Actualidade Economia Ibérica - nº 235

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Actualidad

Economia ibérica janeiro 2017 ( mensal ) | N.º 235 | 2,5 € (cont.)

Portugal e Espanha

mais próximos PÁG. 38

Grupo BC volta a crescer, com menor dependência do crédito hipotecário pág.08

Cross Logistics desenvolve soluções inovadoras para a logística pág. 20

“Consolidar o governo da Zona Euro é o grande desafio da Europa” pág.52


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Índice

índice

Foto: Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República

Nº235 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Vítor Fernandes e Rui Miguel Nabeiro Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Carlos Sánchez-de la Flor (estagiário), Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy desk: Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro

Grande Tema

Visita do rei de Espanha reforça relações com Portugal

quer consolidar22. Endesa se como comercializador de energia em Portugal

38.

Editorial 04.

Paginação: Sandra Marina Guerreiro

A lenta recuperação da economia nacional

Colaboraram neste número: Lídia Ribeiro Silvestre e Nuno Ramos Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins Distribuição: Distrinews II, SA Rua 1º Maio – Centro Empresarial da Granja - Junqueira 2625-717 Vialonga Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787

O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org

Opinião 44.

- Lídia Ribeiro Silvestre

Atualidade 24.

La externalización de procesos y servicios de las empresas ayudan a su crecimiento e internacionalización

26.

La moda “low cost” que triunfa en España llega al mercado portugués

28.

La red de cámaras de comercio apoyará con 17,04 millones de euros a las pymes exportadoras

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Câmara de Comércio e Indústria

Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (I)

E mais...

08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 30.Marketing 34.Fazer Bem 36.Ciência e tecnologia 44. Advocacia 48. Setor Imobiliário 52.Eventos 58.Vinhos & Gourmet 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Oportunidades de Negócio 66.Calendário Fiscal 67.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

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A lenta recuperação da economia nacional

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melhoria gradual da situação do mercado de trabalho”. No entanto, a recuperação da economia portuguesa enfrenta diversas ameaças e constrangimentos, quer a nível interno, como no cenário macroeconómico internacional, que podem afetar a retoma prevista pelo Governo e pelo Banco Central. Ou seja, os portugueses não podem estar totalmente tranquilos em relação aos tempos futuros. É neste cenário de relativo otimismo que os agentes económicos têm planeado a sua atividade. Na edição deste mês da Actualidad€, conheça os planos de crescimento do Grupo BC em Portugal, através de uma entrevista com a sua nova diretora geral, Sandra de Carvalho Dias. A visita ofical do rei de Espanha e da rainha Letizia a Portugal, a primeira enquanto monarcas, foi um dos acontecimentos marcantes do final do ano, e de grande importância para as relações bilaterais, que pode ler em detalhe no “Tema de Capa”.  Foto Sandra Marina Guerreiro

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economia nacional continua a dar sinais de melhoria, mas ainda muito incipiente. Apesar do crescimento do PIB de 0,8% no terceiro trimestre e das previsões do Banco de Portugal, de que a economia portuguesa cresça 1,2% em 2016, e 1,4% em 2017 e 1,5% em 2018 e 2019, esta evolução será, no entanto, insuficente para cobrir a queda do PIB nos anos da crise. Embora as projeções do Banco Central apontem para um crescimento moderado, a melhor notícia é a relativa às componentes que o Banco de Portugal prevê que irão contribuir mais para esse crescimento, e que são as exportações e o investimento. Tal significa um ”padrão compatível com uma recuperação mais sustentada da economia portuguesa”, de acordo com a mesma instituição, que elogia assim o modelo económico do atual Governo. Assim, na ótica do investimento, depois de afundar 1,7% em 2016, este recuperará e subirá acima dos 4% até 2019, antecipa o Banco de Portugal, superando assim as próprias previsões do executivo liderado por António Costa. Também do lado das exportações, após terem sofrido uma desaceleração no último ano, deverão voltar a registar uma aceleração no seu crescimento até 2019 e são mais dinâmicas que a procura externa. Ou seja, o Banco Central projeta uma aceleração das exportações líquidas totais (sem as importações) de 3,7 em 2016 para 4,8% este ano, mantendo-se na casa

O Banco de Portugal projeta um crescimento continuado do PIB, de 1,2% em 2016, até 1,5% em 2019, sustentado pelas exportações e pelo investimento dos 4% nos próximos três anos. Por outro lado, os exportadores continuarão a ganhar quota de mercado aos restantes concorrentes. Outro dado positivo apontado pelo Banco de Portugal é que Portugal mantém capacidade de financiamento com as contas externas a manterem-se positivas e são projetadas reduções do endividamento do setor privado. Além disso, o supervisor da banca portuguesa salienta o facto da retoma agora prevista ser “acompanhada por uma continuação da

Email: actualidade@ccile.org

CORREÇÃO: Na última edição, na página 61, a foto número 12 está incorretamente legendada. De facto, os intervenientes da foto eram, da esquerda para a direita, Miguel Bernal, Maria Lídia Sequeira, Luís Bento dos Santos e Paulo Silva. Aos visados e aos leitores, as nossas desculpas pelo lapso.


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Novo modelo de relatório de auditoria

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m resultado das alterações que têm vindo a ocorrer no ambiente legal relativo ao exercício da atividade de auditoria/ revisão legal das contas, a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC) publicou, recentemente, regulamentação alterando o modelo de Relatório de Auditoria/ Revisão Legal das Contas anteriormente em vigor. O novo modelo irá exigir, quer ao auditor/ revisor oficial de contas (ROC), quer aos seus clientes, as entidades auditadas/ certificadas e aos utentes das Demonstrações Financeiras a capacidade de compreenderem o novo ambiente regulatório e o novo conteúdo dos documentos em questão. A nova regulamentação requer e exige, que no seu Relatório, o auditor/ ROC tenha a obrigação de abordar os seguintes temas: (i) matérias relevantes de auditoria; e (ii) aplicação do princípio da continuidade. O auditor/ ROC tem de reportar as matérias relevantes de auditoria, sendo estas, as que, no seu julgamento profissional, tiveram maior importância na auditoria das demonstrações financeiras. O auditor/ ROC deverá, também, caracterizar as seguintes matérias como suporte à opinião de auditoria: (i) uma descrição dos riscos de distorção material mais significativos identificados, incluindo os riscos identificados de distorção material devido a fraude; (ii) uma síntese da resposta que o auditor deu aos riscos de distorção material avaliados; e (iii) se relevante,

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as observações fundamentais que possam ter surgido em relação a esses riscos. Trata-se de uma alteração profunda face ao modelo de relato até aqui seguido. Com efeitos, já nos documentos emitidos respeitantes às demonstrações financeiras relativas aos períodos findos em 2016, o auditor/ ROC deverá, obrigatoriamente, reportar sobre a avaliação dos riscos de distorção material identificados, incluindo o risco de fraude, e o trabalho desenvolvido para mitigar esses riscos e eventuais situações nas quais tais riscos não foram mitigados. Tal irá expor aspetos críticos ao nível do negócio, da estratégia e da organização da entidade auditada/ certificada aumentando o potencial de conf litualidade entre o auditor/ revisor e o seu cliente. De igual modo, tal poderá ser interpretado de forma incorreta pelos utilizadores das Demonstrações Financeiras, em particular as entidades bancárias e outros financiadores. De acordo com o normativo vigente é da responsabilidade do auditor/ ROC, aquando do planeamento do seu trabalho, efetuar uma adequada identificação e avaliação dos riscos de distorção, materialmente relevantes, no domínio das Demonstrações Financeiras das entidades auditadas/ certificadas. Para poder realizar uma adequada identificação e avaliação dos riscos o auditor/ ROC tem, necessariamente, de obter o adequado conhecimento: (i) do negócio do seu cliente; (ii) do sistema de controlo interno

Por António Gonçalves*

da entidade e (iii) dos seus sistemas contabilísticos. O auditor/ ROC terá de executar um conjunto de procedimentos, nomeadamente indagações e análises que lhe permitam realizar, de forma adequada, o planeamento do seu trabalho. Tipicamente, deste processo resulta a identificação, dos riscos relacionados com o negócio da entidade e, das lacunas do seu sistema de controlo interno. O facto do novo normativo obrigar, o auditor/ ROC, a reportar estes riscos irá, por um lado, tornar o relato produzido mais transparente, mas, por outro, permitirá identificar questões significativas associadas às opções estratégicas da entidade designadamente, as questões relacionadas com o seu posicionamento e modelo de gestão do negócio e as deficiências do sistema de controlo interno, que poderão, porventura, ser mal interpretadas pelos leitores do Relatório de Auditoria / Certificação Legal das Contas. Acresce, ao anteriormente referido, a obrigatoriedade de o auditor/ ROC incluir no seu relato a sua avaliação respeitante a eventuais riscos de fraude. Trata-se de um tema sensível que exigirá, do profissional, um adequado julgamento e uma cuidada ref lexão das situações objeto de divulgação e, dos responsáveis do órgão de gestão da entidade a capacidade de entendimento e compreensão dos objetivos visados pelo relato realizado e dos utentes das Demonstrações Financeiras a devida ponderação nas suas análises.


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De igual modo, o auditor/ ROC uma dada entidade, não decorre Nos tempos mais próximos, enterá a obrigação de relatar a exis- da sua vontade ou atuação. quanto não existir benchmark tência de quaisquer situações que Assim, é essencial que seja rea- nesta matéria, enquanto a copossam colocar em causa a apli- lizado um processo de divulga- munidade de prof issionais não cabilidade do princípio da conti- ção destas alterações de modo a for consolidando uma prática, é nuidade das operações. permitir aos diferentes agentes expectável a existência de aborCompete ao auditor/ ROC pro- compreenderem o porquê das al- dagens distintas pelas diferentes ceder à avaliação se existe algum terações introduzidas no modelo f irmas de auditoria, uma com condicionamento, limitação, à de relato e que os mesmos sejam maior detalhe da informação aplicabilidade do princípio da capazes de realizar uma adequada prestada nestas matérias, outras, continuidade das operações e leitura do relato produzido pelos eventualmente, mais sintéticas, caso tal aconteça, avaliar se os auditores/ ROC. até que seja possível, pela expeprincípios adotados na elaborariência e o tempo, implementação das Demonstrações Finanrem-se práticas mais comumente “Exige-se a todos ceiras são adequados. Trata-se de aceites nesta matéria. uma área de elevado julgamento Consequentemente, exige-se a os intervenientes e que motivará, certamente, potodos os inter venientes o exercío exercício de sições distintas da parte do aucio de bom senso na abordagem ditor/ ROC e do seu cliente em deste tema, nomeadamente: bom senso na muitas situações. - aos auditores/ ROC, bom senabordagem deste Existem muitas situações, que so na divulgação dos riscos se consubstanciam em questões, que são efetivamente riscos de tema, nomeadamente cuja aplicabilidade do princípio distorção material, incluindo o aos auditores/ ROC, da continuidade das operações risco de fraude; é consensual e pacífica, sendo aos responsáveis do órgão de aos responsáveis do - gestão o relato, nestas situações, iguala capacidade de entenórgão de gestão da mente, pacífico. Contudo, exisderem que existirão aspetos tem, também, inúmeras situações que, obrigatoriamente, o audientidade auditada e tor/ ROC terá de incluir no seu em que o julgamento efetuado ainda aos utilizadores Relatório de Auditoria/ Certif ipelo auditor/ ROC será distinto cação Legal das Contas, ainda do realizado pelos responsáveis das Demonstrações do Órgão de Gestão competindo que as mesmas sejam sensíveis Financeiras, em para a entidade; aquele profissional reportar as si- aos utilizadores das Demonstratuações, que no seu entendimenparticular os ções Financeiras, em particular to, poderão colocar em questão analistas a continuidade das operações os analistas f inanceiros, bom senso na adequada leitura das da entidade. Em consequência financeiros” novas informações prestadas deste relato, caso os leitores das Demonstrações Financeiras não pelo auditor/ ROC em resultapossuam o conhecimento técnido das alterações ocorridas no É importante entender, que o co que lhes permita avaliar, com objetivo preconizado pela alteramodelo de relato. Será desejável que a Ordem rigor, o relato realizado, poderão ção do modelo de relato consiste surgir dificuldades futuras à en- em tornar mais transparente o comunique junto dos diferentes tidade, as quais, numa primeira trabalho desenvolvido pelos au- utentes das Demonstrações Fianálise, podem ser associadas ao ditores/ ROC, através da avalia- nanceiras as alterações ocorrirelatório preparado pelo auditor/ ção dos riscos e dos fatores que das, as explique e promova ações ROC e, consequentemente, se- permitiram a sua mitigação atra- visando a harmonização das sorem imputadas responsabilida- vés do trabalho realizado. Certa- luções encontradas pelas difedes ao profissional. Na verdade, mente não foi objetivo aumentar rentes f irmas de auditoria nesta o auditor/ ROC apenas consiste a conf litualidade entre os pro- matéria.  no mensageiro pois a existência f issionais e os seus clientes, nem de situações que comprometem entre os diferentes utilizadores *Partner da AG Consultores a continuidade das operações de das Demonstrações Financeiras. E-mail: antonio.goncalves@ag-consultores.pt janeiro de 2017

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Grupo BC volta

a crescer, com menor dependência do crédito hipotecário A crise portuguesa não foi meiga para o Grupo BC, que alicerçava a sua atividade na prestação de serviços para bancos e seguradoras, sobretudo relacionados com os processos de concessão de crédito. A diretora-geral da empresa em Portugal, Sandra de Carvalho Dias, assegura que a rota de crescimento já foi retomada, graças à aposta em novos serviços e também ao crescente dinamismo do setor imobiliário.

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Textos Susana Marques smarques@ccile.org

uase a chegar aos 42 anos de atividade, o Grupo BC, de origem catalã, opera em Portugal desde 2003, passando a desenvolver a sua atividade sobretudo a partir de 2005. Nos setores da banca e dos seguros estão os principais clientes desta empresa que se especializou na externalização de processos. Sandra de Carvalho Dias assumiu no início de 2016 a liderança da empresa no mercado português e, quase um ano depois, explicou à Actualidade como a crise desafiou a equipa e como a superaram. Como sobreviveu o Grupo BC à queda drástica do crédito concedido pela banca portuguesa e à crise, em geral?

A crise económica afetou bastante a atividade do Grupo BC em Portugal. Em Espanha também afetou, mas o grupo continuou a crescer, ainda que a um menor ritmo. Na América La8 act ualidad€

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Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

tina também temos estado sempre a crescer. Em Portugal, a crise foi muito dura e chegámos a ter resultados negativos. O declínio começou a sentir-se a partir do segundo semestre de 2011 e manteve-se até finais de 2013, que foi o pior ano para nós.

Em 2016, o Grupo BC faturou 150 milhões de euros na totalidade dos mercados em que está presente. Portugal representa 3% desse valor Isto porque estávamos muito dependentes da concessão de crédito hipotecário. Nós atuamos antes da celebração

dos contratos entre a banca e os seus clientes ou entre os seguros e os seus clientes. Ou seja, trabalhamos para os bancos, para as seguradoras e para algumas consultoras, analisando e tramitando todo o processo, de forma a analisar a sua viabilidade e a concretizálo de forma rápida, segura e eficiente. A concessão de crédito baixou muito, cerca de 70%, em Portugal, e isso afetou muito a nossa atividade e obrigou-nos a repensar o negócio e a sermos mais criativos e ambiciosos. Apostámos na diversificação dos serviços. Aproveitámos a tendência de a banca querer cada vez mais concentrar-se no que é a sua atividade core e optar por externalizar o não core. Nós tentamos acompanhar essas necessidades, de modo a contribuir para tornar cada vez mais eficiente o serviço prestado pelos nossos clientes. Além de nos inspirar a diversificar os serviços, também nos permite conhecer melhor os nossos clientes. As empre-


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Sandra de Carvalho Dias Diretora-geral do Grupo BC

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sas que sobrevivem a uma crise como a que passámos, saem mais capazes do que eram antes da crise. Hoje estamos, sem dúvida, mais fortes. Estão a recuperar?

Em 2014, começámos a recuperar. 2015 já foi um ano bom porque começámos a ter um volume crescente de oportunidades de negócio. Isso foi sobretudo visível no último trimestre, com o boom do mercado imobiliário. A atribuição de crédito também foi retomada pela banca, primeiro às empresas e depois aos particulares. No entanto, a nossa dependência do crédito hipotecário, que era quase total, baixou para os 60%. Dedicamo-nos agora também ao crédito especializado, reporting, à gestão de carteira de crédito, à gestão de carteiras de seguros, à abertura, manutenção, monitorização (PEP/AML policies) e certificação de contas, à restruturação e recuperação voluntária e à reengenharia de processos e circuitos de trabalho. Parece-lhe que vai continuar a crescer a concessão de crédito?

Acredito que sim, tanto em Portugal como em Espanha. O risco é menor. A banca é 10 act ualidad€

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“O desafio é sobretudo tecnológico... Teremos que saber acomodar a tecnologia às necessidades dos nossos clientes” mais cuidadosa e procura financiar projetos capazes de gerar negócio. Também a atribuição de crédito a particulares é mais ponderada. Não nos esqueçamos que o crédito hipotecário é um importante produto de fidelização, que permite ao banco manter o contacto e atrair os clientes para outros produtos. Que leitura faz do setor bancário em Portugal?

O momento ainda é muito conturbado. Participei recentemente no fórum da banca e penso que o Governador do Banco de Portugal sintetizou muito bem qual o caminho a seguir. A banca tem que se adaptar às atuais

exigências da economia. Vai haver forçosamente uma maior concentração, mas penso que os nossos bancos têm os deveres feitos. No geral, temos que ser mais competitivos a nível europeu, para conseguir responder ao desafio da união bancária. Tem que haver um esforço das instituições de todos os Estados-membros para que a Europa continue a ocupar um lugar de relevo. Portugal tem que se fortalecer neste contexto. Estou otimista porque penso que os atores do mercado estão com vontade de fazer coisas boas. O resultado terá que ser positivo. A revitalização do mercado imobiliário também tem favorecido o vosso negócio. Acredita que o mercado imobiliário vai manter o atual dinamismo?

Penso que vai continuar, pelo menos nos próximos dois anos. Portugal está na moda. Lisboa e Porto estão na moda. O desenvolvimento do setor é visível, sobretudo no que se refere à comercialização de imóveis reabilitados, em zonas centrais da cidade de Lisboa. O target de compradores está a mudar. Há menos operações de compra do que


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há alguns anos, mas o volume económico envolvido é superior, já que os imóveis se valorizaram muito e o tipo de cliente investidor tem maior capacidade económica. O risco inerente às operações é menor. Nós trabalhamos para agilizar os processos e de forma a que o risco operacional seja mitigado. Quais são as vantagens do Grupo BC face aos concorrentes?

Não existe em Portugal outra empresa que faça o mesmo exatamente que o Grupo BC, que faça a chamada “gestoria” como ela nasceu em Espanha. Existem outras empresas que veem no nosso negócio algumas oportunidades e prestam serviços que também prestamos. Talvez umas três empresas possam ser consideradas nossas concorrentes, mas lideramos o mercado com uma quota perto dos 50%. Em Espanha também somos líderes desde o início, há 42 anos. Abrimos em Portugal, a convite de um cliente espanhol, que veio para Portugal e nos desafiou a trabalhar com ele cá também. A sucursal portuguesa é pequena, assente no modelo business to business (b2b). Desenvolvemos soluções à medida de

“2015 já foi um ano bom porque começamos a ter um volume crescente de oportunidades de negócio. Isso foi sobretudo visível no último trimestre, com o boom do mercado imobiliário “ cada cliente, muitas delas não são replicáveis ainda que exista sempre a noção de transversalidade. Cada cliente é um cliente e é assim que queremos que seja. Trabalhamos em áreas muito delicadas. Mantemos um contacto estreito com todos os nossos clientes e periodicamente reunimos para apresentar as nossas propostas. Somos muito especializados no que fazemos, somos rápidos e rigorosos. O nosso nível de serviço está nos 97,2%, o que é muitíssimo bom.

Ainda que tenhamos passado por um período difícil, nunca cedemos na qualidade. Só podemos concorrer em qualidade. Queremos que falem de nós pela qualidade do nosso serviço. As margens diminuíram no nosso negócio. Os clientes estão cada vez mais exigentes e sabem cada vez melhor o que querem, o que para nós é também um excelente desafio. O que poderemos esperar do grupo BC? O que vos desafia atualmente? Que oportunidades identifica no mercado português?

Os financiamentos ao abrigo do Portugal 2020 estão a gerar muitas oportunidades. O desafio é sobretudo tecnológico. A necessidade dos nossos clientes aponta também nesse sentido e nós teremos que saber dar resposta e estamos a desenvolver soluções para isso. Teremos novidades ainda este ano a esse respeito… Teremos que saber acomodar a tecnologia às necessidades dos nossos clientes. Quanto faturou o Grupo BC em 2015 e quanto esperam faturar em 2016? Quanto representa Portugal para o grupo?

Portugal representa cerca de 3% e a Pejaneiro de 2017

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No grupo desde 2008 Sandra de Carvalho Dias tem formação académica em Solicitadoria e iniciou a sua atividade profissional como solicitadora em 1999. Em 2005 assume as funções de diretora de operações da NAX Management, Lda. Em 2008, a gestora entra no Grupo BC, onde desempenha o cargo de diretora de operações até ao final de 2015, assumindo depois as funções de diretora-geral.

nínsula Ibérica cerca de 55% do negócio, do volume de negócios para a totalidade do Grupo BC, que faturou 129 milhões de euros em 2015. Em 2016, chegámos aos 150 milhões de euros e Portugal melhorou significativamente o seu volume de negócios. Como estão a correr os negócios nos outros mercados em que o Grupo BC opera?

Uma centena de profissionais em Portugal O Grupo BC foi constituído em 1974 e iniciou a sua atividade em Barcelona, tendo como principal objeto a tramitação de documentos públicos e a sua inscrição no registo de propriedade e/ ou comercial. Em 2003 inicia a sua expansão internacional com abertura de sucursais em Portugal, Grécia e Itália. A estes países somaramse mais tarde França, Inglaterra, Chile, México, Colômbia, Peru e Brasil. Atualmente, o grupo BC presta

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serviços diversificados, como a pré-contratação e contratação, apoio e assessoria ao crédito, gestão e regularização patrimonial, apoio ao desinvestimento e, mais recentemente, com a prestação de serviços especializados em BPO, e, externalização operativa especializada nas diferentes áreas de serviços. A equipa do Grupo BC Portugal é constituída por cerca de 100 profissionais, com formação em várias áreas, cobrindo o território nacional.

Estamos no Brasil, nomeadamente, em São Paulo desde 2012. Ainda é uma pequena operação, mas está a correr bem. Estamos também no México, na Argentina, no Peru e na Colômbia. Todas estas operações na América Latina estão a crescer e a evoluir muito bem. Na América Latina há muitas oportunidades de crescimento para o Grupo BC, há muito que fazer. Que novos mercados tem o grupo BC em vista?

Estamos de olhos postos no mundo inteiro. Procuramos acompanhar os negócios dos nossos clientes nos países em que operam. Sempre que nos expandimos para um novo mercado é em princípio a convite de um cliente, que conhece o nosso trabalho e quer trabalhar connosco nos novos mercados em que se instala ou através de resposta a consultas de mercado, onde a nossa experiência, know-how e garantias falam por nós. 


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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Repsol inaugura investimento de 30 milhões de euros na ZILS A Repsol inaugurou, no passado dia 19 de dezembro, o Parque de Armazenagem de combustíveis em Sines, “cumprindo plenamente o programa previsto”, o que significa dentro do prazo e do orçamento previstos e sem acidentes. A nova infraestrutura ocupa uma área de 45 mil metros quadrados da ZILSZona Industrial e Logística de Sines, gerida pela aicep Global Parques. “O projeto representa um investimento de 30 milhões de euros e assinala o compromisso da Repsol com o setor energético e a economia portugueses”, salientou a multinacional. O parque permite a armazenagem de cem milhões de litros de gasóleo e,

O Banco Santander Totta e a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) assinaram no mês passado um acordo de colaboração, que irá permitir criar soluções especícom ligações por pipeline ao porto de Sines e à CLC-Companhia Logística de Combustíveis, contribui para o reforço da segurança energética nacional, adianta a mesma companhia, liderada em Portugal por António Calçada de Sá. A Repsol está presente em Portugal desde 1990 e conta com um efetivo de 1.257 empregados.

Receitas do turismo crescem mil milhões de euros entre 2015 e 2016 As receitas geradas com o turismo subiram 16,8% no mês de outubro, atingindo 1.300 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal. No período compreendido entre janeiro e outubro de 2016, as receitas turísticas em Portugal atingiram 11 mil milhões de euros, representando um crescimento de 10,3% face ao período homólogo. Tal significa que, em termos acumulados, as receitas turísticas já ultrapassaram em cerca de mil milhões de euros o resultado obtido no mesmo período de 2015. Os dados confirmam ainda que os turistas estrangeiros estão a gastar cada vez mais dinheiro em Portugal. Nos dez primeiros meses de 2016, os turistas gastaram diariamente 36 milhões de euros, o que representa um acréscimo de quatro milhões de

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Santander Totta e Associação da Hotelaria de Portugal firmam parceria

euros face aos gastos diários de igual período do ano passado. O alargamento da atividade turística ao longo de todo o ano também é um dado destacado, já que outubro, tradicionalmente um mês de menor atividade, foi o quarto melhor mês de 2016. Segundo dados já publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, as dormidas e proveitos turísticos superaram em outubro os resultados totais alcançados de 2015, e Portugal teve ao longo deste período mais quatro milhões de dormidas do que em 2015.

ficas para o setor hoteleiro, procurando responder às necessidades de financiamento e tesouraria das empresas de turismo. Com este acordo, as empresas associadas da AHP terão condições mais vantajosas nos produtos e serviços prestados pelo Santander Totta. Por outro lado, o banco irá impulsionar o desenvolvimento de iniciativas no âmbito do financiamento, que promovam a melhoria da competitividade. Com esta parceria, o Santander Totta pretende intensificar a sua relação com aquele setor, para se tornar o “Banco do Setor Hoteleiro”. O Santander Totta tem já uma longa tradição junto deste setor em Portugal, sendo habitualmente um dos bancos com quota mais significativa na colocação de operações ao abrigo das linhas protocoladas com o Estado português. O Santander Totta irá marcar presença nos principais eventos organizados pela AHP.


Breves EDP vende 48 milhões de euros do défice tarifário em Portugal “A EDP Serviço Universal, comercializador de último recurso do sistema elétrico português, detido a 100% pelo grupo EDP, acordou hoje [13 de dezembro de 2016] a venda de 48 milhões de euros do défice tarifário de 2015, relativo ao sobrecusto com a produção em regime especial”, revelou a empresa liderada por António Mexia. “O défice tarifário de 2015 resultou do diferimento por cinco anos da recuperação do sobrecusto de 2015 com a aquisição de energia aos produtores em regime especial (incluindo os ajustamentos de 2013 e 2014)”. Esta aquisição foi feita por um preço superior ao praticado no mercado, suportado pelos consumidores finais, na fatura da eletricidade. O défice tarifário resulta da decisão política dos Governos, de não permi-

tir que num ano os preços da eletricidade reflitam os seus custos reais, limitando o aumento dos preços para os consumidores finais a um teto administrativo e adiando esta fatura para o futuro.

Portugal 2020: empresas já receberam 460 milhões em fundos europeus Até 20 de dezemebro de 2016, foram atribuídos a empresas portuguesas 460 milhões de euros do programa europeu Portugal 2020, em pouco mais de um ano. O valor ultrapassa em 10 milhões de euros o compromisso que o Governo tinha feito até ao final de 2016 e abrangeu 3.650 empresas, de acordo com os dados apresentados pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas. Das 3.650 empresas que beneficiaram dos 460 milhões de euros atribuídos pelo Governo entre novembro de 2015 e dezembro passado, cerca de mil têm menos de três anos. Os fundos do quadro sucessor do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) visam o investimento em inovação produtiva, qualificação e internacionalização, bem como investigação e desenvolvimento. O fundos europeus já distribuídos vão servir para potenciar um investimento total de 587 milhões de euros, criar mais de 10 mil postos de trabalho e aumentar as exportações em 2,5 milhões de euros, de acordo com os objetivos traçados nos contratos assinados. Porto de Setúbal Implementa JUP II e FUP A Administração do Porto de Setúbal promoveu diversas ações de formação sobre a nova Janela Única Portuária (JUP II) e a Fatura Única Portuária (FUP), cujas

Governo aprova novo investimento em fábrica de papel da Altri

O Governo aprovou o novo projeto de investimento da Celtejo, fábrica da Altri em Vila Velha de Rodão, ao abrigo do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo (Inovação Produtiva Não PME), para a introdução de inovações no processo de produção de pasta de papel tissue. O investimento, cuja minuta do contrato foi aprovada pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, a 24

de novembro, foi oficializado em “Diário da República” no mês passado, e irá agora ser formalizado pela AICEP, em representação do Estado, e pela Altri. O projeto de modernização da unidade fabril prevê que sejam criados, até 2020, “11 postos de trabalho permanentes altamente qualificados e a manutenção de um número total de 197 postos de trabalho permanentes da empresa”, ainda de acordo com a informação do “DR” de 21 de dezembro, que adianta que a fábrica deverá “alcançar, no ano de 2025, um volume de vendas de pasta de papel, expresso em toneladas, de cerca de 2,5 milhões, e um valor acrescentado bruto de cerca de 331,9 milhões de euros, ambos em valores acumulados desde 1 de janeiro de 2016”.

entradas em funcionamento estavam previstas para o primeiro dia deste ano. “Nas ações de formação, participaram colaboradores da APSS, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Autoridade Tributária, Sanidade Marítima, agentes de navegação, operadores de terminais portuários e empresas de reboque e amarração, tendo-se verificado uma excelente aceitação destes instrumentos inovadores”, explica aquela entidade. A FUP resulta de uma medida do Governo, que determinou a criação da Fatura Única Portuária por Escala de Navio e que prevê a aplicação deste instrumento em todos os grandes portos nacionais a partir

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Breves de 2017, visando dispor numa única fatura de todas as taxas portuárias aplicadas à escala do navio pelas autoridades públicas que participam no porto, enquanto a nova JUP II vem substituir a JUP I, dispondo de novas ferramentas para a facilitação adicional de procedimentos administrativos no processo de entrada de navios e movimentação de cargas nos portos, contribuindo para a desmaterialização do processo e a consequente redução de papel. Equipotel é a primeira feira dedicada aos hotéis e similares Numa altura em que o setor hoteleiro atinge recordes a nível nacional, surge a primeira feira profissional dedicada aos hotéis e similares, a realizar de 2 a 4 de novembro de 2017, no Centro de Congressos do Estoril. A Exposalão pretende “reunir uma grande oferta de construtores para novas unidades a instalar e restruturar. Com este objetivo, queremos que marquem presença arquitetos e designers, bem como empresas de equipamentos e utensílios, food service; fitness, lazer e SPA, higiene e limpeza, gestão e tecnologia, à semelhança do que se faz noutras capitais europeias, como Paris e Milão”, adianta José Frazão, promotor do evento e administrador da Exposalão. “A Equipotel será uma incubadora de tendências e negócios para todos os profissionais que se movimentam nesta área atividade, onde se verifica um crescimento do interesse e do investimento estrangeiro.” OncoStats inaugura financiamento por equity crowdfunding da plataforma Seedrs A medtech portuguesa OncoStats lançou uma operação de venda de ações em equity crowdfunding. A startup que pretende mudar a prática da oncologia no mundo torna-se assim na primeira empresa portuguesa do setor da saúde a recorrer à Seedrs, a maior plataforma de equity crowdfunding europeia, com o objetivo de angariar financiamento por parte de investidores mundiais. A empresa, avaliada em 2,25 milhões de euros, vai colocar no mercado 10% do seu capital, pretendendo captar até 250 mil euros. O valor angariado servirá para financiar a criação de uma equipa a tempo inteiro para o desenvolvimento e internacionalização da OncoStats. A campanha, que atingiu mais de 25% do objetivo só no primeiro dia, está ativa até fevereiro.

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Bluesock Hostels nasce no Porto O primeiro hostel da marca para o segmento dos jovens do grupo Carrís já nasceu no Porto e este ano deverá abrir mais duas unidades, uma em Lisboa e outra na Gran Vía, de Madrid. A Bluesock Hostels acaba de surgir na Ribeira do Porto, sendo a primeira unidade desta cadeia espanhola. O novo alojamento essencialmente desinado a jovens, aberto desde agosto passado, foi recentemente inaugurado, numa cerimónia que contou com a presença de diversas individualidades, portuguesas e espanholas, como o presidente da Câmara Municipal do Porto e o presidente da Carrís Hotels, respetivamente Rui Moreira e Juan Viñas (ambos na foto). Em 2017, além dos dois novos hos-

tels previstos, o grupo hoteleiro espanhol irá continuar o seu plano de expansão internacional. O Bluesock Hostels Oporto está situado na zona da Ribeira do Douro, em pleno centro histórico da cidade, num edifício clássico que foi recuperado para esta unidade de alojamento, de três mil metros quadrados. O hostel dispõe de diversos tipos de quartos, para casal ou camaratas, tendo ainda um centro de negócios, un espaço chill-out e uma biblioteca.

Personal20 abre estúdio nos EUA lar (EMS), um treino totalmente personalizado e que dura apenas 20 minutos, mas que equivale a mais de uma hora de treino num ginásio regular. Constance Ruiz (na foto), com larga experiência na indústria do fitness e co-fundadora do grupo Vivafit, está a lançar a marca portuguesa Personal20 no mercado norte-americano. O Personal20, primeiro concei- “Ter um estúdio dentro de um clube to nacional de Eletro Fitness que a como o Sport & Health é uma granEuropa está a aderir, abriu no mês de oportunidade. Uma das maiores passado o seu primeiro estúdio em tendências na indústria do Fitness Washington, nos Estados Unidos. atualmente são clubes boutique, que A tecnologia por trás da marca nacio- estão a abrir e a atrair clientes com nal é a E-Fit, do produtor húngaro mais valias para os mesmos”, refere que criou a eletroestimulação muscu- Constance Ruiz.


A Sport Zone está a reforçar a sua aposta estratégica na Península Ibérica com a abertura de duas novas lojas em Espanha. Os dois novos espaços estão localizados na cidade de Dénia (na foto), na Comunidade Autónoma Valenciana, e na cidade de Segóvia, na Comunidade Autónoma de Castela e Leão. A cadeia especializada em equipamentos e vestuário desportivo vai criar 19 novos postos de trabalho, fortalecendo a sua presença em Espanha, onde conta com mais de 40 lojas. O novo espaço em Dénia, na província de Alicante, contará com 10 postos de trabalho, pelo que a Sport Zone passa a contar com um total de cinco lojas e 56 colaboradores na região de Alicante. Em paralelo, a Sport Zone abriu também, no dia 15 de dezembro, a sua nova loja em Segóvia, que cria nove postos de trabalho, assumindo-se como a segunda loja da marca na Comunidade Autónoma de Castela e Leão, que se soma à loja localizada em Valladolid.

A estratégia de expansão da Sport Zone passa por um reforço sustentado da sua presença em Espanha, aproveitando as mais valias do seu formato, nomeadamente a competitividade ao nível do preço, a qualidade e diversidade dos seus produtos, o serviço especializado ao cliente e a forte ligação à comunidade, promovendo a vida saudável. A Sport Zone iniciou o seu atual processo de crescimento em Espanha em 2008, com a abertura da primeira unidade em Madrid. A insígnia da Sonae SR conta hoje com mais de 130 lojas na Península Ibérica, estando também presente em França e na Índia e disponibilizando produtos das suas marcas em múltiplos mercados.

Novo Banco confirma pagamento de 700 milhões de euros ao Estado O Novo Banco informou o mercado, no dia 19 de dezembro, sobre a extinção de 14 mil obrigações sénior com garantia do Estado, no valor de 700 milhões de euros, antecipando assim o seu pagamento face à data prevista. “O Novo Banco informa que procedeu hoje à extinção de 14.000 obrigações, no montante de 700 milhões de euros, representativas da emissão de obrigações sénior, garantida pelo Estado Português”, lê-se no comunicado do banco liderado por António Ramalho.

O Novo Banco tinha também antecipado, em novembro último, o pagamento de outros mil milhões de euros de obrigações com garantia do Estado. Deste modo, o Novo Banco antecipou em cerca de um mês o pagamento ao Estado português de 1.700 milhões de euros em obrigações sénior. O empréstimo pago em dezembro faz parte de três operações de financiamento com garantia estatal, com um valor global de 3,5 mil milhões de euros, realizadas após a crise financeira de 2008 pelo então BES.

em Foco

Maria João Carioca (na foto), até agora presidente da Euronext Lisboa, deverá integrar a administração da Caixa Geral de Depósitos, na sequência do convite feito pelo Governo. Maria João Carioca é mais um elemento para a equipa, que Paulo Macedo, o novo administrador do banco, está a constituir. A gestora iniciou funções na Bolsa a 1 de junho de 2016, após sair da comissão executiva da CGD. Foto Sandra Marina Guerreiro

Sport Zone inaugura mais duas novas lojas em Espanha

Gestores

João Vieira (na foto), diretor de Recursos Humanos do Corinthia Hotel Lisbon, foi eleito “Diretor de Recursos Humanos do Ano”, pela revista “RH Magazine”. A cerimónia de reconhecimento realizou-se em Lisboa, no passado dia 22 de novembro, no âmbito da 11ª edição dos “Prémios da RHmagazine”, que distingue todos os anos os melhores profissionais na área dos recursos humanos em Portugal, a nível individual e coletivo, e ainda premiar destacados resultados obtidos pela implementação das melhores práticas de recursos humanos. João Vieira foi nomeado em duas categorias: comunicação interna, com o “Team Out Loud”, um projeto focado no reconhecimento 360, com base nos valores corporativos que envolve todos os colaboradores e clientes através de feedback nas diferentes redes sociais, e na categoria de “Pessoas”, da qual saiu vencedor após a votação de um júri constituído por seis elementos ligados à área dos RH. Licenciado em Direito pela Universidade Internacional e com um MBA em Gestão de Negócios, João Vieira acumula 25 anos de experiência na área dos RH. A Uniplaces, plataforma online para alojamento de estudantes universitários, anunciou a contratação de Francisca Matos para o cargo de Head of People & Culture. A nova responsável pela área de recursos humanos da Uniplaces tem como um dos primeiros desafios a contratação de 40 novos profissionais. Francisca Matos transita da Foreign & Commonwealth Office, onde esteve durante dois anos a liderar a área de RH. Com uma carreira de mais de oito anos, a nova Head of People & Culture da startup portuguesa conta também com experiências internacionais, onde se destaca o cargo que desempenhou na direção de Recursos Humanos na Groupon Brasil, entre 2012 e 2014.

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Breves Renfe y Adif estudian volver a fusionarse Renfe y Adif barajan su eventual fusión en un ‘holding’ más de diez años después de que en enero de 2005 se separaran en dos empresas distintas, para diferenciar la construcción y gestión de las vías del servicio de transporte en tren y como primer paso para abrir el sector a la competencia. Las dos empresas dependientes del Ministerio de Fomento volverían así a conformar un monopolio ferroviario público. La eventual integración fue uno de los asuntos tratados en la primera reunión que el nuevo presidente de Adif, Juan Bravo, mantuvo con el comité de empresa de la compañía, según informaron en fuentes sindicales. La situación económica y financiera que presenta Adif constituye el principal factor para recuperar el antiguo monopolio ferroviario público. No obstante, el fracaso de la liberalización del transporte de mercancías que arrancó en 2005 y la decisión de retrasar hasta 2020 la entrada de competidores de Renfe en tráfico de viajeros son aspectos que también llevan a plantear la fusión de las empresas. Los operadores privados de mercancías en tren apenas se han hecho en estos años con un 20% del mercado. DHL invertirá 47 millones de euros para construir un nuevo centro logístico en Madrid El grupo alemán DHL invertirá 47 millones de euros para construir un nuevo centro logístico en el aeropuerto Adolfo Suárez Madrid-Barajas que cuadruplicará la capacidad actual de sus instalaciones. DHL ha firmado un contrato de alquiler de cuarenta años con AENA, propietaria de los terrenos en los que se construirá el centro. De los 47 millones de inversión prevista, 12 millones se destinarán a la construcción del proyecto y 35 millones a los equipamientos. La nueva instalación tendrá una superficie total de 32.241 metros cuadrados, de los cuales 18.000 corresponderán al edificio, incluyendo almacén operativo, oficinas y muelles para atender a más de 180 vehículos simultáneamente. Con estas instalaciones, DHL podrá procesar 10.000 paquetes y 12.000 sobres a la hora. Mastercard lanza su cartera digital en España de la mano de CaixaBank Mastercard ha anunciado que será CaixaBank la primera entidad española en poner a disposición de sus clientes Masterpass, la nueva solución de pagos digitales de la

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Indra lanza una OPA sobre el 100% de Tecnocom por 305 millones de euros

El grupo tecnológico Indra ha lanzado una OPA voluntaria sobre el 100% de Tecnocom, ofreciendo 2,55 euros en efectivo y 0,1727 euros en acciones de Indra, tras hacerse con el 52,7% del capital. La ofer ta incluye el pago de 2,55 euros por título en efectivo y 0,1727 euros en acciones de Indra y supone valorar Tecnocom en 305 millones de euros (excluyendo autocar tera). Indra se compromete a presentar la solicitud de autorización y el folleto de opa en un plazo máximo de un mes. El obje-

tivo de la tecnológica es cerrar la operación en el segundo trimestre de 2017. “Con esta operación Indra reforzará su posición en mercados clave, principalmente en el segmento de ser vicios financieros, mejorará su apalancamiento operativo y for talecerá su ofer ta de soluciones propias, en especial en medios de pago. Al mismo tiempo, incrementará su exposición al sector privado e incorporará el equipo y talento complementario procedente de Tecnocom”, ha señalado Indra a través de un comunicado.

Acuerdo entre BEI e ICO para facilitar financiación a pymes El Banco Europeo de Inversiones (BEI) y el Instituto de Crédito Oficial (ICO), han acordado un préstamo de 500 millones de euros destinados a apoyar proyectos de pymes y empresas de mediana dimensión, con el objetivo de estimular el crecimiento económico y la creación de empleo. El préstamo servirá para financiar inversiones a largo plazo y necesidades de circulante de pymes y empresas de mediana capitali-

zación (hasta 3.000 empleados). Además permitirá poner a disposición de las pequeñas y medianas empresas un volumen total de 1.000 millones de euros, ya que ICO destinará una cantidad adicional equivalente al préstamo del BEI. Los fondos del BEI ofrecerán a las pequeñas empresas y autónomos financiación en condiciones favorables en términos de vencimiento y tipos de interés.


Breves Santander invertirá 700 millones de euros en México El Banco Santander ha anunciado una inversión de 15.000 millones de pesos (casi 700 millones de euros) en México en los próximos tres años, que serán destinados a tecnología y a modernizar la red de sucursales. Se trata de “la inversión más grande que ha hecho Santander en su historia desde que llegó a México”, dijo el presidente ejecutivo de la filial mexicana del banco español, Héctor Grisi, en un acto para celebrar el fin de año con la prensa. Grisi habló también de las expectativas del banco para

el próximo año, y dijo que el crecimiento del crédito “viene fuerte”, pues se espera un alza de doble dígito para 2017. Sobre los tipos de interés, señaló que en principio no serán modificados en función del mercado, sino que se adaptarán según el perfil de sus clientes.

Mapfre lanza un plan de pensiones gestionado por Carmignac

Con el lanzamiento de Mapfre Jubilación Activa, Mapfre se asocia con Carmignac, gestor de fondos independiente, para comercializar un producto a largo plazo. Esta comercialización, además, no se limita a los clientes de la red de Mapfre, sino que el nuevo plan puede contratarse a través de plataformas financieras como Inversis. Carmignac, que administra más de 53.500 millones de euros en activos, se caracteriza por una ges-

tión activa, flexible, global y de largo plazo. El plan, dirigido a inversores de perfil moderado, invierte al menos el 50% de los activos en instrumentos de renta fija internacional (pública o corporativa) y del mercado monetario, pudiendo llegar hasta el 100% del patrimonio. La renta fija de mercados emergentes supondrá un máximo del 25% de la cartera. La exposición a renta variable será flexible hasta un máximo del 50% de los activos del plan de pensiones. La inversión en bolsas emergentes también podrá alcanzar hasta un 25% de la cartera. La rentabilidad del plan también puede llegar de la gestión de las divisas.

multinacional norteamericana, compatible con con todo tipo de tarjetas (MasterCard, VISA y American Express). Con esta cartera digital, que por el momento aceptan 20.000 establecimientos en España, entre los que se encuentran Cinesa, Media Markt, Sfera o Lets Bonus, entre otros, los clientes de CaixaBank podrán abonar sus compras a través de cualquier dispositivo (móvil, PC o tablet) sólo con abrir la aplicación de su banco. Según ha explicado la compañía en un comunicado, Masterpass se integrará en la app móvil de la entidad, CaixaBank Pay, de forma que los usuarios no necesitarán de registro adicional para empezar a usar el servicio, que se ofrecerá de forma gratuita. Grupo Cortefiel abrirá 60 tiendas en India de sus cinco marcas El grupo textil español, dueño de las marcas Cortefiel, Women’Secret, Pedro del Hierro, Springfield y Fifty Factory, ha cerrado un acuerdo con un socio local para abrir unos 60 establecimientos en India los próximos cinco años. Cortefiel ha decidido poner el foco en la expansión internacional para mejorar su cuenta de resultados. Para ello, el grupo controlado por los fondos CVC, Permira y PAI Partners, ha apostado por la entrada en nuevos mercados de la mano de un socio local. Éste es el caso de India. La compañía española ha cerrado un acuerdo con el operador local Tablez Retail por el que abrirá 60 tiendas en los principales centros comerciales del país asiático en el próximo lustro. La editorial Planeta desembarca en Italia de la mano de su socio DeAgostini El grupo Planeta desembarcará en Italia con la creación de un nuevo sello editorial en alianza con DeAgostini, su socio italiano en España. La nueva editorial se llamará DA Planeta Libri, tendrá su sede en Milán y editará a autores locales, según ha explicado hoy el presidente del Grupo Planeta, José Creuheras, tras el acto de presentación del 65 Premio Planeta de Novela. En declaraciones a la prensa, Creuheras ha destacado que el mercado italiano es uno de los cuatro más importantes del mundo y que Planeta tiene allí una larga relación con DeAgostini, con la que compartirá la propiedad de la nueva editorial al 50 por ciento. ”Es una apuesta de futuro para el grupo tener un mercado en otra lengua, como es la italiana, y en el que todavía no estamos”, ha dicho el presidente de Planeta, primer grupo editorial en lengua española presente en doce países de América Latina y también en Francia a través de Editis, la segunda mayor editorial del país.

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atualidade actualidad

Cross Logistics desenvolve e implementa soluções inovadoras para a logística A Cross Logistics Consulting, uma nova empresa de consultoria em logística e cadeias de abastecimento, sublinha que as tecnologias e sistemas de informação têm assumido um lugar cada vez mais relevante nas empresas, e a logística– área das operações em geral– não é uma exceção.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

s empresas com necessidades de aumento da capaA empresa cidade logística ou desendesenvolve projetos volvimento de uma solução logística de raiz para um para otimização e novo negócio, do setor industrial, da melhoria da vertente distribuição ou dos serviços, devem ter em conta “uma abordagem integrada, logística das empresas considerando as diversas variáveis e dimensões que um projeto desta natureza acarreta, mas sem perder o foco zação e melhoria da vertente logístidos objetivos do negócio”, enquadra ca das empresas – logística industrial, Daniel Duarte Silva, responsável pela armazenagem e transportes–, desde a conceção até a implementação e opeCross Logistics Consulting. Esta empresa, dedicada à consulto- racionalização. Como parte integrante ria em logística e cadeias de abasteci- do universo da logística há também as mento, ajuda as empresas que procu- infraestruturas (plataformas e armaram melhorar a eficiência operacional. zéns logísticos, parques industriais e “Desenvolvemos projetos para otimi- instalações fabris, etc.), vertente muito 20 act ualidad€

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importante e alvo de investimentos estratégicos por parte dos nossos clientes, onde também desenvolvemos a componente de projetos de arquitetura”, adianta Daniel Duarte Silva. Os clientes da Cross Logistics são principalmente empresas dos setores da distribuição, da indústria, prestadoras de serviços logísticos e ainda empresas de prestação de serviços de assistência técnica, onde a função logística e as operações em geral detêm um papel fundamental. “Alguns negócios deixaram de ser negócios de distribuição para se tornarem negócios de prestação de serviços logísticos. Tão importante que o produto, está o serviço de entrega associado: fazer chegar o produto ao cliente (à porta), nos níveis de serviço


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acordados e a custos reduzidos. A função logística tem ganho importância no seio das empresas e junto das administrações, que necessitem de uma gestão e um planeamento mais cuidados dos seus recursos logísticos, destaca o mesmo gestor, que acumulou grande experiência na área, integrandodiversas empresas, antes de criar esta nova empresa. Por outro lado, tem ganho crescente importância a área das tecnologias de informação, desde a conceção e o desenvolvimento, até a implementação das soluções logísticas. Para colmatar necessidades das empresas nesta vertente, a Cross Logistics iniciou recentemente uma nova fase do seu desenvolvimento, por via da distribuição e implementação de soluções aplicacionais e mais especificamente na área de optimização. Na área da otimização de rotas e da distribuição, a Cross Logistics já tinha uma parceria com a Widescope (empresa 100% portuguesa) e a solução Routyn. No domínio da gestão da cadeia de abastecimento (supply chain management), a Cross Logistics formalizou recentemente uma parceria com uma empresa norte americana, pioneira no domínio do planeamento e da ottimização, para a simulação e planeamento de cadeias de abastecimento na sua globalidade, desde os fornecedores, até aos clientes, otimizando os níveis dos stocks e a utilização dos recursos (fábri-

cas, plataformas logísticas, meios de transporte, etc.). Estes sistemas permitem ainda apoiar áreas de planeamento ao nível do chamado IBP (integrated business planning ), supply chain planning, demand management – , entre muitas outras, assim como para as áreas de procurement Optimization, price Optimization, etc. “Mais que solução de planeamento, é uma solução de apoio à decisão. Existem poucas ferramentas aliando a versatilidade e riqueza funcional, e, ao mesmo tempo, a simplicidade de utilização como a proposta pela Cross Logistics”, sublinha o seu Senior Manager, salientando ainda que no resto da Europa a adoção deste tipo de soluções, já é muito comum. “É uma aposta para o futuro”, refere. No topo das vantagens/funcionalida-

des apresentadas, também de salientar “os prazos de implementação reduzidos e um ROI assegurado em poucos meses”. No quadro dos colaboradores da Cross Logistics, predominam as competências nas áreas da engenharia. “Os nossos projetos, contemplam uma componente técnica muito forte e com tendência para crescer. Para os projetos de arquitetura contamos com a parceria do arquiteto Vitor André, especializado na área industrial”, adianta Daniel Duarte Silva. A par da atividade principal, de serviços para a área logística de médias e grandes empresas, a Cross Logistics pode ainda ajudar PME a candidatarem-se a projetos de modernização da sua cadeia logística, no âmbito dos programas de incentivos ao investimento. 

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Endesa quer consolidar-se como comercializadora de energia em Portugal Até 2019, a Endesa quer duplicar o número de clientes em Portugal, tanto na eletricidade como no gás natural. A energética espanhola aposta no mix de clientes domésticos e empresariais e tem em curso a primeira campanha publicitária da marca, no mercado português, para explicar que é uma “alternativa clara”.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

resente em Portugal desde para os 400 mil em 2019. Em paralelo, 1993 na qualidade de pro- a Endesa pretende chegar aos 8,9 teradutora de eletricidade, a watts hora (TWh), em 2019, em vez Endesa tornou-se em abril dos atuais 7,5 TWh, na eletricidade. de 2000 a primeira emprePara alargar a rede de clientes, a enersa a comercializar eletricidade para gética lançou a sua primeira campanha clientes no mercado livre português, publicitária no mercado: “A Endesa nessa altura apenas aberto ao seg- foi a primeira empresa alternativa à mento empresarial. Em janeiro de companhia incumbente de eletrici2009, a energética espanhola entrou dade. Entramos em Portugal com a no segmento de mercado doméstico firme intenção de permanecer e ser e de pequenos negócios, empenhada um player relevante no mercado portuem se consolidar na qualidade de guês. Somos a empresa que quer ajudar fornecedora, no mercado português. os consumidores a perceber todos os No passado mês de novembro, a aspectos relacionados com o consumo empresa anunciou o seu objetivo de energia.” Isto porque o mercado de dobrar o número de clientes em energético “não é fácil de entender, Portugal, passando dos 200 mil atuais dada a sua dificuldade técnica e a com-

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plexidade das tarifas”. Seja na “informação das faturas, nos produtos que comercializam, o que a Endesa oferece é clareza, transparência e facilidade para o cliente, além de um benefício económico real”. O grupo de origem espanhola, maioritariamente detido pela italiana ENEL, frisa à Actualidad€ que esta campanha quer deixar claro que “todas as residências e todos os negócios podem escolher a Endesa, que, pela sua experiência, é um dos principais players do mercado”. ~Recorde-se que a empresa é líder em Espanha e que fornece energia a cerca de 12 milhões de clientes, no conjunto da Península Ibérica. A Endesa reforça que “quer facilitar


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o processo ao cliente”, tendo por isso sejam de que fornecedor forem, já que “lançado produtos claros, com os quais é uma atividade totalmente separada o cliente poupa”. A empresa dá o exem- da comercialização de energia.” No que diz respeito à comercialização plo da “tarifa aniversário”, com a qual oferece “uma fatura grátis de luz e de de eletricidade, o segmento empresarial gás todos os anos que o cliente estiver é o que tem tido mais expressão para com a Endesa, para sempre”. A Endesa a Endesa: “No segmento B2B, em afirma que “a tarifa aniversário é muito eletricidade, atualmente a nossa quota clara e fácil de entender, perdura no em Portugal é de 25%. A estratégia da tempo e não apenas no primeiro ano empresa passa por uma consolidação de contrato”. Esta tarifa é dirigida ao do negócio elétrico com uma melhora segmento residencial e também aos do mix de clientes, apostando-se no pequenos negócios. “Como se pode segmento público e nas empresas de comprovar através do simulador da menor dimensão (PME).” Entre os principais clientes da Endesa, ERSE, é a mais vantajosa do mercado”, destaque para o Porto de Leixões (na sublinha a Endesa. A empresa avança ainda que a campa- foto), o segundo maior de Portugal, nha publicitária tem sido bem recebi- com quem tem um contrato de forneda: “Temos recebido muitas chamadas cimento de energia para toda a infraesde clientes a solicitar informação. O trutura. Com a mesma entidade existe importante é que todos os consumido- também um acordo de eficiência enerres saibam que se pode mudar de for- gética respeitante ao terminal de carga necedor de eletricidade, sem nenhum geral e de granéis, um dos concessionácusto associado e sem mudança de rios do porto de Leixões. No segmento empresarial, a contador. Além disso, é importante saber que perante qualquer avaria, a Endesa espera continuar a crescer: companhia distribuidora de eletricida- “Estimamos crescimentos relevantes de e de gás tem a obrigação de atender no gás natural, onde prevemos um a todos os clientes da mesma forma, crescimento importante de cerca de

15%, e nos serviços energéticos, já que queremos ser uma referência em Portugal, graças aos mais de 40 projetos adjudicados durante o primeiro semestre de 2016, que supõem um investimento de mais de dois milhões de Euros, a empresas dos diversos sectores de atividade (distribuição, indústria e administração pública)”. No que diz respeito ao negócio do gás natural, o objetivo também é duplicar o número de clientes até 2019. A empresa pretende aumentar de 3,7TWh (2016) para 4,9TWh, em 2019. A Endesa fornece gás natural a clientes industriais desde 2010 e começou em 2015 a abastecer consumidores domésticos. De acordo com os dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em junho, no mercado de eletricidade, a Endesa tinha uma quota de 3,5% em número de clientes e de 17% em termos de consumos, e liderava o segmento de clientes industriais com uma quota de 26%. O balanço de 2016 é positivo para a empresa em Portugal: “O ano de 2016 foi muito relevante para a Endesa, já que é o primeiro ano em que todas as operações de contratação, faturação e cobrança se realizam a 100% a partir de Portugal. Além disso, é o ano em que a Endesa lançou a sua primeira campanha comercial de comunicação com a mensagem: Pode escolher a companhia de eletricidade e gás que quiser e a Endesa é a alternativa clara.” As perspetivas para este ano de 2017, no mercado português, também são animadoras: “Queremos continuar a trabalhar no sentido de lançar novos produtos claros e simples, que permitam ao cliente poupar. Também continuaremos a melhorar os nossos processos de contratação. Estamos totalmente orientados para o cliente, desde a conceção de uma fatura clara, até aos produtos fáceis de entender e canais de atendimento acessíveis, tanto telefónicos como nas lojas”.  janeiro de 2017

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La externalización de procesos y servicios de las empresas ayudan a su crecimiento e internacionalización

Qipert ha pasado de ser una empresa monoproducto dedicada a la gestión documental hipotecaria a una multiservicio de BPO especializada en diferentes servicios. La empresa española entró el año pasado en Portugal de la mano de uno de sus clientes y espera seguir creciendo en el mercado luso.

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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ipert nació para gestionar el España “nos hizo evolucionar identifi- la unión de 50 empresarios con una negocio hipotecario y otros cando nuevas oportunidades de nego- amplia experiencia en gestión hipotecaservicios de outsourcing de cio en el sector outsourcing y ampliar ria a nivel local y “con la visión de crear procesos de negocio conocido nuestra cartera de servicios para adquirir una empresa global que diera cobertura como BPO con una estruc- nuevos negocios. Nos transformamos y a las necesidades de los clientes en el tura centralizada y así dar cobertura pasamos de ser una empresa monopro- ámbito nacional e internacional”, resala las necesidades de los clientes tanto ducto dedicada en exclusiva a la ges- tan desde la compañía. “Qipert adaptó a nivel comercial como operativo. “El tión documental hipotecaria, a ser una su modelo de negocio diversificando sus fin último era mantener el nivel de empresa multiservicio de BPO espe- servicios para cumplir con los objetivos calidad y eficiencia en la implemen- cializada en diferentes servicios”, añade. de sus clientes”, añaden. Dentro del plan estratégico Qipert 2016tación y desarrollo de los proyectos Entre ellos se encuentra la consultoría de externalizados por las entidades finan- procesos, el negocio hipotecario, admi- 2018, “se contempla ampliar negocio cieras”, explican desde el departamento nistración y comercialización de activos mediante un crecimiento orgánico e inorgánico que permita seguir aumentando la de Comunicación e Imagen de la com- inmobiliarios y servicios de BPO. pañía. El inicio de la crisis financiera en El origen de esta empresa está en cartera de clientes, adquirir nuevos nego-

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cios y abrir mercado hacia otros sectores no financieros. En lo que se refiere al personal, el crecimiento ha sido proporcional a la evolución del negocio. “En 2013 contábamos con 384 empleados, aumentado la plantilla en 2015 a 730 trabajadores. El 36% de la plantilla de Qipert se incorporó a lo largo de ese mismo año”, avanzan fuentes de la compañía. Sectores Qipert es empresa líder en el área financiera. “Dado que nuestro “core business” durante muchos años ha sido la gestión documental hipotecaria, nos ha permitido adquirir el conocimiento y experiencia para ampliar el negocio dentro del sector y convertirnos en socio de BPO de confianza de las principales entidades financieras para desarrollar sus proyectos de externalización y de expansión a otros países”. Los trámites de pre-firma, firma y post-firma son uno de los servicios más solicitados, junto con la administración y comercialización de activos inmobiliarios. Entre los clientes se encuentra Bankinter, CaixaBank, Deutsche Bank, BBVA, Banco Popular, Bankia, Banco Santander y Banco Sabadell, entre otros. Desde Qipert recuerdan que son varias las razones principales por las que las empresas deciden externalizar sus servicios y procesos. Entre las más importantes se encuentran “la transformación de costes fijos en variables, la especialización de los proveedores, la eficiencia operacional, la capacidad tecnológica, la flexibilidad y adaptabilidad a un cambio de estrategia y la apertura a nuevos mercados (internacionalización)”. La compañía cree que el mercado va hacia una permanente externalización de tareas “no clave” de las empresas para centrarse en la generación de nuevos productos. Crecimiento y expansión El importe de la cifra de negocio de Qipert UGH Global SLU, sociedad del grupo Qipert, en el ejercicio 2015 fue de 38,5 millones de euros, lo que representa un incremento del 24% sobre el año anterior. “El trienio 2013-2015 se ha caracterizado por un fuerte aumento de

los ingresos, centrando la organización y estructura en la gestión comercial y en la implantación de los nuevos servicios y procesos de trabajo”, según fuentes de Qipert. Para el plan estratégico 20162018, se prevé alcanzar los 100 millones de euros de facturación en base a “un crecimiento orgánico, potente y creíble, y, por supuesto, a uno inorgánico, estructurado con operaciones corporativas que nos hagan crecer en clientes, nuevos negocios y nuevos sectores”. El paso a Portugal surgió el año pasado en el proceso de acompañar como socio a un cliente actual “con el fin de desarrollar nuevos servicios en el ámbito internacional”. Para Qipert, “Portugal es un mercado objetivo por el alcance económico y sociocultural”. Desde la compañía afirman que el mercado luso “es muy similar al español con un potencial de crecimiento para las compañías españolas y portuguesas. Gran parte de nuestros clientes

demandan presencia en Portugal como objetivo clave en su estrategia empresarial y, por ende, buscan un socio con experiencia y capacidad operativa que lleve a cabo la implementación de sus proyectos de manera eficiente”. El plan estratégico de Qipert prevé expandir los servicios a nuevos negocios en el mercado portugués de la mano de sus clientes. “La gestión de los proyectos en Portugal nos va a permitir adquirir un conocimiento integral del mercado y adaptar nuestro modelo de negocio a las necesidades de los clientes para seguir generando productos de éxito. Por ello, las alianzas win-win con los clientes serán clave en nuestro plan de expansión”. Y teniendo en cuenta la diversificación geográfica de los clientes de Qipert en Latinoamérica y Centro Europa, “hemos abierto mercado en México con oficinas propias y contemplamos establecernos próximamente en destinos estratégicos para nuestros clientes en Europa”.  janeiro de 2017

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La moda low cost que triunfa en España llega al mercado portugués Ropa y accesorios elegantes y de calidad a un precio fijo de 25 euros. El grupo Top Queens se ha hecho un hueco en los armarios de los españoles y Portugal es una de las prioridades para la expansión del grupo.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

an pasado tan solo seis años desde que Johanna Manzanaro abriese su primera boutique Top Queens en el Centro Comercial Torre Golf de Alicante. Su concepto innovador de precio único de venta “Nice Price 25€” le permitió conseguir una cartera fiel de clientes en pocos meses y hoy podemos hablar de un grupo de 190 tiendas repartidas por el territorio español. También han dado el salto a Portugal e Italia. Para Carlos Campos, director de expansión del grupo Top Queens, “el tremendo crecimiento se ha debido principalmente a ofrecer un modelo de negocio excelentemente rentable. El funcionamiento de una tienda

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Top Queens es especial y por eso han sido muchos los inversores que han querido unirse al proyecto”. Cada boutique combina la elegancia del diseño del establecimiento con la magia de sus productos y sus renovaciones constantes en las colecciones, incorporando las últimas tendencias. “Han sido muchos los factores que han ayudado a que el crecimiento haya sido referencial. En cuanto al público final, ha sido primordial el concepto único y revolucionario del “nice price” con precios únicos garantizando una estupenda relación calidad/ precio”, explica a Actualidad€. Ya se habla de Johanna Manzanaro como la nueva Amancio Ortega, por su visión de negocio y expansión fugaz de

su marca. Proveniente de una familia holandesa de empresarios, desde muy joven ha estado vinculada a los negocios. Para este proyecto decidió ofrecer moda, calzado y complementos inspirados en las principales firmas internacionales. Después de triunfar con la línea de mujer Top Queens lanzó junto a su marido, Alfonso Bayón, otra para hombre, Nottingham, y están preparando una línea para niños. “La fecha prevista para las primeras inauguraciones es el mes de julio”, avanza Carlos Campos. La pareja “cuenta con una amplia experiencia en el mercado de la moda para niños”. Bayón procede del sector infantil, siendo hijo de empresarios importantes en este sector en el


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que ha desarrollado importantes tareas. incitando así al consumo impulsivo. “Unos orígenes que le han hecho prepa- La decoración del local evoca siempre rar con tenacidad este nuevo proyecto a una boutique de lujo y apuesta por la que además arranca con enorme for- atención personalizada de sus clientes. taleza, respaldado por el éxito de las Johanna recibe cada vez más pedidos anteriores insignias de la compañía”, para abrir nuevas franquicias que exisubraya el director de expansión. gen una inversión inicial de 75 mil euros más IVA, un valor que incluye el Motivos del éxito canon de entrada y el plan decorativo. Son varias las razones del éxito del grupo, entre ellas el precio único de Franquiciados las prendas y la buena localización de El perfil de los franquiciados es muy los locales. “Hay un precio único que variado y en muchos casos han apostado además es asequible. Un precio que está por este negocio personas sin expeal alcance de todos los públicos”, explica riencia previa en el mundo de la moda. Carlos Campos. Además ahora salen al Carlos Campos aclara que puede encamercado con un revulsivo como son las jar con su modelo de negocio “tanto un nuevas firmas que podrán encontrarse en perfil del autoempleo como el inversor. las tiendas Top Queens y Nottingham Sin embargo, el modelo ideal es el Club. “Se trata de colecciones exclusivas del autoempleo, ya que sabemos que a nuevos precios únicos de 15€ y 50€ con va a luchar con uñas y dientes por complementos maravillosos y vestidos o su negocio implicándose directamente trajes de diseños exclusivos”. y ejecutando nuestra política de funCada tienda elige qué colección com- cionamiento”. Pilar y Mariam Pérez prar, bajo el asesoramiento del equipo Navarro, hermanas, socias y buenas de profesionales, teniendo siempre en amigas, dejaron a un lado el mundo cuenta el perfil de su cliente. Las series bancario para embarcarse en esta nueva limitadas se renuevan semanalmente aventura. “Debido a la crisis o al rumbo

que está tomando la vida nos hicimos empresarias. Ahora sí que nos dedicamos a lo que realmente nos gusta”, explican. Han abierto tres tiendas, aunque en cada una de ellas se encuentra la línea de mujer y de hombre. Cuentan con un local en la calle Arenal, que es la central de España, de dos plantas, “donde vienen muchos famosos de televisión y se graba el programa Cámbiame”. Los comienzos fueron duros, mucho tiempo dedicado al negocio “lejos de nuestras familias y amigos”. Pero con el afán de superación y “ganas de hacer las cosas bien pudimos con todo”. Top Queens les ha permitido reinventarse y ser hoy empresarias de éxito. Y sobre las franquicias en Portugal el director de expansión del grupo asegura que una vez comprobado el funcionamiento de las primeras boutiques en suelo luso “estamos seguros de que el éxito será rotundo, así que la maquinaria está en marcha para llevar a cabo un crecimiento similar al que hemos experimentado en España. Se trata de una de nuestras prioridades y nuestro objetivo es que no quede una ciudad de Portugal sin una tienda Top Queens”.  janeiro de 2017

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La red de cámaras de comercio destinará 17,04 millones de euros a las pymes exportadoras El Plan Cameral de Internacionalización aprobado recientemente por el Pleno de la Cámara de Comercio, presupesta 17 millones de euros para apoyar a las empresas que busquen proyección internacional durante el 2017.

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Texto Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org Foto DR

n total de 17,04 millones de euros serán atribuidos a las pymes e xpor t adora s du ra nte el 2017 por la red de cámaras de comercio, a través del Plan Cameral de Internacionalización, aprobado por el Pleno de la Cámara de Comercio de España y presentado ante el Consejo Interterritorial de Internacionalización. El objetivo del Plan Cameral de Internacionalización consiste principalmente en promocionar la oferta de exportación de las

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pymes españolas en distintos países de los cinco continentes para reforzar la actividad comercial de las empresas en el extranjero. Su misión es apoyar a las pymes mediante 507 actuaciones con la meta de aumentar la base exportadora española y consolidar el proceso de internacionalización de las empresas nacionales a nivel global. El Plan lo componen: 350 acciones de promoción exterior, 115 actividades formativas y 42 de información. El 38% de las acciones van destinadas a la promoción de las pymes

dentro de la Unión Europea y el resto, a focalizar sus esfuerzos en otros países, entre los que destacan: Marruecos y Argelia en África; Chile, Colombia, Perú, Argentina y Brasil en América del Sur y Japón, Corea del Sur, Vietnam, India, Filipinas y China en Asia. En Centroamérica, Cuba es uno de los puntos fuertes dentro de la promoción exterior, concentrará el 59% del total de acciones en esta zona del continente. Un 28% en México y un 7% en Panamá. Además se reforza-


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rán las relaciones con Estados Unidos y Canadá. Arabia Saudí, Emiratos Árabes Unidos, Israel e Irán concentrarán la inversión que se realizará en Oriente Medio, siendo preferentes estos países en la zona. En la selección de estos mercados a nivel mundial, se ha priorizado a aquellos de difícil acceso y a los procesos comerciales que necesiten un soporte por parte de órganos facilitadores como las cámaras de comercio. Son un total de 84, las cámaras que colaboran en este plan con el soporte de la Secretaría de Estado, el ICEX y las Comunidades Autónomas. El Plan de Internacionalización consiste en gran medida en la ejecución de misiones comerciales, ferias internacionales y encuentros entre empresas españolas y extranjeras durante el año 2017. Asimismo, da gran importancia a la iniciación de pymes españolas en el comercio exterior mediante talleres y seminarios, cursos sobre fiscalidad y aranceles, gestión del comercio exterior o documentos import-export que conforman la oferta formativa de

la red de cámaras. Otra de las metas de este proyecto es fomentar la exportación y dar alas a aquellas empresas que quieran iniciarse en esta actividad económica mediante foros de sensibilización en temas de estudios de mercado, venta a mercados exteriores, bases de datos o publicaciones. Las acciones en Portugal En concreto, la Cámara de Comercio e Industria Luso Española con sede en Lisboa, se define como interlocutor y se encarga de las relaciones económicas y comerciales entre Portugal y España, “siendo una de las Cámaras españolas bilaterales en el exterior más dinámicas, con un importante número de miembros y peso institucional”. Dentro del Plan Cameral de Internacionalización actúa dentro de la Federación de Cámaras Oficiales de Comercio de España en Europa. Entre sus actividades, CCILE destaca “la implementación de proyectos de cooperación económica, técnica e industrial entre agentes económicos espa-

ñoles y portugueses, la divulgación de información de carácter económico y comercial, organización de misiones comerciales, organización de seminarios y conferencias, participación en certámenes feriales en ambos países y la implementación de un intenso programa de formación dirigido al colectivo empresarial”. A estas acciones se suman el desarrollo de diferentes eventos como los almuerzos empresariales de carácter mensual, recepciones, y torneos de golf y pádel y “un amplio abanico de servicios de apoyo dirigidos a las empresas como son secretariado, traducciones, recuperación de IVA, Centro de Arbitraje, bolsa de trabajo, biblioteca técnica…”. Su carácter bilateral con instituciones, públicas y privadas de ambos países y el contacto permanente con el tejido empresarial, motor de la actividad empresarial, la sitúan como eje fundamental de las relaciones económicas luso-españolas y como ejemplo potenciador de las empresas portuguesas y españolas exportadoras. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 janeiro Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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El Corte Inglés desenvolve serviço de entregas rápidas do Supermercado Online

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El Corte Inglés tornou-se o primeiro retalhista em Portugal a entregar as compras em menos de uma hora, com o serviço Click & Now. Os clientes desta empresa podem escolher de entre mais de 20 mil artigos e receber, no prazo máximo de uma hora, o seu pedido nas áreas de Lisboa, Gaia e Porto. “O Supermercado Online do El Corte Inglés já tinha inovado, quando em junho de 2015, lançou a primeira app de compras de alimentação online em

Portugal, então premiada como a melhor app de ecommerce do ano. Com este novo serviço, a equipa de projetos digitais do grupo El Corte Inglés – o mais mobile de todos os retalhistas em Portugal – volta a inovar e a surpreender os seus clientes, criando uma proposta de valor única, através de um serviço de qualidade associado agora também à rapidez do envio de produtos alimentares em menos de uma hora”, frisa a empresa. Para assumir este compromisso de rapidez com a mesma qualidade de “serviço a que os clientes estão habituados, a equipa de ecommerce, em conjunto com várias equipas das duas lojas, desenharam um projeto que implicou uma ampla reengenharia de vários processos internos, designadamente a loja online e a app do supermercado, o sistema de recolha de produtos na loja, o embalamento e a logística das entregas”. “Este serviço foi desenvolvido ao

longo dos últimos meses como um desafio para toda a equipa do El Corte Inglés em Portugal, que teve de unir esforços para melhorar os tempos de entrega normais, apesar de serem já os mais rápidos do mercado nacional. Para tornar o desafio ainda mais aliciante, a equipa definiu como objetivo atingir o serviço de entregas de alimentação mais rápido do mundo, com a mais ampla e variada oferta de artigos do país, mais de 20 mil referências disponíveis, mantendo o compromisso de garantia de frescura e qualidade dos produtos”, afiança a cadeia retalhista, que recentemente comemorou o seu 15º aniversário em Portugal (na foto, Ángel Vaca e Susana Santos, respetivamente, diretor geral e diretora de Comunicação da empresa). O Click&Now foi desenvolvido internamente pelo El Corte Inglés, devendo abranger cerca de um milhão de clientes de Lisboa, Gaia e Porto, nesta fase, mas é ambição da empresa assumir, em breve, as entregas a mais de um milhão e meio de clientes. O investimento para colocar em operação este serviço foi de cerca de meio milhão de euros. 

Iberia com nova classe “Turista Premium” A Iberia vai passar a oferecer um novo serviço comercial aos passageiros. Será uma nova classe e enquadra-se entre a executiva e a turística. A nova classe de passageiros da Iberia chama-se “Turista Premium” e os primeiros destinos a acolher esta categoria são Buenos Aires, Bogotá, Lima e Chicago. Desta forma, a companhia aérea pretende dar resposta a clientes que estão “dispostos a pagar um pouco mais por mais conforto e serviços a bordo e em terra”, afirma Marco Sansavini, director comercial, citado

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pelo “Expansión”. Quanto ao preço, o responsável afirma que tal será definido “destino a destino”, não tendo revelado mais pormenores. A data a partir da qual o serviço será comercializado também não foi revelada, com a transportadora aérea a garantir que o fará quando o serviço estiver disponível nos trajetos de ida e de volta. A companhia acredita que não há grandes riscos que os viajantes de classe executiva passem para a categoria “Turista Premium”, pelo que a nova modalidade de viajante atrairá “passageiros da categoria mais económica e

novos clientes”. O serviço “Turista Premium” inclui, entre outras vantagens, um espaço entre os lugares 20% superior quando comparado à classe económica, assentos mais largos, acesso a um ecrã de 12 polegadas e um serviço de alimentação mais personalizado e com os melhores produtos da época. Em termos de embarque, os passageiros da nova classe têm direito a levar uma mala extra, prioridade de embarque relativamente à classe turística, e ecrãs diferenciados no aeroporto de Barajas (Madrid). 


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Eagle F1 Asymmetric 3 da Goodyear eleito “Pneu do Ano 2016” em Espanha O júri convocado pela revista “Neumáticos y Mecánica Rápida” elegeu o Eagle F1 Asymmetric 3 da Goodyear como o “Melhor Pneu de Estrada do Ano”, em Espanha. Na XVII Edição de “Prémios Pneu do Ano”, promovida pela revista espanhola “Neumáticos y Mecânica Rápida”, o Eagle F1 Asymmetric 3 da Goodyear foi galardoado na categoria de Pneus de Estrada, a mais disputada de todas, que contou com um total de 12 candidatos. O Prémio de Pneu do Ano da revista “Neumáticos y Mecânica Rápida” é um dos prémios anuais mais reputados da indústria automóvel, no qual oficinas, distribuidores, leitores e imprensa especializada votam nos melhores pneus dos últimos meses.

Este reconhecimento destaca o trabalho da Goodyear no que diz respeito ao desenvolvimento da gama Eagle F1, focada em obter as melhores prestações ao nível do freio, resposta e controlo, tanto em piso seco como em condições de chuva. Com o Eagle F1 Asymmetric 3, a Goodyear procurou otimizar o pneu e dotá-lo de um rendimento e nível de segurança extraordinários, o que o converteu na melhor opção Premium da marca. “A conquista deste prémio representa o reconhecimento do trabalho realizado pela Goodyear para colocar no mercado um produto que se torne no melhor

aliado dos condutores, ajudando-os a manter o controlo do veículo e a desfrutar da viagem. O júri do Prémio Pneu do Ano aplaudiu os excelentes resultados do pneu no teste de freio, um ponto fundamental para os consumidores, especialmente importante para os condutores de carros de altas prestações”, comenta Alberto Villarreal, Diretor de Marketing da Goodyear Dunlop Iberia. O Eagle F1 Asymmetric 3 assume assim o legado dos seus antecessores, o Eagle F1 Asymmetric 2 e o Eagle F1 Asymmetric, que em 2011 e 2008, respetivamente, receberam o mesmo prémio. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Sofitel Lisbon Liberdade recibe el certificado “Welcome Chinese”

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l Sofitel Lisbon Liberdade es uno de los primeros hoteles en Portugal en obtener el certificado Welcome Chinese, atribuido por la China Tourism Academy.

Gracias a este distintivo el hotel de cinco estrellas del Grupo AccordHotels se transforma en una opción muy atractiva en el centro lisboeta para los turistas chinos. Su objetivo es lograr la certificación de plata en 2017. Para ello, facilitará la recepción de los huéspedes mediante la formación del personal en chino mandarín, a cargo del instituto COTRI (China Outbound Tourism Research Institute), representado en Portugal por la consultora Edeluc. Domic Arel, director general, explica que el Sofitel Lisbon Liberdade tiene gran experiencia

en el sector hotelero y en la recepción de clientes internacionales. Su filosofía es “Feel Welcome”, hacer sentir al visitante como en su propia casa, en especial a aquellos visitantes del mayor emisor de turistas del mundo, China. Con este certificado se convierte en un referente en Lisboa. A nivel internacional, son más de 600 las entidades que poseen la certificación Welcome Chinese. Ésta permite a los turistas chinos identificar fácilmente las empresas que presentan un servicio que satisfaga sus necesidades específicas. Las empresas que obtienen este reconocimiento gozan de mayor visibilidad en el mercado chino, que gracias a esta distinción, se convierten en destino predilecto por los turistas del gigante asiático. 

Grupo Odisseias lanza un nuevo portal de venta digital de moda y decoración E l portal www.zori.pt es una nueva página web dedicada a la venta online de moda y hogar, creada por el grupo Odisseias. En agosto del año pasado, mes del lanzamiento de este proyecto, Zori obtuvo 200 mil registros directos de clientes que accedieron al portal digital. Vestuario, cosmética, accesorios, calzado, perfume, decoración y ocasionalmente tecnología forman la oferta de la plataforma que realiza entregas a domicilio o en las tiendas Odisseias.

Tiene en sí el fin de ser un escaparate para las firmas más pequeñas que surjan en el mercado, además de informar sobre las últimas tendencias de las grandes marcas nacionales e internacionales. Francisco Correia, director general de Zori, comenta que es un sector en acentuado crecimiento y que buscan satisfacer a un público cada vez más interesado en este formato, verificado con un feedback muy positivo en las redes sociales.  Textos Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org Fotos DR

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BPI Capacitar distingue 19 projetos para apoiar pessoas com deficiência A

No âmbito da 7ª edição do Prémio BPI Capacitar, o BPI entregou 700 mil euros a 19 instituições que apoiam projetos que promovem a melhoria da qualidade de vida e a inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade permanente. O primeiro prémio foi entregue, exaequo, à Associação Oncológica do Alentejo - AOAL e à Fundação Afid Diferença. O BPI distinguiu ainda outras 17 instituições com menções honrosas. Das 305 candidaturas recebidas, o júri analisou e selecionou os projetos que considerou mais sustentáveis, inovadores e com maior impacto social. A Associação Oncológica do Alentejo (AOAL) vai criar uma unidade móvel para apoio ao domicílio a doentes onco-

lógicos que vivam em situação de isolamento. O projeto tem como objectivo disponibilizar cuidados de saúde, como fisioterapia e apoio psicológico, com uma periodicidade semanal. Por seu lado, a Fundação Afid Diferença, na Amadora, irá levar a cabo um projeto de apoio à família, através da criação de um programa de acolhimento aos fins-de-semana para pessoas com deficiência intelectual, ajudando a promover a sua autonomia e a apoiar os seus cuidadores. Além dos primeiros prémios, o BPI Capacitar distinguiu ainda 17 instituições: ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, APCV – Associação de Paralisia Cerebral de Viseu, APERCIM - Associação Para a Educação e Reabilitação de Cidadãos

Inadaptados de Mafra, APPACDM de Lisboa, APPACDM do Porto, APPDA Coimbra, Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real, Associação Portuguesa de Fibrose Quística (APFQ), Associação Recreativa Cultural e Social de Silveirinhos, Associação Salvador, AVAL - Associação Voleibol do Alentejo e Algarve, Cercipeniche - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados, Dançando com a Diferença, Focus, Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Alfândega da Fé, Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, Voarte. O BPI Capacitar, tal como os Prémios BPI Seniores e BPI Solidário, insere-se na política de responsabilidade social do banco. Em 2016, os três prémios atribuíram, em conjunto, um donativo total de dois milhões de euros. 

Eurest apoiou Dia Mundial da Alimentação B olo de chocolate com feijão, pataniscas de legumes, bolinhos de casca de batata e almôndegas de grão de bico são apenas algumas das receitas que poderá encontrar no e-book publicado pela Eurest, para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, que decorreu no passado dia 16 de outubro. A publicação deste e-book com 36 receitas, disponível em http://tiny.cc/ jnlrnx, é um marco para a Eurest, uma vez que assinala a implementação e consolidação de três grandes projetos idealizados pela Empresa: Choose Beans, Choose Veg e Aproveitamento Integral de Alimentos. Estes projetos, já premiados nos Nutrition Awards e Green Projects Awards, destacam os vários benefícios do consumo de vegetais, de leguminosas e da utilização dos alimentos na sua totalidade (talos, cascas, sementes), não só para a saúde, como também em termos ambientais e económicos. Com o objetivo de sensibilizar para a importância deste tipo de alimentação, a

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Eurest afixou cartazes nas suas unidades que convidam todos os Consumidores a fazerem download do e-book de receitas saudáveis e sustentáveis, testadas e recolhidas junto das equipas das diversas unidades da Eurest.

Enquanto fornecedor de cerca de 28 milhões de refeições por ano, a Eurest sabe que tem um papel ativo na educação alimentar e acredita que é possível conciliar os temas sociais e ambientais com as questões económicas. 


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Voluntários da Corticeira Amorim plantam 2.000 sobreiros em Mora N uma iniciativa conjunta, 80 voluntários da Corticeira Amorim vão plantar 2000 sobreiros em Mora, com o apoio da Quercus. A ação teve lugar no passado dia 12 de novembro, na Herdade da Barroca, na Freguesia da Pavia, uma propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Mora. Promovida pelos voluntários da Corticeira Amorim, no âmbito do Programa Escolha Natural da empresa e à luz do Projeto Floresta Comum, da Quercus, esta nova reflorestação resultará num total de 15500 árvores autóctones plantadas em Portugal, especialmente sobreiros, desde 2011. Como habitual, os sobreiros foram cedidos pelo Projeto Floresta Comum, mas desta vez a plantação tevelugar na região do Alentejo, uma das áreas do país onde se encontra uma grande mancha de florestas de sobro e onde aquela que é a Árvore Nacional de Portugal encontra condições ideais de

sobrevivência. Portugal é líder mundial em termos de área de florestas de sobreiros, que estão distribuídas pela Bacia Ocidental do Mediterrâneo e que desempenham um papel muito relevante em termos de retenção de CO2 (estudos recentes apontam para uma capacidade de absorção que pode atingir 14,7 toneladas por hectare/ano), na regulação do ciclo hidrológico, fomentando simultaneamente uma biodiversidade de importância equiparada a regiões como a Amazónia, o Bornéu ou a savana africana.

A Corticeira Amorim é parceira do Projeto Floresta Comum desde o lançamento da iniciativa, apoiada pelas receitas do programa de reciclagem de rolhas Green Cork, que revertem na totalidade para o financiamento da preservação da floresta autóctone portuguesa. 

Prio investe na recolha de óleos usados C om um investimento de três milhões de euros, a Prio tornase no principal coletor de óleos alimentares usados no mercado português, onde espera recolher, após uso, cerca de 30% dos 110 milhões de litros de óleo alimentar vendidos anualmente. Esta é uma importante aposta da empresa 100% portuguesa, que arranca já no próximo mês, e que vai permitir gerar matéria-prima, que irá beneficiar a cadeia de valor integrada da indústria dos biocombustíveis. “O biodiesel tem vindo a ser cada vez mais encarado como uma ferramenta de redução de CO2 e tem vindo a assumir uma importância crescente na promoção da sustentabilidade, em Portugal e no restante espaço comunitário. Na PRIO estamos presentes em toda a cadeia de valor dos

biocombustíveis, pois acreditamos que esta é a melhor forma de garantir a elevada qualidade dos combustíveis distribuídos, diminuindo, ao mesmo tempo, o seu impacto no meio ambiente. Este é mais um passo nesse sentido”, refere Pedro Morais Leitão, CEO da Prio. Este é um investimento para os próximos quatro anos, estando previsto ficar concluído em 2020 e que arranca no próximo mês, com a instalação de cinco unidades de recolha avançadas e 45 unidades tradicionais. Em 2017, a Prio espera instalar 50 oleões avançados e 50 tradicionais. 2018 terá um aumento considerável, com 150 unidades de recolha avançadas e 150 tradicionais. 2019 e 2020 já serão exclusivamente dedicados às unidades avançadas, com a instalação de 200, por ano.

“Hoje a PRIO é a empresa que, a nível nacional, maior quantidade de biodiesel exporta e também aquela que transforma em biocombustível a maior quantidade de resíduos, dando um importante contributo ao desenvolvimento nacional da economia “circular”, uma evolução da atual economia “linear”, no sentido de uma maior reciclagem. Caso o enquadramento regulamentar nacional continue a incentivar a utilização de óleos alimentares usados na produção de biodiesel de acordo com as diretrizes europeias, esperamos, com este investimento, ser líderes na recolha de óleos alimentares usados no mercado português”, acrescenta Nuno Correia, Administrador da PRIO com o pelouro dos Biocombustíveis e Sustentabilidade. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR janeiro de 2017

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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Foto Carlos Sánchez-de la Flor

Vodafone Portugal acoge el laboratorio para el desarrollo de la televisión de última generación

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l grupo Vodafone selecciona a su filial portuguesa para la creación de un laboratorio formado por ochenta ingenieros que se encargarán del desarrollo y gestión de la “Telvisión del Futuro”. El Centro de Competencias desarrolla una actividad de evolución dentro del sector para los diferentes mercados donde opera la marca y ya poseen oferta televisiva: España, Portugal, Rumania, Irlanda, Grecia, Alemania, Holanda y Nueva Zelanda, con el fin de llegar al resto de países con una nueva

tecnología del campo televisivo. TV Hub, fue inaugurado el 10 de octubre en Lisboa por el Secretario de Estado de Infraestructuras, Guilherme d´ Oliveira Martins, junto a otros representantes como Mário Vaz, Administrador Delegado o Luis Lopes, Unified Communications Group Director de Vodafone. Mário Vaz afirma que “al conseguir atraer el tercer Centro de Competencias para el territorio portugués, Vodafone Portugal se afirma como una referencia en el

grupo y refuerza su contribución en la riqueza de el país”. Vodafone TV establece su punto fuerte en los procesos de convergencia que a día de hoy llevan a cabo los medios de comunicación y busca sacar el máximo provecho al multiscreen o pantalla multiple. Servicios como el catch up o posibilidad de ver en diferido los programas televisados y la personalización de los contenidos con MyTv, se unen a servicios como la plataforma Netflix que completan la experiencia individualizada. 

Prosegur “lidera la transformación digital en el sector de la seguridad privada” “A unque sabemos que operamos en un sector conservador, la tendencia actual vira hacia la integración de las nuevas tecnologías en los procesos de negocio. Para llevar a cabo nuestra misión de velar por la seguridad de nuestros clientes en un mundo cada vez más conectado, tuvimos que desarrollar habilidades digitales”, afirma João Gaspar da Silva, director general

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de Prosegur. Declara aún que “Prosegur lidera la transformación digital en el sector de la seguridad privada”. Prosegur incluye en su servicio tanto seguridad física como cibernética con la tecnología adaptada a la nueva realidad. Gaspar da Silva subraya que “quieren colaborar con las organizaciones que lideran la transformación digital en la economía portuguesa”.

El evento Prosegur Soluções Integradas 2016, trató la aplicación de la tecnología en la seguridad privada. 150 directivos y profesionales pudieron compartir la visión de profesionales como Sofia Tenreiro de Cisco, Domingos Soares Oliveira del SLB, João Sousa de PT y Ricardo Acto del Rock in Rio en el reto que supone la seguridad en un mundo digitalizado. 


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Visita do rei de Espanha reforça relações institucionais com Portugal Foto Sandra Marina Guerreiro

O bom momento das relações institucionais entre Portugal e Espanha ficou patente na visita oficial que fizeram a Portugal o rei espanhol, Felipe VI, e a rainha Letizia, entre os dias 28 e 30 de novembro último. Os reis visitaram as cidades de Lisboa, Porto e Guimarães, no âmbito de múltiplos eventos que marcaram a agenda oficial da visita, que incluiram nomeadamente uma sessão na Assembleia da República, na capital portuguesa. Numa das cerimónias em que estiveram presentes, e que se destinava a distinguir a comunidade espanhola residente em Portugal (na foto), o rei Felipe VI sublinhou o papel desenvolvido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, referindo que "desempenha um importantíssimo trabalho a nível da promoção e desenvolvimento das relações económicas e comerciais entre Portugal e Espanha, e que é uma plataforma essencial nas ligações" entre os dois países. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org, com Fotos DR

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ordialidade, entusiasmo e simpatia marcaram a visita oficial dos reis de Espanha, Felipe VI e Letizia, a Portugal, assinalando o bom momento das relações institucionais entre os dois países. Na sua primeira deslocação oficial a Portugal desde a coroação de Felipe, há dois anos e meio, os monarcas participaram em numerosos atos e cerimónias com diversos representantes institucionais portugueses, que se repartiram entre Guimarães, Porto e Lisboa, entre 28 e 30 de novembro passado. A visita terá reforçado as ligações de amizade entre os dois estados vizinhos, como assinalou o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu discurso proferido no jantar de gala oferecido aos monarcas espanhóis, no passado dia 28 de novembro, em Guimarães. Para o chefe de Estado português, a visita dos monarcas "é uma mostra de grande solidariedade e afeto institucional, e ainda pessoal" para com o Presidente da República, nomeadamente depois de terem marcado presença na cerimónia da tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, a 9 de março de 2016. Sublinhando que "o estado atual das relações entre Portugal e Espanha é excelente", o Presidente da República português destacou a cooperação não só institucional entre ambos os governos, como a nível económico, científico e académico. "Convergimos politicamente na Europa", bem a nível mundial, como ficou patente com a recente unidade dos dois países em torno da eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU, salientou ainda Marcelo Rebelo de Sousa na receção em Guimarães. Também o rei de Espanha, Felipe VI, fez questão de sublinhar, ao longo dos três dias da sua visita,

a sua satisfação pelo bom relacionamento existente entre os dois países vizinhos e o desejo de que seja reforçado em algumas áreas, nomeadamente a nível empresarial, por parte das empresas portuguesas e espanholas. Ao discursar na Assembleia da República (AR), numa sessão solene a assinalar a visita de Estado dos monarcas espanhóis a Portugal, Felipe VI lembrou a celebração, em 2016, do 30º aniversário da adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE) dos dois países e

O chefe de Estado espanhol foi recebido por diversos órgãos institucionais, ao longo dos três dias da sua visita a Portugal, tendo salientado o bom relacionamento atual entre os dois países sustentou que a Europa "é o nosso berço e o nosso destino comum". "Para ambos os países, a incorporação no projeto de integração europeu pôs em marcha um dos motores que mais promoveram o nosso progresso económico e desenvolvimento social". O mesmo é válido para a NATO e para as Nações Unidas, aproveitando então para destacar a eleição de António Guterres – "o melhor candidato", como afirmou –, conseguida com o "ativo e entusiasta apoio de Espanha a partir do Conselho de Segurança". Também o presidente da

Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, destacou o passo comum dos dois países numa União Europeia, a que deixou muitas críticas por algumas posições recentes, nomeadamente na gestão da crise dos refugiados. Incentivo a uma maior "cooperação empresarial" de âmbito ibérico A visita real, que se iniciou no dia 28 de novembro, no Porto, foi marcada por diversas iniciativas de caráter institucional. Na visita ao Porto (foto na pág. 43, em baixo), o presidente da autarquia, Rui Moreira, entregou as Chaves da Cidade a Felipe VI, ato que nunca tinha assumido no seu mandato e que explicou: "Se é de uma relação familiar que falamos devemos, sem medo, assumir quais os nossos valores e património comuns e trabalhar arduamente na sua defesa", disse, esclarecendo que não encontrou melhor forma de vincar esses laços familiares do que a entrega das chaves. Felipe VI agradeceu, também de forma afetuosa, falando algumas frases em português, para mostrar o seu "reconhecimento e admiração pela impressionante transformação que houve no Porto nos últimos anos", sublinhando a modernização da cidade, e salientou ainda o papel da Universidade do Porto e do seu Parque de Ciência e Tecnologia, que a tornam “uma cidade empreendedora por excelência” e contribuindo para a sua dinamização económica. “É notável a grande quantidade de centros de investigação públicos e privados com sede no Porto, que têm acordos nas mais diversas instituições espanholas e internacionais” e o aumento “espetacular do turismo”, com destaque para a oferta gastronómica e vinícola, como o Vinho do Porto, destacou JANEIRO DE 2017

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grande tema gran tema

Rei destaca papel de instituições como a CCILE Salientou, assim o "afeto muito especial e grande para com este país", quer por acolher a comunidade empresarial espanhola ali presente na Embaixada, como pelos laços históricos da família real com o país ibérico vizinho. Felipe VI recordou a última visita que fez a este mesmo palácio, há quatro anos e meio, acompanhado da mulher, então ainda como príncipes, para destacar esta "primeira visita de Estado como reis, que aconteceu graças ao convite do Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa", a qual pretende "contribuir para que os vínculos de amizade e cooperação entre ambos os países sejam ainda maiores" e disse desejar que "estes se continuem a reforçar". Na visita de 2012, os dois países ibéricos atravessavam então uma forte crise económica, que está a ser suplantada, sendo de destacar que "o aprofundamento das nossas trocas económicas, comerciais, culturais e educativas constitui a melhor maneira para contribuir para a consolidação da recuperação,

da criação de emprego e para a sustentabilidade do modelo social que partilhamos", salientou o rei espanhol. No discurso introdutório que proferiu na Embaixada de Espanha, Felipe VI elogiou ainda o trabalho e o papel que têm diversas instituições no fortalecimento das relações ibéricas, salientando, a nível económico-empresarial, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, que "desempenha um importantíssimo trabalho a nível da promoção e desenvolvimento das relações económicas e comerciais entre Portugal e Espanha, e que é uma plataforma essencial nas ligações" entre os dois países. Outras instituições de origem ou base espanhola presentes em Portugal referidas pelo rei foram a Associação das Mulheres Profissionais Espanholas em Lisboa, que apoia a integração profissional das mulheres em Portugal, o Instituto Espanhol e o Instituto Cervantes no âmbito da difusão da língua e da cultura espanholas, a Sociedade Espanhola de Beneficência e o Centro Galego.

Fotos Sandra Marina Guerreiro

Uma das apresentações em que os monarcas espanhóis participaram, na sua visita oficial a Portugal, foi a receção oferecida pelo embaixador Juan Manuel de Barandica, no Palácio de Palhavã, em Lisboa, em que puderam estar em contacto muito estreito com a comunidade espanhola residente em Portugal. Foi uma receção cordial e quase informal, em que Filipe VI e Letizia trocaram impressões com centenas de conterrâneos e ainda com outros convidados, com relações próximas com o país vizinho. A receção começou com um discurso de Felipe VI de Espanha, em que partilhou a "alegria" de estar em Portugal, que embora não sendo um país desconhecido para o casal real, dado que visitam o país com frequência, esta "primeira visita de Estado a Portugal" representa sempre um motivo de "celebração". E agradeceu o "trabalho desenvolvido pela comunidade espanhola" representada na Embaixada e que tem contribuído para reforçar as "ótimas relações entre os dois países irmãos e vizinhos".

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gran tema grande tema

Na cidade "berço" da nação poro monarca, no seu discurso na tuguesa, Felipe e Letizia fizeram Câmara Municipal do Porto. Os monarcas uma homenagem ao primeiro rei O primeiro dia da visita termide Portugal, Afonso Henriques, nou mais a norte, com Marcelo espanhóis junto à estátua do mesmo. Rebelo de Sousa a oferecer aos receberam as No seu segundo dia de visita monarcas espanhóis um jantar a Portugal, Felipe VI e Letizia no Paço dos Duques de Bragança, Chaves da Cidade visitaram o Parque de Ciência em Guimarães, mas antes a comido Porto e de e Tecnologia da Universidade do tiva real visitou a exposição na Porto (UPTEC) e o Instituto de Fundação de Serralves do artista Lisboa e visitaram Investigação e Inovação em Saúde catalão Joan Miró, uma importanintituições de (I3S), almoçando no Palácio da te coleção de arte que recentemente Bolsa, na sede da Associação foi inaugurada no Porto (ver edição caráter cultural, Comercial do Porto, com cerca de da Actualidad€ nº 233). "Alegracientífico e duas centenas de pessoas, entre nos que a obra de Joan Miró, com empresários portugueses e espaesta exposição e graças ao esforço académico nhóis, autarcas, representantes do de muitas pessoas, sirva para formundo académico, entre muitas talecer os laços entre os dois países, assim como trazer o nosso olhar e sidente da AR, Ferro Rodrigues, outras personalidades. Neste evento, Felipe VI elogiou sentimento mediterrânico”, salien- a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, o bispo de Braga, Jorge "o esforço, a tenacidade e o sacritou Felipe VI. Entre as individualidades que esti- Ortiga, o reitor da Universidade fício" demonstrados pela comunveram presentes no jantar de gala, do Minho, António Cunha, assim dade empresarial dos dois países, podem destacar-se o primeiro como militares de Portugal e de que permitem agora "começar a vislumbrar o fim da crise económiministro, António Costa, o pre- Espanha, entre outros. JANEIRO DE 2017

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grande tema gran tema

ca" e destacou as possibilidades de Marcelo Rebelo de Sousa. Este cooperação entre empresas portu- lembrou que Espanha é o "pringuesas e espanholas em "mercados cipal investidor em Portugal e o terceiros". Destacou ainda o forte principal destino" das exportações crescimento das relações económi- nacionais, numa "interdependência cas, comerciais e empresariais entre e interrelação económica únicas" os dois países ibéricos nos últimos na União Europeia. 30 anos. Depois de um dia repleto de Também Rui Moreira defendeu o compromissos oficiais entre Porto "reforço do relacionamento" empre- e Lisboa, os reis jantaram na capisarial entre Portugal e Espanha, no tal, no Palácio das Necessidades, mesmo evento, que foi presidido na companhia de António Costa pelo chefe de Estado português, e de outras individualidades. 42 ACT UALIDAD€

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Passado histórico recordado em Lisboa Uma das cerimónias mais importantes, a nível institucional, foi, sem dúvida, a sessão solene de boas-vindas ao rei e rainha espanhóis, que se realizou na AR, no último dia da visita a Portugal, e onde Felipe VI discursou, uma ocasião especial, já que foram poucos os chefes de Estado estrangeiros, até agora, a fazê-lo. Após o ato cerimonial na casa da democracia portuguesa, os reis seguiram para a residência do embaixador de Espanha em Lisboa, no Palácio de Palhavã, para uma receção com a comunidade espanhola residente em Portugal (fotos nas págs. 38 e 40). De destacar ainda a ida aos Paços do Concelho, em Lisboa, onde os monarcas foram recebidos com honras militares (foto ao lado) e a sessão solene, no segundo dia da visita, onde Felipe VI recebeu as Chaves da Cidade e assinou o Livro de Honra (fotos nas págs 41 e 43), sublinhando a "secular relação de proximidade e boa vizinhança" entre Portugal e Espanha. Foi assim "em tempos difíceis para as duas nações" e foi-o também para a própria família real espanhola, sublinhou o monarca (recorde-se que Juan Carlos, pai do atual rei, esteve exilado em Portugal durante a ditadura de Franco). Uma "amizade indestrutível" e que foi já anteriormente testemunhada, no mesmo Salão Nobre dos Paços do Concelho, quer por Juan Carlos, quer pelo bisavô Afonso XIII, em 1903, lembrou ainda Felipe VI. No seu discurso, em que as frases de abertura foram proferidas em português, o rei de Espanha destacou – como já tinha feito no Porto – as "grandes transformações" da capital portuguesa, nos últimos anos, e que têm contribuído para que Lisboa se consolide como uma "grande capital europeia, aberta e


gran tema grande tema

e caímos quando nos fechámos", afirmou Fernando Medina, que deixou "uma palavra particular de reconhecimento" a Felipe VI, pelo "cuidado e afeto que tem colocado na relação com Portugal". A visita de três dias terminou com a deslocação dos dois monarcas à Fundação Champalimaud, em Belém.

Recorde-se que as boas relações entre os dois chefes de Estado português e espanhol têm sido uma constante. Depois de Felipe VI ter estado na tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, este, quando esteve em Madrid, convidou os reis de Espanha a visitar Portugal. Os dois chefes de Estado encontraram-se pela última vez em setembro, em Nova Iorque, na sede das Nações Unidas, onde participaram na 71.ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Além do tom afetuoso que marcou os discursos proferidos durante a estadia dos reis de Espanha em Portugal, estes contaram sempre com o bom acolhimento e o aplauso de centenas de populares, nas várias ruas por onde passaram.  Foto Miguel Nogueira

cosmopolita". E apontou a conferência de caráter tecnológico Web Summit, que se realizou no início de novembro, como o exemplo de uma Lisboa "moderna, inovadora e competitiva". Já o presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina, apontou os passos que os dois países podem dar para uma "construção conjunta do futuro", seja a nível de investimento empresarial, seja no comércio bilateral, ou ainda a nível do turismo. Mas também na "reconstrução do projeto europeu", através de uma "agenda reformista que responda às consequências da crise financeira, ao imperativo civilizacional de salvar os refugiados". Para o autarca, Portugal e Espanha têm um "papel central" no debate que se trava atualmente entre a "tolerância e o ostracismo" porque "melhor do que outros entendem o valor da abertura e do cosmopolitismo". "Na história, fomos grandes quando nos abrimos,

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Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

Aquaris U es la nueva gama de la empresa española de móviles BQ

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n el siglo XXI se podría decir que los teléfonos móviles son una extensión de la anatomía humana, omnipresentes, no dejan vivir al ser

humano sin su función comunicativa. La tecnología avanza a pasos agigantados en el sector de la telefonía móvil. Las empresas siguen su avance en las mejoras de diseño y especificaciones como en el caso de la empresa de tecnología BQ que presentó en el mes de diciembre su nueva gama de teléfonos móviles bajo el nombre Aquaris U. “Para todos. Para todo” es el eslogan de la marca española BQ, la cuál continua con su filosofía “democratizar la tecnología” en esta nueva gama de productos. Concepto que va asociado al término “Do it yourself” o DIY y que persigue hacer más cercana la era digital. Aquaris U, Aquaris U Plus y Aquaris U Lite conforman la nueva gama de BQ. Rodrigo del Prado, director general adjunto de BQ, explica que

“nuestro objetivo es cambiar la tecnología en una herramienta accesible para todos. Este es el pensamiento que fundamenta nuestro trabajo en los nuevos modelos. Queremos que todas las personas puedan acceder a un smarthphone sin renunciar al diseño y a las mejores especificaciones”. La popularidad de compartir las fotografías en Instagram, los videos en Snapchat, nuestra historia en Facebook y acompañar nuestras noticias de contenido multimedia en Twitter, hacen que la gran apuesta de BQ en estos dispositivos móviles siga siendo la fotografía: instantáneas más reales que se pueden guardar en formato RAW para poder ser editadas manualmente y mejor resolución en la grabación de movimientos. 

Aicep Global Parques lanza buscador de localizaciones de negocio G lobal Find es un motor de búsqueda de localizaciones para proyectos empresariales en Portugal, desarrollado por Aicep Global Parques, cuyo objetivo es facilitar la información sobre espacios geográficos disponibles para crear y desarrollar una empresa en el territorio luso atendiendo los criterios e intereses del cliente. Esta herramienta está disponible en la página web globalfind.globalparques. pt en portugués e inglés. El upgrade permite nuevas formas y soportes para realizar una búsqueda más activa en los núcleos empresariales o fuera de ellos en los municipios, con la colaboración de las entidades gestoras. “Nuestro objetivo es situar a Portugal como destino de inversión. La nueva actualización de Global Find pretende

cubrir las necesidades de los decisores de localización de inversión y, paralelamente, permitir que los gestores de las áreas de localización empresarial puedan fomentar su oferta”, Francisco Mendes Palma, CEO de Aicep Global Parques. Francisco Mendes destaca la importancia de la colaboración de sus socios para que la nueva plataforma sea difundida. El objetivo es dar una cobertura total a nivel nacional, mediante links directos desde sus portales web. El CEO de Aicep Global Parques afirma que su estrategia publicitaria se basa en

dar a conocer la herramienta de búsqueda mediante un “roadshow” a través de las Comunidades Intermunicipales y con el apoyo de la Asociación Nacional de Municipios. 

Textos Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org Fotos DR janeiro de 2017

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados(I)

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m abril de 2016, foi publicado o novo regulamento europeu relativo ao tratamento de dados pessoais. Este regulamento vem impor uma mudança de paradigma no que respeita à proteção de dados pessoais e obrigará a grandes alterações a nível nacional. É essencial que as empresas portuguesas iniciem, quanto antes, o processo de adaptação para poderem cumprir com as exigências desta nova disciplina comunitária e que esperamos poder analisar com mais detalhe nos artigos que se seguem sobre esta temática.

os Estados-membros, é já indicativo da importância da mudança que se quis implementar com esta nova disciplina. A Diretiva 95/46/EC, de 24 de outubro foi transposta para cada um dos Estados-membros através de legislação nacional que criou discrepâncias, consequência natural da sua adaptação às realidades nacionais. No entanto, a partir deste Regulamento, os dados pessoais serão objeto de igual proteção em toda a União Europeia, reduzindo-se a liberdade de decisão dos Estados-membros nesta matéria e assegurando-se uma completa harmonização legislati1. RGPD va que deverá, a final, beneficiar Em abril de 2016, foi publicado a livre concorrência. o Regulamento (UE) 2016/679, Após uma leitura mais atenta do de 27 de abril, relativo à prote- novo Regulamento Geral sobre a ção das pessoas singulares no que Proteção de Dados, percebemos diz respeito ao tratamento de que a sigla RGPD será, muito dados pessoais e à livre circulação em breve, parte do vocabulário desses dados e que se designa comum de todas as empresas por Regulamento Geral sobre a europeias. Proteção de Dados (RGPD). Este Regulamento vem impor 2. Calendário uma mudança de paradigma no O RPGD será aplicável ao traque respeita à proteção de dados tamento de dados pessoais efetupessoais, revogando a Diretiva ado no contexto das atividades 95/46/EC, de 24 de outubro, de um estabelecimento de um com efeitos a 25 de maio de 2018. responsável pelo tratamento ou Esta Diretiva havia sido transpos- de um subcontratante situado ta para o ordenamento jurídico no território da União, indepenportuguês através da nossa Lei de dentemente de este tratamento Proteção de Dados Pessoais, a Lei ocorrer dentro ou fora da União, n.º 67/98, de 26 de outubro, cuja a partir de 25 de maio de 2018. atual redação resulta da Lei n.º Uma vez que o RGPD entrou 103/2015, de 24 de agosto. em vigor em 24 de Maio de 2016 A publicação do Regulamento, (no vigésimo dia seguinte ao da vinculativo e uniforme para todos sua publicação), foram conce-

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Por Lídia Ribeiro Silvestre*

didos dois anos para a implementação de todas as medidas necessárias ao cumprimento do novo diploma. Considerando o novo quadro sancionatório decorrente do RGPD, compreende-se o período estabelecido para permitir às empresas adaptar os seus procedimentos e condutas. Apesar de ser consensual o entendimento de que o RGPD não representa uma grande revolução no que respeita ao teor dos deveres e obrigações dos responsáveis pelo tratamento, será necessário adaptar as empresas, os seus colaboradores, as suas políticas e os seus procedimentos às exigências renovadas do novo Regulamento. Neste sentido, aconselhamos todas as pessoas singulares e coletivas que sejam responsáveis pelo tratamento de dados pessoais que iniciem, o quanto antes, os processos necessários à adaptação ao RGPD. 3. Quadro sancionatório Uma das principais inovações do RGPD e que tem alimentado a preocupação crescente com a temática da proteção dos dados pessoais é o novo quadro sancionatório, que prevê coimas de valor bastante elevado. O valor previsto para as coimas pode ir até aos 20 milhões de euros ou até 4% do seu volume de negócios anual a nível mundial, o que é significativamente mais elevado do que o valor máximo previsto no Regime


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Geral das Contraordenações, que é de 44.891,81 euros. Cumpre referir que esta disparidade de valores, bem como o intervalo significativo entre os valores mínimo (zero) e máximo (20 milhões de euros) das coimas previstas, têm levantado algumas dúvidas quanto à constitucionalidade deste regime, em termos orgânicos e da efetiva determinabilidade do valor da coima. 4. Mudança de paradigma a nível nacional A alteração que, porventura, terá mais impacto na vida das empresas portuguesas será o fim das notificações de tratamento de dados pessoais à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD). Efetivamente, o RGPD vem

prever a completa autorregulação em matéria de proteção de dados, pelo que o governance e o compliance nesta matéria terão, necessariamente, de substituir as iniciativas de carácter meramente administrativo que caracterizaram, até agora, o setor da proteção de dados pessoais. Por outro lado, e como já foi confirmado pela CNPD, a atividade desta autoridade terá de sofrer uma significativa mudança: com o preconizado fim das notificações e pedidos de autorização que constituíam a sua atividade primordial, a CNPD irá, naturalmente, dirigir (todos) os seus esforços para a atividade fiscalizadora, com as consequências que daí poderão advir. Até maio de 2018, as empresas deverão adaptar os seus procedi-

ADVOCACIA E FISCALIDADE

mentos de modo a minimizar os riscos que não serão despicientes, por incumprimento legal: por denúncia do titular dos dados pessoais (que terá direito a ser indemnizado) ou por aplicação de coima pela CNPD. Em qualquer dos casos, haverá um outro valor a ter em consideração e que poderá ficar fortemente abalado: a imagem da empresa. Em termos de reputação, a empresa corre o risco de ser identificada como uma entidade que não respeita a importância emergente daqueles que são os dados mais importantes, os que pertencem a cada um de nós.  *Advogada da Teresa Patrício & Associados E-mail: ls@tpalaw.pt

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

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Sociedades nacionais distinguidas por diretório norte-americano A Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados, a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), a Uría Menéndez – Proença de Carvalho (UM-PC) e a Vieira de Almeida & Associados (VdA) foram as sociedades mais distinguidas pelo “Best Lawyers 2017”, cada uma delas com destaque em duas áreas de prática.

A UM-PC foi, assim, indicada em arbitragem e mediação e em direito do trabalho. A VdA em direito bancário e technology law. A MLGTS em mercados de capitais e corporate e a Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados em direito financeiro e fusões e aquisições. Foram ainda destacadas a Sérvulo & Associados (direito administrativo),

a PBBR (propriedade intelectual), a PLMJ (contencioso), a Miranda & Associados (direito da energia e recursos naturais), a Linklaters ( project finance and development practice) e a Garrigues (Tax Law). O diretório distinguiu ainda 27 advogados do ano (2017) em Portugal, com destaque para a MLTGS, que contou com sete advogados.

Questões fundamentais sobre a aplicação do Código do Procedimento Administrativo A par da atividade académica, o diálogo com a Administração Pública, com juízes, advogados e outros profissionais do setor da justiça sobre as disposições do novo Código criaram nos autores a convicção de que existem aspetos fulcrais que levantam dúvidas de base na sua interpretação e que, de alguma forma, poderão prejudicar a aplicação de um

regime transversal a todos os setores da Administração Pública e que se requer de aplicação quotidiana. “Questões Fundamentais para a Aplicação do Código de Procedimento Administrativo” é uma obra de 2016, da autoria de Alexandre Sousa Pinheiro, Tiago Serrão, Marco Caldeira e José Duarte Coimbra, que pretende, através de um texto organizado por perguntas e respostas,

Em trânsito: » Guilherme Figueiredo (na foto) é o novo bastonário da Ordem dos Advogados, depois de ter vencido a segunda volta das eleições realizadas no passado dia 6 de dezembro, substituindo, assim, Elina Fraga. Guilherme Figueiredo tem 60 anos e é advogado no Porto, de onde é natural. É licenciado pela Faculdade de Direito de Coimbra e exerce advocacia desde 1984. É também presidente da Fundação Júlio Resende. Antes, foi presidente do Conselho Regional do Porto da Ordem.

abrangendo algumas das disposições que se entendem mais carecidas de uma reflexão inicial, constituir um meio útil para começar o estudo e conhecimento do novo Código. Sem qualquer ambição de o anotar ou comentar, esperam ainda assim os autores contribuir para a divulgação e problematização de algumas das novidades e das dúvidas que, seguramente, de forma mais intensa se colocarão no momento de fazer aplicar o novo CPA. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

um período de dois anos em que esteve ligado à Comissão responsável pela revisão do Código de Procedimento Administrativo, do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e também do Código de Processo nos Tribunais Administrativos. O novo responsável pelo Departamento de Direito Público da Belzuz é licenciado em direito e mestre em ciências jurídico-políticas, pela Faculdade de Direito de Lisboa. “Procede-se, desta forma, à criação de um departamento autónomo que visa potenciar a nossa área de prática em direito público, e que será liderado por um profissional com importantes conhecimentos técnicos e com mais de 20 anos de experiência » O advogado José Miguel Sardinha regressou profissional”, salienta a sociedade liderada por Enà Belzuz como colaborador externo, depois de rique Belzuz.

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Barcelona atrae a las marcas Montemadrid internacionales vende su sede

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as grandes marcas internacionales han puesto su foco en las grandes calles comerciales de Barcelona y Madrid, situando a estas ciudades en el cuarto y octavo puesto respectivamente de ciudades europeas con más potencial para su plan de negocio. Niveles récord de turistas y precios asequibles en el espacio comercial sitúan a las dos grandes ciudades españolas como objetivo de las marcas internacionales. Así se desprende del informe Retail Destination, elaborado a nivel europeo por la consultora inmobiliaria Savills. “La reducción del paro y la recuperación de la confianza del consumidor, así como la mejora de los valores del índice del comercio

minorista, han favorecido el incremento del interés de inversores y operadores por el mercado español”, explica Cristina Casanova, directora de High Street en Savills España. Otro dato que sitúa a las dos grandes ciudades españolas como un destino ideal para las marcas son los costes de ocupación, mucho menores que en otras urbes europeas. “La cifra de ocupación, que incluye el pago de las rentas, los gastos de comunidad y demás impuestos, son de 3.477 euros/ metro cuadrado anuales para Madrid y Barcelona”, cifras asequibles frente a los 6.902 euros/ metro cuadrado al año de Berlín, los 11.600 de Roma y los más de 20 mil euros de París y Londres. 

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a Fundación Montemadrid ha llegado a un acuerdo para la venta del edificio del Monte de Piedad de Madrid, ubicado en la Plaza de las Descalzas, que acogerá un hotel de máxima categoría internacional, según ha informado en un comunicado el comprador, el grupo KKH Property Investors. Emplazado frente al histórico Monasterio de las Descalzas Reales, en pleno centro de Madrid, a tan sólo 200 metros de la Puerta del Sol, el hotel contará con 180 habitaciones y suites, además de grandes zonas abiertas al público y una variada oferta de restauración y espacios para conferencias y actos sociales. 

Aumenta la inversión en centros comerciales

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ntre enero y octubre de 2016, los inversores (fondos internacionales y Socimis, especialmente) desembolsaron 3.028 millones de euros en compras de centros comerciales en España, según el último informe elaborado por Deloitte, a través de una veintena de operaciones (incluyendo venta de portfolios). Una cifra que no sólo supera a la registrada en los diez primeros meses de 2015, sino que supone un 60% más que todo lo invertido el pasado año (1.894 millones) y que antes del cierre del año ya se sitúa por encima de los últimos seis ejercicios. “España es un foco de atracción de la inversión internacional por varias razones: por un lado es el país donde mayor revalorización media se ha producido en los últimos dos años (un 38%); por otro lado, España sigue sien-

do con Portugal el país donde el precio por metro cuadrado está más bajo en Europa; y por último, tanto el contexto macroeconómico como el mapa político

parece a priori más estable que en la mayor parte del continente”, explica Javier García-Mateo, socio de Financial Advisory de Deloitte. 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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sector inmobiliario

Sintra planeia investir 80 milhões de euros nos próximos dois anos

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autarquia de Sintra, liderada por Basílio Horta, pretende avançar com um plano de investimentos de cerca de 80 milhões de euros entre 2017 e 2018, reve-

la a proposta integral do Orçamento Municipal para 2017, aprovado em reunião do executivo no final de outubro e cujos documentos previsionais foram também já aprovados em Assembleia Municipal. No documento, disponível no site desta entidade, o autarca que lidera Sintra explica que este aumento de investimento é um dos pilares da estratégia municipal, que assenta ainda no controlo da despesa corrente e na redução de impostos, a qual “não coloca em causa os investimentos necessários para o desenvolvimento do concelho”. O investimento será dividido em partes praticamente iguais, entre os dois anos (40,1 milhões de euros para 2017 e 39,5 milhões para 2018). O mesmo documento, refere que entre 2019 e 2020 o plano de investimentos totalizará outros 35 milhões de euros. 

setor imobiliário

Investimento comercial

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ntre janeiro e setembro de 2016, o imobiliário comercial em Portugal atraiu um investimento total de 969 milhões de euros, dos quais 92% de origem internacional, revela a JLL no seu “Research Market Pulse”, referente ao terceiro trimestre de 2016. De acordo com a consultora, os fundos de investimento são a classe de investidores mais ativa no mercado português, concentrando mais de metade do volume transacionado (cerca de 500 milhões de euros), seguidos dos privados e family offices , que foram responsáveis por 30% do investimento (aproximadamente 300 milhões); e ainda dos REIT’s, nomeadamente os de origem espanhola (as denominadas SOCIMI), com um peso de 11% no valor investido (cerca de 100 milhões). 

Hotel 1908 Lisboa abre em edifício “Prémio Valmor”

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hotel 1908 Lisboa, situado entre a avenida Almirante Reis e o Largo do Intendente, vai abrir portas este mês de janeiro. O edifício foi eleito Prémio Valmor no ano de 1908, aquando da sua construção. Construído com projeto do Arquiteto Arnaldo Redondo Adães Bermudes (18641948), um dos expoentes da Arte Nova em Portugal, o edifício estrutura-se em planta longitudinal que termina num corpo

semicircular, coroado por uma cúpula. O projeto de reabilitação é da autoria do atelier Pardal Monteiro Arquitectos e o promotor é uma empresa de cariz familiar, a Villa de Santa Ana Hotelaria e Turismo. A gestão do futuro hotel de quatro estrelas está a cargo da Amazing Evolution, responsável já pela gestão de 10 hotéis de referência em Portugal. O investimento global ascende aos 6,5 milhões de euros. 

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setor imobiliário

sector inmobiliario

DFlashpoint”, emitido pela JLL, do

e acordo com o último “Office

total de 6.221 metros quadrados de absorção de escritórios registados em novembro, cerca de 65% correspondem a operações geradas em expansão de área (47%) ou entrada de novas empresas nesta região (17%). Os restantes 35% foram motivados pela mudança de instalações. Já no acumulado do ano, período em que foram absorvidos 117.153 metros quadrados, a mudança de edifício foi a principal motivação, captando 56% da atividade total, seguida da expansão de área (37%) e da entrada de novas empresas na região de Lisboa (6%). O relatório mensal da consultora refere que a atividade no mês de novembro refletiu, apesar dos bons resultados em termos de absorção líquida, uma desaceleração quer mensal quer homóloga, com a área arrendada a cair 50% face a outubro e 49% face ao mesmo mês de 2015. Do total de 11 transações registadas neste período, sete foram assessoradas

pela equipa da JLL, que detém uma quota de mercado de 26% entre os agentes imobiliários ativos neste mercado de arrendamento de escritórios. Em novembro de 2016, a área média transacionada fixou-se em 566 m2, 41% inferior à média do mês passado. Neste mês, foi concluída apenas uma operação respeitante a uma área superior a mil metros quadrados, correspondente à expansão das instalações de uma multinacional no CBD, que passou a ocupar mais 2.205 metros quadrados no mesmo edifício onde já estava. Geograficamente, a Zona 2 (CBD) foi a mais ativa em novembro, concentrando 59% da absorção total do mês, seguida da Zona 6 (Corredor Oeste) e da Zona 1 (Prime CBD), com quotas de 17% e 14%, respetivamente. Do lado da procura, o setor de Serviços a Empresas foi o mais representativo com 61% da área ocupada em novembro, num resultado impulsionado pela operação já referida. Nas contas do acumulado, a absorção nos primeiros onze meses de 2016 (117.153

Foto Telmo Miller

Expansão de área e entrada de novas empresas pesam 67% na absorção de escritórios em novembro

metros quadrados²) traduziu uma quebra de 11% face ao nível de atividade registado em igual período de 2015. Considerando as 173 operações realizadas desde o início de 2016, a área média por transação situase atualmente nos 677 metros quadrados, mantendo-se acima do valor apurado para o período homólogo de 2015. Na segmentação geográfica da atividade no acumulado do ano, a Zona 3 (Nova Zona de Escritórios) é a que lidera, com 25% da absorção total, seguindo-se o CBD e o Corredor Oeste, com 20 e 19% de quota, respetivamente. Para o total do ano, o setor de serviços a empresas foi o mais ativo, representando 36% da área ocupada, seguido do setor de TMT’s & utilities, com 25%. 

The Yeatman é um dos cinco melhores hotéis da Península Ibérica O The Yeatman volta a estar em destaque nos “Reader’s Choice Awards 2016”, uma votação promovida pela revista Condé Nast Traveler junto dos seus leitores. O hotel vínico de luxo ficou em 5º lugar nas escolhas para melhor hotel de Espanha e Portugal, sendo o primeiro português da lista. Este é um ranking que advém da opinião dos 300 mil viajantes e leitores da reconhecida revista norte-americana. “A Condé Nast Traveler é uma das mais prestigiadas e influentes revistas de turismo do mundo. Este prémio é ainda mais gratificante por ser feito com base na votação dos viajantes e não há melhor nem mais credível avaliação que a dos hóspedes”, afirma Jan ErikRingertz, diretor do The Yeatman.

O The Yeatman integra, assim, o top 15 dos melhores hotéis em Espanha e Portugal, onde apenas constam duas unidades nacionais. A acompanhar o The Yeatman está o Four Seasons Hotel Ritz Lisbon, localizado bem no coração da capital portuguesa e que figura na 13.ª posição. Desenhado em 1952, o Four Seasons de Lisboa conta com 282 quartos e uma pista de corrida no topo. O Sant Francesc Hotel Singular, em Maiorca, ocupa o topo da lista de melhores hotéis da Península Ibérica, completado por mais oito hotéis em Barcelona, dois em Madrid, um em Sevilha e outro em San Sebastian. Mais de 300 mil leitores deram a sua opinião para a edição deste ano dos

Readers’ Choice Awards. “Este reconhecimento é importante, não só para o hotel como para o país. É importante afirmar Portugal no contexto internacional do turismo de qualidade”, acrescenta o responsável. Aberto desde 2010, o The Yeatman continua a conquistar prémios e reconhecimentos internacionais. O segredo está, segundo o diretor do hotel, “no compromisso com a qualidade da experiência. A nossa competitividade está nos elevados padrões de qualidade de serviço e na permanente procura de novidades que acrescentem valor à experiência”. Recorde-se que o hotel acaba de inaugurar uma nova suite de luxo e de ampliar as instalações do restaurante Orangerie, com um Jardim de Inverno. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR

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sector inmobiliario

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“Consolidar o governo da Zona Euro é o grande desafio da Europa”

Consciente das ameaças à União Europeia, o Governador do Banco de Portugal diz que é tempo de “arrumar a casa” para reforçar a segurança e a estabilidade política e financeira. Carlos Costa defende que haja um presidente do Eurogrupo com mais poder e alerta para a necessidade de gerar mais emprego e rendimento, de modo a sustentar o modelo social europeu. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

À

frente do Banco de Portugal desde 2010, Carlos Costa tem declarado à imprensa que a banca portuguesa está mais forte agora do que estava quando assumiu as funções de Governador. Já o mesmo não diz da União Europeia, tema central do discurso do governador no almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria LusoEspanhola (CCILE), no passado dia 23 de novembro, em Lisboa. O orador fez questão de salientar que as “incertezas” que pairam atualmente sobre a União Europeia são de “grande gravidade”, na medida em que condicionarão o percurso de cada um dos seus Estados membros, bem como o futuro da própria União Europeia. Carlos Costa 52 act ualidad€

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considera que a Europa está à deriva e que faz falta “um piloto a bordo”, com “plenos poderes” para governar. No almoço em que foi o principal orador, o governador do Banco de Portugal começou por enumerar alguns dos que pensa serem os principais desafios que se colocam agora e nos próximos tempos à União Europeia. O primeiro é o desafio da segurança, que se agrava com a saída da Inglaterra, bem como com o terrorismo, diz. “A Europa tem que saber que segurança quer e como poderá assegurar os custos de segurança. Como vão ser repartidos esses custos pelos Estados-membros”, alerta o governador. O segundo desafio, o do “euroceticismo (sublinhado com a vitória do

Brexit), está relacionado com o primeiro, diz. “Quanto mais euroceticos estiverem os europeus, mais difícil será construir uma identidade europeia e mais exposta estará a Europa a ameaças externas”, advoga Carlos Costa. O governador do Banco de Portugal realça que “tanto a questão da segurança como a questão da identidade europeia remetem para a necessidade de reforçar a perceção dos benefícios da integração europeia e remete também para a crise económica”. Para Carlos Costa, que foi, recentemente, alvo de críticas de Bruxelas, nomeadamente pela sua ação ao leme do Banco de Portugal no período da troika, é importante repensar a forma como a União Europeia tem gerido as diferentes cri-


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ses económicas de cada um dos países membros. “Isso explica por que razão tem havido assimetrias na retoma de cada país e no emprego”, sustenta. Para o Governador, importa atentar que há países como a Alemanha, que estão quase em pleno emprego, e depois há outros como Portugal e Espanha, que têm desemprego acima dos 10%. Tudo isto “gera problemas de ordem social, que ameaçam a Europa”. Carlos Costa frisa que “o grande problema que se coloca à União Europeia é decidir se queremos ou não dotar o espaço europeu de capacidade para assegurar a coesão”, certo de que há muito a fazer nesse domínio. O governador aproveita para refletir sobre a globalização, na medida em que ergue duas fileiras, a dos perdedores e a dos ganhadores, o que gera uma grande tensão. Para Carlos Costa, “há regras que têm que ser acauteladas” para que não triunfem “movimentos isolacionistas, como aconteceu nos anos 30 do século passado”, lembra. O responsável do Banco de Portugal espera que “a evolução tecnológica não permita repetir os erros do passado”, uma vez que veicula mais informação e mais depressa. O alargamento da União Europeia não terá tido em conta as especificidades de cada país, o que faz com que estejamos agora “confrontados com os descontentes da transição”, bem como com “a tentação de outros países saltarem fora”, à semelhança do Reino

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02 Unido, nota Carlos Costa. problema da Europa é um problema O Governador do Banco de Portu- de governo”. gal considera que “a Zona Euro está No contexto global, com o crescimendesequilibrada” e que o Banco Central to asiático, “os EUA desinteressaram-se Europeu tem sido a sua salvação. Por da Europa e a Europa perdeu relevânoutro lado, “temos um braço econó- cia”, diz o governador, acrescentando mico que não tem capacidade de ação”, que “o alargamento da União Europeia observa Carlos Costa, insistindo na dificulta as negociações”. Assim, “se a existência de um presidente do Euro- Zona Euro não se reforçar, a coroa dos grupo com plenos poderes: “Chamem- países que estão à volta desagrega-se e os lhe um ministro das Finanças europeu laços tornam-se cada vez mais difíceis”. – eu não gosto muito do termo, prefiro O governador do Banco de Portugal um presidente do Eurogrupo –, com sublinha que “precisamos de um piloplenos poderes e com legitimidade, to a bordo e de um sentido de rota”, que responde por todos e explica por ou seja “de uma hierarquia definida que é que os problemas se colocam”, e de um centro dinamizador”. Isto disse o líder do Banco de Portugal. porque “temos que garantir que as Carlos Costa diz mesmo que “o grande políticas económicas são coerentes

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Carlos Costa declara que “um e que o processo da retoma econó- europeu não há estabilidade política mica tem um centro forte” e que que resista ao populismo”, que tem bom político é aquele que sabe a “há uma direção clara neste mo- vindo a crescer na política. “Não se guerra que compra e o que dela remento complicado para a Europa”. resolve o problema dos refugiados tira” e a guerra que se impõe agora Para Carlos Costa, “não há neste sem crescimento económico”, avisa. “é a da criação de emprego”.

“A maior urgência para um país como Portugal é a Europa” momento um objetivo claro a não ser o de aguentar”. Esta é a questão central, conclui: “O problema não é apenas aguentar, é tornar a zona Euro mais competitiva, aumentar o PIB (Produto Interno Bruto), aumentar a competitividade.” De outra forma, “não criamos emprego, nem geramos rendimento para suportar o modelo social europeu”. E “se não suportarmos o modelo social 54 act ualidad€

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Acresce que “no curto prazo vai-se cessária para dissociar os bancos dos colocar a questão financeira na Euro- soberanos, mas não completámos o pa”, prevê o governador, ressalvando exercício, de ir às últimas consequênque, em Portugal, a evolução tem cias para saber quem garante a estasido favorável nos últimos seis meses, bilidade financeira. Quem a garante nesta matéria. No entanto, no con- são as autoridades nacionais - em texto europeu, hoje temos uma situa- Portugal sou eu - e quem maneja os ção difícil: “A União Bancária era ne- instrumentos e parte a louça está em

cima. Eu tenho de colar os cacos.” Carlos Costa remata o seu discurso, indicando que “a maior urgência para um país como Portugal é a Europa”. Se a Europa não se fortalecer, iremos “assistir a uma deslocação do centro de gravidade do Atlântico para o Pacífico. 

01.Juan Manuel de Barandica, Carlos Costa e Nuno Amado

08.Afonso Maldonado, Patrícia Oliveira e Santiago Gil de Biedma

02.Luz Torrico, Alexandra Valente, Pilar Cabrera, Luisa Cinca, Monica Ariza e Margarita Hernández

09.Julia Llata, Miguel Seco, Alvaro Sebastián de Erice, Piedad Viñas e Juan Manuel de Barandica

03. Eduardo Catroga, Juan Manuel de Barandica e António Pires de Lima 04. Rui Miguel Nabeiro, João Martins e Enrique Santos 05.Clara Muñoz, José Lucas e Daniel Duarte Silva 06.João Martins, Pilar Cabrera, António Martins Victor e Joaquim Costa 07.António Gonçalves, Fátima Jacinto e Nuno Gonçalves

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10.Pedro Coelho, Armando Oliveira, Angel Vaca, Carlos Alvares e Eduardo Catroga 11.Nuno Ribeiro da Silva, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, João Paulo Velez e Sandra de Carvalho Dias 12.Ana Marante, Luís Lobo, Sofia Meirinhas e Sandra Vieira 13.Rui Miguel Nabeiro, António Martins Victor, Elmar Derkitsch e Juan Matias

Patrocínios:

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El data mining clave en la transformación digital en el sector empresarial

La Cámara de Comercio e Industria Luso-Española organizó el desayuno de trabajo sobre “La importancia de las bases de datos y estrategias digitales en el crecimiento de los negocios”, que tenía por objetivo conocer de la mano de IberStrategic qué es el data mining y cuál es su importancia en el funcionamiento de una empresa..

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Texto y Foto Carlos Sánchez-de la Flor carlos@ccile.org

sto es un artículo de la sección de salud, pero si lo fuese aconsejaría no automedicarse. En esto se fundamenta lo que contó Susana Antunes, gestora de Proyectos de IberStrategic, en el desayuno organizado por la Cámara de Comercio e Industria Luso-Española en Lisboa el pasado 30 de noviembre. Al evento sobre “La importancia de las bases de datos y estrategias digitales en el crecimiento de los negocios”, asistieron diferentes representantes de empresas portuguesas del sector tecnológico, comercial e informativo, donde se trató la importancia de la innovación en el ámbito empresarial de la mano de IberStrategic, empresa de reciente creación que trabaja en España y Portugal. Iberstrategic se postula como un colaborador para ayudar en la gestión estratégica de su negocio y dar una visión diferente que permite a

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la empresa valorar su propio estado de salud. Como si de un análisis de sangre se tratase, el cliente puede detectar si su colesterol está alto o si los niveles de glucosa están correctos y proponerle soluciones para que no se automedique, con el objetivo de dar un servicio puntual y dejar una herramienta para que la empresa continúe con el tratamiento. El big data es el objetivo directo de diagnóstico: ayudar a las empresas con otra perspectiva empresarial a partir de sus datos dispersos. IberStrategic busca cruzar aquellos que a priori no tienen conexión, pero que juntos pueden aportar una nueva realidad con el fin de focalizar la acción de la empresa en aquello que debe mejorar para ser más rentable. Esto es lo que se denomina data mining, el proceso de extracción de información útil, que se encuentra implícita en las bases de datos (knowledge dis-

covery in databases o KDD) y que permite resolver procesos de diagnósticos, clasificación, segmentación o predicción, teniendo como meta aumentar los ingresos y la reducción de costes. En un futuro, el equipo de Susana Antunes buscará realizar, en términos generales, evaluaciones de la competencia, con el objetivo de encontrar los puntos débiles y mejorar el rendimiento mediante la asociación con otras empresas como New Media Company, asociado que oferta servicios de diseño web y aplicaciones móviles, para acompañar al cliente a través de un apoyo especializado en el proceso de transformación digital. IberStrategic declara que “quiere ser colaborador y compañero de viaje de las empresas con la misión de ayudar en la toma de decisiones estratégicas analizando la situación de las mismas siempre que se necesite”. 


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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

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armelar e Azeite Pousio Premium são duas escolhas que irão, certamente, garantir a aprovação dos paladares mais exigentes, sugere a Herdade do Monte da Ribeira, produtor vinícola da região da Vidigueira (Baixo Alentejo). As particularidades únicas do Marmelar, elixir que resulta de um trabalho de vários anos na seleção dos melhores lotes de uvas, bem como a exclusividade do azeite Pousio Premium, além de opções que primam pela qualidade, assumem-se como propostas ideais para presentear amigos e familiares nesta época festiva ou em ocasiões especiais. Para os apreciadores de vinho tinto, o Marmelar – produzido apenas em anos excecionais, quando os seus criadores considerarem que cumpre os parâmetros de qualidade

exigidos – é um tinto alentejano de 2012, produzido a partir das castas Alicante, Bouschet, Touriga Nacional e Petit Verdot. Foi distinguido com o “Prémio de Excelência 2015” e que integra a restrita lista de 30 melhores vinhos nacionais. Quanto ao azeite Pousio Premium, é produzido a partir de azeitonas cuidadosamente selecionadas, e que promete conferir um sabor e aroma distintos. A Herdade do Monte da Ribeira – localizada junto à povoação de Marmelar, no concelho da Vidigueira – foi adquirida em 1986 por Victor e Maria da Graça Carmona e Costa. Hoje, a Casa Agrícola HMR pertence à Fundação Victor e Maria da Graça Carmona e Costa. Produz, atualmente, duas marcas de vinhos: Pousio (Colheita, Escolha e Reserva) e Marmelar.

Foto PauStorch.com

Azeites e vinhos nas novas sugestões da Herdade do Monte da Ribeira

A Herdade do Monte da Ribeira aposta, agora, também, na produção de azeite, tendo produzido dois lotes de Azeite Extra Virgem: Pousio e Pousio Premium. O lançamento desta gama é resultado de um trabalho de vários anos de qualificação dos mais de 200 hectares de olival da Herdade do Monte da Ribeira, trabalho este liderado por Mariana Carmona e Costa. 

Marcolino Sebo apresenta Coleção de Caça 2015 O vitivinicultor borbense Marcolino Sebo apresenta, como especial sugestão para a época festiva, mas não só, a sua requintada Colecção de Caça, um conjunto de seis garrafas de vinho com ilustrações baseadas nas espécies de

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animais de caça mais típicas da região: coelho, lebre, javali, perdiz, pato real e veado. O vinho propriamente dito, com 13,5% vol, é um DOC Alentejo 2015 e tem por base as castas trincadeira, aragonês e castelão. Teve fermentação em cuba de inox com temperatura controlada, seguida de maceração, três meses de estágio em barrica de carvalho francês e americano e outros três meses em garrafa. É um vinho límpido, de cor gra-

nada com nuances acastanhadas, aroma a fruto maduro com notas de baunilha e passas. Na boca é macio, aveludado, encorpado, complexo, apresentando ligeira acidez e taninos nobres, com final de prova prolongado. Deve ser servido a uma temperatura de 16 – 18ºC e é ideal para acompanhar pratos de caça de penas (perdiz, pombo bravo, pato bravo, etc. ) e queijos de pasta mole. Esta Colecção de Caça 2015 tem edição limitada a seis mil garrafas e as belíssimas ilustrações dos rótulos são do artista alentejano José Projecto, que também ilustrou a Colecção de Pesca e é conhecido por muitos trabalhos de mérito, entre eles uma coleção de selos para os Correios de Portugal. O vinho foi produzido sob a supervisão do enólogo Jorge Santos. 


vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

Porto da Real Companhia Velha recebe pontuação recorde para um Tawny P ouco mais de um mês depois de ser apresentado, o Carvalhas Memories já se faz sentir junto dos especialistas. Este vinho do Porto do séc. XIX, que a Real Companhia Velha lançou para celebrar a efeméride do seu 260.º aniversário, foi distinguido pela “Wine Spectator” com 99 pontos. Quase a rebentar a escala – que vai dos zero aos 100 pontos –, esta foi a pontuação máxima atribuída até hoje a um vinho do Porto da categoria Tawny, pela mais conceituada publicação do setor. As boas novas, ou melhor, notas chegam também pelas mãos da crítica nacional. A homóloga “Revista de Vinhos” classificou este Very Old Tawny com 19,5 pontos, desta feita numa escala de zero a 20. Este vinho do Porto prosseguiu o seu longo envelhecimento nas sumptuosas caves de Vila Nova de Gaia, em pipas da mais nobre madeira de carvalho, até atingir a perfeição, destacando-se uma forte tónica aromática e uma inesquecível dimensão de prova. Após 149 anos de estágio e no ano das comemorações dos 260 anos da fundação desta companhia pombalina, o “Carvalhas Memories” estará disponível numa edição comemorativa, limitada a 260 garrafas numeradas e com um preço de venda ao público de 2.750 euros. A história deste vinho do Porto remonta à vindima de

1867, na Quinta das Carvalhas, uma das mais proeminentes propriedades do Alto Douro que se destaca na paisagem duriense pela sua beleza e pela espetacularidade das suas vinhas. Trata-se, verdadeiramente, de uma recôndita memória viva do século XIX, preservada no tempo com meticuloso cuidado e quase religiosa devoção. É caso para dizer que 2016 terminou em beleza para a Real Companhia Velha. A juntar à festa, está o facto de o “Evel tinto 2014” ter sido considerado um dos 100 melhores vinhos do mundo pela referida publicação norte-americana. 

Azeite Casa Anadia chega à Coreia do Sul O azeite Casa Anadia acaba de receber a primeira ordem de encomenda oriunda da Coreia do Sul, tornando-se numa das únicas marcas portuguesas de azeite presente naquele país do Oriente. A entrada no mercado sulcoreano representa um passo importante para a empresa nacional, uma vez que “apesar de procurar qualidade, é um país longínquo e de difícil acesso”, refere o responsável de Marketing e Comercial da marca, David Magarreiro.

“A importante viagem exploratória, o facto de estarmos há dois anos no Japão e existir já algum reconhecimento do prestígio da marca na Ásia, ajudou certamente a entrar na Coreia do Sul”, remata. A primeira encomenda para as mesas da Coreia é composta pelos azeites Casa Anadia Private Collection e Casa Anadia Junior nutriventures, e saem neste primeiro envio, entre barco e avião, as primeiras quatro mil garrafas, estando acordado chegar às 10 mil em 2017.

O azeite Casa Anadia é herdeiro e continuador de uma antiga tradição que remonta pelo menos ao séc. XVII, época da construção do antigo Solar com capela, hoje integrado na Quinta do Bom Sucesso, em Alferrarede (Abrantes). Marcados pelo clima local, perfeito para a produção de azeites de alta qualidade, os azeites Casa Anadia, utilizam os melhores processos de produção, aliados à experiência e tradição centenária, para lhe trazer os melhores e mais nobres azeites virgem extra, frescos, frutados e com uma acidez mínima. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR janeiro de 2017

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio Elegância e desempenho

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Fotos DR

epois do lançamento do lançada berlina Giulia, e pretende Giulia, que mudou a concorrer no mercado dos SUVs, imagem da marca italia- com o Audi Q5, Mercedes-Benz na, o fabricante de Are- GLC e BMW X3. se quer projetá-la para o No que diz respeito à versão mais futuro e o Stelvio, terá um papel “apimentada” do Stelvio, o Quadrifundamental no crescimento das foglio, esta conta com um motor vendas da Alfa Romeo nos próxi- 2.9 Litros Twinmos anos. Turbo V6 a deA denominação Stelvio home- bitar 510 cavalos nageia aquela que é considerada de potência, peruma das estradas mais desafiantes mitindo um dee interessantes em termos de con- sempenho digno dução. O ‘Passo do Stelvio’ é uma de um superdesdas estradas mais impressionantes portivo. Dos zero 100km/h, da Europa, que liga Itália ao sul da aos Áustria e fica muito perto da casa são necessários só da Alfa Romeo. Construída no ano quatro segundos, de 1820, é a estrada mais alta da atingindo uma velocidade máxiregião. O Stelvio tem como base a recém- ma de 284km/h. 60 act ualidad€

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Esta versão Quadrifoglio, aparece com tração integral Q4 e uma caixa de velocidades que executa as trocas em 100 milissegundos. A origem deste motor e caixa é Maserati, claro, desenvolvido com a ajuda da Ferrari, sendo o mesmo que


sector automóvil Setor automóvel

equipa o Ghibli e o Quattroporte. Naturalmente haverá versões menos potentes, como motores mais racionais e económicos, sendo que a gama Diesel terá duas versões do motor 2.2 litros, com potências entre os 150 e os 180 cavalos. Por seu turno, a gama de motores a gasolina será baseada num motor 2.0 litros com potências que podem ir dos 180 aos 300 cavalos. Todas as versões estarão disponíveis com o sistema DNA Chassis Domain Controller e no Quadrifoglio chama-se “DNA Pro”. Este sistema já existe no Alfa Romeo Giulia e oferece vários modos de condução que permitem ajustar a rigidez da suspensão, a direção e a resposta do motor. Existem três modos em todas as versões: Natural, Dynamic e Advanced Efficiency. No Quadrifoglio existe mais um modo, o RACE. No que toca ao design, o Alfa Romeo Stelvio adotou alguns elementos de design do Alfa Romeo Giulia. Está por isso bastante agradável à e um sistema de som da Harmann vista. A versão Quadrifoglio oferece Kardon com 14 altifalantes. aberturas no capo, abas por cima Na segurança, conta com cruisedas rodas, spoiler traseiro e difusor control adaptativo, aviso de ângulo escurecido com quatro saídas de es- morto, aviso de colisão frontal, avicape. so de transposição involuntária de No interior, o Stelvio conta com um faixa e sensores de estacionamento ecrã tátil de 6,5 ou 8,8 polegadas traseiros e dianteiros.

Apesar da data de lançamento estar programada para a primavera de 2017, a Alfa Romeo está com algum atraso na produção deste SUV e, por esse motivo, as entregas dos primeiros veículos poderão só acontecer mais para o último trimestre de 2017. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica e clima económico abrandam

Foto DR

m Portugal, o indicador de atiEoutubro, vidade económica, disponível até e o de clima económico, disponível até novembro, diminuíram. De acordo com o INE, o indicador de atividade económica baixou em outubro para os 0,9 pontos (dos 1,3 pontos registados em setembro). O indicador quantitativo do consumo privado apresentou um crescimento homólogo mais elevado em outubro, refletindo o comportamento de ambas as componentes, consumo duradouro e consumo corrente. O indicador de clima económico (calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade) dimi-

nuiu igualmente em novembro dos 1,3 pontos de outubro para os 1,2 pontos. O indicador quantitativo do consumo privado (calculado através de inquéritos a particulares), por sua vez, apresentou um crescimento homólogo mais elevado em outubro, "refletindo o comportamento de ambas as componentes, consumo duradouro e consumo corrente", destaca o INE. O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) diminuiu também "devido ao contributo negativo da componente de material de transporte e ao contributo menos positivo da componente de máquinas e equipamentos".

Taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 0,6%

Exportações diminuíram 3,5% e importações recuaram 1,7%

A variação homóloga mensal do índice de preços no consumidor (IPC) passou de 0,9%, em outubro, para 0,6%, em novembro de 2016. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 0,4%, taxa inferior em 0,3 p.p. à do mês anterior. A variação mensal do IPC foi -0,5% (0,3% em outubro e -0,2% em novembro de 2015). A variação média dos últimos doze meses manteve-se em 0,6%. O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português registou uma variação homóloga de 0,5%, valor inferior em 0,6 p.p. ao verificado no mês anterior e inferior em 0,1 p.p. ao estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em outubro, a taxa de variação homóloga do IHPC português foi 0,6 p.p. superior à do IHPC da área do Euro). O IHPC registou uma variação mensal de -1,0% (0,2% no mês anterior e -0,4% em novembro de 2015).

As exportações e as importações diminuíram 3,5 e 1,7%, respetivamente, em outubro face ao período homólogo, tendo o défice comercial aumentado 70 milhões de euros, para 870 milhões de euros, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Considerando o acumulado do trimestre terminado em outubro de 2016, as exportações de bens cresceram 2,4% e as importações de bens aumentaram 3,1%, relativamente ao mesmo período de 2015 (respetivamente +1,8% e +1,1% no trimestre terminado em setembro de 2016). No que se refere à variação face ao mês anterior, em outubro de 2016, as exportações decresceram 1,2%, devido à evolução do comércio intra-comunitário, já que as exportações extra-UE registaram um aumento. As importações registaram igualmente uma redução (-2,0%), principalmente em consequência da evolução do comércio extra-comunitário.

Portugal registou a terceira maior subida do emprego na UE A taxa de emprego na Zona Euro cresceu, no terceiro trimestre, 1,2% face ao homólogo e 0,2% na comparação com o trimestre anterior, com Portugal a registar a maior subida em cadeia (1,3%), divulgou o Eurostat. Já no conjunto da União Europeia (UE), o emprego aumentou 1,1% na comparação com o trimestre homólogo de 2015 e 0,2% face ao período entre abril e junho. De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, Portugal teve a maior subida em cadeia do indicador (1,3%), seguindo-

se a Espanha (0,8%) e o Luxemburgo (0,7%). Já as descidas mais marcantes no emprego foram registadas na Letónia (-1,5%), na Estónia (-1,0%) e na Bulgária (-0,7%). Face ao período entre julho e setembro de 2015, Malta foi o país que registou a maior subida no emprego (3,8%), seguindo-se o Luxemburgo (3,0%), a Irlanda e a Espanha (2,8% cada). Em Portugal, o emprego aumentou 2,2% em termos homólogos, no terceiro trimestre. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Colegios privados en Madrid

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Empresas españolas que compren material reciclado (latas de acero)

DP160803

Operadores aéreos en España

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Empresas españolas importadoras de cortinas, edredones y tejidos por metro

DP160901

Empresas españolas dedicadas a la comercialización de materiales de perforación de piedra/roca Empresa portuguesa de mediación inmobiliaria busca inversores inmobiliarios interesados en invertir en Portugal para presentar oportunidades de negocio Proveedores españoles de aceite vegetal usado (UCO - Used Cooking Oil) con certificación ISCC (International Sustainability & Carbon Certification)

DP160902

Empresas españolas de transporte marítimo con intereses en Latinoamérica

DP161101

Fabricantes españoles de tubos de latón

DP161102

Productores españoles de zumos de aloe vera (Barbadensis Miller)

DP161201

Importadores españoles de granito ornamental

DP161202

Empresas españolas dedicadas al comercio de suplementos alimenticios que tengan interés en una relación comercial

OP161201

Agentes comerciales especializados en la comercialización de muebles y decoración en España

OP161202

DP160903 DP161001

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Produtores portugueses de carne de frango, ovino e bovino com certificação Halal

DE160606

Empresas portuguesas do setor do caravanismo/autocaravanismo e campismo Empresas portuguesas da área da venda e reparação de maquinaria de limpeza Importadores portugueses de produtos de alimentação

DE160701 DE160901 DE160902

Empresas portuguesas de transporte rodoviário de passageiros

DE160903

Empresas portuguesas de confeção de vestuário para mulher e criança Armazéns em Portugal de bagas, frutos de caroço e citrinos Distribuidores de vinho espanhol em Portugal Fábricas em Portugal de confeção têxtil para rapaz e rapariga Empresas portuguesas importadoras e distribuidoras de cosméticos Laboratórios ou distribuidores de produtos odontológicos em Portugal Particular espanhol procura sócio comercial em Portugal no setor do tabaco para apresentar a sua marca de cigarros para a fabricação e comercialização dos mesmos

DE160904 DE161001 DE161002 DE161003 DE161004 DE161201

Técnico Superior de Prevenção de Riscos Laborais português que fale espanhol e com experiência em obras

OE161201

OE160901

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

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calendário fiscal calendario fiscal >

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Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

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Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em novembro/2016

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro/2016

Entidades Empregadoras

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuado ou Imposto selo liquidado em dezembro/2016

Entidades Devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de dezembro/2016

Entidades Empregadoras

20

IVA

Envio da declaração recapitulativa mensal relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em dezembro/2016, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IVA

Declaração recapitulativa trimestral relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 4º trimestre/2016, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime trimestral

20

IRS/IRC

Comunicação anual aos credores dos rendimentos que lhes foram pagos e as retenções efetuadas, no ano de 2016

Entidades pagadoras dos rendimentos

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em dezembro/2016

Sujeitos passivos do IVA

31

IRS/IRC

31

IRS/IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em novembro de 2016

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod 25, pelas entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod 39 – Rendimentos e retenções pagos a residentes, às taxas liberatórias, no ano de 2016

Entidades devedoras dos rendimentos

31

IRS/IRC

Comunicação de inventários

Entidades obrigadas à respetiva elaboração nos termos da normalização contabilística aplicável

31

IRC

Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

Pode ainda ser enviada até 31 de março.

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2016 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

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janeiro de 2017

É aplicável aos sujeitos passivos isentos do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados membro, quando tais operações sejam aí localizadas

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal; - Por recolha direta no Portal.

Entidades Devedoras dos rendimentos Entidades pagadoras dos rendimentos

Obtenção de nº fiscal especial para o não residente Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE160171

M

24/06/1976

INGLÊS/ FRANCÊS

ADMINISTRATIVO/ LOGÍSTICA E EMPILHADORES/ MANOBRADOR

BE160172

M

15/08/1987

INGLÊS/ ALEMÃO

CONSULTOR

BE160173

M

INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL

ADMINISTRATIVO

BE160174

M

12/09/1961

ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS

COMERCIAL NA ÁREA SEGURADORA E BANCÁRIA

BE160175

F

30/09/1978

BE160176

M

BE160177

M

BE160178

M

BE160179 BE160180

INGLÊS

GESTORA DE EMPRESAS

INGLÊS

COMERCIAL/ FINANCEIRO

20/10/1993

INGLÊS/ ESPANHOL

RECURSOS HUMANOS

30/12/1978

INGLÊS

CONTABILIDADE

M

INGLÊS/ ESPANHOL/ PORTUGUÊS

GESTOR

F

INGLÊS / ESPANHOL / PORTUGUÊS

INTÉRPRETE DE ITINERÁRIOS HISTÓRICOS

BE160181

F

ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS

TÉCNICA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

BE160182

F

PORTUGUÊS/ ESPANHOL

RECURSOS HUMANOS

BE160183

F

PORTUGUÊS/ INGLÊS

ARQUITETURA (PROJETOS E LICENCIAMENTOS)

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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n o vj ae nmebi r o d e 2 0 1 47

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Centro deespacio de ocio Formação CCILE

espaço de lazer

JANEIRO

Cobranças: porque cobrar é uma arte Lisboa, 25 de janeiro 09h30 – 13h30

Uma eficaz cobrança de dívidas implica que o credor saiba para que serve um PEPEX, que meios alternativos de resolução de litígios tem ao seu dispor, como preencher uma injunção, como e quando reclamar créditos numa insolvência ou num PER, ou, simplesmente, o que fazer com um título executivo extrajudicial. Venha conhecer as vantagens, os pressupostos e os efeitos dos diferentes meios que a lei concede ao credor, habilitando-o a recuperações de créditos mais eficazes.

FEVEREIRO

Estratégias de Marketing Digital Lisboa, 9 de fevereiro 09h00-13h00 | 14h00-18h00

Sabia que a maioria dos consumidores baseia as suas decisões em pesquisas online? A imagem da sua empresa passa inevitavelmente pela sua presença e avaliação dos seus consumidores na internet. Como tal, também o perfil dos seus clientes nunca esteve tão acessível. É preciso extrair todo o potencial que o ambiente digital oferece para conquistar e fidelizar os clientes, sabendo como apostar numa forte estratégia de marketing digital.

Programação Neurolinguística Lisboa 1ª sessão: 21 de fevereiro 09h00-13h00 | 14h00-18h00 2ª sessão: 6 de março 09h00-13h00 | 14h00-18h00

Desde a década de 90 que se reconhece o ser humano como a maior força promotora de resultados dentro das organizações. Com esse pensamento, alavancou-se muitas formas de treinamento e desenvolvimento no meio corporativo; nenhuma delas, entretanto, tem causado tanto impacto quanto o Coaching e a PNL (pro68 act ualidad€

janeiro de 2017

gramação neurolinguística): A modelagem da excelência humana. A PNL desenvolve habilidades importantes, dos líderes e equipas, promovendo a otimização através da alteração comportamental por meio da linguagem.

Diagnóstico Laboral da Empresa Lisboa, 22 de fevereiro 09h30-13h30

Sabe se há algum instrumento de regulamentação coletiva aplicável à sua empresa? Tem acautelado as obrigações da empresa em matéria de vínculos precários ou formação dos trabalhadores? Consegue tirar partido dos recentes instrumentos de flexibilização na definição do horário de trabalho dos seus colaboradores? Os recursos humanos constituem um fator de sucesso da empresa e, ao mesmo tempo, uma parte importante da respetiva estrutura de custos. Por esse motivo, o compliance laboral é decisivo, bem como no âmbito da identificação de alterações operativas que permitam acrescentar valor à organização.

Gestão do Tempo Lisboa, 23 de fevereiro 09h00-13h00 | 14h00-18h00

O tempo é o recurso mais precioso de que dispomos e por isso é imprescindível utilizá-lo da melhor maneira possível. O planeamento estratégico, eficiente e profissional do trabalho diário e prioridades é essencial para que se tire o máximo partido do tempo disponível.

MARÇO

Redes Sociais Lisboa, 16 de março 09h00-13h00 | 14h00-18h00

As redes sociais tornaram-se uma ferramenta de comunicação indispensável para qualquer empresa e isto envolve grandes vantagens e benefícios. São o motor das relações entre as empresas e os seus clientes: além de um excelente veículo de promoção de produtos e serviços, são também uma ferramenta de controlo de satisfação do cliente e imagem da empresa.

ABRIL

Gestão de Conflitos e Reclamações Lisboa 1ª sessão: 4 de abril 09h00-13h00 | 14h00-17h00 2ª sessão: 24 de abril horário a anunciar

Em todas as empresas é crucial saber prevenir a conflitualidade comportamental e relacionada com a dinâmica do trabalho. Está preparado para atuar face às situações mais exigentes de insatisfação, conflitos e reclamações por parte de clientes? Conhece, utiliza e aplica já as ferramentas e técnicas adequadas da forma mais assertiva?

E-mail Marketing Lisboa, 6 de abril 09h00-13h00 | 14h00-18h00

O e-mail marketing é uma ferramenta extremamente vantajosa para a publicidade online. Trata-se de uma opção rentável e económica de comunicação, seja para promover tráfego ao site de sua empresa, aumentar o número de vendas ou estreitar o relacionamento com seus clientes. Mas, para que seja eficaz, é imprescindível saber o que fazer e o que não fazer, bem como o fazer. De outro modo, pode até ter o efeito inverso ao desejado!

Mobilidade Internacional Lisboa, 19 de abril 09h30-13h30

Com a internacionalização e busca de novos mercados verifica-se uma crescente mobilização dos colaboradores das empresas para as suas filiais. Em Portugal, o tratamento fiscal dos expatriados em sede de IRS tem um enquadramento específico denominado de regime dos “residentes não habituais”: Os colaboradores são sujeitos de normas tributárias específicas. Ainda, do ponto de vista laboral, o destacamento de trabalhadores está também sujeito a regras próprias.


espacio de ocio

Comunicação Assertiva

Start-ups Tecnológicas

Lisboa, 27 de abril 09h00-13h00 | 14h00-18h00

Lisboa, 24 de maio 09h30-13h30

A comunicação assertiva é uma expressão aberta e honesta, clara e concisa sem constrangimento ou ansiedade e sem ser percebido como uma pessoa agressiva, dominadora ou evasiva. A pessoa não assertiva acaba por perder negócios e clientes, pois a sua comunicação gera ressentimentos, confusão e hostilidade. A assertividade resolve muito problemas imediatos, minimizando a probabilidades de problemas futuros, mas há que saber quando e como a aplicar…

MAIO

Liderança e Coaching 1ª sessão: 10 de maio 2ª sessão: 25 de maio 09h00-13h00 | 14h00-18h00

Aprenda a obter o máximo de rendimento no seu trabalho e aumente a sua capacidade de liderança junto da sua equipa de trabalho através de modelos de gestão e métodos de definição de objetivos individuais e coletivos do coaching.

Presença nos Motores de Busca Lisboa, 11 de maio 09h00-13h00 | 14h00-18h00

Na hora de implementar uma estratégia de marketing digital, o posicionamento nos motores de busca é um dos pontos fulcrais a contemplar. Afinal, estudos recentes demonstram que a grande maioria dos portugueses utilizam os motores de busca para tomar decisões, o que os torna no local online por excelência para estar. Ao pensarmos quais as ferramentas a utilizar para o posicionamento nos motores de busca, uma das questões que se coloca é onde se deve aplicar mais esforço e investimento: SEO ou SEA?

Quais são os principais aspetos legais associados à criação e ao desenvolvimento da atividade de novos negócios de perfil tecnológico? Como angariar financiamento e constituir uma sociedade nesta área e regular as relações entre sócios, com os clientes e entre a empresa e os seus trabalhadores? Estas e outras matérias tais como a proteção da propriedade intelectual e o tratamento de dados pessoais serão abordadas nesta formação. No rescaldo do primeiro grande evento de Web Summit em Portugal, esta é uma temática que não deve perder se a sua atividade se desenvolver nesta área.

Segurança e Saúde no Trabalho para Representante do Empregador ou Trabalhador Designado – Presencial

espaço de lazer

ções que agreguem valores e façam com que elas se tornem mais sólidas perante as mudanças e inovações. A gestão da mudança é uma ferramenta que auxilia a gestão empresarial na difícil tarefa de implementar alterações estruturais, estratégias operacionais ou táticas para obter as transformações necessárias ao crescimento da companhia, ao mesmo tempo em que considera os interesses de todos os colaboradores e resistências inerentes ao processo.

Marketing Digital Pessoal Workshop | 4h Data a anunciar

Será que está a usar as novas tecnologias em todo o seu potencial? Que imagem está a transmitir online? Além de ser a imagem da sua empresa você também é a sua imagem profissional individual. Aprenda a conceber, promover e criar valor para a sua marca pessoal, bem como segmentar o seu mercado-alvo individual através de estratégias de marketing digital. Invista na sua carreira!

Lisboa 1ª sessão: 29 a 31 de maio 2ª sessão: 6 e 7 de junho 10h00-18h00

A Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho faz impender sobre as entidades empregadoras a obrigatoriedade de organizarem os serviços de Segurança e Saúde no Trabalho. Assim, importa que os empregadores adoptem políticas de promoção da segurança e saúde no trabalho que permitam assegurar a saúde e a integridade física dos seus trabalhadores, respeitando os princípios de prevenção de riscos profissionais.

JUNHO

Gestão da Mudança Lisboa, 1 de junho 09h00-13h00 | 14h00-18h00

Num mundo corporativo cada vez mais dinâmico e competitivo, as empresas precisam encontrar solu-

Departamento de Formação Anaís Hernández Tel. 213509310/6 • E-mail: anais@ccile.org

janeiro de 2017

ac t ua l i da d € 69


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Agenda cultural

Concerto de Ano Novo com a Orquestra de Guimarães

Livro

“Mea Culpa”: Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís

Carla Marisa Pais venceu a 9ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina BessaLuís, atribuído pela Estoril Sol, com o romance “Mea Culpa”. O júri, presidido por Guilherme D `Oliveira Martins, considerou tratar-se de “um romance que transporta o leitor para um duro patamar de existência humana e social”. A obra aborda as questões da “miséria e decadência sob formas violentas que vão do incesto a diversos modos de servidão, circunscrevem relações humanas envenenadas por injustiças e desesperos”. Em comunicado, a Estoril Sol assinala ainda que “a linguagem do romance é ela própria atraentemente crua e distanciada,

embora sem nunca perder o sentido da sua orientação literária, quer na riqueza vocabular e imagística quer no alcance da construção narrativa, quer ainda no modo como a memória da poesia acaba por ocupar uma espécie de espaço de luz em vidas dela afastadas”. A autora, Carla Marisa Pais diz que escrever este romance “só foi possível porque o Rui Nunes escreve livros sublimes, porque o Herberto Hélder decidiu desconcertar o mundo com a sua poesia, porque o Saramago nos ensinou um novo Evangelho, porque António Lobo Antunes nos afunda numa literatura sem filtros, porque, independentemente das agruras, Portugal dá à estampa uma nova geração de escritores que muito promete: Ana Margarida de Carvalho, Afonso Cruz, Valter Hugo Mãe, Nuno Camarneiro, Valério Romão entre todos os outros que não menciono mas que admiro igualmente”.

70 act ualidad€

Música

janeiro de 2017

Se o seu ano começa na “cidade berço”, ou nas redondezas, poderá assistir ao concerto da Orquestra de Guimarães, no Centro Cultural de Vila Flor, no segundo dia de 2017. O coletivo musical, criado pela Câmara Municipal, para “ integrar e potenciar o talento de artistas da região”, vai recriar a tradição Vienense, interpretando “algumas das mais icónicas valsas, polkas, marchas e mazurca”. A direção da orquestra cabe ao maestro Vítor Matos.

Dia 2 de janeiro, no Centro Cultural Vila Flôr, em Guimarães

Exposições

A História, retratada por Domingos Sequeira

Além de “A Adoração dos Magos”, pode conhecer melhor a pintura de Domingos António Sequeira numa mostra de 21 quadros deste pintor português do século XVIII e XIX, em exibição no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA). Recordemos que a referida obra passou a integrar a exposição permanente do MNAA graças a uma campanha pública inédita para a aquisição do quadro, que angariou 745.623,40 euros, ultrapassando os 600 mil euros necessários para o adquirir. Sendo um dos mais relevantes pintores portugueses do período romântico, Domingos Sequeira dividiu o seu talento pela religião e pela História. Se a obra “A Adoração dos Magos” é um bom exemplo da representação de temas religiosos, na mostra de quadros do pintor que podermos ver na sala 51 do MNAA percebe-se que foi também um exímio pintor da História. Domingos Sequeira estudou pintura em Roma com Antonio Cavallucci, onde treinou bastante os temas históricos. Intitulada “Domingos Sequeira - Pintor de História”, a exposição reflete o período em que pintou obras que evocam “episódios medievais, ligados à gesta dos primeiros reis de Portugal”. Quase sempre comissionado pela Casa Real, o pintor produzia quadros que tinham como destino Mafra ou o novo palácio da Ajuda. “Levadas para o Brasil pela família real, em 1807, muitas destas obras mantêm-se por localizar”, indica Alexandra Gomes Markl, comissária da exposição. Das 21 obras expostas, quatro provêm de coleções particulares, uma do Palácio da Pena e as restantes do acervo do Museu Nacional de Arte Antiga. “Esta exposição desenha-se em torno de duas destas pinturas, conhecidas através de diversos estudos preparatórios, que nos permitem contactar com o método de trabalho de Sequeira e reconstituir uma faceta mal conhecida da obra e uma das páginas mais intrigantes da arte portuguesa na viragem do século XVIII para o XIX”, assinala a comissária.

Até 12 de março, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa

Ribera, o mestre espanhol do desenho, no Prado

Seguidor de Caravaggio, José de Ribera é considerado o maior pintor tenebrista (domina a técnica do claro-escuro) espanhol do século XVII. O Museu madrileno El Prado dedica-lhe uma exposição, para sublinhar o seu talento para o desenho. Isto, numa altura em que o museu publica o primeiro catálogo completo dos desenhos do artista: cerca de 160.


espacio de ocio A mostra “combina desenhos, pinturas e estampagem, seguindo um critério cronológico e temático” de modo a “realçar a excecional habilidade técnica do Espanholeto (como ficou conhecido) no uso da pluma, da tinta e do lápis, bem como a extraordinária originalidade da temática” das suas obras. Ao todo exibem-se 52 desenhos, 10 pinturas, 8 estampas e uma pequena escultura da autoria do seu sogro Giovan Bernardino Azzolino, que está relacionada com as estampas anatómicas de Ribera. Oportunidade para ver ou rever obras conhecidas como “Sansão e Dalila”, “Aquiles entre as filhas de Licomedes”, bem como “desenhos recentemente descobertos que permitem afirmar a altíssima qualidade da sua técnica”, como é o caso do esboço de “Aparição de Cristo ressuscitado à sua mãe”. José de Ribera nasceu em 1591, em Valencia, mas partiu para Atália aos 15 anos e não voltou ao país Natal. Estudou e viveu em Roma e depois em Nápoles (na altura sob domínio do império espanhol), onde morreu. Adotou o nome italiano Giuseppe e teve em Caravaggio a sua principal influência. No final da sua carreira, o dramatismo das suas telas, recua e dá lugar a tons mais abertos, inspirado por pintores como Van Dyck.

Até 19 de fevereiro, no Museu do Prado, em Madrid

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Teatro

O outro lado de Alice, no Hospital Júlio de Matos

Como num tabuleiro de xadrez, em “Alice, O Outro Lado da História”, de Paulo Miguel Ferreira, as personagens criadas por Lewis Carroll movimentam-se num jogo onde o bem e o mal se podem fundir. A história, contada pelo encenador João Ascenso, passa-se em Oxford, Inglaterra, nos finais do século XIX. “Será revelado um dos casos mais enigmáticos de todos os tempos. O Pavilhão 30 no Hospital Júlio de Matos transforma-se num Decanato na época Vitoriana e num tétrico hospício, onde todos podem entrar, mas de onde poucos vão sair. Em “Alice, O Outro Lado Da História” o público vai entrar no conceito do teatro imersivo, fazendo parte da história. É obrigado a seguir as personagens, entrando nas suas vidas e até nos seus pensamentos.”

Até 25 de fevereiro, no Pavilhão 30 do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Um ano para celebrar a cultura ibero-americana em Lisboa Em português, em espanhol ou na linguagem universal das artes visuais, Lisboa é Capital da Cultura Ibero-Americana em 2017 e vai acolher cerca de 150 eventos, que procuram retratar e homenagear as tradições e manifestações culturais de um universo de “120 milhões de pessoas oriundas da Península Ibérica, das Américas do Sul e Central, México e dos países das suas diásporas”. Eleita pela União das Cidades Capitais Ibero-Americanas, Lisboa arranca as festividades no dia 7 de janeiro, com a inauguração da reabilitação do Padrão dos Descobrimentos, o monumento que celebra as descobertas dos navegadores portugueses, nos séculos XV e XVI. No mesmo dia, à noite noite, no Teatro São Luiz, concerto com a portuguesa Gisela João, a equatoriana Mariela Condo e a panamiana Yomira John. “Passado e Presente” é o vetor da programação, que sublinha “traços, rotas, testemunhos do Passado, nem sempre grandioso, nem sempre heróico”. Para o recordar, ficará a obra que retrata o final do paraíso com a chegada dos europeus às Américas: “Al Final Del Paraíso”, um mural feito propositadamente pelo artista mexicano Demián Flores para a abertura da progra-

mação de Lisboa - Capital Ibero-Americana da Cultura. O Presente é o tempo das “exposições, concertos, lições, cinemas, oriundos de cidades que, muitas vezes, entre si, distarão milhares de quilómetros, com cidadãos que, falando - como línguas da comunidade- o português e o castelhano, utilizam outras línguas maternais ou de adoção, articulando pronúncias diversas, do galego ao guarani”. A programação obedece ainda aos temas “Afrodescendentes”, “Criação contemporânea”, “Migrações” e “Questão Indígena”, que serão tratados através de arte urbana, cinema, colóquios, dança, esposições, espetáculos, música e teatro.

Ao longo de 2017, em vários espaços,, em Lisboa janeiro de 2017

ac t ua l i da d € 71


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Foto Páteo Alfacinha

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Páteo Alfacinha: viagem pela Lisboa antiga com paragem no Mercearia O restaurante de inverno do Páteo Alfacinha propõe duas listas: a do “Pica aqui –pica ali” e a do “Como manda a lei”. Pode-se experimentar as duas e ainda levar alguns dos ingredientes usados na confeção dos pratos para casa. A digestão aconselha a conhecer o resto do projeto: a adega, a tasca, a olaria, a padaria, a galeria de arte, a capela, o jardim de inverno, a casa da Mariquinhas, os cantos e os encantos do Páteo que Vitor Seijo ergueu em 1984 e que o neto, Miguel Seijo, está a dar uma nova vida.

H

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

á, numa das salas de eventos “Isto era pouco mais do que um terreno do Páteo Alfacinha, colunas baldio”, explica Miguel Seijo, neto do de ferro fundido que che- falecido fundador do Páteo Alfacinha, e garam, em tempos, a vedar atual gestor do projeto, enquanto vamos os Jerónimos. Foram resgata- percorrendo a recriação do tradicional das de um antigo depósito da Câmara bairro lisboeta. No passeio, conta-nos Municipal de Lisboa, que albergava os que os azulejos que revestem as fachadas despojos das construções que iam sendo das casinhas são do século XIX, oriundemolidas. Vítor Seijo integrou-as no dos das fábricas Viúva Lamego e de projeto Páteo Alfacinha, onde cabem tam- Sacavém, que os painéis interiores como bém colunas de pedra do antigo Palácio os da sala dos pregões (que homenageia Raul Lino ou um antigo portão do mer- antigas profissões) foram pintados na cado da Praça da Figueira. Estes e outros fábrica de Santana e que a calçada dos elementos saíram do tal depósito para o pátios é feita com pedrinhas imperfeitas, pequeno “bairro” que nasceu na década de em vez dos cubos que hoje se utilizam, e exibe desenhos do maior especialis80 numa das encostas da Ajuda. A ideia estava na cabeça de Vítor Seijo ta em calçada portuguesa, o arquiteto e teve o sim camarário, numa altura em Eduardo Martins Bairrada. O avô de Miguel Seijo criou o Páteo que a reabilitação urbana era escassa.

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Alfacinha com uma barbearia antiga, uma padaria (onde atualmente se fazem workshops de pão com crianças), uma tasca, uma galeria de arte, uma olaria, uma casinha, a casa da Mariquinhas, onde não faltam uma cama de ferro com um colchão de palha e outras relíquias como os antigos ferros de engomar a carvão. No bairro está também a capela com o “Santo António cansado” (leva o menino pela mão, em vez de o carregar ao colo como está frequentemente representado). Há ainda um jardim de inverno, um salão de festas e várias salas, agora arrendadas a empresas ou disponíveis para eventos. Miguel Seijo assinala que o avô “queria recriar um bairro antigo e os seus costumes, mas também funcionar como


espacio de ocio

espaço de dinamização cultural”. E conseguiu. “Nos primeiros anos, o Páteo era muito frequentado por artistas de várias áreas, como fadistas, atores, artistas plásticos. Acolheu exposições de Vieira da Silva, Artur Bual, Ernesto Neves, entre outros. O Páteo Alfacinha foi muito popular nos primeiros anos, mas já neste século passou por alguns problemas. Miguel Seijo, um dos administradores da empresa de catering Casa do Marquês, considerou que o projeto tinha potencial e adquiriu-o em 2014. “Eu cresci por aqui e tenho aqui o meu coração, mas só assumi este negócio porque tenho plena convicção de que o projeto pode ser lucrativo, como já está a acontecer.” O gestor começou por recuperar o que necessitava de reabilitação e em junho de 2014 reabriu o Páteo com o restaurante de verão a Horta, que alterna com a Mercearia, que funciona apenas de outubro a maio. A Horta serve grelhados, saladas e petiscos ao ar livre, no pátio batizado por Vítor Seijo como a “Horta das Tinhosas”, adjetivo usado para as sardinhas. Da Horta avista-se o Tejo, tal como das janelas do Mercearia, no outro extremo do Páteo Alfacinha, que ocupa cerca de três mil metros quadrados. O Mercearia abriu pela primeira vez no inverno passado. Chama-se assim porque além de restaurante, funciona também como mercearia, comercializando os mesmos vinhos que encontra na carta, azeite e alguns dos ingredientes usados na confeção dos pratos, como é o caso do chamado arroz bomba Calasparra, importado de Espanha (perto de Múrcia). Este arroz do tipo arbóreo conquistou Miguel Seijo, no tempo em que viveu em Barcelona: “Só usamos este arroz aqui no restaurante porque é o melhor”. Nesta sua segunda temporada, o Mercearia tem o chefe Pedro Moreira ao leme na cozinha. Depois de um couvert que inclui pão de tomate e pão de caril, entre outras variedades, e manteiga de ervas ou de

chouriço, a carta propõe uma lista de “Pica aqui-pica ali”, composta por petiscos como ovos rotos com chouriço, pica-pau de marisco, estupeta de atum, preguinho de atum, de bochecha ou de vitela. Além dos petiscos, tem também a lista designada “Como manda a lei”. Por lá encontra cabidela de capão, arroz de lebre, crepes de bacalhau, entre outros pratos da gastronomia portuguesa. A sobremesa chega num carrinho e inclui espuma de ginja, mousse de chocolate, fondant de caramelo, pudim Abade de Priscos, cheese cake e leitecreme aromatizado com raspa de laranja e queimado na hora. Recentemente, abriu no Páteo Alfacinha o espaço Adega, vocacionado para eventos, numa sala que tem capacidade para 280 pessoas sentadas. A decoração tem o vinho como inspiração: “Parede revestida com cerca de 750 garrafas de vinho (coleção do fundador do Páteo) e as restantes com 1500 caixas de vinho aludindo a 80 marcas; wc’s com videomapping nas paredes e pipas de vinho recicladas, transformadas em lavatórios (feitos em pedra esculpida manualmente de blocos maciços)”. Miguel Seijo adianta que o projeto continuará a ser melhorado: “Quero fazer do Páteo Alfacinha um incontornável ponto de interesse turístico.” O

espaço de lazer

gestor quer aliar à viagem pela arquitetura e pelos costumes antigos e à restauração outros ingredientes, como um espetáculo que funcione como o culminar deste roteiro. No Páteo já acontecem exposições, pequenos espetáculos, workshops, eventos. “É um espaço único na cidade”, conclui Miguel Seijo. 

Mercearia Páteo Alfacinha R. Guarda-Jóias 44, 1300 Lisboa Tel.: 21 364 2171

janeiro de 2017

ac t ua l i da d € 73


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Statements Para pensar

“Continuamos [às compras de empresas]. Nunca paramos – uns anos mais ativos, outros menos ativos. Há algumas oportunidades que estamos a analisar, a negociar, mas não há nada de concreto, ou sequer perto do fecho” António Rios Amorim , presidente da Corticeira Amorim, sobre eventuais aquisições, “Jornal de Negócios”, 14/12/16

“Somos dos poucos bancos que nunca pararam de crescer em crédito (...) [sendo o Banco Popular também a única instituição bancária que cresceu em crédito em 2016] em forma orgânica” Carlos Álvares, presidente do Banco Popular Espanhol, “Diário de Notícias”,

23/11/16

• Assessoria ao Comércio Externo • Missões Empresariais • Serviço de Tradução e Intérprete • Recuperação de IVA • Seminários / Conferências • Almoços de empresários • Revista Actualidad€ Economia Ibérica • Torneio Ibérico de Golfe e Padel • Eventos sociais • Formação

Interlocutor Privilegiado nas Relações Bilaterais Portugal / Espanha www.portugalespanha.org Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º Piso, 1050-155 Lisboa Tel Geral: (+351) 213 509 310, e-mail: ccile@ccile.org

“[Em 2015] tivemos, em termos de investimento angariado, o melhor ano dos últimos cinco e um dos dois melhores desde que a Aicep foi fundada, em 2007 (...) tivemos cerca de 1.700 milhões de euros angariados pela AICEP em termos de investimento. Este ano [2016], apesar de algum abrandamento (...), mesmo assim vamos ficar acima dos mil milhões de euros” Miguel Frasquilho, presidente da Aicep, “Jornal Económico”, 22/12/16

“Houve um compasso de espera por parte dos investidores nos primeiros meses deste ano [2016], para se perceber o que é que iria acontecer [com a mudança do Governo] (...) [Apesar do ‘Brexit’ e da eleição de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas, que] são fatores de risco que acarretam incerteza, mesmo neste contexto, tivemos uma segunda metade do ano que eu diria que, em termos de investimento angariado, foi melhor do que a primeira metade” Idem , ibidem




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