Actualidade Economia Ibérica - nº 230

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Actualidad

Economia ibérica agosto 2016 ( mensal ) | N.º 230 | 2,5 € (cont.)

António Costa:

Portugal terá "um défice inferior a 3%" em 2016 pág. 50

Governo português quer apostar na Faixa Peninsular pág. 56

Setores empregadores: da informática, à engenharia e outros que estão a contratar pág. 38


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AGoSTo de 2016


Índice

índice

Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro

Nº230 Actualidad

Grande Tema 38.

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy desk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org)

Setores empregadores: da informática, à engenharia e outros que estão a contratar

ICA diversifica para 14. novos formatos de

restauração e procura parceiro em Espanha

Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Cecilio Oviedo, Miguel Durham Agrellos, Nuno Ramos e Paulo Pichel Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14 Loja A 2725-274 MEM MARTINS Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Editorial 04. Verão de euforia e alguma incerteza

06.

Plan Juncker: inversión y crecimiento (II) - Cecilio Oviedo

46.

O direito de renúncia à isenção de IVA dos prestadores privados de cuidados de saúde - Miguel Durham Agrellos e Paulo Pichel

Atualidade Europea tendrá serios impactos en las economías ibéricas

24. Gate28, una nueva compañía Luso Espanhola

espanhol

Opinião

20. La salida del Reino Unido de la Unión

Câmara de Comércio e Indústria

quer levar os 18. Bluestore seus têxteis ao mercado

para reclamar retrasos y cancelaciones de vuelos

E mais...

08. Apontamentos de Economia 28.Marketing 30.Fazer Bem 32.Vinhos & Gourmet 34.Setor Automóvel 46. Advocacia e Fiscalidade 48.Setor Imobiliário 50.Eventos 60.Barómetro Financeiro 62.Intercâmbio Comercial 64.Oportunidades de Negócio 66.Calendário Fiscal 67.Bolsa de Trabalho 68.Espaço de Lazer 74.Statements

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editorial editorial

Verão de euforia e alguma incerteza

A

bol e campeão europeu de hóquei em patins e conquistador de vários outros títulos no atletismo, canoagem, etc., ao longo das últimas semanas. De destacar a conquista da taça de campeão europeu de futebol, que pode representar para Portugal um impacto económico positivo de mais de 600 milhões de euros, de acordo com o Gabinete de Estudos de Marketing para o Desporto do IPAM-Instituto Português de Administração de Marketing. O estudo do IPAM foi realizado antes do Euro2016 ter começado e tem por base o consumo agregado à participação da seleção liderada por Fernando Santos – e que teve Cristiano Ronaldo como uma das grandes figuras do torneio –, incluindo viagens, venda de merchandising e eventos em território português. No plano económico, Portugal foi alvo de sanções por parte da Comissão Europeia, por apresentar défices excessivos entre 2013 e 2015. No entanto, o Governo português garantiu já que tem vindo a fazer um grande

Foto Uniplaces

época estival em Portugal – e também em Espanha – está a decorrer de forma intensa este ano, ao contrário de outros anos, em que se caracterizava por uma “silly season”, sem acontecimentos relevantes a marcar a atualidade. Este ano, proliferam as notícias com grande impacto mediático, algumas boas e outras más. No caso da Europa, os países aderentes da União Europeia procuram ajustar-se ao futuro cenário conhecido como “Brexit”, e que trará inevitáveis impactos económicos e fiscais também a Portugal e Espanha, alguns dos quais se procuram esmiuçar nesta edição (ver págs. 2022). A par deste novo cenário europeu, surgiram novos acontecimentos mediáticos de terrorismo e insegurança, que aumentam a sensação de incerteza e insegurança para os cidadãos. Mas já no desporto, as notícias são muito positivas para Portugal, o novo campeão europeu de fute-

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esforço de consolidação orçamental. “A Comissão Europeia ou a OCDE, apesar de algumas divergências sobre o impacto de algumas medidas ou sobre o cenário macroeoconómico reconhecem, pela primeira vez, que Portugal cumprirá o objetivo de ter um défice inferior a 3% do PIB”, garantiu António Costa, num recente almoço de empresários (ver págs. 50-54). “Será em 2016 que esse objetivo será alcançado”, o que “permitirá a Portugal sair do procedimento de défice excessivo e beneficiar de outras oportunidades para apoiar o investimento e promover o crescimento”, adiantou o primeiroministro português. A criação de emprego e a captação de investimento estrangeiro são outras das preocupações do atual Governo, como frisou ainda António Costa. A Actualidad€ foi descobrir alguns dos novos projetos de investimento industrial e não só que estão a surgir e que podem acrescentar algumas centenas de postos de trabalho ao tecido empresarial, nos próximos dois a três anos (págs. 38-45). CORREÇÃO: Na pág. 13 da última edição, surgiu incompleto um destaque da entrevista a Luís Castro e Almeida. De facto, a frase correta era: “Apesar de haver uma retração no pedido de concessão de crédito por parte das empresas em Portugal, estamos a crescer em quota de mercado e a conceder mais crédito do que em igual período do ano passado“. Pelo sucedido, pedimos desculpa aos leitores e ao entrevistado.  Email: actualidade@ccile.org



opinião opinión

Plan Juncker: inversión y crecimiento (II)

A

l final de las épocas de auge, después de grandes inversiones de capital, los rendimientos de las nuevas inversiones (lo que se ha llamado eficacia marginal de la inversión o tasa de retorno sobre el coste de reposición) suelen ser muy bajos o negativos y eso desanima la nueva inversión, siendo una de las causas fundamentales de las recesiones o de períodos de estancamiento. Estos períodos “de crisis” o recesiones duran un número desconocido de años (el aumento del desempleo y el empeoramiento del crédito facilitan la caída del consumo y la caída de la demanda en el sector residencial). La caída del sector de la construcción (haya tenido origen o no en el sistema financiero) tiene consecuencias muy graves en las instituciones financieras, en el sistema productivo, en las empresas y en las familias o economías domésticas. La inversión sufre gravemente en momentos de crisis. La producción trata de adaptarse a la caída del consumo y de la demanda agregada o total, influenciada también por la caída de la inversión bruta (no se efectúan nuevas inversiones en edificios y equipos, incluidos los automóviles y camiones), tanto por motivo del empeoramiento de la confianza y de las previsiones como por la posible contracción de la financiación bancaria, del mercado renta fija o de la bolsa, que no pueden ser compensadas en general con autofinanciación a base 6 act ualidad€

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de la propia tesorería de las empresas. Por lo que se refiere al stock empresarial en existencias, que podrían actuar como amortiguador, sufre oscilaciones en virtud de los ajustes de la producción a la demanda de cada momento. Pocos especialistas y políticos niegan que la inversión sea el motor del desarrollo o crecimiento económico y que su retroceso esté ligado al menor crecimiento e incluso a la recesión en los casos más graves. Otra cosa distinta a reconocer la importancia generalizada de la inversión, es que los especialistas en economía y los políticos acaben dividiéndose en las recesiones: de una parte, están los partidarios de frenar los gastos públicos para contener el progreso de los déficits y por tanto de la deuda pública, con más austeridad. En el extremo contrario, los expansionistas, partidarios de los estímulos al crecimiento para poder recuperar la senda hacia el pleno empleo, a través del aumento de la producción y de la renta de las familias y empresas, con el consiguiente aumento de recaudación de los impuestos directos sobre los rendimientos de los agentes económicos y la recuperación de los impuestos indirectos, mientras disminuyen los gastos de transferencias a aquellos parados que vuelven a tener empleos, haciendo funcionar los estabilizadores automáticos. El mismo FMI y parte de los analistas, están ahora mismo en una postura intermedia entre la austeridad

Por Cecilio Oviedo*

y el expansionismo, reconociendo que los excesos de austeridad pueden ser contraproducentes. El problema del fomento de la inversión en una época de depresión o recesión puede ser de evaluación económica. El coste de las inversiones públicas y su mantenimiento hace desistir del empeño a la mayoría de los gobernantes y de los políticos, aun cuando los intereses del dinero sean bajos. Por otra parte, el riesgo asociado es alto para la inversión privada. Triunfa así la tesis del menor déficit público posible a corto plazo sobre la del crecimiento a medio y largo plazo, que es el verdadero remedio del déficit público. El Estado puede tomar medidas de política económica y no estar cumpliendo con su función de asegurar inversiones que puedan llevar a la senda hacia el pleno empleo. De ahí la oportunidad del Plan Juncker que con pequeña inversión pública apalanca grandes inversiones de 315.000 millones de euros estimados, con ayuda del Banco Europeo de Inversiones (BEI). Los gobiernos no deben caer tampoco en excesos de optimismo: hay que utilizar la política económica realizando aquellas inversiones públicas estrictamente necesarias que, sin causar problemas financieros graves, hagan retomar lo antes posible la senda del desarrollo a largo plazo, contando con la financiación conjunta necesaria para mantener las inversiones, sin perjudicar la financiación de las inversiones privadas.


opinión

En lo que se refiere a las infraestructuras públicas, es tradicional que sean las primeras en pagar las consecuencias de las crisis. La inversión en la construcción de ellas genera ocupación y aumenta el PIB, aunque produzcan déficit a corto plazo y por tanto deuda pública si son asumidas por el Estado y no se hacen mediantes concesiones. En este sentido si se hacen con colaboración del sector privado, sin comprometer la financiación de las empresas de otros sectores, podría ser una solución para salir de la crisis. Estas inversiones deben generar empleo y renta y deben ser necesarias y productivas, debiendo estar respaldadas por análisis de coste-beneficio concienzudos. También es necesario que haya dinamismo en el consumo y la exportación para que la economía se siga moviendo a buen ritmo, estimulando a su vez la inversión,

opinião

dado que son necesarias confian- sariales que llevan a un aumento de za y buenas expectativas de be- la demanda de inversión, de exporneficios, porque el aumento de la taciones y de consumo por la parte producción acelera la acumulación de la demanda y de la producción de capital mientras que la dismi- de bienes y servicios, por el lado nución de la producción acelera la de la oferta, en el caso de que las desinversión de capital. condiciones sean favorables al creFinalmente debo decir, que en la cimiento. Sin embargo, en las crisis, historia económica, una parte de los gobiernos están atados de pies y los economistas han sido partida- manos para promover las inversiones rios del laissez-faire (del liberalismo y así compensar la caída de la demás estricto) en el sentido de no manda agregada. Una excepción casi hacer absolutamente nada, porque generalizada se dio en la reunión de los problemas ya se resolverán por Londres del G-20 de 2009, cuando sí mismos, con ayuda de la Mano los países líderes tomaron importanInvisible. Es bastante evidente que tes decisiones contra-cíclicas para en las épocas de auge no se nece- incentivar el crecimiento. Estimular la confianza de los emsita a los gobiernos como motores del crecimiento de la producción y presarios y de las familias es esenla demanda privadas, aunque sí en cial para la materialización en nuelo que se refiere a las inversiones pú- vas inversiones privadas.  blicas en sentido estricto. La expansión suele ser consecuen- * Consejero Económico de la Embajada de cia de una mejora de la confianza España en Portugal general y de las expectativas empre- E-mail: coviedo@comercio.mineco.es

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Portugal vai instalar 180 megawatts de energia solar O Governo português vai atribuir potência sem apoios à produção, essencialmente de energia solar fotovoltaica. “Neste momento, estão em curso a instalação de 180 megawatts (MW) de projetos solares fotovoltaicos já aprovados e sem tarifas subsidiadas”, afirmou o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, citado pelo “Jornal de Negócios”. Numa recente apresentação pública, o governante destacou que nos últimos cinco anos as “energias renováveis representaram, em média, cerca de 50% do consumo” nacional e que “o aproveitamento do potencial solar em Portugal é estratégico para o reforço das renováveis no país. E a produção solar reúne todas as condi-

ções para a produção sem subsídios e sem tarifas “ feed-in”, sublinhou ainda. Destacando que as energias renováveis em Portugal até 2015 “foram sempre subsidiadas pelos consumidores”, Jorge Seguro Sanches apontou para uma “mudança tecnológica” dos últimos anos, que “permitiu criar as condições para que hoje as renováveis sejam competitivas com todas as outras energias”, afirmou. Neste contexto, apontou que a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEG) e a REN es-

tão a trabalhar no “sentido de identificar no sul do país os melhores locais” para instalar centrais solares fotovoltaicas “para que o país possa aproveitar no futuro as interligações elétricas”, pois o país hoje é excedentário na produção de energia elétrica, comercializando para países como Espanha, podendo, futuramente, vender energia também a Marrocos ou à França.

Aqualia participa na Conferência “Sustentabilidade Ambiental” A terceira maior companhia privada de água da Europa e a sexta no mundo, a FCC Aqualia, responsável em Portugal pela gestão da água e saneamento dos concelhos de Elvas, Campo Maior, Fundão, Abrantes e Cartaxo, esteve presente na conferência sobre “Sustentabilidade Ambiental”, realizada no Fundão, no passado dia 1 de julho e que contou com mais de uma centena de participantes. A apresentação da Aqualia teve como base a exposição de toda a sua atividade no campo da sustentabilidade nas suas vertentes ambiental, económica e social, demonstrando o compromisso que assume neste campo e em conjunto com o compromisso também assumido no âmbito social e corporativo a nível internacional. O country manager responsável da Aqualia em Portugal, Jesus Rodri-

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guez Sevilla, também evidencia este compromisso, uma vez que refere: “A educação para a sustentabilidade ambiental é um dos pilares do compromisso da Aqualia com a sociedade”. A FCC Aqualia responde a todas as necessidades em todos os usos do ciclo da água: agrícola, humano e industrial. A sua atividade principal é

a gestão dos serviços municipais de água e operação de grandes projetos BOT (building, operate & transfer). A empresa possui uma carteira de clientes superior a 23,5 milhões de utilizadores, em 22 países, incluindo Espanha, Itália, Portugal, República Checa, Polónia, Roménia, entre outros.


Breves BPI lança pulseira para pagamentos com tecnologia contactless Chama-se BPI Cash e é a primeira pulseira de pagamentos com tecnologia contactless a ser lançada por um banco português. A pulseira foi desenvolvida em parceria com a empresa espanhola MoneyToPay e “permite efetuar pagamentos em qualquer estabelecimento aderente à rede Visa em todo o mundo”, explica o banco BPI, em comunicado, indicando ainda que os clientes podem pagar “de forma rápida e segura, sem ser necessário levarem consigo dinheiro ou um cartão, bastando aproximar a pulseira do Terminal de Pagamento Automático (TPA)”. O banco frisa que a pulseira “funciona como um cartão pré-pago, pelo que é utilizável apenas até ao limite do saldo previamente carregado, sem qualquer acesso à conta de depósitos à ordem, características que conferem segurança ao utilizador” e que “o código pessoal secreto (PIN) apenas será solicitado para pagamentos superiores a 20 euros

ou em situações pontuais”. A Pulseira BPI Cash “é à prova de água e está disponível em seis cores (azul, cor-de-laranja, preto, branco, cor-derosa e cinzento)”. Filipa Roquette, diretora de Comunicação do BPI, acredita “que este produto bancário tecnológico e inovador, desenvolvido pela MoneyToPay e comercializado pelo BPI em Portugal, irá conquistar a preferência dos clientes, dada a comodidade que proporciona nas mais variadas situações do dia-a-dia”. Criada em 2012, a MoneytoPay “é a primeira instituição de moeda eletrónica, constituída em Espanha, dedicada exclusivamente à emissão de cartões pré-pagos” e “é líder incontestável do mercado, com um milhão e meio de cartões emitidos.”

Turismo assinala crescimento de 10% no número de hóspedes A atividade turística registou nos cinco primeiros meses do ano um crescimento de 10,4% no número de hóspedes. Nos hotéis, apartamentos, pousadas, aldeamentos e outros alojamentos para turistas pernoitaram, até maio, 6,6 milhões de hóspedes, de acordo com o INE. Ao todo, registaram-se 17,5 milhões de dormidas ao longo destes primeiros cinco meses do ano. O aumento em relação ao período homólogo é de 11% e deve-se mais aos estrangeiros (+ 12,7%) do que aos residentes em Portugal (+ 7,8%). Analisando apenas o mês de maio verifica-se que, porém, houve menos turismo interno. Enquanto as dormidas dos estrangeiros continuaram a aumentar

em relação a maio do ano passado (3,8 milhões de dormidas, uma subida de 10,7%), houve um recuo no mercado interno (menos 1,1% de dormidas, para 1,14 milhões). O facto de ter havido menos turistas portugueses a dormir em hotéis interrompe a trajetória crescente dos meses anteriores. No total dos cinco primeiros meses do ano, o crescimento do número de hóspedes vindos do Reino Unido (2,9 milhões) foi significativo (mais 16,2%). Alemanha, França, Holanda e Espanha são outros países de origem em destaque. De assinalar que os Açores continuam a ser a região que mais está a crescer no turismo, em termos de dormidas.

Exportações de mobiliário crescem 15% no primeiro quadrimestre As exportações das empresas do setor de mobiliário e de colchoaria registaram, no primeiro quadrimestre de 2016, um crescimento de 15% face ao período homólogo do ano passado. De acordo com a APIMA (Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins), com base em dados do INE, o valor das exportações realizadas naquele período atingiu um total de 582 milhões de euros. O mercado francês, com 182 milhões de euros em vendas, é o principal destino das exportações do setor, tendo crescido 24% face a igual período de 2015 e alcançado uma quota de 31% do total de exportações, adianta a APIMA. Espanha surge em segundo lugar, com um crescimento de 26% em termos homólogos, para um volume de vendas na ordem dos 166 milhões de euros, correspondentes a uma quota de mercado de 29%. Apesar do decréscimo homólogo de 19%, a Alemanha surge na terceira posição deste ranking, com vendas próximas dos 36 milhões de euros. A APIMA tem em curso uma campanha de promoção internacional do setor de mobiliário e afins, que já apoiou 105 empresas, que marcaram presença num conjunto de 26 ações promocionais realizadas em oito mercados estratégicos (Espanha, Singapura, Itália, França, E.U.A., Reino Unido, Rússia e Alemanha). Dachser expande capacidade de armazenamento na Europa A Dachser – um dos líderes mundiais na indústria de logística e transporte de mercadorias, com presença em Portugal através da Dachser ASL nos segmentos aéreo e marítimo e da Azkar no transporte terreste – está a reforçar as suas operações de logística em toda a Europa, com a construção

de três novos armazéns na Áustria, França e Alemanha. Estes novos centros vão, assim, garantir que os serviços de logística integrada, incluindo o transporte, armazenamento e serviços de valor acrescentado estejam disponíveis num maior número de localizações na Europa.

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Breves AGL estabelece parceria com ACP Golfe A Academia de Golfe de Lisboa (AGL) celebrou um protocolo com o Automóvel Clube de Portugal Golfe (ACP Golfe) com o qual se pretendem estabelecer condições especiais para sócios de ambas as entidades. Segundo o acordo estabelecido entre partes, todos os sócios do ACP Golfe terão um desconto de 10% sobre o preço de venda ao público praticado pela AGL, nomeadamente em aulas de golfe. O ACP promove o acesso a 140 mil sócios da Grande Lisboa (mais 26 mil sócios júnior) a esta modalidade, nas várias ofertas disponíveis.

Em contrapartida, todos os alunos inscritos na AGL beneficiarão da oferta de inscrição de sócio no ACP e ACP Golfe. No âmbito deste protocolo, serão organizados eventos conjuntos na Academia de Golfe de Lisboa, destinados a divulgar e sensibilizar os associados do ACP, para a prática desportiva da modalidade. A Academia de Golfe de Lisboa é uma escola que visa formar a vários níveis os jogadores, desde o iniciado ao atleta de alta competição, apostando no seu lançamento a nível internacional, ao mesmo tempo que procura generalizar esta prática desportiva pelo maior número possível de pessoas. Certif impulsiona exportações portuguesas para Angola e Cabo Verde A Certif assinou um protocolo com o IANORQ – Instituto Angolano de Normalização e Qualidade que permitirá às empresas que certifiquem o seu produto em Angola com a Certif obterem, automaticamente, o reconhecimento e o logo do IANORQ no seu certificado. Este protocolo, homologado pelo Ministério da Indústria de Angola, prevê, ainda, a colaboração com o Instituto Angolano para Formação nas áreas da qualidade e certificação. As empresas portuguesas que exportam para Angola poderão, assim, diferenciar-se através de uma oferta mais qualificada. A Certif prepara-se, igualmente, para intervir em Cabo Verde, com vista à certificação de produtos numa ótica de cooperação e de valorização de produtos locais., tendo sido reconhecida como organismo de certificação no âmbito do Sistema Nacional de Qualidade de Cabo Verde.

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Aprovada a compra da Panrico pela Bimbo O grupo Bimbo anunciou que recebeu a aprovação da Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) em Espanha e da Autoridade da Concorrência em Portugal para adquirir a Panrico e vender determinados ativos da categoria de pão da Panrico à Adam Foods, como já comunicado anteriormente. O grupo Bimbo é a maior empresa de panificação do mundo, com 163 fábricas e cerca de 1.700 centros de venda. Está presente em Portugal e Espanha através da sua filial Bimbo Ibéria, onde comercializa mais de 100 referências das marcas Bimbo, Silueta, Ortiz, Thins, Oroweat, Thomas Martínez, Bony, Pantera Rosa, Tigretón, Eagle e Takis. A empresa tem cerca de 2.000 colaboradores

e oito fábricas. Quanto à Adam Foods, é um grupo empresarial espanhol especializado no fabrico e comercialização de bolachas, patés, mel, pastelaria e caldos, líder em Portugal e Espanha nas categorias de bolachas, com marcas como Cuétara e Artiach, em patés (La Piara), mel (Granja San Francisco), pastelaria (Phoskitos) e caldos (Aneto), com uma faturação estimada, em 2015, de 340 milhões de euros.

Psicotec aponta a “iberização como tendência de negócio” No passado dia 28 de junho, a Psicotec Portugal celebrou os seus 10 anos de presença em Portugal, organizando um pequeno almoço de trabalho, em colaboração com a Câmara de Comércio Luso-Espanhola, que contou com a presença de destacados clientes, parceiros e amigos. O evento teve lugar em Lisboa e contou com a participação de María Luisa Riobóo, diretora geral da Psicotec, Susana Bogalho, diretora da Psicotec Portugal e Marc Bisbe, managing director da Seat Portugal, que apresentaram a sua visão sobre os desafios na coordenação dos recursos humanos das organizações em contexto ibérico. María Luisa Riobóo transmitiu à assistência a experiência da Piscotec em Portugal bem como os objetivos e desafios que surgem na sequência da

tendência de iberização dos departamentos de Recursos Humanos das empresas portuguesas e espanholas. Também foi destacado que a Psicotec Portugal foi a primeira empresa portuguesa certificada pela ISO 10667 que certifica as boas práticas na avaliação de pessoas em contexto organizacional. Susana Bogalho apresentou os resultados do estudo realizado, que contou com uma amostra de 175 respostas – maioritariamente CEO e DRH – sobre os desafios da iberização das empresas sob o ponto de vista da gestão das pessoas. Neste contexto, foram abordados os desafios que um projeto de integração de departamentos para coordenar a sua atividade a partir de um único país (Espanha ou Portugal) podem trazer para uma organização.


O Aicep Portugal Global promoveu um roadshow, no passado dia 6, junto das empresas de Viana do Castelo, o qual se destinava a debater o tema da “Cooperação Transfronteiriça”. O roadshow empresarial tinha como foco a Eurorregião Galiza/ Norte de Portugal, área de intensa cooperação entre empresas e instituições portuguesas e espanholas. Jorge Cebreiros, do CECOTRAN – Centro de Cooperação, Desenvolvimento e Serviços Empresariais Transfronteiriços, foi um dos oradores do encontro, tendo durante a sua apresentação enumerado às empresas presentes algumas das oportunidades e setores de colaboração empresarial disponíveis neste âmbito. Também o diretor do Centro de Negócios da Aicep em Madrid, Eduardo Henriques, fez uma introdução ao mercado espanhol e a diversos modos de aproveitar a cooperação transfronteiriça, destacando setores de oportunidade, projetos em curso e iniciativas

futuras. Nesta sessão, as empresas tiveram ainda a oportunidade de conhecer programas de apoio à cooperação transfronteiriça, bem como agendar reuniões bilaterais com o Centro de Negócios da Aicep em Madrid. Em 2015, as principais comunidades transfronteiriças clientes de Portugal foram a Galiza (mais de 1.860 milhões de euros, mais de 17% do total das compras de Espanha a Portugal), seguida da Andaluzia (9,6%, cerca de 1.030 milhões de euros), Castela e Leão (6%, cerca de 640 milhões de euros) e a Extremadura (mais de 3%, 345 milhões de euros). A dimensão dos mercados (no seu conjunto representam quase 15 milhões de consumidores), a existência de inúmeros clientes potenciais e a possibilidade de estabelecimento de parceiras para terceiros mercados (sobretudo, mas não só, de língua espanhola) são fatores a considerar e a explorar pelas empresas portuguesas.

em Foco

O presidente do BBVA, Francisco González (na foto) recebeu em Londres o prémio global da “Euromoney“ como banqueiro do ano. O BBVA recebeu ainda mais oito prémios na atual edição dos “Euromoney Awards for Excellence”, entre os quais o de melhor banco de Espanha e o melhor do mundo nos mercados emergentes. Francisco González foi o primeiro espanhol a receber a distinção da “Euromoney” de banqueiro do ano, prémio atribuído a “um líder do setor que — além de estar há mais de uma década a defender o desafio tecnológico na banca — posicionou o banco não apenas para sobreviver mas sobretudo para triunfar nesta nova era”, sublinhou a “Euromoney”. Frederico Casal-Ribeiro (na foto) é o novo líder global de Desenvolvimento de Negócios da MDS. Frederico Casal-Ribeiro acumula uma vasta experiência internacional no setor dos seguros, tendo passado por mercados como a Grécia, México, Rússia, Estados Unidos e Brasil, para além de Portugal, vindo assim reforçar a equipa da MDS, multinacional portuguesa líder na corretagem de seguros.

Foto Sandra Marina Guerreiro

Roadshow Portugal Global promove a cooperação transfronteiriça

Gestores

Maria Lídia Sequeira é a nova presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS). A eleição destes membros para o mandato correspondente ao triénio 2016-2018, precedida dos pareceres da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP), foi feita na sequência da decisão do Governo de estabelecer uma coordenação estratégica entre os portos de Setúbal e Sesimbra e o de Lisboa, para efeitos de planeamento estratégico e promoção de sinergias, pelo que a presidente e os quatro novos administradores são comuns às duas administrações, adianta a APSS. A acumulação de funções dos membros dos Conselhos de Administração visa “uma otimização de soluções no âmbito operacional, conferindo-lhe, ao mesmo tempo, uma orientação coordenada e gerando os necessários consensos à boa consecução das atribuições que lhes estão legalmente cometidas no quadro de uma estratégia e organização comuns”.

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Breves McDonald´s facturó en España 980 millones de euros en el año 2015 McDonald’s ha celebrado el 35 aniversario de su presencia en España, su compromiso con el país, y particularmente con los sectores de la ganadería y la agricultura. Mario Barbosa, presidente de la multinacional en España, ha asegurado que no afecta a sus planes la falta de Gobierno. «Tenemos un compromiso muy claro con España. Este momento no nos va a alejar de este compromiso. España es una gran apuesta de McDonald’s. Estoy 100% confiado de que esto no nos va a afectar para nada». El dirigente se enorgullece de que el “75% de la cesta” de la empresa en el país se cubre con productos españoles, mientras que el 25% procede de otros países de la Unión Europea. McDonald’s se surte de 30.000 explotaciones ganaderas españolas homologadas — el 20%

Cepsa dispone de 4.000 millones para adquirir activos de petróleo y renovables

Cepsa tiene previsto invertir unos 8.000 millones de euros en el periodo 2016-2020. La mitad de esa cifra está prevista destinarla a la adquisición de nuevos activos, sobre todo en «upstream» (exploración y producción) y en renovables. Por ello, la compañía está analizando con detenimiento los acti-

del total registrado-que suministran más de 10 mil toneladas de carne de vacuno. En el 2015 registraron un crecimiento en la facturación del 3,6%, en 980 millones de euros. “El mercado se ha recuperado a partir de 2014, en 2015 y en 2016 empezó a crecer. Seguimos apostando por España como desde el primer día, abriendo restaurantes”. FreedomPop, la primera compañía telefónica que ofrecerá un servicio 100% gratuito en España FreedomPop ha anunciado en Barcelona su lanzamiento en España, después de haber extendido su servicio de llamadas, mensajes y datos 100% gratuito en Estados Unidos y Reino Unido. La llegada de la operadora se producirá este verano y supondrá, por primera vez en la historia, que España cuente con una compañía telefónica totalmente gratuita. FreedomPop ofrecerá a través de su app una bases de datos voz y SMS sin coste alguno y estará disponible para iOS y Android. La compañía también ofrecerá servicios en las llamadas internacionales, mediante un servicio de roaming

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vos que otras petroleras han puesto a la venta para reducir sus pérdidas por la caída del precio del crudo, según ha explicado el vicepresidente y consejero delegado de la petrolera, Pedro Miró. El director de estrategia de Cepsa, Héctor Perea, ha añadido que concretamente están analizando activos de exploración y producción de hidrocarburos que están próximos a las zonas donde la compañía ya está presente. Miró ha adelantado también que los resultados de la compañía durante el primer semestre serán un 20% inferiores a los del mismo periodo del ejercicio anterior, es decir, unos 500 millones de euros de beneficio.

Aena registra 104 millones de pasajeros durante el primer semestre del año Los aeropuertos de la red de Aena registraron un movimiento de 103,9 millones de pasajeros en los seis primeros meses del año, lo que supone un crecimiento del 11,7% respecto a 2015, apoyados por la inestabilidad en gran parte de los principales destinos turísticos del Mediterráneo y el bajo precio del crudo. En lo que respecta al mes de junio, se contabilizaron más de 22,3 millones de pasajeros, el 10,7% más que en el mismo mes de un año antes, según ha señalado Aena en un comunicado. Del total de pasajeros registrados en junio, más de 16 millones fueron de vue-

los internacionales, un 11,1% más que un año antes, y 6,1 millones de vuelos nacionales, un 10% más. El Aeropuerto Adolfo Suárez Madrid-Barajas fue la instalación que registró el mayor tráfico de pasajeros de la red en junio, con 4,4 millones de viajeros, un 6,6% más, con lo que mantiene la tendencia de crecimiento iniciada hace más de dos años (29 meses consecutivos).


Breves Dalian Wanda compra la mayor cadena de cines de España

El fondo de capital de riesgo Terra Firma ha firmado un acuerdo para vender esta cadena europea de salas de cine a AMC Theatres, compañía estadounidense controlada por Dalian Wanda. Uno de los principales activos de UCI Odeon que pasan a la compa-

ñía china Dalian Wanda es la cadena Cinesa, que es la mayor empresa española de exhibición cinematográfica, con 535 pantallas en el país. En total, UCI Odeon cuenta con 2.236 pantallas en 242 cines de España, Reino Unido, Italia, Austria, Portugal y Alemania. Con esta operación, el hólding de ocio y entretenimiento Dalian Wanda da un nuevo paso en su agresivo crecimiento en este sector y asegura convertirse en el mayor operador de cines del mundo.

Endesa Red compra el total de Eléctrica del Ebro por 24,7 millones Endesa Red ha suscrito un contrato de compraventa por un importe de 24,7 millones de euros para la adquisición de la totalidad de Eléctrica del Ebro. El precio de compra se actualizará a lo largo del segundo semestre de este año, periodo en el que está previsto que se formalice la operación. Según ha informado Endesa Red, el acuerdo de compra todavía está a la espera de recibir el visto bueno de las autoridades de competencia españolas. Hasta la fecha, Eléctrica

del Ebro, que opera como distribuidor y comercializador de electricidad, ha desarrollado sus operaciones en la provincia de Tarragona, donde cuenta con cerca de 20.000 clientes.

disponible en 31 países. Todos estos servicios estarán disponibles sin ningún coste a través de la tarjeta SIM de FreedomPop en: FreedomPop.com/ Espana. Indra impulsa la ciberseguridad en Europa como socio de ECSO Indra, como socio de la Organización Europea de Ciberseguridad (ECSO), participará en el partenariado público-privado que la Comisión Europea ha cerrado con esta organización en el Parlamento Europeo, en Estrasburgo. El objetivo de esta alianza estratégica es estimular la industria de ciberseguridad y apoyar la investigación y desarrollo en esta materia. La Unión Europea destinará 450 millones de euros a este proyecto, que se enmarca dentro del programa de Investigación e Innovación H2020. Por su parte, los actores del mercado de la ciberseguridad, representados por ECSO, destinarán tres euros por cada euro de inversión de la UE. La inversión total prevista para este proyecto se situará en torno a los 1.800 millones de euros hasta 2020. Estos fondos se dedicarán al desarrollo de soluciones, productos y servicios de ciberseguridad en Europa. Iberdrola invertirá 8.870 millones de euros en Estados Unidos La compañía energética española Iberdrola anunció durante la primera junta general de accionistas de su filial estadounidense Avangrid la inversión de unos 8.870 millones de euros en el país norteamericano hasta el año 2020 para modernizar la infraestructura de transmisión de electricidad y reforzar la producción a través de fuentes de energía renovables. Avangrid es el segundo operador eólico del país con 6.000 megavatios de capacidad instalada. Emergió de la compra de UIL Holdings que Iberdrola llevó a cabo el pasado mes de diciembre. La española controla el 81,5% del capital de la sociedad que hace de paraguas a todas sus operaciones en EE.UU. Avangrid tiene en marcha diferentes proyectos para expandir la capacidad, como la realización de un parque eólico para suministrar electricidad a los centros de datos de la compañía de comercio electrónico Amazon.

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ICA diversifica para novos formatos de restauração e vislumbra parceiro espanhol A ICA - Indústria e Comércio Alimentar, S. A., empresa especializada em restauração coletiva, está a diversificar o seu portefólio de unidades e a apostar cada vez mais nos restaurantes de rua, sob a marca Food Market. Paulo Meireles, diretor geral da empresa, destaca que a ICA conta já com três unidades de Restauração Pública, de entre os mais de 300 espaços de restauração que serve, desde há mais de 30 anos. Nos planos da empresa está também a constituição de uma eventual congénere espanhola.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Actualidad€ actualidade@ccile.org

ICA - Indústria e Comércio Alimentar, S. A., empresa especializada em restauração pública, está a diversificar o seu portefólio de unidades, o que passa por abrir novos restaurantes sob a marca Food Market (na foto). Há menos de um ano, a empresa abriu o seu terceiro restaurante próprio, no Marquês de Pombal, que se junta aos outros dois que possui também em Lisboa. Estas três unidades Food Market 14 act ualidad€

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A empresa conta com mais de uma centena de clientes, alguns dos quais se mantêm com a ICA desde que esta iniciou a sua atividade, em 1984

correspondem a “formatos que pretendem fugir ao tradicional restaurante e ser uma nova opção para os clientes” finais, segundo frisa Paulo Meireles, diretor geral da empresa. A ICA, que conta já com 32 anos de atividade, possui mais de uma centena de clientes, espalhados por todos os pontos do país. O grosso desta carteira de clientes são escolas, universidades, estabelecimentos de saúde e empresas, que contratam os seus serviços de restauração coletiva para os seus estabelecimentos.


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Arranque deu-se com segmento empresarial Depois de ter iniciado e consolidado a sua atividade como empresa de prestação de serviços de restauração coletiva, na zona sul de Lisboa, sobretudo junto do segmento empresarial, a ICA foi estendendo, nos últimos anos, a sua atuação a outro tipo de clientes, nomeadamente do setor público. A razão para a procura de novos tipos de clientes prende-se com a contração da economia, que levou a que hajam menos empresas no mercado como potenciais clientes, tendo assim que apostar mais no setor público,

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tação são fornecidos há nove anos por esta empresa de restauração. “Um dos aspetos que nos diferencia é a assistência que é dada ao cliente, somos uma empresa com um serviço de maior qualidade, dentro da restauração coletiva”, sublinha Paulo Meireles. Frisando a aposta no segmento do fornecimento para entidades ligadas à ação social, um dos principais clientes da ICA é a Santa Casa da Misericórdia, a cujos beneficiários distribuem refeições ao domicílio. A par das muitas opções de fornecimentos com que opera, a ICA pode ainda fazer catering para eventos, a pedido dos clientes. “Temos clientes há 30 anos”, destaca ainda o responsável da empresa, a quarta maior do ranking nacional Com uma faturação das empresas de restauração coletiva, de cerca de 17 milhões com uma faturação de cerca de 17 milhões de euros. Para o final deste de euros, é a quarta ano, a ICA conta atingir um volume maior empresa de de negócios de 20 milhões de euros, o que representará um crescimento de restauração coletiva cerca de 18%. do país A empresa emprega mais de 600 colaboradores, número que em algumas alturas de maior trabalho ascende desde o ensino, saúde, serviços de ín- quase a um milhar. dole social e a outras instituições do Estado. Um dos grandes clientes ins- Parceria desejada com congénere titucionais da ICA é a Assembleia da espanhola República, cujos serviços de alimenApós o desenvolvimento de novos formatos de restaurantes, o próximo passo para continuar a crescer poderá passar pela internacionalização. Paulo Meireles, frisa a “grande envolvência que existe com Espanha, para onde nos podemos eventualmente expandir, para esse mercado natural” e que representa também “o caminho mais curto, porventura, para abrir para a internacionalização, destaca ainda. Para traçar esse caminho que não é fácil, mas que se apresenta como particularmente interessante, a empresa tem vindo a estudar a possibilidade de entrar em “concursos públicos para toda a Península Ibérica”, através de um parceiro espanhol. 


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Blue Store quer levar os seus têxteis ao mercado espanhol A fabricante portuguesa de têxteis-lar Blue Store comercializa colchas, edredões, cortinados e almofadas em Portugal e em Angola. Rui Esteves, fundador e gerente da empresa, diz que Espanha é o mercado que se segue.

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ui Esteves trabalhou vários anos nos antigos Armazéns do Conde Barão e nos Grandes Armazéns do Chiado, em Lisboa. Experiência suficiente para conhecer bem “os tecidos, as marcas e saber o que querem os clientes”. Foi com esta “bagagem”, que decidiu há pouco mais de 10 anos abrir o seu próprio negócio, a Blue Store. A empresa, sedeada no Seixal, desenha e produz têxteis para o lar: colchas, edredões, cortinados, almofadas e tecido a metro. No ano passado, a Blue Store

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

produziu 300 mil pares de corti- para a hotelaria, restauração e denados, 2500 colchas e edredões, coradores. A Blue Store comercializa os 5000 almofadas e cerca de 25 mil metros de tecido. As vendas têm seus produtos em Portugal e em vindo a evoluir positivamente de Angola e planeia entrar no merano para ano, comenta o fundador cado espanhol, conta Rui Esteves: e gerente da Blue Store. Em 2015, “Pretendemos entrar em breve no o volume de negócios foi de 600 mercado espanhol e estamos à procura de um agente local, que mil euros, informa Rui Esteves. “Estamos mais no comércio gros- nos represente e faça a ligação sista”, explica o empresário, indi- com os armazenistas espanhóis.” cando que trabalham sobretudo O empresário confia na “qualidapara armazenistas, que depois de dos produtos Blue Store”, pelo distribuem os produtos para os que acredita no sucesso da “operaretalhistas de todo o país. Pontu- ção Espanha”. almente, a empresa vende também Rui Esteves esclarece que a em-


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presa trabalha com “tecidos de boa qualidade” e apresenta “um design e conceção muito cuidados”. Além disso “os preços da Blue Store também são competitivos, face a outras empresas, no mesmo segmento”, sublinha. De assinalar que os têxteis portugueses têm tradicionalmente uma boa recetividade em Espanha e no mercado externo, em geral. No ano passado, que foi o melhor dos últimos 13 anos no que se refere às exportações do setor

2015 foi o melhor dos últimos 13 anos para as exportações de têxteis portugueses. O segmento de têxteis-lar foi o que mais cresceu , com vendas 7% acima de 2014

têxtil, Portugal alcançou os 4,8 mil milhões de euros em vendas da fileira para o exterior, mais 5% do que em 2014. O crescimento mais acentuado verificou-se precisamente no segmento dos têxteislar, com vendas de 708 milhões de euros, 7% acima do valor de 2014. Espanha foi o principal destino das exportações do setor têxtil, absorvendo vendas no valor de 1,6 mil milhões de euros, seguido dos EUA, onde chegaram aos 285 milhões. 

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La salida del Reino Unido de la Unión Europea tendrá serios impactos en las economías ibéricas

España y Portugal también van a sufrir las consecuencias del “No” británico a sus socios europeos. Inglaterra es el principal mercado turístico para Portugal y el país extranjero que más casas compra en España. Analistas y economistas no esconden su preocupación ante un escenario todavía incierto.

“N

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

o es ninguna tragedia, es la realidad”. Con esta frase, muchas personalidades del mundo de la política y de las finanzas tratan de sobreponerse a una realidad que ha llegado a casi todos de improviso. La inesperada victoria de la opción de salida de la UE en el referéndum del Reino Unido (“Brexit”) del pasado 23 de junio eleva la incertidumbre del escenario económico global, como han ref lejado los mercados financieros. Existen muchos interrogantes sobre cómo afectará a las relaciones comerciales entre los ingleses y el resto de países europeos. Y aunque habrá que hacer frente a esta nueva realidad, es evidente que existe una gran preocupación por las consecuencias financieras de esta decisión, incluso por la amenaza de contagio en otros países y los efectos que pueda tener en otras materias. “El Brexit es una noticia muy perjudicial para el Reino Unido, para Europa y para el resto del mundo”, afirmó el presidente del BBVA, Francisco González, al poco tiempo de conocer el resultado del referendo. “La gente en Londres está muy sorprendida. Y esto sucede porque este tipo de referéndums muchas veces se acometen con falta de información, con mucho ruido, con mucha emoción y, muchas veces, con muchas mentiras, y luego los resultados no gus-

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tan. Esto es lo que ha pasado en este produzca un agravamiento del entorno político debido a tensiones país”, añadió Francisco González. Según el informe publicado por mayores en el proceso de negociael BBVA, los canales de impacto ción entre el Reino Unido y la UE serían principalmente “una menor o a la incertidumbre en torno al confianza, una mayor incertidum- futuro de la Unión”. En tal escebre y unos precios de los activos nario, BBVA Research no descarta más bajos. Todo ello afectaría a un aumento de las tensiones en el las decisiones de consumo e inver- sistema bancario europeo y una resión”. Sin embargo, la incertidum- troalimentación negativa entre los bre del proceso de salida del Reino activos soberanos y bancarios, lo Unido podría ser menos transito- que produciría un impacto negatiria de lo previsto en el escenario vo más intenso en Europa y en el más probable, “en caso de que se crecimiento global.


Efectos en la economía española ¿Qué efectos tendrá en la economía española el Brexit? “A corto plazo la depreciación de la libra”, comienza por resaltar el economista y profesor universitario González Gómez Bengoechea. “Es algo que encarece cualquier exportación que haga Reino Unido y para los turistas ingleses es más caro visitar España”, incrementa. E incluso se espera una desaceleración de la economía británica, “que hay quien la cifre en 3 décimas del PIB”, que repercutiría en las exportaciones a Reino Unido. Si hablamos de los efectos a largo plazo, “va a depender

peculaciones se espera que la futura del sector en España, que ya se estaba salida de los ingleses de la Unión consolidando, sobre todo en las zonas Europea afecte negativamente al tu- de playa. Hay que tener en cuenta que los brirismo y al mercado inmobiliario en España. La costa española ha visto tánicos son los extranjeros que más incrementado el número de propie- viviendas compran en España, según tarios ingleses gracias a la fuerza de reflejan las estadísticas en el Anuario su moneda, situación que se puede 2015 de las operaciones realizadas invertir. O incluso muchos de ellos del Colegio de Registradores de la podrían poner su casa a la venta para Propiedad, Bienes Muebles y Merpoder recibir euros, ahora más fuerte. cantiles. En 2015, tal y como viene Si esto ocurriese, aumentaría la oferta ocurriendo a lo largo de toda la serie de los pisos y caerían los precios. Eco- histórica, los británicos encabezan nomistas y expertos inmobiliarios la compra de vivienda por extranjecoinciden al señalar que el Brexit es ros en España, con un 21,34% (en una mala noticia para la recuperación el anterior ejercicio representaron

Economistas y expertos inmobiliarios coinciden al señalar que el Brexit es una mala noticia para la recuperación del sector en España, que ya se estaba consolidando, sobre todo en las zonas de playa del tipo de acuerdo comercial que establezcan con la Unión Europea”, subraya el economista. Reino Unido debe invocar el artículo 50 del Tratado de Lisboa y pasarán dos años hasta que se establezca un nuevo estatuto. “Existe mucha incertidumbre sobre lo que pueda pasar e incluso miedo por el efecto de contagio”, reconoce González Gómez Bengoechea. Resalta la sorpresa con la que se ha acogido esta noticia en el mundo académico porque “existía un consenso casi absoluto del daño que iba a provocar y era una apuesta difícilmente defendible desde lo racional”. Aunque de momento todo son esAGoSTo de 2016

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atualidade actualidad el 16,72%). Del total de viviendas decisión. Según el estudio realizado compradas por los británicos en 2015 por la empresa de seguros de crédien España, el 83,5% eran de segunda to Euler Hermes, la salida va a tener mano y el 16,5% eran nuevas. Ante consecuencias “significativas” y puela nueva realidad, y con la depreciación de la libra, las casas españolas se encarecen en el mismo porcentaje de Tal y como muestran golpe para el comprador inglés. los datos de AICEP, Para Manuel Romera, director del Sector Financiero del IE Business el Reino Unido fue School, “el Brexit, y la consiguiente el cuarto cliente de pérdida de valor de la libra, perjudicará al poder adquisitivo de los bribienes y servicios tánicos como compradores de viviende Portugal, das en España y, en concreto, en la costa mediterránea. Adquieren una representando el 8,3% de cada cuatro viviendas que se vende las exportaciones den a extranjeros y ahora esta gran demanda se verá mermada. Afectará (año 2014). En cuanto a para mal, lo que no está claro aún es las importaciones, fue en qué medida”. Sin embargo, puede haber un punto a favor para el ladriel sexto proveedor llo español. El Tesoro Inglés cree que la salida de la UE hará bajar el precio de la vivienda británica entre un 10%, en el mejor de los casos, y un 18%, en de penalizar el PIB de Portugal en el peor. En la opinión de Manuel Ro- 0,3 puntos porcentuales entre 2017 y mera, “la inversión dejará de ir a Rei- 2019, así como hacer perder 300 mino Unido y tendrá que buscar otros llones de euros en exportaciones, 200 destinos como, por ejemplo, España”. millones en las ventas de bienes y 100 millones en servicios. “En Portugal Impacto negativo en Portugal los sectores más afectados serán el auEn Portugal preocupa igualmente el tomóvil, los textiles, el químico y el impacto negativo de esta inesperada agroalimentario”, se puede leer en el

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documento. Sin olvidar que se puede perder la inversión directa estimada en 100 millones de euros. Tal y como muestran los datos de AICEP, el Reino Unido fue el cuarto cliente de bienes y servicios de Portugal, representando el 8,3% de las exportaciones (año 2014). En cuanto a las importaciones, fue el sexto proveedor, con una cuota de 4,6% de las importaciones. En los últimos cinco años, la balanza comercial de bienes y servicios entre Portugal y Reino Unido ha sido favorables a Portugal, y el crecimiento medio de las exportaciones en dicho periodo ha sido de 9,2% mientras que las importaciones cayeron en media un 2,8%. Desde la dirección de la Región de Turismo del Algarve (RTA), se han puesto a trabajar para disminuir los posibles impactos en este mercado. Y es que el Reino Unido es el principal mercado turístico de Portugal, representando 8,3 millones de pernoctaciones anuales en alojamientos clasificados y el Algarve es el principal destino de los turistas británicos en el país, registrando el 70% de dichas pernoctaciones. Para el Algarve es importante mantener la confianza del destino a través de los agentes turísticos, que deben ser capaces de seguir atrayendo a los británicos. Además, los británicos generan gastos de 1.500 millones de euros en la región, que suponen un importante impulso en el saldo de la balanza comercial de bienes y servicios. La RTA, en colaboración con los socios hoteleros y de la restauración, va a reforzar la promoción del destino Algarve en el mercado británico para mantener y consolidar la demanda de los turistas procedentes del Reino Unidos. Además, van a mantener la estrategia de diversificación de los mercados emisores e intensificar las relaciones bilaterales con la comunidad británica residente en el Algarve para reforzar la relación de confianza. 


Centro de Formação CCILE Desenvolvimento de Competências de Apresentação em Público Lisboa, 13 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

Qualquer profissional tem a necessidade de comunicar, seja com clientes externos, acionistas ou com equipas de trabalho da sua própria empresa. O modo como as pessoas se apresentam ou apresentam as suas ideias, projetos ou produtos é essencial e contribui para um maior ou menor êxito no alcançar dos objetivos definidos. Ao contrário do que se acredita, a eficácia de uma apresentação está em saber manter um perfeito equilíbrio entre o que dizemos e como dizemos.

Técnicas de Negociação de Compras

Lisboa, 15 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00 Fechar negócio com fornecedores nem sempre é tarefa fácil… Na maioria das vezes, revela-se um “jogo de interesses”... Enquanto o comprador quer baixar o preço, quem fornece defende a qualidade para mantê-lo e, enquanto o fornecedor quer encurtar os prazos de pagamento, quem compra luta para estender datas e diminuir juros...

Espanhol de Negócios

Lisboa, 19 de setembro a 28 de novembro 2as e 4as das 18h00 às 20h00 O curso de Espanhol de Negócios, reformulado segundo o Quadro Europeu de Referência para as Línguas, é por excelência um curso comercial e adaptado à realidade empresarial, que conta com o importante contributo e experiência de formadores nativos e com larga experiência no ensino.

actualidad atualidade

Cobrar, Cobrar, Cobrar: Que meio utilizar? Lisboa, 20 de setembro 14h30-18h30

É essencial que, nos dias de hoje, se tenha conhecimento das ferramentas que a lei coloca ao dispor do credor na área da recuperação do crédito, as ferramentas que permitem acautelar uma cobrança difícil e as que, quando necessário, permitem uma mais fácil e célere cobrança coerciva.

Comunicação Escrita em Espanhol de Negócios Lisboa, 21 e 22 de setembro 09h00-16h30

Cada vez mais a realidade de trabalho das empresas passa por comunicar com os quatro cantos do mundo e uma comunicação correta é essencial para o sucesso de qualquer diálogo. Corrija as suas lacunas ao nível da escrita em espanhol.

Prospeção Comercial Lisboa, 26 de setembro 09h00-13h00

A prospeção de clientes sempre foi essencial para a construção de uma carteira de clientes e para um conhecimento mais real do mercado. Nos dias que correm, face à conjuntura económica do país, a prospeção tornou-se praticamente obrigatória para as empresas que querem sobreviver.

Desenvolvimento de Equipas de Alto Desempenho Lisboa, 27 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

É essencial desenvolver competências ao nível das capacidades de feedback, gestão e motivação de equipas que permitam a sua aplicabilidade em contexto real nas organizações, contribuindo para a melhoria da satisfação dos colaboradores e do clima social.

Como Ter Sucesso no LinkedIn Lisboa, 28 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

Em qualquer atividade profissional é importante desenvolver e manter uma boa rede de contactos. A rede mais poderosa para lhe trazer todo este suporte e projetá-lo para outra dimensão profissional é o LinkedIn. Mas de que forma o LinkedIn lhe pode trazer proveitos a nível profissional? O que deverá fazer para alcançar resultados e ser bem-sucedido?

Gestão de Stocks Lisboa, 29 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

Numa sociedade em que as atividades comerciais estão mais complexas, as empresas necessitam de reorientar alguns procedimentos de forma a continuar a manter a sua competitividade. Uma Gestão de Stocks deficiente acarreta custos de armazéns, de pessoal, de produtos e de eficiência, traduzindo-se em enormes quantidades de material obsoleto.

Sensibilização para a Condução em Contexto Profissional Lisboa, 30 de setembro 09h00-13h00/14h00-18h00

São muitas as empresas que têm colaboradores cujo dia-a-dia é passado na estrada, nomeadamente a visitar clientes. Como tal, é essencial que conheçam as suas obrigações legais relativamente à condução em contexto profissional e que os seus comerciais reconheçam a importância de uma postura correta de condução no aperfeiçoamento das funcionalidades de conforto e segurança na condução de veículos.

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org

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Gate28, una nueva compañía para reclamar retrasos y cancelaciones de vuelos Sólo el 5,4% de los pasajeros conoce sus derechos o presenta una reclamación. La compañía española Gate28, que cuenta también con oficina en Portugal, quiere concienciar a los pasajeros para que exijan lo que les corresponda.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

os retrasos o cancelaciones de vuelos son muy habituales, sobre todo en época estival, cuando existe un mayor número de trayectos aéreos. En muchos casos los pasajeros tienen derecho a pedir una indemnización, tal y como está regulado en la legislación europea. Sin embargo, aunque se cumplan los requisitos para poder exigir tal compensación, muy pocas personas acaban haciéndolo, tal y como demuestran los datos. En los primeros cinco meses del año se han producido en España un total de 7.586 incidencias en vuelos, de las cuales 4.121 han sido susceptibles de reclamación por parte de los pasajeros afectados (1.787 vuelos cancelados y 2.115 retrasados). En este tiempo, un total de medio

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millón de personas tiene derecho Noruega y Suecia y quieren seguir a una indemnización, según la abriendo oficinas por Europa. normativa europea, lo que supone una cantidad de 296,7 millones Reclamaciones Los pasajeros pueden realizar de euros que podrían exigir los viajeros a las aerolíneas si todos de forma individual las reclamaciones, y cuentan con el apoyo de reclamasen. A pesar de esta realidad (núme- las agencias estatales competentes ros facilitados por la compañía para esta materia. Sin embargo, española Gate28) “sólo el 5,4% de ante la falta de iniciativa de los los pasajeros en España es cons- afectados, han ido apareciendo ciente de sus derechos o presentan en los últimos años diferentes una reclamación” afirma Frank compañías para gestionar las reVerschuur, director general de Ga- clamaciones a cambio del cobro te28 para la Región Suroeste de de una comisión. “Cuando nos Europa. Esta empresa nació hace dimos cuenta de que era legal remenos de un año en España, aun- clamar una indemnización y que que pertenece al holding holandés nosotros, como consumidores, no Van Ameyde, compañía que desde éramos capaces de reivindicarlo, 1945 trabaja dedicada a la gestión nos dejó perplejos. Así que nos de siniestros y recobros. Ya tienen propusimos ayudar a los pasajeros sedes en Portugal, Dinamarca, en España a reclamar los más de


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atualidade actualidad llegada dentro de Europa si la compañía aérea está registrada en la UE”. De acuerdo con dicha legislación, los vuelos con menos de 1.500 kilómetros de recorrido cancelados o que acumulen un retraso de más de tres horas se compensan con hasta 250 euros por persona. Los que tienen un trayecto entre 1.500 y 3.500 kilómetros permiten una indemnización de hasta 400 euros, mientras que la indemnización para los que superan los 3.500 kilómetros de viaje es de hasta 600 euros.

500 millones de euros que las aerolíneas les deben cada año y hacerlo sin que le suponga ningún riesgo económico al pasajero”, explica Frank Verschuur, subrayando el hecho de que “los usuarios tienen un plazo de hasta diez años para llevar a cabo una reclamación”. En agosto del año pasado, Gate28 lanzó un calculador de indemnizaciones por vuelo atrasado que permite saber al instante si un pasajero tiene derecho a reclamar una indemnización. Puede ir a la web de la compañía y averiguarlo de forma gratuita. Cuando se pretende avanzar con el proceso, “el pasajero debe rellenar unos datos y facilitar la tarjeta de embarque y del resto nos ocupamos nosotros”, explica el director general. “Gracias a nuestra colaboración con EUClaim, sabemos exactamente qué le ha pasado a cada uno de los vuelos en Europa lo que nos permite ganar el 97% de las reclamaciones que presentamos. En Gate28 asumimos todos los gastos 26 act ualidad€

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legales, incluidos los asociados a la demanda, y recibimos una comisión del 30% de la indemnización por parte del cliente si ganamos el caso”, añade. Desde la dirección de Gate28 resaltan la colaboración que la compañía tiene con EUClaim, una de las mayores empresas europeas del sector. Gracias a su amplia base de datos actualizada al momento, los pasajeros pueden saber al instante y de forma gratuita si tienen derecho a reclamar y el tipo de indemnización que les corresponde. De esta forma, la empresa presenta únicamente reclamaciones “cuando sabemos que cumplen todas las condiciones y en el 97% de los casos logramos el reembolso. Los pasajeros, una vez recibido el dinero, nos pagan una comisión del 30%”, aclara el director general. Frank Verschuur recuerda que este tipo de reclamaciones se enmarcan dentro de la normativa europea. Es decir, “para todos los vuelos con salida o

Portugal En Portugal empezaron a operar el pasado mes de abril. Según los datos facilitados por Gate28, más de 128.000 pasajeros en Portugal tendrán derecho a una compensación por los atrasos y cancelaciones registradas en el primer semestre del año. El valor total de estas indemnizaciones asciende a 38.565.000 euros. Se produjeron un total de 1.676 incidencias en vuelos de los cuales 857 pueden ser reclamados (485 de vuelos cancelados y 372 de vuelos atrasados). En España, por ejemplo, en menos de un año han conseguido abrir 250 expedientes mientras que en Inglaterra, donde comenzaron antes, cerraron el año pasado con 6.500 reclamaciones y este año esperan alcanzar las 10.000. De media, “los pasajeros han tardado en recuperar su dinero entre 6 y 9 meses”. Frank Verschuur recuerda que en el caso de familias que viajan y sufren este tipo de incidentes, “pueden recuperar mucho dinero”. Los vuelos con origen o destino en España suelen presentar la tasa más alta de retrasos y cancelaciones de Europa. 


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marketing

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Danone lanza campaña para los Juegos Olímpicos L a marca de alimentación Danone, patrocinadora de la Asociación Deportes Olímpicos (ADO), ha puesto en marcha una campaña promocional en la que repartirá un total de 100.000 euros, con motivo de la gran cita mundial del deporte: los Juegos Olímpicos de Río, que dan comienzo el 5 de agosto. La campaña lleva por nombre “Si ganan tú ganas” y tiene como objetivo “reforzar el vínculo y apoyo de la sociedad a los deportistas españoles, reconociendo su gran esfuerzo y constancia durante los últimos cuatro años”, según el anunciante. Este proyecto es fruto del trabajo creativo de Vinizius/ Y&R y planificación de medios de Mediacom. Victor Martin, nadador especializado en 200 metros, Rayderley Zapata, gimnasta y la Selección Española de Hockey Hierba (los “Red Sticks”) son las estrellas de

la nueva comu n ic a c ión de Danone. Se puede ver en televisión e internet. Para dicha ocasión, Danone ha colocado debajo de las tapas de 12 millones de yogures distintas disciplinas en las que competirán en los Juegos Olímpicos de Río los deportistas españoles y repartirá un premio de 100.000 euros entre los ganadores que tengan las tapas que coincidan con el deporte en el que un atleta español que, representando a España, inscrito en su Real Federación Española y participante del programa ADO, gane

(primera posición) durante el periodo comprendido entre el 5 y el 21 de agosto de 2016. Según las bases legales de la promoción, “se repartirá un bote de 100.000 euros brutos entre todos los códigos de las disciplinas deportivas ganadoras. Solamente se admitirá un código por cada disciplina deportiva ganadora por usuario”. 

Pau Gasol es el famoso más conocido y mejor valorado por los españoles P or primera vez la nueva estrella de los Spurs y el prescriptor del Banco Popular, Pau Gasol, adelanta a Rafa Nadal y se convierte en el famoso más conocido y mejor valorado por los españoles, con un 7,88 de media. El tenista mallorquín pasa a la segunda plaza, con un 7,86. A

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estos dos deportistas les sigue otro “clásico” de este Top 10 Personality Media”, el actor Paco León, con una media de 7,6 en valoración general. El guardameta Iker Casillas obtiene un 7,45 de media en valoración general y vuelve directo al cuarto puesto de esta clasificación, tras un tiem-

po retirado del mercado español, fuera del entorno del Real Madrid, habiendo sido uno de los grandes ausentes de este Top 10 en los años 2014 y 2015. Andrés Iniesta (7,38), Marc Márquez (7,37) y Carmen Machi (7,29) con ligeras modificaciones en sus datos, se mantienen entre los preferidos por los españoles. Placido Domingo (7,34) y Javier Cámara (7,33), siempre conocidos por más del 90% de los españoles y cuentan con muy buena “valoración general”. El actor Dani Rovira crece en notoriedad y pasa de ser conocido por el 92% de la población a superar el 97%, sin embargo y aunque se mantiene en este ranking, su valoración general baja ligeramente del 7,7 de hace un año al 7,26 actual. 


marketing

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El Corte Inglés vai ter canal de televendas O El Corte Inglés realizou uma parceria com a Vodafone para lançar o Yubuy TV, um canal interativo de tv-commerce. Os clientes do serviço de televisão da operadora vão poder aceder a um canal, através do qual poderão comprar produtos a partir da televisão. A emissão do canal inclui a exibição 24 horas por dia de programas de televisão que apresentam os produtos da marca A Loja em Casa do El Corte Inglés. “Durante a emissão do canal, e através da barra interativa, os clientes podem selecionar as categorias de produtos existentes – Desporto, Beleza & Saúde e Casa, visualizando todos os produtos disponíveis para compra”, explica a operadora em nota de imprensa. Uma vez selecionado o produto e opção de paga-

mento, a encomenda é entregue na morada associada à conta do serviço de televisão. É ainda possível acompanhar o estado da entrega através de notificações (SMS) automáticas para o telemóvel.

operadora. A Vodafone assegura que depois de ter sido pioneira no lançamento do primeiro serviço de tv-commerce em Portugal, o click-to-buy, em julho de 2015, agora “reforça, uma vez mais,

Desenvolvido em parceria entre a Vodafone e o El Corte Inglés, o canal já está disponível na grelha de canais da Vodafone ou através do menu “Start Apps” da TV Box da

a sua posição de liderança no desenvolvimento e disponibilização de serviços inovadores, que endereçam diretamente as necessidades reais dos seus clientes”. 

Events by tlc funde-se com brasileira Case Imagine A empresa portuguesa Events by tlc vai proceder a uma fusão com a agência Case Imagine, o que permite criar um grupo com um volume global de negócios de 40 milhões de euros. Diogo Assis (na foto), até aqui CEO da Events by tlc, assume o cargo de CEO do novo grupo. O responsável destaca que “a Events by tlc e a Case Imagine juntam forças para dar resposta à exigência do cliente, o qual requer soluções inovadoras e mais competências em toda a linha da comunicação”. O grupo passa a contar com uma equipa de 150 colaboradores e escritórios em Lisboa, Porto, Madrid,

Barcelona, São Paulo, Rio de Janeiro e Orlando. A fusão irá ref letir-se nas várias marcas. As cinco marcas da agência brasileira– Case Live, Case Travel, Case Content, Case Promo e Case Digital – passarão a uma: a Case Imagine. A área designada como Sports, anteriormente gerida pela Events by tlc, passará ainda a ser gerida pela Case Imagine.

Já a Events by tlc continua a ser a marca focada no Incoming, na especialidade de eventos corporativos em Portugal, Espanha, Brasil e Estados Unidos (Flórida). 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR AGoSTo de 2016

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fazer bem Hacer bien

GAES apoia desporto amador com bolsa “Persegue os teus sonhos”

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o âmbito do seu programa de apoio a desportistas amadores, a GAES – Centros Auditivos lança em Portugal as Bolsas “Persegue os teus Sonhos”. O projeto, que já vai para a quinta edição em Espanha, chega agora ao nosso país, apoiado por nomes reconhecidos do desporto português como o ciclista de BTT Luís Leão Pinto e o antigo velocista Francis Obikwelu. “Quando cheguei a Portugal, em 1994, sem documentos, tive muito poucos apoios, para não dizer

nenhuns, para fazer aquilo de que realmente gostava e que queria fazer”, mas nada o impediu de realizar o seu sonho. “Não havia bolsas, não tinha ajudas, mas tinha a força do meu pensamento, que me ajudou a nunca desistir”, afirma o atleta olímpico. “Foi por isso que gostei logo tanto e decidi associar-me a este projeto”, conclui. Se for desportista, ousado e, à semelhança de Obikwelu, tiver espírito de superação, a Bolsa GAES “Persegue os teus Sonhos” pode significar o “empurrãozinho” que lhe faltava para “alcançar a meta”. “Procuramos projetos desportivos que reúnam valores como o trabalho em equipa, a dedicação e a persistência, valores com os quais nos identificamos porque fazem parte do ADN da empresa e que determinam o nosso apoio

consolidado ao desporto”, afirma António Gassó, CEO e diretor geral da GAES – Centros Auditivos. Subir o Kilimanjaro, percorrer a Costa dos Estados Unidos em bicicleta e/ou participar num “ironman” pela primeira vez, são apenas alguns exemplos de sonhos que podem tornar-se realidade através de uma simples candidatura a bolsa. As candidaturas podem ser submetidas em www.persegueosteussonhos.pt até 19 de dezembro, estando abertas à votação do público durante o mesmo período. Os 10 projetos mais votados serão posteriormente submetidos a avaliação do painel de jurados – composto por nomes como Fátima Lopes, apresentadora e embaixadora da GAES - Centros Auditivos em Portugal, Fernando Correia, jornalista de desporto da TVI, Francis Obikwelu, Luís Leão Pinto, entre outros – que elegerá o(s) “sonho(s) desportivo(s) aos quais será atribuída a bolsa no valor de seis mil euros. 

Fundação Mapfre distingue ONG de ajuda a campo de refugiados na Jordânia A Fundação Mapfre entregou, no dia 6 de junho, em Madrid, os Prémios Fundação Mapfre 2015, iniciativa que tem como objetivo premiar instituições que desenvolvem ações em benefício da sociedade. Esta cerimónia, que atribuiu prémios no valor global de 150 mil euros, contou com a presença de Íñigo Méndez de Vigo, Ministro da Educação, Cultura e Desporto de Espanha, e Antonio Huertas, presidente da Fundação Mapfre. O “Prémio à Melhor Iniciativa em Ação Social” foi entregue à Fundação Promoção Social da Cultura, a única ONG espanhola no campo de refugiados Za’Atari, na Jordânia, que alberga cerca de 80 mil pessoas, das quais 15% sofre de algum tipo de deficiência. Graças ao programa de proteção e ajuda humanitária para os refugiados sírios

com deficiência, a organização reabilitou mais de duas mil pessoas. Jumana Trad, presidente da Fundação, dedicou a sua intervenção a Marwan, “uma criança de oito anos com paralisia cerebral e uma das muitas crianças em reabilitação na nossa clínica”, sublinhando que “ainda é possível intervir para ajudar esta geração a lidar com os principais desafios que enfrenta para reconstruir o seu futuro”. Antonio Huertas entregou o “Prémio por toda uma Vida Profissional (José Manuel Martínez)” à Rainha Dona Sofia (ambos na foto), em reconhecimento dos seus “relevantes méritos pessoais e da sua atuação exemplar ao serviço do povo espanhol”, destacando “o trabalho que ocupou durante mais de 50 anos em defesa dos mais

desfavorecidos e, em especial, das crianças”. Nesta edição, que contou com cerca de 500 candidaturas de todo o mundo, a Fundação Ação Contra a Fome recebeu o “Prémio à Melhor Iniciativa em Promoção da Saúde” pelo Projeto “Anemia Não-Combater a anemia na Serra Central do Peru”, que permitiu a cerca de 7.800 crianças superarem a doença. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Caminhos Cruzados, uma empresa apostada em elevar a região de vinhos do Dão Possuir vinhas em Nelas, no coração do Dão, pode ser uma tentação. Que o diga a família de Lígia Santos que somou ao negócio têxtil o vinícola e “desviou” uma advogada das leis para os vinhos. A tentação está a compensar, a julgar pelo prémio produtor revelação do ano 2015, atribuído pela Revista de Vinhos, à Caminhos Cruzados. A empresa deverá inaugurar este ano a sua própria adega, projetada por Nuno Pinto Cardoso.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

om negócios no setor têxtil, a família de Lígia Santos sempre produziu vinho para consumo próprio, nas suas terras, em Nelas, mas a partir de 2011 o que era um hobby, passou a ser um negócio. “O meu pai (Paulo Santos) é um apaixonado pelos vinhos do Dão e decidiu engarrafar o nosso vinho com um rótulo que homenageasse o meu avô”, conta a jovem, que se deixou contagiar pelo projeto, ao ponto de desistir da carreira de advocacia a favor do mundo dos vinhos. Atualmente, é Lígia Santos quem dirige a Caminhos Cruzados, empresa criada pela família 32 act ualidad€

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em 2011, para explorar comercialmente a produção de vinhos. “Continuamos a decidir tudo em família, mas a certa altura sentimos a necessidade de ter alguém completamente dedicado ao negócio.” Lígia Santos abraçou o desafio e tratou de fazer formação na área: “Estou muito contente por ter optado pela empresa e quero continuar a aprender sobre o setor.” Conscientes do “enorme potencial” das terras da zona do Dão, os fundadores da Caminhos Cruzados fizeram questão de chamar para a equipa dois dos mais conceituados enólogos na região, Manuel Vieira e Carlos Magalhães.

Os primeiros vinhos da Caminhos Cruzados saíram para o mercado em 2012 com as marcas Titular, Terras de Santar e Terras de Nelas. “A produção tem aumentado todos os anos, tendo chegado aos 200 mil litros em 2015, cerca de 250.000 garrafas”, sublinha Lígia Santos, informando que arrendam vinhas vizinhas e que adquiriram cerca de 25 hectares de vinha. Este ano, a Caminhos Cruzados espera atingir as 300.000 garrafas. O volume de negócios no ano passado esteve perto dos 544 mil euros. Este ano, os responsáveis dos Caminhos Cruzados apontam para os 650 mil euros.


vinos & Gourmet Teixuga, o topo de gama Lígia Santos salienta que “o ano de 2015 foi extraordinário em termos de vinhos” e que as expetativas para o corrente 2016 são também boas. De realçar o contributo da nova marca, lançada em maio deste ano, o Teixuga Branco 2013, recorda Lígia Santos: “É o nosso vinho de gama mais elevada. Trata-se de um vinho muito pensado”. Produzido a partir de uvas oriundas das vinhas velhas da Quinta da Teixuga, adquirida pela Caminhos Cruzados, o Teixuga Branco 2013 é feito sobretudo com a casta Encruzado, que a par com a Touriga Nacional é considerada uma casta nobre do Dão. No primeiro ano de produção, foram lançadas apenas cerca de 1500 garrafas. Paulo Santos, proprietário da Caminhos Cruzados, tem expetativas elevadas quanto a este vinho: “Esperámos muito tempo por este vinho e não podíamos estar mais satisfeitos com o resultado, que reflete o crescimento da empresa. Se o Titular representava um novo Dão, com o Teixuga quisemos ir de encontro ao Dão mais autêntico. A Quinta da Teixuga é muito conhecida na região pelas suas vinhas velhas, cujas uvas permitiram elaborar vinhos de excelência. Este vinho é a certeza de que estamos no caminho certo.” Manuel Vieira, um dos enólogos do projeto, alimenta a mesma convicção: “O Teixuga é o nosso topo de gama, vem de uma vinha absolutamente extraordinária que tenho o privilégio de conhecer muito bem. Sempre considerámos que o Encruzado da Quinta da Teixuga era a melhor uva da região. É um vinho que evolui muito dentro da garrafa, pelo que está sempre a surpreender, com uma elegância única”. A Caminhos Cruzados não prevê criar outras marcas, apostando antes na consolidação das que já comercializa. A Titular, gama média-alta, apresenta vinhos “feitos única e exclusivamente com uvas de produção própria”, com “todas as castas típicas da região, estando mesmo algumas delas a solo, para que o consumidor sinta a verdadeira expressão da sua identidade”.

A empresa possui ainda a marca Terras de Santar, mais vocacionada para a grande distribuição, com vinhos “feitos apenas com castas típicas”, e a marca Terras de Nelas, com vinhos “jovens, diretos e simples, perfeitos para celebrar o dia-a-dia” que “têm como missão chegar à mesa de todos os consumidores”. A Caminhos Cruzados comercializa os seus vinhos em todo o país, inclusive nos Açores e na Madeira, e tem já vendas expressivas em países como Alemanha, Angola, Brasil, Canadá, China, França, Suíça, entre outros. Lígia Santos adianta que no corrente ano, as exportações têm um peso de 60% no volume de negócios. Investimento de 1,5 milhões de euros na Quinta da Teixuga e nova adega A empresa continua a investir para crescer, tendo adquirido recentemente a Quinta da Teixuga e respetivas vinhas, onde está a construir uma adega de raiz, projetada pelo arquiteto Nuno Pinto Cardoso. O espaço deverá ser inaugurado ainda este ano e “será uma forma de fomentar o enoturismo e reforçar a identidade da marca”, nota Lígia Santos. O investimento na quinta e na construção da nova adega totaliza 1,5 milhões de euros.

Vinhos & Gourmet

A gestora considera que a Caminhos Cruzados está na linha da frente do que se faz no Dão, como atestam os prémios que os vinhos da empresa têm recebido, nomeadamente o prémio produtor revelação do ano 2015, atribuído pela Revista de Vinhos: “Investimos muito na vinha, na formação, na imagem, na comunicação. Penso que a empresa é de alguma forma disruptiva relativamente ao que se fazia no Dão.” Lígia Santos fala de “um novo Dão”, que espera concretize o seu elevado potencial: “Temos castas fabulosas como a Touriga Nacional e a Encruzado. O Dão consegue uma acidez extraordinária, que permite aos vinhos uma evolução muito especial.” A região do Dão, “protegida dos ventos pelas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela”, oferece às suas vinhas “solos xistosos e graníticos de pouca profundidade, onde abundam os pinhais, produzindo vinhos encorpados com elevada capacidade de envelhecimento”, explica a empresa, em comunicado. Além das castas Touriga Nacional (tinta) e Encruzado (branca), o Dão é habitado também pelas crescentemente populares Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz (variedades tintas), Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho (variedades brancas).  AGoSTo de 2016

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Setor automóvel sector automóvil

La Macchina del tempo – o Museu da história da Alfa Romeo O Museu Histórico Alfa Romeu foi inaugurado em 1976 para expor os modelos automobilístico da marca que fazem parte da própria coleção da empresa. Esteve fechado vários anos, reabrindo em 2015 com um novo projeto de exposição.

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Texto Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com Fotos DR

m plena comemoração dos 105 anos de existência, a Alfa Romeo voltou a abrir as portas do seu museu localizado em Arese, Itália. Apelidado de “La macchina del tempo”, podemos encontrar neste museu uma exposição permanente de 69 automóveis, incluindo o primeiro modelo da Alfa Romeo, o 24 HP, o vencedor da Mille Miglia 6C, 1750 Gran Sport e o campeão de Fórmula 1 Gran Premio 159 “Alfetta 159”, entre outros. Em 1918, o empresário Nicola Romeo compra a fábrica que então passa a chamar-se Alfa Romeo. Mas a década de 20 trouxe anos de insucesso comercial, compensado pela conquista do I Campeonato Mundial de Auto-

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mobilismo em 1925. Durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa teve que se converter de novo para a produção de material bélico. O estabelecimento de Portello foi parcialmente bombardeado e no final do conf lito, já não existia um mercado automobilístico em Itália. Mas a empresa retomou as atividades lentamente e as décadas seguintes foram os anos de grandes modelos como o Alfa Romeo 1900, Giulia, Giulietta, Duetto e até da vitória no Primeiro Campeonato de

F1 em 1950 com uma 158. No início dos anos 60, um estabelecimento maior foi construído nos arredores de Milão, na cidade de Arese, onde hoje funciona o Museu Histórico Alfa Romeo. Desde 1986, a Alfa Romeo faz parte do grupo Fiat. A produção mudou-se então para o sul de


sector automóvil Setor automóvel

Itália e mesmo sem o nome Milano, o logótipo da marca ainda é constituído pela bandeira da cidade e o antigo brasão da família Visconti. O museu da Alfa Romeo está divido em três áreas temáticas: linha do tempo, beleza e velocidade. O primeiro representa a continuidade da marca ao longo da história do automóvel, o segundo a beleza das linhas da Alfa Romeo e o último, todo o conhecimento a nível técnico da marca e conquistas desportivas ao longo da história. A divisão faz-se através de pisos, um para cada temática. O visitante é recebido já no estacionamento por uma faixa suspensa “vermelho Alfa” que o acompanha dentro do museu, onde depois da bilheteira um pequeno espaço expõe a evolução do logótipo ao longo desses anos e alguns motores de aviões produzidos durante as guerras. Na primeira parte do museu, a

Linha do Tempo apresenta uma síntese da evolução da marca expondo 19 dos modelos mais representativos. Nestes 19 modelos está um muito importante e o mais emblemático: um Alfa Romeo de 1925, R L Super Sport dourado, propriedade de um príncipe indiano e que a empresa recomprou no Paquistão décadas mais tarde. Depois passa-se ao andar dedicado à beleza. Este espaço, dividido entre “Os maestros do estilo”, que expõe nove modelos de design que marcaram a época, como o 33/2 Coupe, de 1969, assinado pelo grande Pininfarina, e a Escola Italiana, com os carros realizados entre os anos 30 e 40 pela funilaria Touring e que levam a marca Superleggera. Finalmente, a última parte do museu é reservada à velocidade, que percorre a história da marca desde as primeiras competições automobilísticas com a exposição

de vários modelos e a projeção de filmes com as vitórias da marca. O museu conta também com um café-restaurante onde o visitante que passa por ali na hora do almoço se pode acomodar e visitar um pequeno book shopping na entrada. Para os interessados em visitálo, o Museu da Alfa Romeo fica a poucos quilómetros de Milão, na Viale Alfa Romeo, 20020 Arese MI, em Itália, e está aberto todo o ano, de segunda a domingo, com exceção das terças-feiras, em que fecha ao público. Em relação ao preço das entradas, grátis para crianças até aos cinco anos e doze euros por adulto, reduzindo para oito euros até aos 16 anos de idade e para os maiories de 65. Através do site Alfaromeomuseums.com é possível conhecer mais um pouco da história desta marca e deste museu do construtor italiano.  AGoSTo de 2016

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Citröen C3

Mais jovem e alegre

A terceira geração do Citröen C3 chegará ao mercado nacional só em novembro, mas já é considerado o mini crossover mais juvenil do mercado.

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Fotos DR

om um novo design colorido, a imagem é claramente distinta nesta terceira geração, com diversas semelhanças aos crossovers, como é demonstrado pela

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inclusão dos AirBumps laterais inspirados no C4 Cactus e ainda as proteções que envolvem toda a carroçaria. Durante esta primeira presença em público do novo C3, foram referidos quatro termos que revelam os princi-

pais atributos do modelo, procurando atingir os objetivos de fidelizar os atuais proprietários e angariar novos clientes para a marca, que são “Audácia, Personalização, Conforto e Tecnologia”. Disponíveis estarão 36 combinações de design, com nove tons para o exterior e três cores para o teto, unidas por um interior declinado em quatro temas. O novo Citroën C3 foi realizado com base na plataforma utilizada pelo Peugeot 208. Tem 3,99 metros de comprimento e as linhas remetem-nos para os últimos modelos da marca, como o mini C1 ou os C4 Picasso e C4 Cactus. É a nova linguagem de design da marca e deixa para trás o aspeto arredondado do velho C3 e que a


sector automóvil Setor automóvel

Citroën fazia questão em considerar uma evolução do estilo do 2 CV. O para-brisas Zenith, que se prolongava pela zona frontal do tejadilho, foi abandonado em favor de um tejadilho panorâmico, proposto em opção. Tal como o Mini, a Citroën também propõe inúmeras possibilidades de personalização que passam pela combinação de cores da carroçaria e do tejadilho que pode ser tão decorado quanto o cliente desejar. O C3 vai também fazer a demonstração da filosofia “Citröen Advanced Confort”, que visa potenciar um dos atributos que a marca gaulesa dá mais valor, precisamente o conforto a bordo durante as viagens. Isso é demonstrado através da real perceção de

bem-estar conferida pelos bancos, gens em caso de acidente. o tejadilho panorâmico, a disposição dos diversos elementos e ainda Motorizações pelas generosas dimensões das áre- A gama de motorizações da terceira as para os ocupantes. geração do Citröen C3 contará com Junta-se ainda a conetividade três propulsores a gasolina PureTecomo outro ponto forte, com a ch e ainda dois diesel BlueHDi. Na inclusão não apenas do touchscre- primeira família encontramos os en de sete polegadas em posição blocos PureTech de 68CV, 82CV e central, já compatível com os dois de 110CV, este último já com sistesistemas operativos de smartphone ma Start&Stop e o único a gasolina mais conhecidos, mas também a que pode fazer uso da transmissão nova ConnectedCam que permite automática EAT6. Esta caixa de seis transmitir para todo o mundo as velocidades é disponibilizada para os imagens captadas com uma câma- dois diesel, ambos também já com ra específica colocada na dianteira. o Start&Stop, que serão os motores Além de poder partilhar com todos BlueHDi 75 e BlueHDi 110. os seus amigos e conhecidos os moOs preços não foram revelados, mentos altos das suas viagens, outra mas não deverão afastar-se muito vantagem será a gravação das ima- dos do atual C3. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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grande tema gran tema

Setores empregadores: da informática, à engenharia e outros que estão a contratar

Numa época em que os novos empregos continuam a ser um bem escasso, há ainda setores de atividade que continuam a precisar de mão de obra em Portugal. Normalmente, são as funções técnicas e mais especializadas, ligadas às engenharias, que mantêm uma forte intenção empregadora e privilegiam o emprego estável. Mas há outras áreas menos técnicas a necessitar de reforços de pessoal, como demonstram os exemplos seguintes. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

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criação de novos empregos em Portugal mantém-se a um nível pouco dinâmico, mas com uma ligeira subida, de acordo com várias fontes contactadas. Refletindo um otimismo moderado na recuperção económica do país, o emprego está também a crescer de forma visível, sobretudo em áreas específicas e onde a atividade empresarial continua a expandir-se. Segundo Carla Rebelo, diretora geral da Adecco Portugal, a procura de profissionais no país está a aumentar, registando-se uma "transversalidade em todos os setores da economia". Comparando com o mesmo período de 2015, "o mercado está a reagir 30% acima do ano passado, sobretudo nos meses de maio e junho", adianta a responsável. Em termos das áreas de atividade em destaque, salienta "a informática e as engenharias/ área técnica" e as vendas, como as mais procuradas para contratações efetivas, sobretudo de novos profissionais mais especializados. Ao nível do trabalho temporário, uma das vertentes em que atua esta empresa de recursos humanos, Carla Rebelo salienta as funções ligadas ao trabalho logístico, do retalho e dos bens de consumo, assim como a hotelaria e o turismo – neste caso, refle-

Foto Adecco Potugal

tindo a sazonalidade da estação estival – como as mais desejadas. Também o cluster automóvel está a registar algum dinamismo, com novos projetos de investimento estrangeiro a surgir nos últimos meses.

A procura de novos profissionais no mercado aumentou 30% face ao primeiro semestre de 2015, de acordo com a Adecco Portugal

A Adecco Portugal promoveu no mês passado um "Open Day", para candidatos à procura de novas oportunidades de trabalho. As cerca de 1.200 oportunidades de trabalho em aberto lançadas por empresas clientes desta consultora de trabalho temporário, outsourcing e recrutamento, referiamse, sobretudo, às vertentes das vendas e promoção, merchandising e logística. Foram realizadas cerca de 1.500 entrevistas a candidatos, em 16 cidades do país, que além de apurar da disponibilidade e capacidades dos candidados visavam ainda aconselhá-los sobre a melhor forma de pesquisa de emprego e de obtenção do seu emprego ideal. A empresa adianta que, através das suas 16 delegações no país, "proporciona, diariamente, trabalho a mais de oito mil pessoas, colocadas em cerca de 1.500 empresas clientes de vários setores de atividade".

Conhecimentos de línguas e flexibilidade de horários entre as competências mais procuradas Quanto às competências pretendidas pelas empresas e outras entidades empregadoras, Carla Rebelo frisa que Profissionais especializados man"Portugal é um destino para multina- têm-se com grande procura cionais sediarem os seus centros de Se existem poucas vagas de empreserviços partilhados", é natural que go disponíveis para funções genéricas, haja procura de profissionais com "co- já os profissionais mais qualificados nhecimentos de línguas", bem como continuam a ser alvo de muita procude flexibilidade em termos de horários ra. O grupo Adecco criou uma nova empresa para o recrutamento de quade trabalho. AGoSTo de 2016

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grande tema gran tema tencial nos vários pontos do mundo em que se encontrem", adianta a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

dros médios e superiores com experiência de trabalho entre os três a cinco anos, designada Spring Professional. Esta nova empresa espera colocar em Portugal cerca de uma centena de pessoas ainda este ano, de setores como as tecnologias de informação, as engenharias, o setor financeiro e as vendas e marketing. Carla Rebelo destaca que esta forma de recrutamento "está a ser um sucesso, temos uma equipa muito boa, já que são engenheiros que fazem as entrevistas e contratam outros engenheiros", exemplifica, destacando ainda que estes são candidatos para ofertas de emprego com salários elevados face à média nacional. A nível das ofertas no setor público, e na vertente dos estágios profissionais para licenciados, prossegue agora a 21ª Edição do INOV Contacto, com candidaturas abertas até ao próximo dia 15 de setembro, e, para as entidades de acolhimento, até ao dia 30 do mesmo mês. O Programa INOV Contacto, 2016/2017 é um programa de estágios profissionais feito em contexto internacional e é dirigido aos jovens com formação superior que tenham motivação para desenvolver uma carreira internacional e disponibilidade para 40 act ualidad€

AGoSTo de 2016

"Os portugueses estão bem preparados para integrar uma empresa como a Bosch, e, por isso, temos inclusive ido buscar e retido aqueles talentos que emigraram" viver no exterior. O domínio do inglês é requisito essencial para entrar nesta iniciativa, gerida pela AICEP Portugal Global e cofinanciada pelo PO ISEPrograma Operacional da Integração Social e Emprego, Portugal 2020 e União Europeia, Fundo Social Europeu e Iniciativa Emprego Jovem. "As entidades e empresas que se candidatam para acolher os jovens estagiários são selecionadas atendendo ao seu reconhecido interesse e mérito nacional e/ ou internacional. A vantagem destas instituições em receberem jovens estagiários do INOV Contacto traduz-se na possibilidade de receberem recursos humanos qualificados e de elevado po-

Novos projetos na indústria automóvel É de realçar os novos projetos previstos para a indústria automóvel no país e que vão implicar a contratação de algumas centenas de novos profissionais. Um dos exemplos, nesta área, é o da multinacional alemã Bosch, que possui três unidades industriais e uma comercial no país, sendo uma daquelas uma unidade de produção de diversos equipamentos de navegação e multimédia para automóveis. O grupo, em Portugal, é representado pela Bosch Termotecnologia, em Aveiro, a Bosch Car Multimedia Portugal (foto nesta pág.), em Braga, e a Bosch Security Systems - Sistemas de Segurança, em Ovar. Além disso, a empresa tem a sua sede e uma unidade da BSH Eletrodomésticos em Lisboa. "A Bosch tem vindo a recrutar em força em Portugal nos últimos dois anos", refere fonte oficial da empresa, adiantando que "desde o início do ano, mais de 200 profissionais altamente qualificados já integraram as equipas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), e o processo de recrutamento continua em aberto com dezenas de vagas por preencher. Até ao final de 2017, pretendemos atingir a fasquia dos 4.500 colaboradores". Este aumento de 18% no número de colaboradores – face aos 3.800 que emprega atualmente nas suas quatro unidades – prende-se com o "crescimento do negócio" das várias atividades do grupo no país. A multinacional utiliza diversos canais para o recrutamento de novos colaboradores, seja através de anúncios em ferramentas de emprego, nas redes sociais, como o LinkedIn, ou recorrendo a roadshows nas principais universidades portuguesas, adianta o grupo, frisando que no endereço www. bosch-career.pt é possível conhecer todas as vagas em aberto.


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Quanto à facilidade no recrutamento dos profissionais portugueses, a Bosch afirma que depende muito dos perfis que a empresa está a tentar recrutar. "Quando procuramos um perfil demasiado técnico ou especializado, como é o caso de alguns dos perfis que temos atualmente em aberto para a I&D, podemos ter mais dificuldades. Mas em 2016 já recrutámos algumas dezenas de colaboradores e pretendemos continuar a aumentar a nossa equipa. Sabemos que os portugueses estão bem preparados para integrar uma empresa como a Bosch, e, por isso, temos inclusive ido buscar e retido, aqueles talentos que emigraram à procura de novos desafios", conclui a mesma fonte. Questionada sobre as expetativas quanto à evolução da economia portuguesa, em geral, e ainda relativamente ao seu setor de atividade em particular, a Bosch refere que "tem vindo a reforçar o seu investimento em Portugal, nomeadamente através da expansão das atuais atividades de I&D, e trazendo novos projetos de produção para o país. Mais concretamente, em 2016, vamos investir cerca de cem milhões de euros nos projetos de I&D em curso e na expansão das nossas áreas fabris. Além disso, a parceria com a Universidade do Minho, em Braga, terá um investimento de 57 milhões de euros até 2018". A empresa salienta ainda que acredita "em Portugal, nos portugueses e no seu profissionalismo. E mesmo exportando mais de 90% do que produzimos no país, estamos dispostos a continuar a contribuir para o desenvolvimento da economia e estamos confiantes de que Portugal vai conseguir manter a sua competitividade". Por seu turno, também o fabricante de componentes para o setor automóvel Faurecia vai realizar um novo investimento industrial, em Bragança, que prevê contratar mais 400 pessoas, de forma permanente, até 2018. A extensão da unidade de tecnologias de controlo de emissões representará um investimento total de 41,5 milhões de

euros, comparticipado pelo Estado português. Através desta unidade, a multinacional francesa vai fornecer, a partir do próximo mês, fábricas da Jaguar Land Rover, Nissan e Renault na Europa. As vendas anuais desta nova fábrica deverão atingir, em 2018, 499 milhões de euros", adiantou a Faurecia. Nestas novas instalações, "serão produzidos sistemas de controlo de emissões com as mais inovadoras tecnologias, tais como sistemas de redução de óxidos de nitrogénio para motores diesel e partes quentes dos sistemas de escape". O grupo conta com uma equipa de 850 pessoas só em Bragança, estando ainda presente em Nelas, Palmela, Vouzela e São João da Madeira, com um total de quatro mil trabalhadores em Portugal distribuídos por seis fábricas. A produção de Bragança é a mais importante, com quase 100% da produção a ser exportada para as principais fábricas de automóveis da Europa localizadas em França, Espanha e no Reino Unido. Na mesma altura da assinatura do contrato de invetimento da Faurecia, em maio passado, foi assinado entre a AICEP e a Continental Mabor um contrato de investimento para um novo projeto industrial, que criará em Lousado (Vila Nova de Famalicão) cerca de 125 novos postos de trabalho diretos e permanentes até 2017. Também beneficiário de incentivos financeiros no âmbito do Portugal 2020, o investimento na Continental Mabor vai ascender aos 49,9 milhões de euros. Esta unidade fabril de produção de pneus deverá alcançar em 2024 um valor anual de vendas de 971 milhões de euros, e um valor anual acrescentado bruto de 388 milhões de euros. O investimento de quase 50 milhões de euros visa criar uma linha de produção de pneus radiais destinados a veículos agrícolas. Uma produção destinada sobretudo à exportação, com vista aos mercados europeu e norte-

Top 5 dos setores de atividade que mais contratam • Comércio a retalho/ Grossista 32% 19% • Bens de consumo • Logística/ Transportes 19% • Indústria pesada/ Ind. transf. 9% • Lazer/ Viagens 8% Fonte: Adecco Portugal Dados do 1º semestre de 2016

americano, para mais tarde entrar noutros continentes. Em Viana do Castelo, a multinacional francesa Eurostyle Systems vai investir 18 milhões de euros em duas novas fábricas de produção de peças injetadas de plástico para componentes da indústria automóvel, que em 2019 deverão atingir os cem postos de trabalho diretos. A primeira fábrica deverá começar a laborar em março próximo e a segunda em 2018. As duas unidades deverão atingir uma faturação anual da ordem dos 20 milhões de euros, produzindo para os novos modelos da PSA Citroën em Vigo, na Galiza, e em Mangualde, no distrito de Viseu, para a fábrica espanhola da Renault e para as unidades da Volkswagen em Portugal e Espanha. Já no concelho de Mira, a nova zona industrial de Montalvo vai acolher um investimento de 10 milhões de euros do grupo belga Gouda Vuurvast, que irá empregar, na fase de arranque, 30 pessoas. A nova unidade industrial irá produzir carvão vegetal "pirolítico", através de uma tecnologia inovadora, "totalmente amiga do ambiente" e de "elevada eficiência no uso dos recursos". O projeto industrial, cuja produção se destina exclusivamente à exportação, conta com financiamento comunitário, no âmbito do Portugal 2020 e do programa comunitário Compete 2020. AGoSTo de 2016

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A Gouda Vuurvast é especializada no fabrico de produtos refratários para a indústria e realizou em 2015 um volume de negócios superior a 320 milhões de euros. Com a entrada em funcionamento prevista para o primeiro trimestre de 2017, o projeto contará com um sistema de produção ininterrupta, em três turnos, e irá gerar, no arranque, cerca de uma trintena de postos de trabalho diretos, fora os indiretos, nos quais se incluem as componentes de logística, transporte, fornecedores de matériasprimas, entre outros. Empresas de retalho também investem e contratam No setor da grande distribuição, destaque-se o projeto de investimento da Mercadona em Portugal, onde a empresa tenciona abrir, dentro de três anos, quatro unidades retalhistas, de dimensão ainda não revelada. A empresa vai iniciar a incorporação e contratação dos 120 primeiros novos cargos diretivos que irão liderar o projeto desta cadeia de supermercados em Portugal, e que estarão distribuídos por todo o país, salienta a Mercadona. O primeiro projeto de interna42 act ualidad€

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Em muitas ocasiões, o recrutamento de novos colaboradores é feito pela internet e, em particular, através das redes sociais cionalização da cadeia prevê o investimento inicial de 25 milhões de euros e a criação de "aproximadamente 200 postos de trabalho nesta primeira fase de expansão". Quanto à contratação dos primeiros 125 postos de trabalho, trata-se do "início deste processo, definindo-se grande parte da estrutura e das posições-chave da organização em Portugal e construindo-se as bases necessárias para que a Mercadona crie uma equipa de recursos humanos", destaca ainda a companhia espanhola. "Ao longo de 18 meses, os novos diretivos estarão imersos num programa próprio de formação, no qual a Mercadona vai investir mais de 50 mil

euros por trabalhador. Durante este processo, recebem formação específica sobre o modelo de "Qualidade Total" da Mercadona, competências de gestão e liderança, e imersão nos diversos departamentos da empresa", adianta a empresa no seu website. “Também em Portugal queremos ser uma empresa de referência na criação de emprego estável e de qualidade", estando, para tal, a contar com a colaboração de algumas universidades portuguesas neste processo de seleção, como salientou Javier Casans, diretor de formação dos Recursos Humanos da Mercadona. O grupo, o maior retalhista espanhol, procura perfis de licenciados com pósgraduação ou mestrado em Economia, Administração de Empresas, Direito, Arquitetura ou Engenharia e disponibilidade para viajar regularmente. A contratar está também a Seaside (foto ao lado), mas em sentido contrário, ou seja, para fora do país. "Todos os anos, a Seaside tem realizado cerca de 50 contratações, quer para aberturas/ novas lojas, quer para reposição do número de funcionários em tempos de férias", explica a empresa, adiantando que este ano, depois da inauguração de uma loja em Monção (distrito de Viana do Castelo), as novas aberturas serão sobretudo em mercados externos. Assim, este ano, a cadeia já abriu duas lojas em França e outras duas em Espanha, com uma média de contratações de cinco pessoas por loja. "Até final deste ano, a empresa deverá abrir mais três ou quatro lojas em Espanha – com um total de contratações entre 15 a 20 pessoas". O retalhista de calçado português recorre a "uma base de dados de profissionais que é pesquisada sempre que existem necessidades". Atualmente, emprega cerca de 900 em Portugal. "Para Portugal, não existem expetativas de contratações de número elevado", adianta a empresa, que perspetiva um bom "crescimento do setor no segundo semestre do ano".


gran tema grande tema Setor dos serviços e software é um dos mais ativos No domínio da consultoria, engenharia de telecomunicações e serviços de TI, surge outro grupo que está a aumentar a sua aposta em Portugal. A francesa Altran vai investir 12 milhões de euros na ampliação do seu Global Delivery Centre em Portugal, fundado em 2013. O novo investimento neste centro de inovação tecnológica foi apresentado recentemente na cerimónia de assinatura do acordo de investimento entre a Altran e o Governo, através da AICEP, e em que participou o primeiro-ministro, António Costa, no passado dia 2 de junho. Este investimento será alocado na criação de 200 novos postos de trabalho, diretos e qualificados, na região do Fundão, e surge no âmbito da ampliação do Centro de Serviços Global da Altran. Este investimento vai permitir o desenvolvimento de soluções integradas na oferta global de intelligent systems, nos domínios de critical systems e real time applications, machine driven big data e connectivity. Implementado na cidade do Fundão desde 2013, o Global Delivery Centre é um núcleo de inovação tecnológica, que suporta projetos globais, garantindo a prestação de soluções de valor acrescentado desenvolvidos pelos engenheiros portugueses. “O grupo Altran prova, uma vez mais, como Portugal é um país estratégico para o grupo, através deste investimento de 12 milhões de euros no distrito de Castelo Branco. Entendemos a importância do investimento direto para a alavancagem da economia do país, e em particular da região interior. Como uma empresa global, queremos propor aos nossos clientes internacionais o melhor em termos da qualidade e competitividade que existe em Portugal”, sublinhou na cerimónia o administrador sénior para a Europa do grupo, Cyril Roger. Célia Reis, CEO da Altran Portugal comentou ainda: “temos um plano de expansão da nossa plataforma Global-

shore no Fundão, bem como da nossa equipa de engenheiros para mais 200 profissionais, nos próximos três anos. Acreditamos que o vamos conseguir, senão superar”. A Altran Portugal conta com 800 colaboradores. Um outro exemplo a destacar, e que vem da área dos serviços a particulares, é o da Uniplaces (foto na pág. 42). Esta plataforma virtual destinada a facilitar o alojamento de estudantes universitários "encontra-se, neste momento, com cerca de 40 vagas em aberto no seu portal http://careers.uniplaces. com/, para várias áreas, como customer service, marketing, onboarding, people & finance, product, sales e technology, sendo que os critérios variam de acordo com cada oferta de emprego em particular", frisa André Rodrigues Pereira, country manager da Uniplaces para Portugal. O processo está bem encaminhado: "estamos a conseguir trazer para a Uniplaces verdadeiros talentos, pessoas com expertise a nível nacional e internacional", conclui o mesmo responsável. A Uniplaces conta com mais de 130 colaboradores. "Esperamos crescer e ajudar Portugal a crescer também connosco. O mercado de arrendamento universitário é

avaliado em mais de 249 milhões de euros em Portugal e em mais de 19 mil milhões a nível europeu. É um mercado que está em constante expansão, devido ao número crescente de estudantes deslocados, nacionais e internacionais, nomeadamente no âmbito do programa Erasmus e outros programas de intercâmbio. Dado isto, existe aqui um enorme potencial de crescimento para a Uniplaces, o que é também muito positivo para a economia portuguesa", comenta André Rodrigues Pereira. A plataforma estabeleceu recentemente um protocolo de colaboração com a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) com o objetivo de promover o mercado do arrendamento universitário. A colaboração entre a start-up portuguesa e a APPII pretende atrair cada vez mais promotores e investidores imobiliários para o negócio do arrendamento universitário, que cresce acompanhando a comunidade de alunos estrangeiros em Portugal. De acordo com os dados da DireçãoGeral de Estatísticas do Ensino Superior e Ciência, entre 2009 e 2014, o número de alunos não nacionais inscritos no ensino superior passou AGoSTo de 2016

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Desemprego desce para os 12,4% no primeiro trimestre de 2016 O desemprego em Portugal tem vindo a descrescer gradualmente, nos últimos dois anos, embora esteja ainda a um nível alto, tendo em conta que é a quinta taxa mais alta da União Europeia. No primeiro trimestre de 2016, o número de desempregados registou uma franca descida em termos homólogos – apesar do aumento trimestral –, atingindo ainda 12,4% da população ativa, ou seja, 1,3 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2015, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com as estatísticas do INE, a população desempregada ronda as 640.200 pessoas. A população empregada, estimada em 4.513,3 mil pessoas, registou até março um decréscimo trimestral de 1,1% (menos 48,2 mil pessoas) e um acréscimo homólogo de 0,8% (mais 36,2 mil pessoas), tendo-se situado a taxa de atividade da população em idade ativa em 58,1%, menos 0,5 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre anterior e menos 0,4 p.p. face ao trimestre homólogo. Em termos homólogos, a taxa de desemprego diminuiu quer entre as mulheres (2,0 p.p.), quer entre os homens (0,7 p.p.). Numa análise por regiões NUTS II, verifica-se que no primeiro trimestre de 2016 a taxa de desemprego foi superior à média nacional na Madeira (14,3%),

Área Metropolitana de Lisboa (13,7%), Norte (13,3%) e Alentejo (12,6%). A taxa de desemprego dos Açores (12,4%) igualou a média nacional, enquanto as taxas de desemprego do Algarve (12,2%) e da região Centro (9,3%) ficaram abaixo da média nacional. Face ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou na Área Metropolitana de Lisboa (1,2 p.p.) e no Centro

Taxa de desemprego em Portugal deverá descer para os 12,3%, no final de 2016, estima a OCDE (0,3 p.p.), enquanto em termos homólogos diminuiu em todas as regiões, com os maiores decréscimos a ocorrerem no Algarve (4,2 p.p.), no Alentejo (2,9 p.p.) e nos Açores (2,5 p.p.). Em termos de população empregada, foi estimada em 4,5 milhões de pessoas no primeiro trimestre, voltando a diminuir (1,1%; 48,2 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior.

OCDE estima fraca criação de emprego A Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipa que a taxa de desemprego continue a cair, mas a um ritmo inferior ao dos últimos anos. Dos países com uma taxa de desemprego elevada, Portugal será o que menos emprego criará. Em 2016, ainda 12,3% estará à procura de trabalho. "Os últimos dados sugerem a possibilidade de uma desaceleração da recuperação. Embora seja ainda demasiado cedo para perceber, pode ser apenas um efeito temporário dado que se espera que a recuperação económica se fortaleça em 2015 e 2016", lê-se no "Employment Outlook", publicado pela OCDE. Se 2013 e 2014 trouxeram descidas significativas do desemprego em Portugal, caindo de 16,8 para 13,5%, em 2015 aquela taxa deverá ter caído para 13% e em 2016 atingirá 12,3% da população ativa. "Existe ainda um significativo hiato do emprego (seis pontos percentuais) e a subida do desemprego de longa duração só parou muito recentemente", acrescenta a OCDE. "Com quase 60% dos desempregados fora do mercado de trabalho há mais de um ano, reduzir o desemprego ainda será mais difícil à medida que os trabalhadores ficam mais 'desligados' do mercado de trabalho", adianta o documento.

de 19 mil para cerca de 34 mil. Eslováquia, e pela liderança da equi"A verdade é que, por vezes, é muito No universo das start-ups de base pa de Conteúdos, em Portugal, após difícil contratar pessoas cá em Portecnológica, saliente-se ainda o cres- o lançamento da empresa no nosso tugal com o tipo de especialização e cimento que tem registado a Hole19, país. "O Gil é um forte exemplo do experiência que procuramos, pelo que empresa portuguesa que desenvolve quão importante é para a Hole19 o acabámos por ter de contratar várias aplicações mobile para a área do golfe recrutamento de novos talentos, com pessoas no estrangeiro". Recentemen(foto na pág. seg.). A empresa acaba de experiência no mercado nacional e te, a empresa foi buscar um backend integrar Gil Belford como chief ope- internacional, e que tenham a capaci- developer ao Brasil, um senior iOS rations officer (COO), que transita dade de adicionar valor acrescentado à developer à Ucrânia e ainda um porda Zomato, onde ocupou, no último Hole19 e ajudá-la a crescer. Estávamos tuguês. ano, o cargo de VP of Global Growth. a contratar cinco pessoas para as nos- "Não existem ainda muitas empresas Na Zomato, Gil Belford esteve tam- sas áreas de desenvolvimento, growth em Portugal a fazer produtos mobile bém responsável pela implementação e vendas", destaca Anthony Douglas, à escala global, e o nível salarial em da empresa na República Checa e fundador da Hole19. cidades como Amsterdão, Berlim ou 44 act ualidad€

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Londres faz com que estas se tornem destinos bastante mais atrativos para developers de topo", destaca o gestor. "Temos também investido bastante em acrescentar diversidade à nossa equipa, contratando colegas estrangeiros, que nos ajudam ao trazer um ponto de vista diferente", admite. "Em apenas um ano, o número de colaboradores da Hole19 mais que triplicou, e atualmente contamos com cerca de 30 pessoas. Num período de dois anos, prevemos chegar a 50 ou 60 colaboradores". "O golfe é uma das indústrias mais significativas para o PIB turístico nacional, e a Hole19 está a criar novas oportunidades no mercado do golfe, não só em Portugal mas em todo o mundo. Queremos ajudar golfistas em todo o mundo a descobrir Portugal como destino turístico de golfe. Neste momento, contamos com quase um milhão de golfistas em todo o mundo que já utilizam a aplicação". Anthony Douglas sublinha que "o sucesso da Hole19 representa o crescimento da empresa, mais contratações, logo um impacto positivo na economia portuguesa e não só". "Acreditamos que o futuro do turismo está nas aplicações e serviços, e esperamos que cada vez mais pessoas olhem para Portugal como um sítio onde são criados grandes produtos", frisa ainda. Outra empresa tecnológica que também está a recrutar é a Findmore. "A nossa principal fonte de recrutamento são as recomendações dos nossos consultores e pessoas envolvidas no networking da empresa, muitas vezes, inclusive, clientes. Estamos constantemente com processos em aberto e, mensalmente, temos o mínimo de 20 vagas", explica Andrea Gueifão, diretora comercial da empresa. A tecnológica recorre ainda ao Linkedin a portais de emprego para colocar as suas oportunidades de trabalho disponíveis, "A nível de critérios, é fundamental encontrar nos candidatos o equilíbrio entre hard/ technical skills e soft skills. Contratamos os profissionais para um projeto

específico, mas esse mesmo projeto pode ter uma duração finita, pelo que a nossa aposta é no potencial do consultor como um todo. Diria que passa muito pela solidez do percurso académico e profissional da pessoa e pela capacidade de evolução profissional/ técnica", salienta a mesma fonte. Neste momento, a Findmore emprega cerca de 130 pessoas, sendo o objetivo, "nos próximos dois anos, continuar a crescer, tanto em Portugal como em projetos internacionais, com engenheiros informáticos portugueses. Simultaneamente, procuramos aumentar a nossa atividade de nearshoring. Os seis milhões de faturação serão seguramente uma boa métrica nesse sentido". Quanto à evolução esperada do setor, a mesma responsável considera que "é reconhecido, publicamente, o sucesso do setor das TI em Portugal, nos seus vários vetores. Aparentemente, também o mercado internacional e os seus players estão a despertar para o nosso potencial, dado que se observa um exponencial crescimento na atividade de nearshoring, em várias empresas bem como no acentuar da contratação de profissionais portugueses. A par disto, saliente-se a crescente deslocação de várias empresas internacionais para Portugal, atraídas por mão de obra

bastante qualificada, e por todos os outros fatores de atração que Portugal encerra". Outra start-up portuguesa que está a recrutar é a Siscog. Especializada em soluções de software para planeamento e gestão otimizados de recursos de empresas de transportes, sobretudo para clientes internacionais, a empresa quer contratar nove engenheiros de software para a sua estrutura em Lisboa e no Porto. Também a Webhelp, uma das maiores empresas globais de business process outsourcing (BPO), vai instalar um centro de serviços partilhados no Porto, no parque empresarial Hipercentro, que dará emprego a três centenas de jovens e não só. Segundo Benoist Voidie, Porto Site Director da nova empresa, “Portugal é um país estratégico para o crescimento da Webhelp no setor dos BPO e a implantação da empresa no Porto irá permitirnos criar 300 postos de trabalho ao longo do próximo ano”. Fundado em 2000, a Webhelp é um grupo de origem francesa especializado na subcontratação de processos empresariais de âmbito mundial e possui uma carteira de 250 clientes, nos mais variados setores, desde telecomunicações, energia, transportes, turismo ou serviços financeiros.  AGoSTo de 2016

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

O direito de renúncia à isenção de IVA

dos prestadores privados de cuidados de saúde

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s últimas décadas foram marcadas pela entrada de operadores privados no setor da saúde, em áreas anteriormente dominadas pelos prestadores públicos, bem como por uma relevante evolução do investimento em estruturas e meios de diagnóstico de valor significativo naquele setor. Esta alteração de paradigma tem consequências no que respeita ao enquadramento em IVA dos operadores que exercem a atividade médica. De facto, como é sabido, a atividade médica está, por regra, isenta de IVA. Isto significa que os profissionais de saúde não liquidam IVA aos utentes, não podendo, em contrapartida, deduzir o IVA que suportaram nas aquisições efetuadas aos seus fornecedores de bens e serviços. Este regime justifica-se nas situações em que o profissional de saúde não apresenta uma estrutura de custos significativa. Porém, nas situações onde exista uma estrutura de meios com algum relevo, o regime de isenção revela-se altamente penalizador. De facto, o IVA suportado na aquisição de bens e serviços (tais como, aparelhos médicos ou consumíveis) não pode ser deduzido, encarecendo, assim, a prestação de serviços médicos. Quando o volume de IVA suportado é significativo, revela-se, pois, vantajoso renunciar ao regime de isenção de IVA. De facto, embora tal determine a obrigação do presta46 act ualidad€

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dor de serviços médicos liquidar IVA pelos serviços prestados permite, em contrapartida, deduzir o IVA que suportou nas suas aquisições. Acresce que, o IVA nas prestações de serviços médicos deverá ser liquidado à taxa reduzida, atualmente fixada em 6%. Tal significa que, as mais das vezes, o prestador de serviço médico tem um crédito de imposto, podendo ser requerido o seu reembolso. Com efeito, a existência de avultados custos tanto no investimento inicial como durante a prestação da atividade justifica a opção pela renúncia à isenção de IVA dos prestadores de serviços médicos privados, permitindo-se, assim, a recuperação do IVA suportado em todos os gastos realizados, especialmente, nos investimentos de valor significativo. Temos verificado que, em anos recentes, a Administração Fiscal vem sistematicamente colocando em causa o direito de renúncia à isenção do IVA dos prestadores privados de saúde. Em consequência, não são aceites as deduções de IVA suportado por estes operadores, sendo emitidas liquidações oficiosas de IVA, acrescidas de juros compensatórios e coimas, de valor substancial. A Administração Fiscal tem fundamentado as liquidações oficiosas em causa em diferentes argumentos, sendo de destacar o entendimento de que só podem renunciar à isenção de IVA os operadores que prestem cuidados de assistência médica em

Por Miguel Durham Agrellos e Paulo Pichel*

meio hospitalar (i.e. tendencialmente, organismos onde se verifique o internamento dos utentes), recusando-se o direito de renúncia à isenção, por exemplo, a clínicas médicas e a laboratórios de análises clínicas. Tal entendimento resulta de uma interpretação errada tanto do direito nacional como do direito da União Europeia e da jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia. Isto mesmo vem afirmar a mais recente jurisprudência dos tribunais arbitrais a funcionar junto do Centro de Arbitragem Administrativa. Efetivamente, o direito de renúncia à isenção apresenta um âmbito subjetivo muito mais lato do que a Administração Fiscal vem pretendendo. Na verdade, não são só os operadores que prestam serviços médicos em meio hospitalar stricto sensu que podem beneficiar do direito de renúncia à isenção, como, igualmente, podem renunciar à isenção de IVA todas as organizações privadas a operar em condições de mercado concorrencial que levam a cabo prestações médicas ocorridas em estabelecimentos hospitalares, centros de assistência médica e de diagnóstico e outros estabelecimentos da mesma natureza. Para lá de argumentos que resultam da própria letra das normas em jogo, há ainda que referir a finalidade das isenções aplicadas no setor da saúde. Com efeito, as isenções foram introduzidas, por um lado, tendo em vista diminuir os custos de acesso a um bem


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

essencial e, por outro lado, por razões históricas ligadas à dificuldade de aplicação do IVA no setor onde o Estado assumia um papel preponderante. Deste modo, a impossibilidade de renúncia à isenção de IVA tem, necessariamente, de considerar as razões pelas quais tal isenção foi legalmente fixada. Neste sentido, impõe-se uma leitura atualista das normas que considere a finalidade de diminuição dos custos da saúde em face do crescente protagonismo que os operadores privados têm vindo a assumir no setor da saúde. Efetivamente, a impossibilidade de dedução do IVA suportado determina a sua repercussão no preço dos serviços prestados aos utentes. Por conseguinte, não sendo possível deduzir o IVA, este será incluído no custo da prestação do serviço médico, onerando o utente.

Neste sentido, é inteiramente absurdo procurar agrilhoar um prestador de serviços médicos a um regime de isenção que é contrário ao normal funcionamento do imposto e que gera graves entorses no normal funcionamento do mercado concorrencial, provocando, a final, um injustificado aumento dos custos das prestações médicas com óbvios prejuízos para os utentes. Em conclusão, entendemos que a posição adotada pela Administração Fiscal portuguesa em matéria de direito de renúncia à isenção de IVA no setor da saúde viola não só o direito interno como as normas de Direito da União Europeia, em concreto, a Diretiva IVA. De facto, a isenção só deverá ser aplicada, tendencialmente, quando sirva o propósito para a qual foi criada, i.e., quando permita diminuir os encargos de saúde para

ADVOCACIA E FISCALIDADE

os utentes. Nas situações em que as isenções provocam o aumento dos custos para os utentes, as razões para a sua existência deixam de se verificar, devendo, por conseguinte, admitir-se a possibilidade de renunciar à referida isenção. Em face do exposto, podem os contribuintes afetados pelo entendimento da Administração Fiscal contestar esta posição não só perante os tribunais administrativos e arbitrais portugueses como, no limite, junto do Tribunal de Justiça da União Europeia, devendo ser ressarcidos dos montantes indevidamente pagos acrescidos dos competentes juros indemnizatórios.  * Advogados da Uría Menéndez-Proença de Carvalho E-mails: miguel.agrellos@uria.com e paulo. pichel@uria.com

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Sublime Comporta: sencillez y elegancia en el paraíso alentejano Un hotel con 14 habitaciones y un proyecto inmobiliario de 22 casas a su alrededor, en un área de 17 hectáreas, componen uno de los proyectos turísticos más recientes y con mayor potencial en la zona portuguesa de la Comporta. Una apuesta clara por la calidad del producto destacando la oferta regional y un servicio al cliente muy personalizado.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos Nelson Garrido

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quedaron maravillados por estas tierras. Tanto, que decidieron ponerse a buscar terrenos y encontraron en el año 2004 el que serviría para construir su casa, con 17 hectáreas. “Durante varios años, como no teníamos más dinero para invertir en este proyecto, no hicimos nada”, explica el propietario Gonçalo Pessoa, piloto de profesión. En el año 2011, dieron inicio a las obras de la que sería su casa de familia y amigos, “pero en un determinado momento nos dimos cuenta que era excesivamente grande para nosotros”, añade. En ese momento constataron que el turismo

de calidad estaba llegando a la Comporta y se sintieron motivados en convertir la casa de sus sueños en un hotel con 14 habitaciones apoyándose también en el antiguo edificio agrícola del terreno, para aumentar el número de cuartos. La localización era clave para el éxito de su nuevo proyecto ya que las playas más próximas son las de Carvalhal y Pêgo y

Foto Manuel Gomes da Costa

l pequeño paraíso portugués de la Comporta está conquistando a cada vez más portugueses y extranjeros por la belleza de su paisaje y la sencillez del modo de vida de sus gentes. Una zona protegida, con escasa densidad de población, donde muchos turistas optan por pasar unos días de vacaciones y descanso e incluso invertir en propiedades. Sublime Comporta es uno de los proyectos inmobiliarios más recientes de la zona que en apenas dos años ya ha ganado distinciones nacionales e internacionales, y lo más importante, una clientela muy satisfecha que está dando una nueva vida al proyecto. Sublime, como hotel, nació en el año 2014, pero no fue sino el resultado de transformación de un proyecto familiar. La pareja portuguesa formada por Gonçalo Pessoa y Patricia Trigo descubrieron la Comporta en el año 2002 y se


sector inmobiliario

la aldea de la Comporta se encuentra a concebir el proyecto ha sido respetar la escasos 15 kilómetros. belleza natural del entorno así como la En abril de 2014 Sublime Comporta arquitectura tradicional de la Comporabrió sus puertas. “De repente, en julio y ta. El diseño de estas nuevas “Cabañas” agosto y prácticamente todo septiembre responde a dos intereses: el artístico y estaba agotado, fue un arranque a todo el funcional. Este tipo de casas cuenta gas y en 2015 también funcionó muy con tres entradas independientes ya bien”, cuenta Gonçalo Pessoa. En ape- que están compuestas por tres módulos nas unos meses se encontraron con una diferentes. Antiguamente se construía clientela fiel y muchos pedidos sin poder primero la casa de la familia, una al lado atender. Además parte de los clientes es- para los amigos y una tercera según autaban muy interesados en comprar una mentaba el número de hijos. “Los futuros casa en la zona, por lo que sus dueños propietarios van a poder disfrutar de su deciden dar una nueva dimensión al espacio y si así lo desean, alquilar la casa, proyecto y en noviembre del año pasado ocupándonos nosotros de todo”, aclara iniciaron las obras de expansión con la Gonçalo Pessoa. Gracias a la tipología de construcción de 10 casas de dos habita- las casas, “es posible alquilar la totalidad ciones cuya comercialización comienza del espacio o una habitación, y en cualahora, en el mes de agosto. “Estamos quier de los casos cuentan con todos los finalizando los pormenores y tenemos servicios del hotel. Estas cabañas han sido ya una lista de muchos interesados en la concebidas como pequeñas villas indecompra de estas casas”, subraya el dueño. pendientes, con piscina privada cada una Un proyecto que no acaba por aquí ya de ellas. Siguiendo la tradición alentejana, que van a construir otras doce casas de tampoco falta la chimenea. forma progresiva, con tres y cinco habitaciones, “según vayan apareciendo los Hotel compradores, aunque las tres primeras Cinco de las habitaciones del hotel se estarán listas en septiembre”. encuentran en el edificio principal y las Sublime Comporta es hoy ya una nueve restantes en un edificio próximo. realidad en la que trabajan 33 personas Todas ellas son amplias y luminosas además de los 18 becarios que se van for- con una decoración sencilla y al mismo mando en este espacio. Siempre que es tiempo elegante, con pormenores que posible, se contratan personas de la zona. marcan la diferencia. Las ventanas van Los clientes franceses ocupan el primer del suelo al techo, con vistas a este pelugar seguido de los americanos mien- queño paraíso de árboles y plantas en el tras que los portugueses representan el más completo silencio. Las habitaciones 10-15% de las reservas. cuentan con una terraza privada. El hotel dispone de una piscina exteLas antiguas casas de la Comporta rior en un deslumbrante espacio, sobre La primera preocupación a la hora de todo con la puesta del sol. El Spa, con

setor imobiliário

una amplia variedad de tratamientos personalizados para cada cliente en donde utilizan productos 100% biológicos de la marca “The Organic Pharmacy”. Salas, sauna, baño turco, piscina interior y una vista sobre los pinos mansos característicos de la propiedad. Para los más pequeños, además de una piscina de niños, un club infantil disponible en los meses de verano. Para los más deportistas, hay pistas de tenis y en los próximos meses estará disponible el gimnasio. También dispone de un espacio para la moda, gracias a un acuerdo con Espace Cannelle, donde se encuentran prendas y artículos de marcas como Camilla from Australia, Etro, Etro Mare, Isabel Marant Étoile, Missoni, Missoni Mare, Barbara Bui, DVF, Kenzo, 3.1 Phillip Lim, Gas Bijoux, Etro Parfum y Acqua di Parma. Restaurante Celeiro Con la ampliación del proyecto del hotel se ha apostado por reforzar el lado gastronómico de la región. “Celeiro” es el nuevo restaurante diseñado por Miguel Cancio Martins y José Alberto Charrua, con una arquitectura inspirada en los antiguos graneros de la zona. Cuenta con 190 metros cuadrados interiores y otros 150 exteriores de terraza. La cocina se inspira en las recetas tradicionales portuguesas pero con un toque elegante y distintivo. El chef Bruno Caseiro (ex. Chiltern Firehouse, Viajante y Taberna do Mercado) utiliza productos regionales, trabajando con pescadores locales y se da prioridad a los productos frescos y siempre que es posible, biológicos (el propio hotel cuenta con una huerta biológica).  AGoSTo de 2016

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António Costa garante “um défice inferior a 3% do PIB“ em 2016

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O Orçamento do Estado prevê a cativação de despesas no valor de 360 milhões de euros para a eventual necessidade de evitar derrapagem das contas públicas, garante António Costa. O primeiro-ministro assegura que há confiança na recuperação económica e comunica aos empresários que o governo quer acelerar os fundos do Portugal 2020, bem como continuar a promover a capitalização das empresas.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

Programa de Recu- para fazer o balanço do Governo que peração Económica lidera, António Costa recordou as está em plena exe- duas prioridades do Executivo: “virar cução e tem sido um a página da austeridade, iniciando a instrumento impor- recuperação do rendimento das famítante para acomodar os efeitos da lias, criando condições para o invesdesaceleração da economia mundial”, timento das empresas e honrando os garantiu o primeiro-ministro, num compromissos com a União Europeia” almoço com empresários e gestores e “numa estratégia de longo prazo, promovido pela Câmara de Comér- pôr termo a um modelo de competicio e Indústria Luso-Espanhola, no tividade assente na destruição de dipassado dia 18 de julho, em Lisboa. reitos e em baixos salários e desenhar Num discurso em que aproveitou um novo modelo de desenvolvimento

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assente na qualificação, na inovação e na modernização”. O primeiro-ministro quis deixar claro que o clima é de confiança na economia e que as contas públicas portuguesas vão ficar baixo dos 3% do PIB este ano. Essa terá sido também a mensagem expressa na carta que o Governo enviou à Comissão Europeia, em resposta à possibilidade de Portugal ser sancionado por não cumprir o limite traçado para o défice: “A Comissão Europeia ou


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a OCDE, apesar de algumas divergências sobre o impacto de algumas medidas ou sobre o cenário macroeconómico, reconhecem, pela primeira vez, que Portugal cumprirá o objetivo de ter um défice inferior a 3% do PIB. Será em 2016 que esse objetivo será alcançado. Podemos discutir se é 2,2% ou 2,7%, ou 2,8% mas o que não há dúvidas é que será pela primeira vez inferior a 3% e permitirá a Portugal sair do procedimento de défice excessivo e beneficiar de outras oportunidades para apoiar o investimento e promover o crescimento.” António Costa sustenta a confiança nos dados da execução orçamental: “Os resultados em contabilidade nacional para o primeiro trimestre revelam o valor do défice mais baixo desde 2008: 3,2% do PIB em 2016, uma redução de 2,3 pontos percentuais (p.p.) face aos 5,5% em 2015. Esta tendência de melhoria é confirmada pelos dados da Direção Geral do Orçamento (DGO) até maio, que revelam uma melhoria do saldo de 453 milhões de euros, resultante de uma melhoria da receita de 1,6% e de uma estabilização da despesa, que cresceu 0,1%. Aliás, o saldo primário atingiu um valor positivo de quase três mil milhões de euros, numa melhoria de mais de 745 milhões de euros face ao mesmo período de 2015.” O primeiro-ministro salienta que “são estes resultados que nos dão confiança no processo em curso com as instituições europeias relativamente

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03 a eventuais sanções” e adianta que “o Governo tem, desde que entrou em vigor o orçamento, uma almofada de cativações adicionais de 0,2 p.p. do PIB”. Ou seja, há despesas previstas pelo OE que poderão não acontecer para que esse valor (360 milhões de euros) atenue o défice. Estas cativações “são a maior garantia de que as metas serão alcançadas”. António Costa diz que não são medidas adicionais: “Não há um plano B. Este é o nosso plano A, que nos fará sair do procedimento por défice excessivo, tal como nos comprometemos.” O primeiro-ministro lembrou que “o Banco de Portugal revelou que o seu indicador coincidente de atividade económica já suspendeu a dimi-

nuição que registava desde meados de 2015, tendo mesmo revisto em alta os últimos valores publicados”. Também “os números do desemprego e criação de novos empregos revelam sinais de melhoria”, acrescentou. Investimento das empresas está a crescer No domínio do investimento, verifica-se “uma crescente disponibilidade das empresas para investir”, realça Costa. “A realidade que muitos parecem não querer ver é que o investimento das empresas cresceu mais de 13% no primeiro trimestre face ao período homólogo, em termos nominais”, indica. Também “o último inquérito de conjuntura ao investimen-

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06 to, divulgado pelo INE no início de julho, mostra que as empresas perspetivam um crescimento do investimento de 6% em 2016, quando no inquérito anterior (de outubro passado) antecipavam um crescimento de apenas 3,1% para este ano”. Trata-se de “um resultado muito bom com uma duplicação das expetativas de crescimento do investimento, que demonstra confiança das nossas empresas e vontade de investir”, observa. O indicador “é particularmente bom nas empresas exportadoras que, depois de indicarem que em 2015 apenas terão aumentado o investimento em 1,2%, apontam agora para uma estimativa de crescimento de 19,8% em 2016”. Recorde de candidaturas aos fundos do Portugal 2020 A confiança transparece igualmente nas candidaturas aos sistemas de incentivos do Portugal 2020 que registam “recordes históricos”: nos concursos abertos em princípios de 2016 e encerrados em abril e maio tivemos mais de 3.500 candidaturas com um investimento associado de 3 mil milhões de euros. “Os indicadores de investimento mais recentes mostram já uma inversão da tendência decrescente que se registava desde meados de 2015 e registam uma melhoria”, frisa António Costa, testemunhando “o arranque de importantes projetos de investi52 act ualidad€

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mento, seja de investimento direto es- antecipem para 2016 ou assegurem a trangeiro seja de empresas nacionais”. execução nesse ano dos projetos prePara incentivar o investimento, o vistos para outros anos.” Governo criou: “o Fundo Nacional O primeiro-ministro realça tamde Reabilitação Urbana para fomen- bém que foi feito “um importante tar a reabilitação urbana e reanimar esforço para encerrar os pagamentos o setor da construção; o Fundo Azul do QREN, efetuando pagamentos para financiar os investimentos da de quase 500 milhões de euros” deseconomia do mar; o programa nacio- de que tomaram posse. “O Plano nal de regadios, que pretende cobrir 100, que previa pagar 100 milhões 90 mil hectares em todo o país e que de euros nos primeiros 100 dias de Governo, foi plenamente cumprido e o Governo assumiu uma meta mais “Portugal e Espanha ambiciosa de assegurar pagamentos às empresas de 450 milhões de euros movimentaram até final do ano”, observa António quase 40 mil milhões Costa, adiantando que já atingiram os 200 milhões de euros de pagamende euros de fluxos de tos. “Tentámos assim diminuir o hiato entre o encerramento do QREN bens e serviços em e início do Portugal 2020”, para 2015” “apoiar as empresas na materialização dos seus projetos de investimento”. Para promover as exportações devisa levar a outras bacias hidrográ- verá ser aprovado, em setembro, o ficas o sucesso que o país obteve no Programa Internacionalizar. O goAlqueva”. vernante recorda que “as exportações Para garantir a execução dos pro- para a União Europeia estão a crescer jetos foi criada a iniciativa do acele- 3,7% nos primeiros cinco meses do rador do investimento do Portugal ano e para Espanha 4,3%. 2020, explica o governante: “Um meAinda no que diz respeito ao financanismo excecional e temporário de ciamento das empresas e da econoincentivo à antecipação e consolida- mia em geral, António Costa diz que ção de investimento em 2016, seja das o Governo tem estado fortemente empresas seja dos municípios. Esse empenhado na estabilização do setor incentivo é obtido pela majoração da financeiro: “Só um sistema financeitaxa de incentivo ou pela atribuição ro sólido e forte terá capacidade de de recursos adicionais àqueles que financiar a economia e de transmitir


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à economia real as condições únicas a dívida privada”. Neste âmbito, o Governo lançou o proporcionadas pelo BCE. Também aqui importa eliminar a incerteza “Simplex+”, com “mais de 250 medique existe relativamente à real situa- das” destinadas a poupar na burocração do sistema financeiro que mina a cia “para que os recursos de todos seconfiança no setor e a sua capacidade de apoiar o crescimento da economia.” “As empresas O primeiro-ministro diz que “não perspetivam um há hoje novos problemas no sistema financeiro, o que há de novo é a crescimento do verdade com que os problemas que investimento de 6% existiam são assumidos e enfrentados”. O Governo “reconhece que os em 2016, quando no problemas existem, e está cá para os inquérito anterior, resolver”, garante. O desenvolvimento do país, prossede outubro passado, gue António Costa, assenta ainda no antecipavam um Programa Nacional de Reformas, que a Comissão Europeia diz revelar “um crescimento de grau de ambição suficiente para faapenas 3,1% para este zer face aos desequilíbrios excessivos, apresenta medidas relevantes para diano” namizar a competitividade e reduzir

jam aplicados onde mais falta fazem”. Para estimular o empreendedorismo está a ser dinamizado o “Start-Up Portugal”. Em curso está ainda a implementação do Programa “Indústria 4.0”, para apoiar as empresas no sentido de “aproveitar as oportunidades de negócio que vão surgir da nova revolução digital”. António Costa comenta que esta é “a primeira revolução em que os recursos naturais ou a posição geográfica não são condicionantes relevantes e, em que, pelo contrário, os investimentos feitos na qualificação dos portugueses e nas infraestruturas de comunicações constituem vantagens que importa aproveitar”. António Costa considera que estamos “num dos momentos mais desafiantes do processo de construção europeia”. Nesse contexto, “pelos desafios que enfrentamos, a prioridade é hoje, mais do que nunca, criar um AGoSTo de 2016

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clima de confiança” porque “só com do Governo português fez questão que Portugal e Espanha movimentaconfiança se elimina a incerteza e sem de lembrar que “Espanha é hoje o ram “quase 40 mil milhões de euros incerteza as empresas, as famílias e as nosso principal parceiro económico, de fluxos de bens e serviços em 2015”. administrações tomam melhores de- representando mais de 20% das nos- De assinalar que no ano passado os cisões”. sas exportações de bens e serviços, e fluxos de investimento direto estranTrinta anos passados sobre a adesão é origem de mais de 30% das nossas geiro entre os dois países “ascenderam de Portugal e de Espanha à Comu- importações”. a quase dois mil milhões de euros”, nidade Económica Europeia, o chefe O primeiro-ministro apontou ainda acrescentou António Costa. 

01.O primeiro-ministro, António Costa

09. Luís Castro e Almeida, Fernando Teixeira dos Santos e Álvaro Díaz Bild

02.António Costa e embaixador de Espanha Juan Manuel de Barandica

10.Crispin Stilwell, Leonor Sottomayor, Cecilio Oviedo, Caroline Fleetwood, Manuela Barber

03.Guillermo Soler Tavares, Mario Aparicio, Ana Ricart, Mónica Ariza, Julia Llata, David Garrido, José Catarino e Susana Santos 04.António Costa e Elena Aldana 05.Sandra Carvalho e António Costa 06.Borja Iturain, António Costa, Carlos Sosa Fernandez e Eduardo Dequidt 07.Álvaro Díaz Bild, Ruth Breitenfeld e António Costa 08.Nuno Amado, Nuno Ribeiro da Silva, João Marques da Cruz e Celeste Hagatong

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11.António Madureira, Elena Aldana, Ruth Breitenfeld e Luís Osório 12.Nuno Ribeiro da Silva, João Marques da Cruz, Celeste Hagatong e Ángel Vaca 13.Vitor Fernandes, Sandra Carvalho, Miguel Roballo e Luís Castro e Almeida 14.Eduardo Costa, José Aser Castillo, Elsa Luís e Aureliano Neves 15.Estefanía Portillo, Elena Calama e Vitor Meneses Falcão


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Governo quer apostar na Faixa Peninsular

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Eduardo Cabrita, ministro Adjunto, garante que nunca como agora foi tão clara a aposta do Governo no interior e que os rios Minho, Douro, Tejo e Guadiana deverão ser os eixos da união de uma nova visão da cooperação transfronteiriça.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

olítica regional, descentralização, desenvolvimento e cooperação transfronteiriça foram os temas eleitos pelo ministro-adjunto Eduardo Cabrita na sua intervenção num almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), no passado dia 22 de junho, em Lisboa. O governante recordou aos empresários e gestores presentes no evento que “Portugal e Espanha foram dois casos de sucesso no quadro mundial da transição pacífica de regimes autoritários para a democracia” e

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que a entrada para a Comunidade ropeísta, Eduardo Cabrita realçou Económica Europeia, em simul- que Portugal e Espanha mantêm o tâneo, estreitou a relação entre os seu compromisso com a “Europa dois países. “Espanha tornou-se no da integração, do desenvolvimento, quadro da União Europeia no nosso da coesão e da solidariedade”. Reprincipal parceiro comercial”, frisa cordou também que portugueses e Eduardo Cabrita. No primeiro tri- espanhóis passaram por “períodos mestre de 2016, “Espanha recebeu complexos nos últimos anos, por uma quota de 22,5% das exporta- processos de ajustamento, com conções portuguesas, quase 5% mais do sequências sociais negativas”, noque no trimestre homólogo de 2015”. meadamente “níveis de desemprego Por outro lado, “Portugal é um bom que ainda hoje estão muito acima do cliente de Espanha, com uma quota desejável, e que afetam sobretudo os de 7,5%, que nos coloca como um mais frágeis, os mais jovens”. Mais recentemente, o ministro dos seus cinco primeiros clientes”. Reforçando a sua convicção eu- mostrou o seu desagrado face à pos-


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03 sibilidade (entretanto confirmada) de Portugal e Espanha serem sancionadas pela derrapagem do défice. Considera a decisão “absurda por incidir sobre os resultados e as opções do período 2013-15 que a ortodoxia financeira europeia sempre sufragou.” Eduardo Cabrita sublinha o esforço de Portugal e Espanha em “conjugar estratégias de sustentabilidade das finanças públicas com mecanismos de crescimento económico e de reforço da coesão social”. O ministro salienta que “Portugal goza desde há sete meses de um governo que se tem revelado um fator de estabilidade, assente no diálogo social, na redução do conflito social”, mas que está “consciente das dificuldades numa conjuntura marcada pelo anémico desenvolvimento europeu e pela fragilidade de mercados como o Brasil e Angola, que afetam

claramente as perspectivas de desenvolvimento em Portugal”. O ministro reconheceu que “é fundamental que a situação de incerteza política em Espanha seja ultrapassada”, desejando “que haja uma solução de governo estável, que permita aos dois países enfrentar juntos as dificuldades”. Neste quadro, importa destacar desafios como o da descentralização e da cooperação transfronteiriça, sobretudo porque ligam a Espanha regiões do interior de Portugal, “que são as que mais carecem de desenvolvimento”. O ministro considera até que “a fronteira é um conceito ultrapassado e inexistente quer no plano económico, quer social, entre essas regiões vizinhas, entre as regiões do interior de Portugal e de Espanha”. Perante a constatação de que “os modelos de descentralização são

04 totalmente diferentes em toda a Europa”, o governante alerta para a necessidade de encontrarmos o nosso, já que “não é sustentável um modelo de ordenamento de território de regiões, que implica caos administrativo”. Eduardo Cabrita exemplificou com o caso de Abrantes: “Se estivermos a falar de fundos comunitários está integrada na região centro, se estivermos a falar de ordenamento de território e de planeamento urbano reporta à estrutura de coordenação de Lisboa e Vale do Tejo, se estivermos a falar de segurança social reporta a estruturas do Estado que estão em Santarém”. O ministro diz que “é necessário criar consensos e encontrar soluções para isto”, sendo favorável ao modelo das cinco estruturas de base regional, que “é o que reúne historicamente o maior consenso”. A descentralização passa por “uma eleição indireta destas estrutu-

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07 ras, que nos permita ter um quadro de diálogo que hoje todas as regiões espanholas exigem”. O ministro Adjunto do primeiroministro diz que “este caos administrativo não existe em Espanha nem na generalidade dos países europeus” e atribui-o a “uma herança que responsabiliza os governos dos últimos 40 anos”. Eduardo Cabrita informou que o Governo está a percorrer o país para fazer um levantamento dos projetos de intervenção que têm a ver com a cooperação transfronteiriça: “Temos um olhar especificamente sobre o interior. Nunca em Governos anteriores foi tão clara uma aposta tão forte em dois aspetos essenciais da vocação portuguesa, no quadro de valorização do território. Por um lado, uma aposta no mar, que tem a ver com a valorização da nossa fachada Atlântica, e por outro, uma

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aposta na nossa relação com o outro, naquilo que chamamos de fachada peninsular, de centenas de quilómetros. Temos que olhar para o interior não como uma fatalidade, não como zona de abandono, mas como zona de oportunidade.” O ministro salienta que a tecnologia abre essa janela de oprtunidades e lembra investimentos como os da Out Systems em Proença-a-Nova, da Embraer em Évora e da PT na Covilhã. Esta aposta no interior passa pela “unidade de missão para a valorização do interior, diretamente no centro do Governo, em ligação com o primeiro-ministro e com o ministro-adjunto e passa pela identificação de uma zona até 100 quilómetros da fronteira”, revela, aludindo a cerca de “seis milhões de potenciais consumidores e parceiros”. Para o Governante está na hora de mudar a forma como encaramos

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o interior até porque “Bragança é a capital de distrito que está mais próxima do centro da Europa” e “será a cidade portuguesa com melhor ligação à rede europeia de alta-velocidade”, nota. O ministro adjunto do Governo de António Costa assinala que este quadro de oportunidades parte do princípio de que “as cidades interiores estão mais bem colocadas para se relacionarem com Espanha e com os restantes países europeus”. Aliás “a cidade mais interior da Península Ibérica é a mais desenvolvida de todas elas”, diz, acrescentando que “não há maior interioridade que a de Madrid e isso não inibe a sua competitividade”. É neste quadro que o Governo defende a cooperação transfronteiriça, como sucede já hoje entre municípios vizinhos como Caminha, Cerveira, Valença e Vigo, ou entre o nordeste algarvio e a Andaluzia ou

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exemplo de cooperação”. as experiências entre Eurocidades, teiriça 2014-2020”. O Governo quer ver este exemplo como Elvas e Badajoz. “Queremos O programa “mobiliza cerca de que esta micro cooperação seja alar- 290 milhões de euros do FEDER, de cooperação multiplicado em torgada à escala das quatro autonomias para o qual já foram apresentadas no dos quatro rios que partilhamos que partilham connosco fronteira: candidaturas correspondentes a 160 com Espanha: Minho, Douro, Tejo Galiza, Extremadura, Castela e Leão milhões de euros em apoios”. Esses e Guadiana. “Estes rios devem ser ese Andaluzia.” projetos estão a ser avaliados, infor- tradas de desenvolvimento em várias Eduardo Cabrita sustenta que “te- ma o ministro socialista, destacando dimensões (turística, na promoção mos de olhar de forma diferente para o aparecimento de vários “projetos de emprego e do desenvolvimento). os fundos europeus, para a nova de dinamização da região do Alque- Devem ser os eixos da união de uma geração do Interreg, no quadro do va, cuja dimensão energética, turís- nova visão da cooperação transfronprograma de cooperação transfron- tica e agrícola constituem um bom teiriça”, rematou o ministro.  01.O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita

08.Horácio Robalo, Miguel Roballo, Marcos Heitor, Miguel Seco e Miriam Cabezas

02.O embaixador de Espanha, Juan Manuel de Barandica, e Eduardo Cabrita

09.Fernando Mascarenhas, Maria Ardoy, Francisco Contreras, Davinia Granero, Silvana Reis Alvares e Samuel Salgado

03.Ramón Iribarren, Piedad Viñas e António Pires de Lima 04.Eva Mediero, Maribel Vibes, Rosalva Fonseca e Manuela Barber

10.Nuno Guilherme, Enrique Belzuz e Vítor Domingues dos Santos

05.Dirk Robert Cluckes, Leila Nyrop e Jorge Fonseca

11.Eduardo Cabrita, Juan Manuel de Barandica, António Pires de Lima, Ruth Breitenfeld e Horácio Robalo

06.Alfonso Mateo, Jorge Moreira, Antonio Carmona e Francisco Maneiro

12.Abel Lin, Sadayoshi Takagawa e José Barão

07.Celeste Hagatong, Eduardo Cabrita, Juan Manuel de Barandica e António pires de Lima

13.António Martins Víctor, Christian Hermansson, Cecílio Oviedo e Cláudia Veloso 14.José Manuel Henriques, Francisco Dezcallar e Nuno Guilherme

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica em abrandamento

Foto DR

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mais recente síntese económica de conjuntura do INE dá conta de um abrandamento do indicador de atividade económica: de 2,2 pontos em abril, para dois pontos em maio. Por outro lado, verificou-se uma estabilização do indicador que mede o clima económico em junho – nos 1,2 pontos–, após este ter aumentado

nos três meses anteriores. Os resultados da síntese de conjuntura estão influenciados pela desaceleração do consumo privado, pelo abrandamento do investimento (devido à contração nos segmentos material de transporte e construção), bem como por variações negativas no índice de volume de negócios da indústria, serviços e construção.

Portugal com a terceira maior taxa de inflação da Zona Euro

Exportações diminuíram 0,7% e as importações 3,6%

O Eurostat confirmou que a taxa de inflação na Zona Euro voltou, em junho, a terreno positivo, depois de dois meses em queda, com a taxa de inflação a fixar-se nos 0,1%. No grupo dos 19 países que partilham a mesma moeda, Portugal tem a terceira taxa de inflação mais elevada, nos 0,7%. No conjunto dos 28 países da União Europeia, os preços mantiveram-se estáveis, sem oscilações. No entanto, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para que a taxa de inflação, em Portugal, tenha sido ligeiramente inferior à estimada pelo Eurostat, aumentando de 0,3%, em maio, para 0,5%, em junho De acordo com este instituto, o aumento dos preços nos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas foi o que mais contribuiu para a subida da inflação no mês de junho. A contribuir para esta evolução homóloga esteve essencialmente o agrupamento de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, que registou um aumento de 1%.

Em maio deste ano, as exportações de bens diminuíram 0,7% e as importações de bens decresceram 3,6% face a maio de 2015. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 2,2% e as importações 6,8% (respetivamente +1,1% e -0,2% em abril de 2016). O défice da balança comercial de bens diminuiu 164 milhões de euros em maio de 2016 face ao mesmo mês de 2015 e o défice da balança comercial excluindo os combustíveis e lubrificantes aumentou 213 milhões de euros. No trimestre terminado em maio de 2016, as exportações de bens decresceram 2,3% e as importações de bens diminuíram 3,6% face ao período homólogo. O INE salienta ainda que o Reino Unido foi, em 2015, o quarto maior cliente das exportações portuguesas (6,7% do total), tendo-se registado nesse ano um saldo da balança comercial de bens a favor de Portugal (1,5 mil milhões de euros).

Produção na construção desce 0,5% na zona euro em maIo

Criação de empresas do setor têxtil aumentou na última década

O setor da construção registou, em maio, uma descida de 0,5% na produção no espaço da Zona Euro, comparativamente com o período homólogo do ano passado, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat. Na comparação com o mês de abril, ou seja, na variação em cadeia, a quebra atinge os 9,8%. Numa comparação face ao grupo dos 28, a descida no mês de maio foi de 1,1% quanto ao período homólogo e de 0,7% no plano do mês anterior. No caso de Portugal, os dados apontam, respetivamente, para decréscimos de dois e de 0,3%. Hungria (-26,6%), Eslovénia (-21,2%) e Polónia (-13,8%) sofrem as quedas mais evidentes no plano homólogo; Suécia (14,4%), Roménia (7,5%), Espanha (3,1%) e Holanda (2,1%) surgem no plano oposto, registando os números mais positivos, relativos a crescimento, ainda de acordo com os dados compilados pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia.

As exportações contribuíram para um aumento de 7% do volume de negócios do setor têxtil em 2014, ano em que o número de empresas criadas foi também superior ao das que cessaram atividade. De acordo com uma análise setorial da indústria dos têxteis e vestuário realizada pelo Banco de Portugal para o período 2010-2015, o número de empresas em atividade neste setor cresceu 1,9% em 2014 (mais 0,4 pontos percentuais do que o total das empresas), em contraste com a redução verificada em 2010 (6%). Em 2014, foram criadas neste setor 1,35 empresas novas por cada uma que cessou atividade. A indústria dos têxteis e vestuário integrava, nesse ano, 6,5 mil empresas (aproximadamente 2% das empresas em Portugal), representando cerca de 5% do número de pessoas ao serviço e 2% do volume de negócios. Cerca de 60% destas empresas eram microempresas e 39% pequenas e médias empresas. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-mayo de 2016

S

e acaban de hacer públicas las estadísticas oficiales del comercio hispanoportugués referentes al periodo de los cinco primeros meses del año y que recogemos en este apartado de la revista Actualidad Economía Ibérica del mes de agosto. Comparando las cifras de estos cinco primeros meses con igual periodo del año pasado, se detecta un crecimiento del 1,2 % en las ventas españolas al mercado vecino (7.210,7 millones de euros em 2015, frente a los actuales 7.296,5 millones de euros) y una ligera quiebra en las compras (- 1,2%) que corresponde a 4.404,8 millones de euros alcanzados en 2015 frente a los actuales 4.352,9 millones de euros. Respecto al mes anterior, es decir

al mes de abril, tantos las ventas como las compras españolas a Portugal registraron significativos aumentos, 3,2% y 4,2%, respectivamente. Se habrá de indicar que, en dicho periodo, España mantiene un saldo positivo que supera los 2.943,6 millones de euros, que corresponde a una tasa de cobertura del 167,6%. En la distribución geográfica del comercio exterior español en los cinco primeros meses del año, se mantienen básicamente las posiciones tradicionales del mercado portugués, la quinta posición entre los principales clientes de España con un peso relativo del 6,9% y la octava posición entre los principales proveedores de España con un peso relativo del 3,9% sobre el total de las importaciones españolas.

Sobre este respecto, salta a la vista la excesiva dependencia de España de sus principales socios europeos, en este caso de Francia, Alemania e Italia. Este conjunto de tres países representa el 33,4% del comercio exterior español, 35,7% corresponde a las exportaciones españolas y el 31,9% a las importaciones españolas. Por lo que a la distribución sectorial se refiere y recurriendo a la nomenclatura Taric (arancel integrado de la Unión Europea, es una base de datos multilingüe en la que están integradas todas las medidas relacionadas con el arancel aduanero y la legislación comercial y agrícola de la UE) las ventas españolas a su vecino Portugal están encabezadas por la partida vehículos automóviles; tractores (695,3 millones de euros), seguido de máquinas y aparatos mecánicos

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-mayo 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

Cober 15 %

1.265.646,00

754.840,44

510.806

167,67

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

feb

1.465.191,08

827.300,47

637.891

177,11

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

mar

1.561.949,47

932.848,80

629.101

167,44

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

abr

1.477.756,94

899.902,04

577.855

164,21

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

may

1.525.932,63

937.979,01

587.954

162,68

1.485.269,66

936.319,08

548.951

158,63

jun

1.617.427,95

945.815,34

671.613

171,01

jul

1.674.117,52

978.191,32

695.926

171,14

ago

1.265.446,98

757.335,49

508.111

167,09

sep

1.587.123,43

902.605,53

684.518

175,84

oct

1.563.637,65

968.476,56

595.161

161,45

nov

1.524.960,94

932.714,75

592.246

163,50

dic

1.471.544,58

807.681,82

663.863

182,19

17.915.003,09

10.697.623,95

7.217.379

167,47

7.296.476,13

4.352.870,76

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

62 act ualidad€

AGoSTo de 2016

2.943.605

Cober 16 %

VENTAS ESPAÑOLAS 15

ene

Total

Saldo 16

167,62


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-mayo 2016

(489,1 millones de euros), materias plásticas; sus manufacturas (484,2 millones de euros), los aparatos y material eléctricos (392,7 millones de euros), los combustibles, aceites minerales (249 millones de euros) y en la sexta posición la fundición, hierro y acero con una cifra de ventas que supera los 246,1 millones de euros. A su vez, las compras españolas están lideradas por los vehículos automóviles; tractores (531,9 millones de euros), seguido de las materias plásticas; sus manufacturas (288,9 millones de euros), las prendas de vestir, de punto (279,1 millones de euros), las máquinas y aparatos mecánicos (212,0 millones de euros) los muebles, sillas, lámparas (198,9 millones de euros) y en la sexta posición los aparatos y material eléctricos (167,7 millones de euros). Se habrá de destacar que este conjunto de seis sectores representa el 36,4% del comercio hispano portugués. Para finalizar, destacamos en la distribución geográfica del comercio bilateral por CC.AA. el papel de Cataluña como principal región española proveedora a Portugal (1.775,7 millones de euros) y Galicia como principal cliente (786,5 millones de euros). 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

1

001 Francia

16.379.025,32

2

004 Alemania

12.206.507,15

3

005 Italia

8.326.115,20

4

006 Reino Unido

8.305.101,09

5

010 Portugal (d.01/01/86)

7.296.476,13

6

400 Estados Unidos

4.672.502,71

7

003 Países Bajos

3.453.018,55

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

3.184.636,91

9

204 Marruecos

2.832.397,77

10

052 Turquía

2.141.090,17

11

060 Polonia

2.042.667,28

12

720 China

2.018.549,83

13

039 Suiza (d.01/01/95)

1.743.905,80

14

412 México

1.589.194,96

15

208 Argelia

1.242.887,15

16 17 18 19

632 Arabia Saudí 732 Japón 066 Rumanía

1.109.124,70 993.569,20 964.616,77

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-mayo 2016 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

531.906,22

2

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

288.977,83

3

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

279.123,22

4

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

212.048,11

5

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

198.936,11

6

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

167.721,16

7

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

153.567,33

8

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

151.349,29

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

149.164,72

TOTAL

4.352.870,76

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-mayo 2016 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

695.345,21

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

489.065,29

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

484.166,37

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

392.746,95

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

248.996,68

061 República Checa (d.01/01/93)

959.340,98

038 Austria

946.823,10

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

246.128,47

SUBTOTAL

82.407.550,76

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

225.180,91

105.359.927,06

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

207.106,77

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

9

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

205.282,87

TOTAL

7.296.426,13

20

TOTAL

3.Ranking principales países proveedores de España enero-mayo 2016 Orden País 1

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

004 Alemania

15.472.543,61 12.886.093,88

2

001 Francia

3

720 China

9.528.622,81

4

005 Italia

7.335.338,85

5

400 Estados Unidos

5.239.600,50

6

006 Reino Unido

4.675.953,13

7

003 Países Bajos

4.600.659,42

8

010 Portugal (d.01/01/86)

4.352.870,76

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

2.864.129,10

10

204 Marruecos

2.510.877,64

11

052 Turquía

2.123.557,08

12

060 Polonia

2.097.500,39

13

208 Argelia

1.877.916,94

14

061 República Checa (d.01/01/93)

1.727.348,57

15

732 Japón

1.501.939,51

16

664 India

1.454.754,91

17

288 Nigeria

18

039 Suiza (d.01/01/95)

19 20

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-mayo 2016 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 16

1.453.769,08

Cataluña

1.775.744,22

Galicia

786.522,57

1.438.432,11

Madrid, Comunidad de

1.042.009,32

Cataluña

713.319,71

075 Rusia (d.01/01/92)

1.325.846,12

Galicia

982.082,16

Madrid, Comunidad de

626.882,72

007 Irlanda

1.213.930,21

Andalucía

742.874,70

Comunitat Valenciana

438.916,32

SUBTOTAL

85.681.684,62

Comunitat Valenciana

592.508,61

Andalucía

373.525,46

Castilla-La Mancha

428.488,80

Castilla y León

308.955,47

TOTAL

111.881.625,80

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

AGoSTo de 2016

ac t ua l i da d € 63


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas que exporten fruta deshidratada

DP160601

Empresas o distribuidores en el mercado español del ramo sanitario

DP160602

Empresas españolas importadoras/exportadoras de aceite, vino, queso, embutidos, mermeladas y bacalao

DP160603

Empresas españolas que exporten para Portugal

DP160604

Distribuidores españoles de cebolla deshidratada

DP160605

Empresas portuguesas de mediana y gran dimensión operando en España

DP160701

Distribuidores españoles de dispositivos médicos y productos de higiene íntima

DP160702

Empresas en Galicia, Asturias, País Vasco y Cataluña que compren o vendan pescado congelado

DP160703

Mataderos en Salamanca especializados en "picanha maturada"

DP160704

Fabricantes españoles de electrodomésticos y equipos de refrigeración comercial

DP160705

Distribuidores españoles interesados en vender productos alimenticios portugueses

DP160706

Empresa portuguesa de consultoría busca inversores inmobiliarios españoles para varios proyectos en Lisboa

OP160601

Empresa portuguesa fabricante y comercializadora de mobiliario busca socio en España

OP160602

à sua espera

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de plásticos, PVC, resinas e poliuretano

DE160401

Empresas portuguesas do setor têxtil para a confeção de cintos em pele

DE160501

Lares de idosos e residências resort em Portugal

DE160502

Agente de vendas para representar no mercado português produtos de cabeleireiro e estética

DE160503

Fábricas em Portugal que produzam malha em algodão para t-shirts

DE160601

Distribuidores portugueses de alimentos para animais de estimação

DE160602

Fabricantes portugueses de camisas e roupa interior

DE160603

Distribuidores portugueses de produtos de parafarmácia com armazéns próprios

DE160604

Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras ou agentes de vinho branco engarrafado

DE160605

Produtores portugueses de carne de frango, ovino e bovino com certificação Halal

DE160606

Empresas portuguesas do setor do caravanismo/autocaravanismo e campismo

DE160701

Empresa espanhola fabricante de embalagens metálicas procura agente comercial para Portugal

OE160601

Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal

OE160602

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

64 act ualidad€

AGoSTo de 2016


oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

AGoSTo de 2016

ac t ua l i da d â‚Ź 65


calendário fiscal calendario fiscal >

S

T

Q

Q

S

S

D

S

T Q

Q

S

S

D

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Agosto Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração mensal e pagamento do IVA apurado, relativamente às operações efetuadas em junho/2016

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Declaração mensal de remunerações relativa a julho/2016

Entidades empregadoras

15

IVA

Declaração periódica trimestral e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas no segundo trimestre de 2016

Contribuintes do regime normal trimestral

22

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a julho/2016

Entidades empregadoras

22

IRS/ IRC/ Selo

Pagamento das retenções de IRS, IRC e imposto do selo, referente a julho/2016

Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo

22

IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em julho/2016, localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50 mil euros € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em julho/2016

Sujeitos passivos do IVA

Comunicação por: - Por transmissão eletrónica de dados, em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), através do Portal das Finanças - Por recolha direta no Portal das Finanças

31

IRS/IRC

Declaração mod 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em junho de 2016

Entidades pagadoras dos rendimentos

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado noutro Estado membro ou em País terceiro

Sujeitos passivos do IVA (exceto os abrangidos pelo regime de isenção do artº 9º do CIVA, artº 53º ou 60º), que tenham suportado o IVA no estrangeiro no ano de 2015.

66 act ualidad€

AGoSTo de 2016

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


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Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

BE160136

M

INGLÊS

TURISMO

BE160137

F

INGLÊS/ PORTUGUÊS

TÉCNICA COMERCIAL

BE160138

F

INGLÊS

TÉCNICA DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

BE160139

M

INGLÊS/ FRANCÊS

GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

BE160140

F

INGLÊS/ ESPANHOL

COMERCIAL E MARKETING

BE160141

F

83/11/10

PORTUGUÊS/ INGLÊS

GESTÃO FINANCEIRA

BE160142

F

84/09/25

INGLÊS/ PORTUGUÊS

JORNALISMO

BE160143

M

90/02/23

BE160144

M

BE160145

F

BE160146

M

BE160147

F

BE160148

M

BE160149

M

Data de Nascimento Línguas

75/01/17 89/05/28

Área de Atividade

INGLÊS/ VALENCIANO

ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

MARKETING / RELAÇÕES PÚBLICAS / CONSULTORIA

INGLÊS

LOGÍSTICA

ESPANHOL/ INGLÊS

ADMINISTRATIVO/ TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO

INGLÊS

MARKETING DIGITAL

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

JORNALISMO

INGLÊS

ADMINISTRATIVO

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n o vA eGm o bS rT o d e 2 0 1 6 4

ac t ua l i da d € 67


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Lusitania, los confines de la tierra que dieron origen a dos pueblos El Museo Arqueológico Nacional de Madrid acoge más de 200 piezas que muestran parte de la herencia de la Lusitania romana. Entre ellas se encuentran 16 tesoros nacionales del Estado portugués.

L

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a exposición “Lusitania romana. Origen de dos pueblos/ Lusitânia romana, origem de dois povos” llega a Madrid procedente de Mérida y Lisboa para mostrar en la capital española el legado de la provincia Lusitania durante el Imperio romano. Lusitania fue la provincia más occidental del vasto dominio imperial, territorio que hoy ocupan Portugal, Extremadura y la Andalucía atlántica. Parte de esa herencia, todavía muy desconocida, se muestra gracias a una iniciativa en la que participan trece instituciones portuguesas y tres españolas con especial 68 act ualidad€

AGoSTo de 2016

aportación del Museu Nacional de Arqueologia (MNA) de Lisboa y del Museo Nacional de Arte Romano (MNAR) de Mérida que prestan para esta ocasión un centenar de sus mejores fondos. Una exposición que estará abierta al público hasta el 16 de octubre, con entrada gratuita. Lusitania es la protagonista de esta muestra que incorpora 14 nuevas piezas en relación a las dos exhibiciones anteriores. En solo dos siglos este territorio comenzó a representar el éxito de la civilización romana pero sigue siendo la provincia más desconocida de Hispania. “Lusitania se integra en la civilización romana. Roma reparó en ella por la riqueza

de sus recursos naturales”, explica José María Álvarez Martínez, director del Museo Nacional de Arte Romano de Mérida y uno de los cuatro comisarios de la exposición. Antonio Carvalho, director del Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa, otro de los comisarios, destaca la existencia de “piezas únicas a la escala de Roma con una importancia


espacio de ocio

increíble como es la inscripción de un reloj de sol o de agua, no sabemos”, que procede de Idanha-a-Velha. “Es una pieza fundamental para romanizar el territorio. Un regalo de un romano que se debía colocar en un lugar público para contar el tiempo con la hora romana”. La exposición está dividida en nueve apartados y el recorrido a través de todos ellos permite entender mejor la vida de los lusitanos durante casi ocho siglos. “No estamos hablando de España ni de Portugal sino de Lusitania, y esa ha sido nuestra preocupación al concebir la exposición. Hemos pensado en conjunto, buscando lo mejor”, aclara Antonio Carvalho. Dicho recorrido comienza en los años anteriores a la llegada de los romanos, con una monumental estatua en granito del guerrero lusitano de más de dos metros de altura, de la zona de Boticas (Vila Real). Es la primera vez que esta obra sale de Portugal. “Se cree que se colocaban en zonas de control del territorio y tenían un impacto visual grande. Estaban pintados”, explica Trinidad Nogales, del Museo de Arte Romano de Mérida y comisaria de la muestra. También aparecen armas de los indígenas y una pieza única de gran valor, la inscripción de Arronches (Portalegre), uno de los únicos seis textos redactados en lusitano que se conservan en la actualidad. “En

esta inscripción hablan de prácticas religiosas y de rituales indígenas. Utiliza caracteres latinos pero la fonética es lusitana”, añade el profesor Carlos Fabião, de la Universidad de Lisboa y el cuarto comisario. Entre las piezas más destacadas encontramos también los frescos de la Casa de Medusa, de Alter do Chão, los brazos de bronce monumental de Campo Maior, el sarcófago de las Estaciones del Museu Nacional Soares dos Reis, un conjunto de bronces provenientes de Torre de Palma, de la colección del Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa y la cabeza de Galieno, del Museu Municipal de Lagos. Tal y como recuerdan los comisarios, Augusto fundó Augusta Emerita (Mérida) una vez asentados los romanos, alrededor del 25 d.C. Allí se quedaron los eméritos del emperador, los veteranos de las guerras que disfrutaban de privilegios como recompensa. Fue un lugar deseado para exilio y la represalia y se convirtió en la población más importante de la fachada occidental del

espaço de lazer

Imperio y en la primera capital efectiva de la Península Ibérica después de la reforma administrativa de Diocleciano. Se establecen reglas y clientelas, de las que hablan muchas inscripciones como los pactos de hospitalidad, y se construyen las arterias de la nueva civilización, leyes y calzadas. Se colocan piedras miliares y estelas funerarias que son reflejo de una sociedad compleja y mestiza unida en su cúspide por la ciudadanía romana. El año 476 d.C. es la fecha simbólica para señalar la caída del Imperio Romano que supuso una lenta transformación de os pueblos de Lusitania. Posteriormente, sin un poder centralizado, se produce una evolución diferente dentro del mismo territorio. Para el profesor Carlos Fabião en la Península Ibérica se puede apreciar todavía la influencia de estos pueblos, “desde la tradición familiar hasta el derecho”. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 AGoSTo Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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Revista

Lisboa inspira edição da Egoísta

Será Lisboa uma mulher, vestida de corvo? A sugestão é uma leitura possível da capa da mais recente edição da revista Egoísta, dedicada a Lisboa. Sugestão corroborada pelo editorial de Mário Assis Ferreira, diretor da revista: “Como te abordar, Lisboa? Não nasci em ti, adotaste-me sem eu te pertencer e pertences-me sem o saber. Afinal, és a moldura em que encaixilhei o retrato da minha vida… Reparti-me pelo mundo, na ambição de a ti fugir, na ânsia de a ti regressar. E vivote tal como és: qual presépio alcandorado em sete colinas; qual cidade navegante derramada sobre o Tejo; qual devaneio cromático no azul desse teu céu fundido com o casario, em cintilações rosáceas. Conheço-te, também, nua de enleios: quando a noite fica cega e as tuas sombras são, da cidade rosa, a escura face. Essa, a outra Lisboa que eu amo e desamo”.

A comemorar 60 anos, a Fundação Calouste Gulbenkian Curadoria, exibe atualmente a mostra “Linhas do tempo– As Coleções Gulbenkian. Caminhos Contemporâneos””, que propõe “um encontro das coleções da Fundação Gulbenkian: a Coleção do Fundador, adquirida por Calouste Sarkis Gulbenkian até 1955, e a Coleção Moderna, constituída após a sua morte e formada por obras do século XX até aos nossos dias. A exposição tem a curadoria de Penelope Curtis, João Carvalho Dias e Patrícia Rosas Prior e parte da data âncora – 1956, ano da criação da Fundação Gulbenkian, avançando e recuando “de modo a estabelecer uma linha de tempo (1896-2016) onde as pontes, os encontros, as datas e as circunstâncias artísticas e históricas das coleções se vão manifestando”, explica a Gulbenkian, em comunicado. No mesmo texto sublinha-se que “neste arco temporal, as ligações entre as duas coleções conduzem a descobertas surpreendentes, revelando associações inéditas que se vão sucedendo nos vários núcleos temáticos que compõem a exposição”. No ano de 1896 acontece “a primeira aquisição documentada de Calouste Gulbenkian: um conjunto de moedas gregas, o primeiro passo de uma coleção que foi crescendo em várias direções, tendo como critério a excelência – only the best, nas palavras do fundador”. Na galeria principal da sede da fundação, podemos percorrer cerca de 150 obras das duas coleções, “muitas delas nunca mostradas publicamente, e outras arrancadas ao seu espaço habitual nas galerias”. Isto para colocar em diálogo peças produzidas num intervalo de tempo que vai do século XVIII ao século XX: “Juntas, contam pequenas histórias, algumas improváveis, sobre duas coleções, postas, não em sossego, mas num fecundo diálogo. A exposição irá também propor um olhar diferente sobre o modo como normalmente as coleções são encaradas, realçando, por um lado, a modernidade do fundador e, por outro, a natureza histórica da coleção moderna.” Oportunidade para ver obras de artistas como Almada Negreiros, Lourdes Castro, Pedro Cabrita Reis, Daciano da Costa, Pablo Gargallo, Arshile Gorky, David Annesley, Jean Antoine Hudon, René Lalique, entre outros.

Até 2 de janeiro de 2017, no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa

Música

… e mais um “Jazz em Agosto”

A publicação da Estoril Sol inspirou-se na capital portuguesa, disponibilizando “uma criteriosa seleção de textos e de imagens sobre a cidade”. Este número dá ainda destaque ao “expressivo êxito registado pelo Casino Lisboa, desde a sua inauguração, há 10 anos”, exibindo “um singular portefólio de imagens”. Em comunicado, a Estoril Sol explica que “o novo espaço de lazer, jogo, animação, espetáculo e gastronomia nasceu no antigo Pavilhão do Futuro” e que “é, hoje, um ícone da zona oriental da cidade”.

70 act ualidad€

AGoSTo de 2016

Catorze concertos, três documentários, duas conferências e a apresentação de um livro preenchem a 33ª edição do festival Jazz em Agosto A decorrer entre os dias 4 e 14 deste mês, o “Jazz em Agosto 2016” faz do anfiteatro dos jardins Gulbenkian palco de 11 dos 14 concertos. Os restantes três realizam-se na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna. A abrir o espetáculo do guitarrista Marc Ribot (dia 4), com o projecto The Young Philadelphians, e com a participação do Lisbon String Trio. No dia seguinte, Marc Ribot toca durante a projeção do filme Shadows Choose Their Horrors . Destaque para a atuação de Tim Berne com os Snakeoil e para o concerto diálogo de Evan Parker com David Toop sobre músicas antigas e em ameaça de extinção. Pelo festival passam também o trompetista Peter Evans, a Eve Risser White Desert Orchestra, o projeto Tetterapadequ, o quarteto Petite Moutarde, o projeto Tuba and Drums Double Duo, em estreia, os Ava Mendoza Unnatural Ways, também em estreia, a Electric Ascension live at Guelph Jazz Festival 2012, os Z-Country Paradise, o baterista norueguês Paal Nilssen-Love a solo, o projeto Thomas De Pourquery Supersonic e no último dia, a solo,


espacio de ocio Frank Gratkowski e o concerto final com Paal Nilssen-Love Large Unit.

De 4 a 14 de agosto, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa

Luís Represas, Pedro Abrunhosa, Clã e Deolinda no Casino Estoril

O ciclo “Grandes Concertos no Casino” aposta em nomes fortes da música portuguesa para animar as noites de agosto. Assim, no dia 4, “Luís Represas reencontra-se, novamente, com os visitantes do Casino Estoril para interpretar temas que marcaram diferentes épocas da sua carreira. No dia 11 é a vez de Pedro Abrunhosa e dos Comité Caviar, que trazem ao Lounge do Casino o trabalho “Contramão”. O mesmo palco será habitado pelos Clã , no dia 18, que desfilarão os temas de “Corrente”, o seu mais recente álbum. Por último, no dia 25, atuam os Deolinda, dando protagonismo ao seu novo disco: “Outras histórias”, que conta com a participação de outros músicos portugueses, como Manel Cruz, dos Ornatos Violeta, e Riot, dos Buraka Som Sistema.

Em agosto, no Casino do Estoril

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Teatro

“As Vedetas” no palco do São Jorge

Sofia Arruda e Joana Alvarenga são “As Vedetas” de serviço na comédia do dramaturgo francês Lucien Lambert. A peça é encenada por Paulo Sousa Costa, a partir da tradução de Catarina Ribeiro, e produzida pela Yellow Star Company, em colaboração com o Cinema São Jorge. A partir do mote “There’s no Business Like Show Business”, duas atrizes de cinema debatem-se com as dificuldades do meio artístico e com as vicissicitudes das suas próprias vidas: “Simone e Sylvie são atrizes e, aparentemente, as melhores amigas do mundo. Uma é loira, a outra é morena, mas têm vários pontos em comum: a profissão, a ambição desmedida de um dia serem famosas, e o amante... ainda que Simone não desconfie que partilha o mesmo homem, na mesma cama - a sua - com Sylvie que, por sinal, é casada.”

Até 28 de agosto, no Cinema São Jorge, em Lisboa

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Chaves ganha um museu de Siza Vieira para Nadir Afonso Foi inaugurado no passado mês de julho o novo Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves. O espaço desenhado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, e que é em si mesmo justificação para uma visita, abriu com a mostra “Nadir Afonso - Chaves para uma obra”, que reúne peças de 35 dos 70 anos de trabalho do pintor flaviense. “Ativo como pintor a partir de 1938, e expondo ao longo de toda a vida até 2013, ano da sua morte, Nadir realizou uma obra exemplar que merecia o maior reconhecimento logo no fim da década de 40, quando o artista partiu para Paris e rapidamente integrou as vanguardas artísticas parisienses do pós-guerra”, recorda Bernardo Pinto de Almeida, curador desta exposição, que inaugura o museu. 0 historiador de arte e professor catedrático da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto lembra que Nadir Afonso expôs ao lado de Marcel Duchamp, Jean Arp ou Alexander Calder, e que era companheiro de artistas como Vasarely, Pol Bury e Dewasne, tendo também trabalhado com os arquitetos Le Corbusier e Oscar Niemeyer. “A obra de Nadir dialogou, assim, quer com a abstração geométrica europeia, quer com o neo-concretismo brasileiro, de que foi contemporâneo, depois de ter iniciado a sua aventura abstrata em meados da década de 40, com obras que, em certa medida, anteciparam questões levantadas, alguns anos depois, pelos primeiros artistas do expressionismo abstrato americano, com Hoffman ou Adolf Gotlieb”, assinala o curador.

O novo museu custou oito milhões de euros e promete agitar a vida cultural da cidade transmontana de Chaves, ao acolher o espólio do artista, que se notabilizou na pintura modernista, na arquitetura e na filosofia. Além de várias salas destinadas a exposições permanentes e temporárias (alusivas a Nadir Afonso e a artistas que com ele conviveram ou que de alguma forma foram influenciados pela sua produção artística), o museu dispõe de um auditório com capacidade para 100 pessoas, um arquivo, uma biblioteca, cafetaria, loja e o designado atelier do Mestre Nadir Afonso, (projetado quando o pintor ainda estava vivo), cuja função será repensada. O museu localiza-se numa reserva agrícola e ecológica, na margem do rio Tâmega. A vista sobre o rio mereceu especial cuidado de Siza ao desenhar uma generosa janela de 40 metros.

Até outubro (a exposição), no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves AGO O de 2016 oSTo

ac t ua l i da d € 71


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Aos 80 anos, o Gambrinus quer chegar aos 100, “com a mesma saúde”

Fundado por um alemão e um galego, o Gambrinus assinalou em julho o seu octagésimo aniversário. Ana Seoane, a gerente deste clássico da restauração de luxo lisboeta, garante que a longevidade assenta em não mudar o essencial: a qualidade do produto e a excelência do serviço. Empenhado em atingir um século, o Gambrinus vai continuar a servir à mesa e à barra, todos os dias, até à uma e meia da manhã.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

na Seoane recorda-se dos desenhos feitos de peixe e marisco que todos os dias mudavam na montra do Gambrinus, quando, ainda criança, visitava o pai, Armindo Seoane, um dos sócios do restaurante. Na altura não sabia que mais tarde se iria tornar gerente deste carismático espaço de restauração da Baixa de Lisboa, implementando no Gambrinus muito do que aprendeu no curso de comunicação que fez na Galiza. Por essa altura, Dário Afonso já era funcionário do Gambrinus, onde começara a trabalhar como “mandarete” em 1964, numa altura “em que era muito difícil para um português trabalhar num dos vários restaurantes detidos por 72 act ualidad€

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galegos em Lisboa”. Também não sabia que em 1999 se tornaria sócio do restaurante e que sopraria as suas 80 velas, com o orgulho de motivar “mais de 50 funcionários a trabalhar com amor”. Dário Afonso sabe que é na qualidade da equipa que assenta o sucesso do restaurante: “As pessoas quando entram no Gambrinus têm que sentir que são bem recebidas, que gostamos de as ter cá. É preciso sorrir-lhes, ter a postura correta, saber falar com elas, saber servir. É um trabalho que exige uma sensibilidade especial e muita formação. Um restaurante é como um palco e quem está no palco somos nós. O público tem que gostar de tudo o que vê.” Todos estes ingredientes são tão im-

portantes como os que chegam à mesa. Nesse capítulo, o Gambrinus também não faz concessões, assegura Ana Seoane: “Só usamos os melhores produtos.” Quem trata deles é o chefe Carlos Oliveira, à frente da equipa de cozinha do Gambrinus desde 1998: “Trabalhar aqui tem sido uma experiência fantástica. O mais aliciante é o reconhecimento do nosso trabalho por parte dos clientes.” Apaixonado pela profissão, o chefe sabe despertar a gula quando fala do prazer que tem em cozinhar uma lampreia à Bordalesa, desde que chega à cozinha viva; ou do “trabalhoso” robalo à Belavista, que é servido frio com três saladas diferentes (arroz, batata e russa), bem como com gelatinas de peixe; ou


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das centenas de croquetes que faz e frita por dia, apontados por muitos como “os melhores de Lisboa”. Além destes pratos, o Gambrinus, que tomou como máxima a expressão “tudo o que o mar nos dá”, é célebre pela sua parrilhada de marisco, pela cataplana, pelo empadão de perdiz, entre outros pratos, alguns, na carta há décadas. É o caso do único prato alemão que subsiste: o “eisbein com choucrutte”, que tem como ingrediente principal o joelho de porco e que é prato do dia à quinta-feira. Ana Seoane assinala que as sobremesas também não ficam atrás em qualidade e tradição. Na carta figuram os crepes Suzette, o pudim Abade de Priscos, o toucinho do céu, o soufflé de baunilha e o incontornável queijo da Serra da Estrela. O chefe Carlos Oliveira e os gerentes Ana Seoane e Dário Afonso pensam já em festejar os 100 anos do Gambrinus. “Queremos que o restaurante chegue aos 100 com a mesma saúde que tem hoje”, deseja Ana Seoane. Em 80 anos, assinalados no passado dia 14 de julho, o Gambrinus conheceu o tempo da contabilidade feita à mão, mas soube beneficiar com os avanços da tecnologia. Conheceu também diferentes donos: fundado em 1936 pelo alemão Hans Schwitalla e pelo seu genro, o galego Claudino Sobral, o Gambrinus vê alargada a sociedade, em 1960, a Armindo Seoane, Fernando Teixeira e Jaime Dominguez. Quatro anos depois, o espaço é totalmente remodelado e ganha estatuto de luxo. Entre outras comodidades, é de destacar que o Gambrinus possui garagem privado. Remodelação e decoração por Maurício de Vasconcelos A remodelação e decoração do Gambrinus foi da responsabilidade do arquiteto Maurício de Vasconcelos, que desenhou candeeiros exclusivos, todo o mobiliário e uma generosa lareira em granito português. Entre as louças, destaque para o serviço de porcelana da Companhia das Índias e para a máqui-

na balão, onde o café se faz lentamente e à mesa dos clientes. A homenagear o nome do restaurante, homónimo do rei da Flandres e Brabante, patrono dos cervejeiros, foram encomendados dois vitrais a Sá Nogueira, também autor do desenho da gigante tapeçaria, feita pela Fábrica de Portalegre, que representa “as quatro estações” e cobre parte de um das paredes da maior sala de refeições do Gambrinus. A estética mantém-se até hoje, apesar do incêndio que o restaurante sofreu em 2005, afetando sobretudo a sala grande. “Reconstruímos o que foi estragado e fizemos questão de manter tudo igual”, conta Ana Seoane. Foram novamente feitas as necessárias paredes de madeira trabalhada artesanalmente, as cadeiras de madeira, revestidas a couro gravado

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com o logótipo do restaurante. Além da sala grande, o Gambrinus possui também uma sala mais pequena, “discreta e acolhedora”, onde brilham quadros de Jorge Pinheiro e Espiga Pinto, bem como a sala do bar ou da barra, que mantém o chão de mármore de Estremoz. Ao longo do balcão também se servem refeições, aos clientes que queiram sentar-se num dos 12 bancos de couro e madeira. Por estas salas têm passado protagonistas da política, da economia, do desporto e da cultura, quer portugueses, quer estrangeiros. Ana Seoane comenta que o Gambrinus tem “merecido a escolha de uma clientela fiel”, que “reconhece a qualidade do serviço e do produto”. Características que se mantém há 80 anos e que alicerçam a confiança da gerência em atingir os 100. 

Restaurante Gambrinus Portas de Santo Antão, nº23, Lisboa Tel. 21 342 1466 E-mail: info@gambrinuslisboa.com

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Statements Para pensar

“Hoje, a Zona Euro está abaixo do que estava na altura comparável da Grande Depressão. O que aconteceu foi que em vez de afundar muito e depois recuperar gradualmente, a Zona Euro caiu menos, mas depois manteve-se estagnada. A Europa está a ficar para trás, mesmo usando os standards muito baixos de 1930” Barry Eichengreen, professor da Universidade da Califórnia, “Jornal de Negócios”, 6/7/16

“Em termos do desempenho do PIB agregado, sim, é pior [a crise atual é pior do que a dos anos 30 do século passado]. A estrutura da economia é diferente, por isso, as pessoas não estão a passar fome como na altura, e os desempregados têm apoio público (...) a Europa parece fazer apenas o suficiente para se manter, para evitar o colapso, mas não o suficiente para aumentar o PIB e os preços” Idem, ibidem

“O país tem de fazer mais e melhor para captar investimento” Ângelo Ramalho, CEO da Efacec, “Negócios.pt”, 18/7/16

“Os gestores precisam de novas ferramentas (...) Chamamos a isso o paradoxo da escolha. Ou seja, quanto maior o leque das escolhas mais as pessoas têm dificuldade em escolher. Agora, se houver uma ferramenta que ajude a dizer qual a decisão mais adequada perante uma escolha muito complexa, tudo muda”

Luís Filipe Lages, docente da Nova SBE, sobre novas soluções informáticas de apoio à gestão desenvolvidas por esta universidade, “OJE”, 1/7/16

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