Actualidade Economia Ibérica - nº 225

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Actualidad

Economia ibérica MARÇo 2016 ( mensal ) | N.º 225 | 2,5 € (cont.)

A arte como

investimento pág. 38

“Sonae SR acelera abertura de novas lojas em Espanha”

Yellow Metric avança em Portugal, Espanha e Angola

Transferência de residência fiscal de Espanha para Portugal

pág. 08

pág. 20

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Índice

índice

Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro

Nº225 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro

no XIII Encontro 56 Premiados de Vinhos Extremadura/ Alentejo em exposição pública

Grande Tema 38.

Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copydesk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Ferreira Morais, José-Benigno Pérez Rico, Miguel Durham Agrellos, Nuno Ramos e Paulo Pichel Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Na senda do mercado da arte

Editorial 04. Na arte como na economia: crescimento, mas não muito

Opinião 06. 2016: un año de incierto futuro en España - José-Benigno Pérez Rico

48.

O ressuscitar de um imposto falecido - Ferreira Morais

50.

Transferência de residência fiscal de Espanha para Portugal: o regime fiscal de residentes não habituais - Miguel Durham Agrellos e Paulo Pichel

Atualidade 22.Tiendas tradicionales en Madrid que aún

sobreviven

26.Mercado automóvel descola, mas ainda não Câmara de Comércio e Indústria

acelera

E mais...

08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 36.Fazer Bem 46.Advocacia e Fiscalidade 54.Setor Imobiliário 56.Vinhos & Gourmet 58.Ciência e Tecnologia 60.Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74.Statements

Luso Espanhola

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editorial editorial

Na arte como na economia: crescimento, mas não muito

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ão é conclusivo argumentar a favor da sentença partidária de que a arte imita a vida, nem da sua simétrica, defensora de que é a vida que imita a arte. No entanto, essa discussão jamais será estéril, no sentido em que poderemos aprender sempre que trilhemos qualquer das duas linhas de raciocínio, dadas as inúmeras ramificações que esses caminhos nos apresentam. Fixemonos na seta que aponta o jornalista e historiador Hendrik Willem Van Loon: “A arte é melhor barómetro do que está a acontecer no nosso mundo, do que o António Dacosta, Bicho no chão, 1986. mercado de ações ou os © Laura Castro Caldas / Paulo Cintra debates no congresso”. A Actualidad€ pousa a lupa sobre o setor no tema de capa de países como o Brasil, têm sido desta edição: o mercado mundial substituídos por preocupantes inde arte esteve em queda desde dicadores. Mesmo o motor de cres2009 e 2012, começou a recuperar em 2013 e em 2014 ultrapassou os 51 mil milhões de euros, o que As previsões de traduz um crescimento do volume crescimento da de negócios de 7%, face ao ano anterior. Tem havido uma recuperaeconomia na Zona ção lenta das vendas de arte, mas Euro apontam para há previsões que apontam para um novo abrandamento este ano. um avanço do PIB de A julgar pela convicção de Van 1,7%, este ano, e de Loon, devemos temer um abrandamento generalizado da economia? 1,9%, em 2017 Os sinais eufóricos que chegavam

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cimento mundial que a China opera, está a diminuir a velocidade e a enervar os mercados bolsistas... As mais recentes previsões de crescimento da zona Euro, elaboradas pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, apontam para um avanço de 1,7%, este ano, e de 1,9%, em 2017. O crescimento do PIB em 2014 ficou-se pelos 0,9% e 1,6% em 2015. A contribuir para esta evolução positiva da economia, ainda que moderada, estão sobretudo as empresas com atuação internacional como é o caso da Sonae SR, empresa do grupo Sonae dedicada à área de retalho especializado. Miguel Águas, CFO da Sonae SR e diretor geral da Worten Espanha, conta no espaço Grande Entrevista que a empresa pretende abrir mais de 30 novas lojas em Espanha, especialmente Sport Zone e Worten. Nesta edição, há também espaço para conhecer a estratégia de pequenas empresas como a Yellow Metric, ou os truques de sobrevivência e crescente afirmação de lojas de comércio tradicional, que convivem em Madrid com as lojas das grandes marcas internacionais. Email: actualidade@ccile.org



opinião opinión

Cartas de Madrid ivimos en un tiempo de grandes turbulencias bursátiles y financieras como consecuencia de la brusca bajada del petróleo que, si bien supondrá una rebaja en nuestra factura energética, podrá perjudicar a las exportaciones destinadas a los países productores de petróleo que se pueden ver afectados en su crecimiento económico. La prevista recesión de la economía en Rusia y Brasil, así como la de otros países emergentes, la caída del PIB en China, unas décimas por debajo de lo previsto, hacen que los mercados se muestren indecisos y provoquen, a veces, situaciones de pánico. Debido a éstos y a otros acontecimientos mundiales, se une en España la incertidumbre política que, en el momento de escribir estas líneas, todavía no se sabe quién y con qué fuerzas políticas se puede llegar a formar gobierno. Y de no llegar a acuerdos en los próximos días, de nuevo nos vemos inmersos en una nueva campaña de elecciones anticipadas, que no favorecen a los intereses de España y que no podrán celebrarse hasta mediados de año, motivo por el cual el gobierno en funciones se ve mermado en sus facultades para seguir impulsando el crecimiento económico y la creación de empleo. Sería deseable que, ante este panorama de incertidumbre, los dirigentes políticos tuvieran pensamientos estadistas y dejaran de pensar como partidos políticos. Deberían tomar nota de lo ya ocurrido en otros países de Europa en los que ha sido posible formar gobierno entre fuerzas políticas de diferentes ideologías y cuyo funcionamien-

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Por José-Benigno Pérez Rico *

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2016: un año de incierto futuro en España

to es posible si existe la voluntad de llegar a consensos que tengan como fin mejor el bienestar de los ciudadanos. España en el 2015 había conseguido crecer la economía por encima del 3% y una creación de empleo cercana a 500 mil puestos de trabajo. Las previsiones para este ejercicio, tanto de España como de otras instituciones internacionales, vuelven a estar cercanas a los crecimientos del 2016, muy por encima, una vez más, del crecimiento medio europeo. Ojalá que el nacimiento del nuevo gobierno no se demore y que, sea cual sea la ideología que impere en este gobierno, sepa liderar la nave para llevar a buen puerto los destinos de España. Hasta que no se despeje esta incógnita, seguiremos observando un porvenir incierto para 2016. * Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria Luso Española E-mail: jbperezrico@hotmail.com


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“Sonae SR acelera abertura de novas lojas em Espanha” A Sonae SR, dedicada à área de retalho especializado do grupo Sonae, contava no final de 2015 com mais de 580 lojas em todo o mundo, responsáveis por uma faturação de 1.294 milhões de euros, representando este valor um aumento de 4,1% das vendas por metro quadrado quando comparado com o ano anterior. A área internacional aumentou o volume de negócios em 5,1%, para 378 milhões de euros, tendo o volume de negócios por metro quadrado crescido 12,1%, fruto da evolução positiva dos negócios de eletrónica e desporto em Espanha. Em Portugal, o grupo quer “continuar a reforçar as nossas posições de liderança”, enquanto em Espanha, tenciona abrir mais de 30 novas lojas, especialmente da Sport Zone e da Worten, durante este ano, adianta Miguel Águas, CFO da Sonae SR e diretor geral da Worten Espanha.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org

uais os planos de expansão das vossas marcas em Espanha (balanço de número de unidades de cada insígnia, vendas e evolução de vendas e de quotas, etc)?

A estratégia da Sonae SR em Espanha passa por reforçar as posições competitivas das suas insígnias com ganhos de quota de mercado, aprofundar a estratégia omnicanal, expandir o parque de lojas e implementar novos conceitos de loja. Pretendemos também desenvolver parcerias com distribuidores e retalhistas com interesse nos nossos inovadores produtos e estamos disponíveis para avaliar oportunidades de expansão atra8 act ualidad€

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vés de diferentes formatos, como o wholesale . Em termos de lojas, vamos acelerar a abertura de novas unidades, sendo possível a abertura de mais de 30 lojas, em 2016, em Espanha, dependendo das oportunidades e disponibilidade de espaços adequados. A maioria das aberturas ocorrerá na Worten e Sport Zone. Recentemente, adquiriram um grossista neste mercado, a Losan. Quais os objetivos para este segmento de moda, após esta aquisição?

A Losan [foto na pág. 10] não é um operador grossista, mas sim uma marca que prosseguirá a sua estratégia de forma coordenada,

mas independente, focada em disponibilizar os seus produtos a nível global através de canais multimarca. A Losan opera principalmente no segmento de moda infantil e beneficia de um grande controlo da cadeia produtiva, o que constitui uma importante vantagem competitiva. A empresa já disponibiliza os seus produtos em cerca de 40 países e acreditamos que tem potencial para continuar a sua expansão, seja nos mercados onde já está presente, seja através da entrada em novos mercados. Previam investir em 2015 na Península Ibérica cerca de 50 milhões de euros.


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Miguel Águas CFO da Sonae SR

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grande entrevista gran entrevista A Sonae já criou marcas fortes no campo da moda. Que quotas de mercado têm em Portugal (sobretudo em moda, de adulto e infantil…)?

Todas as marcas da Sonae SR ocupam posições de destaque nos seus segmentos. A Worten é líder em Portugal na eletrónica de consumo e top 3 no setor de retalho especializado de eletrónica em Espanha. A Sport Zone é líder em desporto em Portugal. A MO é uma referência na moda em Portugal e a Zippy é a marca de confiança dos portugueses na moda infantil e um player global no seu segmento. Qual a faturação da Sonae Retalho Especializado em 2015?

Este montante já inclui a compra da Losan? Qual o valor global de investimentos na PI e nos restantes mercados?

Os valores de investimento que referimos dizem respeito ao crescimento orgânico e à aposta na inovação e no desenvolvimento de produtos, pelo que exclui as aquisições. Nos primeiros nove meses de 2015, investimos 45 milhões de euros, o que significa um crescimento de 10% face ao mesmo período do ano anterior. Ainda não fechámos as contas de 2015, mas essa tendência de crescimento não deverá ter sido alterada. Em 2016, a nossa perspetiva é de continuar a investir no desenvolvimento dos nossos negócios a nível global, sendo que, no caso de Espanha, o investimento poderá ser superior a 30 milhões de euros. O valor dependerá das oportunidades que forem surgindo, nomeadamente de espaços adequados para a abertura de novas lojas, que se enquadrem nos exigentes padrões dos nossos novos conceitos de loja. 10 act ualidad€

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“A estratégia da Sonae SR em Espanha passa por reforçar as posições competitivas das suas insígnias, com ganhos de quota de mercado, aprofundar a estratégia omnicanal, expandir o parque de lojas e implementar novos conceitos. Pretendemos também desenvolver parcerias com distribuidores e retalhistas”

As nossas vendas preliminares de 2015 ascenderam a 1.294 milhões de euros, representando um aumento de 4,1% das vendas por metro quadrado quando comparado com o ano anterior. A área internacional aumentou o volume de negócios em 5,1%, para 378 milhões de euros, tendo o volume de negócios por metro quadrado crescido 12,1%, fruto da evolução positiva dos negócios de eletrónica e desporto em Espanha. Quantas unidades já possuem nos diversos mercados?

No final de 2015, a Sonae SR contava com 585 lojas a nível mundial, distribuídas por 26 países. Dessas lojas, mais de 60 são operadas por parceiros em regime de franchising em mercados fora da Península Ibérica. Adicionalmente, a Sonae SR, disponibiliza as suas marcas em mais de 50 países através de wholesale .

Qual a estratégia de crescimento a nível global – aposta na Europa, Ásia, outros mercados…?

Em Portugal, a nossa estratégia de crescimento passa por continuar a


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A aposta em Espanha A Sonae SR é a sub-holding que agrupa a área de retalho nãoalimentar da Sonae, através das marcas Wor ten (eletrodomésticos, eletrónica de consumo e entretenimento), Wor ten Mobile (telecomunicações móveis), Sport Zone (equipamento e vestuário desportivo), MO (vestuário, calçado e acessórios) e Zippy (vestuário, calçado e acessórios de bebé e criança), Berg, Deeply e Losan. O grupo vende as suas marcas em mais de 40 países, da Europa ao Médio Oriente, distribuindo-se este negócio entre lojas próprias, franchising e canais multimarca de terceiros. Uma das cadeias mais internacionais do grupo é a Zippy, cujas vendas já provêm, na sua maioria, do exterior. A marca chega a países como El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, Arábia Saudita, Qatar, Líbano ou Curdistão. Outra cadeia em forte expansão internacional é a Worten, que tem privilegiado sobretudo o mercado vizinho. O grupo pretende reforçar, até 2019, a sua presença em Espanha, através do investimento de 60 milhões de euros na abertura de mais 50 lojas. Esta expansão passaria, como explicou recentemente Miguel Águas, pela abertura de “lojas de menor dimensão nos centros das cidades e por chegar a cidades de menor população”. A Sonae SR tem vindo a realizar um forte investimento na consolidação das suas marcas, seja na moda, seja nas restantes áreas de atuação do grupo, entre as quais se podem destacar a Zippy, a MO, a Berg, a Deeply, a Goodis ou a Becken.

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grande entrevista gran entrevista reforçar as nossas posições de liderança, pois acreditamos que ainda temos espaço para crescer em todos os formatos, com base na nossa proposta de valor distintiva, e a expandir o parque de lojas de forma criteriosa. Em Espanha, para onde estamos a centrar grande parte dos nossos esforços e investimento, apostamos no reforço da nossa presença através da implementação dos novos conceitos de loja e da expansão do parque de lojas, em especial da Worten e Sport Zone.

“No final de 2015, a Sonae SR contava com 585 lojas a nível mundial, distribuídas por 26 países. Dessas lojas, mais de 60 são operadas por parceiros em regime de franchising em mercados fora da Península Ibérica“

Experiência em gestão e direção estratégica Miguel Águas, chief financial officer (CFO) da Sonae SR desde 2015, entrou para o grupo em 2011, como diretor de Desenvolvimento Internacional, acumulando o cargo com a Direção de Expansão e Obras da Sonae SR. Em março de 2013, Miguel Águas foi nomeado conselheiro da Sonae SR e em junho assumiu o cargo de diretor geral da Worten Espanha, cadeia de distribuição do

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grupo especializada no segmento de eletrodomésticos, eletrónica de consumo e entretenimento. Miguel Águas, que é licenciado em Gestão, pela Universidade Nova de Lisboa, e possui um MBA, pelo INSEAD, conta com uma vasta experiência nas áreas de consultoria, gestão e direção de estratégias de negócio. Antes de integrar o grupo Sonae, foi associate principal da McKinsey & Company.

Fora da Península Ibérica, prosseguimos atentos a oportunidades de expansão em todo o mundo e disponíveis para avaliar oportunidades que, obviamente, façam sentido para todas as partes. A recente aquisição da Losan é um desses exemplos. A expansão global é uma aposta estratégica que permite à Sonae SR diversificar as suas fontes de receita, pois permite combinar mercados maduros com economias em forte crescimento ou com forte dinamismo, e diferentes modelos de negócio. 


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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Lucros da Galp disparam 71,3% com área da produção A Galp Energia anunciou um resultado líquido ajustado de 639 milhões de euros no ano passado, o que traduz um acréscimo de 71,3% face aos 373 milhões obtidos em 2014. “O resultado líquido replacement cost ajustado da Galp Energia foi de 639 milhões de euros, refletindo a melhoria das margens de refinação na Europa, o aumento da produção de petróleo e gás e o crescimento da comercialização de gás natural nos mercados europeus“, justificou a petrolífera, na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Concretamente, os resultados de 2015 foram impulsionados pelo “aumento de

86% na produção de petróleo e gás natural no Brasil” e pela “recuperação das margens de refinação europeias”. De acordo com o mesmo comunicado, a produção total (working interest) de petróleo e gás natural aumentou 50% para 45,8 mil barris de óleo equivalente por dia”. A empresa vendeu, em termos médios, cada barril por 43,5 dólares, o que compara com os 88,7 dólares de 2014. No que respeita ao gás natural, as vendas atingiram os 7.665 milhões de metros cúbicos, em linha com 2014. A petrolífera obteve, em 2015, um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado

Prosegur ganha concurso de segurança aeroportuária A Prosegur, empresa líder em segurança empresarial em Portugal, venceu o primeiro concurso lançado pela ANA Aeroportos para prestação de serviços de segurança na área da aviação civil relativamente aos aeroportos de Lisboa, Faro, Ponta Delgada, Horta, Santa Maria, Flores e o terminal civil de Beja. “Desde 2004, que uma operativa de excelência, composta por mais de mil vigilantes, assegura este serviço 365 dias ano / 24 horas por dia. Fruto deste trabalho de excelência, vemos agora reconhecido o empenho de todos os nossos colegas com a renovação do contrato por mais três anos”, refere João Gaspar Silva, presidente da Prosegur em Portugal. A experiência acumulada em mais de 10 anos de prestação de serviços de segurança em aeroportos, foi, na ótica da empresa, uma das suas vantagens competitivas neste concurso, aliado ao “profundo conhecimento das normas de segurança aplicáveis à gestão das equipas de vigilantes em ambiente aeroportuário e na formação, planificação

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e organização das escalas de trabalho”, conclui. Este novo contrato vem ainda “consolidar a equipa ibérica da Prosegur, que agrega mais de 3.500 profissionais que prestam todos os dias serviço nos principais aeroportos da Península Ibérica: Madrid - Barajas, Barcelona – El Prat, com mais de 40 milhões de pessoas rastreadass por ano”.

de 1.564 milhões de euros numa base replacement cost ajustado (RCA)”, informou ainda. Em 2015, a Galp Energia investiu 1.283 milhões de euros, dos quais 86% em atividades de exploração e produção, designadamente na construção de unidades FPSO e no desenvolvimento dos campos Lula/Iracema, no Brasil, e bloco 32 em Angola.

BPI é líder novamente em PME Excelência Pelo sétimo ano consecutivo, o BPI lidera, destacadamente, o estatuto PME Excelência, com uma quota de 40% (contra 38% em 2014). As PME Excelência 2015 distribuem-se, essencialmente, pelos distritos do Porto (21%), Lisboa (17%), Aveiro (13%) e Braga (13%). No que diz respeito aos setores de atividade, mais de metade das empresas estão na área de comércio (36%) e indústria (34%), tendo crescido 13% no volume de negócios e 49% nos resultados líquidos face a 2014. O estatuto de PME Excelência é uma distinção que confere reputação e notoriedade às empresas, e é atribuído anualmente pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal às PME Nacionais que se destacaram num contexto económico exigente, mantendose competitivas, com sólidos indicadores económico-financeiros e contribuição ativa para a criação de riqueza e emprego. As PME Excelência são um subconjunto das PME Líder, estatuto no qual o BPI também se destacou, liderando pelo oitavo ano consecutivo, com 28% do total de empresas.


Breves Lucros do Santander Totta crescem 50,9% em 2015

O Banco Santander Totta aumentou em mais de 50% o seu resultado em 2015, o que foi alcançado, quer pelo crescimento de 14,9% nas receitas, quer pela redução de 4,2% nos custos, sublinhou a instituição. “Nas receitas, quero sublinhar o aumento dos depósitos em 7,3%, e o crescimento em 6,8% do crédi-

to às empresas, o que comprova o reconhecimento do banco pelo mercado como instituição sólida e de confiança, e evidencia o seu papel de referência no apoio ao desenvolvimento das empresas e da economia portuguesa”, afirmou António Vieira Monteiro, presidente do banco (na foto). Ao adquirir, no final de 2015, os ativos e passivos relativos a par te substancial da atividade comercial do Banif, o Santander Totta assegurou a continuidade da instituição líder nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, e aumentou em cerca de 2,5% a sua quota de mercado, em complemento do seu crescimento orgânico.

BCP atinge resultados líquidos de 235,3 milhões de euros O BCP apresentou um lucro de 235,3 milhões de euros, regressando assim aos lucros anuais após quatro anos de prejuízos. De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o lucro do BCP foi de 235,3 milhões de euros em 2015, quando, no ano anterior, havia registado um prejuízo de 226,6 milhões. Apesar do lucro anual, no quarto trimestre, o resultado foi negativo. Entre setembro e dezembro de 2015, o banco teve um prejuízo de 29,2 milhões de euros. “Pela primeira vez ao fim de muitos anos”, como frisou Nuno Amado (na foto), presidente executivo do banco, a atividade nacional deu um contributo positivo para o banco (passou de uma perda de 387,3 milhões de euros em 2014 para

44,2 milhões de lucro no ano passado). Já a atividade internacional viu o seu contributo descer 3,7%, no ano em que vendeu uma posição de 15% no banco na Polónia, devido a novos custos que enfrenta naquele mercado, nomeadamente os encargos com a falência de uma instituição financeira que aí se verificou.

Linha de seguro de créditos à exportação renovada para 2016 A Linha de Seguro de Créditos à Exportação de Curto Prazo foi renovada para o ano de 2016, mantendo as principais condições que têm vindo a ser praticadas, que permitem a cobertura de operações de exportação de um mínimo de 20 mil euros, quer sejam operações individualizadas de exportação, quer se trate de um programa anual de fornecimentos, com um período máximo de pagamento até dois anos, e uma percentagem de cobertura de 98%. Os mercados de destino elegíveis para cobertura incluem todo o mundo, com exceção dos países da União Europeia (embora temporariamente se considere elegível a Grécia) e dos seguintes países da OCDE: Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, Islândia, Japão, Noruega, Nova Zelândia e Suíça. “A experiência positiva com esta linha, desde 2009, e o sucesso da mesma junto das empresas exportadoras portuguesas, têm motivado a sua sucessiva prorrogação e justificaram, para 2016, a implementação de um mecanismo com caráter mais duradouro, bem como a definição de um conjunto de procedimentos que permitirá promover a celeridade das decisões”, revelou a Cosec, a entidade que gere esta linha com garantia do Estado. Desde o lançamento da linha, foram apoiadas 735 empresas, das quais 91% são PME, num total de cerca de 1.300 milhões de euros seguros, que potenciaram vendas de 4.600 milhões de euros, para mais de 100 mercados. Em 2015, o valor seguro no âmbito desta linha foi de cerca de 176 milhões de euros, permitindo vendas de mais de 720 milhões. Os mercados mais procurados foram Angola, Marrocos, Venezuela, Moçambique, Cabo Verde e Brasil, em setores de atividade muito diversificados, dos quais se pode destacar o dos bens alimentares e bebidas, materiais elétricos e de construção, papel e produtos farmacêuticos. Nersant contribui para aumento das exportações no Ribatejo As empresas da região do Ribatejo têm alcançado um bom ritmo a nível de exportações, superando mesmo a média nacional. Em 2014, as exportações de bens e serviços na região do Ribatejo para o mercado externo cresceram 5,6% face a 2013, enquanto em termos nacionais esse aumento foi de apenas 1,7%, adianta a associação. “A Nersant tem contribuído para este crescimento”, frisa a instituição, adiantando que “em 2014, cerca de 15% das sociedades da região do Ribatejo eram empresas exportadoras, o que representa um aumento de mais de 30% face ao número de empresas exportadoras em 2013. A Nersant analisou os dados destas empresas referentes à exportação entre 2013 e 2014, comparando-os com os valores nacionais, o que permitiu concluir que as nossas empresas estão fortemente orientadas e preparadas para o desafio da exportação

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Breves e que com o apoio do Portugal 2020, poderemos reforçar esta aposta”. Apesar de o volume de negócios ter diminuido 1,22% nas empresas exportadoras ribatejanas, verificou-se que neste mesmo período, o peso das exportações no total do seu volume de negócios teve um crescimento de 6,86%. As exportações representaram em 2014, 27,6% do total do volume de negócios destas empresas. Produção automóvel nacional cai 40% em janeiro Em janeiro de 2016, foram produzidos em Portugal 8.317 veículos automóveis, o que representou um decréscimo de 39,5% face ao mês homólogo do ano anterior. O comportamento em função do tipo de veículo foi muito diferenciado. Com efeito, verificou-se uma forte queda da produção de veículos ligeiros de passageiros (-63,1%), enquanto que a fabricação de veículos comerciais ligeiros registou um grande dinamismo (31,3%). Já a produção de veículos pesados evidenciou uma quebra moderada (-6,1%), adianta a Acap.

Do total da produção nacional em janeiro, 7.912 veículos destinaram-se à exportação, o que representou 95,1% da produção, e uma queda de 39,1% em relação ao número de veículos exportados no mês homólogo do ano anterior. No que respeita a regiões de destino das exportações, neste primeiro mês do ano, a União Europeia absorveu 91,5% da produção nacional, sendo de destacar a Alemanha que importou 23,1% dos veículos produzidos em Portugal, seguida da França (16,9%) e de Espanha (13,3%). A Ásia absorveu apenas 1,2% das nossas exportações de veículos automóveis, tendo registado uma queda acentuada face a meses anteriores. ActivoBank distinguido com o “Prémio Cinco Estrelas 2016” O ActivoBank acaba de ser distinguido com o “Prémio Cinco Estrelas 2016”, na categoria “Banca – Abertura de Conta”. Com a atribuição deste prémio, o ActivoBank integra, uma vez mais, um grupo restrito de marcas portuguesas que se destacam pela sua excelência na satisfação, na relação de confiança e no caráter inovador que têm junto dos seus consumidores. Nesta segunda edição do “Prémio Cinco

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Delta Cafés reforça aposta no mercado suíço A Delta Cafés acaba de adquirir a carteira de clientes do seu antigo distribuidor e parceiro na Suíça, com o objetivo de reforçar a presença no mercado suíço. Este acordo é o resultado da estratégia de internacionalização do grupo Delta Cafés, que pretende continuar a crescer e a apostar na presença direta em geografias que considera prioritárias e adequadas à visão de expansão. Com esta aquisição foi criada a empresa Novadelta Suisse, que passa, no imediato, a contar com uma carteira de 350 clientes, na sua maioria a operar no canal Horeca. Para o grupo Delta Cafés, esta aquisição passa ainda por consolidar as marcas do seu portefólio em território suíço, onde já beneficiam de elevada notoriedade e reconhe-

cimento de qualidade, e ao mesmo tempo reforçar a presença na Europa Ocidental, onde já existem outras operações diretas (Portugal, Espanha, França e Luxemburgo). A Delta Cafés está atualmente presente em mais de 35 mercados espalhados pelo mundo, estando agora diretamente em Espanha, França, Luxemburgo, Suíça, Angola, Brasil e China. “Para o nosso grupo esta aquisição é mais um passo fundamental no crescimento das nossas marcas. Temos a expetativa de continuar a manter um ritmo de crescimento consistente para os próximos anos, acelerando a abertura de novos clientes Horeca e entrando em novos canais de distribuição”, sublinhou Rui Miguel Nabeiro, administrador do grupo Delta Cafés.

Coviran triplica a média do setor na criação de novos postos de trabalho A Coviran, cooperativa ibérica de distribuição de produtos de grande consumo, aposta desde o início pelo desenvolvimento local das zonas em que opera, maximizando a distribuição da riqueza e revertendo esta de uma maneira mais direta nas economias locais. “Mostra disso é que o volume de negócio dos supermercados Coviran têm um impacto direto no crescimento do emprego local. Assim, por cada milhão de euros faturado, a Coviran cria emprego para 12 pessoas enquanto que os seus grandes competidores só criam quatro, e tudo, mantendo a sua eficiência e produtividade, como mostra o crescimento experimentado ano após

ano”, frisa Luis Osuna, conselheiro delegado da Coviran, cooperativa espanhola, presente também em Portugal. Atualmente, a cooperativa tem mais de 2.805 sócios, que dão emprego a 14.886 pessoas. Durante 2014, a Coviran criou mais de 700 postos de trabalho e estima manter esse crescimento na Península Ibérica. Estes valores correspondem, manifestamente, às suas principais metas de apoio aos “pequenos e médios empresários, para que tenham negócios rentáveis”, trabalhando “na sua formação contínua e no desenvolvimento de políticas que facilitem a conciliação da vida laboral e familiar”, afirma Luis Osuna.


apuntes de economÍa

Arko Alarmes com centenas de clientes no mercado residencial e PME segurança realizam sempre um levantamento exaustivo dos riscos de segurança da sua casa ou do seu negócio e apresentam todos os serviços que a Arko Security tem para lhe oferecer apresentando a melhor e mais eficiente solução de segurança”, frisa Jorge Leitão, presidente da empresa. Os equipamentos de alarmes, “modernos e de última geração, garantem a liA Arko Alarmes, a área de negócio gação à Central Recetora de Alarmes, criada pela Arko Security para os a ARKO 24, uma moderna Central de sistemas de segurança dirigidos ao Monitorização de Alarmes, em Portusegmento residencial e pequenas e gal, que cumpre todos os requisitos médias empresas (PME), tem vindo a da nova e exigente Lei de Segurança crescer de forma exponencial. A em- Privada”, adianta a mesma fonte. presa adianta que “muitas centenas “É na qualidade e prontidão do nosso de famílias e empresas em Portugal serviço que apresentamos uma mais já estão protegidas com os modernos valia em relação à concorrência e que e inteligentes sistemas de alarme da tem sido muito valorizada pelos nosArko Security, que garantem a sua se- sos clientes, que hoje são os nossos gurança 24 horas por dia e 365 dias principais prescritores”, afirma ainda por ano”. “Os nossos consultores de Jorge Leitão.

MSC Rail completa aquisição da CP Carga A MSC Rail – subsidiária da MSC operador no mercado ibérico nos Mediterranean Shipping Company e próximos anos”. vencedora do concurso público para Carlos Vasconcelos, diretor geral da a venda da CP Carga – completou a MSC Portugal, reforça que “o invesaquisição da CP Carga-Logística e timento da MSC pressupõe um plano Transportes Ferroviários de Mercado- de desenvolvimento a longo prazo rias e assume a partir de agora a ges- que vai melhorar e valorizar a infratão da empresa portuguesa de trans- estrutura da empresa e transformáporte ferroviário de mercadorias. -la no primeiro operador ibérico de Este momento assinala também o transporte ferroviário de mercadoinício da implementação do plano de rias”. crescimento e desenvolvimento de A Autoridade da Concorrência em longo prazo projetado para a empre- Portugal deu “luz verde” ao negócio sa de transporte de mercadorias. em dezembro passado, três meses Segundo Giuseppe Prudente, diretor após o contrato de compra e venda de Logística da MSC, “temos agora ter sido assinado em Lisboa. Como a oportunidade de pôr em prática o anunciado na altura, o negócio foi fenosso plano estratégico e conduzir a chado por 53 milhões de euros, dos empresa a um futuro promissor, que quais 51 milhões serão usados para passa por transformá-la num grande a recapitalização da empresa.

apontamentos de economia Estrelas”, participaram 235 produtos e serviços, organizados em 94 categorias de consumo. Inovação, satisfação, relação preço-qualidade, intenção de compra e confiança na marca foram os critérios avaliados na atribuição deste prémio.

O ActivoBank destacou-se, essencialmente, pelo processo de abertura de conta, que é maioritariamente digital, permitindo a qualquer pessoa, em qualquer lugar, poder iniciar o processo de abertura de conta à distância, através do site do banco ou do “Ponto Activo Virtual”, uma sucursal virtual no facebook, único na banca portuguesa. Menos de 20 minutos é o tempo estimado em que o ActivoBank processa uma abertura de conta. Certif abre portas no Brasil a empresas portuguesas “As empresas portuguesas exportadoras para o Brasil contam com um precioso aliado para a entrada neste mercado quando a certificação dos produtos é obrigatória”, adianta a Certif–Associação para a Certificação, líder de mercado em Portugal na área da certificação de produtos e serviços. Esta associação tem vindo a desenvolver os processos de certificação de produtos de empresas que visam o mercado brasileiro, “com grande vantagem, fruto da parceria estabelecida com o Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ)”, afirma a mesma entidade. No âmbito dos acordos com o IFBQ, a Certif promove a execução dos ensaios em laboratório acreditado e realiza a auditoria ao processo de fabrico com os seus auditores, o que permite às empresas uma significativa redução de custos e uma maior facilidade de contacto, uma vez que este é sempre feito com a Certif. Desta forma, a empresa exportadora pode obter para os seus produtos um certificado brasileiro, exigido por lei, que permite a sua colocação no mercado. Além dos encargos aduaneiros, existe um grande número de produtos sujeitos a certificação obrigatória (compulsória) para poderem ser colocados no mercado, sendo essa certificação da responsabilidade de organismos brasileiros.

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Breves Rodilla prepara su expansión al extranjero La cadena de restauración Rodilla presentó este lunes los resultados de 2015. La compañía cerró el pasado año con una facturación de 92 millones de euros, un 12,5% más que en 2014. A ello se une la vuelta a beneficios de la firma por primera vez desde 2008. Rodilla cerró el ejercicio con 2 millones de resultado positivo. La empresa abrió 18 restaurantes en 2015. Con estas aperturas, Rodilla se ha estrenado fuera de Madrid, abriendo los primeros cinco locales en Barcelona, o el primer restaurante en Zaragoza,

BBVA gana 2.642 millones de euros, el 0,9% más

EL BBVA obtuvo en el conjunto de 2015 un beneficio atribuido de 2.642 millones, lo que supone un incremento del 0,9% frente al año anterior. El resultado está por encima de las previsiones de

consenso del mercado, que apuntaban a unas ganancias de 2.522 millones. El banco destaca que, sin los distintos extraordinarios registrados a lo largo del ejercicio, el beneficio ordinario se situaría en 3.752 millones, el 43,3% más. Los principales extraordinarios del año han sido las minus valías de 1.840 millones que le supuso la contabilización a valor razonable del turco Garanti, tras comprar el 14,9% adicional del banco turco, el badwill generado por la adquisición de CatalunyaBanc, así como la reducción de la participación en el chino Citic.

Repsol vende su negocio de gas canalizado en el norte de España y Extremadura entre otros. La expansión de la compañía contempla también su salida al exterior. “No es una prioridad ni es vital para nosotros”, apuntó Carceller. Sin embargo, explicó que ya hay una “predisposición” gracias a que cuentan con la técnica para llevar sus productos fuera con seguridad alimentaria. La directiva reconoce que “hay ofertas” para abrir franquicias fuera de España. Estas propuestas han llegado desde México, Egipto y Arabia Saudí. “Es probable que este año o el próximo abramos fuera”, señaló. La mayoría de las pymes igualaron o mejoraron su negocio en 2015 En 2015 el 78% de las pymes de nuestro país mantuvo o mejoró sus cifras de negocio, según el informe Radiografía de la pyme llevado a cabo por la multinacional de software de gestión empresarial Sage. A su vez, un 21% de estos negocios asegura que la economía ha mejorado, mientras que un 45% reconoce que se ha mantenido igual a la situación del año inmediatamente anterior. Este análisis detecta que la mejoría de las pymes es directamente proporcional al tamaño de las empresas. De hecho, dentro del 34% de las pymes que crecieron en los últimos doce meses, el 77% lo hizo gracias a que vendieron más y aumentaron su facturación, el 64% lo achaca a la ampliación de su base de clientes y el 14% creció por su apuesta por la apertura a nuevos mercados.

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Repsol ha traspasado su negocio de gas canalizado en el norte de España y Extremadura al grupo EDP y a Gas Extremadura, respectivamente, por un valor total de 136 millones de euros. Las transacciones generarán una plusvalía después de impuestos de 76 millones de euros. Esta venta se añade a la realizada en septiembre de 2015, cuando Repsol traspasó parte de sus activos de gas canalizado a Gas Natural Distribución y Redexis, por 652 millones de euros.

Tras estas transacciones, las desinversiones de Repsol en este negocio no estratégico ascienden a un total de 788 millones de euros, con una plusvalía acumulada después de impuestos de 431 millones de euros. Después de estas operaciones, Repsol mantiene una cartera de instalaciones de gas canalizado con capacidad de suministro para 42.000 clientes, concentrados en la Comunidad de Madrid, a los que seguirá prestando su servicio habitual.

Indra agrupa bajo la marca Minsait sus soluciones de transformación digital Indra ha lanzado una nueva unidad de negocio, denominada Minsait, en la que ha agrupado sus soluciones de tecnología y consultoría en el negocio digital con el objetivo de acelerar su crecimiento en el mercado de la transformación digital y dar respuesta a los retos de la digitalización en empresas e instituciones. Este negocio supuso en 2015 una cifra de ventas

de 313,3 millones de euros, de los que 185,6 millones corresponden al mercado español. La compañía asegura en un comunicado que lanza la unidad con un enfoque comercial. Indra considera que Minsait será un motor para acelerar el crecimiento del resto de negocios del grupo, ya que ayudará a generar nuevas oportunidades y a completar su oferta actual de verticales de alto valor.


Iberdrola ficha a 265 trabajadores y llega a 9.900 empleados en España Iberdrola cerró el año pasado con un fuerte incremento de su plantilla. La compañía, además de incorporar a la plantilla de UIL Holdings, alrededor de 1.850 empleados, fruto de la operación de compra ha seguido creciendo de modo orgánico en España donde el número de trabajadores alcanza ya las 9.893 personas. Según los datos preliminares del cierre del ejercicio, a lo largo del año pasado se incorporaron a Iberdrola en España, otros 265 nuevos empleados. Iberdrola genera casi 70.000 empleos, entre los ya mencionados directos, los indirectos y los inducidos, según un estudio de

Analistas Financieros Internacionales (AFI) sobre la Contribución de Iberdrola a la economía española. El 99,6% de los trabajadores de la compañía en España (9.857) cuenta con un contrato indefinido y el 99,9% desempeña su labor a tiempo completo.

VidaCaixa ganó 340,5 millones en 2015 y se convierte en líder del sector

VidaCaixa, la división de seguros de CaixaBank, obtuvo el año pasado un beneficio neto de 340,5 millones de euros, según ha comunicado la entidad. En 2014 ganó 871,6 millones por los resultados de operaciones extraordinarias y una reducción de capital, si bien el resultado de la

actividad aseguradora alcanzó los 260 millones. En los 340,5 millones de beneficio se incluyen algo más de 100 millones procedentes de SegurCaixa Adeslas, empresa de seguros de salud, hogar y coches que comparten al 50% con Mutua Madrileña. El margen de explotación de la empresa creció un 7% hasta los 317 millones, según ha explicado el consejero delegado, Tomás Muniesa. “Este año hemos tenido, pese a las dificultades del mercado, un 15% más de beneficios de lo que pensábamos y, en 2016, esperamos mejorar la cuenta de resultados”, ha asegurado.

Banco Sabadell lanza Sabadell Wallet para pagar a través del teléfono móvil Sabadell Wallet convierte los teléfonos móviles en un medio de pago que se puede utilizar en cualquiera de los establecimientos de toda España equipados con un terminal de punto de venta (TPV) sin contacto. Con esta aplicación, los clientes podrán utilizar su teléfono inteligente para pagar las compras que hagan en cualquier comercio, desbloqueando el móvil y situándolo encima de la pantalla del TPV durante unos segundos hasta

recibir la confirmación. Banc Sabadell ha señalado que esta nueva herramienta de pago está disponible de manera gratuita para todos los clientes particulares de la entidad. Asimismo, la entidad también ha puesto a disposición de los clientes Instant Money, un servicio nuevo que permite enviar dinero a cualquier móvil mediante un mensaje SMS, cuyo código permite recoger el dinero, sin tarjeta, en cualquiera de los cajeros del banco.

Gestores

en Foco

Luís Araújo (en la foto) es el nuevo presidente de Turismo de Portugal, en sustitución de João Cotrim de Figueiredo. Luís Araújo ha sido administrador del grupo portugués Pestana y responsable de las operaciones hoteleras de la América Latina. Licenciado en Derecho, comenzó su carrera en el grupo Pestana en el Departamento de Derecho, de 1996 a 2001. Entre 2001 y 2005, trabajó en la rama del grupo Pestana en Brasil, en donde fue sucesivamente asesor de gestión para nuevos proyectos, miembro del consejo de administración y vicepresidente en América del Sur, responsable del área de desarrollo y operaciones. Entre 2005 y 2007, ejerció de jefe de gabinete del secretario de Estado de Turismo y posteriormente regresó al grupo Pestana como responsable de las áreas de Recursos Humanos, Comunicación y Marketing, IT y Compras, así como del área de nuevos proyectos en América del Sur en 2011. H.I.G. Capital, destacada multinacional de capital riesgo con más de 17.000 millones de euros en activos gestionados, ha fichado a Pedro Abella Langa (en la foto) para el equipo de Real Estate, con responsabilidad en la originación y ejecución de transacciones en España y Portugal. Tras más de 30 años trabajando en el sector inmobiliario, Pedro cuenta con una amplia experiencia en inversiones y operaciones en nuestro país. Antes de incorporarse a H.I.G. Capital, ocupó durante más de 10 años la dirección general de Stam-Europe Ibérica. En su carrera profesional ha prestado servicios en otras compañías como Nexity España durante 7 años o CBRE durante 13 años. Pedro Abella Langa es un Fellow de la Royal Institution of Chartered Surveyors (FRICS) y en la actualidad, además de ser miembro del Consejo de RICS en España, es director del Programa de Dirección de Empresas Inmobiliarias del IE Business School.

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Yellow Metric avança em Portugal,

Espanha e Angola

A marca portuguesa Yellow Metric, que detém várias lojas dedicadas a serviços de arranjos de costura e lavandaria, encontra-se em fase de expansão internacional, a começar por Espanha, onde conta já com três lojas. A expansão para outras geografias fora da Península Ibérica, como África ou a América Latina, está, igualmente, nos planos a curto prazo dos dois fundadores e proprietários desta marca, Dulce Centeno e César Vidal.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Actualidad€ actualidade@ccile.org

Yellow Metric, a maior bos na foto), managing director e empresa portuguesa de general manager, respetivamente, serviços rápidos de arran- da Yellow Metric, explicam que a jos de costura, continua expansão para Espanha é um dos a espalhar as suas cores a grandes objetivos da marca, que está grande velocidade, não só em Por- já presente não só em 13 shoppings tugal, mas também noutros países, em Portugal como ainda em três loao mesmo tempo que irá lançar no- calizações no país vizinho (Madrid). vos conceitos de lojas, asseguram “A Yellow Metric está, efetivamente, os dois responsáveis por esta marca focada numa importante expansão de franchising de origem nacional. a nível ibérico, através da abertura Dulce Centeno e César Vidal (am- de várias lojas em Madrid, de onde 20 act ualidad€

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pretendemos partir para outras importantes cidades espanholas. O país vizinho tem enormes atrativos em termos do nosso negócio, não só pela dimensão do território, como pela boa aceitação que este tipo de conceitos tem junto da população”, diz César Vidal. “A nossa aposta de internacionalização teria sempre que começar por Espanha, país com o qual mantemos contactos profissionais há mais de uma década.


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Estamos, pois, muito empenhados em constituir ali uma base sólida, que nos permita alargar horizontes em países interessantes, como, por exemplo, toda a América Latina”, acrescenta Dulce Centeno.

ou no comércio de rua. Este conceito pode, igualmente, funcionar num formato de quiosque, construído em vidro translúcido, com 13 a 16 metros quadrados, unicamente vocacionado para centros e galerias comerciais. Contrato de franshising estende-- “Uma novidade, a lançar em breve, se a Angola serão os mini-quiosques de quatro A marca alcançou já outro impor- metros quadrados de área, vocatante objetivo a nível mundial, ao cionados apenas para fazer bainhas lançar-se também em Angola, me- em grandes superfícies de moda ou diante um contrato de franchising , centros comerciais”, anuncia Dulce assinado no final do ano passado, Centeno. com um parceiro daquele país e que “Outra componente muito imporvisa a abertura de várias unidades tante no nosso serviço de costura é num futuro muito próximo. “Esta a transformação ou reciclagem de aposta no território angolano é-nos especialmente grata, na medida em que estamos convictos de ter encontrado a parceria ideal para dotar a cidade de Luanda com um serviço Ao entrar para a rede Yellow Metric, os franchisados passam a dispor de arranjos de costura e lavandaria de um serviço de apoio que inclui: de primeira qualidade. Há já alguns • análise e escolha da localização anos que vínhamos a ser abordados apropriada por vários interessados no nosso • estudo e projeto personalizado de franchising para aquele país, mas só instalação e decoração da loja agora decidimos avançar com este • formação e treino do pessoal projeto, confiantes de que encontrá• campanha publicitária de lançamos o perfil adequado de franchisamento da loja do, para que a operação seja coroada • entrega da loja totalmente equide êxito,” adianta César Vidal. pada e informatizada, com Para o conceito de arranjos e maquinaria, decoração, stock transformações de roupa, a Yellow inicial de materiais e programa Metric desenvolve a sua atividade, informático em lojas com uma área entre os 15 e • acompanhamento especializaos 25 metros quadrados, as quais se podem situar em centros comerciais

roupa”, e para fomentar esse serviço, “criámos o Canal de TV Yellow Metric, com exemplos de renovação de vestuário, que se pode visualizar nas nossas lojas ou nas redes sociais, nomeadamente no YouTube”, acrescenta a responsável. A outra vertente desenvolvida pela Yellow Metric integra o conceito de lavandaria e limpeza a seco, que poderá funcionar como serviço único ou integrado num espaço comum aos arranjos de costura. Neste último caso, englobando arranjos e lavandaria, as dimensões serão entre os 65 e os 75 metros quadrados (fotos em cima). 

Condições do franchising do na primeira semana de abertura. Toda a rede franchisada beneficia, igualmente, de serviços como sejam: • publicidade online de todas as lojas • cliente mistério • serviço de apoio informático • supervisão, assessoria e formação suplementar • fornecimento do material promocional que incorpora a marca Yellow Metric • campanhas publicitárias mensais • canal Yellow Metric.

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Las tiendas tradicionales de Madrid que aún sobreviven En la capital española existen todavía oficios antiguos que dan vida a comercios centenarios. Se pueden encontrar guantes y gorros confeccionados a mano así como botas de vino, siempre artesanales. O incluso pan cocido en horno de leña en pleno centro de Madrid. Productos con un valor añadido que mantienen abiertas tiendas con mucha personalidad.

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Texto e Fotos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org

ay oficios que poco a poco es- fabrican y venden todo tipo de guantes tán desapareciendo pero siguen realizados de forma artesanal. Es lo únicumpliendo una labor importante. La evolución de la sociedad y el consumo los ha dejado De aquí salen los casi de lado, pero los que han resistido se han ganado la admiración y el respeto de guantes que se utilizan sus competidores. En el mundo actual, en muchas películas, en el centro de una gran ciudad como Madrid, no es fácil sobrevivir con el coobras de teatro, mercio de calle y menos todavía si se trata anuncios y series de de la fabricación de productos artesanales. Pero hay casos de éxito, de negocios centelevisión, nacionales tenarios que siguen convenciendo a mue internacionales. chos madrileños y turistas a comprar sus productos. Pocas veces han cambiado de Hasta Hollywood han dueño sino que los van heredando nuevas llegado generaciones de una misma familia. Es el caso de Guantes Luque, donde

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co que se puede encontrar en la tienda, guantes, eso sí, te todo tipo de tamaños, colores y materiales. Su fama es reconocida en todo el mundo y hasta esta tienda se acercan los mejores diseñadores de muchos países. De aquí salen los guantes que se utilizan en muchas películas, obras de teatro, anuncios y series de televisión, nacionales e internacionales. Hasta Hollywood han llegado. En 1912 Juan Antonio Luque se quedó con el negocio de guantes que existía desde 1886 en la Puerta del Sol. Luque registró la marca de sus guantes en 1927 y se instaló en la calle Espoz y Mina y en la calle San Sebastián, un segundo local que cerró en los años 50. “La tienda sigue intacta desde 1953, año en el que se casó una de mis tías y se hicieron obras”, explica Álvaro


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Ruiz, propietario del local. La tienda pron- es un guante”. Recuerda que “un mal ves- solicitado. El secreto de este negocio “es to ganó fama por la calidad de los tejidos tido con buenos complementos cambia tener una buena materia prima y costureros que llevan muchos años haciendo utilizados en la confección de los guantes mucho”. y por el gran surtido existente. En las galas Los precios de estos guantes varían guantes”. de Miss España de los años 30 todos los mucho según el material elegido. La piel guantes que complementaban los vestidos de Suecia es la más cara que utilizan y Sombrerería Medrano de las jóvenes se hacían en Guantes Luque. el género que tienen procede de España, Siguiendo con los complementos, MeComo gran apasionado de la moda, Álva- Sudamérica y África. La piel más utili- drano es la sombrerería en activo más ro Ruiz intenta “aconsejar y dar mi opi- zada es la de cabritillo nacional. Existen antigua en España, abierta en 1832. Esta nión. Soy bastante clásico en este campo, miles de modelos, más para mujer que tienda es también una referencia en España para mí, cuanto más sencillo, más elegante para hombres, y el color negro es el más y en el extranjero, con pedidos específicos

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igualmente de Hollywood. Boinas, sombreros, gorras, chisteras, bombines, monteras e incluso turbantes para taparse la cabeza buscando siempre un toque de elegancia y con una buena relación calidad – precio. Está situada en la calle Imperial número 12, muy próxima a la Plaza Mayor. La familia Medrano se quedó con el negocio en 1973. “Mi abuelo tenía una sastrería en frente, y era amigo del anterior dueño. Al jubilarse le vendió el negocio”, explica Héctor quien con su madre María Luisa y su padre Beltrán, está al frente del negocio. Por entonces la tienda no atravesaba uno de sus mejores momentos. Con los años, el anterior propietario había ido abandonando poco a poco los quehaceres y la familia Medrano ha sido la responsable de reactivar el negocio. Indagando en la documentación antigua descubrieron que el local se abrió en 1832, “antes de lo que siempre se había creído”, de la mano de Don Bernardino Abial y Roda. Otras tres familias han llevado las riendas de la sombrerería antes de la llegada de los Medrano. “Fue siempre una tienda conocida. En 1930 y 1940, por ejemplo, se vendían muchos sombreros para curas y monaguillos, porque además de haber muchos, todos usaban sombrero”. Fue igualmente referente en el mundo académico. La familia Medrano reactivó las ventas y se abrieron a nuevos mercados, sobre todo al mundo del cine, del teatro y de la televisión. “Mi marido es el artesano, quien aprendió el oficio desde pequeño, junto a profesionales ya mayores”, aclara María 24 act ualidad€

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de litro hasta los 10 litros, aunque las más solicitadas son las de litro y litro y medio. En España existen menos de diez boteros artesanales. Antiguos compañeros de profesión “han empezado a utilizar el látex”. Hasta la calle Águila número 12, donde tiene instalado su taller y su tienda, se acercan muchas personas. “En general mis clientes son personas con mucho contacto con la naturaleza, como cazadores, ganaderos, campesinos o senderistas, porque la bota es la mejor forma para conservar el vino en el campo”, explica el propietario. Las ventajas de la bota son muchas: “Es flexible, no se rompe, es ecológica e higiénica porque se bebe a chorro y como se puede sacar el aire al vino, éste no se avinagra”.

Luisa. Está al frente del taller, y tanto ella como su hijo le echan una mano al tiempo que atienden la tienda y los muchos Pan en horno de leña en el centro de otros quehaceres del negocio. Guardan en Madrid secreto la manera artesanal de confeccioEl horno de leña de hace 75 años es una nar estos sombreros, “algo casi único en el de las joyas de este comercio en el cual se mundo”. Utilizan distintos materiales, so- elaboran cada día una amplia variedad de bre todo fieltro de lana y de conejo. “Hoy panes y empanadas, los dos productos típien día hay calidades muy buenas, sombre- cos de la casa. El Museo del Pan Gallego ros impermeables y muy maleables que no (Plaza de Herradores, 9) lo abrió José Mepierden su forma original”, explican los nor Canal en 1986 en un local donde ya dueños. existía hace muchas décadas una panadería. Lo consiguió a base de mucho esfuerzo Botas artesanales para el vino y sacrificio. Natural de un pueblo de OrenHace años, cuando era posible entrar en se, emigró a Santiago de Chile en 1961 e los estadios de fútbol con alcohol, un ter- hizo fortuna con varios negocios, entre cio de los aficionados entraba con botas de ellos una panadería. Con la dictadura de vino, la mejor forma para transportarlo y Pinochet perdió todo y regresó a España beberlo. Julio Rodríguez lleva 40 años fa- con los bolsillos vacíos y una gran familia: bricando a mano estas botas, tal y como su mujer y seis hijos. hizo antes su abuelo Anastasio. “Este es un “Tuvimos que hacer algunas reformas y oficio milenario cuyos ingredientes no han poner a funcionar este horno de leña”, recambiado: la piel de cabra y la pez (resina cuerda Manuel, uno de sus hijos. Él tenía de pino)”, recuerda Julio. “Casi todas la ocho años cuando empezó a ayudar a su tribus nómadas tenían cabras y transpor- padre, “me dormía encima de los sacos de taban el agua de un sitio a otro en pellejos. harina”. A base de mucho trabajo José se Así nace este oficio”. Era el único utensilio dio pronto a conocer en la zona y alredeflexible de la antigüedad que al poder evi- dores ya que “las personas dejaron de ir a tar el aire permitía que no se oxidase la be- los pueblos a buscar el pan artesano y llebida, tal y como ocurre actualmente. Hace gaban de fuera de Madrid hasta aquí para años las bodegas, tabernas y ultramarinos comprarlo”. Manuel asegura que su padre tenían sus flotas de pellejos “pero la vida “fue muy feliz siendo panadero, aunque es ha cambiado, no el oficio, y ha dado paso una profesión muy dura”. Él junto a dos al plástico y al vidrio”, reflexiona el botero. de sus hermanos está hoy al frente del neAhora es raro hacer un pellejo y su negocio gocio y sus productos siguen siendo muy se centra en la fabricación artesanal de bo- solicitados en el centro y en las afueras de tas de vino con capacidad desde un cuarto Madrid. 


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Mercado automóvel descola, mas ainda não acelera

Foram vendidos em Portugal mais de 213.600 veículos automóveis, o que se traduziu num crescimento de 24% em relação a 2014, de acordo com os dados da Acap-Associação Automóvel de Portugal. Existe, assim, alguma retoma no setor, mas ainda não suficiente para a potencialidade do mercado, comparativamente ao passado recente.

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Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

s vendas de automóveis ligeiros de passageiros e comerciais em Portugal totalizaram as 213.645 unidades, o que se traduziu num crescimento de 24% em relação a 2014, de acordo com os dados da Acap-Associação Automóvel de Portugal. Existe aqui alguma retoma, mas ainda não suficiente para a potencialidade do mercado, tendo em conta as vendas atingidas em anos recorde, como 2007 e 2008. Estes dados são razoavelmente positivos, mas não necessariamente bons, tendo em conta que, antes da crise, era comum venderem-se mais 26 act ualidad€

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de 250 mil automóveis por ano, tendo-se em 2007 atingido o recorde de 270 mil veículos. Assim, apesar da subida, 2015 fechou 11% abaixo da média dos últimos 15 anos, sendo necessário ainda um maior crescimento de 2016 em diante para compensar as perdas passadas e repor os valores considerados normais para a dimensão do mercado português. O problema é o que os economistas costumam chamar de “efeito de base”. Os anos de 2011 e 2012 foram tão negativos que os termos de comparação com 2015 são desajustados. Não podemos falar ainda de uma grande retoma do mercado. As vendas totais de veículos ligeiros de passageiros ascenderam a 178.496 unidades, mais 25% do que em 2014. Este facto deve-se essencialmente a um maior poder de compra das famílias e empresas e o aumento do crédito concedido pelos bancos. O mercado de comerciais ligeiros somou 30.856 unidades, um valor ligeiramente acima das projeções e que representa um aumento de 17,9% face ao período homólogo do ano anterior. As vendas anuais de veículos pesados de passageiros e de mercadorias situaram-se nas 4.293 unidades, o que representa um incremento de 27,6 por cento relativamente ao ano de 2014. No segundo semestre de 2015, as vendas foram irregulares e se na primeira metade do ano o segmento dos ligeiros de passageiros crescia a um ritmo acima de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, o balanço dos últimos seis meses do ano foi menos positivo, com um crescimento homólogo de 16%, sobretudo por causa do desempenho do último trimestre. Em agosto e setembro, as vendas ainda cresceram 22 e 30%, respetivamente, mas nos três meses seguintes registou-se uma desaceleração, só crescendo 12%.

ano com um resultado bastante positivo, alcançando o primeiro lugar como a marca mais vendida do mês de janeiro entre os ligeiros de passageiros, com 1.325 unidades matriculadas. Um aumento de 10% face ao mesmo mês do ano passado, surgindo à frente da Volkswagen, que vendeu 1.218. É de salientar também que a receita do imposto sobre veículos (ISV) teve um aumento de 23% face a 2014. Este foi o maior aumento percentual de receita de todos os impostos indiretos. Mas esta última notícia não é também das melhores. Acontece que a importação de veículos usados está Crescimento de 16,3% em janeiro a crescer substancialmente. Atingiu, de 2016 em 2015, já 25% das vendas do merDando continuidade aos bons re- cado de veículos novos. Com a presultados de 2015, a venda de auto- visão do aumento do ISV em 2016, móveis em Portugal atingiu 16.478 esta medida poderá vir a afetar a unidades em janeiro de 2016, mais venda de veículos novos. 16,3% do que as 14.165 unidades Além disso, em Espanha está previsvendidas no mesmo mês de 2015. to a retirada do imposto equivalente Por segmento, em janeiro de 2016 ao ISV, aplicando-se apenas o IVA, o o mercado de automóveis ligeiros de que vai torna o preço dos automóveis passageiros registou um crescimento muito mais acessível em Espanha do de 17,7% em relação a igual mês do que em Portugal e promoverá a comano anterior, tendo sido vendidos pra de usados importados. 13.938 automóveis. O mercado de Consequentemente esta situação veículos comerciais ligeiros registou faz com que o parque automóvel igualmente um crescimento homó- português esteja em franco envelhelogo, na ordem dos 5,5%, ou seja, cimento, com todos os problemas um total de 2.036 veículos. que essa situação acarreta para a soPor marcas, a Peugeot começa o ciedade. 

Dando continuidade aos bons resultados de 2015, a venda de automóveis em Portugal cresceu, em janeiro de 2016, 16,3% face ao mesmo mês do ano passado

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Indústria do café cria selo para diferenciar expresso português A

indústria do café quer promover o típico expresso português fora de portas e criou um selo que será impresso nas embalagens de café vendidas pelas marcas nacionais no estrangeiro. O dístico “Portuguese Coffee – blends of stories”, promovido pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), servirá para “diferenciar este produto” e facilitar às empresas de torrefação “um melhor acesso aos mercados internacionais”. “O lançamento deste selo surge da necessidade de existir uma marca ou elemento aglutinador da indústria que permitisse a diferenciação do café expresso português em detrimento a bebidas expresso de outras origens”, refere a AICC, em

comunicado. A associação acredita que pode preservar este “património nacional” através do novo dístico ao ajudar o consumidor estrangeiro a reconhecer facilmente o produto. “Com esta iniciativa inédita, estamos a possibilitar ao consumidor a facilidade de reconhecimento deste tipo de café. Por outro lado, nos mercados externos, será sempre uma forma de conhecerem também a tradição portuguesa e, assim, poderem depois pedir o nosso café nos seus países de origem, facilitando a decisão de compra”, disse Rui Miguel Nabeiro, presidente da AICC e que é igualmente administrador do grupo Delta Cafés. Portugal importa mais de 186 mi-

lhões de euros de café, sobretudo verde, que depois transforma (em café torrado). Vietname, Brasil e Uganda são os principais fornecedores. No ano passado, as exportações de café atingiram cerca de 62 milhões de euros, o valor mais elevado desde, pelo menos, 2006 (crescimento de 175% entre 2006 e 2015). As vendas para o estrangeiro, diz a AICC, “têm vindo sempre a aumentar e, dado o interesse que os meios de comunicação social têm demonstrado pelo nosso café, e com o turismo crescente a apreciar cada vez mais o café português, parece que temos ainda mercado para crescer”, adiantou o mesmo responsável. 

Teka apresenta novas tendências para casas de banho

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íder em eletrodomésticos para cozinhas, a Teka tem vindo a desenvolver as suas soluções para casas de banho, apostando no design e funcionalidade. Para tal, recorreu a uma fórmula de sucesso: a sua equipa de design trabalha em cooperação com designers externos, formando o “Cool Lab”. Ao design, somam-se importantes inovações, que tornam as peças mais funcionais e adaptadas às necessidades do dia a dia. Os monocomandos incor-

poram um filtro dinâmico de saída de água, que inibe a formação de calcário, impede o desagradável splash e reduz o ruído. As misturadoras termostáticas destacam-se pelo sistema corpo frio, que não deixa aquecer a superfície exterior da misturadora, evitando queimaduras. Outra característica importante, é a regulação do caudal, que permite economizar água até 50%, sem perda de conforto. Formentera, Icon e Moonlite Aura são algumas das gamas de destaque da Teka para casas de banho. A natureza serve de inspiração à linha Formentera (na foto). Os monocomandos fazem lembrar uma cascata, evitando salpicos e desperdícios, o que permite uma maior poupança de água. A linha é bastante abrangente, incluin-

do monocomando para lavatório, bidé, banheira e duche, bem como sistema de duche completo, para uma total integração. Já a gama Icon insiste no sistema de cascata, mas de uma forma mais retilínea. O objetivo é estilizar as zonas de banho, criando linhas simples, mas expressivas, ideais para casas com decoração mais contemporânea. E dentro das linhas mais arrojadas, destaque para os monocomandos de lavatório Moonlite Aura. Disponíveis em verde e em vermelho, são luminescentes, ou seja, brilham no escuro. São especialmente desenhados para os mais pequenos, pois, além de divertidos, funcionam como uma espécie de luz de presença para as crianças quando vão à casa de banho durante a noite. 

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Água de Luso inova a sua garrafa centenária A

Água de Luso, marca líder em Portugal em águas minerais engarrafadas, acaba de lançar no mercado nacional, e pela primeira vez na sua história, uma nova garrafa de vidro com um design moderno e inovador, que pretende reforçar a ligação da marca com os consumidores. Mais elegante e com linhas atuais, o lançamento da nova garrafa de vidro da Água de Luso constitui um marco histórico e visa substituir a atual garrafa no mercado, estando disponível para o canal Horeca e em Hipers e Supermercados, nos formatos 25 cl, 50 cl, e 1 litro, em tara retornável. A nova garrafa inova ao apresentar uma silhueta icónica e o símbolo da marca, a pureza, que foi

introduzido na parte inferior da garrafa, que passa a ter uma cor azulada. A nova garrafa de vidro inclui também uma cápsula de rosca que permite ao consumidor uma abertura mais fácil. A mesma Água de Luso de sempre agora numa nova garrafa. “A nova embalagem de Água de Luso, ícone de portugalidade, no nosso país e por esse mundo fora, envolveu um investimento significativo na fábrica e a produção de cerca de vinte milhões de garrafas em fornecedores nacionais”, adianta a marca. O desenvolvimento do design da garrafa e do rótulo contou também com criatividade portuguesa. “Com esta renovação, que aposta no design , permite que se crie

maior valor emocional com os consumidores, de uma marca que ao longo de décadas foi renovando a sua imagem exterior através da modernização e atualização dos rótulos e cápsulas” sublinhou Luís Prata, diretor da Unidade de Negócios de Águas e Refrigerantes. 

Triatleta João Pereira conta com patrocínio da Garmin A

Garmin, líder mundial em soluções de navegação portáteis, conta com um novo patrocínio a um atleta português: João Pereira. Na próxima temporada, a Garmin irá aliar-se ao atleta, proporcionando um maior rendimento, pela cedência de vários equipamentos, que irão permitir-lhe controlar e melhorar a sua performance. “Além da utilização dos melhores produtos da marca, o compromisso com o português recai também sobre a participação em eventos Garmin, mas, sobretudo, esta parceria irá refletir os pilares que sustêm a filosofia da marca: esforço, compromisso, inovação e progresso”, frisa a Garmin. Natural das Caldas da Rainha, João Pereira começou a praticar triatlo em 2008 e, desde então, tem vin-

do a destacar-se em várias provas da modalidade. Em 2009, chegou

ao pódio, ao ficar classificado no terceiro lugar no campeonato de sub 23 em Gold Coast. Em 2014, completou uma época desportiva de excelência, com o quinto lugar nos rankings mundial e olímpico. Esse foi também o ano em que o atleta recebeu, finalmente, o reconhecimento da International Triathlon Union, como “Atleta Revelação do Ano”. Também a 26 de dezembro último, João Pereira se destacou, ao terminar em terceiro lugar a Corrida de São Silvestre El Corte Inglés, que decorreu em Lisboa. Entretanto, a próxima edição dos Jogos Olímpicos está cada vez mais perto e João Pereira é uma das grandes esperanças portuguesas das provas que decorrerão no Rio de Janeiro. 

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Endesa cambia su imagen de marca corporativa

Eeléctrica Endesa, ha optado por l grupo Enel, propietario de la

un cambio de imagen de marca corporativa. Se ha rediseñado el logo de la multinacional italiana y el de la española, con el objetivo de adaptarse a los cambios que se están produciendo en el sector. Este cambio responde “a la necesidad de trasladar a los clientes la nueva realidad”, según las palabras del presidente de la empresa, Borja Prado. La nueva imagen corporativa comprende además un cambio de estra-

tegia comunicativa, un rediseño de su página web y una identidad visual y logotipo nuevos. Enel, que también ha rediseñado el logo de su filial Enel Green Power, asegura que esta nueva marca les posiciona como una compañía “innovadora, sostenible y avanzada”. El proyecto ha sido llevado a cabo por el estudio Wolff Olins, autores de la identidad gráfica de las Olimpiadas de Londres 2012. El rediseño se ha aplicado en todas las marcas que se encuentran debajo del paraguas de la compañía italiana Enel. Han logrado dotar a la marca de una identidad propia y global que antes no tenía. El consejero delegado de Enel, Fran-

cesco Starace, destaca que con este posicionamiento de nueva marca, el grupo está “armonizando su imagen corporativa, con los cambios que se están registrando, tanto dentro de la empresa como en la evolución progresiva que está llevando a cabo el mercado energético. El nuevo logotipo representa una nueva era en la empresa y encarna los principios “flexibles y dinámicos” del concepto open power. Todo este cambio de imagen de la eléctrica española se enmarca dentro del nuevo plan industrial que presentaron en noviembre pasado el presidente Borja Prado, y el consejero delegado, José Bogas, para el periodo 2015-2019. Durante este periodo, se prevén invertir unos 4.400 millones de euros en el mercado ibérico. 

Edurne, protagonista del nuevo anuncio de Cola Cao

L ne protagoniza el nuevo spot

a cantante madrileña Edur-

de Cola Cao 0%, en el que se la puede ver practicando una de sus pasiones más desconocidas: el boxeo. Según ha destacado la compañía, Edurne representa a la perfección la nueva mujer Cola Cao 0%: una mujer a quien le gusta cuidarse por dentro y por fuera, amante de un estilo de vida activo y ejemplo de superación, esfuerzo y energía. En el nuevo spot se descubre la pasión de Edurne por el boxeo, un deporte que practica con regularidad y que le ayuda a cuidarse, siendo al mismo tiempo una muestra más de la energía con la

que afronta sus retos y el esfuerzo que dedica a todos los proyectos que emprende. “Cola Cao, como a tantas personas, me ha acompañado desde que era muy pequeña, por lo que me ha hecho muchísima ilusión protagonizar el spot de Cola Cao 0%. Y más si muestra el mundo del boxeo, un deporte que me ha enseñado tantos valores y que es mi aliado perfecto para aliviar tensiones y estar en forma”, confiesa la cantante. “Me encanta Cola Cao 0% ya que puedo disfrutar del sabor de Cola Cao sin dejar de cuidarme”, añade. “Edurne representa como nadie los valores de Cola Cao 0%. Los

dos transmiten fuerza, tesón, superación y perseverancia, sin perder la feminidad y la belleza. Su combinación en el nuevo spot es explosiva. Ha sido un auténtico placer contar con ella para nuestra nueva campaña porque ya era fan del producto y también de este deporte”, declara Marta Colomer, directora de Marketing de Idilia Foods, compañía que engloba la marca Cola Cao. 

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Volkswagen focada nas pessoas e nas emoções A Volkswagen lançou, a nível mundial, uma nova campanha de comunicação, a decorrer ao longo das próximas semanas. Portugal será um dos primeiros países a comunicar o novo “território da marca”. Com esta nova campanha, a Volkswagen inaugura um “território de marca”, assinalando uma mudança fundamental na sua comunicação com os clientes. “Todos tivemos – ou fomos próximos de alguém que tenha tido – um Volkswagen na nossa vida. Há sempre memórias positivas associadas a esta marca ao longo de gerações, e é isso que esta campanha pretende mostrar”, explica Ricardo Tomaz, diretor de Marketing da Volkswagen. “A Volkswagen é, e continuará a ser, uma verdadeira love brand. O tom fortemente emocional da campanha, a qual mostra como os modelos da

Volkswagen acompanham os momentos especiais da vida do personagem principal, contrasta com o estilo anterior das campanhas da marca, muito orientadas para o produto e para a tecnologia. Se o filme da nova campanha retrata os momentos marcantes de uma vida, os temas de imprensa abordam valores como a segurança, a qualidade e o futuro com o mesmo laço emocional. Com esta campanha, a Volkswagen substitui o anterior “Das Auto” pela palavra Volkswagen. “Toda a empresa está atualmente num processo de transição e esta campanha de imagem é o primeiro sinal visível de um novo estado de espírito. Este é um momento importante para a Volkswagen porque está a começar a implementar a solução técnica para os motores afetados

pelos desvios de emissões de NOx em toda a Europa e a resolver o problema dos seus clientes”, refere ainda Ricardo Tomaz. A campanha inclui televisão, cinema, imprensa e online, com destaque para as redes sociais. 

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TRADUÇÃO SIMPLES E CERTIFICADA DE DOCUMENTOS

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PORTUGUÊS / ESPAÑOL Precisa de um serviço de tradução? Contacte o nosso departamento de traduções! Orçamento, tradução e certificação ESPAÑOL / PORTUGUÊS ¿Necesita realizar una traducción? ¡Contacte con nuestro departamento de traducciones! Presupuesto, traducción y certificaciones Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 21 350 93 10/12 Fax: 21 352 63 33 e-mail: jnieto@ccile.org; bgonzalez@ccile.org MARÇo de 2016 www.portugalespanha.org

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Centro de Formação CCILE Desenvolvimento de Competências de Delegação Lisboa, 02 de março 09h00-13h00 / 14h00-18h00 Um dos principais desafios para a liderança ao longo dos últimos anos tem sido a temática da delegação, sendo essa a principal forma de aumentar a maturidade e autonomia na equipa. O compromisso e entrega dos colaboradores exige do líder uma atenção e investimento constante. Este curso tem como objetivo trabalhar os colaboradores para que estes encontrem caminhos e ferramentas para a delegação correta e motivação da sua equipa. Preços: Associados:€140* Não Associados: €180 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Comunicação Escrita em Espanhol de Negócios Lisboa, 03 e 04 de março 09h00-16h30 Cada vez mais a realidade de trabalho das empresas passa por comunicar com os quatro cantos do mundo. E todos sabemos que uma comunicação correta é essencial para o sucesso de qualquer diálogo. Sente que quando comunica com os seus clientes, fornecedores ou colegas de Espanha ou da América Latina usa expressões em “portuñol”? Então este é o curso indicado para corrigir essa lacuna! Preços: Associados:€130 * Não Associados: €150 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Telemarketing Lisboa, 07 de março 09h00-13h00 Cada vez mais o Telemarketing é utilizado para promoção de vendas e serviços, pois permite potenciar negócios a baixo custo e comunicar diretamente com o consumidor. Preços: Associados:€140* Não Associados: €180 Acresce IVA à taxa legal em vigor

32 act ualidad€

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Espanhol de Negócios Lisboa, 07 de março a 16 de maio 2as e 4as das 18h00 às 20h00 Destinado a todos aqueles que necessitam do espanhol como ferramenta de trabalho, este é um curso comercial por excelência e adaptado à realidade empresarial. Preços: Associados:€200* Não Associados: €250 Acresce IVA à taxa legal em vigor

BancodeHoras,Horário deTrabalho,IHT,Licenças, FaltaseFérias Lisboa, 09 de março 09h30-13h30 O Código do Trabalho tem vindo a adaptar-se às necessidades das empresas em matéria de organização do tempo de trabalho. Assim, surgem novos instrumentos de flexibilização do tempo de trabalho com os quais é possível aumentar a produtividade e diminuir os custos com os recursos humanos. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Proteção de Dados Pessoais. Bases de Dados. Phising. Lisboa, 10 de março 09h30-13h30 O aumento das plataformas web (comunicações móveis, internet, data storage), incluindo a oferta de serviços gratuitos e a maior confiança nas soluções tecnológicas tem por contraponto uma menor atenção à segurança. Estes serviços web com mais qualidade e elevado grau de especialização são igualmente acessíveis a utilizadores sem escrúpulos, especialistas em violar a lei e os direitos fundamentais dos cidadão, onde se inclui o direito à privacidade dos dados pessoais. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Marketing Digital na Banca e nos Seguros Lisboa, 15 de março 09h00-13h00/14h00-18h00 A crescente dinâmica do digital no dia-a-dia dos consumidores, principalmente das novas gerações, tem obrigado vários setores, nomeadamente o da banca e dos seguros, a transformar a sua forma de fazer negócio, e a apostar cada vez mais na inovação tecnológica. Neste cenário de fortes alterações ao nível tecnológico, são muitos os desafios e tendências que se colocam aos setores da Banca e dos Seguros. Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Desenvolvimento de Competências de Negociação Lisboa, 16 de março 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O propósito desta formação passa por dar a conhecer aos formandos os princípios da negociação. O curso visa explorar o conceito do negociador ativo, fundamental para quem pretende ter sucesso num ambiente competitivo, quer ao nível empresarial como interpessoal. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Gestão de Stocks Lisboa, 17 de março 09h00-13h00 Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Uma Gestão de Stocks deficiente acarreta custos de armazéns, de pessoal, de produtos e de eficiência, traduzindo-se em enormes quantidades de material obsoleto. Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 *Acresce IVA à taxa legal em vigor


Novas Regras da Publicidade na Saúde

Guia de Cobranças para Empresas

Lisboa, 21 de março 09h30-13h30

Lisboa, 28 de março 09h30-13h30

A publicidade a produtos e a serviços de saúde passou a ter novas regras a partir de 01.11.2015, as quais se aplicam designadamente à medicina dentária, aos rastreios “gratuitos” nas diversas especialidades, suplementos alimentares, medicinas alternativas, criopreservação de células estaminais entre outras atividades deste vasto setor. Com esta nova lei, pretende-se eliminar e punir as “práticas consideradas enganosas”. Assim, importa que os operadores da área da saúde e as empresas de publicidade e marketing estejam informados sobre estas novas regras para evitar fortes penalizações para as suas empresas.

Organização, conhecimento e empenho são ingredientes indispensáveis para o sucesso das cobranças nas empresas. A implementação de procedimentos adequados na fase extrajudicial aumenta o sucesso da cobrança, reduz significamente os créditos incobráveis e permite melhores resultados nas cobranças que sigam a via judicial.

Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Segurança de Sistemas de Informação e Uso da Tecnologia Informática Lisboa, 22 de março 09h30-13h30 As organizações públicas e privadas precisam, nos seus negócios, de sistemas de TI, tal como o acesso permanente à internet, o uso regular do correio eletrónico, etc… Esta dependência coloca grandes riscos que podem afetar todo o sistema informático e colocar em crise a produtividade dessa organização. Portanto, é essencial para a realização integral de segurança nas empresas, que os responsáveis pela área informática saibam como agir em ocasiões de crise. Até que ponto pode o administrador, pela segurança informática, aceder aos conteúdos informáticos, tais como, por exemplo, ao correio eletrónico institucional dos funcionários? E as redes sociais? Usar ou não usar no horário de trabalho? Que implicações legais daí advém? Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Formação Básica de Segurança

CCILE TEMÁTICA Sessões Informativas Cessação do Contrato de Trabalho - Processos e Contas Finais Lisboa, 18 de março 09h00-13h00 Com esta sessão pretende dar-se a conhecer a várias formas de cessação de um Contrato de Trabalho, bem como os direitos devidos por essa cessação e os cálculos indemnizatórios que advém do fim do vínculo laboral. Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 *Isento de IVA

Lisboa, 29 e 30 de março 09h00-13h00 / 14h00-18h00 Consta já do Código do Trabalho a necessidade e obrigatoriedade de todas as organizações formarem os seus colaboradores na área de Segurança e Saúde no Trabalho, de forma a prevenir e intervir em situações de emergência. É essencial que no seio das organizações sejam adoptados comportamentos que melhorem e protejam a saúde e segurança em benefício de todos os envolvidos. Preços: Associados:€200* Não Associados: €250 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Marketing Digital no Turismo Lisboa, 31 de março 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O mercado do turismo tem visto no online uma oportunidade de venda e promoção como nenhum outro... Hotéis mostram-se diretamente aos clientes, destinos a visitantes, eventos aos participantes, algo que era essencialmente mediado, mas será que tudo mudou, ou temos mais opções? O marketing digital é um mundo novo no turismo. Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org

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fazer bem Hacer bien

11ª edição dos “Prémios ao Valor Social” da Cepsa A Cepsa entregou os Prémios ao Valor Social (PVS) 2015 a seis organizações não-governamentais (ONG) que se distinguiram pelos seus projetos que visam melhorar a qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os 58 mil euros em donativos foram repartidos entre a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger que apresentou o projeto “In my Hands”, a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Covilhã com a iniciativa “Cheiros Solidários”, a Associação Nacional de Esclerose Múltipla que apresentou a “Cantina em Social”, a Acreditar com o “Ser e Crescer Barnabé”, a Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares que desenvolverá o projeto “Sol e Mar” e pela Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor que propôs o projeto “Saberes”. Ao financiar

estes seis projetos, a Cepsa irá beneficiar diretamente 260 pessoas, e mais de 21 mil de forma indireta. “As instituições são um dos pilares fundamentais da sociedade e por isso, congratulo a Cepsa e os seus colaboradores pelo esforço de parceria que têm vindo a realizar em prol do desenvolvimento das comunidades. A concertação de es-

forços é fundamental para encontrar respostas mais adequadas no âmbito da intervenção social. Esta iniciativa da Cepsa é o culminar do reconhecimento do trabalho de qualidade e, sobretudo, de proximidade e de apoio a quem necessita”, comentou a responsável do ISS, Ana Clara Birrento, à margem do evento. 

CBRE associa-se à Make-A-Wish e realiza os desejos de crianças gravemente doentes A

CBRE, em parceria com a MakeA-Wish, realizou no passado mês de dezembro uma campanha de solidariedade nos seus escritórios e nos edifícios que estão sob a sua gestão. No total foram angariados cerca de 1.000 euros. A Make-A-Wish é uma das instituições de solidariedade social mais importantes do mundo, que tem a missão de realizar desejos de crianças e jovens, entre os 3 e os 18 anos, com doenças que colocam as suas vidas em risco. A concretização dos desejos proporciona um momento de alegria e esperança, ao mesmo tempo que envia uma mensagem positiva, de força e alegria à criança, quando ela mais precisa. 34 act ualidad€

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A CBRE aceitou o desafio lançado pela Make-A-Wish para ajudar a realizar os desejos de crianças com doenças graves através da partilha de estrelas Make-A-Wish, em troca de uma contribuição mínima de um euro. O escritório da CBRE e a Torre Oriente, Edifício OMNI, Central Office, D. João II, Neopark, Edifício Conselheiro, Edifício Berna, Werfen e o Arquiparque 1, 4 e 5 encheramse de estrelas Make-A-Wish, que decoravam as árvores de Natal. Para Luís Teodoro, diretor de Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE, “o apoio à Make-A-Wish durante o período de Natal foi uma forma de nos associarmos a uma iniciativa

que apoia crianças doentes e as suas famílias. Tanto os ocupantes como os seus colaboradores ficaram muito satisfeitos por aderirem a esta ação, fortalecendo o sentimento de pertença que existe dentro de cada edifício que gerimos. A Make-A-Wish realiza um trabalho fundamental no apoio de crianças doentes e poder ajudar a realizar os desejos de quem está mais doente é uma verdadeira honra”. “A realização de um desejo tem o poder de levar força, alegria e esperança a crianças gravemente doentes e apenas é possível graças ao apoio de particulares e coletivos“, referiu, por seu lado, Mariana Carreira, CEO da Make-A-Wish Portugal. 


Hacer bien

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Inspira Santa Marta Hotel conclui o seu primeiro “Relatório de Sustentabilidade” O Inspira Santa Marta Hotel concluiu o seu primeiro “Relatório de Sustentabilidade”, desenvolvido no âmbito do seu forte compromisso com a implementação de práticas mais sustentáveis e com o desenvolvimento responsável, tornando-se no primeiro hotel independente de Lisboa a desenvolver um projeto deste tipo. Neste documento, agora publicado no website do Inspira Santa Marta Hotel em versão resumida, está refletida a evolução dos resultados efetivos da aposta deste hotel 4 estrelas num caminho sustentável e socialmente responsável, permitindo a avaliação dos efeitos reais dos esforços levados a cabo pelo hotel no sentido da redução do impacto ambiental da sua atividade. “De resto, as boas práticas no âmbito da sustentabilidade continuam a fazer do Inspira Santa Marta Hotel um hotel premiado tanto a nível nacional como internacional. Depois de, já este ano, ter estado entre os vencedo-

res dos ‘Green Project Awards Portugal’, está atualmente nomeado para alguns dos mais destacados galardões internacionais na área do turismo”, adianta a instituição. O Inspira Santa Marta Hotel é o único hotel português nomeado para os World Legacy Awards da National Geographic, cuja cerimónia de entrega de prémios terá lugar em Berlim, já no próximo dia 9 de março.

No âmbito da sua atividade a nível de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, destaque também para o projeto Pump Aid (na foto). Em colaboração com a Pump Aid, o Inspira Boutique Hotel patrocina a construção de bombas de água potável e instalações sanitárias na África Subsariana. Cinco bombas já foram cofinanciadas e instaladas em aldeias do Malawi. 

Auchan lança Graduate Program para captar talentos G raduate Program é o novo programa de talentos da Auchan Retail International que tem como missão desenvolver as competências necessárias para que os colaboradores possam, no espaço de 10 anos, assumir funções ao nível de quadros superiores ou quadros dirigentes. São 35 vagas que irão dar oportunidades a jovens, colaboradores ou recém-licenciados, provenientes de 9 países – Portugal, Fran-

ça, Espanha, Itália, Hungria, Polónia, Rússia, China e Taiwan, de apostar numa carreira ambiciosa e prometedora. Durante quatro anos, os candidatos beneficiam de um programa de formação detalhado, do acompanhamento de mentores experientes, de uma experiência de 6 meses no estrangeiro e cargos de responsabilidade na empresa no seu país de origem. A entrada no programa acontecerá em junho de 2016 e início no

cargo em setembro de 2016. Para os jovens colaboradores, o Auchan Graduate Program representa um excelente impulsionador da carreira e para os licenciados, acabados de sair da universidade ou da sua primeira experiência profissional, é uma ocasião única para descobrir as profissões e a cultura da Auchan Retail. Com este curso cada um terá a possibilidade de aceder a funções estratégicas num tempo recorde. 

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Ikea Foundation, ACNUR E WDCD lançam desafio de design para apoiar os refugiados A

Ikea Foundation, o A lto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a W hat Design Can Do (W DCD) lançaram um desaf io, a nível global, designado por “‘W hat Design Can Do – Refugee Challenge’, que visa a integração e receção de refugiados em áreas urbanas. A iniciativa, lançada na conferência “Ikea Democratic Design Days”, que decorreu no mês passsado em Zurique, com a participação da Ikea, pretende demonstrar a capacidade do design para mudar o mundo e dirige-se a criativos e designers . As candidaturas para apresentação de soluções inovadoras para a integração de refugiados em contexto urbano estão agora abertas. Do número total de

projetos, serão selecionados cinco, a anunciar a 1 de julho deste ano, em A mesterdão. Cada um dos projetos f inalistas receberá um f inanciamento de até dez mil euros e apoio especializado para a concretização, nas etapas de desenvolvimento de protótipos e implementação. De acordo com o ACNUR, mais de 60% dos 19 milhões de refugiados no mundo vivem em zonas urbanas, um número com tendência para aumentar. “Os desafios que a sociedade enfrenta atualmente, na acomodação e acolhimento de refugiados, são demasiado complexos para os governos locais e organizações humanitárias. E, embora, por toda a Europa tenham emergido movimentos voluntários de cidadãos que rapidamente ofereceram uma

resposta humanitária, é igualmente necessária a intervenção de designers para lidar com as necessidades de longo prazo de tantos novos moradores”, enquadram as três instituições. “Cada vez mais, os designers expressam uma enorme capacidade criativa enquanto agentes de mudança, capazes de readaptar o que já existe, de avaliar um desafio e surgir com uma solução inesperada” afirma Richard van der Laken, fundador e diretor da WDCD. Este desafio pretende envolver criativos de todas as áreas e fomentar a colaboração com refugiados, ONG, autoridades nacionais e municipais de forma a identificar necessidades, bem como sugerir respostas e soluçõesteste, o que pode incluir produtos, serviços e tecnologia. 

Henkel reconhecida por três rankings de sustentabilidade A Henkel faz, mais uma vez, parte da “Global 100 Most Sustainable Corporations in the World Index” (Global 100 Index) e foi classificada com a categoria “Gold“ pela Eco Vadis. A empresa recebeu ainda o prémio “Silver Class”, atribuido pela RobecoSAM. “Estes excelentes resultados confirmam que a nossa estratégia de sustentabilidade está no caminho certo“, refere Uwe Bergmann Head of Sustainability Management da Henkel. O índex “As 100 Globais“ da Corporate K nights, uma empresa de consultoria de investimentos e media sediada em Toronto, listou as empresas com melhores performances em sustentabilida-

de em diferentes setores industriais. Foram selecionadas entre mais de 4.600 empresas com um valor de mercado superior a dois mil milhões de dólares (cerca de 1.800 milhões de euros). Enquanto membro da iniciativa “Together for Sustainability”, que pretende tornar a cadeia de fornecedores mais sustentável, a gestão de sustentabilidade da Henkel foi mais uma vez avaliada pela agência internacional de rating EcoVadis. Com base no seu ranking de responsabilidade social coorporativa, a Henkel foi premiada com o “Gold Recognition Level”. Com uma pontuação global de 73 pontos, a empresa f icou bastante acima da

média, de 41,7, nas categorias de Home Care e Cuidado Pessoal e em comparação com todas as empresas avaliadas. A Henkel recebeu ainda o prémio Silver Class, pelas suas conquistas no ‘Sustainability Yearbook 2016‘. A lista inclui as empresas mais sustentáveis de cada sector tal como determinado anualmente pela avaliação anual de sustentabilidade empresarial da RobecoSA M. Mais de três mil das maiores empresas mundiais são convidadas a participar nesta avaliação todos os anos. O Sustainability Yearbook tem sido publicado por aquela especialista em investimento de sustentabilidade desde 2004. 

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Asociación de Clubes de Baloncesto apoya el reciclaje de vidrio

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covidrio y la Asociación de Clubes de Baloncesto (ACB) han firmado un acuerdo por el que la entidad se convierte en el partner medioambiental, en materia de reciclaje de vidrio, hasta el final de temporada

en junio. El objetivo de este acuerdo es unir esfuerzos para concienciar a los aficionados del baloncesto en materia de reciclaje de vidrio, según informa la entidad. Con este acuerdo, Ecovidrio desa-

rrollará acciones de sensibilización enfocadas a informar sobre el reciclaje de vidrio a los aficionados en todos los partidos de la Liga Endesa. Durante la realización de la Copa del Rey y en la Minicopa Endesa, recientemente terminadas, ya fueron promovidas algunas de estas acciones. En concreto, Ecovidrio instaló varios iglús en la pista central y en la Fanzone, con stands promocionales y de información, además de desarrollar jornadas de activación en el propio campo. Por otra parte, se pusieron a la venta mini contenedores de vidrio especialmente diseñados con motivos de la Copa del Rey. Ecovidrio contará también con la participación de varios jugadores y antiguas leyendas de la ACB para protagonizar vídeos con el fin de fomentar el reciclado de los envases de vidrio. 

Fundación Telefónica y Linkedin se unen para fomentar la empleabilidad entre los jóvenes L a Fundación Telefónica continúa dando apoyo a los jóvenes que participan en su Programa de Empleabilidad Joven “Todos incluidos” convirtiendo a LinkedIn en la plataforma digital de continuidad del mismo, según informan en un comunicado. De este modo, LinkedIn se une a esta iniciativa para aumentar la visibilidad de los que están buscando trabajo y mejorar así sus oportunidades de desarrollo profesional y personal dentro y fuera de esta red.

La página de LinkedIn del Programa de Empleabilidad Joven de Fundación Telefónica contará con la colaboración de profesionales del ámbito de R R.HH para que los jóvenes que participen en este proyecto puedan desarrollar y poner en práctica ef icientemente sus competencias, habilidades y conocimientos. Los jóvenes recibirán en esta página asesoramiento personal, contenidos de interés sobre empleabilidad, grupos con consejos por intereses, contacto con em-

presas, sesiones presenciales y reconocimiento de skills . El Programa de Empleabilidad Joven llevado a cabo por Fundación Telefónica junto a la Compañía de Jesús, Fundación Santa María la Real y Fundación Tomillo desde octubre de 2014, se desarrolla a través de varias líneas: Becas de FP, Prácticas en empresas tecnológicas, Lanzaderas de empleo o coachings , Experiencias emprendedoras, Think Big y formación en Empleo Digital. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR MARÇo de 2016

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Na senda do mercado da arte

A crise económica abalou o mercado mundial de arte, mas desde 2013 que se sente a recuperação: o volume de negócios ultrapassou os 51 mil milhões de euros, em 2014, mais 7% do que no ano anterior. Neste mercado, instituições privadas como bancos, grandes empresas ou sociedades de advogados assumem-se como significativos colecionadores. A Actualidad€ foi conhecer algumas das mais relevantes coleções em Portugal e deixa-lhe pistas para estruturar a sua coleção Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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É

inegável o papel dos colecionadores no mercado de arte. Reconhecendo isso mesmo a Feira Internacional de Arte Contemporânea Arco Madrid, que decorreu entre os dias 24 e 28 de fevereiro, atribuiu ao colecionador português António Cachola o prémio "A" al Coleccionismo. A dintinção valoriza a coleção de 614 obras de 115 artistas, que este economista português reuniu nos últimos 25 anos e que está exposta no Museu de Arte Contemporânea de Elvas. O colecionismo tem estado em evidência na agenda cultural portuguesa, já que Portugal tem sido recentemente palco de exposições de grandes coleções de arte mundial. Só no ano passado, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, acolheu a mostra “Arte contemporânea na Coleção Sindika Dokolo - You Love Me, You Love Me Not”, a Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa, recebeu a exposição “Sonnabend | Paris – New York”, parte da coleção da famosa galerista Lleana Sonnabend, que regressa agora para outra exposição, no Museu de Serralves, no Porto. O Museu Nacional de Arte Antiga, que no ano passado mostrou parte da coleção do italiano Franco Maria Ricci, exibe agora uma amostra da Coleção da família espanhola Masaveu. Todas estas exposições revelam a importância do colecionismo privado para o mundo da arte e indiciam um dos caminhos da valorização dos investimentos neste domínio. Estruturar uma coleção em torno de um tema (seja ele um artista, uma época, um estilo, ou forma de expressão – pintura, fotografia, escultura, mobiliário, cerâmica - uma nacionalidade, …) potencia a sua maior valorização. Em Portugal, além do espólio público, gerido pelos museus, que estão sob a alçada do Governo, há que destacar os colecionadores particulares mais conhecidos, como Calouste Gulbenkian (cuja coleção é agora gerida pela fundação com o mesmo nome) ou José Berardo (cuja coleção está exposta há

10 anos no Centro Cultural de Belém – res institucionais para este mercado. este ano Governo e Berardo decidem se Sebastião Pinto Ribeiro, especialista prolongam ou não o acordo), donos de em arte e responsável pela leiloeira porrelevantes espólios, bem como as em- tuguesa Palácio do Correio Velho, lempresas ou instituições privadas detento- bra a dificuldade de avaliar este mercaras de coleções de arte, como é o caso do: “Por não ser regulado, o mercado dos bancos Caixa Geral de Depósitos, de arte não é fácil de medir. Sempre Millennium bcp e Novo Banco (ver foi um mercado alternativo, como o do caixas), bem como de empresas como a ouro ou o dos metais preciosos.” EDP e a PT (também contactadas pela Esta é uma dificuldade mundial, o Actualidad€, mas que não responderam que faz com que anualmente se espere até ao fecho desta edição) e sociedades com alguma ansiedade pelo TEFAL de advogados, como a SRS Advogados Art Market Report, lançado por alturas da feira de arte com o mesmo nome, que se realiza em Maastricht (Holanda), sendo considerado a única Sebastião Pinto fonte de dados sobre as vendas mundiais de arte, abarcando as transações Ribeiro: “Nos anos 90 em feiras, galerias, leilões e online. A e na primeira década última edição conhecida, publicada em março do ano passado, dava conta deste milénio houve de um crescimento de 7% do mercado um boom decorrente mundial de arte em 2014, tendo gerado um volume de negócios acima dos do facto de haver 51 mil milhões de euros. dinheiro e crédito Boas notícias, em linha com os sinais de recuperação que o mercado de arte já bancário disponível. dava em 2013, depois do período comAtualmente, continua plicado que desde 2009 abalava o setor. Não existem dados precisos relativos a vender-se, mas os ao valor do mercado de arte em Portupreços caíram” gal, no entanto Sebastião Pinto Ribeiro adianta que “nos anos 90 e na primeira década deste milénio houve um boom (ver caixa) e a PMLJ (também questio- decorrente do facto de haver dinheiro e nada pela Actualidad€, mas que não crédito bancário disponível”. Atualmenconseguiu responder até ao fecho desta te “continua a vender-se, mas os preços caíram”. Isto, sobretudo no mercado edição). Importa perceber o que leva estas secundário (galerias, antiquários e leiloinstituições a enveredar pelo coleccio- eiras): “Com a crise, o mercado da revennismo, como desenvolvem as respetivas da sentiu um abrandamento dos preços. coleções, como as promovem e valori- No ano passado houve uma recuperação, zam, o que podem outros empresários em sintonia com a melhoria da econoou potenciais colecionadores particula- mia portuguesa.” Para a leiloeira Palácio do Correio Veres aprender com estes colecionadores mais experientes, como podemos ava- lho a melhoria foi substancial, já que as liar o mercado de arte em Portugal e o vendas cresceram 20% em 2015, alcanpeso que tem em termos internacionais, çando os 12 milhões de euros. No ano que interesse geram as obras de arte passado, a leiloeira bateu o seu recorde portuguesas, quais as apostas mais pro- com a venda do quadro “O Almoço do metedoras e que peso têm os investido- Trolha”, de Júlio Pomar, por 350 mil MARÇo de 2016

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Culturgest prepara exposição itinerante para este ano Quantas obras formam a coleção? Atualmente a Coleção da CGD conta com cerca de 2000 obras, entre desenho, escultura, pintura, fotografia, vídeo e instalação.

Qual é o tema da coleção e o critério para novas aquisições?

Vista da exposição “A Luz por Dentro / The Light Inside”, 2009 (Quinta da Fonte da Pipa, no âmbito do Art Allgarve) © Laura Castro Caldas / Paulo Cintra

A coleção de arte da Caixa Geral de Depósitos, gerida pela Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest, é uma das mais dinâmicas na sua relação com o público. A instituição, que atua na promoção das diversas artes, está a preparar uma nova exposição, com o objetivo de mostrar parte do acervo da coleção, como revela Isabel Corte-Real, conservadora da coleção.

Quando e como começou a coleção de arte da CGD? A história da “Colecção de Arte da Caixa Geral de Depósitos” remonta ao ano de 1983, ano em que começam a ser adquiridas obras de arte com algum ritmo – era presidente do Conselho de Administração o Dr. Alberto Oliveira Pinto. Não existem critérios de aquisição específicos até ao ano de 1991, quando a administração da CGD, na pessoa do Dr. Rui Vilar, encarrega Margarida Veiga e Fernando Calhau de elaborar um trabalho de análise e apreciação da Coleção e de definir as suas balizas e critérios.

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A Coleção recebe um impulso decisivo, entre 1992 e 1995, sob a orientação de Fernando Calhau, reunindo um conjunto de artistas fundamentais da história da arte portuguesa desde os anos de 1960, quase sempre representados com obras de assinalável relevância nos seus percursos, e alguns artistas mais novos, cuja escolha assumia um sentido prospetivo. A Coleção viria a afirmar-se por altura das suas primeiras apresentações públicas em 1993 e 1995, e apesar de uma história ainda muito curta, como uma das coleções de referência naquele domínio em Portugal, mercê de uma política de aquisições criteriosa iniciada dois anos antes. Entendeu-se que uma coleção deste tipo constituía um importante instrumento estratégico na afirmação da CGD como empresa atenta às dinâmicas criativas do mundo contemporâneo, empenhada em contribuir para o apoio à arte contemporânea e para a formação cultural, segundo uma conceção moderna do posicionamento da empresa na sociedade em que se insere.

Tal como referido no ponto anterior: reunir um conjunto de artistas fundamentais da história da arte portuguesa desde os anos de 1960, quase sempre representados com obras de assinalável relevância nos seus percursos, e alguns artistas mais novos, cuja escolha assumia um sentido prospetivo. A partir de 2006 houve a preocupação de reforçar a presença de artistas importantes na história da arte contemporânea nacional que já estavam representados na Colecção (por exemplo, Noronha da Costa, José Pedro Croft, Ana Jotta, José Loureiro, Jorge Queiroz, Susanne Themlitz e Miguel Soares) e de constituir outros núcleos com obras de referência de artistas relevantes, na sua maioria afirmados ao longo da década de 1990, e que ainda não estavam representados na Coleção da CGD (por exemplo, João Queiroz, Miguel Palma, Luísa Cunha, Francisco Tropa, Rui Toscano, Ricardo Jacinto e Bruno Pacheco). Existem ainda: um núcleo de artistas brasileiros e de artistas africanos dos países de expressão portuguesa, cujas obras foram adquiridas no início da década de 2000; um núcleo de fotografias adquiridas pela CGD no âmbito da Europália 91 para o projeto “Regards Étrangers” comissariado pelo Prof. Jorge Calado. Trata-se de um conjunto de fotografias feitas em Portugal por estrangeiros; o espólio de gravuras da Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses (SCGP). Em 2007, a CGD adquiriu ao


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euros (valor de martelo), destronando a pintura “O Serão”, de Columbano Bordalo Pinheiro, que havia sido arrematada por 309.255 euros, em 2001.

Eng. Manuel Torres a sua coleção de todas as gravuras editadas pela Gravura-SCGP, desde a sua fundação até 2004, para distribuição periódica aos sócios. São 644 gravuras, todas com o nº1 da respetiva tiragem. Esta aquisição permitiu não só que a coleção não fosse desmembrada mas, e sobretudo, que setornasse objeto de aprofundada investigação resultando numa exposição e num catálogo publicado em 2013. Esta edição, recebeu o “Prémio Catálogo 2014-APOM”, constituindo uma referência absoluta para o estudo da gravura em Portugal.

Qual é o orçamento anual para aquisições e manutenção? As aquisições estão suspensas desde 2008. O orçamento afeto à Coleção da CGD cobre duas áreas principais, não se podendo apenas falar de “manutenção”: gestão e monitorização do espaço de armazenamento/reservas, acompanhamento das obras em exposição, elaboração e constante atualização do inventário segundo as melhores regras museológicas, conservação preventiva e curativa das obras, levantamentos fotográficos, gestão dos empréstimos de obras e imagens, etc. e divulgação e exibição (promoção do estudo das obras, nomeadamente através de protocolos estabelecidos com a Universidade Nova de Lisboa e o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra; participação em seminários; produção de exposições e edições).

Que parte da coleção já foi exposta em Portugal? E fora? Entre 2009 e 2016 (janeiro), foram emprestadas 180 obras de arte, para eventos a decorrer em 30 insti-

Crise favorece oportunidades de boas compras Mas se a crise afetou o negócio, por outro lado também configura boas oportunidades de compra, esclarece Sebastião Pinto Ribeiro: “As crises são uma boa oportunidade para quem quer comprar,

António Dacosta, Bicho no chão, 1986. © Laura Castro Caldas / Paulo Cintra

tuições diferentes (CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Museu de Serralves, Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança, Museu Coleção Berardo, Museu do Chiado, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães; Atelier-Museu Júlio Pomar, CGACCentro de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, MUHKA, Antuérpia, MUSAC - Museo de Arte Contemporáneode Castilla y León, MAMAC – Musée d’Art Moderne et d’Art Contemporain de Nice, Centre d’Art Contemporain d’Ivry – le Crédac, entre outros); Foram ainda realizadas 29 exposições, entre 1993 e 2014. Está em preparação a próxima exposição itinerante, que será apresentada em Tavira, Bragança e Castelo Branco entre maio de 2016 e julho de 2017).

Como perspetivam o futuro desta coleção? A Coleção da CGD tem no seu horizonte dar continuidade à construção de uma cartografia da arte contemporânea portuguesa.

As vendas da leiloeira Palácio do Correio Velho cresceram 20% em 2015, alcançando os 12 milhões de euros. A leiloeira bateu o seu recorde com a venda do quadro “O Almoço do Trolha”, de Júlio Pomar, por 350 mil euros porque aparecem peças com maior interesse e muitas vezes a um preço mais convidativo do que noutras alturas”. No caso de Portugal, os investimentos em arte também beneficiam do facto de ter crescido “a desconfiança nos ativos financeiros, provocada pela queda de grandes bancos”, salienta o especialista. Ainda que a arte contemporânea também se venda, a arte antiga é responsável pela maior parte das vendas da Palácio do Correio Velho, muitas vezes proveniente da partilha de heranças, explica o gestor: “A arte antiga vende-se melhor, sobretudo as peças de arte decorativa, nomeadamente as porcelanas, esculturas, o mobiliário D. José e D. João V, bem como o de influência indiana”. Sebastião Pinto Ribeiro frisa o interesMARÇo de 2016

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As coleções que formam o espólio do Millennium bcp Também têm sido concretizados empréstimos de caráter temporário a museus fora de Portugal, como aconteceu em França, Alemanha, Brasil, China.

Fernando Nogueira, presidente da Fundação Millennium bcp, destaca as prioridades da gestão da coleção da entidade. As obras desta multifacetada coleção de arte têm vindo a ser mostradas desde 2009, através do programa Arte Partilhada

Qual é o orçamento anual para aquisições e manutenção?

Quando e como começou a coleção de arte do Millennium bcp? A Coleção Millennium bcp resulta da integração de vários espólios artísticos, à medida que avança o processo de aquisições e fusões de instituições financeiras portuguesas no Portugal contemporâneo. Na sua origem temos o Banco Comercial Português, que numa fase inicial deu um certo relevo ao Naturalismo bem como à Pintura Antiga. Com a integração do Banco Português do Atlântico (BPA) ocorrida em 1995 e posteriormente, no ano 2000, com a fusão do Banco Mello (que aportou uma coleção muito relevante da União de Bancos Portugueses (UBP) e do Banco Pinto & Sotto Mayor), a coleção ampliou-

O Millennium bcp dedica uma verba relevante para a conservação e restauro das suas peças, dependente das necessidades que todos os anos vão sendo diagnosticadas.

Que parte da coleção já foi exposta em Portugal? E fora?

Almada Negreiros, 1940

-se, diversificou-se e estendeu-se até à contemporaneidade. De notar que tanto o BPA como a UBP haviam já mostrado pelo país as suas coleções, com momentos altos em exposições no Museu de Serralves, no Porto.

Como foi expresso a coleção é muito ampla e diversificada na natureza das peças que a constituem, não sendo assim relevante a percentagem de peças expostas. O que podemos salientar é o facto de desenvolver através da Fundação Millennium

Quantas obras integram a coleção? Podemos falar de um conjunto de 6000 peças das quais 3000 de pintura, (1000 originais de qualidade e 2000 múltiplos, entre serigrafia e gravura). Mas a coleção é muito diversificada, tendo ainda muito bom mobiliário, têxteis, (destacando um forte núcleo de tapeçarias da Manufactura de Portalegre que foi pela primeira vez exposto no Luxemburgo na sede do Banco Europeu de Investimento), cerâmica oriental, alguma escultura, outros.

Qual é o tema da coleção e o critério para novas aquisições?

José Malhoa, "Volta da Feira"

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Não podemos falar de um tema único dada a extensão, valia e diversidade da Coleção. Tem, assim, vindo a ser dada prioridade à divulgação da sua Coleção através das exposições que a Fundação Millennium bcp organiza, tal como através da cedência temporária a instituições culturais, museus e centros culturais dispersos pelo país.

Alves Cardoso, 1926

bcp um ambicioso programa de exposições, sob o signo da Arte Partilhada, que contemplou desde 2009 (quando se iniciou este projeto), 36 exposições efetuadas em Portugal e Luxemburgo, mostrando importantes núcleos da sua Coleção. “100 Anos de Arte Portuguesa”, “Do Romantismo à Arte Contemporânea”, “A Abstração, Naturalismo, Modernismo na Coleção Millennium bcp” são alguns desses núcleos exposto.


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Também foram criadas exposições de caráter autoral, a partir de obras da Coleção, dedicadas a artistas de grande renome, a Júlio Pomar e a José de Guimarães, podendo a primeira ser ainda visitada na Biblioteca Almeida Garrett no Porto, estando a segunda, intitulada “Esconjurações”, de José de Guimarães, disponível até 20 de abril na Galeria Millennium na Rua Augusta, em Lisboa. Note-se que uma marca da nossa dinâmica nesta área expositiva, é o facto de se manterem as duas exposições autorais visitáveis, e ainda uma outra mostra temática, a intitulada Pintura Modernista na Coleção Millennium bcp, patente até 10 de abril de 2016 no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, (CCCCB).

Como perspetivam o futuro desta coleção? O projeto expositivo vai continuar a ser implementado e enriquecido, procurando mostrar novos núcleos e em cidades diferentes as exposições que vão ganhando o estatuto de itinerância. Estão previstas mostras dedicadas a núcleos ainda não mostrados como, a título de exemplo, “A Arte Contemporânea na Coleção Millennium bcp”, assim como uma outra em torno da obra e da vida de Alves Ardoso, com origem numa bolsa de investigação lançada pela Fundação Millennium bcp, envolvendo a apresentação de uma exposição e a edição de uma monografia sobre o pintor. Resumindo, destacamos três campos: a partilha da nossa arte através de exposições com dignidade e imagem fortes, por outro lado o assegurar da sua sustentabilidade através de um programa permanente de conservação e restauro e finalmente a sua consolidação com eventuais aquisições cirúrgicas que valorizem a mesma.

se dos clientes em peças de porcelana chi- as suas necessidades culturais, vão-se nesa: “Portugal foi dos primeiros países embora.” ocidentais a estabelecer relações comerOs apoios ao investimento em arte ciais com a China. Ficou cá muita coisa, são também escassos, quer em Portugal, mas também saiu muita coisa, nomea- quer no resto do mundo, comenta o gesdamente para o Brasil. Nos últimos 30 tor: “Os fundos de investimento de arte anos temos observado uma recuperação têm tido pouco sucesso. Só conheço um de algumas dessas peças, que regressam caso de sucesso, o do antigo fundo dos a compradores portugueses. Também caminhos de ferro britânicos (o British acontece o contrário e há muitos chineses Rail Pension Fund investiu em arte em a quererem recuperar o seu antigo espólio. meados dos anos 70. As obras só foram A China está a abrir vendidas em 1997, novos museus e o tendo rendido miEstado chinês está lhares ao fundo). empenhado em Desconheço se há Sebastião Pinto recuperar as suas sequer algum funRibeiro: “A arte obras de arte.” do de investimento O especialista rede arte atualmente antiga vende-se fere que “o mercaem Portugal. melhor, sobretudo do de arte de origem portuguesa Internacionalizaas peças de atrai sobretudo os ção das feiras arte decorativa, clientes portuguede arte ses”. A exceção vai Além das leiloeinomeadamente para a joalharia, ras e das galerias as porcelanas, que “tem gerado de arte, assumem cada vez mais inum papel determiesculturas, o teresse em termos no mercado mobiliário D. José e nante internacionais”. de arte as feiras Valorizar a arte D. João V, bem como dedicadas ao setor. de origem portuPortugal preparao de influência guesa passa antes se para acolher a de mais pela sua primeira edição indiana” divulgação. Seda ARCO fora de bastião Pinto RiEspanha. O cerbeiro admite que “há pouco apoio na tame acontecerá de 26 a 29 de maio na divulgação e preservação e isso reflete- Cordoaria Nacional, em Lisboa, e conse no mercado e no seu peso em termos tará com a participação de cerca de 40 internacionais”. O especialista observa galerias. que “o orçamento dos museus é basCarlos Urroz, diretor da ARCO, que tante limitado”. Ainda que "façam o esteve em fevereiro em Portugal para que podem em termos da promoção, apresentar a que será a primeira internanão são culpados do desinteresse que cionalização do evento organizado pela houve pela cultura nos últimos anos”. IFEMA - Feira de Madrid, revelou que a Para o proprietário da Palácio do Cor- edição portuguesa custará 800.000 eureio Velho não promover a cultura é pas- ros e terá uma dimensão mais pequena. sar ao lado de uma boa oportunidade: A ARCO Lisboa pretende "valorizar o “O turismo cultural deve ser também panorama artístico e cultural português", uma aposta, pelo que Portugal só tem a sublinhou Carlos Urroz, adiantando ganhar se o Governo apostar na cultura. que também quer atrair a África lusófoAlém disso há muitos estrangeiros mais na. Nesse contexto, a ARCO tem estaidosos que se estão a mudar para Portu- do em diálogo com a Fundação Sindika gal, se não conseguirmos acompanhar Dokolo (detentora de uma coleção de arte MARÇo de 2016

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Coleção da SRS Advogados aposta na “afirmação do cenário artístico” do país A coleção de arte exposta na sede da SRS Advogados, em Lisboa, tem origem em 1995, no acervo pessoal do sócio fundador Pedro Rebelo de Sousa. No entanto, a coleção, que conta atualmente com 250 obras, soma “três tipos de acervo que resultam, cada um deles, de momentos e fases marcantes da sociedade”, explica o departamento de comunicação: “O acervo adquirido à Simmons & Simmons, que comtempla obras de jovens artistas contemporâneos com experiência londrina, concretamente na área da fotografia. Um outro acervo de pintura contemporânea ligado à lusofonia, que corresponde ao percurso pessoal do sócio fundador Pedro Rebelo de Sousa e à vocação da sociedade, e está intimamente ligado a Angola, Brasil e Moçambique. Finalmente, um terceiro acervo de aquisições, realizadas mais recentemente a artistas portugueses ou estrangeiros em Portugal, tem essencialmente como critério acrescentar valor a uma colecção que aposta na afirmação do cenário artístico no nosso país”. Para a SRS Advogados, a colecção “é o espelho de um espírito aberto em busca

de inovação e novos desafios”, em linha com “o eixo condutor de uma política interna com foco na criação de valor e serviço ao cliente”. A SRS Advogados “atravessa um momento de reflexão sobre a melhor forma de fazer evoluir este

Malangatana ,"Monstros Devoradores" (à esquerda); Mustafa Hulusi, "White Flower and Hand (em cima) e Simon Patterson Dwight Eisenhower (em baixo)

composta por 3000 obras, entre pinturas, gravuras, fotografias, vídeos e instalações), que em janeiro comprou a Casa Manoel de Oliveira, no Porto, para fazer dela a sua sede na Europa, depois de no ano passado ter exposto na cidade parte do seu espólio pela primeira vez fora de África. A internacionalização da ARCO está em linha com o que está a suceder com outras relevantes feiras de arte. Também a holandesa TEFAF irá estrear-se no próximo mês de outubro em Nova Iorque. Ainda assim, a plataforma especializada em arte Art Market prevê dificuldades para as feiras de arte e para o mercado de arte, em geral, este ano: “o mercado de arte vai sofrer outra correção em 2016, dada a tensão internacional elevada, os baixos preços das commodities (matérias-primas)”. 44 act ualidad€

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acervo para o período 2016/2020”. Nesse sentido, “foi constituído um grupo de trabalho composto por colaboradores da Sociedade, de diferentes faixas etárias, com vista à representação das várias tendências artísticas”.

Consultoria de arte tos a compradores devem ser pacienestá em crescimento tes, e ter consciência de que o retorno Frequentar feiras de arte, galerias, do investimento em arte dificilmente antiquários e leilões é um bom prin- chega no curto prazo. cípio para quem se propõe a investir Aconselhar-se com um especialista em arte, a menos que o investidor pode ajudar a evitar uma má compra. contrate e deposite toda a confian- Caso não faça deve pesquisar sobre a ça num consultor especializado. De peça ou peças, procurar conhecer o acordo com o Art Market, o ranking seu valor de mercado antes de concrede consultores de arte tem vindo a tizar a compra. No caso de uma obra crescer, o que está relacionado com antiga, importa conferir a autenticio facto de os colecionadores conhe- dade e raridade, bem como verificar cedores serem cada vez menos. Isto, o estado de conservação em que se porque o número de colecionadores encontra. No caso de uma obra contem vindo a crescer e vêm de classes temporânea, sobretudo de autores menos elitistas e tradicionalmente desconhecidos, há que ter em conta menos informadas sobre o mundo o risco de desvalorização, já que são da arte. muitos os nomes de artistas que não Estes novos compradores e candida- evoluem em termos de mercado. 


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Acervo de fotografia do Novo Banco "entre as 80 principais coleções de arte corporativas de todo o mundo"

Cindy Sherman, "Untitled", 2004

O Novo Banco (ex-BES) tem vindo a privilegiar a área da fotografia, na qualidade de colecionador, como explica o departamento de comunicação da instituição: “A coleção de fotografia Novo Banco teve início em 2004 (no tempo do antigo BES) com a aquisição de uma caixa de luz de Jeff Wall, um auto-retrato de Cindy Sherman, uma vista de Shanghai de Thomas Struth e uma biblioteca de Candida Höffer, obras que se consideraram marcantes para definir o enquadramento da coleção que se ia iniciar.” A coleção integra obras de “artistas de todo o mundo e de todas as gerações: atualmente é composta por cerca de 1000 obras de mais de 280 artistas, de 38 nacionalidades. O Novo Banco assinala que “todos os trabalhos presentes nesta coleção de fotografia têm por base o registo fotográfico em toda a sua expressão: das instalações, por exemplo, de Wolfgang Tillmans e esculturas que incluem a fotografia como é o caso da obra de Christian Boltanski, aos desenhos e pintura com fotografia presentes nas peças de artistas como John

Baldessari”. O banco salienta ainda que “um dos fatores de destaque da coleção é exatamente essa diversidade, que se reflete não só no número de artistas presentes, mas também nos seus estilos” e que “um dos pilares de constituição deste espólio foi a opção de aquisição de peças de referência em detrimento da compra de grandes séries”. A contemporaneidade é “outro dos elementos que distingue a coleção”, na medida em que “se constitui como tema do espólio, sendo a maioria dos trabalhos posteriores ao ano 2000”. A instituição realça que "a Coleção de Fotografia Contemporânea do Novo Banco foi em 2015 selecionada, pelo segundo ano consecutivo, como uma das melhores coleções de arte empresariais do mundo, sendo a única coleção portuguesa representada nesta exclusiva seleção". De acordo com o estudo “Global Corporate Collections”, publicado pela editora alemã Deutsche Standards Editionen, "a coleção do Novo Banco está entre as 80 principais coleções de arte corporativas de todo o mundo", acrescenta ainda o departamento de comunicação. A distinção sucede-se a outra de 2014: "a Coleção foi escolhida como uma das 100 melhores coleções de arte corporativas, segundo o estudo “A Celebration of Corpo-

rate Art Programmes Worldwide". Para o Novo Banco, "a aposta nas artes, como nas outras áreas onde o banco marca presença, visa, em primeiro lugar, acrescentar valor ao território em causa, reforçando o nosso posicionamento como uma marca líder e de referência". A instituição aponta o mecenato cultural como "uma das áreas que se integra na estratégia de criação de valor do Novo Banco, através da qual o banco pretende construir um capital intangível que transcenda o seu papel enquanto entidade financeira e o afirme como uma instituição que entende a cultura como um bem essencial para o desenvolvimento do país e da sociedade". Nesse âmbito, inclui-se também o Prémio Novo Banco Revelação Jovem Fotografia em Portugal, promovido em parceria com a Fundação Serralves. O objetivo "é incentivar a produção e criação artística de jovens talentos portugueses, tendo por base uma lógica de divulgação, lançamento e apoio a todos os que recorram ao medium fotografia".

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Advogados portugueses distinguidos com o “Client Choice Awards”

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m grupo de oito advogados portugueses foi distinguido com o prémio “Client Choice Awards”, há cerca de duas semanas. O prémio, atribuído pelo grupo britânico Globe Business Media, tem por base recomendações efetuadas por diversos responsáveis jurídicos que elegem o seu advogado favorito, tendo como parâmetros de avaliação a atenção ao cliente e a excelên-

cia do seu trabalho. Os advogados portugueses selecionados este ano foram Mafalda Oliveira Monteiro, sócia da Miranda, que venceu na categoria de bancário e financeiro, em Portugal, Gustavo Ordonhas Oliveira e Gonçalo Anastácio, sócios da SRS Advogados, distinguidos como os melhores advogados portugueses respetivamente nas áreas de merca-

do de capitais e competition & antitrust , Miguel Teixeira de Abreu, da Abreu Advogados (corporate tax), Filipe Azoia e Paulo de Moura Marques, ambos da A AMM (o primeiro distinguido em employment & benefits e o segundo em public law), e Tomás Vaz Pinto e João Soares da Silva, ambos da MLGTS (o primeiro em general corporate e o segundo em M&A). 

Novo “Código do Procedimento Administrativo Anotado”

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nova obra de Luiz S. Cabral de Moncada, “Código do Procedimento Administrativo - Anotado”, pretende explicar os principais procedimentos ligados ao direito administrativo, tanto a especialistas como ao público em geral. O objetivo desta obra é servir de guia na compreensão e aplicação do novo Código do Procedimento Administrativo, familiarizando os leitores com as soluções jurídicas apresentadas. “Uma obra desta natureza justifica-se face à constante e rápida evolução do direito adminis-

trativo português. A abertura ao direito europeu e ao internacional de que dá testemunho bem como o desenvolvimento da doutrina nacional e a abundante jurisprudência requerem uma permanente atualização de conhecimentos”, lê-se na nota de apresentação do livro, editado em novembro de 2015 pela Coimbra Editora. Luiz S. Cabral de Moncada é professor universitário de direito administrativo e constitucional e advogado especializado em questões de direito administrativo geral, urbanismo e regulação. 

Ordem e EAD firmam protocolo de cooperação

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Ordem dos Advogados assinou um protocolo de cooperação com a EAD- Empresa de Arquivo de Documentação, para facultar aos associados condições mais vantajosas no acesso aos serviços de custódia e gestão documental prestados por esta empresa. Entre os serviços contemplados pelo novo protocolo estão a recolha, transferência, alo-

jamento, conservação, consulta e eliminação de documentação. A parceria tem a duração de um ano. “A qualquer altura é necessário extrair uma certidão num processo e a forma como hoje estão os arquivos dos tribunais torna quase impossível a localização do mesmo”, diz Elina Fraga, bastonária da Ordem dos Advogados, citada

pela publicação especializada “Advocatus”. “Perdem-se dias e dias à procura dos documentos, sem qualquer catalogação e sem forma que permita uma localização imediata do processo. Os tribunais têm de pensar, tal como a Ordem o fez, na digitalização dos seus arquivos, pois o espaço físico é limitado”, adianta a mesma responsável.

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Miranda absorve Amorim Advogados A Miranda Advogados anunciou a inte- nal e internacional dos últimos anos, a gração da Amorim Advogados na sua crise económica acabou por gerar oporequipa de trabalho, reforçando, assim, a tunidades muito interessantes, especialoperação no norte do país e em empre- mente na região norte de Portugal. Prosas vocacionadas para a exportação. va disso mesmo, são as exportações de Em comunicado, a Miranda afirma que, mercadorias que, no último ano, regiscom a integração da firma liderada por taram um forte crescimento impulsionaTiago Amorim, a sociedade consolida o das, em grande medida, pela atividade crescimento nas áreas público e imobi- da indústria automóvel, do mobiliário, liário e ainda do contencioso e arbitra- do ferro, do ferro fundido e do aço”. gem, reforçando a proximidade ao mer- O sócio da Miranda considera que “a cado empresarial do norte do país. integração da Amorim Advogados, pelo A Amorim Advogados foi fundada em profundo conhecimento que os seus 2009 e “tem uma prática consolidada profissionais têm do mercado nortenho, em todas as áreas do direito, com par- será uma mais valia para a nossa societicular incidência nas áreas do direito dade e um passo importante para nos público e da arbitragem”, explica ainda posicionarmos cada vez mais como um a sociedade em comunicado. parceiro estratégico das empresas porTiago Amorim, atual líder da Amorim Ad- tuguesas que pretendam expandir-se vogados, integra a Miranda Associados além-fronteiras”. na qualidade de sócio. Alberto Galhardo Simões frisa ainda que Segundo Alberto Galhardo Simões, um “o know-how assinalável que a Amorim dos sócios da Miranda, “apesar dos de- Advogados possui em duas áreas que, safios impostos pela conjuntura nacio- nos últimos anos, têm ganho algum pro-

tagonismo na nossa atividade – a área de público e imobiliário e a área de contencioso e arbitragem –, foi igualmente um fator decisivo para a concretização desta integração”. Por seu lado, Tiago Amorim destaca a “vasta e sólida experiência internacional da Miranda, aliada ao nosso conhecimento do mercado português e das suas necessidades”, esperando que resulte “num casamento perfeito com um significativo benefício para os nossos clientes, nomeadamente para aqueles que possuem interesses nas jurisdições cobertas pela Miranda Alliance”. Tiago Amorim desenvolveu a sua atividade na Cuatrecasas, Gonçalves Pereira entre os anos de 1998 e 2006. Em 2006 fundou o escritório da Vieira de Almeida & Associados no Porto, projeto pelo qual foi responsável até 2009, ano em que decidiu criar um projeto próprio, fundando a Amorim Advogados.

Sérvulo e Associados integra rede global de serviços jurídicos entre Ásia e Ocidente A Sérvulo e Associados passou a integrar desde o final do ano passado a rede global de serviços jurídicos Cathay Associates, que visa essencialmente apoiar investimento chinês em Portugal, bem como, no sentido inverso, apoiar empresas portuguesas que queiram ir para a China. Desta forma, a sociedade de advogados portuguesa quer “estar presente nos mercados relevantes, selecionando os parceiros internacionais que garantam a qualidade do serviço jurídico”, justificou Paulo Câmara (na foto), managing director da Sérvulo e Associados. Lançada em finais de setembro, a Cathay Associates tem na sua origem sociedades de advogados in-

dependentes com track record relevante nos respetivos mercados e em operações transfronteiriças. Assim, está presente em 23 cidades asiáticas e europeias e estendeuse, entretanto, a Itália (Milão) e à Argentina (Buenos Aires). O pivô desta rede é a Kejie Law Office, uma boutique de advogados chinesa, que se liga, assim, a uma

rede de diversas sociedades de advogados europeias, que pretende servir de ponte entre a Ásia e o Ocidente. O mercado chinês continua a ter uma grande importância a nível mundial, no cenário global de investimento financeiro, tendo em conta não só a dimensão da sua população – 1.370 milhões de habitantes – como o seu crescente poder de compra, bem como a sua tradicional vocação para investir fora das suas fronteiras, enquadra ainda a sociedade de advogados portuguesa. Atualmente em franco crescimento, a Cathay Associates é composta por 18 sociedades de advogados, com escritórios em 21 países.

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Em trânsito: O ressuscitar

Por Ferreira Morais*

de um imposto falecido

» Carlos Rueda (na foto) acaba de ser nomeado novo sócio diretor da sociedade espanhola GómezAcebo & Pombo, presente também em Portugal. Antes da nomeação de Carlos Rueda para liderar o novo conselho de administração da sociedade de advogados luso-espanhola para os próximos três anos, foram ainda nomeados para sócios de indústria mais sete advogados, de várias áreas de prática jurídica, e ainda uma nova sócia de capital. » Luís Pais Antunes (na foto) é, desde 2015, o novo managing partner da PLMJ. O novo responsável pela sociedade de advogados de Lisboa foi nomeado até 2018, sucedendo a Manuel Santos Vítor, que ocupava o cargo desde 2008. Luís Pais Antunes, que integra a PLMJ há 18 anos como sócio da Área de Prática de Direito Regulatório, lidera agora o novo conselho de administração desta sociedade, que pretende, durante o atual mandato, focar-se na Internacionalização da firma e no desenvolvimento de parcerias internacionais. O novo managing partner tem um vasto currículo na área jurídica, nomeadamente na assessoria a transações na área de corporate, TMT, direito europeu e da concorrência. Além da área jurídica, Luís Pais Antunes foi ainda secretário de Estado do Trabalho, no XV Governo Constitucional, secretário de Estado Adjunto e do Trabalho, do XVI Governo Constitucional, bem como deputado da Assembleia da República e vice-presidente da respetiva Comissão de Assuntos Europeus, entre 2005 e 2009.

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á cerca de 12 anos, foi abolido o então vigente imposto sucessório, porém, recentemente veiculou-se a possibilidade de reintrodução daquela forma de tributação do património, existindo alguma probabilidade, ainda incerta, desta medida vir a ser reimplementada. A potencial nova contribuição para o erário público coincide temporalmente com as recentes, conhecidas e repetidas chamadas dos contribuintes à responsabilização por milhares de milhões de euros de perdas da banca comercial. Com o ressuscitar daquele tributo quem, futuramente, vier a ser chamado à sucessão de um “ de cujus” e pretender beneficiar da respetiva partilha de bens, terá de entregar ao Estado uma parcela muito substancial daquele património, muito provavelmente já objeto de taxação no momento da sua aquisição em vida do falecido. Independentemente da bondade, ou falta dela, de qualquer imposto, a “máquina” fiscal estará por certo pronta para captar mais esta fonte de receita. Assim sendo, cabe aos potenciais interessados avaliar,

ponderando todos os prós e contras eventualmente associados, se pretendem ver o seu “novo” património contribuir, mais um pouco, ou se em alternativa ponderam, pelas vias legais existentes e admissíveis, procurar mecanismos viáveis e aptos a evitar o que para alguns pode ser considerado um esbulho. Apesar de tudo, as soluções jurídicas disponíveis ainda vão permitindo a planificação de uma atuação conforme a legislação vigente e apta a obstar à imperiosidade daquela “inovadora” contribuição. Neste contexto, diversos interessados procuraram recentemente informar-se a respeito desta matéria, em busca de soluções que passam por uma ponderada e maturada decisão passível de garantir segurança jurídica e respeito pela lei. Os críticos desta “inovação” fiscal alicerçam as suas oposições na circunstância de assim estar a ser criada uma instabilidade indesejável no sistema contributivo, principalmente quando a inexistência do imposto sucessório era assumida como uma das poucas características da legislação fiscal nacional apta a atrair património e investimento estrangeiros. A comunidade estrangeira


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sénior (principalmente proveniente desta medida de reintrodução do de países como a Holanda, o Reino imposto “falecido” há uma dúzia de Unido e a Alemanha) residente em anos, defendendo-a e considerando Portugal vem manifestando preo- assim possível ao nosso país uma cupação com estas prováveis altera- equiparação com a grande maioria ções, procurando aconselhamento dos países da Europa Ocidental, nesta matéria. onde pontificam diversas espécies Esta comunidade está efetivamen- de tributação sobre a transmissão te perplexa com a potencial nova do património por herança. Os realidade, questionando – provavel- mentores desta ideia olvidam-se da mente com legitimidade redobrada incomensurável superioridade do – se a seguir não virão outras alte- nível de riqueza e do PIB daquelas rações fiscais em instrumentos jurí- nações, em relação à nossa, não fidicos até aqui pacificamente adquiridos, como no regime dos residentes não habituais e até mesmo nos tão difundidos vistos “dourados”. Dir-se-á que todas as medidas fiscais passíveis de, entre outras desvantagens e eventuais incongruências, afetarem investimento estrangeiro devem ser muito bem analisadas, antes mesmo de serem apresentadas e regulamentadas. Alguns entendidos na matéria consideram mesmo que a medida de reimplementação do imposto sucessório pode ser prejudicial ao ponto de fomentar uma perda de receita e de gerar inevitáveis desequilíbrios e arbitrariedades. Efetivamente, em situações concretas é relativamente frequente existirem heranças com diversas propriedades imóveis, potencialmente abrangi- cando aqueles ilustres estudiosos das por esta tributação e, em mui- isentos de lhes ser apontada a contos casos, os herdeiros destes bens vicção geral de que taxar os “pobres” poderão não dispor de capital para só os faz ficar ainda mais despojapagar o imposto a ressuscitar, fi- dos. cando potencialmente à mercê das Defendem ainda os mesmos que o atuais regras de penhoras, no caso imposto em causa será, de todos os de incapacidade de pagamento, re- possíveis, o mais justo por permitir alidade potencialmente extensível à limitar e corrigir a reprodução intransmissão de capital em empresas tergeracional da desigualdade sem de índole familiar, representativas penalizar uma comumente apelida maioria do tecido empresarial dada “lotaria de berço”. Esquecemnacional. -se, porém, do seguinte: nem todos Ainda assim, existem defensores os herdeiros nascem ricos, apenas

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ficando por vezes menos desabonados após o infeliz óbito de algum familiar. Os partidários da medida, proclamam igualmente a possibilidade de aquela vir a gerar receita e contribuir para reforçar uma educação e uma saúde tendencialmente gratuitas. Porém, o Estado não pára de aumentar as suas despesas e o seu défice, não conseguindo emagrecer inversamente as suas “gorduras” excessivas, daí advindo a convicção de podermos estar perante mais uma medida “tapa buracos” e que mesmo depurada dos seus malefícios e desequilíbrios venha a revelar-se desadequada e insignificante. Aliás, continuar a procurar correções dos desequilíbrios e das desigualdades à custa da captação de mais receita pode ser a maior cooperação para a manutenção daqueles, deixando-se por resolver as fontes desses problemas, escondendo-os pontualmente com mais dinheiro, frequentemente muito mal gerido pelo Estado. Sensatamente, e em respeito pela lei vigente, cabe a cada interessado antever os riscos patrimoniais deste “novo” imposto, submetendo as suas dúvidas e pretensões jurídicas ao aconselhamento e acompanhamento dos profissionais da área. Não podemos, contudo, deixar de considerar que a indefletível insegurança sobre quem, face às normais leis da vida possa falecer em primeiro lugar, deixará uma enorme margem de incerteza sobre se não estará sempre em aberto um limite dificilmente debelável às mais, ou menos, imaginativas (desde que legais) formas de contorno a esta “inovadora” contribuição.  * Sócio da FMS – Sociedade de Advogados Email: ferreiramorais@fms-advogados.com MARÇo de 2016

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Por Miguel Durham Agrellos e Paulo Pichel*

Transferência de residência fiscal de Espanha para Portugal: o regime fiscal de residentes não habituais

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aracterísticas gerais do regime português de tributação de residentes não habituais A liberdade de circulação de pessoas no espaço da União Europeia, associada à necessidade de os países promoverem a atração de indivíduos com elevados rendimentos ou património, tem determinado a criação de regimes fiscais mais favoráveis em alguns países europeus. Com efeito, num contexto de grande concorrência internacional, Portugal introduziu, em 2009, o regime fiscal de Residentes Não Habituais que tem em vista tributar mais favoravelmente, por um período de 10 anos, duas categorias de indivíduos: (a) indivíduos com rendimentos passivos tais como juros e dividendos ou rendimentos de pensões e (b) indivíduos com rendimentos decorrentes de atividades consideradas de elevado valor acrescentado segundo a Portaria n.º 12/2010, de 7 de janeiro, de 2010. A obtenção do estatuto de Residente Não Habitual em Portugal somente exige, para além dos habituais requisitos para determinação da residência fiscal (mormente, permanência em território nacional por mais de 183 dias num período

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de 12 meses ou existência de habitação em condições que faça supor a intenção de a utilizar como residência habitual) que o indivíduo em causa não tenha sido considerado residente fiscal em Portugal nos últimos cinco anos. Relativamente aos indivíduos que obtenham essencialmente rendimentos passivos ou de pensões, optou-se por um regime de isenção em Portugal de rendimentos obtidos no exterior desde que verificadas determinadas condições, como sejam: (i) a suscetibilidade de tributação dos rendimentos na fonte à luz das Convenções sobre Dupla Tributação (por exemplo, juros e dividendos) ou (ii) a não obtenção em território português do rendimento (por exemplo, o caso das pensões de reformas). Em traços gerais, o regime permite que um conjunto significativo de rendimentos obtidos no exterior fiquem isentos em Portugal o que determina, a final, que os montantes de imposto efetivo pagos correspondam aos montantes tributados na fonte (poderão, em determinados casos, ser inexistentes). Numa outra perspetiva, o regime pretende, por um lado, isentar de tributação em Portugal quaisquer rendimentos do trabalho obtidos e

tributados fora do território português ou atividades empresariais de elevado valor acrescentado suscetíveis de serem tributadas no exterior. Por outro lado, o regime permite a tributação dos rendimentos de atividades de elevado valor acrescentado realizadas em Portugal a uma taxa proporcional de 20%, tanto no que respeita a rendimentos do trabalho como a rendimentos empresariais. Pode, pois, falar-se numa alteração paradigmática da política de fiscalidade internacional do Estado português na medida em que, para uma série relevante de rendimentos, o critério da fonte assume preponderância ao invés da tradicional tributação segundo o critério do rendimento mundial, optando- -se por um regime que privilegia a aplicação do método da isenção como forma de eliminação da dupla tributação internacional. Para além disso, é levada a cabo uma estratégia de captação de “cérebros” através da aplicação de taxas de imposto proporcionais nas atividades de elevado valor acrescentado desenvolvidas em Portugal, significativamente mais baixas do que as taxas de imposto progressivas que seriam, em regra, aplicáveis segundo o regime geral.


Perfis de indivíduos que procedem à sua redomiciliação para portugal A latitude do Regime Fiscal de Residentes Não Habituais português cria condições de fiscalidade bastante atrativos num espetro considerável de indivíduos. Importa, pois, identificar sumariamente os distintos perfis prevalecentes. Perfil: “pensionista”. Trata-se, talvez, do perfil mais referido a propósito do Regime Fiscal de Residentes Não Habituais. Na verdade, a obtenção de pensões, nomeadamente através de fundos de pensões ou sistemas de segurança social não será tributada em Portugal, caso a pensão não tenha aí origem. Acresce que, no caso do pagamento de pensões com origem em Espanha, de acordo com a Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada entre Portugal e Espanha, a tributação das pensões cabe, em exclusivo, ao Estado de residência. Isto significa, na prática, que os pensionistas espanhóis poderão receber a sua pensão, enquanto residentes fiscais em Portugal, totalmente isenta de impostos, pois nem o Estado português nem o Estado espanhol têm pretensão de a tributar. Numa perspetiva puramente fiscal, a preocupação deste perfil de indivíduos centra-se não só nas taxas elevadas de tributação do rendimento mas, igualmente, na tributação do património devido à aplicação de imposto sobre fortunas e sobre sucessões. Importa esclarecer, a este propósito, que Portugal não tem um imposto geral sobre o património, existindo somente tributação de bens imobiliários localizados em Portugal e, no que respeita a imposto sobre as sucessões, grande parte

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Foto Sandra Marina Guerreiro

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das situações estão excluídas de tributação. Perfil: “investidor”. Nestes casos, o residente não habitual apresenta um considerável património, representando os rendimentos passivos obtidos a parte mais significativa do seu rendimento. Neste contexto, poderão ser considerados alguns aspetos na estruturação do património – eventualmente, antes mesmo da alteração da residência fiscal para Portugal – tendo em vista maximizar a eficiência fiscal do Regime Fiscal de Residentes Não Habituais. Perfil: “exercício de atividade de elevado valor acrescentado”. Por regra, estão em causa quadros superiores que pretendem fixar-se em Portugal por um período de tempo determinado, no âmbito de programas de mobilidade interna das empresas multinacionais onde colaboram. Em especial, no caso de trabalhadores, deverá ter-se em atenção as diferenças entre o regime de tributação dos rendimentos e o regime de contribuições para a Segurança Social (nomeadamente, para períodos de permanência inicial em Portugal inferiores a 2 anos, poderá ser utilizado o regime de destacamento

de trabalhadores no que respeita às contribuições para a segurança social). Alguns aspetos procedimentais a considerar Importa começar por referir que o Estatuto de Residente Não Habitual, é um estatuto individual. Por conseguinte, no caso de casais, cada um dos membros do casal deverá requerer a sua atribuição. Normalmente, embora tal possa revelar-se desnecessário, em especial, no caso de celebração de contrato de arrendamento, o primeiro passo para a obtenção do estatuto de residente não habitual em Portugal poderá consistir na obtenção do número fiscal português na qualidade de não residente. Para o efeito, será necessária a apresentação do Documento Nacional de Identificação ou passaporte válido. Note-se que, porque estão em causa cidadãos residentes em Espanha, não é necessária a nomeação de representante fiscal. O segundo passo passa pela fixação de residência em Portugal. É importante notar que a atribuição do Estatuto de Residente Não Habitual não exige a aquisição de casa MARÇo de 2016

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própria em território português. Por conseguinte, é possível obter o estatuto, por exemplo, fixando residência em Portugal através de um contrato de arrendamento. Em terceiro lugar, após a fixação de residência em Portugal, é necessário alterar os dados cadastrais junto da Administração tributária portuguesa, solicitando a inscrição como residente fiscal em Portugal. Em quarto lugar, no momento em que o indivíduo se inscreve como residente em Portugal, ou até ao final do mês de março do ano seguinte, deverá dar-se início ao procedimento de obtenção do Estatuto de Residente Não Habitual. Neste contexto, chamamos a atenção para a necessidade de reunião e apresentação de documentos que demonstrem o cumprimento dos requisitos para obtenção do estatuto. A este propósito, e uma vez que pode ser requerido pelas autoridades fiscais portuguesas no decurso do procedimento, entendemos ser prudente requerer uma certidão, junto das autoridades espanholas competentes, que ateste que, nos cinco anos anteriores, o indivíduo foi residente em Espanha. No caso de trabalhadores que pretendam exercer atividades de elevado valor acrescentado, será importante obter uma declaração das sociedades com que colaboram atestando o exercício de uma das atividades de valor acrescentado previstas na lei. Chama-se a atenção para o caso especial da atividade de “quadro superior de empresa”, que exige, segundo o entendimento seguido pelas autoridades tributárias portuguesas, a capacidade do indivíduo vincular a sociedade onde colabora. Entendemos, a este propósito, que os poderes de vinculação poderão ser limitados de acordo com a natureza e características da atividade desenvolvida. Em simultâneo com o procedimento de inscrição como residente em 52 act ualidad€

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Portugal, é necessário proceder ao cancelamento de residência em Espanha. Contudo, tem sido prática de alguns serviços da Agência Tributária espanhola exigir um comprovativo de residência fiscal em Portugal para proceder ao pleno cancelamento do estatuto de residente fiscal em Espanha. Assim, num plano prático, poderá justificar-se inscrição prévia como residente em Portugal, sendo de imediato solicitado às autoridades fiscais portuguesas comprovativo que ateste a inscrição do cidadão espanhol como residente fiscal em Portugal. Finalmente, no prazo de três meses após a fixação da residência em Portugal, será necessário requerer a emissão do certificado de registo de cidadãos da União Europeia junto do município da área onde foi fixada a residência. Comprovação da residência fiscal portuguesa junto da Agência Tributária espanhola É público que a Agência Tributária espanhola tem estado particularmente atenta às redomiciliações de cidadãos espanhóis para Portugal. De facto, considerando as vantagens previstas no regime fiscal de Residentes Não Habituais, outros aspetos da tributação geral em Portugal (rectius, ausência de tributação do património e de grande parte dos fenómenos sucessórios), bem como a proximidade geográfica entre os dois países, existe o risco de a deslocalização para Portugal ser puramente artificial, visando unicamente a fuga aos impostos em Espanha. A este propósito, a Agência Tributária espanhola terá já traçado um perfil que apresenta maior risco de comportamentos fraudulentos, enquadrando aí os indivíduos de média idade com rendimentos anuais superiores a cem mil euros e com elevado património. Segundo informação tornada pú-

blica, as autoridades espanholas irão verificar se os indivíduos que alteram a sua residência para Portugal, efetivamente fixam aí os seu núcleo principal ou base de interesses económicos. Para o efeito, serão considerados elementos tais como: o número de dias efetivamente passados em Portugal, a residência do cônjuge, o local onde residem e estudam os filhos, a utilização dos cartões bancários, frequência e tempo de estadas em território espanhol, etc. Em face do exposto, e para garantir a adequada resposta às autoridades fiscais espanholas que possam contestar a redomiciliação operada, entendemos aconselhável documentar adequadamente a vida em Portugal. Tal implicará, nomeadamente, a alteração dos titulares dos contadores de água, luz e gás mesmo em caso de celebração de contratos de arrendamentos bem como a conservação das faturas que atestem os respetivos consumos; a conservação de documentos que atestem as deslocações a Espanha; a matriculação dos automóveis em Portugal (que é, aliás, obrigatória caso se pretenda circular habitualmente em Portugal); a realização de compras relativas à economia doméstica utilizando cartões bancários de modo a mais facilmente documentar essas operações, etc. Afinal, o que se pretende é que seja possível mapear a localização do indivíduo que pretende opor às autoridades fiscais espanholas o estatuto de residente fiscal em Portugal, demonstrando que é aí que se encontra o seu núcleo de interesses principais, não estando, em consequência, preenchidos os critérios para ser considerado residente fiscal em Espanha.  * Advogados da Uría Menéndez-Proença de Carvalho (Porto) Emails: miguel.agrellos@uria.com ; paulo. pichel@uria.com


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setor imobiliário

sector inmobiliario

Recorde no investimento em imobiliário comercial na Europa em 2015

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investimento em imobiliário comercial na Europa em 2015 bateu um novo recorde, de acordo com os últimos dados publicados pela Cushman & Wakefield. O volume de investimento no último trimestre de 2015 alcançou os 70 mil milhões de euros, tendo o ano todo totalizado 264 mil milhões de euros, valor

Hotel A Brasileira no Porto

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o final de 2017, o Porto terá uma nova unidade hoteleira 5 estrelas bem no centro da cidade. Trata-se do Hotel A Brasileira que ocupará todo o imóvel da Rua Sá da Bandeira onde o famoso e histórico café portuense imperou desde 1903 graças à iniciativa do emigrante “abrasileirado” Adriano Soares Teles do Vale. O projeto do novo hotel, assinado pela APEL-Arquitectura, do arquiteto Ginestal Machado, não só preserva os elementos identitários e carismáticos do café A Brasileira, como valoriza todo o conjunto do histórico imóvel. A temática das especiarias, que marcaram os Descobrimentos portugueses, serão o elemento preponderante da nova unidade. 

que ultrapassou o ultimo recorde de 2007 de 230 mil milhões. O ano de 2015 foi igualmente excecional em Portugal, tendo o mercado de investimento imobiliário mais do que duplicado face ao registado em 2014, atingindo em 2015 um novo máximo histórico de €1,9 mil milhões. Os investidores estrangeiros tiveram um papel preponderante, representando 89% do volume transacionado. O capital oriundo dos EUA foi o mais significativo, responsável por 800 milhões de euros, seguido por Espanha e Alemanha, ambos com 220 milhões de euros. 

Preço das casas em Lisboa valoriza 7,1% no espaço de um ano

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s preços da habitação na cidade de Lisboa seguem em rota de crescimento, registando um aumento de 7,1% no espaço de um ano compreendido entre o terceiro trimestre de 2014 e o mesmo trimestre de 2015, revelou a “Confidencial Imobiliário”. Estes são os mais recentes dados do Índice de Preços Residenciais da “Confidencial Imobiliário” para o concelho de Lisboa, apurado com base em informação sobre venda proveniente do SIR – Sistema de Informação Residencial. De acordo com este índice, o preço das casas

no concelho de Lisboa apresentava no terceiro trimestre de 2015 uma variação homóloga de 7,1%. Olhando para o c omp or t a me nto dos preços em termos trimestrais, a nota também foi de fortalecimento, com o Índice de Preços Residenciais da “Confidencial Imobiliário” a revelar uma subida de 4,4% nos valores pra-

ticados entre o segundo e o terceiro trimestres de 2015 no mercado residencial do concelho de Lisboa. 

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sector inmobiliario

Banco Madrid vende sus pisos para atender a los acreedores

setor imobiliário

Venta de activos del Banco Popular

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anco Madrid ha iniciado la subasta individual de una veintena de sus inmuebles, que incluyen locales, oficinas e incluso pisos y plazas de garaje en zonas especialmente cotizadas de Madrid y otras grandes ciudades donde operaba la filial española de Banco Privada de Andorra (BPA). El listado incluye inmuebles situados en Barcelona, Valencia, Sevilla, Zaragoza, Valladolid,

Las Palmas de Gran Canaria o Santa Cruz de Tenerife y está disponible en la web www.concursobancomadrid.info, donde también se ofrecen detalles de cada local y el precio mínimo exigido. Cualquier interesado puede hacer llegar su oferta por este canal en un proceso supervisado por notario, siendo que el precio será el único factor a tener en cuenta para la adjudicación. 

l Banco Popular quiere este año reducir el peso que aún tiene el ladrillo en su balance en unos ocho mil millones de euros. Para conseguirlo, la entidad financiera presidida por Ángel Ron se ha propuesto un plan que pasa por vender en la primera mitad de año una cartera de activos inmobiliarios (inmuebles y créditos) valorada en unos cuatro mil millones de euros y colocar la misma cantidad en el segundo semestre, lo que supone vender en solo 12 meses alrededor de una cuarta parte de sus activos problemáticos. 

Ibercaja traspasa a Aktua su filial de activos inmobiliarios

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bercaja ha llegado a un acuerdo con el grupo Aktua, especializado en la prestación de servicios a instituciones financieras y la gestión de activos financieros e inmobiliarios, para la venta del 100% de su filial Gestión de Inmuebles Salduvia. En virtud de este acuerdo, Aktua se convierte en socio estratégico de Ibercaja durante los próximos diez años, en los que gestionará los actuales activos inmobiliarios en el balance del Grupo Ibercaja, los futuros activos inmobiliarios que sean incorporados al balance general

del Banco o de sus filiales inmobiliarias y la comercialización de otros activos inmobiliarios con financiación de la Entidad. Aktua pasará a gestionar con

esta operación más de 42.000 activos inmobiliarios pertenecientes en su mayoría a diferentes instituciones financieras españolas e internacionales. 

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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Premiados no XIII Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo em exposição pública A

Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola (CCILE) e a Junta de Extremadura, em parceria com o Club Gourmet do El Corte Inglés, em Lisboa, promoveram uma Montra de Vinhos, com todos os premiados da última edição desta prova de âmbito ibérico. A Montra ficará aberta ao público

visitante daquela unidade comercial até ao próximo dia 6 de março. Os 25 vinhos premiados no último Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo, uma iniciativa conjunta da CCILE e da Junta de Extremadura, foram distinguidos de entre um conjunto de cerca de uma centena de vinhos produzidos nas duas re-

giões fronteiriças e que foram testados numa prova “cega” por um júri, no passado dia 27 de novembro, em Lisboa. No total, foram premiados 14 vinhos alentejanos e 11 extremenhos, tendo o júri salientado a grande melhoria geral verificada nos produtos participantes no concurso de 2015. 

Academia do Vinho Verde promove ações de formação para viticultores A Academia do Vinho Verde e a Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG) promovem, este mês, em Amarante e Famalicão, novas ações de formação, no âmbito do ciclo de sessões que têm dedicado a vários temas, desde há várias semanas, e que já incluíu diversas cidades, como Fel-

gueiras, Braga, Ponte de Lima, entre outras. As sessões de formação para os viticultores da região são gratuitas e incidem sobre temas como a plantação e fertilização da vinha, as boas práticas culturais na região dos vinhos verdes, o apoio a novos viticultores, assim como o auxílio à formação de equipas

em diferentes pontos da região. As formações contam com uma forte vertente prática no campo, associada a uma sessão inicial de esclarecimentos sobre os fundamentos teóricos que permitem disciplinar a produção no sentido do equilíbrio entre quantidade e qualidade, entre outros temas. 

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vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

Churchill’s Dry White Port considerado “excelente” pela “Wine Advocate” O Churchill’s Dry White Port (na foto) recebeu uma pontuação de “excelente” pela revista de referência internacional “Wine Advocate”. A atribuição da elevada classificação (91 pontos) pelo crítico Mark Squires posiciona o vinho branco seco Porto da Churchill’s nos “mais altos padrões de excelência e legitima a sua elevada conceituação internacional”, sublinha a marca vinícola. O sistema de pontuação utilizado pela Wine Advocate vai de 50 a 100 pontos, e uma pontuação entre 9095 refere-se “a um vinho de excecional complexidade e caráter, ou seja, representa vinhos excelentes”. No ranking de 2015, é destacado o Dry White Port pela pontuação obtida, mas também pelas suas características únicas. Para Mark Squires, este Porto “é sobretudo seco, na perceção, mas não austero. Há apenas um ligeiro toque de açúcar no final”, refere, adiantando que este fator seco do Porto tem a particularidade de “ser interessante para harmonização com certos tipos de queijos e outros alimentos. (…) Para algumas har-

monizações, este pode ser o elo que faltava”: “Gostei muito”, rematou. Na classificação da Wine Advocate em 2015, outros vinhos da Churchill’s também obtiveram uma classificação positiva, atingindo pontuações entre 90-95, ou seja, considerados excelentes. É o caso do Churchill Graham Touriga Nacional 2012, com uma classificação de 90, o Churchill 20 Years Old Tawny Port, com 91 pontos, o Churchill’s Late Bottled Vintage Port 2007, com 92 pontos, e o Churchill Vintage Port “Quinta da Gricha” 2013, com classificação de 91-93. Maria Emília Campos, diretora da empresa de Vila Nova de Gaia, refere que “ter esta classificação de excelência para vários vinhos da Churchill’s é sempre gratificante, mas os 91 pontos para o Churchill’s Dry White Port são especiais. A Churchill’s apostou na criação de um Porto Branco aperitivo diferente, de uma forma muito ousada e pioneira. No início dos anos 90, engarrafou o Vinho do Porto Dry

White numa garrafa transparente, evitando referir propositadamente a indicação da idade”, explica ainda. A Churchill’s é uma pequena empresa familiar produtora de vinhos do Porto e Douro, que desde 2012 abriu um centro de visitas à sua adega, em Gaia, para “dar a conhecer melhor os vinhos” do Porto vintage daquela região. 

Visconde de Borba tinto DOC 2015, um alentejano genuíno O vitivinicultor alentejano Marcolino Sebo apresenta o seu Visconde de Borba Tinto DOC 2015, um vinho típico alentejano obtido a partir das castas autóctones Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet. Este Visconde de Borba Tinto DOC 2015, com 13,5% de volume, apresenta cor granada, aroma fino e elegante, onde sobressaem frutos vermelhos e

silvestres e algum floral. Na boca, é macio, redondo, encorpado, com uma ligeira acidez a equilibrar o conjunto. De salientar ainda a boa persistência final. Teve colheita e seleção manual das uvas, seguida de fermentação em cuba de inox com temperatura controlada e maceração e posterior estágio de três meses em garrafa.

Este vinho deve ser servido a uma temperatura de 16/ 18ºC, especialmente a acompanhar grelhados e carnes vermelhas. Deste novo vinho, foram produzidas 400 mil garrafas, com um preço de venda recomendado ao público (PVP) de 3,99 euros. Todo o processo foi supervisionado pelo enólogo Jorge Santos.  MARÇo de 2016

ac t ua l i da d € 57


ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Arkeyvata - Ata Na Hora é a primeira solução para criação e conservação digital de atas A Arkeyvata – Ata Na Hora é uma empresa recém-criada, pioneira na criação e gestão de atas na nuvem, que visa ajudar quer as empresas, quer outras entidades como associações ou condomínios. A solução é muito funcional e prática, sobretudo para quem gere, muitas vezes, a empresa à distância, garante Sara Proubasta, a diretora desta start-up.

A

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

criação e gestão de atas, – va e prática, já que os sócios, gerentes, de escolher qualquer plano, o usuário como o envio e a recolha das advogados ou contabilistas podem decida se o tipo de assinatura das atas, assinaturas necessárias ou aceder em qualquer momento e desde ao longo da vida da empresa, vai ser mesmo a sua consulta – pode qualquer dispositivo a este documento manuscrita ou eletrónica, explica Sara ser facilitada com a nova “ata legal. Arkeyvata-Ata Na Hora permi- Proubasta. online”. Segundo explica Sara Prou- te a possibilidade de escolher, entre Deste modo, para assinar eletronibasta, sócia gerente da nova empresa os seus planos, a gestão das atas com camente os documentos a partir de Arkeyvata, esta é a primeira solução de assinatura manuscrita ou com assina- qualquer lugar (ver caixa) bastará ter “Arkeyvata - Ata Na Hora”, que permi- tura eletrónica de documentos, não o Cartão de Cidadão ou certificado te criar e gerir uma ata via internet, de sendo possível a assinatura mista. Por- digital qualificado, adianta a mesma uma forma muito funcional, interati- tanto, é muito importante que, antes responsável. A alternativa pode ser a 58 act ualidad€

MARÇo de 2016


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

impressão da ata eletrónica, a assinatura manual da mesma e a sua posterior digitalização e arquivamento na plataforma da Arkeyvata, sendo recomendado, neste caso, que as atas físicas sejam encadernadas e conservadas. Seja como for, após a primeira assinatura da ata, o documento fica indisponível para eventuais alterações. Qualquer alteração que seja necessária, obriga à anulação da ata e criação de uma nova. As atas podem ser redigidas e arquivadas na plataforma da Arkeyvata, facilitando a atividade das empresas, pois as mesmas ficam mais harmonizadas e de fácil consulta, garante a advogada e criadora do projeto, que está agora em fase de lançamento. Solução multiplataforma de elevada segurança e confidencialidade O programa pode ser acedido através sempre possível criar de raiz um docude PC, tablet ou smartphone. No entan- mento mais conforme às necessidades to, a funcionalidade de assinatura digital da empresa. de documentos está restrita, por agora, O interface do programa permite à utilização no PC ou tablet. Por outro trabalhar com instruções em portulado, a solução pode permitir a utiliza- guês, espanhol ou inglês, mas a edição ção do Cartão de Cidadão português ou do texto é sempre em português. Tem certificado digital qualificado para apôr ainda a funcionalidade de pesquisa nas atas a assinatura eletrónica qualifica- por palavras chave. da que consta no mesmo. Entre os potenciais clientes da ArkeyvaÉ possível dar vários níveis de autorização de acesso aos documentos, consoante a responsabilidade de cada utilizador (conforme possam apenas visualizar, ou também assinar, etc.), e permite que os advogados e contabilistas partilhem notas e documentos A assinatura eletrónica qualificada aposta num documento online. eletrónico equivale – nos terOutra funcionalidade da plataforma mos do Decreto-Lei nº 290da Arkeyvata é que, com um mesmo D/99, de 2 de agosto, atualizalogin, o utilizador terá acesso imediado pelo Decreto-Lei nº 62/2003, to a todas as atas de todas as empresas de 3 de abril – à assinatura dos que gira ou nas que participe. documentos com forma escrita É ainda possível personalizar o tersobre suporte em papel. Deste mo de abertura com o logótipo da modo, implica as seguintes preempresa, facilitando a sua rápida idensunções: tificação, e no final as atas podem ser - a pessoa que apõe a assinaexportadas em formato PDF. A utilitura eletrónica qualificada é o zação é muito intuitiva graças às “mititular desta ou representante, nutas de atas” para os vários tipos de procedimentos legais previstos, mas é

ta, estão os empresários, sociedades, associações, fundações, cooperativas, condomínios, advogados, contabilistas e auditores que desejem controlar a gestão e/ou aceder às atas na hora. Para já, o programa está disponível apenas para entidades a operar em Portugal, mas Sara Proubasta quer estender o projeto também a clientes em Espanha. 

Validade e premissas da assinatura eletrónica com poderes bastantes, da pessoa coletiva titular da assinatura eletrónica qualificada - a assinatura eletrónica qualificada é aposta com a intenção de assinar o documento eletrónico e tem validade legal - o documento eletrónico não pode ser alterado após a colocação da assinatura eletrónica qualificada. A necessidade de qualquer alteração, implica a anulação da ata e a criação de um novo documento.

MARÇo de 2016

ac t ua l i da d € 59


Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Citroën E-Mehari

Modelo icónico regressa 100% elétrico A Citroën recuperou o seu icónico Méhari, que surge agora 100% elétrico. O novo E-Mehari surge da parceria entre o grupo Bolloré e a Citroën e será um cabriolé de quatro lugares, com um estilo moderno e inspirado no C4 Cactus.

A

Fotos DR

Citroën apresentou o eMehari que recupera o icónico Méhari, originalmente lançado em 1968. O novo modelo é cabriolé, pode transportar quatro pessoas e tem a particularidade de ser 100% elétrico. Em Portugal, o modelo original foi extremamente popular nos anos pós-25 de Abril, especialmente graças a um anúncio que era habitual na televisão. O novo E-Mehari surge da parceria entre o grupo Bolloré e a Citroën e será um cabriolê de quatro lugares com um estilo moderno, divertido e inspirado ligeiramente no Citroën C4 Cactus. Tal como o Mehari original, foi construído a partir de um material plástico que não sofre com os efeitos da corrosão, depende menos de manutenção 60 act ualidad€

MARÇo de 2016

em termos de pintura e é resistente aos pequenos toques. O e-Mehari utiliza um motor elétrico de 68 cavalos, alimentado por baterias polímero de lítio metálico, que permi-

tem uma autonomia de 200 km em ciclo urbano e uma velocidade máxima superior a 110 km/ h. As baterias de 30 kWh carregam totalmente em oito horas em tomadas de 16A e 13 horas


sector automóvil Setor automóvel

em tomadas domésticas 10A. com ele, para a bateria Uma particularidade das baterias é atingir a temperatura que estas têm de estar sempre ligadas à de funcionamento. corrente quando não estão a ser usadas, Este novo Citroën para manter a temperatura de funcio- mantém o mesmo namento. A Citroën inclui um modo design simples, de pausa que permite ter o carro des- “quadradão” e plástiligado da corrente quando não usado co do Mehari, com durante longos períodos de tempo. Só 3,810 metros de existe um problema: quando quisermos comprimento, 1,650 voltar a usá-lo, tem de se manter ligado metros de altura e 1,870 durante quatro horas sem poder andar metros de largura. A suspensão é elevada para permitir algum acesso fora da estrada e o interior é de materiais à prova de água, ou seja, quando for altura de lavar, basta abrir a mangueira. O tejadilho é constituído por uma capa removível, que se fecha através de um sistema de oclusão lateral retrátil, com grandes janelas transparentes. O utilizador pode decidir conduzir com a capota aberta apenas à frente, atrás, nas laterais ou na sua totalidade. O padrão das portas com as suas ranhuras, relembra o Méhari original, tal como as ondulações da carroçaria. Também as cores exteriores refletem as apresentadas no lançamento do Méhari original.

Estará disponível em quatro cores exteriores, (azul, laranja, amarelo e bege), duas cores da tela do tejadilho, (preto e vermelho alaranjado) e duas cores interiores (bege e vermelho alaranjado). A capacidade da bagageira varia entre 200 e 800 dm3, através do rebatimento do banco traseiro. Dos quatro lugares reais, um dos assentos é rebatível. O chassi é elevado para permitir uma condução em todos os tipos de terreno. Produzido na fábrica de Rennes da PSA Peugeot Citroën, o E-Mehari começará a ser vendido na primavera de 2016. Terá um preço de 25 mil euros, a que acresce um custo mensal de 79 euros referente à utilização das baterias. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Economia portuguesa cresceu 1,5% em 2015

Foto DR

A

economia portuguesa cresceu 1,5% no ano passado, após uma taxa de 0,9% em 2014, traduzindo um contributo menos negativo da procura externa líquida, estima o INE. Ainda de acordo com a estimativa rápida referente às contas nacionais trimestrais do quarto trimestre de 2015, o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no quarto trimestre, traduzindo em larga

medida a desaceleração do investimento, adianta o INE. A procura externa líquida registou um contributo negativo inferior ao observado no terceiro trimestre, refletindo a desaceleração das importações de bens e serviços, mais do que a das exportações de bens e serviços. Comparativamente com o terceiro trimestre, o PIB registou uma variação de 0,2% em termos reais.

Inflação homóloga aumenta em janeiro

Excedente externo aumenta em 2015 para 1,7%

O ritmo de crescimento dos preços em Portugal está a acelerar, tendo em conta que o índice de preços no consumidor cresceu 0,8% em janeiro, face ao mesmo mês de 2015, e que duplicou a variação homóloga de dezembro, que tinha sido de 0,4%. De acordo com o INE, na variação homóloga e sem contar com os produtos alimentares não transformados e com a energia, a subida foi superior, de 1%, também acima de 0,5% em dezembro. O índice relacionado com os preços do setor energético atenuou as quedas (de -1,5% em dezembro para -1,3% em janeiro), contribuindo também para a recuperação global da inflação. As comunicações, as bebidas alcoólicas e o tabaco registaram a maior variação interanual de preços, enquanto o vestuário e calçado passou de uma queda de mais de 2% em dezembro para um aumento ligeiro em janeiro. Contudo, a variação mensal (comparada com o mês anterior) foi pior em janeiro, com os preços a caírem 1% contra uma variação negativa de 0,3% em dezembro.

O saldo da balança corrente e de capital – que mede o equilíbrio entre a economia portuguesa e o exterior – reforçou-se em 2015 de 2.770 para 3.066 milhões de euros. Ou seja, de 1,6 para 1,7% do PIB, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal. Depois de anos de sucessivos défices, Portugal atingiu uma posição excedentária em 2012, tendo-a conservado desde então. "Para essa evolução, contribuiram todas as componentes da balança corrente, com exceção do rendimento primário, o qual foi influenciado por um maior défice dos rendimentos de investimento e por um menor recebimento de fundos comunitários", enquadra o Banco de Portugal Este reforço foi o resultado de uma melhoria do saldo da balança de bens e serviços, que aumentou 1,1 mil milhões de euros. Isso deveuse a um menor défice na balança comercial de bens, mas principalmente a um excedente mais elevado na balança de serviços, com especial destaque para o turismo, que continua a crescer a um ritmo acelerado.

Indicador de clima económico OCDE alerta que Zona Euro volta a diminuir ligeiramente arrisca "ficar presa em O indicador de clima económico, disponível até janeiro de 2016, crescimento e inflação baixos" "manteve a trajetória dos últimos quatro meses voltando a diminuir A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico está mais pessimista sobre os desenvolvimento na economia mundial, sobretudo tendo em conta a evolução na Zona Euro, que este ano deverá crescer 1,4%, o que representa uma desaceleração face aos 1,5% de 2015 e menos 0,4 pontos percentuais do que a organização antecipava em novembro. Para 2017, a OCDE estima que a Zona Euro cresça 1,7%. "A recuperação lenta da Zona Euro é um fator importante que está a prejudicar a recuperação global e a deixar a Europa vulnerável a choques globais. Isto ocorre no contexto de um estímulo monetário excecional, taxas de câmbio e desenvolvimento [dos preços] das matérias primas favoráveis", de acordo com as previsões de crescimento intercalares da OCDE, publicadas a 18 de fevereiro.

62 act ualidad€

MARÇo de 2016

ligeiramente", revela o INE. Os índices de volume de negócios da indústria e dos serviços registaram variações nominais negativas em dezembro, mais acentuadas que no mês precedente, o que poderá refletir sobretudo variações negativas de preços. O INE adianta que "observando a atividade económica na perspetiva da despesa, é de referir que o indicador quantitativo do consumo privado moderou o seu crescimento homólogo em dezembro, enquanto o indicador de FBCF aumentou, devido essencialmente à componente de material de transporte". No quarto trimestre, a taxa de desemprego foi de 12,2%, 0,3 pontos percentuais acima do verificado nos dois trimestres anteriores, mas abaixo do registado no período homólogo de 2014 (13,5%). O emprego aumentou 1,6% em termos homólogos (0,2% no terceiro trimestre) e a população ativa aumentou 0,1%, após ter diminuído 1,1% no trimestre anterior. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org


MARÇo de 2016

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-noviembre de 2015

D

e nuevo ponemos en conocimiento de nuestros lectores los datos estadísticos recientemente hechos públicos por Datacomex-Estadísticas de Comercio Exterior Español referentes a los once primeros meses del año 2015. El comercio entre los dos países sigue manteniendo un ritmo muy dinámico, en ambos sentidos, con una cifra global, es decir ventas más compras, que supera los 26,3 mil millones de euros, frente a los 25,6 mil millones de euros alcanzados en igual período del año 2014. En este periodo las ventas españolas a su vecino Portugal se incrementaron en un 0,8% y las ventas portuguesas a España lo hicieron en un 6,3%. En este número de la revista “Ac-

tualidad Economia Ibérica” se publican diversos cuadros estadísticos que posibilitan un análisis mas detallado y una mejor apreciación de esta evolución del intercambio comercial bilateral. El mercado portugués ocupa la quinta posición entre los principales clientes de España (cuadro 2) con un peso relativo del 7,1% y la octava posición entre nuestros principales proveedores con un peso relativo del 3,9% sobre el total de las importaciones españolas Al analizar las principales partidas de la oferta española a Portugal (cuadro 5) encabezan esta lista el sector de los vehículos automóviles: tractor (1,5 mil millones de euros) las máquinas y aparatos mecánicos (1,1 mil millones de euros) y las materias plásticas; sus manu-

facturas (mil millones de euros), y en el sentido contrario la lista está liderada también por los vehículos automóviles: tractor (1,1 mil millones de euros), los combustibles, aceites minerales (mil millones de euros) y las materias plásticas; sus manufacturas (637,3 millones de euros). Por lo que a la distribución por CC.A A. se refiere, Cataluña mantiene el liderazgo entre las regiones proveedoras de Portugal, con una cifra de ventas que supera los 4.138,7 millones de euros (el 25,2% del total de las ventas españolas a Portugal) seguido de la comunidad autónoma de Madrid con 2.480,9 millones de euros (15%) y Galicia con 2.179,6 millones de euros (13,3%). Respecto a las compras españolas, la Comunidad Autóno-

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-noviembre 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

VENTAS COMPRAS Cober (%) 15 ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14

Saldo 14

Cober (%) 14

ene

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

1.436.248,40

828.723,58

607.525

173,31

feb

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

1.330.648,69

778.196,06

552.453

170,99

mar

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

1.486.623,20

834.072,48

652.551

178,24

abr

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

1.497.825,83

767.223,04

730.603

195,23

may

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

1.436.271,77

955.599,39

480.672

150,30

jun

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

1.447.774,20

889.295,80

558.478

162,80

jul

1.674.117,52

978.191,32

695.926

171,14

1.597.452,96

924.744,78

672.708

172,75

ago

1.265.446,98

757.335,49

508.111

167,09

1.272.695,12

647.563,16

625.132

196,54

sep

1.587.123,43

902.605,53

684.518

175,84

1.627.209,93

880.367,82

746.842

184,83

oct

1.563.637,65

968.476,56

595.161

161,45

1.696.293,15

925.808,50

770.485

183,22

nov

1.524.960,94

932.714,75

592.246

163,50

1.485.747,56

872.647,76

613.100

170,26

dic

0,00

0,00

0

0,00

1.430.819,99

881.014,32

549.806

162,41

16.443.458,51

9.889.942,13

6.553.516

166,26

17.745.610,79

10.185.256,68

7.560.354

174,23

Total

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 act ualidad€

MARÇo de 2016


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero a noviembre 2015

ma de Galicia ocupa la primera posición con 1.734,5 millones de euros (17,5% del total de las compras españolas de Portugal), seguido de la Comunidad de Madrid con 1.664,4 millones de euros (16,8%), y en la tercera posición Cataluña con 1.629,4 millones de euros (16,5%). Estas tres CC.A A. representan el 52,5 % del comercio entre los dos países. En los últimos quince años las ventas españolas y las ventas portuguesas han registrado año tras año crecimientos significativos, a excepción de los años 2009 (quiebra del -27%) y del 2013 (quiebra del -3 %) pero con recuperaciones muy rápidas en los años siguientes. Por ejemplo en el año 2000 el mercado español vendió para su vecino Portugal productos y servicios por valor de 11,8 mil millones de euros y transcurridos catorce años en 2014 las ventas superaron los 17,7 mil millones de euros. Respecto a las ventas portuguesas para España en el año 2000 estas registraron una cifra de 4,6 mil millones y en 2014 superó los 10,1 mil millones. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

1

001 Francia

35.832.031,93

2

004 Alemania

25.036.489,10

3

005 Italia

17.249.040,74

4

006 Reino Unido

16.807.139,79

5

010 Portugal (d.01/01/86)

16.443.458,51

6

400 Estados Unidos

10.509.903,02

7

003 Países Bajos

7.218.616,89

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

6.128.979,31

9

204 Marruecos

5.571.762,36

10

052 Turquía

4.699.858,75

11

060 Polonia

4.438.910,84

12

720 China

4.068.907,06

13

412 México

3.924.415,08

14

039 Suiza (d.01/01/95)

3.578.938,17

15

208 Argelia

2.908.232,40

16 17 18 19 20

632 Arabia Saudí 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 732 Japón 030 Suecia SUBTOTAL TOTAL

2.800.472,24 2.647.763,45 2.532.995,88 2.254.706,21 2.047.684,11 176.700.305,83 230.085.841,69

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Ranking principales países proveedores de España enero a noviembre 2015 Orden País 1

004 Alemania

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a noviembre 2015 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.118.872,08

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

1.043.875,06

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

637.331,14

4

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

578.237,97

5

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

414.506,11

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

359.641,77

7

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

346.069,59

8

24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS

336.033,22

9

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

001 Francia

27.374.791,66

720 China

21.613.652,29

4

005 Italia

15.863.792,74

5

400 Estados Unidos

11.831.322,03

6

006 Reino Unido

11.317.904,70

7

003 Países Bajos

10.482.018,86

8

010 Portugal (d.01/01/86)

9.889.942,13

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

6.471.896,55

10

208 Argelia

5.988.717,56

11

204 Marruecos

4.529.800,36

12

052 Turquía

4.375.579,97

13

288 Nigeria

4.343.853,20

14

060 Polonia

4.106.703,85

15

412 México

3.379.278,03

16

061 República Checa (d.01/01/93)

3.372.726,69

17

632 Arabia Saudí

3.208.787,56

18

075 Rusia (d.01/01/92)

3.034.373,91

19

007 Irlanda

2.948.358,33

20

732 Japón

2.913.237,70

SUBTOTAL

190.078.734,98

TOTAL

252.465.786,84

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

9.889.942,13

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a noviembre 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.543.122,56

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

1.084.364,56

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

1.041.511,66

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

906.805,60

5

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

862.497,97

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

572.497,03

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

548.438,40

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

488.400,83

9

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

466.522,22

TOTAL

16.443.458,51

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

2

333.436,93

TOTAL

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015

33.031.996,84

3

Importe

1

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero a noviembre 2015 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Cataluña

4.138.768,15

Galicia

1.734.507,63

Madrid, Comunidad de

2.480.890,82

Madrid, Comunidad de

1.664.449,92

Galicia

2.179.570,52

Cataluña

1.629.408,09

Andalucía

1.681.187,98

Comunitat Valenciana

973.623,13

Castilla-La Mancha

991.508,69

Andalucía

949.806,74

Comunitat Valenciana

972.159,30

Castilla y León

582.052,26

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

MARÇo de 2016

ac t ua l i da d € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas productoras de muesli

DP151004

Empresas españolas fabricantes de muebles

DP151101

Agencias de viajes en España

DP151102

Consultorías con experiencia en el sector metalmecánico en el País Vasco, Barcelona y Madrid

DP151103

Fábricas españolas de cerámica que hagan impresión en cerámica con inyección de tinta

DP151104

Empresas portuguesas importadoras y exportadoras

DP151201

Empresas españolas de cartón ondulado

DP160201

Panaderías en la zona de Galicia

DP160202

Empresas españolas proveedoras de envases PET (plástico) para el sector alimentício

DP160203

Empresas españolas fabricantes de sanitarios, muebles para baños, mobiliario de cocina y de cerámicas (revestimientos y pavimentos) para presentar sus servicios de comunicación de producto

OP160101

Pequeñas empresas españolas que realicen levantamientos técnicos de fachadas para poder fabricar los elementos de comunicación

OP160102

Empresas españolas operando en el mercado portugués para presentar sus servicios de comunicación

OP160103

Empresas ibéricas importadoras y exportadoras que realicen transportes por carretera de mercancías para presentar sus servicios

OP160201

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Agentes comerciais para a zona sul de Portugal com experiência no setor da papelaria, presentes e brinquedos

DE151106

Agente comercial em Portugal com experiência no setor das embalagens

DE151107

Fabricantes portugueses de calçado de segurança

DE151201

Empresas portuguesas fabricantes de meias

DE160201

Empresas portuguesas fabricantes de sinalização rodoviária

DE160202

Empresas portuguesas distribuidoras especializadas nos canais farmacêutico e ervanárias

DE160203

Empresas portuguesas distribuidoras de embalagens flexíveis para pastelarias e talhos

DE160204

Empresas portuguesas do setor têxtil especializadas em vestuário de algodão

DE160205

Empresa espanhola de compra e venda e transformação de peixe, procura empresas portuguesas interessadas na compra de sardinha e maruca

OE151103

Técnicos de segurança e engenheiros portugueses

OE151104

Sócio em Portugal para distribuir os seus produtos de cosmética e higiene corporal

OE160101

Empresas portuguesas de limpeza mecanizada de estradas para apresentar os seus produtos

OE160102

Explorações agrícolas em Portugal para expandir a sua atividade empresarial

OE160103

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

66 act ualidad€

MARÇo de 2016


oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

MARÇo de 2016

ac t ua l i da d € 67


calendário fiscal calendario fiscal >

S

T

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Março Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em janeiro/2016

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de fevereiro/2016

Entidades empregadoras

10

IRS/IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a fevereiro/2016

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)

21

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuado ou imposto de selo liquidado em fevereiro/2015

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

21

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas às remunerações de fevereiro/2015

Entidades empregadoras

21

IVA

Envio da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em fevereiro/2016, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É também aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em fevereiro/2016

Sujeitos passivos do IVA

A comunicação deverá ser efetuada por uma das seguintes vias: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através da aplicação no Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal das Finanças

31

IRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Sujeitos passivos que exercem a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola

1ª prestação (50%) ou a totalidade do PEC

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição- Não residentes, em janeiro de 2016

Entidades devedoras dos rendimentos

O momento da obtenção do rendimento pode ser no ato do pagamento, do vencimento, ainda que presumido, da sua liquidação ou do apuramento do respetivo quantitativo, consoante a natureza do rendimento

31

IRC

Envio da declaração para opção (ou alterações) pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2015 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

68 act ualidad€

MARÇo de 2016

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

BE 160101

F

BE160102

M

BE160103

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

ADVOCACIA

08/09/1988

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

CONSULTORIA OU GESTÃO DE PROJETOS

M

26/02/1975

INGLÊS/ ESPANHOL

ENGENHARIA MECÂNICA

BE160104

M

03/01/1961

INGLÊS

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO VISUAL

BE160105

M

INGLÊS/ PORTUGUÊS/ FRANCÊS

CONTROLO DE GESTÃO E FINANÇAS

BE160106

F

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

GESTORA DE COMPRAS/ COMERCIAL

BE160107

F

INGLÊS/FRANCÊS

ASSISTENTE COMERCIAL

BE160108

M

INGLÊS/ESPANHOL/ FRANCÊS

ADVOCACIA

BE160109

F

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ ALEMÃO

GESTÃO DE VENDAS / COMERCIAL

25/04/1987

24/01/1972

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

n ovM em Ab RÇ ro de 2016 4

ac t ua l i da d € 69


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Agenda cultural

Coleção Sonnabend em Serralves

Teatro

Autores contemporâneos nos teatros nacionais de Lisboa e Porto No mês em que se assinala o Dia Mundial do Teatro (27 de março), deixamos-lhe duas sugestões de peças que vivem da escrita de autores contemporâneos. No Porto, o Teatro Nacional de São João leva a cena, entre os dias 24 e 27, os textos “Águas Profundas + Terminal de Aeroporto”, do dramaturgo britânico Simon Stephens. Uma escolha do encenador Nuno M. Cardoso, que apresenta um autor que nos confronta com “linguagem precisa, dura e amarga”.

Stephens transporta-nos para as imediações de um aeroporto, com duas peças, que “tratam de formas diferentes de amor e perda, devolvendo-nos experiências de vida numa cidade onde se chega, se espera ou se parte”. Wastwater, título original de Águas Profundas (2011), “é o nome de um lago profundo e sombrio situado a poucos quilómetros de Heathrow, metáfora da escuridão e convulsão de um mundo só na aparência calmo, habitado por seis personagens apanhadas num momento crítico”. Em Terminal de Aeroporto (2010), “uma mulher assiste impotente ao esfaqueamento de um adolescente; numa viagem de Metro a caminho do aeroporto, lida com as consequências dessa culpa”.

Por sua vez, o outro Teatro Nacional, o lisboeta Dona Maria II, propõe um espetáculo dirigido a famílias com crianças a partir dos 10 anos. Chama-se “A Justiça, Pequena Conferência”, estará em cena até 12 de Março e resulta de um trabalho de Maria Duarte, Gonçalo Ferreira de Almeida e João Rodrigues baseado num texto do filósofo francês Jean-Luc Nancy que aborda temas como Deus, o Amor, a Justiça e a Beleza.

70 act ualidad€

Exposições

MARÇo de 2016

Um ano depois de ter sido protagonista de uma exposição no Museu da Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva, em Lisboa, a coleção Sonnabend volta a Portugal para uma mostra no Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Uma oportunidade para apreciar 61 pinturas, esculturas e instalações, produzidas entre 1956 e a atualidade, por 43 artistas, que representam a nata da arte europeia e americana. Uma parte dessas obras é apresentada pela primeira vez em Portugal, havendo também outras que regressam a Serralves, já que integraram a exposição inaugural do Museu, “Circa 1968” em 1999. A coleção “é considerada uma das mais importantes coleções de arte americana e europeia da segunda metade do século XX, representando alguns dos movimentos fundamentais da arte ocidental dos nossos dias” e foi criada por Ileana Sonnabend (1914-2007), uma das mais influentes galeristas do século XX; como sublinha Serralves: “Embora conhecida sobretudo pelo seu apoio aos principais protagonistas da arte pop, do minimalismo, da arte povera, do pós-minimalismo e da arte conceptual, Ileana Sonnabend deu continuidade ao seu compromisso até à sua morte em 2007. Um reflexo do apoio e do entendimento profundo de Ileana Sonnabend relativamente aos artistas com quem trabalhou nas suas galerias de Paris e Nova Iorque, a exposição revela a notável clarividência das suas escolhas ao longo de mais de cinco décadas e o seu duradouro legado.” Comissariada por António Homem, a exposição “The Sonnabend Collection. Meio Século de Arte Europeia e Americana. Part 1”, é organizada com a colaboração de Fondazione Musei Civici Venezia (MUVE), Ca’ Pesaro, em Veneza, e da Sonnabend Collection Foundation . A exposição está organizada em cinco núcleos. O primeiro núcleo é dedicado a Ileana Sonnabend, com destaque para “o retrato de Ileana por Andy Warhol e o retrato de Michael Sonnabend por George Segal, como testemunhos simbólicos e literais da importância destas figuras tutelares”. A arte pop americana e o nouveau réalisme francês constituem o segundo núcleo com pinturas e esculturas de Arman, John Chamberlain, Christo, Jim Dine, Jasper Johns, Roy Lichtenstein, Robert Morris, Claes Oldenburg, Robert Rauschenberg, James Rosenquist, George Segal, Mario Schifano, Andy Warhol e Tom Wesselmann. O terceiro núcleo expõe obras associadas à arte povera e à antiforma, da autoria de Giovanni Anselmo, Pier Paolo Calzolari, Jannis Kounellis, Mario Merz, Robert Morris, Bruce Nauman, Guilio Paolini, Richard Serra, Keith Sonnier e Gilberto Zorio. O quarto núcleo debruça-se sobre o minimalismo, com os artistas John Baldessari, Larry Bell, Mel Bochner, Peter Halley, Donald Judd, Clay Ketter, Sol LeWitt, John McCracken e Michelangelo Pistoletto. O quinto núcleo inclui uma peça de chão criada por Barry Le Va e pinturas dos neoexpressionistas alemães Jörg Immendorff, Anselm Kiefer e A. R. Penck, mostradas paralelamente a obras de Richard Artschwager, Carroll Dunham, Robert Feintuch, Fischli & Weiss, Michelangelo Pistoletto, Rona Pondick, Robert Watts e Terry Winters. Até 8 de maio, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto


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de artistas contemporâneos na National Gallery, em Londres, em 1990. O estatuto de Artista Associada da National Gallery implica a produção de obras que estabeleçam uma relação direta com a coleção desta instituição. A artista, residente em Londres, desde 1976, aceitou o convite, tendo trabalhado durante 18 meses num atelier situado no piso inferior deste museu britânico.

Até 24 de abril, na Casa das Histórias, em Cascais

Reconstrução de Lisboa após o terramoto em exposição em Londres

Paula Rego, a “caçadora furtiva”

Há novas histórias de Paula Rego no museu que alberga, em Cascais, boa parte da obra da pintora portuguesa, nascida em 1935. A Casa das Histórias Paula Rego exibe agora a exposição “Caçadora Furtiva”, com a curadoria de Catarina Alfaro. O nome da mostra decorre de uma expressão usada pela artista para descrever o seu processo criativo enquanto Artista Associada da National Gallery entre 1990 e 1991. “Tive muito medo e fiquei com uma certa apreensão! Mas para encontrar o nosso próprio caminho é necessário encontrar a nossa porta, como Alice. Ao tomarmos demasiadamente de uma mistura ficamos grandes demais, depois tomamos demasiado de outra e ficamos pequenos demais. Temos de encontrar a nossa própria entrada para as coisas… e eu pensei que a única maneira de nelas penetrar é, digamos, pela cave…precisamente onde fica o meu estúdio! Assim posso trepar lá acima, apanhar as coisas e trazê-las comigo para a cave, onde posso comê-las. E o que trago aqui para baixo varia imenso, mas trago sempre alguma coisa aqui para a minha toca. Aqui sou uma espécie de caçadora furtiva”. Paula Rego foi convidada a iniciar o projeto de residências

“Criação da Catástrofe: Como a arquitetura reconstrói comunidades” é o nome da exposição organizada pelo Instituto Real dos Arquitetos Britânicos (RIBA) que assinala o 350.º aniversário do Grande Incêndio de Londres, em 1666. A mostra aborda os cinco planos de reconstrução da capital britânica após o incêncio (nunca utilizados), bem como o exemplo da reconstrução de Lisboa, após o terramoto de 1755. Por lá se encontra o modelo tridimensional da chamada “gaiola pombalina”, o sistema de construção antissísmica usado para erguer os edifícios do que agora conhecemos como Baixa Pombalina. Na exposição são focados os planos de reconstrução de várias zonas do globo, que desde o século XVII até aos nossos dias têm sido destruídos por catástrofes. Entre os exemplos focados estão também a recontrução de Chicago, após o fogo de 1871, do Chile, após o terramoto e tsunami de 2010, de Tóquio, depois do terramoto de 2012, de Lagos (Nigéria), depois das cheias de 2012, de Hoboken, New Jersey, (EUA), após o furacão de 2012, entre outros casos.

Até 24 de abril, na The Architecture Gallery, em Londres

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

“Belas Artes da Academia. Uma Coleção Desconhecida” Um retrato gigante de D. Maria II abre a exposição “Belas Artes da Academia. Uma Colecção Desconhecida”, homenageando a monarca que mandou criar a Academia das Belas Artes de Lisboa, depois da Revolução de Setembro de 1836. A instituição viria a originar a atual Academia Nacional de Belas Artes, refundada em 1932. Os 180 anos de história celebram-se com uma exposição composta por uma centena e meia de pinturas, esculturas e desenhos de artistas nacionais, produzidas desde o século XVIII até ao presente. Podemos vê-las na Galeria de Pintura do Rei D. Luís (Palácio Nacional da Ajuda) até ao fim deste mês. As obras são provenientes da Galeria

Nacional de Pintura (que permaneceram na Coleção da Academia), de Conventos extintos pelo liberalismo, doações, trabalhos de alunos da Academia e obras premiadas. Recorde-se que “a Academia reúne artistas, historiadores e investigadores de arte e museólogos que se propõem intervir na Cultura usando as suas competências e criatividade”, tendo assumido “durante quase dois séculos uma missão qualificada de estudo, de formação e de reflexão crítica através de comunicações, conferências e outras colaborações, enriquecendo em simultâneo a sua coleção de obras de arte”.

Até 31 de março na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, no Palácio Nacional da Ajuda MARÇo de 2016 març

ac t ua l i da d € 71


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No Tágide, a “ninfa inspiradora” é a gastronomia portuguesa

A reabertura do restaurante Tágide no começo deste milénio veio devolver a Lisboa um espaço de lazer histórico, frisa Suzana Barros, proprietária e administradora do espaço, que mantém o nome que a mitologia associa às ninfas do Tejo. Mas se o rio e a vista sobre a parcela mais antiga da cidade inspiram os comensais no Tágide, o chefe Nuno Diniz atribui à gastronomia portuguesa igual responsabilidade.

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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uís de Camões invoca as Tágides no início de “Os Lusíadas” para o ajudarem a contar a História de Portugal em verso, à luz da mitologia grega, que atribuía às ninfas poderes inspiradores. Poderes semelhantes aos que inegavelmente sentimos quando temos pela frente um cenário como o que se avista da sala de refeições do restaurante Tágide, em Lisboa. O nome poderia ficar logo justificado com essa cascata lisboeta, que se organiza do castelo, à Baixa Pombalina, iluminada pelo Tejo. No entanto, a assinatura do chefe Nuno Diniz, consultor da cozinha do Tágide há sete meses, é garantia de que a visão não é o único sentido a intermediar esses poderes. Até porque Nuno Diniz é um defensor convicto das virtudes intrínsecas da gastronomia portuguesa, quer enquanto cozinheiro, quer enquanto investigador e professor: “À medida que vou conhecendo mais sobre as

72 act ualidad€

MARÇo de 2016

outras gastronomias, mais aprecio a diferentes”. Apaixonado pelo tema, portuguesa. A nossa cozinha é com- o chefe aponta o fumeiro a frio de pletamente fascinante enquanto so- Montalegre: há janelas abertas nos matório de influências, algumas mi- palheiros onde se faz o fumeiro, o que lenares e díspares. Os árabes saíram abranda o processo, mas prolonga a de Portugal há quase mil anos e ainda durabilidade do produto e potencia encontramos pratos completamente várias camadas de sabores. “O que é árabes em Monchique, por exemplo. para muitos considerada uma técnica As culturas mudam, mas as memó- moderna, é ancestral na gastronomia portuguesa”, sublinha, acrescentando rias gastronómicas mantêm-se.” Empenhado em preservar esse somató- que “no fumeiro somos, sem dúvida, rio de influências e memórias, dando re- os melhores do mundo. O investigalevo aos produtos e receitas de qualidade dor defende que é preciso comunicar portugueses, o chefe mantém-se curioso: essa e outras vantagens da cozinha “Um cozinheiro deve ser um contínuo portuguesa: “Se queremos defender e investigador, um chefe tem que ser um conhecedor, tem que estudar todos os dias. Eu estudo pelo menos uma hora, todos os dias e tenho 56 anos. O estudo é multidisciplinar porque a cozinha cruza-se com outras áreas.” Ultimamente, Nuno Diniz tem dedicado especial atenção aos fumeiros, tendo já identificado nas suas pesquisas pelo país, “mais de 100 fumeiros


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promover a gastronomia portuguesa, temos que usar produtos nossos, os que têm uma enorme qualidade.” O chefe concorda que o mundo dos vinhos já percebeu isso, ao apostar nas castas autóctones, mas “na cozinha, o caminho está a ser construído mais lentamente, à medida que os alunos vão saindo mais bem formados das escolas de hotelaria.” Professor de “Culinary Arts” na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, Nuno Diniz revela que atualmente “nas escolas de hotelaria se vive um ambiente mágico porque quem lá está quer mesmo lá estar”. O chefe confessa que adora “ajudar quem quer ser ajudado”, pelo que considera estimulante o desafio de contribuir pela educação para a afirmação da gastronomia portuguesa, que passa por “cozinhar o que é nosso”. Nuno Diniz lamenta, por exemplo, que “tendo Portugal uma enorme variedade de pratos de arroz”, seja “difícil encontrar restaurantes em Lisboa que os apresentem”. Em vez disso “não faltam risotos nas ementas”. O chefe considera que as coisas estão a melhorar, classificando a oferta de restauração em três: os restaurantes que servem cozinha popular, que “é normalmente muito bem feita”, já que é praticada por cozinheiros com um natural bom senso; os restaurantes

de topo, “onde a cozinha é brilhante” ; no meio há “uma massa informe de restaurantes”, com ementas que não defendem a boa gastronomia. Quando aceitou o convite para liderar a cozinha do Tágide, Nuno Diniz percebeu que poderia “dar maior visibilidade à cozinha portuguesa de qualidade neste espaço histórico de Lisboa”, de que já era cliente. O restaurante Tágide começou por ser uma discoteca de vanguarda, tendo recebido artistas como Charles Aznavour, nos anos 60, e abriu como restaurante em 1974. O restaurante recebeu uma estrela Michelin em 1981 e manteve-a até 1992. No final dessa década fechou, reabrindo anos mais tarde. Suzana Barros que está há oito anos à frente do novo Tágide, de que é co-propiretária juntamente com o marido Manuel de Brito, define o Tágide como “um clássico contemporâneo”, comprometido com “o bem-estar e satisfação dos clientes”. Se a vista é um argumento de peso, bem como a preservação das características pombalinas do edifício, aliada a uma decoração moderna e sofisticadada, Suzana Barros salienta que “o convite ao chefe Nuno Diniz também é uma aposta ganha”. O chefe assina uma carta recheada de propostas de gastronomia regional: destaque nas entradas para as amê-

espaço de lazer

ijoas à Bolhão Pato e para a terrina de foie gras com puré de marmelo e bolo rei; a lista de pratos principais inclui arroz de cabidela, ensopado de enguias, arroz de bacalhau com pataniscas , bacalhau à Brás, raia com xerém, alheira de Montalegre com batata e rojões à moda do Minho; das sobremesas fazem parte leite creme com bolo de cenoura e ananás dos Açores DOP com madalena de noz, entre várias outras opções. O menu de almoço (18,5 euros) inclui uma entrada, um prato principal, sobremesa, café e bebida. Ao jantar, as propostas são mais sofisticadas. Além da sala de refeições (primeiro andar), funciona no piso térreo um wine bar e tapas, que dá protagonismo aos vinhos e petiscos portugueses. “Lisboa tem falta deste tipo de espaços”, comenta Suzana Barros, sublinhado que o vinho do Porto ocupa um espaço de relevo na carta de vinhos. À sexta-feira pode contar igualmente com um saxofonista a animar o espaço e ao sábado com um DJ. O restaurante acolhe vários tipos de eventos, nomeadamente provas de vinhos e encontros empresariais.

Restaurante e Wine Bar Tágide Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 18 & 20, Chiado, Lisboa Tel. 213 404 010

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ac t ua l i da d € 73


últimas

últimas

Statements Para pensar

“Há vários instrumentos que estão a ser muito bem utilizados para incentivar a internacionalização das empresas. No entanto, parece-me insuficiente a estratégia do Estado na implementação de políticas que aproveitem os fundos disponíveis pelo ‘Plano Juncker’ e pelos fundos ligados à inovação” Gonçalo Lobo Xavier, board advisor da AIMMAP, numa conferência sobre oportunidades de exportação e internacionalização, 19/2/16

“Estou dececionado com o desempenho da Zona Euro como um todo, onde eu vejo uma ênfase exagerada na austeridade e uma preocupação excessiva na estabilidade de preços em detrimento da recuperação e crescimento”

Gene Grossman, economista e docente universitário norteamericano, que recentemente recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade do Minho, “Jornal de Negócios”, 17/2/16

“[Estou] muito preocupado com as tendências nacionalistas e populistas que são hostis à imigração (...) durante séculos, as economias têm prosperado com base na diligência, inovação e pura ambição dos imigrantes altamente motivados (...) Vai ser um grande erro, e muito caro, limitar a circulação de pessoas e ideias” Idem, ibidem

“Existem muitos fundos, que têm de ser aproveitados, como é o caso do Plano Juncker, cujas verbas são uma enormidade”

Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, acerca do crescimento do setor da construção e das perspetivas que podem ser alavancadas através do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (ou “Plano Juncker”), que prevê a mobilização de cerca de 315 mil milhões de euros, nos próximos três anos, em diversas áreas, “Expresso”, 16/1/16

act ualidad€

MARÇo de 2016

“[Para o desenvolvimento do segmento da reabilitação urbana e da captação de investimento] importa alargar os benefícios fiscais a outras tipologias de investimento [além da reabilitação de projetos particulares], disponibilizar rapidamente os meios do Portugal 2020, em especial os três mil milhões de financiamento previstos no Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbana, e garantir um ambiente fiscal estável para o investimento” Idem, ibidem




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