Actualidad
Economia ibérica setembro 2017 ( mensal ) | N.º 243 | 2,5 € (cont.)
A reabilitação da construção PÁG. 34
ALD Automotive cresce 7% ao ano em Portugal pág. 12
Selectiva trae nuevas oportunidades en el sector del trabajo temporal pág. 18
Eduardo Gutiérrez Sáenz, nuevo embajador de España en Portugal pág. 23
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Índice
índice
Foto de capa: Sandra Marina Guerreiro
Nº243
quer aumentar 20.Bluecell carteira de clientes portugueses
Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha
Grande Tema
A reabilitação da construção e o dinamismo do imobiliário
34.
_________________________________________ Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Claudia Ballester (estagiária), Clementina Fonseca, Sofía González (estagiária) e Susana Marques
Copy Desk: Beatriz González, Joana Silva Santos e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Gonçalo Paiva e Sousa e Nuno Ramos
Editorial 04.
Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: ccile@ccile.org Redação: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins Distribuição: Distrinews II, SA Rua 1º Maio-Centro Empresarial da Granja - Junqueira 2625-717 Vialonga Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal
O toque de Midas do passado “Todos somos Barcelona”
Opinião 46.
Segredos de negócio – o que importa saber - Gonçalo Paiva e Sousa
Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787
O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Lazer 60.
Doñana, el paraíso de la biodiversidad
E mais... 06. Apontamentos de Economia 12.Entrevista 24.Marketing 28.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 48.Ciência e Tecnologia 50. Setor Automóvel 52.Barómetro Financeiro 54.Intercâmbio Comercial 56.Oportunidades de Negócio 58.Calendário Fiscal 59.Bolsa de Trabalho 60.Espaço de Lazer 66. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
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editorial editorial
Barcelona, ciutat oberta, solidària, acollidora i vibrant, va patir el terror i la mort de l’atac terrorista en un dels carrers més emblemàtics no només d’Espanya sinó d’Europa, La Rambla. És el carrer que fa referència a la literatura i la pau tant pels ciutadans com pels visitants d’arreu del món. Els dies següents de l’atemptat s’ha pogut veure una societat unida i exemplar amb gestos solidaris que envia de manera conjunta el missatge de “No Tenim Por”. Des de la Cambra De Comerç i Indústria Luso Espanyola volem mostrar tot el suport i solidaritat amb les víctimes i familiars afectats pel terrible atemptat terrorista. Barcelona, estem amb tu. Barcelona, ciudad abierta, solidaria, acogedora y vibrante, sufrió el terror y la muerte del ataque terrorista en una de las calles más emblemáticas no solo de España sino de toda Europa, La Rambla. Es la calle que hace referencia a la literatura y a la paz tanto para los ciudadanos como para los visitantes de todo el mundo. En los días siguientes al atentado se ha podido ver una sociedad unida y ejemplar con gestos solidarios que envía de manera conjunta el mensaje de “No Tenemos Miedo”. Desde la Cámara de Comercio e Industria Luso Española queremos mostrar todo el apoyo y solidaridad a las víctimas y familiares afectados por el terrible atentado terrorista. Barcelona, estamos contigo.
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s low-cost aguçaram o apetite dos turistas por Portugal, os golden visa piscaram o olho aos investidores e o passado fez o resto. Uma boa parte do património imobiliário português há anos que gritava por socorro, ainda que ancorasse em si a salvação de um setor, o da construção, como está a acontecer. Em junho de 2008, a Actualida€ fazia capa sobre a reabilitação urbana, que se adivinhava abrir a janela de oportunidades que poderia ajudar as construtoras que atuam em Portugal a sair da crise. Talvez não se esperasse que fosse desta forma ou a esta velocidade, mas a reabilitação urbana está em curso e veio para ficar, como poderá constatar-se através do tema de capa desta edição. Muitas empresas do setor transformaram a reabilitação no core da sua atividade. Outras nasceram neste período vocacionadas para esta área. O destino Portugal está na moda, porém já não é só para os turistas. Os investidores estrangeiros olham cada vez mais para o país, quer como promotores imobiliários, quer para transferirem serviços das suas empresas. Beneficiam do regime vistos gold e dos incentivos dados à reabilitação urbana. O Plano de Investimentos para a Europa, o chamado “Plano Juncker”, também não esqueceu a reabilitação urbana. Entre os projetos já aprovados ao abrigo do Plano Juncker para Portugal, há verbas destinadas à reabilitação. No entanto, o dinamismo imobiliário, o expressivo crescimento da atividade turística, o interesse dos investidores por Portugal obriga a acompanhar as suas necessidades.
Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield, põe o dedo na ferida e envia uma recomendação ao Governo português (a mesma que Jose Minguez, diretor da Air Europa Portugal, deixou em entrevista publicada na edição anterior): convém pôr mãos à obra e construir um novo aeroporto para Lisboa, já que a sua falta “está a travar o país gravemente”.
Foto Sandra Marina Guerreiro
“Todos somos Barcelona”
O toque de Midas do passado
Já a estrada parece cada vez mais confortável para a ALD Automotive. Manuel de Sousa, diretor-geral em Portugal da empresa de origem francesa, diz que o renting (aluguer) de automóveis é uma tendência em expansão. Na “Grande Entrevista” desta edição, o gestor explica como a empresa se está a preparar para o futuro, de modo a manter o ritmo de crescimento, que atualmente é de 7% ao ano. *Email: actualidade@ccile.org
opinión
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opinião
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Millennium bcp com lucros de 90 milhões no primeiro semestre O resultado core do Millennium bcp ascendeu a 558,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, aumentando 27,8% face ao apurado no primeiro semestre do ano anterior, devido não só ao crescimento de 12,9% da margem financeira e de 3,1% das comissões líquidas como também à redução de 7,0% dos custos operacionais. Excluindo itens específicos (um proveito de 23,7 milhões de euros em 2017, englobando proveitos da negociação do ACT e custos de restruturação de 1,2 milhões de euros em 2016), o resultado core aumentou 22% face ao primeiro semestre de 2016, cifrando-se em 534,9 milhões, no período em análise. A evolução do resultado core beneficiou do desempenho quer da atividade em Portugal quer da atividade internacional, traduzindo-se na melhoria da eficiência operativa, evidenciada na descida do rácio cost to core income, excluindo itens específicos, de 52,4% nos primeiros seis meses de 2016 para 47,0% no primeiro semestre de 2017. O resultado líquido no primeiro semestre de 2017 totalizou 89,9 milhões de euros, comparando muito favoravel-
mente com os 197,3 milhões de euros negativos registados no semestre homólogo do ano anterior. Esta evolução foi determinada pelo desempenho da atividade em Portugal, cujo resultado líquido aumentou 306,7 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2016, para 1,6 milhões de euros, induzido fundamentalmente pelos efeitos de crescimento do resultado core e de uma expressiva diminuição das imparidades e provisões, líquidos de efeitos fiscais. O impacto positivo, líquido de imposto, devido aos itens específicos anteriormente referidos de 2017 ascendeu a 16,7 milhões de euros, comparando com 20,9 milhões de euros da mais valia apurada no âmbito da aquisição da Visa Europe pela Visa Inc. no período homólogo de 2016. Na atividade internacional, o resultado líquido cifrou-se em 87,1 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, face a 99,4 milhões de euros alcançados no primeiro semestre do ano anterior, refletindo os menores contributos das
operações em Angola e sobretudo na Polónia, neste caso devido quer à mais valia registada no primeiro semestre de 2016 com a aquisição da Visa Europe pela Visa Inc. (26,2 milhões de euros), quer ao efeito penalizador das contribuições obrigatórias, nomeadamente do reconhecimento do total do custo anual com a contribuição para o Fundo de Resolução em março de 2017, que havia sido provisionado em 2016, e do novo imposto sobre a banca polaca, que teve início em fevereiro de 2016. A margem financeira aumentou 12,9%, em temros homólogos, no primeiro semestre de 2017, alcançando os 678,5 milhões de euros, beneficiando do contributo quer da atividade internacional, quer da atividade em Portugal.
EDP Renováveis assina novo contrato de produção nos Estados Unidos A EDP Renováveis fechou um novo contrato nos Estados Unidos da América para a venda da energia que vai produzir num parque eólico no país, a lançar no próximo ano. “A EDP Renováveis, através da sua subsidiária EDP Renewables North America, estabeleceu um contrato de longo-prazo com a Cummins Inc., para a venda de energia produzida por 75 MW relativos ao parque eólico Meadow Lake VI”, assinala um comunicado da empresa portuguesa. A Cummins é uma produtora de eletricidade norte-americana.
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O futuro parque eólico Meadow Lake VI tinha já sido alvo de um contrato firmado em novembro e que prevê a venda de 75 megawatts de energia à Wabash Valley Power Association. Agora, o novo contrato prevê um fornecimento de longo prazo ao novo comprador. “O projeto, que irá agora totalizar 150 MW, está localizado no Estado de Indiana com início das operações esperado ocorrer em 2018”, concretiza a empresa de energias renováveis, que pertence ao grupo EDP. Segundo a mesma fonte, a companhia de energias renováveis “já assegurou
1,3 GW de contratos de longo-prazo nos EUA, para projetos a serem instalados em 2016-2020”, apostando, assim, numa expansão da sua capacidade com base no estabelecimento de contratos de compra antecipados da sua energia, adianta a empresa, que, após a oferta pública de aquisição, ficou com 82,56% do seu capital nas mãos da EDP e os restantes 17,44% nas de minoritários. No primeiro semestre deste ano, a EDP Renováveis tinha mais capacidade instalada nos EUA do que em Portugal e Espanha juntos.
Breves Novo Banco reduz prejuízo em 19,9% no primeiro semestre O grupo Novo Banco obteve um resultado negativo em 290,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, que compara favoravelmente com o prejuízo de 362,6 milhões registado até junho de 2016, tendo em conta o ainda elevado nível de provisionamento.No entanto, o resultado operacional (antes de imparidades e impostos) foi positivo em 171,5 milhões de euros (+20,5% do que no primeiro semestre de 2016), demonstrativo da capacidade de geração de resultados por parte do grupo, adianta a instituição liderada por António Ramalho. Segundo António Ramalho, CEO do Novo Banco, “estes resultados evidenciam o enorme esforço de restruturação do banco, quer no aumento dos resultados operacionais, quer na redução continuada de custos”.Os custos operativos situaram-se em 265,2 milhões de euros, um “decréscimo de 12,8% face ao período homólogo do ano anterior, confirmando a tendência de redução que se tem verificado desde a criação do Novo Banco”. O montante afeto a provisões, no valor de 413,1 milhões de euros, regista uma redução de 28,4%.
Entretanto, o grupo acaba de lançar o NB Micro Cartão Contactless, um cartão de débito único em Portugal (na foto). Este microcartão pode ser colado no telemóvel ou em qualquer outro objeto que ande sempre com a pessoa e permite fazer pagamentos no mundo inteiro, com um simples toque num terminal de pagamentos (TPA). Este cartão, inédito em Portugal, é “uma clara aposta numa tendência internacional dos meios de pagamento de estarem presentes não apenas nas carteiras das pessoas mas também noutros elementos como telemóveis, porta-chaves ou pulseiras. O NB Micro Cartão Contactless é totalmente compatível com todos os TPA com funcionalidade contactless que aceitem Visa e possui as mesmas características de segurança dos restantes cartões contactless.
Vivafit assina contrato de representação para a América Latina No âmbito da visita de Estado do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao México, a Vivafit assinou um contrato de representação para a América Latina com a Bauer. O acordo foi assinado na Cidade do México, na presença do embaixador de Portugal, Jorge Roza de Oliveira, e de Jorge Yarte-Sada, presidente do Comité Empresarial da Câmara de Comércio Luso Mexicana, bem como dos empresários Pedro Ruiz, da Vivafit, e Jorge-Alberto Rodríguez, da Bauer.
O contrato contempla a expansão via franchising em toda a América Latina exceto o Uruguai, onde a Vivafit já se encontra presente, com três unidades. A empresa mexicana Bauer distribui em toda a América Latina as mais prestigiadas marcas desportivas e agora irá operar com a insígnia Vivafit. O grupo Vivafit tem já operações em mais de uma dezena de países além de Portugal, como Singapura, Índia, Taiwan, Emirados Árabes Unidos ou Paquistão.
Insolvências em Portugal caem 22% no primeiro semestre de 2017 O número de empresas insolventes em Portugal foi de 1.557 no primeiro semestre de 2017, diminuindo 22% face ao mesmo período de 2016, refere uma recente análise da Cosec, seguradora líder nos ramos do seguro de créditos e caução. O estudo “Dinâmica Empresarial” conclui também que os pedidos de processo especial de revitalização (PER) diminuíram 36% no primeiro semestre (foram 271 no total) e que 22.753 novas empresas foram registadas, aumentando em 5% face ao ano anterior. De acordo com a Cosec, o encerramento destas empresas no primeiro semestre de 2017 equivale a uma perda de mais de 9.500 postos de trabalho e a um volume de negócios de mais de 740 milhões de euros. Berta Dias da Cunha, administradora da Cosec, afirma que “os resultados desta análise confirmam a tendência de diminuição do número de insolvências no país e estão em conformidade com o crescimento da economia nacional.” Contudo, acrescenta, “os dados mostram que, apesar dos sinais positivos, permanecem vulnerabilidades nas micro e nas pequenas empresas. A maioria (76%) do número de postos de trabalho em risco estão concentrados nestas empresas, bem como do valor dos créditos a fornecedores (67%)”. As microempresas continuam a representar a maioria dos casos de insolvência, com uma quota de 67%, uma tendência que se verifica desde 2009. Lallemand Iberia já exporta pelo Porto de Setúbal O Porto de Setúbal viu o seu parceiro Lallemand Iberia realizar no fim de julho a primeira exportação de concentrado de mosto solúvel, carregado em navio através da ligação pipeline da empresa. Com esta nova área da exportação, a Lallemand, empresa única em Portugal na área das leveduras de panificação (ramo da biotecnologia), reforça a relevância da sua localização e ligação ao porto que conta já com 45 anos, nomeadamente, com operações de importação de melaço. Este produto é utilizado na alimentação animal, ou como excelente fertilizante orgânico aplicado na agricultura biológica nas mais diversas culturas vegetais. Com esta nova possibilidade de encontrar novos mercados para o escoamento de vinassa, foi possível à Lallemand Iberia ficar preparada para dar continuidade às suas obras, em curso, de expansão da nova unidade de levedura seca, com um investimento total de 3,8 milhões de euros. Por sua vez, o Porto de Setúbal também reforça a sua capacidade
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Breves exportadora, com mais uma empresa a escoar os seus produtos pelo porto. Produção automóvel em Portugal cai 11,9% em junho A produção automóvel nacional, apesar de ter registado uma diminuição homóloga de 11,9% em junho, manteve um comportamento positivo no primeiro semestre do corrente ano, com 1,5% de crescimento homólogo. Em junho, foram produzidos em Portugal 13.415 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se verificado uma nova queda após se ter registado um acréscimo no mês
anterior. Importa assinalar que o resultado negativo observado no mês de junho se deve à queda registada na produção de automóveis ligeiros de passageiros, já que os veículos comerciais apresentaram um comportamento positivo. Por outro lado, confirma-se a importância que as exportações representam para o sector automóvel, já que 96,9% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, o que contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa. Registe-se igualmente que se verificou um aumento percentual relativamente ao mês anterior. Certif regista aumento na procura de certificados com vista à exportação A Certif, líder do mercado português de certificação de produtos, manteve no primeiro semestre a sua trajetória de crescimento, com particular destaque para a área elétrica, devido ao elevado número de certificados emitidos com vista à exportação, principalmente cabos elétricos e eletrodomésticos. A associação salienta ainda o desenvolvimento de um novo esquema de certificação de urnas funerárias, fruto de uma parceria com a Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP). No final do semestre, a Certif registava produtos certificados em 184 categorias diferentes, distribuídos por 46 esquemas de certificação. Quanto à certificação de pessoas, foram emitidos cerca de 40 novos certificados, estando válidas, no final do semestre, 266 certificações.
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Adecco Portugal anuncia mais de uma centena de novas vagas A Adecco Portugal, empresa líder da gestão de recursos humanos, acaba de anunciar que neste momento tem em aberto mais de uma centena de vagas para colocação de profissionais que dominem idiomas estrangeiros, com especial incidência no alemão, francês, holandês e italiano. O aumento da abertura de centros de serviços partilhados em Portugal e o crescimento de empresas multinacionais que escolhem o nosso país com este propósito, verifica-se como o principal fator para este fenómeno, num ambiente laboral onde dominar outros idiomas além da língua materna, “é cada vez mais procurado e visto como um requisito enriquecedor e diferenciador de qualquer currículo”, refere Carla Rebelo, diretora-geral da Adecco Portugal (ver entrevista na edição nº 242).
A contratação de profissionais de origem estrangeira representa hoje 7% do total de colocações (dados 2016/2017) da empresa de recrutamento e seleção de recursos humanos. Segundo Carla Rebelo (na foto), a contratação de estrangeiros com destino a profissões que se relacionam com o setor dos serviços é já uma realidade em Portugal, com perspetivas de um crescimento continuado nos próximos anos.
Bial vende área de imunoterapia alérgica A Bial chegou a acordo com a empresa alemã Roxall para vender a unidade de negócio de imunoterapia alérgica, conhecida como Bial Aristegui, dedicada ao desenvolvimento, produção e comercialização de vacinas antialérgicas e meios de diagnóstico para alergias. A operação agora realizada inclui as áreas comerciais dedicadas à alergologia em Espanha, Portugal e Itália, que, em 2016, representaram 7% da faturação global do grupo farmacêutico português, bem como a unidade de I&D e industrial de Bilbau, envolvendo cerca de 100 colaboradores que serão integrados na Roxall. As operações da Bial na imunoterapia alérgica remontam a 1998, quando adquiriu em Espanha a empresa
Aristegui, com atividades nesta área e com uma pequena atividade na área do medicamento. Este foi o primeiro grande passo no caminho da sua internacionalização. A venda da área de imunoterapia alérgica vai permitir agora à Bial concentrar a sua atividade na investigação e desenvolvimento de novos medicamentos para o sistema nervoso central e cardiovascular, e na sua expansão internacional, em particular na Europa, com o reforço da sua atividade de promoção de medicamentos através das suas filiais em Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália. Toda a atividade de investigação e industrial da Bial passará a estar concentrada em Portugal.
Endesa testa fatura eletrónica interativa no consumo de gás Desde o passsado mês de junho que a Endesa tem em curso um projeto-piloto de fatura eletrónica interativa. Esta ação dirige-se aos 550 clientes de gás que aceitarem participar neste projeto e terá a duração de três meses, durante os quais passarão a receber as suas faturas num formato interativo em vez da tradicional faturação eletrónica. A nova fatura vai permitir que os clientes, através de botões e áreas específicas, possam consultar em detalhe todos os dados associados ao seu consumo e período de faturação, bem como ter acesso a textos explicativos que simplificam a leitura da fatura. Através da fatura interativa, vai ser ainda possível interagir diretamente com a Endesa, evitando deslocações e tempos de espera. As principais interações que passam a ser possíveis de realizar através da nova fatura passam, ainda, pela alteração de
dados pessoais, como morada, a adesão ao débito direto ou modificação do IBAN, a comunicação de leituras, a solicitação de acordos de pagamento, entre outras. Após a realização deste programa-piloto, a Endesa irá analisar todas as sugestões e propostas enviadas pelos clientes ao longo desta primeira fase e prevê que a fatura interativa esteja disponível para todos os seus clientes em outubro. A Endesa conta, atualmente, com cerca de 160 mil clientes em Portugal, tendo iniciado também no ano passado a comercialização de gás a consumidores domésticos. A Endesa é a segunda operadora do mercado liberalizado da energia elétrica em Portugal, com uma quota de mercado de consumo de cerca de 17% e uma quota de mercado de 9% na comercialização de gás a consumidores domésticos.
Concurso Vale Indústria 4.0 para a digitalização de PME O Governo abriu no mês passado o primeiro concurso do programa Vale Indústria 4.0, com apoios que totalizam os 4,2 milhões de euros para PME que queiram apostar na digitalização. As candidaturas estão abertas até 29 de setembro e podem concorrer empresas de Portugal Continental que tenham pelo menos três postos de trabalho, sem outras candidaturas aprovadas ou em fase de decisão na tipologia de investimento “qualificação das PME”, entre outros critérios. Está prevista a atribuição de 12 milhões de euros de apoios a cerca de 1.500 empresas nos próximos quatro anos. O apoio agora lançado tem a duração de um ano, um valor máximo de 7.500 euros. Os incentivos são calculados através da aplicação de uma taxa de 75% às despesas consideradas elegíveis (40% para a região de Lisboa).
Destina-se a empresas que queiram reforçar a componente digital, seja através da construção de um site, da implementação de comércio eletrónico ou da melhoria da experiência do utilizador, posição nos motores de busca, aposta em marketing. São ainda elegíveis PME que queiram apostar em realidade aumentada ou inteligência artificial e ainda na contratação de serviços. Ana Lehmann, secretária de Estado da Indústria, afirmna que “o Vale Indústria 4.0 é uma das medidas lançadas pelo Governo no âmbito da estratégia para a Indústria 4.0, cujo objetivo é disponibilizar às empresas as ferramentas necessárias para promover a definição de uma estratégia tecnológica à medida de cada uma, com o objetivo de melhorar a competitividade e de potenciar o crescimento”.
Gestores
em Foco
Vincent Poulingue (na foto) é, desde julho, diretor-geral das duas unidades hoteleiras do InterContinental Hotels Group PLC (IHG) no Porto. A nomeação surgiu após a delegação de Eric Viale como diretorgeral de Área do Grupo IHG em Portugal, em janeiro deste ano. Vincent Poulingue juntou-se ao grupo IHG há sete anos, trazendo uma experiência consolidada como líder de operações em áreas de luxo, tendo assumido nomeadamente a direção de alguns dos hotéis InterContinental mais emblemáticos do mundo, como na Polinésia, França e Suíça. Mayka Rodríguez (na foto) assumiu este ano funções como diretora-geral do Sofitel Lisbon Liberdade. No grupo AccorHotels desde 1995, Mayka Rodríguez chegou em janeiro a Lisboa para assumir a direção desta unidade de luxo situada na Avenida da Liberdade. Natural de Bilbau (Espanha), a gestora iniciou a sua carreira na Sofitel em França, há mais de 20 anos. Quase sempre ligada ao grupo AccorHotels, passou por diferentes marcas midscale e de luxo, em vários países, e em diferentes cargos de gestão, alcançando assim um grande conhecimento do mercado turístico internacional. Miguel Ribeiro Ferreira (na foto), presidente do grupo Fonte Viva-Acquajet, recebeu recentemente o “Prémio Fernão de Magalhães”, pelo seu contributo para a cooperação lusoespanhola desenvolvida há mais de uma década. A entrega do galardão decorreu no Consulado Geral de Portugal em Sevilha e pretendeu distinguir o percurso empresarial de Miguel Ribeiro Ferreira, que iniciou a sua atividade em Portugal com uma empresa, que rapidamente se converteu no líder do setor de distribuição de água e café em empresas e habitações e que em 2000 entrou no mercado espanhol, ao adquirir a sua homóloga de Sevilha, a Acquajet. A liderança a nível ibérico foi atingida em 2005 com a aquisição da Jet Cooler em Portugal com a marca Fonte Viva.
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Breves Prisa cierra el primer semestre con un beneficio de 13,9 millones de euros El grupo de comunicación Prisa, propietario de El País y la cadena Ser, obtuvo un beneficio neto de 13,9 millones de euros en el primer semestre del año, frente a las pérdidas de 10,5 millones del mismo periodo de 2016. Esta mejora se debe, según la empresa, a la evolución positiva del negocio de educación, al crecimiento de la publicidad digital, a la buena marcha del negocio de radio y a la evolución favorable de los tipos de cambio con las monedas de América Latina. El beneficio bruto de explotación (ebitda) creció un 37,1%, hasta 118,5 millones de euros, mientras que los ingresos ascendieron a 655 millones, con un incremento del 4,9%. Los ingresos de explotación ascendieron a 328 millones de euros, un 17,3% más. El endeudamiento neto bancario del grupo ascendió, al cierre del primer semestre, a 1.543 millones de euros, lo que supone un incremento en un año de 57,1 millones. Las empresas con menos de 50 trabajadores representan el 98% del total El número de empresas de menos de 50 trabajadores ha ido aumentando al pasar de representar un 97,77% en 2010 a un 98% del total en 2016, mientras que las de más de 500 trabajadores han pasado de un 0,16% en 2010 a un 0,15% en 2016. Así se extrae de un estudio sobre la evolución de empresas y trabajadores elaborado por la Confederación Española de Organizaciones Empresariales (CEOE), que recoge la serie histórica de 1999 y 2016 y refleja un avance en el número de empresas, alcanzando ya los 1,25 millones de empresas, si bien esta cifra no se sitúa todavía en niveles precrisis (1,4 millones en 2007). El estudio muestra que el número de empresas de menos de 50 trabajadores ha ido en aumento desde 2010, hasta representar el 97,98% del total, mientras que las de más de 50 empleados aún no ha recuperado los porcentajes anteriores a 2010. Por su parte, las empresas de más de 500 trabajadores han sufrido una ligera variación a la baja, hasta un 0,15%. Carbures abre una planta para el sector de automoción en China La división Mobility de Carbures ha abierto una nueva planta en el parque industrial de Suzhou, en la provincia de Jiantsu (China), con el doble objetivo estratégico de servir localmente a sus principales clientes en el sector de la automoción e incrementar el volumen de negocio de la compañía
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El Banco Santander gana un 24% más hasta junio
Santander cumplió las previsiones y ganó un 24% más en el primer semestre, 3.616 millones de euros. El incremento de los ingresos, la caída de las provisiones y el control de los gastos impulsaron los resultados de la entidad, que en el segundo trimestre obtuvo unas ganancias de 1.749 millones, un 37% más. La adquisición del Popular aportó, en menos de treinta días, un beneficio de 11 millones de
euros. Esta contribución al resultado del Santander “no es muy significativa”, según el propio banco. En el ámbito comercial, sin embargo, sí hubo un mayor impacto: la adquisición del Banco Popular incrementó el crédito a clientes un 10%, hasta 861.221 millones de euros, mientras que los depósitos de clientes repuntaron un 8,5% y alcanzaron los 764.300 millones. “La calidad y el nivel de compromiso de los equipos de Popular son muy altos. Tenemos mucha confianza en que la adquisición nos generará una rentabilidad del 13-14% en 2019”, ha subrayado la presidenta del Santander, Ana Botín.
Vigo se convierte en la tercera casa de Air Nostrum El aeropuerto de Peinador, en Vigo, se ha convertido en la tercera plaza más importante de la oferta de vuelos de Air Nostrum, la aerolínea franquiciada de Iberia para vuelos regionales. Vigo, con hasta doce destinos, ya es por detrás de Madrid y Valencia la tercera “casa” de la compañía. En un acto celebrado en presencia del alcalde de la ciudad, Abel Caballero, y del presidente de Air Nostrum, Carlos Bertomeu, se presentó el reactor CRJ 1000 con el perfil paisajístico de Islas Cíes, con la frase: Objetivo Patrimonio de la Humanidad, una campaña sostenida por la Diputación de Pontevedra y el
Concello de Vigo. El presidente de Air Nostrum, Carlos Bertomeu, explicó a la prensa la satisfacción que le producía presentar este avión coincidiendo con los 20 años de presencia de la compañía en el aeropuerto vigués. “Llevamos veinte años ininterrumpidos apostando por Peinador y esperamos seguir contando con la confianza de los vigueses”, señaló Carlos Bertomeu.
Breves Iberdrola construirá un parque eólico en Texas por 256 millones de euros
Iberdrola construirá un parque eólico en Texas, que tendrá una potencia de 200 megavatios (MW) y en el que invertirá 300 millones de dólares (unos 256 millones de euros), según ha informado la compañía. El parque, que generará energía para Austin, la capital del Estado de Texas, durante los próximos quince años, se construirá entre 2018 y 2019. Para este proyecto, Iberdrola ha firmado con la empresa Austin Energy
un contrato de venta de energía a largo plazo (PPA). Iberdrola, que opera en Estados Unidos desde finales de 2015 a través de su filial Avangrid, será la propietaria y operará el parque eólico, y la energía eléctrica que genere será distribuida a la ciudad tejana, que tiene cerca de un millón de habitantes. Los contratos PPA garantizan la rentabilidad de las instalaciones energéticas en Estados Unidos durante un largo periodo de tiempo, ha explicado Iberdrola, que ha firmado en los últimos meses acuerdos con multinacionales norteamericanas para el suministro de energía en sus instalaciones desde parques eólicos de la eléctrica.
MAPFRE sube al 5º lugar en el ranking de las aseguradoras MAPFRE ha superado a la aseguradora alemana Talanx y ascendió al 5.º lugar en el ranking de las mayores aseguradoras europeas en el ramo de No Vida, con un volumen de negocios de 17 700 millones de euros. En España el volumen global de negocios superó los 289 millones de euros en 2016, más de 193% más que el año anterior. De acuerdo con el nuevo consejero delegado de la aseguradora en en España, Luis Cancela, el resultado neto en el mercado español fue superior a 9,2 millones de euros en el conjunto de las tres sociedades del grupo (MAPFRE-Seguros Generales, MAPFRE-Seguros de
Vida y Bankinter Vida). La asociación establecida con el Bankinter para el ramo de Vida ha tenido una fuerte contribución a estos resultados, pretendiendo MAPFRE reforzar el crecimiento en España y, en particular, a través de nuevas herramientas de negocio que se prepara para lanzar y de una red propia de distribución, que deberá pasar las actuales 79 de 125 tiendas hasta el año 2020.
en este mercado. Así lo dio a conocer la compañía que informó que contará con una extensión de 900 metros cuadrados, quintuplicando la dimensión de su antigua oficina comercial y técnica de Shanghái. Esta planta empleará a unos 15 profesionales y generará durante los próximos años un crecimiento a doble dígito en el país asiático. La nueva planta productiva de esta división de Carbures en Suzhou, similar en su crecimiento al de las plantas de esta división de la compañía en Polonia y México, irá incrementando su capacidad productiva a lo largo de los próximos años. En ella se fabricarán para clientes chinos y asiáticos máquinas de montaje para distintos componentes, como direcciones eléctricas, seguridad, máquinas de test productivas y de laboratorio de ensayo. Burger King Spain invertirá 100 millones de euros en Portugal Burger King Spain, la joint venture participada por inversores españoles y la sociedad que gestiona la marca en todo el mundo, Restaurant Brands International, amplía a Portugal su acuerdo de masterfranquicia. De este modo, y tras ampliar a Portugal el acuerdo de exclusividad que ya poseía en España, Burger King Spain cuenta con los derechos de desarrollo de la marca para el conjunto de la Península Ibérica, lo que hará que la cadena de hamburguesas duplique en Portugal el número de restaurantes con los que cuenta en este momento. Burger King Portugal, empresa filial de Burger King Spain, se ha comprometido a elevar en los próximos cinco años el número de restaurantes que la marca tiene en Portugal y supondrá una inversión que superará los 100 millones de euros. El director general de Burger King Spain y Portugal, Borja Hernández de Alba, ha destacado que pondrá en marcha un “ambicioso plan de desarrollo” en Portugal. Acciona construirá el mayor parque eólico de México por unos 511 millones de euros Acciona construirá en la localidad mexicana de Reynosa, situada en el estado de Tamaulipas, al noreste del país, el mayor parque eólico de México, un proyecto cuyo importe asciende a unos 600 millones de dólares (511 millones de euros). El proyecto incluye los trabajos de ingeniería, suministro, construcción, instalación y pruebas de la obra civil, de la red de media tensión, del sistema de evacuación de energía y de la interconexión de la red. Acciona construirá las cimentaciones para 123 aerogeneradores de 120 metros de altura y los caminos y accesos hasta ellos. Además, instalará la red de media tensión para todo el parque, la red de alta tensión de 400 kilovoltios, que incluye tres subestaciones, y 40 kilómetros de líneas de doble circuito.
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ALD Automotive cresce 7% ao ano em Portugal O renting (aluguer) de automóveis é, cada vez mais, uma solução procurada pelo mundo empresarial, mas também por particulares, assinala Manuel de Sousa, diretor-geral da ALD Automotive em Portugal. A celebrar 25 anos de presença no país, a empresa prepara-se para o futuro com instalações renovadas, uma forte aposta em tecnologia e em parcerias estratégicas, como a que celebrou com a Norauto.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org
omo foi o ano de 2016 para a ALD Automotive em Portugal?
No que se refere à atividade da ALD Automotive, 2016 foi um ano especialmente dinâmico e de resultados muito positivos, pautado pelo forte crescimento da marca. Em Portugal, fizemos o rebranding total da nossa sede, em Lisboa, e da delegação do Porto. Integrámos o processo de aquisição internacional da empresa Parcours. Também no ano passado, a Ald Automotive obteve a certificação pela norma ISO 9001:2015. Fizemos também um novo inquérito de satisfação a clientes, que revelou uma taxa de recomendação a ultrapassar os 90%. Como tem sido a evolução da empresa no mercado português?
A ALD Automotive é hoje número um na Europa, gerindo mais de 1,41 milhões de veículos a nível global. Em Portugal, a dimensão da frota da ALD Automotive supera já as 16.200 viaturas, pautando-se por um crescimento médio anual de 7%. 12 act ualidad€
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Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Que balanço é possível do investimento que têm feito em tecnologia?
Efetivamente, a implementação de um novo sistema de back office foi um projeto relevante. Sabíamos que teríamos pela frente um ano repleto de desafios ambiciosos, no que concerne à melhoria da eficiência interna, que é uma das nossas prioridades, sempre com o intuito de oferecer um serviço de qualidade superior. Contabilizámos já um investimento de cerca de 1,7 milhão de euros neste sistema operativo que já foi instalado e se encontra em fase de “adaptação”. As mudanças a que nos propomos implicam ferramentas ultra modernas e transversais a nível operativo. Este novo sistema vai permitir desmaterializar, automatizar e tornar todos os processos mais eficientes. Consequentemente, todas essas melhorias vão refletir-se na capacidade de resposta e no serviço ao nosso cliente. A remodelação das instalações visa os mesmos objetivos…
O rebranding da nossa sede e também do escritório no Porto foi um passo essencial para antecipar a época de rápido avanço tecnológico que se vive nas organizações, onde a inovação dita as tendências do
setor. Na ALD Automotive vivemos a certeza de uma mudança positiva com a visão estratégica do caminho a percorrer no futuro e o modo de lá chegar. Os números já acusam essas mudanças?
Em termos comerciais, os números dos primeiros dois meses do ano dão-nos uma taxa de crescimento acumulada de 39% em novos contratos, com uma quota de mercado em frota de 14,4%. Superar estes valores não será fácil, mas está certamente na nossa ambição. Que desafios identifica no mercado português, atualmente e no futuro?
O setor do renting automóvel tem vindo a crescer e apresentou no ano passado uma evolução positiva de 11,5% em novos contratos (produção acumulada). Estes dados são reveladores de um setor que tem conseguido dar resposta aos desafios que lhe têm sido apresentados. Estamos a falar dos desafios de inovação do mercado automóvel, na procura por tecnologias mais limpas, na evolução das necessidades de mobilidade dos clientes, bem como o desafio da era digital em que vivemos, com os gestores de frota a procurarem cada vez mais informação
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Manuel de Sousa Diretor-geral da ALD Automotive Portugal
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grande entrevista gran entrevista tomotive lançou este ano em Portugal, totalmente destinado a estes clientes individuais e adaptado às suas exigências e particularidades. Esta tipologia de Cliente conta com um acompanhamento especializado, sem potenciais preocupações e beneficia ainda das últimas inovações em mobilidade, sem risco. Quais são as vantagens da ALD Automotive face aos concorrentes?
online, que lhes permita ter conhecimento sobre a sua frota e que possibilite uma consulta ou decisão na hora, nomeadamente através do seu smartphone. Existem também outros desafios ligados a novas oportunidades em segmentos de mercado menos explorados como os
particulares e as microempresas, cada vez mais atentos ao mercado de renting. Não nos podemos esquecer que as singularidades deste segmento requerem regras de privacidade diferentes e outras características diferenciadoras, repercutidas no novo produto que a ALD Au-
A maior entrada na bolsa de Paris desde 2005 Quando visitámos a remodelada sede da Ald Automotive, em Sintra, Manuel de Sousa, diretor-geral da empresa em Portugal fez questão de nos mostrar, no livro que conta a história da empresa, a assinatura do imperador Napoleão III, que autorizou a criação do banco Société Générale, em 1864. O gestor quis sublinhar “a responsabilidade” que representa para a ALD Automotive integrar o grupo Société Générale, um dos mais fortes e antigos de França. Responsabilidade acrescida com a recente entrada da ALD Automotive na bolsa de Paris (no passado mês de junho). “Protagonizámos a maior entrada na bolsa de Paris desde 2005”, sublinha Manuel de Sousa. Isto depois de a ALD Automotive ter aumentado no ano passado 14% a frota de
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veículos que gere, em termos globais, atingindo perto de 1,4 milhões de viaturas. A atividade total dos 41 países em que o grupo está presente gerou lucros líquidos no valor de 511,7 milhões de euros, o que representa uma subida de 21%, face a 2015. Recorde-se que a ALD Automotive opera em Portugal desde 1992, empregando atualmente 100 pessoas, sobretudo na área de operações (gestão das frotas). Manuel de Sousa veio liderar a ALD Automotive em 2014, depois de ter dirigido as delegações da empresa no Brasil, em Itália, em Marrocos e na Ucrânia. A ALD Automotive proporcionou ao gestor um regresso ao país de origem, já que Manuel de Sousa nasceu em Braga, tendo emigrado para França ainda bebé.
Como antes referi, a ALD Automotive é líder de mercado na Europa e gere atuamente mais de 1,41 milhões de viaturas, a nível mundial. Com a conquista de dezenas de prémios a nível internacional, em Portugal a empresa viu o seu sistema de gestão certificado pela mais recente norma ISO 9001 de 2015. Os elevados índices de qualidade e satisfação diferenciam a ALD Automotive. Anualmente são divulgados os resultados do inquérito de satisfação a clientes, que ao longo dos anos tem demonstrado uma taxa de recomendação bastante elevada, ultrapassando os 90% em 2016. Isto é um indicador do elevado índice de qualidade na gestão da frota dos clientes ALD Automotive. Outro ponto diferenciador da ALD Automotive é a manutenção de um elevado investimento em inovação, continuando empenhada em ser a referência do setor no que diz respeito à tecnologia. Para alcançar essa ambição, a empresa constrói serviços e soluções líderes de mercado de forma a superar as expetativas globais dos clientes, nomeadamente através do conhecimento, da experiência local e da capacidade e excelência dos serviços a prestar. Fomos a primeira operadora de renting a lançar produtos de mobilidade alternativa como o veículo elétrico ou o “ALD sharing”, um serviço totalmente pioneiro e que continua até hoje exclusivo da ALD Automotive. Que vantagens apresenta o renting? A procura por este sistema aumentou?
Em Portugal, o renting é indubitavelmente a solução mais procurada por empresas frotistas, e tem vindo também a ganhar maior expressão nas PME e
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particulares. As vantagens evidentes, como o aluguer e toda a gama de serviços associados mediante uma renda mensal única, que liberta o cliente de preocupações e permite uma previsibilidade dos custos é inquestionavelmente um fator de grande aceitação. Mesmo no caso de empresas com liquidez para fazer a aquisição direta, através do renting estas beneficiam da capacidade negocial que só uma gestora de frota com milhares de viaturas sob a sua alçada consegue. Adicionalmente usufruem do know-how de uma equipa especializada para a gestão diária da sua frota, podendo dedicar-se inteiramente ao seu core business. Que expetativas tem quanto à recente parceria que fizeram com a Norauto?
Esta parceria tem como principal objetivo disponibilizar uma solução de renting vantajosa e totalmente adaptada e permitir que, pela primeira vez, uma rede de centros auto esteja apta a oferecer aos seus clientes uma solução de veículo novo “chave na mão”, através do produto de renting. É um motivo de satisfação poder contar com a Norauto numa parceria totalmente pioneira, a primeira com uma marca de serviços e acessórios automóveis. Este novo produto coloca ao dispor dos clientes uma forma económica de ter um veículo novo, com todos os servi-
ços incluídos e sem preocupações, com o consumidor a beneficiar de todas as vantagens do renting, através de uma única mensalidade, nomeadamente de um acompanhamento permanente através de uma linha dedicada ao cliente ou através do site renting.norauto.pt. Por parte da Norauto, os seus clientes estão cada vez mais atentos ao produto de renting e podem esperar uma marca totalmente preparada para lhe oferecer não só serviços automóveis, mas também uma solução de aluguer operacional de valor acrescentado, com um amplo leque de serviços incluídos e adaptados às necessidades particulares de cada cliente. No que diz respeito à ALD Automotive, a parceria dá-nos um posicionamento diferenciado que nos permitirá uma diversificação da tipologia de viaturas, com a abordagem a modelos de veículos distintos da típica frota de empresa. Adicionalmente, a atuação ao nível de parcerias distingue muito positivamente a ALD Automotive no mercado, pois este incremento tem sido para o grupo um ponto crucial da estratégia dos últimos anos. Fomos os primeiros operadores do mercado a assinar parcerias e acordos de distribuição de serviços de marca branca. Somos responsáveis pelos serviços operacionais de todo o backoffice, e capazes de fornecer um produto chave na mão, com ferramentas online, linhas de apoio dedicadas, documentação do
condutor e outros suportes com imagem 100% do parceiro. Quantos clientes gere a ALD Automotive em Portugal?
A ALD Automotive gere desde clientes frotistas de grande dimensão até ao pequeno cliente particular com uma viatura apenas. A base de clientes da ALD Automotive é bastante vasta e inclui mais de 2.200 clientes. A solidez aliada a uma gestão focada no cliente permitem à ALD Automotive Portugal assegurar uma gestão eficiente da frota automóvel da empresa ou do veículo particular dos seus clientes. Que tipo de viaturas procuram os clientes?
A ALD Automotive disponibiliza e trabalha com todas as marcas que constituem o mercado automóvel. É no entanto, difícil de generalizar a tipologia de veículos da nossa frota, porque depende bastante da atividade de cada empresa, mas podemos dizer que o segmento médio inferior é talvez o mais procurado, por ser o segmento mais abrangente e equilibrado em termos de preço, com funcionalidades e equipamento razoásetembro de 2017
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vel, adaptando-se facilmente aos diferentes níveis de necessidades das diferentes atividades. De que forma imagina que vão evoluir os serviços de renting no futuro?
É importante trabalhar em várias frentes para atingir os objetivos a que nos propomos, que são aumentar a mobilidade e reduzir custos. O nosso negócio não é apenas alugar carros, é também ajudar a fazer uma gestão mais eficiente dos recursos. Não nos podemos esquecer que o serviço de renting tem na sua essência o “aluguer” de mobilidade aos seus clientes e esta será uma tendência ainda mais caracterizadora da atividade do renting no futuro. Que resultados obteve o desafio de mobilidade lançado pela ALD Automotive a startups? O que podemos esperar dessa iniciativa?
O concurso que a ALD Automotive lançou a nível internacional às startups faz parte integrante da estratégia de inovação iniciada pela empresa. Foram mais de 60 as candidaturas recebidas, mas houve uma que se destacou na competição e que fez com que a ALD Automotive confiasse à Parkbob (Áustria) a 16 act ualidad€
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otimização do estacionamento na área urbana. Na prática, a ALD Automotive tem como objetivo otimizar a experiência de condução em todo o processo de parqueamento em áreas urbanas através de ferramentas digitais. A Parkbob será alvo de um teste piloto por um período até seis meses, no âmbito de uma parceria experimental que ocorrerá num dos 41 países onde a ALD Automotive atua. Este importante acordo de parceria com o grupo permitirá a esta startup avançar no desenvolvimento e teste da aplicação móvel. Uma equipa dedicada será responsável pela fase piloto, analisando o feedback dos utilizadores e otimizando a sua implementação a todos os utilizadores e condutores. Que papel tem a ALD Automotive na discussão sobre as cidades inteligentes, sobretudo ao nível da mobilidade?
A ALD Automotive enquanto gestora de frota e responsável pela mobilidade dos seus clientes, tem um papel importantíssimo na discussão sobre a mobilidade futura. Há um futuro de enormes vantagens pela frente, mas a aceitação destes novos serviços, nomeadamente de mobilidade
alternativa nem sempre é fácil e imediata. Existe um grande trabalho de evolução de mentalidades que tem que ser feito no nosso país. Por parte da ALD Automotive, mantemos o nosso investimento em tecnologia para que estas soluções sejam possíveis. Estamos preparados, temos um leque de novos serviços para oferecer, estamos aptos a responder aos novos desafios de mobilidade, mas o mercado tem também que acompanhar e responder a esta nova tendência. Estamos seguros que modelos como os híbridos e plug-in serão mais expressivos também nas frotas, se os incentivos governamentais evoluírem também nesse sentido. Um exemplo concreto ao nível de mobilidade alternativa é o serviço ALD sharing: somos ainda os únicos a oferecer esta solução em Portugal. Foi um serviço que gerou um interesse muito grande, inicialmente, mas a mentalidade do carro próprio acaba por prevalecer. Mantemos, no entanto, boas expetativas e este serviço é utilizado atualmente por alguns dos nossos clientes. É uma solução que permite às empresas ter uma pool de veículos para uma partilha corporativa entre os seus colaboradores, monitorizando e otimizando os custos das deslocações, como necessidades de mobilidade pontuais, táxis, alugueres de curto prazo e custos de quilómetros, suprindo necessidades de transporte a nível profissional e até pessoal. É suportado por tecnologias de telemática e inclui uma ferramenta de reservas online aldsharing.pt, sendo tudo feito diretamente através do portal. Este serviço permite a total autonomia dos utilizadores, não sendo necessária a intervenção de qualquer outro colaborador da empresa no processo de atribuição de viatura, troca de chave, devolução da viatura, etc. Realçamos que o sucesso deste serviço passa por uma mudança de mentalidades e enquanto a cultura de partilha de viaturas não fizer parte do quotidiano de uma empresa em Portugal, a procura pelo ALD sharing vai ser pouco expressiva.
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Selectiva trae nuevas oportunidades en el sector del trabajo temporal
Con agencia en Lisboa y Valença, Selectiva continúa dando pasos seguros en su expansión en el territorio portugués. La empresa española especializada en la gestión de Recursos Humanos ofrece soluciones globales a sus 700 clientes a través de su red de 27 delegaciones. Para su crecimiento en Portugal espera beneficiarse del aumento de la búsqueda de mano de obra en distintos sectores.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
urante más de veinte años anual superior a los 60.000 millones varias ciudades del país”, añade. Selectiva se ha consolidado de euros. Selectiva dispone de un en el mercado de las ETT´s equipo personal especializado en el Perfiles más buscados como un referente en la bús- área de la psicología de las organiza- “Selectiva centra su actividad en las queda y cobertura de profe- ciones y gestión de recursos humanos. áreas de telemarketing, IT, industria y sionales. Perteneciente al grupo Fittest, “Desde que se estableció en Portugal automóvil. Los perfiles más buscados fue fundada en 1996 y es hoy una de a finales de 2015 el crecimiento de se encuentran en dichas áreas, con las mayores empresas españolas en la Selectiva ha sido gradual, típico del una relevancia substancial para los no gestión de Recursos Humanos, espe- sector en el que se encuentra. Con cualificados o con vocación comercial, cializada en servicios de contratación el objetivo de prestar un servicio de aunque hemos notado una tendencia de profesionales de carácter temporal. proximidad a sus clientes, fue inaugu- creciente en los perfiles cualificados. Cuenta con divisiones sectoriales en rada la segunda agencia en el norte del En el caso de Portugal, “por los datos call center, logística, automoción, IT, país, concretamente en Valença”, expli- que disponemos de nuestros clientes industria, alimentación e in-house. ca Marco Pinto, director de Selectiva el escalón que más perfiles abarca se Entre España y Portugal cuenta con Portugal. Su activad está más presente encuentra entre los 25 y 45 años”. 27 delegaciones, más de 700 clientes y en la capital lusa “aunque la actividad En lo que a los trabajos temporales dirige diariamente más de 4.000 cola- geográfica de la empresa alcanza otros se refiere, el responsable de Selectiva boradores, generando una facturación lugares ya que cuenta con clientes en en Portugal explica que este tipo
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de contratos “tienen en su mayoría la duración de un año”. Prefiere no comentar si los sueldos han sentido los efectos de la crisis pero asegura que “tenemos la perspectiva de que las empresas ofrecen mayoritariamente condiciones salariales próximas del salario mínimo nacional”. Subraya el hecho de que existe, a nivel nacional, un aumento considerable de la búsqueda de mano de obra en varios sectores. “Ese factor puede ser decisivo y un catalizador para que exista una mejora de las condiciones de remuneración futuras”. Recuperación del sector Marco Pinto (en la foto) se muestra optimista con la recuperación económi- es consciente que este factor permitió ca del país, gracias al referido aumento y continúa a permitir el impulso ecodel la búsqueda de mano de obra. “Se nómico del trabajo temporal. En este trata de un factor fruto de una mayor contexto, “las empresas optan de una estabilización de la coyuntura, que pro- forma más frecuente por tales soluciones, porciona condiciones de crecimiento de proporcionando un aumento significala actividad económica”. El director de tivo de la frecuencia relativa del trabajo Selectiva Portugal reconoce que la crisis temporal en los nuevos empleos”. “obligó a que el mercado se reajustase Selectiva no se centra en la búsqueda a una nueva realidad, proporcionando de un perfil concreto, “sino en una oportunidades en el sector del trabajo diversidad de perfiles, con especial destemporal”. Como las empresas están taque a la vocación comercial, la tecnomás vulnerables y dependiente de fac- lógica, industrial y de automoción”. Y el tores exógenos, “buscan soluciones de factor idiomas se tiene muy en cuenta. recrutamiento más flexibles”, añade. Y Desde esta empresa aseguran que todos
los factores se tienen muy en cuenta en el análisis del candidato y, mediante el perfil pretendido, esos criterios pueden tener pesos distintos. “La personalidad junto con la formación pueden ser factores determinantes en la contratación de un colaborador”. En este sector, Marco Pinto hace una pequeña distinción entre el mercado español y portugués ya que considera que “em comparación entre ambos países, Portugal recurre más al uso del trabajo temporal”. Por lo demás, los mercados son similares con sus diferencias culturales y de remuneración.
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 setembro Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
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Bluecell quer aumentar carteira de clientes portugueses A Bluecell, agência espanhola especializada em marketing e estratégia digital, pretende entrar e expandir-se no mercado português, depois de ter aberto o seu primeiro escritório, há cerca de nove meses. “Sentimos que em Portugal há um mercado de oportunidades, onde podemos contribuir com o nosso trabalho e onde as pessoas têm uma boa formação”, comenta Ángel Sopeña Blanco, o CEO da Bluecell. “Agora a prioridade é crescer em Portugal, estamos muito entusiasmados, porque as perspetivas são positivas”, adianta o gestor.
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Textos Claudia Ballester cballester@ccile.org e Sofía González sgonzalez@ccile.org Fotos DR
empresa de comunicação e marketing é especializada em apoiar as empresas clientes a adaptarem os seus modelos de negócio para o universo digital. “Nós fazemos um estudo para ver o grau de maturidade digital em que se encontra a empresa e depois aplicamos o método DRO (Digital Resources Optimization) para tratar os objetivos digitais que 20 act ualidad€
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têm e a maneira como podem ser noutros mercados. atingidos”, aponta Ángel Sopeña Blanco. Uma das áreas de ativi- Automatizar os processos digidade com que trabalha a Bluecell tais é o retalho, procurando def iCriada em Madrid, há seis anos, nir o posicionamento web e os a Bluecell tem-se expandido para conteúdos digitais das empresas. a Colômbia, o México e, mais “Somos uma agência com um ser- recentemente, para Portuga l. viço muito personalizado e pode- “Uma mais valia que temos é mos trazer para Portugal muita a ponte que fazemos para a experiência que já temos, porque América Latina, que nos permite trabalhamos em quase todos os trabalhar com clientes em ambos setores”, quer em Espanha quer os continentes”, realça Á ngel
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“Qualquer empresa que ainda não se tenha transformado ou equacionado mudar para o universo digital, terá dificuldades em chegar aos seus clientes, porque este meio é imparável”, tendo em conta que “as gerações que vê apenas pensam de forma digital” Sopeña Blanco. responsável. Os clientes da Bluecell são empresas Atualmente, vivemos num mundo de distribuição de grande consu- cada vez mais digitalizado, por isso, mo, da indústria musical e farma- “qualquer empresa que ainda não se cêutica, universidades, entre outros. tenha transformado ou equaciona“Nós trabalhamos com clientes que do mudar para o universo digital, estão, normalmente, em processo de terá dificuldades em chegar aos seus transformação digital”, assegura o clientes, porque este meio é impará-
vel”, tendo em conta que “as gerações que vêm apenas pensam de forma digital”, adianta o CEO. Por outro lado, as empresas quanto mais automatizarem os seus processos, mais digitalmente avançadas estarão. “Deixar de atuar com suporte no papel e agir mais em função dos dados informatizados e de maneira mais automática. Não devo decidir eu onde quero ir, mas sim apoiar-me no caminho que os dados apontam”. A Bluecell trabalha com projetos digitais e de Big Data, com o objetivo de conhecer o consumidor e a sua relação com as marcas. “Podemos avançar padrões de consumo e saber o que tem que fazer a marca para oferecer só aquilo do seu interesse ao cliente”, comenta Ángel Sopeña Blanco. Um exemplo é o caso do modelo de negócio da indústria musical, que mudou radicalmente: “há 15 anos as pessoas compravam os discos nas lojas, há oito anos pagavam no iTunes e descarregavam o arquivo musical, e agora as receitas da indústria musical sustentam-se no Spotify, por cada canção reproduzida”, exemplifica o CEO.
O potencial das redes sociais O conteúdo que atualmente triunfa nas redes sociais é o vídeo. “No Facebook, 80% do conteúdo é formato vídeo, segundo marcam os algoritmos de Facebook, já que é o tipo de informação que preferem os utilizadores”, informa o CEO. O vídeo “transmite muito mais que qualquer outro conteúdo digital”, traz “mais interatividade, e o consumo é mais fácil e rápido, porque não tens que ler; o vídeo multiplica por dez as interações que nós publicamos nas redes sociais”. Mesmo assim, para a realização deste formato, há que dispender mais tempo, recursos humanos e mais material
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de produção, por isso, “o vídeo é o conteúdo mais caro e mais difícil de fazer”. Deve-se, ainda, ter em conta aspetos como sejam a duração do filme. “O vídeo deve ter uma duração inferior a um minuto, para que capte a atenção do público muito rápido e, assim, ajudar a sua fácil difusão”, aconselha Ángel Sapeña Blanco. Para a Bluecell, a grande aposta, em termos de redes sociais e comunicação das empresas, é o Whatsapp, que tem ainda muito potencial de crescimento, acredita o mesmo responsável. “A nossa ideia é trocar a maneira
de comunicar e informar através das redes sociais por uma mensagem do Whatsapp, que é a comunicação mais rápida e direta, e onde o utilizador se sente mais seguro”, destaca Ángel Sopeña Blanco. “Trabalhar com este serviço em países de América e Espanha tem funcionado muito bem” para as campanhas propostas por esta empresa. No entanto, a utilização destas redes requer também muito esforço, sobretudo ao nível dos recursos humanos, pela necessidade de atualização constante dos conteúdos e de resposta rápida ao cliente final.
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Eduardo Gutiérrez Sáenz, nuevo embajador de España en Portugal
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duardo Gutiérrez Sáenz de Buruaga es el nuevo embajador de España en Portugal tras su nombramiento en el Consejo de Ministros del pasado 3 de julio y presentará credenciales en el mes de septiembre. Natural de Madrid (24 de febrero de 1959), licenciado en Derecho, está casado y tiene un hijo. Ingresó en la Carrera Diplomática en el año 1985, siendo destinado en las representaciones diplomáticas españolas en Sudán, Uruguay y México hasta 1994. Entre 1995 y 1996 fue director de la Fundación Popular Iberoamericana del Partido Popular. Posteriormente fue director general de Política Exterior para Iberoamérica en el Ministerio de Asuntos Exteriores. Entre el 2000 y 2004 fue Embajador Observador Permanente de España ante la Organización de los Estados Americanos en la ciudad de Washington D.C. y organismos
Interamericanos de Cooperación. Durante estos años fue igualmente vocal asesor de la Escuela Diplomática en Madrid y trabajó en la sede central del Partido Popular, junto al entonces coordinador de Presidencia y de relaciones internacionales del partido Jorge Moragas. Su nombramiento como embajador de España ante la Santa Sede tuvo lugar el día 16 de mayo de 2012, por el presidente Mariano Rajoy y el ministro José Manuel GarcíaMargallo, tras entregarle las cartas credenciales al papa Benedicto XVI. Fue el cuarto y último embajador de España durante su pontificado.
Habitualmente escribe artículos sobre actualidad internacional en los periódicos “El País” y “ABC” y en diferentes revistas especializadas en ese ámbito. Eduardo Gutiérrez recoge el testigo de Juan Manuel de Barandica, quien ocupó su cargo durante poco más de año y medio.
Carus concede su “Excellence Award 2017” a Luís Sousa y Jaime Rodrigo
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arus España ha concedido su “Excellence Award 2017” a Luís Miguel Sousa, fundador, pre-
sidente y director general del grupo Sousa; y al abogado Jaime Rodrigo de Larrucea; ambos, reconocidos profesionales del sector marítimo en Portugal y España. Luís Miguel Sousa es presidente del grupo Sousa, una corporación marítima con más de 50 sociedades dedicadas a todas las actividades relacionadas con el transporte marítimo de pasajeros y mercancías (transporte marítimo, logística global, operaciones portuarias, energía, turismo) con sede en la Región Autónoma de Madeira (Portugal).
Por seu lado, Jaime Rodrigo de Larrucea es abogado, profesor de Derecho Marítimo en la Universidad Politécnica de Cataluña (UPC), presidente de la Sección de Derecho Marítimo del Ilustre Colegio de Abogados de Barcelona (ICAB), miembro de honor del Consejo Europeo de Doctores y Doctores Honoris Causa y presidente de la Sección de Ciencias Tecnológicas de la Real Academia Europea de Doctores. Dicho galardón se entregó en Madrid durante la comida de celebración de la Asamblea General de la Asociación de Navieros Españoles, ANAVE, en Madrid. Textos Belén Rodrigo Fotos DR
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Café expresso de Portugal com selo próprio internacional Com a criação do selo “Portuguese Coffee – A Blend of Stories”, a AICC pretende identificar e destacar o café expresso que é torrado e embalado em Portugal e comercializado noutros mercados. Um sabor identificado por muitos, em qualquer ponto do mundo, como sendo mais doce, com mais aroma e corpo do que os concorrentes desses mercados. Texto Sofía González sgonzalez@ccile.org Fotos DR
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café português comercializado noutros países já dispõe de um selo de origem, que garante as características únicas do café torrado no nosso país. “A ideia surgiu da aliança entre diversos torrefatores portugueses, associados da AICC, que sentiram a necessidade e a oportunidade para criar um elemento visual que permitisse facilmente identificar este produto e as suas características únicas. O café expresso português tem características muito próprias, afiança Rui Miguel Nabeiro, presidente da AICC-Associação Industrial e Comercial do Café. “Foi nesse sentido que a AICC– face aos elementos únicos e diferenciadores deste produto, quer em termos sensoriais, quer em termos sociais– investiu no processo de preservação deste património cultural nacional, através da criação, no último ano, de um selo de denominação do Café Expresso Português”, denominado “Portuguese Coffee – a blend of stories”.
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Este slogan “representa as várias histórias das diversas marcas à volta do café português, mas também a interligação entre a história de Portugal e a história do café no mundo, pois Portugal teve um papel preponderante na disseminação desta que é a segunda commodity mais transacionada no planeta, com a sua implementação no Brasil, Angola e São Tomé e Príncipe, mas também com o seu desenvolvimento em Timor, onde foi introduzido pelos holandeses”, enquadra o mesmo responsável. “Os principais objetivos desta marca incidem na diferenciação do café português, preservando-o como património gastronómico e cultural nacional e aumentar a sua notoriedade. Numa segunda fase, a nossa principal expetativa é aumentar as suas exportações”, refere Rui Miguel Nabeiro. “A marca foi inicialmente promovida no exterior, pois o selo destina-se especialmente a aumentar a exportação, pelo que não temos dados específicos
do acolhimento do público português. No entanto, a AICC esteve presente em alguns eventos nacionais, tais como a feira Alimentaria, onde o público se mostrou muito recetivo e agradado com a experiência de degustação de várias marcas de café portuguesas”. Selo identificado na embalagem de café e em pacotes de açúcar As marcas aderentes estão a colocar nas suas embalagens este novo selo e, entretanto, no próximo “dia 1 de outubro (Dia do Café) será lançada uma gama de pacotes de açúcar com o objetivo de promover cada uma das marcas comerciais e o selo Portuguese Coffee, fazendo chegar a marca à chávena de café de cada português ou turista”, adianta a mesmo gestor. “O café português faz parte do nosso património cultural e gastronómico, pelo que o selo Portuguese Coffee pretende transmitir esses valores tradicionais que nós portugueses associamos
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ao café a que chamámos de uma forma genérica a ‘portugalidade’, que não é mais do que a nossa forma de consumo tradicional única em termos sociais, quer seja em casa como fora de casa”. Em termos de implantação externa, cada marca de café tem a sua estratégia própria, mas “globalmente, podemos dizer que o café português está na maioria dos mercados europeus e começa agora a marcar presença na América do Sul e na Ásia”. Neste momento, o selo é disponibilizado a todos os torrefatores que cumpram requisitos como o lote de café candidato ao selo ter de ser torrado em Portugal, a empresa tem ainda de comprovar que é detentora da marca do produto candidato, bem como tem de cumprir o Código de Boas Práticas em vigor na AICC, entre outros requisitos definidos em relação à marca
“Portuguese Coffee – a blend of stories”, nomeadamente as normas do sistema HACCP. “O selo garante que são mantidas as características deste tipo de café e ao mesmo tempo divulga a sua especificidade e a sua identidade própria. Para as empresas exportadoras, o selo permite ainda evidenciar uma garantia das especificidades deste café, asseguradas por uma entidade independente. Contribui, também, para a aceleração da competitividade das empresas nacionais no exterior e facilita o acesso a mercados internacionais”, adianta o também administrador da Delta Cafés, uma das maiores empresas do setor e com forte presença ibérica e noutros mercados externos. “O café português varia de produtor para produtor, mas, na generalidade, a torrefação em Portugal confere ao
café menos acidez e mais aroma, mais corpo e doçura”, sublinha Rui Miguel Nabeiro, adiantando que “a torrefação em Portugal privilegia a torra média a média-escura, permitindo expressar o flavour regional associado a cada café do mundo comparativamente a uma torra escura, o que resulta num café torrado com aroma e corpo realçado e uma doçura que oferece uma experiência sensorial de degustação que se quer prolongar e que cria memória no consumidor”.
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Últimos premiados
· Gestor Espanhol do ano 2015 D. Luís Osuna Hervás
· Gestor Português do Ano 2015/2016 Dr. António Vieira Monteiro
PRÉMIOS CCILE 2017
EM P RES Á R I O E G ESTOR D O A N O
A CCILE solicita a sua colaboração até ao dia 15 de outubro
SE É SÓCIO, PROPONHA UM CANDIDATO ATRAVÉS DA NOSSA PÁGINA WEB: www.portugalespanha.org setembro de 2017
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saborear rosbife de “garfo e faca” e não só através de sandes. Em pouco mais de 10 meses, a marca de restauração “maluca por carne” soma já dois espaços comerciais em Lisboa em contentores marítimos (em Santos e Prazeres) e acaba de inaugurar uma terceira unidade, desta vez em food court, no Cascais Shopping, centro comercial que regista cerca de 13 milhões de visitas por ano, sublinha a empresa.
Com uma previsão de faturação de cerca de 700 mil euros até ao final de 2017 e uma estimativa de investimento na ordem dos 300 mil euros também até ao fim do ano, que contempla duas novas lojas em food court, a marca ambiciona ainda aumentar a equipa, que atualmente é de 15 pessoas, para mais cerca de 40 a 50. A mesma equipa que trouxe a maioria dos espaços franchisados 100 Montaditos para Lisboa, aposta agora num novo produto-estrela (o rosbife), com uma insígnia própria, ao lado dos principais players que vendem refeições de carne em Portugal. “Paralelamente à nossa experiência na área da restauração com um franchising de sucesso, desde sempre quisemos criar uma marca independente e icónica de monoproduto, que fosse multifacetada em termos de combinações”, afirmam Miguel Marecos e Paulo Lima, responsáveis pela Red - We like it raw. A marca disponibliza take away e faz ainda entregas ao domicílio (na capital e agora também em Cascais).
receber assistência técnica dos seus equipamentos em uma hora. Caso a reparação não possa ser imediata o centro poderá emprestar um telemóvel substituto. Também poderá comprar acessórios da marca, consultar duvidas sobre o seu telemóvel, recolher informações e testar os últimos lançamentos de Huawei. Outra novidade é a sala de formação dirigida aos consumidores para aprender
mais do seu telemóvel Huawei através de Workshops em áreas relacionadas com tecnologia e fotografia. Todo isso com o objetivo de complementar a experiência 360º com produtos Huawei. A marca de telemóvel calcula que poderá realizar, nos Centros de Lisboa e do Porto, até 100 reparações de equipamentos por mês, e de prestar consultoria e aconselhamento a cerca de 500 clientes.
Foto Tiago Barata
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Red abre novos espaços de restauração A
marca Red - We like it raw, conhecida pelas suas sandes de rosbife e que já por diversas vezes teve o seu produto premiado, acaba de estrear-se no food court. Este novo conceito de restauração integra o plano de negócios da empresa e prevê novas aberturas a cada cinco meses até 2018. A coincidir com este que corresponde ao seu terceiro espaço comercial, a marca vai apresentar uma nova carta com novidades para
Huawei inaugura os seus Service Experience Center em Lisboa e Porto A
marca de telemóveis chinesa Huawei abriu os seus primeiros Service Experience Center em Portugal, em concreto no centro de Lisboa e Porto, no passado mês de julho. Além de ser um espaço dedicado ao serviço pós-venda, o novo Centro de Apoio ao Cliente procura fazer com que o cliente tenha uma maior experiência Huawei. Nestes espaços, o cliente poderá
Textos Sofía González sgonzalez@ccile.org Fotos DR
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CEiiA reforça parceria com o Brasil na área da sustentabilidade O CEiiA-Centro para Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel, através do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, firmou duas novas parcerias no Brasil, com a Universidade Federal de Santa Catarina e com a Companhia Paraneense de Energia (Copel) e reforçou a já existente com o Parque Tecnológico da Itaipu. Com estes acordos de cooperação, o CEiiA alarga a sua presença no Brasil, levando o sistema mobi.me também para o Estado de Santa Catarina (já está presente noutros cinco estados e 10 cidades brasileiras), nomeadamente para a capital Florianópilos, cuja universidade está a desenvolver projetos que têm como objetivo a promoção do desenvol-
vimento sustentável, incluindo na área da mobilidade sustentável. Para tal, o CEiiA vai apoiar a criação de uma rede colaborativa para desenvolvimento científico, tecnológico e empresarial na área da mobilidade sustentável e inteligente, tendo por base a mobilidade elétrica e energias renováveis. A cooperação entre o CEiiA e a Universidade de Santa Catarina contempla o desenvolvimento de projetos de investigação, intercâmbio de colaboradores e docentes, supervisão conjunta de teses de mestrado e doutoramento, realização de conferências e eventos de caráter científico e tecnológico. No que respeita à Copel, o acordo tem em vista a cooperação científica e técnica na área da mobilidade
sustentável, pretendendo dar continuidade ao programa de implementação da mobilidade sustentável na cidade de Curitiba, assim como incentivar o intercâmbio de knowhow na aplicação de tecnologias marginais, tanto ao sistema elétrico de potência, quanto à mobilidade inteligente. Com o Parque Tecnológico da Itaipu, o CEiiA vai alargar a parceria para a área do desenvolvimento territorial. A parceria, que existe há quatro anos, através do desenvolvimento de iniciativas, programas e projetos focados na mobilidade, ganha desta forma maior abrangência e os projetos a desenvolver terão uma implementação no território anexo à barragem da Itaipu, em Foz do Iguaçu.
Ikea lança soluções de mobilidade elétrica A
Ikea acaba de lançar, em exclusivo na loja de Loulé, duas das suas mais recentes soluções de mobilidade amigas do ambiente. Desenvolvidas com o objetivo de criar um melhor dia a dia para todos, a bicicleta elétrica Folkvanlig (na foto) e a trotineta elétrica Pendla vêm dar resposta às exigências atuais e contribuir para uma mobilidade mais sustentável.
“A Ikea Loulé quer ajudar a maioria das pessoas a ter um dia a dia mais saudável e mais sustentável. Através de soluções inovadoras de mobilidade, como é o caso da bicicleta e da trotineta elétricas, acreditamos contribuir para um impacto positivo nas pessoas e no planeta”, refere Abdelhak Ayadi, diretor da Ikea Loulé. Uma verdadeira alternativa ao carro, ideal para curtas e médias distâncias, a bicicleta elétrica, disponível por 679 euros para membros Ikea Family, e a trotineta elétrica, disponível por 269 euros para os mesmos aderentes do cartão desta cadeia, contribuirão para um estilo de vida mais saudável, permitindo uma maior economia ambiental e de recursos, afirma a empresa. A nova bicicleta tem um design inovador e flexível, que facilita o seu transporte
e arrumação. Além disso, o seu centro de gravidade mais baixo potencia uma marcha mais segura nas curvas. Com uma autonomia de até 70 quilómetros, graças à solução de bateria lítio de 36V com componentes Panasonic, a nova bicicleta elétrica não emite qualquer ruído e não tem necessidade de manutenção, sendo ainda possível a compra de uma bateria extra para duplicar a distância em modo autónomo. Quanto à trotineta, é uma das soluções a considerar para os trajetos em cidade, pois tem uma autonomia de até 20 quilómetros, sendo capaz de atingir os 20 quilómetros por hora. “Na Ikea, a sustentabilidade está presente ao longo de toda a cadeia de valor e é encarada como um conceitochave para a inovação para o negócio”, comenta Cláudia Domingues, diretora de comunicação da Ikea Portugal.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR
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Schneider Electric investe dois milhões de euros para a formação de jovens na área da energia A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia e automação assinou um acordo para a formação de jovens na área da energia com a Congregação Salesiana. Juntamente com a Fundação Schneider Electric, aquela empresa investirá dois milhões de euros num centro técnico para desenvolver o acesso a energia e para formação. O primeiro passo desta iniciativa passou pela identificação de cinco projetos de energias renováveis e de desenvolvimento sustentável,
selecionados através de propostas feitas por várias escolas salesianas técnicas e profissionais em todo o mundo. Os primeiros projetos financiados são na Índia, República Democrática do Congo, Moçambique, Haiti e Sul de Itália e têm como objetivo ajudar a proporcionar oportunidades a jovens desfavorecidos e promover um modo de vida sustentável. O acordo foi iniciado em janeiro de 2016, durante um encontro entre líderes da Schneider Electric e Ángel Fernandez Artime, o rei
tor-mor dos Salesianos de Dom Bosco. Luigi Enrico Peretti, diretor-geral da CNOS-FAP – federação dos centros de desenvolvimento pessoal dos Salesianos–, afirmou que “a nossa colaboração com a Schneider Electric é muito forte, porque se baseia nos mesmos princípios e na mesma visão da humanidade. Partilhamos uma visão de desenvolvimento que promove melhorias na vida pessoal e social dos jovens antes de se centrar em tecnologia e estruturas”, adiantou o mesmo responsável.
Texto Claudia Ballester cballester@ccile.org
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Galp apuesta por los hábitos saludables para sus empleados
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alp participa por segundo año consecutivo, junto con un grupo de empresas líderes, en la tercera edición del programa Healthy Cities by Sanitas, una iniciativa diseñada para promover el cuidado de la salud de forma activa de los empleados. El objetivo de esta iniciativa, que cuenta con el apoyo del Comité Olímico Español y la Fundación Española del Corazón, es promover estilos de vida saludables desde el entorno laboral. Además, en la edición de este año,
las más de 40 empresas participantes se comprometen a fomentar la actividad física y estilos de vida saludables entre sus empleados. Esta tercera edición, Healthy Cities, con la colaboración de Galp, pone al servicio de los empleados de las empresas participantes un plan deportivo para adquirir un estilo de vida saludable. Durante los próximos seis meses, los empleados podrán disfrutar de actividades al aire libre, así como de una plataforma digital
para registrar su actividad y en la que encontrarán consejos para la práctica deportiva además de un ranking de participación tanto por empresas como individual. En esta misma plataforma se pondrá a disposición de los participantes una calculadora del corazón que les permitirá conocer su edad cardiaca, y la opción de participar en el sorteo de dorsales, chequeos médicos deportivos, y revisiones dentales. Asimismo, el programa lanza el reto de superar las 120.000 horas de práctica deportiva durante sus seis meses de duración. Para Francisco de la Morena, responsable de Comunicación Interna y RSC de Galp España, “un equipo sano y motivado genera un mejor ambiente de trabajo, creando el ambiente necesario para alcanzar cualquier meta. De hecho, trabajar cada día por conseguir el bienestar de nuestros empleados en el entorno profesional y personal es uno de los objetivos de nuestra área de Recursos Humanos”.
Garrigues acuerda con Fundación Once emplear a personas con discapacidad E L vicepresidente ejecutivo de Fundación Once, Alberto Durán, y el presidente ejecutivo de Garrigues, Fernando Vives, firmaron en Madrid un Convenio Inserta para facilitar la incorporación de personas con discapacidad en la plantilla del despacho. El acuerdo suscrito por ambas compañías se enmarca en el programa operativo de Inclusión Social y de la Economía Social (POISES) – desarrollando la Fundación a través de Inserta Empleo con la cofinanciación del Fondo Social Europeo- con el objetivo de incrementar la formación y el empleo de las personas con
discapacidad. Garrigues contará con Inserta Empleo, entidad para la formación y el empleo de Fundación ONCE, para abordar los procesos de selección de candidatos para puestos de trabajo que pueda necesitar la firma, así como para desarrollar posibles acciones de formación y cualificación profesional. El convenio contempla, además, la promoción de otras acciones que
favorezcan la inserción laboral de personas con discapacidad de forma indirecta mediante la colaboración con los centros especiales de empleo.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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El Corte Inglés colabora con UNICEF en una campaña solidaria de “Regreso a las Aulas”
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l Corte Inglés propone a sus clientes colaborar con UNICEF en una campaña que desarrolla la ayuda a los niños más desfavorecidos.
Esta acción de recaudación de fondos se encuentra integrada en la campaña de “Regreso a las Aulas” de los Grandes Almacenes en Portugal y España. De esta forma, durante la campaña de “Regreso a las Aulas”, los clientes que efectúen sus compras en El Corte Inglés podrán hacer un donativo de uno, dos o tres euros para que UNICEF apoye a los niños más necesitados. Por cada
donativo, El Corte Inglés contribuirá también con el mismo valor. Actualmente, alrededor de 121 millones de niños en todo el mundo no van a la escuela y muchos no tienen acceso a material escolar. Con esta iniciativa, El Corte Inglés pretende sensibilizar a sus clientes y ayudar a UNICEF a mejorar las condiciones de acceso a la educación de los niños más desfavorecidos.
Barcelona avanza para convertir el espacio público en generador de energia E l ayuntamiento de Barcelona prevé doblar la capacidad productora de energía renovable en los próximos años y para ello aprovechará el espacio público y los edificios municipales. A día de hoy, la ciudad ya cuenta con 12 pérgolas generadoras de energía, a las cuáles se sumarán 10 más, contando con 60 edificios y equipamientos municipales que también generan energía eléctrica. La ciudad condal dispone de una docena de pérgolas de este tipo repartidas en siete de los diez distritos. Tienen una potencia instalada suficiente para generar energía con la que se podrían abastecer 500 viviendas. El Consistorio asegura que la experiencia de las pérgolas ha sido positiva, por lo que hay otras cuatro instalaciones en fase de construcción. Las empresas privadas y particulares instalarán placas con las que generar energía en techos de edificios de titularidad municipal además de escuelas, bibliotecas o centros cívicos. Además,
el Ayuntamiento de Barcelona ha planificado las instalaciones de placas en cubiertas, paredes medianeras u otros espacios públicos como el puente de Marina. También se apoyarán las actuaciones en edificios privados dónde la inversión la realizarán particulares que recibirán apoyo municipal a través de subvenciones y bonificaciones. El concejal de Presidencia,
Agua y Energía del ayuntamiento, Eloi Badia, aseguró que el Consistorio busca “doblar la capacidad instalada de energías renovables en la ciudad. Las pérgolas son un elemento muy interesante en este sentido, porque permite relacionarnos con el ámbito cotidiano y demostrar que en el espacio público también somos capaces de generar energías renovables”.
Textos Sofía González sgonzalez@ccile.org Fotos DR
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holeno in one seu negócio Associe a sua marca a este evento, patrocine...
Para mais informações contactar: Tel. 213 509 310 / Fax 213 526 333 e-mail: ccile@ccile.org
XXII Torneio Ibérico de Golfe 2017 28 de Outubro • West Cliffs Óbidos ac t ua l i da d € 33 setembro de 2017
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A reabilitação da construção e o dinamismo do imobiliário
A crise quase estagnou o setor da construção em Portugal, porém há muito que se adivinhava que o passado poderia ser redentor... Atualmente, nas zonas históricas de Lisboa e Porto não faltam gruas a confirmá-lo: a reabilitação de imóveis degradados não chega para as encomendas e começa a haver procura por imóveis novos. Depois de 13 anos negros, com a atividade a cair para metade, a recuperação do setor da construção faz-se à boleia do turismo, dos golden visa e da reanimação da economia. A degradação do edificado vaticina muito trabalho para as empresas do setor, desde que a procura por imóves não esmoreça. Textos Susana Marques smarques@ccile.org, com Claudia Ballester cballester@ccile.org e Sofia González sgonzalez@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
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s últimas edições do ranking mensal do site internacional de imobiliário “TheMoveChannel” colocam Portugal entre os cinco primeiros países do mundo mais procurados para investir em imobiliário. Na edição de junho, Portugal figurava em quarto lugar, numa tabela liderada pelos EUA e com Espanha e Itália a ocuparem o segundo e o terceiro lugares do pódio, respetivamente. Em 2016, Portugal chegou a deter o terceiro lugar por quatro vezes, no ranking elaborado mensalmente pela referida plataforma de imobiliário, como assinala Dan Johnson, diretor do “TheMoveChannel.com”: "Portugal é há muito um destino favorito dos investidores no "TheMoveChannel. com", mas é frequentemente ensombrado pela implacável procura pelo imobiliário espanhol. Com o constante crescimento dos preços dos
imóveis há meses e com o investi- a uma recuperação generalizada da mento dos vistos gold a duplicar na maioria dos indicadores económiprimeira metade de 2016, Portugal cos”. O setor está agora “a dar os volta a estar entre os três primei- primeiros passos após uma profunda transformação e reorganização ros”. O setor imobiliário vive dias feli- de todo o tecido empresarial, que zes: a procura disparou, quer por ultrapassou um complexo processo habitações, quer por escritórios, o de ajustamento”. Pode dizer-se que que fez subir os preços e provo- há um setor de construção antes e cou uma revolução na constru- depois da crise, conclui o presidenção, impondo a reabilitação urbana te da AICCOPN: “Sim, é verdade. como tábua de salvação de um Entre 2001 e 2016 registou-se uma setor que estava a definhar. "O quebra que, em termos reais e absosetor da construção atravessou o lutos, atingiu os 46,6% e desaparemais longo e profundo período de ceram, nesse mesmo período, 415 crise de que há registo”, admite mil postos de trabalho. O esforço Manuel Reis Campos, presidente de adaptação, diversificação e proda Associação dos Industriais da cura de novos negócios e mercados, Construção Civil e Obras Públicas levado a cabo pelas empresas, pelos (AICCOPN), contabilizando “13 empresários e, naturalmente, pelos anos consecutivos de perda de ati- quadros técnicos foi muito signifividade e emprego”. O engenheiro cativo. Hoje temos um setor muito observa que “em 2015 registaram-se dinâmico ao nível da internacioos primeiros sinais de estabilização, nalização, com um volume anual mas só em 2017 foi possível assistir de negócios externo que supera os 35
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10,4 mil milhões de euros, somos o terceiro país europeu nos mercados de construção da América Latina e o segundo em África e somos reconhecidos em todo o mundo pela qualidade da nossa engenharia, arquitetura e construção. E, no plano interno, desde a área da sustentabilidade, às novas tecnologias, à reabilitação urbana, passando pelo imobiliário, temos um setor moderno, dinâmico e capaz de responder às necessidades do país.” De acordo com a AICCOPN, “o peso de toda a fileira da construção e do imobiliário no PIB é de 17,4%”. Na recuperação do setor sobressaem as obras de reabilitação de 36 act ualidad€
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imóveis, área cujo potencial se adivinhava, tendo em conta a degradação em que se encontravam as zonas históricas das cidades portuguesas. De acordo com o Censos de 2001, Portugal tinha 2,13 milhões de fogos a precisar de reparações médias, 211 mil necessitados de grandes intervenções e 114 mil muito degradados. Mais recentemente, o “Estudo Prospetivo do Mercado da Reabilitação Urbana”, desenvolvido pela AICCOPN em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) apontava para a necessidade de um investimento total de 38 mil milhões de euros para fazer rea-
bilitação urbana. explica Manuel Reis Campos: “O valor reflete a gravidade da situação em que nos encontramos. Na verdade, o parque habitacional está profundamente degradado. De um total de quase seis milhões de fogos existentes no país, 1,5 milhões necessita de conservação. Há riscos crescentes para a segurança pública, uma vez que mais de 200 mil edifícios, carecem de intervenções profundas e estão em perigo de ruína. Se nos centrarmos, apenas, nos edifícios que necessitam de intervenções mais profundas e imediatas, estamos a falar de um valor que ascende a 24 mil milhões de euros. Por outro lado, há que recordar que em 2012 existiam 119 mil habitações sociais (2% do total), ou seja, uma habitação social, para cada 16 portugueses em risco de pobreza e que 11% dos alojamentos ocupados estava em situação de sobrelotação, o que afetava cerca de 468 mil famílias.” Manuel Reis Campos sublinha que já se notam mudanças: “Olhando para o peso do licenciamento de obras de reabilitação no total do licenciamento concedido, em 2016, verifica-se que este segmento representou 30,1% no país. Em Lisboa, o peso das obras de reabilitação ascendeu no ano passado a 90,8% e no Porto representou 75,5%”. O presidente da AICCOPN informa ainda que “o setor da construção emprega cerca de 620 mil pessoas” e que “cerca de 60% está regularmente afeta a trabalhos de reabilitação”. O mesmo responsável indica que “o Barómetro da Reabilitação Urbana da AICCOPN regista variações positivas bastante acentuadas no fim do primeiro semestre deste ano, quer no nível de atividade, que aumenta 24%, quer na carteira de encomendas, que cresce quase 47%”. Ou seja, “o incremento de obras é sustentado num aumento dos projetos em carteira e, no ime-
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diato, esta tendência continuará a evoluir favoravelmente”. Para Manuel Reis Campos, “as potencialidades deste mercado estão longe de estar esgotadas e estas taxas de crescimento resultam de uma grande concentração geográfica da atividade”. O engenheiro defende que mesmo em Lisboa e no Porto há ainda muito que fazer, já que nessas cidades “a reabilitação ainda é um fenómeno localizado e centrado nalgumas zonas”. Sem dúvida que “a reabilitação ainda está longe de atingir a abrangência territorial necessária”. As empresas do setor podem olhar com otimismo para o futuro, tendo em conta o que está por fazer, conclui Reis Campos: “Basta olhar para os números que referi para ter noção da dimensão deste mercado potencial. A reabilitação não é, apenas, parte integrante do futuro do setor. É uma necessidade das populações e do país, bem presente, que não está localizada apenas em centros urbanos históricos. Com efeito, 19,2% dos edifícios construídos na década de 80, já precisam de obras de conservação e 13,9% dos edifícios construídos entre 1991 e 1995 encontram-se em igual situação.” O presidente da AICCOPN alerta para “a necessidade de atrair mais investimento de natureza privada e criar um movimento de reabilitação urbana com a dimensão que o país precisa, já que atualmente existe uma concentração em zonas muito limitadas, praticamente, aos centros históricos de Lisboa e do Porto”. Ainda assim é de louvar que a nova vaga de reabilitação está a ser aproveitada para repensar as cidades, sendo uma oportunidade para as tornar mais sustentáveis e eficientes. Reis Campos salienta que é “evidente a transformação do espaço urbano”. A reabilitação tem sido igualmente uma oportunidade de inovação
ao nível da inovação, investigação e do desenvolvimento. O empreendedorismo reflete-se na reconversão da estrutura do setor, ao nível dos recursos humanos e processos construtivos, nas chamadas infraestruturas eficientes e orientadas para a competitividade, nas ‘cidades do futuro’, redes de transporte, na eficiência energética, na transição para uma ‘economia de baixo carbono’, na aposta na regeneração e reabilitação urbana, na construção sustentável, na utilização de novos materiais, ecologicamente mais eficientes, na reciclagem, a reutilização e a desconstrução e na aposta noutros mercados.”
Manuel Reis Campos: "Se nos centrarmos, apenas, nos edifícios que necessitam de intervenções mais profundas e imediatas, estamos a falar de um investimento que ascende a 24 mil milhões de euros" para o setor da construção, que tem estado à altura do desafio argumenta Manuel Reis Campos: “O setor da construção e do imobiliário é reconhecido, à escala global, pela sua capacidade e inovação. Construímos bem e num esforço permanente de adaptação às novas realidades e necessidades, desenvolvemos novos métodos e processos construtivos, pelo que as nossas empresas, muitas vezes trabalhando em conjunto com escolas e universidades, serão sempre uma referência
Balança comercial positiva Acresce que, o saldo da balança comercial é positivo no domínio da construção, indica: “A taxa de cobertura dos materiais de construção é positiva, ou seja, as exportações de materiais de construção superam as importações.” Apesar da escalada de preços dos imóveis em cidades como Lisboa e Porto, as margens dos construtores nos ganhos de obra acusam outro ritmo, revela Manuel Reis Campos: “De acordo com o INE, em 2016, quer a variação do Índice de Reparação Regular de Habitação, como a do Índice de Custo de Construção de Habitação Nova ficaram-se pelos 0,6% em 2016, valores que demonstram bem que as margens das empresas não têm crescido.” Ainda assim, é seguro dizer que foram ultrapassados os anos de crise e que as perspetivas para o setor da construção são animadoras, observa o presidente da AICCOPN: “As estimativas para a evolução da produção, em 2017, apontam para um crescimento que, esperamos, possa superar a previsão inicial de 2,6%. A acreditar na generalidade dos cenários macroeconómicos apontados pelas instituições naciosetembro de 2017
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As zonas que atraem os investidores O estudo “Reabilitação para Uso Residencial em Lisboa|2017” – apresentado pela Prime Yield, em Londres, no passado mês de julho, no âmbito da conferência “Real Estate Disrupted”, organizada pela DLA Piper – confirma o acentuado interesse pelas zonas históricas: “As zonas históricas mantêm-se como o principal destino de investimento para este tipo de produto, concentrando em 2017 cerca de 70% da oferta em comercialização na cidade. Os preços médios de oferta neste eixo estão 35% a 16% acima das outras zonas da cidade e é esta a zona que apresenta também os apartamentos reabilitados com os preços máximos observados no mercado. Apesar da média da zona se situar nos 6.400 euros por metro quadrado, existem alguns apartamentos nas áreas históricas onde os valores podem atingir o dobro, situando-se em patamares que rondam os 10 mil euros/m2 a 12 mil euros/m2.” O estudo assinala que “a zona da Baixa-Chiado-Avenida da Liberdade continua a ser a mais cara de Lisboa para apartamentos integrados em projetos de reabilitação urbana”, no entanto “foi no eixo Estrela-Campo de Ourique que se observou a valorização mais expressiva dos preços médios de oferta entre 2016 e 2017”. Em comunicado, a Prime Yield retrata a oferta em Lisboa: “Nas áreas históricas, o valor médio de oferta deste tipo de produto situa-se atualmente nos 6.367 euros/m2, apresentando uma subida de 8,7% face a 2016. Na zona Estrela-Campo de Ourique, a valorização foi de 12,3%, com o preço médio de oferta a situar-
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se em 2017 nos 4.958 euros/m2. Na zona das Avenidas Novas, “os preços médios dos apartamentos reabilitados em oferta subiram cerca de 6,6% entre 2016 e 2017, situando-se nos 5.514 euros/m2; enquanto que no eixo ArroiosSão Vicente-Penha de França, a subida foi de 4,7% (4.721 €/m2).” Nelson Rêgo explica que “apesar de observarmos valorizações em termos médios na ordem dos 5% a 12%, existem produtos nas diversas zonas que apresentam subidas dos preços de oferta bastante mais expressivas de entre 15% a 25%”, nomeadamente “apartamentos T0 nas zonas históricas, com uma subida anual de 20%; dos T2 na zona da Estrela-Campo de Ourique (25%) e dos T2 na zona das Avenidas Novas (15%)”. O estudo da Prime Yield (que incide sobre uma amostra de 1.465
apartamentos integrados em projetos de reabilitação atualmente em fase de comercialização e distribuídos por quatro zonas da cidade) revela ainda que “são as tipologias T1 e T2 as mais comuns nos projetos de reabilitação urbana para uso residencial” e que “a maioria dos projetos dirige-se aos segmentos médioalto e alto”. Grande parte desta oferta “encontra-se já em fase de construção e estima-se que cerca de 65% do stock esteja já comercializado”, frisa o estudo. Nelson Rêgo considera que “o segmento alto deve manter-se como o principal foco de investimento de reabilitação para habitação em Lisboa, incentivado por uma procura que se mantém forte quer para a primeira quer para segunda residência, como também para a obtenção de rendimento, colocando o imóvel
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posteriormente em regime de arrendamento de curta duração”. O presidente da Prime Yield informa que “os estrangeiros, principalmente chineses, franceses e brasileiros, continuam a ser uma franja muito ativa desta procura, mas também os portugueses têm vindo a ganhar expressão, num mercado em que a aquisição está a fazer-se cada vez mais durante a fase de projeto”. Nelson Rêgo comenta que “continua a ser interessante investir porque ainda há boas taxas de retorno”, porém falta produto disponível para investir, o que desperta o interesse por novas zonas na cidade: “Além das zonas históricas centrais, mais consolidadas, com preços mais elevados e onde as oportunidades para promoção de projetos irão, inevitavelmente, começar a reduzir-se; estão a emergir novas localizações para o desenvolvimento deste tipo de produto. Toda a frente ribeirinha, desde a zona ocidental até ao Parque das Nações, é uma das áreas de potencial expansão deste mercado, além de áreas como a Ajuda, Alcântara, Mouraria, a Colina de Santana e a Almirante Reis.” À Actualidad€, Nelson Rêgo advoga que “a zona das Avenidas Novas tem claramente um enorme potencial de valorização, sobretudo para as famílias portuguesas”, bem como “a zona de Alcântara, a muito curto prazo”. Apesar dos preços dos imóveis terem subido bastante, importa esclarecer que a relação entre o PIB per capita e o valor por metro quadrado da habitação premium torna o mercado muito apetecível face a outros destinos, que obrigam a um maior esforço de investimento.
nais e internacionais, este valor prende-se com o facto das compadeverá estabilizar acima dos 3%, nhias low-cost terem começado a nos próximos anos, em resulta- fazer ligações com Portugal. “As do das projeções do investimento. companhias de aviação aérea lowEm termos de volume de trabalho, cost foram fundamentais em todo sabemos que podemos criar, a cur- este processo, porque impulsionato-prazo, 60 mil novos empregos ram o turismo.” Portugal nunca na área da reabilitação urbana, se teve tantos turistas e o número forem criadas as condições certas cresce sem parar desde 2012. Num para o seu desenvolvimento.” seminário sobre "O Investimento O crescimento do setor da cons- Imobiliário em Portugal - Desafios trução cavalgou a subida da procura e Oportunidades", organizado por imóveis, pelo que importa pers- pela Belzuz Abogados, no dia 30 petivar se os negócios imobiliários de junho, em Lisboa (ver foto na vão manter o atual dinamismo. pág. seg.), a Prime Yield destacou Por enquanto, o mercado imobi- isso mesmo: as receitas de turismo liário português subiram para os goza de boa 12.681 milhões saúde, como se de euros no ano No total de obras constata pelo passado, 10,7% licenciadas no país, acima do valor quarto lugar de Portugal de 2015; o o peso da reabilino Índice IPD número de hóstação urbana em – Retorno do pedes em estabeInvestimento 2016 foi de 30,1%. Em lecimentos hote(12,2%), como leiros superou Lisboa, representou os 19 milhões, o deu conta o Marketbeat que traduz uma 90,8% e no Porto subida de 9,8% Por tuga l – 75,5% face a 2015; e o 2017, publinúmero de dorcado em julho midas situou-se pela consultora Cushman & Wakefield (C&W). nas 53,5 milhões, crescendo 9,6% O mesmo estudo indica que no em relação a 2015. Com isto, os primeiro semestre deste ano foram proveitos na hotelaria chegaram investidos mil milhões de euros aos 2.901 milhões de euros, ou seja, em produto imobiliário e espera-se mais 17% do que em 2015. O facto de Portugal estar na transacionar mais 1.500 milhões de euros até ao fim do ano. A consul- moda em termos turísticos dinamitora estima que se atinja um novo zou novos projetos hoteleiros, bem recorde de investimento e salien- como projetos de alojamento local, ta que o investimento estrangeiro sublinha Nelson Rêgo, o que teve um efeito benéfico no imobiliário representou 91%. Nelson Rêgo, presidente da con- e na construção (reabilitação, já sultora de imobiliário Prime Yield que a preferência dos investidores começa por apontar “um conjun- vai para os imóveis em zonas histo de fatores que influenciaram o tóricas). Outro fator decisivo, indica facto de estarmos hoje com valores de negócio iguais aos do últi- Nelson Rêgo, foi “a criação dos mo pico, que foi em 2007, e, no golden visa , que até à data reprecaso de Lisboa, estarmos acima sentaram um investimento superior desses valores”. O primeiro fator a três mil milhões de euros”. Entre que desencadeou esta aceleração 8 de outubro de 2012 e maio de setembro de 2017
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grande tema gran tema vas de um maior crescimento para o próximo ano parecem promissoras dada a atual conjuntura a nível macro”, conclui Simon Rubinsohn, economista sénior da consultora internacional Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS).
2017, o Serviço de Estrangeiros e “esta situação deverá dominar as Fronteiras (SEF) autorizou 4.791 tendências nos próximos meses”. vistos gold por via do requisito da Por outro lado,“os preços estão a começar a subir de forma generaliaquisição de bens imóveis. De acordo com os dados do SEF, zada em todo o território nacional divulgados no passado mês de julho, e já não só nas principais cidao investimento captado através da des, o que pode induzir um ponto autorização de residência para a de viragem no mercado”. Ou seja, atividade de investimento (ARI), “este contexto pode impulsionar o os chamados vistos gold, aumentou desenvolvimento e o financiamento 17% no primeiro semestre deste de novas casas, reduzindo assim o ano, em termos homólogos, totali- desajustamento entre a oferta e a zando os 596 milhões de euros. procura”, indica, ressalvando que “tal, vai demorar a acontecer”. Escassez de imóveis disponíveis O mesmo inquérito apurou que para comercialização para os próximos 12 meses, se prevê Do ponto de vista do setor imo- “um aumento dos preços das casas biliário, o negócio só não cres- em torno dos 4% a nível nacional, ce ainda mais porque há falta de expetativas que se robustecem num produto, como corrobora o estu- horizonte a cinco anos, no qual se do "Portuguese Housing Market espera um aumento médio de 5% Survey", apresentado em julho ao ano”. pela consultora Confidencial “O crescimento do emprego aceleImobiliário (CI): “Para os agentes rou em todos os setores da economia inquiridos, a escassez da oferta é a portuguesa nos últimos meses, com principal restrição à sua atividade e os números mais recentes a mostambém o principal fator que está trarem uma subida anual superior a determinar a evolução dos pre- a 3%. Este crescimento sustentado ços”, explica Ricardo Guimarães, continua a suportar a atividade do diretor da CI, acrescentando que mercado imobiliário e as perspeti40 act ualidad€
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Construção nova a aumentar Apesar de ser notório o peso da reabilitação urbana para o setor, a nova construção, quase nula no período mais acentuado da crise, começa agora a renascer. De acordo com Nelson Rêgo, isso sente-se mais no Porto do que em Lisboa”. Novo impulso sente-se também no mercado de escritórios. Nelson Rêgo fala de “90 mil metros quadrados em construção só para escritórios”, informando que “cerca de 70% já estão arrendados e ainda nem sequer estão construídos”. Em Lisboa, “há muita procura no eixo Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa, perto da Praça de Espanha e na zona da Expo”. O consultor considera que o interesse por escritório deverá continuar, até porque “há muitas empresas estrangeiras a transferir para Lisboa e Porto serviços partilhados no setor tecnológico, já que os custos de contexto são competitivos”. Perante o inegável dinamismo do setor imobiliário, que tem alimentado a atividade das empresas da fileira da construção, a pergunta que se impõe como já referimos é se o atual ritmo vai manter-se? A esta pergunta, Nelson Rêgo acrescenta outras: “Será que o Banco Central Europeu vai subir as taxas de juro? Estará a economia pronta para resistir? Foram feitas as reformas necessárias?” O CEO da Prime Yield considera que “em alguns casos sim e noutros não”. Sem dúvida que “o turismo será o grande motor de crescimento da economia portuguesa, porém, importa que a economia se prepare para um turismo de qualidade”,
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advoga o consultor, acrescentando que “o Governo tem que colocar o turismo como pilar central da estratégia de desenvolvimento, dotando o país de boas infraestruturas”. Uma das mais urgentes é a construção de um novo aeroporto, aponta: “A falta de um aeroporto está a travar o país gravemente. Temos que tratar bem os turistas se queremos fidelizá-los. O sistema tem que funcionar bem, para continuarmos a ter clientes, sejam turistas ou investidores.” A questão dos preços dos imóveis e das hipotecas também influencia a procura. No mesmo seminário organizado pela Belzuz Abogados, Vítor Vinagre, consultor da Remax, recordou que o preço médio de um T2 subiu 9,6% desde 2010, o de um T3 aumentou 7% e o preço médio de uma moradia cresceu 7,5%. O INE indica que o preço médio por metro quadrado em apartamentos e moradias em Lisboa passou de 1.861 42 act ualidad€
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euros, em 2011, para os 2.098 euros, no primeiro trimestre de 2017. No Porto o salto foi dos 1.315 para os 1.510 euros, no mesmo período. Os preços subiram porque a procura nacional (80% do negócio) cresceu, depois de os consumidores terem estado retraídos durante cinco anos (2011 a 2016), assinalou Vitor Vinagre. Isto, numa altura em que a construção esteve parada e o preço das rendas disparou. Os consumidores nacionais adiantaramse aos estrangeiros na qualidade de investidores, já que estão mais bem informados sobre o mercado. Em paralelo, a economia cresceu, gerou-se mais emprego, diminuíram as taxas de juro e a banca voltou a emprestar mais dinheiro para superar a sua própria crise. Como o dinheiro na banca não rende, investir em imobiliário tornou-se uma alternativa mais sedutora para rentabilizar a poupança. Por outro lado, os estrangeiros procuram
Portugal para fazer turismo, devido aos golden visa , seduzidos pela segurança e estabilidade do país e porque os preços são acessíveis. Vítor Vinagre recordou ainda que o crédito à habitação começou a baixar drasticamente a partir de 2007 (19,6 mil milhões de euros) e até 2012 (1,9 mil milhões de euros). Estamos agora perto dos valores de 2010 (7,5 mil milhões de euros). O consultor da Remax defende que será difícil o mercado aguentar subidas na ordem dos cinco ou 6% ao ano, dada a realidade social do país (baixa natalidade, salários estáveis). O consultor descarta a possibilidade de "bolha" imobiliária: “Isso não vai acontecer porque se prevê subida das taxas de juro, já que a economia europeia vai acelerar. Assim prevê-se que os preços cresçam 3% ao ano, o que conduzirá a uma estabilização do número de transações.”
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Cuatrecasas lidera assessoria jurídica a fusões e aquisições na Península Ibérica A Cuatrecasas é a sociedade de advogados líder no mercado ibérico de fusões e aquisições, atendendo ao número de operações em que participou como assessora jurídica no primeiro semestre do ano. Os dados são publicados pelo ranking da “Mergermarket”, tendo a Cuatrecasas assessorado um total de 39 operações com um valor global de 4.175 milhões de euros. Em Portugal, neste período, destacou-se a assessoria jurídica prestada pela Cuatrecasas à Alantra Private Equity na venda da Probos ao grupo Surteco, por 99 milhões
de euros; à Artá Capital, na aquisição da No relatório semestral publicado pela Gascan à Explorer, por 70 milhões; à Via- “Mergermarket”, agência de informação lagus, na aquisição da Vimeca Transportes, financeira que monitoriza também o setor por 35 milhões; e à Adira, na sua venda à de advocacia, notam-se subidas consideSonae Capital, por 15,7 milhões. ráveis no volume de M&A. A Europa repreJá em 2016, a “Mergermarket” posiciona- sentou 32,3% da quota mundial, num total va, pelo quarto ano consecutivo, a Cuatre- de aproximadamente 422 mil milhões de casas como a sociedade de advogados euros (mais 30% do que no mesmo períolíder no mercado ibérico por número de do de 2016). operações em que participou, tendo ainda Relativamente a Portugal, dados de abril nesse ano sido reconhecida pelos rankin- do “Transactional Track Record” (TTR) gs “Bloomberg Business” e “Thomson revelavam que o mercado de M&A tinha Reuters” como a sociedade de advoga- subido nos primeiros quatro meses do ano dos mais ativa neste tipo de operações. 297% face ao mesmo período de 2016.
Antonio Viñal Abogados elabora “Código Vitivinícola” de Espanha O gabinete Antonio Viñal & Co. Abogados (AVCO) elaborou o primeiro “Código Vitivinícola” de Espanha, publicado no final de 2016. O novo código recolhe as normativas comunitária, estatal e autonómica mais relevantes sobre o setor, abarcando temas que vão desde a Política Agrícola Comum (PAC) à rotulagem, programas de apoio ao setor vinícola, transporte
intracomunitário destes produtos, até questões relacionadas com as denominações de origem vinícolas, bem como com a legislação das várias regiões autónomas de Espanha. A nova obra, coordenada pelo escritório de advogados liderado por Antonio Viñal, aborda, assim, diversas temáticas jurídicas de interesse para o setor da produção de vinhos, incluindo espumantes (cava).
Em trânsito: » O sócio sénior da SRS Advogados Pedro Revbelo de Sousa foi eleito para a presidência da Assembleia-Geral do Portugal India Business Hub. A plataforma tem como objetivo “promover o intercâmbio económico nas áreas de comércio entre a Índia, Portugal e mercados da diáspora indiana”, como o Brasil, Angola, Moçambique ou Inglaterra. As áreas de foco, a nível de investimento, passam desde a gestão de águas e resíduos, energia, infraestruturas, agricultura e logística, turismo, ou imobiliário. » A Azeredo Perdigão & Associados anunciou o reforço da sua equipa nas áreas de laboral e 44 act ualidad€
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de contencioso, com a contratação de Sandra Tenrinho,. A advogada transita da sociedade de advogados Luís S. Rodrigues & Associados. » Teresa Carvalho de Oliveira é a nova head of legal da Axians Portugal. Antes de assumir a responsabilidade jurídica da tecnológica era assessora da Direção de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal. Começou a sua carreira como advogada na Macedo Vitorino e Associados, tendo assumido ainda funções institucionais, como a de adjunta do secretário de Estado da Energia, em 2011, e representante de Portugal no Conselho Europeu como conselheira para a Energia.
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Segredos de negócio– – o que importa saber
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inovação constitui uma das peças-chave do desenvolvimento económico da União Europeia. Nesse sentido, na área da propriedade intelectual têm vindo a ser aprovados diversos diplomas legislativos que importa conhecer. Um desses diplomas é a Diretiva (UE) 2016/943 do Parlamento Europeu e do Conselho de 8 de junho de 2016, relativa à proteção de know-how e de informações comerciais confidenciais (segredos comerciais) contra a sua aquisição, utilização e divulgação ilegais. Esta Diretiva deverá ser transposta para o ordenamento jurídico dos Estados membros da União Europeia até 9 de junho do próximo ano. De forma resumida, a Diretiva propõe-se a: - Melhorar o funcionamento do mercado interno no que respeita à investigação e inovação; - Estabelecer um conjunto de regras de proteção harmonizadas dos segredos de negócio/ trade secrets das empresas e das entidades que se dedicam à investigação; - Disponibilizar aos titulares dos segredos de negócio medidas, procedimentos e “soluções” para (1) prevenir ou pôr fim aos atos de obtenção, utilização ou divulgação ilícita dos segredos de negócio, (2) remover os efeitos da infração, (3) ressarcir economicamente os titulares dos segredos de negócio pelos danos causados; - Equilibrar os interesses dos titulares dos segredos de negócio com outros interesses públicos. Mas que tipo de informação pode constituir um segredo de negócio? Constituem segredos de negócio toda a informação (conjunto de dados orga46 act ualidad€
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nizados/estruturados) que: - Seja secreta – tudo o que não é do domínio público ou que não seja facilmente acessível através de meios lícitos; - Tenha valor comercial – que consista numa vantagem competitiva pelo facto de ser secreta, vinculada à possibilidade de que a sua obtenção, utilização ou divulgação ilícitas possa prejudicar os interesses da pessoa que legitimamente exerce o controlo sobre essa informação (os interesses empresariais ou financeiros, as posições estratégicas ou a sua capacidade para investir); - Tenha sido objeto de medidas razoáveis para a manter secreta (medidas de natureza jurídica, técnica ou organizativa). E face aos critérios acima o que é que pode ser protegido? - As informações sobre inovações tecnológicas; - As informações sobre inovações não tecnológicas, quer as relativas à atividade externa da empresa quer as relativas à esfera interna da empresa, nos seus aspetos organizativos, financeiros, administrativos ou de outra índole. E o que não pode ser protegido? - Toda a informação que não cumpra os requisitos para poder ser considerada um segredo de negócio. Por exemplo: (i) informação pessoal, informação caída no domínio público, informações óbvias ou sem valor; (ii) o chamado “tool kit” do trabalhador, ou seja, os conhecimentos, capacidades, habilidades, aptidões e experiência adquiridas individualmente pela pessoa no decurso do seu trabalho e que são inseparáveis da pessoa que as possui.
Por Gonçalo Paiva e Sousa* E como dotar uma empresa/organização de uma cultura interna de proteção? Adotando (i) medidas de ordem jurídica (como acordos de confidencialidade; pactos de não concorrência; pactos de não permanência; acordos de não solicitação; cláusulas de cessão de direitos); (ii) medidas técnicas (como advertências; restrição e controlo de acesso à informação; protocolos de deteção e reação às falhas de segurança; tratamento do lixo e destruição controlada de documentos; medidas de controlo digital; avaliações de impacto e relatórios de segurança) e (iii) medidas organizativas (como identificação das informações que devam ser protegidas como segredos de negócio; manuais de boas práticas/formação de trabalhadores; protocolos de entrada e saída de pessoas, processos, documentos e suportes; supervisão – auditorias e análises periódicas). Por último, importa referir que os segredos de negócio têm sido protegidos ora como um passo prévio ao registo de direitos de propriedade industrial, ora como um complemento ou ainda como uma alternativa aos mesmos, pelo que importa conhecer o seu regime de forma a poder articular a sua proteção com a eventual proteção de direitos de propriedade industrial. Independentemente da forma de articulação dos segredos de negócio com os referidos direitos, importa acima de tudo saber como melhor proteger a inovação, seja através de medidas jurídicas, medidas técnicas ou organizativas, devidamente adaptadas ao perfil de cada empresa ou organização. * Advogado da GA_P em Portugal. Email: gpsousa@ga-p.com
Índice
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Drones vão permitir reforçar comunicações em cenários de emergência E stá a ser desenvolvida uma solução de comunicações sem fios baseada na utilização de drones como pontos de acesso “voadores”, a qual vai ter capacidade de estabelecer, assim como de restabelecer e reforçar comunicações sem fios em cenários de emergência. A utilização dos drones, juntamente com a inteligência que lhes está associada, vai permitir disponibilizar rapidamente comunicações sem fios de banda larga em cenários em que não exista cobertura de rede, ou em que haja necessidade de reforçar a capacidade da rede. A solução está a ser desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e pela Tekever. “O que existe hoje em dia é a instalação de estações de base móveis temporárias que são suportadas em camião. Isto faz com que haja uma flexibilidade de posicionamento reduzida, na medida em que se está limitado aos locais onde é possível estacionar o veículo. Além disso, as estações assentam maioritariamente
em ligações via satélite com custos elevados e limitações de largura de banda”, explica Rui Campos, responsável pela área de redes sem fios do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC. A solução que está em desenvolvimento no projeto Wise vai permitir estabelecer, restabelecer e reforçar rapidamente comunicações em cenários de emergência, tais como incêndios ou cheias, quer para as equipas de emergência no terreno quer para as populações; poderá também alargar temporariamente a cobertura a zonas remotas e permitir o acesso à internet de banda larga em eventos temporários de grande dimensão, tais como festivais de verão ou manifestações. “A solução que estamos a desenvolver vai permitir ultrapassar problemas como os que se têm vindo a verificar ultimamente,
principalmente pela sua aplicabilidade em cenários de estabelecimento e reforço das comunicações em casos de emergência”, reforça o investigador. Esta solução está a ser desenvolvida no âmbito do projeto Wise, que é financiado por fundos FEDER, através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização Compete 2020, e por fundos nacionais, através da FCT-Fundação para a Ciência e a Tecnologia. O projeto, que teve início em junho de 2016, termina em maio de 2019.
Bosch e Daimler facilitam estacionamento autónomo
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Daimler e a Bosch uniram-se para demonstrar como o estacionamento sem condutor já é uma realidade, numa ação que decorreu em julho, no parque de estacionamento no museu da MercedesBenz, em Estugarda (Alemanha). Com um simples gesto, através de um smartphone, os veículos seguem sem condutor para o lugar de estacionamento, sem qualquer necessidade de intervenção por 48 act ualidad€
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parte do condutor. “O estacionamento automatizado representa um marco histórico rumo à condução autónoma”, afiança a marca automóvel alemã. Este “piloto automático” representa a primeira solução a nível mundial suportada por uma infraestrutura para um serviço de estacionamento automatizado em situações da vida real. No futuro, qualquer pessoa poderá pedir o seu veículo utilizando uma app. O veículo desloca-se para a área de recolha autonomamente para que o condutor possa iniciar a sua viagem. O procedimento de entrega é igualmente conveniente: o cliente estaciona o veículo na área de entrega do parque e entrega-o
através da aplicação. Após efetuar o registo através do sistema instalado no parque de estacionamento, o veículo é ligado e de seguida é encaminhado para um lugar de estacionamento atribuído. O estacionamento automatizado é viabilizado através de uma infraestrutura criada pela Bosch, em conjunto com a tecnologia Mercedes-Benz equipada nos veículos da marca. Os sensores instalados no parque de estacionamento controlam o corredor, a sua zona circundante e manobram o veículo. A tecnologia equipada no veículo desempenha as manobras de condução em segurança e em resposta aos comandos da infraestrutura de estacionamento de veículos.
Ciencia y tecnología
ciência e tecnologia
Rede 4G da Vodafone potencia negócio de live tours em Lisboa A
startup Electric Rent & Advertising acaba de lançar, em Lisboa, um novo conceito de passeios turísticos: live tours em carros elétricos potenciados pela rede 4G da Vodafone, que permitem fazer live streaming para as redes sociais sem que o utilizador tenha de usar o telemóvel para gravar vídeos, tirar fotografias ou, mesmo, fazer um post. Num mundo cada vez mais exigente em termos de conetividade, as “Live Electric Tours“ surgem para dar resposta às necessidades dos milhares de estrangeiros que visitam Lisboa todos os anos e que querem partilhar, sem demoras, as suas experiências pelas ruas da capital.
Antes de iniciarem o passeio, os utilizadores recebem um briefing sobre como conduzir uma viatura elétrica, bem como sobre o funcionamento do live streaming, que fica disponível de forma automática assim que o veículo arranca. O conteúdo é partilhado depois para a conta da Live Electric Tours no Facebook, podendo o utilizador fazer uma partilha desse vídeo com apenas um clique. A base da tecnologia dos carros elétricos é a rede móvel de última geração da Vodafone, que suporta todas as ligações live streaming, bem como Wi-Fi grátis e GPS Audio Guide, um assistente de viagem inteligente que dá informações sobre
os pontos de maior interesse da cidade à medida que os utilizadores passam pelos mesmos. Na fase de arranque, há quatro live tours para explorar. A Electric Rent & Advertising foi criada há pouco mais de meio ano e está incubada no Vodafone Power Lab, programa de apoio ao empreendedorismo da Vodafone Portugal. O objetivo da startup é estenderse a outras cidades, em Portugal e no estrangeiro.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Tesla Model 3
A aposta no automóvel 100% elétrico Com o lançamento do Tesla Model 3, a marca americana tem como objetivo a massificação dos carros elétricos. Para isso, o valor de compra será mais em conta e ao alcance de um maior número de consumidores.
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Fotos DR
egundo o CEO da Tesla, Elon Musk, a produção do Model 3 vai atingir as 500 unidades por semana no fim de setembro, para depois ver essa meta subir para dois mil no final de outubro, quatro mil no final de novembro e, por fim, cinco mil por semana antes do ano terminar. Contudo, a Tesla estará nesta altura a um ritmo de 260 mil Model 3 por ano, longe ainda dos 400 mil que espera atingir no final de 2018. O seu design é extremamente minimalista. Não possui botões nem controlos típicos de um cockpit tradicional. Todas as informações como a velocidade, autonomia e controlos do carro, como climático, modo de condução, etc., estão concentrados num touchscreen de 15,4 polegadas colocado es50 act ualidad€
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trategicamente ao centro do tabliê. Na promessa de um futuro em que condução será automática e sem intervenção humana, a Tesla acredita que não é necessário ter grandes painéis de instrumentos de auxílio à condução, visto que poderá ver televisão, observar a
paisagem ou até mesmo dormir durante a viagem. Os interiores igualmente minimalistas, são impressionantes. Os bancos em imitação de pele e com uma vista panorâmica para as estrelas faz com que o económico, mas não menos potente
sector automóvil Setor automóvel
modelo seja um dos melhores carros de produção em massa que representa o essencial daquilo que, para o quotidiano, é necessário. O Model 3 da Tesla, estará disponível em duas versões, uma base com 354 kms de autonomia, que vai custar os referidos 35 mil dólares e uma de maior autonomia, de 498 quilómetros, chamada Long Range, a partir de 44 mil dólares (37.300 euros). O peso varia entre os 1.609 quilos da versão de acesso, até aos 1.730 quilos do Model 3 Long Range. A distribuição de pesos é de 47-53 para a primeira e de 4852 para a mais evoluída. Em relação ao desempenho, este novo modelo, conseguirá acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,1 segundos e atingirá uma velocidade máxima de 225 km/h. As duas versões também terão diferenças na capacidade de carregamento: 210 km em 30 minutos de carga no Supercharger da Tesla para a versão de acesso (o de 354 km de autonomia), e de 274 km para o mesmo tempo no caso da versão de maior autonomia. Na tomada Este inovador sistema utiliza uma liga- nication) que permitem abrir o carro e doméstica de 240v e 32A, será possível ção Bluetooth LE (Low Energy), o smar- colocá-lo a trabalhar. carregar 48 km em apenas uma hora, 60 tphone emite um sinal que é reconhecido Na Europa, as primeiras entregas km na versão Long Range. pelo carro e que abre ou fecha o veículo, terão lugar algures em meados de O Model 3 também dá o primeiro pas- conseguindo assim substituir a chave. 2018. Só aí serão conhecidas as espeso para a substituição da chave pelo teleSe o smartphone ficar sem bateria, nes- cificações e preços definitivos para o móvel. Em lugar do antigo e tradicional se caso, ao adquirir um Model 3, será mercado europeu. De qualquer forma, sistema para abrir e ligar o carro, neste entregue ao comprador um conjunto pode já fazer uma pré-encomenda onde etiquetas NFC (Near Field Commu- line na webpage da Tesla. caso, bastará um simples smartphone.
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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Economia portuguesa cresce 2,8% no segundo trimestre
Foto Sandra Marina Guerreiro
produto interno bruto (PIB) O português, no segundo trimestre, aumentou 2,8% em volume, em termos homólogos (taxa idêntica à verificada no trimestre anterior). De acordo com o INE, a procura externa líquida registou um contributo ligeiramente negativo para a variação homóloga do PIB, refletindo uma mais acentuada desaceleração em volume das exportações de bens e serviços do que das importações de bens e serviços. A procura interna manteve um contributo positivo elevado, superior ao do trimestre precedente, em resultado da aceleração do investi-
mento. Comparativamente ao primeiro trimestre do ano, o PIB aumentou 0,2% em termos reais (contra uma variação em cadeia de 1% no trimestre anterior). O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo; em contrapartida, o contributo da procura interna aumentou devido à evolução do Investimento, em que o contributo quer da variação de existências, quer da formação bruta da capital fixo foram positivos, e o desta última inferior ao observado no trimestre anterior, salienta ainda o INE.
Inflação em Portugal estabiliza nos 0,9%
Exportações e importações sobem mais de 12% no primeiro semestre
A taxa de inflação em Portugal manteve-se, em julho, nos 0,9%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Excluindo a alimentação e a energia, a taxa de inflação foi de 1%, o que corresponde a uma queda face ao mês anterior, período em que os preços deste componente aumentaram 1,1%. A contribuir para esta tendência, estiveram os saldos. A classe de vestuário e calçado registou uma queda de preços de 2,5%, o que corresponde à descida mais pronunciada. Em segundo lugar surge os transportes, que registaram uma descida de 1,1%. Do lado oposto, estiveram as classes do lazer, recreação e cultura, com uma subida de preços de 2,5%, seguida do segmento de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis, cujos preços aumentaram 0,5%.
As exportações de bens aumentaram 12,1% no primeiro semestre do ano, enquanto as importações cresceram 14,5%, refere o INE. Há um ano, ambos os indicadores haviam caído. Quanto ao mês de junho de 2017, observa-se uma travagem do comércio, quer ao nível das vendas para fora do país, quer na compra de bens a outros países. Assim, em junho, Portugal exportou mais 6,8% de bens do que um ano antes. Também as importações aumentaram (mais 7,1%). No mês anterior, as exportações tinham aumentado 15,6% e as importações quase 22%. A contribuir para o crescimento menos acentuado das exportações no mês em análise esteve a quebra das vendas do país para a Alemanha, EUA e Marrocos. Já quanto às importações, Portugal comprou menos ao Reino Unido, Rússia e Brasil. Espanha continua a ser o maior parceiro económico de Portugal, sendo o destino de mais de 25% das exportações nacionais e o fornecedor de mais de 30% das nossas importações.
Desemprego desce abaixo dos 9% pela primeira vez desde 2009 A taxa de desemprego em Portugal acentuou, durante o segundo trimestre deste ano, a tendência decrescente que vem registando desde 2013, situando-se abaixo dos 9% pela primeira vez em mais de oito anos. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego situou-se, no período compreendido entre abril e junho deste ano, nos 8,8%, uma redução de 1,3 pontos percentuais face aos 10,1% verificados no primeiro trimestre de 2017. Relativamente ao período homólogo de 2016, a melhoria do indicador foi de dois pontos percentuais. Na série do desemprego publicada pelo INE, é necessário recuar
até ao primeiro trimestre de 2009, isto é, antes da crise da dívida soberana ter deflagrado na zona euro, para encontrar uma taxa de desemprego trimestral inferior a 9%. Os dados do INE adiantam que, no decorrer do segundo trimestre, houve um aumento da população ativa, uma diminuição do desemprego e um crescimento forte do número de postos de trabalho ocupados. Em relação ao trimestre imediatamente anterior foram criados mais 102 mil empregos, fazendo com que, relativamente ao mesmo período do ano passado, o acréscimo ascendesse aos 158 mil. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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español en enero-junio de 2017
S
e acaban de conocer los datos estadísticos del comercio hispano portugués referentes al primer semestre de 2017. Destaca el fuerte dinamismo de la oferta española que se situó en los 9.766,7 millones de euros frente a los 8.909,1 millones alcanzados en igual periodo de 2016 (+ 9,6%). A su vez, las compras españolas a su vecino Portugal registraron igualmente un crecimiento muy significativo del 6,8% que corresponde a una cifra de ventas de 5.648,8 millones de euros en 2017 frente a 5.288,1 millones de euros alcanzados en el primer semestre del año pasado. Este aumento de los flujos comerciales refleja de forma evidente la mayor actividad económica en ambas economías y la consolidación de un nuevo ciclo de crecimiento económico. Estos resultados representan, a su vez,
un superávit favorable a España superior a 4.117,9 millones de euros y una tasa de cobertura del 172,9%. Por lo que a la distribución geográfica del comercio exterior español se refiere, Portugal consolida su tradicional posición entre los principales socios comerciales de España, ocupa la quinta posición del ranking de principales clientes con un peso relativo del 6,9% y la octava posición entre los proveedores de España con un peso relativo del 3,7%. Los cuadros 4 y 5 recogen la distribución sectorial del comercio bilateral y tampoco, en este caso, se detectan considerables alteraciones respecto a los periodos anteriores. La partida 87-vehículos automóviles; tractor mantiene el liderazgo en ambas direcciones con un peso relativo del 10% sobre el total del comercio bilateral que en este periodo superó los 15.415,5 millones de euros.
Otras importantes partidas de la oferta española son la 84-maquinas y aparatos mecánicos (692,5 millones de euros) y la 39-materias plásticas; sus manufacturas con 637,4 millones de euros). En la demanda española destacan, asimismo, la partida 27-combustibles, aceite mineral con 518,3 millones de euros y la partida 39-materias plásticas; sus manufacturas con 385,6 millones de euros. Se habrá de destacar que más del 30% del comercio bilateral está formado por estas cuatro partidas. En la distribución geográfica por CC.AA. Cataluña surge en la primera posición entre la oferta española con 2.334,3 millones de euros (23,9% del total de las ventas españolas a Portugal) seguido de Madrid con 1.502,0 millones de euros (15,4%), y Galicia con 1.313,8 millones de euros (13,5%). En la cuarta posición aparece Andalucía con
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-junio de 2017 VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
Saldo 16
VENTAS Cober(%) 16 ESPAÑOLAS 17
COMPRAS ESPAÑOLAS 17
Saldo 17
Cober (%) 17
ene
1.265.646,00
754.840,44
510.806
167,67
1.466.668,97
851.614,13
615.055
172,22
feb
1.465.191,08
827.300,47
637.891
177,11
1.497.298,88
908.400,89
588.898
164,83
mar
1.561.949,47
932.848,80
629.101
167,44
1.782.642,64
1.027.991,04
754.652
173,41
abr
1.477.756,94
899.902,04
577.855
164,21
1.570.079,36
948.408,69
621.671
165,55
may
1.525.932,63
937.979,01
587.954
162,68
1.727.541,71
985.698,49
741.843
175,26
jun
1.612.563,57
935.179,29
677.384
172,43
1.722.502,69
926.660,01
795.843
185,88
jul
1.567.605,41
940.868,83
626.737
166,61
0,00
0,00
0
0,00
ago
1.390.294,43
756.495,36
633.799
183,78
0,00
0,00
0
0,00
sep
1.623.011,96
955.459,47
667.552
169,87
0,00
0,00
0
0,00
oct
1.589.508,93
882.210,88
707.298
180,17
0,00
0,00
0
0,00
nov
1.603.921,81
960.943,67
642.978
166,91
0,00
0,00
0
0,00
dic
1.505.480,32
823.968,22
681.512
182,71
0,00
0,00
0
0,00
18.188.862,55
10.607.996,48
7.580.866
171,46
9.766.734,24
5.648.773,26
4.117.961
172,90
Total
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
54 act ualidad€
setembro de 2017
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-junio de 2017
1.068,3 millones de euros (10,9%). La demanda española está encabezada por la CC.AA. de Madrid con 1.011,7 millones de euros (17,9% del total de las compras a Portugal), seguido de Galicia con 989,2 millones de euros (17,5%), Cataluña con 836,9 millones de euros (14,8%) y la Comunidad Valenciana en cuarta posición con 496,9 millones de euros (8,8%). Finalizamos este breve comentario haciendo referencia a una noticia muy reciente publicada por la Cámara de Comercio de España que estima para 2017 que el sector exterior, que viene protagonizando esta fase de recuperación económica, experimentará este año un avance todavía más intenso. Las exportaciones de bienes y servicios crecerán un 7,4% este ejercicio y un 6% el próximo. Esta evolución encuentra asimismo su reflejo en el mantenimiento de un saldo superavitario por cuenta corriente, en el entorno del 1,5%. En cuanto a la demanda nacional registra una leve mejora respecto a las estimaciones del mes abril, pasando de crecer a un ritmo anual del 2,3% al 2,5% en 2017, impulsada por el aumento de la ocupación en la economía.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
21.708.158,85
2
004 Alemania
15.842.407,50
3
005 Italia
11.690.645,34
4
006 Reino Unido
10.203.894,40
5
010 Portugal (d.01/01/86)
9.766.734,24
6
400 Estados Unidos
6.241.872,44
7
003 Países Bajos
4.831.701,62
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.279.537,75
9
204 Marruecos
4.005.336,31
10
720 China
3.130.685,40
11
060 Polonia
2.745.428,09
12
052 Turquía
2.733.589,08
13
412 México
2.241.060,96
14
039 Suiza (d.01/01/95)
2.194.618,57
15
952 Avituallamiento terceros
1.339.882,85
16 17 18 19 20
208 Argelia 061 República Checa (d.01/01/93) 038 Austria 732 Japón 508 Brasil SUBTOTAL TOTAL
1.328.337,92 1.245.134,74 1.242.974,48 1.232.512,26 1.207.795,09 109.212.307,88 140.875.455,98
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
3.Ranking principales países proveedores de España enero-junio 2017 Orden País 1
004 Alemania
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-junio de 2017 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
619.102,43
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
518.335,63
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
385.586,47
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
285.793,91
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
276.436,64
6
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
263.948,53
7
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
238.767,78
8
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
226.583,78
9
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
001 Francia
16.914.659,07
720 China
12.332.054,46 10.127.918,39
4
005 Italia
5
400 Estados Unidos
6.903.373,71
6
003 Países Bajos
6.030.459,16
7
006 Reino Unido
6.017.596,41
8
010 Portugal (d.01/01/86)
5.648.773,26
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
3.912.580,99
10
204 Marruecos
3.375.783,31
11
052 Turquía
3.071.608,83
12
208 Argelia
2.593.690,20
13
060 Polonia
2.566.190,36
14
288 Nigeria
2.245.583,00
15
061 República Checa (d.01/01/93)
2.168.273,99
16
412 México
2.113.250,35
17
664 India
18
508 Brasil
19 20
5.648.773,26
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-junio de 2017 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
919.715,98
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
692.487,99
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
637.352,13
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
608.318,27
5
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
457.934,10
6
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
302.540,19
7
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
278.986,77
8
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
277.330,92
9
15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA
274.092,70
TOTAL
9.766.734,24
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
2
185.631,73
TOTAL
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2017
19.804.313,56
3
Importe
1
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-junio 2017 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 17
2.071.004,58
Cataluña
2.334.248,24
Madrid, Comunidad de
1.011.662,44
2.010.703,82
Madrid, Comunidad de
1.502.038,08
Galicia
989.216,11
728 Corea del Sur (Rep. de Corea)
2.004.918,77
Galicia
1.313.841,96
Cataluña
836.899,86
732 Japón
1.994.744,57
Andalucía
1.068.273,17
Comunitat Valenciana
496.868,25
SUBTOTAL
113.907.480,80
Castilla-La Mancha
643.686,95
Andalucía
479.498,01
TOTAL
151.963.851,20
Comunitat Valenciana
596.032,96
Castilla y León
351.376,57
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
COMPRAS ESPAÑOLAS 17
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
setembro de 2017
ac t ua l i da d € 55
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas fabricantes de elástico entrenzado de 3 cm para fabricar cinturones de hombre
DP170603
Empresas portuguesas do ramo da injeção de plásticos e da indústria automóvel
DP170604
Fabricantes españoles y portugueses de paper honeycomb
DP170701
Contactos de restaurantes españoles en Lisboa, Oporto y Algarve
DP170702
Empresas españolas de inyección de plástico
DP170703
Empresas españolas fabricantes de bicarbonato de sodio, cloreto de calcio, soda cáustica e hipoclorito de sodio
DP170801
Agencias de viajes en Galicia
DP170802
Empresas españolas del área de las artes gráficas y fotografía para presentar sus servicios
OP170401
Agentes comerciales en España Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos Empresa portuguesa de equipación para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español
OP170601
Empresa portuguesa del sector de la metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español
OP170803
OP170602 OP170801 OP170802
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas importadoras de produtos de limpeza para a indústria automóvel
DE170603
Matadouros portugueses de suínos homologados para a Coreia Fábricas portuguesas de cerâmica decorativa Fabricantes portuguesas de fatos de noivo e parkas na zona de Porto e arredores
DE170604 DE170605 DE170606
Fábricas em Portugal de papel, celulose e guardanapos
DE170607
Empresas portuguesas do ramo da injeção de plásticos e da indústria automóvel Fábricas em Portugal de confeção de roupa para senhora Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadores/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal
DE170608 DE170701 OE170302
Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal
OE170801
OE170304 OE170305 OE170601 OE170602
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
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calendário fiscal calendario fiscal >
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T Q
Q
S
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D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Setembro Prazo
Imposto
Declaração a enviar/Obrigação
Até
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
11
IVA
Declaração mensal e pagamento do IVA apurado, relativamente às operações efetuadas em julho/2017
Contribuintes do regime normal mensal
11
Segurança Social
Declaração mensal de remunerações relativas a agosto/2017
Entidades empregadoras
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de agosto/2017
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo referente a agosto/2017
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ ou prestações de serviços realizadas em agosto/2017, que se consideram localizadas noutros Estados membros
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados membros da UE
20
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em agosto/2017
Sujeitos passivos do IVA
Comunicação por: - Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal
30
IRC
2º Pagamento por conta do IRC 2017
Sujeitos passivos do IRC cujo período de tributação é coincidente com o ano civil
30
IRC
2º Pagamento adicional por conta da derrama estadual de 2017
Sujeitos passivos do IRC que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000 de euros
30
IRC
Declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em julho de 2017
Entidades pagadoras de rendimentos
30
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado noutro Estado membro ou em país terceiro
Sujeitos passivos do IVA (exceto os abrangidos pelo regime de isenção do artº 9º do CIVA, artº 53º ou 60º), com imposto suportado no estrangeiro no ano de 2016
30
AIMI
Documento de cobrança da Autoridade Tributária
Proprietários de prédios urbanos – habitacionais e terrenos para construção, em 01.01.2017
58 act ualidad€
setembro de 2017
Desde que o montante a reembolsar seja igual ou superior a 50 euros
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
BE170138
F
BE170139
F
13/04/1979
ESPANHOL/ INGLÊS/ POLACO
PROFESSORA DE ESPANHOL
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ GALEGO/ INGLÊS
JORNALISMO
BE170140
M
24/03/1972
BE170141
M
22/07/1954
INGLÊS
ÁREA COMERCIAL E APOIO AO CLIENTE
BE170142
F
09/10/1988
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
BE170143
F
07/12/1984
INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
COMUNICAÇÃO SOCIAL
BE170144
F
17/06/1981
FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE EVENTOS
BE170145
F
POLACO/ INGLÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ PORTUGUÊS
SECRETARIADO E REGISTO MERCANTIL
BE170146
F
02/12/1981
FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
SECRETARIADO/ GESTÃO DE MARCAS INTERNACIONAIS
BE170147
M
10/04/1979
FRANCES/ INGLÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO
GESTOR DE NEGOCIOS INTERNACIONAIS
BE170148
F
15/12/1992
INGLÊS/ ESPANHOL
PLANEAMENTO E GESTÃO DO TERRITÓRIO
SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
BE170149
F
INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE170150
M
INGLÊS/ FRANCÊS
CONSULTORIA INFORMÁTICA
BE170151
F
BE170152
M
BE170153
M
14/11/1975 1983
INGLÊS/ FRANCÊS/ RUSSO
CONTABILIDADE E GESTÃO DE TESOURARIA
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ENGENHARIA MECÁNICA
INGLÊS
TECNOLOGIA MECÂNICA
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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nsoevt e m b r o d e 2 0 1 47
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espaço de lazer
espacio de ocio
Doñana, el paraíso de la biodiversidad La mayor reserva ecológica de Europa alberga cientos de especies voladoras y acuáticas y animales en peligro de extinción como el lince ibérico o el águila imperial blanca. Una belleza natural única donde se localizan más de 900 especies vegetales y es punto de encuentro clave para las rutas migratorias de aves entre el continente africano y el europeo.
D
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
ebe su nombre a una de sus último refugio para numerosas especies más ilustres moradoras, Doña en peligro de extinción. Ana de Mendoza, hija de la Se encuentra situado al suroeste de princesa de Éboli casada con el Península Ibérica entre las desembocaVII duque Medina Sidonia. Se duras de los Ríos Tinto y Guadalquivir y retiró a vivir por las tierras hoy conocidas ocupa catorce municipios de las provincomo Doñana en el siglo XVI. Debe su existencia al ilustre científico español José Antonio Valverde, quién en los años 60 fue capaz de convencer a las autoridades El Rocío o la playa de Matalascañas son dos buenas opciones para de la importancia de preservar estas tierras. alojarse para quién quiera visitar Antigua zona de caza de la nobleza y la Doñana. En El Rocío se encuentra realeza, el Parque Nacional como tal se el camping “La Aldea” con buenos crea en 1969, y posteriormente se amplía servicios o el hotel Toruño y La Fonen 1978. Declarado Patrimonio Mundial da del Rocío con vistas a la llamada de la Unesco (1994) entre otros nume“Madre de las Marismas”. rosos reconocimientos, hoy es una de las Entre la oferta gastronómica de la zonas naturales protegidas más importantes de Europa que se ha convertido en el
60 act ualidad€
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cias de Huelva, Sevilla y Cádiz. Dentro de toda la comarca hay más de 100.000 hectáreas protegidas como Parque Nacional y como Parque Natural. Almonte, Moguer, Palos de la Frontera o Sanlúcar de Barrameda son algunos de los pueblos
Alojamiento y comida zona es conocido Punto de Encuentro, una buena referencia gastronómica, con una amplia oferta de carne y marisco, o Aires de Doñana, con buenas vistas a la marisma y a la ermita de El Rocío. Y en Zalema combinan cocina tradicional y creativa con ingredientes de la zona para ofrecer platos a precios muy asequibles.
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que integran el espacio dónde también se encuentra la peculiar población de El Rocío, justo al lado Parque Nacional y puerta de entrada al mismo. Dentro de este espectacular paisaje de tierras llanas destacan dos ecosistemas principales: los bosques de pino y matorral mediterráneo y las marismas, (llanuras de agua dulce que se secan en verano y son punto de encuentro de infinidad de aves acuáticas que las usan para alimentarse y criar). En lo que se refiere a la fauna, el grupo de las aves es el más importante y numeroso. Existen más de 300 especies de aves que habitan en este territorio, de las que casi 130 se reproducen habitualmente aquí. Se pueden encontrar también hasta 37 especies de mamíferos, entre las que destaca el lince ibérico, 21 especies de reptiles, 11 especies de anfibios y 20 especies de peces de agua dulce. Son muchos los lugares que merecen la pena visitar dentro de Doñana. En
algunas zonas se puede acceder por libre pero en otras únicamente con visitas organizadas. Es posible realizar numerosas rutas por la zona ya sea andando, en jeep o incluso en globo. En la zona norte de Doñana, por ejemplo, se encuentra el Centro de Visitantes José Antonio Valverde o Cerrado Garrido. Existe una ruta que se puede realizar exclusivamente por la marisma y es la excursión por excelencia para los amantes de la ornitología. Desde el interior del centro de visitantes se pueden contemplar panorámicas de su lámina de agua y de las especies que la frecuentan y anidan: moritos, cangrejeras, avetorillos, garzas imperiales y reales... Otra ruta es un paseo por el camino de la Raya Real en el Coto del Rey, que se encuentra cerrado al tránsito de vehículos a motor. Se trata de un recorrido entre pinos piñoneros, alcornoques, acebuches y lentiscos que se puede comenzar en el
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Puente del Ajolí, próximo a la aldea del Rocío. Este camino te permite ver, con algo de suerte, alguno de los últimos linces ibéricos de Doñana en la zona conocida como Matas Gordas. Y el Acebuche es otro punto de referencia para las visitas guiadas a Doñana. Desde el Centro de Visitantes parten vehículos para hacer visitas por el parque. Es posible atravesar la playa de Castilla, las dunas móviles, la marisma, la vera (ecotono o zona de transición entre la marisma y las arenas estabilizadas o cotos), el bosque y la zona de matorral.
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El restaurante que acogió la última cena de la Generación del 27 En plena Plaza Mayor de Madrid, Los Galayos es uno de los restaurantes centena-
rios de la capital cuyas paredes esconden interesantes historias. Su cocina ha sabido mantener la tradición a la vez que se ha ido adaptando a los nuevos tiempos.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
a han pasado 81 años desde la última vez que la Generación del 27 se reuniese para cenar antes del estallido de la Guerra Civil. Fue la noche del 29 de abril de 1936, pocos días antes del comienzo del conflicto bélico, y tuvo lugar en el restaurante madrileño Los Galayos, por entonces conocido como Casa Rojo. Luis Cernuda presidía la mesa en una velada en la que sus amigos celebraban su éxito por su obra “La realidad y el deseo”. Una foto inmortalizó ese momento en la que se puede ver al autor sevillano Luis Cernuda rodeado por Vicente 62 act ualidad€
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Aleixandre, Federico García Lorca, Pedro Salinas, Rafael Alberti, Pablo Neruda, Miguel Hernández, José Bergamín, Manuel Altolaguirre, María Teresa León y Concha Méndez, entre otros amigos. En las mesas del Salón Duque, donde se juntaron los escritores esa noche, se reúnen hoy familias, amigos y también muchos turistas extranjeros. En algunos casos es toda una tradición familiar acudir a este restaurante a comer o cenar, en otros, una recomendación de las guías. Con el paso de los años esta casa ha sabido mantenerse fiel a su tradición a la vez que ha ido innovando
en la cocina. Platos tradicionales como el cochinillo asado o los callos madrileños comparten carta con otras especialidades de la casa como el bacalao al horno con pimientos, el steak tartar o la torrija casera con helado de turrón. Casa Rojo fue fundada en 1894 por Urbano Rojo y en un principio se servían tapas y aperitivos. La zona de la barra todavía se conserva y allí se puede degustar un gran número de tapas y pinchos, de los más clásicos a los más sofisticados, acompañado de vinos españoles. Miguel Grande, natural de Ávila, trabajó en este restaurante con la segunda generación de la
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familia Rojo, que acabó por traspasarle el negocio. Fue Miguel quien decidió el cambio de nombre e inspirado en su tierra eligió Los Galayos, una zona de la Sierra de Gredos. Llegó joven a la capital y destacó por su constancia en el trabajo y profesionalidad. Pero falleció muy joven, a los 43 años, y su hijo Miguel se tuvo que hacer cargo del negocio. Contó con la ayuda de su madre Alicia, ya jubilada, y actualmente trabaja con sus hermanos Alicia y Fernando. “Mi padre me enseñó la importancia del servicio, la constancia y el esfuerzo de un negocio”, recuerda Miguel Grande. “Y poco a poco nos hemos ido adaptando a los tiempos pero guardando siempre la tradición”, añade. Clientela selecta Por su proximidad al antiguo ayuntamiento todos los alcaldes han sido clientes habituales de la casa, unos más que otros. Cuenta con salas privadas, algunas de ellas con su propio baño, por lo que permite “gran exclusividad a los clientes”. Por sus salas se han visto pasar al presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, políticos, futbolistas e incluso actores de Hollywood, como dedicatoria, aquí ideó al Capitán Julia Roberts. Alatriste. Los Galayos presume también de Por su capacidad, con salas que acohaber sido lugar de inspiración para gen hasta 100 personas, celebran bauel escritor Arturo Pérez-Reverte, que tizos, comuniones y bodas. Y algunas como el propio autor explica en una salas están preparadas con pantallas
para presentaciones y reuniones de empresa. “Buscamos mantener la tradición”, afirma Miguel Grande. “Cuidamos mucho la materia prima y la presentación, siempre pensando en los clientes”, añade. Esa clientela fiel les permite mantener una plantilla de 50 personas. Cuentan con una carta muy amplia “porque damos mucha variedad al cliente, para todos los gustos”. De lunes a viernes tienen al mediodía un menú económico de 11,70 euros. A la carta el precio medio ronda los 40 euros. Una de las ventajas de la casa es que la cocina no cierra en todo el día, hasta las 24 horas. Cualquier hora es buena para hacer una visita.
LOS GALAYOS Calle Botoneras, 5, 28012 Madrid Teléfono: (0034) 913 66 30 28
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Agenda cultural Teatro
“O Cravo Espanhol”
Assinala-se este ano o centenário do desportista e dramaturgo português Romeu Correia, autor da peça “O Cravo Espanhol” (1969), que pode ser vista no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. A peça, descrita por Romeu Correia como uma “farsa-trágica” sobre “um conflito de amor e frustração baseado nas cegadas carnavalescas dos
anos 20 (...), numa linguagem direta e rude (...), como acontecia nos espetáculos de rua desses tempos”, conta a história de “Miguel, o patriarca da família, toureiro frustrado que por ocasião do Carnaval, treina com os pretendentes da filha, e não resiste, devido ao seu elevado nível de taurofobia, ao confronto com o touro real”. Encenada por Maria João Luís, a peça levada ao palco pela companhia Teatro da Terra, inaugura um ciclo dedicado ao movimento neorrealista. Na sinopse do espetáculo lê-se que “as memórias de infância de poetas, compositores de improviso, cantadores de fado e toda uma fauna artística eminentemente popular, despertaram a necessidade de, já nos anos 70, voltar a um conceito esquecido de uma criação-desabafo de dores e alegrias com as raízes mergulhadas no cerne da alma do povo. A ânsia de comunicar é de tal forma imperativa que nem o desconhecimento da escrita serviu de obstáculo a uma criação artística, que teve mais tarde uma correspondente identificação no plano estético, quer nas artes plásticas quer na cinematografia”. Até 30 de setembro, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria
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Exposições
Turismo, Picasso e Guterres no PortoCartoon 2017 O autocarro “Syria City Tour” estacionado entre as ruínas provocadas pela guerra na Síria deu ao belga Luc Vernimmen o Grande Prémio do PortoCartoon-World Festival 2017, organizado anualmente (desde 1999) pelo Museu Nacional da Imprensa. Esta XIX edição do evento internacional dedicado ao desenho humorístico tem como tema o “Turismo Sustentável”, fazendo eco do Ano Internacional do Turismo Sustentável (declarado pela ONU). O cartoon vencedor satiriza o voyeurismo que a tragédia suscita em várias pessoas. No concurso deste ano, apresentaram-se cerca de 500 trabalhos de cartunistas de mais de 60 países, agora expostos no Porto. O pintor espanhol Pablo Picasso (em homenagem ao 80.º aniversário da obra Guernica) e António Guterres (o primeiro português a chegar a Secretário-Geral das Nações Unidas), foram as personalidades tema desta edição. Nesta categoria, os vencedores foram o brasileiro Dálcio Machado, com um cartoon sobre Picasso, e o português Santiagu, nome artístico de António Santos, que satirizou Guterres. O PortoCartoon tem mostras espalhadas por toda a área metropolitana do Porto, em zonas como o Funicular dos Guindais, aeroporto e vários cafés do centro histórico. A cidade que se quer afirmar como a capital do cartoon criou em 2008 o chamado roteiro do humor, composto por esculturas inspiradas no desenho vencedor de cada edição. O deste ano é da autoria de Inês Osório e foi colocado no Passeio dos Clérigos.
Até 29 de dezembro, no Museu Nacional da Imprensa, no Porto
A tinta que Cristiano Ronaldo faz correr Além de ser um dos alvos preferidos dos fotógrafos, Cristiano Ronaldo é também inspiração para os cartunistas de todo o mundo. A prová-lo, cerca de 60 caricaturas e dezenas de publicações sobre o futebolista português, em exposição em Aveiro. A mostra “Cristiano Ronaldo: Caricatura e Imprensa Mundial”, organizada pelo Museu Nacional da Imprensa e promovida pela Câmara Municipal de Aveiro, inclui os trabalhos vencedores, as menções honrosas, os finalistas e os selecionados do “Prémio Especial de Caricatura Cristiano Ronaldo” da 17.ª edição do PortoCartoon-World Festival. O cartunista polaco Krzysztof Grondziel foi o vencedor, o segundo prémio foi para o português António Santos (Santiagu) e o terceiro prémio foi para o brasileiro Renato Aroeira. Concorreram cartunistas de Portugal, Espanha, Bolívia, Brasil, Bulgária, Colômbia, Egito, Irão, Quénia, Roménia, Rússia, entre outros.
Até 21 de setembro, na Galeria da antiga Capitania de Aveiro
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Pintura Naif regressa ao Casino do Estoril
Fotografias antigas do Porto e Douro para ver em Gaia Nomes como Emílio Biel, Domingos Alvão da Casa Alvão, Estúdio Beleza e Frederick William Flower integram a história da fotografia feita em Portugal e assinam os trabalhos agora expostos nos antigos armazéns da marca de vinho do Porto Croft, localizados na zona histórica de Gaia. A mostra “Porto & Douro: Através da Lente” exibe assim “trabalhos dos primeiros grandes fotógrafos em Portugal”, realizados entre 1845 e 1975. “São fotografias sobre a cidade do Porto e os mais emblemáticos e bonitos recantos da região do Alto Douro, desde a produção vinícola, o transporte, armazenamento e a exportação do Vinho do Porto, concentrados num espaço histórico, uma das mais antigas e ilustres casas dedicadas à produção deste vinho”, lê-se no comunicado da Croft.
Até 31 de outubro, nos armazéns Croft, em Gaia
Todos os anos, desde 1980, o Casino Estoril acolhe uma exposição dedicada à pintura Naif. O XXXVII Salão Internacional de Pintura Naïf homenageia Conceição Lopes, “artista nascida em 1942, em Panoias, Ourique, e que é uma referência nacional dentro desta modalidade”. Em comunicado, o Casino do Estoril, sublinha que do currículo da artista “constam exposições individuais e coletivas realizadas, além de, obviamente, em Portugal, em Espanha, Brasil, Bélgica, Turquia e Luxemburgo”, que foi “distinguida com numerosos prémios, em grandes exposições internacionais e está representada em exigentes coleções particulares portuguesas e estrangeiras”. Destaque para o quadro “Migrantes”, que “é um perfeito exemplo da pintura naïf no seu estado puro, trabalho que retrata o fenómeno dos fluxos migratórios, utilizando cores primárias, falta de perspetiva e a atenção dispensada aos pormenores, tudo características fundamentais desta modalidade pictórica”, assinala o comunicado.
Até 12 de setembro, no Casino do Estoril Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Galeria Underdogs expõe as “matérias impressas” de Shepard Fairey Reconhecido internacionalmente pela autoria do icónico cartaz “Obama Hope”, Shepard Fairey protagoniza a exposição “Printed Matters - Lisbon”, patente na galeria Underdogs, em Lisboa. A mostra exibe serigrafias, colagens e outros trabalhos do artista norte-americano, de 47 anos. “Há quem diga que a impressão está de saída, que vai ser arredada pelos meios digitais, mas eu digo que, na rua ou numa galeria, nunca se pode substituir a experiência provocadora e táctil da arte impressa”, argumenta Shepard Fairey. A passagem do artista por Lisboa fica marcada por dois murais, que criou no bairro da Graça: um na rua Natália Correia - retrato de uma mulher fardada, segurando uma metralhadora com uma flor no cano, e outro, na rua Senhora da Glória, que assina com Alexandre Farto (Vhils) – um retrato de mulher, metade pintado pelo norte-americano e metade esculpido (a picareta) pelo português. Além do cartaz “Obama Hope”, feito num estilo pop art para apoiar a candidatura de Barack Obama à presidência, em 2008, e que já integra a coleção da National Portrait Gallery de Washington, Shepard Fairey criou no passado mês de janeiro a série de cartazes “We the People” (Nós, o Povo”) em
protesto contra a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. A Underdogs, gerida por Alexandre Farto e pela francesa Pauline Foessel é um projeto cultural que promove a arte pública, realiza exposições (num antigo armazém localizado no Beato transformado em galeria) e se dedica à edição artística.
Até 23 de setembro, na galeria Underdogs, em Lisboa setembro de 2017
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Statements Para pensar
“Os resultados recorde alcançados em julho somam-se à boa performance da companhia no primeiro semestre, somando já mais 1,6 milhões de passageiros transportados em 2017 do que no mesmo período do ano passado” Comunicado da TAP, sobre o melhor mês da história da transportadora em número de passageiros, “Expresso”, 9/8/17
“Pretendemos ter um parque habitacional com apoio público que chegue aos 5% do total em oito anos, ou seja, mais 170 mil habitações (…) Este Governo propõe-se a ter uma nova geração de políticas de habitação para responder às dificuldades de todos aqueles que não conseguem satisfazer as suas necessidades de habitação” Matos Fernandes, ministro do Ambiente, sobre algumas das medidas a implementar pela nova Secretaria de Estado da Habitação, “Eco”, 11/8/17
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“Os dados publicados pelo INE indicam ainda que o crescimento continua a estar associado a uma aceleração do investimento, o que confere um sinal positivo sobre a sustentabilidade e o equilíbrio do atual padrão de crescimento da economia portuguesa (...) [renovando o] ritmo do primeiro trimestre de 2017 [e representando] o nível máximo da última década” Mário Centeno, ministro das Finanças, “Expresso”, 14/8/17
“O incremento no impacto internacional da região [do Porto] tem sido capitalizado de uma forma positiva, sendo atualmente a escolha consciente de um número cada vez maior de turistas, quer dos que vêm pela primeira vez quer dos que regressam uma segunda ou terceira vez”
Filipe Ortigão Guimarães, diretor executivo da Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP), sobre a receção de quase dois milhões de turistas no norte de Portugal no primeiro semestre do ano, “O Jornal Económico”, 17/8/17