Actualidade Economia Ibérica - nº 237

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Actualidad

Economia ibérica março 2017 ( mensal ) | N.º 237 | 2,5 € (cont.)

Inovação no mar à vista PÁG. 38

“O mundo automóvel vai mudar mais nos próximos dez anos” do que em cem pág. 08

Servesco tiene en vista una nueva plataforma en Lisboa pág. 20

España, Portugal e Italia impulsan el diálogo sobre la economía circular en Europa pág. 24


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Índice

índice

Foto: Sandra Marina Guerreiro

Nº237

Energia 22. Acciona mantém dinamismo e reforça área da comercialização

Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Vítor Fernandes e Rui Miguel Nabeiro

Grande Tema

Inovação no mar à vista

38.

Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy desk: Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Antonio Viñal Menéndez-Ponte, Cecilio Oviedo, José Miguel Sardinha, Nuno Ramos e Pedro Lancastre Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382

Editorial 04.

Opinião 06.

Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins Distribuição: Distrinews II, SA Rua 1º Maio – Centro Empresarial da Granja - Junqueira 2625-717 Vialonga Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787

O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor.

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Luso Espanhola

Incertidumbres 2017 - Cecilio Oviedo

46.

Sea, surf & PEC - Antonio Viñal Menéndez-Ponte

48.

Alojamento local e propriedade horizontal: propostas para a sua compatibilização José Miguel Sardinha

Atualidade 28.

Câmara de Comércio e Indústria

Imobiliário português vive o melhor momento de sempre - Pedro Lancastre

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

As velas, a bela e o ”monstro”

Realidad virtual y tecnología 3D para tratar la salud mental

E mais... 08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 32.Marketing 46. Advocacia 50.Vinhos&Gourmet 54.Ciência e Tecnologia 56. Setor Imobiliário 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

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editorial editorial

As velas, a

bela e o “monstro”

“P

ortuga l outrora lançou caravelas, agora lança startups ” foi o título de um artigo publicado pela agência de notícias internacional Bloomberg, no início de fevereiro. No artigo, ilustrado por caravelas de telemóveis içados, no lugar das velas, lê-se que “há qualquer coisa nova na pequena nação que extravasa a economia estagnada e o stresse da indústria financeira”. A revista escreve igualmente que, fora do Reino Unido, se trata do melhor país europeu para encontrar oportunidades, referindo-se ao boom de novos negócios, sobretudo na área tecnológica. Mais à frente, João Vasconcelos, fundador da incubadora Startup Lisboa, da qual saiu para assumir no Governo a pasta da indústria, explica que “durante séculos, os portugueses foram para fora”, concluindo que “o empreendedor português nasceu com uma mente global”. O mar, outra vez o mar, pode alavancar essa característica alegadamente portuguesa da globalidade. No artigo de capa desta edição, procura-se perceber o que está a ser feito para criar novos negócios no âmbito da chamada “economia azul” ou seja, ancorados no mar. Por agora, o peso da “economia azul” no PIB português é de 3,1%, mas o Governo quer ver este valor duplicar até ao fim da atual legislatura (2019). Áreas como a biotecnologia marinha, a aquacultura, a energia, a robótica marinha, software , 4 act ualidad€

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ambiente, turismo e náutica de está apenas a começar e adivinharecreio captam o interesse dos -se um potencial enorme, porém, empreendedores e protagonizam todo o processo de descoberta e as novas startups no setor do de exploração tem que acautelar a mar. sua preservação. Queremos que a evolução seja A sustentabilidade é também tão rápida neste setor quanto cui- a causa inerente à promoção ao dadosa. Foi disso que a ministra novo filme da Disney “A Bela e do Mar, Ana Paula Vitorino, falou o Monstro”, protagonizado por na Cimeira Mundial dos Oceanos, Emma Watson (na foto). A atriz que decorreu em Bali, nos passa- aproveitou a digressão de prodos dias 22 a 24 de fevereiro: do moção do filme para criar uma nova conta de Instagram, em que legenda as fotografias, aludindo às marcas que veste. Os conteúdos contam com a verificação da consultora de branding Eco Age, já que em comum, estas marcas devem ter a preocupação com a sustentabilidade: uso de materiais de origem natural, preservação de técnicas artesanais, etc. Marcas como a Good Guys, uma insígnia portuguesa de calçado que usa peles wegan . “A marca não usa produtos animais nas suas coleções, que são fabricadas no Porto, Portugal, ajudando a preservar a indústria tradicional de calçado da região”, argumenta a atriz, na legenda das botas que calça. Numa metáfora mais ou menos explícita fica a mensagem de que a beleza pode acontecer sem a compromisso de Portugal com a “monstruosidade”, ou seja sem sustentabilidade, também no que prejudicar o ambiente, sem lesar se refere à “economia azul”. as pessoas. Emma Watson coloca Colocar em perigo a sustentabili- a sua notoriedade ao serviço da dade do mar, já sob grande stresse, responsabilidade social. A mesma devido à poluição e à pesca desen- “vela” que teremos que erguer, se freada, como assinalava Charles queremos navegar o mar de oporGoddard, diretor executivo da tunidades que a economia azul Cimeira Mundial dos Oceanos, é potencia.  o “monstro”, que devemos travar. O renovado interesse pelo mar *Email: actualidade@ccile.org


opinión

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opinião

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opinião opinión

Imobiliário português vive o melhor momento de sempre

Por Pedro Lancastre*

S

e mais indústrias em Portugal apresentassem a saúde e os indicadores do nosso imobiliário, seríamos, certamente, um dos países mais robustos da União Europeia. O imobiliário português esta a atravessar um momento notável e tudo indica que está para durar. O forte interesse dos investidores no imobiliário português está instalado. Se soubermos perceber e apoiar as suas estratégias de investimento e não se registarem grandes reviravoltas na política fiscal, não haverá muitas razões para que esta onda positiva não possa continuar. O barómetro de liquidez do imobiliário comercial assim o indica, já que considerando os negócios que estão em pipeline para 2017 tudo leva a crer que teremos níveis de investimento a superar os mil milhões pelo terceiro ano consecutivo, barreira apenas ultrapassada uma vez no passado, em 2007. Os setores ocupacionais, que sustentam esta boa dinâmica do investimento, também vivem momentos positivos. Nos escritórios e retalho a procura manteve-se ativa, e nos setores residencial e hoteleiro, a velocidade de vendas de apartamentos e de aberturas de novos hotéis é absolutamente extraordinária. Temos, contudo, alguns desafios pela frente, dos quais se espera uma boa resposta por parte de vários intervenientes. Destaco apenas três: 1) A falta de escritórios novos e em pipeline pode prejudicar não só o imobiliário mas também a economia nacional. Se as empresas internacionais

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não encontrarem no nosso mercado escritórios modernos e com condições que respondam plenamente aos seus requisitos e aos seus elevados standards de qualidade, muito rapidamente poderão procurar alternativas noutros destinos para se instalarem.

“No retalho, entrámos definitivamente nos planos de expansão de novas marcas internacionais, mas a procura por parte dos retalhistas e empreendedores portugueses também está em alta, assistindo-se a muitas aberturas de lojas com conceitos muito cosmopolitas, nomeadamente na área da restauração” 2) Outro grande desafio passa pelo desenvolvimento imobiliário dos grandes terrenos existentes na cidade de Lisboa, como é o caso da Feira Popular, Amoreiras e Alcântara, entre outros. São projetos com grande escala que requerem promoção de raiz e que, além de revitalizarem e dinami-

zarem estas zonas, são estruturantes para toda a cidade. 3) O terceiro grande desafio é de cariz político e macroeconómico e tem a ver com a estabilidade do nosso país. O rating das agências internacionais e a compra de dívida por parte do Banco Central Europeu (BCE) não são controlados por nós, diretamente, já a estabilidade fiscal depende totalmente da vontade interna. São dois pilares fundamentais, nos quais qualquer alteração tem um forte impacto na estabilidade do país. Estou em crer que todas as entidades com competência para influenciar o rumo destes acontecimentos estarão à altura do desafio e teremos mais um ano extraordinário no imobiliário. As oportunidades para 2017 são muitas e existem em todos os setores. A reabilitação irá continuar em alta, uma vez que o mercado residencial continua com uma forte dinâmica a nível internacional, com uma diversidade cada vez maior em termos de procura. Nos escritórios, e apesar da referida escassez de oferta com qualidade, continuamos a registar uma forte procura, com as cidades de Lisboa e Porto a assumirem um protagonismo crescente na instalação de multinacionais. Estas empresas, além de encontrarem rendas competitivas e mão de obra qualificada e igualmente competitiva, podem oferecer aos seus colaboradores uma qualidade de vida muito acima da média de outras cidades europeias. No retalho, entrámos definitivamente nos planos de expansão de novas marcas internacionais, mas


a procura por parte dos retalhistas e empreendedores portugueses também está em alta, assistindo-se a muitas aberturas de lojas com conceitos muito cosmopolitas, nomeadamente na área da restauração. O bom momento na hotelaria irá manter-se, impulsionado pelo crescimento do turismo no nosso país, o que continuará a intensificar a oferta hoteleira, caracterizada pela crescente diversidade e qualificação. O dinamismo de todos estes setores irá, mais uma vez, sustentar os bons níveis de investimento imobiliário, com muitos investidores de diferentes perfis e provenientes de diversas tivo e temos todas as razões para acre- início: o bom momento do mercado geografias a continuarem focados no ditar que o novo ano reúne condições imobiliário está para durar!  nosso país, sobretudo nos setores de para que o mercado volte a superar níveis históricos de atividade. E por isso, * Diretor-geral da JLL Portugal retalho e escritórios. O panorama é, por isso, muito posi- termino a reafirmar o que disse no E-mail portugal@eu.jll.com

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“O mundo automóvel mudará mais nos próximos dez anos do que mudou nos últimos cem” Há dois anos que as vendas da SEAT em Portugal crescem a dois dígitos. Rodolfo Florit Schmid chegou no verão passado com o objetivo de manter a trajetória ascendente da marca no país. Confiante no bom desempenho dos novos carros da construtora automóvel, o gestor adianta que no final do ano chega mais um, o pequeno SUV Arona. O diretor-geral da SEAT para o mercado português antevê uma rápida evolução do setor e garante que o grupo continuará a apostar na inovação. Textos Susana Marques smarques@ccile.org

A

marca SEAT foi bastante afetada pela crise, mas tem vindo a recuperar. Quais foram os alicerces da recuperação?

A crise afetou toda a indústria automóvel, principalmente nos países do sul da Europa. A SEAT tem feito uma fantástica recuperação, que se deve sobretudo a uma grande ofensiva de produtos. Assumimos o compromisso claro de investirmos no desenvolvimento do produto, no lançamento de novos produtos, em diferentes segmentos e isso ajudou a fortalecer o posicionamento da marca. Primeiro, através da gama Leon e, mais recentemente, através da gama Ateca, que começa a despertar uma nova dimensão dentro da estratégia

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Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

definida pelo grupo. A SEAT tem vindo a aumentar o seu investimento em I&D. Quanto é que investiu a marca nos últimos cinco anos em novos produtos?

Estamos a investir mais de 500 milhões de euros por ano, quer em desenvolvimento de produto, quer em infraestruturas. Que resultados obteve a SEAT em 2016?

Não posso avançar quais os resultados anuais até que sejam divulgados em conferência de imprensa. Porém, até setembro, a faturação do grupo chegava aos 137 milhões de euros. O nosso modelo de negócio é rentável em Portugal e a nível internacional.

Portugal tem contribuído para o crescimento dos resultados do grupo…

Sim, de forma muito significativa. O contributo de Portugal tem sido muito positivo, com crescimentos de dois dígitos nos últimos dois anos. O mercado português começou a recuperar a partir de 2012. A crise foi muito dura em Portugal e a SEAT Portugal assumiu um rumo claro e consistente e isso está agora a dar frutos. A grande recuperação em Portugal deve-se ao bom trabalho da equipa da Seat Portugal, juntamente com os parceiros da rede. As vendas cresceram 17% em 2016, em Portugal, um crescimento acima da média do mercado, que foi de 16%. Vendemos, no ano passado, 8.426 viaturas, em Portugal.


gran tema grande tema

Rodolfo Florit Schmid Diretor-geral da SEAT Portugal março de 2017

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grande entrevista gran entrevista

Que modelos se estão a vender melhor, em Portugal?

A gama Ibiza é a que melhor se vende, continua a ter uma boa performance. Seguida claramente da gama Leon, que teve uma excelente recetividade no mercado português. A grande novidade deste ano é o Ateca, que tem sido muito bem recebido, pelo que podemos considerar já que protagoniza uma história de sucesso. Não podemos deixar de referir também a evolução da família Alhambra, que chega aos 20 anos com uma excelente performance. O mercado de rent-a-car também está a crescer para a SEAT?

O mercado de rent-a-car está a evoluir bastante, muito graças ao crescimento do turismo. Não é o mercado mais representativo para nós, mas estamos a crescer na proporção que achamos que devemos estar. E o segmento de empresas, quanto pesa no volume de negócios da marca, no mercado português?

O segmento de empresas também está a evoluir de forma muito positiva e tem um peso considerável no nosso volume de negócios em Portugal. Temos uma oferta 10 act ualidad€

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“Estamos a investir mais de 500 milhões de euros por ano, quer em desenvolvimento de produto, quer em infraestruturas” muito ajustada às necessidades das empresas, em termos de produto, sobretudo nas gamas Ibiza e Leon. Um dos objetivos a que nos propusemos nos últimos anos foi inovar na forma como facilitamos os processos de compra ou de renovação das frotas das empresas. Somos muito inovadores nesse âmbito, já que temos novas modalidades de aquisição muito interessantes, quer para as empresas, quer para os particulares. E no mercado internacional, quais são os carros que melhor se vendem?

O Ateca está a vender-se muito bem no mercado internacional. O Ibiza também continua a vender-se bem. E a família Leon converteu-se na mais vendida a nível internacional, ultrapassando o Ibiza.

Quais são os principais mercados da SEAT?

O mercado maior, em termos de volume, é a Alemanha, seguido da Espanha. De sublinhar que em Espanha, sendo a única empresa espanhola do setor, mantemos toda a cadeia de valor no país, desde a definição do conceito, ao desenvolvimento do carro, industrialização, comercialização e pós-venda. Essa é a grande mais valia da Seat em Espanha. Espanha também foi um mercado bastante afetado pela crise, com uma grande quebra de vendas em 2007. Estamos a recuperar desde 2008. Quais sãos as suas metas à frente da SEAT Portugal?

Não conhecia Portugal antes do dia 1 de setembro. Entretanto, já fiz uma viagem por todos os parceiros, de norte a sul e nas ilhas, o que me permitiu conhecer melhor o negócio, mas também este fantástico país, com excelente gastronomia. Pretendo, juntamente com a equipa da Seat em Portugal e com os nossos parceiros, assegurar um desenvolvimento rentável e sustentável. Quero continuar a consolidar a marca, que tem uma boa performance e uma boa perceção por parte dos clientes portugueses, acima da média da perceção do conjunto dos


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países em que a marca está presente. Temos que assegurar que isto se mantém e que a marca se desenvolva positivamente neste contexto. Pretendo igualmente que estejamos preparados para o futuro, para a mudança que o mundo automóvel está a levar a cabo. O que vai mudar?

Acredito que o mundo automóvel vai mudar mais nos próximos dez anos do que mudou nos últimos cem anos. Estamos atentos às tendências demográficas, à questão das emissões de gases poluentes, à digitalização crescente da sociedade, às tecnologias e à forma como podem beneficiar o universo automóvel, bem como aos hábitos e às necessidades dos consumidores, que estão em constante mudança. É difícil prever o que vai mudar e de saber o que está para vir, mas o que é certo é que vai mudar, pelo que estamos a seguir atentamente e de perto todos estes indicadores e estamos preparados para a mudança. Temos gosto pela mudança, pelo que iremos dar aos consumidores produtos de qualidade, mantendo a nossa particularidade que é a aposta numa boa relação qualidade preço, satisfazendo as necessidades dos nossos clientes.

“As vendas da SEAT cresceram 17% em 2016, em Portugal. Um crescimento acima da média do mercado, que foi de 16%. Vendemos no ano passado 8.426 viaturas, em Portugal“ O que esperar da SEAT em termos de inovação? Confirmam o lançamento de um híbrido em 2018?

Os novos produtos são comunicados a nível internacional, na altura devida. O que posso dizer é que a SEAT possui dois elementos muito importantes: a sensibilidade e a antecipação das necessidades do mercado. Não estamos a dormir. Estamos muito proativos neste sentido. A SEAT integra um grande grupo automóvel, o grupo Volkswagen, que é um dos grupos mais importantes a nível mundial, líder em investigação e em desenvolvimento, e que está a analisar continuamente todas as tendências do setor para ser capaz de prever como pode evoluir.

O tema da circulação nas cidades vai evoluir nos próximos anos. A SEAT está a trabalhar em soluções de sustentabilidade para que os nossos carros possam contribuir para uma melhor mobilidade. Participámos no ano passado na feira “Smart Cities Barcelona” (uma das mais importantes neste domínio), apresentando propostas neste sentido. A nossa preocupação é saber como se integram os carros de forma eficiente na nossa vida. Estamos claramente a trabalhar muito o tema da conetividade, que está a evoluir bastante. A SEAT foi pioneira a disponibilizar uma aplicação para automóvel compatível com CarPlay, por exemplo. Estamos a preparar os nossos carros para que sejam carros conectáveis com as pessoas, com as infraestruturas e com outros carros. Outro tema que estamos a trabalhar muito bem é o tema da assistência à condução, num contexto de segurança. Estou a falar de elementos de segurança ativa, como o radar adaptativo, que permite ver se o carro está perto de outro carro ou de um obstáculo e que pode ativar o sistema de travagem, por exemplo. Nesta área da segurança ativa temos lançado grandes novidades. Quer a gama Ateca, quer a gama Leon têm absorvido todas estas novidades de forma consistente. março de 2017

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Há 16 anos na SEAT Rodolfo Florit Schmid assumiu a 1 de setembro de 2016 as funções de diretor-geral da Seat Portugal, mas há 16 anos que está ligado a este grupo de origem espanhola, tendo desempenhado várias funções na área das finanças e comercial. Nos últimos anos, ocupou o cargo de secretário-geral da Presidência do grupo. Rodolfo Florit Schmid tem 43 anos e é licenciado em Direito e em Gestão de Empresas.

Estas inovações tecnológicas aumentam muito o preço das viaturas?

O preço das viaturas depende de vários fatores. Em Portugal, são, claramente, os impostos que mais agravam o preço, de uma forma muito considerável, quando comparado com outros países. Na hora de definir uma política de preços, a competitividade é o derradeiro fator a ter em conta.

O consumidor português aprecia a tecnologia?

Sim. Os portugueses são muito abertos às novas tecnologias. Os nossos clientes são pessoas que gostam de tecnologia e que encontram nos nossos carros respostas para as suas necessidades.

pequeno do Ateca, ou seja, é a nossa interpretação de como devem ser os pequenos SUV – um carro para o mesmo segmento da família Ibiza –, e estamos convencidos de que vai ter um êxito incrível, à semelhança do que está a acontecer com o Ateca.

Quanto ao Arona, o que pode adiantar?

Que outros modelos estão previstos?

O Arona chegará ao mercado no final deste ano, em outubro ou novembro. Trata-se do “irmão” mais novo e mais

Um bom arranque em 2017 As vendas da Seat aumentam há quatro anos consecutivos, com um crescimento acumulado de quase 30% desde 2012. De acordo com os números divulgados pelo grupo, em comunicado, a marca está a manter o ritmo, já que “a Seat completou o seu melhor mês de janeiro desde 2003”, ao entregar “32.300 automóveis, o que representa um aumento de 16,5% face a janeiro de 2016”. Portugal contribui para o avanço, com 539 unidades vendidas em janeiro deste ano, o que corresponde a uma subida de 20,9% compa-

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rativamente a janeiro de 2016. De destacar ainda que “Espanha lidera as entregas em janeiro, com 6.700 veículos vendidos (+41,7%), seguida da Alemanha, com 5800 (+14,5%) e do Reino Unido, com 3800 (+18,3%)”. O grupo informa que “a maioria dos países europeus cresceu fortemente, contribuindo para o impulso das vendas da SEAT em janeiro”. Fora da Europa, “o México foi outro dos mercados em destaque, com um crescimento de 16,3%, o equivalente a um total de 2.700 automóveis”.

As outras marcas podem falar do futuro, mas nós preferimos falar da atual ofensiva. Lançámos quatro novos carros em menos de dois anos, totalmente novos e entrámos em novos segmentos, que são justamente os segmentos que estão a crescer mais a nível europeu. Temos propostas muito frescas, interessantes e que refletem os valores da nossa marca e o nosso entendimento do que devem ser os automóveis. O que mais o impressiona no setor automóvel, em termos mundiais?

O maior desafio é a mudança de paradigma no setor automóvel, resultante do que falava há pouco (a demografia, os hábitos de consumo, a tecnologia, etc). É interessante ver como todas as marcas vão reagir, como estão a responder a estes novos estímulos. Acredito que cada marca terá respostas cada vez mais intensas e mais frequentes. 


Centro de Formação CCILE Segurança de Sistemas de Informação e Uso da Tecnologia Informática Lisboa, 04 de março 09h30-13h30

As organizações públicas e privadas precisam nos seus negócios de sistemas de TI, tal como o acesso permanente à Internet, o uso regular do correio eletrónico, etc. Portanto, é essencial para a realização integral de segurança nas empresas que os responsáveis pela área informática (TI) saibam como agir em ocasiões de crise. Quais as fragilidades que um sistema informático poderá ter e a sua relevância para o caso de virem a ser atacados exteriormente (DDoS, CryptoLocker, etc.)? Até que ponto pode o administrador pela segurança informática aceder aos conteúdos informáticos, tais como, por exemplo, ao correio eletrónico institucional dos funcionários?

Programação Neurolinguística Lisboa | 09h00 – 18h00 1ª sessão: 24 de março 2ª sessão: 31 de março

Desde a década de 90 que se reconhece o ser humano como a maior força promotora de resultados dentro das organizações. Com esse pensamento, alavancaram-se muitas formas de desenvolvimento no meio corporativo mas nenhuma delas tem causado tanto impacto quanto o Coaching e a PNL. A PNL desenvolve habilidades importantes, dos líderes e equipas, promovendo a otimização através da alteração comportamental por meio da linguagem.

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Igualdade de Género no Trabalho

Cobranças: Porque Cobrar é uma Arte

09h00 – 18h00

09h30-13h30

Lisboa, 08 de março

A igualdade entre mulheres e homens continua a ser um ponto marcante para qualquer agenda. É um direito fundamental e uma condição necessária para a dignidade humana, equidade laboral e coesão social e comunitária. O objetivo deste curso é a aquisição de competências jurídicas e práticas acerca da temática de igualdade de género, assim como o desenvolvimento da capacidade crítica e analítica dos participantes.

Redes Sociais Lisboa, 16 de março

Lisboa, 29 de março

A estruturação e a organização de um caderno de procedimentos de cobrança na sua empresa permite maximizar os resultados e evitar os incobráveis. A implementação de procedimentos adequados na fase extrajudicial facilita e torna mais rápidas e eficazes as cobranças judiciais. O acompanhamento do processo judicial pelo credor é determinante para o sucesso da cobrança: Saber o que exigir do tribunal, saber o que exigir do advogado, saber o que exigir do Agente de Execução é indispensável para gerir as suas cobranças na fase judicial.

09h00 – 18h00

As redes sociais tornaram-se uma ferramenta de comunicação indispensável para qualquer empresa e isto envolve grandes vantagens e benefícios. Nos dias de hoje, as redes sociais são o motor das relações entre as empresas e os seus clientes, pois são um excelente veículo de promoção de produtos e serviços.

Gestão do Tempo Lisboa, 23 de março 09h00-18h00

O tempo é o recurso mais precioso de que dispomos e por isso é imprescindível utilizá-lo da melhor maneira possível. O planeamento estratégico, eficiente e profissional do trabalho diário é essencial para que se tire o máximo partido do tempo disponível!

Departamento de Formação Anaís Hernández Tel. 213509310/6 • E-mail: anais@ccile.org

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Santander Totta lucra mais 36% em 2016 e inaugura novo edifício em Lisboa O Santander Totta alcançou em 2016 lucros de 395,5 milhões de euros, um crescimento de 36% face ao ano anterior. O resultado foi “obtido com crescimento orgânico da nossa atividade, centrado nos recursos de balanço, no crédito à habitação e às PME, o que se reflete no forte crescimento da margem financeira, num crescimento das comissões e num aumento da margem comercial”, frisa António Vieira Monteiro, presidente executivo do banco. Num “ano de intensa atividade, em que o banco conseguiu integrar, em nove meses, os ativos e passivos do ex-Banif”, o Santander Totta chega ao fim deste exercício apresentando bons níveis de “solidez de balanço (rácio CET 1 de 15,7%), de rendibilidade (ROE de 11,1%), e de crescimento de recursos de balanço e de quotas de mercado de crédito em particulares e empresas”. Os depósitos ascenderam a 27,7 mil milhões de euros, subindo 6,4% em relação a 2015, apesar da significativa redução das taxas de juro. A margem

comercial ascendeu a 1.052 milhões de euros (+27,9% em termos homólogos), refletindo os crescimentos ocorridos na margem financeira (+31%) e comissões líquidas (+16,1%). Entretanto, o banco liderado por António Vieira Monteiro inaugurou um novo edifício em Lisboa, que representou um investimento de 28,5 milhões de

euros, reforçando, assim, a aposta em Portugal. O Centro Santander Totta acolhe cerca de 2.200 trabalhadores do banco. O evento, realizado no final de janeiro, contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e da presidente do grupo Santander, Ana Botín (na foto), entre outras individualidades.

BPI aumenta lucros em 33% em 2016 O BPI obteve lucros de 313,2 milhões de euros, em 2016, o que representou um crescimento de 32,5% face a 2015. “Este é o segundo melhor resultado de sempre na história do BPI, só ultrapassado por 2007, que teve um resultado muito favorável”, afirmou Fernando Ülrich, presidente do banco. O contributo da atividade doméstica para o resultado do BPI aumentou 58%, com lucros de 147 milhões de euros, enquanto a atividade internacional cresceu 16%, para os 166,3 milhões. O produto bancário do BPI registou um crescimento de 7,4%, para 715 milhões de euros na atividade doméstica, e a margem financeira

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cresceu 14,3%, com as comissões a aumentar 1,5%. A margem financeira da atividade doméstica aumentou 14,3%, explicada pela redução dos custos de depósitos a prazo, explica o banco. “Entre 2007 e 2016, o banco reduziu os custos de estrutura na atividade doméstica em 19%, e entre 2008 e 2016, diminuiu o número de balcões em 34% (menos 272) e o número de colaboradores diminuiu 29%, o que equivale a menos 2.260 funcionários”, disse Fernando Ulrich. A carteira de crédito do banco na atividade doméstica “começa a apresentar sinais de inversão da tendência de queda na generalidade dos segmentos”, diz o

banco na divulgação dos resultados, mantendo-se praticamente inalterada face a 2015. O crédito a grandes e médias empresas aumentou 12,2%, o crédito a empresários e negócios subiu 8,4%, a carteira de crédito hipotecário manteve-se inalterada e o crédito ao consumo e automóvel aumentou 16,4%. Feitas as contas, o crédito a clientes caiu 0,2% para 22,7 mil milhões de euros. O banco passou, entretanto, a ser controlado pelo CaixaBank, que aumentou a sua posição para 84,52% do capital do BPI, no âmbito da oferta pública de aquisição concluída a 7 de fevereiro.


Breves Novo Banco debate tendências do setor agrícola no Alentejo A região do Alentejo tem vindo a criar novas condições de competitividade e de desenvolvimento económico, com evidente destaque no panorama do setor agrícola português. De uma realidade agrícola sustentada no passado por uma base de sequeiro, passou-se para uma nova realidade a que o Alqueva veio abrir portas e onde o sequeiro convive com o regadio. A aposta em novos modelos de negócio, na formação, na investigação e o acesso ao investimento são também pontos de referência para a nova realidade da agricultura no Alentejo.As novas culturas e os bons resultados obtidos levantaram também a questão da procura de novos mercados para colocação da produção. No âmbito da iniciativa “Ciclo de Conferências

NB Empresas” e tendo presente a importância da economia da região e o seu dinamismo, o Novo Banco levou a cabo há cerca de uma semana, no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA), em Évora, a realização da conferência “Novas Culturas e Tendências do Setor Agrícola”. Diversas questões de relevo sobre esta temática foram abordadas por empresários e especialistas conhecedores da região, como os impactos da agricultura no panorama económico nacional, nomeadamente o investimento, a gestão de tesouraria, a capitalização das empresas e ainda o papel do PCTA e da Universidade de Évora no binómio empresas-instituições académicas, enquanto fator de impulsionamento económico.

Mapfre lança seguro de vida para crédito à habitação mais competitivo

Numa altura em que já não é obrigatório adquirir o seguro de vida no banco onde foi efetuado o crédito à habitação, a Mapfre Seguros lançou o “VIDA - Crédito Habitação”, um seguro de vida que pode ser comprado individualmente ou por duas pessoas. Com preços muito competitivos, o novo seguro responde às exigências dos bancos, garantindo o pagamento do crédito hipotecário associado à habitação, em caso de morte ou invalidez. Apresenta um capital seguro entre 10 a 500 mil euros, permitindo assim a prote-

ção dos beneficiários em caso de morte e independência financeira das pessoas seguras em caso de invalidez. A Mapfre, além de garantir total apoio ao cliente no processo de transferência do seguro, permite que o valor seguro seja atualizado automaticamente, ou quando o cliente definir, apresentando simulações de preço para todo o prazo do contrato, com capitais seguros decrescentes ou constantes. O grupoa nível global, registou, em 2016, um lucro de 775 milhões de euros, o que representou um aumento de 9,4% em relação a 2015, graças ao bom comportamento dos três principais mercados: Espanha, Brasil e Estados Unidos e pelos excelentes resultados conquistados pela Mapfre RE. As receitas da Mapfre alcançaram mais de 27 mil milhões de euros e os prémios superaram os 22 mil milhões, representando um aumento de 2,2%.

Portugal é o 31º país com melhor índice de talento do mundo O talento converteu-se num dos principais fatores a ter em conta no mercado de trabalho a nível mundial. Para enquadrar esta nova realidade, a Adecco, em conjunto com a Escola de Negócios Internacional (Insead) e o Human Capital Leadership Institute (HCLI), promovem, pelo quarto ano consecutivo, o “Global Talent Competitiveness Index (GTCI)”, um estudo exaustivo orientado para a resolução das questões relacionadas com a competitividade no mundo do trabalho. Este índice foca a capacidade dos países de gerirem o talento através da atração, crescimento e retenção do mesmo. Por outro lado, a diferença entre os níveis de talento, resume-se em capacidades de nível médio ou de nível elevado. “Em 2017, o tema principal do GTCI centra-se no talento e na tecnologia. Contrariamente a algumas previsões sobre um ‘futuro sem emprego’, as análises e os capítulos presentes no relatório deste ano indicam que as pessoas, as máquinas e os algoritmos se encontram em sintonia para criar um futuro laboral onde são dependentes e adquirem novas capacidades”, refere Carla Rebelo, diretora geral da Adecco Portugal. No ranking, que conta com a presença de 118 países, Portugal assume a 31º posição, integrando o grupo de países com rendimentos elevados. Millennium bcp reforça aposta no setor agrícola, através de parceria com a Agro.Ges O Millennium bcp acaba de assinar um acordo de parceria com a Agro.Ges–Sociedade de Estudos e Projetos, uma consultora do setor agrícola, com o objetivo de promover e dinamizar a estratégia de crescimento do Banco neste setor. “Esta parceria é um passo muito importante para o Millennium bcp, pois teremos uma vasta equipa de especialistas a trabalhar permanentemente na identificação de oportunidades de negócio e na avaliação de projetos de investimento neste setor”, afirma Conceição Lucas, administradora executiva do Millennium bcp. Através deste acordo, o Millennium bcp e a Agro.Ges realizarão eventos dedicados ao setor, que terão lugar em diversas regiões do país, com o objetivo de contribuir para a dinamização da agricultura a nível nacional e trabalharão, em parceira, na avaliação de projetos de investimento do setor agrícola. Mercer abre 40 novas vagas de emprego em 2017 A Mercer vai abrir ao longo de 2017 um total de 40 novas vagas de emprego, em Lisboa, com especial destaque para os centros de excelência nas áreas

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Breves de actuariado e investimentos. A consultora pretende reforçar assim, ao longo do ano, a sua equipa com colaboradores qualificados nas áreas de matemática, engenharia, finanças, economia e gestão. As funções mais procuradas serão as de atuário, analista, consultores de investimentos e profissionais dedicados à área de benefícios da consultora. “No ano passado, já recrutámos mais de 80 pessoas para estas funções e com este perfil académico. Encontramo-nos em forte expansão na Mercer e, como resultado, queremos encontrar os melhores talentos a nível nacional dentro de cada área, de forma a termos uma equipa competente, dedicada e eficaz, para melhor respondermos aos desafios do mercado onde operamos”, refere Diogo Alarcão, CEO da Mercer Portugal. Luís Simões obtém certificação de gestão de segurança e saúde no trabalho A Luís Simões, operadora logística de referência na Península Ibérica, obteve a certificação OHSAS 18001:2007 na sua delegação logística da Zona Franca (Barcelona). Esta certificação reconhece as organizações mais empenhadas na prevenção de riscos laborais e com a segurança e saúde dos seus trabalhadores. A Luís Simões recebeu esta reconhecida acreditação depois de ter superado satisfatoriamente uma audi-

Iberdrola apresenta projeto Hidroelétrico do Tâmega A Iberdrola apresentou publicamente o projeto hidroelétrico do Tâmega, prosseguindo a sua aposta nas energias renováveis, numa cerimónia em que estiveram presentes o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, o diretor da Área de Negócio Liberalizado da Iberdrola, Aitor Moso, entre outras individualidades. O complexo do Tâmega, situado no norte de Portugal, será composto por três grandes barragens: Gouvães, Daivões e Alto Tâmega. A geração de energia elétrica associada a estas instalações terá, no total, uma capacidade instalada de 1.158 megawatts (MW), sendo capazes de produzir mais de 1.760 GWh anuais. As obras, que se prolongarão até 2023, já começaram no rio Tâmega e significarão um investimento de 1,56 mil milhões de euros, do qual uma parte significativa será destinada a projetos sociais e ambien-

tais na região. O objetivo da Iberdrola é que a área do Tâmega cresça em torno deste projeto durante os próximos anos. Para o efeito, estima-se que a execução desta infraestrutura energética propicie a criação de 13.500 empregos durante o período de construção, dos quais 3.500 serão diretos e cerca de 10 mil indiretos. Posteriormente, será criada uma equipa de operação e manutenção para cada uma das unidades. Além disso, a Iberdrola irá desenvolver um “Plano de Ação socioeconómico”, sem precedentes nesta região, onde destinará mais de 50 milhões de euros para atividades sociais, culturais e ambientais. Estas iniciativas já começaram a dar frutos nos sete municípios beneficiados pelo projeto: Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Chaves, Cabeceiras de Basto, Montalegre e Valpaços.

Standard & Poor’s sobe rating do Bankinter para “BBB”

toria que avaliou o grau de implementação do seu sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho, bem como relativamente aos métodos de controlo e riscos decorrentes da sua atividade. Segundo Pedro Ventura, diretor de Processos e Compliance da Luís Simões, ”construir um ambiente de trabalho seguro para os nossos funcionários sempre foi uma prioridade para a Luís Simões. Por isso, contamos com um grande leque de ferramentas e sistemas de controlo que garantem em todo o momento que a nossa gestão nesta matéria é a mais adequada”.

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A Standard & Poor’s subiu um ponto na notação de crédito de longo prazo atribuído ao Bankinter, de “BBB-” para “BBB”, anunciou a agência de rating. A agência também elevou a notação de curto prazo de “A-3” para “A-2”, mantendo a perspetiva “positiva” para ambos os ratings. A Standard & Poor’s fundamenta a melhoria do rating do Bankinter, principalmente, na melhoria da sua liquidez – após a redução significativa do gap de liquidez em mais de três mil milhões de euros em 2016 – e a sua menor dependência de financiamento obrigacionista a curto prazo. A estes fatores acresce que a agência nor-

te-americana atribui um menor risco económico à banca espanhola como setor. A perspetiva “positiva” para o Bankinter, reflete a possibilidade da S&P’s melhorar a sua notação nos próximos 12 a 24 meses, se a situação económica de Espanha o suportar e permitir que a banca consolide o seu nível de capital. Em suma, a melhoria da notação do Bankinter pela Standard & Poor’s reflete a boa situação do Bankinter em termos de solvência e qualidade de ativos, assim como a sua capacidade para continuar a gerar resultados através da seu negócio tradicional.


Lisboetas “muito satisfeitos” com turismo, que gerou 8.800 milhões de euros de receitas

Um inquérito encomendado pela Associação Turismo de Lisboa mostra que 91% dos residentes na capital considera positivo para a cidade o fenómeno do turismo. O aumento do turismo urbano, em Lisboa e no Porto, tem sido visível nos últimos anos e tem contribuído para muitas famílias portuguesas sairem da crise. No entanto, tem sido apontado algum impacto negativo ao crescimento exponencial, nomeadamente ao nível da inflação dos preços das rendas e dos imóveis no centro da cidade. De acordo com o último estudo da Associação Turismo de Lisboa, os lisboetas consideram que os efeitos positivos do turismo são superiores às desvantagens, sendo que 91% dos residentes na capital e 80% dos que ali trabalham acha que a cidade ganhou mais vida com o turismo. Além disso, 73% dos habitantes concorda com a afirmação de que o turismo os ajuda “a sentir-se mais orgulhoso de Lisboa”. Nos bairros históricos, a percentagem é ainda superior. A maioria dos inquiridos (61%) refere que o turismo não traz nenhuma des-

vantagem, mas 18% fala em “confusão dos espaços públicos” e apenas 7% refere o “aumento do custo de vida”. Quanto aos benefícios, uma outra parte do estudo da ATL, intitulado “Estudo de impacto macroeconómico do turismo na cidade e na região de Lisboa”, refere que em 2015, o turismo gerou uma receita de 8,4 mil milhões de euros na região de Lisboa (mais 8% do que em 2005), com vantagens significativas para as áreas do alojamento, restauração, golfe, eventos de lazer, entre outros. Representando quase 15% do produto interno bruto da região de Lisboa, o

setor do turismo emprega 12,4% da população residente da capital portuguesa. As atividades ligadas ao turismo contribuiram com 150 mil postos de trabalho, em 2015, adianta o estudo, da responsabilidade da consultora Deloitte. Numa década, entre 2005 e 2015, o número de hóspedes passou de 3,5 milhões para 7,3 milhões e o preço médio por quarto subiu de 73,5 para 84,2 euros. Também o número de hotéis e a performance operacional das unidades hoteleiras e de alojamento em geral, entre outras infraestruturas turísticas, progrediram de forma assinalável, no mesmo período (ver imagem em cima).

Gestores

em Foco

Luís de Castro Henriques (na foto), atual vogal da administração da Aicep, será o novo presidente do organismo público, substituindo Miguel Frasquilho, de acordo com a imprensa portuguesa. O futuro presidente da Aicep é licenciado em Economia, pela Universidade Católica, e tem um mestrado igualmente em Economia pela Universidade de Cambridge, além de um MBA pelo INSEAD. Antes de entrar na agência colaborava com o grupo EDP e passou também pela consultora McKinsey & Company. Foi ainda adjunto do ministro das Atividades Económicas e do Trabalho e da Secretaria de Estado da Habitação. O grupo Adecco anunciou a nomeação de Jorge Macedo (na foto) como diretor Comercial e Grandes Contas para Portugal. Jorge Macedo, que conta com mais de 13 anos de experiência em empresas de consultoria e gestão integral de recursos humanos, em várias multinacionais, passou a integrar a Adecco em maio de 2016, tendo participado no set up de toda a operação da marca de recrutamento especializado Spring Professional no mercado português, liderando a divisão de Finance & Office. Entretanto, também a Spring Professional reforçou a sua equipa. Samuel Carapinha (na foto), nomeado agora diretor da Spring Professional em Portugal, possui uma larga experiência neste setor de atividade e uma carreira bastante relevante a nível nacional e em Angola. José Eduardo Ramos (na foto) assumiu recentemente as funções de diretor de Operações da Schindler em Portugal. A Schindler, uma das empresas líderes no setor de transporte vertical a nível mundial, anunciou mudança na sua organização em Portugal a 1 de janeiro de 2017, contando com José Eduardo Ramos como novo diretor de Operações. José Eduardo Ramos ocupou, desde 2004, diferentes cargos na empresa, o último dos quais como diretor da sucursal de Alicante, em Espanha.

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Breves Porcelanosa lanza dos nuevos proyectos del sector cerámico El grupo Porcelanosa inauguró el mes pasado la vigésimo cuarta edición de su Muestra Internacional de Arquitectura Global & Diseño Interior. En él dio a conocer dos nuevas infraestructuras que supondrán un avance tanto logístico como tecnológico. En primer lugar, la planta de revestimiento de Porcelanosa, con la que comienza este año 2017 un profundo proceso de remodelación y modernización a lo largo de 30 meses y con una importante inversión, que hará que se sitúe como la planta de producción de cerámica más avanzada y eficiente del mundo. Además, durante el tiempo que dure la ejecución de esta nueva planta, no se verá afectada la producción. Por su parte, Venis, siguiendo esta dinámica de crecimiento que llevan a cabo todas las empresas del Grupo Porcelanosa, ha construido recientemente un túnel subterráneo que comunicará la planta de producción de la azulejera, con los servicios auxiliares de ésta, una obra que se ha llevado a cabo en un tiempo récord de seis meses. Repsol aplica tecnología de Fórmula 1 para crear un minibús sostenible La petrolera lidera un proyecto de desarrollo de minibús urbano híbrido que combinará energía química, eléctrica y térmica para poder circular con las mismas prestaciones que un diésel y cero emisiones. Según ha explicado la empresa, el proyecto, denominado SPAIN 2017 (siglas de Sistema de Propulsión Avanzado INtegrado), será un minibús de 19 plazas que combinará esas tres tecnologías: electrificación, inyección directa de una gasolina más ligera y recuperación de energía de los gases de escape, un sistema similar al utilizado en Fórmula Uno. La tracción del vehículo será eléctrica pura, pero se alimentará de dos fuentes: una batería que puede ser recargada externamente y un motor de combustión. La investigadora del laboratorio de Motores del Centro de Tecnología Repsol, María Dolores Cárdenas, apunta que “esta tecnología estará presente en la movilidad y jugará un papel relevante en los próximos años”. El proyecto, iniciado en 2014 y en el que participan otras cuatro empresas españolas y varios centros de investigación, concluirá en diciembre de 2017 con la presentación del vehículo de demostración.

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Gas Natural reduce un 10% su beneficio en el 2016

Gas Natural Fenosa acabó el 2016 con un beneficio de 1.347 millones de euros, un 10,3% inferior al de 2015. Este resultado está en línea con los planes de la compañía cuya Visión Estratégica 2016-20 presentada el pasado mes de mayo auguraba un beneficio neto de entre 1.300 y 1.400 millones de euros. Su resultado bruto de explotación (EBITDAa) también sufrió un descen-

so del 5,6%, hasta 4.970 millones de euros, en 2016, una vez discontinuado el negocio del gas licuado del petróleo en Chile, condicionado por un entorno macroeconómico y energético muy exigente, adelanta la compañía. Gas Natural Fenosa indica que dicho entorno ha afectado especialmente a la contribución del negocio de comercialización de gas, así como a la depreciación de las divisas latinoamericanas en su traslación a euros con un impacto en ebitda de 112 millones, causado fundamentalmente por el comportamiento del peso colombiano y del peso mexicano.

BBVA acaba su aventura china y vende su participación en el CNCB Grupo BBVA ha vendido en el mercado un 1,7% del banco chino CNCB por unos 554 millones de euros, generando una plusvalía neta de aproximadamente 177 millones de euros y completando así la venta de casi la totalidad de su par ticipación, que se reduce de esta forma al 0,3%. Según ha informado el banco que preside Francisco González, la inversión en CNCB ha generado, en conjunto y desde el inicio, un flujo positivo de caja para BBVA de unos 1.300

millones de euros. En concreto, desde el inicio de la inversión y en términos de flujo de caja, BBVA ha percibido unos 4.600 millones de euros por la venta de acciones de CNCB y los dividendos cobrados, frente a cerca de los 3.300 millones de euros invertidos.


Breves El Corte Inglés genera 343 mil empleos directos e indirectos en España El Corte Inglés genera 343.000 empleos directos e indirectos en España La actividad del Grupo El Corte Inglés tuvo un impacto económico equivalente al 2,4% del Producto Interior Bruto (PIB) español en su último ejercicio, el cerrado el 28 de febrero de 2016, y generó más de 340.000 empleos, entre directos e indirectos, según un estudio elaborado por la consultora KPMG. El impacto económico del grupo de distribución ascendió a 25.042 millones de euros en el último ejercicio completo, incluidos efectos directos, indirectos e inducidos, lo que representa el 2,4% del PIB de España.

Las compras del grupo a los más de 31.000 proveedores de primer grado alcanzaron un valor de 9.616 millones de euros. KMPG, aplicando la metodología llamada input-output, ha cifrado que el impacto indirecto en la economía fue de 6.005 millones de euros y el inducido, de 9.421 millones.

Prosegur sacará a bolsa hasta el 40% de su filial Prosegur Cash

Prosegur ha comunicado a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) su intención de sacar a Bolsa hasta el 40% de su filial de gestión de efectivo Prosegur Cash, operación que materializará mediante una oferta pública de venta (opv) dirigida sólo a inversores cualificados. Tras la opv, Prosegur mantendrá el 51% de la filial y Prosegur

Management entre el 9 y el 24%, lo que implica que Prosegur Cash contará con un free-float (capital que cotiza libremente en Bolsa) de entre el 25 y el 40%. Con una cuota mundial de mercado, Prosegur Cash, que gestiona anualmente 500 mil millones de dólares y 100 mil cajeros, cuenta con una flota de más de nueve mil vehículos ligeros y blindados y una plantilla que supera los 55 mil empleados. La intención es solicitar la admisión a cotización de sus acciones en las Bolsas de Valores de Madrid, Barcelona, Valencia y Bilbao.

Uniqlo anuncia que abrirá su primera tienda en España el próximo otoño La firma japonesa Uniqlo ha anunciado su desembarco en España el próximo otoño con la apertura de su primera tienda en Barcelona. El local, de 1.730 metros cuadrados, contará con cuatro plantas y se ubicará en el Paseo de Gracia. La apertura supondrá un hito dentro de su estrategia de expansión internacional, según explicó el presidente de Fast Retailing, Tadashi Yanai, en un comunicado. “Es cierto que hemos tardado en desembarcar en España por cuestiones como el idioma o que no hubiera vuelo directo”, admitió Yanai, quien subrayó su entusiasmo por “llegar al país de Zara, una marca de tanto éxito”. El siguiente paso para la cadena sería abrir al menos varias tiendas más en Barcelona y Madrid dentro de su plan de expansión en este país, que se convertirá en su sexto mercado europeo tras Reino Unido, Francia, Bélgica, Alemania y Rusia, señaló el fundador de la compañía conocida por sus básicos de calidad a precios asequibles. Telefónica Brasil aprueba su primer dividendo del año Telefónica Brasil ha aprobado el primer dividiendo del año bajo la vía del interés del capital propio, una fórmula típica de las empresas brasileñas. Así, el consejo de la operadora aprobó una retribución bruta de 180 millones de reales (unos 55 millones de euros, a cuenta del ejercicio de 2017). En un hecho relevante remitido a las autoridades bursátiles, la empresa señaló que esta retribución se hará efectiva antes de que concluya 2018. En diciembre pasado, el consejo de administración de Telefónica Brasil propuso a la junta de accionistas una nueva retribución a los inversores, también bajo la vía de interés de capital propio, por un importe de 604 millones de reales (unos 174 millones de euros). Era la sexta retribución aprobada por la compañía desde que comenzó el año, correspondiente al ejercicio de 2016.

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Servesco cumple diez años con la mirada puesta en una nueva plataforma operativa en Lisboa La empresa de recuperación de crédito Servesco celebra en el 2017 su décimo aniversario en el mercado luso. Tras un arranque difícil que coincidió con la parte más dura de la crisis, Servesco recuperó el año pasado cerca de 10 millones de euros de incumplimiento.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ervesco surge de la empresa la preocupación de adecuar todo el amigable, “aunque se asiente en una familiar Esco-Expansión, proyecto a la realidad de nuestro filosofía de trabajo desarrollada por SL, fundada en 1968 por el país”, explica Alexandrina Freitas, la Esco-Expansión SL. actual presidente, Manuel directora de Servesco. Aunque Esco- Alexandrina Freitas recuerda que Santín Gómez. Expansión es una empresa con más el proyecto comenzó en un momenFue formalmente constituida en de 45 años de experiencia en el to “muy difícil en un periodo de Portugal en 2006 aunque su acti- mercado de recuperación del crédito comienzo de crisis, pero gracias al vidad en territorio luso se inició en España, “siempre supimos que trabajo de todo un equipo y conen junio de 2007. “El proyecto operaríamos en el mercado luso y fianza de nuestros clientes, evolucioServesco fue un proyecto de raíz, por ello era necesario adecuarse a nó siempre de forma muy positiva, pensado y delineado en la perspec- la ley vigente», añade. En Portugal dentro de los objetivos establecidos”. El año pasado Servesco alcanzó el tiva de una empresa que operaría en operan única y exclusivamente en Portugal, por lo que siempre hubo la recuperación de crédito por vía estatuto de PME líder “el cual es el

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reconocimiento del trabajo desarrollado por todo el grupo de trabajo. No nos distinguimos únicamente por la calidad del desempeño sino también por el perfil de riesgo y la importancia de nuestra contribución a la economía nacional”, puntualiza la directora de Servesco. Con sede en Oporto, existen perspectivas a medio plazo de crecer en el mercado luso con una nueva plataforma operativa en Lisboa. Clientes Los principales clientes de Servesco se encuentran distribuidos en varios sectores aunque la mayor concentración se encuentra en el área de la banca y en el sector financiero. “Podemos decir que cerca del 60% de nuestra actividad se sitúa en el “Aunque Escosector financiero y los restantes 40% en el área de servicios”. En el 2016, Expansión es una por ejemplo, cobraron cerca de 10 empresa con más de millones de euros y trataron alrededor de 35.000 dossiers. Administra 45 años de experiencia carteras en diversas fases de gestión en el mercado de recuy antigüedades, desde los primeros días de incumplimiento hasta las peración del crédito situaciones de incobrables según el en España, “siempre tipo de servicio previamente solicitado. “Lo más normal son las situasupimos que operaciones de incumplimiento a partir ríamos en el mercado de los 90 porque normalmente los acreedores desarrollan las primeras luso y por ello era acciones de cobro inmediato. necesario adecuarse Durante los peores años de la crisis Servesco verificó un aumento de las a la ley vigente”, añade situaciones de incumplimiento. “El Alexandrina Freitas, desempleo fue uno de los principales factores que llevaron a muchos directora de Servesco de los consumidores a no cumplir con sus obligaciones” señala Alexandrina Freitas. “Por otro lado se verificó también una alteración de gestión desarrollada por la casa de comportamiento en los deudores madre. Se muestran preocupados que se preocuparon más por resolver en el desarrollo del área de recursos sus situaciones de incumplimiento y humanos y recursos tecnológicos, fueron más responsables en el acceso “ambas esenciales en el desarrollo y al crédito”, añade. evolución de las empresas que son En lo referente al modelo de las personas y en relación a la tecnotrabajo de Servesco, su directora logía, hay que ir un paso más adeaclara que se trata de un modelo lante”. De acuerdo con la política de

recursos humanos de esta empresa se da especial énfasis a la “selección y contratación de personal, fidelizando los mejores profesionales. Contamos además con un programa de formación continua desarrollado internamente y recurrimos a las mejores las empresas externas de formación”. Ya en el área tecnológica, “estamos preparados para administrar grandes volúmenes e invertimos diariamente en el desarrollo tecnológico y simplificación de los procesos, optimizando la capacidad de gestión”. Además Servesco crea equipos y servicios exclusivos. “somos capaces de crear servicios a medida. Entre los planes futuros de Servesco se encuentra el de hacer crecer en número de trabajadores, tanto directos como indirectos, “contribuyendo de forma muy positiva para a economía nacional”, matiza Alexandrina Freitas. Portugal es la primera y de momento única internacionalización del grupo español Esco Expansión que no descarta la entrada de nuevos mercados “si surge la oportunidad aunque no es algo que de momento lo estemos meditando”. Servesco representa cerca del 5% en el total de volumen de negocio del grupo.  março de 2017

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Acciona Energia mantém dinamismo procurando reforçar na comercialização de eletricidade

A Acciona Energia continua a conquistar novos clientes, graças à sua “oferta diferenciada”, em termos de tarifas e de aposta nas energias renováveis, destaca Manuel Barbosa, diretor geral da Acciona Energia, que em Portugal também tem a área de geração de eletricidade.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Acciona Energia em Portugal vai continuar a manter uma forte aposta na geração elétrica com base em energias renováveis, explica Manuel Barbosa, diretor geral da empresa (na foto). Também em termos da comercialização de energia elétrica, a operadora de origem espanhola, que atua sob a marca Acciona Green, aposta no segmento dos clientes de média e alta tensão, com uma “oferta diferenciada face à concorrência”, em especial pelo forte peso das renováveis nos seus pacotes comerciais. “Os nossos clientes são, sobretudo, do setor industrial– os grandes consumidores de energia 22 act ualidad€

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elétrica–, mas também podem ser cadeias de lojas ou de PME, com

consumos agregados significativos”, enquadra Manuel Barbosa. A vantagem da Acciona Energia face à restante concorrência reside na “diferenciação das suas ofertas de tarifação, com competitividade, em que o cliente pode optar entre tarifa fixa, variável, mista mista ou “multiclick”, além de poder decidir se quer uma oferta “100% [de energia] renovável ou não”. Atualmente, a companhia tem uma quota de mercado de 0,7% do mercado liberalizado e, em particular, de 1,5% no segmento dos grandes clientes. Oferta exclusiva de eletricidade A oferta comercial da companhia


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de âmbito ibérico concentra-se geração eólica/ fotoexclusivamente na energia elétri- voltaica e na comerciaca, sendo, além disso, “uma utili- lização de energia eléty exclusivamente elétrica e 100% trica. “O crescimento da Acciona Energia renovável, frisa Manuel Barbosa. “A Acciona Energia é um opera- em Portugal concendor global de energias renováveis, trar-se-á nas suas ativio maior dedicado em exclusivo às dades atuais: geração energias limpas, no mundo, não vinculado às companhias de eletricidade convencionais”, adianta Santiago Gomez Ramos (foto ao lado), administrador da Acciona Green, unidade de negócio de comercialização de energias renováveis. O grupo produz energia para mais de seis milhões de lares, em todo o mundo. “Contribuímos, assim, para o desenvolvimento de um sistema energético mais sustentável” em termos ambientais, conclui o administrador do grupo espanhol, que e comercialização. O crescimento triais e PME que valorizem a origem produz energias renováveis a partir na atividade de geração passará por renovável da energia que comercialide diversas fontes. crescimento da carteira de ativos, zamos”, destaca Manuel Barbosa. O grupo estende a sua ativida- estando atento às oportunidades de a diversas áreas, que vão desde que possam existir. No que diz res- Capacidade instalada mundial o desenvolvimento, engenharia e peito à atividade de comercialização de 8.900 MW construção, bem como a exploração, de energia, passará pelo crescimento O grupo tem uma capacidamanutenção e, ainda, comercializa- da carteira atual de clientes, com o de instalada mundial de energias ção de energia elétrica. foco principal nos grandes clientes renováveis de 8.901 MW, com Em Portugal, a atividade da empresariais (por dimensão ou por base em cinco tecnologias difeAcciona Energia está concentrada na imagem corporativa), clientes indus- rentes, tendo ainda implantado ara terceiros cerca de 1.974 MW. Quanto a Portugal, detém 166 MW de potência instalada, repartida por 120 MW em tecnologia eólica (14 parques eólicos) e 46 A entrada do grupo Acciona em Entretanto, na energia eólica, a AcMWp em tecnologia solar fotoPortugal ocorreu em 1992, mas na ciona Energia adquiriu também divoltaica (central da Amareleja, na área da energia, foi sobretudo a versos ativos, alguns dos quais já foto da pág. ant.). “Os ativos partir de 2007 que a Acciona pas- em exploração, como os parques de geração de energia elétrica sou a ter maior relevância no mer- eólicos que a Endesa possuia em renovável detidos pela Acciona cado energético nacional, com Portugal (num total aproximado de Energia em Portugal contribuem a aquisição do parque solar da 100 MW), adquiridos em 2009, o com um volume anual médio de Amareleja (no Alentejo), na altura que lhe permitiu relançar, assim, 390 GWh/ano, o que permite ainda em fase de projeto. A maior a sua atividade de geração atavés evitar um volume de emissões de infraestrutura solar fotovoltaica do desta tecnologia, em Portugal. CO2 de aproximadamente 390 mundo da altura mantém-se como Mais tarde, o grupo tomou ainda mil toneladas”, adianta o respon“um projeto de referência mundial uma participação maioritária no sável da companhia, que lamenta no tipo de tecnologia usada”, ten- parque eólico da Sardinha, em a desaceleração no investimento, do uma capacidade instalada de Loures, com uma capacidade nos últimos anos, na capacidade instalada de 26 MW. 46 MWp. instalada de energais renováveis em Portugal. 

Aquisições garantem crescimento desde 2007

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España, Portugal e Italia impulsan el diálogo sobre la economía circular en Europa Cotec Europa se dio cita en Madrid para dialogar sobre uno de los mayores futuros desafíos de las empresas: la economía circular. Las compañías caminan hacia un nuevo modelo de producción y consumo que obliga a una transición lenta y compleja, con muchas dudas por resolver.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a XI Cumbre de Cotec Europa se celebró el pasado mes de febrero en el Palacio Real de El Pardo (Madrid) en torno a la economía circular. Un modelo totalmente distinto al desarrollado hasta ahora, el lineal, en el que el ciclo acaba en el residuo. El nuevo desafío consiste en pensar la economía como un círculo, en el sentido de producción, venta, compra, utilización y residuos, de tal forma que al final el eje del residuo vuelve a ser incorporado al proceso de producción. La cumbre, presidida

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por el Rey Felipe VI, contó tam- del ciclo de vida de los materiales y bién con la presencia de los jefes los productos, me refiero también de Estado de Portugal, Marcelo a la innovación social que supone Rebelo de Sousa, y de Italia, Sergio el cambio de los patrones de conMattarella. Tal y como resaltó sumo”. El presidente de la República porel monarca español durante su intervención, el nuevo modelo de tuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, economía circular supone “una que asistió por vez primera a estos transición compleja, lenta, y en encuentros anuales, pidió involugran medida incierta, puesto que crar en esta estrategia a los manimplica retos aún no resueltos”. dos intermedios de las empresas y Ante esto, ha indicado que “la defendió una UE “multicultural, innovación juega un papel clave y multiétnica y multirreligiosa”, sin no me refiero solo a la innovación “complejos proteccionistas” y que tecnológica, necesaria para resol- sea más fuerte y cohesionada para ver los desafíos técnicos a lo largo poder reafirmarse en “un mundo


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de fronteras abiertas”. Por su parte, nuevo marco regulatorio. “Con el presidente italiano Mattarella Open Innovation se crea un ecoapostó por aprovechar las capaci- sistema en el que f lorece la innodades de este nuevo modelo sos- vación”. Y en este punto destacó tenible para fortalecer el espacio que “estamos dando grandes pasos europeo de innovación, ofrecer hacia la creación de un posible trabajo a los jóvenes y concienciar Consejo Europeo de Innovación a las industrias sobre la protección con el objetivo de impulsar aún del medio ambiente y el aprove- más el impacto de los programas de investigación e innovación de chamiento de recursos. la UE, a través de empresas innovadoras y las pyme con la ambiAbiertos a la innovación La cumbre contó también con la ción de llevar a cabo innovación participación del comisario euro- disruptiva y creadora de mercapeo de Investigación, Ciencia e do”. Por su parte, la presidenta Innovación, el portugués Carlos de la Fundación Cotec, Cristina Moedas, quien mantuvo un diálogo Garmendia, reclamó una mayor con la presidenta de la Fundación implicación en todos los niveles. Cotec, Cristina Garmendia, sobre “La apuesta por la bioeconomía, la la estrategia Open Innovation, energía limpia, el transporte sosteOpen Science and Open to the nible o la lucha contra el cambio World. Una apuesta por conjugar climático que realiza el H2020 son diferentes tipos de innovaciones claves para esta transición, pero además de las tecnológicas, inci- no es solo eso, hay que mover el diendo en temas como la edu- mundo empresarial a un marco de cación, modelos de negocio y un innovación abierta que potencie el 26 act ualidad€

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valor de los intangibles”, subrayó. Estudio sobre la economía circular La Fundación Cotec presentó el primer informe publicado hasta el momento sobre La situación y evaluación de la economía circular en España, donde recoge y analiza los indicadores disponibles de este modelo económico, que supone un cambio radical en los sistemas de producción y consumo actuales. Según se recoge en el informe, la Comisión Europea calcula que la aplicación de toda la normativa vigente en materia de residuos crearía más de 400.000 empleos en la UE, 52.000 de ellos en España. También sitúa a España entre el grupo de países con una mayor productividad de los recursos junto con Reino Unido, Países Bajos, Luxemburgo e Italia. Para el presidente de Cotec Portugal, Francisco Lacerda, es


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importante “introducir la mentalidad que tiene que ver con la economía circular” e impulsar un cambio de modelo de gestión en las empresas. A la cumbre acudió acompañado de más de 40 empresas,

La inversión de capital es menor a los puntos tradicionales de venta que generan un retorno de la inversión interesante y medible a corto plazo algunas “pioneras circulares”, que intercambiaron experiencias con las representantes de la Fundación Cotec española y la Fondazione

Cotec italiana. Francisco Lacerda recordó que seestá trabajando en el ámbito de basuras y restos alimentarios pero igualmente en otros

sectores como el del automóvil en el que citó, como ejemplo, los motores creados a partir de otros antiguos. 

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Realidad virtual y tecnología 3D para tratar la salud mental La empresa española Psious ha lanzado al mercado la primera plataforma online creada específicamente para la salud mental. Utilizan la realidad virtual y la tecnología 3D para el tratamiento de diferentes trastornos como la ansiedad y ya está disponible en Portugal.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

iedo a volar o a conducir, claustrofobia, vértigo, agorafobia, pánico a hablar en público o a los exámenes. Este tipo de situaciones, difíciles de tratar, cuentan ahora con una eficaz herramienta lanzada por una empresa española que está teniendo una gran aceptación en muchos países. Se trata de una app diseñada por psicólogos y para psicólogos que permite tratar trastornos de ansiedad, entre otros, recurriendo a la realidad virtual y a la tecnología 3D. La firma nació en Barcelona en julio del 2013 cuando los compañeros de universidad, los físicos Xavier Palomer y Dani Roig, se animaron a buscar una terapia para tratar el miedo a volar de Roig. “Los primeros dos años fue-

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ron para desarrollar el producto y buscar financiación y en el 2015 empezamos a comercializarlo”, explica Edgar Costilla, responsable de Comunicación de Psious. La empresa empezó a vender el producto realizando el leasing del mismo. “Trabajamos sobre todo con hospitales y con psicólogos que quieren utilizar nuestra aplicación en sus consultas”, explica la firma. Están presentes, por ejemplo, en el servicio de psiquiatría del Vall d’Hebron y lo utilizan reputados especialistas en psicología como Joan Miquel Gelabert. Esta herramienta está teniendo muy buenos resultados. “En cinco sesiones los pacientes notan cambios”, confirma Edgar Costilla. La gran ventaja radica en su eficacia ante las terapias tradicionales que

se enfrentan a la dificultad de poder visualizar situaciones como el miedo a volar o la claustrofobia. “Su entorno permite controlar y monitorizar de manera intuitiva lo que el paciente está experimentando virtualmente. El profesional podrá adaptar la experiencia a cada paciente y visualizar su respuesta fisiológica mediante biofeedback ”, avanza la firma. En un principio se trataron las fobias y posteriormente se están desarrollando nuevas terapias como las de relax. Además de utilizar tecnología 3D han comenzado a introducir vídeos en 360º. La plataforma ofrece los beneficios de la realidad virtual de manera rápida y sencilla a través del teléfono móvil y unas gafas, sin necesidad de complejos o cos-


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tosos equipamientos. “Es fácil de utilizar y no requiere instalación ni conocimientos técnicos. Cada escenario fue diseñado, supervisado y testado por psicólogos para su adecuada implementación en diversas clases de tratamientos de exposición”, añaden. Cuando el cliente adquiere el plan premium de Psious recibe unas gafas y un teléfono Samsung “para tener la mejor experiencia. La tecnología se puede aplicar a otros dispositivos pero funciona mejor con Samsumg”, afirma el responsable de Comunicación. Desde Psious recuerdan que introduciendo esta herramienta en un teléfono móvil “estamos contribuyendo a universalizar esta tecnología para que todo el mundo sea capaz algún día de tratarse de miedos, fobias y otros trastornos que producen ansiedad, de una manera accesible y eficaz con el objetivo de mejorar la vida de las personas”. Psious en Portugal La psicoterapeuta española Susana Peñuelas ha comenzado a utilizar en Portugal esta nueva herramienta. “Hace años que la realidad virtual se presenta como herramienta en muchos ámbitos, y cuando supe que una empresa española había puesto a disposi30 act ualidad€

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ción de la psicoterapia una serie de entornos de comprobada eficacia, me di cuenta de que nos facilitaría el proceso terapéutico a mis pacientes y a mí. Tenemos que contar con todas las herramientas que puedan mejorar la salud de las personas”, explica la psicóloga. Resalta que está especialmente indicado en la superación de fobias (miedo a volar o conducir, claustrofobia, vértigo, agorafobia...). “Es muy útil para reducir la ansiedad asociada a estos y otros miedos, hasta hacerlos manejables, pero también hay entornos para trabajar la ansiedad generalizada o aprender a relajarse, centrar el pensamiento. Tengo que decir que a mí me gustan especialmente los

escenarios para trabajar el miedo a hablar en público, ya que sin ser siempre patológico, es una dificultad muy extendida. Lo mismo ocurre con la ansiedad que generan los exámenes o el miedo a la oscuridad de los niños”, aclara la psicoterapeuta. Recuerda que se trata de un producto en constante evolución y se dispone de nuevos escenarios continuamente, según las demandas que van teniendo los pacientes. “La creatividad y soltura del terapeuta son clave para sacarle todo el partido a la herramienta”. Entre sus beneficios de cara a las terapias tradicionales, “la realidad virtual permite valorar los resultados en situaciones mucho más cercanas a la exposición real (y medirlos con sensores). Esto proporciona al paciente una confianza que cambia su vida, al ir superando dificultades”. No existe otra tecnología similar en Portugal y Susana Peñuelas confirma que está siendo muy bien aceptada, “genera gran curiosidad y expectativas. Hace que personas que no se planteaban tratarse, recuperen la esperanza de disfrutar la vida sin limitaciones”. Psious se comercializa también en Italia y en Sudamérica aunque de momento la expansión en el territorio español sigue siendo la prioridad de la compañía. 


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El Corte Inglés de Lisboa reforça a sua oferta em moda com a marca Brownie A marca de moda Brownie, conhecida pelas suas peças informais e sport, passou a integrar os Grandes

Armazéns El Corte Inglés. A nova marca está disponível no Piso 3 do El Corte Inglés de Lisboa.

Este é o primeiro espaço da marca em Lisboa e pode ser encontrado no piso de moda jovem do El Corte Inglés num ambiente vintage e, simultaneamente, moderno, que vai de encontro às diferentes peças e estilos da coleção da nova temporada. A marca Brownie dirige-se a uma mulher jovem, urbana, ativa e que gosta de surpreender. Desde o estilo mais desportivo e informal, até às peças mais glamourosas e requintadas para uma ocasião especial, a Brownie assume-se como intemporal e adapta-se aos diferentes gostos e estilos de cada mulher, em que o conforto é o grande protagonista. 

Promoção mundial da Cortiça arranca na China com investimento de 600 mil euros O mercado chinês marcou o arranque do InterCork III da Associação Portuguesa da Cortiça – Apcor, com o investimento de 600 mil euros em ações de promoção e divulgação das rolhas e seus benefícios num mercado-alvo tanto ao nível do consumo, como da importação e produção de vinho. Com consumidores cada vez mais informados e exigentes, o mercado chinês é, ainda, o quinto maior consumidor de vinho a nível mundial, com uma média de 1,2 litros per capita, e o quarto maior importador de vinhos engarrafados do mundo – num total de dois mil milhões de euros. De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a China é o segundo país com a maior área de vinha do mundo, contabilizando 830 mil hectares, posicionando-se atrás da Espanha e à frente da França, sendo já o nono

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produtor mundial de vinho, com uma produção de 11,1 milhões de hectolitros. “A China funciona como mercado influenciador e, neste sentido, queremos que conheçam as nossas propriedades e vantagens. O mercado australiano, por exemplo, tem voltado as atenções para a cortiça pela influência da clara preferência dos chineses pelas nossas rolhas, visto que, segundo o ‘CRT Market Research’, 84% dos consumidores prefere comprar vinhos vedados com cortiça”, comenta João Rui Ferreira, presidente da Apcor. A primeira iniciativa do InterCork

III nesse mercado contou com um stand no Wal-Mart, a maior cadeia de supermercados do mundo, em Pequim, e em apenas dois dias recebeu a participação de mais de 600 pessoas, que foram presenteadas com rolhas e bases de cortiça com o Galo de Barcelos impresso, visto que a China acaba de entrar no “Ano do Galo”. 


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GO fit celebra segundo aniversário

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ortugal foi escolhido pelo grupo espanhol Ingesport para ser a sua primeira experiência internacional e no dia 14 de fevereiro de 2015, o Centro Desportivo dos Olivais – GO fit foi inaugurado oficialmente, requalificando as antigas Piscinas dos Olivais. Dois anos depois, o GO fit conta com cerca de quatro mil clientes diários, num universo de 14.300 e preparase para abrir o segundo espaço – o

Centro Desportivo do Campo Grande. O novo GO fit representa um investimento de 8,5 milhões de euros, num espaço com três pisos e mais de 6.400 metros quadrados, uma sala de fitness com 800 m2 contanto com os modernos equipamentos, quatro salas para aulas de grupo, duas piscinas interiores, zona de SPA com sauna, banho turco e duches de contrastes, uma ludoteca para os mais jovens e estacionamento gratuito para os clientes. Segundo João Galileu, diretor de Operações do GO fit para Portugal, “foram dois anos fantásticos, com o grupo Ingesport a investir e a apostar

no mercado português. Foi a nossa primeira internacionalização, através do Centro Desportivo GO fit dos Olivais, e logo com excelente aceitação por parte da comunidade, visto que temos mais de 14 mil sócios. Estamos em contagem decrescente para inaugurar o segundo centro GO fit em Portugal, nas antigas piscinas do Campo Grande, e vamos continuar a crescer em 2017 com a apresentação de novos projetos”, refere o mesmo responsável. “Nestes dois anos, conseguimos influenciar positivamente a comunidade a ser mais ativa, no âmbito do desporto para todos, com uma forte componente social e divertida, e o nosso compromisso é continuar a realizar este trabalho com grande profissionalismo e dedicação”, adianta João Galileu. 

Padrões e denim são o forte da nova coleção primavera/ verão da Laranjinha O

s dias mais quentes do ano estão a chegar, e, com eles, surge também a nova coleção primavera/ verão 2017 da Laranjinha. Todas as peças foram criadas a pensar no conforto dos mais pequenos, mantendo o seu carácter prático e versátil, características que a marca tem preservado ao longo do tempo. As grandes novidades da Laranjinha para a coleção primavera / verão 2017 são o denim e a variedade de tons das peças, como o verde menta, o laranja e o amarelo. A linha de interiores, destinada aos mais pequenos, dos zero (tamanho para bebés prematuros) aos 24 meses, sugere cores clássicas, como o branco, o cinza e o rosa claro. Nesta linha, as propostas incluem a utilização da malha piquet misturada com riscas para os meninos e o estampado de flores - na paleta de cores que define a

coleção - para as meninas. Ainda na linha de interiores aposta-se na combinação das riscas largas com as micro riscas e os bordados dão o toque final, surgindo em pequenos pormenores. Já na linha de bebé (até aos 36 meses), o destaque vai para dois temas: Náutico – onde se destacam as peças em denim, uma das grandes novidades da estação, com alusão à praia e ao mar e padrões de pequenas pintas; e Moda – caracterizado por tons como o menta, o laranja e o amarelo, onde predominam os motivos florais misturados com pintinhas ou riscas. A linha de bebé aposta ainda no estampado de flores, no xadrez e em tecidos Liberty, presentes nos detalhes

mais minuciosos. Para os mais crescidos, a Laranjinha apresenta a linha de criança, disponível dos dois aos oito anos, que complementa a linha de bebé. A nova coleção mantém o estilo clássico e intemporal característico da marca, aliado ao caráter fresco e vaporoso, essencial para esta altura do ano. A coleção já está disponível nas lojas de todo o país.  março de 2017

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Iberia é a companhia aérea mais pontual A

Iberia voltou a ser considerada a companhia aérea mais pontual do mundo, ao operar 14.534 voos, com um índice de pontualidade à chegada de 91,1%, revelou a empresa. A companhia, que tem vindo a melhorar a sua performance nesta área, foi a transportadora aérea mais pontual do mundo em 2016, posição que voltou a conquistar no passado mês de janeiro. Também as subsidiárias Iberia Express e Iberia Regional/ Air Nostrum conseguiram obter bons resultados na mesma ocasião. A Iberia Express foi a mais pontual entre as companhias low cost da Europa e a segunda a nível mundial, em janeiro, com um índice de pontualidade de 92,1%. Pelo seu lado, a Iberia Regional Air Nostrum colocou-se entre as companhias da Europa mais pontuais, em janeiro,

com um índice de pontualidade de 91,4%. De acordo com inquéritos internos realizados pela Iberia, a pontualidade é um dos aspetos mais valorizado pelos clientes, pelo que as companhias do grupo Iberia dedicam todo o esforço a conseguir este objetivo. Para tal, a Iberia otimizou numerosos processos relacionados com a operação diária e a rede de voos, a gestão de incidentes, a organização de equipas de voo, a manutenção das aeronaves, entre outros aspetos. A companhia incorporou ainda novas ferramentas tecnológicas, que permitem um fluxo mais rápido da informa-

ção e uma coordenação total entre todas as áreas que intervêm na pontualidade da empresa. Recorde-se que a companhia espanhola é a transportadora aérea líder nas rotas entre a Europa e a América Latina. Juntamente com a sua filial Iberia Express e a sua franqueada Iberia Regional Air Nostrum, apresenta uma oferta de cerca de 600 voos por dia, para meia centena de destinos, com uma frota de 135 aviões. 

Protetores auditivos 3M aumentam rendimento escolar O s protetores auditivos Peltor Kids, da 3M, proporcionam um novo método de aprendizagem, que permite que cada aluno se concentre num programa de tarefas personalizado, reduzindo o ruído ambiental e aumentando o nível de rendimento. Em tempo de regresso às aulas, a exposição das crianças ao ruído

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aumenta, o que pode causar irritabilidade, dores de cabeça, afonia ou até mesmo criar dificuldades na linguagem, na capacidade oratória e no desenvolvimento cognitivo. Foi a pensar no rendimento escolar de cada aluno, que professores de uma escola primária na Suíça decidiram fazer uma nova abordagem à aprendizagem criativa, recorrendo aos protetores auditivos Peltor Kids, doados pela 3M a esta escola. As crianças têm os ouvidos mais sensíveis do que os adultos e muito pouca proteção contra o ruído prejudicial. Os protetores auditivos Peltor Kids podem ser uma grande ajuda na sala de aula, já que per-

mitem reduzir o ruído ambiental, para que os mais pequenos se consigam concentrar num programa de tarefas previamente preparado, totalmente personalizado e baseado no nível de cada aluno. Estes protetores infantis permitem reduzir eficazmente os ruídos mais prejudiciais, sem bloquear outros importantes sons do ambiente envolvente. Com Peltor Kids, o ruído envolvente é reduzido em 27 decibéis, permitindo aos mais pequenos concentrar-se na aula que o professor preparou especialmente para cada um deles. Desta forma, alunos com mais capacidades podem trabalhar em exercícios mais complexos, enquanto alunos com dificuldades têm mais tempo para desenvolver os exercícios e evoluir. 


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opinião opinión

Incertidumbres para

E

l pasado año 2016, el año a recordar por el brexit y las elecciones en Estados Unidos de América, acabó mejor de lo esperado en general y para España y Portugal en particular, con precios favorables de las materias primas durante buena parte del año, política monetaria expansiva de Frankfurt y también medidas presupuestarias favorables al consumo. En 2016, en España la interinidad política ya solucionada no afectó al alto crecimiento del PIB (del 3,2% PIB anual) y al buen comportamiento del empleo, impulsados tanto por el consumo y la inversión como por la exportación de bienes y servicios y la entrada record de turistas. Portugal, con un gobierno del partido socialista apoyado por la izquierda desde finales del 2015, también mejoró más de lo previsto (crecimiento del 1,4% PIB anual) por razones similares (especialmente por el consumo privado, la exportación y los ingresos turísticos que mantienen en positivo la balanza corriente). La situación macroeconómica ha sido muy positiva para la creación de empleo en ambos países. La Unión Europea, especialmente la zona euro, se ha visto impulsada por las mismas condiciones competitivas de bajos precios de las materias primas, la subida progresiva del dólar y una política muy expansiva del BCE, que ha facilitado la financiación a gobiernos y agentes económicos. En general, el área europea actualmente está aguantando razonablemente bien el incierto entorno que presenta este año 2017. En 2016 el

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Por Cecilio Oviedo*

PIB de los países de la eurozona han mejorado. Italia sigue en el acabó el ultimo trimestre con una punto de mira por sus problemas subida del 0,4% para redondear un de su sistema financiero, de inestaaño relativamente mejor (con un bilidad política y del estancamiencrecimiento interanual de la eco- to económico de los últimos años. nomía del 1,7%, según Eurostat). Grecia no está respondiendo bien a El último trimestre del año supu- los tratamientos de choque. so también la recuperación para A nivel mundial, 2017 empieza con mayor incertidumbre que otros años. Aunque el futuro es siempre incierto por definición, 2017 es un “En 2016, en España la año especialmente extraño, no taninterinidad política ya to en lo económico como en lo posolucionada no afectó lítico. Los cambios políticos tienen repercusiones económicas porque, al alto crecimiento como decían los clásicos, la economía es economía política. del PIB (del 3,2% Las grandes incertidumbres poPIB anual) y al buen líticas, son las elecciones en países europeos (Francia, Alemania comportamiento del y Países bajos), y quizás en Italia empleo, impulsados nuevamente, el inicio de las negociaciones difíciles sobre brexit en tanto por el consumo primavera (del que ya hablaremos y la inversión como en su día) y la política exterior que seguirá EE.UU. (especialmente por la exportación con China y México y su impacde bienes y servicios to en el ámbito de la Organización Mundial del Comercio) una vez y la entrada record que la mayor economía del munde turistas. Portugal do ya ha abandonado la política de alianzas comerciales transo(...) también mejoró ceánicas. La política exterior de más de lo previsto EE.UU. actualmente está provocando incertidumbres en los mer(crecimiento del 1,4% cados mundiales, aunque no en las PIB anual)” bolsas. Por otro lado, un petróleo más caro y un dólar más fuerte, pueden los dos países fundamentales de la tener efectos inf lacionistas en maEurozona, Alemania y Francia, que yor o menor grado en la UE, con tienen actualmente los nubarrones repercusiones sobre el consumo, de unas próximas elecciones poco inversión y exportaciones. Draghi previsibles. La inf lación moderada ha asegurado la continuidad de puede impulsar las economías. En la política monetaria expansiva general, los datos sobre el empleo del BCE (también conocida como


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Foto Miguel Nogueira

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quantitative easing o QE), pero aún existe inestabilidad en el sistema financiero de algunos países y gobiernos poco europeístas en algunos Estados miembros de la UE y una crisis de los refugiados sin resolver. La clave del éxito europeo es la continuidad del proyecto de la UE, con apoyo de todos los miembros actuales (salvo Reino Unido). Para ello, los resultados de las elecciones en el continente de 2017 son clave. Como decía en el artículo del pasado diciembre de Actualidades (“Proteccionismo y Productividad”), el comercio mundial ya se frenó en 2016, según datos de la OMC y otros organismos. El consumo privado, que ha estimulado el moderado crecimiento de los años recientes, puede haber llegado al estancamiento, especialmente con el salto que está sufriendo la inf lación sin que los salarios avancen en paralelo. El crecimiento promedio mundial está bajando a niveles cercanos al 3%. La inversión es la preocupación principal, tanto de la Comisión Europea, como de la nueva admi-

nistración americana, pero tiene una elemento contradictorio: su financiación, en un mundo con déficits, aversión al riesgo, restricción del crédito privado y falta de inversiones públicas. La inversión no está creciendo para poder cumplir su función típica de estimular un mayor crecimiento de la economía. Hay, por otra parte, mayores dudas sobre los efectos de las nuevas subidas de los tipos de interés porque la política monetaria expansiva no puede durar mucho más, según la Reserva Federal americana, según los datos macroeconómicos más recientes. Son posibles algunas subidas este año (o subidas y también alguna bajada). En España (no en Portugal), la inversión ha crecido razonablemente el pasado año, aunque en 2017 la inversión empresarial puede crecer menos que en 2016, al igual que sucede con el consumo privado. La mayoría de las previsiones de crecimiento están en el entorno del 2,5%, aprovechando la demanda interna y externa. La disminución del crecimiento se debe también a que España tiene que cumplir con

condiciones más estrictas el déficit público (-3,1%), tanto por parte del control del gasto público como por aumentos de los impuestos indirectos y de sociedades. El desempleo seguirá disminuyendo. Se observan minuciosamente los niveles de endeudamiento y los f lujos con el exterior, así como especialmente las entradas de los f lujos económicos procedentes del comercio y de turistas y residentes de origen británico (efectos del brexit). Los niveles actuales en el entorno de 1,06 dólares por euro o menores pueden estimular aún más las exportaciones españolas a terceros países fuera del área euro y de la UE. Por tanto, este año 2017, nos depara un entorno internacional con grandes incertidumbres, pero es posible que con un buen comportamiento promedio de los mercados, España y Portugal puedan dar ejemplo de estabilidad y acuerdo político, para conseguir los objetivos de crecimiento, empleo y déficit público.  * Vicepresidente de Honor de la CCILE E-mail: coviedo@comercio.mineco.es

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Inovação no mar à vista Se as Nações Unidas viabilizarem o alargamento da área de soberania portuguesa sobre o oceano, Portugal será responsável por quatro milhões de quilómetros quadrados. A exploração sustentável desta área é o desafio que o país tem pela frente. Como estão o Governo, os agentes de investigação e as empresas a mergulhar neste mar de oportunidades? Como está a inovação a emergir? No horizonte, está a meta de duplicar, até ao fim da atual legislatura, o peso da "economia azul" no PIB português. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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oceano encontra--se num ponto de viragem”, já que “estamos apenas a começar a entender como o mar é central para a vida na Terra”, frisa Charles Goddard, diretor executivo da Cimeira dos Oceanos, que teve entre os passados dias 22 e 24 de fevereiro a sua quarta edição, em Bali, na Indonésia. A chamada "economia azul", que se refere às indústrias baseadas nos oceanos, representa cerca de 3% do valor acrescentado bruto (VAB) mundial, o correspondente a 1,7 biliões de dólares (1,6 biliões de euros), de acordo com os cálculos da OCDE. Um valor que tende a aumentar, dado que mais do que nunca “os governos olham para o oceano como uma fonte de rendimentos, de crescimento e de criação de emprego”. Neste contexto, “o desafio é perceber como explorar o oceano de modo a não desequilibrar o ecossistema, que já está sob um considerável stress”, vítima da “pesca desenfreada, da poluição, dos plásticos, da desertificação”, sustenta Charles Goddard, num vídeo promocional da cimeira, organizada pela revista britânica The Economist e que funciona como uma plataforma de discussão para chegar às “ferramentas que vão encorajar a uso sustentável do oceano”. A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, foi uma das oradoras nesta cimeira, onde promoveu a extensão da plataforma continental e falou da forma como o país se está a preparar para explorar de forma sustentável a parcela de mar que está sob jurisdição portuguesa e que poderá ser aumentada. Recorde-se que Portugal reivindica a extensão da sua soberania sobre o oceano para lá das atuais 200 milhas náuticas da costa. A proposta deu entrada nas Nações Unidas em maio de 2009 e espera-se que seja analisada no final deste ano ou no início de 2018, uma vez que há uma longa lista de propostas a avaliar neste âmbito. Em entrevista à Agência Lusa, antes

da partida para a cimeira, a ministra lembrava que Portugal tem já “uma plataforma continental muito razoável, das maiores a nível internacional”, mas o desafio de fazer crescer a “economia azul” beneficiará com o aumento da área de soberania. A extensão da plataforma continental, que a ministra considera um “verdadeiro desígnio nacional”, alargará o território portu-

O objetivo anunciado pelo Governo é duplicar até ao final da legislatura (2019) o peso da "economia azul" no PIB português, que atualmente representa 3,1%. “É pouco, porque o território marítimo representa mais de 90% do território nacional”, afirmou a ministra à Lusa. De acordo com os dados fornecidos por Ana Paula Vitorino no referido almoço realizado pela CCILE, “a economia do Mar terá gerado quatro mil milhões de euros anualmente entre 2011-2013, ou seja, 3,1% do VAB na economia nacional”. O setor “é responsável por 171.300 empregos, sendo 47% concentrados no turismo”. A ministra referiu que cerca de 30% do PIB do mar vem desta área e que o segmento dos portos, logística e transporte marítimo é responsável por outra fatia de 30%. A governante acredita que “ainda existe um imenso potencial económico por explorar e rentabilizar no mar da nossa nação, não só através do aumento da diversificação das atividades, como “A economia também da exploração de novas frondo mar terá teiras de valor económico nos negócios”, tendo em conta que “o oceano é uma gerado quatro mil fonte-chave de alimentação, energia, milhões de euros minerais, saúde, desporto e de transporte, da qual dependem milhões de anualmente entre pessoas”. 2011-2013, ou seja, A ministra sublinhou no evento da CCILE, que o Governo está conscien3,1% do VAB na te dos riscos inerentes à exploração economia nacional", do oceano: “A saúde dos oceanos é o mais crítico de todos. Os fatores lembra a ministra destrutivos da saúde dos oceanos são Ana Paula Vitorino a sobre-exploração dos recursos marinhos, a poluição, subida do nível e da temperatura do mar, a acidificação dos guês para cerca de quatro milhões de oceanos e a perda da biodiversidade. quilómetros quadrados. Como refe- Por isso, a sustentabilidade é central em riu a ministra no almoço promovido qualquer estratégia de desenvolvimento pela Câmara de Comércio e Indústria da economia do mar, pois é o fator que Luso-Espanhola (CCILE), no passado permite preservar os mecanismos dos dia 26 de outubro, “os recursos que ecossistemas geradores de toda esta esta área encerra – biológicos, genéti- riqueza biológica e mineral. Neste cos, minerais, energéticos, etc.–, abrem sentido, acreditamos que a resposta perspetivas de exploração que podem para a criação de uma economia do transformar o futuro de Portugal”. mar sustentável reside nas inova39


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Abyssal: software português para conhecer o mar profundo A zona abissal ou abissopelágica é a camada da zona pelágica compreendida entre os 4.000 metros de profundidade e o leito oceânico. É aí, nessa zona mais profunda dos oceanos, que se movimenta a Abyssal, "mas não só", esclarece Rafael Simão, um dos responsáveis pela empresa, que nasceu em 2012. Um ano antes, Manuel Parente chegou ao conceito que esteve na origem da Abyssal, enquanto produzia software para a indústria de mergulho profissional: desenvolver software para a criação de sistemas de navegação para veículos submarinos operados remotamente, os chamados ROV (Remotely Operated Vehicles). Manuel Parente foi convidado a apresentar a sua ideia pela International Marine Contractors Association (IMCA), cujo objetivo é fomentar soluções offshore, marítimas e subaquáticas. Em 2012, foi formalizada a Abyssal. A empresa é uma das incubadas do UPTEC Mar, em Leça da Palmeira, e já está a comercializar os seus sistemas de navegação. Em concreto, a Abyssal desenvolve “sistemas de visualização tridimensional e de realidade virtual aumentada, que apoiam as operações de veículos submarinos, dirigidos remotamente”, explica Rafael Simão. Por enquanto, a produção da Abyssal destina-se “sobretudo ao mercado norte-americano”, onde têm um cliente de peso, a

Oceaneering, “responsável por 90% da atual faturação da Abyssal”, conta Rafael Simão. Através desta empresa, “os sistemas de navegação da Abyssal chegam a várias geografias”, frisa o gestor, indicando que já assinaram dezenas de projetos.

Ao serviço da prospeção de petróleo e gás Para já, estes projetos servem apenas empresas que atuam na prospeção de petróleo e gás, o que se percebe já que o setor do petróleo e gás offshore representa um terço do PIB oceânico, a nível mundial. Rafael Simão esclarece que “os sistemas de navegação da Abyssal podem ser usados também no âmbito da investigação científica, das energias renováveis offshore, bem como na prospeção de minério no fundo do mar”. O gerente da Abyssal indica

ainda que objetivo da empresa é precisamente alargar o âmbito de atuação e chegar a novos clientes. Em Portugal estão a analisar uma possível parceria com a Galp, também já estabeleceram contacto com a galega ACSM Subsea, que tem clientes como a Repsol. A Abyssal tem também parceiros no Brasil e no Médio Oriente, onde espera conquistar novos clientes.

À procura de novos investidores Para continuar a aperfeiçoar os seus produtos e a desenvolver novas aplicações, a Abyssal está no mercado à procura de novos investidores: “Estamos a tentar angariar financiamento, sobretudo nos EUA, de modo a que possamos continuar a investir em inovação, bem como a apostar na força comercial da empresa.”

ções de tecnologia e de negócio que criação de valor nas atividades econó- dos portos portugueses.” abrem um novo potencial transforma- micas tradicionais; criar novas fontes A Actualidade quis perceber que dor do posicionamento geoestratégico de crescimento sustentável com as ati- inovação está à tona neste contexto, de Portugal nas seguintes fileiras de vidades emergentes; maximizar a van- através de organismos como o Centro atração de investimento: aumentar a tagem da centralidade euro-atlântica Interdisciplinar de Investigação 40 act ualidad€

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Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMar), o Polo do Mar do Parque de Ciência e Tecnologia (UPTEC Mar), o Observatório Oceânico da Madeira (OOM), o Centro de Ciências do Mar (CCMar) e a Mare Startup, que lideram a investigação e o empreendedorismo que têm o mar como denominador comum. UPTEC Mar e CIIMar em Leixões O porto de Leixões, além de ser um dos portos mais representativos da Península Ibérica, no que se refere a transportes de mercadorias e a cruzeiros, é também morada para a investigação e para o empreendedorismo, desde que passou a alojar, em 2010, o Polo do Mar do UPTEC, reunindo os esforços da Universidade do Porto, da Administração do Porto de Leixões e da Câmara Municipal de Matosinhos. Perto da água, este polo “tem como missão estrutural a incubação de projetos empresariais ligados às ciências e tecnologias do mar, beneficiando da proximidade das estruturas e equipamentos do Porto de Leixões e da investigação avançada desenvolvida na Universidade do Porto”. Empresas como a Abyssal (ver caixa da página 41) e outras que estão associadas ao UPTEC Mar “agregam várias áreas de atividade no domínio da economia do mar como a biotecnologia marinha, aquacultura, energia das ondas, robótica marinha, software, ambiente, turismo e náutica de recreio”. Também na área do porto de Leixões, no terminal de cruzeiros, opera, desde outubro de 2016, o CIIMAR, que antes funcionava na cidade do Porto. Vítor Vasconcelos, diretor do CIIMAR, está satisfeito com os resultados dos 17 anos de atividade deste centro: “É um balanço extremamente positivo uma vez que conseguimos juntar no CIIMAR a investigação científica de ponta com a inovação e a formação pós-graduada, sem esquecer a divulgação científica para todos os

públicos, ligando assim de uma forma a contaminação, com recurso, por eficaz a ciência e a sociedade. Temos exemplo, à bioremediação. Avaliamos vindo a conseguir atrair financiamen- o interesse de introduzir novas espéto de origem regional, nacional e cies em aquacultura, como é o caso europeia que torna o CIIMar numa dos ouriços-do-mar ou produzimos instituição muito atrativa não só para novas dietas para espécies já em proinvestigadores nacionais como inter- dução como a dourada ou o robalo, nacionais, de cerca de 28 nacionalida- de forma a diminuir a contaminação des diferentes.” ambiental e aumentar a produção e O CIIMar trabalha em três grandes a qualidade dos produtos de aqualinhas de investigação, explica o biólo- cultura); Por último, usamos recurgo: “Alterações globais e serviços dos sos marinhos, em especial recursos ecossistemas; Aquacultura e qualida- microbianos como certas microalgas, de de produtos marinhos e biotecno- bactérias e fungos marinhos para prologia marinha (Assim estudamos por duzir novas substâncias de elevado exemplo a riqueza dos ecossistemas valor económico. Nestes últimos dois marinhos de forma a poder melhor anos produzimos três patentes: um geri-los e ao mesmo tempo avaliamos anti-malárico, um antibiótico e uma os riscos de origem humana, como a substância antivegetativa.” O diretor do CIIMar realça que “as contaminação por produtos tóxicos emergentes ou hidrocarbonetos, apre- empresas participam do processo de sentando depois medidas para mitigar investigação desde o seu início, ou seja, março de 2017

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na formulação das questões a responder com a investigação". Dessa forma, "não há que adaptar nada no final da investigação, uma vez que a mesma foi dirigida aos problemas da empresa". Vítor Vasconcelos diz que têm feito "reuniões com várias empresas e a recetividade é sempre muito boa.” Setores como “a aquacultura, as pescas, a biotecnologia, a alimentação, a farmacêutica e a energia” protagonizam a maioria dos projetos do CIIMar, adianta o professor. O centro opera com um orçamento de “quatro milhões de euros”, financiado “através de projetos competitivos regionais, nacionais e internacionais, serviços e financiamento plurianual da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (a entidade governamental portuguesa responsável pelo financiamento e avaliação do sistema científico) ”, informa ainda Vítor Vasconcelos. A mudança para as novas instalações em Leixões irá possibilitar estreitar laços com outros organismos ligados ao mar, sublinha o investigador: “Pretendemos consolidar as nossas relações com as entidades vizinhas como é o caso da APDL, IPMA, 42 act ualidad€

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DOCAPESCA, UPTEC, conserveiras, restaurantes/marisqueiras, etc. Queremos dar-nos a conhecer melhor a todas estas pois teremos a possibilidade de desenvolver produtos, processos e serviços que poderão ser uma mais-valia para as mesmas. Queremos fazer chegar o CIIMar e a nossa investigação aos seus utilizadores mais diretos. Além disso continuar a nossa intervenção junto da sociedade, quer dentro de portas quer fora delas.” Neste contexto, a relação com o UPTEC Mar assume especial relevo: “É uma entidade que está dentro daquelas com as quais nos queremos articular cada vez mais. Muita da nossa investigação pode dar origem a novas spin-off e estamos a trabalhar junto dos investigadores mais jovens no sentido de os incentivar a seguir este caminho com o nosso apoio. Nesse sentido, o apoio da UPTEC Mar é fundamental no lançamento de novas empresas na área do mar.”

se como um pólo de excelência dedicado à investigação e monitorização permanente do oceano”, agregando “uma comunidade científica multidisciplinar, juntando várias entidades no sentido de promover a cooperação e rentabilização de recursos”. Rui Caldeira, um dos investigadores do OOM, explica que o organismo se divide em quatro áreas de investigação: “biodiversidade, pescas e maricultura (aquicultura em ambiente marinho), deteção remota de animais marinhos e modelos e previsões meteo-oceanográficas”. Além da investigação, à semelhança do CIIMar (com quem tem parcerias), o OOM visa também contribuir para “a sensibilização em torno da questão da literacia dos oceanos”. Ou seja, “o projeto tem atividades core, que incluem a liderança e a gestão, bem como atividades educativas e de sensibilização”. A isto soma-se ainda “a gestão de dados e serviços”. Atualmente trabalham com o OOM Um observatório para o mar, 30 investigadores bolseiros, distribuína Madeira dos pelas diversas áreas. Rui Caldeira O Observatório Oceânico da considera que o trabalho que está a ser Madeira (OOM) “pretende constituir- desenvolvido e que poderá ser reali-


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Caviar Portugal vai abrir unidade de produção em Vendas Novas As ovas de esturjão, mais conhecidas por caviar, são uma das mais raras e caras iguarias gastronómicas. Algumas das 27 espécies de esturjão estão em vias de extinção, o que levou à proibição da comercialização de ovas extraídas dessas espécies em habitat natural (Rússia, Ucrânia, Irão, sobretudo) configurando uma clara oportunidade para o setor da aquicultura. Portugal também pode ir a jogo, através da Caviar Portugal. A empresa resultou do encontro entre um biólogo marinho português e um imigrante ucraniano em Portugal, com experiência na produção de esturjão no seu país de origem. A empresa nasceu em 2011 e o conceito, produzir esturjão em ambiente controlado, venceu um concurso de ideias que levou à incubação do projeto no Centro de Empresas da Universidade do Algarve. Pedro Paulo, o biólogo sócio da Caviar Portugal, explica que conseguem recriar as condições ideais para o crescimento e reprodução do esturjão. “A vantagem de Portugal é que a água acelera o crescimento do esturjão” e, consequentemente a sua maturidade sexual. “O esturjão pode chegar aos 200 anos e, em habitat natural, a fêmea começa a produzir ovas aos sete anos. Em ambiente controlado, conseguimos que isso aconteça aos três anos.” O biólogo informa que “um esturjão fêmea pode produzir até 20% do seu peso em caviar, de dois em dois anos”. Em aquicultura, “estes peixes podem atingir os 50 quilos”, longe das “duas toneladas” que a espécie maior pode chegar a pesar. Estamos a falar do esturjão beluga (Huso Huso), responsável pelo mais caro caviar do mundo.

Por enquanto, a produção na sede da empresa, no Algarve, é mínima e não inclui caviar beluga, porém a Caviar Portugal espera começar este ano a produzir numa maior escala: “Graças a um investidor português e outro francês vamos construir em Vendas Novas uma unidade de produção. Esperemos que se concretize ainda este ano.” Na nova unidade de produção contam ter a espécie beluga, ainda que de pequena dimensão. “Iremos comprar já alguns peixes adultos, para que comecem a produzir ovas".

Investimento de 12 milhões de euros O investimento necessário para avançar com a industrialização ronda os 12 milhões de euros. O financiamento poderá contar também com fundos do Mar 2020, já que a empresa apresentou uma candidatura nesse sentido. Além de caviar, a empresa poderá comercializar subprodutos do esturjão, como a pele, que serve para fazer malas, calçado, mobília, ou esturjão fumado, por exemplo. Pedro Paulo informa que a Caviar Portugal já está em contacto com possíveis parceiros, tendo em vista a distribuição e comercialização

dos produtos da marca, quer em Portugal, quer noutros mercados, como é o caso de França, Bélgica e Itália. Em Portugal, a marca tem feito “contactos com chefes e lojas gourmet, de modo a fomentar o consumo desta iguaria”, conta o gestor.

Preço do caviar em queda Atualmente, “o preço de meio quilo de caviar poderia chegar aos 500 euros”, nota Pedro Paulo, alertando para a esperada descida nos próximos anos: “Há cada vez mais produtores, sobretudo na China, o que está a fazer baixar o preço do produto. Ainda que possa haver uma maior segmentação de mercado, já que a qualidade não será a mesma para todos os produtores. No entanto, penso que em breve será possível ver caviar nas prateleiras de um supermercado com preços acessíveis para um consumidor da classe média.” De acordo com Philippe Chauvin, CEO da Comptoir du Caviar, uma das empresas líderes do setor, em declarações à Reuters, a produção mundial de caviar foi de 100 toneladas em 2011 e em 2016 chegou às 250. O gestor estima que em 2020, a produção anual seja de 500 toneladas.

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grande tema gran tema zado no futuro é determinante para formação, visitas às empresas, semia exploração sustentável do oceano: nários da indústria no CCMar, par“Queremos ser uma alavanca para a ticipação em fóruns nacionais e regio'economia azul'. Acreditamos que a nais”, bem como nos “momentos inovação tem que ser ancorada na informais, em que os investigadores investigação, pelo que, se nos derem do CCMar colaboram intimamente tempo, conseguiremos produzir com os colegas na indústria trocando informação de qualidade sobre temas ideias e conhecimento com facilidade tão importantes como as correntes, e rapidez”. os ventos, as ondas, entre outros.” O O centro desenvolve projetos “com investigador deu o exemplo de uma vários setores do cluster do mar, aplicação prática já em funciona- nomeadamente aquacultura, pescas, mento, a app Madeira Weather, que biotecnologia, biodiesel, sequestro de “faz muito sucesso entre os visitantes carbono e alimentação”, diz Tiago da ilha”. Magalhães, destacando a “ligação Outra área de investigação em que muito forte com a comunidade piscaa Madeira pode dar cartas prende-se tória nacional, com armadores, mescom o facto de o mar que rodeia o tres e pescadores”, bem como “com arquipélago ser rico em cetáceos. O as aquaculturas algarvias, nacionais e Governo Regional da Madeira vai até mundiais (ligações asiáticas fortes, apresentar uma candidatura no âmbi- por exemplo no Vietname). Também to da Rede Natura 2000 para que a na biotecnologia “há vários projetos zona em causa seja considerada Sítio de alto perfil, como seja a colaboração de Interesse Comunitário, noticiou com a Secil”. o jornal Público. Estamos a falar da O diretor do CCMar sublinha tammaior reserva para cetáceos em todo bém a evolução de algumas das staro Atlântico Norte, cerca de 635 mil tups incubadas no CCMar: “O caso hectares de águas protegidas e de 29 de maior sucesso é a Sparos, empresa espécies de cetáceos identificados nos na área da alimentação ligada à aquamares do arquipélago. cultura, uma área fundamental para o mundo se conseguir alimentar de um CCMar ao leme da investigação modo sustentável. A Sparos tem vindo marinha no Algarve a crescer tremendamente e é hoje uma Em Faro, funciona o CCMar, que das referências mundiais na área.” “tem efetuado trabalho sistemático na O CCMAR registou “10 patenárea da investigação científica e for- tes nos últimos cinco anos ligadas à mação nas ciências marinhas, conju- biotecnologia, ambiente e aplicações gado com transferência de tecnologia biomédicas, algumas das quais com e ligação às empresas do cluster do abrangência europeia”. mar”, frisa o diretor do organismo, O investigador considera que Tiago Magalhães. “Portugal tem um enorme potencial O responsável assinala que “os últi- na área de inovação do mar, como mos anos têm sido de evolução clara, os vários projetos em curso e a apaquer em número de artigos, formação recer brevemente no CCMar e em avançada, criação de novas empresas, outros centros de investigação ligados patentes, passagem da tecnologia mais ao mar revelam”. Pela sua parte, o recente para empresas portuguesas, e CCMar, que trabalha com um orçanovos projetos de investigação que mento anual de 3,5 milhões de euros, irão definir a evolução da investiga- pretende “abrir novas perspectivas à ção e da economia do mar no curto e investigação aplicada, à formação, à médio prazo”. prestação de serviços e à cooperação A ligação à indústria é visível em com empresas e instituições cientí“projetos em comum, workshops de ficas em áreas relacionadas com as 44 act ualidad€

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ciências do mar”, frisa o professor. Tiago Magalhães acrescenta que querem ter “ainda mais publicações de alto nível, mais projetos, mais internacionalização, mais ligação a empresas” e que estão “muito focados na execução do EMBRC (rede europeia de investigação marinha e biológica, que em Portugal tem pólos em faro, Porto e Coimbra), uma infraestrutura europeia nas ciências do mar, com investimento de 10 milhões de euros e que vai trazer ao Algarve e a Portugal uma acrescida visibilidade e responsabilidade ao CCMar”. Mare Startup, a incubadora lisboeta para a economia azul Em meados de 2015, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e a Universidade Católica Portuguesa criaram um consórcio para erguer a Mare Startup, com a missão de dinamizar a “economia azul”, ou seja fomentar o empreendedorismo e apoiar startups nesta área. O organismo está sediado no Tec Labs – Centro de Inovação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e conta com a colaboração de mais de 600 investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e Ambiente. José Guerreiro, professor da FCUL e coordenador geral da Mare Startup, conta que “a primeira fase do trabalho da Mare Startup correspondeu à montagem dos mecanismos internos, bolsa de mentores, bolsa de consultores, acordo com sociedade de advogados Vieira de Almeida e Associados, para apoio jurídico e, por fim, o acordo com o Montepio Investimento para apoio ao prémio Mare Inov”. Simultaneamente “delineou--se a Pós-Graduação Ciências, Gestão e Administração do Mar, conjunta entre a FCUL e a Católica, que terminou em fevereiro”, indica o professor, acrescentando que também “foi testado o modelo de incubação com três empresas, envolvendo mentoria e consultoria, foram elaborados os


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programas, regulamentos e contratos inerentes à iniciativa Mare Startup e foram estabelecidos os necessários contactos aos níveis institucionais e governamentais”. O investigador diz que esta fase de instalação e ensaio do modelo culminou no passado dia 15 com a call pública formal de apresentação de candidaturas ao programa Mare Startup”. A bolsa de consultores, constituída por investigadores dos diversos Centros de Investigação envolvidos, trabalha em articulação com a Fórum Oceano, de modo a que as empresas possam “beneficiar de apoios protocolados para responder a problemas concretos, ou aceder a recursos humanos e tecnológicos para desenvolver processos de inovação, da biotecnologia à deteção remota ou aquacultura”, salienta José Guerreiro, adiantando que durante a fase experimental, “a Mare Startup esteve no apoio inicial à empresa BioMimetx (que já

vai na segunda ronda de capital), a de orçamento do organismo aponta Naturalista (empresa de Ecoturismo para cerca de 800 mil euros a um marinho nos Açores/Horta, que já milhão de euros por ano”. Para este ano, os objetivos fundaestá em funcionamento) e o projeto Fish'n' Greens (aquacultura/aquapo- mentais são “alargar significativamennia), apresentado na sessão do passado te o número de empresas a apoiar; estabelecer parcerias com autarquias dia 15 na call pública”. José Guerreiro revela que os setores no sentido de apoiar incubadoras que que têm atraído mais empreende- possuam; identificar em conjunto dores, a julgar pela experiência da com autarquias a análise das potenMare Startup, são a aquacultura, o cialidades da economia do mar a nível ecoturismo, o turismo náutico e a local e estabelecer o programa nessas biotecnologia. No futuro, o professor autarquias; consolidar os mecanisconsidera que serão “seguramente as mos de financiamento e parcerias áreas da aquacultura, biotecnologia para capital de risco e "seed capital"; azul, robótica marinha e energia”, a prospetar as parcerias internacionais gerar mais empresas. a estabelecer.” Estes e outros centros respondem Até agora, “ toda a atividade da Mare Startup decorreu apenas com pelo cluster de inovação do mar, que suporte financeiro do próprio consór- poderá transformar Portugal num cio”, sublinha José Guerreiro, infor- dos líderes mundiais da "economia mando que “a velocidade de cruzeiro, azul". O mesmo mar que outrocontando com o bom sucesso da call ra enfrentámos para liderar com pública e sucesso nas candidaturas a Espanha os Descobrimentos, potenprogramas operacionais, a estimativa cia agora e daqui em diante outras março de 2017

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Sea, surf & PEC

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epasando el año que acabamos de dejar atrás, España y Portugal compartieron en 2016 la fiebre por las “start-ups”. Todo el que es alguien, o aspira a serlo, se lanzó a conquistar su lugar en el nuevo El Dorado ofreciendo “tecnología disruptiva” entre las procelosas aguas de “ hackathons ”, “ summits ” y “ pitches ”. Aunque resulta tentador hacer un comentario sobre el maltrato a nuestras lenguas ibéricas, me ceñiré a lo que más preocupa a los empresarios e inversores: el dinero. Los gobiernos de ambos países se disputaban empresas a rebufo de la supuesta fórmula de éxito acuñada por la BBC: sol, playa y start-ups. ¿Qué falta? Eso es, el dinero. Entre el complaciente discurso oficial y la realidad a la que se enfrenta el sector privado media una distancia ¿insalvable? Y es que un país no se convierte de la noche a la mañana en imán de empresarios sin la verdadera fórmula del éxito: impuestos bajos, normas claras y estables y un sistema judicial eficiente. ¿Poseen España y Portugal alguna de estas tres cualidades? Lo menos que nos tildarían es de ingenuos si lo afirmásemos. ¿Estamos en el camino de conseguirlo? No se ha empezado a trazar. Hablemos de impuestos entonces, o sea, del dinero. En el caso de España hemos asistido en los últimos meses al adelanto de los pagos fraccionados del Impuesto de Sociedades y a una batería de medidas introducidas por el Real Decreto-Ley

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3/2016, de 2 de diciembre, que afectan también a este impuesto: eliminación de las deducciones, restricción de la deducción de pérdidas por transmisión de participaciones y la limitación de la compensación de las bases imponibles negativas. Además tenemos la subida de los impuestos sobre bebidas alcohólicas y tabaco, amén de la prórroga del Impuesto de Patrimonio. Pero todavía se entiende menos una medida que entró en vigor en el 2015 y que parece diseñada para ahuyentar empresarios e inversores: el llamado “ exit tax ”. ¿Cómo funciona? El impuesto grava las ganancias patrimoniales (diferencia entre el precio de mercado y el precio de compra de acciones o participaciones) al tiempo del cambio de residencia de España hacia otro país. Es decir, el impuesto no se devenga en el momento de la venta de dichos valores (lo que todos entendemos necesario para que haya una ganancia patrimonial efectiva) sino en el de cambio de residencia y sin que se haya producido su venta. El impuesto es de aplicación a los contribuyentes que hayan residido en España en 10 de los últimos 15 años anteriores al traslado a un país extranjero y con los siguientes límites cuantitativos: a) siempre que los valores a precio de mercado superen los € 4 millones; o b) cuando el contribuyente posea el 25% de los valores de una sociedad y su valor supere el millón de euros. Si el contribuyente traslada su residencia dentro de la UE o del EEE el impuesto

Por Antonio Viñal Menéndez-Ponte* permanecerá latente; pero si en el plazo de 10 años sale de la UE/ EEE se hará efectivo. Si nos fijamos en Portugal nos topamos con grandes clásicos como la tributação autónoma y, sobre todo, el “ pagamento especial por conta ” (PEC). Este último es “especial” porque obliga al pago de una cantidad mínima anual de 850 euros aunque la empresa tenga resultados negativos. No parece que la mejor forma de fomentar un ecosistema de startups sea echando mano al bolsillo de éstas sin que hayan tenido la oportunidad de presentar beneficios. Además, en tiempos recientes, hemos visto un IMI (equivalente al IBI) que grava el sol, un nuevo impuesto sobre el patrimonio inmobiliario y subidas de los impuestos especiales sobre el consumo (alcohol y tabaco) y del impuesto de matriculación. Tampoco parece coherente que el esfuerzo por atraer trabajadores con importantes ventajas fiscales (régimen de impatriados en España, y de residente no habitual en Portugal) se tire por la borda con medidas anti-inversión. Menos impuestos, más sencillos y estables en el tiempo, es lo que se requiere para crear las condiciones que asienten una nueva industria de la que andamos faltos. En caso contrario, la única herencia que nos dejarán los “summits” en nuestros países será la melancolía de lo que pudo haber sido.  * Partner da Antonio Viñal & Co. Abogados. Lisboa Email: lisboa@avinalabogados.com


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Alojamento local e propriedade horizontal:

propostas para a sua compatibilização

É

hoje incontestável que a atividade do Alojamento Local trouxe benefícios para o país, e, em particular, para a cidade de Lisboa. Com efeito, o alojamento local (AL), para além de ter dinamizado a atividade económica em torno do turismo, contribuiu de forma decisiva para a recuperação urbanística de muito do edificado que se encontrava em adiantado estado de degradação nos chamados bairros históricos de Lisboa. Contudo, não se ignora que o chamado AL tem originado alguma controvérsia sobre o impacto que tem tido no tecido social dos centros urbanos, com destaque para os bairros históricos de Lisboa. Acontece que um recente Acórdão proferido pelo Tribunal da Relação de Lisboa – Acórdão de 20/10/16, veio trazer uma nova polémica ao tema do AL, a saber, a sua compatibilidade com o estatuto da propriedade horizontal tal como ele se encontra consagrado no nosso Código Civil. O Acórdão da Relação de Lisboa veio dizer, em síntese, que sendo o AL uma atividade comercial, tal atividade não é compatível com a utilização de uma fração autónoma destinada a habitação pelo respetivo título constitutivo da propriedade horizontal, sendo irrelevante que tenha ocorrido autorização do serviço de finanças local, da câmara municipal territorialmente competente e do Turismo de Portugal IP, pois as autorizações administrativas não têm a virtualidade de alterar o estatuto da propriedade horizontal constante do respetivo título constitutivo.

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No raciocínio jurídico da Relação de Lisboa caso a fração se destinasse a comércio nos termos do respetivo título constitutivo, não se colocaria qualquer problema de compatibilidade do AL da fração com o destino identificado no título para a mesma. Assim, em face deste Acórdão passamos agora a ter duas opiniões relativamente à compatibilidade do regime do AL com a propriedade horizontal. Para uns, seguindo a doutrina do Acórdão, a prestação de serviços de alojamento temporário a turistas, mediante remuneração, é uma atividade comercial, pelo que, atenta a sua natureza, o alojamento temporário de turistas não pode funcionar numa fração destinada a habitação pelo respetivo título constitutivo. Para outros, o alojamento temporário de turistas, porque se trata de uma forma de habitação, embora transitória, não colide com o destino fixado pelo título constitutivo como de habitação para a fração que vai receber os turistas, daí que, por exemplo, o regulamento do PDM de Lisboa encare o alojamento local como uso habitacional. Porém, há que reconhecer que esta divergência de opiniões na conciliação do regime do DL nº 128/2014, de 29 de agosto (regime jurídico do alojamento local) com o disposto no nosso Código Civil em matéria de propriedade horizontal, causa insegurança a quem quiser realizar esta atividade em frações autónomas de prédios urbanos destinados unicamente a habitação, pois, se o investimento for feito na aquisição de um prédio na totalidade, o problema não se coloca.

Por José Miguel Sardinha*

Urge assim, para tranquilidade de todos os envolvidos (empresários de alojamento local e proprietários de frações autónomas de prédios constituídos em propriedade horizontal), que se proceda a uma alteração quer do DL 128/2014 quer do regime da propriedade horizontal previsto no Código Civil de molde a se prever como e em que condições é que pode ser exercida a atividade do alojamento local em frações destinadas a habitação segundo o respetivo título constitutivo. Várias soluções são possíveis nesta matéria: 1ª O artigo 1422º do Código Civil deverá passar a prever expressamente que a utilização de frações destinadas a habitação para alojamento temporário de turistas é possível nos termos da lei. 2º Será depois o DL 128/2014 a prever como é que se compatibiliza a utilização das frações destinadas a habitação para alojamento temporário de turistas com o uso habitacional/ residencial do prédio em causa. Independentemente das soluções ora propostas, o que interessa é encontrar um regime que permita conciliar uma atividade empresarial que se revelou dinamizadora para o setor do turismo com os direitos de personalidade dos condóminos (direito ao repouso, à tranquilidade e à privacidade) de modo a compatibilizar o uso turístico de um edifício constituído em propriedade horizontal com o seu uso residencial.  * Advogado; consultor da Belzuz Abogados E-mail: jms@belzuz.com.pt


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Cuatrecasas integra programa da Euronext para empresas familiares A Cuatrecasas, Gonçalves Pereira é uma ou em processo de sucessão. das entidades que integram a FamilyShare Além da sociedade de advogados, são tamem Portugal, uma iniciativa da Euronext Lis- bém parceiros da iniciativa a Caixa Banco de bon para capacitar empresas familiares com Investimento, a Ernst&Young, entre outras ferramentas que lhes permitam preparar-se entidades. O programa tem início em abril e para o acesso ao mercado de capitais. decorrerá durante um ano. O processo implica a formação de empre- Entretanto, o escritório ibérico foi considerasas familiares portuguesas não-cotadas, no do o mais relevante no mercado de fusões e decurso quer do processo de admissão em aquisições, em Portugal, de acordo com o bolsa, bem como da utilização do mercado “Transactional Track Record” (TTR). de capitais para financiamento da atividade De acordo com este ranking, as 14 operações

de fusão e aquisição assessoradas pela Cuatrecasas em Portugal representaram um valor global de quase 1,7 mil milhões de euros. O subsetor mais ativo, por número de transações (M&A, operações de venture capital, etc) em Portugal, foi o imobiliário (48 operações em 2016), seguido do financeiro e seguros (40) e da tecnologia (33). O TTR destaca ainda que “desde 2010, as empresas norte-americanas são as que mais realizaram aquisições de empresas portuguesas”.

Nova obra sobre “Contencioso Tributário” Serena Cabrita Neto, sócia da PLMJ, e Carla Castelo Trindade, professora universitária e jurista, são co-autoras da obra “Contencioso Tributário”. A obra, dividida em dois volumes, reflete sobre questões relacionadas com o “procedimento tributário”, os “princípios e as garantias dos contribuintes”, matérias do “processo tributário, da arbitragem”

e da “execução fiscal”. Os dois volumes da obra “Contencioso Tributário” pretendem auxiliar os profissionais que, de forma direta ou indireta, lidam com questões fiscais e se relacionam com a autoridade tributária ou com os tribunais. Por outro lado, a obra poderá dar resposta aos estudantes que há muito reclamavam a necessidade de uma visão global e

Em trânsito: » A sociedade de advogados Albuquerque & Associados nomeou três novos sócios: Diana Silveira (na foto), Inês de Oliveira Domingos e Henrique Nogueira Nunes. Diana Silveira integra a equipa de Direito Público, exercendo a sua atividade preferencialmente nas áreas do contencioso administrativo, direito da contratação e dos contratos públicos e nas vertentes públicas do direito marítimo e portuário e no direito farmacêutico. Inês de Oliveira Domingos integra a equipa de contencioso civil e exerce nas áreas do contencioso comercial, civil, seguros e bancário. Já Henrique Nogueira Nunes assume agora a responsabilidade pelo Departamento de Fiscal da Albuquerque & Associados e a co-responsabilidade pelo Angola Desk. » A Vieira de Almeida reforçou o seu Departamento de Imobiliário & Ambiente, com a integração como sócio

integrada do sistema processual tributário, sem deixar de olhar para os problemas suscitados em cada uma das fases, às soluções que a doutrina aponta e, ainda, às soluções da jurisprudência, de acordo com as autoras. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

de Miguel Marques dos Santos (na foto). Miguel Marques dos Santos foi um dos sócios fundadores da Leónidas, Matos & Associados e da Roquette, Vaz Pinto & Marques dos Santos, tendo ingressado na Garrigues em 2000, onde se destacou na assessoria a operações imobiliárias de grande dimensão. » Cláudia Raposo Correia é a nova advogada da BHLP | Advogados, reforçando as áreas de media, entretenimento, novas tecnologias e proteção de dados. A advogada iniciou a sua carreira na área da política espacial, em Viena (Áustria). Mais tarde, integrou a sociedade de advogados Vieira de Almeida & Associados, como advogada, foi assessora no XIX Governo Constitucional e sócia fundadora da Inhoused, assessorando startups e outras empresas em Lisboa e em Londres. março de 2017

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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Bollinger reeleita “marca de champanhe mais admirada” A

Bollinger, uma das mais emblemáticas casas de champanhe, acaba de ser reconhecida como a marca de Champagne mais admirada em todo o mundo. A distinção foi atribuída pela “Drinks International”, uma revista britânica especializada no setor de bebidas que, anualmente, revela o ranking de “Most Admired Champagne Brands”. Em quatro edições, a Bollinger venceu três – 2014, 2015 e 2017. Para esta competição, a Drinks International contou com um painel de júri composto por dezenas de retalhistas, compradores internacionais, imprensa especializada e sommeliers. Cada um foi desafiado a eleger o seu TOP 5 entre 50 produtores e casas de

champanhe, seguindo uma criteriosa lista de regras, entre as quais a qualidade e consistência do vinho ao longo dos anos, a reputação da marca, a relação qualidade preço, a imagem ou a forma como é comercializado. A Bollinger voltou a conquistar o primeiro lugar na tabela, reforçando o seu posicionamento no mercado. Giles Fallowfield, considerado o “Guru do Champagne” no Reino Unido e porta-voz da competição, afirma que a Bollinger “é a demonstração da excelência consistente ao longo de dois séculos, algo que

poucas, ou nenhumas, casas conseguem igualar.” Fundada em 1829, a Bollinger é hoje uma lenda viva da região de Champagne. Os seus vinhos, amplamente apreciados em todo o mundo, são pensados ao detalhe com o objetivo de atingir a perfeição. Envelhecem o dobro do tempo do exigido por lei acreditando que grandes vinhos requerem tempo. O resultado são vinhos simultaneamente complexos e elegantes, com grande potencial de longevidade. 

Vinhos Pousio e Marmelar “viajam” até ao mercado russo A

Herdade do Monte da Ribeira, que, em 2016, foi selecionada pela “Revista de Vinhos” como o produtor vinícola do ano, marcou presença, em fevereiro, na Prodexpo, uma das maiores feiras mundiais do setor alimentar e de bebidas, que se realiza na Rússia. Desta forma, a empresa alentejana pretende contactar com um mercado com mais de 142 milhões de consumidores e dar a conhecer as duas marcas de vinhos que produz atualmente: Pousio (Colheita Tinto, Branco e Rosé; Escolha Branco e Tinto; e Reserva Branco e Tinto) e Marmelar (na foto), 50 act ualidad€

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que apenas é produzido em anos excecionais e que foi distinguido com o prémio de excelência 2015 pela “Revista de Vinhos”. O produtor sublinha que um dos seus grandes objetivos “passa por competir pela qualidade, personalidade e diversificação da oferta, nomeadamente em mercados que registam um consumo crescente de vinho”. A 24ª edição da Prodexpo contou com mais de dois mil produtores participantes de 57 países, como Argentina, Arménia, Brasil, Portugal, África do Sul, Espanha, entre outros. A Herdade do Monte da Ribeira – localizada junto à povoação de Marmelar, concelho da Vidigueira – foi

adquirida em 1986 por Victor e Maria da Graça Carmona e Costa. Hoje, a Casa Agrícola HMR SA pertence à Fundação Victor e Maria da Graça Carmona e Costa. A Herdade do Monte da Ribeira ficou conhecida nos anos 90 pela produção dos vinhos Pousio e Quatro Caminhos. A partir de 2010, a Casa Agrícola HMR potenciou a qualidade dos seus vinhos e diversificou os mercados. Produz atualmente duas marcas de vinhos: Pousio (Colheita, Escolha e Reserva) e Marmelar. A Herdade do Monte da Ribeira aposta, agora, também, na produção de azeite, tendo produzido dois lotes de Azeite Extra Virgem: Pousio e Pousio Premium. O lançamento desta gama é resultado de um trabalho de vários anos de qualificação dos mais de 200 hectares de olival da Herdade do Monte da Ribeira, trabalho este liderado por Mariana Carmona e Costa, engenheira agrícola. 


vinos & Gourmet

Vinhos & Gourmet

Churchill’s lança campanha internacional sobre novas tradições do Vinho do Porto A Churchill’s, a empresa mais jovem de vinho do Porto, lança a campanha “Celebrate New Traditions” (“Celebrar Novas Tradições”), nos diversos mercados onde está presente, incluindo em Portugal. Deste modo, a marca procura recriar a tradição num mundo moderno. A campanha, em linha com o novo posicionamento da marca – “rethink Port Wine”–, quer associar uma imagem mais leve, ligeira e descontraída ao Vinho do Porto, alterando a perceção dos consumidores em relação a esta bebida tão

tradicional. São três os momentos do quotidiano que a marca propõe, mostrando pessoas de diferentes idades a beber Vinho do Porto. Para apelar aos consumidores mais jovens e arrojados, a agência de consultoria criativa da Churchill’s optou por um estilo de fotografia assumidamente de “moda”, trabalhan-

do com o fotógrafo Ricardo Lamego e a diretora de arte Ana Trancoso, que produzem habitualmente campanhas para grandes revistas de moda, como a “Vogue”. “Celebrar Novas Tradições” é mais um passo numa campanha da Churchill’s, que pretende desafiar o consumidor a repensar os momentos e tradições associados ao Vinho do Porto. 

Vinhos portugueses promovidos nas principais cidades do Brasil

A

quarta edição da “Vinhos de Portugal no Rio” expande-se, este ano, do Rio de Janeiro para São Paulo, depois de reunir, nos últimos três anos, cerca de duzentos produtores nacionais e 20 mil consumidores. Este evento é, assim, o mais importante a nível de promoção de vinhos portugueses no Brasil. No Rio de Janeiro, o evento realiza-se entre os dias 2 e 4 de junho próximos, no CasaShopping, na Barra da Tijuca. Já o Vinhos de Portugal em São Paulo tem lugar no Shopping

JK Iguatemi, entre os dias 9 e 11 de junho, coincidindo com as comemorações do Dia de Portugal e com a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, ao Brasil. O evento pretende fomentar os vinhos portugueses, que têm já uma quota de 12% do mercado brasileiro. O estado do Rio de Janeiro corresponde a mais de 20% da quota de importação; São Paulo vale 16%, adianta a organização. “Se o Rio de Janeiro é o estado com mais afinidade cultural com Portugal, e por isso um mercado mais aberto aos nossos vinhos, São Paulo, pela sua dimensão e poder económico, é um mercado muito importante onde a posição dos vinhos portugueses não é tão forte como no Rio”, ­explica

o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro. Durante os três dias do evento, em cada cidade, os visitantes terão a oportunidade de provar vinhos portugueses, num ambiente informal, podendo estar em contacto direto com os respetivos produtores. Haverá ainda atividades paralelas, como provas, harmonizações e cursos de vinhos, que serão guiadas por críticos especializados e que contarão ainda com o único master of wine de língua portuguesa, o brasileiro Dirceu Vianna Júnior, adianta o jornal ”Público”. A divulgação de projetos de enoturismo fará parte também das iniciativas a promover naquele país. O evento é organizado pelos jornais português “Público” e brasileiro “O Globo”, com a colaboração da Viniportugal, e conta ainda com o apoio do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), das Comissões Vitivinícolas do Alentejo, Setúbal e Dão, entre outras entidades.  março de 2017

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Herdade Maria da Guarda torna-se o segundo maior produtor português de azeite N

um ano marcado por uma forte quebra na produção mundial de azeite, Portugal contrariou a tendência, em 2016, sendo, previsivelmente, o único país do mundo com a produção a não decrescer. No Alentejo, onde se concentra cerca de 70% da produção de azeite nacional, a Herdade Maria da Guarda registou um crescimento, com uma produção a rondar os dois milhões de quilos de azeite, o que o torna o segundo maior produtor português, e reforçando, assim, a sua posição como empresa portuguesa independente, das maiores e mais eficientes na produção de azeite. Localizada em Serpa, a Herdade Maria da Guarda iniciou em novembro de 2016 a colheita do presente ano, com um novo recorde absoluto de produção de azeite em perspetiva, nos cerca de 1.600 quilómetros de olival em sebe plantados na Herdade e em terrenos vizinhos. A produção de azeite 100% virgem extra, de qualidade superior e com

acidez entre 0,2 e 0,5% é feita no lagar da herdade. Toda a produção é exportada, para países como Espanha, Brasil, China e, principalmente, Itália. João Cortez de Lobão, acionista da Casa Agrícola Cortez Lobão, explica que “este foi um ano muito bom para a Herdade Maria da Guarda, em que conseguimos bater novamente recordes de produção de azeite”. A Herdade Maria da Guarda contribui também para uma pegada ecológica positiva. As 1,1 milhões de oliveiras da Herdade Maria da Guarda produzem anualmente oito toneladas de oxigénio para o país. Cada duas oliveiras, por exemplo, limpam da atmosfera a poluição anual de um automóvel. O azeite produzido na Herdade Maria da Guarda é considerado biológico pelos critérios norte-

americanos, resultante de análises microscópicas realizadas e que considera os níveis de registo de pesticida quase inexistentes. Essa é também uma das grandes razões que origina a grande procura por parte de embaladores italianos à Herdade de Maria da Guarda, que apenas utiliza químicos se e quando a análise das folhas da árvore determina essa necessidade. Esse método nortea-mericano de análise do azeite permite valorizá-lo ainda mais e classifica-o com prémio nos mercados dos Estados Unidos da América. 

Vinhos do Douro destacados no “International Wine Challenge” O s vinhos durienses foram mais uma vez distinguidos internacionalmente. Aquela que é uma das maiores competições de vinhos a nível mundial destacou o produtor Lua Cheia em Vinhas Velhas e a distinção foi a triplicar. Os vinhos Andreza Reserva Tinto DOC Douro 2014 (na foto) e Lua Cheia em Vinhas Velhas Reserva Especial Tinto DOC Douro 2014 foram galardoados com a medalha de prata. Já o Colleja Tinto DOC Douro 2014 arrecadou a medalha de bronze. O “International Wine Challenge” premeia os melhores vinhos a nível mundial, através de um sistema de avaliação rigoroso, em que cada vinho

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é provado em três provas “cegas”, por, pelo menos, 10 jurados diferentes. Os vinhos com pontuação acima de 85 pontos passam à segunda ronda, na qual são atribuídas as medalhas de ouro, prata e bronze. Esta não é, de resto, a primeira vez que estes vinhos da Lua Cheia em Vinhas Velhas são premiados. A distinção mais recente veio da “Wine Enthusiast”, uma das mais prestigiadas publicações vinícolas, que atribuiu uns expressivos 90 pontos ao Andreza Reserva Tinto 2014 e uns convincentes 92 pontos ao Lua Cheia em Vinhas Velhas Reserva Especial Tinto 2014 em novembro e outubro do ano passado, respetivamente. 


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Vinhos & Gourmet

”Wine summit” realiza-se no Estoril em junho ortugal vai acolher a primeira “wine summit” de âmbito mundial, que trará a Cascais alguns dos maiores especialistas desta bebida no mundo. Designada por “Must–Fermenting Ideas” (nome que significa “mosto” em inglês e que remete para a expressão “ must have ”), a conferência dedicada ao vinho vai ocupar o Centro de Congressos do Estoril, entre os próximos dias 7 e 9 de junho. O evento, de organização portuguesa, deverá acolher mais de 500 especialistas e apreciadores de vinhos e gastronomia de todo o mundo. À semelhança do evento tecnológico Web Summit, que este ano regressa a Lisboa, a Must– Fermenting Ideas contará, durante três dias, com diversas conferências, onde pontuam oradores de renome mundial, como a jornalista Alice Feiring, conhecida pelo seu trabalho desenvol-

Foto arquivo

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vido em torno dos vinhos naturais, e Felicity Carter, editora da “Meininger’s Wine Business International”, bem como o jornalista espanhol Victor de La Serna, ou ainda Paul Symington, CEO do grupo Symington, uma família de produtores de vinho do Porto. A conferência prevê abordar

diversos assuntos, subordinados ao tema do futuro da indústria mundial do vinho, como sejam as questões sobre o renascer de velhas castas como oportunidade de diferenciação, entre outras. Todas as conferências serão conduzidas em inglês, estimando-se que cerca de 80% dos visitantes esperados sejam estrangeiros. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org março

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Ciencia y tecnología

abastecimento de veículos elétricos na A1 já é possível na sequência da instalação de quatro pontos de carregamento elétrico rápido, da EDP, com 50 kVA nas áreas de serviço Repsol de Leiria e Antuã, em ambos os sentidos. O projeto resulta de uma parceria entre a EDP e a Repsol e facilita a viagem entre Lisboa e Porto em carro elétrico, bastando 20 minutos para carregar 80% da bateria. A instalação destes pontos de carregamento dá resposta às necessidades de mercado e resulta do compromisso das duas empresas em estimular a mobilidade elétrica, reforçando a rede de abastecimento de veículos movidos a eletricidade. A localização dos pontos, integrados na rede Mobi.e, foi escolhida

para permitir que a maioria dos veículos elétricos possa, com uma só paragem, fazer a ligação entre as duas maiores cidades do país. A EDP tem vindo a apoiar a mobilidade elétrica de uma forma empenhada ao longo dos últimos anos. Além desta parceria com a Repsol, instalou este ano pontos de carregamento rápido em cinco cidades (Aveiro, Évora, Viana do Castelo, Valença e Vila Real), cuja utilização será gratuita em 2017. Além de ter criado uma área no seu site dedicada ao tema, a EDP disponibiliza um ponto de carregamento para casa, que pode ser pago em 24 mensalidades, tem tarifários de energia com desconto à noite para carregar os veículos elétricos e criou parcerias com 13 fabricantes automóveis para promover o setor.

Foto arquivo

EDP e Repsol instalam carregamentos elétricos rápidos na A1 O

Quanto à Repsol, está presente em Portugal em todos os distritos do país, com uma rede de mais de 450 estações de serviço, das quais 60 com abastecimento de autogás e, agora, quatro com abastecimento de eletricidade. A tecnologia da rede Mobi.e é compatível com todas as marcas de veículos e permite repor os níveis de energia mediante a utilização de um cartão de carregamento. 

IT People Innovation desenvolve primeira APP portuguesa disponível na Store HoloLens

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ARchitect, que permite visualizar um modelo 3D de uma casa ainda em construção, é a primeira aplicação de uma empresa portuguesa e em português a estar disponível na store dos Microsoft HoloLens. A IT People Innovation, empresa que desenvolve soluções de realidade aumentada para vários dispositivos, é a primeira empresa portuguesa a ver uma inovação sua ser disponibilizada na Store dos HoloLens, os óculos holográficos da Microsoft. Das 89 aplicações já disponíveis para estes óculos de realidade 54 act ualidad€

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aumentada, a app ARchitect é a primeira criada por uma empresa portuguesa e a única disponível em três idiomas: inglês, português e espanhol. A ARchitect, uma aplicação de realidade aumentada já anteriormente desenvolvida pela IT People Innnovation para o contexto mobile, foi agora adaptado pela empresa portuguesa para o universo dos HoloLens. Trazendo consigo ainda mais funcionalidades, a ARchitect revela-se uma ferramenta crucial para a promoção imobiliária e para a comunicação entre arquitetos e construtores, prometendo aumentar a produtividade e diminuir os erros. “O mercado da realidade aumentada está a crescer em Portugal e no mundo, e acreditamos que esta tecnologia se venha a tornar extremamente importante na vida das empresas, ao longo dos

próximos anos”, refere Eduardo Vieitas, fundador e CEO da IT People Innovation. “O setor do imobiliário e da arquitetura é, sem dúvida, um dos que vai assistir à explosão da realidade aumentada, fruto de soluções como o ARchitect, que vêm revolucionar a forma como todos podem visitar um projeto de construção, entrando literalmente no modelo do projetista”, acrescenta. Com a ARchitect, é possível explorar uma casa virtualmente, pré-visualizando um modelo 3D de um imóvel. Utilizando óculos de realidade aumentada, o utilizador consegue perceber o espaço que será ocupado pelo futuro imóvel, entrar nas divisões da casa, colocar móveis e decoração em tamanho real e ir ao pormenor de conseguir andar pelo espaço, visualizar canalizações, cabos elétricos, os materiais a utilizar na construção, abrir e fechar janelas, portas, etc. 


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

Vodafone Portugal testa com sucesso futura rede 5G M antendo-se na vanguarda da inovação, a Vodafone Portugal é um dos primeiros operadores europeus a atingir na sua rede móvel velocidades LTE de gigabits, muito próximas das velocidades 5G. O objetivo foi alcançado numa demonstração realizada pela Vodafone Portugal, em parceria com a Ericsson e com a Qualcomm Technologies, Inc (empresa subsidiária da Qualcomm Incorporated), onde se verificaram velocidades de 1Gbps sem recurso a ligação por cabo. A demonstração incluiu a transmissão de ficheiros para um equipamento móvel Qualcomm Snapdragon X16 LTE pré-comercial, tendo sido testadas com sucesso algumas das potencialidades que esta inovação tecnológica permitirá em termos de

experiência de utilização, como, por exemplo, abrir uma página web de forma instantânea ou descarregar um vídeo Ultra HD/4K de 1GB em menos de dez segundos. Antecipando aquela que será a rede móvel do futuro, a Vodafone tem vindo a preparar as suas infraestruturas para atingir velocidades na ordem de 1Gbps, quer através do upgrade do software atualmente existente e desenvolvimento de funcionalidades como a modulação de 256QAM (que permite elevadas taxas de transferência de informação), como através da instalação de antenas com tecnologia 4x4 MIMO e agregação downlink de três portadoras de frequências. Outro fator diferenciador do investimento que a Vodafone Portugal

tem feito para se continuar a afirmar como líder em termos de inovação é a capacidade de agregar duas portadoras de uplink com modelação 64QAM, permitindo ao utilizador velocidades de envio de ficheiros, por exemplo para o Facebook, até 150Mbps. Reconhecida como o operador de telecomunicações líder na qualidade e desempenho das redes móveis – de acordo com o mais recente estudo independente levado a cabo pela P3 Communications (referência mundial de testes de aferição da qualidade das redes móveis), e com a melhor internet do mercado, de acordo com a “Deco Proteste”–, a Vodafone continua, assim, a trabalhar para entregar o melhor serviço aos seus clientes. 

Artsoft responde a necessidades de oficinas automóveis C om a disseminação dos franchisings de reparação automóvel, e a preponderância da qualidade de serviço prestado ao cliente como fator de sobrevivência no setor, a empresa de desenvolvimento de software Artsoft desenvolveu uma solução de gestão adequada às necessidades das oficinas. A solução, lançada em setembro e designada Artsoft Gestão de Oficinas, está totalmente integrada com o ERP, que, ao acompanhar todos os processos da atividade desde que as viaturas entram até que são levantadas pelo cliente, promove a produtividade e a melhoria na resposta ao cliente, garante a empresa de desenvolvimento tecnológico. Esta solução para a gestão de oficinas garante a gestão das ordens de serviços, a ela-

boração de orçamentos e de documentos, permite a gestão de stocks, bem como de colaboradores e de negociações com clientes e fornecedores, entre outros. Com relatórios de assistências, ordens de serviço, orçamentos e negociações, esta solução mantém a estratégia da empresa na verticalização das implementações do ERP Artsoft. “Num setor com necessidades muito específicas, e que nos últimos anos se viu pressionado pelas exigências de qualidade no atendimento, acreditamos que a nossa solução permite melhorar processos e otimizar recursos, garantindo o extra no serviço

prestado”, afirma Filipe Grangeiro, responsável pela área de investigação e desenvolvimento da Artsoft. A Artsoft é uma “PME Líder”, com 29 anos no mercado e constituída por 100% de capital português, que se ”orienta para soluções economicamente vantajosas, com rápido retorno de investimento e um dos mais baixos custos de manutenção do mercado, favorecendo o crescimento dos clientes”. 

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setor imobiliário

sector inmobiliario

CBRE estima que mercado imobliário continue a crescer a bom ritmo

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ara 2017, “prevê-se um elevado investimento imobiliário comercial, a par da construção de novos projetos de raiz, por parte de alguns investidores”, de acordo com o estudo “Tendências do Mercado Imobiliário” para este ano, da CBRE. Apesar das yields prime poderem vir a registar uma pequena compressão, a expetativa de retorno deverá derivar mais do aumento da receita, do que da valorização dos imóveis, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos. “É expetável que este ano se ultrapasse o montante total de investimento atingido em 2016, sendo, inclusive, provável que se volte a alcançar volumes observados em 2015 na ordem dos dois mil

milhões de euros”, adianta o mesmo estudo. O turismo continuará a manter uma taxa de crescimento superior à oferta, com uma consequente melhoria dos indicadores de desempenho hoteleiro. Prevê-se a abertura de cerca de 20 novos hotéis, maioritariamente em Lisboa e a entrada de novas marcas internacionais, o que irá atrair mais investimento para este setor. “As alterações legislativas previstas para o regime de Alojamento Local terão impacto na diminuição do ritmo de aberturas de novas unidades e a saída de algumas do mercado”, antecipa ainda a consultora. Quanto ao mercado de escritórios, irá manter-se condicionado pela

escassez da oferta, tal como no ano anterior, mas é esperado o arranque de projetos de construção de raiz. Esta reduzida disponibilidade de espaços, nomeadamente de qualidade, vai pressionar aumentos nas rendas prime, na ordem dos 5%, prevê a CBRE. Também no comércio de rua é esperado que as rendas prime subam, em mais de 10%, em algumas zonas como o Chiado, em Lisboa, e Santa Catarina, no Porto, devido ao crescimento do turismo e à escassez de oferta. Em 2017, deverão ser inaugurados os dois últimos centros comerciais, de maior dimensão, no país e é esperada a expansão e remodelação de outros. 

Terminal de Cruzeiros de Leixões eleito “Edifício do Ano”

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Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões foi eleito o “Edifício do Ano 2017”, ao vencer um dos mais prestigiados prémios internacionais da ArchDaily – o site de arquitetura mais visto do mundo, anuncia a APDLAdministração dos Portos do Douro,

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Leixões e Viana do Castelo. Entre os três mil edifícios do mundo a votação nas 16 categorias, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões mereceu destaque de topo na categoria de melhor edifício público entre os melhores projetos arquitetónicos ao nível mundial.

“É com um enorme orgulho que recebemos a notícia da eleição do Terminal de Cruzeiros como “Edifício do Ano” entre inúmeros projetos de renome internacionais. Esta distinção contribui, sem dúvida, para a projeção do Porto de Leixões e, consequentemente, da Área Metropolitana do Porto a nível mundial”, salienta Emílio Brògueira Dias, presidente da APDL. Este prémio junta-se aos restantes reconhecimentos do edifício da autoria de Luís Pedro Silva, desde o título de “Melhor Porto do Ano”, pela Seatrade Awards 2015, a distinção da “AZAwards”, competição com base no Canadá e que todos os anos elege o que de melhor se faz no mundo da arquitetura e design contemporâneos, ou, ainda, a classificação como “Melhor projeto público”, pelos prémios da Revista “Construir”. 


sector inmobiliario

setor imobiliário

Coimbra Retail Park vendido ao Fundo CA Património Crescente Aberdeen AM, em representação do seu European Balanced Property Fund, vendeu o Coimbra Retail Park ao Fundo CA Património Crescente. A transação foi mediada pela consultora imobiliária JLL, que representou a entidade vendedora britânica no negócio de venda deste ativo à gestora de fundos de investimento de origem portuguesa. Empreendimento comercial ocupado a 100%, o Coimbra Retail Park apresenta um tenant mix diversificado, combinando uma oferta variada de produtos para o lar, moda e desporto, saúde e bem estar, incluindo entre os seus ocupantes retalhistas de referência como o Continente, Worten, Sportzone, Toys’R’Us, Seaside, Modalfa Factory, W52, Multióticas, Loja do Gato Preto, Colchões e Companhia, Espaço Casa, entre outros. “O mercado português de retalho continua muito atrativo para os investidores, ao beneficiar da melhoria consistente no consumo, que se repercute também numa melhoria do desempenho dos próprios ativos e das rentabilidades devolvidas aos seus proprietários”, nota Tiago Girão, consultor do departamento de Capital Markets da JLL Portugal. Sobre esta operação, o especialista comenta que “com o crescente fluxo

Foto ©Telmo Miller

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de liquidez na Europa, os investidores estrangeiros continuam a olhar para os mercados periféricos, como o português, onde a concorrência por ativos prime continua em alta”. Promovido pela joint-venture Sonae Sierra & Miller Developments, e inaugurado em novembro de 2003, o Coimbra Retail Park estende-se por uma área bruta locável de 13.228 metros quadrados, distribuída por 13 lojas servidas por 560 lugares de estacionamento. Localizado a cerca de sete quilómetros do centro da cidade de Coimbra, numa zona com forte

implantação de retalho e boas acessibilidades, o retail park é atualmente gerido pela Sierra Management. Os últimos dados apurados pela JLL revelam que o investimento em ativos imobiliários de retalho em Portugal ascendeu a 413 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016, mantendo-se como um dos segmentos de maior peso (42%) no volume total transacionado neste período. Este montante evidencia, contudo, uma queda de cerca de 38% face ao volume investido em retalho no mesmo período do ano passado. 

Preço das casas no Algarve aumenta 11% O preço das casas na região do Algarve subiu 11,2% no terceiro trimestre de 2016 face ao mesmo período de 2015, revela a “Confidencial Imobiliário”, no âmbito do índice de preços residenciais.Esta valorização confirma a tendência de recuperação sentida neste mercado, que exibe uma trajetória positiva e crescente há cinco trimestres sem interrupção. Desde meados

de 2015, quando o mercado atingiu o seu mínimo, os preços das casas no Algarve já aumentaram, em termos acumulados, cerca de 14%. O concelho de Faro é o que mais se destaca no âmbito regional, com um aumento homólogo do preço das casas de 19% no terceiro trimestre de 2016. Ainda acima da média regional, evidencia-se o concelho de Loulé, com uma subida homóloga de 12%.

No restante Sotavento, as variações homólogas situaram-se em média nos 10,3%; enquanto que no Barlavento, se apresentaram em torno dos 10,8%. Recorde-se que no âmbito nacional, os preços das casas subiram 7,5% em setembro de 2016 face a igual período de 2015, como adiantou, recentemente, a “Confidencial Imobiliário”. 

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Pestana CR7 Lifestyle Hotels procura novas oportunidades em Ibiza O Pestana Hotel Group, a maior cadeia hoteleira internacional portuguesa, assinou um acordo de procurement com a subsidiária espanhola da JLL Hotels & Hospitality Group (JLL) para identificar novas oportunidades hoteleiras de gestão e/ou arrendamento, bem como parceiros de negócio em Ibiza para a marca Pestana CR7 Lifestyle Hotels, que detém em parceria com Cristiano Ronaldo. A joint-venture hoteleira entre o jogador do Real Madrid e o Pestana Hotel Group foi oficializada no final de 2015, para desenvolver quatro hotéis em localizações trendy , estando a gestão operacional a cargo do grupo hoteleiro nacional. Com o acordo agora assinado,

o Pestana Hotel Group pretende fazer uma pesquisa e seleção de hotéis independentes em Ibiza, existentes ou em construção, com perfil indicado para a marca Pestana CR7. As zonas de maior interesse são a cidade de Ibiza, Santa Eulalia del Rio e Playa d`en Bossa. A JLL intermediará a negociação entre a marca Pestana CR7 e os proprietários, explorando vários modelos de negócio, entre os quais contratos de gestão, arrendamento ou joint-venture . De acordo com José Roquette, chief development officer do Pestana Hotel Group, “a JLL é o parceiro certo para identificar as melhores oportunidades em Ibiza nesta ocasião e será o ponto de contacto preferencial para os proprietários que estiverem inte-

ressados em estudar uma parceria connosco.” Para Luis Arsuaga Rato, Executive Vice-President España & Portugal da JLL, “Ibiza é um destino natural para a marca Pestana CR7 Lifestyle Hotels que aposta em localizações emblemáticas e em destinos turísticos sólidos”. O primeiro hotel, o Pestana CR7 Funchal, abriu no verão de 2016, em pleno porto do Funchal, na ilha da Madeira, e o segundo, Pestana CR7 Lisboa, foi oficialmente inaugurado em outubro. Os outros dois destinos já anunciados, Madrid e Nova Iorque, estão em pleno desenvolvimento de acordo com o mesmo conceito boutique e lifestyle , inspirados na marca CR7, com o objetivo de se tornarem trendsetters . 

Foto Miguel Nogueira

O Porto é a cidade europeia mais barata para quem quer estagiar

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Porto é a cidade que oferece os custos médios de alojamento, transporte e alimentação mais baixos para quem quer entrar no mercado de trabalho, de um conjunto de 24 cidades europeias analisadas pela Uniplaces. Os estagiários

naquela cidade conseguem com 500 euros fazer face às despesas básicas, enquanto em Lisboa, esse valor sobe para os 650 euros mensais, adianta a Uniplaces, plataforma online para alojamento de estudantes universitários desenvolvida em Portugal. “Os estágios são, nos dias de hoje, a forma mais rápida de os licenciados acederem ao mercado de trabalho e começarem a contactar com a realidade empresarial. No entanto,

é muito importante que a remuneração média mensal auferida seja suficiente para garantir a autonomia financeira”, explica, em comunicado, André Rodrigues Pereira, Country Manager da Uniplaces em Portugal. O estudo mostra que os locais onde os estagiários deveriam receber uma remuneração mais elevada para garantir as despesas básicas são Paris, com 1.050 euros e Londres com 1.000 libras. Já em Madrid, por exemplo, os estagiários teriam de receber 700 euros por mês para fazer face às suas despesas básicas, quando, em média, as remunerações auferidas rondam 400 euros, segundo dados da InternsGoPro, plataforma de partilha de ofertas de estágios. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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sector inmobiliario

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Alpi Land Rover Defender A referência para o futuro

Recriar um mito é uma das tarefas mais difíceis que se pode colocar a um designer, mas foi este desafio que surgiu pela frente da equipa da Land Rover. A nova geração, que sucederá ao modelo que será descontinuado no final deste ano, promete revolucionar o conceito de jipe.

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Fotos DR

novo Defender baseia-se no Range Rover, Range Rover Sport e principalmente no novo Discovery e, poderá mesmo ser produzido em Solihull, uma das mais antigas linhas de produção do mundo. Os puristas agora já podem dormir tranquilos. Desde que a produção chegou ao seu fim depois de 68 anos, sem interrupção, já vão surgindo algumas pistas sobre o novo Land Rover Defender. O novo modelo do Defender é o primeiro completamente novo desde 1948, continuando a ter eixos 60 act ualidad€

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sector automóvil Setor automóvel

rígidos, mas em vez de travessas e longarinas adotará uma configuração de chassis monobloco com dois subchassis a ligar ambos os eixos. Esta solução permitirá uma redução de peso e o aumento da rigidez. Previsto está ainda um sistema Terrain Response especialmente personalizado, a funcionar em conjunto com um sistema de apoio em subidas e descidas, faróis adaptativos de longo alcance e câmaras para visão periférica. Contemplado está ainda o novo sistema de infotainment moderno e navegação, com opções específicas para fora de estrada. Em relação ao design, as alterações foram bastante profundas e radicais. Basta olhar para as fotografias. Podemos pensar que é um protótipo, mas não. As suas semelhanças com um veículo “lunar” são tão grandes que nos leva a pensar isso. Não temos dúvidas que os novos Defender podem surpreender ao nível do desempenho fora de estrada, já que a este nível a marca britânica não brinca em serviço. Este novo jipe britânico será comercializado em, pelo menos, cinco tipos de carroçaria (ver imagens). Ainda não sabemos se estarão todas disponíveis para o mercado europeu, mas no mercado dos Estados Uunidos, estarão. São elas: short wheelbase de

duas portas e teto rígido, short wheelbase de duas portas com teto em lona, long wheelbase de quatro portas com teto rígido, short wheelbase pick-up e long wheelbase pick-up. Todas estas versões contarão com os préstimos dos novos motores a gasolina e Diesel Ingenium, acoplados a uma caixa manual de seis velocida-

des ou a ZF de dupla embraiagem de nove velocidades. Ambas contarão com opção de redutoras e dois bloqueios de diferencial. O Land Rover Defender será apresentado oficialmente no final deste ano, e a sua comercialização será iniciada no primeiro trimestre de 2018. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

PIB português cresceu 1,4% em 2016

Foto DR

produto interno bruto (PIB) O aumentou 1,9% em volume no quarto trimestre do ano passado e 1,4% no conjunto do ano 2016, de acordo com o INE. O crescimento no quarto trimestre de 2016 deveu-se ao "aumento do contributo da procura interna, observandose uma recuperação do investimento e um crescimento mais intenso do consumo privado". A expansão de 1,9% representou uma aceleração face ao valor que tinha sido registado no terceiro trimestre (1,6%) e ficou acima da média tanto da Zona Euro (1,7%), como na União Europeia (1,8%), de acordo com os dados do Eurostat.

Quanto ao conjunto do ano, verificou-se que o "contributo da procura interna para a variação do PIB diminuiu", o que se refletiu na "redução do investimento, observando-se ainda, em menor grau, a desaceleração do consumo privado". No que diz respeito às exportações, estas tiveram "um contributo significativamente menos negativo que em 2015". A Comissão Europeia tinha, dias antes do anúncio do INE, revisto em alta a estimativa de crescimento do PIB para 1,3%, ligeiramente acima da previsão de 1,2% estimada pelo Governo português. O crescimento do PIB em 2015 foi de 1,5%.

Taxa de inflação sobe Exportações cresceram abaixo de 1% para níveis de há quatro anos em 2016 A taxa de inflação em janeiro foi de 1,3%, o valor mais alto desde dezembro de 2012, em que a variação foi de 2,8%. Esta subida de preços esteve muito alavancada no aumento dos combustíveis. Já a inflação média dos últimos 12 meses fixou-se em 0,7% e a variação mensal foi de 0,6%, muito influenciada pela época de saldos. A taxa de variação homóloga do IPC passou de 0,9% em dezembro de 2016 para 1,3% em janeiro de 2017, refletindo sobretudo a aceleração dos preços dos combustíveis. O indicador de inflação subjacente (IPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) apresentou uma variação homóloga de 0,5%, taxa idêntica à do mês anterior.

Apesar da aceleração na reta final de 2016, as vendas de bens portugueses para o exterior registou um crescimento, no ano passado, inferior a 1%. Este foi o crescimento mais baixo das exportações desde 2009. Com uma quebra significativa para os mercados extracomunitários, foi o aumento para os países da União Europeia (UE) que sustentou as exportações, em 2016, adiantam os dados do INE. Embora em termos percentuais o crescimento tenha sido de apenas 0,9%, em termos absolutos, as exportações atingiram no ano passado um novo recorde, ao totalizarem 50.290 milhões de euros. Já as importações, no valor de 61.055 milhões de euros, cresceram a um ritmo ligeiramente superior (1,2%), levando a que o défice da balança comercial se agravasse em 281 milhões face ao ano anterior, para 10.766 milhões. Os dados do INE dizem respeito apenas às vendas de bens, não contabilizando as exportações de serviços, que são divulgadas pelo Banco de Portugal, e que até novembro estavam a crescer 3,6%, impulsionadas pelo turismo.

Taxa de desemprego em novembro foi de 10,5% A taxa de desemprego de novembro de 2016 situou-se nos 10,5%, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que no mês anterior, e 0,4 p.p. em relação a três meses antes, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor confirma, assim, a estimativa provisória divulgada um mês antes pela mesma fonte. Constitui também o valor mais baixo observado desde abril de 2009 (que atingiu os 10,3%). A população desempregada de novembro foi estimada em 537,7 mil pessoas, tendo diminuído 1,3% em relação

ao mês precedente (menos 7,2 mil pessoas), enquanto a população empregada foi estimada em 4.581,4 mil pessoas, mantendo-se praticamente inalterada face ao mês anterior. A estimativa provisória da taxa de desemprego de dezembro de 2016 foi de 10,2%. Neste mês, a estimativa provisória da população desempregada foi de 519,5 mil pessoas e a da população empregada foi de 4 587,1 mil pessoas, adianta o INE. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

62 act ualidad€

março de 2017


março de 2017

ac t ua l i da d €


intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-diciembre de 2016

D

atacomex-Estadísticas del Comercio Exterior Español de la Secretaria de Estado de Comercio acaba de hacer público las estadísticas del comercio exterior español del 2016 (datos provisionales) y analizando el comercio hispano portugués se constata un incipiente aumento de los flujos comerciales (0,2%) respeto a igual periodo de 2015 (cuadro 1). El comercio bilateral en 2015 arrojó una cifra superior a 28.751,8 millones de euros frente a los 28.796,9 millones alcanzados este último año, de los cuales 10.608 millones corresponden a las compras españolas y 18.188,9 millones a las ventas españolas a su vecino Portugal. Estas cifras generan un superávit favorable al mercado español de 7,6 mil millones de euros y una tasa de cobertura del 171,46% frente a los 164,3%

registrada en 2015 lo que demuestra del comercio bilateral recogida en los una evolución positiva hacia un mayor cuadros 4 y 5, la partida 87-vehículos equilibrio en la balanza comercial bi- automóviles; tractor encabeza la lista lateral. de los principales productos compraPese a las dificultades económicas dos por España a Portugal por valor que ambas economías vienen atrave- de 1.189 millones de euros, seguido de sando en los últimos años, el comercio la partida 39-materias plásticas; sus entre ambas sigue dando muestras de manufacturas (681 millones de euros) una gran vitalidad. Portugal consolida y en la tercera posición la partida 61de nuevo su peso relativo en el comer- prendas de vestir, de punto (668,7 micio exterior español (cuadro 2) y man- llones de euros). A su vez en el ranking tiene la quinta posición entre los prin- sectorial de la oferta española destacan, cipales clientes de España con un peso asimismo, la partida 87-vehículos aurelativo del 7,1% sobre el total de las tomóviles; tractor (1.571,7 millones de exportaciones españolas que en 2016 euros) seguido de la partida 84 - másuperaron los 254.530,2 millones de quinas y aparatos mecánicos (1.241,7 euros y ocupa la octava posición entre millones) y 39-materias plásticas; sus los principales mercados proveedores manufacturas (1.136 millones). Este conjunto de cuatro partidas rede España (3,9% del total de las importaciones españolas) cuya cifra su- presenta el 40% del comercio entre los dos países. peró los 273.284,2 millones. Cataluña en términos globales reRespecto a la distribución sectorial

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-diciembre 2016 VENTAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 15

Cober 15 %

1.265.646,00

754.840,44

510.806

167,67

1.341.562,00

838.407,81

503.154

160,01

feb

1.465.191,08

827.300,47

637.891

177,11

1.368.777,51

924.017,63

444.760

148,13

mar

1.561.949,47

932.848,80

629.101

167,44

1.586.936,18

942.574,59

644.362

168,36

abr

1.477.756,94

899.902,04

577.855

164,21

1.427.870,54

910.849,78

517.021

156,76

may

1.525.932,63

937.979,01

587.954

162,68

1.491.942,15

981.285,88

510.656

152,04

jun

1.612.563,57

935.179,29

677.384

172,43

1.650.709,86

977.793,45

672.916

168,82

jul

1.567.605,41

940.868,83

626.737

166,61

1.645.394,29

973.446,04

671.948

169,03

ago

1.390.294,43

756.495,36

633.799

183,78

1.240.931,89

727.280,95

513.651

170,63

sep

1.623.011,96

955.459,47

667.552

169,87

1.576.388,32

914.473,47

661.915

172,38

oct

1.589.508,93

882.210,88

707.298

180,17

1.574.762,95

951.092,52

623.670

165,57

nov

1.603.921,81

960.943,67

642.978

166,91

1.503.868,44

925.827,51

578.041

162,44

dic

1.505.480,32

823.968,22

681.512

182,71

1.462.678,62

812.919,62

649.759

179,93

18.188.862,55

10.607.996,48

7.580.866

171,46

17.871.822,74

10.879.969,27

6.991.853

164,26

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 act ualidad€

março de 2017

Cober 16 %

VENTAS ESPAÑOLAS 15

ene

Total

Saldo 16


Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-diciembre 2016

presenta la comunidad autónoma con el mayor peso relativo en el comercio hispano portugués, alcanzando en 2016 más de 6.050,6 millones de euros de transacciones (21% del comercio bilateral), de los cuales 4.366 millones corresponden a las ventas catalanas y 1.684,6 millones a las compras; le sigue Galicia, con una cifra global que supera los 4.472,2 millones, de los cuales 2.547,3 millones corresponden a las ventas gallegas y 1.925 millones a las compras. La comunidad de Madrid con una cifra global de 4.287,2 millones de euros se sitúa en la tercera posición, con ventas por valor de 2.700,5 millones, y 1.586,8 millones de compras. Se habrá de destacar que este conjunto de tres comunidades autónomas representa el 51,4% del comercio hispano portugués. Refiriéndonos al comercio exterior español en su globalidad, el déficit comercial de España se situó en 18.754 millones de euros en 2016, lo que supone un 22,4% menos que en 2015 y el segundo mejor saldo desde 1997 tras el registrado en 2013, con un nuevo récord histórico en exportaciones de mercancías, que alcanzaron los 254.530 millones, un 1,7% más, al tiempo que las importaciones disminuyeron un 0,4%, hasta los 273.284 millones. La tasa de cobertura (exportaciones sobre importaciones) se situó en el 93,1%, frente al 91,2% en 2015, el segundo mejor registro de toda la serie histórica tras 2013. En volumen, las exportaciones subieron un 3,5%, ya que los precios cayeron un 1,7%, y las importaciones aumentaron un 2,8%, al caer los precios un 3,1%, en términos de Índices de Valor Unitario, que mide exclusivamente los precios de los productos que se exportan. 

Orden País

Importe

1

001 Francia

38.500.744,63

2

004 Alemania

28.736.506,53

3

005 Italia

20.298.287,38

4

006 Reino Unido

19.153.249,98

5

010 Portugal (d.01/01/86)

18.188.862,55

6

400 Estados Unidos

11.327.636,46

7

003 Países Bajos

8.199.033,45

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

8.008.506,72

9

204 Marruecos

6.933.777,73

10

052 Turquía

5.179.181,20

11

720 China

5.031.994,06

12

060 Polonia

4.831.593,32

13

412 México

4.099.802,40

14

039 Suiza (d.01/01/95)

3.997.025,55

15

208 Argelia

3.008.850,17

16 17 18 19 20

952 Avituallamiento terceros 732 Japón 632 Arabia Saudí 508 Brasil 038 Austria SUBTOTAL TOTAL

2.479.685,70 2.405.670,58 2.363.908,56 2.245.496,70 2.214.084,87 197.203.898,55 254.530.216,83

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

3.Ranking principales países proveedores de España enero-diciembre 2016 Orden País 1

004 Alemania

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-diciembre 2016 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.188.994,13

2

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

681.011,47

3

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

668.736,57

4

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

499.160,34

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

477.183,64

6

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

470.935,41

7

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

427.817,61

8

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

408.001,44

9

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

001 Francia

30.370.741,62

720 China

23.851.481,02

4

005 Italia

18.058.644,36

5

400 Estados Unidos

13.015.784,99

6

003 Países Bajos

11.713.538,12

7

006 Reino Unido

11.184.367,46

8

010 Portugal (d.01/01/86)

10.607.996,48

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

6.967.711,52

10

204 Marruecos

5.675.362,72

11

052 Turquía

5.095.052,03

12

060 Polonia

5.026.583,94

13

208 Argelia

4.524.705,55

14

061 República Checa (d.01/01/93)

3.989.251,94

15

732 Japón

3.639.330,27

16

039 Suiza (d.01/01/95)

3.505.211,82

17

664 India

18

412 México

19 20

10.607.996,48

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-diciembre 2016 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

1.571.655,11

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

1.241.682,34

3

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

1.136.022,59

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

1.025.750,17

5

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

738.516,01

6

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

609.762,22

7

03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS

570.393,33

8

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

536.476,73

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

510.334,17

TOTAL

18.188.862,55

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

2

364.000,51

TOTAL

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2016

36.838.034,08

3

Importe

1

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-diciembre 2016 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 16

COMPRAS ESPAÑOLAS 16

3.462.677,83

Cataluña

4.366.008,64

Galicia

1.924.965,41

3.325.542,84

Madrid, Comunidad de

2.700.467,41

Cataluña

1.684.568,75

288 Nigeria

3.187.124,49

Galicia

2.547.275,24

Madrid, Comunidad de

1.586.757,12

075 Rusia (d.01/01/92)

3.131.085,77

Andalucía

1.855.316,82

Comunitat Valenciana

987.151,59

SUBTOTAL

207.170.228,86

Comunitat Valenciana

1.283.254,87

Andalucía

927.515,30

TOTAL

273.284.152,86

Castilla-La Mancha

1.108.798,93

Castilla y León

756.958,62

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

março de 2017

ac t ua l i da d € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas distribuidoras de organizadores de pastillas, medicamentos y pill crushers

DP170101

Empresas españolas fabricantes de bolsas de lona

DP170102

Empresas españolas proveedoras de productos liofilizados

DP170103

Empresas españolas distribuidores de carretillas, cosméticos y productos del ramo de la acuarofilia

DP170104

Fabricantes españoles de velas y parafina Fabricantes españoles de test de embarazo, tensiómetros digitales de muñeca, termometros y suero fisiológico Empresas españolas del sector industrial en Madrid, Barcelona, Bilbao y Galicia Empresas españolas dedicadas al comercio de suplementos alimenticios que tengan interés en una relación comercial Agentes comerciales especializados en la comercialización de muebles y decoración en España

DP170105

Empresas españolas en el área de las instalaciones eléctricas para contacto comercial

OP170101

Empresa portuguesa de producción textil especializada en jeans/denim, busca clientes del sector en España Agencia de publicidad portuguesa busca agencias de publicidad en Madrid para ofrecer sus servicios de outsourcing Empresas españolas de los sectores químico, alimentación, papel-cartón, plásticos, en las regiones de Castilla y la Mancha, Castilla y León, Madrid, Navarra y País Vasco para ofrecer sus servicios logísticos

OP170102

DP170106 DP170107 OP161201 OP161202

OP170103 OP170201

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Armazéns em Portugal de bagas, frutos de caroço e citrinos

DE161001

Distribuidores de vinho espanhol em Portugal Fábricas em Portugal de confeção têxtil para rapaz e rapariga Empresas portuguesas importadoras e distribuidoras de cosméticos

DE161002 DE161003 DE161004

Laboratórios ou distribuidores de produtos odontológicos em Portugal

DE161201

Fabricantes portugueses de copos de melamina e de porcelana/ cerâmica Fabricantes portugueses de fertilizantes e fitossanitários Importadores ou distribuidores portugueses de cosméticos e produtos capilares Empresas portuguesas de tratamento de superfícies com cromo duro Fabricantes portugueses de meias Empresa espanhola fabricante de embalagens metálicos procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola do ramo do HVAC (heating, ventilation and air conditioning) procura agente comercial para Portugal Empresas portuguesas produtoras de azeite, vinho, detergentes, cosméticos, molhos, láteos, sumos e bebidas espirituosas para apresentar os seus produtos (embalagens plásticas)

DE170101 DE170102 DE170103 DE170201 DE170202 OE160601 OE170101 OE170102

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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março de 2017


oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

março de 2017

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calendário fiscal calendario fiscal >

S

T

Q

Q

S

S

D

S

T Q

Q

S

S

D

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Março Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em janeiro/2017

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de fevereiro/2017

Entidades empregadoras

10

IRS/IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a fevereiro/2017

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuado ou imposto do selo liquidado em fevereiro/2017

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas às remunerações de fevereiro/2017

Entidades empregadoras

20

IVA

Envio da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em fevereiro/2017, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É também aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE

20

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em fevereiro/2017

Sujeitos passivos do IVA

A comunicação deverá ser efetuada por uma das seguintes vias: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através da aplicação no Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal das Finanças

31

IRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Sujeitos passivos que exercem 1ª prestação (50%) ou a a título principal, uma totalidade do PEC atividade de natureza comercial industrial ou agrícola

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição- Não residentes, em janeiro de 2017

Entidades devedoras dos rendimentos

31

IRC

Envio da declaração para opção (ou alterações) pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2016 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

68 act ualidad€

março de 2017

Obtenção de nº fiscal especial para o não residente

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE170110 BE170111

F

28/04/1976

PORTUGUÊS

ADMINISTRATIVA / SECRETARIADO

F

09/04/1979

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ PORTUGUÊS

ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS

BE170112

M

BE170113

F

04/08/1987

ESPANHOL/ ITALIANO/ INGLÊS/ PORTUGUÊS

JORNALISMO

PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL

COMÉRCIO INTERNACIONAL

BE170114

F

13/09/1982

INGLÊS

ASSESSORA DE ARTE

BE170115

M

02/01/1981

ESPANHOL/ INGLÊS

DESIGNER DE INTERIORES

BE170116

F

PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS/ CHINÊS

ADMINISTRAÇÃO/ COMÉRCIO/ MARKETING/ COMUNICAÇÃO

BE170117

F

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE170118

F

21/05/1976

INGLÊS

DESIGNER

BE170119

F

04/08/1987

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

CONSULTORIA FISCAL

BE170120

F

16/06/1977

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

MARKETING

BE170121

F

ESPANHOL/ INGLÊS

ADVOCACIA

BE170122

M

02/06/1974

INGLÊS

ADMINISTRATIVO/ TURISMO DE SAÚDE/GESTÃO OUTSOURCING

BE170123

M

29/01/1975

PORTUGUÊS/ ESPANHOL

ELETROTECNIA E COMPUTAÇÃO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural

Retrospetiva de Helena Almeida, em Valência

Livro

“Porto D’Honra”

O criador da página de facebook “Porto Desaparecido”, premiada com a Medalha Municipal de Mérito pela Câmara Municipal do Porto, em 2013, lança agora “Porto D’ Honra”, uma “visita guiada pelo passado através de muitos acontecimentos que constituem a identidade portuense”. A cidade que tem no brasão o título “antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto” é a protagon i s t a deste livro “feito de segredos e curiosid a d e s que marcam a história da Invicta ao longo dos tempos, como o desastre da Ponte das Barcas, as invasões francesas, o legado deixado pelos judeus (não será por acaso que a cidade alberga a maior sinagoga da Península Ibérica), a história da mãe de todas as praças portuenses: a da Liberdade, ou o famoso cerco do Porto, que acabou por dar à cidade o título de ‘Invicta’”. A obra conta curiosidades, como a origem da atual Baixa: “A Rua do Almada, paralela à Avenida dos Aliados, homenageia João de Almada e Melo que, juntamente com o seu filho, mudou para sempre a face do Porto e criou aquilo que hoje conhecemos como Baixa.” Manuel de Sousa nasceu em 1965, no Porto, é licenciado em Ciências Históricas e mestre em Turismo. Faz visitas guiadas pela cidade e colabora em diversos jornais e revistas em temas relacionados com a História e o Património.

70 act ualidad€

Exposições

março de 2017

Organizada pelo Museu de Serralves e já apresentada no Museu Jeu de Paume de Paris e no Wiels, Centro de Arte Contemporânea de Bruxelas, a exposição “Corpus” está agora no Institut Valencià d’Art Modern (IVAM), na cidade espanhola de Valência. A mostra é uma oportunidade para conhecer o trabalho da artista portuguesa Helena Almeida, realizado ao longo de quase cinco décadas, de pintura, fotografia, vídeo e desenho. “A obra de Helena Almeida é muito importante porque já nos anos 60 rompeu com os limites tradicionais da arte e pôs o seu próprio corpo como objeto e sujeito da sua obra artística”, destaca o diretor do IVAM, José Miguel Cortés. A exposição “salientará a importância do corpo – que regista, ocupa e define o espaço – e o seu encontro performativo com o mundo nas obras realizadas pela artista, de meados dos anos 1960 até à atualidade”. Entre os trabalhos expostos, encontram-se as pinturas “habitadas” e “as séries fotográficas pelas quais é mais conhecida”. Comissariada por João Ribas, diretor adjunto do Museu de Serralves, e Marta Moreira de Almeida, curadora do Museu de Serralves, a exposição permite perceber como na sua “pintura abstrata inicial, Helena Almeida introduz as preocupações centrais que definem a sua prática artística numa diversidade de disciplinas, nomeadamente o interesse em ultrapassar os limites do espaço pictórico e narrativo que sempre desempenhou um papel fundamental na obra da artista”.

Até 18 de junho, no Institut Valencià d’Art Modern, em Valência (Espanha)

A Cidade Global – Lisboa no Renascimento

O Museu Nacional de Arte Antiga propõe que recuemos até ao Renascimento e espreitemos Lisboa por essa altura, através das artes plásticas, que antes da invenção da fotografia tinham o monopólio do retrato e da interpretação visual da realidade para a posteridade. Desta forma, a mostra procura reconstituir o quotidiano da Lisboa do século XVI, “uma cidade rica e cosmopolita”, a partir da investigação das historiadoras e comissárias Annemarie Jordan Gschwend e Kate Lowe: “A história desta exposição começa em 1866, num dia cinzento de abril, quando o pintor e poeta pré-rafaelita, Dante Gabriel Rossetti, sai de sua casa em Chelsea, Londres, para avaliar um quadro que havia visto numa pequena loja de antiguidades. O mundo da arte britânico havia despertado para a pintura espanhola e os colecionadores procuravam trabalhos de grandes mestres, como El Greco, Velázquez e Goya. Mesmo não reconhecendo a cidade representada no quadro, Rossetti não deixou de adivinhar a sua origem ibérica. Passados 150 anos, as historiadoras Annemarie Jordan Gschwend e Kate Lowe identificaram a pintura comprada por Rossetti (dividida em duas, ainda no século XIX) como sendo uma vista da Rua Nova dos Mercadores, destruída pelo Terramoto de 1755. Ou seja, uma representação da principal artéria de comércio na Lisboa do século XVI, repleta de mercadores, saltimbancos, músicos, vendedores ambulantes, cavaleiros, jóias, sedas, especiarias, animais exóticos e outras maravilhas importadas de África, do Brasil, da Ásia.” Além destes dois quadros, a exposição que poderemos ver no MNAA reúne cerca de 250 obras, algumas delas exibidas pela primeira vez, uma vez que pertencem a colecionadores privados portugueses e estrangeiros.

Até 9 de abril, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa


espacio de ocio “Heróis, Povo e Paisagem chilena”, pela objetiva de Armindo Cardoso

O fotógrafo português Armindo Cardoso viveu no Chile entre 1965 e 1973. Saiu do país depois do golpe de Augusto Pinochet, que derrubou o Governo de Salvador Allende, deixando escondidos mais de 4000 negativos a preto e branco, que retrataram “lucidamente uma época” de grandes transformações políticas na América Latina. Do acervo fazem parte as fotografias que poderemos agora ver na exposição patente a partir do dia 4 deste mês no Museu Arpad Szenes Vieira da Silva, no âmbito da programação de Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura. “Os negativos das fotografias que aqui se expõem estiveram enterrados durante três meses num jardim da casa em Quinta Normal, Santiago, tendo sido recuperados pelo adido cultural de França no Chile e levados para Paris em 1974”, explica o comunicado sobre a mostra, que inclui retratos de políticos, artistas e intelectuais como Carlos Droguett, Raúl Ruiz, Miguel Enríquez e Salvador Allende, bem como “imagens de massivas manifestações populares por todo o Chile, de arte de rua e muralismo nas ruas de Santiago, de inéditos registos de comunidades mapuches e da vida quotidiana no sul do Chile”.

Até 7 de maio, no Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa

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Ópera

“La Clemenza di Tito” chega a Almada

Composta em apenas 18 dias, no Verão de 1791, “La Clemenza di Tito” foi a última ópera composta por Wolfgang Amadeus Mozart. Tratou-se de uma encomenda de Leopoldo II, Imperador do Sacro Império RomanoGermânico, para a cerimónia da sua coroação como Rei da Boémia. O compositor austríaco inspirou-se num antigo libreto de Pietro Metastasio, que “dá conta da trama palaciana que envolve o imperador romano Tito”. A história serviu de mote para a quarta edição do Atelier de Ópera da Metropolitana, que tem “como principal objetivo promover o contacto de jovens cantores em início de carreira com uma partitura operática e uma orquestra profissional”. O espetáculo resultante estará no palco do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, no dia 5 de março. A dirigir a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Coro de Câmara Lisboa Cantat estará o maestro Pedro Amaral, diretor artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Dia 5 de março, às 16h, na sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Almada Negreiros, “o legítimo descobridor da novidade” “Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir, mas sim uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo descobridor da novidade”, explicava José de Almada Negreiros, na conferência “O Desenho”, que decorreu em Madrid, em 1927. Quase um século depois, podemos tentar perceber melhor o modernismo em Almada Negreiros, através da exposição antológica que lhe dedica a Fundação Calouste Gulbenkian: “Autor profuso e diversificado, Almada pôs em prática uma conceção heteróclita do artista moderno, desdobrado por múltiplos ofícios. Toda a arte, nas suas várias formas, seria, para Almada, uma parte do «espetáculo» que o artista teria por missão apresentar perante o público, fazendo de cada obra, gesto ou atitude um meio de dar a ver uma ideia total de modernidade.” A mostra “José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno” conta com a curadoria de Mariana Pinto dos Santos e Ana Vasconcelos e exibe “ um conjunto de obras que reflete a

condição complexa, experimental, contraditória e híbrida da modernidade”. As obras de pintura e desenho “mostram-se em estreita ligação com os trabalhos que fez em colaboração com arquitetos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores”, sublinhando a multidisciplinaridade de Almada. A exposição “dá também visibilidade à presença marcante do cinema e à persistência da narrativa gráfica ao longo da sua obra”. A mostra integra ainda “obras e estudos inéditos que darão a conhecer diferentes facetas do processo de trabalho artístico de José de Almada Negreiros”. O artista nasceu em São Tomé e Príncipe, em 1893, e morreu em 1970, em Lisboa. José Sobral de Almada Negreiros foi um dos maiores artistas portugueses do século XX, marcando as artes plásticas e a literatura. Esteve ligado ao grupo de artistas da revista Orfeu, lutando para que o movimento integrasse também as artes plásticas e não se ficasse apenas pelas letras.

Até 5 de junho, no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa Março de 2017

ac t ua l i da d € 71


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espacio de ocio

El Bulo, a casa do chefe Chakall

O amor por Marvila foi à primeira vista, garante Chakall. Foi neste bairro lisboeta, em ebulição, que o cozinheiro, de origem argentina, que adotou Portugal, abriu o El Bulo. Um espaço onde os sabores da América Latina se partilham com música ou a assistir a uma partida de futebol…

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

uitos dos novos projetos que estão a transformar Marvila num dos mais atraentes bairros de Lisboa podem começar a sua história com “Era uma vez um antigo armazém”. É o caso do mais recente projeto do chefe Chakall (nome profissional que fez vingar a alcunha que ganhou em criança), El Bulo, que na Argentina significa “a minha casa”. A casa é fruto da remodelação de “um antigo armazém”, antes usado para rotular vinhos da Abel Pereira e Fonseca, e desde fevereiro do ano passado transformado num clube, para toda a família, onde

72 act ualidad€

março de 2017

se podem apreciar as iguarias de Chakall: “Comida não gourmet, descomplicada e boa”. Há espaço também para uma pequena loja e para a música, por vezes, ao vivo. “Estou enamorado por esta zona desde a primeira vez que a vi, no ano de 1997”, conta Chakall, que considera que o atual empreendedorismo e inovação que o bairro de Marvila resulta da “evolução natural de uma cidade com poucos espaços livres” por explorar. O Poço do Bispo, onde se instalou o El Bulo, fica numa zona ribeirinha, com grande potencial, onde proliferam armazéns, herança do dinamismo industrial de outrora naquela zona. Chakall adian-

ta que tem outros projetos pensados para a zona, mas “verdes” ainda, pelo que não pode avançar detalhes. Rico em detalhes é o mural gigante, de cores quentes, assinado pelo artista plástico António Garcia, que nos coloca imediatamente na América Latina, assim que entramos no El Bulo. Ninguém fica indiferente à força das caveiras mexicanas e à imponência da imagem da Nossa Senhora da Guadalupe, exceto, talvez, os mais entusiastas adeptos de futebol, em dias de jogo. Isto porque o também adepto Chakall fez questão de que o El Bulo fosse uma casa para os aficionados da bola.


espacio de ocio

“O El bulo é um projeto meu e da minha esposa (Tâmara Castelo), sem bancos, sem sócios, com liberdade de rumo, o primeiro projeto em 10 anos onde estou quase sempre presente no restaurante e livre de outros compromissos”, explica Chakall, acrescentando que quiseram montar um projeto despretensioso. “Engloba as coisas de que gostamos, ou seja, música, bola e, obviamente, comida. A comida é simples, às vezes surpreendente para os cânones culturais vigentes, e é sempre feita com carinho...”. Inevitavelmente, o El Bulo acusa a influência das variadas viagens que o chefe tem feito, por mais de 130 países: “As viagens, se tivermos os sentidos atentos, são a melhor universidade da vida. Crescemos mais numa viagem de um mês que em três anos fixos num ponto. Dá-nos uma perspetiva importante para percebermos onde estamos e não ficarmos a olhar para o nosso umbigo. Acho que ser cozinheiro é só uma parte da minha personalidade, provavelmente a mais conhecida, mas não deixa de ser só uma parte.” Chakall admite que já pensou em deixar a cozinha, em termos profissionais, por várias vezes: “Estou sempre a planear deixá-la, mas ela gosta de mim e não consigo. É uma relação de amor e ódio, mas em que o amor sai sempre a ganhar.”

espaço de lazer

O amor que levou Chakall a recriar no somam-se ainda vários programas pratos como o “polvo nipotuga”, ins- de televisão de âmbito gastronómico, pirado no polvo feito na Galiza, terra uma empresa de catering e a criação do pai do chefe. No El Bulo, este de produtos gastronómicos com a sua polvo é feito com tempura, ao estilo chancela.

japonês, e servido com uma açorda de tomate. O mesmo amor transparece quando fala das “carnes argentinas”, do “borrego cozido a baixa temperatura e depois assado com crosta de ervas aromáticas”, dos “canelones com recheio de ossobuco” e de sobremesas originais como o “cheesecake de manteiga de amendoim e queijo creme”, o “creme de brullê, cozinhado com chai latte e aromatizado com cardamomo”, ou o “mashala de los dioses” (o bolo de chocolate do chefe com gelado de tangerina, limão ou manga). A carta “tem influência asiática, latino-americana e europeia”, assinala o chefe, que sugere entradas como “the bone marrow” (tutano de ossobuco grelhado, temperado e servido com acepipes). Para os apreciadores de peixe, além do já referido “polvo nipotuga”, Chakall aponta ainda o exemplo do “parpadelle de açaí servido com camarão”. No território das carnes, saiba que pode pedir “piano de vitela galega cozida a baixa temperatura” ou “picanha de wagyu, acompanhada de mandioca frita, feijão e batata doce frita”, entre outros pratos. Como sublinhou Chakall, o El Bulo é o primeiro projeto em anos que ganha a titularidade do chefe, que se tem multiplicado pela parceria ou consultoria em vários projetos em Portugal e também na Alemanha. Aos restaurantes que contaram com a colaboração do cozinheiro argenti-

“Tuga de coração” Chakall chegou a Portugal pela primeira vez em 1997, numa altura em que ainda trabalhava como jornalista correspondente de um jornal de Buenos Aires, e ficou porque gostou do país: “Adoro Portugal, sou tuga de coração. Conheço muitos países e este é o que eu escolhi, porque gosto de cá viver e isso nada tem a ver com o sucesso.” Num percurso que superou as iniciais expetativas, Chakall diz que “o mais difícil foi decidir sair de muitos projetos”, para se centrar no que realmente lhe dá mais prazer. Atualmente, o chefe está a preparar mais dois programas de televisão. Um deles será rodado na República Dominicana e transmitido pela televisão local, bem como em toda a América Latina. “Pretendo levar produtos portugueses para lá”, adianta o chefe, que tem sido um voluntário embaixador da gastronomia portuguesa, em países como a China, por exemplo. Chakall indica ainda que tem em carteira “um novo projeto para a televisão portuguesa” e sem avançar pormenores, comenta apenas que será “disruptivo”. 

El Bulo Praça David Leandro da Silva, nº 9 A Marvila, Lisboa elbulo@elbulo.pt

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ac t ua l i da d € 73


últimas

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Statements Para pensar

“Estamos a trabalhar de uma forma muito próxima, construtiva e positiva com as autoridades portuguesas, e quando olho para o desempenho global de Portugal vejo obviamente progressos muito fortes (...) um desempenho económico sólido no segundo semestre de 2016, sobretudo do turismo (...) o mercado de trabalho também continua a melhorar a um ritmo firme” Pierre Moscovici, comissário europeu, quando questionado sobre a situação da economia portuguesa, durante a conferência de imprensa de apresentação das previsões económicas de inverno da Comissão, revistas em alta quer na evolução do PIB quer do défice orçamental, “Expresso”, 13/2/17

“[A Comissão terá que] tomar decisões sobre o Procedimento por Défice Excessivo para Portugal mais para a frente este ano, numa fase mais avançada do semestre europeu” Idem, ibidem

• Assessoria ao Comércio Externo • Missões Empresariais • Serviço de Tradução e Intérprete • Recuperação de IVA • Seminários / Conferências • Almoços de empresários • Revista Actualidad€ Economia Ibérica • Torneio Ibérico de Golfe e Padel • Eventos sociais • Formação

Interlocutor Privilegiado nas Relações Bilaterais Portugal / Espanha www.portugalespanha.org Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º Piso, 1050-155 Lisboa Tel Geral: (+351) 213 509 310, e-mail: ccile@ccile.org

“A ACAP defende que o setor automóvel deve ser eleito como um setor prioritário para o país, com uma estratégia para o seu desenvolvimento, incluindo a definição de metas e objetivos a médio e longo prazo, para que o superavit da balança comercial automóvel se torne definitivo” Jorge Rosa, presidente da ACAP, defendendo uma revisão da fiscalidade sobre o setor e da atribuição de incentivos ao abate aos veículos em fim de vida, “Eco”, 7/2/17

“O setor automóvel continua a ser um importante gerador de receitas fiscais para o Estado, com um total de 22% do total” (...) O total [de impostos sobre o setor automóvel] ascende a 9.271 milhões de euros” Idem, ibidem

”Com um total de 1,513 milhões de TEU movimentados, o Porto de Sines surge na 15ª posição do ranking europeu [de portos]. Em comparação com os números de 2015, o porto português registou um crescimento de 13,8%, apenas suplantado pelo crescimento homólogo do Porto de Barcelona (+14,6%)de crescimento, os números do Porto de Sines têm ainda maior impacto numa comparação a 10 anos: desde 2007, o porto português cresceu 908,7%, num registo que não encontra sequer algo semelhante no top-15” Newsletter da APP, 17/2/17




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