Actualidad
Economia ibérica dezembro 2018 ( mensal ) | N.º 258| 2,5 € (cont.)
Sintonia ibérica pág. 28
Liderança ibérica da Luís Simões pág. 12
Caderno Especial XXIII Torneio Ibérico de Golfe CCILE Pág. 35
Economia mais sustentável permitiu gerar emprego e mais riqueza pág. 52
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índice
Foto Sandra Marina Guerreiro
Índice
Pool Moncloa/Borja Puig de la Bellacasa
Foto de capa
Nº 258 - dezembro de 2018
Actualidad
16.
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Manuela Ramos
Os cenários de incerteza do Brexit
Grande Tema
Estrategia ibérica contra la despoblación
28.
Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Manuela Ramos (manuela@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89
Editorial 04.
La cumbre que quiere acabar con la despoblación transfronteriza
Atualidade
Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha
18.
“O Livro dos Fazedores”, a história dos que decidiram ficar
20.
Málaga se consolida como ciudad clave para la inversión extranjera
22.
Portugal Holiday Services traz serviço premium de transporte
E mais... 06. Apontamentos de Economia 26.Marketing 35.Caderno Especial 52.Eventos 58.Vinhos & Gourmet 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
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La cumbre que quiere
acabar con la despoblación transfronteriza
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Fotos Pool Moncloa/ Fernando Calvo
na cumbre más, y ya son hablar de “repoblar” zonas que 30. Los Gobiernos de han perdido un buen número de Pedro Sánchez y António habitantes en los últimos tiempos, Costa volvieron a cele- especialmente en las zonas rurales. brar su encuentro bilate- Costa, por su parte, cree que la ral anual, esta vez en Valladolid, creación de un grupo de trabajo para repasar todos los temas en que desarrolle esta estrategia en agenda alcanzando acuerdos en los próximos meses es un “paso distintas materias. Hace ya años hacia adelante” en la consecución que estas cumbres se redujeron de unos resultados que frenen a pocas horas, aunque por detrás la sangría poblacional y ayude hay mucho trabajo de preparación, a las regiones transfronterizas a especialmente para todo el perso- mejorar su situación socioeconal que trabaja en las embajadas. nómica. Los dos mandatarios En esta ocasión la cita ha servido firmaron un memorando para para sentar las bases para buscar adoptar una estrategia común de soluciones conjuntas a un proble- despoblamiento y envejecimiento ma común: la desertización y el que arroje conclusiones el 30 de envejecimiento. Se quieren bus- abril de 2019.Uno de los anuncar proyectos para desarrollar de cios realizados en Valladolid que forma coordinada en las regiones ayudará en este proyecto será el compromiso de concretar la tan transfronterizas. Sánchez es partidario de dar deseada conexión por carretera un enfoque positivo al problema entre Zamora y Braganza, fundade la despoblación, y optó por mental para ofrecer a esta zona un
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contacto directo con Europa. Y un año más se abordó el tema de los incendios que tantos quebraderos de cabeza y sufrimiento traen cada verano a los dos países. Se hizo hincapié en el avance de la prevención conjunta y la lucha común por los incendios para que los bomberos puedan intervenir en el país vecino sin problema. Mundial de fútbol La cumbre también estuvo marcada por la posibilidad de que España, Portugal y Marruecos puedan configurar una candidatura conjunta para albergar el Mundial de Fútbol de 2030. La noticia ya se había avanzado días antes en algún medio de comunicación y no llegó de sorpresa pero sí captó gran parte de la atención mediática. Sánchez se mostró entusiasmado por la idea mientras que Costa cree que hay por delante muchos aspectos que perfilar. Un proyecto que para hacerse realidad no sirve solo la voluntad de los Gobiernos sino que son las federaciones de cada país las que se tienen que poner de acuerdo, y eso ya es otra historia. Sin olvidar que como muy bien recordó Costa, haría falta que la FIFA modifique sus estatutos para permitir que países de distinto continente puedan organizar conjuntamente la cita mundialista. A pesar de todo, Sánchez lo ve como una idea capaz de unir y de tender puentes en un proyecto inédito en la historia de los mundiales de fútbol. E-mail: brodrigo@ccile.org
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Millennium bcp e Associação dos Jovens Agricultores assinam acordo de cooperação
O Millennium bcp e a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) acabam de celebrar um protocolo de cooperação, que estabelece termos e condições financeiras preferenciais, designadamente na concessão de empréstimos, prestação de garan-
tias bancárias, adiantamento de incentivos e antecipação de financiamentos comunitários através do banco liderado por Miguel Maya (na foto, com Firmino Cordeiro, diretor-geral da AJAP). Trata-se, assim, de um vasto e abr angente acordo que engloba todos os seus associados, membros-aderentes e entidades protocoladas (cooperativas, associações, federações e centros de gestão) e ainda, também, a título individual, os termos e as condições bancárias e financeiras específicas, para todos os gestores,
trabalhadores e técnicos agrícolas, isto é, a todos os agentes relacionados com o universo AJAP. Depois de ter sido recentemente assinado um outro acordo com a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), o Millennium bcp sinaliza – através deste protocolo com a AJAP – a renovação geracional dos empresários agrícolas e propõe-se a reforçar as soluções financeiras que têm vindo a ser desenvolvidas no apoio aos agricultores, e em particular aos jovens agricultores, quer seja pelo apoio financeiro na gestão da sua atividade corrente, através do financiamento das ajudas, quer através da antecipação de incentivos do PDR 2020, permitindo contratualizar o adiantamento dos financiamentos comunitários no investimento do setor primário.
Sonae Arauco investe 42,4 milhões de euros na fábrica de Mangualde A Sonae Arauco assinou, no passado dia 16, um contrato de investimento relativo à sua fábrica de Mangualde, que permitirá criar uma dezena de postos de trabalho e alargar a sua gama de produtos de painéis de fibra de madeira (MDF). A cerimónia, onde esteve presente o primeiro-ministro, António Costa, decorreu nas instalações da empresa em Mangualde, tendo o contrato sido assinado no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva. Este investimento visa a implementação de uma nova linha de produção de painéis de MDF de baixa espessura, com elevada flexibilidade, eficiência, capacidade produtiva e elevadas características de sustentabilidade ambiental e ainda com capacidade para promover o alargamento da gama de produtos
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da Sonae Arauco, nomeadamente no que toca aos painéis de MDF de espessura reduzida. Neste sentido, a Sonae Arauco, resultado de uma parceria estratégica entre a portuguesa Sonae Indústria e a chilena Arauco, pretende investir mais de 42 milhões de euros, prevendo-se a criação de uma dezena de postos de trabalho, bem como a realização de investimentos para reforço da sustentabilidade ambiental do processo produtivo da unidade. Atualmente, a unidade de Mangualde conta com mais de 200 trabalhadores, tem uma capacidade de produção de 360 mil metros cúbicos e a sua faturação ascende a cerca de 80 milhões de euros por ano. O CEO da Sonae Arauco, Rui Correia, salientou no evento que este apoio do Estado “potenciará a concentra-
ção em Portugal do fornecimento de MDF fino para o mercado nacional e para mercados de exportação, por via da produção destes produtos em Mangualde, substituindo assim, atuais importações”. A Sonae Arauco tenciona, assim, dar continuidade a outros investimentos realizados em Portugal, sendo a disponibilidade de matéria prima o principal desafio que identifica para o futuro, estando em curso o planeamento e a implementação de ações que visam abordar e mitigar este risco. Recorde-se que a Sonae Arauco é uma das maiores empresas de painéis derivados de madeira do mundo. Conta com presença industrial em quatro países, onde emprega cerca de três mil pessoas (800 das quais em Portugal), levando os seus produtos a mais de 75 países.
Breves MAPFRE propõe soluções exclusivas para alojamento local
A seguradora MAPFRE acaba de estabelecer uma parceria com a AHRESP, Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, permitindo aos seus milhares de associados e empresários do setor, usufruir de condições exclusivas e inovadoras para o Alojamento Local, especificamente nos seguros de Responsabilidade Civil Exploração, Acidentes Pessoais e Multirriscos Empresa. Desde o início deste ano até outubro, surgiram 22.550 novos estabelecimentos de alojamento local, o maior aumento registado ao longo do período de boom da atividade em Portugal, sendo Lisboa o con-
celho de maior concentração, com mais de 15 mil registos. De acordo com o Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local, em Portugal a atividade cresceu cinco vezes nos últimos quatro anos, aumentando de 14 mil registos, em 2014, para mais de 77 mil estabelecimentos este ano. A atual legislação, e sobretudo as recentes alterações, vieram trazer mais obrigações e responsabilidades aos proprietários de alojamentos locais, perante terceiros e em relação aos seus hóspedes e bens. Uma queda provocada por um pavimento escorregadio, uma intoxicação causada por uma refeição, uma rutura de canalização na casa de banho, ou um dano a um hóspede provocado por um candeeiro que cai, são exemplos de algumas preocupações dos responsáveis pela exploração deste tipo de alojamentos, já que, independentemente da existência de culpa, são responsáveis pela reparação dos danos.
Endesa lança novos pacotes para eletricidade e gás A Endesa lançou há duas semanas todos os meses, (com packs de a “Tarifa Power Pack”, que consiste luz desde 18,90 euros por mês, e na oferta de vários pacotes com de gás desde 7,50 euros por mês. limites anuais de kWh, escolhidos “Através da oferta de packs anuais, de acordo com as necessidades de a Endesa tem como objetivo simconsumo de cada cliente. Ao exce- plificar o modo de contratação de der o limite anual do consumo, este energia, aproximando-o do setor será faturado ao preço da tarifa das telecomunicações, diminuindo base da Endesa. desta forma a complexidade do Por outro lado, a empresa pro- mercado energético”, destaca a põe o pagamento de um valor fixo Endesa, em nota de imprensa.
Linha Capitalizar Turismo com 130 milhões de euros A linha de crédito Capitalizar Turismo, no valor de 130 milhões de euros, vai “financiar a criação e requalificação de projetos turísticos”, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, na abertura do 30.º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal, que decorreu no mês passado em Lisboa. A nova linha, que também servirá para a capitalização das empresas turísticas, terá “maturidades prolongadas e períodos de carência de quatro anos”, havendo também uma nova linha no âmbito da sustentabilidade ambiental de que as empresas turísticas poderão beneficiar. Capitalizar Turismo é um subprograma do Capitalizar, que se destina a reforçar a autonomia financeira das empresas e a permitir investir com mais capitais próprios e menos a crédito. O programa Capitalizar, que tem uma dotação de 2,9 mil milhões de euros, destina 174 milhões para o setor turístico. Produção automóvel em Portugal cai 10,6% em agosto A produção automóvel nacional registou uma quebra no mês de agosto, o que “está associado às habituais paragens nesta época do ano”, referiu a Acap. Em agosto, foram produzidos em Portugal 7.694 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se verificado uma queda de 10,6%. Quanto ao total produzido nos primeiros oito meses de 2018, registou-se um crescimento de 85,3%, correspondendo a 189.544 unidades fabricadas. A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional, com 90,2%. DHL assina acordo com a ANA para construção de novo terminal A DHL Express anunciou a celebração de um acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal para a construção do novo terminal de carga expresso localizado no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. No início de 2019, o novo terminal logístico da companhia global, vai começar a ser construído e irá completar a rede europeia da DHL. Prevê--se que esteja pronto no segundo trimestre de 2020 e a operar na sua total capacidade. Através de um compromisso de 40 milhões de euros, este novo terminal vai permitir quadruplicar a atual capacidade de processamento do terminal de Lisboa, para 6.500 peças por hora.
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Gestores
em Foco
Andrés Pan de Soraluce (na foto) foi nomeado diretor-geral da Acciona Inmobiliaria. A sua designação pretende contribuir para acelerar a estratégia de crescimento da companhia na promoção residencial nos mercados de referência, como Espanha, México, Polónia e Portugal. No mercado português, a Acciona decidiu avançar para a área da promoção residencial e prevê a participação, entre outros, no projeto de construção e promoção de uma centena de imóveis no centro de Lisboa, em parceria com a Clever Red, imobiliária especializada na reabilitação de edifícios para diferentes usos nos principais bairros da capital portuguesa. O gestor era, até setembro, o presidente e CEO da OHL Desarollos, companhia especializada no desenvolvimento de projetos hoteleiros e urbanísticos, onde liderou projetos emblemáticos, como o Centro Canalejas (Madrid), Old War Office (Londres) ou Mayakoba Resort e Ciudad Mayakoba (México). O grupo GeoPost, segundo maior operador de distribuição de encomendas na Europa, nomeou Olivier Establet (na foto), atual CEO da Chronopost Portugal e Seur Portugal e administrador da Seur em Espanha, para diretor geral na América Latina, dando continuidade à expansão das suas atividades na região. À frente dos negócios da GeoPost em Portugal há mais de 20 anos, Olivier Establet conduziu, há dois anos, todo o processo de aquisição da Jadlog, a segunda maior rede privada de entrega de encomendas no mercado brasileiro, acumulando, a partir de agora, as funções de presidente da JadLog no Brasil com as de CEO da Chronopost e Seur em Portugal. A nova função assumida por Olivier Establet implica a monitorização e expansão das atividades no Brasil e a coordenação do desenvolvimento de novos projetos de expansão noutros países da América Latina.
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BPI apoia a internacionalização das empresas portuguesas com a iniciativa “Negócios com o mundo” O BPI realizou, no passado dia 30 de outubro, a sua primeira edição da iniciativa “Negócios com o Mundo”, um programa de sessões presenciais de aconselhamento personalizado no qual as empresas interessadas em impulsionar a sua atividade internacional se reúnem com representantes da rede internacional do grupo CaixaBank. O encontro, que se realizou no Porto, reuniu empresas portuguesas com os representantes das sucursais internacionais do grupo CaixaBank da Alemanha, Reino Unido, Polónia e Marrocos, que apresentaram as soluções do BPI para o negócio internacional, o qual beneficia da rede global do CaixaBank. Após um breve período de perguntas e respostas, iniciaram-se cerca de 40 sessões personalizadas entre as empresas e os representantes das sucursais. Durante todo o dia, os empresários
tiveram a oportunidade de obter informação sobre os mercados e esclarecer dúvidas sobre como fazer negócio nesses países. Participaram na jornada empresas dos setores da energia e da indústria, entre outros. Com esta iniciativa de colaboração entre o BPI e o CaixaBank, os clientes do BPI que pretendam diversificar o seu negócio através da internacionalização podem beneficiar da experiência e conhecimento dos profissionais da rede internacional do grupo CaixaBank, presente em mais de 20 países.
EDP quer duplicar venda de serviços adicionais aos seus clientes A EDP Comercial quer alcançar até 2021 uma quota de 40% dos seus clientes cobertos por serviços adicionais, além do fornecimento de energia, afirmou a administradora Vera Pinto Pereira. A meta implica mais do que duplicar a posição atual da empresa, que no final de setembro tinha 18% dos seus clientes cobertos por serviços de valor acrescentado, de acordo com as contas publicadas pela EDP. Para cobrir 40% dos clientes com serviços, a EDP conta não só vender mais o serviço “Funciona”, mas também outros produtos, como soluções de energia solar, de eficiência energética, planos de saúde, entre outros. Para Vera Pinto Pereira, “o preço é uma dimensão importante, mas não é a única. O que a EDP proporciona é um conjunto de serviços de enorme
qualidade”, defendeu a gestora, num encontro com jornalistas. Na ocasião, a administradora da EDP apresentou uma nova campanha publicitária que a empresa produziu e fez um balanço dos seus primeiros sete meses na empresa. Segundo a mesma responsável, este ano as vendas do serviço “Funciona” (que facilita a assistência técnica e reparações de eletrodomésticos) em Portugal estão a crescer 15%, enquanto a venda de serviços de eficiência energética a clientes empresariais está a crescer 37%. Vera Pinto Pereira revelou ainda que, no âmbito da internacionalização da EDP Comercial, o grupo irá nos próximos meses começar a vender eletricidade a clientes empresariais na Polónia. França, Itália e Texas serão os mercados futuros onde a EDP irá comercializar também energia.
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Breves El mercado libre sigue impulsando el beneficio neto de Endesa que crece un 10% Endesa ha presentado unos resultados muy positivos en los nueve primeros meses del ejercicio gracias a la buena gestión del mercado liberalizado, la estable evolución del mercado regulado y la recuperación del margen del negocio de gas. Todo ello se ha producido en un contexto de elevados precios de las materias primas energéticas y de alza significativa de los precios del CO2, lo que ha dado lugar, a su vez, a elevados precios en el mercado mayorista, a pesar de que la generación hidráulica ha alcanzado niveles superiores a la media de los diez últimos años y de que la producción eólica se ha incrementado en un 3,3%. “En este contexto de precios altos, la compañía ha dado muestra otra vez de su capacidad para realizar una gestión eficaz de sus negocios en un entorno complejo y cambiante”, ha asegurado el consejero delegado de Endesa, José Bogas. MAPFRE y Verti comercializarán sus seguros en Wallapop Las aseguradoras Mapfre y Verti han llegado a un acuerdo con Wallapop para la comercialización de seguros dentro de su web de compraventa de productos en España. El eje fundamental de la colaboración será la posibilidad que tendrán los clientes de Wallapop de calcular en detalle los seguros de auto, moto, hogar o bicicletas, y finalmente contratarlos en Mapfre o Verti si así lo desean. Con ello, el grupo Mapfre busca la mejora de la experiencia de usuario y da otro paso más en su transformación digital y la innovación constante en todos sus procesos y canales de distribución. Para Wallapop, que cuenta con más de 30 millones de usuarios en España y más de 100 millones de productos subidos en la plataforma, le permite mejorar la experiencia de compra y venta entre sus clientes, ofreciendo mayor seguridad en las transacciones gracias a los seguros de Mapfre y Verti. Indra entra en el capital de Finect para potenciar las soluciones de banca abierta Con la entrada en el capital de Finect, Indra busca reforzar su relación con el ecosistema emprendedor, así como canalizar y financiar iniciativas que aceleren la innovación. La alianza se ha cerrado a través del vehículo corporativo de Indra, Indraventures, y tiene como objetivo potenciar las soluciones pioneras de banca abierta de ambas compañías. Con sede en Madrid y con una plantilla de 26 personas, Finect ofrece herramientas de agregación financiera, análisis
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Santander mejora un 13% su resultado impulsado por Brasil y España El Ba nco Sa nt a nder obtuvo un beneficio en los nueve prime ros meses del año de 5.742 millones de euros, un 13% más que en el mismo periodo del año pasado. Sin tener en cuenta los tipos de cambio, la mejora del beneficio habría sido del 28%. El crecimiento en mercados clave de la entidad, especialmente en Brasil y España, compensaron la debilidad del negocio en Reino Unido y también el impacto de las depreciaciones de algunas divisas respecto al euro. En el tercer trimestre, el beneficio atribuido fue de 1.990 millones, un 36% más. La entidad que preside
Ana Botín mantiene su previsión de aumentar el beneficio por acción a doble dígito en el ejercicio, tras registrar un incremento del 5% en los primeros nueve meses del año, hasta los 0,331 euros. Brasil es el mercado más destacado en el beneficio, un 26% del total procede del país sudamericano. El negocio en España supone el 17% del beneficio y Reino Unido, el 14%.
Telefónica vende su filial aseguradora Antares a Catalana Occidente por 161 millones de euros
Telefónica ha vendido su filial aseguradora Antares al grupo Catalana Occidente, por 161 millones de euros. Esta operación reportará a la compañía de telecomunicaciones que preside José María ÁlvarezPallete unas plusvalías de 90 millones de euros y le permitirá recortar su deuda financiera neta en unos 30 millones, según ha informado la operadora en un comunicado
enviado a la CNMV. Una vez culminada la compra, Catalana Occidente integrará la plantilla de Antares, formada por unas 45 personas, y gestionará de forma exclusiva dur a nte diez años las pólizas colectivas del Grupo Telefónica. Telefónica creó Antares en 1987 para prestar servicios de seguros al grupo y sus filiales, aunque desde 2011 abrió el abanico para ofrecer sus productos también a particulares y colectivos de otras empresas. En la actualidad, la aseguradora opera en los ramos de salud, vida riesgo, accidentes y vida ahorro y cuenta con más de 200 mil asegurados.
Breves Importante presencia portuguesa en la feria Fehispor de Badajoz La vigésima novena edición de la feria multisectorial hispano-portuguesa Fehispor de Badajoz 2018 contó con la participación de 120 empresas, un 43 por ciento de las cuales procedentes de Portugal. Asistieron a la cita alrededor de 30.000 personas, de las que entre un 20 y un 25% fueron portugue- ción ha sido la gran exposición sas. Entre las actividades realiza- “Meccanos, la ciencia hecha juguedas, la presencia de un stand de te”. En total, se pudieron ver unos la eurociudad entre Badajoz, Elvas 80 modelos diferentes entre robots, y Campomayor, así como la zona relojes, ferrocarriles, automóviles, ‘Esencias hispanolusas. Encuentro barcos, aviones o atracciones de de sabores ibéricos: Mercado degus- feria. Otro de los atractivos fue un ta’ para la degustación y adquisición espacio de artesanía organizado de productos gastronómicos típicos por Extremadura Avante para prode ambos países. mocionar la marca “Artesanía de Una de las novedades de esta edi- Extremadura”.
de inversiones y herramientas para ayudar a las personas a gestionar su dinero, dentro de una plataforma que pone en contacto las necesidades de los inversores y los profesionales. Finect aplica inteligencia basada en modelos matemáticos y machine learning que calcula la conveniencia y propensión al consumo de determinadas claves de activos financieros. Cerealto y Siro se fusionan y crean un grupo con una facturación de más de 600 millones de euros Cerealto y Siro han cerrado un acuerdo para su integración en un mismo grupo alimentario multinacional, Cerealto Siro Foods, dedicado a la fabricación de marcas para terceros con unos datos consolidados estimados al cierre de este año superiores a 600 millones de euros de facturación y una producción superior a 400 mil toneladas. En la actualidad, cuenta con un equipo de más de 5.000 personas distribuidas en 17 centros de producción ubicados en España, Portugal, Italia, Reino Unido y México, además de un equipo local en EEUU. El objetivo del nuevo grupo, según ha destacado, es posicionarse en el mercado alimentario global con una oferta de productos que “responda a las necesidades de los consumidores en los diferentes mercados, con un modelo de negocio focalizado en la calidad, la eficiencia operativa y la innovación en productos y procesos”.
Exporpymes 2018 une 200 firmas y 16 mercados Las conversaciones en idiomas extranjeros, el intercambio de tarjetas y los contactos profesionales protagonizaron la jornada del día 20 de noviembre en Expocoruña, que un año más se convirtió en sede el Exporpymes, el evento que la Cámara de Comercio coruñesa organiza para impulsar la internacionalización de las pequeñas y medianas empresas gallegas. En su quinta edición, participaron dos centenares de firmas, que tuvieron ocasión de conectar con 70 importadores de 16 países distintos. La feria de exportación que organiza la Cámara de Comercio de A Coruña, Exporpymes, conectó ayer a 200 empresas gallegas interesadas en el mercado exterior con 70 importadores procedentes de 16 países. La intensa jornada celebrada en el recinto ferial de Expocoruña propició 2.400 contactos comerciales, lo que supone una media de 533 conversaciones a la
hora, para establecer nuevas oportuni- Couceiro recordó que A Coruña es la dades de negocio o bien cerrar acuer- cuarta provincia de España que más dos y detallar pedidos. Los mercados exporta– fundamentalmente debido al de Italia, Austria, Bulgaria, Guatemala grupo Inditex – y el alcalde de A Coruña, y República Checa fueron la novedad Xulio Ferreiro, defendió que estas cifras este año. “no se alcanzaría si no fuera por muchas El presidente de la Cámara, Antonio pequeñas empresas que nadie conoCouceiro, destacó durante la inaugura- ce”. El director de internacional del ción la “imagen sólida del empresariado Igape, Augusto Álvarez-Borrás, admitió gallego” que Exporpymes traslada a la necesidad de aumentar el número los mercados internacionales. El ente de pymes que exportan, mientras la cameral destacó que en muchos casos directora general de Pesca, Mercedes se trata de mercados de “difícil acceso” Rodríguez, valoró los productos pespara las pequeñas empresas gallegas, queros gallegos como “los más comera quienes esta feria brinda la oportuni- cializados en todo el mundo. dad de “exportar a países emergentes”. La CCILE marcó presencia un año más Las pymes participantes pertenecen a en este importante foro empresarial los sectores de la alimentación, bebidas, dedicado a la oferta gallega habienconstrucción y maquinaria. Este año do organizado una misión comercial destacó el aumento de importadores inversa de distribuidores portugueses de productos del mar. Todos ellos coin- de productos de alimentación y equicidieron en la calidad de los productos pamiento de frio para la industria aliexpuesto, incluidos los vinos de Galicia. mentaria.
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uís Simões hizo una gran inversión en Castilla La Mancha, en el Centro de Operaciones Logísticas (COL) de Cabanillas del Campo (Guadalajara). ¿Cuáles son las capacidades de este nuevo espacio y en cuánto puede contribuir a aumentar y mejorar el negocio de Luís Simões?
“Innovación y sostenibilidad” impulsan el liderazgo ibérico de Luís Simões En los últimos 10 años, la facturación de Luís Simões se ha incrementado un 50%, cerrando 2017 con 239 millones de euros, refiere José Luís Simões, presidente del consejo de administración de la transportadora de mercancías portuguesa. Para seguir creciendo, la compañia hizo inversiónes en Guadalajara y en diferentes puntos de Portugal, ampliando su capacidad logística. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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En Luís Simões estamos en constante búsqueda de la mejora de nuestras operaciones, por eso la innovación es un eje fundamental de crecimiento para nosotros. En este sentido, gran parte de nuestros esfuerzos inversores están dedicados a la ampliación, renovación y mejora de las instalaciones de nuestros Centros de Operaciones Logísticos, implementando procesos automatizados y dotándolos de las últimas innovaciones en el ámbito logístico. En el caso concreto de Cabanillas del Campo, con una superficie de 66.000m2 y capacidad para 95.000 pallets, la inversión se centró en la automatización de procesos, con especial foco en operativas de expedición, así como para el e-Commerce. Guadalajara es una zona estratégica para la operativa ibérica de Luís Simões, ya que actúa como eje vertebral para toda su actividad en España. En este sentido, nos permitirá reforzar nuestra posición de partner logístico de referencia en la Península Ibérica. ¿El grupo continúa liderando en el flujo de transporte entre Portugal y España? ¿A qué atribuye ese liderazgo y cómo pretenden mantenerla?
Construir una relación de confianza con nuestros clientes es una de nuestras máximas, siempre aportando la calidad y transparencia que nos define como compañía. Esto nos permite seguir sumando partners tanto en España como en Portugal. Por otro lado, gracias a la innovación como impulsor, hemos sido capaces de diversificar nuestra actividad y prestar servicios logísticos y de transporte en muy diferentes sectores de actividad, desde gran consumo y distribución, hasta la automoción. Además, seguimos trabajando y posicionándonos como referente en logística de e-Commerce
actualidad atualidade
y promocional, dos de las principales tendencias del sector en la actualidad. Nuestra apuesta por la sostenibilidad es otro de los elementos diferenciadores de Luís Simões. El binomio compuesto por innovación y sostenibilidad, ámbitos transversales a toda la compañía, impulsa nuestro liderazgo en el flujo de transporte entre Portugal y España, y hace que cada vez más compañías cuenten con nosotros para sus operativas logísticas y de transporte. ¿Cuánto vale actualmente el mercado español para Luís Simões, en volumen de negocios?
A partir del año 2000, nuestro negocio en España comenzó a expandirse de manera exponencial. Nuestras operaciones en el país se fueron consolidando y eso quedó claramente reflejado en las cifras de la compañía. De hecho, la facturación de Luís Simões en los últimos 10 años se ha incrementado un 50%, en gran parte gracias a la expansión llevada a cabo en España. En la actualidad, el mercado español representa un 50% de nuestra actividad ibérica. Sin embargo, seguimos trabajando y buscando oportunidades de crecimiento en el ámbito español, donde Guadalajara ya es una zona de suma importancia para toda nuestra operativa en el país, centralizando gran parte de la actividad. En qué otros mercados actúan?
Hoy por hoy, en Luís Simões estamos centrados en seguir impulsando el crecimiento de la compañía en la Península Ibérica, con la innovación y la sostenibilidad como principales motores. Continuaremos expandiendo nuestro negocio en España y fortaleciendo nuestra posición en Portugal. Aunque de momento no estamos mirando fuera de estas fronteras, siempre estamos atentos a posibles oportunidades que puedan surgir. ¿Cuáles son las perspectivas de crecimiento para el grupo, en términos internacionales?
Como comentaba, seguimos centra-
dos en nuestro desarrollo en España tra influencia geográfica, reforzando y Portugal, donde todavía detectamos así nuestra presencia en una zona con buenas vías de crecimiento. No obstan- fuerte componente industrial. te, en Luís Simões estudiamos todas las Además, este año también ampliaopciones para detectar nuevas oportu- mos nuestra capacidad en la zona del nidades. Algarve y reforzamos nuestra presencia en el sur de Portugal. De este modo ¿Cuál fue el volumen de negocios del logramos dar una mayor cobertura a grupo en 2017? algunos de nuestros principales clientes Luís Simões alcanzó una facturación de en el sector de alimentación y bebidas, 239 millones de euros en 2017, lo que un segmento clave para nosotros. supone un crecimiento del 7,7% respec- Recientemente inauguramos también to al año anterior. Además, podemos en Lisboa un nuevo depósito aduanero, decir orgullosos, que ejercicio a ejerci- gestionado por una de las diez emprecio mejoramos nuestras cifras, como sas que forman el grupo Luís Simões, demuestra ese crecimiento del 50% en EspaçoTrans. Este nuevo almacén, que dispone de cerca de 9.000m2 de superficie los últimos 10 años. cubierta y 4.000m2 exteriores, presta ser¿En Portugal, cuales son los proyectos vicios al puerto y al aeropuerto de Lisboa en curso? y a la estación de ferrocarril de Bobadela. En Luís Simões nos encontramos cons- Por otro lado, en 2017 realizamos una tantemente trabajando para mejorar importante ampliación de nuestro cennuestro servicio. Resultado de este tro en Palmela. Pasamos de contar con afán por la excelencia son algunos de una superficie de 4.500m2 a sumar los últimos proyectos llevados a cabo. 20.400m2, y de tener una capacidad Durante 2018 trasladamos nuestra ope- inicial de 6.500 pallets a alcanzar los rativa para el Grupo Bosch, con quien 19.000 pallets con la ampliación. Un trabajamos desde 2016, desde Gaia a proyecto que nos ha permitido sumar Aveiro, con el objetivo de ampliar nues- importantes operativas y clientes. DEZEMBRO DE 2018
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atualidade actualidad ¿Cuánto invierte la empresa al año en tecnología? ¿Qué resultados destaca de esas inversiones?
La búsqueda de eficiencia para la mejora de la calidad del servicio, situando siempre a las personas en el centro de toda línea de actuación, ha guiado la actividad de Luís Simões a lo largo de sus 70 años de trayectoria. En este sentido, la tecnología juega un papel fundamental. La inversión de Luís Simões en innovación es constante. De hecho, en los últimos 10 años hemos destinado más de 100 millones de euros a innovación. De esta importante cifra, una parte se destina a la renovación y automatización de estructuras y centros, y otra se dedica al desarrollo e implantación de tecnologías, como el pick & put to light o del nuevo sistema de gestión de transporte. El resultado de este esfuerzo inversor se concreta en una mejora de la eficiencia, de la productividad y de la calidad, así como en una mejora de nuestros indicadores de impacto medioambiental. ¿Qué innovaciones podemos esperar por parte de Luís Simões?
La automatización de nuestros Centros de Operaciones Logísticas son algunos de nuestros principales hitos innovadores. En estos procesos, además incorporarmos tecnologías que ayudan a mejorar las condiciones de trabajo de los profesionales y su productividad, ganamos en eficiencia. Un claro ejemplo de estos innovadores procesos de automatización es el COL de Cabanillas del Campo, en el que se ha construido un altillo de 3.000m2 para operaciones de logística promocional a 6m de altura, por encima de la zona de muelles, que cuenta con 2 zonas de copacking en depósito fiscal y 1 zona de copacking nacional. Por otro lado, en la rama de transporte, somos un operador digital. Gracias a nuestro Transportation Management System (TMS), a nuestros clientes se les permite una mayor agilidad en la 14 ACT UALIDAD€
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ejecución y finalización de los procesos, así como tener un mayor control y seguridad en toda la operativa. La progresiva digitalización de todas nuestras operaciones nos ha permitido establecer una interconexión con los sistemas de nuestros clientes en tiempo real, siempre on time y on line.
¿Qué desafíos enfrenta el grupo, en particular, y el sector del transporte y de la logística?
cada vez más consumidores. En este sentido, el auge del comercio electrónico y la necesidad de un mayor compromiso medioambiental son dos de los principales desafíos a los que nos enfrentamos. La innovación, de la mano de la sostenibilidad, se revelan hoy primordiales en cualquier estrategia a corto, medio y largo plazo de toda compañía de servicios logísticos. Para nosotros, la preparación para afrontar estos retos con éxito pasa por seguir creciendo e innovando, ampliando nuestra presencia en la Península Ibérica. De esta manera podremos responder de forma más eficiente a las nuevas necesidades del mercado en su conjunto y de nuestros clientes en particular. Para ello, seguimos apostando por el mercado ibérico con importantes proyectos como nuestro nuevo Centro de Operaciones Logísticas en Guadalajara. Un centro aún en desarrollo y que esperamos inaugurar a principios de 2019.
Nuestro principal reto también es nuestra mayor ambición: convertirnos ¿Cómo califica a Portugal en relación en un operador logístico y de transpor- con la logística y las condiciones de te de referencia en España y Portugal, transporte? posicionándonos como máximo refe- Estamos inmersos en un tiempo marcarente del sector en materia de sosteni- do por grandes cambios sociales y ecobilidad. En este sentido, los desafíos nómicos en España y en Portugal. Las son muchos pero, con trabajo y perse- nuevas formas de consumo y el auge del verancia, en Luís Simões estamos con- comercio electrónico están generando vencidos de que lograremos superarlos. nuevos tipos de consumidor, con una Por su parte, el sector logístico en serie de necesidades muy específicas. general se encuentra en un proceso La digitalización y el crecimiento de la de cambio y adaptación a las nuevas omnicanalidad están volviendo a centendencias de consumo. En la nueva trar el foco en toda la cadena de valor y era digital, la logística está adquiriendo no sólo en la última milla. una gran importancia como punto de En Portugal existe una buena infraesunión entre las transacciones digitales tructura y una cadena de valor con y las entregas de producto en su desti- músculo. Sin embargo, las nuevas exino final. La transformación avanza a gencias del mercado están atrayendo pasos agigantados y las demandas del a nuevos actores y nuevas formas de mercado son cada vez mayores, por lo hacer, por lo que el aprendizaje y la que una rápida capacidad de respuesta capacidad de adaptación a estos nuevos y una mayor agilidad en las operativas tiempos van a ser fundamentales para ya son, hoy en día, un importante reto seguir en el camino del crecimienque abordar. Una necesidad que se to. Una filosofía que forma parte del acentúa con el rápido crecimiento del ADN de Luís Simões desde sus orígee-Commerce como canal preferido por nes, hace ya 70 años.
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Os cenários de incerteza do Brexit
Que consequências terá a saída do Reino Unido para a União Europeia e como vão Portugal e Espanha ser afetados? O tema, que suscita várias perguntas e inquieta os empresários e políticos, foi debatido no passado dia 20, em Lisboa, dias antes de os líderes europeus darem “luz verde” ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
om um PIB de 2.324.293 milhões de euros e 65,8 milhões de pessoas, o Reino Unido (RU) representa 15,16% do conjunto do PIB da União Europeia (UE), que é de 15.326.468 milhões de euros. O PIB da Grã-Bretanha é o dobro do de Espanha (1.163.662 milhões de euros, o equivalente a 7, 59% do PIB da UE), cuja população é de 46,5 milhões de pessoas, e doze vezes superior ao de Portugal (193. 049 milhões de euros, o equivalente a 1,26% do PIB da UE), com 10,3 milhões de habitantes. Este raciocínio, proposto por Luis Valero, representante da Câmara Hispano
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Portuguesa, permite avaliar o peso do RU no conjunto dos países da UE. De que forma é que a anunciada saída do RU poderá afetar a UE, em geral e a Península Ibérica, em particular, foi o tema em debate no seminário “Brexit, uma negociação complexa”, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, em parceria com o Institute of Public Policy (IPP), no passado dia 20 de novembro, no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa. Luis Valero não tem dúvidas de que “a saída do RU será prejudicial para todos os europeus”. Sendo “o RU um dos que mais contribui para
o orçamento comum europeu, a sua saída irá emagrecer o orçamento”. A Embaixadora de Espanha em Portugal salientou “a importância do Reino Unido enquanto forte emissor de turistas para a Península Ibérica”, frisando que se deve apostar no bom relacionamento do resto da Europa com o membro que está de saída. Por sua vez, Carlos Farinha, presidente do IPP, alertou para “os novos desafios que se colocam também em termos de políticas públicas, que não podem ser seprados da discussão sobre o futuro da Europa”. Na vertente financeira, Cristina Casalinho, presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida
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Pública, concluiu que muitas das instituições financeiras britâncias para terem atividade, seguindo as regras europeias, com clientes do espaço europeu, só o poderão fazer através de entidades sedeadas em países membros da UE (sucursais, dealers ou brokers, regulados pela CMVM desse país). Ou seja, prevê-se uma crescente fragmentação do mercado, com um aumento de interlocutores e duplicação de operações, o que poderá representar um provável aumento de custos. Há tembém vantagens à espreita, como “o limite ao crescente domínio da London Stock Exchange nos mercados bolsistas”, assinalou Antonio Sainz, ex-diretor do serviços jurídicos do Banco Central Europeu. Ricardo Pinheiro Alves, diretor do gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, lamenta que “a UE esteja a privilegiar uma
atitute punitiva face ao RU”, em vez de negociar de modo a garantir um futuro que não compremeta os interesses de nenhuma das partes. “A proposta de acordo mostra poucas cedências e nada diz sobre o futuro a seguir à saída”, observa, apontando que “Portugal deverá posicionar-se como parceiro estratégico do RU”. Cecílio Oviedo, especialista do Ministério de Economia e Competitividade do Governo espanhol, alerta para a necessidade de “as empresas acautelarem planos de contingência, já que o acesso ao mercado inglês será mais difícil”. O economista sublinhou a importância que o RU tem em Espanha enquanto investidor, bem como enquanto país acolhedor de investimentos espanhóis. Hugo Marques, representante da Embaixada do RU em Portugal salientou que “o objetivo é apro-
fundar o relacionamento entre os dois países, numa lógica simbiótica., nomeadamente em áreas como a ciência e a inovação”. Bernardo Trindade, presidente da agência de investimento Portugal In, revelou que têm feito “várias ações para incentivar os investidores britânicos a apostarem em Portugal”, considerando que o Brexit poderá representar também uma oportunidade para estreitar laços, nomeadamente com outros países, através do RU, como a Índia, por exemplo. A encerrar o seminário, Rui Vinhas, diretor-geral dos Assuntos Europeus, saudou o facto de a UE ter conseguido estancar o exit, que poderia ter acontecido noutros países. Indicando que “o Governo português está satisfeito com o acordo de saída do RU”, sublinhando que foi acautelado que “os que saem não têm os mesmos direitos dos que ficam.” DEZEMBRO DE 2018
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“O Livro dos Fazedores”, a história dos que decidiram ficar A entrevistar empreendedores desde 2011, a jornalista Mariana Barbosa acaba de lançar “O Livro dos Fazedores”. A obra é “o primeiro registo histórico desta nova geração de empreendedores, que olha para fora antes de olhar para dentro, que sente mais entusiamo em fazer do que medo de falhar”.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
uando, em 2014, Mariana Barbosa trabalhava na sua tese de mestrado sobre a chamada “fuga de cérebros” portugueses, que emigravam à procura de trabalho ou de melhores condições do que as que tinham em Portugal, apercebeu-se que essa realidade contrastava com outra, que acontecia, em paralelo: “Havia uma fuga de cérebros, mas também havia muitos jovens que faziam questão de ficar em Portugal e que criaram o seu o próprio emprego”. Muitos deles haviam já sido entrevistados pela jornalista, que desde 2011, escrevia no “Dinheiro Vivo” sobre novas empresas, sobre empreendedores, ou “fazedores”, como prefere chamá-los. Esta nova geração de empreendedores portugueses que decidiram ficar em Portugal e criar o seu negócio é a protagonista do livro que Mariana Barbosa, acaba de lançar: 18 ACT UALIDAD€
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“O Livro dos Fazedores”. A jornalista voltou a entrevistar muitos desses empreendedores, para perceber como foi o processo de desenvolvimento do negócio, como se materializa a ideia original, como, por vezes, se muda o foco, se corrige a mira, como se falha, como se insiste ou se parte para outro projeto, como se passa de empreendedor a líder, como se delega, como se lida com as “dores” de crescimento de um projeto. Mariana Barbosa comenta que “sempre houve empreendedores em Portugal”, basta pensar “nos Descobrimentos”, mas este livro “é o primeiro registo histórico desta nova geração de empreendedores, que olha para fora antes de olhar para dentro, que sente mais entusiamo em fazer do que medo de falhar”, sustenta a jornalista. E muitos falham. O capítulo final do livro é sobre a falhar e voltar a tentar, frisa a autora: “Quis fazer um
livro circular, de esperança, otimismo e entusiamo. Acho que damos demasiada importância ao falhanço. Há projetos que falham por diversas causas. O contexto e o timing de lançamento de um projeto são muito importantes. Há fazedores que já vão no seu terceiro negócio. Uma das caraterísticas dos empreendedores é precisamente sentirem mais vontade de fazer do que medo de falhar. São pessoas bem preparadas, pessoas com muito mundo, que conhecem outras realidades e que possuem uma boa rede de contactos, consequência do caminho que têm feito.” Estamos a falar da chamada geração Y ou millennial (nascidos depois de 1982 e até meados da década de 90), dos que chegaram à idade adulta quando o país estava em plena crise económica. “A crise funcionou como empurrão”, advoga Mariana Barbosa, admitindo
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que também foram criadas condições para que este ecossistema de empreendedores fluísse, desburocratizando o processo de criação de novas empresas. Simultaneamente, a jornalista constata que “as universidades e as instituições públicas estão cada vez mais cooperantes com estes jovens empreendedores”. Mariana Barbosa trabalha agora no jornal digital “ECO”, onde faz uma espécie de “Volta a Portugal de incubadoras”, o que lhe permite perceber que “o empreendedorismo não se limita a Lisboa e Porto”, como também “não diz respeito apenas aos projetos de cariz mais tecnológico”. A autora assinala que “há projetos interessantes em todo o país e que têm um forte impacto nas economias locais, em áreas como a agricultura, por exemplo”. Apesar de haver muitos projetos fora do setor das TIC, Mariana Barbosa observa que a maioria dos empreendores possuem formação em enge-
nharia: “São os que possuem mais ferramentas e têm um mindset muito orientado para os resultados. Se eu fosse agora fazer um curso universitário, seria engenharia.” No livro, Cristina Fonseca, fundadora da Talkdesk, a startup que criou um sistema que permite às empresas produzirem o seu próprio call center, explica o que é ser fazedor, na perspetiva de uma engenheira: “É uma pessoa que encontra um problema e diz: Ok, eu quero encontrar uma solução. E que não se importa de pôr as mãos na massa para o fazer”. Terá que ser alguém que não desiste à primeira. A Talkdesk, que se tornou este ano no terceiro unicórnio português, ao fechar uma ronda de financiamento que a avalia acima dos mil milhões de dólares, foi a terceira tentativa que Cristina Fonseca e o sócio, Tiago Paiva, fizeram de criação de um negócio.
Mariana Barbosa costuma dizer que acredita cada vez mais em unicórnios. À “Actualidad€”, acrescentou que acredita que haverá cada vez mais unicórnios com origem portuguesa: “Tenho a certeza de que sim. Faz parte do caminho. As empresas abrem-se cada vez mais ao exterior, para se capitalizarem. Uma empresa demora, em média 10 anos, para conseguir ser unicórnio (ser avaliada em mil milhões de dólares). Acredito que alguns dos projetos que estão a nascer, poderão chegar a esse ponto.” “O Livro dos Fazedores” poderá servir de inspiração a futuros unicórnios. A autora considera que o livro se destina sobretudo a pessoas que querem lançar o seu próprio negócio e a todas as que se interessam por empreendedorismo e querem conhecer melhor o caminho e a experiência dos fazedores entrevistados para este livro. PUB
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Málaga se consolida como ciudad clave para la inversión extranjera
La ciudad andaluza de Málaga se ha transformado en la última década y se ha convertido en motor de cultura, turismo y desarrollo económico. Málaga ha sabido también captar la inversión internacional.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
s difícil saber cuál ha sido la causa principal que justifique el cambio profundo protagonizado por Málaga en los últimos años. Puede que las distintas razones se hayan influenciado las unas con las otras y en su conjunto hayan hecho posible el cambio. La llegada del AVE en el 2007 parecía ser el comienzo de algo nuevo, seguido de la inauguración de la terminal 3 del aeropuerto en 2010. Pero antes de las mejoras de las infraestructuras había comenzado la apuesta por la cultura con el Museo Picasso, el Centro Pompidou o el CAC que a su vez atrajo a cada vez más turistas. No fueron actos aislados, sino que todo fue planificado. En el 2009 se creó en el Ayuntamiento un nuevo departamento, de Economía productiva, con el objetivo de “ayudar al tejido productivo local y atraer inversión nacional e internacional”, explica Marc Sanderson, director técnico de captación de inversión internacional del consistorio malagueño. Eran tiempos difíciles, en plena crisis, pero se consiguió reconvertir su economía.
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Málaga tiene 600 mil habitantes que supera el millón si se tiene en cuenta el área metropolitano. En esta ciudad estudian 37 mil estudiantes, divididos en los 150 grados existentes. La ciudad está conectada a 23 países vía aérea, con conexiones a 142 destinos diferentes. El año pasado se registraron 18,6 millones de pasajeros, pasaron por el puerto 299 barcos lo que supuso la visita de 511.000 pasajeros. “Málaga tiene buen clima, un bonito paisaje y una luz especial. Ofrece calidad de vida, servicios, conexiones a un coste de vida bajo”, resume el alcalde de Málaga, Francisco de la Torre. Se ha convertido en una ciudad donde la gente quiere “vivir, trabajar e invertir”. Ocupa su cargo desde el año 2000 y asegura que todo este cambio que se ha producido “es el resultado de ir paso a paso, ha sido un esfuerzo de abajo a arriba”. Recuerda además que en Málaga “no hemos tenido ni Expo ni Olimpiadas, se ha financiado todo con los gastos ordinarios. Es la ciudad más importante del país sin ser capital
autonómica”, señala orgulloso. Entre algunas de las iniciativas llevadas a cabo cabe destacar el cambio de uso que se ha dado a la antigua fábrica de tabacos, hoy clave en el desarrollo económico. El edificio quedó en desuso en el año 2002 y dos años más tarde se entregó al Ayuntamiento de Málaga. El emblemático edificio es ahora un icono cultural de la ciudad donde se alberga desde 2015 la Colección del Museo Ruso de San Petersburgo y desde el 2010 el Museo Automovilístico de la ciudad y el de moda. En el 2017 se trasladó a las estancias de Tabacalera el Polo de Contenidos Digitales, el mayor que hay en España. Ventajas de Málaga Son muchas fortalezas de Málaga para atraer a los potenciales inversores. Su ubicación geográfica y climatología, sus infraestructuras, comunicaciones y accesos (aeropuerto, puerto y AVE), su mercado de trabajo dinámico, el grado de apertura de la economía malagueña, la importancia de su suelo industrial (la
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elemento ha permitido una mayor receptividad a mercados exteriores y extranjeros, y un entorno tecnológico y de conocimiento cuyo soporte fundamental son la Universidad y el Parque Tecnológico de Andalucía (PTA). Este parque es un referente internacional de los parques científicos y tecnológicos. Inaugurado en 1992, desde entonces se han invertido más de 800 millones de euros (de ellos casi el 80% es inversión privada). Ya están allí instaladas 636 empresas con cerca 19.000 empleados, con más de 1.750 millones de facturación anual. El impacto total de la actividad generada en el parque es de 3.700 millones de euros y es el capital tiene ocho millones de metros principal motor I+D en Andalucía. “El cuadrados de suelo industrial), los pla- parque ha tenido varias fases, tres olas nes de revitalización del centro históri- de innovación”, afirma Lourdes Cruz, co y los barrios, la red de incubadoras directora de Desarrollo de Negocios de empresas disponibles o el turismo del PTA. Primero fue con las emprecomo fuente de ingresos principal de sas locales y regionales, después con la economía malagueña. Este último empresas de tecnología, y en tercer
lugar “llegaron las empresas extranjeras, hace cinco años, hay start up de todo el mundo”. Del total de las empresas 30 tienen más de 500 empelados, como IBM, Indra, Telefónica, Orange o Accenture, la primera en llegar con ocho trabajadores y hoy ya son 1.400. “EN los últimos cinco años, el 99% de las empresas que se han instalado son extranjeras, casi todas del norte de Europa. Llegan en busca del talento”, resalta la responsable. EL PTA absorbe el 100% de los estudiantes que se gradúan en Málaga, Granada, Córdoba y Almería en Telecomunicaciones e Informática. Existe una relación muy estrecha entre el parque y la universidad, prueba de ello es la creación de Rayo Verde, “una extensión del parque tecnológico donde trabaja en conjunto con la universidad”, explica Lourdes Cruz. Con este edificio pretenden acortar distancias entre emprendedores y los negocios tecnológicos.
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Portugal Holiday Services traz serviço premium de transporte
A Portugal Holiday Services vai disponibilizar vários serviços premium, como o aluguer de viaturas com motorista.
Texto Clementina Fonseca cfonseca@ ccile.org Foto DR
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proveitar a onda do turismo nacional e oferecer um serviço de aluguer de viaturas de topo e com motorista é uma das intenções da Portugal Holiday Services, que traz para Portugal um novo conceito de rent-a-car para hotéis. Este serviço resulta de um conceito criado pela empresa-mãe, a Marbella Holiday, uma startup de origem andaluza, e está, para já, a ser comercializado junto de “alguns hotéis de luxo, agências de viagens de turismo internacional recetivo (incomimg) e agências de eventos”, enquadra Alicia López, manager da Portugal Holiday Services. O projeto que está na base da Portugal Holiday nasceu no sul de Espanha, na região turística de Marbelha e Costa do Sol (Andaluzia), pretendendo disponibilizar um serviço de transporte de passageiros fora do comum, já que as viaturas utilizadas são topo de gama para serviços dedicados, que incluem sempre motorista. Foi através do convite de uma agência de viagens presente na Península Ibérica, especializada no mercado norte-americano, e com quem já trabalhavam em Andaluzia, que surgiu a ideia de vir para Portugal implementar 22 ACT UALIDAD€
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o que a Marbella Holiday Services já realiza há cerca de dois anos: “fornecer um serviço mais personalizado, de qualidade, que chegasse a um público com maior poder de compra tanto dentro como fora da indústria do turismo”, explica Alicia López. Aproveitando o facto de terem base tanto em Sevilha, como em Lisboa, a empresa decidiu também criar um serviço de transporte privado de passageiros entre estas duas cidades ibéricas de alto interesse turístico, oferecendo assim mais “uma alternativa a transportes como os táxis, rent-a-cars ou mesmo o avião”, explica Alicia López. Mas não só, avança a gestora, “A partir do início do próximo ano, vamos disponibilizar carros elétricos nos hotéis que o desejem”, para que eles próprios possam disponibilizar depois as viaturas aos seus hóspedes, revela ainda a gestora comercial da empresa. Complementando sempre com oferta de serviços com motorista, pois “Conduzir em Sintra ou em Cascais é um pouco difícil, é melhor com motorista e guia”, comenta Alicia López. “Também iremos oferecer roteiros e experiências de viagem, sempre em articulação com o hotel” para o cliente que pretende incluir o serviço no seu
pacote de alojamento, começando pelo transporte desde o aeroporto até ao hotel, adianta. A iniciar há pouco tempo o serviço, a Portugal Holiday está a realizar as suas operações a partir de reservas feitas em Espanha, recorrendo a uma frota de cinco viaturas, que farão serviços para os clientes de alguns hotéis da capital portuguesa. No próximo ano, já será a Portugal Holiday a realizar diretamente os serviços, adianta Alicia López “Para já, o turismo vai continuar a crescer em Portugal, e há espaço para empresas com soluções novas e diferenciadas”, garante a gestora espanhola, que acumula uma larga experiência na área da hotelaria na Península Ibérica e Inglaterra. Quanto às soluções que já existem para a locomoção dos turistas nas principais cidades portuguesas, Alicia López demarca-se de algum tipo de serviços. “Este não é um serviço low-cost, é um serviço de qualidade, em que procuramos resolver os problemas que surjam dos clientes”. É uma lógica de startup, que procura criar também novos nichos de atuação, como por exemplo, ligar a Andaluzia a Lisboa ou ao Algarve de forma simples e confortável, como alternativa ao avião, propõe a nova empresa.
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Foto Sérgio Miguel
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”Portugal Exportador” dedicado a quatro países e quatro clusters “Portugal Exportador” deu destaque, des e empresas. Este evento, organizado pela Associação O este ano, aos mercados de Espanha, Outro mercado em destaque foi Angola, Industrial Portuguesa, destina-se a PME Angola, EUA e China, bem como a tendo sido debatidos temas como a nova portuguesas que estejam a iniciar ou a quatro clusters: construção, comércio eletrónico, automóvel e agroalimentar. Ao longo do passado dia 14 de novembro, as PME participantes assistiram a debates, cafés temáticos e workshops de análise aos desafios e oportunidades que se apresentam nestas áreas e naqueles quatro mercados. Relativamente ao mercado espanhol, diversas entidades debateram as oportunidades e dificuldades deste mercado (na foto), através de oradores ligados à Câmara de Comércio e Indústria LusoEspanhola, à Aicep, entre outras entida-
política de concessão de vistos, as oportunidades nos setores do turismo e a construção angolanos, contando, entre os oradores, com representantes do Governo de Luanda, empresários, entre outros. Os cafés temáticos debateram temas como “A importância do marketing digital e gestão de clientes na exportação” e “CRM: O que é e quais são as vantagens para as equipas comerciais”, entre muitos outros assuntos de interesse para as PME viradas para os mercados externos em análise.
consolidar a sua estratégia de internacionalização e que pretendam estar em contacto direto com os grandes players de vários setores preponderantes da economia portuguesa, para identificação de oportunidades de negócios e eventuais parcerias internacionais. O certame, realizado em Lisboa, contou com mais de 1.500 visitantes profissionais e cerca de uma centena de 70 expositores, onde se podem destacar a Delta, grupo Nuvi (de Angola), grupo Bel, Riberalves, Recheio, Teixeira Duarte, Mota-Engil, Google, ou El Corte Inglés.
Internacionalização no espaço ibero-americano
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ecorreu nos dias 5 e 6 de novembro o “Fórum Internacional sobre Estratégias de Internacionalização e Sustentabilidade das Multilatinas”, em Lisboa, evento dedicado à “reflexão”
e que “que visa mobilizar os zadores promoveram um debate – a principais intervenientes (agen- cargo de oradores do setor académico tes públicos e privados) em torno e ainda do setor empresarial com de interesses comuns no quadro interesses no espaço ibero-americada cooperação ibero-americana”. no–, sobre os temas da inovação e “Movidos pela consciência de sustentabilidade associados ao clima, que os bons resultados obtidos do setor financeiro, das telecomuno âmbito da internacionali- nicações, do turismo, do comércio, zação das empresas portugue- entre muitos outros”. sas, e de diversificação dos De destacar, nomeadamente, a seus mercados para o conjunto intervenção de Josep Piqué, presidos vários Estados ibero-americanos, dente da Fundação Ibero-Americana constituem um sinal claramente Empresarial, que abordou o tema “As positivo, no contexto da instrumen- empresas multilatinas e o projeto de talização da diplomacia económica criação de uma Comunidade Iberopor parte de Portugal”, os organi- Americana de Nações”.
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Easy Walk Experience destaca-se na maior feira de calçado do mundo
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Easy Walk Experience marcou novamente presença na maior feira de calçado do mundo – a MICAM, que decorreu entre os dias 16 e 19 de setembro, em Milão. A marca alia-se a um estilo de vida ativo, assente em valores como a criatividade, a exclusividade, liberdade, inspiração e conforto. Prova do seu sucesso é o seu mais recente galardão GOLD na categoria de Acessório de Calçado no IDA-
International Design Awards 2017, prémios que surgem para reconhecer, celebrar e promover designers com visão e capacidade de definir tendências em todo o mundo. Na MICAM, junto de quase uma centena de empresas nacionais do setor, a marca apresentou a sua proposta mais recente para a coleção primavera/ verão 2019, onde o grande destaque recaiu na nova linha de Lolitas com cristais Swarovski®. Com mais de 45 mil visitantes, o foco desta edição assentou na inovação e na sustentabilidade e reuniu em Milão mais de 1.600 expositores provenientes de cerca de 50 países. Com a presença nesta feira, a Easy Walk Experience reforçou o seu posicionamento como marca inovadora, que aposta na tecnologia aplicada da sola de duplo arco e do Elstech,
sistema registado, que tornam o seu produto exclusivo, leve e resistente. Foi com o mote “Art knows no borders” e com a vontade de caminhar além-fronteiras que a Easy Walk Experience uniu a moda, à arte e à cultura e lançou uma edição especial – a linha World Special Edition, uma edição de Lolitas com modelos exclusivos que, desenhados com aguarelas, que remonta ao imaginário e à originalidade cultural de cada nação, num mundo sem fronteiras, refere a marca de calçado. A 86º edição da MICAM confirmou a sua liderança como a maior feira internacional de calçado e, de acordo com a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), Portugal registou “uma das maiores presenças de sempre num evento no exterior”– representando este setor em Portugal mais de oito mil postos de trabalho e 500 milhões de euros em exportações.
Millennials veem menos TV, mas são mais influenciáveis U m inquérito realizado a um milhar de internautas norte-americanos revela que aquilo que os millennials veem na televisão inspira-os “sempre” ou “frequentemente” no processo de compra. Dados do Video Advertising Bureau (VAB) indicam que 43% dos utilizadores desta geração é influenciado por ações de product placement ou por anúncios transmitidos durante os programas a que assistem, revela a “eMarketer”. De acordo com as conclusões do mesmo estudo, as marcas presentes nos programas têm maior impacto do que aquelas que surgem apenas nos intervalos comerciais. Os
chamados consumidores millennials são, de resto, mais propensos do que as gerações anteriores a comprar um produto ou serviço que viram numa série, por exemplo. Entre os fatores que contribuem para este fenómeno, estão, nomeadamente, o envolvimento digital dos jovens, uma vez que os inquiridos indicam seguir os programas e respetivos intervenientes (atores, apresentadores ou jornalistas, entre outros) nas redes sociais. Também partilham publicações nos seus perfis e comentam no Twitter, segundo enquadra Mark Dolliver, analista que colabora na “eMarketer”. “Já que o envolvimento com os
seus programas preferidos não é meramente passivo, faz sentido que os millennials possam estar mais inclinados do que os adultos em geral a agir como consequência de um programa”, adianta o mesmo profissional. No entanto, embora o impacto possa ser maior junto dos millennials, esta geração não vê tanta televisão como as restantes. Dados referentes aos Estados Unidos da América, revelam que os consumidores entre os 18 e os 24 anos veem televisão apenas 93 minutos por dia. Por exemplo, a faixa etária entre os 45 e os 54 vê uma média de 240 minutos por dia.
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Foto Paulo Vaz Henriques/Gabinete PM
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Estrategia ibérica
contra la despoblación España y Portugal apuestan por un plan conjunto contra la despoblación en las zonas transfronterizas. En la XXX cumbre ibérica celebrada en Valladolid los dos gobiernos firmaron siete acuerdos y declaraciones entre los que se encuentra el refuerzo en materia de Protección Civil para la lucha contra los incendios forestales.
a X X X cumbre ibérica invasoras, en concreto el Jacinto celebrada en Valladolid el en el Guadiana, una declarapasado 21 de noviembre ción de intenciones en materia coincidió con el aniver- de empleo y asuntos sociales, sario de los 40 años del y un acuerdo sobre cooperaTratado de amistad entre España ción científ ica (supercomputay Portugal. Fue un encuentro ción). Además han suscrito una bilateral breve pero provechoso, declaración conjunta de apoyo al como lo ha sido habitualmente Pacto mundial para una migraen los últimos años. El presidente del Gobierno español, Pedro Sánchez, se estrenaba en esta cita hispano portuguesa en donde los jefes del Ejecutivo han f irmado varios acuerdos, entre ellos un memorando de entendimiento para adoptar una estrategia ibérica frente a la despoblación y el envejecimiento en la zona fronteriza, un protocolo sobre ayuda mutua en materia de incendios forestales y otros desastres naturales, un memorando de entendimiento sobre intercambio de expertos de museos, una declaración para combatir especies
ción segura, ordenada y regular. Lucha contra la despoblación Uno de los retos que enfrentan los dos países es la despoblación y el envejecimiento demográfico, un problema que se acentúa particularmente en la frontera común entre los dos países.
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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos Pool Moncloa/Borja Puig de la Bellacasa/ y Fernando Calvo, Paulo Vaz Henriques/ Gabinete PM
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Sánchez expresó la necesidad de desarrollar un trabajo conjunto de análisis y cooperación, con medidas y propuestas específicas para estas zonas y ambos firmaron un memorando para adoptar una Estrategia común de despoblamiento y envejecimiento que arroje conclusiones el 30 de abril de 2019. Un pacto que el líder español consideró “importante” y ante el cual su homólogo luso se mostró “satisfecho” porque esta estrategia de desarrollo en las zonas fronterizas fuera una “prioridad”. Costa incidió en que ambos lados de la frontera sufren estos problemas en zonas que además sufren una "menor dinámica económica" y es necesaria más cohesión territorial ante la necesidad de su desarrollo, clave para la 30 ACT UALIDAD€
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Estas acciones contra la despoblación pueden abarcar desde la implicación de ambos países en la elaboración de instrumentos de trabajo conjuntos como sistemas de indicadores compartidos
cohesión que “queremos”. En el extenso documento que compone la declaración conjunta, con 126 puntos sobre los que se trabajaron, se hicieron algunas referencias a ideas para conseguir este objetivo. “Estas acciones pueden abarcar desde la implicación de ambos países en la elaboración de instrumentos de trabajo conjuntos como sistemas de indicadores compartidos, mapas de aliados, puesta en común de expertos, incorporación de los agentes culturales y empleados públicos, estando ya fijada la participación de ambos países en encuentros y reuniones sobre la materia en fechas recientes”, se lee en el texto divulgado por los gobiernos. Según detalló posteriormente António Costa, una de
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las políticas que se quiere poten- luchar por brindar mejores con- compromiso de avanzar en las ciar es la de “retorno del talento”, diciones para regresar a España y interconexiones energéticas de la algo que podría ir ligado a ese Portugal a aquellos que se vieron Península Ibérica con el resto intento “repoblador". “Debemos forzados a salir”, explicó. de Europa, piedra angular de la lucha contra el cambio climático Transición ecológica, incendios y de la puesta en marcha de la y migración transición ecológica, en la que En materia de Ambos gobiernos sellaron su están inmersos los dos gobier-
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migración, Pedro Sánchez defendió un mecanismo estable y voluntario, basado en la solidaridad y la responsabilidad de los estados miembros, una visión que, asegura, comparte y cuenta con el apoyo del Gobierno portugués
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nos, tal y como quedó patente en Europeo de Inversiones. drá el refuerzo en el apoyo y en la declaración conjunta, suscrita Otro de los acuerdos destacados una mejor articulación del 112 el pasado mes de julio, en la por los máximos dirigentes de para conocer los recursos a ambos Segunda Cumbre de interconexio- ambos países fue el protocolo lados de la frontera y coordinarse nes energéticas en Lisboa, a cuyas sobre ayuda mutua en materia y reaccionar de forma conjunta. conclusiones se sumaron Francia, de incendios forestales y otros En cuanto a infraestructuras, el la Comisión Europea y el Banco desastres naturales, que supon- primer ministro portugués aseguró que la cumbre ha servido para firmar un compromiso para concretar el desarrollo de la conexión entre Zamora y Braganza, "trascendental". En materia de migración, Pedro Sánchez defendió un mecanismo estable y voluntario, basado en la solidaridad y la responsabilidad de los estados miembros, una visión que, asegura, comparte y cuenta con el apoyo del Gobierno portugués. De esta forma ambos gobiernos suscribieron una declaración conjunta de apoyo al Pacto mundial para la migración segura, ordenada y regular, impulsado por Naciones Unidas, con el que hacen un llamamiento al
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Cooperación científica, cultural y deportiva Los dos ejecutivos ibéricos establecieron un acuerdo de colaboración científica sobre supercomputación y se han estrechado lazos culturales entre los dos países mediante un acuerdo de intercambio de expertos de museos, e intercambios entre los profe- conmemorar el quinto centenario sores de portugués y español en de la “circunvalación” al planelos respectivos territorios que les ta llevada a cabo por Magallanes permitan perfeccionar el idioma y El Cano. Una muestra con la mediante la inmersión lingüística. que ofrecer una “visión del mundo Pedro Sánchez aprovechó la oca- para toda la humanidad” desde sión para anunciar que de orillas una perspectiva “progresista”, señadel Pisuerga arrancará en abril ló Costa. de 2020 la exposición conjunta Además Sánchez y Costa también promovida por ambos países para elaboraron el trabajo conjunto de la
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resto de países para que se sumen al mismo en la Conferencia Intergubernamental que tendrá lugar en Marrakech los próximos 10 y 11 de diciembre, y cuyo respaldo supone un paso necesario, han asegurado, para impulsar una verdadera gobernanza global del fenómeno migratorio.
candidatura de España, Portugal y Marruecos para el Mundial de fútbol de 2030. Según destacó Pedro Sánchez, “se trata de la primera candidatura de dos continentes, que nos permitirá trasmitir que el deporte es cultura e integración. Serán ahora las federaciones quienes intenten materializar este proyecto”, explicó.
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
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Lara Vieira vence torneio da CCILE pela segunda vez Lara Vieira alcançou 33 pontos gross e levou a melhor aos restantes 70 jogadores que participaram no XXIII Torneio Ibérico de Golfe CCILE, no passado dia 20 de outubro. No belo campo de golfe da Herdade da Aroeira, junto à praia da Fonte da Telha (Almada), a golfista madeirense levou novamente, sete anos depois, o troféu para casa.
O
dia de sol e a tranquilidade do belo campo de golfe da Herdade da Aroeira, no concelho de Almada, criaram um cenário de descontração e convívio totais, que marcaram o espírito de mais uma edição do Torneio Ibérico de Golfe CCILE, disputado no passado dia 20 de outubro. Os 71 jogadores – sobretudo de nacionalidade portuguesa e espanhola – que percorreram os 18 buracos do campo, um dos mais conceituados da modalidade da região de Lisboa, puderam apreciar a bela paisagem circundante, enquanto disputavam os pontos disponíveis desta prova amadora. Disputado na modalidade Stableford, o XXIII Torneio Ibérico de Golfe CCILE 2018 terminou por volta da hora de almoço, sendo os vencedores conhecidos pouco tempo depois. Lara Vieira (foto em baixo) realizou 33 pontos gross, vencendo assim o torneio, tal como tinha conse-
guido já em 2011, quando ganhou a prova no campo de Belas. No final da competição, a golfista natural da Madeira, que era a jogadora com o menor handicap (2,7) em campo, comentou à “Actualidade” que a prova tinha corrido “bem”, elogiando a equipa onde participou, pois além de
Lara Vieira, que conquistou o primeiro lugar gross, com 33 pontos, já tinha vencido o torneio em 2011 “simpática”, apresentava um bom ritmo de jogo, o que terá contribuído para o bom resultado alcançado pela experiente jogadora. De destacar ainda “o campo estava em ótimas condições”, como frisou a jogadora, que treina regularmente todas as semanas. Lara Vieira é uma das jogadoras mais
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consagradas do golfe nacional, tendo já integrado a seleção nacional nos seus seus 22 anos de prática da modalidade. A advogada, que começou a jogar com apenas 10 anos, espera que um dia a filha também aprecie este desporto, pois “gosta de jogar em família”, praticando já também com o seu pai. Lurdes Serpa, que joga também neste torneio há quase uma década, não teve contudo, muita sorte nesta edição. “Correu muito mal, fiz 20 pontos!”, confessou a jogadora, durante o almoço, ainda antes da divulgação dos resultados finais. “Não tenho jogado muito”, refere Lurdes Serpa, justificando o baixo desempenho. “Mas o mais importante é o convívio, adoro este torneio”, sublinha, realçando que “é muito bem organizado, há uma grande simpatia [da organização], fazem-nos sentir benvindos”, comenta a jogadora, que pratica a modalidade há 18 anos, ao lado do marido e do filho, que, aos 14 anos, também já participa em provas amadoras. A participar pela terceira vez no torneio e pertencendo precisamente ao clube da Herdade da Aroeira, Gregório Cabo realizou, por seu turno, uma boa prova, com 38 pontos, referiu o gestor, durante o almoço que antecedeu o sorteio em tômbola e a entrega de prémios aos ganhadores. Gregório Cabo teceu igualmente elogios à forma de organização do torneio, salientando ainda que “socialmente, é muito agradável”. De resto, o gestor está ligado à Associação Nacional de Seniores de Golfe Portugal e participa em cerca de meia centena de torneios por ano.
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Empresas patrocinadoras aderem à prova, elogiando “boa organização” Tal como nas edições anteriores, o evento contou novamente com um elevado número de empresas patrocinadoras e apoiantes, que querem, assim, associar-se à maior iniciativa desportiva organizada pela CCILE.Como frisa António Martins Victor, o patrocínio da Repsol a mais uma edição do Torneio Ibérico de Golfe CCILE pretende reforçar “a presença de marca e reputação” da marca hispano-argentina. Este é um dos eventos onde a Repsol procura aumentar a notoriedade da marca junto de públicos específicos, em concreto da comunidade empresarial de âmbito luso-espanhol, salienta o mesmo gestor, realçando ainda a presença direta da marca noutras modalidades, como o motociclismo ou o futebol, ou ainda através de parceiros. O diretor de Comunicação e Relações Externas da Repsol em Portugal salienta “a componente ibérica deste torneio”, um fator relevante para uma empresa com uma estrutura também ela ibérica
nas mais variadas áreas de negócio (combustíveis, energia renovável e indústria), adianta o mesmo responsável. Por outro lado, destaca o “envolvimento e a boa parceria que a Repsol mantém com a Câmara de Comércio Luso-Espanhola”. De igual modo, o grupo BC, especializado na consultoria financeira e outsourcing de serviços BPO, esteve novamente ligado ao patrocínio deste evento. “Os objetivos do patrocínio são os de prestigiar a Câmara neste importante evento desportivo, já com 23 anos de existência, e que esperamos que ocorra por muitos mais anos e, por outro lado, poder conviver num ambiente não laboral e informal com alguns dos nossos clientes, proporcionando-lhes um dia diferente”, enquadrou Sandra de Carvalho Dias, diretora-geral
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do grupo em Portugal. A gestora salienta, por outro lado, diversos aspetos positivos do funcionamento da prova deste ano. “Ao nível de organização, o torneio correu muito bem, pois o staff já tem uma larga experiência e conhece muito bem os seus participantes. No que concerne à competição em si, gostei muito de ver a evolução que houve ao nível da participação de jogadoras. Tivémos em jogo uma grande promessa
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Em jogo
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10 01.Lara Vieira exibe o troféu do torneio de 2018, ao classificar-se em primeiro lugar na prova gross, com 33 pontos 02.Marcos Lagoa, Álvaro Carneiro, Pedro Pinto e José Leal Araújo no início da sua prova 03 e 04.O campo apresentava-se em ótimas condições de limpeza, o que permitiu aos jogadores alcançarem um boa pontuação geral 05.Ricardo Jorge Coelho, durante a prova 06.João Pedro Martins voltou a participar no torneio da CCILE este ano 07.José Marques Gonçalves, num momento de concentração 08.Hélio Nunes, Raúl Jorge Passos e Carlos Gaspar Mota 09. a 11.Os 71 jogadores percorreram os 18 buracos do campo, desfrutando da tranquilidade da Herdade da Aroeira e de um terreno pouco acidentado, embora com alguns obstáculos criados para aumentar a competição 11
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XXIII Torneio Ibérico de Golfe CCILE feminina da modalidade”, salienta, assim, a gestora. “Este ano, não tivémos nenhum jogador do grupo, mas obviamente que, tendo em conta que o grupo BC é uma empresa de origem espanhola, ao nível da sua projeção e dimensão é sempre importante estar nestes eventos que juntam os dois países. É muito importante passar a mensagem que, quanto a mim é verdadeira, de que existem as melhores relações entre ambos os países e que as oportunidades de cooperação são uma realidade diária”, realçou ainda. Também a delegada comercial da Iberia para Portugal, Manuela Barber, salienta que para a companhia aérea “a importância de patrocinar este evento é ter uma ligação à Câmara e promover o intercâmbio entre os dois países”, já que existe uma forte presença de jogadores espanhóis, adianta a gestora. Manuela Barber revela que a intenção da Iberia é continuar a patrocinar diversos eventos da CCILE, pela importância da Câmara em termos das relações luso-espanholas.
Caderno Especial Textos Clementina Fonseca, com SM Fotos Sandra Marina Guerreiro e Filipe Guerra
12 12. a 15. Os jogadores puderam desfrutar de um dia de sol, em pleno campo da Herdade da Aroeira, onde sobressai a floresta de pinheiros mansos, característica da região, bem como alguns lagos 16. O almoço convívio reuniu mais de uma centena de jogadores e outros convidados, tendo-se seguido a habitual entrega de prémios (sorteio em tômbola e ainda prémios aos vencedores das diversas categorias – ver págs. segs.)
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Sorteio
Finalizada a prova, realizou-se o habitual sorteio de prémios em tômbola, tendo todos os jogadores recebido uma oferta das marcas patrocinadoras do evento deste ano
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01.António Martins Victor deu as boas vindas aos participantes, antes de se iniciar o sorteio dos prémios oferecidos pelas empresas 02.Henrique Catarino, Emílio Fernandes, Andreia Madeira, César Vidal e Diego Molero 03.Gabriel Chimeno, Pedro Lalanda, Henrique Barata Mota, Andreia Madeira, Pedro Serra Matos e Pedro Jorge Vieira 04.Virgílio Borges, Reinério Pereira, Rosalva Fonseca e Pedro Almeida 05.Luciano Assunção, Sandra Carvalho Dias e Maria Graciosa Trindade
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Sorteio
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06.Júlio Alves, João Pedro Martins, José Rodrigues Morais, Berta Dias da Cunha e Fernando Velasco 07.Balbino Prieto entrega a oferta sorteada a Maria Luísa Mota 08.Luis Valero a entregar a oferta a Bhupendar Singh 09.Jorge Brito, Lara Vieira, António Martins Victor e João Pedro Llano 10.Carlos Eurico Melo, Manuela Barber e Jorge Mendes Ferreira 11.Luis Valero a entregar mais uma oferta, desta vez a Ricardo Jorge Coelho12.Reinério Pereira também entregou ofertas, desta feita o contemplado foi Hélio Nunes 13.Manuel Callanas e Carlos Filipe Pereira, com Berta Dias da Cunha 14.Luís Alves Costa, Álvaro Carneiro e Rui Gomes da Silva, com Vítor Rodrigues da Silva 15.Pilar Riera, Hélder Martins e Lurdes Serpa, com Vítor Rodrigues da Silva 16.José Martins Barroso, Vasco Telles Dias e Gregório Cabo, com Juan Matias
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Sorteio
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17.Juan Matias entrega a oferta sorteada a José Marques Gonçalves 18. Balbino Prieto, José Megre Pires, Alberto Menéndez, Jose Luis Riestra, Ricardo Jorge Coelho e João Soares Alves 19. Carlos Gaspar Mota, Maria Luísa Garcia, António Comprido e María Jesus Riera 20.Florence Ricou, Javier Valera e António Ataíde, com Manuel Anok 21.Balbino Prieto entrega a oferta sorteada a Abel Santos 22.Luis Valero entre António Nobre e António Oliveira 23.Maria Graciosa Trindade a entregar o prémio sorteado a Fernando Almeida 24.Jose Santo Tomas, Pedro Pinto, Manuel Anok e Henrique Ferreira, com Jose Gabriel Chimeno
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Sorteio
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25.Raúl Jorge Passos, Álvaro Dinis, Bernardo Silva, Victor Manuel Rodriguez e Luís Gonçalo Fernandes, com José Gabriel Chimeno 26.Sandra Carvalho Dias a entregar as ofertas sorteadas a Pedro Vasconcelos e Tiago Delgado.27.Juan Matias entrega uma oferta a José Manuel Diogo 28.José Miguel Campos a receber a oferta sorteada, das mãos de José Gabriel Chimeno 29.António Martins Victor a entregar as ofertas a sorteadas a Luis Valero, José Leal Araújo e Carlos Jauregui 30.Julia Nieto entregou as ofertas sorteadas a Santiago Gil de Biedma e Vítor Rodrigues Silva 31.Sandra Moás entregou o prémio sorteado a Orlando Henrique
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Prémios
Vencedores
Lara Vieira venceu o torneio de 2018, com 33 pontos
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32. Enrique Santos entregou os prémios à ganhadora do torneio, Lara Vieira, que conquistou ainda o prémio especial Drive Mais longo-Senhoras 33.Andreia Madeira entregou o prémio “Forrabolas” a Lurdes Serpa 34. A representante da CCILE a entregar o prémio a Júlio Alves, 1º classificado da 1ª Categoria Net 35. Gregório Cabo foi o 2º classificado da 1ª Categoria Net, tendo recebido o prémio das mãos de Berta Dias da Cunha 36. Pedro Cunha Pinto foi o 1º classificado da 2ª Categoria Net, recebendo o prémio das mãos de José Gabriel Chimeno 37. José Leal Araújo venceu o prémio de 2º classificado da 2ª Categoria Net
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Prémios
Vencedores
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38.María Jesus Riera a receber o prémio correspondente ao 1º classificado Net Senhoras 39.Sandra Carvalho Dias entregou igualmente o prémio a Florence Ricou, 2ª classificada Net Senhoras 40. César Vidal da Silva recebeu das mãos de António Martins Victor o prémio especial Drive Mais Longo-Homens 41.O prémio especial Bola Mais Perto do Buraco foi entregue a António Nobre por Mari Santos 42.Vítor Rodrigues Silva a entregar o prémio especial ao Par Revelação – José Morais e Luciano Assunção 43.Os colaboradores da CCILE com representantes de algumas das empresas associadas ao torneio de 2018
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Classificação Gross
Posição
Nome
Pontos
Front/ Back
1
Lara Vieira
33
(17:16)
2
Vítor Rodrigues da Silva
30
(13:17)
3
Reinério Furtado Pereira
28
(14:14)
4
Gregório Cabo
26
(13:13)
5
Eduardo Correia Andrade
26
(14:12) (11:14)
44
José Leal de Araújo
13
(08:05)
11
Álvaro Dinis
34
45
Santiago Gil de Biedma
12
(04:08)
12
Vítor Rodrigues da Silva
34
(15:19)
46
José Miguel Campos
12
(06:06)
13
Jose Gabriel Chimeno
34
(18:16)
47
Marcos Lagoa
11
(04:07)
14
Álvaro Carneiro
34
(19:15)
48
António Nobre
11
(04:07)
15
Pilar Riera
33
(15:18)
49
Fernando Velasco (4:7)
11
(04:07)
16
Manuel Figueira
33
(16:17)
50
António Oliveira
11
(04:07)
17
Bernardo Silva Carvalho
33
(17:16)
Virgilio António Borges
32
(14:18)
51
Diego Sayas
11
(05:06)
18
52
José Martinho Barroso
10
(03:07)
19
Pedro Serra de Matos
32
(15:17)
20
Manuel Anok
32
(17:15)
21
Ricardo Jorge Coelho
32
(17:15)
22
João Lhano
31
(15:16)
23
Carlos Sousa de Melo
31
(16:15)
24
João Pedro Martins
31
(18:13)
25
Luís Alves Costa
30
(13:17)
26
Fernando Silva Almeida
30
(15:15)
27
Jose Vega Riestra
29
(12:17)
28
Jorge Miguel Vieira
29
(16:13)
29
Diego Sayas
28
(14:14)
30
Henrique Ferreira
28
(15:13) (16:12)
6
César Vidal da Silva
25
7
José Luís Vega
22
(8:14)
8
Manuel Figueira Calhanas
22
(10:12)
53
Rui Gomes da Silva
10
(04:06)
9
José Morais Belas
22
(13:09)
53
VÍtor Manuel Rodrigues
10
(04:06)
10
Julio Lopes Alves
21
(8:13)
55
João Soares Alves
10
(05:05)
11
João Lhano
21
(10:11)
12
José Gabriel Chimeno
21
(11:10)
13
Álvaro Carneiro
21
(12:09)
14
Pedro Serra de Matos
20
(08:12)
15
Luís António Alves
19
(07:12)
16
Bhupendar Singh
19
(07:12)
17
Álvaro Dinis
19
(08:11)
18
João Pedro Martins
19
(11:08)
19
Pedro Vasconcelos Marques
19
(11:08)
20
Pedro Cunha Pinto
18
(09:09)
21
Bernardo Silva Carvalho
18
(09:09)
22
Vasco Carvalho Dias
18
(09:09)
23
Alberto Menéndez-Lagos
17
(08:09)
56
Jorge Mendes Ferreira
10
(05:05)
57
Tiago Delgado
9
(04:05)
58
(04:04)
60
Jose Santo Tomás
7
(04:03)
61
Raúl Passos
6
(02:04)
62
Lurdes Serpa
6
(03:03)
63
Luis Valero
6
(03:03)
64
Javier Valera
6
(04:02)
65
5
(03:02)
4
(02:02)
Pedro Lalanda Gonçalves
17
(10:07)
68
(05:11) (08:08)
28
Manuel Anok
16
(09:07)
29
Jorge Manuel Vieira
16
(09:07)
30
Virgílio António Borges
15
(06:09)
31
Pilar Riera
15
(06:09)
32
Jorge Brito
15
(10:05)
33 34
António Ataíde Carlos Sousa de Melo
14 14
(06:08) (07:07)
35
Hélio Nunes
14
(07:07)
36
Henrique Catarino
14
(08:06)
37 38
António Almeida Luís Gonçalo Fernandes
14 13
(09:05) (06:07)
(04:02)
Maria Luísa Garcia
25
16
6
António Comprido
(09:08)
16
Carlos Jauregui
66
17
Luciano Assunção
(03:05)
8
Ricardo Jorge Coelho
Carlos Manuel Gaspar
8
Orlando Henrique
24
27
Balbino Prieto
59
67
26
(15:19)
María Jesus Riera Internacion
4
31
Henrique Barata Mota
28
32
António Oliveira
27
(11:16)
33
Henrique Catarino
27
(15:12)
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José Miguel Campos
26
(12:14)
35
José Martinho Barroso
25
(11:14)
36
Jorge Brito
25
(16:09)
37
Jorge Mendes Ferreira
19
(09:10)
(03:01)
69
Hélder Martins
3
(02:01)
70
José Megre Pires
2
(01:01)
71
Abel Santos
2
(01:01)
Net - 2ª Cat. Pos.
Net - 1ª Cat. Pos.
Nome
1
Júlio Lopes Alves
2 3
Pontos
Front/ Back
Nome
Gross Pontos
Front/ Back
1
Pedro Cunha Pinto
39
(20:19)
2
José Leal de Araújo
39
(22:17)
3
Santiago Gil de Biedma
37
(18:19)
4
Maria Jesus Riera
36
(21:15)
39
(17:22)
Gregório Cabo
39
(20:19)
5
Luciano Assunção
35
(15:20)
Reinério Furtado Pereira
38
(19:19)
6
Pedro Lalanda Gonçalves
35
(20:15)
4
Lara Vieira
38
(20:18)
7
Fernando Velasco
34
(17:17)
5
César Vidal da Silva
37
(18:19)
8
Florence Ricou
34
(19:15) (16:17)
39
Fernando Silva Almeida
13
(06:07)
6
José Morais
37
(21:16)
9
Hélio Nunes
33
40
José Marques Gonçalves
13
(06:07)
7
Eduardo Correia Andrade
36
(19:17)
10
Alberto Menéndez-Lagos
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(17:16)
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Florence Ricou
13
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Pedro Vasconcelos Marques
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Maria Luísa Garcia
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Henrique Barata Mota
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Vasco Carvalho Dias
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António Ataíde
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Henrique Ferreira
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Bhupendar Singh
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Rui Gomes da Silva
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48 ACT UALIDAD€
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caderno especial
caderno Especial
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caderno Especial caderno especial
Classificação 14
Marcos Lagoa
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Hélder Martins
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José Marques Gonçalves
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José Megre Pires
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Javier Valera
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Abel Santos
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António Almeida
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Carlos Manuel Gaspar
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António Nobre
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Tiago Delgado
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Raúl Passos
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Luis Valero
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João Soares Alves
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Luís Gonçalo Fernandes
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Vítor Manuel Rodrigues
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Drive mais Longo-Homens César Vidal da Silva
Drive mais Longo-Senhoras Lara Vieira
Bola mais Perto do Buraco Misto António Nobre
Senhoras - Net Nome
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Carlos Jauregui
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Jose Santo Tomas
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Orlando Henrique
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Lurdes Serpa
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António Comprido
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(12:11)
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Balbino Prieto
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Lara Vieira Maria Jesus Riera
Pontos 38
Front/ Back (20:18)
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Florence Ricou
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Pilar Riera
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Maria Luísa Garcia
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Lurdes Serpa
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Par Revelação
José Morais (Primeiros 9 buracos) / Luciano Assunção (Últimos 9 buracos)
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caderno especial
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António Costa: economia mais sustentável tem permitido melhorar emprego, gerando mais riqueza
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A melhoria, nos últimos dois a três anos, dos principais indicadores da economia portuguesa, desde o emprego às exportações, devem ser motivo de satisfação para os empresários, tal como são para o atual Governo de Portugal, empenhado em contribuir para uma economia mais equilibrada e sustentável, sublinhou António Costa, no almoço de empresários organizado pela Câmara de Comércio e Indústria LusoEspanhola, no mês passado, dias antes da realização da 30ª Cimeira Luso-Espanhola, onde marcou também presença.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
melhoria da economia portuguesa, nos últimos anos, contribui para um melhor enquadramento macro e microeonómico, que beneficia as empresas a operar em Portugal, sublinhou o primeiro-ministro, António Costa, num recente almoço de empresários, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE). Referindo-se à evolução verificada desde a sua última 52 ACT UALIDAD€
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presença num almoço da CCILE, em ao euro, Portugal cresceu mais do julho de 2016, António Costa realçou que a média europeia e retomou, por que “nestes dois anos, muita coisa isso, a trajetória de convergência com aconteceu no nosso país, em particu- a UE – que, todos os dados relativos lar na economia e nas nossas relações a 2018, afirmam que iremos manter”. com Espanha. Tivémos, ao longo O governante socialista sublinhou no destes dois anos, uma aceleração do evento que este crescimento contrinosso crescimento económico, um buiu, deste modo, para a “criação de aumento significativo do emprego e 340 mil novos postos de trabalho em uma melhoria significativa das nossas termos líquidos”, fazendo diminuir finanças públicas. No ano passado, e o desemprego – de mais de 12% em pela primeira vez desde que aderimos 2015 para os quase 6,7% atualmen-
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te– e, por outro lado, impulsionou o salário médio líquido em cerca de 3,5%. De realçar também a melhoria na estabilidade do emprego, já que 89% dos novos empregos criados são contratos sem termo, frisou António Costa, perante a plateia de mais de 250 empresários e outros responsáveis portugueses, espanhóis e ainda de outras nacionalidades. Uma melhoria que se refletiu de forma decisiva para a diminuição do défice público. “Nós tivémos, no ano passado, o défice mais baixo da nossa democracia, este ano, voltaremos a bater o recorde, com um défice ainda mais baixo”. A redução do défice e a melhor gestão da dívida pública permitiram ao país sair do procedimento de défices excessivos e melhorar a classificação do rating de Portugal, como fez ainda questão de sublinhar o governante socialista, adiantando que este ano o país pagará menos cerca de 1.100 milhões de euros de juros de serviço da dívida soberana face a 2015. Realçou ainda que o crescimento económico está, assim, a ser “assente sobretudo no crescimento do investimento e no aumento das nossas exportações”. “No ano passado, tivémos um recorde do aumento do investimento privado– de cerca de 9%–, fomos o segundo país da União Europeia (UE) com o maior crescimento do investimento estrangeiro”, além de termos sido “o terceiro maior país da UE no crescimento das exportações”.
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Turismo beneficia também de economia mais pujante
Esta mudança no perfil da economia portuguesa, em que as exportações passaram, nos últimos 20 anos, de um peso de 27 para 44% do nosso PIB reflete uma “trajetória em que a competitividade não depende já essencialmente dos custos salariais, mas depende, sobretudo, da capacidade que o país tem tido de melhorar a produtividade das suas empresas”, e do valor dos bens e serviços exportados,
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destacou o mesmo responsável. Exportações estas cujo crescimento A procura turística tem sido superior à evolução mesmo do turismo, realçou ainda. O governão resulta apenas nante fez questão ainda de reformular de questões de moda a tese de que o boom do turismo em Portugal está relacionado com “uma ou de segurança, moda ou com condicionalismos de semas eventualmente gurança noutros destinos tradicionais”, dando a entender que estará também também à estratégia ligado à estabilidade económica do para diversificar e país e a uma estratégia para diversificar os segmentos turísticos além do sol e aumentar os turistas praia, razão pela qual têm aumentado que visitam Portugal o turismo da natureza, ou o turismo urbano, como aludiu o governante português. Espanha continue a ter um lugar de relevo – como no tipo de empresas que Relação com Espanha e a importância se tem vindo a instalar em Portugal, da economia transfronteiriça nomeadamente a instalação de centros Outra área onde se registou uma im- de desenvolvimento e de competências, portante diversificação de atuação foi designadamente na área do software. ao nível do investimento estrangeiro, “O mercado espanhol continua a ter não só a nível de origens – embora uma importância na estratégia de in54 ACT UALIDAD€
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ternacionalização da nossa economia e por isso, podemos continuar a dizer que não há mercado mais importante para Portugal que o mercado espanhol”, afirmou ainda. “O que exportamos para Espanha é superior ao conjunto do que exportamos para a França e Alemanha”, frisou. Com negócios bilaterais (bens e serviços) no valor global de de 42 mil milhões de euros, e em crescimento contínuo, existem ainda diversas oportunidades no âmbito da “criação efetiva de um mercado ibérico, para além dos domínios mais formalizados do mercado da energia”, incentivou. Para já, o crescimento das exportações de bens e serviços para Espanha a um ritmo quase 20% superior ao ritmo de crescimento para o resto do mundo está a contribuir para melhorar a balança comercial com Espanha, estando atualmente nos 71% a taxa de cobertura das importações pelas nossas exportações.
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António Costa realçou o facto de ser feito pelos dois países nas próximas além da sua presença neste evento, o décadas, considerou. Neste âmbito, reGoverno estar representado, no mes- feriu algumas das obras a lançar ou em mo dia, pelo ministro do Planeamento fase de contratualização, no curto prae das Infraestruturas, Pedro Marques, zo, em termos das infrastruturas rodo que se encontrava em Madrid, para e ferroviárias que ligam os dois países, debater com a Câmara Hispano-Por- como o contrato de empreitada do trotuguesa temas do interesse dos dois ço que falta ao IP5, que ligará Aveiro à países, o que revela a aproximação do fronteira de Vilar Formoso, ou ainda Governo às entidades empresariais li- a modernização da Linha do Minho, gadas aos dois países, referiu o gover- bem como o Corredor Internacional nante português, no almoço do dia Sul, que vai ligar o porto de Sines à 13 de novembro, alguns dias antes da fronteira do Caia. realização da Cimeira Luso-Espanhola, onde esteve também presente, junta- Estabilização do sistema financeiro mente com outros ministros do seu Entretanto, sublinhou por outro lado Executivo e ainda com os homólogos que, nos últimos dois anos, a política do Governo do país vizinho (ver artigo do Governo português procurou ainnas págs. 28/33). da contribuir para a “estabilização do No âmbito desta 30ª cimeira, desta- sistema financeiro nacional”, um fator cou a importância de fomentar a coo- essencial para garantir o financiamento peração nas regiões transfronteiriças, à economia e para alavancar o investique deverão merecer especial atenção mento empresarial, frisou o governana nível do investimento que venha a te. Por outro lado, melhorou bastante
a autonomia financeira das empresas, destacou, realçando o programa Capitalizar. “O sucesso das primeiras linhas do Programa Capitalizar, num total de 290 milhões de euros, foi de tal ordem, que nos permite agora lançar uma segunda linha, com um total de 260 milhões de euros, de forma a prosseguir essa trajetória de reforço dos capitais por parte das empresas”, avançou António Costa. Também a proposta de Orçamento do Estado para 2019 prevê ampliar “as deduções fiscais para o reinvestimento por parte das empresas no reforço dos capitais próprios, assim como também reforça e alarga as deduções fiscais para o investimento na sua modernização, podendo ser, aliás, majorados significativamente, se esses investimentos forem realizados no interior” do país. Além de estar previsto ainda o fim da obrigatoriedade do pagamento especial por conta. O aumento do investimento por parDEZEMBRO DE 2018
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te das empresas ficou demonstrado pela maior utilização de fundos comunitários, num valor global de quatro mil milhões de euros, para um montante de investimento total de cerca de nove mil milhões de euros, revelou António Costa. E no âmbito da reprogramação do Portugal 2020, recentemente acertado com Bruxe-
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las, estão previstos mais cinco mil António Costa destacou de novo o milhões de euros para as empresas, relevo do mercado espanhol para os anunciou António Costa. bons resultados alcançados por PorTambém o investimento público tugal e pelas empresas, que devem voltará a crescer, adiantou. “Não equacionar a sua atuação no âmbito haja dúvidas que este é um orçamen- de “um mercado de 60 milhões de to que continuará a gerar mais cres- pessoas” que constitui toda a Peníncimento, melhor emprego e maior sula Ibérica, e não de apenas 10 miigualdade”. lhões, frisou.
01.O primeiro-ministro português, António Costa 02.Marta Betanzos é a nova embaixadora de Espanha em Portugal 03.António Costa recebeu um livro de oferta da CCILE 04.António Costa, Marta Betanzos, Nuno Amado, Fernando Teixeira dos Santos e Nuno Ribeiro da Silva 05.Mais de 250 convidados marcaram presença no almoço de empresários 06.Pedro Ruiz, Eduardo Espinar e António Pires de Lima 07.Mikhail Kamynin, Artur Narciso, Fernando Teixeira dos Santos e António Vieira Monteiro 08.Francisco Paz, Graciela Novo, Eva De Mingo e Cristina Trescastro 09.Pablo Forero, Antonio Carmona, Margarita Hernández e Rodolf Florit Patrocínios:
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10.Ángel Vaca, Fernando Velasco, Pedro Ruiz, Eduardo Espinar e Pascal Ballayer 11.António Silva, José Vital Morgado e Maria Celeste Hagatong 12.Jorge Oliveira, Rosário Bettencourt, Ana Miguel e Susana Guilherme 13.Enrique Belzuz, Nuno Ramos e Luisa Cinca 14.André Francisco, António Mogadouro, Vítor Fernandes, António Pires de Lima e Pablo Forero 15.Nuno Ribeiro da Silva, Miguel Maya, Ángel Vaca e Manuel Ferreira 16.Eduardo Costa, Guta Moura Guedes, Eduardo Serra Jorge e Conceição Zagalo 17.José Fernández Otero, Jorge Leitão, José Gabriel Chimeno, Alejandro Pociña e Crispin Stilwell
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Vinhos & Gourmet
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We know too much: a partilha de conhecimento sobre vinhos A sede de saber descodificar o mundo dos vinhos conspira a favor da We know too much. Metade do negócio desta agência de comunicação e organização de eventos deve-se a este setor: cursos de vinhos, provas de vinhos e outros eventos que casam o vinho com diferentes formas de arte. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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ranco, tinto, rosé, licoroso, espumante, reserva, monocasta, taninos, frutados… Multipliquem-se estes e outros substantivos e adjetivos por várias regiões demarcadas, cada uma com a sua idiossincrasia, por centenas de adegas, por
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centenas de castas e de combinações possíveis. Isto, sem sair de Portugal. Perdido? O mundo dos vinhos poderá não ser fácil de descodificar, mas é garantido que se vai divertir durante o processo e que quanto mais aprende, mais quer aprender, já que mais facilmente conseguirá encontrar o vinho certo para cada ocasião. A promessa é da We know too much, uma agência de comunicação que se dedica a comunicar o mundo dos vinhos e a organizar eventos em torno destes produtos, nomeadamente cursos de vinhos, através de uma das áreas da empresa, a Wine Academy. Conceição Gato, sócia fundadora da We know too much, conta que o primeiro passo neste sentido foi dado pela empresa em 2010, no evento “Viva o peixe”, que organizaram, quando se começava a ouvir falar em Portugal de harmonização entre comida e bebida. Depois deste evento seguiram-se muitos outros e a empresa criou a Wine Academy, que proporciona diferentes cursos de vinhos, em parceria com vários enólogos: nível I (aborda conceitos teóricos e práticos na iniciação à prova, apelando aos cinco sentidos, através de um prova cega de 12 vinhos); nível II (aprofunda conhecimentos de degustação, reconhecimento e memorização, bem como a compreensão de terroirs e aromas, também com uma prova cega de 12 vinhos com inclusão de vinhos estrangeiros); “enólogo por um dia” (workshop em
que cada participante é desafiado a criar um vinho, passando por todas as etapas: Inspiração + desafio + Criar uma equipa + Elaborar o vinho + Criar a imagem + vender o vinho = Enólogo por um dia); cursos de espumantes e champanhes (workshop que aborda a origem, o método e importância das castas, e da “Assamblage”, numa prova cega de seis vinhos); master class de vinhos velhos e raros (workshop com a duração de três horas, tem uma abordagem de métodos de conservação, harmonização gastronómica de vinhos com características diferentes e metodologia a ter na prova. Prova cega de seis vinhos de anos diferentes). Conceição Gato comenta que, muitas vezes, é preciso minar algumas ideias pré-concebidas que as pessoas têm face aos vinhos e que as impede de explorar a riqueza do setor. Se é fácil perceber que não se deve beber vinho à temperatura ambiente quando a temperatura ambiente é de 44 graus, à sombra. Há outros mitos mais difíceis de destruir: “Há pessoas que acham que não gostam de rosés ou que só gostam de vinhos de determinada região ou que não toleram determinada casta. Há vinhos bons e maus, de todos tipos, em todas as regiões.” Para vencer estes preconceitos, “a palavra-chave é abertura para provar diferentes produtos, servidos nas condições ideais e harmonizados com a comida adequada”. Conceição Gato admite que para
vinos & Gourmet
nos tornarmos bons conhecedores do mundo do vinho, um workshop não é suficiente: “No final de um workshop de iniciação ninguém consegue determinar que castas compõem um vinho, nem é esse o objetivo. Pode mesmo levar anos até que uma pessoa consiga identificar castas. Há algumas mais fáceis do que outras. A moscatel é relativamente fácil porque tem um aroma muito próprio.” No entanto, na primeira fase de formação, “interessa antes fazer uma análise sensorial do vinho e perceber através da cor, do aroma e do paladar de que tipo de vinho se trata, se está à temperatura ideal, se é seco, frutado, com que tipo de comida poderá combinar melhor…”. A especialista explica como a temperatura do vinho pode fazer a diferença: “Beber um tinto no verão, que esteja acima dos 16 graus, é beber apenas álcool. Um tinto nunca deve estar acima dos 16 graus e o branco nunca acima dos 12 graus.” As pessoas “querem saber mais sobre vinhos e divertem-se muito no processo, já que além de aprenderem, têm a oportunidade de provar vinhos de elevada qualidade, em ambiente profissional, mas descontraído”, sublinha Conceição Gato, acrescentando que “o interesse por estes cursos é
crescente”, quer em termos individuais, quer empresas, que procuram os serviços da We know too much, ao ponto de a área de vinhos representar já metade do volume de negócios. A outra metade diz respeito a serviços de comunicação e organização de eventos noutras áreas. No capítulo dos vinhos, além da formação, a empresa organiza também outros eventos que têm o vinho como foco: provas de harmonização com gastronomia, provas comentadas, provas verticais, duelos de castas, provas de vinhos de outros países, eventos para empresas e eventos que combinam o vinho com outras artes, como o “Vinhos em cena”. “Já fizemos “Vinhos em cena” com stand up comedy, com fados, com teatro, com moda…”, sublinha a gestora, acrescentado que há outras possibilidades em carteira, como perfumes, por exemplo. No futuro, a empresa pretende incluir também uma área de comercialização de vinhos, portugueses e internacionais, revela Conceição Gato. “Serão sempre vinhos que não passam pelo circuito comercial mais massificado. O objetivo é divulgar marcas de nicho, de produtores com quem já trabalhamos e que respeitam os critérios de qualidade
Vinhos & Gourmet
e imagem que definimos. Contaremos com o enólogo Mário Louro para nos ajudar a fazer essa triagem, no que diz respeito à vertente mais técnica, já que o critério de diferenciação é essencial. A imagem e comunicação do produto também são critérios porque a garrafa e todos esses aspetos relacionados com a comunicação devem fazer justiça à qualidade do produto.” Dada a experiência de quase uma década a trabalhar com operadores do setor do vinho, Conceição Gato observa que o salto de qualidade é enorme: “No passado, cometeram-se muitos erros, mas o trabalho que tem vindo a ser feito nos últimos anos é notável. O Douro é uma região imaculada, com um terroir excecional. O Dão também tem muita personalidade e evoluiu muito.” Mais lenta é a evolução da restauração, um setor onde a gestora observa várias fragilidades ao nível da formação no domínio dos vinhos: “Na maioria dos restaurantes, os vinhos não são armazenados, nem servidos nas condições ideais e não há aconselhamento para casar a bebida com a comida, o que em nada favorece a experiência gastronómica, nem faz justiça às margens de lucro da restauração na venda de vinho.” DEZEMBRO DE 2018
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Setor automóvel sector automóvil
Ateca Cupra
A marca desportiva da SEAT A SEAT já apresentou o primeiro modelo da sua nova marca desportiva Cupra, que arranca logo com um Ateca de 300 cavalos. Previsto, já está também um Ibiza que ostentará a mesma designação.
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Texto Nuno Almeida Ramos nrc.gmv@gmail.com Fotos DR
SEAT apresentou recen- o SEAT Ateca e o Cupra Ateca, mas temente o primeiro mo- os mais atentos vão reparar no spoiler delo da sua nova marca anterior, na grelha dianteira com o desportiva Cupra, que ar- logótipo Cupra, nas jantes de 19 poranca logo com um Ateca legadas e nas quatro saídas de escape de 300 cavalos. Previsto, já está tam- e alguns detalhes estéticos específicos. bém um Ibiza que ostentará a mesma designação. Depois de vários anos a ter Cupra apenas como designação das versões mais desportivas dos modelos da marca, a SEAT autonomiza a denominação, transformando-a na sua marca desportiva e procurando assim cativar clientes em busca de emoções fortes. Estratégia similar à que a Citroën fez com o DS. Tanto uma como outra, são novas marcas que nasceram de designações já usadas em modelos da respetiva marca. Em termos de imagem e dimensões, não há grandes diferenças entre 60 ACT UALIDAD€
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A Cupra quer ter produtos que reflitam uma imagem de sofisticação e modernidade, na realidade, quer um posicionamento premium, que a SEAT não pode ter. Quer também chegar a clientes que nunca compra-
sector automóvil Setor automóvel
riam um Seat, mas que se deixem seduzir pelos seus modelos e também pela noção de tribo, que a Cupra quer criar entre os seus clientes. A cor cobre identifica O Cupra, a começar pelo símbolo, continuando em aplicações nas jantes, frisos e nas quatro saídas de escape. O mesmo se passa no habitáculo, que recebe alguns materiais diferentes da versão SEAT do Ateca, para lhe dar um ambiente mais sofisticado. Há imitações de fibra de carbono, mais detalhes em cor de cobre, frisos e nas costuras da pele dos vários forros e do volante e, uns excelentes bancos desportivos, em alcÂntara, que são opcionais. A qualidade apercebida é melhor que nos outros Ateca. No interior, acrescenta-se com um painel de instrumentos totalmente digital, o virtual cockpit de outros modelos do grupo, aqui, com gráficos específicos do Cupra, além das habituais três visualizações à escolha. De resto, o tabliê continua igual, com o monitor tátil inserido na consola central, também ele, com alguns gráficos específicos do Cupra. A posição de condução, com os bancos desportivos de encosto de cabeça integrados, ficou ainda melhor que nos outros Ateca, com o corpo muito bem encaixado, volante sem excesso de inclinação e visibilidade sem problemas.
Exibindo o símbolo triangular que passa a ser a sua imagem de marca, a Cupra tem no Ateca o SUV mais potente alguma vez construído pelo grupo SEAT, graças à utilização de um 2,0 litros TFSI a gasolina, que debita
300 cavalos e que, segundo a marca espanhola, é também um dos motores tecnologicamente mais evoluídos do mercado. Sendo que, neste caso em concreto, será associado a uma nova caixa automática DSG de sete velocidades. Para completar a personalidade desportiva, nem falta um launch control, para fazer a aceleração 0-100 quilómetros por hora em 5,4 segundos. Se não se levantar o pé, havendo espaço e ocasião, o Cupra Ateca chega aos 247 quilómetros por hora. Este modelo é uma excelente opção para quem gosta do estilo SUV, mas não quer abrir mão de um veículo de caráter desportivo. Chega a Portugal no final do ano, com um preço a partir de 52.500 euros. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Economia com crescimento mais moderado
Foto Arquivo
economia portuguesa cresceu A 2,1% no terceiro trimestre, comparativamente a período homólogo,
anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE), na primeira estimativa do desempenho da economia entre julho e setembro. Nesta estimativa rápida, o INE ainda não detalha a evolução das diferentes componentes do PIB mas adianta que "a procura interna registou um contributo menos positivo, em resultado da desaceleração do consumo privado", embora o investimento tenha apresentado "um crescimento
ligeiramente mais acentuado". Já a procura externa líquida (exportações menos importações) teve um contributo negativo idêntico ao dos dois trimestres anteriores. Em cadeia, ou seja face ao trimestre anterior, o PIB cresceu 0,3%. Estes números refletem uma desaceleração da economia já que no segundo trimestre o PIB tinha crescido 2,4% em termos homólogos e 0,6% em cadeia. O ritmo de crescimento homólogo é, de resto, o mais baixo do ano, já que no primeiro trimestre tinha atingido os 2,2%.
Portugal com segunda menor Exportações superam crescimento taxa de inflação da UE das importações e reduzem défice A inflação anual portuguesa recuou, em outubro, para o segundo menor valor (0,8%) da União Europeia e em contraciclo com a zona euro e a União Europeia, onde esta subiu face a setembro. De acordo como Eurostat, a taxa de inflação anual fixou-se, em outubro, nos 2,2% tanto na Zona Euro quanto na UE, tendo os preços subido face a setembro (2,1% em ambas as zonas). Em outubro de 2017, a taxa de inflação anual foi de 1,4% na zona euro e de 1,7% na UE. As mais baixas taxas de inflação anual registaram-se, em outubro, na Dinamarca (0,7%), em Portugal (0,8%) e na Irlanda (1,1%) e as mais elevadas na Estónia (4,5%), na Roménia (4,2%) e na Hungria (3,9%). Em Portugal, a inflação anual desceu para os 0,8% quer face a setembro (1,8%), quer na comparação homóloga (1,7%).
O défice da balança comercial atingiu 1.203 milhões de euros em setembro, menos 49 milhões do que o registado no período homólogo. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nesse mês, as exportações nacionais subiram 1,7% e as importações aumentaram 0,5%, o que reflete uma desaceleração face a agosto. Em agosto, as importações tinham crescido 8,7%, batendo as exportações, que tinham subido 2,3%. De acordo com o INE, a “paragem programada das refinarias nacionais” pesou sobre as importações e as exportações. Daí que, sem os combustíveis e os lubrificantes, as compras nacionais tenham aumentado 1,7% e as vendas tenham subido 3,3%, em termos homólogos. Além disso, o INE destaca que as exportações portuguesas para a Itália cresceram 40,6%, para o Reino Unido subiram 8% e para França aumentam 3,2%. Quanto ao conjunto do terceiro trimestre do ano, as exportações e as importações aumentaram respetivamente 6,1 e 7,3%. "Em termos acumulados, de janeiro a setembro de 2018, as exportações aumentaram 6,7% e as importações cresceram 7,8%”.
Número de desempregados inscritos recua 17,4% em outubro O número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 17,4% em outubro face ao mesmo mês de 2017 e diminuiu 1,4% face a setembro, para um total de 334.200 pessoas, revelou o IEFP. De acordo com a informação mensal do mercado do emprego, disponível na página web do IEFP, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2017 (menos 70.323 pessoas), contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para os homens (menos 20%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há um ano ou mais, os que procuravam novo emprego e
os que possuem como habilitação escolar o primeiro ciclo básico. Já face ao mês anterior, a redução fez-se sentir, particularmente, nas mulheres, na procura de novo emprego, em inscrições com um ano ou mais e em habilitações de nível superior. O desemprego jovem fixou-se nas 37,6 mil pessoas, um decréscimo homólogo de 21,7% (menos 10,4 mil pessoas) e um acréscimo em cadeia de 3,6% (mais 1,3 mil pessoas), “em linha com a tendência habitualmente observada no mês de outubro (o desemprego jovem aumentou entre setembro e outubro em nove dos últimos dez anos)”, refere o IEFP. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-septiembre de 2018
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as cifras referentes a los nueve primeros meses del año dan muestras de crecimiento del comercio hispano portugués en los dos sentidos en comparación con el mismo periodo de 2017. De lo que llevamos de año las ventas españolas superaron los 15.588,3 millones de euros, frente a los 14.614,6 millones alcanzados en 2017 lo que representa un aumento del 6,2%. En sentido contrario, las compras españolas se situaron, este año, en los 8.648,2 millones de euros frente a 8.196,4 millones en igual periodo de 2017 (+5,2%). En los cuadros que recogen las posiciones relativas del mercado portugués en el comercio exterior español, en la clasificación relati-
va al los principales clientes de España, Portugal se sitúa en la cuarta posición con un peso relativo del 7,3%, y en la lista de los principales proveedores de España baja a la séptima posición y representa un peso relativo del 3,7%. Francia y Alemania surgen como los principales socios comerciales de España y ambos representan el 25,0 % del comercio exterior español. Italia desempeña igualmente un importante papel entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7,3% sobre el total de las importaciones españolas que ascendió en estos primeros nueve meses del año a los 8.648,2 millones de euros. China, a su vez, sigue ocupando la tercera posición en el ranking de los principales mer-
cados proveedores de España con el 8,3% del total de las importaciones españolas. En la distribución sectorial del comercio bilateral que se recoge en los cuadros 4 y 5, se mantiene la supremacía del sector de los vehículos automóviles, tractor, tanto en las ventas españolas (1.698,0 millones de euros) como en las compras (984,3 millones). Otros importantes sectores de la oferta española son las máquinas y aparatos mecánicos (1.139,6 millones de euros) y las materias plásticas y sus manufacturas (991,1 millones). En la demanda española destaca igualmente la partida de los combustibles, aceites minerales (738,5 millones de euros) y las materias plásticas y sus manufacturas (614 millones).
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-septiembre de 2018 VENTAS ESPAÑOLAS 18
COMPRAS ESPAÑOLAS 18
Saldo 17
Cober 17 %
ene
883 855,16
840 425
195,09
1 466 668,97
851 614,13
615 055
172,22
feb
1 619 549,72
907 007,03
712 543
178,56
1 497 298,88
908 400,89
588 898
164,83
mar
1 772 798,36
1 024 557,96
748 240
173,03
1 782 642,64
1 027 991,04
754 652
173,41
abr
1 660 720,07
972 023,11
688 697
170,85
1 570 079,36
948 408,69
621 671
165,55
may
1 870 420,80
1 012 520,48
857 900
184,73
1 727 541,71
985 698,49
741 843
175,26
jun
1 768 703,00
1 056 754,24
711 949
167,37
1 722 502,69
926 660,01
795 843
185,88
jul
1 792 110,10
1 050 599,30
741 511
170,58
1 632 006,65
860 328,97
771 678
189,70
ago
1 659 938,34
841 414,54
818 524
197,28
1 453 118,61
798 746,21
654 372
181,92
sep
1 719 811,59
899 423,91
820 388
191,21
1 762 712,45
888 575,41
874 137
198,38
oct
1 755 813,79
933 307,97
822 506
188,13
nov
1 834 134,01
1 013 297,56
820 836
181,01
dic
1 639 428,96
858 205,08
781 224
191,03
19 843 948,71
11 001 234,46
8 842 714
180,38
15 588 332,05
8 648 155,72
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
64 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2018
6 940 176
Cober 18 %
VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 17 ESPAÑOLAS 17
1 724 280,06
Total
Saldo 18
180,25
Rankings 2.Principales países clientes de España enero-septiembre de 2018
Se habrá de destacar que este conjunto de tres partidas representa el 31% de los f lujos comerciales entre Portugal y España en este periodo. Para finalizar, y en relación a la distribución por Comunidades Autónomas, Cataluña, Madrid y Galicia siguen encabezando la lista tanto de la oferta como de la demanda española a Portugal y este conjunto de tres regiones españolas representa el 51% del comercio bilateral cuyo volumen de transacciones supera los 12.382 millones de euros. Con base en la evolución en estos nueve primeros meses del año y haciendo un ejercicio de extrapolación al conjunto del año es muy probable que el año 2019 cierre con un f lujo comercial superior a los 32 mil millones de euros, cifra que supera con creces la alcanzada en 2017 que como bien conocemos se situó en los 30.845,2 millones, de las cuales 19.843,9 millones corresponden a las ventas españolas y 11.001,2 millones a las compras.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-septiembre de 2018 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
31 983 695,16
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
984 246,84
2
004 Alemania
23 084 547,86
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
738 504,52
3
005 Italia
16 956 956,31
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
614 049,77
4
010 Portugal
15 588 332,05
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
510 272,52
5
006 Reino Unido
14 289 636,79
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
487 229,58
6
400 Estados Unidos
9 590 418,67
6
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
301 507,14
7
003 Países Bajos
7 318 950,44
7
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
293 855,43
8
017 Bélgica
6 312 387,57
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
289 919,11
9
204 Marruecos
6 141 723,72
9
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
10
720 China
4 663 462,39
273 480,41
TOTAL
8 648 155,72
11
060 Polonia
4 194 691,72
12
052 Turquía
3 892 115,97
13
412 México
3 425 247,89
14
039 Suiza
3 080 025,92
15
952 Avituallamiento terceros
3 000 397,70
16
208 Argelia
2 395 110,68
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1 697 958,48
17
951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios
2 233 309,57
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
1 139 574,50
18
732 Japón
1 859 130,21
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
991 147,76
19
508 Brasil
1 844 063,06
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
857 922,27
20
061 República Checa
1 816 912,69
5
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
746 319,47
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
566 991,91
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
514 363,65
8
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
448 778,51
9
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
430 394,94
SUBTOTAL
163 671 116,37
TOTAL
212 162 917,16
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
3.Principales países proveedores de España enero-septiembre de 2018 Orden País
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-septiembre de 2018 Orden Sector
TOTAL
004 Alemania
29 957 978,17
2
001 Francia
25 893 406,15
3
720 China
19 715 754,17
4
005 Italia
15 514 228,64
5
400 Estados Unidos
9 764 134,13
6
003 Países Bajos
9 441 239,30
7
010 Portugal
8 648 155,72
8
006 Reino Unido
8 587 285,37
9
017 Bélgica
5 505 589,07
10
052 Turquía
5 232 659,71
11
204 Marruecos
4 984 665,89
12
060 Polonia
3 998 386,13
13
288 Nigeria
3 787 559,55
14
508 Brasil
3 691 600,83
15
632 Arabia Saudí
3 578 707,83
16
412 México
3 509 193,09
15 588 332,05
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
1
Importe
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España enero-septiembre de 2018
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-septiembre de 2018 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 18
17
208 Argelia
3 336 585,63
Cataluña
3 633 218,13
18
061 República Checa
3 198 481,72
Galicia
19
039 Suiza
3 197 744,34
Madrid, Comunidad de
20
732 Japón
3 139 070,65
SUBTOTAL
174 682 426,09
TOTAL
236 350 197,26
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
COMPRAS ESPAÑOLAS 18 Madrid, Comunidad de
1 459 878,38
2 314 694,22
Galicia
1 403 939,33
2 253 252,33
Cataluña
1 317 066,15
Andalucía
1 623 626,82
Andalucía
932 271,24
Castilla-La Mancha
1 062 543,11
Comunitat Valenciana
698 085,52
944 618,00
Castilla y León
549 828,94
Comunitat Valenciana
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
DEZEMBRO DE 2018
AC T UA L I DA D € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas de limpieza
DP180406
Empresas españolas fabricantes de geotextiles y poliéster agujeteado
DP180501
Empresas españolas de Inspección, monitorización y mantenimiento de estructuras metálicas
DP180502
Agencias de viajes españolas
DP180503
Empresas españolas distribuidoras de suplementos alimenticios
DP180504
Empresas españolas distribuidoras de material informático
DP180601
Empresas españolas de distribuición de roupa Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos
DP180602
Empresa portuguesa de equipamentos para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español
OP170802
Empresa portuguesa del sector de metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español
OP170803
Empresa portuguesa de construcción de quioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción
à sua espera
OP170602 OP170801
OP171001 OP171002
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de malas em pele
DE180201
Empresas portuguesas fabricantes de rolamentos, engrenagens e dispositivos de transmissão mecânica Empresas portuguesas de agropecuária Empresas portuguesas fabricantes de malas em cortiça
DE180202 DE180401 DE180402
Mecânicos portugueses
DE180403
Empresas portuguesas de viveiros de plantas ornamentais Empresas portuguesas do setor da tecnologia Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal
DE180404 DE180405 OE170302
Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal
OE170801
OE170304 OE170305 OE170601 OE170602
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
66 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2018
de negocio oportunidades Plano de oportunidades Mobilidade do Programa Integral de negócio de Qualificação e Emprego (PICE)
Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614
DEZEMBRO DE 2018
AC T UA L I DA D € 67
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D F 2 3 4 5 6 7 F 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30 31
Dezembro Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
*À data da preparação desta informação ainda não estava disponível o novo modelo.
10
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em outubro/2018
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de novembro/2018
Entidades empregadoras
10
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativa a novembro/2018
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
17
IRC
3º pagamento por conta do IRC de 2018
Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil.
17
IRC
3º pagamento adicional por conta (derrama estadual) do exercício de 2018
Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000.
20
IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em novembro/2018
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a novembro/2018
Entidades empregadoras
20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em novembro/2018
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas
20
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em novembro/2018
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT.
20
SELO
Envio da declaração mensal de Imposto do Selo relativa a novembro/2018
Sujeitos passivos de Imposto do Selo
Nova declaração*
20
IRS
3º Pagamento por conta do IRS 2018
Sujeitos passivos de IRS com rendimentos empresariais e profissionais
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em outubro/2018
Entidades devedoras dos rendimentos
68 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2018
Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE180134
F
11/02/1968
FRANCÊS / INGLÊS
GESTÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ALOJAMENTOS TURÍSTICOS
BE180135
F
15/12/1992
INGLÊS/ ESPANHOL
ADVOCACIA
BE180136
F
INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE180137
F
INGLÊS / FRANCÊS / ESPANHOL / ÁRABEL
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE180138
F
01/04/1959
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
GESTÃO DE PRODUÇÃO DE ARTES GRÁFICAS
BE180139
F
28/07/1976
INGLÊS
GESTÃO COMERCIAL E MARKETING
BE180140
M
INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
CONSULTORIA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
BE180141
F
18/12/1993
ESPANHOL/ ALEMÃO/ ITALIANO/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE180142
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO
TÉCNICO DE INFORMAÇÕES TURISTICAS
BE180143
F
14/10/1962
INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL
SECRETARIADO E ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
BE180144
M
29/01/1952
BE180145
F
BE180146
F
BE180147
M
BE180148
M
BE180149
F
31/08/1989 09/08/1984
PORTUGUÊS/ ITALIANO/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
SAP ENGINEER
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
ADMINISTRATIVA, SEGUROS, BANCA
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ GALEGO/ INGLÊS
CIÊNCIAS POLÍTICAS (INVESTIGAÇÃO)
INGLÊS
HOTELARIA
ESPANHOL/ INGLÊS
CONTABILIDADE E MARKETING
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ ITALIANO
COUNTRY ACCOUNT MANAGER
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
novembro de 2014
PUB
ac t ua l i da d € 69
espaço de lazer
espacio de ocio
Puro, a nova proposta do chefe António Amorim para Lisboa
No prato ou num frasco, a comida que António Amorim serve no restaurante que acaba de inaugurar no centro de Lisboa pode ser consumida no local ou fora. Seja qual for a opção do cliente do Puro, o chefe garante os adjetivos finais: saudável, saboroso, fresco e colorido.
U
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Nuno Mendes
ma parede revestida a vegetação denuncia as intenções do Puro: “servir comida saudável”. O chefe António Amorim (foto ao lado), mentor e dono do projeto, admite que sempre esteve “ligado a este registo saudável”. Foi militar-paraquedista e praticou desporto durante muitos anos, chegando a ser capa de uma revista de saúde e bem-estar. Acresce que, sendo natural de Trásos-Montes (Baião), o chefe cresceu num ambiente campestre, pelo que a comida era feita de ingredientes de qualidade. “Quero proporcionar isso no Puro”, promete.
70 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2018
Além de querer agradar ao paladar, o chefe está empenhado em “preservar a saúde dos clientes”, bem como “a saúde do planeta”. Esses três objetivos sintetizam o conceito que alicerça este novo projeto de António Amorim, que é também responsável pela cozinha da Fábrica do Pastel de Feijão (Alfama) e Restaurante A (Torres Vedras) e tem no currículo espaços como o 100 Maneiras, o Blend, o Pão à Mesa, o El Clandestino e restaurantes galardoados com estrelas Michelin, como o Feitoria e Vila Joya. Situado no centro de Lisboa, o espaço procura preencher “uma lacuna” detetada pelo chefe: “há falta de
espacio de ocio
restaurantes de comida saudável e simultaneamente saborosa”. No Puro, servem-se pratos frios, como saladas, granolas com iogurte natural feito in loco ou sandes. Há vários toppings e molhos à escolha, para complementar as saladas. Se optar pelos pratos quentes, feitos com uma base de quinoa, arroz integral, massa integral, tagliatelli ou massa penne, salteados na hora e à vista dos clientes, com três ingredientes, que também pode escolher (sobretudo leguminosas ou legumes que variam diariamente). O prato fica completo com um dos três molhos disponíveis: o de abóbora assada com tomilho, o de azeite e ervas aromáticas ou o de cogumelos e soja. Esta oferta poderá também ir mudando, em função da sazonalidade e disponibilidade no mercado. Há também sempre uma sopa, diferente todos os dias, bem como vários sumos naturais de fruta e legumes e smoothies, feitos na hora. A carta atual propõe três smothies feitos a partir de uma base de iogurte, leite, chá ou sumo): couve roxa, abacaxi, lima e maçã ou aipo, maçã, beterraba, cenoura e limão ou ainda limão, maçã, cenoura, gengibre e salsa. Se preferir comer em casa, no local de trabalho ou num jardim, o Puro disponibiliza frascos com saladas ou fruta, sandes, granolas, bem como os diferentes toppings e molhos. Há igualmente, para levar, sumos de fruta ou chá verde, em garrafi-
nhas. O cliente paga uma tara por estas embalagens de vidro, que pode devolver numa próxima visita ao restaurante. António Amorim procura ter embalagens reutilizáveis e declarou guerra ao plástico: as palhinhas são de milho, as sandes também são embrulhadas em papel, os guardanapos são de feitos de papel reciclado. Apenas os molhos estão embalados em plástico, mas o chefe está à procura de soluções para os substituir.
espaço de lazer
O Puro funciona igualmente como cafetaria e até padaria, pelo que possui uma generosa oferta de pão (feito numa padaria externa, de forma artesanal e fermentado com leveduras naturais), salgados e doces sem glúten, feitos com farinha de arroz espelta ou quinoa. Puro Rua Luciano Cordeiro, nº 74, Lisboa puro.cafetaria@gmail.com
DEZEMBRO DE 2018
AC T UA L I DA D € 71
espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural Livro
“Princípios de Contabilidade de Gestão - Gestão de Custos para Mentes Empreendedoras”
Com o livro “ P r i n c í p i o s de Cont abilidade de Gestão - Gestão de Custos para Mentes E m p r e e n d e d o r a s ”, Sofia Gomes, subdiretora do ISAG – European Business School, em coautoria com Tiago Trancoso, pretende “uma abordagem simples e descomplicada à crescente globalização dos mercados, mostrando a sua complexidade e pressão no momento das tomadas de decisão nas várias áreas da gestão”. Os autores partem da “análise de 75 casos práticos, baseados em diagnósticos e estudos de caso”, para “dar a conhecer e entender o potencial da rentabilidade de um produto, serviço, projeto ou cliente, apoiando não só a atividade real de diretores executivos e gestores de produção, mas também de gestores de projetos, líderes de equipas, gestores de clientes, gestores de fornecedores, controllers, microempresários e freelancers”.
Revista
Egoísta dedicada ao tema “Fronteira”
A mais recente edição da premiada revista do Casino Estoril, a Egoísta é dedicada ao tema “Fronteira”. Um pretexto para j u n t a r v á r i o s autores e artistas para abordar temas como: refugiados, guerra, paz, direitos humanos... entre outros. 72 act ualidad€
DEzEMBRO DE 2018
Exposições
“Eça e Os Maias” para conhecer ou recordar na Gulbenkian “Tudo o que tenho no saco”, é o subtítulo da mostra que a Fundação Calouste Gulbenkian de dica a um dos mais aclamados romances da literatura em português. A expressão é do próprio autor, como explica a sinopse da exposição: “O ano de 1881 tinha apenas começado e, de Bristol, Inglaterra, José Maria d’Eça de Queirós escrevia ao seu amigo Ramalho Ortigão contando que tinha ‘o romance praticamente pronto’” Na mesma mensagem dizia que decidira fazer ‘não só um romance’, mas um romance com “ tudo o que tenho no saco”. Esta exposição inclui também tudo o que a coleção Gulbenkian “tem no saco” alusiva a “Os Maias”, nomeadamente nas áreas de fotografia, pintura, escultura, música e filmes, caricaturas, cartas, crónicas e peças do espólio pessoal de Eça de Queirós, que serão mostradas pela primeira vez em Lisboa, “como é o caso da secretária pessoal onde Eça escrevia, de pé, e a cabaia chinesa que lhe foi oferecida pelo Conde de Arnoso”. “Os Maias. Episódios da Vida Romântica” foi publicado em 1888, não agradou à crítica, sendo apenas no século XX “reconhecido como a obra-prima de Eça e como um clássico da literatura em língua portuguesa”. Organizada em diferentes núcleos, a mostra dedica uma parte aos anos da vida do escritor que antecederam a publicação deste romance. “1888 – A vasta máquina!” é o núcleo que se debruça mais diretamente na obra “Os Maias”, a “vaste machine, com proporções enfadonhamente monumentais de pintura a fresco, toda trabalhada em tons pardos, pomposa e vã”, como a descreveu Eça de Queirós. Outro núcleo aborda a “guerra ao romantismo”, que o autor realista faz, materializada na personagem de Os Maias, Alencar, “ poeta que se pauta por valores românticos e se torna alvo de toda a sua ironia”, ou em “As Farpas”, que assina com Ramalho Ortigão são outro exemplo desta sua vontade de “obrigar a multidão a ver verdadeiro”. Outras obras são abordadas na mostra, como é o caso do núcleo “Norma e desejo”, um tema tratado em “Os Maias”, mas também em “O Crime do Padre Amaro”, que inspirou a pintora Paula Rego, autora de “uma série de 16 pastéis que refletem temas que a mobilizam – a violência do desejo ou o lugar de poder das mulheres”. O núcleo “Olhares Cruzados” mostra “como Eça foge da objetividade que o realismo procura para expor vários olhares sobre a mesma realidade”. Sendo, “mestre na ironia (que cria ambiguidade), recorre também ao sonho, à caricatura, ao excesso personificado por Ega, identificado como um alter-ego do próprio Eça”. Há ainda outro núcleo que homena-
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geia a máxima de Eça: “A Arte é tudo – tudo o resto é nada”, bem como outro que percorre os “Lugares” deste autor, nascido na Póvoa do Varzim, e que viajou por Portugal, pela América do Norte, pelo Próximo Oriente e Europa, devido à sua carreira enquanto diplomata.
Até 18 de fevereiro de 2019, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa
Fundação Bienal de Arte de Cerveira expõe em Vigo O Centro Cultural Português do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., em Vigo, vai acolher uma seleção de 12 obras que foram apresentadas durante a XX edição da Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mais antiga da Península Ibérica. O objetivo em colocar em diálogo as obras dos portugueses Acácio de Carvalho, Alberto Vieira, Álvaro Queirós, Ana Vigidal, Carlos Casteleira, Henrique do Vale, Joana Rêgo, Manuela Bronze e Ricardo de Campos e dos espanhóis Rosa Ubeda, Sobral Centeno e Vasco Sá-Coutinho. “Esta exposição contribui para reforçar os diálogos e as expectativas de como a obra de arte pode ser um meio de comunicação intercultural, propondo-se à comunidade uma reflexão sobre este tema”, assinala o coordenador artístico e de
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produção da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), Cabral Pinto. Esta é já a terceira exposição inaugurada pela FBAC naquele espaço o que, nas palavras do presidente F e r n a n d o Nogueira, “reflete as excelentes relações que a Bienal de Cerveira tem vindo a estabelecer com as instituições da Galiza, com o intuito de promover a arte contemporânea e captar novos públicos além-fronteiras”.
Até 13 janeiro de 2019, no Centro Cultural Português do Camões, em Vigo Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
“Over Flow”, uma reflexão sobre como nos relacionamos com o mar, de Tadashi Kawamata O debate e a sensibilização sobre a preservação dos oceanos fomentados pela arte é a proposta do Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia (MAAT), que encomendou ao artista japonês Tadashi Kawamata a exposição “Over Flow”, patente na Galeria Oval desta instituição. A mostra “foca questões em torno do turismo e da ecologia globais”. Trata-se de “uma instalação imersiva”, que “convida o visitante a experienciar uma paisagem marítima na sequência de uma catástrofe ecológica imaginária em que os detritos transportados pelos oceanos engoliram a civilização”. O artista japonês, “mundialmente conhecido pelos seus ambientes arquitetónicos sustentáveis de grande escala, desenvolveu o projeto ao longo de um ano de pesquisa e trabalho de campo em Portugal, culminando num workshop com artistas e arquitetos orientado pelo coletivo arquitetónico Os Espacialistas.” A instalação “integra resíduos de plástico e barcos abandonados, recolhidos na costa portuguesa durante as campanhas de limpeza de praias (com o importante contributo de voluntários da Brigada do Mar, de associações da Câmara Municipal de Almada e do Porto da Nazaré)”. O artista compõs estes elementos numa “forma escultórica que sugere os elementos poluentes agregados pelos movimentos perpétuos dos oceanos, bem como
os efeitos do turismo global e o seu consumo dramático de recursos naturais”. Os Espacialistas propõem “Um mergulho de Alerta”, as visitas temáticas a esta mostra: “A paisagem marítima seduz-nos e esmaga-nos também num cenário de catástrofes ecológicas. Em Over Flow de Tadashi Kawamata somos convidados à submersão da consciência para um ambiente de detritos, de resíduos, de história que nos deve fazer parar para refletir. Nesta instalação o ambiente remete-nos para outras escalas, de território, pensamento, de fatalidades sobre os nossos recursos naturais. Numa relação espacial e temática com as outras exposições do MAAT, respiremos fundo para um mergulho de alerta numa imensidão de mar e no que nele depositamos.”
Até 1 de abril de 2019, no MAAT, em Lisboa de z embro de 2 0 1 8
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Statements Para pensar
“[O Brexit é um] jogo de soma negativa [que poderá ter, no cenário mais otimista, um impacto negativo de 15% nas exportações portuguesas para o Reino Unido, mas que podem chegar aos 26%, caso as negociações terminem sem acordo]” Estudo da CIP, realizado pela Ernst & Young – Augusto Mateus & Associados, apontando-se os setores com maior impacto o dos produtos informáticos, eletrónicos e óticos, dos equipamentos elétricos e dos veículos automóveis, reboques e semirreboques, “O Jornal Económico”, 26/11/18
“[A saída do Reino Unido] implicará uma reconfiguração do mercado interno europeu, com consequências e desafios para o conjunto das economias globalmente consideradas, mas com particularidades específicas em cada país” Idem, ibidem
“[Esta saída] configura um processo de desconstrução de uma longa e profunda integração económica com dificuldades processuais relevantes, dada a inexistência de experiências similares, e com consequências que podem ser mal avaliadas, dado o desconhecimento da dimensão efetiva de muitos dos mecanismos de transmissão dos seus efeitos económicos e sociais” Idem, ibidem
”É preciso direcionar o capital para o investimento sustentável [em vez de procurar ganhos elevados e rápidos, mas de maior risco] Mário Centeno, ministro das Finanças, numa intervenção na conferência anual da CMVM, cujo tema central era o investimento sustentável, com vista a incentivar, nomeadamente, os investimentos em empresas que aplicam bons modelos de governação e se preocupem com a sustentabilidade e a economia “verde”, “Negócios.pt”, 23/11/18
“[Há que introduzir a] noção tempo como fator essencial no processo de decisão do investimento [uma vez que estes investimentos sustentáveis e não especulativos devem privilegiar uma abordagem de longo prazo] Idem, ibidem 74 ACT UALIDAD€
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