Actualidade Economia Ibérica - nº 256

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Actualidad

Economia ibérica outubro 2018 ( mensal ) | N.º 256 | 2,5 € (cont.)

Impressão

3D

Uma nova dimensão para os negócios pág. 38

Santos e Vale aposta na distribuição ibérica pág. 14

Marta Betanzos é a nova embaixadora de Espanha em Portugal Pág. 24

“Se não cuidarmos de Lisboa, a cidade desvaloriza-se” pág. 54


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Índice

índice

Foto de capa DR Nº 256 - outubro de 2018

Actualidad

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo

18.

Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Seguros de caução “têm grande potencial de crescimento”

Copy Desk Julia Nieto e Manuela Ramos Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Manuela Ramos (manuela@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro

Grande Tema 38.

Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Carla Rebelo, Dulce Franco, Miguel Calado Moura e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________

Editorial 04.

El mundo en otra dimensión

Opinião 06.

Gerir millennials requer elasticidade - Carla Rebelo

44.

Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha

Impresión 3D, una nueva dimensión para los negocios

Registo Central do beneficiário efetivo – Portaria n.º 233/2018, de 21 de agosto - Dulce Franco e Miguel Calado Moura

Atualidade 22.

Ifa Retail vai aumentar negócios para os 23 mil milhões de euros

E mais... 08. Apontamentos de Economia 26.Marketing 32.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 48. Setor Imobiliário 52.Vinhos & Gourmet 54.Eventos 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

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El mundo en otra dimensión

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uando empezamos a pensar en la impresión en tres dimensiones podemos llegar a creer que se trata de ciencia ficción. Quién nos diría hace unas décadas que se puede imprimir piel humana, piezas para aviones o una prenda ropa. Pues esto es ya una realidad y con mucha más presencia de lo que nosotros creemos en nuestro día a día. Esta nueva revolución industrial conjuga la innovación, la tecnología y la creatividad, todo

se para crear prototipos que son de gran importancia a la hora de crear un producto. Es una forma rápida y eficaz para ver los defectos y virtudes antes de un lanzamiento. En el mundo de las artes y la decoración tiene igualmente mucho potencial como ocurre en la industria. Por ejemplo, en la aeroespacial, ya vimos como hace un año un soporte de titanio del pilón que une los motores a las alas fue la primera pieza impresa en 3D que Airbus instaló en un avión de producción en

ello al servicio de la sociedad. Se ha convertido en un aliado imprescindible en ámbitos como el sanitario, aeroespacial, alimentario, diseño industrial, automoción y artístico. La impresión 3D destaca por su inmediatez, reducción de costes, personalización y diseños a medida así como por su contribución al medio ambiente. Esta técnica comenzó a utilizar-

serie (el modelo A350XWB). De esta forma se aligera el peso de los aviones. Otros fabricantes de dicha industria ya emplean piezas imprimidas en 3D para componentes accesorios, como es el caso de los motores CFM o de General Electric. Y es que el uso de la fabricación aditiva en los sectores del transporte está creciendo a una velocidad sorprendente y

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se busca constantemente ahorrar tiempo y costos. La arquitectura es otro campo con mayor potencial en lo que a la impresión 3D se refiere. Gracias al auge de esta técnica es posible construir con mucha precisión y gran detalle. En 2017, la empresa rusa Apis Cor presentó su primera casa imprimida en 3D en solo 24 horas. En el mundo de la medicina, la bioimpresión 3D permite hazañas como la de crear piel humana que permitirá a los pacientes curarse de quemaduras o defectos graves. Pero además está ayudando mucho en los quirófanos ya que antes de la operación el equipo médico logra tener en 3D el órgano que van a intervenir. Eso supone preparar mucho mejor la intervención, ahorrar tiempo y reaccionar mejor en caso de complicaciones. Y quien está por detrás de estos logros no duda que más adelante se podrán imprimir órganos como el corazón o el hígado. ¿Hasta dónde llegará la impresión 3D? Hay quien diga que seremos nosotros quien imprimamos en casa las piezas que se estropeen de la lavadora o del frigorífico, por ejemplo, o que creemos nuestros propios juguetes. Parece que esta técnica no tiene límite, ni si quiera la Tierra: la NASA está estudiando la posibilidad de construir estaciones para desarrollar aldeas en la Luna y en Marte.  E-mail: brodrigo@ccile.org


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opinião opinión

Gerir millennials requer

Por Carla Rebelo*

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mbora existam algumas divergências quanto a datas “Trabalhar junto dos exatas, estima-se todos os que nasceram entre a décacolaboradores para da de 1980 e o inícios dos eliminar estereótianos 2000 sejam millennials , também conhecidos como geração Y. pos e discriminação Como todas as gerações, também é também relevante, esta tem as suas particularidades, e o facto de estes serem os para criar uma força de primeiros a nascer num mundo trabalho diversificada tecnológico causa impacto a vários níveis, inclusivamente na forma e reter uma geração de como encaram o trabalho. Para colaboradores empátios millennials , o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional é de cos, produtivos e socialextrema importância, ao contrário mente conscientes“ de gerações anteriores, que valorizam especialmente os salários. E mesmo nos procedimentos do Apesar de ser um desafio mandia a dia surgem diferenças. Por ter os millennials satisfeitos no exemplo, preferem comunicar via emprego – investigações recentes eletrónica, acreditando que isso indicam que estes confiam menos é uma fonte de eficiência, o que nas empresas – como aponta um pode criar alguns conf litos gera- estudo da Office Angels, empresa do grupo Adecco, existem várias cionais no local de trabalho.

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estratégias que podem ser levadas a cabo para atingir resultados positivos neste âmbito. Em primeiro lugar, deve comunicar-se de forma franca e aberta com os colaboradores millennials , encorajando-os a partilhar as suas preocupações e receios, bem como trabalhar com especialistas para compreender verdadeiramente o que esta geração deseja, com o objetivo de ir ao encontro das suas expetativas. Por outro lado, para dar resposta ao equilíbrio que anteriormente referi como uma prioridade para esta geração, há que apresentar opções de horários f lexíveis, e até criar mais oportunidades para posições temporárias. Trabalhar junto dos colaboradores para eliminar estereótipos e discriminação é também relevante, para criar uma força de trabalho diversificada e reter uma geração de colaboradores empáticos, produtivos e socialmente conscientes. Além disso, para promover o trabalho em equipa e a eficiência há que realçar os benefícios do reverse mentoring , bem como a utilização do chatbot , para garantir que a sua equipa fique completamente envolvida, bem conetada e a lidar com as tarefas rapidamente. Gerir millennials requer elasticidade para pensar de modo diferente de padrões instituídos nas organizações. É um desafio cujo retorno acaba por ser muito positivo.  * Diretora- Geral da Adecco Portugal E-mail: carla.rebelo@adeccogroup.com

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opinión Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE)

opinião

Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

BEI financia três novas barragens e centrais hidroelétricas da Iberdrola em Portugal

O Banco Europeu de Investimento (BEI) encontra-se a financiar uma das iniciativas mais importantes do setor energético na história portuguesa. O banco da União Europeia (UE) fornecerá um empréstimo de 650 milhões de euros à Iberdrola para apoiar o importante projeto hidroelétrico, que aumentará a capacidade de armazenamento de energia na UE, fornecerá serviços aos operadores ibéricos e, em última instância, facilitará o aumento da participação renovável na matriz energética portuguesa. Este investimento reduzirá a depen-

dência do mercado ibérico em energia fóssil, bem como das emissões de CO2. Através deste acordo com a Iberdrola, o BEI está a contribuir para a construção de três novas grandes barragens e centrais hidroelétricas, incluindo uma central de armazenamento de bombagem, que ficará localizada nos rios Tâmega e Torno, no norte de Portugal. Com um investimento de cerca de 1.500 milhões de euros, as novas infraestruturas da Iberdrola terão uma capacidade total de 1.158 MW e entrarão em funcionamento em 2023. Para avançar com a execução do projeto, a entidade e a empresa energética assinaram, no passado dia 23 de julho, em Madrid, um empréstimo de 500 milhões de euros, a primeira parcela do fundo total de 650 milhões de euros aprovada para financiar este projeto (na foto, Emma Navarro, do BEI, e Ignacio Galán, presidente da Iberdrola). Ao aumentar a capacidade de geração

e armazenamento, as novas centrais elétricas providenciarão mais flexibilidade e segurança no fornecimento de energia no mercado ibérico de eletricidade. As barragens (Alto Tâmega, Daivões e Gouvães) situam-se na bacia do rio Douro e deverão fornecer, em média, 1.760 GWh por ano ao mercado ibérico. Localizado numa região de coesão europeia, o projeto também fomentará a atividade económica e a empregabilidade. O projeto criará empregos diretos e indiretos e contribuirá para a coesão económica, social e territorial da UE. A fase de construção implica a contratação de cerca de 13.500 pessoas, incluindo empregos diretos e indiretos nos períodos de pico de trabalho. Além disso, na fase de operação, centenas de empregos serão gerados. O projeto faz parte do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH). A promotora, Iberdrola, ganhou a concessão do projeto para planear, construir e explorar as centrais.

Primeiro projeto financiado pelo BPI na Região Centro no âmbito do IFRRU 2020 O BPI vai financiar o seu primeiro projeto de reabilitação urbana na região Centro no âmbito do programa IFRRU 2020. A operação destina-se a financiar um projeto de reabilitação integral do antigo edifício da Coimbra Editora, em Coimbra, que dará origem à futura sede e centro tecnológico do grupo Critical, que se prevê venha a acolher cerca de 500 colaboradores no próximo ano. Este grupo decidiu abrir um novo pólo de desenvolvimento na Baixa da cidade de Coimbra, com o objetivo de atrair novos talentos à saída das universidades e garantir uma maior proximidade com a comunidade local. O edifício construído em 1937 será objeto de modernização, mantendo, no

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entanto, a sua traça original e elemen- do Banco Europeu de Investimento tos que possam realçar a sua história. e do Banco de Desenvolvimento do Trata-se de um espaço emblemáti- Conselho da Europa. O BPI, consico, um local de edição e impressão derando o cofinanciamento, disponide livros, ou seja, um espaço com biliza uma linha de crédito IFRRU no uma longa tradição de conhecimento, valor total de 400 milhões de euros. que se pretende inspirador para os A linha de crédito BPI/IFRRU 2020 colaboradores da empresa. Incluirá - Reabilitação Urbana apresenta vantambém zonas de lazer, no interior e tagens. Assim, em cada financiamento, exterior e será dotado de uma rede de existem mais fundos públicos, sendo o infraestruturas sofisticada, assente em BPI “o único banco que assegura que tecnologia de ponta e soluções autos- em cada operação de financiamento sustentáveis a nível energético. 50% dos fundos são públicos (com O BPI foi um dos bancos selecionados taxas de juro mais baixas)”, com a vanpara colocar o Instrumento Financeiro tagem ainda de um “spread BPI mais para a Reabilitação e Revitalização baixo: a cotação de spread da tranche Urbanas 2020 (IFRRU 2020), cujas BPI beneficia do prazo ser inferior”, dotações proveem do Portugal 2020, entre outros benefícios.


Breves El Corte Inglés regista valor de vendas mais elevado em 16 anos em Portugal e conceitos. O Gourmet Experience de Lisboa, a inauguração da loja de moda online, a criação de espaços diferenciadores, a renovação das áreas mais clássicas, o alargamento da oferta para incluir as últimas tendências e a incorporação de novas marcas e novos conceitos de alimentação biológica nas lojas de Lisboa e Gaia Porto receberam um bom acolhimento por parte do público e permitiram atrair novos segmentos, mais cosmopolitas”, refere o grupo. Ao longo do exercício, quintuplicaram as encomendas a fornecedores portugueses para o grupo, sobretudo nas áreas de têxtil-lar, casa e decoração e moda, ao mesmo tempo que se reforçou a compra e ampliou o número de marcas portuguesas, com destaque para as áreas de alimentação. Foto Sandra Marina Guerreiro

O El Corte Inglés – Grandes Armazéns alcançou um volume de negócios de 479,3 milhões de euros no exercício fiscal de 2017, terminado a 28 de fevereiro.Este valor foi o mais alto alcançado pelo grupo nos seus 16 anos de atividade em Portugal e representa uma subida de 5,9% face ao ano anterior. O resultado bruto de exploração (EBITDA) cresceu 22%, situando-se nos 51 milhões de euros, e os resultados líquidos aumentaram para os 24,6 milhões. Os custos e as despesas de exploração fixaram-se nos 428 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 4,3% em relação aos do ano anterior. “Estes valores refletem o esforço feito pela empresa na modernização das suas lojas e na ampliação dos seus serviços e da sua oferta, com especial destaque para os novos espaços

EDP Renováveis entra no mercado brasileiro de energia solar A EDP Renováveis vai entrar no mercado brasileiro de energia solar, depois da assinatura de um contrato de longo prazo para um projeto de 199 megawatts (MW). “Este contrato é mais uma prova da importância do Brasil para a estratégia da EDP Renováveis e do grupo no panorama mundial”, de acordo com declarações de António Mexia, CEO do grupo EDP, ao “Jornal Económico”. O contrato de 15 anos assinado pela subsidiária EDP Renováveis Brasil só entrará em vigor no início de 2022, sendo que a eletricidade vendida será gerada pelo parque solar fotovoltaico Pereira Barreto, no estado brasileiro de São Paulo, de acordo com o comunicado da EDP à Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários. Ainda segundo António Mexia, “esta entrada no mercado brasileiro de energia solar é também uma aposta na diversificação de tecnologias de produção de energia, tendo sempre em conta o papel cada vez mais importante das energias limpas. O Brasil é um mercado prioritário, que nos está a dar boas oportunidades de crescimento”. O grupo tem vindo a aumentar a presença no Brasil, onde atualmente conta com um portefólio de 331 MW. Com os novos projetos em curso (incluindo o novo contrato), aquela potência aumenta para cerca de um gigawatts (GW) de energia renovável em construção e desenvolvimento.

Procura de seguros de crédito e caução acompanha crescimento das condições económicas mundiais A International Credit Insurance & Surety Association (ICISA) – associação que engloba as empresas líderes mundiais de seguro de créditos e caução revelou um aumento da exposição, para o valor de 2.4 triliões de euros, o que representa um crescimento de 3,7% face ao mesmo período do ano passado, acompanhado pelo incremento de 2% do volume de prémios, num total de 6,1 biliões de euros. O maior incremento da exposição face aos prémios evidencia uma redução do pricing médio, em resultado direto do período de menor sinistralidade que o setor atravessa, com indemnizações pagas no ano passado no valor de 2.8 biliões de euros, menos 1.5% que em igual período. Contudo, perspetiva-se a curto prazo algum agravamento dos riscos e, de acordo com o presidente da ICISA, Patrice Luscan, o setor já está a inverter a tendência de redução do pricing, em resultado de uma maior consciencialização do agravamento do risco. No caso dos seguros de caução, os membros da ICISA reportaram um forte crescimento nos prémios, de mais 5,4% no total de 4.9 biliões de euros, bem como no valor das garantias concedidas, a ascenderem aos 690 biliões de euros (mais 3,7%). A Cosec, seguradora líder em Portugal nos ramos de seguro de créditos e de caução, e membro da ICISA, obteve, em 2017, vendas no seguro de créditos no valor de 17,2 mil milhões de euros, um crescimento de cerca de 10% face ao mesmo período do ano passado, acompanhado de uma sinistralidade muito contida. No que diz respeito ao seguro caução, sustentado por uma grande dinâmica no novo negócio, este produto registou no ano passado um crescimento significativo do volume de prémios (mais 27%), com um aumento de 10% das garantias cobertas, no montante de cerca de 270 milhões de euros. Ações de insolvência aumentam 18,2% em agosto e constituição de empresas baixa Em agosto, registou-se um aumento das insolvências, com 188 empresas insolventes, mais 29 do que no período homólogo de 2017 (acréscimo de 18,2%). O valor acumulado apresenta-se igualmente superior a 2017, com mais 295 insolvências. Até final de agosto registaram-se 4.235 insolvências que traduzem um aumento de 7,5% face a 2017, adianta Iberinform, filial da Crédito y Caución. Analisando os resultados por tipos de ação, até final de agosto, o total de declarações de insolvências requeridas diminuiu 1,7% em relação a 2017, enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas registaram um aumento de 2,1%. Os encerramentos com plano de insolvência diminuíram 33,8% face a 2017 e as ações de encerramento aumentaram 16% face ao ano transato. A constituição de novas empresas em agosto baixou

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Breves de 2.810 em 2017 para 2.681 em 2018 (menos 4,6%). Em termos acumulados verifica-se um aumento sucessivo desde 2016. Os primeiros oitos meses de 2018 viram surgir um total de 30.662 novas empresas, mais 10,4% que no período homólogo de 2017 e 20,1% face a 2016. Produção automóvel em Portugal com queda de 10,6% em agosto A produção automóvel nacional registou uma quebra no mês de agosto, de acordo com a Acap. No mês em análise, foram produzidos em Portugal 7.694 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se verificado uma queda de 10,6%. Observou-se uma quebra em todos os mercados. Quanto ao total de 189.544 unidades fabricadas nos primeiros oito meses de 2018, representaram um crescimento de 85,3%. A informação estatística relativa aos oito primeiros meses de 2018 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel, já que 96,4% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, contribuindo de forma significativa para a balança comercial portuguesa. Efapel cresce 13% no primeiro semestre A Efapel, o maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão e líder de mercado em Portugal, concluiu o primeiro semestre de 2018 com uma faturação de 20,4 milhões de euros, o que equivaleu a um crescimento homólogo de 13%. “A manutenção desta trajetória contínua de crescimento acentuado verifica-se igualmente no que respeita às exportações, as quais registaram uma subida de 16% no referido período, sendo que os mercados europeus absorveram a maior parte das vendas para o exterior”, adianta fonte oficial do fabricante da região de Coimbra. A empresa de Serpins tem em fase de conclusão um novo módulo, cuja atividade se iniciará em breve e que “visa responder ao aumento verificado na penetração dos produtos Efapel nos diversos mercados e dotar a empresa das melhores condições de competitividade”, salienta ainda a mesma fonte. Em matéria de novos produtos, verificou-se o lançamento dos postos de trabalho (de fácil e rápida instalação, disponíveis na versão saliente e na versão de embeber em paredes de cimento e/ou pladur); e a série de calhas técnicas livres de hologéneo (redução da toxicidade e não corrosividade em dispositivos eletrónicos, se em combustão).

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Activobank duplica clientes em dois anos e chega aos 200 mil O ActivoBank acabou de atingir a de aberturas online voltem a crescer marca dos 200 mil clientes. O que significativamente. significa que, em pouco mais de Esta duplicação de clientes num dois anos, duplicou o seu número espaço de dois anos é mais fácil de clientes. A recomendação que de compreender tendo em conta os atuais clientes fazem aos seus o mais recente estudo da Deco, familiares e amigos é uma das forças relativamente à satisfação com a motrizes deste assinalável número banca nacional, sublinhando que de captação. A contínua satisfação de 11.861 questionários válidos, dos clientes explica-se pelo rápido surge “um nome no cume do ranprocesso de abertura de conta, o king : ActivoBank. É o que satisfaz atendimento até às 20h00, de segun- mais, em termos globais, levando da a sábado, nos Pontos Activo, a as medalhas da transparência, dos facilidade em compreender os pro- custos e das comissões, do atendidutos e também a inexistência de mento ao cliente e do homebanking ”, comissões de manutenção de conta como salienta a Deco, citada pelo e transferências, bem como de anui- Activobank. dades nos cartões. “O sucesso do ActivoBank não se A abertura de conta na app resume à captação de clientes. ActivoBank, um processo simples Reflete-se também no crescimento e intuitivo que demora cerca de 15 de negócio: os depósitos cresceram minutos, veio ajudar o ActivoBank 30% e o produto bancário 20%, em a atingir este marco dos 200 mil relação ao mesmo período de 2017”, clientes e espera-se que os números adianta o banco.

Portugal é o terceiro país da UE que mais utiliza energia renovável Portugal é o terceiro país na União Europeia que maior percentagem das suas necessidades energéticas são satisfeitas com renováveis, de acordo com o Eurostat. O nosso país é, assim, um dos cinco países comunitários onde a energia renovável corresponde a mais de 50% da energia consumida. À cabeça da lista, está a Áustria, onde 73% da energia consumida tem origem renovável, seguida da Suécia, com uma percentagem de 65%. Logo depois, surgem Portugal e a Dinamarca, com um peso de 54%. A completar o pódio, está a Letónia com 51%. Os dados são de 2016, adianta o Eurostat. No caso de Por tugal, há uma melhoria face a 2015 quando a per-

centagem era de 52,6%. Prevê-se que tanto 2017 como 2018 sejam também anos de bom desempenho. Em março, pela primeira vez, a produção elétrica renovável ultrapassou as necessidades de consumo em Portugal Continental. No entanto, a aposta nas energias renováveis não é transversal a toda a União Europeia. O caso mais distante é o de Malta, onde apenas 6% da energia consumida era energia renovável. Abaixo dos 10% encontra-se também o Luxemburgo e a Hungria com 7% e o Chipre com 9%. Feitas as contas, a eletricidade produzida a partir de fontes renováveis contribuiu para 30% da energia consumida na União Europeia.


Nos próximos dias 12 a 25 de outubro, a Extremadura estará ainda mais próxima de Lisboa, com a realização da Experimenta Extremadura 2018. Este projeto da Junta de Extremadura, que vai na segunda edição, pretende despertar o interesse e o conhecimento daquela região espanhola junto de Portugal, divulgando os seus principais pontos de atração. A mostra incluirá iniciativas de âmbito cultural e gastronómico e ações promocionais com vista a descobrir e aumentar o interesse pela região da Extremadura. Entre as atividades culturais a promover, podem destacar-se iniciativas no âmbito da literatura, com apresentação de autores extremenhos, música ou pintura, como a exposição de pintura a

decorrer no Instituto Cervantes de Lisboa intitulada “Black Portrait” e dedicada às grandes figuras do jazz. O seu autor, Gene García, músico e artista extremenho, fará uma atuação no mesmo espaço, nos dia 16 de outubro. No âmbito musical, está também prevista uma mostra de jazz extremenho, nos dias 16 a 19 de outubro, no Hot Clube Portugal e na Duetos da Sé. De 15 a 25 de outubro, o supermercado El Corte Inglés de Lisboa fará uma promoção dedicada a “Alimentos da Extremadura” e o restaurante apresentará na sua carta uma ementa tipicamente extremenha. Além da gastronomia, também o turismo daquela região estará em promoção em Lisboa.

Jornada sobre “Contratação pública por via eletrónica entre Portugal e Andaluzia” A fundação andaluza Cajasol e a CCILE vão promover no próximo dia 9, em Sevilha, uma jornada de debate subordinada ao tema “Contratação Pública por via eletrónica entre Portugal e a Andaluzia”. Segundo a organização, é “essencial promover iniciativas no âmbito da chamada economia digital, em acelerado crescimento e que vem revolucionar a atividade de comercialização e de comunicação” das empresas portuguesas e andaluzas. Por outro lado, a aposta nas novas tecnologias deve ter em conta conhecimentos sobre as plataformas eletrónicas especializadas, que permitem alargar o campo e a forma de acesso a novos mercados, de forma direta, sem necessidade de deslocações físicas. Neste âmbito, insere-se a contra-

tação pública de fornecedores por via eletrónica, que pode facilitar as ações de empresas dos dois mercados, que tencionem prestar serviços ou fornecimentos à Administração Pública do país vizinho. No encontro, entre outros temas a abordar, decorrerá uma mesa redonda sobre “Desafios e oportunidades para as empresas e administrações públicas ibéricas com a nova Lei dos Contratos Públicos” em Espanha, que incluirá, nomeadamente, os procedimentos previstos na Andaluzia, bem como uma mesa redonda sobre os “Principais desafios a ter em conta para uma atuação comercial ibérica na administração pública”, tendo em conta as especificidades da Lei dos Contratos Públicos em Portugal.

em Foco

Foto Presidência da República

Mostra da Extremadura em Lisboa entre 12 a 25 de outubro

Gestores

Nuno Amado, atual chairman do grupo bcp, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito, pela sua carreira como gestor e pelo seu papel enquanto presidente executivo do Millennium bcp (na foto). O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o banqueiro com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito, pela sua carreira e pelo seu papel como presidente executivo do Millennium BCP, “com relevo para o apoio à obra mecenática no domínio da cultura e do património cultural, através da Fundação Millennium presidida por Fernando Nogueira, e também pela sua intervenção no processo de recuperação daquela instituição bancária”, de acrodo com o site da Presidência da República. Patrícia Sanches (na foto) foi recentemente nomeada para o cargo de diretora de Parcerias da ALD Automotive Portugal. Com uma vasta experiência dentro do grupo ALD Automotive, incluindo o desempenho de funções internacionais na sede da empresa em Paris, Patricia Sanches assume agora o desafio de contribuir para o desenvolvimento e crescimento da área de parcerias e do produto de renting em Portugal. Patrícia Sanches tem como objetivo dar continuidade à imagem de liderança e notoriedade da marca ALD Automotive na distribuição indireta, fortalecendo a relação junto dos atuais parceiros, bem como a abordagem a novas soluções de parcerias no nosso mercado. António Henriques, CEO do grupo CH, foi homenageado pelo Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) como um exemplo de mérito, passando a ser um dos embaixadores da instituição. O CEO do grupo já conta no seu currículo com outros reconhecimentos. Em 2012, recebeu o galardão “CEO Excelência”, pelo Salão Profissional de Recursos Humanos - Expo RH, e o prémio de “Mérito Empresarial”, atribuído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares. Em 2014, foi, ainda, considerado pela revista “Pessoal” como uma das 25 personalidades mais influentes no mundo da gestão de pessoas em Portugal e, em 2015, alcançou a chancela de “Melhor CEO” e “Melhor Gestor de Equipa”, nos “Prémios Melhores Gestores de Pessoas”. António Henriques é fundador e CEO do grupo CH, que este ano celebra 20 anos de existência.

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Breves Indra compra una empresa estadounidense de redes de transporte por 40 millones de euros La tecnológica Indra ha adquirido la compañía estadounidense Advanced Control Systems (ACS), especializada en diseño y producción de sistemas de control (SCADA) y en operación de redes de transporte y distribución de energía

por 46 millones de dólares. Indra ha estimado que con esta operación puede triplicar o cuadruplicar sus ventas (20,4 millones de euros) en 2017 en un plazo de cinco años. Con este acuerdo entre las empresas, ACS mantendrá su actual estructura de gestión, mientras que Indra destinará ejecutivos adicionales a dicho equipo con el objetivo de “capturar las sinergias comprometidas” en el Plan de Negocio. Indra ha señalado que con ACS persigue “capturar el alto potencial de crecimiento” del mercado global de gestión avanzada de redes de transporte y distribución de energía, cifrado en 605 millones de euros anuales en 2016, y con una previsión de crecimiento a un ritmo del 20 % anual entre 2016-2021, para alcanzar los 1.558 millones de euros anuales en 2021. La familia Cebrián recompra El Ganso La cadena de moda El Ganso regresa a manos de la familia Cebrián. Los hermanos Clemente y Álvaro Cebrián, junto con su padre, Clemente Cebrián, han recomprado el 49% que vendieron hace casi tres años a L Capital (hoy L Catterton). Los resultados negativos registrados en 2016, cuando la empresa entró en pérdidas, y el estancamiento de las ventas en 2017 podrían haber sido el motivo de la desinvesión por parte del fondo. Tras hacerse de nuevo con el 100% de la compañía, la familia Cebrián se disponen a seguir con la etapa de relanzamiento iniciada a principios de este año y con la que espera mejorar su política de aprovisionamiento para elevar su rentabilidad y optimizar su red comercial, con el cierre de las tiendas menos solventes y la apertura de nuevos establecimientos. En la actualidad, la cadena cuenta con 190 puntos de venta en mercados como México, Kuwait, Reino Unido, Francia, Portugal, Chile e Italia. Grupo Antolín aumenta su facturación un 5,7% en el primer semestre La multinacional burgalesa grupo Antolín, fabricante de interiores para vehículos, alcanzó la cifra de los 2.602 mi-

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Mercadona invertirá 100 millones para crecer en Portugal en 2019 La cadena española de supermercados Mercadona invertirá unos 100 millones de euros en ampliar su presencia en Portugal con entre “ocho y diez” establecimientos durante el segundo semestre de 2019, según anunció el pasado mes la compañía. Las nuevas tiendas de Mercadona estarán en los distritos de Oporto y Braga, en la Región Norte, y Aveiro, en la Región Central, y “el número final será definido en función de la evolución de licencias y el avance de las obras”, agregó la empresa. El grupo pretende crear 300 puestos de trabajo que, sumados a los 200 ya existentes, totalizarán unos 500 empleados en Portugal. El

grupo español anunció hace dos años su entrada en el país y creó la sociedad Irmadona Supermercados, con sede en Oporto. Posteriormente inició su actividad en Matosinhos, perteneciente al distrito de Oporto, y avanzó en la construcción de un local en Póvoa de Varzim, en el mismo distrito, destinado a desarrollar toda la actividad logística en Portugal.

Repsol irrumpe en fotovoltaicas con un megaproyecto de 210 millones

Repsol ha dado otro salto en su ofensiva para crecer en el sector eléctrico e irrumpe en el mercado de las renovables. El grupo ha cerrado la compra de Valdesolar Hive, que desarrolla un megaproyecto fotovoltaico en Valdecaballeros (Badajoz). Con 260 megavatios y una inversión de más de 210 millones de euros, será una de las mayores plantas solares del país.

E s te ve r a no Repsol anunció la compra de Viesgo, la quinta eléctrica, en una operación valorada en 750 millones de euros que también incluía la car tera de clientes de luz y gas. El plan de la compañía es convertirse en un grupo multienergía y contempla inversiones de hasta 2.500 millones de euros para posicionarse en el sector eléctrico y de gas, donde aspira a sumar 2,5 millones de clientes y 4.500 megavatios de potencia de generación de luz instalada, en torno al 5% de cuota de mercado a medio plazo.


Breves Iberdrola desplegará 200 nuevas “electrolineras” con una inversión de 10 millones de euros Iberdrola ha presentado un plan de movilidad sostenible para dotar antes de final de 2019 una red de más de 200 “electrolineras” (estaciones de servicio que dispensan energía para recargar baterías de los coches eléctricos) – al menos una cada cien kilómetros en las nueve principales autovías – con una inversión de 10 millones de euros. Las estaciones de recarga contarán con surtidores tanto de 50 kilovatios (kW) como de 150 y de 350 – llamados, respectivamente, rápido, super rápido y ultrarrápido – y las primeras 30 electrolineras estarán disponibles antes de que acabe 2018 merced a un acuerdo con las

gasolineras de Avia. La recarga será accesible mediante una aplicación para móviles también para quienes no sean clientes habituales de Iberdrola, con la posibilidad de reservar un enchufe a una determinada hora, además de su geolocalización y el pago correspondiente. Las electrolineras estarán ubicadas preferentemente en las nueve principales autovías de España y en las capitales de provincia.

Abu Dabi sacará al menos el 25% de Cepsa a Bolsa en España

Cepsa, la segunda petrolera en España, ha anunciado “su intención de salir a Bolsa”. La compañía está en manos del fondo estatal del emirato de Abu Dabi. La operación “consistirá en una oferta de venta, con componente únicamente secundario, de un número limitado de acciones existentes de la sociedad por parte del accionista único de la sociedad a inversores cualificados

internacionales, así como a ciertos empleados de la sociedad y sus filiales en España”. La sociedad tiene la intención de solicitar la admisión a negociación de sus acciones ordinarias en las Bolsas de Valores de Madrid, Barcelona, Bilbao y Valencia. Las acciones inicialmente ofrecidas como acciones del tramo de empleados representarán aproximadamente un 0,2% del total de acciones ofrecidas iniciales. “Se espera que el capital flotante (free float) mínimo tras la oferta sea del 25%, sin tener en cuenta posibles sobre-adjudicaciones, en su caso, cumpliendo así con el nivel mínimo requerido por la Comisión Nacional del Mercado de Valores.

llones de euros en ingresos durante el primer semestre de 2018, superando en un 5,7% la cifra de 2017 a estas alturas. Según un comunicado de la empresa, estos ingresos han sido registrados a tipo de cambio constante, ya que no se ha tenido en cuenta el efecto de la depreciación de las divisas frente al euro. En este sentido, desde la compañía aseguran que en el segundo trimestre los ingresos han alcanzado los 1.311 millones de euros, un 4% más que en el primero, que sería de un 9,1% a tipo de cambio constante. La razón de este crecimiento, más remarcable que el del resto de la industria mundial de automóviles, es gracias a la puesta en marcha de los programas actuales y al lanzamiento de nuevos proyectos con los fabricantes de vehículos.

Así, en los primeros seis meses del año, grupo Antolín lanzó 73 nuevos proyectos, lo que supone un 26% más que en el mismo periodo de 2017, mientras que la producción mundial en la industria aumentó un 3,5% en el segundo trimestre. Amper adquiere el 60% de las acciones de Iberwave Ingeniería La compañía ha adquirido este paquete de acciones de la empresa de ingeniería que se incorporará al grupo y pasará a denominarse Amper Iberwave. El grupo Amper va a desembolsar un máximo de 400 mil euros, que se incorporarán al circulante de Iberwave, empresa con base en Tres Cantos. Amper, que tiene su sede en Pozuelo de Alarcón, se ha reservado una opción de compra por un 15% adicional de las acciones, que podrá ser ejecutado durante el primer trimestre de 2019. La aportación está destinada al desarrollo de varios proyectos, en consonancia con la estrategia de recuperación e implementación del Plan I+D del grupo Amper y su posicionamiento en el sector IoT (Internet of things, Internet de las cosas). La ingeniería tricantina adquirida está especializada en el diseño electrónico y de sistemas, con tecnología para la internet de las cosas, así como en redes de sensores, comunicaciones de radio, dispositivos de bajo consumo, sistemas de seguridad, localización en tiempo real y software de gestión en cloud.

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Santos e Vale aposta na distribuição ibérica

A empresa de transportes e distribuição Santos e Vale tem vindo a apostar cada vez mais na área da distribuição especializada, procurando fazer uma cobertura eficiente de todo o território ibérico ao nível do transporte de mercadorias. Para tal, a empresa conta com os seus atuais 16 centros logísticos espalhados pelo país e mantém parcerias com congéneres a operar diretamente em Espanha.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

prioridade da Santos e Vale é fazer chegar os produtos enviados pelos clientes a qualquer ponto do território ibérico em menos de 24/48 horas. Para garantir este nível de cobertura e de eficiência dos seus serviços de distribuição, a empresa sedeada em Bucelas (Loures) conta com uma rede de 16 plataformas logísticas espalhadas por todo o país (ver caixa), cobrindo “todo o território ibérico e assegurando, assim, a realização de serviços rápidos e fiáveis com preços competitivos e a máxima segurança”, garante a empresa. Segundo Joaquim Vale, adminis14 ACT UALIDAD€

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actualidad atualidade

trador da empresa, das três principais áreas de negócios da Santos e Vale, a que representa a maior fatia é a distribuição, com mais de 80% da faturação, seguindo-se o transporte (a nível nacional e internacional) e depois os serviços de logística, armazenagem e picking. Nesta última vertente, a Santos e Vale realiza serviços de logística integrada, que incluem o armazenamento e picking, ou ainda a chamada logística promocional para o ponto de venda (a empresa tem a capacidade de fazer todo o manuseamento dos produtos para que os mesmos cheguem ao ponto de venda prontos a serem comercializados). É ainda possível realizar serviços espe- Vale, opera com a Palletways, uma de atividade. No total, o espaço de ciais e de transporte com viaturas multinacional presente em toda a armazenagem ascende aos 150 mil Europa. A Santos e Vale é, por sua metros quadrados de área, distridedicadas. A Santos e Vale realiza serviços de vez, a representante da Palletways buídos por todas as plataformas da distribuição de mercadorias desde para o centro e sul de Portugal, empresa. Desde 1999 que a empresa opera os pequenos volumes até envios enquadra Joaquim Vale. em Espanha, enquadra Joaquim paletizados com mais de mil quilos por palete, transportando anual- Faturação atingiu 26 milhões de Vale, um dos três atuais administradores da empresa fundada pelo seu mente cerca de 400 mil toneladas euros em 2017 Para apoiar a atividade logística pai, Joaquim Soares do Vale. de encomendas. Para tal, conta com Embora a empresa tenha nascido a uma frota própria, de mais de 350 e de distribuição, a Santos e Vale, conta com 16 plataformas de dis- partir do setor automóvel, para efeviaturas. No transporte de mercadorias com tribuição de norte a sul do país, tuar o transporte de peças automódestino a Espanha e resto da Europa que asseguram uma capilaridade do veis, atualmente esta vertente tem a empresa, através de uma parceria serviço e a rápida distribuição das um menor peso (apenas 5% do voluque garante os rigorosos standards mercadorias por todo o território, me de negócio). Os principais cliende qualidade de serviço da Santos e garante a empresa, com 36 anos tes, situam-se agora no setor agroalimentar, que representam mais de um terço do seu volume de negócios. Seguem-se, por ordem de importância, o setor dos produtos químicos embalados e artigos de higiene e os eletrodomésticos e eletrónica. De qualquer forma, a aprendizagem adquirida com o setor automotive foi relevante: “é um setor muito exigente e esses valores foram passados para o resto da empresa e mantidos ao longo destes anos”, salienta Joaquim Vale. O volume de negócios da companhia ascendeu aos 26 milhões de euros no último ano, mantendo-se em tendência ascendente, adianta o mesmo responsável. OUTUBRO DE 2018

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atualidade actualidad Inovação e sustentabilidade ambiental A inovação e a sustentabilidade ambiental têm sido também preocupações constantes da empresa, Há pouco mais de um ano, a empresa colocou ao serviço a primeira viatura de transporte comercial movida a 100% a gás natural (na foto), que é também a primeira em todo país. “Queremos lançar uma alternativa aos combustíveis fósseis e estamos a substituir a nossa frota atual por viaturas a gás natural”, adianta Joaquim Vale, salientando que este investimento será gradual nos próximos anos. Entretanto, tendo em conta as exiA Santos e Vale acaba de inaugurar um novo centro de distribuição, gências regulamentares em alguns que irá reforçar a região centro do países, está a ser adotada uma frota país, com uma área total de 12 mil euro-modular (também conhecidos metros quadrados. como mega-camiões), que permiLocalizada na Zona Industrial da tem maior capacidade de carga de Marinha Grande, esta nova platatransporte em cada viagem, retiranforma insere-se na estratégia de do assim, um grande número de crescimento da empresa e vem camiões da estrada. reforçar a capacidade de recolha, A empresa apresentou recentemente tratamento e entrega dos envios um novo portal para os seus clientes, dos clientes da região centro de que vai permitir a total visibilidade da Portugal. sua atividade em termos de seguimen“O centro do país é uma região to de envios, recolhas, entregas, faturas, e muitas outras funcionalidades no seu dia a dia. Com esta ferramenta, real dos seus envios, desde a recolha os clientes da Santos e Vale podem até à entrega no destino final, com agora efetuar o seguimento em tempo acesso à geolocalização das viatu-

Nova plataforma na Marinha Grande abrange região centro

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com um extenso tecido empresarial, a qual, necessitava desta infraestrutura por parte da Santos e Vale”, como sublinhou o administrador Joaquim Vale. “Esta nova plataforma conta com os mais recentes equipamentos logísticos, de transporte e segurança para que as mercadorias dos clientes sejam tratadas rapidamente e em total segurança”, acrescenta o grupo, que agora detém assim 16 plataformas logísticas, distribuídas por todo o território continental.

ras onde são transportados, podendo desta forma, prever a janela horária em que serão entregues. “É uma grande revolução no que é oferecido no mercado. Esta nova plataforma liga o nosso cliente diretamente ao núcleo de informação da Santos e Vale. Tentamos aproveitar toda a nossa “Big Data” adicionando funcionalidades ao sistema atual para que o cliente tenha uma visibilidade total. Vivemos num ecossistema de informação, pelo que, uma empresa que não a disponibilize, está desfasada das necessidades dos seus clientes e do mercado”, refere Joaquim Vale. Numa segunda fase do projeto, serão adicionadas funcionalidades extra que permitirão entrar na logística preditiva e ir ainda mais ao encontro das necessidades dos clientes. 


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Seguros de caução ”têm grande potencial de crescimento” Fundada há dois anos por Fernando Morales, a Abarca Seguros deverá este ano duplicar o volume de prémios, alcançando os seis milhões de euros. O CEO explica como pretende liderar o mercado de seguros de caução em Portugal e ser uma referência nesse segmento para as empresas com atividade na Península Ibérica. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

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omo nasceu a Abarca Seguros e por que razão abriu em Portugal e em Espanha, quase ao mesmo tempo?

A Abarca nasce da necessidade existente no mercado ibérico de uma companhia de seguros, especializada em seguro caução. Trata-se de mercados muito parecidos e com necessidades semelhantes, razão pela qual a abertura aos dois mercados foi quase simultânea. A primazia por Portugal surgiu porque no mercado português só existia uma companhia de referência em caução, sendo que a companhia que viesse a ser criada nasceria já adaptada ao regime de Solvência II, uma vez que Portugal é um dos países mais avançados na adoção desse regime. O mercado acabou por nos dar razão, já que existem neste momento vários projetos de caução em fase de implementação no mercado português. Quais são as principais diferenças entre os dois mercados?

Entendemos que existem algumas diferenças. Em Espanha, as chamadas Bid Bonds (garantias provisórias que são requeridas a todas as empresas que participam em concursos públicos) não são solicitadas pela Administração Pública em Portugal. Também o 18 ACT UALIDAD€

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montante das garantias em Espanha é normalmente superior ao de Portugal, devido à maior dimensão dos projetos, que deriva na necessidade de garantias de maior montante. Mas a grande diferença entre os dois mercados é a falta de hábito das empresas portuguesas em fornecerem informação detalhada, necessária para se poder realizar um estudo ef iciente sobre o cliente. Em Espanha, esse costume está muito mais implantado no mercado, com exceção das grandes empresas e grandes grupos empre-

“É nossa convicção que, em termos de prémios brutos emitidos, somos a segunda seguradora do mercado de caução em Portugal” sariais onde essa perceção e disponibilidade é comum nos dois mercados. No restante, os dois mercados são muito parecidos e, em alguns aspetos, quase iguais. Quais as são as potenciais sinergias?

São mercados muito próximos e,

portanto, há uma permeabilidade total das empresas em ambos os sentidos, por isso é essencial ter uma companhia de seguros que possa dar garantia nos dois países, independentemente de onde a empresa opere. Quando esperam atingir o break even em cada um dos mercados?

É um setor regulado e, portanto, o importante é cumprir os requisitos estabelecidos pelo regulador. O lucro é o objetivo f inal de qualquer empresa, mas, neste caso, o objetivo primordial é manter a seguradora com altos níveis de solvência. Para não fugir à questão colocada, tudo o que seja alcançar o break even dentro dos primeiros quatro anos seria um sucesso. Que perfil de pessoas emprega a companhia?

Este setor precisa de pessoas altamente qualif icadas e por isso procuramos sempre prof issionais que se enquadrem nesse perf il. Apostamos muito em investir parte do tempo dos diretores e colaboradores mais séniores na formação dos novos colaboradores da companhia. O setor da caução é muito especializado e poucos prof issionais o controlam em toda sua extensão. Quanto faturou a empresa no primeiro e no segundo exercícios?


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No segundo ano de atividade, duplicámos o volume de prémios do primeiro ano, com aproximadamente 3,6 milhões de euros em prémios. Neste ano de 2018, acreditamos que podemos voltar a duplicar os números do ano anterior, superando os seis milhões de euros em prémios. Em que assenta a Vossa estratégia comercial para crescer nos dois mercados? Quais são as Vossas expetativas de crescimento?

Queremos ser líderes no mercado português e estar entre as seguradoras de referência no mercado espanhol. A nossa estratégia é sempre acrescentar valor às empresas e sermos considerados especialistas. A Abarca consolidou nos últimos dois anos a sua posição de

liderança no mercado, o qual es-

teve estagnado por muitos anos, com prémios constantes, devido à falta de atividade comercial e formativa, muito necessária nos dias que correm. É nossa convicção que em termos de prémios brutos emitidos somos a segunda seguradora do mercado de caução em Portugal, sendo inquestionável que no curto espaço de tempo que levamos de atividade, já nos conseguimos posicionar como uma referência importante, mesmo com concorrentes que levam dezenas de anos no mercado. Temos uma “liderança moral”, porque reativamos o setor. Antes os bancos não tinham concorrentes, agora têm. A lém disso, a entrada da Abarca no mercado, fez com que outras empresas reagissem e olhassem para este mer-

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atualidade actualidad cado com o objetivo de se posicionarem nele, quando há alguns anos praticamente o haviam esquecido. Tentamos fazer as coisas de uma maneira diferente, procurando soluções alternativas para as empresas que precisam de garantias. Este posicionamento inovador e diferenciador coloca-nos como uma referência de primeira linha no mercado de caução, no entanto, isto não signif ica que não façamos análises muito rigorosas e exigentes, admitimos até que, às vezes, o nosso grau de exigência será maior do que o dos nossos concorrentes. Gastamos parte do nosso tempo a “pensar” as operações que nos chegam. Hoje em dia, com a medição dos rácios de produtividade das empresas, esquecemo-nos de “pensar” as operações, olhar de outro prisma, colocar questões que não eram colocadas, no fundo sermos diferentes. Se há concorrentes que rejeitam uma operação apenas pela quantidade de trabalho envolvido no estudo, a Abarca dedica tempo e recursos à operação, procura alternativas, pensa em formas de conseguir uma solução. Por vezes conseguimos, por vezes não, mas dedicamos o nosso tempo a “pensar”. A lguns dizem que perdemos muito tempo a estudar operações para no f inal as recusarmos. Nós preferimos pensar que investimos o nosso tempo e que iremos ter o retorno dessa curva de aprendizagem, entendendo os negócios, as necessidades dos nossos clientes e procurando soluções inovadoras, num mercado que há décadas que faz as coisas da mesma maneira, propondo sempre as mesmas soluções inf lexíveis. De que áreas são oriundos os principais clientes da companhia?

Felizmente, temos clientes de 20 ACT UALIDAD€

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referência em todas as áreas de atividade, desde a construção, passando pelos serviços, energia, exportadores, etc. Quais são os principais desafios para a Abarca?

O principal desaf io é o crescimento “controlado”. Uma companhia mono-linha, como a nossa, só pode pensar em crescer se quiser permanecer e crescer no seu mercado natural, primeiro na Península Ibérica e depois na União Europeia, acompanhando as operações dos seus clientes. Se

“Uma companhia mono-linha como a nossa, só pode pensar em crescer se quiser permanecer e crescer no seu mercado natural, primeiro na Península Ibérica e depois na União Europeia, acompanhando as operações dos seus clientes” as empresas estão cada vez mais internacionalizadas, olhando para o exterior, a sua seguradora de caução deve poder prestar-lhe serviços em todos os países em que operam, apoiando-os a partir dos seus escritórios, de maneira próxima. A Abarca está também em Itália. Como está a correr a operação?

A Abarca tem autorização para operar em regime de LPS (livre

prestação de serviços) em Itália, estamos a começar as operações calmamente. A Itália é o maior e mais complexo mercado de seguros de caução da União Europeia, pelo que vamos utilizar os nossos conhecimentos para enfrentar este desaf io de forma prudente. Pretendem avançar para outros mercados? Quais?

A nosso crescimento natura l deverá ocorrer através dos países da União Europeia, especia lmente porque as empresas espanholas e portuguesas estão a fazer negócios importantes nesses países.

Quais são os principais desafios que se colocam ao setor dos seguros, em geral, e dos seguros de caução, em particular?

O principal desaf io do setor de seguros está no controlo da sinistralidade, infelizmente os desastres naturais fazem com que muitas das vezes esse controlo não possa ser o desejado, o mesmo acontece no seguro caução. Outro grande desaf io dos seguros de caução é competir em pé de igualdade com a Banca e com as entidades f inanceiras. Que significa para a companhia o rating de B+ Stable atribuído pela agência de rating norteamericana A.M. Best Company?

Signif ica um enorme sucesso, porque é muito complicado para uma companhia tão jovem obter rating e, se levarmos em conta que se trata de uma qualif icação tão positiva, melhor ainda. Mas o que mais nos orgulha é que a própria empresa de qualif icação indica que os colaboradores da companhia são altamente qualif icados e que sua experiência e prof issionalismo trazem estabilidade à companhia. 


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Ifa Retail vai aumentar negócios para os 23 mil milhões de euros O grupo espanhol Ifa Retail, uma central de compras especializada na distribuição de produtos alimentares e de grande consumo, quer continuar a consolidar a sua presença nos mercados onde atua, incluindo em Portugal, onde presta já serviços ao grupo líder na grande distribuição nacional, a Sonae MC.

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grupo Ifa Retail, que se assume como “líder, em superfície comercial, no setor da distribuição de produtos alimentares e de grande consumo no mercado ibérico”, é uma das maiores centrais de compras e de serviços a nível europeu. A central conta com empresas associadas nos dois países ibéricos, tendo faturado no ano passado um valor consolidado da ordem dos 17 mil milhões de euros. Deste montante, cerca de 12,3 mil milhões de euros referem-se apenas ao mercado espanhol, enquanto os restantes 4,63 mil milhões correspondem às vendas obtidas junto da Sonae MC, detentora dos hipermercados Modelo Continente, Continente Bom Dia, Meu Super, entre outras insígnias. Com mais de 50 anos de existência, a central retalhista é constituída por 34 empresas do setor da grande distribui-

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

ção– como a Condis ou os supermer- tual, entre 2012 e 2017, para os 15,8%. No território espanhol, a central cado E-Leclerc–, “com idêntica participação social”, sendo 29 delas acionistas ocupa “o primeiro posto, por superfítambém daquela sociedade espanhola, cie comercial, em 18 províncias, desenquadra Juan Manuel Morales (foto tacando-se especialmente Madrid e na pág. seg.), diretor geral da Ifa Retail. Barcelona, as duas mais povoadas do “Contamos com uma área comercial país”, comenta Juan Manuel Morales, de mais de 4,4 milhões de metros sublinhando todavia ainda que “lideraquadrados, nos mais de sete mil estabe- mos nas povoações de menos de 20 mil lecimentos [de associados] que se loca- habitantes, o que mostra a capilaridade lizam em Espanha e Portugal”, adianta da nossa rede de estabelecimentos e o mesmo responsável. “O conjunto dos a sua capacidade de acesso ao cliente” nossos associados proporciona empre- final, frisa ainda o mesmo gestor. A entrada em Portugal do grupo go a mais de 103 mil pessoas no mercado ibérico”, realça ainda Juan Manuel através da Sonae MC, holding líder Morales, em declarações enviadas à no mercado da distribuição alimentar, “Actualidad€”. justificou-se pela “grande segurança” O responsável realça ainda que o e “visão a longo prazo” apresentadas volume de negócios consolidado cres- por esta companhia de supermercados, ceu 4,9% face a 2016, “acima da evolu- estando ambas a “continuar a explorar ção do setor”. Além disso, a companhia oportunidades conjuntas”. aumentou ainda a sua quota de mercaRecentemente, a Ifa ampliou as do, em termos de valor, no canal de suas “alianças internacionais, com a supermercados em um ponto percen- incorporação dos italianos do Gruppo


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Végé no nosso Comité de Compras Centralizadas Internacionais”. A central espanhola passa, desta forma, a “alcançar uma faturação bruta consolidada superior a 23 mil milhões de euros”. “Esta aliança permite-nos operar como um cluster de distribuição para o sul de Europa, semelhante ao que apresentam os grandes fabricantes”, oferecendo diversos serviços de valor acrescentado. Modelo único, baseado em companhias regionais Entre os serviços que a central pretende vir a desenvolver ou continuar a desenvolver para os associados, estão a compra conjunta de energia, o aperfeiçoamento da componente logística e o desenvolvimento de novas categorias, que acelerem a inovação na loja. porque aglutina os líderes regionais, que A central de serviços sublinha que o seu concentram 40% da área comercial de modelo de negócio ”é único na Europa, Espanha”, justifica a mesma fonte.

Os associados apostam, por seu lado, em vertentes de atração para os clientes finais, como a proximidade geográfica aos grandes centros urbanos, a disponibilização de produtos frescos e outros de maior procura por parte dos consumidores. Para se ter uma ideia da importância dos chamados frescos, estes representaram, em 2017, cerca de 44% do total de vendas do grupo. Outra vertente de aproximação ao público final é o desenvolvimento de marcas próprias. No entanto, a central não descura o desenvolvimento de marcas de referência, “desenvolvendo uma estratégia comercial que fomenta o crescimento conjunto com as marcas de fabricante, que representam cerca de 81% da nossa oferta comercial, face aos 64% de média do mercado”, afirma Juan Manuel Morales.  PUB

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Marta Betanzos é a nova embaixadora de Espanha em Portugal M

outros postos na China e Líbia, bem como o cargo de embaixadora de representação permanente de Espanha na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), dando igualmente assessoria no Conselho da Europa em Assuntos Estrangeiros, Asilo e Imigração. Desempenhou a função de subdiretora-geral adjunta para Assuntos de Justiça e Interior no Ministério dos Negócios Estrangeiros e de Cooperação, assim como de subdiretora-geral de Cooperação Jurídica Internacional, no Ministério da Justiça. Marta Betanzos recebeu a Cruz de Mérito Policial com Distintivo Branco de Espanha e é também uma grande oficial da Ordem de Mérito do Mali. 

arta Betanzos irá, no próximo dia 3 de outubro, apresentar as credenciais ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como embaixadora de Espanha em Portugal. A nova diplomata, nomeada pelo Governo espanhol em agosto, sucede a Eduardo Gutiérrez como embaixadora em Portugal. Nascida em Tenerife, Marta Betanzos é licenciada em Direito e diplomada em Psicologia, pela Universidad Complutense de Madrid. Ingressou na carreira diplomática em 1986, tendo trabalhado antes na Secretaria das Relações Internacionais da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE). Foi a primeira embaixadora de Espanha no Mali e ocupou

Reunião da Junta Diretiva aborda atividades para último quadrimestre R ealizou-se no passado dia 11 de setembro uma reunião da Junta Diretiva da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), onde foram debatidos alguns dos temas e atividades que irão marcar, nos próximos meses,

a atividade da Câmara. Na pri- ma vez, o embaixador Eduardo meira reunião da Junta Diretiva Gutiérrez (na foto), que entretanrealizada após as férias de verão, to regressou a Madrid, assuminforam ainda analisadas as contas do novas funções no Ministério da CCILE relativas à atividade dos dos Negócios Estrangeiros e de primeiros sete meses do ano. Cooperação de Espanha. Na reunião, participou, pela últiNo decurso do seu cur to mandato como embaixador de Espanha em Portugal, o diplomata participou, de forma ativa, em todos os eventos da CCILE e foi, sem dúvida, um elemento catalisador importante das relações empresariais e institucionais entre os dois países. De acordo com os estatutos da CCILE, o embaixador de Espanha em Portugal tem igualmente o estatuto de presidente de honra desta câmara de comércio. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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Melom e Leroy Merlin fazem parceria A Melom, empresa líder nacional especializada na remodelação de imóveis, e a Leroy Merlin, multinacional francesa, líder na venda de artigos de bricolage, construção, decoração e jardim, assinaram um acordo de colaboração que se materializa na oferta de serviços Melom aos clientes da Leroy Merlin, seja de instalação de produtos adquiridos nas 13 lojas como de execução de obras de remodelação. Desta forma, a Melom passa a gerir os atuais instaladores e remodeladores da Leroy Merlin, cerca de 200 unidades profissionais, aos quais soma as suas 200 unidades presentes em todos os distritos do país. Além dos benefícios para os clientes, que passam a contar com o serviço da empresa líder e

mais reputada neste setor, o protocolo envolve um acompanhamento diário de todos os atuais e futuros profissionais, por parte de equipas especializadas da Melom. Com este acordo, a Melom assume três grandes compromissos ao nível da gestão de serviços prestados pela Leroy Merlin, nomeadamente: a seleção e o recrutamento de profissionais da área da construção para instalarem qualquer produto vendido nas lojas e executarem obras de remodelação; a formação e a dinamização da rede de profissionais no sentido de otimizar e melhorar a experiência do cliente; e, por fim, a gestão e monitorização integral de todos os processos de instalação ou remodelação.

João Carvalho, diretor-geral da Melom, afirma que “este acordo tem um fortíssimo impacto na nossa operação, porque a procura gerada pelo canal Leroy Merlin é tão grande como a das nossas duas marcas juntas (Melom e Querido Mudei a Casa). Isto quer dizer que, operacionalmente, somos responsáveis pela gestão da maior rede de profissionais do setor da construção em Portugal. Ao duplicar tanto o número de empresas sob a nossa orientação e supervisão, passando das atuais 200 para 400. Este é, sem dúvida, um marco importante no relacionamento que mantemos com a Leroy Merlin desde a nossa fundação, em 2011”. 

Aquaris C da BQ reforça especificações da sua gama A BQ acaba de apresentar o seu novo smartphone Aquaris C, com o qual a empresa tecnológica espanhola procura conquistar a gama de entrada. O Aquaris C destaca-se pelo seu design, equilíbrio de especificações e por levar à gama de entrada especificações até agora reservadas à gama média. O Aquaris C herda o design de linhas limpas e elegantes característico da família Aquaris X. O seu ecrã infinito de 5’45’’ HD+ com vidro 2,5D tem uma luminosidade de 450 nits e mais de 16 milhões de cores graças à tecnologia Quantum Color +. A autonomia é uma das prioridades habituais da BQ, que deu ao Aquaris C carregamento rápido Quick Charge: graças à

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sua tecnologia QC 3.0, carrega 50% da bateria de 3000 mAh em pouco mais de 30 minutos. Além disso, é também um dos poucos dispositivos deste segmento a ter um processador Qualcomm®, concretamente o Snapdragon™ 425.

Por outro lado, “a câmara do novo Aquaris oferece um dos melhores resultados fotográficos da sua gama de preços, incluindo em condições de iluminação variável graças à função HDR (auto/HDR+)”, afiança a marca tecnológica. 


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Santander apresenta novo embaixador global do seu patrocínio da Liga dos Campeões O Banco Santander anunciou que o ex-futebolista brasileiro Ronaldo Nazário será seu embaixador no âmbito do seu patrocínio à Liga dos Campeões da UEFA. O banco abre esta temporada como novo patrocinador do principal campeonato de clubes de futebol do mundo. Ronaldo, o “Fenómeno”, obteve grande reconhecimento internacional, com o seu sucesso nas equipas do F.C. Barcelona, Inter de Milão ou Real Madrid, entre outros. Foi duas vezes campeão do mundo com a seleção brasileira (1994 e 2002) e também conquistou duas vezes a bola de ouro como melhor jogador (1997 e 2002). A notícia foi dada num evento no Mónaco, onde hoje à tarde se cele-

bra o sorteio da fase de grupos da “Champions”. O próprio Ronaldo esteve presente, acompanhado de Juan Manuel Cendoya, diretor geral de Comunicação, Marketing Corporativo e Estudos do Banco Santander e vice-presidente do banco em Espanha; Guy-Laurent Epstein, diretor de marketing da UEFA Events e também de Jürgen Grisbeck, fundador e administrador delegado da streetfootballworld. Juan Manuel Cendoya afirmou: “Estou muito satisfeito por, finalmente, iniciar o patrocínio da Liga dos Campeões da UEFA, o melhor campeonato de clubes do mundo. Assim será possível atingir novos públicos e aproximar-nos dos nossos clientes em todo o mundo. Há pouco tempo, renovámos a imagem da marca Santander

que passa a ser mais moderna e digital. Este campeonato é o palco perfeito para divulgar e reforçar os valores de liderança, confiança e inovação do banco”. O Santander anunciou em novembro a assinatura do acordo para ser o patrocinador oficial do campeonato durante três temporadas, a partir da época 2018/2019. A Liga dos Campeões da UEFA é o torneio de clubes mais famoso, com grande público nos principais mercados do Santander na Europa e na América. A final da competição é o evento desportivo anual mais visto no mundo, com uma audiência em direto superior a 160 milhões de pessoas. A competição conta com mais de 100 milhões de seguidores nas redes sociais. 

Sagres apoia projetos inovadores em conjunto com a Startup Lisboa N o âmbito do compromisso da marca cervejeira, de dar voz às novas gerações e nomeadamente a jovens portugueses que “fazem acontecer” e que apresentam ideias inovadoras, a Cerveja Sagres apoia o programa de aceleração da Startup Lisboa “From Start-to-Table”, que tem por objetivo identificar projetos inovadores que atuem no ecossistema da restauração. O programa “From Start-toTable” irá potenciar e selecionar projetos em duas grandes áreas da restauração: em conceitos de restauração inovadores e tecnologias que melhorem a experiência do cliente e/ou as operações dos restaurantes, apoiando o desenvolvimento e crescimento das startups voca-

cionadas para a área de food and beverage . O evento de apresentação do programa de aceleração contou com a presença de Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo; Duarte Cordeiro, v i c e - p re s i d e n t e d a C â m a r a Municipal de Lisboa; Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa, de FrançoisXavier Mahot, presidente da Sociedade Central de Cervejas, entre outros responsáveis. Com esta parceria, a marca reafirma a sua assinatura “Sagres, Ninguém nos Pára”, dando voz e atribuindo reconhecimento às novas gerações de empreendedores, ajudando-os a implementar os seus projetos, fomentando a inovação e criatividade.

Ao longo de nove semanas, os empreendedores terão oportunidade de trabalhar na prototipagem e validação do seu produto, ter acesso a uma vasta rede de mentores das mais diversas áreas necessárias ao desenvolvimento do negócio, a especialistas e investidores do ecossistema e ainda a vantagens e serviços oferecidos por parceiros. No final do programa vão ser selecionados dois projetos vencedores– um na vertente tecnológica e outro não tecnológico–, que irão receber um prémio monetário de dez mil euros cada um, com vista ao desenvolvimento e implementação dos mesmos e a entrada direta para incubação na Startup Lisboa.  OUTUBRO DE 2018

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BPI estreia-se como patrocinador oficial das seleções

Oestreou-se no mês passado como

BPI, “Banco Oficial das Seleções”,

patrocinador oficial no jogo particular entre os campeões da Europa e a seleção vice-campeã mundial, a Croácia, que decorreu no Estádio Algarve, em Loulé, no dia 6 de setembro. Para marcar o pontapé-de-saída do patrocínio, o BPI produziu um filme publicitário que tem como protagonista Sara Sampaio. O argumento recria a conhecida história da ”Cinderela”, numa adaptação ao universo do futebol, e gira em torno de uma chuteira carregada de simbolismo que passará de mão em mão até finalmente encontrar o pé certo para a calçar. O filme conta com a participação de várias personalidades do futebol, como João Vieira Pinto e Pauleta, e de outras pessoas ligadas à Federação Portuguesa de Futebol, que trabalham em diversas atividades realizadas na “Cidade do Futebol”. Sara Sampaio, como imagem do BPI, personifica a vontade e o empenho do Banco em colaborar com a Federação Portuguesa de Futebol para apoiar o crescimento deste desporto no nosso

país, atraindo públicos mais diversificados e novos praticantes. O jogo Portugal-Croácia foi um “amigável”, integrado na preparação da Liga das Nações, onde a Seleção A masculina teve o primeiro jogo oficial, contra os congéneres italianos, no estádio do Sport Lisboa e Benfica no passado dia 10 de setembro. O BPI assinou um acordo com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e tornou-se o “Banco Oficial das Seleções”. O BPI é patrocinador oficial das seleções A masculinas e femininas e da seleção sub21

até 2022. O Banco é igualmente o patrocinador principal da 1ª Liga de futebol feminino, denominada “Liga BPI”. O acordo também inclui o apoio às seleções jovens, bem como ações conjuntas de responsabilidade social corporativa (RSC). No âmbito do acordo, o BPI conta com um leque de contrapartidas que inclui direitos de imagem coletivos, pacotes de hospitalidade para clientes do banco e publicidade nos diferentes canais de promoção da Federação. 

Bondex apresenta nova geração Bondex Classic A Bondex, marca líder de mercado na proteção e decoração de madeiras, iniciou um processo de rebranding, que apresenta não só uma nova identidade visual mais moderna, mas também um inovador redesign das suas embalagens, tornando-as mais atrati-

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vas e organizadas para o consumidor. Em linha com o rebranding, a marca prepara-se também para relançar um dos produtos mais exemplares da sua vasta gama: o Bondex Classic. O novo Bondex Classic apresenta-se como um protetor de elevada qualidade e fácil manutenção, indicado para a proteção e decoração de todo o tipo de madeiras, no interior e no exterior, e usado para embelezamento, proteção e conservação.

A nova geração Classic contém a fórmula inovadora Active pro, uma tecnologia exclusiva que prolonga a durabilidade das madeiras enquanto cuida do ambiente. Os produtos com esta tecnologia única contêm menos de metade das substâncias ativas, em comparação com outros protetores de madeira convencionais, conferindo uma boa resistência às intempéries e aos raios UV, elevada repelência à água e uma excelente resistência a fungos, musgos e bolores. 


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Nova campanha do Turismo de Braga

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om a missão de aumentar a promoção internacional e atrair novos visitantes à cidade, a Câmara Municipal e a Associação Comercial de Braga uniram esforços para desenvolver uma campanha de comunicação 360º. O objetivo é afirmar a marca “Visit Braga” como principal forma de expressão do turismo da cidade, mostrando o seu lado mais jovem, mais cultural e mais dinâmico.

A Legendary People + Ideas, agência digital, foi a responsável pelo desenvolvimento marca e identidade gráfica de todo o projeto, criando não apenas o logotipo, mas também todos os materiais associados ao turismo da cidade – em canais online (redes sociais) e canais offline (lonas, mapas turísticos, stands, mupis, entre outros). À agência ficou também entregue a gestão e manutenção dos conteúdos

para estes canais online: facebook. com/visitbraga.travel e instagram. com/visitbraga.travel. Para Diogo Pinheiro, managing partner da Legendary, este projeto é “muito importante para a agência. As novas dinâmicas do turismo em Portugal são fascinantes e é um privilégio poder partilhar com novos visitantes a história milenar da cidade de Braga. Por outro lado, esta parceria reforça o posicionamento da Legendary fora do Grande Porto, um dos principais objetivos traçados para 2018”. O “Visit Braga” resulta ainda do trabalho de mais duas agências criativas. A Bloom Consulting foi responsável pelo desenvolvimento da proposta estratégica e de ação do projeto, construindo o conceito turístico de Braga como uma “Viagem no Tempo”, através dos programas “Play & Replay”. Na vertente digital, o website visitbraga. travel e a aplicação têm a assinatura da consultora tecnológica NKA. 

Brasmar junta-se à nutricionista Ana Bravo para receitas deliciosas e saudáveis A

Brasmar juntou-se à nutricionista Ana Bravo. Dada a preocupação da Brasmar com a alimentação saudável e equilibrada, juntos assumem o compromisso de reforçar a importância dos produtos do mar na saúde dos portugueses, algo que está ao alcance de todos, de forma descomplicada, rápida, variada e saborosa. A Ana Bravo vai unir a nutrição ao sabor a mar, e criar sugestões para diferentes refeições, rotinas e variados tipos de peixe. Esperam-se receitas recheadas de cor e sabor, com a prova de que é fácil ser-se saudável. Todas as propostas vão estar disponíveis nos vários canais digitais da Brasmar: no site, facebook, Instagram e YouTube. “Não existem motivos para não se

aventurar na cozinha”, garante a marca. Esta união da Brasmar com a nutricionista Ana Bravo vai prolongar-se e promete envolver a comunidade através de ações únicas e surpreendentes. Para esta nutricionista, “a importância do pescado, dada a sua riqueza nutricional de destaque, é incontestável. Assim, a possibilidade de me associar à Brasmar numa campanha que promove este bem alimentar, e sabendo que esta campanha será tratada com o maior profissionalismo, fazendo chegar esta informação a um grande número de pessoas, pareceu-me

uma oportunidade a não recusar”. Já Sérgio Silva, CEO do Vigent Group, defende que “esta sinergia, estrategicamente planeada pela Brasmar, trata-se de uma das várias ações que serão trabalhadas durante o ano, a fim de reforçar e aproximar clientes, parceiros, stakeholders e colaboradores ao grupo, à marca e aos seus valores”. 

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Lisbon Marriott Hotel volta a ajudar a comunidade local

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Lisbon Marriott Hotel, ao abrigo do seu programa “Spirit to Serve”, aproveita todas as oportuni-

-geral desta unidade hoteleira. Desta vez, através desta atividade, um grupo de voluntários teve a oportunidade de dar um novo ar à Escola Básica Professor Delfim Santos, localizada na freguesia de São Domingos de Benfica. Foi durante um dia inteiro, há poucas semanas, que os voluntários do Lisbon Marriott Hotel trabalharam em conjunto com a Associação de Pais da referida escola, pintando a área do recreio principal, bem como três salas de aula. Com estes melhoramentos, o início do novo ano letivo será muito mais colorido para os alunos e outros utilizadores da Escola Básica Professor Delfim Santos. Um dia de voluntariado e “spirit to dades para ajudar a comunidade local, paint”, ou “espírito para pintar” e enquadra Elmar Derkitsch (na foto, colaborar, assim, com a comunidade na fila de cima, ao centro), o diretor- local. 

Repsol e ONU assinam acordo para desenvolvimento sustentável A

Repsol e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinaram um acordo que facilita o progresso do desenvolvimento sustentável. Este é o primeiro acordo global que a ONU subscreve com uma empresa do setor do petróleo e gás e que terá vigor em 20 países onde as duas organizações estão presentes, como Argélia, Bolívia ou Brasil. A parceria tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento das comunidades e da proteção dos direitos humanos, através de iniciativas que promovam o progresso económico local, social e o respeito ao meio ambiente, ajudando assim às comunidades locais no seu esforço em alcançar os objetivos de 32 ACT UALIDAD€

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desenvolvimento sustentável. “Estamos comprometidos em apoiar os países envolvidos no uso sustentável dos recursos naturais para que possam transformar a sua riqueza em desenvolvimento sustentável”, afirmou o diretor do Centro Internacional PNUD em Istambul, Marcos Neto. “Isto implica trabalhar em estreita colaboração com empresas destas indústrias e alinhar os seus investimentos com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Esta associação global com a Repsol é uma excelente oportunidade para fazê-lo com uma maior escala”, explica. “A Repsol considera o desenvolvimento sustentável uma aposta global e o acordo com o PNUD

reflete o nosso alto grau de exigência”, garantiu o diretor de Sustentabilidade, Fernando Ruiz. A colaboração entre a Repsol e o PNUD tem uma vigência inicial de dois anos e estabelece quatro áreas de atividade: intercâmbio de informação e análise para identificar possíveis projetos de colaboração; envolvência dos grupos de interesse nas comunidades e em diálogos participativos para definir prioridades locais de desenvolvimento; apoio a projetos concretos que garantam o desenvolvimento sustentável; e partilha do conhecimento e experiências de como é que as indústrias extrativas podem contribuir à conquista dos objetivos de desenvolvimento sustentável. 


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Global Compact desafia CEIIA a desenvolver tecnologia para tratar dos oceanos O CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto foi convidado pelo United Nations Global Compact das Nações Unidas a integrar a “Sustainable Oceans Business Platform”. Esta adesão decorreu no mês passado, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia Geral da Nações Unidas e que contará com a presença da Ministra do Mar de Portugal. O CEiiA é a entidade privada portuguesa num total de 50 organizações que a compõem. O trabalho do CEiiA, no âmbito desta plataforma estará muito focado no desenvolvimento, com parceiros internacionais, de novas tecnologias que permitam a recolha e tratamento de dados sobre

oceanos, cruzando a dimensão do mar com a dimensão do espaço. Segundo a entidade portuguesa, este convite surge porque o CEiiA tem vindo a desenvolver trabalho na área do mar/espaço, já com reconhecimento nacional e internacional mas, também, porque o CEiiA é uma referência na área da mobilidade sustentável, nomeadamente na recolha de dados, assim como na quantificação em tempo real do CO2 evitado na mobilidade para as Nações Unidas. Para o CEiiA “ este convite e poder fazer parte desta plataforma é um orgulho, não só para as nossas equipas, como para Portugal, pois é o reconhecimento da excelência do nosso trabalho e da nossa tecno-

logia. Por outro lado, é uma excelente oportunidade para podermos, de forma colaborativa, conceber e desenvolver tecnologias, produtos e serviços que podem ajudar a melhorar os oceanos, mas também para exportar tecnologia concebida e desenvolvida em Portugal”, declara Gualter Crisóstomo – Diretor de Sustentabilidade do CEiiA”. Neste grupo de cerca de 50 entidades, a representação maior é de entidades da Noruega, do Japão, e França, embora todas elas relacionadas com o transporte marítimo, Oil & Gas e Fundos de investimento. Neste conjunto de entidades encontram-se também universidades, assim como organizações do universo da ONU, como o PNUD, a UNEP, entre outras. 

Whirlpool EMEA e o seu programa voluntários por um dia R eunir em nome da solidariedade e estar próximo dos mais necessitados, comprometer-se a trabalhar com organizações sem fins lucrativos e despender tempo e energia para realizar serviços comunitários, é o lema que impulsiona o Dia da Comunidade da Whirlpool EMEA (Europa, Médio Oriente e África). Para esta segunda edição, em Portugal estiveram envolvidos 20 colaboradores e a Associação Crescer - Projeto É Uma Casa / Lisboa Housing First, que irão dedicar um dia do seu trabalho ao voluntariado. “Whirlpool significa inovação e qualidade, mas também significa estar próximo das comunidades onde a empresa opera. Estamos conscientes do impacto positivo que podemos criar na Europa, no Médio Oriente

e em África. Isto leva-nos a tentar desenvolver os territórios nos quais atuamos, através de atividades como o Dia da Comunidade. É uma oportunidade única de reafirmar os nossos valores graças ao contributo de mais de 500 voluntários num só dia”, afirma Alessandro Magnoni, diretor de Comunicação e Relações Governamentais da Whirlpool EMEA. Durante um dia, os colaboradores da Whirlpool deixaram de lado as suas roupas de trabalho e tiveram oportunidade de dedicar as suas horas laborais ao voluntariado, oferecendo o seu apoio e interação diretamente às equipas das organizações envolvidas e aos beneficiários dos projetos. Os colaboradores estiveram, assim, envolvidos em

atividades, reuniões e workshops práticos que contribuem para as missões das associações envolvidas e para os objetivos de responsabilidade social da Whirlpool: aumentar a consciencialização sobre o consumo responsável de alimentos evitando desperdícios, ajudar a encontrar soluções de habitações sustentáveis para famílias necessitadas e promover a integração social e o emprego jovem. “Há uma necessidade crescente de construir relações baseadas em mudança mútua e de envolver todas as partes interessadas, pois este é o único caminho para um negócio estar verdadeiramente integrado nas comunidades locais e haver responsabilidade social”, afirma Hugo Silva, diretor-geral.  OUTUBRO DE 2018

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Grupo Ageas Portugal estabelece parceria com Kleya Premium Living para expatriados P erante uma tendência crescente no número de estrangeiros a quererem estabelecer-se em Portugal, o grupo Ageas Portugal e a Kleya Premium Living firmaram uma joint venture, com o objetivo de criar um serviço global e facilitador do processo de estabelecimento de residentes estrangeiros em Portugal. Para o grupo Ageas Portugal, trata-se de uma oportunidade de negócio neste segmento, pois irá forne-

cer seguros, complementado com outros serviços através da expertise da Kleya e da sua rede de parceiros. Direcionado a todos os estrangeiros que residem no nosso país, desde investidores, reformados, trabalhadores realocados para Portugal pelas suas empresas, estudantes ou estrangeiros que desejam adquirir no nosso país uma segunda casa, este novo serviço dá resposta à crescente necessidade de existência

de um serviço global integrado e que facilite o processo de estabelecimento no nosso país, apenas com um contacto. Está em curso o desenvolvimento de uma solução tecnológica com processos simples para apoiar os clientes nas tarefas que são essenciais, como seja procurar casa, abrir conta bancária, contratar um serviço de telecomunicações, subscrever seguros, entre outros. 

Lego poderá deixar de ser em plástico e utilizar materiais sustentáveis A

Lego poderá deixar de fabricar as suas peças em plástico e optar por materiais sustentáveis, como a cana de açúcar. Ainda sem determinar as implicações financaieras deste novo plano de sustentabilidade, a marca pondera alterar a sua produção de forma radical. Em entrevista à “Bloomberg”, o diretor executivo da Lego desde outubro do ano passado, afirma ser difícil apurar para já as implicações financeiras do plano de não fabricar usando o plástico. Niels Christiansen explica que a empresa ainda não sabe com se poderá alcançar a qualidade desejada, mas que este é um plano que os acionistas da Lego pretendem implementar. A Lego, controlada pela família dinamarquesa Kirk Kristiansen, quer tornar-se líder deste segmento. A família está por trás de um plano para fabricar, até 2030, os famosos blocos de construção coloridos a partir de materiais sustentáveis, como a cana de açúcar. A mudança, anunciada em março, faz

parte do esforço global para combater a poluição causada por plástico e a ameaça que esta representa para a vida marinha, em particular. Por enquanto, a empresa dinamarquesa começou a oferecer, como presente em compras avultadas, pequenos conjuntos de Lego à base de plantas. O CEO da empresa diz que ainda não está claro se a mudança pode

ser realizada sem prejudicar as margens de lucro. O mesmo responsável adinata que a intenção da Lego é avançar no sentido de abandonar a produção em plástico, mas que ainda existem muitas incógnitas, considerando, por isso, que é demasiado cedo para afirmar quando poderá “atingir a meta de sustentabilidade da empresa”. Deixa, no entanto, a garantia de que a qualidade não será comprometida, ao longo deste desenvolvimento. Ainda não é seguro, igualmente, se os custos com a futura produção se irão repercutir nos consumidores, devido à mudança planeada para os brinquedos baseados em plantas: “temos produtos de alta qualidade que oferecem uma experiência de construção, bem como uma experiência de jogo e podem ser usados por muitos, muitos anos. E os nossos preços baseiam-se nesses aspetos e não no facto de o produto ser feito de uma coisa ou de outra”, adianta apenas. 

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Seat instala 53 mil painéis para captar o sol

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ma das maiores unidades fotovoltaicas do mundo na indústria automóvel situa-se na fábrica da Seat em Martorell, na Catalunha. Espanha e a zona meridional europeia usufruem de entre 2.500 e três mil horas de sol anuais, uma fonte de energia que a SEAT recolhe graças a uma das maiores unidades fotovoltaicas da indústria automóvel: Uma unidade fotovoltaica com 276.000 metros quadrados: com uma

área equivalente a 40 campos de futebol, a companhia inaugurou, em 2013, um total de 6 unidades fotovoltaicas com mais de 53.000 painéis solares. Colocado nos telhados da fábrica e da unidade de preparação de veículos prontos, o conjunto de painéis gerou mais de 112 milhões de kWh desde o arranque da produção elétrica. Nesta unidade fotovoltaica, geram-se mais de 17 milhões de kWh anuais, quantidade suficiente para abastecer as necessidades de uma povoação de 15 mil habitantes ou carregar três mil telemóveis por dia durante um ano. A corrente gerada é reutilizada na fábrica e cobre 6% do total de energia necessária a Martorell. Portanto, esta

quantidade de energia permitiu produzir 67.000 automóveis desde o início de funcionamento da instalação. Supervisão com imagem aérea: um drone contribui parcialmente para a manutenção da instalação. Uma vez por mês, sobrevoa a instalação equipado com um sensor visual e uma câmara termográfica para realizar a análise às placas e verificar o seu funcionamento. No total, fazem-se 16 voos, a 35 metros de altura, para completar esta inspeção. Um benefício para o meio ambiente: esta instalação também contribui para um ar mais limpo já que anula cerca de 4.000 toneladas de CO2 por ano. Uma redução equivalente à que conseguiriam cinco Central Park juntos, um pulmão verde de 17 quilómetros quadrados, a cada ano. O objetivo da empresa para 2025 é o de reduzir para metade, entre outros, o gasto de água, das emissões de CO2 e dos resíduos gerados face a 2010. 

Fidelidade disponibiliza 500 mil euros para a segunda edição do Prémio Fidelidade Comunidade D epois do sucesso alcançado na primeira edição, a Fidelidade lança a segunda edição do Prémio Fidelidade Comunidade, dando continuidade ao compromisso da seguradora em apoiar continuamente a comunidade - para que a vida não pare. Inserido no Programa de Responsabilidade Social da Companhia, o Prémio Fidelidade Comunidade designa a forma como a empresa estrutura, de uma forma organizada, a sua resposta às problemáticas da sociedade. Com uma dotação de 500 mil euros, o prémio tem como missão o fortalecimento do setor social

através do apoio a instituições que desenvolvam a sua atividade nos temas da inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade permanente, prevenção em saúde e envelhecimento. A iniciativa tem uma abrangência nacional e as instituições sociais poderão candidatar-se a dois tipos de apoio financeiro: um para os seus projetos e o outro, mais inovador, para a sua sustentabilidade, onde deverão ser apresentadas iniciativas que visem reforçar o trabalho da instituição. A título de exemplo, este último tipo pode incluir apoio financeiro para formação, criação

de negócios sociais, elaboração de planos estratégicos ou até mesmo consultoria nas áreas de marketing e comunicação. Os prémios atribuídos terão um valor mínimo de 10 mil euros e um valor máximo de 50 mil. De âmbito nacional, a primeira edição do Prémio Fidelidade Comunidade – que distinguiu 21 instituições sociais, com um prémio no valor total de 500 mil euros – recebeu 580 candidaturas provenientes de todo o país – 73% das instituições sociais candidataram-se à categoria “Apoio a Projetos” e 27% à categoria “Apoio à Sustentabilidade”. 

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Impresión 3D, una nueva dimensión para los negocios Es la tecnología del futuro aunque desde hace décadas facilita el trabajo a muchas empresas de los más diversos ámbitos. La impresión 3D destaca por su inmediatez, reducción de costes, personalización y diseños a medida así como por su contribución al medio ambiente. España y Portugal están atentas a esta nueva revolución industrial y han sido pioneras en proyectos de diseño o fabricación de futuro. Se calcula que el valor de mercado de esta tecnología podría superar los 10.000 millones de euros en el 2020. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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a tecnología de impresión tridimensional tiene un impacto en disciplinas tan variadas como la medicina, la moda, la gastronomía, la arquitectura o la aeronáutica. Este fenómeno digital está considerado por muchos como la próxima revolución industrial, la tecnología de futuro y la apuesta ganadora para encontrar trabajo. Se ha convertido en un gran aliado para las empresas permitiendo aumentar su ventaja competitiva, mejorar su posición en la cadena de valor, potenciar su crecimiento e incrementar su eficiencia. Relativamente reciente, desde finales de los 60, ha sido en la última década cuando se ha hecho más popular y se han logrado más avances. Representa un mundo de posibilidades para la comunicación gráfica, el diseño industrial, la medicina, la enseñanza, la industria del cine y la animación, entre otros sectores. Comenzó a usarse para hacer prototipos y hoy en día ya se pueden fabricar piezas para aviones e incluso piel humana. La técnica utilizada forma parte de lo que se conoce como procesos de fabricación aditiva que permiten fabricar un objeto desde cero donde las máquinas van añadiendo material hasta conformar la pieza final. “Está directamente relacionada con el término Industria 4.0 y supone adoptar una mayor f lexibilidad e individualización de los procesos de fabricación, desde el prototipo al producto final”, explican en Estudios Durero. Esta empresa de industria creativa especializada en comunicación gráfica, arte y fotografía fue una de las primeras en España en apostar por dicha tecnología. “Lo hicimos porque vimos que se iba a producir una revolución importante y nos iba a afectar una vez que trabajo en

el diseño de elementos de decoración y de arte”, señala Ander Soriano, su director general. Estudios Durero adquirió en enero del año pasado la primera impresora Stratasys J750 que entró en España, la más avanzada y versátil que existe. “Fue una apuesta arriesgada porque no existía todavía mercado”, reconoce Ander Soriano. El responsable del departamento 3D, Agustín Robredo, explica que con esta técnica "diseñamos y fabricamos elementos para decorar las tiendas

Impresión de piel humana Uno de los proyectos más revolucionarios en este sector es el de la bioimpresión de piel humana en el que trabajan desde hace cinco años un equipo multidisciplinar compuesto por profesionales de la Universidad Carlos III, el Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas (CIEMAT), el hospital Gregorio Marañón y la empresa biotecnológica BioDan. “A partir de una biopsia producíamos piel de forma manual y el siguiente paso era automatizarlo”, explica José Luis Jorcano, profesor de la Carlos III e investigador del CIEMAT con quien ha colaborado, entre otros, el doctor Francisco del Cañizo, del Gregorio Marañón. En los cartuchos de la bioimpresora 3D diseñada en la Carlos III, que en este caso son jeringas, se introducen células de las dermis y epidermis y la matriz extracelular se realiza a partir de plasma humano. La impresión es rápida, unas 12 horas, aunque el 90% del tiempo sirve para que las células se recuperen, la impresión en sí es

cuestión de minutos. Esta nueva piel es uno de los primeros órganos humanos vivos creados por bioimpresión que accede al mercado. El proyecto está a la espera de las certificaciones correspondientes pero “el método está totalmente puesto a punto”. Al ser un tratamiento clínico se considera un medicamento y como tal implica su regulación, “que lleva su tiempo”. Pero esta impresora se puede utilizar desde el punto de vista empresarial en el testeo de productos químicos, cosméticos o farmacéuticas, ya que la piel “es generada en cantidades, tiempos y precios perfectamente compatibles para estos usos”, añade el experto gijonés. Este equipo de profesionales ya está investigando sobre cómo imprimir otros tejidos y órganos humanos: riñones, hígados, corazones…”Estamos trabajando tejidos de geometría sencilla como puede ser un cilindro pero llegará un día, superados los problemas, que se imprima un corazón”, asegura Jorcano.

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La primera impresora portuguesa 3D En el 2011 tres socios portugueses (dos de ellos ingenieros) crearon una start up para realizar electrónica a medida, BeeVeryCreative, con sede en Ílhavo. Mientras se preparaban para futuros proyectos realizaron placas 3D que comenzaron a vender en Internet y la experiencia fue tan buena que apostaron por esta tecnología. “Había dos posibilidades: hacer placas 3D para otras empresas o hacer su propia impresora 3D, y se optó por lo segundo”, afirma Aurora Baptista, CEO de la empresa, quien entró en el proyecto en ese momento. En el 2013 se lanzó al mercado la impresora Beethefirst, “muy bonita y revolucionaria, silenciosa y exacta, portátil y leve”, añade. Un producto pensado para vender en todo el mundo “porque en esos momentos Portugal no estaba todavía preparado para este tipo de productos”. Comenzaron a comercializarlo entre los makers y arquitectos, y poco a poco fueron creando otros modelos con más funcionalidades. En el 2015 esta start up se juntó a otras empresas para desarrollar para la Agencia Espacial Eu-

ropea un prototipo de impresora 3D con capacidad para imprimir en ambientes de microgravedad con polímeros de alto rendimiento. Desde entonces, además de realizar trabajos a medida, siguen perfeccionando los modelos de cada impresora según su target, como puede ser la universidad, la enseñanza profesional o la de necesidades especiales. Desde que comenzaron, Aurora Baptista ha notado un gran cambio en la apertura de las personas ante esta nueva tecnología. “Al comienzo nos preguntaban dónde iba el papel y hoy en día es raro encontrar alguien que no sepa de esta materia”. Nota a los jóvenes lusos muy

de nuestros clientes", como Adidas o Ventajas del 3D Reebook. Realizan también maqueEl Instituto Tecnológico especiatas para ingenierías, personajes para lizado en juguete, producto infanel cine y biomodelos. A partir de til y ocio (AIJU), ha sido otro de una resonancia magnética de un los pioneros en España en utilizar paciente, por ejemplo, se decide lo la impresión 3D. "Empezamos en que hay que imprimir. "Los proto- 1998 para ayudar a las empresas tipos que realizamos en el mundo a validar el diseño. Tener un de la medicina sirven para preparar prototipo físico lo más parecido operaciones lo que reduce el tiempo a lo que vas a fabricar es muy en quirófano y aumenta el éxito de importante para ayudar a que la misma", comenta Robredo. "Esta no haya errores», cuenta Nacho revolución es imparable, de un año Sandoval, ingeniero del departapara otro se quintuplican las ventas mento de impresión y desarrollo e inversión en 3D", añade. del producto de AIJU. Una de 40 ACT UALIDAD€

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interesados en esta materia aunque reconoce que la tercera edad “muestra un entusiasmo enorme ante esta tecnología”. Venden alrededor de 4.000 impresoras al año y han ganado importantes concursos para distintos proyectos. Por ejemplo, forman parte de un consorcio que está diseñando una impresora para metales. El equipo de BeeVeryCreative está formado por 26 personas, de las cuales casi la mitad son mujeres y el 20% de fuera de Portugal. Son un equipo multidisciplinar que les permite vender su producto en 34 países además de su recién estrenada tienda online.

las grandes ventajas de este tipo de impresión “es que no necesitas fabricar muchas piezas para que sea rentable y por ello se puede personalizar cada producto”, puntualiza Sandoval. Es una baza importante para adaptar juguetes o utensilios para personas con discapacidad. Desde A IJU trabajan para muchas empresas de distintos sectores, no solo del mundo del juguete. El sector aeroespacial es uno de los más interesados en este campo. Por ejemplo, para la fabri-


gran tema grande tema

cación del Airbus A350 XWB se han utilizado piezas fabricadas en 3D para reducir el peso total y aumentar la aerodinámica. Nacho Sandoval recuerda que las empresas llevan años trabajando con esta tecnología, especialmente las de automóviles, aunque no ha sido hasta el fin de las patentes que no se ha dado más a conocer. “Cada vez hay más marcas y más materiales y precios”, añade. Algunas, las tradicionales como HP que entró en el 3D en 2010 o Xerox la pasada primavera, y otras

para empresas. “Tenemos también una vocación de investigación y formación con alumnos todos los El aliado para el mundo univer- años para hacer su disertación doctoral”, puntualiza el profesor sitario En los años 90 el Instituto Marco Leite, coordinador del laboSuperior Técnico de Lisboa com- ratorio. Nota que ha crecido mucho pró el primer equipo de impresión el interés por esta tecnología entre 3D en Portugal que se ha utilizado los alumnos, “han tomado concienen muchos proyectos. En el año cia que es un punto fuerte de la 2017 se abrió un nuevo laborato- industria, la tecnología de futuro rio para la impresión directa de y la apuesta ganadora para enconproductos desde donde se llevan trar trabajo”, añade. Por parte de a cabo proyectos de investigación las empresas, empiezan ahora a y se realizan piezas funcionales entender el potencial de los equipos que han nacido exclusivamente para desarrollar esta tecnología.

Técnicas 3D e impacto económico La fabricación de un objeto a través de la impresión 3D se puede conseguir con técnicas diferentes. La FDM, la más popular, basada en la construcción por deposición fundida. Se suele usar termo-plástico. La SLA consiste en la solidificación mediante luz óptica y es más avanzada que la anterior. La SLS, por su parte, se fundamenta en la sinterización mediante láser óptico. Existen varias subtécnicas SLS, siendo la más común la del empleo de un láser que va solidificando un polímero en forma de polvo y uniendo las moléculas vecinales en su trayectoria. Sus resultados son muy precisos. Y la tecnología Polyjet, la más reciente, con la que se pueden realizar diseños imposibles con otras técnicas. La primera impresora comercial, la SLA-1 de 3D Systems, fue el comienzo de la fabricación aditiva. En un comienzo se utilizaba solo para prototipos, pero en la última década se está usando para fabricar productos acabados y listos para su utilización. Además se está produciendo democratización de la tecnología con impresoras 3D cada vez más asequibles entrando en el ámbito doméstico.

Según el informe Global 3D printing Report 2016, elaborado por la consultora EY, esta industria creció a una media del 28% anual entre 2011 y 2015 y se prevé que el incremento pueda ser del 25% hasta 2020 gracias al crecimiento de la demanda. Con ello, el valor de mercado de la tecnología de impresión en 3D podría superar los 10.000 millones de euros. El informe revela que el 36% de las compañías consultadas donde esta tecnología tiene impacto, ya la aplica en sus procesos de dise-

ño o producción o lo hará pronto. Concretamente, el 24% de estas empresas ya tiene experiencia con la misma y el 12% restante afirma que pretende implementarla. Por sectores, las más familiarizadas con estos sistemas son aquellas pertenecientes al sector del plástico y a la ingeniería mecánica. La industria aeroespacial y el sector del automóvil son otros dos mercados muy intensivos en este sentido, al igual que las relacionadas con la electrónica y las de medicina y la salud.

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cas y de gran resistencia. Nos permite además trabajar con distintos El sector tipos de termoplásticos”, explica el coordinador. aeroespacial es Desde Medialab-Prado dan uno de los más apoyo a proyectos de todo tipo, interesados en este que utilizan esta técnica para –de manera rápida y campo. Por ejemplo, prototipar económica– posibles soluciones. para la fabricación Por ejemplo, fabricación de piezas hechas a medida para una del Airbus A350 XWB máquina extrusora de filamento, la fabricación de carcasas para se han utilizado albergar componentes electrónipiezas fabricadas cos de un robot educativo, fabricación de prototipos de prótesis en 3D para reducir de pezuñas para ovejas y cabras o el peso fabricación de dispositivos y próConstructores amateurs tesis de mano para niñas y niños. Daniel Pietrosemoli es coordi- fabricación digital –FABLAB– de Por este espacio “pasa gente con nador técnico de Medialab-Prado, Medialab-Prado”. Esta técnica se perfiles artísticos, con perfiles de espacio cultural de Madrid. Allí se utiliza en una gran variedad de diseño industrial o diseño grafico realizan numerosos proyectos y “la proyectos, “una técnica versátil o arquitectura. También viene impresión 3D es una herramienta que nos permite crear objetos sóli- mucha gente con perfiles más fundamental dentro del taller de dos de formas complejas, orgáni- técnicos del mundo de la arqui-

existentes. Pero nota que hay cierto recelo porque “son inversiones muy pesadas tanto por el equipo como por tener profesionales que entiendan cómo funcionan”. Marco Leite nota igualmente que la tecnología 3D se ha empezado a utilizar mucho en la comunidad de startups, “que crean sus propias impresoras”. Es decir, si bien en el componente industrial de la impresión 3D “está en ciclo de aprendizaje”, en las startups ya se han hecho muchas cosas. E insiste en la importancia académica para poder tener personal cualificado en esta materia.

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tectura, de ingeniería industrial, mecá nica, eléctrica /electrónica, aeroespacial, etc...”, afirma Daniel Pietrosemoli. Este entusiasta de la impresión 3D recuerda que la técnica puede ser aprendida por cualquier persona “sin importar sus conocimientos previos”. En este laboratorio utilizan el Modelado por deposición fundida (FDM), también conocido como

La tecnología 3D se ha empezado a utilizar mucho en la comunidad de startups, “que crean sus propias impresoras”

Fabricación por fundición de filamento (FFF). “Esta técnica consiste en calentar un termoplástico que viene en bobinas en forma de filamento para luego depositarlo a lo largo de una ruta determinada. Este proceso va ocurriendo a lo largo del eje Z de la máquina, imprimiendo de esta manera –una capa a la vez– un objeto tridimensional”, matiza. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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Por Dulce Franco e Miguel Calado Moura*

Registo Central do beneficiário efetivo – Portaria

n.º 233/2018, de 21 de agosto

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Portaria n.º 233/2018 em página eletrónica da platade 21 de agosto, regulaforma do RCBE; menta a Lei n.º 89/2017 • alterações ao Regulamento do de 21 de agosto, no Registo Comercial, decorrentes âmbito da prevenção do RCBE. de branqueamento de capitais e Outros aspetos mencionados financiamento do terrorismo. na Portaria são remetidos para (i) Protocolos entre o Instituto I. Enquadramento dos Registos e Notariado (IRN) A Portaria n.º 233/2018, de 21 e as autoridades setoriais bem de Agosto (Portaria), vem regu- como com outras competentes, lamentar o regime jurídico do designadamente a Autoridade Registo Central do Beneficiário Tributária e Aduaneira, e para Efetivo (RCBE), aprovado (ii) deliberações do IRN, I.P. e pela Lei n.º 89/2017, de 21 despachos do presidente do seu de Agosto (LBC), que transpôs Conselho Diretivo, em qualquer para a ordem jurídica interna o dos casos ainda não concretizaCapítulo III da Diretiva (EU) dos. n.º 2015/849 do Parlamento A Portaria entra em vigor em 1 Europeu e do Conselho, de 20 de outubro de 2018. de maio de 2015 (4.ª Diretiva do Branqueamento de Capitais). II. Declaração inicial A Portaria regulamenta, desigA declaração inicial das entinadamente, e em sumário: dades sujeitas ao RCBE que já • a declaração inicial relativa se encontrem constituídas no ao beneficiário efetivo, com o momento da entrada em vigor conteúdo estabelecido na LBC, da presente Portaria deve ser quer quanto às sociedades, quer efetuada: quanto às demais entidades (i) E ntre 1 de janeiro de 2019 e sujeitas ao RCBE, e respetivos 30 de abril de 2019, no caso prazos de submissão; das entidades sujeitas a registo • procedimento de preenchimencomercial; e to e submissão de formulário (ii)Entre 1 de maio de 2019 e eletrónico contendo a infor30 de junho de 2019, no caso mação relativa ao beneficiário das entidades não sujeitas a efetivo; registo comercial, mas sujeitas • disponibilização da informação a registo no Ficheiro Central relativa ao beneficiário efetivo de Pessoas Coletivas. 44 ACT UALIDAD€

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A declaração inicial das entidades que venham a ser constituídas após 1 de outubro de 2018, deve ser apresentada: (i) no momento da constituição da sociedade, quando se trate de entidades sujeitas a registo comercial; (ii)simultaneamente com a primeira inscrição no Ficheiro Central de Pessoas Coletivas, quando se trate de entidades não sujeitas a registo comercial. III. Formulário eletrónico – preenchimento e submissão Os modelos de formulário aplicáveis para o cumprimento das obrigações declarativas subjacentes ao regime jurídico do RCBE serão disponibilizados no sítio da internet da área da justiça, após despacho do presidente do Conselho Diretivo do IRN, ainda não emitido. As declarações devem ser concretizadas mediante o preenchimento e submissão eletrónica do correspondente e formulário (i) diretamente, ou (ii) através de serviço de registos e notariado, neste último caso com recurso ao designado preenchimento assistido. Os serviços de registo e notariado nos quais o preenchimento assistido estará disponível serão designados por despacho, devendo


aBOGACÍA Y FISCALIDAD os interessados requerer previa- V. Acesso público à informação mente o seu agendamento a solici- A informação constante da tar (i) até ao momento do pedido declaração estará publicamente do ato de registo comercial, (ii) acessível– apenas no que se refere no âmbito do procedimento de à entidade declarante e ao respeconstituição de pessoa coletiva ou tivo beneficiário efetivo– a intede representação permanente, ou ressados autenticados através de (iii) até ao momento do pedido de serviços de autenticação segura, inscrição no Ficheiro Central de sendo a autenticação realizada Pessoas Coletivas. por qualquer dos seguintes meios:

IV. COMPROVATIVO A declaração apresentada e validada pelo sistema do IRN, dá origem à emissão de um comprovativo, que equivale à respetiva certificação, o qual contém a identificação do declarante, bem como a informação prestada para efeitos do cumprimento do regime jurídico do RCBE. O comprovativo pode ser consultado pelo declarante bem como por terceiro devidamente autenticado, este na estrita medida do acesso legalmente permitido, através de um código de acesso gerado para o efeito (que substitui a emissão de qualquer comprovativo em papel).

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sujeitas a autoridades setoriais, a autenticação é realizada através destas e o acesso à informação através (i) dos respetivos sistemas, desde que estes ofereçam garantias de segurança adequadas, ou (ii) de autenticação com certificados digitais cuja utilização para esta finalidade seja confirmada, por meio de listas eletrónicas de certificados disponibilizadas pelas referidas autoridades setoriais. Alternativamente, as entidades sujeitas a autoridades setoriais têm a possibilidade de aceder à informação mediante autenticação individual, nos termos supra referidos. Os interessados devidamente autenticados podem aceder à informação publicamente disponível relativa a qualquer entidade registada na plataforma do RCBE, através desta e utilizando para o efeito o número de identificação de pessoa coletiva (NIPC) ou o número de identificação fiscal (NIF) da entidade em causa. Quando a informação pretendida diga respeito a entidade não residente, a pesquisa pode ainda ser realizada, na mesma plataforma, utilizando-se a respetiva designação.

(i) Certificado digital do Cartão de Cidadão; (ii) Chave Móvel Digital; VI. Alterações ao regulamento (iii) Certificado de autenticação do registo comercial profissional, no caso dos advo- A Portaria determina que, em gados, notários e solicitadores; caso de incumprimento da obriga(iv) Sistema de autenticação da ção de declaração do beneficiário AT, no caso dos contabilistas efetivo, menção correspondencertificados; ou te seja incluída na certidão de (v) Sistema de Certificação de matrícula disponível no Registo Atributos Profissionais, com a Comercial, a qual será eliminanota de que, nos casos das alí- da da referida certidão quando a neas (iii) a (v), são imperativa- obrigação declarativa se mostre mente esses os meios indicados. cumprida.  No caso de pessoas coletivas, a autenticação do interessado é feita através de autenticação * Sócia e advogado of counsel da AAA Advogados, respetivamente individual do seu representante. Emails: df@aaa.pt; mcm-cons@aaa.pt Quando se trate de entidades **Com a colaboração de Rita Figueiredo OUTUBRO DE 2018

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MLGTS e Cotec debatem construção 4.0 Os temas relacionados com a inovação na construção, como o BIM (building information modelling) e outras vertentes da chamada construção 4.0 foram alvo de uma conferência promovida pela Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) em conjunto com a Cotec Portugal, subordinada ao tema “Conferência Construção 4.0: do projetista ao construtor e ao jurista”. A conferência, realizada no passado dia 18 de setembro em Lisboa, contou com a intervenção de Nuno Peres Alves, sócio da MLGTS, e de Jorge Portugal, diretor-geral da Cotec Portugal. O BIM, o relatório BIM e a digitalização da construção e das infraestruturas, temas que têm sido desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho Temático no âmbito da Plataforma Portugal Indústria i4.0 – Cotec Portugal foram apresentados por António Aguiar Costa, docente do Instituto Superior Técnico e coor-

denador do Grupo de Trabalho Temático. As “Perspetivas atuais e futuras do BIM no direito da União Europeia e português” foram por sua vez por Pedro Costa Gonçalves, sócio da MLGTS e professor da Faculdade de Direito de Coimbra. Segundo Nuno Peres Alves, sócio da MLGTS, “o BIM traduz a inovação tecnológica no setor das infraestruturas e da construção e já está a ser aplicado em muitas empresas portuguesas. Esta inovação tem implicações nas políticas públicas e projeta-se na lei e nos contratos: mudará a gestão contratual? Diminuirá drasticamente os erros e omissões e os trabalhos a mais? Alterará a distribuição do risco nos contratos? Criará novos temas e preocupações a serem regulados nos contratos e na lei?”, adiantou o advogado.

Por sua vez, Jorge Portugal salientou que a adoção do BIM é incontornável para o reforço da competitividade das áreas de projeto, construção e manutenção de estruturas e para a projeção da engenharia portuguesa no mundo. À semelhança do que tem acontecido em países como o Reino Unido e países nórdicos, o Estado português deve adotar a norma BIM para garantir um maior retorno no investimento público e transparência na contratação, defenderam os intervenientes na conferência.

Em trânsito: » A CCA Ontier acaba de nomear Rita Trabulo (na foto), como a nova Associada Coordenadora da Startinnovation Team. Rita Trabulo tem uma experiência de 13 anos na assessoria jurídica a empresas na área de corporate e M&A, com enfoque na representação de investidores institucionais e fundos de investimento, nomeadamente na assistência em diversas operações corporativas, investimentos estrangeiros, operações de financiamento, operações de compra e venda.

cial & Societário, com a entrada de Eleodora Henriques. Na sua carreira profissional, a advogada trabalhou em direito societário, comercial, investimento privado, compliance e imobiliário, com empresas públicas e privadas em Portugal e noutros países da lusofonia (Angola e Moçambique). A advogada é licenciada em Direito e LL.M em International Trade and Business Law, pela Universidade Católica de Lisboa. Tem ainda pós-graduações em Direito das Sociedades Comerciais e Direito das Sociedades Abertas e do Mercado e em Direito dos Valores Mobiliário. Este ano, obteve certificação avançada em Direito da Cibersegurança e do Ciberespaço, pela Universidade de Lisboa, Academia Militar e Centro de Investigação » A Macedo Vitorino reforçou a equipa de Comer- Jurídica do Ciberespaço. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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setor imobiliário

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Mercado imobiliário comercial deve bater novos máximos em 2018 D e acordo com o último “Marketbeat Portugal Outono 2018”, publicado pela Cushman & Wakefield, o mercado imobiliário tem mantido ao longo de 2018 a forte atividade que tem vindo a registar nos últimos anos, com um aumento muito acentuado dos níveis de procura e dos valores de mercado. Trata-se de uma evolução sustentada pelo crescimento económico nacional e internacional, bem como pela cada vez maior atratividade do imobiliário como alternativa de investimento aos tradicionais ativos financeiros. O mercado de escritórios da Grande Lisboa registou entre janeiro e julho um volume de absorção de espaços de 114.000 metros quadrados, retratando uma subida de 31% face ao período homólogo de 2017. Este forte dinamismo resultou num valor mínimo histórico da taxa de desocupação, que se situou no primeiro semestre nos 7,2%, descendo 140 pontos base nos últimos seis meses. A oferta em pipe-

line na cidade começa a dar sinais de retoma – estando identificados dez novos projetos até 2020 num total de 128.000 metros quadrados – no entanto, 37% destes espaços tem já ocupante garantido. As rendas praticadas retratam o bom momento do mercado, tendo-se registado um crescimento face ao primeiro semestre de 2017 em todas as zonas. As zonas 1 (Prime CBD) e 6 (Corredor Oeste) verificaram os crescimentos de renda prime mais acentuados, na ordem dos 8%, situando-se respetivamente nos 21 euros/metro quadrado/mês e 14 euros/metro quadrado/mês. Na cidade do Porto, o primeiro semestre regista já 43.500 metros quadrados de ocupação. Este valor representa uma evolução muito positiva face aos últimos três anos, para os quais se estima um volume médio anual de procura entre os 30 mil e os 40 mil metros quadrados. Os projetos para novos edifícios de escritórios aumentaram exponencialmente no Grande Porto,

estando hoje identificados mais de 150 mil metros quadrados de área de escritórios em pipeline. A nova oferta deve entrar no mercado de forma gradual, entre o final deste ano e 2021. O setor de retalho também esteve muito dinâmico, com o volume de vendas a subir 4,6%, muito influenciado pelo comércio não alimentar que cresceu 6,1% face ao ano passado. A indústria de centros comerciais foi responsável por grande parte deste crescimento: de acordo com os indicadores da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, o volume de vendas terá aumentado 5,1% no primeiro semestre de 2018 e o número de visitantes 4,1%. Na componente de investimento, 2018 constituirá certamente um novo ano recorde em termos de volume de investimento em imobiliário comercial em Portugal, estimando-se para o fecho do ano um volume superior aos três mil milhões de euros de investimento. 

CBRE responsável pela gestão do Edifício Liberdade 108 O departamento de Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE, consultora imobiliária líder a nível mundial, assume a gestão do Edifício Liberdade 108, localizado em plena Avenida da Liberdade. Este mandato surge depois da CBRE ter recentemente assessorado a compra do imóvel, em representação de um fundo gerido pelo BMO Real Estate Partners. O emblemático Liberdade 108, com cerca de 2.104 m2, está localizado na avenida mais prestigiada da cidade de Lisboa e conta atualmente com seis pisos de escritórios arrendados. Remodelado em 2013, este imóvel é também atualmente uma referência no mercado do retalho de luxo, já que

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aqui está instalada a flagship store da Michael Kors, uma das mais reputadas marcas internacionais. Para Luís Teodoro, diretor sénior de Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE, “o mandato de gestão deste ativo vem fortalecer a nossa relação com a BMO Real Estate Partners e, por isso, estamos orgulhosos em poder dar continuidade ao trabalho que iniciámos com a assessoria na compra do Edifício Liberdade 108. Este imóvel apresenta um mix interessante de escritórios e retalho, e por isso as valências da CBRE nestas duas áreas vão ser úteis para continuar a posicionar estrategicamente este ativo, aumentando a sua valorização no mercado”. 


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Kronos Homes chega a Portugal A

Kronos Homes, a marca de promoção imobiliária residencial da Kronos, reforça a sua aposta no mercado ibérico e chega agora a Portugal, depois de três anos de atividade no mercado espanhol. A empresa, que tem como valor diferencial a forte aposta na arquitetura e design e na qualidade dos projetos, razões pelas quais tem como objetivo liderar o mercado espanhol, arranca em Portugal com a previsão de iniciar a comercialização de três projetos antes do final deste ano. Nesta fase inicial a Kronos Homes já investiu 200 milhões de euros em valor de ativos e pretende, daqui em diante e até ao final deste ano, investir mais 100 milhões de euros. Saïd Hejal, fundador e sócio gerente da Kronos Homes, destaca: “É com enorme satisfação que iniciamos a nossa expansão em Portugal, tornando assim a nossa empresa ibérica. Escolhemos Portugal porque acreditamos que o país e o mercado imobiliário reúnem as condições necessárias para o sucesso da nossa visão e porque aqui encontramos um

grande potencial de desenvolvimento”. O primeiro projeto da Kronos Homes em Portugal será em Palmares, no Algarve. Trata-se de um empreendimento turístico premium , enquadrado na área de segunda residência da Kronos Homes. A primeira fase do projeto será lançada no final deste ano. Também até ao final deste ano, a marca prevê apostar em mais dois projetos em Portugal, localizados no Algarve. Sob o lema, #PureDesign, a Kronos Homes aposta num conceito diferenciador, que evidencia a sua vocação para criar uma arquitetura com um design único, singular e inovador, que aspira ao autêntico. Para consegui-lo, a promotora imobiliária dedica aproximadamente mais 3 a 6 meses do que a média das empresas do setor a estudar o desenho dos projetos.

A longo prazo, a Kronos Homes ambiciona deixar uma pegada arquitetónica sustentável nas regiões em que está presente e contribuir para a melhoria da paisagem urbana das mesmas. Em Espanha, a Kronos Homes conta atualmente com 16 projetos, espalhados pela geografia do país, dos quais 12 já estão em andamento. A empresa tem uma equipa muito experiente, com uma sólida experiência no setor, além de um compromisso com os novos talentos. No ano passado, duplicou a sua equipa. 

Hotéis IHG Portugal associaram-se à Porto Fashion Week’s Night Out P elo segundo ano consecutivo, a IHG Portugal juntou-se a um dos eventos mais mediáticos da Invicta. A cidade do Porto está na moda e no dia 27 de setembro esteve ainda mais, com a realização da Porto Fashion Week’s Night Out, mais do que nunca. Para celebrar a data, o IHG City Event, as unidades hoteleiras do grupo em Portugal associaram-se à iniciativa, que decorreu no Passeio dos

Clérigos, ao final do dia e noite. Foi o segundo ano consecutivo que os hotéis do grupo IHG se uniram ao evento e, desta vez, a festa teve um anfitrião especial: o Sanbot, um robot que atraiu as atenções e esteve sempre pronto para fazer pose para as fotografias. Além disso, o robot desafiou os convidados a responder a um quiz sobre o IHG – InterContinental Hotels Group e os mais conhecedores habilitam-se a ganhar vários

prémios, como cupões de desconto para os hotéis aderentes. Recorde-se que a IHG possui as seguintes unidades em Portugal: Crowne Plaza Porto, Holiday Inn Express Porto, Holiday Inn Porto Gaia, Holiday Inn Algarve, Holiday Inn Express Lisboa, Holiday Inn Lisboa – Continental, Holiday Inn Lisboa, InterContinental Estoril, InterContinental Lisbon and InterContinental Porto Palácio das Cardosas. 

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RE/MAX com volume de transações de 2 mil milhões de euros no primeiro semestre A

RE/MAX, maior imobiliária a operar em Portugal, fechou o primeiro semestre do ano com um total de volume de preços na ordem dos dois mil milhões de euros, o correspondente a 60,6% do total movimentado no ano passado. Nos primeiros seis meses de 2018, a RE/MAX transacionou 29.882 imóveis, sendo o valor gerado por estes 27,6% superior ao montante movimentado em período homólogo do ano passado, em que a imobiliária comercializou 1,6 mil milhões de euros. Num ano em que se espera que o setor imobiliário em Portugal continue a bater recordes, são os portugueses que mais estão a adquirir ou a arrendar casa. Os investidores nacionais foram responsáveis por 84,2% das transações da RE/MAX,

seguindo-se os brasileiros (3,5%), franceses (2,7%), chineses (1,4%) e britânicos (1%). A RE/MAX acredita que um novo fator contribuirá para impulsionar o mercado imobiliário sobretudo junto de investidores portugueses. Os bancos são obrigados, a partir de hoje, 19 de julho, a refletir nos contratos do crédito à habitação os valores negativos da Euribor. Dados da empresa MaxFinance, detida pelo grupo Ganhar, proprietário também da RE/ MAX, demonstra que, “quanto mais baixa a taxa de juro, mais o investidor está disposto a investir”, como afirma Manuel Alvarez, presidente da RE/ MAX Portugal. As tipologias de imóveis mais comercializadas são o T2 e T3 e Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Almada e

Porto são os concelhos mais procurados. “Os resultados da RE/MAX no primeiro semestre deste ano vêm confirmar o bom momento que a economia portuguesa atravessa e que se reflete em diversos setores, entre os quais no imobiliário. Aliás, já como referia o ‘Relatório de Estabilidade Financeira’ do Banco de Portugal, num quadro de melhoria generalizada dos níveis de confiança e das perspetivas quanto à evolução futura dos preços do imobiliário e de condições de financiamento mais favoráveis, regista-se um aumento da procura de habitação pelas famílias portuguesas, assim como o aumento da procura de habitação por não residentes, num quadro de forte crescimento do turismo residencial”, como frisou Manuel Alvarez. 

Predibisa coloca Prozis Tech na Maia O novo centro tecnológico de investigação e desenvolvimento da Prozis Group, denominado Prozis Tech, teve a intervenção da Predibisa, empresa selecionada para concretizar o negócio. A consultora imobiliária atuou na identificação da melhor localização para as novas instalações na Maia, bem como na seleção de um edifício com caraterísticas distintivas. Com localização na zona industrial, em

Moreira da Maia, junto ao Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, beneficia de boas acessibilidades e será implementada num edifício único, com um projeto moderno e inovador. Com uma área total de 14.500 m2, a Prozis Tech irá desenvolver um projeto único, à sua imagem, composto por cinco pisos, distinguindo-se pelas suas caraterísticas diferenciadoras como excelência dos acabamentos, aproveitamento da luz natural, que conferem ao imóvel os padrões de qualidade adequados à sua funcionalidade. Situado na Maia, a sua localização destaca-se pelos acessos privilegiados, com ligação às principais vias

rodoviárias, e proximidade a pontos estratégicos como o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e Porto de Leixões. João Leite Castro, responsável da Predibisa Corporate, sublinha que “é um privilégio poder trabalhar com um grupo como a Prozis, uma empresa líder de mercado, com um alcance verdadeiramente global, e reconhecidamente com uma forte componente tecnológica”. Graça Ribeiro da Cunha, responsável pelo departamento de escritórios da Predibisa acrescenta, “a Prozis Tech ficará instalada num edifício próprio, que reúne todas as valências importantes como dimensão, localização, acessibilidades, estacionamento, entre outras. Não temos dúvidas que este projeto da Prozis será mais um sucesso e trará uma forte dinâmica empresarial à região”. 

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Taylor’s lança edição histórica limitada

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Taylor’s, uma das mais antigas e prestigiadas casas de vinho do Porto, produziu um lote exclusivo de vinho do Porto, que deu origem a uma edição limitada, que recria garrafa histórica da primeira metade do século XVIII. Segundo Adrian Bridge, diretor-geral da Taylor’s, “com este lançamento, pretendemos prestar tributo à longa e riquíssima história do vinho do Porto e, em simultâneo,

introduzir inovação tal como fizemos muitas vezes ao longo da nossa história. Para esse efeito, decidimos criar um vinho único e lançar uma embalagem personalizada, colecionável e em quantidades limitadas, que fosse apelativa para atuais e novos consumidores de vinho do Porto”. !O vinho é resultado de uma cuidada seleção de vinhos tawny, de diferentes idades, provenientes das extensas reserva de vinho do Porto, que envelhecem nas caves da Taylor’s. Produzido com a mestria acumulada ao longo de gerações, este Porto Tawny Reserva é equilibrado e harmonioso, com toda a elegância e intensidade conferida pelo envelhecimento em cascos de carvalho”. Já segundo David Guimaraens, diretor de Enologia da Taylor’s, “este lote foi cuidadosamente preparado para esta edição limitada. Apresenta um caráter único e a riqueza característica da Taylor’s, culminando num final de incrível e distintiva

persistência”, frisa. O desenvolvimento da embalagem foi inspirado numa histórica garrafa inglesa, muito utilizada entre 1715 e 1740. Estas garrafas tinham uma forma oval e estreita, sendo frequentemente descritas como “castanhas achatadas”. Geralmente, estes formatos tinham capacidades variáveis entre 1 litro e 1,5 litros, que era superior à geração de garrafas que a precederam e que tinham a forma de “cebola”. Esta edição histórica vem acondicionada numa caixa de madeira, que destaca as elegantes linhas da garrafa, gravada com o símbolo distintivo “4XX”, utilizado pela Taylor’s e que é a sua marca. Nas notas de prova, destaque para o núcleo laranja intenso, que se desvanece num rebordo avermelhado. Aromas a ameixa, figo e sultanas que combinam com as notas adocicadas a maçapão e biscoito. Sugestões de madeira de cedro e couro acrescentam uma dimensão exótica no nariz. 

Pôpa Rosé 2017 chega ao mercado para a rentrée N o momento de regresso ao trabalho, após as férias de verão, surge o novo Pôpa rosé 2017. Da colheita de 2017 e, sempre, com origem nas parcelas mais frescas da Quinta do Pôpa, foram vindimadas à mão uvas das castas Tinta Roriz (70%) e Touriga Nacional (30%) para a feitoria do ‘Pôpa rosé 2017’, as quais foram desengaçadas, ligeiramente esmagadas e prensadas, com a finalidade de afinar a tonalidade do vinho, que na garrafa se apresenta salmão profundo. Com decantação a frio, s fermentação alcoólica foi feita em inox, com temperatura controlada a 15º C, e estágio em cubas de inox, o ‘Pôpa rosé 2017’ é um vinho rico e intenso no aroma, destacando-se a fruta vermelha, como o morango, a groselha e o mirtilo. Na boca entra redondo e manifesta equilíbrio entre acidez e suavidade. Tem

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um final de boca apetecível. Um vinho que se bebe muito bem a solo, mas que se deleita à mesa com refeições moderadas, a condizer com a época em si: peixes grelhados e assados, massas, carnes brancas, mariscos e saladas. Este DOC Douro tem um preço de venda ao público (PVP) de 9,60 euros. A Quinta do Pôpa é uma produtora de vinhos localizada na encosta da EN 222, no concelho de Tabuaço, em pleno Alto Douro Vinhateiro. O nome e história desta Quinta simbolizam a realização de um sonho que tem passado de geração em geração, homenageando Francisco Ferreira, mais conhecido como Pôpa: o seu filho adquiriu parte da propriedade em 2003, mas hoje são os seus netos

– Stéphane e Vanessa Ferreira – que estão nos comandos da Quinta do Pôpa, com o objetivo de produzir vinhos de homenagem. Um projeto familiar, apadrinhado desde o início pelo enólogo Luís Pato e que atualmente conta com a enologia de João Menezes. Com uma área total de 30 hectares, dos quais 14 são de vinha, toda de letra A; e 3,5 hectares de olival. São quatro os hectares de vinha velha, com mais de 80 anos e uma mistura de mais de 21 castas. 


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Vinhos de Lisboa abre primeira loja de venda ao público O s Vinhos de Lisboa contam já com um novo espaço público, no Mercado da Ribeira, graças ao protocolo criado entre a Comissão Vitivinicola da Região (CVR) de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa. O objetivo é promover os vinhos da região, disponibilizar ao consumidor mais de 300 sugestões vínicas e “criar uma rota de visita aos vinhos da região até ao final do ano” garantiu Bernardo Gouvêa, presidente da CVR Lisboa. Neste novo espaço, que pretende atraír todos os que visitam o mercado, como sejam os turistas nacionais e internacionais, vai poder encontrar-se, entre muitos outros, relíquias da região como os reconhecidos vinhos de Carcavelos, passando pelos vinhos de Colares, até aos raríssimos vinhos Medievais de Ourém, cujas origens remontam à existência da Ordem de Cister. “O espaço apresenta-se não só como um local onde os consumidores podem encontrar as melhores referências dos

Vinhos de Lisboa, como para vivenciar novas e apaixonantes experiências vínicas” afirma Bernardo Gouvêa. A curto prazo, a CVR Lisboa, entidade responsável pela gestão da loja, quer ainda reforçar o espaço com mais vinhos, diversificar o vasto portefólio e lançar um conjunto de iniciativas que privilegiem o contacto dos consumidores com produtores, com os vinhos e com a região. Num ambiente descontraído e acolhedor, várias personalidades ligadas ao mundo do vinho marcaram presença na inauguração da loja que culminou com um jantar de gala, para a entrega de prémios dos 48 melhores vinhos da região de Lisboa, cujo anúnico tinha já sido feito anteriormente.

A Região Vitivinícola de Lisboa inclui as seguintes Denominações de Origem: Alenquer, Arruda, Bucelas, Carcavelos, Colares, Encostas d’Aire, Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras. A região tem 103 produtores e no final de 2017 produziu um milhão de hectolitros de vinho por ano, o correspondente a 40 milhões de garrafas, dos quais 30 milhões que são exportadas. 

LactAçores apresenta Queijo São Jorge DOP em Portugal continental A

LactAçores, união de cooperativas produtoras de lacticínios dos Açores, que comercializa em exclusivo os produtos do arquipélago, apresentou em setembro, em Castanheira do Ribatejo, o Queijo São Jorge DOP, num evento que teve por objetivo dinamizar e sensibilizar para a importância deste produto na economia regional e no Património Gastronómico Nacional. “A economia dos Açores tem no setor dos laticínios o seu principal motor. Imaginem a quantidade de famílias que dependem diretamente do sucesso dos nossos produtos. Pessoas genuínas e humildes. Pessoas de trabalho. Com um único foco, o de levar o melhor leite produzido pelas nossas vacas, que

pastam 365 dias ao ar livre”, realçou Gil Oliveira, presidente da LactAçores. É das prateleiras da Uniqueijo – que agrupa oito cooperativas com 129 produtores e que produz mais de 15 milhões de litros de leite – que sai este queijo tradicional, obtido a partir de leite cru de vaca e com um tempo de cura mínimo de três meses. Produzido artesanalmente na ilha de São Jorge desde que esta foi descoberta, no século XV, o Queijo São Jorge DOP deve a sua especificidade às características dos pastos abundantes nas zonas de média e elevada altitude, além da perícia e dos saberes dos queijeiros jorgenses. Sabe-se que há cerca de 200 anos, o queijo de São Jorge já tinha a forma atual, cilíndrica e volumosa, tendo-

-se até produzido alguns por encomenda especial. Em 1986, foi criada a Região Demarcada do Queijo de São Jorge e atribuída a regulamentação do registo de Denominação de Origem Protegida (DOP) à marca Queijo de São Jorge. Entre as suas principais características, estão o aroma e sabor forte e ligeiramente picante, particularidades que se vão acentuando com o tempo de cura; a consistência firme, de pasta amarelada, dura ou semi-dura; e um processo de fabrico artesanal que inclui o coalho animal, de leite de vaca inteiro e cru, o fermento natural e a salga direta na massa. Está disponível nos formatos inteiro, quartos, fatias, rolos e ralado. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR OUTUBRO DE 2018

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“Se não cuidarmos de Lisboa, a cidade desvaloriza-se enquanto produto”, alerta Fernando Medina

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa está consciente do bom momento que a capital atravessa, bem como da necessidade de acautelar a sustentabilidade do seu crescimento. Para manter a qualidade do produto Lisboa urge distribuir melhor os turistas pela cidade. No almoço promovido pela CCILE, Fernando Medina informou os empresários que aumentar a área disponível para empresas é uma prioridade da autarquia.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

isboa está bem”, garante Fernando Medina. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) começou assim o seu discurso no encontro de empresários e gestores organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, no passado dia 19 de setembro, em Lisboa. O bom momento pode ser potenciado se soubermos agarrar as oportunidades, observa o autarca: “Lisboa está num processo de afirmação crescente de uma grande capital global. Vivemos um extraordinário momento de dinamismo económico e de criação de oportunidades e de afirmação na Europa e no mundo.

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04 Temos que agarrar as oportunidades e tentar continuar a crescer. É mais fácil construir num momento de bonança do que em momentos de dificuldades.” Fernando Medina reconhece que “a par com o nordeste peninsular, Lisboa é uma região que funciona como motor do crescimento nacional”, estando bem

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dotada de mão-de-obra qualificada”. O autarca considera que a capital se tem vindo a impor crescentemente enquanto “plataforma de prestação de serviços para o mundo, em linha com outras economias modernas também muito vocacionadas para os serviços transacionáveis”.

A cidade tem sido a localização escolhida por muitos empreendedores para sedearem os seus projetos. “Um terço das novas empresas são criadas por estrangeiros e este valor está a aumentar”, nota presidente da CML, alertando para “a atual escassez de espaços para empresas da cidade de Lisboa”. O au-

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tarca contabiliza uma redução de 70 mil metros quadrados em escritórios por ano, devido à conversão de imóveis para habitação. “Lisboa bate-se com esta dificuldade. Há multinacionais que procuram a câmara e dizem que precisam de cinco mil metros quadrados para instalar a minha empresa e é difícil encontrar.” Para aumentar a área disponível para escritórios de qualidade, a CML destinou os terrenos da antiga Feira Popular, onde será criada uma área superior a 120 mil metros quadrados de escritórios (ver entrevista). Pretende-se que seja um processo rápido, tendo já sido publicadas as condições de alienação dos terrenos em causa. As propostas terão que ser enviadas até 9 de novembro e depois haverá um leilão no dia 12 do mesmo mês. Fernando Medina indica que “a CML está a dar prioridade a todos os projetos relacionados com área de escritórios” e 56 ACT UALIDAD€

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avisa que “não há mais empresas, nem mais emprego, nem mais talento no setor dos serviços se isto não for feito. O setor do turismo é também uma das maiores fontes de oportunidades de crescimento para a cidade, o que denuncia outra limitação: a da capacidade aeroportuária. Fernando Medina considera urgente o alargamento do aeroporto de Lisboa. O autarca reconhece também que o turismo está a exercer uma grande pressão sobre as zonas históricas: “O debate sobre a sustentabilidade do setor interessa a todos. Até porque se não cuidarmos de Lisboa, a cidade desvaloriza-se enquanto produto.” A solução passa por preservar a autenticidade dos bairros históricos e condicionar a criação de novos projetos de alojamento local nessas zonas da cidade e fomentar a sua criação noutras, “onde a existência de um hostel, por exemplo, pode fazer

a diferença na dinamização do comércio local”, defende. Fernando Medina considera que há margem para que o turismo cresça em Lisboa, mas é preciso criar novas centralidades, novos pontos de interesse na cidade, mantendo a autenticidade e os valores humanos: “Lisboa é uma cidade aberta, tolerante e cosmopolita. Esses são valores essenciais, mesmo do ponto de vista económico. A base da economia digital assenta na movimentação de talentos internacionalmente.” O presidente da CML fez questão de manifestar que Lisboa deve ser igualmente agradável para os lisboetas. Daí a preocupação da autarquia com a mobilidade: “A área metropolita cresceu em número de pessoas e o investimento em transportes públicos não acompanhou a necessidade, levando a uma maior dependência do automóvel por parte de quem vive fora mas trabalha em Lisboa.


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Entram na cidade 370 mil automóveis por dia.” Uma boa parte desses veículos usa a A5 como acesso, pelo que a CML e as outras autarquias da região querem criar uma faixa de transportes públicos

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na A5, que viabilize uma alternativa ca- que em novembro, a cidade espanhola paz de competir com o automóvel. acolherá mais uma edição da Fehispor, No mesmo almoço de empresários es- a Feira de Espanha e Portugal, um eventeve presente o presidente da Câmara de to multisetorial que juntará cerca de Badajoz, que aproveitou para lembrar 225 marcas portuguesas e espanholas. 

01.Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa

10.Vanessa Bernard, Julia Llata e Ana Santana Lopes

02.Álvaro Sebastián de Erice, Fernando Medina e Francisco Javier Fragoso

11. Berta Dias da Cunha, Conceição Zagalo, Manuela Barber e José Carlos Otero

03.Maria Lara, Vanessa Bernard, Sada-Yoshi Takagawa, Julia Llata, Mónica Ariza e Maria da Conceição Soeiro

12.Katalin Gönczy, Cecílio Oviedo e Bernardo Torres

04. Fernando Teixeira dos Santos, Nuno Ramos e Manuel Durães Rocha 05.Marta Gaudêncio, Ana Cordeiro e Alicia López 06.José Vital Morgado, António Silva e Diogo Tavares 07.António Martins Victor, Inês Tomé, Conceição Zagalo e Ana Simões 08.Francisco Contreras, Maria Luisa Paz, Francisco Rubia e Lorena Duran

13.Antonio Carmona, Alfonso Maldonado, João José Domigues e Pedro Vicente 14.Dulce Mota, Vítor Fernandes, Rui Matias e Pedro Barreto 15.Susana Santos, Enrique Santos, Fernando Medina e Álvaro Sebastián Erice 16.Nuno Arruda, Carla Rebelo, Elmar Derkitsch e Margarita Hernández 17.O evento reuniu cerca de 200 gestores e empresários de Portugal, Espanha e outros países

09.Mario Bedera, Graciela de Andrés e Elmar Derkitsch Patrocínios:

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eventos eventos

Fernando Medina: “O grande desafio é saber prolongar este bom momento, de forma sustentada” Integrava a equipa de António Costa quando assumiu as rédeas da Câmara Municipal de Lisboa (CML), em 2015. Fernando Medina herdou a tarefa de gerir uma cidade em rota ascendente, mas que não está imune às “dores” de crescimento. À Actualidad€, o atual presidente da CML explica como pretende garantir a sustentabilidade e o dinamismo da economia da autarquia.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

uais são os principais desafios que considera ter pela frente, na qualidade de presidente da CML?

Lisboa vive atualmente um momento de afirmação crescente como não se via há anos e essa dinâmica sente-se ao nível do emprego, do investimento e da economia da cidade. O grande desafio está agora em encontrar a melhor via para o que temos pela frente. Ficar a contemplar os bons resultados e não fazer nada não parece ser a melhor opção. Na minha opinião, o grande desafio é, de facto, saber prolongar este bom momento de forma sustentada. Lisboa está bem em setores como o do turismo, do empreendedorismo, da

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reabilitação, dos serviços. Ora então, o que devemos fazer? O alargamento das áreas para serviços na cidade parece-me uma opção prioritária e óbvia. Lisboa tem procura de espaços desta natureza, de espaços para escritórios com qualidade e um projeto como o da Operação Integrada de Entrecampos (OIE) que a Câmara Municipal de Lisboa está a desenvolver vem precisamente ao encontro desta necessidade. Trata-se de uma intervenção que além de operar a regeneração de uma área que estava expectante (os terrenos da antiga Feira Popular), vai desenvolver-se num ponto nevrálgico da cidade, junto de um interface de transportes e que além

dos serviços reunirá outras componentes, como oferta de habitação a renda acessível e equipamentos coletivos. A OIE será desenvolvida em 25 hectares, onde haverá 700 fogos de renda acessível, 279 fogos em regime de venda livre, um centro de serviços de referência internacional, comércio de qualidade, lojas de rua, equipamentos sociais (creches, jardim de infância, unidade de cuidados continuados, centro de dia e lar) e áreas verdes de fruição pública. Lisboa tem conseguido captar novos negócios e empreendedores, bem como mais eventos de negócios (congressos, cimeiras…). O que falta fazer para os manter por cá e manter a ca-


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pital sedutora para os empresários e empreendedores?

A cidade tem que saber cuidar bem dos seus melhores ativos. É por isso que é muito importante cuidar das condições de habitação, de transportes, de produtividade da própria cidade. Numa palavra, é preciso equilíbrio. Turismo e zonas históricas, por exemplo: na minha ótica, nas zonas históricas, é preciso haver aqui alguma contenção neste setor e nas atividades que lhe são conexas. Se calhar, não faz sentido continuar a apostar nas áreas onde o turismo já está bem implantado e há mais tempo, e talvez a escolha mais acertada seja mesmo protegê-las e optar pela sua diversificação geográfica pelo tecido da cidade. Em zonas como Benfica, São Domingos de Benfica ou Lumiar a abertura de (mais) um hostel pode ser vista como fator indutor de atividades de que aquelas zonas tanto precisam, ao passo que essa mesma situação numa zona como Alfama ou Mártires pode já significar precisamente o contrário. Algo de que elas não precisam mais. Daí a própria CML estar a projetar também intervenções-âncora pela cidade que são elas próprias promotoras de novos polos de interesse. Veja-se a escolha da localização da nova Feira Popular na Freguesia de Carnide, ou o novo arranjo urbanístico que está previsto para a Praça de Espanha. Uma cidade atrativa para investir e sedutora para os empresários e empreendedores, como diz, tem que ter um bom sistema de transportes. Lisboa não se pode separar da área metropolitana onde se insere. É por isso que a questão dos transportes e da mobilidade tem de ser vista nesta perspetiva. O investimento no transporte público é fundamental. Lisboa recebe diariamente 370 mil veículos que vêm dos concelhos limítrofes, situação que está a tornar-se cada vez mais incomportável sobretudo porque a atividade

económica tem aumentado e estas duas coisas andam ligadas. A linha a seguir tem de ser claramente a do investimento no transporte público. Atualmente, na área metropolitana não há uma rede de transportes que constitua uma verdadeira alternativa ao transporte individual. O grande objetivo é pois mudar e fazer com que, sobretudo, aqueles que vivem fora da capital, mas que a têm como destino nas suas deslocações diárias, quando chegar o momento de decidirem qual o modo para o fazer, optem pelos transportes públicos por serem mais eficazes, mais baratos e mais rápidos que o veículo particular. Hoje, isto ainda não é uma realidade, mas na Área Metropolitana estamos a trabalhar para isso. Recentemente, apresentei a proposta de redução do preço dos passes na AML. Não é possível que quem vive em Sintra e venha para Lisboa diariamente tenha que pagar passes mensais cujos preços podem chegar aos 130 a 180 euros. Isto não é aceitável. Aceitável, sim, é haver passes a 30 euros para quem vive em Lisboa e se desloca na capital e, a 40 euros, para quem vive no resto da AML. Há ainda outras medidas e incentivos complementares que defendo e que serão também determinantes para que as pessoas queiram deslocar-se usando os transportes públicos: um passe familiar. Independentemente do tamanho do agregado, o que interessa é que a família pague dois passes e todo o resto dos seus elementos viaje gratuitamente. A criação, através de um concurso, de uma verdadeira rede integrada de transportes dos vários municípios e entre os vários municípios da AML é uma medida essencial para enquadrar tudo isto. Trata-se de uma rede que deve funcionar com uma marca única, com referenciais únicos de qualidade do serviço e das características dos veículos, com um sistema de bilhética e com um tarifário único.

eventos

Que áreas de negócio considera que Lisboa deverá captar e por que razão?

Como disse, Lisboa está bem e recomenda-se – sobretudo nas áreas do turismo, dos serviços, da reabilitação urbana. O desenvolvimento e incremento destes setores – sempre de uma forma sustentada e equilibrada– afigura-se como a opção correta. Mas Lisboa tem de ser uma cidade a uma só velocidade. E não é aceitável que haja alguns segmentos que não acompanham esta dinâmica positiva e que fiquem para trás. A falta de coesão social e a existência de casos de exclusão geram problemas que podem pôr em causa o próprio desenvolvimento da cidade. Portanto, além de querermos continuar a ter investimento na área do turismo de qualidade, dos serviços tecnológicos, das startups, da reabilitação do edificado, precisamos também de ter setores tradicionais da nossa economia fortalecidos e reduzidas algumas assimetrias sociais. Na verdade, um forte desenvolvimento da cidade deverá ser acompanhado de um cuidado adicional com os menos favorecidos, através de políticas sociais ao nível das crianças, dos jovens, dos desempregados e dos idosos. No caso dos cidadãos com mais de 65 anos - que já constituem mais de 25 % da população de Lisboa – existe um programa o “Lisboa, Cidade de Todas as Idades”, que tem como missão dar uma resposta integrada à população com mais de 65 anos, promovendo ações de cidadania participativa com vista a maiores índices de autonomia e independência. Resulta de um acordo de colaboração entre a CML, a Santa Casa da Misericórdia e a Segurança Social. Entre as medidas deste programa, destaca-se a requalificação de 21 centros de dia em espaços intergeracionais e abertos à comunidade, alargamento da cobertura do Serviço de Apoio Domiciliário, um Serviço de Apoio ao Cuidador Informal, estando ainda prevista a criação de oito equipamentos com estruturas residenciais para pessoas idosas e cuidados continuados.  OUTUBRO DE 2018

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Setor automóvel sector automóvil

P MAZDA MX-5

Querer atingir a perfeição Com I-Com bem mais de um milhão de unidades vendidas desde 1989, é o roadster mais comercializado de sempre. O MX-5 sofreu restyling e adquiriu maior potência.

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Texto Nuno Almeida Ramos nrc.gmv@gmail.com Fotos DR

ara melhor preparar o roadster a ganhar duas novas a entrada em 2019, a tonalidades, vermelho e cinza Mazda decidiu afinar o metálicos, passando agora a ter motor Skyactiv-G 2.0, sete opções disponíveis. lançar novas jantes e uma nova capota de lona, bem como reforçar vários outros pontos importantes do MX-5, numa evolução ligeira– mas certeira– do pequeno automóvel. Modelo com muitos adeptos ao longo dos anos, o agora ligeiramente renovado MX-5 ganha não apenas estofos em pele Auburn, como jantes em liga leve BBS pretas, além de um teto de lona na cor Dark Cherry. Ao passo que a variante de tejadilho rígido, RF ( retractable fastback ), passa a poder ser encomendada com o hard-top numa tonalidade contrastante. As novidades passam ainda pelas cores exteriores, com 60 ACT UALIDAD€

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Em termos tecnológicos, destaque para a introdução de óticas LED adaptativas, novos mostradores de melhor legibilidade, no-


sector automóvil Setor automóvel

vos sistemas de som, além de um sistema de aquecimento para as versões com bancos em tecido. No interior, o volante recebe o muito bem-vindo ajuste telescópico, de 30 milímetros de profundidade, novas alavancas de regulação das costas dos bancos, suportes amovíveis para copos, mais simples de operar, diferentes

obstáculos na traseira. Para além de ter disponível um alerta de cansaço do condutor, bem como um sistema de reconhecimento de sinais de trânsito e câmara traseira. Mas o grande foco desta atualização do MX-5 é, no entanto, o motor de quatro cilindros de 2,0 litros. A potência subiu 24 cavalos, para os 184 cavalos, o regime má-

apenas mais um cavalo do que o modelo anterior– sendo agora 132 cavalos de potência– e 2 Nm (passou para 152 Nm) de binário, e o regime máximo situa-se agora nas 7.500 rpm. Este propulsor recebe ainda um sistema de controlo de vibrações mais competente, injetores mais eficazes, pistões diferentes e mais um par de melhorias.

limitadores de posição das portas, agora com dois pontos em vez de três e ainda os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Já no que toca à segurança, o renovado Mazda MX-5 conta com cinco novos sistemas, que passam a integrar parte do pacote i-Activesense, já disponível no Mazda MX-5, Advanced Smart City Brake Support, responsável por detetar veículos e peões na frente, ajudando a evitar colisões e, Smart City Brake Support atrás, que alerta para veículos e

ximo passou para as 7.500 rpm e o binário para os 205 Nm às 4.000 rpm. Os 100 km/h chegam agora em 6,5 segundos, e a velocidade máxima é de 219 km/h na versão com capota de lona. As alterações passaram pela adoção de coletores de admissão mais curtos mas largos, de pistões e bielas mais leves, coletores de escape com diâmetro superior, injetores de alta pressão que vaporizam melhor a gasolina, entre muitas outras mudanças. O motor 1.5, por sua vez, tem

Todas as motorizações têm a combustão otimizada, mais binário e, disponível mais cedo, em conformidade com os ciclos de testes WLTP/RDE e as normas de emissões Euro 6D Temp. Também o controlo da aceleração foi aperfeiçoado, de modo a atenuar o tempo entre a ação do acelerador e a resposta do motor. Ainda não existem preços finais para este MX-5 atualizado, e a chegada ao mercado está marcada para o início de 2019.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica e clima económico estabilizam

Foto Arquivo

m agosto, o indicador de confiança Esentimento dos consumidores e o indicador de económico diminuíram

na Área Euro. Em Portugal, o indicador de atividade económica, disponível até julho, e o indicador de clima económico, disponível até agosto, estabilizaram. O indicador quantitativo do consumo privado desacelerou em julho, refletindo um contributo positivo menos expressivo de ambas as componentes, consumo corrente e consumo duradouro. O indicador de FBCF acelerou em julho, devido ao contributo positivo mais intenso

da componente de construção, tendo o contributo da componente de material de transporte passado de negativo em junho para nulo. Em termos nominais, as exportações e importações de bens apresentaram variações homólogas de 9,4 e 8,7% em julho, respetivamente (10,7 e 9,2% em junho). Considerando a atividade económica da perspetiva da produção, os índices de volume de negócios na indústria e de produção na construção abrandaram, tendo o índice de produção na indústria diminuído.

Inflação em Portugal é a quarta Exportações de bens aceleram 13% mais baixa da União Europeia em julho O índice de preços no consumidor na Zona Euro desceu em agosto para 2,1%, o que representa uma descida de uma décima face ao registado em julho, confirmou o Eurostat. De acordo com este organismo, a inflação na União Europeia também desceu uma décima (de 2,2 para 2,1%). Portugal registou a quarta taxa mais baixa entre todos os países, com 1,3%. Também o Instituto Nacional de Estatística tinha já revelado que a taxa de inflação em Portugal tinha descido em agosto para 1,22% (a taxa reportada pelo Eurostat é harmonizada), depois de no mês anterior se ter situado nos 1,58%, sendo que a queda da inflação foi mais intensa na restauração e hotelaria. As taxas de inflação anuais mais baixas registaram-se na Dinamarca (0,8%), Irlanda e Grécia (0,9% cada), enquanto as mais latas foram na Roménia (4,7%), Bulgária (3,7%), Estónia (3,5%) e Hungria (3,4%), adianta o Eurostat.

As exportações portuguesas de bens aumentaram 13% em julho, acelerando em relação ao mês anterior (9%), enquanto as importações aumentaram 11% em termos homólogos, desacelerando face a junho (16,5%). De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 11% e as importações cresceram 11,4% (contra a subida de 7,3% e 8,6%, respetivamente, em junho de 2018). O défice da balança comercial de bens agravou-se em 32 milhões de euros face ao mesmo mês de 2017, para os 1,168 mil milhões. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 788 milhões de euros, o que levou a um aumento do défice de 98 milhões em relação ao mês homólogo de 2017. No trimestre terminado em julho de 2018, as exportações e as importações de bens aumentaram, respetivamente, 9,4 e 8,7% face ao mesmo período de 2017.

Taxa de desemprego de junho baixa para 6,8% A taxa de desemprego de junho de 2018 situou-se em 6,8%, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) que no mês anterior, menos 0,7 p.p. em relação a três meses antes e menos 2,3 p.p. que no mesmo mês de 2017. Aquele valor representa uma revisão em alta da estimativa provisória divulgada há um mês e o valor mais baixo desde setembro de 2002. Relativamente ao mês precedente, a população desempregada diminuiu 3% e a população empregada aumentou 0,4%. A estimativa provisória da taxa de desemprego de julho de 2018

aponta para a manutenção da taxa desemprego no mesmo valor do mês anterior (6,8%). Quanto à população empregada, a estimativa provisória aponta para um total de 4 804 mil pessoas em julho, o que representou uma diminuição de 0,2% em relação ao mês anterior e um aumento de 0,3% face a três meses antes (abril de 2018) e 2,1% em comparação com o mesmo mês de 2017. A taxa de emprego situou-se em 61,8%, ou seja, menos 0,1 p.p. em relação ao mês anterior, adianta o INE. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial

luso español en enero-junio de 2018

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atacomex acaba de hacer públicos los datos del comercio exterior español referente al primero semestre del año (datos provisionales) y en lo que al comercio hispano portugués se refiere se constatan aumentos significativos tanto en las ventas españolas, del 6,7% (9.766,7 millones de euros en 2017 frente a los actuales 10.416,5 millones) como en las compras españolas a Portugal del 3,7% (5.648,8 millones en el primer semestre de 2017 frente a los 5.856,7 millones alcanzados en el primer semestre de este año). El comercio global, es decir compras más ventas, entre los dos países superó la cifra de los 16.273,2 millones de euros lo cual significa un incremento del 5,6% respecto a igual periodo de 2017 que se situó en

15.415,5 millones. Estos valores han generado un saldo favorable al mercado español de 4.559,7 millones de euros y una tasa de cobertura del 177,9% frente a los 172,9% registrada en 2017. Estos valores dan fe de la vitalidad que vive el comercio hispano portugués, y el mercado luso consolida de nuevo su peso relativo en el comercio exterior español (Cuadro 2). Ocupa la cuarta posición entre los principales clientes de España y absorbe el 7,2% del total de la oferta española que superó los 144.916,4 millones de euros. Portugal ocupa, a su vez, la séptima posición entre los principales mercados proveedores de España con un peso relativo del 3,7% sobre el total de las importaciones españolas que superaron, en dicho periodo, los 159.501,6 millones de euros.

Respecto a la distribución sectorial del comercio bilateral (cuadros 4 y 5) la partida 87-Vehículos automóviles; tractor encabeza la lista de la demanda española (733,6 millones de euros), seguido de la partida 27-Combustibles, aceites minerales (474,7 millones) y en la tercera posición la 39-Mat. plásticas; sus manufacturas (427,7 millones). En la oferta española destacan igualmente la partida 87-Vehículos automóviles; tractor (1.243,6 millones de euros) seguido de la partida 84-Máquinas y aparatos mecánicos (759,9 millones) y la partida 39-Matérias plásticas; sus manufacturas (665,9 millones de euros). Se habrá de destacar el importante peso de la partida 87-Vehículos automóviles; tractor en el comercio hispano portugués con un peso relativo que supera los 12,2% del comercio total.

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-junio de 2018 VENTAS ESPAÑOLAS 18

COMPRAS ESPAÑOLAS 18

Saldo 18

Cober 18 %

VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 17 ESPAÑOLAS 17

Saldo 17

Cober 17 %

ene

1 724 280,06

883 855,16

840 425

195,09

1 466 668,97

851 614,13

615 055

172,22

feb

1 619 549,72

907 007,03

712 543

178,56

1 497 298,88

908 400,89

588 898

164,83

mar

1 772 798,36

1 024 557,96

748 240

173,03

1 782 642,64

1 027 991,04

754 652

173,41

abr

1 660 720,07

972 023,11

688 697

170,85

1 570 079,36

948 408,69

621 671

165,55

may

1 870 420,80

1 012 520,48

857 900

184,73

1 727 541,71

985 698,49

741 843

175,26

jun

1 768 703,00

1 056 754,24

711 949

167,37

1 722 502,69

926 660,01

795 843

185,88

1 632 006,65

860 328,97

771 678

189,70

jul ago

1 453 118,61

798 746,21

654 372

181,92

sep

1 762 712,45

888 575,41

874 137

198,38

oct

1 755 813,79

933 307,97

822 506

188,13

nov

1 834 134,01

1 013 297,56

820 836

181,01

dic

1 639 428,96

858 205,08

781 224

191,03

19 843 948,71

11 001 234,46

8 842 714

180,38

Total

10 416 472,02

5 856 717,98

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2018

4 559 754

177,86


Rankings 2.Principales países clientes de España enero-junio de 2018

Cataluña representa la Comunidad Autónoma con mayor peso en la oferta española con un cifra de ventas superior a los 2.482,2 millones de euros y el 23,8% del total de las ventas españolas, seguido de Galicia (1.575,3 millones) y el 15,1% y la Comunidad de Madrid (1.485,9 millones) y el 14,3% del total de las ventas. En la demanda española la Comunidad de Madrid lidera el ranking, con 963,6 millones de euros y representa el 16,5% de las compras españolas a su vecino Portugal, seguido de Galicia, con 962,5 millones (16,4%) y Cataluña con 911,1 millones y un peso relativo del 15,5%. Este conjunto de tres CC.AA. representa el 51,5% del comercio bilateral hispano portugués. Con base en la evolución del comercio bilateral en este primer semestre del año, y haciendo un ejercicio de extrapolación al conjunto del año, el comercio bilateral deberá superar a finales de este año la cifra alcanzada en 2017 y que fue de 30.845,1 millones de euros, de las cuales 19.843,9 millones corresponden a las ventas españolas y 11.001,2 millones a las compras. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-junio de 2018 Orden Sector

Importe

1

001 Francia

22 119 871,38

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

733 562,74

2

004 Alemania

16 298 779,12

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

474 699,35

3

005 Italia

11 768 334,44

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

427 721,17

4

010 Portugal

10 416 472,02

4

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

338 572,74 327 233,08

5

006 Reino Unido

9 896 893,73

5

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

6

400 Estados Unidos

6 390 990,98

6

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

213 847,30

7

003 Países Bajos

4 927 410,77

7

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

200 041,28

8

017 Bélgica

4 427 779,48

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

189 527,17

9

204 Marruecos

4 284 854,01

9

73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO

10

720 China

3 104 776,87

186 692,52

TOTAL

5 856 717,98

11

052 Turquía

2 946 074,21

12

060 Polonia

2 919 800,88

13

412 México

2 259 039,17

14

039 Suiza

2 193 229,20

15

952 Avituallamiento terceros

1 742 710,84

16

208 Argelia

1 615 870,49

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

17

951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios

1 322 588,81

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

759 977,85

18

061 República Checa

1 258 861,70

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

665 938,83

19

732 Japón

1 246 713,37

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

591 316,29

20

038 Austria

1 245 290,11

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

514 663,43

6

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

334 995,44

SUBTOTAL

112 386 341,57

TOTAL

144 916 392,36

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Principales países proveedores de España enero-junio de 2018 Orden País

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-junio de 2018 Orden Sector

7

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

315 589,35

8

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

290 093,02

9

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

004 Alemania

20 741 835,81

2

001 Francia

18 159 039,92

3

720 China

12 451 306,25

4

005 Italia

10 574 841,28

5

003 Países Bajos

6 422 813,50

6

400 Estados Unidos

6 390 374,17

7

010 Portugal

5 856 717,98

8

006 Reino Unido

5 767 134,63

9

017 Bélgica

3 693 281,65

10

204 Marruecos

3 527 401,64 3 525 291,80

11

052 Turquía

12

060 Polonia

2 759 417,20

13

508 Brasil

2 442 256,91

14

288 Nigeria

2 401 110,88

15

208 Argelia

2 379 340,00

16

412 México

2 352 683,45

282 777,93

TOTAL

10 416 472,02

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

1

Importe 1 243 652,37

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España enero-junio de 2018

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-junio de 2018 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 18 2 482 660,24

17

061 República Checa

2 268 366,00

Cataluña

18

632 Arabia Saudí

2 254 287,31

Galicia

19

732 Japón

2 212 072,80

Madrid, Comunidad de

20

039 Suiza

2 200 915,91

Andalucía

COMPRAS ESPAÑOLAS 18 Madrid, Comunidad de

963 689,56

1 575 274,36

Galicia

962 550,90

1 485 981,89

Cataluña

911 067,60

1 113 129,95

Andalucía

634 927,21

SUBTOTAL

118 380 489,08

Castilla-La Mancha

696 081,72

Comunitat Valenciana

476 548,17

TOTAL

159 501 669,30

Comunitat Valenciana

631 193,75

Castilla y León

352 544,33

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

OUTUBRO DE 2018

AC T UA L I DA D € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas de limpieza

DP180406

Empresas españolas fabricantes de geotextiles y poliéster agujeteado

DP180501

Empresas españolas de Inspección, monitorización y mantenimiento de estructuras metálicas

DP180502

Agencias de viajes españolas

DP180503

Empresas españolas distribuidoras de suplementos alimenticios

DP180504

Empresas españolas distribuidoras de material informático

DP180601

Empresas españolas de distribuición de roupa Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos

DP180602

Empresa portuguesa de equipamentos para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español

OP170802

Empresa portuguesa del sector de metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español

OP170803

Empresa portuguesa de construcción de quioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción

OP170602 OP170801

OP171001 OP171002

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de malas em pele

DE180201

Empresas portuguesas fabricantes de rolamentos, engrenagens e dispositivos de transmissão mecânica Empresas portuguesas de agropecuária Empresas portuguesas fabricantes de malas em cortiça

DE180202 DE180401 DE180402

Mecânicos portugueses

DE180403

Empresas portuguesas de viveiros de plantas ornamentais Empresas portuguesas do setor da tecnologia Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal

DE180404 DE180405 OE170302

Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal

OE170801

OE170304 OE170305 OE170601 OE170602

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

66 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2018


Faça um

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holeno in one seu negócio XXIII Torneio Ibérico de Golfe CCILE 2018 20 de Outubro • Aroeira I

Junte-se a nós. Inscreva-se no torneio!* Patrocinador Oficial

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APOIOS Media partner

Organização

Para mais informações contactar: Tel. 213 509 310 e-mail: ccile@ccile.orgO U /T Urpinto@ccile.org B R O D E 2 0 1 8 AC T UA L I DA D € 67 * inscrições exclusivas para sócios da CCILE


calendário fiscal calendario fiscal >

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Outubro Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

*À data da preparação desta informação ainda não estava disponível o novo modelo.

10

IVA

Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em agosto/2018

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de setembro/2018

Entidades empregadoras

10

IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a setembro/2018

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

22

IRS/IRC/Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em setembro/2018

Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo

22

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a setembro/2018

Entidades empregadoras

22

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em setembro/2018

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas

22

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 3º trimestre/2018

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas

22

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em setembro/2018

Sujeitos passivos do IVA

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT

22

SELO

Envio da declaração mensal de imposto do selo relativa a setembro/2018

Sujeitos passivos de Imposto do Selo

Nova declaração*

31

IRC

Pagamento Especial por Conta (PEC)

Sujeitos passivos que exercem a título principal, uma atividade de natureza comercial industrial ou agrícola

2ª prestação (50%)

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em agosto/2018

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente

68 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2018


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE180119

F

17/11/1988

INGLÊS/ ESPANHOL

TÉCNICA ADMINISTRATIVA

BE180120

M

20/11/1986

INGLÊS/ ESPANHOL

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE180121

M

1965

INGLÊS/ PORTUGUÊS

ÁREA FINANCEIRA

BE180122

M

30/04/1980

INGLÊS/ ESPANHOL

CONTROLLER DE GESTÃO COMERCIAL

BE180123

M

FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL

COMUNICAÇÃO E MULTIMÉDIA

BE180124

M

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

CONSULTOR ECONÓMICO

BE180125

F

INGLÊS/ ITALIANO

ARQUITETURA

BE180126

F

INGLÊS

GESTORA DE PACIENTES EM MEDICINA DENTÁRIA

BE180127

M

05/06/1990

CATALÃO/ INGLÊS/ ITALIANO/FRANCÊS

GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIO

30/11/1990

GALEGO / CASTELHANO / PORTUGUÊS / INGLÊS / CATALÃO

DESENHADORA GRÁFICA

BE180128

F

18/01/1972

BE180129

M

FRANCÊS / ESPANHOL / INGLÊS

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

BE180130

F

INGLÊS / ESPANHOL / FRANCÊS / GALEGO

ADMINISTRATIVA

BE180131

F

06/07/1963

FRANCÊS / INGLÊS / ESPANHOL

PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE

BE180132

F

28/07/1976

ESPANHOL

GESTÃO COMERCIAL E MARKETING

BE180133

F

ESPANHOL / FRANCÊS / INGLÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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novembro de 2014

ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

Medfest: gastronomia como trampolim para o desenvolvimento sustentável do turismo

Oito países juntaram-se para promover o turismo sustentável e atenuar a sua sazonalidade, usando a gastronomia mediterrânica como principal atrativo. O resultado é o Medfest, um projeto europeu de três anos (2017-2019), inserido no programa de cooperação Interrreg-MED, que tira partido do crescente interesse pela área gastronómica.

U

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

m estudo da World Food Travel, feito em 2016, indica que 93% das pessoas que viajam podem ser consideradas “food travelers” (viajantes gastronómicos), ou seja, pessoas que participaram em pelo menos uma experiência gastronómica (com bebida ou comida) nos últimos 12 meses, de acordo com a definição da referida organização. Experiências como visitar uma adega, uma escola de culinária, participar numa prova de vinhos ou de uma determinada iguaria, visitar uma feira temática (produto alimentar), conhecer uma rota gastronómica ou fazer compras numa mercearia local ou loja gourmet, faz do viajante um turista gastronómico. Tudo isto tem impacto positivo na economia local. Com essa convicção nasceu o projeto Medfest, cuja missão, como se lê na página web, é “promover o desenvolvimento de base local com vista à melhoria da qualidade

70 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2018

de vida nas suas múltiplas dimensões”. O projeto junta Portugal, Croácia, Chipre, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, e Itália e está inserido no programa de cooperação Interreg-MED. Artur Gregório, responsável pela Associação In Loco, que gere o Medfest em Portugal, explica que se trata de um projeto de três anos, com um financiamento de 2,218 milhões euros para os oito países. O FEDER contribui com 1,885 milhões euros. A decorrer desde 2017 e até 2019, o projecto visa “encontrar ligações entre a herança culinária Mediterrânica e formas sustentáveis de turismo, projetar uma nova oferta turística no interior do litoral e trazer desenvolvimento sustentável nos meses da época baixa e integrar as experiências culinárias MED nos planos existentes e salvaguardá-los como parte de um património europeu comum”, informa Artur Gregório. O responsável do Medfest em Portugal

diz que a primeira fase do projeto serviu para “definir os critérios de sustentabilidade para as experiências de turismo gastronómico baseado na herança cultural mediterrânica”. Na segunda fase pretende-se “mapear a nível nacional e internacional os melhores projetos e iniciativas, criando massa-crítica para a criação ou consolidação de destinos de turismo gastronómico sustentável”. Já a terceira fase será a do “desenvolvimento de projetos-piloto em cada um dos oito países e disseminação dos resultados de forma a estimular a integração das boas-práticas e das ferramentas desenvolvidas nas políticas públicas e nas estratégias empresariais”. O responsável pelo projeto em Portugal faz para já um balanço muito positivo: “É crescente a adesão de empresas, entidades setoriais e, principalmente, do público, para a oferta de experiências de turismo gastronómico sustentável que incorporem a descober-


espacio de ocio

espaço de lazer

este ano e terá continuidade em 2019, “culminado com o evento final, em setembro de 2019, durante a VII Feira da Dieta Mediterrânica, onde todos os oito países participantes no Medfest apresentarão os seus projetos-piloto e todos os produtos e ferramentas alcançados serão devolvidos à comunidade e aos agentes do setor”. 

ta do território, das suas comunidades, do país, dinamizadas por empresas, associações, municípios, todas com caráter saberes e sabores.” O orçamento da Associação In Loco é muito interessante, revelando que, por de 336 mil euros, revela Artur Gregório. todo o país, muitas empresas, entidades “Não é muito, para os objetivos ambi- e organizações estão a desenvolver um ciosos a que a parceria se propôs. No trabalho notável em torno da preserentanto, com fortes parcerias regionais, vação e valorização do estilo de vida temos conseguido amplificar substan- mediterrânico”, como salientava a nota cialmente o impacte dos investimentos de imprensa do Medfest. Artur Gregório sublinha que “todas previstos.” Um bom exemplo disso é o da Feira as principais atividades são desenhadas da Dieta Mediterrânica, que decorreu e concebidas de forma colaborativa, entre os dias 6 e 9 de setembro, em sendo apenas específicas a cada parceiro Tavira (Algarve), assinala o responsável: o desenvolvimento do seus projeto“O Medfest dinamizou um programa -piloto”. O português “consiste na afirde mostras gastronómicas do que mação de Portugal como um destino de de melhor o Mediterrâneo tem para excelência para o turismo gastronómico oferecer e em que, este ano, conseguiu sustentável, tendo a herança cultural atrair milhares de visitantes, mais de Mediterrânica e o seus estilo de vida 120 stands de toda a Península Ibérica, como base”. O “embaixador” Medfest 390 provas de vinhos do Algarve, 580 em Portugal é o chefe Vitor Sobral, provas de azeites do Algarve, 1.300 “um paladino da defesa e promoção provas de mel do Algarve e mais de da gastronomia nacional”, nota Artur 3.500 provas de gastronomia medi- Gregório. Conhece-se já o primeiro roteiro de terrânica, de norte a sul de Portugal. Tudo isto em parceria com a Região descoberta desse património, que foi de Turismo, a Universidade do Algarve, apresentado em Alvalade, no passao Município de Tavira e as Escolas de do mês de março, “ligando de forma Hotelaria e Turismo do Algarve e de muito lenta Lisboa a Tavira”, frisa o responsável do Medfest em Portugal, V.R.S. António.” Durante esta VI Feira da Dieta acrescentando que “o próximo está em Mediterrânica foram anunciados tam- desenvolvimento e pretende ligar esse bém os vencedores de outra iniciativa património de sabores mediterrânios do Medfest: as quatro melhores expe- de norte a sul, ao longo da mítica riências de turismo gastronómico sus- Nacional 2”. Será “polvilhado pelas tentável de Portugal (ver caixa). “Foram melhores experiências gastronómicas apresentadas candidaturas de norte a sul de Portugal”. A iniciativa foi iniciada

As quatro melhores experiências de turismo gastronómico sustentável “Couscous Transmontano”: projeto de Bragança, “que se propõe reabilitar este cereal esquecido, mas que existe em Portugal desde o tempo dos árabes, dos mouros aos sefarditas”. “Almoce e jante connosco”: projeto das Aldeias de Portugal (norte), que quer “abrir as portas das casas das aldeias históricas e oferecer aos turistas uma imersão na vida real dos habitantes, através de uma refeição tradicional e do convívio em família.” “À noite no mercado”: projeto de Mértola focado no produto. “Os mercados municipais de Mértola e Mina de S. Domingos acolhem todos os que quiserem participar numa conversa em torno de temáticas associadas à alimentação ou a um produto local, de época. Quem vem é convidado a trazer algo de casa para partilhar, e depois da conversa, come-se – claro -, e canta-se.” “Taste Algarve”: projeto de Tavira, que “promove a gastronomia algarvia e os produtos locais através de workshops de cozinha, provas de degustação, visitas a produtores locais e programas gastronómicos desenvolvidos numa tradicional fazenda algarvia, o Monte do Álamo”.

OUTUBRO DE 2018

AC T UA L I DA D € 71


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural Teatro

“À espera de Godot” no Teatro Nacional D. Maria II

“Nada é real. Tudo é pretexto para passar o tempo, por nenhum sentido que faça. Estar vivo. Estar no palco.” A sinopse da encenação de David Pereira Bastos do texto de Samuel Beckett aponta o caminho seguido. O encenador propõe “uma leitura rítmica ou musical”, onde a espera ocupa lugar tal como silêncio integra o ritmo do texto. Escrito originalmente em francês, a peça “À espera de Godot” é uma referência do chamado Teatro do Absurdo. A versão em cena na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II é uma “uma montagem assente no trabalho de ator e na escuta permanente do texto e da partitura proposta por Beckett”. David Pereira Bastos quis questionar: “Como manter o tempo vivo para atores e público? Como ser-se livre enquanto criadores e artistas com um texto com tantas restrições impostas pelo autor?” A interpretar este clássico contemporâneo do irlandês Samuel Beckett estão os atores Bruno Simão (também responsável pela cenografia), David Pereira Bastos, Miguel Moreira e Rui M. Silva. Recorde-se que o dramaturgo, nascido em 1906 e falecido em 1989, recebeu o Nobel da Literatura em 1969. Além de “À espera de Godot”, Beckett foi consagrado também pelas peças “Dias Felizes” e “Fim de partida”. Histórias contadas através de uma mistura de metafísica, tragédia e burlesco. Até 7 de outubro, na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II

72 act ualidad€

outubro de 2018

Exposições

“Educação Sentimental. A coleção Pinto da Fonseca” A Coleção António Pinto da Fonseca vista pelo seu filho Victor Pinto da Fonseca. Esta é a proposta do museu Arpad Szenes - Vieira da Silva, que abre a nova temporada de exposições com “uma seleção de obras de uma colecção particular de arte contemporânea, construída ao longo das décadas de setenta e oitenta do século XX. São cerca de sessenta obras de trinta artistas portugueses, provenientes das décadas de 1960 a 1980. Na mostra estão representados artistas consagrados como Álvaro Lapa, Joaquim Rodrigo, Menez, Paula Rego, José Guimarães, Dacosta, Vespeira, Rui Chafes, Vieira da Silva e Arpad Szenes, entre muitos outros. “É uma seleção que alia a razão ao coração, e a memória histórica à memória afetiva: Educação sentimental - A coleção Pinto da Fonseca, funciona a vários níveis, o registo do gosto do colecionador, o registo geracional da passagem de testemunho de pai para filhos, o registo do reconhecido valor histórico e artístico do núcleo de obras aqui representado.” Tratase da “visão curatorial do ponto de vista de quem cresceu com a coleção e acompanhou a sua evolução e que aprendeu sobre a arte e sobre a vida a partir da interação com o seu desenvolvimento”. Na sinopse da mostra, o museu assinala que “são vários os colecionadores portugueses que constituíram conjuntos de obras que, pela sua coerência, valor histórico e artístico, surgem como autênticos núcleos museológicos. A colecção Pinto da Fonseca é um destes casos, especial e indispensável.” A exposição vai ser acompanhada por um catálogo que inclui as obras expostas e outras que não figuram na mostra, uma biografia de António Pinto da Fonseca e um texto crítico de João Silvério. Está igualmente prevista a apresentação de um documentário sobre a coleção.

Até 13 janeiro de 2019, no Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva, em Lisboa

“1968: O Fogo das Ideias”, por Marcelo Brodsky, O Museu Berardo acolhe a primeira exposição em Portugal do artista e ativista argentino Marcelo Brodsky. A mostra faz-nos recuar até ao final da década de 60: “Em conformidade com a prática de investigação documental de Brodsky, esta exposição revela momentos de manifestação social ocorridos nos anos ‘60, permitindo também de certo modo um melhor entendimento do terror então vivido na Argentina — país do qual o artista esteve exilado até ao final da ditadura. São imagens vindicativas que nos inserem na Poor People’s March, em


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Washington, nas manifestações contra a Guerra do Vietname que ocorreram em Berlim, Londres ou Tóquio, ou mesmo nas diversas manifestações e campanhas estudantis contra as estruturas governamentais que aconteceram no Brasil, na Argentina, em França e em Portugal. Pela primeira vez, estas obras são justapostas não só com publicações daquele período que figuram em coleções portuguesas, assim permitindo um entendimento contextual destes momentos que gritaram por um mundo mais justo, como também com a série de vídeos Acción Visual, assinada por Brodsky e Natalia Hendler. A exposição cria também diálogos inéditos entre a obra de Brodsky e as de outros artistas, como Marcel Broodthaers (Coleção MACBA) ou Ricardo Martins.” “1968: O Fogo das Ideias” tem a curadoria de Inês Valle: “Que são as revoluções senão um fogo de ideias que ferve no nosso interior e nos faz sonhar com vidas melhores num mundo mais justo?” A mostra acontece numa altura em que se assinalam os 50 anos da luta dos trabalhadores e estudantes, bem como dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, incitando “uma reflexão sobre as batalhas e os

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desejos para os quais as nossas vozes nunca poderão ser silenciadas”.

Até 6 de janeiro de 2019, no Museu Berardo (CCB), em Lisboa

Livro

“Ager Tributarius” Foi apresentado em Madrid o livro “Ager Tributarius”, descrito como “bíblia iconoclasta da indigestão 93 que ainda hoje nos mantém vivos à custa da submissão com que a nova sacralidade, o estado laico, nos regala…”. A obra, assinada pelo coletivo Egas Gargalo, integra textos compliados por José Alfonso de Mateo García (terceiro, na foto, da esquerda para a direita). Testemunhos de pessoas de diferentes países, múltiplas profissões e idades semelhantes. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

A fotografia de Robert Mapplethorpe em Serralves A primeira mostra em Portugal dedicada à produção artística do fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe foi inaugurada no mês passado, no museu da Fundação de Serralves. Autor de obras polémicas e provocadoras (algumas delas expostas numa sala que apenas permite o acesso a menores, se acompanhados dos respetivos pais), o fotógrafo “marcou a história da fotografia e

da arte contemporânea”, como assinala a sinopse da mostra, comissariada por João ribas, ex-diretor do Museu de Serralves (demitiu-se dias depois de inaugurada a exposição). “Da obsessão pela geometria ao rigor da composição, da luz ao enquadramento dos objetos, as obras desta exposição mostram o total controlo que Mapplethorpe atingiu na sua obra, onde nada é casual e tudo é construído – uma mise en scene dentro de um quadrado perfeito”, lê-se ainda na sinopse, que qualifica Robert Mapplethorpe como “o fotógrafo que capta os corpos e formas e as compõe como esculturas no espaço da sua lente”.

A retrospetiva exibe 179 trabalhos do artista: as primeiras colagens e polaroides, fotografias de flores, nus, retratos e imagens de cariz sexual. Robert Mapplethorpe nasceu em Nova Iorque, em 1946, e morreu em Boston, em1989. Chegou a estudar pintura e escultura e “foi influenciado pela arte de Joseph Cornell e Marcel Duchamp, mas também pela fotografia do século XIX de Julia Margaret Cameron e outros, de que se tornaria um ávido colecionador”. Serralves assinala que “as suas primeiras colagens, assemblagens e fotografias (estas inicialmente realizadas com uma câmara Polaroid) revelam o interesse crescente pela sexualidade e pela composição — ângulos retos, formas geométricas de luz — que viria a definir a sua obra matura”. A partir de 1975 passa a trabalhar “com uma câmara Hasselblad totalmente manual, cujo visor enquadrava o mundo num quadrado, Mapplethorpe começa a recorrer a exposições longas e composições metodicamente dispostas e ordenadas no seu estúdio para criar retratos, nus e naturezas-mortas, cujos equilíbrio, ordem e conteúdo redefiniram a fotografia como forma artística”. A sinopse salienta ainda que “Mapplethorpe tratou todos os seus temas com igual atenção e precisão, desde órgãos sexuais ou arranjos de flores até aos retratos de amigos, amantes, celebridades e colaboradores, transformando a fotografia numa performance controlada entre o artista e o seu sujeito”.

Até 6 de janeiro de 2019, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto outubro de 2018

ac t ua l i da d € 73


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Statements Para pensar

“[O mercado imobiliário em Portugal] está quente” Richard Thaler, prémio Nobel da Economia de 2017, “Negócios.pt”, 17/9/18

“Acho que quem está a pagar pouco de entrada [num empréstimo para compra de casa] está a correr demasiados riscos (...) Eu sou um otimista por natureza, por isso, não vou dizer que a catástrofe está aí ao virar da porta, mas certamente pode acontecer” Idem, ibidem

”Os spreads dos vários produtos – crédito à habitação e crédito às empresas, mesmo naquelas com um rating normal, que nem é rating bom - voltaram a ser concorrenciais. E na minha opinião o custo do dinheiro até é inferior ao que deveria ser. Hoje em dia qualquer cliente tem quatro ou cinco bancos onde pode procurar as melhores condições. O crédito novo em Portugal é feito em condições muito alinhadas com o resto da Europa” Nuno Amado, chairman do Millennium bcp, “Público”, 24/9/18

“As empresas portuguesas foram particularmente afetadas pela crise económica global, num efeito motivado pela exposição do tecido empresarial português ao financiamento bancário, a par do enorme peso, no mercado nacional, de pequenas empresas com uma percentagem de PME e microempresas acima da média europeia (...) Esta dimensão mais reduzida torna--as mais vulneráveis, impossibilitando que tenham acesso a financiamento em condições mais favoráveis ​​e, assim, colocar-se numa melhor posição para aproveitar economias de escala e competir num ambiente internacional cada vez mais exigente” Paulo Costa, diretor-geral da Axesor em Portugal, sobre as vulnerabilidades ao nível do rating e condições de acesso a financiamento das empresas portuguesas, “Jornal Económico”, 24/9/18

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