Actualidad
Economia ibérica janeiro 2019 ( mensal ) | N.º 259 | 2,5 € (cont.)
Energéticas ibéricas
preparam o futuro pág. 38
El sector químico de España con “un crecimiento del 4,6%” en 2018 pág. 14
Madrid Central: la lucha contra la contaminación pág. 22
Cerealto Siro Foods, el nuevo gigante ibérico del sector alimentario pág. 20
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Foto de capa
índice
Foto Sandra Marina Guerreiro
Índice
EDP
Nº 259 - janeiro de 2019
Actualidad
26.
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Manuela Ramos Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Manuela Ramos (manuela@ccile.org)
Constituição Espanhola faz 40 anos e data é assinalada em Lisboa
Grande Tema
Energéticas ibéricas preparam o futuro
38.
Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Eduardo Serra Jorge, Filipa Alfaia Barata, Joana Tavares de Oliveira, Nuno Almeida Ramos e Nuria Heras Diez Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém
Editorial 04.
Opinião 06.
Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787
48.
Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha
Tonnage tax - Decreto-Lei n.º92/2018, de 13 de novembro - Joana Tavares de Oliveira e Filipa Alfaia Barata
Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________
Rehabilitación como herramienta de revitalización de los centros históricos de nuestras ciudades - Nuria Heras Diez
Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.
Portugal e Espanha podem liderar mudança de modelo energético?
50.
Medidas de promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens - Eduardo Serra Jorge
Atualidade 24.
Certificação é um passo essencial para as empresas exportadoras
E mais...
08. Apontamentos de Economia 14.Entrevista 28.Marketing 32.Fazer Bem 48. Advocacia e Fiscalidade 52.Ciência e Tecnologia 54. Setor Imobiliário 58.Vinhos & Gourmet 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Fluxos de Investimento 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
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Portugal e Espanha podem liderar mudança de modelo energético?
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ortugal está bem classif icado no Índice de Desempenho das A lterações Climáticas, tabela divulgada em dezembro na cimeira do clima das Nações Unidas, em Katowice (Polónia). No que toca ao desempenho do país relativamente às alterações climáticas Portugal ocupa o 14º lugar, numa lista de 57 países. No tópico do índice relativo às políticas climáticas, Portugal conseguiu mesmo um primeiro lugar. Em causa as anunciadas medidas para encerrar as duas centrais de carvão até 2030, bem como para chegar a esse ano com 80% da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis e ainda o apoio de Portugal à neutralidade carbónica na União Europeia até 2050. Portugal deverá melhorar o parâmetro sobre o uso efetivo de energias renováveis, onde atinge um nível médio, afetado pelo desempenho, abaixo do desejável, do setor dos transportes públicos e da mobilidade elétrica. De acordo com dados da Comissão Europeia, 13 países dos 28 membros vendem gasolina a um preço inferior ao do gasóleo. Em Portugal isso ainda não acontece e a venda de carros a gasóleo (mais poluente que a gasolina) ainda é substancial, ao contrário das vendas de veículos híbridos ou elétricos. No entanto, os portugueses poderão ter que mudar as suas opções de compra, a julgar pelo que advoga a Federação Europeia dos
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Transportes e Ambiente. Para cumprir a meta de descarbonização no setor dos transportes até 2050, a Europa deverá deixar de vender automóveis a diesel e gasolina até 2030. Acresce que de acordo com a Associação Zero, que faz parte da Rede Internacional de Ação Climática, apenas 25,43% da energia consumida em Portugal é de fonte renovável, o que está “longe do objetivo necessário para impedir um aumento de temperatura abaixo dos 2ºC”, em conformidade com o definido pelo Acordo de Paris. Para concretizar as metas propostas pelo Acordo de Paris, a Comissão Europeia decidiu elevar a fasquia e sugere o encerramento das centrais de carvão e de gás até 2050. O conselho parece não levantar grandes problemas na Península Ibérica, no caso do carvão, mas relativamente ao gás, as energéticas estão mais reticen-
tes. As centrais a gás existentes são mais recentes e o investimento ainda não foi amortizado. Acresce que há novos investimentos em curso neste segmento. Como estão algumas das principais empresas de energia portuguesas e espanholas a preparar o futuro, de modo a cumprir os objetivos de sustentabilidade do planeta e a acautelar a sua própria sustentabilidade económica, é o tema central que exploramos nesta edição. Será que Portugal e Espanha têm motivos para estar otimistas face à mudança de paradigma energético em curso? Outra área em que a Península Ibérica dá cartas é a da indústria química, como poderá perceber através das palavras de Carles Navarro, presidente da Federação Empresa ria l da Indústria Química de Espanha no espaço “Entrevista”. E-mail: smarques@ccile.org
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Rehabilitación
como herramienta de revitalización de los centros históricos de nuestras ciudades
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l término centro urbano o histórico es parte del vocabulario popular de la población, aunque al analizar su significado más profundamente apreciamos que no siempre son sinónimos. Antiguamente el centro histórico de la ciudad coincidía con su centro neurálgico. Con el crecimiento de éstas, su centro podía permanecer en el mismo lugar o bascular hacia un ensanche que hacía las veces de nueva trama vertebradora de la ciudad. En ambos casos, el centro histórico puede mantenerse imperturbable o cambiar radicalmente de uso sin guardar relación alguna con su ubicación. John Ruskin y Viollet le Duc fueron los primeros en poner en valor la conservación de Centros Históricos. Ruskin defendía la “no intervención” como manera de preservar nuestro patrimonio mientras que le Duc proponía la reconstrucción como instrumento de intervención. Años después, Gustavo Giovannoni y Le Corbusier1, presentaban dos posturas antagónicas. El primero abogaba por la protección integral de los centros históricos, manteniendo la idea de edificio-monumento, Le Corbusier al contrario defendía la renovación radical de las zonas monumentales que según su visión, lastraban la evolución de la ciudad moderna. Esta dicotomía entre preservación y funcionalidad es una cuestión compleja que se debate en la actualidade desde
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Por Nuria Heras Diez*
posturas antagónicas. Desde un punto vivienda no sólo por el paso de los años de vista simbólico, recuperar la historia sino por el incremento de su propio de cada lugar a través de la rehabili- valor. Según Sara Barañano, directora tación de su patrimonio es un deber técnica de Cuida tu casa, estos benefrente a las generaciones futuras, un ficios pueden llegar hasta al 20% en modo de preservar la memoria histó- alguno de los casos2. rica de nuestro pueblo y un modelo de actuación sostenible. Pero, ¿es a nivel Estos son algunos de los beneficios económico una buena inversión? de la inversión además de los econóHistóricamente, comprar edificios micos: Beneficios por el tipo de edificio: • Exclusividad por su valor patrimonial. Si el estudio inicial es detallado, se “Rehabilitar es siempueden encontrar joyas arquitectónipre más costoso que cas con generosas alturas, grandes ventanales y amplitud en sus dimensiones construir de nuevo, de además de contar con vigas de madera, manera que el invercielos rasos con molduras, chimeneas o suelos de madera maciza. sor requerirá de una • Localización inmejorable. La tendencia importante inversión actual es recuperar las zonas céntricas y bien conectadas con el transporte inicial de capital (...) público. En las zonas centro, conseHay tipos diferentes de guir un solar vacío es prácticamente imposible pero encontrar un edificio intervención en España con posibilidades de crecer en altura y Portugal“ es un escenario más factible. • Mejoras en las condiciones del barrio. Las intervenciones puntuales, que antiguos, ubicados en zonas históricas pueden incluso llegar a coincidir con de la ciudad para posteriormente rehaalguna intervención pública de mejobilitarlos y venderlos o alquilarlos ha ra urbana, aumentan el valor de la sido una práctica relativamente común. vivienda. Si se parte de una elección adecuada de Beneficios por el tipo de intervenlas características específicas del edifi- ción: cio y de su ubicación, la inversión en • Mejora de las características propias el inmueble augura la recuperación del del edificio: dinero invertido más ganancias adicio- - Mejora de las condiciones de habitanales por el incremento del valor de la bilidad de las viviendas. Renovación
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no sólo de los elementos mínimos de la vivienda (cocina-salón-comedor, dormitorio, baño) y revisión de las dimensiones y superficies mínimas sino también mejora de la iluminación y ventilación y de sus instalaciones. - Mejora de las condiciones de accesibilidad. La incorporación de ascensores, rampas de acceso o mejora de anchos de escaleras amplía el rango de personas interesadas en la vivienda. - Mejora de la eficiencia energética de las viviendas. La inversión en la envolvente del edificio mejora el comportamiento energético de la vivienda a la vez que aumenta la sensación de confort. - Consolidación estructural. En el caso de aquellos edificios que tienen problemas estructurales, la rehabilitación puede recuperar su estabilidad estructural y devolver la horizontalidad a sus forjados reduciendo el pandeo producido por el paso del tiempo. - Recuperación del valor histórico o patrimonial de la vivienda. Ventajas fiscales: Aprovechamiento de las ventajas fiscales que ofrecen los diferentes Gobiernos de la Península Ibérica: - Plan de Vivienda 2018-2021. El gobierno de España subvencionará mejoras en la reforma urbana, el ahorro energético y la accesibilidad por valor máximo de ocho mil euros para pisos y 12 mil euros para viviendas3. - Instrumento Financiero para la Rehabilitación y Revitalización Urbana (IFRRU 2020). El Gobierno luso dotará de 1,400 millones de euros a aquellos edificios “a rehabilitar de forma integral con una antigüedad igual o superior a 30 años o que se encuentren en mal estado de conservación, así como espacios industriales abandonados o viviendas sociales en mal estado4”. En este punto cabría hacer una clara diferencia en el momento inmobiliario en que se encuentran ambos países. A pesar de que el precio de la vivienda, la contraventa o la construcción de la
vivienda está de nuevo creciendo en ambos países, Portugal y más concretamente sus ciudades más importantes (Lisboa y Porto) se encuentran sumidas en un encarecimiento radical de sus viviendas llegando al 12,2% en el primer trimestre de 20185. En Porto, la inversión inmobiliaria en el centro histórico en verano del 2018 aumentaba en un 48%6 y en Lisboa en los barrios de la Misericórdia, Santa Maria Maior y São Vicente, sus precios han subido desde 2008 en un 68%7. Aunque a primera vista, todos son beneficios cabe recordar que: 1. Rehabilitar es siempre más costoso que construir de nuevo, de manera que el inversor requerirá de una importante inversión inicial de capital. 2. Hay tipos diferentes de intervención en España y Portugal. En España, muchos centros históricos están protegidos no sólo a nivel urbano, de manera que en muchos casos no se permiten transformaciones radicales o eliminación de elementos constructivos históricos. En Portugal, en cambio, hay un porcentaje elevado de intervenciones en las que únicamente se mantiene la fachada, construyendo de cero la estructura y distribución interiores. 3. A nivel social, muchos centros históricos se benefician de la complicidad entre inversión privada y administración pública para revitalizar determinadas áreas de la ciudad, consiguiendo barrios más seguros, menor índice de delincuencia y mejor calidad de vida de sus habitantes. Lamentablemente esta revitalización vienen muchos casos de la mano de un desplazamiento social provocado por la invasión de la clase media-alta en áreas ocupadas por gente de bajos recursos. Estas migraciones forzadas provocan cambios en las dinámicas del barrio y en muchos casos la pérdida de la identidad original del mismo. La redistribución de los usos del barrio puede virar si la zona es muy céntrica en la proliferación de hoteles, pisos para alquileres tem-
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porales de corta duración o comercios enfocados al turismo. Fue Ruth Glass quién, en 1964, acuñó este término como “gentrificación”, vocablo en boga en la Península durante los últimos años. La renovación urbana se lleva realizando desde el principio de los tiempos; asentarse en un lugar específico escogido en base a sus características geográficas, proximidad a zonas de cultivo, caza o a otras tribus son criterios similares a los que utilizamos ahora. Lo complicado es conseguir el equilibrio entre revitalización y eliminación del carácter único de una zona. La velocidad a la que los cambios ocurren actualmente no favorece un tipo de transición calmada pero está de nuestra mano promover intervenciones que enriquezcan nuestra sociedad a la vez que lo hace nuestro bolsillo y responsabilidad del gobierno desarrollar un plan conjunto con inversionistas y residentes para evitar estas brechas sociales. Notas Gustavo Giovannoni en la Carta de Atenas (1931) y del Restauro Italiana (1932) y Le Corbusier en sus Principios de Urbanismo (1933) 2 https://elpais.com/economia/2017/12/15/ actualidad/1513360744_674010.html 3 https://www.idealista.com/news/ inmobiliario/vivienda/2018/01/09/762328llegan-nuevas-ayudas-publicas-pararehabilitar-viviendas-que-ofrecen-y-queventajas 4 https://www.efe.com/efe/portugal-enespanol/portada/portugal-lanza-planpara-rehabilitar-un-millon-de-edificios-encentro-urbano/50001001-3631153 5 https://www.efe.com/efe/portugalen-espanol/portada/la-vivienda-enportugal-se-encarece-un-12-2-el-primertrimestre/50001001-3658523 6 https://www.idealista.pt/news/imobiliario/ habitacao/2018/06/07/36458-portovendidas-389-casas-no-centro-historicoem-2017-e-investimento-imobiliario 7 https://www.sabado.pt/dinheiro/detalhe/ travao-no-preco-de-casas-no-centrohistorico-de-lisboa 1
* Arquitecta máster en Tecnología de la Arquitectura, especialidad en Restauración y Rehabilitación E-mail: info@nuria-heras.com
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Abanca compra Banco Caixa Geral de Espanha, por 364 milhões de euros O A ba nca compr ou o Ba nco cem à Caixa Geral de Depósitos Caixa Geral, em Espanha, por 364 naqueles países, seguindo aquemilhões de euros. “O acordo glo- las que eram as propostas da bal implica pagar um preço de 364 administração do banco público, milhões de euros, resultante da indicou o secretário de Estado aplicação de um múltiplo de cerca da Presidência do Conselho de de 0,65 ao book value da entidade Ministros, no passado dia 22 de adquirida”, revela o comunicado novembro. emitido pelo Abanca. A proposta do Abanca pela filial O valor é superior aos cerca de espanhola da CGD foi escolhi250 milhões de euros que eram da em detrimento das ofer tas do referidos pela imprensa espanho- também banco espanhol Cajamar la como sendo aqueles que eram e do fundo americano Cerberus. oferecidos aquando da fase da O Banco Caixa Geral conta com entrega das propostas vincula- 110 agências em Espanha, dispertivas. sas por dez comunidades, mas No balanço da CGD, já houve sobretudo concentrada na Galiza, a antecipação de perdas com o Extremadura e Madrid. São 524 BCG ao longo dos anos, estan- funcionários no banco que tem do, após imparidades, avaliado uma car teira de crédito de 3,4 mil em 222 milhões de euros. O que milhões de euros e de quase três permitirá registar mais valias à mil milhões de euros em depósiinstituição financeira por tuguesa. tos. O Governo selecionou o Abanca, “Uma vez decidida a adjudicação em Espanha, e o Capitec, na África ao Abanca , inicia-se o procesdo Sul, para ficarem com as insti- so de obtenção das autorizações tuições financeiras que per ten- administrativas correspondentes.
A par tir daí, o banco iniciará o processo de integração, uma área onde já acumula uma comprovada experiência nos últimos anos”, continua o comunicado, sem adiantar datas concretas para a finalização da operação. “A aquisição do Banco Caixa Geral permite ao Abanca consolidar e incrementar o seu crescimento e a sua especialização em banca para empresas, abrir novas opor tunidades para a comercialização de produtos de valor e acentuar o seu caráter ibérico, gr aça s à atividade comer cia l entre Espanha e Por tugal”, indica ainda o comunicado. O A ba nca es t á a adquir ir a r e de de retalho do Deutsche Bank e m Por tug a l, que a inda ag u a rda f ina liz aç ão. Es t á e m c aus a junt a r um tot a l de 40 agência s em Por tug a l, ma is centr ados na ba nca pr ivada , aos quatr o ba lcões que a ins tituição g a le ga já tem no país .
Novo Banco lidera Linha de Crédito Capitalizar 2018 Reafirmando a sua estratégia de apoio ao sistema empresarial nacional, nomeadamente às PME e negócios, o Novo Banco lidera a Linha de Crédito Capitalizar 2018 com uma quota de mercado de 18,5% no volume e número de operações enquadradas, segundo dados divulgados pela PME Investimentos, entidade gestora da linha. Lançada em agosto de 2018, a Linha de Crédito Capitalizar 2018 é o principal instrumento atualmente em vigor a este nível, permitindo o apoio às PME com diversas finalidades: apoio ao reforço de fundo de maneio (financiamento a curto e médio prazo, até quatro
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anos); apoio à tesouraria (crédito reutilizável até três anos); apoio ao investimento geral (financiamento a médio e longo prazo e leasing , até 10 anos); apoio ao investimento em projetos Portugal 2020 (financiamento a médio e longo prazo e leasing , até 10 anos), apoio ao fundo de maneio e/ou investimento na indústria 4.0/ apoio à digitalização (financiamento a médio e longo prazo e leasing , até quatro anos), e, finalmente, apoio às micro e pequenas empresas (financiamento a médio e longo prazo e leasing , até seis anos). Os spreads máximos variam entre 1,822 e 3,563%, sendo função
do tipo de linha específica, bem como do Escalão de Risco em que as PME são classificadas. As Linhas PME Investe, PME Crescimento e Capitalizar, lançadas desde 2008, numa parceira entre o Estado, a banca e o sistema de garantia mútua, têm-se constituído como um dos principais instrumentos de apoio ao Investimento e reforço de fundo de maneio das PME. A inter venção tripar tida entre o Estado, banca e o sistema de garantia mútua permite o acesso a crédito em condições muito favoráveis, quer em termos de preço, quer em termos de prazo, afiança a mesma fonte.
Breves BPI lança nova solução de crédito à habitação OBPI lançou, no final de outubro, uma nova solução de crédito à habitação de taxa fixa, com TAN fixa desde 2,95%, para quem quer comprar ou trocar de casa, com a segurança de ter a mesma prestação ao longo de toda a vida do empréstimo. O BPI é o único dos maiores bancos em Portugal que dispõe de uma solução de crédito habitação com taxa fixa a 30 anos, garante a instituição liderada por Pablo Forero. As taxas de juro adaptam-se à conjuntura económica e podem variar consideravelmente em períodos longos. No último século, as taxas de juro nunca estiveram tão baixas, durante um período tão longo. Assim, este é o momento certo para as famílias analisarem todas as opções para proteger o seu património futuro, assegurando a previsibilidade de uma das suas principais despesas,
mantendo a estabilidade do orçamento familiar a longo prazo. Há 10 anos, a Euribor a 12 meses era de 5,33% e atualmente é de -0,156%, adinata a mesma instituição. Ainda que, em agosto deste ano, a taxa média das novas operações de crédito habitação tenha sido a mais baixa de sempre em Portugal (1,36% segundo dados do Banco de Portugal), quem pensa comprar casa ou tem um crédito à habitação com taxa variável deve estar consciente que, com uma eventual subida das taxas de juro, a prestação mensal também sobe. Por exemplo, para um cliente que contrate hoje um crédito, de 90 mil euros, a 30 anos, com uma taxa de juro variável de 1,534%, se a Euribor a 12 meses subir dois pontos percentuais em relação ao nível atual, a prestação mensal do crédito habitação aumenta 94 euros.
Empresas de capital nacional representam 46% das exportações Do volume total de exportações de Portugal para o resto do mundo, 46% dizem respeito a empresas de capital nacional. Estas organizações são também responsáveis por 45% do volume de negócios do país, ou seja 141 mil milhões de euros – o equivalente a 76% do PIB. Os dados são de um estudo da Informa D&B, de acordo com o qual existem 20 mil grandes empresas e PME de capital nacional em Portugal. As PME assumem ainda 39% dos postos de trabalho (965 mil empre-
gados).Entre as 20 mil empresas de capital nacional, 3% são grandes empresas, 16% são médias e 81% são pequenas. Apesar de a sua contribuição para o país estar bem distribuída, as PME surgem em destaque nas três áreas analisadas: volume de negócios (60%), exportações (55%) e emprego (76%). Nas empresas de capital estrangeiro, não se verifica o mesmo cenário, uma vez que os valores mais elevados se concentram nas companhias de grande dimensão, adianta o mesmo estudo.
Speed Talent estimula empreendedorismo no Alentejo Oito entidades do Alentejo e uma do Ribatejo associaram-se para criar e dar corpo a um projeto que visa promover o empreendedorismo naquela região. PACT, ANJE, NERE, ADRAL, IPBeja, IPSantarém, IPPortalegre, Sines Tecnopolo e Universidade de Évora estão a ajudar jovens empreendedores a criar novas empresas e, assim, a gerar emprego. O projeto SpeedTAlent – Acelerador de Talentos é uma iniciativa destinada a jovens empreendedores, a empresas startups e spin-offs, e empresas constituídas recentemente em fase de aceleração. O SpeedTAlent está a ser dinamizado através de um conjunto de atividades, como sejam, a criação dos Balcões Speed Talent nas entidades parceiras para acolhimento de empreendedores e empresários, de forma a reforçar a atividade conjunta e integrada da rede regional de incubadoras, ou ainda o desenvolvimento do SpeedTAlent Online, onde será disponibilizado um sistema tecnológico inteligente em rede para apoio ao empreendedorismo, entre outras iniciativas, ou através ainda do Programa Contacto - Roteiros de lnovação, iniciativa piloto no seio de setores chave da região para o desenvolvimento de projetos inovadores. Produção automóvel dispara em outubro A produção automóvel em Portugal registou um aumento em relação ao ano passado, tanto no mês de outubro como no acumulado desde janeiro. A produção automóvel cresceu quase 40% em outubro, face ao mesmo período do ano passado. Foram produzidos 27.751 veículos ligeiros e pesados no mês em análise,de acordo com a Associação do Comércio Automóvel de Po r t u g a l (ACAP). No que toca à produção acumulada, de janeiro a outubro de 2018, o aumento foi ainda superior, de 80,3% em relação ao ano anterior. A produção de ligeiros de passageiros nos primeiros dez meses do ano chegou mesmo a duplicar em relação ao mesmo período de 2017, tendo sido produzidas quase 195 mil unidades. INESC TEC e SONAE integram consórcio do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia na área industrial EIT Manufacturing - Leading Manufacturing innovation is Made By Europe é o nome do projeto vencedor na
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Breves área da indústria transformadora, lançado esta semana pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT). É constituído por 50 parceiros europeus, dois dos quais são portugueses – o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e a Sonae. Provenientes de 17 países, as instituições que integram este consórcio incluem empresas da indústria transformadora e das tecnologias digitais e de produção, instituições de educação e formação e de investigação e desenvolvimento. A missão do EIT Manufacturing é a de juntar atores importantes no domínio da indústria transformadora europeia em ecossistemas de inovação, que permitam adicionar um valor único aos respetivos produtos, processos e serviços. A melhoria da competitividade das empresas europeias, com vista à criação de emprego e proteção do meio ambiente, são objetivos centrais deste projeto. Até 2030, este consórcio pretende criar e apoiar cerca de um milhar de startups, bem como formar ou ajudar cerca de 50 mil pessoas a adquirir novas competências, dinamizar a criação de 360 novos produtos e soluções tecnológicas, dinamizar a produção industrial amis sustentável, mobilizar um investimento de cerca de 325 milhões de euros através da EIT Ventures, entre outros objetivos. O consórcio é constituído por 27 empresas, 15 universidades e por oito institutos de investigação de vários países. Apenas 10% das empresas portuguesas estão na liderança digital Atualmente, 10% das empresas portuguesas são líderes digitais, de acordo com Indicador de Transformação Digital da Dell Technologies. O “Indicador DT”, elaborado em colaboração com a Intel, mapeia o progresso da transformação digital de empresas média e grande dimensão, tendo como base as expetativas e receios digitais dos líderes de negócio de todo o mundo. Este estudo revela que 94% dos líderes de negócio portugueses acredita que, dentro de cinco anos, as suas organizações terão que se esforçar ainda mais para responder aos pedidos dos seus clientes e 13% teme que a sua organização seja ultrapassada. Além daqueles 10% de empresas que estão já a avançar com os seus planos digitais e aposta na inovação, no nosso país, existe ainda um número significativo de outras que estão nos dois grupos inferiores, ou seja, cujo percurso para a transformação digital é muito lento ou que ainda não possuem um plano digital, adianta o mesmo indicador. Os principais entraves são financeiros ou relacionados com a privacidade de dados e preocupações com a cibersegurança, entre
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Millennium bcp lança Alipay em Portugal O Millennium bcp juntou-se à Alipay para lançar em Portugal a sua plataforma de pagamentos. “Estamos a disponibilizar os serviços Alipay aos nossos comerciantes, numa estratégia que visa regiões-chave em Portugal, nas quais o número de visitantes chineses tem crescido de forma consistente”, afirmou João Nuno Palma, vice-presidente do Millennium bcp. “Esperamos registar um aumento nas transações ao expandir este serviço para comerciantes líderes em Portugal.” O Millennium bcp conta com cerca de 65 mil comerciantes entre os seus clientes com sistemas de pagamentos, sendo o primeiro banco português a disponibilizar-lhes o serviço de pagamentos Alipay, baseado numa aplicação móvel. Esta inovação começou a ser implementada em Portugal na Worten, líder em comércio digital e eletrónico no país, do grupo Sonae. Por outro lado, “a integração da
Alipay, a maior plataforma do mundo de pagamento online e mobile, permite aos comerciantes de Portugal terem acesso ao mercado de visitantes chineses, que tem crescido rapidamente e gerado cada vez mais lucro, adianta a mesma instituição financeira.
Coviran inaugura nova sede de escola de comércio em Sintra A Coviran, a primeira cooperativa de retalhistas de alimentação de Espanha e Portugal inaugurou em Sintra, Portugal, uma nova sede da sua Escola de Comércio. Durante o ato, o presidente da Coviran, Luis Osuna, esteve acompanhado pelo Conselho Social de Portugal assim como os Conselheiros Territoriais de Espanha, os quais conheceram em primeira mão as instalações e o modelo de negócio no país vizinho. A Escola de Comércio Coviran é a materialização da aposta da Coviran pela formação em Portugal como alavanca estratégica para atingir uma qualificação excelente dos seus sócios e funcionários, objetivo indispensável para uma gestão ótima dos negócios que promova a diferenciação.
“O principal ativo das empresas são as pessoas, o desenvolvimento do talento é o melhor investimento que podemos fazer na procura da continuidade do projeto, motivando a transformação digital, o relevo geracional e alcançando a plena satisfação do cliente”, declarou Luis Osuna, durante o ato inaugural, no passado mês de novembro. A Escola deu aulas nas três plataformas de distribuição portuguesas no passado exercício, seis programas formativos com 12 edições nas quais participaram de maneira presencial 160 alunos. Programas como a gestão de fruta, do ponto de venda, atenção ao cliente, talho, programa de fidelização Clube Família e formação no software de gestão específico da Coviran, o Covigés.
Fitch reafirma rating de longo prazo do Santander Totta A agência Fitch reafirmou o rating da um percurso longo e com sucesso dívida de longo prazo do Santander no apoio aos objetivos do grupo”. Totta em BBB+ e melhorou o rating Por outro lado, o banco anunde viabilidade de bb+ para bbb-. ciou que “é líder nas linhas de A agência reafirmou ainda o rating crédito protocoladas com a PME da dívida de curto prazo em F2. Os Investimentos desde 2010, e líder outlooks são estáveis. de contratação nas linhas com as A Fitch salienta que “o Santander sociedades de garantia mútua”. Totta tem mantido consistentemen- “Na totalidade das linhas de créte uma qualidade de ativos signifi- dito protocoladas com a PME cativamente melhor que a do setor, Investimentos, o Santander assumesmo depois da integração do me a liderança, com 43.234 operaBanif e do Popular”. ções contratadas, até novembro de A agência de notação refere que 2018, num total de 4.323 milhões “as atividades do Santander Totta de euros”. em Portugal são estrategicamente Nas últimas oito Linhas PME importantes para o grupo, enquan- I nve s te /C r e s c i m e n to/C a p i t a l iz a r, to a gestão independente é signifi- o Santander liderou no montante cante. O Santander Totta tem feito contratado, adianta o grupo.
Insolvências caem e constituições aumentam Em novembro, o total de insolvências em Portugal recuou 22% em relação ao mesmo mês de 2017, fixando-se nas 511. As declarações de insolvência requeridas diminuem 3,6% enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas baixam 8,5%. Os dados da Iberinform adiantam que os encerramentos com plano de insolvência diminuiram, neste período, 34,6% e as declarações de insolvência apresentaram uma redução de 4,2%. Quanto aos distritos com mais insolvências, Lisboa e Porto surgem em destaque, ainda que se registe uma diminuição de 7,4% em Lisboa e um aumento de 8% no Porto. Juntos, estes dois distritos representam cerca de metade do total nacional. Por setores, a indústria extrativa (58,3%), o comércio por grosso (6,8%) e a agricultura, caça e pesca
(1,3%) são os que apresentam mais insolvências. As constituições, por seu turno, progrediram 8,9%, passando de 3351 empresas em novembro de 2017 para 3.649 um ano depois. Lisboa é o distrito com mais empresas novas, apresentando uma subida de 14,7% face a 2017. Logo depois surge o Porto (12,5%), à frente de Setúbal (20,5%). Por setores, as subidas mais acentuadas são nos transportes (62,7%), indústria extrativa (35%), construções e obras públicas (19,2%), comércio de veículos (13,2%) e outros serviços (13,1%), adianta a mesma fonte. No acumulado do ano, registam-se 5.461 insolvências, menos 5,6% do que no período homólogo de 2017. Em termos de constituições, verifica-se um aumento de 10,3%, num total de 41.645 novas empresas em Portugal.
Gestores
em Foco
A Brokerslink, empresa global de corretagem de seguros participada pela multinacional portuguesa M DS, reforçou a sua presença em África, com oito novos brokers de seguros, expandindo a sua rede no continente a 21 países, além de se expandir também na Ásia. “Esta expansão enquadra-se na estratégia de crescimento da Brokerslink, que hoje está presente em mais de 100 países, afirmando-se como uma referência no setor mundial de corretagem de seguros”, afirma a companhia. Neste âmbito, José Manuel Fonseca (na foto), CEO da M DS, foi nomeado chairman da Brokerslink, instituição da qual foi o fundador e da qual passou a gestão executiva a Jacqueline Legrand, há cerca de um ano. Serão ainda lançadas duas soluções tecnológicas inovadoras, projetadas para suportar a rede de parceiros de corretores independentes e afiliados em todo o mundo da Brokerslink.
João Dias (na foto), até aqui sócio da Digital McKinsey na Alemanha, é o novo chief digital officer (CD O) do Novo Banco. O Novo Banco cria, assim, uma nova função, diretamente na dependência do CEO, para liderar a transformação digital da instituição. “Esta função tem como principais objetivos acelerar o crescimento do banco, através da diferenciação da experiência dos clientes, e transformar a própria organização para se tornar mais ágil e adaptada aos desafios do mundo digital”, sublinha a instituição liderada por António Ramalho João Dias liderou globalmente a prática de digital services e serviu dezenas de instituições financeiras no norte da Europa, Reino Unido e Península Ibérica, liderando transformações digitais multianuais e de grande envergadura em bancos de referência.
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Breves El Corte Inglés pone a la venta una cartera inmobiliaria de más de 1.500 millones de euros El Corte Inglés ha contratado a PwC para la venta de una megacartera de 130 inmuebles con una valoración de entre 1.500 y 2.000 millones de euros. La operación incluye una gran variedad de activos, todos ellos no estratégicos, y abarca centros comerciales (no grandes almacenes), naves logísticas, supermercados, oficinas y suelo. Una vez cerrado el plazo para recibir ofertas y, dependiendo de las mismas, El Corte Inglés se reservará la posibilidad de reducir el tamaño de la cartera. Su intención, según fuentes del mercado, no es encontrar un único comprador, sino trocear los activos en paquetes. La compañía presidida por Jesús Nuño de la Rosa acelera así el plan de desinversión puesto en marcha para reducir deuda con vistas a obtener en el medio plazo el grado de inversión por parte de las agencias de rating. El Corte Inglés es uno de los principales propietarios de activos inmobiliarios en España, con un patrimonio valorado en más de 17 mil millones de euros. Correos acuerda crear 11.200 empleos fijos hasta 2020 Correos ha llegado a un acuerdo con los sindicatos del ente para crear 11.200 empleos fijos hasta 2020 y subir el sueldo a sus trabajadores un 9% entre 2018 y 2020. El acuerdo fue rubricado por la empresa y CSIF, CC.OO. y UGT y supone la primera medida de su recién designado presidente hace cinco meses, Juan Manuel Serrano, antes jefe de gabinete de Pedro Sánchez. En cuanto a la subida salarial, se traducirá en más de 600 euros anuales, según CSIF, que recalca que los atrasos con el personal laboral se pagarán en la nómina de febrero de 2019. Ello atañe al 1,5% desde el 1 de enero de 2018 y el 1,75% que se aplicaría desde el 1 de julio. En todo caso, Correos detalló que parte de la retribución queda vinculada a la mejora de la economía (evolución del PIB) y al cumplimiento del objetivo de estabilidad presupuestaria. De los empleos por reposición, 1.869 corresponden a la oferta de 2017, aún pendiente de resolución, y otros 1.612 a la de 2018. Por lo demás, los Presupuestos de 2019 y 2020 deberán incluir 3.145 empleados más.
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La joint venture de EDP Renováveis y Shell gana una subasta de eólica marina en EE.UU May flower Wind Energy, la joint venture de EDP Renováveis y Shell, ha resultado adjudicataria provisional de una subasta de energía eólica marina en EE.UU. tras presentar una ofer ta de 120 millones de euros para obtener los derechos exclusivos de explotación de una super ficie capaz de albergar una capacidad de generación total de energía de aproximadamente 1,6 gigavatios (GW ). Según ha informado la joint venture , controlada a par tes iguales por
EDP Renováveis y Shell, la energía generada en esta planta puede abastecer a más de 680.000 hogares medios de Massachusetts con energía limpia cada año. A la vista de un panorama energético cambiante, Shell está buscando opor tunidades comerciales para ampliar su cuota actual de energía generada a base de fuentes renovables, incluyendo la energía eólica marina, para ofrecer a sus clientes más energía con menores niveles de contaminación.
Abanca se convierte en el primer accionista de Nueva Pescanova Abanca se ha conver tido en el pr incipa l accionist a de Nueva Pescanova tras cerrar recientemente tres operaciones a través de las cuales ha adquirido otros t a n to s paquete s de títulos e qui va l e n te s a un 13,6 0% del capital de Nueva Pescanova . Concretamente, según ha informado la entidad bancaria en un comunicado, se ha hecho con un 7,6 6% per tene ciente al fondo de inver sión Oceanwood; un 0,03% de MUFG Bank y un 5,91% que poseía BBVA . Con estas compras, Abanca eleva su par ticipación en la empresa pesquera hasta el 30,81% y quintuplica la que tenía al inicio de 2018. El incremento de la par ticipación de Abanca en Nueva
P e s c a n o v a d u r a n t e e l 2 0 18 , señala la nota, se enmarca en su política general de apoyo a la economía y la industria gallegas, que está orientada a
la consolidación y crecimiento de empresas y sectores clave s . M e d i a n t e s u a p o y o a N u e v a P e s c a n ov a , A b a n c a c o n t r i b u ye a reforzar el complejo indust r i a l r e l a c i o n a d o c o n e l m a r, en el que Galicia es una de las c o m u n i d a d e s p u n t e r a s a n i ve l internacional.
Breves BBVA pone en venta Forum, la mayor financiera de coches en Chile BBVA ha iniciado un proceso de estudio de “alternativas estratégicas” para el último activo que posee en Chile, la financiera de automóviles Forum, la mayor del país con una cuota de mercado del 22% sobre el total de coches nuevos vendidos. Entre dichas alternativas figura la venta total o parcial de la compañía, según ha explicado el banco español en un comunicado enviado a la CNMV. Esta firma financiera quedó fuera del acuerdo por el que BBVA traspasó a Scotiabank el 68,19% de BBVA Chile por 2.200 millones de dólares (alrededor de 1.850 millones de euros), una operación que se anunció en noviembre de 2017, que se completó el pasado mes de julio y que reportó
al banco unas plusvalías netas de 633 millones de euros. La entidad financiera considera ahora que la venta de su negocio bancario en Chile “aconseja” iniciar este proceso de revisión, “a pesar del elevado atractivo de Forum”. BBVA entró en el capital de la financiera en 2006 con la compra de un 51%, participación que en marzo de 2015 elevó hasta el 100%.
Ibercaja vende a Intrum el 80% de una cartera de activos de 652 millones de euros
Ibercaja ha formalizado un acuerdo para la venta del 80% de una cartera de activos adjudicados con un valor bruto contable de 652 millones de euros al fondo Intrum, quedando el restante 20% en manos de la entidad. Según ha comunicado a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), la operación supondrá un impacto en el resul-
tado antes de impuestos de 2018 de aproximadamente 31 millones de euros. En el ratio de solvencia CET1, Ibercaja prevé que tendrá un impacto “ligeramente” positivo. Los ahorros de costes derivados de esta operación se estiman en30 millones de euros antes de impuestos durante los dos años siguientes en una operación que intenta reforzar la posición del banco ante su futura salida a Bolsa. De esta forma, en los tres primeros trimestres de 2018 e incluyendo esta transacción, Ibercaja ha reducido el volumen de activos improductivos en aproximadamente 950 millones de euros, lo que supone el 50% del objetivo total marcado en el Plan Estratégico 2018-2020.
Renfe se alía con el operador hongkonés MTR para entrar en el AVE británico Renfe ha entrado en la puja por participar en el AVE que Reino Unido construye entre Londres y Birmingham, al aliarse con MTR, operador de Hong Kong que compite por hacerse con la explotación de este corredor cuando en 2026 se ponga en servicio, según ha informado la compañía española. La operadora actuará como subcontratista de MTR, a la que asesorará sobre explotación de servicios de Alta Velocidad a partir de la experiencia de 25 años en el AVE acumulada en España. El consorcio que lidera MTR se completa con la operadora china Guangshen Railway Company (GSRC), que opera líneas AVE en China. La compañía ferroviaria se suma al AVE británico meses después de entrar en el que una iniciativa privada prevé construir en Texas (Estados Unidos). Renfe enmarca estas iniciativas en la estrategia de internacionalización, que será además uno de los ejes del plan estratégico que ultima aprobar para los próximos cinco años con el fin de prepararse a la apertura del transporte de viajeros en tren en España en 2020, cuando deberá afrontar la entrada de otros operadores en el AVE español. IBM España vuelve a beneficios tras las pérdidas sufridas en 2016 La filial española de IBM, International Business Machine SA, volvió a beneficios en 2017 tras las pérdidas registradas en 2016. La compañía cerró el pasado año con un resultado neto de 21,1 millones de euros frente a las pérdidas de 25,7 millones del ejercicio anterior, según las cuentas presentadas en el “Registro Mercantil”. La empresa, presidida por Marta Martínez, logró en el ejercicio 2017 unos ingresos totales de 595,4 millones, un 5,7% menos que un año antes, cuando alcanzó los 631,3 millones. De esta cifra, el 87% correspondió a servicios y el 13% a la venta de equipos. Esta última partida creció de 61,2 a 69 millones mientras los ingresos por servicios cayeron de 415,6 millones a 371,3 millones. IBM España mejoró tanto las exportaciones de equipos y componentes como las de servicios. Globalia prevé quintuplicar su beneficio neto en 2018 El grupo Globalia prevé cerrar el año 2018 con un beneficio neto cercano a los 80 millones de euros, lo que supone casi multiplicar por cinco el obtenido en 2017 (16,3 millones de euros) y acumular dos años seguidos con beneficio positivo tras las pérdidas de 17 millones registradas en 2016, como consecuencia de la provisión de 65 millones que tuvo que realizar ante el bloqueo de sus ingresos en Venezuela. El EBITDA se situará por encima de los 160 millones de euros, lo que supone un 60% más que el registrado en el año anterior, el tercer año consecutivo de crecimiento y acercarse a los 185 millones que obtuvo en 2014.
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El sector químico de España con “un crecimiento del 4,6%” en 2018 Carles Navarro asume el puesto de presidente de la Federación Empresarial de la Industria Química Española (Feique) en un momento en el que el sector genera el 13,4% del producto industrial bruto, alcanzando en 2017 una cifra de negocios de 63.100 millones de euros. De salientar también que las ventas al exterior fueron de 35.700 millones de euros y que el sector lidera las inversiones y gastos dedicados a la I+D+i a la que dedica el 12% de su valor añadido.
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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
Se cumplirán las perspectivas tan buenas para el recién finalizado 2018?
Nuestras cifras son predicciones para todo el año pero es cierto que ha existido una cierta ralentización de la economía en general y siempre que esto ocurre, la química lo acusa porque estamos suministrando a todos los sectores industriales. A nivel global, hay una cierta sensación de que las cosas van algo más lentas. Pero mantenemos las previsiones muy positivas, con un crecimiento del 4,6% que están muy bien, aunque es algo más bajo que en el 2017 que fue excepcional. El sector puede estar contento con cifras como esta. El crecimiento acumulado es notable (36,1% desde el 2007), porque vemos muchos sectores industria-
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les que todavía no se han recuperado al nivel que había antes de la crisis y nosotros estamos muy por encima y eso contrasta con el resto de la industria. Y ha sido en gran parte gracias a la exportación como ha ocurrido en la construcción. La demanda bajó durante un tiempo pero las empresas se han adaptado para vender a nuevos mercados y de esta forma el negocio ha seguido creciendo. Es un testimonio de la capacidad de adaptación de esta industria que tiene recursos para hacer frente a crisis con innovación y competitividad junto con la línea de sostenibilidad. La crisis realmente hizo sacar lo mejor de cada empresa porque las industrias químicas son muy intensivas en inversión, menos en mano de obra, también muy intensivas en
consumo de energía y cuando tienes una planta funcionando es muy costoso pararla. Hay que adaptar los procesos para realizar productos con salida en los mercados. ¿Por qué el producto que se produce en España es más competitivo que el de otros países?
Ha habido una combinación de factores. Por un lado ya teníamos una industria potente, instalada, capaz de producir de forma competitiva a nivel global. Y durante la crisis hemos mantenido los costes salariales a un nivel de crecimiento más lento que en otros países. En Europa durante la crisis se cerraron siete refinerías, aquí ninguna, y desaparecieron algunos competidores. Estar en el mercado a tiempo es fundamental.
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¿Qué es lo que define a las empresas españolas de la industria química?
Son más de 3.000 empresas de las cuales el 40% tiene más de 20 años, lo que significa que hay una vocación de permanencia. Se invierte en instalaciones y uno no entra en este negocio para salirse en dos años. Hay multinacionales y pymes. La química está muy repartida pero los grandes polos están en Huelva y Tarragona también Madrid, Valencia, País Vasco. La ubicación depende de la infraestructura que existía, con buena comunicación y acceso a la energía. Una gran parte de los clientes de este sector son otras empresas químicas. Es una industria muy interconectada, es la base para cualquier proceso industrial. Nosotros la vemos como una especie de actividad que capacita al resto de sectores industriales para fabricar sus propios productos. Nuestros clientes ponen los detergentes, plásticos, pinturas, automóviles…
“A nivel global, hay una cierta sensación de que las cosas van algo más lentas. Pero mantenemos las previsiones muy positivas, con un crecimiento del 4,6% La exportación ha crecido en tiempos de crisis. ¿Han aparecido nuevos mercados?
Antes los mercados eran los cercanos, exportábamos a nuestros vecinos, Portugal, Francia y Alemania. Y se exportaba poco a mercados lejanos. Y esto ha cambiado mucho. Por ejemplo, exportamos un 13%
Carles Navarro Presidente de la Federación Empresarial de la Industria Química Española (Feique)
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poco conocido, no tiene tanto glamour como otros. Cuesta explicarlo y ha pasado desapercibido durante mucho tiempo. Una reivindicación común en toda la industria es el “Corredor del Mediterráneo”, porque el transporte ferroviario es muy eficiente desde coste y emisiones, y más seguro, y en España está algo maniatado, la inversión ha sido pequeña. Para nosotros el transporte por mercancía es el 5% del total y en otros países es más del 15%. Y encima estamos muy lejos, en la punta de Europa. El ferrocarril es una solución óptima que no tenemos.
“Para nosotros el transporte por mercancía es el 5% del total y en otros países es más del 15%. Y encima estamos muy lejos, en la punta de Europa. El ferrocarril es una solución óptima que no tenemos” de total a América (antes un 10%) y un 14% a Asia (antes un 11%). Las empresas han sido capaces de encontrar mercados poco habituales hace 20 años y ser competitivos en ellos. El milagro de la exportación no es solo en la química sino en todo el país que ahora presenta el 35%. En el 2000 exportamos 11.0000 millones de euros y ahora 36.5000 millones de euros. Por eso se habla de la década prodigiosa de la química española. ¿Es un sector muy reivindicativo?
Lo normal. Los buenos números han servido para que desde las instituciones se valore a este sector. Es
Ahora estamos contentos con la vuelta del Ministerio de Industria, y es positivo el poder tener un interlocutor. El clima de comunicación es bueno y se ve reflejado en medidas publicadas como el reciente real decreto de medidas urgentes para la industria. Un par de medidas eran largamente esperadas. Una es la utilización de redes cerradas de distribución eléctrica. Es una trasposición opcional de la Comisión Europea. Tiene que haber un reglamento en seis meses pero básicamente signifca que en los polígonos químicos se pueden reducir costes de inversión de empresa que se quieran instalar en nuestros po-
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lígonos. Además están las empresas que consumen grandes cantidades de energía, que no tienen ventajas que en otros países sí. Parece que ya se ha abordado y va a cambiar. ¿Pretende introducir muchos cambios en la patronal durante su presidencia?
Son dos años y me planteo construir sobre lo mucho que se ha construido hasta ahora. Tenemos un equipo muy preparado, con gente que conoce la realidad de las empresas muy de cerca. Mi vocación es seguir con esta línea y escuchar a las empresas porque los retos van cambiando, la situación es muy dinámica. ¿Cuáles son esos retos?
Economía circular y transformación energética van a ser los ejes de cómo ayudar a las empresas. Esa voluntad de desconectar el crecimiento del consumo de recursos. Parece un imposible pero si consumimos todos los recursos disponibles acabamos con la vida en el planeta… si no hacemos algo pronto y bien, ninguna actividad humana tiene sentido. El grado de concienciación al respecto varía, en general se sabe que estamos en un momento de cambio, de transición. La voluntad es avanzar por este camino y que las administraciones pongan de su parte para que no esté en peligro la actividad de las empresas. No puedes hacer este cambio de forma desordenada y se debe respetar lo que existe. ¿Qué cambios se esperan en el sector?
La digitalización que supondría la aparición de perfiles diferentes en los trabajadores. Pero antes de modificar algo hay que gestionar el cambio de forma muy profesional para que los cambios sean positivos y nada quede descuadrado. Digitalizar supone también analizar muy en conjunto lo que es necesario y hacerlo de forma profesional. JANEIRO DE 2019
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Amplia experiencia en la industria en diversos países Carles Navarro Vigo es presidente de Feique desde octubre de 2018, y es igualmente director general de BASF Española y responsable de las actividades del grupo BASF en la Península Ibérica (desde marzo de 2016). Anteriormente, Carles Navarro ha sido vicepresidente de Feique (2016-2018) y miembro de su Comité Permanente. Carles Navarro nació en Barcelona en 1964, está casado y tiene dos hijos. Carles Navarro se incorporó al grupo BASF en 1989, ocupando diferentes cargos de responsabilidad en el ámbito
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técnico y comercial de BASF Española. En 2004, Carles Navarro asumió la Dirección General de poliuretanos en Turquía. En 2009, volvió a España como director comercial, hasta su nombramiento, en 2013, como presidente de BASF Canadá, volviendo a España nuevamente en 2016, ya como director general de BASF Española. Es ingeniero químico, por el Instituto Químico de Sarriá (IQS) y tiene un máster en Dirección de Marketing, por la Escuela Superior de Administración de Empresas (ESADE).
La simple instalación de una red wifi, por ejemplo, en una planta química es un reto mucho más complicado que hacerlo en un edificio. Debemos garantizar que no falla nada bajo ninguna circunstancia por eso la instalación debe ser perfecta. ¿La formación es otro punto clave del sector químico?
Sí, es muy intensa, es el sector que más horas dedica a la formación pero es una necesidad porque no se puede operar plantas complejas sin la preparación adecuada. Es una formación continua y queremos que las personas estén con nosotros muchos años. Es importante destacar que el 40% del sector son mujeres. En química básica estamos al 30% y antes era el 1%. Las barreras se van rompiendo.
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atualidade actualidad ¿Cuál es el número de empleados en Portugal y España? ¿Se mantendrá este volumen en los próximos dos años?
Cerealto Siro Foods, el nuevo gigante ibérico del sector alimentario La creación del nuevo gigante Cerealto Siro Foods, que agregará ventas de 600 millones de euros, generará importantes sinergias “en el mercado alimentario global”, como explican Juan Manuel González, actual presidente de grupo Siro, y Luis Ángel López, presidente de Cerealto), en entrevista.
El nuevo grupo Cerealto Siro Foods cuenta actualmente con un equipo de más de cinco mil personas, distribuidas en 17 centros de producción, ubicados en España, Portugal, Italia, Reino Unido y México, además de un equipo local en USA. La integración implica la desinversión en las categorías de pan y bollería, ya que pese al crecimiento que han experimentado y sus excelentes perspectivas de desarrollo, requieren un enfoque local y recursos locales. En este sentido, velaremos durante el proceso por garantizar el empleo y las condiciones laborales de todos los trabajadores de estas plantas. ¿El grupo sólo produce para marcas de terceros? ¿Mercadona es uno de los principales clientes? ¿Pueden indicar otros grupos relevantes para la facturación de Cerealto Siro Foods?
Cerealto Siro Foods nace como grupo alimentario con vocación de crecimiento y proyección internacional dedicado a la fabricación de marcas para terceros, especializados en el desarrollo de categorías globales y la Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR fabricación de productos alimentauáles son las líneas Mem Martins está dedicada a la rios derivados del cereal para clientes de negocio del fabricación de galletas, mientras que del sector retail y B2B, acompañado nuevo grupo en Benavente se dedica a la fabrica- de una amplia capacidad productiva Portugal? ción de cereales para alimentación en los múltiples mercados donde Siro y la multinacio- infantil. tiene presencia. nal Cerealto han cerrado un acuerdo Mercadona es un gran cliente y un para la integración de ambas compa- ¿Qué plantas tienen en Portugal? ¿Y cliente estratégico relevante para el ñías en un mismo grupo alimentario en España? nuevo grupo, que continúa sienmultinacional, Cerealto Siro Foods, En Portugal, actualmente hay dos do interproveedor especialista de dedicado a la fabricación de marcas fábricas: Mem Martins y Benavente; Mercadona en nuestras categorías. para terceros. El objetivo del nuevo y en España actualmente hay 12 grupo es posicionarse en el merca- fábricas, distribuidas por Venta ¿Cuál es la razón principal de la unión do alimentario global concentrando de Baños y Aguilar de Campoo de los dos grupos y cuál es el volumen sus recursos operativos y financieros (Palencia), Toro (Zamora), Jaén de negocios agregado? en las categorías de galletas, cereales (Jaén), Briviesca (Burgos), El Grupo Siro y Cerealto se unen para y pasta, líneas de negocio con gamas Espinar (Segovia), Navarrés y crear un grupo alimentario mulde producto de carácter global y Paterna (Valencia), Medina del tinacional, en el que Siro aporta el amplio potencial de desarrollo en Campo (Valladolid) y Antequera conocimiento como especialista en diferentes mercados. En Portugal, (Málaga). la cadena de valor de sus categorías
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y Cerealto proporciona la estructura internacional y los compromisos con sus clientes. El objetivo del nuevo grupo es posicionarse en el mercado alimentario global con una oferta de productos que respondan a las necesidades de los consumidores en los diferentes mercados, con un modelo de negocio focalizado en la calidad, la eficiencia operativa y la innovación en productos y procesos. El nuevo grupo presenta unos datos ¿Está previsto avanzar hacia nuevas supone una propuesta de valor única consolidados estimados a cierre de áreas? para transformar juntos el futuro de ejercicio 2018 superiores a 600 millo- Actualmente, el foco está en consoli- la alimentación a nivel global para la nes de euros de facturación y una dar la estrategia e integración de las industria, adaptándose a sus necesiproducción superior a 400 mil tone- compañías con un modelo de nego- dades con un compromiso claro con ladas. cio focalizado en la calidad, la efi- la innovación, eficiencia y calidad ciencia operativa y la innovación en para fabricar productos con la mejor A nivel de las materias primas, ¿cuál productos y procesos. El objetivo es relación de calidad y precio; y para es el origen principal? concentrarse en pocos clientes, pero la sociedad, gracias al desarrollo de Aproximadamente el 90% de los con mucho potencial de crecimiento productos innovadores, nutritivos y proveedores con los que trabaja pro- en línea con la vocación de desarrollo saludables, que cubren las necesiceden de las localidades/ países en internacional del nuevo grupo. dades de los colectivos con perfiles los que se ubican nuestros centros de La integración de grupo Siro y nutricionales específicos sin renuntrabajo. Cerealto en Cerealto Siro Foods ciar al sabor. PUB
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Madrid Central pone a la capital española a la vanguardia en la lucha contra la contaminación
El pasado 23 de noviembre comenzó la fase de pruebas de “Madrid Central” que tras un período de aviso se pondrá en funcionamiento antes de que acabe la legislatura, a mediados de 2019.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
e trata de un cambio histórico que pone a Madrid a la vanguardia de las ciudades que luchan contra la contaminación. Con esta medida implementada por la alcaldesa Manuela Carmena se cierra al tráfico un área de 472 hectáreas en el centro de la ciudad, donde solo podrán circular residentes y transporte público. Los no residentes pueden acceder siempre que tengan etiqueta ambiental y vayan a un aparcamiento de uso público. “Es un momento muy importante para la ciudad, un día histórico”, afirmó Inés Sabanés, concejal del Área de Medio Ambiente y Movilidad del Ayuntamiento de Madrid. Una medida que “pone la salud de la ciudadanía en el centro de las políticas públicas y de la actuación del Gobierno municipal”. Tal y como explicó Sabanés el día de su puesta en funcionamiento, el sistema se implementará “de forma progresiva, para evaluar el sistema. Creemos que Madrid Central va a reducir el impacto de la sanciones al tener un perímetro continuo”. Cree que la ciudad no se puede regir por el destino de los conductores, sino del conjunto de la población. La iniciativa, que ya fue propuesta por los anteriores alcaldes del PP (Gallardón y Botella), se hace por salud pública,
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impulsada por la Comisión Europea, y espera reducir un 40% la emisión de contaminantes en el área. Durante estos meses, el sistema se implantará con carácter informativo y mediante controles manuales a cargo de policía y agentes de movilidad. En este período no se multará para corregir los fallos. El acceso a esta zona estará limitado a los vehículos de vecinos, que podrán estacionar en su barrio como hasta ahora, los autorizados por los residentes (hasta un máximo de 20 al mes, los CERO y ECO, así como
los coches de personas con movilidad reducida, los servicios esenciales, titulares de plazas de garaje y profesionales con limitaciones. Para el resto de conductores, sólo podrán entrar en “Madrid Central” si disponen del distintivo ambiental B o C de la Dirección General de Tráfico y únicamente para aparcar en garaje privado, reserva o aparcamiento de uso público. Si no, tendrá que pagar 90 euros. Sin informe sobre el impacto económico
La falta de un informe sobre el impacto económico y el perjuicio que causará a los empresarios es una de las críticas más sonoras que se hace a la alcaldesa Manuela Carmona. Existe una plataforma de afectados por esta medida que reúne a hosteleros, comerciantes, transportistas o al sector del ocio y aseguran que el Gobierno de Ahora Madrid no ha tenido en cuenta el daño colateral a los profesionales. Las empresas se ven afectadas por las limitaciones a los vehículos de reparto ligero que carezcan de distintivo ambiental, vehículos matriculados antes de 2010 y diésel anteriores a 2006, que en 2020 no podrán entrar al distrito centro y que tampoco podrán circular por el centro en el escenario 2 del protocolo anticontaminación ni a partir del 3 en toda la ciudad.
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Certificação é um passo essencial para as empresas exportadoras Os processos de certificação de empresas representam fatores que ajudam as PME a “aumentar a sua competitividade e produtividade junto de clientes”, sobretudo a nível de penetração em mercados externos, sendo exigida muitas vezes também pelos próprios fornecedores. As normas de sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança são as que reúnem maior adesão das empresas, mas há outros âmbitos mais específicos que podem ser certificados, como a gestão da investigação, desenvolvimento e inovação, ou a gestão da conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, as leis anti-suborno, etc, enquadra Patrícia Franganito, nova diretora de Certificação do grupo Bureau Veritas, uma das maiores companhias do mundo no domínio da certificação.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
ual a importância da certificação técnica e de conformidade para as PME portuguesas?
Um processo de certificação permite sempre, independentemente da norma, obter um questionamento sobre os métodos implementados, as ferramentas e equipamentos utilizados, os recursos disponíveis, a estruturação existente, entre outras análises. Permite, obter um commitment global sob os objetivos traçados e impulsionar a imagem da organização, sempre que possível e desejável com a acoplação do logótipo/marca de certificação. Para além da importância de manter um olhar crítico e atento à satisfação dos clientes, ao processo de fornecimento do serviço e/ ou produção do produto, às ações de prevenção e eficácia da correção, sendo esperado que tudo isto permita às organizações processos mais lineares com redução de desperdícios, controlo de riscos e custos com
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a não qualidade e reclamações, gestão normas publicadas, umas nacionais outras mais eficaz de recursos com definição internacionais, umas de caráter mais técconcreta de responsabilidade e tarefas nico outras com um pensamento mais dos colaboradores e cumprimento de global a nível de gestão. As normas de requisitos legais. sistemas de gestão da qualidade, ambiente No final, o tão esperado aumento da e segurança (ISO 9001, ISO 14001, ISO competitividade e credibilidade junto 45001) são as que verificam uma maior de clientes com exigência de fornecedo- adesão, seja na indústria ou serviços. res certificados, penetração no mercado Contudo, existem cada vez mais norinternacional, e crescimento em merca- mas com enfoque em determinados do nacional, com uma pressão positiva âmbitos. Podemos abordar, como exemem melhorar o desempenho e sustenta- plo, a NP 4457 cujo âmbito se centra na gestão da investigação, desenvolvimento bilidade da organização. Segundo Jean Rozwadowski, “deve- e inovação. Sendo o conhecimento a base da geramos prometer somente o que podemos entregar e entregar mais do que pro- ção de riqueza nas sociedades avançadas metemos” e nesse sentido a certificação e a investigação e o desenvolvimento pode ajudar e garantir um olhar atento, pilares da criação desse conhecimento, externo, independente sobre o sistema é a inovação que cria a oportunidade de transformar esse conhecimento em de gestão da organização. desenvolvimento económico. Um sisteEm que domínios da atuação das empre- ma de gestão IDI permite às organizasas se deve apostar na certificação? ções, de qualquer dimensão e negócio, a Existe, atualmente, um portefólio de conceção, o alinhamento e a avaliação
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das dimensões fulcrais do processo de IDI na transição para a economia do conhecimento. Outra norma recente é a NP 4552 de sistema de gestão da conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal e que atendendo às preocupações crescentes das organizações os seus princípios basilares apontam para valores que visam elevar o bem-estar, qualidade de vida e satisfação geral das partes interessadas em matérias de conciliação. Não sendo possível abordar todas as normas existentes, falaremos sobre a ISO 37001 – sistema de gestão anti suborno – e que pretende apoiar as organizações a combaterem o suborno por meio de uma cultura de integridade, transparência e conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis, quer através dos requisitos da norma, quer através das próprias organizações com o desenvolvimento e implementação de políticas, procedimentos e controles adequados para tratar com os riscos relativos ao suborno. Portanto, não existem limitações para que qualquer empresa obtenha a certificação em qualquer norma certificável. A decisão pode ser influenciada pelo reconhecimento que as partes interessadas espera obter, pelos mercados alvo, pela imagem e branding que pretende construir, pela necessidade de solucionar problemas ou caminhar em prol da melhoria em determinados âmbitos.
de determinados mercados. A imagem, posicionamento e credibilidade dos organismos de certificação apoia e, por vezes é a solução, para assegurar e dar a confiança necessária em qualquer país sobre a certificação de uma empresa. O BV é líder mundial na área da certificação, com uma rede global de cerca de seis mil auditores devidamente qualificados e reconhecidos por mais de 40 organismos de acreditação nacionais e internacionais.
Quais os setores que mais apostam na certificação de empresa/ produtos?
consolidem os seus sistemas de gestão e comecem a apostar noutros referenciais, após determinação da sua estratégia e posicionamento pretendidos face à sua sustentabilidade. Que novos desafios se colocam, em termos de certificação, às empresas?
As organizações são, cada vez mais, desafiadas a efetuarem o casamento do core das suas atividades com os sistemas de gestão. A inclusão do anexo SL nas normas veio dar uma visão mais voltada para o negócio e garantir que os sistemas de gestão asseguram e estão preocupados com a sustentabilidade das organizações. Cada vez mais, é solicitado às organizações uma análise, e consequentemente ações, relativas ao seu contexto (interno e externo), é efetuado um enfoque e uma preocupação pela prevenção, com a introdução de requisitos de pensamento baseado em risco, o envolvimento do líder da organização é fundamental para o sucesso do projeto, a determinação das necessidade e expetativas das várias partes interessadas é outro desafio. Resumindo, os processos de certificação serão o culminar de um reconhecimento externo, mas cuja essência de melhoria deverá ser intrínseca à organização.
Segundo os dados do IPAC, no final de 2017 existiam em Portugal 5.837 certificados emitidos para sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001), 1.174 para ambiente (ISO 14001) e 734 na segurança (OHSAS 18001 & NP 4397), logo em seguida surge Que serviços é que o BV presta nesta a segurança alimentar (ISO 22000) área, e em concreto, às PME? com 298 certificados emitidos e os O BV certifica qualquer organização sistemas de investigação, desenvolvi- em diversas normas de sistemas de gestão. A nível da exportação, como é que se mento e inovação, com 164 certifica- Enumeramos algumas áreas, umas mais pode garantir a correspondência da cer- dos emitidos. conhecidas outras ainda recatadas, mas tificação para outros mercados? O setor das metalúrgicas e metalome- que terão o seu impacto num futuro As normas ISO (International cânicas e a construção são os códigos de próximo. A saber, poderá ser certificada Organization for Standardization), são atividade que registam mais empresas a empresa em sistemas de gestão da normas internacionais, reconhecidas em certificadas em qualidade, ambiente e qualidade, ambiente, segurança, energia, qualquer parte do mundo. O próprio segurança. investigação desenvolvimento e inovatermo ISO teve a sua origem no grego Nos dias de hoje, a certificação ganha ção, segurança da informação, tecnolo“ISOS”, que significa igualdade, homo- espaço e é uma aposta no setor privado gias de informação, segurança alimentar, geneidade, uniformidade. e público, em empresas multinacionais anti-suborno, responsabilidade social, Existem, porém, outras normas e microempresas, nos setores do turismo, sustentabilidade de eventos, IATF nacionais ou muito específicas de saúde, produtivo, serviços, entre outros. (indústria automóvel), CEPA (gestão de setores, produtos, ensaios, que atespragas), controlo da produção de betão, tam e garantem a conformidade dos Quanto vale este mercado? gestão de recursos humanos, manutenprodutos e serviços e que fazem parte É um mercado que tem vindo a cres- ção de extintores, conciliação da vida da terminologia, essência e exigências cer, e onde se espera que as empresas profissional, familiar e pessoal, etc. JANEIRO DE 2019
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Constituição Espanhola faz 40 anos e data é assinalada em Lisboa A Constituição espanhola celebrou, no ano passado, 40 anos e a ocasião foi assinalada pela Embaixada de Espanha em Portugal. Uma forma de recordar e conhecer melhor esta etapa fundamental para a implementação da democracia em Espanha, após o conturbado período da ditadura, como referiram os intervenientes na conferência-debate “40º aniversário da Constituição Espanhola”.
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Texto Actualidad€actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
importância funda- Espanhol (PSOE) da Extremadura, sublinhar, referindo ter aprendido mental da Constituição que presidiu aos destinos da Junta com aquele o processo e com a vida Espanhola para a conso- da Extremadura durante 24 anos, política seguinte que “a política é lidação da democracia no entre 1983 e 2007, que foi um dos a aprendizagem da deceção” e o país, nos últimos 40 anos, criadores do Estatuto de Autonomia saber conviver com a dúvida consfoi frisada pelos oradores de uma da Extremadura e que participou tante e com as opiniões contrárias. conferência-debate realizada no mês ainda nas negociações para a ela- Salientando que o texto de 1978 passado em Lisboa, na Embaixada boração do texto da Constituição “foi a única Constituição votada de Espanha. de 1978. Juan Carlos Ibarra expli- pelos espanhóis”. O processo que A embaixadora de Espanha em cou em que clima decorreu e quais levou à sua elaboração foi “muito Portugal, Marta Betanzos, relem- os receios e os grandes objetivos difícil” e levou tempo, não foi autobrou o passado do principal ora- dos participantes que elaboraram os mática a passagem da ditadura para dor da conferência “40º aniversário princípios contidos na Constituição a democracia, salientou o mesmo da Constituição Espanhola”, Juan Espanhola, aprovada pelas Cortes responsável. A transição foi totalCarlos Ibarra, professor universitá- em 31 de outubro de 1978 e ratifi- mente decidida e negociada ao nível rio, que esteve ligado às primeiras cada por referendo popular no dia 6 da sociedade civil, sem participação eleições gerais no país, em 1977, e de dezembro desse ano. “Eu fiz algo dos militares, garantiu ainda. "Não é verdade que a Constituição antigo deputado e secretário execu- pelo meu país, pelas pessoas”, “não tivo do Partido Socialista Operário estou arrependido”, fez questão de não tenha resultado do voto popu26 ACT UALIDAD€
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lar", rematou o orador, salientando que foi aprovada por “quase 90%“ dos votantes espanhóis. Por isso, refuta algumas das críticas atuais que se fazem ao processo decorrido em 1978, salientando sempre que foi o melhor acordo possível, dentro de cenário da altura, de profunda divisão no seio da sociedade espanhola, que se prolongou por largas dezenas de anos entre os séculos XIX e XX. Acordo implicou “exigêncais e renúncias” de ambos os lados Para chegar ao histórico acordo que permitiu a passagem de Espanha exigências e de renúncias” ímpar, para uma democracia parlamentar, que permitiu recuperar a paz para o as partes envolvidas nas negociações território, assegurou o histórico diritiveram de fazer diversas “cedên- gente socialista, no evento realizado cias”, além das “exigências” que jul- no passado dia 11 de dezembro, na gavam prioritárias para apaziguar Embaixada de Espanha em Lisboa. as divergências políticas anteriores e Comentando algumas das disputas pôr fim à ditadura. Foi deste modo políticas atuais que se debatem em de total abertura que Juan Carlos Espanha, o mesmo orador lamentou Ibarra justificou os princípios demo- as dificuldades de consenso entre as cráticos instituídos então, como a partes e frisou, nomeadamente, que liberdade política, de associação e os princípios inerentes à Constituição de reunião, a liberdade de imprensa são antagónicos ao de um regime e outros direitos civis, integrando- federalista, como alguns defendem. -se o Estado unido sob a figura Considera ainda avançados os modede um chefe monarca, a par da los de autonomia das comunidades aceitação do nacionalismo basco e autónomas de Espanha, embora se catalão com autonomias definidas devesse constitucionalizar, designapela Constituição. “Um sistema de damente, o sistema de financiamen-
to das diversas autonomias. Outros pontos que poderiam ser alterados ou reformados na atual Constituição, 40 anos depois, são, por exemplo, algumas questões ligadas à atual sociedade digital, nomeadamente para garantir a privacidade dos cidadãos, etc. No evento, que se insere num ciclo de conferências a realizar no Palácio Palhavã, estiveram presentes ainda o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanola, Enrique Santos, a diretora da Oficina Comercial da Extremadura em Portugal, Teresa Rainha, o embaixador Alvaro Sebástian de Erice, o cônsul geral de Espanha em Portugal, Luis Felipe Fernández, entre outros representantes de empresas e instituições espanholas presentes em Portugal. Foi este documento que marcou o início do percurso de Espanha como um país aberto, moderno e inclusivo. Nestas últimas quatro décadas, Espanha consolidou-se como Estado democrático e de direito, como um país plenamente comprometido com o projeto europeu, após a sua entrada na União Europeia em 1986, como um Estado social, com saúde e educação universais, e como uma referência mundial em matéria de igualdade, direitos humanos e solidariedade, frisaram ainda os intervenientes. JANEIRO DE 2019
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Cepsa desenvolve novo website para melhorar a experiência do cliente A Cepsa, companhia petrolífera com uma presença sólida no mercado português há 55 anos, lançou o seu novo website comercial. A nova página Cepsa. pt é parte de um projeto web global que foi implementado para dar resposta às necessidades específicas de cada público que visita os canais da companhia e com quem a Cepsa mantém uma relação de proximidade – clientes, imprensa, fornecedores e parceiros.
“Com esta nova página, foi possível transpor para o universo digital o compromisso da companhia de aproximar o melhor da energia a cada realidade, desenvolvendo uma web comercial com um maior enfoque no cliente, nos produtos e nos serviços da Cepsa”, frisa a empresa petrolífera. A área do cliente e o serviço de apoio live a que os clientes Cepsa poderão aceder no novo website permitem uma interação mais
imediata e fluída com os serviços da companhia – uma abordagem customer-centric , que garantirá proximidade de contacto com os clientes particulares e empresas, mas também com os distribuidores Cepsa e transportadores. A nova página é também mais intuitiva e moderna, contando não só com um design mais apelativo, mas também com as mais recentes aplicações tecnológicas para facilitar a navegação e aproximar o cliente aos serviços que procura, permitindo-lhe, assim, identificar o serviço Cepsa mais próximo através de um sistema de geolocalização. A nova web é também adaptada à versão mobile , para um acesso fácil em qualquer dispositivo.
Sonae Arauco: inovação total com linha Innovus Essence A o longo dos anos, as mudanças culturais e sociais têm vindo a influenciar as tendências de design e de decoração de interiores. As tendências dizem que a madeira está a voltar e temas como a proteção do ambiente e a exploração sustentada dos recursos levaram à exploração de matérias-primas mais amigas do ambiente. Os produtos derivados de madeira, a base das soluções da Sonae Arauco, permitem desenvolver produtos não só mais resistentes e versáteis, mas também mais ecológicos e sustentáveis, não descurando a estética e sensações de toque arrojadas. Durante séculos, a madeira foi utilizada de diversas formas por artistas, arquitetos e designers. A sua versatilidade leva a que possa ser aplicada em pavimentos, esca-
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das, portas, mobiliário ou ainda em objetos de decoração, criando uma multiplicidade de resultados. Na decoração de interiores, pela sua neutralidade e beleza natural, adapta-se a qualquer estilo – seja clássico, rústico, vintage ou até industrial – e traduz uma sensação de conforto e bem-estar. De facto, o uso da madeira, para além de aquecer um ambiente, remete para a ligação com a natureza, conferindo vitalidade ao espaço. Criando uma estética mais natural e harmoniosa, a gama Innovus Essence da Sonae Arauco é uma homenagem à paixão pela madeira. Estes painéis decorativos, com acabamento de relevo perfeitamente sincronizado com os veios e nós da madeira, rementem-nos às origens através da textura e da beleza da
madeira maciça. Para uma maior inspiração ou para conceber ambientes aconchegantes, optar pela referência Sugar Oak, da gama Innovus Essence, que responde à tendência dos tons claros e contribui para uma envolvente mais serena e iluminada; em alternativa, com a referência Chocolate Oak, de tom mais escuro, criam-se ambientes quentes e aconchegantes.
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Personal20 abre mais uma unidade, em Leiria A
Personal20, marca de franchising especializado em fitness com base na tecnologia da eletroestimulação muscular, acaba de assinar um novo contrato para a abertura de mais um franchising em território nacional. O contrato foi assinado no passado dia 14 de novembro, entre a empresária Magda Leal e Pedro Ruiz, CEO da Personal20 (ambos na foto). A inauguração do novo estúdio está prevista para o próximo mês, no centro de Leiria. A marca Personal20 nasceu no mercado português em 2016, e desde então tem-se promovido como o estúdio de excelência para aqueles que procuram resultados orientados essencialmente para a perda de peso,
remodelação corporal, redução da gordura, tratamento da celulite, alívio das dores nas costas e ganho de massa muscular. Além de Portugal, a Personal20 também está presente em Espanha, Omã, Maldivas, Qatar, Emirados
Árabes Unidos e Estados Unidos da América, com um total de 15 estúdios. A marca Personal20 nasceu em Portugal, em 2016. Esta modalidade de treino é a combinação entre o eletro-fitness e o personal training, com resultados orientados essencialmente para a perda de peso, remodelação corporal, redução da gordura, entre outros tratamentos. A Personal20 é o único franchise português de eletro-fitness, e o único também de eletroestimulação muscular (SEM) no mundo com controlo de qualidade garantido por um sistema de formação e modelos de treinos semanais, desenvolvidos pela Personal20 nos Estados Unidos da América.
InterContinental Cascais-Estoril assume nova identidade A
ntes designado InterContinental Estoril, a unidade de cinco estrelas situada na famosa Avenida Marginal mudou de nome para InterContinental Cascais-Estoril. A unidade de luxo do IHG – InterContinental Hotels Group acrescentou o nome de Cascais à sua designação, intitulando-se agora InterContinental Cascais-Estoril, uma forma de aproximar o hotel de cinco estrelas da comunidade e de tornar a sua localização mais fácil de identificar junto dos visitantes internacionais. “Para nós fazia todo o sentido adotar o nome InterContinental Cascais-Estoril, pois apesar de o hotel se situar numa freguesia tão conhecida como o Estoril, queríamos igualmente identificar a cidade de Cascais. Isto é algo que também já acontece com as restantes unidades da
marca em Portugal, como o InterContinental Lisbon ou o InterContinental Porto, que identificam e realçam o nome da própria cidade” explica Pedro Faria, Cluster Director of Sales & Marketing do InterContinental Cascais-Estoril e InterContinental Lisbon. Por outro lado, esta decisão teve ainda em consideração o peso da marca InterContinental no mundo, com o objetivo de levar o nome de Cascais além-fronteiras. “Cascais é uma cidade com um elevado grau de reconhecimento internacional e, uma vez que os clientes InterContinental escolhem os destinos baseados nos locais onde a marca se encontra, queremos que eles consigam identificar mais facilmente a nossa localização
e o que esta representa. Esperamos fomentar a curiosidade e as expectativas dos turistas em relação à beleza da cidade”, acrescenta. A IHG–InterContinental Hotels Group é uma empresa global, com um amplo portfólio de marcas hoteleiras, incluindo InterContinental Hotels & Resorts, Kimpton Hotels & Restaurants, Crowne Plaza Hotels & Resorts, Hotel Indigo, entre outros. JANEIRO DE 2019
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“Explore Connosco” é a nova campanha da Allianz
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Allianz Portugal acaba de lançar uma nova campanha institucional intitulada “Explore Connosco”, um conceito de comunicação renovado, centrado no consumidor e que transmite o novo posicionamento da companhia, que se assume como uma seguradora que impulsiona a confiança e a coragem dos seus clientes para que vivam a vida ao máximo. Na vida, os grandes desafios só se concretizam quando saímos da zona de conforto e assumimos riscos,
afirma a companhia, que lançou a campanha institucional “Explore Connosco”, que conta uma história sobre como as pessoas corajosas são capazes de moldar o mundo e como o desejo de ir mais além pode trazer as melhores coisas da vida. “Neste sentido, a Allianz pretende inspirar todos os seus públicos, mostrando-lhes que as grandes coisas só acontecem aos que têm coragem para dar o próximo passo, explorar e a aproveitar todos os momentos da vida, de forma positiva e sem
receios. Segundo José Francisco Neves, membro do Comité de Direção e diretor de Market Management e de Produto P&C da Allianz Portugal, “criámos uma campanha de comunicação que apresenta os pilares da marca Allianz. Uma companhia mais inspiradora, mais próxima, mais positiva e mais encorajadora junto do consumidor. Sabemos que sem riscos não existem oportunidades e a Allianz quer fazer parte do dia a dia dos seus clientes, para que sejam capazes de explorar a vida ao máximo, sem medo de arriscar, e com a confiança de ter a seguradora certa ao seu lado para seguir em frente”. Para reforçar a nova comunicação institucional, a Allianz apostou numa campanha em suportes digitais com formatos de banner e vídeos, em meios estratégicos, da imprensa. Ativação de marca nas redes sociais da companhia e ações com testemunhos reais fazem, igualmente, parte da campanha de comunicação “Explore Connosco”.
SEAT lança Rádio Primavera Sound em Espanha A
SEAT vai aprofundar a sua relação com o Primavera Sound, através do lançamento de uma rádio digital, com programas sobre tendências musicais e cultura emergente. O fabricante automóvel e o festival espanhóis juntaram-se num novo projeto, que oferecerá concertos e espaços culturais, através de streaming e on demand, 24 horas por dias, 365 dias do ano. A Rádio Primavera Sound emitirá podcasts e programas em direto, através de três canais. Um deles, é 30 ACT UALIDAD€
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dedicado exclusivamente a música, ao passo que os outros dois contam com quatro programas que resultam de um processo de co-criação entre a SEAT e o Primavera Sound. Num deles, os programas serão emitidos em castelhano; no outro, em inglês. Além de música, a estação de rádio dará palco a personagens culturais que as duas marcas considerem relevantes no mundo da fotografia, arte urbana ou inovação sonora. “Esta nova iniciativa aposta na criação de um espaço onde o importante será
a oferta de conteúdos de qualidade sem rótulos, acessíveis a todo o mundo e em qualquer momento”, adianta Susanne Franz, diretora global de Marketing da SEAT. Por seu lado, Alfonso Lanza, diretor de Marketing e codiretor do Primavera Sound, acrescenta que “a implicação da SEAT na Rádio Primavera Sound é inquestionável”, uma vez que “de nada serve acreditar num projeto, se não houver mais ninguém a partilhar dessa fé com a mesma intensidade”, destacou, citado pela “E-Marketeer”.
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Huawei comercializa nova área de portáteis em Portugal A pós o sucesso alcançado nos smartphones e tablets, a Huawei, líder global em tecnologia de informação e telecomunicações, apresenta a nova área de negócio de portáteis em Portugal. “Através deste novo segmento, a marca pretende construir uma presença forte na indústria de PC’s demostrando, mais uma vez, que lidera em inovação, design e conetividade”. “Queremos expandir o nosso ecossistema de produtos Huawei, para podermos oferecer uma experiência digital mais avançada aos portugueses. Os consumidores vão poder confirmar que os nossos portáteis são uma proposta muito diferenciada da concorrência, uma vez que integram tecnologias inovadoras ao nível da
experiência de visualização, design, segurança e som. O nosso objetivo é sempre melhorar a experiência pessoal e profissional do cliente, através da tecnologia”, explica Tiago Flores, Sales Director Consumer Business da Huawei em Portugal. Do portefólio de portáteis Huawei, o primeiro a ser disponibilizado no mercado português é o Huawei MateBook X Pro. A partir deste ano, a marca pretende comercializar ainda as séries MateBook D e a inovadora série Huawei MateBook E, um portátil híbrido. A nova linha de portáteis Huawei Mate X Pro tem como objetivo ser uma referência no segmento de mobilidade amplificando a experiência dos
consumidores. O primeiro portátil a chegar ao mercado português é o Huawei MateBook X Pro, um dispositivo ultra-portátil de 13 polegadas da nova série MateBook. Desenvolvido a pensar em jovens profissionais, este portátil integra as tecnologias mais recentes da Huawei combinando um monitor FullView Display, extrema portabilidade e qualidade de construção premium. O Huawei MateBook X Pro estabelece um novo padrão para dispositivos da sua categoria, introduzindo novas formas de conexão e atenuando as incompatibilidades que, muitas vezes, surgem entre dispositivos móveis e computadores pessoais.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Aquaelvas e Aquamaior premiadas pela ERSAR com o selo de qualidade da água A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) distinguiu as empresas Aquaelvas – Águas de Elvas e Aquamaior – Águas de Campo Maior com o selo de qualidade exemplar de água para consumo humano. Os selos de “qualidade exemplar de água para consumo humano” 2018, que a ERSAR outorgou, distinguiram todas as entidades que evidenciaram
satisfazer todos os critérios previstos na legislação portuguesa, sem apresentarem incidências significativas no que diz respeito à qualidade do serviço, assim como o cumprimento de aspetos qualitativos no processo de gestão do serviço, adianta a Aqualia, que detém as duas concessionárias, a par de outras três concessões sob a sua gestão, em Portugal.
A Aqualia “é a quarta companhia privada de água na Europa por população atendida e está entre as dez melhores do mundo (de acordo com a GWI), posição que alcançou oferecendo um serviço total”, com soluções destinadas às necessidades das mais variadas entidades, ao nível do ciclo da água, independentemente de seu uso ser humano, agrícola ou industrial.
aicep Global Parques apoia Companhia dos Bombeiros Voluntários de Setúbal C onsciente da importância das corporações de bombeiros no dia a dia das populações, e das dificuldades com que se debatem, a aicep Global Parques apoiou mais uma vez a Companhia dos Bombeiros Voluntários de Setúbal. Filipe Costa, CEO da aicep Global Parques e Silvino Malho Rodrigues (na foto, ambos a entregarem o donativo ao comandante José Lourenço Palhas), administrador executivo desta empresa entregaram o respetivo donativo aos Bombeiros Voluntários de Setúbal, com a oferta de quatro capacetes com viseira
metalizada, tapa nuca e óculos e equipamento de proteção específico para combate a incêndios industriais e urbanos. A segurança e proteção é um dos pilares base da política de responsabilidade social corpo-
rativa da aicep Global Parques. Neste âmbito, a empresa apoia os bombeiros nas regiões onde os parques sob sua gestão estão localizados, nomeadamente com apoio financeiro para aquisição de equipamentos de combate aos fogos. A colaboração dos Bombeiros verifica-se diariamente no BlueBiz, nomeadamente em articulação com a Autoridade Nacional da Proteção Civil, efetivada na concretização do Plano Anual de Simulacros e Incêndio, integrado no Plano de Emergência do Parque Empresarial da Península de Setúbal.
Transdev ofereceu serviços à comunidade sem-abrigo D urante dois dias em dezembro, a Transdev voltou a ter os seus terminais rodoviários de Coimbra e Porto abertos, tendo ainda oferecido sacos-cama aos sem-abrigo daquelas duas cidades, assim como disponibilizado gratuitamente serviços de cabeleireiro e barbeiro. Segundo explicou Bruna Pelarigo, responsável de Comunicação da Transdev, para a realização desta
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ação, a companhia contou com o acompanhamento de um voluntário do CASA - Centro de Apoio ao Sem-Abrigo. “Queremos que os beneficiários desta iniciativa se sintam confortáveis e que o ambiente não lhes seja estranho e, por isso, achamos que é importante haver este elo de ligação”, destacou a mesma responsável da empresa de transportes.
Outros elementos que participaram na iniciativa solidária promovida pela Transdev foram Os Nova, considerados uma das bandas pop emergentes em Portugal. Os elementos da banda realizaram atuações acústicas nos terminais da Transdev em Coimbra e no Porto, e nas quais decorreu, em simultâneo, uma recolha de donativos a favor do CASA.
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Acreditar, Alzheimer Portugal, BIPP-Semear e CASA da Madeira vencem Donativo Participativo Santander A
s associações Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, Alzheimer Portugal, BIPP– Semear e CASA–Centro de Apoio ao Sem-Abrigo da Madeira, foram selecionadas pelos colaboradores do Santander para receber o Donativo Participativo, criado para apoiar financeiramente projetos sociais ou ambientais. Cada uma destas instituições recebeu 7.500 euros para utilizar no âmbito da sua área de atuação. A Acreditar no acompanhamento de crianças com cancro e suas famílias, a associação Alzheimer Portugal através do Projeto Café Memória, o BIPP através do programa Semear e a Casa na sua delegação da Madeira.
Esta é a 1ª edição do “Quem Faz Bem – Donativo Participativo” do Santander, que tem como finalidade reconhecer e apoiar financeiramente os projetos das IPSS, ONG, fundações ou associações, com ações desenvolvidas em Portugal nas áreas da educação, empreendedorismo e criação de emprego, bem-estar social e
ambiente, que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os projetos foram apresentados pelos colaboradores do Santander, que se tornaram nos “padrinhos ou madrinhas” dos mesmos, tendo sido recebidas 145 candidaturas de todo o país. Após análise e seleção das 15 iniciativas finalistas, procedeu-se a um sistema de votação online entre todos os colaboradores do banco, que elegeram então os quatro vencedores. As finalistas Pão e Paz, Sociedade de S. Vicente de Paulo, Vila com Vida, Kairós, Associação Protetora dos Diabéticos em Portugal e SOS tiveram também menções honrosas, e irão receber um prémio pecuniário de três mil euros cada.
Quercus e Fundação Ageas plantam 20 mil novas árvores na Mata Nacional de Leiria A
Quercus e a Fundação Ageas, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), realizaram, em outubro, uma importante ação de plantação no Pinhal de Leiria, com o objetivo de contribuir solidariamente para a sua reflorestação depois do grande incêndio de outubro de 2017 que consumiu cerca de 80% deste histórico pinhal. A iniciativa de cariz solidário, acontece no âmbito do 20º aniversário da Fundação Ageas e pretende recuperar cerca de 16 hectares, plantando 20 mil árvores – 12.500 pinheiros bravos, cinco mil pinheiros mansos e 2.500 plantas ripícolas autóctones. A ação de plantação do Pinhal de Leiria conta já
com mais de 250 voluntários inscritos, entre colaboradores, mediadores, parceiros, clientes, familiares e amigos. De acordo com João Branco, presidente da Associação Ambientalista Quercus, “este investimento levado a cabo pela Fundação Ageas assume uma enorme importância, na medida em que promove o envolvimento ativo da sociedade civil e do setor privado na recuperação da nossa floresta. Serão centenas de voluntários a plantar numa das zonas mais afetadas pelos incêndios da Marinha Grande, no Pinhal de Leiria”. Lembrando a catástrofe de há um ano, o dirigente da Quercus conclui, referindo que “com as alterações climáticas terá também de mudar o
modelo de gestão das florestas públicas, abandonando-se a lógica produtivista e abraçando uma estratégia que promova a conservação dos solos e da biodiversidade”. Já Célia Inácio, presidente da Fundação Ageas, frisa desde logo que a ação “marca os 20 anos de solidariedade da Fundação Ageas” e, por outro lado, contribuiu para sensibilizar o universo do grupo “em Portugal (colaboradores, mediadores, familiares e amigos, parceiros, clientes e sociedade em geral) para o impacto de um papel de cidadania ativa, através de uma atitude voluntária, nomeadamente, na recuperação de grandes catástrofes, neste caso, contribuindo para “o renascer do Pinhal de Leiria”. JANEIRO DE 2019
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UE vai proibir praticamente todos os plásticos de utilização única O s negociadores dos Estadosmembros da União Europeia (UE) e do Parlamento Europeu chegaram a um acordo para proibir a maioria dos plásticos de utilização única, afirmou um porta-voz do Governo da Áustria no passado dia 19 de dezembro. Segundo a mesma fonte, citada pela agência de notícias France Presse, a medida pode entrar em vigor já em 2021. A Áustria exerce a presidência rotativa do bloco e espera-se que o texto esteja finalizado no início deste ano e que possa entrar em vigor em 2021. “O lixo marítimo é um problema global cada vez maior”, lê-se num comu-
nicado do Conselho de Ministros do Ambiente da UE, que chegou a um acordo sobre a restrição do uso de plásticos. Segundo o mesmo comunicado, se nada for feito, em 2050 haverá mais plásticos do que peixes no mar. Estima-se que mais de um milhão
de aves e cerca de cem mil mamíferos marinhos morrem a cada ano como resultado dos resíduos plásticos que chegam ao mar, incluindo palhinhas, que podem demorar até 500 anos a decompor-se no meio ambiente, de acordo com um relatório da Greenpeace. Adotada em tempo recorde após a proposta inicial da Comissão Europeia em maio, a nova legislação europeia proibirá dezenas de categorias de produtos (incluindo cotonetes, palhinhas e colherzinhas de café) que representam 70% do plástico que termina em praias e oceanos.
Universidade Europeia promove Programa Jovens Empreendedores Sociais J á são conhecidos os vencedores da 1ª edição do Programa Jovens Empreendedores Sociais, promovido pela Universidade Europeia, Laureate International Universities e International Youth Foundation, sendo também apoiado pela Forum Estudante e pela Ashoka Portugal. As associações Explicame.pt, Just a Change, APAC Portugal, Menos e Revolução das Minhocas foram os cinco melhores projetos selecionados. Em avaliação estiveram 44 projetos empreendedores de carácter social e ambiental que foram analisados por especialistas desta área. O desafio foi dirigido a jovens entre os 18 e os 29 anos, fundadores ou cofundadores de iniciativas que procuram a transformação social baseada na equidade, justiça e na proteção do meio ambiente. Os critérios de eleição basearam-se na capacidade de liderança, impacto social, sustentabilidade e visibilidade dos projetos e dos seus jovens líderes que atuam como personalidades inspiradoras de
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uma sociedade melhor. Os cinco vencedores rumam agora Madrid para uma semana de formação onde terão contacto com uma poderosa rede de contactos e com os vencedores de antigas edições do Programa Jovens Empreendedores Sociais, em Espanha. Os jovens líderes contam ainda com a mentoria dos Ashoca fellows portugueses e vão ver os seus projetos divulgados pela rede internacional da Laureate International Universities e integrados na rede de jovens empreendedores YouthActionNet que conta, mundialmente, com cerca de 1500 membros em mais de 90 países. “Através desta iniciativa, a Universidade Europeia reforça a sua política de responsabilidade social e evidencia o trabalho da instituição em prol da transparência, cooperação para o desenvolvimento e ação ambiental”, destaca aquela instituição de ensino, frisando que esta
“será uma oportunidade única para estes empreendedores aumentarem a visibilidade dos seus projetos, fortalecer a sua rede de contactos e desenvolver as suas capacidades de liderança”. Um dos projetos vencedores foi o Explicame.pt (na foto), que consiste numa plataforma aberta à comunidade estudantil, que valoriza o trabalho e dedicação de explicadores, onde qualquer aluno pode aprender, em qualquer lugar, sem limitações, através de uma comunidade, encontrando a ajuda perfeita para o seu sucesso.
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ão 16 dos mais conceituados surfistas nacionais e internacionais e juntaram-se à campanha Brave, da Amnistia Internacional. O resultado da parceria é uma prancha shortboard , que está a leilão na eSolidar e cujo valor angariado irá ajudar a associação. De acordo com o comunicado da ONG, o valor angariado irá servir na totalidade “para ajudar a Amnistia Internacional a tornar o mundo mais justo e mais livre”. Gabriel Medina, Filipe Toledo, Frederico Morais (Kikas), John Florence, Kanoa Igarashi, Kolohe Andino (na foto), Zé Ferreira ou Adriano de Souza são alguns dos atletas que assinaram a prancha, contribuindo assim para esta causa
de defesa dos direitos humanos. A campanha global Brave da Amnistia Internacional, que decorre até ao verão de 2020, visa honrar e promover o trabalho dos defensores de direitos humanos em todo o mundo e todos podem assinar o manifesto que insta à proteção destas pessoas. O leilão solidário da prancha começou a 19 de outubro, durante o MEO Rip Curl Pro Portugal
Foto Amnistia Internacional Portugal
Surfistas apoiam Amnistia Internacional em leilão solidário S
em Peniche, a 10ª e penúltima etapa do circuito mundial de surf. A prancha Brave teve como base de licitação 300 euros e encontrava-se, em meados de dezembro, nos 450 euros.
Grupo Renault Portugal cria Fundação A
Fundação Grupo Renault Portugal foi apresentada no passado dia 22 de novembro, em Lisboa. O local de apresentação escolhido foi a Nova SBE da Universidade de Lisboa, já que “a educação é um dos objetivos estratégicos desta Fundação Grupo Renault Portugal. Este projeto nasce em prol da sociedade civil e envolve as quatro empresas do grupo: Renault Portugal, RCI Bank, Renault Retail Groupe e Renault Cacia”, adianta fonte da nova fundação. O presidente da Fundação e também diretor-geral da Renault Portugal, Frabrice Crevola, explicou que a marca francesa tem uma presença forte em Portugal e que o país é importante para a Renault, razões que justificam ter esta Fundação, um projeto que já existe noutros países. Ricardo Oliveira, diretor de
Comunicação e Imagem da Renault, pormenorizou que os quatro eixos de atuação da Fundação serão “a educação, a segurança rodoviária, a mobilidade sustentável e integração/diversidade” e que pretendem “trabalhar em parceria com instituições públicas e privadas”. Na educação, a Fundação irá incrementar o programa “Segurança para Todos”, uma iniciativa pedagógica para a educação e segurança rodoviária infantil, em vigor desde o ano 2000. Nesta área inclui-se também a criação de uma escola itinerante para crianças, atribuição de bolsas de mérito escolar/desportivo para jovens desfavorecidos e assinatura de protocolos de formação com universidades e institutos politécnicos. Já em matéria de segurança rodoviária, a Fundação Grupo Renault Portugal procurará viabilizar um
projeto que pressupõe a realização de cursos de condução defensiva para clientes e automobilistas em geral. No campo da mobilidade sustentável, o plano de atividades futuro procurará desenvolver um concurso universitário intitulado “A Mobilidade do Futuro”, mas também cursos de condução ecológica, além de garantir o apoio a projetos de sustentabilidade (estritamente ligados à mobilidade) e ter a seu cargo a promoção de projetos de desenvolvimento de rede de carregamentos. O objetivo de integração/diversidade promete dinamizar fóruns de discussão global de temáticas importantes para a integração e desenvolvimento da sociedade civil, que, de alguma forma, se relacionem com os valores preconizados pelo grupo Renault. JANEIRO DE 2019
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SEAT desenvolve novo carro que protege os ciclistas U m engenheiro da SEAT e dois aficionados do ciclismo partilham a estrada numa demonstração do funcionamento do novo assistente à condução do SEAT Tarraco: uma ajuda ao volante destinada a proteger estes veículos de duas rodas, envolvidos em 8% dos acidentes que se produzem na Europa. Eis como funciona: um automóvel capaz de reconhecer bicicletas: ao volante do SEAT Tarraco, Esteban Alcántara, responsável pela Segurança Ativa da SEAT, encontra um par de ciclistas a circular na mesma estrada. Ao aproximar-se deles, “o radar dianteiro deteta a presença dos ciclistas e, mediante a trajetória e a velocidade dos dois veículos, desencadeia uma série de ações de forma a evitar uma eventual colisão”, diz. Todos os segundos contam: quando o assistente do SEAT Tarraco deteta a eminência de uma colisão em 1,5 a 2 segundos, ativa um aviso luminoso e acústico. Se o condutor não reagir,
o carro aciona automaticamente uma travagem de emergência entre 0,8 e 1 segundo antes que o provável acidente ocorra. Segundo este engenheiro, se isto acontecesse num ambiente real de circulação, traduzir-se-ia em “se conduzirmos numa estrada a 72Km/h, este automóvel iniciaria uma travagem cerca de 20 metros antes de uma possível colisão”, acrescenta. Cerca de 1.200 testes de desenvolvimento depois foi possível comprovar o funcionamento deste sistema de assistência. Para isso, foram recriados 450 cenários diferentes em pista.
“Realizaram-se simulações de condução real. Foram utilizadas estruturas que reproduzem as propriedades dos diferentes utilizadores da via, como peões e ciclistas, para testar como responde o veículo em cada um destes casos”, explica este engenheiro. Ainda assim, o condutor é o responsável final. “Os sistemas de segurança ativa representam um papel cada vez mais importante na proteção dos utilizadores da via e, em alguns casos, podem evitar acidentes ou minimizar as suas consequências”, no entanto, “em nenhum caso substituem a obrigação do condutor em permanecer atento à estrada, respeitar as normas de circulação, reduzir a velocidade e manter a distância de segurança ao ultrapassar um ciclista”, relembra Esteban Alcántara. Por seu lado, os ciclistas estão obrigados a circular pela direita, usar capacete fora das localidades e não podem circular em pelotão.
Henkel compromete-se a impulsionar a economia circular C omo parte do compromisso da Henkel em ter embalagens sustentáveis, a companhia está a participar na chamada Nova Economia do Plástico. A iniciativa liderada pela Ellen MacArthur Foundation reúne diversos stakeholders para repensar e redesenhar o futuro dos plásticos e impulsionar a economia circular. Há algumas semanas, esta plataforma apresentou um “Compromisso Global”, que foi assinado por 250 organizações, entre elas a Henkel, com o grande objetivo de eliminar o desperdício do plástico e a poluição na fonte. O Compromisso Global da Nova Economia do Plástico é liderado
pela Fundação Ellen MacArthur, em colaboração com a ONU Meio Ambiente, e foi oficialmente divulgado na “Conferência Our Ocean”, em Bali. Os signatários incluem muitos dos maiores fabricantes, marcas, retalhistas e recicladores de embalagens do mundo, além de governos e ONG. O objetivo geral é criar “uma nova realidade” para as embalagens plásticas. As metas são, entre outras: eliminar embalagens plásticas problemáticas ou desnecessárias e migrar de modelos de uso único para modelos de reutilização; inovar para garantir que 100% das embalagens plásticas possam ser reutilizadas, recicladas ou compostadas com faci-
lidade e segurança até 2025; circular o plástico produzido, aumentando significativamente a quantidade de plásticos reutilizados ou reciclados e transformados em novas embalagens ou produtos. O “Compromisso Global” segue uma visão clara de uma economia circular para o plástico que está alinhada com a abordagem e as metas da Henkel para as embalagens sustentáveis: até 2025, 100% das embalagens da empresa serão recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis. Dentro do mesmo prazo, a Henkel pretende utilizar 35% de plástico reciclado nos seus produtos de consumo na Europa.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Como estão as energéticas ibéricas a assegurar o futuro
As centrais de eletricidade alimentadas por carvão têm os dias contados, nos países membros da União Europeia, de acordo com as indicações da Comissão Europeia, que também quer apertar o cerco ao gás e ao petróleo. Os transportes movidos a gasóleo e a gasolina deverão ser progressivamente substituídos pelos elétricos. Para que a temperatura global não ultrapasse os dois graus centígrados até 2050, o peso das chamadas energias limpas terá que crescer, o que implica uma revolução para as empresas do setor. A EDP, a Endesa, a Galp e a Repsol explicam como estão a responder aos desafios impostos pela descarbonização e deixam antever que a Península Ibérica, rica em água, sol e vento, poderá ganhar protagonismo com a mudança de paradigma energético. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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O
setor da energia é protagonizado por “uma indústria que, num século, mudou pouco”, mas “vai estar irreconhecível dentro de uma década”, afirmou António Mexia, presidente da EDP, na sua intervenção durante a última edição da Web Summit, realizada, em novembro, em Lisboa (ver caixa na pág. 44). As exigências de descarbonização, pressionadas pelas alterações climáticas, despertaram novas tecnologias, um pouco por todo o mundo, que têm conseguido vingar. A meta é substituir progressivamente o carvão, o gás e o petróleo (combustíveis fósseis) por energias de fonte renovável. Como sublinhava António Mexia, está em curso uma revolução industrial, no domínio dos transportes, das baterias e da eletricidade. Recentemente, a Comissão Europeia (CE) apertou ainda mais o cerco aos combustíveis fósseis, sugerindo que até 2050, se encerrem todas as centrais de carvão, bem como as de gás natural. Se a “morte anunciada” das centrais a carvão parece estar a ser bem acolhida entre os principais operadores europeus, o mesmo já não acontece com o gás natural, tendo em conta os recentes investimentos feitos neste domínio, como veremos neste texto. A política vigente define uma redução de 60% até 2050 da emissão dos gases com efeito de estufa, mas Bruxelas considera insuficiente para que a União Europeia contribua para os objetivos definidos no Acordo de Paris, baseado na conclusão de que o aquecimento global já atingiu um ponto irreversível. O alerta veio do recente relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que aconselhava os países a agirem rapidamente, sob pena de não se alcançarem as metas traçadas. O novo objetivo definido pela CE, para neutralidade carbónica em 2050, implica uma redução substancial das importações de petróleo, o que repre-
sentará uma poupança anual de até três mil milhões por ano, entre 2030 e 2050. Bruxelas quer que 80% da eletricidade seja de origem renovável até 2050. O plano prevê ainda subsídios para investimentos em energias renováveis e aumentar a carga de impostos às empresas mais poluentes. Em Portugal, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, anunciou um aumento do investimento na ordem dos dois mil milhões de euros por ano, a juntar aos atuais 30 milhões, para alcançar a desejável neutralidade carbónica, ou seja baixar a quantidade de dióxido de carbono emitida, para que esta possa ser compensada pela nossa floresta. Durante a apresentação do roteiro para a descarbonização, no dia 4 de dezembro, o ministro informou que a meta é chegar a 2050 com emissões anuais de 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono. No setor dos transportes, o desafio é a conversão de veículos a combustão para veículos elétricos, já que as importações de petróleo constituem um dos fatores de desequilíbrio da balança comercial portuguesa. Recorde-se que atualmente Portugal importa 75% da energia que consome. O ministro do Ambiente avança que em 2050, esse peso deverá descer para os 17%. Em causa está uma poupança de 128 mil milhões de euros entre 2020 e 2050 em importação de combustíveis, de acordo com as previsões apresentadas pelo presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta. Portugal quer chegar a 2030 a produzir 80% da eletricidade a partir de fontes renováveis. Em 2050, a totalidade da eletricidade deverá ser limpa. Para tal, a capacidade de produção aumentará de sete para 13 gigawatts. A energia solar e a eólica offshore serão fundamentais nessa subida, já que se prevê um decréscimo da água disponível para produzir energia. António Mexia sustenta que o setor energético está a meio de uma revo-
lução, de que a EDP foi uma das pioneiras, pelo impulso que deu às renováveis, porém a mudança vai acelerar com “a fusão entre as tecnologias da informação e o setor da energia”, advoga o gestor. Durante o seu discurso na última edição da Web Summit, o CEO acrescentou que “a velocidade de mudança é exponencial, não lhe podemos fugir e temos que a incorporar”. À mesma plateia, António Mexia explicou como a EDP passou de um player regional para um player global: “Se queremos descarbonizar o mundo, temos de apostar em energias renováveis e na eletrificação. Há 10 anos decidimos tomar essa decisão, mesmo sem imaginarmos o impacto que teria no nosso negócio”, investindo cerca de 20 mil milhões de euros numa década em energias renováveis, o que elevou a energética portuguesa a quarta mundial no segmento das renováveis. A empresa está presente em 14 mercados e conta com mais de dois mil colaboradores, de 41 nacionalidades. 74% da capacidade instalada da EDP é em energia limpa Fonte da elétrica portuguesa detalhou à Atualidad€ que “na última década, a EDP deu prioridade às energias hídrica, eólica e solar (foto na pág. 38), não esquecendo o papel das térmicas como salvaguarda do sistema elétrico”. O grupo já tem “74% da capacidade instalada em parques e centrais de energias limpas”. Em Portugal, “a EDP tem 8.142 MW de capacidade renovável instalada, 6.862 MW dos quais através de energia hídrica e 1.2780 MW em energia eólica” e “em Espanha tem 2.738 MW de capacidade instalada e 1.702 MW no Brasil”. Acresce que “nos restantes países em que o grupo se encontra, as energias limpas são produzidas em exclusivo pela EDP Renováveis”. Os Estados Unidos são “o principal mercado da empresa”, possuindo aí “uma capacidade instalada de 5.133MW”. No total, “a JANEIRO DE 2019
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grande tema gran tema EDPR tem 10.897MW de capacidade renovável instalada nos vários países onde está presente”. A EDP indica que cerca de três quartos da sua capacidade instalada já corresponde a tecnologias renováveis, “muito perto da meta de 76% prevista para 2020”. A energética sublinha que “como as energias limpas dependem das condições atmosféricas, a produção de energia varia consoante haja mais ou menos vento, chuva e sol”. Até setembro deste ano, “as renováveis representaram cerca de 66% do total da produção de energia do grupo”. Ao longo da última década, “a EDPR tem sido pioneira a testar novas tecnologias, sendo um exemplo recente a aposta no armazenamento de energia renovável, na Roménia, ou a exploração da tecnologia eólica offshore”. EDP e Repsol: projeto pioneiro de eólica ao largo de Viana do Castelo No domínio do eólico offshore, há que destacar o projeto Windfloat (em parceria com a Repsol), o primeiro parque eólico flutuante com plataformas semissubmersíveis (ver maquete nas págs. 1 e 4). “Neste caso, foi recentemente assinado com o Banco Europeu de Investimento um financiamento, que vai permitir desenvolver, ao largo de Viana de Castelo, o Windfloat. É uma tecnologia pioneira, que está a ser desenvolvida num consórcio (Windplus) com vários parceiros e a ser produzida com a participação de várias empresas portuguesas”. A EDP Renováveis é o maior acionista da Windplus, com quase 80%: “A EDPR é responsável pelo desenvolvimento do projeto e tem alocados ao Windfloat recursos humanos e técnicos quer da EDPR, quer da própria EDP, até que o parque esteja totalmente operacional”. A empresa cita estudos recentes para explicar que “praticamente 80% dos recursos eólicos nos mares da Europa estão a uma profundidade de pelo menos 60 metros”, pelo que 40 ACT UALIDAD€
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ra da tecnologia Windfloat”, esclarece António Martins Victor, diretor de Comunicação da Repsol em Portugal, acrescentando que se trata de “um projeto de demonstração de uma tecnologia pioneira na geração eólica offshore em águas profundas”. O projeto “entrará no próximo ano [2019] na sua fase pré-comercial e esse será um marco importante para a afirmação desta tecnologia inovadora e um contributo muito importante para a sua competitividade futura”, sustenta o mesmo responsável da Repsol. O projeto Windfloat representa, nesta fase, “um investimento de cerca de 125 milhões de euros e a participação da Repsol é de cerca de 20%”. Esta empresa espanhola também manifestou ter “compromissos significativos no seu atual plano estratégico até 2020, pois destina à geração de baixas emissões um investimento de até 2.500 milhões de euros." Ainda no segmento de parques eóliAntónio Mexia: "Na cos instalados em alto mar, “a EDPR, num consórcio com a Mitsubishi e última década, os a Engie, acaba de garantir o financiamento para a construção de um custos da energia parque offshore, no mar do Norte, eólica caíram 50% ao largo da Escócia, com quase 1000MW e que irá produzir energia e os do solar PV suficiente para abastecer um milhão caíram cerca de casas”. Por último, “a EDP está também de 80%" a desenvolver um projeto-piloto, em Portugal, em que produz simultaneapaíses”. mente energia a partir da água e do No entanto, “o Windfloat é uma sol”. Estamos a falar dos painéis solatecnologia que ainda está em desen- res instalados na barragem do Alto volvimento e, por isso, ainda não Rabagão (fotos nas págs. 41 e 42), chegou a um patamar em que possa que “permitem um uso mais eficiente ser considerada competitiva”. Ainda da água da albufeira e o projeto tem assim, “projetos como este e outros tido resultados muito positivos”. de maior escala que possam surgir no Sobre a competitividade das enerfuturo farão com que esta tecnologia gias renováveis, fonte do grupo EDP mude o panorama do setor energético salienta que “as tecnologias renovános próximos anos”. veis, em particular a eólica e a solar Com uma participação de 20%, “a fotovoltaica, têm feito um caminho Repsol participa no projeto Windfloat impressionante de redução de cusdesde a sua fase experimental em 2011 tos, sendo hoje as tecnologias mais e também tem participação na socie- competitivas para a produção de eledade Principle Power que é a detento- tricidade na maioria dos países onde
“o custo de estruturas com uma base fixa ainda não é economicamente interessante”. Já “o desenvolvimento de tecnologias eólicas flutuantes vai permitir aproveitar as técnicas de redução de custos que são aplicadas ao setor eólico, juntando-as à maior capacidade de gerar energia através do vento em águas mais profundas”. A energética portuguesa indica que “o Windfloat terá três turbinas eólicas montadas em plataformas flutuantes, ancoradas ao leito do mar a uma profundidade de 100 metros”. Trata-se de “um projeto emblemático para o setor da energia eólica flutuante e vai também contribuir para desenvolver e melhorar o fabrico de plataformas modulares flutuantes multi-MW, que é um objetivo fundamental no âmbito da política energética da CE”. O grupo espera, “no médio prazo, vir a exportar esta tecnologia para outros
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a EDP atua”. Nem sempre assim foi, Europa, em grande escala, através da já que as tecnologias precisam de ser reutilização de baterias para veículos aperfeiçoadas até que se tornem ren- elétricos de ‘segunda vida’ ". táveis: “Na última década, os custos A solução “junta mais do que novenda eólica caíram 50% e os do solar PV ta baterias interligadas” e através de caíram cerca de 80%. Por outro lado, eletrónica de controlo da potência o armazenamento de energia tem instalada poderá gerar “uma capacisoluções cada vez mais competitivas, dade de até 4 MW, com um máximo que permitem antever uma solução neste caminho com custos comportáveis. A EDP tem vindo a testar Nuno Ribeiro da esta tecnologia, como é exemplo a Silva realça a efibateria instalada em Évora, e começou agora a explorá-la na Roménia, ciência energética armazenando parte da energia de um dos últimos anos: parque eólico. A empresa tem também soluções de armazenamento de "a mudança para as menor escala, que podem ser utilizalâmpadas led perdas nas casas dos clientes, permitindo o crescimento de novas oportunidamite setenta vezes des, onde o cliente poderá produzir e mais eficiência do armazenar a sua própria eletricidade”. Endesa desenvolve sistema de armazenamento de energia em grande escala A questão do armazenamento tem inspirado investigadores e merecido o investimento das energéticas. A espanhola Endesa “iniciou o desenvolvimento de um sistema pioneiro na
que as lâmpadas incandescentes" e "os eletrodomésticos tornaram-se mais eficientes"
de energia armazenada 1,7 MWh”, de acordo com o comunicado da Endesa sobre o projeto, que será localizado na central termoelétrica da Endesa em Melilla. Tratando-se de uma cidade espanhola localizada no Norte de África, detém por isso um sistema elétrico isolado. Com este sistema de armazenamento, não há necessidade de produção constante, permitindo poupar custos e garantir a segurança do abastecimento. A solução em causa “poderá garantir o fornecimento de energia da cidade, que tem 86.120 habitantes, por 15 minutos ou mais, se forem aplicadas cargas abaixo de 4 MW”. Além disso, “o novo projeto da Endesa representa uma alternativa mais barata face às baterias de armazenamento de potência estacionária e, acima de tudo, é mais sustentável, pois reutiliza baterias antes utilizadas em veículos elétricos, dando assim uma segunda vida às mesmas, solucionando a sua reciclagem”. O projeto, em fase de validação tecnológica e avaliação de viabilidade económica, deverá ser implementado antes do próximo verão, sendo um exemplo de economia circular: “Por JANEIRO DE 2019
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um lado, contribuirá significativamente para a solução dos desequilíbrios de perda de geração no sistema elétrico e para a melhoria da qualidade do fornecimento. Por outro lado, prolongará a vida útil das baterias usadas em veículos elétricos, com uma vida útil média de cerca de seis anos, dependendo de seu uso. Dadas as previsões de um forte aumento na frota automóvel elétrica nos próximos anos, espera-se um aumento na oferta e uma redução significativa no custo das baterias de "segunda vida”. À semelhança de António Mexia, também Nuno Ribeira da Silva, diretor da espanhola Endesa no mercado português, considera que “há um quadro de profunda transformação” no setor energético, com novos desafios, no que concerne “ao clima, ao novo papel das reguladoras, à reorganização do mercado e à dinâmica tecnológica”. O gestor frisa que “a Endesa há pelo menos uma década que acautela a transição das centrais de energia tradicionais (carvão) para as de 42 ACT UALIDAD€
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fontes renováveis”, informando que “há várias janelas de oportunidade abertas ao mesmo tempo, há um novo supermercado de tecnologias que nos dá uma maior liberdade para encontrar novas soluções, ao nível da produção, da distribuição e comercialização, bem como da relação com os clientes”. Nuno Ribeiro da Silva reconhece que as centrais a carvão são as que mais contaminam: “O carvão contamina cerca de três vezes mais do que o gás natural. Em Portugal, há duas, e é viável que fechem, até porque a maior parte das centrais a carvão já estão amortizadas”. A Endesa tem contrato de exploração até 2021 da central Termoelétrica do Pego. O diretor da Endesa em Portugal observa que a central do Pego “é eficiente”, tendo beneficiado de “um investimento de 140 milhões de euros para cumprir à vontade as metas definidas pela União Europeia”. A outra central a carvão portuguesa fica em Sines e é explorada pela EDP. Com encerramento previsto para
2025, poderá fechar antes, devido aos impostos sobre o carvão e o CO2, admite a EDP. A energética explicou à Actualidade a sua orientação nesta matéria: “O grupo EDP defende que a redução da produção a carvão e substituição por tecnologias menos poluentes deverá resultar das condições de mercado, ou seja, dos preços dos combustíveis e do aumento do preço de CO2 no mercado de emissões europeu, devendo os países evitar medidas unilaterais e administrativas para encerramento de tecnologias, o que pode impactar o normal funcionamento dos mercados”. Se há consenso sobre a perspetiva de encerramento das centrais a carvão, já “a questão do gás natural é mais complexa”, como evidencia Nuno Ribeiro da Silva, clarificando que “na Península Ibérica (PI), as chamadas centrais de ciclo combinado são centrais recentes e muito mais eficientes do que as de carvão, com uma intensidade de emissões muito menor”. Há 58 centrais destas na PI, sendo oito em Portugal. Como nota Nuno
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Ribeiro da Silva, “quando se construíram estas centrais a gás não se adivinhava o peso e a evolução que as renováveis iriam ter”. O gestor assinala que “o impacto de as desativar é muito maior do que o de desativar as de carvão”, até porque elas não estão a render tanto quanto poderiam: “são centrais que funcionam mil horas por ano e estavam projetadas para trabalhar cinco mil horas por ano”. Uma nova tecnologia "obriga sempre a uma curva de aprendizagem, até que se torne rentável, até chegar aos chamados preços de rotina". Galp defende gás natural como caminho para a descarbonização Também a portuguesa Galp (foto na pág. 46) tem investido consideravelmente no gás natural e defende que esse é o melhor caminho para solucionar a urgência da descarbonização: “A descarbonização do setor energético tem de ser executada em cuja peça central é uma unidade flumúltiplas frentes, daí o enorme desa- tuante que arrefece e comprime o gás fio que representa. Os transportes, por até o passar ao estado líquido, para exemplo, são apenas responsáveis por que possa ser transportado por navio 26% das emissões do setor, enquanto até ao seu destino final. Em 2019, a produção de eletricidade é responsá- estimamos poder aprovar um projevel por 38%. A alteração que, isolada- to para a construção de centrais de mente, mais poderia contribuir para a ainda maiores dimensões em terra, na descarbonização do setor energético Província de Cabo Delgado. Também seria a substituição do carvão pelo gás produzimos gás natural no pré-sal da natural na produção de eletricidade. bacia de Santos, no Brasil, mas não Esta medida, isolada, permitiria redu- existe uma separação do investimento zir em 16% as emissões mundiais de nos projetos de exploração e produção CO2. Daí que o nosso maior projeto, de petróleo dos de gás natural. Um em termos de potencial contribuição valor já divulgado é o de que a Galp direta para a descarbonização, seja o definiu um intervalo entre os 5% e desenvolvimento dos grandes projetos os 15% da sua alocação de capital em de gás natural liquefeito (GNL) em projetos de baixo carbono.” Moçambique.” A Galp confirma à Actualidad€ Sem precisar valores, a Galp admite que “o projeto Coral Sul deverá proque afetará boa parte dos seus recursos duzir o seu primeiro gás em 2022, aos projetos de gás natural: “São valo- enquanto o projeto Rovuma LNG, res muito importantes pois estamos confirmando-se a tomada de decisão a falar de projetos transformacionais, final de investimento em 2019, deverá não só para a carteira de produção da previsivelmente começar a produzir Galp, como de um país inteiro, como em 2024”. é o caso de Moçambique, cujas reserA mesma fonte declarou que “a tranvas se aproximam das do Catar. No sição energética é um processo que se ano passado tomámos a decisão final desenvolverá ao longo das próximas de investimento do projeto Coral Sul, décadas, com diferentes velocidades e
acelerações em cada setor de atividade e geografia, em função das alternativas tecnológicas existentes e do enquadramento regulatório”. Neste contexto, “a missão da Galp é disponibilizar aos seus clientes a energia de que necessitam em cada momento, nas condições mais competitivas, e é nesse sentido que continuaremos a trabalhar, adequando o nosso portefólio de soluções, serviços e produtos à evolução natural do mercado”. Na Galp, a convicção é a de que “o futuro da energia não terá uma mas várias respostas” e a empresa quer “contribuir para a solução que melhor concilie os objetivos coletivos da sociedade com a melhoria das condições de vida das pessoas”. A empresa tradicionalmente mais ligada ao segmento petrolífero, “está a estudar investimentos que permitirão uma maior diversificação e redução da intensidade carbónica do seu portefólio, nomeadamente na geração de eletricidade de base renovável e na mobilidade sustentável”. Entre estas apostas, a Galp destaca que “lançou recentemente o primeiro plano que responde a todas as necessidades de JANEIRO DE 2019
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Foto Sandra Marina Guerreiro
Apoio a startups alavanca inovação nos grandes grupos de energia
Na Web Summit, o CEO da EDP insistiu que “estamos no meio de uma grande mudança num setor que era muito tradicional”. António Mexia considera que além do desafio da descarbonização, o setor enfrenta outros desafios, relacionados com a “Internet da Energia”, ou seja as chamadas “redes inteligentes”, que favorecem o consumo de energia mais eficiente. A EDP também está a bordo desse comboio. A presença do grupo na Web Summit alinha com o objetivo de apoiar e investir em startups tecnológicas, que possam criar soluções usando inteligência artificial e machine learning. O grupo anunciou que irá investir 45 milhões de euros em startups, no âmbito dos programas EDP Starters
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e EDP Ventures. São duas as linhas orientadoras da EDP para a sustentabilidade: “Por um lado, promover a descarbonização da economia, através do investimento em energias renováveis e, por outro, promover o acesso à energia para todos. A EDP aposta nestas áreas através de várias formas. No caso da inovação, a EDP trabalha com base numa filosofia de inovação aberta. Com a expansão das novas tecnologias, os ciclos de inovação tornaram-se curtos e acontecem a uma velocidade vertiginosa, pelo que é necessário e essencial colaborar com entidades externas à organização. Por isso, os vários projetos de apoio de startups desenvolvido pela EDP têm sido a
melhor forma de apoiar o empreendedorismo destas empresas que, tendo projetos pioneiros nas áreas da energia limpa, armazenamento de energia, entre outras, não têm a capacidade financeira para desenvolverem os seus projetos nem os recursos para os tornarem viáveis e a uma escala comercial". A EDP Starter “começou por incubar startups apenas ligadas ao setor energético, que se enquadrassem dentro dos cinco pilares de inovação da EDP (energias limpas, soluções focadas no cliente, redes inteligentes, análise de dados e armazenamento de energia)”. Porém, “como o setor energético está a passar por uma revolução sem precedentes, a empresa passou a procurar também startups que possam acrescentar valor ao grupo, em todas as vertentes”. Um dos exemplos de sucesso é a Beon (vencedora dos programas "Open Innovation 2016" e "Free Electrons 2017"), “pelo volume de receitas geradas com a EDP”. Esta startup “desenvolve e comercializa um produto que permite ligar diretamente à tomada uma solução de painéis solares, o que facilita o processo de instalação dos mesmos em residências”. Outro bom exemplo é a Glartek, que “desenvolveu soluções de realidade aumentada, que permitem visualizar infraestruturas à distância, fornecendo dados em tempo real”. Na ligação com a EDP, a empresa “desenvolveu um piloto em barragens da empresa, com resultados muito positivo”. O grupo destaca ainda a EGG Electronics, “pela originalidade e criatividade”. A startup comercializa internacionalmente a EGG Power Station, uma alternativa moderna às tradicionais fichas múltiplas, de design 100% português”.
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O grupo EDP explica que “as startups que fazem o programa têm, sem qualquer contrapartida financeira, um conjunto de benefícios para apoiar e desenvolver os seus projetos e produtos”. Esse apoio “passa por acesso a serviços especializados, um espaço de trabalho comunitário sem custos, mentoria, entre outros”. No total, “a EDP Starter estima que estes apoios se traduzam em cerca de 300 mil euros, numa fase em que estas empresas estão em desenvolvimento”. Acresce que “estas startups também têm uma aproximação ao grupo EDP, que, concluídas as fases de prova de conceito e pilotos, se pode tornar num importante cliente e investidor”. Na última edição da Web Summit, a EDP Inovação foi à “pesca” de boas ideias: “Pretendemos identificar tendências tecnológicas relevantes para o sector energético, apresentar o ecossistema de apoio ao empreendedorismo da EDP e conhecer startups inovadoras e disruptivas, que possam vir a trabalhar com uma das muitas unidades de negócio e geografias do grupo. O Elevator Pitch é uma forma dinâmica e também divertida de convidar as startups a apresentarem-se à nossa equipa, através de um pitch de um minuto, realizado literalmente num elevador (na foto). Diariamente, as 12 melhores foram selecionadas para uma reunião mais detalhada, para perceber o real potencial de uma colaboração futura. Este ano realizámos 170 pitches e 32 reuniões, fora todas as outras interações bilaterais. As startups identificadas como tendo potencial iniciam agora um processo de aprofundamento de relação com a EDP Inovação, que poderá passar por incubação na EDP Starter, por um convite para participar em pro-
gramas de aceleração como o EDP "Open Innovation" ou o "Free Electrons" e também por investimento, via EDP Ventures. A EDP já tem em curso várias provas de conceito com startups conhecidas nas edições anteriores da Web Summit e concluiu um investimento de capital de risco na Aperio, uma empresa de cibersegurança.” Também a Galp considera que as parcerias são essenciais no setor da energia: “A todos os níveis, desde as parcerias que estabelecemos a montante da cadeia de valor, no desenvolvimento de projetos de exploração, até às parcerias que temos com os nossos clientes finais, muitas delas alicerçadas em projetos de eficiência energética que envolvem investimentos nossos nas instalações dos clientes. Em termos de sustentabilidade e inovação, os carregadores rápidos que temos nos nossos postos foram desenvolvidos de raiz, em parceria com a Efacec, por exemplo. Em Espanha, precisamente, temos uma parceria paradigmática ligada à inovação com a Podo, uma comercializadora de energia de base web, desmaterializada, na qual tomámos uma participação de 25% e que é uma das empresas com maior crescimento em Espanha”. Por seu lado, a Repsol, de entre os processos colaborativos para desenvolvimento tecnológico na área da sustentabilidade destaca “o Fundo de empreendedores e três projetos portugueses apoiados a nível financeiro e tecnológico pela Fundación Repsol: o inanoEnergy, o C2C NewCap e o Fuelsave. Também através do fundo Repsol Corporate Venture temos o nosso radar tecológico, fazemos investimentos em startups e na aceleração de tecnologias promissoras.
energia dos particulares, incluindo a energia associada à mobilidade, alavancada na maior rede de pontos de carregamento rápido elétrico do país”. A companhia defende que o desafio da sustentabilidade se joga “igualmente numa base diária a nível interno, ao nível da eficiência energética das nossas fábricas, grandes consumidoras de energia, que graças a esse esforço permanente se encontram entre as mais competitivas e eficientes da Europa”. Também defensor da solução gás natural, Nuno Ribeiro da Silva diz que ainda que “o roteiro da descarbonização preveja que a eletricidade passe a ser cem por cento gerada com base nas renováveis”, há que ter em conta que “as renováveis são intermitentes e a energia que geram é difícil de armazenar, apesar de a melhoria da eficiência das baterias caminhar no sentido de estarmos mais seguros com a opção das renováveis”. O diretor da Endesa em Portugal advoga que a solução de gás como almofada da imprevisibilidade das renováveis: “Até que haja armazenamento em quantidade suficiente temos que ter backup. Aí é que entra o gás. Os investimentos feitos nas centrais de gás não estão ainda amortizados. O gás vai continuar durante algum tempo a muscular o sistema e a ser um contributo para as renováveis”. Outro caminho para a descarbonização passa pela eletricidade ganhar novos clientes na área da mobilidade, nota o gestor: “A eletricidade representa cerca de 22 ou 23% do consumo de energia. A Endesa lidera, em Portugal, a adoção de veículos elétricos: 25% da frota comercial da Endesa está eletrificada, servindo 6% dos empregados”. Nuno Ribeiro da Silva considera que “as marcas só não aderem mais à mobilidade elétrica porque há um claro problema na rede de abastecimento elétrico. A rede de mobilidade elétrica Mobi.E é um sistema muito pernicioso e rígido. Esta área é muito politizada, gastou-se uma fortuna e a rede está parada. Num momento em JANEIRO DE 2019
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que o interesse pelos veículos elétricos cresce é urgente definir a questão dos carregamentos em Portugal. Em Espanha, os operadores já estão a negociar contratos para dar resposta às necessidades de carregamento” (foto na pág. 43). O responsável pela Endesa em Portugal garante que a empresa está a trabalhar em várias frentes, no sentido da sustentabilidade: “O grupo está, em geral, a reforçar claramente a área das renováveis. A Endesa está muito mobilizada para entrar neste novo cocktail, já que está a investir em diversas tecnologias, ao nível da geração, do armazenamento, transporte, distribuição, das cidades inteligentes, na relação com o cliente. Há desafios em todas as fases do negócio e novas tecnologias a serem desenvolvidas. A criatividade no serviço ao cliente, com soluções mais sintonizadas com as necessidades dos consumidores. O processo de digitalização permite controlar e otimizar o serviço (funcionamento das centrais, qualidade da prestação das redes) e consequentemente reduzir custos, aumentar a segurança e a transparência da relação com o cliente”. Muito tem sido feito ao nível da eficiência energética, o que permi46 ACT UALIDAD€
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se deve à iluminação. Os eletrodomésticos tornaram-se mais eficientes, mas, Galp: "A alteração por outro lado, as famílias possuem que, isoladamente, mais eletrodomésticos”. O dinamismo tecnológico é bem acomais poderia lhido por parte dos operadores do setor contribuir para a energético, pelas novas janelas de oportunidades que abrem, porém também descarbonização seria desejável uma maior estabilidade do setor energético legislativa, como aponta Nuno Ribeiro da Silva: “Para que as empresas possam seria a substituição planear os seus investimentos tem que do carvão pelo gás haver um roteiro claro e previsível”. Na mesma linha, “a Galp tem defennatural na produção dido – e continua a defender – enquade eletricidade". dramentos regulatórios transparentes, estáveis e tecnologicamente neutros, Permitiria "reduzir ou seja, que não criem desvantagens em 16% as emissões competitivas aos agentes económicos do espaço europeu face à sua concormundiais de CO2" rência global, como tem vindo a suceder com o setor refinador”. Ainda assim, há otimismo entre os tiu estagnar o consumo, nota Nuno Ribeiro da Silva: “O consumo quase operadores ibéricos. Nuno Ribeiro da não cresceu na última década, sobre- Silva comenta que “Portugal e Espanha tudo graças às medidas em prol da estão bem posicionadas face ao novo eficiência energética. Por exemplo, a paradigma energético, que favorece mudança para as lâmpadas led per- uma produção mais descentralizada”, mitem setenta vezes mais eficiência o que viabiliza um potencial “protado que as lâmpadas incandescentes. gonismo industrial nos serviços e nas Relevante se pensarmos que na eletri- tecnologias”, por parte das empresas cidade, mais de um terço do consumo portuguesas e espanholas.
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Por Joana Tavares de Oliveira e Filipa Alfaia Barata*
Tonnage tax – Decreto-Lei n.º 92/2018, de 13 de novembro
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oi publicado no passado dia 13 de novembro, o Decreto-Lei n.º 92/2018, que cria para o transporte marítimo um regime especial de determinação da matéria coletável com base na tonelagem dos navios e embarcações, bem como um regime fiscal e contributivo especial aplicável aos tripulantes e estabelece um registo simplificado e desmaterializado dos navios e embarcações. O presente diploma visa “promover a marinha mercante nacional, com vista a potenciar o alargamento do mercado português de transporte marítimo e desenvolvimento dos portos nacionais e da indústria naval, a criação de emprego, a inovação e aumento da frota de navios que arvoram a bandeira portuguesa, com o consequente aumento da receita fiscal”, lê-se no diploma. Este novo regime entra imediatamente em vigor (com exceção das regras relativas ao registo de navios, que entram em vigor em 1 de janeiro de 2019) e podem aproveitar as empresas abrangidas, verificadas as condições estabelecidas na lei, as correspondentes vantagens fiscais e de segurança social ainda no exercício/ ano de 2018. Fique a conhecer os principais tra-
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ços do regime em sete perguntas e respostas. 1. Quem são as empresas que podem beneficiar do novo regime? Os sujeitos passivos de IRC, com sede ou direção efetiva em Portugal, e que exerçam atividades de natureza comercial relacionadas com o transporte marítimo de mercadorias e de pessoas, legalmente habilitados para o efeito, desde que, sendo uma grande ou média empresa, não tenham beneficiado de um auxilio à restruturação, ao abrigo das disposições da Comunicação 2004/C244/02 da Comissão Europeia.
Europeu, devendo, neste caso, cumprir as normas relativas à proteção, segurança, ambiente e condições a bordo em vigor no Espaço Económico Europeu; e • Sejam estratégica e comercialmente geridos a partir de Estado-membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu; Os navios ou embarcações tomados em regime de afretamento a terceiros ou adquiridos em regime de aluguer de longa duração ou leasing são equiparados aos navios ou embarcações propriedade do sujeito passivo, exigindo-se, porém, caso o sujeito passivo pretenda optar por este regime especial, que a percentagem dos navios ou embarcações fretados não supere 75% da totalidade da frota do sujeito passivo.
2. Quais os requisitos de aplicação do regime? Este regime especial é apenas aplicável aos sujeitos passivos de IRC, com sede ou direção efetiva em Tripulações que: Portugal, cujas atividades sejam rea- • Sejam compostas por, pelo menos, lizadas através de: 50% de tripulantes de nacionalidade portuguesa ou nacionais de paíNavios e embarcações que: ses da União Europeia ou do Espaço • Arvorem bandeira de um Estado- Económico Europeu ou ainda de -membro da União Europeia ou países de língua oficial portuguesa. do Espaço Económico Europeu ou pelo menos 60% da tonelagem 3. Quais os rendimentos e ativilíquida da frota arvore bandeira dades abrangidas por este regime de um Estado-membro da União especial? Europeia ou do Espaço Económico • Rendimentos provenientes da ati-
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vidade de transporte marítimo de IRC, como seja o de preços de transdurante os cinco períodos de tribumercadorias e passageiros na sua ferência, as tributações autónomas e tação subsequentes à data de produtotalidade; e as regras de liquidação e pagamento. ção de efeitos daquela cessação. • Rendimentos das atividades auxi- No período de início de atividade • Este regime especial tem uma vigênliares do transporte marítimo e no seguinte, no contexto do novo cia de 10 anos, sendo renovado por (incluindo reboque e dragagem, regime especial, a matéria coletável iguais períodos (desde que obtida estas com condições) até ao limite é reduzida em 50 e 25%, respetivadecisão favorável para o efeito por de 50% do total dos rendimen- mente. parte da Comissão Europeia). tos relacionados com o transporte marítimo gerados por cada navio 5. Quais os benefícios fiscais e con- 7. O que mudou no procedimento elegível. de registo dos navios e embarcatributivos atribuídos à tripulação? • Isenção de IRS para tripulantes ções? 4. Como se apura a matéria cole(que prestem trabalho a bordo por O regime de registo concretiza, no tável? um período mínimo de 90 dias, em que respeita aos navios e embarcações que pretendam arvorar bandeiEm substituição das regras gerais cada período de tributação); de apuramento da matéria cole- • Redução das taxas das contribui- ra portuguesa, o que vem estabetável do IRC, a matéria coletável ções para a segurança social des- lecido no Decreto-Lei que criou o prevista neste regime especial, incites tripulantes 4,1% e 1,9% para Sistema Nacional de Embarcações dente sobre os rendimentos acima as entidades empregadoras e para e Marítimos, desmaterializando a descritos, é determinada através da os trabalhadores, respetivamente maioria dos respetivos atos e coraplicação dos valores diários a cada – assegurando-se a proteção nas rendo toda a tramitação por via embarcação elegível (ou seja, a matéeventualidades de parentalida- eletrónica. A solução desmaterializada visa agiria coletável tem natureza indiciária de, desemprego, doença, doenças por referência ao espaço a bordo do profissionais, invalidez, velhice e lizar e melhorar o nível de resposnavio que pode ser utilizado comerta das entidades públicas, criando morte. cialmente), nos termos do quadro para o efeito um balcão virtual onde abaixo apresentado. 6. Os sujeitos passivos são obri- pode ser solicitado os serviços da Os gastos e perdas incorridos com gados a manter-se neste regime Direção-Geral de Recursos Naturais, as atividades a que seja aplicável este especial? Segurança e Serviços Marítimos regime especial, não são dedutíveis • A sujeição ao regime é opcional (DGRM) e das entidades associadas, para efeitos fiscais, nem são admie a sua manutenção é de cinco e receber, pela mesma via, as respetitidas quaisquer outras deduções à períodos de tributação, não sendo, vas respostas. matéria coletável legalmente previsporém obrigatória. tas. • Caso o sujeito passivo opte pela ces* Associadas principais da AAA Este regime especial não afasta a sação do regime especial, não pode Advogados aplicação de regimes específicos de voltar a optar pelo mesmo regime E-mails jto@aaa.pt; fab@aaa.pt
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Medidas de promoção da igualdade remuneratória
entre mulheres e homens
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oi aprovada a Lei n.º 60/2018, tística que sinaliza diferenças salariais, a de 21 de agosto, que tem por ACT notifica a entidade empregadora, meta a igualdade remuneratória para apresentar um plano de avaliaentre mulheres e homens. ção dessas diferenças, a implementar A lei, que entrará em vigor durante um ano. Findo o período de em 18 de janeiro de 2019, traduz-se implementação, a entidade empregana implementação de quatro novos dora comunica à ACT os resultados tipos de mecanismos de informação, da implementação do plano, demonsavaliação e correção, que garantem o trando as diferenças remuneratórios princípio do salário igual para trabalho justificadas e a correção das diferenças igual e de igual valor. remuneratórios não justificadas. Durante os dois primeiros anos de Os pontos-chave da lei são: vigência da lei, o regime referido é apli1. Disponibilização anual de informa- cável a entidades empregadoras que ção estatística que sinaliza diferenças empreguem 250 ou mais trabalhadores, salariais, por empresa (balanço) e por alargando-se a entidades empregadoras setor (barómetro). A partir de janei- que empreguem 50 ou mais trabalhadoro 2019, o Gabinete de Estratégia res a partir do terceiro ano de vigência. e Planeamento do Ministério do 3. É consagrada a presunção de disTrabalho, Solidariedade e Segurança criminação remuneratória nos casos Social (GEP-MTSSS) passará a dis- em que o trabalhador alegue estar a ponibilizar anualmente à Autoridade ser discriminado e o empregador não para as Condições do Trabalho (ACT) apresente uma política remuneratória informação estatística sobre as diferen- transparente, que permita demonstrar ças remuneratórias de género a nível que as diferenças alegadas se baseiam setorial (barómetros setoriais das dife- em critérios objetivos. renças remuneratórias entre mulheres 4. Independentemente da sua dimensão, e homens) e por empresa (balanços as empresas passam a ter a obrigação empresariais das diferenças remune- de assegurar uma política remuneratória ratórias entre mulheres e homens por transparente assente em critérios objetivos empresa, profissão e níveis de quali- e não discriminatórios. As diferenças de ficação). A produção da informação retribuição não constituem discriminação não implica qualquer tipo de encargo quando assentes em critérios objetivos, para as empresas e fornece-lhes dados comuns a homens e mulheres, nomeadasobre as remunerações que praticam do mente, baseados em mérito, produtividaponto de vista do género. de, assiduidade ou antiguidade. O barómetro geral e setorial das difeO cumprimento da obrigação imposrenças remuneratórias entre mulheres ta de ter uma política remuneratória e homens é disponibilizado, pela pri- transparente assente em critérios objemeira vez, em 2019 e o balanço das tivos e não discriminatórios é exigível diferenças remuneratórias entre mulhe- decorridos seis meses da vigência da lei, res e homens é disponibilizado, pela ou seja, a partir de julho de 2019. primeira vez, em 2020. 5. Os empregadores são obrigados a 2. Após a receção da informação esta- prestarem informação aos sindicatos ou
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Por Eduardo Serra Jorge*
aos próprios trabalhadores para depois se poder avaliar se há muita ou pouca desigualdade de género nas empresas. Esta avaliação vai ser obrigatória. 6. Qualquer trabalhador/a passa a poder requerer à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) a emissão de parecer vinculativo sobre a existência de discriminação remuneratória em razão do sexo. O pedido de parecer só pode ser formulado decorridos seis meses de vigência da lei, ou seja, a partir de julho de 2019. 7. As empresas que não cumprirem as normas incorrerão nas contraordenações previstas no Código do Trabalho e na nova lei, sendo as mesmas consideradas graves ou muito graves. Pode ainda ser aplicada a sanção acessória de privação do direito de participar em arrematações ou concursos públicos, por um período até dois anos. Em conclusão, a ACT passará a receber anualmente dados estatísticos sobre a política remuneratória das empresas. Aquelas que façam discriminação salarial terão de apresentar um plano de avaliação, e no ano seguinte será obrigada a corrigir as discrepâncias. Numa primeira fase, que vai durar dois anos (2019 e 2020), a lei vai aplicar-se apenas a empresas com mais de 250 funcionários. A partir do terceiro ano de vigência (2021) será alargada a empresas com mais de 50 empregados. No entanto, qualquer trabalhador que se sinta discriminado, independentemente da dimensão da empresa, passará a poder comunicá-lo à CITE, cabendo à entidade empregadora a apresentação de prova em contrário. * Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria José Garcia-Sociedade de Advogados Email: esjorge@esjmjgadvogados.com
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
PLMJ coloca Portugal, Angola e Moçambique na China através de plataforma digital A PLMJ aderiu a um projeto pio- em mais de uma centena de paíneiro na área do investimento ses de todo o mundo, no sentido chinês no mercado global, a pla- de adaptá-la à lei local. A PLMJ, por intermédio de Rita taforma eletrónica docQbot. Assim, a PLMJ foi convidada pela Assis Ferreira, associada coorChina Going Think-Tank (CGGT) denadora da PLMJ China Desk, para participar como parceira é responsável pela localização exclusiva para os mercados de dos documentos relativos a inPortugal, Angola e Moçambique vestimentos em Portugal, Angono desenvolvimento da primeira la e Moçambique, que procuram plataforma docQbot projetada prevenir os receios e equívocos para produzir contratos bilingues mais comuns dos investidores adaptados à lei local, num curto chineses nos mercados que desconhecem. espaço de tempo. A CGGT foi fundada por Robert “Esta plataforma eletrónica de doLewis, managing partner inter- cumentos pretende facilitar toda national da firma chinesa Zhong uma vasta gama de transações Lun Law Firm (de Pequim), sendo comerciais e investimentos relaesta a sociedade de advogados cionados com a China. Um motambém responsável pelo apoio delo docQbot pode criar até milhões de diferentes contratos de jurídico da plataforma na China. Inicialmente orientada para a tra- rascunho bilingues personalizadução de contratos-base em chi- dos em apenas alguns minutos”, nês e inglês, a plataforma encon- como explicou aquela responsátra-se a ser estruturada junto de vel à “Advocatus”. Desta forma, sociedades de advogados líderes “isso significa a diminuição de
tantos constrangimentos logísticos e temporais que ainda se verificam e que limitam a conclusão de inúmeros negócios“, adiantou. Este projeto da CGGT foi apresentado em Pequim, em maio do ano passado, “por intermédio da sua sucursal Beijing docQbot Huiwen Data Technology, e conta já com forte apoio das autoridades governamentais. As primeiras reações ao docQbot sugerem uma vasta procura por contratos de alta qualidade também à escala global”, adianta a sociedade de advogados portuguesa. Em Portugal, a preparação de documentos envolve já uma vasta equipa de especialistas de PLMJ nas mais diversas áreas, sob a coordenação de Luís Sáragga Leal, sócio ligado à coordenação da PLMJ Projetos Internacionais, e de Rui Barroso de Moura, consultor do departamento de PLMJ Arbitragem.
Em trânsito: » A Belzuz Advogados, que completou recentemente 20 anos de presença em Portugal, incorporou Paula Henriques Lourenço como responsável pelo Departamento Imobiliário em Lisboa, tendo em conta “o enorme aumento do investimento em ativos imobiliários neste país”, salienta o escritório liderado por Enrique Belzuz. Paula Henriques Lourenço tem desenvolvido a sua carreira profissional em escritórios com uma forte componente em projetos imobiliários, tranalhando nesta área nos últimos 13 anos. A advogada tem, assim, uma grande experiência na assessoria e coordenação de operações imobiliárias complexas (incluindo aquisições, vendas e acompanhamento do financiamento
das operações), tendo intervindo em transações de grande relevância no mercado. » A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS) decidiu reforçar a sua equipa com cinco novos sócios. Paulo Rendeiro foi confirmado como sócio de indústria da equipa de comercial e societário e mercado de capitais, co-coordenando nomeadamente a equipa de direito desportivo. Na mesma assembleia geral, foram também promovidos a sócios contratados Andreia Guerreiro (contencioso e arbitragem), Gonçalo Fleming (comercial e societário), Manuel Freitas Pita (fiscal) e Paula Ponces Camanho (laboral e segurança social). Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Medway investe dois milhões de euros em projeto de renovação tecnológica A Medway, empresa líder no transporte ferroviário de mercadorias em Portugal, acaba de concretizar um novo projeto tecnológico, que representou um investimento superior a dois milhões de euros. Desenvolvido em conjunto com diferentes parceiros, este projeto permite optimizar toda a infraestrutura tecnológica, que se encontrava desajustada às necessidades atuais, e integrar a totalidade da informação que fica agora sobre o controlo total da Medway. A infraestrutura informática foi totalmente renovada com a instalação de
um data center, servidor, bases de dados, aplicações e com a migração de inúmeros circuitos da CP para a Medway. O parque informático foi renovado e foram implementadas diversas ferramentas colaborativas: Office 365 & Office 2016, Skype for Business, One Drive, entre outras. Segundo Carlos Vasconcelos, administrador da Medway, “este projeto de renovação tecnológica, que teve um investimento superior a dois milhões de euros, irá ter um significativo impacto direto no trabalho quotidiano dos nossos colaboradores e enquadra-se
no nosso objetivo de vir a ser a empresa de transporte e logística mais eficiente e tecnologicamente mais avançada de Portugal”, frisou. A Medway é um operador logístico terrestre a atuar na Península Ibérica, resultante da privatização da CP Carga – Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias. Com uma frota de 68 locomotivas (34 elétricas e 34 a diesel) e 2.917 vagões, cobre grande parte do território português e espanhol, através da rede ferroviária ibérica. A Medway faz parte da MSC, um líder global no transporte de contentores.
Universidade de Aveiro desenvolve coleiras especiais para rebanhos comerem só as ervas daninhas nas vinhas E se rebanhos de ovelhas e cabras circulassem livremente por vinhas e pomares para limparem os terrenos de vegetação infestante sem colocarem em causa a produção agrícola? Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) encontrou a solução que promete a total dispensa de herbicidas. Para isso, desenvolveram uma coleira eletrónica que, quando colocada em cada um dos animais, faz com que ovinos e caprinos se concentrem nas ervas daninhas e que deixem em paz frutos, folhas e ramos de videiras e árvores. O método oferece grandes vantagens, não só aos produtores como ao meio ambiente: elimina o uso de herbicidas para queimar ervas infestantes, os terrenos deixam de ter a necessidade de serem arados várias vezes por ano e a fertilização dos solos passa a ser feita de forma natural. Evita ainda que os resíduos dos herbicidas possam contaminar os frutos e o vinho, como acontece atualmente, apesar dos cuidados dos produtores. E porque todos estes processos são realizados por máqui-
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nas agrícolas, o suprimento destas permitiria poupar nos combustíveis fósseis. Desenvolvida no âmbito do projeto SheepIT, por docentes da Escola Superior de Tecnologia de Águeda, do Departamento de Eletrónica Telecomunicações e Informática e do pólo do Instituto de Telecomunicações da Academia de Aveiro, o sistema inclui uma coleira eletrónica acoplada ao pescoço dos animais que tem como função a monitorização e condicionamento da respetiva postura corporal. “A coleira emite um conjunto de avisos sonoros, de forma a avisar o animal que excedeu a altura máxima calibrada. Os sons antecedem a emissão de estímulos
eletrostáticos, que incomodam o animal, sem lhes causar qualquer tipo de dor”, explica Pedro Gonçalves. Assim, adianta o coordenador do projeto SheepIT, e de forma a evitar o incómodo, “ao fim de muito pouco tempo os animais começam a evitar a postura infratora quando ouvem o som” deixando as videiras e as árvores de fruto e dedicando-se exclusivamente à pastagem do solo. A coleira encontra-se integrada numa rede de sensores, que permite também a monitorização da atividade e localização animal, assim como o envio dos dados agregados para uma aplicação residente na cloud, os quais “ajudam a prever, por exemplo, as necessidades de alimentação suplementar animal, detetar doenças preventivamente”, etc. Segundo Pedro Gonçalves, “com o aumento da preocupação ambiental e das necessidades das empresas vitícolas do Douro, onde a mecanização dos processos é muito difícil devido ao relevo”, o interesse pela monda animal “voltou a surgir”.
Ciencia y tecnología
ciência e tecnologia
Minsait e Vortal esclarecem nova legislação da fatura eletrónica em sessão pública A
Minsait, uma empresa da Indra, organizou no passado dia 11 de dezembro em conjunto com a Vortal, líder em contratação eletrónica a nível mundial, uma sessão de esclarecimentos acerca da nova legislação da fatura eletrónica na administração pública, que acaba de entrar em vigor. Esta sessão teve como objetivo informar as entidades públicas e empresas acerca das alterações decorrentes da entrada em vigor das mudanças efetuadas no código dos contratos públicos. Ao longo da sessão foram abordados diferentes temas de relevância, entre eles o contexto legal da nova legislação e a metodologia de funciona-
mento da fatura eletrónica. Esta sessão permitiu concluir que todas as ferramentas necessárias ao cumprimento da legislação se encontram disponíveis no mercado. As entidades públicas terão de procurar junto dos seus parceiros de faturação soluções completas que permitam digitalizar totalmente o processo de faturação, cumprindo assim o objetivo final da uniformização de faturação na união europeia. Por outro lado, aos fornecedores apenas se impõe a obrigatoriedade do envio das faturas através de um sistema de faturação preparado para o efeito. Assim, estes podem simplesmente optar por soluções de baixo investimento, mas que garantem conformidade com a legis-
lação, embora estas sejam disponibilizadas mais raramente, nomeadamente por entidades como a Vortal. “Estas soluções de baixo investimento permitem às empresas fornecedoras ficar em conformidade com a legislação de forma simples, eliminando as preocupações relacionadas com a imposição das alterações ao CCP que entram em vigor em menos de um mês. O valor acrescentado de uma solução automatizada é largamente reconhecido mesmo no caso dos fornecedores, permitindo às empresas desmaterializar processos e alocar recursos a tarefas de maior valor, reduzindo ainda cerca de 90% dos custos de faturação”, afiançam a Minsait e a Vortal. PUB
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setor imobiliário
sector inmobiliario
MAPFRE vende edifício-sede em Lisboa e muda-se para Miraflores A
seguradora MAPFRE vendeu o seu edifício-sede em Lisboa ao fundo de investimento imobiliário alemão AM Alpha e vai concentrar os serviços centrais no Edifício Zenith, em Miraflores, em regime de arrendamento. O valor do negócio não foi revelado, estando a mudança de instalações prevista para fevereiro de 2019 e envolvendo a deslocação de 220 pessoas. Esta decisão segue a política de rotação de ativos imobiliários do Grupo MAPFRE, aproveitando as oportunidades e condições de mercado que surgem para alcançar a maior rentabilidade. Em 2017, o valor dos ativos imobiliários do grupo MAPFRE ultrapassou 3.200 milhões de euros. Em metros quadrados, a superfície total da propriedade da MAPFRE é de cerca de 3,1 milhões de metros quadrados, dos quais aproximadamente 70% estão em Espanha e Portugal. Esta operação não altera a estratégia da MAPFRE em Portugal, que
continua a apostar no mercado português e firmemente comprometida em oferecer o melhor serviço aos seus clientes. A transação foi intermediada, por parte da MAPFRE, pela JLL. Construído na década de 90, o Edifício MAPFRE foi até agora a sede portuguesa do grupo segu-
rador espanhol e tem um total de nove pisos acima do solo e dois de garagem. No mais moderno Edifício Zenith, integrado no parque de escritórios de Miraflores, arredores de Lisboa, ao lado da A5 LisboaCascais, a MAPFRE Seguros vai ocupar um total de 3.150 metros quadrados. O Zenith é um dos mais emblemáticos do denominado “corredor oeste”, tem um total de 12 mil metros quadrados de escritórios em 12 pisos acima do solo e disponibiliza ainda diversos serviços e valências, entre as quais um auditório com capacidade para 75 pessoas, cafetaria e bar, segurança, entre outros. Em Portugal desde 1986, a MAPFRE Seguros possui uma rede de 90 lojas em todo o país. A nível internacional, a MAPFRE é a maior seguradora espanhola do mundo, com um volume de receitas de cerca de 28 mil milhões de euros.
40 novos hotéis entram em licenciamento no primeiro semestre de 2018 N os primeiros seis meses do ano entraram em processo de licenciamento 40 novos projetos de hotéis em Portugal Continental, revela a “Confidencial Imobiliário”, no âmbito do seu sistema de informação “Pipeline Imobiliário”. Com os projetos registados no 1º semestre de 2018, a carteira de hotéis em pipeline contabilizados desde 2015 eleva-se para 204 unidades. O pipeline de hotéis tem vindo a crescer a um ritmo forte nos últimos anos, com o número de projetos em carteira a subir 60% em 2017 (para 80 unidades), após o crescimento de 47%
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registado em 2016 (de 34 projetos em 2015 para 50 no ano seguinte). Os projetos hoteleiros lançados em 2018 situam-se em 23 concelhos, comprovando a tendência de diversificação geográfica da oferta observada nos últimos anos, já que esta concentração compara com os 18 municípios que acolhiam os hotéis contabilizados em 2015. Os concelhos de Lisboa e Porto mantêm-se como os destinos de investimento mais consolidados, com a cidade a norte a acolher 11 dos novos hotéis que foram submetidos a licenciamento e a capital seis projetos. Entretanto, a Associação da Hotelaria
de Portugal estima que em 2019 entrarão em funiconamento 65 novas unidades hoteleiras, das quqis 23 na Área Metropolitana de Lisboa (1.600 quartos) e 17 no Norte (960 quartos só nas 10 novas unidades do Porto). A maioria terá quatro e cinco estrelas, com forte aposta no mercado dos congressos e eventos. Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, explica que este ritmo de crescimento é “basicamente o mesmo” dos últimos anos, mantendo-se a taxa de crescimento média anual “que temos vindo a sinalizar há 10 anos”.
sector inmobiliario
setor imobiliário
Fortera investe 200 milhões de euros no Grande Porto A
Fortera Properties vai investir cerca de 200 milhões de euros no setor imobiliário do Grande Porto e de forma diversificada, mais concretamente na reabilitação de edifícios e novas contruções para habitação e hotelaria. A empresa iniciou em 2012 o estudo de investimento imobiliário no Porto e Grande Porto, mas só mais recentemente avançou com o seu ciclo de investimentos, contando já com projetos realizados ou em curso nas zonas da Boavista, Santo Ildefonso, Campanhã, Nevogilde, Senhora da Hora e Espinho. O investimento previsto no setor hoteleiro, onde a empresa atuará com um forte parceiro israelita, é de 150 milhões de euros para os próximos cinco anos.
Nos próximos meses, arrancam os dois primeiros projetos de recuperação de hotéis, no centro da Invicta, um com 130 e o outro com 200 quartos. No que toca à habitação, a Fortera Properties vai atuar tanto em pequena escala (como, por exemplo, o edifício de oito apartamentos de Santa Catarina), como em grande escala (ex: projeto de Espinho onde serão construídas 38 frações de luxo, com um investimento total de 7,5 milhões de euros). “O mercado imobiliário português está muito competitivo mas ainda em crescimento pelo que há ainda muitas oportunidades em aberto no setor e queremos continuar a nossa política
de crescimento em Portugal a partir do Porto”, assegura Elad Dror, CEO da Fortera Properties. A Fortera Properties, fundada em 2015, é uma empresa portuguesa, que atua no ramo imobiliário de luxo, com o objetivo de ser um dos importantes players do setor em Portugal. As suas grandes áreas de atuação centram-se na aquisição de imóveis para construção de raiz ou reabilitação de espaços para fins hoteleiros ou residencial. Atualmente, tem já vários projetos concluídos e comercializados, sendo que será em 2019 que a grande maioria dos projetos residenciais e os primeiros dois grandes investimentos hoteleiros estarão concluídos.
K-Tower vai trazer mais escritórios ao Parque das Nações N uma das localizações mais atrativas do mercado de Lisboa, junto à Gare do Oriente, na zona mais central do Parque das Nações, vai nascer um novo edifício de escritórios, com mais de 15 mil metros quadrados de área de construção acima do solo (ver foto da maquete). Com 13 pisos de escritórios, o K-Tower começará a ser construído no próximo verão, prevendo-se que o edifício fique inteiramente concluído no primeiro semestre de 2021. No mesmo complexo, está a ser construído um Moxy Hotel, uma nova marca do grupo Marriott International, direcionada para os millennials. A par da localização privilegiada – adjacente a uma das maiores plataformas intermodais de transportes da cidade de Lisboa, a Gare do Oriente, e a poucos minutos do Aeroporto Internacional de Lisboa e do centro histórico–, o projeto será uma marca na paisagem urbana. Segundo os seus promotores, distinguir-se-á pela sua arquitetura moderna e ino-
vadora, com uma fachada envidraçada com vista 360º, além de criar uma mancha ajardinada com ligações pedonais à zona envolvente, garante a JLL. Desenhado a pensar nos modelos de trabalho do futuro, o edifício aposta, em termos de estrutura interior, em espaços eficientes, flexíveis e sustentáveis, com amplas áreas por piso e áreas comuns de elevada qualidade, pensadas para fomentar o sentido de comunidade entre os seus utilizadores, e entre as quais se incluem um bar no piso térreo, para ponto de encontro e espaço para reuniões informais. A iluminação natural generosa e a vista desafogada são outros dos seus atributos, assim como o desenvolvimento em linha com os standards exigidos a uma certificação LEED, um dos mais exigentes selos internacionais de sustentabilidade atribuídos a projetos imobiliários. Mariana Rosa, diretora de Office Agency da JLL, comenta que “este novo projeto
vai permitir às empresas não só instalar os seus escritórios no local mais apetecível do Parque das Nações, junto à Gare do Oriente, ao Centro Vasco da Gama e com excelentes acessos rodoviários, como fazê-lo num edifício de ponta em termos de soluções tecnológicas, funcionalidade do espaço e sustentabilidade. Além disso, é um imóvel icónico em termos estéticos, com grande visibilidade e uma forte imagem corporativa. Estamos muito confiantes que o edifício fique inteiramente comercializado ainda antes da sua conclusão e não será de descartar a ocupação como sede de uma só empresa”, considera. JANEIRO DE 2019
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setor imobiliário
sector inmobiliario
SottoMayor Residências: modernidade no “coração” de Lisboa L isboa conta com mais um empreendimento de luxo no “coração” da cidade, “onde a nobreza da arquitetura de outros tempos se conjuga com a modernidade e o conforto exigidos pelos tempos modernos”. Trata-se do SottoMayor Residências, um conjunto de quatro edifícios, composto por 97 apartamentos, com extensos jardins, piscina, estacionamento subterrâneo e três lojas, localizado junto ao Marquês de Pombal. Desenvolvido pela Coporgest Companhia Portuguesa de Gestão e Desenvolvimento Imobiliário, o empreendimento representa um investimento de 60 milhões de euros, sendo pela sua dimensão a maior obra de reabilitação residencial urbana dos últimos 15 anos, afirma a sociedade promotora. “O valor das vendas brutas rondará os 70 milhões de euros”, revela a empresa. “Estes serão, seguramente, os melhores prédios de rendimento e habitação
no centro de Lisboa, constituindo um investimento imobiliário seguro, com elevados padrões de qualidade”, declara Sérgio Ferreira, presidente da Coporgest. Dos quatro edifícios que integram o SottoMayor Residências três são originais dos anos 20, com uma linguagem inspirada na arquitetura francesa, tendo sido mandados construir pelo banqueiro Cândido Sotto Mayor. Com pé-direito alto, salas com tetos decorados e lareiras com boisseries testemunharam a riqueza de uma burguesia que se instalou naquela zona da cidade no início do século XX. Adquiridos em estado de ruína pela Coporgest, em janeiro de 2013, as obras nos edifícios iniciaram-se um
ano depois e ficaram concluídas em julho último. Dos três edifícios originais, virados para a Avenida Duque de Loulé, foram preservadas e recuperadas as fachadas (o quarto edifício, virado à Rua Luciano Cordeiro, é totalmente novo, pois o anterior foi demolido pelo anterior proprietário). O projeto de arquitetura foi da responsabilidade da própria Coporgest. Dos 97 apartamentos, de tipologias entre T0 e T5, restam sete por vender.
RE/MAX Collection é “a imobiliária que mais imóveis de luxo vende no país” A
RE/MAX Collection é “a imobiliária que mais imóveis de luxo vende no país, pelo quarto ano consecutivo. Mesmo com critérios de angariação mais rigorosos face à concorrência, a marca RE/MAX destinada ao segmento premium lidera destacada. Com um volume de faturação de 31,3 milhões de euros em 2017, mais do dobro da principal concorrente neste segmento, a RE/MAX Collection fechou o primeiro semestre de 2018 com um crescimento de 30,4% “face a igual período de 2017, tendo ainda o número de transações subido 38,4%”. De acordo com dados do departamento de informação e estatística da empresa, a classificação de um imóvel
premium varia de marca para marca, mas a análise dos stocks disponíveis nas várias consultoras que se dedicam a este segmento demonstra que a RE/ MAX Collection é a mais exigente na avaliação e na certificação deste tipo de edifícios. São imóveis que na sua forma e tipologia dispõem de uma vasta área útil privativa, podendo, por exemplo, ter uma sala a partir de 45 metros quadrados e garagem ou box para tantos carros quanto o número de quartos, explica a empresa imobiliária. Além destes critérios, sejam antigos ou modernos, “os imóveis Collection têm origem em projetos arquitetónicos de referência, muitas vezes assinados por profissionais de renome, revestindo-se
de características que os diferenciam. Localizados em zonas de eleição, são edifícios de grande qualidade e luxo”. Para a maioria das marcas concorrentes, o principal critério na angariação deste género de imóveis é o preço, procedimento não seguido pela RE/MAX Collection que não considera para os seus resultados no mercado terrenos, garagens e armazéns por mais elevado que seja o seu valor, ao contrário das marcas concorrentes. No ranking de faturação, a RE/MAX Collection é a líder destacada há quatro anos, frisa a imobiliária. Em 2017, com o mercado a atingir recordes, todas as marcas do top 5 cresceram entre 25 e 175%.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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sector inmobiliario
setor imobiliário
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Vinhos & Gourmet
vinos & Gourmet
CVR Dão e CVRVV juntam-se para ação de promoção internacional A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e a Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão) avançam, em 2019, com uma ação conjunta de promoção em países terceiros, que prevê o investimento de 1,3 milhões de euros em seis mercados – Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Brasil, Reino Unido e Dinamarca. No ano em que são celebrados os 110 da publicação da Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908 que demarca as duas Regiões vitivinícolas, Dão e Vinhos Verdes avançam com investimento conjunto que tem como principal objectivo aumentar a visibilidade e notoriedade internacional dos vinhos
destas duas históricas regiões e, em última instância, dos vinhos portugueses. Entre as ações para 2019, destaca-se o desenvolvimento de plataformas digitais educativas, promoção de visitas às duas regiões para públicos-alvo de diferentes segmentos, desde sommeliers, a importadores, ou imprensa estrangeira, bem como roadshows, provas comentadas, seminários e ativação das regiões na moderna distribuição dos países de destino, entre outras ações. Para Arlindo Cunha e Manuel Pinheiro, presidentes da CVRD e CVRVV,
respetivamente, “esta ação permite uma intervenção coletiva com melhor relação custo-benefício junto de mercados considerados maduros e nos quais é importante fortalecer a presença das duas regiões”, referem.
Taylor’s Vintage 2016 recebe elogios da crítica e chega ao Top 100 da “Wine Spectator” A pós ter recebido a pontuação máxima de 100 pontos, o Taylor’s Vintage 2016 foi eleito o melhor vinho português por James
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Suckling, ocupando a quarta posição na “The James Suckling’s Top 100 Wines of 2018”. O Vintage 2016 chegou ao mercado em outubro, tendo, entretanto, acumulado distinções de grande relevo. O mais recente elogio chega de James Suckling, que refere que “o Taylor’s Vintage 2016 é a jóia deste fantástico novo ano vintage do famoso vinho fortificado de Portugal.” Este importante crítico de vinhos norte-americano foi o provador da revista “Wine Spectator”, para o vinho do Porto, durante mais de 30 anos, e tem agora o seu próprio projeto pessoal, o jamessuckling.com. A excecional qualidade do Taylor’s Vintage 2016 foi também reconhecida pela “Wine Spectator”, que o coloca no 23º lugar da sua lista dos cem melhores vinhos de 2018, sendo um dos quatro vinhos portugueses
presentes neste ranking . Nas notas de prova, de destacar a cor púrpura profunda com um fino bordo magenta. Intensos aromas de puros frutos silvestres e notas frescas de maçã verde, ameixa e framboesa. À volta do núcleo de viva fruta está uma inebriante aura de esteva e ervas. Mais em profundidade, notas exóticas de cedro e jasmim dão uma dimensão extra de complexidade. O vinho tem uma atrativa elegância e muscularidade, com taninos vigorosos e lineares, que se fundem perfeitamente no palato e que sustentam o vinho com grande firmeza. Muito vigoroso pela sua atrevida acidez, apresenta os intensos sabores de bagas num final muito prolongado. Embora as notas dominantes sejam de requinte e equilíbrio, o vinho exibe o vigor contido e a resiliência que são as marcas do estilo da Taylor’s.
vinos & Gourmet
Lavradores de Feitoria celebra maioridade com edição especial
Foto Goncalo Villaverde
esta qualidade todos os anos. Refiro-me à elegância e à suavidade do vinho, com uma excelente estrutura e um paladar pouco comum na região do Douro e, muito menos, na casta Tinto Cão. É a prova de que de uma região caracterizada pela produção de vinhos bem maduros, encorpados, com taninos suaves, mas presentes, e cores fechadas, e de Portos vintage, também se podem produzir vinhos muito elegantes, igualmente complexos e finos, de cor aberta, com uma excelente capacidade de desenvolvimento em garrafa”, salienta ainda. Casta autóctone da mais antiga região demarcada do mundo, esta Tinto Cão exprime a excelência do terroir do Douro no copo. “Desde há muito tempo, que temos feito ensaios de vinificação destas uvas, com alguns resultados muito interessantes, o que nos fez chegar a este vinho”, revela Paulo Ruão. A fermentação é iniciada em lagar, com engaço, e o estágio é feito em barrica nova de carvalho francês, durante 18 meses. “Depois, só as barricas mais elegantes é que foram seleccionadas para a criação do lote”, explica. O Lavradores de Feitoria 18.º Aniversário é um tinto de cor vermelho grená, com nuances avermelhadas. No nariz, é muito elegante, com predominância de aromas de frutos vermelhos envolvidos por especiarias, além de tabaco e café, fruto do seu estágio em barrica. Na boca, é intenso e muito saboroso, apresenta notas aromáticas de frutos vermelhos bem maduros. A edição é limitada a 700 garrafas.
A
duriense Lavradores de Feitoria – projeto do Douro, que, actualmente, reúne 17 produtores, entre eles, a própria empresa, proprietários de 20 quintas distribuídas pelos melhores terroirs do Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior – chegou à maioridade! Sendo este um marco importante, é-o ainda mais para esta empresa, que assim lançou o Lavradores de Feitoria 18.º Aniversário, a edição comemorativa criada especialmente para esta ocasião. Depois da primeira edição especial lançada por altura dos 10 Anos da Lavradores de Feitoria – um monocasta Tinto Cão de 2006 – chega a vez deste ‘Lavradores de Feitoria 18.º Aniversário’, o segundo desta colecção limitada, feito a partir da mesma variedade de uva. Esta foi vindimada em 2016 numa vinha com idade superior a 45 anos, precisamente, na mesma propriedade: a Quinta das Pias, no Cima Corgo. Sobre este Lavradores de Feitoria 18.º Aniversário, o diretor de Enologia, Paulo Ruão, refere: “para mim, este é um vinho diferente, sui generis, especial, porque é fruto da natureza. Só em determinadas condições climatéricas é que estas uvas de Tinto Cão atingem esta maturação, capaz de produzir um vinho como este. Não é possível obter
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Visconde de Borba Tinto 2017 já chegou ao mercado O produtor borbense Marcolino Sebo Wines and Oils tem já disponível para o público o seu Visconde de Borba Tinto 2017, um típico vinho alentejano, obtido a partir das castas tradicionais de Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet. Este produto da adega com sede na vila dos Arcos, com um teor alcoolémico de 13,5 graus, tem cor granada, aroma fino e elegante, onde sobressaem os frutos vermelhos silvestres e algum f loral. Na boca, é redondo, macio, encorpado, com alguma acidez a equilibrar o conjunto e boa persistência final. O Visconde de Borba Tinto 2017, de que foram engarrafas 300 mil unidades, aconselha-se para companhia de grelhados e carnes vermelhas, à temperatura ideal de 16-18 graus centígrados. Todo o processo de produção teve a supervisão do enólogo Jorge Santos, adianta o produtor alentejano.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR JANEIRO DE 2019
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Setor automóvel sector automóvil
Fiat 500 collezione Elegante e moderno
Esta não é a primeira incursão do 500 no mundo da moda. O seu design tem inspirado artistas e designers, que lhe têm dado interpretações desportivas, exclusivas e elegantes, criando séries especiais memoráveis e provando que um modelo tão apreciado consegue juntar mundos criativos extremamente diferentes.
C
Texto Nuno Almeida Ramos nrc.gmv@gmail.com Fotos DR
om mais de seis milhões gésimo aniversário do ícone da Fiat. Este novo Fiat 500 Collezione de unidades vendidas desde 1957, mais de dois apresenta exclusivas combinações milhões nos últimos dez de cores e materiais, cuidado arteanos, hoje, o Fiat 500 é sanal e espírito fresco e sofisticado. um ícone global, com mais de 80% Disponível em duas versões, desdas vendas efetuadas fora de Itália. Para o lançamento comercial desta nova versão, a Fiat fez equipa com a L’Uomo Vogue, importante intérprete na cena da moda internacional, há mais de meio século. Mas não foi a primeira vez que a marca transalpina lançou uma série especial de um modelo ligado à moda. As muitas séries especiais incluem o 500 by Diesel, o primeiro de uma longa série, lançado exatamente há dez anos, o 500C by Gucci em 2011, o 500 Riva em 2016 e o recente 500-“60esimo e Anniversario”, celebrando o sexa60 ACT UALIDAD€
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capotável e berlina com teto de vidro de série, o novo 500 Collezione é dono de um estilo exclusivo, graças a novas e surpreendentes cores de carroçaria, como a decoração bicolor Brunello, passando pelo
sector automóvil Setor automóvel
atraente tecido listrado do interior e pelas jantes com acabamento “cobre”. O novo modelo está também disponível com pintura monocromática, nas cores bordeaux, opera, cinzento Carrara, cinzento Cortina e preto Vesúvio. A nova tonalidade cinzento Cortina faz a sua estreia nesta edição especial. O interior distingue-se pela mesma sóbria mas irresistível elegância, com originais opções de design. O tabliê condiz com a cor da carroçaria, branco na combinação bicolor e verde na combinação Acquamarina. Também os bancos são em duas cores, com base cinzenta às riscas e topo cor de marfim, com o logótipo 500 bordado à altura dos ombros. No interior, o logo Collezione surge, igualmente bordado, também nos tapetes. O 500 Collezione oferece o melhor em termos de conectividade capô e uma linha de cintura em cor e tecnologia. Como opcional, os de cobre, a condizer com o acabaclientes têm à disposição o rádio mento das jantes de 16” em liga Uconnect 7” HD LIVE, compatível leve, de série. Por fim, a elegância com Apple CarPlayTM e Android do 500 é rematada com o emblema AutoTM, sem esquecer o navegador cromado “Collezione”, em itálico, integrado com mapas TomTom, que acrescenta um toque de estilo ecrã TFT de 7”, o mais amplo na na porta da bagageira e reafirma a classe, e, para os amantes de música, continuidade deste modelo face à o sistema Hi-Fi BeatsAudio. versão primaveril. Por fim, a gama de motores: a esNo exterior, a sua linha é enriquecida com um friso cromado no colha é entre propulsores a gasoli-
na, de dupla alimentação gasolina mais GPL ou diesel, com potência entre 69 e 105 cavalos, também com transmissão robotizada Dualogic e patilhas no volante. O target são clientes mais modernos e jovens, que apreciem a cultura e o ambiente oferecidos pela cidade, e que gostem de se divertir. Este novo modelo já está disponível em Portugal, com um preço inicial de 17.120 euros. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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AC T UA L I DA D € 61
barómetro financeiro
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Turismo em Portugal valeu 26,7 mil milhões de euros em 2017
Foto Sandra Marina Guerreiro
procura turística em Portugal A (consumo por parte de estrangeiros e residentes) subiu para os 26,7 mil milhões de euros em 2017, mais 14,5% face ao registado em 2016, passando assim a pesar 13,7% do PIB (1,2 pontos percentuais acima). Ao nível do valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelo setor, este subiu 13,6% para os 12,6 mil milhões (equivalente a 7,5% do VAB nacional), adianta o INE. Ainda sem dados do emprego relativamente a 2017 neste setor, o INE adianta que, em 2016, o emprego nas
Portugal com terceira menor taxa de inflação A taxa de inflação anual recuou, em novembro, na Zona Euro, para 1,9%, e na União Europeia, para 2%. Portugal registou a terceira taxa mais baixa, de 0,9%, e a única a registar uma subida mensal, de acordo com o Eurostat. Assim, os 0,9% de inflação em Portugal em novembro comparam com 0,8% registados em outubro e 1,8% em novembro de 2017. Na Zona Euro, a taxa de inflação anual de 1,9% reduziu-se, face aos 2,2% de outubro, mas subiu em termos homólogos (estava em 1,5% em novembro de 2017). A maior contribuição para a taxa de inflação nesta área veio da energia (quase mais um ponto percentual), seguida pelos serviços, alimentos, álcool e tabaco e bens industriais não energéticos (+ 0,11 pontos percentuais).
atividades mais ligadas diretamente ao turismo abrangia os 416.817 postos de trabalho (aqui calculados enquanto equivalente a tempo completo), uma subida de 4,8% face a 2015. Por seu lado, o Banco de Portugal realçou, no seu "Boletim Económico" de dezembro, realça que o turismo vai continuar a crescer acima da economia portuguesa, devendo estas exportações ultrapassar a fasquia dos 20 mil milhões de euros em 2021, ou seja, mais cinco mil milhões de euros do que em 2017, chegando a 9,3% do PIB.
Crescimento económico abranda até 2021 com desaceleração das exportações A economia portuguesa continuará a crescer até 2021, mas a um ritmo mais lento, refletindo a desaceleração das exportações, revelam as previsões do Banco de Portugal (BdP). O regulador reviu em baixa as projeções para o crescimento do PIB em 2018 e 2019, face às estimativas de junho e outubro, e projetando um crescimento de 1,6% em 2021. “A economia portuguesa deverá prosseguir uma trajetória de crescimento da atividade, embora em desaceleração, no horizonte 2018/2021, em linha com as projeções para o mesmo período publicadas para o conjunto da área do euro pelo Banco Central Europeu”, justifica o BdP, no seu "Boletim Económico" de dezembro. O BdP antecipa um crescimento de 2,1% em 2018, de 1,8% em 2019, 1,7% em 2020 e 1,6% em 2021 e salienta a revisão em baixa do crescimento das exportações. “O enquadramento externo da economia portuguesa deverá permanecer relativamente favorável", refere a mesma entidade. Neste sentido, as exportações deverão crescer 3,6% em 2018, 3,7% em 2019, 4% em 2020 e 3,6% em 2021.O regulador sublinha que as exportações de bens e serviços foram a componente que mais contribuiu para a recuperação da economia portuguesa depois da crise e que a tendência se deverá manter até 2021.
Número de desempregados aumenta 0,2% em novembro O número de desempregados aumentou 0,2%, em novembro, em comparação com o mês anterior, para um total de quase 335 mil pessoas, revelou o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Em relação ao mesmo mês de 2017, registou-se uma quebra de 17,2%, menos 69 728. Os desempregados inscritos nos centros de emprego representam 66,3% de um total de 505 096 pedidos de emprego. “Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2017, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para os homens, os
adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há um ano ou mais, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o primeiro ciclo básico”, explica o IEFP. Em novembro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 53.806 desempregados, um aumento de 2,1% em relação a outubro, mas uma diminuição de 5,4% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados do IEFP revelam ainda que houve uma quebra nas ofertas de emprego em novembro, que totalizaram 9.409 em todo território nacional. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
62 ACT UALIDAD€
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Flujos de inversión Fluxos de investimento
Flujos de inversión entre
Portugal y España - 2014 a junio de 2018
En los siguientes cuadros se recogen los flujos de las inversiones entre los dos paises en los últimos años segun información publicada por Datainvex de Subdirección Generale de Comercio Internacional de Servicios e Inversiones.
Flujos de Inversión España - Portugal 2014 a 2018 (enero-junio) 2014
2015
2016
2017
2018 /1º Sem.
Inversiones brutas portuguesas en España
134 039,41
450 092,86
415 065,41
45 434,77
109 261,81
Inversiones brutas españolas en Portugal
839 051,08
422 251,79
482 079,18
1 377 868,65
407 150,62
Valores en miles de euros. Fuente: S.G. de Inversiones Exteriores
PUB
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
Fluxos de investimento Flujos de inversión
CC.AA.
2017
2018 (1º Sem)
GALICIA
CC.AA.
Destino de las inversiones brutas portuguesas en España en 2017-2018 (enero-junio) por CC.AA.
2017
2018 (1º Sem)
114 011,90
11 111,53
CATALUÑA
664 989,77
144 704,46
COMUNIDAD VALENCIANA
9 775,09
83 652,25
COMUNIDAD DE MADRID
457 016,82
168 131,51
COMUNIDAD DE MADRID
9 052,09
10 788,19
PAIS VASCO
245 507,63
ANDALUCIA
6 808,32
1 255,91
CANTABRIA
5 000,00
EXTREMADURA
2 517,83
565,17
GALICIA
4 805,43
4 799,61
CATALUÑA
1 873,36
1 768,77
PRINCIPADO DE ASTURIAS
486,00
5 034,60
ISLAS CANARIAS
672,00
1,00
COMUNIDAD VALENCIANA
63,00
83 480,00
ARAGON
467,80
CASTILLA Y LEON
151,53
6,01
ARAGON
SIN ASIGNAR
69,25
4,20
CASTILLA Y LEON
0,00
0,44
CASTILLA-LA MANCHA
ANDALUCIA
24,00
3,00
CASTILLA-LA MANCHA
ISLAS BALEARES
6,10
5,08
CEUTA Y MELILLA
PAIS VASCO
5,50
83,20
CANTABRIA
Origen de las inversiones brutas españolas en Portugal en 2017-2018 (enero-junio) por CC.AA.
EXTREMADURA ISLAS BALEARES
CEUTA Y MELILLA
ISLAS CANARIAS
LA RIOJA
LA RIOJA
NAVARRA
NAVARRA
PRINCIPADO DE ASTURIAS
3,00
REGION DE MURCIA Total
REGION DE MURCIA
14,50 145 434,77
SIN ASIGNAR
109 261,81
Total
Valores en miles de euros. Fuente: S.G. de Inversiones Exteriores
Sectores
2017
2018 (1º Sem)
23 FABRICACIÓN DE OTROS PRO....
100 000,00
20 INDUSTRIA QUÍMICA
13 800,00
1 000,00
1 377 868,65
407 150,62
Valores en miles de euros. Fuente: S.G. de Inversiones Exteriores
Sectores
Destino de las inversiones brutas portuguesas en España en 2017/2018(enero-junio) por sectores
0,00
2017
2018 (1º Sem)
64 SERVICIOS FINANCIEROS,EXCEP...
645 128,29 143 101,97
45 VENTA Y REPARACIÓN DE VEHÍC...
252 991,40
23 FABRICACIÓN DE OTROS PRO...
245 502,63
13 INDUSTRIA TEXTIL
7 454,18
01 AGRICULTURA, GANADERÍA, CAZA...
6 750,34
210,00
65 SEGUROS,REASEGURO.FONDOS... 135 000,00
46 COMER.MAYOR E INTERME.....
3 410,73
133,29
82 ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS...
44 890,63
47 COMERCIO AL POR MENOR, ...
3 276,86 85 005,33
46 COMER.MAYOR E INTERME....
14 535,36 2 700,49
68 ACTIVIDADES INMOBILIARIAS
2 693,16 5 887,93
56 SERVICIOS DE COMIDAS Y BEBIDAS
9 707,81
45 VENTA Y REPARACIÓN DE VEHÍC....
1 672,98
67,00
10 INDUSTRIA DE LA ALIMENTACIÓN
7 582,31
16 INDUSTRIA MADERA Y CORCHO, ...
1 635,68
0,00
27 FABRICACIÓN DE MATERIAL Y....
5 000,00
42 INGENIERÍA CIVIL
1 321,38
62 PROGRAMACIÓN,CONSULTORÍA...
1 100,44
16,50
56 SERVICIOS DE COMIDAS Y BEBIDAS
781,50
283,31
35 SUMINISTRO DE ENERGÍA....
319,78 2 418,57
10 INDUSTRIA DE LA ALIMENTACIÓN
213,00
70 ACTV. SEDES CENTRALES; ACTIV. ...
212,60 2 001,91
79 ACTIVI. AGENCIAS VIAJE, OPERADOR TURÍST. RESERVAS
175,00
33 REPARACIÓN E INSTALACIÓN DE....
157,45
41 CONSTRUCCIÓN DE EDIFICIOS
116,63 1 110,27
49 TRANSPORTE TERRESTRE Y POR TUBERÍA
89,80
82 ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS...
55,61
Subtotal
0,00
0,00
14,50
145 237,12 97 148,61
Inversiones brutas españolas en Portugal en 2017/2018 (enero-junio) por sectores
650,00
35 SUMINISTRO DE ENERGÍA....
4 226,00 5 034,60
52 ALMACENAMIENTO Y ACTIVIDADES...
4 056,05 1 739,60
20 INDUSTRIA QUÍMICA
2 687,82 4 050,00
24 METALURGIA; FABRICACION...
2 000,00
68 ACTIVIDADES INMOBILIARIAS
1 806,95 88 622,78
41 CONSTRUCCIÓN DE EDIFICIOS
1 000,39
01 AGRICULTURA, GANADERÍA,...
982,55
09 ACTIVIDADES DE APOYO A LAS IND...
650,00
80 ACTIVIDADES DE SEGURIDAD...
65,00
73 PUBLICIDAD Y ESTUDIOS DE MERCADO
42,46
47 COMERCIO AL POR MENOR, .. Subtotal
JANEIRO DE 2019
8,00 83 480,00 1377863,65 329 379,44
AC T UA L I DA D € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas de limpieza
DP180406
Empresas españolas fabricantes de geotextiles y poliéster agujeteado
DP180501
Empresas españolas de Inspección, monitorización y mantenimiento de estructuras metálicas
DP180502
Agencias de viajes españolas
DP180503
Empresas españolas distribuidoras de suplementos alimenticios
DP180504
Empresas españolas distribuidoras de material informático
DP180601
Empresas españolas de distribuición de roupa Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos
DP180602
Empresa portuguesa de equipamentos para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español
OP170802
Empresa portuguesa del sector de metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español
OP170803
Empresa portuguesa de construcción de quioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción
OP170602 OP170801
OP171001 OP171002
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de malas em pele
DE180201
Empresas portuguesas fabricantes de rolamentos, engrenagens e dispositivos de transmissão mecânica Empresas portuguesas de agropecuária Empresas portuguesas fabricantes de malas em cortiça
DE180202 DE180401 DE180402
Mecânicos portugueses
DE180403
Empresas portuguesas de viveiros de plantas ornamentais Empresas portuguesas do setor da tecnologia Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal
DE180404 DE180405 OE170302
Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal
OE170801
OE170304 OE170305 OE170601 OE170602
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
66 ACT UALIDAD€
JANEIRO DE 2019
de negocio oportunidades Plano de oportunidades Mobilidade do Programa Integral de negócio de Qualificação e Emprego (PICE)
Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614
JANEIRO DE 2019
AC T UA L I DA D € 67
calendário fiscal calendario fiscal >
Janeiro Prazo Até 10
Imposto IVA
Declaração a enviar/Obrigação Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em novembro/2018
S T Q Q S S D S T Q Q S S D F 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Entidades Sujeitas ao cumprimento Contribuintes do regime normal da obrigação mensal
Observações
*À data da preparação desta informação ainda não estava disponível o novo modelo.
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro/2018
Entidades empregadoras
21
IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC e do Imposto do Selo liquidado em dezembro/2018
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do Selo
21
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de dezembro/2018
Entidades empregadoras
21
IVA
Envio da declaração recapitulativa mensal relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em dezembro/2018
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
21
IVA
Declaração recapitulativa trimestral relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 4º trimestre/2018
Contribuintes do regime trimestral
21
IRS/IRC
Comunicação anual aos credores dos rendimentos que lhes foram pagos e das retenções na fonte efetuadas no ano de 2018
Entidades devedoras dos rendimentos
21
SELO
Envio da declaração mensal de Imposto do Selo relativa a dezembro/2018
Sujeitos passivos de Imposto do Selo
Nova declaração*
21
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em dezembro/2018
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal da AT; ou - Por inserção direta no Portal da AT
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 10 relativa aos rendimentos pagos e retenções na fonte efetuadas a residentes, não mencionados nas declarações mensais de remunerações, no ano de 2018
Entidades devedoras dos rendimentos
31
IRS/IRC
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em novembro de 2018
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de NIF especial para o não residente
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 25 referente ao ano de 2018
Entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais
Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 39 referente ao ano de 2018
Entidades devedoras dos rendimentos e retenções na fonte pagos a residentes, sujeitos às taxas liberatórias
Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro
31
IRS/IRC
Comunicação de inventários com referência a 31 de dezembro de 2018
Entidades obrigadas à respetiva elaboração nos termos da normalização contabilística aplicável
31
IRC
Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades
Sociedade dominante
Pode ainda ser enviada até 31 de março.
31
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2018 noutro Estado-membro da EU
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
68 ACT UALIDAD€
JANEIRO DE 2019
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros, quando tais operações sejam aí localizadas
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE180134
F
11/02/1968
FRANCÊS / INGLÊS
GESTÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ALOJAMENTOS TURÍSTICOS
BE180135
F
15/12/1992
INGLÊS/ ESPANHOL
ADVOCACIA
BE180136
F
INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE180137
F
INGLÊS / FRANCÊS / ESPANHOL / ÁRABEL
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE180138
F
01/04/1959
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
GESTÃO DE PRODUÇÃO DE ARTES GRÁFICAS
BE180139
F
28/07/1976
INGLÊS
GESTÃO COMERCIAL E MARKETING
BE180140
M
INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
CONSULTORIA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
BE180141
F
18/12/1993
ESPANHOL/ ALEMÃO/ ITALIANO/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE180142
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO
TÉCNICO DE INFORMAÇÕES TURISTICAS
BE180143
F
14/10/1962
INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL
SECRETARIADO E ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
BE180144
M
29/01/1952
BE180145
F
BE180146
F
BE180147
M
BE180148
M
BE180149
F
31/08/1989 09/08/1984
PORTUGUÊS/ ITALIANO/ INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
SAP ENGINEER
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
ADMINISTRATIVA, SEGUROS, BANCA
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ GALEGO/ INGLÊS
CIÊNCIAS POLÍTICAS (INVESTIGAÇÃO)
INGLÊS
HOTELARIA
ESPANHOL/ INGLÊS
CONTABILIDADE E MARKETING
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ ITALIANO
COUNTRY ACCOUNT MANAGER
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
novembro de 2014
PUB
ac t ua l i da d € 69
espaço de lazer
espacio de ocio
Peixola: sabores do mar ao balcão
Da cozinha do Peixola saem as iguarias cozinhadas pela equipa liderada pelo chefe Vitor Hugo, que transformam o generoso balcão do espaço numa enseada de sabores marítimos. Empenhado em elevar os produtos da costa portuguesa, o chefe procura surpreender o paladar com distintas espécies piscícolas.
O
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
nome do restaurante e as esculturas de Xico Gaivota, feitas com lixo apanhado na costa portuguesa, expostas no espaço são pistas credíveis: na carta do Peixola, os protagonistas são os peixes. Para passar no “casting” e chegar à cozinha comandada pelo chefe Vitor Hugo, o critério principal é a qualidade do produto. Disso encarrega-se o mar português, dono do “melhor peixe do mundo”, uma expressão que Portugal reclama e que dá título a um livro do gastrónomo José Bento dos Santos. O chefe confirma essa adjetivação: “Se não o melhor peixe, seguramente um dos melhores. Temos muitos e bons chefes a fazer um excelente trabalho nesse sentido, embora também considero que o nosso foco seguinte deverá ser cada vez
70 ACT UALIDAD€
JANEIRO DE 2019
mais na sustentabilidade dos nossos oceanos e da nossa fauna marítima”. A pensar nisso, o chefe alerta para a diversidade que deve nortear o consumo: “Os peixes pequenos e menos nobres são muito subvalorizados entre na maioria dos restaurantes e acho que têm muito para oferecer em termos de possibilidades criativas.” A carta do Peixola evidencia-o, ao começar por sugerir um “Isco”, que poderá ser uma ostra ou um gravlax de salmão com zimbro e molho de endro. As entradas ou pratos mais pequenos estão agrupadas na secção “Peixe miúdo”, onde figuram, entre outras “a sopa de clorofila com garoupa marinada e o gaspacho de melancia com vieiras”, destaca o chefe. Os pratos principais como o bacalhau com puré de wasabi ou o bitoque de atum com
grelos salteados estão listados na secção “Peixe graúdo”. A refeição deverá terminar com uma das sugestões da secção “Peixe de água doce”, onde encontrará o “incontornável petit gateaux de caramelo”. O chefe prefere a mousse de chocolate com crumble de gengibre, mas reconhece que o petit gateaux é a estrela e comenta que a equipa se delicia a olhar para as expressões dos clientes quando degustam esta sobremesa. Para beber, há espumantes, vinhos e vários cocktails. O foco deste restaurante é o “mar e a sua frescura inerente”, sublinha Vitor Hugo, acrescentando que a outra faceta que marca o espaço é o facto de se “privilegiar a troca de experiências ao balcão”, onde estão a maioria dos lugares sentados. Localizado no Cais do Sodré, em
espacio de ocio
espaço de lazer
Lisboa, o Peixola combina a sofisticação dos pratos com a animação e informalidade da zona. O chefe considera que quaisquer “adjetivos seriam sempre redutores”, prefiro definir o espaço “como um ponto de encontro de amigos, não só de clientes, mas também entre clientes e staff”. Há “clientes que sabem os nomes dos empregados”, da mesma forma que a equipa já conhece as preferências de alguns dos clientes, conta. “Creio que este tipo de familiaridade entre
so, responde que foram “todas, sem sustenta que os responsáveis do exceção”, lembrando que já cozinha grupo perceberam “a necessidade de há mais de 20 anos: “Ainda me con- um restaurante deste tipo em Lisboa sigo recordar de todas as pessoas com e numa localização privilegiada”. O quem já trabalhei. A cozinha é uma restaurante nasceu mais vocacionaaprendizagem contínua, até com os do para funcionar a partir do fim meus cozinheiros continuo a aprender da tarde, mas agora também serve almoços, apenas nos fins de semana, todos os dias”. A maneira como Vitor Hugo cozi- com menus especiais, fora da carta: nha as diferentes espécies dos peixes “Cherne corado com molho de frique elege poderá também inspirar-se cassé, esmagada de batata com avelã em memórias, admite: “Acho que tem e coentros”, “Açorda de bacalhau a ver com memórias de criança, de com gema de ovo”, “Filetes de peixe-
clientes e staff é fundamental para o sucesso e ‘boa saúde’ de um restaurante”, conclui. Esta não é a primeira experiência de Vitor Hugo ao leme de uma cozinha. Imediatamente antes trabalhou no 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic, depois de ter integrado a equipa que reconquistou a estrela Michelin para o Eleven (chefiado por Joachim Koerper) e de ter chefiado o Armazém F, a casa México, o CCB, o Justa Nobre das Torres de Lisboa e o Rio’s em Oeiras. Questionado sobre as pessoas que mais o influenciaram neste percur-
manhãs passadas na Praça da Ribeira, -galo fresco com arroz malandro” ou e de noites dormidas em férias de “Raia corada com molho de caldeiraverão no areal do Bugio com os pes- da e puré de aipo com especiarias” são cadores de Santo Amaro de Oeiras. algumas das novas propostas. Eram férias dentro das férias”. Peixola Atualmente, o chefe procura “revisiRua do Alecrim, 35, Lisboa tar com um novo olhar receitas tradiTel.: 213 460 011 cionais regionais”, acreditando que as consegue “mostrar a uma luz diferente e sempre com um grande respeito Correção pelas mesmas”. Na edição nº 258, a assinatura das fotos O Peixola pertence ao grupo Champ do artigo das págs. 70/71 foi erradamente (donos igualmente da Espumantaria atribuída a Nuno Mendes, quando a autoria era de Sandra Marina Guerrewiro. do Cais, da Espumantaria Petisco e Pelo lapso, as nossas desculpas aos leitodo Clube Ferroviário). Vítor Hugo res e aos visados. JANEIRO DE 2019
AC T UA L I DA D € 71
espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural Fotografia
“Silêncio e Memória – 23 Prémios Nobel de Literatura”
Com fotografias de Kim Manresa e textos de Xavi Ayén Torreão Poente, a Fundação José Saramago exibe uma exposição sobre 23 vencedores do Prémio Nobel da Literatura. A mostra integra as celebrações dos 20 anos da atribuição do Nobel a José Saramago. “O Torreão Poente irá acolher mais de 160 fotografias e excertos das entrevistas realizadas a 23 dos Prémios Nobel, numa atmosfera que reproduz a cumplicidade e a intimidade que foi sendo gerada entre os artistas e os escritores, num trabalho iniciado em 2005”.
O curador Miguel Ángel Invarato explica que “Kim Manresa nos narra em imagens — com o seu estilo documental, comprometido e humano — aquilo que se pode mostrar e apenas o que se consegue dizer; o silêncio pode conseguir ser extremamente conciso”, sendo “nesse silêncio que, ao contemplarmos a memória numa imagem, nos encontramos a nós mesmos.” Além de José Saramago, estão representados nesta exposição Gabriel García Márquez, Wole Soyinka, Naguib Mahfuz, Nadine Gordimer, Derek Walcott, Toni Morrison, Kenzaburo Oé, Wislawa Szymborska, Dario Fo, Günter Grass, Gao Xingjian, V. S. Naipaul, Imre Kertész, John M. Coetzee, Orhan Pamuk, Doris Lessing, Jean-Marie G. Le Clézio, Herta Müller, Mario Vargas Llosa,Tomas Tranströmer, Patrick Modiano e Svetlana Aleksiévich.
72 act ualidad€
janeiro de 2019
Exposições
“Paris, apesar de tudo”: artistas que viajaram para a capital francesa depois da guerra Milhares de artistas estrangeiros emigraram para Paris depois do final da II Grande Guerra Mundial. “Paris, apesar de tudo” é o título que explica esse movimento que devolve a Paris o protagonismo na geografia da arte. Há nomes portugueses, como o de Maria Helena Vieira da Silva, nesta exposição, patente no museu Rainha Sofia, em Madrid, que exibe obras produzidas entre 1944 e 1968, o ano da revolução estudantil que teve lugar na capital francesa. São mais de duas centenas de obras e cerca de uma centena de autores represent ados. Entre eles, os espanhóis Pablo Picasso e Eduardo Arroyo. A exposição explora “a contribuição dos artist as estrangeiros que depois da Segunda Guerra Mundial trabalharam em Paris, cidade que conservava ainda uma certa aura vinculada à sua mítica encarnação moderna como Cidade da Luz no século XIX”. Depois da guerra, “a capital francesa tentava, enquanto se reconstruía política, social e economicamente, modernizar a velha imagem da Escola de Paris, que sempre contou com a contribuição de artistas estrangeiros para o desenvolvimento de um discurso moderno”. Sob este prisma, “Paris considerava-se um lugar de liberdade, onde as personalidades e as identidades individuais eram permitidas, liberdade fomentava e meticulosamente mediada, de acordo com uma espécie de comedimento cartesiano”. Em pleno clima de “guerra fria”, nasceram “distintas tendências criativas, em diversos âmbitos artísticos, como a pintura, a escultura, o jazz, a literatura ou o cinema”. Desta forma, “os artistas estrangeiros enfrentaram a crescente escalada de tensão e contribuíram com suas próprias ideias e esperança para o ambiente parisiense, na tentativa de se relacionar com a tradição e a modernidade internacional, sem perder completamente a sua identidade cultural específica”. Através desta mostra, pode-se perceber “esta pluralidade de apostas, enfoques e meios”, sendo “possível redescobrir e pôr em diálogo muitas obras que foram esquecidas por boa parte da história da arte”. A organização cronológica da exposição, permite “apreciar as mudanças nos discursos e as respostas dos artistas às modas parisienses ou as pressões políticas, assim como as variações na composição deste ambiente cultural em função dos acontecimentos históricos”. Exemplo disso é a vaga de artistas norte-americanos que chegou a Paris na década de quarenta e cinquenta por
espacio de ocio
dois motivos: “Um era a carta de direitos dos veteranos, a lei que financiou os estudos dos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial em reconhecidas escolas de arte como as oficinas de Fernand Léger e André Lhote ou a Académie Julian e a Grande Chaumière; o outro era a pressão para deixar para atrás um país reacionário e com frequência racista, controlado pelas políticas repressivas do influente senador Joseph McCarthy.” Por outro lado, um grupo de artistas latino-americanos foram para Paris, “animados pelos estágios e ajudas do governo francês”, para “melhorar as suas perspetivas profissionais, num lugar que continuava a ser de referência e estímulo para a arte moderna, com um clima favorável à experimentação e ao debate não só artístico, mas também político”.
Até 22 de abril, no Museu Rainha Sofia, em Madrid
Retrospetiva de Alberto Guggenheim de Bilbau
Giacometti,
no
“Ver, compreender o mundo, senti-lo intensamente e ampliar ao máximo a nossa capacidade de exploração”, defendia Alberto Giacometti. A máxima do pintor e escultor de origem suíça (19 01-19 6 6) entende-se melhor através da sua produção artística. Ess a é precis amente a propost a do museu Guggenheim
espaço de lazer
de Bilbau, que exibe atualmente uma retrospetiva de Giacometti São mais de 200 obras, q ue r e f l e t e m os diferentes estilos que testemunhou e protagonizou: “O impulso criativo de Giacometti estende-se desde as suas obras de juventude dos anos 1920, passando pelo período postcubista e surrealista, até ao retorno à figuração em 1935, que marcará a sua produção artística até ao final da sua vida.” Entre as esculturas, pinturas e desenhos expostos, destaque para as oito esculturas em gesso do conjunto “Mulheres de Veneza”, criado para a Bienal de Veneza de 1956.
Até 24 de fevereiro, no Guggenheim de Bilbau Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
“Joan Miró e a morte da pintura”, em Serralves Aos 80 anos, Joan Miró preparava uma importante retrospetiva no Grand Palais, em Paris. A exposição “Joan Miró e a morte da pintura” centra-se nessa fase da vida do pintor catalão, mostrando uma série de telas perfuradas de 29 de março de 1973, de relevos tecidos (“Sobreteixims” e “Sobreteixims-Sacks”) executados em 1972 e 1973 em colaboração com Josep Royo e em cinco “Toiles brûlées” (Telas queimadas) executadas entre 4 e 31 de dezembro de 1973. Desta forma “Miró deu largas à sua raiva estética”, lê-se na sinopse da exposição, onde se explica ainda que “no momento em que a crítica anunciava a ‘morte da pintura’ como um facto consumado perante práticas que desafiavam as narrativas do alto modernismo — arte processual, performance, land art e instalação —, Miró colocou a pintura à prova, numa tentativa de renovar os seus recursos e procedimentos”. A mostra reúne “um conjunto de telas e objetos, tanto pertencentes à Coleção do Estado Português em depósito na Fundação de Serralves como provenientes de diversas coleções públicas e privadas de Espanha e de França”, e “propõe-se analisar as radicais práticas artísticas de Miró em 1973”. Através de uma secção documental, o visitante pode “observar os métodos de trabalho de Miró na execução dos
“Sobreteixims”, incluindo um filme do conhecido fotógrafo catalão Francesc Català Roca que regista o processo de criação e destruição das “Toiles brûlées”. A exposição é comissariada por Robert Lubar Messeri, destacado especialista mundial na obra de Miró, que, no catálogo que acompanha a exposição, “examina o conceito de assassinato estético e o envolvimento do artista catalão com as práticas daquilo a que, em 1927 e 1928, chamava “anti-pintura”, para evidenciar o modo como a tensão entre pintura e anti-pintura que perpassou a sua obra subsequente atingiu um crescendo em 1973.” A publicação inclui ainda, pela primeira vez em versão inglesa e portuguesa, uma entrevista entre Joan Punyet Miró, neto do artista, e Josep Royo, com quem Miró iniciou em 1969 uma longa e altamente produtiva relação de trabalho.
Até 3 de março, no Museu de Serralves, no Porto janeiro de 2019
ac t ua l i da d € 73
espaço de lazer
espacio de ocio
últimas
últimas
Statements Para pensar
”Por cada dólar investido em medidas de prevenção [das alterações climáticas], poupa-se, em média, cinco dólares em esforços de recuperação (...) [e cabe às] empresas, ONG e cidadãos [darem] o seu contributo, sendo que este passa por uma profunda transformação na forma como vivemos, nos movemos e como gastamos o nosso dinheiro” Artur Lucas, diretor de Marketing e Comunicação da Zurich Portugal, abordando as conclusões do relatório intitulado ”Gerir os Impactos das Alterações Climáticas: Respostas à Gestão de Risco”, que apresenta soluções de gestão de risco, e que foi recentemente lançado pelo Fórum Económico Mundial, em colaboração com o grupo Zurich e a Marsh & McLennan Companies, “Jornal Económico”, 18/12/18
“Face a estes cenários [de risco de condições climáticas extremas], e traduzindo com exemplos práticos, é muito provável que fenómenos como ondas de calor, tempestades, furacões, inundações e deslizamentos de terras venham a afetar fortemente as infraestruturas de apoio à economia europeia, como é o caso das autoestradas, pontes, aeroportos, barragens, edifícios, armazéns e, mesmo, o funcionamento das cidades” Idem, ibidem
“Embora o rácio de endividamento das famílias portuguesas, em percentagem do rendimento disponível, tenha vindo a diminuir desde 2010, ele permanece ainda acima da média da área do Euro, constituindo um elemento de vulnerabilidade da economia, em especial num quadro de expetativas de abrandamento da atividade económica global (...) A persistência de baixas taxas de poupança intensifica essa vulnerabilidade” Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, salientando que grande parte do sobreendividamento das famílias se dever ao peso do crédito à habitação e dando nota de que o endividamento das famílias em Portugal foi de 71% do PIB, no final do primeiro semestre de 2018, enquanto a taxa de poupança diminuiu de 3,9% no primeiro semestre de 2017 para 3,3% no primeiro semestre de 2018, “Jornal Económico”, 19/12/18
“No âmbito das negociações com a ANA – Aeroportos de Portugal para o aeroporto do Montijo, no pacote das acessibilidades não está a via pedonal e ciclável, mas está prevista uma ponte rodoviária que restaure a ligação entre o Barreiro e Seixal” 74 ACT UALIDAD€
JANEIRO DE 2019
António Costa, primeiro-ministro, durante uma visita ao Seixal, avançando que mantém a confiança de que “não haja nenhum problema ambiental que impeça a instalação do aeroporto no Montijo”, “Sapo24.pt”, 21/12/18