Actualidade Economia Ibérica - nº 222

Page 1

Actualidad

Economia ibérica Dezembro 2015( mensal ) | N.º 222 | 2,5 € (cont.)

Os negócios que o

vinho inspira Pág. 38

“Prevê-se um novo recorde este ano da carga movimentada nos portos nacionais”

Españoles y portugueses celebran la Fiesta Nacional de España en Lisboa

pág. 08

pág. 52


2 act ualidadâ‚Ź

dezembro de 2015


Índice

24

Fotomontagem: Sandra Guerreiro

Nº222 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Jesus Matías Pérez Alejo, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copydesk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro

índice

Lisboa será la sede de la primera salida internacional de ARCO

Grande Tema

Os negócios que o vinho inspira

38.

Editorial 04. Beneficiar do contágio dos setores

que estão a crescer

Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Iñaki Carrera, José-Benigno Pérez Rico, Laura Dominguez e Nuno Ramos Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Opinião 06. España en la actual legislatura - José-Benigno Pérez Rico

46. Las relaciones jurídico-económicas

entre Portugal, España y los países de América Latina

- Iñaki Carrera

Atualidade 20. Los drones, un sector en efervescencia

en España

26. Mercado ibérico continua a registar

inúmeras oportunidades de negócio

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

28. George, uma nova empresa especializada

E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 34. Fazer Bem 46. Advocacia e Fiscalidade 48.Setor Imobiliário 52.Eventos 56.Vinhos & Gourmet 58.Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62. Intercâmbio Comercial 64. Oportunidades de Negócio 66. Calendário Fiscal 67. Bolsa de Trabalho 68. Espaço de Lazer 74. Statements

na gestão de carreiras

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 3


editorial editorial

Beneficiar do contágio

dos setores que estão a crescer

N

em todos poderemos produzir vinho, mas todos poderemos beneficiar, direta ou indiretamente, com o sucesso que o setor vitivinícola protagoniza. Na realidade, Portugal e os outros Estados membros da União Europeia terão que respeitar os limites de produção de vinho para cada país, acordados em Bruxelas. A quota portuguesa não está totalmente utilizada e muito há ainda a fazer: vinhas abandonadas, vinhas que precisam de

4 act ualidad€

dezembro de 2015

ser reestruturadas, nomeadamente reconvertendo castas. Ou seja, quem considera que pode ter uma palavra a dizer no que concerne à produção e comercialização de vinhos, tem a garantia de que o setor está longe de esgotar o seu potencial no que diz respeito a estas duas vias. No entanto, a melhor notícia é que as oportunidades inerentes ao setor vitivinícola não se cingem à produção e comercialização de vinhos. No tema de capa desta edição, abordamos projetos inspirados no universo vinícola, fundados por empreendedores que se deixaram contagiar pela prosperidade do setor dos vinhos, espera nçados em obter também eles “boas colheitas”. Os projetos de enoturismo, muitas vezes dinamizados pelas próprias adegas, como forma de solidificar a marca, sensibilizar para o consumo dos seus vinhos e garantir uma nova fonte de receitas, são o exemplo mais flagrante do contágio positivo dos bons resultados gerados pela produção e venda de vinhos

portugueses. Já ninguém duvida do crescente peso do enoturismo na economia, quer para as adegas ou empresas que abraçaram este segmento de negócio, quer pela capacidade de atrair turistas e também contagiar positivamente outras áreas de negócio como a hotelaria, a restauração, transportes, entre outras. Este contágio positivo que os setores em crescimento podem proporcionar deverá despertar outros empreendedores, interessados em iniciar o seu próprio negócio. O dinamismo de setores como o do vinho, do turismo, ou o do calçado (analisado na edição anterior da Actualidad€), entre outros, poderá ser a pista a seguir pelo empreendedor quando tenta encontrar uma oportunidade, uma necessidade do mercado, mesmo que o mercado ainda não a acuse. A marca francesa de vinoterapia Caudalie (bandeira de dois spas em Portugal), soube aproveitar as propriedades terapêuticas das uvas e do vinho, que antes eram desperdiçadas. A vinoterapia ganhou, entretanto, adeptos e a Caudalie já não é a única marca de cosméticos que vai buscar ao setor dos vinhos a matéria-prima. Prova disso é a portuguesa Dvine, que também mostra como a marca Douro, reconhecida internacionalmente no contexto vínico, pode potenciar outras áreas da economia, nomeadamente a da cosmética. Se procura iniciar um novo negócio em 2016, perceber que segmentos da economia estão a apontar para cima, pode ser o ponto de partida...  Email: actualidade@ccile.org



opinião opinión

Cartas de Madrid España en la actual legislatura n el umbral de las elecciones generales en España, el Gobierno del Partido Popular presenta a los españoles un conjunto de buenas recetas que el ejecutivo ha puesto en marcha y con las que hizo posible la recuperación económica a lo largo de esta legislatura, y que sigue creciendo muy favorablemente al final de la misma. El consumo de las familias, que equivale al 58% del PIB, está resultando ser el principal motor del crecimiento que, al cierre del tercer trimestre, se sitúa en el 3,4%.

El aumento del consumo, la aceleración de las exportaciones, el avance de la industria, el crecimiento de la inversión muestran la evidencia de una recuperación económica que se está traduciendo en muy buenos datos de crecimiento de empleo. En el transcurso de esta legislatura, a pocos días de finalizarse, ha tenido una primera mitad de recesión y una segunda parte de recuperación. En los años 2012 y 2013 se ha producido una fuerte destrucción de empleo a cuya circunstancia se ha unido la subida de impuestos, la fuga de capitales y la necesidad de tener que pedir apoyo económico a Europa para recapitalizar al sector financiero. Todo ello hizo de España una de las economías que peor comportamiento ha tenido en Europa durante ese periodo. Sin embargo, en 2014 y 2015, al haberse estabilizado el sector financiero, las reformas realizadas, la política monetaria puesta en marcha por el BCE y la caída del petróleo han permitido a España crear

6 act ualidad€

dezembro de 2015

Por José-Benigno Pérez Rico *

empleo por encima de la media europea y situarse en el crecimiento económico a la cabeza de los países más desarrollados. Otro de los factores que está incidiendo en el crecimiento del PIB es el de la construcción. A 30 de septiembre el número de licencias para la construcción de obra nueva aumentó, según datos publicados por expertos en este sector, en un 26% respecto al mismo periodo del año anterior, y ya en 2014 en esa misma fecha había crecido un 6% respecto al 2013. Es evidente que el sector se está reactivando y todo parece indicar que la demanda sigue dando buenas señales de que la construcción seguirá evolucionando favorablemente en el futuro en zonas urbanas y en lugares con alto atractivo de mercado. La modalidad de construcción mediante cooperativas y el apoyo de la facilidad crediticia prestada por el sector bancario hacen que este sector retome la buena salud para quedarse en el mercado de manera permanente. Uno de los puntos negros en esta legislatura es la pretensión de que algunos políticos catalanes quieren imponer la independencia al Gobierno español, saltándose las leyes, y que, además, pretende conseguirla contando sólo con el apoyo de un 47,8% de su electorado. Sería deseable que el Presidente Mas y sus allegados reflexionaran y comprendieran que, en el caso hipotético de una rotura con España, las dificultades de financiación serían evidentes en un país que quedaría totalmente aislado. Supondría cerrar fronteras en un mundo cada vez más globalizado. Las dificultades de funcionamiento como país independiente podrían afectar gravemente a la vida de los ciudadanos catalanes. Por ello, es preciso que los delirios de Mas se apaguen, que le hagan ver la realidad, que es imposible llevar a cabo sus pretensiones, y que llegue a comprender que los sentimientos tan sólo podrán alimentar el alma, pero no darán nunca sustento al cuerpo.  * Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria Luso Española E-mail: jbperezrico@hotmail.com


dezembro de 2015

ac t ua l i da d â‚Ź


grande entrevista gran entrevista

“Prevê-se um novo recorde este ano da carga movimentada nos portos nacionais” O movimento de mercadorias nos portos nacionais deverá bater um novo recorde, depois dos 82 milhões de toneladas registadas em 2014 e que foram já um número recorde, estima Vítor Caldeirinha, presidente da Associação dos Portos de Portugal (APP). No primeiro semestre deste ano, estes valores estavam a crescer já 11%, o que traduz o grande dinamismo do setor exportador nacional, “isto apesar da crise internacional, em especial na China, que pode afetar as exportações portuguesas” e das dificuldades cambiais em África, considera o especialista, que está à frente também da APSS-Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org

O

que pensa das críticas feitas ao estudo da Autoridade da Concorrência sobre os portos, onde é apontada, nomeadamente, falta de concorrência, mas que os agentes do setor contestam?

A questão principal dos portos em Portugal é a falta de massa crítica no mercado de hinterland português que permita economias de escala necessárias à viabilidade dos elevados investimentos em terminais grandes e ef icientes e com muitas ligações ao resto do mundo. Tal é ultrapassado através de economias de escala entre terminais de pequena dimensão. Temos poucos grupos económicos, poucos terminais, o que tem

8 act ualidad€

dezembro de 2015

Fotos DR

a ver com as características do setor e da economia. Mas a evolução tem sido muito positiva com a melhoria da eficiência dos portos, alargamento do hinterland a Espanha, passagem de carga da rodovia para o modo marítimo no comércio com a Europa e o transhipment de Sines. Nos contentores, concorre-se com os portos espanhóis. Há alguma concorrência. Na carga geral e granéis, há concorrência entre portos e nos portos. Em alguns casos pontuais, existe dificuldade de alternativas por falta de massa crítica. Há sempre espaço para melhorar e para a intervenção pontual das autoridades quando necessário. A Autoridade [da Concorrência]

apontou-nos, e bem, um caminho a percorrer neste âmbito. Vários especialistas do setor, incluindo o senhor, defendem que os prazos das concessões deviam ser alargados para os 50 anos. Há alguma vontade política nesse sentido? Quais os benefícios desse eventual alargamento?

O anterior Governo solicitou à APP que preparasse uma proposta de legislação nesse sentido. É isso que estamos a fazer conjuntamente. O alargamento do prazo máximo pode permitir, em certos casos, que os investimentos maiores de privados possam ter uma amortização por mais tempo, tornando os portos mais competitivos e com capacida-


gran entrevista grande entrevista

Vítor Caldeirinha Presidente da APP-Associação dos Portos de Portugal e presidente da APSS-Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 9


grande entrevista gran entrevista

de para concorrerem entre si.

Que outras medidas legais seriam importantes para a atividade portuária em geral?

A legislação do trabalho portuário já é das mais modernas da Europa, tendo sido alterada em 2014. Estamos ainda a preparar propostas de alteração da legislação dos tarifários dos portos para os tornar mais modernos e apelativos, mais baratos e atuais. E estamos a propor criar o domínio público portuário, para tornar a gestão do espaço portuário mais f lexível e adaptada à atração de negócios logísticos e industriais.

Mas os portos nacionais são competitivos, por exemplo, em relação aos portos espanhóis, que são os principais concorrentes?

Os portos espanhóis investiram muito em capacidade e eficiência nas últimas décadas com dinheiro do Estado. Nós não, pois tivemos que investir com o dinheiro do próprio negócio. Lá encara-se os portos como pólos de desenvolvimento. Daí que tenhamos um caminho a percorrer para nos podermos equiparar. O Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI) 3+ é uma aposta 10 act ualidad€

dezembro de 2015

“Devemos ser a porta atlântica da Europa com o Brasil, África, América do Norte e Ásia, no cruzamento destes eixos. A partir daqui poderemos participar no abastecimento em parte da Europa por via marítima e participar no abastecimento de Espanha por via terrestre” nesse sentido. Mas temos feito muito com pouco e já estamos a concorrer ao mesmo nível em determinados mercados. Veja-se o transhipment de Sines. Defende que os portos nacionais podem ser “uma porta Atlântica” também para Espanha. Isso tem a ver só com a futura ampliação do Canal do Panamá ou ainda é necessário desenvolver outras infraestruturas

nos dois países para otimizar esse corredor, nomeadamente o TGV (e a via Badajoz/ Sines)?

Infelizmente, o Panamá será uma oportunidade, mas não a solução para tudo. Mas devemos ser a porta atlântica da Europa com o Brasil, Á frica, A mérica do Norte e Á sia, no cruzamento destes eixos. A partir daqui poderemos participar no abastecimento em parte da Europa por via marítima e participar no abastecimento de Espanha por via terrestre, sendo necessário completar a ligação ferroviária de Évora a Elvas e permitir comboios com 750 metros nas linhas e nos portos, mesmo que em bitola ibérica. Quando Espanha ligar a bitola Europeia à fronteira, também devemos ter esta bitola ligada aos portos. Que volume de investimentos está previsto para os portos nacionais?

O PETI 3+ prevê um investimento total nos portos de 1.500 milhões para os próximos anos. Foi uma aposta forte nos portos pela primeira vez, que poderá permitir alcançarmos os países vizinhos em termos de capacidade e eficiência.


gran entrevista grande entrevista

“O PETI 3+ prevê um investimento total nos portos de 1.500 milhões para os próximos anos. Foi uma aposta forte nos portos, pela primeira vez, que poderá permitir alcançarmos os países vizinhos em termos de capacidade e eficiência”

Principais desafios do setor portuário nacional Os principais desafios do setor podem-se resumir, segundo Vítor Caldeirinha, presidente da APP, nos seguintes pontos: • Definir e afirmar o conceito de Portugal como o Hub Logístico Atlântico da Península Ibérica e na ligação intercontinental da Europa, aumentando a capacidade e competitividade executando os projetos previstos no PETI 3+ e incentivando mais a concorrência conforme foi proposto pela AdC. • Levar a cabo o benchmarking público do nível de desempenho e produtividade e dos custos portuários por concessão por forma a aferir, em cada momento, da competitividade e atratividade dos portos e regular estes indicadores, mitigando os malefícios das posições dominantes ou monopolistas. • Modernizar e simplificar o tarifário cobrado aos navios, procedendo ainda à consolidação das diversas taxas das entidades públicas numa taxa única, como nos aeroportos, e incentivando um

maior movimento e não um menor movimento. Deveria haver um incentivo a quem mais carga movimenta, seja na TUP navio, seja nas rendas das concessões já consolidadas e que se encontram numa fase do seu ciclo de vida e do caso base mais madura. • Criar o Domínio Público Portuário, para flexibilizarmos os instrumentos das autoridades portuárias para incrementarem os negócios portuários e fazer florescer os portos como pólos de desenvolvimento que são noutros países e alterar o prazo máximo das concessões, adequando-o ao financiamento privado de expansão dos portos, em especial de contentores, acompanhando o que se passa em Espanha e norte da Europa. Quem quer investir nos portos não deve ser impedido, deve ser captado e bem tratado. • Melhorar as acessibilidades marítimas e ferroviárias aos portos, adequando-as ao aumento da dimensão dos navios e melhorando a capacidade e competitividade da ferrovia nos portos

• Reforçar o papel da Associação de Portos de Portugal no desenvolvimento de serviços partilhados entre portos, compras conjuntas, marketing e Logistic Single Window. • Criar a marca de qualidade dos portos de língua portuguesa, que permita procedimentos harmonizados e facilitados em termos portuários e aduaneiros e simplificar os tarifários comuns, visando o aumento de trocas comerciais e o desenvolvimento de novas rotas de comércio internacional. • Criação de zonas francas ou bonificadas nos principais portos para atrair investimento e atividades logísticas e criar emprego, como existe por exemplo em Barcelona. • Desenvolvimento da Janela Única Logística, que deverá ser aprofundada e alargada a todo o foreland e hinterland ibérico, para permitir fluxos mais dinâmicos das mercadorias exportadas e melhor organização e visibilidade das cadeias logísticas.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 11


grande entrevista gran entrevista

“Temos estado a aumentar o terminal portuário de veículos [a partir de Setúbal] e vamos continuar a aumentar nos próximos anos, para termos mais exportações da Autoeuropa, permitindo, assim, mais importações para Portugal e Espanha” Previsão de novo recorde na movimentação de mercadorias nos portos nacionais em 2015 Quanto ao movimento de mercado-

rias, os portos nacionais vão bater novo recorde este ano? E qual a previsão para o próximo?

No primeiro semestre, o aumento do movimento de mercadorias nos

Mais de 20 anos de dedicação à atividade portuária Vítor Caldeirinha, natural de Setúbal, tem uma longa carreira dedicada ao setor por tuário, desde que em 1992 integrou a APSSAdministração dos Por tos de Setúbal e Sesimbra, como técnico e diretor comercial, tendo-se tornado, há cerca de dois anos, presidente desta entidade. Foi também nessa altura que assumiu a liderança da APP-Associação dos Por tos de Por tugal. A ligação à APSS foi interrompida apenas entre 2003 e 2004, quando assumiu funções como diretor comercial na APL-Administração do Por to de Lisboa. Foi ainda, entre 2012 e 2013, pre-

12 act ualidad€

dezembro de 2015

sidente da Direção da ADFERSIT - Associação Por tuguesa para o Desenvolvimento dos Sistemas Integrados de Transpor tes. O gestor de 46 anos é licenciado em Economia e mestre em Gestão/MBA, também pelo ISEG/ UTL, e conta com um doutoramento em Gestão Por tuária, pela Universidade de Évora. Vítor Caldeirinha é ainda professor em diversas universidades e investigador do CEGE – Centro de Estudos de Gestão do ISEG/ UL e do CEFAGE – Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão e Economia da Universidade de Évora.

portos rondava os 11%, prevendose um novo recorde este ano. Isto, apesar da crise internacional, em especial na China, que pode afetar as exportações portuguesas, e da questão da liquidez nos nossos principais mercados em África, em especial em 2016. Assumiu recentemente, enquanto presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, a intenção destas infraestruturas concorrerem diretamente com os concorrentes espanhóis, nomeadamente na importação de viaturas. O que está a ser feito nesse sentido?

Temos estado a aumentar o terminal portuário de veículos e vamos continuar a aumentar nos próximos anos, para termos mais exportações da Autoeuropa, permitindo assim mais importações para Portugal e Espanha, aproveitando o equilíbrio de cargas na entrada e saída nos navios, que não viajam com espaços em vazio. E estamos a fazer parcerias com parques logísticos neste sentido. 


Centro de Formação CCILE Riscos Elétricos para Não Eletricistas Lisboa, 02 de dezembro 09h30-18h30 A utilização da eletricidade exige vários cuidados, uma vez que quando são negligenciados os devidos procedimentos de segurança esta fonte de energia pode provocar não só danos patrimoniais, como também ser fatal ou causar lesões irrecuperáveis. A origem da maioria dos acidentes elétricos está relacionada com a falta de informação ou imprudência, de quem trabalha e utiliza recursos elétricos, assim sendo é essencial conhecer todos os riscos elétricos, bem como as medidas de prevenção desses riscos e regras de atuação em caso de acidente. Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Formação Profissional Obrigatória e Cheque Formação Lisboa, 04 de dezembro 09h30-13h30

gran entrevista grande entrevista

Segurança e Saúde no Trabalho para Chefias Intermédias Lisboa, 10 e 11 de dezembro 09h30-18h00 A Segurança e a Saúde são dois elementos que estão intimamente relacionados com o propósito de garantir condições de trabalho adequadas em todas as empresas/ organizações. Preços: Associados:€150 * Não Associados: €200 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Inteligência Emocional

Prospeção de Clientes Lisboa, 17 de dezembro 09h00-13h00 A prospeção de clientes sempre foi essencial para a construção de uma carteira de clientes e para um conhecimento mais real do mercado. Nos dias que correm, face à conjuntura económica do país, a prospecção tornou-se praticamente obrigatória para as empresas que querem sobreviver. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Lisboa, 14 de dezembro 09h00-13h00 A inteligência emocional representa a habilidade de entender, administrar e expressar corretamente os sentimentos, além de lidar da mesma forma com as emoções de outras pessoas. É uma habilidade essencial para a formação, desenvolvimento e manutenção de relacionamentos, tanto pessoais quanto no ambiente de trabalho. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

A legislação laboral impõe que as entidades empregadoras propiciem formação profissional aos seus trabalhadores implicando, o não cumprimento destas obrigações, a aplicação de coimas. Para evitar estas consequências é essencial que as entidades empregadoras conheçam as suas obrigações, as situações em que o trabalhador pode exigir os seus créditos de horas, os efeitos da cessação do contrato de trabalho, como preparar o plano de formação e como elaborar o relatório único da formação continua. Aproveite também para saber mais sobre o Cheque-Formação, a nova medida do Governo para fomentar a formação profissional e que pode ser atribuído a entidades empregadoras, ativos empregados e também desempregados inscritos nos Centros de Emprego.

Os atrasos nos pagamentos resultam, em regra, da falta de técnicas de acompanhamento por parte do credor. Para colmatar estas falhas importa conhecer as técnicas de estruturação e organização de um caderno de procedimentos de prevenção e de cobrança que permitem maximizar os resultados e evitar os incobráveis, bem como conhecer todos os mecanismos legais em matéria de cobranças judiciais para uma cobrança mais eficaz e menos onerosa.

Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90

Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90

*Acresce IVA à taxa legal em vigor

*Acresce IVA à taxa legal em vigor

Técnicas de Cobrança Extrajudicial e Táticas de Cobrança Judicial Lisboa, 15 de dezembro 14h30-18h30

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org Website: www.portugalespanha.org

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 13


apontamentos de economia apuntes de economÍa

Fehispor garantiu 50% de participação portuguesa

O recorde de participação portuguesa foi uma das notas dominantes da 26ª edição da Fehispor - Feira de Espanha e Portugal, que decorreu nas instalações da Feira de Badajoz (Ifeba), de 19 a 22 de novembro. Mantendo-se como a principal feira luso-espanhola da Península Ibérica, a Fehispor dispôs de 10 mil metros quadrados de superfície, dos quais metade

correspondentes a stands portugueses, acolhendo um total de 130 empresas expositoras, o que reforçou, mais uma vez, o objetivo de ser a referência ibérica no que diz respeito às relações com Portugal, como salientaram alguns dos representantes oficiais dos dois países presentes na cerimónia de inauguração do evento, como o presidente da Câmara Municipal de Badajoz, Francisco Fragoso (na foto, o terceiro da esq.). Entre os expositores portugueses, marcaram presença as empresas e outras entidades como a Câmara Municipal de Elvas, a CCDR Alentejo, a Agência Regional de Turismo, a IP Beja, IP Portalegre, Nerbe, Nere, Nerpor, APAL - Turismo de Albufeira, Associação de

Cinco maiores bancos lucram 602 milhões de euros até setembro Os bancos portugueses voltaram a ser rentáveis nos primeiros nove meses do ano. As cinco maiores instituições financeiras obtiveram resultados conjuntos de 602 milhões de euros até setembro, quando em igual período do ano passado tinham registado prejuízos de 493 milhões. Se a margem financeira e o produto bancário (receitas) foram os catalisadores da recuperação, já o crédito concedido foi dos poucos indicadores que não acompanhou a evolução positiva. Ao contrário do Santander Totta, que viu os resultados crescerem até fim de setembro, mais concretamente em 50%, para os 177 milhões de euros, os outros quatro bancos portugueses passaram de prejuízos a lucros nos primeiros nove meses. BPI, BCP, Banif e CGD inverteram a tendência de perdas, que oscilaram entre os 110 milhões de euros registados pelo Millennium bcp e

14 act ualidad€

dezembro de 2015

os 233 milhões do banco estatal presidido por José de Matos, para números positivos, entre os quase 265 milhões também do BCP e os 3,4 milhões de euros da CGD. A recuperação deve-se, sobretudo, à evolução positiva da margem financeira, que representa a diferença entre os juros cobrados em empréstimos e os juros pagos em depósitos e que tem beneficiado com a redução do custo dos depósitos a prazo. No conjunto dos cinco bancos, este indicador aumentou 17%, para os 2,8 mil milhões de euros até setembro, face aos 2,4 mil milhões registados no período homólogo. Igualmente a contribuir positivamente para a recuperação da rentabilidade do setor financeiro esteve o produto bancário, tendo as cinco instituições arrecadado mais de 5,4 mil milhões de euros nos primeiros nove meses (mais 18% em termos homólogos).

Turismo de Portimão, Cafés Silveira, Câmara de Comercio e Industria Luso Espanhola, Delta Cafés, Entidade Regional de Turismo do Algarve, ADRAL, a Escola de Hoteleria e Turismo de Portalegre, Entidade Regional de Turismo Região de Lisboa, Parque Tecnológico Universidade de Évora, entre outras. Dentro do programa de atividades da feira, destaque para algumas das secções especiais que decorreram nesta feira multissetorial, como, por exemplo, a quarta edição da Expo Regalo, ou os mercados de produtos extremenhos e alentejanos no Mercado Degusta. Foi ainda possível conhecer cervejas artesanais extremenhas, num espaço dedicado a este setor. As atividades relacionadas com o público em geral também contribuiram para atrair os mais de 30 mil visitantes esperados, 30% dos quais portugueses.

Sonae alia-se a central de compras espanhola A Sonae MC, detentora dos hipermercados Continente, assinou um acordo de afiliação com a central de compras espanhola IFA. O acordo tem em vista “a potenciação conjunta de oportunidades relevantes de negociação, compra e desenvolvimento na área comercial”, revelou o grupo português. Com esta associação, a Sonae MC poderá aceder a “um conjunto mais amplo de opções de sourcing e, assim, diferenciar uma vez mais a sua proposta de valor junto dos seus clientes”. A IFA é uma central de compras espanhola, que reúne mais de 30 associados líderes nas respetivas regiões onde operam. No final de 2014 e em Espanha, os operadores associados do grupo IFA eram responsáveis por mais de seis mil pontos de venda, realizando um volume de negócios superior a 10 mil milhões de euros.


Breves Cepsa e AB Lubs vão comercializar lubrificantes Texaco em Portugal A Cepsa fechou um acordo com a AB Lubs, empresa do grupo Alves Bandeira, para a importação e comercialização das gamas de lubrificantes Texaco no mercado nacional. Enquanto representante oficial da marca para a Península Ibérica (PI), a companhia energética pretende, deste modo, expandir e divulgar os produtos Texaco. “Conhecemos bem a dinâmica da AB Lubs no mercado português e estamos certos de que o empenho e profissionalismo da Cepsa são uma garantia para o sucesso da importação e distribuição dos lubrificantes Texaco, na certeza de que estamos perante produtos de elevada qualidade tecnológica e que constituirão uma clara mais-valia para o setor”, explica Gerardo

Socorro Lorenzo, em representação da Cepsa. Em 2011, a Cepsa adquiriu os ativos e operações da Chevron para Portugal e Espanha e tornou-se representante oficial da marca para a PI, assumindo o direito de comercializar os produtos Texaco. A Cepsa tem presença em mais de 80 países, operando em todas as fases da cadeia de valor do petróleo e gás. É líder no segmento dos lubrificantes, ao comercializar mais de 235 mil toneladas de lubrificantes, fluidos de refrigeração, óleos base e parafinas, exportando para o resto da Europa e para outros mercados em crescimento, nomeadamente da América Latina e Ásia.

Vivafit estabelece protocolo com Manz para estágios profissionais A Vivafit e a Manz assinaram um protocolo que assegura estágios profissionais curriculares nos ginásios Vivafit para 40 dos seus alunos dos cursos de Técnico Especialista em Exercício Físico. Com este passo, a Vivafit mudou de política e, neste momento, também já aceita instrutores homens para os ginásios femininos. A Vivafit emprega cerca de 250 instrutores em Portugal, Índia, Indonésia, Espanha, Taiwan, Singapura, Dubai, Abu Dabi, Omã e Uruguai. A Manz é a maior escola de formação na área do fitness em Portugal, com especializações/ pós-graduações em áreas como personal training, treino funcional, atividades de grupo, reabilitação postural, gestão de ginásios, nutrição desportiva, coaching, entre outros. Conta com cerca de 110 docentes e já certificou mais de 6.500 alunos nos últimos 15 anos. Pedro Ruiz, CEO da Vivafit, comentou

que “esta sinergia é uma grande ajuda para a Vivafit, num momento em que o fitness está de novo com falta de profissionais”. Por seu turno, André Manz, administrador do grupo Manz, acrescentou que “este novo curso de especialização tecnológica, com 18 meses de duração, dará acesso à cédula profissional e contribuirá de forma marcante para a melhoria do nível do fitness em Portugal”. A Vivafit está a contratar também comerciais e gestores, não só para Portugal, mas tambem para Dubai, Abu Dabi, Omã e Índia.

Tendências do setor do retalho assentam na inovação e gestão das expetativas dos clientes Jonathan Reynolds, especialista mundial em retalho e gestão de centros comerciais, considera que, tal como no tempo das descobertas, o retalho vive na premissa da “inovação ou morte”. O vice-reitor e professor associado na área do Marketing de Retalho da Saïd Business School da Universidade de Oxford e membro fundador do Oxford Institute of Retail Management, desenvolveu esta ideia na “Pragma Conference - The Future of Retail”, que se realizou no mês passado no Estoril, organizada pela Pragma Management, sociedade gestora de ativos imobiliários, entre os quais centros comerciais. Na sua apresentação sobre as tendências para o desenvolvimento do retalho, o especialista referiu que o setor vive um momento de “mudança sem precedentes”, em que as flutuações económicas convivem com a emergência das tecnologias cada vez mais omnipresentes, que levam ao conceito de multicanal. Para incentivar este desenvolvimento, é fundamental explorar a inovação e implementar a mudança, sendo necessário “inovar em sistema integrado”. Jonathan Reynolds adiantou que o setor é representado por 3,7 milhões de empresas na Europa (15% das empresas privadas não financeiras), mais de 152 milhões de metros quadrados de centros comerciais e que emprega 19 milhões de pessoas. A diferenciação é também fundamental, nomeadamente através de espaços como as pop-up stores ou os shoppings temáticos, ou as lojas físicas em que não existe stock ou com apenas um empregado, nas quais os clientes fazem todas as operações de compra através do smartphone, exemplificou o consultor. Grupo Rangel entra em Cabo Verde A Rangel entrou em Cabo Verde com a abertura de duas delegações em Mindelo, na ilha de São Vicente, e na Praia, na ilha de S. Tiago, expandindo assim a presença da empresa no continente africano, onde já opera em Angola e Moçambique. Líder em soluções globais de logística, a Rangel leva até Cabo Verde os serviços de transporte aéreo e marítimo (completos, grupagens e bagagens), de ligação entre as ilhas e aduaneiro. O transporte expresso será assegurado pela parceria da Rangel com a multinacional americana FedEx, que depois de Portugal e Angola chega agora a Cabo Verde. “A parceria de sucesso que mantemos em Portugal e em Angola fez com que, uma vez mais, a FedEx reafirmasse a sua confiança nos serviços que

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 15


Breves prestamos, ao entrar connosco no mercado cabo verdiano”, afirmou Nuno Rangel, vice-presidente da empresa. “Cabo Verde faz parte da nossa estratégia de expansão há algum tempo, pois temos vindo a consolidar a nossa operação em África e no Mundo, estamos a chegar a mais destinos e, como consequência, a mais pessoas”, conclui a mesma fonte. Também em Portugal, e no sentido de dar resposta ao aumento do fluxo de trocas comerciais entre os dois países, a Rangel reforçou os seus serviços na zona de Lisboa, com uma nova loja na Amadora. Edigma quer ser líder em projetos de digital signage em Portugal A Edigma quer ser líder na implementação de projetos de digital signage em Portugal no prazo de cinco anos, frisou o CEO da empresa, Miguel Fonseca, na conferência “Sinalética Digital e o Futuro da Comunicação”, realizada recentemente, em Lisboa. Enquanto one-stop-shop, a Edigma tem como objetivo crescer na instalação de projetos de comunicação digital na área do retalho, em particular nos setores da moda, restauração, telecomunicações e banca. A Edigma apresentou as expetativas e o impacto que o digital signage pode ter junto do mercado, com a implementação de um novo modelo de comunicação mais dinâmico, fluído e integrado. Marca de calçado Paulo Brandão relançada A marca de calçado Paulo Brandão vai ser desenvolvida, com um novo investimento de cerca de um milhão de euros, depois de ter sido adquirida pelo empresário Rodrigo Leite, que abandonou o setor dos transportes e logística para se dedicar a esta nova área de negócio. Este novo desafio do empresário nasceu no ano passado, com a aquisição da totalidade da empresa industrial Versão Latina, na qual o calçado da marca Paulo Brandão é produzida. O processo de renovação total da fábrica passou pela aquisição de um pavilhão fabril na zona industrial de Travanca, em Oliveira de Azeméis, equipando-o com novas tecnologias e onde aloja neste momento toda a produção do calçado e os serviços da marca Paulo Brandão além de clientes em private label. A aposta estendeu-se também à qualidade e ao design do produto, no reforço da equipa comercial e na campanha de divulgação da marca.

16 act ualidad€

dezembro de 2015

Prosegur lança novo serviço de Inventários

A Prosegur acaba de lançar o ser viço de Inventários, ser viço que responde à obrigação legal das empresas em comunicarem os seus inventários à Autoridade Tributária (AT ) até ao final do ano e que contribui para a redução da perda desconhecida nas empresas. A chamada “perda desconhecida” afeta negativamente o desempenho económico das empresas, consome recursos

humanos e financeiros e desvia o foco das organizações do seu principal negócio, salienta a empresa de segurança. Grandes referências da área do comércio já recorrem à Prosegur para a realização de Inventários com este sistema. São o caso da Zara, da Bershka, da Lef ties, do AKI, da Wor ten, da Spor tZone, da MO, entre outras insígnias da grande distribuição.

Solvay adquire norte-americana Cytec por cinco mil milhões de euros O grupo químico belga Solvay alcançou um acordo para a aquisição da norte-americana Cytec por um montante estimado de 5,5 mil milhões de dólares (cerca de cinco mil milhões de euros), segundo uma proposta com base em contrapartida financeira que supõe um prémio de quase 29% sobre a cotação bolsista da visada. A transação, aprovada e recomendada pelos conselhos de administração das duas empresas, deverá im-

pulsionar os resultados de exploração da Solvay, que estima sinergias de 100 milhões de euros, quase na totalidade realizados nos próximos três anos. A Cytec é especialista em materiais compósitos utilizados sobretudo na indústria aeronáutica. A empresa tem sede em Nova Jérsia (EUA), emprega cerca de 4.600 pessoas em todo o mundo e realizou um volume de negócios aproximado de dois mil milhões de dólares (cerca de 1.800


apuntes de economÍa

Indra quer reforçar liderança na gestão de tráfego aéreo e aerospacial “A Indra irá reforçar a sua liderança no mercado de gestão de tráfego aéreo e aeroespacial”, como fornecedor das soluções mais avançadas de gestão de tráfego, defesa aérea, simulação, aviação ou tecnologias para o setor espacial, estimou Fernando Abril-Martorell, presidente da Indra (na foto, o primeiro a contar da dir.). Neste sentido, e no âmbito da gestão de tráfego aéreo, Fernando Abril-Martorell referiu que a Indra irá fortalecer a sua posição como empresa pioneira no desenvolvimento da nova geração de sistemas de gestão de tráfego aéreo e continuará comprometida como um dos sócios mais importantes do programa europeu SESAR, pilar tecnológico do futuro Céu Único Europeu. Acrescentou que “a Indra irá crescer neste mercado aproveitando as novas oportunidades de negócio que oferece a navegação por satélite ou a nova geração de tecnologia de vigilância radar”. As declarações do presidente da Indra

foram feitas na abertura do “I Fórum América Latina, Espanha e Europa: um olhar para a cooperação espacial”, que se realizou recentemente na sede social da Indra. No evento esteve também presente o diretor geral do Meio Ambiente da Comissão Europeia, Daniel Calleja Crespo e o secretário de Estado do Comércio do Ministério da Economia e Competitividade espanhol, Jaime García-Legaz (respetivamente, primeiro e segundo na foto), entre outros. Portugal esteve representado por António Neto da Silva, presidente da Proespaço – Associação Portuguesa das Indústrias do Espaço e copresidente da AED-Federação Portuguesa das Indústrias Aeronáutica, Espaço e Defesa.

Arko Security e I-SEC estabelecem aliança para os aeroportos nacionais A Arko Security, empresa portuguesa de segurança global, e a I-SEC, uma empresa holandesa exclusivamente especializada em segurança aeroportuária, anunciaram o estabelecimento de uma aliança para atuar na área da segurança aeroportuária em território nacional. A I-SEC é uma das empresas mundiais com mais prestígio na segurança aeroportuária, estando atualmente presente em alguns dos principais aeroportos europeus e asiáticos. Esta aliança significa um enorme passo qualitativo no percurso da Arko Security em Portugal e uma

forma sólida e de enorme qualidade para novas soluções de segurança aeroportuária em Portugal. A I-SEC está presente na Holanda, Alemanha, Portugal, Rússia, Espanha, Japão, entre outros países, contanto com mais de três mil colaboradores e uma faturação superior a 200 milhões de euros. A I-SEC disponibiliza as mais modernas e inovadoras soluções de segurança, assim como para a gestão de operações aeroportuárias de alto risco, tendo como clientes dezenas de companhias de aviação comercial de referência.

apontamentos de economia Portucel Soporcel investe 215 milhões de euros O grupo Portucel Soporcel prevê realizar um novo investimento, até 2017, de 120 milhões de euros, na produção de tissues, revelou a empresa. O anúncio foi feito depois da inauguração de dois dos seus mais recentes investimentos efetuados em Cacia e em Vila Velha de Ródão. No total o investimento concretizado nestes três projetos ascende a mais de 215 milhões de euros. O reforço na produção de tissues envolve um investimento de 120 milhões de euros e os projetos recéminaugurados em Cacia e Vila Velha de Ródão somam 95,3 milhões. A intenção de realizar os novos investimentos implicou já trabalhos técnicos preparatórios que sustentam a decisão de escolher Cacia para instalar a nova linha de produção. No âmbito da nova estratégia de diversificar a atividade e entrar no negócio do tissue, o grupo Portucel Soporcel adquiriu a AMS BR Star Paper no início deste ano e, posteriormente, aprovou o investimento numa nova linha de produção de papel tissue, com uma capacidade nominal de 70 mil toneladas por ano, integrando uma capacidade de transformação em produto acabado equivalente, num valor estimado de 120 milhões euros. Recentemente, inaugurou ainda a expansão do complexo industrial de Cacia na área de produção de pasta de papel. Bosch em Ovar produz para divisão global de ferramentas elétricas do grupo alemão A Bosch Security Systems, em Ovar, ganhou um novo projeto da divisão de Ferramentas Elétricas do grupo Bosch, líder em tecnologia e serviços a nível mundial, e vai começar a produzir já em 2016. A empresa irá estar focada também na produção de componentes eletrónicos do Indego S, um robô corta-relva, que se distingue pelo seu sistema de corte, e que tem tido muita aceitação no mercado europeu. Este novo projeto que, anteriormente, estava localizado na Malásia, representa a aposta de mais uma divisão da Bosch em Portugal que agora se junta às divisões de Sistemas de Segurança, Multimédia Automóvel, Termotecnologia e Sistemas de Controlo de Chassis, cuja presença no país se encontra consolidada. A Bosch em Ovar, única fábrica de videovigilância na Península Ibérica, atualmente com cerca de 400 colaboradores e com uma faturação aproximada de 80 milhões de euros, tem crescido de forma acentuada em Portugal, através da aposta na diversificação do seu portefólio de produtos.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 17


Breves Google, motor de la economía digital española En España, la empresa con base en Mountain View generó un impacto económico de 2.000 a 7.000 millones de euros en 2014, según un informe elaborado para Google por Deloitte. Del estudio también se desgrana que las empresas españolas que utilizan Google Search

y Adwords para publicitarse generaron hasta 7.000 millones de euros en actividad económica y repercutieron en el mantenimiento de hasta 130.000 empleos. El retorno de la inversión en Adwords se contabiliza en que por cada euro destinado a publicidad se obtiene de 3,4 a 8 euros en beneficios brutos. Por otro lado, las empresas utilizan YouTube cada vez más para conectar con clientes y crear marca. Los emprendedores utilizan YouTube como un recurso de marketing gratuito para apoyar el lanzamiento de sus productos. Los creadores de contenido de la plataforma de vídeos impulsaron una actividad económica cuantificada entre 10 y 30 millones de euros en España con el consiguiente mantenimiento de 200 a 500 puestos de trabajo. La inversión china en España creció un 49% en 2014 La inversión del gigante asiático en España se disparó un 49% en 2014 hasta los 610 millones de euros. De esta forma China se convirtió en el séptimo inversor en España por delante de países como Japón, según el informe ‘Inversión china en España’ elaborado por la profesora de Esade Ivana Casaburi. El informe asegura que las compañías chinas valoran a España por ser la puerta de entrada al mercado de Latinoamérica. Además, las 75 grandes empresas del país asiático que operan en España también consideran que existe un positivo clima de negocio. En este sentido, destacan la enorme capacitación de los recursos humanos y la calidad de las infraestructuras. Por contra, se quejan de la burocracia y la presión fiscal.

18 act ualidad€

dezembro de 2015

La gran banca cierra el tercer trimestre con ganancias de 8.700 millones Los cuatro mayores bancos españoles, Santander, BBVA, Caixabank y Bankia, cerrarán el tercer trimestre del año con ganancias cercanas a los 8.700 millones de euros, lo que supone un aumento del 16% respecto al mismo periodo del año anterior. Esta cifra se obtiene como resultado de sumar los beneficios netos publicados por el Banco Santander (5.106 millones de euros), BBVA (1.702 millones) y Caixabank (996 millones) y el consenso de Bloomberg sobre Bankia, que estima que la entidad nacionalizada alcanzará los 848 millones hasta septiembre. Los

resultados de las principales entidades bancarias se han visto afectados por la presión que los bajos tipos de interés están ejerciendo sobre los márgenes y por la regulación sobre capital, que incide en la rentabilidad. BBVA se ha erigido como la única entidad de estos cuatro bancos que ha recortado sus beneficios entre enero y septiembre (menos 11,8% respecto al mismo periodo del ejercicio anterior), tras la venta parcial de CNCB y la desinversión de CIFH, y la adquisición de Catalunya Banc y del 14,89% de Garanti.

Empresas gallegas y de varias nacionalidades reunidas en Exporpymes La segunda edición de Exporpymes acogió, el pasado día 25 de noviembre en Expocoruña, a 100 importadores de 12 países (Chile, China, Colombia, Etiopía, Francia, Marruecos, Estados Unidos, México, Perú, Polonia, Portugal y Reino Unido), a empresas gallegas (pymes que desean iniciarse en la exportación), profesionales del comercio internacional, instituciones y emprendedores de España y Portugal. Este evento fue organizado por la Cámara de Comercio de A Coruña y el IGAPE, convirtiéndose en un centro privilegiado para la exportación

gallega, con cerca de 150 empresas presentes de los sectores de la alimentación, bebidas, construcción y editorial. A éstas se sumaron 50 empresas más de otros sectores que se reunieron con los representantes de las Cámaras de Comercio de España en otros países y con consultores internacionales para conocer las oportunidades de negocio existentes en los diferentes mercados exteriores. La Cámara de Comercio Luso Española fue una de las entidades presentes, con una misión empresarial de cinco empresas portuguesas.

Feval celebrará la XXVIII edición de Agroexpo en enero Agroexpo fiel a su cita anual con el sector agrario desarrollará en los 4 días de celebración (del 27 al 30 de enero de 2016 en Don Benito) uno de los eventos más representativos e importantes de este sector (25.000 metros cuadrados de exposición). En su edición anterior, más de 200 expositores y más de 500 marcas representadas ratificaron el alto nivel del certamen y el grado de satisfacción del visitante profesional. La organización de Agroexpo apuesta por continuar con

los diferentes salones que desde hace algunos años se vienen celebrando, como Tomatec – Salón del Tomate y de la Tecnología Aplicada, Olivac – Salón Ibérico del Olivar, la Aceituna y el Aceite de Oliva y Hortofrutec – Salón de la Horticultura y la Fruticultura. Agroexpo 2016 contará además con un ambicioso programa de jornadas técnicas y actividades paralelas que añadirán interés a esta muestra comercial, según la organización.


Sector de la distribución contratará a 18.000 empleados para Navidad La gran distribución, a través de su patronal, ANGED, ha calculado que en los meses de noviembre, diciembre y enero contratará a 18.000 personas. Esto supone un incremento del 8% sobre la plantilla habitual de estas empresas. La tendencia de recuperación del consumo y la actividad económica de los últimos meses adelantan una situación de partida favorable para la campaña de Navidad en el comercio, “en un entorno de creación de empleo, moderación de

los precios y menor presión fiscal, las rentas de los hogares está mejorando y, por tanto, también su disposición al consumo en esta campaña de Navidad”. Esta patronal, que integra a grupos como Alcampo, Apple, Bricomart, Carrefour, Conforama, Costco, Cortefiel, Eroski, FNAC, Hipercor, Ikea, Leroy Merlin o Media Markt, calcula que si se mantiene el ritmo de consumo actual es posible que el comercio crezca un 2,5% este año.

Amazon duplicará su centro logístico en Madrid y creará 1.000 empleos El gigante del comercio electrónico Amazon duplicará el tamaño de su centro logístico español, situado en San Fernando de Henares (Madrid). Pasará de 32.000 a 75.000 metros cuadrados. La compañía prevé crear 1.000 empleos en tres años, que se sumarán a los 400 puestos fijos que Amazon ha creado desde 2012 en estas instalaciones. La compañía prepara, además, la apertura de otro gran almacén, para lo que ha hecho una oferta por un solar cerca de Barcelona.

Amazon llegó a España en 2011. Comenzó centrado sobre todo en la venta de libros y productos de electrónica. En tres años, sin embargo, ha ido sumando divisiones, y ahora comercializa online también ropa, calzado y hasta productos de supermercado como galletas o champú. Además, eligió Madrid para establecer su único centro de desarrollo de software fuera de Estados Unidos, para lo que ha iniciado el proceso de contratación de 30 ingenieros.

Gamesa ganará un 30% más gracias a los mercados emergentes El fabricante de aerogeneradores, que ya tiene cubierto el objetivo anual de venta de megavatios, aumentará un 23% sus ingresos en el tercer trimestre, hasta 832 millones de euros, según el consenso de analistas de Bloomberg. Gamesa sigue mejorando sus resultados impulsada por los contratos en países emergentes como India, Brasil o Tailandia. Según el consenso de analistas consultados por Bloomberg, el fabricante de aerogeneradores elevará un 30% su beneficio neto, hasta 30 millones de euros, entre julio y septiembre. Los ingresos crecerán un

23%, hasta los 795 millones, mientras que el resultado operativo se situará en 64 millones, frente a los 41 millones de un año antes.

Gestores

en Foco

Luisa Izquierdo ha sido nombrada directora de Recursos Humanos de Microsoft Ibérica. Desde este puesto se encargará de liderar la estrategia y la ejecución de las políticas de Recursos Humanos de la compañía. Sustituye en el cargo a Blanca Gómez. Luisa Izquierdo se une al equipo de Microsoft avalada por una exitosa y amplia experiencia adquirida durante sus más de 15 años de trayectoria profesional, en los que ha asumido diversos cargos de responsabilidad, no solo en España, sino también en Europa y a nivel global en compañías como Honeywell, Amena o Soluziona. Con anterioridad a su incorporación a Microsoft, fue directora de Recursos Humanos de Integrated Supply Chain en Honeywell Turbo Technologies, con responsabilidad sobre 14 plantas de producción ubicadas en países por todo el mundo. Marília Machado Santos asume la dirección de Marketing de las marcas Citroën y DS en Portugal. Licenciada en Ciencias Matemáticas por la Universidad de Coimbra, con máster en Estadística y Gestión de Información, cuenta con una carrera profesional de 16 años, prácticamente dedicada siempre al sector automóvil. Con este nombramiento, Marília Machado Santos, 43 años, regresa a la casa en la que se estrenó dentro de este sector. De 2002 a 2006 integró la Dirección de Marketing, asumiendo las funciones de Gestión de Producto y de Mercados y Precios de la marca del double chevron. La consultora inmobiliaria JLL ha nombrado a Frederico Mondril como Sénior Property Manager en el departamento de Property and Asset Management. El profesional cuenta con más de 20 años de experiencia en las áreas de ingeniería e inmobiliario. Licenciado en Ingeniería Civil por el Instituto Superior Técnico de Lisboa, cuenta con un máster en Real Estate Management and Valuation. Inició su trayectoria profesional en 1995 y hasta 2004 integró diversas empresas con funciones en el área de ingeniería y construcción. Desde esa fecha está directamente relacionado con la consultoría inmobiliaria trabajando para varias firmas.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 19


atualidade actualidad

Los drones, un sector en efervescencia en España Los sistemas aéreos no tripulados representan hoy en España un sector en efervescencia en torno al que están surgiendo todo tipo de aplicaciones posibles en los campos más dispares como la agricultura o la gestión de desastres. Una nueva herramienta ya imprescindible para muchas empresas que puede generar además numerosos puestos de trabajo.

P

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

opularmente se habla de drones a la hora de referirse a las aeronaves no tripuladas, dirigidas por control remoto, más correctamente llamadas RPAS (Remotely Piloted Aircraft System). Este sector es uno de los más prometedores de la industria española en donde se está desarrollando fugazmente una tecnología que permite que las posibilidades de esta nueva herramienta sean infinitas. Además pueden ser de gran utilidad en campos tan diversos como la agricultura, la gestión de desastres naturales o las pruebas periciales en el ámbito judicial. Al mismo tiempo resulta necesario contar con un adecuado 20 act ualidad€

dezembro de 2015

marco normativo que asegure la seguri- zan en el Ibex-35. Por ejemplo, Ferrovial dad y la protección de los ciudadanos. y Endesa se han dado de alta como opeEspaña es un país con ventajas para el radoras. El sector es tan reciente que no desarrollo del sector si se compara con existen datos del mismo, “no podemos otros territorios. “Hay buen clima, es decir que tiene un peso relevante en la un país no muy densamente poblado economía porque las operaciones que y con muy buenos centros de investi- lleva a cabo son las más fáciles y baratas gación”, subraya Manuel Oñate, presi- pero llegará un momento en el que tendente de la Asociación Española de los drá un peso mucho más importante”. Gracias a su avanzada tecnología loRPAS (AERPAS). Además recuerda que España “tradicionalmente ha sido gran entrar en los lugares más insospeun referente en el trabajo aéreo en el chados y ha aumentado notoriamente marco europeo. No hay otra actividad el uso que se les da. “Hace un año el que tenga esta perspectiva de crecimien- 90% de los operadores de RPAS perteto”, indica “y en un año hemos pasado necían al sector audiovisual pero con la de 0 a 600 operadores”. Los hay de todo entrada de la legislación en julio de 2014 tipo, algunos unipersonales y otros coti- han aparecido otras aplicaciones como


actualidad atualidade

la cartografía, con un crecimiento impresionante”, afirma Manuel Oñate. Vigilancia y seguridad pública y privada, inspección de líneas eléctricas y constructoras, fotografía aérea o salvación marítima son solo algunos de los usos más frecuentes de estas aeronaves de muy diversa tipología. Creación de empresas

El desarrollo de esta tecnología ha dado lugar al nacimiento de nuevos negocios, tanto de fabricantes como de operadores y de escuelas de pilotos. Una de ellas es ADTS Group, empresa 100% española dedicada a la operación formación y gestión de vehículos aéreos no tripulados. Ha sido fundada por Carlos Poveda y Gonzalo y José María Tatay, los tres pilotos en líneas aéreas e instructores. Esta empresa ofrece gran variedad de servicios integrales con el fin de satisfacer las diferentes necesidades del cliente. “Contamos con un equipo altamente cualificado que se encarga

Peligro de volar un dron sin conocimiento Si se vuela un dron sin conocimiento en las inmediaciones de un aeropuerto, puede colisionar con un avión de transporte de pasajeros y provocar un accidente, algo que ya ha ocurrido. Además algunas personas se han lesionado porque les ha caído un dron en la cabeza. Al caer desde gran altura pueden producir graves daños. El uso indebido tiene como consecuencias sanciones de la agencia, multas, y si hay daños sobre las personas, las sanciones penales

correspondientes. Las multas pueden llegar hasta los 225 mil euros para personas físicas y 4,5 millones de euros para personas jurídicas, en el caso de las más graves, tal y como determina el artículo 55 de la ley de seguridad aérea. Las denuncias sobre el uso indebido de drones se pueden realizar en la AESA y a través de las Fuerzas y Cuerpos de Seguridad del Estado.

de desarrollar las operaciones, aplicando entre un 60 y un 70% su coste y un 80% la más avanzada tecnología de control y su tiempo”. Se reducen igualmente los los sistemas más innovadores del panora- efectivos humanos necesarios y hay ma civil”, explican sus socios. Se calcula una automatización de los procesos. En lo que se refiere a la formación de que las empresas que utilizan los RPAS como herramienta de trabajo “reducen pilotos, “la escuela surgió como una

PUB

TRADUÇÃO SIMPLES E CERTIFICADA DE DOCUMENTOS

tem Tam de os s bém int er érp viç ret o e!

PORTUGUÊS / ESPAÑOL Precisa de um serviço de tradução? Contacte o nosso departamento de traduções! Orçamento, tradução e certificação ESPAÑOL / PORTUGUÊS ¿Necesita realizar una traducción? ¡Contacte con nuestro departamento de traducciones! Presupuesto, traducción y certificaciones Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 21 350 93 10/12 Fax: 21 352 63 33 e-mail: jnieto@ccile.org; bgonzalez@ccile.org dezembro de www.portugalespanha.org

2015

ac t ua l i da d € 21


atualidade actualidad

El desarrollo de esta tecnología ha dado lugar al nacimiento de nuevos negocios, tanto de fabricantes como de operadores y de escuelas de pilotos misma opinión comparte el presidente de AERPAS, quien espera que el intrusismo sea un sarampión que antes o después se curará. Desde el 4 de julio de 2014 existe una normativa provisional que ha dado resultado, porque ha permitido la aparición de más de 600 operadores que utilizan drones comerciales y 61 escuelas donde se forman pilotos de drones. La nueva normativa está en fase final de tramitación. Tal y como refiere Isabel Maestre, directora de la Agencia Estatal de Seguridad Aérea (AESA), entre Nueva normativa Entre las limitaciones que encuen- las novedades de la futura normativa tran los operadores a la hora de llevar se encuentra la utilización de drones a cabo su trabajo, se destaca la legis- para vuelos dentro del alcance visual lación. Cuando se apruebe la nueva aumentado (EVLOS). Por otro lado, normativa, se espera facilitar el trabajo poder sobrevolar con drones en núcleos pero el sector de queja de la existencia urbanos y poblaciones siempre y cuande intrusismo. “Es difícil rechazar a un do el operador del dron presente un incliente porque lo que te pide no lo per- forme de seguridad a la agencia donde mite la ley y ver como otros operadores analice qué riesgos puede haber y qué lo aceptan”, matiza José Luís Tatay. La elementos va a utilizar para mitigar esos

necesidad. No encontrábamos personal suficientemente formado para pilotar aeronaves muy sofisticadas”, aclara Gonzalo Tatay. La diferencia principal del curso de piloto que imparten a través de European Flyers, está en el número de horas. Lo exigido por la AESA para un piloto de dron es 50 horas teóricas y 10 horas de vuelo mientras que ADTS imparte un curso de 140 horas teóricas, 45 horas de vuelo y 20 horas de simulación.

22 act ualidad€

dezembro de 2015

peligros por si ocurre un accidente. “El trabajo de la agencia está encaminado a proteger a las personas y bienes en tierra, y no podemos permitir que se vuelen drones de forma incontrolada”, resalta la directora. Otra novedad es el vuelo de drones más allá del alcance visual del piloto con aeronaves de hasta 25 kg. Y por último, “la incorporación de los drones en espacio aéreo controlado, van a convivir con aviones. La regulación contempla todas las fases para cubrir lo mejor posible esa casuística”. Las normas de uso se rigen igual si usas el dron de forma comercial como de forma individual. Actualmente está prohibido el uso de drones en zonas urbanas y de población, por encima de 120 metros de altura, donde vuelan los aviones, y en cercanías de aeropuertos y helipuertos. “Son los 3 espacios que no podrían volar drones pero frente a todo el espacio aéreo que existe en España es muy poco. Hay mucho más espacio donde se puede volar que donde no se puede”, matiza Isabel Maestre. Sobre el uso recreativo de drones, que no está regulado por la AESA, desde la agencia dan una serie de recomendaciones y tratan de concienciar a la población de que “un dron no es un juguete”. La directora de la agencia recuerda a las personas que “no necesitan habilitación en la agencia pero sí deben saber dónde se puede volar. Si lo haces en un recinto cerrado ya es responsabilidad del dueño de dicho recinto”.


actualidad atualidade

La directora de la AESA cree que la mayor complejidad a la hora de regular este sector es “la gran casuística que Isabel Maestre, existe. Tenemos que regular drones que van desde menos de dos kilos de peso directora de hasta varias toneladas”. Hay operacioAESA: “España nes de vuelo de todo tipo, desde los que son en espacios aéreos abiertos a los de juega un papel espacios urbanos. Y los usos, “porque muy importante son infinitos, como vigilancia, inspección de líneas eléctricas o infraestructuen un sector tan ras, y muchos otros que no se pueden prometedor” predecir”. La intención de la AESA es que la regulación cubra todo y “eso se puede conseguir con una regulación flexible, que se pueda adaptar a todos los casos, pero también proporcional al riesgo, para que pueda acompañar el crecimiento de este sector”. Desde la agencia confían en que la usuarios, que la tecnología se desarrolle bricantes, los operadores y con los usuasegunda fase de regulación va a ayudar en esa línea y de esta forma la regula- rios finales”. Isabel Maestre manda un a crecer al sector. “Nuestro interés es ción será cada vez más abierta”. Y para claro mensaje: “no podemos esperar a que lo haga de manera robusta y segu- que el sector crezca y se desarrolle ve- que Europa regule, España puede ser ra. Nos interesa a todos que el sector se lozmente “no se deben cometer errores. laboratorio de drones. España juega un profesionalice, que no sea solo de afi- Es un reto de todos. Debemos trabajar papel muy importante en un sector tan cionados, que se oriente a los grandes en conjunto las autoridades con los fa- prometedor”. 

dezembro de 2015

PUB

ac t ua l i da d € 23


atualidade actualidad

Lisboa será la sede de la primera

salida internacional de ARCO

La Feria Internacional de Arte Contemporáneo ARCO Lisboa se celebrará del 26 al 29 de mayo de 2016 en la Cordoaria Nacional, de Lisboa, con la participación de 40 galerías internacionales seleccionadas por el Comité Organizador.

E

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

s la primera vez que ARCO sale nal viene a dar visibilidad y proyección a de Madrid y será la capital lusa la actual escena artística portuguesa. “Es la encargada de acoger una de un tema ilusionante”, afirmó Luis Eduarlas principales ferias de arte con- do Cortés, presidente del Comité Ejecutemporáneo. Portugal ha sido tivo de Ifema, durante la rueda de prensa siempre uno de los aliados históricos de ARCO y desde la organización de la feria consideran que es uno de los focos Pedro Cera: “Esta feria culturales de mayor atractivo y un meres una oportunidad cado de creciente dinamismo, merecedor de un evento artístico relevante y esextraordinaria que va a table dentro del circuito de ferias de arte revitalizar el mercado contemporáneo, por su contexto artístico único, de gran calidad y en permaportuguês” nente diálogo con el arte internacional. Su director será Carlos Urroz, también responsable de ARCO Madrid, que se de presentación de ARCO Lisboa, que se celebrará entre los días 26 y 29 de mayo ha realizado en febrero (en la foto). Este proyecto de expansión internacio- de 2016 y que en su primera edición pre-

24 act ualidad€

dezembro de 2015

tende contar con la participación de unas 40 galerías internacionales. Servirá como “edición de prueba”, aunque siempre con la misma seriedad que se le atribuye a la cita madrileña. “Servirá para ver aquellos errores que se cometan para así corregirlos de ahí en adelante”, dijo el presidente del Comité Ejecutivo, quien también confesó sus intenciones de que “después de ARCO Lisboa vengan otros ARCOs en otras ciudades del mundo”. El galerista Pedro Cera (en la imagen, a la izq. de Luis Eduardo Cortés, Fermín Lucas, director general de Ifema, y de Carlos Urroz, director de ARCO Madrid y ARCO Lisboa). En su opinión, “entre todos los escenarios posibles para la realización de una feria en Portugal este era el mejor”. Recuerda que se trata de


actualidad atualidade

una feria excelente, con 35 años de existencia y “una marca consolidada que trae un sello de calidad. Finalmente va a ser posible consolidar una feria en Portugal”. Además destaca el hecho de que se trata de una apuesta para continuar. “ARCO sabe que va a conseguir traer galerías de calidad para seguir el proyecto en los próximos años”. Sobre la importancia de la feria en el mercado de arte portugués, Pedro Cera no tiene dudas que “esta feria es una oportunidad extraordinaria que va a revitalizar el mercado portugués. Tuvimos años buenos, antes de la crisis de 2008, en los que las galerías vendían. Ahora se nota una ligera recuperación y la feria ARCO dedicará la jornada inaugural, que se articulará en torno a la idea del va a servir de catalizador”. En lo que se refiere a la elección de la Cordoaria Nacional día 25 de mayo, a los profesionales y “Artista Destacado” y también tendrá para celebrar la feria, cree que el director coleccionistas internacionales de forma un programa de coleccionistas invitade ARCO, Carlos Urroz, “entendió que exclusiva antes de abrirla, en la jornada dos, así como “charlas de la mano de grandes coleccionistas”. las características arquitectónicas de la feria del 26, al gran público. Desde la organización consideran que traían un punto diferenciador positivo en En lo que se refiere a la programación relación a lo que es ARCO Madrid, que se y a la orientación del nuevo salón, su la experiencia de la feria en Madrid va a director Carlos Urroz ha adelantado facilitar el montaje de ARCO Lisboa.  celebra en un recinto ferial”.

PUB

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 25


atualidade actualidad

Mercado ibérico continua a registar inúmeras oportunidades de negócio A expansão para Espanha continua a representar uma grande oportunidade para as empresas portuguesas, como salientaram empresários e especialistas da área económica presentes na conferência “O Mercado ibérico”, recentemente realizada no Porto. Texto Laura Dominguez laura@ccile.org Foto Pedro Granadeiro / Global Imagens

O

mercado ibérico representa um total de 56 milhões de consumidores e continua a apresentar uma heterogeneidade de oportunidades de negócio. Este foi o mote da “Conferência do Mercado Ibérico”, realizada no passado dia 18 de novembro, no Porto, onde se salientou sobretudo como podem as empresas portuguesas crescer através da expansão para o mercado vizinho. Organizado pelo Banco Popular, em parceria com o “Diário de Notícias” e a “TSF”, o evento contou com a presença de um grande número de representantes de empresas e outras entidades interessados ou relacionados com o mercado espanhol. Carlos Álvares, novo presidente do Banco Popular Portugal (na foto, à dir.), fez o discurso de abertura da conferência, que se dividiu em dois painéis. No primeiro painel – “Relação Portugal - Espanha: todos ganham?” – falouse, sobretudo, da experiência no mercado espanhol. Tendo como oradores a responsável de operações da marca de acessórios portuguesa Parfois, Cláudia Delgado, o presidente da Frezite e vice26 act ualidad€

dezembro de 2015

presidente da AEP, José Manuel Fernandes, e o administrador da AICEP José Vital Morgado, o painel procurou debater algumas das melhores formas para as empresas atingirem o mercado espanhol e quais as principais dificuldades sentidas nesse processo. José Vital Morgado frisou que a internacionalização não é “um caminho de rosas”, mas que se existe um projeto firme, pode-se chegar ao mercado espanhol contando com a ajuda da AICEP. Por sua vez, Cláudia Delgado falou sobre as diferenças entre investir num país e noutro, pois há uma ideia muito comum de que os dois mercados são iguais. Considera que o mercado espanhol é muito diferente do português e que não se pode entrar neste mercado com a mesma estratégia de negócio que se tem no mercado nacional. Atualmente, a Parfois tem os seus escritórios no Porto e a sua central de desenho em Barcelona. Por outro lado, José Manuel Fernandes salientou que Espanha está tecnologicamente mais desenvolvida e que tem políticas que favorecem mais o desenvolvimento empresarial. No segundo painel – “As oportunidades cá e lá” –, o presidente da CCILE, Enrique Santos, destacou a grande importância do mercado galego para Portugal. “Esta comunidade representa quase 20% do total anual das compras espanholas a Portugal e é também o segundo ou terceiro fornecedor de produtos espanhóis a

Portugal, sendo o primeiro a Catalunha”, sublinhou Enrique Santos. Por outro lado, o presidente da ApcorAssociação Portuguesa da Cortiça, João Rui Ferreira, partilhou vários dados sobre as trocas comerciais de produtos e matérias-primas para a produção de rolhas de cortiça entre ambos os países. “Atualmente, a balança comercial está negativa para Portugal, já que Espanha exporta mais para Portugal do que o inverso”. João Fugas, administrador executivo da CUF, indicou um ponto muito importante sobre o mercado espanhol face ao português: os custos energéticos. “Na nossa indústria, a energia é também uma matéria-prima, e no caso da nossa fábrica em Pontevedra, os custos energéticos são menores em comparação com os custos das nossas fábricas em Portugal”, afirmou, durante a sua intervenção. O ato foi encerrado pelo embaixador de Espanha em Portugal, Juan Manuel de Barandica (na foto, ao centro), que falou da importância do mercado português para Espanha, uma vez que é o terceiro mercado para as exportações espanholas e o oitavo fornecedor de Espanha. “Portugal é o país do mundo onde um maior número de empresas espanholas tem investido ao longo dos últimos anos. Mais de 1.700 empresas espanholas de vários setores investiram de forma estável em Portugal e, em 2013, o stock de investimento espanhol em Portugal atingiu os 17.280 milhões de euros, ao mesmo tempo que Espanha é o investidor líder em Portugal, com 20.000 milhões de euros de stock médio”, referiu. 


actualidad atualidade

dezembro de 2015

ac t ua l i da d â‚Ź 27


atualidade actualidad

George, uma nova empresa especializada na gestão de carreiras A George - Recruiters and Career Change Consultants é uma nova empresa de consultoria em recursos humanos, que surgiu para assessorar profissionais que pretendam procurar um novo desafio profissional, nomeadamente no estrangeiro.

A

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

progressão na carreira é um dos desafios que se colocam a qualquer profissional, ao longo da sua vida profissional. Mudar de emprego ou carreira é um desafio exigente que por vezes se coloca a qualquer trabalhador, seja ele um quadro de topo, de nível médio ou mesmo indiferenciado, mas que pode requerer o apoio de consultoria especializada para acelerar e otimizar os processos de pesquisa, considera Jorge Fonseca (na foto), especialista em gestão de 28 act ualidad€

dezembro de 2015

carreiras e headhunting e que lan- pela otimização do CV e carta de çou recentemente a George, uma apresentação dos candidatos e pelo empresa de consultoria nesta área, apoio dos mesmos no contacto com em parceria com a Rumos, um gru- os gestores das empresas e com empo de formação líder nas áreas tec- presas de headhunting em Portugal nológicas, marketing digital e que e em diversos países estrangeiros detém escolas profissionais espalha- (envio de candidaturas espontâneas das pelo país. a gestores das empresas previamente A principal área de atuação “é a segmentadas, apresentação a decisoassessoria de profissionais na pro- res em eventos/ conferências/ feiras, cura e mudança de emprego, isto é, entre outros serviços). na procura proativa de novos desa- “A George também oferece, de forfios em Portugal e no estrangeiro”. ma reativa, serviços de recrutamento Estes serviços de assessoria passam e seleção, disponibilizados através de


actualidad atualidade

partnerships com diferentes parceiros de negócio”, explica o consultor. “Gerir a carreira e gerir a vida”

Para Jorge Fonseca, atualmente, quem “queira dar um impulso à sua carreira deve estar disponível para mudar a sua vida para o estrangeiro, dado que será ali que se poderão encontrar mais oportunidades profissionais e com melhor remuneração”, salienta. O consultor considera mesmo que “há mercados com oportunidades extraordinárias para a clara maioria das áreas de expertise dos profissionais portugueses, nomeadamente no Reino Unido e Irlanda, na Europa, nos países do golfo arábico (Emiratos Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita), assim como no Senegal e no Ruanda, em África”, exemplifica. “Tanto ajudo pessoas que estão empregadas e que não estão satisfeitas no seu emprego, pelas mais diversas razões, como ajudo pessoas desempregadas, que é uma situação cada vez mais comum, hoje em dia”, explica Jorge Fonseca, que tem uma “experiência de 13 anos no mercado de headhunting (“caça-cabeças”) e desde há seis no apoio de executivos na procura/ mudança de emprego”. O consultor frisa que estar desempregado hoje em dia já “não é um

Experiência em gestão de carreiras e headhunting O consultor, licenciado em Economia e master em Gestão Comercial e de Marketing, conta já com 24 anos de experiência profissional em empresas de executive search e de tecnologias de renome no mercado. Desde 2002 que desenvolve ain-

Possuir “competências replicáveis” é fundamental para conseguir uma nova colocação profissional estigma”, por ser um problema tão comum, e que “as pessoas têm é de se aplicar, para saber como apresentar as suas competências e, preocuparem-se com o desenvolvimento de competências replicáveis” para conseguir outra colocação. Ou seja, ter capacidades e competências técnicas que se possam incorporar numa

da funções de consultor de executive search, e mais tarde, também, de career change. Em abril de 2015, Jorge Fonseca lança-se com o seu próprio projeto empresarial, como sócio fundador e partner da George - Recruiters and Career Change Consultants.

nova profissão, alargando, assim, as hipóteses de contratação. As áreas de vendas e do business development são as que têm mais “vagas e oportunidades” atualmente, no nosso país, e os profissionais com esse know-how são os que conseguem mudar de emprego com mais facilidade, adianta Jorge Fonseca. Também na área tecnológica há falta de “programadores de informática e de quadros de IT em geral”. “Presentemente, estamos a assessorar 57 executivos na procura de novos desafios profissionais em Portugal e no estrangeiro”, revela ainda o consultor. Atualmente, o tempo médio de procura de emprego ronda os 23 meses, de acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). 

PUB

Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org dezembro

de 2015

ac t ua l i da d € 29


marketing

marketing

Air Europa com nova imagem corporativa

U

m dos Embraer E-195 da Air Europa já voa com nova “cara”. A nova imagem corporativa da companhia aérea do grupo Globalia é visível também no seu hub, no aeroporto Adolfo Suárez Madrid Barajas, bem como nos aeroportos de Barcelona e de Palma de Maiorca. “O novo logo aposta no azul como

cor identificativa e numa tipografia mais simples e moderna, conferindo à marca uma maior nitidez e clareza”, explica a Air Europa em comunicado, adiantando que “a nova imagem será implementada em toda a frota da Air Europa e em todos os suportes dos seus terminais de forma progressiva e gradual pelo que, a médio prazo, a imagem atual conviverá com o novo logo”. A renovação da imagem inserese na estratégia de modernização e evolução, que está a ser implementada pela companhia aérea espanhola. “Hoje em dia, a imagem de uma companhia é muito importante e, por isso mesmo, era lógico atualizar a nossa para agir de forma coerente no processo de alteração e evolução em que estamos plenamente focados”, afirma María José Hidalgo, diretora-geral da Air Europa.

Para sublinhar “o firme compromisso da companhia com todos os seus passageiros e com os passageiros da Sky Team, a aliança que integra desde 2007”, a transportadora está também a comunicar o lema “cada detalhe conta” ao mercado. “Não queríamos um slogan que fosse apenas agradável ao ouvido e que carecesse de sentido, pretendíamos oferecer uma mensagem clara, honesta e direta, que refletisse de forma confiável o nosso compromisso com os passageiros em oferecer-lhes experiências de voo excecionais, experiências únicas”, assinala María José Hidalgo. A Air Europa prepara-se para novos desafios. Nos planos da companhia estão “a aquisição de novos modelos do Boeing 787 Dreamliner, a abertura de novas rotas entre Espanha e a América Latina, bem como a ampliação e substancial melhoria dos serviços a bordo”. 

Café Delta Q: consumidor já pode inventar o seu próprio blend E mpenhada em proporcionar “experiências diferenciadoras aos seus clientes, desde 15 de novembro, a Delta, marca portuguesa de café, disponibiliza ao consumidor a possibilidade de criar a sua própria mistura de aromas. Para isso, a marca criou a aplicação online MyQoffee, disponível na página de comércio eletrónico da marca (mydeltaq.com), que possui mais de 80 mil utilizadores registados.

30 act ualidad€

dezembro de 2015

Esta recente inovação do grupo de Campo Maior permite ao consumidor criar o seu próprio blend em cápsulas, com “as melhores origens de arábicas e de robustas, criando um café único”, lê-se na referida página. A embalagem de 20 cápsulas de blend personalizado custará 9,99

euros e chegará à morada indicada pelo consumidor 48 horas após a encomenda, à semelhança das outras compras feitas na plataforma de comércio eletrónico da marca. 


marketing

marketing

Alimentação e bebidas com rótulo de Espanha apreciados em Lisboa e Porto N a sequência do grande sucesso da primeira edição, realizada em setembro do ano passado, decorreu recentemente a segunda edição da ação de Promoção em Ponto de Venda de Alimentos e Bebidas de Espanha. Esta ação, que decorreu nos supermercados de Lisboa e Vila Nova de Gaia do grupo El Corte Inglés, resulta de uma iniciativa do Departamento Económico e Comercial da Embaixada de Espanha em Lisboa e do ICEX Espanha Exportações e Investimentos, em colaboração com esta cadeia de distribuição. A abertura desta segunda edição, que se realizou no passado dia 23 de outubro, ficou a cargo do embaixador de Espanha em Portugal, Juan Manuel de Barandica, do di-

retor do El Corte Inglés de Lisboa, José Manuel Loureiro, e o conselheiro Económico e Comercial da Embaixada de Espanha, Cecilio Oviedo (os três na toto em baixo), numa cerimónia aberta ao público em geral, que pôde apreciar os sabores dos produtos feitos no país vizinho, nesta grande superfície localizada em Lisboa. Durante 14 dias, os clientes daquela cadeia de distribuição alimentar tiveram à sua disposição uma vasta gama de produtos alimentares e bebidas de 70 empresas espanholas. Ao todo, foram cerca de 600 as referências de produtos que estiveram em destaque nas prateleiras destes supermercados, incluindo desde conservas, a doces, passando pelos vinhos, cervejas, os queijos, charcu-

taria e especiarias de alta qualidade, representativos de uma ampla e inovadora oferta deste importante setor industrial da economia espanhola. A ação promocional contou ainda com o apoio da Air Europa e do grupo Meliá, que ofereceram uma viagem a Madrid e uma estadia de duas noites em hotel para duas pessoas, a partir de Lisboa e do Porto, sorteadas entre os clientes compradores destes produtos e que escrevessem uma frase alusiva aos alimentos e bebidas de Espanha. Além das ações de degustação e showcooking, realizaram-se, como no ano passado, sessões informativas sobre corte de presunto ibérico, uma das especialidades da gastronomia espanhola, entre muitas outras atividades paralelas. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 31


marketing

marketing

Barbot apresenta gama de soluções para pavimentos A Barbot apresenta um conjunto de soluções para revestir, proteger e decorar pavimentos, onde se incluem os revestimentos autonivelantes, as tintas, os esmaltes, os vernizes e os produtos auxiliares. Esta gama de produtos é especial-

mente recomendada para os projetos que necessitem de elevada resistência química, térmica e mecânica e que requeiram grande higiene e facilidade de limpeza, como é o caso dos laboratórios, cantinas, garagens, armazéns, escritórios, indústrias e estabelecimentos comerciais e de ensino. A par destas vantagens, as soluções Barbot garantem ainda não toxicidade, maior impermeabilidade, alto índice de incombustibilidade e total aderência. Um bom exemplo da gama para pavimentos é a Barbofloor Outdoor, uma solução para os pavimentos de exterior que proporciona um efeito decorativo e um revestimento drenante, durável e compacto, graças à sua elevada resistência mecânica.

Composto por resinas especiais e inertes naturais, o Barbofloor Outdoor é sinónimo de uniformidade, resistência e segurança, proporcionando ainda um aspeto cuidado, uma vez que concilia todas as suas características com uma preocupação base com estética e bom gosto. Esta nova solução da Barbot distingue-se também pela sua permeabilidade à água e ao ar, traduzindo-se num produto amigo do ambiente já que permite que o circuito natural da água não sofra qualquer interrupção. Para garantir uma correta aplicação e excelente desempenho de cada produto, seja para interior ou exterior, a Barbot possui uma equipa especializada que presta acompanhamento e aconselhamento técnico em cada projeto. 

Garrett McNamara regressa à Nazaré com novas pranchas de cortiça O surfista norte americano Garrett McNamara regressou ao “canhão” da Nazaré com novas pranchas de cortiça. Alguns meses depois de se ter iniciado o desenvolvimento de pranchas de cortiça para Garrett McNamara, o surfista campeão internacional garante que encontrou o material ideal que lhe permitirá, a curto prazo, enfrentar a “fúria” das ondas da Nazaré. Esta é mais uma iniciativa do projeto MBoard, liderado pela Mercedes-Benz, que conjuga o recurso a tecnologia de ponta e a utilização de materiais de excelência, com o objetivo de desenvolver pranchas de alto rendimento. Com o processo de desenvolvimento concluído, assim que se reúnam as melhores condições para o efeito será possível assistir a qualquer momento à utilização por Garrett McNamara das novas pranchas, nas quais a cortiça, se-

gundo este recordista mundial, confere às mesmas características de “tapete mágico”. Segundo Garrett McNamara, “este pro-

jeto significa muito para mim, por várias razões. Por um lado, a colocação de um stringer em cortiça permite uma maior funcionalidade e resistência da prancha, mas ao mesmo tempo possibilita flexibilidade para o surfista e para o shaper, que pode personalizar a prancha. Em segundo lugar, é o fator ambiental. O stringer em cortiça vai certamente revolucionar a indústria do surf. Imaginem, para uma indústria como a de corticça que não precisa de cortar árvores, o incentivo adicional para a manutenção e cuidado do montado de sobro no mundo”. O material usado nas novas pranchas pertence à gama Corecork e foi desenvolvido pela Amorim Cork Composites para oferecer resistência e flexibilidade às pranchas, atributos essenciais que lhes permitem suportar, com segurança, o impacto das ondas gigantes. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

32 act ualidad€

dezembro de 2015


marketing

marketing

El “grand” regalo de Ferrero Rocher La marca de bombones Ferrero Rocher celebra sus 25 años de presencia en España y Portugal con una renovación de imagen. Recupera la pirámide, un elemento reconocible, icónico y diferencial para el diseño de su packaging. Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR

E mercados

stas Navidades llega a los el Grand Ferrero Rocher, una esfera de chocolate y trocitos de avellana con dos Ferrero Rocher en su interior que cautivará por su dimensión y sensacional imagen. “Un formato icónico, origina l, impactante y diferencia l, idea l para celebrar el retorno de Ferrero Rocher y su aniversario en España y Portuga l ”, explica en comunicado la empresa. Se trata de un cambio de imagen con motivo de las bodas de plata en el mercado ibérico en el que recupera la pirámide, simbolo por excelencia de estos bombones. Ferrero Ibérica espera cerrar su último ejercicio (que va de septiembre de 2014 a agosto de 2015) con una facturación neta de 200 millones de euros y unas ventas de 15.000 toneladas de producto. En el ejercicio anterior se facturaron 196 millones de euros. A lrededor del 75% corresponde a l negocio en España y el restante a l de Portuga l. La multinaciona l ita liana cuenta con 73 empresas, 21 fábricas y emplea a más de 34.000 personas. La caja de 16 unidades de Ferrero Rocher es el formato más vendido en España. En este sentido, la compañía asegura que los bombones (Ferrero Rocher,

Mon Chéri, R a faello) es la categoría que impulsa el crecimiento en España, con una

mejora de sus ventas de un 10% en va lor y del 15% en volumen. Desde la multinaciona l ita liana resa ltan que durante estos 25 años, Ferrero Rocher se ha distinguido por ser expresión de elegancia y buen gusto, un ref lejo de la belleza gracias a la magia del oro de su envoltorio y la transparencia de sus cajas. “La evolución del packaging de sus productos tiene como objetivo transmitir una imagen más moderna sin perder sus características de distinción y delicadeza”. Otro de los productos navideños de la marca es el llamado Ferrero Golden Galler y. “Una ga lería de obras de arte con toda la creatividad y experiencia de Ferrero, un surtido de 6 sof isticadas re-

cetas con sabores únicos e irresistibles”, a f irma la marca. En el surtido se encuentran además de los conocidos Ferrero Rocher y Ferrero Rondnoir, cuatro recetas exclusivas: Manderly: crujiente a lmendra en el cora zón de un cremoso relleno de avellana; Tenderly W hite, una crujiente avellana envuelta en delicado chocolate blanco; Cappuccino, el intenso aroma y la delicadeza del cappuccino en un cora zón cremoso y Tenderly Nougat, cremoso relleno de avellana y a lmendra con sutiles notas cítricas que esconde una avellana entera en su interior. 

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 33


fazer bem Hacer bien

Fundação MAPFRE assegura refeições a alunos carenciados A

Fundação MAPFRE apoia, pelo terceiro ano, o projeto PER APrograma Escolar de Reforço Alimentar, realizado em parceria com o Ministério da Educação e Ciência, e que prevê disponibilizar a primeira refeição do dia a cerca de 800 alunos em situação de carência alimentar de 37 escolas a nível nacional, garantindo um total de mais de 100 mil refeições durante o ano letivo de 2015/2016. Desde 2013 que a Fundação MAPFRE apoia este projeto, tendo já assegurado, assim, um total de

A

Tetra Pak, em conjunto com a Fundação AFID Diferença e a Touch, lançaram o projeto-piloto “Revolta das Embalagens by TOUCH“, uma unidade de negócio eco-social gerida pela AFID, com a consultoria e acompanhamento da Touch, responsável da marca. O projeto tem como principal objetivo o desenvolvimento de produtos de design eco-sociais, com especial foco na produção de alcofas para as compras, através da reutilização de resíduos de embalagens de cartão da Tetra Pak, 34 act ualidad€

dezembro de 2015

mais de 267 mil refeições a quase três mil crianças de dezenas de escolas em Portugal. Este ano, a organização triplicou o número de refeições concedidas, desde que iniciou a sua participação nesta iniciativa. Segundo João Gama, diretor de Marketing da seguradora, “a nossa colaboração neste projeto singular vai ao encontro de um dos principais objetivos da Fundação MAPFRE, que passa por contribuir para a melhoria das condições nos segmentos menos favorecidos da

sociedade. Estamos muito satisfeitos com os resultados dos anos anteriores, por isso, temos vindo a fazer um esforço no sentido de aumentar, de ano para ano, o número de crianças e escolas a contemplar, contribuindo para reduzir as suas carências alimentares e melhorar a sua qualidade de vida”. O projeto PER A pretende conciliar a educação alimentar com a necessidade de suprir carências alimentares detetadas em alunos que frequentam as escolas públicas em Portugal. 

pelas mãos dos utentes e técnicos da Fundação. Desta forma – e através da criação de uma oficina de trabalho, financiada pela Tetra Pak –, a Fundação AFID Diferença criará receita através da produção e comercialização dos produtos, desenvolvendo-se assim um modelo de negócio socialmente sustentável. A Touch é o motor que promove esta iniciativa através da efetivação de parcerias entre instituições e empresas. Com a implementação e consequente desenvolvimento do projeto-piloto, a fundação AFID Diferença lança também uma campanha de recolha de embalagens usadas junto da comunidade, bem como de alguns parceiros. A Tetra Pak divulga ainda a iniciativa junto dos seus colaboradores e recolhe internamente embalagens usadas, de forma a angariar parte da “matériaprima” necessária para alimentar o projeto-piloto.

“O projeto Revolta das Embalagens by Touch atua numa vertente ambiental e social, indo completamente ao encontro do posicionamento da Tetra Pak. Através do apoio a este projeto, pretendemos criar um modelo que seja visto como uma referência no âmbito da responsabilidade social. O objetivo é estabelecer e consolidar uma relação de entreajuda social entre todas as entidades envolvidas, com benefícios sociais reais associados e agregados, não só para os envolvidos no projeto, como também para a sociedade em geral”, comenta Ingrid Falcão, responsável de Ambiente da Tetra Pak em Portugal. Com o projeto pretende-se, sobretudo, incidir nos aspetos da sensibilização da comunidade para a reutilização e reciclagem, bem com contribuir para a integração socio-ocupacional de jovens e adultos portadores de deficiências. 

Tetra Pak, AFID Diferença e Touch lançam embalagens solidárias


Hacer bien

fazer bem

UST Global e Fundação Seur promovem iniciativa de solidariedade A

UST Global, empresa de serviços estratégicos e tecnologia, e a Fundação Seur firmaram um acordo de colaboração para uma iniciativa conjunta de recolha e reciclagem de tampas de plástico com fins solidários. Desta forma, todos os escritórios e instalações da UST Global em Espanha dispõem agora de pontos de recolha para os empregados da empresa, assim como para os clientes e restantes parceiros de negócio, que podem, assim, depositar as tampas de garrafas consumidas. Com a reciclagem entregue a uma empresa especializada, que pagará por cada tonelada reciclada, o valor obtido será destinado a suprir os gastos médicos não cobertos pela segurança social de crianças com doenças graves ou para facilitar o acesso a complementos or-

topédicos a crianças que deles necessitem e não tenham recursos. A Fundação Seur assegurará o transporte gratuito das tampas recolhidas para a empresa de reciclagem. A campanha, que decorre sob o lema “Tampas para uma nova vida”, irá permitir “melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, graças à Fundação Seur” e à disponibilização de pontos de recolha, afirmou José Aguilaniedo, diretor geral da UST Global para Espanha e para a América do Sul e Central. A recolha deste ano irá já contribuir para duas crianças, com síndrome de Apert e tetraparesia espástica. O acordo insere-se na política de responsabilidade social da UST Global e

que inclui ainda iniciativas com vista a oferecer programas de formação laboral a pessoas com incapacidades, jovens ou mulheres, na Índia, México e noutros países. 

um total de 96 toneladas de fruta. No caso de Olívia Calvo, da Ericeira, foi apenas recentemente que descobriu a sua paixão pela fruticultura. Licenciada em Assessoria de Administração, Olívia pretende mudar de vida e reconverter, em Resende, uma exploração com 4,25 hectares, onde vai produzir ameixa rainha cláudia, cereja e figo. Daqui a quatro anos pretende chegar a um total de 115 toneladas. “Esta é uma oportunidade para os empreendedores se aproximarem das realidades do setor e que os ajuda a produzir as melhores frutas, a gerir pomares sustentáveis e inovadores e a tornarem-se mais competitivos no mercado” alerta José Jordão, presidente do Centro de Frutologia Compal. O júri da iniciativa, que selecionou os projetos distinguidos, é composto pela Associação dos Jovens Agricultores de

Portugal (AJAP), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI), Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA). O programa de formação decorreu ao longo de 60 horas, distribuídas entre 20 horas em sala e 40 horas em sessões práticas no terreno. As bases teóricas que sustentam as melhores práticas agrícolas, alguns exercícios de aplicação dos conhecimentos e exemplos de casos práticos reais foram abordados num conjunto de módulos teóricos. Depois dos módulos em sala, a Academia prosseguiu com a formação prática, que incluiu sessões no terreno com Organizações de Produtores, visitas a explorações agrícolas modelo e uma sessão na fábrica Sumol+Compal, em Almeirim. 

Academia frutícola da Compal distingue empreendedores portugueses

M

árcio Pinheiro, Nuno Carvalho e Olívia Calvo são os vencedores das bolsas de instalação de 20 mil euros da edição 2015 da Academia do Centro de Frutologia Compal. Os três empreendedores viram o seu trabalho e projetos para desenvolvimento de explorações frutícolas distinguidos pelo júri da Academia. Em plena região do Douro, Márcio Pinheiro, um jovem de 30 anos, vê o seu sonho de instalar um pomar de maçã tornar-se realidade. Vai começar o seu projeto numa área com cinco hectares, com o objetivo de chegar às 300 toneladas em 2019. Mestre em bioquímica, Nuno Carvalho é outro dos empreendedores cujo projeto se destacou. Escolheu a região do Fundão para instalar um pomar de 15 hectares, onde vai produzir cerejas e pêssegos. Até 2019, pretende produzir

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 35


fazer bem Hacer bien

Repsol ganha prémio de melhor projeto de responsabilidade corporativa

A

Repsol recebeu o prémio de melhor projeto de responsabilidade corporativa do ano pela revista especializada “Petroleum Economist”. O prémio reconhece o trabalho e compromisso da Repsol em matéria de responsabilidade corporativa e, em particular, o seu projeto de estações de serviço sustentáveis e acessíveis. O júri dos “Petroleum Economist Awards”, formado por especialistas reconhecidos na indústria, entre os quais se encontra o Secretário-geral da OPEC, Abdalla ElBadri, enalteceu o compromisso

da Repsol em fornecer um excelente serviço, preocupando-se com a sustentabilidade e com a criação de oportunidades para pessoas com deficiência. A Repsol conta com mais de 700 estações de serviço acessíveis e sustentáveis em Espanha, Portugal e Perú, e foi a primeira empresa do mundo a obter nas suas instalações o certificado BR EEAM (pela sua sigla em inglês), o método de certificação de sustentabilidade de edifícios líder a nível mundial. A Repsol é também uma referência na integração laboral de pessoas com capacidades diferentes, com mais de 700 profissionais com esta particularidade a trabalhar na empresa. O administrador do grupo Repsol António Calçada de Sá afirmou, ao receber o prémio (na foto), que “é especialmente entusiasmante

ser reconhecido pelo nosso projeto de estações de serviço acessíveis e sustentáveis, representando os valores corporativos em que acreditamos”. A empresa já recebeu vários reconhecimentos relacionados com o seu investimento na integração de pessoas com capacidades diferentes e na sustentabilidade, o mais recente atribuído pela Dow Jones Sustainability Index, no qual a Repsol mantém há um ano a posição de líder no seu setor – quase duplicando a nota média da indústria em sustentabilidade. Além disso, a empresa está presente de forma contínua noutros índices de referência neste âmbito, como o FTSE4Good, Ethibel, Euronext ou CDLI. Os “Petroleum Economist Awards”, que dão reconhecimento aos melhores líderes, empresas e projetos do setor, contam com um jurado de especialistas independentes que representam todos os setores da indústria energética mundial. 

Restaurante Viva Lisboa conquista novos públicos e abraça causas sociais

O

restaurante Viva Lisboa está a todo o vapor para conquistar novos públicos e abraçar causas sociais. São várias as iniciativas acolhidas pelo restaurante que visam dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pela sua equipa, chefiada por Pedro Santos Almeida. Uma equipa jovem e talentosa, que diariamente leva

à mesa novidades gastronómicas versáteis. Dando continuidade ao trabalho que têm desenvolvido na área da sustentabilidade e responsabilidade social, o Viva Lisboa criou, no âmbito da sua adesão ao “Rota do Tejo Gourmet-Lisboa Restaurante Week ”, um menu especial para ajudar a equipar o Hospital Dona

Estefânia. O “Menu Solidário” previa que por cada 50 menus solidários vendidos, os clientes do restaurante Viva Lisboa ajudassem na oferta de um equipamento de primeira necessidade ao Hospital Dona Estefânia. Foi a terceira vez que o Viva Lisboa participou no “Lisboa Restaurante Week ”. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

36 act ualidad€

dezembro de 2015


Hacer bien

dezembro de 2015

fazer bem

ac t ua l i da d â‚Ź 37


grande tema gran tema

O crescimento em valor das vendas de vinho português não só tornam o negócio de produção e de comercialização de vinhos em Portugal mais sedutor como contagiam várias outras áreas. O enoturismo é a face mais visível dos efeitos colaterais positivos decorrentes da boa saúde do setor vinícola, já que não fica atrás de atributos como o sol e o mar no que diz respeito à capacidade de interessar turistas. A Actualidad€ conta-lhe a história de outros negócios e projetos que contam com a "bênção" dos “deuses do vinho”.

38 act ualidad€

dezembro de 2015


grande tema gran tema

Os negócios que o vinho inspira

S

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

e lhe falarmos de um Porto Tawny ou de um Moscatel de Favaios é provável que o seu cérebro os visualize num elegante copo! Saiba então que a Wine to Eat, marca da empresa de Chaves Sapientia Romana, os serve à colher, mais especificamente na forma de caviar, geleia ou trufa de chocolate. À semelhança dos promotores da Wine to Eat, outros empresários perceberam que o crescente dinamismo protagonizado pelo setor vitivinícola era terreno fértil para negócios a ele ligados: André Ribeirinho foi pioneiro há 10 anos, criando o Adega, uma das primeiras rede sociais de vinhos; a Sociedade Rebelo de Sousa & Advogados Associados (SRS Advogados) sentiu que era chegada a hora de comunicar uma nova área de atuação, que estava a crescer em solitações: o direito da vinha; a Wine Service 4 You propõese a melhorar a qualidade do serviço prestado no canal Horeca em torno dos vinhos; a Douro Skin Care criou uma marca de cosméticos que usa as uvas durienses como matéria-prima; a ligação do vinho à cosmética está também presente no spa do hotel vínico de cinco estrelas The Yeatman, onde é possível desfrutar de tratamentos de vinoterapia, outra área em ascenção no universo dos vinhos. Há cinco anos a crescer consecutivamente, as exportações de vinho português, em muito têm contribuído para o aumento das receitas das adegas e dos distribuidores. O setor vinícola conhece dias felizes: o crescente reconheci-

mento internacional da qualidade do do) e Ásia (com a China em primeiro vinho oriundo de solos portugueses e lugar e em franco crescimento no sea sua valorização financeira. Os vinhos gundo trimestre de 2015)", o que fez portugueses já chegam a 146 países. aumentar a necessidade de apoios por Este salto quantitativo e qualitati- parte dos clientes da firma. Por outro vo do setor dos vinhos é sublinhado lado, assinala o advogado, “Portugal é por Gonçalo Moreira Rato da SRS o quinto maior produtor de vinho na Europa, de acordo com o AICEP” e “o setor do vinho é responsável por 50% do volume total de negócios agrícolas, Gonçalo Moreira com cerca de 13 mil empresas que empregam 28% da força de trabalho Rato: " O setor do agrícola no nosso país”. vinho é responsável No entanto, cada vez mais é preciso considerar o peso dos negócios por 50% do volume indiretamente ligados ao setor dos vitotal de negócios nhos: aplicações tecnológicas, formação, cosmética, produtos alimentares, agrícolas, com cerca eventos, advocacia, enoturismo, entre de 13 mil empresas outras áreas. Num país onde o vinho já se equique empregam 28% para ao sol e ao mar no que concerda força de trabalho ne a atrair turistas, é de salientar agrícola no nosso país" sobretudo o crescimento dos negócios de enoturismo. A tendência é mundial, o que levou a OrganiAdvogados e pesou na criação de um zação Mundial do departamento especializado no direito Turismo (OMT) da vinha e dos vinhos: “O crescimen- a anunciar a reto das exportações portuguesas neste alização da que setor tem sido assinalável, não só para será a primeira a Europa (onde a França e a Alema- C o n f e r ê n c i a nha são os nossos principais mercados) Global de como para outras zonas geográficas, E not u r i s m o como a América do Norte (aumenta- (setembro de ram as exportações para os EUA e Ca- 2016, na renadá, no primeiro trimestre de 2015, gião vinícola de forma acentuada), Brasil, África de Kakheti na (onde Angola é o nosso maior merca- Geórgia).  dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 39


grande tema gran tema

Sapientia Romana propõe geleias, trufas de chocolate e caviar… de vinho Não é de agora que o vinho é usado como ingrediente culinário, mas a empresa de Chaves Sapientia Romana quis aprofundar esta ideia de comer vinho ao ponto de criar a marca Wine to Eat, que responde por três gamas de produtos: as geleias, as trufas de chocolate e o produto mais inovador, o caviar de vinho. A marca é a prova de que os negócios podem nascer à mesa, já que foi no decorrer de um jantar de amigos que alguém lançou a questão ‘’E se pudéssemos comer vinho?’’, conta Ricardo Correia, responsável pela Sapientia Romana. A equipa desta empresa transmontana, motivada pela “procura de novas experiências e sensações alimentares” e que já havia inovado ao lançar a AquaeFlaviae, marca que disponibiliza produtos como mel com ouro e mel com rosas, investigou que tipo de produtos em que o ingrediente principal fosse o vinho já existiam no mercado. “Denotamos que estes são ainda escassos”, comenta Ricardo Correia. A Wine to Eat vem preencher essa lacuna e materializar uma oportunidade incontornável num país vinícola como Portugal, explica o empresário: “Tendo as nossas raízes em Portugal torna-se impossível não sermos amantes de vinho. Ele faz parte da nossa cultura desde sempre, temos a mais antiga região demarcada do mundo, temos centenas de castas únicas.” A ponte entre o conceito e o nascimento dos primeiros produtos fez-se com a ajuda do chefe António Mauritti. Para já comercializam geleias nas variedades Porto Tawny, Moscatel de Favaios, Touri-

40 act ualidad€

dezembro de 2015

ga Nacional, Syrah e Chardonnay, enumera Ricardo Correia, que não poupa elogios ao sabor dos produtos: “Acreditamos que as nossas geleias irão fazer com que comece a ver o queijo, carne grelhada ou até uma simples tosta de forma diferente. Tudo isto será ainda mais delicioso.” Já a gama de trufas Wine to Eat, que o empresário classifica como sendo “uma combinação perfeita entre o melhor chocolate e o melhor vinho”, inclui as variedades Porto

Tawny, Moscatel, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Syrah. A gama mais inovadora e que tem causado mais impacto mediático é a de caviar de vinho e apresenta-se nas variedades Porto Tawny e Moscatel de Favaios, informa o dono da Sapientia Romana: “É o resultado de uma pesquisa contínua para o desenvolvimento de excitantes experiências vínicas. Usando o nosso conhecimento de cozinha molecular conseguimos o encapsulamento de todos os sabores dos melhores vinhos em pequeníssimas esferas. Os caviares de vinho podem ser saboreados simples ou acompanhados de queijo, pastelaria, gelados, frutos secos, nozes… Podemos prometer-lhe uma coisa: terá sen-

sações explosivas de sabor na sua boca.” Ricardo Correia sublinha que “a Wine To Eat é uma marca destinada a um consumidor exigente que procura sempre novas sensações e experiências de palato” e esclarece que “nenhum dos produtos tem álcool, uma vez que o mesmo desaparece durante o processo de confeção”. As três gamas da Wine to Eat estão a ser comercializados em lojas gourmet a nível nacional e internacional. “Esses mercados foram facilmente alcançados, uma vez que somos uma marca inovadora, que para além da qualidade tem um packaging bastante atrativo”, observa o gestor, indicando que “a Wine To Eat está a ser promovida diretamente pelos comerciais da empresa, nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social”. Para lançar e registar a marca Wine to Eat, a Sapientia Romana investiu cerca de 80 mil euros. Atualmente está a decorrer o processo de registo das patentes destes produtos, informa ainda Ricardo Correia. A marca não se ficará por estas gamas de produtos, promete o empresário: “A Wine To Eat é uma marca caracterizada pela inovação e por isso irá seguramente acompanhar esta característica que lhe é inerente. Os nossos clientes poderão contar com mais novidades em breve.” Neste contexto, a Sapientia Romana quer apostar em parcerias, tendo já recebido algumas propostas de produtores de vinho, interessados em comercializar os produtos da Wine to Eat com os seus vinhos.


gran tema grande tema

Dvine, o ADN do vinho do Porto ao serviço da beleza As propriedades antioxidantes das uvas e do vinho são cada vez mais reconhecidas pelo mercado. Consciente disso mesmo a farmacêutica Mariana Andrade criou a Dvine. Depois de trabalhar “como gestora de produto de uma marca de cosmética inglesa”, percebeu que “tinha mais afinidade vocacional para este tipo de produtos do que para os medicamentos”. Nessa altura sentiu vontade de criar a sua marca de cosméticos. O conceito surgiu mais tarde, enquanto estava num SPA, voltada para o Douro: "Surgiu com a proximidade de um património mundial de valor e de reconhecimento inquestionável e da constatação de que esta área vitivinícola possui imenso potencial a explorar para além do vinho.” A empreendedora percebeu que a marca a criar “se poderia internacionalizar naturalmente, porque o Douro e os seus vinhos já são bandeiras portuguesas no estrangeiro”. Dvine foi o nome escolhido: “Tornou-se quase um nome evocativo, D de Douro, vine de vinho e uma semântica que remete para divino, um valor muito emocional e cosmético.” Mariana Andrade criou a empresa Douro Skincare em fevereiro de 2013, com o objetivo de “desenvolver produtos com matérias primas emblemáticas do Douro”. A empresa foi incubada no UPTEC – Centro Tecnológico da UP, que lhe abriu as portas a uma parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), onde está o departamento de I&D da empresa, informa: “O setor da cosmética é dos mais dinâmicos. O mercado exige das marcas atualizações, aperfeiçoamento e excelência. Nós queremos lançar produtos novos que acrescentem de facto valor e para inovar com seriedade é preciso ir à universidade, onde estão as bases científicas e o conhecimento fidedigno. A nossa parceria com a FEUP é anterior à constituição formal da empresa. Assentar o desenvolvimento dos produtos

em investigação científica de alto valor e produzida em Portugal é intrínseco ao projeto.” A farmacêutica idealizou uma linha de cosméticos inspirada no vinho do Porto. O departamento de engenharia química da FEUP tinha desenvolvido “um método inovador de enriquecimento de perfil aromático de produtos alimentares, que nos deu a ideia de extrair aromas do vinho”, revela. A marca usa matérias-primas como a uva, o vinho, o óleo de azeitona, o mirtilo, etc, aponta Mariana Andrade, sublinhando que fazem cosmética de fusão: “A Dvine contempla produtos que têm na sua formulação ingredientes vegetais de origem biológica e não biológica e ingredientes clássicos como a co-enzima Q10, o ouro, o ácido hialurónico, etc. Fundimos no mesmo produto a pureza, a tolerância e a sustentabilidade da cosmética bio e a performance e a eficácia da cosmética clássica premium. São fórmulas multissensoriais, que fundem influências intrínsecas aos componentes e às suas ações, mas também ao aspeto cromático dos cremes, ao impacto visual das embalagens e sobretudo aos aspetos aromacológicos dos produtos". A Dvine já comercializa oito produtos de rosto (gel de limpeza facial à base de água floral de uva, leite desmaquilhante à base de óleo de grainha de uva, esfoliante com grainhas, tónico facial, creme de dia, emulsão, sérum e creme de noite). Em março de 2016 deverão chegar ao mercado novos produtos (creme de olhos, sérum de olhos, creme de noite da linha light harvest e creme de dia da linha gold harvest e ainda água micelar.” São produtos antioxidantes e por isso

antienvelhecimento e “dependendo do produto têm propriedades diferentes podendo ser hidratantes, anti-rugas, purificantes, tonificantes, etc”. Em Portugal, a marca está presente em farmácias. “Temos um contrato exclusivo para os próximos anos com um distribuidor experiente e com ótimos resultados na implementação de marcas renomadas neste canal”, diz Mariana Andrade, acrescentando que também vendem em alguns sites e hotéis. A marca está a testar mercados como a Rússia, Roménia e Brasil e quer exportar em breve para Espanha e Reino Unido. Mariana Andrade quer ver a Dvine crescer de forma consolidada: “Vamos crescer pela abertura de mercados, de pontos de venda e da fidelização de consumidores, bem como através do lançamento dos novos produtos, alicerçados na qualidade e na verdadeira inovação, sem pseudo-ciência”. Entre I&D, produção, marketing, feiras e registos, a Douro Skincare já investiu cerca de 400 mil euros. A marca, vencedora do prémio Elle International Awards 2015 (com o Sérum Ouro Invencível) e do Prémio Douro Empreendedor 2014, aposta na promoção através das redes sociais, assessoria de imprensa, ações targetizadas nas áreas das imediações das farmácias aderentes Dvine e ponto de venda. “O conselho personalizado é a nossa principal forma de promoção”, salienta Mariana Andrade.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 41


grande tema gran tema

Wine Service 4 You quer elevar a fasquia de qualidade no canal Horeca

Se não há dúvidas quanto ao facto de a qualidade dos vinhos portuguesas estar a crescer, nem sempre ela se reflete à mesa de restaurantes bares e hotéis do país. Precisamente por terem identificado esta “lacuna na formação de competências na área do serviço de vinhos”, particularmente lamentável “num país como Portugal, vitivinícola e com uma forte componente gastronómica e turística”, o consultor e formador na área dos vinhos Manuel Moreira e o escanção Sérgio Antunes criaram em 2012 a Wine Service 4 You. Aproveitando a experiência e reconhecimento que ambos têm no setor, os dois profissionais decidem apostar num “serviço de vinho profissional e personalizado, um serviço inovador e diferenciado no qual o sommelier tem um papel ativo em provas, formação ou participação em eventos vínicos”. À equipa juntase no início de 2013, Giscard Müller, “com grandes competências e conhecimento como Chef de sala”, para assumir responsabilidades de coordenação, administração e operacionalização dos serviços contratados. Manuel Moreira, diretor da Wine Ser-

42 act ualidad€

dezembro de 2015

vice 4 You, considera que “em geral, a valorização do vinho e do seu serviço na restauração ainda é bastante deficiente”. Isto porque “o empreendedor, prefere investir na decoração, na arquitetura e design e descura o essencial que é o serviço, o profissionalismo e o produto”. Os sócios da Wine Service 4 You sustentam que “existe demasiada oferta, muita dela oportunista, que não tem presente, conceitos de qualidade, mas da conjuntura do momento”. Entre as frentes a atacar, Manuel Moreira destaca: “a qualidade do serviço de vinho na restauração e hotelaria, a formação e gestão das operações ainda pouco estruturadas, as atividades de promoção e comunicação de vinho, com modelos algo ‘presos’, os serviços de eventos relacionados com o vinho, onde este não é bem valorizado”. Manuel Moreira diz que o balanço da atividade da empresa “é de alguma forma positivo”, mas admite também “um sentimento de insatisfação, pois tem sido uma luta tremenda fazer passar as valias da empresa para o mercado da restauração e do vinho”. Trata-se de um segmento “muito tradicionalista”, que “ainda olha para novos negócios e novos serviços com alguma desconfiança”, comenta. Ajudar os potenciais clientes a perceber a oportunidade que repreenta melhorar o seu serviço é o grande desafio: “Verdadeiramente desafiante é tentar passar conceitos básicos de eficácia, de serviço, formação, que para nós são tão evidentes e necessários, mas que esbarram em visões e atitudes fechadas de quem só vê imediatismo e só vê o preço como um custo e não como investimento na melhor rentabilização da atividade.” O consultor adianta que começa a haver “alguma abertura, mas sempre num ritmo muito lento”. A empresa vai

sendo solicitada para encontrar profissionais ou pedidos de orçamentos para consultoria, o que traduz “uma viragem de mentalidade”. Boa notícia é também “a crescente e surprendente procura de formação/educação vínica por parte dos consumidores”. Aumentar a presença de vinhos nos bares pode representar uma oportunidade quer para as adegas, quer para empresas como a Wine Service 4 You. Manuel Moreira acredita que isso possa acontecer no futuro: “Primeiro não existe uma cultura associada ao sair à noite e beber um copo de vinho. O aparecimento de wine bares tem tido boa expressão no consumo de vinho fora do contexto de restaurante. Os negócios dos bares são maioritariamente alavancados pelas marcas de destilados, café e refrigerantes, pertencentes a multinacionais que investem boas somas de dinheiro, oferecem e comparticipam em mobiliário, obrigam a objetivos de consumo, exclusividades várias, o que o setor do vinho, salvo raras exceções (grandes empresas), não tem. Como o vinho é um produto de qualidade e quantidade mais variável (pois a natureza ainda joga a cartada decisiva), a capacidade negocial fica mais comprometida à partida. No entanto, penso que lentamente poderá mudar num futuro próximo, ainda que de forma ligeira, devido a uma nova geração de consumidores com alguma propensão para consumir vinho fora do ambiente restaurante.” Entre os principais clientes da Wine Service 4 You estão a Bensaude Turismo, a Viniportugal, Grupo Essencia do Vinho, a Adegga, a Vinalda e a Santos e Seixas. No ano passado, a empreso faturou perto dos 60 mil euros, valor que poderá descer este ano. “Tem sido um ano bem mais dificil, com alguma recuperação no último trimestre”, informa Manuel Moreira.


gran tema grande tema

Adegga: há 10 anos a aproximar consumidores e produtores Para o consumidor leigo não é fácil detetar “notas de citrinos” ou o “aroma frutado” de um vinho e certamente não serão estas descrições que mais pesarão na escolha. Ao criar o Adegga, o engenheiro informático André Ribeirinho respondia à necessidade de ajudar os consumidores no momento da escolha, através da opinião de outros consumidores. Em 2006, a Adegga nascia como “uma das primeiras redes sociais de vinho do mundo”, como recorda o seu mentor André Ribeirinho: “O Adegga propôs-se fazer a ligação entre produtores e consumidores. Um ano após o lançamento, o Adegga existia em oito línguas diferentes e tinha utilizadores nos quatro cantos do mundo que partilhavam nesta plataforma as suas opiniões sobre os vinhos que provavam.” Atualmente, “a comunidade Adegga tem mais de 70 mil consumidores registados, que partilham opiniões sobre as 50 mil referências de vinhos existentes no site”, informa o empreendedor, explicando que foi decisiva a tradução da plataforma para oito línguas para internacionalizar o projeto. A Comunidade Adegga está prestes a fazer 10 anos (em maio de 2016) e “tem sido um projeto de reconhecido sucesso a nível nacional e internacional”. Entretanto, André Ribeirinho e os seus sócios, André Cid e Daniel Matos, criaram o Adegga WineMarket, um evento que favorece a divulgação e a venda de vinhos. A vigésima edição do Adegga WineMarket será em Lisboa (5 de dezembro) e reunirá 300 vinhos de 40 produtores. atestando a capacidade do evento

de manter fiéis produtores e consumidores num modelo inovador a nível mundial. As provas podem ser feitas no Smart Wine Glass, uma invenção da Adegga, que permite ao utilizador lembrar-se dos vinhos que provou. Este copo também é usado por alguns clientes internacionais que utilizam a tecnologia nos seus próprios eventos, conta o empresário. O Adegga WineMarket também já se realiza na Suécia e na Alemanha, frisa André Ribeirinho: “ internacionalização do Adegga passa pelo lançamento da plataforma de promoção e vendas em mercados onde possamos ser uma mais-valia para o consumidor de vinhos. A Suécia e a Alemanha são mercados identificados como os mais adequados dentro desses critérios. Estamos neste momento a estudar o lançamento do Adegga em novos mercados na Europa e América do Sul.” Prestes a festejar um ano está o projeto Club A, um “clube privado para apreciadores de experiências e vinhos exclusivos” lançado pelo Adegga. André Ribeirinho diz que o

Club A “tem tido uma óptima adesão por parte dos melhores clientes da plataforma Adegga” e que conta “triplicar o número de membros até ao final de 2016”. A equipa Adegga lançou também recentemente o AVIN, “um código único de identificação de vinhos utilizado para gestão de toda a informação relacionada com cada vinho”. Funciona como um ISBN (International Standard Book Number) dos vinhos. André Ribeirinho considera que o AVIN “é um projeto estrutural e muito necessário na indústria do vinho” e adianta que “a receção dos produtores tem sido boa, mas lenta, como é normal em qualquer projeto que queira mudar a forma como uma indústria funciona”. Empenhados “em facilitar a ligação do produtor ao consumidor através de tecnologia e iniciativas inovadoras e desenhadas a pensar no consumidor de vinho”, os profissionais do Adegga querem nos próximos anos “consolidar o modelo de negócio” nos mercados onde já estão presentes e abrir em novos mercados.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 43


grande tema gran tema

SRS Advogados com departamento para o Direito do Vinho e da Vinha Em Portugal tem havido muitos conflitos entre o interesse das marcas e a divisão das denominações de origem?

Atenta ao crescimento do peso do setor vinícola para a economia portuguesa, a SRS Advogados criou um departamento especializado nas questões jurídicas que o mesmo protagoniza. As solicitações à firma, neste contexto, têm crescido, avança o advogado Gonçalo Moreira Rato. O responsável pelo departamento do setor vinícola da SRS Advogados alertou ainda para os desafios de natureza jurídica que que se colocam ao setor vinícola.

Que desafios enfrenta o setor do vinho, em Portugal e internacionalmente, em termos jurídicos/ legais? Os principais desafios que predominam neste setor são problemas de proteção de propriedade industrial relativos às marcas e indicações geográficas (a nível nacional e internacional); problemas laborais, dada a sazonalidade da maioria da prestação de trabalho; questões regulatórias (a nível nacional, comunitário e nos mercados de exportação) e a articulação com os acordos internacionais celebrados entre a União Europeia e países terceiros neste domínio. Também se revelam de especial importância as questões relacionadas com a atribuição e cedência dos direitos de plantação, fracionamento e emparcelamento de prédios rústicos, e toda a temática em torno do eno-turismo.

44 act ualidad€

dezembro de 2015

Em Portugal tem havido alguns conflitos entre marcas e denominações de origem. Os conflitos principais têm surgido com a denominação de origem “Douro” e “Porto”. Sobretudo tem sido muito discutida a utilização de marcas que contêm denominações de origem, mas que se destinam a produtos ou serviços completamente distintos. Os titulares das denominações de origem têm tentado impedir que terceiros utilizem marcas que contenham a respetiva denominação de origem, independentemente das atividades serem semelhantes ou não. Foi recentemente concedida a marca “Douro Atantic Garden” para um empreendimento imobiliário na Foz do Douro que foi combatido pelo IVDP como titular da denominação de origem “Douro”. Um outro caso famoso à época foi a disputa entre a denominação de origem Torres Vedras e a marca de vinhos Torres de Espanha.

Que tipo de questões têm sido levantadas pelos vossos clientes neste domínio? As principais questões que têm sido levantadas são problemas de proteção de propriedade industrial relativas às marcas (a nível nacional e internacional); problemas laborais relacionados com a sazonalidade; questões fiscais e regulatórias, transmissão de direitos sobre a exploração de vinhas, compra e venda de unidades de produção vinícola; candidaturas a programas de incentivos à produção agrícola e vinícola; e assessoria multidisciplinar no

âmbito da promoção e execução de projetos de índole turística associados à cultura do vinho.

O quadro legal português e comunitário é estável no âmbito Direito da Vinha e do Vinho? Quais são os pontos mais sensíveis? O quadro legal do setor vinícola é dos mais regulados e regulamentados a nível nacional e comunitário com as vantagens e desvantagens que isso tem. Portanto, eu diria que está bastante estabilizado. Recentemente, surgiu o novo Regime de Autorizações para Plantações de Vinhas na União Europeia, previsto no Regulamento (UE) N.º1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e que veio incluir a regulamentação a nível da gestão e controlo do regime de autorizações para plantações de vinha. Por forma a ser assegurada uma aplicação uniforme da sua disciplina em todos os Estados-membros, este diploma viria mais tarde a ser desenvolvido, já em 2015, pelo Regulamento Delegado (EU) n.º 2015/560, da Comissão, de 15 de dezembro de 2014, e pelo Regulamento de Execução (EU) nº 2015/561, da Comissão, de 7 de abril, sendo que este segundo apenas entra em vigor a 1 de Janeiro de 2016, tendo um período de transição até ao final de 2020. Na sequência deste enquadramento geral feito a nível europeu, e por forma a concretizar a relativa flexibilidade que estes diplomas conferem a cada Estado-membro, com o objetivo de se adaptar a regulação em matéria de concessão de autorizações às suas circunstâncias específicas, foi recentemente publicado, em Portugal, o Decreto – Lei 176/2015, de 25 de agosto. Este Decreto-lei tem como principal objetivo adequar a legislação nacional


gran tema grande tema

Vinoterapia no The Yeatman ao regime de concessão de autorizações para novas plantações e replantações de vinha estabelecido pelos mencionados diplomas comunitários, de modo a que se atinjam melhores índices de competitividade dos produtos vitivinícolas nacionais e assim permitir que a indústria vinícola portuguesa possa acompanhar o forte crescimento na exportação de vinho que se tem sentido na Europa.

Quanto representou esta área para o vosso escritório este ano ou em 2014 (em percentagem do volume de negócios)? A SRS tem registado um aumento considerável de negócio nesta área nos últimos anos, difícil de quantificar em percentagem de volume de negócios dado o seu caráter transversal e multidisciplinar, atento o grande desenvolvimento do setor vitivinícola em Portugal e a sua crescente internacionalização com o consequente aumento das exportações.

Quantas pessoas trabalham nesta área na SRS e o que vos levou a comunicar esta área como uma nova aposta da vossa sociedade? Esta área de prática engloba uma equipa multidisciplinar que agrega valências em matéria de apoios e subsídios, comercial e societário, concorrência, fiscal, imobiliário, laboral, propriedade industrial, regulatório, seguros e turismo envolvendo nove pessoas. O que motivou a criação desta nova área foi a necessidade de responder aos nossos clientes de uma forma transversal face ao caráter multidisciplinar que assumem as questões do setor vinícola no plano jurídico.

As cascas e grainhas das uvas não servem apenas para fazer bagaço. Em 1993, o professor Joseph Vercauteren, especialista em polifenóis, alertou para os poderes terapêuticos dos antioxidantes das uvas e do vinho, o que sensibilizou Matilde Cathiard e Bertrand Thomas, ao ponto de dois anos depois criarem a Caudalie. A marca de cosméticos feita a partir das uvas e do vinho abriu em 1999, na região de Bordéus, as suas primeiras termas de vinoterapia. Portugal acolhe dois dos oito spas mundiais da Caudalie: um no hotel vínico de cinco estrelas The Yeatman, em Gaia, e outro no L'And Vineyards, em Montemor-oNovo. Adília Oliveira, diretora do Spa Vinothérapie Caudalie no The Yeatman, assinala que sendo o The Yeatman “um hotel vínico de luxo, que homenageia o vinho em todas as suas vertentes, o spa é uma extensão desse conceito, representando o universo da vinoterapia”. Nesse sentido, “a parceria com a Caudalie, uma referência mundial em tratamentos e produtos de vinoterapia, foi a solução perfeita”, argumenta. Esta tem sido uma parceria de sucesso, reconhecida a nível nacional e internacional, com prémios como o galardão de “Melhor SPA de Portugal”, nos Wellness Travel Awards, prémios internacionais promovidos pela Spafinder Wellness, grupo internacional de media e marketing especialista em Spa e Wellness. A vinoterapia “permite tirar partido das propriedades antioxidantes das uvas em benefício da pele, proporcionando o seu rejuvenescimento e tornando-a mais tonificada e luminosa”, sustenta

Adília Oliveira, acrescentando que “a uva é rica em polifenóis, que protegem o organismo dos radicais livres, reconhecidos como os grandes responsáveis pelo envelhecimento”. Por isso, “os tratamentos de vinoterapia contribuem para uma maior hidratação e aumento da elasticidade da pele, o que conduz também a uma redução das rugas”. O poder da vinoterapia ”é igualmente reconhecido ao nível da circulação sanguínea e da proteção da pele face à radiação solar e ainda pela sua ação relaxante, desintoxicante e antienvelhecimento”, indica a vinoterapeuta. O banho de barril, que combina o efeito relaxante (banho de uva), com o drenante (banho de vinho tinto), está entre os tratamento mais requisitados, revela Adília Oliveira. A vinoterapeuta destaca ainda entre as esfoliações, “a Crushed Cabernet, feita à base de sementes de uva, mel e açúcar mascavado, que permitem estimular a circulação e drenar as toxinas enquanto nutre e amacia a pele.” Adília Oliveira considera a formação fundamental nesta área: “Tanto eu como a minha equipa estamos em permanente atualização, procurando estar sempre a par de novos tratamentos e novas tendências. Para além da formação em vinoterapia, tenho também apostado em áreas terapêuticas complementares como reflexologia, osteopatia, acupuntura e todo o conceito assente num tratamento personalizado a cada visita realizada ao spa. O verdadeiro conceito holístico, adaptado à Vinoterapia, juntando valências das nossas vinoterapeutas em áreas tais como o reiki, ayurvédica e meditação.”

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 45


ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Las relaciones jurídicoeconómicas entre Portugal,

España y los países de América Latina

P

ortugal, mediante su política externa económica y sus empresas, ha ido creando diversas relaciones jurídicas y económicas con países de habla española, aprovechando la Cumbre Iberoamericana1 como plataforma para el fomento de dichas relaciones. Los distintos gobiernos de Portugal han establecido varios instrumentos jurídicos internacionales que pretenden incrementar negocios e inversiones con los países de habla española al mismo tiempo que las empresas portuguesas han ido incrementando sus inversiones y exportaciones, particularmente en los sectores de la construcción, de la energía y en el sector alimentario. En lo que concierne a los instrumentos jurídicos que existen entre Portugal y estos países, consideramos como más importantes los Tratados Bilaterales de Inversión (TBI)2, los Convenios de Doble Imposición (CDI) y los Acuerdos de Cooperación en el ámbito del Turismo (ACT). Los TBIs, instrumentos de gran importancia en el comercio internacional, pretenden proteger las inversiones de empresas mediante el tratamiento justo y equitativo, el derecho a recibir el mismo tratamiento que los inversores nacionales, el derecho a recibir una indemnización en casos de medidas de expropiación, etc. Portugal ha celebrado TBIs con México, Cuba, Venezuela, Argentina, Perú, Paraguay y Uruguay. Todavía, desde el Tratado de Lisboa, la Unión Europea tiene competencia exclusiva en materia de política comercial común3. En lo relativo a los CDIs, éstos tienen

46 act ualidad€

dezembro de 2015

como finalidad evitar la duplicidad de impuestos sobre un mismo rendimiento y la evasión fiscal. La importancia de estos instrumentos es indiscutible y de aplicación constante. Las empresas portuguesas deberán tener en cuenta que existen CDIs con México, Cuba, Venezuela, Reino de España, Colombia, Perú, Chile, Panamá y Uruguay. En cuanto a los ACTs, éstos pretenden desarrollar la cooperación turística entre los Estados y particularmente promover la inversión de capitales privados. Se puede decir que son, en gran medida, meramente programáticos. Portugal tiene ACTs con México, Venezuela, Reino de España, Argentina, Colombia, Perú, Paraguay y Uruguay. Hay que destacar, en las relaciones entre Portugal y el Reino de España, el Convenio Internacional relativo a la constitución de un mercado ibérico de la energía eléctrica, lo que comúnmente se llama MIBEL. Asimismo, existe el programa de cooperación “Interreg V A España Portugal (POCTEP)”4 referente al espacio transfronterizo de España-Portugal que tiene como objetivo potenciar la investigación y mejorar la competitividad de las pequeñas y medianas empresas5. Nos damos cuenta que los distintos países han incrementado los instrumentos jurídicos que pretenden fomentar el comercio internacional, aun así nos debemos preguntar si las empresas portuguesas aprovechan dichos instrumentos o si los tienen en cuenta. En verdad, la ausencia de instrumentos jurídicos no ha sido impedimento a Américo Amorim que tiene, en Cuba, negocios hace 38 años6 y Teixeira Duarte que está en Venezuela desde 19787.

Por Iñaki Carrera*

En lo que respecta a nuevas inversiones, nos preguntamos si por ejemplo empresas portuguesas que se encuentra en México han tenido en cuenta los instrumentos jurídicos existentes en el momento de decidir realizar esa inversión. De igual forma, nos planteamos si las empresas portuguesas con inversiones en Colombia han sopesado la ausencia de un TBI entre Portugal y ese país. En suma, los Gobiernos de Portugal y de los países de habla española, desde los años 90, han celebrado diversos instrumentos jurídicos cuya finalidad esencial es la creación de condiciones eficaces y seguras para el intercambio comercial y por lo tanto es necesario aprovecharlos y tenerlos en cuenta a la hora de decidir donde invertir, utilizando los apoyos jurídicos de bufetes portugueses que están bien preparados para servir de puente con los bufetes y con las empresas de los países destinatarios de la inversión.  Notas: 1 http://segib.org/es 2 Acuerdos bilaterales de promoción y protección recíproca de inversiones (APPRIs). 3 Véase el Reglamento (UE) N.º 1219/2012 de 12 de diciembre de 2012. 4 http://www.poctep.eu/es/inicio-20142020 5 Con fondos de 382 millones de euros entre 2014-2020. 6 http://www.jornaldenegocios.pt/ empresas/detalhe/americo_amorim_ existem_em_cuba_todas_as_ oportunidades_que_os_empresarios_ quiserem.html 7 http://teixeiraduarte.com.ve/teixeira_ duarte_venezuela * Abogado de PLMJ E-mail:inaki.carrera@plmj.pt


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

ADVOCACIA E FISCALIDADE

Garrigues abre segundo escritório na China A Garrigues abriu recentemente um económicos chineses, e tornará esta canovo escritório em Pequim, com vista a pacidade disponível para os clientes da aumentar e alargar os seus serviços jurí- rede Garrigues. O novo escritório, já em dicos em toda a Ásia. O novo escritório pleno funcionamento, está localizado no pretende oferecer um serviço mais rápi- “China World Trade Center”, no “coração” do e eficiente aos clientes localizados na do distrito financeiro da capital, e oferecerá zona de Pequim, e vai promover novas assessoria direta nas áreas de societário, oportunidades de negócio para empre- laboral, fiscal e propriedade intelectual. sas internacionais cujos interesses se Os dois escritórios (Pequim e Xangai) forsituam na capital chinesa. mam o núcleo dos serviços oferecidos O escritório em Pequim, liderado pelo pela Garrigues na Ásia, contam com uma sócio Manuel Torres, também irá reforçar equipa de mais de 20 advogados espeos laços entre a firma e as principais ins- cializados nas referidas áreas de prática e tituições e centros de decisão políticos e capaz de oferecer serviços à medida para

clientes internacionais interessados em entrar no mercado chinês, bem como para os investidores chineses interessados em expandir-se para outros continentes. Na verdade, uma das maiores vantagens oferecidas pelos escritórios da Garrigues na China é a de servir de canal através do qual os empresários chineses podem entrar em mercados estrangeiros tais como o português ou o latino-americano, onde a Garrigues também conta com escritórios próprios (Colômbia, México, Peru e, ainda, um escritório de direito internacional no Brasil).

MLGTS distinguida pela “International Financial Law Review” A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva (MLGTS) foi distinguida no ranking da “International Financial Law Review” (IFLR) com 12 advogados como ”leading lawyers“ e três áreas de prática jurídica com nota máxima (tier 1) e uma em tier 2. A sociedade foi classificada em tier 1 em banca e finanças, mercado de capitais,

corporate M&A e, em tier 2, no campo das restruturações e insolvências. Os advogados destacados como “leading Lawyers” foram: Luís Branco (banca), Filipe Lowndes Marques (banca e project finance), João Soares da Silva, Carlos Osório de Castro e Luísa Soares da Silva (em mercado de capitais e em corporate M&A), Nuno Galvão

Em trânsito: »

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva acaba de reforçar as suas áreas de oil & gas e energia com a integração de Eduardo G. Pereira (na foto). Eduardo G. Pereira, que agora integra a MLGTS como consultor, tem um extenso currículo na área de oil & gas, tanto a nível académico como de prática profissional. É professor na University of Eastern Finland Law School e na University of Reykjavik Law School, investigador no Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura (Fundação Getúlio Vargas) e no Scandinavian Institute for Maritime Law (University of Oslo), assim como em outras universidades. Além de professor universitário, Eduardo G. Pereira

Teles (corporate M&A), João Soares da Silva (financial services regulatory) e Filipe Lowndes Marques (fundos de investmento). A “IFLR” é uma publicação especializada em advocacia de áreas financeiras e dirigese a advogados especialistas em finanças internacionais, instituições financeiras, empresas etc. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

é advogado, estando inscrito nas Ordens dos Advogados do Brasil e de Portugal. Trabalhará integrado na área de oil & gas e energia da sociedade e também diretamente com os escritórios parceiros da rede MLGTS Legal Circle em África e Ásia e bem assim América Latina.

» Os advogados Sandra Teixeira da Silva, António

Vicente Marques, Mafalda Seabra Pereira, José Alves do Carmo e Sandro Polónio de Matos são os membros do novo conselho de administração da AVM. A sociedade de advogados, fundada por António Vicente Marques, mantém uma forte vocação para os serviços jurídicos em países de expressão oficial portuguesa (PALOP), tem escritórios em Portugal (Lisboa e Porto) e ainda em Angola (Luanda e Cabinda), Brasil (Rio de Janeiro) e Moçambique (Maputo). dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 47


setor imobiliário

sector inmobiliario

Neinver reduz consumo de energia nos seus centros comerciais

A

Neinver, empresa espanhola especializada em investimento, desenvolvimento e gestão de propriedades de retalho, e o segundo maior operador de centros outlet da Europa, alcançou, em 2014, uma redução do consumo de energia de 8,9% nos centros comerciais sob sua gestão, comparativamente com o período homólogo do ano anterior. Esta poupança reflete a implementação de um sistema de gestão energética eficiente baseado na norma ISO 50001, bem como no desenvolvimento de planos energéticos para cada centro, que definem os passos a levar a cabo para maximizar os resultados. Estas ações têm envolvido a instalação de sistemas

de gestão automáticos de iluminação, substituindo as lâmpadas fluorescentes por luzes LED, a otimização de sistemas de aquecimento e a atualização de equipamentos ineficientes. Em Portugal, o Vila do Conde The Style Outlets (na foto) reduziu o seu consumo de energia 3% em comparação com 2013. O Vila do Conde The Style Outlets é uma história de sucesso ambiental. A abordagem do centro à gestão de água e resíduos, assente na melhoria contínua, tem resultado numa redução constante de ambos os parâmetros ano após ano. No último ano, registou uma redução de cerca de 8,6% do consumo de água e aumentou a reciclagem de resíduos de papel

e cartão em 26,15%. O centro tem o mais amplo e detalhado sistema de acompanhamento de tratamento de resíduos, mais abrangente de qualquer outro centro da Neinver e supera muitos outros no setor. Tem mais de dez categorias de resíduos, por forma a maximizar a sua correta reciclagem. No futuro, a Neiver visa alargar estas boas práticas a todos os seus centros. Por outro lado, a empresa começou a apostar em fontes de energia renováveis, qua ajudam a reduzir a sua pegada de carbono. Até ao final de 2014, os cinco centros The Style Outlets que gere em Espanha obtiveram a sua energia através de fontes energéticas verdes. Internacionalmente, a Neiver também obteve estes resultados na Alemanha, no Zweibrücken The Style Outlets, e planeia estendêlos a outros centros, na Polónia e em França. Esta etapa conduziu a Neiver rumo ao seu objetivo de redução das emissões de CO2 nas suas operações. De 2012 a 2014, a empresa reduziu as emissões de gases de efeito estufa em 18,6% em termos homólogos. No período 2012/2014, a utilização de energia também diminuiu 10,7%, enquanto a diminuição da utilização de água foi de 8,4%, e a da produção de resíduos alcançou praticamente os 20%. 

O preço praticado no Chiado é de 1.170 euros anuais por metro quadrado. A 5ª Avenida, em Nova Iorque (Estados Unidos da América), volta a ser a localização de retalho mais cara do mundo, de acordo com a mais recente edição do estudo “Main Streets Across the World”,

publicada todos os anos pela Cushman & Wakefield. As rendas em Nova Iorque atingiram os 33.812 euros anuais por cada metro quadrado, mais de 50% acima da segunda localização no ranking – Hong Kong – que regista rendas anuais de 23.178 euros por metro quadrado. 

Chiado é a 37ª zona mais cara do mundo

O

local mais caro para abrir uma loja comercial em Portugal é o Chiado, em Lisboa, que ocupa o 37.º lugar das localizações de retalho mais caras do mundo em 2015, tendo, inclusivamente, ascendido um lugar no ranking relativamente ao ano passado.

48 act ualidad€

dezembro de 2015


sector inmobiliario

Remax Portugal expande negócio para o Brasil e abre 22 agências A Remax Portugal decidiu expandir o negócio para o Brasil. Num mercado onde a marca de origem norte-americana já estava implementada, a insígnia portuguesa prevê, dentro de quatro a seis anos, ter 250 agências com uma equipa de 2.500 agentes. “O projeto Remax Brasil já existia desde 2010 e conta com mais de 200 lojas. Mas num país com 200 milhões de habitantes e um grande potencial de negócio concluímos que existia mercado para abrir mais agências em locais específicos”, referiu ao “Diário Económico” Beatriz Rubio, presidente executiva da Remax Portugal. A operação portuguesa no Brasil, que partiu da iniciativa de Beatriz Rubio e Manuel Alvarez, arrancou em junho de 2015, mas começou a ser preparada meses antes tendo a Remax realizado vários estudos.

“Em função da análise feita ao mercado, optámos por entrar no Brasil em três estados: Alagoas, Maranhão e Pernambuco”, sublinha a gestora. Atualmente, a Remax Portugal tem 22 agências e mais de 200 agentes no mercado brasileiro. Em termos de colaboradores, entre staff e agências, a operação brasileira tem mais de 200 colaboradores, sendo 98% de brasileiros e apenas 2% de portugueses. 

setor imobiliário

Crescimento no mercado de escritórios setor de escritórios em O Lisboa registou um novo crescimento, potenciado pela

recuperação económica, estabilidade da taxa de desemprego e aumento da confiança das empresas. Este cenário é traçado no último relatório trimestral da Cushman & Wakefield Portugal. Apesar de as rendas brutas se manterem estáveis, existe uma tendência por parte dos proprietários para reduzir os incentivos concedidos a novos ocupantes em resultado do aumento da procura, diz a consultora especializada em imobiliário. Os investidores também mostram uma forte dinâmica neste setor, sendo este o melhor trimestre do ano até à data, de acordo com o documento em causa. 

Investimento em imobiliário comercial bate recorde de 25 anos

O

investimento em imobiliário comercial português atingiu um novo recorde. Nos primeiros dez meses de 2015, foram transacionados no país ativos no valor de 1.360 milhões de euros. O se-

tor do retalho ocupou mais de metade do total investido. Segundo a consultora imobiliária Cushman & Wakefield, este é um valor “nunca antes atingido em 25 anos de registo de transações”. O anterior recorde estava fixado em 2007, onde se atingiu os 1,19 mil

milhões de euros de investimento em imobiliário comercial durante todo o ano. O valor registado até outubro de 2015 “ultrapassa já em 14% o valor de 2007 e representa um crescimento também face aos 12 meses de 2014 de quase 100%”, concretiza a consultora. Os investidores estrangeiros representaram 90% do capital investido e 75% do volume de negócios.  dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 49


setor imobiliário

sector inmobiliario

Meliá creará un hotel de lujo en Madrid

M19 millones de euros en la reforma

eliá Hotels International invertirá

integral del antiguo hotel Ambassador de Madrid, que abrirá en 2016 como el nuevo cinco estrellas Gran Meliá Palacio de los Duques, que dispondrá de 180 habitaciones y suites. El nuevo

establecimiento, que se sumará a los 23 que la cadena tiene en la capital española, está ubicado a 200 metros del Teatro Real y ocupa el espacio del mayor Convento Dominico del siglo XIII, que dio nombre a la calle, ha informado el grupo hotelero mallorquín

en un comunicado. Se trata de la antigua residencia de los duques de Granada de Ega y Villahermosa, coleccionistas de arte y miembros de la intelectualidad madrileña de mediados del siglo XIX. El hotel contará, entre otras instalaciones, con diez salas de reuniones, un espacio de bienestar de estilo asiático y diferentes opciones gastronómicas que incluyen un restaurante gourmet, una enoteca y una coctelería. 

Meridia Stock de viviendas usadas alcanza los 693.200 inmuebles Capital

compra la sede de Nestlé en Barcelona

E

E stock

l de viviendas de segunda mano en venta en España alcanza los 693.200 inmuebles, según los registros del portal inmobiliario Idealista, que indica que esta cifra supone el 2,7% del parque total de viviendas existente, que se sitúa en 25,5 millones. La provincia de Madrid es la que aglutina el mayor número de vi-

viendas usadas en venta, con un ‘stock’ de 71.504 unidades, seguida de Barcelona (61.241 viviendas), Valencia (51.500 viviendas), Alicante (47.710 viviendas) y Málaga (41.179 viviendas), según los datos del idealista, que añade que el 2,7% del parque total de viviendas que existe en España está en venta como segunda mano. 

l fondo barcelonés Meridia Capital ha comprado la sede de Nestlé que en el 2013 inició la remodelación del Edificio I de su oficina central, ubicada en Esplugues de Llobregat (Barcelona). Pasados casi 40 años desde su construcción, “requería una actualización de las instalaciones así como el rediseño de las plantas”, según informó la compañía. Tras una inversión próxima a los 10 millones de euros, se ha pasado de un modelo de espacios compartimentados a otro totalmente abierto, que ha permitido concentrar a todos los equipos en un único edificio. 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

50 act ualidad€

dezembro de 2015


sector inmobiliario

setor imobiliĂĄrio

dezembro de 2015

ac t ua l i da d â‚Ź 51


eventos eventos

Españoles y portugueses celebran la Fiesta Nacional de España en Lisboa

Un gran número de asistentes de ambos países estuvieron presentes en la celebración de la Fiesta Nacional española el pasado 26 de octubre en el Palacio de Palhavã, en Lisboa, en el primer acto oficial como Embajador de España en Portugal de Juan Manuel de Barandica.

C

Texto Laura Dominguez laura@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

on motivo de la Fiesta Naciona l, el embajador de E spa ña en Portuga l, Jua n Ma nuel de Ba ra ndica (en la foto a rriba) y su esposa, Beatriz Ma za rra sa, ofrecieron el pa sado 26 de octubre una recepción en el Pa lacio de Pa lhavã. Habiendo presentado credencia les como nuevo embajador a nte a l Presidente de la República portug uesa, A níba l Cavaco Silva, en una ceremonia rea lizada el pa sado día 23 de octubre, Jua n Ma nuel de Ba ra ndica celebraba por prime-

52 act ualidad€

dezembro de 2015


eventos

ra vez en la Embajada la Fiesta Nacional en su primer acto oficial Se congregaron como embajador. Llega a Lisboa después de haen la fiesta cerca ber sido el embajador delegado de 500 personas, permanente de España ante la UNESCO y tras una carrera dientre el cuerpo plomática muy extensa, habiendo diplomático y un sido embajador en Libia, República Checa y cónsul general de gran número de España en Bayona. representantes En la recepción ofrecida a los asistentes, el Embajador estuvo y gestores de acompañado por su esposa, el empresas españolas ministro consejero de la embajada de España en Lisboa, Álvaro en Portugal Sebastián de Erice y el agregado de defensa de la embajada, el code 500 personas entre el cuerpo mandante Juan Díaz del Río. La recepción organizada por la diplomático y un gran número de Embajada española, reunió, como representantes y gestores de emcada año, a un gran número de presas españolas en Portugal. participantes. Dentro de las salas El nuevo embajador tuvo opordel palacio se congregaron cerca tunidad de conocer de primera

eventos

mano a la comunidad española en Lisboa y cambiar impresiones con algunos de ellos durante la celebración. Entre las personalidades presentes, estuvieron como invitados un gran número de gestores portugueses y españoles y personalidades de la política portuguesa, como por ejemplo, José Vera Jardim, Maria de Belém Roseira, João Talone, Luís Mira Amaral, Manuel Álvarez, Beatriz Rubio, Julia Llata, Nuno Amado, Manuela Barber, João Gaspar da Silva, Carlos Álvares, Vítor Domingues dos Santos, Fernando Velasco, Cecilio Oviedo, entre otros. Los presentes pudieron degustar un sabroso cóctel acompañado de productos típicos españoles durante la celebración dentro del Palacio. 

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 53


eventos eventos

Filipinas, un mercado en alza

Un total de 17 empresas portuguesas de múltiples sectores se reunieron en la sede de la Cámara de Comercio e Industria Luso Española para descubrir las diferentes oportunidades de negocio que ofrece la República de Filipinas.

C

on una población de 100 millones de habitantes y una edad media de 23,5 años, Filipinas se ha convertido, en los últimos años, en uno de los países de mayor crecimiento del Sudeste Asiático con una renta per cápita de 2.913 dólares (datos de 2014). Sus exportaciones e importaciones con Europa aumentaron más de un 15% en el año 2014, hecho que ha propiciado una creciente necesidad de inversión en la que España colaboró con 350 millones de euros en ese mismo año. Es por ello que el archipiélago, que aúna más de siete mil islas, se presenta como un mercado atractivo para las empresas tanto españolas como portuguesas. El pasado día 29 de octubre tuvo lugar en la sede de la Cámara de Comercio e Industria Luso Española, en Lisboa, la presentación del proyecto EPBN (EuropeanPhilipinnes Business Network) a la que asistieron, entre otros, el cónsul general de la Embajada de Filipinas en Portugal, Gines Gallaga, el consejero Económico y Comercial de la Embajada de España en Portugal, Cecilio Oviedo, el miembro de la Junta Directiva de la CCILE Pedro

54 act ualidad€

dezembro de 2015

Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Ruiz y Francisco Contreras, secretario general de la CCILE. Dicho proyecto se basa en una plataforma creada por la Cámara Europea de Comercio de Filipinas con el objetivo de proporcionar apoyo comercial a las empresas europeas en Filipinas y fomentar tanto la inversión de capital en dicho país como en la ASEAN (Asociación de Países del Sudeste Asiático). Para desarrollar los propósitos del proyecto, se contó con la presencia de Pablo García Morera, director de la Cámara de Comercio de España en Filipinas, quien explicó detalladamente, ante participantes provenientes de 17 empresas portuguesas y españolas, las diferentes oportunidades de inversión que ofrece la República de Filipinas. Los sectores ha destacar fueron el turismo, con un 11% del

total del PIB, las energías renovables, que representan el 25% del suministro total energético, el automovilístico, con un crecimiento de más del 15% anualmente, o las infraestructuras y comunicaciones, que cuentan con el 15% del presupuesto estatal de la república para la mejora de las mismas. Asimismo, se hizo hincapié en los incentivos de negocio que ofrece la administración de Filipinas a la hora de realizar inversiones como son la reducción de impuestos y tasas portuarias o el duty free en la importación de materias primas. 


eventos

eventos

Coleção inverno de 2016 do El Corte Inglés apresentada no novo Museu Nacional dos Coches

A nova coleção de moda do El Corte Inglés para o inverno de 2016 apresenta diversas novidades de alguns dos mais conceituados estilistas nacionais e internacionais.

A

Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

nova coleção de moda do El Corte Inglés para o próximo inverno apresenta diversas novidades dos mais conceituados estilistas nacionais e internacionais que estão representados naquele espaço comercial, como puderam verificar os convidados de um recente desfile realizado em Lisboa. A apresentação da coleção de inverno e de festa desta cadeia decorreu através de um desfile privado, realizado no passado dia 6 de novembro, no Salão Nobre do Picadeiro Real do Museu Nacional dos Coches, em Belém, recentemente reaberto num novo edifício. Num ambiente exclusivo e cheio de glamour, e onde estiveram presentes Sob a coordenação de Luís Perei- Karen Millen, Ted Baker, Gant, diversas figuras públicas da socieda- ra, o desfile contou com marcas Tommy Hilfigger, Amitié, entre de portuguesa e não só, desfilaram na como a Hugo Boss, Armani, Hoss muitas outras. passadeira 30 manequins com a nova Intropia, French Connection, EsO desfile contou ainda com a coleção de moda, como Rúben Rua, cada, Calvin Klein, Adolfo Do- participação do músico português Francisca Perez, Daniela Hungaru ou minguez, BDBA, Roberto Verino, Noiserv, que apresentou algumas Isabel Figueira. Decenio, Ralph Lauren, Lanidor, das suas canções ao vivo.  dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 55


Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Vinhos de Lisboa com a melhor colheita de sempre em 2015

A

Região Vitivinícola de Lisboa fechou a atual campanha das vindimas com a maior produção dos últimos vinte anos: 125 milhões de quilos de uva, o equivalente a cerca de 100 milhões de litros de vinho.

Além do “extraordinário aumento da produção, que registou um crescimento na ordem dos 25%, é também na qualidade da uva, a melhor das últimas duas décadas, que os resultados impressionam”, de acordo com a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa). “Com um clima bem mais seco do que aquele que registámos no ano passado e a precipitação, apesar de escassa, a cair de forma certeira no calendário da vinha, 2015 trouxe para a região a melhor uva desde o início dos anos

90, o que se traduzirá, naturalmente, nos melhores vinhos dos últimos 25 anos”, afirma Vasco d’Avillez, presidente da CVR. A registar um peso crescente na produção nacional, a CVR Lisboa deverá certificar cerca de 35 milhões de litros de vinho, o que representa um encaixe financeiro para a região na ordem dos 100 milhões de euros, sendo o restante vendido como vinho (de mesa). Segundo a entidade certificadora dos Vinhos de Lisboa, 2016 deverá, assim, ter um desempenho acima da média no que respeita às exportações, reforçando a sua presença em mercados como os Países Nórdicos, Brasil, EUA, Benelux, Rússia, China e Angola. Recorde-se que Lisboa é a segunda maior Região Vitivinícola do país, logo a seguir ao Douro, exportando cerca de 65% dos vinhos que certifica. 

Quinta do Crasto propõe um dia perfeito no Douro A Quinta do Crasto é uma das paragens escolhidas por milhares de turistas todos os anos. Só em 2014, mais de três mil visitantes, nacionais e estrangeiros, passaram pela propriedade, situada na margem direita do rio Douro, numa localização privilegiada entre a Régua e o Pinhão. Este ano, o número de visitantes deverá mesmo aumentar, já que repetiu o “Certificado de Excelência”, atribuído pelo TripAdvisor. As propostas de Enoturismo da Quinta do Crasto são personalizadas e garantem o máximo de tranquilidade e relaxamento possível, proporcionando uma experiência única na mais antiga região demarcada do mundo e Património Mundial da UNESCO.

56 act ualidad€

dezembro de 2015

A Quinta do Crasto promete o dia perfeito no Douro com programas que incluem visitas às vinhas e adega, provas orientadas com especialistas da casa, passeios tranquilos pela propriedade ou uma tarde de sol na icónica piscina com assinatura do arquiteto Souto Moura, o ex-libris da propriedade. Para quem preferir prolongar a experiência, é ainda possível fazer um passeio nos barcos Pipadouro, embarcações de luxo que proporcionam uma viagem inesquecível pelas águas agitadas do rio Douro. Para os que estão apenas de passagem, a sugestão é uma visita com prova de

vinhos, que inclui um passeio pelas vinhas, nomeadamente pelas famosas Vinhas Velhas da Quinta do Crasto, adega e cave de barricas, onde estagiam todos os vinhos do produtor. Após a visita é organizada uma prova de cinco vinhos, com apresentação de um responsável da Quinta do Crasto, que conta a história do vinho, da colheita e que guia o visitante pela experiência de prova. Muitas alternativas para um “dia perfeito” no Douro, numa paisagem natural única. 


vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

Santos e Seixo faz primeira vindima e assume-se como produtor A

empresa Santos e Seixo deixa de ser distribuidor exclusivo da marca Santos da Casa e assume-se definitivamente como produtor. O ponto de viragem na história da empresa acontece com a realização da primeira vindima, em setembro deste ano, e da vinificação do primeiro vinho, que será lançado no próximo ano. Para já, a única marca da empresa é a Santos da Casa, mas esperam-se novidades e nova marca no por-

tefólio da empresa até ao final deste ano. Trata-se de um projeto que trabalha com as melhores uvas e que procura reavivar a cultura e o espírito singular que existe em Portugal na criação de vinhos. A inspiração por trás da Santos e Seixo, fundada em 2014, é “trazer um novo olhar sobre os vinhos de Portugal, fruto do amor ao vinho e da paixão dos seus responsáveis por viagens”, afirma a empresa. Juntamente com a grande

paixão pelo vinho, os fundadores Alzira dos Santos e Pedro Seixo querem trazer uma visão diferente para o setor, uma vontade de partilhar a sua paixão, trazendo novos consumidores ao mundo dos vinhos portugueses. “ A Santos e Seixo evoluiu e já somos produtores. Esse é o nosso grande desafio”, afirma Pedro Seixo, fundador da Santos e Seixo. Santos da Casa é uma marca de vinhos moderna, com uma imagem atrativa, “e apurada por dentro, capaz de descodificar as castas e as diferentes regiões portuguesas de forma inovadora, permitindo que todos possam descobrir as virtudes escondidas nos vinhos de Portugal, de norte a sul. Assim, Santos da Casa chegará a mais pessoas, a qualquer mesa, às mais variadas ocasiões especiais e a uma maior diversidade de gostos”, acreditam os seus promotores. “Os vinhos da gama colheita são caracterizados pelo espirito de inovação, pelas suas castas que revelam toda a sua identidade e respeitando toda a riqueza do seu terroir”, adiantam. 

Visconde de Borba com nova produção de azeite virgem extra O produtor agrícola Marcolino Sebo, da sub-região de Borba (Alentejo), reconhecido pela sua produção vinícola, com diversos vinhos premiados internacionalmente, tem vindo a apostar também na produção de azeite, apostando em produtos de “elevada qualidade”. O produtor alentejano colocou, recentemente, no mercado um azeite virgem extra produzido sob a sua marca mais conhecida, a Visconde de Borba. Obtido por extração a frio, com utilização exclusiva de processos mecânicos, a partir

das variedades Cobrançosa, Galega e Arbequina, este Visconde de Borba é um azeite fino de sabor suave e frutado, de textura aveludada, característicos da região. Com acidez máxima de 0,8%, pode saborear-se em cru ou cozinhado e é adequado particularmente a saladas frescas, peixes grelhados e legumes. Este azeite apresenta-se em garrafas de 750 mililitros, a um preço unitário de cinco euros. A produção deste ano deu origem a 27 mil litros e seis mil garrafas.  dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 57


Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Ford GT

Uma nova geração da marca A Ford prepara-se para prestar a devida homenagem ao original GT 40, lançando a segunda geração do Ford GT. Desta forma, o GT prepara-se não apenas para regressar ao mercado mas também à pista que lhe conferiu fama mundial, o famoso circuito de La Sarthe onde se disputam as 24 Horas de Le Mans.

O

Fotos DR

novo Ford GT chegará ao mercado em 2016 para comemorar o 50º aniversário da vitória da Ford nas 24H de Le Mans com o original GT 40. A história resume-se em poucas linhas. Na década de 60, Henry Ford II, neto do fundador da Ford e figura incontornável da indústria automóvel, tentou adquirir a Ferrari. Confrontado com a proposta de Ford, Enzo Ferrari, nome que também dispensa apresentações, recusou a oferta. O americano não ficou nada contente com a resposta do italiano. Diz-se que voltou para os EUA furioso e com “sede de vingança”. A resposta seria dada nas míticas 24H de Le Mans. Corria o ano de 58 act ualidad€

dezembro de 2015

1966, época em que a Ferrari dominava a prova como queria e lhe apetecia. Por isso não é de estranhar que Henry Ford II tenha visto nessa com-

petição a oportunidade ideal para se vingar. A Ford construiu um automóvel nascido com um único propósito:


sector automóvil Setor automóvel

bater o ”cavalinho rampante” de Maranello. Entre 1966 e 1969 a Ferrari e a restante concorrência foram arrasadas. Deixando o passado e voltando ao presente, a produção do Ford GT está já confirmada, mas isso só vai acontecer em 2016. O Ford GT será apenas um dos 12 modelos que a Ford Performance tem previsto lançar até 2020. A estratégia da Ford é enfrentar a sua concorrência mais direta no setor dos automóveis “tecnológicos” como é o caso da Google ou até mesmo da Tesla. Uma das evoluções mais interessantes do GT são os 28 processadores capazes de processar mais de 10 milhões de linhas de código. Na sua totalidade, estes 28 processadores conseguem gerar mais de 300 MB de dados por segundo.

Começando pelo motor, ao contrário da Ferrari, da Porsche e de outros grandes fabricantes de nível mundial que atualmente exploram tecnologias elétricas e híbridas, a Ford pelo contrário, optou por um motor a gasolina twin-turbo V6, o que abre a porta aos engenheiros da empresa para uma maior aerodinâmica, fazendo o Ford GT muito mais rápido nas curvas e nas travagens. As características do motor que irá equipar este Ford GT 2016 ainda não são conhecidas a cem por cento. De qualquer forma, fala-se que poderá ser um 3.5 litros, Ecoboost TwinTurbo usado na categoria Daytona Prototype das Tudor United SportsCar Series, cuja potência deverá supera os 600 cavalos. Acoplada a este motor, estará uma caixa de velocidades de dupla embraiagem e sete velocidades.

Um fator muito importante presente neste novo Ford é a sua asa traseira. Em modo de condução normal, essa asa irá permanecer retraída. Na sua posição normal, mas com o aumento da velocidade, esta elevar-se-á dinamicamente, aumentando a aerodinâmica, a estabilidade em linha reta e uma maior aderência em curva. Quanto à sua construção, todos os painéis são concebidos em fibra de carbono leve e de alta resistência, possuindo também na sua parte frontal e na parte traseira, componentes de alumínio, que se caracteriza também por ser um material muito leve. O valor de venda ainda não é conhecido, mas fazendo comparação com o modelo de 2005, deve ser substancialmente mais em conta do que a principal concorrência, oferecendo mais por menos dinheiro. 

PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 59


barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica estabiliza pelo terceiro mês

Foto DR

O

indicador relativo à atividade económica medido pelo Banco de Portugal manteve-se estável em outubro, pelo terceiro mês consecutivo, enquanto o referente ao consumo privado diminuiu. De acordo com o Banco de Portugal, o indicador coincidente mensal para a atividade económica voltou a apresentar o valor de 0,9%, à semelhança de agosto e de setembro.

BCE "puxa" pela inflação na Zona Euro O Banco Central Europeu "fará tudo o que deve para subir a inflação assim que possível", garantiu o presidente da autoridade monetária, deixando assim em aberto a possibilidade do BCE estender o programa de estímulos à economia por mais tempo do que estava previsto. Mario Draghi quer atingir uma meta de inflação próxima dos 2%, sendo que atualmente a inflação na Zona Euro ronda os 0,1%. "Não podemos dizer com segurança que o processo de reestruturação económica na zona euro esteja terminado", disse o responsável, acrescentando que na reunião de dezembro irá "avaliar completamente a força e a persistência dos fatores que poderão justificar o regresso da inflação aos 2%". A taxa de inflação homóloga da zona euro registou uma variação de 0,1% em outubro, voltando a valores positivos depois dos -0,1% de setembro, tendo Portugal a quarta maior subida (0,7%).

O indicador coincidente para o consumo privado, por sua vez, registou uma redução para 2,2%, depois de ter apresentado em agosto e setembro o valor de 2,4%. Por seu turno, o BBVA reviu em baixa a estimativa de expansão para o PIB português, prevendo agora que este ano cresça apenas 1,5% em 2015, devido à instabilidade política, que poderá travar a procura interna, o principal motor de crescimento.

Exportações crescem sustentadas pelo mercado comunitário O crescimento das exportações portuguesas abrandou em setembro, para um ritmo de 1,9% por comparação com o mesmo mês de 2014. Foi o terceiro mês consecutivo em que as vendas de bens ao exterior desaceleraram, afetadas pelo comércio extracomunitário, em particular pela forte queda para Angola, o segundo mercado fora da Europa, depois dos EUA. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos nove primeiros meses do ano, a atividade exportadora totalizou 37.402 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 4,9% face ao mesmo período de 2014. O desequilíbrio de ritmos entre as vendas para a Europa e para fora do espaço comunitário acentuou-se. Além de ser a região para onde seguem mais de dois terços das exportações, a União Europeia regista um ritmo bem mais acelerado como destino das exportações portuguesas, que estão a crescer a um ritmo de 6,7%, enquanto para fora da Europa estão praticamente estagnadas, com um crescimento acumulado de apenas 0,4%.

Atividade económica da Zona Desemprego desce em termos Euro atinge máximos de quatro homólogos anos e meio O número total de desempregados aumentou 0,4% em setembro O indicador de atividade económica da Zona Euro está em máximos de 54 meses, com os setores da indústria e dos serviços a contribuírem para a melhoria. De acordo com os dados do instituto Markit Economics, este foi o valor mais elevado dos últimos quatro anos e meio, num período em que a Alemanha contribuiu para a melhoria, mas que a França travou, em consequência dos ataques terroristas que assolaram Paris a 13 de novembro. O indicador para os serviços também está em máximos de quatro anos e meio, enquanto o índice de atividade da indústria está em máximos de 19 meses, adianta o "Negócios.pt". Os inquéritos realizados revelam ainda que o emprego e as novas encomendas também registaram melhorias significativas.

(mais 2.132 inscritos) face ao mês anterior, de acordo com as estatísticas divulgadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP.) No entanto, em termos homólogos, o desemprego baixou 12,6% comparativamente com setembro de 2014. No final de setembro, o desemprego, relativo a pessoas sem emprego, "imediatamente disponíveis para trabalhar e com capacidade de trabalho", afetava 538.713 indivíduos, menos 77.909 do que há um ano. O IEFP adiante que "as descidas percentuais mais acentuadas se verificaram na fabricação de outros produtos minerais não metálicos (24,1%), na construção (22,4%) e no comércio, manutenção, reparação de veículos automóveis e motociclos (21,9%)". Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

60 act ualidad€

dezembro de 2015


dezembro de 2015

ac t ua l i da d â‚Ź


intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-septiembre de 2015

S

e acaban de hacer públicas las estadísticas oficiales españolas relativas a los nueve primeros meses del año 2015. El cuadro uno pone de manifiesto la fortaleza del comercio hispano portugués, que en este periodo de nueve meses arroja una cifra global que supera los 21.343,6 millones de euros frente a los 20.700,3 millones de euros alcanzados en igual periodo de 2014 lo que significa un incremento del 3,1%. Las ventas españolas crecieron un 0,24% y las compras lo hicieron en un 8,2%. En términos de evolución mensual septiembre registra crecimientos muy significativos en las ventas españolas superando el 25,4%. Las compras crecieron un 7,6% respeto al mes de agosto, periodo en el que tradicionalmente el comercio exterior se reduce significativamente.

Respecto a la distribución geográfica del comercio exterior español que se recoge en los cuadros 2 y 3, se detectan alteraciones significativas. Portugal que en los últimos años ocupaba la tercera posición, baja a la quinta posición entre los principales clientes de España (Italia y Reino Unido refuerzan sus posiciones) y su peso relativo se posiciona en el 7,1% sobre el total de las importaciones españolas. En el apartado de los principales proveedores de España, Portugal mantiene la octava posición con un peso relativo del 3,9% sobre el total de la demanda española. Por lo que a la distribución por CC.AA. se refiere y en relación con las ventas españolas a Portugal, Cataluña, con 3.381,4 millones de euros (25,3% del total de las ventas españolas a Portugal) lidera la lista, seguida de la Comunidad de Madrid, con 2.003,1 millones de

euros (15%) y Galicia en la tercera posición con 1.764,52 millones de euros (13,2%). Respecto a la demanda española, Galicia asume el liderazgo, con una cifra de compras a Portugal que supera los 1.400 millones de euros (17,5% del total de las compras españolas), seguido de Madrid, con 1.371,7 millones de euros (17,2%), y en la tercera posición la Comunidad de Cataluña, con 1.322,4 millones de euros (16,5%). Se habrá de destacar que estas tres Comunidades Autónomas representan el 53% del comercio entre Portugal y España. En estos últimos nueve meses no se han detectado grandes alteraciones en la distribución sectorial del comercio hispano portugués. El sector vehículos automóviles; tractor sigue liderando tanto la oferta como la demanda espa-

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-septiembre 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

VENTAS COMPRAS Cober (%) 15 ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14

Saldo 14

Cober (%) 14

ene

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

1.394.797,28

779.497,73

615.300

178,94

feb

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

1.338.884,15

766.810,74

572.073

174,60

mar

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

1.454.677,19

822.211,81

632.465

176,92

abr

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

1.532.349,96

782.847,71

749.502

195,74

may

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

1.486.578,30

912.595,57

573.983

162,90

jun

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

1.482.773,80

871.005,17

611.769

170,24

jul

1.674.117,52

978.191,32

695.926

171,14

1.570.348,08

879.267,89

691.080

178,60

ago

1.265.446,98

757.335,49

508.111

167,09

1.364.765,16

687.959,14

676.806

198,38

sep

1.587.123,43

902.605,53

684.518

0,00

1.697.509,98

875.454,32

822.056

193,90

oct

0

0,00

1.799.843,69

918.444,34

881.399

195,97

nov

0

0,00

1.426.480,47

867.186,35

559.294

164,50

dic

0

0,00

1.464.870,06

845.054,06

619.816

173,35

5.366.109

167,17

18.013.878,11

10.008.334,83

8.005.543

179,99

Total

13.354.859,91

7.988.750,81

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

62 act ualidad€

dezembro de 2015


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero a septiembre 2015

ñola a Portugal con una cifra global de transacciones que ya supera los 2.221,1 millones de euros, de los cuales 1.292,6 millones de euros se refieren a las ventas españolas y 928,5 millones de euros a las compras. En la oferta española destacan igualmente las máquinas y aparatos mecánicos (865,2 millones de euros) y las materias plásticas; sus manufacturas (842,8 millones de euros). A su vez, en las compras españolas aparecen en la segunda posición los combustibles; aceites minerales (863,3 millones de euros) y en la tercera posición las materias plásticas; sus manufacturas (503,1 millones de euros). Consultadas las dos entidades oficiales responsables por la promoción de la internacionalización de las empresas, nos informan que en 2014 estaban registradas 5.309 empresas portuguesas exportadoras para España y en el caso de España se calcula que en el periodo enero-mayo de 2015 cerca de 13.885 empresas españolas vendieron para Portugal, y de estas 10.508 (75,7% del total) lo hicieron de forma regular en los últimos cuatro años y son responsables por el 89,5% del total vendido. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

1

001 Francia

29.391.768,46

2

004 Alemania

20.075.435,81

3

005 Italia

13.750.357,48

4

006 Reino Unido

13.495.064,35

5

010 Portugal (d.01/01/86)

13.354.859,91

6

400 Estados Unidos

8.601.583,52

7

003 Países Bajos

5.912.029,47

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

4.808.725,77

9

204 Marruecos

4.372.747,45

10

052 Turquía

3.768.984,62

11

060 Polonia

3.552.607,34

12

720 China

3.310.419,09

13

412 México

3.188.073,62

14

039 Suiza (d.01/01/95)

2.867.609,87

15

632 Arabia Saudí

2.389.919,83

16 17 18 19 20

208 Argelia 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 732 Japón 951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios

2.370.948,53 2.194.683,81 2.144.367,10 1.846.571,76 1.639.506,63

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a septiembre 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

928.490,70

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

863.319,54

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

503.123,34

4

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

461.163,60

5

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

322.578,99

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

300.710,06

7

24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS

284.189,84

8

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

270.547,62

9

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

261.465,80

TOTAL

7.988.750,81

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a septiembre 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.292.630,40

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

865.155,91

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

842.847,27

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

729.009,65

5

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

675.856,28

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

474.141,06

SUBTOTAL

143.036.264,42

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

449.926,44

TOTAL

186.261.082,34

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

397.621,49

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

9

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

3.Ranking principales países proveedores de España enero a septiembre 2015 Orden País 1

004 Alemania

Importe

2

001 Francia

22.134.846,28

720 China

17.616.308,26 12.708.672,86

4

005 Italia

5

400 Estados Unidos

9.773.045,70

6

006 Reino Unido

9.071.311,97

7

003 Países Bajos

8.388.336,85

8

010 Portugal (d.01/01/86)

7.988.750,81

13.354.859,91

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015

26.450.176,99

3

367.467,24

TOTAL

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

5.263.400,43

10

208 Argelia

4.875.517,07

11

204 Marruecos

3.655.855,20

12

052 Turquía

3.538.698,42

13

288 Nigeria

3.463.003,60

14

060 Polonia

3.338.161,37

15

412 México

2.883.366,91

16

632 Arabia Saudí

2.750.328,43

17

061 República Checa (d.01/01/93)

2.687.525,02

Cataluña

3.381.430,04

Galicia

1.400.014,15

18

075 Rusia (d.01/01/92)

2.496.440,16

Madrid, Comunidad de

2.003.082,30

Madrid, Comunidad de

1.371.715,93

19

508 Brasil

2.425.882,16

Galicia

1.764.524,12

Cataluña

1.322.470,23

20

732 Japón

2.376.269,09

Andalucía

1.395.827,97

Comunitat Valenciana

778.390,33

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero a septiembre 2015 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

SUBTOTAL

153.885.897,58

Castilla-La Mancha

788.384,49

Andalucía

757.972,01

TOTAL

204.903.126,20

Comunitat Valenciana

776.323,86

Castilla y León

468.808,83

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 63


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas interesadas en adquirir una empresa de servicios en el área de la comunicación

OP151001

Empresa portuguesa con sede e instalaciones en Lisboa y 20 años de experiencia en el mercado portugués, busca fabricantes españoles interesados en un distribuidor oficial o representante exclusivo

OP151002

Empresa portuguesa fabricante de películas solares y estores, busca clientes para ampliar su negocio

OP150803

Empresa de consultoría en Portugal busca socios estratégicos para sus clientes con actividades en las áreas de la industria alimenticia, de joyas, de moldes, de caucho, de transformación de aluminios, y de sistemas, equipamientos y accesorios de seguridad

OP150901

Empresa portuguesa de artes gráficas e inyección de plásticos busca agente comercial en España

OP150902

Empresas españolas y portuguesas del sector de la hotelería y restauración en el Algarve y Alentejo para presentar sus servicios

OP151101

Empresa portuguesa da área da restauração procura parceiros de negócios para poder expandir a sua atividade

OP151102

Empresa portuguesa busca fabricantes españoles de ropa fitness

DP150901

Empresas españolas almacenistas de harinas y fabricantes de comidas precocinadas en la zona sur de Galicia

DP150902

Empresas españolas fabricantes o distribuidoras de aperos de labranza (azadas, rastrillos, etc.)

DP151001

Empresas españolas fabricantes de muebles

DP151101

Agencias de viajes en España

DP151102

Consultorías con experiencia en el sector metalmecánico en el País Vasco, Barcelona y Madrid

DP151103

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Agentes comerciais no sul de Portugal

DE151001

Sociedades de advogados em Portugal

DE151002

Empresas portuguesas de automatização

DE151101

Distribuidores ou agentes comerciais de marcas de roupa em Portugal

DE151102

Empresas portuguesas fabricantes de azulejos e cerâmica

DE151103

Empresas portuguesas fabricantes de lençaria (pijamas, camisões, robes…) para homem, senhora e criança

DE151104

Empresa espanhola de logística, armanezamento e distribuição de produtos ultracongelados, oferece os seus serviços a empresas exportadoras destes produtos

OE151006

Empresa espanhola de consultoria em Brand design e packaging procura parceiros estratégicos com atividade no setor de consultoria de negócios

OE151101

Empresas portuguesas nas áreas da grande distribuição, canal Horeca, catering, fabricantes de molhos, importadores/ distribuidores de frutas e verduras, cadeias de restaurantes e fabricantes de azeite para apresentar os seus produtos

OE151102

Empresa espanhola de compra e venda e transformação de peixe, procura empresas portuguesas interessadas na compra de sardinha e maruca

OE151103

Técnicos de segurança e engenheiros portugueses

OE151104

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

64 act ualidad€

dezembro de 2015


oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

dezembro de 2015

ac t ua l i da d â‚Ź 65


calendário fiscal calendario fiscal >

Dezembro Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

S

T

Q

Q

S

S

D

S

T Q

Q

S

S

D

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30 31

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas em outubro/2015

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Declaração de remunerações relativas a novembro/2015

Entidades empregadoras

15

IRC

3º Pagamento por conta do IRC - 2015

Entidades residentes que exercem a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola ou não residente com estabelecimento estável

Este pagamento poderá ser limitado conforme a estimativa do IRC devido a final

15

IRC

3º Pagamento adicional por conta da derrama estadual - 2015

Entidades residentes que exercem a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola ou não residente com estabelecimento estável

Este pagamento pode ser limitado, em termos idênticos ao previsto para o pagamento por conta do IRC, com as necessárias adaptações

21

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo liquidado em novembro/2015

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

21

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de novembro/2015

Entidades empregadoras

21

IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em novembro/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer um dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos (artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados membro, quando tais operações sejam aí localizadas

21

IRS

3º Pagamento por conta – IRS 2015

Sujeitos passivos titulares de rendimentos da categoria B, do IRS

Este pagamento poderá ser limitado (reduzido ou cessado) conforme a estimativa do IRS devido a final, tendo em conta as retenções na fonte e pagamentos por conta já efetuados

26

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em novembro/2015

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal.

31

IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em outubro de 2015

Entidades pagadoras dos rendimentos

Obtenção de nº fiscal especial para o não residente

31

IVA

Declaração de registo no «Mini balcão único»

Sujeitos passivos não estabelecidos no Estado membro de consumo ou não estabelecidos na Comunidade que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas não sujeitos passivos do IVA

O registo é opcional

66 act ualidad€

dezembro de 2015

Em caso de solicitação de reembolso, a declaração deve ser acompanhada dos anexos - relação de clientes, fornecedores e regularizações


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE143007

F

INGLÊS

JORNALISMO

BE143008

F

INGLÊS/ FRANCÊS

ADVOCACIA

BE143009

F

13/12/1983

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

RELAÇÕES PÚBLICAS, ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS E COMUNICAÇÃO

BE143010

F

25/04/1987

INGLÊS/ FRANCÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE143011

M

INGLÊS/ ITALIANO/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ ALEMÃO

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE143012

F

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

COMERCIAL

BE143013

F

INGLÊS

SOLICITADORIA

BE143014

F

INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO

ECONOMIA

BE143015

M

22/11/1986

FRANCÊS/ PORTUGUÊS

ADVOCACIA

BE143016

M

28/08/1987

FRANCÊS

ADVOCACIA

BE143017

F

25/09/1985

FRANCÊS

MARKETING DIGITAL

BE143018

F

29/11/1984

PORTUGUÊS/ INGLÊS/ MANDARIM/ ITALIANO

TRADUÇÃO AUDIOVISUAL

BE143019

M

GALEGO/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS

TÉCNICO DE SUPORTE INFORMÁTICO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros sócios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

PUB

ndoe vz e m b r o d e 2 0 1 45

ac t ua l i da d € 67


espaço de lazer

espacio de ocio

“Falta uma entidade que regule a língua portuguesa”

À cerca de 244 milhões de luso-falantes no mundo, mas nem todos conhecem bem as regras para evitar “pontapés na gramática”. Os que conhecem saberão que o correto é escrever: há cerca de 244 milhões de lusofalantes no mundo... Aprender com as incorreções será mais fácil com o livro “500 Erros mais comuns da Língua Portuguesa”, de Sandra Duarte Tavares. A linguista ordenou-os alfabeticamente, apresentando para cada exemplo a forma correta e a respetiva justificação. À Actualidade, a autora lamentou a inexistência de uma entidade que tutele o uso da língua portuguesa.

O

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

português, sexta língua mais falada do mundo, é vítima frequente de “maus-tratos”, mesmo por parte dos professores e dos profissionais da comunicação, que deveriam ser “uma referência para a comunidade linguística”, argumenta Sandra Duarte Tavares. A linguista aceitou o desafio da editora Esfera dos Livros para selecionar e compilar “500 Erros mais comuns da Língua Portuguesa”. Foi esse o título escolhido para o livro lançado em setembro e que já se encontra na sexta edição. Sandra Duarte Tavares, mestre em

68 act ualidad€

dezembro de 2015

Linguística Portuguesa, dá aulas no a difusão do erro, Sandra Duarte TaInstituto Superior de Educação e Ci- vares pretende que este seu novo livro ências, é formadora do Centro de For- seja “uma ferramenta de apoio para mação da RTP e colaboradora de dois todas estas pessoas e para todos os que programas radiofónicos sobre o bom estão empenhados em falar e escrever uso do português: “Jogo da Língua”, português corretamente”. na Antena 1, e “Pontapés na GramáMas por que razão tantas pessoas cotica”, na Antena 3. A autora está por metem tantas incorreções linguísticas? isso bastante familiarizada com os A autora aponta vários fatores: “Dou erros de português mais recorrentes, aulas a candidatos a professores e aperseja ao nível da pronúncia, da ortogra- cebo-me das fragilidades de muitos fia, do léxico, da flexão ou da sintaxe. dos meus alunos ao nível da sintaxe, da Consciente de que são muitas vezes os coesão e da coerência textual, da ortoprofessores, os jornalistas e outros pro- grafia e das competências de oralidade. fissionais que trabalham com a língua Todos tiveram vários anos da discipliportuguesa que mais contribuem para na de português antes de chegarem ao


espacio de ocio

ensino superior, mas o estudo técnico da língua revela-se insuficiente.” Ou seja, “possivelmente, está-se a dedicar mais tempo à análise de texto do que à língua, do que à gramática”. Sandra Duarte Tavares sugere a divisão da disciplina, para salvaguardar as duas vertentes de estudo: Língua Portuguesa, por um lado, e Literatura e Cultura Portuguesa, por outro. A professora aponta ainda a falta de referências de qualidade: “Temos pouco tempo para fazer leitura de qualidade e por isso temos pouco contacto com a palavra bem escrita, com o texto bem estruturado e isso diminui as nossas referências de qualidade (que inconscientemente vão sendo gravadas) para comunicar. Até podemos ler mais porque se ampliou o espectro de leitura com a internet, mas muitos dos órgãos de comunicação que lemos, que escutamos ou vemos não fazem um bom uso da língua e essas más referências vão-se instalando subtilmente.” Acresce que nem sempre é claro distinguir o correto do incorreto, já que a língua vai incorporando alterações, decorrentes do seu uso. Em determinados casos até são admitidas duas versões, como acontece com as palavras covarde e cobarde, que designam a mesma coisa. Sandra Duarte Tavares esclarece que há linguistas mais normativos e outros que seguem a máxima “o povo é quem faz a língua”. A linguista entende os argumentos das duas fações, mas na sala de aula tem, enquanto professora, “a missão de prescrever e veicular a norma” e defende que os profissionais de comunicação têm o mesmo dever. Para a autora, parte desta discussão deve-se ao facto de “não haver em Portugal nem em nenhum dos países lusofalantes uma entidade com força de lei que tutele o bom uso da língua, que diga como uma palavra se escreve, como se pronuncia, em que contexto sintático deve ser usada”. A linguista sublinha que “não temos, mas deveríamos ter” e acrescenta que “o que

espaço de lazer

Erros comuns no contexto económico ERRADO

CORRETO

A nossa empresa pretende ir de encontro às expectativas.

A nossa empresa pretende ir ao encontro das expectativas.

... fatura descriminada.

... fatura discriminada.

... despoletar a crise. (O verbo

... desencadear a crise.

despoletar faz parte do léxico militar e significa travar a espoleta)

... perca de receitas. (A perca é um

... perda de receitas.

peixe)

... despendioso.

... dispendioso.

... destrocar dinheiro.

... trocar dinheiro.

... estrato bancário.

... extrato bancário.

... a empresa melhor sucedida.

... a empresa mais bem sucedida

temos são ferramentas e instrumentos de apoio, como os dicionários, que dão esclarecimentos linguísticos, mas não têm força de lei (e às vezes até se contradizem). Da mesma forma que portais como o Ciberduvidas (com que colabora) fazem consultadoria linguística, reunindo linguistas que dão a sua perceção enquanto estudantes da língua, apoiada em trabalhos publicados por autores de referência, pelo que é possível encontrar opiniões divergentes sobre a mesma dúvida. Não havendo entidade com força legal, os linguistas socorrem-se de documentos como o Acordo Ortográfico, que Sandra Duarte Tavares aplaude, mesmo não concordando com todas as regras impostas pela sua mais recente revisão: “Considero positivo o objetivo de unificar a ortografia dos países lusófonos, mantendo a identidade de cada variedade da Língua Portuguesa”. No entanto, o acordo apenas regula a escrita, alerta a professora, insistindo que não há documento legal para a pronúncia. Assim, no domínio da ora-

lidade, quem usa a língua como ferramenta de trabalho deve ter em atenção a etimologia da palavra. Por essa razão, na palavra intoxicação a pronúncia deve respeitar a sua origem grega: into(ks)icação e não into(ch)icação. Sandra Duarte Tavares, que é também coautora dos livros “Pares Difíceis da Língua Portuguesa”, “Gramática Descomplicada”, “Pontapés na Gramática”, “Assim É Que É Falar”, “SOS da Língua Portuguesa” e “Quem tem medo da Língua Portuguesa”, confessa que também aprendeu ao elaborar o livro “500 Erros mais comuns da Língua Portuguesa” e expressa o seu desejo de que o livro seja como “uma caixinha de primeiros socorros junto dos que trabalham com a língua portuguesa”. Para o prefácio deste seu primeiro livro a solo, Sandra Duarte Tavares convidou o humorista Ricardo de Araújo Pereira, por ser alguém que além de fazer “um excelente uso da língua portuguesa, tem o talento de brincar com as palavras”.  dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural

Música e teatro

“Trovas & Canções” com Ruy de Carvalho no Casino Estoril

Video mapping

25 histórias de Natal contadas na fachada do Arco da Rua Augusta

Assim que o sol se põe, uma outra luz iluminará a fachada do Arco da Rua Augusta, em Lisboa, a partir do dia 11 e até ao dia 20 de dezembro. Estamos a falar de um espetáculo de video mapping, que terá três projeções diárias (19h, 20h e 21h) para contar 25 histórias de Natal. Cada projeção é uma história, como se fosse uma janela do calendário do advento. Com o nome “As Portas Encantadas”, estes espetáculos, promovidos pela Associação de Turismo de Lisboa, em parceria com a EGEAC e com a Câmara Municipal de Lisboa, são produzidos pela empresa portuguesa de multimédia Oskar & Gaspar e “exploram universos visuais esteticamente muito apelativos, pelas cores fortes e formas utilizadas, onde os conteúdos se sucedem com grande ritmo”, sublinha a Agenda Cultural Lisboa, acrescentando que “estes aspetos conferem ao vídeo ma-

Gil Vicente, Luís Vaz de Camões, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Pedro Homem de Mello a José Luís Gordo, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Mário Moniz Pereira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Florbela Espanca, José Luís Tinoco e Aníbal Nazaré são alguns dos autores abordados no espetáculo “Trovas & Canções, Atores, Poetas e Cantores”, idealizado por Paula Carvalho e Paulo Mira Coelho. “Num ambiente intimista, o espetáculo convida o público a recordar numerosos poemas que tornaram famosas algumas canções nacionais” e propõe “uma viagem entre a récita e o concerto, numa amostragem que se pretende rica e saborosa, pelo facto de serem reconhecidas por todos nós”. O consagrado ator Ruy de Carvalho é o protagoniza deste espetáculo, que conta também com a participação dos atores João de Carvalho e Henrique de Carvalho (respetivamente filho e neto do ator), da fadista Ana Marta (“Prémio Amália Revelação 2011”), acompanhada pela guitarra portuguesa de Ricardo Gama e pela guitarra clássica de João Correia.O espetáculo terá ainda como convidados especiais os músicos Henrique Feist, Luís Represas e FF, respetivamente nos dias 1,8 e 15 de dezembro. “As trovas alimentarão as canções, do mesmo modo que os atores e os músicos, também eles transformados em público, recitarão, tocando e cantando os temas que o bom gosto do nosso povo imortalizou ao longo do século passado.” Dias 1, 8 e 15 de dezembro, no Casino Estoril

Exposições

Bruno Zhu, vencedor do Novo Banco Revelação 2015, em Serralves

pping uma dinâmica muito peculiar que deixa os espectadores constantemente surpreendidos e expetantes sobre o que ainda estará para acontecer”. O espetáculo, gratuito, tem a duração de 15 minutos. “A animação está a cargo de uma equipa de duendes que, entre brincadeiras e trapalhices, abre cada uma das portas dos dias e, assim, guia os espetadores num fantástico percurso repleto de surpresas visuais e sensoriais”, explica o órgão de divulgação cultural da capital portuguesa A Oskar & Gaspar tem 15 anos de atividade nos mercados profissionais do vídeo, tv e multimédia e assinou também espetáculos como “Lisboa, Cidade do Mar”, apresentado no último mês de maio também na fachada do Arco da Rua Augusta.

70 act ualidad€

dezembro de 2015

No trabalho de Bruno Zhu há um encontro entre as fotografias quotidianas (feitas em telemóveis e sem pretensão artística) e a arte, no caso o talento do vencedor do Novo Banco Revelação 2015. “Misturando de forma descomplexada referências eruditas e populares e tentando, nas suas palavras, ‘misturar o brilho com a vulgaridade’, o artista relaciona a criatividade contemporânea com a fluidez dos media”, frisa a sinopse da mostra “Vista Alegre”, patente na galeria contemporânea do Museu de Serralves. O júri do Novo Banco Revelação 2015, composto por Pierre Bal-Blanc, membro da equipa curatorial da próxima Documenta de Kassel (Alemanha), Michelle Cotton, Diretora do Bonner Kunstverein (Alemanha), Filipa Loureiro e Ricardo Nicolau, curadores do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, “destaca as qualidades intrínsecas do trabalho de Bruno Zhu, que dá usos à fotografia que aproximam a experiência do espetador da manipulação quotidiana a que as imagens estão sujeitas na atualidade, nomeadamente na internet”. O Novo Banco Revelação é uma iniciativa do Novo Banco em parceria com a Fundação de Serralves que visa “incentivar a produção e criação artística de jovens talentos portugueses, tendo por base uma lógica de divulgação, lançamento e apoio a todos os que recorram ao meio da fotografia”. O prémio é anual e atri-


espacio de ocio

espaço de lazer

bui uma bolsa de produção no valor de 15 mil euros. Bruno Zhu nasceu no Porto em 1991, é licenciado em Design de Moda pela Central Saint Martins de Londres e frequenta atualmente o mestrado em Artes Plásticas no Sandberg Institute em Amesterdão, cidade onde vive. O seu trabalho foi objeto de exposições individuais na galeria Jeanine Hofland Contemporary Art de Amesterdão, na galeria Temple de Paris e na galeria Carlos/Ishikawa em Londres.

Até 31 de janeiro de 2016, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto

World Press Photo 2015 na Maia

O fotógrafo dinamarquês Mads Nissen ganhou o grande prémio do concurso internacional World Press Photo de 2015 com um retrato íntimo de um casal homossexual, feito em São Petersburgo, na Rússia. Esta e as restantes fotos premiadas pela edição deste ano do maior concurso mundial de fotojornalismo podem ser vistas no Fórum da Maia, à semelhança do que sucedeu nas últimas 12 edições.

Até 13 de dezembro, pode apreciar as fotos distinguidas nas oito categorias do concurso: Assuntos Contemporâneos, Vida Quotidiana, Notícias Gerais, Projetos de Longa Duração, Natureza, Retratos, Desporto e Notícias Locais. Os trabalhos, que também já estiveram expostos em Lisboa, no Museu da Eletricidade (Fundação EDP), referem-se a acontecimentos que marcaram o ano de 2014. É o o caso da foto escolhida para o cartaz da exposição, do italiano Giovanni Sestini, que retrata refugiados de um barco salvos por um navio da marinha italiana, em junho do ano passado, a 20 milhas ao largo da costa da Líbia. A fotografia ganhou o segundo prémio singles/notícias gerais, mas é, por ventura, das mais mediáticas, já que retrata uma realidade que ainda se mantém. Destaque também para a foto do chinês Bao Tailiang, que capta o instante em que o argentino Messi olha para o troféu que a Seleção do seu país perdeu nesse dia para a Seleção da Alemanha, na final do Mundial de Futebol.

Até 13 de dezembro, no Fórum da Maia

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Grandes mestres da pintura espanhola no MNAA Greco, Zurbarán, Goya, Sorolla são cabeças de cartaz da mostra de mestres da pintura espanhola atualmente exposta no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) até 3 de abril do próximo ano. Oportunidade para conhecer parte do espólio reunido ao longo de três gerações pela família Masaveu, “uma das coleções privadas mais importantes de Espanha, e também uma das menos conhecidas do público”. A seleção do comissário da mostra Ángel Aterido traz a Portugal cerca de seis dezenas de obras, de 34 pintores espanhóis, que percorrem os séculos XV, XVI, XVII, XIX e XX: “Um grupo alargado de pinturas espanholas, que habitualmente não podem ser contempladas com esta concentração, neste número e com esta qualidade, em Portugal. O diálogo entre as obras foi outro dos objetivos da conceção da mostra. Dessa forma, pretendeu-se aproveitar a pinacoteca do museu para estabelecer laços, facilitar comparações e sublinhar através destes ‘encontros’ o espírito da coleção”. A Coleção Masaveu é bastante representativa do chamado Siglo de Oro espanhol (período que abarca o Renascimento do século XVI e o Barroco do século XVII e é considerado o

auje da cultura espanhola) e “reúne peças provenientes das mais notáveis pinacotecas do país vizinho, como a coleção real, ou a coleção do Infante Sebastião Gabriel de Bourbon e Bragança, neto de D. João VI de Portugal, à qual pertenceu Virgem com o menino de Murillo, agora exposta no MNAA”, lê-se no comunicado relativo à exposição. O MNAA explica ainda que a mostra está dividida em cinco núcleos: “O esplendor da Idade Média e o Renascimento”, “El Greco e a transição na pintura do Maneirismo para o Naturalismo”, “Cintilações do Século de Ouro: os mestres do Barroco”, “Goya e as Luzes” e “Uma nova luz: de Fortuny a Sorolla”.

Até 3 de abril, no MNAA, em Lisboa DEZ dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 71


espaço de lazer

espacio de ocio

Una ventana al Atlántico en el centro de Madrid

Atlantik Corner abre en la capital española con la ambición de diferenciarse gracias a su especialización: la cocina de influencia atlántica. Portugal y Galicia son los dos protagonistas de la casa aunque en la carta se encuentran platos que son guiños a otros países bañados por el Atlántico.

E

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

s la primera aventura en el mundo de la restauración de Nuno de Noronha, un portugués que reside en Madrid hace doce años, y su estreno no podía haber sido mejor. Ex bailarín de la Compañía Nacional de Ballet de Portugal y gran aficionado a la gastronomía, buscó un espacio en el que dar a conocer los mejores sabores de su país aunque no son los únicos. “Mi punto de partida es mi país, porque quiero transmitir la alegría que existe en Portugal, divulgar todo lo mejor que tiene”, empieza por explicar Nuno. Sin embargo, aunque la carta esté muy inspirada en Portugal, “he querido mirar al Atlántico, algo intrínseco a mí país”. En Atlantik Corner hay espacio para las influencias gallegas, brasileñas e incluso africanas. Si bien el Atlántico comparte la materia prima con 72 act ualidad€

dezembro de 2015

el Mediterráneo, “las grandes diferencias y el chef de cocina es Julián Barros, argenestán en la transformación de los alimen- tino de padres gallegos, “todo un artista”, tos ya que en el Atlántico usamos más el afirma el propietario. Todos los platos horno y el carbón”, resalta su propietario. “están pensados para compartir porque la Y en lo que se refiere al pescado, “en el idea es que en este restaurante puedas paAtlántico hay especies más musculosos sar un buen rato bien acompañado, disfrutando de los sabores”, y con menos grasa, son subraya Nuno. El precio más sabrosas”. Cree que medio ronda los 25/35 el Atlántico es más rico euros en el restaurante y como inspiración que los 16 euros en la barra, un solo país y eso les ha con una carta diferente, permitido abrir más la más de tapeo. En Atlanoferta sin olvidarse del tik Corner “Cuidamos punto en común. mucho el producto pero El chef gallego Carlos no queremos que la genNúñez asesora externate se sienta engañada. El mente a Nuno Noroplato más caro es el de las nha para la elaboración cocochas de bacalao, 21 de la carta que cuenta euros”. Entre sus especiacon 19 platos diferentes


espacio de ocio

espaço de lazer

Sugestões

lidades están las alcachofas al carbón, el arroz meloso con ragout de setas y queso de la Serra da Estrela, el bacalao à Brás, el picantón (pollo) con adobo Vinha d´alhos y cinco cítricos, el Carabinero asado al carbón con cuscús de verduras y salsa de curry rojo y la Lubina marinada con olivada verde, cebolla rosa, aguacate y cilantro. En un futuro próximo espera ofrecer un plato brasileño. Los postres son también otro de los grandes aciertos de la casa, con una sabrosa ensalada de frutas frescas con sopa de albahaca y helado de mango, una original torrija y un delicioso tiramisú al vino de Oporto. Y en la carta de la barra destacan los “peixinhos da horta”. El restaurante ha cuidado también mucho su carta de vinos, con 40 referencias, muy original en comparación a la tradicional oferta de los restaurantes. “Aquí no se puede encontrar un Rioja o un Ribera del Duero. Sé que era una apuesta arriesgada pero tenía que ser fiel a la influencia atlántica”, puntualiza Nuno Noronha. “De esta forma nos diferenciamos de lo que ya existe”. Se encuentran vinos de las regiones portuguesas Távora-Varosa, Bairrada, Alentejo, Douro, Lisboa, Dão,

Península de Setúbal y Tras-os-Montes y de las gallegas Rías Baixas, Ribeira Sacra Monterrei y Valdeorras. No falta el café Delta, la cerveza Super Bock y el Agua das Pedras así como aceite portugués. “Esta idea de restaurante nació asociada al de una tienda, que surgirá después en donde poder encontrar productos portugueses como conservas, galletas, aceites, vinos y quesos”. Nuno Noronha reconoce que este es un buen momento para difundir la cultura y la gastronomía portuguesa en España porque ahora está muy de moda. Aunque al decir el nombre del Atlántico pensemos siempre en el mar, “aquí somos también rurales y por eso he evitado el color azul”, explica el dueño. El resultado de su primera aventura gastronómico ha sido un lugar distendido y original, en el Barrio de Las Letras, que está conquistando al público nacional e internacional de Madrid. 

Atlantik Corner C/ Ventura de la Vega, 11 28014 Madrid Tel. 00 34 910 71 72 45

Benares en Madrid El pasado mes de septiembre se inauguró Benares, Madrid, restaurante del internacionalmente conocido chef indio Atul Kochhar. Después de su exitoso Benares londinense, que cuenta con 1 Estrella Michelin, abre en Madrid, en la calle Zurbano nº 5. Ofrece su nueva propuesta de cocina india de autor donde se producirá un encuentro entre las cocinas española e india. Kochhar se basa en un producto local de alta calidad trabajado con especias y técnicas indias. En Benares Madrid se puede disfrutar de multitud de especialidades diferentes entre su carta, el menú degustación (que supone la mejor introducción a la cocina india), y la propuesta de cócteles para la zona bar, que se pueden acompañar de tapas inspiradas en el street food de India. Además son expertos en maridaje de buenos vinos con alta cocina india. Navidad y Fin de Año en el Lisbon Marriott Hotel Lisbon Marriott Hotel presenta ofertas especiales durante las Navidades, en especial la comida del 25 de diciembre y la cena de Fin de Año. Entre el 7 y el 23 de diciembre, durante la hora de la cena, habrá un buffet de ensaladas, platos regionales y postres, con todos los sabores y tradiciones navideñas. El precio por persona es de 23 euros (sin bebida). La noche de Navidad, en la tradicional “Consoada” portuguesa, habrá un buffet de fríos y caliente, sopa de pescado y buffet de dulces tradicionales. El precio es de 26 euros por persona (sin bebida). En la comida de Navidad destaca el pato asado a la naranja, canelones con espinacas y ricota y bacalao con gambas. También por 26 euros por persona (sin bebida). Ya en Fin de Año, también con buffet de fríos y calientes y crema de castaña, destaca el cabrito asado con miel y rosbif de novillo asado con sal y salsa de vino de Oporto. El precio son 45 euros con bebidas incluidas.

dezembro de 2015

ac t ua l i da d € 73


últimas

últimas

Statements Para pensar

“Na China, a desaceleração económica e a volatilidade do mercado tiveram um efeito negativo nas vendas de automóveis. Contudo, trata-se apenas de uma desaceleração: espera-se que as vendas cresçam em 2015 e 2016, se bem que as taxas de crescimento de dois dígitos parecem ter terminado. Tendo em conta que a China se tornou no maior mercado do mundo de automóveis, qualquer crise no terreno económico nos próximos anos poderia ter graves consequências para o mercado mundial de automóveis” Relatório da Crédito y Caución sobre o setor automóvel no mundo, datado de 17/11/15

“É uma mudança que todos sentimos. Sabemos que está a acontecer. Cada economia, em todo o mundo, está a tornar-se digital (...) E se pensam que por estarem, por exemplo, no setor agrícola não têm nada a ver com isto, enganem-se. Porque a agricultura é um negócio digital. Envolve dados meteorológicos, informação sobre o solo, a temperatura…” Steve Lucas, responsável pelas Soluções de Plataforma da SAP, na abertura do SAP TechEd, seminário subordinado ao tema “Tornar o digital real”, que decorreu no mês passado em Barcelona

“Há já empresas digitais que vão aniquilar indústrias completas (...) [Por exemplo] a Uber está a alterar a indústria dos transportes. E reparem que sem ter um único carro. Isto é um modelo de negócio. É esta a escala que a internet permite” Idem, ibidem

“Cuando se habla de cambio del modelo generalmente se introducen las reformas estructurales necesarias para esa mutación: la fiscal, la financiera, la energética, la del mercado de trabajo, la reforma empresarial, etcétera. En el caso de España se suele destacar, entre sus fortalezas, la del sector exportador en sectores como la banca, la distribución, la agroalimentación, las infraestructuras, el turismo, las energías renovables o la telefonía... Pero en el resto del cóctel pocas veces se incluye la debilidad estructural del capital humano” Joaquín Estefanía, periodista, “ElPaís.com”, 18/11/15

act ualidad€

dezembro de 2015




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.