Actualidad
Economia ibérica Setembro 2015( mensal ) | N.º 219 | 2,5 € (cont.)
Negócios à boleia do
comércio online Pág. 38
Seur Portugal atenta às novas oportunidades do e-commerce pág. 08
Solvay Portugal restrutura atividades e lança projeto de pólo tecnológico pág. 20
Bancos em Portugal somam lucros recorde no primeiro semestre pág. 28
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Índice
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Fotomontagem de capa: Sandra Marina Guerreiro
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Nº219
Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Jesus Matías Pérez Alejo, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Leixões com nova plataforma logística e novo terminal de cruzeiros
Grande Tema
Novos negócios à boleia do comércio online
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Copydesk : Joana Santos, Beatriz González e Laura Couselo Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Dominguez (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Carlos Soares, Manuel de Freitas Pita e Nuno Ramos Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor.
Editorial 04. “Ó Evaristo, vendes online?”
Opinião 06. O Processo Especial de Revitalização (PER) :
um dado essencial na vida empresarial
- Carlos Soares
46. Zona Franca da Madeira: a continuidade
assegurada
- Manuel de Freitas Pita
Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Atualidade 24.Chocolates de lujo made in Spain
E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 46. Advocacia e Fiscalidade 48. Fazer Bem 50.Setor Imobiliário 54.Vinhos & Gourmet 56.Desporto 58.Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62. Intercâmbio Comercial 64. Oportunidades de Negócio 66. Calendário Fiscal 67. Bolsa de Trabalho 68. Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
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editorial editorial
“Ó Evaristo,
vendes online?”
Ó
“
um novo projeto de base comercial. O crescimento do e-commerce demonstra isso mesmo: criar uma loja online exige sobretudo investimento em tecnologia e em comunicação, permitindo poupar o que se gastaria com lojas físicas. Além do risco ser menor, a internet oferece a incomparável vantagem de ser uma montra à escala global. O tema de que se ocupa a capa desta edição está a entusiasmar consumidores e empreendedores, como ilustram os números a que fazemos referência no artigo. Muitas marcas fazem da internet a sua primeira morada, conseguindo mais facilmente internacionalizar os seus negócios. Mesmo as marcas consolidadas, com uma boa ocupação territorial, como as insígnias da galega Inditex (Zara, entre outras), da sueca Hennes & Mauritz (H&M) – para dar só dois exemplos – não prescindem das vendas online. No segmento de luxo, o mais reticente em adotar este novo canal, também o online tem vindo a ganhar terreno. A Foto DR
Evaristo, tens cá wi fi?” A pergunta marca a passagem do tempo entre “O Pátio das Cantigas” realizado por Francisco Ribeiro em 1942 e o filme com o mesmo nome e nele inspirado, lançado este verão. Se a personagem Narciso, interpretada por Vasco Santana, nos deixou, por ventura, a mais repetida e carismática frase do cinema português, “Ó Evaristo, tens cá disto?”, na versão dirigida por Leonel Vieira, o ator César Mourão, que dá vida a Narciso, teve que atualizar a pergunta, à luz de uma necessidade e oportunidade: a de estarmos “ligados”. A esta pergunta, a Actualidad€ acrescenta outra: “ó Evaristo, vendes online?”. Isto porque a internet pode ser a morada de grande parte dos nossos desejos, sem que tenhamos que percorrer qualquer distância física para os concretizar, e por consequência, uma localização premium de oportunidades de negócio, sobretudo para empreendedores que estão a iniciar
francesa Chanel anunciou recentemente que iria iniciar o negócio de e-commerce no final do próximo ano. Esta nova realidade coloca grandes desafios, mas também novas oportunidades às empresas de logística e de transportes, encarregues de fazer chegar as encomendas rapidamente e com segurança a preços competitivos. Este é um dos desafios a que a Seur Portugal tem procurado responder, apostando precisamente nos serviços online como uma das formas de consolidar e aumentar a sua clientela, como explica a diretora geral, Mónica Rufino, em entrevista nas páginas seguintes. O setor da logística e dos transportes, bem como o do turismo merece destaque nas páginas desta revista também pela inauguração do novo terminal de cruzeiros do porto de Leixões, bem como da nova plataforma logística. Duas obras que potenciam a inegável boa localização geográfica de Portugal. Nesta edição, destacamos igualmente a visível recuperação de bancos como o BPI, a CGD, o Millennium bcp e o Santander Totta, que apresentaram crescimentos dos seus resultados no primeiro semestre deste ano. De salientar ainda que os bancos portugueses estão menos dependentes do Banco Central Europeu, já que pelo terceiro mês consecutivo se verificou uma queda do valor requisitado à instituição liderada por Mario Draghi, de acordo com dados do Banco de Portugal. Boas notícias, que prometem animar a chamada rentrée que agora começa após umas – desejamos – revigorantes férias. Bons negócios! Email: actualidade@ccile.org
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O Processo Especial de Revitalização (PER) :
um dado essencial na vida empresarial
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Processo Especial de Revitalização (PER) foi criado no ordenamento jurídico português em 2012, respondendo à necessidade de existência de um meio que permita a empresas em má situação financeira, mas economicamente viáveis, evitar a insolvência. O PER tem por finalidade que a empresa (ou o cidadão não titular de uma empresa) em situação financeira difícil e os seus credores acordem entre si um plano de recuperação que viabilize a reestruturação. A lei cria um conjunto de condições para permitir a obtenção desse acordo: o PER suspende as ações de insolvência e as ações de cobrança de dívidas pendentes (as ações executivas e, no entendimento dominante, também as
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ações declarativas), além de obstar à instauração de novas ações. O PER é um processo judicial (contrariamente ao seu «primo» SIREVE, que é coordenado pelo IAPMEI), mas a intervenção do juiz é circunscrita, consistindo essencialmente na aferição liminar do cumprimento dos requisitos legais, na resolução de litígios em torno dos créditos e na homologação ou recusa de homologação do plano de recuperação aprovado pelos credores. Todos os credores podem participar no PER. As mais importantes faculdades dos credores são negociar e votar a proposta de plano de recuperação (elaborada pela empresa devedora) e requerer ao juiz a não homologação do plano de recuperação aprovado.
Por Carlos Soares*
O plano de recuperação é aprovado segundo regras de maioria, tendo cada credor um número de votos equivalente ao valor do seu crédito. O plano de recuperação vincula todos os credores, incluindo os que não tenham intervindo no processo e os que tenham votado contra a proposta de plano de recuperação. A proteção dos credores dissidentes é assegurada pela possibilidade de o plano aprovado pela maioria dos credores não ser homologado pelo juiz. Além do não cumprimento de regras legais, o juiz deve não homologar o plano se a situação do credor dissidente ao abrigo do plano for menos favorável do que a que existiria na ausência de plano. Assim, o credor que não concorde com o plano pode conseguir que este não produza efeitos se demonstrar que sem plano estaria em melhor situação. A não homologação do plano implica, regra geral, o fim do PER (pois já não haverá tempo para aprovar um novo plano) e a declaração imediata de insolvência, se a empresa estiver nesta situação. Uma característica importante do PER é a sua sujeição a prazos curtos, visando a celeridade do processo. A negociação e a votação do plano estão sujeitas a um prazo de 60 dias, que pode ser ampliado até 90 dias. A lei determina que durante a pendência do PER a empresa tenha um administrador judicial provisório
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(na experiência portuguesa, (AJP) nomeado pelo juiz. Na a declaração de insolvência realidade, o AJP não admi“Contam-se por vários milhares de uma empresa implica, nistra a empresa, mas a prána generalidade dos casos, tica de um conjunto de atos os PER instaurados desde a a sua liquidação). Na persrelevantes para a atividade criação da figura. Na perspetiva petiva das empresas credoda empresa e a conservação ras, o PER tem uma dupla dos seus ativos fica sujeita à das empresas que atravessam face: por um lado, cria um sua aprovação prévia. um período de dificuldades risco de modificação das Não havendo um catálogo obrigações contratadas; fechado sobre o conteúdo financeiras, o PER é uma via por outro lado, pode vir a do plano de recuperação, é aberta para evitar a insolvência, permitir a recuperação do habitual que consista num crédito, mesmo que porplano de pagamento das procurar a restruturação e ventura com sacrifício de dívidas – escalonado no prosseguir a atividade” valor e de tempo de cotempo, com perdão total brança, em condições mais ou parcial dos juros, frefavoráveis do que as que quentemente também com perdão de capital. Há, todavia, os PER instaurados desde a cria- existiriam em caso de insolvência planos de recuperação bem mais ção da figura. Na perspetiva das da empresa. O PER passou a ser complexos, regulando, por exem- empresas que atravessam um pe- um dado essencial na vida empreplo, a alienação de património e ríodo de dificuldades financeiras, sarial portuguesa. modificações na administração e o PER é uma via aberta para evitar na titularidade da empresa. a insolvência, procurar a restru- *Advogado da Gómez-Acebo & Pombo Contam-se por vários milhares turação e prosseguir a atividade Email: csoares@gomezacebo-pombo.com
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MĂłnica Rufino Diretora geral da Seur Portugal para a Zona Centro-Sul 8 act ualidadâ‚Ź
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Seur Portugal
atenta às novas oportunidades do e-commerce e da internacionalização das empresas A Seur – Serviço Urgente de Transportes, que passou a ser controlada pela francesa GeoPost, manterá inalteradas as suas operações no mercado nacional, bem como os serviços destinados a Espanha, garante a diretora geral da Seur Portugal, Mónica Rufino. “Os nossos objetivos principais passam por afirmar a Seur como marca líder nos fluxos Portugal-Espanha”, frisa ainda Mónica Rufino.
Q
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org
ue alterações organizacionais/ estruturais sofreu a empresa com a mudança acionista do grupo Seur, depois de passar a ser controlado pela GeoPost?
A integração do acionista GeoPost na Seur é um processo que se iniciou em 2004 e que tem tido uma evolução de acordo com a estratégia do grupo. Não existe um objetivo definido no tempo para a aquisição dos 100%, apesar de, ao dia de hoje, a GeoPost deter já 70%, sendo o acionista maioritário. O modelo de relação estabelecido en-
Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
tre a GeoPost e os acionistas minoritários da Seur é vantajoso para ambas as partes, proporcionando, por um lado, liberdade de decisão aos acionistas que querem desinvestir e, por outro lado, trabalhar em conjunto com os proprietários que querem dar continuidade ao negócio. Com a integração no grupo GeoPost/ Chronopost, como ficou a vossa estrutura organizacional dentro deste grupo?
O grupo GeoPost, holding da La Poste para o mercado courier, express e parcels (CEP) adquiriu, em novem-
bro de 2014, o franchisado da Seur para a zona Centro e Sul de Portugal. Esta aquisição vem na continuação da consolidação da posição que a GeoPost ocupa na Seur e reforça a presença em Portugal, onde já detinha a Chronopost. A direção das duas marcas é feita por Olivier Establet, que já era CEO da Chronopost, visando o fortalecimento do grupo no nosso país e no mercado ibérico em geral, já que a Chronopost é especialista na atividade doméstica B2B e B2C, e a Seur opera igualmente no mercado doméstico e lidera as transações entre Portugal e Espanha. Setembro de 2015
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No âmbito dessa restruturação, a Seur ganha algum tráfego nas ligações Portugal-Espanha (que antes eram da Chronopost)?
O tráfego dos envios Portugal-Espanha é efetuado pela Seur, através de uma rede de ligações próprias da Seur e as mesmas mantêm-se inalteradas.
Grupo francês pretende liderar mercado europeu de transporte urgente A GeoPost tem o objetivo de ser líder em Portugal no transporte urgente de mercadorias?
Com uma quota de mercado, na Europa, de 11%, a GeoPost ocupa a segunda posição no mercado europeu de transporte urgente e é o número um em Espanha, França, Irlanda, Polónia e Lituânia e o número dois em mercados como a Alemanha e Portugal. No âmbito dos mercados domésticos 10 act ualidad€
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europeus das empresas de pequenos envios e logística, a GeoPost posicionou-se como o número um, devido à sua estratégia baseada no desenvolvimento de empresas nacionais muito fortes em cada um dos seus mercados.
“O objetivo do grupo é tornar-se o número um do mercado europeu do transporte urgente, sustentando o seu crescimento no e-commerce e nos envios internacionais”
Está claro que a estratégia do grupo em se associar aos principais operadores domésticos em cada país permitiu estabelecer posições de referência nos principais mercados europeus, pelo que continuaremos a trabalhar nesta linha. O objetivo do grupo é tornar-se o número um do mercado europeu do transporte urgente, sustentando o seu crescimento no e-commerce e nos envios internacionais. Com 26.000 empregados, 830 hubs locais e centros de distribuição, marcamos presença em 26 países europeus com uma única rede em toda a Europa. A isto acrescentamos o nosso conhecimento e dinamismo local e internacional para melhorar a experiência dos nossos clientes, aos quais prestamos serviços em 230 países. Mas quais são os principais objetivos da vossa operação em Portugal?
Em relação a Portugal, os nossos objetivos principais passam por afirmar a Seur como marca líder nos fluxos Portugal-Espanha. É aqui que a nossa estrutura tem desenvolvido os maiores esforços, com a otimização, a cada dia, dos processos, visando a melhoria da qualidade do serviço que prestamos. A nossa notoriedade como operador ibérico é muito elevada e a qualidade da nossa prestação de serviço terá sempre de fazer jus à preferência que os clientes nos dão. Quanto à Lisespo, que outros ativos detém?
A Lisespo Transportes é a sociedade jurídica que gere a marca Seur para as
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zonas Centro e Sul de Portugal, nomeadamente, Lisboa, Leiria, Santarém, Évora, Faro, Madeira e Açores. A Lisespo tem uma equipa humana de 182 pessoas e uma frota de 93 veículos para a distribuição capilar. Possui uma gestão centralizada, em Lisboa, através das suas direções de Operações, Comercial, Serviço ao Cliente, Financeira, Sistemas de Informação e Recursos Humanos. Em 2014, a Lisespo movimentou 1.499.467 envios, com uma faturação de 8,83 milhões de euros. A Lisespo coordena também a unidade de Transbordo da Seur para os envios Portugal-Portugal, nas suas instalações da Seur Lisboa, sedeadas em São João da Talha. Qual foi a faturação da Seur em 2014? E previsões para 2015?
A Seur cresceu, em 2014, 5%, alcançando uma faturação de 564 milhões de euros. Este crescimento é consequência de um aumento em 10% dos volumes, já a superar os 60 milhões de expedições em 2014. Durante 2014, a Seur movimentou mais de 85 milhões de volumes, cerca de 300 mil diários, alcançando até meio milhão em dias chave, como os da campanha de Natal.
Na área do e-commerce, a Seur continua a oferecer aos seus clientes soluções e serviços inovadores, e a faturação aumentou 20% em 2014, alcançando os 120 milhões de euros, o que representa 21% da faturação global. O negócio internacional é outra das alavancas de crescimento da companhia, com uma faturação de 110 milhões de euros, mais 16% que em
2013. A Seur está cada vez mais integrada no serviço internacional pelo facto de pertencer ao grupo GeoPost, com o qual partilha a estratégia e as soluções pioneiras, como o Predict. Para este ano, a previsão da Seur era de repetir o crescimento verificado em 2014 nos diferentes âmbitos, embora consideremos agora que vamos superar as nossas expetativas iniciais.
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 www.portugalespanha.org Setembro de 2015
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Dos recursos humanos ao transporte urgente
Quais os grandes constrangimentos da vossa atividade?
Nestes tempos, mais do que limitações, vemos as grandes oportunidades que o mercado nos proporciona. A tecnologia, as plataformas multicanal, as redes sociais como um amplificador da procura dos nossos clientes e da sua experiência de compra, o crescimento exponencial dos volumes e uma maior internacionalização das empresas, são os grandes desafios do atual cenário e que consideramos, na Seur, uma grande oportunidade de negócio. O comércio eletrónico transformou o panorama empresarial a nível mundial e revolucionou a logística e-commerce, que detém um papel chave no êxito das lojas online. A capacidade de dar resposta a um cliente cada vez mais exigente e que procura uma maior rapidez e flexibilidade na entrega, é uma desafio contínuo que nos apaixona. Para tal, é imprescindível desenvolver uma estratégia de inovação constante, tanto desde o ponto de vista tecnológico como de soluções para os clientes. A Seur soube antecipar-se às necessidades dos consumidores, desenvol12 act ualidad€
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“A Seur soube antecipar-se às necessidades dos consumidores, desenvolvendo uma oferta de soluções inovadoras no e-Commerce 365º [como o serviço] Seur SameDay, que proporciona a entrega no mesmo dia da compra online“ vendo uma oferta de soluções inovadoras no e-Commerce 365º. Aos serviços pioneiros como o Seur SameDay, que proporciona a entrega no mesmo dia da compra online, o Seur SunDay, para entregas ao domingo (em Espanha), o que amplia a pos-
Mónica Rufino, de 40 anos, é licenciada em Sociologia do Trabalho e conta com vários cursos de pós-gradução, nomeadamente em Gestão e em Recursos Humanos (RH). A sua experiência profissional começou, há mais de 20 anos, como consultora. No âmbito empresarial, assumiu vários funções em empresas, sempre ligada à área dos RH, tendo passado designadamente pela Creyf Selecção, como consultora, e ainda pela TIMw.e., uma multinacional de mobile entertainment , como diretora de RH com responsabilidade na gestão dos RH de todos os 60 países do grupo. Em 2000, assumiu as funções de diretora de RH da Seur – Serviço Urgente de Transportes, para a zona Centro-Sul de Portugal. Desde 2009, ocupa o cargo de diretora geral desta filial da Seur em Portugal.
sibilidade de receber pedidos todos os dias da semana, juntam-se as soluções como o Seur Predict, que permite informar ao destinatário a janela horária, de uma hora, em que vamos efetuar a sua entrega, bem como melhorar, substancialmente, a eficiência dos processos, assim como, a experiência de compra dos e-consumers. Poderá haver integração de novas empresas no vosso grupo?
A GeoPost, como já referi anteriormente, mantém a sua estratégia de apostar nos principais operadores de cada mercado e a sua vocação é para continuar a investir na sua rede.
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Grupo Lone Star compra quatro shoppings Dolce Vita em Portugal Os quatro centros comerciais Dolce Vita que o grupo espanhol Chamartín Imobiliária ainda detinha em Portugal foram adquiridos pelo grupo norte-americano Lone Star Funds, que já tinha comprado o empreendimento Vilamoura, por 200 milhões de euros, em abril. O grupo norte-americano adquiriu agora o Dolce Vita Porto, o Dolce Vita Douro, em Vila Real, o Dolce Vita Coimbra e o Dolce Vita Monumental, em Lisboa. O valor da operação não foi revelado. Além destes quatro centros, o grupo imobiliário detinha também o Dolce Vita Braga, que não chegou a abrir e que está na posse da Caixa Geral de Depósitos e sob gestão da Sonae Sierra, e o Dolce Vita Tejo (no concelho da Amadora), que foi vendido no início do ano ao fundo britânico Eurofund Investments.
A venda dos quatro centros comerciais àquele fundo de investimento privado norte-americano, que era o maior credor das empresas insolventes, acontece numa altura em que o mercado imobiliário está a dar sinais de dinamismo, quer em Portugal quer também em Espanha (ver págs. segs. e págs. 5052). De acordo com um estudo divulgado no final de julho pela consultora imobiliária Worx, o investimento no setor imobiliário em Portugal ultrapassou os mil milhões de euros no primeiro semestre (com destaque para o retalho), aproximando-se do valor recorde de 1.200 milhões de euros registado em 2006. Em Espanha, o Eurofund, o novo proprietário do Dolce Vita Tejo, adquiriu em julho o Dolce Vita Odeón,juntamente com o fundo britânico Patron Capital.
Nomeado novo embaixador de Espanha em Portugal Juan Manuel de Barandica y Luxan é o novo embaixador de Espanha em Portugal, substituindo no cargo Eduardo Junco. Depois de ter sido embaixador na Líbia, República Checa e Áustria, o seu último destino foi o de embaixador na Unesco. Juan Barandica ingressou na carreira diplomática em 1972 e foi o primeiro instrutor de embaixadores do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha. O novo embaixador foi já agraciado com a Grande Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.
Endesa duplica quota no mercado nacional de gás natural A Endesa aumentou a sua quota no mercado liberalizado de gás natural em Portugal. De acordo com os dados da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, a subsidiária do grupo espanhol mais do que duplicou a sua quota de mercado no segundo trimestre. A quota de mercado da Endesa no volume global de gás natural vendido em Portugal passou de 4,2 em março para 9,2% em junho, o que colocou a companhia espanhola em quarto lugar entre os maiores fornecedores de gás natural, ultrapassando, entre outros, a Goldenergy. No final de junho, o mercado liberalizado de gás continuava a ser liderado pela Galp, cuja quota baixou de 59,4 para 54,6%. Na segunda posição, mantinha-se a Gas Natural Fenosa, apesar
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de registar uma descida de 15,2 para 14,7%. A EDP, terceiro maior fornecedor, viu também a sua quota de mercado baixar (de 12,6% para 10,5%). A subida da Endesa Portugal no mercado liberalizado de gás foi conquistada exclusivamente no segmento empresarial. A Endesa passou a deter 9,7% do subsegmento de grandes consumidores, bem como 10% do mercado de clientes industriais. No segmento de clientes domésticos (com mais de 920 mil famílias já no mercado liberalizado de gás), a
liderança é da EDP. O número de consumidores no mercado liberalizado de gás natural subiu 4% no segundo trimestre, para 924 mil clientes, e 35% face ao período homólogo, restando cerca de 460 mil consumidores no mercado regulado, adianta a ERSE. Durante o segundo trimestre surgiu um novo comercializador de gás natural, a Rolear, aumentando para 12 o número de operadores a atuar no mercado livre de gás natural. O mercado livre representa já 96% do consumo global em Portugal continental, tendo ascendido a 3 117 GWh no final de junho. O consumo no mercado livre registou, porém, uma quebra significativa de 11% face a março, resultado de uma descida do consumo nos segmentos industrial e residencial.
Breves Banco Popular Portugal vende área de gestão de dívida e de imobiliário A CarVal é a nova dona de 80% do negócio de dívida e de imobiliário do Banco Popular, que se manterá com 20% da operação. O Banco Popular, agora liderado por Carlos Álvares (ver também notícia na pág. 19), cedeu assim o controlo da sua área de gestão de dívida e de ativos imobiliários, transferida para uma sociedade onde o banco espanhol detém apenas 20%. “O Banco Popular Portugal, S.A., decidiu transmitir a sua unidade de gestão de dívida e de ativos imobiliários para uma nova sociedade de direito português”, confirmou o banco, em comunicado
emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, confirmando-se uma notícia já avançada pelo “Jornal de Negócios”. “O capital desta entidade é detido pelo Banco Popular Español, S.A. (20%) e pela Quarteira, S.a.R.L. (80%), uma sociedade detida por fundos de investimento sob gestão da CarVal Investors GB LLP”, indica o mesmo documento. A CarVal Investors é uma sociedade financeira norte-americana, fundada em 1987, que tem vindo a expandir-se para a Europa, Ásia e América Latina, especializada na negociação e no imobiliário.
Exportações de alimentos congelados mantêm tendência de subida
O volume de negócios no setor dos alimentos congelados tem mantido, nos últimos anos, uma tendência de crescimento, favorecida pelo bom comportamento das vendas ao exterior. Em 2014, acelerou o ritmo de crescimento das exportações, destacando-se também a notável subida das compras no exterior, adianta o estudo “Setores PortugalAlimentos congelados”, publicado pela Informa D&B. Assim, as exportações atingiram 440 milhões de euros, um aumento de 27,5% face a 2013, e um forte crescimento comparativamente aos cerca de 200 milhões contabilizados em 2009. O aumento continuado das exportações nos últimos exercícios permitiu uma redução significativa do défice comercial,
que passou de 635 milhões de euros em 2007 para 383 milhões em 2014. Ainda assim, importa assinalar que neste último ano as importações também cresceram significativamente, em torno dos 823 milhões de euros, mais 9,2% do que em 2013. Cerca de 70% das vendas para o exterior em 2014 foram encaminhadas para a União Europeia, destacando-se Espanha como o primeiro mercado, com 43% do valor total. Espanha também é, com diferença sobre o resto, a principal origem das importações, reunindo perto de 46% do total. Quanto à estrutura empresarial do setor, predominam os operadores de pequena dimensão. Apenas 25 empresas têm mais de 50 colaboradores e unicamente duas empregam mais de 250 pessoas. O volume de emprego gerado pelas 40 principais empresas situou-se em 2013 nos 4.770 colaboradores, um leve decréscimo relativamente a 2012, ano em que se tinha registado uma subida de 3,5%.
Agência Internacional de Energia destaca eficiência e flexibilidade do sistema logístico espanhol A Agência Internacional de Energia (AIE) destaca a “flexibilidade e eficiência” do sistema logístico de produtos petrolíferos espanhol, num estudo intitulado “Políticas Energéticas dos Países da AIE: Espanha – Revista de 2015”. O estudo salienta como uma das principais vantagens do sistema espanhol “a integração dos serviços de armazenamento e transporte, o que permite que os produtos petrolíferos estejam disponíveis em diferentes instalações de armazenamento”.
A agência internacional refere que a rede de oleodutos espanhola é um sistema aberto, em que “o acesso a terceiros está garantido por meio de um procedimento negociado, não discriminatório e sujeito a condições económicas e técnicas objetivas e transparentes, e em que os preços são públicos”. Relativamente aos serviços de armazenamento, o estudo considera ser um “mercado competitivo”, com uma capacidade cada vez maior e com inúmeros agentes económicos, como sejam as “41 companhias que oferecem serviços de armazenamento em 138 pontos (incluindo aeroportos)”, conclui o levantamento, apresentado em Madrid no final de julho, pela diretora da AIE, Maria van der Hoeven (na foto), numa cerimónia onde estiveram presentes ainda o ministro da Indústria, Energia e Turismo, José Manuel Soria, e o secretário de Estado da Energia, Alberto Nadal. Exportação impulsiona faturação da Efapel A Efapel, maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão e líder de mercado, registou uma faturação de 13,8 milhões de euros no primeiro semestre, o que equivale a um reforço de 7% relativamente ao mesmo período de 2014. O crescimento das vendas foi impulsionado, sobretudo, pelo desempenho no mercado externo, nomeadamente nos países da UE, com um aumento homólogo de 28%.
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Breves A empresa frisa ainda que “o reforço da aposta estratégica no mercado espanhol constitui um marco no semestre, com a criação por parte da Efapel de uma subsidiária em Espanha (Salamanca), o que confere à empresa portuguesa uma vantagem competitiva relativamente a outros concorrentes não espanhóis, nomeadamente pela proximidade e facilidade de acesso”. As exportações representam cerca de 30% da faturação da Efapel. Vendas de automóveis novos desaceleram em julho As vendas de automóveis novos continuam a crescer em 2015 no mercado nacional, mas com a entrada no segundo semestre nota-se uma desaceleração deste crescimento. De acordo com a Associação Automóvel de Portugal (Acap) o mercado total de veículos em julho de 2015 cresceu 10,9% face a igual mês do ano anterior, atingindo um total de 18.398 veículos. Embora o crescimento se mantenha mês após mês, a Acap sublinha que é menor que o registado no primeiro semestre de 2015. Entre janeiro e julho, foram vendidos 135.256 veículos automóveis, mais 28% quando comparado com igual mês do ano anterior. A Acap justificou este crescimento sobretudo com o segmento do rent-a-car. A acompanhar o crescimento do segmento empresarial, esteve também uma recuperação no mercado dos particulares. Grandes empresas participam na “Simo Educación 2015” As empresas tecnológicas e da área editorial – como a BQ, Canon, Casio, Facebook, etc. – ou distribuidoras de tecnologia para centros educativos, como a Tech Data, Computers Unlimited, e as plataformas de gestão de conteúdos educativos, como a Alexia ou XTend, são algumas das grandes empresas presentes na Simo Educación 2015, que decorre em Madrid de 28 a 30 de outubro próximos. Organizado pela Ifema, o evento tecnológico de referência para o mundo do ensino apresenta-se, mais uma vez, como uma importante plataforma de informação e de mostra de novidades tecnológicas orientadas para o segmento dos docentes. O salão prevê ainda inúmeros eventos
a decorrer em paralelo, como conferências temáticas, demonstrações práticas e concursos de talento, inovação e empreendedorismo.
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Cosec e BPI lançam “Venda Segura” para vendas pontuais O BPI, em parceria com a Cosec, lançou o seguro de créditos “Venda Segura”, “um produto inovador em Portugal e exclusivo para clientes do BPI, que permite a cobertura de risco de cobranças na venda de bens e serviços pontuais, fatura a fatura”, revelou o banco. O seguro de créditos “Venda Segura“ destina-se a empresas que estão a vender a crédito, pontualmente ou pela primeira vez, a novos ou atuais clientes em Portugal. O seguro de créditos Venda Segura é a única solução em Portugal que cobre o risco de não pagamento de operações individuais (fatura a fatura) de venda a crédito de bens e serviços no mercado nacional, sem necessidade de garantir toda a carteira de clientes, asseguram
as duas instituições, referindo ainda como vantagens do novo produto o facilitar a prospeção de mercado, na medida em que permite a avaliação prévia do risco de potenciais clientes, o permitir aumentar a exposição no mercado interno, com novos ou atuais clientes, uma maior segurança nas transações comerciais, no mercado interno, uma cobertura de riscos de atrasos de pagamentos (mora), falência ou insolvência do cliente, aprovação de concordata ou moratória, insuficiência de meios, entre outras vantagens. O novo produto de seguros de crédito está a ser comercializado aos balcões daquele banco e nos Centros de Empresas BPI.
Consórcio do empreendimento Colombo vende Torre Ocidente
O consórcio proprietário das Torres Colombo – formado pelo grupo Caixa Geral de Depósitos, Iberdrola Inmobiliária, CBRE Global Investors e Sonae Sierra – acaba de proceder à venda da Torre Ocidente, edifício de escritórios que integra o complexo das Torres Colombo, no centro de Lisboa. O complexo é composto por duas torres de escritórios, com 14 pisos e uma área bruta de 29 mil metros quadrados cada, e que foi concluído em 2011 com a construção desta torre. O edifício foi adquirido por um investment trust cotado em Singapura, que através
desta transação efetuou a sua primeira aquisição no mercado português. “Este negócio demonstra o reconhecimento de investidores internacionais na qualidade do ativo, bem como a confiança e interesse crescente no mercado português de escritórios”, adianta aquele consórcio. “As Torres Colombo constituem um caso de sucesso no mercado imobiliário de escritórios da capital, tendo atraído grandes empresas multinacionais devido à sua fácil acessibilidade, vasta oferta de transportes públicos nas zonas circundantes, uma área de dois mil metros quadrados por piso, praticamente sem limitações estruturais, e pela proximidade ao Centro Comercial Colombo, que disponibiliza uma ampla oferta comercial e de serviços”, salienta ainda a mesma fonte, apontando para as “mais de 300 lojas, 62 restaurantes, hipermercado, ginásio, farmácia, serviços de saúde e de estética, instituições financeiras, entre muitos outros serviços de conveniência” que integram o shopping.
apuntes de economÍa
Mercado imobiliário reanimado por retoma no crédito à habitação O facto de os bancos estarem de novo a dinamizar a sua oferta de crédito à habitação está a contribuir para a recuperação do mercado imobiliário nacional. As três maiores imobiliárias presentes em Portugal – RE/MAX, ERA e Century 21 – registaram um crescimento de dois dígitos nas vendas de imóveis no primeiro semestre de 2015 e acreditam mesmo que esta tendência é para manter durante este ano, de acordo com uma notícia do “Diário Económico”. No total, neste período, as três empresas imobiliárias foram responsáveis pela venda de 12.870 imóveis, que geraram um volume de transações de 1.530 milhões de euros, adianta a mesma publicação, salientando ainda o contributo dado pela melhoria da confiança dos portugueses na economia e o aumento do investimento por parte de estrangeiros como fatores impulsionadores do mercado imobiliário. Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), confirmou àquela publicação que “há procura, interna e externa, o crédito para o imobiliário voltou a ser concedido, com cuidados normais mas com juros e spreads muito competitivos, e o setor, a par do turismo, é um dos pilares da iniciada recuperação económica”. A RE/MAX, a imobiliária líder em Por-
tugal, registou um crescimento de 17%, nos primeiros seis meses do ano, com um volume de negócios de 856 milhões de euros. Ao todo, a imobiliária comercializou seis mil imóveis. Beatriz Rubio, presidente executiva da RE/MAX, adiantou ao mesmo jornal que “o crescimento está aliado à maior abertura por parte do crédito bancário, bem como às estratégias de comunicação que têm um foco mais cuidado e intensivo nos clientes”. No caso da ERA, a empresa vendeu no período em análise quatro mil casas, num montante global de 513 milhões de euros. “A ERA registou um crescimento de 36% em faturação, que se deve também ao facto de existir maior abertura dos bancos para a concessão de crédito à habitação e reflete-se na venda de casas”, explicou Miguel Poisson, diretor-geral da ERA Portugal. Já a rede Century 21 Portugal realizou 2.870 vendas de imóveis, um acréscimo de 31% face ao mesmo período de 2014. O volume de negócios mediados ultrapassa os 197 milhões de euros, tendo a sua faturação atingido 8,5 milhões de euros. Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, garante que “o crédito à habitação foi, sem dúvida, um dos impulsionadores” destas transações.
Dia aumenta faturação bruta em 14% no primeiro semestre O grupo Dia registou, no primeiro semes- 2.834 milhões de euros. tre do ano, vendas brutas sob a insígnia de “A primeira metade de 2015 foi mais 5.114 milhões de euros, o que pressupõe um uma vez muito positivo para o grupo crescimento de 15,3% comparativamente Dia, com as vendas e o EBITDA ajustacom o mesmo período do ano anterior. Na do a aumentar mais de 15% e 8%, resArgentina, Brasil e China, apesar de um con- petivamente. Neste período, o EBITDA texto mais adverso, as vendas sob a insíg- ajustado cresceu 28,8% nos mercados nia situaram-se nos 1.880 milhões de euros, emergentes, e na região Ibérica melhomais 22,7% em moeda local. rou 5,5% mesmo com o processo de Em Espanha, a evolução das vendas bru- integração das lojas El Árbol e Eroski tas sob insígnia foi positiva registan- em Espanha”, refere Ricardo Currás, do um crescimento de 12,6% até aos Conselheiro Delegado do grupo Dia.
apontamentos de economia Europac aumenta lucros em 19% O grupo Europac aumentou em 19,1% os seus resultados líquidos, nos primeiros seis meses do exercício, para os 11,9 milhões de euros. Destaque ainda para um crescimento dos resultados antes de impostos, em 42,7%, para os 18,2 milhões de euros. O grupo papeleiro destacou ainda o crescimento de 9,2% do EBITDA consolidado e das vendas agregadas, que registaram 540,7 milhões de euros (mais 1,9%). “Tanto o EBITDA consolidado como o EBIT registaram crescimentos consecutivos nos últimos quatro trimestres”. “Neste contexto, regista-se uma tendência de redução da dívida líquida da empresa, que no fecho do primeiro semestre era de 288,8 milhões de euros, face aos 294,7 milhões registados no final do exercício de 2014”, acrescentou o grupo. Certif cresce em clientes e certificados A procura de novas certificações para equipamentos destinados à exportação tem peso significativo no crescimento registado pela Certif - Associação para a Certificação durante o primeiro semestre, não apenas em certificados emitidos, mas também em número de clientes. Deste modo, a Certif viu reforçada a liderança de mercado na certificação de produtos e serviços, onde detém uma quota superior a 90%. O setor elétrico teve ainda destaque através das certificações solicitadas para novos cabos. Na certificação de serviços destacam-se os 300 novos certificados emitidos (contra 250 em todo o ano de 2014) para o serviço de instalação, manutenção e assistência técnica de equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham gases fruoretados com efeito de estufa. A certificação de sistemas de gestão registou um acréscimo de 10%. Com clientes em todos os continentes, a Certif tem parcerias estabelecidas em países como Austrália, Brasil, Chipre, Espanha e Itália.
Falecimento de António de Almeida A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola e a Actualidad€ vêm publicamente prestar as suas condolências à famílía e amigos de António de Almeida, pelo seu falecimento. Queremos ainda manifestar o nosso agradecimento pela disponibilidade que sempre nos concedeu e pela amizade de longa data que connosco manteve durante a sua notável vida profissional, onde se destacou, entre outros, o seu trabalho como presidente da EDP, e, mais recentemente, como presidente da Fundação EDP.
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Breves Sojitz compra el 49% de las operaciones de T-Solar en Perú La compañía japonesa Sojitz ha comprado el 49% de las operaciones de la española T-Solar en Perú, donde gestiona dos plantas solares fotovoltaicas. Se trata de las plantas de Majes y Repartición, que tienen una capacidad de 22 megavatios de potencia cada una y que ocupan en total unas 200 hectáreas en el departamento de Arequipa (sur del país), detalló la empresa nipona en un comunicado. Sojitz ha realizado la operación a través de su filial estadounidense y aunque no ha desvelado el importe de la operación, el diario económico nipón Nikkei la ha cifrado en una cantidad entre los 1.000 y los 2.000 millones de yenes (entre 7,25 y 14,5 millones de euros). La filial peruana de T-Solar, a su vez parte del grupo español Isolux, opera estas instalaciones desde 2012. Los hoteles españoles suben sus precios un 23% desde enero El aumento de la demanda extranjera está dejando un año más récords de visitantes en España. Tanto el presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, como las dos grandes asociaciones del sector
Frontex selecciona a Indra en la vigilancia marítima entre Italia y Libia
La Agencia Europea de Control de Fronteras (Frontex) ha seleccionado al avión ligero de vigilancia marítima P2006 MRI de la compañía española para llevar a cabo trabajos de vigilancia aérea en el Mediterráneo Central, entre Italia y Libia. Frontex puso en marcha en primavera una licitación pública para la contratación de estos servicios. Indra será la única empresa española de las seis compañías seleccionadas para pres-
tar servicios de vigilancia aérea en la ruta. Asimismo, será también una de las cuatro firmas invitadas a proveer los dos tipos de servicios dentro de ese acuerdo marco: vigilancia marítima y de las fronteras terrestres. El proyecto de Indra está basado en el avión ligero P2006T de Tecnam. La compañía explica que la aeronave está equipada con una cámara electro-óptica de gran formato de última generación y alta definición FLIR Systems, el Radar Seaspray 5000E de SELEX Galileo y el sistema AIS de identificación de buques.
Abengoa construirá red de transmisión eléctrica en México La constructora Abengoa ha sido seleccionada por la Comisión Federal de Electricidad de México para desarrollar la ingeniería y construcción de una nueva red de transmisión en el norte del país. El proyecto contempla la puesta en marcha de cuatro líneas de 230 kV y una longitud de 21,1 kms, así
como de dos subestaciones de 230 kV con diez alimentadores en alta tensión. Abengoa está presente desde 1979 en México, país en donde ha desarrollado proyectos de desarrollo y construcción con el gobierno mexicano y para el ámbito privado.
Barajas, elegido mejor aeropuerto del sur de Europa por los pasajeros turístico (Cehat y Exceltur) ya han anunciado que se podría alcanzar la cifra de 68 millones de turistas a final de año. Además, la recuperación económica está impulsando la demanda nacional que, hasta mayo, creció en torno al 5%, según Exceltur. El crecimiento de la demanda ha repercutido, además, en un importante incremento de los precios de los alojamientos. En lo que va de año, los hoteles se han encarecido un 23% en todo el país.
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El Adolfo Suárez Madrid-Barajas sha sido elegido entre los pasajeros el mejor aeropuer to del sur de Europa, según los datos recopilados por la consultora Skytrax. Sube desde la tercera posición que los usuarios le otorgaron el año pasado en este ranking y le arrebata el puesto a El Prat que en 2014 se coronó como el mejor de la zona y este año ha sido el segundo. Tras los españoles, se encuentran los aeropuer tos de
Opor to, Lisboa, Atenas, Venecia, Malta o Marsella.
Iberia renueva la flota con la compra de 11 aviones por 2.600 millones International Airlines Group (IAG) va a adquirir 11 aviones de la empresa Airbus para renovar la flota de largo radio de Iberia. El grupo, que aglutina a Iberia, Vueling y British Airways, avanzó a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), que va a desembolsar 4.287 millones de euros en la adquisición de las aeronaves. De los once aviones que recibirá Iberia, ocho serán del tipo A350-900 y tres del A330-200. La compañía española
recibirá los aparatos entre 2016 y 2021. El resto podrán ser utilizados por cualquiera de las compañías de IAG y serán entregados entre 2020 y 2021. Después de que Iberia atravesara una fuerte reestructuración durante el año 2013, que básicamente se concentró en la reducción de la plantilla y de capacidad operativa, IAG se concentró en otra de las partidas más importantes de costes: la flota de aviones, cuya mayor eficiencia permite un menor gasto de combustible.
España encabeza la producción mundial de automóviles “limpios” De los más de 40 modelos de vehículos diferentes que salen de las líneas de producción de las plantas españolas, 14 son vehículos bajos en emisiones contaminantes. En concreto, España fabrica cinco vehículos eléctricos, un híbrido y ocho propulsados a gas, según los datos facilitados por la asociación española de fabricantes de vehículos Anfac. Estas cifras colocan al país a la cabeza de la fabricación de automóviles limpios en Europa y aportan al país “una oportunidad estratégica para posicionar a España como mercado de referencia
en el desarrollo de la tecnología y fabricación de vehículos alternativos”. El Ministerio de Industria ha aprobado la Estrategia de Impulso del Vehículo con Energías Alternativas (VEA), con 30 medidas que cubren tres ejes de actuación para “situar a España como país de referencia”.
MásMóvil compra a Jazztel los activos de Orange Jazztel ha vendido a MásMóvil un total de 13 centrales de su red de fibra óptica (FTTH) que actualmente da acceso a 720.000 hogares en las principales ciudades españolas, en el marco de las condiciones impuestas por la Comisión Europea para autorizar la compra de Jazztel por parte del grupo galo Orange. Asimismo, MásMóvil ha logrado acceso
mayorista a un precio preferencial a la totalidad de la red de cobre xDSL de Jazztel durante un período de cuatro años, extensible por cuatro años adicionales, lo que le permite al operador competir de manera inmediata en el 78% del territorio español (18,6 millones de hogares), según ha informado la compañía en el Mercado Alternativo Bursátil (MAB).
Gestores
en Foco
Carlos Álvares ha sido nombrado nuevo presidente del Banco Popular Portugal, en sustitución del fallecido Rui Semedo. Desde 2011, Álvares era el número dos de la entidad y asumía las responsabilidades del negocio de Red Comercial, Banca Corporativa, Banca Privada, Marketing, Comunicación y Calidad como director general de Negocios. Comenzó su carrera profesional en 1981 en Correos y Telecomunicaciones de Portugal y en 1984 inició su etapa en el sector financiero como auditor interno en el Banco Portugués del Atlántico. Laurent Diot es el nuevo administrador delegado de Renault Portugal, sustituyendo en el cargo a Xavier Martinet, quien desempeñará otras funciones en el mismo grupo. Inició su carrera en Renault en 1997, como analista de mercado en Detroit y ha ocupado diversos cargos en París, Corea del Sur y Argentina. El grupo Cortefiel ha nombrado consejera delegada de la compañía a Berta Escudero, tras la marcha de Juan Carlos Escribano de la empresa para emprender otro proyecto profesional fuera de España. La nueva responsable es ingeniera industrial y lleva nueve años en la compañía de moda, mientras que anteriormente había ocupado diversos cargos en multinacionales como Procter & Gamble y Puig. El actual presidente de la firma, Javier Campo, continuará apoyando a la nueva consejera delegada en el proceso de cambio y transformación que está ejecutando la compañía en el contexto de su plan estratégico.
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Solvay Portugal restrutura atividades e lança projeto de pólo tecnológico A passar por uma profunda restruturação das suas atividades em Portugal, o grupo químico Solvay mantém a sua aposta no mercado nacional, continuando a fornecer numerosos clientes de indústrias exportadoras. Por outro lado, para maximizar o potencial do seu complexo industrial, a Solvay disponibiliza instalações para novos parceiros, sejam start-ups, ou outras empresas ou empreendedores que ali se queiram instalar.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
atividade da Solvay vai con- pouco competitiva a sua continuidade Europa. Neste âmbito, as grandes emtinuar em Portugal com um em Portugal, face a uma situação de presas como a Solvay têm procurado forte dinamismo, apesar da “sobrecapacidade deste tipo de produ- investir em produtos menos cíclicos e restruturação levada a cabo ção no sul da Europa” e menos clien- de maior retorno, acrescenta o responpelo grupo belga sobre as tes em Portugal, dado o encerramento sável ibérico. Todavia, o reajustamento da atividade suas operações industriais no nosso de diversas unidades fabris no nosso país. Com o encerramento, no ano pas- país. “Os nossos clientes do mercado tem decorrido “de forma programada e sado, das suas unidades de produção português continuam, no entanto, a bastante serena, em termos de reafetade carbonato de sódio, bicarbonato de ser fornecidos pela Solvay, a partir de ção de pessoal, tendo sido feitas muitas sódio, silicato de sódio e derivados do outras fábricas do grupo”, adianta o transferências de quadros e empregados cloro, a empresa química viu reduzida mesmo responsável. Uma das princi- dentro do grupo, para limitar os despea sua operação em Portugal, que repre- pais unidades de produção do grupo a dimentos”, sublinha António Mieiro. O grupo emprega cerca de 400 pessentava cerca de dois terços das vendas nível europeu é a fábrica de Espanha, totais, reconhece António Mieiro (foto acrescenta António Mieiro, salientan- soas em Portugal, a sua maioria numa na pág. seg.), responsável comercial da do a lógica e organização ibéricas que o nova unidade de serviços partilhados, Solvay para a Península Ibérica. O en- grupo tem procurado imprimir na sua a Solvay Business Services (SBS), um cerramento tornou-se inevitável tendo atividade, tendo em conta as profun- centro administrativo europeu, criado em conta “os custos energéticos eleva- das restruturações que o setor químico em 2007 e localizado em Carnaxide dos” destas produções, que tornavam e outras indústrias têm tido em toda a (Oeiras), onde desenvolve uma ativida20 act ualidad€
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Foto Sandra Marina Guerreiro
de crucial para o grupo. Operando nas áreas ligadas à contabilidade e serviços financeiros, recursos humanos e compras, entre outros serviços administrativos, a SBS Lisboa presta serviços competitivos e de valor acrescentado aos seus clientes internos – as unidades de negócio globais, as funções e os centros de produção – distribuídos por toda a Europa, prevendo alargar a terceiros os seus serviços. “Pelas soluções inovadoras e eficiência dos processos, este centro tornou-se uma referência da nova indústria de serviços partilhados”, explica Mário Branco, responsável pela Comunicação e Relações Institucionais da Solvay Portugal.
(vulgarmente conhecido como água é a fábrica-piloto para todos os ensaios Produção de água oxigenada e oxigenada) e no clorato de sódio. No industriais que o grupo desenvolve, é clorato de sódio Com o fecho das unidades acima re- total, a fábrica produz quase 40 mil to- um verdadeiro laboratório industrial feridas, a atividade produtiva da Solvay neladas de produtos por ano, destina- a nível destes produtos à base de peróna Póvoa de Santa Iria passou a con- dos sobretudo à indústria da pasta de xido de hidrogénio”, afirma António centrar-se no peróxido de hidrogénio papel. “A unidade de água oxigenada Mieiro. As indústrias vidreira, alimen-
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tar, de detergentes, de pasta e papel, os os seus conhecimentos noutras áreas rando 90% do seu volume de negócios têxteis, e a indústria química são ou- de atividade, posicionando-se assim em atividades nas quais se posiciona tros dos principais setores clientes da cada vez menos como um simples for- entre os três primeiros a nível mundial. Solvay em Portugal. necedor de produtos químicos”, frisa O grupo tem sede em Bruxelas e emO grupo assume-se, cada vez mais, António Mieiro. prega cerca de 26 mil pessoas em 52 como “um parceiro de negócios, aju- A nível global, o grupo Solvay forne- países. Em 2014, o grupo faturou 10,2 dando os clientes, e disponibilizando ce mercados muito diversificados, ge- mil milhões de euros.
Pólo tecnológico para gerar crescimento e emprego Por forma a explorar o potencial das infraestruturas industriais de que dispõe no seu complexo da Póvoa de Santa Iria, a Solvay concebeu um pólo tecnológico para os novos parceiros e as start-ups que ali se queiram instalar para desenvolver a sua atividade. O novo Pólo Tecnológico da Solvay oferece assim, uma área de sete hectares de terrenos infraestruturados e com instalações adequadas quer a futuras atividades industriais como administrativas. “O pólo beneficia de uma série de serviços e de infraestruturas comuns, como rede eléctrica, vapor, ar comprimido, água industrial e desmineralizada, escritórios equipados e disponíveis para imediata utilizaçã, cozinha industrial
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e refeitório, sistema de vigilância e de segurança industrial, posto médico, redes de dados e fibra ótica, armazéns, parqueamento, etc., que podem ajudar novas indústrias, start-ups ou outros em-
preendedores” enquadra António Mieiro. A Quimialmel, para quem a Solvay produz silicato de sódio líquido, foi o primeiro parceiro a instalar-se no Pólo Tecnológico em criação.
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Chocolates de lujo made in Spain
Chocolates y dulces Matías López vuelve al mercado español, 164 años después de la fundación del que sería el primer fabricante y comerciante de chocolate de la capital. El tataranieto de Matías López ha rescatado la marca y elabora ahora unos maravillosos chocolates de edición limitada. Un lujo delicioso que muy pronto llegará al mercado portugués
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
a historia de Chocolates y Dulces Matías López comenzó en 1844, de la mano del gallego Matías López (Sarria, 1825). Fue el año en el que llegó a la capital española, en una caravana de comerciantes, e inició sus estudios nocturnos de francés, administración y matemáticas. “La leyenda familiar cuenta que para ahorrar dinero durmió bajo el mostrador del obrador en el que trabaja”, cuenta su tataranieto Manuel de Cendra y Aparicio, quien está ahora al frente del negocio. Matías López sabía que la excelencia requería conocimientos, preparación y trabajo constantes, y fue siempre lo que dirigió su vida. En 1851 fundó su propio Obrador en Madrid, en la calle de Jacometrezzo y en 1874 compró en La Leal Villa de El Escorial una fábrica de refinado de azúcar. Un año después, la transforma en una fábrica modélica de chocolates.
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Manuel de Cendra y Aparicio, arqui- de El Escorial. Manuel de Cendra y tecto, recuerda una infancia siempre Aparicio estaba por entonces inmerrodeada de chocolate. Era el negocio so en su trabajo y fueron su padre y familiar, donde su padre también co- su hermano a representar a la familia. laboraba. En 1964, la fábrica cerró, “Esa exposición es un revulsivo para por problemas económicos, y los des- mí, pues nunca había dado la importancia merecida a la figura de mi tatarabuelo. Descubro a un hombre excepcional, y me apasiona”, subraya. El precio de la Matías López fue sin duda un homtableta de 75 gramos bre diferente, revolucionario para su época. Es el primer industrial en es de 7,5 euros y se utilizar el vapor para su maquinaria. vende online y en “Su éxito se basa en una combinación de cacaos, de precio razonable, cuya tiendas gourmet mezcla da un chocolate excepcional y al alcance de muchas capas de la cendientes de Matías López siguieron población”, cuenta su tataranieto. otros caminos. En 1996 tuvo lugar Viajaba constantemente por Europa una exposición conmemorativa sobre para conocer las últimas técnicas de Matías López, en el Monasterio de elaboración y maquinaria utilizada. Prestado, lugar donde el rey Felipe Es elegido senador y diputado en vaII vivía mientras vigilaba las obras rias ocasiones, y el rey Alfonso XII le de El Monasterio, en San Lorenzo nombra Senador Vitalicio el 14 de di-
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ciembre de 1883. “Toda su obsesión y su lucha política se dirigen a que los aranceles de importación de materias primas y exportación del producto elaborado sean razonables aunque nunca lo consigue. Cuando muere, en 1891, la fábrica producía 14.000 kilos de chocolate diario, tenía más de 500 trabajadores y 5.000 puntos directos de venta en España. Revolución social Matías López era un hombre liberal, influido por las teorías de Stuart Mills. Al comprar la fábrica también compra terrenos y construye casas dignas para sus trabajadores, con ventilación exterior y jardines, e incluso inodoros, que importa de Francia, al tiempo que la maquinaria y los trabajadores las pagan, poco a poco, con parte de su salario. “Crea la primera Seguridad Social de España: en caso de enfermedad, la empresa aporta el 50% del salario íntegro, y la diferencia la complementa un fondo salarial, constituido por los trabajadores, que la mantienen con parte de su nómina”, explica Manuel. “Es tan amplia su labor social que el Papa León XIII concede a su viuda, Andrea Andrés, el título pontificio de Marquesa de Casa López, título que tengo el orgullo de llevar, en 5ª generación consecutiva”, añade. Recuperar la marca Tras esa exposición Manuel de Cendra y Aparicio se decide a recuperar la marca para poder elaborar esos maravillosos chocolates. “Durante casi 14 años, mensualmente, investigo en Internet la Propiedad de la Marca, que ya no pertenecía a la familia y por fin, en 2009, logro recuperarla y registrarla a mi nombre”, explica. Su objetivo estaba definido, “transmitir al siglo XXI las bondades de esos chocolates y demostrar que España puede competir con cualquier país del mundo en cuanto a Investigación, Desarrollo e innovación (I+D+i)”. A partir de ese momento estudia las
empresas elaboradoras de chocolates, grandes y pequeñas, y en septiembre de 2012 constituye la sociedad, que volverá a llamarse “Chocolates y Dulces Matías López S. L.”. La primera venta de los nuevos chocolates se produjo el 31 de diciembre del año pasado, “un producto excepcional, con personalidad, excelencia y exclusividad”, cuenta el nuevo propietario. “Mis chocolates son el resultado de un gran trabajo que se refleja en un packaging y un formato de tableta totalmente distinto a lo existente en el mercado actual”, añade. La materia prima elegida, de primerísima calidad, y el espesor de la tableta de chocolate (4 milímetros) “nos proporciona un producto totalmente diferenciado del resto de los chocolates existentes”. El envoltorio
se hace a mano y su diseño ha sido muy estudiado, “es delgado y muy largo, para que pueda tener el espesor pretendido”. La razón es sencilla, “cuanto más delgado es el chocolate, más delicioso, no hay que morderlo, se deshace en la boca”. Manuel de Cendra y Aparicio es un gran apreciador de vino (tiene una bodega con 3.000 botellas de vino) y por ello se le ocurrió elaborar chocolate en ediciones limitadas y numeradas. Para cada edición se preparan 150 kilos de chocolate, lo que viene a dar 2.000 tabletas. En estos momentos trabaja con chocolate negro, blanco, caramelo-blanco y con leche. En breve lanzará blanco-capricho, “algo verdaderamente excepcional”. El precio de la tableta es de 7,5 euros, se vende por Internet (www.chococatesmatiaslopez.es) y en tres puntos gourmet de Madrid. Se pueden personalizar los envoltorios. “Estamos negociando la venta en otros lugares y muy pronto espero que esté a la venta en Portugal, ya me han hablado de locales donde encaja muy bien este producto”, afirma el dueño de la chocolatería. Para esta aventura, que compagina con su trabajo como arquitecto, Manuel cuenta con la colaboración y el apoyo de su mujer, Sofía NúñezIglesias. “Mi única inversión ha sido la exigida por ley para el capital social de la empresa, el resto es mi trabajo”, confiesa. Está convencido que existe mercado para este producto y quiere demostrar que, como en su día hizo su tatarabuelo, “se pueden hacer muy bien las cosas en España”. Setembro de 2015
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Leixões com nova plataforma logística e novo terminal de cruzeiros
Julho foi mês de festa para o porto de Leixões, que viu ser inaugurado o novo terminal de cruzeiros e os pólos 1 e 2 da nova plataforma logística. Duas infraestruturas que representam um investimento de 50 milhões de euros e de 165 milhões de euros, respetivamente. O objetivo é dinamizar o turismo e captar negócios e empresas de logística e distribuição.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
vista no topo do novo Terminal de Passageiros do Porto de Leixões, limitada apenas pelo horizonte atlântico, é um convite à viagem, mas quem o vê do Atlântico tem certamente vontade de desembarcar. Do mar, o novo terminal parece um búzio gigante que deu à costa. Iridescente como a madrepérola, graças ao vidrado dos azulejos que a revestem, a obra, da autoria do arquiteto Luís Pedro Silva, foi inaugurada no passado dia 23 de julho, pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), numa cerimónia em que marcaram presença o ministro da Economia, António Pires de Lima, o 26 act ualidad€
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ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, sublinhando a importância multidisciplinar da infraestrutura. A APDL informa que estão já previstas “90 escalas de navios de cruzeiro” e que “até ao final de 2015 deverão chegar ao Terminal 1 do Porto de Leixões cerca de 83.000 passageiros e 42.700 tripulantes”. Esta nova infraestrutura “parte de um projeto de 50 milhões de euros e engloba três fases fundamentais: a primeira teve como objetivo a construção de um
novo cais, com 340 metros de comprimento; a segunda, finalizada com a inauguração do edifício principal; e a terceira, que deverá estar concluída dentro de um ano, com a construção de um percurso de acesso pedonal para o público em geral”. Com este novo terminal, “o Porto de Leixões reúne as condições ideais para acolher a maior parte dos navios cruzeiros da atual frota mundial, assim como potenciar viagens em turnaround, isto é, viagens com início e fim no Porto de Leixões”, salienta a APDL, lembrando que “este projeto foi identificado como prioritário no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas”, já que “promete ser
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um forte impulsionador da economia da região Norte do país”. A obra privilegiou a participação de empresas portuguesas, como é o caso dos fornecedores dos quase um milhão de azulejos, usados no exterior e interior do terminal, onde dominam as linhas curvas e a luz natural, que invade o edifício, graças ao poço de 16 metros de diâmetro no centro da construção. Dado o interesse arquitetónico, o edifício poderá ser visitado nessa perspetiva por quem assim o desejar. Em termos de funcionalidades, o novo terminal foi criado para ser mais do que uma porta de entrada no Norte do país. Além da zona de controlo de bagagens e alfândega e da sala de espera, o edifício alberga laboratórios e gabinetes do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, bem como um biotério e ainda as áreas comerciais e um restaurante. Com o intuito de acelerar a atividade turística, baseada no crescente apelo dos cruzeiros, o novo terminal revela-se um forte trunfo do Porto de Leixões, que é a maior infraestrutura portuária do norte de Portugal e o segundo maior porto artificial do país. O Porto de Leixões representa 25% do comércio internacional português e movimenta cerca de 14 milhões de toneladas de mercadorias por ano. Também a pensar em potenciar este dinamismo, a APDL está a construir
uma nova plataforma logística, orçada em 165 milhões de euros. Desse valor, foram já concretizados 85 milhões de euros na edificação de parte das infraestruturas dos pólos 1 e 2 da plataforma, inaugurados no passado dia 29 de julho, com a presença do secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro. Brogueira Dias, presidente da APDL, frisa que “o objetivo é tornar o Porto de Leixões numa opção competitiva para os sistemas logísticos e de transportes de mercadorias, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento económico e social do país”. Recorde-se que, além de estar perto do mar e de usufruir de boas acessibilidades por terra, a nova plataforma logística está também perto do aeroporto Francisco Sá Carneiro. A APDL indica que “o pólo 1, com localização privilegiada para atividades de armazenagem e (des)consolidação de cargas, conta com 15 lotes, 50% dos quais já comercializados, estando quatro já contratualizados: o lote 15 (9.500 metros quadrados) com a Warelog; o lote 5 (4.600 metros quadrados) com Kartel; o lote 3 (sete mil metros quadrados) com a FP Leixões e um outro com a Zaldesa – Plataforma Logística de Salamanca”. Por sua vez, “o pólo 2, plataforma de excelência para tráfegos portuários e atividades logísticas, tem já 21.500 metros quadrados contratu-
alizados com a Luís Simões, que vai ocupar dois dos 14 lotes disponíveis, assim como com a Espaçotrans, que ocupará um lote de 18 mil metros quadrados”. Para este pólo, está previsto “o futuro Terminal Ferroviário Intermodal, associado à Plataforma Logística, plano ainda em estruturação da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (antiga REFER)”. Luís Simões, a primeira inquilina da nova plataforma logística Captar negócios e empresas de logística e distribuição é o objetivo da nova plataforma do Porto de Leixões e a Luís Simões foi a primeira inquilina. A empresa de transportes e logística instalou no pólo 2 “um novo centro de operações, com uma área de 20 mil metros quadrados, 34 cais e capacidade para 32 mil paletes”. José Luís Simões, presidente da empresa considera que “o Porto de Leixões tem um enorme potencial para o desenvolvimento das atividades logísticas da Luís Simões” já que “a co-modalidade, através de alianças com parceiros estratégicos, é uma das formas de acrescentar valor à cadeia de abastecimento”. O empresário acrescenta que “a intermodalidade é fundamental para alavancar a competitividade do setor e da economia”, defendendo que “somos o centro do Atlântico e não a periferia da Europa. Setembro de 2015
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Bancos em Portugal somam lucros recorde no primeiro semestre Os principais bancos a atuar em Portugal obtiveram lucros recorde no primeiro semestre do ano. No seu conjunto, Millennium bcp, Santander, CGD, BPI e Banif obtiveram lucros de 483,7 milhões de euros no primeiro semetre do ano, o que reflete um valor global recorde e que contrasta com os prejuízos registados no mesmo período de 2014.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
s resultados líquidos, no lise, ao contrário do que sucedeu na primeiro semestre do ano, primeira metade de 2014, em que apedos principais bancos a nas o Santander Totta registara lucros atuar em Portugal foram semestrais. bastante positivos, sobreNa primeira metade do ano, com extudo tendo em conta os valores clusão do Novo Banco, os principais negativos registados globalmente bancos a operar em Portugal melhono mesmo período do ano passa- raram, assim, de forma significativa do. Assim, o valor global dos lucros os seus resultados e balanços. O valor obtidos pelo Millennium bcp, San- alcançado foi o melhor desde o seguntander, CGD, BPI e Banif chegou do semestre de 2010, quando os lucros aos 483,7 milhões de euros, o que é, destas instituições superaram os 580 desde logo, um valor recorde para milhões de euros. Para estes resultados tão expressivos, o primeiro semestre. Por outro lado, as cinco instituições tiveram resul- contribuiram fatores como maiores tados positivos no período em aná- ganhos em operações financeiras, uma
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melhoria da margem financeira ou ainda um maior contributo da atividade internacional. Os bancos portugueses, apesar de continuarem a ser pressionados pelo impacto das baixas taxas de juro na sua rentabilidade, bem como pelas imparidades no crédito, encontram-se numa fase de recuperação e apresentam perspetivas positivas para este ano, como afirmara, por seu lado, no final de maio, o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Área internacional “puxa” resultados Em destaque neste período, esteve, nomeadamente, o Millennium bcp,
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que obteve um lucro consolidado de 240,7 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com prejuízos de 62,2 milhões no período homólogo de 2014. O banco liderado por Nuno Amado salientou que o reforço da sua rendibilidade passou ainda por um aumento do resultado core bruto, na ordem dos 63%, que atingiu no final de junho os 423,5 milhões de euros, refletindo o crescimento da margem financeira (+26,6%, dos quais +58,5% em Portugal) e a redução dos custos operacionais (-3,7%). O BCP frisou, ainda, que aproveitou aqueles ganhos para reforçar as coberturas, justificando essa decisão com “a recuperação ainda moderada da economia portuguesa e o seu impacto nos níveis de endividamento das famílias e das empresas”. O BPI apresentou, por seu turno, lucros de 76,2 milhões de euros, no primeiro semestre de 2015, contra prejuízos de 106,6 milhões no mesmo período de 2014. Além da subida da margem financeira, o banco constituíu menos provisões e imparidades para crédito, que caíram de 94,1 milhões para 68,7 milhões de euros na atividade doméstica e nos resultados consolidados, de 100,1 milhões para 86,9 milhões. O banco revelou ainda que o rácio de transformação – ou de créditos sobre depósitos – do banco fixou-se nos 82%, abaixo dos 120% a que obrigam as regras europeias. Para isto, contribuíram a redução da carteira de crédito do banco, em 3,5%, e também o aumento dos depósitos de clientes, em 4%. No semestre em análise, o banco liderado por Fernando Ülrich não foi penalizado por perdas extraordinárias – como aconteceu no ano passado – derivadas das menos-valias da venda de títulos de dívida portuguesa e italiana, nem pelo pagamento de juros associados às obrigações de capital contingente do Estado. A CGD foi outro exemplo de um
banco português que melhorou a sua performance nos primeiros seis meses deste ano, ao apresentar lucros de 47,1 milhões de euros, superando os prejuízos de 169,3 milhões sofridos em igual período de 2014. Contabilizando o efeito não recorrente da venda de 80% da Fidelidade, Multicare e Cares no ano passado, o lucro dos primeiros seis meses de 2014 foi de 110,1 milhões de euros, adiantou a instituição liderada por José de Matos.
O valor global dos lucros obtidos pelo Millennium bcp, Santander, CGD, BPI e Banif chegou aos 483,7 milhões de euros, um recorde para o 1º semestre De acordo com o banco público, a atividade em Portugal deu um contributo positivo para o resultado da Caixa, mas o negócio internacional continua a ser mais relevante. A atividade do banco em Macau foi a que contribuiu para um melhor resultado – 28,5 milhões de euros – que comparam com o lucro de 19,5 milhões no período homólogo. Já a dívida pública portuguesa contribuíu para a melhoria dos resultados das operações financeiras, de 166,2 milhões para 302 milhões de euros. Até junho, os recursos de clientes (depósitos) aumentaram 4,6% em relação ao mesmo período de 2014, totalizando 69.818 milhões de euros. Em sentido inverso, destacou-se o crédito a clientes, com uma quebra de 1,7%, para 71.885 milhões de euros, adiantou ainda a CGD. Assim, o montante de provisões e imparidades do semestre baixou para os 321,7 milhões de euros (-23,6%)
comparativamente a idêntico período de 2014, “refletindo a melhoria gradual das condições de risco de crédito nos mercados em que a CGD atua”, informou a instituição. Quanto ao Santander Totta, o terceiro maior banco privado em Portugal por ativos, aumentou igualmente os seus resultados no primeiro semestre do ano, ao atingir lucros de 103,6 milhões de euros, contra os 80,2 milhões obtidos no primeiro semestre de 2014. A descida das imparidades e a subida da margem financeira permitiram, assim, ao Santander Totta aumentar em quase 30% o lucro nos primeiros seis meses do ano em termos homólogos. O presidente do banco sublinhou que o Santander Totta tem uma “posição confortável de liquidez” e que quer continuar a salientar-se no mercado nacional. “Queremos ser o melhor banco em Portugal. Queremos ser um banco simples, próximo e justo”, afirmou António Vieira Monteiro na conferência de apresentação dos resultados semestrais do banco. Todavia, o mesmo responsável referiu que o setor mantém alguma preocupação relativamente ao próximo semestre, sobretudo pela incerteza que pode ser causada pela crise grega. António Vieira Monteiro acredita, por outro lado, que o sistema financeiro nacional poderá ser alvo de maior consolidação, face às “dificuldades de rentabilidade e capitalização” dos bancos a operar em Portugal, tendo em conta as exigentes metas de capital estipuladas no quadro das regras de Basileia III. Outro banco em recuperação foi o Banif. O banco presidido por Luís Amado destacou a “melhoria significativa da atividade, que se consubstanciou num resultado líquido consolidado positivo. O resultado líquido obtido no primeiro semestre de 2015 situou-se em 16,1 milhões de euros e compara favoravelmente com o prejuízo de 97,7 milhões de euros obtido no período homólogo”, revelou o Banif. Setembro de 2015
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Intermarché Nova identidade dos CTT para dinamizar a sua marca lança Terra Os CTT decidiram introduzir algumas mudanças à identidade da empresa com o objetivo de a tornar “mais dinâmica”. O processo de mudança da nova imagem, que não sofria alterações desde 2004, será gradual e terá custos reduzidos. O conhecido símbolo do mensageiro e do cavalo vão ganhar “mais dinâmica e velocidade”, explicou Miguel Salema Garção, diretor de Marca e Comunicação do grupo. A identidade dos Correios não sofria alterações desde 2004, e no seguimento de um estudo elaborado pelos CTT no ano passado, foi concluído que a identidade “era pouco dinâmica”, adiantou o mesmo responsável.
Por estes motivos, optaram por dar mais “vida” ao mensageiro e ao cavalo, transmitindo-lhes “mais velocidade de trote a galope”, detalhou. A sigla também sofre algumas alterações, contando com uma nova “tipografia desenhada em Portugal”. Quanto ao investimento neste restyling, Miguel Salema Garção não adianta valores, comentando apenas que como o processo de mudança será gradual os custos serão reduzidos. O responsável acrescenta ainda que a nova estrutura do banco postal, que vai abrir portas ainda este ano, também contribuirá para esta “ótica de redução de custos”.
de Sabores Intermarché, insígnia do grupo O Os Mosqueteiros, acaba de lançar uma nova gama de produtos dedicada
à produção nacional, a Terra de Sabores. Tradição, portugalidade e regionalidade são as três palavras que descrevem a marca, segundo a empresa, que aposta, assim, numa “gama de produtos tipicamente portugueses, de sabor artesanal, oriundos de várias regiões do país”. São produtos diretamente ligados a uma região do país, sendo que desta gama fazem parte produtos de mercearia (como bolos secos regionais, arroz do Ribatejo, azeite do Alentejo e de Trás-os-Montes, doces tradicionais portugueses e refeições prontas tradicionais), frescos e congelados (como manteiga dos Açores e pastéis de nata), queijos e charcutaria.
Renault Portugal Um autocarro da Coca-Cola para ligar museus e monumentos estreia blogue
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ortugal torna-se o primeiro mercado europeu onde a marca de automóveis Renault conta com um blogue oficial, projeto criado pelo Atelier dos Caracteres. A agência, que já era responsável pela presença da Renault Portugal nas redes sociais, fica também com responsabilidade sobre a gestão dos conteúdos da plataforma, com informação exclusivamente em português. A plataforma junta notícias, histórias e curiosidades das marcas Renault, Dacia e Alpine e de tudo o que diz respeito à aliança RenaultNissan.
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esde o passado dia 1 de agosto que está a circular em Lisboa o minibus Coca-Cola/ Património Cultural, promovido pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e pela Coca-Cola. O Minibus fará dois percursos, a ligar alguns dos principais monumentos e museus da capital. De terça a quinta-feira ligará os espaços culturais que integram o Bilhete Cais da História, localizados na zona de Belém: Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Museu Nacional de Arqueologia, Museu Nacional de Etnologia e Museu dos Coches (antigo e novo). De sexta-feira a domingo, o minibus fará o percurso do Bilhete Lisboa, ligando os seguintes es-
paços culturais: Panteão Nacional, Museu Nacional do Azulejo, Museu Nacional do Traje, Museu Nacional do Teatro e da Dança, Museu da Música, Museu do Chiado, Museu Nacional de Arte Antiga e CasaMuseu Anastácio Gonçalves. Este serviço será gratuito para os portadores dos ingressos Bilhete Cais da História e Bilhete Lisboa.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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Bimbo convoca simultáneamente a 100.000 corredores en 19 países C
on el objetivo d e promover la actividad física como parte esencial de un estilo de vida saludable, Bimbo celebrará el próximo 27 de septiembre la primera edición de Bimbo Global Energy, una carrera a escala internacional que se disputará de forma simultánea en 22 ciudades de 19 países distintos. El evento, pionero en su dimensión y repercusión globales, prevé reunir a un total de 100.000 corredores el mismo día. Madrid y Lisboa forman parte de la lista de 22 ciudades que participan en este reto mundial de la marca de alimentación. La primera edición se llevará a cabo en las ciudades de Madrid (España), Pekín (Chi-
na), Lisboa (Portugal), Buenos Aires (Argentina), Belo Horizonte (Brasil), Asunción (Paraguay), Santiago (Chile), Bogotá (Colombia), Caracas (Venezuela), Guatemala (Guatemala), Montevideo (Uruguay), Lima (Perú), Managua (Nicaragua), San José (Costa Rica), Panamá (Panamá), San Salvador (El Salvador), Tegucigalpa (Honduras), Long Beach y Filadelfia (Estados Unidos), y México D.F., Guadalajara y Monterrey (México). En cada país, los ganadores absolutos de la prueba de 10 Km en categoría masculina y femenina recibirán como premio la inscripción directa a la edición del próximo año de la Bimbo Global Energy, en la sede que prefieran entre las ciudades participantes. El premio incluye billete y dos noches de hotel para la persona ganadora y su acompañante. Bimbo Global Energy cuenta con la colaboración del canal de televisión Fox Sports, que va a transmitir en directo la prueba desde dos ciudades. Además, cuenta con el patrocinio de Powerade y Spotify.
Mercedes, la marca más notable en el sector auto el Tracking IOPE de NoSdelegún toriedad de TNS, la publicidad sector Automoción se sitúa en
la tercera posición en notoriedad de marca entre la población en 2014, subiendo un puesto en el ranking frente al año anterior. El sector se encuentra por detrás de anuncios referentes a “cultura, turismo y ocio” y “establecimientos comerciales”. En cuanto a anunciantes, MercedesBenz consigue el podium a la marca más recordada con un 16,3% de notoriedad publicitaria. En el 2014 han interiorizado su mensaje 6,5 millones de personas. El Clase C y el Clase A han sido los modelos que han reportado mejores resultados de notoriedad publicitaria a la marca y han contribuido a su éxito. A la filial alemana le sigue en escalada de puestos Citröen, que incrementa su nivel de recuerdo. Sin embargo Renault y Volkswagen perdieron notoriedad en relación al 2013.
Una app de Carrefour para realizar la lista de la compra por voz L a última versión de la ‘app’ permite pedir turno en los mostradores de carnicería, pescadería, verdura, fruta y marisco del hipermercado y visualizar en el móvil el tiempo de espera estimado. “Mi Carrefour” permite también ahora gestionar de manera más cómoda las listas de la compra ya que ofrece la opción de editar, compartir y publicar las listas de la compra así como añadir, modificar o
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importar productos de otro listado. Estas nuevas utilidades se suman a las que ya contaba la página, como utilizar descuentos y promociones desde móviles y tabletas o acceder desde el móvil a los folletos en vigor. La aplicación se puede bajar gratuitamente desde Apple Store o Google Play y permite, entre otras opciones, mostrar de un solo vistazo cuáles son las tiendas Ca-
rrefour más cercanas con sus planos de acceso, novedades y servicios; escanear productos y añadirlos a la lista y recibir notificaciones sobre descuentos disponibles, entre otras opciones. “Mi Carrefour” permite también hacerse socio del Club Carrefour, consultar en una sola vista el saldo de los descuentos acumulados y centralizar cupones y utilizarlos en el hipermercado o supermercado, simplemente mostrando el móvil o la tableta a la cajera o cajero.
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Galp Energía presenta nueva imagen de las cisternas G alp Energia ha presentado una nueva imagen para la rotulación permanente y las placas extraíbles de sus cisternas. El nuevo diseño se ajusta a la imagen corporativa de la compañía portuguesa y a los colores que la definen, entre ellos el inconfundible naranja, con el que Galp Energia quiere contagiar su Energía Positiva. La nueva imagen envuelve a las cisternas con una ola de gasolina de color naranja y un fondo blanco que destaca la marca de
la compañía. Galp Energia está presente en todas las etapas de la cadena de valor del petróleo, el gas natural y la electricidad, y es por ello que en todos los nuevos vinilos aparecerán destacadas las palabras combustibles, lubricantes, gas y luz. La publicidad móvil tiene una gran notoriedad, de ahí que Galp Energia haya decidido apostar por este nuevo diseño. Con este cambio, las nuevas
DYC presenta dos nuevos diseños de sus botellas D YC, marca en el sector de las bebidas espirituosas, estuvo presente en la pasada edición de la Feria de Málaga 2015 donde presentó dos nuevos diseños. Las dos ediciones limitadas evocan el ambiente de la feria de día y de noche. Una botella luminosa y llena de colores intensos que se adapta a la alegría del día y del sol, y
cisternas serán un soporte para conseguir más visibilidad y notoriedad en su actividad nacional, tanto en la Península como en Baleares.
otra, con un diseño más elegante para deslumbrar en la noche malagueña. Las nuevas ediciones de DYC 8 combinan la tradición marinera y el pasado fenicio, enlazados con la historia reciente de la ciudad, el folclore y la alegría de Málaga. Los nuevos diseños han sido fruto de la creatividad de los malagueños. De la mano de Diario Sur, DYC 8 concertó un concurso creativo para seleccionar la botella que representaría a la marca en la feria. Entre más de 70 creaciones, el diseño de Narita Estudio fue el seleccionado para vestir la Feria de Málaga 2015 de color y alegría.
MEC realiza la campaña internacional de Turespaña agencia de medios LSLaMEC Publicidad Iberia se ha alzado con la victoria sobre un total de seis agencias en el concurso de medios para gestionar la campaña internacional de publicidad del Instituto de Turismo de España, Turespaña, para este 2015, por la cual recibirá tres millones de euros. MEC será la responsable a partir de ahora de gestionar la cuenta de medios del organismo en el que las campañas de publicidad se han posicionado como una herramienta esencial a la hora de reforzar la marca de nuestro país en todo el mundo.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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Centro de Formação CCILE Comunicação Oral em Espanhol de Negócios Lisboa, 15 e 16 de setembro 09h30-16h30 Cada vez mais a realidade de trabalho das empresas passa por comunicar com os quatro cantos do mundo. E todos sabemos que uma comunicação correta é essencial para o sucesso de qualquer diálogo. Sente que quando comunica com os seus clientes, fornecedores ou colegas de Espanha ou da América Latina usa expressões em “portuñol”? Então este é o curso indicado para corrigir essa lacuna! Conteúdos Programáticos: 1º Día 09h00-10h30: Presentaciones y saludos en español. El intercambio de contactos y tarjetas. Los horarios de trabajo en España. 10h30-11h00: La hora del café en español 11h00-13h00: Los tratamientos más habituales en el español de los negocios. Los falsos amigos que se deben evitar. Costumbres y usos habituales en el networking 13h00-14h30: Una comida de trabajo en español. Supuesto práctico 14h30-16h30: Supuestos prácticos individuales y en grupo 2º Día 09h00-10h30: Las llamadas de teléfono en el mundo de los negocios y de la empresa en español. Los errores que se deben evitar. Supuestos prácticos. 10h30-11h00: La hora del café en español 11h00-13h00: ¿Cómo enfrentarse a una negociación o reunión decisiva en un español básico de los negocios? 13h00-14h30: Una comida de trabajo en español. Supuesto práctico 14h30-16h30: Ejercicio individual: Presentación individual en español en 60 segundos. Supesto práctico en grupos: Presentación de una empresa portuguesa a inversores españoles Preços: Associados: €130 * Público em Geral: €150
** Os valores incluem coffee-breaks, almoços, documentação e Certificado de Frequência de Formação Profissional *** Em 2 ou mais inscrições aplicar-se-á um desconto de 10%.
Técnicas de Venda Lisboa, 17 de setembro 09h30-13h30 Nos dias de hoje, vender é cada vez mais difícil e exigente e ser vendedor tornou-se um atividade bastante complexa. Para que uma venda termine com sucesso, o primeiro contacto com o cliente é primordial. Se o contacto inicial ou qualquer outro contacto durante o processo for ineficaz, é muito provável que não se consiga fechar a venda. Conhecer algumas técnicas de vendas e saber aplicá-las poderá ser essencial para incrementar a eficácia da sua ação comercial. Conteúdos Programáticos: I. Princípios, Atitudes e Comportamentos Humanos II. A Comunicação Negocial III. Modelo funcional de venda Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Prospeção de Clientes Lisboa, 21 de setembro 09h00-13h00
Contra Ordenações Laborais e Comunicações à ACT Lisboa, 22 de setembro 09h30-13h30 A gestão dos recursos humanos é uma tarefa com contornos exigentes e cada vez mais se verifica um reforço da atividade fiscalizadora da ACT. Conteúdos Programáticos: I. O que é uma Contra-Ordenação II. Tipos de Contraordenações III. Competência para o procedimento e para a aplicação de coimas IV. O auto de notícia, a participação e o auto de advertência V. Defesa em processo de contra-ordenação VI. Decisão e Notificação para o pagamento da Coima VII.Recurso para o Tribunal VIII. As coimas IX. As sanções acessórias X. Comunicações e autorizações à ACT Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
A prospeção de clientes sempre foi essencial para a construção de uma carteira de clientes e para um conhecimento mais real do mercado. Nos dias que correm, face à conjuntura económica do país, a prospecção tornou-se praticamente obrigatória para as empresas que querem sobreviver.
A Nova Lei do Investimento em Angola: O Fim do Requisito USD1 milhão
Conteúdos Programáticos: I. Importância e vantagens da prospeção II. Necessidades de uma prospeção contínua e atualizada III. Métodos e meios de prospeção IV. Saber gerir a prospeção de acordo com o tempo disponível V. Ultrapassar as dificuldades e receios da prospeção V. Fazer o seguimento dos prospetos
Angola é um dos mais importantes mercados de internacionalização para a economia portuguesa, em rigor o maior destino das exportações portuguesas fora da União Europeia. Assim sendo, impõe-se o conhecimento da nova legislação angolana de investimento privado, a Lei nº14/15 de 11 de agosto.
Preços: Associados: €140 * Público em Geral: €180
Lisboa, 23 de setembro 09h30-13h30
Conteúdos Programáticos: I. Formas de organização empresarial em Angola II. A Nova Lei do Investimento Privado III. O Investimento Estrangeiro Não Qualificado IV. O Regime das Pequenas e Médias Empresas Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
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Ativar as Cobranças
Espanhol de Negócios
Lisboa, 24 de setembro 14h30-18h30
Lisboa, 28 de setembro a 02 de dezembro Nível A1: 2as e 4as - 18h às 20h Nível A2: 3as e 5as - 18h às 20h
Como cobrar, em quanto tempo, com que custos A estruturação e a organização de um caderno de procedimentos de cobrança numa empresa permite maximizar os resultados e evitar os incobráveis. A implementação de procedimentos adequados na fase extrajudicial, com vista à obtenção de um título executivo direto, facilita e torna mais rápidas e eficazes as cobranças judiciais. Conteúdos Programáticos: I. Prevenir Cobranças Difíceis II. Reação ao Incumprimento III. Títulos Executivos Obtidos Fora do Tribunal IV. Títulos Executivos Judiciais V. Execução Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Telemarketing Lisboa, 28 de setembro 09h00-13h00 Cada vez mais o Telemarketing é utilizado para promoção de vendas e serviços, pois permite potenciar negócios a baixo custo e comunicar diretamente com o consumidor. Conteúdos Programáticos: I. O profissionalismo nos contactos telefónicos II. A comunicação como suporte instrumental do Telemarketing III. O telefone como elemento criador das imagens das empresas IV. Técnicas de Telemarketing V. Gestão dos clientes ao telefone VI. Capacidade de resolução de problemas dos clientes por telefone VII. Técnicas de vendas ao telefone VIII. Saber contornar as objeções no telefone IX. Fechar uma venda com êxito por telefone
O curso de Espanhol de Negócios, reformulado segundo o Quadro Europeu de Referência para as Línguas, é por excelência um curso comercial e adaptado à realidade empresarial, que conta com o importante contributo e experiência de formadores nativos e com larga experiência no ensino. Conteúdos Programáticos: I. Gramática II. Vocabulário Empresarial e Costumes III. Expresión y comprensión oral IV. Expresión y comprensión escrita V. Exercícios Práticos Preços: Associados: €200 * Público em Geral: €250
Atendimento ao Cliente Lisboa, 29 de setembro 09h30-13h30
A Rota do Investimento nas Províncias Angolanas Lisboa, 30 de setembro 09h30-13h30 Para quem investe em Angola é essencial conhecer muito bem a Lei do Investimento Privado e os incentivos fiscais e económicos disponíveis para quem investe no país. Além disso, é muito importante saber que tipo de indústria e comércio se desenvolvem nas diversas geografias angolanas e onde estão implantadas as ZEEs (Zonas Económicas Especiais) e os Pólos Industriais. Conteúdos Programáticos: I- A Nova Lei do Investimento Privado II – Principais Características do Território Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90 * A todos os valores acresce IVA à taxa legal em vigor (23%).
O atendimento ao público tem um papel fundamental no volume de negócios de qualquer organização. A qualidade ao nível do atendimento tem uma influência direta não apenas ao nível do volume de negócios de uma empresa mas também na fidelização de clientes, fator crítico de sucesso, e também na imagem projetada pela organização para o grande público. Conteúdos Programáticos: I. Princípios, atitudes e comportamentos humanos na relação com os outros II. Preservar e Promover uma boa imagem da Empresa III. Atendimento de Excelência ao Telefone IV. Atendimento de Excelência Presencial V. Tratamento de situações difíceis com o Cliente Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90
Preços: Associados: €140 * Público em Geral: €180
Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org
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Novos negócios à boleia do comércio online Sem cerimónias, a Internet impõe-se como a localização premium para novos negócios, que aspiram a um mercado global. A morada menos dispendiosa para empreendedores que querem testar o sucesso comercial dos seus produtos e serviços, com a vantagem gigante de estarem numa montra acessível a consumidores de todo o mundo. Mas neste caminho também há riscos e obstáculos. Saiba como os contornam a Anita Baskets, a Pêra Doce, a Pisamonas, a Toyno e a Yay.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
eff Bezos e Jack Ma, respetiva- chinês. Este professor de inglês tornou-se mente 6º e 16º na lista elaborada o homem mais rico da China, dono de pelo "Business Insider" dos multi- uma fortuna estimada de 26,7 mil mimilionários mais ricos do mundo lhões de dólares (cerca de 23,7 mil mique enriqueceram pelos negócios lhões de euros), obtida após ter fundado que ergueram, têm mais em comum do em 1999 o site de e-commerce Alibaba, que contas recheadas: foram ambos pio- que depressa se transformou num giganneiros a adivinhar o potencial da inter- te do comércio eletrónico, representando net no que toca ao comércio. Com uma 80% do negócio online chinês. fortuna avaliada em 39,8 mil milhões de Os números gerais da economia digidólares (cerca de 35,3 mil milhões de eu- tal também corroboram a concretização ros), Bezos fundou em 1994 a Amazon, do potencial do e-commerce. De acordo que começou por comercializar livros com o "eMarketer", as vendas globais de online e atualmente vende quase tudo e produtos e serviços através da internet para todo o mundo. (excluindo viagens e bilhetes de eventos) Jack Ma é o atual protagonista do sonho atingiram os 1.316 biliões de dólares em
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2014, mais 22% do que em 2013. Para este ano, espera-se que as vendas online cheguem a 1.592 biliões de dólares, representando 6,7% das vendas mundiais de produtos e serviços. O eMarketer calcula que o valor suba para os 2.489 biliões em 2018, representando nessa altura 8,8% das vendas globais. Farfetch, a gigante portuguesa Além das referidas Amazon e Alibaba, não faltam outros exemplos inspiradores baseados no modelo de negócio das vendas online. Portugal também já tem a sua estrela neste "Olimpo" do e-commerce mundial: a Farfetch, espe-
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cializada no comércio online de moda e luxo. A empresa portuguesa, sedeada em Leça do Balio e criada em 2008 por José Neves, arrecadou a prata na edição deste ano dos prémios de e-commerce europeus", na categoria de pure layer, ficando atrás da retalhista online britânica Asos e à frente da italiana Yoox. Mais um feito para esta empresa portuguesa, a somar à sua entrada no passado mês de março para o chamado “unicorn club”, que junta as start-ups avaliadas em mil milhões de dólares ou mais. Na sua quinta ronda de investimento, a empresa portuguesa mereceu esta avaliação por parte da empresa de capital de risco DST Global, que foi um dos maiores investidores do Facebook. O russo Yuri Milner, fundador da empresa de capital de risco, justificou o investimento na Farfetch, frisando que a retalhista portuguesa possuía “uma equipa forte, um crescimento impressionante e um grande potencial”. Como outros retalhistas, a Farfetch cobra comissões por cada transação efetuada no site, porém, a empresa portuguesa inovou ao agrupar online produtos de 300 das melhores lojas independentes do mundo, que se tornaram acessíveis para consumidores de 180 países. Assente numa eficiente e inovadora base tecnológica, que assegura uma boa experiência de compra aos consumidores, e na visão dos mirones, contratados pela empresa para viajar pelo mundo inteiro para selecionar as lojas mais exclusivas, a Farfetch vende para o mundo inteiro, tendo nos EUA o seu principal mercado. A empresa prepara-se para dar cartas também no cobiçado e em ascensão mercado asiático (segundo maior mercado mundial de e-commerce), nomeadamente na China. A Atualidad€ tentou apurar mais informação sobre a estratégia de crescimento da Farfetch, mas a empresa não se mostrou disponível para responder às perguntas. As empresas portuguesas, de uma forma geral, estão em linha com a média europeia no que diz respeito à disponibilização dos seus produtos para venda. De acordo com o gabinete de estatística
europeu Eurostat, a média europeia nes- O mesmo documento revela que houve te parâmetro é de 15,1%. Numa tabela um abrandamento do ritmo de cresciliderada pela República Checa (acima mento, comparativamente com 2013. dos 25%), Portugal está dentro da média europeia (perto dos 14%) e Espanha está E-commerce: motor de crescimento da economia europeia ligeiramente acima, rondando os 17%. Outro dado relevante prende-se com o O Eurostat indica que o e-commerce representa 15,1% das vendas totais das facto de o e-commerce na Europa estar empresas da União Europeia. A Irlan- a crescer a um ritmo bastante superior da é a campeã de vendas online, já que ao da economia europeia, cujo PIB ape52,1% do retorno das suas empresas é nas avançou 1,6%. No conjunto dos 28 proveniente de e-commerce de produ- Estados-membros da União Europeia, o crescimento do PIB foi ainda mais baixo (1,4%). Desta forma, percebe-se que o e-comAs vendas online merce é um dos motores de crescimento da economia europeia, não só pelos mundiais cresceram valores que movimenta, como pela cria22% em 2014, face a ção de emprego. De acordo com dados publicados na plataforma Ecommerce2013. europe.eu, o número de websites B2B As vendas B2C na aumentou de 650,000, em 2013, para 715,000, no ano passado. Estima-se que Europa aumentaram este dinamismo em torno do e-com14,3% em 2014, merce envolva, direta e indiretamente, 2,5 milhões de postos de trabalho na alcançando os 423,8 Europa.
mil milhões de euros. Os portugueses gastaram no ano passado 922 milhões de euros em compras online, mais 10% do que em 2013
tos e de serviços. Espanha surge em 11º lugar, em linha com a média europeia, com as vendas online a representarem à volta de 15% das receitas das empresas. (Portugal figura na tabela, sem dados disponíveis). As vendas online B2C (business to consumer) na Europa aumentaram 14,3% em 2014, alcançando os 423,8 mil milhões de euros, de acordo com o "European B2C E-commerce Report 2015", publicado em junho. O estudo informa que os 28 países da União Europeia são responsáveis por 87% do total.
Portugueses gastam 600 euros por ano em compras online Voltando a colocar a lupa sobre Portugal, sabe-se que no ano passado, os portugueses gastaram 922 milhões de euros em compras através da internet, mais 10% do que em 2013, de acordo com dados revelados em julho através do estudo "Online Consumer Payments Analytics", realizado pela SIBS em conjunto com a Datamonitor. A análise indica que o número de compras efetuadas online em 2014 ascendeu a 12,9 milhões, o que traduz um aumento de 14,2%, face a 2013. O estudo apurou também que o consumo médio de cada agregado familiar por ano é de 600 euros em Portugal, valor igual ao da média das famílias italianas e abaixo dos 900 euros da média das espanholas e longe dos quatro mil euros gastos, em média, pelos agregados familiares ingleses, que estão no topo dos que mais compram online. Os portugueses compram online sobretudo estadias em hotéis e bilhetes de avião. Setembro de 2015
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grande tema gran tema Seguem-se depois as categorias "roupas e sapatos", "CD/ DVD/ jogos/ livros", "produtos para a casa", "saúde e beleza", "comida e bebida" e "bricolage e jardim". O relatório informa também que cerca de 24% das compras online dos portugueses é feita em lojas portuguesas, 23% em inglesas, 9% em espanholas e igual percentagem em irlandesas. O método de pagamento mais utilizado é o cartão de crédito, quer em Portugal, quer no resto da Europa. Manuel Paula, vice-presidente da direção da Associação de Comércio Eletrónico e Publicidade Interativa (ACEPI) informa que, de acordo com um estudo do organismo, “este ano 40% dos utilizadores de internet são compradores online, chegando este valor aos 50% em 2020” e que “teremos pela primeira vez um gasto médio por utilizador superior a mil euros por ano”. Os resultados da última edição do estudo ACEPI/ IDC-Economia Digital em Portugal apontam para que “o comércio eletrónico B2C supere os 3.000 milhões de euros em 2015”, estimandose que “em 2020 este valor se aproxime dos 5.000 milhões de euros”. Manuel Paula frisa que “Portugal dispõe de uma das melhores infraestruturas móveis 3G e 4G e de fibra ótica do mundo e é uma referência internacional a nível do e-government”, mas “existe muito potencial de desenvolvimento e crescimento da economia digital no nosso país”. Se “é um facto que os portugueses acedem cada vez mais à internet (75% da população nacional já o faz com regularidade e cerca de 25% já faz compras online, estando estes valores a evoluir favoravelmente), Portugal é dos países europeus onde a penetração do ecommerce é mais baixa”. O estudo da ACEPI conclui que “a maioria das empresas portuguesas, não estão a usar o potencial da revolução digital nos seus negócios: apenas 6% das microempresas (menos de 10 empregados) estão aptas a receber encomendas online”. Estas empresas representam 90% do tecido empresarial português. Aumentando a escala, 40 act ualidad€
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o panorama melhora ligeiramente, já de eficiência recorrendo, muito provavelque 35 % das grandes empresas (mais mente, a soluções de serviço inovadoras”. de 250 empregados) usam a internet Recentemente, o tema foi abordado na para receber encomendas”. conferência "Power of Three", promovida O e-commerce pode encurtar o ca- pela consultora CBRE, onde se concluiu minho da internacionalização, nota que nos próximos três anos, o e-commerManuel Paula: “De acordo com asso- ce terá um “impacto fundamental” nas ciações internacionais do setor, o ritmo decisões dos operadores logísticos. Num de crescimento do comércio online cross artigo publicado na revista "Distribuição border na Europa duplicará o dos merca- Hoje", responsáveis da CBRE declaravam dos domésticos e esta é, sem dúvida, e so- que “à medida que o comércio online bretudo devido à pequena dimensão do aumenta em popularidade e uso, os temmercado português, uma oportunidade pos de entrega tornaram-se cada vez mais que as empresas portuguesas não podem importantes, uma vez que os clientes espeperder se se querem afirmar como players ram que os seus produtos sejam entregues internacionais.” de forma rápida e sem constrangimentos”. Desta forma, “os operadores logísticos e industriais devem otimizar a sua rede com tecnologia de ponta e assegurar que a loCalcula-se que calização das suas plataformas apresenta o e-commerce um equilíbrio entre a necessidade de um grande centro consolidado localizado fora envolva direta e da cidade e a existência de pequenos póindiretamente 2,5 los centrais, para rapidamente servirem as áreas urbanas” milhões de postos Relativamente aos desafios que as marde trabalho na cas que querem vender online enfrentam, Manuel Paula deixa alguns conselhos: Europa “Quer sejam pure players, quer tenham uma perspetiva omnicanal do negócio, as Para desenvolver o e-commerce, a ACE- empresas têm de ter claro que o negócio PI promoveu iniciativas como o PME online se desenvolve num ecossistema próDigital (uma iniciativa dos Ministério da prio e com características específicas que Economia e do Emprego para integrar 30 visam dar resposta a um consumidor em mil novas empresas na economia digital mutação. As empresas têm que se dotar de em três anos, fazendo chegar as mais re- uma cultura própria, por vezes diferente cente soluções tecnológicas em condições da que existe, e desenvolver ou adequar os acessíveis a todas as empresas) ou o Fórum seus recursos a uma nova realidade. Por Nacional da Fatura Eletrónica (integra outro lado, este mercado do comércio onstakeholders como o Estado ou algumas line ainda está longe da maturidade, assisempresas privadas e visa promover a ado- tindo-se a inovação de forma permanente; ção da fatura eletrónica tanto no Estado todos os dias há soluções novas que supecomo nas empresas). ram as anteriores. As empresas têm que saber adquirir conhecimento que as ajudem E-commerce coloca novos desafios ao a navegar neste contexto em permanente setor logístico e de transportes mudança, para minimizar o risco de erro.” Os empreendedores à frente dos projetos O responsável da ACEPI crê que nos abordados neste artigo são unânimes a próximos tempos “podemos esperar um colocar os custos de envio como um dos comércio online em desenvolvimento maiores entraves à internacionalização dos com as vantagens inerentes para o consuseus negócios. Manuel Paula concorda e midor: mais oferta, maior diversidade de considera que as empresas de logística e de produtos e serviços, mais informação, transportes deverão “atingir maiores níveis mais e melhor serviço”.
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Pisamonas quer liderar e-commerce de calçado infantil “A compra de sapatos para crianças reúne várias características importantes para um negócio online: resolve uma necessidade recorrente das mães, permitindo-lhes poupar tempo e evitando ‘arrastar’ os seus filhos para as compras o que muitas vezes é uma verdadeira odisseia”, sustenta Nuria Carrión Rojo, diretora de Marketing e Comunicação da marca espanhola de calçado infantil Pisamonas, para explicar a razão pela qual avançaram para a loja online pouco tempo antes de abrirem uma loja física em Madrid. A Pisamonas nasceu em 2013 e logo os responsáveis da marca perceberam que teriam que estar na Internet. A loja online surgiu primeiro para o mercado espanhol e, logo de seguida, a loja online portuguesa pisamonas.pt, com um objetivo claro: “ser líder de e-commerce em calçado infantil”, frisa Nuria Carrión. Para já, o balanço é positivo, diz: “Testemunhar a grande procura que a nossa marca e o nosso serviço tiveram nestes dois últimos anos tem sido fantástico. Obtivemos resultados muito positivos e fomos, inclusivamente, reconhecidos através da atribuição de prémios como o de "Melhor Expansão Internacional de E-commerce" em Espanha, pela Paypal, ou o de "Melhor Webshop Infantil", nos "Ecommerce Awards España 2015". Estes prémios, que são atribuídos pelos clientes e também por especialistas em e-commerce, refletem todo um trabalho que tem vindo a ser feito para criar uma experiência de compra online simples e fiável, junto dos nossos clientes.” A Pisamonas também “está a ter uma grande aceitação no mercado português, sendo o segundo país com maior número de vendas dos produtos”, indica Nuria Carrión Rojo. “Duplicámos as vendas em 2014 e esperamos alcançar o mesmo objetivo em
2015”, acrescenta. Em Portugal, por enquanto a marca opera só online (à semelhança de outros países europeus em que já estão presentes, como França e Reino Unido), porque “o objetivo é levar a nossa sapataria até à porta de casa de cada cliente”. A marca “trabalha para eliminar barreiras, de modo a que a compra de calçado online seja algo tão normal como muitas outras coisas que habitualmente já se compram online”, salienta a gestora, garantindo que proporcionam “um serviço diferenciador assente em vantagens como envios, trocas e devoluções grátis e sem necessidade de qualquer explicação; material gráfico no site de alta qualidade para que seja possível ao cliente visualizar os produtos de um modo semelhante a tê-los na mão (vídeos de produto com looks, fotos e vídeos 360º, etc.); site e diversos canais de atendimento ao cliente em português (Facebook, telefónico); web responsive, ou seja, um site adaptado a dispositivos móveis; acesso às opiniões dos clientes sobre cada produto para ajudar na decisão (tal como existe, por exemplo, para reservas online de hotéis).” Todos os produtos são fabricados em Espanha, uma vez que trabalham com “modelos de sapatos clássicos espanhóis”, pelo que quiseram “trabalhar com especialistas de cada modelo a comercializar”. As mães são o perfil mais comum de cliente, observa Nuria Carrión: “Felizmente, os nossos principais clientes são mulheres, com filhos, entre os 25 e os 45 anos, compradoras online. E,
felizmente, como as nossas clientes são mulheres participativas e comunicativas, podemos obter facilmente feedback sobre os nossos produtos e serviços. Sabemos o que gostam e o que não gostam, e essa informação é-nos extremamente útil para melhorarmos o serviço que lhes prestamos.” As perspetivas de futuro são bastante animadoras para a marca: “Devido à recetividade que a Pisamonas está a ter em Portugal, esperamos continuar a crescer de uma forma sustentada como tem vindo a suceder até aqui, investindo continuamente na melhoria de serviço ao cliente. Estaremos atentos a todos os indicadores do mercado português para que seja possível uma adaptação contínua às necessidades dos clientes.” Nuria Carrión esclarece que “neste momento a estratégia da Pisamonas está centrada na venda online e na abertura de novos mercados”, não estando “a curto prazo previsto abrir outra loja física, nem em Portugal, nem noutro país”. No entanto, adianta que na Pisamonas estão “sempre abertos à mudança e a novos desafios”, pelo que não descartam “novas oportunidades de negócio que se verifique serem interessantes”.
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Anita Picnic, para ativar o “(re) emergente mercado dos piqueniques” “Portugal tem o melhor clima europeu e qualquer produto que se apoie nesta característica poderá ter potencial de mercado”, confia Carla Cantante, uma das mentoras da marca Anita Picnic e colaboradora de agências de publicidade. O outro é Pedro Pires, diretor criativo da agência de branding Ivity. Ambos com experiência na área criativa, sempre se interessaram pela relação entre o design e artesanato e tinham o “sonho de criar uma marca que conseguisse aliar o amor por certos objetos tradicionais ao design, o poder do low-fi quando associado a aspetos formais contemporâneos e cosmopolitas”. Conscientes de que “existe um novo romantismo social, que aproxima pessoas, que nasce nos núcleos urbanos como resposta a um estilo de vida que não privilegia o contacto afetivo e a cultura das relações”, a par com “a crescente tendência para um retorno a atividades sociais de comunhão com a família e os amigos num contexto de natureza veio revelar uma procura de produtos adaptados a quem gosta de fazer estas atividades a inexistência de produtos bem desenhados e com estilo para essas ocasiões”. A Anita Picnic, além de homenagear a personagem de livros infantis com o mesmo nome, “aparece para cunhar uma categoria num mercado re-emergente: o dos piqueniques e das atividades sociais ao ar livre”, argumentam, sublinhando que a marca é “feita com o coração para celebrar a vida ao ar livre com produtos em cestaria artesanal original local com uma componente têxtil de padrões exclusivos da marca”. Os cestos e as tolhas de piquenique que comercializam podem custar entre 76,50 euros e 105 euros e são inspirados “na experimentação e na
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vivência ao ar livre, no design, na arte, nos aspetos visuais contemporâneos e cosmopolitas, do bem-fazer português, nas artes tradicionais, no estilo de vida dos núcleos urbanos que privilegiam o contacto afetivo e o contacto das relações”. À semelhança de vários outros negócios do universo lifestyle, a marca aposta na internet: “A divulgação tem sido feita essencialmente através das redes sociais, seja através de ativação editorial no Facebook e no blogue, alojado no nosso site. Temos também tido muita exposição na imprensa e na televisão, o que tem dirigido muito tráfego para o online. Ou pelo boca-a-boca dos nossos satisfeitos clientes.” A faturação “tem sido bastante boa, tanto em 2014 (lançamento da marca) como este ano”, comentam os empreendedores. Atualmente, as vendas online representam 50% da faturação da Anita Picnic. “Os produtos já estão em alguns espaços comerciais – lojas de rua e concept stores – e estão a ter muita aceitação começando a representar metade da nossa faturação”, indicam. Com “bastantes encomendas para fora de Portugal”, o exterior representa cerca de “20% da faturação”. Alemanha, Dinamarca, Espanha, Argentina e Inglaterra são alguns dos destinos dos cestos e toalhas da dupla, que tenciona trabalhar no sentido de expandir a marca internacionalmente: “Começámos por testar o mercado
internacional sem qualquer divulgação, com resultados satisfatórios. Tem havido uma grande aceitação dos nossos produtos pelos clientes. No entanto, ainda não há grande divulgação nesse sentido. O conhecimento da marca tem sido feito através das lojas online e físicas e dos média nacionais, atingindo apenas a comunidade portuguesa além fronteiras. Há que divulgar agora também no estrangeiro.” Apesar de não se queixarem das entregas dos seus produtos, Carla Cantante e Pedro Pires admitem que “o único ponto menos positivo é o facto das transportadoras ainda não serem competitivas para as pequenas empresas que trabalham com este sistema e os custos de envio ainda serem elevados”. Até porque a expedição de encomendas é um ponto crítico do ponto de vista dos consumidores, diz Carla Cantante: “Acho que é o fator que mais influencia no ato de compra e, por vezes, faz com que se desista da compra. Acredito que preços mais competitivos seriam bons para quem comercializa e para as empresas de logística e transporte, gerando mais negócio para ambas as partes.” Quanto ao futuro, os promotores da Anita Picnic apenas adiantam que podemos esperar “novos produtos e muitas mais novidades”, esclarecendo que abrir loja física “é uma vontade ainda longínqua, uma vez, que as rendas praticadas na região de Lisboa e nas zonas onde fariam sentido estamos presentes são incomportáveis”. Para já importa “consolidar o negócio, apostar forte na internacionalização e na presença em lojas multimarca estrangeiras e continuar a aposta online”. No futuro, “quem sabe uma pop-up store que se enquadre dentro do conceito da marca”, antecipam.
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Rapazes dizem “Yay” a negócio de acessórios para "pequenos fashionistas" “A Yay nasceu para satisfazer rapazes com pinta e pais e mães de rapazes com pinta que não se contentam com a oferta existente”, contam as fundadoras do projeto, Lara Oliveira e Milena Melo, que somam a gestão do guarda-roupa de três rapazes (os filhos), pelo que sentiram “na pele” esta lacuna do mercado e colocaram mãos à obra. Lara Oliveira é jurista, mas sentia vontade de ter o seu próprio negócio voltado para as crianças e desafiou a consultora de tendências e fundadora da We Find, Milena Melo, a embarcar também. Procurar áreas com potencial de negócio está no ADN da We Find, pelo não foi difícil chegarem ambas a um segmento ainda pouco explorado: “No domínio dos acessórios para raparigas há muita oferta, mas para rapazes não. A Yay não é apenas uma marca. É um manifesto. Queremos mais igualdade de oferta, mais estilo, mais atitude e mais rapazes com pinta.” Encontrado o conceito, uma marca de acessórios de moda só para rapazes dos 0 aos 12 anos, as empreendedoras concordaram que inicialmente as vendas seriam sobretudo feitas através de uma loja online, a Yaystore.pt, que materializou o projeto em abril deste ano. Isto “porque a loja online envolve custos mais reduzidos e menos riscos”. Entre as peças desenvolvidas pela YAY encontram-se “golas, lenços, pulseiras, suspensórios, gorros, sapatos, chapéus, bonés, laços, correntes para calças, porta-chaves, tshirts e até xixicapuzes”. Durante meio ano, Lara Oliveira e Milena Melo procuraram fornecedores e costureiras capazes de produzirem a primeira coleção: “Essa tem sido a parte mais complicada de todo o processo porque a oferta é escassa. As empresas estão quase todas no norte
de Portugal, o que implica deslocações constantes, já que há poucos fornecedores com boa informação online sobre o tipo de serviços que prestam. Além disso, as empresas portuguesas trabalham para clientes que exigem grandes quantidades de produto e não estão preparadas para responder às necessidades de pequenos projetos. Essa seria até uma boa oportu-
Fornecer pequenos negócios pode ser uma boa oportunidade para várias indústrias, como a têxtil, por exemplo nidade de negócio, criar empresas mais vocacionadas para trabalhar para clientes com necessidades mais específicas.” Perante esta dificuldade, as donas da Yay optaram por trabalhar com “fornecedores estrangeiros: norte-americanos, ingleses, chineses”, habituados a trabalhar com nichos. “São empresas muito mais oleadas, com propostas competitivas e que percebem que muito peixe pequeno, contado, dá dinheiro. Uma empresa não deve estar apenas dependente de clientes grandes”. “A divulgação passa por uma aposta forte na comunicação em redes sociais, na blogosfera. A imprensa tem acompanhado com interesse a marca e vamos participar em feiras, como é
o caso do Hype Market, a realizar no dia 19 deste mês, em Lisboa,” Se a vantagem de uma morada na Internet é poder chegar a todo o mundo, há que saber nutrir esse universo, já que uma montra online exige uma maior atualização. “Estar online funciona, mas é preciso relembrar as pessoas a toda a hora, de forma apelativa, que o produto existe”. As peças da YAY já chegam a 15 países, sobretudo europeus. As gestoras avançam que terão a marca representada em breve, num espaço físico, no Centro Comercial Miguel Bombarda, no Porto, mas para já excluem a possibilidade de ter uma loja própria. Está também a ser negociada uma possível representação da marca no Líbano, já que foram desafiadas nesse sentido. Em termos de vendas, a Yay está a superar as expetativas das duas empreendedoras: “Ficamos surpreendidos com a procura. As peças estão a vender-se bastante. Por exemplo, as pulseiras vendem-se muito bem, mesmo para bebés. ” Para breve está a coleção outono/ inverno, que, entre outras surpresas, vai disponibilizar “um poncho cheio de estilo”. O objetivo será sempre “provar que vestir little boys pode ser uma tarefa fácil, divertida e compensadora.”
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Toyno: ideias em cartão que reclamam loja própria em 2016
A arte de trabalhar em cartão não é a única que a Toyno domina. Basta uma visita ao website ou às redes sociais da marca para perceber que a comunicação tem o mesmo estatuto para quem trabalha na Toyno. A mensagem para chegar a quem visita a página oficial da marca, bem como as suas moradas no Facebook, Twitter ou Instagram é cuidada, bem-humorada e sedutora. Os promotores da Toyno têm consciência da importância destas montras online e é nelas que assenta o grosso da divulgação do trabalho que fazem. Um exemplo: “Em dezembro de 2011, Donko roubou dezenas de sorrisos à primeira multidão que o conheceu, enquanto ele estava orgulhosamente sentado no topo de uma mesa de café. A Toyno nasceu nesse dia.” É desta forma que a equipa da Toyno explica como nasceu, aludindo ao processo de crowdfunding, que garantiu o capital inicial para lançar a marca e a empresa: cinco mil euros. A marca foi criada “há mais de três anos” e, como explica João Remondes, que entretanto se juntou ao projeto, “a Toyno nasceu entre Lisboa e Berlim pelas mãos e imaginação da Joana Brígido (designer de produto e interiores) e Rui Quinta (brand designer/design thinker)”. A equipa cres-
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ceu e define-se assim, na primeira pessoa do plural: “Nós não somos apenas uma empresa, somos uma equipa de adultos que ainda se comportam como uma criança. Mais ou menos. Através da Toyno e das nossas criações, encontramos uma forma de expressar a nossa infância tardia.” A equipa é composta por “cinco pessoas a trabalhar na comunicação, comercialização e desenvolvimento de produto e criação de espaços culturais e comerciais”.
O Donko parece um brinquedo em forma de burro e é, mas também é uma estante e um objeto decorativo. A família do Donko, a primeira linha de produtos da Toyno (Animals) vai em seis elementos: “Estantes em forma de burro, elefante, crocodilo, girafa e um passareco que alumia o caminho, o Emílio, um candeeiro dos pequenos, daqueles que fazem companhia." Feitos em cartão para serem montados pelo consumidor, podem apelar à tal “criança tardia”, mas também co-
municam design. A marca esclarece: “Não, isto não é para a criançada. É sim para a criança que vive dentro dos adultos. Para os que ainda têm a capacidade de se rir de si mesmos. Os que acham que uma catapulta que serve como arma de arremesso lá no escritório, pode ser uma ferramenta de trabalho. Sim, porque parar de vez em quando diz que faz bem às ideias e sim, não estão a sonhar.” Aliás a Catapulta “é um dos nove produtos da linha Ohno - que veio depois da Animals - e que tem um arrota clips (Burp), um amplificador de som de telemóveis (Boom), um “soluçador” de post-its (Hic), entre outros que deitam a língua de fora à medida que vão enchendo ou que sorriem quando lhes abrem a cabeça!” As criações da Toyno cumprem várias funções, explica João Remondes: “O nosso objetivo é permitir que as pessoas se possam ligar física e emocionalmente aos nossos objetos, criando uma história diferente para cada um. Os produtos da Toyno querem fazer parte da vida dos seus ‘donos’ e não foram feitos para ser um mero objeto que se encosta à parede.” A mensagem, reitera-se, é parte integrante do produto. Tanto que foram em 2013 convidados para conceber uma exposição (Dóing) para o Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva. Para promover o seu trabalho, a Toyno participa regularmente em feiras nacionais e algumas internacionais, mas grande parte da divulgação é feita online. Também costumam ser convidados para apresentar o trabalho em conferências e têm sido alvo de interesse por parte da comunicação
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O desemprego pode transformar-se em… Pêra Doce social, que meios generalistas, que mais especializados (design, decoração, economia e negócios). O online é o suporte de comunicação privilegiado para chegar quer a quem compra pela net, quer aos que compram nas feiras ou em lojas e que vendem os produtos da marca. João Remondes revela que 13% das vendas é feita pela net. No total, “60% das vendas são internacionais, para o Canadá, Bélgica, Holanda, Itália e Alemanha”, adianta. Tal como outros empresários, os responsáveis pela Toyno apontam os custos de envio, como o maior entrave ao comércio online. “Quando a escala é pequena, os custos de envio são muitas vezes incomportáveis”, admite João Remondes, aconselhando as empresas especializadas em fazer chegar as encomendas a “desenvolverem soluções para envios mais pequenos, em especial para fora da Europa”. Os produtos da Toyno podem custar entre os 4,90 e os 39,90 euros. “Em 2014 aumentámos 64% a faturação e até ao final de junho de 2015 crescemos 74% e esperamos aumentar este ritmo até ao final do ano”, diz o gestor. A Toyno que até agora subcontratava a produção, vai arrancar com produção própria no próximo mês de Outubro. Outro desafio é o de abrir loja própria, avança João Remondes: “É um dos grande objetivos de 2016, ter uma loja própria em Lisboa.” O gestor indica ainda que estão “a trabalhar em novos produtos”, que contam “lançar ainda este ano”. Sem avançar detalhes, informa também que na calha estão novas exposições interativas, já em preparação.
Maria Bernardes e Sónia Rochette, “amigas de longa data”, viram-se desempregadas e sentiam “muita vontade de fazer algo por conta própria que fosse dedicado às crianças”. Já “com muitas ideias, mas sem nada muito definido” decidiram fazer um curso de costura criativa. O projeto final de curso foi uma mochila, que desencadeou em 2013 a criação da marca Pêra Doce : “A partir daí, criámos um modelo próprio e começámos a Pêra Doce com mochilas. Ao longo do tempo, fomos criando outros produtos, tais como lancheiras, sacos de maternidade, entre outros.” Aliam produtos práticos à originalidade e à conjugação de padrões diferentes. “As nossas mochilas tem como imagem de marca a ganga nas costas e alças e depois temos muito cuidado na escolha dos tecidos e na sua conjugação, sempre tudo feito com amor e dedicação”, garantem. A divulgação e o grosso das vendas sustenta-se no online. A Pêra Doce está no Facebook, no Instagram, participa em feiras e "pisca o olho" à blogosfera. “Temos tido algumas blogueres que gostam dos nossos produtos e que publicam, o que nos dá maior visibilidade e público. Também temos participado em algumas feiras, que também nos trouxe mais visibilidade e reconhecimento da marca.” As responsáveis da Pêra Doce revelam que 90% das vendas provêm do online e os restantes 10% das feiras. Além de Portugal, já conquistaram consumidores noutras paragens: “15% são vendas para fora de Portugal e na grande maioria para Espanha, mas já vendemos para Macau, Bélgica e França.” Além dos elevados custos de envio, Maria Bernardes e Sónia Rochette apontam a segurança como um fator crítico no que diz respeito ao comércio online; pelo que recomendam a
criação de “um serviço especial com garantia de entrega em países como o Brasil, onde as coisas não chegam pois são desviadas na alfândega”. O intervalo de preços das peças da marca vai dos 10 aos 42,50 euros. No ano passado, a faturação foi de 30 mil euros e este ano esperam alcançar os 40 mil euros. Abrir loja própria está, por enquanto, fora de questão, já que consideram que “os custos de uma loja própria são muito elevados”, no entanto gostariam de ter um showroom para expor os produtos. A marca, alicerçada no universo têxtil, está sempre a criar novos pradrões, e lançaram recentemente um novo produto, “as lancheiras”. Este mês chegam “as mochilas para troley para o regresso às aulas”.
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Zona Franca da Madeira:
a continuidade assegurada
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Zona Franca da Madeira, ou Centro Internacional de Negócios da Madeira, desde a sua génese, nos anos 80, tem vindo a afirmar-se, no plano internacional, como um palco de atração de investimento estrangeiro e, internamente, como um instrumento valioso para a internacionalização das empresas portuguesas. Assim sendo, a sua manutenção e, sobretudo, o reforço na aposta dos benefícios apresentados, impunham-se como resposta ao aumento da procura e desenvolvimento desta praça. Neste sentido, e após “ponderação, análise e negociação junto da Comissão Europeia”, foi recentemente estabelecido o IV Regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira através da Lei n.º 64/2015 de 1 de julho, publicada ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 651/2014, da Comissão, de 16 de junho de 2014 (que declara certas categorias de auxílio compatíveis com o mercado interno). De acordo com este novo regime, as sociedades licenciadas para operar no âmbito do Centro Internacional de Negócios da Madeira até 31 de dezembro de 2020 poderão beneficiar até 31 de dezembro de 2027 da aplicação de uma taxa reduzida de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) de 5%. Tal como no regime anterior, cujo período de licenciamento havia terminado a 31 de dezembro de 2014 (com benefícios atribuídos até ao final de 2020), o acesso a este regime é dirigido a um conjunto específico de atividades, das quais se excluem as atividades intragrupo, financeiras 46 act ualidad€
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e de seguros, bem como, agora, as atividades dos setores siderúrgico, construção naval, agricultura e pesca, entre outras. Para aceder a estes benefícios será necessário, em todo o caso, dar cumprimento a determinados requisitos de elegibilidade, nomeadamente a criação de, pelo menos, um posto de trabalho nos primeiros seis meses de atividade e a realização de um investimento mínimo de 75 mil euros nos primeiros dois anos de atividade (investimento que poderá ser dispensado se forem criados seis postos de trabalho nos primeiros dois anos de atividade). As entidades que pretendem beneficiar deste regime ficam ainda sujeitas à limitação do benefício a conceder, através da aplicação de plafonds máximos à matéria coletável a que é aplicável a taxa reduzida, estabelecidos em função do número de postos de trabalho criados e que variam entre 2,73 milhões de euros (se criados menos de três postos de trabalho) e 205,5 milhões de euros (se criados mais de 100 postos de trabalho), estando os benefícios fiscais agora também limitados a tetos máximos, que serão configuráveis em função da realidade de cada sociedade. O grande passo evolutivo deste novo regime, e uma das suas características dominantes, é a possibilidade de isenção de tributação sobre dividendos distribuídos e juros pagos aos respetivos sócios e acionistas, quer sejam pessoas coletivas ou singulares, sem limites temporais ou de percentagem de detenção, desde que estes não sejam residentes em Portugal ou em paraísos fiscais e o
Por Manuel de Freitas Pita* rendimento objeto da distribuição não tenha tido proveniência nestas praças. É de salientar também que o novo regime publicado mantém as isenções de retenção na fonte no pagamento de juros de empréstimos, royalties e serviços com as mesmas condicionantes previstas no regime anterior; todavia, estabelece-se agora que as atuais isenções em imposto do selo, imposto municipal sobre imóveis (IMI), imposto sobre a transmissão de imóveis (IMT) e derramas ficam sujeitas a uma limitação de 80%. As sociedades licenciadas até 31 de dezembro de 2014 poderão usufruir dos benefícios inerentes ao anterior regime até 31 de dezembro de 2020, podendo, contudo, mediante o cumprimento dos requisitos necessários, beneficiar desde já deste novo regime, se assim entenderem ser mais vantajoso. Desde o final de 2014, urgia dar continuidade ao regime da Zona Franca da Madeira, que, pela sua credibilidade e competitividade, se afirma como um dos mecanismos de investimento mais atrativos no seio da União Europeia. O novo regime agora instituído, embora peque pela demora, veio conferir à Zona Franca da Madeira uma continuidade robustecida através da restituição de alguns dos benefícios perdidos no passado (caso dos benefícios dos sócios) e da garantia de um quadro legal estável – com a duração de 12 anos –, razões suficientes para que esta praça mereça uma atenção especial dos investidores. * Advogado da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados E-mail: manuelfpita@mlgts.pt
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
ADVOCACIA E FISCALIDADE
RFF lança segundo volume da “Legislação Fiscal Angolana” Os advogados Rogério M. Fernandes Ferreira, Marta Machado de Almeida e Sérgio Brigas Afonso são os autores da nova obra “Legislação Fiscal Angolana - Volume II”, que decorre de uma parceria entre a RFF & Associados e a Editora Vida Económica. O volume I contém a legislação fiscal geral resultante da reforma fiscal angolana, enquanto este segundo volume da “Legislação Fiscal Angolana” incide sobre a legisla-
ção aduaneira. guida, pelo terceiro A obra inclui um resumo dos seguintes ano consecutivo, diplomas: Regime Aduaneiro de Angola no primeiro lugar (Código Aduaneiro - Decreto-Lei n.º 5/06, da área fiscal (“Tax”) de 4 de outubro alterado pelo Decreto Le- pelo prestigiado diretório britânico londrino gislativo Presidencial n.º 10/13, de 22 de “The Legal 500”. novembro) e Pauta Aduaneira dos Direitos Rogério M. Fernandes Ferreira foi nomeado, de Importação e Exportação e Decreto Le- uma vez mais, “Tax Leading Lawyer 2015” gislativo Presidencial n.º 10/13. e Marta Machado de Almeida foi distinguida Entretanto, a RFF & Associados foi distin- como “recommended lawyer 2015”.
TSDACC|LeggiTeam com novo site A sociedade de advogados TSDACC | Le- uma abordagem simples e abrangente. Além de notícias e publicações recentes, ggiTeam assinalou os seus 26 anos de o renovado site da TSDACC|LeggiTeam atividade com o relançamento do seu site, Leggiteam.pt. inclui ainda artigos temáticos, indicadoNo seu site institucional, a sociedade res económicos, tendências e outras de advocacia disponibiliza a informação informações úteis sobre os mercados mais relevante para as várias áreas em nacionais e internacionais. que atua. O objetivo, segundo o escri- “Orientada para a advocacia de matriz tório, é oferecer um novo ponto de con- económica, a TSDACC|LeggiTeam investacto e um agregador de conteúdos aos te permanentemente no conhecimento atuais e potenciais clientes, privilegiando das atividades e mercados em que os
seus clientes atuam, fomentando com eles verdadeiras relações de parceria”, afiança aquela sociedade. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
Em trânsito: » A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva &
Associados (MLGTS) elegeu Ana Monjardino, lsabel Santos Fidalgo e Rita Ferreira Vicente (fotos ao lado, pela mesma ordem) como sócias contratadas. Ana Monjardino colabora com a MLGTS desde 2001, integrando a equipa de direito bancário e financeiro. Desde 1996, que a advogada tem vindo a participar em concursos públicos internacionais, incluindo privatizações e em diversos tipos de operações na área de project finance. Isabel Santos Fidalgo, por seu lado, colabora com a sociedade desde 2006, na área de direito fiscal. Presta serviços na área do contencioso fiscal e da consultoria e planeamento fiscal. Tem participado nas mais relevantes operações de reorganização societária ocorridas em território nacional. Finalmente, Rita Ferreira Vicente integra a equipa de imobiliário da sociedade desde 2001. Entre outras
funções, colabora igualmente com a equipa Africa Team, estrutura interna da sociedade vocacionada para garantir um acompanhamento personalizado dos clientes em jurisdições dos PALOP.
» António Gaspar Schwalbach é o novo reforço da
equipa de fiscal da Telles de Abreu, liderada pelo sócio Miguel Torres. O fiscalista transita da ABBC, tendo anteriormente passado pela consultora Deloitte e pela MAG & Associados. Setembro de 2015
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fazer bem Hacer bien
Meliá y Endesa quieren hoteles con energía eléctrica 100% renovable E ndesa y Meliá han ampliado hasta diciembre de 2016 el acuerdo de colaboración firmado el pasado año por el cual, todos los hoteles y sedes corporativas de España funcionan ya con energía eléctrica de origen 100% renovable. La compañía eléc-
trica abastece en el marco de esta colaboración 204 puntos de suministro, con un consumo total anual de más de 200 GWh. Como explica Gabriel Escarrer, Vicepresidente y Consejero Delegado de Meliá Hotels International: “los hoteles de Meliá tienen un claro compromiso con el medio ambiente y el turismo responsable, y gracias a socios como Endesa, que comparte este compromiso, podemos hacer un balance extraordinario del acuerdo firmado el pasado año, y extender nuestra colaboración hacia el futuro”. La ampliación del acuerdo representa un paso más en el impulso a la
eficiencia energética en la actividad hotelera y turística, con la que ambas empresas están comprometidas; Endesa mantiene así una presencia destacada en los principales marcos de referencia sobre gestión sostenible como el Dow Jones Sustainability Índex, Euronext Vigeo y en el prestigioso Carbon Disclosure Project. Meliá es la primera hotelera inscrita en el Registro de Huella de Carbono del Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente, y mantiene un intenso programa de reducción de emisiones y gestión medioambiental.
“La Caixa” destina más de 3,5 millones a paliar situaciones de pobreza en España L a Obra Social “La Caixa” ha concedido ayudas por valor de 3.535.900 euros a 167 proyectos de toda España destinados a la inclusión social de personas en situación de pobreza o exclusión social, mediante programas dirigidos a facilitar su desarrollo integral, potenciar sus capacidades y favorecer la igualdad de oportunidades. Esta aportación corresponde a la tercera convocatoria 2015 del Programa de Ayudas a Proyectos de Iniciativas Sociales que impulsa anualmente la Obra Social “la Caixa” y que este año prevé destinar más de 17 millones de euros a las siete convocatorias en que se diversifica. El objetivo del programa es ofrecer oportunidades a los colectivos en situación de vulnerabilidad social. Todas aquellas organizaciones sin ánimo de lucro que trabajan en pro de estos colectivos en riesgo de exclusión pueden
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acceder a dicho programa. Cerca de 77.500 personas de toda España en situación de pobreza serán las beneficiarias directas de la convocatoria de Lucha contra la pobreza y la exclusión social 2015. La finalidad de esta convocatoria es dar apoyo a las organizaciones no lucrativas que desarrollan proyectos dirigidos a la atención y acompañamiento psicosocial (71); al desarrollo social y educativo de niños en situación de pobreza y sus familias (52); a cubrir las necesidades básicas (35), y a paliar nuevas situaciones de pobreza y de exclusión social (9). En total son 167 proyectos que fueron seleccionados
entre los 679 presentados. A la hora de seleccionar los proyectos se ha tenido en cuenta que trabajen las capacidades de las personas a través de actividades de tipo promocional (adquisición de responsabilidades, participación en procesos, acompañamiento de nuevos casos, etc.), y los proyectos que favorezcan el fortalecimiento y creación de redes de apoyo familiar y social con su comunidad.
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setor imobiliário
sector inmobiliario
Doinn, la plataforma que facilita el alquiler de apartamentos turísticos
La empresa ofrece servicios profesionales de limpieza, check-in y reparación, entre otros. Creada recientemente por un matrimonio ibérico, ha lanzado su producto en el mercado de alojamiento local en Lisboa, Cascais, Sintra y Setúbal. Ya están pensando en España, inicialmente Madrid y Barcelona, aunque irán creciendo según se consolide el negocio. El primer objetivo es lograr que el alojamiento local en Portugal sea de primerísima calidad.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
uno Rodrigues, portugués, y Nueva York, Toronto, Sídney, Singapur los dueños, era todo muy poco profeNoelia Novella, española, de- y Auckland. En todas ellas se alojaron sional”, relata Noelia. Se dieron cuenta cidieron hace dos años recorrer en apartamentos de Airbnb, entre dos que había una laguna en el mercado en el mundo con sus pequeños y tres semanas, y analizaron el merca- los servicios que se ofrecen a los huésNoah y Naomi, por entonces do de trabajo, el sistema educativo y el pedes, en la calidad de la limpieza y en con edades de 30 y 9 meses, a los que sanitario. De todos los países visitados, la hospitalidad a la llegada de los aparles gusta llamar “mini Ns”. Con 15 años creen que Nueva Zelanda es el que se tamentos. Tal y como subraya Nuno, de experiencia en desarrollo de negocio encaja mejor con sus personalidades y los huéspedes de alojamiento local son (Noelia) y sistemas informáticos (Nuno) a medio-largo plazo, es donde esperan igual de exigentes que los de los hoteles, que “quieren apartamentos limpios, quisieron conocer otras culturas fue- poder vivir. ra de Europa buscando el país idóneo Durante esa experiencia “nos sorpren- bien presentados y con una persona que para vivir con niños. Fueron seis meses dió que no existe casi nada asociado a les reciba cordialmente”. Al regresar a Lisboa emprenden un viajando por 11 ciudades, entre ellas los apartamentos. Nunca nos recibían
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sector inmobiliario
setor imobiliário
nuevo proyecto con el que esperan un día poder instalarse en Nueva Zelanda. Crean una startup, Doinn, una plataforma digital sencilla que por primera vez junta todos los servicios para anfitriones con alojamientos locales, y se presentan al Lisbon Challenge, un acelerador de startups en Portugal. Fueron uno de los 22 negocios elegidos entre 500 para este programa y el resultado ha sido muy bueno. “Somos los primeros en el mercado en hacer esto, es algo muy nuevo, y ni es fácil”, reconoce Noelia, pero han tenido la oportunidad de hacer muchos contactos y de hablar con mentores que son los mejores especialistas del mundo de los emprendedores. Gracias a este programa viajaron a Londres, donde visitaron Gocardless, Facebook, Tripadvisor y Paypal y varias sonal siempre disponible”, resaltan. El de los gastos, “lo cual sería una muy incubadoras de startups y presentaron objetivo es lograr que “el alojamiento buena ayuda en este arranque”. Doinn en Google Campus. Después, local en Portugal sea espectacular”, en San Francisco, visitaron Google, puntualiza Noelia. Los servicios que Precios competitivos AIrbnb, Yo y YCombinator (acelerador ofrecen no tienen límite. “ReparacioA través de esta plataforma, el propiede startups, entre ellas AIrbnb y Drop- nes, traslado al aeropuerto, tours por la tario de un apartamento puede contrabox). Quedaron dentro del top 10 del ciudad, cuidado de niños… Hay per- tar el servicio de check-in por 12 euros. Lisbon Challenge y ha sido considerada sonas que antes de viajar quieren tener Los valores por la limpieza varían en una de las 10 empresas de turismo a te- todo muy bien organizado y contratan función del tamaño de la casa, desde 18 ner en cuenta en el año 2015. muchos servicios”. euros si es un estudio hasta los 41 euros si tiene cuatro habitaciones. También Desarrollo del negocio ofrecen el servicio de toallas, sábanas, “Oficialmente existen alrededor de lavandería, artículos de higiene persoDoinn quedó 20.000 alojamientos locales en Portunal y la recogida de llaves. elegida dentro gal pero el número real es bien supeNoelia y Nuno creen que poco a poco rior”, reconoce Noelia. Esta realidad se van a ir legalizando los apartamentos del top 10 del ofrece grandes perspectivas de negocio en Portugal, ya que cada vez se están Lisbon Challenge, para Doinn, teniendo en cuenta que la vigilando más estos negocios. “Por ello, empresa Airbnb mueve 95 billones de cuantos más gastos tengas en relación a el acelerador de euros al año en acomodación. “Nosola gestión de tu apartamento, mejor a la startups de Portugal hora de hacer cuentas con las finanzas”. tros nos dedicamos a los servicios paralelos del alojamiento y trabajamos para Por su parte ponen todo tipo de facilicualquier plataforma de alquiler o de dades a sus clientes. Se puede pagar a intercambio”, aclaran los fundadores Doinn ha lanzado su producto en través del sistema PayPal y la comunide Doinn. La persona que se aloja en el mercado de alojamiento local en cación es a través de email y sms. Una un apartamento se gasta por noche, de Lisboa, Cascais, Sintra y Setúbal. “Ya vez creado el perfil en la plataforma, media, 25 dólares, y para el resto de estamos pensando en Algarve, Oporto, contratas un servicio utilizando apenas gastos destina 104 dólares. Madrid y Barcelona. Iremos yendo a dos botones. Nuno y Noelia han creado una co- más países según tengamos los recur- “Con nuestra tecnología logramos traer munidad de alojamiento para que el sos humanos”, explican los fundadores lo mejor de dos mundos: el encanto del dueño de la casa sea más profesional, del negocio. De momento están traba- alojamiento local y los servicios sumisobre todo en la limpieza y el recibi- jando en el proyecto siete personas. Se nistrados por las empresas que sirven miento. “Tenemos una plataforma han presentado al programa de ayudas hoteles de cinco estrellas”, resalta Noelia tecnológica que nos permite tener per- Portugal 20+20, que financian un 45% Novella. Setembro de 2015
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setor imobiliário
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La banca española se quedó con 36.519 casas en 2014 L os bancos se quedaron con 36.519 viviendas habituales de particulares que no pudieron hacer frente a los pagos en 2014, lo que supone un 5,6% más que en 2013, según la estadística que ofrece el Banco de España. Esta cifra representa el 78,3% del total de las entregas de viviendas a las entidades financieras. Teniendo en cuenta también el resto de las viviendas, las segundas residencias y las destinadas al alquiler, la cifra se eleva a 46.591 viviendas, un 3,1% más. El BE remarca que se trata del 0,6% de las hipotecas vivas. No obstante, el Banco de Espa-
ña contextualiza que el número de entrega de viviendas al banco supuso en 2014 un 0,7% de las hipotecas vivas a hogares para la adquisición de casa, y el 0,6% para vivienda habitual. Se produjeron hasta 22.287 entregas voluntarias (+4,3%), lo que supone el 47,8% del total y más de la mitad (53,1%) en el caso de la vivienda habitual. Dentro de estas entregas voluntarias, la estadística recoge un incremento de las daciones en pago del 2,7%, hasta las 18.483, un 39,7% del total. En este caso, las daciones en pago que afectan a viviendas habituales supusieron el 45,2%.
Hard Rock Café expande sus negocios L a compañía está dispuesta a invertir en nuevos proyectos con recursos propios, básicamente en la extensión de su cadena de hoteles, y en el casino del complejo BCN World, en Tarragona. La compañía sigue interesada en disponer de establecimientos de la cadena hotelera en Madrid y en Barcelona, pero siempre busca las mejores ubicaciones y, a ser posible, edificios emblemáticos. Ibiza ha sido el primer lugar de Europa donde ha abierto un hotel con su insignia, de la mano de la cadena Palladium Hotel Group -de la familia Matutes- y repetirá la experiencia con el mismo socio en la soleada costa sur de Tenerife, cerca de Adeje, con otro establecimiento que prevé abrir en 2016.
WPP con nuevo Pisosdebancos.com, el portal centro en Madrid de inmuebles de los bancos
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l grupo británico WPP, especializado en comunicación y publicidad, unificará todas sus dependencias en España para crear un nuevo cuartel general en la calle Ríos Rosas de Madrid. Para ello, ha adquirido la que fuera sede de Telefónica, un edificio de 36.000 metros cuadrados, por 150 millones de euros. WPP realizará una obra de rehabilitación en profundidad para realizar una sede corporativa que incluya la llegada de 2.500 empleados. Los planes son los de crear un “edificio verde”, ganando eficiencia tanto en costes como en energía. Teniendo en cuenta la envergadura de su nuevo centro de operaciones, supondrá un cambio en el barrio, dotando al edificio de un diseño a su gusto.
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l emprendedor catalán Alejandro Melero ha puesto en marcha el primer portal español de pisos de banca en exclusiva, pisosodebancos.com, donde aúna toda la oferta inmobiliaria de los bancos, para la venta y para el alquiler. La plataforma cuenta con una carteta de 50.000 inmuebles y las previsiones para este año son las de disponer de ocho entidades bancarias en la plataforma, la cual cuenta con un funcionamiento sencillo e intuitivo. Es posible realizar búsquedas por tipo de inmueble, localidad y régimen de alquiler o venta. Este nuevo portal inmobiliario cuenta con el apoyo empresarial del grupo de publicidad Kontactalia y G4T, dos compañías ya consolidadas, con sede en Barcelona y con experiencia de 25 años en el sector inmobliario, bancario y ventas online. Tal y como explica el propio Alejandro
Melero, “hasta la fecha no existía una oferta unificada de pisos provenientes de bancos. Cada entidad dispone de su propio portal o existen algunas webs con inmuebles de diferentes zonas”. El objetivo del nuevo portal es que “el usuario encuentre todos los pisos que disponen las entidades bancarias en sus catálogos, sin necesidad de dirigirse a diferentes plataformas. La idea es unificar la oferta”.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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Vinhos & Gourmet
vinos & Gourmet
“Baga Bairrada”, o branding ao serviço da região que mais produz espumante em Portugal A Comissão Vitivinícola da Bairrada apostou na criação de uma marca regional para promover em Portugal e no mundo o espumante produzido a partir da casta Baga. O objetivo é desenvolver a região e atingir um milhão de garrafas em vendas em 2018.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
rança soube prestigiar a região de Champanhe, onde reinam as castas pinot noir, pinot meunier e chardonnay, e Espanha fez do cava uma das bandeiras da Catalunha. Portugal, que produz vinho espumante sobretudo nas regiões da Bairrada e do Douro (Távora-Varosa, em Lamego), acaba de criar a primeira marca regional de espumante, a Baga Bairrada. A Bairrada produz espumantes há 125 anos e assina atualmente 65% da produção nacional, pelo que os espumantes assumem uma relevante importância económica para a região. Neste contexto, a Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) entendeu que era importante criar uma marca que “estabelece um standard coletivo para um espumante feito a partir da casta bandeira da região, a Baga”. O projeto ‘Baga Bairrada’ assenta no lema “Uma Região. Uma Casta. Um Espumante: Baga Bairrada”. Trata-se de “uma nova categoria para um produto distinto, com regras de produção e identidade gráfica próprias,
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criada para melhor promover e vender a região e os seus vinhos em Portugal e no Mundo”. A CVB sublinha que “a Baga é um património inquestionável, que tem que ser preservado e potenciado” e observa que “nos últimos 8 a 10 anos os espumantes varietais de Baga têm ganho adeptos na produção, mas também junto da crítica especializada e do consumidor, que lhe atribuem uma conotação extremamente positiva”. O projeto “Baga Bairrada” é “aberto a todos os produtores da região”, já que “a CVB pretende assim sinalizar, demarcar e autenticar a casta Baga como variedade típica (e predominante) da Bairrada, valorizando a casta, a região vitivinícola, e gerando notoriedade para o grande fator diferenciador: a Bairrada como região com massa crítica suficiente para fazer espumantes brancos de uma casta tinta”. No entanto, a CVB esclarece que a regulamentação desta nova categoria contempla brancos, rosados e tintos, mas o objetivo principal é “assegurar um denominador comum e estilo que faça crescer os espumantes ‘Blanc de Noirs Baga Bairrada’, em particular nos mercados de exportação, onde o espumante português ainda tem dificuldades em afirmar as suas especificidades”. Pedro Soares, presidente da CVB, informa que este ano prevêem “a comercialização de 250.000 garrafas de espumantes ‘Baga Bair-
rada’”, acreditando que é possível “aumentar para um milhão já em 2018”. Assim, “o objetivo é que esta nova categoria de produto ocupe uma quota de mercado de mais de 10%, analisando o universo de espumantes produzidos em Portugal, número que atualmente atinge as onze milhões de garrafas”, afirma. Há adegas como a Caves Montanha, a Caves Primavera e o produtor Luís Pato, que “aderiram desde a primeira hora a esta iniciativa da região”, tendo já a estagiar os seus espumantes ‘Baga Bairrada’. A CVB quer atrair novos players, confiante de que “o projeto ‘Baga Bairrada’ é um importante passo para a região, ao incrementar a certificação dos espumantes, aumentando assim o número de garrafas com o selo ‘Denominação de Origem (D.O.) Bairrada’”. Atualmente, “na região produzem-se cerca de oito milhões de garrafas, o que corresponde a 65% da produção nacional, sendo que apenas 1,5 milhões são certificadas; muitas das restantes são de empresas que ali vão espumantizar os seus vinhos, produzidos com uvas de fora da região, o que não será viável ao aderirem ao cluster ‘Baga Bairrada’”, esclarece o comunicado da CVB. Pedro Soares não tem dúvidas de que “é preciso categorizar a região da Bairrada para a destacar e vender, não só lá fora, mas também dentro de portas. E isso poderá fazer-se através da Baga, a casta rainha da região e uma das que mais expressão tem ganho nos últimos anos na produção de espumante na Bairrada. O projeto ‘Baga Bairrada’ é uma das ferramentas para esse caminho”.
vinos & Gourmet
Lavradores de Feitoria lança trilogia de vinhos: branco, rosé e tinto C hama-se Lavradores de Feitoria e é mais uma proposta da empresa duriense com o mesmo nome, que disponibiliza um branco, um tinto e um rosé: “três DOC Douro descomplicados e com uma excelente relação de preço-qualidade”.
O Lavradores de Feitoria tinto 2013, no mercado desde o primeiro trimestre, mantém o perfil da colheita anterior, que ganhou um Ouro no International Wine Challenge e acaba de ser eleito pela “Wine Spectator” como um dos “Vinhos Recomendados de Portugal (assim como o branco desta mesma gama), ao lado de vinhos 10 e 16 vezes mais caros”. Lançado pela primeira vez em 2001, este vinho “sem recurso a madeira, é um tinto elegantemente afinado na conjugação de quatro castas rainhas no Douro: Touriga Franca (50%), Tinta Roriz (30%), Touriga Nacional (10%) e Tinta Barroca (10%)”. A empresa anota que se trata de um vinho “de cor vermelho rubi, é muito jovem e exuberante”, de nariz “bastante frutado, enaltecendo os aromas de amora silvestre e ameixa preta maduras, típicas da região” e “suave e elegante na boca”, com “uma acidez
equilibrada, boa presença de fruta, taninos macios e um final fino e muito saboroso”. O ‘Lavradores de Feitoria branco’ “é um vinho jovem, fresco, bastante frutado e com boa densidade aromática”, feito de Malvasia Fina, Síria e Gouveio. Um branco “de cor palha limão e aroma de fruta fresca a lembrar ameixa branca e melão”. Os produtores sublinham que “a frescura se mantém na boca, que é simultaneamente mineral e muito suave” e que a acidez é “equilibrada”. Por sua vez, o ‘Lavradores de Feitoria rosé’, lançado há três anos, tem na colheita de 2014, que acaba de chegar ao mercado, um vinho “na linha do antecessor, embora com uma presença mais acentuada de Touriga Franca, que juntamente com a Touriga Nacional compõe o lote deste néctar de cor salmonada”. Neste rosé “bastante gastronómico”, é de assinalar “a frescura e a presença de fruta vermelha do tipo cereja, quer no aroma, quer na boca, onde também se encontram nuances citrinas”. Possui também “uma boa acidez e um volume de boca muito envolvente, fresco e seco”. A Lavradores de Feitoria recomenda um PVP de 3,99 euros para cada um destes vinhos. Recorde-se que a empresa foi criada no início do milénio, unindo 15 produtores, proprietários de 18 quintas distribuídas pelas três subregiões do Douro Vinhateiro: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.
Vinhos & Gourmet
Futuro dos vinhos portugueses faz capa da “Wine Spectator” “T he Future of Portugal” foi tema de capa da edição lançada a 31 de julho da prestigiada revista de vinhos norte americana “Wine Spectator”. O artigo classifica Portugal como “um dos mais dinâmicos países produtores de vinho do mundo atualmente”, misturando “tradição e modernidade” bem como “uma notável variedade de castas, terroirs e cultura vínica”. A publicação observa que “a histórica nação viticultora e vinicultora atravessa uma mudança” visível na “renovação das quintas e na nova geração de produtores que competem e colaboram numa vertiginosa seleção de terroirs , castas e técnicas de vinificação”. Para a “Wine Spectator”, Portugal oferece muito mais do que o reputado vinho do Porto, nomeadamente “vinhos de mesa tintos refinados e brancos bem focados e feitos de castas autóctones, que começam a ganhar um lugar no palco mundial”. A acompanhar o artigo, que faz capa com uma foto de um barco rabelo na foz do rio Douro, com o Porto como cenário, Kim Marcus, editor executivo e um wine taster profundamente conhecedor dos vinhos portugueses, disponibiliza a sua seleção de “Vinhos Recomendados de Portugal”. A lista de 80 referências integra 28 tintos, 23 brancos e 29 vinhos do Porto e da Madeira.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR Setembro de 2015
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desporto deporte
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Antonio de la Rosa une Madrid con Lisboa navegando por el Tajo en paddle surf El deportista extremo español ha sido la primera persona en recorrer 911 kilómetros por el río Tajo y sus afluentes Jarama y Lozoya subido a una tabla de paddle surf. Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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ntonio de la Rosa es un hombre de retos y grandes desafíos a quien le gusta conseguir metas nunca realizadas. Unir Madrid y Lisboa, en paddle surf por el Tajo ha sido su última hazaña. Comenzó su viaje el pasado miércoles 29 de julio su reto desde Buitrago de Lozoya, en la Sierra Norte de la Comunidad Madrid. Por delante tenía 911 kilómetros para recorrer en paddle surf los ríos Lozoya, Jarama y Tajo, antes de llegar a Lisboa, el domingo 16 de agosto. El aventurero necesitó un total de 19 jornadas, una más de las previstas, para unir las dos capitales ibéricas pasando por pueblos y ciudades de las comunidades autónomas españolas de Madrid, Castilla la Mancha y Extremadura, y disfrutar de la región del Alentejo y de Lisboa en sus etapas portuguesas. “La travesía ha sido más dura de lo que pensaba, me he encontrado muchas dificultades”, explica el deportista. “Sobre todo al comienzo, en el Jarama, mucha acumulación de ramas, desperdicios”, añade. Sabía que al navegar en la época más seca del año el caudal estaría más bajo pero se ha sorprendido con el estado del río. Eso sí, al llegar a la parte de Portugal, todo cambió, “he encontrado lugares estupendos, muy bien cuidados, debo felicitar a los portugueses”, comenta Antonio de la Rosa. Remó una media de 10 horas diarias y se tuvo que enfrentar a días con rachas de viento muy fuertes, sobre todo en Portugal. Tuvo jornadas duras por el calor, sobre todo en la zona de Extremadura, llegando a registrar cerca de 50 grados. El paddle surf es un deporte acuático donde quien lo practica va de pie en una plancha y usa un remo para moverse a través del agua. “Aunque parece incómodo no lo es, vas de pie, mueves muchas partes del cuerpo aunque sí te cansas las manos”, matiza. 60 kilómetros al día En su plan inicial tenía previsto una jornada de descanso en Talavera de la Reina pero se la tuvo que saltar para po-
deporte
desporto
muchos pescadores. “Uno de los objetivos del viaje era comunicarlo y ha funcionado, tenía mucha gente pendiente compaginó esa pasión con la profesión de mis pasos”, subraya. Llevaba con él de Bombero, en Madrid, que dejó a un un kit de emergencia, con ropa de abri- lado en 2003 para poder dedicarse a su go, comida para 24 horas y un pequeño empresa Meridiano Raid, de actividasaco para dormir, en caso de necesidad. des de ocio en plena naturaleza. Desde Su novia Cintia conducía un coche de 1996 es competidor de elite y extremos, asistencia (con una cama) “y pude siem- ocupando importantes lugares en campre descansar bien”. Incluso tres noches peonatos del mundo.
Fotos Abraham Castillo y Alfonso Dors
Fotos Nacho Cembellin
Su nombre comenzó a ser especialmente referido hace menos de un año, a finales de 2014, cuando ganó la Rames Guyane, el Everest de las rutas transoceánicas. Se trata de una pudo dormir en hotel. competición realizada en barco a remo, Satisfecho por un nuevo reto cruzando el océano Atlántico desde Seconseguido, Antonio de la Rosa negal hasta la Guayana Francesa (4.700 pide a la población, tanto espa- kilómetros). Subido en una embarcañola como portuguesa, que cuide ción de ocho metros de eslora y 1,60 de más el río, y que le demos más va- ancho, la misma para todos los particilor. Y muy agradecido se muestra pantes, Antonio de la Rosa pasó 64 días, der recuperar el tiempo perdido por los con su patrocinador, la Comunidad de tres horas y 30 minutos remando, en imprevistos. “Cada día remaba entre 50 Madrid, así como con el apoyo recibido solitario, sin tener conocimientos may 60 kilómetros pero en el Jarama, a pe- desde Turismo de Lisboa, del Alentejo y rítimos previos. Fue el primer español sar de remar 12 horas, solo logré avanzar de Portugal. en participar en esta prueba y lo hizo 25 kilómetros por causa de los obstácumeses después de completar la ruta Idilos”, explica De la Rosa. Rames Guyane 2014 tarod en Alaska con esquís de fondo A pesar de ser un viaje en solitario ha A sus 46 años Antonio de la Rosa andando más de 1.700 quilómetros en contado con la compañía, en algunos cuenta con una apasionante trayectoria 42 días, también sin ninguna compañía. tramos, de grupos de piragüistas y de deportiva. Natural de Valladolid, des- En el 2014 fue nombrado embajador gente de remo así como con el apoyo de de los 13 años practica remo y es un del turismo activo y naturaleza de la gran amante de los deportes de Comunidad de Madrid. riesgo. Durante muchos años Acabado su último reto, la citada travesía ibérica en paddle surf, Antonio de la Rosa ya piensa en el
siguiente, para 2016. Quiere llegar hasta los dos Polos y ser el primer hombre en conseguirlo en un mismo año. En su viaje al Polo Norte usará un kayak de material portugués, realizada por la empresa Sipre Kayaks. Setembro de 2015
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Seat Ibiza
Mais tecnológio e seguro A Seat renovou a sua gama Ibiza, tornando-o um veículo mais eficiente e carregado de inovações tecnológicas mas mantendo o seu design emocionante e dinâmico. Chega no final deste verão aos concessionários portugueses.
C
Fotos DR
om 30 anos de mercado e cinco milhões de unidades vendidas, o novo Seat Ibiza aparece renovado, mais eficiente e com mais inovações tecnológicas. O design exterior do Ibiza de cinco portas, de três portas ou SC Sport Coupé e da carrinha mantém-se, tendo sido apenas aplicado um restyling nas óticas dianteiras e traseiras com a aplicação de luzes de dia em LED e no design das jantes de 16 e de 17 polegadas, bem como a aplicação de novas cores – cinzento moonstone e vermelho chilli. 58 act ualidad€
Setembro de 2015
No interior também foram efetuadas alterações, principalmente tecnológicas, preparando-o para uma utilização mais sofisticada. A conetividade é um fator fundamental no mundo atual e foi nesse sentido a aposta da Seat. O Ibiza recorre à segunda geração do seu sistema de Infotainment EasyConnect. Os novos Media Systemplus e NaviSystem podem ver ativadas as funções MirrorLink, que garantem a integração perfeita do smartphone com o sistema do automóvel. O sistema MirrorLink permite explorar as funcionalidades do telefone e de um largo leque de aplicações. Aproveitando esta versatilidade de ligações, a SEAT criou a
sua própria App designada por SEAT DriveApp que permite conetar quase todos os dispositivos móveis utilizados. No capítulo da segurança, foram introduzidos novos dispositivos, como o novo sistema de deteção de fadiga que reconhece a diminuição na concentração do condutor com base nos movimentos
sector automóvil Setor automóvel
exercidos no volante, alertando-o atempadamente. Outro dos novos sistemas de segurança é o de travagem automática pós-colisão, o qual, atuando depois de um embate inicial, diminui a energia cinética. Se o primeiro embate ativar o airbag, o programa eletrónico de estabilidade faz atuar os travões e liga as luzes de perigo. O renovado Seat Ibiza utiliza uma nova geração de motores a gasolina e Turbo Diesel. O motor de entrada a gasolina é um três cilindros aspirado com 1.0l, que desenvolve 75 cv ou 95 cv e 110 cv nas versões sobrealimentadas TSI. Com um binário máximo de 160 a 200 Nm, o 1.0 TSI tem muita força que aparenta um motor com maior cilindrada. No nível seguinte está o 1.4 TSI ACT com gestão ativa de cilindros. Os seus 150 cv de potência e os 250 Nm de binário asseguram uma enorme diversão ao volante, além de que a desativação de cilindros em situações de cargas parciais do motor reduz o
consumo médio para 4.8 litros. Máxima eficiência dos blocos de três e quatro cilindros cumprem as últimas normas de emissões EU6 e acompanham excelentes valores de consumo e de emissões em qualquer utilização. Por exemplo, o 1.0 TSI Ecomotive de 95 cv tem um consumo médio de apenas 4.1l aos 100km, o que corresponde a 94g de CO2 por quilómetro. A motorização de três cilindros Diesel, o 1.4 TDI de 75 cv assegura um consumo médio de 3.4l, que equivale a emissões de 88g/km. O TSI de 110 cv e o TDI com 95 cv têm como opção a já conhecida caixa de velocidades de dupla embraiagem DSG. O sistema start/ stop, que desliga o motor quando o veículo está parado, está disponível em todas as motorizações e versões. Os preços do renovado Ibiza começam nos 14.981 euros no caso do 1.0 com 75 cv, na versão de cinco portas e no nível de equipamento Reference. A opção com
95 cv Style começa nos 17.381 euros. A versão com motor de 110 cv FR parte nos 18.481 euros. No topo das opções a gasolina está o 1.4 TSI com 150 cv FR que tem valores a rondar os 20 mil euros. Nas versões Diesel, existem o 1.4 TDI Ecomotive Reference com 75 cv a começar nos 18.381 euros e a versão com 90 cv Reference parte nos 18.981 euros. O mais potente, com 105 cv FR, abre nos 21.681 euros. A carrinha Ibiza ST iniciase nos 15.781 euros, na motorização 1.0 Reference com 75 cv. Na carroçaria de três portas SC, o Ibiza tem valores de acesso de 17.281 euros, no caso do motor 1.0 TSI FR com 95 cv. O novo Ibiza chegará aos concessionários portugueses no final deste verão e reforçará o atual momento de sucesso da Seat. No final deste ano, o Seat Ibiza Cupra trocará o motor 1.4 de caixa automática atual por um de 1.8 litros TSI de caixa manual de seis velocidades.
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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Atividade e clima económico aceleram
Foto DR
O
s indicadores da atividade e do clima económico apurados pelo INE continuam a mostrar uma tendência de recuperação da economia portuguesa. O clima económico voltou a melhorar em julho, passando de 1,3 para 1,4. Este foi o valor mais alto desde maio de 2008, prosseguindo a "trajetória ascedente iniciada em janeiro de 2013", revela a "síntese eco-
nómica de conjuntura" do INE. O comércio foi o setor onde a melhoria foi mais visível (de 1,2 para 1,9), enquanto a construção continuou bastante negativa (-38,4, contra -38,6), com a indústria e os serviços a arrefecerem. Na mesma linha, o indicador de atividade económica "aumentou expressivamente em junho, após ter estabilizado no mês anterior".
Exportações voltam a crescer Investimento "puxa" pela procura interna e pela economia face às importações em junho A economia portuguesa manteve, entre abril e junho, o ritmo de crescimento registado nos três primeiros meses do ano, com a procura interna a impulsionar o desempenho da atividade económica e o aumento das importações a dar um “contributo negativo significativo”, de acordo com a estimativa rápida do INE. O PIB aumentou 0,4% em cadeia, uma variação igual à registada nos dois trimestres anteriores. Já comparando com o trimestre homólogo, o crescimento foi mais substancial – 1,5%. O desempenho da economia assentou mais na procura interna, à boleia do investimento e do consumo, do que na procura externa. Estes dados confirmam, assim, que a economia está a crescer há cinco trimestres consecutivos. Para o conjunto do ano, o Governo prevê um ritmo de crescimento de 1,6% em relação a 2014, projeção próxima dos valores agora revelados.
As exportações e as importações de bens aumentaram 7,4 e 9%, respetivamente, no segundo trimestre de 2015 face ao período homólogo. O défice da balança comercial aumentou, desta forma, 400,6 milhões de euros, situando-se em -2.794,2 milhões de euros, tendo a taxa de cobertura baixado para 82,4%, ou seja, -1,2 pontos percentuais, adianta o INE. Em termos mensais, em junho, as exportações de bens aumentaram 9% e as importações 5,4% face ao mês homólogo (+3,6% e +6,1% em maio de 2015, respetivamente). O forte crescimento das exportações deveu-se, sobretudo, ao comércio intra-UE (em especial nos veículos e outro material de transporte, bem como plásticos e borrachas). As importações aumentaram 5,4%, em resultado também da evolução do comércio intracomunitário (sobretudo nas classes de veículos e outro material de transporte e de produtos químicos), dado que se registou uma redução no comércio extra-UE.
Taxa de desemprego em Portugal com maior queda desde 1998
Desemprego em Espanha deverá cair para os 20% em 2016
A taxa de desemprego em Portugal caiu para 11,9%, no segundo trimestre deste ano, uma descida de 1,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior, o que representa a evolução mais notória deste indicador desde pelo menos 1998. A taxa de desemprego regressa assim – após dois trimestres consecutivos de subidas – a uma tendência descendente, recuando para níveis inferiores aos registados no início do programa de assistência financeira da troika, no segundo trimestre de 2011. Nessa altura, registava-se uma taxa de desemprego de 12,1%. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), foram criados em Portugal, durante o segundo trimestre de 2015, mais 103,7 mil empregos. No mesmo período, o número de desempregados diminuiu em 92,5 mil pessoas.
O Banco de Espanha estima que a taxa de desemprego no país continue a descer nos próximos meses. De acordo com o Governador do Banco de Espanha, Luis Linde, a taxa de desemprego no país deverá diminuir para um valor próximo dos 20% no final de 2016, se se mantiver a evolução dos últimos meses. Os últimos dados conhecidos referem-se ao segundo trimestre deste ano e indicam uma queda da taxa de desemprego para os 22,37%, o que corresponde ao valor mais baixo desde 2011. "A maior flexibilidade com que contam as empresas para ajustar as suas condições laborais facilitaram, sem dúvida, a criação de novos postos de trabalho", afirmou Luis Linde. "Se se mantiver a dinâmica observada no último ano e meio, o aumento do emprego poderá situar a taxa de desemprego em torno dos 20% no quarto trimestre de 2016", acrescentou. Já a previsão do Governo espanhol é de que a taxa de desemprego desça para 19,7% em 2016. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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Setembro de 2015
Setembro de 2015
ac t ua l i da d â‚Ź
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-junio de 2015
L
l pasado día 19 de agosto se hicieron públicos los datos estadísticos del comercio hispano portugués correspondientes al primer semestre del año 2015, y de los mismos se desprende, de forma evidente, un aumento de los flujos comerciales en ambos sentidos, con una cifra global en el conjunto del semestre que supera los 14.178,8 millones de euros, frente a los 13.625,0 millones de euros registrados en igual periodo del año pasado, lo cual significa un aumento superior a los 4%. Las ventas españolas alcanzaron los 8.828,2 millones de euros, en dicho periodo, que frente a los 8.690,1 millones de euros del primer semestre de 2014 representa un aumento del 1,6%. Las compras españolas lo hicieron en un 8,4%, pasando de los 4.934,9 millones de euros en 2014 para los actua-
les 5.350,6 millones de euros. Una primera observación de la distribución geográfica del comercio exterior español pone de manifiesto que el mercado portugués recupera la quinta posición entre los principales clientes de España (7% sobre el total de las exportaciones españolas) y la octava posición entre nuestros principales proveedores (3,9% del total de las importaciones españolas). Por lo que la distribución geográfica por comunidades autónomas se refiere, Cataluña encabeza la lista de las principales proveedoras de Portugal por un valor superior a los 2.270,4 millones de euros, seguido de la Comunidad de Madrid con 1.349,5 millones de euros y Galicia, en la tercera posición con 1.132,4 millones de euros. A su vez, en el ranking de las compras españolas a Portugal la lista está enca-
bezada por la CC.AA. de Galicia (951 millones de euros), seguido de Madrid (932,1 millones euros) y Cataluña (897,4 millones euros). Se habrá de indicar que este conjunto de tres autonomías españolas representa el 53,1% del comercio bilateral hispano portugués. Cataluña aporta el 22,3%, Madrid el 16,1% y Galicia el 14,7%. Al desglosar los cuadros de la distribución sectorial con recurso a la clasificación taric (clasificación arancelaria integrada de los países comunitarios) se verifica que la oferta española (cuadro 5) está liderada por la partida de los vehículos automóviles y tractores (910,7 millones de euros), seguido de las máquinas y aparatos mecánicos (566,9 millones de euros) y en la tercera posición las materias plásticas y sus manufacturas (559,7 millones de euros). A su vez, las principales com-
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-junio 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
Saldo 14
Cober 14 %
1.273.065,27
787.297,60
485.768
161,70
1.394.797,28
779.497,73
615.300
178,94
feb
1.424.674,66
881.040,78
543.634
161,70
1.338.884,15
766.810,74
572.073
174,60
mar
1.544.255,54
909.551,96
634.704
169,78
1.454.677,19
822.211,81
632.465
176,92
abr
1.483.478,88
890.593,70
592.885
166,57
1.532.349,96
782.847,71
749.502
195,74
may
1.485.269,66
936.319,08
548.951
158,63
1.486.578,30
912.595,57
573.983
162,90
jun
1.617.427,95
945.815,34
671.613
171,01
1.482.773,80
871.005,17
611.769
170,24
jul
0,00
0,00
0
0,00
1.570.348,08
879.267,89
691.080
178,60
ago
0,00
0,00
0
0,00
1.364.765,16
687.959,14
676.806
198,38
sep
0,00
0,00
0
0,00
1.697.509,98
875.454,32
822.056
193,90
oct
0,00
0,00
0
0,00
1.799.843,69
918.444,34
881.399
195,97
nov
0,00
0,00
0
0,00
1.426.480,47
867.186,35
559.294
164,50
dic
0,00
0,00
0
0,00
1.464.870,06
845.054,06
619.816
173,35
8.828.171,97
5.350.618,47
3.477.553
164,99
18.013.878,11
10.008.334,83
8.005.543
179,99
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
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Setembro de 2015
Cober 15 %
VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14
ene
Total
Saldo 15
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero a junio 2015
pras españolas a su vecino Portugal fueron, en este primer semestre del año, los vehículos automóviles y tractores (652 millones de euros) seguido de los combustibles, aceites minerales (610,1 millones euros) y las materias plásticas y sus manufacturas (313,6 millones de euros). Este conjunto de tres partidas de la oferta española (a saber: los vehículos automóviles y tractores, las máquinas y aparatos mecánicos y las materias plásticas y sus manufacturas) representan el 23,0% del total de las ventas españolas a Portugal. En la demanda española el 29,5% de las compras españolas están concentradas en tres partidas que son: los vehículos automóviles y tractores, los combustibles y aceites minerales y las materias plásticas y sus manufacturas. Para finalizar este artículo, reproducimos una información elaborado por la Oficina Económica y Comercial en Lisboa que da cuenta que el número de empresas que exportaron a Portugal en los primeros cinco meses del año ascendió a 13.885 (un 4% menos que en el mismo periodo de 2014) de las cuales 10.508 (el 75,7% del total) son exportadoras regulares y son responsables del 89,5% del valor exportado.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Industria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
19.901.119,54
2
004 Alemania
13.549.863,95
3
005 Italia
9.408.865,94
4
006 Reino Unido
9.021.387,81
5
010 Portugal (d.01/01/86)
8.828.171,97
6
400 Estados Unidos
5.608.658,29
7
003 Países Bajos
3.958.493,65
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
3.222.238,39
9
204 Marruecos
2.943.119,65
10
052 Turquía
2.569.918,73
11
060 Polonia
2.310.554,92
12
720 China
2.144.357,91
13
412 México
2.105.386,37
14
039 Suiza (d.01/01/95)
1.960.483,10
15
632 Arabia Saudí
1.793.057,03
16 17 18 19 20
208 Argelia 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 732 Japón 030 Suecia SUBTOTAL TOTAL
1.640.770,65 1.450.628,91 1.439.889,88 1.253.295,92 1.097.840,23 96.208.102,85 125.122.907,70
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
3.Ranking principales países proveedores de España enero a junio 2015 Orden País
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a junio 2015 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
652.009,22
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
610.129,52
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
313.627,27
4
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
305.106,36
5
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
211.739,82
6
24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS
200.853,80
7
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
200.591,01
8
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
178.532,63
9
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
173.097,85
TOTAL
5.350.618,47
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a junio 2015 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
910.776,99
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
566.868,06
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
559.690,11
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
454.763,93
5
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
447.837,10
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
342.105,37
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
284.754,46
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
257.146,73
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
226.031,31
TOTAL
8.828.171,97
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
1
004 Alemania
17.763.179,51
2
001 Francia
15.328.329,79 11.306.170,99
3
720 China
4
005 Italia
8.528.747,01
5
400 Estados Unidos
6.621.065,32
6
006 Reino Unido
5.825.926,15
7
003 Países Bajos
5.528.386,94
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015
8
010 Portugal (d.01/01/86)
5.350.618,47
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
3.521.700,87
10
208 Argelia
3.302.083,87
11
204 Marruecos
2.484.921,94
12
060 Polonia
2.323.864,40
13
052 Turquía
2.297.452,96
14
288 Nigeria
2.240.336,48
15
412 México
1.880.663,66
16
632 Arabia Saudí
1.846.279,91
17
061 República Checa (d.01/01/93)
1.829.286,80
Cataluña
2.270.488,04
Galicia
951.016,77
18
075 Rusia (d.01/01/92)
1.602.125,83
Madrid, Comunidad de
1.349.463,82
Madrid, Comunidad de
932.079,52
19
664 India
1.581.719,76
Galicia
1.132.447,62
Cataluña
897.741,97
20
007 Irlanda
1.561.989,10
Andalucía
908.534,46
Comunitat Valenciana
513.803,81
7.Ranking principales cc.aa proveedoras/clientes de Portugal enero a junio 2015 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
SUBTOTAL
102.724.849,77
Comunitat Valenciana
514.838,04
Andalucía
500.417,08
TOTAL
136.603.284,76
Castilla-La Mancha
505.554,25
Castilla y León
317.800,36
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Setembro de 2015
ac t ua l i da d € 63
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresa portuguesa de inspección de mercancías, busca empresas españolas importadoras para presentar sus servicios
OP150601
Empresa portuguesa del sector de la confección de vestuario, busca empresas españolas importadoras de prendas de vestir interesadas en sus servicios
OP150701
Empresa portuguesa del sector del café y aperitivos salados, busca contactos de empresas españolas interesadas en establecer una relación comercial
OP150801
Empresa portuguesa del sector contact center, busca personal para campaña en catalán
OP150802
Empresa portuguesa fabricante de películas solares y estores, busca clientes para ampliar su negocio
OP150803
Empresa portuguesa busca empresas españolas importadoras/exportadoras de armas de caza, defensa y caza mayor
DP150701
Empresa portuguesa busca empresas españolas fabricantes de calzado en Valencia y Castilla-La Mancha
DP150702
Empresa portuguesa busca fabricantes de calzado en España
DP150801
Empresa portuguesa busca fabricantes españoles de ropa fitness
DP150901
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas importadoras portuguesas
DE150508
Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras de puericultura têxtil
DE150509
Clínicas de medicina estética em Portugal
DE150510
Empresas portuguesas de contabilidade
DE150511
Agente comercial para o mercado português, além de fabricantes de peças de malha e camisolas
DE150601
Empresas portuguesas fabricantes de dobradiças de aço inoxidável para assentos de WC
DE150602
Fabricantes portugueses exportadores de vestuário (pijamas, robes e camisas de noite)
DE150701
Agentes comerciais em Portugal
DE150801
Fabricantes em Portugal de peluches personalizados
DE150802
Fabricantes portugueses de toalhas de banho e panos de cozinha de distintas qualidades
DE150901
Distribuidores/ importadores de alimentação no setor da grande distribuição e canal horeca
DE150902
Distribuidores farmacêuticos para o mercado português
OE150701
Empresas portuguesas importadoras de equipamentos de automatização para apresentar os seus produtos
OE150801
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
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Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
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IVA
Declaração mensal e pagamento do IVA apurado, relativamente às operações efetuadas em julho/2015
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Declaração mensal de remunerações relativas a agosto/2015
Entidades empregadoras
21
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de agosto/2015
Entidades empregadoras
21
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo referente a agosto/2015
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
21
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em agosto/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
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IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em agosto/2015
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
30
IRC
2º Pagamento por conta do IRC 2015
Sujeitos passivos do IRC que desenvolvem a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, cujo período de tributação é coincidente com o ano civil.
30
IRC
2º Pagamento adicional por conta da derrama estadual de 2015
Sujeitos passivos do IRC que desenvolvem a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que tenham no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000 de euros
30
IRC
Declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em julho de 2015
Entidades pagadoras de rendimentos
30
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado noutro Estado membro ou em país terceiro
Sujeitos passivos do IVA (exceto os abrangidos pelo regime de isenção do artº 9º do CIVA, artº 53º ou 60º), com imposto suportado no estrangeiro no ano de 2014.
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Observações
A declaração deve ser acompanhada dos anexos - relação de clientes, fornecedores e regularizações, em caso de pedido de reembolso
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal
Desde que o montante a reembolsar seja igual ou superior a 50 euros
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE140265
F
24/10/1980
ESPANHOL / INGLÊS / ITALIANO / ALEMÃO/ PORTUGUÊS
COMÉRCIO INTERNACIONAL
BE140266
M
30/12/1990
INGLÊS / FRANCÊS / ESPANHOL
GESTÃO DE CLIENTES / ADMINISTRATIVO
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06/02/1984
INGLÊS/ ESPANHOL
ASSISTENTE DE VENDAS
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F
16/04/1982
FRANCES / INGLÊS / ESPANHOL
ADMINISTRATIVA
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03/10/1973
ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS
JORNALISMO
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INGLÊS / PORTUGUÊS
GESTÃO
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M
INGLÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
24/07/1991
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F
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
VETERINÁRIA
BE140273
M
PORTUGUÊS / ESPANHOL
GESTÃO AMBIENTAL
BE140274
M
18/02/1977
PORTUGUÊS / ESPANHOL / INGLÊS
ENGENHARIA CIVIL
BE140275
M
04/04/1992
INGLÊS / ESPANHOL
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE140276
F
23/04/1973
INGLÊS / FRANCÊS / ESPANHOL
MARKETING E COMERCIAL DE EQUIPA DE VENDAS
BE140277
M
ESPANHOL / INGLÊS / FRANCÊS
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS
BE140278
M
29/08/1984
INGLÊS
SETOR BANCÁRIO
BE140279
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22/02/1979
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
ÁREA FINANCEIRA E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA
BE140280
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INGLÊS
GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
BE140281
F
ESPANHOL / PORTUGUÊS / INGLÊS
CRIMINOLOGIA
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M
ESPANHOL / PORTUGUÊS
CERAMISTA
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PORTUGUÊS / FRANCÊS/ INGLÊS / ESPANHOL
MARKETING E CONSULTORIA
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María Lisboa rescata la historia olvidada de los fundadores del Instituto Español Antiguo alumno y profesor del Instituto Español Giner de los Ríos, Ángel Chica Blas recupera en su primera novela la historia de los inicios de este centro de enseñanza de referencia. María Lisboa recrea los primeros años de la institución en los que fueron protagonistas Ramón Martínez, primer catedrático de Lengua y Literatura del centro, y José Hernández, el director que lo puso en funcionamiento.
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amón y José fueron dos jóvenes catedráticos del Instituto Español de Lisboa. Ambos llegaron a la capital lusa en 1933, enviados por el gobierno republicano para poner en marcha el centro y sus vidas se verán convulsionadas por el golpe de estado de julio de 1936. Ángel Chica Blas pasó sus primeros diecisiete años de vida en Lisboa, ciudad en la que el destino quiso que terminase su carrera profesional como catedrático, en el referido centro. Preparando las celebraciones del 75º aniversario del instituto (2008), descubrió las figuras de Ramón y José. “Vi que había ahí una historia desconocida, “la cara oculta de la luna” que, como en tantas situaciones similares de aquellos años, ha permanecido en la trastienda esperando ser rescatada. Darle forma novelada me pareció la forma más amena de llevarlo a cabo”, cuenta Ángel Chica Blas. Tal y como explica en sus líneas, después del intenso trabajo en la recopi-
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
lación de documentos para elaborar la historia del centro con motivo de la referida efeméride, “quería cumplir una última misión, autoimpuesta, que al mismo tiempo me serviría para recordar mi segunda etapa lisboeta. Escribir sobre la intrahistoria que había rescatado de aquellos papeles, durmientes olvidados en un archivo, era un proyecto seductor. Un relato coherente que nos acercara a lo que les había tocado vivir y ocurrido, en los años treinta y cuarenta, a José y Ramón”. En su libro mezcla realidad y ficción, “los grandes hechos históricos son fidedignos en todas sus coordenadas. Los que afectan a la vida profesional de los dos protagonistas también. Lógicamente sus conversaciones y reflexiones personales son inventadas en su aspecto formal pero he tratado que sean verosímiles y coherentes con los hechos que les tocó protagonizar y que tienen base documental”, revela el catedrático. Además hay algunos personajes secundarios inventados pero
que “responden a estereotipos que encajan bien en el relato. Cada capítulo viene identificado con una fecha y un protagonista, de este modo es difícil perderse”, aclara el autor. Hombres comprometidos Sobre sus protagonistas, Ángel Chica define a Ramón como el prototipo del intelectual comprometido con el proyecto republicano. “Para defenderlo arriesga hasta su vida. Su proyecto profesional y familiar se vio convulsionado por mantener la fidelidad a los principios en los que creía”. De José afirma que estaba identificado con el proyecto pedagógico de la Institución Libre de Enseñanza, “viene a poner en marcha el Instituto-Escuela de Lisboa”. En la agitación social de aquellos años “hay cosas que no entiende y el estallido de la guerra de España le hunde en un mar de contradicciones, intentando ser razonable en un marco en el que las hostilidades no permitían ya serlo. Su actuación como director en el pe-
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Misa en el Instituto Español (marzo de 1938)
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Ramón Martínez (dcha) junto a Borges durante su exilio
riodo de septiembre del 36 a enero ha fallecido hace un año. Creo del 37 es paradigmática”. que era el último de los alumnos Ángel Chica Blas consultó docudel Instituto anteriores a 1936”. mentos oficiales y correspondenJosé continuó dando clase en Liscia que se custodian en el archivo boa hasta su jubilación en 1973 del Instituto. También obtuvo y Ramón después de un sinuoso datos, cuando no tenía todavía exilio recaló en la Universidad el proyecto de escribir una novede Austin como Jefe del Deparla, en conversaciones con las hijas tamento de Literatura española y de los dos protagonistas, Carmen portuguesa. Hernández e Isabel Martínez, y Ambos profesores mantuvieron con antiguos alumnos. Sin olviuna buena relación con sus alumdar los datos proporcionados por nos. No obstante, “de Ramón se Fátima Bello, jefa de secretaría extinguió su estela en Lisboa hasdel Instituto, antigua alumna del ta el punto de haber estado silencentro en la época en la que Ángel ciado durante décadas. De José también frecuentó sus aulas. “A Hernández sí hay un recuerdo esto añades búsqueda en Internet entre muchos alumnos y alumde los diarios de la época, y unos nas, yo entre ellos. Tenía fama cuantos libros sobre aquellos años, bien ganada de profesor justo, dedestacando las memorias de Sán- De izq a dcha: Miguel Junquera, Eugenio dicado y claro en sus explicacioMontes, Asensio Barbarin, José Hernández chez Albornoz, el de Gurriarán nes”. Ángel Chica reconoce que “Um rei no Estoril” y un texto poco se supo de Ramón, “espero inédito sobre la colonia española de actuales... Hay familias en que la no- que mi novela sirva para acercárnoslo Burgos Madroñero”. Agitando “sale el vela ha gustado a miembros de tres ge- y poner en valor su mutua amistad”. cocktail completo”. neraciones y eso creo que no es fácil”, El libro ha servido también para reLa comunidad de este centro, tanto comenta Ángel Chica Blas. cuperar algunas historias y anécdotas española como portuguesa, ha recibimenores de la historia del instituto, do con mucho agrado esta novela. A Relación con los alumnos como “la bandera republicana, la Esnivel institucional, dirección, Ampa, Durante la recopilación de docu- cuela de Elvas, la historia inconclusa asociación de antiguos alumnos… “y mentación habló con los últimos del librero berlinés... quizá mereciea nivel personal he recibido el apoyo alumnos que tuvieron a José y Ramón ran cada una un cuento largo”. María y comentarios positivos de compañe- como profesores. “Juan Benito, que Lisboa está a la venta en la Libreria ros de claustro, de antiguos alumnos me aportó muchos datos y anécdotas Ideal (Rua Direita do Dafundo, junto y profesores, de alumnos y profesores en nuestras conversaciones de 2008, al IEL). Setembro de 2015
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Agenda cultural
Exposições
MUDE conta a história visual da TAP
Revista
“Egoísta” celebra 15 anos
Publicada pela Estoril Sol, a “Egoísta” celebra 15 anos repletos de êxitos editoriais, nos quais pontificam 70 prémios nacionais e internacionais. Para assinalar o aniversário da publicação, sai agora a edição comemorativa “Egoísta - 15” que “oferece aos seus leitores 126 páginas, nas quais se destacam o conto “Conversation Piece”, de Vasco Graça Moura publicado, há 15 anos, no primeiro número da revista; um elenco de textos de Ana Sousa Dias e fotos de Alfredo C u n h a , prestando homenagem a quinze personalidades que marcaram esta época; e os textos inéditos “As Curvas do Tempo”, de Inês Pedrosa, “Duas horas – e quinze minutos. Um homem com um filme na cabeça”, de Gonçalo M. Tavares, e “Quatro Velhos”, de Valter Hugo Mãe.” Em comunicado, a Estoril Sol salienta que a “Egoísta” se distingue “pelo seu percurso inovador, ousado e vanguardista, tendo recolhido, desde há 15 anos, os melhores contributos de conceituados escritores, fotógrafos, poetas, jornalistas.” Mário Assis Ferreira, diretor da revista, escreve no editorial “que o tempo foi esculpindo a ‘Egoísta’, cinzelando-a em volúpias de explosão gráfica e iconográfica, conferindo-lhe o estatuto de ‘Revista de Culto’”. Ao longo destes 15 anos foram editados 61 números da “Egoísta”. “Uma saga editorial sem desvios de coerência, sempre fiel aos valores culturais que inspiram o grupo Estoril-Sol”, frisa o diretor da publicação.
Chama-se “TAP Portugal: Imagem de um Povo” a mostra patente no MUDE, em Lisboa, que se debruça “sobre o design da companhia aérea nacional, de 1945 à atualidade, evidenciando o contributo para a identidade da TAP e para a consolidação da imagem de uma companhia de aviação moderna, experiente, segura e competitiva, decididamente ao serviço do povo português e das comunidades espalhadas pelo mundo”. A exposição divide-se por cinco núcleos cronológicos, que “registam evolutivamente os cinco logótipos que a companhia usou até hoje, realçando em cada um a estreita relação da TAP com os diferentes contextos ideológicos e político-económicos, como a chegada de novos aviões ou a inauguração de novas linhas, a par com a evolução das outras companhias de bandeira internacionais”. Em evidência estão os diversos suportes de comunicação da marca: uniformes, campanhas publicitárias, interiores de aviões, loiças e cutelaria de bordo, bem como “propostas que não foram concretizadas, mas igualmente importantes, e é dado particular destaque a esboços, maquetas e artes finais, colocados lado a lado com os resultados impressos e/ou os produtos finais”. O MUDE informa que “os objetos expostos pertencem na sua maioria ao acervo do Museu da TAP”. Em destaque, vários designers, agências de publicidade e artistas plásticos, “ cuja ação foi particularmente relevante para a construção da imagem, simultaneamente moderna e tradicional, de uma companhia e de um país”. Há ainda três núcleos temáticos a intersetar o discurso cronológico. “O primeiro, dedicado às lojas e delegações da TAP, mostra a importância destes lugares de representação da companhia e de comunicação do próprio país. Para evocar a presença das artes, uma constante em todas as lojas, reconstituímos parcialmente o mural de azulejos da autoria de Querubim Lapa proveniente da antiga Loja da TAP na Praça Marquês de Pombal. Apresentamos também a escultura de Figueiredo Sobral e as tapeçarias de Maria Keil e Fernando Lemos. Os outros dois núcleos demonstram como tem vindo a ser trabalhada e/ou construída a memória coletiva e os traços considerados distintivos da imagem e identidade do “ser português” e da portugalidade. Falamos de um discurso que revisita a memória da epopeia marítima portuguesa e a vasta experiência e conhecimento de um povo navegante que ‘deu novos mundos ao mundo’, bem como de uma iconografia que trabalha as tradições populares e os costumes, e que sublinha o ideário de um país soalheiro de gentes simples e hospitaleiras que sabem receber bem.” O museu frisa que “as peças em exposição traduzem o contributo do design para a consciencialização coletiva da TAP como símbolo nacional e para a identificação dos portugueses com a (sua) companhia de bandeira, assim como o modo como concorreu para a construção e disseminação da imagem de um povo e do seu país além-fronteiras durante os últimos 70 anos”.
Até 25 de outubro, no MUDE, em Lisboa
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espacio de ocio “Vogue like a painting”, no Thyssen-Bornemisza
Fotógrafos como Annie Leibovitz, Mario Testino ou William Klein e vários outros grandes nomes da fotografia das últimas décadas estão representados na exposição “Vogue like a painting”, que explora a relação entre a criação fotográfica de moda e a pintura. Uma mostra de 61 trabalhos procedentes dos arquivos da revista de moda Vogue, que exibem “características que tradicionalmente se atribuem à pintura” e que evocam obras de pintores como Vermeer, Hopper, Millais, Balthus, Van Eyck, Botticelli, Zurbarán, Degas, Sargent, Dalí, Hogarth, Rossetti e Magritte. Quase um século da história da fotografia, que nos remete para “recursos frequentemente utilizados pelos pintores”, como a “teatralidade dos cenários, o drama do claro/escuro, os cuidados esquemas de composição e uma nota especial na beleza das figuras, as poses e a decoração”. Debra Smith, comissária da exposição, considera que o fio condutor reside no lado “intemporal da pose das modelos: uma espécie de lapso mental no qual tudo está muito, muito quieto”. Assim “há referências diretas a peças icónicas da historia da arte, evocando desde a pintura espanhola do Século de Ouro ao retrato holandês ou ao Impressionismo, com um denominador comum: uma atmosfera na qual o tempo se detém”.
Até 12 de outubro, no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid
espaço de lazer
Teatro
“Hamlet”, pela Cornucópia
Por ventura a mais conhecida peça de teatro do mundo, “Hamlet” de William Shakespeare, conhece agora a versão da co-produção do Teatro da Cornucópia com a Companhia de Teatro de Almada. O texto usado é a tradução da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen: “Raras vezes um texto de teatro em tradução terá como este, e como matéria de trabalho para os atores, os valores estilísticos que nos habituámos a só reconhecer na poesia.” Em comunicado, a Cornucópia explica que “a escolha do Guilherme Gomes para o papel de Hamlet permitiu o que quase nunca se faz, um Hamlet jovem, imaturo”. Isto porque “o tempo é tema omnipresente na peça (e a Morte, sim, que é o mesmo), mas será sobretudo a consciência, o conhecimento da vida (da sua efemeridade, grande tema do barroco) que conduz toda a peça”, bem como “a relação do pensamento (das palavras) com a ação”. O espectador depara-se com a tragédia enquanto acompanha o “trajeto mental de um indivíduo que não consegue ser adulto, enfrentar o mundo, agir, porque a geração que o pôs no mundo o prendeu a valores que ele não consegue reconhecer como armas que lhe sejam úteis, um jovem maldito pela identidade e pelos valores que herdou: ser príncipe”. A companhia frisa ainda que “o Hamlet, mesmo que quase não tenha intriga, é a descrição dum pensamento em evolução ou formação, é um debate moral”. A peça estará em cena, em Lisboa, na sala do teatro da Cornucópia, até 18 de outubro, passando depois para o Teatro Municipal de Almada.
De 17 de setembro a 18 de outubro, no Teatro da Cornucópia, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Nova ala do Museu do Chiado exibe 70 obras de 48 artistas portugueses Pertencem ao espólio da Secretaria de Estado da Cultura, foram produzidas por artistas portugueses entre 1960 e 1990 e podem agora ser vistas no espaço que amplia o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC), inaugurado no passado mês de julho. Ao todo são mais 1.600 metros quadrados, com entrada pela rua Capelo, que será a única entrada do museu em dezembro, quando forem ligadas as salas do novo espaço com as do antigo. A exposição inaugural, “Narrativa de uma Coleção – Arte Portuguesa na Coleção da Secretaria de Estado da Cultura (19601990)” exibe 70 obras de arte contemporânea do acervo do Estado, da autoria de 48 artistas portugueses, como Lourdes Castro, Paula Rego, José de Guimarães, Julião Sarmento, René Bértholo, António Charrua, Fernando Calhau, António Dacosta, Helena Almeida, entre outros. Uma boa parte das obras integram o depósito da Fundação de Serralves, mas ficam no Museu do Chiado até 12 de julho de 2016.
A mostra inclui esculturas, óleos sobre tela, fotografias, tinta-dachina sobre papel e serigrafias, que foram escolhidas pelo ex-diretor do museu, David Santos. A ampliação do museu, destinada a exibir arte contemporânea “das últimas quatro, cinco décadas”, resulta de um projeto do arquiteto Paulo Freitas, que privilegiou o branco nas 30 salas do novo espaço. Está prevista a continuação da ampliação do museu, com mais 2.000 metros quadrados de espaço expositivo, que aguardam financiamento.
Até 12 de junho de 2016, no Museu do Chiado, em Lisboa DE S e Zt e m b r o d e 2 0 1 35
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Lisboeta, o restaurante que mora na Pousada de Lisboa
Num dos vértices do Terreiro do Paço, num recuperado edifício pombalino, onde chegou a funcionar o Ministério da Administração Interna e depois uma esquadra de polícia, opera agora a nova Pousada de Lisboa - Praça do Comércio (pertencente à rede de Pousadas de Portugal, gerida pelo grupo Pestana). O piso térreo abre-se para a cidade através do Lisboeta, onde o premiado chefe Tiago Bonito “tempera” de modernidade a cozinha portuguesa. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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ara o grupo Pestana, a sua mais recente unidade hoteleira, a Pousada de Lisboa – Praça do Comércio, “intensifica a visibilidade da marca Pousadas de Portugal no segmento Monument Hotel ”, sendo uma “montra do que melhor se faz nas unidades” da rede. A localização premium “exige uma dinâmica diferenciadora para reagir à vida fervilhante da cidade”, frisa o grupo, em comunicado. Neste contexto, o restaurante Lisboeta, que ocupa grande parte do piso térreo da pousada e se estica pela esplanada, abrigada pelas arcadas pombalinas, assume um papel primordial, na medida em que liga o hotel à cidade e aos seus habitantes. Tiago Bonito, detentor dos prémios “Chefe Cozinheiro do Ano”, em 2011, e “Troféu Inovação 2011”, lidera este desafio. O chefe, de 28 anos, saiu do Vilala72 act ualidad€
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ra Thalassa Resort, no Algarve, onde arrebatou estes prémios, para comandar a cozinha do restaurante e do bar da Pousada de Lisboa, bem como do restaurante Casa do Leão (Castelo de São Jorge), também gerido pelo Grupo Pestana. “Trata-se de um projeto ambicioso, mas que tem pernas para andar”, comenta Tiago Bonito, acrescentando que lhe agrada estar inserido num “grupo forte como o grupo Pestana”. O chefe considera que o espaço parte com a vantagem da localização, bem como com a mais-valia de a Pousada de Lisboa estar associada à marca internacional Small Luxury Hotels of the World. Nascido em Coimbra, este jovem decidiu aos 14 anos que queria ser cozinheiro, motivado pelo prazer que lhe davam as férias a trabalhar na padaria da madrinha, bem como o tempo que passava na cozinha a ajudar a mãe. Assim, ingressa no curso da Escola de Ho-
telaria de Coimbra, que termina aos 17 anos. Aos 16 anos, o talento de Tiago Bonito já não passava despercebido e chegou a ser convidado para trabalhar no Sheraton no Algarve, convite que declinou, por querer terminar o curso antes. Voltaria ao Algarve mais tarde, onde estagiou no restaurante Vila Joya, com duas estrelas Michelin. Estagiou igualmente no restaurante Alinea, em Chicago, com três estrelas Michelin, e no restaurante D.O.M., no Brasil, que ocuparam o 7º e o 4º lugar, respetivamente, no guia “The World’s 50 Best Restaurantes 2012”. Além de ter feito vários cursos especializados, como a formação com o mestre francês Alain Ducasse e prestigiados cursos de gastronomia molecular e de pastelaria, Tiago Bonito foi membro da equipa Olímpica Nacional Júnior de Culinária entre 2006 e 2008. Em 2007, vai trabalhar para o VIP
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Grand Lisboa Hotel&Spa, onde chegou a sub-chefe, e em 2009 vai para o Tróia Design Hotel, também para ser sub-chefe. Em 2010, Tiago Bonito regressa ao Algarve para assumir a função de sub-chefe do Vilalara Thalassa Resort, passando posteriormente a chefe, “adquirindo uma forte experiência em cozinha dietética e mediterrânea”. Foi esta posição que desempenhou durante quatro anos até integrar o grupo Pestana Pousadas, onde quer continuar o seu projeto de cozinha: “Faço uma cozinha contemporânea de autor, que concilia a cozinha portuguesa com novas técnicas e valoriza o produto. Considero que devemos deixar o produto falar por si, o que significa saber trabalhá-lo, sem o estragar, para que possa estar no seu expoente máximo. “ Alguns dos seus produtos de eleição são “as ostras da Ria Formosa (Algarve); o lavangante azul e o robalo da nossa costa; o porco bízaro e a carne mirandesa; os nossos enchidos; o bacalhau, que ninguém trabalha como os portugueses; o azeite, que é a melhor gordura, um produto fantástico produzido só em seis ou sete países e que nós temos aqui à mão; os vinhos de excelente qualidade, que devem não só fazer um casamento perfeito com a comida, mas que são também um ótimo ingrediente de cozinha para escalfar peixe, por exemplo, ou para refrescar um risoto”. Apaixonado confesso por peixe e marisco, o chefe mergulha na carta do Lisboeta para sugerir uma entra-
da muito requisitada: a vieira abraseada com alho francês a la creme, puré de aipo, acompanhado com um fresco nage (molho suíço aveludado) de champanhe, que deve ser bebido, para contrastar o frio com o quente do prato. Outro “best seller é o robalo da areia, cujo nome advém de ser feito com robalo de Peniche, pescado artesanalmente. O chefe explica que “estes robalos selvagens se alimentam de outros peixes e é distinto do robalo pescado por arrastão, mais amassado”. O robalo é servido com um risoto, espargos brancos, alcachofras e molho de limão assado. Outro peixe estrela na ementa de Tiago Bonito é o salmonete, acompanhado com xerém de bivalves e temperado com salicórnia. Na carta, reina também o bacalhau, servido com migas de broa, uma reinterpretação do tradicional bacalhau com broa. O chefe propõe ainda um prato, pensado para partilhar (duas pessoas) e que consiste numa trilogia de carnes: tártaro de novilho, croquete
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de rabo de boi, cozinhado durante 24 horas, antes de fritar, e uma peça de carne grelhada e acompanhada por 21 guarnições. “A intenção é pôr as pessoas a interagir e a brincar com os sentidos”, explica o chefe, adiantando que as guarnições vão buscar ingredientes usados na confeção das três carnes, como as alcaparras (usadas no tártaro) fritas ou a maionese de pimenta. No espelho de guarnições encontra também batata confitada, gel de vinho do Porto, gel de rúcula, etc. Outra sugestão de carne é o prato de porco preto feito com lombo cozido a baixa temperatura e entrecosto estufado e abraseado no momento de servir. Já na lista de sobremesas, o ex-libris é o petit gateau, inspirado no pastel de nata. Tiago Bonito explica que há uma carta para o almoço, que privilegia os petiscos, e outra para o jantar, mais vocacionada para o conceito de fine dinning, ou seja “uma experiência gastronómica com cozinha muito cuidada”. À semelhança do resto da Pousada de Lisboa, o Lisboeta valoriza a antiguidade da construção original, descobrindo o teto em tijolo no bar, por exemplo. A decoração mistura mobiliário antigo com serigrafias do mestre Nadir Afonso e várias estatuetas, como a do padroeiro de Lisboa, São Vicente.
Restaurante Lisboeta Praça do Comércio, 31-34, 1149-018, Lisboa Tel: 210 114 433
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Statements Para pensar
“A construção automóvel, em Espanha, está a crescer pelo terceiro ano consecutivo e mais depressa do que a economia – entre cinco a 10% ao ano. É garantido o arrastamento para as exportações portuguesas (...) Já no ano passado, as exportações do setor para Espanha cresceram 11%, para 1.415 milhões de euros” Tomás Moreira, presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, “DinheiroVivo. pt”, 15/8/15
“Os números são animadores e particularmente importantes para as nossas empresas, numa altura em que alguns dos nossos mercados mais importantes, como Angola e Brasil, estão a atravessar dificuldades (...) Se a crise que assolou o mercado espanhol se fez sentir nas nossas empresas e, também para muitas, o mercado interno é cada vez mais o mercado ibérico, é evidente que vamos beneficiar da retoma espanhola” Paulo Nunes de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal, “DinheiroVivo.pt”
15/8/15
“No caso da eletricidade se, entre Portugal e Espanha, a capacidade de troca duplicou nos últimos dez anos e é muito satisfatória, entre Espanha e França, a capacidade de ligação é insuficiente (3% das ‘dimensões’ dos mercados). Recorde-se que os objetivos mínimos desejados pela Europa apontam para metas de 10 e 15%, respetivamente em 2020 e 2030. A prova que confirma a necessidade de um reforço nesta interligação foi evidenciada com o recente acoplamento dos mercados diários de eletricidade do sudoeste, oeste e norte da Europa” Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, “Expresso”, 1/8/15
“Haverá ainda que reforçar outras zonas de rede, sobretudo no sul de França, para potenciar o racional político e económico de uma Península Ibérica que seja alternativa à injeção de gás no sistema da União Europeia” act ualidad€
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Idem, ibidem