volta a distin-

46 act ualidad€

setembro de 2018

guir mais 13 vinhos do Tejo, com 90 ou mais pontos. No que toca a produtores, em destaque estão a Quinta da Alorna, com quatro referências; a Companhia das Lezírias e o Casal Branco, com três; seguidos da Casca Wines, da Quinta do Arrobe e da Fiuza, com uma. Na avaliação que Roger Voss, crítico de vinhos da “Wine Ensthusiast”, faz aos néctares do Tejo, é unânime o potencial de guarda dos vinhos, o que é também um sinal da sua qualidade. Destaquem-se em seguida os quatro vinhos distinguidos com 92 pontos (ver foto). É o caso do Monte Cascas Fernão Pires branco 2013 (Casca Wines), feito a partir da casta rainha da Região Vitivinícola do Tejo, proveniente de vinhas velhas, cujo potencial está neste branco

detentor “de uma acidez e de sabor a fruta madura”. O Marquesa de Alorna Grande Reserva branco 2015 (Quinta da Alorna) é outro dos contemplados nesta primeira linha da pontuação – é um vinho produzido em homenagem a D. Leonor de Almeida Lorena e Lencastre, quarta Marquesa de Alorna, que se distingue pela madeira bem integrada, bem como pela elegância predominante dos frutos brancos e da acidez. Nos tintos, constam dois da Companhia da Lezírias: o Tyto Alba Vinhas Protegidas tinto 2014, um vinho com estrutura e fruta madura, detentor de uma acidez e taninos equilibrados, e o Tyto Alba Vinhas Protegidas Touriga Nacional tinto 2015, que apresenta taninos suaves e fruta madura, característica da casta portuguesa com que é feito. 


vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

setembro de 2018

ac t ua l i da d â‚Ź 47


Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Turismo no Douro Vinhateiro U m novo wine boat integra o turismo fluvial no Douro, a cargo da empresa Rivus. O passeio de charme entre quintas com enoturismo inclui a degustação de vinhos, de diferentes quintas, acompanhada pelo cenário único desta região emblemática. O “Wine Boat não é apenas mais um barco a navegar no rio Douro” assegura António Chaves e Rui Batista, tripulantes e sócios fundadores. Com uma equipa experiente e bem conhecedora do rio e da sua cultura, a Rivus promete assegurar “uma viagem inesquecível a bordo”. António Chaves explica que “este barco foi pensado desde o início para o enoturismo, desde o serviço a bordo de provas de vinho passando pela cozinha para elaboração de harmonizações gourmet . A experiência no enoturismo veio trazer a este projeto uma capacidade de resposta única, onde cada detalhe é pensado em função dos amantes do vinho e das suas exigências.”

reforça o mesmo responsável da Rivus. O barco, batizado de “Senhora do Carmo”, é um trawler de origem inglesa, de 1971, cuidadosamente recuperado, clássico e muito con-

fortável. Dispõe de uma zona sombreada para uma refeição ligeira e provas de vinhos, bem como uma zona de solário na proa. Paula Sousa, da Quinta Nova, afirma “estará atracado no cais do Ferrão e fará igualmente embarque/ desembarque de turistas no cais do Távora, facilitando o acesso até nós, assim como a outras quintas da margem norte do rio, em passeios exclusivos ou previamente definidos, sempre ao longo do coração do Douro vinhateiro.” Desde 1990 que a inauguração da via navegável do Douro abriu uma porta ao turismo, mais tarde consolidada com a classificação do Douro como património mundial da UNESCO. São 210 km’s de um rio que bate recordes de passageiros nas embarcações que o cruzam mas que igualmente atrai cada vez mais turistas que optam por viajar em pequenas embarcações com um serviço personalizado e diferenciador. 

QP Antão Vaz Premium 2017: monovarietal para apreciadores O QP Antão Vaz Premium 2017, da Marcolino Sebo Wines and Oils, está já disponível para os apreciadores. O novo vinho regional aelntejano do produtor borbense surge com imagem renovada e o designativo de qualidade “Premium”, à semelhança do que ocorre com toda a linha QP. Este vinho regional alentejano é um monovarietal da casta Antão Vaz, umas das variedades mais valorizadas do Alentejo, e é produzido pela segunda vez este ano. Tem 13,5º de alcoolemia e apresenta cor

citrina, aroma complexo de fruta tropical madura, notas citrinas e ligeiro mineral. Na prova de boca, é fresco, estruturado, com algum acídulo, bem equilibrado e persistente. É a companhia ideal para mariscos e peixes grelhados, servido a uma temperatura de entre 10º a 12º centígrados. Para esta nova produção, foram engarrafadas quatro mil unidades. O enólogo responsável por todo o processo de produção é Jorge Santos.  Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

48 act ualidad€

setembro de 2018


Faça um

vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

holeno in one seu negócio XXIII Torneio Ibérico de Golfe CCILE 2018 20 de Outubro • Aroeira I

Patrocinador Oficial

Junte-se a nós. Patrocine!

Organização

Para mais informações contactar: Tel. 213 509 310 setembro de 2018 e-mail: ccile@ccile.org / rpinto@ccile.org

ac t ua l i da d € 49


ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Portugal integra rede mundial de telescópios interligados de forma digital P ortugal vai participar “num grande projeto” para ligar todos os telescópios de modo digital, revelou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, num recente evento, onde falou dos desafios futuros para o país na área da astronomia. Manuel Heitor falava na “25ª edição da Astrofesta”, que decorreu em agosto, em Constância, no distrito de Santarém, afirmando

que “hoje, Portugal participa num grande projeto à escala mundial para poder ligar todos os telescópios de uma forma digital”, incluindo os instalados no Centro de Ciência Viva de Constância– – Parque de Astronomia. “Se é verdade que os últimos 25 anos foram de grande transformação em Portugal, de introdução da cultura científica nos portugueses, também é verdade que os próxi-

mos 25 anos na área da astronomia vão sofrer alterações brutais”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em declarações à Lusa, na abertura oficial do evento. O governante acrescentou que a astronomia “é essencial para melhorar o conhecimento da Terra (...) e, também, sobretudo, para explorar novas atividades de âmbito social e económico”. 

Tecnológicas entre os maiores investidores corporate do mundo O s gigantes da tecnologia mundial têm vindo a consolidar os seus investimentos, superando mesmo algumas das maiores companhias de energia do mundo, por exemplo. A Amazon tornou-se uma das maiores investidoras em todo o mundo, com 25 mil milhões de dólares (21,9 mil milhões de euros), acima da Gazprom, a gigante petrolífera russa. O objetivo dos investimentos da Amazon passa, essencialmente por operações como aquisições de outras companhias, pesquisa, investigação e desenvolvimento e reinvestimento. Na China, por exemplo, também a fabricante Xiaomi destinou dois mil milhões de dólares (1,75 mil milhões de euros) a áreas semelhantes. Uma outra tendência das tecnológicas é a ambição por mais acesso a dados e tecnologia, acabando por incorporar áreas de negócio complementares. A Microsoft comprou o LinkedIn, por 24 mil milhões de dólares (21mil milhões de euros), em 2016. Por seu lado, as empresas chinesas

estão a apostar em tomar participações em startups. Foi o caso da Alibaba e da Tencent, que gastaram mais de 18 mil milhões de euros nos últimos cinco anos, passando a serelas próprias investidores dominantes no capital de risco chinês. Para a “Forbes”, a Apple, Google, Microsoft, Facebook e Amazon são as marcas mais valiosas do mundo. A dona do iPhone mantém-se na liderança do ranking há oito anos consecutivos e o maior motor de busca do mundo ocupa o segundo

lugar há três anos. No total, as cinco marcas tecnológicas ostentam um valor combinado de 586 mil milhões de dólares, mais 20% que no ano anterior, de acordo com a mesma listagem. O ranking mostra que, na lista das dez marcas mais valiosas do mundo, apenas a Coca-Cola (6ª), a Disney (8ª) e a Toyota (9ª) estão fora das tecnológicas. No sétimo lugar, ficou a Samsung e, em décimo, a AT&T. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR

50 act ualidad€

setembro de 2018


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 51


setor imobiliário

sector inmobiliario

Segmento do retalho destaca-se no mercado imobiliário no primeiro semestre

O

ano continua muito positivo para o mercado imobiliário português, que demonstra um dinamismo crescente, através de um aumento da atividade de ocupação e de investimento, bem como de uma forte valorização dos ativos imobiliários. O setor residencial tem tido o crescimento mais significativo, mas os setores de imobiliário comercial registam também uma evolução muito positiva. A nível de escritórios, na Grande Lisboa, verificou-se nos primeiros sete meses do ano um crescimento da procura de espaços de escritórios de 31% face a 2017, com cerca de 114 mil metros quadrados transacionados, de acordo com a Cushman & Wakefield. No Grande Porto, o primeiro semestre registou também elevado dinamismo, com cerca de 30 mil metros quadrados

transacionados. Ambas as cidades demonstram escassez de espaços disponíveis de qualidade e com valores de mercado elevados: a renda prime em Lisboa situa-se nos 21 euros/m2/ mês e no Porto nos 16,5 euros/m2/mês, sendo que em ambos os casos atinge máximos dos últimos 15 anos. Quanto ao retalho, a análise do índice de procura de retalho da Cushman & Wakefield continua a registar grande dinamismo, sobretudo do comércio de rua. A restauração manteve-se o segmento mais ativo, tendo sido responsável por 60% das novas aberturas. Nos primeiros seis meses do ano abriram mais de 100 novas unidades de restauração nas ruas das duas principais cidades do país. As rendas de mercado mantiveram o crescimento que se tem vindo a verificar nos últimos anos, com o comércio de rua a registar as maiores subidas. Na cidade do Porto, o crescimento dos valores de rendas no comércio de rua foi ainda mais acentuado. Relativamente à atividade de investimento institucional, entre janeiro e

julho foram fechadas cerca de 30 operações em território nacional, envolvendo cerca de 1,9 mil milhões de euros, o que representou um crescimento de 56% face a igual período de 2017. Em oposição ao ano anterior, no qual os setores de escritórios e de retalho foram responsáveis por volumes equivalentes de capital, cada um na ordem dos 37%, em 2018 o setor de retalho lidera largamente o volume de investimento, com 65% dos capitais alocados até à data ao imobiliário comercial, com destaque para o investimento estrangeiro (98% do capital investido). Os investidores franceses foram responsáveis pela maior parcela, 35% do total, seguidos pelos espanhóis, com 29%, e por investidores originários do Reino Unido, responsáveis por 20% do total. O maior negócio do ano foi a venda pela Blackstone do Almada Fórum, à Merlin Properties, do grupo Santander, por cerca de 406,7 milhões de euros. O portefólio de negócios realizados pela Blackstone abrangeu ainda o Fórum Montijo, Fórum Sintra e o Sintra Retail Park, vendidos por 411 milhões de euros. No conjunto, o portefólio Rio Tejo representa a maior transação de sempre em Portugal, atingindo, assim, um valor global superior a 820 milhões de euros.

Construção mantém dinamismo na segunda metade do ano O setor da construção manteve o “dinamismo” no segundo trimestre do ano, apesar de se ter verificado uma “quebra no valor lançado a concurso” em obras públicas, segundo a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (Fepicop). Em comunicado, com base na estimativa rápida das “Contas Nacionais Trimestrais” do Instituto Nacional de Estatística, a Fepicop referiu que o desempenho do setor da construção

52 act ualidad€

setembro de 2018

manteve-se positivo, “com a evolução dos diversos indicadores associados à sua atividade a revelar-se favorável”. Os resultados do “Inquérito ao Emprego” mostram que trabalharam, em média, 315.700 pessoas na construção ao longo do segundo trimestre, mais 12 mil do que no trimestre anterior. No que diz respeito ao investimento privado, o número de fogos habitacionais licenciados cresceu 36% em termos homólogos durante os primeiros seis

meses do ano enquanto a área de construção licenciada subiu 33%. Na construção não residencial privada, o crescimento da respetiva área licenciada foi de 6% até junho, com aumentos mais expressivos nas áreas destinadas ao comércio (+48%) e à indústria (+16%). Em contrapartida, as áreas de edifícios destinados a turismo e a transportes desceram 51% e 82%, respetivamente, face ao mesmo período de 2017. 


sector inmobiliario

setor imobiliário

Foto Sandra Marina Guerreiro / Arquivo

RE/MAX vende mil prédios em ano e meio e a maioria é para reabilitação

A

RE/MAX, a maior rede imobiliária a operar em Portugal, foi responsável pela venda de 1.001 prédios em Portugal, nos últimos 17 meses, sendo a maioria destes destinada à reabilitação. O valor médio por prédio fixou-se nos 724.355 euros, a que corresponde um volume de faturação na ordem dos 725 milhões de euros.

Dos compradores, 61% são nacionais, incidindo grande parte no distrito de Lisboa (87%), sendo que, ao nível dos compradores internacionais, o destaque de vendas vai para os compradores brasileiros (9%), seguido dos franceses (5,5%) e ainda dos chineses (5%). Dos compradores nacionais, a maior percentagem de transações verificou-se no distrito de Lisboa, que incluem as vilas de Oeiras, Sintra e Cascais. Seguiu-se o distrito de Faro com 3% das transações e o do Porto e de Setúbal com 2,5% cada. Por último, há registo de prédios comprados em vários

outros distritos como são o caso de Évora, Leiria, Santarém, Madeira, entre outros. A maioria dos prédios comercializados destina-se a reabilitação e, segundo Manuel Alvarez, presidente da RE/MAX Portugal, “esta tendência verifica-se porque há falta de construção nova, e a que existe tem preços elevados. Como consequência da crise prolongada que o setor atravessou, grande parte das empresas de construção nacional despareceu ou estão em processos de insolvência. Não se estão a construir prédios novos. Por outro lado, é mais fácil a obtenção de crédito para reabilitação do que para compra de terreno novo. Deste modo, quem quer habitação nova tem de reabilitar”. Para o empresário, esta propensão conduz a uma contenção dos preços. 

Sonae Sierra distinguida nos “International Business Awards 2018” A Sonae Sierra foi distinguida com o Prémio Silver Stevie, na categoria “Inovação do Ano na Indústria de Energia”, na 15ª edição anual dos International Business Awards®, um dos maiores programas de reconhecimento empresarial do mundo. O “Programa Bright–melhorar a pegada de carbono no mercado imobiliário” é um projeto inovador na área da eficiência energética, concebido pela Sonae Sierra, e que visa reduzir o consumo de energia e melhorar a pegada de carbono dos ativos imobiliários em todo o mundo. “Este programa contém uma visão holística de cada aspeto das operações de um centro comercial – desde o edifício e os sistemas de gestão energia, aos comportamentos das pessoas que os

utilizam e aos fatores específicos de cada região”, enquadra a companhia gestora de centros comericais. “O Programa Bright permitiu definir medidas específicas de redução do consumo de energia e da pegada ambiental no portefólio Sonae Sierra, melhorando o nível de serviço para os seus lojistas e visitantes”. Assim, este programa permitiu à Sonae Sierra identificar mais de 240 medidas de poupança de energia em 28 centros comerciais, em várias geografias, através da aplicação de um software de otimização energética. Com um investimento total de 1,8 milhões de euros, 185 destas medidas permitiram à empresa reduzir o seu consumo energético em 10% e poupar 2,3 milhões de euros de cus-

tos em 2017. Isto também permitiu uma redução das emissões de gases do efeito estufa equivalente a 44% da pegada de carbono dos centros comerciais em 2017 (com base nos fatores de emissão média). As restantes medidas irão adicionalmente evitar custos anuais de 1,3 milhões de euros. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR setembro de 2018

ac t ua l i da d € 53


barómetro financeiro

barómetro financiero

Economia acelera no segundo trimestre para 2,3%

Foto Arquivo

omo esperado, a economia porC tuguesa acelerou no segundo trimestre do ano, com o PIB a

crescer 2,3% em termos homólogos, o que compara com a expansão de 2,1% registada nos primeiros três meses do ano. De acorco com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), "a procura interna registou um contributo mais positivo, em resultado da aceleração do consumo privado". Já o investimento, a outra componente decisiva da procura interna, "apresentou um crescimento menos

acentuado", diz ainda o INE. Um abrandamento do investimento que foi "determinado em larga medida pela diminuição da formação bruta de capital fixo em material transporte, refletindo o efeito base da forte aceleração verificada no segundo trimestre de 2017", explica o mesmo organismo. Quanto à procura externa líquida (ou seja, as exportações deduzidas das importações) "apresentou um contributo negativo idêntico ao observado no trimestre anterior", aponta o destaque.

Preços aceleram e crescem 2,1% na Zona Euro

Exportações crescem, mas importações sobem mais

A taxa de inflação anual na Zona Euro situou-se nos 2,1% em julho, o que representou um ligeiro crescimento face a junho (2%), mas de oito décimas na variação homóloga, revelou o Eurostat. Em julho de 2017, a taxa de inflação na Zona Euro fixava-se nos 1,3%. Já no conjunto da União Europeia (UE), a taxa de inflação anual subiu de 2,1% em junho deste ano para 2,2% em julho, um valor também significativamente mais alto do que aquele registado no mesmo mês do ano passado (1,5%), ainda de acordo com os dados publicados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE. Em julho, as taxas de inflação mais baixas foram registadas na Grécia (0,8%), Dinamarca (0,9%) e Irlanda (1%), e as mais elevadas na Roménia (4,3%), Bulgária (3,6%) e Hungria (3,4%), enquanto a inflação em Portugal se fixou precisamente na média da UE– 2,2% (face a 2% do mês anterior e 1% de julho do ano passado).

As importações de bens subiram 18,1% em junho face ao período homólogo, impulsionadas pela compra de combustíveis a países fora da União Europeia, anunciou o INE, enquanto as exportações aumentaram 8,6%. Excluindo a categoria de combustíveis e lubrificantes, as exportações tiveram um acréscimo de 6,8% em junho, enquanto as importações cresceram 10,3%. No que toca ao défice da balança comercial de bens, ascendeu aos 1.682 milhões de euros em junho deste ano, mais 641 milhões do que no mês homólogo de 2017. Em termos trimestrais, no segundo trimestre deste ano, as exportações e as importações de bens aumentaram, respetivamente, 10,5 e 10,4% relativamente ao mesmo período de 2017. Quanto ao conjunto do semestre, registaram-se acréscimos de 6,6% nas exportações e de 8,8% nas importações, que ainda assim foram abaixo dos aumentos verificados no mesmo período de 2017. Sem a categoria de combustíveis e lubrificantes, os aumentos, nestes primeiros seis meses do ano, foram de 6,4 e de 8%, respetivamente.

Economia europeia abranda entre abril e junho O crescimento da economia europeia mantém-se robusto, mas com um ligeiro arrefecimento no segundo trimestre deste ano. Entre abril e junho, o PIB da Zona Euro e da União Europeia (UE) aumentou 2,2% em termos homólogos, valores que comparam com aumentos de 2,5% e e 2,4%, respetivamente. À luz da estimativa rápida do Eurostat, este arrefecimento coloca Portugal a crescer ligeiramente acima da média europeia, ficando, assim, de novo em rota de convergência com a Europa, o que não acontecia há vários trimestres.

A subida do PIB em Portugal até ficou abaixo da maioria dos parceiros europeus para os quais foram divulgados dados, mas acima de economias como a Itália (1,1%), França (1,7%) e Alemanha (1,9%), a dinâmica da economia europeia foi penalizada e ficou abaixo da evolução observada em Portugal no segundo trimestre. Quanto à evolução do PIB em cadeia, ou seja, em relação aos três meses anteriores, subiu 0,4% no segundo trimestre, tanto na Zona Euro, como no conjunto da UE. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

54 act ualidad€

setembro de 2018



Setor automóvel sector automóvil

Jaguar I-Pace

O primeiro felino elétrico Com o crescimento dos incentivos à aquisição de automóveis elétricos na europa, particularmente e no mundo ocidental, em geral, as marcas automóveis, vêm neste mercado o seu futuro. A Jaguar é mais uma das marcas que entra no segmento da mobilidade elétrica, com o lançamento do I-Pace, a primeira proposta 100% elétrica na história da marca britânica.

O

Texto Nuno Almeida Ramos nrc.gmv@gmail.com Fotos DR

I-Pace é um SUV 100 por cento elétrico com fortes tendências desportivas, suportado por uma bateria de iões de lítio de última geração de 90 kWh. A opção pelo I-Pace por parte da Jaguar, faz todo o sentido, pois apesar de o modelo ser elétrico alimentado por bateria, esta assegura uma autonomia de 480 km, um valor bem superior aos 183 km que este tipo de veículos percorre, em média, diariamente. E se a WeKnowGroup passa a usufruir de um veículo igualmente luxuoso, mas mais silencioso e com menores custos de utilização, a Jaguar ganha uma excelente montra para dar a conhecer o seu primeiro veículo elétrico. 56 act ualidad€

setembro de 2018

A sua construção tem como base uma plataforma específica para veículos 100% elétricos. Com 2.990 mm de distância entre eixos, 6.682 mm de comprimento e 2.139 mm de largura, tem uma volumetria próxima do Jaguar F-Pace, o SUV com motor de combustão, mas é mais baixo, 1.565 mm. A suspensão dianteira de triângulos duplos e multibraços na traseira visa garantir o conforto sem condicionar o dinamismo da condução. Em opção está disponível um sistema pneumático, capaz de reduzir a altura

ao solo em 10 mm, a velocidades superiores aos 105 km/h. Em termos de performance, a presença de dois motores elétricos, um por eixo, garantem um total de 400 cavalos e 696 Nm, permitindo uma aceleração dos zero aos 100 quilómetros/ hora em 4,8 segundos.


sector automóvil Setor automóvel

Beneficiando de tração integral per- cionar eficiência, cortando o ar de manente, anuncia ainda uma distri- forma perfeita para alcançar a mábuição perfeita de pesos de 50:50. xima autonomia e estabilidade do Relativamente ao design, posição veículo. O I-PACE é bonito de todas baterias, na base da plataforma, dos os ângulos, graças à sua linha permitiu reduzir o centro de gravi- de cintura fluida, grelha no capô e dade e criar uma posição de condu- secção traseira característica. ção mais baixa do que é habitual nos O interior é capaz de albergar até SUV, e o reduzido volume dos mo- cinco ocupantes, tem 656 litros de tores elétricos e a ausência do veio capacidade de carga na bagageira, de transmissão permitiram garantir assim como possui todo um comuma habitabilidade ao nível de um pêndio tecnológico. Este passa pelo automóvel do segmento superior e, novo sistema de infoentretenimenao mesmo tempo, criar vários porta- to Touch Pro Duo, pela utilização -objetos como um grande comparti- de um sistema de Inteligência Artimento no centro da consola, para já ficial na configuração dos parâmetros do automóvel e pela disponibinão falar em gavetas sob os bancos. Com um design elegante e muito lização do Amazon Alexa, são mais aerodinâmico com um coeficiente alguns dos muitos argumentos desaerodinâmico reduzido de 0,29 d, te novo SUV. A nível do carregamento e autonoo I-PACE foi criado para propor-

mia, a bateria de iões de lítio com 90 kW conta com 432 células. A Jaguar anuncia que pode ser carregada de zero a 80% em 40 minutos, com um carregador rápido de corrente contínua com 100 kW, o qual pode garantir 100 quilómetros de autonomia em 15 minutos. Em casa, com um carregador de parede de corrente alterna com sete kW, pode garantir o mesmo estado de carga em 10 horas. Em Portugal, vai estar disponível a partir do último trimestre deste ano, nas versões S, SE, HSE e uma versão de lançamento First Edition. A garantia de baterias é de oito anos, com intervalos de manutenção a cada 34 mil quilómetros ou dois anos. Já os preços, começam nos 80.416 euros.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

setembro de 2018

ac t ua l i da d € 57


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas de limpieza

DP180406

Empresas españolas fabricantes de geotextiles y poliéster agujeteado

DP180501

Empresas españolas de Inspección, monitorización y mantenimiento de estructuras metálicas

DP180502

Agencias de viajes españolas

DP180503

Empresas españolas distribuidoras de suplementos alimenticios

DP180504

Empresas españolas distribuidoras de material informático

DP180601

Empresas españolas de distribuición de roupa Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos

DP180602

Empresa portuguesa de equipamentos para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español

OP170802

Empresa portuguesa del sector de metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español

OP170803

Empresa portuguesa de construcción de quioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción

à sua espera

OP170602 OP170801

OP171001 OP171002

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de malas em pele

DE180201

Empresas portuguesas fabricantes de rolamentos, engrenagens e dispositivos de transmissão mecânica Empresas portuguesas de agropecuária Empresas portuguesas fabricantes de malas em cortiça

DE180202 DE180401 DE180402

Mecânicos portugueses

DE180403

Empresas portuguesas de viveiros de plantas ornamentais Empresas portuguesas do setor da tecnologia Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal

DE180404 DE180405 OE170302

Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal

OE170801

OE170304 OE170305 OE170601 OE170602

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

58 act ualidad€

setembro de 2018


oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

setembro de 2018

ac t ua l i da d â‚Ź 59


calendário fiscal calendario fiscal >

Setembro Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

*À data da preparação desta informação ainda não estava disponível o novo modelo.

10

IVA

Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em agosto/2018

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de agosto/2018

Entidades empregadoras

10

IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a agosto/2018

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

20

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em agosto/2018

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a agosto/2018

Entidades empregadoras

20

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em agosto/2018

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas

20

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em agosto/2018

Sujeitos passivos do IVA

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT

20

SELO

Envio da declaração mensal de imposto do selo relativa a agosto/2018

Sujeitos passivos de imposto do selo

Nova declaração*

20

IRS

2º pagamento por conta do IRS 2017

Sujeitos passivos de IRS com rendimentos empresariais e profissionais

30

IRC

2º pagamento por conta do IRC de 2018

Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil.

30

IRC

2º pagamento adicional por conta (derrama estadual) do exercício de 2018

Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000€.

30

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em julho/2018

Entidades devedoras dos rendimentos

30

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2017 noutro Estado membro da EU

Sujeitos passivos do IVA

30

IMI

Pagamento do AIMI

Proprietários de prédios urbanos – habitacionais e terrenos para construção, em 01.01.2018

60 act ualidad€

setembro de 2018

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE180119

F

17/11/1988

INGLÊS/ ESPANHOL

TÉCNICA ADMINISTRATIVA

BE180120

M

20/11/1986

INGLÊS/ ESPANHOL

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE180121

M

1965

INGLÊS/ PORTUGUÊS

ÁREA FINANCEIRA

BE180122

M

30/04/1980

INGLÊS/ ESPANHOL

CONTROLLER DE GESTÃO COMERCIAL

BE180123

M

FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL

COMUNICAÇÃO E MULTIMÉDIA

BE180124

M

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

CONSULTOR ECONÓMICO

BE180125

F

INGLÊS/ ITALIANO

ARQUITETURA

BE180126

F

INGLÊS

GESTORA DE PACIENTES EM MEDICINA DENTÁRIA

BE180127

M

05/06/1990

CATALÃO/ INGLÊS/ ITALIANO/FRANCÊS

GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIO

30/11/1990

GALEGO / CASTELHANO / PORTUGUÊS / INGLÊS / CATALÃO

DESENHADORA GRÁFICA

BE180128

F

18/01/1972

BE180129

M

FRANCÊS / ESPANHOL / INGLÊS

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

BE180130

F

INGLÊS / ESPANHOL / FRANCÊS / GALEGO

ADMINISTRATIVA

BE180131

F

06/07/1963

FRANCÊS / INGLÊS / ESPANHOL

PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE

BE180132

F

28/07/1976

ESPANHOL

GESTÃO COMERCIAL E MARKETING

BE180133

F

ESPANHOL / FRANCÊS / INGLÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

PUB

novembro de 2014

ac t ua l i da d € 61


espaço de lazer

espacio de ocio

Grupo Porto Santa Maria abre Stairwell no Chiado

A experiência e credibilidade dos donos do restaurante Porto Santa Maria reinventa-se através do Stairwell, que procura aliar a cozinha criativa de Gonçalo Caratão à matriz vínica da casa mãe, aberta há 72 anos, em Cascais.

A

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

descrição, a qualidade gastronómica e uma garrafeira com cerca de 900 referências de vinho (20 mil exemplares, entre os quais três mil são de vinho do Porto) são os pilares que sustentam o grupo Porto Santa Maria, donos do restaurante homónimo aberto há 72 anos, no Guincho (Cascais). Escolhe frequente de políticos internacionais, como Bill Clinton, Mario Draghi ou Angela Merkel, o espaço pertence desde há 11 anos à família de Rodrigo Sáragga. O gestor conta que consideraram ser a altura de expandir essa cultura vínica do Santa Maria para o centro de Lisboa: “Quisemos criar um espaço icónico, moderno, com a mesma matriz vínica e qualidade gastronómica do Santa Maria, mas numa zona cosmopolita como o Chiado.” 62 act ualidad€

setembro de 2018

Foi assim que abriu ao público em junho o Stairwell, que conta com a curadoria de José Peixoto, “um dos melhores sommeliers de Portugal”, responsável pela carta de 130 vinhos portugueses disponível neste novo espaço, a garrafa ou a copo. Rodrigo Sáragga conta que, “todos os vinhos novos que chegam ao Santa Maria, são sujeitos a uma prova cega, feita por seis pessoas, entendidas e menos entendidas, já que procuram replicar o gosto dos clientes”. Dessa forma elegem os que ficam e os que saem da garrafeira. No Stairwell, a ideia é proporcionar o melhor casamento possível entre vinho

e comida, pela qual é responsável o chefe Gonçalo Caratão, que se estreia nessa função, depois de estagiar e trabalhar em vários restaurantes de prestígio em Portugal e na Dinamarca. Gonçalo Caratão estudou na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, estagiou em restaurantes portugueses como o Eleven e a


espacio de ocio

Fortaleza do Guincho, e depois foi para a Dinamarca, onde trabalhou nas cozinhas do hotel D’Anglaterre, ou o do restaurante AOC, distinguido no guia Michelin com duas estrelas. A ida para a Dinamarca foi uma opção do chefe: “Queria aprender coisas diferentes e fui à aventura, sem qualquer contrato ou perspetiva de trabalho. Os primeiros tempos foram duros, mas o balanço dos quatro anos em que vivi na Dinamarca foi muito positivo.” O chefe ficou bem impressionado com “a capacidade de organização na Europa do Norte” e com a inovação. “Nós baseamo-nos muito na cozinha francesa e na Europa do Norte há uma corrente mais inovadora, sobretudo na Dinamarca”, comenta Gonçalo Caratão, atribuindo à multiculturalidade parte desse mérito. “Quando trabalhei no D’Anglaterre, havia na cozinha sete nacionalidades representadas.

com uma abordagem e ingredientes diferentes da tradicional. O responsável pela carta e cozinha do Stairwell destaca também a garoupa braseada com migas de piso de coentros e

espaço de lazer

vinho, ou ‘O Mapa Vínico de Portugal’, que percorre o país de norte a sul, ilhas incluídas, para dar a conhecer as várias regiões do vinho”. Há também “uma experiência dedicada ao ‘Porto, o Vinho

Essa riqueza manifesta-se nas técnicas bivalves. Entre as carnes, o chefe sugere do Rio Douro’, com uma degustação usadas, nos ingredientes e, consequente- as plumas de porco ibérico com puré de de vários tipos deste vinho fortificado, mente nos pratos. Levei para lá a salada beterraba. Para sobremesa, é incontorná- naquela que é a primeira e mais antiga de polvo, que chegou a integrar a carta.” vel o “ferrero” de maracujá. região demarcada de vinhos do mundo”. O chefe salienta sobretudo o uso de técAlém de pedir qualquer referência da Com estas experiências portuguesas, nicas de fermentação de fumagem, bem carta, o cliente pode também optar pelas Rodrigo Sáragga sublinha que pretendem como a qualidade dos produtos disponí- “Experiências Portuguesas”: prova de “trazer a história do vinho português e das veis na Dinamarca: “Importam muitos vinhos ou azeites nacionais combinados diferentes regiões vínicas para a mesa do produtos de extrema qualidade porque com os petiscos de Gonçalo Caratão. Stairwell”. No espírito dessa sensibilização há mercado para isso. Os consumidores Pode eleger entre o ‘Menu de para o universo do vinho, no espaço, “o têm poder de compra.” Degustação Criativa’, com cinco cliente pode observar a abertura da garraNo Stairwell, Gonçalo Caratão preten- momentos de degustação gastronómica, fa através do fogo, um método tradicional de potenciar os sabores da gastronomia o ‘Vinhos e Azeites de Portugal’, com três pouco usado”, exemplifica o gestor. portuguesa com técnicas usadas pelos azeites e três vinhos de regiões diferentes, De terça a sexta, o Stairwell abre às 16 nórdicos. “O feedback tem sido muito ou o ‘Espumantes em Portugal’, uma horas e aos sábados e domingos abre positivo”, revela, destacando o sucesso experiência sensorial pelos vários sabores antes do almoço.  de pratos como o das ostras de Setúbal, e métodos de produção dos nossos espuhidratadas com água de picles, gengibre mantes”, explica o grupo Porto Santa Stairwell e óleo de estragão, que serve com tapioca Maria, acrescentando que ainda “é possíR. da Misericórdia, 139, Lisboa em pérola. Outro prato muito pedido é vel fazer ‘Uma Caminhada do Vinho no Tel: 21 3471644 o tártaro, que o chefe serve já finalizado, Tempo’, uma viagem temporal através do setembro de 2018

ac t ua l i da d € 63


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural Cinema

Cine-Fiesta em Lisboa e em Cascais

A Mostra de Cinema Espanhol CineFiesta vai animar o UCI (cinemas do El Corte Inglés de Lisboa) e, pela primeira vez, o Cinema Vila (Cascais) entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, com dezenas de filmes, alguns deles em antestreias, que evidenciam o que de melhor se faz na chamada sétima arte, em Espanha. Do cartaz deste ano, destaque para as comédias “Devota com Pouca Sorte” (original: Mí Querida Cofradía) e “El Intercambio”, bem como para os dramas “Diana”, ou “Bajo la rosa” e o aguardado “Futbolísticos”, entre outras películas. Organizado pela Cinemundo, com o apoio do ICAA e do Ministério da Cultura e dos Desporto do Governo de Espanha e com a parceria da Embaixada de Espanha em Lisboa, o festival CineFiesta contará com a presença de alguns realizadores e de atores que protagonizam estes filmes (desconhecidos à data de fecho desta edição).

Exposições

MNAA convida o público a questionar o retrato nas artes plásticas em Portugal O que é o retrato, o que diz do retratado, do artista, da época em que é produzido? São muitas perguntas formuladas pela mostra “Do Tirar Polo Natural”, título do primeiro tratado sobre retrato em Portugal, da autoria de Francisco de Holanda (1517-1585). A mostra surge 500 anos depois do nascimento do artista, e ensaísta. “Comecemos pelos olhos, porque deles tem começo toda a luz, e ele são janelas e portas por onde tudo tem entrada”, palavras de Francisco da Holanda escritas numa das paredes da mostra, que, citando o autor, convoca também o olhar do espetador para o nariz, a boca, as orelhas, o cabelo, as mãos das personalidades retratadas. Nesta mostra, com o subtítulo “Inquérito ao retrato português”, são várias as personalidades a reconhecer: o autorretrato da pintora portuense Aurélia de Sousa, “o melhor autorretrato de Portugal, talvez do mundo”, segundo Anísio Franco, um dos curadores da exposição; o retrato do primeiro jornalista português, fundador do jornal “Mercurio Portuguez”, António de Sousa Macedo (1606-1682); os retratos dos olhares de três moradores do bairro 6 de Maio (na Amadora), esculpidos em baixo relevo por Vhils (Alexandre Farto) na parede da casa de um deles, antes de demolição do bairro; várias telas de Domingos Sequeira, entre elas a inacabada que retrata o filho do pintor (que morreu ainda criança), e a da condessa Linhares a retratar o marido, considerada “a primeira pintura neoclássica em Portugal”; também a figura da rainha Carlota Joaquina com o medalhão que mostra o rosto de D. João VI; fotografias de Fernando Lemos, de Eduardo Gageiro e de Alfredo Cunha; bustos de João Cutileiro e de Soares dos Reis; a ideia da “sombra”, por ventura fundadora da arte de retratar (de acordo com Plínio) e trabalhada por Lourdes de Castro, na segunda metade do século XX; um documentário de Fernando Calhau defensor da tese de Francisco da Holanda de que o melhor retrato é o inacabado; obras de Columbano Bordalo Pinheiro, de António Carneiro, de Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Vieira da Silva e de José Malhoa, entre outros artistas portugueses ou que trabalharam em Portugal. A mostra integra até uma caderneta de cromos do Mundial de 1966, com a seleção de Portugal, que integrava Eusébio. Ao todo, são perto de 200 obras que esta exposição exibe, sem ordem cronológica, mas antes organizada em torno dos conceitos: “Do afetivo – entre a presença e a ausência”, “Da identidade – entre a verdade e a ficção” e “Do poder – entre a força e a vulnerabilidade”.

Até 30 de setembro, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa

Pintura naïf de regresso ao Casino Estoril O XXXVIII Salão Internacional de Pintura Naïf ocupa, até 11 de setembro, a Galeria de Arte do Casino Estoril. Como tem vindo a ser tradição, o Casino exibe obras de vários artistas. São 19 autores representados este ano: A.Barbosa, A.

64 act ualidad€

setembro de 2018


espacio de ocio

Réu, Antero Anastácio, António Charrinho, Arménio Ferreira, Augusto Pinheiro, Bento Sargento, Carlos Ribeiro Antunes, Conceição Lopes, Deborah Collens, Dulce Ventura, Elza Filipa, Feliciana, Fernanda Azevedo, Leonel Pereira, Manuel Castro, Maria Vilaça, Nell e Rute Castro. A homenageada desta edição é a pintora Fernanda Azevedo, nascida em Torre Dona Chama, concelho de Mirandela, professora reformada do ensino secundário. “Esta artista é titular de um currículo vastíssimo, no qual se destaca a participação em importantes salões de pintura naïf, em diversas cidades europeias. As suas obras distinguem-

espaço de lazer

-se por uma linguagem própria, característica dos grandes artistas, tendo como temas preferidos, Lisboa e os seus emblemáticos locais históricos, Cascais e a sua bela baía. Tem mantido ao longo dos anos uma consistente qualidade na elaboração das suas obras, o que a torna numa das principais referências da pintura naïf em Portugal”, refere o comunicado sobre a mostra. Estreantes neste salão, são Deborah Collens, cidadã inglesa que desde 2011 mora no Algarve, e Antero Anastácio (obra na foto), artista de Peniche.

Até 11 de setembro, no Casino Estoril Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Millennium bcp recorda passagem da Ballets Russes por Lisboa, no início do século XX Durou duas décadas (de 1909 a 1929) e abanou o mundo do balé para sempre. O efeito que a companhia Ballets Russes teve em Portugal assinala-se por estes dias, em Lisboa, através de exposições e uma performance: “Os Ballets Russes: Modernidade após Diaghilev”. Originária da Rússia, mas sedeada em França (Paris), esta companhia foi dirigida pelo

russo Serguei Diaghilev (1872-1929), responsável por uma “revolução” que influenciou o balé contemporâneo, como assinala a Fundação Millennium bcp, patrocinadora do evento, no comunicado sobre o evento, o qual relembra a passagem da companhia por Lisboa: “Entre o escândalo e a admiração, a emulação e a rejeição, os Ballets Russes de Sergei Diaghilev constituíram uma das mais inovadoras experiências de criação artística das primeiras décadas do século XX. No vulcão criativo das experiências modernistas, Diaghilev congrega um programa de arte total em torno da dança, convocando coreógrafos, bailarinos, compositores, artistas plásticos, libretistas e cenógrafos. Se a dança moderna representa o espírito de uma certa modernidade em vórtice, consagrada

segundo Baudelaire na fórmula do ‘transitório, fugidio [e] contingente’, os Ballets Russes exibem o moderno total. Consagrando a fusão do arcaico com o vanguardista, assinalam o transitório e o imutável que articula o pensamento moderno. Das artes do movimento ao design de moda, da música à escultura, da cenografia à pintura, das artes decorativas ao cinema, os Ballets Russes constituem o paradigma do projeto de iluminação mútua de uma modernidade sempre incompleta”. A homenagem é comissariada por Isabel Capeloa Gil e organizada pelo The Lisbon Consortium, pele Centro de Estudos de Comunicação e Cultura (CECC) - Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e pelo Museu Nacional do Teatro e da Dança, onde está patente uma exposição que celebra a temporada da companhia em Portugal, que inclui folhetos, cartazes, fotos e textos sobre a “saison”, nomeadamente de Almada Negreiros, que no Portugal Futurista, em 1917, escrevia que “as extraordinárias realizações da Arte Moderna”, representadas pelos Bailes Russos, configuravam “a grande vitória da civilização moderna europeia”. Na Galeria Millennium, está a mostra “Modernismos e Modernidade dos Ballets Russes”, com especial destaque para os trajes originais, inéditos em Portugal, das peças L’Après-Midi d’un Faune e Le Sacre du Printemps. No Palácio Foz, pode-se igualmente assistir a uma coreografia/ performance também alusiva ao tema.

Até 29 de setembro, na Galeria Millennium, no Museu Nacional do Teatro e da Dança e no Palácio Foz, em Lisboa. setembro de 2018

ac t ua l i da d € 65


espaço de lazer

espacio de ocio

últimas

últimas

Statements Para pensar

“Sintra é o único concelho do país que tem todo o licenciamento [empresarial] online. (...) O que não depende da Câmara é mais complicado” Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, “Expresso”, 11/8/18

“Se houver uma crise [financeira mundial] como a anterior, apanha-nos em cheio” Idem, ibidem

“Há um [investimento estruturante] que tive muita pena que não tivesse sido feito: o novo aeroporto [de Lisboa]. Foi um erro tremendo, que vai ser pago por gerações. Misturou-se tudo com o TGV, quando não tinha nada que se misturar. Agora vemos como está o atual aeroporto, que é um martírio” Idem, ibidem

• Assessoria ao Comércio Externo • Missões Empresariais • Serviço de Tradução e Intérprete • Recuperação de IVA • Seminários / Conferências • Almoços de empresários • Revista Actualidad€ Economia Ibérica • Torneio Ibérico de Golfe e Padel • Eventos sociais • Formação

”As empresas portuguesas começaram a estar mais conscientes da necessidade de digitalização que atualmente se vive, de forma a manterem-se competitivas. No fundo, a economia digital já começou a ter um impacto positivo na produtividade e no crescimento anual do PIB. No entanto, as nossas empresas ainda não estão ao nível das empresas estrangeiras em termos de digitalização, embora tenham consciência de que a transformação das TI é essencial para que permaneçam competitivas. Ainda existem muitas lacunas por preencher e há um grande número de gestores que ainda são muito conservadores face à digitalização dos seus negócios” Isabel Reis e Gonçalo Ferreira, managing director enterprise da DEll EMC Portugal e Espanha e managing director comercial em Portugal, respetivamente, “Jornal Económico”, 17/8/18

Interlocutor Privilegiado nas Relações Bilaterais Portugal / Espanha www.portugalespanha.org Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º Piso, 1050-155 Lisboa Tel Geral: (+351) 213 509 310, e-mail: ccile@ccile.org 66 act ualidad€ s e t e m b r o d e 2 0 1 8

“Naturalmente, esta realidade é diferente de empresa para empresa e cada uma tem necessidades diferentes, consoante o seu modelo de negócio e mercado de atuação” Idem, ibidem




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.