Actualidad
Economia ibérica junho 2017 ( mensal ) | N.º 240 | 2,5 € (cont.)
O trunfo
do
Centro de Portugal para atrair turismo PÁG. 38
“Há um mercado ibérico da pasta e papel”
Schindler Ibéria investe na adaptação tecnológica e normativa
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Executive Search Partners aposta em parcerias internacionais para alargar oferta pág. 22
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Índice
índice
Foto de capa: DR
Nº240 Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk: Beatriz González, Joana Silva Santos e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org)
Española 34.Lade Sociedad Beneficencia cumple
Grande Tema
100 años
O trunfo do Centro de Portugal para atrair turismo 38.
Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: João da Cunha Empis, Lídia Ribeiro Silvestre, Miguel Lorena Brito e Nuno Ramos Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: ccile@ccile.org Redação: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins Distribuição: Distrinews II, SA Rua 1º Maio – Centro Empresarial da Granja - Junqueira 2625-717 Vialonga
Editorial 04.
Opinião 06.
Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787
O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Fronteira, “um diamante por lapidar” a dois
Acesso público aos dados dos acionistas e aos meios de pagamento em escrituras - Lídia Ribeiro Silvestre
50.
Revisão do Código dos Contratos Públicos - Miguel Lorena Brito e João da Cunha Empis
Atualidade 24.
Pinson Living, la loza fabricada en Portugal que triunfa en España
E mais...
08.Grande Entrevista 14. Apontamentos de Economia 28.Marketing 34.Fazer Bem 49. Advocacia e Fiscalidade 52.Vinhos & Gourmet 56.Eventos 58.Ciência e Tecnologia 60. Setor Imobiliário 62.Barómetro Financeiro 64. Setor Automóvel 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
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editorial editorial
Fronteira, “um diamante por lapidar” a dois
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Douro juntou responsáveis dos Governos de Portugal e de Espanha, que no passado dia 29 de maio desceram o rio, no início de mais uma cimeira luso-espanhola, este ano dedicada ao reforço da cooperação transfronteiriça. Poucos dias antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, num almoço de empresários realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, dizia que a zona da fronteira com Espanha “é quase um diamante por lapidar”, justificando o tema da cimeira e sublinhando que faz falta “dar escala económica e política à cooperação que já se vai fazendo “na zona raiana. Exemplo dessa cooperação é a parceria do Turismo do Centro de Portugal com a Junta de Turismo da Extremadura, traduzida no lançamento do “Mapa Transfronteiriço Centro de Portugal – Extremadura”, que visa promover os dois destinos recíproca e internacionalmente. De acordo com o Turismo do Centro de Portugal “estão a ser feitas diligências para se estreitar idêntica cooperação com a Junta de Turismo de Castela e Leão”. Importa referir que é de Espanha que vem 27,62% dos turistas estrangeiros para a região Centro e que juntos, o Centro de Portugal e as 4 act ualidad€
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regiões espanholas da Extremadura e de Castela e Leão, somam um potencial f luxo turístico de cerca de seis milhões de turistas. O potencial turístico do Centro de Portugal é o tema central desta edição da atualidade. A região, nomeadamente a zona de Fátima, mereceu atenção à escala global, graças à visita do Papa
tas, pelo seu património histórico e natural, pelas suas tradições, eventos, produtos, pelo conjunto das suas aldeias históricas, etc. Os números relativos ao turismo no Centro estão a aumentar, mas os agentes locais acreditam que o crescimento poderá ser mais expressivo nos próximos tempos. Outros números foram também notícia pela positiva no passado mês de maio, o mês em que a Comissão Europeia deu “luz verde” à saída de Portugal do procedimento por défice excessivo (PDE). A julgar pelos cálculos do Instituto Nacional de Estatística, a economia portuguesa continua a crescer, registando um salto de 2,8% no primeiro trimestre de 2017, o mais expressivo desde o quarto trimestre de 2007. Maio foi o mês em que outro número animou a autoestima dos portugueses: o número “um”, alcançado por Salvador Sobral, no Festival Eurovisão da Canção, com o tema “Amar pelos dois”, composto pela irmã do cantor, a também cantora Luísa Sobral. Foi a primeira vez que Portugal obteve a vitória no certame, o que Francisco, nos passados dias 12 e além de prestigiar a música por13 de maio. tuguesa, constitui também uma Porém, o chamado turismo espi- oportunidade de promoção para ritual é apenas um dos atrativos o país, que alojará e organizará a da região Centro. Como se pode próxima edição do festival. ler nas páginas do tema de capa, o Centro pode atrair mais turis- * Email: actualidade@ccile.org
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Acesso público aos dados
dos acionistas e aos meios de pagamento em escrituras
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o âmbito das mais recentes medidas de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (como a proibição de emissão de valores mobiliários ao portador), foi aprovado, em Conselho de Ministros, o Regime Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo (RCBE). O RCBE é uma base de dados que irá agregar e manter os dados suficientes à identificação dos beneficiários efetivos de pessoas coletivas, fundos fiduciários ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica. A gestão desta base de dados será da responsabilidade do Instituto dos Registos e Notariado, IP (IRN), mas prevê-se a possibilidade de interligação a outras bases de dados da Administração Pública. A consulta do RCBE terá três diferentes níveis de acesso: a) O acesso público– possibilita o acesso público aos elementos essenciais dos beneficiários efetivos por pesquisa de NIPC ou NIF (no que respeita aos beneficiários efetivos, está prevista a divulgação dos seguintes dados: nome, mês e ano de nascimento, nacionalidade, país de residência e interesse económico detido); b) O acesso intermédio– possibilita o acesso às entidades obrigadas a prestar informações, através de pesquisa por NIPC e termos de pesquisa complementar;
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c) O acesso máximo– restrito à Administração Tributária, autoridades judiciárias, de supervisão, fiscalização e de investigação criminal. Diga-se que, perante a sensibilidade dos dados pessoais em causa, não nos parece aceitável a sua disponibilização pública, permitindo-se uma simples pesquisa
“Se aprovado, o Regime Jurídico do RCBE obrigará à declaração dos elementos de identificação logo no momento da constituição das sociedades comerciais” por NIPC ou NIF. Aliás, apesar do diploma referir que o acesso aos dados pode ser limitado se o beneficiário efetivo ficar exposto ao risco de fraude, rapto, extorsão, violência ou intimidação, tal medida não é suficiente para acautelar o direito à privacidade do titular dos dados. Efetivamente, qualquer pessoa cujos dados sejam divulgados publicamente (no que respeita às participações sociais que detém
Por Lídia Ribeiro Silvestre*
ou aos cargos que ocupa) pode ficar, só por esse facto, em risco de fraude, rapto, extorsão, violência ou intimidação. Também fica por responder de que forma a divulgação (em termos públicos) combate o branqueamento de capitais. Não bastará o conhecimento de tais dados pelas autoridades? Se aprovado, o Regime Jurídico do RCBE obrigará à declaração dos elementos de identificação logo no momento da constituição das sociedades comerciais. Os documentos de constituição devem conter a identificação das pessoas singulares que detêm, ainda que de forma indireta ou através de terceiro, a propriedade das participações sociais ou o controlo efetivo da sociedade. Para as sociedades já constituídas importa referir que terão de assegurar a manutenção de um registo atualizado dos elementos de identificação dos seus sócios, das pessoas singulares que detêm o capital social e de quem, por outra forma, detenha o controlo da sociedade. Sempre que se verifique uma alteração do contrato social, a sociedade é obrigada a levar a registo comercial, para além da nova versão do contrato social, a lista atualizada dos sócios, com os respetivos dados de identificação. A declaração de beneficiário efetivo tem de conter a informação relevante sobre a entidade que está sujeita ao RCBE, os titulares do capital social e membros dos ór-
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gãos de administração, os beneficiários efetivos e o próprio declarante. A lista das categorias de dados pessoais que deverão constar da declaração é extensa e inclui dados como o nome completo, a data de nascimento, a naturalidade, a nacionalidade, a morada completa, os dados do documento de identificação, o número de contribuinte e o endereço de correio eletrónico. Sempre que a pessoa singular seja não residente, o respetivo representante fiscal também terá de ser identificado. Cumpre referir que, caso o sócio se recuse a fornecer os seus dados pessoais, sempre que a sociedade os solicite para este fim, pode ver a sua participação social amortizada, consequência extremamente gravosa e que poderá aumentar o nível de litígios comerciais de forma considerável. O sócio tem, também, o ónus de notificar a sociedade, no prazo máximo de 15 dias, da alteração dos seus dados de identificação. Já se o incumprimento do dever declarativo for da sociedade, a contraordenação é punível com coima de mil a 50 mil euros e outras sanções acessórias. Efetivamente, as entidades obrigadas podem sofrer algumas limitações de caráter societário, comercial e administrativo (por exemplo, não podem distribuir lucros, celebrar contratos de fornecimento, empreitada ou aquisição de bens e serviços com o Estado, participar em concursos públicos, receber apoios de fundos europeus ou, ainda, transmitir a propriedade sobre qualquer tipo de imóvel ou constituir, adquirir ou alienar quaisquer direitos reais de gozo ou garantia sobre bens imóveis). Os dados constantes do RCBE terão de ser confirmados, anualmente, até ao dia 15 de julho. Se as entidades abrangidas efetuarem a entrega da Informação Empresarial Simplificada, a entrega da declaração de
atualização dos dados relativos ao beneficiário efetivo será simultânea. Este diploma vem, ainda, prever um conjunto de alterações legislativas cujo objetivo é assegurar o conhecimento e registo dos meios de pagamento utilizados nos negócios jurídicos. Efetivamente, o Código do Registo Predial, o Código do Registo Comercial e o Código do Notariado passarão a prever, sempre que estejamos perante um ato sujeito a registo que implique o pagamento de uma quantia, a indicação do momento do pagamento e do meio de pagamento utilizado. Se o pagamento ocorrer antes ou no momento da celebração do ato, a lei obrigará a consignar no respetivo instrumento os detalhes do pagamento efetuado (se o pagamento ocorreu em numerário, qual a moeda utilizada; se o pagamento ocorreu por cheque, qual o número e a entidade sacada; se o pagamento ocorreu por transferência bancária, a identificação da conta do ordenante e do beneficiário ou do identificador único da transação). Sobre esta medida, a Comissão Nacional de Proteção de Dados Pessoais (CNPD) considerou (Parecer n.º 29/2017) que a indicação (em escritura pública ou documento particular autenticado que titule o ato sujeito a registo) dos dados pessoais relativos aos titulares dos meios de pagamento, que podem até não coincidir com as partes do contrato, se traduz numa “restrição dos direitos fundamentais dos cidadãos”. Parece-nos que, de facto, a solução legislativa pode pecar por excessiva. Nos casos frequentes em que o pagamento seja efetuado por recurso a conta bancária de Advogado, ficarão os dados pessoais do mesmo mencionados na escritura, apesar de este profissional não ter relação com a operação em concreto. No entanto, este é apenas um exemplo da multiplicidade de situações em que os pagamentos
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não provêm diretamente das partes e em que os dados de terceiros ficam registados em instrumento público. Sem que nos tenha surpreendido, a CNPD também refere, no seu parecer, que o universo de dados a registar é demasiado vasto e que as normas constantes deste regime jurídico requerem maior densificação normativa, incluindo as normas relativas à interconexão de bases de dados estatais. A proposta de lei não refere quais serão os dados que serão cruzados nem especifica as condições desse cruzamento, de forma a que a CNPD se pudesse pronunciar sobre essa operação como é, aliás, sua prerrogativa. De facto, a proposta de lei é tão genérica na sua abordagem às operações a que o RCBE poderá ser sujeito que dificilmente se poderá aceitar esta versão do diploma como final. No entanto, a opção legislativa que mereceu maior reprovação por parte da CNPD foi a de permitir o acesso público à informação (parcial, mas ainda assim detalhada) dos beneficiários efetivos. Alega a CNPD que o objetivo da lei (prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo) estará alcançado com o conhecimento, pelas autoridades, dos dados identificativos dos beneficiários efetivos e que não é necessário, para tal fim, a sua disponibilização pública. Estamos completamente de acordo com esta abordagem, como já tínhamos mencionado. Aliás, a CNPD considera que se trata de uma clara violação da Constituição e da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, pelo que esperamos que a possibilidade de acesso público aos dados constantes do RCBE seja retirada da versão final do diploma. *Advogada da Teresa Patrício & Associados * Email: ls@tpalaw.pt
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Xavier MartĂn Chairman da Fapajal
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“Há um mercado ibérico da pasta e papel”
Com a aquisição da fábrica de papel tissue da Fapajal há quase um ano por novos acionistas, esta empresa conheceu um desenvolvimento acelerado, num setor em franca expansão, salienta Xavier Martín. O gestor espanhol defende ainda uma maior articulação destas indústrias em Portugal e Espanha, por forma a fomentar as exportações sobretudo de papel tissue, estando já a Fapajal a desenvolver parcerias ibéricas, nomeadamente para a compra da pasta.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org
uais os principais produtos produzidos na vossa fábrica, em S. Julião do Tojal?
Nós temos duas grandes linhas de produtos. A nossa principal linha são os grandes rolos bobinados de papel tissue, que são vendidos à medida aos transformadores, para serem cortados e dobrados em papel higiénico, toalhas de mão, etc. Esta produção para o setor industrial representa dois terços do nosso volume de negócios. Outra linha são os produtos já transformados ou acabados: são rolos industriais, mas também rolos de papel de mão, papel higiénico, toalhas de cozinha, guardanapos. As duas linhas representam, no total, uma faturação próxima dos 26 milhões de euros. E para que mercados se destina essa produção?
Os produtos transformados, basicamente, destinam-se a Portugal, por causa dos custos logísticos que representam– um maço de guar-
Fotos DR
danapos ocupa espaço, mas pesa pouco, tem um grande custo de transporte–, embora tenhamos intenção de, ainda este ano, começar a exportar para Espanha. Em termos das bobinas, quase 90% vai para a exportação– Espanha representa 35%, o Reino Unido e os países do norte da Europa representam 45%, o norte de África e mais alguns países representam cerca de 10%. Do conjunto total das nossas vendas, 60% refere-se a exportação, uma percentagem que triplicou desde que comprámos a empresa. Qual a capacidade instalada de produção?
É de 30 mil toneladas por ano. Temos três máquinas de papel–, uma máquina muito moderna, que faz a maior parte desse volume, temos outra que faz os papéis especiais e que tem muita flexibilidade, a nível de gramagens e de qualidades... e temos ainda outra que data de 1860 e faz papel reciclado.
Quais as quotas de mercado em cada área de atividade?
No caso do fabrico de bobinas, devemos ter perto de 20% do mercado. Em termos dos artigos transformados (que são só para o segmento industrial, não são para o segmento doméstico), nós devemos ter perto de 25% de quota. E quais os principais clientes?
Nesta última área, os principais clientes são as grandes superfícies de comércio grossista, que depois integram artigos de outro tipo, e servem basicamente os canais horeca, os aeroportos, as empresas de saúde... Na área dos rolos bobinados, são grandes empresas transformadoras internacionais. Qual foi o upgrade tecnológico e comercial introduzido na fábrica no último ano?
Começando pela parte comercial, demos um novo impulso comercial, de gestão, de processo, de capacidade internacional. Assim, começámos 9
grande entrevista gran entrevista rar partido da atividade que eu, pessoalmente, mantenho no setor das telecomunicações, essa área faz parte também do meu dia a dia. Uma “visão ibérica do mercado” Estabeleceram algumas parcerias, nomeadamente com empresas espanholas. Foi sobretudo para a área das compras da pasta ou em mais áreas?
por criar um novo site , com uma imagem corporativa, que transmitisse esta imagem de modernidade, de uma nova dinâmica comercial, com processos mais sistematizados e eficientes, para garantir a escalabilidade da empresa... Em segundo lugar, houve, de facto, um upgrade tecnológico, já que estamos a implementar uma nova plataforma de informação– nós, os acionistas, temos experiência no mundo das tecnologias de informação e comunicação, sabemos como é que essas tecnologias podem criar valor no âmbito da indústria 4.0. Essa plataforma, com fibra ótica, tem diversas ferramentas de gestão para a área produtiva: cada máquina está ligada por um sensor ao sistema de gestão, e, assim, temos informação da produção em tempo real, o que permite coordenar e partilhar a informação do fabrico das encomendas com os nossos clientes, informando-os do estado das mesmas e das respetivas datas de entrega. São práticas habituais noutros setores de atividade, mas que na indústria não são tão habituais. 10 act ualidad€
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Nós temos uma mentalidade e uma visão do mercado ibéricas. Nós olhamos a Península Ibérica como o nosso terreno de jogo natural. Pensamos que há um mercado ibérico do papel. As trocas comerciais nesta área são quase simétricas: Portugal importa de Espanha 400 milhões de euros e vende para lá outro tanto. Poucos mercados são tão simétricos como o mercado do papel...
A empresa prevê atingir este ano uma faturação superior a 28 milhões de euros (mais 7%) Os vossos clientes também são, sobretudo, industriais, por isso, é mais fácil coordenar...
Exatamente. E também tentamos ti-
... do papel e da pasta...
Sim, pasta e papel, são mercados muito interligados. Por esta proximidade cultural e não só com o mercado espanhol, contactámos rapidamente– foi logo em agosto, um mês depois da compra da empresa– com uma série de empresas espanholas e fizemos uma parceria com duas delas, para passarmos a comprar pasta em conjunto. Atualmente, estamos já a comprar em conjunto cerca de cem mil toneladas de
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pasta curta, que é a principal matéria-prima. Isso permite-nos adquirir o que chamamos de “escala virtual”. Somos uma empresa relativamente pequena, mas podemos assim ter acesso a condições das grandes empresas, por via desta capacidade de colaboração. Para nós, isto é fundamental, porque o nosso modelo de negócio é o que batizámos como “micromultinacional”, ou seja, temos aspiração de internacionalização e de práticas como as grandes empresas multinacionais fazem, e, ao mesmo tempo, ter uma agilidade de gestão própria de empresas de menor dimensão. Relativamente a Espanha, começámos por comprar pasta, mas pretendemos escalar esta colaboração a outras áreas, em termos da distribuição dos nossos produtos naquele mercado e, enfim, alinhar os nossos objetivos comerciais com os nossos parceiros. Isso é só em Espanha e não noutros mercados?
Em primeiro lugar com Espanha, que é o nosso terreno natural e onde nos sentimos particularmente confortáveis a fazer negócios. Assim podem oferecer melhores preços, é isso?
Podemos oferecer melhores preços, coordenar-nos logisticamente, enviar camiões com um produto para lá e trazer outro, podemos colaborar tecnologicamente, podemos fazer contratos de manutenção e de desenvolvimento tecnológico conjuntos... Há uma série de vantagens e sinergias importantes, assegurando ainda assim a autonomia de cada empresa. De onde vem a pasta que utilizam?
A origem da nossa pasta é de Portugal e América do Sul. A nossa estratégia é ter mais do que um fornecedor e queremos ter sempre um fornecedor europeu e um latino-americano,
Papel tissue em acelerado crescimento a nível mundial O papel tissue, que se caracteriza por uma baixa gramagem (12 a 30 gramas por metro quadrado) e uma grande resistência e suavidade, simultaneamente, é um dos segmentos de maior crescimento na indústria papeleira, a nível mundial. Isto deve-se às tendências atuais de vida dos cidadãos, que passam cada vez mais tempo fora de casa, em diversas atividades, como viajar.
O desenvolvimento desta área, a nível industrial, tem sido também significativo, sendo de realçar a introdução de novos produtos inovadores, desenvolvidos especificamente para a indústria da pasta e papel. No Brasil, por exemplo, são já clonados eucaliptos para a produção de papel tissue – têm características que facilitam a eficiência da produção deste tipo de papel.
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grande entrevista gran entrevista por uma questão de diversidade de fornecimento e por razões de geoeconomia. O hemisfério sul é particularmente forte em fibra curta e o hemisfério norte em fibra longa. Qual foi o investimento realizado na fábrica pela nova administração?
A aquisição da empresa foi de quase 20 milhões de
euros. O nosso investimento típico anual em desenvolvimento tecnológico e em novos processos produtivos é de um a dois milhões de euros. Qual é a faturação anual da Fapajal?
Em 2016, faturámos 26,2 milhões de euros e este ano o nosso orçamento está acima dos 28 milhões. O EBITDA do ano passado foi três milhões de euros, melhorou mais de 15 pontos percentuais com as novas medidas de gestão. Mercado português com grande “dinâmica” E como está o setor em Portugal?
Está numa fase muito dinâmica, em vários aspetos. Em primeiro lugar, em termos de investimento. Portugal está a investir em novas máquinas de papel, está a investir no desenvolvimento da indústria significativamente. Em segundo lugar, há uma dinâmica comercial muito forte– em Portugal, temos empresas líderes internacio-
Vasta experiência no setor das telecomunicações Xavier Rodríguez-Martín é presidente do Conselho de Administração da Fapajal-Fábrica de Papel do Tojal, desde julho de 2016, altura em que a papeleira foi adquirida pela CapitalWorks, holding de investimento e serviços financeiros de que o gestor é também acionista. Desde 2012, o gestor espanhol é também administrador da dstelecom, o operador de telecomunicações que construiu e explora a maior rede de fibra ótica rural em Portugal. Anteriormente, foi CEO de três operadoras de telecomu-
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nicações fixas e móveis dentro e fora de Portugal. Xavier Rodríguez-Martín, é engenheiro de telecomunicações, graduado em Economia e Finanças pela ESADE Business School de Barcelona, tendo ainda um MBA, pela IMD Business School, de Lausanne, na Suíça. Detém ainda um certificado de Mérito Olímpico, emitido pelo Comité Olímpico Internacional. Os seus hobbies são desfrutar da sua família, viajar e praticar desporto. É casado e tem quatro filhas.
nalmente, algumas delas muito consolidadas no setor do papel e que estão a entrar no tissue , que é um setor particularmente atrativo e um dos que tem maior potencial de crescimento, esperandose um crescimento contínuo nos próximos anos. E saliento ainda a grande dinâmica em termos de exportação. Portugal é uma potência exportadora no setor do papel e o setor representa 4% das exportações do país. Em Espanha, por exemplo, que também é um país forte nesta indústria, o setor apenas representa 2% das exportações espanholas. É um setor muito importante para a economia portuguesa, sobretudo na pasta e no papel de escritório, onde Portugal conta com uma empresa que é líder europeia. E a Fapajal está entre os cinco primeiros em Portugal?
Sim, nós estamos em quarto lugar do ranking , depois da Navigator, da Altri e da Renova. Concluo, salientando de novo que acreditamos que há uma dinâmica ibérica própria a nível da indústria deste setor em particular, que deve ser explorada aprofundadamente. Por exemplo, não há empresas que produzam em Portugal e Espanha, como acontece noutros setores. Há alguma distribuição e comercialização... Essa é uma hipótese para vocês?
É uma hipótese, com certeza, que nós estamos a explorar. Achamos que o mercado ibérico é relativamente homogéneo e que há que ter uma visão ibérica. Uma visão ibérica no papel, no tissue e nesta indústria em geral é potencialmente muito vantajoso. A localização da nossa fábrica perto de Lisboa, com vários portos próximos, permite-nos servir muitas regiões do mundo.
Centro de Formação CCILE Segurança e Saúde no Trabalho para Representante do Empregador ou Trabalhador Designado Lisboa, 29 a 31 de maio e 06 e 07 de junho 1ª sessão: 29 de maio 2ª sessão: 30 de maio 3ª sessão: 31 de maio 4ª sessão: 06 de junho 5ª sessão: 07 de junho
Para que seja possível aplicar o disposto na legislação, é necessário formar todos os intervenientes na ação preventiva: trabalhadores ou os seus representantes, o empregador ou os trabalhadores por ele designados e outros profissionais para o exercício de funções na área da Segurança no Trabalho. Pretende-se que os participantes tenham adquirido as competências básicas em matéria de segurança, saúde, ergonomia, ambiente e organização do trabalho, necessárias ao exercício da atividade de representante do empregador/ trabalhador designado.
Gestão de Mudança
Lisboa, 01 de junho de 2017
09h00-13h00/14h00-18h00
Num mundo corporativo cada vez mais dinâmico e competitivo, as empresas precisam encontrar soluções que agreguem valores e façam com que elas se tornem mais sólidas perante as mudanças e inovações. A gestão da mudança é uma ferramenta que auxi-
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lia a gestão empresarial na difícil tarefa de implementar alterações estruturais, estratégias operacionais ou táticas para obter as transformações necessárias ao crescimento da companhia, ao mesmo tempo em que considera os interesses de todos os colaboradores e resistências inerentes ao processo.
Tipos de Contrato e Formas de Cessação
Lisboa, 08 de junho de 2017 09h30-13h30
Conhecer as situações em que a lei permite a contratação a termo revela-se essencial para evitar consequências não esperadas pela empresa. O contrato de trabalho a tempo parcial, o contrato de trabalho intermitente, o contrato de trabalho em comissão de serviço, o teletrabalho, o trabalho temporário são alguns dos tipos de contrato de trabalho que se irá dar a conhecer através de exemplos práticos. Conhecer as formas de cessação do contrato de trabalho previstas no Código do Trabalho e as consequências de cada uma delas é essencial para poder restruturar a sua empresa.
fica-nos como o que somos o que gostamos. Este nosso perfil social é cada vez mais importante para a nossa vida profissional, como tal é importante ter a consciência de que existe e de como o potenciar para arranjar trabalho ou para gerar leads comerciais.
Gestão de Conflitos e Reclamações
(2 sessões) Lisboa, 09 e 20 de junho 1ª sessão: 09 de junho 2ª sessão: 20 de junho
09h00-13h00 | 14h00-18h00
Em todas as empresas é crucial saber prevenir à conflitualidade comportamental a relacionada com a dinâmica do trabalho. Está preparado para atuar face às situações mais exigentes de insatisfação, conflitos e reclamações por parte de clientes? Conhece, utiliza e aplica já as ferramentas e técnicas adequadas da forma mais assertiva?
Workshop Marketing Digital Pessoal Lisboa, 15 de junho de 2017 14h00-18h00
A nossa presença online seja profissional ou pessoal identi-
Departamento de Formação Anaís Hernández Tel. 213509310/6 • E-mail: anais@ccile.org
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
BPI formaliza com FEI nova linha para PME inovadoras
O BPI e o Fundo Europeu de Investimento (FEI) assinaram um novo acordo de garantia ao abrigo do InnovFin SME Guarantee Facility. Este programa destina-se a apoiar empresas (PME e small-mid caps) inovadoras ou que desenvolvam atividades de investigação e desenvolvimento. Conta com o apoio financeiro da União Europeia, através dos instrumentos financeiros do Horizonte 2020 e do Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos (FEIE), criado no âmbito do Plano de Investimento para a Europa. Ao abrigo deste acordo, o BPI lançou a Linha BPI/FEI Inovação III, no valor de 200 milhões de euros, que se destina a financiar empresas inovadoras ou que
desenvolvam atividades de I&D, com menos de 500 colaboradores. Beneficiando de uma garantia autónoma do FEI para 50% do montante do crédito, esta linha permite o financiamento, em condições competitivas, de montantes até 7,5 milhões de euros por empresa, com prazos entre os doze meses e os dez anos. A disponibilização desta linha dá continuidade à aposta do BPI no apoio à inovação e I&D nas empresas portuguesas, tratandose do terceiro acordo deste género assinado entre o BPI e o FEI. O BPI foi pioneiro na colocação em Portugal dos produtos de garantia do FEI para PME/ small mid-cap inovadoras, com o lançamento do “Risk Sharing Instrument”, em abril de 2013, e do primeiro acordo ao abrigo do InnovFin SME Guarantee, em dezembro de 2014. Através destes instrumentos, o BPI já financiou mais de 480 projetos de empresas inovadoras, no montante agregado de 360 milhões de euros.
Cosec assina protocolo com congénere do Irão A Cosec – seguradora responsável, por conta do Estado português, pela cobertura e gestão dos riscos de crédito, caução e investimento para países de risco político – assinou com a sua congénere do Irão, um memorando de entendimento para intensificar as relações comerciais e de investimento entre os dois países. “Esperamos que este memorando agora assinado com a Export Guarantee Fund of Iran possa contribuir para o reatamento das relações comerciais com este mercado de grande dimensão”, refere Miguel Gomes da Costa, presidente da Cosec. O acordo deverá ainda “ajudar a explorar novas oportunidades para as empresas portuguesas no Irão e, reciprocamente, para as empresas iranianas que queiram exportar para Portugal ou investir no país”.
Cerealto adquire duas fábricas em Espanha A Cerealto fechou um acordo com o grupo Siro relativo à aquisição de duas das fábricas do grupo espanhol, uma de pão de forma, em Antequera (Málaga) e outra de bolos, em Briviesca (Burgos). Com esta operação, ambas as empresas reforçam os seus respetivos negócios. Assim, a Cerealto consegue tornar-se numa referência no fabrico de produtos multi-categoria de derivados de cereais, e avança rapidamente com o seu plano de expansão no Sul da Europa. A esta operação, junta-se a recente aquisi-
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ção de uma fábrica de bolachas em Mem Martins (Sintra). O acordo prevê a formalização do compromisso da Cerealto em manter todos os postos de trabalho e respetivas condições de trabalho dos cerca de 600 colaboradores, respeitando também a antiguidade atual na empresa. Na sequência da sua política de sustentabilidade, a Cerealto continuará a apostar nos fornecedores locais, mantendo os atuais compromissos com a carteira de fornecedores do grupo Siro, contribuindo para asse-
gurar a capacidade produtiva de ambas as fábricas. Desta forma, a Cerealto irá incorporar projetos de novos clientes em Espanha e em mercados internacionais. A Cerealto é uma empresa multinacional fabricante de produtos alimentares para grandes players do setor da distribuição e da alimentação, do segmento business to business (B2B), através de marcas próprias. Conta com oito centros de produção próprios, em Espanha, Portugal, Itália, Reino Unido e México.
Breves Millennium bcp aumenta lucros para 50,1 milhões de euros O Millennium bcp obteve no primeiro trimestre um resultado líquido de 50,1 milhões de euros, contra 46,7 mihões no primeiro trimestre de 2016, beneficiando da expansão contínua do resultado core, que mais do que quintuplicou desde o primeiro trimestre de 2013, informou o banco. O resultado core aumentou 19,5% face ao primeiro trimestre do ano anterior, cifrando-se em 254,8 milhões de euros, induzido pelo crescimento de 13,7% da margem financeira e pela redução de 2% dos custos operacionais. Verificou-se, ainda, uma “manutenção da tendência de melhoria da eficiência operacional, evidenciada na diminuição de cinco pontos percentuais do rácio cost to core income*, que passou de 53,3% no primeiro
trimestre do ano anterior para 48,3% no primeiro trimestre de 2017, fazendo do banco um dos mais eficientes da Zona Euro. O banco assinala ainda uma “continuação da melhoria do gap comercial, com o rácio de crédito líquido em percentagem do total de recursos totais de balanço de clientes a situar-se em 94%”. Verificou-se ainda uma “inversão da tendência de redução do crédito, particularmente visível na carteira de crédito performing, que aumenta 247 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017”. A redução da utilização de financiamento líquido do BCE passou para 3.700 milhões de euros, contra 4.400 milhões no final de 2016 e 5.300 milhões a 31 de março de 2016.
Adecco lança simulador de vencimento para trabalho temporário
A Adecco Portugal, empresa líder na gestão de recursos humanos, anuncia o lançamento do 1º simulador de vencimento online para trabalho temporário a nível nacional. Esta nova ferramenta, disponível diretamente a partir do site da Adecco Portugal, permite a candidatos e profissionais conhecer o valor do salário líquido que irão receber no final de cada mês de trabalho, bem como
quanto descontam para o IRS, o valor da sobretaxa e da contribuição para a segurança social. Acrescenta ainda informação sobre outros créditos laborais a que os colaboradores têm direito, seja na finalização do contrato ou quanto a subsídios de férias e de natal. De uma forma simples, rápida e transparente é possível aceder às condições salariais de um contratado em regime de trabalho temporário. Para chegar ao valor líquido é apenas necessário preencher alguns campos e inserir informações na plataforma, como o valor do salário bruto, do subsídio de alimentação diário, condição de recebimento de subsídio de férias e de Natal, região onde nos encontramos, entre outros aspetos.
Investimento imobiliário cai 45% no primeiro trimestre No primeiro trimestre deste ano, foi investido um total de 354 milhões de euros no mercado imobiliário comercial português, com o segmento de escritórios a representar mais de metade deste volume. Apesar do mercado continuar “bastante dinâmico, este montante representa uma quebra de 45% face ao volume investido em igual trimestre do ano passado (641 milhões de euros)”. Os investidores estrangeiros representaram 93% das operações registadas, de acordo com os números do departamento de Research & Consulting da Worx. Entre os investimentos deste período, destaque para a compra do Albufeira Retail Park pelo Iberia Coop, por 20 milhões de euros, bem como das instalações do hipermercado Continente no AlgarveShopping, ou para a compra do Edifício Entreposto (na foto), pela Signal Capital em parceria com a Square AM, por 65,5 milhões de euros. Também o Lux Park Hotel foi vendido por 16 milhões de euros à Internos Global Investors, e o Vila do Conde The Style Outlets ao grupo Via Outlet, por cerca de 130 milhões. De igual modo, a Tranquilidade fechou a primeira parte da venda de um portefólio de 86 imóveis, em fevereiro, por 140 milhões de euros, ao consórcio Anchorage Capital Group e Norfin. Neste período, manteve-se a elevada liquidez no mercado, e continuam a escassear ativos em localizações prime, aponta a consultora. Médis lança nova oferta para PME A Médis, seguradora de saúde, acaba de lançar novidades na oferta para PME, designada “Plano Empresas Médis” – um produto pensado com o objetivo de responder às necessidades dos clientes que procuram uma proteção ainda mais elevada no seu dia a dia. Uma das novidades é a nova cobertura de próteses e ortóteses, que inclui o financiamento de ortóteses oftalmológicas numa rede contratada para o efeito. Paralelamente, a nova opção D oferece capitais mais elevados, nomeadamente até 500 mil euros na cobertura de hospitalização.
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Breves Porto de Sines bate recorde no primeiro trimestre O volume de tráfego do porto de Sines registou a melhor marca de sempre nos primeiros três meses do ano, com um acumulado de 24,6 milhões de toneladas. Assim, de acordo com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), “Sines continua a assumir o perfil de líder, com 55% do total do movimento portuário”.
Em comunicado, a AMT adianta que o primeiro trimestre de 2017 regista variações homólogas mensais positivas de 14,6% em janeiro, 20,7% em fevereiro e 5,4% em março. O volume de tráfego portuário acumulado é de 24,6 milhões de toneladas, ou seja, mais 12,9% do que no mesmo período de 2016. Sines continua a assumir o papel de impulsionador do crescente movimento de carga no sistema portuário do continente, com uma variação positiva de 19,2%. Importa ainda sublinhar o contributo do porto de Aveiro, que apresenta um acréscimo de 18%, bem como as variações positivas de Lisboa, com 9,8%, Leixões, com 8%, e Figueira da Foz, com 5%. O conjunto destas variações positivas representa globalmente cerca de três milhões de toneladas, sendo que 72,9% são responsabilidade de Sines. Carmo Wood cresce 30% e espera atingir os 80 milhões de euros em 2017 Considerada um caso de sucesso nacional e internacional, a Carmo Wood anuncia um crescimento de 30%, face a 2016, alcançando um volume de faturação na ordem dos 80 milhões de euros, fruto do crescimento sustentado de todas as suas áreas de negócio e gama de produtos. Líder europeia em madeira tratada, a empresa portuguesa Carmo Wood “mantém de pé” as vinhas do mais icónico champanhe do mundo, Moët & Chandon, ergueu um dos maiores projetos de desenvolvimento turístico de Portugal, os Passadiços de Paiva (que venceu um “World Travel Award”), e está prestes a inaugurar o inovador edifício de escritórios flutuantes da Carmo France, em Bordéus, uma obra state of the art. Com quase 40 anos de atividade e cerca de 300 trabalhadores, a Carmo Wood tem, atualmente, quatro fábricas em território nacional que produzem para os mais de 40 mercados para onde exporta, anunciando que está em vias de adquirir mais duas unidades industriais, uma na América Latina e outra na Europa, pensadas, respetivamente, para exportar para os Estados Unidos da América e aumentar a capacidade de exportação na Europa.
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Santander Totta lança plataforma eBroker com novas funcionalidades O Santander Totta renovou a sua plataforma de acesso digital aos mercados financeiros, a eBroker, apresentando novas funcionalidades e um design mais simples e de fácil utilização. O eBroker é uma plataforma multicanal, disponível quer na app eBroker, quer na página de internet do Santander Totta (NetBanco), que permite acompanhar os investimentos a qualquer hora e em qualquer lugar. Através do eBroker é agora possível transmitir novos tipos de ordens, como é o caso das “smart orders”, através das quais é possível escolher qual o tipo de ordem que mais se adequa a cada estratégia de
negociação. O banco cobre agora a generalidade dos instrumentos cotados em mercados organizados, pelo que os clientes podem negociar Ações, Obrigações, ETFs e Warrants. O acesso a novos mercados internacionais também foi alargado, sendo possível acompanhar as principais bolsas mundiais, com streaming de cotações e dados em tempo real para os mercados Euronext. A plataforma disponibiliza ainda ferramentas para que o investidor siga de forma mais eficaz os mercados, como é o caso da Watchlist, que permite definir um conjunto de títulos preferidos para acompanhamento em simultâneo.
Sonae Sierra regista lucros trimestrais de 15,9 milhões de euros A Sonae Sierra registou um lucro de 15,9 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, que comparam com os 16,6 milhões registados em igual período do ano passado. Este decréscimo de 4,2% deveu-se, sobretudo, às alienações parciais realizadas em 2016 dos centros comerciais Loop5 (Alemanha), Luz del Tajo (Espanha), AlgarveShopping e Estação Viana Shopping (Portugal) e à redução da participação no Sierra Portugal Fund, em parte compensadas pela abertura do centro comercial ParkLake (Roménia) em setembro de 2016. Entretanto, “a empresa prosseguiu com sucesso a sua estratégia de reciclagem de capital” adianta a Sonae Sierra. O Iberia Coop, um fundo no qual a Sonae Sierra detém uma participação de 10%, adquiriu dois ativos em Portugal – o Albufeira Retail
Park e o hipermercado Continente do AlgarveShopping (na foto). A socimi ORES, um veículo de investimento imobiliário participado pelo Bankinter e pela Sonae Sierra, iniciou o processo de aquisição de ativos. Na Europa, as vendas subiram 3,8%, tendo a Roménia registado um crescimento importante devido à abertura do ParkLake. Em Portugal, as vendas dos lojistas cresceram 3,9% e em Espanha 0,4%. Este desempenho reflete uma tendência positiva generalizada no portefólio europeu, adianta a empresa.
Gestores
em Foco
Foto Sandra Marina Guerreiro
Tomada de posse da nova Direção da CCILE
A nova Direção da CCILE, eleita em Assembleia Geral de Sócios no passado dia 20 de abril, tomou posse oficialmente no passado dia 11 de maio, numa cerimónia em que estiveram presentes todos os membros dos novos corpos sociais da Câmara. A cerimónia realizou-se na Embaixada de Espanha em Portugal, onde o embaixador frisou o papel da Câmara, “a maior Câmara espanhola em todo o mundo” e da atual direção, liderada por Enrique Santos, no trabalho de promoção das trocas comerciais entre Portugal e Espanha, que tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos. Juan Manuel de Barandica,
que é igualmente presidente de honor da CCILE, abriu a cerimónia afirmando ainda esperar que “os êxitos que a Câmara tem tido continuassem no futuro”, tendo em conta a manutenção da atual Direção, eleita para o quadriénio 2017-2021 (ver pág. 58 da edição da Actualidad€ nº 239). Na mesma ocasião, o presidente da Assembleia Geral, Nuno Amado, que foi também reeleito para o cargo, dirigiu o ato de assinatura de posse dos novos corpos sociais. Do principais órgãos da CCILE, de realçar ainda que o Conselho Fiscal continua a ser encabeçado pelo gestor e ex-ministro António Pires de Lima.
Licínio Almeida (na foto) é o novo diretor geral da Volkswagen em Portugal, após 18 anos de funções como diretor geral da Audi. Licenciado em Engenharia de Sistemas, Licínio Almeida iniciou o seu percurso no setor automóvel em 1989. Conta com uma longa experiência na área do marketing, primeiro na Citroën e depois na SIVA, para a qual entrou em 1991. Foi diretor de marketing da Audi e da Volkswagen, tendo assumido a Direção Geral da Audi em 1999, responsabilidade que assegurou até agora. Licínio Almeida passa a dirigir, a partir de agora, os destinos da marca Volkswagen em Portugal, tendo como objetivo consolidar a posição da marca no mercado português. Dionísio Pestana (na foto) foi distinguido com o prémio “Excelência de Carreira”, pela Travelstore American Express Global Business Travel, que atribui este galardão como reconhecimento do seu contributo notável à economia nacional e à projeção internacional da excelência do turismo de Portugal. O gestor está ligado há 45 anos ao Pestana Hotel Group, o maior grupo hoteleiro internacional de origem portuguesa, que conta com sete mil colaboradores e 90 hotéis em todo o mundo. A Makro anunciou a nomeação do seu mais recente head of Sales & Operations. Após quatro anos como diretor de loja na Makro Alfragide, Ricardo Sá Nunes (na foto) assume agora novas funções no grupo Metro. Na Makro Portugal, Ricardo Sá Nuno iniciou o seu percurso em 2007, para assumir a Direção da loja de Vila Nova de Gaia, onde permaneceu cerca de quatro anos. Em janeiro de 2012 assume a Direção da loja Makro de Alfragide, a maior em vendas de Portugal. Ricardo Sá Nuno conta ainda com cerca de oito anos de experiência nas cadeias alimentares alemãs Hard Discount, desempenhando diversas funções.
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Breves Carrefour inaugura su primer supermercado ecológico en España La empresa de distribución lanza un nuevo concepto comercial en España: Carrefour Bio, un supermercado urbano dedicado a los productos que proceden de la agricultura y ganadería ecológicas. El formato es el primero de estas características que inaugura una empresa de distribución. La tienda, ubicada en la calle Velarde 1, cuenta con 140 metros cuadrados de superficie de ventas y tiene un surtido de más de 1.800 productos. Entre los artículos que se comercializan en este supermercado, figuran las principales marcas especializadas de Bio, así como productos de las marcas propias de la cadena, Carrefour Bio y Ecoplanet. Todos los productos de alimentación vendidos en la tienda cuentan con certificación ecológica. “El espacio está concebido para responder a las necesidades de un cliente urbano que demanda poder hacer una compra completa con productos que proceden de la agricultura y la ganadería ecológica”, señalan desde el grupo de distribución francés. Euskaltel compra Telecable por 686 millones de euros La empresa de telecomunicaciones Euskaltel ha llegado a un acuerdo con Zegona para comprarle su filial asturiana Telecable por un importe de 686 millones de euros, incluidos 245 millones de deuda neta estimada a 30 de junio próximo, según ha comunicado la primera compañía a la CNMV. Euskaltel aclara que la operación tendrá una contraprestación agregada consistente en 186,5 millones que se abonarán en efectivo y 26,8 millones de acciones ordinarias de Eukaltel de nueva emisión que suscribirá Zegona a un precio de 9,5% por acción y que representarán el 15% del capital social de la primera tras la ampliación. La contraprestación en efectivo estará sujeta a los ajustes de deuda neta y capital circulante habituales en esta clase de operaciones, y los títulos de nueva emisión de Euskaltel no conllevarán el derecho a recibir ningún dividendo acordado y pendiente de pago correspondiente a los resultados del ejercicio 2016.
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Atlantia anuncia su oferta sobre Abertis para crear “el mayor operador de autopistas en Europa”
La concesionaria italiana de autopistas Atlantia ha lanzado una oferta pública de adquisición (opa) por el grupo catalán Abertis en 16,5 euros por acción, lo que implica valorar la empresa en 16.341 millones de euros. Si se produce, la fusión amistosa creará el mayor concesionario europeo de autopistas, con un valor en Bolsa de 36.000 millones y 13.600 kilómetros de vías
gestionadas. La transalpina da opción a los socios de Abertis de recibir parte del pago en acciones de Atlantia. La propuesta de fusión de Atlantia y Abertis se plantea más de una década después de que en marzo de 2006 acordaran una integración que finalmente no prosperó por cuestiones políticas, ante la resistencia del Ministerio de Fomento italiano a la cesión de control en activos estratégicos. La nueva opa pone fin a un mes de especulaciones después de que Atlantia, la antigua Autoestrade, confirmara su interés por el grupo catalán.
El beneficio neto de Repsol crece un 59% en el primer trimestre Repsol alcanzó un beneficio neto de 689 millones de euros en el primer trimestre de este año, un 59% superior a los 434 millones obtenidos en el mismo periodo del ejercicio anterior, según ha comunicado la compañía a la Comisión Nacional del Mercado de Valores. La empresa atribuye la mejora a los planes implantados para afrontar el actual escenario de precios bajos. Los proyectos en curso del programa de sinergias y eficiencias supusieron más de 500 millones de euros del objetivo establecido para 2017. Se espera que este año el programa aporte un total de 2.100 millones. El beneficio neto ajustado de Repsol, se situó
en 630 millones, una mejora del 10% frente a los 572 millones del primer trimestre de 2016. Este beneficio ajustado excluye el impacto patrimonial de las variaciones en el precio del crudo (que ha subido en el trimestre) y los extraordinarios. Entre estos últimos, Repsol ha contabilizado un deterioro de 31 millones en el valor de los activos exploratorios en el Golfo de México, “conforme a la evolución prevista de los planes de desarrollo del área”.
Breves Iberpapel invertirá 180 millones en la modernización de su planta
Iberpapel invertirá unos 180 millones de euros en el denominado “Proyecto Hernani”, destinado, entre otros fines, a la reforma y modernización de su actual planta de celulosa, según ha informado la compañía a la CNMV. El proyecto de inversión para la filial Papelera Guipuzcoana de Zicuñaga, está supeditado al traslado de una línea de alta tensión que cruza la par-
cela donde se ubicarán las nuevas instalaciones y cuya tramitación se encuentra en un estado muy avanzado, añadió el grupo. En concreto, el proyecto consistirá en la instalación de una nueva máquina con un cilindrosecador “Yankee” para la fabricación de papel MG, para embalaje flexible en diversas modalidades, con una capacidad de producción estimada de 85.000 toneladas al año. Asimismo, se reformará y modernizará la actual planta de celulosa, a la cual se incorporarán mejoras tecnológicas y medioambientales MTD’S, lo que permitirá un incremento de la capacidad bruta de producción de la planta entre un 15% y un 20%.
Nexus Energía estudia entrar en Portugal mediante una compra o con una empresa propia La comercializadora española de electricidad y gas Nexus Energía tiene intención de implantarse en Portugal y está analizando si lo hará mediante una compra o a través de la creación de una empresa propia, según ha dicho su director general, Joan Canela. La empresa espera tener tomada ya la decisión antes del verano y continuar así con el proceso de internacionalización que iniciaron en 2011, cuando compraron la alemana PCC Energie GMBH, que ahora bajo el nombre de Nexus Energie está integrada en el grupo español. El grupo Nexus, que prevé superar los 4.000 gigavatios hora (GWh) de electricidad y los 3.150 GWh
de gas suministrados en 2020, fecha en que acaba su actual plan estratégico, cree que la próxima subasta de renovables será una oportunidad para la compañía para conseguir un mayor espacio en el mercado de representación, que constituye entre el 40% y el 50% de su negocio, pues habrá nuevos adjudicatarios que necesitarán comercializar energía.
Ikea abrió una tienda efímera en plena “Milla de oro” Ikea abrió una tienda efímera en plena “Milla de Oro” de Madrid el pasado 25 de mayo. La pop-up store está ubicada en la calle Serrano 55, en la que se puede disfrutar de una nueva experiencia de compra y que tiene como objetivo encontrar nuevas fórmulas de relación con los clientes. Según la empresa, este nuevo formato surge como respuesta a lo que demandan los clientes, como la cercanía, adaptación a los nuevos hábitos de compra y servicios de personalización y asesoramiento. Además, la compañía presenta también la colaboración con el ilustrador Ricardo Cavolo, que hará su interpretación personal de Ikea y el mundo del dormitorio que se verá reflejada en el escaparate. El escaparate será un elemento clave en el nuevo concepto Ikea temporary Dormitorios, tendrá una altura de seis metros y se renovará varias veces contando con la colaboración de diferentes profesionales del mundo del arte, el diseño, la moda o la ilustración. Durante los seis primeros meses el espacio, que cuenta con 900 metros cuadrados divididos en dos plantas, estará destinado a los dormitorios y se podrán encontrar muebles y casi 300 complementos relacionados con todas las funciones del dormitorio. Banco Popular vende su participación en Merlin por 144 millones de euros Banco Popular ha vendido, por el procedimiento de colocación acelerada, su participación del 2,86% en Merlin Properties, por 143,8 millones de euros. La operación se realizó a un precio de 10,72 euros por acción, lo que representa un descuento del 1,3% sobre valor de mercado de los títulos, que asciende a 145,7 millones de euros. En total, Merlin se ha hecho con 3,3 millones de acciones, con una inversión de más de 35,39 millones de euros. La socimi alega que dicha operación permitirá cumplir con los compromisos adquiridos dentro del plan de retribución de sus directivos, y evitar fluctuaciones futuras con la compra de otro paquete de acciones destinado a su equipo gestor. El paquete accionarial que Popular ha vendido proviene de su antigua participación en Metrovacesa, inmobiliaria que el pasado mes de octubre culminó su fusión con la socimi Merlin, alumbrando una de las mayores inmobiliarias de Europa con unos activos de alrededor de 9.400 millones de euros.
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atualidade actualidad
Schindler Ibéria investe na adaptação tecnológica e normativa Julio Arce, CEO da Schindler Ibéria, considera que a lenta recuperação do setor da construção, em Portugal e em Espanha, irá beneficiar as atividades do grupo, nos próximos meses. Outro dos setores com boa evolução continua a ser o dos centros comerciais. Uma das principais frentes de atuação do grupo de origem suíça é o investimento no desenvolvimento tecnológico, nomeadamente adaptando a internet das coisas ao seu setor.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Actualidad€ actualidade@ccile.org
om o setor da construção mercado de arrendamento em Portugal, a recuperar lentamen- Julio Arce refere ainda a tendência te, “sobretudo na vertente da reabilitação de edifícios, Empresa estima esta continua a ser uma das linhas de negócio mais importantes que segmento das para nós, devido à antiguidade e ao obras públicas estado em que está o parque de habitações de Portugal e Espanha. Instalar registe forte queda um elevador em edifícios onde antes nos dois não havia converteu-se numa das principais necessidades de inquilinos mercados ibéricos e senhorios”, em ambos os países, salienta Julio Arce (na foto), CEO da Schindler Ibéria. de recuperação da construção que se Salientando o grande dinamismo do está a verificar também em Espanha,
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nomeadamente da construção de habitações novas. No entanto, estima-se uma forte quebra do investimento em obras públicas, em ambos os mercados, afetando assim um relançamento mais sustentado dos setores de atividade ligados à construção. “Ainda assim, e graças aos nossos fortes investimentos em I+D+i, podemos encarar 2017 com boas perspetivas e com a certeza de que o aumento dos preços do aço e do petróleo, entre outros fatores, obrigarão a ajustar em alta os preços de venda no mercado de ascensores e escadas mecânicas”, acredita.
actualidad atualidade Internet das coisas adaptada aos elevadores Julio Arce salienta os investimentos do grupo a nível de inovação, referindo designadamente os desenvolvimentos da internet para elevadores e escadas mecânicas (IoEE), que resulta da adaptação da internet das coisas (IoT) a este setor. Este desenvolvimento pretende, genericamente, “aumentar a fiabilidade e reduzir os tempos de espera destes equipamentos, para oferecer uma experiência mais satisfatória aos clientes e utilizadores”, enquadra Julio Arce. E concretiza as principais vantagens desta tecnologia, sublinhando “a monitorização e análise permanentes dos dados, a melhoria da proatividade do serviço e a possibilidade de realizar revisões remotas”. Julio Arce destaca ainda os investimentos que o grupo está a realizar na incorporação de uma nova normativa europeia de segurança, que afetará o mercado dos ascensores que forem licenciados em Portugal– e em Espanha– a partir do próximo mês de setembro. “Para nos adaptarmos a ela, investimos mais de 82 mil horas em trabalhos de engenharia e ensaios para adequar todos os nossos elevadores à norma, ainda mesmo antes desta entrar em vigor”, frisa. Em termos de organização interna, a Schindler tem a grande vantagem de operar de forma articulada em toda a Península Ibérica. Deste modo, pode oferecer um serviço integrado aos seus clientes que estejam nos dois mercados. No âmbito dos desenvolvimentos tecnológicos implementados já referidos, a companhia disponibiliza um serviço baseado na plataforma digital Schindler Ahead, que interliga os clientes, utilizadores, centrais de operação dos equipamentos e de manutenção para permitir uma gestão mais inteligente dos seus equipamentos, antecipando nomeadamente eventuais problemas técnicos que venham a surgir, e que permite ainda vir a desenvolver produtos mais inovadores. Outra vantagem oferecida aos clientes
é o relatório eletrónico, que complementa a faturação eletrónica, além de um sistema intuitivo de planeamento e gestão dos sistemas de elevação por parte dos próprios clientes, ou ainda o serviço de piquete 24 horas. “A Schindler está presente em muitos dos edifícios mais r e p r e s e nt a t i v o s tanto de Portugal como de Espanha, o que significa que estamos associados a um serviço da mais alta qualidade e de topo, em que confiam as grandes companhias”. Os principais clientes em Portugal são bancos, hotéis, seguradoras, empresas de telecomunicações, de lazer, hospitais, aeroportos, centros comerciais, entre muitos outros. a nível global, com a GE Digital e com Esta última área é uma das que tem a Huawei para desenvolver o potencial incorporado as inovações mais recen- da indústria da internet e das inovações tes da Schindler, sendo assim uma das digitais nos seus produtos. áreas de crescimento para a empresa, Na vertente ambiental, outra das onde se destacam os centros comer- grandes linhas de antecipação do ciais e de escritórios da Sonae Sierra grupo, a Schindler associou-se ao (na foto). Estes setores estão em desta- projeto Solar Impulse 2, que permique também entre os seus clientes de tirá partilhar, entre outros desenvolEspanha, adianta Julio Arce. vimentos, tecnologia e materiais com A nível mundial, os equipamentos maior eficiência energética a nível do grupo de origem suíça transpor- de motores nos elevadores. A comtam “mais de mil milhões de pessoas, panhia incorpora já, deste modo, as diariamente”, em hospitais, centros exigências da norma ISO 14025 e comerciais, hotéis, escritórios, fábricas, do certificado EMAS, assumindo-se aeroportos, etc. como uma “companhia líder no comAlém de parcerias nacionais que per- promisso ambiental, sendo mesmo a mitem agilizar o serviço prestado, o primeira empresa do setor que obtém grupo firmou uma importante aliança, esta certificação na Europa”. junho de 2017
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atualidade actualidad
Executive Search Partners aposta em parcerias internacionais para alargar oferta às empresas e candidatos Os mercados emergentes têm muitas oportunidades interessantes para os candidatos a trabalhar ou a aceitar novos desafios profissionais, considera Luís Filipe Pinto, managing partner da Executive Search Partners. Esta é uma das frentes de atuação da consultora de recursos humanos, que trabalha com vários setores de atividade económica.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
Executive Search Partners está a reforçar as suas parcerias internacionais, nomeadamente em Espanha, com o objetivo de colaborar com as suas empresas clientes, em projetos de internacionalização ibérica, que visem cobrir as necessidades de capital humano dessas estruturas, em qualquer um dos países. A empresa portuguesa de recrutamento e seleção por executive search mantém uma estreita colaboração com escritórios congéneres em Espanha, Angola, São Paulo e Panamá, procurando potenciar a mais valia de profissionais portugueses disponíveis e com sólidas carreiras desenvolvidas, a postos 22 act ualidad€
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de trabalho por preencher nesses países que nunca viveram uma experiêne em outros mercados emergentes na cia internacional”, reconhece Luís América Central e do Sul. Filipe Pinto, managing partner da A aposta na maior proximidade com Executive Search Partners. “A empresa Espanha e com as outras regiões men- detém uma larga experiência de atucionadas, além da evidente cobertura ação nesta área de recursos humanos, do mercado português, passou a ser fazendo parte do seu universo cerca uma das prioridades da empresa de de 15 mil candidatos, prospetados ao recursos humanos que, face à necessi- longo dos seus 17 anos de atividade”, dade de empresas em quadros médios adianta o mesmo responsável. e superiores expatriados, possam “O mercado espanhol, por razões evisuprir lacunas existentes no capital dentes de proximidade geográfica e humano desses países, possibilitando empresarial, é para nós estrategicamenassim a sua integração em diversos te bastante importante, porque grande setores de atividade. parte dos decisores de recursos huma“A opção de saída de Portugal não nos das grandes multinacionais com é uma decisão fácil para muitos can- presença ibérica estão, naturalmente aí didatos, principalmente para aqueles sedeados”, adianta Luís Filipe Pinto.
actualidad atualidade
As empresas clientes com as quais a Além do “elevado nível qualitativo das “O sigilo e confidencialidade de todo empresa tem vindo a trabalhar per- ferramentas utilizadas”, a Executive este processo é outro elemento fundatencem a diferentes setores de ativi- Search Partners privilegia um acompa- mental a preservar o que, infelizmente, dade, desde o grande consumo, à dis- nhamento de “todas as fases do proces- vemos nem sempre acontecer, colocantribuição e logística, banca e seguros, so de recrutamento, que, para nós, só do muitas vezes em causa a estabiliindústria farmacêutica, construção culmina após a plena integração (sen- dade profissional de profissionais que, civil, entre outros. sivelmente seis meses) do candidato mesmo estando empregados, possam A empresa frisa o seu know-how, na empresa para a qual foi contratado”, estar recetivos a novas oportunidades/ projetos. Torna-se importante mencioadquirido ao longo dos anos. “Temos frisa Luís Filipe Pinto. uma prestação de serviços bem sisEsta é uma das razões pela qual esta nar que, contrariamente às outras metotematizada e que obedece a uma consultora aposta numa definição dologias de recrutamento e seleção, a metodologia comprovada, rigorosa e clara e objetiva do perfil a contratar grande maioria de profissionais por nós que, em todas as fases dos processos (job description), por parte do cliente, abordados são candidatos dificilmente de recrutamento e seleção, com uma a que se alia um exaustivo processo identificáveis, muitas vezes até pouco grande proximidade junto dos nos- de prospeção de profissionais para recetivos a ouvir novos desafios e que sos interlocutores. Daqui resulta uma que, após as diferentes etapas de vali- estão a trabalhar no seu sucesso. Assim inegável mais valia na otimização do dação de candidatos, o output seja sendo, para que os consigamos aliciar, tempo para satisfazer as necessidades a apresentação de uma short list de teremos que os confrontar com projedos clientes e do cumprimento das candidatos, normalmente, três, que tos credíveis e que estejam de acordo expetativas e motivações que os candi- preencham os requisitos (hard e soft com as suas motivações e expetativas datos colocam no seu desenvolvimento skills) da posição em aberto”, realça o de crescimento profissional”, destaca o gestor. profissional”, garante Luís Filipe Pinto. mesmo responsável.
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Pinson Living, la loza fabricada en Portugal que triunfa en España La nueva marca española de loza inspirada en la cerámica de Sintra (Portugal) se ha hecho un hueco en el mercado español. Piezas originales, coloridas y de gran calidad traen aire fresco en el mundo de la decoración.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
on una amplia trayectoria profesional como compradora textil en grandes grupos (Inditex, Carrefour y Zalando, entre otros), Lola Sebastián de Erice decidió crear su propio negocio, la marca de loza Pinson Living, que cuenta apenas con un año de existencia. Quería tener más tiempo para cuidar de su hija y a la vez seguir creciendo como profesional “y mi única salida era reinventarme y montar un negocio por mi cuenta”. Sus padres estaban viviendo en Lisboa y en sus visitas acudían siempre a la Serranía de Sintra “a visitar los talleres de artesanos y auténticos artistas del gres, hangares en los
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muelles del Duero repletos de muebles familia y fue a su hermana a quien y cerámica maravillosa, y fábricas de se le ocurrió el de Pinson, “que es un tela y objetos de decoración que son pajarito, el pinzón, y su traducción al absolutas Cuevas de Alibaba”, cuenta inglés o francés es la misma”. Lola Sebastián de Erice empezó Lola Sebastián de Erice, natural de Madrid. Desde pequeña le encanta la haciendo todo en este proyecto, “desde decoración, muy influenciada por su diseñar producto, hasta la compra de madre, “gracias al buen gusto y saber mercancía, transporte en furgoneta y hacer, su inigualable arte de componer carga y descarga, facturas, atención mesas y su intachable categoría y esti- al cliente, inventario…”. Una vez más lo en recibir y atender a los invitados”. estructuradas y profesionalizadas, con De esta forma Lola Sebastián de Erice “el apoyo, de Begoña y Pilar, sin las “iba plantando poco a poco en esas que este sueño no sería posible, puedo excursiones la pequeña semilla que dedicarme de lleno a crear marca y ahora es Pinson Home”. Para elegir desarrollarla, el diseño y selección de el nombre del negocio – buscaba algo producto y lo que sin duda alguna más corto y fácil, entendible en varios me gusta los estilismos de las mesas”, idiomas– contó con la ayuda de su explica la socia fundadora. Su compa-
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atualidade actualidad las hojas verdes y blancas que las estamos produciendo en colores como el turquesa o el rosa”, aclara Lola Sebastián de Erice. Tienen como clientes sobre todo a un público joven, “entusiastas y con un alto sentido de la estética. Buscan piezas y mesas coloridas, originales y diferentes. Les gusta innovar y tienen muy claros sus gustos”, cuenta la socia fundadora. Asegura que a sus clientes les da mucha confianza la marca. “Hacemos un asesoramiento ñera Pilar Ruiz de Gauna gestiona la página web, los contenidos del blog, las redes sociales, las campañas de email marketing y los proyectos que están comenzando a surgir relacionados con bodas, “cuidando la marca y a nuestro público, ya que gracias a ellos Pinson crece día a día”. Begoña Bustamante se encarga de la división de grandes cuentas. “Una de las líneas de negocio por la que estamos apostando, son los caterings, grupos de restauración y grandes cadenas hoteleras. Poco a poco, estamos introduciendo el universo Pinson en sus proyectos, aportando color, calidad, originalidad y piezas exclusivas”. Piezas originales y coloridas
La loza se fabrica íntegramente en Portugal. Trabajan con ocho fábricas destacadas a lo largo de la geografía lusa (Alentejo, Aveiro, Sintra, Sagres, entre otros), y según van ganando volumen de producción tienen más poder de negociación para fabricar sus propios diseños o modificar los colores o características, tamaños y acabados, de los clásicos portugueses de toda la vida. “Como por ejemplo 26 act ualidad€
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“Una de las líneas de negocio por la que estamos apostando son los caterings, grupos de restauración y grandes cadenas hoteleras”
minucioso, cuidamos al detalle los embalajes de nuestros paquetes e intentamos ser lo más ágiles posibles con el servicio”. Mantienen el comercio tradicional con un showroom de la calle Antonio Pérez. “Nos encanta recibir a nuestras clientas y que puedan elegir ellas mismas cada pieza”. Además tienen tienda online operativa y están muy satisfechas con el volumen de negocio que está proporcionando. “Estamos teniendo una gran acogida en el resto de España y en países como Alemania, Inglaterra e Italia”. Además gracias a aplicaciones como Instagram, “hemos conseguido transportar el universo Pinson a EE.UU. y Sudamérica. Nuestro producto es muy visual y las fotos son nuestra mejor carta de presentación”. Entre los próximos planes para el negocio destaca el nuevo showroon en la calle Antonio Pérez, al lado del local inicial. “Queremos impulsar la tienda con un concepto diferente. Tienda, oficina y espacio para eventos. En este espacio se podrá disfrutar de desayunos y cenas privadas impugnadas por el universo Pinson”. Además van a comenzar a impartir cursos relacionados con la decoración y pintado de vajillas. Van a traducir la página a varios idiomas y apostar por la restauración y hostelería.
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El Corte Inglés inaugura primeira BriCor em Lisboa A BriCor, a insígnia de bricolage do grupo El Corte Inglés abriu um novo espaço nos Grandes Armazéns de Lisboa, com mais de oito mil artigos para casa, jardim e decoração. Este será o terceiro espaço da insígnia do grupo em Portugal, que conta já com uma loja de grande formato, inaugurada em 2011 em Vila do Conde, e no El Corte Inglés de Gaia Porto. Este novo espaço, com 700 metros quadrados, insere-se na estratégia de proximidade da insígnia ao público urbano, apresentando-se em espaços próprios no interior dos Grandes Armazéns do grupo El Corte Inglés. Ao mesmo tempo que vai de encontro às novas tendências do mercado e às necessidades dos consumidores, apresentase como um espaço especialista em
cada uma das suas secções. Com esta nova estratégia de abertura de espaços no interior dos Grandes Armazéns El Corte Inglés, a BriCor pretende tornarse na maior loja especializada dentro das cidades, oferecendo os melhores preços, amplo sortido e serviços adaptados às necessidades de cada cliente. Destaque para o serviço de remodelações e projetos, que oferece aos clientes uma ampla variedade de soluções para renovar a casa, com um atendimento personalizado e adaptado às necessidades de cada cliente. Para assegurar este serviço, a loja disponibiliza uma equipa de profissionais capaz de aconselhar os artigos, ferramentas e as remodelações mais adequadas a cada tipo de casa ou divisão, apresentando as mais recentes novidades e tendências.
“Can’t Skip Portugal” é a nova campanha do Turismo de Portugal C om a criatividade da Partners e o mote “Can’t Skip Portugal”, o Turismo de Portugal acaba de lançar uma campanha internacional para promover o país, com quatro vídeos realizados por Pedro Varela, da Story. Esta ação vai estar presente apenas nos meios digitais, de modo a promover Portugal em 20 países, sobretudo da Europa, mas também no Brasil, EUA, China, Rússia, Canadá e Índia. Para estes países, a mensagem é simples: é impossível passar ao lado de um país como Portugal. A aposta do Turismo de Portugal implica um investimento de 20 milhões de euros para 2017 e 2018.Apesar de Portugal atrair cada vez mais turistas, a época baixa continua com procura mais fraca, o que o Turismo de Portugal e o setor em geral, querem combater. Daí a ideia de promover o país com quatro pequenos filmes (com menos de três minutos) para mostrar que,
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mesmo em dezembro, “o país é um destino fantástico, um destino de vida”, sublinhou Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, na apresentação da campanha. Três protagonistas “vivem” Portugal noutros tantos filmes: o ator James Palmer, no papel de um executivo cansado da vida acelerada; uma jovem fran-
cesa entediada com a vida rotineira e um reformado alemão para quem envelhecer é uma forma de viver mais tempo e, por isso, procura “novos começos”. O último filme da série junta as três personagens na volta às emoções e regiões de Portugal. O objetivo é mostrar que este é um destino para todos os que o queiram visitar.
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O novo sabor de um Delta Q em cone de baunilha B eber café não tem de ser sempre igual e a Delta Q aposta agora numa forma única e inovadora de beber café, ao trocar a tradicional chávena de café por um cone de baunilha, com interior de chocolate negro. Com este novo sabor, o café diário torna-se uma experiência inesquecível e muito saborosa! Ao blend mais intenso da marca, o epiQ, de intensidade 14, a Delta Q juntou o sabor irresistível do chocolate negro e o crocante do cone de baunilha, uma sugestão deliciosa para saborear um expresso perfeito e que pode ser encontrada nas lojas da marca portuguesa.
As notas de nozes torradas do epiQ e o chocolate negro formam a combinação perfeita de aromas para
beber agora num expresso Delta Q. Uma combinação épica, que não pode deixar de provar!
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Bacalhau da Riberalves eleita “Marca de Confiança” A Riberalves, uma marca “que se destaca pela proximidade junto dos maiores e mais exigentes consumidores de bacalhau no mundo– os portugueses”–, acaba de ser reeleita “Marca de Confiança”. A empresa de Torres Vedras volta a obter esta distinção em 2017, que é atribuída na sequência do estudo “Marcas de Confiança 2017”, que avalia a confiança dos consumidores em marcas, produtos e serviços. E se em 2016, no primeiro ano em que a categoria de bacalhau foi analisada, a Riberalves arrecadou desde logo a distinção, conquistando 31% dos inquiridos, agora a marca dispara para 54% das preferências. De acordo com o mesmo estudo, mais de metade dos consumidores prefere bacalhau da Riberalves. Numa análise que avalia atributos como a qualidade, relação custobenefício e perceção das necessidades do cliente, é ainda referido que 67%
dos inquiridos consome bacalhau Riberalves. “A nossa marca cultiva uma relação de grande proximidade com os portugueses, fundada em critérios de qualidade e de excelência, decisivos num mercado tão exigente como é o do bacalhau em Portugal. A distinção ‘Marca de Confiança’ premeia a nossa estratégia, mas renova, ao mesmo tempo, a nossa exigên-
cia. Os nossos consumidores são os nossos maiores aliados e não esperam outra coisa de nós que não seja o melhor bacalhau de cura tradicional portuguesa”, frisa Ricardo Alves, administrador da Riberalves. A Riberalves é uma empresa nacional e uma “referência mundial na transformação de bacalhau, produzindo 30 mil toneladas por ano”.
Ca’dore lança novas jóias em prata para compra na loja ou online A Ca’dore celebra a mulher durante todo o ano, distinguindo-se pelas suas peças originais para pessoas irreverentes e, nomeadamente, para as pessoas especiais da vida de cada um. A marca de jóias portuguesa cria ainda coleções temáticas para dias festivos. Para o Dia da Mãe, por exemplo, a Ca’dore criou peças em que o elemento-chave era a abelha, animal simbolicamente associado à realeza e à inteligência, enquanto que para o Dia dos Namorados foram criados fios e outros artigos com um coração (na foto), por exemplo. Colares, brincos e anéis em prata podem ser adquiridos em conjuntos,
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existindo várias cores, como a prata, dourado e ouro rosa, e com diferentes pedras (água-marinha, rubelita, turmalina verde e turmalina rosa). A Ca’dore é uma marca 100% portuguesa que produz joias em prata destinadas à mulher moderna e sofisticada. Com formação em pintura, a sua autora, Patrícia d’Orey, inspira-se no “belo feminino”, em retratos, na natureza e na simbologia para criar todas as suas coleções. A Ca’dore pode ser encontrada no Porto, em Lisboa e em Braga. Além das três lojas nestas cidades, as encomendas podem também ser realizadas online, através das redes sociais da marca.
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Bosch produz em Portugal o esquentador mais avançado do mundo A
Bosch Termotecnologia, em Aveiro, deu início à produção do mais avançado esquentador a nível mundial. Com tecnologia de condensação, o novo produto, apelidado de Therm 900, resulta de um forte investimento da Bosch no país, que apostou numa equipa de investigadores e engenheiros de produção e qualidade para desenhar o novo aparelho. A qualidade e design do produto já conquistou diversos prémios internacionais. O Therm 900 integra várias tecnologias patenteadas e está preparado para as normas futuras através de uma vasta gama de variantes de forma a responder às necessidades de clientes globais. O aparelho conta com modelos residenciais indoor, outdoor, com e sem bomba de recirculação integrada, interface solar, versões de alto débito (instalações comerciais) e
terá ainda versões dotadas de avançadas funcionalidades de conetividade, permitindo total controlo quer ao instalador, quer ao utilizador. Com uma potência equivalente a um veículo utilitário (80CV), este aparelho tem uma capacidade única de resposta, sendo capaz de fornecer tanto grandes débitos de água quente (vários chuveiros em simultâneo) como dar resposta a pequenas necessidades (como lavagem de mãos), sempre com a maior dose de conforto e com uma eficiência recorde– o Therm 900 é um dos primeiros aparelhos a atingir a meta de 100% de eficiência medida pela entidade reguladora no mercado. Sérgio Salústio, vice-presidente de Engenharia da Bosch em Aveiro, explica que “o projeto se destina a conquistar os mercados mundiais, com particular ênfase nos exigentes
mercados norte-americanos. A criação do Therm 900 prova que mais uma vez, o futuro tem uma assinatura portuguesa”.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org junho de 2017
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Bimbo fue el fabricante más exitoso de 2016 H ogaza Cereal de The Rustic Bakery, una marca de Bimbo, es el producto nuevo más exitoso lanzado en 2016 en el sector del Gran Consumo en España, según el estudio ‘Radar de la Innovación 2016’, elaborado por Kantar Worldpanel para Promarca. Le siguen Ketchup McDonalds y Pijo Patatas Fritas en el pódium. Bimbo
ha logrado meter dos productos en el “top ten” (el otro es el pan estilo artesano). Este informe tiene en cuenta como innovación todas las referencias que incorporan un valor nuevo de atributo, excepto marca y formato (peso o litros). En la categoría de bebidas, la innovación más exitosa ha sido Verdifresh Potente de Mascletá y la de perfumería y droguería, Skip Mimosin. Los dos conceptos sobre los que se han centrado las innovaciones han sido la salud (a la cabeza, los superalimentos) y el placer. Según el informe, el mercado
de la innovación sigue recuperándose en España, aunque está todavía lejos de los niveles de 2010, en plena crisis. La innovación se sostiene una vez más gracias al esfuerzo de las marcas del fabricante (MDF), responsables de la casi totalidad de los productos nuevos (ocho de las 10 innovaciones más exitosas del año pasado son obra de las MDF). Con un 20,4%, la distribución ponderada de estos productos sigue siendo una de las más bajas de Europa, debido a que algunas grandes cadenas no las distribuyen. Según los datos del ‘Radar de la Innovación’, en 2016 se lanzaron 131 nuevos productos. El informe también destaca que la tasa de éxito de los nuevos productos es del 53%, volviendo a los ratios próximos al 50% después de un 2015 marcado por un resultado atípico (29%).
Banco Sabadell lanza “Acordes” de la mano de Grey Barcelona A
cordes es la experiencia digital desarrollada por Grey Barcelona, a través de la que Banco Sabadell pretende regalar a sus seguidores una pieza musical única y personalizada traduciendo, a través de algoritmos, datos generados por el usuario en una experiencia sensorial única. Este es el primer trabajo de Grey Barcelona para Banco Sabadell, después del concurso de agencias que el banco realizó el año pasado y tras el cual Grey empezó a trabajar como partner digital del banco. Acordes se enmarca en el ámbito de la campaña Acompañarte, desarrollada por SCPF para la nueva cuenta Expansión de Banco Sabadell, una cuenta única para acompañar a sus clientes en todos los cambios de la vida. Banco Sabadell solicitó a GREY la creación de una experiencia, en la que las
personas estén en el centro de la comunicación, pasando de un rol pasivo a un rol activo, convirtiéndolos en productores de contenido único y en prescriptores de la marca, siendo un elemento de relación con el cliente que generará conversación durante todo el año. El proyecto Acordes se basa en una aplicación web responsive en la que cuando el usuario, previo login social (Facebook y/o Twitter) entra en https://acompañarte.com/acordes y pulsa “crear canción” podrá generar una pista audiovisual personalizada en función de los datos de actividad del usuario generados en las
redes sociales con las que se ha vinculado (fecha de cumpleaños, eventos, la actividad y el sentimiento de la publicación del usuario) y, también, de APIs de ubicación para conocer el clima, efemérides, día de la semana, altitud y proximidad o no al mar, cercanía a grandes o pequeñas ciudades.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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La Sociedad Española de Beneficencia cumple 100 años
La institución centenaria ha logrado modernizar sus instalaciones y cuenta con importantes retos para los próximos años. Sin olvidar su principal compromiso, el apoyo a los mayores, quiere acercarse más a los jóvenes.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
a Sociedad Española de la Han sido varios años de mucho trabajo Beneficencia (SEB) celebra este pero el resultado no es otro que el de año su primer centenario. Fue logar tener “la residencia más segura de fundada en 1917 por mujeres Lisboa”. El presidente de la institución españolas residentes en Lisboa destaca la importancia de haber logrado para dedicarse al auxilio de los españoles en estas obras “precios muy buenos” y necesitados. Las Hermanas Franciscanas haber encontrado “soluciones imaginase ocuparon de la institución hasta 1932 tivas”. El edificio continúa con mejoras y y posteriormente las Hermanas de la Caridad hasta el 2008. A partir de actualmente se están pintando sus 43 entonces el cuerpo directivo de la SEB habitaciones. En estos momentos tieestá formado por voluntarios que de nen 40 residentes para que se puedan forma altruista dedican su tiempo para realizar los trabajos sin perjudicar a los sacar adelante la residencia. Primero residentes. Existe una lista de espera de fue Inmaculada Romero, de 2008 a más de 30 personas. Actualmente viven 2013, y a partir de entonces está en la tanto españoles como portugueses, en presidencia José Aser Pereira. “Desde su mayor parte mujeres. Esta residencia que llegué mi principal objetivo fue tiene por delante muchos retos, entre preparar la Beneficencia de acuerdo con ellos “el apoyo domiciliario, un centro de las exigencias de la Seguridad Social y convivio y apoyo a los jóvenes”, avanza el la Autoridad Nacional de la Protección presidente. Sin embargo, tienen claro Civil y lograr que todos los proyectos que no se quieren olvidar de lo principal, fuesen aprobados por las autoridades “el apoyo a los mayores”, adaptándose a municipales”, explica José Aser Pereira. los nuevos tiempos.
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Conmemoraciones La ministra de Empleo y Seguridad Social de España, Fátima Báñez, presidió en Lisboa el pasado 7 de mayo las conmemoraciones del centenario de la SEB. En un acto que representó los “100 años de éxito, fraternidad y solidaridad entre españoles y portugueses”, Báñez consideró que la SEB es una historia de “alegría y compromiso” y aplaudió la “innegable labor” de la institución a lo largo del último siglo. “Las administraciones ponemos ayuda y recursos pero a veces no somos capaces de llegar a todos rincones de la nación y a todas las familias que necesitan alguna muestra de solidaridad. La sociedad civil hace posible llegar a cada territorio”, señaló. El acto contó con la presencia, entre otros, del embajador de España en Portugal, Juan Manuel de Barandica y Luxán, y del arzobispo emérito de Madrid Antonio María Rouco Varela.
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Fundação La Caixa vai destinar 50 milhões de euros para ação social em Portugal A Fundação Bancária ”la Caixa” vai destinar 50 milhões de euros anuais para as suas iniciativas de ação social em Portugal. António Costa, e o presidente da Fundação Bancária ”la Caixa”, Isidro Fainé (ambos na foto, ao lado de Artur Santos Silva), apresentaram, no final de abril, o acordo de colaboração para o desenvolvimento de projetos de caráter social e cultural em Portugal, após a aliança com o BPI. Aquela fundação ligada ao grupo La Caixa prevê realizar um “orçamento anual recorrente de 50 milhões de euros em Portugal e converter o país no epicentro do seu compromisso“ social a nível internacional, destacou a entidade. A entidade implementará inicialmente os seus programas estratégicos de integração laboral, atenção aos idosos e de assistência às pessoas com doen-
ças em estado avançado. Também se irão levar a cabo projetos noutras áreas, tais como a criação de pólos de desenvolvimento económico, assim como alianças com museus e entidades culturais de Portugal. Na cerimónia de apresentação, que decorreu em Lisboa, estiveram ainda Pablo Forero, o novo CEO do BPI, e Artur Santos Silva, que será o coordenador da implementação dos programas em Portugal. A Fundação Bancária ”la Caixa” implementará inicialmente esta ação social através projetos como o Incorpora, dedicado à inserção de pessoas com dificuldades para aceder ao mercado laboral, o programa de Pessoas Idosas e o programa de Atenção Integral a Pessoas com Doenças em Estado Avançado. Isidro Fainé destacou que o processo de internacionalização da obra social
da fundação começou por Portugal, visando assim consolidar a proximidade às “pessoas e territórios que estão mais perto de nós e com os quais temos mais vínculos afetivos”.
Vodafone lança programa de recrutamento para mulheres em interrupção de carreira A
o longo dos próximos três anos, o grupo Vodafone vai levar a cabo uma iniciativa à escala global com o objetivo de aumentar as oportunidades laborais para as mulheres. O programa Vodafone ReConnect pretende atrair mulheres qualificadas que, após um longo período de pausa na carreira (na maior parte dos casos para formar família), enfrentam dificuldades em regressar ao mercado de trabalho. A Vodafone está também empenhada em aumentar a proporção de mulheres em cargos de chefia (diretoras e managers), sendo expectável que sejam recrutadas cerca de mil mulheres durante os próximos três anos. Este número representará cerca de
10% de todas as contratações externas levadas a cabo pelo grupo Vodafone, para cargos de liderança. O programa Vodafone ReConnect vai ser implementado nos 26 países onde a Vodafone opera, complementando outras iniciativas globais dedicadas ao encorajamento e apoio das mulheres no local de trabalho, nomeadamente a melhoria das condições associadas à licença de maternidade nos países onde esta prática não existe ou é insuficiente. Um estudo realizado pela KPMG para a Vodafone indica que há, em todo o mundo, cerca de 96 milhões de mulheres qualificadas entre os 30 e os 54 anos de idade que têm a sua carreira em pausa. Destas, cerca de 55
milhões têm experiência em cargos de chefia (intermédia ou superior). O estudo da KPMG revela que se todas estas mulheres pudessem regressar ao mercado de trabalho, e pressupondo que o seu recrutamento não levaria ao afastamento de outros funcionários, o valor da atividade económica gerada rondaria os 175 mil milhões de euros por ano. O programa ReConnect inclui, nomeadamente, a divulgação de oportunidades de emprego e ações de sensibilização direcionadas para mulheres em situação de interrupção de carreira; programas de formação criados para atualizar e reforçar competências profissionais, entre outros.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Diversidade, o trunfo do Centro de Portugal para atrair mais turistas
Os holofotes apontam para Lisboa, Porto, Douro e Algarve quando se fala do boom de turistas que visitam Portugal, porém, à região Centro, “a maior e mais diversa região turística de Portugal”, sobram argumentos para convencer mais visitantes e angariar repetidas visitas: aldeias históricas, natureza, rede termal, turismo religioso, produtos locais, entre outros ativos, distribuídos por 100 municípios. No mapa de oportunidades da região, o turismo multiplica promessas de emprego e de investimento. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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visita do Papa Francisco a Fátima, nos passados dias 12 e 13 de maio, foi o ponto alto das celebrações do Centenário das Aparições e contribuirá para o esperado aumento do número anual de visitantes da cidade este ano. As estimativas apontam para oito milhões, mais dois milhões do que em 2016. O chamado turismo espiritual é apontado pela Organização Mundial do Turismo como um dos segmentos com maior potencial de crescimento, movimentando anualmente 330 milhões de pessoas, que fazem 600 milhões de viagens. Portugal responde por 2% deste bolo e concentra em Fátima muitas das suas expetativas de crescimento. Assim, para a região centro, Fátima é um dos produtos estratégicos, que teve na visita de Jorge Mario Bergoglio um trampolim mediático, a nível internacional: rendeu 21 733 notícias, de acordo com a análise de média da Cision. A hotelaria, restauração, comércio e outros agentes turísticos também beneficiaram da visita papal. De acordo com a SIBS, gestora da rede Multibanco, entre os dias 10 e 14 de maio foram feitos "cerca de 16 mil levantamentos nas 19 caixas multibanco disponíveis na localidade" de Fátima, o que correspondeu a 1,078 milhões de euros. A visita do Papa a Fátima foi um dos pontos altos do ano para o turismo do Centro, mas os responsáveis da região acreditam que há outros ativos que poderão dilatar os números do setor nesta área geográfica. Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), ajuda-nos a perceber a dimensão da atividade turística: “A região Centro, ocupando 31% do território nacional, concentrando 22% da população e 19% da riqueza nacional produzida, absorve 14% da capacidade de alojamento disponível no país, atrai 15% dos hóspedes (embora represente 10% das dormidas nacionais) e gera cerca de 17% do VAB do país no ramo
alojamento e restauração. Em termos da economia regional, o turismo (traduzido pelas atividades de alojamento e restauração) é responsável por 5% do VAB da região Centro (valor ligeiramente abaixo da média nacional).” A presidente da CCDRC informa ainda que “as atividades de alojamento e restauração são responsáveis por 5% do emprego da região Centro (no país, o emprego no ramo representa 6% do total)”. Relativamente ao emprego do país neste ramo, “a Região Centro contribui com 17% (enquanto a região contribui com 22% para o emprego total nacional)”. A Entidade Regional Turismo do Centro de Portugal (TCP), estabelecida em 2013, agrupa as regiões de turismo de Aveiro; Coimbra; Castelo Branco; Leiria, Fátima e Tomar; Oeste, Serra da
Pedro Machado: "O Centro de Portugal pretende tornar-se a marca nacional de referência para o turismo de diversidade" Estrela e Viseu Dão/Lafões. Constituída por 100 municípios é “a maior e mais diversa região turística nacional”, assinala Pedro Machado, presidente da TCP. Nestes três anos, o balanço é positivo, frisa: “Começa a consolidar-se um sentimento de pertença, identitário, entre todas as instituições públicas e privadas que integram a TCP. A marca Centro de Portugal tem vindo a ganhar o seu espaço no mind set dos turistas e da população em geral. A definição mental das fronteiras deste território, a conceção do que o integra, a noção de quais os seus principais produtos turísticos e a possibilidade de vê-los concertados e promovidos começa a ganhar consistência, a cimentar-se e a
traduzir-se em resultados.” A região arrecadou, recentemente, “dois dos principais prémios nacionais do setor turístico, nomeadamente, “Melhor Região Turismo Nacional”, no âmbito dos Publituris Portugal Travel Awards 2015, e “Melhor Stand BTL 2015”, pela sua participação na BTL´15”, lembra Pedro Machado, considerandoos “importantes fatores de incentivo e sinais claros de que a estratégia da TCP, em particular, o seu plano de marketing, está a atingir resultados significativos”. Os números da hotelaria tradicional apontam no mesmo sentido, indica o presidente da TCP: “Segundo os dados do INE, no período acumulado de janeiro a dezembro de 2015, o Centro cresce 15% em receitas — passa a fasquia dos 203 milhões de euros; cresce em número de dormidas — cerca de 10%, dos quais 9,07% são nacionais e 10,5% internacionais, e cresce em número de hóspedes — passando os 12,8%. São crescimentos a dois dígitos, que, provavelmente, espelham a melhor performance de sempre desta organização regional de turismo.” Os dados provisórios de 2016 apontam para proveitos da hotelaria tradicional acima de 228 milhões de euros, o que significa um aumento de 13,65% relativamente ao ano de 2015. Trata-se do valor mais elevado dos últimos 10 anos, de acordo com os dados do INE. Já o tempo médio que cada turista dedica à região quase não tem oscilado, nota Pedro Machado: “Na região Centro esteve sempre entre os 1,9 dias (2005) e os 1,8 dias (2015).” O statement da marca Turismo do Centro “defende que, nesta região, há tanto para ver, provar e experienciar”, que “um dia é bom, dois é ótimo, três nunca é demais”, recorda o presidente do organismo, frisando que o Centro de Portugal “pretende tornar-se a marca nacional de referência para o turismo de diversidade”. O desafio é comunicá-la, admite Pedro Machado: "Este foi o maior dos desafios, e continua a sê-lo. Trata-se, no entanto, de um paradigma que foi completamente alterado, passando a percecionar-se estas 39
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Termas Centro: bem-estar e produtos combinados
As águas minerais naturais constituem um importante recurso endógeno da região Centro, que soma 22 estâncias termais. A pensar numa melhor “valorização económica” deste ativo, a Associação das Termas de Portugal – Delegação Centro, criou o projeto Termas Centro, cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER, no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE. O Programa foi definido até 2018 e conta com “uma verba de 1,9 milhões de euros” para “reforçar a competitividade turística das estâncias, através de uma lógica de trabalho em rede, organizado e de qualidade e com produtos adaptados a diferentes targets e que abranjam as temáticas: saúde e bem-estar, natureza, património e gastronomia”, frisa Guida Mendes. No âmbito do programa estão ainda identificados diversos investimentos, revela a gestora: “75 milhões de euros de entidades privadas e mais de 28 milhões de entidades públicas, que contemplam a criação ou a qualificação e melhoria de serviços e produtos das estâncias termais (balneários, hotéis, academias, formação e investigação). Existem ainda
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projetos para valorizar as estâncias com produtos complementares (novos percursos pedestres e cicláveis, novas rotas turísticas, parque aquático, ecopistas, requalificação do posto de turismo, etc)." O projeto Termas Centro nasceu da “necessidade de promoção e divulgação em rede”, destas estâncias termais, que assim “terão mais força na implementação de uma estratégia vencedora, a nível nacional e, principalmente, internacional”, explica a coordenadora do projeto. Guida Mendes assinala que se pretende “demonstrar e divulgar que o cliente ao fazer termas não terá apenas uma experiência termal, mas um conjunto de experiências enriquecedores que se complementam”. Isto porque “as 22 estâncias termais se encontram em fantásticos ambientes de natureza e/ou património que irão tornar a experiência mais rica”. A conquista de novos clientes “passará por dar a conhecer a riqueza cultural, de património, gastronómica e de natureza (atividades ao ar livre) que a região centro proporciona”. Além de “aumentar o número de aquistas na área do termalismo clássico”, pretende-se “dar a conhecer as termas a quem ainda não as conhece”.
Consequentemente, o projeto visa aumentar as receitas das estâncias termais e o número de turistas na região centro. O principal cliente das estâncias termais da região é de origem portuguesa (cerca de 95%), indica Guida Mendes. A região Centro recebeu cerca de 45’000 aquistas em 2016, (crescimento ligeiro face a 2015), conta Guida Mendes, confiante de que os números vão melhorar. Para já, “as iniciativas de internacionalização são essencialmente dirigidas ao mercado espanhol, pela relação de proximidade e facilidade de acessos; ao mercado francês por ser um cliente habituado a fazer termas e também devido aos portugueses emigrantes que nos procuram para efetuar tratamentos termais; e ao mercado alemão, por ser o maior mercado europeu emissor neste segmento, tanto na perspetiva wellness, com a procura de programas de prevenção e lazer, como na perspetiva do termalismo clássico, na procura de tratamentos terapêuticos”. Guida Mendes diz que o termalismo de bem-estar cresce a um ritmo superior do que o clássico, “permitindo igualmente alcançar públicos de diferentes faixas etárias e com necessidades igualmente diferentes”. O desafio “é mudar o ‘chip’ das pessoas que pensam que termas são apenas para os mais idosos ou para as pessoas com problemas de saúde”, já que podem “suprir as necessidades de um público ávido de novas experiências e que quer viver uma vida mais saudável”. A conquista de público abaixo dos 50 anos passa por parcerias, aliando a experiência termal a outras experiências, indica Guida Mendes: “É o caso do Short Break Termas Centro/ Aldeias Históricas de Portugal.
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Além da combinação de produtos, a estratégia de marketing assenta no conceito de “experiência, com vontade de repetir”, explica Guida Mendes: “Pretende-se lançar uma plataforma digital interativa, capaz de promover e comercializar os serviços e produtos das 22 estâncias termais. Em paralelo, alimentar conteúdos nas várias redes sociais das notícias e publicidade que surgem em cada etapa da estratégia, ampliarão a visibilidade da nova oferta e de novos produtos. Foram delineadas ações para angariar mais aquistas e divulgar as termas para um público diferente; lançar produtos que não sejam só de cura termal, mas também de bem-estar; propor um calendário de animação em rede". Pretende-se complementar a animação com "uma rede de sinalética comum", com "estruturas físicas de boas vindas, personalizando o acolhimento", realça a gestora do PROVER Termas Centro. Ou seja, "o visitante que chegar a qualquer uma das 22 estâncias termais irá perceber de imediato que se encontra perante uma rede”. O parque termal terá que se adaptar “a uma nova realidade de bemestar, lançando permanentemente novos produtos e serviços”, defende Guida Mendes. “A aposta na área de investigação é por isso imprescindível, para lançamento de novos produtos e de novos serviços com a realização de estudos científicos sobre as propriedades das águas e dos seus benefícios (produção de relatórios e estudos com as universidades), gerando assim um interesse contínuo na descoberta de novos desenvolvimentos e aplicabilidades, tanto na área medical como de estética”, sublinha a coordenadora.
‘assimetrias’ e a enorme diversidade, como um dos principais fatores diferenciadores. O mesmo responsável acrescenta que “o turismo alavanca os outros domínios diferenciadores do território”. A TCP acredita que “a afirmação de um modelo competitivo, responsável, estruturante e resiliente, que combine o melhor de cada um, de forma articulada, integrada e cooperativa, orientada para estratégias de eficiência coletiva, consegue alavancar e valorizar os recursos e o património da região, reforçar a coesão, promover a atratividade e qualidade de vida e consolidar a capacitação institucional e a governância”. Pedro Machado sublinha ainda que o Centro procura afirmar-se enquanto destino turístico de excelência, qualificado, competitivo e inovador”, pela “excelência e autenticidade histórica e cultural, assente nos sítios classificados Património da Humanidade”; também “um destino de turismo de saúde e bemestar, assente num dos maiores recursos endógenos do território – a água minero-medicinal e mineral natural, e na modernidade da vasta rede de estâncias termais existentes no território”; “um destino enoturístico e gastronómico diferenciado e multifacetado, promotor de experiências memoráveis e únicas”; “um destino de natureza, ruralidade e tradição num mosaico de multi-atractividade, de rotas, redes e circuitos que associam a temática aos recursos naturais, sociais, culturais e económicos”; e ainda, “um destino excecional de sol, mar e ondas, de características únicas para lazer, desporto e aventura”. Para trabalhar estes ativos, a TCP conta com um plano de atividades e um orçamento para 2017 “na ordem dos sete milhões de euros, aprovado por unanimidade”, informa Pedro Machado, acrescentando que “vai permitir ativar sete linhas de ação, distribuídas por 22 programas”, destinadas à promoção e valorização do território ou a qualificação dos produtos. O orçamento é semelhante ao de 2016, ao qual acresce uma dotação de 10 milhões do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional), no âmbito do programa Centro 2020. Esta verba será canalizada para valorização do Património Mundial, para acolher projetos das Comunidades Intermunicipais (num total de cinco milhões) e dinamizar a procura interna do Centro, realça o presidente da TCP, de onde já vem a maioria dos turistas (58,05% das dormidas totais em 2015). Por outro lado, Pedro Machado salienta que o mercado externo “tem vindo crescer nos últimos anos” e “constitui um motor muito importante para a dinamização da economia local e regional”, advogando que “importa encontrar formas de potenciar este efeito de grande centralidade junto da marca Portugal e de, em simultâneo, encontrar clientes, nichos e mercados novos”. Os dados do INE permitem perceber que o número de dormidas em hotelaria tradicional de portugueses no Centro estava a cair desde 2010 e começou a recuperar a partir de 2013. Em dez anos, passou dos 2,2 milhões para os 2,6 milhões de pessoas. Já o número de dormidas de estrangeiros situava-se ligeiramente acima de um milhão em 2005 e chegou perto dos dois milhões em 2015. Nesse ano, o mercado espanhol foi o principal mercado internacional com 11,64% das dormidas totais, seguido de mercado francês (6,12% das dormidas totais), e do mercado alemão (2,85% das dormidas totais) do mercado brasileiro (2,78% das dormidas totais). Espanha: cliente e parceiro O peso dos turistas espanhóis terá subido em 2016 para os 11,93% do total de dormidas no Centro, representando 27,62% das dormidas de turistas estrangeiros (dados provisórios). Importa reforçar a promoção em Espanha, sustenta Pedro Machado: “Com quase 50 milhões de habitantes torna-se estratégico que a promoção turística aposte nesse mercado. Se atendermos a região Centro Portugal tem cerca de 2, 5 milhões de habitantes, e que as suas congéneres espanholas, Estremadura e Castela e Leão têm, respetivamente, 1 milhão e 2,5 milhões de habitantes, estamos a junho de 2017
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grande tema gran tema falar de um potencial fluxo turístico de cerca de 6 milhões de turistas.” Neste contexto, foi feita “uma parceria com a Junta de Turismo da Estremadura, e estão a ser feitas diligências para se estreitar idêntica cooperação com a Junta de Turismo de Castela e Leão”. O presidente da TCP observa que “o território “Estremadura” e “Centro de Portugal” soma um conjunto de valências turísticas ímpares, desde património (muito dele com classificado pela UNESCO como “Património Mundial”), cultura, gastronomia e vinhos e natureza, que sendo estruturado e promovido em conjunto, poderá alavancar ambos os destinos”. Foi este o principal objetivo do recente lançamento, na FITUR, em Madrid, do ‘Mapa Transfronteiriço Centro de Portugal – Estremadura’, explica: “ Estamos convictos de que este é uma das formas mais eficazes para potenciar a Marca Centro de Portugal, mas também a marca-mãe, que é Portugal. A palavra de ordem não poderia ser outra que não cooperação: para que haja um forte aproveitamento de sinergias, de recursos e de tempo. Fazemos votos que, com este trabalho, ‘fronteira’ passe, doravante, a ser apenas um traçado no mapa e que, de facto, se torne sinónimo de algo que nos liga e nos aproxima.” A internacionalização do Centro é assegurada pela Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal – ARPTC, em parceria com a TCP, seguindo as dinâmicas e orientações do Turismo de Portugal. Durante o ano de 2016, a ARPTC desenvolveu várias ações nomeadamente participação em feiras internacionais, workshops, roadshows, fam trips, press trips. Oferta hoteleira a crescer A TCP contabiliza este ano 46.504 camas em hotelaria e turismo em espaço rural (excluindo parques de campismo), e 30.666 camas em alojamento local. Pedro Machado considera que “existe sempre margem para o surgimento de novos empreendimentos turísticos, que qualifiquem a oferta, com projetos 42 act ualidad€
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inovadores, dirigidos a segmentos de euros), no Fundão. mercado com maior poder económico, O serviço de apoio ao investidor do tanto que as novas unidades que têm TCP, registou, em 2016, “1275 solisurgido balizadas por estas premissas citações, (861 destes, já com local de resultam sempre em reforço no número implementação definido”, esclarece de dormidas, no aumento dos proveitos Pedro Machado. Relativamente às áreas e das taxas de ocupação, porque se de investimento abordadas, “o TER posicionam de forma a alcançar novos (18,2%) e a animação turística (16,4%) segmentos de mercado”. foram as mais abordadas, existindo um Dos novos empreendimentos previstos, claro aumento no que diz respeito ao “destaca-se um conjunto de projetos que alojamento local que foi assunto princiserão apoiados pelo quadro comunitário, pal de 11,12% dos atendimentos”, diz. que incluem quer novas unidades hoteO Portugal 2020, programa de fundos leiras (com especial destaque na região europeus para o período 2014-2020, da Serra da Estrela), novos parques de dispõe de um conjunto de programas operacionais territoriais, sendo o Centro 2020 específico para a região Centro, geridos pela CCDRC. Ana Abrunhosa Os dados provisórios informa que os apoios ao turismo no de 2016 (INE) apontam CENTRO 2020 concretizam-se através de diferentes linhas de financiamento. para proveitos da No final de abril, no âmbito dos sistemas de incentivos às empresas, através hotelaria tradicional, do apoio a projetos de criação, moderno Centro, acima de nização e qualificação das empresas 228 milhões de euros, turísticas (alojamento, restauração e animação), que respondam a um novo mais 13,65% do que modelo de negócio, mais inovador e mais internacionalizado “estavam aproem 2015. Trata-se do vados 68 projetos no Centro 2020, que valor mais elevado dos representam um investimento total de 26,9 milhões de euros e um incentivo últimos 10 anos FEDER de 16,3 milhões de euros”, informa a presidente da CCDRC, adiantando que já “estão abertos avisos campismo com vertentes de sustentabi- de concurso para apoiar mais projetos”. lidade e associação a temáticas como o No que concerne ao apoio à valosurf (mormente na região Oeste), quer rização do património cultural e do projetos de turismo em espaço rural património natural e à promoção turíscom fruição de outros espaços naturais, tica, “ o CENTRO 2020 dispõe de 55 como a Ria de Aveiro”. milhões de euros”. Relativamente ao Até ao final do ano de 2016, foram apro- apoio à valorização de recursos endógevados os seguintes projetos: Bukubaki nos de dimensão regional com potencial (1,21 milhões de euros), Maximum - de atração turística nacional e internaSurf &Leisure, (1,4 milhões euros) e cional, “ o CENTRO 2020 dispõe de Urban Art Camping (1,5 milhões euros), 35 milhões de euros”. O turismo beneos três em Peniche; Tijosa Eco House ficia ainda, recorda Ana Abrunhosa do Camp (980 mil euros), em Ovar; Casas eventual contributo do “investimento da Alta University - Hotel Apartamento municipal na regeneração dos centros (1,5 milhões euros), em Coimbra; Burel urbanos, nomeadamente dos centros Manteigas Panorama Hotel 5 estre- históricos, para o que o CENTRO las (2 milhões euros), em Manteigas; 2020 dispõe de 270 milhões de euros”. Boutique Hotel do Seixo (2,2 milhões Ana Abrunhosa frisa que o CENTRO
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Descobrir a “excelência” da Beira Baixa Cofinanciado pelo Centro2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), “Beira Baixa - Terras de Excelência” é o nome de um dos projetos do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE), que junta os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. O objetivo é “fomentar e incrementar a competitividade do território da Beira Baixa, através da valorização dos seus recursos endógenos, nomeadamente no setor agroalimentar, e reforçar a identidade da marca Beira Baixa”, explica a coordenadora Sofia Espada, acrescentando que “o programa de ação deste PROVERE inclui projetos de comunicação e marketing, animação e inovação, cujo foco temático se centra nos produtos e produções agroalimentares da Beira Baixa, com o objetivo de alavancar a visibilidade desses recursos endógenos de excelência e a capacidade empresarial do território”. Sofia Espada frisa ainda que “a valorização dos produtos e produções agroalimentares da Beira Baixa é indissociável da promoção do seu território de suporte”, que “pelas suas características edafoclimáticas, torna os produtos agroalimentares ímpares”. Assim, “através dos projetos de comunicação e animação, promove-se e qualifica-se a região, incentivando à visita e à realização de experiências associadas aos produtos agroalimentares e gastronómicos sob a marca Beira Baixa”. A ideia é criar “uma rede de gateways, através da qual cada um dos municípios disponibiliza aos turistas um espaço de acolhimento e informação turística baseado na promoção dos produtos e dos pro-
dutores agroalimentares, dos serviços de alojamento e restauração, entre outros serviços de apoio aos visitantes”. A isto soma-se “o calendário de eventos de animação afeto à marca Beira Baixa”, que “consubstancia mais um motivo para conhecer o território e promove a ativação da marca através da promoção dos produtos agroalimentares e dos seus produtores”. Sofia Espada observa que “ao aderir à marca Beira Baixa, o produtor, com o seu envolvimento, valoriza também a marca que o promove e, consequentemente, a Beira Baixa”. Estamos a falar de “produtos e produções agroalimentares produzidos na Beira Baixa que, onde quer que sejam comercializados, promovem este território único”. Nomeadamente, “uma variedade de produtos já consagrados e premiados como o queijo, o azeite e as azeitonas, os enchidos, os vinhos, o pão e os bolos, a fruta e os produtos hortícolas, o mel, a carne e o peixe de rio, para além de inúmeros produtos criados a partir destes”. Ou seja, “as grandes mais-valias deste território de
sabores que deve ser descoberto por todos”, conclui a coordenadora do programa. Sofia Espada sublinha que “a Beira Baixa é também um território frutífero nas áreas do turismo de natureza e do turismo cultural, muitas vezes associado ao turismo religioso”. Destaque para “a rede de praias fluviais de uma beleza única” ou para “a rede de percursos pedestres muito bem estruturada e representativa da grande diversidade paisagística e geográfica desta região”. Acresce que “a Beira Baixa dispõe de espaços museológicos muito distintos – cujas temáticas vão desde a pré-história à história e arte contemporâneas–, é pontuada por aldeias, vilas e cidades riquíssimas do ponto de vista histórico, marcadas por vestígios de tempos longínquos visíveis a olho nu, e possui um vasto património imaterial representado pelas Colchas e Bordados de Castelo Branco, pela música (adufe e viola beiroa) e pelas tradições religiosas (romarias, madeiros de Natal, Quaresma, entre outras)”. Na lista de imperdíveis, Sofia Espada coloca, “a Arte Rupestre em Vila Velha de Ródão ou o Parque Icnológico de Penha Garcia, as aldeias históricas de Monsanto e Idanha-a-Velha a rede de museus de Castelo Branco e os seus Portados Quinhentistas, as deslumbrantes paisagens de rio e floresta e o Centro Ciência Viva da Floresta em Proença-a-Nova, o Trilho Internacional dos Apalaches e as Cascatas da Fraga da Água d’Alta em Oleiros, o Castelo de Penamacor, as Cristas Quartzíticas, os Vieiros de Salvador e a Serra da Malcata, o Parque Natural do Tejo Internacional e a Paisagem Protegida Regional da Serra da Gardunha”.
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grande tema gran tema 2020 "preconiza uma aposta forte no turismo enquanto domínio diferenciador regional e alavanca para a dinamização da atividade económica e para a competitividade e internacionalização da região”. Para tal a CCDRC estabeleceu com a TCP uma estratégia que visa: “Apostar na valorização turística dos recursos culturais, históricos e patrimoniais da região, em particular dos que fazem parte da lista património mundial da UNESCO, procurando contribuir para a afirmação da Região Centro como destino turístico de excelência; Apostar na valorização, qualificação e promoção turística de territórios de elevado valor natural, cultural e paisagístico, potenciando o desenvolvimento de produtos turísticos assentes na qualificação de percursos, rotas, redes, eventos ou outros mecanismos de agregação e de criação de sinergias supramunicipais; Apostar na promoção integrada dos recursos, produtos e serviços turísticos da região, através da promoção do destino Centro de Portugal, garantindo coerência, escala e eficácia na comunicação da marca do Turismo Centro de Portugal, na promoção dos produtos turísticos intermunicipais e no reforço da notoriedade dos destinos turísticos regionais." No contexto dos fundos do QREN 2007-2013, foi lançada a iniciativa das Estratégias de Eficiência Coletiva (EEC). Neste contexto, destaque para o Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos – PROVERE. No centro, mantêm-se os PROVERE da Rede das Aldeias do Xisto, Aldeias Históricas de Portugal (caixa nas pág. 44 e 45), Termas Centro (caixa nas pág. 40 e 41), iNature – Turismo Sustentável em Áreas Classificadas (caixa na pág. 46) e Beira Baixa Terras de Excelência (caixa na pág. 43). Adicionalmente, existem programas com fundos nacionais, quer específicos de apoio ao Turismo, disponibilizados pelo Turismo de Portugal, entre outros instrumentos de apoio. Estes investimentos prometem ajudar a 44 act ualidad€
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acelerar o crescimento do turismo no Centro de Portugal. Ana Abrunhosa nota que “a região tem vindo a apresentar uma interessante e sustentada evolução da procura turística em função do seu rico e diversificado património e da sua abertura ao mundo, perspetivando-se que mantenha esta tendência e que a importância do turismo na economia regional seja reforçada”. Simultaneamente, a região “tem-se afirmado na qualificação da sua oferta turística, através da aposta num modelo de desenvolvimento que assenta nos recursos endógenos do território e na valorização do singular potencial da região, com particular enfoque nas dimensões temáticas da saúde e bem-estar, da natureza, da cultura e património, da ruralidade e das experiências únicas”. A presidente da CCDRC diz que estão otimistas: “Vamos conseguir enfrentar os desafios de aumentar a estada média dos hóspedes que escolhem a região para pernoitar e as taxas de ocupação dos estabelecimentos de alojamento turístico regionais, indicadores atualmente bastante abaixo das médias nacionais. Segundo dados de 2015, a estada média na região é de 1,8 noites, enquanto a média nacional é de 2,8; já a taxa de ocupação regional ronda os 29%, enquanto a média nacional se situa nos 44%.” Pedro Machado acrescenta ainda que o Centro “é um dos mercados turísticos mais importantes, está disponível ao longo de todo o ano, contrariando questões fulcrais como a sazonalidade”. O presidente da TCP diz que “os portugueses têm optado por distribuir as suas férias ao longo de todo o ano, procurando conhecer um pouco melhor o seu país”. Concluindo, Pedro Machado diz que “as férias já não são apenas sol e mar”, mas também “sinónimo de cultura e património, natureza e desporto, gastronomia e enoturismo” e “Portugal tem tudo isto, e encerra, em si, um conjunto de vicissitudes e de características, num concentrado de produtos e atrativos que dificilmente se encontram noutros destinos”.
Redutos de história, tradição e património arquitetónico e natural, Almeida, Arganil, Belmonte, Celorico da Beira, Fundão, Figueira de Castelo Rodrigo, Idanha-a-Nova, Mêda, Sabugal e Trancoso aliaram-se em 2007, através da Associação Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal (ADTAHP). A marca Aldeias Históricas de Portugal (AHP) tem vindo a ganhar força, analisa Dalila Dias, coordenadora do PROVERE Aldeias Históricas de Portugal: “Consideramos que os objetivos têm vindo a ser cumpridos, isto é, afirmar o território das AHP como área destino. Este desígnio só se consegue através da estruturação da oferta turística, de natureza primária (recursos turísticos) e secundária (alojamento, restaurantes, etc.) e da sua dinamização, assente numa cultura de trabalho em rede e em parceria. Uma atividade turística não se vende per si. Há um conjunto de serviços e de infraestruturas de natureza pública e privada que têm de surgir para que uma região se consagre em área destino e, neste contexto, a rede das AHP já se conseguiu afirmar como tal no contexto nacional, sendo embrionária no panorama internacional. Todavia, o trabalho nunca está acabado.” Travar a ameaça de desertificação é o objetivo transversal às ações do PROVERE AHP, vinca Dalila Dias: “Mais do que fixar população neste momento, a nossa preocupação é garantir um limiar mínimo de pessoas. Sabemos que estas aldeias não terão mais o pulsar de vida de outrora, contudo, o projeto das
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Aldeias históricas: património trava desertificação Aldeias Históricas de Portugal veio, sem dúvida, contribuir para uma maior longevidade do seu ciclo de vida. O projeto das AHP, é sem dúvida, um caso de sucesso no que concerne à contrariedade de aceleração de abandono, ao criar uma nova vocação para o território, o turismo. A requalificação do património, a infraestruturação das aldeias, a instalação de atividades ligadas ao setor de turismo, foram intervenções que permitiram consagrar a rede das AHP como uma área destino." Neste novo ciclo de programação, "pretende-se também estimular a base empreendedora associada à inovação-rural, visando potenciar a fileira agroalimentar e as indústrias culturais e criativas. Acreditamos que com este alinhamento estratégico que dá enfoque à diversidade, criamos oportunidades para atrair novos utilizadores (residentes, investidores, trabalhadores, etc.)”. Uma das dificuldades maiores prende-se com a medição dos dados no terreno, salienta Dalila Dias. A associação candidatou a financiamento um projeto que “incide na recolha de informação qualitativa e quantitativa com direcionamento para as áreas de baixa densidade” para "contribuir para um melhor conhecimento da atividade turística e os seus impactos no território”. Dalila Dias adianta que “se tem
assistido a uma evolução muito favorável no domínio do alojamento, com especial destaque para Belmonte, Castelo Rodrigo, Marialva, Trancoso e Monsanto” e contabiliza “dentro das aldeias 423 camas, em 21 alojamentos”, mas acredita que o número seja superior. Neste novo PROVERE, há novas "intenções de investimento em alojamento, animação e restauração, bem como no agroalimentar”, indica. Já foram aprovados três projetos privados inscritos no programa ação (investimento de 3,2 milhões de euros). Estão em análise mais seis, que somam 4,1 milhões de euros de investimento elegível. Dalila Dias esclarece que “destes nove projetos, oito são alojamento, nas imediações das AHP, pelo que podemos concluir o impacto positivo que a rede e a marca têm no desenvolvimento socioeconómico do território". O PROVERE AHP conta no presente ciclo de programação (2016-2018), com
uma dotação FEDER de 2,5 milhões de euros, correspondendo a 85% do investimento total elegível, para cinco projetos âncora. Na comunicação do destino AHP, destaque para o marketing digital, presença em certames genéricos e da especialidade. “As press trips são também uma constante, acrescenta Dalila Dias. De salientar ainda as ações de cross-selling com o PROVERE das Termas (página 40), observa a coordenadora, adiantando que estão a formar agentes económicos em várias áreas, nomeadamente na formatação de produto turístico ancorado nos sub-produtos da marca AHP e/ou a criação de novos produtos considerando outras regiões (Douro, Tejo e Salamanca). Esta atuação decorre das oportunidades identificadas na BTL 2017 (através do trade internacional), pelo que esperamos em 2018 termos produtos estruturado ancorado neste cross-selling entre regiões.”
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Trilhos pedestres, BTT, observação de aves e outros argumentos A Natureza por si só levou à criação do PROVERE iNature. O coordenador Miguel Vasco explica que “a Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE iNature – turismo sustentável em áreas classificadas assenta na valorização e consolidação do produto turismo de natureza da região Centro, através de um selo que qualifica as vantagens competitivas deste vasto território”. Vantagens essas que “representem criação de emprego e valorização económica associada aos milhares de quilómetros de trilhos pedestres e BTT que se estendem pelas magníficas paisagens de montanha do território interior de Portugal”. Miguel Vasco frisa ainda que “esta rede pretende consolidar um destino de natureza, que pela sua filosofia transversal ganha maior poder de afirmação no âmbito interno e internacional, e assim permite definir uma oferta sólida que reúne os territórios das serras da Estrela, e da Gardunha, Geoparque Naturtejo, Vale do Coa, Serra da Malcata e Faia Brava, prolongando-se este território até às serras do Açor e da Lousã, ao Caramulo e ao Bussaco, que se completa nas serras d’Aire e Candeeiros, de Sicó e de Montejunto". Este contexto natural e paisagístico "inclui especificidades únicas que apelam tanto às famílias que procuram percursos pedestres de baixo grau de dificuldade como aos mais entusiastas do trailrunning ou do BTT". Possui também "inúmeros pontos de interesse para os entusiastas da botânica ou adeptos do birdwatching.” Miguel Vasco revela que foi já aprovado um montante de 2,3 milhões de euros de financiamento ao abrigo do programa PROVERE, enquadrado no Programa Operacional Regional do Centro, para apoiar “projetos
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âncora públicos que pretendem alavancar investimentos de iniciativa privada, sendo que estão identificados projetos num valor global de 72 milhões de euros a executar até ao final do ano de 2018”. A estes projetos privados está associada a perspetiva de criação de quase 300 postos de trabalho diretos, indica. O coordenador do PROVERE iNature diz que “a prioridade é executar as ações aprovadas, nomeadamente a operacionalização de uma estratégia para comunicar efetivamente ao público a oferta disponível, que vá ao encontro das suas motivações, que lhe disponibilize facilmente a informação sobre o calendário de animação que se estrutura por todo este território, para que mais facilmente os visitantes possam organizar as suas visitas e a seleção das experiências perfeitas que aqui podem usufruir”. Este calendário de eventos “tanto valoriza elementos da identidade ancestral das vivências destas áreas naturais, como a transumância, ou vertentes ativas de natureza soft ou hard e que por isso permitem cativar um público vasto e diverso”. A estruturação desse calendário em rede “será potenciada pela plataforma
comunicante que pretendemos estabelecer entre as diversas Grandes Rotas (GR) já existentes, dinamizando-as na sua vertente de produto turístico”. Miguel Vasco acrescenta que “será também desenvolvido um eixo de qualificação e inovação, que reforça o alinhamento deste produto turístico com os domínios da sustentabilidade e da economia circular, que permitam consolidar um posicionamento de integração da oferta turística no equilíbrio com os valores naturais que a valorizam, e que possam constituir foco de dinamização de novos negócios, fundamentais à afirmação e desenvolvimento deste produto no futuro”. Transversalmente, é também "grande prioridade o apoio aos promotores privados na concretização dos seus investimentos e alinhamento com este produto, fundamental na afirmação do potencial da região”, nota Miguel Vasco. Trata-se de “um programa de ação ambicioso, que assume o desafio de apostar de forma clara na promoção do turismo de natureza, diversificando as experiências que se podem realizar no contexto das áreas classificadas, compaginando valores ambientais com a criação de valor económico”.
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In memoriam
Grande António, grande A
ntónio Pires de Lima nos dejó el pasado 6 de mayo. Tuve el privilegio y la honra de ser su amigo, y puedo decir que me enseñó, entre muchas cosas, las que mejor me ayudaron a comprender y apreciar sobremanera el alma portuguesa: humildad, lealtad, bondad, esfuerzo, honradez, trabajo, familia… Además, aportaba desde su bagaje intelectual y de gran jurista, su defensa acérrima de la justicia y del Estado de derecho. Pero lo que más me impresionó desde que le conocí, al igual que les ocurrió a muchos otros compatriotas, era su amor por España, complementario al que siempre profesó por Portugal. Y ese amor a España en todas sus vertientes, nos hizo a muchos convertirnos en defensores confesos y admiradores del gran país que es Portugal. Sin embargo, su contribución a España no se limita ni mucho menos a lo anterior. Durante toda su vida laboral fue Representante con mayúsculas de innumerables empresas e instituciones españolas, involucrándose de forma intensa en el quehacer y devenir de esta Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), así como también de otras instituciones de la colectividad española como la Casa de España. En 1975, y en los años posteriores, tuvo una actuación decisiva para restañar las heridas y tensiones que se produjeron entre nuestros dos países a través de su diligente y permanente dedicación. Su humanidad, señorío, hombría de bien y generosidad no han tenido límites: en mi época de Cónsul General tuve la oportunidad de proponer a esta CCILE la conveniencia de buscar una fórmula para ayudar a los españoles necesitados– especialmente los detenidos y presos– dándoles cobertura pro bono. 48 act ualidad€
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De forma inmediata se constituyó un Comité de trabajo de bufetes hispano-lusos, que él presidió y se aprobó seguir adelante con la iniciativa, que él hizo suya y empujó de forma magistral. Desde la discreción e incluso anonimato, António Pires de Lima ha sido un extraordinario embajador de Portugal en España y de España en Portugal. Estoy seguro que estas palabras y recuerdos hacia él recogen el sentir de innumerables personas que le conocieron y muchas que no le conocieron pero que han oído hablar de él, y en especial en esta CCILE y entre sus integrantes a la cual estaba tan unido. Por ello, y en mi calidad de socio, propongo que se cree como homenaje a este gran jurista y a esta gran persona, una beca António Pires de Lima para un jurista portugués y/o español de posgrado que profundice en el estudio de las sinergias jurídicas de España y Portugal. Desde el cielo, António, defensor permanente de justos y pecadores, seguirá impartiendo su magisterio y abogando por sus otras dos grandes pasiones, junto a su familia: Portugal y España. Descansa en paz. Álvaro Sebastián de Erice
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
Andersen Tax & Legal reforçada em Portugal com a Nobre Guedes, Mota Soares Associados A Andersen Global acaba de entrar adiantou o mesmo responsável. no mercado português, através da Jaime Olleros, sócio-gerente da AnNobre Guedes, Mota Soares & As- dersen Tax & Legal em Espanha, cosociados (NGMS), uma sociedade de mentou, “A Andersen Tax & Legal em advogados que presta serviços jurí- Espanha já tem uma relação de tradicos a pessoas coletivas e individu- balho muito próxima com o Luís e os ais. A NGMS junta-se, assim, à asso- outros Sócios da NGMS, e estamos ciação Andersen Global e adotará a ansiosos para continuar a trabalhar em marca Andersen Tax & Legal. colaboração com a sua equipa. A nos“Tornarmo-nos parte da Andersen sa parceria permite-nos utilizar a vasta Global dá-nos uma enorme oportu- experiência dos seus profissionais, e nidade de crescimento na Europa e juntos procuramos encontrar as meinternacionalmente, ao mesmo tem- lhores soluções para atender as necespo que nos mantemos empenhados sidades dos clientes”. em disponibilizar serviços de con- Junta-se à Andersen Global um grusultoria jurídica e fiscal dinâmicos e po de cerca de 30 advogados, com especializados,” afirmou Luís Nobre “profunda experiência em vários raGuedes, sócio da Andersen Tax & Le- mos do direito, tais como o direito gal em Portugal. “O complemento de societário, direito fiscal, direito do serviços jurídicos da Andersen Global trabalho, direito europeu, direito púà nossa atual realidade, vai ajudar- blico, contencioso, banca, proprienos a alargar os nossos serviços em dade intelectual, direito do ambienmercados que consideramos-chave”, te e imobiliário”, destacam os dois
partners . A Andersen Tax & Legal em Portugal presta serviços em Portugal e no estrangeiro em todos os setores, incluindo o da saúde, media e publicidade, banca, indústria, tecnologia e transportes, serviços e outros. Já Mark Vorsatz, CEO da Andersen Tax, frisa que “a Andersen Tax & Legal em Portugal será uma grande mais valia para a Andersen Global”, destacando ainda que “uma presença em Portugal complementa o crescimento que continuamos a desenvolver em toda a Europa, e, em conjunto, Lisboa, Madrid, Valência e Barcelona, vão criar uma prática jurídica ibérica e constituir um elemento fundamental para a criação de uma presença ainda mais robusta em toda a região”. A Andersen Global está presente em 62 locais, através das empresas associadas.
Em trânsito: » A PLMJ Advogados anunciou a nomeação de três novos sócios e sete associados coordenadores. Os novos sócios são Margarida Osório de Amorim, Pedro Caetano Nunes e Sara Blanco de Morais. Para além disso, foram ainda designados associados coordenadores os advogados da PLMJ Catarina Guedes de Carvalho, Inês Gomes da Cruz, Marta Costa, Nuno Luís Sapateiro, Pacôme Ziegler, Telma Pires de Lima, e Rodrigo Formigal. De acordo com o managing partner da PLMJ Advogados, Luís Pais Antunes, “trata-se de mais um passo na consolidação da estratégia da sociedade, que ao longo de 50 anos de história conseguiu construir sucessivas gerações de equipas ímpares no mercado– através de uma cultura de crescimento orgânico, complementada com uma política de lateral hirings de profissionais de enorme prestígio e forte especialização, numa clara aposta em equipas jovens e dinâmicas”.
» Tiago Ferreira de Matos (na foto) é o novo legal counsel do grupo farmacêutico Hovione. O advogado era até agora diretor jurídico para Portugal, Líbia e Emirados Árabes Unidos da construtora brasileira Odebrecht. A carreira internacional do advogado começou em 2008, quando integrou a Odebrecht, de que começou por ser responsável pelos assuntos legais para os mercados português e moçambicano. Antes disso, trabalhou na advocacia societária em Portugal. » A Miranda anunciou o reforço da sua equipa de bancário, financeiro e mercado de capitais, com a integração de Sofia Santos Machado como of counsel. A advogada integrava a Abreu Advogados desde 1996, onde entrou como estagiária e de que era sócia desde 2007. 49
opinião opinión
Revisão do Código
dos Contratos Públicos
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everá ser publicada brevemente a versão revista do Código dos Contratos Públicos (CCP), resultante do processo de transposição das Diretivas comunitárias em matéria de contratação pública (de 2014) e que deveriam ter sido transpostas até abril de 2016. De momento, apenas é conhecido o anteprojeto de revisão divulgado pelo Governo em Agosto de 2016, que consagra um conjunto de alterações motivadas não só pelas Diretivas, mas também pelo propósito do legislador nacional de reformular soluções do Código de 2008. Desde logo, o anteprojeto alarga o âmbito subjetivo de aplicação do CCP, prevendo que as entidades administrativas independentes (como é o caso dos reguladores) e o Banco de Portugal são entidades adjudicantes abrangidas pelas regras de formação de contratos em termos análogos ao Estado, autarquias e institutos públicos. No âmbito da contratação excluída (contratos cuja formação não se subordina ao CCP) destaca-se a nova disciplina dos contratos entre entidades do setor público (incluindo a contratação in house). Com uma redação abrangente, o anteprojeto pretende acompanhar o texto das Diretivas, as quais, por sua vez, procuraram consagrar as diretrizes do Tribunal de Justiça da União Europeia quanto aos requisitos necessários para que certos contratos sejam validamente celebrados por entidades adjudicantes entre si e sem serem submetidos ao mercado. Ao elenco dos procedimentos précontratuais o anteprojeto acrescenta a consulta prévia e a parceria para a
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Por Miguel Lorena Brito e João da Cunha Empis*
inovação. A consulta prévia resulta de um desdobramento do ajuste direto, constituindo, tal como este último, um procedimento não concorrencial sem prévia publicação de anúncio e em que apenas podem apresentar proposta as entidades convidadas para o efeito. No entanto, na consulta prévia a entidade adjudicante é obrigada a convidar pelo menos três agentes económicos a apresentarem proposta, enquanto no ajuste direto é possível dirigir convite a uma única entidade. Além dos casos em que a sua utilização é possível por critérios materiais, a consulta prévia permite a adjudicação de contratos de valor corresponde aos limiares do ajuste direto no atual CCP (150 mil euros nas empreitadas e 75 mil euros na aquisição de bens móveis e serviços), verificando-se uma significativa redução dos valores dentro dos quais é possível recorrer ao novo ajuste direto (30 mil e 20 mil euros, respetivamente). O anteprojeto prevê também alterações no critério de adjudicação, que passa a ser sempre o critério da proposta economicamente mais vantajosa, sendo introduzidos conceitos como “melhor relação qualidade-preço”, “análise custo-eficácia” e “custos do ciclo de vida”. A redação do anteprojeto não é particularmente esclarecedora nesta matéria, mas parece continuar a admitir, não obstante, as alterações terminológicas, que as propostas sejam avaliadas unicamente com base no preço ou com base no critério da qualidade (sendo o preço fixado nos documentos do procedimento). Na linha das Diretivas, o anteprojeto consagra a figura da consulta preliminar, permitindo às entidades
adjudicantes auscultar informalmente o mercado antes de lançar um procedimento, dando enquadramento legal a uma prática frequente e muitas vezes necessária. No entanto, este tipo de consultas coloca questões delicadas (que o anteprojeto não resolve inteiramente), relacionadas com o impedimento de participação a que podem ficar sujeitas as entidades que fornecerem informações ou pareceres à entidade adjudicante no âmbito da preparação de um concurso. Também no plano substantivo são previstas diversas novidades, nomeadamente nos limites à modificação de contratos e, especificamente nas empreitadas, nos conceitos de trabalhos a mais e de suprimento de erros e omissões. Estas duas categorias assumem agora a designação comum de “trabalhos complementares” e ficam sujeitas aos mesmos limites consoante sejam originados por “circunstâncias imprevistas” (10%) ou “circunstâncias imprevisíveis” (40%). Como seria de esperar, o anteprojeto não agradou a “gregos e troianos”, pois enquanto alguns viram nele um desvirtuamento do Código de 2008, outros consideraram, pelo contrário, que o legislador deveria aproveitar a oportunidade para aprofundar a correção do diploma original. Ambos os lados terão uma quota-parte de razão e espera-se que tenham sido acolhidas algumas boas propostas de alteração que entretanto foram sendo divulgadas. Aguardemos, então, pelo resultado. *Advogados da F. Castelo Branco & Associados Emails: mlb@fcblegal.com e jce@fcblegal.com.
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Vinhos & Gourmet
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Projeto MADE IN divulga mundialmente potencial das regiões vinícolas portuguesas A
MADE IN Douro é o nome do primeiro vinho da gama MADE IN, projeto que a FAPWINES acaba de lançar no mercado com o objetivo de dar a conhecer a genuinidade e autenticidade das regiões vinícolas portuguesas nos mercados internacionais, mostrando o seu terroir e potencial de uma forma moderna e acessível. Em Portugal, o projeto iniciou com uma parceria com a cadeia de supermercados Lidl, onde o MADE IN Douro está já disponível, sendo que a estratégia da FAPWINES passa por estender esta parceria à cadeia internacional do Lidl, bem como a outras grandes superfícies de países como os Estados Unidos, Inglaterra e Bélgica, estimando atingir, nos próximos três anos, a comercialização de 250 mil garrafas. “Os próprios rótulos das garrafas do MADE IN foram feitos a pensar na prateleira internacional e representam geograficamente Portugal, assinalando no mapa a região vinícola de proveniência do vinho.
Em breve, vamos alargar a gama de vinhos, que passará também a contar com um branco da região dos Vinhos Verdes e com um rosé , em representação da região Tejo”, revela João Matos, fundador da FAPWINES. Produzido a partir de castas exclusivamente portuguesas - Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca -, o MADE IN Douro é um tinto que provém de vinhas com idade média de 20 anos, plantadas a cerca de 350 metros de altitude, em solos xistosos. Apresenta um aroma a frutos vermelhos, com ligeiro toque a baunilha, proveniente do estágio em barricas de carvalho americano. Na boca, revela-se fresco e persistente. Fundada em 2013, a FAPWINES é o projeto a partir do qual o enólogo João Matos redesenhou o seu percurso no mundo dos vinhos, após 12 anos de experiência na criação e comercialização de vinhos.
Monte da Vaqueira renova imagem e reforça qualidade O
produtor borbense Marcolino Sebo apresenta o seu Monte da Vaqueira 2016 com imagem renovada, reforçando a aposta na qualidade do produto a todos os níveis. O tinto Monte da Vaqueira colheira 2016 é um vinho regional alentejano obtido das castas autóctones Aragonez, Alicante Bouschet e Trincadeira. Como características principais, apresenta cor rubi carregado e aroma de fruta madura. Na boca é macio, redondo, encorpado e ligeiramente acídulo, sendo generoso no seu conjunto.
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Aconselha-se para acompanhamento de grelhados, carnes vermelhas e queijos regionais, servido idealmente a uma temperatura de 18 e 20º centígrados. O Monte da Vaqueira existe também nas versões branco e rosé , igualmente com imagem agora renovada. No conjunto, produziram-se 200 mil garrafas a partir da colheita de 2016, com um preço de venda ao público recomendado de três euros. Jorge Santos foi, mais uma vez, o enólogo responsável pelo processo de produção deste tinto da Marcolino Sebo.
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Nova loja de azeites portugueses na Baixa de Lisboa N a loja Olistori, que acaba de nascer na Baixa de Lisboa, há mais de 30 variedades de azeite, todos extra virgem e de várias regiões do país, desde o Algarve a Trás os Montes, passando pelo Alentejo, Ribatejo ou Douro. Nesta loja especializada em azeite português, há garrafas de cem, 250 e 500 mililitros, cujos preços podem variar entre os quatro e os 25 euros. Os clientes podem ainda provar os produtos, assim como obter mais informações sobre os mesmos para decidir sobre a sua compra Numa fase posterior, os dois promotores deste novo espaço pretendem ainda lançar eventos degustativos para grupos, com entradas pagas, e que inclu-
am petiscos como tapas. Outros produtos que se podem encontrar no espaço são chocolates com recheio de azeite e azeitonas, frascos de azeitonas, pasta de azeitonas, compotas feitas com azeite, sardinhas em azeite ou sabão com azeite, além de vários tipos de pão. O espaço foi lançado pelo casal Thierry Levade e Isabel Carreiro, que viveram em vários países, mas que passavam férias em Portugal há
vários anos, tendo assim apostado neste país e resolvido valorizar o azeite português, aproveitando ainda o dinamismo do turismo na capital portuguesa.
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Vinhos da Quinta de Lemos distinguidos O s vinhos que homenageiam as mulheres da família Lemos mantêm-se com grande dinamismo a nível de prémos internacionais. Em 2016, os vinhos Quinta de Lemos estiveram em destaque a nível nacional e internacional. No “Concurso Mundial de Bruxelas”, receberam a medalha de ouro os vinhos Dona Georgina 2005, 2007, 2008 e 2010, o Dona Santana 2005 e 2009, o Touriga Nacional 2007 e 2008, o Jaen 2007 e o Alfrocheiro 2010. Já da medalha de prata foram alvo o Dona Louise 2005, o Dona Santana 2006 e o Touriga Nacional 2007. Por seu turno, no “International Wine Challenge”, destacaram-se o Touriga Nacional 2009 e o Dona Georgina,
com medalha de prata, e o Alfrocheiro 2009 (na foto), com bronze. Na “Wine Enthusiast”, todos os vinhos avaliados da colheita de 2009 receberam mais de 90 pontos: Jaen93, Alfrocheiro- 92, Tinta Roriz-93, Touriga Nacional-94, Dona Santana91 e Dona Georgina-94. Robert Parker, um dos críticos mais reconhecidos da área, destacou os Touriga Nacional 2007, 2008 e 2009 com 92 pontos e os Dona Georgina 2007, 2008 e 2009 com 92, 93 e 92 pontos, respetivamente. Já Jancis Robinson deu nota 17+ ao Dona Santana 2005, 17,5 ao Touriga Nacional 2009, 17 ao Tinta Roriz 2006 e 17 aos Dona Georgina 2007 e 2008. “Estes prémios e classificações, pro-
venientes dos mais reconhecidos concursos e críticos a nível internacional, demonstram a grande consistência dos vinhos Quinta de Lemos. 2016 foi um ano muito positivo e agora o objetivo é manter a qualidade”, salienta Pierre de Lemos, administrador da Quinta de Lemos.
Branco da Gaivosa Grande Reserva 2014 melhorado D esde o ano passado que o clássico Branco da Gaivosa Reserva passou a ser designado como Branco da Gaivosa Grande Reserva. Lançado apenas em anos de qualidade excecional há mais de uma década, este vinho segue uma rigorosa receita, desde a vinha até à adega. As uvas são tratadas com o mesmo cuidado, a produção orientada pelos mesmos métodos tradicionais e o envelhecimento continua paciente. Então, o que mudou? O que mudou não foi a forma como é feito o vinho, mas sim a própria qualidade das uvas que aumentou significativamente nos últimos anos e que passou a exigir mais justiça no rótulo. Por esse motivo, o vinho foi submetido à categoria de grande reserva, aprovada por unanimidade. Para o produtor, esta mudança não passou de uma “mera formalidade, já que o perfil do vinho mantém a qualidade e a consistência de sempre”. Ao mercado acaba de chegar uma nova colheita, a segunda com esta nova desig-
nação. O Branco da Gaivosa Grande Reserva 2014 é elaborado à base das castas Malvasia Fina, Gouveio, Avesso e Arinto, provenientes de vinhas com mais de 20 anos de idade. Passa depois por um estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês com batônnage , o que lhe confere intensidade aromática, corpo e textura. É um vinho exigente, até para palatos mais apurados, pedindo companhia à mesa. A sua aptidão gastronómica permite-lhe acompanhar bem pratos de peixes gordos, como salmão ou bacalhau, assim como pratos de carne com molhos suaves. Para melhor usufruir deste vinho, é preciso primeiro decantar para depois encantar. Recomenda-se uma espera de 30 minutos e o serviço a 12º centígrados. Apesar da tentação de abrir já a garrafa para celebrar a chegada do bom tempo, este é um vinho com potencial de guarda. Um branco que quanto mais velho, melhor.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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eventos eventos
Missão de Zamora traz 12 empresas do setor agroalimentar a Portugal
Um grupo de 12 empresas de Zamora (Espanha) do setor agroalimentar esteve a semana passada em Portugal, para estabelecer contactos comerciais com congéneres portuguesas, com vista a eventuais parcerias para a distribuição dos seus produtos no mercado português. Um dos objetivos é aproveitar o movimento turístico que se vive Portugal, afirmaram alguns dos participantes na missão. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
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élix Vicente Pastor, um dos donos de uma das mais famosas queijarias artesanais de Zamora quer alargar a distribuição dos seus produtos em Portugal. O produtor de caráter familiar quer encontrar alguns clientes portugueses da área da restauração e hotelaria ou pequenas mercearias gourmet, de Lisboa e do Algarve– regiões turísticas–, para escoar os seus queijos de ovelha de leite cru, feitos de forma artesanal há várias gerações, explica Félix Vicente Pastor, director managing da Agrovipas, que comercializa aquela marca de queijos. “As grandes superfícies não nos interessam, o que nos interessa é o nicho alto e médio de consumo”, conclui Félix Vicente Pastor. Em Espanha, a empresa comercializa os seus queijos em vários locais, incluindo os Clube Gourmet do El Corte Inglés. Esta foi uma das 12 pequenas e
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médias empresas (PME) da indústria agroalimentar da província espanhola de Zamora que estiveram em Portugal, entre os dias 22 e 24 de maio numa missão empresarial levada a cabo pela Câmara de Comércio da província de Zamora. A deslocação a Portugal pretendia ajudar estas pequenas empresas a estabelecerem contactos para “aumentar as relações comerciais” e, eventualmente, firmar futuras parcerias para a distribuição dos seus produtos no mercado português, enquadra Carlos Prieto, responsável da Câmara de Comércio da província de Zamora. Outra empresa participante na missão foi a Gabino Bobo, que produz “farinhas de valor acrescentado” para a alimentação e que pretende encontrar novos clientes em Portugal, para onde já faz “pequenas exportações”, refere o diretor comercial da empresa, Jesús Garrote. O objetivo são supermercados e padarias, adianta.
Esta empresa possui três fábricas na província de Zamora, onde produz vários tipos de farinha e cereais especiais, como espelta, centeio e tritordeum (uma mistura de trigo duro e cevada que resulta num novo cereal, atualmente produzido com muito sucesso em Zamora). Todos os cereais são transformados sem aditivos ou conservantes, para produzir vários tipos de farinhas, como sejam as farinhas biológicas. As restantes 10 empresas que participaram na missão foram a Baltasar Moralejo e Hijos, a Quesos Revilla, a Gestión Agro Ganadera e a Lácteas Zamoro (do setor queijeiro); a Bodegas y Pagos Matarredonda e a Bodegas Verdes (setor dos vinhos), a Frutas Manuel Barrero (produtos frutícolas), a Hijos de Dionisio Sánchez e Cárnicas Díaz de Zamora (setor das carne) e, finalmente, a Leche Gaza (leite e sobremesas lácteas).
eventos
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Padel IV Torneio Ibérico de
CCILE 03 de Junho 2017 Rackets Pro EUL
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LOCAL: Rackets Pro EUL, Azinhaga Galhardas 18, 1600-209 Lisboa, GPS: 38.753519, -9.164267 Para mais informações contactar: CCILE · Tel. 213 509 310 / Fax 213 526 333 • e-mail: ccile@ccile.org junho de 2017
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
EAD anuncia aquisição da Fin-Prisma por um milhão de euros A EAD-Empresa de Arquivo de Documentação, pioneira e líder de mercado na gestão documental em regime de outsourcing em Portugal, anuncia a aquisição da empresa portuguesa Fin-Prisma num investimento que ronda um milhão de euros. “As negociações começaram em 2016, mas a EAD fez questão de iniciar o novo ano com a aquisição da empresa especializada no desenvolvimento e implementação de soluções informáticas para gestão documental FinPrisma, que aporta à companhia as mais valias da agilidade e inovação nas soluções apresentadas às empresas através de serviços como cloud backup and recover Saas, mobile capture, desenvolvimento aplicacional ou a conversão de suportes”, destaca a EAD. Esta empresa 100% portuguesa apresenta ainda uma vasta rede de parceiros para o desenvolvimento de soluções tecnológicas, tendo mais de cinco mil utilizadores das suas soluções, 50 terabytes de documentos armazenados e mais de 750 milhões de páginas digitalizadas. A Fin-Prisma conta ainda
com técnicos credenciados, processos certificados e tecnologia robusta que visam, essencialmente, o aumento do nível de eficiência da organização e a redução dos custos operacionais. Após esta aquisição, a EAD continua o seu plano de crescimento e expansão para 2017, que passa também pelo investimento na Polónia e noutros países da Europa de Leste.
A EAD desenvolve, há 24 anos, serviços de gestão da função arquivo, avaliando métodos de trabalho em arquivo e gestão documental, e que concebe e implementa soluções ajustadas às necessidades dos seus clientes. É líder de mercado em Portugal e pioneira em custódia e gestão de arquivo no país, conta com 680 clientes em carteira e 84 colaboradores.
Epson em destaque na Alimentaria Lisboa 2017
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Epson marca, mais uma vez, presença na Alimentaria, a feira dedicada a profissionais dos sectores da indústria da alimentação e bebidas, e que decorre este ano em Lisboa, entre 4 e 6 de junho. A multinacional japonesa dará destaque às suas inovadoras tecnologias ePOS de 58 act ualidad€
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impressão de recibos – a mais recente TM-T88VI-iHUB – e etiquetas a cores – gama de impressoras ColorWorks – que impactam e otimizam o setor da restauração. Os equipamentos da gama ColorWorks vão estar em ação no evento, mostrando como a impressão de etiquetas a cores on-demand beneficia o setor alimentar, onde a rotulagem dos produtos é fundamental. Os inovadores modelos desta gama garantem a impressão de etiquetas a cores, a baixo custo, com eficiente concordância de pontos de cor, elevada qualidade e velocidade. Quanto à versão otimizada da TM-T88VI/VI-iHUB, impressora ePOS que incorpora a vasta panóplia
de equipamentos TM-intelligent, conta com múltiplas funcionalidades, que passam pela simples integração em apps ou aplicações web, o controlo de periféricos POS, a impressão a partir da internet e o armazenamento de aplicações web na própria impressora. A exclusão do recurso a drivers e necessidade de incorporação de software específico para a integração na infraestrutura do negócio, conferem a esta e às demais impressoras da gama TM-intelligent, a possibilidade de proporcionar mobilidade, flexibilidade e portabilidade à experiência do consumidor em loja, permitindo estreitar e personalizar as relações entre retalhistas e clientes.
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setor imobiliário
sector inmobiliario
El Salón Inmobiliario de Madrid, escaparate para la obra nueva
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l Salón Inmobiliario Internacional de Madrid (SIMA) celebró su última edición del 25 al 28 de mayo en el pabellón 10 de IFEMA y volvió a ser escaparate de promociones nuevas, en fase de construcción o en venta sobre plano. “Casi el 90% de la oferta residencial es de obra nueva y menos del 15% está compuesto por viviendas llave en mano”, explicó el director del certamen, Eloy Bohúa. “La situación se ha dado la vuelta respecto a la edición de 2010, en la que el 90% de lo que se
presentó en la feria era stock”, añadió. El máximo responsable del SIMA defiende que el salón siempre ha sido uno de los mejores indicadores para medir la salud del mercado inmobiliario y, en este sentido, cree que la edición de 2017 ha servido para mostrar “la recuperación saludable” que vive el sector. “Al igual que el mercado, que crece a un ritmo razonable, nuestra mejoría también es sostenible con un aumento de la superficie de exposición contratada del 25% y del 20% en el número de expositores”, comenta el director del SIMA. Madrid capital y su comunidad acaparan el mayor porcentaje de viviendas que se comercializarán en la feria, cuya oferta ya supone el 26% de la comunicada a la organización hasta el momento.
Lar aumenta beneficios un 20% en el primer trimestre de 2017
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a Socimi Lar España, cuyo máximo accionista es la gestora de fondos Pimco, cerró el primer trimestre de 2017 con un beneficio neto de 10,5 millones, un 20,3% más que en el mismo periodo del año anterior. Los ingresos ordinarios durante los primeros tres meses de 2017 se situaron en 18 millones de euros, frente a los 13 millones del mismo periodo del año anterior. De esta cifra, el 92% procede de las rentas obtenidas por los centros comerciales y oficinas, frente al 90% que representaba en el mismo periodo del año anterior. El resultado bruto de explotación (EBITDA) asciende a 12 millones de euros.
Londres, Varsovia y Madrid son las ciudades con más pisos en alquiler
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ondres, Varsovia y Madrid son las ciudades con más pisos disponibles para alquilar de la Unión Europea, según un estudio de las ofertas de inmuebles para alquilar en las 30 ciudades con más población realizado por el portal inmobiliario Idealista. En concreto, la oferta de vivienda en alquiler alcanza los 10.683 pisos en Londres, los 10.240 pisos en Varsovia y supera los 10.090 anuncios de inmuebles para alquilar en Madrid, ciudad que cierra el “top 3”. La oferta de viviendas en la capital española es incluso mayor que la que se puede encontrar en ciudades como Bruselas, Berlín y Ámsterdam, que
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en conjunto suman 10.078 inmuebles para alquilar. Sin embargo, ésta no es la única ciudad de España que se cuela en este ranking, ya que Barcelona se sitúa en la sexta posición, con 6.783 anuncios. Únicamente le superan París (8.833 anuncios) y Sofía (8.658 anuncios). Por detrás, se sitúan Milán (6.736), Roma (6.244) y Viena (5.297). También está Valencia, que se sitúa en el puesto 16, con 2.954 anuncios, al mismo nivel casi de Turín (2.855)
y Bucarest (2.127). Unos cuantos puestos más abajo está Sevilla, con 1.651 viviendas, en niveles similares a los que se registran en Ámsterdam (1.802), Leeds (1.597), Múnich (1.364) y Estocolmo (1.354 anuncios).
sector inmobiliario
setor imobiliário
Hotéis de Lisboa, Porto e Algarve são cada vez mais atrativos para os investidores
OLisboa, no Porto e no Algarve está
bom desempenho dos hotéis em
a atrair a atenção de cada vez mais investidores, uma tendência que deverá manter-se em 2017 face às boas perspetivas de evolução da atividade turística e reforço da oferta hotelei-
ra prevista para os três mercados. A conclusão é da consultora JLL, na sua mais recente iniciativa de research para Portugal, a publicação trimestral Hotel Intelligence. “O mercado de investimento em hotéis já beneficiou desta conjuntura positiva em 2016 e os investidores estão cada vez mais atentos a Portugal, mostrando-se muito confiantes no potencial de evolução da procura turística”, comenta Karina Simões, vice-presidente do Hotels & Hospitality Group da JLL
em Portugal. Lisboa é, de acordo com a JLL, uma cidade cada vez mais atrativa para investimento hoteleiro, tendo registado um ano recorde a nível de RevPAR, que cresceu 8,1%, para os 74 euros. Este aumento foi impulsionado sobretudo pela subida de 7,1% no preço médio por quarto para os 100 euros, num cenário em que a taxa de ocupação atingiu os 74,3%, com uma subida marginal de 0,9%. Em 2016, abriram 10 novos hotéis em Lisboa, com a oferta em funcionamento a atingir as 246 unidades. E este número deverá aumentar consideravelmente nos próximos dois anos, com 21 novos hotéis previstos, num total de 2.040 quartos, especialmente nas categorias de quatro e cinco estrelas.
Grupo Altis Hotels em expansão A Altis Hotels continua uma expansão na cidade de Lisboa, agora corporizada na ampliação que se encontra em curso no emblemático Altis Avenida Hotel, um boutique hotel de cinco estrelas na Praça dos Restauradores, um investimento de cerca de nove milhões de euros. Esta ampliação traduz-se em mais 46 quartos e suites, ampliação das zonas públicas, um fitness room e um sundeck e rooftop bar no último piso com vista panorâmica para a cidade e rio. Com a ampliação concluída o Altis Avenida passará a dispor de 120 quartos, e o edifício está localizado entre a Avenida da Liberdade e Praça do Rossio, mantendo o charme cosmopolita que o caracteriza num projeto de decoração de interiores das premiadas arquitetas Cristina Santos Silva e Ana Meneses Cardoso.
A estratégia de crescimento do grupo Altis passa também pela gestão de unidades autónomas, para que tem sido convidado, estando a avaliar algumas situações no Porto, Madeira, Algarve e Lisboa. A primeira unidade com este modelo de gestão e não
pertencente ao grupo tem a abertura prevista para junho. Será designado por Altis Prata e é um hotel de apartamentos com 22 unidades, de tipologias T0, T1 e T2, localizado na Rua da Prata, num edifício totalmente recuperado na Baixa de Lisboa.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR junho de 2017
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Economia portuguesa cresceu 2,8% no primeiro trimestre economia nacional cresceu 2,8%, A em termos homólogos, no primeiro trimestre de 2017, de acordo com a estimativa provisória do INE. Este é o melhor registo desde o quarto trimestre de 2007. No último trimestre de 2016, a economia portuguesa tinha crescido 2% em termos homólogos. O INE adianta que “esta aceleração resultou do maior contributo da procura externa líquida, que passou de negativo para positivo”. Este contributo foi possível devido às exportações de bens e serviços terem crescido mais do que as importações. Ao mesmo tempo, “a procura interna manteve um contributo positivo elevado, embora inferior
ao do trimestre precedente”. O INE estima ainda que o consumo privado tivesse desacelerado, embora o investimento tenha aumentado de ritmo. Quando comparado com o final de 2016, a economia nacional cresceu agora 1%, crescimento que também representa uma aceleração, uma vez que nos últimos três meses de 2016 o crescimento em cadeia tinha sido de 0,7%. Também nesta perspetiva, o crescimento mais acentuado do PIB foi justificado pelo aumento das exportações. A taxa de crescimento homóloga de 2,8% foi, assim, a sexta mais elevada de entre os países da Zona Euro, de acordo com os dados do Eurostat.
Inflação aumentou para 2% em abril
Exportações portuguesas crescem 18% no primeiro trimestre
A variação homóloga do IPC passou de 1,4% em março para 2% em abril de 2017. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 1,7%, mais 1,1 pontos percentuais do que no mês anterior. Uma aceleração que se ficou a dever sobretudo aos aumentos das contribuições para a variação homóloga do IPC da classe dos restaurantes e hotéis e dos transportes, refletindo sobretudo o efeito associado ao feriado móvel da Páscoa, que ocorreu em abril enquanto no ano anterior ocorreu em março. A variação mensal do IPC foi de 1,0% (1,8% no mês anterior e 0,4% em abril de 2016). A variação média dos últimos doze meses registou uma taxa de 0,9%, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao registado no mês anterior.
As exportações de mercadorias em Portugal atingiram 14 mil milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 18% face ao período homólogo, de acordo com dados do gabinete de estatística da Comissão Europeia. Este aumento foi sustentado sobretudo pelo crescimento de 21% nas exportações para fora da UE, sendo que as exportações intracomunitárias aumentaram também de forma significativa (mais 16%). As importações em Portugal cresceram, igualmente, de forma acentuada no primeiro trimestre, o que levou a um aumento do défice da balança comercial em 200 milhões de euros, para os 2.600 milhões de euros. Tendo em conta apenas o mês de março, as exportações portuguesas aumentaram 5,2%, mais do que duplicando a taxa de crescimento da União Europeia (2,2%), ainda de acordo com o Eurostat.
Desemprego desceu para 10,1% no início do ano A taxa de desemprego desceu para 10,1% nos três primeiros meses do ano, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). No primeiro trimestre do ano, o desemprego ficou, assim, abaixo dos 10,5% registados no trimestre anterior e dos 12,4% verificados no período homólogo de 2016. Esta foi a taxa de desemprego mais baixa dos últimos sete anos, sendo este valor igual ao registado no quarto trimestre de 2009. Desde então, o desemprego iniciou uma trajetória de subida que se prolongou até ao início de 2013, quando atingiu os 17,5%. Depois desse "pico", a taxa tem estado a recuar ou,
em alguns trimestres, a estabilizar. No primeiro trimestre de 2017, o INE assinala a existência de 523.900 pessoas desempregadas, ou seja, menos 116.300 do que no início de 2016, o que corresponde a uma diminuição de 18,2%. Na comparação com o trimestre anterior, a população desempregada recuou 3,5%, o que corresponde a menos 19.300 pessoas. A taxa de desemprego jovem (15 a 24 anos) foi de 25,1%, menos 2,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior e 5,9 pontos abaixo da taxa verificada no período homólogo. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Mini Cooper S E Countryman All4 O primeiro Mini híbrido
O
Fotos DR
Countryman foi o modelo escolhido pela Mini para criar o primeiro híbrido Plug-in da sua história. O seu desenvolvimento foi baseado na experiência adquirida pela BMW com a sua gama iPerformance, assim como dos ensinamentos retirados dos testes em condições reais de utilização que o Mini E totalmente elétrico, vem efetuando desde que foi mostrado em 2008. No fundo, é a mecânica que encontramos no BMW 225xe Plug-in Hybrid, mas a fazer a sua estreia num Mini, mais concretamente no modelo Countryman com que partilha a plataforma. Visualmente, não serão muitas as diferenças entre o Mini híbrido plug-in e as suas versões convencionais. A porta de acesso à tomada de carregamento da bateria está disfarçada no guarda-lamas dianteiro esquerdo, no interior desta64 act ualidad€
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cam-se o botão de arranque colocado ao centro do tablier, que emite uma luz amarela em vez de vermelha, antes de o veículo ser posto em funcionamento e, a substituição do conta-rotações por um indicador de energia. No interior, embora predomine o estilo Mini, encontra-se presente o primeiro ecrã táctil para o sistema de
infoentretenimento de um Mini, desde que opte pela versão topo de gama. De resto, estão presentes as habituais soluções de assistência à condução e segurança, como o sistema de alerta de colisão com travagem de emergência ou os opcionais Driving Assist, sensores e câmaras de estacionamento, sistema de auxílio ao estacionamento e
sector automóvil Setor automóvel
head-up display. A bateria de iões de lítio, por outro lado, obrigou à redução da capacidade da bagageira, que varia entre os 405 e os 1275 litros, em vez de 450 a 1390 litros das versões convencionais. Esta bateria de alta voltagem, montada sob os bancos traseiros, permite que a propulsão elétrica possa ser utilizada até aos 80 quilómetros/ hora no modo de funcionamento Auto eDrive, e até aos 125 quilómetros/ hora no modo Max eDrive. Como é habitual neste tipo de motorização, também existe um modo que permite circular exclusivamente com o motor de combustão, de modo a carregar e/ou guardar a carga da bateria para utilização, por exemplo, em cidade, aqui denominado de Save Battery. O tempo de carregamento, pode ir de 3h15 numa tomada de 240 volts, ou 2h15 através de uma “i wallbox”. Este modelo da Mini está equipado com um motor a gasolina de três cilindros, turbo, de 1,5 litros e 136 cavalos, que move as rodas dianteiras, enquanto o motor elétrico de 65 KW, o equivalente a 88 cavalos, movimenta as rodas traseiras. Assim que o controlo de estabilidade (DSC) deteta alguma perda de aderência coloca de imediato o outro motor em funcionamento para ter mais duas rodas a “puxar” pelo carro, recuperando o controlo.
Quanto às performances, de destacar, man All4 é como uma proposta versátil, desde logo, o rendimento combinado capaz de oferecer baixas ou nulas emisde 224 cavalos e 385 Nm, suficien- sões em perímetro urbano, potência te para permitir ao Mini Cooper S E e espaço mais do que suficientes para Countrymam All4 cumprir os 0-100 viagens mais longas e ainda um sistema quilómetros/ hora em 6,8 segundos de tração total que lhe permite avene atingir uma velocidade máxima de turar-se por outros terrenos que não o 198 quilómetros/ hora, bem como asfalto. Em Portugal, o Countryman E estaanunciar um consumo combinado de 2,1 litros/100 quilómetros e emissões rá disponível a partir de julho, por um de CO2 de apenas 49 gramas/ quiló- preço de 39.350 euros, que inclui o serviço de manutenção básica durante metro. O novo Mini Cooper S E Country- cinco anos ou 80 mil quilómetros.
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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Fabricantes españoles de test de embarazo, tensiómetros digitales de muñeca, termómetros y suero fisiológico
DP170106
Empresas españolas del sector industrial en Madrid, Barcelona, Bilbao y Galicia
DP170107
Fabricantes españoles de dispensadores de papel higiénico INOX, platos y vasos de cartón
DP170301
Fabricantes españoles de productos de cosmética para vender en tienda online portuguesa
DP170302
Distribuidores españoles de vino
DP170303
Empresas españolas proveedoras de loza para restaurantes
DP170401
Fabricantes españoles de equipamientos de extracción de humos para claraboyas
DP170402
Empresas exportadoras del País Vasco para Portugal
DP170403
Proveedores españoles de hojas de papel de aluminio para decorar tartas Agencia de publicidad portuguesa busca agencias de publicidad en Madrid para ofrecer sus servicios de outsourcing Empresas españolas de los sectores químico, alimentación, papel-cartón, plásticos, en las regiones de Castilla y la Mancha, Castilla y León, Madrid, Navarra y País Vasco para ofrecer sus servicios logísticos Empresas españolas de los sectores químico y petroquímico para poder ofrecer materias primas (productos químicos de limpieza, higiene y desinfección)
DP170404
Empresas españolas del área de las artes gráficas y fotografía para presentar sus servicios
OP170401
OP170103 OP170201 OP170301
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas de tratamento de superfícies com cromo duro
DE170201
Fabricantes portugueses de meias Empresas portuguesas do setor da eletrónica/telecomunicações Empresas em Lisboa que compram sucata
DE170202 DE170301 DE170302
Fábricas de calçado em Portugal
DE170401
Empresas portuguesas importadoras e distribuidoras de suplementos alimentares Empresas portuguesas do setor das caldeiras industriais Empresa espanhola fabricante de embalagens metálicas procura agente comercial para Portugal Empresas portuguesas produtoras de azeite, vinho, detergentes, cosméticos, molhos, lácteos, sumos e bebidas espirituosas para apresentar os seus produtos (embalagens plásticas) Empresa espanhola produtora de plástico como matéria prima procura sócios e agentes comerciais em Portugal Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico
DE170402 DE170403 OE160601
Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil procura agentes comerciais para Portugal
OE170305
OE170102 OE170301 OE170302 OE170304
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
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Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
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IVA
Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em abril/2017
Contribuintes do regime normal mensal
12
Segurança Social
Declaração de remunerações relativa a maio/2017
Entidades empregadoras
12
IRS
Declaração mensal de remunerações - AT, relativa a maio/2017
Entidades devedoras de rendimentos
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Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de maio/2017
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC, bem como Imposto selo liquidado em maio/2017
Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em maio/2017, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido os 50 mil euros no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
Aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE
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IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em maio/2017
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
Comunicação por: - Transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Webservice da AT; - Envio do ficheiro SAF-T(PT), através do Portal da AT; - Recolha direta no Portal da AT
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IRC
Declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em abril de 2017
Entidades pagadoras dos rendimentos
A entidade pagadora deve obter um número fiscal (NIF especial) para o não residente.
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IRC/IRS/IVA/ Selo
IES /Declaração Anual, referente ao exercício de 2016
Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada
Pode ainda ser enviada até 15 de julho
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IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2016 noutro Estado membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
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Rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (incluindo os rendimentos isentos ou excluídos da tributação)
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE170124 BE170125
M
09/03/1991
INGLÊS
GESTÃO ADMINISTRATIVA
M
12/10/1996
PORTUGUÊS/ ESPANHOL
TEATRO
BE170126
M
1959
PORTUGUÊS
DIRETOR F&B
BE170127
F
30/10/1983
FRANCÊS/ INGLÊS
TÉCNICA DE REPARAÇÃO DE COMPUTADORES
BE170128
M
30/12/1978
INGLÊS
GESTÃO
BE170129
M
02/04/1981
INGLÊS/ ESPANHOL
COORDENADOR DE ESTRATÉGICAS DE MARKETING
BE170130
F
22/12/1981
INGLÊS/ FRANCÊS
PSICÓLOGA
BE170131
M
11/01/1968
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
COMERCIAL
BE170132
M
INGLÊS
COORDENADOR GERAL DE LOGÍSTICA
BE170133
M
26/07/1966
BE170134
F
23/12/1967
INGLÊS/ FRANCES
SECRETARIADO/ ASSESSORIA DA ADMINISTRAÇÃO
BE170135
F
14/04/1983
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
TURISMO, RECECIONISTA, COORDENADORA DE EVENTOS F&B
BE170136
F
27/01/1976
INGLÊS/ ITALIANO/ ESPANHOL
SECRETÁRIA/ ADMINISTRATIVA
BE170137
F
13/06/1978
BE170138
F
13/04/1979
BE170139
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GRÁFICO
EMPREGADA DE BALCÃO/ MESA/ COZINHA ESPANHOL/ INGLÊS/ POLACO
PROFESSORA DE ESPANHOL
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ GALEGO/ INGLÊS
JORNALISMO
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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espaço de lazer
espacio de ocio
O bairrista e internacional Infame No Intendente, ser bairrista é ser do mundo e isso reflete-se na cozinha comandada pelo chefe Nuno Bandeira de Lima. No Intendente, Infame é só o nome do restaurante alojado num antigo edifício distinguido com o prémio de arquitetura Valmor, recentemente transformado no Hotel 1908.
S
im, o bairro do Intendente e sobretudo o Largo do Intendente Pina Manique eram zonas associadas a droga e prostituição, antes da reabilitação chegar aos históricos prédios da zona e, com ela, surgirem novos projetos de hotelaria, restauração e comércio. “Quisemos assumir essa má fama do Intendente no nome do restaurante”, explica Nuno Bandeira de Lima, o chefe do Infame. O restaurante ocupa o rés-do-chão e primeiro andar do edifício de esquina do largo com a Avenida Almirante Reis. O prédio, da autoria do arquiteto Adães Bermudes, foi distinguido em
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
1908 com o prémio Valmor e é um dos mais característicos da arquitetura Arte Nova, em Lisboa. A empresa portuguesa Vila de Santana adquiriu o imóvel, recuperou-o e transformou-o no 1908 Lisboa Hotel e no restaurante Infame, mantendo toda a fachada original e dando um renovado protagonismo às libelinhas desenhadas pelo ferro das varandas. A libelinha é uma espécie de mascote ou imagem de marca do Infame, com direito a uma gigante escultura, pregada a uma das paredes, do artista Bordalo II, feita com o entulho do prédio, resgatado pelo artista na fase em que estava a ser reabilitado. O restau-
rante é também palco de artistas como os Irmãos Marques, responsáveis por nichos tridimensionais, cavados nas paredes do Infame. A decoração do espaço é assinada pela Sizz Design, que combina elementos industriais com o piso de cimento hidráulico (no rés-dochão) e madeira (na mezzanine). Aberto no final de janeiro deste ano, o Infame não faz justiça ao nome, assinala Nuno Bandeira de Lima: “Está a correr muito bem. Estamos abertos todo o dia e todos os dias, já que servimos pequenos-almoços, almoços, jantares e petiscos a qualquer hora, quer no bar, quer na esplanada. Quem pensar vir ao Infame a um sábado ou
espacio de ocio
domingo convém fazer reserva porque habitualmente estamos cheios.” Nuno Bandeira de Lima, que antes passou pelas cozinhas do Lapa Palace, do Feitoria, da Cafetaria Mensagem no Altis Belém, e mais recentemente liderou as cozinhas do The Decadente, do The Insólito e do Trincas (Mercado da Ribeira), já era cliente da zona antes de chefiar o Infame: “Continuo a explorar o bairro, que além de ser excelente para comprar ingredientes, tem também espaços de restauração com comida de diferentes proveniências.” O Intendente é por si só uma fonte de inspiração, conclui o chefe, assumindo o seu gosto pela cozinha oriental. A carta é, por isso, bairrista, o que no caso do Intendente significa também ser internacional, já que espelha a zona em que o Infame está inserido, ainda que com a preocupação de manter o ADN gastronómico português. “Quis fazer uma carta com pratos portugueses, mas com alguns apontamentos orientais e de outras partes do mundo, inevitáveis num bairro onde habitam cidadãos de dezenas de nacionalidades
diferentes”, sublinha Nuno Bandeira de Lima. Exemplo disso são as pakoras de legumes (inspiradas nas do Bangladesh), feitas com farinha de grão comprada numa mercearia local, acompanhadas de maionese de togarashi (feita com casca de laranja, sésamo e malaguetas). Esta é uma das entradas a manter, já que a carta acaba de ser alterada, propondo pratos mais adequados ao entusiasmo dos termómetros, como é o caso do verde, feito com gengibre e coentros. Entre os pratos, encontra a pasta Valmor, feita com massa de arroz, pak choi, beringela roxa e molho de soja. As sugestões de peixe incluem bacalhau à fresca, servido com xerém de berbigão, alga wakame e torresmos. Outra possibilidade é o curioso polvo Paul, que homenageia o alegado vidente do Mundial de Futebol de 2010. O molusco é assado com batata doce, acelgas e crocante de arroz. Das propostas de carne, Nuno Bandeira de Lima destaca Lamb’orghini: carré de borrego, puré
espaço de lazer
de pastinaga assada e crocante de grão. O chefe sugere ainda o “The Aussie”, feito com carne de vaca (sirloin black angus), batata frita e chimichurri. A carta de sobremesas inclui o tentador bolo má vida, feito com tâmaras, caramelo de whisky e gelado de lúcia-lima, e a bomba de chocolate, que junta no mesmo prato diferentes texturas e tipos de chocolate. No bar, o foco vai para a lista de cocktails. Ao longo do dia, a cozinha está preparada para servir diversos petiscos, como saladas e sandes. Em média, uma refeição custa 21 euros por pessoa. A almoço há um menu executivo por 12,5 euros. Nuno Bandeira de Lima lidera uma equipa de nove cozinheiros, que inclui os sub chefes André Rebelo, João Silva, Luís Barros e Guilherme Ferreira (pastelaria).
Infame Largo do Intendente Pina Manique nº4, Lisboa Tel.: 21 8804008 E-mail: eat@infame.pt
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espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural
XXX Salão de Primavera no Casino Estoril
Guia turístico
Algarve a pedalar
A Região de Turismo do Algarve, em parceria com a Federação Portuguesa de Ciclismo, editou o primeiro guia de percursos de ciclismo de estrada da região. São 41 trajetos sugeridos ao longo de 90 páginas, organi za dos em três zonas: este, central e oeste. Os percursos “estão segmentados por quatro níveis de dificuldade, para que os leitores saibam quais escolher antes de se fazerem à estrada”. Para cada percurso, o utilizador encontrará um QR Code (código de barras bidimensional), “através do qual poderá aceder, a partir do seu dispositivo móvel, aos detalhes do trajeto que quer percorrer”. O guia tem uma tiragem de 1500 exemplares, para distribuição gratuita nas ações promocionais da RTA, apelando à “utilização da bicicleta para uma vida mais saudável e feliz enquanto leva os ciclistas a atravessarem a região por vias rodoviárias selecionadas”. Este guia “é inovador”, afirma o presidente da RTA, Desidério Silva, salientando que se trata “da primeira publicação do género editada na região e surge um ano depois do arranque do Cycling & Walking no Algarve, um nicho turístico relacionado com o produto Turismo de Natureza. Com ela queremos mostrar que temos ótimas condições para a prática do cicloturismo e do ciclismo, responsáveis por vários milhões de viagens anuais na Europa”.
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Exposições
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Ana Garcia Mascarenhas, Ana Pelayo Henriques, Ana Rita Sobreira, Bruno Ferraz, Francisca Pinto, Henrique Palmeirim Lázaro, JDAGGE, Joana Passos, João Maria Pacheco, João Ribeiro, Leonor Saunders, Maria Inês Melo, Maria João Ferreira, Maria Luzia Cunha, Mariana Teotónio, Natacha Marques de Oliveira, Nathalie João, Nicoleta Sandulescu, Raquel Oliveira, Ricardo Marcelino e Rui Neiva são os artistas que protagonizam a 30ª edição do Salão de Primavera, promovida pelo Casino Estoril. Inaugurada no passado dia 27 de maio, na Galeria de Arte do Casino Estoril, o XXX Salão de Primavera/Prémio Rainha Isabel de Bragança, expõe trabalhos dos finalistas das faculdades de Belas Artes de Lisboa e Porto, escolhidos pelos seus professores. A mostra está dotada de um prémio/aquisição, o Prémio Rainha Isabel de Bragança, no valor de 1500 euros, patrocinado pela Estoril Sol.Nicoleta Sandulescu, natural de Orhei, Moldávia, foi a escolhida pelo júri. Foram atribuídos, ainda, cinco menções honrosas aos seguintes finalistas: Ana Pelayo Henriques, natural do Porto; Maria Luzia Cunha, do Porto; Nathalie João, de Paris, França; Raquel Oliveira, da Póvoa de Varzim e Rui Neiva, de Sintra. “Pelos 30 Salões de Primavera já realizados, passaram até hoje um total de 1005 jovens artistas, muitos dos quais foram distinguidos com prémios e menções honrosas e que hoje ocupam lugares de relevo, inclusivamente como professores de escolas superiores de Belas Artes ou integrando, em exclusivo, o escol de artistas de importantes galerias”, sublinha Nuno Lima de Carvalho, director da Galeria de Arte do Casino Estoril.
Até 19 de junho, na Galeria de Arte do Casino Estoril
Beja capital da BD até 11 de junho
O centro histórico de Beja é palco de 18 exposições de banda desenhada. O Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja arrancou a 26 de maio e animará a cidade alentejana até 11 de junho, tendo o Largo do Museu Regional como epicentro do evento. O festival exibe trabalhos de autores de 10 países e conta com “uma programação paralela bastante diversificada onde pontuam as apresentações de projetos, as conversas à volta da BD, o lançamento de livros, as sessões de autógrafos, workshops, concertos desenhados, etc.” O certame conta com “o Mercado do Livro - a maior livraria do país durante este período, com mais de 60 editores presentes - e uma zona comercial com várias tendas instaladas (venda de action figures, arte original, posters, prints, etc.)”.
Até 11 de junho, em Beja
A Lisboa que não saiu do papel
Como teria sido Lisboa, se os projetos arquitetónicos de Francisco de Holanda, Eugénio dos Santos, J. C. Nicolas Forestier, Ventura Terra, Cristino da Silva, Raul Lino, Cottinelli Telmo, Cassiano Branco, entre outros tivessem sido concretizados? No Museu de Lisboa pode conhecer cerca de 200 peças de projetos urbanísticos
espacio de ocio e arquitetónicos (desenhos, maquetas, fotografias e projetos de urbanismo e de arquitetura) encomendados pela Câmara Municipal de Lisboa, que, por diferentes razões, não foram realizados, ou que não o foram em todas as suas componentes. O mais antigo data do século XVI, sendo a maioria dos projetos do século XX: “À cidade cosmopolita do século XVI faltava, para alguns dos mais ilustres moradores e visitantes, monumentalidade arquitetónica. A reconstrução, depois do terramoto de 1755, dotou a Baixa de uma dimensão majestosa, mas a normalização da arquitetura pombalina foi então, e até muito recentemente, considerada soturna e sem grandeza. Tornar Lisboa mais monumental, grandiosa e palco das sucessivas novidades da arquitetura e do urbanismo foi o objetivo da maioria das propostas idealizadas a partir da segunda metade do século XIX.” Comissariada por António Miranda (Museu de Lisboa) e Raquel Henriques da Silva (FCSH - Universidade Nova de Lisboa), a exposição apresenta “uma seleção de materiais gráficos e tridimensionais focada no eixo central, da Praça do Comércio ao Parque Eduardo VII, o Martim Moniz, a frente ribeirinha, as portas da cidade e as pontes para a “outra banda”.
Até 18 de junho, no Museu da Cidade, em Lisboa
espaço de lazer
Fotografia antes e depois da “Revolução dos Cravos”
Com obras de Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Ernesto de Sousa, Fernando Calhau, Helena Almeida, Jorge Molder, José Barrias, Julião Sarmento e Vítor Pomar, a exposição “ O Fotógrafo Acidental: serialismo e experimentação em Portugal 1968-1980” pretende “mapear o uso crítico e conceptual da fotografia por artistas visuais em Portugal”. A mostra “revela as importantes transformações da arte portuguesa num contexto de difícil inscrição cultural das propostas dos artistas”, já que cobre o período anterior e posterior à revolução de 25 de Abril de 1974.
Até 3 de setembro, na Culturgest, em Lisboa
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Um mês a festejar o São João no Porto Habitualmente celebrado na noite de 23 para 24 de junho, o São João inspira este ano um mês inteiro de festividades, na cidade do Porto. “Uma Festa de Todos e para Todos”, é o mote das festas, que já arrancaram em maio com a oficina de construção de uma cascata de São João. Para celebrar os 20 anos da classificação Centro Histórico do Porto pela UNESCO foi inaugurada, a 25 de maio, a instalação “CX LUX”, que ocupará temporariamente (até 31 de julho) o Elevador da Lada. “A instalação junta à luz uma componente sonora, decorrente da recolha de sonoridades (atualmente em curso) junto da comunidade do Centro Histórico, por via de uma residência artística promovida pela Faculdade de Belas Artes do Porto”, lê-se no portal de Notícias da cidade Porto. Entre os dias 1 e 3 de junho decorre o Serralves em Festa, este ano na Baixa, Jardim das Virtudes, Praça Carlos Alberto, Jardim da Cordoaria e Fundação de Serralves. Na mesma altura, os Jardins do Palácio de Cristal acolhem a Festa da Criança. O festival NOS Primavera Sound na Cidade vai encher o Parque da Cidade, de 7 a 13 de junho, com um cartaz que inclui os portugueses Rodrigo Leão (com Scott Mathew) e o português Samuel Úria e bandas internacionais como Bon Iver, Ni-
colas Jaar, Metronomy, entre outros. Segue-se o Porto Beer Fest, nos Jardins do Palácio de Cristal, de 14 a 20 de junho. O Festival GRITO toma conta da Praça D. João I, de 14 a 18 junho. A véspera da grande noite de São João, conta com três concertos na Avenida dos Aliados, a cargo das bandas Trabalhadores do Comércio, Táxi e GNR & Convidados. Na noite dedicada à folia e aos tradicionais martelinhos, atuam na avenida Marta Ren & The Groovelvets e os Clã.
Até 25 de junho, no Porto junho de 2017
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últimas
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Statements Para pensar
“[O crescimento de 2,8% da economia portuguesa no primeiro trimestre do ano] é muito bom, fico muito contente. Vemos isso no país, sente-se que a economia está melhor. Obviamente que em Lisboa e no Porto, com o boom do turismo, é mais evidente, mas não só. Isso dá-nos ânimo para o futuro (...) Portugal bem precisa de crescer, é isso que mais precisamos, porque parece-me que os défices estão bem controlados” Fernando Ulrich, chairman do BPI, “Negócios Online”, 15/5/17
“O atual padrão de crescimento da economia (...) é sustentável e equilibrado [e supera as expetativas traçadas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2017 e no programa de estabilidade]” Comunicado do Ministério das Finanças do Governo português, sobre o crescimento do produto interno bruto (PIB) de 2,8% no primeiro trimestre de 2017, em termos homólogos, o maior desde o início do século, “Negócios Online”, 15/5/17
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“No processo de tomada de decisão quanto a um investimento internacional, vários fatores devem ser tidos em consideração quanto ao modelo de investimento e mercado-alvo, entre outros, não escapando destes a temática fiscal (...) Portugal contempla relevantes mecanismos de apoio ao investimento e ao reforço dos capitais próprios das empresas, plasmados em benefícios fiscais e financeiros, que podem ajudar as empresas a reduzir a sua fatura fiscal” Tomás Costa Ramos, International Tax Manager da Deloitte, na conferência “Financiamento por multilaterais de projetos na América Latina”, organizada pela Casa da América Latina e Câmara de Comércio Portugal – Atlântico Sul, dando conta do panorama de medidas em Portugal como os Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo, Regime Fiscal de Apoio ao Investimento, Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento (I&D) Empresarial (SIFIDE II), os incentivos financeiros no quadro do Portugal 2020, entre outros, assim como os incentivos fiscais oferecidos em alguns países da América Latina, 9/5/2017
“Investimento na América Latina é um desafio que pode ser transformado em sucesso” Idem, ibidem