Actualidade Economia Ibérica - nº 220

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Actualidad

Economia ibérica outubro 2015( mensal ) | N.º 220 | 2,5 € (cont.)

La cultura, motor económico y de desarrollo en la Península Ibérica Pág. 38

“Cosec contribui para diversificar e potenciar as exportações portuguesas”

Biosafe dá uma segunda oportunidade aos pneus em fim de vida

Avanza vai gerir Metro de Lisboa e Carris

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Índice

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Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro

Nº220 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Jesus Matías Pérez Alejo, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copydesk : Joana Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Ángel Sánchez Freire, Iñaki Carrera, Marta Machado de Almeida, Miguel de Azeredo Perdigão, Nuno Ramos, Rita Arcanjo Medalho, Rogério Fernandes Ferreira e Teresa Boino Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Auditoría de compras para recuperar los ingresos perdidos

Grande Tema

La cultura, motor económico y de desarrollo en la Península Ibérica

38.

Editorial 04. La cultura, motor de desarrollo

de la Península Ibérica

- Belén Rodrigo

Opinião 06. Golden visa - aprovada regulamentação

com os requisitos mínimos

- Miguel de Azeredo Perdigão

34. Uma nova era no investimento privado

em Angola

- Teresa Boino

44. España y Portugal: arbitration user

friendly

- Ángel Sánchez Freire y Iñaki Carrera

46. A Tributação dos grupos de sociedades -

- esclarecimentos da Autoridade Tributária

- Rogério Fernandes Ferreira, Marta Machado de Almeida e Rita Arcanjo Medalho

Atualidade 24. Little Buddha: investir em marketing Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

índice

E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 44. Advocacia e Fiscalidade 48. Fazer Bem 50.Setor Imobiliário 54.Vinhos & Gourmet 58.Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62. Intercâmbio Comercial 64. Oportunidades de Negócio 66. Calendário Fiscal 67. Bolsa de Trabalho 68. Espaço de Lazer 74. Statements

e em design é fundamental

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editorial editorial

La cultura, motor

de desarrollo de la Península Ibérica

E

Foto Sandra Marina Guerreiro

spaña y Portugal son dos buenos ejemplos de grandeza cultural y ya sea individualmente o en su conjunto gozan de un claro reconocimiento mundial. Analizando los números de este sector descubrimos que tiene un peso importante en las economías de los países ibéricos y que incluso emplea a muchas más personas que otras áreas como las telecomunicaciones o la industria química. Y no es una excepción sino que ocurre en toda Europa, donde la cultura genera siete millones de puestos de trabajo y factura anualmente 535.900 millones de euros. Pero a pesar de ser un sector dinámico se descubre en él mucha precariedad. Son demasiados los negocios culturales que sobreviven a duras penas y demasiados los artistas que pasan muchas dificultades. Exceptuando los grandes nombres y las grandes empresas, sin ayudas o subvenciones, hay otros muchos que acaban por desaparecer o cerrar. Y los

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organismos públicos y las instituciones tienen cada vez menos dinero para la cultura. Unas restricciones que han obligado a buscar nuevas vías de colaboración con buenos resultados. Una de las cosas buenas que ha traído la crisis. La cultura española en Portugal y la portuguesa en España gozan de cada vez más reconocimiento mutuo. Se relacionan y se conocen más y mejor aunque muchas veces la opinión pública no se dé cuenta de ello. Puede que uno de los fallos esté en no saber comunicarlo y otro que desde las escuelas no se nos sensibilice más de lo que ocurre en nuestro país vecino, sobre todo a nivel cultural. La Fundación Saramago (en la foto), así como las muestras de la cultura española en Portugal y de la cultura portuguesa en España son algunos importantes ejemplos de la cooperación institucional o entre entidades privadas de los dos países. Pero hay algo que no se puede negar y es que la cultura es un motor de desarro-

Por Belén Rodrigo *

llo para los dos países. Genera riqueza económica y humana y es una apuesta ganadora de futuro. Si de forma individual España y Portugal tienen mucho que ganar en esta área los beneficios serán mayores si lo hacen en conjunto. No se trata de convertirla únicamente en un instrumento económico porque no se puede olvidar que la cultura está al servicio del espíritu libre. Pero sí debería explotarse más para lograr un acercamiento mayor entre los dos países y consolidar su lugar en Europa y en el mundo. Hablar de cultura es hablar prácticamente de todo, porque de una forma u otra está presente en muchas áreas, y más cuando se trata de la Península Ibérica. De todos depende, Estado y sociedad civil, saber sacar el mejor provecho de ella, en el mejor de los sentidos. Una sociedad más culta y preparada y dos países más fuertes económicamente solo pueden traer un futuro mejor para todos. Otro de los temas tratados en esta edición que merece un especial destaque es la entrevista al presidente de Cosec, líder en Portugal en los seguros de créditos y de caución, que confirma la ligera mejora de la economía portuguesa, teniendo en cuenta la baja de siniestralidad en este sector en concreto. Miguel Gomes da Costa cree además que las exportaciones portuguesas van a continuar creciendo e incentiva a las empresas a arriesgar yendo a otros mercados más allá de los destinos tradicionales de exportación.  Directora Email: brodrigo@ccile.org

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opinião opinión

Golden visa – aprovada

regulamentação com os requisitos mínimos

O

Governo acaba de publicar a regulamentação do novo regime de entrada, permanência, saída e afastamento de cidadãos estrangeiros do território nacional, definindo, concretamente, os requisitos mínimos a cumprir para obter autorização de residência para atividade de investimento e quais os meios de prova a apresentar. O diploma entrou em vigor no dia 3 de setembro e define os vários requisitos mínimos a cumprir para obter autorizações de residência para atividade de investimento. Quanto ao prazo, é obrigatório manter a atividade de investimento durante um mínimo de cinco anos, contados a partir da data da concessão da autorização de residência. O manual de procedimentos internos relativo à tramitação dos processos de autorização de residência para atividade de investimento a aplicar é o que estava em vigor a 1 de julho, data em que entraram em vigor as últimas alterações aos vistos por investimento, e vai manter-se em aplicação até que seja revisto. O novo manual será elaborado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e aprovado pelo Ministério da Administração Interna. Requisitos quantitativos mínimos relativos à atividade de investimento No que respeita aos requisitos mínimos a cumprir para efeitos de autorização de residência para atividade de investimento, podem ser realizados individualmente ou através de uma sociedade unipessoal por quotas 6 act ualidad€

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com sede em Portugal ou num Estado da UE, e com estabelecimento estável em Portugal. Os requisitos devem estar preenchidos no momento da apresentação do pedido de autorização de residência. Consideram-se requisitos quantitativos mínimos a verificação de, pelo menos, uma de sete situações em Portugal: 1. Transferência de capitais no montante igual ou superior a um milhão de euros. Considera-se preenchido o requisito sempre que o requerente demonstre ter efetuado investimento no valor mínimo exigido; 2. Criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho. Considera-se preenchido o requisito sempre que o requerente demonstre ter criado, pelo menos, 10 postos de trabalho e procedido à inscrição dos trabalhadores na segurança social. O requisito quantitativo mínimo da atividade de investimento pode ser inferior em 20%, quando efetuadas em territórios de baixa densidade (com menos de 100 habitantes por quilómetro quadrado ou um PIB per capita inferior a 75% da média nacional); 3. Aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros. Considera-se preenchido o requisito sempre que o requerente demonstre ter a propriedade de bens imóveis, podendo: • adquiri-los em regime de compropriedade, desde que cada comproprietário invista valor igual ou superior a 500 mil euros; • adquiri-los através de sociedade unipessoal por quotas de que seja o sócio;

Por Miguel de Azeredo Perdigão*

• onerá-los, na parte que exceder o montante de 500 mil euros; • dá-los de arrendamento ou para exploração para fins comerciais, agrícolas ou turísticos. Na impossibilidade temporária de aquisição da propriedade do bem imóvel, não imputável ao requerente, o requerente deve apresentar contratopromessa de compra e venda, com sinal igual ou superior a 500 mil euros. O requisito quantitativo mínimo da atividade de investimento pode ser inferior em 20%, quando efetuadas em territórios de baixa densidade (com menos de 100 habitantes por quilómetro quadrado ou um PIB per capita inferior a 75% da média nacional); 4. Aquisição de bens imóveis, cuja construção tenha sido concluída há, pelo menos, 30 anos ou localizados em área de reabilitação urbana, com realização de obras de reabilitação dos bens imóveis adquiridos, no montante global igual ou superior a 350 mil euros. O requisito quantitativo mínimo da atividade de investimento pode ser inferior em 20%, quando efetuadas em territórios de baixa densidade (com menos de 100 habitantes por quilómetro quadrado ou um PIB per capita inferior a 75 % da média nacional). Considera-se preenchido o requisito sempre que o requerente demonstre ter a propriedade de bens imóveis com a finalidade de proceder à reabilitação urbana dos mesmos, podendo: • Adquiri-los em regime de compropriedade, desde que cada comproprietário invista valor igual ou superior a 350 mil euros; • Adquiri-los através de sociedade


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unipessoal por quotas de que seja demonstre ter efetuado investimento o sócio; no montante igual ou superior a 250 • Onerá-los, na parte que exceder o mil euros, podendo realizar o investimontante de 350 mil euros. mento ou apoio individualmente ou • Dá-los de arrendamento e explora- através de sociedade unipessoal por ção para fins comerciais, agrícolas quotas de que seja o sócio. O requisiou turísticos. to quantitativo mínimo da atividade 5. Transferência de capitais no mon- de investimento pode ser inferior em tante igual ou superior a 350 mil 20%, quando efetuadas em territóeuros, que seja aplicado em ativi- rios de baixa densidade (com menos dades de investigação desenvolvi- de 100 habitantes por quilómetros das por instituições públicas ou quadrados ou um PIB per capita inprivadas de investigação científica, ferior a 75 % da média nacional); integradas no sistema científico e tecnológico nacional. O requisito quantitativo mínimo da atividade “Quanto ao prazo, de investimento pode ser inferior é obrigatório em 20%, quando efetuadas em territórios de baixa densidade (com manter a atividade menos de 100 habitantes por km2 de investimento ou um produto interno bruto (PIB) per capita inferior a 75 % da média durante um mínimo nacional). de cinco anos, Consideram-se preenchidos os requisitos sempre que o requerente contados a partir da demonstre ter efetuado investimento data da concessão no montante igual ou superior a 350 mil euros, podendo realizar o investida autorização de mento ou apoio individualmente ou residência” através de sociedade unipessoal por quotas de que seja o sócio; 6. Transferência de capitais no montante igual ou superior a 250 mil 7. Transferência de capitais no moneuros, que seja aplicado em investante igual ou superior a 500 mil timento ou apoio à produção artíseuros, destinados à aquisição de tica, recuperação ou manutenção unidades de participação em fundo património cultural nacional, dos de investimento ou de capital através de serviços da administrade risco vocacionados para a capição direta central e periférica, instalização de pequenas e médias emtitutos públicos, entidades que inpresas que, para esse efeito, apretegram o setor público empresarial, sentem o respetivo plano de capifundações públicas e fundações talização e o mesmo se demonstre privadas com estatuto de utilidade viável. pública, entidades intermunicipais, Consideram-se preenchidos os reentidades que integram o setor quisitos sempre que o requerente empresarial local, entidades asso- demonstre ter efetuado investimento ciativas municipais e associações no montante igual ou superior a 500 públicas culturais, que prossigam mil euros, podendo realizar o investiatribuições na área da produção ar- mento ou apoio individualmente ou tística, recuperação ou manutenção através de sociedade unipessoal por do património cultural nacional. quotas de que seja o sócio. Consideram-se preenchidos os reQuer nos casos de aquisição de bens quisitos sempre que o requerente imóveis a partir dos 500 mil euros,

opinião

quer nos casos de aquisição de imóveis com mais de 30 anos em área de reabilitação urbana, com realização de obras de valor acima dos 350 mil euros, consideram-se ainda preenchidos os requisitos sempre que o requerente demonstre ter efetuado investimento no montante igual ou superior a 500 mil euros ou a 350 mil euros, respetivamente, podendo realizar o investimento individualmente ou através de sociedade unipessoal por quotas de que seja o sócio. Verificação de dados, controlo e divulgação O SEF pode consultar os postos da rede diplomática e consular, através do MNE, sempre que precise de informação para apreciar pedidos de concessão ou renovação de autorizações de residência para atividade de investimento e reagrupamento familiar relacionado, bem como sobre os meios de prova apresentados ou sobre outros elementos objetivos específicos do pedido, que necessitem de verificação no país de proveniência ou de última residência habitual do requerente. A divulgação do regime de autorização de residência para atividade de investimento cabe ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que disponibilizam a outras entidades a informação necessária e usas as respetivas redes diplomáticas, consular e comercial. A Inspeção-Geral da Administração Interna realiza, pelo menos uma vez por ano, uma auditoria ao procedimento das autorizações de residência para atividade de investimento, dando conhecimento das conclusões e recomendações à 1.ª comissão da Assembleia da República. As conclusões e recomendações terão de ser disponibilizadas no Portal do Governo.  *Partner da Azeredo Perdigão & Associados Email: miguelperdigao@azeredoperdigao.pt

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“Cosec contribui para diversificar e potenciar as exportações portuguesas”

A Cosec - Companhia de Seguro de Créditos, líder em Portugal nos ramos de crédito e de caução, antevê uma melhoria no comportamento da economia nacional, com menores taxas de sinistralidade do que nos anos anteriores. Uma perspetiva positiva, que acompanha também o bom desenvolvimento das exportações portuguesas. Para o presidente da Cosec, Miguel Gomes da Costa, é ainda importante diversificar os mercados de destino das exportações, o que tem sido conseguido nomeadamente através da linha de crédito gerida pela seguradora, com o apoio do Estado.

A

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org

atividade da Cosec no ano passado foi afetada pelo tímido crescimento da economia portuguesa que ainda se regista?

Como consta do nosso relatório e contas, 2014 não foi um ano de crescimento em termos de prémios, e isso deveu-se a dois fatores: o primeiro é que, nos negócios novos, apesar de termos aumentado o número de novas empresas que se tornaram nossas seguradas, a dimensão média dessas apólices foi inferior à do ano anterior. Por outro lado, dado que o mercado tem vindo a registar taxas moderadas de sinistralidade, há uma pressão grande sobre os preços. Tivemos uma quebra nos prémios de

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Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

2,7%, acompanhando o mercado, que caiu cerca de 2,2%, mantendo a nossa quota de mercado (em torno dos 51%). Isto, no seguro de crédito. No seguro de caução, praticamente mantivemos os prémios no ano passado. O mercado desceu 12%, e apesar de termos aumentado a emissão de apólices novas, os cancelamentos de apólices de anos anteriores levaram a que a Cosec também não crescesse na área da caução. De qualquer forma, mantivemos a nossa quota de mercado, em torno dos 45%, também como líderes de mercado. Em termos de resultados líquidos, ficámos um pouco abaixo de 2013 (obtivemos 7,9 milhões de euros, contra 8,8 mi-

lhões em 2013), não por causa da nossa atividade técnica, mas por descida dos resultados dos rendimentos financeiros, devido à alocação de alguma desvalorização de imóveis da nossa carteira. Qual foi o volume de prémios total da Cosec em 2014?

O volume de prémios total da Cosec foi de quase 35,4 milhões de euros, quando em 2013 tinha sido de 36,3 milhões. E como tem evoluído a sinistralidade?

Tem estado moderada, com uma tendência de maior sinistralidade nos mercados externos do que no interno. A sinistralidade este ano está praticamente ao mesmo


Foto Cosec

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Miguel Gomes da Costa Presidente da Cosec-Companhia de Seguro de CrĂŠditos outubro de 2015

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grande entrevista gran entrevista na ordem dos 3%, invertendo a descida do ano passado. Quais são as áreas que estão a puxar por essa recuperação?

Tem sido mais importante a evolução do mercado interno, já que se nota uma melhoria moderada no comércio e no consumo. No ano passado, a nossa exposição, ou seja as garantias dadas aos nossos segurados sobre as suas vendas a crédito, aumentou cerca de 15%, atingindo os 10,6 mil milhões de euros, dos quais 5,9 mil milhões em mercado interno e 4,7 mil milhões em mercado externo. O Banco de Portugal referiu já, precisamente, que tem sido a procura interna a dinamizar a economia...?

nível de 2014, o que perspetiva, de novo, um ano em termos de rentabilidade e de resultados semelhante ao anterior.

Como está então a atividade da Cosec este ano?

Este ano, estamos a crescer em valores

De facto, a atividade da Cosec acaba por ser um bom indicador de antecipação da evolução da economia – desde o início de 2014 que a nossa exposição no mercado interno está a descolar da do mercado externo, o que se está a verificar agora efetivamente na economia.

Principais mercados das exportações nacionais em 2014 Mercados de diversificação

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E como está o comportamento do mercado de seguros de crédito este ano?

O mercado continua com ligeira descida, mas inferior à do ano passado. Isso deve-se à conjuntura que estamos a atravessar a nível nacional e também a nível da economia global. O seguro de créditos é muito influenciado pelo comércio internacional, e este, ao contrário de anos anteriores, não está a crescer – já em 2013 se verificava esta tendência atual de estagnação. Estamos a assistir a um fraco crescimento em volume e a uma pressão muito grande sobre os preços. ... sobretudo sobre as commodities...

Sim, e sobre o comércio em geral. Para termos uma ideia, no início do ano, o nosso acionista Euler Hermes apontava, para 2015, para um crescimento do comércio internacional de 4% em volume e uma descida nos preços de 2,2%, o que daria um crescimento nominal na ordem dos 1,8%. O que se verifica, agora, é pior do que as previsões: no final do primeiro semestre, o comércio mundial deverá ter caído 2%, dada a fraca procu-

“O seguro de créditos é muito influenciado pelo comércio internacional, e este, ao contrário de anos anteriores, não está a crescer – já em 2013 se verificava esta tendência atual de estagnação. Estamos a assistir a um fraco crescimento em volume e a uma pressão muito grande sobre os preços” ra e a continuada descida dos preços. A conclusão que tiramos é que o comércio global, que era o grande motor do crescimento do produto, está a estabili-

zar, pelo que a produção das seguradoras de crédito, que resulta da tarifação das vendas dos seus clientes e dado que estas estão a baixar em termos de valor, acaba por se ressentir. Espanha representa 25% das coberturas externas E quanto é que Espanha representa para a Cosec?

Em Espanha, que é o nosso principal mercado externo, crescemos a exposição em 15,5% em 2014. O país representa cerca de 25% da nossa exposição total, cerca de 1,2 mil milhões de euros. Em número de empresas, estávamos a cobrir, no final do ano passado, cerca de 900 empresas que exportavam para Espanha, de 15 setores diferentes. Depois de Espanha, temos a França em segundo lugar, seguida da Alemanha e do Reino Unido. Quanto à gestão dos riscos com garantia do Estado...

A Cosec gere os negócios por conta do Estado em seguros de crédito, caução e outubro de 2015

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grande entrevista gran entrevista

“No ano passado, a nossa exposição, ou seja, as garantias dadas aos nossos segurados sobre as suas vendas a crédito, aumentou cerca de 15%, atingindo os 10,6 mil milhões de euros” de investimento para países de risco político. Esta atividade tem estado centrada, nos últimos anos, na cobertura de operações de curto prazo no âmbito da Linha de Seguros de Créditos à Exportação para Países Fora da OCDE, que cobre operações de créditos até dois anos. A linha existe desde 2009, com um valor de mil milhões de euros e em 2014 cobriu cerca de 1.300 operações, em 64 países, num total de 220 milhões de euros de garantias, que potenciaram exportações de cerca de 940 milhões de euros. Esta linha tem sido muito importante para apoiar a diversificação das exportações portuguesas para países fora da União Europeia, que em 2014 já representaram 30% do total, designadamente nas exportações para Angola – este con12 act ualidad€

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tinua a ser um mercado muito importante, absorvendo quase 50% da atividade desta linha –, assim como Cabo Verde, Marrocos, Moçambique e Brasil. Mas não estão previstas novas linhas com o apoio do Estado?

Esta linha tem vigência até ao final deste ano, pelo que aguardamos uma posição do Estado relativamente à sua renovação, mas dada a importância que esta linha tem tido, nomeadamente para as PME (83% das operações que fizemos em 2014 foram destinadas a PME), temos fortes expetativas na sua renovação. Na opinião da Cosec, como vai evoluir a situação económica e financeira de Angola?

Angola, devido à importância do petró-

leo na sua economia e tendo em conta a queda dos preços desta matéria-prima, teve de refazer o seu Orçamento e as suas expetativas de desenvolvimento económico para os próximos anos. Aquilo que sentimos na Cosec – mais na área dos riscos com garantia do Estado – é que o nível de sinistralidade das operações para Angola continua muito baixo, mas não podemos deixar de referir que o problema da dificuldade de transferência de divisas, nos pagamentos aos exportadores portugueses, começa a ser objeto de alguma preocupação. Angola tem cumprido as suas responsabilidades em relação ao Estado português, designadamente na sua dívida restruturada há uns anos, pelo que acreditamos que a atual situação evoluirá de forma positiva. Mas a questão é mais financeira do que de risco económico...?

No âmbito da referida linha, nós cobrimos o risco comercial e o risco político dessas operações, ou seja, prevendo quer a hipótese de incumprimento do importador angolano, quer a transferência de divisas, que constitui o risco político do Estado angolano não disponibilizar divisas aos bancos para pagamento dessas importações. E quanto a um setor que parece estar a dar sinais de retoma, o da construção, está, de facto, a recuperar?

De facto, parece começar a ter uma evolução positiva. A Cosec foi ajustando a sua exposição com a evolução do setor, que atualmente ocupa o terceiro lugar em termos de importância relativa na nossa exposição, sendo o primeiro o setor alimentar, o segundo o retalho e o quarto o têxtil. Na exportação, o primeiro setor é o retalho, seguido do alimentar, do têxtil e da construção. Atualmente, sentimos alguma recuperação das empresas de construção, designadamente, com uma maior solicitação de garantias de seguro de créditos e pedidos de seguro caução.


gran entrevista grande entrevista De que forma têm procurado conquistar novos clientes, nas diversas áreas?

Pensamos que as empresas portuguesas devem aproveitar bastante melhor as vantagens do instrumento seguro de créditos. A diversificação dos mercados de destino das exportações tem de continuar, pelo que o seguro de crédito – designadamente através da linha de que falamos, para os países fora da OCDE, mas também pelo seguro de crédito comercial – poderá ter um papel relevante. E a Cosec tem feito esforços para despertar o interesse de novas empresas exportadoras, lançando no mercado novos produtos. Quando o Estado não renovou linhas para o seguro de crédito em 2013, a Cosec substituiu essas linhas por novos produtos – “Garantia+” e “Garantia++”–, que têm tido uma aceitação assinalável na nossa carteira de clientes. Temos também outros novos produtos, especialmente indicados para o segmento das PME, comercializados

“Angola tem cumprido as suas responsabilidades em relação ao Estado português, designadamente na sua dívida restruturada há uns anos, pelo que acreditamos que a atual situação evoluirá de forma positiva“ pela rede comercial do nosso acionista BPI, como o “Exportação Segura” e “Venda Segura”, para operações indi-

viduais, e o “Negócio Seguro PME”, que é uma apólice global bastante simplificada em termos de contratação. Queremos que mais PME despertem para o seguro de créditos, que, como disse, é absolutamente indispensável para desenvolver as empresas e reduzir os seus riscos. Hoje existem cerca de 23 mil empresas portuguesas a exportar e, em muitos casos, a apostar em novos mercados, e o apoio do seguro é indispensável para o seu crescimento nesses mercados. Um estudo da Solunion – participada em Espanha do nosso acionista Euler Hermes – sobre o mercado das PME exportadoras de Espanha concluiu que as empresas com seguros de crédito à exportação exportam em média para o dobro dos países do que as que não têm esse seguro. Queria ainda salientar o papel que a banca pode ter na dinamização destes produtos junto das empresas. Mais de metade das nossas novas apólices é hoje vendida através da rede comercial do BPI. 

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Bankinter compra rede do Barclays Portugal por 100 milhões O banco espanhol Bankinter comprou o negócio de banca de retalho do Barclays em Portugal, por 100 milhões de euros. O Bankinter, em conjunto com a Mapfre, adquiriu, igualmente, os negócios de seguros de vida da organização britânica, por mais 75 milhões de euros, de acordo com o “El País”. O negócio envolve os 84 escritórios e os 185 mil clientes do banco britânico, de acordo com a mesma fonte. O acordo, cujos contornos foram já divulgados oficialmente, inclui, além da operação da banca de retalho, o negócio de seguros de vida e pensões em Portugal. O acordo de compra inclui quer a atividade de banca comercial (balcões)quer a banca de empresas que o banco britânico gere em Portugal. O Barclays tem um carteira de créditos de 4.880 milhões de euros, 84

balcões, mil empregados e 185 mil clientes, entre os quais 20 mil empresas. Há um ano, o Barclays vendeu o negócio de retalho em Espanha ao CaixaBank, por 800 milhões de euros. A divisão de seguros do Barclays em Portugal é adquirida pela Bankinter Seguros de Vida e pela Mapfre (50/50%). O banco tem mais de mil milhões de euros em ativos sob gestão e lucrou 12,7 milhões de euros no ano passado. O Bankinter irá ficar com a rede comercial do Barclays, que opera no segmento de particulares e de banca de PME e que conta com cerca de mil trabalhadores. Quanto ao Barclays, as suas operações em Portugal irão cingir-se, desta forma, ao negócio de cartões de crédito (BarclayCard), gestão de ativos e grandes empresas.

Volume denegócios do El Corte Inglés Portugal sobe 4,7%

O El Corte Inglés - Grandes Armazéns atingiu, no último exercício, um volume de negócios de 417,48 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 4,7% relativamente ao ano anterior. Este exercício, terminado a 28 de fevereiro e que corresponde ao 13º ano completo de atividade em Portugal, foi avaliado como muito positivo, considerando a conjuntura económica e deveuse, segundo a empresa, “a um grande esforço de dinamização da atividade comercial”. Os resultados brutos de exploração aumentaram 25,8%, para os 38,4 milhões de euros, bem como os lucros, que atingiram os 18,4 milhões de euros, um valor que “supera amplamente o do ano precedente”, frisa a empresa. Ao longo de todo o exercício, a empresa continuou a apostar na incorporação de novos produtos, marcas e serviços. De igual modo, foram feitos investimentos em marcas diferenciadoras.

Santander mantém aposta em Portugal Ana Botín, presidente do Banco Santander, reafirmou, numa deslocação a Lisboa no mês passado, que “Portugal é um mercado estratégico para o Santander”. “Continuamos a apostar no mercado português, onde estamos a ampliar as nossas operações”, assegurou Ana Botín. Coincidindo com o primeiro aniversário da sua designação como responsável máxima do Banco Santander, a deslocação de Ana Botín permitiu destacar “o excecional comportamento do Santander Totta, a única das grandes instituições financeiras do país a ter sempre resultados positivos ao longo dos últimos anos”, como frisou. No decorrer da sua permanência em Portugal, a presidente do Banco Santander manteve vários encontros insti-

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tucionais e reuniu-se, ainda, com um grupo de empresários e investidores, tendo sublinhado, nomeadamente, que “num momento em que Portugal se transforma numa economia cada vez mais aberta e exportadora, as suas empresas necessitam ainda mais de um banco que esteja com elas no seu mercado natural e nos seus novos mercados, sejam eles na Europa, na América, ou na Ásia”, acrescentou. “Queremos ser o banco

de referência das empresas e do negócio internacional em Portugal”, explicou Ana Botín, que disse que isso será possível graças à “excelente posição de solidez no mercado, que nos permite aumentar o crédito às empresas e apoiar novos projetos de investimento no país”. Num encontro com quadros do banco, transmitido para as 560 agências que o Santander Totta tem em Portugal, Ana Botín disse acreditar que esta posição de apoio à economia portuguesa e às empresas “permitirá ao banco crescer ainda mais, e conquistar maior quota de mercado”. Ana Botín destacou igualmente o compromisso do banco em apoiar o ensino superior em Portugal, com 25 milhões de euros até 2018.


Breves Banco Popular Portugal com lucros de 32 milhões de euros até junho O Banco Popular Portugal obteve lucros de quase 32 milhões de euros na primeira metade do ano, um resultado bastante superior aos 1,2 milhões de euros registados no período homólogo. Em comunicado, a instituição informa que, no final de junho deste ano, “o ativo líquido do Banco Popular ascendia a 8,2 mil milhões de euros, tendo neste período obtido um resultado líquido de cerca de 32 milhões de euros”. O banco justifica este resultado líquido sobretudo com “a rubrica outros resultados de exploração, em cerca de 45 milhões de euros, resultante da alienação da unidade de negócio responsável pela gestão de ativos imobiliários e

de exposições creditícias de clientes associadas ao setor imobiliário”. No primeiro semestre de 2015, o Banco Popular Portugal apresentava capitais próprios no montante de 720.478 mil euros e geria mais de 9,2 mil milhões de euros de ativos totais, de acordo com a informação prestada ao regulador do mercado. O banco, que conta com uma rede de 169 agências de 1.296 trabalhadores, registou uma margem financeira de 60,4 milhões de euros até junho, uma queda de 2,7% face ao mesmo semestre de 2014, devido à “redução superior a 20% nos juros e rendimentos similares, e à redução de mais de 35% nos juros e encargos similares”.

Sumol+Compal lucra 4,2 milhões no primeiro semestre A Sumol+Compal registou, no primeiro semestre de 2015, um resultado líquido, após interesses minoritários, de 4,2 milhões de euros, o que compara com lucros de um milhão no mesmo período de 2014. De acordo com a empresa, o crescimento é suportado pelas “condições favoráveis em Portugal” e pelo “reforço da presença das suas marcas em mercados africanos”. As vendas totais subiram 20,7%, para 166,4 milhões de euros. A faturação no mercado português aumentou 12,7%, para os 111,6 milhões de euros. Os mercados internacionais continuam a mostrar “um forte desempenho, especialmente o continente africano”, permitindo vendas de 54,8 milhões de euros, um crescimento de 42,1%. O peso da atividade internacional atingiu os 32,9% no final de junho. Já o volume de negócios, no primeiro semestre de 2015, ascendeu a 170 milhões de euros, mais 19,9% do que no período homólogo de 2014. “A conjuntura, no primeiro semestre de 2015, foi, de facto, favorável à operação da

Sumol+Compal. Contudo, deve ter-se em conta, também, o reforço da diferenciação das nossas marcas e a aposta continuada na internacionalização e na qualidade e inovação dos produtos disponibilizados no mercado”, afirmou Duarte Pinto, CEO da Sumol+Compal. As vendas da Sumol+Compal, em volume, cresceram 7,5%, para 199,3 milhões de litros. As vendas, em volume, dos refrigerantes progrediram 8,5%, as dos sumos e néctares 7,1% e as das águas 9,4%, enquanto as de cervejas decresceram ligeiramente. A Sumol+Compal mantém atividade fabril em Moçambique, enquanto se ultimam os trabalhos para o arranque da operação na unidade industrial do Bom Jesus, nos arredores de Luanda, esperando-se que a produção industrial da Compal em Angola tenha início este trimestre. Para já, a fabricante portuguesa tem um acordo de distribuição com o grupo francês Castel, dono da cerveja angolana Cuca, destinado ao mercado africano.

Vilamoura lança plano de desenvolvimento de mil milhões de euros O plano de desenvolvimento do empreendimento turístico de Vilamoura, em Loulé, envolverá um investimento de mil milhões de euros, revelaram recentemente os promotores do projeto, que este ano foi adquirido pelo grupo norte-americano Lone Star Funds. O master plan foi dado a conhecer pela Vilamoura World, a entidade criada para o desenvolvimento do projeto, o qual prevê uma intervenção numa área de 400 hectares, que será conseguida através de 18 projetos, que estão “prontos para venda”, ou seja, abertos a quem queira investir. Este plano “inclui uma área de construção bruta de baixa densidade, de 680 mil metros quadrados, totalmente aprovada, numa área de implantação total de quatro milhões de metros quadrados”, de acordo com a Vilamoura World. As áreas de desenvolvimento variam entre os 1,5 e os 168 hectares, combinando os usos residencial, de lazer, de turismo e de retalho. Foi ainda anunciada a existência de “parceiros financeiros de Vilamoura, liderados pelo Santander”, e que “estão preparados para o financiamento da construção destes projetos e para apoiar os potenciais investidores”. “Nos últimos anos, Portugal tem feito enormes esforços para atrair o investimento direto estrangeiro, através de benefícios fiscais e do programa golden visa. Vilamoura representa uma grande oportunidade de investimento no futuro de Portugal”, considerou o administrador do empreendimento Paul Taylor, durante a apresentação do master plan daquele que será “o maior resort do Algarve”, incluindo as áreas de Vilamoura Marina, Vilamoura Golf, Vilamoura Active, Vilamoura Villages, Vilamoura Estates e Vilamoura Lakes. Amorim Cork Ventures lança a segunda “Call” para empreendedores Lisboa foi o lugar escolhido para a nova fase de captação da Amorim Cork Ventures, a incubadora da Corticeira Amorim criada há um ano e que já recebeu mais de 140 candidaturas. “A realização do programa de capacitação na capital portuguesa visa facilitar o acesso de empreendedores com ideias, aplicações ou propostas de negócio inovadoras para o setor da cortiça, evitando, assim, que se percam oportunidades por restrições geográficas relacionadas com a sua localização”, enquadra o grupo corticeiro. A segunda “Call” para empreendedores, lançada no mês passado e que se estende até ao próximo dia 15, será

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Breves materializada em parceria com a Beta-i, num modelo que contempla programa de capacitação e workshops diversos. A decisão dos projetos a apoiar será tomada na primeira semana de dezembro. Segundo Paulo Bessa, diretor geral da Amorim Cork Ventures, “na análise das candidaturas, continuaremos a privilegiar os princípios de seleção definidos como prioritários no lançamento da incubadora e que estão relacionados com o grau de inovação do projeto, a importância da cortiça na proposta de negócio, o potencial exportador e, não menos importante, o perfil do empreendedor ou equipa empreendedora”. Entre as 140 candidaturas recebidas, foram já constituídas duas start-ups, a que se juntam 10 projetos em incubação. DSV Air & Sea aposta no short sea shipping A DSV Air&Sea, operador que lançou o serviço de short sea shipping como complemento aos seus serviços de transporte terrestre dentro da Europa, conseguiu já, desde 2012, duplicar o número de envios para toda a Europa, especialmente para destinos como o Reino Unido, países escandinavos, Rússia e norte de África. “A DSV Short Sea Shipping garante um transporte fiável da maneira mais económica e ecológica. Os serviços não só contam com o transporte via Oceano Atlântico, Mar do Norte, Báltico e Mar Mediterrâneo, mas também tornam possível transportes intermodais, combinando o tráfego marítimo, rodoviário e ferroviário, aproveitando, assim, todas as vantagens que oferece este transporte multimodal, e incrementando a sua eficácia num tempo ótimo. Entre as mais importantes, destacamos a sua estabilidade, competitividade, segurança, o seu reduzido impacte ambiental e a sua capacidade de transportar todo o tipo de cargas”, assegura a empresa. “Estar atentos às exigências dos nossos clientes e responder às mesmas com rapidez e qualidade de serviço trouxenos resultados muito positivos neste tráfego”, afirma Juan Antonio Alonso, Business Development Manager para a DSV Air&Sea Espanha e Portugal. “Em 2014, a divisão de Short Sea Shipping tinha crescido 18% face ao ano anterior. No primeiro trimestre de 2015 a tendência continuou, a ser possível até com maior velocidade de crescimento.” De acordo com a revisão do Livro Branco do Transporte da União Europeia, espera-se que o short sea shipping cresça 59% em toneladas métricas até ao ano 2020. Mercado automóvel da UE cresce 8,6% Em agosto de 2015, as vendas de veículos ligeiros de passageiros na União Europeia (UE) cresceram 11,2% face ao mês homólogo do ano anterior, refletindo

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Lançada obra de requalificação da Piscina do Campo Grande Foi lançada em setembro a primeira pedra da obra de requalificação da piscina do Campo Grande, que dará origem ao Centro Desportivo Go Fit Campo Grande. No âmbito da sua estratégia de inter naciona liz ação e expansão da marca, a Ingesport continua a apostar na capital portuguesa, depois da abertura do Go Fit Olivais, que está a registar uma grande procura, segundo a empresa espanhola, que prevê agora a inauguração do novo centro desportivo já no próximo ano. Na cerimónia de lançamento da primeira pedra, o presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina, realçou a importância que a requalificação do espaço tem para o município, pela sua localização na entrada da cidade e por represen-

tar uma estratégia de “Desporto para Todos” e de adoção de novos hábitos desportivos. Gabriel Saez, presidente do grupo Ingesport, sublinhou, por seu lado que “a Ingesport, através da cadeia de Centros Desportivos GO fit, tem no seu plano de expansão para Portugal a construção de mais oito instalações desportivas com um investimento calculado em 100 milhões de euros, para que se atinja os 100 mil cidadãos a praticar atividade desportiva, criando-se cerca de 700 postos de trabalho”.

Grupo de investidores portugueses compra rede de lojas da Phone House Um grupo de investidores portugueses adquiriu a rede de lojas da Phone House no mercado nacional. Com esta aquisição, a Digital Place pretende crescer no mercado de retalho de telecomunicações. A única acionista da Phone House em Portugal já tinha anunciado que pretendia desfazer-se da operação em solo nacional e que o negócio deveria ficar concluído até ao final de agosto. A Digital Place, que tem como ati-

vidade a venda online de produtos eletrónicos e está sedeada em Paços de Ferreira, adquire, agora, uma cadeia de 130 lojas espalhadas pelo país. A loja online é detida pelos mesmos acionistas do grupo TLCI, que agrega as empresas de distribuição de produtos de telecomunicações TLCI2, MMCI e Mobile World. A Phone House em Portugal conta atualmente com cerca de 750 trabalhadores e 130 lojas.


apuntes de economÍa

ActivoBank disponibiliza serviço pioneiro de abertura de conta online O ActivoBank acaba de lançar o serviço de abertura de conta online, um serviço pioneiro em Portugal, com funcionalidades únicas e inovadoras. Entre outras funcionalidades, esta plataforma permite o carregamento de documentos, acelerando todo o processo de abertura de conta. “O processo é extremamente simples e atraente, com as imagens em cada ecrã a adaptarem-se às informações fornecidos pelo cliente, personalizando, assim, a experiência e tornando-a mais leve”, explica a instituição.

O objetivo é, ainda, simplificar e poupar tempo aos clientes no seu acesso digital, assegura a mesma fonte. A proposta de valor do ActivoBank traduziu-se desde o início das suas operações e está patente, nomeadamente, na assinatura da marca “Simplifica”.

Setor segurador gere carteira de mais de 53 mil milhões de euros As carteiras de investimentos das seguradoras portuguesas continuam a basear-se sobretudo em obrigações, que representam cerca de 69% do total investido por estas entidades, tendo em conta dados do primeiro semestre de 2015. Mas o seu peso voltou a reduzirse, pelo segundo trimestre consecutivo, consolidando a tendência já verificada desde finais de 2012, adianta a Associação Portuguesa de Seguradores. A APS explica esta tendência por fatores conjunturais e pelas baixas rentabilidades atualmente oferecidas para investimentos em obrigações, em consequência da descida generalizada das taxas de juro. No final do primeiro semestre de 2015, a carteira de ativos de investimento do setor segurador superou ligeiramente os 53 mil milhões de euros, o que representava uma variação negativa de 0,2% em relação ao final de junho de 2014. Apesar de ter diminuído em relação ao trimestre anterior, o investimento em dí-

vida pública representa quase metade desta fatia das obrigações e um 1/3 da carteira total, continuando a dívida pública portuguesa a ter aqui um lugar de relevo, com um valor da ordem dos 10 mil milhões de euros. Estas circunstâncias levaram as seguradoras a “procurar, ainda que de forma muito controlada, outro tipo de investimentos, com rentabilidades esperadas superiores. Exemplo desta estratégia continua a ser o reforço das aplicações em ações, ainda que o seu peso na carteira global de ativos não ultrapassasse os 7,3% no final do primeiro semestre deste ano (ou 10,8% se englobados também os fundos de investimento em ações)”, afirma a APS. Ainda em relação à composição da carteira por tipo de ativos, no primeiro semestre deste ano perderam peso os depósitos, a dívida privada e os produtos estruturados.

apontamentos de economia uma contínua recuperação do mercado e prosseguindo a tendência ascendente iniciada há dois anos. Agosto é, tipicamente, um dos meses mais fracos de vendas, tal como fevereiro, mas, todavia, neste mês o mercado registou um crescimento contínuo em todos os principais mercados, nomeadamente em Espanha (+ 23,3%), Itália (+ 10,6%), França (+ 10,0%), Reino Unido (+ 9,6%) e Alemanha (+ 6,2%), face ao mesmo mês do ano anterior. No conjunto da UE, as vendas de veículos ligeiros de passageiros ascenderam a 744.799 unidades. No período acumulado de janeiro a agosto de 2015, as vendas acumuladas de veículos ligeiros de passageiros aumentaram 8,6% face ao período homólogo do ano anterior, superando os nove milhões de veículos. Mercado de ginásios retoma expansão O número de inscrições de ginásios na associação nacional do setor, AGAP – Associação de Ginásios de Portugal, registou um aumento de cerca de 60%, entre janeiro e agosto de 2015, face a igual período do ano passado. De acordo com a AGAP, inscreveram-se naquela entidade 68 espaços, sendo que apenas 10% pertencem a cadeias com duas ou mais unidades. Outro fator importante que contribui para este resultado prende-se com a abertura de boxes e estúdios de treino personalizado – uma forte tendência internacional – e cujo investimento é menor. Até hoje, a AGAP já registou 1.100 ginásios em todo o território nacional, num mercado que estará perto de ultrapassar os 700 mil clientes e, desta forma, a aproximar-se da média europeia, tendo este sido um dos motes do “8º Encontro Nacional” desta associação, que decorreu no mês passado em Oeiras. Clarel aumenta oferta no país com novas lojas A DIA Portugal prossegue a expansão da sua rede de lojas da insígnia Clarel, com a inauguração de mais duas lojas, localizadas em Vila Real (na foto) e Setúbal, superando agora os 50 pontos de venda em todo o país. Como complemento à rede Minipreço, a Clarel é um novo conceito de loja especializado em produtos de beleza, cuidado pessoal e higiene do lar. As lojas Clarel comercializam diversas marcas exclusivas do grupo DIA, nos segmentos de beleza e higiene pessoal, puericultura, cosmética e maquilhagem, alimentação e produtos petfood.

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Breves Los cruceros aportan a Barcelona 796 millones de euros al año La industria de los cruceros que recalan en el puerto de Barcelona genera una facturación anual de 796 millones de euros al año, tanto en aportación directa como en indirecta e inducida, según un informe realizado por la Universidad de Barcelona elaborado con datos de 2014, en el que se cifra su impacto en el PIB de Cataluña en 413 millones. La industria de los cruceros está en el punto de mira del Ayuntamiento de Barcelona, gobernado por Barcelona en Comú, que ha afirmado que estudia ordenar el sector y limitar el número de cruceros para evitar los problemas de saturación que padecen ciudades como Venecia. Según el informe presentado, encargado por el puerto de Barcelona, la industria de los cruceros genera 6.759 empleos en la ciudad, lo que se traduce en unas rentas fiscales de 152 millones, en impuestos estatales, autonómicos y tasa turística. El puerto de Barcelona es el primero en cruceros de Europa. El año pasado, 2,36 millones de viajeros – de los 4,89 millones que recibieron todos los puertos españoles – pasaron por él un total de 764 buques. Restalo crece con la compra de Restaurantes. com La plataforma online Restalo ha adquirido el portal Restaurantes.com, afianzando su crecimiento en el mercado de las reservas de restaurantes online en España. La empresa resultante operará bajo la marca Restaurantes.com y contará con una red de más de seis mil establecimientos en unas 600 ciudades españolas. Hasta la fecha, más de 1,25 millones de usuarios han utilizado los servicios de estas dos plataformas. El consejero delegado de la empresa, Pablo Pastega, ha asegurado que la operación “consolida nuestro liderazgo en el sector de las reservas de restaurantes en España, un mercado que tiene un gigantesco potencial”. Restalo, fundada en 2009, es una plataforma que cuenta con capital y tecnología 100% española. La nueva empresa, fruto de la compra de Restaurantes.com, contará con dos sedes, en Madrid y Barcelona, y el apoyo del fondo de capital de riesgo español Seaya Ventures, que en 2013 lideró una ronda de financiación de 7,4 millones de dólares en Restalo. Además, Antonio Fernández Ruiz y Jesús Alonso Gallo, los dos fundadores de Restaurantes.com, se integrarán en el equipo de dirección que estará liderado por Pablo Pastega.

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Seat destinará 3.300 millones para cuatro nuevos modelos en Martorell La compañía automovilística Seat destinará 3.300 millones de euros a su planta de Martorell en el período 2015-2019 para mejorar equipos, instalaciones e impulsar el I+D, de los que una gran parte irán a parar al desarrollo de cuatro nuevos modelos que la marca lanzará en los dos próximos años. Esta cifra supone el 80% de la inversión total de 4.200 millones de euros que el grupo Volkswagen anunciaba el pasado mayo que destinaría a sus plantas en España (Martorell y Navarra), lo que supone la

mayor inversión industrial de la historia en España. Es un 40% más de los recursos destinados por el grupo en los últimos 5 años, cuando Seat lanzó al mercado el León, el modelo más vendido hasta ahora. El primer modelo de esta ofensiva será un SUV compacto, que llegará al mercado en el primer semestre del 2016, al que seguirán otros tres, que Stackmann no ha querido adelantar, aunque la marca tiene entre sus planes lanzar otros dos SUV y renovar el actual Ibiza.

Axpo adquiere 25% de Goldenergy en Portugal El grupo energético de origen suizo ha entrado en el mercado portugués mediante la adquisición del 25% de la compañía lusa Goldenergy, que actualmente cuenta con una cartera de 250 mil clientes a los que suministra electricidad y gas natural. Goldenergy pertenece al grupo Dourogás y opera desde mayo de 2008 en el mercado portugués, donde es ya el segundo operador del sector del consumo doméstico de gas (mercado liberalizado) con una cuota

de mercado del 23%. Por su parte, Axpo tenía hasta el momento una presencia limitada en el mercado luso con una cuota de mercado cercana al 1,3% y muy basada en el suministro energético a clientes industriales de prácticamente todas las ramas de actividad. Con esta operación, se refuerza con claridad su actividad en Portugal y se abarcan nuevos mercados con clientes de menor consumo, pymes y el consumidor doméstico.

Porcelanosa abre nueva tienda en Nueva York El grupo Porcelanosa ha abierto una nueva tienda insignia en la Quinta Avenida de Nueva York como un espacio dedicado a la arquitectura y el interiorismo dirigido al perfil más profesional. El edificio ha sido sometido a una rehabilitación dirigida por el estudio de Norman Foster y cuenta con 2.000 metros cuadrados distribuidos en seis plantas y, según la compañía, está concebido para convertirse “en referencia mundial” para la arquitectura y el interiorismo.

Porcelanosa Grupo tiene una trayectoria de más de treinta años en Estados Unidos, donde abre ahora su vigésimo quinta tienda y donde posee más de 500 distribuidores autorizados. El edificio, ubicado en el cruce de Broadway y la Quinta Avenida, en Manhattan, junto al Madison Square Park y frente al Flatiron, tiene una singular historia, al acoger, entre otras, la empresa juguetera de Albert Gilbert, fabricante de los primeros mecanos, juegos de química y telescopios.


Endesa promueve la 1ª subasta de energía solar para la Península Ibérica El regulador financiero portugués, la Comisión del Mercado de Valores Mobiliarios (CMVM), ha dado luz verde al lanzamiento del producto SPEL Solar por parte de OMIP, lo que permitió la celebración de la primera subasta de energía solar para la Península Ibérica, promovida por Endesa. La subasta está dirigida a productores solares de forma que les permita vender su energía a plazo, directamente o a través de sus representantes. Entre las prin-

cipales ventajas, con esta subasta se ofrece un precio de mercado estable al productor, en un entorno transparente, fiable y competitivo con el que puede reducir la volatilidad de sus ingresos. Supone también la creación de un índice específico para la producción de origen solar (SPEL Solar), el primero en toda Europa que servirá también de referencia para analizar la evolución y el comportamiento de esta tecnología en los mercados financieros.

Burger King abrirá 50 restaurantes en España este año y creará 1.000 empleos Burger King planea abrir este año más de 50 tiendas en España, que crearán unos 1.000 empleos, según ha explicado Theo Carmuça, director de Desarrollo de Franquicias de la región Mediterránea de la compañía. Además, ha añadido que España es un “mercado prioritario” para la cadena de restaurantes, tras Estados Unidos y Alemania. Según ha declarado Camurça a Europa Press, la compañía cuenta con tres princi-

pales franquiciados en España, Megafoods, Quick Meals Ibérica y KAM Consulting, que “generan bastante empleo, de 20 a 30 empleados por tienda”. Por ello, Camurça calcula que en España podrían crearse más de mil nuevos empleos. En total, la firma da trabajo a 18.000 personas en España. Actualmente, Burger King cuenta en el país con más de 200 restaurantes que ofrecen comida a domicilio.

Llorente & Cuenca adquiere 60% de Cink

La consultora de comunicación Llorente & Cuenca ha adquirido el 60% de la firma de consultoría en innovación digital Cink. La operación, según ha explicado la empresa en un comunicado, se enmarca dentro de la estrategia de crecimiento de la compañía vía adquisiciones. El grupo ha afirmado que el acuerdo le permitirá profundizar en el ámbito de la consultoría de la innovación y la transformación

digital, mejorando el apoyo a sus clientes. Han estado asesorados por Ineo Corporate, presidida por Francesc Homs, y esta operación se une a la anunciada recientemente por la cual, la firma de capital riesgo francesa MBO Partenaires adquirió el 22% del grupo. Esta inversión estaba enfocada al 100% en acelerar la política de adquisiciones de la que Cink supone la primera piedra. Cink es una empresa basada en España, dedicada a incorporar nuevos modelos de innovación y transformación digital en grandes compañías, basados en las metodologías ágiles que utilizan las mejores start-ups mundiales.

Gestores

en Foco

Cecilio Oviedo, nuevo Consejero Económico de la Embajada de España desde el día 1 de septiembre de 2015, es un Economista del Estado con casi 40 años de experiencia ininterrumpida al servicio de la Administración Española (desde 1976). Ha estado destinado como Delegado Regional y Territorial de Comercio en varias regiones españolas, como Consejero Económico en Cuba y en Miami (Trade Commissioner, responsable de la promoción de Tile of Spain), en la Representación Permanente de España en Bruselas y también anteriormente como Consejero Económico y Comercial en Lisboa (en el período transcurrido entre 2008 y 2012). Ha sido Subdirector General de la Inspección de Hacienda, Vocal Asesor de la Dirección General de Fondos Comunitarios del Ministerio de Hacienda y Asesor del Secretario de Turismo (responsable de inversiones turísticas españolas en el extranjero). Hasta ahora era Subdirector General Adjunto de Análisis y Estrategia para la Internacionalización y responsable de todas las Cámaras Oficiales de Comercio en el extranjero y de las relaciones con la Cámara de Comercio de España. Su vinculación con Portugal, país que “admira y ama profundamente”, es muy larga. Comenzó con un largo viaje familiar iniciático en su adolescencia, que le llevó a recorrer durante varias semanas este país desde la frontera de Tuy/ Valença do Minho hasta la desembocadura del río Guadiana en Vila Real de Santo Antonio y Ayamonte. Natalia Briales Cristóbal ocupa el cargo de Consejera de Turismo de la Embajada de España y directora de la Delegación Oficial del Turismo español, anteriormente ocupado por Antonio Nieto. Natural de Madrid, ha ocupado diversos puestos en la secretaría general del Ministerio de la Presidencia donde, entre otros, fue consejera del portavoz del Gobierno. Entre 2001 y 2006 fue consejera de Información y Prensa en Egipto y posteriormente en México, donde estuvo hasta 2011 ocupando el mismo cargo. En los dos últimos años ha sido consejera en la Secretaría de Estado de la Comunicación.

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Biosafe dá uma segunda oportunidade aos pneus em fim de vida Por ano, a Biosafe dá um destino sustentável e ecológico a 25.000 toneladas de pneus usados. A empresa transforma-os em granulado de borracha, que pode ser aplicado em soluções para áreas como o desporto, a segurança, a indústria, a agricultura, a jardinagem ou a construção civil. José Manuel Carvalho, diretor executivo desta empresa do grupo Nors, conta-nos como tem sido o percurso desta empresa pioneira na reciclagem de pneus usados e antecipa quais os principais desafios nesta área.

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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

omo surgiu a Biosafe?

A Biosafe – Indústria de Reciclagens, S.A. é uma empresa do grupo Nors que surgiu, em 1997, da necessidade de promoção da reciclagem de pneus em fim de vida, tendo sido pioneira em Portugal na produção de granulado de borracha reciclada de alta qualidade. Assumindo-se como uma empresa inovadora, é responsável pela valorização de um resíduo – o pneu em fim de vida – transformando-o em matéria-prima e produtos de alto valor tecnológico e também económico. 20 act ualidad€

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A Biosafe procura continuamente verificou-se a necessidade de desinscriar soluções sustentáveis e inovado- talação e reinstalação de toda a linha ras, sendo reconhecida internacional- produtiva. mente. Após a fase menos boa, verificou-se um crescimento gradual, tendo a Como se financiou a empresa nos pri- capacidade de produção passado de meiros anos de atividade? 6.000 para 15.000 toneladas anuais A Biosafe financiou-se com capitais de granulado. dos acionistas e da banca. Nos últimos anos, o desafio principal está ao nível da manutenção da Que balanço é possível fazer da ati- capacidade de produção e o lançavidade de empresa? O que tem sido mento de novos produtos com maior mais crítico e desafiante? valor acrescentado, associado a um Podemos dizer que a curva de apren- grande investimento em infra-estrudizagem do negócio não foi fácil, turas e no desenvolvimento de novos isto nos primeiros cinco anos, pois produtos.


actualidad atualidade Como começaram a internacionalizar-se e qual foi o critério de escolha para os primeiros mercados externos que abordaram?

A Biosafe disponibilizou os seus produtos para o mercado internacional desde o arranque. O critério de escolha inicial para os primeiros mercados foi, obviamente, a proximidade ibérica, seguida da proximidade europeia e africana, a que se seguiu a expansão para o resto do mundo. Atualmente, para além do mercado nacional, exportamos para cerca de 25 países situados nos cinco continentes. Quanto pesa a internacionalização na faturação da empresa?

Em 2014, as vendas de produtos acabados fora do mercado português representaram 77,2%. Quais poderão ser os mercados mais fortes para a empresa nos próximos anos? Quais estão a crescer?

Tradicionalmente, a Europa é a região mais forte, já que mercados como Alemanha, Espanha, França e o Reino Unido têm sido muito importantes para as nossas exportações. Definimos Espanha como mercado estratégico para lançamento dos nossos novos produtos. Estamos já a ter crescimentos significativos de vendas para Marrocos, Hong Kong e Austrália. De que vantagens beneficiam por estarem inseridos no grupo Nors?

A Biosafe sempre pertenceu ao grupo Nors, inicialmente chamado Auto Sueco, beneficiando das vantagens e sinergias inerentes da associação a um grupo empresarial como este, que está presente em 23 países, distribuídos por quatro continentes, com mais de 4.255 colaboradores e um volume de negócios superior a 1,5 mil milhões de euros.

Todos os produtos Biosafe são feitos com borracha reciclada? Que quantidade reciclam por ano e de onde vem essa borracha?

Os produtos produzidos pela Biosafe dividem-se em dois grupos: os granulados de borracha e os produtos transformados. Os primeiros são a origem de tudo, sendo, simultaneamente, produto acabado para aplicações externas, e matéria-prima para os produtos transformados produzidos internamente. Para a produção de granulado,

a matéria-prima são os pneus em fim de vida, cuja capacidade de processamento atinge as 25 mil toneladas anuais. Para a produção dos transformados usam-se os granulados reciclados atrás referidos, aos quais são adicionadas outras matérias-primas que, consoante o processo, podem ser resinas, pigmentos, polímeros e outros ou combinações entre eles. A capacidade de transformação da Biosafe cifra-se nas 11.000 toneladas por ano. outubro de 2015

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atualidade actualidad Quais são as principais inovações quer em produtos, quer em técnicas da Biosafe?

isolamento acústico, ferrovias, ge- para o mercado agropecuário. otecnia e drenagem, membranas Ainda neste setor, especificamente betuminosas, entre outras. nas explorações leiteiras, esperamos em breve poder lançar o Bioconforbed (cama animal), um produto inovador pelo seu cariz modular, Em 2014, as desenhado para privilegiar o conforto animal com impactos signifivendas de produtos cativos na produção de leite.

Até 2012, a Biosafe operava quase exclusivamente nas áreas do desporto e da segurança, proporcionando matérias-primas para execução, por exemplo, de pistas de atletismo, relvados sintéticos, campos de golacabados fora do fe, superfícies equestres, parques infantis, pisos de conforto, supermercado português Que faturação deverá atingir a Biosafe este ano? fícies absorventes de impacto, isto representaram para focar as mais significativas. A A faturação de 2014 foi na ordem partir daí, com o início da comerdos quatro milhões de euros, sendo 77,2% cialização dos transformados, enesperada uma subida para cerca de tramos em áreas tão díspares como 4,6 milhões de euros em 2015. a indústria, a agricultura, jardinagem e a construção civil, apresen- Que novos produtos poderemos es- Onde espera que possa estar a Biosafe daqui a 10 anos? tando soluções inovadoras para as perar da Biosafe? indústrias de plásticos, da borracha, A capacidade inovadora da Biosafe Executando a estratégia traçada e do calçado, do setor automóvel, pi- está focada no estudo dos merca- ancorando-se na sua visão, missão sos e camas para conforto animal, dos e, por isso, lançamos este ano o e valores, a Biosafe quer ser um dos paisagismo e áreas públicas, mis- Bioconformat. Trata-se de um piso líderes de soluções no mercado gloturas betuminosas com borracha, de conforto e segurança, específico bal de reciclados de borracha. 

Soluções de reciclagem em 25 países A Biosafe pertence ao grupo Nors (antiga Auto-Sueco), líderes mundiais de soluções de transporte e equipamento de construção. A empresa começou a dedicar-se à reciclagem de pneus em 1997, dispondo de uma capacidade produtiva instalada que permite dar uma segunda “oportunidade de vida” anualmente a 25.000 toneladas de pneus usados, o equi-

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valente a cerca de 3,2 milhões de pneus de veículos ligeiros. A unidade de IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) “está em constante procura não só de uma matéria-prima de alto desempenho, como de novas aplicações e serviços de engenharia, oferecendo know-how aos parceiros”. Com uma forte vocação exportadora, no ano passado, a empresa comercializou soluções para a Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Rússia, Geórgia, Israel, Líbano,

Arábia Saudita, Marrocos, Togo, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Peru, Chile, Nicarágua, Panamá, Bolívia, Costa Rica, Colômbia, Hong Kong, Bangladesh, Austrália e Nova Zelândia. Entre os mais recentes projetos, destaque para o facto de a Biosafe ter sido escolhida como fornecedor preferencial pela STI (Sports Technology Int.) Hong Kong para um projeto que prevê a execução de três campos desportivos no Stanley Ho Sports Centre Complex: um de basebol, outro de hóquei e futebol e outro de râguebi e futebol. A STI é um parceiro de referência da empresa, sendo responsável pela venda, no primeiro trimestre de 2015, de 472 toneladas de granulado de borracha para quatro destinos: Hong Kong, Índia, Filipinas e Tailândia.


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Little Buddha: investir em marketing e em design é fundamental Nasceu num ambiente de crise, em Espanha, mas conseguiu vingar e já opera também em Inglaterra e em Portugal. A agência Little Buddha ajuda as empresas a crescer, sustentadas numa forte estratégia de brand design, já que elevar o valor das marcas é essencial para manter o negócio bem oleado.

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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

resce a perceção de que “investir tempo e recursos em marketing e design é uma estratégia essencial de protecção das margens de uma marca e da sua sobrevivência no mercado”, consideram os profissionais da Little Buddha, uma agência, que nasceu em Barcelona, em 2007, “com o objetivo de levar mais longe o brand design”. Objetivo que parece estar a ser comprido, a julgar pelas palavras de Bertrand Massanes (foto, na página ao lado), um dos três sócios fundadores da Little Buddha: “Os nossos clientes reconhecem o valor que acrescentamos às suas marcas: mais que uma agência de design, somos uma boa combinação de profissionais de marketing, gestores de projetos, desenhadores, copy criativos e gestores de produção.” Iniciar um novo projeto numa altura em que a crise económica estava a atingir o seu ponto mais crítico e

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quando muitas agências em Espanha feiçoar as nossas propostas.” A agência quer “manter o rigor na estavam em pleno processo de reestruturação, foi o maior desafio, admitem metodologia de projeto e apresentaos responsáveis da Little Buddha. No ções” e continuar a acrescentar vaentanto, “a empresa foi marcando po- lor”. Bertrand Massanes, que partiu sição no mercado, desenvolvendo vá- para este novo projeto já com larga rios projetos para empresas espanholas experiência em marketing, na Danoe internacionais em setores como a ne e na Reckitt Benckiser, frisa que alimentação, bebidas, alimentos para é determinante “agir como parceiros, animais de estimação, higiene e cos- participando ativamente nos projetos, méticos, medicação e produtos de construindo ou desafiando o briefing limpeza domésticos”. A agência con- com os clientes”. A Little Buddha disponibiliza serviseguiu crescer de forma sustentada: “Desde o ínicio que o nosso desafio ços que abrangem: criação, estratégia e tem sido adaptar a nossa estrutura ao desenvolvimento das marcas (naming, crescimento que temos tido. Passámos branding, identidade corporativa); pade uma equipa de quatro pessoas para ckaging e design de produto e comunimais de 35, planeando crescer 15% cação gráfica da marca (incluí ativação este ano. Este crescimento traz o desa- no ponto de venda). fio de não perder o tratamento persoA empresa “aposta no talento”, fator “esnalizado com os clientes, que nos tem sencial para marcar a diferença no mercaracterizado desde o início, e oferecer cado”, pelo que procuram “perfis internavalores diferenciais, ser inconformista, cionais, com experiência de trabalho em sempre procurando melhorar e aper- mercados distintos”, de modo a poderem


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desenvolver projetos para EUA, Canadá, vários países em África, Rússia, Alemanha, França, Portugal e Espanha. A vantagem competitiva da agência assenta em quatro fatores de diferenciação, apontam: “A equipa: uma excelente combinação de professionais com vasta experiência em marketing de grande consumo, com uma visão estratégica e de negócio; criativos e gestores de conta com larga experiência em agências multinacionais. Isto permite-nos apresentar soluções a questões de marketing focadas no consumidor; a versatilidade: atuamos em diferentes categorias e setores, o que nos permite enriquecer os nossos projetos; a estratégia: fornecemos propostas relevantes para o consumidor que atenda às suas necessidades atuais e potenciais. Tentamos melhorar a proposta de valor a partir de uma perspetiva de marketing e uma abordagem do consumidor; alta taxa de fidelização dos clientes, tanto nacionais como internacionais.” Clientes como Affinity, Henkel, Maheso, Bimbo, Danone, Revlon, Gallina Blanca e Orangina Scheweppes, aceleraram a internacionalização da agência. “Recentemente, entrámos no Reino Unido, por ter grande poten-

cial e por ser um mercado onde os clientes valorizam o design”, informam os responsáveis da Little Buddha, acrescentando que estão desde junho também representados em Portugal, onde contrataram Ana Higuera (foto nesta página), perita em marketing de grande consumo e radicada em Portu- gal e Reino Unido, sempre com um pé gal há três anos. Com este novo passo, em França e Alemanha”. a agência passou a estar próxima dos A faturação atual de projetos realizaclientes portugueses, “reforçando a sua dos fora de Espanha é de 30%, considepresença na Península Ibérica, com o rando que nalguns casos o cliente pode intuito de se aproximar também dos ter sede em Espanha e filiais noutros papaíses de língua portuguesa como o íses. A Little Buddha deverá encerrar o Brasil e Angola”. ano com uma faturação de 1,5 milhões Ana Higuera salienta que a Little de euros, contra os 1,3 milhões obtidos Buddha está empenhada “na gestão de no ano passado. A agência tem investido equipas multiculturais e na criação de os lucros para financiar o seu próprio relações duradouras com os seus clien- crescimento, “contratando os melhores tes, certamente elementos valiosos profissionais e procurando consolidar a para as empresas portuguesas”. sua presença europeia com a abertura de Os administradores da Little Buddha escritórios em vários países”. acreditam que Portugal, Reino Unido, A Little Buddha estreia este mês uma França e Alemanha sejam mercados nova identidade corporativa, uma fortes para a agência nos próximos nova página web, um novo formato de tempos. “Temos projetos de identida- newsletter mais completo, um blogue e de corporativa e packaging em Portu- mantém-se ativa nas redes sociais. 

Que desafios enfrentam as marcas em termos de comunicação nos próximos tempos? hoje em dia não se aplica somente ao cartão de visita, é necessário estar visivel em redes sociais e com uma página web atrativa.

• Nasceu

• As

marcas têm de investir ainda mais na sua imagem/presença digital: a identidade corporativa

o conceito de logo responsive: versões possíveis de um logótipo em função do ecrã/dispositivo em que se visualiza.

• A

marca branca cresce em Espanha: Mercadona, que vende somente nas suas lojas, consegue mais de 50% de SOM total do mercado em alguns segmentos da sua própria marca. Neste contexto, as marcas devem ser capazes de demonstrar/justificar o valor acrescentado oferecido aos consumidores. Pelo que, o investimento em marketing e design se revela fundamental na estratégia de crescimento das marcas.

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Auditoría de compras para recuperar los ingresos perdidos La empresa española Acfyd Análisis apuesta por el mercado luso para seguir creciendo. Cuenta con un servicio eficaz aunque poco conocido en el que analizan los contratos y las facturas de sus clientes para que puedan rescatar los beneficios ocultos.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

anto en la economía doméstica como en la de la empresa hay muchas facturas y contratos que se quedan sin revisar. Si les dedicamos un tiempo descubriríamos que en muchas ocasiones estamos perdiendo dinero sin saberlo. La auditora Acfyd Análisis se fundó hace ocho años para analizar los contratos/ acuerdos, las facturas, los pedidos de compra, los documentos recibidos, y los sistemas informáticos internos de las empresas “con el objetivo de encontrar sobre pagos, descuentos no aplicados, rápeles no desconta26 act ualidad€

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dos y condiciones contractuales no respetadas”, explica Íker Espel Victoria de Lecea, uno de los seis socios de la firma española que cuenta con 15 años de experiencia en el mercado. Este tipo de auditoría masiva o de compras apareció en EE.UU. en 1979 y después se extendió a Europa y al resto del mundo. En el caso de España, las firmas inglesas y norteamericanas llegaron en los 90 para ofrecer estos servicios y a día de hoy se calcula que entre 50 y 75 grandes empresas los utilizan. “En su inicio este tipo de auditoría se realiza en el sector de la distri-

bución pero en estos momentos se auditan prácticamente todos los sectores como aerolíneas, energéticas, químicas u hospitales”, aclara Íker. Cabe recordar que en EE.UU. se recuperan al año más de 3.500 millones de euros mientras que en Europa unos 350 millones. “En España y en Portugal no está muy extendido, Acuden a estas auditorías algunas grandes cadenas como Aki, Leroy Merlin, DIA, Inditex, Carrefour o Sonae”, reconoce el socio de Acfyd, aunque cree que hay mucho espacio para crecer. Hace ocho años eran 6 trabajadores y hoy son 30 y ya han


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estado en otros países a través de sus clientes. Llevan un año operando en Portugal, a petición de sus usuarios, y confían en poder expandirse en este mercado. Honorarios asociados al éxito Para llevar a cabo estas auditorías se utiliza un software propio y una metodología exhaustiva. Se trabaja sobre ejercicios contables cerrados (una media de tres a cinco años) y la auditoría se concentra en las cuentas de gastos de mayor relevancia. “Se efectúan controles pormenorizados sobre los puntos con mayor probabilidad de generación de incidencias”, aclara este auditor. Los honorarios de Acfyd están asociados al éxito de la auditoría, es decir, cobran un porcentaje del dinero recuperado y si no se produce dicha recuperación, el cliente no paga nada. Lo normal es trabajar con medianas y grandes empresas cuyo volumen de compras/gastos sobrepase los 100 millones de euros durante cinco años. “En muchas ocasiones no hay comunicación entre los departamentos de estas empresas y eso hace que no se revisen facturas o acuerdos”, explica Íker. Por ejemplo, una gran superficie ha negociado el precio de latas de una bebida cualquiera más barato de lo habitual por tratarse de un gran pedido. Pero a la hora de la verdad, en la factura, el precio que marca es el original y no se ha produ-

cido el descuento. Si tú lo reclamas te lo devuelven pero muchas veces nadie se da cuenta de que la factura está equivocada”. También se suelen producir incidencias con los contratos de alquiler de las superficies, como es el caso del grupo Inditex, que tiene miles de alquileres por España, y “es importante revisarlos y confirmar que se está cumpliendo lo acordado”.

trata de un tipo de auditoría amistosa, donde se ponen en contacto cliente y proveedor sin ningún tipo de enfrentamiento. Los auditores trabajan en la sede de las empresas que solicitan estos servicios por lo que es “fundamental la confidencialidad”.

Respuesta de los clientes Ni siempre es fácil llevar el mensaje a las empresas, “es algo poco conocido y hay entidades que no quieren a nadie externo trabajando en la Por un lado, cuenta Íker. Lo normal es que consiguen controlar elsede”, auditor se instale en las oficinas totalmente aquellas del cliente para poder tener acceso a toda la documentación y facturas áreas que con el necesarias. “Las empresas que contratan estos servicios son reincidentrabajo del día a día tes. Recuperamos siempre dinero, a no logran llegar veces más y otras menos”. Desde la dirección de la empresa recuerdan las muchas ventajas de realiAcfyd es socio corporativo de IAI zar este tipo de auditoría. Por un lado, (Instituto de Auditores Internos) y consiguen controlar totalmente aquelíderes en el mercado español. “Solo llas áreas que con el trabajo del día a en 2013 hemos contribuido en la día no logran llegar. También reduce recuperación de varios millones de los pagos erróneos, mejora los proceeuros a nuestros clientes y hemos sos y el rendimiento y resultados de las ayudado a mejorar procedimientos y empresas. Así mismo permite la autometodologías con nuevos parámetro”, financiación de los departamentos de recuerda este socio. Los clientes, mu- auditoría interna y la empresa tiene chas veces reacios al comienzo, aca- 100% del control de las reclamaciones. ban por entender que esta auditoría Sin olvidar que las empresas externas “te permite identificar el origen de la que los realizan reciben un porcentaje incidencia y mejorar procesos a nivel del dinero recuperado como única forinterno”. Subraya igualmente que se ma de remuneración.  outubro de 2015

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Avanza vai gerir Metro de Lisboa e Carris A Autoridade da Concorrência já aprovou a concessão dos serviços da Carris e do Metro de Lisboa à CET - Corporación Española de Transporte, que pertence ao grupo Avanza. Aguarda-se ainda o parecer da entidade reguladora e do Tribunal de Contas sobre a concessão dos serviços do Metro do Porto e da STCP, ganhas, respetivamente, pela francesa Transdev e pela espanhola Alsa.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

o âmbito da reestruturação do setor dos transportes, em Lisboa, os destinos dos dois serviços públicos de transporte de passageiros da Carris e do Metro passam a ser geridos pela CET - Corporación Española de Transporte. A empresa do grupo espanhol Avanza ganhou as concessões de oito anos para a Carris (autocarros e elétricos) e de oito anos e meio para o Metro de Lisboa, que já receberam luz verde para avançar por parte da Autoridade da Concorrência. O contrato de subconcessão estipula o pagamento de 1.075 milhões de euros por parte do Estado, que prevê poupar desta forma 215 milhões de euros. O grupo de serviços de transporte terrestre de passageiros em estrada Avanza detém uma vasta experiência na gestão de transportes de passageiros, sendo o primeiro operador privado de transporte público urbano em estrada em Espanha. Nascida em 2002, na sequência da fusão de três companhias de transportes espanholas (Tuzsa, Auto-reis e Vitras), a Avanza foi adquirida em 2013 pelo grupo de transportes mexicano ADO (Autobuses de Oriente), que gere uma frota de 10.000 autocarros e uma equipa de 29.600 funcionários, sendo o mais importante operador de transporte terrestre de passageiros do México. A multinacional mexicana comprou a Avanza à capital de risco britânica Doughty Hanson (que tinha adquirido a transportadora de passageiros espanhola em 2007) por 801 milhões de 28 act ualidad€

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euros. Desta forma, o grupo mexicano entrou no mercado europeu de transportes, nomeadamente em Portugal e em Espanha. Isto porque a Avanza também gere os Transportes Urbanos da Covilhã (Covibus) e os Transportes Urbanos de Vila Real (Corgobus). Com estes novos contratos, em Lisboa, o grupo Avanza aumenta para 31 (28 cidades espanholas e três portuguesas) as concessões de transportes urbanos. Entretanto, espera-se pelo parecer da Autoridade da Concorrência e do Tribunal de Contas relativamente à concessão dos serviços do Metro do Porto e da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, SA), atribuída, respetivamente, à francesa Transdev e à espanhola Alsa (filial do grupo britânico National Express), bem como à concessão da gestão da CP Carga. Recorde-se que a Transdev, que está presente em mais de 20 países, já havia

estado à frente do Metro do Porto, tendo integrado a Normetro, o consórcio que venceu o concurso para a criação, operação e manutenção da rede de Metro do Porto, antes de a gestão passar para as mãos do grupo Barraqueiro. No setor rodoviário, a Transdev opera em Portugal 12 empresas e gere uma frota de 1.500 viaturas. Por sua vez, a Alsa (Automóviles Luarca) integra, desde 2005, o grupo britânico National Express (líder no Reino Unido), que gere serviços de autocarros, expressos, metros ligeiros e comboios em vários países europeus, entre os quais Portugal e Espanha. No domínio das privatizações dos transportes, ficaram por concretizar as privatizações da Transtejo/Soflusa, Carristur e das linhas e serviços da CP. O processo de privatização da TAP aguarda pelo parecer do Tribunal de Contas. 


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World Travel Awards 2015: 14 prémios para Portugal e quatro para Espanha A Península Ibérica reafirma o seu protagonismo no turismo mundial, tendo arrecadado 18 prémios na edição deste ano dos World Travel Awards. Além de vários projetos hoteleiros premiados, destaque para o Algarve, considerado melhor destino de praia europeu, para Barcelona, que arrecadou os títulos de melhor porto de cruzeiros e melhor cidade para organizar eventos, e para a TAP, que conquistou três galardões. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Actualidad€ actualidade@ccile.org

O setor hoteleiro português obteve o total de nove prémios: melhor resort de praia da Europa - Hotel Quinta do Lago, melhor boutique hotel da Europa Vila Joya, melhor boutique resort da Europa - Choupana Hills Resort & Spa, melhor hotel de negócios da Europa - Myriad by SANA Hotels, melhor design hotel da Europa - The Vine Hotel, melhor hotel ecológico da Europa - Corinthia Hotel Lisbon, melhor hotel de charme da Europa - Bairro Alto Hotel, melhor resort & spa de ortugal arrebatou 14 pré- Magazine, que soma mais um pré- luxo da Europa - Conrad Algarve mios na edição deste ano mio à sua galeria. e melhor resort romântico da Eudos World Travel Awards, onde contava com 78 nomeações, em 48 categorias. A identidade dos vencedores foi coCom 29 entre 33 votos possíveis, damente pelo Turismo de Portugal, Portugal voltou a ser eleito para o trabalho que foi alvo de distinção nhecida no passado dia 5 de setemconselho executivo da Organiza- muito recentemente com o Óscar bro, na “Europe Gala Ceremony ção Mundial do Turismo (OMT). As de melhor autoridade pública de 2015”, que decorreu na Sardenha, eleições decorreram no passado turismo da Europa. Recorde-se em Itália, no Forte Village Resort. dia 14 de setembro, em Bogotá, na que essa foi uma das 14 distinDa lista de prémios entregues a Colômbia. Portugal já havia estado ções que o nosso país mereceu Portugal, consta a de melhor destina direção da OMT em 2005 e em por ocasião da atribuição recente no europeu de praia, que volta a ser dos World Travel Awards”, sublinha 1985. entregue ao Algarve. O Turismo de Desta forma, Portugal será repre- o Ministério da Economia, em coPortugal também voltou a ganhar sentado no órgão máximo da OMT municado. No mesmo documeno prémio de melhor organismo por João Cotrim de Figueiredo, pre- to, o ministério liderado por Pires europeu de turismo. A companhia de Lima, assinala que as receitas sidente do Turismo de Portugal. área portuguesa TAP ganhou em “Esta eleição confirma a importân- do turismo cresceram 37%, entre três categorias: melhor companhia cia do trabalho público que tem 2010 e 2014, e que estão a crescer europeia para África, melhor comvindo a ser desenvolvido, designa- este ano mais 13%. panhia europeia para a América do Sul e melhor revista de bordo, a UP

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Portugal regressa à direção da OMT


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ropa - Monte Santo Resort. Por sua vez, Espanha levou para casa quarto prémios, distribuídos entre Barcelona, Maiorca e Canárias. A capital da Catalunha ganhou nas categorias de melhor porto de cruzeiros europeu e na de melhor cidade europeia para organizar eventos e conferências. A ilha de Maiorca tem o melhor hotel e spa da Europa - resort Jumeirah Port Soller e na ilha Grande Canária fica o melhor casino e resort da Europa Lopesan Costa Meloneras Resort. De assinalar, que a nível interno, foram também atribuídos no mês passado os Portugal Travel Awards

– organizados pela publicação dirigida à indústria turística Publituris. A cerimónia decorreu no Pine Cliffs Resort, em Albufeira, e entregou prémios nas seguintes categorias: melhor companhia de aviação: TAP, melhor companhia low-cost: easyJet, melhor rent-a-car: Avis, melhor DMC: TA DMC, melhor operador turístico: Solférias, melhor rede de agências de viagens: Viagens Abreu, melhor hotel de cinco estrelas: Epic Sana Lisboa, melhor hotel de quatro estrelas: Heritage Av da Liberdade, melhor hotel de três estrelas: Dom José Beach Hotel, melhor hotel resort: Vila Vita Parc

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Resort & Spa, melhor boutique hotel: Pestana Palácio do Freixo, melhor design hotel: Altis Belém Hotel & Spa, melhor cadeia hoteleira: Hotéis Vila Galé, melhor campo de golfe: Onyria Palmares, prémio sustentabilidade: Ecorkhotel Évora Suites & Spa, melhor delegação de turismo internacional powered by BTL: Macau, melhor região de turismo nacional: Centro, evento do ano: final da Champions League prémio instituição de Ensino Superior em Turismo Powered by Travelport: Universidade de Aveiro, prémio carreira Belmiro Santos: António Trindade. 

Cerveja Sagres patrocina UEFA Europa League Cerveja Sagres é o novo patrocinador Ada UEFA Europa League nos jogos que vão decorrer em Portugal, um patrocínio que

Chefes aprovam Essilor O s chefes Justa Nobre e Rui Paula são os embaixadores na nova campanha da Varilux Essilor. Os dois chefes são a cara da nova campanha publicitária da Essilor, que está a decorrer em vários meios de comunicação social. A campanha arrancou no início de setembro, em duas sessões de degustação organizadas pelos dois chefes nos seus respetivos restaurantes, O Nobre, em Lisboa (na foto), e o DOP, no Porto.

Nos dois eventos, várias figuras públicas puderam assistir a um show cooking e deliciar-se com o coquetail proposto, e ainda conhecer melhor as características inovadoras que fazem com que “as lentes progressivas da Essilor sejam as líderes de mercado, com resultados comprovados de até 90% de redução do efeito de oscilação e 50% de aumento dos campos de visão binocular comparativamente às atuais lentes progressivas topo de gama”. 

uma vez mais vem reforçar a forte ligação da marca ao futebol. Este patrocínio surge no seguimento do acordo feito pela Cerveja Amstel (do grupo Heineken) com a UEFA como patrocinador da competição e que permite a outras marcas do portefólio do grupo ativarem localmente os seus patrocínios. Assim sendo, todos os jogos da Liga Europa em Portugal durante a Fase de Grupos até à Final contarão com a presença da Cerveja Sagres. Este acordo reforça uma vez mais que a Cerveja Sagres é a “Cerveja do Futebol“ em Portugal, que promove a alegria e o convívio, junto de todos os que são apaixonados por este desporto. A Cerveja Sagres é a marca portuguesa com maior associação ao futebol, uma ligação iniciada com o patrocínio à seleção nacional, em 1993. É também a Cerveja Oficial da Liga Portugal e da Taça de Portugal, patrocinando ainda clubes como SL Benfica, SC Braga, CF Belenenses, Estoril Praia, Boavista FC, Académica de Coimbra, SC Olhanense e SC Farense. 

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El Corte Inglés e Repsol renovam parceria e oferecem descontos O El Corte Inglés e a Repsol lançam mais uma edição da campanha que permite oferecer aos respetivos clientes descontos recíprocos. A ssim, cada cliente que realizar compras a partir de 30 euros no El Corte Inglés, Supercor, Bricor, ou via online , através do site Supermercado. elcorteingles.pt e na recente App do Supermercado, até ao próximo dia 21 de dezembro, recebe um cartão que lhe permite abastecer até 300 euros de combustível, com um desconto de seis cêntimos por cada litro de combustível em estações de

ser viço Repsol. O desconto é vá lido até ao dia 31 de dezembro de 2015. No mesmo período, os clientes podem ainda usufruir de outros relevantes descontos, uma vez que, ao abastecerem com 30 euros em combustível na Repsol recebem um va le de desconto de seis euros, que podem utilizar, posteriormente,

nas lojas ou nas plata formas online do grupo El Corte Inglés. 

Inovação e design na nova Delta Q Qool Evolution

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Delta Q, marca portuguesa de café em cápsulas, acaba de inovar e apresenta a nova Delta Q Qool Evolution, uma máquina cheia de estilo em que todos os pormenores prometem fazer a diferença. Com um novo design de vanguarda, fiel à identidade da marca, e uma utilização ainda mais fácil e

intuitiva, a nova máquina Delta Q Qool Evolution foi criada a pensar em todos aqueles que apreciam a inovação e valorizam a capacidade e a simplicidade aliadas à qualidade única do café Delta Q. Disponível em três cores – preto, vermelho e branco –, a máquina dispõe agora de um painel de con-

trolo com botões de extração programáveis, com um botão on / off mais acessível, uma bandeja ajustável para uso de copo alto e o depósito de água visível frontalmente, para um controlo mais fácil do seu nível. “A Delta Q Qool Evolution é o novo capítulo na história de sucesso que a Delta Q tem vindo a escrever. Atributos como fiabilidade, robustez, capacidade e simplicidade fundem-se numa simbiose perfeita e equilibrada – assim nasce uma máquina otimizada que ocupa agora menos espaço e que apresenta a mesma capacidade”, refere a empresa. A nova Delta Q Qool Evolution pode ser encontrada nos pontos de venda habituais, assim como no site da marca – www.mydeltaq.com – e nas lojas Delta Q, tendo um PVP recomendado de 79 euros. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Uma nova era no investimento privado em Angola

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uais as alterações que a Lei nº14/15, de 11 de agosto, traz para o Investimento privado em Angola?

Por Teresa Boino*

forma de realização dos investimentos. O Tem-se anunciado a retirada da ANIP investimento realizado sob esta forma não da aprovação dos projetos de investimento poderá ser superior a 30% do valor do in- e a passagem desta competência para os vestimento realizado pela sociedade cons- ministérios da tutela a que respeita o invesValor mínimo necessário para efeitos de tituída e apenas será reembolsável passados timento em concreto. investimento três anos a contar da data do registo nas Só com a publicação do decreto regulaFim do requisito/ exigência de um mil- contas da sociedade. mentar se pode confirmar esta intenção hão de dólares para o investimento externo com toda a certeza. qualificado, isto é, para o investimento ex- Repatriamento de lucros e dividendos terno que pretenda repatriar lucros e diviQuanto ao repatriamento de lucros e di- Taxa suplementar de imposto sobre aplidendos pela via oficial. videndos deixa de se fazer menção a que o cação de capitais – agravamento fiscal Agora é possível, em território angolano, mesmo deve ser proporcional e graduado, No plano fiscal, é criada uma taxa suo investimento estrangeiro de qualquer deixando de ser a ANIP a fixar esta gra- plementar de imposto sobre a aplicação de valor desde que o investidor não tenha pre- duação e proporcionalidade e passa a ser o capitais referente à distribuição de lucros e tensões a incentivos fiscais ao investimento. BNA a autorizar o repatriamento nos ter- dividendos. Manteve-se o valor de um milhão de dóla- mos por si regulamentados. Tudo indica que esta taxa recairá sobre o res apenas como necessário cumprir caso o montante em que os lucros ou dividendos investidor pretenda ter acesso a incentivos Incentivos fiscais ao investimento ultrapassem a participação do investidor fiscais ao investimento. Existem dois tipos de incentivos fiscais nos “fundos próprios”. Esta taxa suplemenA nova lei aplica-se a investimentos exter- diferenciados. Um para investidores an- tar é progressiva e será de 15% quando o vanos de qualquer montante e a investimen- golanos que invistam 500 mil dólares ou lor excedente for até 20%; 30% quando o tos internos cujo montante corresponda a mais e, outro para investidores externos. valor excedente for entre 20% e 50%; 50% valor igual ou superior a 500 mil dólares. De acordo com estas tipologias, os bene- quando o valor excedente ultrapassar 50%. fícios fiscais a conceder em matéria de imEste agravamento do imposto sobre apliParcerias obrigatórias com angolanos posto industrial, de sisa e sobre aplicação cação de capitais não se aplica aos dividenO novo diploma define e enumera, pela de capitais são calculados com base em cri- dos e lucros reinvestidos no país. primeira vez, setores prioritários da ati- térios objetivos que permitirão a redução vidade económica onde é obrigatória a gradual dos impostos referidos desde que Aplicação da lei no tempo participação de cidadãos angolanos, que os projetos de investimento cumpram cuA nova lei dispõe que os projetos de indeverão deter, pelo menos, 35% do capital mulativamente com os requisitos conside- vestimento pendentes à data da entrasocial e “participação efetiva” na gestão das rados importantes para a economia ango- da em vigor da mesma são analisados empresas, refletida no acordo de acionistas. lana na ótica da necessidade de atração de e decididos nos termos nela previstos, A saber: eletricidade e água; hotelaria e tu- investimento qualificado. aproveitando-se, com as necessárias rismo; transportes e logística; construção Os prazos de concessão da redução dos adaptações, os trâmites já observados. civil; telecomunicações e tecnologias de in- impostos industrial, sisa e sobre aplicação Como o decreto regulamentar ainformação e meios de comunicação social. de capitais variariam de um a 10 anos. da não foi aprovado, isto significa que A intenção é impedir que nos setocomo a nova lei se aplica aos projetos já res prioritários da economia o investi- Competência para aprovação de proje- entregues e não aprovados – e aos novos mento seja feito sem parcerias angola- tos de investimento que se venham a apresentar–, está tudo nas de modo a capacitar para o futuro O decreto regulamentar que há-de definir parado no que respeita à aprovação de o empresariado nacional. quem tem competência para aprovação dos projetos enquanto o referido diploma projetos de investimento já foi aprovado em regulamentar não entrar em vigor.  Limitação do uso de suprimentos na Conselho de Ministros mas não na Assemcomposição do valor investido bleia Nacional. Aguarda-se a sua aprovação * Partner da Boino & Associados Limita o recurso aos suprimentos como junto deste órgão e subsequente publicação. E-mail: teresa.boino@boino.pt

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Centro de Formação CCILE Pepex: Uma Solução para as Suas Cobranças Lisboa, 1 de outubro 09h30-13h30

O Pepex – Procedimento Extrajudicial Pré-Executivo - foi aprovado pela Lei nº 32/2014, de 30 de maio. Trata-se de uma nova ferramenta legal extrajudicial que pode ser utilizada pelos credores na recuperação dos seus créditos. Importa pois conhecer como utilizar e as vantagens inerentes ao mesmo. Importa, igualmente compreender em que situações este procedimento deve anteceder a ação judicial de cobrança e como é que este instrumento pode ser utilizado de forma prática pelas empresas para recuperar as suas dívidas sem recurso ao tribunal. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90

Guia dos Acidentes de Trabalho para Empregadores Lisboa, 05 de outubro 09h30-13h30

Em caso de acidente de trabalho, é essencial que o empregador conheça os procedimentos a seguir, nomeadamente como proceder se depois da alta o trabalhador sinistrado ficar incapacitado para o seu trabalho habitual e como reagir e se relacionar com a seguradora. É iguamente importante compreender como decorre o processo em tribunal e o seu papel no âmbito do mesmo e como acionar a intervenção do IEFP para o caso de não existir na empresa ocupação compatível com a incapacidade do trabalhador sinistrado. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90

Gestão de Stocks

Trabalhar em Angola: Nova Lei Geral do Trabalho Lisboa, 07 de outubro 09h30-13h30

Numa altura em que a economia angolana procura renovar-se e diversificar-se, a Nova Lei Geral do Trabalho inclui reformas que têm como objetivo flexibilizar o estabelecimento dos vínculos laborais, adaptar o mercado do emprego e de remuneração e prevenir o absentismo laboral, para garantir uma maior produtividade empresarial. Assim, importa dotar profissionais e estruturas organizativas de noções de direito laboral que permitam uma adequada gestão dos recursos humanos, criando projetos adequados e adaptados às especificidades do regime, fortes e duradouros, capazes de retornar investimento. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90

Merchandising Lisboa, 12 de outubro 09h00-13h00 Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Ajustar o seu espaço comercial às necessidades e exigências dos clientes é essencial, pois um merchandising deficiente acarreta custos para a empresa e não traz mais valias. Preços: Associados: €140 * Público em Geral: €180

Código Contributivo, Retribuição e Processamento Salarial Lisboa, 13 de outubro 09h30-13h30

Utilização de ARICA

Lisboa, 15 de outubro 09h00-13h00/14h00-18h00 O Aparelho Respiratório Isolante de Circuito Aberto (ARICA) é um equipamento respiratório utilizado essencialmente por quem trabalha em atmosferas potencialmente tóxicas, com baixo teor de oxigénio. É um dos equipamentos essenciais para a sobrevivência numa situação de risco. Preços: Associados: €100 * Público em Geral: €120

Responsabilidade Civil e Acidentes de Trabalho Lisboa, 21 de outubro 09h30-13h30

É imprescindível alertar e elucidar todos os colaboradores para a problemática dos acidentes de trabalho, da responsabilidade civil e das suas vicissitudes jurídicas. Preços: Associados: €150 * Público em Geral: €170

Alternativas ao Tribunal Judicial

Lisboa, 22 de outubro 09h30-13h30 Numa altura em que as dificuldades das empresas são muitas, em que a liquidez se reduz, as insolvências são elevadas, a Justiça não dá resposta adequada e a manutenção da relação com o cliente assume maior significado, importa que empresas e seus agentes conheçam os meios de resolução alternativa de litígios (RAL) como fator de diferenciação do seu negócio. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90

Contratar com Garantias e Menos Riscos

Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Uma Gestão de Stocks deficiente acarreta custos de armazéns, de pessoal, de produtos e de eficiência, traduzindo-se em enormes quantidades de material obsoleto.

As alterações na constituição da base contributiva, as taxas sociais únicas, os novos limites de isenção do pagamento da taxa social única e o novo regime dos trabalhadores independentes são matérias do Código Contributivo que importa às empresas conhecer e aplicar bem no seu dia-a-dia. Tal como também é importante conhecer as principais regras legais sobre retribuição base, diuturnidades, ajudas de custo, gratificações e as novas regras do subsídio de refeição.

Todos os dias se celebra contratos, porém os contratos empresariais não devem ser tratados da mesma forma como os demais contratos. O sucesso das cobranças depende muitíssimo do contrato ou das condições de venda que estão subjacentes ao negócio.

Preços: Associados: €200 * Público em Geral: €240

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Lisboa, 06 de outubro 09h00-13h00/14h00-18h00

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Lisboa, 26 de outubro 09h30-13h30


Governo das Sociedades Lisboa, 27 de outubro 09h30-13h30 Conheça as possíveis formas de estruturação da administração das sociedades comerciais, por quotas e anónimas, o estatuto de gerentes e administradores, os poderes de gestão e, bem assim, as responsabilidades inerentes ao exercício dessas funções. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90

Gestão Fiscal das Cobranças Lisboa, 28 de outubro 14h30-18h30 A partir de janeiro de 2015 passou a ser possível recuperar o IVA dos créditos em mora há mais de 24 meses sem recorrer ao tribunal, ou seja, de forma menos onerosa e mais rápida. Saiba como instruir o dossier fiscal para obter a certificação do ROC que se tornou indispensável para a recuperação do IVA. Saiba como gerir fiscalmente as suas cobranças duvidosas e os seus incobráveis. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90

ABC Jurídico da Formalização de Contratos

Lisboa, 29 de outubro 14h30-18h30 No exigente mundo dos negócios é essencial a quem negoceia saber expressar corretamente a sua vontade. A causa da maior parte dos diferendos em discussão nos tribunais resulta da ineficaz previsão da regulação das relações contratuais estabelecidas. A aplicação supletiva do regime legal a cada situação, na ausência de auto regulação, provoca, frequentemente, surpresa e resultados inesperados para o empresário. Preços: Associados: €70 * Público em Geral: €90 * A todos os valores acresce IVA à taxa legal em vigor (23%).

SESSÕES INFORMATIVAS Estruturas Empresariais Ibéricas Porto, 02 de outubro 10h00-13h30

Na presente sessão, visa-se determinar quais as estruturas societárias normalmente subjacentes à presença de empresas em Portugal e Espanha, bem como as especificidades associadas à constituição de uma sociedade e ao estabelecimento de uma sucursal, tanto de uma perspetiva jurídica como prática. O regime das fusões transfronteiriças no contexto ibérico será também algo de uma breve excursão. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50

Mecanismos de Combate à Utilização Indevida de Contrato de Prestação de Serviços Lisboa, 08 de outubro 10h00-13h30

De forma a eliminar os casos de “falsos recibos verdes”, foi publicada a Lei nº63/2013 que institui mecanismos de combate à utilização indevida de contratos de prestação de serviços em relações de trabalho subordinado. Este diploma, em vigor desde 01.09.2013, compreende duas grandes inovações, relacionadas com a ação inspetiva da ACT e com a tramitação processual a adotar para corrigir as situações indevidas. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50

Meios de Pagamento, Garantias de Cumprimento e Gestão e Cobrança de Créditos Lisboa, 20 de outubro 10h00-13h30

Existe atualmente um conjunto de disposições (meios de pagamento e garantias de pagamento) que permitem às empresas salvaguardar-se de situações de incumprimento por parte dos seus clientes. É essencial que as empresas conheçam esses mecanismos uma vez que, para garantir pagamentos e evitar correr riscos de cobrança difícil desnecessários, é imprescindível antever e prevenir situações de incumprimento conhecendo, monitorizando e acompanhando adequadamente os clientes. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50

Compensação por Cessação do Contrato de Trabalho Porto, 30 de outubro 10h00-13h30 Na sequência do Acordo de Assistência Financeira/Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo Português e a «Troika», em maio de 2011, o regime da compensação por cessação do contrato de trabalho previsto no CT, no âmbito de despedimento por razões objetivas e da denúncia de contrato de trabalho a termo, sofreu diversas e profundas alterações. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50

Acompanhamento de Inspeções Tributárias Porto, 16 de outubro 10h00-13h30 Qualquer empresa pode ser notificada pelas Finanças a fim de prestar informações ou agendar uma visita de um inspetor tributário. Para que não tenha surpresas quando for visitado é essencial compreender os seus direitos e obrigações e saber como reagir e atuar aquando de uma inspeção da Autoridade Tributária. Preços: Associados: €30 * Público em Geral: €50

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org

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La cultura,

motor económico y de desarrollo en la Península Ibérica El sector cultural goza de un gran dinamismo en la Península Ibérica. A pesar de la crisis y de los recortes de subvenciones culturales, tanto España como Portugal son países en los que la cultura es un importante motor de su economía. Existe además un fluido intercambio cultural dentro del territorio ibérico, aunque con algunas lagunas. Es un sector que crea empleo y riqueza, con una importante contribución para el producto interno bruto (PIB) y significativos movimientos en las exportaciones e importaciones. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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“E

spaña y Portugal poseen culturas muy dinámicas, con multiplicidad de agentes culturales y que gozan de un lugar muy destacado en el mundo global. La percepción pública no está siempre a la altura del dinamismo de esa vanguardia porque por lo general se habla de la cultura para las grandes masas”. Esta es una pequeña ref lexión de Ângela Fernandes, profesora auxiliar en el departamento de Literaturas Románicas de la Facultad de Letras de la Universidad de Lisboa y coordina además un proyecto de investigación llamado Diálogos Ibéricos en el que se relacionan cuestiones de la Península Ibérica en la Unión Europea. Al hablar del intercambio cultural entre los dos países, esta profesora portuguesa considera que “si pensamos en el nivel de conocimiento, hemos hecho un camino, nos conocemos mejor y hay un intercambio intenso”. No cabe duda que a nivel académico ese intercambio es hoy intenso y existe un gran dinamismo en la industria cultural de los dos países. Además cree que “las nuevas generaciones están más próximas culturalmente” y que sólo se gana con el diálogo. La profesora Ângela Fernandes considera también que la cultura ibérica debe hacer crecer el diálogo con Europa, “lograr una mayor apertura, sin complejos de inferioridad y acabando con la dicotomía centro-periferia”. Ese dinamismo cultural se traduce de forma inevitable en la economía de cada uno de los dos países. Son muchos los sectores que guardan relación con la cultura, como es el caso de las nuevas tecnologías o del turismo. Para el escritor español Marcos Díez, director de la Fundación Santander Creativa, “la cultura, siendo parte de la economía, no se puede regir

por reglas económicas porque todo lo que no tiene rentabilidad serán opciones que se pueden descartar y es necesario preservar la cultura”. Aunque reconoce que los números que mueve el sector son importantes advierte que “por lo general son negocios con poca solvencia, exceptuando las grandes empresas, que son una minoría”. Cree que la cultura irá ganando peso en los dos países y que se podría potenciar más el intercambio cultural entre ambos. Desde la fundación que dirige, cuenta con un proyecto en el que participa Oporto, Guimarães y Braga.

El sector de la cultura representa cerca de 1,9% del PIB portugués y un 3,4% del PIB español Desde las instituciones oficiales de los dos países se intentan estrechar esos lazos culturales. La crisis ha reducido e incluso suprimido muchas ayudas y subvenciones culturales pero no por ello se han dejado de realizar proyectos. Por el contrario, incluso hay más aunque sea evidente la falta de recursos. “Portugal es nuestro mercado por excelencia donde hay mucho interés por la cultura española”, explicó Pilar Masegosa, consejera de Cultura de la Embajada de España en Portugal. Buena prueba de ello es la cuarta edición de la Mostra Espanha (ver pág. 40), que se celebra cada dos años. “Hace dos años se realizaron 23 proyectos en 4 ciudades y esta vez son 42 proyectos que suponen 100 actividades en 13 ciudades”. La consejera destaca el creciente interés en colaboraciones ibéricas, “los presupuestos son

menores que hace unos años pero se trabaja más juntos, con la crisis nos hemos mirado más los unos a los otros”. Cree que tanto el cine como la literatura de los dos países se comunican bastante pero que habría que reforzar “el teatro y la danza que se ven muy limitados por los reducidos presupuestos”. La música ha sufrido un gran impulso y ahora, en casi todos los festivales que se organizan en Portugal hay algún grupo español”. Su homólogo luso, Pedro Berhan da Costa, llegó hace escasos cuatro meses a Madrid para ocupar un cargo extinguido hace unos años por la crisis. El hecho de recuperar este puesto ref leja el interés de Portugal en estar más presente en el país vecino a través de su cultura. “España es un país muy fuerte con una gran oferta cultural y resulta difícil para cualquier país afirmarse”, advierte el consejero. No obstante, nota que existe “una gran curiosidad por la cultura portuguesa y es una gran oportunidad para hacer muchas cosas. Queremos dar a conocer la cultura portuguesa pero en un sentido más amplio de la palabra, incluyendo todas las industrias culturales”. Sabe que existen varias limitaciones, sobre todo la económica, el gran tamaño del país y el mundo mediático, “porque si no comunicamos lo que hacemos no llegará a nadie”. Recuerda que desde la Embajada se intenta que la cultura portuguesa sea conocida en España pero que existen muchos agentes privados en los dos países que realizan mucho intercambio cultural. Y si hablamos de intercambio cultural en la Península Ibérica es inevitable resaltar el papel del Instituto Cervantes de Lisboa, que lleva años aproximando las culturas de los dos países. Su director, Javier Rioyo, afirma que desde este centro se pretende demostrar que “el iberismo es un hecho real”. Cree outubro de 2015

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Destaques de la Mostra Exposiciones Foto Consejeria información - Embajada de España

"El Greco en el Museo de Arte Antigua" - Del 14 de septiembre al 10 de enero 2016, en el Museu de Arte Antiga de Lisboa

Cine "Cinefiesta-Mostra de Cinema Espanhol" - Del 1 al 7 de octubre, en el Cinema CityCampo Pequeño, de Lisboa "Porto Doc/ Film & Media Festival" Del 1 al 8 de diciembre, en el Teatro Municipal Rivoli de Oporto

Música y baile "Festival de Flamenco" Argentina - 13 de octubre, Teatro São Luiz, de Lisboa Fuensanta La Moneta - 19 de octubre, Teatro São Luiz, de Lisboa

Encuentros

Foto Sandra Marina Guerreiro

"Homenaje a Ramón Gómez de la Serna" - 4 y 5 de noviembre, Instituto Cervantes de Lisboa "Homenaje a Ángel Crespo" Coloquio - 22 y 23 de octubre, Casa Fernando Pessoa Exposición - 22 de octubre/ 10 de noviembre, Instituto Cervantes.

que las relaciones ibéricas a nivel teórico, político y de conocimiento son muy buenas, pero se debe trabajar todavía más para mejorar muchos aspectos. “Hay también muy buenas intenciones para conocerse mejor. Los españoles van descubriendo la cultura portuguesa y se sorprenden del buen nivel de sus escritores”, afirma Rioyo. La cultura en cifras La cultura genera siete millones de puestos de trabajo en Europa, una cifra mayor que si sumáramos 40 act ualidad€

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La Mostra Espanha en Portugal y la Mostra Portuguesa en España tratan de acercar los mundos culturales de los dos países en sus más diversas vertientes

todos los empleos creados por las telecomunicaciones, la industria química y la automoción. Se sitúa así como el tercer sector con más empleo directo de Europa. Además, factura anualmente 535.900 millones de euros, según un estudio elaborado por la consultora Ernst & Young por encargo de las principales sociedades de autores europeas. Estos datos ref lejan que el sector cultural contribuye de manera cada vez más importante al desarrollo económico. El informe destaca igualmente que entre


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2008 y 2012, los años más duros de la crisis, el sector —en el que se agrupan, además de industrias creativas tradicionales como el libro, la música, las artes visuales, el cine o los medios de comunicación, la publicidad, la arquitectura o los videojuegos— siguió creando puestos de trabajo, con un crecimiento del 0,7% anual frente a una caída de idéntica cuantía registrada en el conjunto del mercado de trabajo europeo. En Portugal, durante el trienio 2010-2012 las actividades económicas relacionadas con la cultura fueron llevadas a cabo por cerca de 66 mil entidades que representaron, en media, 1,7% del valor añadido bruto (VAB) nacional, 2% del empleo total (cerca de 89.000 personas) y 2,2% del total de las rentas. Empleó cerca de 89 mil personas y representó cerca de 1,9% de la producción del país. Estos fueron los últimos valores divulgados el pasado mes de agosto por el Instituto Nacional de Estadística (INE) relativos a la Cuenta Satélite de la Cultura (CSC). En lo que se refiere al número de entidades comprendidas, destacó el dominio cultural de las artes del espectáculo, que concentraron casi un tercio del total. Mientras que relativamente al VAB y al empleo, fueron los libros y publicaciones por un lado (con pesos relativos de 33,2% y 36,6% respectivamente) y audiovisual y multimedia por otro (22,6% y 11,7% por el mismo orden), los que obtuvieron mejores resultados. Además en 2014, Portugal exportó bienes vinculados a la cultura por un valor superior a los 200 millones de euros de un total de 7,3 mil millones de euros de exportaciones de todo tipo de bienes. Angola y Mozambique son sus principales mercados. Hay que tener en cuenta que dentro de la Unión Europea tan

XIII Mostra Portuguesa Este año tendrá lugar la XIII edición de la Mostra Portuguesa organizada por la Embajada de Portugal en España. Todavía se trabaja en el programa definitivo de esta iniciativa que una vez más tratará de acercar la cultura portuguesa, en sus muy diversas variantes, al público español. La Mostra arranca el 2 de octubre en la sala Apolo de Barcelona con un concierto de Portugal Alive en el que participan los grupos Noiserv, Capicua y Linda Martini. Un día después, se celebra el mismo concierto en la sala Joy Eslava de Madrid. El 20 de octubre se inaugura la exposición de obras de Paula Rego en la galería Marlboroug. Ya en noviembre, el día 20, tendrá lugar el espetáculo “Os

Emigrantes”, de la Compañía de Teatro del Algarve en Los Santos Maimona (Badajoz). Una semana después, los días 26 y 27, se celebra el congreso Almada Negreiros en la Biblioteca Nacional de España. Para diciembre están previstas varias actividades, entre ellas una conferencia el día 2 de R2 Design (Lizá Defossez Ramalho y Artur Rebelo) en el Instituto Europeo de Design. Entre los días 3 y 14 se celebra el ciclo homenaje a Manoel de Oliveira con la proyección de las películas “O Gebo e a sombra”, “Singularidades duma rapariga loira” y “O estranho caso de Angélica”. El último espectáculo programado es un concierto de la Orquestra XXI (16 músicos), el día 16, obra de António Chagas Rosa y 1ª Sinfonia de Mahler.

solo Portugal, España, Finlandia, senta el 39,1% del total, seguido Polonia y República Checa tienen del sector audiovisual y multimedisponibles la Cuenta Satélite de dia (24,2%). la Cultura y las comparaciones En España se realiza también entre unas y otras se deben hacer cada año el anuario de estadísticas con cautela. No coinciden todos culturales, y el último se publicó los periodos y tampoco se conta- en noviembre de 2014 aunque bilizan los mismos aspectos. Entre con datos relativos al año antelos cinco países, Portugal es el que rior. Según los datos revelados en presenta un menor peso relativo este documento, facilitados por el de la cultura en el VAB (1,7%) y INE, el volumen de empleo cultuEspaña se sitúa en el medio (2,7%) ral ascendió en 2013 a 485,3 mil con Finlandia y Polonia con ma- personas, un 2,8% del empleo toyor peso (3,2%). tal en España en la media del periodo anual. Entre los trabajadoLos datos españoles res hay una mayor proporción de Los resultados de la CSC en varones (60,4 frente al 54,4%) y España indican que, en 2012, la una formación académica superior aportación del sector cultural al a la media, con tasas superiores de PIB español se cifró en el 2,5%, educación superior a las observasituándose en el 3,4% si se con- das en el conjunto nacional (65% sidera el conjunto de actividades frente a 41,2%). El número de económicas vinculadas con la pro- empresas cuya actividad económipiedad intelectual. Por sectores ca principal es la cultura ascendió destaca libros y prensa que repre- a 108.556 a principios de 2013, un outubro de 2015

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El negocio del libro España El último informe elaborado por la Federación de Gremios de Editores de España (FGEE) para el ejercicio 2013, recoge los datos de edición y facturación de las empresas editoriales privadas y agremiadas en España. La cifra de facturación global sufrió un descenso del 11,7% respecto al año anterior (2.181,97 millones de euros en 2013, 2.471,49 millones en 2012). Con este descenso, la facturación por ventas de libros ha disminuido un 29% entre 2009 y 2013. Más allá de la coyuntura económica de estos últimos años que ha afectado gravemente a la demanda, la FGEE considera que el factor diferencial español tiene que ver con los recortes en el sector, con la "notable reducción de las consignaciones presupuestarias para el sistema bibliotecario, la retirada de las ayudas a las familias para la adquisición de libros y contenidos educativos y a la extrema situación de piratería que vive

España". En cuanto a las ventas de libros en el mercado español, los datos tampoco son alentadores. Un año más, el número de ejemplares vendidos se ha reducido hasta los 153,8 millones de ejemplares, un 9,7% menos que en 2012 En España existen más de 800 editoriales, la gran mayoría en Madrid y Barcelona. En 2013, se editaron cerca de 80 mil títulos con una tirada media de 3.349 ejemplares. El mayor número de títulos es para la literatura. El 77,9% de los libros editados lo han sido en castellano, el 12,6% en catalán/ valenciano, el 2,3% en gallego, el 1,9% en euskera. La edición digital continúa su alza. En formato digital sólo se han vendido 80 millones de euros, frente a los 1.700 millones que lo han hecho en papel.

Portugal El volumen de negocios de las empresas que tienen como actividad

principal la edición de libros ha descendido continuamente desde el 2008. En el 2012, alcanzó un valor por debajo del nivel registrado en 2007, que rondaba los 356 millones de euros. El 2008 fue un pico sin paralelo en la edición, con 404 millones de euros en negocios. Estas empresas han ido disminuyendo y se ha producido un aumento del fenómeno de autoedición, de un autor o de una institución, y de la impresión bajo demanda. Estas conclusiones forman parte del estudio “Comercio Librero en Portugal” encargado por la Asociación Portuguesa de Editores y Libreros (APEL) al centro de Investigación y Estudios de Sociología del ISCTE-IUL para analizar el sector. Los resultados muestran que en el 2004 existían 694 librerías y su volumen de negocios era de 140,1 millones de euros mientras que en el 2012 el número de librerías se había reducido a 562 librerías con 126,2 millones de euros de facturación.

3,4% del total. La mayor parte de ministración Autonómica en 1.274 ellas (76,3%), se corresponden con millones y por la Administración actividades de la industria o los ser- Local en 2.726 millones. Cifras vicios, tales como edición, bibliote- que suponen descensos interanuacas, archivos o museos y el 23,7% les cifrados en el 19,3, 14,1 y 19,8% restante, con actividades vincula- respectivamente. El gasto medio das al comercio o alquiler de bienes por hogar vinculado a la cultura culturales. El 61% son empresas sin fue de 673,3 euros y el gasto measalariados, el 31,9% de pequeño dio por persona se situó en 265,7 tamaño (de 1 a 5 trabajadores), el euros. Según el análisis del comercio 6,4% tienen de 6 a 49 asalariados y el 0,7% restante son empresas exterior español del ICEX, España de mayor tamaño, con más de 50 exportó en 2014 bienes vinculados trabajadores. Madrid y Barcelona a la cultura con valor de casi 986 concentran la mayor parte de estas millones de euros, frente a unas empresas, con el 22,7% y el 20,2% importaciones de 1.200 millones de euros. La Unión Europea fue el respectivamente. En el ejercicio 2012 el gasto liqui- mayor destino de las exportaciones, dado en cultura por la Administra- seguida de Iberoamérica. En lo que ción General del Estado se situó en se refiere a las importaciones, casi 772 millones de euros, por la Ad- tres cuartas partes del total proce42 act ualidad€

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den de la UE. Por último, cabe destacar que en este sector, las exportaciones de Portugal a España de servicios personales, culturales y recreativos alcanzaron, en el año 2014, cerca de 19 millones de euros, lo que representa 0,7% del total y una caída de más del 45% en relación al año anterior. Las importaciones de Portugal procedentes de España superaron los 58 millones de euros (2,7% del total) registrando también una disminución del 45% en comparación al 2013, según los datos facilitados por AICEP. Según las estadísticas elaboradas desde ICEX, España exportó a Portugal 127,8 millones de euros en bienes culturales mientras que importó algo más de 17 millones de euros.


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Saramago y Unamuno, dos grandes defensores ibéricos Pilar del Río, periodista y traductora española, estuvo casada con el escritor José Saramago durante más de dos décadas, hasta el fallecimiento del Premio Nobel portugués en el 2010, considera que la acogida que José Saramago tuvo en España, desde "El año de la muerte de Ricardo Reis" hizo que, de alguna forma, se despertara el interés por Portugal en España. “Yo misma vine a Portugal porque necesitaba recorrer las calles y respirar el aire que Saramago narraba. Y en Lisboa supe de otros españoles que habían hecho lo mismo y hoy son, culturalmente hablando, tan españoles como portugueses. Porque la cultura siempre es viaje y los viajes no acaban nunca: por el camino hecho tanto se circula en una como en otra dirección y siempre aprendiendo”, explica la periodista que está al frente de la Fundación Saramago situada en la Casa dos Bicos de Lisboa. Asegura que es difícil encontrar un libro de José Saramago donde con toda naturalidad no estén presentes las dos culturas. Sin necesidad de hablar de "La Balsa de Piedra", que “ya es la apoteosis del destino común, en todos hay guiños, reflexiones y citas de ambas culturas y sus nombres señeros”. A la hora de hablar del escritor y filósofo español Miguel de Unamuno, Pilar del Río le define como un gran impulsor de las relaciones entre España y Portugal aunque no fue el único. “Todos los grandes nombres de las culturas ibéricas han estado a favor del conocimiento mutuo. Clarín, por ejemplo, defendió que la prensa de Madrid publicara autores portugueses en portugués, para que nos familiarizáramos con el idioma. Imagina si eso no se podría hacer ahora, con el portugués y con

el catalán“, reflexiona la periodista. “Y uno de los grandes de Portugal, Miguel Torga, en realidad se llamaba Alfredo Rocha, pero se pasó Miguel en homenaje a Cervantes y a Unamuno”, añade.

Pilar del Río: "Nuestra mayor fuente de ingresos está relacionada con el medio ambiente, con nuestra historia, con nuestros monumentos, con nuestras manifestaciones culturales concretas, como la música, el teatro, la danza y la literatura" Cree que el intercambio cultural entre ambos países podría ser mayor, pero “si tenemos culturas grandes las personas que habitamos estas culturas no somos tan grandes, es más, a veces somos tan pequeños

que pensamos que crecemos si nos apuntamos a modas anglosajonas, por poner un ejemplo, antes que a reconocernos”. A Pilar del Río le indigna que en Portugal no se conozca a Serrat, por ejemplo, y que las radios emitan música de quinta categoría “pero que lleva sello USA". En fin, criterios pequeños para gente pequeña que desprecia lo que ignora. E ignoramos tanto...”. Algunos ámbitos culturales están descuidados, como “teatros de ópera no coproducen, no se intercambia, no se reproducen artículos de los medios de un país en el otro, porque se desprecian mutuamente, las televisiones no invitan gente del otro país, no se proyecta cine, no se hacen semanas de inmersión lingüística para que cada uno se exprese en su idioma y todos nos entendamos, no se profundiza en el conocimiento”. Para Pilar del Río, tanto España como Portugal tienen poco más que la cultura. “Nuestra mayor fuente de ingresos está relacionada con el medio ambiente – cultura –, con nuestra historia – cultura –, con nuestros monumentos – cultura –, con nuestras manifestaciones culturales concretas, como la música, el teatro, la danza. Y la literatura es la bandera que descubre que somos múltiples”.

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Por Ángel S. Freire e Iñaki Carrera*

España y Portugal: arbitration user friendly

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ara determinar si un país se puede calificar como “arbitration user friendly ” es preciso analizar el control que hacen sus tribunales de justicia del laudo arbitral, bien sea en la resolución de una acción de anulación, en la concesión de un exequátur o bien en su ejecución. Si el control es objetivo y justo, despojado de cualquier prejuicio nacional, se puede concluir con casi toda certeza que ese país es una jurisdicción adecuada para la práctica del arbitraje.

Introducción La eficacia y celeridad de un procedimiento arbitral depende en gran medida del conocimiento y experiencia de los árbitros. Pero el éxito del arbitraje también necesita del apoyo de los órganos jurisdiccionales. En efecto, con posterioridad a la emisión del laudo puede ser necesaria la intervención de los jueces. Y sólo una intervención judicial que muestre un apoyo decidido por la institución arbitral puede permitir que el arbitraje se consolide en un Estado como medio fiable y eficiente de resolución de disputas. Así, la calificación de una jurisdicción como “arbitration user friendly” no la da tanto el nivel de sus árbitros o de sus instituciones arbitrales, sino de sus tribunales de justicia. De nada serviría que España y Portugal tuvieran los mejores árbitros y las más prestigiosas cortes arbitrales si llegados los laudos a los tribunales ordinarios 44 act ualidad€

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éstos no estuvieran a la altura de las circunstancias. I. El arbitraje en España En primer lugar, en lo que respecta a la ejecución del laudo, la ley española no tiene ningún resquicio que deje abierta la posibilidad de control del juez ejecutor sobre el fondo del asunto. Lo contrario supondría frustrar la finalidad última del arbitraje, que en términos del Tribunal Constitucional español, auto de 18 de julio de 1994, no es otra que la de “alcanzar la pronta solución extrajudicial de un conflicto”, y violaría la finalidad del proceso de ejecución que supone dotar de efectividad y eficacia una decisión que resuelve una disputa. En segundo lugar, la acción de anulación se rige por el principio de legalidad procesal, de modo que por la vía de la anulación no se controla la corrección o incorrección de la decisión de fondo, sino sólo los requisitos formales del laudo y del procedimiento. Por tanto, los jueces no pueden revisar el fondo de la decisión emitida por los árbitros cuando les sea sometido a su conocimiento la resolución de una acción de anulación contra el laudo arbitral. El Tribunal Constitucional ya había afirmado esta premisa con anterioridad (Sentencia 43/1988, de 16 de marzo), al anular parcialmente una Sentencia del Tribunal Supremo por haberse extralimitado en sus competencias en una acción de anulación de un laudo arbitral al haber revisado el fondo del asunto, con la consiguiente

infracción constitucional. El respaldo del Tribunal Constitucional al arbitraje fue aún más expreso en su Sentencia 288/1993 en la que afirmó que el arbitraje “... es un equivalente jurisdiccional, mediante el cual las partes pueden obtener los mismos objetivos que con la jurisdicción civil, esto es, la obtención de una decisión al conflicto con todos los efectos de la cosa juzgada” y en la misma línea se pronunció mediante la sentencia 176/1996, de 11 de noviembre. Los tribunales españoles, tras cierta inclinación inicial, y quizá innata de los jueces, a revisar el fondo de las disputas, han ido confirmando la tendencia a rechazar que la acción de anulación se convierta en un fraudulento recurso de apelación y aplicando, pues, restrictivamente, los motivos tasados de anulación. No obstante, no podemos dejar de señalar que el Tribunal Superior de Justicia de Madrid (TSJM) ha adoptado recientemente una serie de decisiones consecutivas favorables a la anulación de los laudos arbitrales. Nos referimos a las sentencias de 28 de enero, de 6 de abril y de 14 de abril de 2015, que han anulado tres laudos dictados en tres arbitrajes similares donde una sociedad demandaba al banco por entender que existió vicio en el consentimiento al contratar un swap. En los tres asuntos los árbitros desestimaron las demandas pero el TSJM anuló los laudos al concluir que sus razonamientos son arbitrarios por vulnerar el “orden público económico” de naturaleza sustantiva,


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

los fundamentos”, considerándose como orden público internacional “ los pilares fundamentales y concepciones dominantes de índole social, ético, político y económico expresos en principios y en reglas que el aplicador debe, en cada momento histórico, interpretar y reconocer con el fin de apreciar si los mismos pueden ser puestos en causa por el resultado que un determinado laudo puede conllevar”. Lo curioso es que, en la acción de anulación, el orden público relevante es asimismo el internacional (y no el interno, más ligado a las idiosincrasias nacionales), con la diferencia de que en el reconocimiento sólo importa los resultados manifiestamente incompatibles con dicho orden público internacional. Conclusión La legislación española y portuguesa configuran supuestos restrictivos al control de la legalidad de los laudos, estando prohibida la revisión del fondo del asunto, salvo indirectamente cuando se persigue averiguar su adecuación al orden público. A su vez, los tribunales ordinarios, en general, salvo los recientes y, esperemos excepcionales, casos de los laudos sobre swaps en España, siguen la línea de limitar cualquier tentativa de excesivo control, incluso en lo que respecta a la conformidad con el orden público (esos “pilares fundamentales”) haciéndolo de forma restrictiva y atendiendo solamente al resultado de la infracción y no al fundamento en sí. Podemos concluir, pues, que la tendencia de los juzgados y tribunales españoles y portugueses permite enmarcar a España y Portugal en el contexto de los países que apoyan decididamente al arbitraje.  Foto DR

definido como las reglas básicas y el tales de contradicción y de igualdad principio irrenunciable de buena fe de las partes, el criterio es el de la en la contratación de productos fi- esencialidad. Así lo dice la ley en el nancieros complejos necesitados de art. 46.3.a) ii) y los tribunales, ciespecial protección, como los swaps. tando una sentencia del Tribunal Así, el TSJM ha considerado que los de Apelación de Coimbra que debancos no han aplicado escrupulosa- terminó que “ la ofensa debe haber mente la normativa bancaria sobre interferido, de forma decisiva o decontratación de productos financie- terminante, en la decisión del objeto ros complejos, lo cual es claramente de la causa”. En cuanto a la validez una desafortunada invasión en la va- del convenio arbitral, la ley da priloración de la prueba efectuada por macía a los tribunales arbitrales en los árbitros que difícilmente encaja esa averiguación, y así lo establece en los tasados motivos de anulación. el art. 5.1, que dispone que los triEn tercer lugar, en lo que respecta a la fase de reconocimiento de un laudo arbitral extranjero, uno de los motivos para denegarlo que en España es más recurrente es, de nuevo, que ese reconocimiento resulte contrario al orden público, aplicando, en general, este concepto de forma restrictiva pues hay que evitar equiparar “orden público” y “regla imperativa”, siendo lo primero necesariamente más restringido que lo segundo. bunales ordinarios han de comprobar solamente que el convenio no es II. El arbitraje en Portugal manifiestamente nulo, ineficaz o de En Portugal la ley y la jurispruden- ejecución imposible. cia son muy similares a las existentes Teniendo en cuenta que la falta de en España (salvo lo resuelto en las fundamentación del laudo arbitral es sentencias mencionadas sobre los causa de anulación, el criterio para swaps), quizás porque compartimos juzgar ese defecto por los tribunales la misma península y tradición jurí- ordinarios es importante, pudiendo dica común. decir con alguna seguridad que el En primer lugar, la ley de arbitraje grado de fundamentación exigido es portuguesa consagra fundamentos más reducido que el de los tribunade anulación taxativos, siendo que les ordinarios. en el apartado 9 del art. 46 establece Por último, en lo relativo a la violaque “el tribunal estatal que anule el ción del orden público, única forma laudo arbitral no puede conocer del de revisar indirectamente el fondo fondo del asunto” y así lo respetan del asunto, en lo que respecta al relos tribunales en general. Lo mismo conocimiento de un laudo arbitral se puede decir del juez ejecutor del extranjero, el Tribunal Supremo laudo puesto que los fundamentos portugués ha establecido recientede oposición a la ejecución son los mente que “ la contrariedad al orden mismos que los de anulación. público internacional del Estado En lo que respecta al control de la portugués se averigua en función conformidad del procedimiento ar- del efecto jurídico al cual conduce bitral con los principios fundamen- el laudo arbitral, siendo irrelevante

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* Asociado Principal de Araoz & Rueda, Madrid (asfreire@araozyrueda.com) y Asociado de PLMJ (Inaki.carrera@plmj.pt)

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A tributação dos grupos de sociedades – – esclarecimentos

Por Rogério Fernandes Ferreira, Marta Machado de Almeida e Rita Arcanjo Medalho

da Autoridade Tributária

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s grupos de sociedades, constituídos nos termos do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, podem optar pela tributação através do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS). As alterações introduzidas pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, e pela Lei n.º 82-C/2014, de 31 de dezembro, suscitaram, porém, dúvidas interpretativas. Neste âmbito, a Autoridade Tributária (AT), publicou recentemente a Circular n.º 5/2015, de 31 de março, salientando, de entre os esclarecimentos prestados: (i) o alargamento da delimitação do perímetro dos grupos elegíveis para aplicação do RETGS, (ii) a opção pela continuidade do RETGS quando uma sociedade dominante passa a dominada, (iii) as regras de apuramento e dedução dos gastos de financiamento líquidos, e (iv) as regras de transmissibilidade dos prejuízos fiscais reportáveis. O primeiro esclarecimento da AT surge na sequência de jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia, que veio clarificar que esta opção pelo RETGS passou a poder ser exercida por uma sociedade dominante que não tenha sede ou direção efetiva em Portugal, relativamente às suas subsidiárias (com sede ou direção efetiva neste país), desde que, entre outros requisitos, aquela seja residente noutro Estado-membro da União Europeia (UE) ou no Espaço Económico Europeu (EEE) e esteja vinculada a cooperação administrativa, ao nível fiscal, equivalente à estabelecida na UE. Tal opção é também possível, segundo

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a AT, no caso de um grupo de sociedades em que a dominante seja residente noutro Estado-membro e seja dominada por outra sociedade não residente, ainda que esta última seja considerada dominante de outras sociedades residentes em Portugal. Salientamos ainda, neste âmbito, que a sociedade dominante não pode ser considerada dominada de nenhuma outra sociedade residente em Portugal, não sendo exigido que esta não seja considerada dominada por nenhuma outra sociedade também residente noutro Estado-membro da UE ou do EEE. Relativamente ao segundo esclarecimento da AT, quando a sociedade dominante passe a ser considerada dominada de uma outra sociedade, cabe à nova sociedade dominante a opção pela continuidade da aplicação do RETGS, devendo comunicar a sua manutenção à AT. Assim se visa impedir a cessação da aplicação do RETGS ao grupo cuja sociedade dominante passou a ser considerada dominada, desde que se encontrem verificados os respetivos requisitos. No que respeita a um terceiro esclarecimento, a AT salienta que o RETGS prevê que o resultado do grupo possa ser ajustado através da opção pelo regime de limitação da dedutibilidade de gastos de financiamento aos gastos de financiamento líquidos do grupo. Este limite corresponde ao valor legalmente fixado, calculado com base na soma algébrica dos resultados antes de depreciações, amortizações, gastos de financiamento líquidos e impostos apurados pelas sociedades que compõem o grupo.

A AT veio, por último, esclarecer que o regime dos prejuízos fiscais do RETGS é aplicável de forma diferente, conforme se esteja perante períodos anteriores ao início do regime ou perante um período de tributação já existente durante a sua aplicação. No primeiro caso, os prejuízos podem ser deduzidos ao lucro tributável do grupo até ao limite do lucro tributável das sociedades a que respeitam. No segundo, os prejuízos fiscais do grupo só podem ser deduzidos aos lucros tributáveis do grupo. Por outro lado, sempre que ocorra a alteração de sociedade dominante de um grupo e se mantenha o RETGS, o direito à dedução dos prejuízos fiscais anteriores ao regime podem ser deduzidos ao lucro tributável do grupo, mediante a autorização do membro do Governo responsável pela área das finanças, a qual dependerá do interesse económico da operação. Nas situações em que um grupo sujeito ao RETGS seja integrado por um outro (sujeito a este regime), e se opte, no novo grupo, pela continuidade do mesmo, pode ser deduzida a quotaparte dos prejuízos pertencentes ao grupo integrado, alocados às sociedades que dele fazem parte, até ao limite do lucro tributável apurado em cada período por estas sociedades. A Circular em causa é relevante para a clarificação do âmbito de aplicação do RETGS, contribuindo, assim, para uma maior segurança jurídica.  * Advogados da RFF & Associados E-mails: rff@rffadvogados.pt ; mma@ rffadvogados.pt e ram@rffadvogados.pt


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Albuquerque & Associados integra novo serviço jurídico internacional

A sociedade de advogados Albuquerque & Associados foi a escolhida para representar Portugal no novo serviço jurídico internacional ChangeBoardMember.com (CBM). Trata-se de um inovador serviço, que pretende resolver questões de coordenação entre sociedades de advogados de diferentes países quando são alterados membros de um conselho de administração. Assessorar a alteração de membros do conselho de adminis-

tração de uma empresa representa um grande desafio jurídico quando compreende várias jurisdições, com requisitos e regras diferentes, além dos prazos e da documentação associada (por exemplo, após um takeover de um grupo). Afim de resolver este problema, o site CBM fornece uma visão geral das necessidades para uma mudança eficiente (incluindo cronogramas, listas de verificação etc.). Atualmente presente em 19 jurisdições

europeias, o novo serviço continua a aumentar a sua área de atuação. Para garantir que a informação está sempre atualizada, o conteúdo é entregue por uma sociedade de topo de cada país. Em Portugal, a Albuquerque & Associados é a sociedade de advogados responsável por essa atualização. No site, que é de acesso livre, com apenas um clique, é ainda possível pedir um orçamento referente a estes serviços a um dos parceiros do CBM.

“Lei Geral Tributária” anotada e comentada A nova obra “Lei Geral Tributária - Comentada e Anotada” resulta de um trabalho conjunto dos seus autores, ao longo de vários anos, tanto no seu estudo e reflexão, como na sua aplicação, e ainda no seu ensino. Uma compilação de mais de mil páginas, coordenada por José Fernandes Pires e da autoria ainda de Gonçalo Bulcão, José Ramos Vidal e Maria João Menezes. “O procedimento e o processo tributário desempenham, nas sociedades modernas, um

papel cada vez mais importante”, explicam os autores, salientando ainda que “a Lei Geral Tributária ocupa uma posição central na ordem jurídica tributária portuguesa. Nela se definem os elementos essenciais da relação jurídica que se estabelece entre contribuintes e administração tributária, determinando regras específicas de aplicação imediata e direta, de que são exemplos as normas sobre caducidade, prescrição, revisão dos atos tributários, determinação de matéria tributável por méto-

dos indiretos e respetivo procedimento de revisão, entre outros”. A obra elenca, ainda, os princípios estruturantes do sistema tributário, que são convocados, não só pelo legislador, mas também pelo aplicador ou intérprete dos diversos diplomas legais que enquadram esta área do Direito, destinando-se, assim, a todos os que têm de “interpretar e/ ou aplicar a Lei Geral Tributária”, desde estudantes de direito ou de ciências económicas a outros intervenientes da área da fiscalidade. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

Em trânsito: » O fiscalista Paulo Neto

(na foto) foi reeleito vicepresidente da AEA – International Lawyers Network. Paulo Neto, senior partner da Diogo, Neto, Marques e Associados (DNM), com escritórios em Lisboa e Pombal, foi reeleito para o cargo de vice-presidente da AEA, a maior associação internacional de advogados, que congrega milhares de profissionais de todo o mundo. O advogado é o único português na direção desta rede mundial de advogados e de sociedades de advogados. Por outro lado, desde maio que integra o restrito Comité Diretivo da Justinian Lawyers, associação

internacional de advogados, da qual a DNM é a única representante em Portugal.

» A sociedade de advogados PBBR reforçou a sua

equipa com a integração de Vanessa Patrocínio. A nova advogada da PBBR, que é licenciada pela Faculdade de Direito de Lisboa, esteve nos últimos oito anos ligada à sociedade Marques Mendes & Associados. Vanessa Patrocínio tem experiência sobretudo nas áreas de prática de societário, comercial, contencioso e propriedade intelectual.

» Diogo Xavier da Cunha foi nomeado novo presi-

dente da sociedade de advogados Miranda. O advogado substitui, assim, Rui Amendoeira, que abandonou a sociedade para formar um novo escritório. outubro de 2015

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fazer bem Hacer bien

InterContinental e Crowne Plaza Porto juntam-se para causa solidária O InterContinental Porto e o Crowne Plaza Porto, membros da família InterContinental Hotels Group (IHG) juntaram-se para realizar, em conjunto, na semana de 21 a 28 de setembro, o desafio internacional da IHG Race Around the World, uma ação de responsabilidade social que une todos os hotéis do grupo a nível mundial. A missão global é angariar fundos e sensibilizar todos os colaboradores do grupo para o IHG Shelter in a Storm, um programa de apoio a comunidades locais em caso de catástrofes ambientais, como tempestades ou furacões. Através deste fundo, os hotéis do grupo têm acesso a meios suficientes para apoiar de imediato as necessidades de clientes, colegas e comunidades afetadas. Este ano, a IHG desafiou todos os hotéis do grupo a participarem na

iniciativa através de ações ligadas ao desporto nas quais, por cada quilómetro percorrido por um colaborador, o grupo doará um dólar (cerca de 0,90 euros). O InterContinental Porto preparou uma semana repleta de atividades, nas quais os 85 colaboradores desta unidade puderam realizar caminhadas pela cidade, com destinos simbólicos, como o Jardim das Virtudes, a Sé, a zona da Ribeira ou os Jardins do Palácio de Cristal.

Também o hotel da Avenida da Boavista, o renovado Crowne Plaza Porto, preparou um programa muito ativo e dinâmico. Entre os principais desafios, estiveram sucessivas subidas de escadas, caminhadas à hora do almoço, incentivos para ir para o trabalho de bicicleta ou a pé, um torneio de futebol e o “Dia do Ginásio”, uma ação que pretende manter o ginásio do hotel ativo durante oito horas seguidas. 

CERCI-Lisboa recebe doações da Go fit e da Auchan Portugal Hipermercados

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ma das preocupações do Go fit enquanto organização socialmente responsável é contribuir para o desenvolvimento social. A partir deste compromisso foi estabelecida uma parceria com a CERCI-Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com

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Incapacidades – de Lisboa e com a Auchan Portugal Hipermercados, com a qual partilha ideais de responsabilidade social e que está certificada com a norma SA 8000. A CERCI é uma entidade de referência no âmbito da inclusão social que tenta proporcionar uma melhor qualidade de vida a quem frequenta os seus centros e múltiplas formas de vivência em comum. Atendendo às necessidades da organização, o Centro Desportivo dos Olivais - Go fit e a Auchan Portugal Hipermercados uniram esforços atra-

vés de máquinas de venda automática “Jumbo naturalmente” presente nos ginásios Go fit. É uma opção saudável e económica ao dispor dos clientes que ao mesmo tempo tem um carácter solidário em que por cada cinco artigos comprados é doada uma peça de fruta, e por cada 10 cafés comprados é doado um copo de leite. Desde o início desta parceria e até ao passado dia 1 de setembro, foram acumulados quase oito mil peças de fruta (582 sacos) e 1.535 copos de leite (307 litros). Nesta primeira doação, foram entregues à CERCI-Lisboa 900 peças de fruta (75 sacos) e 480 copos de leite (96 litros). 


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Reabilitação do centro histórico do Porto prossegue A NVE, empresa dedicada à engenharia e construção, com larga experiência na requalificação de edifícios históricos, anuncia a conclusão de duas empreitadas no centro histórico do Porto e o arranque de mais uma obra. “A NVE entende a importância da reabilitação urbana para a competitividade e sustentabilidade das cidades, por isso, se tem aliado com afinco a projetos que promovam a reconversão do património degradado das principais cidades portuguesas”, afirma a empresa. As obras em conclusão situam-se nas ruas de Santana e Mouzinho da Silveira e tratam-se da reabilitação de dois prédios destinados a cinco habitações multifamiliares e um estabelecimento comercial. Muito próxima, localiza-se a empreita-

da em fase de arranque, que está enquadrada no quarteirão estratégico Porto Vivo do eixo de intervenção Mouzinho/ Flores e faz frente para a Rua Mouzinho da Silveira e para a Viela do Anjo no tardoz. O prédio data do séc. XIX e apresenta características arquitetónicas e construtivas que retratam bem a sua época e o local em que se insere. Neste contexto, o projeto pretende reabilitar o imóvel, alterando a propriedade horizontal para habitação, distribuindo-se em oito fogos. A requalificação pretende manter o mais possível os materiais e estruturas existentes, recuperando-as e reforçando-as, para se manter a traça do edifício, aliando a introdução de novos elementos capazes de satisfazer e adaptar o edifício às necessidades contemporâneas de habitação.

“A proposta apresentada pretende requalificar o edifício tornando-o atraente de vários pontos de vista. Conservando ao máximo o seu património, introduz uma “fórmula” moderna de intervenção e desenho capaz de o tornar com valências atrativas para a cidade, para quem nele investe e para quem o usa”, assinala a NVE. 

Lucios ganha primeira obra no setor farmacêutico Aa sua primeira obra no setor farmaconstrutora Lucios acaba de ganhar

cêutico – a remodelação e ampliação da unidade fabril da Generis, na Amadora – um projeto orçado em mais de três milhões de euros e que deve estar concluído em janeiro de 2016. A obra, propriedade de uma das maiores farmacêuticas a operar em Portugal, tem como objetivo a reformulação das zonas de armazém e de espaços com cuidados redobrados, designadamente o local onde os medicamentos são produzidos. Paralelamente, será ainda construído de raiz um novo edifício que permitirá a fusão e ampliação das atuais instalações numa única e moderna fábrica. “Procurámos uma empresa que nos oferecesse a garantia dos elevados pa-

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drões de responsabilidade e qualidade que este tipo de obra implica, e que demonstrasse experiência e capacidade técnica para cumprir os exigentes prazos de execução”, refere Pedro Moreira da Silva, diretor industrial da Generis. O projeto, cuja execução conta com a assinatura da Lucios, vai permitir aumentar a capacidade de produção da líder de mercado em medicamentos genéricos e ganhar maior eficiência, tornando a Generis internacionalmente competitiva, numa perspetiva de médio e longo prazo. Com a primeira obra ganha no setor farmacêutico, a Lucios alarga, assim, o seu portefólio de obras de maior sensibilidade e complexidade. Recorde-se que no setor da saúde, projetos como a nova ala pediátrica

do Centro Hospitalar São João, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a construção do edifício de cirurgia do ambulatório do Centro Hospitalar de Coimbra, a Lenitudes Medical Center & Research, em Santa Maria da Feira, a remodelação de uma clínica do Instituto Português de Oncologia do Porto, assim como a remodelação e ampliação da urgência e da unidade de cuidados intensivos polivalente e coronária de Vila Real são da responsabilidade desta construtora. A Lucios desenvolve atividades de requalificação e conservação em obras públicas e privadas, construção residencial, industrial, comércio e serviços, desporto e lazer e projetos especiais, tendo também uma área de promoção imobiliária residencial. 


sector inmobiliario

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setor imobiliário

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El patrimonio inmobiliario de El Corte Inglés supera los 10.000 millones de euros

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l Corte Inglés da un valor a su patrimonio inmobiliario de 10.498 millones de euros, según consta en sus libros de contabilidad en el cierre de su último ejercicio, el pasado 28 de febrero, y supone 28 millones de euros más respecto al importe otorgado el

año anterior. Con el objetivo de llevar a cabo una refinanciación de su deuda, la compañía encargó en 2013 una valoración independiente a Tinsa, una de las principales empresas de tasaciones españolas, que a mediados del mes de julio de ese año evaluó el 80% de sus inmuebles, sobre todo los locales ubicados en las calles más comerciales de España, en 16.000 millones de euros a precio de mercado. El 20% restante son edificios de tipo técnico, como almacenes, centros logísticos, oficinas, y la ampliación del centro comercial en la Castellana de Madrid, que

incluía la Torre Titania, levantada en el solar que en su día ocupó el Windsor, que ardió en 2005. El Corte Inglés elevó por ello el total del valor de su patrimonio inmobiliario a 18 mil millones. Al margen de que una cosa es la valoración en libros y otra distinta a precio de mercado, hay que tener en cuenta que el grupo ha llevado a cabo en los dos últimos años distintas desinversiones. La compañía cuenta actualmente con 89 grandes almacenes bajo la marca El Corte Inglés (87 en España y otros dos en Portugal) y 43 centros de Hipercor, al margen de las tiendas más pequeñas, ocupadas por la agencia de viajes, los supermercados o las tiendas de moda Sfera. 

Only Aparments desafía a Airbnb en el turismo de playa en España O nly Apartments quiere entrar en la liga de las grandes plataformas de alquiler vacacional. La compañía española, que hace unos meses adquirió Migoa, ha dado su salto al mercado vacacional desde el segmento urbano. La plataforma de alquiler de viviendas para estancias cortas, fundada en 2003 por Alon Eldar y Elisabet Cristià (en la foto), compró en julio Professional Holidays Rental, plataforma que operaba bajo las marcas Migoa y Holiday Rentals. “Migoa es una plataforma que dispone de una solución tecnológica fantástica que rastrea de forma similar al motor de búsqueda de Google, lo que aporta una capacidad para procesar mucha información en un tiempo récord y ofrecérsela al usuario”, aclara Eldar. El empresario

apuesta por una profesionalización de las plataformas de alquiler vacacional, “hasta ahora el propietario ha ido subiendo los anuncios de sus viviendas a cada una de las plataformas, pero ahora se tiende a utilizar soluciones tecnológicas”. La operación ha multiplicado por cuatro el número de inmuebles ofertados en Only Apartments, que pasa así de los 30 mil con los que contaba antes de la compra a 130 mil alojamientos. Unas cifras aún muy lejanas a las de las gran-

des plataformas, como Airbnb, Homeaway o Wimdu. “Hemos dado un salto importante y a partir de ahora el proceso de incorporación de producto será mucho más rápido”, afirma Eldar. Su objetivo pasa por alcanzar los 300 mil alojamientos en 2016, cifra con la que se situaría al mismo nivel que Wimdu. 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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Las hipotecas españolas por debajo de la media de eurozona E

l mercado hipotecario español ha dado la vuelta en apenas dos años. Ha pasado de ser casi infranqueable a reabrirse, con diferenciales por debajo del 1%. La banca, que quiere capita lizar clientes solventes, ha impulsado incluso revolucionarios préstamos a tipo f ijo desde 2,05%. España es uno de los países de la eurozona con las hipotecas más asequibles, como ref leja el informe de tasas de intereses del Banco Cen-

tra l Europeo. Según el regulador monetario, el interés medio de los nuevos préstamos en la eurozona se situó en el 2,22% en julio, mientras que en España ascendía a l 2,12%. El reducido interés medio español es inferior a l de Francia (2,15%), Portuga l (2,26%) o Ita lia (2,48%) y se acerca a l de A lemania (2%). Por debajo del 2%, sólo están Lu xemburgo (1,91%), Austria (1,89%), Lituania (1,72%) y Finlandia (1,37%). 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 www.portugalespanha.org outubro de 2015

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Vinhos & Gourmet

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Sogevinus prevê “excecional colheita“ em 2015 A

vindima da Sogevinus começou em agosto no Douro, com a previsão de uma produção de excelentes vinhos do Porto e do Douro. A campanha começou na Quinta de S. Luiz, iniciando-se o corte da uva branca para os vinhos DOC Douro. A campanha de vindimas deverá prolongar-se durante as próximas semanas na Quinta de S. Luiz, localizada em Cima Corgo, e na Quinta de Arnozelo, no Douro Superior. Na primeira semana de setembro começou uma das fases mais intensas da campanha, com a vindima dos Vinhos do Porto brancos e algumas parcelas específicas para tintos, quer para Porto e vinhos Douro Doc. Tânia Branco Oliveira, da Sogevinus, considera que esta será uma colheita de grande qualidade. “De acordo com as nossas previsões da vindima, a colheita de 2015 deverá produzir Vinhos do Porto e DOC Douro de alta qualidade e prestígio, em

linha com as vindimas e produções dos anos anteriores”. Numa análise à vindima de 2015, a mesma responsável explica que “em meados de agosto, durante as primeiras visitas de controlo de maturação efetuadas, nas quintas e nos produtores associados, a equipa da Sogevinus registou uma boa evolução da

maturação e alguma precocidade face a 2014. Em termos enológicos, prevíamos que fosse um bom ano, mas difícil, pois a seca que assolou o Douro apontava maturações irregulares. No entanto, o mês de agosto foi bastante fresco, evitando este cenário. Tudo aponta para uma excecional colheita”, conclui. 

Leilão levou à praça 205 lotes de vinhos antigos e de mesa O Palácio do Correio Velho realizou, no passado dia 14 de setembro, mais um leilão de vinhos de grande qualidade, com maior ênfase nos Vinhos da Madeira, Vinhos do Porto, licores franceses, mas também garrafas de vinho tinto, aguardente bagaceira portuguesa, cognac e armagnac, rum ou moscatel. A venda, que decorreu na plataforma online da casa leiloeira –, constituíu um êxito, tendo em conta a valorização dos lotes postos a leilão. Os 205 lotes a leilão foram colocados à venda com bases de licitação entre um e 200 euros, mas muitos acabaram por atingir preços bastante superiores.

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Os vinhos da Madeira estiveram em grande destaque neste leilão. Direcionados para o público colecionador, os vinhos mais velhos e também os mais raros, do século XIX, foram os que tiveram mais procura, com destaque para um “S 1845 JCA & Cª”, de 1845 (na foto), que atingiu os 500 euros, e um “Boal Velhissimo de 1878”, proveniente da maior proprietária vinícola da ilha da Madeira, que esteve representada com vários outros vinhos neste mesmo leilão. O lote arrematado pelo maior preço foi uma caixa com seis garrafas de vinho do Porto “Ferreirinha”, reserva de 1993, que

alcançou os 700 euros, quando tinha ido à praça por apenas 200 euros. Entre os lotes vendidos com valores mais altos, encontrava-se ainda um Grand Vin “Château Margot”, de 1993, considerado um dos melhores vinhos do mundo, e que foi vendido por 220 euros (a base era de 100 euros). Os vinhos do Porto antigos, que também se revelaram uma surpresa para o resultado final do leilão, foram representados pelo “1880 Port, Antonio J. da Silva”, que foi vendido por 300 euros, e por um “Constantino’s Colheita de 1912”, que foi vendido por 260 euros. 


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Quinta dos Vales é “O Melhor Vinho do Algarve” pelo terceiro ano consecutivo A

Quinta dos Vales foi novamente agraciada no “VIII Concurso de Vinhos do Algarve”, ganhando a Grande Medalha de Ouro e a cobiçada distinção de “O Melhor Vinho do Algarve”. Na curta história desta competição, a Quinta dos Vales já ganhou a distinção máxima por quatro vezes, inclusive nos últimos três anos consecutivos, confirmando que a sua abordagem e esforços são apreciados e que os vinhos “Marquês dos Vales” continuam, ano após ano, a entusiasmar os conhecedores de vinho, tanto profissionais como amadores. O “Grace Touriga Nacional” 2011 foi selecionado como “O Melhor Vinho do Algarve” de 2015; em competições anteriores três outros vinhos foram distinguidos com o

mesmo prémio: “Grace Touriga Nacional” 2008, “Grace Viognier” 2012 e “Grace Vineyard” Tinto 2009, respetivamente em 2010, 2013 e 2014. Um testemunho a este vinho aclamado é que a quantidade restante foi reservada de imediato por uma prestigiada garrafeira suíça. O dono da Quinta dos Vales, Karl Heinz Stock, sublinhou, a propósito desta nova distinção: “julgando pela reação destes profissionais, parece que estão preparados para compreender esta nova tendência e apreciar os vinhos únicos que estão a ser produzidos no Algarve por nós e pelos nossos co-produtores.” Karl Heinz Stock continuou: “Tendo decidido não produzir um Touriga Nacional em 2012, aguardamos ansiosamente pelo “Grace Touriga

Herdade das Servas traz ouro do “Les Citadelles du Vin” D epois dos 90 pontos atribuídos muito recentemente pela prestigiada revista norte-americana Wine Enthusiast, o ‘Herdade das Servas Colheita Seleccionada Tinto 2012’ volta a estar debaixo dos holofotes com mais uma distinção internacional, ao conquistar uma medalha de ouro no concurso “Les Citadelles du Vin 2015”. Esta é a sétima vez que a Herdade das Servas – projeto da família Serrano Mira, uma das mais antigas na produção de vinho no Alentejo – participa neste concurso, de onde trouxe já vários prémios. O “Herdade das Servas Colheita Se-

lecionada tinto 2012” é um típico alentejano de blend criado a partir de Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira. Um vinho de cor rubi escura com aromas a frutos pretos maduros integrados com boas notas de especiarias, sugerindo pimenta. É fresco e envolvente. A acidez confere-lhe elegância, num conjunto bem estruturado de final persistente. O “Les Citadelles du Vin” decorre todos os anos, em maio, na vila de Bourg, em Bordéus (França). Este ano, os mais de 50 provadores reuniram-se de 23 a 25 de maio para avaliar cerca de 1.200 vinhos de todo o mundo. Os

Nacional” 2013, que será lançado em breve e que promete alcançar o mesmo alto nível de qualidade dos seus predecessores, particularmente sendo o único monovarietal tinto produzido pela Quinta dos Vales até à data. M a nt e r-no s emos focados na qualidade e a g ua rd a remos a nsiosa mente por mais vinhos que façam a diferença”, concluiu o responsável. 

resultados foram anunciados durante a feira Vinexpo, que decorreu entre 14 e 18 de junho. Quanto à história da Serrano MiraSociedade Vinícola/ Herdade das Servas, a família Serrano Mira é uma das mais antigas na produção de vinho do Alentejo. Nas suas propriedades, foram conservadas talhas de barro utilizadas na feitoria do vinho que datam de 1667. Estava-se em 1955, e o bisavô materno dos irmãos Carlos e Luís – a sexta geração de vitivinicultores desta família – foi um dos três sócios fundadores e o primeiro presidente de uma Adega Cooperativa no Alentejo. 

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“China Wine & Spirit Awards 2015” distingue vinhos de Lisboa O

s Vinhos de Lisboa conquistam mais quota de mercado a cada ano que passa, como demonstrado no concurso “China Wine & Spirit Awards 2015”, onde a região foi galardoada com 32 medalhas. A premiar a qualidade dos seus vinhos, este ano a região recebeu, assim, quatro medalhas de duplo ouro, 18 de ouro, sete de prata e três de bronze. Com a distinção de duplo ouro, os tintos “Amoras Reserva 2011”, “Escada 2014”, “Infinitae Reserva 2011” e o

branco “Bigode 2014” foram as estrelas de Lisboa, naquele que é conhecido como o maior e mais prestigiado concurso de vinhos da China. “No mercado dos vinhos, as medalhas conquistadas funcionam como referência nos processos de decisão de compra, pelo que, com a renovação destas distinções, antevemos excelentes impactos comerciais”, revela Vasco d’Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa. Na lista dos produtores da região de Lisboa que foram galardoados neste concurso, estão a Casa Santos Lima Companhia das Vinhas; a Companhia Agrícola do Sanguinhal; a DFJ Vinhos;

Inês Alexandra Leal Bernardino; a Justwine; a Quinta do Pinto; a Paço das Côrtes; a Sociedade Agrícola Quinta do Conde e a Vidigal Wines. Na edição de 2015 do China Wine & Spirit Awards, foram avaliados, por um painel de dezenas de jurados – selecionados entre os maiores compradores de vinhos da China – um total de 1.285 amostras de vinhos provenientes de 36 países. Recorde-se que a Região Vitivinícola de Lisboa produz cerca de 100 milhões de litros de vinho por ano e exporta cerca de 75% dos vinhos que certifica, para mercados como o Brasil, os Países Nórdicos, os EUA, o Benelux, a Rússia, a China e Angola. 

Casa Anadia conquista com Private Collection a nível internacional

A

marca de azeites Casa Anadia conquistou diversos prémios internacionais com o seu “Private Collection”, galardoado em três continentes diferentes. Nos Estados Unidos, o azeite ganhou uma medalha de prata no “New York International Olive Oil Competition”. No Japão, nova medalha de prata no “International Extra Virgin Olive Oil Competition”. Na Ovibeja, em Portu-

gal, obteve uma menção honrosa no “Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Menção Honrosa”. “Por entre os 90 hectares de olival tradicional, 10 super intensivos e centenas de oliveiras com mais de 100 anos, o Casa Anadia Private Collection é o resultado da mais requintada fusão entre as melhores azeitonas, variedades e oliveiras existentes na quinta deste produtor, que, após extração e prova, são unidas para dar origem ao azeite mais nobre da Casa Anadia”, refere a empresa. Tratase de um azeite de excelência, 100% natural e que não foi filtrado para que mantenha todas as suas propriedades originais, explica ainda a marca portuguesa. Este azeite especial surge com duas variedades – cobrançosa e picual. Como notas de prova, o produtor destaca

o sabor frutado ligeiro de azeitonas maduras e verdes, notas marcadas de verde folha de oliveira, erva e casca de banana verde, ligeiramente amargo e picante, com um final de boca de frutos secos, com relativa persistência. O azeite Casa Anadia é herdeiro e continuador de uma antiga tradição que remonta pelo menos ao séc. XVII, época da construção do antigo Solar com capela, hoje integrado na Quinta do Bom Sucesso, em Alferrarede (Abrantes). “Marcados pelo clima local, perfeito para a produção de azeites de alta qualidade, os azeites Casa Anadia utilizam os melhores processos de produção, aliados a uma experiência centenária, para fazer os melhores e mais nobres azeites virgem extra, frescos, frutados e com uma acidez mínima”. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Lamborghini Aventador SV Roadster Supercarro conversível

A Lamborghini lançou recentemente o Aventador LP750-4 SuperVeloce. Esta é a versão roadster do mais veloz Lamborghini feito até à data e conta com um motor V12 com 750 cavalos.

A

Fotos DR

Lamborghini lançou recentemente o Aventador LP750-4 SuperVeloce, a versão roadster do mais veloz Lamborghini feito até à data, e que conta com um motor V12 com 750 cavalos. A versão de capota aberta do Aventador SuperVeloce está equipada com o mesmo motor da versão fechada, um V12 atmosférico de 6.5 litros com 750 cavalos de potência e 690 Nm de binário máximo. Os 50 quilogramas adicionais em relação à versão fechada deve-se à necessidade de reforçar a carroçaria deste modelo aberto em alguns pontos específicos. Este motor, em conjunto com uma caixa manual automatizada de sete 58 act ualidad€

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velocidades “ISR”, um sistema de tração permanente às quatro rodas, composto por sistema Haldex de quarta geração, diferencial autoblocante traseiro e diferencial eletrónico dianteiro garantem uma velocidade máxima superior a 350km/h e uma aceleração dos 0 -10 0 k m / h em apenas 2,9 segundos, mais 0,1 segundos que a versão coupé. Destaca-se o novo sistema de escape, que

transforma o ruído do motor V12 numa sonoridade ainda mais grave e deslumbrante. Estão naturalmente disponíveis três modos de condução: Strada, Sport e Corsa, que permitem ajustar o com-


sector automóvil Setor automóvel

portamento do motor, transmissão, diferencial, direção e suspensão, para garantir uma resposta de acordo com o estado de espírito do condutor. Em termos visuais, o SuperVeloce distingue-se pela enorme asa traseira, quatro saídas de escape e as jantes raiadas em preto, tonalidade que se estende às aplicações ao longo da carroçaria. Graças à estrutura em fibra de carbono o peso total do SV Roadster não passa dos 1.575 kg, o que facilita a dinâmica, principalmente na condução mais agressiva. O que ajuda também neste aspeto é a distribuição igualitária de peso, que é perfeita. No que diz respeito à aerodinâmica, também foram feitas algumas alterações relativamente ao Aventador coupé. Um vidro elétrico traseiro controla a quantidade de ar que circula sobre o carro e a quantidade de

barulho que os passageiros ouvem no mais vincada para as janelas sem esinterior do veículo sem a capota. Um quadrias. defletor de vento amovível foi coloA sua cobertura hard top, em ficado no topo do para-brisas diantei- bra de carbono, pesa uns incríveis ro de forma a absorver o impacto da seis quilos, sendo de fácil remoção deslocação do ar, principalmente a e podendo ser arrumada na mala da velocidades mais elevadas. frente, o que permitiu à Lamborghini O Aventador Roadster também so- eliminar o problema principal do tefreu algumas modificações ao nível jadilho de tecido, que era a limitação do design por causa do novo tejadilho. da velocidade máxima que o irmão Os pilares traseiros foram redesenha- mais velho, Murciélago, tinha: não dos para darem uma maior resistên- podia passar dos 160 quilómetros/ cia ao carro quando este se encontra hora com a capota de lona colocada. sem capota. Além disso, também ofeEntre muitas outras especificações, recem proteção de capotagem e ser- o modelo possui um painel de instruvem também como ventilação extra mentos TFT e assentos desportivos ao motor. produzidos à medida. A cobertura do motor do Roadster Esta obra de arte da Lamborghini também foi modificada em relação à custará na versão base, aproximadado coupé e apresenta uma “espinha mente 450.000 euros. A produção dorsal” com duas linhas de janelas é limitada a 500 unidades e deverá hexagonais. As duas portas em te- esgotar no espaço de alguns dias, tal soura também receberam uma linha como aconteceu com o coupé. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica melhora ligeiramente

Foto DR

O

indicador de atividade económica aumentou "de forma ténue" em julho, enquanto o indicador de clima económico estabilizou em agosto, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em janeiro de 2013. De acordo com a síntese económica de conjuntura do INE, os indicadores de curto prazo (ICP) mostram um aumento da atividade económica na

indústria e em setores de serviços e uma redução na construção e obras públicas. O INE revela ainda que o indicador quantitativo do consumo privado apresentou um crescimento homólogo menos acentuado em julho, refletindo o comportamento de ambas as componentes, sobretudo a de consumo duradouro.

Número de edifícios licenciados Exportações e importações sobem para construção nova aumenta 6% e 3,8%, respetivamente O número de edifícios licenciados diminuiu 8,3% face ao período homólogo (menos 0,6% no primeiro trimestre de 2015), totalizando 3,7 mil edifícios no segundo trimestre de 2015, revela o INE. Já no número de edifícios licenciados para construções novas observou-se um aumento de 2,3% (tinha sido de mais 8,6% no primeiro trimestre de 2015), enquanto no licenciamento para reabilitação se registou um decréscimo de 26,3% (menos 16,1% no primeiro trimestre de 2015). Os edifícios concluídos registaram uma diminuição de 22,8% (menos 18,9% no primeiro trimestre de 2015) totalizando 2,9 mil edifícios. Na comparação em cadeia, o número de edifícios licenciados registou um decréscimo de 6,4% face ao trimestre anterior (primeiro trimestre de 2015) e os edifícios concluídos diminuíram 9,8%.

As exportações aumentaram 6% e as importações 3,8% no trimestre terminado no final de julho de 2015 face a igual período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos das variações homólogas mensais, em julho de 2015 as exportações aumentaram 5,6%, devido sobretudo ao comércio intra-UE. As importações diminuíram 1,1%, em resultado da evolução do comércio extra-UE, dado que as importações intraUE aumentaram. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em julho de 2015 as exportações aumentaram 5,7% e as importações 5,5% (respetivamente +10,9% e +14,5% do que em junho de 2015). Considerando o trimestre terminado em julho de 2015, o défice da balança comercial diminuiu 175,4 milhões de euros, para -2.597,1 milhões de euros, e a taxa de cobertura situou-se em 83,9%, mais 1,7 pontos percentuais do que no período homólogo.

Número de novos inscritos nos centros de emprego cai 2,6% em agosto

Zona Euro com maior crescimento desde 2011

As novas inscrições nos centros de emprego caíram 2,6% em agosto comparativamente com o mesmo mês do ano passado. De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no total, houve 52.995 novas inscrições, menos 1.400 do que em agosto de 2014. Já face ao mês anterior (julho de 2015), a queda foi de 6,6%, diferença que se pode explicar também pela sazonalidade laboral característica da época. Apesar de se verificar uma tendência de decréscimo de novas inscrições, regista-se contudo um aumento nas regiões Centro e Açores. Se no Centro a subida é ligeira (0,2%), os centros de emprego açorianos registaram mais 7,8% de novos inscritos do que em agosto de 2014 e mais 9,8% do que no mês anterior.

A economia da Zona Euro cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano face ao mesmo período de 2014. Este foi a subida mais elevada desde o segundo trimestre de 2011. No início de setembro, o Eurostat reviu em alta o crescimento da Zona Euro relativo ao segundo trimestre do ano. De uma variação homóloga de 1,2%, passa agora a estimar 1,5%, o que coloca o crescimento dos países da moeda única ao mesmo nível de Portugal. "O PIB ajustado de sazonalidade cresceu [em cadeia] 0,4% tanto na Zona Euro como na União Europeia no segundo trimestre de 2015, quando comparado com o trimestre anterior", escreve o Eurostat, lembrando que no trimestre anterior a variação em cadeia tinha sido 0,5% para ambos. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB ajustado de sazonalidade cresceu 1,5% na Zona Euro e 1,9% na União Europeia, depois de 1,2% e 1,7%, respetivamente, nos trimestres anteriores. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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outubro de 2015

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-julio de 2015

T

ras el periodo vacacional de verano retomamos los comentarios relativos a la evolución del comercio hispano portugués, siendo que nos encontramos ante uno de los periodos más dinámicos del comercio bilateral de los últimos años pese a la crisis económica y financiera internacional de los últimos años que tuvo sus momentos más críticos en 2009. De hecho los 16.831,1 millones de euros del comercio bilateral de este periodo representa un valor jamás alcanzado en el comercio entre los dos países. Las cifras alcanzadas en estos siete primeros meses del año representan un superávit favorable a España de 4.173,4 millones de euros y una tasa de cobertura que supera el 165,9%, inferior a lo que históricamente ha venido sucediendo y que refleja un mayor equilibrio en el co-

mercio bilateral. Se constata, así mismo, un aumento significativo de las ventas españolas a Portugal que supera el 2,3% (10.260,4 millones de euros en los siete primeros meses de 2014 frente a los actuales 10.502,2 millones de euros) y, en sentido contrario, las compras españolas a Portugal tuvieron un incremento del 8,8% (pasando de los 5.814,2 millones de euros en los siete primeros meses de 2014 para los actuales 6.328,8 millones de euros en lo que va de año). En el conjunto de los siete primeros meses de 2015, el 54,9% de las importaciones españolas tuvieron origen en los 28 mercados de la Unión Europea y las ventas lo hicieron en un 63,7%. Los dos principales destinos de la oferta exportadora española fueron Francia (15,9% del total de las exportaciones españolas) y Alemania (10,8%). En el sen-

tido contrario Alemania lidera el ranking de los principales proveedores de España (13%) seguido de Francia (11,1%). Portugal con un peso relativo del 7,1% sobre el total de las ventas españolas se sitúa en la quinta posición entre los principales clientes de España y ocupa la octava posición entre los principales proveedores de España con un peso relativo del 3,9%. Cataluña mantiene su liderazgo entre las principales regiones proveedoras de Portugal con una cifra que supera los 2.695,7 millones de euros, encabezada por los vehículos automóviles, tractores (373,6 millones de euros), las materias plásticas; sus manufacturas (312,4 millones de euros) y los aparatos y material eléctricos (175,1 millones de euros). La CC.AA. de Madrid ocupa la segunda posición y vende a Portugal principalmente máquinas y aparatos mecánicos

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-julio 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 14

Cober 14 %

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

1.394.797,28

779.497,73

615.300

178,94

feb

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

1.338.884,15

766.810,74

572.073

174,60

mar

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

1.454.677,19

822.211,81

632.465

176,92

abr

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

1.532.349,96

782.847,71

749.502

195,74

may

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

1.486.578,30

912.595,57

573.983

162,90

jun

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

1.482.773,80

871.005,17

611.769

170,24

jul

1.674.117,52

978.191,32

695.926

0,00

1.570.348,08

879.267,89

691.080

178,60

ago

0,00

0,00

0

0,00

1.364.765,16

687.959,14

676.806

198,38

sep

0,00

0,00

0

0,00

1.697.509,98

875.454,32

822.056

193,90

oct

0,00

0,00

0

0,00

1.799.843,69

918.444,34

881.399

195,97

nov

0,00

0,00

0

0,00

1.426.480,47

867.186,35

559.294

164,50

dic

0,00

0,00

0

0,00

1.464.870,06

845.054,06

619.816

173,35

10.502.289,49

6.328.809,79

4.173.480

165,94

18.013.878,11

10.008.334,83

8.005.543

179,99

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

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Cober 15 %

VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14

ene

Total

Saldo 15


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero a julio 2015

(199,5 millones de euros), vehículos automóviles; tractor (177,9 millones de euros) y los aparatos y material eléctricos (136,3 millones de euros). La tercera CC.AA. que más vende a Portugal es Galicia y suministra principalmente pescado, crustáceos, moluscos (144,4 millones de euros), vehículos automóviles; tractor (137,3 millones de euros) y las prendas de vestir, no de punto (128,1 millones de euros). En la demanda española Galicia asume la primera posición y compra a Portugal principalmente prendas de vestir, de punto (191,6 millones de euros) seguido de los vehículos automóviles; tractor (160,2 millones de euros) y pescado, crustáceos, moluscos (102,0 millones de euros). Madrid con un volumen de compras a Portugal de 1.095,51 millones de euros se posiciona en el segundo puesto y sus principales compras son el tabaco y sus sucedáneos (136,3 millones de euros), los vehículos automóviles; tractor (132,5 millones de euros) y los combustibles, aceites minerales (99,2 millones de euros). El tercer mayor comprador a Portugal es Cataluña cuyo volumen de compras arrojó una cifra superior a los 1.057,8 millones de euros y adquirió principalmente vehículos automóviles; tractor (125,3 millones de euros), combustibles, aceites minerales (114,4 millones de euros) y las prendas de vestir, de punto (90.697,6 millones de euros). En relación con la distribución sectorial que se recogen en los cuadros 4 y 5, se habrá de señalar que los vehículos automóviles, tractor lideran ambas listas y representan el 11% del comercio bilateral. De destacar igualmente los sectores de los combustibles, aceites minerales con un peso relativo del 7,4% y en la tercera posición la partida de las materias plásticas; sus manufacturas que, en este periodo, representó el 6,2% del comercio entre España y Portugal. 

Orden País

Importe

1

001 Francia

23.588.482,45

2

004 Alemania

16.043.230,34

3

005 Italia

11.061.202,23

4

006 Reino Unido

10.716.953,65

5

010 Portugal (d.01/01/86)

10.502.289,49

6

400 Estados Unidos

6.870.744,92

7

003 Países Bajos

4.664.049,41

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

3.815.088,70

9

204 Marruecos

3.468.055,73

10

052 Turquía

3.040.661,28

11

060 Polonia

2.723.174,94

12

412 México

2.605.224,15

13

720 China

2.602.053,80

14

039 Suiza (d.01/01/95)

2.342.186,88

15

632 Arabia Saudí

2.018.293,06

16 17 18 19 20

208 Argelia 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 732 Japón 030 Suecia SUBTOTAL TOTAL

1.920.877,93 1.738.380,25 1.690.952,00 1.481.196,60 1.299.892,20 114.192.990,03 148.630.760,51

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Ranking principales países proveedores de España enero a julio 2015 Orden País 1

001 Francia

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a julio 2015 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

774.160,08

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

690.980,39

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

377.290,46

4

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

369.190,44

5

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

250.703,46

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

241.273,53

7

24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS

232.445,18

8

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

217.954,91

9

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

004 Alemania

16.043.230,34

005 Italia

11.061.202,23

4

006 Reino Unido

10.716.953,65

5

010 Portugal (d.01/01/86)

10.502.289,49

6

400 Estados Unidos

6.870.744,92

7

003 Países Bajos

4.664.049,41

6.328.809,79

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a julio 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.062.831,07

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

675.117,23

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

665.645,93

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

549.956,42

5

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

535.382,08

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

396.871,27

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

345.904,66

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

309.627,08

9

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

277.793,12

TOTAL

10.502.289,49

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

2

206.593,44

TOTAL

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015

23.588.482,45

3

Importe

1

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

3.815.088,70

9

204 Marruecos

3.468.055,73

10

052 Turquía

3.040.661,28

11

060 Polonia

2.723.174,94

12

412 México

2.605.224,15

13

720 China

2.602.053,80

14

039 Suiza (d.01/01/95)

2.342.186,88

15

632 Arabia Saudí

2.018.293,06

16

208 Argelia

1.920.877,93

17

952 Avituallamiento terceros

1.738.380,25

Cataluña

2.695.770,85

Galicia

1.126.593,54

18

508 Brasil

1.690.952,00

Madrid, Comunidad de

1.579.872,97

Madrid, Comunidad de

1.095.510,99

19

732 Japón

1.481.196,60

Galicia

1.358.991,89

Cataluña

1.057.862,28

20

030 Suecia

1.299.892,20

Andalucía

1.097.825,39

Comunitat Valenciana

601.471,73

7.Ranking principales cc.aa proveedoras/clientes de Portugal enero a julio 2015 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

SUBTOTAL

114.192.990,03

Comunitat Valenciana

609.557,30

Andalucía

586.920,83

TOTAL

148.630.760,51

Castilla-La Mancha

604.053,31

Castilla y León

378.951,08

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

outubro de 2015

ac t ua l i da d € 63


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresa portuguesa de inspección de mercancías, busca empresas españolas importadoras para presentar sus servicios

OP150601

Empresa portuguesa del sector de la confección de vestuario, busca empresas españolas importadoras de prendas de vestir interesadas en sus servicios

OP150701

Empresa portuguesa del sector del café y aperitivos salados, busca contactos de empresas españolas interesadas en establecer una relación comercial

OP150801

Empresa portuguesa del sector contact center, busca personal para campaña en catalán

OP150802

Empresa portuguesa fabricante de películas solares y estores, busca clientes para ampliar su negocio

OP150803

Empresa de consultoría en Portugal busca socios estratégicos para sus clientes con actividades en las áreas de la industria alimenticia, de joyas, de moldes, de caucho, de transformación de aluminios, y de sistemas, equipamientos y accesorios de seguridad

OP150901

Empresa portuguesa de artes gráficas e inyección de plásticos busca agente comercial en España

OP150902

Empresa portuguesa busca empresas españolas importadoras/exportadoras de armas de caza, defensa y caza mayor

DP150701

Empresa portuguesa busca empresas españolas fabricantes de calzado en Valencia y Castilla-La Mancha

DP150702

Empresa portuguesa busca fabricantes de calzado en España

DP150801

Empresa portuguesa busca fabricantes españoles de ropa fitness

DP150901

Empresas españolas almacenistas de harinas y fabricantes de comidas precocinadas en la zona sur de Galicia

DP150902

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas importadoras portuguesas

DE150508

Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras de puericultura têxtil

DE150509

Clínicas de medicina estética em Portugal

DE150510

Empresas portuguesas de contabilidade

DE150511

Agente comercial para o mercado português, além de fabricantes de peças de malha e camisolas

DE150601

Empresas portuguesas fabricantes de dobradiças de aço inoxidável para assentos de WC

DE150602

Fabricantes portugueses exportadores de vestuário (pijamas, robes e camisas de noite)

DE150701

Agentes comerciais em Portugal

DE150801

Fabricantes em Portugal de peluches personalizados

DE150802

Fabricantes portugueses de toalhas de banho e panos de cozinha de distintas qualidades

DE150901

Distribuidores/ importadores de alimentação no setor da grande distribuição e canal horeca

DE150902

Empresas portuguesas fabricantes de sacos de plástico

DE150903

Distribuidores farmacêuticos para o mercado português

OE150701

Empresas portuguesas importadoras de equipamentos de automatização para apresentar os seus produtos

OE150801

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

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Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

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IVA

Declaração periódica e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas em agosto/2015

Contribuintes do regime normal mensal

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Segurança Social

Declaração de remunerações relativa a setembro/2015

Entidades empregadoras

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Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de setembro/2015

Entidades empregadoras

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo liquidado referente a setembro/2015

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

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IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em setembro/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 3º trimestre/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 euros no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

26

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em setembro/2015

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal.

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IRC

2ª prestação do pagamento especial por conta (PEC)

Sujeitos passivos do IRC, que exercem a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola

Não é aplicável no exercício do início de atividade e no seguinte

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IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em agosto de 2015

Entidades pagadoras dos rendimentos

Obtenção de nº fiscal especial para o não residente

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outubro de 2015

A solicitação de reembolso, implica o preenchimento dos anexos - relação de clientes, fornecedores e regularizações


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

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ESPANHOL / PORTUGUÊS

CERAMISTA

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PORTUGUÊS / FRANCÊS/ INGLÊS / ESPANHOL

MARKETING E CONSULTORIA

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08/07/1963

INGLÊS / FRANCÊS / PORTUGUÊS / ITALIANO

DIREITO / PROFESSOR UNIVERSITÁRIO DE DIREITO INTERNACIONAL E COMUNITARIO

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25/04/1994

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ ALEMÃO

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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15/08/1990

ESPANHOL/ ITALIANO/ INGLÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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ESPANHOL/ ITALIANO/ INGLÊS/ ALEMÃO/ FINLANDÊS

TÉCNICO DE CONTAS

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02/09/1987

CATALÃO/ GALEGO/ INGLÊS/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS/ JORNALISMO HOLANDÊS

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02/02/1991

INGLÊS/ ESPANHOL

CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

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INGLÊS

GESTÃO EMPRESARIAL

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M

04/04/1992

INGLÊS/ ESPANHOL

DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS

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26/07/1977

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

DESIGN

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15/06/1974

INGLÊS/ ESPANHOL

ARQUITETURA

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M

13/10/1995

INGLÊS/ FRANCÊS

RECECIONISTA

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15/11/1990

ESPANHOL/ CATALÃO/ INGLÊS/ ALEMÃO

DIREITO

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Viagem subterrânea pelos “Segredos de Lisboa”

Fundadoras do projeto de roteiros turísticos Time Travellers, Inês Ribeiro e Raquel Policarpo são as autoras do livro “Segredos de Lisboa”. A obra representa uma viagem no tempo, com escala em vários pontos de interesse arqueológico da capital, como o Castelo de São Jorge, as galerias romanas, as muralhas de D. Diniz e Fernandina, a Casa dos Bicos, o Aqueduto das Águas Livres, entre outros monumentos.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

a cozinheira Dª. Mécia, o para nos conduzirem numa viagem peempresário de comércio las diferentes camadas de História que marítimo Sempronianus, o Lisboa guarda e que têm vindo a ser escravo Graptus, a criada desvendadas através de escavações armuçulmana Fatimah, os co- queológicas. Em “Segredos de Lisboa”, merciantes judeus Sarah e Isaac, o juiz editado pela Esfera dos Livros, visitade jogo Diogo Garcia, a Lavadeira e o -se a cidade “sob os nossos pés, debaixo de linhas de elétrico, ruas asfaltadas e túneis de metro”. A Lisboa, que acolheu “fenícios, romanos, muçulmanos, cristãos e uma imensidão de pessoas que nestas colinas deixou a sua marca”, como frisam as autoras.

dono da casa de pasto Rocha não se conheceram entre si. Viveram na mesma cidade, mas em diferentes épocas. Estas e outras personagens, umas verdadeiras, outras fictícias, foram transformadas em anfitriãs pelas historiadoras Inês Ribeiro e Raquel Policarpo 68 act ualidad€

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terminado período histórico através de uma viagem de sons, cheiros, atividades simples do dia-a-dia. Contudo, nem sempre foi fácil escolher para cada sítio a sua personagem e a época tendo em conta que cada local pode ter séculos de ocupação. Muitas vezes o processo passava por escolher um momento na história do local que achávamos ter uma importância mais relevante e a partir daí criávamos a personagem. Por exemplo, escolhemos para a Casa dos Bicos o D. Brás de Albuquerque porque foi ele que mandou Qual foi a motivação para escreve- construir o edifício, que à época terá rem este livro? tido um grande impacto na cidade pela Nunca pensámos em escrever um sua arquitetura pouco comum. Ou a livro, mas depois do convite da Es- Fatimah para a Sé de Lisboa, por ser a fera, pareceu fazer sentido tendo em localização da possível mesquita e por conta o nosso projeto, a Time Tra- ser uma mulher, ou seja, quisemos dar vellers. O livro passava a ser uma uma visão mais feminina sobre a preextensão dos nossos passeios e uma sença muçulmana, que normalmente forma de dar a conhecer Lisboa e a está ligada aos homens e demasiado sua arqueologia a muito mais gente. associada a outras questões. Ter esta oportunidade de podermos falar de arqueologia, do trabalho O que foi mais complicado no procesdos arqueólogos que, muitas vezes, so de construção do livro? é mal visto e sempre conotado com Sintetizar a grande quantidade de inatrasos em obras, e das pequenas formação que recolhemos sobre os vámaravilhas que tem a cidade em rios locais. Uma vez que o objetivo do cada esquina, pareceu perfeito. livro era criar um pequeno roteiro com uma explicação simples e para o leitor Como surgiu a ideia para as per- mais leigo em questões de arqueolosonagens (lisboetas) que nos guiam gia, resumir a investigação foi o maior em cada capítulo? desafio. Outro desafio foi juntar duas Depois de escrevermos os primeiros cabeças que funcionam de forma muitextos, achámos que ter estas persona- to diferente e produzir um texto que gens fazia uma melhor introdução aos fosse apelativo e simples. Nem sempre locais em vez de ter apenas a descrição foi fácil... Mas depois de uma boa noido sítio. É uma maneira de envolver te de sono, voltávamos à escrita e os o leitor, pondo-o a imaginar um de- ímpetos criativos de uma eram contro-


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O que mais vos surpreendeu ou surpreende nesta Lisboa arqueológica?

A possibilidade de sermos surpreendidos pela história da cidade, numa rua qualquer, num simples passeio a pé. O melhor exemplo é o WC do Largo da Sé, um sítio completamente inusitado, em que, quem visita as instalações, não está à espera de encontrar um vestígio arqueológico. E ali, numa ida à casa de banho, ficamos a conhecer um pouco da Lisboa anterior ao terramoto de 1755! Se tivessem que sugerir apenas três dos lugares arqueológicos que tratam no livro, quais seriam e porquê?

O Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros porque tem naquele espaço séculos de presença humana. O Núcleo Arqueológico do Castelo de São Jorge, pouco conhecido apesar de o castelo ser dos monumentos mais visitados e emblemáticos da cidade, e onde podemos ver um pequeno conjunto de casas de época islâmica e uma coleção museológica com materiais de grande qualidade. Também o Núcleo Arqueológico da Casa dos Bicos onde se pode ver as várias muralhas que defenderam a cidade e como ficaram “escondidas” com o passar do tempo.

Começam o livro no tempo de D. João I, por que razão?

Para nós o importante não é o período, mas sim o local, ou seja, sendo o Castelo um dos grandes pontos da arqueologia lisboeta, tínhamos de começar o livro com este espaço. A escolha do período está relacionada com uma fase de grande mudança no castelo, mas podíamos ter escolhido o período filipino por exemplo, ou até mesmo a saída da corte do castelo para o novo paço da Ribeira. Sendo o castelo de São Jorge um local que sofreu várias alterações ao longo dos séculos (sendo as últimas já do Estado Novo e que mudaram bastante a sua organização), as grandes obras levadas a cabo por D. João I pareceram ser uma boa introdução à forma de como espaços e locais mudam com o passar dos anos. Face a outras capitais ou cidades europeias, consideram que Lisboa é rica em termos de património arqueológico?

Podemos dizer que sim. Claro que nunca nos poderemos comparar a uma Roma, mas à nossa escala temos um pequeno tesouro.

Foto Sandra Marina Guerreiro

lados pela outra, e a forma complicada de explicar certas coisas de uma era ornamentada pela outra. Acabamos por nos complementar bem, tal como já fazemos na “Time Travellers”.

espaço de lazer

O que se pode fazer para melhorar e potenciar mais o turismo alicerçado na arqueologia?

Preservar e manter os sítios acessíveis e visitáveis. E este também é um dos principais problemas do Turismo ArEsse património está a ser devida- queológico em Portugal. Criamos mente tratado e potenciado? Núcleos Museológicos, percursos com Infelizmente, nem sempre, mas temos sinalética, mas passado pouco tempo de ter em conta que estamos numa ci- são esquecidos e levados ao abandono. dade onde vivem pessoas e nem sem- Não precisamos de ter uma cidade pre é fácil conciliar o que se descobre como Roma ou Pompeia, pois tamcom as necessidades de uma cidade bém temos a nossa própria riqueza em crescimento. Con- arqueológica. É apenas necessário tudo, cada vez mais há mantê-la. a preocupação em preservar esse património, Prevêem escrever mais algum livro já que se percebeu que neste âmbito? pode ser uma mais-valia Quem sabe... Seria giro e faríamos em vários aspetos. Por muita coisa diferente, mas para já esexemplo, são já vários tamos a apreciar este “resultado”. os estabelecimentos comerciais que exibem os Em que projetos estão a trabalhar? vestígios arqueológicos Temos a nossa agência de animação identificados em obra e turística, a Time Travellers, dedicada que acabam por desper- ao turismo arqueológico, mas ainda tar muita curiosidade a fazemos trabalhos em arqueologia, já quem passa. que somos ambas arqueólogas.  outubro de 2015

ac t ua l i da d € 69


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Agenda cultural

Exposições

A faina dos mariscadores na Galiza em fotografia

Música

Carminho, Cuca Roseta e Raquel Tavares no I Festival de Fado de Sevilha

“As mulheres no fado” constitui o tema do I Festival de Fado de Sevilha, que arranca a 6 de outubro com um concerto de Carminho, no teatro Lope de Vega. Para o mesmo dia está prevista a inauguração da exposição “O fado e a moda”, no Consulado Geral de Portugal em Sevilha, bem como a conferência subordinada ao tema “Fado no Feminino: Das Mulheres Fatais às Divas da World Music”, que contará com a colaboração do melómano Rui Vieira Nery. Ainda antes do concerto pode assistir à curta-metragem “Oiça lá o Sr. Vinho”, de Augusto Cabrita, e à longa-metragem “O Fado da Bia”, de Diogo Varela da Silva. Recorde-se que a iniciativa Festival de Fado nasceu em 2011, em Madrid, e este ano estende-se também a Buenos Aires, Bogotá e agora a Sevilha.

A fama do marisco galego ultrapassa as fronteiras desta província espanhola vizinha de Portugal. A fotógrafa Laura Dominguez (colaboradora da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola) conta-nos a história dos que tornam possível desfrutarmos do sabor destas iguarias pescadas nas rias e na costa galega: “Quem fala da Galiza, não pode deixar de referir as paisagens, as pessoas, mas acima de tudo a comida. É um sentimento que acompanha todos os que estiveram na nossa terra e é graças aos nossos trabalhadores, às nossas mariscadoras, que trabalham sobretudo a pé, e aos nossos mariscadores, que trabalham mais nos barcos, que o bom nome do marisco galego chega a todos os cantos do mundo.” A fotógrafa, agora residente em Lisboa, observa que é curioso que, mesmo estando tão perto, muitos portugueses desconheçam, por exemplo, o que é a “batea”, os viveiros naturais onde se criam os bivalves nas rias galegas. Laura Dominguez expõe pela primeira vez as fotos que registou em 2008, acompanhando a atividade destas mulheres e homens: “Foi uma lição que estes trabalhadores me deram, já que conseguem continuar a trabalhar com paixão numa atividade que muitas pessoas nem sequer sabem que existe ou como se faz. Sem horários fixos, só dependem do mar, dele retirando o seu sustento. Cada uma das fotografias relata como é feito este trabalho: desde os areais, reunindo com as mãos e de joelhos os berbigões e as amêijoas e a chamada pesca “a flote” feita com “angazos” nas embarcações. A mostra, que foi exibida na tradicinal Festa da Ameixa, no passado mês de setembro, inclui 24 fotografias, que foram tiradas nas praias de Lourido (Poio) e Lourizán (Marín).

Exposição permanente na Oficina Municipal de Turismo de Poio, no Casal de Ferreirós, em Espanha

“Arte Contemporânea 2015” na galeria de arte do Casino

Além de Carminho, levarão o fado à capital da Andaluzia, Cuca Roseta, que atuará no dia 17 de novembro, e Raquel Tavares, com concerto agendado para o dia 1 de dezembro. Para esses dias estão igualmente programadas mais conferências e a exibição de filmes relacionados com o tema fado.

Alfredo Luz, António Joaquim, Armanda Passos, Artur Bual, Carlos Ramos, Carolina Sales, Eduardo Alarcão, Filipa Tojal, Jorge Pé-Curto, Maria Flores, Mário Vitória, Marius Muraru, Michael Barrett, Paulo Ossião, Rita Sá Lima e Rogério Timóteo são os artistas representados na mostra “Arte Contemporânea 2015”, patente na galeria de arte do Casino Estoril. “Trata-se de uma prestigiada mostra coletiva nas modalidades de pintura, escultura, desenho e gravura”, que privilegia “uma forte componente didática, porque há nos trabalhos expostos várias escolas representadas, como o expressionismo e o neofigurativismo, as correntes dominantes na atualidade, ou o abstracionismo monocromático e o conceptualista”.

Até 12 de outubro, no Casino Estoril

70 act ualidad€

outubro de 2015


espacio de ocio “Within Light Inside Glass” na Galeria Millennium

Depois de ter sido apresentada em Veneza, no Palácio Loredan, onde recebeu mais de 10.000 visitantes, chega agora a Lisboa a exposição “Within Light Inside Glass”. A mostra, com a curadoria de Francesca Giubilei, exibe obras de 13 artistas: “Este projeto tem como ponto central o diálogo entre artistas e cientistas, entre tradição e inovação, e também entre duas cidades culturalmente vivas como Veneza e Lisboa.” A versão da exposição para Lisboa foi concebida pela Vicarte – unidade de investigação “Vidro e Cerâmica para as Artes” da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é promovida pela Fundação Millennium bcp, e procura dar voz a temas como “a luz, o vidro, e a sua interação de caráter artístico e técnicocientífico”. Nesta apresentação ao público em Portugal, “a exposição é enriquecida pelas obras de mais dois jovens artistas portugueses emergentes, que juntamente com os outros participantes representam o cenário artístico nacional e internacional, e a interessante troca de saberes e ideias, de que a Vicarte é o centro propulsor”. Teresa Almeida, Margarida Alves, Mika Aoki, Alan Jaras, Anna-Lea Kopperi, Richard Meitner, Eric Michel, Diogo Navarro, Pedro Palma, Fernando Quintas, Silvano Rubino, Elisabeth Scherffig, Cesare Toffolo, Enrico Tommaso de Paris e Robert Wiley são os artistas participantes, que usaram “o néon ou a luz natural, o vidro borossilicato para esculturas de pequenas ou grandes dimensões, as técnicas tradicionais ou as novas tecnologias, a fotografia, a pintura e o desenho, a luminescência ou a transparência” para os trabalhos agora patentes na sede da Fundação Millennium bcp. O projecto é coordenado por António Pires de Matos, Isabel Silveira

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Godinho e Andreia Ruivo em nome da Vicarte, e por Fátima Dias em nome da Fundação Millennium bcp.

Até 9 de janeiro, na Galeria Millennium, em Lisboa

Design português para apreciar no Museu dos Coches

Terminou no fim de setembro o Ano do Design Português 2014/15, mas até 29 de novembro pode conhecer alguns dos testemunhos do melhor que se faz em Portugal neste âmbito. No Museu Nacional dos Coches estão expostos os trabalhos dos 26 finalistas aos Prémios de Design Português 2015, que este ano receberam 181 candidaturas. Destaque para os vencedores: Joana Monteiro, com o projeto Capas de Cadernos de Programação do Teatro Nacional São João, venceu na categoria profissionais o Prémio Sebastião Rodrigues de design de comunicação e Sérgio Alves, com o projeto Cassandra, na categoria estudantes-finalistas; O Prémio Daciano da Costa para design de produto foi para Rui Marcelino/Alma Design, com o projeto desAir - Design de Estruturas Sustentáveis para Aeronáutica, na categoria de profissionais, e para João Abreu Valente, com o projeto Teapot’set , na categoria estudantes-finalistas; Mariano Piçarra foi distinguido com o prémio Pádua Ramos design de interiores, na categoria de profissionais, e Ana Rita Ramos, com o projeto Anarquia na Cidade, e Alexandrine Costa, com o projeto Percurso Narrativo, na categoria estudantes-finalistas. Os prémios, criados no âmbito do Ano do Design Português 2014/15, homenageiam “três grandes protagonistas do panorama do design nacional”. Com a exposição pode ser visto um documentário sobre os três mestres que dão nome aos prémios.

Até 29 de novembro, no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Açores inaugura roteiro de arquitetura “A Fábrica da Baleia de S. Roque do Pico produziu óleo até 1986, altura em que a caça à baleia foi extinta através de diretiva internacional”, explica a legenda da fotografia que mostra o espaço depois de reabilitado pelos arquitetos Rui Pinto e Ana Robalo, entre 2008 a 2011, depois de o espaço ter sido adquirido pelo Governo dos Açores, tendo “em vista a musealização e constituição de um museu de arqueologia industrial, integrado na Rede Regional de Museus”. Esta é uma das 51 obras que integram o Roteiro de Arquitetura dos Açores, apresentado no passado dia 18 de setembro. “Os Açores têm o enorme privilégio de ser um paraíso terrestre para os amantes da natureza”, começa por lembrar o texto sobre o roteiro, acrescentando que “da identidade destas nove ilhas faz também parte um património construído que é uma legítima homenagem à boa arquitetura contemporânea”. O Roteiro de Arquitetura dos Açores é promovido pela Delegação dos Açores da Ordem dos Arquitetos e “pretende selecionar obras construídas e concluídas no Arquipélago açoriano depois

de 1950”. Os responsáveis deste organismo sublinham que o “objetivo passa por acrescentar à fortíssima vocação turística do território um olhar competente e seletivo sobre o que de melhor se constrói, abrindo-se às propostas e contributos dos muitos arquitetos que ali deixam a sua marca”.

Mais informação em www.roteirodearquitectura.pt DE u b r o d e 2 0 1 35 o Zuetm

ac t ua l i da d € 71


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A arte de cozinhar enguias ou o segredo da família Zé Zé

Perto do porto comercial de Aveiro, a meio do caminho entre a cidade ria e a costa atlântica, há um restaurante que fideliza os apreciadores de enguias. Quem entra na Casa Zé Zé sabe ao que vai e é assim há mais de 70 anos. A caldeirada de enguias deste restaurante coleciona prémios e clientes em todo o mundo. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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á lugares que nos ditam o futuro. Duarte Fernandes nasceu e cresceu na Casa Zé Zé e nem questionou se continuaria ou não com o negócio de família. “Nunca me vi a fazer outra coisa”, confessa o chefe da cozinha da Casa Zé Zé e atual dono do restaurante, que herdou dos pais, que já o haviam herdado do seu avô. Manuel José da Silva, conhecido

72 act ualidad€

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por Zé Zé, pescava enguias e outras iguarias na ria de Aveiro, numa embarcação chamada “Zé duas vezes”. Estava encontrado o nome para a casa Zé Zé, que, conta o neto do fundador, começou por ser uma mercearia e tasquinha, que “servia petiscos”. Havia um que se destacava: a caldeirada de enguias. Tanto, que inspirou o restaurante, que se mantém na família, como se mantém também a receita do prato que leva apreciadores de todo o mundo à Casa Zé Zé. Duarte Fernandes graceja que “a panela já sabe de cor fazer a caldeirada de enguias”, segredo que não conta a ninguém. Na realidade estamos a falar de

todas as panelas e tachos deste restaurante, já que a caldeirada de enguias é o único prato da carta. E se a receita é desconhecida, o sabor e o tom amarelo do prato ficam gravados na memória. “Quem cá vem, já nos conhece e regressa porque gosta”, sublinha Duarte Fernandes, adiantando que a melhor publicidade é feita pelos clientes, que vão passando a palavra. “Temos clientes de todo o mundo, sobretudo portugueses emigrantes, mas também já começam a vir turistas estrangeiros, porque lêem sobre nós ou ouvem falar”, comenta. O prato já valeu à Casa Zé Zé vários prémios em festivais gastronómicos, mas Duarte Fernandes considera que o melhor prémio é ver a casa cheia de clientes satisfeitos. A Casa Zé Zé não está inserida numa zona turística. O restaurante localiza-se na Gafanha da Nazaré, perto do porto comercial, obrigando a um desvio do percurso que liga a


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cidade de Aveiro às praias da BarQuem assina as sobremesas é a irmã ra ou da Costa Nova. Mas mesmo de Duarte, Elsa Fernandes. Entre as assim, é aconselhável marcar mesa, opções encontra o “fofo de coco” e a sobretudo ao fim de semana. Tam- “pinha de ovos”, doce inspirado nas bém pode encomendar a caldeirada farófias, mas cozinhado no forno. para levar para casa, já que o restauDepois de tudo isso, recomendarante dispõe de serviço de take away. se um demorado passeio. Aveiro, a Serviço que chegou a ser requisitado cidade rasgada pelos canais da ria, pelo antigo presidente da República, onde se espelham vários edifícios de Américo Tomás, conta Duarte Fer- arte nova, está a ali mesmo ao lado. nandes: “O meu avô era convidado No sentido oposto, vai encontrar as

“O meu avô era convidado para ir cozinhar a caldeirada a casa do presidente da República”

para ir a Lisboa cozinhar a caldeirada a casa do presidente.” Para os comensais que visitam a Casa Zé Zé, por estes dias, é possível que antes da caldeirada as enguias surjam como entrada: fritas. Duarte Fernandes ressalva que “nem sempre é possível, já que depende da quantidade de enguias que conseguem comprar, uma vez que a prioridade é sempre a caldeirada”. O pitéu é servido bem quente, estando as enguias dispostas sobre uma cama de batatas, cebola e tomate e envolvido num caldo feito de ingredientes que só a panela e a família de Zé Zé conhecem. Os mais “resistentes” podem ainda atrever-se a comer esse mesmo picante “caldo”, mas apenas acompanhado com tostas de pão.

praias da Barra, com o seu carismático farol, e da Costa Nova, onde o esperam riscas de todas as cores, verticais e horizontais, nas fachadas das antigas casas dos pescadores, bem como o mercado, onde há sempre peixe e marisco fresco, mesmo ao fim-de-semana. Ocasião para comprar as obrigatórias padas de Vale de Ílhavo, o pão típico local. O mercado encerra apenas à segunda-feira, à semelhança da Casa Zé Zé. 

Restaurante Casa Zé Zé Av. José Estevão nº 707 Gafanha da Nazaré Telemóvel: 918096152

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Sugestões “Oktoberfest à moda do Porto” Detentor de uma das melhores cartas de vinhos do mundo, de acordo com a revista internacional “The World of Fine Wines”, que lhe deu a classificação máxima (três estrelas), o The Yeatman vai dedicar uma festa à cerveja artesanal portuguesa, uma “Oktoberfest à moda do Porto”, no próximo dia 8 de outubro. O hotel inspira-se na tradicional Oktoberfest realizada anualmente, no mês de outubro, em Munique, e aproveita para celebrar a cerveja artesanal portuguesa. A festa que encerra a época de Sunset Parties, contará com 20 produtores nacionais de cerveja artesanal: “Amphora, Buja, Burguesa, Cinco Chagas, Gíria, Letra, Mediaevalis, Oitava Colina, OPO74, Post Scriptum Brewery, Sovina, Toira, Vadia são algumas das marcas representadas.” O menu, preparado pelo chefe estrela Michelin, Ricardo Costa, “em harmonia com o conceito da festa, apresenta uma série de petiscos, entre os quais cachorros variados com salsichas alemãs, leitão, pregos de novilho e atum, bifanas à moda do Porto e até mini francesinhas The Yeatman”. Haverá também “um lounge de sushi e gin”, já que o conceito “foi um dos mais concorridos das festas ao pôr-do-sol no The Yeatman”

Com vista sobre o Douro e sobre o Porto, o evento homenageia a tradição alemã e mistura-a “com os melhores sabores nacionais, que serão servidos ao som de música ao vivo e de um DJ”. O bilhete tem o custo de 65€ por pessoa e inclui parque de estacionamento. Para grupos superiores a oito pessoas, o bilhete reduz para 60€ por elemento.

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últimas

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Statements Para pensar

“[Que Portugal e Moçambique] Promovam o estabelecimento de parcerias, colaborem no sentido da partilha de conhecimento, de experiência e da formação, incentivem o intercâmbio de quadros técnicos (...) [a evolução das relações económicas entre os dois países] continua a ter uma enorme margem de progressão, mesmo levando em conta os enormes progressos que já foram alcançados nos últimos anos”

Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, em visita a Maputo, onde salientou que o comércio de bens e serviços entre Moçambique e Portugal mais do que duplicou nos últimos quatro anos, para cerca de 480 milhões de euros em 2014, tendência que se mantém este ano, “Negócios.pt”, 1/9/15

“Paralelamente, os investimentos de empresas portuguesas em Moçambique, no agroalimentar, na indústria têxtil, no turismo, no comércio, na construção, na energia e no setor financeiro, entre outros, intensificaramse” Idem, ibidem

“A nossa ambição a nível da Caixa Económica (Montepio) é que este seja um dos bancos mais eficientes do setor (...) Relacionado com a eficiência, queremos que o resultado seja ajustado às condições atuais do mercado e que, como sabemos, vive dentro de uma conjuntura difícil. Teremos de nos ajustar” José Félix Morgado, presidente do Montepio, “OJE”, 7/9/15

“As perceções sobre a China estão mais divorciadas dos factos do que em qualquer outro momento dos quase cinco anos em que vimos analisando a economia. O sentimento global sobre a China afundou muito – demasiado (...) Embora tenhamos advertido os clientes sobre os riscos de se basearem nos pontos de vista oficiais sobre a economia chinesa, acreditamos que o sentimento oscilou demasiado na direção oposta”

Leland Miller, presidente da China Beige Book International (CBB), no relatório desta empresa de análise de dados relativo ao mercado chinês, considerando ser um “mito” que o abrandamento da segunda maior economia do mundo se esteja a intensificar, “Negócios.pt”, 21/9/15

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outubro de 2015




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