Actualidade Economia Ibérica - nº 247

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Actualidad

Economia ibérica janeiro 2018 ( mensal ) | N.º 247 | 2,5 € (cont.)

Setores que dinamizam a economia espanhola pág. 38

“Stock do investimento estrangeiro cresceu 8,5% até setembro” pág. 14

EDP realça eficiência do seu projeto pioneiro de solar fotovoltaico flutuante pág. 20

Joalharia portuguesa ganha espaço no El Corte Inglés pág. 26


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Índice

índice

Foto de capa: DR

Nº247 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública”

Grande Tema

Family Vinyards: 52. Lisbon dividir esforços para multiplicar resultados

Los sectores que dinamizan la economía española

38.

Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha

_________________________________________ Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copy Desk: Julia Nieto e Manuela Ramos Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Manuela Ramos (manuela@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Nuno Ramos e Tânia Franco Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: ccile@ccile.org Redação: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição: VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém

Editorial 04.

- Belén Rodrigo

Opinião 06.

O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor.

Atualidade 22.

Informa D&B faz “retrato” dos gestores de empresas em Portugal

24.

O bairro sustentável que está a nascer na Catalunha

28.

La alta perfumería portuguesa llega a Madrid

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Câmara de Comércio e Indústria

Tem a certeza de que a sua empresa não tem um estabelecimento estável? - Tânia Franco

Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787

Nuevos sectores ganan protagonismo en la economía española

E mais...

08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 30.Marketing 36.Fazer Bem 46. Advocacia e Fiscalidade 48. Setor Imobiliário 52.Vinhos & Gourmet 56.Eventos 60.Ciência e Tecnologia 62. Setor Automóvel 64.Barómetro Financeiro 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

Luso Espanhola

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Nuevos sectores ganan protagonismo en la

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a recuperación de la economía española se debe, en parte, al buen comportamiento de sectores que han emergido en los últimos años. La crisis ha obligado a muchas compañías a reinventarse, pero también el cambio social y tecnológico ha traído novedades. Han aparecido sectores dinámicos, f lexibles, con gran capacidad de adaptación a las necesidades de los consumidores. Y en todos ellos prima la apuesta por las nuevas tecnologías y en muchos casos, también por la internacionalización. El sector servicios o el hotelero, han resurgido con mucha fuerza, igual que el financiero o incluso el industrial. La inversión en la innovación ha sido fundamental para que dichos sectores ganen protagonismo en la economía

española pero también hay otros que han nacido de cero, como es el caso de la llamada economía colaborativa. Desde que comenzó la crisis no han parado de surgir empresas y plataformas que facilitan el intercambio de productos y servicios. Se trata de un modelo de negocio que pone en contacto a particulares para compartir o vender bienes y servicios. La consultora PwC y la escuela de negocios OBS han previsto que el impacto mundial en 2025 de la economía colaborativa será de 300 mil millones de euros. Hay que estar atentos a este nuevo fenómeno social y económico. Todo este cambio trae consigo alteraciones en el mercado laboral. Hay profesiones que deberán evolucionar y adaptarse a las necesidades del mercado. De ahí que cada vez sean más necesarios especialistas en

Por Belén Rodrigo*

big data, experto en posicionamiento en buscadores, experto en cloud computing , experto en marketing virtual, community manager, técnico en impresión 3D o programador de aplicaciones para móviles, entre muchos otros. España atrae capital extranjero Es importante resaltar que España es un país atractivo para muchos países que buscan invertir en sectores punteros. Según los datos facilitados por el Icex, la inversión extranjera directa recibida por España en 2016 creció un 2% respecto a la registrada el año precedente, superando los 24.790 millones de euros. Asimismo, en el primer semestre de 2017, dicha inversión ascendió a 14.206 millones de euros, un 10,6% mayor a la registrada en el mismo periodo de 2016. El presente año es el quinto año consecutivo en que la inversión extranjera registra un crecimiento. España es percibida, cada vez más, como una ubicación idónea para realizar proyectos de alto valor añadido por las empresas de capital extranjero. Según los últimos datos disponibles del Registro de Inversiones Exteriores, operan en nuestro país más de 12.500 empresas extranjeras que tienen un stock de inversión equivalente a casi 400 mil millones de euros y que dan empleo directo a más de 1,2 millones de personas, lo que supone casi el 14% de los trabajadores en activo en España.  * Directora E-mail: brodrigo@ccile.org

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Tem a certeza de que a sua empresa não tem um

estabelecimento estável?

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Por Tânia Franco*

um contexto de crescente investimento quer habitualmente exerça, poderes de intermediação e de de entidades portuguesas no estrangeiro conclusão de contratos que vinculem a empresa, no quer de entidades estrangeiras em Portugal, âmbito das atividades desta”. Esta definição coincié de extrema relevância a análise do risco de de com aquela estabelecida pela OCDE e largamente estabelecimento estável. adotada no mundo. O conceito de estabelecimento estável assenta no O primeiro pressuposto para a verificação de um esprincípio da territorialidade, ao abrigo do qual o tabelecimento estável é a existência de uma instalação Estado português tem legitimidade para tributar os fixa. Se por um lado facilmente se assume que uma eventos que se considerem ocorridos em território fábrica ou um escritório são uma instalação fixa, o português, ainda que praticados por entidades que que dizer de serviços prestados através de plataformas aqui não sejam residentes. informáticas? Ora, se a autoridade para O segundo pressuposto para tributar entidades cuja sede a existência de um estabeleci“Não obstante a definição esteja registada em território mento estável é o exercício de nacional se afigurará intuitiva, uma atividade de natureza code estabelecimento estátributar em Portugal entidades mercial, industrial ou agrícola. vel prevista na legislação que aqui não sejam residentes Para este efeito, não relevam pode assumir um elevado grau atividades de carácter merainterna de cada Estado, há, de dificuldade e subjetividade. mente preparatório ou auxiliar. no entanto, que atender à Para este efeito, é definido na Mas a partir de que limite é legislação de cada país o conque uma atividade deixa de ter definição deste conceito ceito de estabelecimento estácaráter preparatório ou auxiliar nas várias convenções bila- e constitui, por si só, uma ativel, o qual, regra geral, tem por base a definição modelo da Orvidade económica? terais para evitar a dupla ganização para a Cooperação e O terceiro pressuposto para tributação celebradas entre a existência de um estabeleDesencvolvimento Económico (OCDE), ainda que possa dicimento estável é o exercício, os Estados, as quais prevavergir em pormenores que se por um agente dependente, de lecem sobre a legislação são da máxima importância. uma atividade por conta de Assim, uma entidade que tenha uma empresa quando este exerinterna“ um estabelecimento estável em ça poderes de intermediação e território português está sujeita conclusão de contratos relatia tributação em Portugal sobre a totalidade dos ren- vos à atividade prosseguida pela empresa. dimentos imputados a esse estabelecimento estável. O Não obstante a definição de estabelecimento estável mesmo acontece, regra geral, com outras jurisdições. prevista na legislação interna de cada Estado, há, no De acordo com a legislação portuguesa, “considera- entanto, que atender à definição deste conceito nas se estabelecimento estável qualquer instalação fixa várias convenções bilaterais para evitar a dupla tribuatravés da qual seja exercida uma atividade de natu- tação celebradas entre os Estados, as quais prevalecem reza comercial, industrial ou agrícola” em território sobre a legislação interna. Isto porque, ainda que baportuguês. “Considera-se que também existe um es- seados na convenção modelo da OCDE, os diversos tabelecimento estável quando uma pessoa, que não pormenores da redação do conceito podem dar azo a seja um agente independente (…), atue em territó- diferentes interpretações dos pressupostos para a sua rio português por conta de uma empresa e tenha, e efetivação.

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opinião

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opinión

Face ao nível de subjetividade inerente a esta matéria, a OCDE tem vindo a divulgar orientações com exemplos práticos para auxiliar a avaliação da aplicação deste conceito. A aplicação do conceito de estabelecimento estável, e consequente tributação das entidades não residentes que exercem atividade em determinado território, assume particular relevância numa era em que os serviços prestados de forma virtual são cada vez mais comuns. A existência de estabelecimento estável nes-

te tipo de serviços depende de critérios subjetivos e, portanto, é mais suscetível de ser questionada pelas autoridades fiscais. Face a todas as variáveis que influenciam a conclusão pela existência ou não de um estabelecimento estável, tem a certeza de que a sua empresa não tem estabelecimentos estáveis?  *Tax manager da Moore Stephens & Associados E-mail: tania.franco@moorestephens.pt

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

BPI alcança mais valias de 73 milhões de euros graças a sinergias com o grupo CaixaBank O conselho de administração do banco BPI aprovou a alienação ao grupo CaixaBank de vários negócios relacionados com a atividade de seguros de vida e pensões, gestão de ativos e banca de investimento, o que representará a obtenção de mais valias antes de impostos, no valor de 73 milhões de euros. A operação, que também foi aprovada pelo conselho do CaixaBank, principal acionista do BPI com 84,5% do capital, tem como objetivo melhorar e ampliar, a médio e longo prazo, a oferta comercial aos clientes do BPI, criar sinergias com o grupo CaixaBank e concentrar o banco BPI na atividade bancária core. Estas transações não implicarão mudanças na relação com os clientes, uma vez que o BPI continuará a assegurar a operação comercial dessas atividades através dos cor-

respondentes contratos de agência, comercialização ou prestação de serviços. O BPI aprovou a alienação de todas as ações da BPI Vida e Pensões, sociedade que gere a atividade de seguros de vida e a gestão de fundos de pensões, à VidaCaixa, filial do grupo CaixaBank, por 135 milhões de euros. Os contratos de distribuição de seguros entre o grupo BPI e a Allianz Portugal não serão afetados por estas mudanças, assegura o grupo. Também serão transferidas as participações de 100% nas sociedades de gestão de fundos de investimento do grupo BPI, BPI Gestão de Activos e BPI Global Investment Fund, para o CaixaBank Asset Management, por 75 milhões e oito milhões de euros, respetivamente. Os escritórios centrais e as equipas atuais destas três sociedades vão manter-se inal-

terados e continuarão a desenvolver a sua atividade em Portugal e no Luxemburgo como até agora. Além disso, prevê-se um aumento das equipas durante 2018. “O banco BPI atuará na qualidade de agente, o que não alterará o serviço aos clientes. Desta forma, com estas operações, o grupo CaixaBank vai tornar-se líder em serviços financeiros não bancários no mercado ibérico e os clientes do BPI poderão aceder a novos fundos de investimento internacionais em condições vantajosas”, assegura o grupo. Finalmente, o Conselho do banco BPI aprovou a venda das posições jurídicas do Banco Português de Investimento (controlado pelo Banco BPI) dedicadas ao desenvolvimento da atividade de corretagem de ações, research e corporate finance ao CaixaBank.

Medway e Renfe inauguram operação do Terminal de Mérida Estão já em operação as ligações ferroviárias entre o Terminal de Mérida (em Espanha) e a Bobadela, em Portugal. Esta operação resulta de uma parceria entre a Medway e a Renfe, que passou a assegurar a operação daquele terminal desde o passado dia 15 de novembro. Composto por 22 vagões, este comboio transporta 1.190 toneladas brutas de produtos, nomeadamente produtos alimentares vindos da Extremadura, numa viagem de cerca de nove horas. Para o transporte, a Renfe utiliza uma locomotiva da série 333 para a tração do comboio e, uma vez passada a fronteira, será a nova Euro4000, da Medway, que se encarregará de

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a levar ao seu destino, informa esta empresa. No entanto, estão em curso os desenvolvimentos necessários para que no futuro estas viagens possam ser integralmente feitas pelas Euro4000, evitando assim que os comboios mudem de tração. Numa primeira fase, tratar-se-á de um serviço entre os portos nacionais (Sines, Lisboa e Setúbal) e o porto seco de Mérida, com duas ligações

semanais que irão alargando primeiro a três, embora com o objetivo de chegar às seis. No futuro, pretendese também estender este serviço a outras localidades em Espanha e em Portugal.


Breves A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, representada pelo seu presidente, António Saraiva, e a COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, representada pela presidente do conselho de administração, Maria Celeste Hagatong (na foto), assinaram em dezembro um protocolo de colaboração para o desenvolvimento e concretização de iniciativas e de instrumentos de apoio às exportações e à internacionalização das empresas portuguesas. “Esta iniciativa visa o incremento da exportação de bens e serviços de origem portuguesa, apoiar a diversificação dos mercados de exportação, o fomento do investimento empresarial e o reforço da competitividade das empresas portuguesas, sobretudo em mercados de risco mais agravado”, anunciaram as duas entidades. Com a assinatura deste protocolo, a CIP e a COSEC concretizam o apoio às empresas nacionais exportadoras e/ou com processos de internacionalização em curso, através da disponibilização de um conjunto de produtos e serviços ligados aos instrumentos de apoio à exportação e internacionalização. O acordo garante

Foto Sandra Marina Guerreiro

CIP e COSEC apoiam exportações nacionais

ainda a facilitação da estruturação do seguro de riscos políticos relativo a operações de exportação e/ ou de financiamento em que as empresas, associadas da CIP ou das suas associadas, estejam presentes. O protocolo prevê ainda a realização de ações de informação sobre os instrumentos de seguros de créditos à exportação, seguros caução e seguros de investimento com a garantia do Estado, bem como a divulgação sobre os tipos e as modalidades de coberturas disponibilizados, mercados elegíveis e dos procedimentos de contratação às empresas portuguesas.

Lucro da Galp dispara 45% no terceiro trimestre O lucro líquido ajustado da Galp Energia disparou 45 % no terceiro trimestre de 2017, face ao mesmo período do ano anterior, para 166 milhões de euros, suportados pelos bons desempenhos nos negócios da refinação e da produção, mas ficou ligeiramente abaixo das estimativas dos analistas. O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos depreciações e amortizações) do grupo subiu 27% face ao mesmo período do ano anterior, para os 487 milhões de euros. Os números são ajus-

tados para corrigir os efeitos de stock e eventos não-recorrentes (RCA). A Galp salientou, em comunicado divulgado no site da CMVM que o resultados foi “suportado pelo desempenho dos negócios de exploração e produção e de refinação e distribuição, que mais do que compensou o efeito da desconsolidação da atividade de infraestruturas de gás”. O EBITDA RCA do negócio de R&D aumentou 38 milhões de euros, para os 218 milhões devido ao aumento das margens de refinação.

Novo investimento para aumentar a integração de fontes de energias renováveis na Europa Até 2021, vão ser investidos 26,4 milhões de euros para aumentar a integração de fontes de energia renováveis na Europa, 20 milhões dos quais vão ser financiados pela Comissão Europeia. O objetivo da Comissão Europeia é que até 2030, pelo menos 50% da energia existente na Europa seja proveniente de fontes renováveis, maioritariamente eólica, solar e hídrica. Ao todo, 34 instituições vão trabalhar para atingir o mesmo objetivo e três delas são portuguesas– o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), a EDP Distribuição e o CNET–Centre for New Energy Technologies. Portugal vai ter uma área de demonstração real, no Norte do país. Chama-se EU-SysFlex (pan-european system with an efficient coordinated use of flexibilities for the integration of a large share of RES) o projeto que arrancou agora e que até outubro de 2021 vai trabalhar na identificação e avaliação dos desafios técnicos e no desenvolvimento de estratégias técnicas, de mercado e de regulação que permitam identificar, quantificar e tirar partido das flexibilidades existentes no sistema elétrico europeu (ver também texto na pág. 20/21). Em Portugal, vai ser criado o designado por Virtual Power Plant, localizado na barragem de Venda Nova III, no distrito de Vila Real, e nos parques eólicos situados na proximidade. Este mecanismo vai permitir controlar a produção da barragem hídrica de acordo com as variabilidades do recurso eólico. “Imaginemos que num determinado momento não há vento suficiente para injetar na rede elétrica, esta plataforma vai permitir perceber isso e dar ordens para que se turbine água da barragem, como se de uma central única se tratasse”, explica Bernardo Silva, investigador sénior do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC. Vendas da Corticeira Amorim continuam a aumentar impulsionadas pela área de rolhas A Corticeira Amorim encerrou a atividade dos primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 56,4 milhões de euros, um crescimento de 2,1% face ao período homólogo de 2016.

De salientar que desde 30 de junho, a Corticeira Amorim passou a incluir as atividades das empresas do grupo Bourrassé, o que influenciou positivamente o crescimento das vendas. As vendas atingiram os 531 milhões de

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Breves euros, o que representa um aumento de 8,3% face ao período homólogo de 2016. Por unidades de negócio, destaca-se o crescimento das vendas da unidade de rolhas (+12,2%), sendo de salientar a integração da atividade da Bourrassé. No entanto, mesmo excluindo as vendas da recentemente adquirida Bourrassé, o crescimento desta rubrica foi de 8,2%. A unidade de revestimentos manteve o crescimento das vendas (+1,5%) e a de aglomerados compósitos diminuiu as vendas em 3,5%. Em termos consolidados, o aumento da produção implicou um aumento dos custos operacionais superior ao crescimento das vendas, efeito compensado pelo aumento da margem bruta. Efapel prevê crescer 18% em 2017 A Efapel, maior fabricante nacional de aparelhagem eléctrica de baixa tensão e líder de mercado, prevê ter atingido em 2017 um crescimento de 18% relativamente ao anterior exercício, o que equivale a vendas na ordem dos 35,5 milhões de euros.

A Efapel exporta atualmente para mais de 50 países, desde a Europa e África ao Médio Oriente e América Latina. O continente europeu foi o principal destino das exportações da Efapel durante o exercício. Quanto à subsidiária de Espanha, Efapel-Soluciones Eléctricas, localizada em Salamanca, registou também um bom desempenho, representando cerca de um terço das vendas externas do grupo de Serpins (Coimbra). Vicaima reforça produção e cria 80 postos de trabalho O grupo Vicaima prepara-se para reforçar a sua produção, garantindo a criação de 80 novos postos de emprego. A empresa portuguesa exporta já 92% da sua produção para cerca de 30 países, distribuídos por todo o mundo, contando ainda com presença direta no Reino Unido, Espanha e Marrocos, “sendo este reforço de recursos uma oportunidade para alargar ainda mais as suas fronteiras”. As contratações visam incorporar os novos profissionais na sede da empresa, em Vale de Cambra, distrito de Aveiro, e incluem vagas para operadores de máquinas, ajudantes de operador, condutores de empilhador, operadores de armazém, entre outros.

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Millennium Go! Júnior lançada para o público até aos 13 anos O Millennium bcp lançou o Millennium GO! Júnior, “uma solução integrada pioneira e única no mercado, destinada aos mais novos, dos 0 aos 13 anos, e que cresce a pensar no seu futuro”. Esta nova solução integrada permite o acesso a, entre outros, conta à ordem, poupança, cartão pré-pago, seguros Millennium e um cartão de identificação GO! Júnior com diversas vantagens. Esta oferta garante ainda um seguro de assistência na urgência médica, com o acesso a uma linha específica Médis e um seguro de roubo de dispositivos eletrónicos portáteis. Na adesão é também entregue ao cliente um mealheiro, o cofre dos desejos, incentivando à poupança e um cartão de identificação GO! Júnior que dá acesso a descontos junto de

um conjunto alargado de parceiros. Por apenas 0,25 euros por mês, desde que os pais ou avós sejam detentores de uma solução integrada de produtos e serviços bancários no Millennium bcp (Cliente Frequente, Programa Prestige, Mais Portugal ou Portugal Prestige). Caso contrário, a comissão de gestão mensal é de um euro ou de 0,5 euros para contas aderentes ao extrato digital.

Mazars contrata 50 profissionais em Portugal Nos últimos meses de 2017, a auditora internacional Mazars contratou 45 novos colaboradores para as suas diferentes áreas de negócio e escritórios em Portugal, prevendo ultrapassar as 50 admissões até final do ano. “Estas admissões refletem não só a dinâmica da empresa mas são também a resposta aos desafios que a atual estratégia coloca à equipa – possuir os skills necessários para a prossecução dos objetivos delineados, num contexto de crescimento do negócio da Mazars em Portugal”, sublinha a consultora. A integração dos novos profissionais contribuirá para alargar a proposta de valor que a Mazars oferece aos seus atuais e futuros clientes nas diferentes

áreas de negócio – auditoria, contabilidade, assessoria fiscal e consultoria. Para Luís Gaspar, managing partner da Mazars em Portugal, “a renovação da equipa é uma oportunidade única de crescer, refletir sobre novas formas de trabalhar”, adiantando que assim “estamos prontos para enfrentar os desafios que o futuro nos coloca”. A Mazars é uma organização integrada e independente, especializada em auditoria e revisão de contas, contabilidade, assessoria fiscal, consultoria e advisory services. Está presente em 79 países, diretamente, e conta com correspondentes em mais 16 mercados. Em Portugal, integra 150 pessoas e tem escritórios em Lisboa, Porto e Leiria.


Gestores

DBRS sobe ratings de longo prazo do Santander Totta para A (L) A agência de notação canadiana ção mais reforçada no mercado, ao DBRS melhorou os ratings de longo mesmo tempo que solidifica a sua prazo do Santander Totta, de BBB posição como banco número dois (high) para A (low). A DBRS reafir- em Portugal”. mou ainda os ratings de curto prazo O rating do BST fica, assim, três do banco em R-1 ( low ), mantendo a notches acima do da República. perspetiva para ambos os ratings Em setembro, a S&P já tinha subido como estável. o rating do Banco Santander Totta A revisão das notações do para BBB- e a Moody’s reafirmado Santander Totta acontece depois o rating do banco após a aquisição da agência ter reafirmado os ratin- do Banco Popular Portugal. gs de longo prazo do Santander. A As atuais notações de rating da DBRS salienta “o papel importante dívida de longo prazo do Banco que o Santander Totta desempenha Santander Totta em comparaenquanto subsidiária do Santander”, ção com os níveis da República referindo ainda ”a estabilização do Portuguesa são as seguintes: Fitch ambiente bancário em Portugal”. – BBB (Portugal – BB+); Moody’s Destaca também que “com a aqui- – Ba1 (Portugal – Ba1); S&P – BBBsição do Banco Popular Portugal, (Portugal – BBB-); e DBRS – AL o Santander passa a ter uma posi- (Portugal – BBBL).

Quatro novos centros de operação logística inaugurados em Leixões A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, inaugurou, no passado dia 25 de novembro, quatro centros de operação logística na Plataforma Logística do Porto de Leixões. A plataforma logística tem já várias empresas instaladas e em fase de instalação. A infraestrutura obedece a um modelo polinucleado, compreendendo o Pólo 1, com uma área total de 31 hectares, uma área de construção de 9,1 hectares que inclui serviços de apoio às empresas e aos veículos, encontrando-se a uma distância de dois quilómetros do porto de Leixões e com uma ocupação atual superior a 38%, e o Pólo 2, com uma área total de 35 hectares, uma área de construção de 8,6 hectares e ligação a terminal intermodal ferroviário (a relocalizar nas antigas instalações da EMEF), encontrando-

se a uma distância de cerca de três quilómetros do porto de Leixões e com uma taxa de ocupação de 47%. A APDL está a preparar um concurso público para a concessão da atividade de exploração da Plataforma Logística de Leixões e, neste contexto, irá promover a conclusão do investimento em infraestruturas incumbindo aos privados o investimento em superestruturas, nomeadamente armazéns. O investimento global associado à Plataforma Logística do porto de Leixões está estimado em 176 milhões de euros. O valor de investimento realizado até ao momento pela APDL ascende a 106 milhões de euros. O investimento público previsto nos próximos três anos é de 13,6 milhões de euros relativo à infraestruturação da área sul do Pólo 2 da plataforma logística.

em Foco

Mário Centeno (na foto), ministro das Finanças português, foi eleito no início de dezembro presidente do Eurogrupo. O Eurogrupo é um órgão informal constituído pelos ministros das Finanças dos 19 países integrantes da moeda única, reunindo mensamente em Bruxelas para coordenar a sua política económica comum. Mário Centeno vai substituir, assim, Jeroen Dijsselbloem, a partir do dia 14 de janeiro, iniciando então um mandato de dois anos e meio. A reunião seguinte do Eurogrupo, agendada para 22 de janeiro, já será presidida pelo ministro português. Elena Aldana (na foto) foi nomeada, enquanto representante da Mercadona para os assuntos europeus, membro do Comité Executivo da EuroCommerce. A responsável da cadeia espanhola foi nomeada juntamente com representantes de outras cinco companhias de distribuição europeias (Sonae, Walgreen-Boots, Ahold-Delhaize, Metro e Lidl), que irão assumir este cargo de representar os interesses da distribuição europeia, durante os próximos dois anos. A EuroCommerce é a principal organização europeia que representa o setor de retalho e grossista. Abrange as associações nacionais de 31 países e 5,4 milhões de empresas, desde multinacionais a PME. O presidente da SEAT, Luca de Meo (na foto, à dir.), foi eleito pela “AutoRevista” como “Executivo do Ano”, na categoria de construtor de automóveis. O galardão foi entregue no decurso da 27ª edição dos “Prémios Executivo do Ano AutoRevista”, realizada em Madrid, no final de novembro. Luca de Meo recebe assim um novo reconhecimento pela sua liderança à frente da SEAT, depois das distinções do “Automotive News Europe” e da Universidade Bocconi, na qualidade de CEO e de Aluno do Ano, respetivamente. A AutoRevista, na atribuição do prémio a Luca de Meo, destaca o “excelente momento sustentado na obtenção sucessiva dos melhores resultados da história da SEAT. Sob a sua direção, Martorell lançou uma nova geração do Ibiza, seguida agora do Arona, e ao mesmo tempo prossegue o trabalho para receber o Audi A1, que chega em 2018”.

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Breves Unicaja vende a Axactor una cartera de 4.000 inmuebles Unicaja Banco ha completado la venta del 75% de dos sociedades tenedoras de activos inmobiliarios a Axactor, conservando el 25% restante. Las carteras de activos inmobiliarios involucrados en la operación comprenden más de 4.000 inmuebles. Según informó la entidad a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), la venta de las participaciones supone una reducción de adjudicados brutos por un importe total de 252 millones de euros. El banco señaló que aunque los efectos de la operación son “positivos, no tiene un impacto significativo en la cuenta de resultados”. Axactor y Unicaja Banco acordaron confiar la administración y comercialización a Gestión de Inmuebles Adquiridos, sociedad del grupo andaluz especializada en la gestión y comercialización de inmuebles. El cierre de esta operación, junto con las actividades de recuperación y venta de activos, ha permitido que, desde finales de 2016, Unicaja Banco haya reducido sus activos improductivos en un importe de 1.190 millones de euros. BBVA lidera los servicios de banca online en Europa BBVA ha logrado captar las necesidades de sus usuarios y su banca online se sitúa por encima de la media europea, según el estudio 2017 Online Banking Benchmark, publicado por Forrester Research. Además, en el segundo puesto del ranking se sitúa Garanti, el barco turco de la entidad. BBVA ha obtenido una puntuación de 90 sobre 100 puntos, frente a los 75 de la media europea. “Este reconocimiento refuerza lo que ya decían los clientes, quienes destacan la comodidad de poder hacer cualquier gestión desde el teléfono móvil o la web, así como los servicios de los gestores online y las ayudas para tomar mejores decisiones financieras de Bconomy y Valora”, afirma Gonzalo Rodríguez, director de Transformación Digital de BBVA España. BBVA, que lleva tres años escalando puestos en la lista, ha obtenido la máxima puntuación en la segunda área gracias a “sus funcionalidades para pagar cuentas, en-

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Santander compra el negocio minorista y de banca privada de Deutsche Bank en Polonia El Banco Santander y su filial en Polonia , Bank Zachodni WBK , han acordado la compra del negocio minorista y de banca privada de Deutsche Bank Polska , excluyendo su car tera de hipotecas en divis a ex tr a nje r a e inclu ye ndo la s acciones de DB Se cur ities por un impor te estimado de 305 millones de euros. En una nota r emitida a l super visor e s pa ñol de los me r c ados , la Comis ión

Nacional del Mercado de Valores (CNMV ), Santander explica que esta compra “refor zará la posición de Bank Zachodni WBK como tercera entidad financiera de Polonia , con 6,8 millones de clientes y una cuota de mercado de más del 11,7% en créditos y del 11% en depósitos”. Además, BZ WBK se conver tirá en la entidad líder de banca privada en el país, añade.

Inditex pone a la venta 16 tiendas del grupo en España y Portugal La compañía, que cuenta con m á s d e 7.0 0 0 establecimientos repartid o s p o r to d o e l m u n d o, h a puesto a la vent a 16 tien das de su marca Zara situadas en el mercado ibérico. Catorce de estos establecimientos están situados en España y, entre ellos, figurarían tiendas históricas de la marca como las situadas en Pr e ciados y la s inme diacione s de la Puer ta del Sol, en Madrid, a sí como e l lo c a l de la c a lle Pelayo de Barcelona . En el caso de Por tugal, las tiendas estarían en Lisboa . Inditex ha confirmado la puesta en mercado de estos 16 locales, todos ellos situados en localizaciones prime de varias ciudades de la Península , pero no la cifra que aspira a conseguir con la operación, que podría rondar los 40 0 millones de euros,

según Bloomberg. El grupo dueño de Zara y otras ocho enseñas se desprendería de estos establecimientos a través de un contrato de sale & lease back , por e l que ve nde r ía los inmuebles pero se quedaría en ellos como inquilino con un contrato de alquiler a 20 años. Sin embargo, ofrecería al comprador el derecho de desalojar las pro piedades después de cinco años. Para la venta de estos 16 locales, el grupo presidido por Pablo Isla ha contr at ado a la s consulto ras inmobiliarias Savills y Aguirre Newman.


Breves Bankinter lanza una hipoteca contratable 100% online Bankinter ha lanzado a través de cliente vaya a ninguna oficina, de Coinc, su plataforma online de ser- forma que el único momento en que vicios financieros, una hipoteca que vea a una persona será el de la firma, se puede contratar totalmente onli- que se realizará ante notario, con el ne, a través del móvil, el ordenador que se gestionará una cita de forma o la tableta, y sin necesidad de ser online. Al no requerir vinculación cliente de la entidad. Este présta- con el banco, las cuotas se cargarán mo, que no requiere vinculación contra la cuenta que el cliente tenga o contratación de otros productos en otra entidad. con el banco, se lanza a un precio “Creemos que esta puede ser la del 0,99% el primer año y revisable manera como se vendan las hipoel resto frente al valor del Euríbor tecas en veinte años”, ha señalado +0,99%. Este precio es cerrado y no el director de Negocios Digitales implica comisiones, pero tampoco de Bankinter, Nicolás Moya, que ha ofrece bonificaciones en la contra- explicado que este producto pretación de otros productos. senta una “alternativa” a los clienEstas hipotecas solamente se con- tes que buscan solamente contratar cederán para el 80% del valor de una hipoteca sin cambiar de banco tasación de la vivienda y para con- y sin tener que abrir una cuenta en tratarlas no será necesario que el otra entidad.

Indra agrupará sus actividades de TI en una filial, duplicará inversiones y retomará la política de dividendos Indra ha presentado su Plan Estratégico 2018-2020, que persigue completar su transformación y crecer de forma rentable. El Plan está basado en cuatro grandes iniciativas: especializar el modelo operativo a través de la filialización de TI, para mejorar la orientación a resultados, la agilidad y la flexibilidad estratégica; continuar evolucionando el portafolio de productos para dotarlo de un mayor valor añadido; acelerar la transformación comercial para convertirse en una compañía orientada a ventas; y continuar mejorando la productividad para incrementar su competitividad y márgenes. La compañía ha dicho que este plan se va a desarrollar en un entorno de mercado positivo. “La digitaliza-

ción está transformando todos los negocios y generando grandes oportunidades para todos los proveedores tecnológicos. Y al mismo tiempo, todos los mercados en los que Indra está presente van a crecer de forma destacada”, ha precisado. Así, la tasa anual acumulada compuesta de crecimiento esperado hasta 2020 de las TI digitales será superior al 10% y la de las TI tradicionales será del 3%; la de defensa y seguridad, del 5%; la de tráfico aéreo, del 4%; y la de transportes, de más del 10%, ha especificado.

viar dinero en tiempo real y realizar transferencias o pagos internacionales”. CaixaBank abre imaginCafé, un espacio para captar millennials CaixaBank ha decidido abrir imaginCafé, un espacio de 1.200 metros cuadrados que nace con el objetivo de convertirse en un lugar de referencia para jóvenes millennials. El proyecto, según informó la entidad, está inspirado en los valores de la marca imaginBank, el banco solo móvil que el grupo ha creado para los jóvenes. El banco subrayó que “es la primera vez en España que una entidad financiera apuesta por la creación de un espacio físico dirigido a millennials, dentro de una estrategia que tiene tanto objetivos de apoyo a la cultura y a los jóvenes como de desarrollo de negocio”. El director general de CaixaBank, Juan Alcaraz, explicó que imaginCafé es una “experiencia absolutamente disruptiva en la forma de plantear la relación entre una entidad financiera y sus clientes más jóvenes”. “El proyecto nace con la vocación de convertirse en un lugar de descubrimiento de novedades y tendencias, y un lugar generador de experiencias que nos permita aproximarnos de una manera distinta a nuestros usuarios”, agregó. El fondo Ardian compra Berlys y Bellsolà para crear el mayor grupo de pan español Ardian ha adquirido Berlys y Bellsolà, compañías especializadas en la fabricación y comercialización de pan, bollería y pastelería, con el objetivo de integrarlas y crear el mayor grupo del sector en España y uno de los mayores en Europa. La operación está valorada en unos 600 millones de euros. La compañía fusionada sumará 11 plantas de producción, una facturación conjunta de casi 300 millones de euros, más de 1.700 empleados y presencia en 30 países. Berlys tiene el triple de tamaño que Bellsolà. Sus ventas rondan los 225 millones de euros, frente a los 75 millones de Bellsolà, y su EBITDA es de unos 50 millones, frente a los 15 millones de Bellsolà. La operación de Berlys está valorada entre 450 millones y 500 millones de euros, y la de Bellsolà un tercio de esa cifra. Aunque sean muy distintos en tamaño, son altamente complementarios, de ahí el interés de Ardian.

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Luís Castro Henriques Presidente da aicep Portugal Global

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uais os grandes objetivos da atual presidência da AICEP?

A AICEP, enquanto Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, assenta em dois grandes pilares: apoiar as empresas na sua internacionalização, promovendo o aumento das exportações nacionais e captar mais e melhor investimento para Portugal. Com estes dois grandes objetivos em mente, o Plano Estratégico da 14 act ualidad€

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AICEP para o triénio 2017/2019 terá três linhas orientadoras no que toca à ação da AICEP junto das empresas: enfocar e reforçar a nossa Rede Externa para melhor servir os mercados core e de diversificação; melhorar o nível de serviço e alargar a base exportadora nacional com o aumento de empresas apoiadas pela AICEP, por exemplo, através do reforço dos canais digitais, e fortalecer e alargar a oferta de produtos e ser-

viços da AICEP, nomeadamente de capacitação das empresas para a internacionalização. E o papel das novas tecnologias de comunicação e da inovação serão também determinantes?

No que diz respeito à atuação da AICEP, sem dúvida! Estamos a preparar uma verdadeira transformação digital na Agência. Teremos uma plataforma digital que será a ferramenta primordial para desenvolvermos uma


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“Stock do investimento estrangeiro cresceu 8,5% até setembro”

O investimento direto estrangeiro (IDE) voltou a aumentar em 2017. O stock de IDE aumentou, nos primeiros nove meses do ano, “para os 120,4 mil milhões de euros, representando um aumento de 8,5% em relação ao período homólogo”. Com esta evolução, no final do terceiro trimestre de 2017, “o peso do stock de IDE no PIB português era de 63,2%”, frisou Luís Castro Henriques, presidente da AICEP, que destaca ainda o peso do turismo e da agricultura entre os novos projetos de investimento que têm sido apresentados à Agência. Relativamente ao seu funcionamento orgânico, a AICEP está, ainda, focada no reforço da sua Rede Externa e numa “transformação digital” dos seus serviços. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org

nova abordagem no relacionamento com as empresas que nos vai permitir dar uma resposta mais rápida e eficaz a um leque mais alargado de empresas. Esta plataforma digital irá igualmente permitir personalizar muitos serviços e oferecer cada vez mais produtos de valor acrescentado às empresas nossas clientes. O seu lançamento está previsto para o final do próximo ano. Já no que diz respeito às empresas, o que verificamos é que o digital, e em

particular o e-commerce, pode impactar as empresas exportadoras em duas fases: para iniciar o processo de internacionalização e para aprofundar e acelerar o crescimento internacional ou aceder a novos mercados. O e-commerce não é uma solução única, mas é um canal que vemos com dinâmica de crescimento nos próximos tempos e, por isso, as empresas devem estar atentas. Antecipando esta necessidade, a AICEP inscreveu, no seu Plano

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Estratégico, algumas medidas com o objetivo de potenciar o impacto do e-commerce nas empresas exportadoras. Por exemplo, através de programas de capacitação para a dinamização das exportações online de produtos portugueses em mercados internacionais, do reforço da oferta de ações de formação especializada e personalizada a setores específicos e da criação de um programa de apoio a PME em fase de internacionalização. janeiro de 2018

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Que parcerias têm em curso para a área do turismo em Espanha?

Em 2017, a AICEP e o Turismo de Portugal, em colaboração com a Embaixada de Portugal em Madrid e o Instituto Camões, organizaram a participação de Portugal na Feira do Livro de Madrid, na qual Portugal foi pela primeira vez o país convidado. A AICEP promoveu a oferta nacional nas indústrias criativas e de tecnologia de informação aplicadas ao ensino e à educação, uma área em crescimento, ao mesmo tempo que o turismo promoveu o destino Portugal junto de um mercado emissor– Espanha– que cresce a bom ritmo. Também colaborámos, por exemplo, no âmbito da ARCO Madrid, uma importante feira de arte contemporânea que decorre desde há já muitos anos na capital espanhola, onde a AICEP promoveu o projeto português na Bienal de Veneza e o Turismo de Portugal promoveu o destino Lisboa e a edição lisboeta da ARCO, que vai já na segunda edição. Para 2018 já temos alguns projetos a se16 act ualidad€

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rem preparados e que seguramente irão dar continuidade e aprofundar este bom relacionamento. E a nível do investimento estrangeiro, qual será o balanço deste ano e quais as expetativas para 2018?

“Estamos a preparar uma verdadeira transformação digital na Agência. Teremos uma plataforma digital que será a ferramenta primordial para desenvolvermos uma nova abordagem no relacionamento com as empresas”

O balanço para este ano [2017] é muito positivo! O stock de IDE (investimento direto estrangeiro) aumentou para 120,4 mil milhões de euros, representando um aumento de 8,5% em relação ao período homólogo– setembro de 2016. Com este crescimento, no final do terceiro trimestre de 2017, o peso do stock de IDE no PIB português era de 63,2%. No que toca à atividade da AICEP, o investimento produtivo apoiado pela Agência em cada ano de 2015 e 2016, através dos fundos europeus Portugal 2020, aumentou 60% em relação à média anual entre 2007 e 2013. São números que nos animam, mas sabemos que temos de continuar a trabalhar para atrair cada vez mais investimento, e investimento produtivo, para Portugal. Relativamente a Espanha, sabemos que partimos já de uma situação muito relevante. Espanha é o destino em que as empresas portuguesas mais investem. Além disso, recordo, por exemplo, que Portugal é o país onde existe o maior número de filiais de empresas espanholas no mundo.


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Os empresários espanhóis e portugueses continuam a querer aprofundar laços e a explorar complementaridades baseadas no que de melhor se faz de ambos os lados da fronteira. Em Portugal, destaque por exemplo, para o setor dos serviços com o grande investimento do Caixa Bank no BPI ou a entrada do Bankinter, na distribuição com a chegada da Mercadona, noutros serviços onde o talento português e o domínio das línguas continua a ser um aspeto muito valorizado pelos empresários espanhóis e também na agricultura, com destaque para o Alqueva, bem como na indústria transformadora. Que novos projetos de investimento gostaria de destacar?

Sem querer fazer referência a empresas concretas, destacaria o setor agrícola, agroalimentar, embalagens, moda, serviços e turismo. Além disso, temos a natural geração de oportunidades e parcerias fruto da colaboração transfronteiriça que foi aliás o tema da Cimeira Portugal-Espanha de 2017 e a colaboração além-fronteiras, onde a colaboração de empresas portuguesas e espanholas tem margem para crescer. Quais os novos mercados de aposta de Portugal para as empresas exportarem/ se internacionalizarem?

Não existe uma resposta certa a essa pergunta. A abordagem aos mercados internacionais deve ser muito ponderada por cada empresa, com uma efetiva análise e estudo dos riscos e vantagens e do investimento necessário por forma a tomar uma decisão consistente e estratégica, o que naturalmente leva a uma seleção dos mercados mais adequados a cada situação. Cada caso é único e deve ser ponderado em função de um conjunto de fatores como a adequação do produto ao mercado, o contexto do país de destino, os players concorrentes, entre uma série de outros temas em que a AICEP, com a sua Rede Externa, presente em mais de 60

“Os empresários espanhóis e portugueses continuam a querer aprofundar laços e a explorar complementaridades” pontos no mundo e com uma vasta experiência técnica, poderá ser sem dúvida um apoio fundamental.

E no que toca à ação da AICEP? Que estratégia vão seguir?

Para desenhar o Plano Estratégico 2017/2019, fizemos um estudo sobre o conjunto de geografias onde temos delegações e a outros mercados e a conclusão foi de que estamos bem nos locais onde nos encontramos. No entanto, teremos de ponderar quais são os mercados onde vamos necessitar de maior capacidade de resposta. E, por isso, identificámos 17 mercados core e 33 de diversificação. Temos de priorizar os nossos recursos à medida que o tempo vai evoluindo. Se tivermos janeiro de 2018

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grande entrevista gran entrevista de colocar recursos numa geografia que represente milhares de milhões de euros de exportações e outra que represente dezenas de milhões de euros, teremos de seguir um caminho orientado para o que tem maior impacto. Dou-lhe um exemplo: 5% do aumento de exportações em França representa um aumento de 300 milhões de euros na balança comercial, mas 5% de aumento de exportações na Indonésia, outro mercado de dimensão relevante, representa apenas dois milhões de euros. Por outro lado, a nossa ação tem de ser, em parte, calibrada pela própria necessidade das empresas e vamos ter de trabalhar com esse equilíbrio.

Quais as principais dificuldades que as empresas enfrentam nesses processos?

A internacionalização das empresas portuguesas é um fator determinante para o crescimento da economia nacional. Os desafios com que as empresas se deparam nos mercados internacionais são os mais diversos pelo que é necessária uma boa preparação e planeamento. A empresa, além de identificar as respostas às questões – o quê, onde, como internacionalizar–, deverá considerar na sua gestão a consistência das quatro principais dimensões internas do processo de internacionalização:

Do setor empresarial para a AICEP Luís Filipe de Castro Henriques, nascido em 1978 em Lisboa, é mestre em Economia, pela Universidade de Cambridge (2008), tem um MBA, pelo INSEAD (2009), e é licenciado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa (2002). Desde março passado, que é o presidente do Conselho de Administração da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo. Entre 2014 e 2016, foi membro do Conselho de Administração da AICEP, com os pelouros do investimento (estrangeiro e nacional, gerindo diretamente a concessão de incentivos financeiros e fiscais e a agenda de captação de novo investimento), gestão financeira e comercial. Presidiu ao Conselho de Administração da AICEP Global Parques desde 2015 e geriu as diferentes participações financeiras da Agência. Antes de integrar a AICEP, co-

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ordenou as áreas de estratégia de marketing, experiência do cliente e marketing analytics no grupo EDP e liderou diversos projetos de parcerias tecnológicas e desenvolvimento de produto. Anteriormente desenvolveu, enquanto assessor da administração da EDP Inovação, intensa atividade na área da inovação. Fora do âmbito empresarial, teve funções docentes em diversas disciplinas da licenciatura em Economia na UCP. Iniciou a sua atividade profissional como consultor na McKinsey & Company. Desempenhou ainda funções públicas, enquanto Adjunto do Ministro das Atividades Económicas e do Trabalho do XVI Governo Constitucional e da Secretária de Estado da Habitação do XV Governo Constitucional (2003/2004). Recebeu o ”Prémio Excelência” da CGD e vários outros prémios de mérito académico.

competências internas, recursos financeiros, capacidade de gerir relações cooperativas internacionais e estrutura organizacional. Estas respostas são fundamentais para assegurar a consistência e a sustentabilidade dos processos de internacionalização. A primeira tarefa que uma empresa deve realizar quando planeia a sua expansão internacional consiste na identificação do binómio produto/ mercado mais adequado. A empresa deve identificar as forças e fraquezas dos produtos selecionados, com base na sua experiência no mercado interno; a possível relação entre as necessidades satisfeitas no mercado nacional e nos novos mercados, bem como, a existência local de produtos concorrentes. Deve também, na sua análise do potencial dos mercados alvo, estudar a especificidade dos canais de distribuição locais, impostos e obstáculos não alfandegários, situações de dominância, política comercial em relação ao país exportador, normas regulamentares locais sobre o produto e embalagem, etc. A empresa deve, ainda, definir o plano de investimentos e meios necessários na abordagem ao mercado face aos objetivos previamente fixados, desenhando o seu plano de marketing, encarando-o como um processo em contínua evolução, com vista a identificar desvios e medidas de ação para os corrigir. A sugestão da AICEP é que, previamente à sua internacionalização, as empresas venham ter connosco, peçam-nos apoio, porque a nossa equipa tem know-how adquirido ao longo do tempo e, tal como já referi, mais de 60 delegações espalhadas pelo mundo onde os nossos delegados conhecem bem o terreno. A missão da AICEP é apoiar as empresas! 


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EDP realça eficiência do seu projeto pioneiro de solar fotovoltaico flutuante

Foto Câmara Municipal de Montalegre

atualidade actualidad

A EDP afiança que a inovadora central solar fotovoltaica instalada no rio Alto Rabagão, ao fim de um ano de testes, mostrou que “os resultados superaram as expetativas. Esta tecnologia, pioneira a nível europeu, revelou uma eficiência maior do que as soluções em terra”, garante a elétrica portuguesa.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR

o fim de um ano de testes, a painéis solares que ocupam uma área “Além da produção ter ultrapassado as EDP concluíu que a central de 2.500 metros quadrados, alcança previsões iniciais, foi possível constatar solar fotovoltaica instalada uma produção anual estimada de cerca que estas plataformas são mais eficienna albufeira do Alto Rabagão de 300 MWh. tes do que as instalações convencionais (no distrito de Vila Real) é em terra”, acrescenta a empresa lideramais eficiente do que as plataformas em da por António Mexia. terra. A central solar fotovoltaica, que A central solar fotovoltaica flutuante De destacar que esta foi ainda capaz de suportar um invercomplementa a central hidroelétrica já ali instalada pela empresa, assinalou a no rigoroso em 2016, com ondulação central de 840 paide cerca de um metro, temperaturas 30 de novembro um ano de demonstranéis solares, além de muito baixas e queda de neve. Desta ção e “os resultados superaram as expeforma, foi possível testar a plataforma tativas. Esta tecnologia, pioneira a nível ter ultrapassado as em condições climatéricas extremas. europeu, revelou uma eficiência maior previsões iniciais de A localização escolhida tem ainda a do que as soluções em terra”, adianta a particularidade de se encontrar num empresa energética portuguesa. produção, revelou-se vale profundo com solo rochoso e A EDP adianta que apesar de ter sido mais eficiente do que significativas variações de cotas, o que “um ano bastante favorável no que permitiu testar as soluções de amarrarespeita à radiação solar, a plataforma as instalações conção, tendo estas igualmente mostrado gerou uma produção líquida 5% acima vencionais em terra um desempenho positivo na descida do previsto, o que representa um acrésdo nível da albufeira. cimo de 15MWh”. A central, com 840 20 act ualidad€

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actualidad atualidade Vantagens ambientais “Esta tecnologia tem também inúmeras vantagens ambientais relacionadas com a proteção da radiação solar no meio subaquático, com menor proliferação de algas e a redução do consequente efeito eutrofizante, com diminuição de emissões de gases de efeito estufa”, esclarece a empresa energética, uma das principais produtoras e comercializadoras de energia elétrica do país e ainda a nível ibérico. A empresa está a procurar ajustar agora os custos desta solução pioneira face às opções convencionais em terra, estando já a estudar “soluções otimizadas que permitirão reduzir esse diferencial num prazo não muito distante”. “Este projeto-piloto é mais uma prova da aposta contínua da EDP em inovação, destacando-se ainda pelo pioneirismo. A central solar fotovoltaica flutuante é a primeira na Europa a testar a com-

plementaridade entre a energia solar e a hídrica, estando a superar os nossos objetivos e a demonstrar o potencial técnico destas soluções”, sublinhou Rui Teixeira, administrador da EDP. A conversão de energia solar em eletricidade por via da tecnologia fotovoltaica tem vindo a evoluir de forma acelerada no sentido de menores custos e de melhor eficiência. Por outro lado, as centrais hidroelétricas, que se encontram localizadas na vizinhança das albufeiras, dispõem de uma ligação à rede elétrica que está ainda “subutilizada, já que a sazonalidade das afluências pluviais não permite a ocupação continuada da potência instalada”, nomeadamente nesta fase de menor pluviosidade como se tem verificado este ano. Deste modo, as empresas energéticas procuram complementar a produção por via hidroelétrica e solar, já que há mais sol quando não chove e vice-versa,

otimizando assim a vertente da geração. O investimento feito pela EDP neste projeto-piloto, que ascendeu aos 450 mil euros, pode assim dar origem a unidades mais ambiciosas, estando a ser feitos “estudos técnico-económicos para avaliar a viabilidade de expansão para uma central de maiores dimensões, em Portugal ou no estrangeiro”, adianta a empresa. O investimento nesta central, que resulta de uma parceria entre a EDP Produção, a EDP Distribuição e a EDP Renováveis, enquadra-se na “forte aposta que a EDP tem feito em inovação nas energias renováveis nos últimos anos”, onde se podem destacar ainda noutro projeto pioneiro, que são as plataformas eólicas offshore. Atualmente, cerca de “73% dos 25,9GW de capacidade instalada do grupo já provêm de fontes renováveis”, instaladas em 12 países.  PUB

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Informa D&B faz “retrato” dos gestores de empresas em Portugal Apresentado no “1º Congresso dos Gestores Portugueses”, promovido pela FAE, em novembro, um estudo da Informa D&B conclui que 5% dos gestores respondem por 65% do volume de negócios e 77% das exportações de todas as empresas.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

tecido empresarial português é composto sobretudo por micro empresas (faturam menos do que dois milhões de euros) e pequenas empresas (faturam entre os dois e os dez milhões de euros): 95% do total, começa por vincar o estudo sobre gestores em Portugal, realizado pela Informa D&B num universo de 304 mil empresas em atividade. No entanto, são os gestores das empresas de maior dimensão que concentram o grosso da responsabilidade relativamente aos indicadores da economia portuguesa. De acordo com o estudo “A Gestão em Portugal – Retrato da Gestão e dos Gestores no Tecido Empresarial Português”, apresentado pela Informa D&B, no passado dia 28 de novembro, no “1º Congresso dos Gestores Portugueses”, promovido pela FAE–Fórum de Administradores e Gestores de Empresas, “no seu conjunto, os gestores das grandes e médias empresas são apenas 5% do total, mas respondem por 65% do volume de negócios e por 77% das exportações de todo o tecido empresarial nacional”, lê-se no comunicado da empresa de avaliação. Acresce que “nas maiores empresas, cada equipa de gestão é responsável por um número muito mais elevado de empregados”. Sendo o número de micro e pequenas empresas o mais expressivo (95%), são elas as responsáveis por 63% do emprego de todo o tecido empresarial.

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A Informa D&B, que lidera em viços e o retalho concentram 33% Portugal e Espanha a oferta de das empresas e geram 38% do informação e conhecimento sobre emprego. o tecido empresarial, consultou A análise da Informa D&B peros órgãos sociais e diretores de mite concluir que “quanto mais topo das empresas, apurando que pequenas são as empresas, maior “existem neste momento 398 mil é a participação dos gestores no gestores à frente das empresas em seu capital”. Em concreto, “nas Portugal (96% portugueses e 4% microempresas, 86% dos seus gesestrangeiros), entre órgãos de ges- tores participam no capital da tão e administração e diretores de empresa”. O estudo indica que primeira linha” e que “12% destes “nas pequenas empresas essa pargestores exerce funções em mais ticipação é de 46% e nas médias do que uma empresa”. empresas 12%”. Já “nas grandes Teresa Cardoso de Menezes (na empresas, apenas 1% dos seus gesfoto), diretora-geral da Informa tores são também acionistas”. D&B, sustenta que “o principal A Informa D&B regista igualdesafio dos gestores e das equipas mente, em comunicado, que “os de gestão é o de garantir a renta- gestores responderam positivabilidade e a sustentabilidade das mente ao desafio das exportações empresas num tecido empresa- e no final de 2015 havia mais 8 rial em constante mudança. Neste mil exportadoras do que em 2008, ambiente altamente competitivo, num total de 33 mil empresas é sem dúvida a boa gestão que que viram também o peso dos determina o crescimento e a lon- mercados externos ganhar imporgevidade das empresas”. tância no seu volume de negócios”. No retrato das empresas em Também neste capítulo, “em terPortugal, sobressai que 98% do mos percentuais (p.p.), foi entre tecido empresarial tem controlo as pequenas e as médias empresas nacional e que 11% das empresas que se registou maior crescimento exportam mais do que o equiva- de exportadoras neste intervalo, lente a 5% do seu volume de negó- com aumentos de 10 p.p. e 11 cios ou mais do que um milhão p.p., respetivamente”. O docude euros. De salientar que 36% mento frisa ainda que “foram das empresas têm menos do que também as PME que registaram, cinco anos de atividade, 23% têm entre 2012 e 2016, os melhores mais do que 20 anos e 216 são já crescimentos em volume de negóempresas centenárias. As empre- cios e em número de empregasas de gestão familiar correspon- dos”. No entanto, “apesar deste dem a 34% do tecido empresarial crescimento, as empresas ainda e cresceram em termos de volume têm hoje uma dimensão média de negócios mais (3,3%) do que inferior a 2008, com todos os as não familiares (1,6%). Os ser- escalões de dimensão a regista-


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rem um volume de negócios médio mais baixo”. Os números mostram que “desde 2012, apenas 2,2% das empresas subiu de escalão relativamente à dimensão”. Pousando a lupa sobre a nacionalidade dos gestores do capital das empresas, a Informa D&B informa que “as empresas de controlo nacional foram as que mais cresceram (mais 2,9% contra 2,2% nas empresas com controlo estrangeiro), no que respeita a volume de negócios entre 2012 e 2016”. Relativamente às empresas com controlo de capital estrangeiro, “51% têm à frente um gestor de nacionalidade portuguesa”. O estudo detalha que em 75% das empresas com controlo norteamericano, em 57% das empresas com controlo britânico, em 45% das mulheres, tendo-se verificado um empresas com controlo espanhol e aumento de mulheres na gestão em 43% das empresas com contro- (mais 2,3 p.p.) e na liderança lo francês a liderança é assegurada (mais 5,7 p.p.), entre 2011 e 2016. por um gestor português. Entre as “A presença feminina em cargos cinco nacionalidades com maior de liderança atinge o seu máximo capital de controlo em empre- nas microempresas, com 29%, e o sas portuguesas, a Alemanha é a seu mínimo nas grandes empresas, que regista menor percentagem de onde apenas 8% das empresas têm líderes portugueses, com 39%. liderança feminina”, informa o comunicado, acrescentando que Mulheres ocupam 32% dos car- “as empresas com liderança femigos de gestão nina tendem a privilegiar uma A presença de gestoras nas maior diversidade de género nas empresas continua com pouca equipas de gestão, com 78% de expressão no tecido empresarial equipas de gestão mistas”. Pelo português: Os dados da Informa contrário, “líderes masculinos D&B revelam que 32% dos car- tendem a constituir equipas de gos de gestão são ocupados por gestão exclusivamente masculinas

(53%)”. O documento assinala ainda que “o desequilíbrio de género mantém-se nas funções executivas”. Entre os nove cargos analisados pela Informa D&B, “apenas nas direções de recursos humanos e nas direções de qualidade é registada paridade de género, com as mulheres a assumir respetivamente 50 e 57% dos cargos”. No extremo oposto, “a direção geral das empresas é ocupada em 90% dos casos por homens”. Outra questão analisada foi a dos pagamentos. A Informa D&B verifica que “em relação aos prazos de pagamento, o grau de incumprimento aumenta com a dimensão, com apenas 4,4% das grandes empresas a cumprir os prazos de pagamento”. Neste capítulo, “a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos evoluiu desfavoravelmente na última década em Portugal, colocando o país entre os piores pagadores da Europa, com apenas 19,5% das empresas a cumprir prazos, número que compara com uma média europeia de 39,1%”. Quanto ao chamado risco de failure (mede a probabilidade de uma empresa cessar a atividade nos próximos 12 meses com dívidas por liquidar), o estudo aponta que “o nível de risco diminui à medida que aumenta a dimensão das empresas, com 63% das organizações de grande dimensão a apresentarem risco mínimo, enquanto este valor baixa para 40% nas microempresas”.  janeiro de 2018

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O bairro sustentável que está a nascer na Catalunha Pensado para as pessoas e amigo do ambiente. São estas as promessas do La Pinada, o bairro que a Zubi Labs está a projetar e que será edificado em Paterna, na Catalunha. Iker Marcaide, mentor do projeto, revela que as habitações deverão nascer em 2021 e espera que o projeto mude a forma como se urbaniza. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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uando procurava um infantário para o filho de dois anos, Iker Marcaide deparou-se com um sistema de ensino que considera obsoleto e decidiu pôr mãos-à-obra, acabando por criar um bairro ecológico: “No ano passado, cofundei, com dois colegas da universidade, uma nova escola em Valência. O projeto nasceu no âmbito da busca por uma escola para meu filho de dois anos, já que encontrei propostas muito parecidas com as que havia quando eu tinha a mesma idade, algo obsoleto que não se adapta às necessidades exigidas pela realidade de hoje. Então pensamos, por que não fazer algo sobre

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isso? E assim nasceu a Escola Imagine Montessori, que tem um currículo que combina o conteúdo completo do ensino britânico com os benefícios da pedagogia Montessori, que é baseada no facto de cada um nascer com os seus próprios talentos, potencial e uma curiosidade natural que nos leva a aprender. No processo de busca de um terreno para a expansão da escola, de modo a estender esta metodologia de ensino até aos 18 anos, pensamos que seria ótimo se as famílias também pudessem viver nas proximidades e num ambiente alinhado com a filosofia da escola. Encontrámos um terreno de 250 mil metros quadrados, entre

ravinas e pinhais. Foi assim que surgiu o ecodistrito La Pinada.” Como referência, para começar a alicerçar este bairro, Iker e os seus sócios inspiraram-se em diversos ecobairros, que vão nascendo um pouco por todo o mundo, como são os casos de Vauban (Alemanha) ou de Hammarby (Suécia). “Alguns trabalharam na transversalidade da sustentabilidade, solucionando muitos problemas de uma só vez, outros concentraramse em aspetos específicos como a energia renovável, a reciclagem de resíduos, o transporte ou gestão de água. Aprendemos com experiências anteriores e queremos ir mais longe,


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podendo desenvolver a partir do zero um espaço urbano, aplicando uma mentalidade mais empreendedora a um setor tão tradicional como o urbanismo e incorporando as vozes dos futuros habitantes para gerar assim uma cidade muito mais voltada para as pessoas”. Iker Marcaide sustenta que “ao incorporar desde o início as necessidades do futuro habitante” é mais fácil “configurar uma solução que acrescenta muito mais valor, tornando-a mais exequível e, portanto, criar um ambiente mais inclusivo e diversificado”. O fundador do La Pinada sublinha que “estamos acostumados a aceitar planeamentos urbanos e habitações criados em escritórios”, bem como “investimentos milionários que não chegam a conversar com os potenciais utilizadores”. Iker Marcaide está empenhado em marcar a diferença: “Eu tenho que mudar isso e nós temos que evoluir, ou seja, começar por pensar nas pessoas em vez de pensar no produto.” O projeto La Pinada foi eleito pelo EIT-Climate KIC, a principal iniciativa europeia centrada na inovação para mitigar as mudanças climáticas, para integrar um dos seus programas estrela, o Smart Sustainable Districts (SSD), juntamente com bairros como o Queen Elizabeth Olympic Park, de Londres, o Moabit West, de Berlim, o New Centre, de Utrecht, e o Docks de Saint-Ouen, de Paris. O bairro está a ser financiado pela empresa de Iker Marcaide, a Zubi Labs, e por “outros investidores que são motivados pelo impacto social e ambiental, mais do que pela rentabilidade financeira”. Iker Marcaide explica que “a Zubi Labs ajuda a criar empresas que procuram gerar um impacto positivo na comunidade mais próxima, utilizando a empresa como instrumento para conseguir uma rentabilidade económica, social e ambiental”. Além de Iker Marcaide, a equipa da Zubi Labs integra outros empre-

endedores que consideram que “as empresas deveriam buscar algo mais que resultados puramente financeiros”. A equipa é composta por 25 pessoas, precisa o gestor: “Temos talento jovem a colaborar com profissionais experientes. Designers, especialistas em estratégias de sustentabilidade, em água, energia, mobilidade, paisagismo e biodiversidade, comércio e atividade económica, inovação social, participação e cocriação, gestão de projetos e assistência social.” O bairro está ainda a ser desenhado e a construção das habitações deverá arrancar até 2021. “Neste momento, a nossa equipa de especialistas está a desenhar o bairro em colaboração com os futuros habitantes e com as empresas”, tendo sido estabelecidas “metas ambiciosas em torno das diferentes dimensões que integram o conceito, como o consumo de energia quase zero, a reutilização de água, a mobilidade sustentável e construção de muitas vias pedonais, a integração na natureza, a promoção da economia compartilhada e circular, fórmulas diferentes de habitação, qualidade do ar e a conveniência de serviços e lojas perto das habitações para melhor acesso pedonal”. Além disso, “ao longo do desenvolvimento do projeto, procuraremos maximizar o impacto, facilitando o desenvolvimento e o crescimento de empresas inovadoras, de empreendedores e do

talento local e orientaremos os gastos para fornecedores e soluções socialmente e ambientalmente responsáveis, introduzindo cláusulas sociais e promovendo o emprego de grupos desfavorecidos e em risco de exclusão”, adianta Iker Marcaide. Até ao momento, “mais de mil pessoas já participaram em iniciativas promovidas por La Pinada”, das quais “mais de 300 são futuros habitantes interessados”, frisa o responsável. O mentor do La Pinada sublinha que “todos estão empenhados em gerar um modelo que seja uma referência de que é possível um outro tipo de desenvolvimento urbano que gere menos desigualdades, facilite uma vida mais saudável e que atue ativamente na luta contra as mudanças climáticas”. O La Pinada quer “tornar-se uma referência e fonte de inspiração para outro modelo de desenvolvimento urbano, mais inteligente, respeitador do ambiente e orientado para as pessoas”. Iker Marcaide está confiante de que o projeto poderá ser replicado noutras regiões: “Nós vamos transformar o modelo de desenvolvimento urbano, aplicando a mentalidade de uma startup, medindo o uso adequado dos recursos e envolvendo o cliente desde o início, num processo de co-criação. Hoje estamos concentrados no La Pinada, em Paterna, mas acho que certamente haverá um potencial para replicar este projeto inovador.”  janeiro de 2018

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Joalharia portuguesa ganha espaço no El Corte Inglés “Portuguese Jewellery – Shaped With Love”, a marca criada pela Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, inaugurou o seu primeiro espaço comercial no El Corte Inglés de Lisboa, no passado dia 22 de novembro. Neste corner estão representadas dez marcas portuguesas

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arlton Jewellery, Filipe Fonseca, Iglezia, Joana Mota Capitão, Mimata (ver foto em cima), Portugal Jewels, Razza Joias, Rosarinho Cruz, Sara Sousa Pinto e Sopro Jewellery (foto em baixo) representam a nova geração da joalharia portuguesa e passam a integrar o lote de marcas portuguesas comercializadas pelo El Corte Inglés. Atentos à renovação do setor da joalharia em Portugal e ao trabalho de promoção da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), os responsáveis do El Corte Inglés contactaram a associação, no sentido de criar um espaço dedicado à joalharia portuguesa na superfície comercial de Lisboa. O corner, localizado no piso zero, exibe a chancela “Portuguese Jewellery – Shaped With Love”, a etiqueta criada pela AORP para promover o setor da ourivesaria, elevando o design e as marcas portuguesas. Ana Freitas, presidente da AORP considera que este espaço “é uma mon26 act ualidad€

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Texto Susana Marques smarques@ccile. org Fotos DR

tra muito interessante e apelativa, já Inglés é um marco importante nesta que o El Corte Inglés capta um públi- mudança, não só porque mostra como co mais internacional”. os pontos de venda estão atentos a esta tendência, como a materializa Exportações a crescer no mercado, criando a ponte com o A internacionalização do setor é um consumidor”. dos objetivos prioritários para a AORP, O El Corte Inglés já vendia ourique tem vindo a ser concretizado, já que “desde 2008, as exportações cresceram 500%”, de acordo com os números fornecidos pela associação. No entanto, apesar de a ourivesaria e relojoaria ser “o setor da economia que regista maior crescimento de exportação nos últimos anos”, está-se a falar de números absolutos ainda modestos, uma vez que as exportações totalizam 60 milhões. Ainda assim, o rápido crescimento revela a dinâmica atual do setor, como sugere Fátima Santos, secretária-geral da AORP: “A joalharia portuguesa está na moda. Desde sempre reconhecida pela exímia qualidade, acrescenta agora uma nova vertente criativa e de design de autor que a projeta para o futuro. Esta parceria com o El Corte


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vesaria de marcas portuguesas, mas dispersas pelo piso dedicado à joalharia. Desta forma, tornou-se mesmo a primeira morada da chancela “Portuguese Jewellery – Shaped With Love”. No comunicado da AORP, lê-se que “para o El Corte Inglés, esta aposta simboliza o seu permanente empenho na exibição de novas marcas, sobretudo nacionais, que reforcem a qualidade, originalidade e excelência da sua oferta”. Durante uma visita ao espaço, Ana Freitas e Fátima Santos explicaram que a curadoria foi feita em colaboração com o El Corte Inglés, com a preocupação de eleger marcas variadas, com propostas contemporâneas, como é o caso das peças de Filipe Fonseca (ver foto ao lado), de Joana Mota Capitão, ou da Sopro Jewellery, e outras mais também no leque de preços, com artitradicionais, como Sara Sousa Pinto. gos mais acessíveis e outros mais caros. Há peças em ouro, diamantes, prata, Ana Freitas adianta que “este corner pedras e peles naturais, o que se reflete permite confirmar a vitalidade atual

do setor”, e que poderá ser o ponto de partida para outros espaços comerciais da “Portuguese Jewellery – Shaped With Love”. A presidente da AORP sublinha que “o setor que atravessa uma fase de renovação”. O saber sempre existiu, já que “Portugal possui excelentes técnicos de ourivesaria”, a maioria deles concentrados na zona do Porto e Póvoa de Lanhoso. “Esta nova vaga de designers está a canalizar este saber, conquistando mais clientes para a joalharia nacional”. Caso se mantenha o ritmo de crescimento das exportações, estas poderão atingir os 150 milhões de euros daqui a cinco anos. De acordo com a AORP, e segundo os últimos dados apurados em 2015, a França é o principal destino das exportações portuguesas (34,5%), seguindo-se Espanha (23,2%), Angola (11,3%), EUA (6,3%), Bélgica (5,6%), Suíça (4,7%), Alemanha (4%) e Itália (2,2%).  PUB

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La alta perfumería portuguesa llega a Madrid

Comporta Perfumes es la primera marca lusa de alta perfumería y ya se encuentra a la venta en España. Los mejores perfumistas del mundo han encontrado las fragancias que definen la esencia de Comporta y alrededores.

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pudieran crear obras únicas”. El resultado ha sido la creación de Comporta Perfumes, una línea de seis exclusivos perfumes intimistas que cuentan seis historias diferentes, vivencias y recuerdos alrededor de Comporta. Areia Salgada de Daniel Josier, recrea “un momento de felicidad al atardecer tomando un Gin Tonic en una terraza de una

al final de la tarde cuando aparece una nube de mosquitos)”. De Luca Maffei son Muda, “que evoca el inicio de la noche, la puesta de sol entre la playa de Comporta y la de la Muda” y Palafítico, perfume que “nos lleva al universo único del Cais Palafítico de la Carrasqueira donde la madera está azotada por el agua salada”. Por último Sela, Daniel Josier , nos transporta “a la sensación de ligereza experimentada en el transcurso de un paseo a caballo por las playas de Comporta. La colección se lanzó el verano pasado en Comporta y además de estar a la venta en exclusivas perfumerías lusas se encuentra también en las mejores de Madrid, como la perfumería Nadia, Le Secret du Marais o Essence. “La distribución no es masiva pero sí está en puntos de venta exclusiva”, explica Pedro Dias. Resalta la calidad de los perfumes, “de altísima calidad”, playa de Comporta cuando se levanta aunque ha querido recortar el precio (118 una ligera briza atlántica”. Dona Bia de euros el frasco de 100 ml) para poder Béatrice Aguilar, recuerda “el olor especia- vender más en Portugal. En plena fase de do en el aire durante una cena con amigos expansión, le gustaría encontrar un socio en uno de los restaurantes más famosos y seguir dando pasos para estar en breve de Comporta, Dona Bia”. Mosquito, de en Francia, Italia, Reno Unido y EE.UU. la misma perfumista, “nos hace sentir tan Recuerda que se trata de “perfumes muy puros que parece que nada nos puede afec- diferentes a los que ya existen, están fuera tar (sobre todo, durante estos 30 minutos del padrón”.  Fotos Hugo Macedo

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adro Simões Dias lleva más de diez años coleccionando perfumes. Abogado de Derecho de Autor e Internet, explorando el mundo de las fragancias y aromas reparó que actualmente en su país, Portugal, no existía una marca de perfumes propia. Aprovechando la aparición de nuevos creadores y perfumerías exclusivas gracias a Internet, decidió poner en marcha su proyecto y crear una marca de perfume con alma y esencia lusa. Su nombre, Comporta, responde a dos necesidades. Una, “porque va a ser una de las tres o cuatro marcas de Portugal y su nombre me ayudará a vender”, explica el mismo. Y segunda, porque de Comporta y sus alrededores han logrado “definir seis memorias olfativas diferentes”. Para poner en marcha el proyecto, fruto de una inversión personal, Pedro Dias optó por contactar a os mejores perfumistas del mundo: Luca Maffei (en 2015 y 2016 mejor “Independent Category Perfume” de Art and Olfaction Awards), Béatrice Aguilar y Daniel Josier. Y les dio una serie de indicaciones, como las de trabajar “con materias primas exclusivas, en la medida de lo posible, con altas concentraciones y sin límite de presupuesto, de modo que se

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR


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Portugal eleito o “Melhor Destino Turístico do Mundo” Além do título que confirma a boa imagem de Portugal no mundo, o país saiu da cerimónia dos World Travel Awards de 2017 com mais prémios: Lisboa ganhou, pela primeira vez, o prémio de “Melhor Destino para City Break” e a Madeira voltou a ser considerada “Melhor Destino Insular do Mundo”.

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ela primeira vez na história dos “World Travel Awards, o prémio” de “Melhor Destino do Mundo” foi para um país europeu: Portugal, o que traduz a boa forma do turismo no país e a sua popularidade no resto do mundo. Na cerimónia da 24ª edição dos World Travel Awards, que decorreu no passado dia 24 de dezembro, no Vietname, Portugal deixou para trás concorrentes como Brasil, Grécia, Maldivas, EUA, Marrocos, Vietname ou Espanha, também candidatos ao troféu, que no ano passado foi para o Dubai. Depois de em setembro deste ano, Portugal ter sido pela primeira vez eleito “o melhor destino da Europa”, na cerimónia europeia dos World Travel Awards, Portugal passou agora integrar a lista de 17 melhores destinos turísticos do Mundo. Trata-se de um “momento único para o turismo em Portugal”, afirmou Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, depois da

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Foto Aldeias Históricas de Portugal

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

cerimónia, salientando que os prémios são o “reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido ao longo dos anos por todos os que estão de alguma forma ligados ao turismo”, bem como “o reconhecimento pelo país que temos”. A governante sublinhou os atributos de Portugal: “Um país autêntico, inovador, que se soube reinventar, que reúne uma grande variedade de experiências e paisagens, um país que junta cosmopolitismo, história, tradição, sol, natureza e gastronomia. Um país que sabe e que gosta de acolher todos.” Ana Mendes Godinho rematou, dizendo que é preciso continuar a trabalhar no sentido de “mostrar toda a diversidade do que Portugal tem para oferecer” para solidificar a ideia de Portugal enquanto “destino de excelência”. Na mesma linha, em comunicado, Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sustentou que o prémio atribuído à capital portuguesa é fruto do “crescente prestígio da

cidade e do investimento na requalificação do património, na disponibilização de novos equipamentos e do enriquecimento da oferta cultural e gastronómica, que beneficiam quem visita a capital portuguesa e nela trabalha ou vive”. Também Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, frisou que é a primeira vez “em dez anos de história” que o organismo é reconhecido “com prémios de âmbito global”, o que dá à sua equipa “uma motivação acrescida na persecução dos objetivos até 2027, para afirmar Portugal enquanto destino turístico de excelência”. Os “World Travel Awards”, também conhecidos como “os óscares do turismo”, foram criados em 1993, sendo a votação realizada pelo público em geral e por mais de 200 mil profissionais de turismo, oriundos de 160 países. De salientar, que estes prémios somamse a muitos outros já atribuídos a Portugal no âmbito do turismo: cerca de 2500 prémios e distinções (este ano), de acordo com os números da Secretaria de Estado do Turismo. Entre eles, destaque para o prémio de melhor destino turístico da Europa, atribuído pela European Best Destinations, pela terceira vez, em cinco anos, à cidade do Porto. Também repetente é a distinção de melhor destino de golfe do mundo. Portugal recebeu-a no passado mês de novembro nos “World Golf Awards”, pelo quarto ano consecutivo. Por mar chegam cada vez mais turistas e com eles o reconhecimento das qualidades do país para o turismo de cruzeiros: em 2017, o Porto de Lisboa foi distinguido como “Melhor Porto de Cruzeiros da Europa”. 


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Banco Santander será patrocinador da Liga dos Campeões da UEFA por três épocas O Banco Santander firmou um acordo para ser patrocinador oficial da Liga dos Campeões da UEFA a partir da época 2018/2019, com a duração de três épocas. “A Liga dos Campeões é a competição de clubes de futebol mais prestigiada do mundo, com audiências maciças nos principais mercados do Santander na Europa e América. A final da competição é o evento desportivo anual mais seguido do mundo, com uma audiência em direto superior a 160 milhões de pessoas. A competição tem mais de 100 milhões de seguidores nas redes sociais”, frisou o banco liderado por Ana Botín (na foto). O Santander terá direito a uma ampla presença em outdoors em todos os jogos, anúncios em retransmissões de jogos, além de bilhetes e acesso a experiências para uso comercial, entre outros benefícios.

O acordo foi assinado no Brasil, em parceria com um representante da UEFA, tendo Ana Botín sublinhado que este “apoio à UEFA Champions League, a competição mais global e inspiradora do mundo, une-se ao apoio à Libertadores e, de modo excecional desde há uns dias,

ao Racing de Santander, na Cantábria, o lugar onde nascemos há 160 anos e que é a nossa sede. Gostamos de desporto” e “continuamos a apoiar o desporto porque é mais uma forma de contribuir para o progresso das comunidades onde operamos”. 

Frubis lança três novos sabores A Frubis, uma marca de snacks de fruta crocante, lançou três novos produtos da Gama Natural– pera rocha, coco e maçã verde–, que se vêm juntar aos sabores já conhecidos

de maçã vermelha e ananás. No escritório, na escola, integrada em receitas ou saboreada entre refeições, “Frubis é feita com a melhor fruta selecionada, é 100% fruta e 100% crocante, sendo a opção ideal para consumir mais fruta, de forma rápida e simples”, seja por adultos seja por crianças, assegura a marca da Nuvifruits, pertencente ao grupo Luís Vicente, uma das maiores empresas portuguesas de produção e distribuição de fruta. Indicada para quem se preocupa com a sua alimentação e a da família, a Frubis é criada “a partir da melhor fruta fresca, que é cortada em pedaços ou finas fatias, e posteriormente colocada num desidratador que apenas lhe retira a água, sem qualquer outro processo de modificação e sem corantes nem conservantes”, afiança ainda a empresa. Em linha com a nova campanha e iden-

tidade da marca, “É óbvio. É fruta.”, os produtos Frubis podem ser encontrados à venda na secção das frutas, o que reforça “a naturalidade do produto, pois consumir Frubis é consumir fruta, de uma forma inovadora, prática e divertida, em qualquer local e momento do dia”, adianta a mesma fonte. Esta é uma das marcas que apoia o projeto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável”, desenvolvido pela APCOI-Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, atualmente o maior programa gratuito de educação para a saúde em Portugal, concebido especificamente para motivar as crianças entre os dois e os 10 anos a adotar e manter hábitos saudáveis na sua rotina diária, através de um modelo motivacional inovador desenhado para jardins de infância e escolas básicas do primeiro ciclo. 

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in memoriaM in memoriaM

A lição de Belmiro de Azevedo

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deve (continuar a) colher ensina- operacionalização. mentos, até nos insucessos, que Cedo percebeu que “a diferença assumiu com rara nobreza, face está nas pessoas”. às circunstâncias. Exigente na seleção de quadros Este homem de origem modes- e na sua formação e desenvolvita, nunca omitida, subiu a pulso mento, definia objetivos claros e na vida, autofinanciando a sua fazia avaliação justa dos desemformação académica a partir dos penhos, enquadrando todos estes 14 anos, formando-se em quí- estes processos num contexto mica, no Instituto Industrial do comunicacional interativo. Porto e, “obcecado pelo conheGerou uma sólida cultura de equipa no grupo Sonae, mesmo operando em setores tão diversificados, como a indústria, tecnologias de informação, telecomunicações, retalho alimentar, media, real estate, hotelaria e turismo, banca e seguros, distribuição, etc. Empregando 60 mil colaboradores em Portugal e no estrangeiro, preveniu ou resolveu conflitos laborais – poucos – sempre “dentro de casa”, cimento”, cursando em Harvard, com base numa gestão culturalem Stanford, em Wharton, para mente sólida, pró-ativa, de manaalém de inúmeras ações de for- gement responsável e presente. mação ao mais elevado nível de Belmiro de Azevedo e o seu conteúdos, de monitores e de grupo Sonae identificaram e instituições. desenvolveram profissionais de Belmiro de Azevedo era um elevado potencial, gerando excecartesiano com elevada inteli- lentes gestores ou novos empregência emocional, articulava o sários de que todos nos devemos perfecionismo com o risco, a orgulhar. autoridade com a liderança, a objetividade com a comunicaBem haja, engenheiro Belmiro ção, a visão estratégica com a de Azevedo! implementação, foi um visioQue descanse em paz! nário na inovação de negócios com uma rara capacidade de Jorge Moreira Foto Sandra Marina Guerreiro

aleceu Belmiro de Azevedo. Ao escrever ou falar sobre este homem e empresário, corre-se o risco de repetir os merecidos elogios tecidos nas últimas semanas, das mais variadas origens, desde empresários a políticos, desde conterrâneos a colaboradores do grupo Sonae. Mas a Câmara de Comércio e

Indústria Luso-Espanhola não poderia deixar de homenagear esta figura ímpar do empresariado, não só português, como internacional. Entre os inúmeros prémios como empresário que recebeu ao longo da vida, foi também distinguido por esta Câmara com o Prémio de Empresário do Ano, em 2001. Desaparece fisicamente o engenheiro Belmiro de Azevedo, mas fica o enorme legado intangível do seu exemplo como gestor, em que a comunidade empresarial 34 act ualidad€

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Vodafone e Federação Portuguesa de Futebol doam veículo aos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos A Vodafone e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) formalizaram o negócio de compra de um veículo florestal de combate a incêndios para doar à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos. O compromisso foi assumido no dia 5 de agosto, aquando do encontro da Supertaça Cândido de Oliveira 2017, que este ano assumiu um cariz solidário. A iniciativa partiu da união de esforços da Vodafone, da FPF, do

SL Benfica e do Vitória SC, e concretizou-se na angariação de 121.760 mil euros, resultante das ocorrências do jogo, do contributo do público (um euro por cada bilhete vendido) e da contribuição do vencedor da Supertaça FPF eSports, que decidiu doar integralmente o prémio conquistado quando tomou conhecimento do cariz solidário da partida. Para viabilizar a compra do veículo de combate a incêndios – cujo valor total é de 178.350 mil euros –, a

Vodafone reforça a quantia que havia doado inicialmente com o contributo adicional de 56.590 mil euros, reafirmando assim o seu compromisso de reforçar o dispositivo de combate a incêndios dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, que ficam, assim, melhor equipados para exercerem o seu trabalho. A aquisição deste veículo deverá ficar concluída e ser entregue aos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos durante o primeiro trimestre deste ano. 

Associação Duarte Tarré atribuiu 32 bolsas de estudo para atual ano letivo

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ADT – Associação Duarte Tarré, fundada por Manuel Tarré em homenagem ao seu filho, atribuiu no passado dia 18 de novembro, 32 bolsas de mérito a 21 jovens do sexo feminino e 11 do sexo masculino, entre as cerca de 300 candidaturas que recebeu para o ano letivo 2017/18. Osnovosbolseirosfrequentamlicenciaturas e mestrados em Engenharia Aeroespacial, Medicina, Gestão, Direito, Matemática Aplicada e Computação, Publicidade e Marketing, Engenharia Física Tecnológica, Engenharia Informática, Engenharia de Materiais, Economia, Finanças

e Contabilidade, Engenharia Biomédica, Políticas Públicas, Contabilidade e Administração, Gestão de Recursos Humanos, em instituições de ensino como o ISCTE-IUL, FMUL, ISCAL, IST, ESCS, NOVA SBE e FDUL. O momento da atribuição das bolsas para o ano letivo 2017/18 foi assinalado durante um almoço onde os bolseiros receberam 50% do valor atribuído, sendo o restante entregue após a apresentação das notas resultantes do primeiro semestre. Segundo Manuel Tarré (ao centro, na foto), “a dinâmica da ADT está cada ano mais de acordo com os princípios da sua génese: dar algum sentido à partida do seu filho, alargando a família muito para além da de sangue. Este ano novos padrinhos abraçaram a associação e estou em crer que esta, pouco a pouco e com a contribuição de muitos mais, ganhará outra dimensão como exemplo a seguir

no seu objetivo fundamental: ficar-se feliz por ajudar tantos jovens a seguir os seus sonhos. Para Daniela Cruz, aluna do 6ª ano de Medicina e bolseira da ADT há dois anos, “Esta bolsa de estudo possibilitou a dedicação integral à minha formação superior e permitiu, através do apoio financeiro, a compra de livros e a aquisição de material médico que de outra forma não teria condições para o fazer. Mas o apoio intangível recebido ultrapassa o de índole económica, pois ganhei uma nova família onde conheci pessoas fantásticas que me deram a motivação e a inspiração para esta reta final do meu percurso académico. Espero humildemente um dia poder “devolver” este valor multiplicado à sociedade.” Esta bolsa de mérito já apoiou, desde que foi criada em 2012, cerca de centena e meia de alunos com idades até 25 anos, média superior a 14 valores e com dificuldades económicas. Todos os anos, para licenciaturas e mestrados existem bolsas no valor de 1.050 euros e para doutoramento de 1.250 euros. 

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CBRE apoia a reflorestação nacional em parceria com a Quercus A

CBRE realizou no último mês uma campanha solidária, no âmbito do programa Office’Play, neste caso em parceria com a associação não-governamental Quercus, com o objetivo de sensibilizar e angariar fundos junto dos ocupantes dos edifícios de escritórios geridos pela CBRE para apoiar a reflorestação do território nacional. A campanha “Nós Já Ajudámos” teve a particularidade de ter como protagonistas os colaboradores da CBRE Francisco Horta e Costa, diretor-geral da CBRE em Portugal, e Luís Teodoro, diretor de Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE, que fizeram parte do grupo de

colaboradores das mais variadas áreas e competências da CBRE que deram a cara pela iniciativa solidária, que visou a angariação de fundos para a reflorestação de terrenos de todo o país. Luís Teodoro comentou que “alertar para a reflorestação é uma causa que devemos apoiar. Acreditamos que, com os pequenos gestos, podemos fazer a diferença na recuperação das áreas afetadas pelos incêndios no nosso país. É também um orgulho para nós, CBRE, podermos dar a cara nesta campanha e contribuir para uma causa nacional que diz respeito a todos os portugueses”. A participação das pessoas que traba-

lham nos edifícios geridos pela CBRE foi fundamental para o objetivo do projeto, tendo cada comprado um laço simbólico por um euro sendo que o valor monetário da compra reverterá para o projeto de reflorestação da Quercus. O passo seguinte do desafio constitui a partilha de uma selfie nos perfis de Instagram pessoais, com o laço e o hashtag da campanha: #todospelaflorestacbre e com o mote “nós já ajudámos”, a campanha pretende gerar uma onda de partilha solidária que envolva, não só todas as pessoas que trabalham nos edificios geridos pela CBRE, como a sua rede de família e amigos. 

Fundação do Groupe PSA doa viatura à Associação Pão a Pão e ao Mezze A

Fundação do Groupe PSA ofereceu um veículo comercial ao restaurante Mezze, um projeto da Associação Pão a Pão para a integração de refugiados do Médio Oriente. Este é já o oitavo projeto apoiado pela Fundação em Portugal, desde 2012. A Associação Pão a Pão desenvolveu um projeto de inclusão pioneiro em Portugal: um restaurante que emprega refugiados do Médio Oriente, criando soluções de empregabilidade a longo prazo e contribuindo para a formação das mulheres e jovens adultos refugiados. O recém-inaugurado Mezze, no Mercado de Arroios, em Lisboa, conta já com 14 trabalhadores, e procura ser um local de encontro e partilha entre refugiados da crise do Médio Oriente e a população local. Para isso, para além de restaurante, o espaço realiza workshops de gastronomia, música, dança e debates. O Groupe PSA associou-se a esta causa pioneira em Portugal, doando um Citroën Berlingo, veículo produzido na fábrica PSA de Mangualde,

que irá contribuir para a atividade do restaurante. A Fundação do Groupe PSA tem o objetivo de propor soluções de mobilidade solidária e responsável, apoiando projetos de comprovado interesse público. A Fundação centra a sua atividade em quatro áreas de intervenção: a mobilidade como fator de inserção social e profissional, em prol

da educação e da cultura, ou ao serviço de pessoas em situação de deficiência, ou para causas ambientais. Além de financiar e patrocinar, a Fundação do Groupe PSA oferece também consultoria para o desenvolvimento de projetos de impacto social e uma equipa experiente para ajudar as associações e os respetivos projetos a crescer. 

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Los sectores que dinamizan la economía española

Los sectores emergentes son dinámicos, flexibles y capaces de adaptarse a las necesidades de los consumidores. La apuesta en las nuevas tecnologías son el elemento común en todos ellos. Conviven con los sectores tradicionales y evolucionan tan rápido que el panorama puede ser totalmente diferente dentro de cinco años. En España algunos de esos sectores ya son líderes a nivel mundial. Analistas y economistas cuentan cuáles son y cómo van a cambiar el mercado laboral. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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a innovación tecnológica y la los hoteles juntos y el e-commerce internacionalización se han se impone al comercio tradicional”. convertido en dos apuestas cla- Y precisamente los sectores hoteleros ves de las empresas españolas tratan de sobrevivir con un modelo y gracias a ellas han logrado diferente, que aporte valor. hacer frente a la crisis. En los últimos En España el sector hotelero es uno años hemos asistido a la caída de de los más pujantes. “Compañías sectores tradicionales como la cons- como Barceló, Meliá o Riu están trucción, que poco a poco va reto- haciendo grandes inversiones en big mando el ritmo, pero a la vez se ha data para entender mejor las neceproducido la aparición y crecimiento sidades del cliente y ofrecer una de otros en los que España es ahora experiencia diferente”, afirma Jordi líder, como ocurre con la producción Damiá. Señala además el polo infory exportación de grafeno. mático creado en Cataluña como Jordi Damiá, profesor de Estrategia ejemplo de sector emergente. “Cinco de empresa en el EAE Business empresas han creado centrales munSchool, identifica cuatro principales diales desde España lo cual supone sectores emergentes en la economía la creación de muchos puestos de española: logístrabajo y la aparitica, industrial, ción de pequeñas hotelero y finanstartup a su alreEl sector industrial dedor”. ciero. La logística ha evolucionado Para Rafael se está activando, rápidamente “por Pampillón, direcgracias a la inverla aparición de las tor de Análisis grandes cadenas Económico sión en las nuevas de distribución del IE Business tecnologías: "ahora School, el seccomo Amazon que obliga a las tor de servicios es posible invertir empresas a dina“está teniendo un mizar sus estruc- en tecnología barata comportamiento turas”, apunta el muy importante que facilita todo el a nivel europeo docente. En el proceso” y mundial”. Por caso del sector ejemplo, en los industrial, se está servicios bancaactivando gracias a la inversión en las nuevas tecnolo- rios “somos líderes en costes intergías, “ahora es posible invertir en tec- medios y muy sofisticados en temas nología barata que facilita todo el pro- de tecnología”. Habla de la llamaceso”, señala Jordi Damiá. Al hablar da cuarta revolución industrial, la del sector hotelero, lo más destacado cual exige “una formación en capital es su “reinvención, se está creando humano muy importante” que trae un nuevo modelo de servicio” mien- consigo el problema de tener “una tras que en el financiero “los bancos mano de obra que no está adaptada a se están adaptando rápidamente al lo que pide el mercado” Bernardo Villazán, director del mercado”. Estos sectores tienen en común “su adaptación a los nuevos Máster en Industria Conectada de consumidores”. Las compañías crecen Comillas ICAI y codirector de la en una sociedad donde “los jóvenes Cátedra de Industria Conectada de ya no quieren cocinar, realizan las la universidad, destaca el crecimiento operaciones bancarias en sus dispo- de la economía social colaboratisitivos móviles, Airbnb dispone de va “el llamado tercer sector, donde más plazas de alojamiento que todos el consumidor puede intercambiar 39


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Economía colaborativa

Desde que comenzó la crisis no han parado de surgir empresas y plataformas que facilitan el intercambio de productos y servicios. Este nuevo sistema económico y social crece con rapidez gracias, sobre todo, a las nuevas tecnologías. Es la llamada economía colaborativa, el modelo de negocio que pone en contacto a particulares para compartir o vender bienes y servicios. Son ahora muy comunes los servicios de alquileres de alojamientos particulares o compartir con otros el viaje en el vehículo propio. Se conocen (más de la mitad de los europeos saben qué es), pero solamente el 17% de los ciudadanos en Europa los utilizan de forma habitual. Según el estudio “Cuestiones clave a las que se enfrenta la economía

colaborativa en Europa”, presentado por Eucolab, España ostenta la primera posición del continente, con un 6% de la población que ya participa en la economía colaborativa (la media es del 5%), Según los expertos, este sistema podría añadir entre 160-572 miles de millones de euros a la economía de la UE. La consultora PwC y la escuela de negocios OBS han previsto que el impacto mundial en 2025 de la economía colaborativa será de 300.000 millones de euros. Asimismo, OBS recoge en su informe “Los límites de la economía colaborativa” que en 2015 existían más de 7.500 plataformas de este tipo en todo el mundo y que la Unión Europa cifró en 28.000 millones el impacto

productos y servicios a través de pla- Igualmente relevante son los sectores taformas habilitadas por las nuevas fintech, transporte y logística, salud tecnologías, es un fenómeno que ya e industria inteligente. En todos ellos ha situado a España en primera posi- destaca el “uso intensivo de las tecnoción a nivel europeo, en este ámbito”. logías habilitadoras, cloud, big data y 40 act ualidad€

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del consumo colaborativo en ese mismo año. Spotahome, por ejemplo, es una plataforma de reservas 100% online de alquiler no vacacional superior a 30 días que ofrece un modelo totalmente disruptivo que busca revolucionar el sector inmobiliario a nivel mundial. “Las principales barreras a las que nos enfrentamos en nuestra actividad en el marco de la UE son las trabas de acceso al mercado, la necesidad de protección al consumidor, la captación de talento paneuropeo y la disparidad de impuestos, así como una legislación no adaptada a la realidad de un sector tan emergente como es la economía colaborativa”, explica el CEO de Spotahome, Alejandro Artacho.

analítica avanzada, entre otras”. Se caracterizan además por su “dinamismo emprendedor, con proyección internacional, compromiso social y de sostenibilidad” así como por ofre-


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cer un empleo de alto valor añadido. adaptarse rápidamente a las necesiPara entender su aparición hay que dades de los clientes, “en un marco tener en cuenta que la crisis ha actua- de reglas de juego cambiantes, en las do como catalizador de la reacción, que el dato juega un papel central”. “y en gran medida ha hecho de la Son por lo general más dinámicos, necesidad virtud”, subraya Villazán. ágiles y flexibles que los tradicionales La facilidad de acceso a las nuevas aunque ambos “Conviven y completecnologías de información de comu- mentan, si bien alteran en algunos nicaciones junto con un mejor y más casos los modelos de negocio de amplio acceso a financiación “está los sectores tradicionales establecidos. facilitando el desarrollo de los secto- Esta circunstancia también obliga a estos sectores en cierta medida a res emergentes”. reinventarse. El sector fintech es un Sectores dinámicos buen ejemplo de ello”. Para el profesor de Comillas ICAI Es precisamente en dicho sector este tipo de sectores son de gran donde algunas de las empresas glodinamismo, flexibles, capaces de bales más reconocidas son de origen

español. “Lo mismo sucede en el sector de la información, en particular en los servicios y tecnologías de geo posicionamiento, en gestión de la prevención de riesgos laborales, y en mantenimiento predictivo”, apunta Bernardo Villazán. Según la última edición del "Fintech Radar Spain", elaborado por Finnovista, las 117 nuevas startups fintech surgidas en España en los últimos 15 meses posicionan al país como el mayor ecosistema fintech de Iberoamérica con un total de 294 startups. El potencial innovador de este sector se ve impulsado por el alto crecimiento en los segmentos: crowdfunding, gestión de finanzas personales y gestión de finanzas empresariales. En estos últimos 15 meses, han desaparecido o quedado inactivas 32 empresas fintech, un 15% del total. Este dinamismo pone en evidencia la integración de una multitud de nuevos competidores especializados, que ofrecen productos y servicios en segmentos muy concretos de la cadena de valor de la industria financiera, todos ellos en espera de una regulación equilibrada, reguladores que les permita operar en igualdad de oportunidades, como ya está ocurriendo en otros países iberoamericanos México o Brasil. España ha sido líder mundial en producción de energías renovables y entre ellas destaca la termosolar. Es janeiro de 2018

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Contribución y perspectivas de la inversión de empresas de capital De acuerdo con los resultados del "Barómetro sobre Clima de Negocios en España desde la perspectiva del Inversor Extranjero" elaborado por ICEX-Invest in Spain, Multinacionales por Marca España e IESE Business School, elaborado a partir del testimonio directo de 785 empresas de capital extranjero establecidas en España, en 2.018, un 97% de las empresas de capital extranjero establecidas en España tienen previsto aumentar o mantener sus inversiones en nuestro país, un 96% prevé aumentar o mantener su plantilla y un 74% prevé aumentar su facturación. José Carlos García de Quevedo, director ejecutivo de ICEX-Invest in Spain, explica cuál es la contribución y las perspectivas de inversión de empresas de capital extranjero en España. ¿España es un país atractivo para el capital extranjero? España es un país más atractivo ahora para la inversión extranjera. El Banco Mundial acaba de publicar la edición 2018 del Doing Business. Este informe es el ranking de competitividad más prestigioso a nivel global. En él, España ha mejorado este año cuatro puestos, situándose este año por primera vez entre los 30 primeros países del ranking, concretamente en el puesto 28. España supera en el ranking a países como Francia, Países Bajos, Japón, Italia, Suiza, Bélgica o Israel. En el año 2010, España ocupaba la posición 62. En estos años, España ha mejorado más de 30 posiciones en el ranking. ¿Qué expectativas existen de inversión extranjera? Un inversor puede estar varios años planificando, estudiando y considerando la viabilidad de una

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los últimos datos disponibles del Registro de Inversiones Exteriores, operan en nuestro país más de 12.500 empresas extranjeras que tienen un stock de inversión equivalente a casi 400.000 millones de euros y que dan empleo directo a más de 1.200.000 personas, lo que supone casi el 14% de los trabajadores en activo en España.

inversión internacional. Las decisiones de inversión directa exigen una cuidadosa evaluación de las fortalezas estructurales del clima de negocios en horizonte temporal amplio. En consecuencia, estas decisiones llevan implícitas un pronóstico acerca del dinamismo, la estabilidad y la seguridad en el entorno económico en que van a desarrollar sus inversiones que permite desvelar la percepción de sus gestores acerca del futuro de la economía española. Estas expectativas positivas de dichos inversores se están viendo confirmadas en la realidad. La inversión extranjera directa recibida por España en 2016 creció un 2% respecto a la registrada el año precedente, superando los 24.790 millones de euros. Asimismo, en el primer semestre de 2017, la inversión extranjera directa recibida por España ascendió a 14.206 millones de euros, un 10.6% mayor a la registrada en el mismo periodo de 2016. El presente año es el quinto año consecutivo en que la inversión extranjera registra un crecimiento. Este es un hecho de enorme importancia. España es percibida, cada vez más como una ubicación idónea para realizar proyectos de alto valor añadido por las empresas de capital extranjero. Según

¿En qué sectores invierten más? Llevan a cabo actividades y proyectos en sectores de alto valor añadido en nuestro país. Las últimas cifras disponibles de la Estadística de Filiales de Empresas Extranjeras del INE ratifican el especial protagonismo que la inversión extranjera asume en los sectores más intensivos en tecnología y de mayor valor añadido. El volumen de negocio generado por estas filiales en los sectores de Industria, Comercio y otros Servicios de mercado no financieros representó el 29.1% del total de estos sectores, llegando en el sector industrial hasta el 40,4%. Además en ciertas ramas de actividad este porcentaje fue muy superior, llegando al 85,5 % en material de transporte (que incluye la fabricación de vehículos), al 53,6% en Industria química y farmacéutica, al 52,4% en fabricación de material y equipo eléctrico, electrónico y óptico, el 32,1% en programación informática y servicios de información o el 22.9% en servicios empresariales, consultoría y actividades científicas y técnicas. Las empresas extranjeras acostumbran, por tanto, a posicionarse en la parte alta de la cadena de valor. De hecho, la Inversión Extranjera tiene un fuerte impacto sobre las exportaciones, incrementando muy significativamente la base exportadora de nuestro país. El 43%


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extranjero en España de las exportaciones españolas tienen su origen en filiales de empresas extranjeras. ¿Cuáles son los principales países inversores en España? Los países de la OCDE. Estados Unidos, Reino Unido, Italia, Francia y Alemania son, por este orden, los mayores inversores en España en términos de stock. Sin embargo, a medida que las empresas de los países en desarrollo van ganando importancia y cuota de mercado a nivel global, la inversión extranjera recibida por España se ha ido diversificando desde el punto de vista de su origen. La inversión Latinoamericana en España ha crecido exponencialmente en los últimos años. México es actualmente el 6º mayor inversor en España y Brasil el 11º. Pero España también se ha convertido en un interesante destino para inversiones asiáticas. China es el 9º mayor inversor en España, Japón el 14ª y Emiratos Árabes Unidos el 15º. ¿Qué características tienen estas inversiones? España es un destino de inversiones de alto valor añadido y una plataforma para invertir no solo con la perspectiva de afrontar el mercado doméstico sino para expandirse a terceros mercados. El perfil altamente internacionalizado de la economía española y su posición geoestratégica ha convertido a nuestro país en una interesante plataforma para realizar negocios internacionales en el conjunto de la Unión Europea, en el área Mediterránea, norte de África y Oriente Medio, y sobre todo, con América Latina, en dónde España cuenta con un notable liderazgo internacional.

líder mundial, tanto en capacidad tecnológica como en potencia instalada. Por ello las empresas de este sector están comenzando a participar en múltiples y ambiciosos proyectos en varias regiones del mundo (EEUU, Norte de África, Medio Oriente, China, Australia e India). Otro sector es el del tratamiento de aguas donde las administraciones públicas y las empresas españolas han realizado importantes inversiones en I+D para mejorar la gestión de agua y, con ello, que llegue a los destinatarios en las mejores condiciones. Y también puntero es el comportamiento de las empresas que producen y exportan grafeno. La mayor parte de la producción de grafeno es usada para fines experimentales, pero es importante mantener esta primera posición para cuando las grandes multinacionales de la telefonía y la informática se decidan a utilizarlo.

ración en nuevas tecnologías, y habilidades profesionales. “Los puestos de trabajo no especializado tendrán problemas y lo que se adapten mejor estarán mejor posicionados”, alerta el profesor Jordi Damiá quien recuerda además que “si intentamos competir con las máquinas no tenemos nada que hacer”. Sobre las nuevas profesiones, parece claro que girarán en torno al tratamiento y análisis de datos aunque tal y como subraya el profesor Rafael Pampillón, “hace falta cambiar el sistema educativo para avanzar hacia una industria 4.0”. Se espera una alta demanda de profesionales para las TIC, con diferentes perfiles de técnicos, ingenieros, especialistas, etc… El turismo seguirá creciendo y las profesiones ligadas a este sector continuarán siendo demandadas. El sector ligado a la biología y la tecnología ofrece varias oportunidades de empleo en el ámbito de la investigación, I+D+I, Nuevas profesiones industrias agrarias y alimentarias, La aparición de nuevos sectores investigación sanitaria o la indusimplica la necesidad de nuevos per- tria. Por otra parte, el envejecimiento files así como la actualización de los de la población hará necesario que profesionales en activo. Los analistas existan profesionales preparados para coinciden en señalar que van a ser cubrir las necesidades de este grupo necesarios más ingenieros industriales de población y ofrecerles servicios a y de telecomunicaciones con prepa- medida.  janeiro de 2018

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PUBLIREPORTAGEM

Tecnologías y soluciones energéticas de Gas Natural Fenosa

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as Natural Fenosa, dentro de su ámbito de actividad, que aborda prácticamente todo el campo energético (gas, electricidad, generación renovable, transporte y distribución...) ofrece diferentes soluciones para mejorar la eficiencia energética, implantar energías renovables y reducir el coste energético en todo tipo de procesos productivos y edificios. Estas soluciones abarcan usos eléctricos y térmicos, además del sector del transporte. En función del consumo energético de la empresa, es posible adecuar una u otra solución a cada casuística particular, por lo que prácticamente no existe ningún caso en el que no se pueda aplicar. Es además muy importante reseñar, que, en todo caso, las soluciones son escalables y adaptables a cada caso y tipología, por lo que la solución es totalmente personalizada. Un aspecto clave de los sistemas de mejora de la eficiencia energética es que habitualmente se requiere llevar a cabo una inversión inicial para la sustitución de equipos o implantación de mejoras. Esta necesidad es

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habitualmente una barrera, por la necesidad de financiación asociada. Gas Natural Fenosa ofrece una solución integral que engloba también las soluciones de financiación a medida de cada sistema, así como facturación por la energía realmente consumida, integración del mantenimiento y gestión energética, entre otros. Soluciones energéticas de Gas Natural Fenosa para sustitución de combustibles por otros más eficientes y respetuosos con el medio ambiente Dentro de este ámbito destacan las soluciones para implantación de gas natural, biomasa, uso de bombas de calor de alta eficiencia o geotermia de baja temperatura. Biomasa térmica

La biomasa es la solución 100% renovable para generar calor con un coste bajo, mejorando mucho el comportamiento ambiental y sin necesidad de acceder a la red de gas natural. Por ejemplo, puede aplicarse a edificios rurales, habitualmente climatizados con gasóleo, o industrias, pero también a bloques de edificios en ciudades. Por sus características, puede usarse de forma con sistemas de gas natural, en sistemas mixtos biomasa – gas natural, por lo que la versatilidad es máxima. Gas Natural Fenosa ofrece su solución Opción Biomasa, accesible para todo tipo de usuarios y con múltiples necesidades. Ventajas de la solución Gas Natural Fenosa Frente a la implantación de un sistema de biomasa por parte del usuario final, Gas Natural Fenosa ofrece una solución integral que abarca todos los aspectos: • Sin inversiones iniciales, ya que existen soluciones de financiación integral. • Confort y calidad garantizada: la empresa se ocupa de garantizar el suministro continuo de pellets (certificados con la máxima calidad, ENplus) o astilla certificada, monitorizando el buen funcionamiento de la instalación. • Elevada eficiencia de las instalaciones: Gas Natural Fenosa instala sólo calderas de primeras marcas y realiza un mantenimiento preventivo y a todo riesgo durante toda la duración del contrato, asegurando el óptimo funcionamiento de las instalaciones. • Reducción de emisiones: al ser a biomasa energía 100% renovable, permite reducir las emisiones


PUBLIREPORTAGEM de CO2 y disminuir el impacto medioambiental • Facturación por combustible o por consumo de energía útil: si el cliente lo requiere, puede pagar por la energía que realmente utilices, en lugar de pagar por el combustible. • Atención personalizada garantizada mediante el acceso a un gestor personalizado asignado para la instalación y un servicio de asistencia contínuo. Puntos sin acceso a la red de gas natural: La opción del gas natural licuado (GNL) El no contar con acceso a las zonas donde llega la red de distribución de gas natural ya no impide poder acceder al consumo de esta energía eficiente, ya que el gas natural licuado es la solución para abastecer, de forma segura, práctica y eficiente, cualquier zona donde no llega la red de gas natural convencional. Las ventajas del gas natural licuado: facilitando el acceso al combustible más allá de la red Las ventajas del uso del gas natural licuado, allí donde no llega la red de suministro convencional, pueden resumirse en todos estos puntos: • Requiere de poca superficie de instalación y garantiza un acceso prácticamente universal • Cuenta con garantía de suministro en todo momento • No existe pago por acceso a redes o cuotas fijas, ya que el pago es sólo por la energía consumida • Localizar una empresa en un punto lejano a la red de gas natural ya no está reñido con el ahorro y la eficiencia • Utilización de un combustible limpio, seguro y eficiente • Permite acceder a una alternativa de menor coste • Mejora el desempeño ambiental. Solución integral de Gas Natural Fenosa: Opción GNL Para las empresas que deseen

contar con una instalación de gas natural licuado, la inversión inicial requerida, bastante elevada en algunas ocasiones, puede hacer inviable esta opción. Para mejorar la competitividad energética en este ámbito, Gas Natural Fenosa ofrece su solución Opción GNL, que permite que cualquier empresa pueda acceder a un suministro de gas natural usando gas natural licuado, contando con evidentes ventajas en comparación con cualquier otro combustible tradicional. Soluciones para la autogeneración de energía eléctrica y la mejora energética en el ámbito eléctrico Las soluciones eficientes en el ámbito de la generación y el uso de la energía eléctrica son muy amplias, debido a las múltiples aplicaciones que la electricidad tiene en todos los ámbitos. Autogeneración energética con energía fotovoltaica: generar tu propia energía Una instalación fotovoltaica puede ser instalada de forma directa en la ubicación de consumo (edificio, industria, hotel...) para generar energía eléctrica que puede ser autoconsumida parcial o totalmente. Las ventajas de este tipo de generación energética son: • Se contribuye de forma directa a mejorar el medio ambiente, porque la energía solar es 100% renovable y no produce emisiones de CO2. Esto repercutirá, también, en la disminución de la huella energética y de CO2 • Permite obtener una mejor calificación energética del edificio donde se instala • Al poder producir energía eléctrica, esta puede ser usada para el propio consumo, o enviarla a la red eléctrica y recibir un pago por ello. Las condiciones regulatorias y el marco legal regulan esta actividad y establecen diferentes modalidades.

Soluciones ofrecidas por Gas Natural Fenosa Gas Natural Fenosa ofrece una solución integral de estudio e instalación de sistemas de generación fotovoltaica, en todos los tipos de autoconsumo energético: Opción Fotovoltaica. Además, como proveedor de energía eléctrica, se ocupa de la gestión integral de la compra y de la venta de la energía de la red y del excedente vertido, respectivamente. Iluminación de alta eficiencia con tecnología LED Las luminarias LED, además de las ventajas de un menor consumo frente al resto de tecnologías, hasta un 70%, ofrecen otros beneficios muy importantes: • Mucha mayor vida útil, lo que reduce la necesidad de reposiciones, los costes de mantenimiento y, por tanto, el coste global. • Generan menos calor que las tecnologías convencionales, lo que reduce el consumo en climatización. • Permiten una versatilidad total en la elección de las temperaturas de color, tipos de luz o colores, aportando un elevado confort visual. • Presentan un factor de potencia muy elevado (mayor a 0,9), lo que reduce o elimina los recargos por energía reactiva. Para facilitar la implantación de estas soluciones es fundamental contar con una adecuada garantía de los equipos, acceso a financiación y usar las mejores tecnologías disponibles. Gas Natural Fenosa ofrece un servicio de instalación global, sin inversión inicial, para sistemas de iluminación LED. Ledplus, que así se llama este servicio, es aplicable a todo tipo de clientes y sectores, existiendo un potencial de ahorro muy elevado desde el ámbito industrial (iluminación de naves, por ejemplo) hasta el pequeño comercio (joyerías, comercios de alimentación, sector del retail etc.). janeiro de 2018

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

CCA Ontier adota assinatura digital A sociedade de advogados CCA Ontier adotou a assinatura digital em documentos jurídicos para melhorar a eficiência operacional e reduzir custos para os clientes. Para tal, a CCA Ontier recorreu à solução desenvolvida pela LegalVision, legaltech luso-francesa que desenvolveu um software especializado na digitalização e automatização de processos e documentação jurídica. Sem papel e caneta e à distância de poucos cliques, os mesmos documen-

tos são assinados de forma desma- “Os clienterializada pelas várias partes em dis- tes da tintos pontos geográficos. “Com esta CCA Onmedida prevemos não só aumentar a tier estão otimização de processos, como ter- divididos minar com as deslocações de clientes em dipara assinar documentos. Este passo ferentes insere-se no plano de digitalização em áreas geográficas e podem hoje, à discurso da CCA Ontier, que continuará tancia de alguns cliques, assinar qualquer em desenvolvimento durante 2018”, documento jurídico de maneira 100% refere Domingos Cruz (na foto), mana- desmaterializada”, adianta Gonçalo Alves, ging partner da CCA Ontier. CEO da LegalVision.

DNM & Associados considerada a melhor sociedade de direito administrativo do ano em Portugal

A Diogo, Neto, Marques e Associados, com escritórios em Pombal e Lisboa, é a “Administrative Law Firm of the Year” em Portugal. A sociedade portuguesa, que tem como senior partners Mário Diogo, Paulo Neto e Jorge Marques, foi distinguida nos

“2017 Global Law Experts Annual Awards”, atribuídos pela “Global Law Experts”. Estes prémios distinguem anualmente os advogados e sociedades de advogados que mais se destacam pela excelência do serviço que prestam nos diversos ramos do direito.

Em trânsito:

A DNM exerce a sua atividade nos vários ramos do direito público e privado e é membro da AEA – International Lawyers Network, a maior associação internacional de advogados, da qual Paulo Neto é o atual vice-presidente.

Correção: Ao contrário do que foi noticiado na última edição da revista Actualidad€, os advogados Lino Torgal e Tiago Cassiano Neves (na foto) são os dois novos sócios portugueses da Garrigues e não da Cuatrecasas, como referido na pág. 58. Lino Torgal (na foto, à dir.), com experiência em direito administrativo, energia, ambiente e transportes e sócio fundador do escritório Lino Torgal & Associados e que foi ainda managing partner da Sérvulo & Associados, tinha entrado para a Garrigues no passado mês » Jorge Silva foi eleito, em dezembro, bastonário da de julho, passando agora formalmente ao estatuto de Ordem dos Notários. O notário da Maia (distrito do sócio. Porto) licenciou-se em Direito em 2004, pela Universi- Tiago Cassiano Neves conta com uma vasta experidade do Minho, e é pós-graduado em Direito e Informá- ência na área de fiscal internacional, prestando assestica pela Universidade do Minho, mas tem a atividade soria a investidores globais em complexas transações de advogado suspensa para o exercício do notariado. de investimento e restruturação. Foi vice-presidente da Ordem dos Notários, entre 2010 A Garrigues conta, agora, com 292 sócios. e 2011, e presidente da Associação de Jovens Notá- Pelo lapso, as nossas desculpas aos leitores, aos visados e às sociedades envolvidas. rios entre 2007 e 2008.

» A Cuatrecasas, Gonçalves Pereira reforçou, recentemente, as equipas de societário, financeiro e mercado de capitais, fiscal, público, laboral, europeu e concorrência, imobiliário, oil & gas, e, ainda, de propriedade intelectual, nos escritórios de Lisboa e do Porto, com 18 novos advogados e advogados estagiários. Os novos advogados são Mafalda Carmona, André Duarte Figueira, Joana Carrilho, João von Funcke, Rita Botelho Moniz, Gonçalo Nogueira, Tiago Gonçalves Marques, Luísa Cyrne e Filipa Barreira Ferreira. A Cuatrecasas conta atualmente com 136 advogados em Portugal e, a nível global, cerca de um milhar, em 12 países.

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aBOGACÍA Y FISCALIDAD

ADVOCACIA E FISCALIDADE

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Relais du Silence à procura de novos parceiros em Portugal A SEH United Hoteliers, uma cooperativa hoteleira especializado no franchising de marcas para pequenas unidades de charme, está a ponderar lançar o seu conceito Relais du Silence em Portugal, caso encontre parceiros que se associem a esta sua marca de alojamento. A country manager da SEH para Espanha, Andorra e Portugal, salienta que algumas das grandes vantagens das unidades se associarem a esta estrutura são os benefícios ao nível da promoção e da redução dos custos de reserva.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

SEH United Hoteliers, d’Hôtellerie) para Espanha, Anuma cooperativa hotelei- dorra e Portugal, a cooperativa quer ra com mais de 500 ho- entrar agora com a marca Relais du téis espalhados por toda Silence, procurando, assim, pequea Europa, quer alargar a nas unidades hoteleiras, ou pousasua presença em Portugal. Segun- das ou outros alojamentos de 20/ do Montse Moliné, country mana- 30 quartos, que queiram operar sob ger da SEH (Société Européenne aquela marca.

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“Esta seria a nossa marca que mais se adaptaria ao mercado português”, país onde a cooperativa opera já através da marca Qualys-Hotel – a que se associou o hotel Zenit, um conceito de boutique hotel localizado no centro de Lisboa e destinado sobretudo ao segmento corporativo


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–, salienta Montse Moliné. A Relais serviços e vantagens aos associados du Silence e a Inter-Hotel são as (ver caixa). O país onde a SEH continua a ter principais marcas da SEH, que recentemente criou ainda duas novas maior presença é França, onde estão marcas – a marca económica P’tit cerca de 80% das unidades do gruDej-Hotel (presente só em França) e a Qualys-Hotel para o segmento corporativo. Segundo Montse Moliné, a cadeia aposta num programa de fidelização que é rapidamente incorporado pelo A SEH United Hoteliers conta com cerca de 500 hotéis de pecliente. “O nosso cliente sabe que quena e média dimensão, locaem qualquer uma das nossas unidalizados em 12 países, incluindo des vai encontrar um trato familiar, Portugal, Espanha. França ou específico, e muito tranquilo, com Bélgica. poucos quartos por hotel”, em espeCriada há 50 anos e sedeacial no conceito Relais du Silence, da em Paris, esta cooperativa frisa a responsável. OS cleinetws presta diverso tipo de serviços são ainda alertados logo no início aos associados, onde se pode de cada ano, por email, das várias destacar a comercialização e dipropostas promocionais das cadeias, vulgação das unidades associaconsoante as suas preferências. “O das, nomeadamente através da que vendemos é uma ideia, um conparticipação em feiras de turisceito de estadia e relaxamento a um mo e ainda da entrada num guia cliente, não é uma simples ida para de todos os hotéis anual, tendo um hotel indiferenciado”, sublinha acabado de sair o diretório de a responsável, que antes de liderar 2018, e a divulgar na Fitur, de este projeto, foi diretora hoteleira Madrid. Ou seja, os aderentes em França. deixam de ter custos, se assim No total, a cooperativa de serviços o quiserem, com a comercializahoteleiros conta com 500 hotéis asção e divulgação dos seus essociados em 12 países da Europa e paço hoteleiros, incluindo, por pretende continuar a aumentar esta rede, oferecendo para isso diversas

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po. Em Espanha, integram a rede uma trintena de hotéis. Em breve, a cadeia vai construir um QualysHotel em Montmartre, no coração de Paris. 

Rede assegura promoção dos hotéis e elaboração de diretório anual exemplo, realização de fun trips para convidados especiais. A gestão de reservas passa a ser feita também pela SEH, através de um motor de reserva próprio (Reserv.it) colocado nos sites desta estrutura ou do próprio grupo hoteleiro, o que “elimina importantes custos com sites externos de reservas”, destaca Montse Moliné. A SEH tem ainda uma central de compras para os associados aderentes, bem como serviços de consultoria e assessoria, formação, entre muitos outros serviços complementares, que permitem ao “hoteleiro independente concentrar-se no seu negócio e usufuir simultaneamente destes serviços de apoio ao seu negócio, mediante um fee anual”.

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setor imobiliário

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Blue Boutique Hostel & Suites Estoril eleito melhor hostel da Europa e quarto a nível mundial

Otuado em Cascais, tem vindo a obBlue Boutique Hostel & Suites, si-

ter ao longo dos anos grande reconhecimento, tendo sido considerado pelo jornal inglês The Guardian, em 2015,

um dos dez mais elegantes da Europa. Agora é eleito o quarto melhor a nível mundial e primeiro no continente europeu, pelos conhecidos prémios “Hostel of the Year Awards”. Segundo Juan Matias, proprietário do Blue Boutique Hostel & Suites Estoril, “uma vez mais, assim se prova que Portugal tem óptimos projectos e faz a diferença no turismo, primando por uma qualidade acima da média. Ter o Blue Boutique Hostel &

Suites a surgir em primeiro lugar na Europa e em quarto no ranking mundial é o resultado do esforço e emprenho que colocamos em todos os serviços que oferecemos”, assegura. O hostel mais votado, a nível mundial, foi o tailandês The Wanderlust Hostel Ko Phangan, seguindo-se mais dois hostels do continente asiático. O Blue Boutique Hostel & Suites Estoril surge, assim, à cabeça dos premiados na Europa. Nos dez lugares cimeiros desta competição pelo título de hostel mais popular do mundo, surgem ainda mais dois espaços portugueses– o Easy Lisbon Hostel, em Lisboa, conseguiu o oitavo lugar, e a Casa d´Alagoa, em Faro, ficou logo a seguir. A lista top 10 é dominada por estabelecimentos na Ásia. 

Comércio de rua no Porto com forte crescimento N os últimos anos, e à semelhança de outras cidades europeias, o comércio de rua da cidade do Porto registou uma evolução muito positiva. A cidade é cada vez mais procurada enquanto destino turístico, tendo sido a principal responsável pelo aumento em cerca de 70% no número de turistas na zona Norte nos últimos 10 anos. Finalmente, a própria dinâmica do setor de retalho tem vindo a adaptar-se a um consumidor cada vez mais informado e exigente e com maior apetência para o comércio de conveniência, adianta uma análise da Cushman & Wakefield. Como resultado, na última década as zonas históricas de comércio de rua no Porto, nomeadamente a Baixa (ruas de Santa Catarina e de Sá da Bandeira) e Clérigos, registaram um aumento do

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stock em 80 novas lojas. A oferta diversificou-se, com as cadeias nacionais e internacionais a praticamente triplicarem o número de lojas, e os retalhistas tradicionais a modernizar-se e a implementar novos conceitos de retalho, particularmente no setor da restauração. No total, este último passou a representar 21% do stock nestas zonas, sendo que o maior crescimento se registou no lazer e cultura, o qual agrega atualmente 12% do número de lojas. Assim, os eixos de comércio no centro histórico têm-se expandido, beneficiando das sinergias criadas pela proximidade entre si e especializando-se em

termos de tipo de oferta. A refletir este aumento da atratividade do comércio de rua está a análise da amostra da procura deste formato de retalho na cidade do Porto, o qual registou até ao terceiro trimestre um crescimento homólogo de 40% em termos de número de aberturas, com destaque para a área da restauração. 


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setor imobiliário

InterContinental Porto recebe prémio de melhor hotel de cidade

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InterContinental Porto – Palácio das Cardosas foi o único hotel do norte galardoado na cerimónia dos “Publituris Portugal Travel Awards 2017”. A unidade foi distinguida na categoria de melhor hotel de cidade. Na 14ª edição dos “Publituris Portugal Travel Awards”, o InterContinental Porto – Palácio das Cardosas

foi um dos vencedores com o prémio de “melhor hotel de cidade”. Desta forma, a unidade de cinco estrelas do IHG Group trouxe mais uma distinção para a Invicta e para o Norte de Portugal, uma vez que foi o único premiado desta zona do país. O evento distinguiu as melhores empresas, instituições, serviços e profissionais que se destacaram no

setor do turismo, no decorrer do último ano. Eric Viale, area general manager do IHG Portugal, não escondeu a satisfação por este reconhecimento: “É sempre bom quando o trabalho de uma equipa é reconhecido. Estamos também satisfeitos por contribuirmos para mais uma distinção da cidade do Porto e do norte. O nosso objetivo é continuar a incrementar o posicionamento do hotel, sem nunca desvirtuar a estética e valores da cidade do Porto”. Recorde-se que as votações aconteceram entre 4 de agosto e 11 de setembro, na página online do evento. Os resultados finais foram obtidos através de uma média ponderada entre os votos dos assinantes da newsletter da publicação “Publituris” (40%) e dos votos do júri (60%), composto por representantes de associações do setor, antigos secretários de Estado do Turismo, empresários, consultores e jornalistas. 

Lucros da Sonae Sierra caem 16% A

Sonae Sierra encerrou os nove primeiros meses de 2017 com uma quebra dos seus lucros. Estes recuaram 16% face ao mesmo período de 2016, altura em que contou com um efeito positivo nas suas contas resultante da abertura de um centro comercial na Roménia, como informou a empresa liderada por Fernando Guedes de Oliveira. A Sonae Sierra acumulou, entre janeiro e setembro, lucros de 77,8 milhões de euros. Ainda assim, a Sonae Sierra explica que “o resultado indireto foi parcialmente compensado pelo aumento das margens nos serviços e pelo resultado direto do portefólio da empresa no Brasil”.

O resultado direto subiu 12%, para os 45,2 milhões de euros, “valor que reflete um maior EBIT em todo o portefólio da Sonae Sierra na Europa e no Brasil e melhores resultados financeiros”, ainda de acordo com a gestora de centros comerciais. A Sonae Sierra explica ainda que reforçou a sua atividade de prestação de serviços no terceiro trimestre de 2017, através da assinatura de novos contratos com clientes e investidores. “Este

ano já foram assinados 119 contratos de serviços de desenvolvimento, 12 para serviços de gestão de centros comerciais e 14 para serviços de gestão de investimentos“, esclarece ainda. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR janeiro de 2018

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Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Lisbon Family Vineyards: dividir esforços para multiplicar resultados Os responsáveis da Quinta de Chocapalha, da Quinta do Monte d’Oiro e da Quinta de Sant’Ana perceberam que havia mais a uni-los do que a geografia. São três empresas familiares que produzem vinho na região de Lisboa e partilham a mesma forma de estar no mundo vinícola. Formam a Lisbon Family Vineyards, uma marca que procura tirar partido das sinergias a favor da promoção e valorização dos seus vinhos.

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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

marca Lisboa tem vindo a afirmar-se no mundo dos vinhos, muito devido à mudança do nome da região vinícola: deixou de se chamar “Vinho Regional da Estremadura”, para passar a designar-se “Vinho Regional de Lisboa”. O turismo também deu uma ajuda, já que quem visita Lisboa quer provar o vinho local. Fundamental foi igualmente o salto de qualidade que muitos dos produtores da região deram. As adegas da Quinta de Chocapalha, da Quinta do Monte d’Oiro e da Quinta de Sant’Ana contribuíram para a mudança, assinala o CEO da segunda, Francisco Bento dos 52 act ualidad€

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Santos: “A produção de vinhos na região grande salto, já que quem visita Lisboa é secular. Passou por uma fase compli- quer provar o vinho local.” cada, devido à filoxera. Depois criou-se As três adegas somam vários prémios um mercado de tascas que absorvia a em diferentes certames, mas essa não produção da região, mas não exigia qua- é a única afinidade que partilham e lidade. Resultado: a qualidade baixou e que esteve na origem da associação que a região perdeu valor. Nos últimos anos, formaram, a Lisbon Family Vineyards. as coisas mudaram e nós orgulhamo-nos O líder da Quinta do Monte d’Oiro de fazer parte dessa mudança. Provámos conta-nos como avançaram para o proque a região tem potencial. É uma região jeto a três: “Estamos a falar de três extensa, capaz de produzir vinhos muito quintas com história, quintas de pequediferentes, entre si. Podemos produzir na dimensão e de projetos de gestão vinhos acessíveis, mas de qualidade e isso familiar e com equipas, cujos elementos é muito importante. A região produz acabam por fazer parte da família. Não também vinhos de qualidade superior. fazemos vinhos em grande quantidade, O turismo permitiu à região dar um fazemos vinhos de elevada qualidade,


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Os números das três adegas* Quinta de Chocapalha Gerida pela família Tavares da Silva. Principais mercados de exportação: Suécia, EUA e Alemanha Peso das exportações no volume de negócios: 70% Produção: 140.000 garrafas Volume de negócios: 700.000 euros

porém distintos. Ainda que possam ter características comuns, já que as três quintas estão próximas do mar e da Serra do Montejunto. Já nos conhecíamos, encontrávamo-nos em eventos, em feiras, etc. Fomos desenvolvendo a ideia de que a união faz a força.” O arranque oficial da Lisbon Family Vineyards foi em 2014, recorda Francisco Bento dos Santos: “Queríamos um nome que representasse o que somos. Temos muito orgulho nas palavras do nosso nome, das nossas quintas e dos nossos vinhos. O objetivo é juntar sinergias para criar uma marca mais forte, de modo a participar em eventos conjuntamente, com um único stand. Individualmente é muito mais difícil conseguir participar em eventos como a Prowein (feira de vinhos realizada em Dusseldorf, na Alemanha), por exemplo.” Também participam em conjunto em eventos em Portugal como o festival Peixe em Lisboa, ou os eventos da Adegga. Nada disto compromete a identidade de cada uma das três marcas; ressalva Francisco Bento dos Santos: “Independentemente de termos muitas ações promocionais e comerciais em conjunto, cada uma das quintas já tinha a sua estratégia de comunicação antes e continua a ter. Cada uma define o seu próprio caminho, relativamente aos seus vinhos. Para já, não estamos à procura de

mais sócios. Até porque este projeto partiu da amizade. Dávamo-nos bem e isso mantém-se.” O gestor esclarece que não têm clientes em comum: “Os importadores não têm interesse em comercializar vinhos de várias adegas da mesma região. Preferem diversificar.” Um dos pontos altos da parceria acontece anualmente no verão: a Summer Celebration, um encontro das três famílias com os seus stake holders (clientes, garrafeiras, restaurantes, escansões, importadores e imprensa especializada). “O objetivo é, de forma muito descontraída, dar a provar novas colheitas, fazer provas verticais, etc.”, comenta o CEO da Quinta do Monte d’Oiro. O balanço é positivo, assegura Francisco Bento dos Santos: “A parceria é extremamente positiva. Não poderia ser melhor. O maior benefício não é o perceptível para os clientes e distribuidores ou diferentes parceiros. A vantagem maior é que partilhamos problemas, que, muitas vezes, se resolvem em conjunto, partilhamos contactos e ajudamo-nos mutuamente. Por exemplo, quando celebramos os 20 anos da Quinta do Monte d’Oiro, pedimos várias coisas às outras quintas e eles ajudaram-nos muito. ” Francisco Bento dos Santos observa que, nos 20 anos da adega, as alterações do setor vinícola em Portugal são impres-

Quinta do Monte d’Oiro Gerida pela família Bento dos Santos. Principais mercados de exportação: China, Suíça e Holanda Peso das exportações no volume de negócios: 60% Produção: 80.000 garrafas Volume de negócios: 780.000 euros Quinta de Sant’Ana Gerida pela família Frost. Principais mercados de exportação: Reino Unido, Suíça, Alemanha e EUA Peso das exportações no volume de negócios: 50% Produção: 45.000 garrafas Volume de negócios: 230.000 euros *valores de 2016

sionantes: “Em 1997, em Portugal, só havia os grandes vinhos clássicos e tudo o resto tinha pouca qualidade. Os bons vinhos eram os ícones do Douro. O país mudou, a produção de vinho em Portugal mudou e a imagem do país e dos nossos vinhos também. A revolução digital influenciou muito o mundo do vinho. Hoje há uma avalancha de informação e uma avalancha de produtos. É mais fácil promover, mas a concorrência é muito maior. Hoje é preciso vender garrafa a garrafa. O desafio de um pequeno produtor é muito maior porque enfrenta o mesmo número de stake holders que enfrenta um grande produtor. Para nós é um orgulho continuar aqui, sustentáveis.”  janeiro de 2018

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QP Colheita Selecionada 2013 para momentos especiais O vinho QP Colheita Selecionada 2013, da Marcolino Sebo Wines and Oils, produtor da sub-região de Borba (Alentejo), apresenta-se aos apreciadores de tintos de qualidade como sugestão para acrescentar requinte a momentos especiais, seja na quadra de boas festas seja noutra ocasião especial. É um vinho de cor granada viva, aroma de frutos vermelhos maduros, algum floral e especiarias cedidas pela madeira, o que lhe confere boa complexidade. Na prova de boca, é macio, intenso, encorpado com taninos firmes e redondos, bem estruturado e com um final de prova profundo e persistente. Este Vinho Regional Alentejano tinto baseia-se nas castas Touriga Nacional, Aragonez, Alicante Bouschet e Tinta Caiada. O QP Colheita Selecionada 2013 teve um estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês. É ideal em companhia de grelhados e carnes ver-

melhas, devendo ser servido a uma temperatura entre os 16 e os 18º. O preço de venda ao público (PVP) recomendado é de 9,70 euros. Poucas semanas antes, o produtor borbense apresentou também o seu Quinta da Pinheira colheita 2012. Trata-se de um tinto DOC Alentejo baseado nas castas mais típicas da sub-região de Borba: Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet. O Quinta da Pinheira 2012 é um vinho de cor granada com nuances acastanhadas, aroma a fruto maduro com notas de baunilha e passas. Na boca é macio, aveludado, encorpado, complexo, apresentando ligeira acidez e taninos nobres com final de boca prolongado. Aconselha-se para acompanhar grelhados e carnes vermelhas, a uma temperatura de 16-18ºC e tem um PVP recomendado de 7,5 euros. O enólogo responsável por todo o processo de produção foi, como habitualmente, Jorge Santos. 

ASAE e CVR-Vinho Verde assinam protocolo de cooperação A

Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) celebraram em dezembro um protocolo de cooperação, que visa estreitar a colaboração no domínio da garantia da rastreabilidade do Vinho Verde às vinhas dos respetivos produtores, assegurando o cumprimento da lei em matérias relacionadas com a defesa da denominação de origem (DO) “Vinho Verde” e indicação geográfica (IG) “Minho”. A parceria estratégica foi estabelecida com vista a incrementar uma boa articulação entre os serviços que as duas entidades tutelam, garantindo um maior rigor e acompanhamento de processos partilhados, baseando-se em ações 54 act ualidad€

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conjuntas, formação e partilha de conhecimentos para reforçar o controlo da origem do vinho verde. “Trata-se de uma ação que constitui um passo importante para o setor e que é exemplo de boas práticas. Estamos empenhados em melhorar procedimentos, com vista ao cumprimento da lei e à criação de valor acrescentado para a produção de um vinho genuíno e único no mundo”, sublinha Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV (na foto, à esq.). “Assim como, em 2014, a ASAE

criou brigadas especializadas para o turismo, prevendo o desafio e oportunidade deste setor, agora, em 2017, criou brigadas especializadas para o vinho, para reforçar a defesa da autenticidade deste produto e assim contribuir para o seu valor no mercado, nacional e internacional”, refere Pedro Portugal Gaspar, inspetor geral da ASAE (na foto, à dir.). 


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Azamor lançou primeira produção de azeite A

Azamor, produtor de vinhos sediado no Alentejo, já lançou o seu primeiro azeite, de categoria virgem extra. O novo Azamor Azeite Virgem Extra cumpre um sonho antigo dos proprietários, que desde cedo perceberam o potencial dos mais de 140 hectares de olival, com mais de 50 anos de idade. Após um projeto de modernização a esta área da propriedade, que permitiu melhorar os acessos e os processos da colheita, foi possível criar um azeite de qualidade superior que representa o terroir da região. As azeitonas, das variedades galega e branquinha, são criteriosamente selecionadas e colhidas manualmente. Sem recurso a qualquer produto

químico e extraído unicamente por processos mecânicos (centrifugação), este azeite é o autêntico sumo natural da azeitona, preservando, assim, todas as suas características originais e propriedades benéficas para a saúde. Com acidez naturalmente baixa (máximo 0,2º), é recomendando que se sirva cru para que se aproveite todos os sabores e aromas. O novo Azamor Azeite Virgem Extra já está disponível no mercado e pode ser encontrado em lojas gourmet da especialidade. Alison Luiz Gomes e Joaquim Luiz Gomes são os responsáveis pelo projeto Azamor. O nome é inspirado na cidade marroquina

Az-Zammur, que em português significa “as oliveiras”. 

Real Companhia Velha apresenta novos programas enoturísticos nas Caves de Gaia

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om propriedades no Douro, mas sede e património em Vila Nova de Gaia, é evidente a aposta da bicentenária Real Companhia Velha no enoturismo, cuja oferta se complementa entre as Caves gaienses e as Quintas durienses. Se em Junho as novidades versaram o Douro e a Quinta das Carvalhas (junto ao Pinhão), onde chegam cada vez mais entusiastas do universo vínico, agora é tempo conhecer a oferta enoturística

das Caves de Gaia, onde seis programas chegam ao mesmo tempo de uma nova sala de provas. Individuais, em pequenos grupos ou para um maior número de pessoas, em Vila Nova de Gaia são várias as tipologias de ‘Visita’, mas sempre com o propósito de dar a conhecer a história e o legado vitivinícola da Real Companhia Velha. De acordo com o interesse dos visitantes, podem escolher uma de entre seis opções– Clássica, Premium, Fundadores, Colheitas, Vintage ou Memories–, sendo que todas terminam com prova de vinhos (que variam em função da escolha feita). Há ainda a chamada “Visita de Grupo”, para mais de 30 pessoas.

Acompanhadas por um técnico de turismo e personalizadas em função do perfil do(s) visitante(s), os preços variam entre os cinco e os 250 euros. Fundada em 1756 por Alvará Régio de D. José I, a Real Companhia Velha abre as portas às suas Caves, onde repousa uma ampla seleção de vinhos do Porto Tawny, envelhecidos em cascos de carvalho, madeira nobre utilizada no estágio deste legado com séculos de existência. No mesmo lugar, carregado de simbolismo e de história, encontra-se a garrafeira particular da família, composta por mais de 16 mil garrafas de colheitas raras de vinhos do Porto Vintage, das quais a mais antiga garrafa remonta a 1765, ou seja, datada nove anos após a sua instituição. Assim se mantém o prestígio e a tradição que esta exmajestática Companhia desfruta há mais de 260 anos. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR janeiro de 2018

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eventos eventos

Ángel Vaca e Enrique Santos condecorados pelo trabalho em prol das relações ibéricas

O diretor-geral do El Corte Inglés em Portugal, Ángel Vaca, e o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, Enrique Santos, foram duas das personalidades agraciadas, no final de novembro, com condecorações atribuídas pelo rei de Espanha, em reconhecimento do seu contributo profissional para o desenvolvimento das relações luso-espanholas. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), Enrique Santos, e o diretor-geral do El Corte Inglés em Portugal, Ángel Vaca, foram duas das cinco personalidades condecoradas recentemente com distinções oficiais de Espanha, pelo seu percurso profissional em prol do desenvolvimento das relações comerciais ou culturais de âmbito ibérico. As distinções, atribuídas pelo rei de Espanha, foram entregues numa cerimónia realizada na Embaixada de Espanha em Portugal, no passado dia 30 de novembro. Enrique Santos foi, assim, distinguido (na foto) com a Comenda de Número de Isabel a Católica, como re- desenvolvendo na CCILE, desde que conhecimento pelo seu trajeto profis- passou a liderar os destinos desta câsional e o seu contributo para o desen- mara, em 1998, e que tem contribuívolvimento das relações entre Portugal do para o fortalecimento das relações e Espanha. Esta foi a quarta condeco- empresariais de âmbito luso-espanhol. ração obtida pelo dirigente associativo De assinalar também que durante uma e ex-diretor bancário, que se notabili- década esteve ligado à Administração zou sobretudo pelo trabalho que vem espanhola, ocupando diversos cargos

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no Consulado geral de Espanha na Cidade do Cabo e na Embaixada de Espanha em Joanesburgo (África do Sul), tendo ainda liderado associações empresariais como a Federação de Câmaras de Comércio Espanholas na Europa e a Federação de Câmaras SulAfricanas no mundo. Desempenhou


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eventos

ainda diversas funções em instituições financeiras, como o Banesto/ Santander e o Barclays South Africa. Quanto ao diretor-geral do El Corte Inglés em Portugal, foi condecorado com a Comenda de Isabel a Católica, como reconhecimento pelo “excelente trabalho desenvolvido”, especialmente ao nível das relações luso-espanholas, como destacou o embaixador Eduardo Gutiérrez Sáenz de Buruaga. Ángel Vaca, que desenvolveu quase toda a sua carreira profissional como gestor no El Corte Inglés, é o responsável, desde 2006, pelo grupo em Portugal, onde conta com três centros e dois grandes armazéns. Na cerimónia, foram ainda entregues Escudero, distinguido com a EncomenAnteriormente, exerceu funções como diretor regional da Galiza distinções à presidente da Academia de da de Mérito Civil, e ao advogado Au(1998-2006) e diretor em Alican- História de Portugal, Manuela Mendon- gusto de Albuquerque de Athayde, que te (1993-1998), entre outros cargos ça, que recebeu a Comenda de Número recebeu a Medalha Oficial de Isabel a de Isabel a Católica, ao escritor Vítor Católica.  prévios no grupo.

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Embaixador de Espanha recebe Junta Diretiva da CCILE

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duardo Gutierrez Sáenz de Buruaga, que assumiu há pouco mais de três meses as funções de embaixador de Espanha em Portugal, recebeu no passado dia 22 de novembro os membros da Junta Diretiva da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), na sua residência oficial em Lisboa, o Palácio de Palhavã. Durante o almoço de boas-vindas aos gestores, o embaixador sublinhou as boas relações entre Portugal e Espanha, quer no âmbito comercial, quer no âmbito político. O presidente da CCILE, Enrique Santos, agradeceu ao embaixador “a amabilidade de se reunir com a Junta Diretiva” e aproveitou a ocasião para se despedir de um membro cessante da Direção, Carlos Álvares, ex-diretor do Banco Popular em Portugal (entretanto integrado no Banco Santander). Enrique Santos agradeceu ao gestor todo o trabalho que realizou pela CCILE, na qualidade de membro dos Corpos Sociais, entregando-lhe “um diploma, como mostra de gratidão e reconhecimento” (foto em baixo). Por sua vez, Carlos Álvares agradeceu, manifestando ter sido muito gratifi- e a troca de opiniões sobre vários cante a colaboração com a CCILE. temas de natureza socio-económica O encontro privilegiou o convívio que protagonizam a atualidade em

Portugal e em Espanha, como sejam a seca e a falta de recursos hídricos, que tem afetado os dois países, nomeadamente em termos energéticos. Nuno Ribeiro da Silva, o responsável da Endesa em Portugal, salientou que, efetivamente e comparativamente com outras décadas, a percentagem de pluviosidade tem vindo a diminuir nos últimos tempos. O gestor advoga que o problema deve ser minorado através da educação

da sociedade para a poupança de água, não só no âmbito urbano, mas também agrícola. 

Benefícios da eficiência energética para as empresas A

Gas Natural Fenosa (GNF), em conjunto com a Durham Agrellos Advogados e a Câmara do Comércio e Indústria LusoEspanhola promoveu, no passado dia 13 de dezembro, no Porto, uma sessão de esclarecimento para apresentar os benefícios da eficiência energética para as empresas. Rafael Benjumea, responsável

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de Comercialização de Soluções à Medida da GNF para Portugal e Sul de Espanha, enquadrou o tema e os serviços desta empresa, como promotora da medida incluída no Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC) 2017/2018, em relação à iluminação eficiente nas industrias. No âmbito desta medida, será

feita a renovação anual de 20 mil lâmpadas por soluções mais eficientes em plataformas industriais portuguesas, ao longo dos próximos dois anos. “A medida tem um potencial de poupança energética para as entidades beneficiadas na ordem dos 70%”, garante a GNF. No encontro, as empresas foram


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informadas de como poderiam candidatar-se ao referido programa, bem como das múltiplas vantagens de aderirem a medidas com vista a uma maior eficiência energética, redução de emissões de CO2 e de toneladas equivalentes de petróleo. Para as indústrias que pretendam beneficiar das vantagens do programa, 59% do investimento em equipamentos são a fundo perdido. O processo de candidatura é simples, devendo as empresas efetuar um contacto com a empresa comercializadora de energia e serviços de eficiência energética e solicitar a realização de uma auditoria. Do mesmo modo verifica-se a redução de emissões de CO2 e toneladas equivalentes de petróleo, assim como o pay-back do projeto com e sem o incentivo PPEC. Outros temas abordados pelos oradores do encontro foram ainda a utilização de gás natural comprimido e liquefeito no automóvel e transporte. Estes dois tipos de combus-

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O que é o PPEC para o setor elétrico O PPEC tem como objetivo prioritário apoiar financeiramente iniciativas que promovam a eficiência e redução do consumo de eletricidade nos diferentes segmentos de consumidores. O alcance dos benefícios sociais estimados com a implementação das medidas aprovadas na 6ª edição (cerca de 111 milhões de euros) é muito superior ao custo de implementação (23 milhões de euros), representando cerca de 1.470 GWh de consumo evitado acumulado até 2037, adianta a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos de Portugal (ERSE). A implementação deste programa deverá ser feita através de ações a promover pelos comercializadores de eletricidade, operadores das

redes de transporte e de distribuição de energia, associações e entidades de promoção e defesa dos interesses dos consumidores de energia eléctrica, associações empresariais, entre outros. Neste âmbito, a GNF foi uma das entidades selecionadas pela ERSE para o desenvolvimento de um projeto de melhoria da eficiência energética no setor industrial. A GNF é uma multinacional que integra fornecimento de gás e eletricidade em mais de 30 países e com mais de 23 milhões de clientes. Em Portugal, a GNF atua no mercado de comercialização de gás e eletricidade, através das filiais Gás Natural Serviços e Gás Natural Comercializadora. A empresa mantém a sua posição de segundo operador de gás do país, com uma quota de mercado superior a 15%, sendo o primeiro operador estrangeiro. No mercado industrial, onde se centra a sua atividade, tem uma quota que atinge os 17%. 

Consultivo: Margarita Hernandez, em representação da empresa Pedersen & Partners, Bernardo

Pinheiro Torres, em representação do Millennium bcp, e Miguel Seco, a título individual. 

tível alternativo aos convencionais apresentam vantagens em termos ambientais, bem como um menor custo em comparação com o gasóleo, nomeadamente.

Última reunião da Junta Diretiva de 2017

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o dia 19 de dezembro, a Junta Diretiva da CCILE realizou a última reunião do ano, antes de um almoço de Natal, que decorreu no Banco Santander, à semelhança do que se vem sucedendo nos últimos 15 anos. Entre os vários temas tratados no encontro, salienta-se a despedida e entrega de um “Diploma de Honor” ao ex-representante do banco Millennium bcp no Conselho Consultivo, Miguel Seco.Na reunião, foram igualmente propostos e votados os novos membros do Conselho

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org janeiro de 2018

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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Sword Health: a startup que facilita a reabilitação físico-motora

Ao criar a Sword Health, em 2013, Virgílio Bento procurava “democratizar o acesso a reabilitação eficaz e de alta intensidade”. Uma forma de contornar dificuldades diversas na reabilitação físico-motora, “que começam desde logo com as enormes listas de espera para conseguir o primeiro tratamento”, enquadra o fundador da startup.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Sword Health, uma startup portuguesa, fundada em 2013 por Virgílio Bento, tem como objetivo “democratizar o acesso a reabilitação eficaz e de alta intensidade”. “Atualmente, um paciente que necessite de reabilitação enfrenta dificuldades que começam desde logo com o acesso ao tratamento, já que na maioria dos casos as listas de espera para conseguir o primeiro tratamento impedem que o doente comece a ser reabilitado logo após a deteção da patologia ou a realização da cirurgia, para os doentes de AVC ou para os que têm problemas músculo-esqueléticos”, comenta Virgílio Bento. No entanto, “a evidência científica mostra que, quanto mais cedo um paciente começa a sua reabilitação, maior será a probabilidade de uma recuperação total”, frisa ainda. Deste modo, surgiu a ideia de criar um equipamento que permitisse a monitorização da recuperação dos pacientes na sua própria casa. “A Sword Phoenix é uma solução tecnológica revolucionária no processo de reabilitação, que dá a possibilidade de realizar sessões de reabilitação ajustadas às suas necessidades, 60 act ualidad€

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durante o tempo que quiser e de forma independente sem sair do conforto da sua casa, sempre com acompanhamento técnico e médico da equipa Sword Health”, explica o mesmo responsável. O sistema é composto por duas componentes: um portal onde são prescritas as sessões de reabilitação e onde a equipa clínica tem acesso aos resultados e evolução do doente e a aplicação Arya, que guia o doente durante a sessão, dando-lhe feedback em tempo real da sua performance, através dos sensores de movimento. Com estes sensores leves e de alta precisão, são digitalizados e registados todos os movimentos do doente, na sua frequência e amplitude. Os dados são transferidos para um tablet, permitindo, deste modo, assistir o doente na correção imediata do exercício e, por outro lado, dar indicações

à equipa clínica sobre a evolução do tratamento e ajustar procedimentos. A partir dos dados obtidos, o Portal Phoenix possibilita uma análise online detalhada do progresso do doente. Com base nestes dados, podem ser rapidamente introduzidas alterações e melhorias dinâmicas no programa de reabilitação pelos terapeutas da Sword Health. A empresa emprega cerca de 20 colaboradores, desde developers e designers, a clínicos e business developers. Para o desenvolvimento da solução, a Sword Health contou com o financiamento do SME Instrument, programa europeu de apoio a PME do Horizonte 2020, tendo obtido um milhão de euros, pelo que é assim “considerada uma das empresas mais inovadoras da Europa”, garante o seu promotor. Além de Portugal, a solução da empresa tecnológica portuguesa está também a funcionar na China e Estados Unidos, através de uma parceria com a Genesis Rehab Services, a maior cadeia de centros de reabilitação norte-americana, que emprega cerca de 18 mil terapeutas e ajuda a reabilitar 45 mil doentes por dia. 


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

NOS selecionada para ser o parceiro da European Aviation Network em Portugal A

NOS irá fornecer infraestrutura para a rede terrestre da European Aviation Network (EAN) em Portugal. Este consórcio permitirá levar a conetividade wireless aos passageiros dos voos de um conjunto de companhias aéreas europeias. A operadora oferece ao projeto– o primeiro satélite integrado Banda-S complementado com rede terrestre LTE em toda a Europa – a sua infraestrutura terrestre para utilização da EAN. Seja por motivos particulares ou profissionais o número de passageiros a escolher o transporte aéreo para as suas deslocações está continuamente a aumentar, de tal forma que até 2035

espera-se que 1.500 milhões de viajantes aéreos voem pelos céus da Europa. No entanto, a disponibilidade de acesso confiável à Internet de alta velocidade no ar ainda não é suficiente para atender a demanda existente e futura. O EAN foi criado com o objetivo de disponibilizar, às companhias aéreas e seus clientes, uma solução de conetividade única, tecnologicamente avançada e economicamente sustentável. A infraestrutura da NOS em Portugal e a sua ampla experiência em redes sem fios facilitarão o acesso à Internet de alta velocidade da EAN para os passageiros das companhias aéreas que atravessam o espaço aéreo

português. O EAN será lançado em Portugal e em toda a Europa no final de 2017 e oferece ao setor de aviação europeu um poderoso serviço de conectividade para seus clientes. O serviço é o resultado de uma parceria entre várias empresas europeias, liderada pela Inmarsat e pela Deutsche Telekom. Em Portugal, a NOS será responsável pela instalação de equipamentos em terra, disponibilizando para o efeito quer as suas torres, que vão suportar a entrega de rede 4G LTE aos aviões, quer a sua rede terrestre de alta capacidade, a qual transportará o tráfego gerado no espaço aéreo nacional até à rede europeia de alta capacidade da EAN. 

Investimento em empresas tecnológicas europeias atinge valor recorde em 2017 O investimento em empresas tecnológicas europeias terá atingido o valor recorde de 19 mil milhões de dólares (quase 16.200 milhões de euros) em 2017, o que re4presentou um crescimento superior a 31%. A conclusão surge no estudo ‘The State of European Tech 2017’, publicado pela Atomico, sociedade de capital de risco que advoga estar em curso uma “batalha” pelo talento tecnológico europeu. Com duas vezes mais licenciados na Europa face aos Estados Unidos, e com os postos de trabalho no setor a crescer três vezes acima da média europeia, o futuro da tecnologia no Velho Continente está a ser construído

com “bases sólidas, originando uma forte procura e competição pelo talento tecnológico europeu”, enquadra o estudo. Desta forma, os empresários e os empreendedores já não competem apenas entre si pelo talento, mas também com gigantes mundiais tecnológicas, que estão cada vez mais a construir centros de engenharia ou a investir em empresas tecnológicas europeias. O estudo adianta ainda que a tecnologia está a penetrar cada vez mais em indústrias consideradas tradicionais e que a regulação deste mercado tem de avançar e para permitir enquadrar novas realidades, como a inteligência artificial, o blockchain (base

de dados global que guarda um registo de transações permanente e à prova de violação) ou os veículos autónomos. Quanto a Portugal, o estudo salienta, entre outros pontos, que Lisboa está no top-10 das cidades preferidas para começar um negócio e que o país entrou em 2017 para o top-10 dos países com maior crescimento de trabalhadores no setor tecnológico. Por outro lado, conclui que “Portugal está entre os países com maior potencial em termos de capital investido per capita e a Universidade de Lisboa é uma das organizações com mais relatórios publicados relativos a inteligência artificial”. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR janeiro de 2018

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Jaguar E-PACE

Familiar e desportivo

Os princípios de design característicos da Jaguar fazem com que o E-PACE se distinga imediatamente como o desportivo do seu segmento. O nosso novo SUV compacto conjuga o espaço interior, a conectividade e a segurança esperados pelas famílias, com proporções, uma pureza de design e um desempenho que não são normalmente associadas a um veículo tão prático.

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Fotos DR

al como no F-PACE, o caminho para o êxito do E-PACE começa por concorrer com dois atributos fundamentais. A aura que sempre rodeou o nome Jaguar, mesmo nos seus tempos mais atribulados e, um design a que só muito poucos conseguirão ficar indiferentes. Neste particular, a marca britânica afirma que a inspiração proveio do desportivo F-TYPE, destacando a imponente grelha frontal, o perfil fluido do tejadilho, que poderá ser na cor da carroçaria, contrastante em preto ou dando lugar a um enorme teto panorâmico fixo, a traseira imponente e

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a iluminação exterior integralmente por LED. Este é, ainda, o primeiro modelo deste segmento a disponibili-

zar, como opção, jantes de 21”. O novo E-PACE é a proposta da Jaguar para um dos segmentos que mais cresce e onde enfrentará rivais como o BMW X1 e o Audi Q3. É um SUV compacto, com apenas 4,39 metros de comprimento, mas que a marca promete ter todo o espaço necessário para jovens famílias. Prova disso, são os 557 litros de capacidade de bagageira, ao nível da maioria das carrinhas do mesmo segmento. A Jaguar focou particular atenção ao interior, onde não só promete espaço mas também a usabilidade facilitada, como se espera de um SUV. A elevada qualidade dos materiais


sector automóvil Setor automóvel

e os inúmeros locais para arrumação de objetos serão outros trunfos a reter num interior em que também pontificam o sistema de infoentretenimento de última geração com ecrã táctil de 10” e ligação às aplicações preferidas do utilizador, as quatro tomadas de 12 Volt, as cinco ligações USB e o hotspot wi-fi 4G que permite a ligação de até oito dispositivos. Previsivelmente, o E-PACE vem equipado com as últimas tecnologias de segurança e assistência à condução, como por exemplo uma câmara estereoscópica frontal, que permite incorporar um sistema de travagem de emergência, capaz de detetar peões. Vem também com aviso de saída da faixa de rodagem, reconhecimento de sinais de trânsito e limitador de velocidade adaptativo. Para melhor proteger os peões, em caso de atropelamento, o E-PACE conta com um airbag instalado na parte de trás do capô. O E-PACE é também o primeiro Jaguar a ter uma gama de motorizações composta na totalidade pelas unidades Ingenium, as mais recentes da marca, tanto a diesel como a gasolina. Curiosamente, todas são de 2.0 litros de capacidade e quatro cilindros. A diesel, temos versões de 150, 180 e 240 cavalos, enquanto a gasolina,

mas mais tarde, estarão disponíveis as versões de 249 e a de 300 cavalos. Dependendo das versões, podem estar equipadas com caixa manual de seis velocidades ou nove, automática. As emissões de CO2 podem ir das 124 gramas na versão a diesel, de 150 cavalos com tração dianteira, às 181 gramas, na versão a gasolina,

de 300 cavalos. Os valores de comercialização para o mercado português, começa nos 45.752 euros e acaba nos 73.616 euros. A Jaguar com este novo SUV compacto, tem como principal objetivo, torná-lo o seu modelo mais vendido. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade e clima económico estabilizam no final do ano

Foto Sandra Marina Guerreiro

s indicadores de clima e atividade O económica mantiveram o mesmo ritmo de crescimento em novembro e

outubro, respetivamente, assinalando assim que a economia portuguesa já não está a acelerar. De acordo com os dados do INE, a atividade económica cresceu 3,1% em outubro, mantendo o mesmo ritmo durante seis meses. Apesar da estabilização, mantém-se no valor mais elevado desde maio de 2001. Ao mesmo tempo, o clima económico, e de acordo com dados de novembro, progrediu 2,1%, o mesmo valor que

vem registando mensalmente desde agosto último. Quanto ao indicador quantitativo do consumo privado, desacelerou em outubro, "refletindo o contributo positivo menos expressivo do consumo corrente e do consumo duradouro. O indicador de [investimento] abrandou em outubro, prosseguindo a desaceleração dos quatro meses precedentes", de acordo com o destaque do INE. Entre os indicadores do INE, apenas o índice de produção da indústria apresentou um arrefecimento, estando os restantes indicadores em alta.

Inflação sobe para 1,5% em novembro

Importações cresceram quase o dobro das exportações em outubro

A variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) em Portugal foi 1,5% em novembro, depois da subida de 1,4% em outubro. Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) adiantam que a variação homóloga foi de 1,1%, valor inferior em 0,2 pontos percentuais ao apresentado em outubro, sobretudo devido à desaceleração dos preços da classe dos restaurantes e hotéis. A variação mensal do IPC foi de -0,3% (0,3% no mês precedente e -0,5% em novembro de 2016) e a variação média dos últimos doze meses fixou-se em 1,3%, taxa superior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior, ainda de acordo com o INE. “O agregado relativo aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 2,6% em novembro (0,7% em outubro), enquanto a taxa referente aos produtos energéticos aumentou para 4,5% (2,8% no mês anterior)”, refere o relatório do INE.

Depois de ter abrandado em setembro, o crescimento das importações e exportações voltou a acelerar em outubro. A subida das compras do exterior foi praticamente o dobro do crescimento das exportações. As exportações e importações de mercadorias voltaram a acelerar em outubro, depois de o seu crescimento ter travado fortemente no mês anterior, sobretudo no que respeita à venda de bens para o exterior. De acordo com os dados do INE, as exportações portuguesas de bens subiram 11,8% em outubro, face ao mesmo mês do ano passado, após terem avançado 5,7% em setembro. Já as importações cresceram praticamente o dobro – 21,4%– acelerando face à subida de 8,5% verificada no mês anterior. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 13% e as importações cresceram 19,9%. Assim, o défice da balança comercial de bens foi de 1.536 milhões de euros em outubro, o que representa um acréscimo de 613 milhões face ao mês homólogo de 2016. Segundo o INE, o crescimento das exportações deveu-se principalmente ao acréscimo de 14,1% registado no comércio Intra-UE.

Taxa de desemprego em Portugal cai para 8,5% em setembro A taxa de desemprego de setembro de 2017 situou-se em 8,5%, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) do que no mês anterior e menos 0,6 p.p. em relação a três meses antes. Aquele valor representa uma revisão de menos 0,1 p.p. face à estimativa provisória divulgada um mês antes, e desde abril de 2008 que não havia uma taxa tão baixa. A população desempregada de setembro foi estimada em 439,8 mil pessoas, tendo diminuído 2,6% em relação

ao mês precedente (menos 11,9 mil pessoas), enquanto a população empregada foi estimada em 4,715 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,1% (mais 6,2 mil pessoas) face ao mês anterior. A estimativa provisória da taxa de desemprego de outubro de 2017 foi de 8,5%. Neste mês, a estimativa provisória da população desempregada foi de 436,9 mil pessoas e a da população empregada foi de 4 711,2 mil pessoas. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas fabricantes de tubos de estaño para cremas

DP171003

Empresas transportistas españolas

DP171004

Empresas en España que produzcan suplementacion alimenticia y deportiva

DP171101

Distribuidores/representantes de productos naturales/eco/bio en España

DP171102

Empresas fabricantes españolas de vehículos utulitários electricos para servicios municipales

DP171103

Empresas españolas importadoras de vestidos de noche

DP171104

Empresas españolas distribuidoras de setas Empresas españolas interesadas en representar el proyecto "My Perfect Way" (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos

DP171105

Empresa portuguesa de equipación para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español

OP170802

Empresa portuguesa del sector de la metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español

OP170803

Empresa portuguesa de construcción de kioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción

OP170602 OP170801

OP171001 OP171002

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Lojas multimarca de moda infantil ou representantes em Portugal

DE170901

Empresas portuguesas do setor agropecuário Empresas Portuguesas fabricantes de parafusos franceses e normais Distribuidores de amêndoas em Portugal

DE170902 DE171001 DE171101

Empresas portuguesas de mão-de-obra de alvenaria (pedreiros), cofragem, outros

DE171102

Contabilistas em Lisboa que falem espanhol Empresas portuguesas de alvenaria, carpintaria, e retoques finais de construção Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura, procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil, procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadores/ distribuidoras em Portugal, para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal

DE171103 DE171104 OE170302

Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal

OE170801

OE170304 OE170305 OE170601 OE170602

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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oportunidades de negocio

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calendário fiscal calendario fiscal >

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Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

* À data da preparação desta informação ainda não estava disponível o novo modelo. Esta informação é baseada na proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2018 aprovada pela Assembleia da República e remetida para promulgação pelo Presidente da República, a qual ainda não tinha sido publicada.

10

IVA

Declaração periódica e respectivos anexos, relativa às operações efetuadas em novembro/2017

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro/2017

Entidades empregadoras

22

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC e do Imposto do Selo liquidado em dezembro/2017

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do Selo

22

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de dezembro/2017

Entidades empregadoras

22

IVA

Envio da declaração recapitulativa mensal relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em dezembro/2017

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

22

IVA

Declaração recapitulativa trimestral relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 4º trimestre/2017

Contribuintes do regime trimestral

22

IRS/IRC

Comunicação anual aos credores dos rendimentos que lhes foram pagos e das retenções na fonte efetuadas no ano de 2017

Entidades devedoras dos rendimentos

22

SELO

Envio da declaração mensal de Imposto do Selo relativa a dezembro/2017

Sujeitos passivos de Imposto do Selo

Nova declaração*

22

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em dezembro/2017

Sujeitos passivos do IVA

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal da AT; ou - Por inserção direta no Portal da AT

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 10 relativa aos rendimentos pagos e retenções na fonte efetuadas a residentes, não mencionados nas declarações mensais de remunerações, no ano de 2017

Entidades devedoras dos rendimentos

31

IRS/IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em novembro de 2017

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de NIF especial para o não residente

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 25 referente ao ano de 2017

Entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 39 referente ao ano de 2017

Entidades devedoras dos rendimentos e retenções na fonte pagos a residentes, sujeitos às taxas liberatórias

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

31

IRS/IRC

Comunicação de inventários com referência a 31 de dezembro de 2017

Entidades obrigadas à respetiva elaboração nos termos da normalização contabilística aplicável

31

IRC

Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

Pode ainda ser enviada até 31 de março

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2017 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

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É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados membros, quando tais operações sejam aí localizadas


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

BE170154

F

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

09/08/1976

INGLÊS

RECURSOS HUMANOS

BE170155

F

INGLÊS/ PORTUGUÊS

DESIGN GRÁFICO

BE170156

M

ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO/ FRANCÊS

COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL

BE170157

M

ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS

GESTÃO

BE170158

F

INGLÊS/ ESPANHOL

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/ COMERCIAL

BE170159

F

ESPANHOL

COMERCIAL

BE170160

F

ESPANHOL/ INGLÊS

DIREITO CRIMINAL

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F

ESPANHOL/ INGLÊS

TECNICA ADMINISTRATIVA

02/03/1972

BE170162

F

01/05/1972

FRANCÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

MERCHANDISING/ LANÇAMENTO DE PRODUTOS/ VENDAS

BE170163

F

04/09/1976

FRANCÊS/ ESPANHOL

TÉCNICA ADMINISTRATIVA

BE170164

F

01/06/1989

PORTUGUÊS/ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS

TRADUTORA

BE170165

F

PORTUGUÊS/ INGLÊS

CONSULTORA DE VENDAS E PUBLICIDADE

BE170166

F

14/04/1993

ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS

ADMINISTRATIVA

BE170167

M

17/12/1988

INGLÊS/ FRANCÊS

CONSULTOR

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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Bastardo: mistura de culturas na Baixa lisboeta

O novo chefe do Bastardo, Duarte Madeira, está empenhado em impressionar o paladar dos clientes e em elevar o trabalho da equipa. A carta ordena “Partida, Lagarta, Fugida”, garante “que as calorias não contam” e mistura culturas, ensaiando novas combinações, como um risoto com raspas de cacau. Pode acabar a refeição neste restaurante da Baixa lisboeta com um “pijama” e com a certeza de que o humor e a surpresa favoreceram a experiência.

A

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

promessa do Bastardo coloca no alto a fasquia: “Misturamos o 8 com o 80 e tentamos agradar a Gregos e a Troianos.” Na página Web do restaurante, a equipa esclarece que “o Bastardo é o filho ilegítimo da cozinha portuguesa”, que “nasceu a quebrar as regras e é fruto do verdadeiro amor, o proibido”. O nome sugere que a uma base de gastronomia portuguesa se misturam “culturas, estilos e conceitos numa cozinha tradicional em movimento”. Tem sido assim desde que abriu, em 2014, para ocupar o primeiro andar do Internacional Design Hotel, a versão renovada de um edifício pombalino, que já funcionava como hotel desde 1920. O conceito mantém-se, mas com um novo chefe: Duarte Madeira, que 70 act ualidad€

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era sub-chefe do chefe cessante, David Porto Santo e de Macau, do The Lake Jesus. Com 15 anos de experiência, este Resort Vilamoura, entre outros, conta: chefe, natural de Almada, já passou pela “O meu objetivo sempre foi absorver Marinha Portuguesa e pelas cozinhas conhecimento em todos os sítios em que do Pestana Palace, Pestana Resort de trabalhei. Quando sinto que a esponja


espacio de ocio

está cheia, parto para outro projeto.” Ascendendo agora à posição de chefe no Bastardo (já havia liderado a cozinha noutros projetos), Duarte Madeira é claro nos seus objetivos: “Quero valorizar o trabalho de equipa. A nossa cozinha é um laboratório de ideias. Os pratos são criados em equipa. Ao longo do ano iremos brincar com o que for saindo da terra. Quero trabalhar com produtos de qualidade, produtos da época, de fornecedores próximos. Quero que as pessoas sintam o verdadeiro sabor do que estão a comer e isso passa por respeitar o ciclo dos alimentos.” Todos os membros são convidados regularmente a apresentar as suas sugestões para os novos pratos: alguns passam a integrar a carta e outros serão testados durante uma semana no que o Bastardo chama de “Especial da semana”. Liliana Conde, diretora do Internacional Design Hotel, explica que o objetivo é precisamente “aproveitar as boas ideias que ficaram de fora da carta e dar-lhes espaço, podendo mesmo algumas delas vir a integrar a carta no futuro, dependendo da recetividade que gerarem”. Com a liderança do novo chefe chegam também novidades à carta como são o risoto de cogumelos shitake com raspas de chocolate (com 80% de cacau), ou do gnocchi feito na cozinha do Bastardo, que é acompanhado com caranguejo e salicórnia. A carta está organizada pelas áreas

espaço de lazer

“Partida”, “Lagarta” e “Fugida”, respe- que junta bacalhau com puré de berintivamente entradas, pratos principais e gela, grelos e alga Kombu; o “Porco à sobremesas. colher versão 2.0” feito com bochechas Destaque para o couvert, que vem ser- de porco, aipo, agriões e vinho do Porto; vido num recipiente feito com peças de entre outros pratos. lego, onde coabitam fogazza, pão alenteAs sobremesas anunciam-se e anunjano e gressinos, prontos a saborear com ciam a “Fugida”: por lá encontra cláshúmus e/ou manteiga de alho. Daqui sicos como a tigelada, creme brulêe, pode seguir para o “Entornado” ou seja, pudim Abade de Priscos, carpaccio de “uma queijo da serra acabado de aquecer ananás regado com lima, ou a “Bomba no forno, para ser acompanhado de com- de chocolate”. Caso queira provar um pota caseira e tostinhas. Nesta “Partida”, bocadinho de cada, peça o “Pijama”, a encontra ainda tataki de atum, ceviche de degustação de sobremesas. corvina, bife tártaro e uma sopa. Também recente é o bar do Bastardo, A “Largata” propõe pratos como o onde o forte são os cocktails da autoria “Malandrinho”, um risoto de abóbora de Filipe Camacho.  que “é um sucesso”; o “Pescador”, uma caldeirada de corvina e marisco, com Bastardo batata-doce; o lombo de novilho com Rua da Betesga 3, Lisboa puré de batata trufado e tamarilho cara- Tel.: 21 324 0993 melizado, outro “best seller”; o “Asiático”, janeiro de 2018

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Agenda cultural Revista

A edição “mais doce” da revista “Egoísta”

A última edição de 2017 da revista “Egoísta”, editada pela Estoril Sol, é dedicada ao “Doce”, uma proposta literária que se estende ao primeiro trimestre deste ano. Mário Assis Ferreira, diretor da “Egoísta”, justifica a opção nas primeiras páginas da revista: “Ditosa língua esta, a portuguesa, a que Pessoa chamou a sua Pátria. Resiliente, também: enfrenta as intentonas de um espúrio Acordo Ortográfico e sobrevive, incólume, na semântica dos que pensam - e escrevem - pela própria cabeça. Na pujança do seu léxico, eis que cada vocábulo se desdobra numa multiplicidade de sinónimos e, não raro, cada sinónimo se espraia em duplos sentidos. Tal como a palavra Doce – na sua acepção gastronómica ou enquando expressão imaterial. Pois que Doce, guloseima, e Doce postura humanística não se confundem, embora se conciliem no prazer da sua fruição”. E prossegue, “Até eu, impenitente adepto de suculentas sobremesas, sei que nelas há limites para a glicémia, mas ilimitadas são as dádivas de uma Doce serenidade que inspire a difícil arte de viver. Porque é arte, mais que ciência, o dilema de existir: como se a vida fora um enigma camuflado em mil explicações; como se a aura da verdade pudera esconder-se em sombras de mentira…”.

Exposições

MAAT mostra o protagonismo do vídeo como suporte da arte Patrícia Almeida, Halil Altindere, Marilá Dardot, Bofa da Cara, Burak Delier, Melanie Gilligan, Lola Gonzàlez, Hiwa K, Silvia Kolbowski, Nikolaj Bendix Skyum Larsen, Marc Larré, Jorge Macchi, Paulo Mendes, Mario Pfeifer, Francisco Queirós, Anatoly Shuravlev, Federico Solmi, Pilvi Takala, Maria Trabulo, Dragana Zarevac, Artur Zmijewski, Yorgos Zois. A lista é longa e sintomática do papel cada vez mais marcante do vídeo na arte contemporânea. A mostra “Tensão & Conflito. Arte em vídeo após 2008” procura exemplificar isso mesmo: “Nos últimos 10 anos, o vídeo revelou-se um recurso cada vez mais incontornável para a arte nos oferecer uma expressão única das tensões e inquietações que marcam a sociedade atual. A aptidão deste suporte para a criação e circulação de imagens, vozes e histórias tornaram-no uma ferramenta fundamental para os artistas contemporâneos analisarem os impactos socioeconómicos dos acontecimentos do quotidiano. Na Galeria Principal e na Video Room do MAAT, “a exposição reúne obras de 22 artistas que, dos Estados Unidos e América Latina à Europa e ao Médio Oriente, filmaram visões pessoais sobre os efeitos da grande recessão, a agitação política a ela associada e os aspetos sociais menos óbvios que emergiram desses eventos”. Com curadoria de Pedro Gadanho e de Luísa Santos, a mostra “transforma o museu numa sucessão de espaços fílmicos”, com registos sobre “protestos, manifestações e notícias do dia”, bem como “visões poéticas que nos fazem ler a História recente — e as transformações do presente — de modos frequentemente inesperados”.

Até 19 de março de 2019, no MAAT, em Lisboa

Dança

“A Bela Adormecida”, de Tchaikovsky, em Guimarães A companhia Russian Classical Ballet, de Moscovo, chega ao Centro Cultural Vila Flor com uma obra-prima de Pyotr Tchaikovsky, baseada no conto “La Belle au bois Dormant”, de Charles Perrault. O bailado “A Bela Adormecida” é uma oportunidade para recordar “melodias imperecíveis como ‘Rosa Adagio’ e ‘Grande Valse Villageoise’”, que “revelam o lirismo do autor”. Em comunicado, o Centro Cultural Vila Flor sublinha “a relação da música de Tchaikovsky com a coreografia de Marius Petipa é de tal forma perfeita que seria difícil imaginar outra leitura da partitura. Música e coreografia, numa simbiose genial, fazem com que esta peça seja considerada uma das obras mais emblemáticas da dança clássica”.

Dia 6 de janeiro, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães 72 act ualidad€

janeiro de 2018


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espaço de lazer

A Casa da Arquitetura com obras de José Pedro Croft e reflexão sobre o poder na arquitetura Inaugurada a 15 de novembro, na Real Vinícola, em Matosinhos, A Casa da Arquitetura torna-se morada do conjunto de esculturas, com o título “Medida Incerta”, de José Pedro Croft. As seis peças representaram Portugal na Bienal de Arte de Veneza este ano e foram compradas pela Câmara Municipal de Matosinhos. O projeto “Medida Incerta” assume-se como uma “desconstrução do plano e da ortogonalidade, um jogo entre a objetividade do espaço e a sua ilusão, um desafio à sua estabilidade e equilíbrio”. O novo espaço cultural que ocupa o renovado Quarteirão da Real Vinícola exibe também a mostra “Poder Arquitetura”, comissariada pelos arquitetos Jorge Carvalho, Pedro Bandeira e Ricardo Carvalho. A exposição reúne fotografias, maquetas, livros, desenhos, ví­deos, revistas, postais e outros materiais em torno de uma centena projetos de arquitetura construí­dos à volta do mundo e estende-se pelos cerca de 800 metros quadrados da Nave Expositiva e propõe reflexão em torno de “oito poderes que se alinham, infletem e divergem entre si”. Os comissários sustentam que “o poder na arquitetura é um tema fundamental para questionar o modo como a sociedade contemporânea e a arquitetura trabalham em conjunto”. No texto de abertura do livro que acompanha a Exposição, uma coedição da Casa da Arquitectura e da editora suíça Lars Müller lê-se: “A Arquitetura não é apenas a expressão de um único poder. Reflete e trabalha a partir de vários poderes. Decidimos por isso isolar aqueles que parecem clarificar esta cartografia complexa. Deste modo surge o poder coletivo, o regulador, tecnológico, económico, doméstico, cultural, mediático e o ritual. No lastro longo da relação entre homem e natureza, cultura e tecnologia estes poderes desempenharam

forças de intensidade variável na produção de artefactos arquitectónicos e no desenho da cidade e do território. Hoje, face a uma importância política que desculpa e valida decisões que lesam a coisa pública e o significado das comunidades, parece haver lugar para uma nova reflexão sobre o poder.” Na inauguração do espaço, o primeiro-ministro sublinhou que “não há outro concelho onde a arquitetura tenha sido tão marcante como capacidade transformadora do território”, já que “Matosinhos soube compreender esta capacidade única da arquitetura de mudar o território e, ao fazê-lo, transformar a vida das pessoas”. António Costa considerou A Casa da Arquitetura um equipamento “extraordinário para o conjunto do país”, e sendo “um projeto municipal”, mostra que as autarquias “têm uma visão aberta e rasgada ao mundo”, bem como “a capacidade de compreender que hoje a inserção nas redes globais implica projetos desta natureza”.

Até 18 de março de 2018 na Nave Expositiva da Casa da Arquitectura, em Matosinhos Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Conheça 150 faianças desenhadas por Bordalo Pinheiro O criador da caricatura “Zé Povinho” foi mestre em cerâmica e faiança. Rafael Bordalo Pinheiro quis dinamizar a arte popular e ergueu uma fábrica nas Caldas da Rainha (ainda hoje a laborar) para o fazer. Algumas das mais carismáticas peças em faiança criadas por Bordalo estão agora em exposição do museu que homenageia o artista em Lisboa: “Mais de 150 peças em cerâmica, de par com um conjunto de desenhos e outro, de azulejos, convidam a olhar peças habitualmente não visitáveis, desvendando alguns tesouros do imenso acervo em reserva.” Assim, durante este ano poderá ver no museu Bordalo Pinheiro a mostra “Formas do Desejo - A Cerâmica de Rafael na Coleção do Museu Bordalo Pinheiro” organizada em torno de núcleos, Forma, Função e Tema, de modo a oferecer “um enquadramento transversal à obra de Rafael Bordalo” e chamar “a atenção sobre as múltiplas facetas que caraterizaram o seu talento enquanto artista e homem do seu tempo – de olhos postos no futuro.”

Paralelamente, até ao fim do mês pode apreciar em várias ruas da Baixa de Lisboa, ilustrações sobre a vida e a obra de Rafael Bordalo Pinheiro, que “exemplificam como o humor e a atenção sobre o quotidiano faziam parte da visão deste artista sempre atento às inovações, mas também às mesmidades”. Raphael Augusto Bordallo Pinheiro viveu entre 1846 e 1905 e foi jornalista, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, ceramista e professor.

Até 25 de novembro de 2018, no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa janeiro de 2018

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últimas

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Statements Para pensar

“Afinal, não tivemos nem plano B nem resgate e já duas agências de rating retiraram Portugal do lixo. Saímos do lixo - e vamos continuar a sair do lixo, porque o nosso país não é lixo” António Costa, primeiro-ministro de Portugal, sublinhando que Portugal iria fechar o ano de 2017

com uma dívida líquida inferior ao estimado, nos 119% do produto interno bruto (PIB), e que a dívida bruta passaria de 129 para os 126%, entre 2017 e 2018, “Expresso.pt”, 20/12/17

“Estamos disponíveis para assumir compromissos, mas nunca sob uma pressão desta natureza [acerca das exigências, entre outras, das confederações patronais de reduzir fortemente as contribuições para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), o que, para o Governo] não parece ser possível aceitar” José Vieira da Silva, ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, sobre a última

reunião de concertção social do ano, onde foi aprovado ainda o aumento do salário mínimo em Portugal de 557 para 580 euros, “Lusa”, 19/12/17

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“Somos hoje um dos financiadores de referência das microempresas em Portugal e uma das melhores alternativas de investimento para particulares. Vamos continuar a inovar no mercado, a lançar novos serviços o que nos vai ajudar a manter este ritmo de crescimento e ganhar ainda mais quota de mercado” José Maria Rego, administrador da Raize, uma fintech que pretente entrar na bolsa Euronext Lisbon este ano, “Negócios Online”, 14/12/2017

“Con el conjunto de estos factores, y coincidiendo con un momento de cambios en Europa, Portugal aparece ejerciendo una función que en el siglo pasado ejercían a menudo los países nórdicos; cuando había necesidad de un mediador para un conflicto o para tender puentes entre lados irreconciliables, se buscaba el auxilio de un nórdico. Ahora ese papel lo están jugando Portugal; somos los nórdicos del siglo XXI porque tenemos esa vocación de dialogar con países muy diferentes” Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, destacando a eleição de Mário Centeno

Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º Piso, 1050-155 Lisboa Tel Geral: (+351) 213 509 310, e-mail: ccile@ccile.org

para a liderança do Eurogrupo, “El País”, 05/12/17




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