Actualidade Economia Ibérica - nº 226

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Actualidad

Economia ibérica abril 2016 ( mensal ) | N.º 226 | 2,5 € (cont.)

“Cepsa Portuguesa regista uma melhoria da atividade” pág. 08

“Orçamento do Estado de 2016 é amigo do crescimento e do investimento” pág. 50 Política orçamental promove “equilíbrio” entre procura interna e exportações pág. 54

Governo da Extremadura quer aumentar cooperação com Portugal pág. 58

Aplicaciones móviles emprender e innovar en un negocio en expansión

pág. 38


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Índice

índice

Foto de capa: BQ

Nº226 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro

& Partners entra 20.Pedersen no mercado português

Grande Tema 38.

Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copydesk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez

Las apps: emprender e innovar en un negocio en expansión

Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Cecilio Oviedo, Iñaki Carrera e Nuno Ramos Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal

Editorial 04. Apps: parceiros para os negócios

Opinião 06. 46.

Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787

Periodicidade: Mensal

“As vantagens menos evidentes da arbitragem” - Iñaki Carrera

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Tiragem: 6.000 exemplares

Comercio internacional de España en 2015 - Cecilio Oviedo

Atualidade 22. A oportunidade de encarar as empresas

como ativos transacionáveis

24. Jofebar com ritmo internacional,

depois da Casa da Música

28. Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

Iberia afianza su recuperación y anuncia vuelos más globales

E mais...

08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 34.Vinhos & Gourmet 44.Advocacia e Fiscalidade 48.Setor Imobiliário 50.Eventos 60.Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74.Statements

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editorial editorial

Apps: parceiros para os negócios

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telemóvel é, cada vez mais, uma ferramenta imprescindível para o nosso dia a dia, não só para as relações pessoais, mas também para as prof issionais. Nos últimos anos, surgiram programas e aplicações que facilitam o desenvolvimento das empresas, nomeadamente das pequenas e médias, de uma forma até há pouco tempo inimaginável. As aplicações

móveis, ou apps, são o melhor parceiro para determinados negócios, em especial os ligados ao comércio eletrónico. Permitem um ser viço 24 horas por dia, dirigir-se a grupos específ icos de consumidores, controlar o negócio por uma só pessoa, descobrir novos usuários e é o melhor canal de comunicação com os clientes. Em resumo, facilitam a nossa vida e potenciam os negócios, como se pode ver na reportagem das págs. 38 a 43 4 act ualidad€

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desta edição, que aborda alguns casos de desenvolvimento destas soluções, quer em Portugal quer em Espanha. Estas aplicações são também uma forma de potenciar a criatividade das pessoas, em especial de empreendedores que procuram soluções aos problemas reais. E é importante sublinhar que são sobretudo os jovens os que arriscam e procuram novos ser viços que deem resposta às necessidades do mercado. É verdade que muitos sonham ser os donos de um novo caso de sucesso, como os do Facebook ou W hatsapp, mas o certo é que a experiência de criar aplicações móveis é uma forma de enfrentar o mundo dos negócios, em muitos casos pela primeira vez. E têm uma grande vantagem: não exigem um grande investimento. Em algumas situações, as apps acabam por se tornar, mesmo, casos de sucesso, mas as estatísticas dizem que só cerca de 10% dos empreendedores conseguem ganhar dinheiro. Os que fracassaram com as suas propostas sabem que faz parte do percurso e af irmam que é um setor muito vivo e com muito potencial pela frente. Não vale a pena desistir. Nesta edição, f ique ainda a conhecer a evolução que tem tido o mercado de combustíveis em Portugal e as estratégias da Cepsa Portuguesa para garantir produtos de maior valor aos seus clientes.  Email: actualidade@ccile.org

Estatuto editorial da Actualidad€Economia Ibérica A Actualidad€-Economia Ibérica é uma revista mensal de informação geral, que pretende dar, através do texto e da imagem, uma ampla cobertura dos mais importantes e significativos acontecimentos nacionais e internacionais, com destaque para a atividade económico-financeira de âmbito ibérico. A Actualidad€-Economia Ibérica é independente do poder político, económico ou outros, procurando uma abordagem objetiva dos temas e de interesse para o público em geral. A Actualidad€-Economia Ibérica identifica-se com os valores da democracia pluralista e solidária e defende o pluralismo de opinião. A Actualidad€-Economia Ibérica assume o compromisso de respeitar, no exercício da sua atividade, o cumprimento rigoroso dos princípios deontológicos e da ética profissional dos jornalistas, assim como de respeitar a boa fé dos leitores. A Actualidad€-Economia Ibérica pauta-se pelo princípio da distinção entre informação factual e opinião, as quais devem ser claramente separadas e identificadas, e respeitando sempre o princípio da boa fé.

A Direção



opinião opinión

Comercio internacional de España en 2015

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l tiempo transcurrido desde el comienzo del año 2016 nos pone en buena posición para mirar el futuro con mayor optimismo. En este caso, la economía española, después de los buenos resultados de la variables económicas, incluida la exportación en el pasado año, no se puede quejar de los resultados macroeconómicos, aunque debemos seguir adelante en nuestra preocupación por aumentar el empleo, mantener el nivel de crecimiento y realizar las reformas pendientes. Ya contamos con los datos provisionales del comercio español de mercancías para el año 2015. Muchos agentes económicos están aún pendientes de datos clave para realizar sus decisiones de consumo y especialmente de inversión. En este momento la previsiones de los organismos internacionales para España son buenas. Las primeras semanas de 2016 estuvieron llenas de tensiones en los mercados nacionales e internacionales que parecen haberse serenado. Analizando en profundidad los primeros resultados del pasado reciente en lo que se refiere al comercio internacional de España (ver págs. 64 y 65 de esta revista), este último año tiene como referencia la devaluación del euro (más del 15% en relación al dólar, el gran ahorro producido a la economía española por el descenso del precio de los hidrocarburos y productos de la energía y el estancamiento de las exportaciones a países fuera de la UE. Las exportaciones totales aumentaron el 4,3% (5,4% con los países de la Unión Europea y estanca-

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miento con los emergentes), con una estabilidad grande de precios, por lo que España ha ganado cuota en el mercado mundial y europeo, en un momento de desaceleración del comercio internacional, especialmente con los países emergentes, que iban adquiriendo un gran peso relativo en las transacciones

“Esta línea de variables positivas (dólar, precio del barril de petróleo) puede seguir en 2016 con los consiguientes beneficios macro para la economía española: con efectos en el superávit de la BP“ mundiales. Uno de los factores esenciales para la exportación es la buena marcha de la industria española de automóviles y sus partes y piezas. Las importaciones han crecido a menor ritmo que las exportaciones en valor. Los productos energéticos descendieron más de un 6% en valor, a pesar de la reevaluación del dólar, aumentando los demás bienes casi un 9%, lo que también refleja la recuperación interna de la demanda de consumo y de inver-

Por Cecilio Oviedo*

sión en España (bienes de equipo y sector automotriz especialmente) y el abaratamiento de los inputs para el crecimiento de las exportaciones. El saldo de los flujos de la energía supuso un ahorro de 11 mil millones de euros con el consiguiente estímulo a la economía española, especialmente para el consumo y el abaratamiento de los costes de producción energéticos correspondientes a las exportaciones, con un aumento de la competitividad exógeno. Esta línea de variables positivas (dólar, precio del barril de petróleo) puede seguir en 2016 con los consiguientes beneficios macro para la economía española: con efectos en el superávit de la balanza de pagos (BP), a pesar de la inestabilidad de la demanda internacional en países fuera de la UE. Finalmente y en lo que se refiere al comercio bilateral de los países ibéricos, hay que congratularse de la continuación del crecimiento del volumen comercial en 2015, con unas cifras más equilibradas. Las relativamente importantes exportaciones portuguesas contribuyeron a la disminución del tradicional déficit por el fuerte tirón de la demanda de una economía española que estuvo a la cabeza del crecimiento europeo. Las cifras de las exportaciones españolas creció ligeramente, lo que hizo que Portugal pasara a ser el quinto cliente (por detrás de Francia, Alemania, Reino Unido e Italia).  * Consejero Económico y Comercial de la Embajada de España en Portugal E-mail: coviedo@comercio.mineco.es


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Ruth Breitenfeld Vice-presidente da Cepsa Portuguesa 8 act ualidadâ‚Ź

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“Cepsa Portuguesa regista uma melhoria da atividade” A Cepsa Portuguesa beneficiou do crescimento do mercado no último ano e registou mesmo um aumento na procura dos seus produtos, de maior incorporação tecnológica, apesar da proliferação das gasolineiras low-cost, refere Ruth Breitenfeld, vice-presidente da petrolífera. Para isso, contribuiram ainda a aposta em novos modelos de fidelização virtuais, a renovação da imagem da rede e a oferta alargada de produtos para os diferentes negócios, justifica a gestora. Um fator menos positivo, assinala, é a “diferença de tributação em relação a Espanha”, que pode afetar o consumo em alguns segmentos.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org

m 2015, o consumo de combustíveis subiu ligeiramente. Em termos da vossa atividade, como evoluiu o consumo de produtos petrolíferos nos diversos setores onde atuam?

Com efeito, o ano de 2015 registou uma recuperação em termos de procura, após uma queda contínua do mercado nos últimos anos. Mais concretamente, o aumento total dos produtos comercializados pela Cepsa foi de 4,2%. Qual a área de negócio mais relevante (concessões, postos urbanos, vendas a granel, lubrificantes, etc…)?

Os combustíveis continuam a representar a parte mais significativa da nossa atividade, mas o

Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

modelo de negócio assenta numa “visão cliente” e nas suas reais necessidades de consumo e serviços e não numa abordagem ao nível do produto. Neste contexto de elevada competitividade, e ainda adverso do ponto de vista económico, a diversidade permite responder de forma mais forte, em que umas atividades podem ajudar outras. Assim, e independentemente do seu peso nos resultados, é na complementaridade que está centrada a oferta da Cepsa, onde os lubrificantes, os betumes e o gás dão mais força à relação que temos com os nossos clientes. Com quantos postos de abastecimento fecharam o ano de 2015? Foi uma evolução positiva ou negativa face a 2014?

No final de 2015, tinhamos 251 postos de abastecimento, mantendo o mesmo número de pontos de venda que em 2014. A pressão gerada, nos últimos anos, pela redução de consumo e a necessidade de gerar ativos mais fortes, na defesa dos nossos parceiros de negócio, levaram a uma aposta na melhoria de serviço, em parcerias e melhores ferramentas para tornar cada posto de abastecimento mais forte. A forma encontrada para tornar cada ponto de venda mais competitivo e sólido foram o lançamento de um programa específico de qualidade de serviço, a renovação da imagem e o reposicionamento das nossas gamas de produtos. E tencionam abrir novas unidades?

Nesta fase em que vive a econo9


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mia portuguesa, preferimos manter uma política de melhoria e crescimento das unidades que temos. Não estaremos fechados a oportunidades que surjam, mas não defendemos um percurso de quantidade, com novos pontos de venda sem potencial de crescimento. Têm novos negócios em Portugal para compensar uma eventual quebra nos combustíveis, dado o aumento da procura em relação aos combustíveis lowcost ?

Na nossa visão, e com as apostas que fizémos, sentimos em 2015 uma muito maior procura pelos nossos produtos tecnológicos, o que nos permite ver o nosso negócio de uma forma distinta do comportamento do mercado. O crescimento consolidado da 10 act ualidad€

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“No final de 2015, tinhamos 251 postos de abastecimento, o mesmo número que em 2014. A pressão gerada nos últimos anos pela redução de consumo e a necessidade de gerar ativos mais fortes, levaram a uma aposta na melhoria de serviço, em parcerias e em melhores ferramentas para tornar cada posto de abastecimento mais competitivo”

gama de combustíveis Óptima, que representa o que melhor sabemos fazer em matéria de combustíveis, confirmamnos que também na qualidade está a primeira opção dos nossos clientes. A companhia baseia o seu modelo de negócio numa excelência operacional no serviço e a nossa filosofia assenta numa oferta personalizada para cada cliente, através de acordos, parcerias ou benefícios diretos. É o caso do nosso acordo com a Deco (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor), do nosso cartão de crédito associado ao programa de fidelização (numa parceria com o Barclaycard) e do nosso programa de fidelização “Porque Eu Volto”. Esta oferta inclui GPL, lubrificantes, gás de botija e outras atividades não petrolíferas, como


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lojas e lavagens, cada vez mais solicitadas pelos nossos clientes. Olhamos para o mercado e temos a clara perceção que a qualidade, a proximidade e o serviço são ainda os melhores valores que temos para oferecer, e não abdicamos deles. Qual tem sido a adesão dos clientes a esta nova oferta comercial?

Temos a clara perceção que o crescimento que estamos a sentir no nosso negócio não resulta apenas de mais consumo, mas igualmente de melhor consumo e de mais clientes. A Cepsa é uma empresa comercializadora de produtos petrolíferos, mas tem na sua génese uma visão social nos mercados em que está presente. Há mais de 50 anos em Portugal, queremos continuar a afirmar a nossa presença de forma comprometida com o futuro. Temos ferramentas diferenciadoras ao nível do produto, como as gamas de combustíveis Óptima, a

gama Elaster de polímeros modificados (betumes), que é a primeira opção técnica de muitas obras públicas realizadas nas nossas estradas ou, numa visão igualmente responsável, desenvolvemos os betumes-borracha, que já permitiram a reciclagem de mais de dois milhões de pneus usados e que garantem uma condução mais segura e confortável. Estamos, igualmente, presentes em mais de 60% dos aeródromos nacionais e, com as soluções de fidelização que temos, chegamos a mais de meio milhão de lares em Portugal. Em termos de responsabilidade social e de comprometimento com a comunidade onde nos inserimos, comemoramos este ano a 11ª edição dos Prémios ao Valor Social que, com os nossos colaboradores, já apoiaram 195 iniciativas, que visam melhorar a qualidade de vida de quem se encontra em situa-

ção de vulnerabilidade social, e reforçámos em 2015 a nossa aposta neste caminho com mais 40% de investimento nestes projetos. Este ano, estamos muito entusiasmados com os seis projetos vencedores, quer pela qualidade quer pelo impacto gerado onde atuam (260 beneficiários diretos e mais de 21 mil indiretos). Não é, portanto, exclusivamente pelas soluções comerciais que disponibilizamos, mas pela forma como o fazemos, que sentimos a reação positiva dos nossos clientes, e respeitamos muito isso. Qual o impacto previsto para a Cepsa com o aumento dos impostos sobre os combustíveis, resultante do Orçamento de Estado para 2016?

Como referi anteriormente, o mercado de combustíveis registou a curto prazo uma ligeira subida, que se deveu, em parte, a uma melhor situação económica ABRIL de 2016

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grande entrevista gran entrevista no país, bem como à redução de preços verificada tanto na gasolina como no gasóleo. Esta melhoria poderá ser afetada pela diferença de tributação em

“O mercado de combustíveis registou a curto prazo uma ligeira subida, que se deveu a uma melhor situação económica no país, bem como à redução de preços verificada tanto na gasolina como no gasóleo“ relação a Espanha, que é suscetível de originar a permeabilidade de consumidores nos postos localizados junto da fronteira, sendo mais acentuada no segmento profissional de grande mobilidade. 

Gestora com experiência nos petróleos e área jurídica Ruth Breitenfeld é a mais nova vice-presidente do Conselho de Administração da Cepsa Portuguesa Petróleos, depois de ter sido nove anos legal manager da Cepsa Portuguesa. A entrada na Cepsa Portuguesa ocorreu em 2006, onde tem desenvolvido diversas funções, tendo acumulado, nomeadamente, os cargos de responsável do departamento jurídico da empresa com a de HR manager da mesma sociedade. Antes de se ter incorporado

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no grupo espanhol, Ruth Breitenfeld foi senior legal adviser da BP Portugal, entre 1991 e 2006. No seu percurso profissional, esteve ligada, anteriormente, a diversos escritórios de advogados, como advogada, e ainda em empresas de consultoria de investimento estrangeiro. Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, tem ainda uma pós graduação em Direito Europeu, pelo Centro

de Estudos Europeus da Universidade Católica de Lisboa, e uma pós graduação em Media e Direito da Informação, pela Universidade Clássica de Lisboa/ Faculdade de Direito. Completou ainda o Programa Avançado de Gestão para Executivos, da Católica Lisbon School of Business & Economics, assim como o Curso de Finanças para não financeiros (no Reino Unido e em Portugal), entre outras formações complementares.


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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Novo Banco lidera apoios às empresas disponibilizados pelo BEI e Plano Juncker em 2015 O Novo Banco voltou a liderar, em 2015, os apoios à economia e ao tecido empresarial português através da disponibilização de uma linha de 300 milhões de euros concedida pelo Banco Europeu de Investimento (BEI). Esta linha do BEI é destinada ao financiamento de projetos promovidos por PME, midCap’s (empresas de maior dimensão empregando entre 250 a três mil trabalhadores), autarquias e empresas municipais. No conjunto de 2015, e segundo os dados disponibilizados pelo BEI, foram concedidos empréstimos a Portugal no valor de 1.400 milhões de euros, tendo cerca de 86% (1.200 milhões de euros) sido dirigidos à banca. O empréstimo ao Novo Banco foi o maior empréstimo contratado pela banca portuguesa com o BEI em 2015, representando 25% do total dos fundos disponibilizados pelo BEI à banca portuguesa. Também em 2015, o Novo Banco foi líder na disponibilização de 200 mi-

lhões de euros para as PME inovadoras, beneficiando do apoio do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos (FEIE), conhecido como “Plano Juncker”. Estes instrumentos revestem-se de particular importância para o Novo Banco dado que permitem o acesso das PME portuguesas a condições de

financiamento mais favoráveis, promovendo assim a criação de emprego, o apoio às suas atividades ou projetos de investigação, desenvolvimento e inovação, e contribuindo para o crescimento da economia, dando continuidade à estratégia que o Novo Banco tem vindo a seguir de apoio ao tecido empresarial português.

Espanhola Saba adquire Companhia Portuguesa de Parques de Estacionamento O grupo espanhol Saba adquiriu a totalidade do capital da Companhia Portuguesa de Parques de Estacionamento (CPE), que pertencia ao grupo SdC. A CPE é a quarta maior empresa privada de parques de estacionamento em Portugal, com uma carteira de 15 parques, distribuídos por nove cidades, que totalizam 8.100 lugares de estacionamento. Com esta operação, a Saba assume, no total, uma rede de 35 parques de estacionamento em Portugal, distribuídos por 15 cidades, com mais de 17.500 lugares. Com a integração da CPE, a Saba re-

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forçou a sua presença em Portugal, entrando em novas cidades, como São João da Madeira, Póvoa de Varzim, Faro, Aveiro e Gondomar, e fortalecendo a sua operação em Lisboa e no Porto. Por outro lado, a Saba incrementa “a sua capacidade de implementação de serviços complementares, como o Centro de Atenção e Controle (CAC) e projetos comerciais”, refere a companhia espanhola. Marco Martins, que até agora era o responsável pelo desenvolvimento do negócio do grupo, foi nomeado novo diretor geral da Saba em Por-

tugal. O presidente da Saba, Salvador Alemany, assegurou, na ocasião, que a empresa está preparada para enfrentar uma “nova etapa de crescimento” após a consolidação dos estacionamentos de Aena e Adif e a incorporação da Bamsa. Nos últimos quatro anos, a Saba integrou, ao longo de várias operações, um total de 195 parques de estacionamento (105.962 lugares), possuindo atualmente de mais de 190 mil lugares, em 366 parques de estacionamento, em Portugal, Espanha, Andorra, França, Itália e Chile.


Breves Prosegur compra Dognaedis e reforça divisão de cibersegurança A Prosegur, um dos principais grupos internacionais do setor da segurança privada, completou a aquisição da totalidade do capital da Dognaedis. Esta empresa de origem portuguesa é especializada em segurança da informação e foi fundada por uma equipa de investigadores do CERT-IPN, em conjunto com a Universidade de Coimbra. A partir de Portugal, a Dognaedis presta serviços de proteção de dados e cibersegurança a clientes do setor financeiro e das telecomunicações, assim como a entidades públicas em vários países. A sua oferta de serviços inclui auditorias e consultoria de segurança a infraestruturas e a software, monitorização e gestão de incidentes de

segurança e proteção de informação sensível. A empresa está sedeada em Coimbra e tem uma subsidiária no Reino Unido. “Tanto a Dognaedis como a Prosegur partilham a mesma filosofia e metodologias de trabalho. Ambas as empresas aplicam sistemas de gestão da segurança da informação que contam com a certificação UNE-ISSO/ IEC 27001 e equipas CERT (Computer Emergency Response Team)”, refere o grupo Prosegur. O negócio de Cibersegurança da Prosegur regista um forte desenvolvimento desde a sua criação, em 2014. Com presença em quatro países, esta divisão prevê duplicar a sua equipa ao longo de 2016.

Vendas da Corticeira Amorim ultrapassam os 600 milhões de euros A Corticeira Amorim encerrou a atividade do ano passado com as vendas a registarem um crescimento de 7,9% face a 2014, atingindo os 604,8 milhões de euros. No mesmo período, o EBITDA ascendeu a 100,7 milhões de euros, uma subida de 16,1% face ao exercício de 2014, que leva este indicador para o valor mais alto de sempre, representando 16,7% das vendas, o que compara favoravelmente com os 15,5% do exercício de 2014. O resultado líquido, com um aumento de 53,9% face ao lucro alcançado em 2014, ultrapassa pela primeira vez os 50 milhões de euros, ascendendo a 55,012 milhões no final de dezembro de 2015. “Para o bom comportamento destes indicadores, contribuiu a valorização do dólar, que, em conjunto com a dinâmica do mercado norte-americano, se revelou de grande importância para o exercício da Corticeira Amorim, que vê os Estados Unidos da América consolidarem a sua

Bosch investe mais 55 milhões de euros em Braga O primeiro-ministro, António Costa, esteve em Braga no início do mês passado, na oficialização da segunda fase do projeto de investigação e desenvolvimento (I&D) realizado em parceria pela Bosch Car Multimedia Portugal e pela Universidade do Minho (UMinho). O projeto, considerado pelo Governo como sendo de interesse estratégico nacional, tem como foco o desenvolvimento de soluções que vão moldar o futuro da mobilidade. Prevê, ainda, um investimento de cerca de 55 milhões de euros e o registo de 22 patentes até 2018. A primeira fase da parceria de I&D entre a Bosch e a UMinho contou com um investimento de 19 milhões de euros, entre 2012 e 2015, permitindo o registo de 12 patentes. A segunda fase da parceria – denominada “Innovative Car HMI” – prevê, assim, o investimento de cerca de 55 milhões de euros, e vai exigir a contratação de mais de 90 novos engenheiros pela Bosch, com diferentes especializações para a área de I&D, e 170 bolseiros de diferentes escolas da UMinho. Serão, no total, mais de 550 profissionais altamente qualificados a trabalhar exclusivamente no projeto. Para o reitor da UMinho, António Cunha, esta parceria é “o resultado do sucesso da colaboração dos últimos anos”, acrescentando que “a Bosch desafiou a UMinho para um novo, ambicioso e exigente programa de desenvolvimento, baseado em dois projetos de inovação – o INNOVCAR e o iFACTORY –, iniciados em julho de 2015. São dois grandes projetos na fronteira do conhecimento nos domínios da realidade aumentada; da condução autónoma; da interface homem-máquina; da flexibilidade produtiva e inteligente: novas metodologias de conceção de dispositivos eletrónicos e do controlo de processos”, realçou. Leixões promove “autoestradas” do mar no Arco Atlântico, através do projeto Atlantis A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do

posição de principal mercado”, frisou o grupo. De salientar também o desempenho alcançado ao nível da função financeira, influenciada pela descida das taxas de juro e do endividamento líquido (83,9 milhões de euros), com uma redução de 3,7 milhões face a 2014. O grupo destacou, ainda a utilização do empréstimo do BEI, no montante de 35 milhões de euros, pelo período de 10 anos, com quatro anos de carência, para financiamento do programa de IDI 2014/17, a taxas de juro muito competitivas.

Castelo (APDL) apresentou à Comunidade Portuária de Leixões o projeto Atlantis – Atlantic Interoperable Services, que tem como objetivo criar as condições necessárias para o desenvolvimento de novos serviços de

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Breves “autoestradas” do mar no Arco Atlântico. Em parceria com os portos de Brest (França) e Liverpool (Inglaterra), o projeto pretende identificar novos serviços que respondam às exigências de uma via marítima competitiva e mais integrada na cadeia logística, frisa fonte da APDL. Com um investimento global superior a quatro milhões de euros e financiado a 50% pelo programa comunitário CEF – Connecting Europe Facility, o projeto Atlantis decorrerá até março de 2017. Entretanto, a APDL participou, no mês passado, no debate sobre o uso do gás natural liquefeito (GNL) como alternativa de combustível marítimo, que decorreu em Espanha, na Autoridade Portuária de Valência. Foram debatidas questões como as principais barreiras à introdução deste gás como combustível marítimo, os custos logísticos associados à cadeia do seu abastecimento, as opções existentes para incrementar a procura deste combustível, entre outros temas. Vivafit com aumento de inscrições de 40% A cadeia de ginásios portuguesa Vivafit viu o número de inscrições do clube subir 40% no mês de fevereiro face ao período homólogo do ano passado. “Esta subida não acontecia desde 2006, sinal de que entrámos na rota da recuperação e antevemos um 2016 em crescimento”, sublinhou o CEO da marca portuguesa, Pedro Ruiz. O grupo nacional Vivafit é a única cadeia portuguesa de boutiques studios de fitness, de ginásios exclusivamente femininos, de ginásios de 30 minutos, e com unidades fora do país – tem espaços abertos na Índia, Singapura, Indonésia, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Omã, Cazaquistão, Espanha e Uruguai, além de Portugal, num total de 50 ginásios que representam 300 colaboradoras. O negócio internacional já é superior a 50% da faturação total. No último ano, investiu no lançamento de uma nova marca subsidiária de estúdios de personal training com eletro estimulação: a Personal20, a qual se destina também a homens. Este ano, a marca lançou uma nova modalidade, a Sbarre. Garland abre delegação de Trânsitos em Espanha O grupo Garland, “empresa nacional líder em logística, transportes e agenciamento de Navios, abriu uma nova

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EDP é uma das empresas mais éticas do mundo A EDP foi distinguida, pelo quinto ano consecutivo, como uma das empresas mais éticas do mundo. A energética é a única empresa portuguesa a figurar no ranking internacional e uma das quatro utilities elétricas mundiais. A distinção internacional “The World’s Most Ethical Companies – WMEC” pelo Ethisphere Institute, reconheceu 131 empresas a nível mundial. A distinção é concedida a empresas que tiveram um impacto relevante na sua gestão dos negócios, promovendo uma cultura de ética e de transparência nos diversos níveis da empresa. O Ethisphere Institute avalia a maturidade dos sistemas de gestão em matéria de ética e de compliance. O grupo EDP foi distinguido pela adoção de boas práticas de sus-

tentabilidade e ética em todas as suas áreas de negócio e, também, pelo contributo que tem dado na sua cadeia de valor e na sociedade em geral, promovendo os valores da integridade, responsabilidade e transparência na sua atuação. Este reconhecimento, obtido pelo quinto ano consecutivo, evidencia o compromisso de todo o Grupo EDP na manutenção dos principais padrões e práticas que garantam a criação sustentada de valor para todos os stakeholders da empresa.

Lisboa acolhe o congresso internacional Zoom Smart Cities Lisboa acolhe, de 18 a 19 de maio, o evento internacional Zoom Smart Cities, numa época em que as atenções estão voltadas para o futuro, para a inovação e criatividade, nas formas de promover o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. O congresso, que coloca Portugal na agenda internacional das chamadas “cidades inteligentes”, reunirá alguns dos mais reconhecidos oradores internacionais nesta área e conta com a colaboração da revista “Actualidade-Economia Ibérica” A escolha de Lisboa para a realização deste evento internacional liga-se ao facto da cidade ser cada vez mais “um ecossistema ideal para a inovação” e pelos “avanços da capital portuguesa em matérias Smart. É já reconhecida como sendo uma das cidades mais surpreendentes tanto no ambiente económico e social para start ups, como para a criatividade

e turismo”, frisa a organização do evento, onde se destaca a publicação especializada “Smart Cities Portugal”. Um dos oradores do evento será Saskia Sassen, que debaterá o tão atual tema dos fenómenos da globalização, da migração urbana e do impacto das tecnologias de comunicação nas formas de governação. O congresso irá focar outros temas, como a inteligência local, ou seja, a necessidade de cada cidade ou centro urbano, de cada empresa, pensar e agir de acordo com as necessidades reais dos cidadãos, a inteligência social, que significa a forma como a sociedade pensa e usa os recursos de que dispõe, como usa e preserva o seu espaço, como usufrui dos benefícios que a sua cidade lhe proporciona, como se relaciona com o meio e com a comunidade onde está inserido, entre muitos outros temas relacionados com a organização inteligente das grandes cidades.


apuntes de economÍa

Imobiliária espanhola compra Monumental e uma das Torres de Lisboa A sociedade de investimento imobiliário espanhola Merlin Properties comprou o edifício Monumental e a Torre A do complexo Torres de Lisboa, por 103 milhões de euros. A Merlin Properties é uma das principais companhias imobiliárias espanholas e que em junho de 2015 anunciou também a compra de um edifício de escritórios no Parque das Nações, por 18 milhões de euros. A CBRE foi a consultora responsável pela assessoria na venda do Monumental, que agora irá ser remodelado, em representação do vendedor. O Monumental alberga várias empresas multinacionais, entre as quais a KPMG,

Marsh e Mercer, e um centro comercial com 33 lojas. A zona comercial tem uma taxa de ocupação de 98%. O imóvel com 22.450 m2 está localizado na Praça Duque de Saldanha, uma das mais dinâmicas zonas comerciais de Lisboa.

BPI apoia setor do turismo O setor do turismo tem assumido uma importância crescente no desenvolvimento da economia portuguesa, quer pela relevância no PIB quer pelo contributo positivo para a balança comercial, razões que levaram o BPI a desenvolver “soluções completas e adequadas para responder às necessidades das empresas que atuam neste setor”, destaca a instituição liderada por Fernando Ulrich. Parceiro financeiro da maioria dos operadores de relevância nacionais, o BPI disponibiliza uma oferta de produtos e serviços que lhes permite acompanhar a gestão de tesouraria, apoiar o investimento e assegurar uma correta cobertura de risco. Exemplo disso é a forte dinâmica do BPI na colocação de fundos JESSICA (“Joint European Support for Sustainable Investment in City Areas”), destina-

dos ao financiamento de projectos de reabilitação e regeneração urbana, frisa ainda o banco. O BPI colocou a totalidade dos fundos que lhe tinham sido atribuídos, tendo financiado 56 projetos. Nesses projetos, há uma predominância do setor do turismo, presente nos formatos clássicos de hotelaria, mas também nas novas formas de alojamento e exploração turística. Recentemente, o BPI foi ainda patrocinador da Feira Internacional do Turismo (BTL) 2016, durante a qual o banco celebrou com o Turismo de Portugal um protocolo de colaboração, que prevê a disponibilização de uma nova linha de crédito, no valor de 60 milhões de euros, para apoio a empresas com projetos de investimento para a criação e requalificação de empreendimentos, equipamentos e actividades turísticas.

apontamentos de economia unidade de negócio em Espanha, país em que marca presença há mais de um ano na área da navegação, com filiais em Barcelona e Valência. A Garland Trânsitos España opera a partir da capital catalã e marca mais um passo importante rumo à consolidação da internacionalização do grupo que está também em Casablanca (Marrocos). “Sentimos necessidade de oferecer mais esta unidade de negócio em Barcelona, para complementar a oferta disponível em Portugal, e assim adquirirmos uma dimensão ibérica, atendendo a que muitas multinacionais têm filiais ibéricas, normalmente fixadas em Espanha”, explica Bruce Dawson, presidente da empresa transitária. A Garland Trânsitos passa assim a marcar presença em Lisboa, Marinha Grande, Aveiro e Barcelona e esta abrangência na Península Ibérica “permite-nos oferecer, a todos os importadores e exportadores que operam em ambos os países, os nossos serviços de transporte de carga terrestres, aéreos e marítimos, bem como o tratamento de toda a documentação alfandegária”, acrescenta o mesmo responsável. 20 anos de Citroën Berlingo, modelo made in Portugal O Citroën Berlingo celebra este ano o seu 20º aniversário, desde que começou a ser produzido em Portugal. Este “modelo tem deixado uma marca vincada e indelével no

mercado dos veículos comerciais ligeiros e na indústria automóvel nacional”. “As suas características de robustez, fiabilidade e qualidade construíram um historial singular, nomeadamente no Centro de Produção de Mangualde, de onde já saíram 415 mil unidades desde 1996”, destaca a subsidiária do grupo francês. Com um total de 415 mil unidades produzidas, este modelo é responsável por 34,4% da produção global do Centro de Produção de Mangualde, desde que esta fábrica começou a laborar, em fevereiro de 1964. Até ao momento, foram ali produzidas 793 mil viaturas Citroën, parte de um total global de 1.208.000 veículos, distribuídos por 15 modelos diferentes (das marcas Citroën e Peugeot).

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Breves Cortefiel invertirá cinco millones de euros en su planta de Aranjuez Cortefiel ha anunciado al ayuntamiento de Aranjuez una inversión de cinco millones de euros en su planta logística del municipio para los próximos dos años. Con esta inversión, la compañía prevé un crecimiento de hasta ocho millones de unidades en volumen de negocio en el centro ribereño. En el transcurso de la reunión celebrada el pasado martes entre representantes de

Endesa suministrará energía a la ciudad de Lisboa Endesa se ha adjudicado un contrato para el suministro eléctrico del ayuntamiento de Lisboa, que incluye la iluminación pública, semáforos y paneles publicitarios de la ciudad, por ocho millones de euros. Según ha explicado la compañía en un comunicado, el contrato tiene una validez de un año y, con él, Endesa “añade un impor tante cliente a su car tera”.

Endesa opera en el mercado liberalizado por tugués desde mayo de 2002 y se mantiene como segundo operador del mercado liberalizado de energía eléctrica con una cuota media cercana al 18%. En 2015, Endesa ha suministrado más de 7.500 GWh, con un aumento del 7,5%, y cuenta con más de 174 mil clientes en el mercado eléctrico de Por tugal.

Inditex superó el año pasado los 20 mil millones de euros en ventas

la empresa y la alcaldesa de Aranjuez, Cristina Moreno, la compañía aclaró que la decisión del traslado de la sección de e-commerce a Tarancón se tomó hace nueve meses y obedece a una “decisión empresarial de posicionamiento”. Esta estrategia permitiría a la compañía “liberar espacio” en la nave de Aranjuez para poder afrontar las inversiones que necesita, “garantizando así el futuro y el empleo de la compañía en la ciudad a largo plazo”. Las tiendas urbanas de Decathlon pasarán a llamarse Decathlon City Decathlon Lot Of ColOrs, la enseña de tiendas urbanas de Decathlon, refuerza su estrategia de búsqueda de la cercanía con sus clientes con el cambio de nombre de sus establecimientos, que pasan a denominarse Decathlon City, cuyo objetivo es acercar sus marcas a los residentes y visitantes del centro de las ciudades, según ha informado la enseña en un comunicado. La tienda de Cáceres se une a las otras 20 tiendas urbanas que Decathlon ya tiene en el territorio nacional, hasta ahora denominadas Decathlon Lot Of ColOrs. En concreto, las tiendas contarán con una gran variedad de producto en constante renovación, y un equipo de vendedores que ofrecen una cercana atención a los clientes.

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El grupo Inditex, dueño de cadenas como Zara o Massimo Dutti, logró un beneficio neto de 2.875 millones de euros en su último ejercicio fiscal (un 15% más que un año antes), mientras que sus ventas superaron por primera vez la barrera de los 20 mil millones, con un crecimiento del 15,4%. En concreto, las cuentas, cerradas el 31 de enero, arrojan una facturación de 20.900 millones de euros, ha informado la compañía, que destaca

que, a tipos de cambio constante, las ventas subieron el 15% y que en términos comparables (tiendas que llevan más de un año abiertas) el aumento fue del 8,5%. El resultado bruto de explotación (ebitda) repuntó el 15%, hasta 4.699 millones de euros, según el grupo, que el año pasado generó 15.800 puestos de trabajo, 4.120 de ellos en España, y cerró el ejercicio con una plantilla total de 152.854 empleados.

Gas Natural invirtió 435 millones en distribución de gas en España el 2015 Gas Natural Fenosa invirtió el año pasado 435 millones de euros, casi un 30% más que en 2014, en acelerar el crecimiento de su actividad de distribución de gas en nuestro país. La multinacional, a través de sus diez filiales distribuidoras, destinó esta inversión, principalmente, a la construcción de nuevas redes y a la mejora de las infraestructuras existentes. Concretamente, durante 2015, Gas Natural construyó unos 2.100

nuevos kilómetros de red, el 66% más que el año anterior. Las distribuidoras de la compañía española gasificaron el pasado año un total de 41 nuevos municipios, con lo que alcanzaron las 1.188 localidades con suministro de gas natural. Además, se conectaron a la red 167.100 nuevos puntos de suministro, el 2,8% más, hasta alcanzar los 5.266.651 puntos.


Repsol vende su negocio eólico marino en Reino Unido Repsol ha acordado la venta de su negocio eólico en Reino Unido al grupo chino SDIC Power por 238 millones de euros, según ha anunciado la petrolera. La venta incluye el proyecto de Inch Cape (100%) y la participación con la que Repsol contaba en el proyecto Beatrice (25%), ambos ubicados en la costa este de Escocia. De este modo, la petrolera que preside Antonio Brufau sigue dando pasos adelante en la venta de activos no estratégicos para poder mantener su calificación crediticia. La venta de los dos parques situados

en la costa este de Escocia es parte del despliegue del Plan Estratégico 2016-2020. La hoja de ruta establece un cambio de foco respecto a la estrategia que el conglomerado había culminado con la adquisición de Talisman Energy en 2015.

Grifols invertirá 327 millones de euros hasta 2021 en su división Bioscience

Grifols ha anunciado inversiones por importe de 327 millones de euros entre 2016 y 2021 para su división de Bioscience. El objetivo es “ampliar su capacidad productiva de medicamentos derivados del plasma”. De esta cantidad, la mayor parte se destinará a Estados

Unidos, seguido de Irlanda y España. El plan presentado incluye la construcción de cuatro plantas, una de ellas en el complejo industrial que la farmacéutica tiene en la localidad barcelonesa de Parets del Vallès. Allí, Grifols construirá una planta de purificación de alfa-1-antitripsina (Prolastin). La compañía ha señalado que preveía que la capacidad actual para purificar esta proteína se acercase a sus niveles máximos en 2018, por lo que aprobó el inicio de su construcción en 2014. Espera obtener los permisos de los reguladores estadounidenses (FDA) y europeo (EMA) “a finales de 2017 o principios de 2018”.

Línea Directa aporta a Bankinter el 26% del beneficio del grupo El resultado de Línea Directa Aseguradora tuvo el año pasado un peso del 26% en el beneficio de Grupo Bankinter al que pertenece. La aseguradora ganó 99,4 millones de euros en 2015, mientras que la corporación alcanzó 376 millones. El resultado obtenido por Línea Directa, especializada en seguros de automóviles, fue un 5,7% superior al obtenido en el ejercicio precedente. La entidad espera mantener este resultado en 2016, pese a las dificultades por las que atraviesa el

sector asegurador de automóviles en España. Este segmento se verá lastrado por la caída de los tipos de interés, que recorta el rendimiento de sus inversiones, el aumento de la siniestralidad por la reactivación de la economía y el aumento de las indemnizaciones por la entrada en vigor el pasado 1 de enero del nuevo baremo de accidentes de tráfico. Línea Directa Aseguradora tuvo el año pasado un volumen de primas de 679 millones de euros, con un crecimiento anual del 4,4%.

Gestores

en Foco

Carla Rebelo es la nueva directora general de Adecco en Portugal. Doctorada en Gestión por la Universidad de Évora, cuenta con un MBA en Estrategia (ISCTE) y es Maestra en Contabilidad de Control Financiero (ISCAL). Es una líder formada en Gestión Empresarial y Finanzas y Administración, con experiencia internacional y una carrera desarrollada en empresas multinacionales (Portugal, Holanda y Brasil). En el área financiera, Gonçalo Azevedo ha asumido el cargo de director financiero. Formado en Gestión por el ISCTE, es revisor oficial de cuentas y tiene una gran experiencia internacional en multinacionales además de una amplia experiencia como auditor. El grupo Solvay ha nombrado a Jorge Oliveira (en la foto) nuevo director general para España y Portugal, cargo que desempeñará junto con su actual responsabilidad como director de la planta de Torrelavega,

en Cantabria. Ingeniero químico de 56 años, Jorge Oliveira inició su trayectoria profesional en Solvay en 1986 como ingeniero de procesos y proyectos de la unidad de producción de carbonato sódico en la fábrica de Póvoa de Santa Iria (Portugal). En 2001 se incorporó a la planta de Warrington (Reino Unido) como jefe de producción y cuatro años más tarde fue nombrado director general de Solvay en Reino Unido. De regreso a Lisboa, en 2008 Oliveira se hizo cargo de la dirección de las instalaciones de Póvoa de Santa Iria y en octubre de 2011 fue nombrado director general de Solvay Portugal y Solvay Interox.

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atualidade actualidad

Pedersen & Partners entra no mercado português

A Pedersen & Partners, especializada em executive search, promove uma “procura proativa” de executivos de topo para empresas de várias áreas, garante Margarita Hernández, a country manager para Portugal da consultora internacional, que acaba de entrar no mercado português. A Pedersen & Partners tem ainda a vantagem de ter uma abrangência global, potenciando a descoberta dos melhores candidatos.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Actualidad€ actualidade@ccile.org

Pedersen & Partners é a nova consultora em executive search especializada nos perfis de executivos mais elevados que acaba de entrar no mercado português. Afirmando-se como uma “multinacional líder em executive search ”, a nova consultora assenta a sua estratégia na ”procura proativa dos perfis adequados segundo as necessidades específicas das empre20 act ualidad€

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sas clientes e não no preenchimento das vagas em função dos currículos que recebemos”, diferencia Margarita Hernández, a country manager para Portugal da Pedersen & Partners, sucursal que se integra na filial ibérica do grupo. A atuação da empresa baseia-se na definição da estratégia com o cliente, por forma a delinear o perfil pretendido e identificar “possíveis profissionais em empresas chave a contactar”,

para conhecer a sua disponibilidade para uma eventual mudança profissional. Estes contactos preliminares são feitos com total confidencialidade sobre qual a empresa que está à procura de um determinado candidato no mercado, garante Margarita Hernández. Os perfis-alvo são, essencialmente, “diretores gerais e outros diretores de primeira linha, embora, às


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vezes, atuemos também ao nível do middle management”, adianta a consultora. “Às vezes, o facto de sermos uma rede internacional, leva os clientes a procurarem-nos para preencher também outras funções”, precisa Margarita Hernández. Grupo com presença em 52 países A Pedersen & Partners é uma empresa global, com 15 anos de atividade, e que se estende por 52 países, recorrendo, muitas vezes, aos seus escritórios a nível internacional para ter uma “maior abrangência na procura dos candidatos mais adequados”, frisa Margarita Hernández. Uma das áreas onde a nova empresa espera ter um papel relevante é junto das companhias espanholas a atuar em Portugal, dado tratar-se de uma filial ibérica e da principal responsável ser espanhola, destaca

ainda a consultora, salientando a “relação de confiança com o cliente, a confidencialidade e rigor no trabalho, bem como o conhecimento da cultura local” como fatores diferenciadores do trabalho desenvolvido por esta empresa, que recentemente iniciou a sua atividade em Portugal. Em termos dos setores que procuram os serviços da Pedersen & Partners em Portugal, estes são os mais variados. A banca, telecomunicações, indústria, seguros, ou consultoria, estão entre os setores que mais

procuram estes serviços, refere a mesma responsável. “O mercado de trabalho está mais ativo do que estava no início do ano passado, destacando-se, em primeiro lugar, as empresas dos setores industrial e das tecnologias como as que mais estão a contratar. Neste sentido, é importante também destacar o alcance internacional destas contratações, pois somos contactados por bastantes empresas portuguesas a quererem contratar para os seus mercados fora de Portugal, bem como de empresas de outros países que investem em Portugal e procuram bons executivos”, salienta a mesma responsável. “O tipo de perfil que é mais procurado no mercado é um profissional que possa ser ator principal na transformação digital com que muitas companhias se estão a confrontar. Um perfil tecnológico, mas com uma capacidade grande para perceber o negócio da companhia e como as tecnologias podem criar uma vantagem competitiva para esse negócio”, adianta a consultora.  ABRIL de 2016

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A oportunidade de encarar as empresas como ativos transacionáveis Ao contrário do que acontece nos EUA, na maioria dos países europeus as empresas não são vistas como ativos transacionáveis. Miguel Reynolds, CEO da Global Business Brokers, especialistas na intermediação de compra e venda de PME, alerta para as oportunidades neste âmbito sobretudo para empresas alicerçadas na inovação.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

os EUA, mais de 18% das PME trocam de dono anualmente, com valores médios superiores a 210 mil dólares por transação”, ou seja, cerca de 187.500 euros, lê-se na página oficial da Global Business Brokers (GBB), especialistas em intermediação de compra e venda de pequenas e médias empresas (PME). Miguel Reynolds Brandão, presidente e fundador da GBB, diz que na Europa, com exceção da Inglaterra e da Holanda, a realidade é outra Nos EUA, mais porque a perceção cultural face à de 18% das PME venda de uma empresa é diferente: “Na Europa, julga-se que se uma emtrocam de dono presa é posta à venda é porque está anualmente, com com problemas. A venda é percebida erradamente como uma derrota do valores médios empresário. Nos EUA, a compra e superiores a 187 venda de empresas é normal há mais de 100 anos e as empresas são vistas mil euros por como um ativo transacionável. Na transação” Europa há uma componente emocional maior.” O gestor lembra que “as empresas para vender uma empresa é quando não são vendidas apenas porque es- ela está em trajetória ascendente”, tão falidas ou em dificuldades”. Há sublinha o presidente da GBB. A várias razões, de ordem pessoal ou compra ou venda de uma empresa económica, para pôr uma empresa pode ser a melhor opção para crescer, há venda: o dono quer realizar mais- “pode ser uma opção estratégica de -valias ou quer mudar de vida ou tem desenvolvimento”, observa. O gestor problemas de saúde ou tem condi- comenta que esta pode ser uma forcionantes familiares ou com sócios, ma de “estimular as relações entre expansão para outros mercados, a empresas portuguesas e espanholas”, sucessão, reestruturação, reposicio- por exemplo. namento; integração/ desintegração Miguel Reynolds salienta que a fusão na cadeia de valor; etc. e/ou aquisição ao nível das grandes emSeja como for, “o melhor momento presas é uma via de reduzir a concor22 act ualidad€

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rência e ao nível das PME pode ser uma forma de fortalecer uma empresa, de a tornar mais eficiente. No contexto português, onde proliferam as micro empresas, “a compra pode ser uma via para a criação de mais empresas médias”, advoga o gestor, acrescentando que “encarada como uma forma de reorganização” a compra ou venda de uma empresa pode conduzir mais facilmente a criar níveis de eficiência mais favoráveis”. De acordo com a GBB, em Portugal, estima-se que menos de 1% das empresas sejam transacionadas anualmente. A GBB, fundada em 2006, é membro da Empire Business Brokers, “organização fundada pelo pioneiro no mercado de Business Brokers mundial, Nicholas Gugliuzza, com mais de 30 anos de experiência, milhares de transações efetuadas e 70 escritórios de parceiros espalhados pelo mundo”. A empresa atua a nível internacional e dedica-se fundamentalmente à mediação de compra e venda de micro, pequenas ou médias empresas, cujo volume de negócios supere o meio milhão de euros. “O objetivo é simplificar e facilitar o processo de compra e venda de empresas. Interessa-nos entrar em transações onde podemos acrescentar valor”, frisa Miguel Reynolds. A GBB explica na sua página oficial que atua como “matchmaker” entre compradores e vendedores: “Efetuamos o alinhamento do perfil do comprador e do vendedor, e através deste resultado, apoiamos o cliente na escolha da melhor oportunidade e


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na preparação da empresa a adquirir antes, durante e após a aquisição” Do ponto de vista de potenciais ativos para vender, a GBB procura empresas com uma forte componente de inovação, empresas de tecnologia, turismo e do setor agrícola, nomeadamente na área do vinho, revela Miguel Reynolds, argumentando que todos estes são setores que acusam uma grande evolução em Portugal e que podem interessar a compradores estrangeiros ou mesmo portugueses. O volume de negócios da GBB em 2015 foi de sete milhões de euros, em termos globais. “O mercado norte-americano é o mais relevante para nós”, realça Miguel Reynolds, acrescentando que também aparecem pontualmente compradores brasileiros interessados em empresas europeias. A empresa não divulga os negócios que faz, nem publica a lista de clientes, nem a base de dados de potenciais clientes, seja do lado dos compradores

seja do dos vendedores. Miguel Reynolds adianta, no entanto que “a maioria dos potenciais compradores estão lá fora”. Como funciona o processo de mediação O processo de mediação “é muito sigiloso e seletivo, já que apenas às partes interessa acompanhar o que se está a passar”, esclarece Miguel Reynolds, adiantando que não fazem anúncios. “Fazemos antes um trabalho de prospeção, com uma seleção muito rigorosa”, diz, acrescentando que “a GBB trabalha com consultores independentes em todas as áreas”. O primeiro passo é analisar a empresa que é posta à venda, de modo a avaliar se o negócio é ou não viável, explica o presidente da GBB. “Se aceitamos ajudar a vender uma empresa é porque acreditamos que a podemos vender. Já apareceram muitas propostas que recusámos.”

Feita essa avaliação, a GBB começa por “definir um conjunto de potenciais compradores, de várias origens, depois a empresa é apresentada de forma anónima (importante para evitar pânico entre os seus colaboradores e evitar desvalorizar o seu valor)”. O anonimato só é quebrado “quando a empresa a vender está numa situação fantástica, de modo a proporcionar um leilão”. Miguel Reynolds adianta que “uma venda em Portugal leva em média oito meses, mas varia consoante a dinâmica da empresa”. A comissão de venda varia entre os 5 e os 10%. Apesar do negócio de empresas como a GBB ser ainda pouco expressivo no que se refere ao mercado português, Miguel Reynolds considera que a tendência é de crescimento. Por um lado porque “o número de novas empresas tem vindo a crescer” e por outro lado porque “a população está a envelhecer e a reforma é um dos principais motivos para vender uma empresa”. 

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Jofebar ganha ritmo internacional, depois da Casa da Música Antes de ficar responsável pela execução dos revestimentos metálicos da Casa da Música, a Jofebar era uma serralharia convencional. A obra passou a ser o cartão-devisita da empresa, testemunho da sua capacidade para inovar e responder aos desafios lançados pelos arquitetos. A empresa de Matosinhos especializou-se em janelas minimalistas, que comercializa para o mundo inteiro.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

obra mais emblemática da Capital Europeia da Cultura do Porto 2001, a Casa da Música, é um “postal” obrigatório da cidade do Porto e um dos seus espaços culturais mais dinâmicos. Mas é mais do que isso: é uma obra bandeira para os que nela participaram, nomeadamente as empresas portuguesas que ajudaram a erguer o edifício. Se alguém duvida das oportunidades que uma obra como a Casa da Música pode potenciar para o tecido empresarial local, deve conhecer a história da Jofebar… O arquiteto Eurico Almeida, atual responsável pela exploração do mercado ibérico na Jofebar (foto nesta pág.), diz mesmo que há uma Jofebar antes da Casa da Música e outra depois. Antes, a Jofebar era uma serralharia convencional, que produzia soluções standard. Quando a empresa ganha a oportunidade de entrar na fase de acabamentos da Casa da Música, projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas (execução dos revestimentos

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“A inovação é fundamental para a empresa, porque impõe a procura diária de novas soluções para estar na vanguarda”

metálicos interiores e exteriores, tais como tetos, paredes, pavimentos e escadas, entre outros elementos específicos), depara-se com outro tipo de desafios, explica Eurico Almeida, que entrou na empresa nessa altura: “Houve necessidade de fazer um trabalho específico, personalizado e profundamente detalhado com os arquitetos e técnicos da obra”. Tavares Nunes, CEO da Jofebar (foto na pág. seg.), sublinha que a Casa da Música mudou a filosofia de trabalho da empresa, que percebeu que tinha no mundo da arquitetura a boleia para fazer a diferença: “A Casa da Música criou um novo desígnio na empresa. Percebeu-se que era preciso fazer coisas diferentes, aceitar desafios ligados à arquitetura e contratar técnicos nessa área.” Os administradores recordam que, por esta altura (2003), o mercado da construção em Portugal já estava em queda e a Jofebar não tinha ainda atividade internacional. Em 2003, a Jofebar faturou 2,5 milhões de euros e em


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2004, já com a obra da Casa da Música em curso, duplicou a faturação. “A Casa da Música passou a ser uma obra bandeira e deu-nos um reconhecimento no mercado, bem como capacidade económica e financeira para crescer”, assinala Tavares Nunes. Para alavancar esse reconhecimento do mercado houve um instrumento decisivo, conta Eurico Almeida: “A Jofebar editou um livro específico sobre a execução da obra da Casa da Música, com detalhes e informações técnicas realizados por nós. Havia uma apetência muito grande por informação sobre a obra e este foi o primeiro livro técnico a sair sobre a Casa da Música. Em 2015, a Jofebar Rapidamente se esgotou.” O livro fez ultrapassou os 45 com que vários arquitetos batessem à porta da Jofebar, que entretanto diremilhões de euros em cionava a sua força de vendas para este volume de negócios, segmento de clientes. “Grande parte das visitas que fizemos a gabinetes de um crescimento de arquitetura foi potenciada também 18% face a 2014 . Nos por esse livro”, lembra Eurico Almeida. resultados, o salto foi Com essas visitas aos gabinetes de de 40%, o que traduz a arquitetura, a Jofebar aproveitou para promover um produto novo: a janela valorização do produto minimalista, que haviam usado em três obras do arquiteto Eduardo Souto de Moura, o estádio do Braga (obra alumínio e mais vidro do que as janeque ficou pronta a tempo do Europeu las convencionais (95% é vidro, conde Futebol realizado em Portugal em tra 75% nas janelas tradicionais), com 2004) e duas casas em Ponte de Lima. reflexos positivos ao nível energético e Este tipo de janela, que em 2009 deu acústico”. “Com a Casa da Música e com estas origem à marca PanoramAH!, “tem uma excelente performance”, salienta três obras pioneiras no uso de janela o CEO da Jofebar, já que “usa menos minimalista em Portugal havia in-

gredientes suficientes para abordar o mercado internacional”, argumenta Tavares Nunes. O gestor frisa que “os arquitetos sentiram que tinham finalmente uma empresa em Portugal capaz de aceitar desafios e de criar valor acrescentado”. O primeiro passo foi em direção a Espanha, em 2005, abrindo uma representação em Valência. Depois disso, a Jofebar participou na feira de janelas Veteco, em Madrid, em 2006, onde a sua janela minimalista foi premiada. Eurico Almeida, responsável pelo mercado ibérico, realça que “Espanha é um mercado histórico para a Jofebar”, que entretanto encara Portugal e Espanha como um só mercado: “Espanha é o prolongamento natural do mercado português. Trata-se de um mercado muito difícil, que nem sempre valoriza devidamente o produto. No mercado ibérico, o preço é um fator muito importante. Noutros mercados respeita-se mais a prescrição dos projetistas. A crise foi sentida à séria no mercado ibérico. Para a Jofebar foram anos aceitáveis, mas difíceis nesta área geográfica, que tem representado entre 5 a 10% do volume de negócios. Esperamos crescer em faturação este ano.” A Jofebar mantém um showroom em Madrid e tem atualmente a decorrer em Espanha “obras marcantes pela sua dimensão e notoriedade” como a Caixa Fórum de Sevilha ou a sede da Norvento, em Lugo. Além do mercado ibérico, a empresa está empenhada em desenvolver e

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atualidade actualidad consolidar mercados prioritários como França, Brasil, Índia (onde detêm uma fábrica) e Singapura, onde vão abrir este ano um escritório. A Jofebar foi fundada em 1985 e começou por operar na área da Em 2015, a Jofebar ultrapassou os carpintaria mecânica. Em 1993 45 milhões de euros em volume de é criado o grupo Activa, que negócios, um crescimento de 18% atualmente integra a Jofebar e face a 2014. No que diz respeito aos as suas participadas Jofebar resultados, o salto foi de 40%, o que Ibérica, SL, Unlimited Perspectraduz a valorização do produto, notive, SA, e Hiperjanelas, Lda, meadamente da janela minimalista, dedicadas ao desenvolvimento, que “é responsável por cerca de dois produção e instalação de janeterços da faturação”, revela Tavares las minimalistas e soluções de Nunes, acrescentando que “as janelas fachada, e as empresas Maxiviminimalistas é que dão notoriedade à dro e Vidromax, que operam na empresa e a posicionam favoravelmentransformação de vidro float. te em termos internacionais”. Na sede, em Matosinhos, a JoO produto bandeira da Jofebar, cofebar conta com cinco naves inmercializado com a marca Panoradustriais, que ocupam uma área mAH!, a partir da empresa do grupo de 5.500m², onde funcionam a sedeada na Suíça, é o resultado de fábrica e o showroom da marca. uma aposta regular na inovação. EuriO grupo emprega atualmente co Almeida considera que “a inovação cerca de 240 pessoas e está é fundamental para a empresa, porque presente em países como Aleimpõe a procura diária de novas solumanha, Angola, Arábia Saudita, ções para estar na vanguarda.” Essa é a fórmula para a Jofebar se destacar da concorrência, nota: “Hoje há muita concorrência nos mercados, daí estar- empresa é outro objetivo. Entre outros mos sempre a tentar inovar para man- projetos, na carteira de encomendas da ter a liderança no segmento de janelas Jofebar estão soluções para um barco minimalistas”. de cruzeiros e para o projeto de casas Tavares Nunes adianta que a empre- flutuantes do Alqueva (Alentejo). sa espera “desenvolver soluções que Todo o mercado internacional que se passam por novos materiais, pela cres- abriu para a Jofebar teve como ponto cente sustentabilidade, ou pela maior de partida a Casa da Música, faz quesautomatização da função da janela tão de acentuar Tavares Nunes: “A (controlo à distância)”. Alargar os ho- Casa da Música foi um investimento rizontes de aplicação dos produtos da âncora da cidade do Porto na área cul-

A abrir janelas no mundo inteiro

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Austrália, Bélgica, Brasil, China, Coreia do Sul, EAU, Escandinávia, Espanha, EUA, Estónia, França, Grécia, Holanda, Índia, Inglaterra, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Kuwait, Líbano, México, Mónaco, Mongólia, Polónia, Qatar, Rússia, Senegal, Singapura e Suíça. Com obras espalhadas por todo o mundo, a empresa realiza uma média de 250 a 300 obras por ano. Entre as mais relevantes estão a Casa da Música no Porto, o Pavilhão de Espanha na Expo de Saragoça, o Centro Municipal de Exposições e Congressos em Ávila, o Terminal de Cruzeiros da APDL em Leixões, a Biblioteca de Ceuta, o Hotel Hilton em Óbidos, o Hotel Hyatt em Dakar e o Hotel Ortakoy em Istambul.

tural, na altura muito criticado, mas vejam a influência que teve e que obras como estas têm para o negócio de empresas como a Jofebar. Se fizermos as contas ao que já faturámos em obras no exterior depois da Casa da Música, talvez se perceba a importância que obras como esta podem ter. Um investimento polémico na cultura foi para nós fantástico, sob o ponto de vista da promoção.” 


publireportagem

Centro de Arbitragem da CCILE quer desempenhar papel relevante em Portugal

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Por Conselho de Gestão do Centro de Arbitragem da CCILE

arbitragem voluntária, como forma de resolução extrajudicial dos litígios, está a crescer em Portugal e o objetivo do Centro de Arbitragem da CCILE é contribuir para uma dinamização do mercado oferecendo às empresas mais uma alternativa na prestação de um serviço de justiça centrado nas necessidades das empresas. O âmbito de atuação primordial do Centro de Arbitragem é a resolução de litígios que resultem do intercâmbio económico entre Portugal e Espanha, países entre os quais as relações são, e projeta-se que serão, cada vez mais intensas, mas alarga-se a quaisquer outros litígios respeitantes a interesses de natureza patrimonial em matéria civil e comercial que não respeitem a direitos indisponíveis e que não estejam exclusivamente submetidos aos tribunais judiciais. Tendo essencialmente em vista a resolução de processos relacionados com

atividades desenvolvidas entre estes dois países, aproveitando as sinergias decorrentes do profundo conhecimento que a CCILE tem sobre as práticas habituais dos agentes económicos de ambos os países, o Centro de Arbitragem propõe-se, contudo, ir mais além e captar empresas fora do mercado ibérico. Fundamental é a adesão das empresas a este tipo de resolução extrajudicial dos litígios por via do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Luso-Espanhola, cuja credibilidade está assegurada pelo prestígio da Câmara de Comércio, entidade a quem foi reconhecido o estatuto de entidade de utilidade pública e que há mais de 40 anos desenvolve um papel primordial nas relações Portugal/Espanha. Para tal, a Câmara tem desenvolvido ações de sensibilização entre os seus sócios para que sejam colocados nos contratos das suas empresas a necessária cláusula

de sujeição do litígio à arbitragem, em concreto, através deste Centro de Arbitragem. Da parte do Centro da Arbitragem as empresas podem contar com uma lista de árbitros de reconhecido prestígio, que conferem independência e imparcialidade à decisão, e com uma tabela de honorários dos árbitros muito competitiva quando comparada com outras instituições arbitrais ou com as custas judiciais. Em suma, as vantagens que se podem apontar à arbitragem, e em particular ao Centro de Arbitragem da CCILE no que se refere às empresas ibéricas, são inequívocas, permitindo-nos destacar as seguintes: a sua natureza voluntária, a confidencialidade e o caráter especializado da decisão, a simplificação do processo, a celeridade, a eficácia da decisão, e os reduzidos custos face a outras entidades.  ABRIL de 2016

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atualidade actualidad

Iberia afianza su recuperación y anuncia vuelos más globales La compañía española asegura estar a mitad de camino de un ambicioso plan de futuro que le ha permitido pasar de los 166 millones de pérdidas en 2013 a unos beneficios de 247 millones de euros dos años después. Su presidente, Luis Gallego, pone en alza el saneamiento de la empresa que también se ha hecho más fuerte. Se presenta como una aerolínea global en pleno crecimiento anunciando más rutas y mejoras de servicio abordo.

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Texto Belén Rodriugo brodrigo@ccile.org Fotos DR

beria celebra este año el 70º aniversario de los primeros vuelos de Iberia a América Latina. Fue concretamente el 22 de septiembre de 1946 cuando la compañía aérea española voló a Buenos Aires en un DC-4, con escala en Brasil y Uruguay (foto en la pág. seg). Mucho han cambiado las cosas en Iberia, ahora parte del grupo del International Airlines Group (IAG), resultado de su fusión con British Airways que se realizó en abril de 2010. Hoy Iberia es una aerolínea líder en servicio entre Europa y América Latina con 20 destinos en Latinoamérica y además conexiones entre otros más de 100 destinos en Europa con otro centenar de ciudades en América del Sur que opera en código compartido con

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terceras compañías de la región. Pero lo que más ha cambiado en Iberia en los últimos años ha sido su situación financiera que llegó a ser muy preocupante hace apenas seis años, cuando se llegaron a pérdidas de 471 millones de euros. En el 2015, cerró su ejercicio con unos beneficios de 247 millones de euros. Pasar de unos números a otros ha sido el resultado de poner en práctica un ambicioso plan de futuro con 32 iniciativas. “El objetivo era salvar al enfermo”, explica su presidente, Luis Gallego, quien ocupa el cargo desde 2013. La compañía ha introducido cambios en diferentes áreas para reforzar su posicionamiento comercial y mejorar su imagen. “Estamos a mitad de camino. Vamos

a seguir cambiando, transformando Iberia, queremos generar caja de manera sostenida para poder pagar lo que debemos”, recuerdó Gallego durante un acto celebrado en la Casa América de Madrid. Ha habido cambios como el de la reducción del número de directivos, que ha pasado de 80 a 42, o el cambio de sede. Y entre las próximas alteraciones, “queremos subir la utilización de las aeronaves”. En la pasada edición de Fitur Iberia anunció que volará a Tokio y Shanghái (pendiente de permisos) en la próxima temporada otoño-invierno, también el estreno de sus Airbus A330-200, rutas a Johannesburgo y a San Juan de Puerto Rico así como nuevos servicios, entre ellos wifi a bordo mejorado. Con


actualidad atualidade

el lanzamiento de estas rutas, Iberia un acuerdo que permite su desarrollo ofrece ya 128 destinos en más de 50 hasta una flota de 25 aviones. países repartidos en cuatro continenSegún el ranking que elabora anualtes–Europa, América, África y Asia. mente la consultora independiente Además sigue buscando opciones en FlightSats, Iberia fue la compañía África, y Oriente Medio, y tantear aérea internacional más puntual de vuelos desde Barcelona. Europa y la segunda más puntual del mundo con el 88,97% de sus 187.538 Iberia Express vuelos realizados en 2015 en hora. El objetivo de Iberia Express ha sido Por su parte, Iberia Express recibió el desde un inicio ayudar a Iberia a com- premio a la low cost más puntual del petir en los vuelos de bajo coste y atraer mundo en 2015, reconocimiento que pasajeros para los vuelos de larga dura- logra por segundo año consecutivo, ción. La cuarta aerolínea por número con una operación de 31.355 vuelos y de pasajeros en Barajas, ya presentó en un índice del 93,5% de estos en hora. 2015 el mayor grado de desarrollo en Luis Gallego considera que interel principal aeropuerto del país, con conectar la T4 del aeropuerto Adolfo un alza del 16%, hasta 4,14 millones. Suárez Madrid-Barajas, donde Iberia Nacida en marzo de 2012 con cuatro tiene su hub, con la alta velocidad es aviones, Iberia Express opera ahora 20 Airbus A320. La aerolínea de bajo coste de Iberia tiene anunciadas nuevos desafíos para la temporada de verano: enlazará Madrid con Birmingham, Iberia es la primera aerolínea en añadir el nuevo avión Airbus Burdeos, Rennes, Malta, Cork, BucaA330/200 MTOW 242t a su flota. rest, Cracovia, Gotemburgo, Islandia, La aerolínea cuenta ya con la priOslo y Santorini y volará entre Mamera unidad de este modelo y esllorca y Stuttgart, y entre los aeropuerpera recibir nueve unidades más tos de Gran Canaria y Asturias. Una a lo largo de este año. Con un aloferta que se suma a los 39 destinos cance de hasta 11.500 kilómetros, (13 nacionales y 26 en el resto de Eues este modelo el que le permite a ropa) ya operados desde la base de BaIberia realizar las últimas rutas que rajas. “Es una forma de proteger el hub ha anunciado como Johannesbury de blindarlo, además de una herrago, Tokio y Shanghái, y los vuelos mienta muy útil”, asegura el presidente de Iberia, para recordar que existe

la mejor manera de atraer a más pasajeros y hacer “un hub más potente”. Gallego recordó que Barajas ha pasado del cuarto puesto a la sexta posición en el ranking europeo porque tiene menos viajeros que los demás, frente a aeropuertos como los de Frankfurt, Charles de Gaulle en París, LondresHeathrow o Ámsterdam que ofrecen “una mayor intermodalidad” y por ende, una mejor experiencia al cliente. “Si aprovechamos la fuerza de la Alta Velocidad, todos los pasajeros adicionales que podamos aportar ayudarán a tener más vuelos de largo radio, una aerolínea con más aviones y un ‘hub’ más potente”, señaló Gallego, quién apuntó que el 65% de sus viajeros proceden del corto y medio radio. 

Nuevos aviones, nuevos servicios más largos que opera la aerolínea actualmente como Buenos Aires o Montevideo. Estos aviones incorporarán las nuevas butacas-camas de la nueva imagen corporativa de Iberia en Business, tanto como los nuevos asientos ergonómicos en clase Turista. La aerolínea también ofrece un servicio de wifi a bordo con mayor velocidad de descarga, y avanzados sistemas de entretenimiento a bordo.

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Gap chega a Portugal com coleção de bebé e criança Aprimeiro espaço em Portugal, localimarca Gap acaba de inaugurar o seu

zado nos Grandes Armazéns El Corte Inglés, em Lisboa. A entrada da marca norte-americana no mercado português acontece através da linha dedicada exclusivamente aos mais pequenos, onde estão disponíveis as coleções GapKids e babyGap. O novo espaço de moda infantil ocupa uma área de cem metros quadrados, no Piso Infantil. São centenas de referências para bebé, rapaz e rapariga, a nível de vestuário, calçado e acessórios da nova coleção primavera/ verão de 2016 da marca norte-americana. A nova coleção apresenta artigos para todo o tipo de ocasiões, desde as peças mais práticas e confortáveis, para os momentos de brincadeira, até às

mais glamourosas, para uma ocasião especial. O novo espaço reforça, assim, a oferta do El Corte Inglés a nível de marcas exclusivas no mercado nacional, sublinha fonte oficial dos Grandes Armazéns.

Para já, e enquanto não surgem mais novidades da marca norte-americana, serão as marcas GapKids e babyGap as primeiras a representar este conceito de moda prática e moderna conhecido internacionalmente. 

Riberalves lança novo site oficial para destacar “fiel amigo” Ator do bacalhau, acaba de lanRiberalves, empresa líder do se-

çar um novo site oficial. Em www. riberalves.pt, a empresa propõe-se a celebrar a “Paixão Nacional” pelo “Fiel Amigo”, apresentando secções de produto, de história da empresa, de saúde e de notícias. O grande destaque vai ainda para uma inovadora secção de receitas, preparada para receber e partilhar as sugestões de todos os portugueses e que será desenvolvida como o portal por excelência das receitas de bacalhau. O lançamento do novo site oficial da Riberalves, que também destaca o processo produtivo do Bacalhau Demolhado Ultracongelado – Pronto a Cozinhar, um investimento da Ribe-

ralves que na última década veio contribuir para a reinvenção do consumo de bacalhau em Portugal e nos mercados de exportação, surge na sequência do 30º aniversário da empresa e apresenta-se como um instrumento

de comunicação fulcral. “O novo site é uma ferramenta decisiva na nossa relação com os consumidores, aproximando-nos ainda mais, seja do consumidor final ou do canal horeca”, explica Rui Conceição, responsável pelo Marketing da Riberalves. “Ao mesmo tempo, através deste site queremos continuar a celebrar com todos os portugueses a “paixão nacional” pelo “fiel amigo”. O site está preparado para receber e partilhar as receitas de cada um, tornando-se o portal por excelência das receitas de bacalhau portuguesas, as mais tradicionais e as que continuam a ser reinventadas todos os dias”, conclui. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Centro de Formação CCILE Merchandising Lisboa, 04 de abril 09h00-13h00 Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Ajustar o seu espaço, loja, empresa ou armazém às necessidades e exigências dos clientes é essencial, pois um merchandising deficiente acarreta custos para a empresa e não traz mais valias diretas. Preços: Associados:€140* Não Associados: €180 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Desenvolvimento deCompetênciasde ApresentaçãoemPúblico Lisboa, 05 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 Qualquer profissional tem a necessidade de comunicar, seja com clientes externos, acionistas ou com equipas de trabalho da sua própria empresa. O modo como as pessoas se apresentam ou apresentam as suas ideias, projetos ou produtos é essencial e contribui para um maior ou menor êxito no alcançar dos objetivos definidos. Ao contrário do que se acredita, a eficácia de uma apresentação está em saber manter um perfeito equilíbrio entre o que dizemos e como dizemos. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Comunicação Oral em Espanhol de Negócios Lisboa, 06 e 07 de abril 09h00-16h30 Cada vez mais a realidade de trabalho das empresas passa por comunicar com os quatro cantos do mundo. Sente que quando comunica com os seus clientes, fornecedores ou colegas de Espanha ou da América Latina usa expressões em “portuñol”? Então este é o curso indicado para corrigir essa lacuna! Preços: Associados:€130 * Não Associados: €150 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

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Desenvolvimento de Competências de Negociação Lisboa, 11 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O propósito desta formação passa por dar a conhecer aos formandos os princípios da negociação. O curso visa explorar o conceito do negociador ativo, fundamental para quem pretende ter sucesso num ambiente competitivo, quer ao nível empresarial como interpessoal. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Presença nos Motores de Busca Lisboa, 12 de abril 09h00-13h00/14h00-18h00 Na hora de implementar uma estratégia de marketing digital, o posicionamento nos motores de busca é um dos pontos fulcrais a contemplar. Afinal, estudos recentes demonstram que a grande maioria dos portugueses utilizam os motores de busca para tomar decisões, o que os torna no local online, por excelência, para estar. Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Marketing Digital no Turismo Lisboa, 14 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O mercado do turismo tem visto no online uma oportunidade de venda e promoção como nenhum outro... Hotéis mostram-se diretamente aos clientes, destinos a visitantes, eventos aos participantes, algo que era essencialmente mediado, mas será que tudo mudou, ou temos mais opções? O marketing digital é um mundo novo no turismo. Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor

PEPEX - Uma Solução para as Suas Cobranças Lisboa, 15 de abril 09h30-13h30 O Pepex – Procedimento Extrajudicial Pré-Executivo é uma nova ferramenta legal extrajudicial que pode ser utilizada pelos credores na recuperação dos seus créditos. Importa pois conhecer como utilizar e as vantagens inerentes ao mesmo, bem como compreender em que situações este procedimento deve anteceder a ação judicial de cobrança e como pode ser utilizado de forma prática pelas empresas para recuperar as suas dívidas sem recurso ao tribunal. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Criatividade e Inovação Lisboa, 18 de abril 09h00-13h00 A Criatividade e a Inovação traduzemse na exploração bem-sucedida de novas ideias, essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas. Uma empresa ou qualquer outra organização que pretenda manter-se à frente de seus concorrentes, precisará de sistemas inovadores e criativos. Preços: Associados:€140* Não Associados: €180 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Marketing Digital na Banca e nos Seguros Lisboa, 19 de abril 09h00-13h00/14h00-18h00 A crescente dinâmica do digital no dia-a-dia dos consumidores, principalmente das novas gerações, tem obrigado vários setores, nomeadamente o da banca e dos seguros, a transformar a sua forma de fazer negócio, e a apostar cada vez mais na inovação tecnológica. Neste cenário de fortes alterações ao nível tecnológico, são muitos os desafios e tendências que se colocam aos setores da Banca e dos Seguros. Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor


Ergonomia no Posto de Trabalho

Guia dos Acidentes de Trabalho

Lisboa, 20 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00

Lisboa, 29 de abril 09h30-13h30

Já pensou nas posições que utiliza para trabalhar? Quer em frente ao computador, ou mesmo quando está a realizar qualquer outra tarefa? Serão essas as posturas mais adequadas? Com efeito, existem algumas posturas que podem prejudicar o nosso rendimento profissional, bem como, a nossa saúde.

O objetivo desta ação é dar a conhecer de forma prática tudo o que um empregador deve conhecer nesta matéria em caso de ocorrência de um acidente de trabalho, designadamente como proceder se depois da alta o trabalhador sinistrado ficar incapacitado para o seu trabalho habitual, como reagir e se relacionar com a seguradora, bem como compreender como decorre o processo em tribunal e o seu papel no âmbito do mesmo e como acionar a intervenção do IEFP para o caso de não existir na empresa ocupação compatível com a incapacidade do trabalhador sinistrado.

Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Comércio Eletrónico

Modalidades e Regras Lisboa, 21 de abril 14h30-18h30 A utilização massiva da Internet, indissociável do quotidiano e de um novo modus vivendi, introduziu diferentes formas de comunicar e de comercializar. Hoje em dia, um produto que não seja vendido através da Internet é uma oportunidade perdida pois o público-alvo é maior, a publicidade pode ser gratuita, os custos associados às vendas são menores… Conhece os seus direitos, enquanto vendedor online ou os direitos dos consumidores? Sabe qual o prazo para aceitar uma devolução ou como emitir uma fatura eletrónica?

Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

CCILE TEMÁTICA Sessões Informativas Orçamento de Estado Medidas Fiscais para 2016 Lisboa, 08 de abril 09h30-11h30 Esta sessão pretende analisar as principais alterações fiscais previstas no Orçamento de Estado de forma a dar a conhecer o impacto que as medidas poderão ter na atividade das empresas. Preços: Associados:€30 * Não Associados: €50 Acresce IVA à taxa legal em vigor 10% desconto a partir da 2ª inscrição

Regime Jurídico das Execuções Fiscais Lisboa, 21 de abril 09h30-13h00 Esta sessão pretende analisar o processo de execução fiscal, o Regime Jurídico da Execução Fiscal bem como a finalidade de cada fase da tramitação processual do Processo de Execução Fiscal. Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 Isento de IVA

Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Desenvolvimento de Equipas de Alto Desempenho Lisboa, 27 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O propósito deste curso passa por desenvolver competências ao nível das capacidades de feedback, gestão e motivação de equipas que permitam a sua aplicabilidade em contexto real nas organizações, contribuindo para a melhoria da satisfação dos colaboradores e do clima social. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org

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vinos & Gourmet

Foto Sandra Marina Guerreiro

Vinhos & Gourmet

Vinhos da Extremadura e Alentejo expostos em Lisboa O s vinhos premiados no XIII Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo estiveram expostos no Club del Gourmet do El Corte Inglés em Lisboa, entre 29 de fevereiro e 6 de março. A Montra de Vinhos serviu, assim, para expor e reforçar a divul-

gação dos 25 premiados da última edição desta prova de âmbito ibérico, que resulta de uma organização conjunta da Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola (CCILE) e da Junta de Extremadura. Na edição de 2015 desta prova, foram premia-

dos 14 vinhos alentejanos e 11 extremenhos, de perto de uma centena apresentados a concurso, tendo o júri salientado a melhoria significativa que a produção vinícola daquelas duas regiões transfronteiriças tem registado, ano após ano (ver edição nº 223). 

Passagem lança novidades para assinalar uma década de existência O projeto de vinhos do Douro Superior “Passagem” lançou o seu primeiro Porto com esta assinatura, um marcante vintage de 2011, que assinala também uma década de existência da marca. Assim, o ano de 2015 foi marcado pelo

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lançamento do “Passagem Porto Vintage 2011”, bem como, já no final do ano, das novas colheitas de branco e tinto, ambos “reserva”, com os “Passagem Reserva branco 2014” e “Passagem Reserva tinto 2013”. De uma forma geral, os

vinhos que nascem na subregião do Douro Superior caracterizam-se por serem frutados, aromáticos e expressivos. Assumidamente de terroir, os Passagem – do enólogo Jorge Moreira – são expressivos, diretos e elegantes q.b.. 


vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

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publireportagem

O que é necessário para ser Líder? “O verdadeiro líder não tem necessidade de comandar. Contenta-se em apontar o caminho”. (Henry Miller)

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Texto Winning Scientific Management

ários especialistas no tema da liderança concordam que as competências necessárias para ser um líder eficaz são aquelas que se podem desenvolver, mas muitos gestores tentam passar sem elas. Se não se tem as competências de liderança necessárias, vai ser difícil motivar os elementos das nossas equipas para executarem as tarefas no seu melhor em prol da equipa. Para termos uma equipa altamente motivada e produtiva é preciso saber como liderar pessoas. É precisamente sobre cinco destas competências essenciais, que qualquer líder deve ter, que nos vamos focar de seguida. O que queremos ser e não ser?

A realidade dos dias atuais exigiu às organizações e pessoas que se adaptassem rapidamente. O ritmo cada vez mais alucinante, as necessidades a mudarem de forma cada vez mais dinâmica obrigou as pessoas a estarem cada vez mais e melhor preparadas para este ritmo de mudança e adaptação contínua. Como em muitos aspetos das nossas vidas, qualquer equipa reflete, age em conformidade com a imagem do seu líder. As pessoas são os principais e melhores recursos que se pode ter em qualquer projeto. Existe algo fulcral que não se pode esquecer acerca das pessoas: Não gostam de ser geridas, conduzidas, mandadas, chefiadas. 36 act ualidad€

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Gostam de ser lideradas.

Nunca iremos conseguir levar a nossa equipa a um nível elevado de Competência 1: Gestão do tempo produtividade se não conseguirmos Se está continuamente atrasado comunicar de forma eficaz com as para as reuniões ou tem sempre a pessoas. Uma boa comunicação insensação de não estar devidamente terpessoal tem um ingrediente depreparado para as mesmas, então terminante - é pessoal. revela pouca capacidade em gerir o Isso significa que enquanto líder tempo. Os gestores têm diferentes eficaz, precisamos de nos relacio“queixas” ou argumentos sobre o nar bem com as pessoas numa base tempo e é fundamental saber como individual, pessoal e usar esse coconciliar uma panóplia de tarefas. nhecimento para motivá-las e inA gestão de tempo é uma competên- centivá-las a darem o seu melhor na cia fundamental para todos o que realização das suas tarefas. desempenham uma função que im- Não existem duas pessoas iguais e, plique liderança. como tal, são necessárias abordaÉ determinante sermos capazes de gens, estratégias diferentes embora nos manter a par com tarefas do a mensagem seja a mesma. dia-a-dia ao mesmo tempo que temos de encontrar tempo para pla- Competência 3: Negociação near, preparar as reuniões e motivar A negociação é uma arte muito os elementos das nossas equipas. mais subtil do que simplesmente Se ficarmos com a sensação de nun- levar as pessoas a fazer o que se preca termos tempo para planear e ape- tende. Grandes negociadores sabem nas funcionarmos em modo reativo, como criar a perceção win-win que então torna-se crucial parar para re- permite relacionamentos contínuos ver a capacidade de gestão do tempo, para tornar a próxima negociação se quisermos ser um líder eficaz. mais fácil. Muitas vezes, os líderes acreditam Competência 2: Comunicação inter- erroneamente que a arte da negociapessoal ção significa “forçar” a outra parte Sem a capacidade de comunicar de a aceitar os seus termos e condições, forma eficaz em níveis diferentes, mas a negociação real depende de todas as situações parecerão autên- uma perspetiva diferente e permite ticos desafios. Muitos líderes em- a ambas as partes a liberdade de se presariais tendem a ignorar as com- comprometer e discutir os termos e petências ao nível da comunicação condições em conjunto para garaninterpessoal, até que descobrem que tir a sustentabilidade do relacionanão conseguem nada sem o apoio mento. de outras pessoas no mundo dos Esta competência irá levar a menegócios. lhores relações comerciais dentro


publireportagem da equipa e com os restantes stakeholders. Competência 4: Delegação

formar uma equipa, e não apenas um grupo de pessoas que por acaso partilham o mesmo espaço de trabalho e participam no mesmo projeto. Uma boa equipa produzirá mais trabalho, com maior qualidade do que os indivíduos que trabalham sozinhos, isolados. Daí as competências de construção de uma equipa serem essenciais para qualquer líder. Evitar discussões e conf litos de personalidade para criar uma equipa eficaz nem sempre é fácil, mas um bom líder consegue reconhecer os sinais de desastre iminente para agir cedo, quando necessário e de forma assertiva e eficaz, procurando soluções justas e duradouras.

Enquanto a maioria das pessoas pode delegar tarefas para outra pessoa, esta competência vai muito além de pedir a outra pessoa para completar uma tarefa. Além disso, delegar não significa “despachar” uma tarefa para outro, transferindo desta forma a responsabilidade sobre o resultado da mesma. Os líderes eficazes conhecem os elementos das suas equipas e sabem quais as tarefas que estão dentro das capacidades de cada um. Saber corresponder tarefas aos indivíduos para obter o melhor de cada um é determinante para uma liderança eficaz para além de re- Conclusão velar capacidade em otimizar Então, o que acontece se acharos recursos. Sem a capacidade mos que precisamos de trabade conhecer e perceber os me- lhar algumas dessas competênandros da delegação, está-se a cias? correr um sério risco de negli- Líderes que possam reconhegenciar o desenvolvimento da cer as áreas onde necessitam equipa. de alguma aprendizagem para melhorarem as suas competênCompetência 5: Team Building cias são mais propensos a conSem uma equipa, ninguém é seguirem orientar e incentivar um líder. Os líderes eficazes os elementos das suas equipas. sabem como levar os indivídu- Todos ganham com uma boa os a trabalharem juntos para liderança!

Diferença entre

Chefe & Líder Dirige empregados Depende da autoridade Inspira medo Diz “Eu” Culpabiliza pelas falhas Sabe como se faz Usa pessoas Fica com os créditos Ordena Diz “Vão”

... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Treina-os Da boa vontade Gera entusiasmo Diz “Nós” Corrige as falhas Mostra como se faz Desenvolve pessoas Dá créditos Pergunta Diz “Vamos”

Ações de Formação Desenvolvimento deCompetênciasde ApresentaçãoemPúblico Lisboa, 05 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 Qualquer profissional tem a necessidade de comunicar, seja com clientes externos, acionistas ou com equipas de trabalho da sua própria empresa. O modo como as pessoas se apresentam ou apresentam as suas ideias, projetos ou produtos é essencial e contribui para um maior ou menor êxito no alcançar dos objetivos definidos. Ao contrário do que se acredita, a eficácia de uma apresentação está em saber manter um perfeito equilíbrio entre o que dizemos e como dizemos.

Desenvolvimento de Competências de Negociação Lisboa, 11 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O propósito desta formação passa por dar a conhecer aos formandos os princípios da negociação. O curso visa explorar o conceito do negociador ativo, fundamental para quem pretende ter sucesso num ambiente competitivo, quer ao nível empresarial como interpessoal.

Desenvolvimento de Equipas de Alto Desempenho Lisboa, 27 de abril 09h00-13h00 / 14h00-18h00 O propósito deste curso passa por desenvolver competências ao nível das capacidades de feedback, gestão e motivação de equipas que permitam a sua aplicabilidade em contexto real nas organizações, contribuindo para a melhoria da satisfação dos colaboradores e do clima social. Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

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Las apps: emprender e innovar en un negocio en expansión

España y Portugal viven en pleno auge la creación y expansión de aplicaciones móviles en los más diversos campos. Las conocidas apps se han convertido en el punto de partida para muchos emprendedores que acaban desarrollando su idea a través de una start-up con un nivel de riesgo mucho menor en comparación con el de la creación de una empresa. Muchas desaparecen, otras ganan espacio en el mercado y algunas son absorbidas por empresas mayores. En cualquiera de los tres casos, la experiencia forma parte del aprendizaje en un sector en continua transformación.

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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

in darnos cuenta el móvil se ha convertido en una de las herramientas fundamentales en nuestro día a día. De hacer llamadas pasamos a recibir y enviar emails, consultar Internet o pagar servicios. La compra mediante aplicaciones móviles está cada vez más en auge y por detrás encontramos un amplio número de emprendedores que decide apostar por este sector siempre en movimiento. Es una forma fácil de comenzar un negocio pero no significa que sea sinónimo de éxito. Muchas de estas apps acaban por desaparecer pero la experiencia, incluso cuando se ha fracasado, es un paso fundamental en proyectos posteriores. Todo el mundo conoce grandes aplicaciones como Angry Birds, Candy Crush, Facebook, Twitter, Uber o Instagram. El desarrollo de apps móviles se ha convertido en una industria

multimillonaria con grandes expectativas de futuro aunque no todas las que aparecen en el mercado siguen el mismo camino. “Un 10% del total de las apps que se crean acaban generando beneficios, un 60% van a perder dinero y un 30% logran costearse”, recuerda a Actualidade Salvador Pérez Crespo, director del Observatorio Tecnológico de Telefónica. En el mercado “existirán más de 4 millones de aplicaciones” y considera importante diferenciar que en los últimos años, “más que consolidarse las apps lo que se está produciendo es una consolidación de los servicios que están por detrás de ellas. Ha madurado tanto el uso que hace la gente como por parte de los desarrolladores que han visto su oportunidad en hacer un negocio”. Cree que su desarrollo fue casual, “porque en un inicio los móviles tenían poca capacidad de almacenamiento y

las apps resolvían ese problema”. Teniendo en cuenta que en España se desarrollan 40.000 aplicaciones al año “cada vez más nacen apps ligadas a servicios”. Y para que generen dinero se deben dar varias circunstancias. Por un lado, “las dos terceras partes de los ingresos derivan de las ventas que se realizan a través de la aplicación y otra forma de negocio lo logran siendo de pago y por publicidad”, aunque en ambos casos no representa mucho dinero. Para este año Salvador espera un mayor desarrollo de las apps para empresa “porque son las que tienen más predisposición para pagar”, y por otro lado “la realidad virtual está llegando aunque no sé cuánto durará ni el impacto que tendrá”. Según los cálculos de la consultora tecnológica Gartner, el sector global de las aplicaciones facturó en el 2013 cerca de 19.300 millones, un 62% más ABRIL de 2016

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Badiapp Badiapp lleva menos de un año en el mercado, de momento el español, con ambiciosos planes de expansión. Es la app que pone en contacto pisos y personas sin intermediarios y conecta a los futuros compañeros de piso mediante matching y chat integrado. “Nos dimos cuenta que quien quería buscar piso para compartir en Barcelona no tenía ninguna plataforma donde hacerlo”, cuenta Carlos Pierre Trias de Bes, socio fundador de Badiapp. Tanto él como sus otros cuatro socios han dejado sus respectivos trabajos para centrarse en esta aplicación que ya está funcionando también en Madrid. “La compañía se fundó en mayo de 2015 y lanzamos una primera ronda de inversores para costear los gastos de marketing. Contamos con un fondo de inversores internacional y con tres inversores privados”, aclara. Tienen anunciadas más de 2.500 habitaciones y se establecen más de 250 conversaciones al día entre posibles compañeros de piso. “Haremos

los dispositivos que usan el sistema operativo Android y la App Store, que incluye las aplicaciones vinculadas al sistema operativo iOS, de Apple. Entre ambos gigantes, el mercado estima que pueden sumar más de tres millones de programas, a los que se deben sumar los de MarketPlace, la tienda de Microsoft y su sistema operativo Windows Phone, los de BlackBerry App World (de Blackberry) y los de Amazon, alcanzando la referida cifra de los cuatro millones de apps.

Apps portuguesas Apps Portugal es una red social para programadores y utilizadores de las aplicaciones móviles creadas en Portugal o para Portugal, alrededor de 2.200. En su mayor parte están por detrás jóvenes entre los 18 y los 35, casi todo hombres, y las más consultadas son las de finanzas, deporte y noticias. Una una nueva ronda de inversode las apps portuguesas que más están res porque nos estamos planteando dando que hablar, también con prea expansión a Londres y a París”, exmios internacionales, es la de Mobizy. plica el responsable de la app. Creo Se trata de una tecnología creada por que este proyecto tiene una ventaja la empresa lusa Tekever pero funcioy no es otra que “dar respuesta a una na como una start-up independiennecesidad del mercado, no la create. Esta aplicación facilita diferentes mos nosotros sino que es un probleherramientas informáticas para el ma real y buscamos la solución”. De negocio de las pequeñas y medianas momento el objetivo es dar a conocer empresas. “Somos una especie de prola aplicación, tener muchos usuarios gramación Saab para las pymes que no y ya se verá cómo lograr beneficio pueden pagar los valores desorbitantes económico porque por ahora es grapor este tipo de herramientas, como tuita para los usuarios. Esta app fue hacen las grandes empresas”, explica la finalista española en la última ediPedro Moura, CEO de Mobizy. ción del Global Mobile Challenge que “Se trata de modelos de negocio incontó con la participación de 5.400 tegrados en una única aplicación a un jóvenes de todo el mundo. valor muy bajo, entre 5-10 euros por mes por usuario”, aclara el fundador de Mobizy. El proyecto está en el merque un año antes. El informe Mobile este año. De ser así, la facturación se cado desde 2011, aunque era algo seApplication Business Model realizado habrá triplicado en solo cuatro años. cundario. “El año pasado me contratapor ABI Research, estima que los in- Todos estos pronósticos, según los ex- ron para convertir esto en un negocio gresos totales de las aplicaciones mó- pertos, responden a que el desarrollo y y estamos yendo con más seriedad en viles (incluyendo el pago por descar- la expansión de estos programas aún el mercado”. Es un producto enfocaga, la publicidad y las suscripciones) tienen mucho camino que recorrer. do para empresas de entre cinco y 30 crecerán de manera exponencial hasta En este negocio llevan la delantera empleados, que vendan bienes reales y alcanzar los 35.570 millones de euros Google Play, la tienda de apps para controlan un equipo disperso en el es-

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pacio. Esta aplicación ganó el premio WSA-mobile Global Champion 2015 en el área de negocios concedido por la ONU. Destacó por su flexibilidad técnica que facilita el día a día de las organizaciones creando soluciones móviles transversales para cualquier tipo de negocios y servicios. Pedro Moura trabajó en Nova base durante 15 años y dejó la empresa “para asumir nuevos desafíos en otras áreas”. Cree que en Portugal “en las empresas grandes hay mucha innovación que no es aprovechada” y aplaude el modelo seguido por Tekever porque al crear una start-up para desarrollar este negocio gana agilidad, rapidez y adaptación al mercado “que una empresa grande por su estructura acaba por perder”. Destaca también la calidad de las aplicaciones realizadas en Portugal “a nivel de diseño y calidad tecnológica” pero se lamenta de la falta de recursos. Falta más inversión y también más unión para dar a conocer los proyectos “no solo porque hay muchas sino también porque somos pequeños”. Pedro Moura asegura que este mercado está madurando, “se aprende mucho con las start-up que fallaron y ese saber se transmite a otras personas. No había este conocimiento y ahora sí, es una segunda ola de emprendedores”. España, 5º país en compras por el móvil España es el quinto país que más compra a través del móvil. Los españoles compran más y además les gusta hacerlo a través de apps porque se sienten más cómodos y seguros. Esta es una de las conclusiones del sexto Informe sobre el Estado de las Apps en España presentado a final de año del explorador móvil y es que, según por The App Date en colaboración señala este estudio, los usuarios comcon Visual One, en el Espacio Funda- pran hasta tres veces más cuando lo ción Telefónica. La compra por móvil hacen desde una aplicación. representa ya el 34% de las compras Se estima que en España hay más de que se hace por internet en nuestro 27 millones y medio de usuarios actipaís. Además, los usuarios, -6 de cada vos de apps, y se descargan una media 10 han comprado vía móvil- prefieren de 3,8 millones al día. Todo esto, en comprar a través de apps que a través un país en el que el móvil es un apa-

rato muy popularizado: se estima que su penetración ya es de más del 81% en todo el país. Estos compradores a través de app, que en su mayoría tienen entre 25 y 34 años, gastan especialmente en viajes, ocio y moda, sectores que encabezan el pago vía móvil. Las compras se hacen preferiblemente a través del móvil (59%) seguido de ABRIL de 2016

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Principales modelos de negocios en app móviles Con el auge de los dispositivos móviles muchos desarrolladores se han animado a crear aplicaciones y buscar nuevos modelos de negocio en un mercado con muchas formas de monetizar pero con distinta efectividad. Los especialistas recuerdan que no existe ningún método que sea remedio para todas las aplicaciones. Pero la correcta elección de un método para conseguir beneficios puede ser clave. Para acertar en el modelo es importante conocer al público objetivo, quiénes van a terminar usándola y su susceptibilidad a pagar por ese servicio.

es muy sensible y según cuál sea nuestro público, una pequeña variación puede marcar la diferencia. Es importante saber a quién nos dirigimos. Las que están destinadas al mundo de los negocios son las más fáciles de vender.

¿Gratuita o de pago?

Suscripción y servicios premium

Ambos tienen sus ventajas pero se debe analizar bien qué ofrece cada uno y cómo se puede sacar provecho. Gratis resulta muy atractivo para los usuarios potenciales y se puede introducir publicidad. Aunque a día de hoy, ninguna plataforma de publicidad móvil se ha logrado asentar. Otra opción es pagar la aplicación desde un primer momento. La cifra a pagar a veces

valoran de manera positiva que se puedan realizar las compras sin llevar encima la cartera (si se está registrado no hace falta volver a teclear el número de tarjeta). El sector en donde más se gasta dentro de las apps de eCommerce es el de los viajes, seguido muy de cerca del ocio, las tablets (41%). Y en el sector re- la moda y la electrónica. tail la compra móvil supone el 58% Los españoles también de todos los ingresos móviles. Los eligen este tipo de apps motivos que dan los usuarios para para adquirir productos realizar la compra y venta a través del sector de la cultura, de apps son la rapidez y la seguridad la banca, la belleza, los que les ofrecen. Además, también seguros, la alimenta42 act ualidad€

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Compras dentro de la aplicación El usuario ya se ha descargado la aplicación, pagando antes o no, y dentro de la misma dispone de una serie de servicios adicionales que no son necesarios para el uso normal pero sí que ofrecen un plus.

Otro modelo para generar ingresos es la suscripción premium. Un ejemplo es el de Spotify. Su servicio premium habilita el acceso a la aplicación en smartphone y tablet, además de eliminar la publicidad. Por otro lado, Evernote facilita más capacidad de almacenamiento entre otras funciones exclusivas en su membresía de pago.


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ción y el hogar, y de manera menos habitual otros productos, como la venta de códigos fuente. Las apps de mCommerce con más éxito entre los españoles son las que ofrecen descuentos. Se encuentran aplicaciones móviles de distintos sectores, como El Tenedor (de comidas), Booking (hoteles y restaurantes), Privalia (decoración y moda) o c o m Groupon (de descuentos en varia- prar y hacer transacciones si no que apps al día), la realidad es que el núdos sectores). Este observatorio del nos sentimos cómodos y a través de mero de descargas desciende dado uso de las apps muestra cómo nues- ellas consumimos hasta tres veces que sigue aumentando la penetratra relación con las aplicaciones ha más”, señalan desde The App Date, ción de smartphones, que ya los usa ido variando a lo largo de estos años. plataforma donde se analiza la evo- un 81% de la población. De media “Los datos nos demuestran cómo al lución de este sector. se usan activamente 14 aplicaciones ser usuarios más maduros hemos Así, mientras que en el 2015 el nú- de las instaladas en nuestros teléentrado de lleno en el fenómeno del mero absoluto de apps descargadas fonos y con ellas pasan el 89% del app-commerce. Es decir, no solo por los españoles fue el mismo que tiempo que dedican al uso de nuesconfiamos en las aplicaciones para el pasado anterior (3,8 millones de tros smartphones. 

El móvil, la herramienta clave para comunicar con los jóvenes “El móvil es el centro de nuestra vida, y lo será cada vez más. Es además la mejor forma de hacer llegar los mensajes a los jóvenes”, comienza por explicar Paris de l'Etraz, Director del Venture Lab de IE Business School. Ha organizado en tres ocasiones el Global Mobile Challenge donde jóvenes de todo el mundo presentan aplicaciones que proporcionen un servicio a la sociedad. Un concurso que nació con el objetivo de abrir la mente a la juventud, para que busquen problemas de nuestra sociedad que haya que resolver y que sientan en su propia piel lo que es ser emprendedor y la incertidumbre que todo ello conlleva”, subraya Paris de l'Etraz. Una idea que ha tenido como resultado, en solo tres años, la participación entusiasta de miles de personas con edades comprendidas entre los 18 y los 35 años. “Comenzamos en el 2013 en Medio Oriente porque sentimos que por causa de los

conflictos bélicos se corría el peligro de perder una generación de gente joven”, aclara el responsable. En el 2014 se amplió a más países de Asia y a España y el año pasado abarcó 6 regiones mundiales: Europa, Región Árabe, Asia- Pacífico, América Latina, Eurasia y África. Y en tan poco tiempo han pasado de tener 350 equipos participantes hasta llegar a cerca de los 2.000. Apenas un 20% son universitarios y el porcentaje de mujeres es prácticamente el mismo que el de los hombres. El equipo vencedor de 2015, conocido el pasado mes de febrero, fue Whatson Planner, una start-up holandesa que ha desarrollado un motor de búsqueda para gestionar la agenda. El segundo lugar lo ocupó Raye7, una app que permite compartir el uso del vehículo en Egipto, y el tercer premio recayó en ArtAsian, plataforma de Kyrgyzstan que comercializa artesanía de Asia Central en todo el

mundo. También fueron finalistas un proyecto educativo para aprender matemáticas, lógica y árabe en Argelia, una app interactiva del sector sanitario para mujeres embarazadas en Palestina y una app para que los educadores gestionen el trabajo con los niños en Dinamarca. En la Península Ibérica se presentaron 90 equipos, representando el 54% de los proyectos en Europa. En el caso concreto de Portugal, fueron una veintena. Badiapp fue la startup española que llegó a la final europea con una app que pone en contacto pisos y personas sin intermediarios para compartir piso mediante matching y chat integrado. Paris de l'Etraz cree que participar en este concurso “cambia la vida de los jóvenes”. Reconoce que solo un pequeño porcentaje de aplicaciones llega a tener éxito pero “todos se ponen en la piel del empresario”, añade.

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Baptista, Monteverde & Associados: sociedade de referência na área da propriedade intelectual

A Baptista, Monteverde & Associados (BMA) assume-se como uma referência no universo dos serviços jurídicos no âmbito da propriedade intelectual, em Portugal. A sociedade de advogados faz o pleno e presta serviços às empresas que vão desde a assessoria comercial, nesta matéria, até à fase de contencioso.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Actualidad€ actualidade@ccile.org

propriedade intelectual é (pré-contencioso) – até ao contencioso, farmacêutica, enquadra Filipe Teixeira uma das principais áreas de ligados a esta matéria, que inclui ainda Baptista, considerando que esta legisatuação da Baptista, Monte- o direito comercial, os direitos de autor, lação poderá ter prejudicado o investiverde & Associados (BMA), proteção de dados, entre outros. mento em Portugal por parte de novas constituída há cerca de oito Em termos de contencioso, a BMA empresas de genéricos estrangeiras. anos. No entanto, dada a experiência tem estado particularmente ativa a re- Outras áreas de atuação da BMA são o anterior dos seus sócios nesta matéria, presentar empresas da área farmacêu- direito comercial, direito administratiligados a outras sociedades, a BMA tica, nomeadamente fornecedoras de vo e da publicidade, Os seus principais clientes, que desenassume-se já como uma “sociedade de medicamentos genéricos, que tentam referência em matéria de propriedade introduzir novos fármacos em Portu- volvem atividade nas mais diversas áreintelectual”, salienta Margarida Vaz (na gal. À luz da nova legislação de 2011 as, são oriundos de Espanha, Estados foto, entre os outros dois sócios – Paulo que obriga as novas autorizações de Unidos, Israel e Alemanha. O reforço Monteverde e Filipe Teixeira Baptista). medicamentos genéricos a ser aprova- da ligação a Espanha, onde o escritório A partner da BMA salienta que a so- das em processo de arbitragem, têm lisboeta conta com algumas parcerias ciedade faz o pleno, ao prestar serviços sido inúmeros os casos de sociedades institucionais, é uma das prioridades que vão desde a consultoria ao investi- comercializadoras que têm de recorrer em termos do acompanhamento de mento e entrada e registo de marcas e aos serviços jurídicos e especialistas em clientes para fora de Portugal e vicepatentes em Portugal – nomeadamente matéria de propriedade intelectual e versa, destaca, ainda, Filipe Teixeira como agentes de propriedade industrial outra legislação específica ligada à área Baptista.  44 act ualidad€

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Belzuz Abogados organiza seminário sobre regime português de residentes não habituais A Belzuz Abogados organiza, nas próximas semanas, dois seminários em Espanha subordinados ao tema “Aplicação do regime de residentes não habituais a quadros superiores estrangeiros”, que pretende enquadrar o novo regime em termos de direito laboral português e de fiscalidade associada e comparação com o direito espanhol.

Entre os oradores, podem destacar-se Eduardo Henriques, diretor da AICEP em Espanha e Conselheiro Económico e Comercial da Embaixada de Portugal em Espanha e que fará uma apresentação sob o mote de “Portugal: nova realidade, novas oportunidades. Negócios e Investimentos”. As regras de contratação e de rescisão

de contratos de executivos estrangeiros, ao abrigo do novo regime, estão igualmente entre os temas a abordar no seminário, por parte de advogados da Belzuz, sociedade que está presente nos dois países. Os seminários irão decorrer nos próximos dia 13 de abril, em Madrid, e 20 de abril, em Barcelona.

Universidade Católica lança livro sobre IRC A Universidade Católica Editora lançou, recentemente, a nova obra de António Rocha Mendes, sob o título “O IRC e as reorganizações empresariais”. O livro efetua uma ponte entre os conceitos, a prática e a doutrina da fiscalidade norte-americana e a portuguesa. O autor é advogado e sócio respon-

sável pelo Departamento Fiscal da CS Associados. É licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa. Tem uma pós-graduação em Fiscalidade, pelo Instituto Superior de Gestão e obteve o LL.M. na Boston University.

Em trânsito: » Francisco Peña (na foto) é o novo sócio residente do escritório em Portugal da Gómez-Acebo & Pombo (GAP). Sucedendo a Carlos Rueda, Francisco Peña conjugará as suas novas responsabilidades com as funções que já desempenhava como sócio da área de Contencioso e Arbitragem da GAP. Um dos objetivos definidos pelo novo responsável é “aumentar a dimensão do escritório português”, o que poderá passar pela “integração” de uma nova equipa de trabalho, como frisou Francisco Peña, que é sócio da Gómez-Acebo & Pombo desde 1989. » A Antas da Cunha & Associados reforçou o seu departamento de contencioso, com a integração da advogada Mafalda de Vasconcelos, na qualidade de associada. 46 act ualidad€

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Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

Mafalda de Vasconcelos é licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Iniciou o seu percurso profissional como advogada estagiária na Athayde de Tavares e Pereira da Rosa, tendo posteriormente continuado o seu estágio na CCA Advogados. Passou ainda pela Servdebt - Capital Asset Management e pela Adjuris Lisboa. Tem como áreas preferenciais de atuação o contencioso civil, direito da insolvência e contratos. » Nuno Galvão Teles foi reeleito managing partner da MLGTS, para o triénio 2016-2018. Foi também aprovado o novo conselho de administração. João Soares da Silva mantém-se como presidente do CA, sendo os restantes membros não executivos os sócios António Lobo Xavier, Francisco de Sousa da Câmara, Luís Branco e Filipe Vaz Pinto. Os sócios Eduardo Verde Pinho e Rui Patrício serão os membros executivos que, conjuntamente com Nuno Galvão Teles, formam a Comissão Executiva da sociedade.


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setor imobiliário

sector inmobiliario

Altamira pondrá en el mercado casi 8.000 nuevas viviendas hasta 2018

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ltamira Asset Management tiene en marcha el desarrollo de 217 promociones de obra nueva en todo el territorio español y tiene previsto entregar 7.948 viviendas nuevas hasta 2018, según las cifras analizadas por el comité directivo de la compañía. El grupo posee 102 nuevos residenciales, con casi 4.500 viviendas, en fase de construcción de las que un 49% ya se ha vendido, según los datos de la compañía. Asimismo, también cuenta otras 33 promociones con 808 inmuebles que están en fase de comercialización, con un 21% de ventas y que se empezarán a construir cuando estas alcancen el 30%. El resto de viviendas, 2.600 en 82

Urbas desarrollará un megaresort en Cuba

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rbas Grupo Financiero entrará en el capital social de Caribbean Resort and Golf, en un primer momento con un 30% y posteriormente con una opción de compra de hasta el 70%, para la ejecución de un proyecto inmobiliario en la ciudad de Cienfuegos (Cuba). El complejo estará integrado por un resort hotelero e inmobiliario, asociado a la construcción de campos de golf y marina deportiva. Ubicado en la península de Rancho Luna-Pasacaballos (Cuba), comprenderá una superficie de entre 1.600 a 1.800 hectáreas, y se llevará a cabo a través de la constitución de una empresa mixta con participación de la sociedad cubana Cubagolf. 

promociones, está en una fase previa de gestión, a la espera de que empiecen a comercializarse, aunque la compañía prevé que sea en un plazo máximo de seis meses. Hasta la fecha, la plataforma de gestión de activos inmobiliarios (ex filial inmobiliaria del Banco Santander), ha iniciado la construcción de 5.850 viviendas en todo el territorio nacional desde 2013, de las 4.700 se han entregado en los dos últimos ejercicios. El director de desarrollo de negocio de Altamira, Francisco Moreno, ha subrayado que estas cifras sitúan a Altamira como “la primera gestora de promociones inmobiliarias en España y una de las mas relevantes en Europa. 

Sube el precio de los pisos

Neinor Homes se alía con Google

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einor Homes ha firmado una alianza con Google para captar compradores a través de Internet entre quienes buscan piso, identificando la demanda de forma segmentada y pudiendo ofrecer a los potenciales compradores información de su interés a través de publicidad personalizada. En una entrevista a Europa Press, el consejero delegado de Neinor Homes, Juan Velayos, ha afirmado que se trata de un “acuerdo estratégico” pionero en España entre las promotoras residenciales, y de los pocos que hay de momento en el mundo, que apuesta por el marketing on-line. Neinor Homes también se posicionará en YouTube.

E Mediante el acceso a lo que la gente busca en internet cuando está pensando en comprar una vivienda, la promotora podrá mostrar al usuario anuncios personalizados según sus criterios de búsqueda, como zona o número de habitaciones, de forma que incrementará las posibilidades de que el potencial comprador se interese por los productos de Neinor Homes. 

l precio de la vivienda en España subió un 3,6 % de media en el año 2015, su mayor aumento desde el año 2007, antes de que empezara la crisis financiera. Se trata del segundo crecimiento anual consecutivo que se registra, según los datos publicados por el Instituto Nacional de Estadística (INE), si bien en el 2014 el alza fue tan solo del 0,3%, tras seis años consecutivos de bajadas. Entre el 2008 y el 2013, el precio de la vivienda registró descensos anuales de distinta intensidad. En el 2007, cuando el INE comenzó a elaborar este índice, el precio de la vivienda libre experimentó un incremento del 9,8%. Desde entonces no ha vuelto a crecer a ese ritmo. 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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sector inmobiliario

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“Orçamento do Estado de 2016 é amigo do crescimento e do investimento”

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Na mesma semana em que viu aprovado o Orçamento de Estado para o corrente ano, o ministro das Finanças explicou e justificou as linhas mestras que o sustentam, perante uma plateia de empresários e gestores. No almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Mário Centeno frisou que a estratégia seguida pelo Governo garante melhores perspetivas financeiras para Portugal e consequentemente o fortalecimento das relações com Espanha. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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ministro das Finanças diz que “temos de corrigir desequilíbrios, relançar o crescimento e recuperar o emprego”. Mário Centeno começou assim o seu discurso no que foi o primeiro almoço de empresários do ano, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola. O encontro decorreu, em Lisboa, no passado dia 26 de fevereiro, três dias depois de a Assembleia da República ter aprovado, na generalidade, o Orçamento do Estado (OE) para 2016. Oportunidade para Mário Centeno garantir que o Governo que integra “pretende assumir uma 04 gestão orçamental equilibrada e rigorosa, com a diminuição da carga fiscal direta e a recuperação do rendimento objetivo infelizmente falhado em 2015, melhoria do défice estrutural em 0,3 das famílias e das empresas”, de modo quando, a partir de um défice estimado pontos percentuais, uma taxa de cresa “criar espaço para a materialização do de 2,7%, acabou em 4,3%”. cimento de 1,8%, uma taxa de desempotencial de crescimento económico e prego de 11,3%, no final do ano. O OE as bases de um sistema financeiro mais “começa a virar a página da austeridade”, saudável”. Pretende-se “gerar condições já que opta por “aliviar a carga fiscal O OE de 2016 “alivia para fomentar o crescimento, não apesobre a economia, reduzindo o peso a carga fiscal sobre a dos impostos em 0,2% do PIB” e por nas em 2016, mas nos anos seguintes”. O ministro considera fundamental economia, reduzindo “reforçar o rendimento disponível das que o OE possa “gerar confiança e famílias, diminuindo a receita de imo peso dos impostos postos diretos em 2%”. O ministro diz estabilidade, fator importante para os consumidores e investidores, nacionais que foram contidos os consumos interem 0,2% do PIB”, ou estrangeiros”. Por isso, “não veremos médios do Estado, que aceleraram o inassinala o ministro neste OE quaisquer mudanças de funvestimento público apenas associado ao do no IRS, no IRC ou no Código do novo quadro comunitário e mantiveram das Finanças Trabalho, promovendo assim a estabilia sobretaxa do IRS para os escalões mais dade fiscal”. O governante não tem dúaltos de rendimento. vidas de que este OE “é amigo do cresÀs críticas que acusam o OE de ser No que se refere à capitalização das cimento e do investimento” e de que despesista, o ministro ressalva que as empresas, Mário Centeno defende que “conduzirá Portugal a, finalmente, sair projeções do Governo são cautelosas: “deve ser dado um papel cimeiro ao fido Procedimento do Défice Excessivo, um défice nominal de 2,2%, uma nanciamento da economia portuguesa”,

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ressalvando que “não sendo possível de- Empreendedor, Empresa na Hora, Em- principais parceiros de Portugal no que pender apenas do investimento público”, presa Online ou o Licenciamento Zero. toca à exportação de bens e serviços vão serão lançados “instrumentos finanPara o ministro “a relação das nossas crescer em 2016: Espanha 2,7%, França ceiros com recurso a Fundos Europeus, empresas com Espanha e das empresas 1,3%, Alemanha 1,8%, Reino Unido numa alavancagem esperada na econo- espanholas com Portugal é essencial 2,4% e Estados Unidos 2,5%. “As emmia de 1.500 milhões de euros.” para o sucesso do OE”, sublinhando que presas portuguesas beneficiarão disto”, Também a nova vaga do Programa “uma pequena economia aberta como a assinala Mário Centeno, destacando EsSimplex, assume o seu papel na desbu- de Portugal não pode viver de costas vol- panha, já que é o nosso maior cliente de rocratização e redução dos custos de tadas para o exterior”. bens e de serviços. Os dados da AICEP contexto para as empresas, graças às esSegundo os dados da OCDE, citados revelam que, em 2015, Espanha foi o trtuturas Portal da Empresa, Balcão do pelo ministro, as economias dos cinco destino de 20% das nossas exportações. O ministro salientou o forte dinamismo na relação com algumas regiões espanholas: “Segundo a Junta da Andaluzia, Portugal exportou para aquela região cerca de mil milhões e vinte e nove mil euros de bens em 2015. Falando apenas de exportações de bens, isto é mais do que exportámos no mesmo ano para a China (cerca de 839 milhões de Euros) ou para o Brasil (569 milhões). É mais do que exportámos em conjunto para o Japão, a Rússia, o México e a Turquia (866 milhões).” A Galiza é outro exem11 plo: “Segundo os dados da Junta, expor52 act ualidad€

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támos 1,862 milhões de euros em 2015. tro, acrescentando que “o mercado euro- investimento estrangeiro de qualidade”, Isto é mais do que exportámos para peu é aquele que oferece mais garantias e lembra. Alavancar a competitividade a Itália em 2015 ou para a Bélgica. Se maior estabilidade, embora talvez tenha passa ainda por promover a estabilidacolocássemos a Galiza no ranking das margens mais difíceis para o crescimen- de fiscal; apostar na melhoria cirúrgica exportações portuguesas seria o nosso to e seja mais competitivo”. A competi- das infraestruturas, com a “aposta na oitavo cliente”. tividade deve “ser alcançada através da ferrovia, (melhoria nas ligações com Para o ministro, Espanha é um mer- aposta na produção de bens com valor Espanha: linha da Beira-Baixa, Portocado natural: “É nele que temos de estar acrescentado, que sejam competitivos Vigo, Aveiro-Salamanca e Elvas-Caia)”; presentes e é ele que temos de explorar a em mercados maduros” e não através apostar na competitividade e na inovafundo.” Em paralelo, teremos que “apos- de salários baixos, sustenta. “A aposta ção, através do “apoio à capitalização tar em mercados terceiros, em particular na competitividade incentiva a interna- das empresas” e da “opção de política de nos extracomunitários”, advoga o minis- cionalização das nossas empresas e atrai investir na educação e na ciência”.  01.Ministro Mário Centeno 02.Juan Manuel de Barandica e Mário Centeno 03.Nuno Amado, Juan Manuel de Barandica, Alberto Laplaine, Nuno Ribeiro da Silva, Miguel Gil, Luís Castro e Almeida, António Vieira Monteiro e Carlos Alvares 04.Juan Manuel de Barandica, Ruth Breitenfeld, Álvaro Sebastián de Erice e Álvaro Diaz Bild 05.António Ponces de Carvalho e José de Sousa Cintra 06.José Elias da Costa, Vítor Santos, Fernando Almeida e Jorge Leitão 07.Álvaro do Nascimento, Carlos Alvares, Álvaro Diaz Bild, Luís Castro e Almeida e Miguel Gil 08.Mário Centeno, Juan Manuel de Barandica e Nuno Amado

09. António Vieira Monteiro, Dulce Centeno, Mário Centeno e Juan Manuel de Barandica 10.Ricardo Félix, Ignacio Álvarez-Rendueles, José João Guilherme, Ángel Vaca e Nuno Ribeiro da Silva 11.Mais de uma centena de empresários e gestores participaram no almoço promovido pela CCILE 12. Frederico Casal Ribeiro, José de Sousa Cintra e Carlos Fontão de Carvalho 13.Carlos Henriques, Manuel Alvarez, Carlos Brandão e Jorge Leitão 14.José Elias da Costa, Diogo Tavares, Ananias Benjamim Sigaúque e José Vital Morgado 15.António Vieira Monteiro, Mário Centeno, Juan Manuel de Barandica, Nuno Amado e Álvaro do Nascimento ABRIL de 2016

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Política orçamental promove “equilíbrio” entre procura interna e exportações A melhoria da atividade económica e empresarial passa muito por um maior “equilíbrio” entre a procura interna e as exportações, já que estas, muitas vezes, são feitas com custos maiores para as empresas, salientou José Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, num recente almoço de empresários, onde abordou os impactos socioeconómicos pretendidos com o Orçamento do Estado para 2016.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

atividade económica em Trabalho, Solidariedade e Seguran- Comércio e Indústria Luso-EspaPortugal só tem a ganhar ça Social, José Vieira da Silva, num nhola (CCILE), em Lisboa, suborse for fomentado também almoço de empresários, realizado dinado ao tema ”O Orçamento do o mercado e o consumo no passado dia 18 de março. Estado e as políticas económicas internos e não só as exNo seu discurso, durante o even- e sociais”, o ministro abordou alportações, defendeu o ministro do to organizado pela Câmara de guns dos principais impactos de-

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correntes daquele instrumento de política económica, que, como sublinhou, foi recentemente aprovado no Parlamento português e está a marcar a atualidade nacional. O documento assenta num “reequilíbrio” entre algumas prioridades de política económica e financeira mais liberais e a necessidade de aumentar o rendimento das famílias, o que significa um equilíbrio entre a pressão de exportar e aumentar a internacionalização e o fomento do mercado interno, sustenta José Vieira da Silva. Empresas ganham com maior procura interna Deste modo, garantindo aos cidadãos mais rendimento disponível, será possível aumentar o consumo, o que beneficiará o mercado interno e, por esta via, as empresas, que além de alargarem os seus mercados, estarão menos dependentes das pressões para exportar a qualquer custo, muitas vezes conseguidas com grande pressão sobre as margens, enquadrou o ministro socialista. O equilíbrio entre mercado interno e externo pode ajudar também as empresas a apostar noutros fatores de competitividade diferentes do passado, como a diversificação produtiva, a ligação ao sistema de ensino e investigação, ou a qualificação dos profis-

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Garantindo aos cidadãos mais rendimento disponível, será possível aumentar o consumo, o que beneficiará o mercado interno e, por esta via, as empresas, que estarão menos dependentes da pressão para exportar

sionais, entre outros. Estas são algumas das linhas condutoras do impacto do OE 2016 para o setor empresarial, sem afetar os compromissos financeiros internacionais e comunitários, frisou ainda o ministro. Quanto às previsões de défice público, será um dos mais baixos da Europa – 2,2% do PIB –, asseverou o governante, tal como tinha frisado, dias antes, o ministro das Finanças, também num almoço promovido pela CCILE (ver págs. 50/53). Por outro lado, o Governo prevê uma redução moderada da dívida pública, o

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eventos eventos

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que também vai ajudar ao ambiente macroeconómico em que atuam as empresas, procurando sempre cumprir os critérios e exigências da moeda única, garantiu ainda, frisando a “prudência no cenário macroecónomico” do OE, que ”não envereda em qualquer irrealismo”, refutando assim as críticas que têm sido feitas por alguns setores políticos. “São compromissos difíceis”, acrescentou o ministro, defendendo que as instituições europeias deveriam ser mais f lexíveis nas metas traçadas para os aderentes da Zona Euro, que têm de combater também a crise económica nos seus países.

As contas externas estão muito dependentes da evolução dos principais mercados destinatários das exportações portuguesas, frisou o ministro José Vieira da Silva

”Grave” situação social Diversos especialistas internacionais defendem, tal como o Governo português, a necessidade de estimular o consumo e a procura

interna nos Estados membros, tendo em conta as dificuldades que o Banco Central Europeu (BCE) tem tido em combater os riscos

56 act ualidad€

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de def lação na região, apesar do programa de estímulos financeiros implementado. O ministro alerta para os “problemas gravíssimos” que a sociedade portuguesa enfrenta e que levaram, nomeadamente, à saída de cerca de 400 mil portugueses e à perda de 500 mil postos de trabalho, desde a sua última participação como convidado orador dos almoços de empresários da CCILE, ou seja, nos últimos sete anos. Além dos desempregados que estão inscritos para terem um novo emprego, existe ainda uma significativa camada de população sem emprego, totalizando estes grupos mais de 1,5 milhões de pessoas, lamentou o ministro socialista, que deu, todavia, esperança a esse grande grupo populacional como “reserva [de empregabilidade] para o país”.


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De resto, as contas externas estão muito dependentes da evolução dos principais mercados destinatários das exportações de bens e serviços portugueses, destacou ainda o ministro. Problemas sociais que terão ”consequências demográficas e no sistema da segurança social”, alertou, apontando para estimativas da Comissão Europeia que antecipam uma drástica quebra da população portuguesa, em torno dos 8,6 milhões de pessoas em 2040. Um fenómeno que não é único no mundo ocidental, mas que em Portugal assume uma “dimensão mais aguda”, rematou. 

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01.O ministro José Vieira da Silva

09. Eduardo Serra Jorge, Jorge Vieira e Juan Conesa

02.Julia Llata, Nuno Ribeiro da Silva e Giuseppe Morabito

10.Nuno Ribeiro da Silva, João Gaspar da Silva, Sandra Carvalho Dias e Cristina Mello Antunes

03.John Olson, Silvino Farracho e José Mota 04. Vieira da Silva, Rogério Alves e João Gaspar da Silva 05.Filipe Fraústo da Silva, André Pestana Nascimento e Pedro Sarmento Gouveia

11.Pedro Coimbra, Olga Simões e Nuno Meleças 12.Rui Miguel Nabeiro, António Madureira, José Henriques e Diogo Tavares

06.Luís Levezinho, António Mourato, Paulo Santos e Paulo Branco

13.Joaquim Nunes Barata, Berta Dias da Cunha, José Paulo Duarte e Jorge Moreira

07.Pedro Cunha, Ángel Vaca, Miguel Maya e Celeste Hagatong

14.Amalio de Marichalar, Abel Lin, Sadayoshi Takagawa e Elmar Derkitsch

08.José Vieira da Silva, Álvaro Sebastián de Erice e Nuno Ribeiro da Silva

15.Vieira da Silva a receber uma lembrança oferecida pela CCILE

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eventos eventos

Governo da Extremadura quer aumentar cooperação com Portugal

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A

conclusão da ligação ferroviária entre Sines, em Portugal, e Caia, já na fronteira espanhola, que está em construção é uma das prioridades do Governo Regional da Extremadura para aumentar a competitividade do transporte de mercadorias de e para aquela região, frisou Guillermo Fernández Vara, no pequeno almoço de trabalho organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), que se realizou em Lisboa no passado dia 16 de março. Guillermo Fernández Vara insistiu que as relações com Portugal

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Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

são “estratégicas” para a Extremadura to e das Infraestruturas, Pedro Marques, e salientou que a “melhor notícia” que para abordar este e outros assuntos de teve na sua deslocação de dois dias foi interesse para ambos os países. a confirmação por parte do Governo O governante, que aproveitou a sua português de que a linha ferroviária deslocação a Portugal para visitar ainda entre Sines e Caia “será uma realidade”, o Porto de Setúbal, frisou igualmennum horizonte de quatro a cinco anos, te a importância desta infraestrutura dentro dos orçamentos nacionais e dos portuária para a economia extremenha, apoios comunitários previstos. nomeadamente para exportar os seus O governante espanhol falava para produtos para a América Latina. uma plateia de gestores de ambos os países, um dia depois de se ter reunido Atrair turistas de Portugal para a recom o primeiro ministro português, gião António Costa, e horas antes de se enOutra pretensão abordada no enconcontrar com o ministro do Planeamen- tro empresarial do passado dia 16, foi o

02 58 act ualidad€

A conclusão das ligações ferroviárias entre Sines e Badajoz, para o transporte de mercadorias, continua a ser uma das prioridades do atual Governo da Extremadura, frisou Guillermo Fernández Vara, num recente encontro com empresários portugueses e espanhóis. O turismo é outra das áreas das relações bilaterais que o presidente do Governo Regional da Extremadura quer incentivar entre aquela 01 região e o país vizinho, Portugal.

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eventos

de atrair um maior número de turistas portugueses para a região, que são já os principais visitantes estrangeiros, mas que podem ainda aumentar, dado o potencial que ainda se encontra por explorar e os novos eventos que o Governo Regional está a dinamizar. Entre as “prioridades” e setores onde se podem incrementar as relações ibéricas, o governante extremenho destacou a indústria agroalimentar, a energia, as novas tecnologias e tudo o que está relacionado com educação e conhecimento, entre outros aspetos,

eventos

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apelo para que liderem alianças entre empresas extremenhas e portuguesas, podendo participar em “projetos conjuntos”. E destacou a importância crescente das infraestruturas e da economia da raia luso-espanhola. Para já, o nível de intercâmbio comercial entre aquela região espanhola 08 e Portugal totalizou os 842,2 milhões de euros, lembrando ainda as “oportunidades de sendo quase 500 milhões referentes às cooperação transfronteiriça” potencia- vendas da Extremadura para Portugal, das pelos fundos europeus Interreg. destacou, por seu lado, Enrique Santos, Aos empresários lançou, assim, o presidente da CCILE. 

01.Guillermo Fernández Vara com Álvaro Sebastián de Erice 02.Miguel Seco, José Luis Joló, Francisco Dezcallar, Alfonso Mateo e José Aser Castillo 03.Cecilio Oviedo, Álvaro Sebastián de Erice, Guillermo Fernández Vara e Francisco Dezcallar 04.Luís Moreira Testa, Enrique Santos, Guillermo Fernández Vara, Álvaro Sebastián de Erice, Cecilio Oviedo e Miguel Gil

05.Vítor Domingues, David Garrido, Julia Llata, Miguel Sá da Bandeira, Manuela Barber e Nuno Guilherme 06.Juan Bigeriego, José Luis Joló, Antonio Andrino, German Puebla e Joaquin Puebla 07.Juan Díaz del Río, Miguel Benal, Rosa Balas e Teresa Rainha 08.Bernardo Barreiros, Pedro Paiva Couceiro, Marcos Heitor, Miguel Seco e Javier Valera

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Seat Ateca O primeiro de muitos Os SUV têm vindo, desde o início deste século, a ganhar cada vez mais quota de

mercado, tornando-se, por isso, indispensável as marcas de automóveis terem uma oferta neste segmento. O novo Seat Ateca é o primeiro SUV, e provavelmente, não será o único. Este novo modelo da marca espanhola foi apresentado oficialmente no início de março e chegará ao mercado nesta primavera.

O

Fotos DR

design do Ateca tem muitos traços do seu “primo” Leon. A secção dianteira do Ateca é 100 por cento Seat mas adaptada a um SUV. A grande grelha sobressai em presença, enquanto as luzes bem delineadas e as marcantes entradas de ar não deixam qualquer dúvida quanto às credenciais desportivas do Ateca. Ao mesmo tempo, como SUV, apresenta-se com linhas musculadas e sólidas que inspiram robustez. Com um comprimento de 4,36 metros, os responsáveis pela sua conceção procuraram o melhor aproveitamento de espaço possível, obtendo 510 litros disponíveis na bagageira na versão normal e com 485 litros nas variantes com tração integral. O interior é refinado e com caráter desportivo. O habitáculo combina elegância 60 act ualidad€

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com caráter dinâmico, transmitindo sensação de qualidade, robustez e segurança tão do agrado dos condutores dos SUV. Exemplos fundamentais são a posição de condução elevada, a visibilidade para o exterior com os limites da secção dianteira bem demarcados e a presença

das robustas molduras das portas. Ainda no interior, mas agora mais ligado às tecnologias, o Seat Ateca aposta na última geração dos sistemas de infotainment Easy Connect, referência para o ConnectApp: Media System plus, com o ecrã de 8 polegadas que é a estrela da


sector automóvil Setor automóvel

consola central, que pela primeira vez no SEAT Ateca pode incluir a função de carga de telemóvel sem fios. O Full Link garante a conetividade de, virtualmente, todos os smartphones, ao incluir os sistemas MirrorLink e Full Link que asseguram as funções do Apple CarPlay e Android Auto. Os sistemas inovadores na assistência à condução, também são um dos trunfos do Ateca. Um dos exemplos é o assistente de trânsito. Este sistema tem a função de tornar muito mais cómodo o movimento de pára-arranca nas filas de trânsito. A este ritmo de engarrafamento, o Ateca vira, acelera e curva automaticamente dentro de certos limites do sistema. A velocidades mais elevadas até aos 60 km/ h, o sistema ajuda a manter a velocidade e a trajetória na faixa de rodagem. Uma outra função de segurança, e

esta nova, é o assistente de emergência. Se o condutor ficar inativo durante um certo período, o veículo emite um sinal visual, depois acústico, seguido, por último, por toques breves nos travões. Se mesmo assim não houver reação, o Ateca abranda até à paragem total dentro da faixa de rodagem. Outros elementos técnicos são o cruise control automático ACC, o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, a deteção de ângulo morto, o assistente de trânsito à retaguarda e o Top View (visão 360º).

No que diz respeito às motorizações disponíveis, existem três diesel e duas a gasolina, todas elas sobrealimentadas. A oferta dos motores Diesel começa no 1.6 TDI, com 115 cavalos. O 2.0 TDI está disponível com 150 cavalos ou 190 cavalos. Os valores de consumo oscilam entre os 4,3 e os cinco litros/ 100 km, com valores de CO2 entre os 112 e 131 gramas/ km. Nos motores a gasolina, a motorização de entrada é um 1,0 litros TSI, com 115 cavalos. O motor 1,4 litros TSI traz a desativação de cilindros em regimes de carga parcial e debita 150 cavalos. Os consumos e as emissões destes motores ficam entre os 5,3 e os 6,2 litros e entre os 123 e 141 gramas. Os valores de venda ao público para o nosso mercado, ainda não são conhecidos, mas não deve andar muito longe da principal concorrência. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Foto DR

Economia portuguesa fecha 2015 com excedente de 1,1%

A economia portuguesa terminou o ano passado com uma capacidade de financiamento equivalente a 1,1% do produto interno bruto (PIB). Isto é, tudo somado, Estado, famílias e empresas pouparam mais do que aquilo que gastaram ao longo de 2015. O valor representa uma ligeira quebra face a 2014, quando o indicador se tinha fixado nos 1,4%. Recorde-se que, antes do resgate a Portugal, o país

Inflação em Portugal recupera, mas continua negativa

apresentava necessidades de financiamento superiores a 7% (o valor mais negativo foi observado no terceiro trimestre de 2008, com -11,7% do PIB). Este excedente de 1,1% é um reflexo de um défice de 4,4% do PIB do Estado, mas que é mais do que compensado por um excedente de 0,8% das famílias, 0,6% das empresas não financeiras e de 4,2% das sociedades financeiras.

Exportações caem em janeiro com queda de Angola e outros mercados

A variação homóloga do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) situou-se em -0,2% em fevereiro, um valor 0,2 pontos percentuais superior em relação a janeiro. De acordo com os dados divulgados pelo INE, a variação mensal do IPC foi de -0,1% (-1,4% em janeiro e -0,3% em fevereiro). Quanto à variação média dos últimos 12 meses, situou-se em -0,3%. Os transportes destacaram-se como uma das classes que mais contribuiu negativamente, com uma variação homóloga negativa de 2,8%, “influenciada em grande medida pelo sub-subgrupo dos combustíveis e lubrificantes para equipamento para transporte pessoal”, explica o instituto. Ainda assim, a descida de preços nesta classe de produtos foi mais moderada do que o verificado em janeiro, um mês com uma variação homóloga de -4,2%. O vestuário e o calçado também tiveram um contributo negativo, com uma variação homóloga de -1,8% (-1,5% em janeiro); já o lazer, recreação e cultura registaram uma variação homóloga de -1,5% em fevereiro (-1,3% no mês anterior).

O ano começou com uma queda das exportações, que cairam 1,5%, em termos homólogos, voltando a sofrer com a redução de compras de Angola e outros mercados fora do espaço europeu. As exportações para Angola cairam quase para metade, para os 97 milhões de euros, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística. Em 2014, Angola comprara 241 milhões de euros de bens a Portugal. No total, as vendas ao exterior somaram em janeiro 3.730 milhões, comparando com 3.790 milhões em janeiro de 2015. Em 2015, as exportações fecharam o ano com uma subida de 3,6%, atingindo os 49.800 milhões de euros. Em termos trimestrais (novembro/ janeiro) as exportações de bens aumentaram 0,7% e as importações cresceram 0,3% face ao período homólogo. O défice da balança comercial de bens atingiu os 2.478,4 milhões de euros, uma redução no trimestre de 28,9 milhões. Em janeiro, se as exportações decresceram 1,5%, as importações seguiram o mesmo rumo (-1%), para os 149 milhões de euros.

Insolvência de empresas volta a aumentar em fevereiro

Rendimento das famílias cresce há quatro trimestres consecutivos

O número de empresas insolventes em Portugal voltou a aumentar em fevereiro. De acordo com os dados da Ignios, foram registadas 785 insolvências em fevereiro, contra 722 no mês anterior. O número de empresas insolventes em Portugal tem vindo a subir, desde junho do ano passado. O total de insolvências nos dois primeiros meses deste ano (1.507) representa um acréscimo de 27% em comparação com o mesmo período do ano passado, adianta a Ignios. Apenas Évora, Faro, Horta e Ponta Delgada registaram uma descida no número de empresas insolventes. Nos outros distritos a tendência foi de subida, com Lisboa e Porto a liderarem o ranking. A construção continua a ser o setor mais afetado, representando 15,1% do total de falências. Logo a seguir surge o comércio a retalho, com 14,8% das insolvências.

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O rendimento das famílias portuguesas está a crescer há quatro trimestres consecutivos, mas sem que tal impeça a os indicadores de poupança de renovarem os mínimos históricos. No último trimestre de 2015, voltou a cair, para os 4,2% do rendimento disponível. O valor é o mais baixo desde que o INE começou a compilar estes dados, em 1999. Os últimos dois trimestres já tinham representado mínimos da série – com 4,8% e 4,4% – que voltam agora a renovar-se. A descida expressiva da poupança dever-se-á, sobretudo, a uma retoma do consumo, que acelera mais rapidamente do que o crescimento do rendimento disponível das famílias. O consumo final das famílias está a avançar ininterruptamente desde o terceiro trimestre de 2013. "No quarto trimestre de 2015, a despesa de consumo final e o rendimento disponível aumentaram 0,7% e 0,5%, respetivamente (variações de 0,8% e 0,3% no trimestre anterior, pela mesma ordem), de acordo com o INE. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org


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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-diciembre de 2015

S

e acaban de hacer públicas las estadísticas de Datacomex referentes al comercio hispano portugués en el periodo enero-diciembre de 2015. En los cuadros siguientes se observa un crecimiento, aunque tenue, del comercio bilateral respeto al año 2014. Las ventas acumuladas españolas crecieron un 0,1%, respecto a 2014 y las ventas portuguesas lo hicieron en un 5%. El valor global de este comercio supera los 28,6 mil millones de euros (17,9 mil millones corresponden a las ventas españolas y 10,7 mil millones de euros a las ventas portuguesas), frente a los 27,9 mil millones alcanzado en 2014. Estas cifras representan el mayor volumen de transacciones jamás alcanzado entre los dos países y confirma la tendencia de crecimiento de los

últimos años. Por ejemplo en 2013 el comercio bilateral arrojó una cifra superior a los 27,2 mil millones de euros. Estas cifras ahora publicadas confirman una tasa de cobertura de 167,5% favorable al mercado español y representa un excedente comercial de aproximadamente 7,2 mil millones de euros. Los cuadros 2 y 3 recogen la distribución geográfica del comercio exterior español y en ambos casos el mercado portugués mantiene sus posiciones habituales, quinto cliente y octavo proveedor, lo cual significa que este mercado absorbió el 7,2% de la oferta exportadora española y suministró el 3,9% del total de importaciones españolas en 2015. Los cuadros 4 y 5 recogen la distribución sectorial del comercio hispa-

no portugués utilizando la nomenclatura Taric (clasificación arancelaria integrada de los países comunitarios). Es de destacar el peso de la partida vehículos automóviles (cap. 87), que representa más del 10% del total del comercio bilateral. En la oferta española se destaca asimismo el cap. 84 (máquinas y aparatos mecánicos), con una cifra de ventas superior a los 1,2 mil millones de euros y en la tercera posición el cap. 39 (materias plásticas; sus manufacturas) con una cifra de ventas a Portugal de 1,1 mil millones de euros. En el caso de la oferta portuguesa destaca en segunda posición el cap. 27 (combustibles, aceites minerales) con una cifra superior a los mil millones de euros, seguido del cap. 39 (materias plásticas; sus manufacturas) con 683,9 millones de euros de ventas a España.

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal 2014/15 VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

VENTAS COMPRAS Cober (%) 15 ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14

Saldo 14

Cober (%) 14

ene

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

1.436.248,40

828.723,58

607.525

173,31

feb

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

1.330.648,69

778.196,06

552.453

170,99

mar

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

1.486.623,20

834.072,48

652.551

178,24

abr

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

1.497.825,83

767.223,04

730.603

195,23

may

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

1.436.271,77

955.599,39

480.672

150,30

jun

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

1.447.774,20

889.295,80

558.478

162,80

jul

1.674.117,52

978.191,32

695.926

171,14

1.597.452,96

924.744,78

672.708

172,75

ago

1.265.446,98

757.335,49

508.111

167,09

1.272.695,12

647.563,16

625.132

196,54

sep

1.587.123,43

902.605,53

684.518

175,84

1.627.209,93

880.367,82

746.842

184,83

oct

1.563.637,65

968.476,56

595.161

161,45

1.696.293,15

925.808,50

770.485

183,22

nov

1.524.960,94

932.714,75

592.246

163,50

1.485.747,56

872.647,76

613.100

170,26

dic

1.471.544,58

807.681,82

663.863

182,19

1.430.819,99

881.014,32

549.806

162,41

17.915.003,09

10.697.623,95

7.217.379

167,47

17.745.610,79

10.185.256,68

7.560.354

174,23

Total

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 act ualidad€

ABRIL de 2016


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero a diciembre 2015

Se habrá de indicar que en el comercio bilateral, muchos de los capítulos coinciden y una de las posibles explicaciones tiene que ver con el importante comercio intra-industrial hispano portugués de productos semi-elaborados que salen de un país para ser terminados, o para incorporar algún componente en otro y vuelven nuevamente al país inicial desde el cual son exportados. Incluimos en este apartado un cuadro que recoge la distribución geográfica del comercio bilateral por las principales Comunidades Autónomas. Cataluña encabeza la lista de los principales proveedores de Portugal con el 25,2% de las ventas españolas a Portugal, seguido de la Comunidad de Madrid con un peso relativo del 15,2% y en la tercera posición la Comunidad Autónoma de Galicia con un 13,3%. Por lo que a las compras españolas a Portugal se refiere la Comunidad de Galicia lidera este ranking con un peso relativo del 17,4% sobre el total de las compras españolas a Portugal, seguido de la Comunidad de Madrid con el 16,9% y en tercera posición la CC.AA. de Cataluña con un peso relativo del 16,5%. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

1

001 Francia

38.696.502,26

2

004 Alemania

27.087.519,82

3

005 Italia

18.669.080,65

4

006 Reino Unido

18.231.264,95

5

010 Portugal (d.01/01/86)

17.915.003,09

6

400 Estados Unidos

11.410.872,50

7

003 Países Bajos

7.939.791,44

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

6.644.112,12

9

204 Marruecos

6.134.421,22

10

052 Turquía

5.077.901,74

11

060 Polonia

4.791.380,45

12

720 China

4.438.464,53

13

412 México

4.265.691,17

14

039 Suiza (d.01/01/95)

3.898.936,27

15

208 Argelia

3.273.172,41

16 17 18 19 20

632 Arabia Saudí 952 Avituallamiento terceros 508 Brasil 732 Japón 030 Suecia SUBTOTAL TOTAL

3.094.406,06 2.863.144,12 2.730.733,75 2.470.107,44 2.222.331,11 191.854.837,09 250.241.332,17

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Ranking principales países proveedores de España enero a diciembre 2015 Orden País 1

004 Alemania

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a diciembre 2015 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.189.907,70

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

1.091.483,02

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

683.874,60

4

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

610.764,77

5

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

454.799,17

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

383.564,90

7

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

376.441,32

8

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

372.255,26

9

24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS

001 Francia

29.755.657,54

720 China

23.622.679,74

4

005 Italia

17.312.091,92

5

400 Estados Unidos

12.844.608,86

6

006 Reino Unido

12.583.933,86

7

003 Países Bajos

11.446.073,09

10.697.623,95

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a diciembre 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.674.484,62

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

1.206.288,08

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

1.115.595,81

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

1.003.291,94

5

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

946.771,69

6

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

600.185,65

7

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

599.494,37

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

526.198,77

9

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

519.620,01

TOTAL

17.15003,09

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

2

358.398,51

TOTAL

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015

35.925.233,59

3

Importe

1

8

010 Portugal (d.01/01/86)

10.697.623,95

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

7.071.516,79

10

208 Argelia

6.490.413,82

11

204 Marruecos

4.903.992,70

12

052 Turquía

4.744.009,15

13

288 Nigeria

4.620.653,65

14

060 Polonia

4.502.487,76

15

061 República Checa (d.01/01/93)

3.650.229,71

16

412 México

3.614.240,90

17

632 Arabia Saudí

3.439.041,16

Cataluña

4.522.652,77

Galicia

1.861.835,71

18

075 Rusia (d.01/01/92)

3.343.894,52

Madrid, Comunidad de

2.724.741,10

Madrid, Comunidad de

1.802.929,37

19

732 Japón

3.217.826,28

Galicia

2.378.453,69

Cataluña

1.768.745,27

20

007 Irlanda

3.180.119,15

Andalucía

1.820.133,91

Comunitat Valenciana

1.046.914,69

SUBTOTAL

206.966.328,14

Castilla-La Mancha

1.078.824,85

Andalucía

1.029.353,18

TOTAL

274.415.211,48

Comunitat Valenciana

1.046.829,31

Castilla y León

639.477,37

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero a diciembre 2015 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

ABRIL de 2016

ac t ua l i da d € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empreas españolas fabricantes de papel A4

DP160301

Empresas españolas fabricantes de turbinas y generadores para pequeñas centrales hidroeléctricas

DP160302

Empresas españolas fabricantes de productos desinfectantes para hospitales y laboratorios

DP160303

Fábricas españolas de transformación de piedra o agentes de reventa

DP160304

Empresas españolas distribuidoras y almacenistas en el área de la papelería y afines

DP160305

Empresas españolas fabricantes/distribuidoras de rollos para plotter, cuadernos y bloques A6 personalizados

DP160306

Almacenes mayorístas de artículos para playa (biquinis, sandálias...) en Madrid

DP160307

Empresas portuguesas y españolas mayoristas de productos de nuevas tecnologías y electrodomésticos

DP160308

Agentes comerciales en España

DP160309

Agente/empresa distribuidora de alimentación para el mercado español

DP160310

Empresas españolas operando en el mercado portugués para presentar sus servicios de comunicación

OP160103

Empresas ibéricas importadoras y exportadoras que realicen transportes por carretera de mercancías para presentar sus servicios

OP160201

Empresa portuguesa de moldes por injección que presta el servicio de design, prototipo, tests y fabricación de moldes metálicos, busca inversor

OP160301

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Agentes comerciais para a zona sul de Portugal com experiência no setor da papelaria, presentes e brinquedos

DE151106

Agente comercial em Portugal com experiência no setor das embalagens

DE151107

Fabricantes portugueses de calçado de segurança

DE151201

Empresas portuguesas fabricantes de meias

DE160201

Empresas portuguesas fabricantes de sinalização rodoviária

DE160202

Empresas portuguesas distribuidoras especializadas nos canais farmacêutico e ervanárias

DE160203

Empresas portuguesas distribuidoras de embalagens flexíveis para pastelarias e talhos

DE160204

Empresas portuguesas do setor têxtil especializadas em vestuário de algodão

DE160205

Empresa de alimentação espanhola procura distribuidores ou representantes em Portugal

DE160301

Empresas portuguesas do setor TI

DE160302

Empresas portuguesas de fabrico de cromado duro em cilindros hidráulicos

DE160303

Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras de tintas

DE160304

Fábricas de alimentação no Algarve

DE160305

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

66 act ualidad€

ABRIL de 2016


oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

ABRIL de 2016

ac t ua l i da d â‚Ź 67


calendário fiscal calendario fiscal >

S

T

Q

Q

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D

S

T Q

Q

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S

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30

Abril Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

11

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em fevereiro/2016

Contribuintes do regime normal mensal

11

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de março/2016

Entidades empregadoras

11

IRS/IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a março/2016

Entidades devedoras de rendimentos

Rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)

15

IRS

Declaração anual de rendimentos mod. 3, do ano de 2015

Sujeitos passivos do IRS

Apenas quando hajam recebido rendimentos das categorias A e H

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuadas ou do imposto de selo liquidado em março/2016

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas às remunerações de março/2016

Entidades empregadoras

20

IVA

Envio da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ ou prestações de serviços realizadas em março/2016, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É também aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE

20

IVA

Envio da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 1º trimestre/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em março/2016

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

Comunicação a efetuar por uma das seguintes vias: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), através do Portal da AT; - Por recolha direta no Portal da AT

30

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição por sujeitos passivos não residentes, em fevereiro/2016

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de Nº fiscal especial para o não residente

30

IMI

Pagamento da nota de cobrança do IMI relativo ao ano de 2015

Entidades que sejam proprietárias de imóveis em 31.12.2015

Uma única prestação (em abril) se o montante for igual ou inferior a 250 €; duas prestações ( em abril e novembro) se o montante for entre 250 € e inferior a 500 €; três prestações (em abril, julho e novembro) quando o montante for superior a 500 €

30

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2015 noutro Estadomembro da UE

Sujeitos passivos do IVA

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

68 act ualidad€

ABRIL de 2016


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE160111

F

INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ITALIANO

TÉCNICO DE AGROPECUÁRIA

BE160112

F

INGLÊS/ ESPANHOL

GESTÃO DE INFORMAÇÃO

BE160113

M

ESPANHOL/ ITALIANO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS

PROFESSOR DE ESPANHOL

BE160114

F

INGLÊS

LOGÍSTICA INTEGRADA

BE160115

F

ESPANHOL/ INGLÊS

SECRETÁRIA DE DIREÇÃO

BE160116

M

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

CONSULTOR/ GESTÃO DE PROJETOS

BE160117

F

INGLÊS

ADMINISTRATIVA

BE160118

M

65/02/04

INGLÊS /FRANCÊS/ ESPANHOL

REGISTOS E NOTARIADO

BE160119

M

91/09/18

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE160120

M

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE160121

F

INGLÊS/ FRANCÊS

TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO

BE160122

F

1971

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ ITALIANO/ FRANCÊS/ INGLÊS

SECRETARIADO

BE160123

F

92/08/31

INGLÊS/ ESPANHOL

RELAÇÕES PÚBLICAS / COMUNICAÇÂO

BE160124

M

77/09/20

INGLÊS/ FRANCÊS

COMUNICAÇÃO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org noveA mBbr R IoL

de 2016 4

ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural

11ª edição do festival “Música & Revolução” no Porto

Cinema

8 ½ Festa do Cinema Italiano

O nome homenageia o clássico de Federico Fellini “8 ½”, filme que integra a programação deste festival, que celebra o cinema italiano, numa versão restaurada pela Cineteca Nazionale/ Deluxe. A 9ª edição da Festa do Cinema Italiano vai passar pelo Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema e pelo Cinema UCI - El Corte Inglés, em Lisboa, até ao dia 7 de abril. Depois segue para Cascais (15 a 17 de abril), Coimbra (18 a 20 de abril), Porto (21 a 24 de abril), Loulé (12 a 14 de maio) e Caldas da Rainha (13 a 15 de maio). Entre os filmes a visionar estão “O Conto dos Contos” (Il raconto dei racconti), de Matteo Garrone (Itália, Reino Unido, França, 2015) e “A Vida é Bela” (La vita è bella), de Roberto Benigni (Itália, 1997). O cartaz, da autoria do californiano Fernando Reza, também conhecido como Fro, “celebra o sonho, o simbolismo, o encantamento e a magia do cinema e constitui também um tributo a Marcello Mastroianni (1924-1996), no ano em que se assinalam 20 anos do desaparecimento do mais famoso alter-ego cinematográfico de Fellini”. A organização explica que “há ainda, na criação desta imagem, uma difícil separação entre o real e o imaginário, bem como a satirização do quotidiano e excentricidade das personalidades tão bem retratadas no universo Felliniano”. Além da exibição deste clássico”, estará em exposição “8½: A Viagem de Fellini”, que reúne fotos de cena do filme, da autoria de Gideon Bachmann, um tesouro nunca visto em Portugal, em colaboração com Cinemazero, FNAC, UCI e o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa”. Destaque também para a exibição do documentário “Firenze e gli Uffizi, un viaggio nel cuore del Rinascimento” de Luca Viotto, “ocasião única de descobrir os tesouros de Florença e as obrasprimas do Renascimento em todo o seu esplendor, através de uma viagem cinematográfica multimédia e multissensorial através das famosas galerias Uffizi”.

70 act ualidad€

Música

ABRIL de 2016

Por alturas da comemoração da revolução dos cravos, em Portugal (25 de Abril), e da revolução dos trabalhadores no mundo inteiro (1de Maio) assinalam-se também outras revoluções na Casa da Música, no Porto. A 11ª edição do “Música & Revolução” alinha no “Ano Rússia” e coloca alguns dos mais brilhantes compositores russos na sua programação, como Dmitri Chostakovitch, Nikolai Miaskovski e Sergei Prokofieff. O festival “continua a ser uma das mais estimulantes narrativas da programação da

Casa da Música, apresentando grandes obras-primas da História da Música num contexto que nos dá a conhecer as condições sociais e políticas em que estas foram criadas e as suas implicações extra-musicais”. O primeiro espetáculo acontece a 23 de abril. Interpretado pela Orquestra Sinfónica e o Coro Casa da Música, “Cantata para a Revolução” inclui “a ópera Lady Macbeth do distrito de Mtsensk”, de Chostakovitch. Uma obra que “ficou célebre pelo artigo que foi publicado no jornal Pravda (A Verdade), acusando-a, sob instigação de Estaline, de ser ‘caos em vez de música’ e de ‘cultivar o gosto da burguesia com gritos e música neurótica’”. Segue-se o poema sinfónico “Silêncio”, de Miaskovski, baseado num poema de amor de Edgar Allan Poe. Miaskovski foi também “um dos compositores banidos de apresentações públicas durante o regime soviético”, por compor “música que procurava agradar ao povo”. A encerrar este espetáculo a “Cantata para o 20º Aniversário da Revolução de Outubro”, que “segundo textos de Marx, Lenine e Estaline, manifesta a conformidade de Prokofieff com a doutrina do realismo socialista”. No dia 26 de abril, o palco da sala Suggia acolhe “Back in the USSR”, a proposta do Serviço Educativo para celebrar a liberdade com a música dos Beatles que foi igualmente proibida: “Num concerto sem o filtro da censura, a música corre como quer, mostrando que, mais cedo ou mais tarde, chega a todo o lado. Celebrando liberdade, com a lembrança de um tempo, fomos ao baú resgatar temas universais, alguns com um passado controverso. O resultado é um alinhamento sem regime, independente, interpretado por uma banda cheia de atitude.” No dia 29, “para celebrar o 10º aniversário da Revolução de 1917, a Sinfonia nº 2 de Chostakovitch termina com o coro ‘Íamos pedir pão e trabalho’ e procura exprimir os sentimentos associados à luta e vitória do povo no processo revolucionário”. No dia 30, “no seu primeiro recital a solo em Portugal, o pianista Markus Hinterhäuser apresenta, em estreia nacional, a integral das Sonatas de Galina Ustvolskaya”. Os nomes que se consagraram no Ocidente como descobertas geniais da música que se fazia do outro lado da cortina levam-nos ao encontro da música de Sofia Gubaidulina e Denisov. A encerrar o festival, “a grandiosa Sinfonia 1º de Maio, precisamente no dia 1 de maio, com a qual Chostakovitch louvou o dia do trabalhador e os ideais da revolução”. No mesmo concerto, oportunidade para testemunhar “a obra de Sofia Gubaidulina, compositora que celebra 85 anos em 2016 e que permanece como a figura mais aclamada da música russa da atualidade”. A autora de “Concordanza” foi “praticamente desconhecida no Ocidente até ao início da década de 1980, altura em que o violinista Gidon Kremer lhe deu verdadeira projeção internacional”. A compositora chegou a ser “incluída na lista negra de Khrennikov por apresentações indevidas no Ocidente”. Neste último esptáculo será apresentado também “La vie en rouge”, de Denisov,


espacio de ocio composto em 1973, que “representa a fase em que o compositor começou a incluir elementos de jazz, canção popular, dança e paródia na sua música, resultando numa surpreendente cantata para soprano com base em textos de Boris Vian”.

De 23 de abril a 1 de maio, na Casa da Música, no Porto

Exposições

As jóias da rainha Isabel de Aragão

Ficou conhecida como Rainha Santa, chegou a ser beatificada e, posteriormente, canonizada. Isabel de Aragão foi mulher do rei português D. Dinis e “conseguiu criar

para si própria uma eficaz imagem de piedade e de poder”. Parte das suas jóias, o chamado “Tesouro da Rainha Santa”, podem agora ser vistas no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. “A aura desta rainha, culta, virtuosa, sagrada, perdurou no tempo e poderá explicar a preservação patrimonial deste raro conjunto de peças”, explica-se na sinopse da mostra, que sublinha “a importância destas obras de ourivesaria, no contexto nacional e internacional, que esta exposição procura analisar”.

espaço de lazer

Na mostra, comissariada por António Filipe Pimentel e Luisa Penalva, é possível apreciar igualmente “duas pinturas excecionais — uma da oficina de Quentin Metsys, cedida pela Gemäldegalerie, Berlim, e outra de Francisco de Zurbarán, vinda do Museo del Prado, Madrid — que ilustram o processo de beatificação (1516) e de canonização (1625) da mítica rainha”, que inspirou a lenda do Milagre das Rosas.

Até 19 de junho, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa

Ilustradora espanhola Violeta Lópiz vence Ilustrarte 2016

A decorrer até 17 de abril, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, a Ilustrarte 2016 exibe trabalhos de mais de 1700 ilustradores de 72 países. O júri desta edição, Serge Bloch (ilustrador, francês), Juanjo Oller, (editor e ilustrador, espanhol), Johanna Benz (ilustradora, alemã, vencedora da ILUSTRARTE 14) e Joana Astolfi (arquiteta e designer, portuguesa), atribuiu o Prémio Ilustrarte 2016 à ilustradora espanhola Violeta Lópiz e três menções especiais a Ingrid Godon (Bélgica), Jesus Cisneros (Espanha) e Claudia Palmarucci (Itália).

Até 17 de abril, no Museu da Eletricidade. em Lisboa

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

“Inside a Creative Mind” ou como pensam nove arquitetos portugueses Os arquitetos Álvaro Siza, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto de Moura, Francisco e Manuel Aires Mateus, João Luís Carrilho da Graça, Inês Lobo, José e Nuno Mateus protagonizam a exposição e ciclo de conferências “Inside a Creative Mind”, a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian. A mostra mergulha no “processo criativo em arquitetura”, apresentando sete projetos concebidos pelos ateliês dos referidos arquitetos: “Pretende-se dar a conhecer a forma particular e única de pensar destes arquitetos e a riqueza do seu trabalho quotidiano – o longo percurso entre as primeiras ideias e a obra construída”. A exposição tem a curadoria de Eduarda Lobato de Faria, professora na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, e mostra desenhos concetuais, esquissos, maquetes, desenhos técnicos e fotografias de obra, procurando mostrar o processo de criação na arquitetura. Paralelamente, a Gulbenkian organizou um ciclo de conferências, com o mesmo título, que teve o galardoado com o Pritzker da arquitetura Álvaro Siza como primeiro convidado, no passado dia 18 de março.

Seguem-se Gonçalo Byrne (7 de abril), José e Nuno Mateus | ARX Portugal (14 de abril), Francisco e Manuel Aires Mateus (28 de abril), João Luis Carrilho da Graça (12 de maio), Inês Lobo (19 de maio) e Eduardo Souto de Moura (2 de junho).

Até 6 de junho, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa ABRIL de 2016 abril

ac t ua l i da d € 71


espaço de lazer

espacio de ocio

The Food Temple para venerar sabores vegetais

A opção pela cozinha vegan foi uma surpresa mesmo para Alicia Ming, que entretanto se rendeu ao potencial de sabor e de criatividade que o mundo vegetal proporciona. A cozinheira canadiana proprietária do The Food Temple, em Lisboa, muda a ementa diariamente porque quem mandam são os vegetais, que a desafiam no mercado

N

ão se espante se passar pelo largo que vai dar ao Beco do Jasmim, na Mouraria, em Lisboa, e encontrar pessoas sentadas nas escadinhas, de prato na mão. Alice Ming diz que no verão essa é uma situação recorrente, já que as mesas do restaurante The Food Temple, no interior e na esplanada, não chegam para as encomendas e há clientes que até apreciam a possibilidade de estar num tradicional largo lisboeta a saborear os preparados vegan desta cozinheira canadiana, de ascendência chinesa. Alice Ming vive em Portugal há cinco anos. Confessa que pouco sabia sobre o país antes de consultar uma

72 act ualidad€

ABRIL de 2016

taróloga, que lhe disse que Portugal deveria integrar o seu caminho. Nessa altura, Alice estava na Austrália, onde viveu dois anos, e procurava o próximo destino, já que decidira “descobrir o mundo”. Pesquisou sobre Portugal e decidiu aterrar em Lisboa, cidade de que gostou desde o primeiro momento: “Para mim é importante viver num país aberto e tolerante, num sítio com sol, perto do mar, num contexto urbano, mas não demasiado apressado. Portugal desperta uma sensação de relaxamento. No primeiro mês em Lisboa, dediquei-me a conhecer a cidade e senti que era um sítio acessível, onde é fácil fazer amigos. Depressa

Foto Sandra Marina Guerreiro

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Food Temple


se tornou familiar para mim.” Alice Ming estudou cozinha e trabalhou em restaurantes no Canadá, mas foi em Lisboa que abriu o seu primeiro projeto de restauração, The Food Temple, em 2012. A cozinheira considera que Portugal é muito inspirador em termos alimentares: “No Canadá come-se muito do pacote. O fast food e a comida précozinhada têm pouca expressão em Portugal. Além disso todas as pessoas têm alguém da família que cultiva alimentos ou então têm elas próprias um pequeno quintal onde fazem crescer qualquer coisa. A comida é muito importante para os portugueses. Acho isso fantástico e está muito em linha com o que defendo em termos de alimentação e de cozinha: o respeito pelos alimentos naturais.” Apontar os seus ingredientes preferidos em Portugal torna-se difícil diz: “Portugal é tão pequeno, mas tem tanta diversidade de ingredientes e de receitas. Adoro o azeite português e está por todo o lado, a um preço acessível e com uma qualidade excelente. “ O vinho é outro dos seus eleitos: “Estudei vinho no Canadá e as diferentes regiões de vinho, mas de Portugal sabia pouco. Há tantas castas autóctones diferentes em Portugal. Conhecer e explorar essa diversidade dá-me muito gozo.” No The Food Temple, o objetivo é explorar o mundo dos vegetais e a ementa é totalmente vegan, explica Alice: “É um sítio pessoal, que reflete como gosto de servir a comida, como gosto de a cozinhar. Queria erguer um restaurante que mostrasse o que se pode fazer com os vegetais, que desmitificasse a ideia de que a comida vegan é aborrecida. Queria mudar essa mentalidade e acho que estou a consegui-lo. Estamos quase sempre cheios.” A ementa muda todos os dias e é estruturada de acordo com os ingredientes mais frescos que encontra no mercado ou que são enviados pelos seus fornecedores, sublinha a chefe.

espaço de lazer

Foto Sandra Marina Guerreiro

espacio de ocio

Na noite da entrevista (o restaurante só serve jantares), a carta propunha sopa de inhame com côco e especiarias; edamame (preparado feito com grãos de soja ainda dentro da vagem), raiz de lótus, beringela com molho satay e arroz jasmim; arroz de côco frito com vegetais; beringela assada com bulgur (variedade de trigo seco partido) em molho de tomate; molho iraniano de beringela com nozes e pistachios e arroz basmati integral. Alice conta que os clientes são convidados a pedir de tudo um pouco e a partilhar os pratos, de modo a experimentarem os diferentes sabores. A chefe acrescenta que há habitualmente umas três opções de sobremesa também. Além de vinhos, há sempre várias infusões, café de cereais bio e cerveja artesanal. Alice Ming informa

que a média de preços por refeição ronda os 15 euros. Além de funcionar como restaurante, o The Food Temple é também palco de vários workshops de cozinha vegan (anunciados na pagina https:// www.facebook.com/FoodTemple). A chefe e formadora deixa-nos já uma dica para quem quiser iniciar-se na cozinha vegan: “se gosta de determinado vegetal faça dele a estrela do prato. Depois deve tentar equilibrar os sabores, as texturas, as cores. É fundamental experimentar para ver o que casa melhor com determinado ingrediente e permitir-se a si próprio a hipótese de errar.” 

Restaurante The Food Temple Beco do Jasmim, 18, Lisboa Tel. 21 887 4397

ABRIL de 2016

ac t ua l i da d € 73


últimas

últimas

Statements Para pensar

“Temos de sair do clima de crise em que quase sempre vivemos desde o começo do século” Marcelo Rebelo de Sousa, novo Presidente da República português, no seu discurso de tomada de posse,

“TSF”, 9/3/16

“No investimento que foi por nós angariado, que entrou diretamente pela Aicep e cujas candidaturas foram consideradas elegíveis, posso dizer que tivemos [em 2015] um ano de pico, muito próximo do melhor desde que a Aicep foi criada, em 2007 (...) Tivemos mais de 100 projetos angariados” Miguel Frasquilho, presidente da Aicep, “Expresso Online”, 3/3/16

“Com este nível de investimento de cerca de 1.700 milhões de euros angariado através da Aicep foi possível criar mais de cinco mil novos postos de trabalho e manter cerca de 30 mil postos de trabalho. Portanto, são números muito positivos que mostram que Portugal, de facto, está hoje no radar dos investidores como não estava há cinco/seis anos (...) Em 2015, tivemos o melhor ano de sempre em termos de valor das exportações. Atingimos, pela primeira vez, mais de 72 mil milhões de euros” Idem, ibidem

“Na área tecnológica, Portugal aparece sempre como um país de early adopters. Somos dos países com maior penetração de telemóveis (...) Por outro lado, temos assistido a uma retoma económica, que, há cerca de um ano, se reflete no retomar de investimento das empresas na tecnologia e na digitalização. As empresas aperceberam-se que uma das variáveis que lhes permite diferenciarem-se mais fortemente face à concorrência é precisamente o investimento em tecnologia” Sofia Tenreiro, diretora geral da Cisco Portugal, “OJE”, 7/3/16

“Vamos vendo uma mudança na forma como as empresas encaram os principais benefícios e barreiras à adoção [de uma cloud] (...) Uma em cada cinco empresas já possui soluções/ infraestruturas cloud maduras e mais de metade garante que alcançará estes níveis de maturidade nos próximos dois anos” act ualidad€

Estudo da IDG Connect/ Oracle, “Metro”, 15/2/16

ABRIL de 2016




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