Actualidad
Economia ibérica junho 2016 ( mensal ) | N.º 228 | 2,5 € (cont.)
Como se está a elevar o "Q.I." das cidades pág. 38
“O Banco Popular está focado no crescimento orgânico, sem descurar eventuais aquisições”pág. 08
Dimas Gimeno premiado por expansão do El Corte Inglés em Portugal pág. 26
Encontro empresarial reúne gestores de património imobiliário e de condomínios pág. 52
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Índice
índice
Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro
Nº228 Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy desk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Antonio Viñal Menéndez-Ponte, Eduardo Serra Jorge, José-Benigno Pérez Rico, Nuno Guedes Vaz, Nuno Ramos e Teresa Cardoso de Menezes Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. Rua N. Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal
Packworks “refresca” se consolida 20. setor 22. Tucab da embalagem e en el mercado serviços de embalamento
Grande Tema
Como se está a elevar o “Q.I.” das cidades
38.
Editorial 04. Quão inteligente é a sua cidade? O seu país?
Os seus líderes? Os cidadãos?
Opinião 06.
Alterações no domínio do direito do trabalho em 2016
36.
El desempleo en España en los primeros meses del año
46.
- Nuno Guedes Vaz
- José-Benigno Pérez Rico
Novo regime da Resolução Alternativa de Litígios de Consumo - Eduardo Serra Jorge
48.
Cinco claves para la compra de inmuebles en Portugal
56.
Capital estrangeiro nas empresas portuguesas - suporte financeiro e abertura de horizontes
Tiragem: 6.000 exemplares
- Antonio Viñal Menéndez-Ponte
- Teresa Cardoso de Menezes
Atualidade Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
con la apuesta por la “alta calidad”
24. Portugal presenta su mejor oferta de
E mais...
08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 28.Marketing 46. Advocacia e Fiscalidade 50.Ciência e Tecnologia 52.Eventos 54.Desporto 58.Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62.Intercâmbio Comercial 64.Oportunidades de Negócio 66.Calendário Fiscal 67.Bolsa de Trabalho 68.Espaço de Lazer 74.Statements
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editorial editorial
Quão inteligente é a sua cidade? O seu país? Os seus líderes? Os cidadãos?
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Foto Susana Marques
dia do trabalhador deu oportunidade aos portugueses de conhecerem “o melhor patrão do mundo”. Dan Price, CEO da Gravity Payments, é várias vezes assim designado pela imprensa, por ter reduzido o próprio ordenado para poder aumentar o salário dos seus colaboradores para o mínimo de quase cinco mil euros. Além de “engordar” a carteira dos funcionários da Gravity e, possivelmente, lhes insuf lar a motivação, com previsível retorno na qualidade do trabalho que
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desenvolvem, a ação ainda rendeu a Dan Price e à sua empresa uma notoriedade à escala mundial. Os líderes mais inspiradores não só antecipam a mudança como a provocam! À semelhança de Dan Price, que esteve em Lisboa, na qualidade de orador da “Go Youth Conference 2016”, outros líderes vieram à capital portuguesa falar da sua experiência enquanto empreendedores. Rohan Silva era um dos mais aguardados, já que o fundador da rede de co-work Second Home, anunciou recentemente que Lisboa será a segunda morada do projeto, uma vez que acredita no potencial da capital portuguesa para acolher empreendedores. A incubadora londrina vai inaugurar ainda este ano instalações no mercado da Ribeira Time Out. A realização da Web Summit em Portugal este ano e nos dois próximos foi um dos argumentos fundamentais para convencer o empresário a expandir a Second Home para Lisboa, ainda que tenha confessado à imprensa que já antes havia reparado no potencial de cidades como Lisboa e Porto. O turismo contri-
buiu inegavelmente para chamar a atenção sobre Portugal, pelo que cabe agora ao país saber capitalizar esse potencial de sedução para atrair empreendedores e novos investimentos. Assim, importa ter em mente que os empreendedores procuram destinos com um bom ambiente para negócios e com uma boa qualidade de vida. A questão da qualidade de vida impera quando se pensa nas cidades que estamos a desenvolver. O tema protagonizou a conferência Zoom Smart Cities, que decorreu nos dias 18 e 19 de maio, em Lisboa, e é destacado nesta edição, Como se lê no tema de capa, “no futuro queremos cidades mais inteligentes”, que é o mesmo que dizer capazes de usar todas as ferramentas possíveis para potenciar da forma mais eficiente os recursos disponíveis, com o propósito de elevar a qualidade de vida”. Quando falamos em sustentabilidade, em responsabilidade social, em eficiência, em internet das coisas, em cidades inteligentes, estamos fundamentalmente a falar na forma mais racional de melhorar a nossa vida. Objetivo para o qual devemos concorrer todos: cidadãos, instituições e empresas. Este “comboio em andamento”, que “transporta oportunidades para todos os setores de atividade” caminha para um inspirador futuro, assim saibamos antecipá-lo, catalisando as necessárias mudanças. Email: actualidade@ccile.org
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Alterações no domínio do direito do trabalho em 2016
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esde que o Governo em funções tomou posse que é visível um período de trégua social pelo lado sindical. As expetativas criadas, expressa ou tacitamente, em torno do “regresso ao passado pré-troika” designadamente em matéria laboral, naturalmente que são um leitmotiv para a acalmia social que se tem verif icado. O aumento do valor do salário mínimo para 2016 e a esperança de novo aumento em 2017, o restabelecimento dos quatro feriados que haviam sido eliminados em 2012 por força do Memorando celebrado com a troika , bem como as medidas legislativas, agora já em fase f inal de aprovação, relativas à “reposição” das 35 horas semanais no setor dos trabalhadores em funções pública, naturalmente que deram consistência a tais expetativas. A questão que se coloca, inevitavelmente, é a de saber por quanto tempo a economia e a evolução das contas públicas lhes poderão dar amparo e sustentar. Entretanto, a verdade é que, nos últimos meses, as situações de greve têm sido quase inexistentes, com exceção de um ou outro caso mais visível, como o da greve nos portos de Setúbal, Lisboa e Figueira da Foz. Os dados disponibilizados pelo Conselho Económico e Social (CES) sobre os processos de
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arbitragem de def inição de serviços mínimos relativos a greves em empresas do setor empresarial do Estado evidenciam tal pacif icação.
“A promoção de medidas visando ‘relações laborais estáveis e duradouras’, consubstanciam um outro grupo de temas já elencados pelo Governo como prioridades para 2016, podendo-se destacar [diversas medidas, como novas limitações à celebração de contratos de trabalho a termo]“ Enquanto no primeiro quadrimestre de 2016 houve lugar a três processos de arbitragem de ser viços mínimos, no quadrimestre homólogo de 2015, o número de processos ascendeu a 16! A mesma tendência se verif ica
Por Nuno Guedes Vaz*
no setor do emprego público, tomando em conta os pré-avisos de greve registados na DireçãoGeral da Administração e do Emprego Público: comparando o primeiro quadrimestre de 2015 com o homólogo de 2016, regista-se um decréscimo de 38 para 11 pré-avisos de greve. Um dos lados interessantes das greves que têm estado a acontecer no setor privado reside em terem como denominador comum reivindicações sindicais relacionadas com a negociação coletiva: nuns casos, o impasse nas negociações de revisão global ou salarial de convenções coletivas de trabalho, noutros na celebração de primeiras convenções, e noutros ainda a magna questão da caducidade. Ora, o regime jurídico da contratação coletiva, é precisamente um dos temas comuns nas agendas dos sindicatos (tenham-se a propósito as declarações preferidas pelos líderes da CGTP- IN e da UGT nas celebrações do passado dia 1 de Maio), dos partidos políticos que apoiam o atual Governo e do próprio Governo. Não há, por isso, dúvidas de este vai ser um dos alvos do Governo, parceiros sociais e partidos políticos nos próximos tempos. A liás, a inter venção do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no passado dia 24 de fevereiro, na Assembleia da República, em que
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apresentou as prioridades legislativas para 2016, identif icou claramente as intenções de alterar as regras e prazos relativos à vigência e caducidade das convenções coletivas de trabalho e os critérios e os prazos para a emissão das portarias de extensão. A justif icação para tal prioridade assenta no almejado objetivo do “desbloqueamento” da contratação coletiva, conceito cujo exato conteúdo varia consoante de quem o reclama, bem se sabendo que a negociação coletiva é um tema que, desde 1974, tem tido mais vertentes fraturantes do diálogo social do que de consensualização. Basta ter presente que o regime legal sobre a vigência e caducidade das convenções coletivas de trabalho se manteve incólume a qualquer alteração legal relevante, pelo menos, entre 1979 e o Código do Trabalho de 2003, e que as sucessivas alterações legais, que desde então foram introduzidas, nunca tiveram o consenso unânime dos parceiros sociais. A promoção de medidas visando “relações laborais estáveis e duradouras”, consubstanciam um outro grupo de temas já elencados pelo Governo como prioridades
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para 2016, podendo-se destacar, combate à utilização indevida nomeadamente, as seguintes medo contrato de prestação de didas: ser viços, visando tornar mais • Introdução de novas limitações célere os mecanismo legais à celebração de contratos de existes (v.g. Lei nº 63/2013), trabalho a termo com trabacom agravamento de penalizalhadores à procura de primeiro ções em caso de fraude; emprego ou de desempregados • Reforço da f iscalização do de longa duração; cumprimento das normas labo• Penalização de situações de rais, com especial enfoque nas excessiva rotatividade de quaformas ilícitas de prestação de dros de pessoal, por via de uma trabalho subordinado (v.g. tramaior oneração em termos de balho subordinado dissimulacontribuições para a segurança do por estágio ou prestações de social; ser viços), nomeadamente com • Incremento dos requisitos preo aumento do quadro de inspevistos na lei relativamente à tores do trabalho e dos meios à comprovação das necessidades sua disposição. temporárias invocadas para a contratação a termo; * Advogado da PLMJ • Reforço dos mecanismos de E-mail: nuno.guedesvaz@plmj.pt
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Carlos Ă lvares Presidente do Banco Popular Portugal 8 act ualidadâ‚Ź
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“O Banco Popular está focado no crescimento orgânico, sem descurar eventuais aquisições”
O ano de 2015 foi marcado por uma grande atividade comercial para o Banco Popular, segundo o seu presidente, Carlos Álvares, que confirma, assim, as previsões positivas de consolidação e expansão da instituição. Focado no crescimento orgânico do banco, Carlos Álvares evita fazer especulações sobre potenciais aquisições futuras, mas deixa a porta aberta a “eventuais aquisições que a nossa casa-mãe entenda por bem considerar, que possam criar valor para o acionista”.
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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
s lucros do Banco Popular em 2015 subiram quase seis vezes em relação ao ano anterior. A subida foi nomeadamente consequência da separação do negócio bancário face à sua unidade de imobiliário ou foi a soma de vários fatores?
Nos resultados de 2015, existe, efetivamente, um impacto não recorrente de outros resultados de exploração, como consequência da alienação do negócio de recuperação de crédito e da venda de imóveis do banco. Contudo, a atividade comercial do Popular foi muito dinâmica. Destaco em particular: a abertura
Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
de cerca de 29 mil novas contas, o aumento do número de produtos por cliente, o crescimento do crédito a PME, o crescimento do crédito a particulares via crédito à habitação, o consequente aumento da margem e do produto bancário, o controlo de custos, a venda de imóveis não afetos à exploração, e, por fim, o controlo do crédito vencido e das provisões. Foi um ano cheio de atividade! Extensível aos negócios de factoring , leasing, seguros, banca privada e gestão de ativos. E ainda conseguimos ganhar o prémio “Escolha do Consumidor”, na categoria de pequenos e médios bancos, fruto do trabalho
que estamos a desenvolver, para servir sempre bem os clientes. Tendo em conta o contexto económico do país, 2015 foi um ano positivo para o Banco Popular Portugal?
Foi um grande ano em termos comerciais e de negócio, mas ainda não foi um ano excelente em termos da apresentação de resultados recorrentes. De qualquer forma e em linha com o referido anteriormente, no âmbito do negócio de particulares, verificouse um crescimento de cerca de 23 mil novos clientes. Este valor tem a sua origem, em grande parte, na captação de clientes via empresas ou através de 9
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referências member get member, o que revela o elevado grau de satisfação que os clientes denotam perante a oferta e serviço do Popular. No segmento de empresas, verificou-se um crescimento de cerca de 6 mil novos clientes, com especial destaque para as PME. Em paralelo e apesar do adverso clima económico, manteve-se a trajetória de crescimento do número de empresas com crédito e da sua vinculação e o aumento de clientes que nos escolhem como o seu primeiro banco. Estes números revelam a importante vitalidade do Popular. Fecharam quatro agências e diminuíram o número de trabalhadores. Vai-se manter essa tendência?
Não diria, de forma alguma, que exista essa tendência no Banco Popular. No passado encerrámos cerca de 60 agências, mas conseguimos manter o nosso quadro de pessoal, reforçando áreas em que sentimos 10 act ualidad€
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“O Banco Popular registou no final do mês de março, um crescimento na produção de crédito a empresas de 13%, face ao período homólogo do ano passado, o que representa mais de 400 milhões de euros de financiamento à economia” que poderíamos estar mais carenciados. No ano passado, a redução do número de colaboradores está dire-
tamente relacionada com a venda do negócio atrás referido, sendo que os colaboradores dessa unidade acompanharam o negócio e transitaram para uma nova empresa, a qual resulta de uma joint venture do grupo com uma entidade estrangeira especializada no negócio de recuperação. Neste momento, fazemos apenas pequenos ajustamentos, sem grande relevância no total da nossa operação em Portugal, e exclusivamente com o objetivo de melhorar os resultados comerciais. Aliás, estamos à procura de espaços para abrir agências, em zonas de forte atividade comercial. E em relação a 2016, as previsões são também positivas ou esperam um ano mais difícil?
Perspetiva-se que 2016 seja um ano que sustente a continuidade da evolução positiva do negócio via crescimento orgânico, sem descurar eventuais aquisições que a nossa casa-mãe
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entenda por bem considerar, que possam criar valor para o acionista. Em termos institucionais, o vínculo do Banco Popular Portugal ao Grupo Popular, um grupo sólido que nos confere robustez e solvabilidade, alavanca oportunidades de crescimento, mitigando as ameaças decorrentes de um enquadramento macro hipoteticamente menos favorável em alguns indicadores. Como vão reforçar a posição em Portugal a curto/ médio prazo?
Nestes últimos anos, o Popular tem vindo a reforçar a sua estratégia de proximidade ao cliente, com especial enfoque no apoio às PME e às famílias, que resulta do modelo de negócio da nossa casa-mãe, considerado internacionalmente como um modelo testado e com um potencial de rentabilidade elevado. Toda a estrutura tem sido reajustada e orientada para o cumprimento deste propósito, no-
meadamente, através da segregação da área comercial, relativamente à área de gestão de ativos pouco rentáveis, libertando a rede para o enfoque na atividade de captação e gestão de clientes. Foi recentemente aprovado um aumento de capital de 513 milhões de euros. Que impacto pode ter esta operação?
O objetivo do aumento de capital é integrar a Popular Factoring no Banco Popular Portugal. Contudo, este aumento irá permitir melhorar os rácios do Banco, que ficarão ainda mais fortalecidos - o rácio de Tier 1 está acima dos 12%. Como está a funcionar a política de crédito para as empresas? E como é que financiam?
O Banco Popular registou no final do mês de março, um crescimento na produção de crédito a empresas de 13%, face ao período homólogo do
ano passado, o que representa mais de 400 milhões de euros de financiamento à economia. Em termos de pricing, verifica-se um ambiente muito competitivo, nos melhores riscos – já há muitas empresas a beneficiarem de spreads “alemães”. Em relação ao crédito a particulares e às famílias, voltou a ser um negócio ambicionado para o Banco Popular e para a banca de uma forma em geral?
O Banco Popular, conforme referi, sempre manteve o foco no negócio das famílias e sempre esteve ativo na concessão de crédito. Especificamente no que se refere ao crédito à habitação, estamos a financiar a aquisição de ativos de terceiros, mas também de imóveis próprios. Neste último caso, estamos a desenvolver várias iniciativas relevantes, como por exemplo o mais recente projeto “Casa de Sonho”, que pretende ser um incentivo à “autoconstrução”. junho de 2016
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grande entrevista gran entrevista particulares e gestores de empresas e colocando as empresas como canal importante de captação do negócio de particulares, através de protocolos direcionados para setores de atividade específicos. O Popular possui ainda todas as condições para oferecer as soluções mais ajustadas às empresas que pretendam estar presentes no mercado ibérico. Coloca à disposição dos seus clientes uma “Oferta Ibérica”, um conjunto de soluções ímpares para a internacionalização das empresas, apoiando os seus negócios com clientes, fornecedores ou as suas filiais em Espanha e em Portugal. Através desta estratégia, captamos ativamente clientes de Espanha com resultados crescentes. O Bancopopular-e chegou a acordo para comprar o negócio dos cartões do Barclays em Espanha e Portugal. Como espera que ajude este negócio ao reforço no mercado português?
Efetivamente, o Bancopopular-e, empresa detida pelo Banco Popular Espanhol, em parceria com a Värde Investors Partners, está a comprar o negócio de cartões Barclaycard em Portugal e Espanha. É um posicionamento muito importante em termos ibéricos, em face da dimensão da operação. A concessão de crédito à habitação está finalmente a descolar? Vão baixar também os spreads?
O Banco Popular tem mantido bem ativa a sua competitividade nos spreads do crédito à habitação. As análises frequentes, feitas pelos diversos órgãos de comunicação social, assim o indicam. Estamos muito atentos a este tema. O melhor indicador que temos para medir a nossa competitividade é a procura de crédito pelas famílias e os resultados são realmente muito expressivos e as operações aprovadas, para além de terem um loan to value não demasiadamente agressivo, contemplam taxas de esforço para os clien12 act ualidad€
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tes acomodáveis em função dos seus rendimentos. Qual é o perfil do cliente do Banco Popular em Portugal? A entidade em Espanha traz muitos clientes para Portugal?
O Banco Popular mantém o seu posicionamento estratégico de ser um banco de referência para as empresas, sem descurar uma oferta para as famílias, com uma abordagem de proximidade ao cliente e preparado para o dia a dia. Desenvolve a articulação e potenciação de sinergias entre empresas e particulares. Para tal, são calendarizadas ações conjuntas de “transacionalidade”, fomentando o negócio cruzado entre gestores de
O Banco Popular também entrou o ano passado na corrida pelo Banif que foi ganha pelo Santander. Deveriam ter arriscado mais com a proposta apresentada? O que ganhava o Banco Popular com a compra do Banif?
O banco tem privilegiado o crescimento orgânico e tem-no feito com sucesso. Não descura contudo oportunidades de crescimento por aquisição, que criem valor para o acionista. O ganho para qualquer banco em Portugal, estando envolvido numa operação deste género, é claramente aumentar a sua quota de mercado e reforçar o negócio em alguns segmentos e regiões do país onde possa não ter as quotas de mercado almejadas.
gran entrevista grande entrevista Mais uma venda em cima da mesa, na banca portuguesa, a do Novo Banco. O Banco Popular está ou não na corrida? Que desfecho espera?
Conforme já referi, o crescimento por aquisição é um tema do acionista, analisado pela nossa casa-mãe, em todas as geografias onde o banco pretende crescer, como é o caso de Portugal. Qualquer operação que possa representar a criação de valor para o acionista, não deixará de ser analisada pela nossa casa-mãe. O que é que ainda deve ser corrigido na banca portuguesa? É um sistema que corre muitos riscos?
A rentabilidade dos bancos portugueses diminuiu ao longo dos últimos anos, não acompanhando o clima de recuperação, de alguns países europeus. A margem de atuação no lado dos proveitos está bastante condicionada. A redução de custos surge como fator determinante para a recuperação da rentabilidade e os bancos têm vindo a atuar neste domínio. Contudo, os rácios de capital têm vindo a ser fortalecidos e a situação de liquidez do sistema é confortável, o que transmite confiança ao mercado. Mas os desafios futuros são muito significativos, nome-
“O Popular possui ainda todas as condições para oferecer as soluções mais ajustadas às empresas que pretendam estar presentes no mercado ibérico. Coloca à disposição dos seus clientes uma “Oferta Ibérica”, um conjunto de soluções ímpares para a internacionalização” adamente em termos de uma adequada remuneração dos capitais envolvidos. E o vosso grupo teve um grande impacto em termos das imparidades que afetam a banca portuguesa?
O legado da crise, com relevo para o crédito imobiliário, pesa ainda no balanço de alguns bancos. Estimo, contudo, que o significativo registo de imparidades tenha colocado esses ativos ao justo valor no seu balanço. O Popular não é imune a este facto. No entanto, temos efetuado uma gestão eficiente deste tema, o que nos permitiu reduzir de forma importante o seu impacto. Efetuamos um movimento importante, de separação da gestão destes ativos improdutivos, focando as equipas no negócio e com resultados expressivos. Como vê o movimento de concentração da banca em Portugal? Volto-lhe a perguntar se o Banco Popular vai entrar nesse processo de concentração?
O processo de concentração está de alguma forma a ser impulsionado pela Europa, e é apresentado como fundamental também para Portugal. Os movimentos de mercado em curso vão conduzir a isso mesmo. Estamos focados no crescimento orgânico, mas com as forças que o grupo apresenta, e como refere o nosso CEO, Francisco Gómez, “o Popular analisará todas as oportunidades, nos mercados onde atua ativamente”.
Carreira na banca e a amizade a Rui Semedo Carlos Álvares foi nomeado, em julho de 2015, presidente do Banco Popular Portugal, entidade onde ingressou em 2011. A nomeação surgiu na sequência do falecimento do anterior presidente da instituição, Rui Semedo. Até então era o número dois do banco e, como director geral de negócios, assumia as responsabilidades da rede comercial, da banca corporativa, da banca privada, do marketing, da qualidade e da comunicação. Carlos Álvares, de 57 anos, é licenciado em Gestão, pela Universidade Católica Portuguesa, e
completou um programa de Alta Direção de Empresas, na AESE Business School e no INSEAD. Começou a sua carreira profissional em 1981, nos Correios e Telecomunicações de Portugal, e em 1984 iniciou o seu trajeto no setor financeiro como auditor interno no Banco Português do Atlântico. Em 1988, integrou o grupo Banco Comercial Português, onde assumiu responsabilidades como diretor geral de banca corporativa e de banca privada. Carlos Álvares manteve uma estreita relação profissional e pes-
soal com o seu antecessor, Rui Semedo, a quem define como “um homem bom e um bom amigo”. Afirma que marcou definitivamente todos os locais por onde passou e as pessoas que o conheceram. “Fazia tudo com paixão. Tinha um carisma muito forte”, sublinha, e lembra as palavras que Ángel Ron, presidente do grupo, referiu na altura do falecimento: “O Rui foi um profissional exemplar, de trato muito fácil, simples e optimista, com uma grande vitalidade, reconhecido em Portugal como um dos melhores banqueiros do país”.
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
A EDP prevê investir, até 2020, um total de 7.200 milhões de euros, ou cerca de 1.400 milhões por ano, depois de em 2015 ter investido já 1.700 milhões de euros. O grupo liderado por António Mexia (na foto) revelou ainda que 45% do valor a aplicar nos próximos cinco anos se destina ao negócio das energias renováveis, sobretudo em parques eólicos, havendo ainda 30% alocados à produção de eletricidade convencional e 21% para a área das redes reguladas em Portugal e Espanha. A EDP anunciou ainda novas previsões para os seus resultados, prevendo que o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresça 3%
ao ano, entre 2014 e 2017, enquanto o lucro deverá expandir-se até 4% por ano. De acordo com a apresentação aos investidores, feita pelo presidente em Londres, ao longo dos próximos anos a EDP usará os fundos resultantes dos seus ganhos operacionais, tendo como principais preocupações o reinvestimento dos lucros, o pagamento de dividendos e uma parte para abater à sua dívida. A dívida líquida, que no final de mar-
Foto AUGUSTO BRAZIO
EDP investe 7.200 milhões de euros até 2020
ço se situava nos 17 mil milhões de euros, deverá continuar a ser cortada, sendo o objetivo do grupo que até 2020 a sua dívida seja no máximo três vezes o valor do EBITDA. Atualmente, a dívida da EDP perfaz 3,8 vezes o seu EBITDA.
Setor do turismo prepara nova estratégia para a década O Governo português, reconhecendo o valor e potencial de crescimento do turismo na economia e no emprego, vai promover um novo programa estratégico para este setor, baseado num “processo de consulta pública, destinada a construir um referencial de longo prazo para o setor, que enquadrará também o próximo quadro comunitário de apoio 2021-2027, que será conhecido por Estratégia Turismo 2027 (ET 27)”. Este debate público irá decorrer até ao final do ano e vai agregar não apenas a visão de empresas, instituições e autoridades regionais, mas irá reunir também os contributos de campos transversais e decisivos para o turismo, como a
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cultura e o setor da animação. “A ET 27 visa dar sentido estratégico às opções de investimento, promover a integração das políticas setoriais e assegurar uma estabilidade nas políticas públicas do turismo até 2027”, destaca o Ministério da Economia, que apresentou, no passado dia 24, em Tomar, as linhas mestres desta iniciativa. A conferência de lançamento da ET
27 contou com as intervenções do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo. entre outros representantes do setor hoteleiro e de viagens, do setor da organização de congressos e animação turísticas e de algumas empresa inovadoras de várias áreas do turismo.
Breves Lucros do Santander Totta disparam 113%
O banco liderado por António Vieira Monteiro aumentou os lucros em 113%, para um total de 114,5 milhões de euros. O resultado já inclui a integração dos ativos e passivos adquiridos ao Banif — algo que o Santander Totta garante que teve um impacto “marginal” nos resultados. Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, António Vieira Monteiro afirmou, também, que o empréstimo do Santander ao Estado já constava como opção na proposta de compra (não só na proposta pós-resolução como, também, na proposta anterior). António Vieira Monteiro afirmou que o empréstimo feito ao Estado português para que este injetasse fundos no Banif (no contexto da resolução), no valor de 1.800 milhões, era uma “opção que estava prevista” (esse financiamento podia ou não ser feito). Vieira Monteiro afirmou que o
Santander estava disponível para emprestar ao Estado português não só no contexto da resolução mas, também, na proposta de compra que tinha sido feita no contexto do concurso (venda voluntária). O produto bancário do banco cresceu 39% no período em análise, suportado por um aumento da margem financeira (incluindo nas operações compradas ao Banif — banco que foi alvo de uma resolução) e pelo aumento de mais de três vezes dos resultados com operações financeiras, basicamente venda de títulos de dívida pública, que ascenderam a 47 milhões de euros. O Santander Totta cobrou mais 27% em comissões — para 85 milhões de euros — mas o principal impulsionador dos lucros foi a margem financeira, a diferença entre aquilo que o banco paga para se financiar (pelos depósitos, por exemplo) e os juros que recebe dos créditos.
BPI aumenta lucros trimestrais, para 45,8 milhões de euros O Banco BPI obteve lucros de 45,8 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 48,3% do que no mesmo período do ano passado. O lucro líquido consolidado resulta do resultado de 7,9 milhões de euros conseguidos na atividade doméstica e dos 37,9 milhões de euros das operações internacionais. No exterior, a principal operação do BPI é o Banco de Fomento de Angola (BFA), que contribuiu com 37 milhões de euros entre janeiro e março, mais 15,3% do que no primeiro trimestre de 2015. Em termos consolidados, a recuperação dos resultados refletiu o aumento do produto bancário, que cresceu 5,9%, para 296,7 milhões,
impulsionada pela subida de 8,8% na margem financeira. Já os custos de estrutura recuaram de forma marginal, caindo 0,6% para 164,5 milhões, mas incluindo 600 mil euros de custos extraordinários com reformas antecipadas. O maior contributo da atividade doméstica para o crescimento dos lucros veio da descida das imparidades. Em Portugal, as provisões para malparado recuaram 16,2%, para 30,7 milhões, enquanto as imparidades para outros ativos desceram 43,4%, para 4,2 milhões. Já nas operações internacionais, designadamente em Angola, as provisões para malparado triplicaram, para 33,6 milhões de euros.
Desafios do setor financeiro e da união bancária debatidos em Lisboa O Presidente da República português apelou às instâncias europeias maior “inteligência, competência, rigor à compreensão dos factos”, no final de um discurso sobre o sistema financeiro. “Como europeísta convicto, tal como a maioria esmagadora dos portugueses, nada mais relevante do que esperar das autoridades europeias, das instituições europeias, que sejam capazes de aliar inteli-
gência, competência, rigor à compreensão dos factos e ao equilíbrio subtil na sua apreciação”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, após ter falado no mecanismo europeu de resolução bancária, na conferência “O presente e o futuro do setor bancário”. A conferência, que decorreu em Lisboa, no passado dia 17 de maio, reuniu diversos representantes e especialistas ligados ao setor bancário em Portugal, incluindo o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. O ministro das Finanças, Mário Centeno, referiu algumas das preocupações que o Governo português tem tido em relação à recuperação deste setor, que, lembrou, “é um parceiro fundamental no projeto de desenvolvimento da economia portuguesa, quer no âmbito das famílias, quer no contexto do tecido empresarial”. Lena Ambiente e Energia volta ao crescimento A divisão de Ambiente e Energia do grupo Lena assinalou em 2015 um crescimento de 3,4% no volume de negócios, contrariando a tendência de decréscimo verificada em 2013 e 2014. Foi ainda possível reduzir a dívida bruta neste setor do grupo em 2,5 milhões de euros, quase 10% do valor de dívida total e mantendo uma margem EBITDA acima de 40%. O grupo tem continuado “o seu processo de restruturação, ganhando agilidade para contrariar a forte contração do mercado nacional”, frisa a companhia. Neste setor, destacam-se empreendimentos como os parques eólicos de Marvila (concelho da Batalha), em duas fases, com um total de 32 MW de potência, e de Sicó (no concelho de Pombal), com 20 MW de potência e servindo populações superiores a 130 mil habitantes, o que
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Breves evita a emissão de 62 mil toneladas de CO2. O grupo Lena Ambiente e Energia integra nove empresas com atividade em três áreas que se complementam entre si: energias renováveis, construção de infraestruturas e gestão ambiental. Dom Senhorio participa no “5.º Salão do Imobiliário e do Turismo Português”, em Paris A mediadora imobiliária Dom Senhorio participou, entre os dias 20 e 22 de maio, no “5.º Salão do Imobiliário e do
Turismo Português”, que se realizou na capital francesa. O “Salão do Imobiliário e do Turismo Português” em Paris contou, na edição do ano passado, com a presença de 180 expositores e uma afluência de 15 mil visitantes. Em evidência no certame vão estar alguns dos mais emblemáticos complexos de turismo residencial em desenvolvimento em Portugal, bem como os projetos previstos para o mercado de Lisboa, ou algumas das iniciativas em termos de reabilitação urbana nas áreas da habitação, comércio e turismo, que se vão mostrar para o público francês. De facto, Portugal, as suas cidades e os seus imóveis atraem cada vez mais os francófonos, que se encontram entre os principais compradores internacionais no mercado imobiliário nacional. Certif passa a certificar equipamentos de fitness ao ar livre A Certif iniciou o ano de 2016 com o desenvolvimento do processo de certificação de equipamentos de fitness fixos instalados no exterior, de acordo com a norma europeia EN 16630:2015. Esta certificação avalia os requisitos gerais de segurança no fabrico, instalação, inspeção e manutenção de instalações permanentes de equipamentos de ginástica ao ar livre, de acesso público, projetados para jovens e adultos.
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Cosec garantiu vendas no valor de 15 mil milhões de euros A Cosec, líder de mercado em seguro de créditos e seguro caução e com uma presença internacional que apoia fortemente a internacionalização das empresas portuguesas, assumiu uma exposição global, em 2015, de 11 mil milhões de euros, o que permitiu a cobertura de vendas no valor de 15 mil milhões, o que representa cerca de 9% do PIB nacional. Cerca de 4,9 mil milhões de euros são relativos a vendas nos mercados externos. Realce também para os 5,7 mil milhões de euros de garantias concedidas a importadores nacionais, em muitos casos com importância decisiva na viabilização dos seus negócios. No conjunto, procuramos dotar os nossos segurados de um elevado grau de confiança nas decisões de gestão dos créditos da sua carteira de clientes, sendo que os produtos com
garantia do Estado português são um complemento muito importante no apoio para a expansão das empresas portuguesas em mercados ditos de risco político, que apresentam atualmente maiores taxas de crescimento e melhores oportunidades, mas também um maior risco, frisa a seguradora. É nesse âmbito, que, através de linhas específicas com garantia do Estado, é possível apoiar a cobertura de riscos políticos e comerciais, ligados à exportação e ao investimento nestes mercados. “No âmbito desta atividade por conta do Estado, enquanto Export Credit Agency (ECA), destacamos que, em 2015, o valor de garantias concedidas, no âmbito da Linha de Seguro de Créditos à Exportação de Curto Prazo, foi de cerca de 176 milhões de euros, permitindo a cobertura de vendas de mais de 720 milhões de euros”.
aicep Global Parques aposta na dinamização do porto de Sines A aicep Global Parques continua a apostar na dinamização comercial das suas vertentes de atuação, onde se inclui a gestão da Zils-Zona Industrial e Logística de Sines, tendo recentemente recebido uma delegação liderada pelo embaixador de Espanha em Portugal, Juan Manuel de Barandica, que visitou esta infraestutura. A comitiva que participou nesta visita incluiu ainda o conselheiro Económico e Comercial da Embaixada de Espanha, Cecílio Oviedo, os administradores executivos da aicep Global Parques, Paulo Mateus Calado e Silvino Malho Rodrigues, e o presidente da APS - Administração dos Portos de Sines e Algarve, João Franco. A Zils Global Parques - Zona Industrial e Logística de Sines oferece
uma localização com clara vocação atlântica e com fácil e rápido acesso a vias de comunicação nacionais e internacionais devido à proximidade ao Porto Marítimo de Sines. A Zils Global Parques dispõe de dois mil hectares de áreas vocacionadas para atividades industriais, logísticas e de serviços, contando já com algumas das maiores empresas nacionais, como a Galp, a EDP, a Sonae Indústria ou o grupo Cimpor.
apuntes de economÍa
apontamentos de economia
Millennium bcp atinge lucros de 46,7 milhões de euros O Millennium bcp obteve lucros de 46,7 milhões de euros, no primeiro trinestre, o que representou uma queda de 33,7% em termos homólogos. O presidente do banco, Nuno Amado (na foto), ressalvou que, descontando as imparidades e a venda de dívida pública, o lucro cresceu 3,6%, para 213,2 milhões de euros, “refletindo uma grande disciplina comercial e a redução dos custos operacionais”. Nuno Amado destacou, ainda, em conferência de imprensa, o crescimento dos depósitos em 0,7%, embora no
trimestre os recursos totais tenham decrescido 1,6% e o crédito concedido 5,6%. De destacar ainda o esforço de provisionamento, apesar das imparidades terem decrescido face ao mesmo período de 2015, para os 160,7 milhões de euros. Nuno Amado destacou ainda a conclusão do processo de fusão entre o BCB e o angolano Banco Privado Atlântico, que criou o segundo maior banco de capitais privados em Angola, com uma quota de mercado de 10%.
Prosegur assegura serviços de segurança do Rock in Rio
A Prosegur, empresa líder em segurança empresarial em Portugal, destacou para o Rock in Rio-Lisboa um efetivo de 300 vigilantes, apoiados por uma central móvel e um Ponto Seguro, um posto com a função de prestar informação geral do evento, de apoiar crianças e recolher objetos perdidos naquele que “é considerado o maior festival de música do mundo”, frisa a Prosegur. Duante os cinco dias do festival, a Prosegur assumiu o controlo dos
acessos ao recinto do festival, o visionamento da CCTV numa central de segurança móvel, e ainda a segurnaça na frente do Palco Mundo, da Tenda Eletrónica, na área VIP, no Palco Sunset Rock in Rio e nas áreas de shopping e bilheteiras, adiantou a empresa de segurnaça privada. Os serviços de vigilância da empresa corbriram, assim, os 200 mil metros quadrados de recinto do Parque da Bela Vista, mais conhecido nesses dias como a “Cidade do Rock”. Além deste apoio, a Prosegur prestou ainda um serviço de acolhimento e encaminhamento para o Ponto Seguro, que permitia atender as pessaos em qualquer questão emergente.
Para obterem esta certificação, os equipamentos são sujeitos a um rigoroso processo de avaliação, que contempla o sistema da qualidade da empresa através de uma auditoria, em complemento com a realização de ensaios, de acordo com as exigências legais. Após a certificação dos produtos, a Certif passará a efetuar um acompanhamento anual, que inclui uma auditoria ao processo de fabrico e a realização de ensaios em laboratório, procurando, assim, “garantir, de forma imparcial e credível, a qualidade, a fiabilidade e as performances” destes equipamentos para os seus utilizadores. FEP acolhe conferência sobre transição energética A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) acolheu, no último dia 20, a conferência “Portugal 2030 – Pensar a Agenda para a Transição Energética”, uma iniciativa em parceria com a Associação Portuguesa da Economia da Energia (APEEN), que contou com a presença de especialistas e responsáveis de empresas do setor energético, como o conselheiro do Presidente da Comissão Europeia, Telmo Baltazar, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, e o presidente da APEEN e CEO da Newes – New Energy Solutions/MIT – Portugal, Jorge Vasconcelos, e o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. A conferência destinou-se a promover uma reflexão pública sobre a transição energética em Portugal no horizonte 2030, procurando “simultaneamente, que a economia entenda as alternativas tecnológicas” e os potenciais riscos e “impactes económicos e sociais, virtuosos ou perversos” das opções energéticas, salientou a professora da FEP e vice-presidente da APEEN, Isabel Soares. “A Comissão Europeia debate a urgência de uma reformulação do sistema de incentivo às energias renováveis numa base não apenas tecnológica, mas também de sustentabilidade financeira. A existência de tecnologias renováveis com dimensão e competitivas vão provocar alterações profundas na configuração dos mercados de eletricidade, a nível operacional e nos padrões de investimento”, acrescentou Isabel Soares.
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Breves Santiago Calatrava diseñará el pabellón de la Expo de Dubái 2020 Santiago Calatrava diseñará el pabellón de los Emiratos Árabes Unidos (EAU) para la Exposición Universal de Dubái 2020, según ha informado en un comunicado el estudio del arquitecto e ingeniero valenciano. Inspirado en el vuelo de un halcón, el proyecto ha sido seleccionado por el Consejo Nacional de Medios del Emirato en un concurso internacional convocado por la compañía de energías renovables de Abu Dabi, Masdar, que se encarga de la gestión del proyecto. El jurado del concurso, al que fueron convocados nueve estudios de arquitectura de reconocido prestigio internacional que presentaron 11 proyectos, ha valorado la forma en que el proyecto de Santiago Calatrava refleja la temática principal de la Exposición Universal 2020: “Conectando las mentes, creando el futuro”. Siemens, Talgo, CAF, Alstom e Hitachi competirán por el macrocontrato del AVE Cinco de los seis mayores fabricantes ferroviarios del mundo han presentado sendas ofertas para pujar por el contrato de suministro a Renfe de treinta nuevos trenes de Alta Velocidad (AVE), por un importe estimado
en 2.642 millones de euros. El quinteto lo forman la japonesa Hitachi, las españolas CAF y Talgo, la francesa Alstom y la alemana Siemens, según fuentes del concurso. La canadiense Bombardier ha decidido finalmente no presentar oferta alguna tras impugnar el concurso. El contrato, que Renfe licitó a finales del pasado diciembre, supone el suministro de treinta nuevos trenes AVE, además de su posterior mantenimiento durante cuarenta años. La entrega se producirá en dos fases. En la primera, se entregarán quince nuevos AVE de forma inmediata tras su fabricación, mientras que los otros quince trenes se suministrarán por lotes de cinco unidades en función de las necesidades de la compañía. En cuanto a los plazos, en principio estaba previsto que Renfe adjudicara el pedido en este primer semestre y comenzara a recibir las primeras unidades en 2018.
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Pascual presenta su plan estratégico para conquistar el mercado exterior
El grupo burgalés Pascual estrena un nuevo plan estratégico para los próximos cinco años con el que pretende “recuperar la cifra de negocio récord alcanzada por el grupo antes de la crisis, superior a los 900 millones de euros”, explica Tomás Pascual, presidente de Calidad Pascual.
Se marca el objetivo, hasta 2020, de “duplicar la facturación en el canal de hostelería, que actualmente supone el 40% del negocio, hasta los 300 millones de euros”. La asignatura pendiente del grupo es la internacionalización porque “aunque Pascual está presente en 63 países, los ingresos por esta vía son poco significativos, de 30 millones de euros, apenas el 5% del total. Esperamos multiplicar por 10 nuestro negocio exterior en siete años, ampliando nuestra presencia, sobre todo, en el Sudeste Asiático, pero también en regiones de África”. En 2015, el grupo registró una caída de la facturación del 4%, hasta 690 millones de euros, pero las perspectivas son positivas.
Sonae IM adquiere la compañía de servicios SysValue Sonae Investment Management (IM) ha confirmado la adquisición de SysValue, una compañía de servicios de ciberseguridad con presencia en el sector de las telecomunicaciones, servicios financieros, energía y gobierno. Las actividades de auditoría, consultoría, integración, formación e I+D de la entidad consolidarán a Sonae IM como una pieza clave en el liderazgo del mercado portugués. Esta adquisición, tras la operación de S21sec en septiembre de 2014, representa otro hito significativo en el liderazgo de Sonae IM en el mercado europeo de la ciberseguridad y en la estrategia de expansión internacional de la compañía. Según Carlos Alberto Silva, miembro del consejo de Sonae IM, “estamos orgullosos de este
paso, que va a ayudar a fortalecer nuestro portfolio de ciberseguridad, ya que creemos que hay una clara oportunidad de crecimiento para nosotros. SysValue representa un activo importante para nosotros en Portugal e incluso en otros mercados. Vamos a seguir buscando oportunidades de crecimiento orgánico e inorgánico”.
El Sabadell pone 500 millones a disposición del sector hotelero El Banco Sabadell ha llegado a un acuerdo con el Instituto Tecnológico Hotelero (ITH) por el cual pone a disposición del sector hotelero un total de 500 millones de euros para impulsar proyectos que sirvan para potenciar la innovación tecnológica y la sostenibilidad del sector hotelero. En un comunicado, este banco ha explicado que con esta línea de crédito se pretende ayudar a las empresas asociadas al ITH a financiar proyectos
de eficiencia energética y sostentibilidad, a renovar instalaciones y bienes de equipo o bien a modernizar y adaptar su imagen corporativa. A juicio del subdirector general y director de banca de empresas del Banco Sabadell, Eduardo Currás, la alianza con el ITH “debe ser un trampolín importante para todas las empresas que tengan que mejorar sus servicios mediante la aplicación de la tecnología o la digitalización”.
Roca compra Santalia a la familia mexicana Zambrano Roca avanza con su ofensiva internacional de adquisiciones para reforzarse en mercados clave. El grupo industrial español ha firmado la compra de la división de porcelana sanitaria de la compañía mexicana General de Cerámica, que opera con la marca Santalia. Esta empresa, con sede en Monterrey, es propiedad de la familia Zambrano, fundadora de la cementera Cemex, presidida por Rogelio Zambrano. Roca pagará 20 millones de euros por esta área de negocio, lo que le permitirá disponer de su primera planta de porcelana sanitaria para el cuarto de baño en América del Norte. Además, con esta operación, Roca entrará en este negocio en Estados Unidos, ya que Santalia opera tanto
en México como en el país vecino. Hasta ahora, Roca sólo operaba en el mercado estadounidense a través de su división de cerámica plana. “La compra de Santalia es estratégica por su capacidad industrial pero, sobre todo, por su situación estratégica”, ha explicado el consejero delegado del grupo familiar, Ramón Asensio.
Grifols se hace con el 20% de Singulex por 44 millones
La multinacional catalana de hemoderivados Grifols ha llegado a un acuerdo para adquirir el 20% de la empresa estadounidense de diagnóstico Singulex por un importe de unos 44,2 millones de euros. Grifols, que ha tomado esta participación a través de una ampliación de
capital, tendrá asimismo un representante en el consejo de administración. Singulex tiene su sede en Alameda, en el estado de California (EE.UU.), y ha desarrollado y patentado la tecnología de ultrasensibilidad SMC (Simple Molecular Counting), que tiene amplias aplicaciones en diagnóstico clínico y en el ámbito investigador. Concretamente permite detectar biomarcadores de enfermedades de difícil detección al posibilitar la identificación de diversas proteínas usadas como marcadores clínicos con una alta fiabilidad y precisión.
Gestores
en Foco
António Pires de Lima es el nuevo presidente del Consejo Fiscal de la CCILE, en representación del grupo Media Capital. Licenciado en Economía, con varios estudios de post grado y un MBA, atribuidos por el IESE y el ENSEAD, entre otros, cuenta con una destacada carrera como gestor, en la que destacan las funciones de presidente de Unicer, entre 2006 y 2013, y vicepresidente de Nutrinveste, grupo en el que trabajó entre 1993 y 2005. Ocupó recientemente el cargo de ministro de Economía entre 2013 y 2015. El economista de 53 años sustituye en el cargo de presidente del Consejo Fiscal de la CCILE a Miguel Gil. Jorge Possollo es el nuevo director general de Gefco Portugal, empresa que planifica e implementa para las empresas industriales soluciones logísticas y servicios de valor añadido. Possollo cuenta con una amplia experiencia en ambientes multinacionales e internacionales en el sector de la logística, transportes y correos, particularmente en cargos de Dirección General y de Dirección de Ventas, Comercial y Marketing. Licenciado en Geología, ha trabajado anteriormente en la empresa de consultoría inoDev y en la multinacional holandesa TNT. Coca-Cola ha anunciado el nombramiento de Marta Muñoz como nueva directora de Recursos Humanos para Iberia. Con una intensa trayectoria profesional de más de 20 años en este área, desarrollada en el ámbito internacional, y experiencia en los sectores de salud, distribución y seguros, Marta Muñoz es experta en la Gestión de Personas. A lo largo de su carrera ha dirigido proyectos de gestión del cambio ligados a nueva cultura, estructuras, integraciones o adquisiciones, y ha diseñado planes estratégicos, implementado nuevas organizaciones y modelos operacionales, asegurando el nivel óptimo de servicio al negocio.
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atualidade actualidad
Packworks “refresca” setor
da embalagem e serviços de embalamento Conceber vários tipos de embalagem, seja em cartão, plástico, madeira ou outros materiais, totalmente customizados e, até, quando solicitado, criadas nas instalações do próprio cliente, são alguns dos serviços inovadores da Packworks, empresa de logística e de packaging, que se tem vindo a especializar nesta última área, com soluções inovadoras e integradas.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Packworks, empresa criada dutos especificamente desenhados des de produção, no norte do país pela AMJ Monteiro para para empresas industriais ou da área e Açores, equipadas com linhas de dinamizar o setor da em- dos produtos agrícolas até ao “emba- fabrico para produzir milhões de balagem e packaging li- lamento e gestão ou contentorização caixas por ano, em cartão, madeira gado a esta empresa, está de carga diversa”. “Neste caso, acaba- ou plástico, e que se destinam aos a multiplicar as soluções disponí- mos por, indiretamente, exportar, já mais diversos fins. Em breve, será veis para o setor industrial e agríco- que gerimos encomendas dos nossos lançada uma quarta unidade prola. Como salienta Alfredo Monteiro, clientes para vários pontos do mun- dutiva, no Fundão. fundador da empresa da região do do”, adianta o empresário. Na área da produção de embalaPorto, a criação da Packworks repregem, esta é, geralmente, produzisenta o aprofundamento da atividade Três unidades de produção em da de acordo com as necessidades da AMJ Monteiro no setor da emba- Portugal e especificações solicitadas pelos lagem, que vai desde a criação de pro- A Packworks detém três unida- clientes, o que torna a Packworks 20 act ualidad€
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“uma das empresas mais dinâmicas e solicitadas”, pela abrangência de soluções apresentadas e pela inovação, apesar da “forte concorrência” que existe no setor, frisa Alfredo Monteiro. “Somos os únicos a produzir caixas de plástico a imitar madeira”, exemplifica o dono e responsável pela empresa portuense, criada há 18 anos e que aposta na “otimização de processos e custos” na sua atividade de produção. A empresa tem vindo a inovar, nomeadamente, no transporte das suas caixas, que vão para o cliente em embalagens planas (sem ar), sendo depois montadas só na fábrica ou instalações do cliente, poupando, assim, o tráfego de dezenas ou centenas de camiões na estrada. Um dos mais inovadores serviços disponibilizado pela Packworks é o da produção de caixas nas próprias instalações do cliente, através de uma carrinha equipada com uma máquina móvel, que faz a “montagem on demand ”, poupando assim espaço de armazenamento ao cliente. Uma solução que tem sido muito procurada por produtores agrícolas da Galiza, revela Alfredo Monteiro. Outra das prioridades é a produção “que evite fixações” (pregos, etc.), baseando-se em encaixes simples, e de fácil manuseamento e manutenção ou reutilização, enquanto as embalagens de cartão, por exemplo, não são reaproveitáveis. Alfredo Monteiro sublinha ainda que a Packworks “é a primeira empresa, na área da embalagem de madeira industrial, a obter a certificação de acordo com as normas FSC, de sustentabilidade da floresta”. Além da vertente de fabrico dos produtos, a empresa pode realizar todo o tipo de serviços ligados à “distribuição e exposição dos produtos do cliente”, realizando designadamente a colocação das caixas de fruta ou produtos hortícolas nas grandes superfícies, como o El
Corte Inglés ou o Continente. Nesta vertente, o empresário destaca ainda um serviço tão customizado e exigente como o do “embalamento de uma linha de montagem” industrial, que, recentemente, foi toda desmontada e levada para o estrangeiro.
de sucata de madeira e cartão”. O projeto, denominado “Caixas contam histórias”, está a ser concebido com equipas externas de arquitetos e designers , incluindo a ESAD do Porto. Considerada “PME Excelência” em 2015, a Packworks obteve, no último ano, um volume de negóNovas embalagens baseadas no cios de dois milhões de euros e design conta com 30 trabalhadores. EsEm desenvolvimento está uma tes últimos contam, ainda, com nova área de negócio, de que Alfre- um intenso programa de formado Monteiro apenas revela que está ção, que ascende a 1.600 horas ligada à criação de novos produtos, por ano, na área da produção inbaseados no design e criação artís- dustrial, sublinha Alfredo Montica, resultantes da “reutilização teiro. junho de 2016
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atualidade actualidad
Tucab se consolida en el mercado con la apuesta por la “alta calidad” Empresa proveedora de soluciones para el diseño y la fabricación de tubos, perfiles y juntas de plástico, Tucab es líder en algunos segmentos del mercado y pionera en otros.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
alp, Resul y Suma en Portu- es la única compañía en Portugal que de nuestros empleados, “permite la gal y Siplan y Sach en España produce perfiles construidos con pega- producción de productos de muy alta calidad pero a muy bajo costo. Este es son algunos de los muchos mento incorporado. clientes que confían en Tucab La producción está dirigida a múlti- el secreto de la satisfacción y lealtad de a la hora de encontrar solu- ples sectores y actividades, tales como nuestros clientes”. Cuenta además con una relación de ciones para el diseño y la fabricación tubos para conducción de aire comde tubos, perfiles y juntas de plástico. primido, agua, gas, aspiración centra- estrecha colaboración con sus clientes. Desde 1996 esta empresa portugue- lizada, cableado de automoción, recu- “Con el objetivo de colocar nuestra sa transforma materias primas como brimientos, perfiles PVC, SEBS, polietileno y polipropile- para la industria de no con y sin fibras de vidrio, poliamida, la madera, artículos ABs y policarbonato entre otros, para de cuero, alfombras, la fabricación de tubos, perfiles y jun- toldos y aluminio. tas de plástico. Producen igualmente Tal y como explican productos de coextrusión, con dos y desde la dirección tres materiales de colores o durezas de la empresa, una diferentes, así como perfiles con cola rigurosa selección de incorporada o con doble adhesivo. Con los proveedores, así el paso de los años ha logrado ser líder como un moderno en algunos segmentos del mercado y equipo y la expepionera en otros. Por ejemplo, Tucab riencia y dedicación
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experiencia al servicio de los clientes, disponemos de un departamento de Innovación que en el más absoluto secreto desarrolla en sociedad con nuestros clientes la optimización de las soluciones idealizadas, desde el diseño, pasando por la intriga de las matrices, hasta el producto acabado”, explica Américo Coelho, gerente de Tucab (en la foto). La empresa dispone de recursos humanos con vasta experiencia y en constante formación, un parque de Tucab es la única en máquinas moderno que permite proPortugal que produce cesar todos los tipos de materia prima con las tolerancias más exigentes. “El perfiles construidos rigor, la exigencia y el control de cacon pegamento lidad de sus productos permitió a la empresa la certificación por parte de incorporado TUV, según la norma ISO 9001, así como el certificado de los tubos para conseguido en el 2014 después de un gas por el Certif”, aclara el gerente. Presente en los mercados portugués, crecimiento del 35% en el ejercicio español, francés y marroquí, en el de 2013 para 2014. Con competido2015 lograron una facturación de 1,1 res nacionales e internacionales, para millones de euros, un valor similar al Américo Coelho la gran dificultad del
negocio está en “la gran volatilidad en los precios de las materias primas”. Entre los últimos proyectos de Tucab se encuentra el de la instalación de una línea para producir filamentos para impresoras 3D y una sala limpia para la producción de tubos para la rama médico – hospitalaria y el sector alimentar en ambiente controlado, “que será la primera en Portugal para extrusión”, asegura el gerente de la empresa. Estos proyectos forman parte de la candidatura aprobada por Portugal 2020 en el área de Innovación. “Tenemos aprobados otros dos proyectos, uno de Internacionalización y otro de Vale I+D”. A la hora de hablar de futuro, en Tucab aseguran que éste pasa por “el fortalecimiento de su posicionamiento estratégico, mantener el enfoque en la innovación con el fin de llevar al mercado productos de alta calidad al mejor precio y de esta forma seguir superando las expectativas”.
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Portugal presenta su mejor oferta de decoración y diseño en Casa Decor Por primera vez un país cuenta con un espacio propio en Casa Decor de Madrid, la mayor exposición de interiores, arquitectura, diseño y arte que se realiza en Europa. Participan en el evento un total de 24 empresas de los distintos ramos del sector cuyos productos han sido utilizados para engalanar un espacio de la mano del reconocido decorador español Pepe Leal.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
ortugal dispone de un espacio de 75 metros cuadrados, divididos en tres espacios diferentes (sala, dormitorio y cuarto de baño) en la Casa Palacio Atocha de Madrid, donde tiene lugar este año Casa Decor, evento que celebra su 51ª edición desde el pasado 19 de mayo hasta el próximo 26 de junio. Una delegación nacional organizada y costeada por Aicep que incluye 24 empresas entre las que se encuentran firmas de mobiliario, decoración, iluminación, tejidos decorativos, cerámica, texil hogar, porcelana sanitaria, azulejos, mármol, piedra y paneles decorativos. Una amplia muestra de lo mejor de la decoración y diseño portugués que ha servido para
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inspirar al decorador español Pepe Leal en este proyecto. El proceso de selección de las empresas comenzó hace unos meses. “La idea era que Portugal estuviese presente en Casa Decor con todas las facetas de oferta que tenemos, que es muy grande”, explica Eduardo Henriques, consejero Económico y Comercial de la Embajada de Portugal en España. “Elegimos un decorador español de renombre, Pepe Leal, y con él hicimos una selección de 24 empresas, todas ellas han participado en la decoración. Es un espacio completamente nuevo, la primera vez que se organiza como país. Antes las empresas venían por su cuenta”. Eduardo Henriques con-
sidera que “en el mercado español hay mucho espacio para las empresas portuguesas”. Recuerda que Casa Decor atrae a muchos decoradores por lo que resulta ser un escaparate muy importante para los productos portugueses entre los que están representados “una buena combinación de algunas de las mayores novedades, muy innovadores, y también otros más tradicionales”. Se trata de un sector que engloba a su vez muchos subsectores, por lo que resulta difícil controlar su impacto económico. El consejero Económico y Comercial afirma que la exportación de este tipo de productos de Portugal a España “ha subido en los últimos años sobre todo en los productos que son diferentes”,
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de empresas como Vista Alegre, Bordallo Pinheiro, Castelbel, Kymera, Bambo, Marc de Berny, Pedroso & Osório o Valadares, entre otras Casa Decor con más de 200 empresas Las empresas portuguesas presentes en participantes Casa Decor 2016 incluyen los sectores Entre las empresas participantes se de mobiliario, textiles, iluminación y encuentra Formas de Pedra, dedicada a utilidades domésticas. Todos ellos gela extracción de pedreras de mármol en neran un volumen de negocios anual de la zona de Vila Viçosa, demarcación de 2,4 mil millones de euros de los cuales mármol con características específicas del Alentejo. Trabajan con dos calidades Pepe Leal es uno de los decoradores más dos mil millones provienen de la exporde mármol y con los excedentes de la mediáticos de España, que cuenta con tación de productos hacia 172 países. extracción, cerca del 60% comenzaron un importante estudio en Madrid desde España, Francia y Angola son los prinun proceso de diseño de equipamientos el que trabaja para clientes del territorio cipales apreciadores de la producción aunque también personalizan o adaptan nacional y para otros países como Ingla- nacional, absorbiendo el 52% de las venpiezas a diseño de interiores. En Casa terra, EE.UU., Francia y Alemania. Con tas para los mercados externos. Entre las Decor Pepe Leal ha utilizado el mármol un estilo ecléctico, Pepe Leal se caracte- ventajas competitivas de los productos para revestir algunas paredes, suelos, es- riza por su dominio del color y de las tex- portugueses frente a los de la competantes además de piezas decorativas de turas. Para esta ocasión, el decorador ha tencia se encuentran la calidad, diseño, este material. Para Paula Moucheira, jugado con materiales como el azulejo, el innovación, funcionalidad y oferta comresponsable de Formas de Pedra, “Pepe corcho o el mármol rosa portugués para petitiva. En esta exposición de interiores, Leal ha utilizado de una forma muy reflejar toda la industria y el mobiliario arquitectura, diseño y arte participan pura el mármol, en mate, sin acabados, que se está desarrollando en Portugal. más de 200 empresas y acuden 32 mil y el efecto es muy bonito”, puntualiza. Para ello ha contado con los productos visitantes y 500 periodistas. nicho en el que las empresas lusas tienen mucho camino por andar.
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atualidade actualidad
Dimas Gimeno premiado por expansão do El Corte Inglés em Portugal A estratégia de expansão do El Corte Inglés em Portugal valeu ao presidente do grupo espanhol uma nova distinção. Dimas Gimeno sublinhou, na cerimónia de entrega do prémio da CHP, a melhoria da atividade do grupo e os “sinais de recuperação” da economia espanhola.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR
presidente do El Corte Inglés, Dimas Gimeno (na foto, com o troféu na mão), foi distinguido pela Câmara de Comércio Hispano Portuguesa (CHP) com o prémio “Vasco da Gama”, pela “excelência empresarial“, nomeadamente pela estratégia de expansão levada a cabo por esta cadeia de distribuição em Portugal. “Dimas Gimeno traz uma perspetiva renovadora e uma visão vanguardista, além de uma sólida experiência de gestão”, justificou António Calçada de Sá (na foto, entre Dimas Gimeno e o secretário de Estado espanhol do Comércio, Jaime García-Legaz), pre sidente da CHP, na cerimónia de entrega do prémio, realizada em Madrid, no passado dia 21 de abril. Na ocasião, Dimas Gimeno assegu-
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rou, por seu lado, que a atividade do grupo El Corte Inglés “está a melhorar, o que nos permite olhar para o futuro com otimismo, preparar novos projetos e manter o nosso nível de qualidade e de serviço inalterados”. E frisou que “o setor da distribuição é extraordinariamente competitivo e obriga a uma inovação constante”, sublinhou, numa cerimónia onde esteve presente ainda o embaixador de Portugal em Espanha, Francisco Ribeiro de Menezes (na foto, à esq.). Relativamente ao resto da economia espanhola, referiu que “os sinais de recuperação são animadores e visíveis”. O prémio visou distinguir o papel que este gestor tem tido na consolidação da atividade do El Corte Inglés em Portugal, onde o gigante espanhol fatura mais de 400 milhões de euros,
com as suas unidades de Lisboa e Porto. Dimas Gimeno está estreitamente ligado à implantação desta cadeia no mercado português, desde o seu lançamento, em 2001, tendo ainda promovido a abertura do El Corte Inglés de Gaia (distrito do Porto), em 2006. A importância deste grupo para o fomento das relações entre os dois países foi igualmente alvo de outra distinção, mas em Portugal, quando a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), concedeu, em 2002, ao então presidente do El Corte Inglés, Isidoro Álvarez, o prémio de “Empresário do Ano”. Dimas Gimeno homenageou o falecido empresário e sublinhou que foi “durante o seu mandato, que o El Corte Inglés registou o período de maior crescimento da sua história”.
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Spring Professional, nova marca para o setor do recrutamento especializado A Spring Professional, empresa especializada no recrutamento de quadros médios e superiores, acaba de ser lançada em Portugal com um investimento inicial de meio milhão de euros. Integrada no universo Adecco, líder mundial em gestão de recursos humanos, a marca possui uma forte orientação para as áreas de tecnologias de informação, engenharia, setor financeiro e de vendas e marketing, e pretende auxiliar as contratações de cerca de uma centena de profissionais até ao final do ano. A Spring está presente em outros 12 países da Europa e Ásia e conta, atualmente, com uma rede de 68 escritórios e cerca de 600 consultores a nível global. Em Portugal, a marca prevê já um reforço dos seus quadros – com uma contratação de 10 profissionais especializados –, que se juntarão a uma equipa com mais de 10 anos de experiência na gestão do recrutamento nos quatro
mercados verticais definidos. A liderar a marca em Portugal está Alexandra Andrade, nova diretora da Spring Professional. “Queremos ser líderes de mercado no recrutamento especializado de quadros médios e superiores em Portugal. Para isso, diferenciamo-nos através de uma consultoria marcada por um elevado nível de expertise. Estudamos a cultura das empresas com quem trabalhamos, conjugamos as melhores ferramentas e tecnologias na identificação dos perfis e atuamos de forma cirúrgica no recrutamento de quadros”, frisou Alexandra Andrade. “A Spring vem, assim, posicionar-se no campo do recrutamento altamente especializado e na identificação dos profissionais que reúnem o perfil, o conhecimento técnico, a
experiência e a cultura empresarial certa para cada posição. Estamos a falar de um trabalho que é desenvolvido de forma taylormade”, explicou a nova diretora da marca em Portugal. Com escritórios na China (Xangai), Hong Kong, Tailândia, Malásia, Singapura, Coreia do Sul, Japão, Reino Unido, França, Itália, Espanha e agora também em Portugal, a Spring é uma marca global do mercado da seleção e recrutamento especializado, que trabalha com abordagens e metodologias próprias, capitalizando o conhecimento e a experiência internacional do grupo Adecco.
Retorno mediático dos patrocinadores da Seleção Nacional pode atingir os 117 milhões A Cision prevê que o retorno mediático dos patrocinadores principais da Seleção Nacional de Futebol – Sagres, Meo, Galp, Novo Banco, Continente, Jogos Santa Casa, Nike, Hertz e Samsung – possa atingir os 117 milhões de euros, caso a equipa portuguesa vença o campeonato Europeu de Futebol. No Euro 2016, que terá início no dia 10 de junho, a estimativa indica que os patrocinadores da Seleção Nacional têm garantido, à partida, um retorno de 78 milhões de euros, valor gerado desde a fase de preparação, ou seja, a convocatória do selecionador nacional até ao final da fase de grupos. Caso a Seleção Nacional passe aos oitavos de
final, o valor ascenderá aos 85 milhões de euros. Se a meta atingida forem os quartos de final, a estimativa é de 92 milhões de euros e a presença nas meias finais renderá 101 milhões. A consagração da Seleção das Quinas como campeã do Euro 2016 representará um retorno de 117 milhões de euros, para os principais patrocinadores. Esta previsão é baseada no acompanhamento sistemático do retorno mediático destas marcas nos Mundiais de 2014, 2010 e de 2006 e nos Europeus de 2012, 2008 e de 2004. No último Euro 2012, o valor total de retorno mediático alcançado pelos patrocinadores da Seleção Nacional foi de 98,5 milhões de euros, tendo a
equipa portuguesa sido derrotada pela Espanha, nas meias-finais da competição. A metodologia da Cision, para avaliação do retorno mediático, quantifica o tempo ou o espaço de exposição que as marcas têm na comunicação social, em espaço editorial. A exposição é avaliada com base no custo das tabelas publicitárias de cada meio, ou seja, fazendo a equivalência ao que as marcas teriam que pagar para ter a mesma exposição através de inserções publicitárias nesses meios. O pontapé de saída da Seleção Portuguesa no Euro 2016 está marcado para o dia 14 de junho, frente à Islândia.
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BQ sugere robô Zowi para as crianças
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BQ sugere o robô educativo Zowi como o presente ideal para o Dia da Criança. Esta sugestão vai ajudar os mais novos a brincarem e a darem os primeiros passos na tecnologia. Parece um brinquedo, mas na realidade é um ecossistema de robótica educativa com um processo didático amplo. O Zowi constitui um primeiro
contacto entre os mais novos e a tecnologia ao despertar a atenção da criança pelo seu aspeto divertido, pelos variados movimentos que integra, mas também pela curiosidade no modo como funciona. Progressivamente, a criança irá descobrindo que a tecnologia pode ser simples, acessível e divertida. O Zowi está apto para as crianças brincarem mal o tiram da caixa, pois vem com alguns movimentos programados – dança, caminha, evita obstáculos e responde a toques e sons. Pode ser controlado através de um telemóvel ou tablet android graças à sua aplicação Zowi, disponível em Google Play, que permite às crianças divertirem-se com os diferentes jogos incluídos. As crianças podem também dar os primeiros passos na programação, aprendendo novas habilidades, através de uma ferramenta de
programação por blocos rápida e intuitiva para os mais novos, a Bitbloq. Com o objetivo de aproximar este ecossistema dos mais novos, a BQ criou ainda o site do Zowi que é uma plataforma dedicada ao simpático robô. O Zowi adapta-se ao ritmo das crianças a partir dos oito anos: após terminar cada fase, desbloqueiamse novos desafios. Aproxima-se de forma natural das três áreas necessárias para dominar a tecnologia: o hardware , porque as crianças poderão desmontar e voltar a montar o robot mediante simples passos e deste modo descobrir como funciona a eletrónica por dentro; o software , porque podem controlar o Zowi programando-o através da app, e por fim, o design, porque podem criar os seus próprios complementos.
Terra Nostra com o maior investimento da marca para novo leite de pastagem A marca de laticínios Bel Portugal inaugurou no mês passado uma nova linha de embalamento de leite, na sua fábrica da Ribeira Grande, em São Miguel, Açores, onde será produzido o novo Terra Nostra Leite de Pastagem. A nova linha de produção reresentou um investimento de cinco milhões de euros da empresa especializada em queijo e que detém marcas como a Terra Nostra, Limiano ou A vaca que Ri. Assente na mensagem “Fazer o Bem, bem feito”, o Leite de Pastagem Terra Nostra é um leite parceiro da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, que reconhece o pioneirismo da naturalidade e riqueza nutricional deste produto. Rico em proteína, cálcio e fonte de fósforo, este leite é exclusivo dos produtores certificados do “Programa Leite de Vacas Felizes”, proveniente de vacas que se alimentam exclu-
sivamente ao ar livre, 365 dias por ano, e sem recurso a rações. Foi durante o ano 2015 que a Terra Nostra apresentou este projeto, uma iniciativa em cooperação com os seus produtores de leite açorianos, que asseguram as melhores práticas de produção leiteira, onde se incluem os mais rigorosos critérios de qualidade, sustentabilidade e bem-estar animal. Todos os produtores do Programa são auditados por uma entidade externa, a SGS, responsável pela sua certificação. O programa foi recentemente premiado pela ONG britânica Compassion in World Farming, pelo compromisso da marca com o bem-estar animal. O novo Leite de Pastagem Terra Nostra apresenta-se com uma embalagem inovadora no mercado: elegante e mais funcional, e que conta também com a primeira tampa de origem biológica da Europa, em leite. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Allianz reforça patrocínios ao futebol masculino e feminino
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Allianz, um dos patrocinadores oficiais de jogos da Taça da Liga em futebol, na época 2015/16, patrocinou a final da Taça da Liga CTT, a 20 de maio. No final da partida, foi ainda eleito o melhor jogador em campo, recebendo o troféu “Man of the Match” Allianz. O futebol é uma das modalidades desportivas em que a marca Allianz
tem investido mais, somando agora o patrocínio ao futebol feminino, nomeadamente da Taça de Portugal Feminina. A marca patrocinou, ainda, o encontro realizado no passado dia 28, entre as formações de futebol feminino do Benfica e do Valadares Gaia FC, realizado no estádio do Jamor. “O futebol é, sem dúvida, o desporto-rei no nosso país. Move paixões e multidões e faz parte da nossa cultura e forma de estar”, explica José Francisco Neves, diretor de Marketing Management da Allianz Portugal. “A associação da Allianz ao futebol faz parte da nossa estratégia global de marketing e posicionamento. Queremos estar próximos das pessoas e, sempre que possível, proporcionar e partilhar momentos emocionantes e apaixonantes. Estamos certos que
todos os jogos vão ter estes ingredientes”, refere. O mesmo responsável comenta ainda que “na continuação do apoio da Allianz ao futebol em Portugal, consideramos que faz todo o sentido estar também ligado ao futebol feminino. O desafio que nos foi apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol, de fazer crescer o futebol feminino no nosso país, tornou-se irrecusável. Ficamos orgulhosos por podermos ser a marca desta modalidade em Portugal”. A Allianz voltou a estar presente na final da Taça de Portugal, que se realizou dias antes (22 de maio), no Estádio Nacional, no Jamor. Patrocinadora oficial da prova desde 2008, no âmbito da sua estratégia de apoio ao desporto, a seguradora festeja um dos jogos mais importantes da época futebolística com ações de ativação de marca junto do público, dentro e fora do estádio.
Barbot lança cinco novas soluções técnicas
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om a chegada das estações mais quentes, aproxima-se também a altura mais apropriada para as inter venções em casa. A pensar nesta necessidade, a Barbot lançou cinco novos produtos: dois aditivos, um primário e duas soluções de limpeza, destinados a facilitar o trabalho
de quem precisa pintar, impermeabilizar ou tratar determinadas áreas. “Além dos produtos decorativos, muito importantes para oferecer novas soluções ao mercado da decoração e ao consumidor final, o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Barbot tem-se centrado também na criação de novas soluções para o mercado da reabilitação. Neste campo, os produtos com finalidades muito específicas são uma prioridade”, fundamenta Sofia Miguel, diretora de Marketing da Barbot. Barbot Flex é um aditivo para misturar com cimento Portland tipo 32,5N, originando uma argamassa f lexível, impermeável
e com elevado poder de aderência. A mistura obtida pode ser aplicada em suportes de betão, cimento, tijolo, etc, permitindo uma pintura posterior, entre outros f ins. Também o Barbot Imper (na foto) é um aditivo impermeabilizante, para ser misturado com cimento. Baseado em resinas acrílicas de elevada adesividade, tem uma aplicação muito fácil e pode ser utilizado como primário de adesão e impermeabilizante sobre superfícies de betão, como aglutinante de superfícies que se encontrem esfareladas, como acabamento impermeabilizante em superfícies soterradas e ainda como acabamento sobre betão à vista.
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fazer bem Hacer bien
o âmbito da parceria entre a Fundação Mapfre e a Re-Food, a seguradora Mapfre acaba de garantir um seguro de acidentes pessoais aos cerca de três mil voluntários que colaboram com esta associação em todos os núcleos existentes no País. Esta colaboração teve início há três anos, altura em que a infanta Elena de Borbón, Diretora de Projetos Sociais e Culturais da Fundação Mapfre, esteve em Portugal para marcar presença na inauguração do Centro Re-Food do Lumiar. Segundo João Gama, diretor de Comunicação da seguradora, “é política da Mapfre, através da sua Fundação, promover atividades altruístas com utilidade social que tenham um papel ativo no desenvolvimento da sociedade. Estamos muito satisfeitos em contribuir para o bem-estar dos elementos que colaboram com uma organização que possui um objetivo tão nobre”. Além desta aliança com a Re-Food, a Fundação Mapfre está envolvida em
vários outras iniciativas de cariz social, como é o caso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no âmbito do desenvolvimento da Quinta Pedagógica do Pousal, um projeto que representa um investimento de cerca de 200 mil euros e que acolhe pessoas com deficiência, ou da colaboração com o Ministério da Educação e Ciência, através do Programa PERA (Programa Escolar de Reforço Alimentar), assegurando, desde 2013, mais de 250 mil refeições a milhares de alunos com carências alimentares. O Re-Food é um projeto “micro-local” conduzido por cidadãos para responder a necessidades sociais. Surgiu pela mão de Hunter Halder que, ao aperceber-se das carências alimentares vividas por muitas pessoas e da comida em bom estado de conservação que era diariamente desperdiçada pelos restaurantes, começou a recolher refeições e a distri-
Foto Arquivo Re-Food
Fundação Mapfre atribui seguros a voluntários da Re-Food N
buir por quem mais necessitava. O número de pessoas que procuram a Re-Food tem vindo a crescer, assim como os restaurantes e empresas que aderem ao movimento, que já resgata mais de 25 mil refeições por mês. O projeto conta atualmente com cerca de três mil voluntários nos 17 núcleos e apoia diariamente 1726 pessoas. Para conseguir realizar estar tarefa, o Refood tem “687 fontes de alimentos”, entre os quais restaurantes, cafés e pastelarias.
Tena premeia “Paixão de Cuidar - Gestos que Mudam o Mundo” A
Tena, marca da SCA (empresa líder em produtos de higiene), está a lançar a segunda edição portuguesa do projeto “Paixão de Cuidar”. A iniciativa procura valorizar e destacar a importância da figura dos cuidadores que acompanham a população sénior institucionalizada em lares e residências de todo o país. A primeira edição teve lugar em 2014. O projeto acontece em Portugal e Espanha em anos alternados, e nesta segunda edição no nosso país o foco está colocado na sustentabilidade. Sob o mote “Gestos que mudam o mundo”, a iniciativa encoraja os prestadores de cuidados a revelar os pequenos projetos ou ideias sustentáveis que implementam nos seus 34 act ualidad€
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locais de trabalho e que têm um impacto positivo, tanto no dia a dia da população idosa de que cuidam como no meio ambiente. O concurso destina-se a todos os cuidadores da população sénior, que podem partilhar projetos que revelem a sua “Paixão de Cuidar” que tenham em conta esta componente da sustentabilidade. O objetivo principal é sensibilizar a opinião pública para o valor do trabalho diário de assistência e acompanhamento que realizam os cuidadores. Em média, cerca de 85% da população com 65 anos ou mais necessita de algum tipo de cuidado. Paralelamente, pretende-se fomentar o espírito de iniciativa e projetos pio-
neiros que tragam um maior bemestar aos idosos (trabalhos manuais, iniciativas de jardinagem, entre outros) e que procurem otimizar recursos e respeitar o meio ambiente. “Queremos premiar projetos, independentemente da sua dimensão, que demonstram a paixão de cuidar e o contributo para tornar este mundo melhor. Um dos nossos principais pilares é o compromisso com a sustentabilidade e o cuidado das pessoas que mais dele precisam. Assim, valorizamos a apresentação de iniciativas que demonstrem mais valias para o dia a dia das pessoas institucionalizadas”, explica João Paulo Iglesias, diretor comercial Ibérico da SCA Incontinence Care.
Hacer bien
fazer bem
Vivafit apoia participação de pessoas com deficiência na prática de fitness A s cadeias de ginásios Vivafit são as primeiras marcas portuguesas do sector do fitness a assinarem a Declaração de Marselha. O documento foi assinado por Catherine Carty, por parte da Unesco, por, e por Pedro Ruiz, por parte da Vivafit. O documento compromete os signatários a maximizarem a inclusão de pessoas com deficiencia nas suas instalações, com material e recursos humanos adequados Lançada em 2015, a Declaração de Marselha representa uma mudança global social com o apoio da UNESCO e visa transformar a vida das pessoas com deficiência, das suas famílias
e das comunidades onde se inserem através da prática de educação física, desporto, animação e fitness. Em Portugal, além da Vivafit e da Personal20, a associação sectorial AGAP também é signatária. O grupo nacional Vivafit é a única cadeia portuguesa de boutiques studios de fitness, ginásios exclusivamente femininos onde as mulheres não se sentem intimidadas, mesmo que nunca tenham frequentado este tipo de espaços desportivos anteriormente, e é ainda a única empresa de ginásios portugueses com presença no estrangeiro. A marca tem espaços abertos na Índia, Singapura, Indonésia, Taiwan,
Emirados Árabes Unidos, Omã, Cazaquistão, Espanha e Uruguai, além de Portugal, num total de 50 ginásios que representam 300 colaboradoras.
Transdev oferece 75% de desconto a desempregados A Transdev está a organizar um Roadshow Transações 2016, que vai passar por 10 cidades portuguesas, com o objetivo de comunicar junto das populações locais três ações distintas: Via Emprego, Happy Summer e Mega Concurso Transdev. A marca irá desenvolver várias iniciativas, entre as quais se destacam a oferta de 75% de desconto a todos aqueles que estiverem numa situação de desemprego. “Com esta iniciativa a Transdev pretende dinamizar o setor dos transportes de passageiros com três ações distintas e inovadoras. Durante três semanas iremos estar presentes em 10 cidades com o objetivo de comunicar junto dos diversos públicos-alvo as diferentes ações Transdev. Se por um lado queremos premiar os nossos clientes com um Mega Concurso e dar aos mais jovens a possibilidade de terem um verão inesquecível (com viagens ilimitadas em toda a rede
Transdev), não nos esquecemos também daqueles que mais necessitam, oferecendo 75% de desconto a quem estiver numa situação de desemprego”, refere Rui Pereira, Coordenador de Marketing e Comunicação da Transdev Portugal. A ação Via Emprego pretende destacar-se pelo seu caráter de responsabilidade social, tendo como objetivo apoiar atuais desempregados a encontrar o seu próximo emprego. Para isso a Transdev oferece este desconto a qualquer cliente que se encontre em situação de desemprego, bastando apenas apresentar o comprovativo no ato de aquisição ou renovação da sua assinatura mensal em qualquer bilheteira Transdev. Já a ação Happy Summer 2016 pretende atingir um público mais jovem. Clientes com idade igual ou inferior a 21 anos têm a oportunidade de viajar em toda a rede Transdev por apenas
15 euros/mês ou 25 euros/mês (caso desejem percursos de praia). Por último, a marca pretende premiar os seus clientes com o Mega Concurso Transdev, dando-lhes a oportunidade de se habilitarem a ganhar prémios diversos. O grupo Transdev tem sede em França e presença em 20 países (incluindo Portugal), distribuídos pelos cinco continentes. Em Portugal, a empresa tem sede em Matosinhos e opera em todo o território nacional, com cerca de 1.800 colaboradores e uma frota de aproximadamente 1.500 viaturas. Atualmente, a atividade da empresa ao nível nacional incide exclusivamente no setor rodoviário, detendo 12 empresas e participações na Internorte, Intercentro, Rede Nacional de Expressos, Renex e Rodoviária do Tejo, realizando um volume de negócios de 105 milhões de euros, em 2015.
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Cartas de Madrid El desempleo en España en los primeros meses del año eg ún el Instituto Naciona l de E stad ístic a, el desempleo en E spa ña au mentó en el primer trimestre del a ño en 11.90 0 persona s, situá ndose en el 21% de la población activa. En este periodo, la industria f ue el único sector generador de empleo, aunque no en su f iciente c a ntidad como pa ra compensa r la s c a ída s de desempleo que se produjeron en la a gricu ltura, la constr ucción y, sobre todo, en ser vicios. Se rompe, pues, la tendencia de cuatro trimestres consecutivos del descenso del desempleo, si bien es cier to que desde el inicio de la crisis en 20 08, los primeros trimestres del a ño nunc a f ueron buenos pa ra el merc ado labora l, a excepción del 2014 en el que el pa ro bajó en 2 .30 0 persona s y el pa sado a ño en 13.10 0. E ste a ño se esperaba que los datos ta mbién f uera n buenos pero pese a los síntoma s de recuperación económic a, esta ta sa sig ue esta ndo dura nte cinco a ños por encima del 20%. En este primer trimestre no sólo au mentó el pa ro, ta mbién se destr uyó empleo, en concreto, 6 4.60 0 puestos de trabajo. E stos dos ind ic adores seña la n que la recuperación del merc ado labora l es todavía dema siado débil, pese a que en los ú ltimos 12 meses, el pa ro ha d isminuido en 653.0 0 0 persona s y la ocupación ha au mentado en 574.80 0. A pesa r del revés de este trimestre, la economía espa ñola continúa crea ndo empleo en términos intera nua les. Por otra pa r te, en el momento en que ha go referencia a los datos del primer trimestre, se conocen ya los resu ltados relativos a l mes de abril, en el que el desempleo baja en 83.599 persona s, deja ndo situada la cifra de pa rados en 4.011.172 . En este mismo mes de abril, aumenta ron los cotiz a ntes a la Seg uridad Socia l en 158.038 y el nú mero tota l de a f iliados se sitúa en 17.463.836, sobrepa sa ndo en má s de un mil lón la cifra de cotiz a ntes respecto del a ño 2013.
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Por José-Benigno Pérez Rico *
Sin duda, la polític a económic a y la favorable coy untura internaciona l ha n favorecido la creación de empleo en nuestro pa ís, que a livió la situación que ex istía a f ina les del 2011 cua ndo el PP empe zó a goberna r y nos encontrába mos a l borde de la inter vención. Sin emba rgo, la situación actua l es muy preocupa nte. Por un lado, la incer tidu mbre acerc a del resu ltado de la s próx ima s elecciones genera les el 26 de junio pa ra la formación de un nuevo gobierno y, por otro, el enfria miento económico g loba l, con pa íses en recesión o de bajo crecimiento, y el imprevisible resu ltado de la s elecciones en el Reino Unido sobre la permanencia o sa lida de Europa que, de producirse la sa lida, pod ría perjud ic a r seria mente la eco nomía ing lesa y ta mbién la europea. Es por ello que el gobierno que sa lga de las urnas el próximo día 26, en colaboración con los agentes socia les, tendrán que trabajar muy seriamente en la que se puede considerar la asignatura pendiente más importante del país, que es la creación de empleo. Para crear puestos de trabajo es necesario crecer de una manera sostenible, y para lograr este objetivo sería indispensable contar con un gobierno estable, que ofrezca conf ianza a los mercados, dentro y fuera de nuestras fronteras, que actúe con f irmeza en la reforma de las administraciones del Estado y sea capa z de reducir el gasto público. Pero, además, España necesita empresarios innovadores, destinar recursos a los sectores productivos, invertir en tecnologías y seguir potenciando la mano de obra cua lif icada. Pero esto que resulta tan fácil de pronunciar, es mucho más difícil de implementar y requiere de una f irme voluntad del gobierno y la implicación de toda la sociedad. * Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria Luso Española E-mail: jbperezrico@hotmail.com
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Como se está a elevar o "Q.I." das cidades Se os cálculos da ONU estiverem corretos, em 2050 é bem possível que 70% da população viva em cidades. Problema? Chamemos-lhe antes desafio, já que a forma como estamos a pensar as cidades e o que estamos a fazer por elas determina a qualidade de vida dos cidadãos no presente e condiciona a do futuro. E no futuro queremos cidades mais “inteligentes”, que é o mesmo que dizer capazes de usar todas as ferramentas possíveis para potenciar da forma mais eficiente os recursos disponíveis, com o propósito de elevar a qualidade de vida. Objetivos de um “comboio em andamento”, que transporta oportunidades gigantes para todos os setores de atividade… Textos e fotos Susana Marques smarques@ccile.org
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urante um jantar, em 2004, o antigo presidente dos EUA Bill Clinton terá dito a John Chambers, CEO da Cisco, que a multinacional de tecnologia deveria utilizar as suas ferramentas para tornar as cidades melhores. A ideia está na origem do conceito de smart cities, que se impõe como uma meta em permanente atualização. As desejadas cidades inteligentes de que atualmente tanto se fala concentram objetivos que não são de agora, como o da sustentabilidade, da responsabilidade social, da eficiência económica, e convocam, em simultâneo, a tecnologia e os cidadãos. O desafio de elevar o “coeficiente de inteligência” das cidades assume uma escala global e tira partido dela, na medida em que evidencia a necessidade de partilhar estratégias e soluções. Na realidade, todos os setores de atividade estão convocados e todos deverão participar na construção das cidades que vamos ter no futuro. A dimensão do desafio e das oportunidades que germina percebe-se melhor se nos lembramos que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que em 2050 cerca de 70% da população se concentre nas cidades. Prevê-se que em 2020 o mercado das smart cities valha 1,565 triliões de dólares (aproximadamente 1,394 triliões de euros). O tema foi debatido nos passados dias 18 e 19 de maio, em Lisboa, na conferência Zoom Smart Cities, onde oradores nacionais e internacionais abordaram vários aspetos inerentes ao processo de tornar as cidades mais inteligentes. A organização, a cargo da revista Smart Cities, da agência de comunicação Conteúdo Chave, da Bac Consultores e da Nova Information Management School, lembra que o Banco Mundial destinou 2,96 mil milhões de euros para o desenvolvimento urbano, que o programa Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação dispõe de 5,9 mil milhões de
euros de um total de 80 mil milhões para as áreas secure, clean and eficiente energy e que os fundos comunitários enquadrados pelo Portugal 2020 disponibilizam dois mil milhões de euros para cidades sustentáveis. Também a União Europeia fez zoom sobre a questão das cidades inteligentes e concluiu no relatório "Mapping Smart Cities in the EU – 2014", que 51% das cidades europeias com mais de 100 mil habitantes já implementaram iniciativas de inteligência urbana. O "comboio está em andamento", pelo que importa perceber, no contexto português, o que está a ser feito e que oportunidades traz o desafio de tornar mais inteligentes as cidades.
Prevê-se que em 2020 o mercado das smart cities valha, aproximadamente, 1,394 triliões de euros Catarina Selada, responsável pelo departamento de cidades da Inteli Inteligência em Inovação, a empresa que monitoriza o que poderíamos chamar de “coeficiente de inteligência” das cidades portuguesas (através do Índice de Cidades Inteligentes) ajuda-nos a fazer o ponto da situação de Portugal no contexto mundial: “As cidades portuguesas estão a seguir uma trajetória semelhante a outras cidades europeias, excluindo as grandes metrópoles que têm estratégias e programas integrados associados ao conceito smart city. A maioria dos municípios encontra-se consciencializada para o tema, fruto das diversas ações de sensibilização realizadas a nível nacional e internacional, mas são raros os que desenvolveram roadmaps específicos associados à inteligência urbana.” A gestora sublinha que “as cidades
portuguesas são bastante heterogéneas do ponto de vista económico, social, cultural e institucional”, pelo que “os desafios são também diversos”. Questões como “o despovoamento e o envelhecimento da população, as alterações climáticas, a exclusão e as desigualdades sociais” devem estar em cima da mesa na hora de adotar estratégias no âmbito do conceito de smart cities. Essas “estratégias e projetos de inteligência urbana têm que ser adaptados às especificidades territoriais”, alerta. Sobre esse tipo de especificidades debruçou-se a socióloga holandesa Sakia Sassen, que propôs a designação de cidade global para alertar para a sua heterogeneidade: “A cidade é tantas coisas. É um sistema complexo, mas incompleto, susceptível à temporalidade, que também pertence à definição das cidades.” Para a experiente socióloga é fundamental que se perceba que o processo de tornar as cidades mais inteligentes deve sobretudo ter em atenção as pessoas: “Não se trata apenas de introduzir tecnologia, inovação. Há que pensar nas especificidades das pessoas, que têm diferentes necessidades e acolhem a tecnologia de forma distinta. Há desafios que não devem ser descurados, como a geografia, o nível económico, inclusivamente na mesma cidade. A noção de que noutro ponto do globo ou noutra zona da cidade as coisas se passam de forma diferente é importante, já que o acesso à tecnologia e aos diferentes serviços depende da cultura de cada zona de acesso.” Daí que possa ser mais fácil agir em cidades mais pequenas, ao contrário do que se poderia pensar, observa a especialista. Atualmente a viver em Nova Iorque, Saskia Sassen chama a atenção para a descontextualização de algumas medidas. “Não é bom que as pessoas se sintam estranhas na sua própria cidade, ou estranhas à economia que as rodeia. O espaço urbano também é ator da mudança, em injunho de 2016
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Foto Sandra Marina Guerreiro
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teração com a atividade humana.” Por isso, importa que a tecnologia tenha em consideração o utilizador e procure dialogar com ele: “Os sistemas que não elevam o nível de inteligência dos utilizadores não sobrevivem muito tempo. A smart city tem que mobilizar a inteligência dos seus moradores. O falhanço de uma intervenção advém de ignorar a diferença da assimilação e do acesso à tecnologia também. O desafio da tecnologia é embrenhar a inteligência do utilizador. Isso pode prolongar a vida da tecnologia. Tem que haver monitorização do seu uso, para que quem fabrica a tecnologia possa aprender com os utilizadores e melhorá-la.” A participação dos cidadãos é um dos pontos críticos para o sucesso das estratégias de transformação das cidades. A maior ou menor capacidade de uma cidade envolver os seus cidadãos ditará também o sentido em que evolui a qualidade de vida.
O Banco Mundial destinou 2,96 mil milhões de euros para o desenvolvimento urbano. O programa Horizonte 2020 dispõe de 5,9 mil milhões de euros para a eficiência energética. Os fundos do Portugal 2020 disponibilizam dois mil milhões de euros para a sustentabilidade das cidades
Rener, a rede portuguesa que une as cidades inteligentes Em Portugal, foi criada em 2009 a Rede Piloto para a Mobilidade Elétrica, juntando 25 municípios. Esta rede esteve na origem da RENER – Rede Portuguesa de Cidades Inteligentes, que passou em 2014 a ter 46 municípios associados. Já este ano, a Associação de Municípios Portugueses criou a secção das cidades
inteligentes, que agrega 110 municípios parceiros. A Câmara Municipal de Viseu preside à Rener, Almada e Castelo Branco assumem a vice-presidência e Porto e Cascais são vogais da direção. As cidades portuguesas associadas da Rener estão a implementar projetos em áreas verticais (como mobilidade, energia ou governação) que se constituem como boas práticas a
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replicar noutros territórios”, assinala Catarina Selada. A Inteli, informa a gestora, “tem vindo a distinguir estas ideias com o selo “A Smart Project for Smart Cities”, sendo que em 2015 se destacaram vários projetos: "No-paper (Vila Nova de Gaia), bike-sharing Agostinhas (Torres Vedras), sistema de gestão e informação ambiental (Matosinhos), iluminação pública inteligente (Águeda) e gestão inteligente de resíduos (Cascais). De notar que a maior parte destes projetos são iniciativas piloto, ainda isoladas e pontuais”. O Índice de Cidades Inteligentes da Inteli avalia o posicionamento das cidades na área das smart cities’, integrando cinco dimensões de análise: governação, inovação, sustentabilidade, inclusão e conectividade e cerca de 120 indicadores. Os resultados da segunda edição vão ser publicados ainda no primeiro semestre deste ano, adianta Catarina Selada. Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu (a cidade que preside atualmente à Rener), diz que “já perdemos algumas aldeias”, pelo que há que tentar “salvar as cidades”. Tal como Saskia Sassen, o autarca está consciente que no domínio do que se quer para as cidades inteligentes, nem tudo passa pela tecnologia: “A tecnologia é apenas o instrumento. Devemos começar pelas pessoas, pelas suas necessidades.” As medidas de incentivo à natalidade que o município de Viseu tem vindo a implementar são um bom exemplo, diz. No universo de intervenção a favor das smart cities, “interessa fazer lobbying e promover a troca de experiências”, sobretudo numa altura em que “os recursos são cada vez mais escassos para as autarquias.", indica Almeida Henriques, sublinhando que essa é a lógica que preside à Rener. Para o autarca, desafiante é também “conciliar as políticas antigas com as de nova geração”, bem como ter uma democracia mais participativa. “Ain-
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da que pouco motivados para ir à urna, os cidadãos são mais exigentes e mais informados, pelo que devem ser motivados a participar.” A Rener – Rede Portuguesa de Cidades Inteligentes estabeleceu Viseu, a única cidade portuguesa um Protocolo de Cooperação do interior que nos últimos 20 anos com a RECI – Rede Espanhola viu crescer a sua população, está, à de Cidades Inteligentes em 2013. semelhança de outras cidades portu“Para além da partilha de expeguesas, a trabalhar para melhorar a riências e boas práticas entre as qualidade de vida dos cidadãos, poucidades das redes, foi desenvolpando recursos. Almeida Henriques vido um projeto conjunto na área avança que estão a intervir ao nível do empreendedorismo urbano – da iluminação pública (instalação de o Startup4Cities Iberia”, explica luminárias led), da mobilidade, lugaCatarina Selada, da Inteli. O obres de estacionamento (com painéis jetivo foi “promover o empreeninformativos sobre lugares disponídedorismo de base tecnológica veis e respetiva localização), de uma orientado para o desenvolvimennova rede inteligente de transportes to de soluções para os novos (elétrica no centro histórico), rede de desafios urbanos e criar serviços ciclovias, transporte a pedido para criativos e inovadores para as cias freguesias menos bem servidas de dades do futuro”. transportes, otimização do consumo A especialista da Inteli conta de água (sistema inteligente de conque “foram rececionadas 108 trolo, medição e pagamento da água), propostas empreendedoras dos recolha de resíduos inteligente (sendois países, tendo sido seleciosorização dos contentores, veículos nadas 18 ideias de projeto”. Esde recolha movidos a gás), atração de novos investimentos, governação e participação, etc. Todas estas áreas piscam o olho às empresas, assim sejam capazes de O Governo destinou fornecer as devidas soluções. Para financiarem o desenvolvimento destas 20 milhões de euros novas soluções os fundos europeus para a criação de podem ser o caminho, quer para as empresas, quer para as autarquias. living labs nas cidades Como referimos, a União Europeia portuguesas, capazes está a canalizar uma parte dos seus fundos para financiar projetos que de desenvolver e visam tornar as nossas cidades mais testar projetos de inteligentes. No caso dos fundos dos programa europeu Horizon 2020, “as descarbonização cidades pequenas e médias têm dificuldade em posicionar-se, tendo sido aprovadas candidaturas de consórcios ders locais (ver caixa da página 40), integrados por cidades de referência que visa testar e escalar soluções urna arena internacional”, esclarece Ca- banas na interseção entre a energia, tarina Selada, ressalvando que “Lis- mobilidade e TIC” e o “Porto é folloboa participa como lighthouse city wer city do projeto Grow Smarter, num projeto farol na área das Smart liderado pelas cidades de Estocolmo, Cities and Communities – Sharing Colónia e Barcelona”. Cities, em colaboração com Londres Relativamente ao Portugal 2020, e Milão e um conjunto de stakehol- “houve um grande atraso no lança-
Parceria entre a Rener e a espanhola RECI tas “foram apresentadas pelos promotores no “Smart City Expo World Congress”, em Barcelona, em novembro de 2015, perante uma audiência integrada por representantes dos municípios e outros atores do ecossistema empreendedor”. Catarina Selada lembra que “o vencedor foi um projeto português – o “Participare”, na área da governação e participação pública”. Estas ideias são aplicadas em algumas cidades, que “funcionam como palcos de teste e experimentação destas soluções urbanas em contexto real”. No domínio da cooperação internacional, a Rener tem estabelecido contactos com o Brasil e outros países da América Latina, com vista à criação de uma Rede Ibero-Americana de Cidades Inteligentes.
mento dos avisos de abertura de concursos para municípios, sendo que só agora se espera que existam oportunidades para as cidades beneficiarem desses fundos”, indica a responsável da Inteli, acrescentando que “a expetativa é enorme uma vez que Portugal está já preparado para o estabelecimento de projetos que se constituam como referência no plano internacional”. Catarina Selada frisa ainda que “o território nacional tem características muito próprias e específicas que permitem posicionar o país como um palco de teste e demonstração por excelência de projetos inovadores e sustentáveis para as cidades do futuro”. O Governo português deixa claro que o objetivo de fundir as valências da tecnologia com o mundo físico diz respeito a todo o país, ainda que as cidades têm o poder de o catalizar, já que concentram o grosso da população. José Mendes, secretário de Estajunho de 2016
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"Cidade do Rock Inteligente", a montra da tecnologia da Vodafone Parceira do Festival Rock in Rio-Lisboa há 12 anos, a Vodafone apostou em elevar o “coeficiente de inteligência do recinto”, nos dias em que decorreu o evento (19, 20, 27, 28 e 29 de maio) e mostrar que quer ter um papel relevante no que toca à construção das cidades do futuro. A empresa de telecomunicações contribuiu para a que chamou de “primeira cidade do rock inteligente do mundo”, ao instalar “soluções de cariz tecnológico e inovador, nunca antes aplicadas num evento de música e entretenimento”. A 7.ª edição do Rock in Rio-Lisboa contou com “tecnologias de informação e comunicação para promover a melhoria da experiência dos milhares de espetadores que visitaram o evento todos os dias, a sustentabilidade ambiental e económica do festival”, nomeadamente no que toca ao consumo de energia e de água, à ocupação das casas de banho, aos níveis de lixo e à qualidade do ar, “as áreas mais críticas para o pleno funcionamento do festival”. Tudo isto foi monitorizado, em tempo real, com as soluções da Vodafone. “Para além de impactar positivamente o público, este projeto cria as condições para uma melhor gestão dos processos e infraestruturas existentes, e otimização dos recursos para futuras edições.” As soluções Smart Energy, Smart Water, Smart Toilets, Smart Waste e Smart Air “têm como denominador comum um sistema de Gestão Técnica Centralizada (GTC) da Vodafone, desenvolvido em parceria com a empresa portuguesa SSA Dynamics”, que foi instalado no Centro de Controlo Operacional do Rock in Rio-Lisboa, o espaço a partir do qual foram geridas todas as operações do festival. O GTC agregava e disponibilizava toda a informação recolhida pelos sensores, em tempo real, emitindo sinais de alerta para
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prevenir eventuais incidentes. Sem revelar qual o investimento feito nesta tecnologia João Mendes Dias, administrador da Vodafone, adianta que o objetivo era testar a tecnologia e aproveitar o evento para mostrar as suas potencialidades. Assim, durante o evento, a Vodafoene fez visitas guiadas a potenciais novos clientes da tecnologia, nomeadamente a responsáveis de diversas autarquias. “O nosso grande objetivo é continuar a desenvolver soluções de smart cities, numa dinâmica de colaboração com Governo, autarquias, universidades e indústria, que permitam explorar as oportunidades de otimização dos recursos disponíveis, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”, sublinha. À semelhança do que já aconteceu com outras edições, as soluções implementadas de forma pioneira no Rock in Rio Lisboa acabam por ser exportadas para outros países em que o festival está presente. Recorde-se que a Fundação Vodafone Portugal tem em curso o projeto “Aldeia Inteligente de Montanha”, a decorrer na aldeia do Sabugueiro, em Seia (interior centro). A empresa em parceria com a Câmara Municipal de Seia, a Associação de Beneficência do Sabugueiro, a Junta de Freguesia do Sabugueiro, o Centro de Saúde da Região Centro e as Águas do Zêzere e Côa implementou nesta “emblemática aldeia da Serra da Estrela” diversas soluções tecnológicas de dinamização de smart cities, “em áreas tão diversas como a energética dos edifí-
cios e domicílios, a mobilidade, a saúde, a iluminação pública e os recursos hídricos”, que estão a transformar a vida dos habitantes e visitantes do Sabugueiro. No âmbito das smart cities, a Vodafone promove anualmente o concurso "BIG Smart Cities", que vai já na sua quarta edição. A competição de empreendedorismo promovido pela Vodafone e pela Ericsson, visa selecionar as melhores ideias de negócio de base tecnológica que melhorem o dia a dia de quem vive, trabalha ou visita uma cidade. A ideia vencedora ganha um prémio monetário de 10 mil euros, seis meses de incubação no Vodafone Power Lab e uma viagem para conhecer um pólo de inovação da Ericsson na Europa. Os 20 finalistas da 4.ª edição do "BIG Smart Cities" já estão escolhidos e participam agora “num programa de préaceleração de nove semanas onde, além de espaço de co-work, recebem formação, mentoring e apoio para transformarem as suas ideias em negócios viáveis”, explica a Vodafone, em comunicado, acrescentando que “a final do BIG Smart Cities acontece no dia 5 de julho, onde vão ser apresentados publicamente os pitches dos projetos finalistas e onde serão revelados o projeto vencedor e três menções honrosas”.
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do Adjunto e do Ambiente, abriu o segundo dia da conferência Zoom Smart Cities começando justamente por evidenciar o papel atual das cidades. O governante falou de um dos principais desafios que se colocam ao país, o desafio da descarbonização e anunciou para tal o financiamento de 20 milhões de euros para a criação de living labs nas cidades portuguesas. Estes laboratórios serão espaços de demonstração, destinados a “inovar, desenvolver, experimentar e demonstrar”, clarificou José Mendes. “As cidades interessadas serão convidadas a colaborar com parceiros científicos no desenho de um conceito hipocarbónico, incluindo experiências para a apropriação de tecnologias de baixo carbono”, explicou o governante, acrescentando que serão abrangidas áreas como mobilidade, eficiência energética, iluminação pública, monitorização, smart metering, vigilância, utilities ou gestão de resíduos. “As cidades vão desempenhar um papel importante no grande desafio da descarbonização durante a próxima década”, disse José Mendes, sublinhando que “no mundo contemporâneo, descarbonizar a economia como um todo implica descarbonizar as cidades, e isso implica descarbonizar os seus sistemas e as relações complexas entre eles”. Como sintetizou Rob Adams, fundador da agência criativa Six Fingers, no segundo dia da Zoom Smart Cities, a ideia inerente a elevar a inteligência das cidades é “fazer coisas novas para conseguir mudar o mundo”. O criativo holandês aconselha cidadãos, empresas e instituições a “ousar fazer diferente” porque “se não o fizermos, vamos estar apenas a melhorar constantemente as mesmas coisas, mas nada de novo acontece”. A inovação é uma das tónicas dominantes quando se fala em smart cities, sobretudo no domínio tecnológico. Talvez porque como salientou Paulo Neves, CEO da Portugal Telecom,
“há uma explosão tecnológica em gestor sustenta que “tudo pode ser curso”. Aos participantes na Zoom impulsionado pelas tecnologias de inSmart Cities, o gestor lembrou que formação para atrair as populações”, “sem conectividade, não há smart já que “a integração de serviços para cities”, adiantando estimativas que as cidades é, fundamentalmente para apontam para mais de 30 mil mi- as pessoas”. lhões de equipamentos conectados, A Portugal Telecom procura “ter em 2030. Calcula-se que nessa altura soluções verticais que respondam aos cada casa possua mais de 500 equipa- vetores sustentabilidade, cidadania e mentos conectados. economia”. Para tal, estabelece parcerias com as autarquias, as universidades, as empresas locais e os agentes de desenvolvimento local. “Ouvimo-los Andrew Collinge: para perceber quais as suas necessi"Uma cidade dades”, nota Paulo Neves, defendendo a formulação de um “road map inteligente é mais de investimento”, bem como “um atraente, inclusiva, conhecimento das necessidades do país”, tendo em vista a construção de inovadora, cidades mais inteligentes e realidades resiliente e mais mais amigas dos cidadãos.
sustentável”
Delta poupa com carros elétricos As empresas, além do esperado proFibra ótica para todo o país tagonismo que poderão ter ao desenaté 2020 volver e fornecer soluções para tornar Paulo Neves considera que Portugal as cidades inteligentes, assumem elas está na linha da frente neste domínio: próprias o objetivo de tornar a sua ges“Na PT, ao longo dos anos temos in- tão mais inteligente. Exemplo disso é a vestido na melhor fibra óptica da Eu- Delta Cafés, que desde sempre impulropa. Esperamos que em 2020 o país sionou políticas internas de sustentabiesteja todo coberto com fibra óptica, lidade e responsabilidade social. Uma o que é fundamental para a conec- das mais recentes medidas prende-se tividade, diminuindo a importância com a redução de custos e da pegada da distância ou da interioridade.” O ecológica ao nível da mobilidade.
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Capitalizar o poder de "sedução" de Portugal Andrew Collinge, diretor da área de inteligência da Greater London Authority, não tem dúvidas de que “se trabalharmos bem juntos isso fará a diferença para as nossas cidades”, ou seja a inteligência das cidades vê-se também na sua capacidade de cooperação. Por isso multiplicam-se projetos que juntam mais do que uma cidade, como é o caso do "Sharing Cities", que integra Lisboa, Londres e Milão. Confiante de que o projeto será um bom exemplo de cooperação, Andrew Collinge vai mais longe e diz que é preciso “fazer campanha em poesia e entregar em prosa, partilhar com paixão e roubar (a inovação) com orgulho”. O projeto "Sharing Cities" arrancou este ano e obteve 25 milhões de euros de fundos europeus para investir até 2020. Atualmente, as três cidades estão a traçar o programa que as tornará mais sustentáveis e inteligentes, salienta Andrew Collinge: “O projeto assenta em valores e em comportamentos tanto quanto assenta em tecnologia. Esse equilíbrio é que nos permitirá atingir as nossas ambições. Vamos ser flexíveis e aproveitar as oportunidades que nos surgirem, temos que capitalizar as mudanças que a tecnologia oferece. A tecnologia tem que fazer sentido e produzir efeitos palpáveis, envolvendo os cidadãos. Se pensarmos apenas em tecnologia falharemos.” Piero Pellizzaro, representante do Município de Milão, considera que “os cidadãos vão ser parte da mudança, na realidade, vão liderá-la.” As áreas de intervenção fundem a tecnologia com as diversas dimensões de atividade da cidade: mobilidade, qualidade
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do ar e sonora, eficiência energética; partilha de serviços, partilha de transportes, parqueamento inteligente, acesso Wi-Fi, orçamentos participativos, crowdfounding, co-working spaces, etc. “É uma maratona, não é um sprint”, nota o gestor britânico. O vereador da habitação e do desenvolvimento local na Câmara Municipal de Lisboa, Rui Franco, diz que a capital portuguesa “é hoje já uma cidade inteligente”: a autarquia está “a renovar a habitação social, tornando-a mais eficiente energeticamente, através de um investimento que já supera 25 milhões de euros”; na frota de veículos municipais, “mais de 100 são elétricos”, adianta o vereador, acrescentando que a cidade disponibiliza 150 postos de carregamento para veículos elétricos; em curso está também a passagem para a recolha
inteligente de resíduos. Os semáforos estão a ser convertidos para tecnologia led, bem como os candeeiros de iluminação pública; haverá um sistema de parqueamento inteligente; o plano de acessibilidade pedonal está a transformar progressivamente o espaço público; há várias zonas com internet gratuita; a autarquia está a trabalhar com diversos parceiros numa plataforma de partilha de dados da cidade.” Rui Franco garante que “Lisboa está já na linha da frente das cidades inteligentes” e a autarquia “ declara a aposta estratégia na promoção do envolvimento de todos”. O vereador assegura ainda que “Lisboa nunca foi tão saudável economicamente como agora e que querem fazer os investimentos certos”. O autarca frisa que “o desenvolvimento inteligente e sustentável é uma oportunidade também para as empresas e para a economia em geral.” Muitos dos investimentos pagam-se a si próprios, já que potenciam poupanças, explica Rui Franco: “Vamos substituir 3000 candeeiros e podemos fazê-lo sem investir um euro, porque o investimento será pago em dois anos, em poupança energética. Depois queremos alargar a toda a cidade. A tecnologia melhora tão rapidamente que daqui a três anos haverá ainda melhores soluções.” O projeto "Sharing Cities" amplia as possibilidades de financiamento, já que as três cidades concorrem em parceria aos fundos europeus. “Há problemas em comum, pelo que podem ser partilhadas soluções”, assinala Andrew Collinge. Rui Franco remata: “O que nos move é a ambição de aproveitar este momento da história de
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fazer a cidadania mais coesa. É um grande desafio.” Paulo Carvalho, diretor municipal de economia e inovação da Câmara Municipal de Lisboa, disse também aos participantes na Zoom Smart Cities, que “Lisboa está na fase em que dentro de pouco tempo terá uma capacidade de liderança”, já que “está a desenvolver e liderar projetos de grande amplitude como a participação no 'Sharing Cities', ou centro operacional integrado da cidade de Lisboa”. Lisboa integra também o projeto “100 Resilient Cities”, promovido pela Fundação Rockefeller, e que visa ajudar as 100 cidades selecionadas a tornarem-se mais resistentes a problemas de ordem física, social ou económica. Neste âmbito, no passado dia 23 decorreu um workshop em Lisboa, que reuniu representantes de diversas instituições públicas e privadas, para decidirem os objectivos prioritários. Na página do projeto pode ler-se que entre os principais desafios que se colocam a Lisboa estão a degradação dos seus edifícios e infra-estruturas, agravada pelo risco de atividade sísmica e pelas alterações climáticas. A capacidade de cidades como Lisboa e Porto em atrair empreendedores deverá ser um forte vetor de transformação. Neste domínio, destaque para organismos como a Startup Lisboa, que já recuperou três edifícios na Baía de Lisboa, onde se dedica à incubação de empresas de tecnologia (em dois deles) e de comércio e turismo (no terceiro), e se prepara para coordenar um novo hub empreendedor no Beato, a lançar pela Câmara Municipal de Lisboa. O espaço de 30 mil metros quadrados irá sedear novas
empresas portuguesas e estrangeiras. Na mesma linha, outra aceleradora, a Fábrica de Startups, anunciou recentemente que quer crescer em Lisboa, onde já gere um “Startup Campus", com três mil metros quadrados, e entrar no Porto ainda este ano. Além destes organismos nacionais, regista-se o crescente interesse por parte de promotores de empreendedorismo internacionais. É o caso da rede de origem inglesa Impact Hub, que chega este mês a Lisboa. Além de Londres, onde nasceu em 2005, a rede já está representada em cidades como Viena, Estocolmo, Seattle, Tóquio, S. Paulo, Bucareste, Milão, Madrid, Joanesburgo, Belgrado, Telavive, Bogotá, Oakland e Singapura. O Lisbon Impact Hub vai instalarse num armazém de 3000 metros quadrados, que foi recuperado na zona do Beato-Marvila. O objetivo é incubar cerca de 335 projetos. Também de Londres vem o Second Home, um espaço de co-work, que irá instalar-se no Mercado da Ribeira Time Out, em Lisboa. Os fundadores, Rohan Silva e Sam Aldenton, iniciaram o projeto em 2013, em Londres, e escolheram Portugal para a sua segunda morada, já que acreditam que “o ambiente tecnológico vai explodir em Lisboa, em 2016”, como disse Rohan Silva, em entrevista ao jornal Observador. Recorde-se que este é o ano em que Lisboa acolhe pela primeira vez a Web Summit (dias 8, 9 e 10 de novembro), um evento que deverá reunir cerca de 40 mil pessoas na capital portuguesa. De assinalar que Lisboa já garantiu também a realização das edições de 2017 e de 2018 desta importante cimeira de tecnologia.
Assim, no início de 2012, a Delta introduziu carros elétricos na sua frota comercial. “Para já apresentamos uma frota com 16 veículos elétricos, no entanto queremos continuar a ser cada vez mais sustentáveis e a implementar soluções cada vez mais eficientes”, responde fonte da empresa. Os veículos elétricos da Delta “encontram-se alocados à equipa de pré-venda, que se movimenta na zona centro de Lisboa, uma vez que a nível de autonomia não permitem percorrer mais de 140 quilómetros”. A empresa revela que “com a introdução dos veículos elétricos de passageiros, já conseguiu rentabilizar cerca de 30 mil euros por ano”.
Como dizia António Rendas, reitor da Universidade Nova de Lisboa, na abertura da Zoom Smart Cities, “a sobrevivência é dos que se sabem adaptar”, acrescentando que “precisamos de alguma estabilidade, para que o que é novo tenha tempo para se inserir de forma coordenada nas cidades”. Isto porque “nas capitais europeias existem potenciais enormes de transformação, mas também problemas graves”. Se não atentarmos a esses problemas graves, “perdemos o desafio do progresso”, alertava o reitor. O mesmo induzia Andrew Collinge ao sintetizar o conceito de smart city: “Uma cidade inteligente é mais atraente, mais inclusiva, mais inovadora, mais resiliente e mais sustentável.” junho de 2016
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Novo regime da Resolução Alternativa
de Litígios de Consumo
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os termos da Lei n.º 144/2015, de 8 de setembro, foi aprovado um novo regime em matéria de Resolução Alternativa de Litígios de Consumo, doravante denominada R ALC, que entrou em vigor nesse mesmo mês, o qual pretende apresentar uma solução extrajudicial simples, célere e pouco dispendiosa para a resolução de conf litos despontados entre consumidores e comerciantes, trazendo um conjunto de novas obrigações para as diversas entidades envolvidas na R ALC. Por meio deste novo regime pretende-se difundir a mediação, conciliação e arbitragem a todos os setores de atividade enquanto mecanismos de resolução alternativa de litígios de consumo, em resultado de vendas de produtos e serviços, os quais representam meios privados de resolução de litígios em que as partes voluntariamente selecionam terceiros imparciais, ou para decidirem em seu lugar as suas divergências, no caso da arbitragem, ou para as auxiliar a alcançar um acordo quanto ao modo como irão resolver o conf lito, nos casos da mediação e da conciliação. Deste modo, na perspetiva da arbitragem, cabe ao árbitro a definição e decisão da solução mediante sentença de natureza vinculativa e de cumprimento obrigatório, assemelhando-se, assim, a força da decisão do árbitro à decisão de um juiz de direito. Na mediação ou conciliação, a responsabilidade pela obtenção da decisão cabe
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às partes litigiosas. Ao contrário de um juiz ou de um árbitro, um mediador não decide sobre o resultado do litígio, encontrando a solução num resultado satisfatório para ambas as partes, de modo que se privilegia o encontro dos interesses comuns. A R ALC proporciona claras vantagens para os consumidores e fornecedores de bens e serviços, ao oferecer mecanismos céleres e menos dispendiosos para as partes resolverem conf litos, ao invés da sua resolução por meio judicial, promovendo o princípio da gratuitidade do lado do consumidor, uma vez que os custos ficarão a cargo do comerciante, e uma justiça negociada, consensual e reparadora. O novo regime pauta-se pela garantia da existência de meios de R ALC que abranjam todos os litígios de consumo, ou seja, a todos os setores de atividade, e pela idoneidade e qualidade das entidades de R ALC através da imposição e monotorização da competência, acessibilidade, assistência, imparcialidade, transparência, eficácia e equidade, bem como, de um dever sobre os comerciantes de informar os consumidores acerca da existência desses mesmos meios de resolução. De forma a assegurar os princípios da competência, imparcialidade, transparência, eficácia e equidade, a Lei n.º 144/2015 confere à Direção-Geral do Consumidor o papel de autoridade nacional competente para acompanhar o funcionamento das entidades de R ALC. A nova lei aplica-se a litígios
Por Eduardo Serra Jorge*
de âmbito nacional e transfronteiriço entre consumidores, fornecedores de bens e prestadores de serviços, encontrando-se excluídos do seu campo de ação os serviços de interesse geral sem contrapartida económica, os serviços de saúde e de prestação pública de ensino complementar ou superior, assim como os conf litos de comerciantes contra consumidores. O novo regime visa, deste modo, harmonizar igualmente os direitos dos consumidores entre os países da União Europeia, assegurando que os compradores usufruam dos mesmos direitos, independentemente do país do fornecedor, prevendo que todos os litígios comerciais (em linha ou não) entre os consumidores residentes na União Europeia e os comerciantes domiciliados na União Europeia possam ser regulamentados de maneira extrajudicial, recorrendo a uma entidade de R AL. A celeridade característica do novo regime da R ALC obriga à decisão dos procedimentos de R ALC no prazo máximo de 90 dias, sujeito a prorrogação tendo em conta a complexidade dos casos em discussão. Circunscreve, ainda, novas obrigações para os comerciantes na área de resolução alternativa de litígios, tais como: - Conceder informações aos consumidores quanto às entidades de resolução alternativa de litígios disponíveis, e a qual delas se encontram vinculados; - Informar os consumidores do sítio eletrónico dessas entidades; - Prestar informações de forma cla-
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ra, compreensível e facilmente acessível no sítio eletrónico na Internet dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços, caso exista, bem como nos contratos de compra e venda ou de prestação de serviços entre o fornecedor de bens ou prestador de serviços e o consumidor, quando estes assumam a forma escrita ou constituam contratos de adesão, ou ainda noutro suporte duradouro. Assim, a cada consumidor deverá ser regularmente proposto pelo comerciante um processo de mediação para a resolução de litígios com que se venham a confrontar. No entanto, esta via de resolução não pode ser imposta pelo comerciante em detrimento de outro tipo de atuação, como é o caso de contrato ou das condições gerais de venda. Relativamente, às entidades de R AL estabelecidas em território nacional, previamente autorizadas e registadas no Ministério da Justiça por via da DireçãoGeral da Política de Justiça, que pretendam promover a resolução de litígios de consumo nacionais
e transfronteiriços através de um procedimento de R AL, solicitam à Direção-Geral do Consumidor a sua inscrição na lista de entidades de R AL, que irá analisar se os critérios exigidos estão verificados, consoante a situação em concreto, encontrando-se expressamente fixados na Lei os diversos requisitos que terão de ser respeitados por estas entidades para que se encontrem habilitadas para a resolução extrajudicial de litígios de consumo. As entidades de R AL estabelecidas no território nacional devem cumprir as seguintes obrigações: manter um sítio eletrónico na Internet atualizado de forma a proporcionar às partes um acesso fácil a informações relativas ao procedimento de R AL e permitir que os consumidores apresentem eletronicamente as reclamações e os documentos necessários; facultar às partes, a seu pedido, as informações mencionadas supra num suporte duradouro; permitir que os consumidores apresentem reclamações pelos meios convencionais, sempre que necessário; permitir o
Em trânsito:
» A Cuatrecasas, Gonçalves Pereira reforçou a sua equipa em Portugal. Nuno Sá Carvalho, sócio responsável pela área de Imobiliário e Construção, passou a sócio de quota, enquanto Paulo Costa Martins e Manuel Requicha Ferreira, ambos do Departamento de Direito Financeiro e Mercado de Capitais, e Lourenço Vilhena de Freitas, do Departamento de Direito Público, foram nomeados sócios profissionais. Já Rita Leandro Vasconcelos, do Departamento de Direito Europeu e da Concorrência, e Gonçalo Afonso Proença, do Departamento de Direito Público, foram nomeados consultores. A sociedade passa a contar, em Portugal, com 30 só-
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intercâmbio de informações entre as partes por via eletrónica ou, se aplicável, por via postal; aceitar litígios nacionais e transfronteiriços sobre a resolução de litígios de consumo pela via eletrónica; adotar as medidas necessárias para assegurar que o tratamento dos dados pessoais cumpre a legislação nacional sobre a proteção de dados pessoais; aderir à plataforma eletrónica de resolução de conf litos; disponibilizar no seu sítio eletrónico o plano anual de atividades depois de aprovado, o orçamento anual, o relatório anual de atividades e o resumo das decisões arbitrais proferidas. Os centros de arbitragem de conf litos de consumo autorizados e em funcionamento à data de entrada em vigor da nova lei dispõem do prazo de seis meses para se adaptarem ao regime nela previsto e solicitarem à Direção-Geral do Consumidor a sua inscrição na lista de entidades de R AL. *Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria José Garcia E-mail: esjmjg@esjmjgadvogados.com
cios, cinco consultores e um total de 134 advogados. Em Espanha foram nomeados sete novos sócios e três consultores.
» José Luís Moreira da Silva, sócio da SRS Advogados, foi nomeado coordenador do Programa de Sistematização do Direito Portuário em todos os países membros da APLOP. José Moreira da Silva é especialista em direito dos transportes, direito público, ambiente e administrativo. A APLOP – Associação dos Portos de Língua Portuguesa tem como objetivos reforçar os laços de cooperação e aumentar as trocas comerciais entre os seus membros, tendo como associados os países da CPLP (Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, GuinéEquatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor), enquanto Macau e Marrocos integram a APLOP como observadores.
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Cinco claves para la compra
de inmuebles en Portugal
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l sector inmobiliario portugués está atravesando uno de sus mejores momentos como así lo atestiguan los números récord de los últimos años. A la llamada de un mercado en ebullición acuden inversores nacionales y extranjeros, particulares y corporativos. Y para quien “solo” quiera disfrutar de los muchos atractivos que ofrece Portugal también es un momento propicio. Como en cualquier país, la compra de un inmueble exige algún estudio previo, por lo que aquí resumimos las principales claves de este tipo de operaciones.
partes de cara a la celebración de la escritura o contrato de compraventa. El comprador suele pagar unas arras de entre el 10-15% del precio de venta. Si la operación no llega a concretarse por culpa del vendedor, el comprador tiene derecho al doble de la señal pagada; si fuera al revés, el vendedor se queda con la señal.
Por Antonio Viñal Menéndez-Ponte
Residencia secundaria PRECIO DE COMPRA (€) TIPO (%) Hasta 92,407.....................................1 Más de 92 407 hasta 126,403.......2 Más de 126,403 hasta 172,348.....5 Más de 172,348 hasta 287,213......7 Más de 287,213 hasta 550,836......8 Más de 550,836...............................6
3.-¿Cuáles son los principales impuestos? Los principales impuestos a tener en cuenta son: a) “Imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis” - IMT, equivalente al ITP; 1.- ¿Qué pasos debo dar en la com- b) “Imposto do selo”, equivalente al pra de un inmueble en Portugal? AJD; De forma general, el comprador debe- c) “Imposto municipal sobre imóveis” rá seguir seis pasos: IMI, equivalente al IBI. a) Obtener un NIF portugués; b) Abrir una cuenta bancaria; ¿4.- Cuáles son los tipos del IMT? c) Celebrar un contrato de arras (“con- Los tipos aplicables del IMT varían en trato promessa de compra e venda” función del tipo de inmueble: - CPCV), si bien las partes pueden a) para primera y segunda residencias saltarse este paso y celebrar la escri- se aplican las escalas propias; tura de compraventa directamente; b) un 6,5% para predios de uso comerd) Pagar el ITP; cial; e) Celebrar una escritura pública de c) un 5% para los predios rústicos. El tipo compraventa o acuerdo de compra- se aplicará sobre el mayor de los siguientes venta privado; valores: precio de venta o valor catastral. f) Inscribir la compra en el Registro de la Propiedad y Hacienda (“Finanças”). Primera residencia Conviene tener en cuenta que en el momento de obtención del NIF los PRECIO DE COMPRA (€) TIPO (%) Hasta 92,407.....................................0 residentes de un Estado miembro de la UE no necesitan nombrar represen- Más de 92 407 hasta 126,403.......2 Más de 126,403 hasta 172,348 ....5 tante fiscal.
5.- ¿Cuáles son los tipos de los demás impuestos? El tipo del “ imposto do selo” es del 0,8%, sobre el mayor de los valores entre el precio de venta o valor catastral. En lo que al IMI se refiere, los tipos para los predios urbanos varían entre el 0,3% y el 0,5% en función del municipio de ubicación del inmueble. Para los predios rústicos el tipo es del 0,8%. El tipo del IMI se aplica sobre el valor catastral del inmueble. El pago del IMI se produce: a) En un plazo si no supera los € 250; b) En dos plazos si se sitúa entre € 250 y € 500; c) En tres plazos si supera los € 500. El IMI de un determinado año le corresponde pagarlo a quien sea su titular a 31 de diciembre de dicho año. Por ello, si compramos un inmueble el 2 de enero de 2017 solo nos tocará pagar el IMI de ese año en el 2018.
2.- ¿Qué es un CPCV? Similar al contrato de arras, establece los derechos y obligaciones de las
*Partner de Antonio Viñal & Co. Abogados. Lisboa E-mail: lisboa@avinalabogados.com
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Más de 172,348 hasta 287,213......7 Más de 287,213 hasta 574,323......8 Más de 574 323................................6
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Spike Cloud Systems: um desktop virtual sempre à mão
Imagine uma empresa a funcionar apenas com ecrãs, teclados e ratos, sem computadores. Poder aceder ao desktop do computador a partir de qualquer ponto do mundo, com um dispositivo móvel. Estas são as realidades criadas pela Spike Cloud Systems para as PME portuguesas.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
empresa tecnológica portu- salienta o responsável. Deste modo, todos os funcionários guesa Spike Cloud Systems (SCS) acaba de apresentar um de uma empresa podem trabalhar no serviço inovador, que permite escritório ou remotamente, com todas transformar a informática das as funcionalidades inerentes aos vários PME, centralizando tudo num centro de programas informáticos utilizados tradados certificado em Lisboa. Segundo dicionalmente, como o Office, Internet Frederico Quartin (na foto), sócio fun- Explorer ou a partilhas de ficheiros, até dador da SCS, este é “um serviço único, aos sistemas de faturação mais complexos, que acaba com o modelo tradicional dos entre outros programas e aplicações, com computadores e servidores nas PME”, o total segurança, incluindo ainda toda a que significa que além de ser muito mais assistência informática ligada a esta utiseguro ter o seu servidor, dados, aplica- lização. A empresa poderia, assim, “presções e computadores num centro de da- cindir de servidores, cópias de segurança, dos certificado, permite ainda ter uma técnicos de informática, licenciamento mobilidade inédita disponibilizando de software para os vários computadores”, acesso aos utilizadores aos seus compu- enquadra Frederico Quartin. tadores através de dispositivos moveis. O O gestor salienta que “as PME sabem centro de dados está numa localização que precisam de se modernizar para física conhecida em Lisboa e não numa serem competitivas, mas os custos de Cloud publica algures na internet onde investimento são, normalmente, proio controlo depende muito de terceiros bitivos. As organizações perdem muita 50 act ualidad€
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energia na gestão de algo que não dominam e ficam reféns de serviços de informática que contratam e que debitam horas sem fim de serviços, promovendo sempre a compra de mais equipamentos”. O serviço da SCS faz, em alternativa, os investimentos em equipamento no centro de dados e depois aluga a sua utilização aos seus clientes numa base de “só paga o que utiliza”. O centro de dados gerido pela SCS funciona em Lisboa e tem como clientes inúmeras empresas da área financeira, com elevados requisitos de sigilo, segurança e de tratamento da informação, frisa Frederico Quartin. “Com esta solução, as PME podem ter um serviço informático de ‘ponta’, que antes só se destinava às grandes empresas”, adianta. E com a vantagem de terem custos da solução que são similares, ou mais baixos, ao que já pagam pela sua informática atual, conclui o gestor.
Ciencia y tecnología
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eventos eventos
Encontro empresarial reúne gestores de património imobiliário e de condomínios Quase uma centena de responsáveis ligados a empresas de gestão de património imobiliário estiveram presentes no I Encontro Empresarial Luso-Andaluz sobre o tema da gestão de património imobiliário e de condomínios.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
erca de uma centena de responsáveis ligados a empresas de gestão de património imobiliário estiveram presentes no I Encontro Empresarial LusoAndaluz de Administradores de Fincas/ Real Estate, onde foram debatidos diversas questões e desafios de interesse para os agentes do setor. A iniciativa visava, por um lado aproximar empresários e quadros portugueses e espanhóis ligados à atividade imobiliária e de administração de condomínios (habitacionais ou empresariais). Um encontro “muito proveitoso“, especialmente para os profissionais portugueses que se dedicam à administração de condomínios, que puderam conhecer a realidade espanhola e os avanços significativos conseguidos em matéria de regulamentação, de acordo com alguns dos responsáveis presentes no evento. Em Espanha, existe já uma rede de organismos reguladores e representativos dos interesses destes profissionais, que prestam serviços de administração e assessoria aos
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proprietários de bens imóveis rústicos ou urbanos (gerir, conservar e rentabilizar os bens; mediar; aplicar a legislação, conservar e melhorar os bens; resolver conflitos, representar; administrar condomínios, administrar arrendamentos, realizar avaliações e intermediação imobiliária. Entre os temas abordados neste primeiro encontro em Portugal, que decorreu em Vilamoura (Algarve), podem desta-
car-se a intenção de se “criar um mercado luso-andaluz do setor” da administração de propriedades, condomínios e outros ativos imobiliários, ou de promover a troca de informação e conhecimento, bem como de protocolos e taxas sobre este tipo de ativos, entre Portugal e a região da Andaluzia, como enquadrou Rafael Trujillo, presidente do Conselho Andaluz de Colegios de Administradores de Fincas, a
eventos
principal entidade promotora do evento, que contou ainda com a organização conjunta da Ibersponsor e da CCILE. A experiência de alguns grupos portugueses e espanhóis na gestão de centros comerciais, resorts ou polígonos industriais, ou ainda a promoção da criação de empresas comuns dos dois lados da fronteira foram outros dos tópicos abordados no encontro, por oradores ligados a empresas como a Aguirre Newman, Troia Resort (grupo Sonae Turismo), ou a Remax, ou a entidades como a APEGAC-Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e
Administração de Condomínios. As principais diferenças na legislação portuguesa e espanhola em termos da atividade de mediação imobiliária e quais as due diligences previstas na compra e venda de imóveis em Portugal, ou as implicações fiscais do arrendamento de imóveis ou ainda da gestão de centros comerciais ou na vertente do investimento imobiliário, foram explicadas, por seu lado, pela advogada Fátima Cascais (a fazer a sua apresentação, na primeira foto da pág. ant.), A cooperação e articulação entre este tipo de administradores e gestores, em
eventos
Portugal, não está tão desenvolvida como em Espanha, sendo esta uma das poucas associações existente a este nível - neste caso, da administração de condomínios. Esta semana decorre o 20º Congresso Nacional e 1º Internacional de Administradores de Fincas, a decorrer em Sevilha (Andaluzia) até ao próximo dia 4 de junho. O seminário prevê contemplar alguns dos desafios do setor, como a ”Regulação do Administrador de Propriedades no âmbito da União Europeia”, ou ainda o enquadramento legal e económico em diversas outras regiões.
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desporto deporte
Carnide Clube ascende à I Divisão do basquetebol feminino
O Carnide Clube sagrou-se campeão nacional feminino da II Divisão de basquetebol e junta-se, assim, ao Vitória SC na subida de escalão à I Divisão. No passado dia 8 de maio, depois de vencer o Vitória SC-Guimarães por 69-56, na Fase Final da prova, o Carnide Clube assegurou o título nacional da II Divisão, confirmando,
assim, a promoção à divisão que antecede a liga principal, tal como o clube vitoriano, que mesmo com a derrota ficou no segundo lugar, que também garantia acesso à subida de escalão. Foi um dia importante para o clube de Lisboa, que não estava na I Divisão do basquetebol feminino desde
a época de 1980/ 81. Comandadas por Hélder Serranho, as jogadoras do Carnide Clube estiveram quase sempre na dianteira do marcador, não acusando a pressão de um jogo tão decisivo. O conjunto lisboeta levou a melhor, mas o jogo permitiu na mesma a subida das duas equipas. Entre as novas campeãs nacionais da II Divisão, pode destacar-se a veterana Beatriz González (na foto, em baixo, à dir.), que integra o clube há mais de cinco anos, e que é copy desk desta revista. Da longa história do clube, saliente-se que a nível do basquetebol é “o quarto maior clube de sempre em Portugal, apenas atrás de Benfica, Porto e Sporting”, afirma esta associação no seu site, realçando os feitos conseguidos nas décadas de 30/40. “Hoje, continua com a prática desta modalidade e desde a “renovação” do departamento de basquetebol que o clube tem crescido, conquistando já um lugar no topo do basquetebol lisboeta”, sobretudo graças à aposta nos mais novos, salienta ainda o clube.
Benfica sagra-se campeão europeu de hóquei em patins O Benfica é o novo campeão europeu de hóquei em patins, o troféu mais importante da modalidade a nível continental. Pela segunda vez na sua história, o clube lisboeta sagrou-se campeão europeu na modalidade, ao vencer a Oliveirense por 5-3, na final da edição 2015/2016 da Liga Europeia, que decorreu no passado dia 15, no Pavilhão Fidelidade, em Lisboa. Diogo Rafael (dois), Jordi Adroher e Carlos Nicolía (dois) marcaram os golos dos “encarnados”, que passam, juntamente cm o FC
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do Porto, a ser a equipa portuguesa com mais títulos europeus.
A formação “encarnada”, que sucedeu ao FC Barcelona, tinha conquistado o seu primeiro troféu nesta modalidade há três anos, na época de 2012/13, na outra final 100% lusa, então face ao FC Porto, na cidade Invicta, adianta a Lusa. O Benfica iguala o FC Porto em número de troféus, agora com mais um que o Sporting e que o Óquei de Barcelos. O Barcelona, eliminado pelos portugueses nas meias finais, é o clube com mais títulos: 21.
Centro de Formação CCILE Contratar com Garantias e Menos Riscos de Cobrança Lisboa, 01 de junho 09h30-13h30 Todos nós diariamente celebramos contratos, porém os contratos empresariais não devem ser tratados da mesma forma como os demais contratos. Cabe assim às empresas ter conhecimento dos principais elementos dos contratos e suas garantias, por forma a minimizar os riscos inerentes à cobrança. O sucesso das cobranças depende muitíssimo do contrato, ou das condições de venda que estão subjacentes ao negócio. Cabe assim às empresas prevenir as dificuldades de cobrança aquando da contratação, venha compreender como. Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor
deporte
Código Contributivo, Retribuição e Processamento Salarial Lisboa, 15 de junho 09h30-13h30 As alterações na constituição da base contributiva, as taxas sociais únicas, os novos limites de isenção do pagamento da taxa social única e o novo regime dos trabalhadores independentes são matérias do Código contributivo que importa às empresas conhecer e aplicar bem no seu dia-adia. Tal como também é importante conhecer as principais regras legais sobre retribuição base, diuturnidades, ajudas de custo, gratificações e as novas regras do subsídio de refeição. A retribuição inerente à isenção de horário, os subsídios de turno e de trabalho noturno serão também objeto de análise. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Contra Ordenações Laborais e Comunicações à ACT Lisboa, 02 de junho 09h30-13h30 A gestão dos recursos humanos é uma tarefa com contornos exigentes e cada vez mais se verifica um reforço da atividade fiscalizadora da ACT. Importa pois conhecer o novo regime aplicável às contraordenações laborais. Tal regime, visa simplificar os procedimentos quer na fase administrativa, quer na fase judicial. É essencial saber quais os meios de defesa das empresas perante as contra-ordenações que lhe podem ser aplicadas pela ACT. Para evitar sanções que podem ser aplicadas pela ACT, é essencial conhecer as comunicações e autorizações obrigatórias em matéria de relações laborais, bem como em matéria de segurança e saúde no trabalho. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor
Inteligência Emocional Lisboa, 20 de junho 09h00-13h00 A inteligência emocional representa a habilidade de entender, administrar e expressar corretamente os sentimentos, além de lidar da mesma forma com as emoções de outras pessoas. É uma habilidade essencial para a formação, desenvolvimento e a manutenção de relacionamentos, tanto pessoais quanto no ambiente de trabalho. Há razões para supor que os líderes emocionalmente inteligentes têm mais sucesso e chegam mais longe na sua carreira. Preços: Associados:€140* Não Associados: €180 Acresce IVA à taxa legal em vigor
desporto
CCILE TEMÁTICA Sessões Informativas Mecanismo de Combate à Utilização Indevida do Contrato de Prestação de Serviços Lisboa, 03 de junho 10h00-13h00
De forma a eliminar os casos de “falsos recibos verdes”, isto é, o enquadramento de colaboradores como independentes quando as características da atividade por eles exercida, confrontada com a moldura legal aplicável, impõe antes a sua qualificação como trabalho subordinado, foi publicada a Lei nº63/2013 que institui mecanismos de combate à utilização indevida de contratos de prestação de serviços em relações de trabalho subordinado. Este diploma, em vigor desde 01 de setembro de 2013, compreende duas grandes inovações, relacionadas com a ação inspetiva da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e com a tramitação processual a adotar para corrigir as situações indevidas. Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Cessação do Contrato de Trabalho: Processos e Contas Finais
Lisboa, 06 de junho 10h00-13h00 Com todas as alterações na legislação laboral que se têm registado nos últimos anos, são vários os procedimentos a ter em conta aquando de um processo de cessação de contrato de trabalho, conforme a modalidade da cessação. Também o cálculo dos créditos salariais e das indemnizações tem sofrido alterações pelo que é importante que os responsáveis de Recursos Humanos e Departamentos Financeiros conheçam estas alterações... Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 Acresce IVA à taxa legal em vigor
Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org
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opinião opinión
Capital estrangeiro nas empresas portuguesas–
– suporte financeiro e abertura de horizontes
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participação de capital estrangeiro em empresas portuguesas assume um papel historicamente muito significativo no tecido empresarial, não pela quantidade de empresas em que ele está presente mas pela sua dimensão e pelo papel estruturante que estas empresas desempenham na economia nacional. No estudo que a Informa D&B realizou sobre a “Participação Estrangeira no Capital das Empresas Portuguesas”, ficou claro que os investimentos com origem em empresas provenientes de outros países está concentrado nas empresas de maior dimensão. Quando observamos a totalidade do tecido empresarial, verificamos que apenas 3% das empresas tem participação estrangeira (8.078 empresas). No entanto, esta participação está presente em 64% das grandes empresas, ao passo que entre
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Por Teresa Cardoso de Menezes*
as microempresas esta participação geiro são exportadoras, número que desce para 17% entre as empresas sem não vai além dos 2%. A dimensão das empresas e a atra- capital estrangeiro. As empresas com ção de capital estrangeiro parecem participação estrangeira no capital, pertencer ao mesmo círculo. Por um são responsáveis por mais de metade lado, estas empresas estão, regra ge- (54%) das exportações nacionais. O estudo da Informa D&B conral, na sua idade madura, já com um histórico que funciona como uma ga- cluiu também que a participação rantia da sua continuidade, apresen- estrangeira revela grande preferência tando maior resiliência e capacidade por posições de controlo, ou seja, em de adaptação a novas conjunturas. que representa mais de 50% do capiPor outro lado, a entrada de capital tal detido por um único país. Espanha tem uma posição de granestrangeiro vem reforçar esta capacidade de manterem o seu crescimento, de destaque entre os países com maior nomeadamente através do fortaleci- controlo de empresas em Portugal, mento da sua atividade exportado- com 90,3 mil milhões de euros em ra que, naturalmente, necessita de valor de investimento, e participação prospeção e investimentos que, por em 1843 empresas, incluindo empresua vez, exigem disponibilidade de sas comerciais, banca e seguros, mais do triplo da França, que se encontra capital. A capacidade exportadora é, de fac- no segundo lugar em ambos os casos. Ao contrário dos outros países to, um excelente indicador da importância do capital estrangeiro: 45% de com mais participações em empretodas as empresas com capital estran- sas portuguesas, que dirigem os seus
opinión
opinião
investimentos preferencialmente para fez surgir o investimento de empresas global nos negócios das empresas em empresas comerciais, Espanha tem o provenientes de alguns países que não Portugal. seu investimento fortemente concen- pertenciam ao grupo dos parceiros Sendo verdade que este capital estrado no setor financeiro, com quase tradicionais, nomeadamente a China, trangeiro está concentrado, como vidois terços (59 mil milhões de euros) mos, nas grandes empresas, também é na banca. verdade que as suas práticas poderão Se atendermos a outros indicadores influenciar de forma positiva todo o “Os cinco principais nas empresas com capital de controlo tecido empresarial, não apenas como estrangeiro, a Alemanha é o país que exemplo, mas também pela capacidapaíses de onde regista empresas com maior dimensão de destas empresas introduzirem ouprovém o capital média em volume de negócios (27,4 tras de menor dimensão na sua cadeia milhões de euros), com idade média de operações e de valor, alargando os estrangeiro (Espanha, mais elevada e com destaque nas exefeitos positivos à generalidade do teFrança, Alemanha, portadoras. cido empresarial. O capital francês lidera também seReino Unido e Estado Notas: tores relevantes da economia, como Universo empresarial: empresas portugueUnidos da América) o retalho, telecomunicações e transsas (incluindo banca e seguros) públicas ou portes. As empresas com controlo aleprivadas com atividade comercial durante o asseguram quase ano de 2014 (289 mil empresas). mão lideram o maior setor (indústrias Universo das empresas com participação 224 mil postos de transformadoras) e as empresas com estrangeira: todas as empresas portuguecontrolo espanhol encabeçam os setosas (incluindo banca e seguros) públicas ou trabalho“ privadas, que apresentam alguma percenres grossista e da construção. tagem de participação estrangeira no seu Os cinco principais países de onde capital. Não inclui participações de capital provém o capital estrangeiro (Espa- país que protagonizou aquisições rele- detida por particulares. Universo das empresas com controlo de nha, França, Alemanha, Reino Unido vantes. capital de um país (estrangeiro): todas as e Estado Unidos da América) asseguMas a verdade é que a presença de empresas portuguesas (incluindo banca e ram quase 224 mil postos de trabalho. capital estrangeiro nas empresas por- seguros) com mais de 50% do capital detido Os últimos anos mostraram um tuguesas tem um histórico longo e por uma ou mais entidades de um determinado país (estrangeiro) grande interesse de investidores es- representou sempre um potencial Valor de investimento: percentagem de trangeiros, com 63% das empresas fator de desenvolvimento. O capital participação sobre o ativo de uma empresa. portuguesas com capital estrangeiro a estrangeiro facilitou frequentemente a nascerem já neste século. A conjuntu- abertura a outros mercados, alargando * Diretora geral da Informa D&B ra e a necessidade de capital também horizontes e encorajando uma lógica E-mail: informadb@informadb.pt
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 junho Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Tesla Model S P90D
Ecologicamente potente
O Tesla Model S é um veículo 100% elétrico, que conta com o sistema de motorização Tesla, dando lugar a uma gama sem precedentes, bem como a uma experiência de condução emocionante..
O
Fotos DR
A maior novidade face ao modelo oriTesla Model S é um veículo 100% elétrico tão avançado ginalmente lançado em 2012 encontraque define um novo padrão se no exterior, com uma dianteira mais de luxo. Na base deste veícu- “limpa”, com o “desaparecimento” da lo encontra-se o sistema de área negra, que simulava a grelha, semotorização Tesla, dando lugar a uma guindo a filosofia estreada no Model X e gama sem precedentes bem como uma seguida no recém-apresentado Model 3. experiência de condução emocionante. As óticas, agora com LED e tecnologia Há algumas particularidades neste novo modelo. A primeira é que conta com dois motores elétricos, um por cada eixo. O que está acoplado ao eixo frontal debita 262 cavalos de potência e o que está ligado ao eixo traseiro debita 510 cavalos. Assim, a potência combinada é de 772 cavalos, sendo que o binário é de uns impressionantes 930Nm constantes. O Tesla Model S P90D conta com tração às quatro rodas. As prestações são melhoradas face ao modelo anterior, o P90, sendo agora um segundo mais rápido a acelerar de 0 a 100km/h, 3.2 segundos e pode agora atingir os 250km/h. 58 act ualidad€
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de luz adaptativa, a entrada de ar inferior, assim como a decoração em torno dos faróis de nevoeiro, foram igualmente revistas. O Model S passa a contar, também, com o “Modo de Defesa contra Armas Biológicas” do Model X. O sistema não é mais que uma tecnologia de climatiza-
sector automóvil Setor automóvel
ção não-poluente, com filtro bactericida. Destaque ainda para um carregador de 48 amperes e a possibilidade de escolha de duas novas opções em revestimentos em madeira para o interior. Temos, pois, uma berlina requintada, espaçosa, confortável e de elevada potência e performance. Esta berlina de quase cinco metros, com enorme espaço atrás e sem túnel central, de construção sólida e detalhes cuidados, está ao melhor nível dos premium alemães. O interior é bastante “limpo”. Destaca-se o enorme ecrã tátil, de 17 polegadas, onde tudo se controla com um único botão. Nem existe botão Start. O carro liga-se colocando a caixa – manete no volante proveniente da Mercedes – em D e desliga-se e trava-se no “P”. Tudo o resto se controla no ecrã, desde o rádio, ao ar condicionado, navegação e Internet, à abertura dos porta-bagagens ou
da tampa de carregamento, à suspensão pneumática com três níveis de altura, ao aquecimento individual em três níveis dos cinco bancos, à assistência da direção ou ao grau de regeneração de energia de travagem. Admirável foi o trabalho meticuloso na traseira que, apesar da linha descendente de berlina-coupé, consegue ter habitáculo muito espaçoso, mesmo com a existência do grande motor elétrico sobre o eixo traseiro. A este milagre do espaço junta-se a funda segunda mala de 150 litros à frente e o fácil rebatimento dos bancos traseiros que leva a bagageira tradicional aos 1645 litros. Em andamento, apesar da suspensão macia, confortável, mas que faz a carroçaria balançar nas curvas pelo peso elevado, o baixo centro de gravidade, as vias largas e os pneus de dimensões generosas, confere-lhe notável estabilidade. Em travagem,
quando queremos andar depressa são eficazes, mas no trânsito normal pouco os usamos porque a regeneração de energia é tão forte que quase trava sozinho! O Model S vem de série com tudo o que necessita para ligar a uma tomada de 220 volts comum ou estações de carregamento públicas. Utilizando uma tomada de 220 volts de maior amperagem, o Model S pode ser recarregado a uma taxa de 46 km de autonomia por hora. Em alternativa, poderá obter uma carga de 50% em apenas 20 minutos utilizando o Carregamento Rápido Tesla (Super Charger). Este novo modelo da Tesla vai estar disponível no nosso mercado ainda este ano, existindo outras versões mais baixas como o 70D ou o 85D. Os valores de mercado começam no 60 mil euros e poderá chegar aos 150 mil euros, dependendo da versão e do nível de equipamento.
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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Inflação mantém-se negativa na Zona Euro
Foto DR
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inflação na Zona Euro e na União Europeia voltou a valores negativos durante o mês de abril. Os preços caíram 0,2% nesse mês, depois de em março terem estabilizado. A energia é uma das principais responsáveis por este comportamento, já que os preços nesta rubrica caíram 8,7%, uma variação semelhante à ocorrida em março. No entanto, no quarto mês do ano, o crescimento nos preços nos serviços
foi menor, assinala o "Jornal de Negócios", citando dados do Eurostat. Assim, mesmo excluindo a energia, a inflação está em valores baixos, longe de um objetivo de se fixar perto dos 2% traçado pelo BCE. Sem a energia, a inflação foi, em abril, de 0,7% na Zona Euro, quando no mês anterior teria sido de 1%. Os combustíveis para transporte pesam 41,6% na fixação da taxa de inflação na Zona Euro.
Portugal com o quinto maior excedente externo do euro
Exportações de mercadorias caíram 2% no primeiro trimestre
Portugal registou, em março, um excedente externo (medido pela balança de conta corrente) de 280 milhões de euros, colocando fim a uma série de quatro meses seguidos de valores negativos. Os dados, revelados pelo Eurostat, mostram que além de ter registado um saldo positivo na balança de conta corrente, o excedente foi o quinto mais elevado de entre todos os países da Zona Euro. A Alemanha surge destacada nesta lista, com um excedente de 30.350 milhões de euros num só mês, surgindo depois a Itália (2.250 milhões), Bélgica (630 milhões de euros) e Eslovénia (290 milhões de euros). A Alemanha é, assim, a grande responsável pelo facto de a União Europeia ter registado um excedente externo de 17.600 milhões de euros, em março. No que respeita a Portugal, os dados de março deste ano também comparam favoravelmente com o registado em março do ano passado, mês em que Portugal também registou um excedente, mas de menor dimensão (30 milhões de euros).
As exportações de mercadorias caíram 2% em termos homólogos nos primeiros três meses do ano, enquanto as importações subiram 1%, de acordo com os dados mensais sobre comércio internacional de bens publicados em maio pelo INE. Com esta evolução, a economia portuguesa registou um agravamento no défice na balança comercial de mercadorias de 376 milhões de euros face a 2015, passando para os 2.424 milhões de euros. Os números do INE são significativamente afetados pelos preços, em particular dos combustíveis, e não incluem informação sobre exportações e importações de serviços, onde se inclui o turismo. Segundo o instituto, excluindo combustíveis e lubrificantes, a variação homóloga das exportações no trimestre passa de uma queda de -2% para um aumento marginal de 0,1%. Do lado das importações o efeito é ainda mais significativo: o aumento de 1% escala para uma subida homóloga de 5,2% nos primeiros três meses do ano. Daqui resulta que a contabilidade entre compras e vendas ao exterior dita que, sem combustíveis, o défice comercial ter-se-ia agravado em 640 milhões de euros.
Economistas estimam aceleração da economia
Taxa de desemprego sobe para 12,4% no primeiro trimestre
A recuperação dos índices de confiança em abril, assim como a expetativa de uma boa evolução do consumo privado e de um contributo menos negativo do saldo entre importações e exportações levam os economistas do Instituto Superior de Economia e Gestão a antecipar uma aceleração da economia portuguesa no segundo trimestre, após um arranque do ano que surpreendeu pela negativa. Isto, apesar da incerteza quanto às evoluções do investimento e da procura externa líquida (a diferença entre importações e exportações), em particular pelo desempenho para fora da UE, adianta a nota mensal de conjuntura do ISEG, que estima uma taxa de crescimento homólogo superior à registada no primeiro trimestre (0,8%). Já o Montepio Geral estima um crescimento do PIB entre 0,5 e 0,7% no segundo trimestre, em aceleração face ao trimestre anterior e coloca fim a um período de abrandamento.
No final do primeiro trimestre de 2016, havia 640.200 pessoas desempregadas, mais 6.300 do que no trimestre anterior, mas menos 72.700 do que no mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o desemprego aumentou pelo segundo trimestre consecutivo e afetava 12,4% da população ativa (mais 0,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior). Vários segmentos da população contribuiram para o aumento trimestral do desemprego, nomeadamente os homens (mais cinco mil), as pessoas dos 25 aos 34 anos (18.800) e com o ensino superior (5.600) e ainda antigos trabalhadores da indústria, construção, energia e água (10.800) e dos serviços (10.400). Numa análise por regiões, conclui-se que o maior contributo para o aumento do desemprego foi dado pela área metropolitana de Lisboa e pelo Centro. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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ac t ua l i da d â‚Ź
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-febrero de 2016
S
egún los ú lt i mos d atos e st ad í st ic os del c o mercio h i spa no por t ug ué s publ ic ados por Dat ac ome x de la S ecret a r ia de E st ado de C omercio, en los dos pr i meros me se s del a ño los f lujos c omercia le s, en tér m i nos g loba le s, h a n reg i st r ado u na l iger a qu iebr a del -1, 2% , pa sa ndo de los 4.365,3 m i l lone s de eu ros en 2015 a los ac t u a le s 4.312 ,9 m i l lone s de eu ros. L a s vent a s e spa ñola s que en 2015 se sit u a ron en los 2 .697,7 m i l lone s de eu ros e ste a ño a r roja n u na ci f r a que super a los 2 .730, 8 m i l lone s de eu ros, lo que repre sent a u n i ncremento del 1, 2% . A su ve z , la s c ompr a s e spa ñola s a Por t ug a l baja ron u n -5, 2% que c o -
r re sponde a los 1.582 ,1 m i l lo ne s de eu ros ac t u a le s y a los 1.6 68,3 m i l lone s de eu ros a lc a n z ados en 2015. S e m a nt iene el n ivel de c o ber t u r a del 172 , 6% que der iva de u n sa ldo c omercia l f avor able a E spa ña de 1.148,7 m i l lo ne s de eu ros. L os c u ad ros 2 y 3 re c ogen la d i st r ibución ge og r á f ic a del c o mercio e x ter ior e spa ñol y se c on f i r m a la qu i nt a posición de Por t u g a l ent re los pr i ncipa le s c l iente s de E spa ña y la oc t ava posición ent re los pr i ncipa le s proveedore s. Por tuga l, en este periodo, ab sorbió el 7% de la ofer ta exportadora espa ñola a l exterior y representó el 3,7% del tota l de la s impor taciones espa ñola s.
E n la d i st r ibución se c tor ia l del c omercio ent re Por t u g a l y E spa ña la pa r t id a 87 (veh íc ulos automóv i le s; Tr ac tor) se m a nt iene a la c abe z a c on u n pe so relat ivo del 10, 6% sobre el c omercio tot a l ent re los dos pa í se s, 203,5 m i l lone s c or re sponden a la s c ompr a s e spa ño la s y 252 ,3 m i l lone s a la s vent a s a su ve ci no Por t u g a l. E n la ofer t a e spa ñola de st ac a n la s m áqu i na s y apa r atos mec á n ic os c on 183,5 m i l lone s de eu ros (7,5%) sobre el tot a l de la s vent a s a Por t u g a l, y la s m ater ia s plá st ic a s; su s m a nuf ac t u r a s c on 175,0 m i l lone s de eu ros (7,16%). En la dem a nd a e spa ñola re sa lt a n la s pa r t id a s referente s a la s prend a s de ve st i r, de pu nto c on 10 6 , 6 m i l lo -
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-febrero 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
Saldo 16
VENTAS Cober (%) 16 ESPAÑOLAS 15
COMPRAS ESPAÑOLAS 15
Saldo 15
Cober (%) 15
ene
1.265.646,00
754.840,44
510.806
167,67
1.273.065,27
787.297,60
485.768
161,70
feb
1.465.191,08
827.300,47
637.891
177,11
1.424.674,66
881.040,78
543.634
161,70
mar
1.544.255,54
909.551,96
634.704
169,78
abr
1.483.478,88
890.593,70
592.885
166,57
may
1.485.269,66
936.319,08
548.951
158,63
jun
1.617.427,95
945.815,34
671.613
171,01
jul
1.674.117,52
978.191,32
695.926
171,14
ago
1.265.446,98
757.335,49
508.111
167,09
sep
1.587.123,43
902.605,53
684.518
175,84
oct
1.563.637,65
968.476,56
595.161
161,45
nov
1.524.960,94
932.714,75
592.246
163,50
dic
1.471.544,58
807.681,82
663.863
182,19
17.915.003,09
10.697.623,95
7.217.379
167,47
Total
2.730.837,08
1.582.140,91
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
62 act ualidad€
junho de 2016
1.148.696
172,60
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-febrero 2016
ne s de eu ros (6 , 8%) y la s m ater ia s plá st ic a s; su s m anu f ac t u r a s c on 101, 2 m il lone s de eu ros (6 ,4%). L a C omu n id ad Autónom a de C at a lu ña m a nt iene el l ider a z go en la d i st r ibución ge og r á f ic a del c omercio ent re a mbos pa í se s c on u na ci f r a de t r a n sac cione s c o mercia le s que super a los 9 03, 2 m i l lone s de eu ros, e s deci r el 21% del tot a l del c omercio bi later a l en e ste pr i mer bi me st re del a ño. L a CC . A A . de Mad r id oc upa el se g u ndo pue sto ent re la s pr i ncipa le s re g ione s pro veedor a s de Por t u g a l (365,4 m i l lone s de eu ros) y la terc er a posición ent re la s pr i ncipa le s c l iente s (237,5 m il lone s de eu ros). G a l icia e s la terc er a proveedor a a Port u g a l (357,4 m i l lone s de eu ros) y la se g u nd a c l iente (258, 2 m i l lone s de eu ros). Hay que de st ac a r que e ste c onju nto de t re s C omu n id ade s Autónom a s repre sent a n el 49,1% del c omercio ent re Por t u g a l y E spa ña .
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
6.158.826,88
2
004 Alemania
4.629.881,24
3
006 Reino Unido
3.026.742,77
4
005 Italia
2.989.062,36
5
010 Portugal (d.01/01/86)
2.730.837,08
6
400 Estados Unidos
1.686.546,40
7
003 Países Bajos
1.337.591,21
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
1.187.954,51
9
204 Marruecos
1.004.755,18
10
060 Polonia
749.981,26
11
052 Turquía
739.239,16
12
720 China
706.944,27
13
039 Suiza (d.01/01/95)
623.005,99
14
412 México
600.196,49
15
208 Argelia
400.739,98
16 17 18 19
030 Suecia 632 Arabia Saudí 732 Japón
383.084,60 367.328,63 362.971,76
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-febrero 2016 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
203.520,45
2
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
106.642,74
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
101.182,43
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
70.477,80
5
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
70.476,04
6
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
65.715,04
7
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
58.145,18
8
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
57.213,84
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
57.135,57
TOTAL
1.573.204,55
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-febrero 2016 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
252.276,79
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
183.494,46
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
175.038,81
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
155.337,86
5
90 APARATOS ÓPTICOS, MEDIDA, MÉDI
105.806,21
061 República Checa (d.01/01/93)
359.384,60
038 Austria
351.416,80
6
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
100.372,37
SUBTOTAL
30.396.491,16
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
87.791,88
TOTAL
38.658.003,91
8
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
82.729,11
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
20
3.Ranking principales países proveedores de España enero-febrero 2016 Orden País 1
004 Alemania
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016
5.842.138,80
2
001 Francia
4.908.571,76
720 China
4.082.643,52
4
005 Italia
2.640.438,68
5
400 Estados Unidos
2.197.585,65
6
006 Reino Unido
1.746.538,44
7
003 Países Bajos
1.732.068,43
8
010 Portugal (d.01/01/86)
1.582.140,91
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
1.077.751,10
10
204 Marruecos
945.906,86
11
208 Argelia
855.223,15
12
052 Turquía
832.994,52
13
060 Polonia
752.042,53
14
061 República Checa (d.01/01/93)
658.332,18
15
288 Nigeria
641.545,63
16
664 India
590.245,65
17
039 Suiza (d.01/01/95)
18
732 Japón
19 20
2.443.510,44
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
3
75.982,54
TOTAL
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-febrero 2016 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
565.228,59
Cataluña
637.484,70
Cataluña
265.707,08
546.480,86
Madrid, Comunidad de
365.425,14
Galicia
258.157,68
007 Irlanda
426.151,82
Galicia
357.351,61
Madrid, Comunidad de
237.474,70
632 Arabia Saudí
412.434,38
Andalucía
273.942,40
Comunitat Valenciana
170.925,57
SUBTOTAL
33.036.463,47
Comunitat Valenciana
267.922,35
Andalucía
148.580,42
TOTAL
42.805.598,25
Castilla-La Mancha
167.657,26
Castilla y León
109.350,08
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
junho de 2016
ac t ua l i da d € 63
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas portuguesas y españolas mayoristas de productos de nuevas tecnologías y electrodomésticos
DP160308
Agentes comerciales en España
DP160309
Agente/empresa distribuidora de alimentación para el mercado español
DP160310
Empresas andaluzas del sector del mueble y tapizados, para presentar sus servicios logísticos
DP160401
Empresas españolas de Barcelona de importación/ distribuidoras de productos orgánicos y naturales
DP160501
Empresas españolas de siderúrgica y fundición de acero y hierro fundido
DP160502
Empresas españolas productoras de harina de algarroba
DP160503
Empresas españolas fabricantes de bolsas de aromas que se utilizan en almohadas y colchones
DP160504
Empresas españolas produtoras de alfalfa
DP160505
Empresas españolas productoras de azúcar certificado orgánico
DP160506
Vinotecas y almacenes de productos alimenticios en España
DP160507
Empresas españolas del sector textil para presentar sus servicios de fabricación de ropa de punto
OP160401
Productor portugués de champiñones, espárragos, moras (silvestre e híbrida) y aceite transmontano, busca comprador o distribuidor en España
OP160501
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas do setor têxtil especializadas em vestuário de algodão
DE160205
Empresa de alimentação espanhola procura distribuidores ou representantes em Portugal
DE160301
Empresas portuguesas do setor TI
DE160302
Empresas portuguesas de fabrico de cromado duro em cilindros hidráulicos
DE160303
Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras de tintas
DE160304
Fábricas de alimentação no Algarve
DE160305
Empresas portuguesas fabricantes de plásticos, PVC, resinas e poliuretano
DE160401
Empresas portuguesas do setor têxtil para a confeção de cintos em pele
DE160501
Lares de idosos e residências resort em Portugal
DE160502
Empresa espanhola procura agente de vendas para representar no mercado português produtos de cabeleireiro e estética
DE160503
Empresas portuguesas do setor de processamento de tomate para apresentar o seu portefólio de máquinas processadoras
OE160401
Lojas em Lisboa multimarca para apresentar a sua linha de roupa
OE160402
Empresas portuguesas do setor do transporte de mercadorias por via marítima
OE160403
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
64 act ualidad€
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
junho de 2016
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calendário fiscal calendario fiscal >
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T
Q
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S
T Q
Q
S
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D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 F 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Junho Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em abril/2016
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Declaração de remunerações relativa a maio/2016
Entidades empregadoras
10
IRS
Declaração mensal de remunerações - AT, relativa a maio/2016
Entidades devedoras de rendimentos
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de maio/2016
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC, bem como Imposto do Selo liquidado em maio/2016
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em maio/2016, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
Aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE
25
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em maio/2016
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
Comunicação por: - Transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Webservice da AT; - Envio do ficheiro SAF-T(PT), através do Portal da AT; - Recolha direta no Portal da AT
30
IRC
Declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em abril de 2016
Entidades pagadoras dos rendimentos
A entidade pagadora deve obter um número fiscal (NIF especial) para o não residente.
30
IRC/IRS/IVA/ Selo
IES /Declaração Anual, referente ao exercício de 2015
Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada
Pode ainda ser enviada até 15 de julho
30
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2015 noutro Estado membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
66 act ualidad€
junho de 2016
Rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE160127 BE160128
M
77/02/01
INGLÊS
FORMADOR
F
92/08/31
FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
TÉCNICA SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO
BE160129 BE160130
M
INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ ÁRABE
ENGENHEIRO AGRÓNOMO
M
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ITALIANO
FORMADOR TIC
BE160131
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO
TÉCNICA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
BE160132
M
INGLÊS
ENGENHARIA CIVIL
BE160133
F
INGLÊS/ FRANCÊS
HOTELARIA (RECECIONISTA DE HOTEL)
BE160134
F
INGLÊS/ PORTUGUÊS
JORNALISMO
BE160135
M
INGLÊS/ ESPANHOL
TRADUTOR INGLÊS-PT
BE160136
M
INGLÊS
TURISMO
BE160137
F
INGLÊS/ PORTUGUÊS
TÉCNICA COMERCIAL
BE160138
F
INGLÊS
TÉCNICA DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO
BE160139
M
INGLÊS/ FRANCÊS
GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
BE160140
F
INGLÊS/ ESPANHOL
COMERCIAL E MARKETING
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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n o v ej m u nb h ro de 2016 4
ac t ua l i da d € 67
espacio de ocio
Diez artistas internacionales
Foto PSML Emigus
espaço de lazer
enriquecen el Parque da Pena con un diálogo entre hombre y naturaleza
Sintra conmemora el bicentenario de D. Fernando II, el rey artista creador del Parque da Pena, con la exposición de arte contemporánea “Point of View”. Durante un año se van a poder contemplar las obras de diez reconocidos artistas nacionales e internacionales que reflejan un constante diálogo entre hombre y naturaleza.
U
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
68 act ualidad€
junho de 2016
reina falleció poco después. Será con los caminos y senderos del jardín. Dusu segunda mujer, la cantora de ópera rante su paseo encontrarán nuevas insElise Hensler, con quien inicia las obras talaciones colocadas en puntos estratégidel Parque da Pena, siendo ambos los cos, realizadas con materiales que en su verdaderos creadores de este emblemá- mayoría existen en el parque. Las obras estarán expuestas durante un año y no tico espacio. Parques de Sintra acogió con agrado van a sufrir ningún tipo de manteniel proyecto presentado por Sofía Barros miento porque “la maduración natural porque con él se reconoce la importante labor de D. Fernando II en la creación del parque. “Su obra no fue únicamente el palacio, como muchas veces se piensa”, recuerdan desde la organización de la exposición. Con esta muestra se pretende atraer a muchos de los visitantes del Palacio da Pena que no recorren
Foto PSML Wilson Pereira
tilizando materiales del propio Parque da Pena, diez artistas de diferentes nacionalidades han sido desafiados para crear obras que durante un año van a formar parte de este espacio natural. Los visitantes, por su parte, están invitados a “perderse” en uno de los parques más bonitos de Portugal, para explorar sus diferentes perspectivas y puntos de vista. El motivo de este nuevo proyecto, dirigido por Sofía Barros, no es otro que el de celebrar el bicentenario del rey D. Fernando II, “quien sintió la relación entre el Hombre y la Naturaleza en una total simbiosis”. Conocido como “el rey artista”, él fue el visionario del parque. Rey consorte de Doña María II, fue un enamorado de la sierra de Sintra y adquirió el antiguo convento abandonado. El matrimonio mandó la construcción de un palacio aunque la
Foto PSML Emigus
Foto PSML Wilson Pereira
Foto PSML Wilson Pereira
espaço de lazer
Foto PSML Wilson Pereira
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de cada pieza forma parte del concepto de la exposición”, aclara Sofía Barros. Para la señalada ocasión se ha contado con la colaboración del director artístico Paulo Arraino, quien coordina el trabajo de sus compañeros Alberto Carneiro (Portugal), Alexandre Farto/Vhils (Portugal), Antonio Bokel (Brasil), Bosco Sodi (México), Gabriela Albergaria (Portugal), João Paulo Serafim (Portugal), NeSpoon (Polonia), Nils-Udo (Alemania) y Stuart Ian Frost (Reino Unido). Todos estos artistas trabajan como “agentes de reconexión y diálogo entre el binomio Hombre/Tierra a través de un proceso de acupuntura geográfica, creando diferentes diálogos in situ con un organismo vivo”, explica Arriano. “Point of View” pretende celebrar y recordar esa correlación y colaboración iniciada por D. Fernando II, en 1838. La conexión entre hombre y naturaleza ha sido el principal criterio a la hora de elegir a los artistas participantes. El trabajo del director artístico, el portugués Paulo Arraiano, se inclina sobre el territorio inmaterial y su conexión con el territorio físico: cartografías
emocionales donde el cuerpo actúa con una extensión de la Naturaleza. Participan además otros cuatro artistas lusos: Vhils (1987), uno de los artistas contemporáneos con mayor visibilidad internacional y uno de los más representados en proyectos site specific, galerías y museos; Gabriela Albergaria, miembro representante de ELAN (European Land Art Network), usa fotografía, diseño, instalaciones y escultura para desarrollar una línea de trabajo que utiliza los jardines y su historia como punto de partida de cada trabajo; João Paulo Serafim, quien está desarrollando desde 2005 el proyecto MIIAC (Museo Improbable de Imagen y Arte Contemporánea), museo basado en una búsqueda iconográfica de un acervo personal y documental construido a lo largo de la trayectoria del artista; y Alberto Carneiro (1937), uno de los artistas más importantes de su generación, quien desenvuelve dentro del arte minimalista y conceptual en Londres una progresiva desmaterialización de la obra de arte con una visión antropológica y asentada en la relación hombrenaturaleza.
Completan la lista de artistas el brasileño Antonio Bokel, representado en la Colección Chateaubriand (Museo de Arte Moderna de Rio de Janeiro) para quien el grafiti es la base de su trabajo y rompe con las formas tradicionales de presentarlo; el mexicano Bosco Sodi, quien realiza siempre trabajos sin títulos para no condicionar la apreciación de la obra, siendo famosas sus pinturas de grandes dimensiones con colores vivos y texturas ricas; la polaca NeSpoon que surge del movimiento street art en 2009 y cuyo trabajo se caracteriza por utilizar piezas textiles como ganchillos y encajes a modo de plantillas o materiales en sí mismos con los que trabajar e inspirarse en grandes instalaciones; el alemán Nils-Udo, quien trabaja en el local utilizando elementos que allí encuentra y cada pieza es la respuesta al paisaje y a los materiales que encuentra a su alrededor, creando un mundo seductor de potenciales utopías; y el británico Stuart Ian Frost, cuya obra se caracteriza por el interés por la naturaleza física de los objetos y su relación específica con el medio ambiente y la cultura, mitos e historia. junho de 2016
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Agenda cultural
Música
Porto acolhe quinta edição do NOS Primavera Sound
Livros
Mário Soares e Marcelo Rebelo de Sousa traduzidos em espanhol
”Mário Soares o la lucha por la democracia”, uma obra autobiográfica da autoria do antigo Presidente da República português Mário Soares e “Derecho Administrativo General” de Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República português, acabam de ser lançados em espanhol. Ambas as traduções são da responsabilidade da luso-colombiana Martha Esperanza Ramos de Echandía. A tradutora optou pelo título “Mário Soares o la lucha por la democracia”, para a obra “Mário Soares, um político assume-se”, já que o que mais a impressionou foi o facto de o político “ter dedicado a sua vida a lutar pela democracia em Portugal”. O prefácio do livro é assinado por José Luis Rodriguez Zapatero e Pedro Sánchez. A obra foi lançada no mercado espanhol e no colombiano. “Derecho Administrativo General” é a traduçaõ de “Direito Administrativo Geral” de Marcelo Rebelo de Sousa, que até iniciar funções como Presidente da República foi professor de direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Para a tradutora Martha Esperanza, trata-se de “um livro fundamental para todos os que se interessam por direito comparativo”, uma vez que “condensa aulas de Marcelo Rebelo de Sousa, em que explica o direito administra-
tivo em Portugal, que é muito diferente do colombiano”. A obra permite “conhecer todo o sistema eleitoral e governamental português”, acrescenta a tradutora.
O homólogo português do festival Primavera Sound que se realiza em Barcelona há quinze anos, regressa ao Parque da Cidade, no Porto, nos dias 9, 10 e 11 de junho. Com perto de 50 nomes da música portuguesa e internacional, a quinta edição lusa do festival conta com o duo francês Air, autores de “Moon Safari” ou da banda sonora de “As Virgens Suicidas”, com a roqueira britânica PJ Harvey, com “o rock sonhador e experimental dos islandeses Sigur Rós, além de Brian Wilson num concerto especial do histórico “Pet Sounds” no seu quinquagésimo aniversário, obra máxima da pop do século XX, e que é levada a palco uma última vez”. A maior patrocinadora do evento, a empresa de telecomunicações NOS, que também promove o festival Nos Alive, em Lisboa, frisa que a música é um dos seus “territórios naturais desde sempre”. O festival está assim alinhado com a estratégia da marca: “Surpreender e inovar é o desafio que nos orienta em tudo o que fazemos. No Parque da Cidade do Porto, um espaço extraordinário e único, promovemos um evento musical raro, que traz o mundo à cidade, que a projeta cada vez mais longe e que coloca o país na agenda cultural internacional.” O Primavera Sound “segue as mesmas diretrizes do evento musical barcelonês, que se distingue pela variedade de estilos e pela aposta em novas bandas, destacando tanto o panorama local como artistas internacionais, com longas e respeitadas carreiras”. O cartaz integra “nomes chave para compreender a música atual: o dream pop dos americanos Beach House, que estão de volta ao Porto depois de esgotarem os espetáculos em novembro, o regresso ao pop dos Animal Collective, o post rock dos Explosions In The Sky, a apresentação do novo álbum do supergrupo alemão Moderat, os Deerhunter liderados por Bradford Cox, o rolo compressor de rock de Ty Segall and The Muggers ou Julia Holter, autora de um dos álbuns mais marcantes de 2015”. O festival mantém espaço no programa para propostas nascidas na década de noventa. Nesta edição atuam “a mítica banda de hardcore Drive Like Jehu, os sempre em forma Dinosaur Jr., o rock instrumental e sem amarras de Tortoise, a descarga eléctrica de Mudhoney, o noise metal dos lendários Unsane, os pioneiros do out rock loop ou o seguro de vida em direto que são os Shellac”. Enytre os nomes mais atuais, destaque para “o hip hop de um dos mcs do momento, Freddie Gibbs, o rock batalhador de Savages, o synthpop dos pujantes Chairlift, as odes etílicas de Titus Andronicus, Dan Bejar a bordo de Destroyer para mostrar o recente “Poison Season”, o baile emotivo de Kiasmos, os aromas pós-punk de Parquet Courts, a experimentação de Holly Herndon ou a eletrónica tingida de jazz de Floating Points”. As atuações distribuem-se por quatro palcos diferentes: o palco NOS, o palco Super Bock, o palco All Tomorrow’s Parties (programação mais experimental dos vários estilos musicais), e o palco Pitchfork, (nomes emergentes da música alternativa internacional).
Dias 9, 10 e 11 de junho, no Parque da Cidade, no Porto 70 act ualidad€
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Out Jazz nos últimos anos. De assinalar, que o Meo Out Jazz vai já na sua décima edição: “Há 10 anos que a cidade de Lisboa se deixou tomar pela música cinco meses por ano. Jardins, praças, miradouros, alamedas e ruas deixaram ecoar acordes musicais que promoveram momentos inesquecíveis de boa disposição, amizade e descontração.” José Filipe Rebelo Pinto, fundador e diretor do Out Jazz, considera que “o sucesso do Out Jazz se deve ao facto de termos sido os primeiros a dinamizar os jardins públicos de Lisboa, aos domingos, com música soul, funk, jazz e hip-hop”, acrescentado que “por trás deste sucesso está também uma equipa excelente, uma cidade de sonho e uma grande paixão pela música por parte da organização”.
Sábados e domingos de jazz ao ar livre
Arrancou em maio mais uma edição do festival Meo Out Jazz, que proporcionará 44 concertos até setembro. Os espetáculos acontecem aos sábados e domingos, a partir das 17 horas, e distribuemse pelos jardins, praças e escadarias, em Almada, Cascais, Lisboa e Tróia. Este mês, as propostas passam pelo Jardim Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais (dias 4, 18 e 25), pelo Beach Club Tróia (dia 11) e pela Tapada das Necessidades, em Lisboa (dias 5, 12, 19 e 26). Além da atuação de uma banda de jazz, funk, hip-hop e soul, haverá sempre um DJ para prolongar a animação destes fins de tarde. Este ano, além dos espetáculos ao ar livre, o festival tem também uma versão à porta fechada e com bilheteira, o Out Fest, que decorrerá nos dias 24 e 25 de Setembro e que reunirá alguns dos músicos que atuaram no
Até 25 de setembro, em Almada, Cascais, Lisboa e Tróia
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Experimenta Design promove pedras portuguesas no mundo As rochas ígneas (granitos e rochas afins, gabros, sienitos, etc.), as rochas metamórficas (mármores, em especial, xistos metamórficos e outras rochas metamórficas, como gneisses e serpentinitos) e as rochas sedimentares (fundamentalmente calcários, dolomitos e brechas) são as protagonistas da Primeira Pedra, iniciativa que acaba de ser lançada pela Experimenta Design. Trata-se de um “programa de pesquisa experimental, de âmbito internacional, sobre as potencialidades de utilização da pedra portuguesa, alicerçado nas suas propriedades materiais e características distintivas”. Desta forma, os organizadores da bienal de design, procuram promover estas matérias-primas que servem várias áreas. A Primeira Pedra “concilia indústria e design através do desenvolvimento de novas aplicações da pedra portuguesa, sendo um dos objetivos do programa sensibilizar para as suas especificidades e para a indústria que lhe está associada, num total de 1500 empresas do setor, das quais 40 estão associadas ao cluster da pedra natural”. A iniciativa junta “35 arquitetos, designers de produto e designers gráficos, bem como outros protagonistas do território da criação cultural, nacionais e internacionais, convidados a desenvolver trabalhos que enfatizam não só o material em bruto e processado mas também o próprio local da sua extração, as pedreiras, a sua envolvente sócio-cultural e o seu papel na paisagem e no ambiente”. Desta forma, a Experimenta Design posiciona-se durante os próximos 18 meses como “responsável pela estratégia de comunicação, posicionamento e divulgação da pedra portuguesa no mundo. No decorrer do projeto até final de outubro de 2017, a Primei-
ra Pedra irá estar presente em Veneza (Bienal de Veneza, maio 2016), Milão (Fuorisalone di Milano, abril 2017), Nova Iorque (NYC Design Week, maio 2017), Basileia (Art Basel, junho 2017), Londres (London Design Festival, setembro 2017) e Dubai (Dubai Design Week, outubro 2017). A estreia internacional aconteceu com o projecto Resistance, na 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza, inaugurado no passado dia 25 de maio, na Giudecca, com propostas do português, e representante oficial de Portugal, Álvaro Siza, da britânica Amanda Levete, do estúdio chileno Elemental, dirigido por Alejandro Aravena, do indiano Bijoy Jain, diretor do Studio Mumbai, e da sueca Mia Hägg.
Até outubro de 2017 junho de 2016
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Golf Spot, uma viagem entre Portugal e o Japão
A Academia de Golfe de Lisboa, inserida no Estádio Universitário, conta, desde setembro do ano passado, com um restaurante, que inclui lounge, cafetaria e esplanada. O Golf Spot, liderado pelos antigos donos do japonês Origami, mantém propostas nipónicas na carta, incluindo também pratos portugueses, tapas, massas e risotos.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
star rodeado da Natureza, no centro de Lisboa, é só por si apelativo, porém Patrícia Anjos e Rui Anjos juntaram outros elementos ao projeto que idealizaram para o espaço de restauração da Academia de Golfe de Lisboa. Conscientes de que este organismo, integrado na área do Estádio Universitário de Lisboa, é frequentado por golfistas, os dois empresários pensaram num espaço de restauração de âmbito mais alargado, já que não se trata de um clube de golfe. Não é preciso sequer gostar de golfe, para se sentar à mesa do Golf Spot, ainda que a decoração, idealizada por Paulo Duque, renda homenagem à modalidade: na sala de refeições será surpreendido por uma
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curiosa ilustração que lhe mostra a pers- elites”. O público-alvo deste campo de petiva da bola quando está no buraco; há treino do Estádio Universitário, é “dos 5 também várias formas circulares brancas aos 77 anos”. O Golf Spot abriu em setembro de 2015, a revestir uma das paredes, numa clara alusão às pequenas bolas usadas para jo- sob a gestão de Patrícia Anjos e Rui Anjos, gar golfe. O edifício que aloja o Golf Spot e é mais um dos motivos para frequentar foi projetado pelo arquiteto Diogo Vals- a Academia. O restaurante procura difesassina, que optou por várias paredes de vidro, para tirar partido do “ambiente envolvente, cosmopolita, ecológico e sustentável”. Margarida Quinta, diretora de marketing da Academia de Golfe de Lisboa, esclarece que “o objetivo é desmitificar a ideia do golfe ser exclusivamente para
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renciar-se “não só pela arquitetura sofisticada, de decoração minimalista, como, e acima de tudo, pela combinação da oferta de uma cozinha japonesa original de autor com a multiculturalidade da cozinha internacional”, sublinham os promotores do espaço. Para tal, Patrícia Anjos e Rui Anjos, antigos donos do restaurante japonês Origami, contrataram o chefe com quem já haviam trabalhado, Kasu. O chefe de origem japonesa (nasceu perto de Tóquio) já trabalhou em restaurantes no Brasil e em Portugal, onde vive há cinco anos. O cozinheiro quer “difundir a verdadeira gastronomia nipónica, cuja variedade é enorme”. Só para fazer sushi de forma tradicional, a que defende, pode-se trabalhar com “umas 50 espécies de peixe e marisco”, além de inúmeros vegetais, o que permite criar peças com diferentes sabores e texturas, salienta. O menu de degustação de sushi que provámos usava ingredientes como o lingueirão, o atum, o salmão, o choco, o robalo, o polvo, entre outros. Kasu explica que além da variedade de ingredientes, o sushi pode ser feito com peixe cru, peixe marinado, peixe cozido, pelo que as possibilidades são imensas. Tudo isto, “implica uma preparação demorada”, frisa. Foi por esta cozinha que Patrícia e Rui Anjos se deixaram enamorar, ainda que o primeiro contacto tenha sido involuntário. Desde a adolescência que a gestora sentia interesse pela cultura nipónica e quando “herdou” a gestão de um restaurante japonês de um familiar aprofundou o seu conhecimento sobre a gastronomia do país. Mais tarde abriu com Rui Anjos o Origami, também em Lisboa, projeto “bem sucedido”, que abandonaram para se dedicarem à família. No entanto, a paixão pela restauração e pelo Japão reacendeu-se com a oportunidade que viram na Academia de Golfe de Lisboa. “O espaço agradou-nos desde logo e achámos que fazia sentido ter aqui um forte apontamento da cozinha japonesa”. A carta de referências japonesas inclui entradas como pepino envinagrado ou carpaccio de salmão numa cama de gelo. Há várias propostas de sushi (peças com arroz), temaki (cone de arroz), sashimi (peixe ou
legumes laminados), tataki (carne ou peixe selada na chapa e depois fatiada), tempura (empanados em farinha japonesa) e massas japonesas (quente ou fria). A carta do Golf Spot tem também muitos pratos portugueses e referências de outras culturas. O chefe Fábio Carmo, responsável pela ementa portuguesa e internacional colocou na lista de entradas ovos mexidos com farinheira de Trancoso, sopas como o gaspacho andaluz e a sopa rica de peixe da costa portuguesa. Há também diversas saladas, massas e risotos. Na lista de pratos de peixe figuram filetes com açorda de coentros e camarão, ou polvo selado em redução de oliva com batata nova assada e verdura. Do lado da carne, pode optar por bochechas de porco preto com puré de batata, ou bife do lombo grelhado, supremos de frango do campo grelhados com vegetais asiáticos, entre outros pratos. As sugestões de sobremesa incluem bolo de chocolate cremoso, tempura de gelado de baunilha, tarte merengada de lima e farófias. O Golf Spot disponibiliza igualmente as
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opções de menu de degustação japonesa, às terças (25 euros), tapas com amigos, às quartas (1 tapa + 1 cerveja por 2,50 euros), cocktails ao pôr do Sol, às quintas, das 18 horas às 20 horas, chill out Golf Spot, às sextas, das 18 horas às 20 horas (5 euros, com oferta da segunda bebida igual ou cestos de bolas de valor equivalente), ou os pacotes golf a la carte, aos sábados (inclui uso da academia ou oferta de cesto de bolas para adultos) e Golf Spot family brunch, aos domingos (25 euros para adultos e 12,5 euros para crianças). De assinalar que o Golf Spot ocupa uma sala de refeições, um espaço de cafetaria, e outro de lounge. Fábio Guerreiro é o responsável pelo bar, onde assina vários cocktails exclusivos. Existe ainda uma sala destinada a eventos ou almoços/jantares para grupos. Margarida Quinta informa que o Golf Spot, no contexto da Academia de Golfe de Lisboa, promove workshops (sushi, sushi e gin), programas de team building para empresas ou coletividades, bem como atividades para crianças.
Golf Spot Azinhaga das Galhardas, Lisboa Tel. 217960108
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Statements Para pensar
“O Estado deve dar o exemplo [no combate às disparidades salariais e na representação das mulheres nos cargos dirigentes], portanto, vamos mais além, não iremos apenas estabelecer metas exigentes para as empresas, mas dizer que o Estado deve fazer mais. Só isso lhe dá autoridade de levar esse esforço ao setor privado” Eduardo Cabrita, ministro Adjunto, numa audição da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades
e Garantias, onde defendeu ser necessário os parcerios sociais aprovarem uma iniciativa legislativa para a igualdade de género, “Diário Económico”, 25/5/16
“Tal como Portugal está a fazer internamente, a União Europeia precisa de desenvolver um Simplex Europeu” Carlos Zorrinho, eurodeputado português, na sessão plenária do Parlamento Europeu, “OJE”, 25/5/16
“Consolidar uma União Digital robusta é uma das prioridades estratégicas para combater a fragmentação política, económica e social da União Europeia (...) a revolução digital originada pela evolução tecnológica abre uma grande oportunidade à economia e à sociedade europeia, que não podemos perder” Idem, ibidem
“Com este estudo, percebemos que as empresas portuguesas valorizam a inovação e pretendem ter informação sobre ideias e projetos inovadores, mas ainda assim não apostam na inovação devido a questões como a mentalidade do top management, a falta de recursos financeiros e a pouca preparação dos seus recursos humanos. Ou seja, as empresas portuguesas têm um destino, mas não sabem como lá chegar” Renato Póvoas, diretor geral da Improve, citando um estudo da consultora, realizado junto de altos quadros de empresas a atuar em Portugal, “OJE”, 24/5/16
“Uma queda das reservas para destinos tradicionalmente muito populares, como a Tunísia e o Egito, depois dos ataques terroristas e a alteração das recomendações de deslocações do Ministério dos Negócios Estrangeiros, deu lugar a um aumento da popularidade do Mediterrâneo ocidental em particular” Estudo da Abta, associação de agências de viagens britânica, Diário de
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Notícias”, 25/5/16