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Economia ibérica FevereirO 2015( mensal ) | N.º 212 | 2,5 € (cont.)
Indústria do tomate
aumenta vendas e exportações
“O BBVA está a ajudar a abrir o mundo aos empresários portugueses” Pág. 08
“En el 2018 se abrirá un nuevo ciclo de crecimiento” pág. 20
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Penhalta, en crecimiento, firma un acuerdo con El Corte Inglés pág. 30
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Alberto Charro Administrador delegado do BBVA Portugal 8 act ualidadâ‚Ź
Fevereiro de 2015
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“O BBVA está a ajudar a abrir o mundo aos empresários portugueses” O último triénio, marcado pela crise económica, desafiou o BBVA em Portugal a mudar de estratégia. Alberto Charro, administrador delegado do BBVA Portugal, explica como estão a preparar o futuro desta instituição no país e quais as vantagens de que poderão beneficiar os seus clientes.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org
endo em conta a redução da rede de retalho do BBVA em Portugal, que balanço faz do ano de 2014?
Os anos de 2012 a 2014 foram marcados por um saneamento profundo do balanço do banco, baseado em critérios extremamente exigentes de qualidade de risco. Também foi um triénio de investimentos em tecnologia (plataforma e sistemas), só possíveis com o apoio do grupo BBVA. 2014 foi um ano de desafios: tivemos de adotar decisões duras e complexas, mas saímos reforçados no mercado português, com uma estratégia clara de crescimento em segmentos estratégicos e com capacidades competitivas para oferecer aos nossos clientes, que são o centro da nossa atividade. Hoje, o BBVA é provavelmente o banco mais atrativo para um cliente premium em Portugal, seja ele uma pessoa ou uma empresa.
Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
De que forma o BBVA poderá ser afetado pela crise do BES?
O sistema financeiro português está submetido às mesmas pressões que o resto dos sistemas financeiros ocidentais. Por um lado temos a regulação, que aumenta as exigências de capital, bem como os investimentos em sistemas necessários para cumprir as novas regras. No entanto, a regulação também pressiona para reduzir as comissões pagas pelos clientes, em produtos como contas, transferências ou cartões. Isto, à partida, é bom para o consumidor e o grupo BBVA está e estará sempre na linha da frente do cumprimento desta normativa. Por outro lado, a crise financeira que a economia vive desde 2007, teve um efeito profundo nas imparidades da banca. E, finalmente, a tecnologia e a desintermediação fazem com que existam novos concorrentes vindos de fora do sector financeiro, tais como fundos de investimento, que podem emprestar às empresas sem tanta supervisão e custos, ou plataformas cliente-cliente que permitem que um
particular empreste dinheiro a um outro particular ou empresa sem a intermediação de um banco. Tudo isto tem criado uma pressão enorme nos resultados e nos balanços da banca, que muitos não têm conseguido suportar. Acresce que os clientes, que são quem manda, estão a mudar os seus hábitos de consumo: querem experiências de cliente simples, excelentes... e a custo mínimo. Isto faz com que as estruturas de distribuição dos bancos se tornem obsoletas e excessivas a um ritmo nunca visto na banca. A crise do BES está inserida no processo de transformação do sistema financeiro português, que vai exigir uma redução importante de estruturas e de custos e uma transformação radical do modelo de distribuição. Para o BBVA, que em Portugal já antecipou esta nova realidade, isto só pode ser uma oportunidade e um incentivo para nos esforçarmos ainda mais, de modo a conseguir dar ao cliente o que quer, quando quer e da forma que quer. 9
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Como vê o futuro do BBVA em Portugal? Quais são as prioridades do banco e que medidas as materializam?
A diversificação de negócios do BBVA, em Portugal, é pouco conhecida. O futuro do banco em Portugal passa por uma presença equilibrada dos quatro principais negócios que temos no país. As duas áreas mais conhecidas pelo público são a banca de empresas e a banca comercial, ambas com um peso equivalente no nosso balanço. Na banca de empresas temos um posicionamento de primeira linha. Entre 2010 e 2014, duplicámos o número de empresas portuguesas que declaram trabalhar com o BBVA, até superar os 14%, segundo o inquérito externo da “Inmark”. Somos também um banco de referência no mercado no serviço às filiais de multinacionais em Portugal, incluindo obviamente também as empresas espanholas que confiam em nós. Na banca comercial, dado o nosso modelo de distribuição com pouco peso de agências físicas e um elevado desenvolvimento tecnológico, temos um foco claro nos clientes premium e na banca privada e tencionamos aumentar a nossa quota de mercado neste nicho. Mas além da banca de empresas e corporativa e da banca co10 act ualidad€
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mercial, o BBVA tem em Portugal duas áreas muito potentes que dão serviço não só a empresas e particulares, mas também a investidores institucionais e a outras entidades financeiras. Estou a referir-me às áreas de tesouraria e mercados globais e à
“Os clientes estão a mudar os seus hábitos de consumo. Isto faz com que as estruturas de distribuição dos bancos se tornem obsoletas e excessivas a um ritmo nunca visto ” área de asset management. Somos referência em Portugal em áreas como fundos de investimento de gestão flexível, gestão discricionária de carteiras, ou derivados. Tudo isto forma, juntamente com a área imobiliária do banco, incorporada na sociedade Anida, um portfólio diversifi-
cado de negócios muito sólido em Portugal. Factos como ser Primary Dealers do Tesouro Português não só nos orgulham como asseguram e alavancam a nossa presença em Portugal. Como será o “BBVA mais tecnológico” de que tem falado? Quanto estão a investir nesse novo modelo bancário?
O BBVA não vai ser apenas mais tecnológico, queremos ser o banco de futuro, o banco digital em Portugal, revolucionando, assim, o modelo de distribuição. A parte mais visível e mais importante do novo modelo de distribuição em banca comercial é o “BBVA Consigo”, canal com o qual já trabalham 42% dos nossos clientes premium. A génese deste modelo é a de que um cliente do BBVA pode fazer tudo o que se faz num balcão, mas sem precisar de ir ao balcão. Trata-se de uma nova forma de relação dos clientes, de uma nova experiência, com o seu banco, que nos diferencia do resto da banca portuguesa. Com o BBVA, o cliente não precisa de ir ao banco para abrir a sua conta, nem para contratar um fundo de investimento ou um seguro, nem, logicamente, para fazer uma transferência ou um pagamento ao
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Estado... nem sequer para ver o seu gestor e partilhar informação com ele, uma vez que todos os nossos clientes BBVA Consigo têm à sua disposição um sistema de vídeo-conferência associado a um sistema de correio seguro, que faz com que a distância física seja irrelevante. E sublinho: não estamos a falar de um call center, nem de banca por internet. Estamos a falar de um contacto direto, humano e profissional com o seu gestor pessoal, altamente qualificado, para tratar não só as necessidades transacionais, mas as necessidades de investimento. 42% dos nossos clientes já não vão ao balcão, mas estão muito mais próximos do banco do que nunca. Devo acrescentar que isto não é um modelo piloto e que já está a funcionar desde 2012, cada vez mais aperfeiçoado. Esta forma de relação, o “não precisar de ir ao banco”, está também desde 2011 à disposição dos nossos clientes empresa, através do “BBVA Consigo Empresas”. O facto de termos duplicado a nossa quota de penetração nesse período, aliado ao de não termos agências de banca de empresas em Portugal desde 2011, é significativo. A realidade é que com os sistemas de proximidade, físicos e digi-
tais que o BBVA coloca à disposição, o cliente não precisa de ir ao balcão e isto é uma grande mudança de paradigma na banca. O cliente quer ter o banco sempre consigo: em casa, no trabalho, nas férias, à distância de um clique ou através de vídeo-conferência, onde quer que esteja.
“Entre 2010 e 2014, duplicámos o número de empresas portuguesas que declaram trabalhar com o BBVA” O BBVA não teve lucro em Portugal nos últimos três anos. Quando estima que o banco inverta esta tendência?
Num momento de transformação de paradigma e depois da forte crise de crédito dos últimos anos, o nosso desafio é ser o melhor banco para os clientes. Isto é: um banco mais simples, mais rápido e mais seguro. Os lucros vêm a seguir. Sem investimento não há retorno, mas o inves-
timento precisa do suporte de um grupo tão solvente e tão avançado digitalmente como o grupo BBVA. Dada a presença do grupo em mercados com bom potencial de crescimento (América Latina, México, Turquia, EUA …), o BBVA Portugal tem angariado muitos clientes com interesses nessas geografias? O potencial de parcerias ibéricas para projetos nestes países está a ser devidamente explorado?
América Latina, México, EUA ou Turquia são efetivamente o grande foco de presença do BBVA, juntamente com a Península Ibérica. Temos sido propositadamente ativos desde 2007 na promoção destes mercados junto das empresas portuguesas, porque entendíamos que o país precisava de mais internacionalização - tanto no que se refere à exportação como ao investimento no exterior - e, também, de maior diversificação: não podemos ficar a depender exclusivamente da União Europeia ou de Angola e do Brasil. O mundo é muito grande e nós temos tentado ajudar a abrir esse mundo aos empresários portugueses. A Aliança do Pacífico é, por exemplo, Fevereiro de 2015
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BPI e FEI assinam o primeiro acordo de Garantia InnovFin em Portugal
O Fundo Europeu de Investimento (FEI) e o Banco BPI assinaram um acordo para fomentar o crédito a pequenas e médias empresas (PME), bem como a empresas de média dimensão (mid-caps), ao abrigo do Programa InnovFin, para o financiamento pela União Europeia de empresas inovadoras. O novo acordo permitirá ao Banco BPI proporcionar às empresas inovadoras em Portugal o acesso a um financiamento total de 200 milhões de euros nos próximos dois anos. A operação permitirá ao BPI disponibili-
zar financiamento adicional às empresas inovadoras, em condições vantajosas. Este tipo de “instrumento financeiro de partilha de risco” presta garantias e contragarantias para o financiamento da dívida entre 25 mil e 7,5 milhões de euros. “O FEI garante metade do risco”, afirmou o presidente executivo do BPI, em conferência de imprensa, após a assinatura do acordo (na foto). “Este é o primeiro acordo de garantia InnovFin em Portugal; é a segunda operação na Europa”, sublinhou, por seu lado, Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. O mesmo responsável referiu ainda que “a vantagem de instrumentos como este é que podem ser alavancados, através de crédito e parcerias privadas”. Em Lisboa, aquando da assinatura do acordo, o diretor executivo do FEI, Pier
Luigi Gilibert,afirmou: “É com grande satisfação que assinamos o nosso primeiro acordo de Garantia InnovFinpara PME em Portugal, com o Banco BPI. Estamos muito satisfeitos com os resultados alcançados no Instrumento Financeiro de Partilha de Risco assinado com o BPI há um ano e meio, e estamos convictos de que, em conjunto, poderemos apoiar ainda mais empresas inovadoras nos próximos dois anos”. O InnovFin para PME presta garantias e contragarantias para o financiamento da dívida entre 25 mil euros e 7,5 milhões de euros, a fim de melhorar o acesso ao crédito por parte das PME e empresas de média dimensão inovadoras (até 499 empregados). A Garantia InnovFin para PME é implementada pelo Fundo Europeu de Investimento e funcionará através de intermediários financeiros (bancos e outras instituições financeiras) nos Estadosmembros da EU e países associados. No âmbito deste mecanismo, os intermediários financeiros beneficiarão da garantia do FEI sobre uma parte das perdas incorridas no financiamento da dívida.
MAPFRE lança seguro de vida PT vai ser comprada para investidores que procuram por grupo Altice total segurança A seguradora MAPFRE acaba de lançar um seguro de vida de investimento a prazo de oito anos e um dia, que garante, ao vencimento, o capital investido mais os juros acumulados, oferecendo liquidez desde o primeiro momento.
da participação nos resultados.
O “MAPFRE Invest Crescente 2015” é
Disponível até dia 28 de fevereiro ou
indicado para investidores que pro-
até compra total do património a co-
curam total segurança para o seu di-
mercializar, com uma entrega mínima no valor de 500 euros e máxima no valor de 100 mil, este produto apresenta taxas crescentes que vão desde os 2% no primeiro ano até atingirem os 2,5% no oitavo.
nheiro, com capital e juros garantidos, assegurando rendimentos atrativos, uma vez que apresenta um rendimento de 17,15% acumulado no vencimento, que pode ainda aumentar através
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A PT Portugal vai ser alienada ao grupo francês Altice, por 7,4 mil milhões de euros, após a decisão da assembleia geral da empresa, detida pelo grupo brasileiro Oi. Após esta aprovação, o acordo terá ainda de ter “luz verde” das autoridades de supervisão da concorrência. De acordo com o “Jornal de Negócios”, a Altice deverá, agora, notificar as autoridades europeias, para aprovarem a operação, seguindo-se ainda um processo negocial relativamente a alguns ativos e dívidas da empresa. A publicação adianta que não há prazos para que o acordo final seja concluído. A PT Portugal é o maior grupo de telecomunicações nacional, atuando nos segmentos fixo, móvel, multimédia, dados e soluções empresariais.
Breves Santander Totta baixa spreads no crédito à habitação
O banco Santander Totta está a garantir aos seus clientes do universo Select um spread a partir de 2,30% no crédito à habitação, que compara com os 2,49% anteriormente praticados. “O spread é válido para todos os clientes Select, durante todo o prazo do empréstimo, premiando o seu maior relacionamento com o banco. Estes clientes beneficiam ainda de montantes de financiamento alargados, até 80% do valor de avaliação da nova casa”, adianta a instituição. “Para os restantes clientes, o banco também disponibiliza spreads muito competitivos, a partir de 2,49%”, adianta o mesmo comunicado do grupo. O banco Santander Totta assegura que tem vindo a melhorar as condições de crédito à habitação, com spreads competitivos, prazos até 50 anos – permitindo flexibilidade para adequar os pagamentos mensais à disponibilidade financeira dos clientes – e produtos de taxa fixa, variável e com opção de valor residual. Paralelamente, o Santander Totta disponibiliza a todos os clientes soluções para compra, troca ou remodelação da casa. A solução “Nova Casa” destina-se aos clien-
tes que já tenham crédito à habitação com este banco e que pretendem mudar de casa, beneficiando de uma redução no spread do empréstimo para comprar a sua nova casa. O acesso a esta solução implica a liquidação do crédito atualmente em curso. Com a solução “Remodelação de Casa”, o banco disponibiliza várias opções de financiamento para a realização de obras em casa, com destaque para o “Crédito Habitação Obras”, que oferece financiamentos até 80% do valor da avaliação e prazos alargados até 50 anos. De salientar que a marca Select foi lançada pelo banco há cerca de um ano para o seu segmento affluent. Os clientes Select têm produtos e serviços específicos, com várias vantagens a nível financeiro. Além das condições preferenciais no crédito à habitação e de soluções de poupança mais atrativas, estes clientes podem usufruir do inovador cartão de débito Select, que permite fazer levantamentos em todas as ATM do grupo sem o pagamento de comissões de levantamento. A nível não financeiro, estes clientes podem usufruir também de vários serviços exclusivos.
Gas Natural Fenosa atinge os 35 mil clientes na eletricidade no segmento das PME oferece às PME uma ampla variedade de serviços energéticos que se adaptam às necessidades tecnológicas e económicas de cada cliente. A companhia atua como fornecedor de energia (gás natural e eletricidade) e também como desenhador do modelo de negócio personalizado para cada tipo de cliente, como consultor energético e na realização de auditorias de eficiência energética. Foto Sandra Marina Guerreiro
A Gas Natural Fenosa continua a reforçar a sua presença em Portugal, ao superar os 35 mil clientes no setor da eletricidade no segmento de pequenas e médias empresas (PME). A empresa energética afirma que “reforça, assim, a sua posição como quinto operador do mercado” nacional de comercialização elétrica no segmento das PME. A Gas Natural Fenosa
Setor têxtil exportou 4,6 mil milhões de euros em 2014 O valor das exportações portuguesas no setor têxtil e do vestuário ascendeu, em 2014, a 4,6 mil milhões de euros, tendo a Galiza sido um dos principais clientes, com compras avaliadas em mais de mil milhões de euros. Segundo o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), João Costa, Espanha foi, em 2014, o destino de mais de 30% das exportações portuguesas do setor, num valor de 1,5 mil milhões de euros. “Deste valor, mil milhões de euros referem-se a exportações para a Galiza”, referiu, destacando entre os clientes a Inditex, um grupo com sede em Arteixo, na Corunha, composto por centenas de empresas da área do design, fabrico e distribuição de produtos têxteis. João Costa falava durante uma visita de empresários têxteis da Galiza ao Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve), em Vila Nova de Famalicão, que decorreu no final do mês passado. Organizada pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza-Norte de Portugal, a jornada incluiu ainda visitas a duas empresas têxteis do Minho, com o objetivo de “fortalecer o cluster têxtil-moda transfronteiriço”, segundo explicou o secretário-geral da Confederação das Indústrias Têxteis da Galiza, Alberto Rocha Guisande. Levira ganha contrato com a renfe espanhola e confirma turnaround A metalúrgica Levira, principal fabricante português de mobiliário de escritório, vai equipar o principal centro de manutenção integral da companhia ferroviária espanhola Renfe, em Valladolid, num contrato que deverá ultrapassar os 1,2 milhões de euros. Um terço deste valor diz respeito ao equipamento para a warehouse robótico da BMI (base de manutenção integral) de Valladolid, numa parceria com a igualmente portuguesa Efacec. Com este contrato, a fábrica de Oliveira do Bairro - que há três anos foi adquirida pelo Grupo Prebuild e desde então tem sido alvo de uma profunda restruturação – confirma o sucesso do processo de turnaround, fechando o exercício de 2014 com um resultado líquido positivo, adianta a empresa. Com 60% da sua produção destinada ao mercado de exportação, a Levira registou no último ano um volume de negócios próximo dos 12 milhões de euros (mais 30%). A Levira emprega cerca de 200 trabalhadores.
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