Actualidade Economia Ibérica - n ª 261

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Actualidad

Economia ibérica março 2019 ( mensal ) | N.º 261 | 2,5 € (cont.)

Portugal e Espanha enfrentam juntos desafios da economia pág. 54

Novo CEO do Santander Portugal aposta no crescimento do banco pág. 14 Cloud365 facilita telecomunicações das empresas em todo o mundo pág. 20

Indústria automóvel: o desafio da reinvenção pág. 38


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março de 2019


Índice

Foto de capa

índice

Sandra Marina Guerreiro

Nº 261 - março de 2019

Actualidad

Grande Tema

El reto de la industria del automóvil de reinventarse

38.

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Eduardo Serra Jorge, Jane Kirkby, Luis Valero Artola, Nuno Almeida Ramos e Pedro Lancastre Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém

Editorial 04.

Opinião 06. 36.

Transición energética – dialogo y pacto de Estado - Luis Valero Artola

44.

Continua a receber e-mails com publicidade sem o seu consentimento? - Jane Kirkby

46.

Procuração: o que é e para que serve - Eduardo Serra Jorge

Nº de Registo na ERC: 117787

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.

Portugal é o país do momento - Pedro Lancastre

Nº de Depósito Legal: 33152/89 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org

El sector del automóvil necesita una clara estrategia

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, Luís Castro e Almeida, Pedro Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Maria Celeste Hagatong

Atualidade 22.

Moldtrans reforça transportes ibéricos e serviços integrados

E mais... 08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 26.Marketing 32.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 48.Ciência e Tecnologia 50. Setor Imobiliário 52.Vinhos & Gourmet 54.Eventos 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola março de 2019

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editorial editorial

El sector del automóvil

necesita una clara estrategia

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a industria del automóvil y de componentes enfrenta en Europa una gran transformación. España y Portugal, países donde el sector representa un alto porcentaje del PIB, tienen por delante un gran reto y una gran oportunidad. El sector – uno de los más potentes de la Unión Europea (UE) – deberá reinventarse para ajustarse a las metas europeas en su lucha contra el cambio climático: reducir las emisiones de CO2 y descarbonizar el transporte. Las fábricas deberán adaptarse a las nuevas necesidades que traerá el auge del coche eléctrico en detrimento de diésel y de gasolina (ver el “Gran Tema” en esta edición). Según los datos de la patronal de fabricantes europeos (ACEA) los quince principales Estados miembros de la Unión Europea recaudan anualmente una media de 413 mil millones de euros en impuestos a los vehículos, lo que corresponde a casi tres veces el presupuesto total de la UE. Esto supone que la industria del automóvil es la

columna vertebral de la economía europea. Ha afrontado distintas situaciones complejas y crisis más o menos profundas, que siempre le han servido para reinventarse y seguir adelante con nuevos productos y procesos. Si hace unos años los niveles de producción se vieron muy afectados, ahora el sector atraviesa un gran momento. En España la producción de vehículos en 2018 fue de 2.819.565 unidades y en Portugal se produjeron 294.366, siendo el mejor año en la historia de la industria del automóvil nacional. En esta ocasión se trata de un momento clave a la vez que confuso. Su futuro pasa por un cambio radical en varios campos. Uno de ellos, los motores de los vehículos irán dejando atrás los combustibles fósiles en favor de la electrificación. Existe consenso en la UE y en los Gobiernos europeos de que los vehículos de combustión (diésel y gasolina) dejen de existir a medio/ largo plazo. La primera respuesta de las empresas a los cambios nor-

mativos ha sido de rechazo, porque afectan a los planes de producción, a los que se dedican grandes inversiones, como al empleo, que no sólo cambiará, sino que podría reducirse. En España, el sector en su conjunto emplea a cerca de dos millones de personas, aproximadamente el 9% de la población activa. Directamente en las plantas de producción de toda la cadena de valor, trabajan unas 300 mil personas y, de estas, algo más de 50 mil en las factorías de los fabricantes finales. Portugal emplea a 72 mil trabajadores directos, a los que hay que sumar 130 mil indirectos. Es responsable del 6% del PIB y del 20% de las exportaciones. Como bien indican los fabricantes, la importancia de este sector exige que exista una hoja de ruta, que los Gobiernos definan una clara estrategia para que dentro de unos años, sean cuales sean los coches que lideren las ventas, esta industria siga siendo uno de los motores de la economía. También en esta revista, se puede destacar la primera entrevista que concede, como CEO del Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida. El nuevo CEO destaca que en 2018, cuando finalizó la incorporación del Banco Popular al grupo Santander, los beneficios subieron 14,6%, hasta los 500 millones de euros, sobre todo gracias al crecimiento del margen financiero (+24,3%) y del producto bancario. Entre 2015 y 2018, Banco Santander Portugal compró e integró el Banif y el Popular (páginas 14/19).  E-mail: brodrigo@ccile.org

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opinião opinión

Por Pedro Lancastre*

Portugal é o país do momento

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e pensarmos por bre- global deve-se muito ao aumento ves momentos sobre massificado do turismo, prova Portugal e as nossas pes- disso é o facto de o país ter sido soas, damo-nos conta eleito como “Melhor Destino de um país que está do Mundo”, pelo segundo ano nas bocas do mundo; repleto consecutivo, pelos “World Travel de histórias de empreendedoris- Awards”. Isto fez com que o setor mo, de reverência, de ambição. imobiliário ganhasse esta dinâNão admira, por isso, que cada mica de crescimento que hoje vez mais empresas, investidores e observamos. pessoas olhem para o nosso país com outros olhos; que o Portugal de hoje seja cada vez mais um “A vitalidade da ecopaís para trabalhar, para investir e para viver. Se foram os portunomia e a crescente gueses a descobrir o mundo no projeção do país século XV, hoje é Portugal que está a ser descoberto por muitas nas áreas da tecnooutras nacionalidades. logia, do turismo e E a verdade é que o mercado imobiliário não fica alheio a este da educação favomomento. A vitalidade da ecorecem muito o setor nomia e a crescente projeção do país nas áreas da tecnologia, do de imobiliário, quer turismo e da educação favorecem para a ocupação de muito o setor de imobiliário, quer para a ocupação de escritórios, escritórios, quer para quer para a venda de casas, e até a venda de casas, o surgimento de novos conceitos, como o co-living e o co-working , e até o surgimento e residências de estudantes. A de novos conceitos, crescente internaciona lização do investimento imobiliário no como o co-living e o nosso país, com investidores de co-working“ novos países a investirem e a comprarem habitação, também é de sublinhar. Na rea lidade, o facto de O ano de 2018 foi marcado por Portugal estar posicionado entre grandes projetos, como a venda os melhores países para investir do portefólio Rio Tejo, por 950 e ter recentemente esta projeção milhões de euros, os novos escri-

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tórios de oito mil metros quadrados de uma empresa de telemarketing no Edifício Infante D. Henrique, ou, na área residencial, o Pop Saldanha, com 64 apartamentos. Continuamos a registar recordes, sendo expectável que alcancemos os 3.300 milhões de euros até ao final deste ano, contribuindo, desta forma, para um crescimento superior a 70% em relação a 2017 (1,905 metros/ euro). O setor do retalho (representa 40%) continua a absorver o maior volume de investimento, seguido do de escritórios (representa 25%). No que diz respeito ao setor residencia l, o número de casas vendidas em Portuga l cresceu 19% (21% em Lisboa) face ao período homólogo (pri meiro semestre de 2017 – primeiro semestre de 2018). Neste crescimento, é inevitável destacar as cidades de Lisboa e do Porto, que são aquelas nas quais os níveis de procura também têm vindo, no decorrer dos últimos a nos, a u ltrapa ssa r tod a s a s expetativas. Em Lisboa, as áreas do Chiado, Baixa, Avenida da Liberdade e Príncipe Rea l e no Porto a zona da Baixa são as mais procuradas e as que mais investimento têm recebido, no que diz respeito à renovação de lojas, setor da restauração e comércio de rua. Já quanto ao setor dos escri-


opinión

na venda de casas, e também de forte subida nos preços. Quanto ao investimento, acreditamos que continuará a registar uma evolução positiva, tendo em conta o tipo de operações que têm sido realizadas no mercado (ou seja, com tickets médios por operação cada vez mais elevados) e também o facto de haver mais investidores (quer em número, quer em origem) ativos nas aquisições. Este cenário de crescimento transversal deverá manter-se em 2019, com a atividade transacional e ocupacional a manter-se muito robusta, embora o surgimento de nova oferta, quer nos escritórios quer na habitação (especialmente) possa trazer alguma suavização ao comportamento dos preços. No investimento, poderemos ter um ano novamente forte, porque além dos players já ativos no mercado, há a possibilidade de se criar um novo veículo – os tão noticiados Perspetivas para 2019 R EITs – para o investimento, Este será, certamente, um novo que poderá captar um volume ano muito positivo, quer nos de capitais muito interessante mercados ocupacionais quer no para o setor. Bens fundamentais, investimento. Nos escritórios, a portanto, mas aos quais é preciso ocupação deve continuar a seguir adicionar um garante de estabilia curva de crescimento inicia- dade fiscal e legal. da em 2013, com uma variação Ao nível de tendências, desmédia anual em torno dos 15 a tacamos o desenvolvimento do 20%, ref letindo a procura muito setor de alternativos, como são forte quer por parte de empre- os casos de residências sénior e sas multinacionais que escolhem de estudantes, hospitais, clíniPortugal para se instalarem, quer cas, edifícios para arrendamento da expansão de empresas já esta- habitacional e logística. belecidas. O crescimento, rapidez e diverNo retalho, estamos perante um sificação da oferta do comércio segmento de grande maturidade, de rua, veio dar a conhecer um com a atividade imobiliária a novo estilo de vida aos portuguegerar-se sobretudo no comércio ses que têm saído cada vez mais de rua e o ritmo de aberturas em para explorar e partilhar as novas Lisboa e Porto a dever manter-se experiências que aparecem na nivelado com o ano passado. Na rua, passando pelo divertimenhabitação, estamos perante um to, entretenimento e festa que ano de novo crescimento, com vieram para aumentar as convium possível aumento de 20% vências em grupo. Para além das

tórios, a perspetiva que temos é de que o ano de 2018 feche à volta dos 200 mil metros quadrados, que será o valor mais alto registado desde 2009. Este crescimento tem sido suportado pela expansão de empresas estabelecidas, agora mais folgadas financeiramente depois dos anos da crise, e também pelo interesse por Portugal que várias multinacionais têm vindo a mostrar (exemplos: BNP Paribas, Teleperformance, Regus). A área média ocupada passou de 830 metros quadrados em 2017 para mais de 900 metros quadrados em 2018. Esta evolução mostra que a procura tem vindo a mudar, sendo cada vez mais dirigida a edifícios de qualidade e com grandes dimensões. O crescimento do co-work , tendência que tem cada vez mais expressão em Portugal, também acaba por ter impacto nesta evolução da procura.

opinião

zonas de retalho muito ativas – Chiado, Avenida da Liberdade, Príncipe Real, Cais do Sodré e Baixa–, Campo de Ourique e Alvalade são zonas em forte desenvolvimento no comércio de rua que apresentam muitas aberturas. As perspetivas que temos para este setor no próximo ano é que existam expansões e renovações que visem melhorar e aumentar a oferta, criando também mais espaços de lazer. As inúmeras experiências que a oferta moderna proporciona ao consumidor – por causa ou em consequência – estão a suscitar uma alteração e transformação dos conhecidos centros comerciais. O novo consumidor tem aderido ao conforto e personalização das compras online e o centro comercial está a querer focar-se em ser viços complementares a esta experiência digital. Para 2019, temos, até ao momento, registadas quatro expansões de centros comerciais – Oeiras Parque, Centro Colombo, Norte Shopping e Glicínias Plaza. As perspetivas que temos para este ano são muito boas, com um pipeline de 78 mil metros quadrados, que é apenas uma pequena parte dos 690 mil metros quadrados estimados para os próximos anos. Esta grande introdução de espaço no mercado virá responder aos fortes níveis de procura sentidos atualmente, para os quais não há oferta, como se pode verificar pela baixa taxa de disponibilidade geral de 8%. O que podemos concluir é que temos estado, claramente, a viver um bom momento em termos de imobiliário e achamos que o ano de 2019 tem tudo para acelerar ainda mais.  * Diretor-geral da JLL Portugal E-mail: pedro.lancastre@eu.jll.com

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Millennium bcp aumenta lucros e vai financiar 900 milhões a empresas com o FEI Foto Sandra Marina Guerreiro

to de 27,8%, para 186,9 milhões, “tendo beneficiado do desempenho favorável de todas as subsidiárias, salientando-se o aumento do contributo das subsidiárias na Polónia e em Moçambique e do Banco Millennium Atlântico em Angola”, frisou Miguel Maya (na foto), na apresentação dos resultados anuais. O banco irá, assim, distribuir, dividendos aos acionistas, o que já não O BCP aumentou em mais de 61% acontecia desde 2010. os seus lucros, em 2018, para os Entretanto, o Millennium bcp e o 301,1 milhões de euros. Foi o quarto Fundo Europeu de Investimento (FEI) ano, assim, consecutivo que o banco assinaram dois acordos ao abrigo fechou o exercício com resultados dos programas Cosme e InnovFin, líquidos positivos. da Comissão Europeia, numa reuOs lucros da atividade em Portugal nião realizada no passado dia 18 (na mais do que duplicaram, para 115,5 foto, Alessandro Tappi, chief investmilhões de euros, enquanto a ativida- ment officer do FEI, e João Nuno de internacional registou um aumen- Palma, vice-presidente da comissão

executiva do Millennium bcp). Estes acordos beneficiam ainda do apoio do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, que faz parte do Plano de Investimento para a Europa. O Millennium bcp garante, através do FEI, uma linha de financiamento de 500 milhões de euros, destinados a mais de 1.150 pequenas e médias empresas (PME) em Portugal. A primeira transação do programa Cosme em Portugal permitirá ao banco liderado por Miguel Maya lançar novos produtos financeiros para PME, com melhores condições (maturidades mais longas e requisitos colaterais reduzidos). Foi também assinada uma extensão do acordo InnovFin, providenciando 400 milhões de euros adicionais a mais de 750 PME e mid-caps inovadoras em Portugal.

BBVA e Navigator lançam primeira emissão de papel comercial green em Portugal

A primeira linha de papel comercial green em Portugal foi emitida pela The Navigator Company e pelo BBVA, no montante de 65 milhões de euros. O BBVA foi o banco e bookrunner da operação e o único financiador. Este papel comercial é um produto de financiamento que se vai destinar a cobrir necessidades corporativas gerais. As condições estão vinculadas à classificação ESG (environmental, social and governance), certificado pela agência Sustainalytics. “A The Navigator Company já conta com uma classificação ESG muito boa, e em caso de melhoria da mesma vê a suas condições financeiras melhoradas”, adianta a companhia de comercialização de papel. Esta é a única empresa portuguesa e a única do setor florestal a nível mundial que está presente, através do seu CEO, no Executive

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Committee do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que reúne algumas das maiores empresas do planeta. Já em janeiro de 2019 a Navigator foi distinguida pelo Carbon Disclosure Project (CDP), como líder global na atuação climática corporativa. A companhia foi reconhecida, ainda, pela sua atuação, em 2018, nomeadamente na redução de emissões, diminuição dos riscos climáticos e desenvolvimento de uma economia de baixo impacto de carbono e foi a única

empresa portuguesa a obter a classificação máxima. Em 2018, por sua vez, o BBVA foi uma das entidades mais ativas no mercado de obrigações green na Península Ibérica, no seu papel de joint bookrunner, atuando como banco estruturador em todas as emissões green inaugurais, tanto no setor público, como financeiro e corporativo, bem como enquanto emissor. Em 2018, o BBVA e o BBVA Bancomer realizaram as suas primeiras emissões green e o Garanti Bank emitiu a sua primeira “Obrigação de género”, outra emissão pioneira que promove a igualdade de género no trabalho. Também na vertente de empréstimos sustentáveis, o banco é uma das entidades mais ativas a nível global, tendo liderado nos últimos dois anos 25 operações na Europa e América para clientes de diversos setores.


Breves Novo Banco vende participação detida no capital social do Banque Espírito Santo et de la Vénétie No seguimento do comunicado de pontos base no rácio de capital 15 de junho de 2018, o Novo Banco common equity tier 1 do Novo concretizou a venda da par ticipa- Banco, não tendo efeitos na conta ção de 87,5% por si detida do capi- de exploração, refere o banco lidetal social do Banque Espírito Santo rado por António Ramalho. et de la Vénétie e ativos diretamen- “Esta transação representa mais te relacionados com a Promontoria um impor tante passo no processo MMB SAS, sociedade constituí- de desinvestimento de ativos não da em França e subsidiária da estratégicos do Novo Banco, prosCerberus Capital Management. seguindo este a sua estratégia de No âmbito desta operação, será foco no negócio bancário ibérico”, realizada pelo BES Vénétie a amor- adianta a instituição. tização de um empréstimo subor- Com esta concretização de venda, dinado. o Novo Banco finaliza todas as A conclusão da transação terá um operações de de-risking (eliminaimpacto positivo estimado de 30 ção de risco) previstas para 2018.

Grupo chinês HNA reforça participação na TAP para 9% Gateway divididos ao meio entre Humberto Pedrosa e David Neeleman. Até aqui, a HNA detinha 12% da Atlantic Gateway, depois de um outro reforço efetuado há pouco mais de um ano, em janeiro de 2018. Segundo afirmou Humberto Pedrosa, “estava previsto desde o início” da entrada da HNA no capital da Atlantic Gateway que o grupo chinês “iria ficar com 20% da participação para assim poder consolidar nas suas contas”. Assim, explicou o empresário português ao “Público”, “esta era a última O grupo chinês HNA voltou a reforçar fatia que faltava concretizar contraa sua posição como acionista da TAP, tualmente”. através da Atlantic Gateway – que Desde julho de 2017, que a HNA forcongrega também as participações malizou a compra da primeira fatia do de Humberto Pedrosa e de David consórcio que detém 45% do capital Neeleman. Neste momento, e com da TAP na sequência da privatização a oficialização do reforço efectuada feita pelo anterior Governo e alterada neste mês de fevereiro, a HNA é já pelo atual Executivo socialista (que dona de 20% deste consórcio, o que garantiu 50% nas mãos do Estado, lhe dá uma participação indireta de com os outros 5% a serem detidos por 9% na transportadora aérea portugue- alguns trabalhadores na sequência da sa, ficando os outros 80% da Atlantic OPV).

Adecco inaugura agência em Alverca No seguimento da sua estratégia de reforço e consolidação da presença no território nacional, a Adecco anuncia a abertura de mais uma delegação, em Alverca, passando a contar com um total de 20 agências em Portugal. “A abertura desta vigésima agência em Portugal confirma a nossa aposta em reforçar a nossa presença junto de clientes e candidatos, contribuindo assim para o desenvolvimento da comunidade e tecido empresarial da região”, destaca Carla Rebelo, diretora-geral da Adecco Portugal. Algarve consolida resultados turísticos em 2018 Os proveitos totais do turismo aumentaram 6% a nível nacional, para 3,6 mil milhões de euros, destacando-se o Algarve, com uma quota de 30% e um total de 1.081 milhões de euros de proveitos (um crescimento de 4,7%). Em território nacional, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam um total de 21 milhões de hóspedes em 2018 (mais 1,7%), adiantam os dados do INE. No país, os estabelecimentos hoteleiros registaram um total de 57,6 milhões de dormidas, valor idêntico ao do ano anterior. A quota de mercado na região algarvia ascendeu a 32,7%, totalizando 18,8 milhões de dormidas (menos 1%), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa, com 25,2% do total de dormidas. De registar o desempenho positivo do mercado interno no Algarve, que registou um crescimento de 9,9% (a maior taxa de crescimento a nível nacional) e um total próximo dos 4,4 milhões de dormidas. Os estrangeiros totalizaram 14,4 milhões de pernoitas no destino em 2018 (menos 3,9%). Barbot adquire Diera por 2,3 milhões de euros A Barbot adquiriu a empresa Diera, por 2,3 milhões de euros. A empresa de colas e argamassas está sediada em Matosinhos e conta com duas unidades fabris, em Leça da Palmeira e Santo Tirso. “Há alguns anos que temos vindo a expandir a nossa gama de produtos, para além das tintas e vernizes temos soluções na área dos isolamentos e pavimentos. Com a aquisição da Diera tornamo-nos na empresa mais completa no mercado português na oferta de soluções para a construção”, sublinha Carlos Barbot, CEO do grupo Barbot. A compra da empresa pelo grupo Barbot “em nada vai alterar o seu funcionamento, mantêm-se os postos de trabalho e a produção nas duas unidades fabris”, ressalva o responsável, acrescentado que a Diera manterá a sua atividade inde-

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Breves pendente da Barbot, com sede e unidade fabril em Canelas (Vila Nova de Gaia). Luís Simões reforça a sua aposta na automatização com a construção de novo COL em Guadalajara A Luís Simões continua a apostar em Guadalajara como centro nevrálgico das suas operações em Espanha. Recentemente, acabou de implementar uma solução automatizada numa das naves do seu novo Centro de Operações Logísticas (COL), naquela cidade. A Nave A, uma das três naves que fazem parte do novo complexo logístico, contará com uma capacidade total de armazenamento de 86.500 lugares de paletes (75.500 em temperatura ambiente e 11.000 para produtos refrigerados) e 1.800 de picking na área de automatismo. O sistema vai gerir de forma simultânea um fluxo, em hora de ponta, de 540 paletes de entrada e 440 paletes de saída. As características destas instalações vão permitir um processo de preparação de pedidos muito mais rápido e um armazenamento mais compacto e denso. A Nave A liga-se aos outros dois armazéns que formam o projeto logístico da Luís Simões na Puerta Centro. O novo COL da Luís Simões contará com a última inovação em tecnologia para a sua automatização e conta com uma superficie útil de armazenamento de 89.000 metros quadrados. Setor dos bens e serviços ambientais gerou 3% do VAB nacional em 2016 Em 2016, o setor de bens e serviços ambientais gerou 3,0% do valor acrescentado bruto (VAB) nacional, 3,5% das exportações e 2,4% do emprego, revelam os dados mais recentes do INE. Face ao ano anterior, verificaram-se crescimentos neste setor superiores aos da economia nas principais variáveis económicas analisadas, destacando-se o VAB com um aumento de 10,8% (3,4% para o conjunto da economia) e as exportações (6,4%, que compara com 2,7% para o total). Os domínios ambientais que mais contribuíram para o crescimento do VAB deste setor foram a gestão dos recursos energéticos (um crescimento de 16,2%), a gestão dos resíduos (mais 13,6%) e a gestão da água (mais 10,6%). Em 2016, a rubrica da despesa nacional em proteção do ambiente (DNPA) totalizou 2.289,3 milhões de euros€ (1,2% do PIB), tendo decrescido 6,3% relativamente ao ano anterior, o que reflete “a diminuição do investimento e o aumento das transferências recebidas do resto do mundo”, adianta a mesma nota do INE. Em 2015, o peso relativo do VAB do setor dos bens e serviços ambientais no VAB nacional foi 2,8%, superior à média dos 28 Estados-membros da UE (2,3%).

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Exportações de metalurgia e metalomecânica batem recorde em 2018 As exportações do setor metalúrgico e metalomecânico aumentaram 11,3% para 18.334 milhões de euros, em 2018 face a 2017, atingindo “a melhor marca de sempre”. “Se o ano anterior já tinha sido o melhor de sempre, este ano pulverizou todas as expectativas”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em declarações à agência Lusa. Segundo Rafael Campos Pereira, este desempenho é o resultado de “um trabalho consistente que tem vindo a ser feito ao longo dos últimos anos pelas empresas do setor, que investiram fortemente em qualidade, fatores de diferenciação, inovação e formação dos recur-

sos humanos, posicionando-se junto de empresas de referência e nos mercados mais exigentes”. Segundo a AIMMAP, para o crescimento registado em 2018 em “muito contribuíram” as exportações de dezembro. “Foi o melhor mês de dezembro da história desta indústria, o que contribuiu para se ter atingido a marca de 28 meses consecutivos a suplantar os mil milhões de euros em exportações”. Responsável por cerca de 18% do PIB português, o setor teve em Espanha, Alemanha e França os seus três principais mercados, onde manteve um “elevado crescimento”, sendo que “mesmo o Reino Unido continuou a evoluir positivamente, resistindo à incerteza quanto ao Brexit”, adianta a AIMMAP.

Vivafit inaugura primeiro ginásio português no Kowait

A Vivafit, marca portuguesa de ginásios para mulheres, acaba de inaugurar a sua primeira unidade no Kowait. Com um investimento de cerca de 500 mil euros, o primeiro ginásio português no Kowait localiza-se no centro comercial Awtas, na cidade de AI Jahra. Com uma área de 400 metros quadrados, esta unidade oferece diversas modalidades de treino, incluindo pilates e zumba. No entanto, foi adaptada à cultura local, contado com uma sala de rezas e os horários das aulas são ajustados de modo a não coincidir com as horas das mesmas.

A abertura desta primeira unidade no Kowait, integra a estratégia de expansão da marca para outras geografias. “A Vivafit está empenhada em explorar o potencial do seu serviço exclusivo para mulheres, para outras áreas geográficas. E a abertura no Kowait faz todo o sentido, uma vez, que a nível cultural, as mulheres só podem frequentar ginásios femininos”, comenta Pedro Ruiz, CEO da Vivafit. Atualmente, a Vivafit tem presença em Portugal, Índia, Paquistão, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Omã, Paquistão, Uruguai e Kowait, num total de 30 ginásios, empregando cerca de 300 licenciadas em educação física. Com o lançamento das modalidades trendy Sbarre, Burn It e Flex It e a inclusão de corners Personal20 no interior dos Vivafits, a faturação media de cada franchising aumentou 10% no ano 2018.


Gestores

em Foco

Novos concursos para fundos do Portugal 2020 lançados em breve

Santos e Vale abre plataforma em Castanheira do Ribatejo

A Santos e Vale acaba de inaugurar um novo centro logístico, em Castanheira do Ribatejo, que irá reforçar a capacidade da empresa na região, a qual, alberga um dos maiores clusters logísticos em Portugal. Esta nova plataforma vem no seguimento da estratégia de crescimento da empresa e vem aumentar a capacidade logística, bem como, aumentar a rapidez de entrega nos vários centros

da grande distribuição localizados na Azambuja. “A rapidez, a fiabilidade e a segurança são valores que colocamos em todas as nossas operações do dia a dia, mas também queremos preservar o fator, que é o motor da Santos e Vale e que nos trouxe até ao patamar em que a empresa está, e que nos irá levar a atingir os nossos objetivos de futuro – a inovação”, frisa a empresa de transportes e logística. “Este novo polo logístico é o resultado desta vontade, perseverança e ambição, que nos guia todos os dias a fazer mais e melhor para os nossos clientes”, referiu Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale.

António Calçada de Sá (na foto) é o novo vice-presidente e diretor geral da Fundação Repsol. Anualmente, a Fundação Repsol faz um investimento social superior a 8,5 milhões de euros, com impacto junto de 180 mil beneficiários. De destacar o Fundo de Empreendedores, para aceleração de startups, com um investimento superior a um milhão de euros anuais, nas áreas da energia, mobilidade e economia circular. Ao longo da sua carreira no grupo Repsol, o executivo português liderou, nos últimos 20 anos, negócios comerciais em diferentes mercados na Europa e América Latina e foi administrador delegado da Repsol Comercial, entre outros cargos. Liderou a Repsol Portuguesa como administrador delegado durante os últimos quatro anos. Tim Vieira (na foto) foi eleito presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso Sul-Africana (CCILSA). Nascido e criado na África do Sul, e conhecido do público português depois da sua participação no Shark Tank Portugal e dos seus investimentos em várias áreas, o empresário Tim Vieira pretende intensificar as relações entre os empresários de Portugal e África do Sul, criando, nomeadamente uma maior representatividade da comunidade empresarial portuguesa naquele país africano.

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Foto Sandra Marina Guerreiro

e o valor de overbooking (valor a comprometer acima da dotação inicial do programa, para acautelar as quebras e desistências) que pretende ter. De acordo com o boletim do último trimestre de 2018 do atual quadro comunitário, foram já lançados concursos referentes a apoios de 20,94 mil milhões de euros, ou seja, 81% do Portugal 2020, restando, assim, disponibilizar 4,91 mil milhões, adianta a mesma publicação. No entanto, de acordo com o Orçamento do Estado para 2019, o Governo pretende comprometer quase totalmente a dotação do Portugal 2020 este ano. O objetivo é “atingir um nível de absorção de fundos, no final do ano, de 95% do orçamento total 2014-2020. No caso específico das empresas, a orientação do Executivo para as autoridades de gestão foi lançar em 2019 concursos no valor total disponível, para que o ano de 2020 fosse inteiramente dedicado à “limpeza” das carteiras, disse ao “Eco” fonte oficial do Compete.

Foto Sandra Marina Guerreiro

O plano de abertura de candidaturas, no âmbito do Portugal 2020, prevê que este ano sejam abertos 162 novos concursos, dos quais 86 serão lançados até final deste mês. Estão ainda por atribuir quase cinco mil milhões de euros do atual quadro comunitário, adianta o site informativo “EcoEconomia Online”. Os aguardados concursos para a internacionalização de empresas, projetos em copromoção, para proteção de propriedade industrial, projetos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico, projetos mobilizadores vão ser todos lançados até março, de acordo com a calendarização divulgada. Ainda não há datas definidas para estes concursos, apurou o mesmo sítio noticioso. Também não foram referidos quais os montantes que serão disponibilizados, já que cada programa operacional tem a liberdade de definir o valor a disponibilizar em cada concurso, tendo em conta os montantes já comprometidos

Armando Oliveira (na foto) é o novo administrador delegado da Repsol Portuguesa. Após desempenhar várias funções de liderança em áreas comerciais no grupo Repsol em Portugal e Espanha, onde está há 27 anos, Armando Oliveira passou a liderar a Repsol Portuguesa, empresa de comercialização de combustíveis e outros produtos, que realiza um volume de negócios de dois mil milhões de euros anuais. O gestor é engenheiro naval e fez formação em Gestão, na Universidade Católica Portuguesa, e na ESADE Business School, em Madrid.

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Breves Ibercaja analiza salir a bolsa el 27 de junio con el 40% de su capital Ibercaja está analizando la fecha para intentar salir a Bolsa y colocar alrededor del 40% de su capital, que ahora está en manos de su fundación (controla más del 87,8%). Se baraja en primer ligar la del 27 de junio de este año, aun-

que fuentes de la entidad aseguran que ésta es una primera ventana y primera fecha, y existen otras posibilidades sobre la mesa. Su objetivo es no agotar el plazo de finales de 2020 para empezar a cotizar, fecha límite fijada por la normativa española sobre las antiguas cajas de ahorro, y que establece que todas las fundaciones de las antiguas firmas de ahorro no pueden controlar más del 50% del capital de una entidad financiera si no quiere ser penalizada. La operación se llevará a cabo mediante una oferta pública de venta de acciones (OPV), destinada solo a inversores institucionales. Santander cierra un contrato con IBM por 619 millones para acelerar su transformación tecnológica La entidad financiera presidida por Ana Botín ha cerrado un contrato con IBM, por cinco años, y 619 millones de euros. El acuerdo, que persigue la modernización tecnológica del banco, según aclaran ambas compañías, ayudará al Santander a evolucionar “hacia un entorno tecnológico abierto y flexible”, con el fin de profundizar su transformación de negocio. El contrato también facilitará al banco español la adopción de algunas de las tecnologías más disruptivas de la multinacional estadounidense en los campos de la inteligencia artificial, el blockchain, el big data y la seguridad. Desde la entidad financiera aclaran que el contrato les generará ahorros importantes en su gasto anual en tecnología (que hoy supera los dos mil millones de euros). También destacan que el acuerdo permitirá al banco ser más eficiente en sus operaciones y proporcionar servicios innovadores a sus clientes.

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Red Eléctrica compra Hispasat a Abertis por 949 millones de euros Red Eléctrica ha cerrado un acuerdo de compra de Hispasat por 949 millones de euros a través de la adquisición del 89,68% de las acciones que Abertis tiene actualmente de Hispasat. La adquisición será financiada con deuda externa y, por tanto, sin recurso al accionista, lo que supone una de las principales preocupaciones para la Comisión Nacional de Mercados y Competencia (CNMC). Este organismo emitió un informe recientemente en el que alertaba del “elevado apalancamiento” que presenta Red Eléctrica. Esta compañía, cuya inversión ha estado por debajo de lo previsto en el

ejercicio pasado, cumple así con el interés del Gobierno de quedarse la compañía en la órbita de Sepi y la CNMC tendrá que ser la que

dilucide ahora si esta operación puede afectar al ritmo inversor de la empresa o a la seguridad de suministro. Hispasat es el primer operador de infraestructuras satelitales de España y Portugal por volumen de negocio, cuarto operador en Latinoamérica y octavo operador mundial.

CaixaBank permitirá sacar dinero del cajero con la cara y sin necesidad de emplear el PIN CaixaBank ya no exigirá teclear el PIN para sacar dinero de un cajero gracias a un sistema de reconocimiento facial pionero en el mundo bancario a nivel internacional. Ofrecer más comodidad, más rapidez y más seguridad”. Así define CaixaBank el objetivo del nuevo ser vicio de reconocimiento facial que ha presentado en Barcelona y que estará disponible en todos los cajeros automáticos de las oficinas Store del banco a finales de 2019. A par tir de ahora, los clientes de la entidad podrán operar con el cajero automático sin

necesidad de introducir el número secreto, ya que la cámara de alta definición de la que están dotados estos terminales permitirá reconocer y autentificar la identidad del usuario en cuestión de segundos. Actualmente, ya existen 20 cajeros en la capital catalana (ubicados en cuatro oficinas Store) dotados de este ser vicio. El objetivo es extender el reconocimiento facial a todos los terminales situados en este tipo de oficinas de nueva generación, de forma que a finales de 2019 todas las Store funcionen con biometría facial.


Breves Iberdrola se lanza al desarrollo de un megaproyecto de eólica marina en Nueva York Partners y Avangrid Renewables -filial estadounidense de renovables de Iberdrola-, acude a este proyecto de la mano del desarrollador de transmisiones Anbaric Development Partners. La propuesta presentada por el consorcio al Estado de Nueva York El grupo energético español (Nyserda) para el suministro de enerIberdrola, a través de su sociedad gía ‘verde’ incluye las opciones de un participada Vineyard Wind, ha pre- proyecto de 400 MW, otro de 800 MW sentado una propuesta para desa- y el de 1.200 MW, que sería la opción rrollar un “megaproyecto” de eóli- más rentable para los contribuyentes, ca marina en Nueva York (Estados según informaron las compañías. El Unidos) de hasta 1.200 megavatios proyecto de 1.200 MW suministraría (MW), que sería de los más grandes la energía “verde” suficiente para del mundo de estas características. abastecer a más de 750 mil hogares Denominado ‘Liberty Wind’, Vineyard de Nueva York, vertiéndola directaWind, sociedad participada al 50% por mente a la red en una subestación el fondo Copenhagen Infraestructure existente en Long Island.

El Corte Inglés entrará en el negocio de la comida a domicilio El grupo de distribución ha inaugurado 40 restaurantes en España y Portugal en los últimos dos años, tras una inversión de 30 millones de euros, junto con los operadores con los que trabaja, hasta alcanzar ya una red de 400 locales que el año pasado recibieron 30 millones de clientes. La compañía cree que su potencial es todavía muy elevado en este segmento y ha situado a la restauración como uno de los “pilares fundamentales” de su estrategia de crecimiento, afirma Guillermo Arcenegui, director de Hostelería de El Corte Inglés. El grupo seguirá abriendo durante los próximos ejercicios a un ritmo de más de 10 locales al año y mantendrá o ampliará su esfuerzo inversor en este periodo, lo que supone más de 15 millones de euros

por ejercicio para impulsar esta área de negocio. “Estamos estudiando entrar en el campo del delivery con nuestra oferta de platos preparados, es algo en lo que llevamos trabajando desde hace más de un año. Es una categoría claramente estratégica y a finales de año lanzaremos ya una prueba para testar el modelo. El Corte Inglés ofrecerá este servicio en un plazo razonable de tiempo sin duda”, señala Guillermo Arcenegui.

Volkswagen explora una alianza para comercializar luz en España Volkswagen está preparando su entrada en el negocio de la comercialización de electricidad en España, con lo que se convertirá en el primer grupo de automoción en irrumpir en esta actividad y retar a las grandes eléctricas. “Elli comenzará a operar en España”, afirma desde Wolfsburg un portavoz de la compañía. Se refiere a la empresa

creada en Alemania dedicada a suministrar electricidad cien por cien renovable, además de otros servicios como sistemas de almacenamiento de energía en los hogares o aplicaciones digitales para controlar el consumo. El punto de entrada es el coche eléctrico, el mismo que está permitiendo a las compañías eléctricas ganar cuota de mercado en el transporte por carretera, hasta ahora territorio vedado para los combustibles fósiles. Sin embargo, no todo van a ser facilidades para las eléctricas en la nueva movilidad, ya que los grupos de automoción también querrán disputarles la comercialización en los puntos de recarga. El sector de los cruceros prevé superar los 30 millones de pasajeros en 2019 El sector de los cruceros prevé superar en 2019 la barrera de los 30 millones de “cruceristas”, nunca alcanzada antes, tras más de una década de crecimiento ininterrumpido, de acuerdo con las previsiones que maneja Clia, la entidad que agrupa a las principales empresas del sector. Para hacer frente a este crecimiento, la industria naval orientada al crucero tiene previsto botar 18 nuevos barcos este año, mientras las principales navieras preparan planes para ampliar sus flotas e incluso doblarlas en los próximos años. La compañía de cruceros MSC, por ejemplo, lanzó en 2016 un plan a diez años que contempla inversiones de 13.600 millones de euros en la construcción de 17 nuevos barcos, lo que supone pasar de una flota de 12 embarcaciones en 2016 a 29 en 2026. En el caso de Costa Cruceros, esta firma tienen previsto aumentar la capacidad de sus cruceros un 43% en cinco años, con una inversión estimada de seis mil millones de euros que se dirigirán a siete nuevos barcos que se fletarán progresivamente hasta 2023.

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Lucros do Santander crescem 14,6% em ano de incorporação do Popular Em rota de crescimento, o Banco Santander Portugal comprou e integrou o Banif e o Popular num período de três anos. Os lucros de 2018 subiram para os 500 milhões de euros, sobretudo graças ao crescimento da margem financeira (+24,3%) e do produto bancário (+10%). Os depósitos também aumentaram (+6,3%) e o volume de crédito total estabilizou face a 2017. O recém-empossado CEO, Pedro Castro e Almeida, que já integrava a anterior direção do banco, encara o futuro com confiança: na equipa que gere e na estratégia comercial e digital, que tem permitido aumentar o número de clientes. O objetivo é “ser, inequivocamente, o melhor banco em Portugal”.

O

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

que foi decisivo para aceitar o lugar de Presidente da Comissão Executiva do banco? Como define o seu perfil de gestão e quais os seus objetivos à frente do banco?

Acreditar que posso contribuir para transformar o Santander no melhor banco em Portugal. Aceitei o desafio que o acionista me lançou de liderar os destinos do Santander em Portu-

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gal e não podia recusar. Ao longo de vários anos vi o banco crescer e desenvolver-se, chegando a líder em termos de ativos e crédito, mas seguindo sempre um caminho de valores que acredito. Temos uma cultura muito forte, assente nos princípios da colaboração, de colocar o cliente em primeiro lugar, mas sempre com o propósito de apoiar as pessoas e as famílias a prosperarem.

Tenho a meu lado uma equipa com backgrounds diferentes, mas que se complementam muito bem e acredito que vai, com certeza, ajudar o banco a evoluir e acompanhar a mudança que nos é imposta pelos nossos clientes e pelo mercado em geral. Uma aposta clara nas novas tecnologias e a manutenção do foco no cliente vão contribuir para uma evolução positiva da atividade.


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Pedro Castro e Almeida Presidente da comissão excutiva do Santander Portugal

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grande entrevista gran entrevista mundial e também da economia portuguesa. Temos uma economia aberta, pequena e, por isso, muito exposta. De qualquer forma, há uma parte que podemos e devemos fazer enquanto país. Temos de adotar medidas para reforçar a poupança, continuar a reduzir a dívida pública, levar a uma maior celeridade da justiça e reduzir a burocracia. O Santander reúne todas as condições para continuar a crescer de forma orgânica. O nosso ponto de partida é muito bom e os nossos princípios já provaram ser os mais adequados, mas queremos evoluir para um novo patamar, que nos coloque ainda mais numa posição destacada no setor.

Temos pela frente um mandato desafiante, mas olho em frente com otimismo. Acredito no talento das nossas pessoas. Que leitura faz dos resultados do banco no exercício de 2018?

Os resultados de 2018 foram muito bons. Foi um ano em que integrámos de forma irrepreensível e em apenas 10 meses o Banco Popular, sem perturbações na vida dos nossos clientes. Aliás, nos últimos anos, fomos capazes de integrar dois bancos, mantendo o nível de serviço aos nossos clientes. Passámos a ser o maior banco privado, em crédito e rentabilidade, a operar dentro de Portugal. Estes números mostram, por isso, um crescimento sustentado e equilibrado do negócio que geramos no país. Face às perspetivas de abrandamento económico previstas para a Europa, considera que o banco Santander Portugal tem condições para continuar a crescer?

Em termos económicos, gostaria de realçar que há um trabalho muito 16 act ualidad€

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O que assinala como potencialmente determinante para o futuro próximo do banco?

“Temos uma economia aberta, pequena e, por isso, muito exposta...Temos de adotar medidas para reforçar a poupança, continuar a reduzir a dívida pública, levar a uma maior celeridade da justiça e reduzir a burocracia.” importante que tem vindo a ser feito e nota-se uma boa evolução desde 2011. Tem havido, por exemplo, sinais positivos nas contas públicas, na redução do desemprego e nas exportações. Portugal usufruiu positivamente das medidas europeias que foram implementadas. Porém, nos últimos anos, sente-se uma desaceleração da economia

Definimos um plano estratégico, que tem vários objetivos. Primeiro, queremos ser inequivocamente o melhor banco em Portugal. Mais do que a dimensão, interessa-nos ser o melhor. O melhor para os nossos clientes – apostando numa experiência de cliente verdadeiramente diferenciadora a todos os níveis – balcões, móvel ou net; e o melhor para os nossos colaboradores – garantindo que todos têm as melhores condições para dar o seu melhor e que o talento possa sobressair naturalmente, ser captado e retido de forma efetiva. Temos também um compromisso claro: sermos um banco responsável. Por um lado, valorizamos a forma como desempenhamos a nossa atividade e o nosso propósito de sermos a melhor empresa para trabalhar. Por outro, promovemos o crescimento sustentável, devolvendo à sociedade parte do valor que criamos, através do apoio a projetos que impactam cada vez mais pessoas reais e instituições na comunidade em que nos inserimos. Por fim, continuar a criar valor para o nosso


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acionista de forma sustentável. Continuaremos a ter uma cultura muito forte, assente nos princípios da colaboração, cumprindo com a nossa aspiração de sermos um banco simples, próximo e justo, sempre com o propósito de apoiar as pessoas e as famílias a prosperarem. Em que segmentos espera uma melhor prestação e por que razão?

Somos muito fortes no crédito à habitação e no crédito a grandes e médias empresas, mas vamos olhar mais para o crédito pessoal e para os pequenos negócios, e reforçar o nosso apoio em áreas que têm vindo a ganhar um maior peso, como a agricultura, o imobiliário e o turismo. Dados recentes do banco de Portugal referem que entre 2013 e 2017, o número de empresas no setor da agricultura e pescas cresceu mais de 30%, o que é bastante relevante. E no imobiliário, a reabilitação urbana tem estado em destaque, impulsionado também por programas como o IFRRU2020, onde temos vindo a fazer uma grande aposta. Neste programa, lideramos em termos de valor disponível (767 milhões de euros) para projetos de reabilitação. Iremos acompanhar esta evolução e fazer a nossa parte, para que estes negócios cresçam ainda mais. A banca de negócios vale quanto (em percentagem ou numerário) para o Santander Portugal? E o crédito para as empresas? Qual é o limite para o banco, neste segmento? Quais são as prioridades do banco neste domínio? Que tipo de negócios querem apoiar?

No final de 2018, o crédito bruto total somava mais de 40 mil milhões de euros. Mas gostaria de destacar a produção do novo crédito que fazemos mensalmente, tanto às empresas como em habitação. A quota anda sistematicamente nos 20%, o que mostra o nosso apoio à economia portuguesa.

“Somos muito fortes no crédito à habitação e no crédito a grandes e médias empresas, mas vamos olhar mais para o crédito pessoal e para os pequenos negócios” Nas linhas de crédito protocolado (PME Investimento), somos líderes, tanto em montante, como em número de operações, com quotas de 23% e 21%, respetivamente. Até novembro de 2018, realizamos 43.234 operações, num total de 4.323 milhões de euros. Também na linha “Capitalizar 2017”, somos líderes com uma quota de mercado de 25% no sistema. Não temos por hábito definir limites para os segmentos. Continuaremos, como até aqui, a financiar

todos os bons projetos, tendo em conta, obviamente, uma política prudente de riscos, que nos permite apresentar os melhores indicadores de risco de crédito. Quais as vantagens do Santander face à concorrência no segmento de empresas?

Esta cultura de riscos que refiro é para nós uma grande vantagem. Permite-nos dar os passos certos no apoio às empresas e ter níveis de NPE nos 4%. Esta é a base a partir da qual desenvolvemos uma oferta também ela diferenciadora e que tem o seu grande alicerce no Santander Advance Empresas. Nos últimos anos temos criado algumas iniciativas muito interessantes – como as Conversas Soltas e as BOX, que iremos continuar a realizar ao longo deste ano. São projetos que pretendem envolver vários setores e regiões do país, cumprindo o objetivo de fazer chegar o mais longe possível, o nosso apoio ao desenvolvimento das empresas portuguesas. março de 2019

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grande entrevista gran entrevista Quanto vale o crédito à habitação para o negócio do banco? Qual é o limite para o banco, neste segmento? Considera que Portugal está a viver uma situação de “bolha” imobiliária?

Em 2018, a produção de crédito à habitação no Santander aumentou 20% nos novos créditos contratados. Terminamos 2018, com um valor de crédito concedido para habitação de 19,5 mil milhões de euros, um crescimento de 1,9% em relação a 2017. Isto é reflexo de um crescimento sólido e prudente nesta área, o que só é possível porque disponibilizamos aos nossos clientes uma oferta bastante competitiva. Não vemos um problema de bolha imobiliária. A subida dos preços do imobiliário tende a concentrar-se nos principais centros urbanos, onde os programas de reabilitação urbana têm contribuído para uma valorização do património imobiliário existente e posteriormente, utilizado para aumentar a capacidade instalada do setor hoteleiro.

De igual modo, assiste-se a uma elevada procura por parte de não residentes, que veem no mercado nacional oportunidades de investimento. A existência de uma bolha imobiliária criada via aumento do endividamento interno é atualmente inexistente. As compras do Banif e do Popular obrigaram a uma reorganização a vários níveis. Quantos balcões soma a atual rede Santander? Pretendem redimensionar a rede no futuro próximo?

Temos vindo a redimensionar a nossa rede, que conta atualmente com cerca de 560 balcões, não só pela aquisição destes dois bancos, que levou a ajustamentos face à proximidade dos mesmos, mas também pelas atuais necessidades dos clientes. A realidade é que eles já não vão aos balcões com a frequência que iam e, quando o fazem, vão à procura de outros serviços. Por isso, estamos a criar novas tipologias de balcões, maiores, com

Pedro Castro e Almeida está no Santander desde 1993 Os acionistas do Santander Portugal voltaram a eleger um gestor português para o cargo de CEO. Pedro Castro e Almeida chega à presidência do banco aos 51 anos, porém já integra a comissão executiva do mesmo desde 2009. O gestor ingressou no grupo em 1993, tendo desempenhado funções em várias áreas, nomeadamente a de membro do conselho de administração do Banco Santander Totta e do Banco Santander de Negócios Portugal, entre 2007 e 2009, e presidente do Santander Totta Seguros durante sete anos, entre 2005 e 2012. Licenciado em Gestão de Empresas pelo ISEG, frequentou várias

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escolas de negócios na Europa e nos Estados Unidos, nomeadamente INSEAD, Harvard Business School e Kellogg. Pedro Castro e Almeida sucede a António Vieira Monteiro, que assume agora a presidência do Conselho de Administração (Chairman) do banco, depois de ter sido CEO nos últimos sete anos. Durante a apresentação de resultados do exercício de 2018, o novo CEO sublinhou que o seu estilo é diferente, mas a visão e a estratégia de gestão será de continuidade do trabalho até aqui feito. “Não queremos ser o maior banco em Portugal, mas o melhor banco em Portugal”, afirmou.

novas funcionalidades e mais tecnológicos. No final de 2018, inaugurámos o primeiro Work Café, um conceito totalmente diferente em Portugal, em que o espaço é simultaneamente uma agência bancária e uma cafetaria, tendo ainda espaços de coworking que podem ser utilizados por qualquer pessoa. Instalámos ainda o Money Club, outro formato inovador, no novo Campus da Nova SBE, onde a comunidade académica pode ir ao balcão e usufruir de um espaço de oportunidades e de partilha de conhecimentos. Além disso, estamos a transformar alguns balcões no que chamamos de “SmartRed”, em linha com esta nova forma de relação com os clientes. Mais modernos, mais tecnológicos e com um novo foco nos clientes, para lhes proporcionar melhores experiências. Qual foi o processo mais difícil para o grupo: a integração do Banif (adquirido 150 milhões de euros em dezembro de 2015) ou a do Popular (comprado por um euro em 2017)? Que desafios implicou a integração de cada um deles ?

Foram processos diferentes, cada um com os seus desafios, mas nos dois casos, os bancos estavam em situações difíceis, que nos obrigou a uma gestão imediata e eficiente. Conseguimos manter estes bancos a funcionar com normalidade e a prestar o habitual serviço aos seus clientes. E a integração, tanto de um como do outro, correu francamente bem, sem incidentes. São, como sabem, processos complexos, que implicam receber centenas de novos colaboradores, de balcões e de fazer uma migração tecnológica, que nem sempre é fácil. Hoje em dia, não há distinção entre o Santander e estes dois bancos. Os números de hoje mostram que soubemos ir resolvendo adequadamente todos os nossos ativos.


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E que estas aquisições foram importantes, no sentido em que nos trouxeram a liderança nas Regiões Autónomas, no caso do Banif, e uma nova posição no segmento de pequenas empresas, após a aquisição do Popular. Tornámo-nos ainda no maior banco privado no que se refere ao crédito da atividade doméstica e o segundo maior ao nível dos depósitos. A partir de Portugal, que outros mercados são mais apetecíveis para o banco Santander? Como estão a ser trabalhados?

A diversificação geográfica é uma das grandes vantagens do grupo Santander, que desenrola a sua atividade tendo por base 10 mercados principais. Isto permite ao banco ter áreas de negócio globais, que desenvolvem soluções para os clientes, quer estejam em Portugal, no Reino Unido ou no Brasil, por exemplo. Para a apoiar a internacionalização das empresas, o grupo tem o International Desk, que é comum às várias unidades que integram o Santander em todo mundo. Se o cliente pretender exportar para um desses países, terá toda uma estrutura montada, uma rede de contactos e uma base de dados, que tornará mais ágil e célere todo esse processo. Que leitura faz do setor bancário em Portugal, atualmente, e que perspetivas traça para os próximos anos?

Após um período bastante complicado, o sector financeiro está já numa nova fase, com a maioria dos bancos a reforçarem as suas posições de capital, após a reorganização das diversas áreas de negócio. É benéfico para todos haver bancos saudáveis, que contribuam para a estabilidade do sistema bancário e, consequentemente, para o desenvolvimento da economia. Os outros bancos estão mais

fortes, mas essa realidade leva-nos a querer melhorar ainda mais. Por outro lado, assistimos a uma mudança de panorama do setor, com o aparecimento de novas plataformas financeiras e de uma grande preponderância da digitalização. O Santander está preparado para estes novos desafios e irá apostar cada vez mais na inovação, não só na forma de trabalhar, mas também no serviço que proporciona aos clientes.

O Santander está comprador ou vendedor de algum ativo? Qual ou quais ou em que segmentos?

O nosso foco é o crescimento orgânico. Não temos a preocupação de ser o maior banco, mas sim o melhor banco. E queremos sê-lo tanto para os nossos clientes, como para os nossos colaboradores e para sociedade. De qualquer maneira, estamos atentos ao mercado e a oportunidades que possam surgir.  março de 2019

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Cloud365 facilita telecomunicações das empresas em qualquer parte do mundo

As empresas com operações internacionais que necessitem de serviços de telecomunicações eficientes entre várias localizações têm já algumas soluções avançadas, baseadas na internet, para assegurar as suas comunicações, seja em que país do mundo for. Paulo Simões, managing partner da Cloud365, explica que a tecnologia disponibilizada pela companhia portuguesa e pelos seus parceiros pode assegurar, nomeadamente, comunicações bastante fiáveis e diretas até com países como a China, ou o resto da Ásia, exemplifica o gestor. Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Actualidad€actualidade@ccile.org

É

como percorrer uma “autoestrada de telecomunicações, com 30 pontos de acesso espalhados pelo mundo, acessíveis através da internet”, explica Paulo Simões, managing partner da Cloud365. Graças à solução disponibilizada pela Cloud365, as empresas com várias delegações espalhadas pelo mundo já podem ter acesso a uma infraestrutura fiável de comunicações entre os seus centros de dados e as suas delegações, independentemente de estarem sediados nos mais longínquos locais do mundo. Esta “autoestrada” liga, também, as principais clouds públicas, como sejam a Azure, AWS,

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Oracle Cloud ou Google. Um dos muitos mercados interessantes para adotar esta tecnologia de otimização de telecomunicações, baseada em ambiente de internet, é a China, onde existe muito controlo ao acesso e tráfego da internet vindo do exterior, e onde a solução da Cloud365 ultrapassa sem restrições todos esses constrangimentos, exemplifica o fundador da Cloud365, uma empresa de implementação de soluções virtuais, seja a nível de armazenamento e processamento de dados, como de serviços de telecomunicações. Esta “autoestrada de telecomunicações”– ou SD-WAN (software defined-wide area network– assenta

numa tecnologia desenvolvida pela parceira da empresa portuguesa, que é a norte-americana Aryaka. A Aryaka é um parceiro OTT (over the top), ou seja, que monta a sua solução sobre a infraestutura de internet pública. “Esta solução é uma alternativa técnica e financeira mais competitiva para as empresas ibéricas que tenham delegações espalhadas pelo mundo do que um serviço tradicional de telecomunicações”, com a vantagem de poder ser implementada em menos de duas semanas, já que não necessita de circuitos dedicados, apenas dos acessos normais à internet, comenta o managing partner da Cloud365.


actualidad atualidade Clientes portugueses começam a aderir

A Cloud365 conta já com alguns clientes portugueses a utilizar esta solução, para facilitarem, assim, as comunicações entre os seus vários escritórios internacionais, adianta o mesmo responsável. Desde modo, salienta, “existe grande potencial para as empresas dos dois mercados ibéricos beneficiarem deste serviço, tendo em conta as telecomunicações para mercados tradicionais, como África e América Latina”. Outra vertente de aplicação são as empresas com milhares de clientes ou potenciais clientes, como os sites de reservas ou de vendas online , comenta ainda Paulo Simões. A Air China é uma das companhias clientes desta solução da Aryaka. “São soluções inovadoras, que não dependem da infraestrutura própria de nenhum operador, nem de circuitos dedicados”, já que se baseiam numa rede de telecomunicações instalada numa cloud , resume Paulo Simões. E a recente parceria com a Aryaka permitiu estender a oferta de soluções para mercados como África, ou a América Latina ou, ainda, a Índia, já que a parceira mais antiga da Cloud365, a Colt Telecom, atua sobretudo no espaço europeu, nos EUA e em alguns mercados da Ásia.

ta o core business da Cloud365, que nasceu como uma startup, Além da área das em 2011. “Desde o princípio que telecomunicações/ a empresa se assumiu com estas soluções de cloud e telecomuniconetividade e dos cações, complementando com managed services em softwares inovadores”, frisa Paulo cloud, a empresa efe- Simões, o fundador e criador deste conceito inovador. tua serviços de impleO mais recente “exemplo desta permanente busca por soluções inovadomentação de soluções ras é a adição ao portefólio de uma de CRM em cloud e solução de robotic process automation (RPA). Este software permite a ainda de robotic proautomatização de tarefas rotineiras cess automation manuais que exijam a interação com sistemas de informação, como, por exemplo, copiar informação de uma Áreas de negócio página internet para uma aplicação A área das telecomunicações/ interna. Uma utilização interessante conetividade e de managed servi- verifica-se nas empresas de gestão ces em cloud (serviços geridos em imobiliária e nas sociedades de advosoluções na “nuvem”) represen- gados, para captar informação dos portais do Registo Predial e do Citius. Outras áreas de negócio da Cloud365 são a implementação de soluções de CRM em cloud e a virtualização e gestão de ambientes informáticos dos clientes, desde as estações de trabalho aos servidores. Com uma “grande aposta nos sistemas de informação, e numa rede de parceiros de excelência”, a empresa conta com apenas quatro funcionários para assegurar os serviços a algumas dezenas de clientes.  março de 2019

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atualidade actualidad

Moldtrans reforça transportes ibéricos e serviços integrados O grupo transitário Moldtrans, originário de Espanha mas que atua com uma estrutura própria em Portugal, através de três localizações espalhadas pelo país, está a reforçar as suas operações desde Portugal para o resto da Europa, em especial no transporte rodoviário. As empresas com atividade exportadora destinada a Espanha podem contar com serviços integrados e especializados também ao nível do transporte aéreo e marítimo, sublinha Luís Paupério, gerente da Moldtrans Lisboa e da Moldtrans Porto.

Q

Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

uais as áreas de negócio da Moldtrans e quais as que registam maior crescimento?

O grupo Moldtrans presta diversos serviços e soluções de transporte. Atualmente, a oferta é variada: desde o transporte internacional rodoviário, marítimo e aéreo– todos os tipos com modalidades de grupagem ou de carga completa–, para além de proporcionar soluções mais específicas. Assim, a acrescentar às atividades reconhecidas como mais comuns, anteriormente mencionadas, contemplam-se ainda serviços como de distribuição nacional, de logística, serviços especializados de feiras e alfandegários. Alguns

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mento adequado ao produto–, podem ser considerados a partir da nossa casa em Barcelona. As nossas soluções de transporte podem ainda respeitar um tempo, ou horário de entrega, específicos, através da modalidade JIT (just in time). Todas as modalidades podem ser oferecidas em regime de exclusividade para remessas em particular. Concretamente em Portugal, e especificamente no transporte rodoviário, destaco que em regime de grupagem, oferecemos saídas trissemanais de e serviços de valor acrescentado, como para Espanha, e saídas regulares de e o Moldhome– entregas ao domicílio, para França, Itália, Benelux, Inglaterra, com montagem, instalação e retirada Islândia e Turquia. de entulho– e o Moldcover –embalaEm Espanha, particularmente, recen-

A empresa lançou há pouco tempo um serviço de transporte especializado em regime de grupagem entre Portugal e a Andaluzia


actualidad atualidade

temente expandimos a nossa cobertura de transporte regular de grupagem, coordenando agora transportes de e para a zona da Andaluzia, através da Moldtrans Sevilha. Podemos, ainda, oferecer diariamente saídas de, e para, toda a Europa em regime de carga completa, para além de serviços dedicados. Somos também parte da rede Palletways, especializando-nos na recolha e na entrega de paletes estandardizadas, oferecendo um serviço diário, especialmente competitivo para uma pequena quantidade de paletes por expedição, com tempos mínimos de trânsito. Os últimos anos, por responsabilidade da pressão do mercado, têm mostrado que a nossa diversificação fora uma importante solução: temos registado alterações interessantes nos Quais as empresas pertencentes ao nossos tráfegos para os países europeus grupo e destas quais as que são intermais a leste, e também no transporte nacionais? marítimo. A nossa solidificação nes- A Moldtrans é um grupo ibérico, tes mercados tem servido para que os com diferentes delegações espalhadas nossos clientes habituais possam contar pela Península. Estamos localizados ainda mais com a nossa colaboração, no Porto, Lisboa, Águeda (serviço estreitando a relação entre ambos, para Palletways), Alicante, Barcelona, Irún, além de proporcionar a hipótese de Madrid, Sevilla, Valencia, Las Palmas trabalharmos com diferentes clientes. e Tenerife. Todas as nossas delega-

ções lidam com tráfego internacional, dos mais variados tipos, sendo que colaboramos com diversos transitários internacionais, em pontos estratégicos de todo o mundo. Fazemos parte de duas redes internacionais de transporte, a Security Cargo Network e a Global Affinity Alliance, o que tem sido um importante apoio na expansão dos nossos serviços aéreo e marítimo. No fundo, trata-se de um grupo de presença local, mas com uma forte rede de trabalho global, nunca estática. Que desafios enfrenta o setor dos transportes e logística em Portugal e na Península Ibérica?

De grosso modo, as questões ligadas à globalização e à compressão do mercado são-nos também comuns. A mudança constante do estado do mercado obriga a uma capacidade de resposta mais ágil e menos agarrada ao convencional, sempre o mais adaptável possível. Diria que, de modo geral, é uma situação compreendida por grande parte dos setores profissionais. Ora, esta volatilidade é coerente também com o que nos é exigido diariamente. Raros

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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atualidade actualidad A Moldtrans Porto surge como um novo componente deste grupo, sendo a nova denominação da Bergareche Ruiz, contando com uma equipa com mais de 25 anos de experiência. Qual o volume de carga transportada/ movimentação logística realizado em 2018?

são os casos em que realizamos transportes com planeamento atempado: a forma de trabalhar dos nossos clientes mudou, é mais mutável e caracterizada por intervenções a curto prazo; essa mudança do paradigma alterou também a nossa forma de trabalhar, a nossa forma de responder ao solicitado e, por vezes, tentamos agir antecipadamente de maneira preventiva para evitar problemas prováveis. E quais são os constrangimentos legais comunitários (legislação ambiental, etc.)?

Na verdade, a legislação ambiental não nos tem afetado de forma drástica. A forma como tratamos os nossos resíduos, para além da iluminação na empresa, por exemplo, é algo que temos vindo a controlar de forma bastante sistematizada desde o início e ainda mais vincadamente desde 2005, ano em que obtivemos a nossa certificação de sistemas definida pela norma ISO 9001. Claro que nos obrigamos a estar atentos a todas as alterações no panorama legislativo, até para assegurar a boa qualidade dos nossos serviços, mas outro fator importante a referir é a nossa exigência na seleção de fornecedores e colaboradores, diminuindo assim os riscos ao lidar com questões legais. Os governos de alguns países, particularmente, vão constituindo leis que colocam alguns obstáculos no transporte de mercadorias, como, por exem24 act ualidad€

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A Moldtrans Porto (ex-Bergareche Ruiz) movimentou, em 2018, mais 10 mil toneladas face ao ano anterior e aumentou a faturação em mais de um milhão de euros

A Moldtrans Porto tratou de mais de 15 mil expedições, sem considerar o seu braço da Palletways em Águeda e a sua homóloga em Lisboa, representando um aumento de 5,2% face ao ano de 2017. Falamos de aproximadamente mais 10 mil toneladas taxáveis do que em 2017. Já o volume de faturação, aumentou, comparativamente com o ano anterior, mais de um milhão de euros. Que outros serviços do grupo se destacam face à concorrência?

Diria que, não obstante o mercado global em que nos inserimos, e obviamente a nossa ambição em sermos maiores e melhores, temos conseguido manter uma grande proximidade com os nossos clientes (e também nas nossas relações profissionais) o que contribui para que a nossa variada oferta se adeque ao plo, a França com a Lei Macron. Mas, que nos é exigido. Esta estratégia, que novamente, é apenas mais um desafio na verdade também nos agrada pelo para o que temos de ultrapassar dia- seu caráter mais humano, ou seja, de riamente. contacto pessoal, parece-nos também mais adequada à realidade nacional; O grupo nasceu em Espanha. Está pre- Portugal tem um tecido empresasente em que países? E quantos colabo- rial maioritariamente constituído por radores tem? pequenas e médias empresas, sejam O grupo Moldtrans nasceu em elas tradicionais, antigas, jovens ou de Espanha, fundado em 1979 por risco. Também estas empresas estão Marcelino Moldes. conscientes da pressão que o mercado Atualmente, o grupo dispõe de mais de exerce e é importante que tenham 40 mil metros quadrados de instalações colaboradores sérios do seu lado. O logísticas, estrategicamente localizadas nosso posicionamento, para além de na Península Ibérica, e tal como ante- continuarmos a servir os clientes de riormente mencionado, contando com maior dimensão, também é um de uma vasta rede de correspondentes e não esquecimento desta realidade. agentes nas principais cidades e portos Penso que por estarmos tão bem distribuídos pela Península Ibérica podedo mundo. Nas nossas delegações na Península mos contribuir muito incisivamente Ibérica, contamos com mais de 300 para o sucesso do tecido empresarial, colaboradores. nas suas diversas idiossincrasias. 


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Zara Home e Bordallo Pinheiro lançam coleção especial

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s coleções de louças em forma de couves e tomates icónicas da Bordallo Pinheiro encontram-se já à venda nas lojas da Zara Home, em Portugal e noutros países. A marca de produtos de decoração da espanhola Inditex e a fábrica de loiça portuguesa juntaram-se para criar uma edição especial, onde predominam os tons branco, verde e vermelho (na foto). São oito as peças que compõem a coleção, descrita pela Zara Home como “um match perfeito entre a funcionalidade e o desenho”.

Trata-se de “um serviço de jantar”, composto por pratos, travessas, taças, saladeiras e tigelas das conhecidas coleções do tomate e da folha de couve verde e branca. A coleção já à venda nas lojas e no site da marca, e disponível em vários países, é composta por peças entre os 9,99 euros, para um prato branco, e os 99,99 euros, para uma terrina da coleção do tomate. Segundo destaca a Zara Home, a Bordallo Pinheiro segue técnicas ancestrais e padrões de estética exigentes, fabricando desde 1884

“cerâmica de inspiração naturalista”, que chega agora como coleção de jantar aos clientes daquela cadeia espanhola. Entretanto, a Bordallo Pinheiro abriu em Paris a sua primeira loja, estando previsto para breve a abertura de um segundo espaço comercial, igualmente na capital francesa. A primeira loja da marca centenária fundada por Raphael Bordallo Pinheiro localiza-se na Boulevard Saint Germain, junto à estação de metro Solferino, uma das maioresruas comerciais de Paris, onde se encontram as principais marcas mundiais de moda e não só. A abertura, que ocorreu a 4 de dezembro, não foi uma novidadepara os franceses, pois “muitos se revelam conhecedores da marca Bordallo Pinheiro, ficando agradados pelas peças bordalianas, que não têm concorrência em França. Outro pormenor muito apreciado é a decoração da loja, na qual estão à venda todas as coleções da marca”, adianta o fabricante de Leiria. 

Jerónimo Martins, EDP, Galp, Sonae, Continente e Pingo Doce lideram na reputação de marcas J erónimo Martins, EDP, Galp, Sonae, Continente e Pingo Doce são as insígnias que mais têm a ganhar com a forma como são percecionadas pelo público. De acordo com a OnStrategy, são as marcas com maior valor financeiro associado à reputação em Portugal. Juntas, representam 57% do valor financeiro reputacional das 150 principais marcas no mercado nacional, o equivalente a mais de 19 mil milhões de euros. Contudo, nenhuma delas consegue atingir níveis de reputação

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de excelência, ficando-se por níveis robustos, com exceção da EDP que não vai além do moderado. “As empresas devem estar cada vez mais despertas para o impacto que o cálculo do valor financeiro da reputação e do risco reputacional têm na gestão diária da empresa. Não nos devemos limitar a avaliar a reputação apenas em situações de crise, quando a reputação pode estar em risco”, sublinha Pedro Tavares, partner e CEO da OnStrategy, citado pela “Executive Digest.pt”.

Luxo, brinquedos, automóveis, alimentação e bebidas, serviços de consultoria e serviços jurídicos são as indústrias com melhores níveis de reputação em 2019. No sentido inverso, surgem a construção, transportadoras aéreas, utilities e setor financeiro. O estudo tem por base a recolha e análise de informação financeira pública, nomeadamente o volume de negócios anual. A estes números são aplicados critérios estabelecidos após a auscultação de mais de 40 mil cidadãos em Portugal. 


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Coca-Cola vai apoiar mulheres empreendedoras em Portugal O primeiro workshop em Portugal do projeto “Bora Mulheres”, promovido pela Coca-Cola, vai decorrer nos próximos dias 9 e 10, em Lisboa. O novo programa de formação profissional e empreendedorismo feminino arranca nas instalações da Impact HUB, e destina-se a mulheres que querem desenvolver uma ideia de negócio ligada ao setor da alimentação e bebidas. Na apresentação do programa, o responsável da Coca-Cola European Partners, Márcio Cruz, afirmou que “com ‘Bora Mulheres queremos oferecer o conhecimento e as ferramentas necessárias a todas aquelas mulheres que queiram evoluir profissionalmente em projetos ligados ao setor da alimentação e bebidas, assim como criar redes, facultar-lhes conhecimento sobre quais as ferramentas que têm à disposição na sua área geográfica e melhorar a sua confiança para que acreditem nelas mesmas”. Ana Gáscon, da The Coca-Cola

Company declarou, por seu lado, que o projeto “faz parte da estratégia de sustentabilidade da Coca-Cola, ‘Avançamos’, com a qual tanto a The Coca-Cola Company como a CocaCola European Partners na Europa Ocidental pretende atuar na sociedade, sendo um agente de mudança positiva na promoção da inclusão e desenvolvimento económico. Com o ‘Bora Mulheres damos visibilidade ao talento feminino”, concluiu. Alice Artur, organizadora do ‘Bora Mulheres’ e membro da Impact Hub, destacou que “a aprendizagem contínua é uma das principais características da pessoa empreendedora, cada dia aparecem novos desafios que implicam estar atualizada e à frente do mercado, se queremos ser competitivas”. O ‘Bora Mulheres consiste num curso intensivo de formação que decorre ao longo de um fim de semana, em que as mulheres participantes terão a possibilidade de conhecer técnicas

para melhorar as suas capacidades e competências, aprender como é o funcionamento diário de uma empresa e descobrir métodos e técnicas que permitam melhorar e crescer no futuro. Estes cursos são lecionados por colaboradores profissionais da Impact HUB, organização especializada em empreendedorismo presente em mais de 50 países do mundo. Depois de Lisboa, a segunda etapa do ‘Bora Mulheres chegará ao Porto, no fim de semana de 25 e 26 de maio. 

Campanha da SEAT tem uma versão portuguesa, filmada em Lisboa

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campanha “Why not Now?” da SEAT tem uma versão portuguesa, filmada na região de Lisboa. Trata-se do filme de produto, que dá a conhecer em pormenor as principais características do novo Tarraco – ao mesmo tempo que se lança um apelo ao público para acabar com as desculpas. “Todo o mood do Tarraco, assim

como esta campanha, tem um objectivo muito claro: transmitir a todas as pessoas que um dia pensaram em parar, que não o façam, que continuem a crescer. Sem desculpas. Não paramos porque envelhecemos, envelhecemos porque paramos. O novo SEAT Tarraco é um grande SUV capaz de nos conduzir ao próximo desafio”, explica Teresa Lameiras, diretora de Marketing & Comunicação da marca em Portugal. O filme rodado em Lisboa está na base de uma campanha multimeios, que arrancou no final de fevereiro,

e que inclui televisão, plataformas digitais, cinema, imprensa, rádio e outdoor. A campanha visa, em simultâneo, apresentar uma solução de easy renting, para aquisição em Portugal do novo modelo da marca espanhola. O SEAT Tarraco foi desenvolvido para condutores que procuram emoção e funcionalidade num único veículo. Pessoas que precisam do sentido prático de ter até sete lugares e o espaço para transportar a família e os amigos, mas que apreciam um automóvel que reage às exigências do condutor garantindo uma dinâmica envolvente.  março de 2019

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Iberdrola distingue empresa portuguesa Socorpena com “Prémio Fornecedor do Ano”

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Iberdrola reconheceu a empresa portuguesa Socorpena, com o Prémio Fornecedor do Ano 2018, na categoria de Serviços de Construção. A Socorpena – empresa do norte de Portugal, que tem a cargo a construção de todos os acessos às centrais hidroelétricas de Gouvães e Alto Tâmega, no âmbito do projeto do Sistema Eletroprodutor do Tâmega – foi distinguida pela promoção do emprego local e ainda pela qualidade

do trabalho realizado, bem como pela sua capacidade de cumprir os exigentes prazos, impostos pela Iberdrola, para a execução das suas funções. O Sistema Eletroprodutor do Tâmega contempla a construção de três barragens: Alto Tâmega, Daivões e Gouvães. Os trabalhos avançam a bom ritmo, de acordo com o previsto desde o início do projeto, estando já executada 35% da construção. Até 2023, o Sistema Eletroprodutor do

Tâmega deverá estar completamente concluído. Com estes prémios, a Iberdrola tem como objetivo incentivar, promover e reconhecer o trabalho dos seus fornecedores, fundamental para o alcance dos objetivos estratégicos da empresa. O evento, que ocorreu no final do ano passado em Madrid, contou com a participação de cerca de 340 convidados, entre eles representantes de 167 fornecedores da empresa de diferentes países e vários setores. Entre outros executivos da empresa, estiveram presentes no evento o presidente do grupo, Ignacio Galán, que salientou, durante o seu discurso, que “com os fornecedores respondemos hoje aos importantes desafios impostos pela ONU aos objetivos de desenvolvimento sustentável, para os quais o papel das empresas - grandes e pequenas - é fundamental”. “A Iberdrola continuará a ser um motor de crescimento industrial nos países em que está presente, exercendo um importante efeito impulsionador sobre milhares de fornecedores em todo o mundo”, destacou ainda. 

Mango lança assistente de moda virtual R eceber sugestões de artigos e descobrir se determinado tamanho está disponível em loja são apenas algumas das mais-valias da nova assistente virtual da Mango. Apelidada de “Fashion Assistant”, permite também enviar fotografias de um vestido, por exemplo, e receber recomendações de artigos semelhantes da marca. Esta funcionalidade poderá ser especialmente útil para quem se cruza na rua com uma peça da qual gosta muito mas não sabe onde a encontrar. A “Fashion

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Assistant” não dará a resposta exacta a menos que se trate de uma peça da Mango, mas apresentará resultados que prometem ser similares. Os utilizadores podem fazer o upload de uma imagem que já tenham no telemóvel ou tirar uma fotografia no momento. Podem também submeter imagens de peças de roupa que tenham visto online. Em alternativa à imagem, é possível escrever o que se pretende. “A experiência de cliente é um elemento-chave no processo de trans-

formação digital que estamos a levar a cabo na Mango”, explica Guillermo Corominas, diretor de Clientes da Mango. Em declarações ao site espanhol Marketing News.es, o responsável indica que “é importante continuar a inovar nos dispositivos móveis, uma vez que representam, cada vez mais, uma maior parte do tráfego online”. A “Fashion Assistant” não está disponível em Portugal, mas é possível descarregar a aplicação da Mango e testar as funcionalidades em espanhol. 


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Sonae Arauco decora espaço de nova exposição no CCB O Centro Cultural de Belém voltou a apostar na gama Innovus Coloured MDF da Sonae Arauco, depois do sucesso da utilização em 2018. Desta vez, foram selecionados painéis de cor cinza para fazer parte da exposição, uma escolha da responsabilidade dos arquitetos Girão Lima, justificada pela singularidade estética desta solução. A gama Innovus Coloured MDF distingue-se ainda por ter uma forte componente ligada à sustentabilidade, uma vez que se trata de um material amigo do ambiente e livre de formaldeído. “É com satisfação que voltamos a ser parceiros do Centro Cultural de Belém numa das suas exposições. O

CCB é uma das grandes referências da cultura em Portugal e, por isso, é importante apoiar este espaço com um produto tão relevante e diferenciador do portfólio da Sonae Arauco como é o Innovus Coloured MDF”, refere Michelle Quintão, Marketing Director da Sonae Arauco. A empresa vai apoiar o CCB, através da disponibilização de placas da gama Innovus Coloured MDF, cinzentas, que farão parte da estrutura da exposição internacional “A Universidade está no ar – Difundir a Arquitetura Moderna / Reino Unido 1975-1982”. “Os painéis decorativos desta gama são únicos, pelo aspeto natural e orgânico e pela luminosi-

dade das cores. O uso de pigmentos selecionados garante que a cor do painel não desvanece com a exposição solar”, afiança a marca. “A Sonae Arauco respondeu exemplarmente ao repto lançado, através da consignação de decisivos donativos em espécie que materialmente apoiam a concretização das Exposições de Arquitetura da Garagem Sul, demonstrando assim uma participação indelével na atividade do CCB, e contribuindo para a qualidade da oferta cultural na cidade de Lisboa e no país”, explica, por seu lado, Elísio Summavielle, presidente da Fundação Centro Cultural de Belém.  PUB

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Banco Montepio: uma nova imagem, os valores de sempre

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banco Montepio apresentou a sua nova identidade visual. “Chega uma nova imagem com a atitude e o rasgo que o futuro exige. A evolução da identidade atual reflete a nova visão do Montepio: um banco português e independente cada vez mais perto dos portugueses (famílias, empresas e instituições do setor social)”, refere o banco. Uma instituição quase bicentenária, em que tradição e inovação coabitam em perfeita harmonia, e cuja imagem

surge simbolizada agora por apenas um pelicano em vez de dois. A nova imagem respeita o património histórico e cromático da instituição. “O pelicano– símbolo ancestral da marca– fica cravado no futuro. A pose protetora deu lugar a uma nova postura corporal. Agora, de cabeça erguida, o pelicano representa a força e a confiança de um banco preparado para os desafios futuros”, refere a instituição financeira. O azul, herdado da história do

Montepio, é o legado. Transmite confiança, segurança e determinação. E chega um novo amarelo, otimista e enérgico, que simboliza a proximidade, a inovação e a renovação. A nova imagem já começou a chegar a alguns balcões, à página de internet, à app , ao homebanking e às redes sociais. Durante o mês de fevereiro, mais de cem balcões incorporaram a nova sinalética, e o projeto de renovação deverá ficar completo até ao fim do mês de maio. A mudança da imagem enquadra-se num ambicioso “Plano de transformação”, de que está a nascer uma instituição mais simples, mais ágil e sustentável, preparada para responder com inovação e relevância às necessidades de todos os clientes, onde quer que estejam. Muda a imagem, ficam os valores de sempre. A promessa mantém-se na assinatura de marca que não muda: “Valores que crescem consigo”. 

Letra cria cerveja em parceria com chefe Ljubomir Stanisic U ma cerveja feita de maltes e lúpulos mas também de ras-el-hanout, uma especiaria de origem marroquina. Em traços gerais, assim é a Bicho do Mato, criada pela Letra em parceria com o chefe Ljubomir Stanisic. É também uma cerveja artesanal encorpada, robusta, equilibrada e até inusitada, de acordo com a Letra, uma vez que tem um aroma cítrico e tropical. “É Ljubo levado à Letra

– duro de roer, mas fácil de beber”, indica a cervejeira, adiantando que a novidade poderá ser provada, para já, nos dois bares da Letra (Porto e Vila Verde) e no restaurante 100 Maneiras. Mais tarde, chegará a outros pontos de venda de norte a sul do país. A apresentação da Bicho do Mato aconteceu na Festa da Serra, em Santa Margarida da Serra (Grândola), onde

Ljubomir Stanisic transformou o habitual lanche anual num banquete para cerca de 200 pessoas. Quanto à Letra, a empresa de cervejas artesanais explica que a comunidade se juntou à iniciativa com o objetivo de angariar fundos para a recuperação da igreja da freguesia e recolher bens alimentares e vestuário, para apoiar a população mais carenciada. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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marketing Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE)

marketing

Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614

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Marco Paulo no espetáculo “Maravilhoso Coração” no Altice Arena

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concerto Por Um Novo Futuro traz, em 2019, o espetáculo solidário “Maravilhoso Coração” com Marco Paulo e a participação especial dos convidados Marco Rodrigues, Raquel Tavares e o Coro Infantil do Alentejo. Marco Paulo é uma figura incontornável do meio artístico português e detentor de uma carreira intensa e reveladora de uma personalidade vibrante, carismática e lutadora, e ao fim de mais de 50 anos de carreira, continua a apaixonar o público de uma forma única. No Altice Arena, em Lisboa, dia

15 de maio de 2019, o concerto Por Um Novo Futuro será feito de emoções, temas novos e os grandes êxitos de sempre, que marcaram gerações. As canções, letras marcantes, os músicos que acompanham Marco Paulo e, essencialmente, a presença e voz inconfundíveis do cantor de hinos como “Maravilhoso Coração” e “Eu tenho Dois Amores”, são a conjugação perfeita para um espetáculo solidário e memorável. De mãos dadas, a música e a solidariedade juntam-se pelo nono ano consecutivo para ajudar a

Associação Novo Futuro. Marco Paulo, nome maior da música portuguesa, com mais de 70 discos publicados, muitos deles de platina, vai apresentar-se num concerto sempre único e especial, para proporcionar uma noite de muita música e boa disposição e contribuir para a melhor das causas – ajudar as crianças institucionalizadas. Os bilhetes já estão à venda e variam entre os 15 e os 40 euros. A Associação de Lares Familiares para Crianças e Jovens Novo Futuro tem como missão o acolhimento em pequenos lares familiares de crianças e jovens em risco social, privados de um ambiente familiar seguro. A Novo Futuro já acolheu até hoje, 221 crianças/jovens em risco, das quais 148 validam os resultados que têm sido alcançados com este modelo, dado seguirem positivamente os seus projetos de vida. 

Fundação La Caixa abre nova edição do programa CaixaImpulse A

Fundação La Caixa acaba de anunciar a abertura da quinta edição do programa CaixaImpulse, uma iniciativa que pretende promover a transformação do conhecimento científico criado em centros de investigação, universidades e hospitais em empresas e produtos que geram valor para a sociedade, tanto em forma de uma empresa derivada (spin-off ) como de um acordo de transferência. Este programa conta com a colaboração do Caixa Capital Risc 32 act ualidad€

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e com o apoio do EIT Health, um consórcio de mais de 144 empresas, universidades e centros de investigação líderes em inovação, biomedicina e saúde. O EIT Health é a aposta da União Europeia para promover a inovação na Europa e uma das maiores iniciativas do mundo na área da saúde que conta com financiamento público. Esta colaboração permite que a convocatória do programa CaixaImpulse contemple todos os países da União Europeia.

Os centros de investigação interessados em participar no programa podem enviar as suas propostas pela Internet, entre 4 de fevereiro e 18 de março, através do website Caixaimpulse.com. Os critérios de seleção serão baseados em cinco requisitos, que incluem, por exemplo, a qualidade da ciência e do projeto: nível de inovação e desenvolvimento do projeto e estado de proteção da propriedade intelectual ou ainda o potencial do projeto no mercado. 


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Empresários do Centro apoiam estudantes do ensino superior A

s Bolsas + Indústria, a iniciativa pioneira que pôs empresas a premiar o mérito dos melhores estudantes que ingressam no ensino superior, atribuindo-lhes bolsas anuais no valor da propina, foram entregues no passado dia 19, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Foram concedidas 41 bolsas a estudantes, atribuídas por 33 empresas, no âmbito do projeto +Indústria que resulta da estreita colaboração entre o Politécnico de Leiria e as empresas da região de Leiria. As Bolsas + Indústria são financiadas pelo tecido empresarial da região de Leiria, que, desde 2013, se comprometeu, em parceria com o Politécnico de Leiria, a desenvolver ações que aproximem a aca-

demia da realidade industrial, a promover a formação em contexto empresarial, disseminar o conhecimento e tecnologia, e realizar ações de responsabilidade social conjuntas beneficiando estudantes, professores e empresas. “Uma vez que se assinalam cinco anos da atribuição das primeiras bolsas aos nossos estudantes, achámos que fazia sentido trazer o evento ao Pavilhão do Conhecimento, em particular ao auditório José Mariano Gago. Este projeto colaborativo é um excelente exemplo da relação entre o ensino superior e a sociedade, onde a relação e compromisso entre empresas e o Politécnico de Leiria é pleno, representando um claro legado do Professor José Mariano Gago,

nomeadamente porque valoriza o conhecimento e coloca-o ao serviço da sociedade. Este projeto entre o Politécnico de Leiria e o tecido empresarial, que foi pioneiro, contribuiu para percursos de sucesso de estudantes que acabaram por integrar as empresas que os apoiaram, e que tem granjeado reconhecimento nacional e internacional”, explica Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria. Ao abrigo do protocolo +Indústria, celebrado entre o Politécnico de Leiria, a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria e a Cefamol Associação Nacional da Indústria de Moldes, foram já apoiados, desde 2013, 136 estudantes, por mais de 50 empresas. 

Montiqueijo poupa 47 toneladas de plástico em 2018 A

Montiqueijo – marca portuguesa produtora de queijos e a única com produção desde a origem– anuncia que reduziu a utilização de plástico em 47.025 quilos no ano passado. A retirada do cincho (forma que envolve o queijo) nos seus produtos permitiu poupar mais de 165 toneladas de plástico entre 2016 e 2018. Através da geração própria de eletricidade solar, a marca conseguiu também evitar a emissão de 77 toneladas de CO2 em 2018. Ao longo dos anos a empresa nacional tem investido em medidas para reduzir o impacto da sua atividade no ambiente e assumir uma responsabilidade socioambiental cada vez maior. A Montiqueijo assume-se como uma empresa eco- friendly , nomeadamente por ter sido, entre outros aspetos, a pri-

meira do seu setor a retirar o cincho dos seus queijos (1998), bem como por ser pioneira no setor a instalar um sistema solar f o t ov o l t a i c o (2015), produzindo 203 toneladas de queijos anualmente, cuja produção é assegurada a 100% por energia solar, ou ainda por ter reduzido 165 toneladas de plástico nos últimos três anos. Por outro lado, é a única empresa do setor com circuito completo do processo produtivo, controlando a produção da maté-

ria-prima principal para os seus produtos (leite), ou seja, tem produção desde a origem, garantido a máxima qualidade dos queijos, sem esquecer a aposta na economia circular, que se verifica ao nível do cereal que alimenta os animais até à produção do queijo. 

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Transición energética –

Por Luis Valero Artola*

dialogo y pacto de Estado

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¿De donde se obtendrán estos importantes recursos económicos? En otro lugar de Madrid, los principales directivos del sector energético ibérico debatieron el mismo tema pero con un enfoque más cercano a la cruda realidad. Otros temas en análisis fueron mejorar y ampliar el mercado del gas, la necesidad de reformar el mercado de la electricidad, las interconexiones de la Península Ibérica con Europa, el futuro de los ciclos combinados, las energías renovables y sus limitaciones, el mercado de emisiones de CO2, el importante papel a jugar por el gas natural como energía más eficiente a corto plazo en el tránsito a una economía descarbonizada, etc. Ello sin olvidar los gases renovables, como el biogás y el papel a jugar por el hidrógeno. Especial mención hizo el comisario

Foto Sandra Marina Guerreiro

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l pasado 18 de enero, coinci- vo “Plan de Energía y Clima 2021dieron en Madrid dos jorna- 2030”, pendiente todavía de ser predas sobre “La transición ener- sentado a la Unión Europea. getica”, una organizada por el Se anunció la cifra de 235 mil miMinisterio de Transición Eco- llones de euros como la necesaria logica y Energía, y la segunda por la para cumplir los objetivos del plan. Cámara de Comercio Hispano Portuguesa y KPMG en su tercera edición, bajo el título “La Transicion “El petróleo siempre Energetica en el Mercado Ibérico”. tendrá un peso En la primera, participaron el presidente de Gobierno, la ministra para importante y será la Transición Ecológica, Teresa Rimuy difícil en muchos bera, y representantes de organismos internacionales como Naciones Unicasos su sustitución, das y el mundo académico, experto si bién, la evolución en la transición ecológica. En la segunda, participaban jun- tecnológica del sector to al comisario Miguel Arias y el debe estar abierta a ministro portugués de Ambiente y Transicion Energetica João Matos, el todas las alternativas” secretario de Estado de Energía, José Dominguez Abascal, y altos directivos del sector de España y Portugal. Los dos encuentros con enfoques diferentes tenían el mismo objetivo, informar y debatir el difícil desafío que supone la transición a una economía descarbonizada. La jornada gubernamental, bajo el titulo “Horizonte 2030. Los objetivos del desarrollo sostenible y la transición ecológica”, se planteaba con un enfoque fundamentalmente político, con declaraciones como: ”El coste social de la transición ecologica” o “ el cambio ecológico, debe ser socialmente justo”. “España debe contribuir a crear una economía global, prospera, justa y ecológica”, etc. En este marco, se informó del nue-


opinión

Miguel Arias a la contribución de la des no pueden ser deterministas faenergía atómica, a la que asignó un voreciendo unas u otras tecnologías papel angular con un porcentaje del y debería ser la eficiencia energética y 20% de la generación eléctrica. su coste las que determinen su éxito. En la mesa-debate dedicada a la El mejor ejemplo de lo que no se industria petrolera, muchas veces debe hacer, es lo sucedido en España señalada de forma injusta como con la demonización del motor diésel. el “patito feo” del sector energético, Hoy los motores diésel en el merlos interviniéntes pidieron neutrali- cado son tan limpios como los de dad tecnológica en las políticas que gasolina y cumplen las normas en se apliquen y diálogo con las auto- materia de emisiones y CO2. El gran desafío es la renovación de ridades. La industria del refino está haciendo sus deberes, reduciendo las los vehículos diésel antiguos, que son emisiones de CO2 en sus plantas, y muchos y en manos de las clases meha cerrado 27 refinerías en la UE en nos favorecidas. Su sustitución por los últimos años, ninguna en España. el coche eléctrico sera muy costoso y El petróleo siempre tendrá un peso llevará mucho tiempo. importante en el mix energético y Cualquier medida social que fomenserá muy difícil en muchos casos su te la concienciación del consumidor sustitución, si bién, la evolución tec- en materia energética, puede ser más nológica del sector debe estar abierta eficaz y menos costosa, que ayudas y a todas las alternativas. Las autorida- subvenciones mal planteadas.

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Ante tan compleja situación, el diálogo entre todas las partes involucradas no puede ni debe faltar. El comisario Miguel Arias expuso el marco legal ya aprobado, que regulará la transición energetica en la UE. Su calendario está blindado a los cambios políticos de los diferentes países de la UE. Estamos hablando de una política de Estado para el sector de la energía y ese es el desafío que tiene nuestra clase politica. Diálogo y sentido de Estado es lo que nos pide la sociedad. Un reto difícil, que hay que asumir que agradecerán las generaciones futuras.  * Tecnico comercial economista del Estado y consejero ejecutivo de la Cámara de Comercio Hispano Portuguesa E-mail: lva1948@gmail.com

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El reto

de la industria del automóvil de

reinventarse

La industria del automóvil en la Península Ibérica, al igual que en el resto de Europa, se está transformando. La incursión del coche eléctrico, en detrimento del diésel y de la gasolina, va a traer nuevos cambios al sector. Todavía hay incertidumbre entre los consumidores y cierto recelo entre los fabricantes pero se busca un modelo con el que todos ganen. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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l sector del automóvil, obligado a cambiar de paradigma, se encuentra en medio de una gran transformación, a la vez que lenta. El coche de combustión dejará paso al eléctrico aunque para que esto ocurra todavía hay muchos interrogantes por resolver y problemas que solucionar. No obstante, la cuota de coches eléctricos en Europa sigue siendo residual, apenas un 2,35% del total de matriculaciones. Ya se ha superado la marca del millón de coches eléctricos circulando por la carretera y el crecimiento, principalmente en los países del norte de Europa, supera el 40% año tras año. Existe consenso generalizado en Bruselas y en los Gobiernos europeos de que los vehículos de combustión (diésel y gasolina) dejen de existir a medio/largo plazo. "Los motores de combustión desaparecerán mucho más rápido de lo que todos esperamos", advertía hace tres meses la comisaria europea de Industria, Elzbieta Bienkowsk a. Pa íses como Reino Unido, Francia, Dinamarca, Irlanda, A lemania, Holanda o Noruega han puesto fechas de caducidad a la venta de coches diésel y gasolina. En España, el borrador de la Ley de Cambio Climático y Transición Energética, prohíbe la venta de los coches diésel, gasolina e híbridos en el 2040. Una ley que no verá la luz en esta legislatura, una vez que se han convocado elecciones anticipadas y no hay tiempo para su aprobación en el Congreso y en el Senado. En Portugal, el ministro de Ambiente, Matos Fernandes, ya ha lanzado un mensaje a los portugueses: en la próxima década no tendrá sentido comprar coches diésel. Si miramos los números de

Con la posible prohibición a la matriculación de coches de combustión de cara al año 2040 y la consiguiente prohibición a circular por la carretera en 2050, se abre un nuevo panorama para el coche eléctrico fabricación de vehículos del 2018, tanto en España como en Portugal, comprobamos que se trata de una industria fuerte y consolidada que da trabajo a miles de personas. Este cambio que se avecina traerá una transformación importante en las fábricas que se deberán adaptar a los nuevos modelos. Los representantes de los fabricantes de automóviles y componentes piden estrategia a los gobiernos para que nadie salga perjudicado.

“El año 2018 ha sido complejo”, subraya Noemí Navas, portavoz de la Asociación Española de Fabricantes de Automóviles y Camiones (ANFAC). “La nueva normativa de medición de emisiones W LTP ha marcado el desarrollo de las ventas que fueron altas hasta agosto, septiembre, en octubre se frenaron y noviembre y diciembre fueron también a la baja”, añade. Unos números que a su entender “traducen la incertidumbre que existe en el consumidor medio que no sabe qué coche comprar” ante los cambios anunciados. “En enero de este año hemos visto que el canal de particulares ha caído y se suman las previsiones más negativas de lo esperado. En España la producción de vehículos cayó en 2018 un 1% respecto el 2017, con 2.819.565 unidades. En el caso concreto del mes de diciembre se produjo una caída del 16,1%. Solo el 32% de la fabricación en España ha sido diésel frente al 40% del año anterior. Las exportaciones de vehículo español fuera de las fronteras se redujeron un 0,6%. Y las matriculaciones de turismos y todoterrenos crecieron un 7% hasta alcanzar las 1.321.438 unidades. março de 2019

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Mercado de componentes Hablar de la industria del automóvil conlleva hablar de la fabricación de componentes. En Portugal existen 235 empresas en este sector que emplean de forma directa 55 mil personas con un volumen de negocio de 11,3 mil millones de euros de los cuales 9,4 mil millones fueron exportados directamente. Tal y como recuerda Adolfo Silva, director de la Asociación de Fabricantes para la Industria del Automóvil (AFIA), la mayoría de los 294 mil vehículos fabricados en Portugal son exportados. “Es un sector con tremenda importancia en la economía nacional por su peso en el PIB y en las exportaciones”, subraya. De media, un vehículo europeo recorre 13 mil kilómetros por año. El 75% de las mercancías que se mueven por Europa lo hacen por transporte por carretera y el 55% cuando hablamos de transporte de personas. “El transporte por carretera genera el 17% del total de las emisiones de CO2 en Europa. Hay otros factores que generan igual-

mente CO2 como son la energía (30%), la industria (19%), los edificios (13%)o la agricultura (10%)”, subraya Adolfo Silva. Cree muy importante que la industria del automóvil contribuya a la reducción de emisiones pero advierte: “que nadie piense que con este esfuerzo el mundo va a ser verde”. Para el director de AFIA es muy importante destacar que en los últimos 15 años los coches diésel han logrado reducir un 84% los límites de los óxidos y e un 90% las emisiones de partículas. “Entre 1995 y 2015 se ha logrado una reducción del 36% de CO2”, matiza. En el 2021 se espera reducir las emisiones de CO2 a 95 gramos, “en el 2025 se reducirá un 15% más y en el 2030 un 30%. La propia industria del automóvil está sujeta a un esfuerzo enorme y eso se tradujo en una reducción de la venta de coches diésel”. En el 2014 el 53,6% de los vehículos vendidos en Europa tenían motor diésel y en el 2017 eran 44,8%. Adolfo Silva afirma que el coche

Desde ANFAC recuerdan que comparten el objetivo de descarbornización y la mejora del

aire y creen que se debe seguir trabajando para traer la mejor tecnología a las carreteras espa-

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diésel va a perder terreno pero no tanto como se augura: “En el escenario más positivo, en el 2025 el 18% de los coches serán eléctricos y de los restantes un 18% diésel, un 33% gasolina y un 29% híbridos”. Concretamente del coche eléctrico tiene serias dudas porque “su desarrollo va a depender mucho de otros aspectos como el precio o la autonomía de las baterías”. En lo que se refiere a los componentes, el coche eléctrico “va a utilizar muchos de los que ya se utilizan y otros dejarán de usarse. No esperamos un impacto demoledor”. En el caso específico de Portugal, “el 98% de los coches de la UE llevan al menos un componente fabricado en Portugal”. Eso sí, reconoce que existe cierta preocupación en el sector por el grande cambio que se está produciendo. No solo en lo que se refiere al coche eléctrico sino porque “el número de vehículos que se vendan se va a reducir y se va a pagar menos por el mismo componente”.

ñolas. “Hace falta una hoja de ruta conjunta con medidas. Las prohibiciones paralizan el mercado”, puntualiza la portavoz. Los fabricantes están invirtiendo miles de millones para esta transición aunque “no pueden ir solos, hay que motivarlos para que sigan invirtiendo en innovación”, añade. En el caso de Portugal, en el 2018 se produjeron 294.366 vehículos, siendo el mejor año en la historia de la industria del automóvil nacional. Según los datos de la Asociación del Comercio del Automóvil de Portuga l (ACAP), un 97% de los vehículos fabricados en Portugal tuvieron como destino el mercado externo


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Víctor Ruiz Ezpeleta considera que las fábricas “no van a tener otro remedio que reconvertirse para producir coches híbridos y eléctricos” (Europa sigue siendo el mercado líder de dichas exportaciones). El peso del diésel bajó en el último año del 61% para el 53% mientras que el coche de gasolina aumentó para 39%. Los modelos híbridos y eléctricos pasaron a pesar un 7,4% del total del último año. “Cada marca tiene su estrategia. Todas van en dirección de reducir las emisiones”, explicó José Ramos, presidente de ACAP, en el balance anual del mercado. Recordó que de los 45 mil millones de ingresos

Proyecto EVC1000, el proyecto de Europa para el coche eléctrico La Unión Europea ha emprendido el camino hacia la revolución de las baterías tradicionales para lograr que los coches eléctricos del futuro se muevan gracias a las baterías europeas y no las chinas. Se trata de un proyecto coordinado por Austria y con un presupuesto de casi siete millones de euros cuyo objetivo es desarrollar componentes eléctricos para conseguir recorridos diarios de 1.000 km de aquí a 2021. Esto, unido a un sistema de recarga rápida que permita recuperar toda la autonomía en menos de 90 minutos. El ambicioso proyecto EVC1000 ('Componentes de Vehículos Eléctricos para viajes diarios de mil kilómetros') se enmarca dentro del programa Horizon 2020, mediante el cual la Unión Europea quiere impulsar el desarrollo y la innovación de la industria europea para que mantenga su

competitividad a nivel mundial. Para conseguir este fin se ha reunido a diez empresas del sector automotriz– entre los que destacan Audi y JAC – así como de la esfera de la ciencia para desarrollar un SUV eléctrico que disponga de una autonomía de mil kilómetros. La elección de una carrocería de tipo SUV se debe a su mayor altura y espacio, lo que unido a que los motores, la transmisión y los módulos de potencia se reubican en las ruedas permitirá liberar un gran espacio que podrá ser aprovechado para instalar baterías de mayor tamaño y capacidad. Además de desarrollar el conjunto de componentes necesarios para fabricar este tipo de vehículos, la nueva alianza centrará sus esfuerzos en una tecnología que permite introducir motores eléctricos en las ruedas del coche.

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Primer coche eléctrico de Seat

En las próximas semanas se espera conocer el primer coche eléctrico de SEAT que debería comenzar su fabricación en el 2020. Según el director general de SEAT, el primer modelo eléctrico se colo-

cará algo por encima de tamaño respecto al Volkswagen ID (previsto para este año), y por debajo el SUV que está preparando Skoda, el Vision e Concept. Por su parte, el director de Inves-

previstos en los Presupuestos del Estado para este año, el 19,5% Anfac calcula que vienen del automóvil. Todavía España deberá pronadie pensó en cómo van a tributar los coches eléctricos. Se habla ducir 500 mil elécde metas para el 2030 pero no se tricos al año en 2030 sabe cómo”, matizó Ramos. Analizando estos datos, parece para mantenerse evidente que la desaparición del en el noveno puesto coche de combustión no será algo rápido teniendo en cuenmundial de producta además que el diésel seguirá tores de vehículos. siendo mayoritario en el tráfico pesado, en los camiones y furEse año, la cuota de gonetas. De momento no existe mercado en Europa alternativa ni en los vehículos híbridos ni en los eléctricos, que de este tipo de vehíno tienen la potencia ni la autoculos rondará el 30% nomía suficientes para dar ese servicio. Además, los fabricantes están comprometidos por sus inversiones durante los próximos siones. “El diésel no va a desapatrés-cuatro años por lo que ace- recer rápidamente porque seguilerar este cambio supondría no rá siendo el transporte elegido amortizar sus millonarias inver- para las mercancías”, puntualiza 42 act ualidad€

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tigación y Desarrollo de la firma, Matthias Rabe, ha confirmado que los planes de la marca pasan por lanzar un vehículo de tamaño similar al León, pero con propulsión 100% eléctrica, convirtiéndose en el primer miembro de la firma española que utiliza la plataforma MEB del grupo Volkswagen. El nuevo modelo podría llamarse Seat Born, E-Born o Born-E, en referencia a un conocido barrio de Barcelona. La firma no ha revelado el estilo de la carrocería pero al usar la plataforma de Volkswagen se espera que clone su sistema, con un motor de 150 kW (204 CV) y al menos un par de packs de batería a seleccionar con capacidades de entre 48 y 75 Wh respectivamente, suficiente en su batería de más capacidad de superar los 500 kilómetros homologados.

Massimo Cermelli, profesor de Deusto Business School , experto en Automoción y Movilidad. Recuerda que “con el marco regulatorio, cada vez más duro con las emisiones de gases, la conciencia ecológica de los conductores, la mayor conciencia de los fabricantes, apuntan a una larga transición en la que se irá a vehículos limpios, híbridos y eléctricos, y desaparecerán los motores diésel y gasolina”. Y otro aspecto a tener en cuenta es que los diésel y gasolina van a alargar su vida, gracias a que los fabricantes han bajado drásticamente las emisiones de CO2 en el motor de gasolina, y de óxido nítrico (NOx) en los motores diésel, que es el más nocivo. Parque automóvil del coche eléctrico Con la posible prohibición a


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la matriculación de coches de combustión de cara al año 2040 y la consiguiente prohibición a circular por la carretera en 2050, se abre un nuevo panorama para el coche eléctrico que ya cuenta con un millón de unidades en toda Europa. Ante este panorama, todavía por aprobar, parece claro que la tecnología de los coches eléctricos ganará protagonismo. “El parque automóvil del coche eléctrico en España está en crecimiento. Estamos mejorando pero En Portugal, las vamos un poco tarde y por debajo de la media europea”, resalta ventas de coches Víctor Ruiz Ezpeleta, profesor de eléctricos crecieron EAE Business School. En España, en el 2018, representaba un 148,4% el año pasado 0,5% del total frente al 24% que y representaron el representan en Noruega. “Hay unos 35 mil vehículos eléctricos 1% del total de ligefrente a los 55 mil de Francia ros de pasajeros de o los 75 mil de Alemania. Para mejorar estos números hace falta todo el país tener una mejor infraestructura, que la carga sea más rápida y que existan más puntos de recarga”, cuota de mercado en Europa de resalta el profesor. este tipo de vehículos rondará el Aunque existe una gran incer- 30%. En España, según el infortidumbre sobre el futuro de los me de la comisión de expertos coches diésel y gasolina, “ya no sobre Transición Energética puhay marcha atrás y los expertos blicado este año, el número de hablan de una transición total eléctricos oscilará entre los 969 en los próximos 20 años”, indi- mil y los 2,4 millones. ca Víctor Ruiz Ezpeleta. Por eso, En Portugal, las ventas de coconsidera que las fábricas “no ches eléctricos crecieron 148,4% van a tener otro remedio que re- el año pasado y representaron el convertirse para producir coches 1% del total de ligeros de pasajehíbridos y eléctricos”. No solo es- ros de todo el país. En los últitas fábricas sino que “arrastrará a mos doce meses el número de veotras, como las de componentes, hículos eléctricos circulando por porque serán necesarias más ba- las carreteras nacionales duplicó. terías, suministros, etc...”. José Gomes Mendes, secretario Anfac calcula que España debe- de Estado de Medio Ambiente rá producir 500 mil eléctricos al portugués, anunció hace tres meaño en 2030 para mantenerse en ses que cinco de cada 100 coches el noveno puesto mundial de pro- vendidos en Portugal son eléctriductores de vehículos. Ese año, la cos. Si se añaden los híbridos en-

Ventajas y desventajas del coche eléctrico Ventajas: -

Cero emisiones Aparcamiento en ciudades Coste por kilómetro inferior Beneficios fiscales Acceso a ciudades con protocolo anticontaminación y zonas centro - Mantenimiento económico - Ayudas a la compra

Inconvenientes: -

Falta de puntos de recarga Falta de infraestructuras Tiempos de recarga Precios altos Peso de las baterías Autonomía.

chufables, el conjunto de vehículos de cero emisiones representa un 5,5% del parque automovilístico del país. En España, la tasa es del 1,29%, y, aunque las estimaciones apuntan al crecimiento en 2019, sigue siendo cuatro veces inferior a la portuguesa.  março de 2019

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opinião opinión

Continua a receber e-mails

Por Jane Kirkby*

com publicidade sem o seu consentimento?

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m 2018, recebeu dezenas de pedidos para confirmar subscrições de newsletters no âmbito do RGPD? Não renovou ou não deu autorização e mesmo assim muitas continuam a chegar à sua caixa de correio eletrónico? Saiba o que fazer. O dia 25 de maio de 2018 ficou marcado como a data a partir da qual o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) passou a produzir plenos efeitos. Esta data não passou despercebida a ninguém. Nesse período, as caixas de correio eletrónico e de mensagens foram inundadas com pedidos de consentimento para a continuação da utilização de dados pessoais. Pouco informadas, algumas empresas não precisavam de ter solicitado o consentimento para a utilização de dados pessoais, uma vez que a legalidade do tratamento assentava na existência de contratos nos quais os titulares dos dados eram parte, ou no cumprimento de uma obrigação jurídica a que o responsável pelo tratamento estava sujeito. E isto poderá ter conduzido à eliminação desnecessária de algumas bases de dados. Mas o certo é que em muitas situações, de que são exemplo o marketing

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e a publicidade, inexistindo outro fundamento legal, a manutenção do tratamento de dados exigia a obtenção do consentimento dos titulares dos dados. Direitos que o RGPD reforçou O RGPD veio reforçar as condições aplicáveis ao consentimento, exigindo “ um ato positivo claro que indique uma manifestação de vontade livre, específica, informada e inequívoca de que o titular de dados consente no tratamento de dados que lhe diga respeito, como por exemplo, mediante uma declaração escrita, inclusive em formato eletrónico ” ( cfr . considerando (32)). “ E impor, relativamente às atividades de tratamento em curso baseadas no consentimento que, se a forma pela qual o consentimento foi dado não tivesse cumprido as condições previstas no RGPD, este devesse ser uma vez mais obtido” ( cfr . considerando (171)). Deste modo, se uma empresa recolheu os seus dados, quando, por exemplo, efetuou uma compra, se registou em determinado website , ou comprou os seus dados a terceiros, sem o seu consentimento expresso, claro, livre, específico e informado, estava obrigada a obter novamente a sua autoriza-

ção. E não era suficiente enviar um email a solicitar o seu consentimento para dar por cumprida essa obrigação, tinha que poder demonstrar que esse consentimento foi obtido. As empresas que continuam a utilizar dados pessoais sem o consentimento dos titulares dos dados, quando este seja o único fundamento legal para o tratamento de dados, incorrem numa coima até 20 milhões de euros ou 4% do seu volume de negócios anual a nível mundial correspondente ao exercício financeiro anterior, consoante o montante que for mais elevado. Saiba o que fazer Assim, se continua a receber emails com publicidade e conteúdos de marketing sem que tenha dado o seu consentimento para o efeito, nas condições do RGPD, pode solicitar a cessação do tratamento dos seus dados e o apagamento dos mesmos junto do responsável pelo tratamento, bem como apresentar uma queixa junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Não deixe de exercer os direitos que o RGPD lhe veio conferir.  * Partner da BAS Email: jkirkby@bas.pt


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Procuração: o que é

Por Eduardo Serra Jorge*

e para que serve

A

procuração é um instrumento formal e legal através do qual uma pessoa autoriza outra a agir em seu nome. Ou seja, é um instrumento jurídico que possibilita a outorga voluntária de poderes de uma pessoa (outorgante) à outra (procurador). Por exemplo, a outorga de poderes para o uso de conta bancária, para a realização de matrícula universitária, para a realização de contratos, para se casar, para participação em assembleias de condomínio, etc. É a formalidade mais usada para a realização de mandato (negócio celebrado exatamente quando alguém recebe poderes de outro para realizar atos no interesse deste). A procuração deve ser escrita e pode ser outorgada por instrumento particular, por instrumento público ou instrumento particular autenticado. Por instrumento público ou instrumento particular autenticado é a procuração outorgada por entidades dotadas de competências legais para conferir fé pública a documentos, como por exemplo os cartórios notariais, os advogados e os solicitadores. Para algumas situações específicas, a procuração precisa ser/ deve ser realizada por instrumento público ou instrumento parti46 act ualidad€

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cular autenticado. Trata-se, nesses casos, de determinação legal normalmente estabelecida com a finalidade de se evitar fraudes. As procurações para casamento, para venda de imóveis, para se agir em interesse de incapazes deverão, por exemplo, ser feitas por instrumento público ou instrumento particular autenticado. Um documento público para valer num Estado diverso do qual foi lavrada, deve ser legalizado com a Apostilha de Haia (relativamente a Estados contratantes da Convenção de Haia de 1961) ou procedimento equivalente. Para as procurações outorgadas por instrumento particular (que são as que não precisam ser feitas por instrumento público ou instrumento particular autenticado), o essencial é a assinatura da pessoa que confere os poderes. As procurações outorgadas por instrumento particular podem ser manuscritas e porque são um negócio jurídico unilateral, não necessitam da assinatura do outro, isto é, daquele a quem se outorgam poderes. Quer nas procurações outorgadas por instrumento particular, quer nas outorgadas por instrumento público ou instrumento particular autenticado, o outorgante deve detalhar especificadamente quais são os poderes que confere ao procurador, com que

objetivo e qual a sua extensão. Deve, ainda, conter a indicação do lugar onde foi passada, a data de uso dos poderes e a qualificação do outorgante e do procurador, ou seja, a naturalidade, o estado civil, o domicílio, o número de identificação fiscal (NIF) e o número de identificação civil. Para a constituição de advogado, é necessário que o cliente outorgue poderes de representação forense ao advogado. A procuração, para esse caso, pode ser feita por instrumento particular e deve conter o número da cédula profissional do advogado. Nas procurações para constituição de advogado, não é necessário indicar o período de validade da procuração, entendendo-se que a sua validade se estende durante o tempo necessário ao mandato forense. O supra exposto esclarece, de um modo geral, a finalidade e os requisitos da procuração. É recomendável verificar as exigências eventualmente existentes, em virtude da entidade perante a qual a procuração deverá ser entregue e dos próprios poderes a conferir, para certificação da necessidade de outros possíveis requisitos.  *Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria José Garcia-Sociedade de Advogados Email: esjorge@esjmjgadvogados.com


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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

A investigação ao serviço do desenvolvimento turístico P ortugal está no centro das atenções mundiais: acaba de ser reeleito melhor destino turístico do mundo pelo segundo ano consecutivo e de receber um número recorde de prémios nos “World Travel Awards”. Os prestigiados “óscares” do turismo reconheceram a excelência da indústria hoteleira e turística do nosso país. Um sucesso que se deve a diversos fatores. Mas, para a Região de Turismo do Algarve (RTA), o futuro do turismo passa, essencialmente, pela “investigação e pela formação académica, indispensáveis para alavancar o desenvolvimento do setor mais profícuo em Portugal”. “A Universidade do Algarve (UAlg) tem tido um papel de destaque nesta área e alcançou uma posição de relevo no ‘Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects’, um dos mais prestigiados no mundo”, refere a RTA.

Em 2018, este ranking destacou o desempenho da UAlg na produtividade científica e na qualidade de investigação em “ hospitality & tourism management”. “É com grande satisfação que vejo a Universidade do Algarve integrar a lista dos melhores do mundo na investigação em turismo. Sem ciência não há progresso económico e social, e o setor turístico necessita de investigação de excelência que nos permita antecipar o futuro e corresponder eficazmente às dinâmicas turísticas,

dotando-nos da capacidade de influenciá-las a nosso favor”, explica o presidente da RTA, João Fernandes. O responsável pela entidade regional de turismo sempre destacou a importância da inovação e da capacitação profissional para o turismo no Algarve, e definiu como prioridade a captação de talento e a aposta na qualificação profissional e na investigação. A UAlg e o Centro de Investigação CIEO/ CinTurs têm vindo a assumir-se como um dos principais players nacionais e internacionais em investigação na área do turismo. A academia oferece ainda licenciaturas em turismo e em gestão hoteleira, assim como uma pós-graduação, quatro mestrados e um doutoramento na área. O ranking de Xangai avalia 52 áreas científicas, com base em indicadores de produtividade científica e qualidade de investigação, designadamente, no número de artigos publicados. 

Minsait revoluciona a venda de produtos frescos online A

Minsait, uma empresa do grupo Indra dedicada à transformação digital das empresas, lançou no mercado a primeira solução para venda online de produtos frescos, em tempo real, que permite ao cliente visualizar ao vivo a oferta disponível naquele dia destes produtos, e coloca à sua disposição, em qualquer momento, a assessoria de um especialista por detrás do ecrã, para um atendimento totalmente personalizado. “Uma solução revolucionária que gera confiança no consumidor, ao proporcionar-lhe um controlo total sobre a compra dos seus produtos frescos, garantindo que o pedido que receberá em casa corresponde exatamente ao que escolheu e é preparado 48 act ualidad€

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de acordo com as suas indicações, sem surpresas”, assegura a Minsait. A solução é composta por dois sistemas: um de gestão de filas de clientes, que permite ao cliente tirar uma senha de vez, da mesma forma que o faria numa loja física; e outro do atendimento online de produtos frescos, que facilita ao consumidor a ligação remota com o funcionário que o atenderá e preparará o seu pedido. Através da tecnologia de visão artificial e câmaras avançadas de acompanhamento, capazes de acompanhar os movimentos do profissional que atende e foca de maneira automática os produtos que estão disponíveis, consegue-se fazer com que o cliente “viva”

a experiência da mesma forma que na loja. A proposta da Minsait, construída sobre a sua solução Onesite Platform – a plataforma aberta de internet of things (IoT)), com capacidades big data, anteriormente conhecida como Minsait IoT Sofia2–, integra-se completamente com o ecommerce do retalhista, permitindo ao cliente realizar o seu pedido em qualquer serviço de produtos frescos oferecidos pelo distribuidor através do seu canal online. Os frescos são o que menos procura tem na venda online e a solução da Minsait vem ultrapassar as dificuldades na escolha destes produtos compra e incentivar as vendas online. 


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

Roupas eletrónicas preparam-se na Universidade de Aveiro para ditar a moda C amisas, casacos, calças e, porque não, roupa interior com ecrãs tácteis. Na Universidade de Aveiro (UA) uma equipa de investigadores ajudou a desenvolver uma técnica pioneira que permite que fibras totalmente eletrónicas sejam entrelaçadas em tecidos têxteis. Atualmente, as roupas eletrónicas são fabricadas através da colagem de dispositivos nos próprios tecidos, tornando-os rígidos e suscetíveis de se estragarem com facilidade. Este trabalho, desenvolvido em parceria entre o CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro (uma das unidades de investigação das UA), o centro de investigação em têxteis CENTEXBEL (Bélgica) e a Universidade de Exeter (Inglaterra), integra os dispositivos eletrónicos no tecido, revestindo fibras eletrônicas com

componentes leves e duráveis que permitirão que imagens e sinais luminosos sejam mostrados pelo próprio tecido. Os investigadores garantem que a descoberta pode revolucionar a criação de dispositivos eletrónicos vestíveis para uso numa variedade de aplicações diárias, seja no simples acesso ao email através da roupa, seja na monitorização do estado de saúde, através de sensores que permitem medir, por exemplo, a fre-

quência cardíaca e a pressão arterial, e avisar quando algo está mal. “É uma técnica que permite integrar dispositivos baseados em grafeno diretamente em fibras têxteis, mantendo o aspeto, flexibilidade e toque do tecido. Para já, criámos sensores de toque, tal como os usados nos ecrãs sensíveis ao toque, e dispositivos que emitem luz”, explica Helena Alves, investigadora do CICECO. A coordenadora do trabalho realizado na UA garante que “a combinação destes dispositivos permite, por exemplo, criar touch-screens em tecidos ou objetos revestidos com têxteis, para visualizar informações”. E como os dois dispositivos foram fabricados usando métodos compatíveis com métodos e requisitos industriais, torna-se possível a respetiva produção industrial. 

Fever aposta na co-organização de eventos em Portugal A Fever, uma startup de entretenimento e experiências, que trabalha com base em dados de utilização da app e preferências dos utilizadores, anunciou o investimento de até cinco milhões de euros para a co-organização de eventos em Portugal, nos próximos dois anos. A Fever é uma das startups tecnológicas de mais rápido crescimento em todo o mundo no setor do entretenimento, e que chegou a Portugal em agosto de 2018. Utilizando a sua aproximação baseada em dados, a Fever consegue identificar oportunidades no mercado e testar diferentes conceitos para identificar os que têm maior procura, reduzindo desta forma o risco da organização dos eventos. “O investimento de até cinco milhões para Portugal, que

estamos neste momento a anunciar, deve-se também ao sucesso dos primeiros meses da plataforma no nosso país. Contamos com cada vez mais marcas associadas, e os nossos eventos Fever Originals têm esgotado praticamente em todas as edições, o que nos faz crer que iremos continuar a criar conteúdos e iniciativas que estejam alinhadas com as necessidades do público português e de quem nos visita”, explica Gil Belford, general manager da Fever em Portugal. Em Lisboa, a Fever já organizou eventos originais, com diversas iniciativas durante o último Web Summit. A nível internacional, de destacar o

espetáculo em Nova Iorque “MadHatter Bus”, que incluía uma degustação de bebidas, num autocarro de dois andares e que esgotou em apenas alguns dias, mantendo mais de 12 mil pessoas em lista de espera antes do evento ser lançado. Também o “Escape Room La Casa de Papel” contou, no último ano, com mais de 60 mil participantes na cidade de Madrid, em Espanha. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR março de 2019

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Mercado de escritórios incorpora mais quase 10 mil metros quadrados

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o final do mês de janeiro de 2019, a área de escritórios contratada somou um total aproximado de 9.400 metros quadrados, revelando um decréscimo residual na ordem dos 3% comparativamente ao período homólogo de 2018. “O ano 2019 arranca com um ligeiro atenuar da atividade de ocupação já esperado pela falta de oferta no mercado e que irá marcar os resultados deste ano. Ainda assim o mercado registou três operações acima dos mil metros qua-

drados, que vieram elevar uma lista de ocupações maioritariamente dominada por ocupações de espaços abaixo dos 500 metros quadrados”, frisa Alexandra Portugal Gomes, analista do Departamento de Research da Savills Portugal. Ao longo do mês de janeiro de 2019, registaram-se 12 operações, menos seis do que no mesmo mês de 2018. A zona 2 (CBD) destacou-se como a zona com melhor desempenho, num total de 5.494 metros quadrados de espaços absorvidos, para a qual contribui uma operação de 3.579 metros quadrados realizada pela Savills Portugal. Nas restantes zonas de mercado, foi registada uma descida generalizada da atividade de ocupação

com a zona 4 (zona secundária), a zona 6 (Corredor Oeste) e a zona 7 sem registo de ocupação neste primeiro mês de 2019. Os setores de atividade serviços a empresas e TMT e utilities foram os mais ativos, tendo ocupado 4.691 metros quadrados e 2.007 metros quadrados, respetivamente. Segundo destaca Rodrigo Canas, diretor do Departamento de Escritórios da Savills Portugal, estes dois setores de atividade têm sido “os grandes impulsionadores do mercado de escritórios de Lisboa e prevê-se que mantenham os seus níveis de dinamismo. Apesar da oferta escassa que este ano se fará sentir com maior intensidade, o mercado de Lisboa continuará na lista de preferências de localização de um leque variado de empresas internacionais. A questão que se coloca prende-se com o timing de entrada dos projetos novos que não será tão célere quanto as necessidades de ocupação”, comenta ainda o mesmo

Preço das casas no Algarve sobe abaixo da média nacional O preço de venda das casas no Algarve subiu 13% no terceiro trimestre de 2018, em termos homólogos, evoluindo abaixo dos 15,6% registados na média nacional no mesmo período, de acordo com o “Índice de Preços Residenciais (IPR)”, da “Confidencial Imobiliário”. Este indicador monitoriza a evolução dos preços de venda da habitação em todo o país, sendo a mais longa série sobre imobiliário em Portugal. Este é o terceiro trimestre consecutivo em que o IPR para o Algarve revela uma performance homóloga

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abaixo da registada para o total do país. No 4º trimestre de 2017, os preços da habitação subiam 17,6% na região, comparando então com os 12,8% observados para o mercado nacional. Embora mantendo-se em terreno claramente positivo, a subida dos preços residenciais no Algarve vem exibindo, deste então, um comportamento mais errante, alternando entre abrandamentos e acelerações, que resultou na perda acumulada de 4,5 pontos percentuais (pp) entre o final de 2017 e o terceiro trimestre de 2018. A nível nacional, no mesmo perío-

do, o percurso de subida consistente permitiu ao índice acelerar em 2,8 pp e manter uma evolução homóloga posicionada acima do mercado regional. A explicação para a maior volatilidade deste mercado, segundo Ricardo Guimarães, diretor da “Confidencial Imobiliário”, reside no facto de haver uma maior “exposição do mercado residencial algarvio ao turismo (maior e mais prolongada que a registada em Lisboa ou Porto), com predominância dos compradores britânicos entre o público internacional”, e uma vez


setor imobiliário

sector inmobiliario

Gestilar entre no mercado residencial português e investe 80 milhões em Oeiras A promotora espanhola Gestilar vai investir 80 milhões de euros na construção de 170 apartamentos na zona de Miraflores (concelho de Oeiras). De acordo com o jornal “Expansión”, a empresa comprou um terreno com 26 mil metros quadrados e a construção dos apartamentos vai arrancar no terceiro trimestre deste ano. A conclusão das obras está prevista para fins de 2021, ainda de acordo com a

mesma fonte. Numa primeira fase, vão ser construídos 110 apartamentos, arrancando mais tarde a construção dos restantes 60. Com este investimento, a promotora imobiliária madrilena inicia as suas operações internacionais. Desde que foi criada, em 2009, a Gestilar já promoveu mais de um milhar de apartamentos em Espanha, estando a construir atualmente mais 900 habitações, espa-

lhadas por Madrid, Catalunha, Galiza e Maiorca. O presidente da Gestilar, Javier García-Valcárcel, considera que a entrada em Portugal representa uma boa oportunidade de investimento, devido ao atual “desequilíbrio” entre a oferta e a procura, realçando ainda o pontencial que continua a advir da forte atração de investidores estrangeiros que procuram o mercado imobiliário português. 

Engexpor reforça atividade de gestão de projeto de escritórios A forte atividade que se regista no mercado de escritórios, a par com a multiplicidade de valências da equipa da Engexpor, levam a empresa a apostar na gestão de projeto e de construção de espaços interiores, apoiando as empresas na instalação dos seus escritórios. Reconhecida pela sua intervenção em grandes obras, a Engexpor pretende canalizar toda a capacidade e experiência que as suas equipas detêm nos mais diversos setores do mercado imobiliário e da construção para prestar este serviço ao cliente final, alargando ainda mais o âmbito da sua atuação e respondendo à forte procura que se verifica nesta área, resultante da crescente profissionalização, qualidade e inovação exigidos neste tipo de projetos. “Reforçar a atividade de gestão deste tipo de obras é para nós um passo natural”, refere Miguel Alegria, CEO da Engexpor. “Estamos no mercado há mais de três décadas, tempo suficiente para reunirmos em casa todas as disciplinas que

nos permitem acompanhar projetos e obras em todos os setores e ao longo de todas as suas fases de desenvolvimento. A área do fit-out tem vindo a evoluir muito e as empresas procuram cada vez mais criar espaços inovadores, tecnológicos e com um elevado grau de complexidade a nível da conceção e construção, que exige um acompanhamento profissional e um controlo rigoroso. Acreditamos que temos as condições que garantem

às empresas construir os seus escritórios com cumprimento de todos os requisitos e objetivos iniciais”. Um dos exemplos mais recentes da atividade da empresa nesta área é a gestão da obra de remodelação dos seus próprios escritórios em Lisboa, um trabalho decorrente do processo de rebranding que concluiu no início deste ano e que levou a uma transformação profunda do layout e da imagem do seu local de trabalho. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR março de 2019

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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Foto Pedro Kirilos

17•56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha eleito o ‘Melhor Enoturismo do Ano’

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om cerca de seis meses de existência, o 17•56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha acaba de ser eleito o “Melhor Enoturismo do Ano”. Uma distinção atribuída pela “Revista de Vinhos - Essência do Vinho”, no âmbito da cerimónia ‘Melhores do Ano 2018’, que teve lugar a 2 de fevereiro, na Alfândega do Porto. Localizado à beira do rio Douro, no Cais de Gaia, este espaço tem tudo para responder à arte de bem receber: a história, o vinho e a gastronomia. Destinado ao enoturismo da mais

antiga empresa portuguesa com atividade ininterrupta há mais de 262 anos, o nome 17•56 remete para o ano da instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (também denominada por Real Companhia Velha), o mesmo da primeira Demarcação do Alto Douro: 1756. No piso 0 deste edifício de três mil metros quadrados, está o Museu da Primeira Demarcação, onde se pode fazer uma viagem pela vida da empresa, através de algum do seu espólio, com destaque para o Alvará Régio, assinado por D. José I a 10 de setembro de 1756, sob os auspícios do Marquês de Pombal. Documentos e objetos devidamente identificados contam a sua história. A sala de

provas e a loja de vinhos são contíguas ao núcleo museológico. A Enoteca 17•56, no piso 1, é um livro aberto no que diz respeito ao amplo portefólio da Real Companhia Velha – aqui listado com 300 referências, por ter mais do que uma colheita por vinho. Estão ali ao dispor alguns dos melhores vinhos de Portugal, na secção “Carta dos Amigos”. No total, a carta de vinhos ultrapassa as 500 referências. Onde o vinho é rei, a comida surge como a companhia perfeita. Por isso, a gastronomia começa logo com a Fromagerie Portuguesa, à entrada da Enoteca. Na lista, está uma seleção de sessenta queijos nacionais e internacionais, que podem ser consumidos no local ou comprados para levar para casa. A oferta é complementada pela cozinha tradicional, os peixes e os mariscos. O Reitoria assegura as sandes gourmet e a steakhouse, enquanto o Shiko se apresenta como um raw bar de inspiração japonesa. Um espaço privilegiado, onde se destaca ainda o terraço panorâmico. 

Exportações do Alentejo valorizam 9% O s vinhos da região do Alentejo registaram, no primeiro semestre de 2018, uma valorização de 9% no preço de exportação face ao período homólogo de 2017, de acordo com dados do INE e avaliados pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana. A subida dos preços verificou-se em todas as áreas geográficas para onde os vinhos da região são vendidos, com variações de 4% na Europa, por exemplo, ou de 22% na Ásia e Médio Oriente. O vinho DOC Alentejo foi exportado por um valor 16% mais elevado (a 4,50 euros por litro), enquanto o Regional Alentejano aumentou 6% (para 2,99 euros por litro).

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Francisco Mateus, presidente da CVRA, destaca a trajetória de crescimento dos preços, afirmando que “a subida verificada nas diversas áreas geográficas é um sinal do reconhecimento da qualidade percebida pelos importadores e consumidores, que estão disponíveis para pagar um preço mais elevado pelos vinhos da região. Até junho, o DOC Alentejo foi vendido a um preço médio de 4,50 euros/litro, o que compara com a média nacional de 2,97 euros, e o Regional Alentejano a 2,99 euros/litro, quando a média nacional foi de 2,53 euros”. Como consequência da valorização que tem sido observada pelo aumen-

to do preço médio do vinho por litro, assiste-se, neste momento, a uma diminuição da exportação na ordem dos 17% (em número de garrafas), o que equivale a uma queda de 10% no valor da exportação, com especial foco na Europa e África. “Sabemos que a região teve três anos sucessivos de quebras na produção, que se traduziu, consequentemente, numa menor quantidade de vinho exportada”, explica ainda Francisco Mateus. Para 2019, continua a ser um objetivo “conseguir uma maior penetração no mercado angolano” e Europa e aumentar as exportações “para superarmos 60 milhões de euros”. 


vinos & Gourmet

Taylor’s Porto Vintage em coleção de luxo

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s vinhos do Porto Vintage da casa Taylor’s figuram entre os vinhos clássicos mais icónicos de todo o mundo. “Produzidos apenas em anos de excecional qualidade, são elaborados a partir de lotes criteriosamente selecionados dos melhores vinhos das propriedades do produtor: Quinta de Vargellas, a Quinta de Terra Feita e a Quinta do Junco. Juntas, estas quintas formam a pedra angular do sucesso da empresa e a principal fonte do seu estilo único e inimitável”, assegura a secular casa produtora duriense. Cumpridos 325 anos após a sua fundação – em 1692–, a Taylor’s apresenta uma coleção exclusiva de alguns dos extraordinários vinhos da casa. Dos seis vinhos selecionados, o destaque vai para o Taylor’s Porto Vintage 1994, que conquistou 100 pontos na “Wine Spectator” e foi considerado pelo crítico britânico James Suckling como o melhor Taylor’s de sempre. A coleção conta ainda com outros grandes vinhos Porto Vintage da Taylor’s, como o 1985, 1997, 2003, 2007 e 2009, todos com pontuações médias acima de 95 pontos nas duas referências mundiais de crítica especializada, a revista “Wine Spectator”

e Robert Parker. Para acondicionar esta soberba colecção de vinhos, foi desenhada uma sofisticada e elegante peça de mobiliário, trabalhada pelas mãos de artesãos portugueses. Com o lançamento deste objeto de culto, a Taylor’s pretende motivar a descoberta de vinhos de classe mundial, únicos e raros, com diferentes estágios de evolução, desafiando o consumidor a testemunhar os efeitos da passagem do tempo na afirmação de cada um destes vinhos. De acordo com Adrian Bridge, diretor-geral da Taylor’s, “a nossa história tem confirmado que estes vinhos são capazes de evoluir ao longo de anos, ou décadas, para aquilo a que chamamos a quintessência de um grande vinho do Porto, um Taylor’s Vintage maduro”. Os vinhos do Porto Vintage Taylor’s, depois de anos de envelhecimento em garrafeira, tal como um testemunho da passagem do tempo, lentamente desenvolveram elegância e harmonia, marcas distintivas de um vinho do Porto Vintage Taylor’s maduro. Para o mercado nacional foram disponibilizadas apenas 50 unidades desta coleção de luxo que poderão ser encontradas em garrafeiras especializadas. 

Vinhos & Gourmet

Quinta da Pinheira 2015 renova qualidade típica dos vinhos alentejanos A

Marcolino Sebo Wines and Oils apresentou, no início do ano, o seu Quinta da Pinheira 2015, “um típico e qualificado vinho alentejano, baseado nas castas tradicionais Trincadeira, Aragonês, Alicante Bouschet e Alfroucheiro”, refere o produtor borbense. O Quinta da Pinheira 2015 revela cor granada, com nuances acastanhadas, aroma a frutos maduros, com notas de baunilha e passas. Na boca, é macio, aveludado, encorpado, complexo, apresentando ligeira acidez e taninos nobres, com final de boca prolongado. Teve estágio de seis meses em barricas novas de carvalho francês, seguido de três meses em garrafa na cave da adega. Aconselha-se como acompanhamento ideal de grelhados e carnes vermelhas, a uma temperatura de 16º a 18º centígrados. Foram engarrafadas 18 mil unidades, tendo como preço de venda ao público (PVP) recomendado 6,50 euros. Todo o processo de produção teve a supervisão no enólogo Jorge Santos.  março de 2019

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“Portugal vai continuar a crescer acima da média europeia”

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Pedro Siza Vieira está confiante na evolução económica do país, mas admite que há pontos a melhorar: é preciso continuar a apoiar o investimento e aumentar a produtividade para elevar os salários. Num almoço de empresários promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, o ministro Adjunto e da Economia garantiu que Portugal está preparado para um possível abrandamento da economia mundial. No mesmo encontro, o governante reforçou a ambição ibérica de desenvolver as regiões fronteiriças.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

aso se confirme o anun- no encontro de empresários, prociado abrandamento da movido pela Câmara de Comércio economia mundial e eu- e Indústria Luso-Espanhola e presiropeia, pressionado pela dido pela embaixadora de Espanha incerteza política face à em Portugal, Marta Betanzos, que relação EUA/China e ao Brexit, decorreu no passado dia 12 de fePortugal está mais robusto e mais vereiro, em Lisboa. “Portugal conbem preparado do que estava no seguiu ultrapassar momentos de início da mais recente crise, em grande dificuldade”, e apresenta-se 2008, acredita Pedro Siza Vieira. na Europa e no mundo com mais Essa foi uma das tónicas do discur- confiança: “Soubemos sair deles so do atual ministro da Economia, com outro tipo de dinamismo e

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de capacidade, estamos estruturalmente capacitados e estamos irmanados com Espanha neste mesmo momento económico. Ambos os países crescem acima da média europeia e reduzem o desemprego, criando mais emprego.” Assinalando a presença em Portugal e neste almoço do secretário de Estado espanhol de Política Territorial, José Ignacio Sánchez Amor, bem como do secretário de


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Estado português da Valorização do Interior, João Catarino, o ministro da Economia lembrou também que Portugal e Espanha partilham uma visão estratégica da Europa e do mundo, bem como o desafio de desenvolver as regiões ibéricas fronteiriças, como foi avançado na última cimeira ibérica: “À exceção da Galiza e do norte de Portugal, todas as outras regiões fronteiriças estão muito afetadas pela desertificação, possuem uma população envelhecida e têm problemas de desenvolvimento e pobreza, protagonizando os mais baixos PIB per capita da Europa. Temos que combater isto de forma articulada.” Isto não acontece em mais nenhum país europeu, em regiões fronteiriças, que, pelo contrário, costumam ser das mais desenvolvidas e dinâmicas, comentou ainda o ministro Adjunto e da Economia. Na mesma semana em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) comunicou “a economia portuguesa cresceu 1,7%, relativamente ao quarto trimestre de 2017, e, no conjunto do ano de 2018, o crescimento do PIB foi de 2,1%”, o governante realçou que, “o processo de convergência com a Europa dura, portanto, há mais de nove trimestres, o que significa que é o período mais longo de convergência com a Europa desde o início do século”. Ou seja, “o PIB cresce acima da média europeia desde 2016, o que nunca tinha acontecido neste século”, disse o ministro, acrescentando que “continuaremos a crescer mais do que a UE, no sentido da convergência com a Europa” e que “podemos ter algum otimismo no longo prazo.” Este crescimento assenta em bases sólidas, nomeadamente o aumento das exportações, salienta: “As exportações correspondiam a 28% do PIB em 2008 e agora valem 44% do PIB. Temos um saldo positivo na balança comercial em setores determinantes como o au-

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tomóvel, o agroalimentar, turismo e têxtil e calçado.” Acresce que, no “Aumentar a producaso do turismo, se verifica uma menor sazonalidade, “já que apenas tividade é essencial 35% dos turistas visitam Portugal para conseguirmos na época alta”, assinala Pedro Siza Vieira, acrescentando que regiões criar emprego de como o Norte, o Centro e os Açoqualidade e para conres são as que mais crescem. O governante considera que para seguirmos subir os continuar este ritmo é fundamental salários, que é uma continuar a apoiar o investimento, que “tem crescido significativamenbatalha que tem de te”. Acresce que “o investimento ser todos” privado tem sido outro pilar do desenvolvimento económico”, tanto o investimento direto estrangeirto mos três anos determinaram que a como o nacional. De acordo com despesa fiscal associada aos benefío estudo sobre impostos da UE, cios ao investimento e instrumen“Portugal é o segundo país que cria tos de capitalização das empresas melhores condições ao investimen- tenha crescido de cerca de 130 to empresarial”, disse o ministro, milhões de euros para mais de 400 citando esse documento. Acresce milhões de euros”. Portugal “tem que “as alterações fiscais dos últi- pouca poupança e viveu anos mui56 act ualidad€

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to intensos de destruição de capital pelos fenómenos que conhecemos”, pelo que “o apoio ao investimento tem que ser muito significativo”, defende. “Apesar do crescimento do investimento estar a ser muito significativo, ele não foi sequer suficiente para repor a depreciação de capital que se verificou durante esta década e, portanto, claramente temos que continuar a intensificar o apoio ao investimento”, comentou o ministro. Pedro Siza Vieira sublinhou que “a qualidade dos recursos humanos portugueses” é razão principal que leva os investidores e escolher Portugal como destino dos seus investimentos. Paradoxalmente, indicou o ministro, apesar da reconhecida qualidade, “a melhor mão-de-obra da Europa não pode ser mais bem remunerada”. Há custos de contexto que Portugal paga mais caro


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nomia assinalou também o esforpor ser um país periférico, notou: ço das empresas e das famílias em “Isto é um problema terrível porque também significa que os nossos “As exportações cor- reduzir o nível de endividamento: “Ouvimos falar muito do crescimelhores trabalhadores vão para respondiam a 28% mento dos fluxos do crédito à hafora, emigram. Se não conseguimos bitação, ao consumo, mas a verdatrabalhar nos vários custos de condo PIB em 2008 e de é que os fluxos de crédito novo texto, se não conseguirmos aumenagora valem 44% do são ainda inferiores à redução do tar a produtividade, nós não vamos endividamento das famílias. As conseguir pagar melhores salários, PIB. Temos um saldo famílias continuam a fazer um esnós não vamos reter aquilo que é o positivo na balança forço muito intenso de redução do nosso maior ativo que é a mão-de-obra. Aumentar a produtividade é comercial em setores seu endividamento.” O governante acrescentou que “toda a economia essencial para conseguirmos criar determinantes está a reduzir o seu endividamenemprego de qualidade e para conseguirmos subir os salários, que é como o automóvel, o to, que equivale de a 70% do PIB”, representa uma melhoria, já uma batalha que tem de ser todos.” agroalimentar, turis- oquequechegou a estar perto dos 100% No que se refere a recursos humanos, Pedro Siza Vieira frisou que mo e têxtil e calçado” do PIB. Há também progressos naa redução da dívida externa líquida os profissionais com menos de 35 que “neste momento se situa a ceranos podem ser equiparados aos melhores europeus. “O grande es- as empresas a apostar na formação ca de 90% do PIB e há tres anos forço de qualificação dos ativos de- profissional para melhorar o nível correspondia a mais de 105%”. O ministro conclui que “a redução da verá incidir sobre os que possuem desta faixa etária. mais de 35 anos”, aconselhando O ministro Adjunto e da Eco- dívida pública tem de continuar a março de 2019

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ser uma prioridade da política fi- gar entre os menos corruptos”, assinananceira do Estado”. lando que “acima de nós estão os países No capítulo das boas práticas eco- do norte da Europa Ocidental, abaixo nómicas, Pedro Siza Vieira referiu de nós estão todos os países da Europa que “entre os 28 países da União do sul e todos os países da Europa de Europeia, Portugal está em 13.º lu- Leste, tirando a Estónia”. O ministro 01.O ministro Adjunto e da Economia Pedro Siza Vieira 02.Pedro Siza Vieira e Marta Betanzos, embaixadora de Espanha em Portugal 03.Pedro Siza Vieira, Marta Betanzos e o secretário de Estado espanhol de Política Territorial, Ignacio Sánchez Amor 04.Ignacio Sánchez Amor, Marta Betanzos e Enrique Santos 05.Pedro Siza Vieira, Marta Betanzos, Ignacio Sánchez Amor, Nuno Amado e Luís Castro e Almeida 06.Nuno Amado, Dulce Mota e Carlos Tavares 07.Rui Mesquita, Luisa Cinca, Antonio Carmona, Pilar Cabrera, Josep Parareda e Fatima del Pino 08.Eduardo Dequidt, Cristina Sánchez, Graciela de Andrés, Lourdes Meléndez, Antonio Calzado, Eva de Mingo e Francisco Pérez 09.Celeste Hagatong, Tiago Almeida e Ana Carvalho Patrocínios:

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advoga que “temos de continuar a ser absolutamente exigentes e intolerantes, cada vez mais intolerantes, àquilo que são práticas menos transparentes, à informalidade administrativa e tudo aquilo que propicia a corrupção”. 

10.Vicente Huertas, Nuno Guilherme e Enrique Canado 11.Nuno Amado, Eduardo Espinar, Pedro Rebelo de Sousa, José Vega e António Pires de Lima 12.Marta Betanzos e Luís Castro e Almeida 13.Eduardo Costa e Miguel Maya 14.Pedro Siza Vieira, Marta Betanzos, Ignacio Sánchez Amor, Nuno Amado, Luís Castro e Almeida, Pedro Rebelo de Sousa e Miguel Maya 15.Vítor Fernandes, António Pires de Lima, Pedro Barreto, Celeste Hagatong e João Catarino 16.Margarida Hernández, Elena Aldana, Ana Beatriz Costa e Cardoso Vaz 17.José Manuel Loureiro, Julia Llata, Vítor Fernandes, António Pires de Lima e Pedro Barreto


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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Toyota GR Supra

Japonês ou alemão? O novo Toyota Supra GR é a quinta geração do Supra e não deverá chegar a Portugal antes do verão, com uma edição limitada de 90 unidades. O valor começará nos 80 mil euros.

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novo Toyota Supra GR é a quinta geração do Supra e deverá chegar a Portugal nos próximos meses, com uma edição limitada de 90 unidades. Os interessados que não consigam adquirir nenhuma destas unidades, podem concentrar-se no segundo lote de produção, a entregar ainda até final de 2019, este já com 900 unidades. O valor começará nos 80 mil euros. Segundo os responsáveis da Toyota, o novo Supra não resulta de uma parceria entre a Toyota e a BMW, mas sim entre esta e a Gazoo Racing (GR), o departamento de competição da marca nipónica que faz correr os Yaris no WRC e os protótipos no mundial de resistência, além de desenvolver as versões desportivas dos carros de série. E daí a denominação GR Supra utilizada em alguns mercados. 60 act ualidad€

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Não foi especificado o envolvimento da GR no desenvolvimento da dupla de desportivos Toyota Supra/BMW Z4, mas como este herda uma série de pormenores característicos dos alemães, dos motores (duas versões do 2.0 turbo e uma do 3.0 turbo de seis cilindros, todos eles a gasolina) às caixas de velocidades, passando por pormenores do chassis, deveremos estar perante um acordo similar ao que a Mercedes fez com a Renault para, do Twingo, poder conceber a atual geração do Smart. Supra é, para a marca Japonesa, o modelo mais desportivo da gama e a Toyota reclama que este GR Supra é a quinta geração. Contudo, há

aqui algum excesso de otimismo, pois nas primeiras duas, as introduzidas em 1978 e 1981, a denominação do modelo era na realidade Celica Supra, ou seja, um Celica mais “assanhado”. O primeiro Supra é o A70, que surgiu em 1986, mas o mais emblemático é o seu sucessor, o A80, produzido entre 1993 e 2002, sendo exatamente dele que todos se recor-


sector automóvil Setor automóvel

dam quando pensam num Supra. Foi equipado, ao longo dos dez anos de produção, sempre com motor 3.0, de seis cilindros em linha biturbo, para a Europa, pois noutros mercados tinham apenas acesso à versão atmosférica, que chegou a debitar 330 cavalos, o que lhe permitia superar os 100 km/h em cerca de 4,6 segundos e atingir uma velocidade máxima de 286 km/h. O Supra de 1993 era maior (4,515 metros de comprimento contra 4,38 m do atual) e mais leve (1.410 kg contra 1.595 kg), perdendo ligeiramente de 0-100 km/h, mas ganhando em velocidade máxima ao não estar limitado eletronicamente. Contudo, o novo GR Supra promete ser mais eficaz e ainda mais divertido de conduzir do que o seu antecessor, tanto mais que recorre a um diferencial auto-blocante capaz de variar de 0 a 100%, tanto em aceleração como em desaceleração. Se esta situação, em condições normais, seria expectável, a resposta não o será. Deixemos isso mais duas versões mais contidas em levanta alguns problemas à marca ja- para os génios do marketing japoneses. termos de potência. Serão equipadas ponesa. Especialmente quando os O Supra vai surgir inicialmente com com um motor de quatro cilindros soclientes louvarem um chassi que é de o motor 3.0, com seis cilindros e 340 brealimentado, ambas com dois litros base BMW, ou um motor que é 100% cavalos, soprado por um turbocom- de capacidade, mas diferentes níveis de alemão, sendo uma opção curiosa para pressor que lhe eleva a força para 500 potência. O mais acessível debitará 197 um construtor que, com todo mérito, Nm, atingidos logo às 1.500 rpm, o cv, sendo capaz de atingir 100 km/h se assume como um dos melhores do que garante uma resposta pronta ao em 6,5 segundos, enquanto o mais mundo e que agora recorre a um ri- acelerador. Curiosamente, a mesma possante extrairá 258 cv da mesma val para produzir o seu modelo mais unidade de origem alemã que está ao unidade, alcançando a mesma fasquia emblemático. A pergunta é fácil, mas serviço do Z4 M40i. Mas vão existir em 5,2 segundos.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

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Economia portuguesa abrandou em 2018, para 2,1%

Foto CF

produto interno bruto (PIB) de O Portugal cresceu 2,1%, em termos homólogos em 2018, de acordo com a estimativa do INE. Este desempenho, lê-se no destaque do INE, “resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços”. Outro fator foi o “contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do investimento”. A expansão da economia em 2018 fica também abaixo do comportamento do

ano anterior, quando se registou uma subida de 2,8%. No quarto trimestre de 2018, em termos homólogos, o PIB aumentou em volume 1,7%, contra os 2,1% dos três meses anteriores. A procura externa líquida teve “um contributo para a variação homóloga do PIB mais negativo que o observado no trimestre anterior, refletindo uma diminuição em volume das exportações de bens". Em sentido contrário, o contributo positivo da procura interna aumentou, em resultado da aceleração do Investimento e do consumo privado”, acrescenta o INE.

Inflação trava há quatro Excedente externo mantém-se, mas meses consecutivos diminuiu em 2018 Os preços no consumidor subiram 0,5% em O saldo da economia portuguesa com o exterior manteve-se, pelo sétimo ano janeiro deste ano, anunciou o Instituto Nacional consecutivo, em terreno positivo em 2018, mas o abrandamento da procura de Estatística (INE), revendo em alta face externa que se tem vindo a registar nos últimos meses está a pressionar esta à estimativa rápida (0,4%). É o quarto mês tendência positiva. De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, o consecutivo em que os preços estão a travar saldo da balança corrente e de capital foi, em 2018, de 903 milhões de euros, em Portugal. Depois de ter atingido os 1,4%, a um valor equivalente a cerca de 0,4% do PIB. taxa de inflação desceu para os 1% em outubro, Um valor positivo neste indicador regista-se desde 2012, ano em que, devido os 0,9% em novembro, os 0,7% em dezembro a uma contração muito acentuada do consumo e do investimento, se registou e agora para os 0,5% em janeiro. uma queda das importações. Depois de um máximo de 3,2% do PIB em 2013, Excluindo os produtos energéticos e produtos os valores registados entre 2014 e 2017 ficaram situados sempre próximo dos alimentares não transformados– cujo preço 1,5% do PIB, sendo que em 2018 caíu para 0,4%. é, historicamente, mais volátil pela maior Outro contributo negativo para o saldo com o exterior em 2018 veio da balanexposição a choques temporários–, a inflação ça de rendimentos primária, cujo défice subiu de 2,5% em 2017 para 2,8% em subjacente fixou-se nos 0,8% em janeiro, mais 2018, afectada pelo aumento dos rendimentos retirados do país por estrangeido que os 0,6% registados em dezembro. As ros (seja através de lucros, seja através de juros). variações são em termos homólogos. As remessas de emigrantes, embora ainda em crescimento, não alteraram o Tal deve-se à queda dos preços dos combustíveis. peso no PIB do saldo entre entradas e saídas.

Desempregados inscritos nos IEFP caem 15,6% num ano, para 351 mil pessoas No final do mês de janeiro de 2019, estavam inscritas nos centros de emprego 350.772 pessoas, o que corresponde a uma variação homóloga negativa de -15,6% e a uma variação mensal de 3,5% (mais 11.737 pessoas) face a dezembro. Os pedidos de emprego somavam, no fim do mês, 514.314 no total, o que significa mais 1,9% face a dezembro e uma queda de 12,4% face ao mês homólogo do ano anterior. Durante o mês de janeiro de 2019, inscreveram-se nos centros de emprego nacionais um pouco menos de 55

mil pessoas, o que representa uma variação homóloga de -0,9% e uma variação mensal de 34,8%. Só no mês em análise, foram efetuadas 7.709 colocações, o que corresponde a um aumento de 73,5% face ao mês anterior e a uma variação homóloga de -2,8%.emprego Quanto aos pedidos de emprego, ao longo de janeiro, atingiram os 58.739, ou seja, mais 35,4% do que relativamente o mês anterior e menos 1,3% face ao mês homólogo de 2018. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

62 act ualidad€

março de 2019



intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-diciembre de 2018

D

zado en 2017 que fue de 181,1%. Es por demás evidente que el comercio entre ambos países sigue dando muestra de gran vitalidad y el mercado portugués mantiene su peso relativo en el comercio exterior español (cuadro 2), ocupando la quinta posición entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7,4% sobre el total de las exportaciones españolas que en este periodo superaron los 285.023,9 millones de euros y ocupa, a su vez, la séptima posición entre los principales mercados proveedores de España con el 3,6% del total de las importaciones españolas cuya cifra total superó los 318.863,9 millones. Respecto a la distribución sectorial del comercio hispano portugués que se recoge en los cuadros 4 y 5, la partida 87-vehículos automóviles; trac-

atacomex de la Secretaria de Estado de Comercio acaba de hacer públicos los datos estadístico del comercio exterior español referentes al año 2018 (datos provisionales), y en lo que al comercio hispano portugués se refiere se constatan aumentos en ambos sentidos con relación al año 2017 (cuadro 1). La cifra total del comercio bilateral, es decir ventas más compras, asciende a 32.647 millones de euros frente a los 31.106,9 millones alcanzados en 2017, 21.085,7 millones corresponden a las ventas españolas a su vecino Portugal y 11.561,3 millones a las compras españolas, con un saldo favorable al mercado español que supera los 9.524,4 millones y una tasa de cobertura que se sitúa en los 182,4%, valor muy similar al alcan-

tor mantiene su posición de liderazgo tanto en la oferta (2.261,5 millones de euros) como en la demanda española (1.313 millones). En la oferta española, le sigue la partida 84-máquinas y aparatos mecánicos con 1.576,3 millones de euros y la 39-matérias plásticas; sus manufacturas con 1.310,8 millones. En las compras españolas a Portugal aparece en la segunda posición la partida 27-combustibles, aceites minerales, con 979,9 millones de euros, y en la tercera posición la partida 39-matérias plásticas, sus manufacturas, con 808,3 millones. Se habrá de destacar el peso de la partida 87-vehículos automóviles; tractor que ya representa en 11 % del comercio bilateral con una fuerte presencia en el comercio intra-industrial de productos semi-elaborados.

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-diciembre de 2018 VENTAS ESPAÑOLAS 18

COMPRAS ESPAÑOLAS 18

Saldo 17

Cober 17 %

ene

883 855,16

840 424,90

195,09

1 527 959,13

920 242,71

607 716,42

166,04

feb

1 619 549,72

907 007,03

712 542,69

178,56

1 495 088,15

955 894,06

539 194,09

156,41

mar

1 772 798,36

1 024 557,96

748 240,40

173,03

1 802 441,36

1 052 594,26

749 847,10

171,24

abr

1 660 720,07

972 023,11

688 696,96

170,85

1 518 658,43

840 922,71

677 735,72

180,59

may

1 870 420,80

1 012 520,48

857 900,32

184,73

1 790 589,22

993 471,99

797 117,23

180,24

jun

1 768 703,00

1 056 754,24

711 948,76

167,37

1 720 346,93

953 377,78

766 969,15

180,45

jul

1 792 110,10

1 050 599,30

741 510,80

170,58

1 654 225,43

868 647,69

785 577,74

190,44

ago

1 659 938,34

841 414,54

818 523,80

197,28

1 461 283,73

777 993,44

683 290,29

187,83

sep

1 719 811,59

899 423,91

820 387,68

191,21

1 782 698,29

915 752,51

866 945,78

194,67

oct

1 974 638,16

1 020 896,56

953 741,60

193,42

1 796 728,78

940 414,73

856 314,05

191,06

nov

1 927 320,92

964 117,13

963 203,79

199,91

1 872 850,58

1 012 044,67

860 805,91

185,06

dic

1 595 440,58

928 133,49

667 307,09

171,90

1 619 547,89

833 141,59

786 406,30

194,39

21 085 731,70

11 561 302,91

9 524 428,79

182,38

20 042 417,92

11 064 498,14

8 977 919,78

181,14

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 act ualidad€

março de 2019

Cober 18 %

VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 17 ESPAÑOLAS 17

1 724 280,06

Total

Saldo 18


Rankings 2.Principales países clientes de España enero-diciembre de 2018

Adentrándonos en el análisis geográfico, Cataluña es la Comunidad líder en las ventas españolas a Portugal, habiendo superado los 4.884,2 millones de euros, seguido de la Comunidad de Madrid, con 3.148,1 millones, y Galicia, con 3.122,6 millones. Si desglosamos la oferta española según provincias Barcelona lidera (3.808,5 millones de euros), seguido de Madrid (3.148,1 millones), Pontevedra (1.607,5 millones), A Coruña (1.226,5 millones), Guadalajara (911,8 millones) y Valencia (736,4 millones). En las compras españolas por CC.AA, Madrid surge como principal cliente de Portugal, con 1.967,5 millones de euros, Galicia en la segunda posición, con 1.846,6 millones, seguido de Cataluña, con 1.776,9 millones. Por provincias, destacan Madrid (1.967,5 millones de euros), Barcelona (1.455,5 millones), Pontevedra (881,2 millones), A Coruña (785,7 millones), Valencia (659,4 millones) y, en la sexta posición, Badajoz (450,1 millones). 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-diciembre de 2018 Orden Sector

Importe

1

001 Francia

42 976 770,11

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

2

004 Alemania

30 750 633,28

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

979 682,63

3

005 Italia

22 736 253,96

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

808 272,35

4

010 Portugal

21 085 731,71

4

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

730 848,29

5

006 Reino Unido

18 977 729,85

5

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

653 303,65 399 691,14

1 313 017,28

6

400 Estados Unidos

12 791 094,87

6

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

7

003 Países Bajos

10 022 514,50

7

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

388 519,53

8

017 Bélgica

8 259 226,62

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

381 552,12

9

73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO

9

204 Marruecos

8 221 212,85

10

720 China

6 276 446,95

11

060 Polonia

5 651 223,33

12

052 Turquía

4 933 921,93

13

412 México

4 560 191,74

14

039 Suiza

4 451 790,91

15

952 Avituallamiento terceros

4 054 100,02

16

208 Argelia

3 384 056,06

17

951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios

3 068 006,18

18

732 Japón

2 527 552,79

19

508 Brasil

2 423 597,63

20

061 República Checa

2 409 032,98

SUBTOTAL

219 561 088,27

TOTAL

285 023 922,40

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Principales países proveedores de España enero-diciembre de 2018 Orden País 004 Alemania

40 072 182,19

2

001 Francia

34 475 735,49

3

720 China

26 908 451,07

4

005 Italia

21 087 743,43

5

400 Estados Unidos

13 151 881,86

6

003 Países Bajos

12 972 526,84

7

010 Portugal

11 561 302,90

8

006 Reino Unido

11 449 190,43

9

017 Bélgica

7 442 002,93

10

052 Turquía

7 117 703,61

11

204 Marruecos

6 651 939,25

12

288 Nigeria

5 633 729,28

13

060 Polonia

5 430 078,74

14

508 Brasil

4 834 464,22

15

412 México

4 775 391,76

16

208 Argelia

4 774 198,03

11 561 302,91

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-diciembre de 2018 Orden Sector 1

Importe

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

2 261 524,00 1 576 326,95

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

1 310 828,85

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

1 232 494,70 1 102 120,04

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

727 998,00

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

683 500,35

8

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

619 833,71

9

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

583 009,65

TOTAL

21 085 731,70

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

1

370 592,04

TOTAL

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España enero-diciembre de 2018

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-diciembre de 2018 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 18

COMPRAS ESPAÑOLAS 18

17

632 Arabia Saudí

4 646 945,93

Cataluña

4 884 197,76

18

061 República Checa

4 278 570,01

Madrid, Comunidad de

3 148 066,74

Galicia

1 846 587,69

19

039 Suiza

4 208 124,95

Galicia

3 122 618,97

Cataluña

1 776 855,90

20

732 Japón

4 132 119,36

Andalucía

2 074 355,54

Andalucía

1 249 424,69

SUBTOTAL

235 604 282,28

Castilla-La Mancha

1 501 233,19

Comunitat Valenciana

942 856,42

TOTAL

318 863 932,77

Comunitat Valenciana

1 249 395,15

Castilla y León

776 031,46

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Madrid, Comunidad de

1 967 460,48

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

março de 2019

ac t ua l i da d € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Agencias de viajes españolas

DP180503

Empresas españolas distribuidoras de suplementos alimenticios

DP180504

Empresas españolas distribuidoras de material informático

DP180601

Empresas españolas de distribuición de ropa

DP180602

Empresas españolas distribuidoras de gel para ultrasonido

DP181001

Sociedades de abogados en Ayamonte

DP181101

Empresas españolas de construcción de piscinas Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para representar sus productos

DP181201

Empresa portuguesa de equipamientos para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español

OP170802

Empresa portuguesa del sector de metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español

OP170803

Empresa portuguesa de construcción de quioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción

OP170602 OP170801

OP171001 OP171002

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas do setor da tecnologia

DE180405

Empresas portuguesas de ferragem, bricolage, segurança e construção Empresas portuguesas de limpeza Empresas portuguesas distribuidoras de produtos alimentares

DE181101 DE181201 DE190101

Empresas portuguesas produtoras de têxtil

DE190102

Empresas portuguesas distribuidoras de bacalhau Empresas portuguesas de limpeza Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal

DE190103 DE190201 OE170302

Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal

OE170801

OE170304 OE170305 OE170601 OE170602

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

66 act ualidad€

março de 2019


oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

março de 2019

ac t ua l i da d € 67


calendário fiscal calendario fiscal >

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Março Prazo Até

Imposto

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

11

IVA

Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em janeiro/2019

Contribuintes do regime normal mensal

11

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de fevereiro/2019

Entidades empregadoras

11

IRS/IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a fevereiro/2019

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

20

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em fevereiro/2019

Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a fevereiro/2019

Entidades empregadoras

20

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em fevereiro/2019

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estadosmembros quando tais operações se considerem aí localizadas

20

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em fevereiro/2019

Sujeitos passivos do IVA

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT

31

IRS

Comunicação da opção pelo regime de contabilidade organizada

Sujeitos passivos de IRS (categoria B)

Através da declaração de alterações

31

IRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Sujeitos passivos que exercem a título principal, uma atividade de natureza comercial industrial ou agrícola

1ª prestação (50%) ou a totalidade do PEC

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em janeiro/2019

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente

31

IRC

Envio da declaração para opção (ou alterações) pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2018 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

68 act ualidad€

março de 2019

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE180134

F

11/02/1968

FRANCÊS / INGLÊS

GESTÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ALOJAMENTOS TURÍSTICOS

BE180135

F

15/12/1992

INGLÊS/ ESPANHOL

ADVOCACIA

BE180136

F

INGLÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE180137

F

INGLÊS / FRANCÊS / ESPANHOL / ÁRABEL

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE180138

F

01/04/1959

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

GESTÃO DE PRODUÇÃO DE ARTES GRÁFICAS

BE180139

F

28/07/1976

INGLÊS

GESTÃO COMERCIAL E MARKETING

BE180140

M

INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS

CONSULTORIA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

BE180141

F

18/12/1993

ESPANHOL/ ALEMÃO/ ITALIANO/ INGLÊS/ PORTUGUÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE180142

F

PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO

TÉCNICO DE INFORMAÇÕES TURISTICAS

BE180143

F

14/10/1962

INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL

SECRETARIADO E ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS

BE180144

M

29/01/1952

BE180145

F

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Ararate: primeiro restaurante arménio em Portugal

nasce de uma relação de amor com o país

Entre os brinquedos portugueses que chegavam às mãos de uma criança moscovita e os sabores arménios que os portugueses podem agora provar em Lisboa há um intervalo de quatro décadas. Mas não há coincidências: Karine Sarkisyan, dona do restaurante arménio Ararate, conta-nos a história e aguçanos o apetite pela gastronomia e cultura do seu país de origem.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

arine Sarkisyan visitou Portugal pela primeira vez em 2006, com o marido, russo, para quem este país representava “o paraíso”. Era de Portugal que o tio lhe levava brinquedos, na década de 80, quando eram raridades em Moscovo. A “paixão por Portugal” confirmou-se com várias visitas: “Conhecemos quase todo o país, experimentamos os pratos típicos das diferentes regiões. Agora, uma parte da nossa vida é em Portugal e era aqui que queríamos abrir o nosso primeiro restaurante.” Depois dos restaurantes D. Afonso o Gordo e o bar Rosa de Lencastre, à Sé chegou a vez do Ararate, que arrancou em setembro do ano passado para servir “genuína comida arménia”, bem como pratos da Geórgia, frisa a dona do espaço. Karine Sarkisyan é arménia, mas viveu quase toda a sua vida em Moscovo, onde

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março de 2019

conheceu o marido. Porém, como “é escola, a de cliente: “Eu sei avaliar um típico dos arménios”, nunca se esque- restaurante. Também quis perceber que ceu da cultura e das tradições do seu sabores agradam aos portugueses, o que país, nomeadamente a língua, o alfabeto comem, para poder eleger o que trazer (escrito numa das paredes do Ararate) e da cozinha arménia para o paladar pora gastronomia: “Um arménio tem muito tuguês. Partilhamos o gosto por produtos orgulho na sua história e cultura e nunca frescos, por ingredientes de qualidade, por perde os seus hábitos arménios, o que grelhados, por estufados… Há muito em explica o facto de a nossa gastronomia comum entre as duas gastronomias, já se manter quase inalterada há séculos. que a cozinha arménia tem pontos de Cozinhamos os mesmos pratos e alguns contacto com a mediterrânica.” O chefe e o subchefe do restaurante deles são ancestrais e feitos com técnicas antigas. Em família, comemos comida são arménios e Karine Sarkisyan dotou arménia, mesmo fora da Arménia. Se a cozinha das condições necessárias para estamos em viagem, procuramos um fazer justiça à gastronomia arménia: “Temos um fogão com uma grelha a restaurante arménio.” A curiosidade e o gosto pela gastrono- carvão, bem como um forno que atinge mia fez com que Karine Sarkisyan expe- elevadas temperaturas, ambos feitos por rimentasse também vários restaurantes encomenda para o Ararate.” Na grelha e no carvão são cozinhadas de qualidade, em todo o mundo para conhecer diferentes cozinhas, antes de diferentes carnes e legumes. Um dos abrir o Ararate, em Lisboa. Essa é a sua pratos que mais caraterizam a gastro-


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nomia arménia é a espetada (khorovats, também conhecido como shaslik, feita tradicionalmente em lume aberto). No Ararate, há espetadas de legumes, vitelão, porco, borrego (em pedaços ou picada), o que exige mais perícia, explica a nossa interlocutora “Os ferros das espetadas também são especiais, vieram da Arménia. Um arménio é muito zeloso das suas ferramentas para fazer boas espetadas e não as empresta. A forma como se faz a marinada da carne com sumo de cebola e como se amassa longamente o picado é um dos segredos para que ela não se desfaça na grelha.” A espetada é um dos pratos mais pedidos, mas olhando a carta, Karine

no Médio Oriente, servida em folhas pida por altura do domínio soviético, de alface com tomate fresco e ervas aro- que canalizava todas as uvas arménias máticas, ou ainda a salada de legumes para o fabrico do conhaque. Além de grelhados no carvão. vinho de uva, o Ararate serve vinho de Entre as propostas de carne, está a romã, o fruto que decora todas as mesas kaurma, conserva tipicamente arménia. do restaurante. Karine Sarkisyan indica “Os caucasianos cozem as partes mais que “a romã simboliza a importância delicadas da carne e depois passam a que os arménios atribuem à família, carne em manteiga Ghee”, explica a que pode ser enorme e estar espalhada carta. Se optar pelo dolmá, típico rolo de pelo mundo, mas mantém a sua união”. vitelão picado com arroz, cebola, verdu- Outro símbolo arménio é a montanha ras e especiarias, envolvido em folhas de Ararate, considerada “sagrada” e que, videira com molho de “matsun” e alho, no passado, pertenceu ao território da saiba que está a provar um dos maio- Arménia. “Sendo o primeiro restaurante res símbolos gastronómicos da Arménia, arménio em Portugal, tinha que se chaque remonta à antiguidade. Há ainda mar Ararate”, conclui Karine Sarkisyan. ensopados e estufados de borrego, viteA ligação de Portugal à Arménia é anti-

Sarkisyan começa por sugerir o que poderiam ser as entradas, explicando que numa mesa arménia não há essa divisão. “Colocamos tudo na mesa: entradas, pratos e sobremesas e cada pessoa vai comendo o mais gosta pela ordem que escolher,” descreve. Na secção de padaria, destaque para o lavash, o pão-folha tradicional da Arménia, adotado por outros países do Cáucaso. Outra opção é o khachapuri (pastel de queijo), simples ou com ovo. Entre os petiscos, figuram também o caviar de beringela e o guisado de miúdos como fígado, coração e pulmões de cordeiro estufados com cebola e tomatada. Igualmente típico é o khinkali, “saquinhos de massa moldados artisticamente à mão, cheios de suculenta carne picada e de um rico caldo aromático”, lê-se na ementa. Para petiscar, há também uma tábua de enchidos tradicionais da Arménia e outra de queijos caseiros. A ementa inclui sopas e saladas, como a salada com beterraba fumada e queijo arménio, a salada de bulgur (trigo moído) muito popular no Cáucaso e

lão ou esturjão, servidos e cozinhados em caçarolas de barro. O mesmo recipiente (o putuk) é usado para a sopa de gão de bico, coberta com pão. Além do esturjão, há também truta na ementa, grelhada ou assada em papelote. Entre as sobremesas brilham uma receita arménia de pakhlava, uma versão do ecler e o tradicional gata, um pastel de massa folhada recheado com uma mistura de açúcar, manteiga e farinha. Não falta na ementa café feito como na Arménia e vinho arménio, ou não fosse o país pioneiro da sua produção (em 2011, foram descobertos vestígios arqueológicos de uma adega com mais de seis mil anos de idade, no sul da Arménia), apesar de ter sido interrom-

ga, remonta, pelo menos, ao tempo em que comerciantes portugueses e arménios se cruzavam nas rotas do Médio Oriente. Portugal e Arménia integraram o império romano, o que, além da herança cristã, influenciou a gastronomia de ambos, como o hábito de comer peixe. Calouste Gulbenkian é o arménio mais famoso em Portugal e inspirou a localização do Ararate. “Esperamos pelo espaço ideal e quisemos que fosse perto da Fundação Gulbenkian”, comenta Karine Sarkisyan, revelando que o próximo será, algures, no Porto. Ararate Av. Conde Valbom, 70, Lisboa Telemóvel: 925 451 509

março de 2019

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Agenda cultural Livro

“O homem mais rico do mundo. As muitas vidas de Calouste Gulbenkian”

De origem arménia, Calouste Sarkis Gulbenkian continua a marcar Portugal através do trabalho realizado pela fundação com o seu nome, sedeada em Lisboa. No entanto, a vida de Gulbenkian marcou também outras vidas e outras geografias. A biografia “O homem mais rico do mundo. As muitas vidas de Calouste Gulbenkian” permite conhecer o percurso e o alcance que as ações e decisões deste homem tiveram e têm. A obra lançada no ano em que se comemora o 150º aniversário do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian é da autoria de Jonathan Conlin e editada p e l a Objectiva: “O historiador mergulhou, durante mais de q u a t r o anos, nos arquivos d a Fundação, em Lisboa, e em outros dez lugares que marcaram a vida de Calouste, onde consultou documentos em francês, inglês, arménio, turco, alemão e russo. Com todo este material, Conlin reconstruiu o percurso deste homem cuja vida atravessou duas Grandes Guerras, que foi diplomata, homem de negócios, um visionário na área petrolífera, um filantropo, ‘um arquiteto de empreendimentos’, como se definia, que construiu uma riquíssima coleção de arte preservada, para a posteridade, na Fundação Calouste Gulbenkian.”

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março de 2019

Exposições

O futuro das cidades em reflexão na Maia

Março é o Mês da Arquitetura da Maia (MAM). A segunda edição do MAM, promovida pela Câmara Municipal da Maia, conta com uma exposição de ateliers e críticos de arquitetura para pensar sobre os grandes desafios das cidades do futuro. No ano em que a cidade da Maia comemora 500 anos do Foral Manuelino, antecipa-se também o futuro do território e do planeamento urbano sob o mote “Qual o futuro das cidades no próximo século?” A exposição irá estar patente no Fórum da Maia: “Com curadoria da arquiteta Andreia Garcia, o MAM convocou oito arquitetos emergentes e quatro críticos consagrados a esboçar uma reflexão crítica, mais ou menos profética, sobre o impacto da evolução do urbanismo, mobilidade, tecnologia, gentrificação, alterações sociais e ambientais no território. O resultado ganha a forma de textos, maquetas, desenhos rigorosos, ilustrações, colagens, instalações, realidade virtual, numa integração de diferentes visões e abordagens criativas.” No dia 8 de março, no cinema Venepor, haverá uma conferência com a presença de todos os intervenientes, com entrada livre e gratuita. Andreia Garcia considera que o evento convoca a reflexão: “Num mundo em vertiginosa aceleração, é urgente pensar a evolução das cidades e o papel da arquitetura na antecipação daqueles que serão os grandes desafios urbanísticos do futuro. Partimos do território da Maia como base de estudo, facilmente extrapolado para outras cidades do mundo. Nesta prolepse criativa, convocamos nomes emergentes da nova geração da arquitetura nacional, uma vez que sobre eles recai esta complexa responsabilidade de pensar e traçar a paisagem urbana do futuro”. Na exposição estão representados oito ateliers: Ana Aragão, arquiteta e reconhecida ilustradora portuense; Artéria, atelier de Lisboa liderado por Ana Jara e Lucinda Correia; Branco del Rio, estúdio de João Branco e Paula del Río, sediado em Coimbra; Corpo Atelier, do arquiteto Filipe Paixão, com base em Vilamoura; Fala, atelier do Porto; Espacialistas, um coletivo híbrido entre arte contemporânea e arquitetura; Skrey, atelier fundado por Francisco Adão da Fonseca e Pedro Jervell, no Porto e Summary, atelier liderado pelo arquiteto Samuel Gonçalves do Porto. O painel completa-se ainda com quatro reconhecidos especialistas: Inês Moreira, arquiteta e Professora na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; Joaquim Moreno, arquiteto e professor universitário em faculdades como a Universidade de Columbia, nos E.U.A. e a Architectural Association, Pedro Bandeira, arquiteto e Presidente da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho e Susana Ventura, arquiteta e investigadora de Lisboa.

Até 31 de março, na Maia


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Joana Vasconcelos em Serralves Depois do Museu Guggenheim Bilbao, a mostra “Joana Vasconcelos: I’m Your Mirror” habita agora o museu e o parque de Serralves, no Porto. A exposição reúne mais de trinta trabalhos produzidos desde 1997, explica o comunicado do Museu de Arte Contemporânea de Serralves: “Além de algumas das mais icónicas obras de Vasconcelos — como Cama Valium (1998), A noiva (2001 – 05), Burka (2002), Coração independente vermelho (2005), Marilyn (2011) e Lilicoptère (2012) —, a exposição inclui peças especificamente criadas para esta mostra — caso de Finisterra, I’ll Be Your Mirror e Solitário (todas de 2018). A exposição estende-se até aos jardins do Parque de Serralves através de monumentais esculturas de exterior.” Comissariada pelo curador Enrique Juncosa, a mostra representa um regresso de Joana Vasconcelos a Serralves, onde expôs em 2000. Oportunidade para perceber a matriz produtiva de uma das mais internacionais artistas plásticas portuguesas: “Entrelaçando referências à cultura popular portuguesa com alusões à história da arte, a produção artística de Joana Vasconcelos aborda, com um desarmante sentido de humor, questões tão sérias quanto a exploração das mulheres, as migrações e os impactos do colonialismo. O processo criativo de Joana Vasconcelos assenta na apropriação, descontextualização e subversão de objetos pré-existentes e realidades do quotidiano. Esculturas e instalações, reveladoras de um agudo sentido de escala e domínio da cor, assim como o recurso à performance e aos registos vídeo ou fotográfico, que contribuem para a materialização de conceitos desafiadores

das rotinas programadas do quotidiano. Partindo de engenhosas operações de deslocação, reminiscência do ready-made e das gramáticas nouveau realiste e pop, a artista oferece-nos uma visão cúmplice, mas simultaneamente crítica, da sociedade contemporânea e dos vários aspetos que compõem a identidade coletiva, apontando com especial acutilância para o estatuto da mulher, diferenciação classista, ou identidade nacional. Resulta desta estratégia um discurso atento às idiossincrasias contemporâneas, onde a dicotomia artesanal/industrial, privado/público, tradição/modernidade e cultura popular/cultura erudita surgem investidas de afinidades aptas a renovar os habituais fluxos de significação característicos da contemporaneidade.”

Até 24 de junho, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Culturgest dedica ciclo ao bailarino e coreógrafo Steve Paxton Algumas das performances históricas do coreógrafo, bailarino e improvisador norte-americano Steve Paxton serão recordadas no palco da Culturgest, nos dias 9, 20, 21, 22, 23 de março. A Culturgest contará ainda com a presença do próprio artista, que dará uma conferência no dia 10 de março. O programa conta ainda com mais quatro conferências (21 março, 30 maio, 6 junho, 25 junho). Em comunicado, a Culturgest assinala que “ao longo das últimas seis décadas, Steve Paxton (1939) tem moldado continuamente a face da dança”. O artista iniciou a sua carreira nos anos 1950: “Dançou com José Limon e Merce Cunningham, foi um dos fundadores da Judson Dance Theatre, fonte de criações coletivas que lançaram as raízes da dança pós-moderna e membro fundador do coletivo de improvisação nova-iorquino Grand Union”. A Paxton atribuem-se as técnicas – Contact Im-

provisation (Contacto Improvisação) e Material for the Spine (Material para a Coluna).

De 9 de março, até 25 de junho, na Culturgest, em Lisboa março de 2019

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Statements Para pensar

”Mudar mentalidades é melhor do que impor lei [de imposição de quotas obrigatórias ou de pagamento de vencimentos iguais]” Catarina Monteiro Pires e Mariana França Gouveia, advogadas e árbitros, sobre a igualdade de género no mundo laboral, depois de em fevereiro ter entrado em vigor lei que obriga as empresas à igualdade de géneros nos salários, “Jornal de Negócios Online”, 21/2/19

“O setor da energia tem sido um ‘calcanhar de Aquiles’ para a nossa economia e para o nosso país, mas há uma boa notícia: o que se tem falado da transição energética vai acontecer e de forma acelerada (...) É um novo paradigma, em que a oferta da energia, não só elétrica, é cada vez mais modelável, e há uma maior democratização da engenharia e hardware que alimentam as diferentes fileiras energéticas. E isto são boas notícias para Portugal” Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, no debate sobre o setor energético nos “Open Days PME Connect”, “Jornal Económico”, 21/2/19

“No entanto, há um novo facto (...) [adiantou, referindo-se] à pressão a que todos os players estão sujeitos para usar a energia de forma responsável, pensada, com menos desperdício, na oferta mas também no uso final. Isto abre um grande número de possibilidades ao nível da inovação e das tecnologias, para aumentar a eficiência” Idem, ibidem

“Nos próximos dez anos, podemos chegar aos 50% do peso das exportações no PIB, mas acredito que podemos chegar aos 60 ou 70%, com medidas e projetos de sinergia e interligação de esforços, como é o PME Connect” Paulo Caldas, diretor de economia, financiamento e inovação da AIP-CCI, durante a sua intervenção nos “Open Days PME Connect”, “Jornal Económico”, 21/2/19

“A probabilidade de Portugal estar em recessão num ano é de cerca de 15% e a probabilidade de entrar em recessão a qualquer momento, durante um período de cinco anos, é de aproximadamente 55%” Miguel St. Aubyn, vogal do Conselho de Finanças Públicas, que antecipou – numa intervenção a

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título pessoal, no “Open Days PME Connect”– que a probabilidade de Portugal entrar em recessão nos próximos cinco anos é de 55%, já que a recuperação económica de Portugal tem sido insuficiente após a crise, o que coloca o país atrás de outros países da Europa, “Jornal Económico”, 21/2/19




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