Actualidad
Economia ibérica maio 2016 ( mensal ) | N.º 227 | 2,5 € (cont.)
EMBAIXADOR DE ESPANHA
Juan Manuel de Barandica
"A integração na UE transformou radicalmente as nossas relações pág. 08
Ennomotive, plataforma mundial para colocar problemas e convocar soluções pág. 20
Setor agroalimentar: inovação à mesa
“Capitalizar as empresas é a minha prioridade“
pág. 38
pág. 50
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Índice
índice
Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro
Nº227
El coaching, herramienta clave 24.para mejorar la productividad de las empresas
Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo
Grande Tema 38.
Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Agroalimentar: inovação à mesa
Copydesk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro
Editorial 04. PME apostam na inovação: novas
tendências na agroindústria e noutros setores tradicionais
Colaboraram neste número: Helena Soares de Moura, Iñaki Carrera, Nuno Gundar da Cruz, Nuno Ramos e Paulo Noguês Impressão: JG Artes Gráficas, Publicidade e Marketing, Lda R. de St.º António, nº 30 – A-dos-Ralhados 2710-006 Sintra Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal
Opinião 06. 44.
Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
As múltiplas dimensões da segurança - Paulo Noguês
Novas regras na insolvência transfronteiriça: oportunidade perdida? - Helena Soares de Moura e Nuno Gundar da Cruz
46.
As vantagens menos evidentes da arbitragem - Iñaki Carrera
Atualidade 22. Ecoalf, la marca española de ropa que Câmara de Comércio e Indústria
E mais...
08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 26.Marketing 44.Advocacia e Fiscalidade 48.Setor Imobiliário 50.Eventos 58.Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62.Intercâmbio Comercial 64.Oportunidades de Negócio 66.Calendário Fiscal 67.Bolsa de Trabalho 68.Espaço de Lazer 74.Statements
apuesta por innovación y sostenibilidad
Luso Espanhola
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editorial editorial
PME apostam na inovação: novas tendências na agroindústria e noutros setores tradicionais
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s pequenos negócios familiares ou de microempresas inovadoras do setor agroalimentar estão a desenvolver-se a grande ritmo e a apostar não só na inovação de produto como a encarar, cada vez mais cedo, a sua comercialização fora de portas. A “Actualidad€” foi descobrir meia dúzia de projetos que estão a marcar tendências, dado o seu caráter extremamente inovador, e a despertar a curiosidade não só dos apreciadores de produtos gourmet como até dos grandes grupos do setor, estando a assistir-se a algumas mudanças neste domínio, como antevê o “Grande Tema” deste mês (pág. 38). Para os especialistas contactados, vai começar a verificar-se uma nova tendência global no sentido de uma procura de produtos de maior qualidade, não necessariamente gourmet , pelo que os produtores agrícolas e agroindustriais devem apostar na competitividade e na eficiência produtivas, para não aumentar os seus custos e, ainda assim, produzir com mais qualidade. Os empreendedores que queiram lançar novos negócios nesta área podem, ainda, concorrer a apoios financeiros e de outro tipo para ajudar a lançar os seus projetos.
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Para os especialistas contactados, vai começar a verificar-se uma nova tendência global no sentido de uma procura de produtos de maior qualidade Outro setor onde a inovação made in Portugal está a marcar tendências em setores ditos tradicionais é a da joalharia, onde se destaca o trabalho dos novos criadores, ou ainda a criação de uma nova marca-chapéu para a ourivesaria, a
Portuguese Jewellery Newborn. Nesta edição, é ainda possível conhecer as principais linhas das relações diplomáticas entre Portugal e Espanha, através da entrevista concedida por Juan Manuel de Barandica (ver pág. 8). O novo embaixador de Espanha em Portugal salienta o bom momento das relações ibéricas e o percurso de crescimento e aproximação entre os dois países ao longos dos últimos 30 anos. E ganrante que o investimento espanhol é estruturante e que “as empresas espanholas estão comprometidas com o crescimento de Portugal”. Email: actualidade@ccile.org
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As múltiplas dimensões da segurança
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que queremos dizer quando falamos de segurança? Referimo-nos à perceção – ou falta dela – que experimentamos no nosso dia a dia? Ou, ao invés, à equação que radica em conceitos de fronteiras, de defesa ou de preservação do espaço territorial? Ou, ainda, a um universo em constante mutação e onde os pressupostos de ontem são inválidos hoje e os de hoje obsoletos amanhã? Creio que a definição de segurança pode ser explorada, precisamente, tendo em conta todas estas dimensões. E são essas múltiplas facetas que compõem a sua dimensão concetual. Para efeitos de análise, recuemos 100 anos. O mundo de 1916 estava em guerra. Nas trincheiras da Europa, milhões de soldados aniquilavam-se mutuamente, em nome das respetivas pátrias, impérios e coligações e em defesa de um quadro de seguranças nacionais que se centravam na defesa das fronteiras até à última bomba, até à última bala, até ao último homem. Que distantes estamos dessa realidade vivida durante a Grande Guerra! Uma geração depois, o segundo conflito mundial do século XX veio mostrar que as batalhas ainda se faziam tendo por base uma ideia de segurança dos espaços físicos próprios e de conquista dos espaços físicos alheios. Foi o que motivou as ofensivas e conquistas hitlerianas e nipónicas e o que desencadeou as contraofensivas aliadas. Pese embora as evoluções sociais, civilizacionais e tecnológicas ocorridas no intervalo entre as duas guerras mundiais, eram os progressos em terra e nos oceanos que marcavam o ritmo da confronta-
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ção e que, em última análise, determinaram vencedores e vencidos. Da “guerra fria” ao terrorismo mediático O ritmo de evolução da ideia de segurança começou a acelerar com o advento da era nuclear e com a expressão mundial desta “Espada de Dâmocles”: a “guerra fria”. Pela primeira vez na história milenar do Homem, assegurar a estabilidade das fronteiras físicas não era sinónimo de garantir a segurança. Com um simples premir de botão, as ogivas seguiriam para a atmosfera e aniquilariam o inimigo, por muito distante que este estivesse. Mas, em contrapartida, o mesmo inimigo, equipado com ogivas semelhantes, poderia aniquilar-nos. Dividido o mundo em blocos, e independentemente de que estados possuíam poderio nuclear, a nuvem de tensão permanente foi experimentada durante décadas, com erupções de conflito em quase todos os continentes. Foram os tempos das sangrentas guerras civis em África e na América Latina, da ferida infindável no Médio Oriente, da crise dos mísseis de Cuba, das guerras da Coreia e do Vietname, da revolução islâmica no Irão, do Muro de Berlim e também dos anos dourados da espionagem e contraespionagem, cuja realidade no terreno esteve sempre muito aquém do glamour representado nas películas de cinema. No entanto, nesses anos de chumbo em que a Humanidade poderia facilmente ter-se extinguido, haviam dados claros. Sabia-se quem era o inimigo, os amigos desse mesmo inimigo e também se conheciam os amigos e os amigos dos amigos. A “guerra fria”
Por Paulo Noguês*
foi o “canto do cisne” de um sistema mundial de segurança com caraterísticas de alguma previsibilidade, pese embora a evolução constante da tecnologia e a multiplicidade de cenários. A alvorada de um novo tempo, em que o pesadelo atómico parecia ter sido ultrapassado, em favor de uma era mais pacífica e segura, foi alvitrada por muitos, quando o mundo testemunhou o colapso da antiga União Soviética, o renascimento dos nacionalismos do Leste Europeu e a paradigmática reunificação alemã. No entanto, as coisas estavam apenas a ficar mais complexas, nunca mais simples. A “Tempestade do Deserto” foi o primeiro sinal de que a humanidade não tinha atingido um novo patamar de segurança. Antes pelo contrário. A campanha que tinha oficialmente como objetivo libertar o Kuwait da invasão iraquiana comandada por Saddam Hussein – com a intenção publicitada de depor o ditador que, entretanto, tinha sido despojado das suas qualidade de “tampão da expansão iraniana” – não só ficou aquém das metas traçadas como criou um “caldo” de cultura que ajudou à explosão dos extremismos que marcam o tempo em que vivemos. Na Europa, por seu turno, meio século de paz era estilhaçado pelos horrores da guerra dos Balcãs. Um conflito que apresentou ao grande público não só à possibilidade de conflitos étnicos e religiosos num continente onde esses fenómenos pareciam ser coisas do passado, como trouxe para a agenda mediática o papel que as novas ferramentas de informação e comunicação começa-
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vam a desempenhar nas questões de segurança. Foi nos Balcãs que se deu a aurora de um novo tempo, em que a guerra já não se lutava apenas com homens e armas, mísseis e bombardeamentos seletivos. Os computadores tinham chegado e estavam para ficar, pese embora a internet parecesse ainda uma miragem. Numa soalheira manhã no fim do verão de 2001, o mundo voltou a mudar. E de que maneira! Com os atentados do 11 de setembro não só o século XXI começava oficiosamente como todos acordámos para uma nova realidade. A segurança estava em risco permanente e podia ser estilhaçada a qualquer hora e a qualquer momento, bastando para isso a falha de qualquer um dos incontáveis dados que compõem a sua equação. O “9-11”, como ficou desde aí conhecido este momento, colocou também na agenda mental do Ocidente uma nova circunstância, que até aí provavelmente vivia apenas nas preocupações de especialistas militares e figuras académicas. O Islão passou de uma “religião mais ou menos do terceiro mundo” a um motor de insegurança, quando os seus princípios são deturpados ao serviço de múltiplos extremismos. Madrid, Londres e Paris. E, muito recentemente, Bruxelas. E também Ancara e Istambul, Bagdade e Túnis, Cairo e Sharm-El-Sheik. Todos locais de atentados altamente chocantes e que alimentam a noção de insegurança global. A facilidade com que somos confrontados com imagens dos eventos é um dado determinante para os analistas. É que não só se torna necessário avaliar os acontecimentos – os seus autores, as motivações, as consequências ou o processo de os tentar levar à justiça, por exemplo – como também o modo como o público os entende e perceciona. Hoje, os ataques à segurança são feitos para serem vistos pela audiência global e quem os pratica tem disso perfeito conhecimento e faz disso a sua aposta principal.
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Ligações Ibéricas
cave. Ou no laboratório de um qualquer Estado-pária da comunidade internacional. Tomemos o exemplo das infraestruturas críticas. Este conceito diz respeito aquelas construções, organizações ou redes cuja destruição total ou parcial, disfunção ou utilização indevida possa afetar de forma permanente ou prolongada o funcionamento dos setores específicos, dos órgãos de soberania ou de segurança nacional de um país. Ou que coloquem em risco os valores básicos da sociedade, afetando gravemente a estabilidade e o bemestar sociais. Colocando a definição em termos práticos, o que aconteceria a um país, ou mesmo a uma região se, repentinamente, ficasse sem redes de energia ou sem estruturas de transportes e/ou comunicações? Ou que sofresse um atentado que destruísse o abastecimento público de água potável? Ou cujos estabelecimentos de ensino se tornassem alvos de ataques aleatórios? Ou cujos portos e aeroportos se tornassem inutilizáveis? Seria de prever que colapsasse a uma velocidade acelerada ou, por outras palavras, que os níveis de segurança mínimos e expetáveis desaparecessem. É a essa dimensão que as infraestruturas críticas e tecnológicas vão beber a sua importância e o seu lugar no centro das preocupações dos decisores económicos, académicos e políticos. Em suma, no espaço de quatro gerações, o mundo assistiu a transformações civilizacionais que trouxeram o conceito de segurança das suas raízes físicas milenares, e marcadamente defensivas, para o presente fluido, multifacetado e em constante mudança de Fragilidades tecnológicas e estru- palcos, atores e meios. E em que a prevenção é tanto ou mais decisiva que turais Mergulhados num “vórtex mediá- a reação. É com essas noções sempre tico” é fácil esquecer que a seguran- presentes que se deve partir para qualça vai, porém, muito para além de quer análise ou tomada de decisão que conflitos mais ou menos armados ou envolva a ideia de segurança. ataques terroristas. Num patamar evolutivo em que a tecnologia é soberana, * Presidente do IDSD - Instituto de tudo pode estar em risco, à mercê de Segurança e Defesa um qualquer hacker escondido numa E-mail: info@paulonogues.pt
Façamos agora um novo foco à nossa análise, dedicando-nos à Península Ibérica. Como dois estados que partilham não só um território geográfico contíguo como séculos de história, é natural que Portugal e Espanha tenham um vasto currículo comum quanto aos desafios de segurança. No entanto, para efeitos de celeridade, recordem-se algumas das conclusões emanadas da XXVIII Cimeira LusoEspanhola, que decorreu em Baiona, em junho de 2015. Nessa ocasião, teve lugar o V Conselho Luso-Espanhol de Segurança e Defesa, o qual analisou os progressos realizados nos planos bilateral e multilateral que refletem a excelência das relações entre Portugal e Espanha naqueles domínios da segurança e defesa, com destaque para a participação dos dois países no esforço da Coligação Internacional de Combate ao ISIS, com contingentes militares que dão formação e treino às forças de segurança iraquianas. Por outro lado, os desafios atuais de segurança internacional consolidaram a necessidade de aprofundar a cooperação em matéria de Defesa, tanto no plano multilateral da NATO e da União Europeia como na relação bilateral. Neste contexto, partilhando preocupações e projetos, Espanha e Portugal decidiram proceder, durante a Cimeira, à assinatura de um acordo de cooperação em matéria de defesa, com categoria de tratado, que amplia ao plano bilateral o seu atual nível de colaboração conjunta na esfera internacional.
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Juan Manuel de Barandica Embaixador de Espanha em Portugal 8 act ualidadâ‚Ź
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“A integração na UE transformou radicalmente as nossas relações” “A integração na UE transformou radicalmente as nossas relações bilaterais”, sublinha o novo embaixador de Espanha em Portugal, falando do percurso “espetacular” das duas economias ibéricas nos últimos 30 anos. Juan Manuel de Barandica, considera, por outro lado, ser fundamental continuar a cimentar as relações económicas e institucionais entre os dois países, desdramatizando alguns receios recentes. “As empresas de capital espanhol têm o objetivo de ficar neste país, consolidar-se no mercado e reforçar a estrutura produtiva de Portugal”, frisa, lembrando que este investimento ultrapassa já os 90 mil milhões de euros e que permitiu a criação de mais de 77 mil postos de trabalho diretos.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org
omo caracterizaria a atual fase das relações luso-espanholas?
Embora pareça voluntarismo ou um excesso de otimismo, acho que estamos num ótimo momento das relações entre os dois países ibéricos. Inicialmente, devemos lembrar e destacar o nosso papel no mundo ao longo da história. Espanha e Portugal pertencem ao grupo dos 12 países que construiu o mundo como o conhecemos hoje e, sem eles, a história seria outra, diferente. E fizemo-lo por caminhos paralelos. Ambos os países, conseguimos um lugar protagonista
Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
na história do mundo e ambos temos e falamos duas línguas ricas, amplas e de uso crescente, que, além de terem uma enorme dimensão cultural têm também um grande impacto económico. Muitos países, com grandes prestações económicas gostariam de contar com uma língua universal, diversificada geograficamente, fácil na sua aprendizagem, com um acervo tão rico, de todos os pontos de vista, como as nossas duas línguas. E o caminho percorrido por Espanha e Portugal, nos últimos 30 anos, desde o dia em que ambos entrámos na CEE, hoje UE, é espetacular, de todos os pontos de vista (político, das
infraestruturas, legislativo, educação, saúde, direitos sociais, etc.). Mas é formidável também, sobretudo, a nível da abertura das nossas respetivas economias, da melhoria da competitividade dos nossos produtos, da rutura dos protecionismos, da circulação de pessoas, dos bens e produtos e dos capitais. A integração na UE transformou radicalmente as nossas relações bilaterais, em todos os âmbitos e, muito especialmente, nos assuntos económicos e comerciais. Antes de 1986, as exportações portuguesas para Espanha não superavam 5% do total das exportações de Portugal, enquanto 9
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agora superam a soma das exportações de Portugal para França e Alemanha juntas (segundo e terceiro destino respetivamente das exportações portuguesas). Portugal e Espanha trouxeram também um ar fresco à velha Europa, robusteceram a dimensão ultramarina do continente, aproximaram os países jovens da América e de África e a privilegiada relação de ambos os países ibéricos com a América Latina, e de Portugal com os países da CPLP e, inclusivamente, com o ExtremoOriente. Mas, ultimamente, apareceram problemas sérios na construção europeia e na coesão dos países, com ressurgimentos sérios de nacionalismos intransigentes...
De facto – e seria absurdo negá-lo –, não é a primeira vez que a Europa se aproxima de novo dos abismos da desunião e da rutura. A Europa passou por uma das maiores crises de sem10 act ualidad€
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“Os bancos de origem espanhola são privados e estão presentes não só em Portugal, como em muitos países do mundo (...) perfeitamente integrados nos países onde se estabelecem” pre, a nível económico e financeiro, que, sem ter origem no seu território, acabou por afetar muitas economias da UE, e entre elas, a de Portugal e a de Espanha. E têm sido anos de austeridade, de cortes, de destruição de emprego, de contestação social... Mas, hoje, penso que tanto Portugal como Espanha podem dizer que, em-
bora com dificuldades, estamos a deixar a crise para trás e, pouco a pouco, estamos a consolidar taxas de crescimento, com esperança no futuro. Voltando às relações económicas lusoespanholas, considera que estão equilibradas? Por que é que, na sua opinião, tem havido algum receio quanto ao aumento da presença de bancos espanhóis no nosso país?
A resposta aos dois assuntos não é simples e, devido à assimetria entre ambas as economias, o melhor é que os dados objetivos falem por si. Por exemplo, os últimos números do intercâmbio comercial luso-espanhol de 2015 mostram que as vendas portuguesas para Espanha atingiram os 10.697 milhões de euros (um crescimento de 7,8%) e as compras portuguesas a Espanha representam 17.915 milhões de euros (com uma descida de quase 1%). Isto significa que houve uma redução do défice comercial de 800 milhões de euros.
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Portugal é o quinto cliente de Espanha e o oitavo fornecedor. O comércio bilateral continua a aumentar e, em 2015, atingiu os 28.600 milhões de euros. Ou seja, é preciso dizer, que esta diferença a favor de Espanha, este excedente que, embora lentamente, se vai reduzindo, tem que ser comparado com o PIB de cada um dos nossos países e, desta comparação, sai muito favorecida a exportação portuguesa para Espanha. Portanto, se houver algum desequilíbrio na balança bilateral, este seria em termos relativos favorável a Portugal. E, além disso, deve-se ter em conta que percentualmente o número de empresas exportadoras em Portugal é menor que a percentagem de empresas espanholas que exportam. Em relação aos bancos espanhóis, é preciso dizer que estes não são um conjunto de entidades que responda a uma estratégia concertada, ou que sejam bancos com participação do
Estado espanhol. Tratam--se de bancos privados, de origem espanhola, mas que têm uma importante presença no seu capital de centenas ou milhares de investidores internacionais, incluindo acionistas portugueses. Estes bancos estão presentes não só em Portugal, como em muitos países do mundo – na Europa e fora dela –, e concorrem em mercados abertos, obedecendo às normas internacionais e perfeitamente integrados nos países onde se estabelecem. E além disso, são concorrentes entre si, têm estratégias próprias e a sua decisão de entrar em Portugal ocorreu em diferentes momentos, ao longo de muitos anos, por métodos diferentes e em função das suas próprias prioridades. Em resumo, estamos perante um falso debate, porque não se pode falar estritamente de bancos espanhóis, porque já são bancos que concorrem no mercado livre, com as entidades de supervisão bancária portuguesas, ou europeias, competentes.
Acha, portanto, que o investimento estrangeiro, seja de que origem for, é desejável e vai continuar em Portugal?
É preciso frisar que os bancos espanhóis em Portugal dão emprego estável a mais de 13 mil pessoas. Chegaram para ficar, para dar serviços às empresas e aos particulares, para apoiar a economia portuguesa, obter rentabilidade e pagar impostos em Portugal. Não faz sentido pressupor que estas entidades passem a dar um tratamento preferencial para os clientes ou empresas espanholas. Os bancos, indiferentes à sua origem, trabalham com critérios de rentabilidade e solvência. Devo referir, em relação a isto, que há autoridades portuguesas que têm manifestado a mesma opinião que lhe estou a transmitir, a começar pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, na sua recente visita a Espanha, que “é importante uma presença significativa espanhola em Portugal, o Maio de 2016
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que é diferente de haver um exclusivo”. Também o primeiro ministro, António Costa, numa entrevista ao “Diário de Notícias”, disse: “Portugal, que eu saiba, é uma economia de mercado aberta e, portanto, não está sujeita à autorização do Governo sobre quem pode ou não investir… O Governo está aberto ao investimento estrangeiro, quer reforçar o investimento direto estrangeiro” seja de que origem for. Também o ministro das Finanças, Mário Centeno, no almoço da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, quando disse: “apreciamos o papel ativo que a banca espanhola desempenha em Portugal”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, na sua entrevista à “Visão”, disse que “no chapéu da promoção de investimento direto em Portugal, o que tenho a dizer é que todo o capital é bem-vindo – angolano, marroquino, 12 act ualidad€
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argelino, espanhol, norte-americano. Todo o capital que queira investir em Portugal, criar emprego, ter lucros e ser remunerado em Portugal, tem que localizar-se em Portugal e respeitar as leis portuguesas. As relações económicas com Espanha são as próprias de duas economias de mercado. Não nos metemos nas decisões dos bancos C ou D, ou da empresa A ou B”. Sem esquecer o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, num recente ato público, que sublinhou o empenho português em “atrair, facilitar e garantir investimentos estrangeiros em Portugal”’. Que outras questões, além dos bancos, o preocupam neste momento?
Não me preocupa o assunto dos bancos. Penso que os gestores portugueses e espanhóis que lideram estes bancos estão a fazer um grande trabalho e animo-os a que assim
continuem, pois concorrem entre eles e com outros bancos em todas as partes do mundo. Quanto aos restantes setores da economia, recomendo vivamente a leitura do Relatório da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, de março deste ano, intitulado “Participação estrangeira no capital das empresas portuguesas”, elaborado pela Dun&Bradstreet, para ver a importância do capital espanhol e de outros países, especialmente na ajuda ao setor externo português. Espanha lidera, de forma destacada, a criação de emprego e os universos de capital estrangeiro, exceto no setor dos seguros. O esforço do investimento espanhol foi de 90.300 milhões de euros – dois terços no setor bancário (equivalente a 50% do PIB anual português) – , criando cerca de 100 mil empregos diretos, dos quais mais de 10 mil no setor bancário, e outros tantos no setor dos seguros. As empresas de capital espanhol têm o objetivo de ficar neste país, consolidar-se no mercado e reforçar a estrutura produtiva de Portugal. As empresas de capital espanhol têm, ainda, uma grande importância na redução do défice comercial, pois exportam mais que a média do universo das empresas em Portugal. O mesmo relatório frisa que Portugal é o país do mundo onde se estabeleceram mais empresas de origem espanhola, nos últimos anos, num fluxo que ainda continua. As empresas espanholas estão comprometidas com o crescimento de Portugal, são “pontas de lança” em áreas como a nanotecnologia, a I&D, ou em setores como a construção, as telecomunicações,
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a grande distribuição, as indústrias transformadoras, os transportes e os serviços às empresas. Espanha tem investimentos em Portugal superiores a 90 mil milhões de euros e uma criação de emprego direto superior aos 77 mil trabalhadores. E a nível de colaboração entre as empresas portuguesas e espanholas, quais os setores que podem ser destacados?
Eu destacava o caso emblemático do setor têxtil e de confeção, em que a colaboração entre as empresas do norte de Portugal e as da Galiza está a produzir um sucesso económico em grande escala. Para não falar de outros grandes projetos transfronteiriços, nomeadamente no setor agropecuário, ou da indústria da alimentação e o desenvolvimento turístico conjunto, a indústria do automóvel, que têm um futuro inquestionável. Não se deve esquecer a cooperação no enquadramento da UE de Espanha e Portugal ao nível das interconexões elétricas, ferroviárias, das redes gasísticas... Ou a colaboração para a presença
“Os fluxos históricos de investimento português em Espanha estão próximos dos 20 mil milhões de euros investidos (…) Queria ainda salientar o papel desta prestigiada e muito ativa Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola na promoção dos interesses das empresas portuguesas e espanholas” de investimentos de ambos os países do Extremo Oriente, ou em África, onde Portugal tem uma vantagem comparativa evidente, nos países da América Latina. E, com certeza, a crescente presença
de empresas portuguesas em Espanha, cujos dados e evolução são cada vez mais estimulantes: existem cerca de 500 empresas portuguesas estabelecidas em Espanha, com um ou vários centros, tanto industriais como de serviços. Destacam-se os setores da energia e das energias renováveis, a cortiça, derivados do papel, tabuleiros de fibra, centros comerciais, venda de eletrodomésticos e outras do setor financeiro. Os fluxos históricos de investimento português em Espanha estão próximos dos 20 mil milhões de euros investidos (dados de 2013), em setores da energia, indústria e distribuição. Queria ainda salientar o papel desta prestigiada e muito ativa Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola na promoção dos interesses das empresas portuguesas e espanholas. Atrevo-me a afirmar que a CCILE é, por muitos motivos, uma das primeiras, talvez mesmo a primeira Câmara espanhola do mundo, pelo que me tem sido dado observar, ao ver a sua capacidade de convocatória, a forma de trabalhar, a influência, os serviços que presta às empresas e às equipas de profissionais.
Carreira diplomática com mais de 40 anos Embaixador de Espanha em Portugal há pouco mais de seis meses, Juan Manuel de Barandica y Luxán viajou pelo mundo inteiro antes de vir para Lisboa, um desafio que faltava na sua carreira de mais de 40 anos como diplomata. Licenciado em Direito, é, ainda, um profundo conhecedor da cultura e da língua portuguesas, que fala, aliás, fluentemente e com boa pronúncia. Uma fluência que não passa despercebida e que o próprio explica com razões familiares. “Aprendi naturalmente, ao ouvir durante a minha infância muitas conversas da minha mãe, totalmente bilingue,
com as amigas e a família portuguesa”, explica, sorridente. “Em relação ao português, que não domino, mas que falo, compreendo e leio, agradeço a benevolência dos meus interlocutores que me oferecem a oportunidade de aperfeiçoar a minha expressão oral, e espero poder expressar--me à vontade e com suficiente correção”, afirmou, no início da entrevista, que fez questão de dar em português. Entre os diferentes cargos que ocupou durante a sua longa carreira diplomática, destaquem-se os de embaixador na Líbia, República Checa e Áustria.
Apresentou credenciais em Lisboa, como embaixador, em outubro passado, depois de terminadas as suas funções como embaixador de Espanha na UNESCO, com sede em Paris. Desempenhou ainda relevantes funções ao serviço do Estado espanhol, em Madrid, onde entre outros cargos, ocupou a Direção Geral de Protocolo Chancelaria e das Ordens. Entre as condecorações que recebeu, foi agraciado, em 2000, com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. É casado e tem quatro filhos.
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Bankinter entra no mercado português O Bankinter acaba de entrar no mercado português, tendo feito a sua apresentação institucional no passado dia 7 de abril, num evento onde o banco espanhol deu a conhecer a sua estratégia e objetivos para o negócio em Portugal. Perante uma plateia de 300 convidados, o presidente do Bankinter, Pedro Guerrero (na foto, entre o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o embaixador de Espanha em Portugal, Juan Manuel de Barandica), mostrou a sua convicção de que o Bankinter conseguirá conquistar a confiança dos novos clientes e da sociedade e economia portuguesas. O evento contou com a presença de várias personalidades, tanto do Governo como das principais instituições do Estado e do mundo empresarial e cultural português, representantes do Estado espanhol e de algumas das principais empresas espanholas com sede em Portugal, assim como todos os membros do conselho de administração e
principais executivos do Bankinter. Maria Dolores Dancausa, CEO do Bankinter, reforçou a confiança depositada em Portugal, nas suas instituições e no futuro do país, assim como na capacidade do banco em conseguir transmitir essa mesma confiança, congratulando-se pelo “início de uma longa e frutífera presença do Bankinter em território português”. A responsável estabeleceu o objetivo do Bankinter em Portugal representar, dentro de um período razoável de tempo, “15% do conjunto do balanço e receitas do grupo, face aos 8% que representa atualmente.
Recorde-se que o Bankinter adquiriu os negócios de banca de retalho, banca de empresas e seguros de vida (em parceria com a Mapfre) ao Barclays em setembro de 2015. Quanto ao grupo Bankinter, em 2015, obteve um lucro líquido de 375,9 milhões de euros, um crescimento de 36,3% face ao ano anterior, os melhores resultados da história do banco. O banco terminou o ano com um rácio de capital fully loaded CET1 de 11,6% e uma elevada rentabilidade sobre o capital, com um ROE de 10,9%, um dos mais elevados da banca espanhola.
Cerealto compra fábrica da Mondeléz International em Mem Martins A Mondeléz International chegou a um acordo com a Cerealto para a manutenção da atividade industrial na fábrica de bolachas da localidade de Mem Martins (Sintra). O acordo contempla o compromisso de manter todos os postos de trabalho desta unidade, assim como a venda, à Cerealto, da maquinaria e das linhas de produção, de que a Mondeléz International é proprietária. A Mondeléz já informou o Comité de Trabalhadores do acordo alcançado. “Na base das negociações, esteve sempre o objetivo de garantir a melhor solução para os 92 empregados desta instalação, cujo encerramento foi anunciado no pas-
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sado mês de novembro”, explicaram as duas empresas, em comunicado. Neste sentido, serão mantidos a totalidade dos postos de trabalho, bem como as condições laborais em vigor. A operação não inclui a venda de nenhuma das marcas da Mondeléz. No entanto, este contrato de “co-manufatura” prevê que a Cerealto fabrique alguns produtos para a Mondeléz. A Cerealto deverá assumir o controlo da fábrica a partir do dia 1 de agosto. A partir desse momento, começará a incorporar nas linhas, de forma progressiva, algumas das suas referências de bolachas. A compra da fábrica de Mem Martins vai
ao encontro da estratégia de expansão internacional da Cerealto – que será a sua segunda fábrica em Portugal, após a aquisição, em 2013, à Danone, da instalação de alimentação infantil Nutriceal Foods, localizada em Benavente, Santarém. Após este processo, a Mondeléz mantém a sua estrutura comercial e logística em Portugal, onde emprega 120 colaboradores e é líder de vendas nas categorias em que opera.
Breves Fundos da GNB Gestão de Ativos eleitos pela Morningstar A Morningstar que, anualmente, distingue os melhores fundos e sociedades gestoras, nacionais e estrangeiras a atuar em Portugal, reconhece mais uma vez a excelência na gestão e consistência da performance de fundos geridos pelas sociedades da GNB Gestão de Ativos (do grupo Novo Banco). O NB Euro Bond é um fundo domiciliado no Luxemburgo, que investe predominantemente em dívida governamental europeia. Vasco Teles, gestor do fundo, realça o foco numa gestão intradiária ativa e dinâmica. A questão geográfica é fundamental, e depende da análise feita país a país. A consistência do NB Euro Bond é suportada pelas boas rendibilidades atingidas ao longo dos anos, em distintos ambientes de mercado. Esta consistência foi, aliás, premiada, várias vezes,
por entidades independentes, quer em Portugal, quer no estrangeiro. O NB Euro Bond é um sub-fundo do NB – FCP (Fonds Common de Placement), gerido pela GNB International Management. O NB Plano Prudente apresenta uma carteira balanceada, investindo numa multiplicidade de classes de ativos, oferecendo ao investidor a possibilidade de aceder a um serviço de alocação e gestão diversificadas, quer através de fundos, quer de ativos diretos, dentro de uma política de investimentos ativa, com forte foco no controlo da volatilidade, e geração de retorno, diariamente ajustada ao contexto de mercado. Desta forma, a filosofia da gestão procura não apenas fontes de retorno diversificadas, mas também estratégias de proteção.
Endesa lança em Portugal nova tarifa com descontos vitalícios A Endesa acaba de lançar no mercado português a tarifa Quero+, com descontos para sempre sobre o total da fatura, que podem acumular até 12%. Os clientes da Endesa em Portugal que aderirem à nova tarifa Quero+ têm um desconto imediato de 2% na tarifa da eletricidade, para sempre. A este desconto podem adicionar-se mais poupanças, como por exemplo, 2% de desconto se se juntar a fatura de gás, mais 1% optando pela fatura eletrónica e mais 1% de desconto se se optar pelo débito direto. No total, é possível obter um desconto vitalício de até 6%. Para além desta poupança, ao contratar a tarifa antes de 30 de junho deste ano, adiciona-se 6% de desconto durante um
ano, somando assim 12% de desconto no total da fatura. A Endesa tem já mais de 200.000 clientes no mercado elétrico em Portugal e desde o ano passado comercializa gás a consumidores domésticos, tendo mais de 7.500 clientes. A entrada neste segmento é suportada pela presença da empresa na venda de gás a clientes industriais, onde a Endesa atua desde 2010, com uma quota de 9% e vendas de 3.450 GWh. A empresa de energia, que está presente no país há mais de 20 anos com projetos de produção de energia, é o segundo operador no mercado liberalizado de eletricidade em Portugal, com uma quota de mercado por consumo próxima de 18%.
Lisboa, Porto e Braga lideram na categoria de instalação de negócios Lisboa, Porto e Braga mantêm-se como as grandes líderes da terceira edição do “Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking”, documento que avalia a performance e a atratividade da marca dos 308 municípios portugueses nas categorias de turismo, negócios e talento. Lisboa e norte são as regiões com melhor desempenho na categoria de negócios, devido, sobretudo, ao seu crescimento empresarial. Foi lá que se registou o maior volume de negócios e, naturalmente, uma maior preferência para residir, uma vez que têm as condições ideais para a criação de postos de trabalho, adianta a Bloom Consulting. “A marca é um dos principais ativos de que cada município dispõe. Como tal, deve ser estudada para depois ser gerida e potenciada. Através destas três variáveis, conseguimos aferir, de forma tangível, esse potencial”, explica Filipe Roquette, diretor geral da Bloom Portugal. “Acreditamos que, com esta análise, temos a capacidade para ajudar os municípios, não só no que toca à definição de prioridades, mas também na perceção da imagem que estes têm no resto do país e internacionalmente”, completa. Packworks participa na “1ª Feira Logística Cargo/ Packing Log” A Packworks (ex-AMJ Monteiro), empresa especializada em packaging e logística, vai estar presente na “1ª Feira Logística Cargo/ Packing Log”, que se realiza na FIL, entre os dias 5 e 7 de maio. Esta feira destina-se a divulgar as novidades e desafios do setor, onde se movimentam diversas empresas de soluções para a otimização de processos e recursos para a indústria e serviços.
Com 17 anos de presença no mercado e já certificada pelas normas ISO 9001, a Packworkd obteve, em 2015, também a certificação pela Cadeia de Responsabilidade FSC, no âmbito das suas preocupações com as questões de sustentabilidade ambiental. Dedicada à produção de soluções de embalagens especializadas em madeira, cartão e plástico, a Packworks posiciona-se no mercado e junto dos principais clientes com o objetivo de estabelecer parcerias de negócio nestas três áreas, sem esquecer a prestação de um serviço de logística e gestão de embalagens, adianta a empresa.
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Breves Setor funerário movimenta cerca de 600 milhões de euros O setor das agências e serviços funerários, que movimenta cerca de 600 milhões de euros por ano, organizou a “Expo Funerária - 1.º Salão de Equipamentos, produtos e serviços para a atividade lutuosa”, entre os dias 15 e 17 de abril. “Este é um setor que, na última década, tem tido uma grande evolução e inovação nas diversas vertentes que comporta. É neste contexto que surge a Expo Funerária, com o objetivo de criar um espaço privilegiado para todos os players do mercado, por forma a estabelecer uma ponte entre a oferta e a procura, uma plataforma de contactos profissionais e o fomento das exportações”, salienta a organização do certame, onde se incluem todas as associações setoriais, nomeadamente a ANEL – Associação Nacional de Empresas Lutuosas e a AAFP – Associação dos Agentes Funerários de Portugal. Terceiro encontro tecnológico da Informática El Corte Inglés A Informática El Corte Inglés reúniu no mês passado, em Lisboa, os líderes do setor das TIC, na terceira edição do encontro tecnológico “Tendências”, um evento que já é considerado como fórum de referência para o debate sobre a evolução das TI e a sua influência na sociedade e nos negócios e que reuniu empresas como a Hewlett Packard, IBM, Microsoft, VMware, Lexmark, Oracle, Symantec, Arrow, Samsung, entre outras. Sob o título “Universo digital: pessoas e máquinas a partilhar o futuro”, esta terceira edição debateu o conceito de
que as macrotendências que formam a chamada terceira plataforma: mobilidade, big data, cloud computing e social networks são já uma realidade no processo de transformação das organizações, tanto públicas como privadas. Desta forma, ao longo do fórum, os fornecedores tecnológicos mostraram a sua visão e novas soluções orientadas para a adaptação dos processos de negócio e de serviço ao novo universo digital. aicep Global Parques apresenta plataforma Global Find A aicep Global Parques apresentou a plataforma Global Find aos municípios da CIM Alto Minho - Comunidade
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Arko Security novamente parceira de segurança do “Millennium Estoril Open” A Arko Security é a parceira oficial de segurança do “Millennium Estoril Open 2016”. Esta é a segunda vez que a empresa de segurança está presente como parceira oficial deste evento desportivo internacional. O evento, a decorrer desde o dia 23 de abril e que termina a 1 de maio, no clube de ténis do Estoril, é uma das mais importantes provas de ténis a realizar em Portugal, inserida na rota do ATP World Tour. Mais de 60 vigilantes, devidamente preparados e formados, e outros meios eletrónicos estão a garantir a segurança dos jogadores e das muitas dezenas de milhares de espetadores que assistirão ao vivo a este grande evento. No tor-
neio estarão alguns dos melhores jogadores do circuito ATP. Este ano, a Arko Services também irá prestar serviço de transporte de jogadores, transporte de público e valet parking . “Um enorme desafio para os nossos colaboradores que prometem manter todos os visitantes em segurança”, adiantam os responsáveis da empresa de segurança liderada por Jorge Leitão.
The Inner Value certificada pelo RICS do Reino Unido
A TIV- the Inner Value, Avaliação, Con- com os clientes no desenvolvimento sultoria e Gestão é, desde abril, uma da sua atividade, com o objetivo de auempresa regulada pela Royal Institu- mentar a transparência e a confiança tion of Chartered Surveyours (RICS). dos clientes no mercado imobiliário”, Esta designação, atribuída pelo RICS, salientou João Pedro Quaresma, que obrigatória no Reino Unido mas fa- é igualmente avaliador certificado do cultativa no resto da Europa, certifica RICS. que a TIV-the Inner Value, enquanto “Esta certificação, muito relevante e empresa portuguesa regulada por esta prestigiante para a empresa, é um entidade, cumpre um elevado código importante passo no nosso desenético, pautado pelo rigor na sua gestão volvimento estratégico que tem como interna, formação contínua e proteção objetivo prestar um serviço cada vez dos direitos dos clientes que represen- com mais qualidade e transparência, ta e para os quais atua, explica João razão pela qual nos propusemos a Pedro Quaresma, diretor executivo da esta regulação, realizada por uma das empresa. mais antigas e reconhecidas entidades “A TIV - the Inner Value pretende, assim, reguladoras mundiais no que concerdar resposta às exigências do merca- ne a standards profissionais relativos à do e ao desafio lançada pelo RICS de gestão do território, imobiliário e consdemonstrar o seu compromisso ético trução, o RICS”, adianta o gestor.
apuntes de economÍa
E-Fit e Personal20 assinam contrato de distribuição A E-Fit, empresa que produz equipamento EMS e a nova rede de ginásios portuguesa Personal20 assinaram em Colónia, durante o certame FIBO, um contrato que torna a cadeia nacional o distribuidor oficial daquela tecnologia no mercado norte-americano. O contrato foi assinado por Maté Varga, sócio-gerente da E-Fit USA e Pedro Ruiz co-fundador do Vivafit e do Personal20 e teve como testemunhas João Pimentel, presidente da AGAP, Rasmus Ingerslev, vicepresidente da Wexer e Janos Papp, fundador da E-Fit. A E-fit desenvolve e produz na Hungria equipamento inovador de estimulação muscular elétrica (EMS), detendo a aprovação FDA para a sua utilização
no mercado de fitness dos Estados Unidos. A Personal20 USA é liderada pela cofundadora da Vivafit, Constance Ruiz a general manager para o desenvolvimento do mercado dos EUA. A marca de franchising Personal20 foi criada em Portugal por Pedro Ruiz e Alexandre Lourenço, co-fundador da Body Concept.
Sendys/ Alidata adquire agência de publicidade O grupo empresarial Larama Seal – A Marca Criativa é uma agência espeque detém as marcas Sendys, Alida- cializada em marketing e publicidade ta e a start-up Lab Seal – está a entrar que vem reforçar a oferta das empreno negócio do marketing e publici- sas tecnológicas Larama Seal, susdade. A holding acaba de adquirir a tentando o posicionamento dos seus agência Marca Criativa, numa opera- clientes junto dos diversos stakeholção de investimento de 650 mil euros ders e promovendo a eficácia, a otia três anos. O grupo pretende am- mização de recursos e potenciando o pliar as áreas de negócios, até aqui investimento realizado. exclusivamente focadas em soluções “As empresas do grupo Larama Seal de gestão, para impulsionar a sua es- vão aportar grande valor à Marca tratégia de internacionalização. Criativa, nomeadamente pelo seu “Esta aquisição representa um impor- know how em gestão. “Vão dar mais tante passo no reforço das competên- estabilidade e uma maior relevâncias do grupo Larama Seal, ao permi- cia junto dos clientes, fornecedotir-nos entrar nas áreas do marketing, res e parceiros. Simultaneamente, publicidade e construção de marca. garantem a autonomia necessária Os clientes das nossas empresas têm para continuarmos a trabalhar e a agora ao seu dispor soluções de ges- gerir marcas e empresas de sucestão e marketing completas e integra- so, prosseguindo uma estratégia de das, que acrescentam valor às suas crescimento que tem dado frutos nos marcas e negócios”, explica o admi- últimos 12 anos”, afirma José Amaral, nistrador do grupo, Fernando Amaral. responsável da Marca Criativa.
apontamentos de economia Intermunicipal do Alto Minho e da CIM RC – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Decorreram, nos dias 5 e 7 de abril, reuniões de trabalho entre a AICEP Portugal Global, a aicep Global Parques, e responsáveis políticos e técnicos dos 10 concelhos do Alto Minho, com o objetivo de apresentar o protótipo da nova versão do Global Find e sensibilizar os municípios para a partilha e atualização da informação sobre localizações empresariais na plataforma, que coloca à disposição de investidores de todo o mundo, informação sobre localizações empresariais em Portugal Continental. Atualmente, o Global Find já disponibiliza informação sobre estas regiões, mas a nova versão implicará uma análise mais completa, com a colaboração dos municípios. Portos nacionais batem recordes de carga Os meses de janeiro e fevereiro foram os melhores de sempre em termos de volume de carga movimentada, face aos períodos homólogos, ascendendo aos 13,6 milhões de toneladas, mais 1,4% do que no ano passado. De acordo com a AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, “este comportamento global do mercado é explicado pelos acréscimos que ocorreram nos mercados de carga contentorizada (mais 19,1%) e do carvão no porto de Sines (mais 38,3%), tendo este porto, no conjunto das cargas, registado um crescimento de 6,1% face a 2015”. Nos dois primeiros meses do ano, os portos de Viana do Castelo e Leixões cresceram 51,8 e 2,7%, respetivamente, o que contribuiu para a variação global observada. Nos restantes portos, o volume de carga movimentada sofreu uma diminuição face a 2015, com cerca de -12% nos portos de Figueira da Foz e Lisboa, de -2% nos portos de Aveiro e Setúbal e -60% no porto de Faro, com uma reduzida dimensão. Em termos de tonelagem de carga movimentada, o porto de Sines mantém a posição cimeira, representando cerca de 51,5%, seguido do porto de Leixões (20,6%), Lisboa (11,2%) e Setúbal (8,5%). Efapel aumentou faturação em 2015 A Efapel fechou 2015 com vendas de 28 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 6% relativamente ao anterior exercício. De realçar o desempenho das exportações, que contribuiram com 30% da faturação global, com especial ênfase nos mercados estratégicos europeus, africanos e sul-americanos (Colômbia, Perú e Chile). Destaque-se ainda, no mercado espanhol, a criação, em Salamanca, de uma subsidiária, a Efapel – Soluciones Eléctricas, que trouxe vantagens competitivas relativamente aos concorrentes não espanhóis e tem impulsionado as vendas naquele país, adianta o fabricante nacional.
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Breves Vente privée compra a su competidora Privalia La compañía francesa de comercio electrónico venteprivée ha cerrado la compra de su competidora española Privalia en una operación millonaria sobre la que no ha querido dar datos. Diversas fuentes cifran la venta en alrededor de los 500 millones de euros. “La operación permitirá a vente-privee.com capturar importantes sinergias para seguir innovando y ofreciendo la mejor propuesta de valor a las marcas y a sus socios”, aseguran en la
Caixabank lanza una oferta por el 100% del capital de BPI Caixabank ha lanzado una oferta por el 100% del capital de BPI. El banco dirigido por Isidro Fainé ha informado a la CNMV que propone un precio en metálico de 1,113 euros por acción y está condicionada a la eliminación del límite de derechos de voto en el BPI y que se alcance más del 50% del capital. Caixabank añade que ha mantenido conversaciones con el BCE para mantenerle informado y solicitar la suspensión de cualquier procedimiento administrativo contra el banco BPI. La decisión se
produce tras la eliminación por parte del Gobierno portugués de la limitación de voto en las empresas siempre que se lance sobre ellas una OPA de por lo menos el 75% del capital. Actualmente, Caixabank cuenta con un 44% del capital de BPI aunque sólo vota por el 20%. La iniciativa de la entidad catalana se produce, además, después de que fracasaran las negociaciones con la firma Santoro de la angoleña Isabel dos Santos para comprarle el casi 20% que controla en el banco luso.
Alsa se adjudica el autobús turístico de Marrakech para los próximos seis años nota de prensa en la que se hace pública la adquisición. Desde vente-privée explican que la inversión se debe a la necesidad de destacar “en un entorno cada vez más competitivo con un creciente número de actores” en liza. Los dueños de Privalia, fundado en 2006 por los españoles Lucas Carné y José Manuel Villanueva, han comunicado su satisfacción por el acuerdo. “Estamos muy contentos de unirnos al creador del modelo de negocio de las ventas flash en Internet. Esta alianza nos va a permitir acelerar nuestro crecimiento y ampliar nuestra oferta a nuevos sectores, por lo que nuestros socios se verán beneficiados”, señalan. Inditex pagará 4.5 millones al año de alquiler por abrir un Zara en Bombay Zara va a abrir una tienda de 4.600 metros cuadrados en Bombay, en la que supondrá la transacción por alquiler más grande firmada por una empresa internacional en India. El alquiler, firmado por 15 años, le costará a Inditex unos 4,5 millones de dólares al año. Según afirma “The Economic Times”, la tienda se instalará en una de las zonas más exclusivas al sur de Bombay, en la zona Fort, muy cerca de uno de los destinos turísticos del país: Flora Fountain. Se trata de un edificio de cuatro pisos frente a las oficinas de HSBC en India. El negocio de Inditex en India es operado a través de una empresa conjunta con Tata Group. La red de propiedades de la compañía cuenta con 17 tiendas en diferentes centros comerciales a lo largo de India. La última tienda Zara en abrir sus puertas está ubicada en Hyderabad, y fue inaugurada en agosto del año pasado.
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La compañía de transporte de viajeros por carretera Alsa ha sido adjudicataria del concurso convocado por el Ayuntamiento de Marrakech para la gestión del autobús turístico de la ciudad marroquí durante los próximos seis años. Para su puesta en marcha, la compañía adquirirá cuatro nuevos autobuses panorámicos de dos pisos, que como novedad serán 100% eléctricos, y creará 16 puestos de trabajo. Está previsto que el servicio lo utilicen más de 90 mil
turistas anuales, de los tres millones que visitan la ciudad cada año, que forma parte del grupo británico de transporte National Express. Con esta nueva adjudicación, Alsa da continuidad a su estrategia de crecimiento en el país norteafricano, donde espera seguir ampliando su presencia en el futuro. Alsa, presente desde 1999 en Marrakech, donde gestiona el transporte urbano y el de su área metropolitano, puso en marcha el autobús turístico en 2005.
Grifols se refuerza en EE.UU. con la compra del 49% de Interstate Blood Bank Grifols ha llegado a un acuerdo para la adquisición del 49% de Interstate Blood Bank por 87,7 millones de euros. Además, ha firmado una opción de compra por el 51% restante por otros 87,7 millones de euros. La operación, realizada a través de Grifols Worldwide Operations, podría cerrarse en un mes, una vez obtenidas las autorizaciones de las autoridades de competencia de Estados Unidos. Grifols ha explicado que Interstate Blood Bank, “es uno de los principales proveedores de plasma privados
e independientes en Estados Unidos” y que la entrada en su capital le permitirá “estrechar los vínculos comerciales que actualmente mantiene con esta compañía”.
Iberdrola prevé ganar 3.000 millones de euros en 2020 El presidente de Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, anunció en la última junta de accionistas que el grupo prevé alcanzar cerca de 10 mil millones de beneficio bruto de explotación (ebitda) hacia el año 2020. Dentro de su nuevo plan estratégico, la compañía prevé un beneficio neto de 3.000 millones hacia ese año. Anteriormente, al presentar dicho plan (2016-2020), ya había comunicado que preveía un incremento anual medio de resultados del 6%. En 2015, Iberdrola alcan-
zó un beneficio neto de 2.422 millones de euros, un 4,1% más. Según Galán, el 70% del ebitda se generará fuera de España. El presidente de la eléctrica se reafirmó en el objetivo de ir incrementando la retribución al inversor en línea con el aumento de los resultados. La contribución fiscal neta de Iberdrola en todo el mundo superó en 2015 los 5.500 millones, de los que 3.500 millones se ingresaron en las haciendas españolas.
Sabadell gana 52,4 millones de euros por la venta de Dexia
Sabadell ha vendido a Dexia Crédit Local, S.A. (Dexia) la totalidad de su participación (20,994% del capital social) en Dexia Sabadell, por un precio de 52,39 millones de euros. La operación tiene su origen en el ejercicio por parte de Banco Sabadell del derecho de opción de venta realizado el 6 de julio de 2012
ante Dexia, titular del resto del capital social de la referida entidad. Con su consumación, Sabadell logra una plusvalía similar a la del precio de venta, de casi 52,4 millones de euros, “en los términos ratificados en laudo arbitral”, según han comunicado la entidad a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV). Dexia Sabadell era una alianza estratégica entre el grupo Dexia y Banco Sabadell que se lanzó en el año 2000 y que tuvo la financiación de infraestructuras, equipamientos y servicios públicos como actividades principales.
Promoción del turismo de Oporto y norte de Portugal en Madrid El turismo de Oporto y Norte de Portugal se promocionó durante tres días en la capital española, junto al Palacio Real, para dar a conocer a los operadores turísticos, agentes de viajes y público final, las sugestiones turísticas de la región. A bordo de una tienda interactiva del Turismo Móvil se pudieron conocer algunos de los grandes eventos que marcan el destino Oporto y norte como el Rally de Portugal y las Fiestas Populares, así como las diversas propuestas estructuradas del destino. Al mismo tiempo se dieron a conocer las variadas opciones,
como la guía para Viajar en familia o la gastronomía y vinos. El mercado español representó aproximadamente el 23% de las pernoctaciones turísticas en la región norte en 2015 (de enero a octubre) y es el principal mercado externo, con un aumento de cerca del 20% en relación al 2014.
Gestores
en Foco
António Mexia, presidente del consejo de administración ejecutivo de EDP, ha sido elegido presidente del BSCD – Consejo Empresarial para el Desarrollo Sostenible durante el trienio 2016-2019. El BSCD es una asociación empresarial sin fines lucrativos, de utilidad pública, que agrega y representa empresas que se comprometen activamente con la sostenibilidad. Belmiro de Azevedo fue el primer presidente de la asociación, hace 15 años, seguido de Francisco Sanchez, Vasco de Mello, José Honório y Luis Serrano. Telefónica ha aprobado el nombramiento de José María Álvarez-Pallete, nuevo presidente ejecutivo, en sustitución de César Alierta, que permanecerá en el consejo. Su llegada al cargo coincide con una amplia renovación del consejo de administración con la renuncia voluntaria de cuatro miembros de larga trayectoria en la teleco. Álvarez-Pallete se incorporó a Telefónica en 1999 como director general de Finanzas de Telefónica Internacional y en los 17 años que lleva en la empresa ha asumido cargos de muy diversa índole y máxima responsabilidad. Desde 2012 era el consejero delegado de la compañía. Cristina Vall-Llosada es la nueva responsable de comunicación corporativa de Seat, cargo en el que reportará directamente al director de comunicación, Christian Stein. Sustituye en el cargo a Serafí del Arco, que deja la compañía para emprender nuevos proyectos profesionales. Del Arco se había incorporado a Seat en diciembre de 2009 procedente de ‘El País’. Licenciada en Comunicación y Relaciones Públicas, Vall-Llosada ha desarrollado su carrera principalmente en consultoras de comunicación, entre las que destaca Porter Novelli (Omnicom). Fue directora de su delegación de Barcelona y miembro del comité de dirección. En diciembre de 2010 se incorporó a la compañía automovilística como responsable de comunicación estratégica corporativa.
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atualidade actualidad
Ennomotive: plataforma
para colocar problemas e convocar soluções em todo o mundo Criada há um ano, em Espanha, a Ennomotive nasceu para ampliar as possibilidades de solução dos problemas que afetam as empresas, sobretudo no âmbito da engenharia. Enrique Ramirez, o fundador do projeto, explica-nos como as empresas portuguesas também poderão beneficiar desta plataforma internacional e multidisciplinar. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Ilustrações DR
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e há coisa que a tecnologia permite é uma democratização do acesso ao conhecimento, bem como a relativização das distâncias. Por outras palavras, um problema com origem em Lisboa pode ter uma solução idealizada no Quénia. A Ennomotive foi criada com este pressuposto, como explica Enrique Ramirez, o mentor do projeto: “O mundo 20 act ualidad€
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está a mudar muito rapidamente, a ‘talento ilimitado’. Mas também para tecnologia avança a uma velocidade oferecer aos engenheiros oportuniincrível e as empresas necessitam de dades reais para crescerem profissiose adaptar mais depressa, se querem nalmente, aprendendo, contactando continuar a ser competitivas. Por ou- com empresas e ganhando prémios. tro lado, também têm recursos mais O nosso objetivo é criar um espaço ajustados e têm que fazer mais com de encontro no qual todas as partes menos. A Ennomotive nasce da ideia ganhem.” de encontrar uma forma distinta A plataforma serve para as emprepara as empresas resolverem os seus sas colocarem os seus problemas ou desafios tecnológicos, acedendo a um desafios, que passam a estar visíveis à
actualidad atualidade
escala mundial. Funciona como um concurso. Quem quiser regista-se na comunidade Ennomotive e apresenta soluções. O processo é muito simples, frisa Enrique Ramirez: “As empresas publicam os seus desafios na plataforma e os engenheiros apresentam-se a concurso, propondo soluções. Essas soluções são avaliadas e melhoradas progressivamente até que uma ou várias resolvam o problema. No fim, o engenheiro ou engenheiros com a melhor solução recebe um prémio e, em alguns casos, é convidado a participar na implementação da solução.” Ou seja, pode ser uma oportunidade de emprego em determinados casos. A Ennomotive “cobra uma percentagem adicional sobre o prémio, dependendo do tipo de desafio em questão”, revela Enrique Ramirez, informando ainda que no seu primeiro ano de atividade, a empresa faturou 40 mil euros. Este ano, a previsão é chegarem aos 600 mil euros. No primeiro ano de atividade, a Ennomotive conquistou a atenção de 15 clientes, alguns deles com vários desafios colocados na plataforma, como é o caso da empresa Pladur. Apresentaram desafios empresas como a Acciona, a Ficosa ou a Indra. A taxa de sucesso é elevada, assinala Enrique Ramirez: “Quase sempre têm sido encontradas soluções.” Acresce que muitos dos problemas são transversais a várias empresas: “A inovação serve para toda a indústria, quando se apresentam soluções para problemas do tipo ‘Como organizo a minha fábrica? Como produzo poupando água?’ Podem ser problemas mais técnicos ou menos técnicos, mas quase sempre afetam a indústria.” Os desafios são relacionados com a flexibilidade, produtividade, qualidade, eficiência energetica, custos, entre outras questões. A Ennomotive tem publicado desafios também de âmbito social e faz concursos que funcionam num espírito de voluntariado, “cujo prémio é
mais a satisfação pessoal e a notorie- publicam “regularmente “conteúdade que se alcança”, observa o em- dos interessantes sobre tecnologia, presário. engenheiros famosos e projectos de Publicar um desafio é gratuito para engenharia”, conta Enrique Ramia empresa, inicialmente. “Só paga à rez. A empresa também participa em medida que vai tendo resultados e no eventos relacionados com projetos final premeia o vencedor ou os ven- startup, em universidades e centros cedores”, especifica o empreendedor, tecnológicos, acrescenta: “Por exemressalvando que “para os engenheiros, plo, no passado dia 5 de abril fomos o registo na plataforma é totalmente convidados pelo Google Campus de gratuito”. Madrid para fazer um pitch e partilhar alguns desafios resolvidos na Mais de 3000 engenheiros plataforma.” na plataforma Enrique Ramirez quer expandir o Até ao fim de março estavam regis- alcance da Ennomotive, que até agotados na plataforma “mais de 3000 ra tem atraído sobretudo empresas engenheiros de mais de 50 países”, em Espanha: “Estamos à procura de informa o diretor da Ennomotive, colaborações locais para aproximar o acrescentando que “há mais de 500 nosso projeto das empresas em Portuengenheiros espanhóis e quase 100 gal. Queremos motivá-los a publicar portugueses”. Atualmente, a nacio- os seus desafios, já que acreditamos nalidade mais representada é a norte- que a possibilidade de aceder a talenamericana, “onde a tecnologia avan- to ilimitado pode ajudá-las a melhoça muito rapidamente”, justifica. rar e a serem mais competitivas.” O empresário vinca que a plataforA Ennomotive também quer atrair ma convoca o talento dos engenhei- clientes fora do mercado ibérico, ros, das mais diversas áreas, podendo como deixa claro Enrique Ramirez: proporcionar-lhes oportunidades de “O nosso projeto é global, ainda que evolução profissional: “O nosso pro- do ponto de vista das empresas, a jecto pretende oferecer oportunida- nossa prioridade seja a Europa. Estades ao talento de engenheiros e por mos a começar a visitar empresas soisso estaremos nos próximos meses bretudo no Reino Unido e em Itália, presentes em alguns eventos para nos bem como em Portugal. Temos tamdarmos a conhecer e motivá-los a bém sido contactados por empresas participar nos nossos desafios.” de outros países e já assinámos um A Ennomotive está a ser divulga- primeiro contrato com uma empresa da através das redes sociais, onde dos EUA.”
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atualidade actualidad
Ecoalf, la marca española de ropa que apuesta por la innovación y la sostenibilidad Redes de pesca abandonadas, botellas de plástico, posos de café, neumáticos usados y algodón y lana post-industrial son los materiales reciclados por Ecoalf que han dado vida a una nueva marca de ropa y accesorios sostenible. Productos de calidad que ayudan también a cuidar del medio ambiente.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
n 2009 Javier Goyeneche se colección en el 2012. “Utilizamos todo propuso reorientar su carrera tipo de residuos, como redes de pesca profesional en el mundo de la abandonadas, botellas de plástico, pomoda y crear una nueva marca sos de café, neumáticos usados y algorealmente sostenible. “Pensé que dón y lana post-industrial”, explican el reciclaje era una opción si éramos ca- desde Ecoalf. La empresa ha invertido paces de crear algo diferente, productos en sofisticados procesos de innovación de moda realizados con materiales re- para desarrollar tejidos, forros, cintas, ciclados con la misma calidad, diseño suelas, etiquetas y cordones con matey propiedades técnicas que los mejores riales reciclados. “Trabajamos en aqueproductos no reciclados”, explica el llos lugares donde recogemos el matefundador y presidente de Ecoalf. Pero rial porque realizamos todo el proceso al salir al mercado a buscar materiales de reciclaje in situ”, aclara el presidente. reciclados para llevar a cabo su desafío El resultado es una amplia gama de “nos encontramos una oferta muy esca- productos que se divide en chaquetas, sa, de muy baja calidad y con unos por- accesorios y calzado. “Ahora hemos centajes de reciclado muy bajos”. Por avanzado mucho con el algodón reciello Javier estuvo viajando dos años por clado y vamos a ampliar mucho nuestra todo el mundo buscando alianzas. oferta de productos”, subraya GoyeneFinalmente logró lanzar la primera che. Cuentan con una tienda propia, en
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la calle Hortaleza de Madrid, y venden igualmente en su tienda online y en espacios multimarca. “El mercado español representa el 35% de las ventas y exportamos a muchos países de Europa, EE.UU. y Japón. Hay países donde los valores de innovación y sostenibilidad están más avanzados y reciben muy bien nuestros productos”. Entre sus últimos clientes se encuentra la marca suiza de relojes Swatch para quienes han realizado un total de 5.000 uniformes para todos sus trabajadores. Prendas de igual calidad “Está demostrado que se puede crear una prenda con materiales reciclados con la misma calidad que otra que no los usa”, advierte el presidente de Ecoalf. “Es otra forma de entender la realidad.
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Lamentablemente la palabra reciclaje tiene todavía una connotación peyorativa y nosotros nos peleamos a diario para cambiar esta situación”, añade. Asegura que los clientes de Ecoalf “no son únicamente super activistas. Somos una marca de moda con un buen producto que competimos con otros productos”. Eso sí, reconoce que sus clientes “son muy fieles y se convierten en los mejores prescriptores de la marca”. Cada producto tiene una historia que contar “y ellos se sienten identificados con ese compromiso medioambiental”. En total ya han desarrollado un total de 85 tejidos propios y en los próximos dos años esperan lanzar otros 70. “Algunos de nuestros productos, como los bañadores, son 100% reciclables. Otros, los que llevan cremallera, por ejemplo, lo son en su mayor medida pero no totalmente”, aclara el responsable de la marca. Materiales La utilización de los distintos materiales supone un verdadero desafío tecnológico para Ecoalf además de tener un fuerte impacto en la protección de los recursos naturales. “Por cada kilo de algodón se utilizan 2.500 litros de agua. Al reciclar el algodón estamos ahorrando litros y litros de agua”, pone como ejemplo el presidente de Ecoalf. Llamativa es para muchos la utilización de los posos de café, que dan lugar a un tejido suave, ligero, flexible y transpirable. También tiene propiedades que aportan al tejido resistencia al agua y se convierten en resistentes a los rayos UV. Cuando se recogen los posos de café, el compuesto está todavía húmedo y el primer paso cuando llega a la planta de reciclaje es secar los posos de café y extraer cualquier aceite. Después se muelen hasta conseguir un tamaño de nano-polvo que se convierte en gránulos para mezclarse con polímeros de poliéster reciclado con el fin de crear hilo. Entre los materiales más difíciles de reciclar se encuentra el neumático ya que contiene metales, antioxidantes y trozos de tela. “Se necesitaron dos años
Limpiando los océanos Trabajando en el terreno en el reciclaje “Utilizamos todo de redes de pesca, Javier Goyeneche se tipo de residuos, dio cuenta que los pescadores se encontraban con mucha basura al sacar sus recomo redes de pesca des del mar. “El pescado que pescan está abandonadas, botellas acompañado por muchísima basura que ellos tienen que separar. Decidimos insde plástico, posos talar contenedores en los barcos y en los de café, neumáticos puertos para que esa basura no vuelva al mar y la reciclamos”, cuenta el presidenusados y algodón y te de Ecoalf. De momento trabajan en lana post-industrial” 11 puertos de Levante y en pocos meses han logrado recuperar 44 toneladas de basura. “La idea es replicar este modelo de I+D para poder separar los elemen- desde Tarragona hasta Algeciras y destos y crear un polvo de neumático lim- pués ir hacia Europa. Contamos con la pio. El objetivo final era poder compri- ayuda de un filántropo americano y la mir el polvo limpio sin utilizar ningún idea es poder llegar hasta EE.UU.”. pegamento. Reciclamos caucho para nuestra línea de flip-flop y suelas de las zapatillas”, explican en Ecoalf. La empresa Ecoalf está formada por un equipo de 20 personas, con perfiles profesionales muy diversos, y en el 2015 cerraron el año con una facturación de cinco millones de euros. Para este año, se espera llegar a los seis millones de euros. Desde su creación la empresa ha invertido 600 mil euros en I+D. Maio de 2016
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El coaching, herramienta clave para mejorar la productividad de las empresas El coaching se ha convertido en una eficaz herramienta para optimizar el capital humano de una empresa y por consiguiente su productividad. Y cuando se trata de negocios familiares puede incluso ser vital para salvar las diferencias entre las diferentes generaciones evitando a veces el cierre de las compañías. Josecho Vizcay Eraso, coach personal, ejecutivo y empresarial, analiza algunos de los casos más comunes.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
na buena gestión de las emociones y de la comunicación interpersonal tiene un efecto directo en los resultados de una empresa y en el estado de espíritu de las personas que la integran. Este es uno de los convencimientos de Josecho Vizcay Eraso, coach personal, ejecutivo y empresarial con una amplia experiencia profesional en el mundo de los negocios de la Península Ibérica. Colaborador de RMA Asesores de Familias Empresarias S.L. en España, Portugal y América Latina y socio fundador y director general de Pure Executive Coaching S.L., conoce bien los problemas que habitualmente surgen en la gestión de un negocio, y de forma muy especial los que llevan compañías familiares. “En los negocios familiares se unen dos cosas: el amor entre los miembros de la familia y el dinero de la empresa.
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Y por lo general se mezclan los intereses. Además suelen intervenir los hijos y sus cónyuges, que ya ven las cosas de otra forma”, remarca Josecho. Entre los primeros consejos que da a este tipo de empresas es que “no se lleven a casa los problemas, que los dejen en la oficina y disfruten de su padre, madre, hermano, hermana como tal, no pensando en el asunto pendiente que han dejado de tratar en la empresa”. Es muy habitual que se produzcan conflictos de intereses entre padres e hijos. “Lo más normal que encuentro es que los padres piensen que sus hijos no valen para el negocio y que los hijos estén convencidos que sus padres están acabados”, reconoce el coach navarro. Debe hacer entender a sus clientes que por un lado los jóvenes se han formado bien, “para algo sus padres se han gastado mucho dinero en una buena educación” y por otro que los padres, los que muchas veces han
montado el negocio “tienen un gran conocimiento que transmitir a sus hijos y siguen siendo importantes en el futuro de la empresa”, añade. En el 90% de las empresas familiares con las que ha trabajado Josecho Vizcay Eraso “las madres reciben algún tipo de tratamiento psicológico, son las grandes sufridoras de los conflictos en empresas familiares”. Normalmente las mujeres viven la empresa de forma pasiva, sin involucrarse en el negocio, pero acaban por ser perjudicadas por el enfrentamiento entre padres e hijos. En este tipo de conflictos, Josecho trabaja con todos los miembros de la familia, “siempre y cuando quieran porque no se puede olvidar que el coaching es voluntario”. Generalmente se logra un efecto muy positivo en el lado personal y profesional de las personas. “Se logra que distintas generaciones se comuniquen y entiendan el papel de cada una.
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Lo que cambia las empresas no son ni mejorar sus habilidades o los logotipos ni las ideas sino las per- resolver conflictos”. sonas, y eso se nota sobre todo en las pequeñas. Mi trabajo es reflexionar con El masajista de almas ellos”, explica el coach. Josecho Vizcay Eraso acaba de sacar al mercado Plantearse objetivos portugués su libro “El maEn muchos casos para mejorar el ren- sajista de Almas” (Ediciodimiento de una empresa basta con que nes Marcados) en donde se cada uno de los empleados se trace ob- puede comprobar el efecto jetivos. No tiene dudas de que “todos directo de sus sesiones de seríamos mucho más productivos si nos coaching a través de 14 caplanteásemos objetivos”. sos reales y 14 testimonios Donde suele ser muy habitual con- de los protagonistas. “Se tratar los servicios de coaching es en han alterado los nombres y los cuadros superiores de las empresas, los lugares para mantener para que logren sacar mejor provecho la privacidad de las perde las personas que tienen a su mando. sonas”, aclara el autor. El “Muchas veces se trata de que sean ellos resultado es una obra con mismos coach con los otros”, reconoce una fuerte carga emotiva Josecho. Eso sí, ni siempre es fácil traba- en la que cada persona jar con los directivos “porque por regla consigue reconocerse en general reciben al coach con escepticis- algunos aspectos de los mo, creen que no les vamos a enseñar protagonistas. “Espero nada, y olvidan que lo que queremos es que el libro ayude a las personas a creer a muchos coaches e imparte clases en trabajar con ellos”. que se pueden afrontar las cosas, que el IEDE Business School y en la UniEse planteamiento de objetivos im- hay que pelear y seguir y que hay pro- versidad Carlos III. De forma coloquial, plica trabajar al menos dos veces al fesionales que ayudamos a conseguirlo”. define su trabajo como coach como mes, “normalmente un mínimo de Josecho fue director de oficina de banco “la persona que te ayuda a encontrar el año o año y medio aunque yo tengo en tres entidades (Banco Nacional de interruptor de la luz del cuarto donde personas con las que estoy hace más de París, Banco de Vitoria y Bankinter) y estás a oscuras” y uno de sus clientes le cinco años. Varía mucho”, reconoce el trabajó en la dirección de varias empre- definió como “el masajista de almas”, coach. En muchos casos las personas sas. Su salto al coaching llegó más tarde, guardando así esta frase como título del que recurren al coaching “quieren algo que ahora le apasiona. Ha formado libro que ahora ha visto la luz.
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org Maio de 2016
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Lekar, artículos ópticos a la última moda
Lekar ha entrado en el mercado ibérico con un spray de limpieza de lentes oftálmicas personalizado y lanza este mes una colección de gafas que llevan el nombre de una nueva marca portuguesa, Peters eyewear.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
a marca Lekar nació en Portugal en 2012 y como estrategia de arranque apostó por el lanzamiento de un único producto, el spray de limpieza de lentes oftálmicas personalizado. “De esta forma nos centramos en un único foco que permitió controlar los costes iniciales, minimizar riesgos de inversión, optimizar procesos de compra y de fabricación y presentar un precio competitivo en línea con la calidad del producto”, explica el responsable de la marca, Vítor Gomes. Antes había llevado a cabo un exhaustivo estudio de mercado en el área de la óptica, que a su entender “tiene bastantes oportunidades de negocio. Las gafas no son apenas una necesidad visual sino cada vez más se considera un accesorio de moda”. Al año siguiente se inició la comerciali-
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zación de microfibras de limpieza de sido muy positiva”. gafas personalizadas, “un producto Los artículos de Lekar no se venden complementar al spray y la acepta- directamente a particulares sino que ción por parte de nuestros clientes ha su principal cliente es la empresa óp-
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tica. De momento no existe una tienda física y para consolidar su cartera de clientes Vítor Gomes sabe que es necesario “establecer una relación comercial duradera entre distribuidor y cliente y para ello es necesario trabajar con profesionalidad, dedicación y seriedad”. Disponen de página en Facebook y también responden a pedidos de información y a encargos a través del email. De 2013 a 2014 Lekar registró un aumento del 35% en las ventas y el 2015 fue el año de la consolidación del negocio, duplicando la facturación del año anterior gracias al aumento de nuevos clientes. Nueva colección de gafas Este mes Lekar lanza al mercado una colección de gafas que llevan el nombre de una nueva marca portuguesa, Peters eyewear. “El diseño fue elegido para crear una armonía entre la montura y el rostro, ambos elementos importantes en la definición de la imagen y personalidad de la persona en una primera impresión”. El creador de Lekar afirma que se trata de
De 2013 a 2014 Lekar registró un aumento de 35% en las ventas y el 2015 fue el año de la consolidación del negocio, duplicando la facturación del año anterior gracias al aumento de nuevos clientes
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una colección que sigue la tendencia de la moda joven y que los modelos se inspiraron en los elementos de la naturaleza: agua, aire, fuego y tierra. El material de la montura es el acetato “y fue producido en base al equilibrio entre diseño, ergonomía y comodidad”. Tanto las monturas como las lentes graduadas Peters eyewear se venderán únicamente en ópticas. El spray de limpieza ha ido ganando mercado tanto en Portugal como en España y Lekar está igualmente presente en Angola y Cabo Verde. “Nuestro plan de expansión actual está orientado hacia España, por ser un mercado mayor y más competitivo. Tenemos buenos precios y los costes de transporte no son muy elevados. Esperamos encontrar un socio estratégico o un distribuidor que nos permita ganar una mejor posición en el mercado ibérico”, revela Vítor Gomes. La fórmula química tiene una esencia muy agradable y los clientes y potenciales clientes valoran muy positivamente las funciones de limpiar y desempañar.
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Dolce Vita Tejo renovado para atrair famílias e outros públicos
As famílias são um dos targets que o renovado Dolce Vita Tejo pretende atrair, dentro do novo conceito de shopping de lazer ou shopping resort. O objetivo é ultrapassar o número de visitantes do ano passado, que atingiu os 15 milhões de pessoas, segundo Salvador Arenere, responsável de Comunicação do Eurofund Investments, que adquiriu o centro comercial há pouco mais de um ano.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
renovação do Dolce Vita Tejo, um dos maiores centros comerciais da Península Ibérica, desde que foi adquirido em dezembro de 2014 pelo Eurofund Investments, não passa apenas pelas novas lojas que foram abertas ou remodeladas. O shopping contou, no último ano, com cerca de três dezenas de lojas remodeladas ou abertas, num total de 5.500 metros quadrados de ABL (área bruta locável). A Pragma Management, empresa portuguesa especialista na prestação de serviços de gestão integrada de ativos, man28 act ualidad€
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tém a gestão do Centro Comercial, sendo parceira do Eurofund Investments. No total, o centro comercial recebeu 15 milhões de visitantes, em 2015, e o objetivo é “chegar aos 20 milhões de visitantes”, adiantou Salvador Arenere, diretor de Comunicação do Eurofund Investments (foto na pág. seg.). Além da renovação/ ampliação ou abertura de novas lojas e insígnias que ainda não estavam presentes em Portugal – como as espanholas Violeta by Mango e Decimas, ou o grupo chinês de tecnologia Xiaomi –, a administração do shopping reposicionou a estratégia comercial,
criando uma maior oferta para as famílias, para que sintam “conforto e bem estar no centro e aqui permaneçam o tempo que quiserem”. Assim, as áreas de lazer e descanso foram aumentadas e melhoradas, com novo mobiliário, mais confortável, e disponibilização de imprensa diária gratuita, bem como as atrações para crianças, onde se pode destacar a primeiro Lego Fun Factory do país, que conta com mais de 30 mil visitas desde setembro, ou o grande escorrega familiar, que permite a pais e filhos descerem juntos de um andar para outro. Estas atrações gratuitas, que já ajudaram a aumentar em 25% as visitas
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no último carnaval, juntam-se ainda ao único espaço Kidzania do país, que continua a ser um importante pólo de diversão para crianças e que tem sido também redinamizado, explica Salvador Arenere. Estes são algumas das medidas que o grupo anglo-espanhol está a implementar no Dolce Vita Tejo para a sua transformação no “primeiro shopping resort de Portugal”, projeto que prevê investimentos da ordem dos 70 milhões de euros em três anos. “O próximo passo será o reforço da conetividade e interatividade com as pessoas, na senda da revolução digital em curso no setor do retalho”, assim como a nível de certificação de qualidade e de sustentabilidade ambiental. Para breve, além dos espaços dirigidos em especial às famílias, serão criadas ainda áreas para empreendedores poderem trabalhar (com ligações à internet), bem como um Espaço Solidário, preparado para receber ONGs e IPSS, apoiando-as na divulgação das suas causas e angariação de fundos. Já para os lojistas, a administração está, ainda, a “ampliar as fachadas das lojas, de acordo com o estilo pop up, que rompe com a linha arquitetónica do edifício, criando um impacto maior e uma experiência de marca diferenciadora para o visitante” (foto mais pequena, na pág. ant.), explica, por seu lado, Ana Luísa Fontoura, diretora de Marketing do Dolce Vita Tejo. A responsável salienta ainda a potencialidade, em termos de comunicação com os visitantes, do novo ecrã gigante, com 130 metros quadrados e tecnologia de última geração, que ocupa parte da praça central do centro, uma das maiores da Europa, onde são disponibilizados diversos conteúdos, como sejam jogos de futebol em direto e outros conteúdos multimédia, ou de divulgação de eventos, podendo servir também para interagir com o público (foto maior, na pág. ant.). Conceito adaptado de shopping do grupo em Espanha O novo conceito de shopping de lazer foi adaptado de outro centro comercial que o grupo tem em Espanha,
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em concreto o Puerto Venecia, de Sa- fruto do reforço da oferta comercial e do ragoça, um verdadeiro sucesso. O Eu- aumento da frequência das visitas dos rofund detém ainda o Dolce Vita Fer- seus clientes, revela Salvador Arenere. Quanto à possibilidade de fazer norol, para além do Dolce Vita Tejo em Portugal, tendo em desenvolvimento vos investimentos em Portugal, Salem Espanha mais quatro shoppings e vador Arenere esclarece que o grupo um parque comercial em Lérida. “não está a procurar”, mas não descarta No que se refere ao volume de vendas que “se surgirem novas oportunidades” global registado no final do ano, o Dolce possam acontecer novas compras de Vita Tejo cresceu cerca de 3% face a 2014, centros comerciais.
Investimentos de 70 milhões de euros e criação de mil postos de trabalho Um dos maiores centros comerciais de Portugal e de Espanha, e que foi responsável pela vinda de conceitos inovadores para a Europa como é o caso da Kidzania, está em forte redinamização após a sua aquisição, há um ano, pelo Eurofund Investments. Esta sociedade promove e gere ativos de retalho na Península Ibérica e que resulta de uma joint-venture entre as empresas britânicas British Land e Orion Capital Managers. Para esta redinamização, o grupo, que tem sede em Saragoça, prevê um investimento global de 70 milhões de euros em todo o espaço comercial, do qual já foram investi-
dos cerca de 20 milhões, sem contar com o valor da aquisição. Os novos investimentos irão contemplar a criação de cerca de um milhar de novos postos de trabalho, além dos três mil existentes atualmente, confirma Salvador Arenere. Inaugurado em 2008, o Dolce Vita Tejo conta com cerca de 280 lojas, distribuídas por dois pisos e 104 mil metros quadrados. Entre as lojasâncora, podem destacar-se o hipermercado Jumbo, a Primark, Zara, H&M, SportsDirect, El Corte Inglés Oportunidades, Worten, Staples ou o Holmes Place. Possui ainda 11 salas de cinema.
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Cerejas, o “isco” do Fundão para seduzir turistas Considerado produto de excelência da região do Fundão, a cereja tem motivado vários projetos sobretudo na área alimentar. O programa “Fundão, 365 dias à descoberta”, lançado agora pela Câmara Municipal do Fundão, eleva a cereja a protagonista de várias atividades e pacotes turísticos Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
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s árvores enchem-se de cerejas em maio, mas a Câmara Municipal do Fundão percebeu que o fruto mais reconhecido da região tem potencial para chamar turistas todo o ano e acaba de lançar o programa “Fundão, 365 dias à descoberta”, como explica Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão: “A Cereja do Fundão tornou-se uma das frutas mais reconhecidas a nível nacional e internacional, com a ligação à região de origem. O desenvolvimento de iniciativas, ligadas ao turismo e também à própria gastronomia, trouxe o reconhecimento da qualidade da nossa cereja. Sendo a nossa máxima ‘Fundão, 365 dias à descoberta’, prolongámos a temática cereja para todos os dias do ano.” O autarca observa que “neste momento estamos na época das cerejeiras em flor que pode ser desfrutada, por exemplo, através dos passeios de balão, pedestres, btt ou de comboio”. Outra das iniciativas possíveis é apadrinhar uma cerejeira, revela Paulo Fernandes: “O apadrinhamento de uma cerejeira, além de ter um papel educativo e de valorização da agricultura e do ambiente, é uma forma de ligar as pessoas a esta terra. Mais do que uma 30 act ualidad€
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ação simbólica, apadrinhar uma cerejeira é assumir o compromisso de cuidar e proteger, é como a raiz que prende uma árvore à terra e a faz crescer sã e bonita”. A época da colheita inspira o programa turístico “É Tempo de Cerejas”, também desenvolvido pelo município, que “oferece, para além da experiência da apanha de cerejas em pleno pomar, a possibilidade de descobrir a história sobre este fruto e do seu cultivo na região”. Trata-se de “uma viagem pela etnografia e pelos sabores locais, que inclui ainda uma visita pela cidade do Fundão e pelo seu centro histórico, pela Rua da Cale com a sua herança judaica e pelo premiado Museu Arqueológico Municipal José Alves Monteiro e o Centro de Interpretação - Moagem do Centeio”. Está programada também a Festa da Cereja, que decorre entre os dias 9 e 12 de junho na aldeia de Alcongosta. “Nesta altura, as ruas de Alcongosta enchem-se de animação, onde é possível descobrir o artesanato e a gastronomia locais”, assinala o comunicado do município. A marca “Cereja do Fundão” tem vindo a ser dinamizada e explorada pela região e inclusive por outras marcas. As iniciativas do pacote turístico agora lançado são disso exemplo, já que “foi feito no âmbito do protocolo assinado entre o Município
do Fundão e o seu mais recente parceiro, a Compal”, explica a autarquia em comunicado. Do contrato resultou também o novo produto da empresa, o Compal Clássico Cereja do Fundão. Ao abrigo desta parceria, “foram ainda oferecidos fins de semana para 10 consumidores da marca Compal para usufruírem de experiências ligadas à cereja, no Fundão, e a Compal lança agora a iniciativa em que oferece 100 apadrinhamentos de cerejeiras, no Fundão”. Apadrinhar uma cerejeira custa 20 euros por ano e pressupõe que o “padrinho” ou a “madrinha” receba uma placa identificativa que será colocada na árvore. “Até a árvore dar fruto, o padrinho recebe dois quilos de cerejas por ano e um voucher de 10% de desconto nos vários restaurantes e hotéis aderentes, bem como em produtos comercializados nos postos de turismo do Fundão”. Os passeios de balão e de comboio funcionam aos fins de semana, mediante marcação prévia com o Turismo do Fundão. O comunicado da Câmara Municipal do Fundão sublinha que “a cereja tem sido um forte pilar na sustentabilidade económica da região, movimentando, cerca de 20 milhões de euros na economia local”.
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Centro de Formação CCILE Desafio: Cobrar! Lisboa, 03 de maio 14h30-18h30
Às empresas importa ter a garantia de um cuidado extremo no que se refere à concessão de crédito. A garantia de que este terá, de alguma forma, sempre retorno é um fator fundamental, uma vez que a concessão de crédito é uma atividade essencial a qualquer negócio. Assim, é crucial saber como proceder desde a concessão de crédito até à sua recuperação judicial de forma a potenciar o seu negócio. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Como Defender-se da Administração Fiscal Lisboa, 04 de maio 09h30-13h30
Como garantir uma relação eficaz com a Administração Fiscal? Sabe agir e tem conhecimento dos principais meios de defesa de que dispõe perante a Administração Fiscal? Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Formação Profissional Obrigatória e Cheque Formação Lisboa, 05 de maio 09h30-13h30
A legislação laboral impõe que as entidades empregadoras propiciem formação profissional aos seus trabalhadores implicando, o não cumprimento destas obrigações, a aplicação de coimas. Para evitar estas consequências é essencial que as entidades empregadoras conheçam as suas obrigações nesta matéria. Aproveite também para saber mais sobre o Cheque-Formação, a nova medida do Governo para fomentar a formação profissional. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Segurança de Sistemas de Informação e Uso da Tecnologia Informática Lisboa, 05 de maio 14h00-18h00
As organizações precisam, nos seus negócios, de sistemas de TI, de acesso permanente à internet, de uso regular do correio eletrónico, etc… Esta dependência coloca grandes riscos que podem afetar todo o sistema informático... Portanto, é essencial para a realização integral de segurança nas empresas, que os responsáveis pela área informática saibam como agir nestas ocasiões. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Cross Selling de Produtos e Serviços Lisboa, 09 de maio 09h00-13h00
Marketing Digital no Turismo
Lisboa, 16 de maio 09h00-13h00/14h00-18h00 Praticamente todos os negócios estão a convergir para o mundo digital e o turismo não é exceção… Aliás, este é um dos setores com maior presença na web e por isso é essencial conseguir uma diferenciação face aos concorrentes para se atingir um patamar de destaque. Contudo, mais do que ter presença na web, o importante é criar interação com os consumidores... Preços: Associados:€100* Não Associados: €120 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Movimentação Manual de Cargas Lisboa, 17 de maio 09h00-13h00/14h00-18h00
Para aumentar a performance de vendas de uma empresa e o valor a longo prazo de cada cliente, o “CrossSelling”, ou seja, a venda de produtos ou serviços paralelos ou acessórios, é uma técnica essencial. Contudo quando utilizado incorretamente, pode confundir os clientes, atrasar o ciclo de vendas e muitas vezes induzir os clientes a pedir descontos.
Sabia que a movimentação manual de cargas é uma das tarefas que mais acidentes de trabalho provoca? A ocorrência destes acidentes é consequência de movimentos incorretos ou esforços físicos exagerados… Como tal, é importante que conheça algumas medidas de prevenção destes acidentes, bem como técnicas corretas de movimentação de cargas.
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Diagnóstico Laboral da Empresa Lisboa, 11 de maio 09h30-13h30
Em matéria de legislação laboral, é fundamental a realização de diagnósticos periódicos com o objetivo de definir o nível de cumprimento das regras a que o empregador está obrigado. As recentes alterações legais tornam ainda mais evidente a necessidade desse diagnóstico também como forma de identificar alterações operativas que permitam acrescentar valor à organização. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
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Tipos de Contratos de Trabalho e Formas de Cessação Lisboa, 19 de maio 09h00-13h00/14h00-18h00
No momento de admitir um trabalhador é essencial escolher bem o tipo de contrato de trabalho e as cláusulas a incluir no tipo escolhido. Conhecer as formas de cessação do contrato de trabalho previstas no Código de Trabalho e as consequências de cada uma delas é essencial para poder reestruturar a sua empresa. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
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Guia de Cobranças para Empresas Lisboa, 20 de maio 09h30-13h30
Organização, conhecimento e empenho são ingredientes indispensáveis para o sucesso das cobranças nas empresas. A implementação de procedimentos adequados na fase extrajudicial aumenta o sucesso da cobrança, reduz significamente os créditos incobráveis e permite melhores resultados nas cobranças que sigam a via judicial. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Apresentações em Contexto Comercial Lisboa, 23 de maio 09h00-13h00
O objetivo das apresentações comerciais é comunicar ideias relativas a um produto ou serviço de uma forma interessante, objetiva e sistematizada, muito apelativa e agradável para o cliente. Os comerciais que utilizem estes pressupostos conseguiram dar um ênfase maior aos seus produtos e destacar-se da concorrência. Serão encarados pelos clientes como profissionais capazes de satisfazer as suas necessidades de fornecimento de produtos e serviços. Preços: Associados:€140* Não Associados: €180 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Regulamento Interno da Empresa Lisboa, 24 de maio 09h30-13h30
A maioria das empresas em Portugal, especialmente as empresas de pequena e média dimensão, não dispõem de regulamentos internos. Contudo, este regulamento, pelo conjunto de aspetos que pode disciplinar e organizar, permite alcançar significativas vantagens, designadamente uma gestão mais eficaz e menos conflituosa dos recursos humanos, sendo mesmo considerado um método de prevenção de conflitos laborais. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Gestão Fiscal das Cobranças Lisboa, 25 de maio 09h30-13h30 A partir de janeiro de 2015 passou a ser possível recuperar o IVA dos créditos em mora há mais de 24 meses sem recorrer ao tribunal, ou seja de forma menos onerosa e mais rápida. Saiba como instruir o dossier fiscal para obter a certificação do ROC que se tornou indispensável para a recuperação do IVA. Saiba como gerir fiscalmente as suas cobranças duvidosas e o seus incobráveis. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Novs Regras da Publicidade na Saúde Lisboa, 31 de maio 14h00-18h00
A publicidade a produtos e a serviços de saúde passou a ter novas regras a partir de 1 de novembro de 2015. Tais regras aplicam-se designadamente à medicina dentária, aos rastreios “gratuitos” nas diversas especialidades, suplementos alimentares, medicinas alternativas, criopreservação de células estaminais entre outras atividades deste vasto setor. Com esta nova lei pretende o legislador eliminar e punir as “práticas consideradas enganosas”. Importa, pois, os operadores da área da saúde e as empresas de publicidade e marketing estarem informados sobre estas novas regras para evitar fortes penalizações para as suas empresas. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor
CCILE TEMÁTICA Sessões Informativas Cessação do CT
Processos e Contas Finais Lisboa, 10 de maio 10h00-13h00
Com todas as alterações na legislação laboral que se têm registado nos últimos anos, são vários os procedimentos a ter em conta aquando de um processo de cessação de contrato de trabalho, conforme a modalidade da cessação. Também o cálculo dos créditos salariais e das indemnizações tem sofrido alterações pelo que é importante que os responsáveis de Recursos Humanos e Departamentos Financeiros conheçam estas alterações... Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Alternativas ao Tribunal Judicial: Arbitragem, Mediação e Conciliação Lisboa, 31 de maio 10h00-13h00 Os meios de resolução alternativa estão cada vez mais associados a modelos de prevenção de litígios, ponderação de custos e mitigação de riscos e podem, quando integrados no modo de operar empresarial, potenciar a atividade, alcançar pagamentos e assegurar a manutenção de relações contratuais duradouras e proveitosas. Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 Isento de IVA
Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org
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Novos talentos da joalharia portuguesa querem “sair da casca” Empenhada em promover o trabalho dos jovens criadores portugueses, a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal criou a marca “Portuguese Jewellery Newborn”. Nove jovens talentos apresentaram o seu trabalho em Lisboa e mostraram os seus argumentos para conquistar o mercado português e estrangeiro. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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om forte tradição e reconhecimento de qualidade, a joalharia portuguesa tem novos protagonistas, que “estão a sair da casca”. Para ajudar estes novos criadores a “partir o ovo”, a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) criou a marca “Portuguese Jewellery Newborn”. A apresentação à imprensa aconteceu no passado dia 11 de abril, no Museu de História Natural, em Lisboa, e contou com a presença dos jovens designers Ana João Jewelry, Bruno da Rocha, Iglezia, Inês Telles Jewelry, Joana Ribeiro, Mater, Minha Joia Atelier, Nuuk e Sopro. Ana Freitas, presidente da AORP, sublinha que com este evento, “a associação quer dar a conhecer as marcas e o trabalho destes jovens criadores”. Esta ação visa sobretudo o mercado nacional, onde estes designers são ainda pouco conhecidos. “Se a as revistas de moda precisam de acessórios para as suas produções, quero que saibam que estamos aqui, que há marcas portuguesas de joalharia com trabalhos muito inovadores
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e esteticamente interessantes”, exemplifica Ana Freitas. No entanto, o alcance da marca “Portuguese Jewellery Newborn” pretende ser internacional, acrescenta presidente da AORP, informando que a associação ajuda a promover estas marcas em Portugal e internacionalmente, levando-as a feiras internacionais do setor. “Queremos servir de ponte entre estas marcas e outros mercados, que sozinhas teriam mais dificuldade em atingir”, diz. Sendo “a joalharia portuguesa um dos setores de maior tradição em Portugal”, importa ter em mente que “a tradição se constrói todos os dias”, assinala Ana Freitas. “Os jovens criadores abrem novos caminhos à joalharia portuguesa” e o trabalho de muitos deles já rasgou fronteiras, observa. Exemplo disso é Bruno Rocha, o criador mais experiente presente no evento, que já exporta para vários mercados. O designer integra também a nova direção da AORP e considera fundamental apostar na promoção do setor: “Os portugueses são muito fortes em ourivesaria. O que o setor
precisa é de ser bem promovido como tem acontecido com o calçado, outro setor forte em Portugal e que deu o salto internacional. A ourivesaria tem estado escondida. Todos beneficiarão da boa forma do setor.” O atelier da marca Bruno Rocha no Porto há algum tempo que produz para vários pontos do globo. O criador aposta na promoção da marca em feiras internacionais: “Nunca tive prejuízo em feiras.” Com peças entre os 150 e os 2000 euros, a marca Bruno Rocha está representada em lojas multimarca de Barcelona e Madrid, França, Itália, Rússia, Lituânia e Letónia. Inês Telles trabalha em ourivesaria desde 2009 e tal como Bruno Rocha já consegue viver dessa atividade. Privilegiando materiais como a prata e o ouro, vende em Lisboa (no seu atelier) e no Porto (loja de Serralves), bem como para lojas multimarca em Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Suíça e EUA. Também experiente, Patrícia Iglesias desenha joias desde 2000, sobretudo
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em prata e em ouro. “Gosto de contar histórias com as minhas peças e de as batizar”, diz mostrando-nos as suas “Chuvas de Estrelas”, “The Power of Love” e “Tucano”. Esta última exibe o animal que a inspirou no tempo em que viveu no Rio de Janeiro. A designer produz as joias e o packaging, que alia acrílico à “tão portuguesa” cortiça. Também integrou a mostra Joana Ribeiro, de Matosinhos, que baseia toda a sua criação na Natureza. A marca com o seu nome existe há cinco anos e está presente em lojas multimarca como a de Serralves e em breve terá um ponto de venda exclusivo num centro comercial na região do Porto. O grosso das vendas faz-se online (cerca de 75%). A designer exporta e goza de reconhecimento no estrangeiro, tendo o seu trabalho sido selecionado para integrar dois livros internacionais de joalharia. Por sua vez, a marca Sopro, resultante da parceria da designer Andreia Lima com a diretora da Escola de Joalharia Alquimia –Lab, Carla Solheiro, assenta no conceito “day-to-day- jewellery”. Andreia Lima explica que o objetivo é produzir peças com design moderno e com qualidade a um preço apelativo. A marca existe há dois anos e está presente em lojas multimarca em Lisboa, Porto e Algarve. A Sopro usa sobretudo prata e pedras naturais. 36 act ualidad€
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A Minha Jóia Atelier é a marca liderada pela designer de Vila do Conde Tânia Nunes e está há 10 anos no mercado. A atual coleção inspira-se nas pétalas de várias flores e é feita em prata e em ouro. Para a jovem, este tipo de iniciativas “é maravilhoso porque dá a conhecer o trabalho de novos designers”. Destaque ainda para a jovem portuense Ana João, que começou há um ano e meio a desenhar joias, vendendo já em Serralves e o no hotel de cinco estrelas Intercontinetal, no Porto. Também do Porto é a Nuuk, liderada por Joana Carvalho (criadora) e a sua mãe Paula Paiva (gestora). Ambas definem a marca como sendo minimalista, com peças geométricas e versáteis. O design da marca seduziu o mercado japonês, onde está representada em duas lojas, graças a um agente local que as contactou por ter ficado “muito bem impressionado com a marca”. Com pouco tempo de atividade, “a Nuuk teve um excelente primeiro ano de faturação”, admite Joana Carvalho. A designer revela que vende mais para o estrangeiro, sobretudo online, e que espera ganhar mais visibilidade em Portugal com iniciativas como a da AORP.
Joias com conteúdos digitais Exemplo do novo fôlego empreendedor da joalharia portuguesa é, sem dúvida, a Mater, que pelas suas características inovadoras, está incubada na Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), no âmbito do Projeto Inovação Portugal. O projeto, criado no Porto, em julho de 2015, alia ao design um conceito inovador, como explica criadora Sara Coutinho: “Contar histórias que possam ser guardadas na ausência, na nossa memória.” Com peças inspiradas no revestimento do terminal de passageiros inaugurado no ano passado em Leixões ou nos Descobrimentos, a Mater aposta na diferenciação do produto possibilitando aos clientes customizarem as peças, através da tecnologia, contam Sara Coutinho e Bernardo Pavia, responsável de marketing e comunicação da marca. Para isso a equipa Mater conta com um especialista em informática, que vai associar conteúdos digitais (escolhidos pelo cliente) às peças, passíveis de serem descarregados em smartphones, por exemplo. A coautoria das peças está prevista também a outros níveis, explica Sara Coutinho: “A Mater desenvolve a matriz da peça e deixa ao critério do cliente, a sua personalização. Podendo escolher diferentes pormenores estéticos da peça.” Além da promoção do trabalho dos jovens designers, a AORP sublinha que também estão a programas ações para impulsionar a ourivesaria tradicional.
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Agroalimentar:
O setor agroalimentar assiste a intensos desenvolvimentos, sobretudo no campo da inovação tecnológica, com a criação de produtos com cada vez maior valor acrescentado. Seja nos azeites, legumes, frutas, vinhos ou outros, os produtos da terra estão a ser transformados de acordo com fórmulas de processamento cada vez mais inovadoras e a exigir maior aposta na qualidade da própria matéria prima. Os produtos gourmet não chegam para as encomendas, mas a incorporação tecnológica neste setor vai ser determinante para crescerem e se afirmarem também fora de portas. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
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Foto: meia.dúzia
inovação à mesa
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ara onde caminha o setor agroalimentar, que movimenta negócios de mais de 15 mil milhões de euros, por ano? João Santos Silva, docente do Instituto Superior Técnico e presidente do Euroagri (plataforma operacional estratégica do programa Eureka, focada na promoção de parcerias europeias para a inovação no setor agroalimentar), considera que a inovação, conhecimento tecnológico e qualidade serão determinantes para a diferenciação da produção agroalimentar nos próximos tempos, à medida que se generaliza a retoma económica na Europa. O especialista conclui que dos alimentos globais europeus – que se vendem para todos os continentes e em que a Europa surge no Top 3 dos maiores fornecedores/ exportadores, como sejam o vinho, o concentrado de tomate e o azeite –, Portugal acaba por estar numa boa posição, tal como Espanha. "Temos condições de privilégio, nestas áreas, mas há que manter as condições" de produção e desenvolvimento, referiu o docente, salientando que "o conhecimento e a inovação são muito importantes", os quais devem ser aplicados "num sistema de mercado, por forma a ganhar competitividade". "É previsível que com o ultrapassar da crise económica, se regresse a padrões de consumo mais exigentes do ponto de vista da qualidade dos produtos", uma produção que representa maiores custos, mas que permite ganhos de eficiência através da inovação industrial e tecnológica, a que se juntará uma maior qualidade da matéria prima a transformar, antecipa o consultor, que recentemente apresentou algumas destas conclusões também na Alimentaria, que se realizou há dias em Barcelona. A ideia é ganhar qualidade organoléptica (ao nível dos vários sentidos, como o sabor
ou cheiro) ou ainda apostar nas produções biológicas, entre outras características diferenciadoras, sem que tal corresponda a produções de nicho ou gourmet . Ou seja, um movimento contrário ao verificado até agora, em que se apostou em produções mais baratas e massificadas, comenta o especialista. "Temos capacidade de responder em produtos globais e vamos entrar numa fase em que a qualidade tem mercado", a nível agrícola, o que se traduzirá depois no campo da transformação industrial, frisa o especialista. Deste modo, antevê um aumento da importância das empresas tecnológicas de apoio a este setor. Muitas destas empresas estão a nascer no seio de instituições como a Startup Lisboa, incubadora de novos negócios de base tecnológica, ou a Inovisa, associação nascida no âmbito do Instituto Superior de Agronomia (ISA) e que se dedica a apoiar empreendedores ligados ao setor agrícola e agroalimentar, com forte vocação tecnológica, bem como a fomentar a transferência de conhecimento entre o mundo académico e empresarial. A inovação, as tecnologias de informação, ou a agricultura de precisão são alguns dos conceitos que marcarão uma nova revolução no campo agrícola, melhorando a produção dos alimentos, o que irá, depois, beneficiar a indústria agroalimentar, contextualiza o docente. Um dos produtos mais inovadores recentemente desenvolvidos em Portugal, no setor agrolimentar, foi lançado por uma empresa olivicultora de Trás os Montes, que produzia azeite em pó. A patente de fabrico deste produto gourmet , que era produzido pela família Seco, acabou por ser vendida a uma grande empresa do setor da produção e distribuição de azeite, soube a "Actualidad€", que tentou, sem sucesso, obter a confirmação das
partes envolvidas no negócio, nem confirmar a identidade do grupo comprador. Também a B&M-Alhos de Portugal representa uma empresa familiar de sucesso, que resolveu diversificar a sua produção, tendo criado um produto de nicho e que vem revolucionar a forma como se comem alguns dos alimentos tradicionais da gastronomia portuguesa. Trata-se do alho negro, um produto resultante da secagem em condições controladas de alho e que se transforma num verdadeiro produto gourmet , de sabor adocicado e suave. Produzido por esta empresa agrícola e transformadora do Montijo, criada há cerca de dois anos, o alho negro é uma novidade no mercado nacional e uma forma de diversificar a vasta produção de alho que a empresa planta em terras ribatejanas, e que resulta ainda noutros subprodutos, como a massa de alho, numa produção total que ronda as 150 toneladas por mês. A empresa emprega já 30 trabalhadores, adianta o jornal "Montijo Hoje". Produtos de origem portuguesa A Azevagro-Produção e Comercialização de Produtos Agrícolas, que se apresenta no mercado pelas marcas Frutaformas e Dinutri, vai agora avançar para uma distribuição mais alargada, enquanto faz os primeiros contactos no sentido de se internacionalizar (ver caixa na pág. 42). A origem e a qualidade dos produtos é uma das principais preocupações desta empresa do Bombarral. "Tentamos que os produtos sejam sempre nacionais", destaca Diogo Maurício, diretor de Marketing e Vendas da empresa do Bombarral, sublinhando que a produção usada pela Frutaformas é de origem certificada ou protegida – maçã de Alcobaça (IGP), pera rocha certificada do Oeste e ananás dos Açores (produtos DOP). Maio de 2016
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Cervejas artesanais à conquista do paladar português Provar uma cerveja pode ser um ato de degustação especial, que não se limita às cervejas industriais mais consensuais, mas que pode ter os mais diversos e sofisticados paladares, asseguram os produtores da Dois Corvos Cervejeira. Susana Cascais (na foto) e Scott Steffens viram uma oportunidade de negócio em Portugal, o das cervejas artesanais – que tem vindo a conquistar cada vez mais consumidores –, e, em pouco mais de um ano, já produziram, na sua fábrica em Marvila (zona oriental de Lisboa) cerca de uma vintena de variedades, que vão desde as blonde ales , pale ale, stout , passando ainda pelas IPA. Scott Steffens, um “autodidata, apaixonado e curioso pela cerveja”, que começou em 1995 a experimentar produções caseiras, ainda em Seattle, nos Estados Unidos, resolveu dedicar-se com a mulher a produzir cerveja artesanal de “forma mais séria” já depois da vinda de ambos para Portugal, há cerca de três anos, explica Susana Cascais. “Começou por uma brincadeira e depois pela insistência de amigos, que gostavam da nossa cerveja”, lembra Scott Steffens. O casal de empreendedores escolheu a zona de Marvila, para se
instalar, recuperando um antigo armazém de vinhos e montou a sua produção de cerveja, tendo estado, na fase de preparação da empresa, incubados na Startup Lisboa. “A produção tem vindo sempre a crescer, temos tido uma boa aceitação das nossas cervejas, e estamos atualmente a produzir entre cinco mil a seis mil litros por mês”. O escoamento é feito sobretudo para o canal horeca , mas estas cervejas – produzidas à mão e com receitas tradicionais, à base de malte, lúpulo, água e levedura, sem quaisquer aditivos ou adjuntos – já chegaram também a algumas grandes superfícies. Em novembro de 2015, a cervejeira de Marvila deixou de ser apenas uma fábrica e passou a incluir uma área de bar, para que os clientes provem e comprem a cerveja mesmo junto à zona de produção. O novo bar permite experimentar as várias cervejas de garrafa ou à pressão ali produzidas, sendo ainda possível adquirir cerveja à pressão em garrafas de vidro reutilizáveis, com um ou dois litros de capacidade, ou barris.
Também a Segredos da Floresta escolhe os melhores produtos para a sua produção de cogumelos nas mais variadas formas e produtos transformados (desde picles a patés, ou bolachas, com sabor a cogumelo). Tudo começou com a produção de cogumelos frescos – em cultivo em ambiente controlado –, até que a engenheira do ambiente, especializada em micologia, resolveu apro40 act ualidad€
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As cervejas produzidas em Marvila já receberam alguns prémios internacionais, o que poderá contribuir para aumentar a notoriedade da marca e ainda as vendas externas, que já se iniciaram de forma tímida em alguns mercados. A empresa estabeleceu contactos com distribuidores ou pontos de venda em países como Itália, Polónia, França e Reino Unido e espera ter alguns destes acordos fechados ainda este ano.
veitar o excedente de produto que uma indústria limpa, ou seja, sem sobrava e iniciar a sua incorpora- resíduos, já que aproveitamos tudo: ção em picles (ver caixa na pág. 43). desde o substrato [camada de terra Assim nascia a Segredos da Floresta, onde são cultivados os cogumelos], há pouco mais de um ano, tendo que depois é reutilizado na agriculdesde então começado a produzir tura, a tudo o resto". Só o plástico muitos outros alimentos e até bebi- é que não é reutilizado, mas este é das (licor de cogumelo), enquadra uma pequena percentagem das maSandrina Alves, a única empreen- térias utilizadas, frisa a jovem emdedora ligada ao projeto. Sandrina preendedora, que tem a seu cargo Alves destaca que "o objetivo era ter sete trabalhadores nesta produção.
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Bisnagas de doces atravessam fronteiras A meia.dúzia Portuguese Flavours Experience, fundada em 2012 pelos irmãos Andreia e Jorge Ferreira da Silva, é já um caso de sucesso nacional e internacional, muito por causa das inéditas embalagens dos doces que comercializa. Compotas de diversos sabores, cremes de chocolate e, ainda, mel surgem embalados em bisnagas semelhantes às dos guaches e em pequenos recipientes de vidro idênticos a tubos de ensaio, que tornam a experiência alimentar "mais sugestiva, colorida e saborosa", comenta Jorge Ferreira, CEO da meia. dúzia. Em 2013, a empresa lançou também uma linha de chás e licores, sendo todos estes alimentos obtidos a partir da sua unidade de produção em Vila Nova de Famalicão e que emprega uma dezena de pessoas. A produção anual ronda as "200 mil bisnagas de doces por ano". "A apresentação e o conceito dos nossos produtos obteve já diversos prémios" e já ""somos reconhecidos pela forma como inovamos e apresentamos produtos e sabores novos", adianta o empreendedor, de 39 anos. Com formação e experiência na área da engenharia alimentar e química, os dois fundadores da Meia Dúzia foram já considerados "Empreendedores do ano", em 2014, pela "Dinheiro Vivo", "Jornal Notícias" e "Diário de Noticias" e, entre as várias distinções obtidas internacionalmente pela empresa, destacam-se os dois prémios alcançados no "Salão Internacional
de Alimentação e Bebidas de Qualidade" de Madrid (em 2014 e 2016, este último retratado na foto). A estratégia de internacionalização da marca passa já pela exportação para países como Espanha, França, Reino Unido, EUA, Japão ou Dubai, entre outros, graças sobretudo à participação em feiras internacionais, que permitiram encontrar distribuidores locais desses mercados. A empresa – que contou de início com apoios do Proder, para a produção primária, e que está a desen-
Por seu turno, a Dois Corvos grande qualidade que se produzem Cervejeira segue um percurso ligei- noutros países para a nossa marca". ramente diferente e aponta como A experiência internacional dos características diferenciadoras dos dois promotores foi fundamental seus produtos a "perspetiva inter- para esta nova conceção de cervejas nacional trazida das cervejas de artesanais, com "receitas originais",
volver um projeto de internacionalização ao abrigo do Portugal 2020 – conta ainda com lojas de venda ao público, em Matosinhos, Lisboa e Vila Nova de Gaia, e abrirá uma nova loja este mês no centro do Porto. A meia.dúzia, que se tem afirmado pelo seu "conceito de experiências de sabores" (com um pack de vários sabores), além das inovadoras embalagens, distingue-se ainda por ter apostado em "novos processos de enchimento e de fabrico, com novas tecnologias e métodos de controlo", afiança Jorge Ferreira.
produzidas em Portugal, em pequenos lotes (ver caixa na pág. 40). Apoios aos empreendedores Os projetos de empreendedorismo no domínio agroalimentar Maio de 2016
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Fruta desidratada: das lojas gourmet às grandes superfícies e escolas A Frutaformas começa a ganhar notoriedade entre as novas marcas de fruta desidratada, disponíveis em práticas embalagens, que se podem levar para qualquer lado e comer como um snack como se se comesse fruta fresca. Através de um "processo 100% natural", a fruta é desidratada em estufas próprias, "sem adição de qualquer aditivo", garante Diogo Maurício, responsável de Marketing e Vendas da Azevagro-Produção e Comercialização de Produtos Agrícolas, empresa do Bombarral que desde 2012 criou esta marca de fruta desidratada e que, em breve, espera lançar também alguns legumes processados através desta técnica. A ideia da Azevagro consistiu em aproveitar uma "sabedoria ancestral" da região Oeste e transformá-la numa ideia de negócio, que, há quatro anos, "ainda era desconhecida no mercado nacional", adianta o responsável. Para desenvolver a vertente industrial, a Azevagro contou com apoios do Proder, tendo, entretanto, triplicado a área da sua unidade de produção bem como a sua capacidade de resposta, onde trabalham já cinco pessoas a tempo inteiro. A empresa começou pelo segmento gourmet, vendendo para lojas especializadas do setor, como sejam a cadeia El Corte Inglés ou lojas nos aeroportos de Lisboa e Porto. Recentemente, a Azevagro criou uma nova marca, a Dinutri, para entrar também no retalho moderno, mercearias e escolas.
O segredo – ou a diferenciação da Frutaformas – reside da "desidratação a baixas temperaturas, para garantir toda a frescura e naturalidade da fruta durante o processo, da qual só é retirada a água". Assim, cada embalagem individual "corresponde diretamente a uma peça de fruta", facilmente identificadas na embalagem, adianta o mesmo responsável, sublinhando também terem alguns "produtos exclusivos" no mercado, como, por exemplo, os Lingotes de Fruta (barras 100% fruta), ou embalagens de pedaços de ananás dos Açores desidratado. O próximo passo pretendido é a internacionalização, para o Reino Unido, que "poderá ter muito potencial para este tipo de produtos". A Azevagro quer encontrar parceiros e distribuidores locais para escoar os seus produtos em lojas do Reino Unido, mercado que permite dar
o salto depois para outras regiões, como o Médio Oriente ou outros pontos da Europa, salienta ainda Diogo Maurício. A empresa liderada por João Azevedo e Mário Nunes exportou no ano passado também uma importante encomenda para os Estados Unidos da América, disponibilizando neste mercado cerca de 70 mil produtos. Depois dos prémios nacionais (“1ª Menção Honrosa - Produto Inovação no Food&Nutrition Awards 2013 e 2014” e recentemente o “Prémio Produção Nacional 2015 do Intermarché”) e internacionais ("Great Taste Awards 2015" – com dois produtos distinguidos) conquistados com a sua fruta desidratada, a empresa portuguesa quer desenvolver também produtos envolvendo alguns legumes desidratados, mas, por enquanto, não adianta pormenores sobre este projeto.
podem candidatar-se a vários pro- podem ser consultados no recém- inovação empresarial. gramas de financiamento, públi- publicado "Guia Prático do EmA Inovisa é uma das associações co ou privado, onde se incluem o preendedor Agrícola", lançado pela que tem vindo a aumentar a sua atiPDR2020, o sucessor do Proder, McDonald's, em parceria com o vidade no campo do apoio ao emou ainda o Compete. Todos os di- IAPMEI, Cotec, Inovisa, entre ou- preendedorismo, não só dos alunos versos tipos de apoio neste âmbito tras instituições nacionais ligadas à formados no ISA como também 42 act ualidad€
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Aproveitar cogumelos para múltiplos produtos agroalimentares A produção de cogumelos em Portugal continua a crescer, quer se tratem de silvestres quer dos cultivados em "estufas" próprias. A Segredos da Floresta produz os mais diversos produtos alimentares e até bebidas à base de cogumelo. A empresa de Vila Pouca de Aguiar (Trás os Montes) comercializa pleurotos e outras variedades de cogumelos, sejam frescos, desidratados ou transformados em patés, licores, compotas, chutneys, mel, chocolate, bolachas, farinhas, azeites aromatizados, e, mais recentemente, vinagre balsâmico com sabor a cogumelo. A produção da maior parte destes alimentos é feita artesanalmente, mas alguns têm uma transformação industrial. A estratégia de diversificação e inovação à volta de um recurso da terra, muito comum em Trás os Montes, foi delineada por Sandrina Alves, a engenheira do ambiente, especializada em micologia, há cerca de uma década, mas que apenas há um ano e meio decidiu apostar de forma empresarial nesta produção. Desde então, a empreendedora já investiu entre 150 mil a 200 mil euros neste projeto, contando em parte com apoios do Proder, para a vertente agrícola, já que uma parte significativa da produção vem do cultivo próprio de cogumelos. A empresa concorreu, também, a programas do PDR2020Programa de Desenvolvimento Ru-
ral, no âmbito do "investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas", para aumentar a capacidade da unidade industrial. Apenas uma pequena parte resulta da compra de cogumelos silvestres aos apanhadores locais, enquadra Sandrina Alves, salientando que toda a produção transmontana é absorvida pelo mercado interno e que há, inclusivamente muitas compras por parte de produtores espanhóis, que já transformam o produto de forma mais massificada. Por cá, os cogumelos de produtores portugueses ainda são comercializados como produtos gourmet. Sandrina Alves destaca as dificuldades iniciais do projeto, com todos os constrangimentos surgidos e que superaram as previsões e orçamento iniciais, e, atualmente, outra preo-
cupação é encontrar compradores. No entanto, até agora, a Segredos da Floresta tem conseguido sempre escoar os seus produtos, assegura a jovem empreendedora, destacando o apoio do município de Vila Pouca de Aguiar, nomeadamente através da sua Loja Interativa. A entrada na grande distribuição será a próxima etapa, estando prevista a comercialização dos cogumelos frescos através da cadeia Intermarché, e, no caso dos produtos transformados, alguns seguirão para lojas especializadas no estrangeiro, em mercados como França, Luxemburgo e Suíça. Este alimento rico, versátil e considerado por muitos como muito saboroso é, por outro lado, de difícil conservação e este processamento ajuda a prolongar a vida útil destes produtos da terra.
de outros empreendedores agríco- criação de redes de inovação. cial da sociedade. las que procurem os seus serviços No mercado nacional, na verA nível internacional, a Inovisa (neste caso, através de parcerias tente do empreendedorismo, a está a participar num projeto com com outras entidades), cooperando Inovisa disponibiliza um espaço universidades de Espanha e de ainda, por outro lado, com outras com salas para as empresas se se- França, ao abrigo do programa Ininstituições dedicadas à investiga- diarem e desenvolverem produtos terreg Sudoe, para definir um proção ou ao desenvolvimento indus- ou serviços baseados em conhe- grama de aceleração de novos negótrial agrícola e agroalimentar, a cimento e tecnologia para o setor cios. Esta iniciativa pretende apoiar nível nacional e internacional, para agrícola, alimentar e f lorestal, ou 90 projetos de empreendedores dos a transferência de conhecimento e mesmo apoiar a constituição ini- três países, a partir de 2017. Maio de 2016
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Novas regras na insolvência
transfronteiriça: oportunidade perdida?
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20 de maio de 2015, foi oficialmente anunciada a mais importante mudança dos últimos dez anos no mundo da insolvência transfronteiriça com o Regulamento (EU) n.º 2015/848 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos processos de insolvência (“o Novo Regulamento”). O Novo Regulamento vem reformular o Regulamento (CE) n.º 1346/2000 do Conselho (“o Regulamento Anterior”) e foi publicado no Jornal Oficial da União Europeia no passado dia 5 de junho de 2015. O Novo Regulamento entrou em vigor a 26 de junho de 2015. Contudo, a maioria das suas disposições só produzirão efeitos a partir de 26 de junho de 2017, aplicandose até esta data o Regulamento Anterior. O Novo Regulamento é aplicável aos processos coletivos públicos de insolvência, incluindo os processos provisórios nos quais, para efeitos de recuperação, ajustamento da dívida, reorganização ou liquidação: (i) o devedor é total ou parcialmente privado dos seus bens e é nomeado um administrador da insolvência, (ii) os bens e negócios do devedor ficam submetidos ao controlo ou à fiscalização por um órgão jurisdicional, ou (iii) uma suspensão temporária de ações executivas singulares é ordenada por um órgão jurisdicional ou por força da lei. Face ao Regulamento Anterior, o âmbito de aplicação do Novo Regulamento é alargado aos processos que visem a recuperação e a revitalização do devedor, abrangendo, no âmbito do Direito português, o processo especial de revitalização e o processo de insolvência, e, no Direito espanhol, o “concurso”, o “procedimento de homologación de acuerdos de refinanciación”, o “procedimen44 act ualidad€
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Por Helena Soares de Moura e Nuno Gundar da Cruz*
to de acuerdos extrajudiciales de pago” e o “procedimento de negociación pública para la consecución de acuerdos de refinanciación colectivos, acuerdos de refinanciación homologados y propuestas antecipadas de convenio”. As principais novidades do Novo Regulamento podem sintetizar-se em três pontos: • Obrigação dos Estados-membros de criarem registos, onde se procederá à publicação de informações sobre os processos de insolvência, pretendendose facilitar o acesso à informação pelos tribunais e pelos credores, evitando a abertura de processos paralelos em diferentes Estados-membros; • Interligação dos diversos registos de insolvência através de um sistema descentralizado; • Criação de regras reguladoras dos processos de insolvência relativos a membros de um grupo de sociedades, passando a existir a figura do coordenador de grupo, responsável pela coordenação do processo principal e dos processos secundários de insolvência relativos ao mesmo devedor. Foram também criadas regras de cooperação e comunicação entre os tribunais e entre estes e os administradores da insolvência. O Novo Regulamento veio confirmar que o devedor está sujeito à legislação de insolvência do Estado-membro onde tem o seu centro de interesses principais (centre of main interest – “COMI”). Segundo o Novo Regulamento, o COMI é o local “em que o devedor exerce habitualmente a administração dos seus interesses de forma habitual e cognoscível por terceiros”. O Novo Regulamento não introduziu novas regras relativamente à determinação do COMI em grupos de empresas, mas
estabeleceu formas de cooperação entre os administradores e os juízes encarregados do processo de cada empresa do grupo. De modo a combater o fenómeno “forum shopping” – através da relocalização abusiva, pelo devedor, do seu COMI –, o Novo Regulamento estabelece no artigo 4.º, n.º 1, que cabe ao tribunal ao qual é apresentado o pedido de abertura de um processo de insolvência verificar oficiosamente a sua competência. Consideramos que este representa um avanço significativo no desenvolvimento da legislação de insolvência da UE, mormente do ponto de vista da harmonização do processo de insolvência nos Estados-membros. Espera-se que tal harmonização beneficie os investidores, independentemente da sua sede. Espera-se, também, que a obrigação dos Estados-membros de criarem registos proporcione a criação de um ambiente jurídico e económico mais seguro e transparente. Por outro lado, e não obstante sermos da opinião que se perdeu uma boa oportunidade para introduzir regras no que respeita à determinação do COMI nos grupos de empresas, vemos como um sinal positivo a circunstância de o Novo Regulamento ter introduzido disposições específicas destinadas a prevenir práticas abusivas de “forum shopping”. Por último, deve notar-se que as regras de coordenação e cooperação relativas à insolvência de grupos de empresas parecem fornecer um quadro favorável para as restruturações transfronteiriças. *Advogados da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados E-mails: hsmoura@mlgts.pt ; ncruz@mlgts.pt
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As vantagens menos evidentes da arbitragem
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s vantagens da arbitragem são referidas inúmeras vezes pela doutrina e jurisprudência, sendo comummente identificadas três: celeridade; maior adequação à realidade comercial; e confidencialidade. Estas três mais valias podem ser caracterizadas da seguinte forma: • Celeridade: as normas processuais criadas pelas leis de arbitragem, pelos árbitros e pelas próprias partes, têm como fim último a rapidez e a eficácia. As medidas dilatórias são raras e sancionadas com maior regularidade. • Adequação: os árbitros são em regra mais especializados e familiarizados com a vida empresarial. Assim, a decisão arbitral aproximar-se-á das ansiedades das empresas, ref letindo mais de perto a realidade comercial. • Confidencialidade: apesar de começar a existir na opinião pública uma crítica à falta de transparência das arbitragens, a confidencialidade continua a ser um fator positivo que é tido em conta pelas empresas, ao não terem interesse na publicitação dos seus litígios. As vantagens elencadas não são uma novidade no mundo arbitral e são de fácil comprovação. Contudo, com a prática quotidiana, temos verificado a eclosão de outras vantagens que não são tão referidas, como, por exemplo: i. a existência de one shot rule ; ii. opção mais barata em certos casos; iii. os honorários dos árbitros e advogados estão incluídos nas custas processuais; e iv. a possibilidade de fugir aos atrasos dos tribunais judiciais 46 act ualidad€
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de primeira instância. Em primeiro lugar, nas diferentes leis de arbitragem, incluindo a nossa1, verifica-se a regra de que o recurso da decisão arbitral só é possível se as partes assim o tiverem previsto. Isso quer dizer que, no silêncio das partes, vigora a regra de one shot , i.e., a decisão do árbitro é definitiva e só pode ser posta em causa por via da anulação com base em fundamentos restritos, não sendo possível a revisão de mérito. Assim, o litígio não se perpetua no tempo, ao longo dos diferentes graus de jurisdição. Afirmar que a arbitragem é um meio mais económico pode ser imprudente, mas, na realidade, dois fatores devem ser tidos em conta: (1) quando estão em causa valores elevados, as custas nos processos judiciais são muito dispendiosas2 (às quais acrescem os honorários dos advogados), sendo que em arbitragens institucionais, por exemplo, os custos seriam mais económicos3; (2) a celeridade do processo e a existência de uma única instância permite a resolução rápida do litígio, pelo que terão também que ser tidos em conta custos financeiros. Outro ponto bastante importante está relacionado com a distribuição dos encargos na arbitragem. Tendo em conta a nossa lei de arbitragem, os árbitros podem compensar a outra parte pela totalidade ou parte dos custos se acharem justo e adequado4. Acresce que, ao contrário dos processos judiciais, onde existe uma grande limitação no que respeita à imputação dos honorários dos advogados nos custos processuais, uma vez que a compensação dos mesmos está reduzida a 50% do somatório das taxas de justiça pagas pela parte vencida5, nas arbitragens tal
Por Iñaki Carrera*
limitação legal não existe, podendo a parte perdedora ser condenada a pagar todos os custos com a arbitragem (incluindo honorários de advogados). Assim, a parte vencedora é totalmente ressarcida das despesas que suportou com o litígio. Por último, se as partes na arbitragem não concordarem com a one shot rule, podem sempre convencionar a possibilidade de recurso da decisão arbitral (no caso de estarmos perante uma arbitragem internacional, tal recurso é obrigatoriamente apreciado por outro tribunal arbitral6), o que, em si, também é uma vantagem, tendo em conta que é entendimento geral que os maiores atrasos nos processos judiciais estão nos tribunais de primeira instância. Assim, as partes teriam uma decisão célere, evitando o “engarrafamento” dos tribunais judiciais de primeira instância. Em suma, a arbitragem tem bastantes vantagens, umas mais evidentes que outras. As empresas deverão ter em atenção estas mais valias na elaboração dos seus contratos (com a inclusão de uma cláusula compromissória) ou aquando do surgimento do litígio (celebrando compromissos arbitrais). Notas: 1 Arts. 39.º, 4 da Lei de Arbitragem Voluntária (LAV) 2 Para um litígio de 2.500.000,01 milhões de euros as taxas de justiça estarão entre 29.172 € e 43.758,00 € 3 Numa arbitragem no Centro de Arbitragem CCILE, para um litígio de 2.500.000,01 euros os honorários dos árbitros e do centro ascendem a 19.500 € 4 Cfr. art. 42.º, 5 da LAV 5 Art. 26.º, 3, al. c) do Regulamento das Custas Processuais 6 Cfr. art. 53.º da LAV *Advogado da PLMJ E-mail: inaki.carrera@plmj.pt
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
ADVOCACIA E FISCALIDADE
Albuquerque & Associados apoia vencedores do programa Start Up Momentum A incubadora de empresas Startup Lisboa e a sociedade de advogados Albuquerque & Associados lançaram em 2015 o programa conjunto Momentum, para a atribuição de bolsas a licenciados e pré-licenciados que tenham uma ideia de negócio e espírito empreendedor. O programa Start Up Momentum recebeu, nesta primeira edição, mais de 40 candidaturas e selecionou oito finalistas. O vencedor foi João Neves de 23 anos. O jovem empreendedor terá direito à assessoria da sociedade de advogados Albuquerque & Associados, que apoiará o projeto em áreas como a constituição da empresa ou contra-
tação de apoios, bem como assessoria no levantamento de capital. A João Neves foi ainda atribuída uma bolsa mensal de 500 euros, alojamento na Casa Startup Lisboa e um espaço de trabalho. A Albuquerque & Associados tem vindo a apoiar o empreendedorismo no nosso país, tendo para tal criado a Team de Apoio a Start Ups. Uma equipa que se encontra sob a alçada do sócio Alexandre de Albuquerque e é coordenada por André Matias de Almeida. Este advogado refere que participação da Albuquerque & Associados no programa Momentum assume-se como muito
importante já que o mesmo, “ideia do Secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, marca uma viragem na visão e no apoio ao empreendedorismo em Portugal” Refira-se ainda que a Team Start Up da Albuquerque & Associados já apoiou direta ou indiretamente mais de meia centena de Start Ups em áreas que vão desde mercado capitais, operações de financiamento, contratos comerciais e apoio à internacionalização. A equipa é constituída por um leque multifacetado de advogados e o apoio vai desde a constituição da empresa, contratos, operações de capital e mentoring . Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org
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setor imobiliário
sector inmobiliario
La Operación Chamartín prevé construir el mayor rascacielos de Madrid
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istrito Castellana Norte (DCN), empresa promotora de la Operación Chamartín, quiere levantar dentro del proyecto de prolongación del paseo de la Castellana cinco torres de altura similar a las cuatro erigidas en los antiguos terrenos del Real Madrid y otra con 70 plantas que sería una de las más altas de la UE. El Ayuntamiento de Madrid aprobó de forma provisional en febrero de 2015 la revisión del plan urbanístico de la operación, que ordena más de 3,1 millones de metros cuadrados del norte de la ciudad en gran parte ocupados por antiguas vías de tren y contempla nuevas infraestructu-
ras y zonas de viviendas, oficinas y comercios. La intención de DCN, cuyo proyecto depende de la aprobación definitiva del plan parcial de urbanismo por el pleno del Ayuntamiento, es que las nuevas torres conformen un centro de negocios internacional “comparable al de las grandes capitales europeas”. Para el resto de la zona, la empresa propone inmuebles con alturas similares a las de los barrios del entorno de la estación de tren, con un volumen de edificación “significativamente inferior” al de otros barrios como Chamberí – sería un tercio de la de esa zona– o el Paseo de la Castellana – la mitad.
Hispania comprará cuatro hoteles de Dunas Hotels & Resort en Canarias
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ispania invertirá 75 millones de euros en comprar cuatro hoteles de la isla de Gran Canaria de la compañía Dunas Hotels & Resort, con el fin de reforzar la cartera de activos de este tipo con el que ya cuenta en Canarias, según ha informado la compañía. La Socimi participada por George Soros se ha hecho ya con la deuda hipotecaria de la sociedad propietaria de los hoteles, que ha comprado con quita a varias entidades financieras. Dunas Hotels & Resort está en concurso de acreedores, por lo que Hispania debe esperar a que se apruebe el convenio de acreedores de la compañía para que supere el proceso concursal y pueda capitalizarse. Con esta operación, Hispania se hará con cuatro hoteles de cuatro y tres estrellas,
que suman 1.183 habitaciones y en los que posteriormente prevé realizar una inversión de nueve millones para reposicionarlos con mejoras. Según Hispania, los cuatro hoteles que comprará han registrado un “excepcional” ejercicio 2015, que se espera que se mantenga en 2016. Con esta inversión fortalecerá su presencia en la isla de Gran Canaria, donde ya cuenta con el Hotel Barceló Margaritas, de 484 habitaciones.
A la venta lote de activos de Martinsa Fadesa
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a administración concursal de Martinsa Fadesa ha sacado a la venta un nuevo lote de activos que incluye 86 viviendas en Móstoles (Madrid), Arganda del Rey (Madrid), Mijas (Málaga), 59 garajes y dos locales, así como 15 suelos finalistas en Arganda del Rey por un importe superior a los 100 millones de euros. En el marco del proceso de liquidación puesto en marcha por los actuales gestores de la inmobiliaria, se han sacado a la venta 12 suelos libres en Arganda que suman 85 millones de euros. Entre los suelos finalistas también destaca uno dedicado a uso hotelero de 4,5 millones y otro protegido por 4,6 millones de euros.
BBVA pone a la venta “Detroit”
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l BBVA ha confirmado oficialmente que quiere vender una importante cartera logística a la que ha llamado ‘Detroit’. La entidad, a través de BNP Paribas Real Estate, saca al mercado un total de 448 activos industriales, entre los que hay 334 naves, 28 suelos y 86 plazas de garaje. Estos activos se encuentran repartidos por media España (están en 28 provincias) y suman una superficie de 338.213 m2. El objetivo del BBVA es cerrar el traspaso antes del mes de julio, ya sea en una sola operación o en varias. A pesar de que los activos se extienden por la mitad del territorio, la mayoría se concentran en Cataluña (aglutina el 65% del total) y Andalucía (20%).
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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sector inmobiliario
OSão Luís Resort Hotel, no Brasil,
grupo Pestana vendeu o Pestana
mas vai continuar a operar o hotel através de franchising. Além disso, o grupo hoteleiro madeirense formalizou, recentmente, um contrato de exploração de um hotel em Newark, nos EUA, em parceria com o Grupo Seabra. O Pestana São Luís Resort Hotel no Brasil tinha sido adquirido pelo grupo de Dionísio Pestana em 2007 por cerca de 2,44 milhões de euros e sujeito então a uma grande obra de renovação, de acordo com o site especializado em hotelaria “Hôtelier News”. “Trata-se de uma ação estratégica em relação ao ativo, mas a nossa marca
Pestana vende resort no Brasil e reforça presença nos EUA continuará no empreendimento, que passa a ser gerido pelo proprietário. Porém, as ações comerciais continuam conosco”, afirma Paulo Dias, diretor de Operações do Pestana Hotel Group para o Brasil. O grupo Pestana tem atualmente oito unidades hoteleiras operativas no Brasil, em seis Estados: Pestana São Paulo Hotel (em São Paulo), o Pestana Rio Atlântica (Rio de Janeiro), Pestana Angra Lodge (Angra dos Reis), Pestana Bahia Lodge e Pestana Convento do Carmo (Bahia), Pestana Natal All Inclusive (Natal), Pestana Curitiba (Curitiba) e, finalmente, o Pestana São Luís Resort Hotel (Maranhão).
setor imobiliário
Vendido o antigo Hospital da Marinha
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antigo Hospital da Marinha, localizado na zona do Campo de Santa Clara, em Lisboa, foi vendido por 17,9 milhões de euros, numa hasta pública de imóveis realizada pela Direção Geral do Tesouro e Finanças, durante a “Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa”. O imóvel foi adquirido por um investidor privado de origem francesa, por um valor cerca de 50% acima do preço base de licitação, que era de 12 milhões de euros (mais concretamente, 12,032 milhões). O antigo Hospital da Marinha totaliza aproximadamente 15 mil metros quadrados, distribuídos por sete pisos, num edifício implantado num terreno com 4.533 metros quadrados, no Campo de Santa Clara, localizado numa zona histórica da capital portuguesa.
Investimento em imobiliário comercial duplicou em 2015 O investimento imobiliário comercial em Portugal mais do que duplicou, em 2015 (com um crescimento de 154% face a 2014), para um valor próximo dos 1.900 milhões de euros, revela a B. Prime. Os dados da consultora vêm de encontro a outros já divulgados por outras empresas do setor e que apontam para um ano recorde, neste domínio, em 2015. A maioria do investimento feito teve origem no estrangeiro (92%), sobretudo entre investidores norte-americanos (43%). “Este aumento do interesse em ativos imobiliários por parte de investidores norte-americanos é
algo que se verifica um pouco por toda a Europa. A desvalorização do euro face ao dólar norte-americano, fruto da política de quantitative easing encetada pelo BCE, aliada ao aumento de preços verificado naquele país, são razões fortes para este redirecionamento de investimento em imobiliário europeu”, analisa a consultora, em comunicado citado pela agência Lusa. O setor de retalho absorveu a preferência dos investidores que
adquiriram mais de metade do valor destes espaços, num montante superior a mil milhões de euros, o que representa cerca de 54%, enquanto o mercado de escritórios representou 24% do valor anual.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR Maio de 2016
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“Capitalizar as empresas é a minha prioridade” O ministro do Planeamento e das Infraestruturas quer aproveitar os fundos europeus para acelerar os apoios às empresas. Pedro Marques salienta que além da capitalização das empresas, é também prioridade do seu Ministério agilizar a atividade económica e apostar nos corredores ferroviários de mercadorias.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
recente aprovação do midores”, começou por dizer Pedro Orçamento do Esta- Marques, orador convidado no aldo de 2016 é funda- moço promovido no passado dia 13 mental para dar um de abril, em Lisboa, pela Câmara de impulso à economia Comércio e Indústria Luso-Espae reforçar a confiança dos consu- nhola. O ministro do Planeamento
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e das Infraestruturas, considera que o atual Orçamento do Estado procura aumentar os rendimentos das famílias para dinamizar a procura interna e viabilizar um ambiente de estabilidade macroeconómica.
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“Não pode haver dúvidas de que este Governo tem um compromisso com a estabilidade económica, o que é importante para os investidores.” O Governo confia neste Orçamento do Estado como ferramenta base para impulsionar a economia e Pedro Marques assegura que o ministério que tutela está empenhado em torná-la mais competitiva, quer agilizando os processos que a fazem progredir, quer melhorando as infraestruturas. O ministro considera fundamental criar condições para aumentar o investimento por parte das empresas portuguesas e atrair investidores estrangeiros, garantindo aos empresários que essa é “a prioridade do Gover- Nuno Amado, presidente da Assembleia Geral da CCILE, entrega os diplomas a Miguel Ángel Iglesias e a Miguel Gil, como reconhecimento pelos extraordinários serviços prestados à Câmara, no no”, recorrendo aos fundos europeus: momento em que cessam funções “É preciso entrar num ciclo de investimento e de crescimento económico. mais micro empresas e PME possam Tem sido prioridade deste ministério beneficiar destes grandes investiAté ao final do e minha prioridade pessoal acelerar o mentos. apoio ao investimento, recorrendo a No capítulo de investimento, o miano, o Governo fundos europeus.” nistro informou que deverão aprovar quer canalizar para Pedro Marques informou que nos no início de maio vários novos projeprimeiros 100 dias de Governo foram tos, muitos deles de empresas estranas empresas 450 libertados mais de 100 milhões de geiras. “Queremos atrair mais invesmilhões de euros, euros de apoios às empresas, através timentos inovadores, em setores de de fundos comunitários, cumprindo ponta”, salientou Pedro Marques. provenientes de a meta que haviam traçado. O goverEm benefício da competitividade, fundos comunitários o ministro sublinhou que o Gonante avançou ainda que o objetivo até ao final do ano é canalizar cerca verno quer igualmente melhorar os de 450 milhões de euros de fundos custos de contexto de toda a atividacomunitários para as empresas. ra previstos em Portugal” e é impor- de económica e agilizar o ambiente Pedro Marques frisou que é assim tante “espalhar” o impacto desses global em torno da mesma, no que determinante qualificar as empresas. projetos, “numa lógica de clube de diz respeito, por exemplo, ao funAté porque “há investimentos ânco- fornecedores”. Isto para que cada vez cionamento dos tribunais ou ao li-
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cenciamento da atividade industrial. Pedro Marques destacou as reformas previstas ao nível, por exemplo da fiscalidade, para favorecer a capitalização das empresas. No domínio das infraestruturas, Pedro Marques realçou que a aposta deste Executivo vai ser na ferrovia, nomeadamente nos corredores de mercadorias, como a ligação Sines - Badajoz – Madrid, a ligação de Porto a Vigo e a ligação dos portos de Leixões e de Aveiro à fronteira de Vilar Formoso. “Vamos ao longo dos próximos quatro ou cinco anos capacitar as nossas ligações ferroviárias, o que também contribuirá para a maior competitividade das empresas. O ministro afastou para já investimentos no TGV, já que as ligações aéreas low-cost vieram alterar a conjuntura e obrigam a repensar a necessidade deste investimento no contexto português. Pedro Marques advoga que Portugal deve apostar nas liga52 act ualidad€
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conta com mil milhões de euros de fundos comunitários do programa Governo aposta nas Connecting Europe Facility (CEF) ligações ferroviárias e é também financiado pelo programa Portugal 2020. Os investimentos Sines - Badajoz previstos abrangem construção nova, Madrid, Porto - Vigo e modernização e eletrificação de ligajá existentes. dos portos de Aveiro ções Se a ferrovia permite encurtar dise de Leixões a Vilar tâncias, o mesmo consegue a tecnologia, fator que o ministro considera Formoso, contando decisivo para a economia. “A transpara isso com o formação digital das economias veio ficar e mudar a forma como apoio de mil milhões para atuamos. A tecnologia diminui a de euros de fundos importância da localização física das empresas e isto também é um fator de comunitários competitividade. Os fundos comunitários também podem e devem ser ções ferroviárias em velocidade, mas usados para modernizar as empresas portuguesas nesta área onde há um para as mercadorias. Recorde-se que o plano de inves- longo caminho para fazer.” Pedro Marques destacou a importimentos ferroviários 2016-2020, anunciado pelo Ministério do Pla- tância de continuar a fomentar o neamento e das Infraestruturas, empreendedorismo, lembrando que
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Portugal evoluiu muito em matéria de projetos startup e que Lisboa é uma das cidades da Europa com maior intensidade criadora e tecnológica. No domínio tecnológico, o ministro lembrou a importância de eventos como a Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, que Portugal acolherá pela primeira vez no próximo mês de novembro. No evento participarão mais de duas mil empresas, mil investidores e 650 oradores de grandes empresas de tecnologia. Além da edição de 2016, Lisboa será palco também das edições de 2017 e de 2018. O ministro terminou o seu discurso apelando à união das economias portuguesa e espanhola: “Seremos mais fortes e impactantes na Europa se aproximarmos as nossas economias.”
01.O ministro Pedro Marques 02.Rodrigo Almeida, Berta Dias da Cunha, Celeste Hagatong e Tiago Almeida
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08.Ministro Pedro Marques, Alvaro Sebastián de Erice, Nuno Ribeiro da Silva e Carlos Álvares 09.Luís Levezinho, Ángel Aguayo e Fernando Chaves
03.Ana Pinto, Victor Silva, Daniel Teixeira e Carlos Brandão
10.Nuno Amado, ministro Pedro Marques, Alvaro Sebastián de Erice e Nuno Ribeiro da Silva
04.José Mongé, Eduardo Dequidt, Pilar Masegosa e Ángel Maria Sainz
11. João Correia Silva, José Gabriel Chimeno e Franklin Alves
05.Cecílio Oviedo, Pedro Ruiz, Julia Llata e Sadayoshi Takagawa
12.Tatiana Marcelino, João Ferreira Matos, Alda Delgado e Antonio Carmona
06.Christian Torrell, Paulo Silva, Miguel Gil e Carlos Brandão
13.António Nunes Sousa, Berta Dias da Cunha e Joaquim Nunes Barata
07.Carlos Brandão, Humberto Pedrosa e Celeste Hagatong
14.Alvaro Sebastián de Erice, ministro Pedro Marques e Enrique Santos
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Direção da CCILE reúne-se em Campo Maior
Realizou-se, no passado dia 1 de abril, mais uma reunião da Junta Diretiva da CCILE. Esta foi a primeira vez que os membros da Direção se reuniram fora de Lisboa, neste caso, em Campo Maior (Alentejo).
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
o passado dia 1 de abril, teve lugar, pela primeira vez, uma reunião de Junta Diretiva da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE) fora de Lisboa. A reunião realizou-se na vila alentejana de Campo Maior, a convite do grupo Nabeiro. O encontro da Junta Diretiva decorreu no Consulado Honorário de Espanha em Elvas, a que preside Rui Nabeiro, tendo sido aprovados o relatório e contas relativo a 2015 e o plano de atividades e o orçamento da CCILE para este ano (foto em baixo). Após a reunião, os membros da Direção puderam disfrutar também, na ocasião, de um convívío informal, que incluiu a visita a diversas instalações do grupo de torrefação de café e de produção vinícola em Campo Maior. Logo à chegada, os diretivos da CCILE puderam visitar o Centro de Ciên-
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cia do Café, inaugurado em março de grupo está presente. Na visita, os convi2014 e que é considerado um centro dados puderam inteirar-se das diversas para a divulgação técnico-científica da fases de produção da fábrica, desde a cultura do café. O edifício, desenhado receção do café em grão, até ao seu empelo arquiteto português João Simão, balamento e posterior distribuição. O presidente da Delta Cafés, Rui procurou a transparência entre os diferentes níveis e ambientes para ser uma Nabeiro, e o administrador Rui Miedificação mais polivalente. Longe de guel Nabeiro acompanharam ainda os ser um museu convencional, este cen- membros da Direção da Câmara numa tro pretende transformar a maneira de visita à Adega Mayor. A adega encontraensinar e recriar os hábitos de consumo do café pela humanidade até aos nossos dias. Seguiu-se uma visita à fábrica onde a Delta Cafés produz cerca de 140 toneladas de café por dia, e que têm como destino os 35 países onde o
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se na extensa planície alentejana, onde o arquiteto Siza Vieira ergueu um edifício original, perfeitamente integrado no meio envolvente. No interior, encontram-se em perfeita harmonia, lugares dedicados à divulgação e apresentação das marcas (Monte Maior, Solista, Comendador, Pai Chão, entre outras) e da produção do vinho. Os diretivos da CCILE tiveram a opor-
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tunidade de conhecer mais detalhada- maravilhas” que Portugal também elemente a história das já famosas edições geu nessa altura. Nesse mesmo dia, às limitadas “7”, “8” e “9”, desenhadas por sete da manhã, sete pessoas enchiam a Rita Nabeiro, responsável pela adega, e primeira de uma série de 2.007 garrafas que pretendem assinalar três datas espe- numeradas. No dia 8/8/2008, foram ciais do calendário: 7/7/2007, 8/8/2008 engarrafadas 8.008 garrafas com o “núe 9/9/2009. mero da eternidade” e no dia 9/9/2009, Ao assinalar a data de 7/7/2007, o grupo foram engarrafadas 2.009 garrafas, assivitivinícola pretende dar a conhecer as 7 nalando a descoberta de um novo plamaravilhas do mundo e, ainda as “Sete neta, a Super-Terra.
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Informa DB analiza inversión extranjera
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Una veintena de empresas portuguesas de múltiples sectores se reunieron en la sede de la Cámara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, el pasado 31 de marzo en la presentación del Portfolio Manager, un nuevo servicio de la empresa Informa DB.
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Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
nforma DB, filial de Cesce, el visión global del negocio, relaciolíder ibérico en el suministro de nando al mismo tiempo los datos información comercial, finan- que posee Informa DB con los datos ciera, sectorial y de marketing históricos de los clientes de la propia de empresas y empresario, pre- empresa, identificando el riesgo acsentó, el pasado día 31 de marzo, su tual y futuro de la cartera de clientes útimo proyecto, el Portfolio Mana- de una empresa. De este modo, perger. La presentación ha tenido lugar mite organizar los datos por segmenen Lisboa, ante una veintena de em- tos que resulten pertinentes para la presas, entre las que destacaron los conducción del negocio; zonas geosectores de la banca y los seguros. gráficas, probabilidad de impago o El Portfolio Manager se presenta insolvencia entre otros indicadores. como una solución que otorga una A lo largo de la presentación, exhibieron el nuevo producto a través de una demostración sobre la participación extranjera en el capital de las empresas portuguesas. Éstas controlan el 26% del total del tejido empresarial portugués, generan más de 223 mil puestos
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de trabajo y controlan más de 51 mil millones de euros. Igualmente representan el 54% de las exportaciones totales del país, las cuales encabezan Alemania, España, Francia, Estados Unidos y Reino Unido. Así mismo, se destacó especialmente el papel de las empresas con capital español en Portugal que, a pesar de ser más recientes en el mercado y contar con una dimensión media inferior respecto a las empresas con capital del resto de países (dos tercios de las empresas españolas son microempresas), se postula como el mayor generador de empleo y de volumen de negocio, con una dimensión media de 8,3 millones de euros. Lidera el ranking el setor de las empresas comerciales y el de la banca – los bancos juegan un papel aún más importante, ya que representan dos tercios de un total de los 90.300 millones de euros que corresponden a la inversión española.
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Maserati Levante
Primeiro SUV de Luxo da Maserati
O Levante já está em produção em Mirafiori e Turim e chegará às estradas europeias já em maio. Será o maior e o mais radical SUV de luxo, garantiu o CEO da Maserati, Harald Wester.
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ste novo SUV é extremamente importante para a marca do tridente atingir o objetivo das 50 mil unidades vendidas, já no próximo ano, e as 75 mil, em 2018, recuperando da quebra de 11% registada no ano passado devido ao abrandamento das vendas nos EUA e na China. Nos últimos cinco anos, o mercado mundial dos grandes SUV de luxo cresceu 40%, tendo atingido um volume de meio milhão de unidades no ano passado. É um mercado bastante aliciante para qualquer marca. O novo Maserati Levante é o primeiro SUV da marca italiana. A plataforma é a mesma do Ghibli e Quattroporte, modelos que serviram de inspiração para as suas linhas. O perfil lembra o Quattroporte, mas mais alto, enquanto a traseira é similar à do Ghibli, destacando-se as quatro saídas de escape. 58 act ualidad€
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Exteriormente é de imediato identificável como uma criação da Maserati. A secção dianteira agressiva com os novos faróis de formato esguio, compostos por dois elementos, com o grupo ótico superior ligado à grelha frontal. A assinatura da Maserati está também
bem visível na lateral, com as três emblemáticas entradas de ar nos guardalamas dianteiros, pilar C com logo e janelas das portas sem moldura. Na traseira, destaca-se o óculo da quinta porta, de acentuada inclinação. O Levante foi concebido para ofere-
sector automóvil Setor automóvel
cer prestações muito acima da media para um SUV, tanto em estrada como em todo o terreno. A suspensão desenvolvida especialmente para este modelo é composta por triângulos sobrepostos no eixo dianteiro e multi-link no eixo traseiro, combinada com o amortecimento controlado eletronicamente, oferece cinco níveis de altura de condução, desempenhando um papel essencial no comportamento dinâmico, garantindo o conforto do condutor e passageiros durante a viagem. O novo Maserati Levante será disponibilizado para já com três motorizações: duas a gasolina e um turbodiesel. Para melhor identificação dos motores, a Maserati optou por designar Levante 350 e 450 aos modelos que recorrem do propulsor 3 litros V6 a gasolina, o mes-
mo dos modelos Ghibli e Quattroporte. Quanto ao motor alimentado a gasóleo tem também a mesma cilindrada e arquitetura três litros V6. A versão Levante a gasolina 350 tem 350 cavalos e acelera dos 0 aos 100 km/h em 6,3 segundos e atinge os 243 km/h de velocidade máxima. A versão mais potente e mais rápida, o 450, com 430 cavalos, atinge os 100 km/h em 5,2 segundos e tem como velocidade de ponta os 264 km/h. A versão diesel V6 3.0, a menos agressiva, vem com 275 cavalos, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 6,9 segundos e com uma velocidade máxima de 230 km/h. Mais tarde, existirá ainda um V8 3.8 biturbo com 560 cavalos. Todos os motores estão equipados com o sistema Q4 de tração às quatro
rodas e uma transmissão automática ZF de oito velocidades, com sistema Start & Stop integrado. O condutor do Levante pode optar entre quatro modos distintos de pilotagem: Normal, ICE, Sport e Off-road. Para tornar a condução mais segura, o Levante vem equipado com uma panóplia alargada de sistemas de assistência à condução, incluindo Cruise Control adaptativo, Forward Collision Warning (alerta de colisão dianteira), sistema de assistência às travagens de emergência Automatic Brake Assist e alerta de saída de faixa de rodagem Lane Departure Warning. Os valores de comercialização vão sos 90 mil 200 mil euros, dependendo da versão e dos extras escolhidos.
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Foto DR
Atividade económica e consumo perdem fôlego
A atividade económica e o consumo privado voltaram a perder força em março. O indicador coincidente mensal para a atividade económica apresentou uma redução pelo quarto mês consecutivo, enquanto o indicador coincidente para o consumo privado sofreu nova diminuição, após a relativa estabilização observada ao longo de 2015, adianta o Banco de Portugal. Depois de uma forte recuperação em 2012 e
2013, a atividade económica entrou num ciclo de aceleração e desaceleração, tendo desde há quatro meses começado a "arrefecer". Em novembro, estava em 1,2%, tendo abrandado até 0,7% em fevereiro e, agora, 0,3% em março. Uma tendência semelhante se verificou no indicador do consumo, que depois de ter "batido no fundo", entre 2012 e meados de 2014 foi estabilizando e, recentemente, desacelerou, de 2,2 para 2,1%.
Inflação da Zona Euro revista em alta
Peso das exportações para a UE ao nível mais alto dos últimos dez anos
O gabinete de estatísticas da União Europeia reviu em alta a inflação da Zona Euro que, em março, terá estagnado face ao mesmo mês de 2015. "A inflação anual na Zona Euro foi de 0% em março de 2016, subindo face aos -0,2% de fevereiro", anunciou o Eurostat, que deu conta também de uma estagnação de preços ao nível da União Europeia (UE) (-0,1% em fevereiro). A baixa inflação na Zona Euro tem forçado o BCE a medidas de estímulo monetário cada vez mais ambiciosas, com a última ronda de estímulos, anunciada em março para aplicação em abril, a prever novas reduções de juros e, ainda, a possibilidade de pagamento aos bancos que emprestarem dinheiro à economia. Por seu lado, a evolução mensal dos preços em Portugal registou em março a maior apreciação em mais de um ano, ao avançar 1,94% em relação a fevereiro, anunciou o INE. Esta foi, também, a primeira variação mensal positiva desde outubro do ano passado.
As exportações portuguesas continuam a ser afetadas pela crise a que se assiste nos mercados emergentes e, em especial, em Angola, tendo, por isso, o peso das exportações destinadas a países da União Europeia atingido o valor mais alto dos últimos dez anos. De acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), durante os primeiros dois meses deste ano, as exportações de bens de Portugal para a UE representaram 78,7% das vendas totais feitas ao estrangeiro, o maior peso desde, pelo menos, 2006 (a data a partir do qual foi possível recolher dados). As exportações de bens registadas por Portugal em fevereiro foram 0,8% superiores às do mesmo mês do ano passado, o que não compensa a subida das importações, que atingiu os 5,3%. O saldo comercial português agravou-se, assim, em fevereiro, 206 milhões de euros. As exportações cairam para Angola, China e EUA, tendo, em contrapartida, subido para destinos como Espanha (mais 3,4%), França (13%) e Reino Unido (9,2%). Estes quatro países, em fevereiro, foram o destino de quase 60% das exportações nacionais de bens.
Negócios na indústria recuperam, Taxa de emprego recupera, mas mas ainda são negativos continua abaixo dos níveis da OCDE O comportamento dos negócios da indústria portuguesa voltou a ser negativo em fevereiro, comparativamente ao mesmo mês de 2015 (uma queda de 1,9%), apesar da recuperação registada no mercado externo. De acordo com o INE, o mercado internacional recuperou (subiu quatro pontos percentuais, apresentando uma variação de -1,9%), enquanto a evolução dos negócios no mercado interno se manteve negativa, tal como em janeiro (-2% em termos homólogos, devido sobretudo à classe da energia). A recuperação de 1,8 pontos percentuais no índice geral, de janeiro para fevereiro, contribuiu para atenuar a diminuição homóloga, mas desde setembro de 2015 que o índice não regista um desempenho global homólogo positivo. O maior contributo para o crescimento veio dos bens de investimento (positivo em dois pontos percentuais) e dos bens intermédios (de 1,1 ponto percentual).
A taxa de emprego recuperou 1,3 pontos ao longo do último ano, mas a proporção de população com idade para trabalhar que está empregada continua abaixo dos níveis registados na União Europeia e na OCDE, onde voltou a níveis pré-crise. A percentagem de pessoas em idade para trabalhar que têm, efetivamente, emprego recuperou mais rapidamente em Portugal, mas para um nível que fica abaixo do dos países da OCDE. Os 35 países desenvolvidos da instituição sedeada em Washington registaram, em média, uma taxa de emprego de 66,5% no último trimestre do ano passado, regressando ao nível antes da crise, no segundo trimestre de 2008. Portugal fechou o ano de 2015 com uma taxa de emprego de 64,3%, abaixo, assim, da média da OCDE e da Zona Euro (64,7%) e ainda longe do nível registado no segundo trimestre de 2008, que era na altura de 68,3%. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
60 act ualidad€
Maio de 2016
Maio de 2016
ac t ua l i da d €
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero de 2016
E
n el comercio hispano portugués el año arranca con importantes cifras tanto en la oferta española como en la demanda. Las ventas españolas se sitúan en dicho periodo en los 1.265,6 millones de euros, frente a 1.273,1 millones de euros alcanzados en enero de 2015. A su vez, las compras alcanzaron los 754,8 millones de euros frente a 787,3 millones alcanzados en igual mes de 2015. En términos globales, es decir ventas mas compras, estas cifras representan una ligera quiebra del -1,9%, de los cuales -0,6% corresponden a las ventas españolas y -4,1% a las ventas portuguesas a España. En este primer mes del año, el comercio exterior español ha presen-
tado un comportamiento positivo tanto en las exportaciones con aumentos del 2,1% (18.267,3 millones en 2015, frente a los actuales 17.894,6 millones de euros) como en las importaciones que registraron aumentos aproximados del 0,8% (20.490,8 millones de euros en 2015 y 20.653,9 millones de euros en 2016). En los cuadros 2 y 3 recogemos las posiciones relativas del mercado portugués en el comercio exterior español. En ambas clasificaciones Portugal mantiene sus tradicionales posiciones, pese a las perturbaciones que viven los mercados internacionales. En este primer mes del año el mercado portugués absorbió el 6,9% del total de las exportaciones españolas y el 3,6% del total de las importacio-
nes españolas. Francia y Alemania son los dos principales socios comerciales de España y ambos mercados, en conjunto, representan el 26,1% del comercio exterior español. El mercado chino, a su vez, con un volumen de exportaciones a España de 2.059,1 millones de euros, ocupa la tercera posición en el ranking de principales proveedores de España y representa el 10% del total de las importaciones españolas. Por lo que a la distribución sectorial se refiere que se recoge en los cuadros 4 y 5, ambos cuadros están encabezados por la partida 87 vehículos automóviles; tractor (clasificación Taric). En el caso de las ventas españolas estas superan los 107 millones de euros y las com-
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
Saldo 15
Cober 15 %
787.297,60
485.768
161,70
feb
1.424.674,66
881.040,78
543.634
161,70
mar
1.544.255,54
909.551,96
634.704
169,78
abr
1.483.478,88
890.593,70
592.885
166,57
may
1.485.269,66
936.319,08
548.951
158,63
jun
1.617.427,95
945.815,34
671.613
171,01
jul
1.674.117,52
978.191,32
695.926
171,14
ago
1.265.446,98
757.335,49
508.111
167,09
sep
1.587.123,43
902.605,53
684.518
175,84
oct
1.563.637,65
968.476,56
595.161
161,45
nov
1.524.960,94
932.714,75
592.246
163,50
dic
1.471.544,58
807.681,82
663.863
182,19
17.915.003,09
10.697.623,95
7.217.379
167,47
Total
1.265.646,00
1.265.646,00
754.840,44
754.840,44
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
62 act ualidad€
Maio de 2016
510.806
510.806
Cober 16 %
VENTAS ESPAÑOLAS 15 1.273.065,27
ene
Saldo 16
167,67
167,67
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero 2016
pras se sitúan en los 82,7 millones de euros. En el ranking de los principales productos vendidos a Portugal destacan la partida 61 prendas de vestir, de punto (53,3 millones de euros) y la partida 39 Materias plásticas; sus manufacturas (47,9 millones de euros). En relación a las ventas españolas a Portugal en la segunda posición surge la partida 84 Máquinas y aparatos mecánicos (84,9 millones de euros) y en la tercera posición la partida 39 Materias Plásticas; sus manufacturas ( 82,9 millones de euros). Respecto a la distribución geográfica del comercio hispano portugués por Comunidades Autónomas (CC.A A.) Cataluña, Madrid y Galicia encabezan el ranking de la oferta española a su vecino y juntas representan el 53% del total de las ventas. En el caso de las compras españolas encabezan la lista Galicia, Madrid y Cataluña que en conjunto suman más de 368,3 millones de euros y un peso relativo del 49% sobre el total de las compras españolas a su vecino Portugal.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
2.923.045,88
2
004 Alemania
2.149.021,73
3
006 Reino Unido
1.523.181,37
4
005 Italia
1.419.769,22
5
010 Portugal (d.01/01/86)
1.265.646,00
6
400 Estados Unidos
759.938,86
7
003 Países Bajos
674.713,87
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
572.994,22
9
204 Marruecos
470.814,08
10
060 Polonia
379.614,54
11
720 China
336.849,89
12
052 Turquía
323.846,45
13
412 México
295.850,03
14
039 Suiza (d.01/01/95)
288.928,59
15
038 Austria
176.970,38
16 17
208 Argelia 061 República (d.01/01/93)
176.041,54 Checa
173.505,97
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero 2016 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
82.710,10
2
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
53.333,48
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
47.868,00
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
34.811,14
5
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
34.011,79
6
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
32.883,84
7
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
30.837,82
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
28.731,38
9
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
26.479,28
TOTAL
754.840,44
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero 2016 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
107.053,10
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
84.933,63
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
82.915,28
18
007 Irlanda
170.424,45
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
75.057,01
19
732 Japón
164.030,55
5
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
49.139,71
20
030 Suecia
163.571,17
6
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
43.992,04
SUBTOTAL
14.408.758,80
7
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
39.548,16
TOTAL
18.267.292,46
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
37.023,47
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
9
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
3.Ranking principales países proveedores de España enero 2016 Orden País 1
004 Alemania
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016
2.723.789,22
2
001 Francia
2.378.969,81
720 China
2.059.108,81
4
005 Italia
1.224.842,96
5
400 Estados Unidos
1.048.218,12
6
003 Países Bajos
841.587,49
7
010 Portugal (d.01/01/86)
754.840,44
17.15003,09
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
3
35.231,37
TOTAL
8
006 Reino Unido
744.060,18
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
534.192,64
10
208 Argelia
485.374,94
11
204 Marruecos
447.301,38
12
052 Turquía
400.709,45
13
288 Nigeria
378.678,14
14
060 Polonia
352.020,65
15
061 República Checa (d.01/01/93)
311.594,54
16
732 Japón
285.991,26
17
664 India
284.143,34
Cataluña
309.133,59
Galicia
129.497,45
18
039 Suiza (d.01/01/95)
268.275,26
Madrid, Comunidad de
184.962,24
Madrid, Comunidad de
120.453,75
19
508 Brasil
210.943,47
Galicia
177.109,30
Cataluña
118.349,71
20
632 Arabia Saudí
207.357,98
Andalucía
127.114,27
Comunitat Valenciana
80.593,50
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero 2016 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
SUBTOTAL
15.942.000,07
Comunitat Valenciana
84.537,39
Andalucía
69.740,53
TOTAL
20.653.876,17
Castilla-La Mancha
80.248,30
Castilla y León
53.331,47
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Maio de 2016
ac t ua l i da d € 63
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas fabricantes de productos desinfectantes para hospitales y laboratorios
DP160303
Fábricas españolas de transformación de piedra o agentes de reventa
DP160304
Empresas españolas distribuidoras y almacenistas en el área de la papelería y afines
DP160305
Empresas españolas fabricantes/distribuidoras de rollos para plotter, cuadernos y bloques A6 personalizados
DP160306
Almacenes mayoristas de artículos para playa (biquinis, sandálias...) en Madrid
DP160307
Empresas portuguesas y españolas mayoristas de productos de nuevas tecnologías y electrodomésticos
DP160308
Agentes comerciales en España
DP160309
Agente/empresa distribuidora de alimentación para el mercado español
DP160310
Empresas andaluzas del sector del mueble y tapizados, para presentar sus servicios logísticos
DP160401
Empresas españolas operando en el mercado portugués para presentar sus servicios de comunicación
OP160103
Empresas ibéricas importadoras y exportadoras que realicen transportes por carretera de mercancías para presentar sus servicios
OP160201
Empresa portuguesa fabricante de moldes de inyección que presta el servicio de design, prototipo, tests y fabricación de moldes metálicos, busca socio inversor
OP160301
Empresas españolas del sector textil para presentar sus servicios de fabricación de ropa de punto
OP160401
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de sinalização rodoviária
DE160202
Empresas portuguesas distribuidoras especializadas nos canais farmacêutico e ervanárias
DE160203
Empresas portuguesas distribuidoras de embalagens flexíveis para pastelarias e talhos
DE160204
Empresas portuguesas do setor têxtil especializadas em vestuário de algodão
DE160205
Empresa de alimentação espanhola procura distribuidores ou representantes em Portugal
DE160301
Empresas portuguesas do setor das TI
DE160302
Empresas portuguesas de fabricação de cromado duro em cilindros hidráulicos
DE160303
Empresas portuguesas importadoras/ distribuidoras de tintas
DE160304
Fábricas de alimentação no Algarve
DE160305
Empresas portuguesas fabricantes de plásticos, PVC, resinas e poliuretano
DE160401
Empresas portuguesas do setor do processamento de tomate para apresentar o seu porfólio de máquinas processadoras
OE160401
Lojas em Lisboa multimarca para apresentar a sua linha de roupa
OE160402
Empresas portuguesas do setor do transporte de mercadorías por vía marítima para apresentar os seus serviços
OE160403
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
Maio de 2016
ac t ua l i da d â‚Ź 65
calendário fiscal calendario fiscal >
S
T
Q
Q
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S
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Q
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S
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Maio Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
10
IVA
Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em março/2016
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Declaração de remunerações relativas a abril/2016
Entidades Empregadoras
10
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a abril/2016
Entidades devedoras de rendimentos
15
IVA
Declaração periódica e pagamento do IVA apurado, relativo às operações efetuadas no 1º trimestre/2016
Contribuintes do regime normal trimestral
16
IRS
Declaração anual de rendimentos mod. 3, do ano de 2015
Sujeitos passivos do IRS
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas às remunerações de abril/2016
Entidades Empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuadas ou Imposto selo liquidado em abril/2016
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
Observações
Rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)
Quando hajam recebido rendimentos das diversas categorias do IRS.
IVA 20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em abril/2016, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE
25
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em abril/2016
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
Comunicação a efetuar por uma das seguintes vias: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), através do Portal da AT; - Por recolha direta no Portal da AT.
31
IRC
Declaração periódica mod. 22 do IRC, referente ao exercício de 2015
Sujeitos passivos do IRC
Período de tributação igual ao ano civil
31
IRC
Declaração mod 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em março de 2016
Entidades pagadoras dos rendimentos
Obtenção de Nº fiscal especial para o não residente
31
IRC
Pedido de restituição do IVA suportado em 2015 noutro Estado membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
66 act ualidad€
Maio de 2016
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE160115
F
ESPANHOL/ INGLÊS
SECRETÁRIA DE DIREÇÃO
BE160116
M
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
CONSULTOR/ GESTÃO DE PROJETOS
INGLÊS
ADMINISTRATIVA
INGLÊS /FRANCÊS/ ESPANHOL
REGISTOS E NOTARIADO
BE160117
F
BE160118
M
65/02/04
BE160119
M
91/09/18
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE160120
M
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE160121
F
INGLÊS/ FRANCÊS
TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO
BE160122
F
1971
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ ITALIANO/ FRANCÊS/ INGLÊS
SECRETARIADO
BE160123
F
92/08/31
INGLÊS/ ESPANHOL
RELAÇÕES PÚBLICAS / COMUNICAÇÂO
BE160124
M
77/09/20
INGLÊS/ FRANCÊS
COMUNICAÇÃO
BE160125
F
82/07/10
INGLÊS/ FRANCÊS
ASSISTENTE SOCIAL E COORDENADORA DE FORMAÇÃO
BE160126
M
FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS E RELAÇÕES PÚBLICAS
BE160127
M
77/02/01
INGLÊS
FORMADOR
BE160128
F
92/08/31
FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
TÉCNICA SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
PUB
novem Mbari o d e 2 0 1 6 4
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espaço de lazer
espacio de ocio El museo ThyssenBornemisza ofrece un amplio programa de aplicaciones móviles para conocer el espacio en familia, con propuestas para todas las edades. La pinacoteca de Madrid recibe cada año 100 mil jóvenes visitantes, entre los tres y los 18 años, que representan el 10% del total. Texto y fotos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
Conocer el Thyssen en familia a través de aplicaciones móviles
E
l Thyssen, uno de los museos más visitados de la capital española, dispone de nueve apps que forman parte del programa Conecta Thyssen, una colección de herramientas digitales desarrolladas por la pinacoteca con la Fundación BBVA. En ellas se propone una aproximación a obras emblemáticas que combinan diversión, información sobre las obras, el impacto sorpresivo de la realidad aumentada y una presentación que atrae el interés de niños a partir de tres años de edad, pero también de adolescentes y adultos. “La primera experiencia de un niño en un museo debe ser divertida”, explica Rufino Ferreras, responsable de Desarrollo Educativo del Museo ThyssenBornemisza. Este museo recibe cada año la visita de 100.000 niños y jóvenes (entre 3 y 18 años), lo que representa el 10% del total de visitantes. Entre las aplicaciones disponibles para los visitantes, se encuentra la de Crononautas, donde se conecta el mundo digital con el real. Antonio Miguel Baena, creador de Crononautas, subraya que el primer objetivo de este juego “es hacer más divertidas las visitas familiares al Thyssen, que los niños jueguen con sus padres y que la ex-
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periencia de visitar el museo se convierta en una visita familiar”. No interesa tanto que el niño se lleve a casa un exceso de información y por eso han potenciado el tema de la experiencia, “que sea positiva, lúdica y divertida, sobre todo si es la primera visita”, añade el autor. Con esta aplicación los cuadros hablan un lenguaje secreto solo accesible a quien porta una tableta y sigue un puñado de pistas que arrancan en el tímpano que corona la fachada principal del museo. Este proyecto de publicaciones digitales y actividades educativas relacionadas se puso en marcha en 2013 gracias al apoyo de la Fundación BBVA. Todas las aplicaciones son gratuitas y están disponibles para todos los dispositivos móviles. “Las nueve aplicaciones disponibles hoy cubren una amplia variedad de escenarios para el disfrute del arte. Unas están pensadas para utilizarlas en la colección permanente del museo, otras en exposiciones temporales y otras para pasar un
rato agradable en casa o cualquier otro lugar”, puntualiza Rufino Ferreras. La última novedad en incorporarse a la colección Conecta Thyssen es Cuadros Vivos, una app en la que seis de las pinturas más célebres de la pinacoteca cobran vida para que niños a partir de tres años se familiaricen con el arte jugando. Las nueve apps se pueden descargar en la web del museo. El Thyssen organiza además, muchos fines de semana, actividades para las familias, con diferentes programas en función de las edades de los más pequeños. Se trata de uno de los museos más activos para atraer al público más juvenil y fomentar así desde pequeño el interés por el arte.
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Agenda cultural
“A Constitução” no palco do Dona Maria II
Livro
“Guerra! Para que serve?”, de Ian Morris
O arqueólogo e historiador inglês Ian Morris estudou algumas das guerras produzidas durante 10 mil anos para perceber o seu impacto na humanidade. Se o músico norte-americano Bruce Springsteen lembrava em 1986 o tema popularizado em 1969 (por altura da guerra do Vietname) “War”, questionando e respondendo “Guerra! Para que serve? Para absolutamente nada”, Ian Morris atreve-se a discordar, “pelo menos até certo ponto”, como ressalva no livro “Guerra! Para Que Serve?”, editado em Portugal pela Bertrand. Para o autor inglês, a guerra tem consequências positivas. “Com as guerras, as pessoas criaram sociedades maiores e mais organizadas que reduziram o risco de os seus membros morrerem de modo violento”, advoga Morris no livro, sublinhando ainda que “o que tornou o mundo muito mais seguro foi a própria guerra”. Mais à frente defende que “ainda que a guerra seja um método terrível para a criação de sociedades maiores e mais pacíficas, provavelmente foi a única maneira que os seres humanos encontraram para o fazer”. O terceiro argumento de Morris consiste em mostrar que “ao criar sociedades maiores, governos mais fortes e maior segurança, a guerra enriqueceu o mundo”, concluindo que “a guerra produziu cidades maiores, geridas por governos mais fortes, os quais impuseram a paz e criaram as condições prévias para a prosperidade”. O livro foi preparado em 2014, um século depois do início da Primeira Grande Guerra Mundial e 75 anos após o início da Segunda Guerra Mundial, conflitos que provocaram 100 milhões de mortos. Ainda assim, Ian Morris sustenta que a guerra tornou o mundo mais seguro: “Defenderei neste livro que os dez mil anos de história da guerra, desde o fim da última idade do gelo, são, de facto, uma narrativa única que conduziu até este ponto, e na qual a guerra tem sido um dos atores principais e que tornou o mundo o local mais seguro e rico de sempre.”
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Teatro
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A celebrar este ano o seu 40º aniversário, a Constituição da República Portuguesa é homenageada no Teatro Nacional Dona Maria II com a peça de Mickaël de Oliveira “A Constituição”. Neste espetáculo produzido pelo Colectivo 84, os atores “Ágata Pinho, Miguel Moreira, Paulo Pinto e Pedro Lacerda são os heróis de uma nova sociedade, convidados a escrever uma nova Constituição, sendo que nenhum deles tem experiência na matéria”, informa o comunicado do D. Maria II. Em causa o objetivo de redigir
a “Constituição mais moderna de sempre”, bem como “o debate para descobrir a melhor forma de condensar nesse ‘super texto’ as ideias que vão regular, libertar, oprimir e emancipar um certo futuro, apostando numa revisão total dos princípios que orientam o Estado”. Mickaël de Oliveira faz assim “uma reconstituição fiel das decisões mais importantes que os atores tomaram durante um curto período de tempo, isolados do mundo, de modo a criar a constituição perfeita para uma comunidade imperfeita”, lê-se ainda no comunicado. A peça estará no palco da Sala Estúdio do D. Maria II até ao dia 8 de maio. O espetáculo integra uma tetralogia dedicada à reflexão em torno das questões políticas, filosóficas, públicas e privadas, que orientam a nossa sociedade, composta por “No(s) Revolution(s)” [2015], “A Constituição” [2016], “Sócrates tem que morrer” e “A Sauna”.
Até 8 de maio, no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa
O musical da vida de La Féria
Reconhecido como o grande impulsionador dos musicais em Portugal, Filipe La Féria leva ao Salão Preto e Prata do Casino Estoril “O Musical da Minha Vida”, que traduz a “paixão pelo teatro e pela música e por todas as formas de arte” deste encenador, autor e ator. “Desde a infância no Alentejo até à realização dos sonhos mais ambiciosos, alguns mesmo impossíveis”, este musical é também “a História do nosso país desde os anos cinquenta até aos nossos dias”. Nesta história, “os mitos de La Féria, as suas vedetas, os filmes que o marcaram, o teatro, a música, a literatura, são o ponto de partida para uma viagem que é afinal a viagem de todos nós”, lê-se na sinopse do musical. “O século XX e o alvorecer do XXI, a realidade e o manto diáfano da fantasia, interpretado por grandes atores, cantores, bailarinos, acrobatas e uma orquestra ao vivo que irão sobrevoar os últimos cinquenta anos das nossas vidas”, sublinha também o mesmo texto, acrescentando que o espetáculo assinala os cinquenta anos de Teatro de La Féria. Recorde-se que Filipe La Féria iniciou a sua atividade teatral, em 1965, como ator, no Teatro Nacional São Carlos, com a companhia Amélia Rey Colaço. Desde aí, integrou várias companhias de teatro, quer como ator, quer como encenador. Detentor de vários
espacio de ocio prémios, La Féria tem-se dedicado nos últimos anos aos musicais: escreveu, adaptou e encenou êxitos de bilheteira como “Passa por Mim no Rossio”, “Maldita Cocaína”, “Música no Coração”, “Amália”, “My Fair Lady”, “A Canção de Lisboa”, “West Side Story”, “Jesus Cristo Superstar”, “Um Violino no Telhado”, “Piaf”, “A Gaiola das Loucas”, “Annie” e “Fado | História de Um Povo”.
De quinta-feira a domingo no Salão Preto e Prata do Casino Estoril
Dança
Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia vivem “Dias da Dança”
Até 7 de maio o DDD- Dias Da Dança alia as cidades do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia num festival internacional de dança contemporânea. A decorrer desde o dia 27 de abril, o festival custou pouco mais de 250 mil euros e programou 27 espetáculos e muitas outras atividades a distribuir por vários espaços destas três cidades, incluindo jardins, praças, ruas e estações de metro, que serão palco de propostas coreográficas surpresa. Destaque para sete novas criações, de artistas como Raimund Hoghe (Alemanha), Ambra Senatore (Itália/França), ou os coreógrafos portugueses João Fiadeiro e Vera Mantero. Estão também previstos workshops e masterclasses nas escolas artísticas das três cidades, mais vocacionadas para o público estudantil.
Até 7 de maio
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Música
Circadia levam jazz alternativo à Culturgest
“Conseguem imaginar os sons de uma colmeia construída pelas abelhas dentro de um recipiente de lata?”, questiona a Culturgest, em comunicado, avisando que “é um pouco isso que parece a música do quarteto Circadia, que atuará dia 6 de maio, no Pequeno Auditório deste centro cultural, em Lisboa. O concerto está integrado no ciclo “Aqui há Jazz”, organizado pela Culturgest. Aliás, os Circadia integram quatro músicos associados ao “jazz mais criativo e improvisado”, no entanto o som que produzem em conjunto “não se assemelha a nenhum dos outros projetos que mantêm”. Com “uma formação acústica relativamente convencional – duas guitarras de caixa, contrabaixo e bateria – para chegar a vários domínios distintos da música experimental”, o grupo, formado por David Stackenäs, Kim Myhr, Joe Williamson e Tony Buck, acusa diversas influências, “desde a chamada drone music, tanto a atual (trabalhada e gerada maioritariamente a partir de computadores) como a do passado (o minimalismo e a repetição da cena experimental norte-americano dos anos 60, como ouvimos em La Monte Young e no seu Theatre of Eternal Music), ao folk & blues, especialmente da vertente norte-americana, influências assumidas das guitarras de Stackenäs e Myhr”. O quarteto denuncia ainda “ecos da escrita erudita contemporânea: Feldman, Ligeti e até algum Scelsi”, assinala o comunicado da Culturgest.
Dia 6 de maio, na Culturgest. em Lisboa
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
A “Índia” de McCurry, em Lisboa Há obras que ultrapassam largamente a popularidade de quem as criou. “A Rapariga Afegã” de Steve McCurry, que a edição de junho de 1985 da revista norte-americana National Geographic colocou na capa é um desses casos. A então menina de etnia Pashtu, Sharbat Gula, voltou a ser fotografada por McCurry 18 anos depois e a sua história foi contada na edição de abril de 2002 da mesma revista. Steve McCurry deve a esta fotografia grande parte da sua notoriedade, mas o seu trabalho é fundamental para documentar vários conflitos internacionais não só no Afeganistão, mas também em países como o Camboja, as Filipinas, o Líbano, o Irão e o Iraque, ou a guerra do Golfo. O trabalho deste fotojornalista norte-americano pode agora ser visto em Portugal, na Barbado Gallery. O galerista portu-
guês João Barbado traz a Lisboa a mostra “Índia”, onde McCurry esteve mais de 80 vezes, e que o escritor de viagens Gonçalo Cadilhe descreve no prefácio do catálogo da exposição assim: “A Índia é como um labirinto para a tua perceção. Steve McCurry não te mostra este labirinto de cima, mas as suas imagens são como setas no labirinto, assinalando as direções em que podes sair.” Nesta exposição, McCurry permite-nos observar “o caos ordenado na estação de caminhos-de-ferro de Agra” ou a beleza e serenidade da vida quotidiana na coreografia de três homens sentados num lanço de escadas”, frisa Gonçalo Cadilhe, acrescentando que momentos como estes são “a chave para os contrastes da Índia”.
Até 9 de junho, na Barbado Gallery, em Lisboa m Maio de 2016
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Sete propostas à mesa no Palácio Chiado
A arte e a arquitetura já eram argumentos apelativos para visitar o secular Palácio Quintela, que agora, reabilitado, apresenta mais sete: os restaurantes Burgers&Feikes, Meat Bar, Local Chiado, Páteo no Palácio, Espumantaria do Mar, DeLisbon e Sushic Chiado.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Duarte Cardoso Pinto conhecia bem o e for ao renovado Palácio que Duarte Cardoso Pinto, neto do Quintela, em Lisboa, saiba que atual proprietário do palácio, o nono espaço, quer por razões familiares, quer agora se chama Palácio Chiado. Marquês de Pombal, se juntou a Gusta- porque estudou ali design, na altura em Prepare-se para encontrar por lá vo Duarte e a António Duarte para rea- que parte do palácio se encontrava arrenum imponente leão alado, onde bilitar parte do antigo palácio e ali fazer dada ao Instituto de Arte e Decoração antes estava um antigo candelabro, que nascer um novo espaço de restauração a – Escola Internacional de Decoradores substituía à noite a luz que jorra da clara- que chamaram de Palácio Chiado. (IADE). Com a saída do IADE do edifíboia de dia. Conte com a monumental escadaria. Conte, nas paredes, com os frescos do século XIX, agora restaurados, para melhor recordar as histórias mitológicas que os inspiraram. Conte também com sete propostas de restauração distintas, dois bares e animação musical. Tudo isto por-
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cio, em 2014, o empreendedor lembrouse do conceito que deu origem ao atual Palácio Chiado: “Pensei em dinamizar o espaço, mas não quis que fosse uma coisa apenas museológica. O Palácio Chiado é agora um sítio para se estar, para conviver à volta de uma mesa.” Assim, além dos argumentos da história, da arquitetura e da arte era preciso convocar outros, nomeadamente na área da restauração. A sociedade com Gustavo Paulo Duarte e António Paulo Duarte (donos do projeto Charcutaria Lisboa) ajudou a solidificar o conceito. A Charcutaria Lisboa assina uma das sete propostas gastronómicos que ocupam o Palácio Chiado, o DeLisbon, ao qual se juntaram o Meat Bar by Atalho, o Local Chiado by Local – Your Healthy Kitchen, o Páteo no Palácio by Páteo do Petisco, o Burgers & Feikes by U-try, a Espumantaria do Mar by Espumantaria do Cais e o Sushic Chiado by Sushic. A administração explora ainda um bar com consultadoria da empresa de bartending Ás de Copos, onde são servidos, entre outras bebidas, vários cocktails de assinatura como o “Farrobodó” (que alude à expressão nascida do alegado gosto por festas de Joaquim Pedro de Quintela, 1º Conde de Farrobo, também conhecido como 2º Barão de Quintela, que foi proprietário do palácio durante vários anos do século XIX); “À Grande e à Francesa” (expressão que nasceu da observação do estilo de vida faustoso do General Junot que, durante as invasões francesas se estabeleceu no palácio) “Monteiro dos Milhões” (alcunha de outro antigo proprietário do palácio, Francisco Augusto Mendes Monteiro, abastado e excêntrico empresário, que mandou fazer uma chave capaz de abrir os portões da Quinta da Regaleira, do Palácio Quintela e do seu jazigo no cemitério dos Prazeres) ou “Marquês de Pombal” (em homenagem ao atual proprietário do imóvel). Este bar encontra-se à entrada, no piso térreo, que é partilhado com o Burgers&Feikes, que serve “alternativas inesperadas em pão de hambúrguer”; com o Meat Bar, que disponibiliza pra-
tos de “carne de primeira qualidade”; o Local Chiado, da responsabilidade da blogger Maria Gray, que “apresenta comida que sabe bem e faz bem, numa vertente de alimentação saudável”, e o Páteo no Palácio, “espaço dedicado aos petiscos tradicionais portugueses, considerado o ex-líbris das petiscarias”, assinala o comunicado do Palácio Chiado. No 1º piso, há outro bar, a Sala Quintela, que pode ser alugada para eventos privados, e três salas nobres ocupadas por outros tantos espaços gastronómicos: a Espumantaria do Mar, cuja carta, acompanhada pelo Chefe Vítor Hugo (chefe executivo do Sem Maneiras), “une o espumante a sabores do mar preparados de forma inesperada”; o DeLisbon, onde não faltam “enchidos, queijos e tapas de excelência”, numa carta supervisionada pelo chefe Vítor Sobral; e o Sushic Chiado, da mesma equipa que criou o Suchic, “o conceituado restaurante de sushi, comida japonesa e asiática, eleito o segundo melhor restaurante de sushi do mundo, fora do Japão”, que ocupa a chamada sala dos espelhos. Como explica Mariana Rocha e Silva, responsável de comunicação, o objetivo era “criar um mix de produtos diversifi-
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cado” e “era fundamental juntar projetos de restauração, cujos responsáveis partilhassem da mesma paixão pelo espaço que os promotores do Palácio Chiado”. Na mesma linha, Duarte Cardoso Pinto frisa que “o desafio consiste em colocar todos a trabalhar de forma interligada, num lugar que é especial”. Para tornar este projeto possível foi preciso restaurar o palácio, cuja origem remonta ao século XVIII. O arquiteto Frederico Valsassina coordenou o projeto de reabilitação, preservando a construção original. Elvira Barbosa responsabilizou-se pelo restauro das pinturas e vitrais. A arquiteta Catarina Cabral assina a decoração, com “peças sóbrias e intemporais”, capazes de “integrar o ambiente do palácio sem se sobreporem à imponência dos seus detalhes e frescos”. O gestor não revela o montante do investimento, mas conta recuperá-lo daqui a dois ou três anos.
Palácio Chiado Rua do Alecrim nº 70, 1200-018 Lisboa Tel. 21 010 1184
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últimas
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Statements Para pensar
“A inflação pode voltar a níveis negativos nos próximos meses (...) Se necessário, o BCE agirá usando todos os instrumentos à nossa disposição” Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, “Diário Económico”, 21/4/16
“América Latina continua a ser uma região de oportunidades”
Adrián Caldart, docente de Política de Empresa da AESE e do IESE, OJE”, 21/3/16
“Existem na América Latina muitas empresas familiares dirigidas com critérios muito semelhantes aos que podemos encontrar num empresário português ou espanhol” Idem, ibidem
“O calçado português é hoje uma marca que vende e que ajuda a vender as empresas portuguesas. É um bom exemplo de como, quando se diz made in Portugal no calçado, as pessoas acreditam que é bom e isso ajuda a vender em qualquer parte do mundo (...) É importante reproduzir este êxito noutros setores” Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, durante a Micam, a maior feira de
calçado a nível mundial, que se realizou em Milão, e onde prometeu o lançamento de novos programas públicos de incentivo à inovação, internacionalização e qualificação de mão de obra, revelando que o setor exportou, no ano passado, calçado no valor de 1.865 milhões de euros, “DinheiroVivo.pt”. 14/2/16
“Vamos implementar vários programas para incentivar este setor e outros setores que façam o que fez o calçado português” Idem, ibidem
“É verdade que muitos dos problemas do Brasil ocorrem por sua própria conta. No entanto, o Brasil está no meio de uma recessão e isso vai continuar em 2016. Os seus atuais problemas políticos internos estão a ser acentuados pela atual situação económica global e pelo lento crescimento da China”
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Ludovic Subran, economista chefe da Euler Hermes (acionista da Cosec), numa nota da Cosec, salientando o facto da China ser o principal parceiro comercial do Brasil, ao absorver 20% das exportações brasileiras, estando este país a ressentir-se de um menor crescimento da China, 31/3/16