Actualidad
Economia ibérica outubro 2017 ( mensal ) | N.º 244 | 2,5 € (cont.)
As novas oportunidades do mercado de trabalho
PÁG. 38
Cosec aumenta carteira de clientes em 25% desde 2015 pág. 14
Axesor inicia operações em Portugal visando as PME e grandes empresas pág. 20
Universal Music adapta-se às novas formas de consumo pág. 22
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Índice
índice
Foto de capa: DR
Nº244
sobre 56. Conferência desafios do Mibel conta
Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha
Grande Tema
Las nuevas oportunidades laborales en Portugal
38.
_________________________________________ Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Claudia Ballester (estagiária), Clementina Fonseca, Sofía González (estagiária) e Susana Marques
Copy Desk: Beatriz González, Joana Silva Santos e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: José-Benigno Pérez Rico, Margarida Roda Santos, Nuno Ramos e Paulo Sampaio Neves Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: ccile@ccile.org Redação: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Unipessoal Lda. Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem Martins Distribuição: VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES, SA Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal
Editorial 04.
As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Momento de cambios en el mercado laboral portugués
Opinião 06.
Um primeiro passo para o fabrico de produtos de consumo mais duradouros e mais fáceis de reparar - Margarida Roda Santos e Paulo Sampaio Neves
37.
La guerra del terror azota a los europeos - José-Benigno Pérez Rico
Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787
O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org
com Comissário Europeu da Ação Climática e Energia
Atualidade 24.
Dreamy World quer abrir lojas em Espanha até ao final de 2018
E mais...
08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 28.Marketing 32.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 46. Setor Imobiliário 52.Vinhos & Gourmet 56.Eventos 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola
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editorial editorial
Momento de cambios en el mercado laboral portugués
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Foto Sandra Marina Guerreiro
a recuperación económica de Portugal llega a la par de la creación de empleo, después de “Hay sectores tradiunos años de austeridad en los cionales como la que bastantes empresas se vieron forzadas a eliminar puestos de trabajo. industria del calzado o Vuelve a haber más empleo pero el merel textil que mantienen cado laboral ha cambiado. Hay sectores tradicionales como la industria del en auge su actividad calzado o el textil que mantienen en pero hay otras áreas, auge su actividad pero hay otras áreas, como las tecnologías de la información como las tecnologías o el turismo, que están en verdadera de la información o expansión. Estamos en un momento de cambios. el turismo, que están Hay un dato interesante. Se estima en verdadera expanque el 25% de los empleos que existen hoy en día ya no existirán dentro de sión. Estamos en un 20 años. Es decir, que 25% de las promomento de cambios” fesiones que vamos a necesitar dentro de dos décadas todavía no se están ocupando por profesionales. Eso nos Es una buena oportunidad para todos lleva a pensar que se abre un mundo aquellos que opten por reinventarse. de posibilidades en el mercado laboral. Es importante acompañar los cambios Y no solo para las nuevas generaciones. y entender las nuevas necesidades de
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una sociedad cada vez más globalizada. En ese nuevo mundo comienzan a despuntar, por ejemplo, nuevas profesiones en el mundo digital, de las tecnologías, con las aplicaciones, redes sociales, etc… El turismo es un claro ejemplo de este cambio. Desde enero se han creado 52 mil puestos de trabajo en este sector y es una tendencia que va a aumentar. En las escuelas de turismo de Portugal, doce en total, se están formando al año a 3.000 estudiantes y a corto plazo espera llegar a los 4.000. Personas que en muchos casos optan por crear su propia empresa turística para responder a la fuerte demanda en este sector, generando a su vez más empleo. Es un sector que se está profesionalizando cada vez más y se muestra abierto a la innovación, a las transformaciones de negocio, con personas versátiles, emprendedoras y con capacidad para acompañar las nuevas tendencias. Si miramos la última guía del mercado laboral, editada por la consultora Hays Portugal, nos indica que el 73% de las empresas pretende contratar este año pero son los trabajadores los que no están dispuestos a cambiar tan fácilmente. En concreto el 53% de los trabajadores en activo rechazaron ofertas de empleo el año pasado. Y por último, otro dato positivo, el de la edad. Según las empresas reclutadoras la edad ha dejado de ser un problema. Hay negocios que se expanden tan rápido que no buscan únicamente jóvenes para ocupar los nuevos puestos de trabajo ya que necesitan personal con experiencia. *Directora Email: brodrigo@ccile.org
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Um primeiro passo para o fabrico de produtos de consumo
mais duradouros e mais fáceis de reparar
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studos realizados no âmbito do Parlamento Europeu (PE) concluíram que 77% dos consumidores na União Europeia (UE) prefeririam tentar reparar os seus bens antes de comprarem novos e 99% dos cidadãos europeus entendem que os produtos devem indicar claramente no rótulo o seu tempo de vida útil. Várias situações reportadas por associações de defesa do consumidor– incluindo a European Consumer Organisation (BEUC)– como suspeitas de obsolescência programada pelos fabricantes têm também vindo a aumentar. A obsolescência programada não é mais que uma ou mais técnicas, que podem ser utilizadas por fabricantes sem princípios éticos, com o objetivo de encurtar a vida útil dos produtos e forçar os consumidores a substituí-los prematuramente, permitindo assim que continuem a vender produtos num mercado já saturado por excessiva oferta. A prática não é nova, e um exemplo clássico de obsolescência programada verificou-se com o cartel Phoebus, em que de uma reunião entre os maiores fabricantes de lâmpadas, realizada em Genebra em 1924, resultou um acordo para programar as lâmpadas incandescentes para durarem no máximo 1000 horas, quando a sua duração normal expetável à data era de 1.500 a duas mil horas de utilização. Com estas preocupações em mente, o PE aprovou recentemente (4 de julho) uma resolução que recomenda à Comissão Europeia e aos Estados Membros que adoptem medidas que determinem que os produtos sejam fabricados com maior período de vida útil, da qual se destacam as seguintes linhas mestras:
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Por Margarida Roda Santos e Paulo Sampaio Neves*
• produtos com maior qualidade, mais robus- • estipular que os fabricantes deverão fornecer manuais de manutenção e orientatos e mais facilmente reparáveis, sendo criações de reparação no momento da comdos critérios de resistência mínimos por capra, a fim de facilitar a possibilidade de tegoria de produto, estabelecidos para serem alargar o ciclo de vida do produto; aplicados desde a conceção do produto; • medidas de incentivo à produção de • criar uma rotulagem voluntária que indique a vida útil dos produtos, as suas produtos duradouros e reparáveis, fopropriedades de eco-design, as possibilimentando o mercado das reparações e dades reais de atualização em linha com das vendas em segunda mão, também o progresso técnico bem como a possibicomo forma de criar postos de trabalho lidade de reparação do produto. e reduzir os resíduos ambientais; As medidas legislativas que se seguirão • assegurar que os consumidores têm a opção de recorrer a reparadores indepen- para implementar esta recomendação do dentes, sendo desencorajadas técnicas PE, terão a difícil tarefa de encontrar um injustificadas de segurança e/ ou de sof- equilíbrio entre todas as partes. tware que impossibilitem que reparações Se por um lado, face à expetável dimipor terceiros sejam efetuadas; nuição do volume de vendas, introdução • impedir que componentes essenciais, tais de alterações tecnológicas que permitam o como baterias e lâmpadas LED, sejam prolongar da vida útil dos produtos e a sua aplicadas nos produtos de uma forma reparação, bem como o fornecimento de que não permita a sua fácil substituição, manuais de manutenção, é expetável que salvo por razões de segurança, ou, em al- os fabricantes sintam a necessidade de auternativa, garantir que as baterias sejam mentar o preço dos produtos, por outro produzidas com uma durabilidade idên- lado poderão verificar-se ganhos signifitica à da vida útil do produto; cativos na gestão de resíduos e redução de • garantir que as peças sobressalentes que emissões poluentes, criação de postos de são indispensáveis para o uso adequado e trabalho em mercados de PME de serviseguro dos produtos sejam postas à dispo- ços de reparação, repair caffes e venda de sição dos consumidores a um preço que produtos em segunda mão, numa óptica seja adequado e proporcional à natureza de uma vida no planeta mais sustentável. do produto e à sua vida útil expetável; A curto prazo, porém, e antes que • adotar uma definição à escala da UE do esta recomendação se venha a traduzir que deve entender-se por obsolescência em medidas legislativas, podemos vir programada e criar um sistema indepen- a assistir a uma extensão do modelo de dente que possa testar e detetar situações de negócio dos produtos-como-um-serviço, obsolescência programada criadas e coloca- frequente na área empresarial, também à das nos produtos intencionalmente pelos área residencial, dos consumidores. fabricantes, protegendo os delatores de tais da FCB Legal casos, e implementando medidas dissuaso- *Advogados E-mails: mrs@fcblegal.com e psn@fcblegal. ras apropriadas a aplicar aos fabricantes; com
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
EDP sobe no ranking Dow Jones Sustainability Index A EDP obteve, no início de setembro, a sua melhor pontuação de sempre desde que integra o Dow Jones Sustainability Index (DJSI) Mundo e Europa, tendo conquistado a segunda posição no ranking do setor das utilities . A elétrica dirigida por António Mexia (na foto) obteve 92 pontos neste índice, que integra desde 2008. Sobre esta classificação, António Mexia, presidente executivo da empresa, frisou que “este resultado mostra a capacidade de gestão na comunidade, no seu sentido mais lato, tornando a EDP um fator decisivo para a competitividade e a qualidade de vida das comunidades em que se insere. E mostrando que as pessoas da EDP estão focadas num objetivo que é mais do que ter lucro”. “Além do melhor resultado de sempre, trata-se de uma diferença de 42 pontos face à média da indústria, ficando a EDP a apenas um ponto do líder no setor das utilities . O grupo obteve a avaliação mais elevada em dez categorias, com destaque para a dimensão social (94 pontos)”, adianta a empresa em comunicado.
Rating do BPI volta a subir
A Standard & Poor’s subiu o rating da dívida de longo prazo do BPI de BB+ para BBB-. A agência de rating Standard & Poor’s subiu o rating da dívida de longo prazo do BPI de BB+ para BBB-, o primeiro nível do grau de investimento ( investment grade ), adianta a instituição liderada por Pablo Forero. A perspetiva para o futuro (outlook ) mantém-se estável e o rating de curto prazo subiu de A EDP sublinha ainda que “nesta dimen- B para A-3. são foram alcançadas as pontuações “Esta decisão da Standard & máximas (100) nas áreas de corpora- Poor’s confirma a solidez do te citizenship and philantropy, social BPI e representa uma imporreporting, labor pratice indicators e tante vantagem competitiva stakeholder engagement e ainda a que reforça a confiança e a melhor classificação (98) na área de satisfação dos clientes”, frisa talent attraction & retention”. o banco. O DJSI foi lançado em 1999, como o pri- O BPI passou, assim, a deter meiro benchmark do desempenho não notações de rating de investfinanceiro para empresas cotadas a nível ment grade atribuídas por duas global. Das 2.528 empresas convidadas agências– a Standard & Poor’s e para a avaliação anual do índice, apenas a Fitch –, situação de que bene320 empresas foram selecionadas, das ficia apenas um outro banco do quais 13 utilities. Neste grupo, constam sistema financeiro português, somente duas empresas portuguesas. realça ainda o mesmo banco.
The Inner Value lança plataforma de avaliação Imobiliária lançada
A the Inner Value, consultora imobiliária, encontra-se em fase de lançamento da versão Beta da ferramenta de avaliação imobiliária icValue Tool (na foto).
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Trata-se da primeira plataforma lançada em Portugal e desenvolvida de raiz, tendo como objetivo garantir as exigências legais nacionais, e as normas internacionais da International Valuation Standards Council (IVSC) e do International Valuation Standards Council (RICS). É uma plataforma tecnológica inovadora extensível, que usa o paradigma software as a service (SaaS) com georreferenciação de imóveis, para utilizadores registados poderem fazer análises e avaliações 24
horas por dia, em qualquer lugar, com apenas um web browser. O lançamento da versão final, será efetuado durante o evento da Web Summit em Lisboa. Numa fase posterior, a plataforma será estendida a plataformas móveis (smart devices) e passará a automatizar com inteligência o procedimento de avaliação e irá fazer business analysis e intelligence de imóveis por segmentos geográficos, através de algoritmos próprios, em fase de desenvolvimento.
Breves Dois projetos portugueses no Fundo de Empreendedores da Fundação Repsol A Fundação Repsol acaba de anunciar os projetos e ideias que irão fazer parte da sua aceleradora empresarial, designada Fundo de Empreendedores. Esta iniciativa, que vai na sexta edição, tem como objetivo levar até ao mercado os projetos mais inovadores na área da energia e mobilidade. Este ano, foram apresentadas 354 candidaturas e há duas startups portuguesas entre as selecionadas. Os projetos selecionados deste programa de aceleração irão receber até 144 mil euros durante um ano. Além do apoio financeiro, as startups contarão com uma equipa de mentores que fará um acompanhamento durante toda a etapa de aceleração, assim como de assessoria técnica e legal, formação especializada adequada a cada necessidade e permitirá também o acesso a potenciais investidores. As propostas selecionadas destacaram-se pela sua componente de inovação no campo da eficiência, digitalização e novos materiais
na indústria energética e química; assim como na distribuição e armazenamento de eletricidade e também na área da mobilidade. O Fundo de Empreendedores tem duas categorias distintas: ideias que necessitam um processo de maturação e estão ainda em fase de validação de protótipo conceptual; e também projetos empresariais com tecnologia ou modelo de negócio já validados mas que não estão ainda em fase comercial. Entre os selecionados, estão duas startups portuguesas. Assim, na categoria de ideias, surge a Inanoenergy, uma iniciativa de microgeradores autónomos que aproveitam a energia mecânica e térmica desperdiçada no dia a dia para criar eletricidade. Já na categoria de projetos, a C2C-New Cap dedica-se a construir superbaterias para armazenamento de energia baseadas em óxidos metálicos, que permitem armazenar mais energia de forma mais segura.
Mercer adquire Jason Associates
A Mercer, consultora especializada Com esta operação, a Mercer e a nas áreas de bem-estar, benefícios, Jason Associates complementarão pensões, investimentos e carreiras, os seus serviços e equipas. “O resulanunciou um acordo para a aquisição tado será a disponibilização de uma da Jason Associates, um dos princi- oferta única para os clientes juntanpais players do mercado em termos do o melhor destas duas consultode comunicação, mudança e trans- ras”, garantem as duas marcas. formação, gestão de talento e tecno- “Nos últimos dois anos, realizámos logia na área dos recursos humanos. em conjunto vários projetos. O A Jason Associates detinha também sucesso obtido e as relações que se uma área de negócio de recrutamen- criaram conduziram a esta operação to que não foi incluída nesta opera- e tornaram-na um processo natural, ção. Esta área continuará a operar de que irá ao encontro das expetativas forma autónoma, mantendo a mesma de ambas as partes (...) e onde o prinequipa, mas com uma nova marca. cipal beneficiário serão os clientes”,
Lusitania Seguros renova seguro para bicicletas A Lusitania Seguros acaba de apresentar uma renovação ao seu produto Lusitania Bicicletas. A partir de agora o cliente pode incluir numa única apólice de seguro todas as bicicletas das quais seja proprietário, simplificando o processo de contratação e uma gestão integrada desta solução. Disponível em duas modalidades, Light e Super, este seguro inclui assistência médica em viagem em Portugal e Espanha, com capitais para internamento hospitalar e assistência ambulatória. O produto Lusitania Bicicletas está disponível apenas para velocípedes sem motor. Segundo António Carlos Carvalho, diretor de Marketing e Inovação da Lusitania, “com esta alteração, melhorámos o produto de acordo com as necessidades do mercado, agilizando o processo de subscrição e permitindo ao cliente usufruir da proteção Lusitania em todas as suas bicicletas”. Porto de Lisboa regista aumento significativo na movimentação de contentores Nos primeiros sete meses do ano, o movimento de contentores no Porto de Lisboa registou um crescimento homólogo de 51,2%. Os crescimentos verificam-se em todas as principais cargas do Porto de Lisboa. Nos granéis sólidos, o aumento foi de 17,4%, enquanto os líquidos avançaram 12,6%, tendo, no conjunto, a carga geral progredido 49,2%. Globalmente, o mês de julho, registou 1,09 milhões de toneladas movimentadas, o que representou o segundo melhor mês do ano (março registou 1,1 milhões), tendo a carga em termos acumulados até julho crescido 26,2%, num total próximo de sete milhões de toneladas. Produção automóvel em Portugal mais do que triplica em agosto Em agosto, foram produzidos em Portugal 8.610 veículos automóveis ligeiros e pesados, o que reflete um crescimento de 211% em relação ao mesmo mês de 2016. Quanto à produção acumulada nos primeiros oito meses de 2017, esta atingiu 102.314 unidades, o que representou um crescimento de 5,3% quando comparada com a produção registada em período homólogo de 2016. A informação estatística relativa ao período de janeiro a agosto de 2017 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel, já que 96,4% dos veículos fabricados em Portugal tiveram como
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Breves destino o mercado externo, contribuindo, assim, de forma significativa para a balança comercial portuguesa. A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional– com um total de 84,3% da produção–, estando a Alemanha (18,9%), Espanha (14,5%), Reino Unido (11,7%) e França (10,5%) no topo do ranking. Novo armazém da Azkar Dachser Group em Sevilha alarga capacidade de armazenagem em 30% A Azkar Dachser Group, um dos líderes mundiais na área de logística e transporte de mercadorias, aumentou em 30% a
capacidade de armazenagem da sua filial em Sevilha, com um novo armazém. Anteriormente localizada no Centro de Transporte de Mercancías (ACTE), a filial passa agora a instalar-se no Polígono Industrial de la Isla, o ponto central de logística da cidade. As novas instalações contam com 12 mil metros quadrados de área, mais 500 metros quadrados de escritórios e 8.300 espaços para paletes, garantindo uma maior capacidade operativa. Dedicada à unidade Contract Logistics da Azkar Dachser Group, a filial sevilhana continuará a dar cobertura à região da Andaluzia Ocidental e a Badajoz. Até ao momento, este centro prestava serviços de logística global a empresas de diferentes setores, como eletrodomésticos, fornecimento industrial, retalho, entre outros. Com esta ampliação, surgem novas oportunidades, através de uma gestão muito mais competitiva e eficiente, que permitirá expandir as operações logísticas e atrair novos clientes. Efapel cresceu 20% no primeiro semestre A Efapel, o maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão e líder de mercado em Portugal, registou, no primeiro semestre do ano, vendas de 18,5 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 20% relativamente ao mesmo período de 2016. Quanto às exportações, cresceram 21%, sendo o mercado europeu o responsável pela maior fatia deste volume de negócios. A melhoria da imagem da marca e o aumento do mercado em termos globais são as principais razões apontadas pela empresa para o crescimento verificado.
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Covirán abre quatro novos supermercados em Portugal Nos meses de julho e agosto, quatro novos supermercados Covirán abriram as suas por tas em Por tugal, concretamente nos distritos de Setúbal, Santarém e Lisboa. Com estas quatro novas aberturas, a Covirán soma mais 748 metros quadrados de área de vendas e 24 postos de trabalho criados. A cooperativa desenvolveu o projeto Covirán em Por tugal adaptando-se à realidade deste país e às necessidades dos seus sócios, oferecendo-lhes um modelo de negócio que permite gerir de forma autónoma e profissional cada supermercado, atendendo às par ticularidades locais de cada um, sob o modelo cooperativo. Em poucos anos, o grupo de origem espanhola passou a ocupar
a terceira posição no ranking da distribuição por número de estabelecimentos (de acordo com a Nielsen), que representam 2,15% do setor. Em 2016, a Covirán fechou o exercício com 330 supermercados em todo o território nacional, com presença nos seus 18 distritos e nas duas regiões autónomas insulares, correspondentes aos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Maior feira de calçado do mundo com quatro novas marcas portuguesas A presença na maior feira de calçado do mundo, a MICAM-Feira de Milão, será uma montra para muitas empresas portuguesas, estreandose nesta 84.ª edição mais quatro marcas nacionais. Há 30 anos a produzir sapatos para marcas internacionais, a empresa familiar de Famalicão Sinovir estreia-se na MICAM, que conta com mais de 1.600 expositores de meia centena de países e espera a visita de mais de 40 mil visitantes profissionais– a sua primeira coleção de marca própria, ambicionando chegar a novos mercados, como os EUA, a Austrália ou a Escandinávia. Além deste fabricante de Vila Nova de Famalicão, estiveram ainda pre-
sentes no mesmo evento a marca de chinelos As Portuguesas (na foto), resultado de uma parceria entre os grupos de cortiça Amorim e de calçado Kyaia, bem como as marcas Pregis, da empresa Martiape, e a Life is What You Choose, da empresa Why We Trading, ambas de Felgueiras.
Gestores
em Foco
O Millennium bcp e a SINO-CEEF Capital Management Company Limited firmaram um acordo de cooperação para identificar potenciais áreas de negócio na Polónia e noutros países da Europa Central e de Leste, a fim de explorar oportunidades que beneficiem tanto as empresas chinesas como as empresas desta região, incluindo as empresas polacas. “A presença significativa do Millennium bcp na região proporciona uma vantagem local única à SINO-CEEF Capital na procura de oportunidades de negócio e investimento, através de assessoria financeira e apoio à criação de parcerias entre empresas chinesas e polacas ou da Europa Central e de Leste, operações de M&A, internacionalização, project finance, parcerias público-privadas, transações em mercados de capitais, operações de capital ou dívida e financiamentos estruturados”, especifica o Millennium bcp em
comunicado. Os dois parceiros vão, de igual forma, potenciar oportunidades para empresas portuguesas na região da Europa Central e de Leste. “A Polónia é um dos países com mais potencial nessa região, com uma vantagem geográfica significativa e fortes perspetivas de crescimento económico robusto. A Polónia aderiu à iniciativa chinesa “Cintura Económica da Rota da Seda e Rota da Seda Marítima no século XXI” e possui grande potencial de desenvolvimento para projetos de infraestruturas e indústrias transformadoras. A crescente intensificação da relação entre a China e a Polónia reflete-se no comércio entre os dois países, adianta a mesma fonte. O memorando de entendimento entre o Millennium bcp e o SINO-CEEF Capital foi assinado em junho, numa cerimónia em Xangai.
AKI lança plataforma para procura de novos talentos O AKI lançou um novo site para a captação de novos talentos em Portugal. Esta plataforma servirá não só para partilhar as diferentes ofertas de trabalho da empresa, como será também uma montra da empresa como empregadora, do ambiente que se vive no AKI, e inclusive atualizando qual o caminho que está a ser percorrido para atingir os objetivos. Enquanto marca eleita “Great Place to Work”, o AKI pretende, com esta nova plataforma, abrir as portas a todos os interessados em integrar a equipa e consolidar a posição dos seus colaboradores como embaixadores da empresa. Este será também o canal para divulgar em maior detalhe as diversas funções de loja. “Acreditamos que os colaboradores são uma peça essencial para o sucesso do AKI e, por isso, estamos
todos envolvidos na construção de uma empresa melhor”, afirma Pedro Morais Barbosa, responsável de Comunicação Interna e Institucional do AKI. Para o responsável, o novo site irá, igualmente, permitir “partilhar com o mercado aquilo que o AKI é enquanto empresa, o seu plano de expansão, a nossa história, a nossa cultura de empresa, o papel de cada um nas diversas funções”. O acesso à nova plataforma é bastante intuitivo e está adaptado à versão mobile. No novo site, os colaboradores estão em destaque, protagonizando os vídeos e também o layout da página, acessível através do endereço https://recrutamento.aki.pt. Atualmente, o AKI emprega cerca de 1.350 colaboradores e tem como objetivo atingir os dois milhares até 2021.
Foto Sandra Marina Guerreiro
Millennium bcp e SINO-CEEF Capital assinam parceria
Luis Felipe Fernández de la Peña (na foto) é o novo cônsul geral de Espanha em Portugal. De 2012 a 2016, o diplomata assumiu o cargo de diretor geral para a Europa e Ásia Central do Serviço Europeu de Ação Externa da União Europeia. De destacar que Luis Filipe Fernández, que abraçou a carreira diplomática em 1979, foi durante 11 anos embaixador de Espanha na Rússia. Ao longo da sua vasta carreira profissional, o novo cônsul assumiu diversos outros cargos diplomáticos de relevo, não só como embaixador, como também no seio do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha. A ROS Retail Outlet Shopping acaba de nomear Miguel Guerreiro (na foto) novo diretor-geral do Designer Outlet Algarve, o primeiro projeto gerido pela operadora austríaca em Portugal, com abertura prevista para este outono, em Loulé. Na indústria da moda e luxo há mais de 15 anos, ligado a projetos na Europa e Médio Oriente, Miguel Guerreiro especializou-se em gestão de ativos imobiliários, conceção de centros comerciais, desenvolvimento de negócio internacional, entre outras áreas. A SAP acaba de anunciar a nomeação de Luís Urmal Carrasqueira (na foto) como novo diretor geral da SAP Portugal. Com uma experiência de mais de 20 anos, sempre ligada ao setor das tecnologias de informação, Luís Urmal Carrasqueira terá como principal responsabilidade a liderança da estratégia de inovação e crescimento da SAP em Portugal e contribuir para o crescimento sustentado das organizações portuguesas através das soluções da SAP. O novo responsável da SAP Portugal deixará, assim, as funções de diretor Comercial e de Alianças que desempenhava na empresa desde 2015.
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Breves Inditex creó más de 11 mil empleos en el último año Inditex, la cadena propietaria de cadenas como Zara, Bershka o Massimo Dutti, realizó ventas en los seis primeros meses de su ejercicio fiscal (que acabó en julio) por valor de 11.671 millones de euros, un 11,5% más que un año antes. El beneficio neto fue de 1.366 millones, un 9% superior, según ha comunicado al regulador bursátil el grupo que preside Pablo Isla. “En los últimos doce meses Inditex ha sido capaz de generar más de 11.000 nuevos empleos, 2.933 de ellos en España”, ha explicado el grupo. Al cierre del semestre la empresa operaba 7.405 tiendas en 93 mercados, realizó aperturas en 35 mercados distintos y las ventas crecieron en todas las cadenas que controlan. Zara, el buque insignia, sube su facturación un 11%, hasta los 7.737 millones de euros. Por importancia, le sigue Bershka, con 1.016 millones de euros en ventas tras crecer un 14%. La española Cox Energy obtiene autorización para comercializar electricidad en México Cox Energy ha obtenido la licencia para vender energía eléctrica en México a usuarios calificados– cuya potencia contratada es superior a un MW– a través de su filial en el país. Se trata de la segunda empresa española que recibe esta autorización por parte de la comisión reguladora tras la liberación del sector energético de México, según ha informado en un comunicado. Cox Energy cuenta con 1.000 MW en diferentes fases de desarrollo en México, donde está presente en toda la cadena de valor: generación, generación distribuida y comercialización de electricidad. Asimismo, la compañía participa en el Mercado Eléctrico Mayorista (MEM), en el que puede adquirir energía eléctrica para atender la demanda y consumo y representar a los usuarios calificados en dicho mercado. La compañía de energías renovables solicitará a lo largo de este año autorización como suministrador a usuarios básicos para vender electricidad a clientes minoristas. Tesla apuesta por el mercado español con su primer taller en Barcelona La compañía de coches eléctricos Tesla ha decidido reforzar su presencia en el mercado español con la inauguración de su primera tienda y centro de servicio de mantenimiento en l’Hospitalet de Llobregat. Después de probar el contacto con los clientes con dos tiendas efímeras en Barcelona y en Madrid, Tesla ha apostado por una presencia permanente para incrementar sus ventas en un país en el que, de enero a
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El Corte Inglés invierte unos 350 millones de euros en renovar sus tiendas y en tecnología
El Cor te Inglés prevé inver tir a lo largo del ejercicio fiscal de 2017, que cerrará en febrero del año que viene, unos 350 millones de euros, para mejorar sus tiendas físicas y, al mismo tiempo, avanzar en comercio electrónico, han informado fuentes cercanas a la compañía de distribución. Del total de inversión prevista, destinará unos 250 millones a la reforma y
modernización de sus tiendas, así como a la reordenación de espacios que conlleva la integración de los hip e r me rcados Hipercor en sus grandes almacenes. El resto, unos 100 millones, se invertirán en inmovilizado, fundamentalmente en tecnología, en línea con el ejercicio anterior. Según datos de la compañía, en la actualidad, el grupo está apostando en sus centros por combinar una decoración “minimalista” con elementos que por contrataste hacen visualmente más agradables los espacios.
Ocho empresas presentan ofertas no vinculantes por el negocio de Gas Natural en Italia Un total de ocho ofertas no vinculantes se han presentado por los negocios de comercialización y distribución de Gas Natural Fenosa en Italia, sobre los que la compañía española ha encargado un análisis para decidir si continúa con ellos o los vende, tras el cambio en la regulación del sector en ese país. Las ofertas no vinculantes proceden de Italgas, Engie, 2iRete Gas, Verbund, Direct Energie, Optima Italia, Green Network y Shangai Dazhong, y oscilan entre los 500 millones y los 600 millones de euros. En febrero, Gas Natural Fenosa con-
firmó que había contratado al banco de inversión Rothschild para analizar distintas opciones estratégicas para sus activos de distribución y comercialización en Italia, entre las que figuraba una eventual venta, en el marco de los cambios que se están produciendo en el sector energético del país.
Breves ACS vende una autopista de Chile por 142 millones de euros
ACS ha vendido el 51% que tenía en una autopista de Chile, un tramo de la Ruta 5, a un fondo de inversión por 142 millones de euros, una operación que reportará al grupo una plusvalía de 10 millones. La transacción se enmarca en la estrategia de rotación de activos maduros que lleva a cabo la com-
pañía que preside Florentino Pérez, con el fin de contener el endeudamiento, actualmente en mínimos históricos, y lograr fondos para abordar nuevos proyectos. La venta de estos activos tiene lugar mientras el grupo de construcción y servicios analiza la posibilidad de lanzar una oferta pública de adquisición (OPA) por Abertis, que sería competidora a la formalizada en junio por la compañía italiana Atlantia, actualmente pendiente de autorización por parte del supervisor del mercado.
Santander reanuda las emisiones a través de su filial portuguesa El Banco Santander está diversificando las emisiones de deuda destinadas a reforzar su colchón anticrisis y ha acudido al Santander Totta. La filial portuguesa ha lanzado cédulas hipotecarias con vencimiento a diez años, en septiembre de 2027. El precio barajado inicialmente ronda los 50 puntos básicos por encima del índice de referencia para las emisiones de renta fija o midswap. Esta cifra, en cambio, podría variar en función de la respuesta de la demanda. Para llevar a cabo la emisión, Santander ha recurrido a los
servicios de Barclays, Credit Suisse, Natixis y Société Générale, además del propio Santander.
La colocación de Santander Totta se produce en pleno rally de la deuda portuguesa. Los inversores han acelerado la compra de renta fija del país luso desde los analistas de Standard & Poor´s retiraran de Portugal del nivel de “bono basura”.
agosto de este año, matriculó 215 vehículos. La tienda y taller, con 1.850 metros cuadrados, es la antesala de la inauguración de dos puestos fijos en el centro de Madrid y Barcelona, y de un segundo taller en la capital. La empresa ha elegido uno de los polígonos de l’Hospitalet “por su proximidad al mercado barcelonés”, y próximamente quiere hacer lo propio en Madrid. En todo el mundo, Tesla tiene repartidos unos 300 talleres para dar servicio a los 200 mil vehículos que tiene en la carretera. Decathlon abrirá tres nuevas ‘mega-tiendas’ en el centro de Madrid La firma de equipamiento deportivo estrenará antes de final de año tres establecimientos en algunas de las arterias comerciales más importantes de la ciudad, con superficies de unos 2.000 metros cuadrados. Entre ellos, destaca la futura tienda de Fuencarral, que se instalará en el antiguo Mercado de Fuencarral, propiedad desde este verano del fondo AEW Europe. Allí, Decathlon abrirá un establecimiento de 2.400 metros cuadrados. Además, la marca de equipamiento deportivo ha alquilado un local, situado en Princesa 63 y con 1.700 metros cuadrados. El establecimiento, propiedad de un family office (que ha estado asesorado por JLL en la operación), cuenta con dos plantas comerciales y planta sótano. La tienda más grande del grupo se situará en pleno barrio de Salamanca, donde Decathlon se ha hecho con un local de 2.600 metros cuadrados. Hootsuite abre oficina en España para ayudar a las empresas en las redes sociales Hootsuite, la empresa canadiense propietaria de una de las plataformas más utilizadas en el mundo para administrar redes sociales, ha abierto oficina en España. Según sus responsables, España, con más de 600 mil usuarios, es el segundo mercado más importante de Europa para Hootsuite. Empresas españolas, entre las que están el 50% de las compañías del Ibex35, como MAPFRE, BBVA o Meliá Hotels International, e instituciones y empresas públicas como el Ayuntamiento de Barcelona o Renfe, ya utilizan su plataforma para gestionar su estrategia de transformación digital. La compañía asegura que, en lo que va de año, ha crecido un 100% en el mercado español La firma fue fundada en Vancouver en 2008 en pleno boom de las redes sociales. Su fundador, Ryan Holmes, consciente de la importancia que iban a tener para las empresas servicios como Facebook, Twitter o Youtube lanzó una plataforma que ayudara a las compañías a gestionar bien su presencia en medios sociales.
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Cosec aumenta carteira de clientes em 25% desde 2015 A Cosec-Companhia de Seguro de Créditos continua a melhorar a sua performance, depois de no ano passado ter garantido vendas de empresas de um total de 16.500 milhões de euros, um terço dos quais relativos à exportação. A companhia viu crescer a sua carteira de clientes em cerca de 25%, nos últimos dois anos, e a sua quota de mercado, avançou Maria Celeste Hagatong, a nova presidente da Cosec.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org
omo tem evoluído a perceção das empresas relativamente à importância do seguro de crédito?
As empresas nacionais estão cada vez mais sensibilizadas para a importância de protegerem o risco decorrente das suas vendas a crédito. Os números da Cosec atestam o aumento da procura.
E quais são esses números?
Registámos um crescimento de 25% do número de clientes nos últimos dois anos, sendo que cerca de 75% destes não usavam o seguro de crédito. O seguro de crédito é tanto mais importante quanto cerca de 30 a 35% do ativo das empresas portuguesas, em média, corresponde a crédito sobre clientes. Portugal é aliás o segundo país da União Europeia com mais empresas a venderem exclusivamente a crédito, cerca de 25%. Um dos maiores riscos da atividade das empresas é, sem dúvida, o incumprimento por parte dos seus clientes, como, aliás, revela um estudo do nosso acionista 14 act ualidad€
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Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Euler Hermes, em que cerca de 80% das empresas têm a sua tesouraria afetada pelos atrasos de pagamentos de clientes.
“Registámos um crescimento de 25% do número de clientes nos últimos dois anos, sendo que cerca de 75% destes não usavam o seguro de crédito” A que se deve esse crescimento exponencial no número de novos clientes?
Para se atingirem estes resultados foi muito relevante a parceria que a Cosec tem com o seu acionista BPI há mais de 10 anos, para dinamização de venda dos seguros de crédito na sua rede. Cerca de
metade das novas apólices são hoje vendidas pela rede comercial do BPI. Também a atividade de venda direta tem evoluído muito positivamente e especialmente, neste último ano, para além da intermediação através de brokers de seguros. Qual o balanço da atividade da Cosec em 2016 e perspetivas para 2017?
A Cosec garantiu em 2016 vendas no valor de 16.500 milhões de euros, o equivalente a 9% do PIB português. Estes dados representam um aumento de 10% face a 2015 e destaco que, destes 16.500 milhões de euros, cerca de 5.400 milhões se referem às vendas para exportação, que também cresceram 11%. No que toca à atividade da Cosec por conta do Estado português, o valor de garantias concedidas no âmbito da Linha de Seguro de Créditos à Exportação de Curto Prazo permitiu a cobertura de vendas de mais de 750 milhões de euros, para mais de 60 países. Penso que estes números demonstram
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Maria Celeste Hagatong Presidente da Cosec
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grande entrevista gran entrevista A Cosec continua a liderar o mercado de seguros de crédito e de caução?
A Cosec mantém a liderança destacada do mercado, com uma quota de mais de 51%, no seguro de crédito e também lidera no seguro-caução, com uma quota de 49%. A aposta feita pela Cosec nas empresas exportadoras e internacionalizadas tem sido decisiva para a manutenção desta liderança, assim como o novo mercado. Destaco ainda que a Cosec se mantém parceira das PME Líder e Excelência– iniciativas do IAPMEI–, tendo uma oferta dirigida a este segmento de atividade que, como é do conhecimento geral, é o mais dinâmico entre as PME portuguesas. O seguro-caução também tem tido no último ano uma evolução muito positiva, decorrente da reanimação do setor da construção e obras públicas. bem a importância do seguro de créditos da Cosec, tanto no apoio às exportações como na atividade das empresas no mercado interno. Em 2017, devemos atingir novamente um volume de vendas cobertas sensivelmente idêntico ao de 2016.
A atividade das empresas exportadoras destinada ao mercado espanhol continua a crescer?
Espanha continua a ser o principal mercado externo de Portugal, registando, desde o final do ano passado, um cresci-
Vasta experiência nas áreas bancária e de seguros A nova presidente da Cosec é licenciada em Finanças, pelo Instituto Superior de Ciências Económico- -Financeiras, tendo começado a sua carreira profissional no Ministério das Finanças. Em 1985, transitou para o BPI, onde desenvolveu atividade no Banco de Investimento e, desde 2002, assumiu as funções de administradora executiva do banco, liderando as áreas de Corporate Banking e Project Finance. Durante os últimos 10 anos, Maria Celeste Hagatong foi membro não executivo do conselho de administração da Cosec, em representação do BPI. Em julho, assumiu funções como presidente do conselho de administração desta companhia de seguors de crédito. De salientar ain-
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da que no BPI foi responsável pelo lançamento e dinamização da venda de seguro de créditos da Cosec, na rede da Banca de Empresas, projeto que contribuiu para afirmar a intervenção da Cosec no tecido empresarial português, em particular das empresas exportadoras. Maria Celeste Hagatong pertenceu ainda à Junta Diretiva da CCILE. Fora da área empresarial, foi recentemente eleita presidente da Fundação Portugal África, instituição que tem por objetivo promover o relacionamento entre Portugal e os países africanos, sobretudo os de língua oficial portuguesa. Desde 2016, integra o Conselho Diretivo do Centro Cultural de Belém.
“Espanha continua a ser o principal mercado externo de Portugal, registando, desde o final do ano passado, um crescimento constante da nossa exposição para este mercado, da ordem de 1.400 milhões de euros“ mento constante da nossa exposição para este mercado, atualmente com uma exposição de 1.400 milhões de euros, correspondendo a mais de 18 mil empresas espanholas. Acompanhamos, assim, a evolução das exportações para Espanha, que no final do primeiro trimestre respondia por um quinto (20%) da subida das exportações portuguesas de bens e serviços. É, aliás, com grande satisfação que vemos que o maior cliente de Portugal, cuja economia tem crescido acima de 3% nos últimos trimestres, é atualmente o principal motor das exportações portuguesas. Em número de empresas, estávamos a cobrir, no final do ano passado, cerca de 900 segurados que exportavam para Espanha, de 15 setores diferentes, realçando ainda o apoio direto que a Cosec está a dar às empresas nacionais, nossas clientes, que se internacionalizaram e que têm uma presença local no mercado espanhol. Que outros mercados se podem destacar?
Os mercados mais relevantes no que respeita à atividade da Cosec por conta própria, são Espanha, França e Alemanha, a par de outros mercados europeus tradicionais, que representam metade do volume da atividade da empresa. Realçamos também o crescimento da procura para os mercados do México e da América Latina, neste caso com destaque para
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o Brasil, Colômbia e Chile, onde existem perspetivas interessantes de crescimento das nossas exportações. À parte destes mercados, é igualmente relevante destacar que no mês de agosto tínhamos em vigor garantias concedidas para empresas clientes dos nossos segurados dispersas em 144 países. Isto é uma forte evidência do contributo do produto para a diversificação das exportações das empresas nacionais e corrobora igualmente a conclusão de um estudo da Euler Hermes, em que as empresas com seguro de créditos, multiplicam por dois os destinos das suas exportações. E como está a correr no seguro de crédito com garantia do Estado?
Na atividade por conta do Estado, Angola liderou entre os demais mercados, com cerca de 45% dos valores concedidos,
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grande entrevista gran entrevista seguido de Cabo Verde, Marrocos, Moçambique e Brasil, num total de 60 países, o que também demonstra que muitas empresas estão a conseguir entrar em importantes mercados fora da OCDE através das soluções com garantia do Estado. Também se retomaram recentemente as operações de médio e longo prazo dentro da linha da Convenção Portugal-Angola, de mil milhões de euros, e que tem por destino especialmente o setor de construção e obras públicas português. E quais as expetativas sobre a evolução da situação em Angola?
Acreditamos que Angola vai continuar a ser um mercado muito importante para as empresas nacionais, o que aliás, é evidenciado pelo facto de que, no final do ano passado tínhamos cerca de 5.500 empresas a exportar para este mercado. A maior parte dos problemas existentes com Angola decorre das recentes dificuldades cambiais e não do risco das entidades que operam naquele mercado. Por esse motivo, seguimos muito de próximo as políticas das autoridades angolanas e do Banco Central de Angola relativamente à disponibilidade de divisas às suas empresas de forma a que os seguros de crédito que sejam concedidos com garantia de Estado português, estejam de acordo com as exigências e priorização das importações definidas pelas autoridades angolanas. Que produtos e projetos a Cosec tem para abordar um mercado cada vez mais exigente?
Como líder de mercado a Cosec continua a inovar e a assegurar que é capaz de distribuir soluções com valor acrescentado, tendo, nos próximos anos, um plano ambicioso para a implementação de propostas inovadoras de relacionamento e disponibilização de informação com os seus clientes e parceiros de negócio, o lançamento de novos produtos e serviços inovadores, bem como a otimização dos processos de negócio. Assim, e já no âmbito desta estratégia, anunciámos no passado mês de julho o lançamento do serviço Garantia Dinâ18 act ualidad€
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mica, uma solução online que permite às empresas conhecerem, quase em tempo real, o perfil de risco e a respetiva cobertura dos seus clientes. Passa a ser possível aos nossos clientes avaliarem automaticamente o perfil de risco dos seus clientes e determinarem o valor da cobertura disponível, bem como beneficiarem de uma monitorização permanente do risco coberto, através da informação das alterações da classificação de risco do seu cliente. E relativamente às linhas com garantia do Estado?
Continuaremos a dinamizar junto das empresas a linha de seguro de créditos à exportação de curto prazo com garantia do Estado para países fora da OCDE, ou seja, aqueles de risco mais agravado. Neste âmbito, já temos estabelecidas várias parcerias com instituições bancárias, que queremos alargar ao conjunto do sistema bancário, e também ações de formação com as principais associações empresariais que irão mobilizar para o efeito os seus associados. Os clientes que conhecem e utilizam o produto têm vindo a renovar a sua utilização pelo que este é o melhor demonstrativo da sua valia. Quanto ao seguro de caução com garantia do Estado, está especialmente vocacionado para contratos de fornecimento de bens e serviços em países de maior risco, em que empresas portuguesas concorrem e/ou lhes são adjudicados. O
interesse por este produto tem vindo a aumentar. Também temos vindo a analisar seguros de créditos à exportação e financeiros para contratos de fornecimento de bens e serviços a mais de dois anos e que têm levado a um crescimento muito elevado das exportações em algumas empresas. Para a concretização destas operações é, sem dúvida, importante a colaboração que estabelecemos com as entidades bancárias que também estão envolvidas nas mesmas. A Cosec é uma seguradora de crédito que desenvolve esta atividade por conta do Estado há cerca de 48 anos, sendo muito respeitada entre as suas congéneres internacionais, o que permite ter um ótimo relacionamento com as mesmas e assim acompanhar a dinâmica que estes produtos têm nos vários mercados europeus e mesmo fora da Europa. Do ponto de vista da Cosec, quais são os sinais da evolução da atividade económica em Portugal?
A Cosec tem informação permanente de mais de 241 mil empresas que operam no mercado português, relativa ao cumprimento das suas obrigações comerciais e também sobre a sua atividade económica e financeira. É, assim, uma fonte de observação por excelência sobre a evolução do tecido empresarial nacional. Em 2017, podemos dizer que os dados nos relevam sinais positivos, não só por parte das empresas exportadoras, como também de empresas que têm a sua atividade mais concentrada no mercado nacional. Ao nível dos sinistros, os números também se apresentam bastante positivos quando comparados com os anos anteriores. Esta evolução mais positiva na economia como se está a traduzir ao nível das condições praticadas no setor?
O andamento mais positivo da economia tem conduzido a uma grande concorrencialidade entre as várias companhias de seguros a operar em Portugal, o que se traduz numa quebra do valor dos prémios.
apuntes de economia
apontamentos de economia
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Axesor inicia operações em Portugal visando as PME e grandes empresas
A Axesor, uma consultora especializada em soluções avançadas para gestão do risco de crédito comercial, acaba de lançar-se em Portugal, prestando serviços a empresas dos mais variados setores, com vantagens adicionais para as que pretendam exportar. Através da solução axesor 360, as empresas podem aceder a um modelo de risco específico para a sua atividade.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
Axesor Portugal, recentemente lançada pelo grupo espanhol Axesor, acaba de disponibilizar um importante serviço para as empresas, oferecendo-lhes um sistema avançado de análise e gestão de risco de crédito comercial. Qualquer empresa com a necessidade de gerir centenas ou milhares de clientes, deve poder contar com indicadores de risco calibrados de forma específica para o seu negócio, por forma a prevenir eventuais incumprimentos no pagamento por parte dos clientes. Trata-se neste caso especificamente de operações no mercado business-to-business, referente às vendas a crédito a outras empresas, gerando um determinado risco de crédito comercial. 20 act ualidad€
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“A nossa solução tem por base uma abordagem tecnológica e científica completamente diferente do que já existe, pois tem como base um contexto de big data, onde podemos, com a ajuda do data science, aplicar técnicas de machine learning, aumentando de forma significativa a capacidade preditiva e evolutiva do modelo, comparativamente aos modelos mais tradicionais de base estatística”, garante Pedro Curto, diretor geral da Axesor Portugal, salientando que a solução teve grande sucesso em Espanha. Com esta solução axesor 360, a consultora pode desenhar desde logo um modelo de risco personalizado e adaptado ao negócio do cliente, baseado no histórico de pagamentos da empresa
durante um período de três anos. “A probabilidade de incumprimento de uma determinada empresa pode ser distinta perante os seus diferentes fornecedores, algo que só se consegue confirmar com a personalização dos modelos de risco utilizados por esses fornecedores para avaliação dos seus clientes”, sublinha ainda o responsável, que tem uma longa carreira ligada a soluções para a gestão de risco de crédito. Para obter a informação referente a cada empresa, a Axesor recolhe diariamente os diversos tipos de informação pública que existem sobre todas as empresas, juntando-a à informação de comportamento de pagamentos registada diariamente pelos seus clientes para produzir os
actualidad atualidade
Axesor Rating
indicadores de risco personalizados e com dados comportamentais muito recentes. O facto de operar agora em vários países, e concretamente no mercado ibérico, traz vantagens acrescidas para as empresas exportadoras, que têm assim à sua disposição os melhores indicadores de risco para os diferentes mercados alvo, sublinha Pedro Curto. Esta é a principal vertente da atividade da empresa espanhola na sua presença internacional, mas em Espanha é também conhecida pela sua atividade de notação de risco (rating ), a Axesor Rating, que opera com grande sucesso na avaliação dos ratings de empresas do mercado bolsista alternativo (ver caixa). Em Portugal, a Axesor disponibiliza também este serviço de notação de risco quer para grandes empresas quer também para pequenas e médias, que assim poderão “obter um rating das suas emissões e chegar, deste modo, a formas alternativas de financiamento”, incentiva Pedro Curto. Integração de processos A empresa, que opera no mercado nacional há apenas seis meses, espera conseguir vários clientes, de entre as empresas com grandes carteiras de clientes, como são por exemplo os fornecedores do canal horeca. Em termos operacionais, para além
A solução axesor 360 adota uma abordagem tecnológica e científica avançada, baseada no data science, com recurso a técnicas de machine learning, mais eficazes em contextos de big data
Enquanto agência de rating registada pelo regulador europeu (ESMA), a Axesor está também presente no apoio às empresas na procura de formas alternativas de financiamento. Em Espanha é já líder nos serviços de notação de risco (rating) a empresas aderentes do MARFMercado Alternativo e Renda Fixa da bolsa de Madrid, que se destina a transacionar títulos de emissões obrigacionistas de média dimensão (entre os 20 milhões e os cem milhões de euros). Estes mercados alternativos permitem uma maior flexibilidade e rapidez de acesso, com menores custos e maior simplificação de processos e a Axesor, enquanto agente participante nestes mercados, devidamente acreditado, emite as suas notações de risco de forma adaptada a este contexto. Existem já inclusive alguns casos de empresas portuguesas que recorreram ao MARF e ao rating da Axesor para cumprirem os seus programas de financiamento.
da definição de um modelo de risco personalizado, a solução é disponibilizada numa cloud de serviços, interligando-se com o ERP (enterpri- cionais das empresas que de alguma se resource planning ) da empresa, o forma participam no ciclo de crédito, que permite otimizar as funcionali- com os adequados níveis de acesso à dades ao nível da gestão da carteira informação e procedimentos. de crédito (com alertas, gestão de Esta solução “permite ganhos de eficobrança de faturas, um sofistica- ciência da ordem dos 40 a 50%, e uma do motor de aprovação de novas redução dos prazos médios de recebioperações de crédito, a facilidade mento bem como das taxas de incumde extração de dados para ligação a primento, em muitos casos na ordem ferramentas externas), entre outras dos 30%”, garante Pedro Curto. funcionalidades, visando sempre os A Axesor foi fundada em Espanha ganhos de eficiência e de acordo com em 1997 e iniciou o seu processo a política de crédito do cliente, defi- de internacionalização no final do nida e documentada durante a fase ano passado, suportado pela solução de consultoria. A solução pode ser axesor 360, num investimento total utilizada por diferentes perfis fun- de 20 milhões de euros. outubro de 2017
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Universal Music adapta-se às novas formas de consumo e mantém liderança em Portugal Aceder é a nova palavra-chave para o negócio da música. Ana Hernández, responsável pela Universal Music Portugal, explica como a empresa se está a adaptar a esta a revolução do consumo de música. A editora mantém a liderança no mercado português
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
epois de trabalhar vários anos na Universal Music, em Espanha, Ana Hernández chegou à Universal Music Portugal na que se poderá chamar fase de pré-revolução musical, no ano 2000. Nessa altura a pirataria musical começava a minar o mercado, já que era possível, ainda que ilegal, fazer cópias de CD originais, o que fez cair as vendas. No entanto, o nascimento da plataforma You Tube, em 2005, veio abalar ainda mais o negócio, ao disponibilizar gratuitamente o acesso aos vídeos musicais. “Não tem sido uma aventura fácil”, admite Ana Hernández, a atual responsável pela Universal Music Portugal, cargo que assumiu em 2008, depois de ter trabalhado como chefe de produto e dire-
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tora de marketing. “Tivemos uma queda de 90% nas vendas”, assinala a gestora, acrescentando que “nunca se consumiu tanta música, mas nunca se vendeu tão pouco”. A editora tem vindo a recuperar e consegue gerar lucros, com “os necessários reajustes, em função da transformação na forma de consumir música”, realça. Ana Hernández sublinha que “o desafio é constante”, já que “o mundo da música tem mudado muito e depressa”. A diferença entre possuir e aceder traduz essa mudança gigante na forma como se consome música atualmente. A tecnologia é a madrinha desta transformação, permitindo ao consumidor aceder a música por via digital. “A indústria discográfica foi das primeiras áreas da economia a acusar a
disrupção digital”, observa Ana Hernández, acrescentando que “possuir o objeto físico (CD) é cada vez menos importante para o consumidor, que pode aceder digitalmente à música que quer, quando quer”. Se há uns anos, a indústria estava preocupada com a pirataria, o chamado streaming (distribuição digital de conteúdos, sem que o consumidor precise guardá-los no seu computador, telemóvel, tablet, TV, …) veio torná-la algo obsoleta, já que o consumidor pode aceder à música da sua preferência, sem necessidade de deter um CD ou um DVD. Na realidade, “o streaming veio ajudar a equilibrar as contas” porque “a queda das vendas de CD e DVD foi compensada pela ascensão do digital”, informa Ana Hernández, reve-
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lando que “em cinco anos, a Universal Music em Portugal duplicou a faturação relativa ao segmento digital”. A gestora confia que os números do digital vão continuar a crescer, já que “o streaming está a escalar os targets etários”. No ano passado, o volume de negócios da empresa em Portugal relativo às vendas de música editada física e digital “atingiu os 18, 6 milhões de euros e pela primeira vez o digital ultrapassou o físico”, salienta a responsável pela Universal Music em Portugal. A gestora sublinha que a editora continua a liderar o mercado português, com uma quota de 42% no que se refere às vendas de música editada. “O negócio de música gravada ainda é o que pesa mais na faturação da empresa”, conta. Talvez isso possa mudar ou não, tendo em conta que o streaming em Portugal ainda está a dar os primeiros passos… Empresas como o Spotify, criada em 2008 na Suécia e a operar em Portugal desde fevereiro de 2013, disponibilizam serviço de streaming, pagando royalties às editoras e aos artistas. “A forma de consumir evoluiu e as pessoas já se habituaram a este tipo de empresas e ao streaming, quer com a música, quer com a televisão, através de empresas como a Netflix. O You Tube continua a ser “a pedra no sapato” do negócio, já que beneficia de uma lei que o isenta de pagar direitos relativos aos conteúdos que viabiliza, alegando não ser responsável por esses conteúdos. “No caso do You Tube que já não pode ser considerada uma startup essa lei é obsoleta”, argumenta Ana Hernández. Neste contexto, “o negócio das editoras é cada vez mais um negócio de gestão de direitos”, frisa Ana Hernández”. O futuro das editoras, a julgar pelo presente, passa por diversificar os serviços, “apostando cada vez mais no agenciamento de artistas e na produção de diferentes conteúdos musicais e audiovisuais relacionados com o artista, que possam alimentar as redes sociais, desde que interessem ao consumidor”, nota a gestora, indicando que isso já está a acontecer. A Universal Music Portugal iniciou a área de serviços de agenciamento há dois anos: venda de espetáculos, comunicação, ….
Talvez por isso, alguns estudos vaticinam uma revalorização da indústria discográfica no futuro, alicerçada nessa aposta em novos conteúdos. Há outras mudanças a registar na edição discográfica, já que se tornou menos frequente o formato álbum, diz Ana Hernández. “Temos muitos artistas de relevo e com vários concertos dados sem que tenham lançado um álbum. Optam por lançar uma canção de cada vez. No entanto, isso depende do tipo de música e do artista. Continua a fazer sentido lançar um álbum de fado.” O mesmo vale para as reedições de álbuns de sucesso, um segmento muito atraente para as editoras, já que visa o consumidor colecionador ou fã e esse continua a querer ter um objeto físico, seja em CD, DVD ou mesmo em vinil. “O vinil está a crescer significativamente, representando já 10% das vendas físicas”, adianta Ana Hernández. Outro segmento que merece destaque é o infantil, em que a Universal detém cerca de 95% do mercado. Neste segmento sobressai a parceria com o canal Panda, já que a Universal é a editora da banda Panda e os Caricas, da Sara, da Sónia Araújo e da Xana Toc Toc.
Ana Hernández gostaria de ver aumentar as exportações de música portuguesa: “Quando cheguei a Portugal foi um choque para mim perceber que o Brasil quase não consome música portuguesa. Verifico que é muito difícil fazer chegar ao mercado brasileiro os artistas portugueses, apesar de ser substancial o consumo de música brasileira em Portugal. Pelo contrário, na Universal Music em Espanha, a gestora percebera a facilidade de intercâmbio comercial entre Espanha e os países da América Latina nos dois sentidos. “Agora a música espanhola está na moda e o streaming deu uma ajuda enorme, já que é muito usado pelos consumidores da América Latina”, comenta Ana Hernández, aludindo ao algoritmo que coloca no topo das propostas as músicas mais solicitadas, ajudando a promover a música cantada em espanhol, já que é muito ouvida a partir dos mercados da América Latina. Ana Hernández acredita que as redes sociais vão ajudar a globalizar a música portuguesa. Vingar no mundo da música é sempre complicado, mas ainda é mais num país pequeno (com poucos consumidores), sendo a internacionalização a única forma de o ampliar. outubro de 2017
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atualidade actualidad
Dreamy World quer abrir lojas em Espanha até ao final de 2018
A rede portuguesa de lojas de brinquedos e artigos de criança Dreamy World conta com a dimensão do mercado espanhol para ampliar a sua rede de consumidores. A empresa, lançada em 2009, tem lojas sobretudo na zona de Lisboa e pretende abrir novos espaços no Porto e em Espanha.
“S
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
e há cerca de 10 anos, em Portugal, nasciam perto de 130 mil crianças por ano, agora nascem apenas 85 mil”, assinala Paulo Lucas, fundador e CEO da Dreamy World, uma rede de lojas portuguesa que comercializa brinquedos e artigos de criança inspirados em heróis infantis (personagens da Disney e de outros produtores). O gestor aponta assim a principal dificuldade inerente a quem tem um negócio voltado para os consumidores mais novos, num país como Portugal, que além de ser pequeno, vê a sua taxa de natalidade a diminuir. Quando Paulo Lucas criou o conceito Dreamy World, em 2009, o número de potenciais consumidores era mais
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generoso. “Atualmente existe cerca de um milhão de crianças em Portugal”, observa Paulo Lucas, acrescentando que “o mercado está a atrofiar”. Essa é a principal razão para “olhar para o lado”, ou seja para Espanha, onde “há cinco vezes mais crianças do que em Portugal”. Acresce que “em Espanha compra-se, em média, duas vezes mais do que em Portugal”. A Dreamy World possui nove lojas, localizadas em Lisboa (Centros Comerciais Amoreiras, Olivais, rua Guerra Junqueiro), nos arredores da capital (Fórum Sintra, Alegro de Alfragide, Alegro de Setúbal, Arena Shopping de Torres Vedras e Shopping de Santarém) e uma em Castelo Branco. Paulo Lucas explica que o objetivo foi sempre crescer devagar e de forma sólida. O gestor
comenta que já tem “a noção clara de quantas crianças são precisas para rentabilizar uma loja” e que “há distritos em Portugal onde não compensa abrir loja, porque o número de crianças é insuficiente”. Para rentabilizar lojas nessas zonas, “cada criança teria que comprar no mínimo seis vezes por ano”, pelo que só compensaria abrir se os custos de operação fossem muito baixos, argumenta. Paulo Lucas indica ainda que “para lançar a marca, uma loja de centro comercial é melhor, já que dá uma maior visibilidade, mas para alargar a rede a rua começa a ser mais sedutora”. A primeira loja Dreamy World abriu no centro comercial das Amoreiras e tem corrido bem, revela. O gestor observa que “os centros comerciais garantem maior tráfego, mas
actualidad atualidade
as rendas são elevadas e obrigam a um maior custo com os funcionários, já que estão abertos mais horas (das 10 às 24).” Em Espanha, os custos de operação são ligeiramente superiores, mas acaba por compensar, diz o responsável da Dreamy World: “As rendas são mais caras, mas as lojas de centros comerciais estão menos horas abertas do que em Portugal e há mais compradores, como referi”. Por outro lado, “o comércio de rua é mais dinâmico do que em Portugal e as zonas comerciais de rua estão mais distribuídas pelas cidades, o que ajuda a nivelar melhor os preços das rendas”. Já em Portugal, “há poucas ruas fortes em comércio e, por isso, as rendas são elevadíssimas”. Paulo Lucas revela que estão atualmente a estudar o mercado espanhol, não só no que diz respeito aos consumidores, mas também à concorrência e à vertente imobiliária para perceber qual será a melhor localização: “Ainda não decidi-
mos se avançamos já para Madrid, o que exige um grande investimento, mas também apresenta um maior potencial de rentabilização, ou se vamos para cidades fronteiriças, como Badajoz, que nos facilitam o abastecimento, pela sua proximidade” O gestor espera abrir um espaço comercial em Espanha no final de 2018 e não descarta a possibilidade de franchising. Já em Portugal, Paulo Lucas pretende, pelo menos para já, estar ao leme de todas as lojas. A próxima a abrir deverá ser no Porto, onde procuram a morada ideal. Atualmente, a Dreamy World emprega 42 pessoas. De acordo com Paulo Lucas, a faturação tem vindo a evoluir sempre favoravelmente, excetuando em 2012, ano em que não conseguiram crescer.
Este ano, o gestor espera chegar aos dois milhões de euros. A empresa cita dados da GFK, que “demonstram que, no segundo e terceiro trimestre de 2016, a Dreamy World faturou mais do que a média por loja no restante mercado nacional (incluem-se aqui grandes retalhistas, como o Continente e o Pingo Doce).
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O conceito: heróis por perto todo o dia
Depois de trabalhar vários anos em retalho, Paulo Lucas decidiu criar o seu próprio negócio juntamente com a sua mulher: “Detetámos que havia uma lacuna, faltava uma loja que transmitisse a magia Disney em Portugal, bem como de outros heróis infantis, (trabalhamos com outros licenciatários também, como o Nickelodeon). Mesmo agora existem apenas duas lojas da Disney em Portugal.” Foi assim que nasceu, em 2009, a empresa de capitais 100% portugueses Linhas e Coordenadas e o conceito Dreamy World, com “o objetivo de proporcionar à criança a vivência dos seus heróis durante todo o dia”, explica Paulo Lucas, acrescentando que “as crianças precisam de modelos, de heróis, que sejam fonte de virtudes”. A escolha dos produtos a vender depende de vários fatores: “Os filmes e as séries ajudam porque fazem a promoção. Importa igualmente se os produtos provêm de grandes fabricantes (os chamados master toys, como a Mattel ou a Concentra), já que, à partida, irão investir muito em promoção.” No entanto, não há fórmulas infalíveis, diz, exemplificando: “Os Mínimos tiveram muita promoção, o filme funcionou, mas os
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produtos nem tanto”. O gestor nota que há figuras que protagonizam picos, mas depois desaparecem como a Violeta, por exemplo, e há heróis intemporais como o Mickey, a Minnie, o Spiderman ou as princesas do “Frozen”. “Os produtos Frozen foram os que mais vendi desde que iniciámos o negócio e continuam a vender-se bem”. A boa notícia para o negócio e para os fãs é que está previsto um novo filme. A sequela de “Frozen” deverá estrear em novembro de 2019. Paulo Lucas considera que “os ciclos dos produtos são cada vez mais pequenos, o que obriga a uma maior sensibilidade para saber que produtos vão funcionar”. Isto porque “convém comprar os produtos antes de eles terem sucesso” e “esse é o grande risco do negócio”. Ainda assim, “é possível antever que os filmes com bonecos geram mais comércio do que os que são feitos com atores de carne e osso”, aponta. Em termos de segmentação, além de produtos mais vocacionados para meninas e outros para meninos, o gestor explica que é possível separar as faixas etárias dos três aos seis (heróis como a princesa Sofia ou a Patrulha Pata) e a dos sete aos 10 (Princesas da Disney, a Lady Bug, o Spiderman). Antes dos três anos as crianças consomem as marcas de refúgio, mais relacionadas com o conforto e segurança. A partir daí começam a pedir os produtos licenciados, adianta. A maioria dos produtos são importados, já que à exceção da Concentra e da antiga Majora, Portugal não tem grande produção nos segmentos em que a Dreamy World opera.
Paulo Lucas conta que uma boa parte dos produtos vem de Espanha, sobretudo da Catalunha, que além de empresas próprias tem também representantes de multinacionais ali implantadas. A Portugal falta também marcas que vinguem neste universo dos heróis infantis. A exceção será a marca Panda, suportada pelo canal de televisão, que começa a ter alguma expressão ao nível de produtos licenciados, indica Paulo Lucas. Recentemente, a marca Dreamy World ampliou o seu raio de ação, conta Paulo Lucas: “Pensámos que seria interessante estar presentes noutros momentos em que as crianças são felizes, como as festas de anos, por exemplo. Por isso, criámos esse serviço. Fazemos festas temáticas nas lojas, ou nos espaços que os clientes quiserem. Fornecemos animação, roupas para as crianças se mascararem e comida costumizada”. A marca lançou também uma linha de gelados costumizados, em parceria com a Cart d’Or, que vendem nas lojas de rua. O próximo passo poderá ser uma linha de produtos para bebé com a marca Dreamy World, avança Paulo Lucas. A cadeia de lojas aposta na comunicação através das redes sociais e beneficia da comunicação feita pelos licenciadores. A Dreamy World tem também uma newsletter, que chega a 15 mil clientes, que possuem cartão da loja.”Cada um dos gerentes de loja tem uma carteira de clientes a quem informa por telefone sobre as promoções e novos artigos da sua preferência”, frisa Paulo Lucas, informando que há clientes colecionadores de determinados artigos, sobretudo adultos, fãs da saga Star Wars ou de carrinhos.
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”You’ve got the Power” é a mensagem da campanha de moda outono do ECI A
maestrina Inma Shara, a manequim internacional Blanca Padilla, a top model curvy Lorena Durán e a manequim Alicia Borrás, protagonizam a campanha de moda outono do El Corte Inglés, trazendo uma mensagem de força, de energia positiva e de dinamismo às mulheres. Uma das cenas de maior impacto de todo o filme da campanha é a de Inma Shara, que dirige a sua orquestra na clareira de um bosque de Segóvia (centro de Espanha). Esta campanha, com as suas múltiplas protagonistas, cria um paralelo entre as várias caras do outono e as diversas mulheres com a sua personalidade única, com o seu estilo e, sobretudo, com a sua forma muito pessoal de interpretar a moda e as tendências de outono.
É certo que com o tempo mais frio surgem novas necessidades, como os casacos, as botas, os lenços e os chapéus. Mas nesta campanha vê-se que o outono não tem de ser
uma estação melancólica, triste ou cinzenta; pelo contrário, nesta estação, as mulheres são convocadas a mostrar o seu poder, a sua força e a sua imaginação.
Nova startup da Amorim Cork Ventures aplica cortiça em equipamentos de refrigeração R evolucionar a indústria da refrigeração comercial com uma inovadora solução com cortiça é o objetivo da Grõwancork, a nova startup da incubadora Amorim Cork Ventures, liderada pelo empreendedor Filipe Guimarães. A solução EIC - Easy Insulation Cork, agora apresentada, compreende um chassi em aglomerado de cortiça expandida, revestido com chapas metálicas, que pode ser aplicado em equipamentos de refrigeração como alternativa ecológica aos atuais injetados com poliuretano. Dada a sua composição, EIC apresenta inúmeras vantagens face aos produtos tipicamente usados, nomeadamente ao nível ambiental, uma vez que o tipo de cortiça usado é rigo-
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rosamente 100% natural, dispensa o cliente (produtor de equipamentos de refrigeração) de investir em moldes (necessários em processos de injeção), é passível de ser reciclado, mantendo as características técnicas e dimensionais por várias décadas – ao contrário do habitual isolamento utilizado. Esta última característica potencia ganhos energéticos nas soluções da Grõwancork, face ao isolamento tradicional, que se tornarão mais relevantes ano após ano. Além disso, trata-se de um produto que tem associado um processo industrial com baixo consumo de energia, o que resulta numa grande redução dos custos adjacentes a este processo. Para Filipe Guimarães, diretor geral da
Grõwancork, “Depois de uma vasta pesquisa de mercado, a cortiça apresentou-se como o melhor material para aplicar neste tipo de chassis da refrigeração comercial. Por um lado, permite simplificar um processo de produção até aqui demasiado complexo, com as devidas poupanças associadas, e, por outro, é um material que tecnicamente responde aos requisitos desta indústria, com a mais valia de ser ecológico.” O mercado da refrigeração dispõe a partir de agora de uma solução de isolamento definitiva, pois é 100% ecológica e infinitamente reciclável, não dependendo a sua aplicação de qualquer alteração legislativa, pois cumpre os mais rigorosos critérios de sustentabilidade ambiental.
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Oceanário de Lisboa foi considerado o “Melhor Aquário do Mundo”, pela “Travelers’ Choice” do TripAdvisor. O Oceanário é a atração número um em Lisboa, com 28.471 avaliações no TripAdvisor, das mais de 18 mil consideradas como “excelente” e 7.700 avaliadas como “muito bom”, sendo a avaliação global de 4,5 em cinco. “Excelente“, “Must see in Lisbon”, “fabuloso”, “Most memorable during my stay in Lisbon”, “sensacional”,”The best aquarium we ever visited” são alguns dos comentários que se podem ler no TripAdvisor sobre o Oceanário de Lisboa. O Tripadvisor é o maior site de viagens do mundo com mais de 535 milhões de avaliações e opiniões. Os galardões “Travelers’ Choice”, do portal de viagens TripAdvisor, premeiam os melhores do mundo, segundo as avaliações dos seus utilizadores. João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa, sublinha: ”estamos muito orgulhosos por receber esta distinção. Com
Foto Pedro A. Pina
Oceanário de Lisboa eleito melhor aquário do mundo O
visitantes que nos chegam de todo o mundo, este é o verdadeiro reconhecimento de que vale a pena continuar o nosso trabalho em prol da conservação dos oceanos”. O Oceanário, com 19 anos de existência, já recebeu mais de 22 milhões de visitantes de todo o mundo. É um espaço único, com exposições pedagógicas, desenvolve o
maior programa de educação ambiental do país, financiado e colaborando com várias instituições em projetos de conservação dos oceanos. Mais informações sobre os “Top 10 Aquariums” eleitos pela “Travellers’ Choice” estão disponíveis no endereço https:// www.tripadvisor.com/TravelersChoiceAttractions-cAquariums.
Acessórios Huawei garantem um carregamento de bateria mais conveniente A
Huawei apresentou dois novos acessórios para proporcionar maior conveniência ao utilizador de telemóveis. Agora já é possível chegar ao destino com um carregamento completo, graças a dois novos acessórios: um suporte magnético e um carregador de isqueiro ultra-rápido de 4,5V5A. A Huawei compreende que o dia a dia seja cada vez mais atarefado e, por isso, apresenta ao mercado o novo carregador de isqueiro ultra-rápido de 4,5V5A, que proporciona aos seus utilizadores a oportunidade de ficar com a bateria dos seus smartphones carregada quase na sua totalidade em apenas 30 minutos. Este acessório inclui portas USB duplas
Type-C, que carregam simultaneamente vários dispositivos, tendo como potência máxima de saída 27.5W e compatíveis com diferentes padrões de carga rápida. Este conta com um design circular e compacto, e ainda com quatro proteções de segurança: monitoriza automaticamente a tensão da voltagem e desliga-se quando a tensão está acima ou abaixo do normal; monitoriza automaticamente a corrente de entrada e desliga-se quando a corrente é muito alta; tem proteções duplas, monitoriza a corrente de saída do banco de energia e mantém a corrente de saída dentro de um intervalo seguro. Acerca do suporte magnético, este conta também com uma capa de proteção mag-
nética original, com material magnético incorporado, simples, delicado e extremamente leve que combina com todos os detalhes do smartphone. Além de manter o smartphone no suporte, é ainda resistente a riscos, à prova de queda e à prova de impressões digitais facilitando o carregamento em experiência móvel. O seu design é simples, mas premium. Construído com liga de alumínio e superfície polida, é delicado e resistente a riscos. Calcula a força e distribui o peso do smartphone com precisão, facilitando a utilização de apenas uma mão. Pode ser ajustado a 360º. A base de borracha evita danos tanto no smartphone como no carro.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR outubro de 2017
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Epson apresenta novidades nas áreas de impressão e home cinema A empresa tecnológica japonesa revelou recentemente as suas últimas inovações no âmbito da impressão e projeção home cinema, durante a feira IFA 2017, que decorreu no passado mês de setembro, em Berlim, na Alemanha. Entre as mais recentes soluções de grande consumo da Epson, destaca-se o
primeiro projetor home cinema a laser de ultracurta distância (EH-LS100). Este dispositivo, com uma fonte de luz laser de larga duração, é muito fácil de configurar perto da área de visualização, não requerendo de instalação e permitindo obter um ecrã projetado de 70 a 130 polegadas. Em simultâneo, a Epson atualizou e renovou a sua ampla gama de projetores, que oferecem uma ampla panóplia de funções a um preço adequado para cada tipo de utilizador. No mesmo evento, o fabricante fez ainda a apresentação ao mercado europeu da sua inovadora tecnologia ReadyInk, um serviço de reposição de tinta com base num sistema de pagamento aplicado de acordo
com a necessidade de consumo, sem tarifas nem registo, ou mesmo quotas mensais alocadas. Trata-se de uma iniciativa dirigida em exclusivo ao canal de distribuição e pontos de venda, com o intuito de acrescentar valor aos parceiros Epson, na gestão otimizada da nova forma de negócio. Destaque para a nova geração de impressoras EcoTank, que agora comportam o equivalente a três anos de tinta, sem necessidade de reabastecimento dos tanques do equipamento. Os novos modelos incorporam uma gama específica para impressão fotográfica, com um sistema de tinta de cinco cores – ET-7750 e ET- ET-7700 (na foto)–, e um novo design, com um depósito de tinta frontal e garrafas melhoradas para garantir que o processo de reabastecimento de tinta é feito sem problemas.
Dreambooks reforça parcerias com Worten, Note, Millennium BCP e outras marcas A
Dreambooks reforçou as parcerias com marcas de referência, como a Worten, Note, Impala, Millennium BCP e Sapo e prevê, para este ano, um volume de negócios superior a dois milhões de euros, representando um crescimento na ordem dos 50%. A marca espera ainda, até ao final de 2018, duplicar o número de clientes, passando para os 340 mil. Os resultados esperados devem-se ao novo serviço de paginação de álbuns digitais e à expansão da rede de lojas aderentes, que totaliza já um milhar de espaços comerciais, que disponibilizam os serviços prestados pela Dreambooks, tanto nos pontos de
venda como online . “Esta nossa aposta no serviço de paginação, inteiramente desenvolvido dentro de portas e único na Europa, servirá como catalisador no alcance de novos públicos e mercados. Com isto, a Dreambooks faz o álbum pelo cliente, quebrando assim as barreiras do tempo e conhecimentos necessários para a criação de um álbum digital, explicou Bruno Pinto, diretor executivo da Dreambooks”. A marca opera num ecossistema no qual, independentemente do canal ou do aderente escolhido, o cliente tem a certeza de que a sua experiência com a marca será sempre uniforme, quer seja na
política de preços praticada, nos serviços, nos produtos e até na comunicação e distribuição. Além da atenção ao cliente final, a Dreambooks assume um compromisso com os seus parceiros e disponibiliza um pacote de serviços que permite a promoção dos produtos da marca em plataforma online e offline , através da criação de um microsite para divulgação de serviços e atividades, um acompanhamento pós-venda personalizado, em que a marca assume toda a gestão de reclamações e informação ao cliente, e uma plataforma profissional de gestão e acompanhamento de pedidos, com estatísticas de toda atividade dos utilizadores.
Textos Sofía González sgonzalez@ccile.org Foto DR
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fazer bem Hacer bien
Fundação MAPFRE investe 330 mil euros em investigação para os estudantes e investigadores portugueses O s estudantes e investigadores portugueses já se podem candidatar ao apoio que a Fundação MAPFRE oferece no âmbito da investigação nas áreas de cuidados a pessoas idosas, promoção da saúde e seguro e previdência social, representando um investimento global na ordem de 330 mil euros. No valor de 15 mil euros, a Bolsa Primitivo de Vega tem como objetivo apoiar trabalhos de investigação na área de cuidados a pessoas idosas, sendo que os projetos deverão estar relacionados com as áreas de instrumentos de classificação da dependência e dos usuários, divulgação e consciencialização
no atendimento a idosos, promoção do envelhecimento ativo e inovações tecnológicas. Esta bolsa, cujas candidaturas decorrem até 20 de outubro, será concedida ao investigador principal como seu beneficiário ou, a pedido deste, à instituição à qual estiver veiculado e onde decorre o trabalho de investigação. Nas áreas de promoção da saúde e seguro e previdência social, a Fundação MAPFRE tem as ajudas à investigação Ignacio H. Larramendi, concedendo apoio financeiro a projetos de investigação no valor global de
315 mil euros. Estas bolsas destinam-se a investigadores ou equipas de investigação do âmbito académico e profissional que desejem desenvolver trabalhos nas áreas mencionadas, de forma independente ou no âmbito de universidades, hospitais, empresas ou instituições a que estejam vinculados. Os trabalhos de investigação deverão basear-se em temáticas relacionadas com as estratégias para a mudança de hábitos na promoção da saúde, educação para pacientes, avaliação de danos corporais, gestão sanitária, seguros e previdência social.
Crowne Plaza Porto cultiva horta urbana no coração da Invicta
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ncluir uma horta urbana no Crowne Plaza Porto foi uma decisão “quase imediata” da equipa do Hotel, como afirma Mário Carvalho, diretor do Departamento Food & Beverage. “Além de passarmos a ter um rápido e fácil acesso a alimentos sempre frescos e que encaixam na perfeição com o nosso conceito de cozinha mediterrânica - pura, natural e saudável -, este é o nosso contributo para uma cidade futurista e com hábitos cada vez mais amigos do ambiente”.
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A instalação da horta ficou a cargo da Noocity Ecologia Urbana, uma start-up portuguesa sediada no Porto que, desde 2014, tem vindo a acompanhar a tendência crescente da agricultura urbana, na Europa e no mundo. A horta é composta por módulos, numa generosa área de 300 metros quadrados, a maior instalada pela empresa no país. A Noocity Growbed, cama de cultivo adotada pelo Hotel num dos seus terraços, permite superar, simultaneamente, as principais barreiras da agricultura nas cidades, como a falta de espaço, e da atividade agrícola convencional, como o elevado consumo de recursos. Por conter autorrega, este sistema permite ainda uma poupança de água global de até 80% comparativamente aos sistemas de cultivo convencionais, já que evita a evaporação, diminui a frequência de rega e permite reter água das chuvas. Além disso, o sistema de sub-irrigação permite uma autonomia de rega de até três semanas.
A plantação do hotel Crowne Plaza Porto inclui vários tipos de tomates, alfaces picantes, ervas aromáticas, cenouras, cebolas, rabanetes, frutos vermelhos, batata-doce e flores comestíveis, e as primeiras colheitas prevêem-se já para o mês de dezembro. De acordo com a época, serão ainda semeados novos produtos que terão o mesmo destino: a cozinha do “Poivron Rouge”. Para o chefe Jorge Sousa, esta será a solução para “tornar o hotel autossuficiente em alguns ingredientes, maximizar o controlo de qualidade e conseguir ter acesso a produtos que já não se encontram facilmente no mercado”. Apesar de a Noocity ter um papel determinante no acompanhamento técnico e formativo no decorrer das primeiras colheitas, a manutenção da horta ficará a cargo do chefe Jorge Sousa. Além do staff, os hóspedes terão também a porta aberta para visitar o novo espaço de cultivo, tendo apenas, para isso, que ser acompanhados por um membro do hotel.
fazer bem
Hacer bien
Santander Totta aplicou 6,8 milhões de euros em responsabilidade social em 2016 E m 2016, o Banco Santander Totta dedicou mais de 6,8 milhões de euros à responsabilidade social, 5,9 milhões dos quais ao ensino superior. Estes são alguns dos dados descritos no “Relatório de Sustentabilidade” que o Santander Totta lançou recentemente. Com a missão de contribuir para o desenvolvimento das pessoas e das empresas, o banco apoia a comunidade através do ensino superior, do apoio ao empreendedorismo e criação de emprego e de iniciativas ligadas à solidariedade, à educação infantil, à educação financeira e ao meio ambiente. O investimento no ensino superior
é feito através dos 50 protocolos que o banco tem com as universidades e os politécnicos portugueses, que permitiu a entrega de 975 bolsas e prémios durante 2016, para além do apoio a vários projetos, como a 1ª edição do Prémio de Voluntariado Universitário e os Programas de Bolsas de Mobilidade Internacional e de Bolsas de Estágio em PME. A nível social, o banco colaborou com mais de 80 instituições sociais e apoiou 7.543 pessoas em iniciativas de apoio à comunidade. Deste número, 4.145 beneficiaram de programas de bem-estar social, 2.882 pessoas de programas de educação no ensino básico e secundário e
544 de iniciativas de empreendedorismo e criação de emprego. A gestão ambiental é também um pilar importante da estratégia de sustentabilidade do banco, que há vários anos adotou uma política rigorosa de controlo e redução dos consumos e de sensibilização dos seus colaboradores. Na recente ampliação da sede operacional implementaram-se sistemas que permitem a redução energética significativa em relação às soluções convencionais, como sistemas de iluminação led, ar condicionados com sistema de indução que se caracteriza pelo conforto térmico e ausência de ruídos, entre outras ações.
PUB Últimos premiados
· Gestor Espanhol do ano 2015 D. Luís Osuna Hervás
· Gestor Português do Ano 2015/2016 Dr. António Vieira Monteiro
PRÉMIOS CCILE 2017
E M P R E S Á R I O E G E S TOR D O A N O
A CCILE solicita a sua colaboração até ao dia 15 de outubro
SE É SÓCIO, PROPONHA UM CANDIDATO ATRAVÉS DA NOSSA PÁGINA WEB: www.portugalespanha.org outubro de 2017
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fazer bem Hacer bien
“Food is Precious” pretende reduzir desperdício alimentar do grupo Ikea em 50%
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Ikea lançou a iniciativa “Food is Precious”, por forma a reduzir o desperdício alimentar na sua atividade de restauração. O projeto, que está progressivamente a ser implementado em todas as lojas da cadeia, consiste numa solução que avalia o desperdício orgânico e evita a perda de alimentos. Os restaurantes das mais de 340 lojas Ikea em todo o mundo são
uma importante referência, já que recebem cerca de 650 milhões de visitantes todos os anos, salienta o grupo de retalho de móveis e decoração. Trata-se de “uma solução de escala, que avalia o desperdício orgânico e as suas causas, permitindo aos colaboradores da Ikea encontrar respostas inteligentes para evitar a perda de alimentos”, enquadra a marca em comunicado. Esta “solução inteligente” é composta por um ecrã tátil conectado a uma balança de chão, onde os restaurantes, lojas e bistrôs Ikea vão poder medir e registar o desperdício de alimentos. Os dados recolhidos vão ser usados para identificar formas de melhorar as operações e prevenir o desperdício. Através desta solução, a Ikea pretende ser responsável na utilização dos recursos e os alimentos, já que uma em cada nove pessoas no mundo passa fome. Desde dezembro de 2016, a iniciativa já foi implementada em 20% das lojas da multinacional sueca. Em cerca de seis meses, foram salvas 176 mil refeições, reduzindo o
desperdício em 79 toneladas e evitando a emissão de 341 toneladas de CO2, o que corresponde a 473 voos entre Estocolmo e Londres. “É muito encorajador ver os primeiros resultados do ‘Food is Precious’! Graças ao envolvimento dos colaboradores e à solução de medição, vemos uma redução de desperdício alimentar de até 30%, somente após alguns meses”, afirma o diretor global da Ikea Food Services, Michael La Cour, que espera “incentivar outras empresas a encarar os alimentos como um recurso precioso”. Em Portugal, o projeto será implementado até ao final deste ano. Nuno Ceitil, o gerente da Ikea Food em Portugal, sublinha que “este é mais um exemplo de como a sustentabilidade e a utilização responsável dos recursos tem um impacto positivo para as pessoas, para o planeta e para o negócio”. O objetivo final é reduzir o desperdício de comidas nas operações com alimentação da marca sueca em 50% até ao final de agosto de 2020.
Plataforma portuguesa inova no mercado da RSE D epois de se ter tornado uma referência internacional na economia social, através do marketplace e dos leilões solidários online, a eSolidar, plataforma portuguesa de fundraising solidário, inaugura agora uma nova fase de expansão, abrindo a plataforma para empresas, dotando-as de ferramentas para acelerar a responsabilidade social. O eSolidar para empresas (eSolidar Business) é uma solução que permite envolver, capacitar e conetar os fun-
cionários com o mínimo de esforço, ampliando as suas estratégias de impacto e responsabilidade social, e criando uma cultura de colaboração e de comunidade dentro de qualquer organização. A ferramenta, disponível em business. eSolidar.com, permite maximizar e analisar o impacto social, permitindo o envolvimento dos seus funcionários que podem partilhar e até sugerir as suas próprias ideias sociais.
O sucesso da eSolidar, enquanto plataforma disruptiva na economia social, foi recentemente reconhecido com a atribuição de Forbes 30 under 30 pela revista norte-americana ao CEO e fundador, Marco Barbosa. Entre outras, o Business eSolidar dispõe de funcionalidades como os leilões solidários, os gift cards e multiplicação de donativos, o mural social, e as campanhas de crowdfunding, ou ainda a bolsa de necessidades.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Hacer bien
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Plataforma por la eficiencia energética ahorra 3,5 millones de toneladas de CO2 en cinco años
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a plataforma Empresas por la Eficiencia Energética tiene motivos de celebración este año. Por un lado, la agrupación liderada por Endesa ha conseguido mejorar sus resultados ahorrando, desde su constitución, más de tres millones y medio de toneladas de CO2.
Por otro lado, Empresas por la Eficiencia Energética continúa su crecimiento con la incorporación de nuevos y valiosos agentes. Hace unos meses, a nombres como Cemex, Cepsa, Meliá Hotels International, Philips, Renfe, Telefónica, Toyota y Unibail Rodamco, se unió
Carrefour, líder en el sector de la distribución. Por ahora, la plataforma consigue ahorrar 3,5 millones de toneladas de CO2 en los próximos cinco años. El proyecto liderado por Endesa tiene como objetivo para 2030 la reducción de 5,5 millones de toneladas. La plataforma es ya un referente en España en materia de eficiencia energética y reducción de la huella de carbono (http://www. empresaseficienciaenergetica. com/) y sus miembros ponen a disposición de los comunicadores y de todas aquellas personas interesadas en este tema a sus expertos para profundizar en las medidas y logros alcanzados.
Cesce destinará el 0,7% de sus beneficios a la responsabilidad social corporativa C esce Seguros de Créditos centrará sus actuaciones de responsabilidad social corporativa (RSC) en los ámbitos de la educación y la formación, medio ambiente, salud, discapacidad, colectivos en riesgo de exclusión, investigación científica y protección de animales. Según ha informado la compañía mediante un comunicado a “Agencia EFE”, el equipo de dirección de Cesce ha fijado estas líneas de actuación en función de las opiniones de los empleados y del resto de los grupos de interés de
la compañía, fundamentalmente los accionistas, los clientes y los proveedores. Cesce ha incluido la RSC como una de las áreas prioritarias de su “Plan Estratégico 2020”, junto a la internacionalización, la digita-
lización y la apuesta por la pyme, con el doble objetivo de vincular estas actividades a la gestión básica de la empresa y transmitir a la sociedad el conocimiento y la experiencia de su plantilla, con una vocación de permanencia.
Textos Claudia Ballester cballester@ccile.org Fotos DR
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opinión
opinião
Cartas de Madrid Por José-Benigno Pérez Rico *
La guerra del terror azota a los europeos
n a vez más el odio, la incomprensión, a las fuerzas de seguridad del Estado. Ante esta la intolerancia producida por el fa- situación, nos encontramos cualquiera de nosonatismo ciego que se aleja de la fe y tros como blanco de los desalmados verdugos se convierte en una obsesión que no que, con toda cobardía, asesinan por la espalda y convive en libertad y en democracia, sin ningún ápice de piedad. Por todo lo que está pasando, y con el fin de sembró el terror en las calles de Barcelona y Cambrils el 17 de agosto último, arrasando la evitar en el futuro que estas acciones terroristas vida de 17 personas y dejando hospitalizados a se sigan prodigando, sería deseable que las instimás de 80 heridos, algunos de los cuales graves tuciones europeas se decidieran a poner en marchan los mecanismos necesarios encaminados o muy graves. Estos actos de terrorismo salvaje se producen, a erradicar esta lacra social que estamos padecada vez con mayor frecuencia, en calles y pla- ciendo. Sería de vital importancia crear un orgazas de ciudades europeas, acciones demoledoras nismo europeo de inteligencia que se encargara de vigilar y cortar la perpetradas por indifinanciación a todas viduos que no respelas células que puetan ni la vida de los dan estar implantademás, ni la suya prodas en el continente, pia. El llamado Estaintervenir contactos do Islámico adoctrina a través de internet y a diario a yihadistas llevar a cabo una prodispuestos a cometer funda investigación, atentados por todo el como medida premundo, convencidos ventiva, por parte de de que su dios Alá les este nuevo organismo espera en el paraíso y por los cuerpos y para ofrecerles a los fuerzas de seguridad llamados héroes una de todos los países vida eterna repleta de de la Unión Europea. placeres y dotarles de Tal vez, si se adoptan plena felicidad. Convencidos de que en el otro mundo les espe- las medidas de unidad gubernamentales a nivel ra lo mejor, con los cerebros lavados de raciocinio europeo, habremos dado un paso importante en y sembrados de odio, sin pararse a pensar en el combatir esta lacra, motivo por el cual bien medolor que causan a las víctimas y a los familiares rece la pena dedicar tiempo y esfuerzo a esta dide éstas, y sin ser conscientes siquiera del motivo fícil y ardua tarea, que tiene como fin acabar con por el que van a cometer la atrocidad, se suben el terrorismo yihadista que hoy nos azota y nos al camión (el arma más usada últimamente) y se amenaza, con la única pretensión de sembrar en disponen a quitar la vida a seres humanos ino- todos nosotros dolor, miedo y preocupación. centes. Resulta muy difícil defender a quienes se encuentran situados en los lugares elegidos por * Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria los asesinos para llevar a cabo las matanzas, y Luso Española difícil resulta también poder evitar la masacre E-mail: jbperezrico@hotmail.com
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grande tema gran tema
Las nuevas oportunidades laborales en Portugal
Flexibilidad, capacidad de adaptación y disponibilidad para responder a desafíos en cualquier parte del mundo. Es el perfil del trabajador más solicitado en Portugal, que se adapta a los desafíos laborales en un mercado en constante cambio. Están surgiendo nuevas oportunidades en sectores en auge como son el turismo y las tecnologías de la información y las empresas tienen intención de seguir reclutando. Actualidad€ analiza el mercado con la opinión de los expertos que desvelan las tendencias del futuro. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org, Fotos DR
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uevos vientos soplan en el mercado laboral portugués. Más trabajo y nuevos empleos que responden al crecimiento de algunos sectores que se han convertido en vitales para la recuperación económica del país. Según los datos del Instituto Nactional de Estadistica (INE), en el segundo semestre del año, la tasa de paro bajó hasta el 8,8% y las previsiones indican que seguirá dicho descenso. Las profesiones se adaptan a los nuevos tiempos donde también persisten algunos oficios tradicionales. El aumento de número de turistas, por ejemplo, ha dado pie a la aparición de muchos negocios con nuevas ocupaciones como la de conducir un tuk tuk. O la recuperación del mercado inmobiliario, que ha reforzado el papel del agente inmobiliario. Para el académico Paulo Lopes Henriques, profesor de
Comportamiento Organizacional ciones y competencias superan en en el departamento de Gestión de la larga escala lo que está disponible, escuela de negocios ISEG, el merca- “principalmente en lo que se refiere do de trabajo en Portugal pasa por a competencias relacionales”. Cree un desafío complejo que él divide en que el mercado deja de valorizar el cuatro áreas. Primero, porque debe tiempo y el saber hacer del colaboacomodar una fuerza laboral con rador para valorizar su capacidad elevada dispersión en lo referente a de generar riqueza en la organizalos niveles de formación. “Conviven ción. “Estos factores de cambio van en el mismo mercado personas con a transformar este mercado en un niveles muy bajos de cualificación, sistema más fluido y dinámico”. Crecen las áreas fuertemente relatodavía en edad laboral, con personas con elevados niveles de forma- cionadas con el conocimiento (TI) ción. Segundo, por la sofisticación así como las actividades turísticas. del sistema de encuentro ente la “Y aunque pocos se den cuenta de oferta y la demanda. “Las organi- ello, son fuertemente exigentes en zaciones están sofisticando la bús- términos de conocimiento si se queda activa de colaboradores y es encaran con requisitos de calidad”, normal decir que quien no tiene afirma el docente. Pero paradoxalsu perfil en una plataforma digital, mente la mayor escasez está situada no existe”. Tercero, por la presión al nivel de los empleos tradicionales, para bajar los costes de producción, que continúan a ser muy solicitados principalmente de la fuerza laboral. en una economía como la portugueY cuarto, las necesidades de las orga- sa. “Son múltiples las noticias de nizaciones en términos de cualifica- empresarios textiles, calzado u otros 39
grande tema gran tema
Foto Sandra Marina Guerreiro
Carla Rebelo: "En el 2015, por ejemplo, un 5% de la contratación fue personal extranjero, y en el 2017 dicho colectivo representa un 7%"
que buscan sin éxito colaboradores para sus organizaciones”. Guía del mercado laboral La última "Guía del Mercado Laboral" editada por la consultora Hays Portugal confirma el cambio de dinámica que se vive en este contexto. El 73% de las empresas pretende contratar este año pero son los trabajadores los que no están dispuestos de cambiar tan fácilmente. “Las empresas necesitan reforzar sus estructuras para adquirir nuevas competencias de cara a las exigencias del mercado», apunta Sandrine Veríssimo, directora general de Hays Portugal. Surgen nuevas funciones «sobre todo en el área digital y del e-commerce, que está en pleno crecimiento. En el área tecnológica, aparecen nuevas tecnologías como REACT, Angular JS, que repercuten en las tendencias de reclutamiento. Y después de varios años en los que muchos portugueses se marchaban para ganarse la vida fuera, parece 40 act ualidad€
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que buscan personas de otras nacionalidades, con distintos idiomas”. En el 2015, por ejemplo, un 5% de la contratación fue personal extranjero, y en el 2017 dicho colectivo representa un 7%. Uno de los aspectos más positivos de la nueva ola de empleos en Portugal es que “la edad no importa. Antiguamente se imponía la edad de los candidatos pero ahora es diferente, conviven diferentes generaciones y las empresas están más abiertas”, Falta de mano de obra Carla Rebelo, directora general de afirma Carla Rebelo. Además en Adecco Portugal, afirma que exis- muchos casos las empresas no busten muchas áreas con necesidad de can directamente a los jóvenes pormano de obra, “especialmente en que “necesitan desde un comienzo el área industrial”. La logística y el gente con experiencia”. Espera que esta dinámica positiva transporte son también dos áreas con mucha demanda de personal. del mercado de trabajo continúe en “Son sectores que van a seguir cre- los próximos dos, tres años. “Las ciendo”, añade. Además hay oficios, inversiones crecen y encontramos profesiones más técnicas, “para las empresas que cambian los centros cuales no hay suficiente personal” y de operaciones a Lisboa. Recuerda en ocasiones es necesario contratar que “el principal competidor en inmigrantes. “También se da el caso la búsqueda de empleo es el paro". de centros de servicios compartidos Asegura que el mercado laboral porque ahora optan más por quedarse en su país y crecer profesionalmente en él. Sandrine Veríssimo recuerda que este año se ha contratado a perfiles más operacionales pero que para el próximo año se espera que el sector apueste por perfiles más seniors. Según la guía, se está generando más empleo en las áreas de tecnologías de información, ingeniería y área de ventas.
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tugués tiene una deficiencia y no es otra que la de permitir que una persona desempleada rechace un trabajo porque el sueldo que va a recibir es igual o inferior al subsidio de desempleo. Tendencias globales Jorge da Silva Gomes, profesor de Gestión Estratégica en el ISEGInstituto Superior de Economia e Gestão, destaca el hecho de que Portugal acompaña las tendencias globales generales que son visibles en las industrias del mundo desarrollado (robotización, utilización intensiva de nuevas tecnologías en red, etc..), las globales específicas (energías alternativas, envejecimiento de la población, etc.) y algunas muy específicas nuestras (alfabetización elevada, industria del turismo…). Las nuevas tecnologías generan nuevos empleos y nuevos profesionales y la tendencia es que aumente todavía más en todo el país. Los
Jorge da Silva Gomes: "Se estima que 25% de las profesiones que se van a necesitar dentro de 20 años todavía no se están ocupando por profesionales" porcentajes varían pero “algunos dicen que el 25% de los empleos que existen hoy en día ya no existirán dentro de 20 años. Lo que significa que 25% de las profesiones que vamos a necesitar dentro de 20 años todavía no se están ocupando por profesionales. “Además de las nuevas tecnologías, y fruto de las tendencias mundiales referidas, las industrias de ocio también van a
requerir nuevos abordajes profesionales”, refiere el académico. Cree que la falta de trabajadores se da en todas las profesiones. “Los reclutadores ya se han dado cuenta que la formación profesional es una parte”. Es evidente que hay ciertos trabajos que no permiten errores, pero asumiendo el sentido común, “los reclutadores están muy atentos a la variedad de experiencias que permiten alargar la horizontalidad (varias experiencias diferentes) y verticalidad (profundización de algunas experiencias) de las competencias profesionales”. Después hay una dimensión personal importante: energía, motivación, resistencia que compiten con otras como espíritu de equipo, capacidad de liderazgo, etc… En cuanto a los salarios, cree que “si un colaborador genera más riqueza que otro, debe recibir un salario mayor. Esto implica niveles salariales más individualizados y menos colectivos”. outubro de 2017
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Foto Sandra Marina Guerreiro
Según la "Guía Mercado Laboral" elaborada por Hays Portugal, un 73% de las empresas pretende contratar este año lidad de la Universidad Europea, IADE-Universidad Europea e IPAM-Instituto Português de Administração de Marketing, “nos llegan cada vez más ofertas y en algunas ocasiones no hay candidatos”. Nádia Leitão cree que nos enconFlexibilidad y adaptación dad, la capacidad de adaptación y tramos “delante de un mundo El perfil profesional más solicitado la disponibilidad para responder nuevo y un conjunto de nuevas en Portugal es aquel que se adapta a desafíos en cualquier parte del profesiones comienzan a despuna los nuevos desafíos laborales, con mundo. Según afirma Nádia Leitão, tar en el mundo digital, de las características como la f lexibili- responsable del área de empleabi- tecnologías, del Turismo, con
Agentes inmobiliarios Con el crecimiento del mercado inmobiliario es normal que la figura de agente inmobiliario se haya visto beneficiada ya que cada vez hay más casas a la venta y para alquilar. “Desde 2013/ 2014 hemos notado un crecimiento del número de agentes. Por un lado, personas de más de 45 años que estaban en el fondo de desempleo, y por otro jóvenes con salarios malos, optaron por esta profesión”, explica Beatriz Rubio, CEO de Remax Portugal. Además, profesionales de 50 y 60 años, en paro, y con dificultad de encontrar un nuevo trabajo, se unieron a la red. “Para nosotros la edad no es un problema, al revés, son personas con mucha experiencia en otras áreas, trabajadoras, que quieren tener éxito”, añade. En los últimos tres años, Remax ha
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duplicado su número de agentes inmobiliarios y ahora cuenta con un total de siete mil. “Nos hemos consolidado como líderes y en el 2020 queremos llegar a los 10 mil agentes”, adelanta Beatriz Rubio. Estos agentes reciben formación por lo que “se generan más puestos de trabajo de formadores, este trabajo genera más trabajo”. En el último año ha aparecido un nuevo perfil de agente inmobiliario. “Hay muchos ex banqueros, arquitectos, abogados e ingenieros de 45-50 años que optan por este trabajo”. En Remax más del 60% de los agentes cuentan con formación superior “lo cual es muy bueno para el trato con el cliente”. Es decir, se ha profesionalizado mucho el sector, “los agentes tienen un gran conocimiento, saben de lo
que hablan”. La CEO de Remax Portugal asegura que todavía hay espacio en el mercado para más agentes inmobiliarios. Recuerda que “hay muy poca vivienda en alquiler y mucha en venta pero está cambiando. Además de casas que se alquilan para turistas hay necesidad de alquileres para estudiantes Erasmus, por ejemplo”. La red Remax ha crecido un 43%. Para tener éxito como agente inmobiliario “es importante dedicarse al 100% a este trabajo”. En Remax, un agente ya con experiencia logra, de media, unos ingresos brutos anuales entre 38 mil y 40 mil euros. Su mejor agente, que cuenta con un equipo de cinco personas, facturó el último año 1.842.000 de euros.
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La dinámica del turismo
Entre 2011 y 2015, el turismo en Portugal perdió cerca del 20% de puestos de trabajo. “Invirtiendo esta tendencia negativa, desde 2016 está creciendo a un ritmo de dos dígitos a lo largo de este año. Desde enero se han creado 52 mil puestos de trabajo en el turismo”, explica la secretaria de Estado de Turismo, Ana Godinho destacando que “el dinamismo al que se asiste en turismo es realmente impresionante”. Y es que todos los días se crean varias empresas conectadas a la actividad turística. “A medida que van surgiendo nuevas ofertas de producto, surge en el mercado la necesidad de tener profesionales con competencias en estas áreas nuevas. Las escuelas de hotelería y turismo cuentan con una elevada empleabilidad (en el 2016 la tasa fue del 88%). “La calidad de la enseñanza y la elevada preparación técnica son igualmente decisivas para los jóvenes que llegan a las escuelas”, destaca la secretaria
de Estado. Además existen programas como Tourism Creative Factory para que los alumnos sean emprendedores y creen sus propios negocios. Ana Godinho apunta que una de las ambiciones es “la valorización del trabajo en el turismo” y cree que esa evolución e va a dar gradualmente y que será una realidad. “No puede haber una apuesta en la cualificación sin que se traduzca después en un salario equivalente a esa cualificación, debe venir acompañada de mejores condiciones”, matiza. “Ya estamos a ver algunos resultados de esta evolución”. Luis Araújo, presidente de Turismo de Portugal, recuerda que estas escuelas (12 repartidas por todo el país) forman cada año a tres mil alumnos y que hasta el 2020 ambicionan que la red alcance su capacidad máxima de 4.000 estudiantes con una empleabilidad media del 90%, ”estimulando la creación de más empleo y más cualificación
en el sector, reduciendo las asimetrías regionales”. Se trata de la única red escolar en Portugal que tiene cursos especializados que se imparten totalmente en lengua inglesa que supone “una ventaja competitiva de cara a los objetivos de internacionalización”. Para Luis Araújo, es fundamental que los jóvenes alumnos estén muy motivados “y aprovechar al máximo las oportunidades que surgen” así como comenzar lo antes posible a adquirir experiencia en el terreno. Desde Turismo de Portugal “estamos decididos en la formación de buenos profesionales, abiertos a la innovación, a las transformaciones de negocio, versátiles, emprendedores y con capacidad para acompañar las nuevas tendencias”, afirma Luís Araújo. Según la Estrategia Turismo 2027, “ambicionamos aumentar los niveles de cualificación en el turismo, duplicando el nivel de aptitudes de la enseñanza secundaria y postsecundaria de 30% para 60%”.
las aplicaciones, redes sociales, reinventarse y lleva a las empresas empleabilidad y en constante reinsites…”. a buscar candidatos con compe- vención. Mientras que la física, la Estos nuevos trabajos y una tencias sociales”, subraya Nádia salud y las nuevas tecnologías nueva cultura profesional “presu- Leitão. Habla igualmente del tienen dificultades para encontrar pone que los profesionales sepan diseño como área con creciente colaboradores. outubro de 2017
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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G A_P apoia 500 Startups nas suas operações em Portugal A GA_P é a assessora jurídica do fundo norte-americano 500 Startups, um dos principais aceleradores e investidores de Silicon Valley, nas suas transações em Portugal, destacando-se a mais recente operação de investimento na Prodsmart, startup portuguesa que torna digitais as linhas de produção industriais. A operação é liderada por Miguel de Avillez Pereira, junto com Filipe Santos Barata, o advogado responsável pelo grupo de trabalho multidisciplinar da GA_P na área da inovação e do empreendedoris-
mo (Startups e Fintechs). A 500 Startup, com sede em Silicon Valley, tem investidos cerca de 350 milhões de dólares (perto de 295 milhões de euros) em mais de 1.700 startups por todo o mundo. Recentemente, no seu blogue, anunciou a integração, no seu programa de aceleração de startups (500 Startups Seed Program), de 36 startups inovadoras de 14 países, incluindo
a portuguesa Prodsmart. Esta nova startup disponibiliza um sistema de informação para fábricas, permitindo obter dados em tempo real sobre o desempenho das suas linhas de produção. A empresa portuguesa já está presente em quatro países e com a entrada no programa de aceleração 500 Startups pretende aumentar a sua base de clientes nos Estados Unidos.
Coimbra prepara mais um Encontro Internacional de Arbitragem O VII Encontro Internacional de Arbitragem de Coimbra terá lugar a 12 e 13 de outubro, sob a coordenação de José Miguel Júdice (na foto) e António Pinto Leite, sócios coordenadores desta área de prática, respetivamente da PLMJ e da MLGTS. A sétima edição do evento contará com especialistas de diversos países e discutirá temas como a prova
documental, a decisão dos árbitros, testemunha peritos ou perícias colegiais e o ónus da prova. No primeiro dia do encontro, irá realizar-se a sessão sub 40, dirigida aos advogados com menos de 40 anos. O evento terá ainda um jantar de gala em que serão homenageados os árbitros Pedro Batista Martins e António Sampaio Caramelo.
Em trânsito: » A ABC Legal anunciou a criação de uma equipa dedicada à proteção de dados e privacidade, integrada no Departamento de Propriedade Industrial e Tecnologias da Informação. A equipa é coordenada pelas sócias Alexandra Bessone Cardoso e Letícia Antunes Duarte, em conjunto com Ana Rodrigues Bidarra, Tiago Martins Barata e Beatriz Reis dos Santos. A sociedade justifica a criação da nova equipa com “a necessidade de acompanhamento das empresas na introdução de princípios gerais e mecanismos que garantam a conformidade com o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, que introduz uma lógica de auto-regulação, contrariando o atual Regime de hetero-regulação liderado pela Comissão Nacional da Proteção de Dados”. » André Matias de Almeida é o advogado coordenador da nova área de Indústria 4.0 criada pela Albuquerque & Associados. 44 act ualidad€
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O novo departamento inclui uma equipa especializada para apoiar as empresas na transformação digital e introdução de sistemas ciber-físicos, tendo para o efeito sido contratados dois novos colaboradores. Esta área estará focada no apoio à Start Up 4.0, apoios na área dos recursos humanos, apoio ao investimento e internacionalização, e, por esta via, garantirá a adaptação legal das empresas ao desenvolvimento tecnológico, envolvendo tratamento de dados e propriedade intelectual. » A FCB Legal anunciou a integração do advogado Joaquim Barros Mouro como of counsel para o escritório de Faro. Advogado há mais de 40 anos, Joaquim Barros Mouro tem experiência em várias áreas do direito. O escritório de Faro da FCB continua a ser liderado pelo sócio João Couceiro.
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Santander, BBVA y Acciona lanzan compañía de alquiler de pisos de España
Tcipada por Santander, BBVA y esta Residencial, socimi parti-
Merlín, ha aprobado su fusión con el negocio de viviendas en renta de Acciona, una operación estimada en 341 millones de euros y que supone constituir la primera inmobiliaria de pisos en alquiler de España. En virtud de la transacción, acordada el pasado mes de julio, Acciona integrará su cartera de 1.058 viviendas en renta en Testa. A cambio, recibirá acciones de esta empresa equivalentes al 21% de su capital y valoradas en el referido importe de 341 millones de euros. De esta forma, el grupo que preside José Manuel Entrecanales se convertirá en tercer máximo accionista de la socimi resultante, por detrás del Santander, primer socio con un 38,8%, y de BBVA (26,9%). Merlín, de su lado, dilui-
rá su participación y contará con el 12,7% restante. La nueva Testa Residencial contará con una cartera de 9.041 viviendas para alquilar a particulares, repartidas en 118 edificios. Más de la mitad
Locales en propiedad por 450 euros al mes
Dos fondos extranjeros compran los mercados de Fuencarral y San Miguel
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os fondos de inversión extranjeros han pagado 50 y 70 millones de euros, respectivamente, para hacerse con el mercado de Fuencarral y el mercado de San Miguel, dedicado a la gastronomía. El fondo francés AEW Europe ha adquirido el mercado de Fuencarral por 50 millones de euros a su homólogo ASG. El espacio, cerrado desde
de ellas (el 51%) están ubicadas en la Comunidad de Madrid. La compañía generará ingresos de unos 70 millones de euros al año por el arrendamiento de esta cartera de activos, valorada en unos 1.816 millones de euros.
julio de 2015, cuenta con una superficie de 2.400 metros cuadrados para uso comercial y albergará una tienda de Decathlon City. En relación al mercado de San Miguel, únicamente ha cambiado de dueño. Se han pagado 60.000 euros por cada uno de sus 1.200 metros cuadrados, una cantidad que rompe todos los récords inmobiliarios y que supone, para los fundadores e impulsores del proyecto, multiplicar por varias veces su inversión inicial. En total, 70 millones de euros que un fondo holandés especializado en ‘real estate’ ha pagado por hacerse con la propiedad de este histórico inmueble.
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l portal inmobiliario Casaktua. com apoya a los emprendedores haciendo más atractiva y viable la adquisición de un local comercial, bien para implantar su propio negocio o para alquilar a un tercero. Concretamente, cerca de 400 espacios repartidos por toda España con una cuota media de 450 euros al mes, lo que corresponde a un precio medio de 130.800 euros. Según la directora comercial de Casaktua.com, Chus de Miguel, “la reactivación de la compraventa de inmuebles ya ha comenzado y, por tanto, comprar un local es, ahora mismo, uno de los productos inmobiliarios que más rentabilidad ofrece”.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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Sonae Sierra e Axa IM adquirem centro comercial Área Sur em Espanha A
Axa Investment Managers– Real Assets e a Sonae Sierra anunciaram a aquisição em conjunto do Centro Comercial Área Sur, localizado em Jerez de la Frontera, Cádiz (Espanha), à Union Investment Real Estate. As duas empresas constituíram uma joint-venture, sendo que a Axa IM detém a maioria (85%) do capital e a Sonae Sierra (15%) será o “parceiro operacional”. O centro localiza-se em Jerez de la Frontera, região que conta com sete milhões de visitantes por ano e uma influência de cerca de 450 mil habitantes permanentes. O Área Sur tem uma área total de 47 mil metros quadrados, repartida em três pisos, e conta com 2.344 lugares de estacionamento. Pedro Caupers, chief investment officer da Sonae Sierra, salientou, num comunicado conjunto a propósito desta parceria: “dedicaremos toda a nossa experiência e know-how acumulado ao longo de mais de 25 anos de atividade para melhorar o desempenho deste ativo e para encontrar oportunidades de criação de valor ao Área Sur, convertendo-o
num dos centros comerciais de referência no sul de Espanha. Estamos muito satisfeitos por levar a cabo este projeto em conjunto com a Axa IM – Real Assets, concretizando, assim, o nosso modelo de investimento partilhado com outros parceiros, em que assumimos também a responsabilidade pela gestão do ativo com vista a alcançar os objetivos estabelecidos por ambas as partes”.
“Esta é a nossa primeira transacção em parceria com a Sonae Sierra, uma das empresas líderes na área do retalho imobiliário na Europa. Esperamos, no futuro, vir a ter novas oportunidades de colaboração em projetos no mercado europeu”, comentou, por seu lado, Nathalie Charles, responsável da Axa IM no departamento de Gestão de Ativos e & Transações no Sul da Europa.
Mercado de escritórios supera os 87 mil metros quadrados até julho E m julho, a área contratada para escritórios voltou a registar valores superiores ao mês homólogo do ano anterior, com 9.235 metros quadrados. Desta forma, entre janeiro e julho de 2017, a prestação do mercado apresentou-se 2% acima de 2016, com um total de 87.316 metros quadrados contratados, adianta a Aguirre Newman. Nos primeiros sete meses do ano, foram registadas 149 operações, cor-
respondendo a mais 33 transações do que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6), com 26% das transacções ocorridas, e no CBD (Zona 2), com 24% das operações. No extremo oposto, encontram-se a Zona Secundária e o Parque das Nações (Zona 5), com apenas quatro e cinco operações, respetivamente.
Da área contratada até julho de 2017, apenas quatro transações foram referentes a edifícios de escritórios novos, com uma representação de 16% da área total contratada no período em análise (13.726 metros quadrados). No mês em análise, o setor “Serviços Empresas” destacou-se, tendo sido responsável por 29% da área contratada (2.696 metros quadrados, num total de 9.235 metros quadrados).
Textos Sofía González actualidade@ccile.org Foto DR
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Grupo Pestana investe dois milhões em Pousada em Óbidos O Pestana Hotel Group vai reforçar a sua presença em Óbidos, com a criação de uma segunda Pousada, num investimento orçado em dois milhões de euros. A marca Pestana Pousadas de Portugal, do Pestana Hotel Group, anunciou esta semana a abertura de uma nova unidade, a Pousada da Vila de Óbidos, até ao final de 2018. O plano de expansão do grupo Pestana contempla a ampliação da unidade já existente, a Pousada do Castelo de Óbidos (mais 2 quartos), e a criação de uma nova que contará com dois núcleos. A Pousada da Vila de Óbidos nascerá da reabilitação e reconversão do antigo Hospital da Misericórdia (17 novos quartos) e da antiga Estalagem do Lidador (11 novos quartos). A área do Hospital da Misericórdia deverá abrir em abril, e a da Estalagem do Lidador inaugura em dezembro do próximo ano. A oferta do grupo hoteleiro em Óbidos
passa para os 47 quartos, até ao final de 2018. “Com este projeto, reforçamos a posição do grupo Pestana nesta região, mas acima de tudo, com um foco na reabilitação urbana da Vila de Óbidos, pro-
movendo a recuperação patrimonial e acrescentando valor turístico hoteleiro, trazendo mais valor à economia local e gerando mais postos de trabalho», assinala José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group, em comunicado.
Casa do século XVI na Baixa do Porto dá lugar a edifício residencial
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onsiderada uma das obras arquitetónicas de relevo da Rua das Flores, a antiga Casa dos Sousa e Silva é alvo de um projeto de reabilitação urbana que trará novos moradores àquela zona do Porto. O edifício do século XVI que serviu de residência àquela família portuense está a
ser reconvertido no edifício Flores 77. O projeto preserva um imóvel de alto valor patrimonial e que se inspira em conceitos contemporâneos de reabilitação, privilegiando o caráter histórico e aristocrático da casa, misturando em simultâneo o luxo e o conforto da habitação moderna. A comercialização está a cargo da Predibisa, consultora imobiliária especializada no norte do país. Seguindo o projeto do gabinete de arquitetura AnarchLab, o edifício histórico está a ser recuperado, para dar origem a 13 habitações todas diferenciadas, de tipologias T0 mezzanine (na foto) e T2.
Como características principais do imóvel, destacam-se os espaços amplos, com muita luz natural e áreas de 54 a 127 metros quadrados, complementadas por pátios e terraços até 30 metros quadrados. Foi dada especial atenção à qualidade dos revestimentos, aos desenhos dos pavimentos e aos equipamentos das divisões, salienta ainda a empresa promotora. Além da localização central e de toda a envolvente histórica, o Flores 77 distingue-se ainda pela preservação de outras características do histórico edifício, como a pedra de armas, o brasão barroco da família Sousa e Silva, os amplos arcos internos de aduelas de granito, ou as senhorinhas em pedra. Os preços de venda situam-se entre os 260 mil e os 650 mil euros.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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APTECE fala ao estômago dos turistas São cada vez mais os que viajam cativados pela vontade de experimentar produtos e pratos diferentes. O turismo gastronómico tende a crescer e Portugal pode e deve ter uma fatia maior desse bolo. José Borralho, presidente da Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia, explica que a cooperação entre os agentes de turismo e os produtores, bem como o casamento da gastronomia com outros argumentos é o caminho a seguir.
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ensamos em tapas e em paelha quando pensamos em Espanha. Pensamos em massas e em pizza quando pensamos em Itália. O que pensam os turistas quando pensam em Portugal? E os portugueses que prato poderiam eleger como bandeira da gastronomia portuguesa? A resposta dificilmente seria consensual o que traduz uma das principais dificuldades na promoção da gastronomia portuguesa, aponta José Borralho, Presidente da Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTECE): “A principal dificuldade prende-se com a diversidade da cozinha portuguesa. Cada região tem os seus pratos e o que se come no Algarve é diferente do que se come no Minho. É difícil eleger
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
um prato apenas.” No entanto começa a ganhar corpo a ideia de Portugal como destino de peixe e marisco de qualidade, sobretudo depois de Ferran Adriá ter elogiado estes produtos: “O que mais me marcou em Portugal foi a qualidade do seu peixe e marisco. Maravilhoso e impressionante. Para mim são os melhores do mundo.”A afirmação do prestigiado chefe catalão, em 2011, ajudou a virar os holofotes para Portugal. A APTECE pretende sublinhar essa ideia com o projeto “Portugal Figura de Proa. A ideia é promover “em vários certames internacionais o peixe português”, explica José Borralho, frisando que “temos, de facto, o melhor peixe do mundo, mas poucas pessoas sabem disso”. Para mudar esta realidade, a
APETECE está a promover eventos para “envolver os chefes para afirmar o peixe e o marisco como produtos de excelência e qualidade”. Este é apenas um dos projetos da associação que existe desde 2012, conta José Borralho: “A APTECE nasceu da vontade de um grupo de pessoas conscientes da qualidade da gastronomia portuguesa e da necessidade de a promover melhor fora de Portugal e em Portugal, junto dos estrangeiros. Percebemos que não valia a pena criticar. O melhor era meter mãos-à-obra. Criámos a associação, traçámos um plano de acção e candidatámos o projeto aos fundos do programa COMPETE (Programa Operacional Factores de Competitividade), que nos atribuiu um financiamento de 400 mil euros.”
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O gestor informa que na APTECE trabalham três pessoas: “A equipa é pequena para a quantidade de coisas que faz. Temos muitas ações no estrangeiro e em Portugal. Trazemos especialistas a Portugal para fazerem visitas de familiarização com os produtos e com a cozinha portuguesa. Isto tem sido fundamental para perceberem a diversidade e a riqueza do nosso território e trouxe logo resultados visíveis. Fazemos também formação em áreas relacionadas com gastronomia, serviço de catering, rotas temáticas para grupos. No estrangeiro, a APTECE desenvolve ações de promoção de produtos em feiras ou mesmo nas embaixadas, que também já solicitam os serviços da associação. Não nos limitamos a expor os produtos, levamos um chefe que cozinha os produtos, proporcionando momentos de degustação desses produtos, o que é uma experiência muito mais marcante e enriquecedora.” José Borralho assinala que o trabalho da APTECE tem sido bem acolhido. A associação é membro da Organização Mundial do Turismo.”Colaborámos com a OMT, na elaboração de relatórios sobre o turismo gastronómico”, indica. O presidente da APTECE considera que “ a gastronomia portuguesa começa a ser mais conhecida, mas ainda tem pouco peso”, porém “o turismo gastronómico é cada vez mais relevante” e “Portugal tem muito potencial” nessa vertente, sustenta. O gestor assinala o caso dos turistas provenientes dos Estados Unidos da América e do Canadá, que apontam “a gastronomia como sendo o primeiro fator que os faz sair de casa”. Estes turistas constituem “um público cada vez mais educado e informado sobre a gastronomia, querem conhecer produtores, restaurantes, pescadores, querem ver como se faz e se possível fazer também”. A APTECE procura proporcionar esse tipo de experiências.
“Para ser bem feito não basta atrair o turista para cá”, defende José Borralho, acrescentando que “o nicho dos que viajam motivados pela gastronomia ainda é muito pequeno, logo, os turistas, em geral, não podem ser atraídos exclusivamente pela gastronomia”. A estratégia passa por “casar a gastronomia com as outras ofertas, a arquitetura, a moda, os museus, o golfe, etc”. Para que isso possa acontecer, é preciso haver cooperação entre os agentes turísticos e o mundo da produção, advoga o gestor: “O tema do turismo gastronómico em Portugal ainda é um bocado esdrúxulo porque os produtores não percebem que têm que estar envolvidos num tema de turismo e os agentes de turismo acham que não têm na a ver com a produção.
O turista que viaja pela gastronomia gasta mais 30% do que o habitual, de acordo com um estudo da OMT Promover o turismo gastronómico implica cooperação entre todas estas entidades.” Por exemplo, no âmbito do projeto “Portugal Figura de Proa”, que também foi apoiado pelo COMPETE com 800 mil euros, a APTECE convidou, no passado de 1 de julho, oito chefes nacionais e internacionais a experimentar a “Arte Xávega”, uma técnica de pesca artesanal da zona de Aveiro, praticada desde o século XIX, recentemente reconhecida como Património Cultural Imaterial de Portugal, pelo seu valor cultural, económico e turístico, que recorre ao auxílio de juntas de bois para puxar as redes de peixe. Nesse dia, Luís Barradas, chefe anfitrião, juntamente com Arnaldo Azevedo, Craig Grozier, Daniel Cardoso, Joe
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Best, Luca Bordino, Tiago Emanuel Santos e Renato Cunha prepararam depois no areal da praia da Vagueira diversos tipos de carvão para assar o peixe que pescaram previamente. No panorama nacional, José Borralho, frisa que o Alentejo sobressai pelo uso que faz dos seus produtos: “Fizemos um estudo sobre o uso de produtos locais na restauração. No Alentejo isso acontece em todos os restaurantes questionados e a amostra era grande. Fazem-no naturalmente e sempre o fizeram. Na hotelaria, cerca de 80% também o fazem, o que é muito bom, face ao panorama nacional.” Noutro estudo da APTECE feito no ano passado sobre a perceção dos turistas do destino Portugal à entrada e à saída, o Alentejo volta a destacar-se: “Fizemos as perguntas no momento do check in e no do check out dos hotéis. Percebemos que produtos geram mais satisfação. No segmento dos vinhos e azeites, a expectativa é sempre cumprida. Aparecem surpresas como alguma doçaria, queijos, carnes e legumes, mas, no todo, o Alentejo é o que mais sobressai. Os turistas vão com expectativas elevadas para o Alentejo e saem muito satisfeitos. A Região do Turismo do Alentejo tem trabalhado bem a questão da promoção da gastronomia e reforça esse sentido de identidade, sensibilizando os restaurantes para a elevação dos produtos locais, bem como para a necessidade de cooperação.” Outro “exemplo fantástico de turismo gastronómico e industrial é o da fábrica de chá Gorreana”, na ilha de São Miguel, nos Açores, indica José Borralho: “Foram pioneiros porque há 100 anos decidiram mostrar as máquinas de fazer chá, que continuam a ser usadas”. O gestor sublinha que “40% das receitas da Gorreana, se devem ao turismo”, segundo dados da empresa”. A marca mostra aos turistas o processo de cultivo e de fabrico de chá, tirando partido outubro de 2017
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de a ilha ser a única região da Europa onde há plantações de chá, e está a candidatar-se a Património da UNESCO. Em Portugal, não faltam oportunidades para aliar o turismo gastronómico ao industrial, já que subsistem muitas fábricas antigas e algumas mantêm técnicas tradicionais. A APTECE tem promovido visitas de jornalistas e bloggers a unidades industriais, mas muitas vezes “é difícil convencer os proprietários, já que as visitas fazem-se maioritariamente ao fim de semana e nessa altura as fábricas tendem a estar fechadas”, conta José Borralho. No entanto, “se pensarem que à visita, que é paga, poderão somar a venda do produto, certamente compensará criar mais postos de trabalho e uma pequena loja, para comercializar diretamente os produtos”. Além de ser uma fonte de receitas direta, este tipo de ações reforça significativamente a imagem da marca, argumenta. Assim, é importante que “os profissionais que o fazem vistam a camisola porque vão contar a história do produto e da fábrica” e isto “leva tempo”. José Borralho lembra que “nos tempos que correm em que um pequeno produtor tem dificuldades em entrar na grande distribuição”, o turismo gastronómico pode abrir outras por54 act ualidad€
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Espanha recebeu 9,5 milhões de turistas só focados na gastronomia, o que gerou receitas de cinco mil milhões de euros tas. O gestor considera que o boom de turismo que Portugal vive é uma oportunidade gigante para mostrar a nossa gastronomia, mas nem todos a estão a potenciar: “Os pequenosalmoços da maior parte dos hotéis são quase todos iguais e poderiam ser servidos em Portugal como em Paris ou Londres. Essas unidades hoteleiras estão a perder uma oportunidade de diferenciação, se não incluem os produtos e as tradições locais. Nos Açores, há um hotel, o Terra Nostra, que o faz muito bem, servindo os laticínios locais, o bolo lêvedo (típico da vila das Furnas), as compotas e as frutas locais. ” O presidente da APTECE observa que o turista em Portugal gastará entre 23% a 30% da sua despesa em comida, ressalvando que não há dados exatos. Por outro lado, “o
turista que viaja pela gastronomia gasta mais 30% do que o habitual”, de acordo com um estudo da OMT. Sabe-se que “em média, a nível europeu, o turista é capaz de gastar em experiências gastronómicas entre 900 a 1200 euros”. José Borralho dá o exemplo de Espanha, que “de acordo com números de 2015, teve 9,5 milhões de turistas só focados na gastronomia e isso representou receitas de cinco mil milhões de euros e 400 mil pessoas afetas profissionalmente ao turismo gastronómico”. Em Portugal, o mais expressivo é o trabalho feito em torno do Enoturismo, que está a adaptar-se aos gostos dos turistas, nota José Borralho: “O turista quer cada vez mais experimentar e partilhar. Não lhe basta conhecer a adega que é parecida com as outras. Quer pisar o vinho e quer participar na festa das vindimas.” Da mesma forma, a gastronomia também deve incluir a vertente de entretenimento, realça o gestor: “A cozinha é espetáculo e o lado lúdico é o que gera mais interesse. Veja-se a quantidade de programas de televisão associados à cozinha.” O presidente da APTECE salienta ainda que a promoção da gastronomia e de Portugal enquanto destino gastronómico tem que ser também “um esforço político” e dá o exemplo da Tailândia: “A Tailândia já tem muito turismo, mas começa agora a nível central a promover a sua cozinha fora de portas, para alimentar o envolvimento com o país e a vontade de o visitar. O Governo está a investir no desenvolvimento de produtos alimentares chave e a apoiar a sua exportação. Além disso afetou uma verba substancial para abrir 600 novos restaurantes tailandeses nas principais cidades do mundo. É o próprio Governo que assume que é importante ter uma rede de restaurantes espalhados pelo mundo de modo a mostrar a essência da cultura tailandesa.”
vinos & Gourmet
Vinhos & Gourmet
Mont’Alegre apresenta novos vinhos ao mercado
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Mont’Alegre, produtor da região de Trás os Montes, apresenta novas colheitas e novos vinhos ao mercado, entre os quais o Mont’Alegre Clarete 2016, os Mont’Alegre Vinhas Velhas Branco 2016 e Tinto 2015 e o Mont’Alegre Reserva Branco 2015, todos produzidos a partir de castas autóctones da região. “Mont’Alegre é um projeto jovem que pretende criar uma nova panorâmica no setor dos vinhos, elevando o reconhecimento da região. O Clarete, por exemplo, é um bom exemplo, uma vez que é um vinho com a frescura do branco, mas com a estrutura dos tintos. O
nosso objetivo é sempre apresentar vinhos diferentes. Neste momento, estamos a plantar a primeira vinha da marca, a primeira de Montalegre e a mais alta de Portugal, e estamos a aperfeiçoar o que já fizemos, sendo que a altitude confere um caráter único aos nossos vinhos”, refere o enólogo e responsável pelo projeto, Francisco Gonçalves. A marca está presente no mercado nacional, em vários restaurantes, Garrafeira Nacional e no canal horeca . Com o sonho de regressar às origens e voltar a colocar Trás osMontes no mapa dos grandes vinhos portugueses, surge a marca Mont’Alegre, pelo enólogo Francisco Gonçalves. Produzido em altitudes acima dos 650 metros e envelhecido na vila de Montale-
gre, este vinho propõe uma nova abordagem às colheitas da região transmontana. Todos os vinhos Mont’Alegre são produzidos a partir de castas autóctones da região de Trás-os-Montes, oriundas de vinhas plantadas em solos de predominância granítica e com altitudes acima dos 650 metros. Até agora as uvas utilizadas para a produção dos vinhos são selecionadas e compradas a produtores da região e o estágio é feito em Montalegre, zona que reúne condições únicas como níveis de menor pressão atmosférica e concentrações de oxigénio mais baixas, a par de um clima ameno e com menos picos de temperatura, que favorecem a evolução controlada das características aromáticas e gustativas, dotando os vinhos de frescura, equilíbrio e elegância. Neste momento, Francisco Gonçalves prepara-se para plantar a sua primeira vinha, que será a mais alta de Portugal (1.025 metros). Com dois hectares, esta será a primeira vinha de sepre de Montalegre.
Marcolino Sebo lança monovarietal Antão Vaz 2016 O monovarietal QP Antão Vaz 2016, da Marcolino Sebo Wines and Oils, já está à disposição dos apreciadores de vinhos brancos frescos, de preferência para acompanhar mariscos e peixes grelhados, à temperatura ideal de 1012º. Este vinho branco tipicamente alentejano de 13,5%
apresenta cor citrina, aroma complexo de fruta tropical madura, notas citrinas e ligeiro mineral. Na boca é fresco, estruturado com algum acídulo, bem equilibrado e persistente. O novo vinho teve colheita e seleção manual das uvas, seguida de fermentação em cuba de inox com temperatu-
ra controlada e maceração, e depois cerca de dois meses de estágio em garrafa. Foram produzidas quatro mil garrafas do QP Antão Va 2016, tendo como preço de venda recomendado 5,65 euros. O enólogo responsável por todo o processo foi Jorge Santos.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR outubro de 2017
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eventos eventos
Conferência sobre desafios do Mibel conta com Comissário Europeu da Ação Climática e Energia A II Conferência “Os desafios do Mercado Ibérico da Energia” irá contar com a participação, como orador, do Comissário Europeu da Ação Climática e Energia, Miguel Arias Cañete, que deverá enquadrar, na sua intervenção, os objetivos da política comunitária para a área energética e o que esperar do desenvolvimento do Mibel.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Comissário Europeu da Ação Climática e Energia, Miguel Arias Cañete, será um dos principais oradores da II Conferência “Os desafios do Mercado Ibérico da Energia”, que se realizará em Lisboa no próximo dia 9 de outubro. Na sessão de abertura da conferência, organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), o representante da União Europeia (UE) deverá explanar as medidas mais relevantes a nível comunitário para a área energética e que possam, nomeadamente, contribuir para o desenvolvimento do
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mercado ibérico da energia (Mibel). Por seu lado, o ministro da Economia português, Manuel Caldeira Cabral, fará o discurso de encerramento do programa da conferência que conta ainda com uma intervenção de Daniel Navia, secretário de Estado da Energia de Espanha. No encontro, serão debatidos temas como as infraestruturas ibéricas e as interconexões com o resto da Europa, a concorrência entre empresas e integração dos mercados grossistas de eletricidade e de gás. Entre os oradores, estarão representantes dos principais operadores do
mercado de energia na Península Ibérica, assim como de órgãos reguladores e responsáveis de empresas ligadas aos negócios de transporte, distribuição ou comercialização de energia elétrica, gás ou combustíveis fósseis, como a EDP Comercial, a Iberdrola, a Repsol Portugal, a Cepsa Gás Comercializadora, a Endesa, a Enagas, a REN-Redes Energéticas Nacionais, a REE-Rede Eléctrica de Espanha, ERSE-Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o OMIP e o OMIE, a comissão nacional dos mercados e da concorrência de Espanha (CNMC), a CLH, ou a consultora KPMG.
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eventos eventos
Comissão Executiva recebe novo embaixador de Espanha nas instalações da CCILE ao novo diplomata os serviços e o trabalho que tem sido desenvolvido pela CCILE em prol das relações de âmbito económico entre Portugal e Espanha, missão que continua a ser fundamental para muitas empresas, empresários e cidadãos a nível individual de ambos os países. Além de diversos membros da Comissão Executiva da CCILE, incluindo o seu presidente, Enrique Santos, novo embaixador de Espanha Luso-Espanhola (CCILE), no pas- estiveram na apresentação o presiem Portugal, Eduardo Gutiér- sado dia 12 de setembro, numa dente da Assembleia Geral, Nuno rez (na foto, ao centro), foi rece- visita à sede desta entidade, em Amado, e o presidente do Conselho Consultivo, Nuno Ribeiro da bido pela Comissão Executiva da Lisboa. Câmara de Comércio e Indústria A visita destinou-se a apresentar Silva.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
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Para mais informações contactar: Tel. 213 509 310 / Fax 213 526 333 e-mail: ccile@ccile.org
XXII Torneio Ibérico de Golfe 2017 28 de Outubro • West Cliffs Óbidos ac t ua l i da d € 59 outubro de 2017
Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Volkswagen T-Roc
Um SUV made in Portugal O T-Roc é, muito provavelmente, o modelo mais importante da história da indústria automóvel portuguesa. É o primeiro modelo de larga escala produzido pela Autoeuropa e o primeiro modelo da Volkswagen com plataforma MQB, plataforma usada por todos os modelos compactos do grupo VW.
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Fotos DR
roduzido em Palmela, este novo modelo representou um forte investimento, de cerca de 700 milhões de euros, por parte da Volkswagen na fábrica portuguesa, por forma a adequá-la às mais modernas ferramentas para a produção deste SUV. A base de partida é a mesma do Volkswagen Golf. Falamos da conhecida plataforma MQB. Quanto ao design, foi inspirado no concept car apresentado há três anos. Naturalmente, a carroçaria de três portas com teto targa vai dar lugar a uma versão mais tradicional, de cinco portas e capota fixa. Em termos de gama, o novo Volkswagen T-Roc posiciona-se abaixo do Volkswagen Tiguan, assumindo 60 act ualidad€
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um caráter mais juvenil. Essa postura é visível nas formas da carroçaria, com um perfil entre um SUV e um coupé. A Volkswagen chama-lhe CUV.
Tendo em conta os 4,23 metros de comprimento, 1,82 metros de largura e 1,54 metros de altura, o T-Roc é mais pequeno do que o SEAT Ateca
sector automóvil Setor automóvel
e que o Volkswagen Tiguan. Em termos de volumetria, será semelhante ao Audi Q2. Ainda assim, o Volkswagen T-Roc assume-se como um SUV do segmento C. A frente é dominada por uma grelha hexagonal de grandes dimensões, desenhada de forma a integrar-se com os faróis. Para marcar ainda o perfil da carroçaria, é possível optar por dois tons, com o tejadilho a poder ser configurado em quatro cores: Deep Black, Pure White Uni, Black Oak e Brown Metallic. No interior, a postura mais jovem e desportiva também está patente. Para além da presença dos mais recentes gadgets, nomeadamente o mostrador 100% digital Active Info Display e o sistema de infoentretenimento Discovery Pro com sistema de controlo por gestos com ecrã de 8 polegadas. Estará disponível de série um ecrã de 6,5 polegadas. É de notar o recurso a apontamentos na mesma cor da carroçaria, o resultado está patente nas imagens. No campo das motorizações, como seria de esperar, o novo T-Roc vai recorrer às motorizações que já conhecemos da gama Golf. É esperada uma gama de motores composta por três opções a gasolina e duas a diesel. A gasolina estão um 1.0 TSI de 115 cavalos, um 1.5 TSI de 150 cavalos e um
2.0 TSI de 190 cavalos e disponível só com caixa automática de sete velocidades DSG. A diesel, o 1.6 TDI de 115 cavalos e por fim, o 2.0 TDI de 150 cavalos. O VW T-Roc pode estrear o sistema de 48 volts como o principal sistema elétrico do automóvel, surgindo assim como alternativa aos motores diesel. Trata-se de uma nova tecnologia utilizada quase em exclusivo pela Audi e que permite, reduzir drasticamente as emissões de CO e outras vantagens, como a capacidade de condução autónoma, a suspensão totalmente ativa e a redução dos consumos. Os valores de venda no mercado
português, começam nos 27 mil euros, preço para o modelo a gasolina e que poderá chegar aos 42 mil euros, na versão 2.0 TSI, de 190 cavalos. Do lado da oferta diesel, o SUV deverá estar disponível a partir dos 30 mil euros.
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barómetro financeiro
barómetro financiero
Economia nacional estabiliza em máximos de 16 anos indicador de atividade económica O do Instituto Nacional de Estatística (INE) registou, em julho, um crescimento de 3%, estabilizando face à progressão já verificada nos dois meses anteriores. A "Síntese Económica Conjuntura" do INE adianta que a economia portuguesa mantém o ritmo de expansão, que é o mais elevado em 16 anos. No segundo trimestre, o PIB registou um crescimento homólogo de 2,9%, o maior desde o quarto trimestre de 2000. O INE acrescenta que o indicador quantitativo do consumo privado acelerou em julho (ao aumentar 3,7%), impulsionado pelo consumo duradouro (cresceu 5,9%). O crescimento do consumo cor-
rente estabilizou nos 3,5%. Em sentindo inverso, o indicador de formação bruta de capital fixo desacelerou em julho, devido "ao comportamento das componentes de material de transporte e máquinas e equipamentos". No segundo trimestre, o investimento cresceu mais de 10%, renovando máximos de duas décadas. O INE refere ainda que a atividade económica na perspetiva da produção "revelou um crescimento mais intenso, tendo os índices de volume de negócios da indústria e dos serviços, bem como os índices de produção da indústria e da construção acelerado em termos homólogos".
Inflação sobe para 1,1% em Portugal
Défice da balança comercial agrava-se em julho
A inflação em Portugal acelerou, em agosto, com a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) a atingir 1,14%, o que compara com 0,9% em julho, revela o Instituto Nacional de Estatística. Considerando apenas o índice referente aos produtos energéticos, a taxa de variação homóloga mais do que duplicou, de 1,1% para 2,4% em agosto. Já o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 1,3%, mais 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior. A variação mensal do IPC foi nula (-0,7% no mês anterior e -0,2% em agosto de 2016), adianta o INE.
As importações aumentaram 12,8% em julho e as exportações 4,6%, em comparação com o mesmo mês de 2016, revelou o INE, agravando-se, assim, o défice da balança comercial. De acordo com o gabinete oficial de estatística, no caso das importações, os aumentos ocorreram em “todas as categorias económicas” em julho de 2017, “destacando-se claramente o crescimento dos combustíveis e lubrificantes”, que registaram uma progressão homóloga de 45,8%, para 629 milhões de euros. Quanto às exportações evidenciam-se os aumentos, em relação ao mesmo mês de 2016, nos fornecimentos industriais (mais 8,1%) e nas máquinas e outros bens de capital (mais 18,6%). O défice da balança comercial de bens situou-se em 1.057 milhões de euros em julho, “o que representa um aumento de 446 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”, adianta ainda o relatório do INE.
Desemprego inverte tendência e aumenta ligeiramente em agosto O desemprego aumentou em agosto, depois de seis meses de descida, revelam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). O aumento de cerca de duas mil pessoas (mais 0,5%) no número de desempregados em agosto faz ascender a 418 mil os portugueses inscritos no IEFP. O agravamento observado em agosto praticamente só se fez sentir junto dos jovens e dos que procuram o primeiro emprego. O número de inscritos com mais de 25 anos estagnou (aumento de 0,1%), enquanto abaixo dessa idade aumentou 3,3%. Entre
os que procuram um novo emprego observa-se essa mesma estabilização (0,1%) e um crescimento de 3,6% entre os inscritos que pretendem encontrar o seu primeiro trabalho. Apesar deste agravamento em cadeia, em comparação com o mesmo mês do ano passado, o desemprego continua a recuar, tendo caído 16% no último ano, o que equivale a menos 80 mil pessoas inscritas nos centros de emprego. Mesmo entre os jovens, existe um alívio de mais de 20%. Recorde-se que, em julho, o desemprego tinha alcançado o valor mais baixo desde o final de 2008. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-julio de 2017
L
os datos estadísticos del comercio hispano portugués referentes a los siete primeros meses del año reflejan aumentos tanto en las ventas españolas (10.476,6 millones de euros en 2016, frente a los actuales 11.398,7 millones de euros) como en las compras (6.228,9 millones de euros en 2016 frente a 6.509,1 millones de euros en estos siete primeros meses del año), lo que representan aumentos del 8,8% y del 4,5% , respectivamente. Estas ligeras variaciones en la balanza comercial ha generado un saldo positivo favorable a España de 4.889,6 millones de euros, situándose actualmente la tasa de cobertura en los 175,1%. Respecto a la distribución geográfica del comercio exterior español, que se recoge en los cuadros 2 y 3 no se
detectan alteraciones significativas en las posiciones cimeras. Portugal mantiene la quinta posición entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7% y por lo que a la demanda española se refiere el mercado portugués representa el 3,7% del total de las importaciones españolas y ocupa la 10 posición entre los principales proveedores. Tampoco se detectan alteraciones significativas en la distribución sectorial del comercio hispano portugués, respecto a los periodos anteriores. La lista de principales productos vendidos a Portugal está encabezada por la partida 87-vehículos automóviles (1.052 millones de euros), seguido por la partida 84-máquinas y aparatos mecánicos (815,5 millones de euros), 39-las materias plásticas; sus manufacturas (746,5 millones de
euros), 27-combustibles, aceites minerales (672,5 millones de euros) y en la quinta posición la partida 85-aparatos y material eléctricos (552,8 millones de euros). En el caso de las compras españolas a su vecino Portugal surgen a la cabeza, igualmente, la partida 87-vehículos automóviles, tractor (716,4 millones de euros), seguido de la partida 27-combustibles, aceites minerales (564,1 millones de euros), la partida 39-Materias plásticas; sus manufacturas (451,3 millones de euros), la 84máquinas y aparatos mecánicos (325,7 millones de euros) y la partida 72-fundición, hierro y acero (312,2 millones de euros). Se habrá de destacar que este grupo cinco partidas representan el 33,2% del comercio bilateral hispano portugués.
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-julio de 2017 VENTAS ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
Saldo 16
VENTAS Cober(%) 16 ESPAÑOLAS 17
COMPRAS ESPAÑOLAS 17
Saldo 17
Cober (%) 17
ene
1.265.646,00
754.840,44
510.806
167,67
1.466.668,97
851.614,13
615.055
172,22
feb
1.465.191,08
827.300,47
637.891
177,11
1.497.298,88
908.400,89
588.898
164,83
mar
1.561.949,47
932.848,80
629.101
167,44
1.782.642,64
1.027.991,04
754.652
173,41
abr
1.477.756,94
899.902,04
577.855
164,21
1.570.079,36
948.408,69
621.671
165,55
may
1.525.932,63
937.979,01
587.954
162,68
1.727.541,71
985.698,49
741.843
175,26
jun
1.612.563,57
935.179,29
677.384
172,43
1.722.502,69
926.660,01
795.843
185,88
jul
1.567.605,41
940.868,83
626.737
166,61
1.632.006,65
860.328,97
771.678
189,70
ago
1.390.294,43
756.495,36
633.799
183,78
0,00
0,00
0
0,00
sep
1.623.011,96
955.459,47
667.552
169,87
0,00
0,00
0
0,00
oct
1.589.508,93
882.210,88
707.298
180,17
0,00
0,00
0
0,00
nov
1.603.921,81
960.943,67
642.978
166,91
0,00
0,00
0
0,00
dic
1.505.480,32
823.968,22
681.512
182,71
0,00
0,00
0
0,00
18.188.862,55
10.607.996,48
7.580.866
171,46
11.398.740,89
6.509.102,23
4.889.639
175,12
Total
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
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Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-julio de 2017
Por lo que a la distribución por CC.AA. se refiere, Cataluña mantiene el liderazgo como principal región proveedora de Portugal, con un volumen de ventas que supera los 2.724,8 millones de euros (23,9% del total de las ventas españolas a Portugal) seguido de la CC.AA. de Madrid con 1.755,1millones de euros (15,4%) y en la tercera posición Galicia con 1.524 millones de euros (13,4%). Respecto a las compras españolas, la Comunidad de Madrid encabeza la lista, con 1.170,4 millones de euros (17,9 % del total de las compras españolas de Portugal), seguido de la Comunidad Autónoma de Galicia, con 1.143,3 millones de euros (17,6%), y en la tercera posición Cataluña, con 969,5 millones de euros (14,9%). Para finalizar este breve comentario y con base en estas últimas cifras de julio, si hacemos un ejercicio de extrapolación al conjunto del año, es muy probable que este año el comercio entre los dos países supere la cifra de los 30 mil millones de euros, frente a los 28.796,9 millones de euros alcanzados en diciembre de 2016.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
24.910.877,25
2
004 Alemania
18.187.408,97
3
005 Italia
13.466.475,10
4
006 Reino Unido
11.694.362,93
5
010 Portugal (d.01/01/86)
11.398.740,89
6
400 Estados Unidos
7.352.837,06
7
003 Países Bajos
5.470.853,25
8
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.968.840,14
9
204 Marruecos
4.669.035,57
10
720 China
3.577.585,47
11
052 Turquía
3.278.627,87
12
060 Polonia
3.156.800,64
13
412 México
2.675.022,98
14
039 Suiza (d.01/01/95)
2.541.383,11
15
952 Avituallamiento terceros
1.587.223,37
16 17 18 19 20
208 Argelia 732 Japón 508 Brasil 061 República Checa (d.01/01/93) 038 Austria SUBTOTAL TOTAL
1.573.772,08 1.448.604,04 1.425.980,02 1.417.979,49 1.412.428,13 126.214.838,37 163.064.487,14
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
3.Ranking principales países proveedores de España enero-julio 2017 Orden País 1
004 Alemania
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-julio de 2017 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
716.408,23
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
564.081,63
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
451.257,48
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
325.688,00
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
312.191,78
6
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
297.492,42
7
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
271.305,64
8
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
267.416,93
9
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
001 Francia
19.600.975,51
720 China
14.619.264,96 11.840.877,15
4
005 Italia
5
400 Estados Unidos
7.875.755,20
6
003 Países Bajos
7.017.317,42
7
006 Reino Unido
6.928.462,42
8
010 Portugal (d.01/01/86)
6.509.102,23
9
017 Bélgica (d.01/01/99)
4.522.607,05
10
204 Marruecos
3.843.709,90
11
052 Turquía
3.580.081,46
12
060 Polonia
2.981.166,10
13
208 Argelia
2.915.271,92
14
288 Nigeria
2.668.791,57
15
061 República Checa (d.01/01/93)
2.465.477,54
16
412 México
2.455.668,93
17
664 India
18
732 Japón
19 20
6.509.102,23
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-julio de 2017 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1.052.012,20
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
815.482,35
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
746.489,77
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
672.527,65
5
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
552.853,35
6
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
359.678,74
7
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
324.118,68
8
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
321.762,71
9
15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA
313.635,26
TOTAL
11.398.740,89
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
2
215.571,57
TOTAL
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2017
22.804.344,37
3
Importe
1
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-julio 2017 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 17
COMPRAS ESPAÑOLAS 17
2.405.191,46
Cataluña
2.724.832,79
Madrid, Comunidad de
1.170.405,21
2.322.382,41
Madrid, Comunidad de
1.755.146,98
Galicia
1.143.309,78
508 Brasil
2.302.257,51
Galicia
1.524.004,99
Cataluña
969.536,54
728 Corea del Sur (Rep. de Corea)
2.257.292,42
Andalucía
1.241.258,83
Comunitat Valenciana
568.802,65
SUBTOTAL
131.915.997,53
Castilla-La Mancha
764.597,16
Andalucía
552.352,76
TOTAL
176.251.620,83
Comunitat Valenciana
691.454,04
Castilla y León
404.874,59
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
outubro de 2017
ac t ua l i da d € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas portuguesas de la rama de la injección de plásticos y de la industria automóvil
DP170604
Fabricantes españoles y portugueses de paper honeycomb
DP170701
Contactos de restaurantes españoles en Lisboa, Oporto y Algarve
DP170702
Empresas españolas de inyección de plástico
DP170703
Empresas españolas fabricantes de bicarbonato de sodio, cloreto de calcio, soda cáustica e hipoclorito de sodio
DP170801
Agencias de viajes en Galicia
DP170802
Empresas españolas productoras de harina de trigo T65
DP170901
Empresas españolas del área de las artes gráficas y fotografía para presentar sus servicios
OP170401
Agentes comerciales en España Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos Empresa portuguesa de equipación para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español
OP170601
Empresa portuguesa del sector de la metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español
OP170803
OP170602 OP170801 OP170802
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Matadouros portugueses de suínos homologados para a Coreia do Sul
DE170604
Fábricas portuguesas de cerâmica decorativa Fabricantes portuguesas de fatos de noivo e parkas na zona de Porto e arredores Fábricas em Portugal de papel, celulose e guardanapos
DE170605 DE170606 DE170607
Fábricas em Portugal de confeção de roupa para senhora
DE170701
Lojas multimarca de moda infantil ou representantes em Portugal Empresas portuguesas do setor agropecuário Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadores/ distribuidoras em Portugal para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal
DE170901 DE170902 OE170302
Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal
OE170304 OE170305 OE170601 OE170602 OE170801
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
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Outubro Prazo
Imposto
Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica e pagamento do imposto apurado, relativamente às operações efetuadas em agosto/2017
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Declaração de remunerações relativa a setembro/2017
Entidades empregadoras
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de setembro/2017
Entidades empregadoras
20
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções de IRS e IRC ou Imposto do selo liquidado referente a setembro/2017
Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ ou prestações de serviços realizadas em setembro/2017, que se consideram localizadas noutros Estados-membros
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
20
IVA
Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 3º trimestre/2017, que se consideram localizadas noutros Estados-membros
Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É ainda aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros Estados-membros da UE
20
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em setembro/2017
Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)
Comunicação por:
- transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - recolha direta no Portal da AT.
31
IRC
2ª prestação do pagamento especial por conta (PEC)
Sujeitos passivos do IRC, que exercem a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
O PEC não é aplicável no exercício do início de atividade e no seguinte
31
IRC
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em agosto de 2017
Entidades pagadoras dos rendimentos
Obtenção de nº fiscal especial para não residente
68 act ualidad€
outubro de 2017
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE170154
F
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
09/08/1976
INGLÊS
RECURSOS HUMANOS
BE170155
F
INGLÊS/ PORTUGUÊS
DESIGN GRÁFICO
BE170156
M
ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO/ FRANCÊS
COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL
BE170157
M
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS
GESTÃO
BE170158
F
INGLÊS/ ESPANHOL
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/ COMERCIAL
BE170159
F
ESPANHOL
COMERCIAL
BE170160
F
ESPANHOL/ INGLÊS
DIREITO CRIMINAL
BE170161
F
ESPANHOL/ INGLÊS
TECNICA ADMINISTRATIVA
02/03/1972
BE170162
F
01/05/1972
FRANCÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
MERCHANDISING/ LANÇAMENTO DE PRODUTOS/ VENDAS
BE170163
F
04/09/1976
FRANCÊS/ ESPANHOL
TÉCNICA ADMINISTRATIVA
BE170164
F
01/06/1989
PORTUGUÊS/ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS
TRADUTORA
BE170165
F
PORTUGUÊS/ INGLÊS
CONSULTORA DE VENDAS E PUBLICIDADE
BE170166
F
14/04/1993
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
ADMINISTRATIVA
BE170167
M
17/12/1988
INGLÊS/ FRANCÊS
CONSULTOR
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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n oovuetm u b r o d e 2 0 1 47
ac t ua l i da d € 69
espaço de lazer
espacio de ocio
“Mundo”, o restaurante que põe os sentidos a viajar Quando a experiência de restauração se junta ao prazer de viajar, o resultado pode ser o que se encontra no “Mundo”. O restaurante abriu este verão, no centro do Porto, e promove o encontro de culturas… num mesmo prato. O chefe João Lameiras é o consultor gastronómico.
J
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
osé Ribeiro tem no currículo mais de 30 anos de experiência em restauração. Com o sócio Carlos Bravo gere atualmente projetos conceituados como “O Tripeiro” (comida tradicional), “Casa de Pasto Palmeira” (tapas e petiscos) e o “LSD” (cozinha de autor), todos localizados no Porto: “Fomos os primeiros a acreditar no turismo no Porto, por isso temos boas casas, que trabalham bem. Sabemos tratar bem os clientes, venham eles de onde vierem.” José Ribeiro está contente com o sucesso dos seus projetos, bem como com o interesse que a cidade do Porto gera e
70 act ualidad€
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acredita que isso favorece a qualidade da sobrevivam. O Porto mudou e melhorestauração e da hotelaria: “Só da quanti- rou, sendo hoje uma cidade viva mesmo dade nasce a qualidade, ou seja, tem que à noite, o que não se verificava antes.” haver muitas pessoas a consumir e muitos espaços de restauração. Nem todos podem servir comida de topo. A qualidade custa mais caro e tem que haver consumidores em quantidade suficiente para que esses projetos
espacio de ocio
O “Mundo” quer posicionar-se nesse hemisfério da qualidade, garante José Ribeiro, que juntamente com Carlos Bravo e outros dois empresários, os donos do Royal Cocktail Bar e do Gin House, Miguel Camões e Juan Pereira, abriram este novo projeto na rua da Picaria, também no Porto. A ideia surgiu numa das viagens que fizeram: “Sim, antes de abrirmos este restaurante, tivemos muito mundo, conhecemos muitos lugares até que um dia, em Berlim, o conceito começou a formar-se. Estávamos num restaurante numa zona de Berlim pouco apelativa, mas com comida maravilhosa. O espaço antes havia sido um restaurante chinês e os novos donos mudaram tudo, mas mantiveram o toque oriental. A carta tinha pratos berlinenses, mas com muito Oriente à mistura.” No projeto Mundo também cabe o Oriente. Cabem, aliás, todos os pontos cardeais, às vezes, no mesmo prato. Confusos? José Ribeiro explica: “Quisemos que os pratos bebessem influências de várias cozinhas. Foi esse o desafio que lançámos ao João Paulo Lameiras, um chefe que conhecemos e que criou a nossa carta. É o consultor gastronómico do restaurante. Cozinhamos ingredientes europeus com técnicas asiáticas, por exemplo. Servimos Vieira portuguesa com chouriço espanhol, um tataki de porco ibérico, um atum marinado com amendoim e lichias, uma picanha com abacaxi grelhado, acompanhada de cebolas orientais, sardinha crua marinada, acompanhada de enchido de porco ibérico e gaspacho de morango, broa e poejo, entre outras propostas.” O objetivo é “brincar a sério com sabores” para “tentar transmitir sensações de vários lugares”. A ideia é sintetizada num objeto que funciona como símbolo do restaurante, que é disponibilizado aos clientes: “Uma peça em bambu, com um garfo numa das extremidades, que se abre do outro lado em dois pauzinhos, mais vocacionados para a cozinha oriental.” A carta está dividida em secções, mas todas foram buscar inspiração a distin-
tas paragens, sublinha José Ribeiro. O “Mundo na Mão” serve pratos leves, quer ao balcão, quer à mesa, para comer sem talheres: dumplings cozinhados ao vapor com viera, camarão e chouriço, lulas fritas com sweet chilli, amendoim e coentros, por exemplo. A “Mundo Frio” sugere pratos frios como o atum marinado com amendoim e lichias , a salada de noodles com ervas, legumes e malagueta ou o tiradito de vieiras com abacate, funcho, morango e baunilha. O “Mundo Maior” é a área dos chamados pratos principais. Aqui figuram a moqueca de corvina e camarão, a picanha, o frango do campo com molho de amendoim, o caril thai com com noodles crocantes, o magret de pato com molho de pimenta e mel, um prato de borrego e outro onde o entrecosto é o protagonista. Ao todo são nove propostas nesta secção. No domínio dos acompanhamentos é possível encontrar cuscus, arroz glutinoso, couve pak choi e corações de alface. A secção “Mundo Doce” é dedicada às sobremesas e inclui nas sugestões um ceviche de fruta, uma torta de cenoura, uma panna cotta de chocolate branco, churros fritos com três acompanhamentos e um mil folhas de batata-doce e gelado de sésamo preto. O restaurante inclui também uma
espaço de lazer
zona de bar, onde brilham as propostas da equipa do Royal Cocktail Bar: cinco cocktails de autor, entre outras bebidas mais tradicionais. Há também espaço para um DJ convidado (que vai variando), na mezanine, criada em cima da cozinha, tirando partido de gigante pé direito da sala. Outro ponto forte deste “Mundo” é a arquitetura original do edifício, que foi preservada e elevada pelo projeto de reabilitação e decoração de Francisco Mourão: no piso térreo funciona o restaurante e na cave estão as casas de banho. Para lá chegar percorre uma rampa granítica, que dá pistas sobre a antiga função do prédio. “O edifício era usado como entreposto de pessoas e mercadorias”, conta José Ribeiro, durante a visita guiada que fez à Actualidade. No restaurante, que, por enquanto, só abre às 18h, a luz suave ilumina os murais de Fedor Rua, que “exaltam a diversidade da beleza feminina”: rostos de mulheres caraterísticas dos cinco continentes. Na decoração do espaço, sobressaem ainda traços da arquitetura industrial.
Mundo Rua da Picaria, 58, Porto Telemóvel: 912 090 029
outubro de 2017
ac t ua l i da d € 71
espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural Cinema
“A Viagem a Espanha”
Depois de Inglaterra e de Itália, é Espanha que reúne os comediantes Rob Brydon e Steve Coogan numa viagem pelo país e pela idiossincrasia dos protagonistas. “The Trip to Spain” mantém os ingredientes vencedores dos precedentes “The Trip” (2010), uma viagem pelo norte de Inglaterra, e “The Trip to Italy” (2013): o humor sarcástico nos diálogos e a gastronomia como inspiração da viagem aliada a curiosidades culturais, como as histórias sobre a edição de “D. Quixote”, de Cervantes, entre outros detalhes. A aventura procura mostrar uma Espanha menos badalada pelas agências de viagens, escapando a Madrid, Barcelona, Sevilha ou Valência, e fazendo escalas em Santander, Getaria, Hondarribia, Etxebarri, Sos del Rey Católico, Botaya, Prejano, Sigüenza, Cuenca, Almagro, Granada e Málaga. Uma boa parte dos diálogos desenrolam-se à mesa de alguns d o s melhores restaurantes de Espanha, à medida que desfilam sugestivas iguarias. O filme, dirigido pelo realizador inglês Michael Winterbottom, aguça o apetite por uma Espanha menos conhecida e também pela próxima aventura que volte a juntar estes dois atores. Em exibição, em várias salas de cinema do país
Exposições
Picasso e Lautrec juntos no Thyssen-Bornemisza Mais de uma centena de obras, procedentes de cerca de sessenta coleções públicas e privadas de todo o mundo, confrontam pela primeira vez o trabalho de Pablo Picasso e de Henri de Toulouse-Lautrec, numa exposição patente no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid. A mostra, comissariada por Francisco Calvo Serraller, catedrático de História da Arte da Universidade Complutense de Madrid, e Paloma Alarcó, chefe de conservação de Pintura Moderna do Museu Thyssen-Bornemisza, apresenta “cinco secções temáticas que uniram simbólica e formalmente os mundos dos dois artistas – Boémios, Underworld (sub-mundo), Vagabundos, Elles e Eros escondido.” Podemos apreciar caricaturas, o mundo noturno dos cafés, cabarés, teatros, a realidade de seres marginais, o circo ou o universo erótico dos bordéis. É conhecida a admiração de Picasso por Lautrec, apesar de nunca o ter conhecido. O pintor francês viveu entre 1864 e 1901 e o espanhol entre 1881 e 1973. Quando Picasso chegou a Paris, em outubro de 1900, Lautrec estava muito doente: “Mesmo assim, a obra radical de Lautrec e sua concepção de modernidade fizeram um impacto muito poderoso no jovem Picasso. Através dele, Picasso descobriu as muitas facetas da sociedade moderna, que influenciaram a sua abordagem à arte A carreira artística de Lautrec durou apenas quinze anos, a de Picasso, no entanto, mais de sete décadas. Eram ambos génios artísticos desde a infância, sentiram-se atraídos por Paris na juventude, rejeitaram o ensino académico que lhes foi imposto e beberam sucessivamente em fontes históricas muito semelhantes, como, por exemplo, as de Ingres, Degas, ou El Greco. Mas acima de tudo, o domínio do desenho seria uma das chaves que daria sentido ao trabalho de ambos. Tanto Lautrec como Picasso desenharam compulsivamente ao longo das suas vidas, tinham uma predisposição especial para a linha e para a caricatura e, desde cedo, preenchiam centenas de cadernos com seus hábeis desenhos habilidades. Pode-se dizer que os dois pensaram e se expressaram desenhando, e qualquer novo trabalho foi precedido por inúmeros ensaios e experiências em papel.”
De 17 de outubro até 21 de janeiro de 2018, no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid
O trabalho de Maria José Burki, na Gulbenkian “Às vezes sombra, às vezes luz” é o nome da mostra que ocupa o Espaço Projeto e a Sala Polivalente do Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna, e inclui um filme inédito criado especialmente para a exposição. “Autora de um trabalho poético e contemplativo”, Marie José Burki (Bienne, Suíça, 1961) apresenta, nesta sua primeira exposição em Portugal, um conjunto de filmes, fotografias e de colagens: “Em estruturas narrativas simples ou a partir da captação de momentos expressivos singulares, as obras de Marie José Burki centram-se em figuras anónimas e banais ou inspiradas em textos literários, que protagonizam uma suspensão no tempo e no espaço.” A artista procura refletir sobre as reações da sociedade às tragédias, aos média e a outros fenómenos massivos.
Até 20 de novembro, na Gulbenkian, em Lisboa 72 act ualidad€
outubro de 2017
espacio de ocio Amarante acolhe Bienal Ibérica do Património Cultural A Feira do Património em Portugal, organizada pela Spira - revitalização patrimonial (em 2013, no Museu de Arte Popular, Lisboa; em 2014, na Casa de Memória, Guimarães; em 2015, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Coimbra), fundiu-se no ano passado com o evento espanhol AR&PA - Bienal de la Restauración y Gestión del Património. A primeira edição da Bienal AR&PA – Bienal Ibérica do Património Cultural vai acontecer em Amarante, entre os dias 13 e 15 de Outubro. A edição de 2017 é dedicada do tema da Gestão Patrimonial, sendo promovida pela Rota do Românico, copromovida pela Junta de Castela e Leão do lado espanhol e organizada pela Spira. O evento ocupará o Centro Histórico de Amarante, “trabalhando desta vez não somente um equipamento, mas todo o centro histórico de uma cidade”, reunindo “cerca de 100 expositores, entre entidades portuguesas e espanholas”. Estão programados vários workshops, debates e um seminário internacional, bem como “uma diversificada programação cultural complementar dirigida ao público generalista, às famílias e aos mais novos”. De destacar as visitas guiadas à rota do românico, o espetáculo de video mapping d’OCUBO com o tema do românico a projetar na fachada da Igreja de S. Gonçalo nas noites de sexta e sábado. Nessas noites atuam também, respetivamente, a Orquestra Juvenil Bonjóia e a Orquestra do Norte.
espaço de lazer
A Bienal conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República, com a Direcção-Geral do Património Cultural e a AICEP Portugal Global como parceiros institucionais, assim como com a F u n d a ç ã o Millennium bcp na qualidade de parceiro premium, entre outras variadas parcerias e apoios. A próxima edição da bienal será em Valladolid, onde se realizará sempre que for ano de bienal em Espanha. Em Portugal o evento terá um caráter itinerante.
Entre 13 e 15 de outubro, em Amarante Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Mostra Espanha em várias cidades portuguesas A edição de 2017 da Mostra Espanha arranca com o ciclo de obras convidadas do Museu Nacional de Arte Antiga, que traz a Portugal “uma obra de Diego Rodríguez de Silva y Velázquez, o grande mestre da pintura espanhola, cuja ascendência paterna, era precisamente, portuguesa”. Trata-se do quadro “Sibila”, um óleo sobre tela de 62 x 50 cm., que terá sido pintado em 1632: “A obra representa uma mulher jovem, de perfil, olhando em frente e carregando no seu braço esquerdo uma tábua ou tela, como quem escreve ou talvez como quem pinta. Ainda que no passado se tenha tentado identificar a retratada (sem fundamento real) como sendo a esposa do pintor, quer o gesto quer o ambíguo atributo fizeram com que se tenha identificado o tema como sendo uma das sibilas, personagens da mitologia grecorromana às quais eram atribuídas capacidades adivinhatórias, e que a tradição cristã assimilou como profetisas pagãs do nascimento de Cristo.” Também no âmbito da Mostra Espanha, nos Cinemas UCI do El Corte Inglés é possível assistir ao Cine Fiesta, cuja programação integra filmes como “Ozzy” de Alberto Rodríguez, “EL Bar” de Alex de la Iglesia, “Contratiempo” de Oriol Paulo, “Que Dios nos perdone” de Rodrigo Sorogoyan e “el Guar-
dian Invisible” de Fernando González Molina. Destaque ainda para os espetáculos: “A possibilidade que desaparece frente à paisagem”, no Teatro Maria Matos, em Lisboa, nos dias 3 e 4 de outubro; “A outra mão de Cervantes”, uma peça a exibir no dia 8 de outubro, no Porto, e no dia 10 de outubro, no Teatro Circo, em Braga; o concerto Fetén-Fetén, no Cine Teatro São João, em Palmela, entre outras propostas. A Mostra Espanha, organizada pela Secretaria de Estado de Cultura do Governo espanhol, pela Embaixada de Espanha em Portugal, pelo Instituto Cervantes e pela Acción Cultural Española (AC/E), tem programadas, até fevereiro de 2018, “atividades que abrangem exposições de arqueologia e arte clássica e contemporânea, espetáculos teatrais, concertos e mostras de cinema, apresentações literárias e encontros entre especialistas e gestores culturais”. A programação concentra-se sobretudo nas cidades de Lisboa e Porto, mas chegará, pontualmente, a outras cidades portuguesas. O objetivo é “estabelecer espaços de encontro, argumentos de diálogo e fortalecer as redes profissionais entre os Governos dos dois países”.
Até fevereiro de 2018, em várias cidades portuguesas outubro de 2017
ac t ua l i da d € 73
últimas
últimas
Statements Para pensar
“Com a adoção do Acordo de Paris, urge reforçar os instrumentos para alcançar os objetivos a que Portugal se propôs. Assim, com este acordo, o país reforça o seu compromisso em ser neutro em emissões de gases com efeito de estufa até ao final da primeira metade do século” João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, sobre a declaração conjunta de 31 governos para reduzir as emissões de carbono, que foi assianda em Lisboa, “Jornal Económico”, 31/8/17
“O aumento do valor do crédito concedido para viaturas a empresas e particulares é o reflexo da dinamização da economia portuguesa e da consequente mobilização dos agentes económicos, no sentido de financiarem os meios de transporte, quer para a atividade empresarial quer para o uso de particulares” Comunicado da ASFAC, sobre a concessão de crédito especializado, que aumentou 16,4% em julho,
“Jornal Económico”, 30/08/2017
• Assessoria ao Comércio Externo • Missões Empresariais • Serviço de Tradução e Intérprete • Recuperação de IVA • Seminários / Conferências • Almoços de empresários • Revista Actualidad€ Economia Ibérica • Torneio Ibérico de Golfe e Padel • Eventos sociais • Formação
Interlocutor Privilegiado nas Relações Bilaterais Portugal / Espanha www.portugalespanha.org Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º Piso, 1050-155 Lisboa Tel Geral: (+351) 213 509 310, e-mail: ccile@ccile.org
“Somos um banco muito diferente [a nível de resultados e solidez] antes e depois da crise” Nuno Amado, presidente do Millennium bcp, “Jornal Económico”, 4/9/17
“O desempenho das exportações [portuguesas] tem ultrapassado os pares regionais [com um ritmo de ganho de quota de mercado, desde 2007, superior ao de países como a Alemanha, Espanha ou Irlanda]” Relatório da Standard & Poor’s, baseando a subida da notação de risco da dívida portuguesa em fatores como o desempenho das exportações portuguesas e do turismo, “Eco-Economia Online”, 16/9/17
“A recuperação da Zona Euro e de outras áreas [para onde Portugal exporta] vão dar suporte ao crescimento económico (...) [prevendo-se] um desempenho sólido das vendas para o exterior em 2017, o que deverá elevar o peso das exportações de bens e serviços no PIB para cerca de 44%” Idem, ibidem
“Conseguimos tornar a nossa dívida [da República portuguesa] mais apetecível para várias instituições” Cristina Casalinho, presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública-IGCP, falando
após a melhoria do rating atribuído pela S&P à dívida da República portuguesa, “Eco-Economia Online”, 19/9/17