Actualidad
Economia ibérica fevereiro 2018 ( mensal ) | N.º 248 | 2,5 € (cont.)
Componentes automóveis aceleram indústria e exportações pág. 38
Remax espera crescer 30% em 2018 pág. 14
“As empresas espanholas são muito bem-vindas em Portugal” pág. 52
Preocupações com o ambiente são oportunidades de negócio pág. 56
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Índice
índice
Grande Tema
Foto de capa: DR
Nº248 Actualidad
Economia ibérica
Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Berta Dias da Cunha
Componentes automóveis aceleram indústria e exportações portuguesas 38.
As estruturas produtivas 20. ibéricas, uma proposta de valor para ambos os países
_________________________________________ Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de Textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk: Julia Nieto e Manuela Ramos Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Manuela Ramos (manuela@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro
Editorial 04.
Componentes para automóvel a caminho do futuro
Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Ernest Quingles, Nuno Ramos e Pedro Morão Correia Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: ccile@ccile.org Redação: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Impressão: What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição: VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém
Opinião 06.
- Ernest Quingles
46.
O Estatuto Editorial da Actualidad€-Economia Ibérica está disponível no site www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor.
Atualidade 22.
Indra antevê soluções disruptivas para os meios de pagamento já em 2018
24.
Schindler Ibéria destaca performance da sua atividade em Portugal
26.
Portugal, “el mejor destino turístico del mundo”, brilla en Fitur
Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares
Câmara de Comércio e Indústria
Benefícios fiscais e a capitalização das empresas no Orçamento do Estado para 2018 - Pedro Morão Correia
Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social: 117787
O desafio da tecnologia sustentável no ambiente empresarial
E mais... 08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 28.Marketing 32.Fazer Bem 46. Advocacia e Fiscalidade 50.Calendário Fiscal 51.Bolsa de Trabalho 52.Eventos 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Espaço de Lazer 74. Statements
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Componentes para automóvel
a caminho do futuro
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setor da indústria automóvel em Portugal está de novo a produzir em força, devendo duplicar o número de unidades produzidas até 2020 face aos valores de 2016, como analisado no “Grande Tema” desta edição. Este setor, que arrasta quase um milhar de fornecedores de diversa dimensão, portugueses e estrangeiros, está a ser impulsionado pela recuperação mundial, destacando-se o lançamento de novos modelos, quer de automóveis ligeiros de passageiros, quer de ligeiros comerciais, mas igualmente de camiões e autocarros 100% elétricos, cuja produção em Portugal contribuirá para um forte crescimento desta indústria, considera a Mobinov, uma associação ligada à indústria e ao comércio automóvel que acaba de fazer o primeiro grande estudo deste cluster. No total, são cinco as fábricas de automóveis/ camiões em Portugal – a fábrica do grupo Volkswagen em Palmela, a PSA de Mangualde (produção de comerciais ligeiros), a Mitsubishi Fuso Truck (produção de camiões ligeiros comerciais), a Toyota Caetano e a Caetano Bus (estas duas de autocarros). Estas unidades continuam a receber novas encomendas internacionais, que irão dinamizar ainda a criação 4 act ualidad€
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de centenas de novos postos de trabalho, bem como as exportações nacionais. O setor em Portugal vale já perto de 11 mil milhões de euros (dados de 2017), montante gerado por mais de 970 empresas. Este universo representa cerca de 1,5% das empresas que constituem a indústria transformadora nacional e empregavam, em 2016, mais de 72 mil colaboradores, como destaca a Mobinov–Associação do Cluster Automóvel. Deste total de 970 fabricantes de componentes e acessórios, o maior subsetor são os componentes elétricos, eletrónicos e de automação, sendo ainda relevante em Portugal a produção de chassis , pneus, assentos (estruturas e revestimentos), componentes de plástico ou borracha, componentes metálicos, motores e transmissão, têxteis, fibras e couros, entre
muitos outros. Perto de 98% desta produção destina-se à exportação, sobretudo dentro da Europa, com destaque para Espanha, Alemanha e França, seguindo-se o mercado asiático. Outro setor que continua a demonstrar grande vita lidade é o imobiliário. Na “Grande Entrevista” deste mês, Beatriz Rubio, CEO da Remax, explica que a consultora este ano espera aumentar o seu volume de negócios em 30%, em linha com o crescimento registado em 2017, em que realizou vendas totais de 3.500 milhões de euros. A gestora deixa alguns conselhos aos investidores para fazerem os melhores negócios possíveis. E a paciência e ponderação são uma virtude também neste negócio! E-mail: cfonseca@ccile.org
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O desafio da tecnologia sustentável no ambiente
empresarial
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Por Ernest Quingles*
tema da sustentabilidade tem vindo a conquis- metas europeias e mundiais, cada vez mais exigentes e retar um lugar preponderante na sociedade. Um levantes. A União Europeia, por exemplo, definiu como pouco por todo o mundo, empresas, indivíduos, objetivo para 2020 uma redução de 20% nas emissões governos e organizações assumem uma cada vez de CO2 e uma melhoria de 20% na eficiência energética, maior consciência ecológica e social, dando prio- como forma de fazer face ao tema das alterações climátiridade a um tema que, durante muito tempo, era deixado cas. Objetivos como estes, requerem necessariamente uma à margem das agendas das principais potências. atuação por parte da comunidade empresarial que inclua As empresas e o próprio consumidor final estão cada vez a definição de uma estratégia de RSC e de objetivos de mais conscientes das consequências dos seus atos, o que se desenvolvimento sustentável, dos quais a adoção de tecreflete nas compras que fazem e nas medidas que tomam. nologia green pode e deve ser parte integrante. Conceitos como “economia circular”, “tecnologia sustenAtualmente, é claro que o sucesso de um negócio já não tável”, “tecnologia green” ou “compra consciente” são, se baseia apenas na sua capacidade de gerar lucros sem hoje, mais falados do que nunca pensar nos impactos da sua ativie mostram-se essenciais para qualdade. A sustentabilidade é uma quer negócio, por vários motivos: realidade a nível social, empre“O facto é que medidas redução do impacte ecológico da sarial e governamental. E porque simples, como o invesatividade empresarial em todos os as empresas não podem viver no setores e da chamada pegada amvácuo, para atingirem o sucesso, é timento em tecnologia biental; criação e implementação hoje inevitável que as suas estrasustentável, a reciclagem de uma estratégia de responsabitégias tenham em consideração lidade social corporativa (RSC) esforços ambientais e mudança de papel e de hardware ou que vá ao encontro das políticas de políticas. o recurso a iluminação de governamentais e dos esforços a nível mundial; ou diminuição dos baixo consumo para melho- Estratégias e escritórios do futuro custos que a adoção de tecnologia ria da eficiência energética, As últimas décadas assistiram a e de hábitos sustentáveis trazem consigo. representam um importan- enormes progressos em termos Numa época em que a sustentecnológicos e inovativos, com te contributo para a redutabilidade é um tema diário e em consequências inevitáveis no que vivemos rodeados de tecnoção da pegada ambiental de nosso dia a dia. Se compararmos com a geração que nos precelogia, as empresas e os próprios uma organização“ deu, o local de trabalho atual colaboradores deparam-se com a necessidade de conseguirem ser o está irreconhecível. E, fruto da mais eficientes possível, ao mesevolução tecnológica, continuamo tempo que reduzem os custos e o consumo de recursos rá certamente a mudar, pelo que podemos dizer que os inerentes à sua atividade. Mas embora sustentabilidade e escritórios do futuro serão altamente eficientes, criativos desenvolvimento tecnológico possam parecer dois concei- e sustentáveis. A tendência será ter tecnologias cada vez tos que entram em conflito entre si, a verdade é que a tec- mais rápidas e que consomem menos recursos, tornannologia pode ser uma grande aliada das empresas no que do o trabalho mais eficiente e sustentável. Em paralelo, respeita à otimização de processos, ao aumento da produ- os dispositivos portáteis, como impressoras, projetores, tividade e à diminuição do consumo. Através da adoção scanners ou óculos de realidade aumentada, bem como de produtos e de tecnologias mais sustentáveis, as empre- a facilidade de acesso à Internet e de conetividade, farão sas conseguem, a longo prazo, garantir um menor impacte com que os espaços de trabalho não estejam tão limitados ambiental da sua atividade e uma concordância com as geograficamente – algo a que, de resto, começamos já a as-
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sistir, com muitas empresas a regularizar o regime de home working, por exemplo. Tendo em conta as necessidades e implicações dos escritórios do futuro (que, em grande parte, são já as dos atuais), é vital que uma empresa defina objetivos e estratégias que tenham em conta o impacte ambiental e social da sua atividade, numa ótica de RSC. E, inevitavelmente, esta estratégia passa também pela escolha da tecnologia a utilizar, que deverá privilegiar os equipamentos que conseguem ser mais eficientes e poupar mais recursos e energia. Por outro lado, deverá ter em mente os três “P” que guiam os negócios atuais– people, profit e planet. Só alinhando a escolha com estes conceitos é que uma empresa conseguirá optar por equipamentos tecnológicos que demonstrem ser os melhores para tornar o trabalho dos seus colaboradores mais eficiente, ao mesmo tempo que transformam o escritório num ambiente convidativo e que permitem ao negócio tornar-se ambiental e socialmente mais responsável.
ca, representam um importante contributo para a redução da pegada ambiental de uma organização. No que toca à tecnologia, a opção por equipamentos green, é a mais estratégica e “amiga” do ambiente e da sociedade, visto estes serem produtos com maior durabilidade, rentabilidade e eficiência energética. Por vezes, podem implicar um investimento inicial maior, mas o mesmo será recuperado a médio-longo prazo, quer financeiramente (por serem mais eficientes e consumirem menos energia), quer a nível ambiental e energético. Por outro lado, este investimento permite às empresas contribuírem para promover a economia circular, garantindo a redução, reutilização, recuperação e reciclagem dos materiais e energia que utilizam, num conceito que se estende desde o produtor até ao consumidor final. A aposta em tecnologia mais sustentável demonstra ainda ser um mecanismo relevante para aumentar a competitividade entre as empresas tecnológicas, sem prejudicar o ambiente e afetando positivamente todo o ciclo de vida dos recursos que utilizamos. Embora implicando alterações estruturais nas organizaUm longo caminho a percorrer Apesar de a adoção de medidas ecológicas, elencadas com ções, investimento em novos equipamentos ou criação de o desenvolvimento económico, ser uma realidade cada vez novas políticas internas e externas, o certo é que a aposta mais presente em todas as empresas, há ainda muito tra- na RSC e na sustentabilidade é um must have, que já não balho a desenvolver. Muitos negócios apontam a estrutura pode ser ignorado pelas empresas. Atuações mais consciene dimensão da própria organização como um fator-chave tes, sustentáveis e sustentadas são cruciais para garantir o condicionante da incorporação de soluções ambientais bem-estar social e ambiental em todo o mundo. responsáveis na sua estratégia. Mas o facto é que medidas simples, como o investimento em tecnologia sustentável, a *CEO da Epson Portugal, Espanha e França e vice-presidente reciclagem de papel e de hardware ou o recurso a iluminade Business Sales da Epson Europe ção de baixo consumo para melhoria da eficiência energéti- E-mail: epson@epson.pt
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org
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COSEC e CGD assinam protocolo para divulgação de seguros por conta e ordem do Estado português
A COSEC, seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, e a CGD assinaram a 9 de janeiro um protocolo de colaboração que visa a divulgação dos seguros que a COSEC disponibiliza por conta e ordem do Estado português, sobretudo nos mercados em que a CGD tem maior presença, em especial os de expressão oficial portuguesa. Ambas as instituições reconhecem a importância da cobertura do risco
de crédito de natureza comercial e política em operações de exportação de bens e serviços de origem portuguesa e de investimento português no estrangeiro para as empresas portuguesas e a instituição financeira que as apoia. Este protocolo vem reforçar a relação histórica de parceria entre CGD e a COSEC nos seguros de crédito com cobertura do Estado, em que a CGD concedeu, ao longo de vários anos,
mais de 1.500 milhões de euros de financiamentos, abrangendo mais de 150 projetos. Entretanto, a COSEC acaba de lançar novos produtos de Seguro Caução: a Caução de Adiantamento e a Caução de Bom Pagamento. “Estas soluções têm o objetivo de apoiar as empresas portuguesas na sua atividade diária e sustentar o crescimento dos seus negócios, garantindo o bom cumprimento das suas obrigações legais e contratuais”, refere a companhia. As soluções de seguro caução da companhia liderada por Celeste Hagatong (na foto, com o representante da CGD, Francisco Cary) permitem às empresas nacionais garantir o bom cumprimento das obrigações assumidas perante o beneficiário da caução, facilitando os procedimentos e acelerando a decisão e emissão da apólice, em menos de 48 horas, aumentando a independência das empresas através da diversificação das entidades garantes e do reforço da sua capacidade financeira. Com esta nova oferta, a COSEC completa ainda mais a sua oferta de soluções de seguro caução.
Santander Totta concretiza compra e fusão do Banco Popular Portugal O Santander Totta concluiu no final de dezembro a aquisição e incorporação por fusão do Banco Popular Portugal, na sequência das autorizações recebidas do Banco Central Europeu. “O Banco Santander Totta tornase no maior banco privado português, em termos de ativos e de crédito”, frisa a instituição. Com esta aquisição, a marca Popular Portugal será desconti-
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nuada e todos os balcões passarão a ter a imagem Santander Tot ta . Os colabor adores do Popular Por tugal serão integrados nas estruturas do Santander Totta. Adicionalmente, e no âmbito da estratégia de concentração no Banco Santander Totta da atividade do grupo Santander em Portugal, na esfera da sua política de filiais independentes e
autónomas, foram igualmente concretizadas, entre outras, as operações de compra do controlo da Primestar Ser vicing e das atividades informáticas da Ingenieria de Software Bancário (Sucursal em Por tugal) e da Produban – Ser vicios Informaticos Generales (Sucursal em Por tugal), no que respeita às operações que estas sociedades desenvolviam para o Banco Santander Totta.
Breves BPI e BEI reforçam apoio à inovação nas empresas portuguesas
O BPI e o Banco Europeu de Investimento (BEI) deram novos passos no sentido de estreitar a sua cooperação com vista ao financiamento da inovação empresarial em Portugal. O BEI concedeu ao BPI uma garantia para cobrir parcialmente o risco de crédito de uma carteira de 300 milhões de euros de novos empréstimos, para projetos de inovação a concretizar por empresas portuguesas (na foto, o momento da assinatura do contrato, entre os responsáveis do BEI Nuno Ascenso Pires e do BPI Ignácio Rendueles e Filipe Cartaxo). O acordo é apoiado pelo instrumento financeiro InnovFin MidCap Guarantee integrado no Horizonte 2020, o programa de investigação e inovação da União Europeia. O objetivo desta iniciativa é facilitar o acesso de empresas inovadoras ao financiamento, disponibilizando uma garantia financeira parcial aos intermediários financeiros parceiros do BEI. A garantia InnovFin vai assim contribuir para a criação de emprego, já que as PME e mid-caps são veículos fundamentais para o crescimento económico do país. Este acordo permitirá ao BPI financiar uma nova carteira de pequenas e médias empresas inovadoras (com menos de três mil trabalhadores). O BEI estima que cerca de 80% dos investimentos financiados serão concretizados em regiões de coesão em Portugal.
Em julho passado, o BEI concedeu um empréstimo de 100 milhões de euros ao BPI especificamente dedicado ao financiamento, em condições vantajosas, de projetos de empresas portuguesas de pequena e média dimensão (até três mil empregados). Pablo Forero, CEO do banco BPI afirmou: “esta operação é um novo marco na relação entre o BPI e o BEI. No seguimento do concurso público lançado pelo BEI no âmbito do programa Horizonte 2020 promovido pela Comissão Europeia, estamos muito satisfeitos por termos sido selecionados como o primeiro intermediário financeiro em Portugal a participar numa operação de partilha de risco com o BEI, numa base pari passu (investimento realizado nos mesmos termos e condições por investidores públicos e privados). O acordo vai permitir-nos reforçar a concessão de crédito de médio e longo prazo dirigido a investimentos realizados pelas PME e mid-caps inovadoras líderes em Portugal, uma das principais prioridades de negócio partilhadas por ambas as instituições financeiras”. Também o vice-presidente do BEI responsável pela supervisão da atividade da instituição em Portugal, Román Escolano, realçou que o contrato agora celebrado “vai tornar mais fácil às empresas portuguesas investir em inovação, um fator essencial para aumentar a sua competitividade e apoiar o seu crescimento a longo prazo. As PME e as mid-caps são veículos fundamentais da criação de emprego em Portugal e, por esta razão, o apoio aos seus investimentos em inovação, com condições financeiras vantajosas e prazos alargados, é uma das prioridades do BEI”.
Primeiro semestre de 2017 rende 119 mil milhões de euros em investimento estrangeiro Nos primeiros seis meses de 2017, o investimento estrangeiro em Portugal foi de 119 mil milhões de euros. Deste valor, cerca de 44% foi proveniente da Holanda e Luxemburgo, dois dos países prviilegiados para a constituição das sedes das multinacionais, devido ao regime fiscal mais favorável nestes territórios. Na lista dos países que mais investiram em Portugal durante o primeiro semestre do ano transato, está a ainda a Espanha, que surge em terceiro lugar, com 21% do investimento total estrangeiro. Ao todo, 89% do investimento estrangeiro em Portugal é proveniente da Europa. Segundo um estudo do Ministério da Economia, os restantes 11% são provenientes dos outros continentes. AKI e Leroy Merlin avançam com fusão O grupo francês ADEO anunciou a fusão das marcas AKI e Leroy Merlin nos mercados onde ambas coexistem. O plano de fusão deverá estar concluído em 2020 e ainda não está decidido se ambas as marcas vão continuar ou não a coexistir. O processo de integração da AKI e da Leroy Merlin afeta apenas os mercados português e espanhol, embora no resto dos países também se levará a cabo a unificação das marcas. Por exemplo, em Itália, a Leroy Merlin irá integrar-se na BricoCenter. Em Portugal, a Leroy Merlin opera com 12 lojas, número que deverá crescer para 14 com as anunciadas aberturas de Leiria e Aveiro ainda este ano. Por seu lado, o AKI, tem 37 espaços e anunciou um investimento global de 100 milhões de euros, até 2020, altura em que prever ter 64 lojas no país. Algarve com novos recordes de dormidas e proveitos Até novembro de 2017, registaram-se na região do Algarve mais de 18,5 milhões de dormidas, um aumento de 5,4% face ao mesmo período de 2016, e perto de quatro milhões de hóspedes, um crescimento homólogo de 4,8%. Já as receitas da hotelaria continuam com crescimentos ainda mais expressivos, ultrapassando os mil milhões de euros de proveitos globais até novembro, o que corresponde a um aumento de 13,1% comparativamente com os primeiros onze meses do ano anterior, adianta o Turismo de Portugal, citando dados do INE. Deste modo,
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Breves perspetiva-se “um final de ano com resultados históricos, efeito da diversificação da oferta turística que tornou a região mais sustentável durante todo o ano”, adianta o Turismo de Portugal. Em novembro de 2017, o Algarve concentrou 20,8% das dormidas em solo nacional, registando 652,9 mil dormidas (mais 3,8% face a novembro de 2016) e recebendo 151,6 mil hóspedes (mais 2,8%). Contrariando a tendência do país, a estadia média no Algarve subiu ligeiramente, totalizando 4,31 noites. Metalogalva vence prémios exportação e internacionalização A Metalogalva, empresa do Vigent Group, foi eleita a melhor empresa na categoria “Exportação + Emprego”, da 7ª edição dos “Prémios Exportação e Internacionalização“, organizados pelo “Jornal de Negócios” e Novo Banco, em parceria com a Iberinform. Os prémios foram criados com o objetivo de promover e divulgar a excelência das empresas portuguesas que
apostam fortemente nas exportações e na internacionalização, dois pilares chave para o desenvolvimento do tecido empresarial português. A Metalogalva – Irmãos Silvas foi fundada em 1971 e é líder nacional na sua atividade na área da engenharia e proteção de aço e um dos principais players europeus na produção de colunas de iluminação pública e de outras estruturas ligadas a áreas como a do transporte de energia, renováveis, telecomunicações, rodovias, ferrovias e galvanização a quente. A empresa do grupo Vigent vai investir sete milhões de euros no reforço da capacidade produtiva das suas fábricas da Trofa e de Albergaria-a-Velha, prevendo criar, cerca de uma centena de novos postos de trabalho, até 2019. Está atualmente presente em 13 países (Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Argélia, Ucrânia, Senegal, Moçambique e Brasil). As suas unidades industriais estão localizadas na Ucrânia, na Argélia, Brasil e em Portugal.
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Novo Banco lança campanha de Poupança NB Júnior O Novo Banco lançou em dezembro uma nova campanha de poupança para os mais novos, com duas estrelas: a Piggy e o Ziggy, que entram numa batalha de poupança, desafiando-se, mutuamente, a poupar. A campanha está desenvolvida numa linguagem que é reconhecida pelos mais novos: o vídeo foi realizado ao estilo funk, numa desgarrada de rimas para ver quem ganha o challenge da poupança. No final, ganham os dois: “A poupar, ficamos os dois a ganhar!”, assegura a campanha. O modelo dos mealheiros desta nova campanha resulta de uma reinterpretação do primeiro modelo desta história, que já conta com 14 anos: uma parceria com Agatha Ruiz de La Prada, sempre com novos modelos e que todos os anos vem reforçar a importância da pedagogia da poupança. O produto estrela desta campanha é a
Conta Poupança Programada Júnior, e é abrindo ou reforçando esta conta, num valor igual ou superior a cem euros, que os clientes escolhem o seu novo mealheiro. Como é habitual, a campanha tem uma vertente de responsabilidade social: por cada mealheiro entregue, o Novo Banco contribui com um euro para a Acreditar, uma instituição que promove e apoia a criança e família nos casos de cancro infantil.
Missão comercial de Madrid a Portugal de 19 a 21 de fevereiro promovida pela CCILE Promover a cooperação entre empresas espanholas e portuguesas em diversos setores é o objetivo da próxima missão comercial de Madrid a Portugal que será organizada em Lisboa pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola (CCILE), este mês. Entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2018, 15 empresas da província de Madrid dos mais variados setores de atividade – como a indústria automóvel, a aeronáutica, as telecomunicações, tecnologias da informação, biotecnologia, saúde, turismo, bens
de equipamento, material elétrico, eletrónico, infra-estruturas, transporte, etc. – irão estar em Portugal para estabelecer contactos comerciais com empresas portuguesas para explorar potenciais oportunidades de negócio. As empresas portuguesas interessadas em manter reuniões com algumas das congéneres da missão devem contactar por telefone a Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola ou solicitar diretamente as reuniões, através da página web www.portugalespanha.org.
Gestores
O BBVA Portugal vai passar de filial a O BBVA diz que “Portugal continua a sucursal do grupo espanhol, segun- ser um mercado muito importante” e do informação disponível no site do que, com este processo, quer “assegrupo, em que refere que este conti- gurar a sua sustentabilidade e a solinua a ser “um mercado muito impor- dez do seu negócio no país”. tante” e que o objetivo é dar à opera- O grupo espanhol adianta que pretenção maior capacidade de gestão. de “continuar a crescer com os seus “Uma vez concretizada esta fusão, o clientes em Portugal com uma maior BBVA vai dotar a sua estrutura de eficiência de gestão, ganhando commaior eficiência e agilidade, pondo petitividade comercial e melhorando a tecnologia ao serviço das pessoas a qualidade de serviço” e sublinha e melhorando a oferta de valor aos que esta fusão irá permitir à operação clientes, aproveitando o rating [ava- em Portugal “dispor das melhores liação] do grupo”, refere a informação capacidades de gestão” e com um que consta na página do banco do “acesso mais ágil às suas plataformas grupo espanhol na internet. e soluções tecnológicas”.
Programadores e engenheiros são os profissionais mais procurados
A Spring Professional, empresa especializada no recrutamento de quadros médios e superiores, acaba de anunciar que em 2017, as profissões mais procuradas pelas suas empresas clientes foram as de programadores, responsáveis de manutenção e engenheiros de processos. De igual forma, os perfis de apoio à gestão foram também alvo de muita procura durante o ano anterior. Com mais de três milhares de partilhas diárias de ofertas registadas internamente na Spring Professional, imediatamente a seguir àquelas funções surgem ainda as áreas de RH, com muita procura nos perfis de business partners, e a de atenção ao
cliente, que também registaram uma elevada procura. “A evolução do mercado de trabalho e o crescimento das ofertas de emprego na área tecnológica fazem parte de uma tendência natural, registada já há algum tempo, que evidência a importância dos perfis tecnológicos no sentido de acompanharem a digitalização por parte das organizações, sejam elas de média ou de grande dimensão, com o intuito de manterem um elevado grau de competitividade, inovação e performance, assegura Catarina Carvalho, diretora da Spring Professional. “Tem sido uma tendência registada não apenas no ano anterior, como já há algum tempo”. “Para este ano, perspetivamos um crescimento superior a 20% para a procura de profissões orientadas para as novas tecnologias”. Verificou-se igualmente um aumento das oportunidades de emprego para as camadas mais jovens e, em particular, para recém-licenciados.
em Foco
Foto Hugo Alexandre Cruz
BBVA vai passar a sucursal em Portugal
Nuno Amado (na foto), presidente da comissão executiva do Millennium bcp, recebeu o “Prémio Carreira 2017”, atribuído pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa. O gestor bancário, licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE, tem um longo percurso profissional na área da banca, que incluiu a presidência da comissão executiva do Santander Totta entre 2006 e 2012. Desde o início de 2012, lidera o Millennium bcp, tendo contribuído para uma forte recuperação dos resultados do banco. António Mexia (na foto) deverá ser reconduzido como presidente executivo da EDP para o triénio 2018/2020, de acordo com a proposta dos acionistas da empresa energética para a assembleia geral marcada para o próximo dia 5 de abril. De acordo com a informação tornada pública pela empresa, o gestor e ex-ministro Luís Amado será o novo chairman, ocupando o lugar de presidente do conselho geral e de supervisão. A Cushman & Wakefield reforçou a sua equipa da área de escritórios com a contratação de Duarte Corrêa d’Oliveira (na foto) para a sua estrutura do Porto. Antes de ingressar na Cushman & Wakefield, Duarte Corrêa d’Oliveira trabalhou durante nove anos como consultor na área de escritórios da Aguirre Newman, tendo sido responsável por várias operações de relevo do mercado de Lisboa. É licenciado em Comunicação Empresarial, pelo ISCEM, de Lisboa.
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Breves Savills completa la compra de Aguirre Newman La consultora inmobiliaria británica Savills, una de las mayores del mundo, ha completado la compra de la firma española Aguirre Newman por 67 millones de euros. La nueva empresa consulta operará con el nombre de Savills Aguirre Newman. El negocio de gestión de activos e inversión inmobiliaria de Aguirre Newman, Zaphir, se transferirá a Savills Investment Management. La alta dirección de Savills Aguirre Newman está integrada por Santiago Aguirre, como presidente del consejo de administración, y por Stephen Newman y Rafael Merry del Val, como consejeros delegados y covicepresidentes. El equipo directivo se completa con Borja Sierra, como vicepresidente ejecutivo internacional; José Navarro y Jaime Pascual-Sanchiz, como directores generales; Javier Echeverría, como director general corporativo; y Ángel Serrano, como director general de negocio y director de Arquitectura para el sur de Europa. La oficina de Barcelona estará encabezada por Anna Gener, como presidenta y consejera delegada, y Arturo Díaz, como presidente, y Paulo Silva será el máximo responsable en Portugal. Dia testa su desembarco en las tiendas de conveniencia de las gasolineras de la mano de BP El grupo Dia se encuentra testando en Madrid su entrada en las tiendas de conveniencia en las estaciones de servicio de la mano de la firma BP. En concreto, la firma española ha explicado que se trata “simplemente de un test”, por lo que de momento no está previsto el lanzamiento de ninguna nueva enseña al mercado nacional. Desde la cadena de supermercados han vuelto a reiterar que esta iniciativa se enmarca en el espíritu de la firma de apostar por nuevos conceptos e innovaciones, así como en alianzas con empresas líderes en sus sectores como las que tienen actualmente con Amazon o con ING. BP, que está presente en España desde 1954, cuenta con más de 650 estaciones de servicio en el país, ocupando el tercer puesto en el mercado petrolífero español con una cuota de mercado en torno al 8%. Según ha adelantado el portal ‘FoodRetail’, ‘Shop’ es la marca que se está probando en las gasolineras de BP, de momento, solo en la Comunidad de Madrid.
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Gas Natural agrupa su negocio de distribución de gas en España bajo la marca Nedgia
La multinacional Gas Natural Fenosa ha creado la marca Nedgia para agrupar todo su negocio de distribución de gas en España. La empresa justifica el cambio de denominación para iniciar “una nueva etapa enfocada en el crecimiento y la transformación de su actividad con el objetivo de aportar bienestar a 10,7 millones de usuarios a través de más de 5,3 millones de puntos de sumi-
nistro en nuestro país”. Con la adopción de la nueva marca, las diferentes empresas que realizan la actividad de distribución de gas en las diferentes comunidades autónomas pasarán a llamarse Nedgia Andalucía, Nedgia Aragón, Nedgia Balears, Nedgia CastillaLa Mancha, Nedgia Castilla y León, Nedgia Catalunya, Nedgia Cegas, Nedgia Madrid, Nedgia Navarra y Nedgia Rioja, además de Nedgia Galicia. El cambio de denominación coincide en el tiempo con la entrada de nuevos socios en el accionariado de la sociedad holding del negocio de gas del grupo energético.
Siemens Gamesa consigue su mayor contrato en Egipto Este es el primer proyecto eólico de carácter privado que se pone en marcha en Egipto, donde hasta ahora todos los parques han sido promovidos por la NREA, el organismo egipcio para la promoción de las energías renovables. Según los términos del contrato, además del suministro y puesta en marcha, Siemens Gamesa se encargará también del mantenimiento del proyecto durante quince años. Está previsto que la instalación de los 125 aerogeneradores ‘G97-2.1 MW’ con una potencia total de 262,5 megawatios finalice en julio de 2019 y que el parque entre en funcionamiento a finales de ese mismo año. Simens
Gamesa es líder del mercado egipcio, con más de 890 MW instalados hasta la fecha. Este nuevo proyecto es completamente independiente y se suma al acuerdo firmado anteriormente con las autoridades egipcias para modernizar todo el suministro energético en el país. Cabe destacar además que Egipto se encuentra entre los quince países con mayor potencial de crecimiento eólico, ya que prevé instalar 6.500 MW hasta 2026.
Breves Indra adquiere Paradigma Indra ha adquirido Paradigma, consultora de transformación digital líder en la oferta en formato ‘nativo digital’ con metodologías ‘ágiles’ de trabajo y una cultura de innovación. Paradigma completa la propuesta de valor de Minsait, la unidad de negocio de transformación digital de Indra. Minsait y Paradigma presentan al mercado una oferta única y más completa que cubre, de extremo a extremo, las necesidades de transformación digital de empresas e instituciones, al integrar las dimensiones de negocio y digital,
y la provisión de servicios y productos. Paradigma cuenta con un equipo de más de 400 profesionales altamente cualificados y expertos y una amplia cartera de clientes líderes en sus sectores. La incorporación de Paradigma Digital a Indra refuerza las capacidades de Minsait en el conocido como ámbito “nativo digital”, basado en la utilización mayoritaria de metodologías “ágiles” de trabajo, los desarrollos a medida sobre software abierto y la adopción de arquitecturas avanzadas en la nube ( cloud ).
TYPSA cierra 2017 con un volumen de más de 30 millones de euros en contratos adjudicados en EE.UU. La apuesta de TYPSA por Estados Unidos, donde opera a través de su filial AZTEC Engineering Group, se traduce en cifras a cierre de ejercicio en un volumen de más de 30 millones de euros en contratos adjudicados, confirmando así lo estratégico de este mercado para la ingeniería, máxime cuando el país tiene previsto abordar un millonario plan de inversión en infraestructuras. A esta suma contribuye uno de los contratos obtenidos recientemente por la ingeniería para la ampliación del metro ligero de Phoenix, donde TYPSA participa con el diseño de un tramo de 7,5 kilómetros y siete estaciones, que unirá el centro urbano con el sur del área metropolitana de la ciudad
ubicada en el estado de Arizona. Adjudicado por Valley Metro, la autoridad local de transporte pública, el importe total del contrato – 2,5 millones de dólares (2,1 millones de euros) – corresponden a la empresa. Este contrato se enmarca en el ambicioso plan inversor de transporte e infraestructuras de Valley Metro, y se suma al ya conseguido por TYPSA a comienzos de 2017 cuando se hizo con el proyecto de ampliación de la red tranviaria de Tempe, ciudad contigua a Phoenix.
Room Mate duplicará tamaño en 2020 y abre su primer hotel en Portugal Room Mate Group, la marca visionaria del empresario Kike Sarasola compuesta por Room Mate Hotels, Be Mate Apartments y X-Perience (consultora), ha cerrado el mejor año de su historia. La facturación de la cadena ha sido de más de 80 millones de euros, lo que supone un incremento del 12,3% con respecto al año anterior. El 56% de la facturación viene del mercado internacional. El ebitda de la compañía aumenta hasta los 5.656.865 de euros, lo que supone un incremento del 180,5% con respecto a 2016. Room Mate Hotels continua con su ambicioso plan de expansión, a los 22 hoteles que operan actualmente se le sumarán 15 nuevos proyectos ya firmados. Estos nuevos hoteles se incorporarán entre 2018 y 2020. Llegando de esta manera a nuevos destinos como: Rotterdam, Roma, Paris, Nápoles, Las Palmas de Gran Canaria, Mallorca o Lisboa. Duplica de esta manera el tamaño de la compañía que pasa de las 1.522 habitaciones, a disponer de un total de más de 3.052 habitaciones en su portfolio. Nordex instalará seis parques eólicos en España de 191 megavatios El fabricante de aerogeneradores alemán Nordex, participado por la española Acciona, ha recibido un encargo de Gas Natural Fenosa Renovables (GNFR) para instalar seis parques eólicos en España de 58 turbinas AW132/3300 con una capacidad de 191 megavatios. El proyecto incluye el mantenimiento de los parques, y la instalación de las primeras turbinas comenzará en el verano de 2018, según un comunicado de Nordex. El director de ventas de la empresa alemana, Patxi Landa, destacó que “no solo el mercado español vuelve a coger impulso tras una larga pausa, sino que grandes clientes internacionales como Gas Natural Fenosa tienen una importancia central estratégica” para Nordex. El grupo Nordex dispone de más de 21 gigavatios de capacidad de energía eólica instalados en más de 25 mercados y en 2016 facturó 3.400 millones de euros. La empresa emplea actualmente a cerca de cinco mil trabajadores y cuenta con parques en Alemania, España, Brasil, Estados Unidos e India. Su producción se concentra en turbinas terrestres con una capacidad de entre 1,5 hasta 4,5 megavatios.
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Remax
espera crescer 30% em 2018 Nos anos da crise imobiliária, a Remax soube mudar de rumo, conta Beatriz Rubio, CEO da consultora em Portugal. Atualmente, a empresa cresce a um ritmo de 29%, beneficiando do dinamismo geral do setor imobiliário. A gestora aponta alguns dos caminhos que desenham o futuro do setor e deixa alguns conselhos aos investidores.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
oi um dos melhores anos para o imobiliário em Portugal. Foi assim também para a Remax? Quanto faturaram? Quanto cresceram?
Foi um bom ano para o setor imobiliário, mas ainda não estamos a fazer o mesmo número de transações que fazíamos em 2008, antes da crise. O mercado português inteiro terá feito perto de 200 mil transações em 2017. Antes da crise, o número de transações rondava as 300 mil. No entanto a recuperação está a ser muito boa, se pensarmos que em 2011, o mercado caiu para as 75 mil transações, de acordo com dados do INE. Para a Remax, 2017 foi um ano muito bom. Fizemos 57 mil transações, o que totalizou negócios no valor de 3.500 milhões. A maioria das transações dizem respeito a vendas (44 mil) e as restantes a arrendamentos (13 mil). A Remax cresceu 29% no segmento de vendas e estabilizou o de arrendamentos. 14 act ualidad€
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Quais sãos as expetativas para este ano?
Na Remax, prevemos crescer mais 30% este ano, o que deverá dever-se sobretudo às vendas de imóveis. Há margem para continuar a crescer? Até quando?
O mercado vai continuar a crescer, em Lisboa, no Porto e noutras zonas que estavam paradas. Há novas zonas de interesse. Antes da crise, a Lapa era a zona mais procurada. Agora é o Chiado, Alfama e toda a zona histórica, bem como a Avenida da Liberdade. No domínio da reabilitação há ainda muito por fazer, muitos prédios para reabilitar e muita procura. São processos demorados, em que temos que negociar, às vezes, com vários proprietários. Também há muita procura em zonas menos centrais como a Amadora ou Odivelas, que gozam de uma posição privilegiada, porque já são consideradas Lisboa. O ano de 2017 foi também de crescimento para os negócios imobiliários
relacionados com o comércio. Vaga uma loja hoje e pouco depois já está ocupada. Este segmento está a começar a expandir-se e acredito que vai continuar. Há outros produtos que voltaram a despertar interesse. Voltámos a vender “montes alentejanos”, quintas no Ribatejo, por exemplo. Há muito potencial de crescimento em todas as áreas: venda de imóveis, arrendamento, alojamento local, comércio… Talvez estabilize a partir de 2020, mas para isso precisamos que haja construção nova a lançar mais casas para o mercado. Vejo que isso está a começar, porém só deverá surtir efeito quando esses novos imóveis estiverem prontos. Somos contactados por construtores que nos perguntam em que tipologias devem apostar. E quais são?
Há muita procura para T2 e T3, com dois quartos de banho e, obviamente, garagem. Esta é uma necessidade que muitos dos imóveis reabilitados
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Beatriz Rubio CEO da Remax Portugal
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grande entrevista gran entrevista e considero muito importante que seja devidamente legislada, tendo em conta que representa uma receita complementar para muitas pessoas, num país de salários baixos. Além de Lisboa e Porto, em que outras zonas aconselha os investidores a apostar?
não conseguem satisfazer, sobretudo os das zonas históricas. Nesta altura vendem-se quase todos os imóveis e são quase todos usados. Se uma casa estiver com o preço certo pode ser vendida em dois dias. Em simultâneo, está a crescer muito o alojamento local para turistas, que já não se circunscreve a Lisboa e Porto. Está a aumentar também em cidades como Aveiro ou Coimbra. Tudo isto faz com que haja poucas casas para arrendar para quem vive em Portugal e as que chegam ao mercado arrendam-se, por vezes, no mesmo dia. Portugal sempre teve pouco produto para o segmento de arrendamento. Já era assim há 24 anos quando cheguei com o meu marido ao país. Por esse motivo acabamos por comprar, num local que consideramos ter potencial para posterior arrendamento. Neste momento está arrendado. O arrendamento é necessário para equilibrar o mercado, mas para isso tem que haver nova construção e mais reabilitação. Precisamos de mais imóveis no mercado para vender. Só dessa forma é que os preços vão estabilizar. Quando os proprietários tiverem mais dificuldade em 16 act ualidad€
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“O arrendamento é necessário para equilibrar o mercado, mas para isso tem que haver nova construção e mais reabilitação. Precisamos de mais imóveis para vender. Só dessa forma é que os preços vão estabilizar.” vender os seus imóveis, optarão por arrendá-los. Nós aconselhamos a que o façam, até porque, atualmente, os prioritários estão mais protegidos legalmente. Eu acredito que o mercado de arrendamento irá crescer e não só no que concerne a alojamento local para turistas. Esta é também uma atividade muito significativa (alojamento local)
Em cidades intermédias, em cidades com universidades, como Évora, Leiria... Além do turismo estar a aumentar em todo o país, também recebemos cada vez mais estudantes de Erasmus e não há alojamento suficiente e em boas condições para eles. Aconselho paciência aos investidores, aos meus clientes. Nada se esgota. Se têm dúvidas quanto à compra de determinado imóvel, aconselho a que esperem. Da mesma forma, considero que se têm a certeza, devem avançar e não perder muito tempo na negociação. No que diz respeito a espaços para empresas, qual é a tendência? Arrendamento ou compra?
Arrendamento, muitas vezes com opção de compra. Recomendo cautela nesta área também. Penso que a melhor opção é esta: arrendar com opção de compra. Em que sentido deverá evoluir o trabalho dos consultores de imobiliário? Como estão a inovar?
O mercado está a ficar muito tecnológico. Fazemos um tratamento contínuo de dados e cada vez será mais rápido dar resposta às necessidades dos clientes. O cliente diz-nos o que precisa num dia e no dia a seguir acorda com um email, com propostas de produtos que se poderão adequar ao que pediu. Isto é possível com a ajuda da tecnologia. No entanto, este é um trabalho que não dispensa o lado humano. Este como outros trabalhos que lidam com emoções não podem ser substituídos por um robô. Estamos a lidar
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com os desejos das pessoas e também com o seu dinheiro. Na Remax, somos mais do que agentes imobiliários. A nossa atividade não consiste apenas em angariar e mostrar casas. Os nossos consultores têm que dominar toda a vertente legal e burocrática em torno da compra ou arrendamento de um imóvel, porque o cliente paganos para isso. O nosso serviço passa igualmente pela arquitetura, para ajudar os clientes a melhorar os seus imóveis. Da mesma forma, apostamos também no home staging (decoração de imóveis antes de os mostrar aos potenciais compradores ou inquilinos). Temos também fotógrafos, fazemos para alguns imóveis vídeos que mostram os espaços numa perspetiva de 360 graus. Estes serviços ajudam a comercializar as casas mais rapidamente.
Li que perto de metade dos consultores da Remax têm mais de 40 anos…
Sim. A maturidade é uma vantagem porque nos dá muita experiência. Podemos estudar muito, fazer muitos cursos. Isso é importante. Porém a experiência também é e na Remax valorizamo-la muito. Que percentagem do mercado está nas mãos das imobiliárias? E quanto está na mão de particulares?
Não há dados exatos, mas acredito que metade do mercado não chega às agências. Os particulares são os nossos principais concorrentes. Como prevê que evolua o crédito à habitação em Portugal?
Os bancos voltaram a emprestar dinhei-
“A maturidade é uma vantagem porque nos dá muita experiência. Na Remax valorizamo-la muito.” ro para compra de habitação, mas pedem garantias mais expressivas (emprestam apenas o equivalente a 80% do valor pelo qual o imóvel é avaliado). Por outro lado, os juros vão ter que subir para que os bancos possam ganhar dinheiro e para que as poupanças possam ser mais bem remuneradas. Atualmente não são, pelo que é preferível investir em imóveis. Como passou a Remax os anos de crise do imobiliário?
Foi dificílimo. Se não tivéssemos mudado o barco de rumo teríamos naufragado. Quando aconteceu a queda da Lehman Brothers (setembro de 2008) ninguém sabia o que isso ia gerar. Depois, em 2009, o crédito bancário à habitação no mercafevereiro de 2018
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Gestora , escritora e oradora internacional Beatriz Rubio (CEO) e o marido Manuel Alvarez (presidente) são responsáveis pelo sucesso da Rema x em Por tugal no ano 20 0 0. O casal espanhol tem, desde essa data, liderado a agência de origem nor te americana (fundada em Denver em 1973), que é a maior rede internacional de franchising imobiliário a ope rar em mais de 85 países. Antes, Beatriz Rubio passou pela L’Oreal e Jerónimo Martins. A gestora é licenciada em economia e possui um MBA em gestão de empre sas. Beatriz Rubio gosta de desafios, diz-se “corajosa” e simultaneamente “cautelosa e ponderada”. A g e s to r a l a n ç o u e m 2012 o p r o j e to d e c o a c h i n g e s e s s õ e s d e f o r m a ç ã o “ M o t i va te”, q u e v i s a m o t i va r p r o f i s s i o n a i s a a t i n g i r e m a l to s n í ve i s de produtividade. Dois anos depois sai o seu p r i m e i r o l i v r o: “ C o n q u i s t a n -
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d o a V i tó r i a”. N e s s a a l t u r a , a g e s to r a c o m e ç a a r e a l i z a r as primeiras palestras fora d e Po r t u g a l, e m c o n c r e to E s p a n h a , Tu r q u i a , A l e m a n h a , B r a s i l , J a p ã o, A r g e n t i n a e C h ina. Beatriz Rubio foi distinguida com o prémio “Mulher de Ne gócios em Por tugal”. Em 2015 foi eleita a mulher do ano na área de negócios pela revista Flash. Foi também considerada a Melhor Gestora de Pessoas. Em 2016 lança a primeira edição da agenda de motivação, com a venda de mais de 40.0 0 0 unidades, tendo uma colectânea de frases de sua autoria e de outros autores por cada semana do ano. No mesmo ano, lançou o segundo livro, “Os paralelismos entre gestão e o futebol”. Em 2017, a gestora foi distinguida pela Rema x Internacio nal como uma das mais vanguardistas do mercado imo biliário de todo o mundo.
do português parou. Em três meses, fizemos duas escrituras. Foi dramático. Não sabíamos quanto tempo aguentaríamos assim. Lembro-me que fomos a Espanha passar o Natal e percebemos que os bancos espanhóis tinham criado as suas próprias imobiliárias para vender as casas dos clientes que não conseguiam pagar os empréstimos. Então propusemos aos bancos portugueses ficarmos nós com essa responsabilidade. Negociámos contratos nesse sentido com cinco bancos portugueses e conseguimos vender tudo o que tinham em carteira. Virámos a empresa para a venda desses imóveis, já que eram os únicos que tinham garantidamente financiamento bancário à compra. Por outro lado, canalizámos os esforços da empresa também para o arrendamento. Falámos com os nossos clientes, os proprietários dos imóveis que queriam vender e não estavam a conseguir e convencemolos a arrendar. Como os bancos não concediam crédito à habitação, o mercado de arrendamento fortaleceu-se. Trabalhámos muitíssimo, mas não despedimos ninguém. O pior ano foi o de 2011, mas a partir daí as coisas melhoraram. Os chamados “vistos gold” ajudaram a dinamizar o mercado. Os portugueses foram pioneiros nesta área. Foi uma medida muito importante porque representou uma entrada significativa de investimento na economia portuguesa e não apenas no setor imobiliário, já que os investidores chineses, por exemplo, investiram em negócios também. Atualmente, de que nacionalidades são a maioria dos clientes estrangeiros da Remax?
Desde há uns anos, que são os franceses, chineses, brasileiros. Mais recentemente começaram a chegar-nos muitos clientes turcos, sírios, iraquianos e iranianos.
apuntes de economia
apontamentos de economia
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As estruturas produtivas ibéricas, uma proposta de valor para ambos os países Para o AICEP Espanha, os desafios da chamada Indústria 4.0 abrem novas janelas de oportunidade para as empresas quer em Portugal quer em Espanha, que convidam a uma maior integração dos ecossistemas produtivos ibéricos.
“A
Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
pesar da estreita relação económica já existente entre ambos países, o mercado ibérico ainda se encontra longe de atingir o seu limite”. Luís Moura (foto na pág. seg.), delegado do AICEP em Espanha acredita que o ecossistema produtivo ibérico pode ter um papel muito importante se ambos países realizam o processo de integração na elaboração de produtos. “As trocas comerciais deixam antever um potencial ainda por explorar. Espanha crescerá em 2017, e pelo terceiro ano consecutivo, a taxas superiores a 3% e Portugal deverá ficar bastante próximo com as exportações a ganharem peso no PIB e um protagonismo cada vez maior. Mais, os indicadores europeus também apontam na boa direção e deixam antever boas perspetivas para a procura europeia de produtos produzidos em Portugal e em Espanha”, sublinha o delegado. Uma integração que chegará da
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mão dos desafios da Industria 4.0, competências que já detinham. Em onde se abrem novas janelas de opor- muitos setores, Portugal consegue tunidade. “ As empresas portuguesas hoje proporcionar uma oferta indusconseguiram, ao longo dos últimos trial de produtos diferenciados com a anos, realizar importantes investi- garantia do “made in UE”, próxima mentos em tecnologia e moderniza- do consumidor, flexível, e competitição das suas estruturas produtivas vo. São valores muito apreciados não que lhes permitiram aprofundar as só pelas empresas espanholas, como pelas grandes centrais de compras de multinacionais presentes em Espanha, como ainda pelas empresas europeias de uma variedade muito grande de sectores”, esclarece Luís Moura. É importante lembrar que durante os anos mais duros da crise o interesse das empresas portuguesas pelo mercado espanhol não diminuiu, “tendo-se observado um aumento significativo do número de exportadores nacionais que passaram de 3.300 em 2009 para 5.500 empresas em 2015 e 6.500 em 2016. Trata-se de empresas de muitos quadrantes, que percorrem praticamente de A a
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Z os setores de atividade económica”, de 8% correspondentes ao maior sublinha Luís Moura. Em 2017, os contributo positivo para o crescimendez principais grupos de produtos to global das exportações no período nos primeiros nove meses foram veí- de janeiro/ setembro”, adianta ainda culos e outro material de transporte, o AICEP. Esta evolução, embora não metais comuns, agrícolas, vestuá- tenha permitido reverter a situação rio, plásticos e borracha, máquinas deficitária para Portugal, “a verdade e aparelhos, combustíveis minerais, é que a atenuou contribuindo para produtos alimentares e químicos, que no seu conjunto concentraram cerca de 80% do total das vendas. “Em termos de evolução, verificouse um forte crescimento dos metais comuns (10,7% do total, +24% face ao mesmo período do ano anterior), combustíveis minerais (6,5% do total, cerca de 20% mais face ao ano anterior), produtos agrícolas (mais 12,4%), minerais e minérios (mais 12%), seguindo-se plásticos e borracha, máquinas e aparelhos e veículos e outro material de transporte, (mais 9,1%, mais 8,7%, e mais 8%, respetivamente)”, refere o delegado do AICEP em Espanha. Segundo aponta Luís Moura, um dos setores que tem mostrado uma grande capacidade de adaptação, resistência e evolução é o setor têxtil e do Segundo Luís vestuário. “As empresas portuguesas deste sector, tido muitas vezes como Moura, um dos um sector tradicional, souberam dar a setores que tem resposta exigida oferecendo qualidade e flexibilidade, uma produção em promostrado uma granximidade que permite garantir séries de capacidade de mais curtas e entregas mais frequentes. Hoje em dia, as nossas empresas adaptação, resisapresentam uma oferta moderna, inotência e evolução vadora, de design e qualidade fruto de anos de saber fazer e, muito imporé o setor têxtil e do tante, uma proposta de valor muito vestuário competitiva”.
zação das empresas espanholas por diversos fatores: proximidade, boas infraestruturas, existência de talento e mão de obra qualificada, qualidade de vida, afinidade cultural e um ambiente de negócios competitivo”, lembra o delegado. Moura considera que os investidores espanhóis avaliam de forma especialmente positiva a facilidade para fazer negócios em Portugal; “encontram no nosso país uma crescente facilidade de relacionamento com a administração portuguesa, fruto das medidas de redução da burocracia que nos colocam no top 30 do ranking Doing Business. Outro fator bastante relevante é o domínio de línguas estrangeiras e a existência de incentivos fiscais e ao emprego oferecem condições muito interessantes para que o investimento produtivo se estabeleça no nosso país”. A AICEP Espanha espera contribuir para o alargamento da base de exportadores, que só em 2016 passou de 5.500 para 6.500 empresas, para o aumento das exportações, que subiram 8% em 2017, e do investimento realizado neste mercado por empresas portuguesas. “A evolução positiva da economia portuguesa é conhecida em Espanha e a qualidade do produto português e das empresas portuguesas reconhecida pelos nossos compradores, sócios e parceiros em Espanha”, sublinha Luís Moura. Para o delegado do AICEP em Espanha, o seu grande desafio “é mostrar que o que se faz em Portugal se faz muito bem, de forma competitiva e com a flexibilidade que a proximidade permite, e que hoje em dia tem um valor adicional; que somos parceiAtrativos para o investidor esparos complementares e que ganhamos nhol um claro aumento do coeficiente de quando nos conhecemos melhor e As relações comerciais entre Portugal cobertura”. potenciamos o que cada um sabe e Espanha têm vindo a manter uma Portugal é o país que concentra o fazer, não só no quadro da integratrajetória de grande dinamismo ao maior número de filiais de empresas ção dos mercados ibérico e europeu, longo dos últimos anos. “Desde 2011, espanholas no estrangeiro (cerca de como em todo o mundo, onde, uma as exportações de Portugal para 14% do total), à frente da França vez mais, tanto portugueses como Espanha aumentaram quase 25%, (10%) e da Itália (6%). “Com efei- espanhóis souberam criar e consoliem 2016 aumentaram quase 6% e em to, o nosso país é habitualmente o dar laços que podem ser geradores de 2017 já registamos um crescimento primeiro destino na internacionali- valor para ambas as partes”. fevereiro de 2018
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Indra antevê soluções disruptivas para os meios de pagamento já em 2018 Os meios de pagamento bancários estão a sofrer profundas transformações tecnológicas, que irão alterar ainda mais o relacionamento entre os clientes e as diversas entidades financeiras, antevê a Indra/ Tecnocom, num recente estudo internacional.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR
ano em curso será marcado por uma transformação digital, que “dará lugar a soluções disruptivas relacionadas com a indústria de meios de pagamento”, garante um estudo da Indra/ Tecnocom sobre “Tendências nos meios de pagamento”. O estudo foi realizado pela Tecnocom, uma subsidiária da Indra, com a colaboração de analistas financeiros internacionais e que conta com a opinião de um conjunto de diretores do setor bancário e especialistas em meios de pagamento de diversos países. De acordo com este estudo, para esta onda disruptiva “contribuirão decisivamente as alterações do mercado regulador, que vai propiciar o aparecimento de novas empresas e modelos de negócio. Por exemplo, na Europa, uma das alterações do mercado regulador prevista para 2018 é a nova diretiva comunitária PSD2” [nova diretiva dos pagamentos, a ser preparada para ser transposta para a legislação portuguesa]. O estudo refere ainda que é imprescindível saber como é que a inovação nos pagamentos, juntamente com o aumento da pressão competitiva provocada pelo mercado regulador e os novos agentes, modificará substancialmente o modo como fazemos os nossos pagamentos no dia a dia. De acordo com o estudo, o ritmo com que as entidades fornecedoras de serviços de pagamento irão encarar a transformação digital dependerá de tendências externas (avanços tecnológicos, mercado regulador e uma intensificação sem precedentes da concorrência) assim como de fatores internos, tanto da indústria como de estratégia insti-
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tucional. E explica que, no mundo dos pagamentos, o back-office, as infraestruturas, as câmaras de compensação e liquidação e as normativas ou acordos da indústria que determinam as relações interbancárias são elementos fundamentais. Ao rever as tendências futuras da indústria, o estudo refere também a pouca disponibilidade dos clientes para partilhar informação, mais ainda sem ter certezas em relação aos benefícios obtidos como contrapartida da cedência de dados. A opinião dos especialistas vai no sentido de que para estimular os clientes a cederem os seus dados pessoais (de caráter financeiro e outros) a troco de melhores produtos e serviços financeiros e/ ou vantagens comerciais, “as vantagens oferecidas em contrapartida devem ser evidentes, relevantes e suficientes, que justifiquem esta cedência ou partilha de dados sensíveis e sempre com todas as garantias de proteção e uso adequado e acordado entre as partes”.
refere que “o país estabilizou em relação aos níveis transacionais pré-crise. Em termos de valor das transações de pagamento, os cartões representam 29,5%, apenas superado pelas transferências interbancárias (42,4%). Em termos de volume, os cartões representam 86,3% das transações”, adianta o mesmo estudo. Assim, em 2016, o valor dos pagamentos com cartão quase duplicou o dos levantamentos nas caixas automáticas (ATM), tendo Portugal atingido um rácio 1:1 logo em 2009 (Espanha conseguiu-o em 2016). O número de operações com cartões de pagamento no ponto de venda (de acordo com a informação pública disponível e sem poder diferenciar entre as modalidades de débito e crédito) aumentou 8,2% em 2016, percentagem idêntica à registada em 2015. E o valor dos levantamentos com cartão nos ATM aumentou 1,9%, refere a mesma fonte. O número de transações nos ATM manteve-se constante, com cerca de 475 milhões de operações por ano, no período 2011-2016. O caso do mercado português Em relação à rede de terminais de O estudo analisou com detalhe o ponto de venda (TPV), superou as 303 desenvolvimento do setor dos meios mil unidades em 2016 (um crescimento de pagamento em Portugal em 2016, de 6,2%), que movimentaram 1.113 assim como em Espanha e em vários milhões de operações de pagamento, países da América Latina. por um valor diário por TPV de 690 No caso de Portugal, o levantamento dólares (618 euros).
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Schindler Ibéria destaca performance da sua atividade em Portugal A atividade da Schindler Ibéria foi particularmente dinâmica em Portugal, no último ano, destaca o CEO da companhia, Javier Catalina. Entre as razões da melhoria da atividade estão o crescimento dos mercados imobiliário e do comércio, refere o mesmo responsável.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
atividade da Schindler Ibéria cresceu de forma sustentada no último ano, tendo sido inclusivamente mais acentuada no mercado português do que no espanhol. Em declarações à Actualidad€, Javier Catalina, CEO da Schindler Ibéria, sublinhou o “forte crescimento da atividade da Schindler em Portugal, no último ano, que foi superior em Portugal” ao verificado em Espanha, destacou ainda. “Em número de ascensores novos, crescemos mais em Portugal do que em Espanha”, precisou. Para o responsável, este desempenho deve-se em grande parte ao 24 act ualidad€
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elevado crescimento que se tem veriDepois do crescimento de cerca de ficado no mercado imobiliário por- 10% das operações em Portugal, em tuguês, com o aumento do número 2017, o grupo este ano “quer voltar de construção de habitações e de a crescer”. novos hotéis, mas também dos espaJavier Catalina destaca ainda que, ços comerciais. graças ao aumento da atividade no Na área de hotelaria e serviços, mercado português, o grupo teve de que é uma das mais importantes fazer cerca de 30 novas incorporapara o grupo, de destacar que teve a ções no último ano, que incluiram seu cargo a instalação dos sistemas desde a área técnica à comercial, de elevação no novo hotel do grupo entre outras. Savoy, no Funchal (Madeira). O grupo em Portugal conta com De resto, a filial portuguesa “sem- cerca de cinco centenas de colabopre foi muito bem gerida e sempre radores. apresentou um grande volume [de negócios] e rentabilidade”, fez ques- Forte aposta na segurança tão de frisar o mesmo responsável. Um dos principais fatores dife-
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renciadores do grupo tem sido a preocupação com a segurança dos colaboradores, desde que há cerca de seis anos foi implementado um programa com vista a reduzir drasticamente os acidentes com a manutenção dos equipamentos. “A consciencialização nesta matéria passa por ações de formação e por uma supervisão rigorosas, que está a dar frutos”, adianta (ver caixa). Além da questão da segurança no trabalho, a companhia tem feito também melhorias nas instalações da sua marca ou que gere para terceiros, com vista a reduzir potenciais perigos para os utilizadores de elevadores e escadas rolantes. A Schindler Ibéria passou a reunir, desde há cerca de quatro anos, as operações do grupo em Portugal, Espanha e Andorra.
Promover a segurança e a solidariedade A Schindler, em colaboração com a Fundação Adecco, promoveu recentemente a iniciativa “Cinco Anos sem Acidentes”, um evento comemorativo da ausência de acidentes de trabalho na Direção Regional Sul da empresa, durante este período. Este evento de caráter lúdico-solidário pretendeu distinguir o esforço de toda a equipa da empresa nesta divisão regional para evitar acidentes de trabalho, sendo que anualmente tem sido realizado também este tipo de encontro informal, que reúne diretivos e restante pessoal da empresa e suas famílias. O objetivo é chegar a “acidentes zero”, frisou ainda Javier Catalina, presente no
evento, realizado no passado dia 13 de janeiro, em Lisboa. Neste encontro, os colaboradores e familiares da Schindler Ibéria puderam participar em diversas atividades de caráter artesanal, apoiando ainda pessoas com deficiência a realizar as tarefas propostas, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de aptidões e capacidades socio-laborais que permitam às pessoas com deficiência participar ativamente na sociedade e no mercado de trabalho. Uma jornada de “aprendizagem para todos” e de compromisso com a solidariedade, em que os colaboradores da empresa de elevação fazem questão de participar uma ou duas vezes por ano.
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quirido Bens Ad nciales a n a G s e Bien nación e j a n E o Alienaçã
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Portugal, “el mejor destino turístico del mundo”, brilla en Fitur El ministro de Economía portugués, Manuel Cabral, visitó Madrid con motivo de la feria de turismo-Fitur. “El turismo en Portugal crece un 10% pero puede crecer más y mejor”, dejó como aviso. Además, no tiene dudas que la buena imagen del turismo del país beneficia a toda la economía portuguesa.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
a distinción de “Mejor destino del mundo”, atribuida el pasado mes de diciembre por los “World Travel Awards”, ha servido a Portugal para tener un mayor protagonismo en Fitur, considerada una de las principales ferias del turismo en Europa. Portugal contó con su mayor representación en la feria, con las siete regiones de turismo nacionales acompañadas por 76 empresas (61 en 2017) y cinco startups, todas ellas distribuidas a lo largo de los 913 metros cuadrados del stand. “Los españoles están descubriendo un nuevo país sofisticado, cosmopolita, diferente”, afirmó en la capital española el ministro de Economía luso, Manuel de los datos que más destacan los res- de turismo, lo cual confirma que el clusCaldeira Cabral, quien estuvo acom- ponsables es el aumento de los gastos ter de turismo es mucho más denso de pañado por la secretaria de Estado de de los turistas cerca del 20%. “Crece en lo que era en el pasado”. Además recalcó Turismo, Ana Godinho. España es un calidad”, destaca el ministro. “El turis- que el turismo portugués “está creciendo mercado estratégico para Portugal, con- mo portugués está de enhorabuena y se bien, en valor, en todo el país y todo el tabilizó 1,5 millones de huéspedes hasta presenta en Fitur, una de las mayores año”. Actualmente el turismo representa octubre de 2017 – un crecimiento del ferias del mundo, como el mejor destino casi el 18% de las exportaciones del país 2,4% respecto a ese mismo periodo de del mundo”, subrayó Manuel Caldeira y casi un tercio del nuevo empleo creado. 2016 – y un aumento del 20,7% en los Cabral durante su visita al stand. En esta “Tiene también un peso grande en la imaingresos (1.680 millones de euros). edición se ha reunido la mayor delegación gen que se proyecta del país, sofisticado, A nivel mundial el turismo en Portugal de empresas de siempre, “de todo tipo, que sabe recibir y atrae mucho capital de está creciendo cerca del 10% pero uno algunas que prestan servicios a empresas inversión extranjera”, añadió el ministro.
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Objetivos para el 2018 El objetivo para 2018 “es continuar creciendo, que aumenten los ingresos y que se siga verificando crecimiento de calidad y en todo el territorio”. Manuel Cabral recuerda que las regiones que más crecimiento registraron el año pasado fueron Centro, Azores y Alentejo. “El mercado español, dentro de los más importantes para Portugal, es el que está teniendo más crecimiento y queremos que sigan descubrimiento el país”, añadió. Para ello está previsto un aumento del 30% en la promoción externa en España (imagen de la campaña en la primera foto). “Ya en 2017 apostamos mucho por el mercado español pero este año seguiremos la misma línea porque ha tenido un crecimiento muy interesante”, afirmó el ministro para quien es muy relevante que los españoles “ven en Portugal un destino sofisticado y apuestan por hoteles de 4 y 5 estrellas por la gastronomía”. El turismo también ha sido clave para la captación de inversión extranjera, especialmente en los dos últimos años. “Han entrado grandes players internacionales en Portugal pero tam-
La promoción del turismo portugués en el mercado español aumenta un 30% en el 2018 bién pequeñas inversiones hoteleras de grupos nacionales y extranjeros. Y debemos seguir trabajando en este sentido para atraer nuevos mercados como China, EE.UU o Canadá, países en los que estamos realizando un gran esfuerzo”, asegura Cabral. Y no solo se está trabajando en nuevos mercados sino también en nuevos productos, “con ofertas nuevas como el turismo de naturaleza o de patrimonio”. El año pasado Portugal logró los galardones de “Mejor Destino CityBreak del Mundo” (Lisboa), “Mejor Destino Insular del Mundo” (Madeira) y “Mejor Destino de Playa de Europa” (Algarve), sin olvidar que Portugal es también el “Mejor Destino de Golf del Mundo” (World Golf Awards).
Nueva fase de crecimiento Durante la visita del ministro en Madrid tuvo lugar una cena coloquio con empresarios organizada por la Cámara de Comercio Hispano Portuguesa. En el encuentro el ministro luso explicó que la nueva fase de crecimiento económico portugués fue posible después de una “alteración política” que permitió a Portugal pasar de una “política de austeridad” para otra “moderada y responsable”. Recordó el momento positivo que atraviesa el país, “no hicimos una alteración radical pero sí un cambio responsable, dejando la austeridad para pasar a una política moderada dejando espacio al crecimiento económico”. De esta forma se ha logrado devolver la confianza a los ciudadanos y atraer de nuevo la confianza de los inversores. No ha habido “ningún milagro” sino mucho trabajo y equilibrio. Esta confianza se traduce en un mayor crecimiento de las exportaciones (11.5%), aumento de las exportaciones (15%), disminución de la deuda en siete puntos del PIB y reducción del déficit de 2017 para 1,1 o 1,2%. fevereiro de 2018
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Iberia e Iberia Express lideram novamente na pontualidade E m 2017, a Iberia e a Iberia Express foram as companhias aéreas mais pontuais do mundo nas suas respetivas categorias, de acordo com os últimos dados anuais da FlightGlobal Incorporating FlightStats, consultora especializada na informação sobre voos, serviços e aplicações da indústria das viagens. No ano transato, a Iberia foi a companhia internacional de rede mais pontual do mundo (“Global Airline Network”), com 88,97% dos voos na hora). A Iberia foi reconhecida também como a transportadora mais pontual da Europa, com uma média de 89,54% dos voos dentro de horas. Em ambos os casos, a companhia
manteve a primeira classificação, tanto em 2016 como em 2017. Por seu lado, também a Iberia Express foi considerada a companhia low-cost mais pontual do mundo,
com 91,77% dos seus voos dentro de horas. Esta foi a quarta vez consecutiva que a low-cost ficou classificada em primeiro lugar no ranking mundial.
Nova startup da Amorim Cork Ventures aplica cortiça em equipamentos de refrigeração
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evolucionar a indústria da refrigeração comercial com uma inovadora solução com cortiça é o objetivo da Grõwancork, a nova startup da incubadora Amorim Cork Ventures, liderada pelo empreendedor Filipe Guimarães. A solução Easy Insulation Cork (EIC), agora apresentada, compreende um chassi em aglomerado de cortiça expandida, revestido com chapas metálicas, que pode ser aplica-
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do em equipamentos de refrigeração como alternativa ecológica aos atuais injetados com poliuretano. Dada a sua composição, EIC apresenta inúmeras vantagens face aos produtos tipicamente usados, nomeadamente ao nível ambiental, uma vez que o tipo de cortiça usado é rigorosamente 100% natural, dispensa o cliente (produtor de equipamentos de refrigeração) de investir em moldes (necessários em processos de injeção), é passível de ser reciclado, mantendo as características técnicas e dimensionais por várias décadas – ao contrário do habitual isolamento utilizado. Esta última característica potencia ganhos ener-
géticos nas soluções da Grõwancork, face ao isolamento tradicional, que se tornarão mais relevantes ano após ano. Além disso, trata-se de um produto que tem associado um processo industrial com baixo consumo de energia, o que resulta numa grande redução dos custos adjacentes a este processo. Segundo destaca Filipe Guimarães, diretor-geral da Grõwancork, “depois de uma vasta pesquisa de mercado, a cortiça apresentou-se como o melhor material para aplicar neste tipo de chassi da refrigeração comercial. Por um lado, permite simplificar um processo de produção até aqui demasiado complexo, com as devidas poupanças associadas, e, por outro, é um material que tecnicamente responde aos requisitos desta indústria, com a mais valia de ser ecológico”..
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Millennium bcp é a “Escolha do Consumidor 2018” O Millennium bcp foi distinguido como “Escolha do Consumidor 2018” na Categoria “Grandes Bancos”, tendo-se destacado nos atributos de solidez, atendimento ao cliente, transparência dos contratos e homebanking, entre outros. Na categoria de banca, o Millennium bcp registou o maior grau de satisfação dos inquiridos face à concorrência, com 8,34 (de um a 10), terminando com um índice de satisfação de 82,5%, num total de 1.839 consumidores consultados. De destacar que, de todos os atributos avaliados, a “simpatia dos funcionários” foi aquela em que o Millennium bcp obteve a avaliação mais alta, com 9,30 (numa escala de um a 10),
voltando a bater a concorrência. O atendimento foi mesmo a área em que o banco mais se destacou, com os atributos “funcionários competentes – conhecimentos sobre produtos” e “atendimento personalizado e próximo” a seguirem-se entre os mais pontuados – ambos com 9,18. O conceito criativo da nova campanha publicitária lançada por este banco com o headline “Eu escolho o meu futuro e o meu Banco” centra-se na temática da escolha e das decisões
que todos fazemos. A campanha reflete o empowerment dado aos clientes e estará presente em TV, rádio, imprensa, exterior, cinema e meios digitais.
Geração “Z” pretende criar uma empresa ou trabalhar por conta própria A Atrevia, consultora global de comunicação e a Deusto Business School, escola de negócios da Universidade de Deusto Madrid, apresentaram as conclusões do mais recente estudo “Geração Z: O Dilema”, que revela os resultados sobre a primeira geração genuinamente nativa digital (ver edição da Actualidad€ nº 242, págs. 34/39). Tratam-se dos nascidos entre 1994 e 2010, o que representa quase 2,57 milhões de portugueses. “Os jovens Z encontram-se num dilema. Nasceram nos últimos anos do século passado e a internet acompanhou-os toda a vida. No entanto, o mundo ainda não é 100% digital, pelo que ou renunciam parte da sua identidade para se adaptarem à realidade dos seus pais e avós ou, são eles próprios e correm o risco de ficar na periferia do sistema”, comenta Ana Margarida Ximenes, presidente da Atrevia Portugal. Por seu lado, Iñaki Ortega, diretor
da Deusto Business School Madrid, destacou que, a par da internet, há quatro fatores que definem a Geração Z: irreverência, imediatismo, inclusão e incerteza. “Irreverentes porque não hesitam em contrariar pais, professores ou mais velhos porque são autodidatas. O imediatismo assente nas redes sociais que utilizam, onde tudo é rápido e fugaz. A economia colaborativa e a diversidade que abraçam fazem com que sejam inclusivos. O mundo líquido em que nasceram, nas palavras do filósofo Bauman, onde nada é estável e tudo muda, faz com que a incerteza seja uma companhia constante, uma vez que nasceram em plena crise global”. Acima de tudo, 68,2% dão prioridade à conciliação com a sua vida pessoal e 63,7% ao bom ambiente no trabalho. Para 52,2%, o seu emprego ideal é montar a sua própria empresa ou trabalhar por conta própria. Somente 24,6% pretende ser assalariado numa
empresa privada e, 9,3% trabalhar na função pública. A análise demonstra ainda que esta constante adição à tecnologia pode afetar os resultados académicos ou no trabalho, seja a capacidade de leitura, expressão ou compreensão oral dos jovens Z, tal é a sua cumplicidade com os meios digitais. Na esfera do consumo, os jovens da Geração Z tendem a ser fiéis às marcas mas as decisões finais podem depender de outros fatores: 46,7% refere que as suas escolhas dependem muito do tipo de produto e 37% das marcas que lhes transmitem mais confiança. Os Z entre os 14 aos 18 anos são os que tendem a fixar-se mais num produto ou marca (40%). Para a elaboração do estudo “Geração Z: O Dilema”, realizaram-se mais de 600 entrevistas a membros desta faixa etária e sete focus group, em que participaram mais de 50 gestores de RH e marketing, assim como jovens entre os 14 e os 23 anos. fevereiro de 2018
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BQ lança o seu novo e-reader Cervantes 4
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BQ lançou o novo e-reader Cervantes 4, com o qual renova o seu catálogo de soluções de leitura digital. O novo Cervantes 4 destaca-se pelas especificações mais valorizadas para os leitores assíduos (ecrã, peso e autonomia) e por um interface intuitivo e personalizável. Graças à sua nova tecnologia OptimaLight, o utilizador pode programá-lo para que o ecrã emita um tom mais frio durante o dia
e outro mais quente durante a noite para não interferir com o sono. O ecrã de seis polegadas conta com frontlight (um sistema de iluminação indireta, que distribui a luz uniformemente sem encandear ou cansar a vista) e também com tecnologia de deteção tátil por infravermelhos de alta precisão, que permite utilizá-lo com luvas. Oferece, ainda, uma excelente legibilidade, graças à sua resolução de até 1.072
Vicaima apresenta catálogo com as tendências para 2018 A
Vicaima, líder nacional e um dos maiores players europeus no design e produção de soluções de portas de interior, portas técnicas, aros e peças para mobiliário, apresentou o seu novo catálogo para 2018. A promessa? Um reforço na já reconhecida qualidade do design das soluções, maior versatilidade, mais tecnologia de ponta ao serviço da produção e uma alta performance técnica de destaque ao nível das soluções de segurança, acústicas e de corta-fogo. A inspiração partiu, como habitual, das previstas e das proclamadas tendências internacionais. Da simplicidade das tonalidades e das texturas mais contemporâneas, às combinações mais visionárias e arrojadas entre materiais e padrões, o setor ditou as 30 act ualidad€
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regras e a Vicaima refletiu isso mesmo ao longo de cerca de 250 páginas, que testemunham cada detalhe de uma panóplia alargada de soluções, versáteis e perfeitas para transformar qualquer ambiente decorativo mantendo a harmonia e a coesão entre decors. Entre soluções para hotelaria e habitações, para a educação ou para cuidados de saúde, a Vicaima organizou o seu catálogo segundo setores específicos. As opções de cor para revestimentos aplicados a diversas gamas são apenas algumas das novidades que chegam à Vicaima. Os tons sóbrios mantêm-se em linha com as paletes mais trendy do ano, como é o caso dos cinzas, champagne ou bordeaux, tal como acontece com as tonalidades mais joviais, como os azuis-claros, os laran-
x 1448 píxeis e à sua tecnologia E-Ink Carta, que conta com uma das melhores relações resolução-consumo energético. De destacar ainda a grande autonomia da bateria, já que mesmo com uma utilização intensiva, a sua bateria Li-ion 1500 mAh dura até um mês sem necessidade de carregá-la. Com apenas 185 gramas, é um dos e-readers mais leves do mercado, uma característica fundamental para que a leitura seja cómoda e o utilizador possa levá-lo sempre consigo. De assinalar ainda que o interface deste Cervantes 4 é muito intuitivo e permite uma série de ajustes personalizáveis. O utilizador pode modificar as margens, o modo de vista ou o entrelinhamento para ler mais comodamente, podendo escolher entre oito tamanhos de letra e sete tipografias (entre elas, a Tiresias, muito útil para pessoas com dificuldades de visão). Igualmente, poderá comprar ou descarregar livros diretamente via wi-fi.
jas, os beges ou o branco. Além destas novidades, muitas outras propostas trendy se destacam nesta peça inspiracional, onde se incluem novas coleções de portas, como: Modern Range– modelos de linhas simples e modernas, que refletem uma reinterpretação do estilo clássico, disponível numa vasta gama de cores lacadas–; EX70 e EX20–, duas novas coleções, que apresentam fusão de acabamentos com design sofisticado e diferenciador; e a Stained Rustic– portas lisas em folha listada, com quatro novos tons de velatura, que reforçam o look do poro da madeira. Em termos de segurança, proteção corta-fogo e acústica, a empresa continua a apostar em soluções indicadas para diferentes locais e aplicações.
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Gelpeixe moderniza marcas e prepara novos investimentos P ara assinalar os seus 40 anos de existência, que comemorou em 2017, a Gelpeixe realizou um projeto de rebranding das suas marcas, site e identidade visual, assim como nas gamas de produtos, que se traduz na modernização e distinção ao nível das embalagens e na marca Delidu. Com um percurso de décadas de inovação, a Gelpeixe acredita que atualmente a inovação da marca está presente nos processos produtivos e na diferenciação da oferta, mas também na capacidade e adaptabilidade às necessidades do mercado e de renovação da imagem de marca, com vista a refletir os pilares do negócio.
Lídia Tarré, administradora e responsável de Marketing e Exportação da empresa, destaca que “em quatro décadas, a Gelpeixe soube passar de uma pequena empresa familiar, que começou por vender gelados e peixe na área da Grande Lisboa – dando origem ao nome que ainda hoje é a sua identidade –, para se assumir como uma referência nacional na comercialização e distribuição de produtos congelados, assim como no mercado internacional”. Por seu lado, Manuel Tarré Fernandes, presidente da Gelpeixe, sublinha que “alcançar os 40 anos de atividade com sustentabilida-
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de é um marco muito importante para nós, especialmente num setor em que a matéria-prima é determinante, mas, por vezes, escassa”, destacando ainda a equipa de 170 trabalhadores da empresa. O próximo grande projeto da Gelpeixe passa pela ampliação da sua estrutura, um passo essencial para dar resposta ao crescimento das exportações para os mercados da Europa e África, assim como para aumentar a capacidade das câmaras frigoríficas e sala de laboração. Este projeto deverá estar concluído em finais deste ano ou início do próximo.
Berg Outdoor internacionaliza produtos portugueses A
Berg Outdoor, marca multinacional de origem portuguesa de artigos para desporto, apresentou as suas mais recentes novidades em duas das maiores feiras mundiais do setor: a ISPO 2018, na Alemanha, e a ASAP (Annecy Showroom Avant Première), em França. “A presença da Berg Outdoor nestes dois certames insere-se na estratégia de reforço da internacionalização da marca, que já disponibiliza os seus produtos em cerca de 20 países”, adianta a empresa, que quer reforçar a sua presença em mercados como Portugal, Espanha, Alemanha e Itália, mas também chegar a novos destinos. “Este desenvolvimento será promovido através de parcerias e exportação, sendo que a Berg Oudoor está aberta a oportunidades de negócio que façam sentido para todas as partes envolvidas: marca, parceiros e clientes”, destaca a empresa. “A presença nestas duas feiras de renome, logo no arranque de 2018, traduz o nosso desejo de reforçarmos ainda
mais a nossa rede de distribuição na Europa, estando sempre atentos a boas oportunidades em mercados onde já estamos presentes, mas também em novos mercados. É nossa ambição continuar a levar os produtos Berg Outdoor, pensados e maioritariamente fabricados em Portugal, a
um número crescente de consumidores e amantes do desporto e da vida ao ar livre em todo o mundo”, frisou Miguel Tolentino, diretor geral da Berg Outdoor.A nova coleção FW18 da Berg foi desenhada integralmente em Portugal, onde também está a maioria da sua produção.
Textos Actualidad€ actualidadeo@ccile.org Fotos DR fevereiro de 2018
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BPI Capacitar entrega 700 mil euros a 20 projetos para melhorar a vida de pessoas com deficiência N o âmbito da 8ª edição do Prémio BPI Capacitar, o BPI entregou 700 mil euros a 20 instituições de solidariedade para apoiar projetos que promovem a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida e a autonomia de pessoas com deficiência ou incapacidade permanente. Este valor representa um reforço de 200 mil euros da dotação inicialmente prevista. O primeiro prémio foi entregue, ex aequo, à ARCIAL - Associação para a Recuperação de Crianças Inadaptadas de Oliveira do Hospital e à APELA
- Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica. A ARCIAL apresentou um projeto de formação e integração de jovens com deficiência nos trabalhos de germinação de árvores apoiando a reflorestação de área ardida na região. O projeto da APELA, por seu turno, visa melhorar a qualidade de vida de doentes retidos em domicílio, através da dinamização de uma equipa itinerante multidisciplinar. O BPI distinguiu ainda os projetos de outras 18 instituições com men-
ções honrosas. O júri analisou mais de 224 candidaturas e selecionou os projetos que considerou mais sustentáveis, mais inovadores e com maior impacto social. Criado em 2010, o Prémio BPI Capacitar já atribuiu mais de 4,6 milhões de euros a instituições privadas sem fins lucrativos para a implementação de 145 projetos de inclusão social que contribuem diariamente para melhorar a qualidade de vida de mais de 32 mil beneficiários diretos em todo o território nacional.
Hyundai entrega equipamento desportivo a quatro instituições
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s doações da iniciativa #DáTudo Por Quem Precisa, organizada no contexto da responsabilidade social da Hyundai, foram recolhidas no âmbito da Corrida de São Silvestre de Lisboa e entregues a quatro instituições, através do Banco de Bens Doados da Entreajuda, uma plataforma de distribuição de bens não alimentares. Entre os bens recolhidos, contabili32 act ualidad€
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zam-se t-shirts, ténis, calças, calções, casacos, equipamento de criança e acessórios desportivos. No total, foram 378 quilos de equipamento desportivo, doados por participantes e atletas da Corrida de São Silvestre de Lisboa e entregues, na sua maioria, no ponto de recolha na Praça do Rossio, no dia da prova. Os bens recolhidos durante a ação
solidária #DáTudo Por Quem Precisa já foram entregues a quatro instituições: Associação Academia do Johnson Semedo (Amadora), Fundação Obra do Ardina (Lisboa), Associação Cultural Moinho da Juventude (Amadora) e Centro Social e Paroquial de Sto. André– – Casa dos Rapazes (Barreiro), através do Banco de Bens Doados da Entreajuda. “A presença da Hyundai na prova inseriu-se na estratégia ativa da marca de promoção de um estilo de vida saudável e ativo, apoiando milhares de atletas em todo o país através do patrocínio a cerca de 30 provas do calendário nacional de corrida”, adianta a empresa de comércio automóvel. A décima edição da corrida de São Silvestre de Lisboa, organizada pela HMS Sports em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, realizou-se a 30 de dezembro e contou com 10 mil participantes.
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Fundação MAPFRE atribui 150 mil euros para premiar ações de responsabilidade social P elo nono ano consecutivo, a Fundação MAPFRE abre as candidaturas para os seus prémios de responsabilidade social, uma iniciativa de abrangência mundial com o objetivo de premiar pessoas e instituições que contribuíram para o benefício da sociedade no âmbito científico, cultural e social. O projeto, que abrange também Portugal, contempla cinco prémios, no valor de 30 mil euros cada, integrando o “Prémio por toda uma Vida Profissional José Manuel Martínez”, que distingue uma personalidade com um
percurso profissional exemplar ao serviço da sociedade; o “Prémio à Melhor Iniciativa em Promoção da Saúde”, que reconhece um contributo relevante, realizado por entidades ou pessoas, dirigida à prevenção de riscos da saúde e à melhoria da qualidade de vida, o “Prémio à Melhor Iniciativa em Ação Social”, que reconhece uma pessoa ou entidade que tenha contribuído para a integração dos grupos mais desfavorecidos; e ainda o “Prémio à Melhor Iniciativa na Prevenção de Acidentes” e o “IX Prémio Internacional de Seguros
Julio Castelo Matrán”, concedido a cada dois anos, que premeiam trabalhos científicos ou projetos inovadores que tenham contribuído para a estabilidade económica e a solidariedade através dos seguros e da previdência social. As candidaturas públicas ou privadas podem ser apresentadas por correio normal em inglês, espanhol e português pelos próprios candidatos, ou por outras pessoas ou instituições, e estão abertas até dia 1 de março de 2018, através de um formulário disponível em www.fundacionmapfre.org.
ano letivo começou também no Oceanário de Lisboa, onde estão a ser promovidas experiências originais e desafiantes para o público escolar. As 25 atividades disponíveis visam aprofundar o conhecimento sobre o oceano e inspiram a próxima geração de defensores do grande azul, promovendo uma ligação emocional com o mar, reforçando e complementando o percurso académico dos alunos. As atividades são dinamizadas num cenário educativo único, capaz de transformar e influenciar alunos de todas as idades. As propostas trazem diferentes perspetivas sobre as ciências marinhas e consciencializam para a influência recíproca oceano-humanidade. Promovem, ainda, o desenvolvimento do pensamento crítico, incentivam a responder de forma responsável aos desafios de conservação do mundo marinho e capacitam para a liderança na gestão sustentável do oceano. Como novidade para este ano letivo, a atividade “Lineu online” desafia os alunos do secundário a conhecer os
Foto PedroA.Pina
Oceanário apresenta atividades educativas para escolas O
sete princípios da literacia do oceano, através do contacto com sete figuras ilustres da história e da ciência: Vasco da Gama, Darwin, Cousteau, Wegener, Lineu, rei D. Carlos I e padre António Vieira. Para Patricia Filipe, diretora do Departamento de Educação do Oceanário de Lisboa, “trazer as redes sociais, que estes alunos tão bem
dominam, para este contexto educativo aumenta o seu envolvimento e a sua motivação”. O “Programa de Educação” já contou com mais de um milhão participantes desde o seu arranque em 1999. A maioria dos grupos escolares que nos visita participa nas atividades diretamente mediadas pela nossa equipa de educadores ambientais marinhos. fevereiro de 2018
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Campanha solidária contribui para a plantação de dez mil árvores...
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Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza vai plantar dez mil árvores na Serra do Açor, mais concretamente na freguesia de Pomares (distrito de Coimbra), após a angariação
de 20 mil euros durante a campanha solidária “Hoje ofereci uma árvore”, que o El Corte Inglés levou a cabo durante a época do natal. A reflorestação da Serra do Açor, destruída quase na totalidade pelos incêndios deste verão, começa dia 21 de fevereiro, é aberta a voluntários e deverá repor a flora de cerca de 10 hectares, com árvores e arbustos autóctones da floresta portuguesa, nomeadamente azereiro, azevinho, ácer, freixo, tramazeira, castanheiro, pseudotsuga, camacíparis, cerejeira, salgueiro, entre outras. Entre os dias 24 de novembro e 6 de janeiro, os clientes do El Corte Inglés, funcionários e a própria empresa participaram na campanha, através da aquisição de marcadores de livros, em papel reciclado, criados para o efeito.
Cada marcador tinha um custo de dois euros e representava a plantação de uma árvore. Os fundos recolhidos destinam-se ao projeto “Criar Bosques” que, por sua vez, tem como objectivo criar e cuidar de bosques de espécies autóctones, com árvores e arbustos originais da flora portuguesa e o valor foi entregue na totalidade à Quercus. Os marcadores foram adquiridos nos Grandes Armazéns de Lisboa e Gaia Porto e nos supermercados Supercor do Restelo, Parque das Nações, Beloura, Fluvial, Coimbra e Braga. A plantação decorre a partir de dia 21 de fevereiro, em Pomares e o El Corte Inglés incentiva todos a participar nesta atividade, através de uma inscrição para criarbosques@ quercus.pt com o assunto “hoje ofereci uma árvore”.
... e CBRE também apoia a reflorestação nacional A
CBRE realizou em dezembro uma campanha solidária, no âmbito do programa Office’Play, neste caso em parceria com a associação não-governamental Quercus, com o objetivo de sensibilizar e angariar fundos junto dos ocupantes dos edifícios de escritórios geridos pela CBRE para apoiar a reflorestação do território nacional. A campanha “Nós Já Ajudámos” teve a particularidade de ter como protagonistas os colaboradores da CBRE Francisco Horta e Costa, diretor-geral da CBRE em Portugal, e Luís Teodoro, diretor de Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE, que fizeram parte do 34 act ualidad€
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grupo de colaboradores das mais variadas áreas e competências da CBRE que deram a cara pela iniciativa solidária, que visou a angariação de fundos para a reflorestação de terrenos de todo o país. Luís Teodoro comentou que “alertar para a reflorestação é uma causa que devemos apoiar. Acreditamos que, com os pequenos gestos, podemos fazer a diferença na recuperação das áreas afetadas pelos incêndios no nosso país. É também um orgulho para nós, CBRE, podermos dar a cara nesta campanha e contribuir para uma causa nacional que diz respeito a todos os portugueses”. A participação das pessoas que
trabalham nos edifícios geridos pela CBRE foi fundamental para o objetivo do projeto, tendo cada comprado um laço simbólico por um euro sendo que o valor monetário da compra reverterá para o projeto de reflorestação da Quercus. O passo seguinte do desafio constitui a partilha de uma selfie nos perfis de Instagram pessoais, com o laço e o hashtag da campanha #todospelaflorestacbre, e com o mote “nós já ajudámos”, a campanha pretende gerar uma onda de partilha solidária que envolva, não só todas as pessoas que trabalham nos edifícios geridos pela CBRE, alargada à sua rede de família e amigos.
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Well’s apoia a natalidade em Portugal com novo projeto C om o compromisso de apoiar a natalidade em 2018, a marca da Sonae especializada em saúde e bemestar Well’s iniciou o projeto “Por um futuro com mais bebés”. Existem cada vez menos nascimentos em Portugal, o que resulta numa das taxas de natalidade mais baixas da Europa (8,4 bebés por mil habitantes, atrás de todos os países da UE, exceto Itália). Reconhecendo a importância de promover o aumento da natalidade em Portugal para a sustentabilidade social e económica do país, a Well’s colocou a natalidade como tema central para a marca em 2018, desenvolvendo um novo projeto, que conta com o apoio de entidades como o Ministério da Saúde, a Associação Portuguesa de Famílias Numerosa e o Banco de Bens
Doados da Entrejuda. Atualmente com mais de 220 lojas e 1,7 milhões de clientes, com um público maioritariamente de mulheres em idade fértil, a Well’s, com os seus parceiros, lança agora um projeto a três níveis: uma ação de cidadania, com a oferta de um conjunto de produtos Baby Well’s a todos os bebés nascidos em 2018; uma ação de responsabilidade social, cobrindo todas as necessidades de alimentação, puericultura e higiene do primeiro ano de vida de bebés de 50 famílias carenciadas; promoção da discussão do tema com parceiros institucionais e privados. A Well’s deu já início à campanha de oferta dos produtos a todos os bebés de 2018 tendo, em apenas uma semana, já recebido mais de um milhar de pedidos de conjuntos de produtos, no site futu-
ro.wells.pt, onde é feito o registo por parte dos pais. João Cília, diretor geral da Well’s, espera que a campanha ajude “a sociedade civil e os parceiros institucionais envolvidos a dar notoriedade a este tema e a promover ações concretas que visem contrariar a tendência de redução do número de nascimentos em Portugal”. O investimento neste projeto irá rondar os 1,3 milhões de euros. PUB
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Millennium bcp inaugura central solar fotovoltaica com EDP
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Millennium bcp instalou, em parceria com a EDP, uma central solar fotovoltaica (na foto) nas suas instalações do Taguspark, em Oeiras. Os 3.703 painéis instalados em três edifícios vão permitir produzir, por
ano, cerca de 1.321 Mwh, o que representa uma poupança estimada de 16,3%, anualmente. “Esta instalação enquadra-se na estratégia de sustentabilidade do Millennium bcp, que incorpora e promove uma
cultura de responsabilidade ambiental e de adaptação às alterações climáticas”, frisa José Iglésias Soares, administrador executivo do banco. “A redução anual prevista de mais de 570 toneladas de emissões de gases com efeito estufa (CO2) será um importante contributo para a mitigação da pegada ecológica do banco em Portugal”, adianta o mesmo responsável. Por seu turno, Miguel Stilwell d’Andrade, administrador do grupo EDP, acrescentou sobre o desenvolvimento desta central em parceria com o banco: “pioneira na aposta nas energias renováveis e líder na energia solar para clientes em Portugal, a EDP encara esta parceria com o Millennium bcp como um reconhecimento da excelência das suas soluções de eficiência energética. Uma área em que a EDP manterá todo o seu empenho, em prol de um futuro mais sustentável”.
Epson junta-se à CSR Europe para reforçar compromisso com as pessoas e o planeta A
Epson anunciou a sua integração como membro corporativo da rede de negócios europeia CSR Europe, com o objetivo de continuar a reforçar o seu compromisso e foco na responsabilidade social empresarial (RSE) global na Europa. Esta aliança acontece numa altura em que a RSE está a tornar-se cada vez mais uma área essencial das empresas, algo que tanto a Epson como a CSR Europe garantem que continuará a ser vital no futuro. “Adicionalmente, dada a atenção crescente que as empresas na Europa dão à importância da tripla abordagem – lucro, pessoas e planeta –, bem como à publicação das diretivas da Comissão Europeia sobre relatórios não financeiros em junho 36 act ualidad€
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de 2017, este é um momento importante para impulsionar o diálogo e o progresso internacional relacionado com a RSC”, destacou a empresa. “Como empresa de tecnologia líder em segmentos como impressão, comunicação visual, dispositivos wearables e robótica, a Epson mantém um firme compromisso com o ambiente”. Neste sentido, o grupo Epson “tem como objetivo reduzir as emissões de CO2 em 90% em todo o ciclo de vida útil dos seus produtos e serviços até 2050”. Como parte da sua filosofia empresarial, a Epson inclui a RSE e padrões de qualidade elevados na gestão da sua cadeia de fornecimento internacional. O objetivo é melhorar continuamente
a empresa e os processos de trabalho para conseguir que, no futuro, as pessoas estejam livres de tarefas manuais repetitivas e os clientes beneficiem de tecnologias inovadoras e de alto rendimento, que contribuam para uma maior produtividade, precisão e criatividade. “Acreditamos que há que continuar a trabalhar e inovar na abordagem da responsabilidade social corporativa na Europa. Por isso, estamos satisfeitos por nos unirmos aos restantes 48 membros corporativos da CSR Europe com o objetivo comum de acelerar os princípios da RSE, as boas práticas e padrões na Europa”, afirma Henning Ohlsson, diretor de RSE da Epson Europe.
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“Financiar a sustentabilidade” através de fundos públicos A
nova publicação “Financiar a sustentabilidade” procura simplificar a informação às empresas sobre oportunidades de financiamento à economia verde e circular. Trata-se de uma publicação do BCSD Portugal–Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, que reúne informação prática e simplificada para quem procura oportunidades de financiamento para projetos de economia “verde” e de economia circular. Com base no Portugal 2020: Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (Compete 2020), Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (PO SEUR) e Programas Operacionais Regionais, a publicação aponta exemplos de projetos e ações de economia verde e economia circular que podem ser financiados ao abrigo destes programas. “Financiar a sustentabilidade”
procura dar resposta à pergunta “Como podem as empresas tirar partido dos mecanismos financeiros disponíveis para a promoção de negócios verdes e circulares?” Para conseguir acelerar o ecossistema adequado à implementação de práticas de economia verde e circular, a publicação identifica também um conjunto de recomendações dirigido à administração pública, banca, investidores e empresas. No caso da banca, o BCSD defende que o setor bancário deve encarar os projetos de economia verde e circular como oportunidades de negócio e, em conjunto, com o financiamento público, apoiar os promotores a implementarem os seus projetos. “É necessário que a banca portuguesa compreenda as oportunidades
de negócio decorrentes da economia verde e circular para, de seguida, conseguir criar os produtos financeiros apropriados”, salienta Sofia Santos, secretária geral do BCSD Portugal, a propósito de uma das recomendações que a publicação aponta ao setor da banca.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Componentes automóveis aceleram indústria e exportações portuguesas
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A indústria automóvel em Portugal ganhou um novo impulso recentemente, com a recuperação de alguns modelos que estão a ser produzidos nomeadamente na AutoEuropa e na PSA Mangualde. O setor representa 5,6% do PIB nacional e é uma das grandes fontes de exportação de bens. Neste âmbito, destacam-se os componentes e acessórios, produzidos por cerca de 500 empresas, que fornecem as cinco fábricas nacionais e exportam ainda a grande maioria da produção.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
um setor que voltou a despertar em Portugal, à boleia da recuperação mundial. A indústria automóvel em Portugal, que se restringe à área da montagem de carroçarias e componentes fabricados em Portugal ou noutras partes do mundo, tem revelado um grande dinamismo nos últimos dois anos e estima-se que em 2020 a produção em Portugal atinja já as 330 mil unidades por ano. A AutoEuropa é uma das grandes impulsionadoras do setor, e a conquista de novos modelos para a fábrica de Palmela veio consolidar esta grande operação alemã em Portugal. No total, são cinco as fábricas de automóveis/ camiões em Portugal – além da fábrica do grupo Volkswagen, existem a PSA de Mangualde (produção de comerciais ligeiros), a Mitsubishi Fuso Truck (produção de camiões ligeiros comerciais), a Toyota Caetano e a Caetano Bus (estas duas de autocarros). Estas unidades viram aumentar a encomenda de novos modelos por parte das respetivas casas-mãe, o que permitiu estabilizar as unidades de produção e até criar novas linhas ou turnos produtivos, criando assim novos postos de trabalho. Foi o caso da fábrica do grupo PSA Peugeot Citroen, que recentemente anunciou que irá lançar um terceiro turno de produção (ver caixa na pág. 44). A Mobinov–Associação do Cluster Automóvel estima que em 2017 tenham sido produzidos em Portugal 177 mil veículos, contra 143.500 em
Setor vale já cerca de 11 mil milhões de euros A Mobinov, uma associação transetorial que agrupa a área da indústria e do comércio automóvel no mercado português, analisou recentemente o setor, no primeiro estudo que analisa toda a cadeia de valor, concluindo que esta representa 5,6% do PIB nacional. "Em Portugal, a produção para a indústria automóvel agrega mais de 970 empresas, representando cerca de O cluster automó1,5% das empresas que constituem a vel representa 20% indústria transformadora nacional e empregando, em 2016, mais de 72 mil das exportações do colaboradores, número que subiu cerca país e emprega 72 de 10% em 2017", destaca José Couto. Destas cerca de 970 empresas de mil pessoas, tendo componentes e acessórios, o maior sido responsável por subsetor são os componentes elétricos, eletrónicos e de automação,como chasmais de um quarto sis, pneus, assentos (estruturas e revesdos novos empregos timentos), componentes de plástico ou borracha, componentes metálicos, no setor industrial motores e transmissão, têxteis, fibras e nos últimos cinco couro, componentes em vidro e fibra de vidro, entre outros. Estes compoanos nentes destinam-se a serem montadas nos automóveis, nas fábricas de mona produção do modelo T-Roc (na tagem de partes de automóvel e em Volkswagen Autoeuropa), do K9 (na unidades de montagem de automóPSA Mangualde), do primeiro camião veis. "Neste cluster, 98% da produção 100% elétrico Mitsubishi Fuso Truck e, é direcionada para exportação", com ainda, do aumento de veículos verdes destaque para o mercado europeu, na Caetano Bus e levará o cluster – que em especial Espanha, Alemanha e envolve fabricantes de componentes, França, seguindo-se o mercado asiáempresas de transformação a acessórios tico. Esta indústria representa ainda e outros fornecedores – para um cres- cerca de 20% das exportações de bens cimento sustentado", enquadra José transacionáveis nacionais e 27% dos Couto, presidente da Mobinov. empregos criados na indústria trans2016. Já para 2020, a produção deverá ascender a 300 mil veículos, antecipa o estudo "Cluster da indústria automóvel em Portugal", feito pela Deloitte para aquela associação (ver quadros nas págs. seg.). Tal significa uma duplicação do volume de produção, no espaço de quatro anos. Esta duplicação da produção automóvel "encontrase intrinsecamente relacionada com
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Dos veículos autónomos ao carsharing O estudo levado a cabo pela Mobinov, intitulado "Cluster da indústria automóvel em Portugal", revela que este conjunto de empresas foi responsável, em 2016, por 5,6% do PIB nacional, por 20% das exportações de bens transacionáveis e por 27% dos empregos criados na indústria transformadora nos últimos cinco anos. No total, os 10.250 milhões de euros de volume de negócios gerados justificam os 670 milhões investidos apenas em 2016, um aumento de 34% face aos valores investidos em 2012. As conclusões do estudo revelam, ainda, que o número de colaboradores atualmente afetos ao cluster irá crescer 11% até 2020. Também os números da produção anual perspetivam que, até 2020, o número de veículos produzidos em Portugal cresça mais de 100%, para as 300 mil unidades. Este crescimento encontrase intrinsecamente relacionado com a produção do modelo TRoc (na Volkswagen Autoeuropa), do K9 (na PSA Mangualde), do primeiro camião 100% elétrico Mitsubishi Fuso Truck e, ainda, do aumento de veículos “verdes” na Caetano Bus e levará o cluster – que envolve fabricantes
de componentes, empresas de transformação a acessórios e outros fornecedores – para um "crescimento sustentado".
21 milhões de veículos autónomos em circulação até 2035 Ainda de acordo com o estudo da Mobinov, entre as principais tendências do setor, a nível global, saliente-se que, dentro de apenas dois anos, 92 milhões de veículos estarão interligados com sistemas dinâmicos de comunicações móveis e, até 2021, 35 milhões de condutores em todo o mundo usarão sistemas de carsharing. A impressão 3D permitirá a personalização de veículos sem limitações e a perspetiva global é que, em 2035, existam em circulação 21 milhões de veículos autónomos. Quanto à evolução dos motores elétricos, o estudo aponta para que até 2040 estes representem cerca de 40% das vendas automóveis mundiais. O estudo foca-se sobretudo na componente industrial do setor automóvel, ou seja, na cadeia de valor que engloba todos os fornecedores e acessórios (desde os materiais em vidro, ao têxtil, fibras e cobres, até aos pneus, componentes metálicos ou moldes e ferramentas, entre outros)
e construtores. Refira-se que, além da componente industrial, o cluster integra diversas atividades conexas, de índole pública, associativa, do sistema nacional de investigação e inovação ou instituições de ensino. O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, participaram na sessão de apresentação do estudo da Mobinov, uma associação criada em conjunto pela Acap-Associação Automóvel de Portugal e pela Afia-Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) e empresas representativas dos construtores e fabricantes de componentes da indústria automóvel. A associação pretende estabelecer e gerir uma plataforma agregadora de conhecimento e competência no âmbito da indústria do setor automóvel, com o objetivo de promover uma crescente valorização da competitividade e da internacionalização do setor. Pretende, igualmente, transformar Portugal numa referência na investigação, inovação, conceção, desenvolvimento, fabrico e teste de produtos e serviços da indústria automóvel e reforçar a competitividade do setor e o seu contributo para as exportações do país.
formadora nos últimos cinco anos. lançam no mercado internacional", de investigação e desenvolvimento, Quanto ao volume de negócios defende José Couto. quer na ampliação industrial, mesmo movimentado nesta área, o estudo quando outros não o fazem. Pela estima que tenha rondado os 11 mil Forte contribuito da inovação e de- exigência do setor, a modernização milhões de euros em 2017, depois de senvolvimento tecnológicos e acompanhamento de evolução tecatingir 10.250 milhões em 2016. "A progressiva modernização e reno- nológica necessita de investimento, "Este é um cluster que tem transver- vação da área automóvel requer um para se manterem competitivos, para salidade sobre o tecido produtivo, os investimento constante. Em Portugal, se manterem como referência no serviços, o ensino e a área de I&D, as 975 empresas que constituem o mercado internacional e, também, tendo uma importante influência cluster do setor automóvel investem para que seja possível a apresentação na qualificação de empresas que se de forma persistente, quer na área de soluções e produtos de excelência, 40 act ualidad€
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Fonte: Deloitte – “Estudo do Cluster da Indústria Automóvel em Portugal”
aumentando, assim, a capacidade de Fornecedores para a área industrial, uma medida ainda por concretizar, competirem num mercado global", em parceria com a Bosch, no âmbito mas que poderia dinamizar muito sublinha José Couto. do programa Interface, para fomen- o setor e as empresas mais pequenas Relativamente à criação anuncia- tar o contributo das PME portugue- que fornecem os grupos mais ligados da pelo Governo de um Clube de sas em várias áreas da indústria, é à inovação, considera José Couto. fevereiro de 2018
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Gestamp emprega 1.200 pessoas em três fábricas
O grupo Gestamp Automoción possui três unidades de produção em Portugal. As três unidades, que empregam 1.200 pessoas, são a Gestamp Aveiro, situada em Nogueira do Cravo (concelho de Oliveira de Azeméis), a Gestamp Cerveira, situada no concelho de Vila Nova de Cerveira, e a Gestamp Vendas Novas, localizada no concelho de Vendas Novas. Estas unidades produzem diversos componentes para a indústria automóvel, desde peças metálicas a carroçarias, chassis e ainda mecanismos, que são as três linhas de produto do grupo também a nível global. O volume total de negócios da Gestamp em Portugal foi de
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160 milhões de euros em 2016. Além de trabalharem para os fabricantes automóveis existentes em Portugal, as unidades exportam para diferentes pontos do globo, com maior presença para Espanha, França e Alemanha. O grupo continua a investir em Portugal. "Estamos a realizar investimentos em novas células de soldadura nas diferentes unidades. Também estamos a estudar e implementar novas soluções de modo a melhorar a nossa performance global na área da Indústria 4.0 e qualidade e estamos estruturando as fábricas com o objetivo de melhorar e otimizar movimentos, fluxos internos e os espaços", adianta a multinacional.
A área de I&D "também faz parte do nosso quotidiano e procura as melhores soluções para o produto e para o processo", salienta ainda. "A Gestamp procura sempre que possível no seu fluxo integrar o maior número de fornecedores nacionais, não só por motivos logísticos e económicos, mas também pela reconhecida competência e experiência de alguns fornecedores existentes na esfera nacional", afiança ainda o grupo multinacional. Estas três unidades formam parte da multinacional espanhola Gestamp, com presença em 21 países, num total de uma centena de fábricas e mais de 36 mil colaboradores.
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Fonte: Deloitte – “Estudo do Cluster da Indústria Automóvel em Portugal”
Fonte: Deloitte – “Estudo do Cluster da Indústria Automóvel em Portugal”
"A indústria automóvel sofre alterações conceptuais a todo o momento". "Neste sentido, assistimos a um processo de reformulação do produto automóvel no que toca à necessidade
de acomodar a supressão de emissões ambiente urbano, da conetividade de CO2 e à não utilização de combus- e da tecnologia associada à condutíveis fósseis. A par dos efeitos impos- ção autónoma, perspetiva-se que, até tos por alteração do comportamento 2020, existam 92 milhões de veículos dos consumidores, da mobilidade em conetados com sistemas dinâmicos de fevereiro de 2018
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Fábricas de Palmela e Mangualde reforçam produ
A Autoeuropa, um dos maiores projetos industriais nacionais e que trabalha com dezenas de fornecedores de vária dimensão, está também a aumentar a sua produção. No ano passado, ultrapassou as 110.200 unidades fabricadas, o que representou um crescimento de 30% e foi o melhor ano desta fábrica desde 2012 (ano em que foram produzidos 112.550 veículos). No final do ano, a produção começou a ser impulsionada pelo novo modelo T-Roc, tendo de avançar com um terceiro turno na fábrica. “Desde janeiro de 2017, já foram contratados cerca de dois mil novos colaboradores, para assegurar esta fase de crescimento da empresa”, afirmou a empresa em novembro passado.
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A subida da Autoeuropa tem por base a fabricação do novo modelo, o T-Roc, um utilitário desportivo. O início da produção em série ocorreu a 4 de agosto de 2017, mas só a partir do início de novembro é que se atingiu a velocidade de cruzeiro. A estimativa da empresa apontava para cerca de 28 unidades deste modelo em 2017, número que deverá disparar para 183.000 em 2018, de um total de cerca de 240.000 unidades, mais do que duplicando os valores do ano passado e levando a fábrica para um novo patamar. Além do T-Roc, a unidade de Palmela produziu também os modelos Sharan, Seat Alhambra e Scirocco (que, entretanto, deixou de ser montado no final de Outubro do ano passado).
Dos veículos produzidos, a esmagadora maioria (99%) tem como destino a exportação para diversos mercados, com destaque para a Alemanha (29,3% do total) e China (14,4%). Por parte do TRoc, e depois da Alemanha, os maiores mercados foram França e Itália. PSA Mangualde antecipa nova linha de produção A PSA Mangualde produziu em 2017 53.600 veículos, ou seja, mais 7,8% do que em 2016. "É o melhor desempenho desta unidade de produção do Groupe PSA dos últimos quatro anos", assegura a empresa. "Este aumento de produção leva a que, a partir de abril, a PSA Mangualde avance para uma terceira equipa e crie 225 novos postos de trabalho".
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comunicação móvel. Estima-se, ainda, que, até 2035, existam em circulação 21 milhões de veículos autónomos e que, até 2040, os motores elétricos representem 40% das vendas automóveis a nível mundial". De facto, as tendências gerais do mercado automóvel indicam que os consumidores façam "escolhas relacionadas com opções mais tecnológicas ou ecológicas".
ução com novos modelos
A entrada de mais uma equipa estava prevista para o final do ano, com o lançamento de um novo modelo, mas o sucesso que o grupo tem registado a nível internacional no segmento dos veículos comerciais ligeiros fez com que "a terceira equipa se antecipe já com as atuais gerações do Peugeot Partner e do Citroën Berlingo, para os quais Mangualde assegura o fim de série desta geração". "Isto demonstra que a direção do Groupe PSA continua a apostar na unidade de produção de Mangualde, cumprindo com os seus compromissos e objetivos de competitividade, flexibilidade e qualidade", adianta a empresa, frisando que o processo de recrutamento de novos profisionais já está em curso. Sobre este anúncio, José Castro Covelo, diretor da PSA Mangualde, destaca que “este é mais um passo importante do Mangualde 2020, projeto com o qual a em-
presa está a consolidar o seu futuro. Este novo projeto baseia-se na transformação da fábrica, mais renovada e com um novo produto, com um processo mais moderno, eficiente e ergonómico, a pensar no bem-estar dos colaboradores e adaptado às exigências e oportunidades da Indústria 4.0.” A laboração em três turnos está garantida até ao final de produção da geração atual dos veículos, prevista para outubro. A sua continuação dependerá essencialmente da resposta dos mercados ao novo modelo. "Este anúncio de crescimento da unidade de produção PSA Mangualde é um impulso para o emprego e para o tecido económico da região e representa também um incremento importante da produção automóvel nacional", sublinha a subsidiária do grupo francês, que tem em curso investimentos da ordem dos 50 milhões de euros para a modernização desta unidade produtiva.
A indústria de componentes A indústria de componentes em Portugal mantém um forte dinamismo de crescimento e capacidade exportadora, sendo os principais mercados de exportação a Espanha, Alemanha, França e Reino Unido. As cerca de 500 empresas presentes em Portugal fornecem, assim, componentes para a maior parte dos modelos automóveis produzidos na Europa. Esta indústria vale cerca de oito mil milhões de euros, dos quais 84% são para exportação. O destaque vai para a atividade metalúrgica e metalomecânica (32% do volume de negócios nesta indústria), seguida pela atividade elétrica e eletrónica, depois dos plásticos e borrachas, bem como dos têxteis e outros revestimentos, e depois a montagem de sistemas, entre outras atividades. Cerca de 51% das empresas instaladas em Portugal têm capital maioritariamente estrangeiro, enquanto as restantes 49% apresentam capital maioritariamente nacional, adianta a AFIA. Em termos de localização, a maior parte das empresas deste setor encontra-se no norte do país, essencialmente nos distritos de Aveiro, Porto e Braga. Sendo a Península Ibérica uma das mais importantes regiões de produção automóvel na Europa, Portugal apresenta uma posição bastante competitiva para atrair investimento, quer em termos de custos produtivos quer da qualificação da mão de obra, adianta aquela associação industrial. fevereiro de 2018
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Benefícios fiscais e a capitalização das empresas
no Orçamento do Estado para 2018
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uma evidência que ressalta aos olhos de todos os agentes económicos que a crise financeira de 2008, cujos efeitos nefastos abalaram a nossa economia, forçando-nos a um pedido de auxílio externo, continuam em 2018, passados 10 anos, a verificar-se, destacando-se, a título exemplificativo, as insolvências e as restrições ou a imposição de requisitos mais exigentes no acesso ao financiamento bancário, para apoio de tesouraria ou de reforço dos capitais. Com efeito, e muito embora os agentes económicos evidenciem mais confiança e o clima económico esteja mais desanuviado, com destaque para a melhoria do rating de Portugal, a diminuição do défice, a descida do desemprego, o crescimento do PIB, existem ainda sequelas que importa mitigar, senão mesmo erradicar do tecido empresarial, com particular enfoque nas PME. Referimo-nos à recapitalização das empresas e ao reforço dos respetivos capitais. E tendo em vista estes objetivos, o legislador introduziu um novo benefício fiscal para incentivar a recapitalização das empresas, Com efeito, passa a prever-se que, caso um sujeito passivo de IRS realize entradas de capital em dinheiro numa sociedade que se encontre na condição prevista
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no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, isto é, perdido metade do capital, e na qual possua uma participação social, poderá deduzir 20% dessas entradas: (i) ao montante bruto dos lucros colocados à disposição por essa sociedade; (ii) ou, caso aliene onerosamente a participação social, ao saldo apurado entre as mais e as menos-valias realizadas nos termos do Código do IRS. De notar que esta dedução pode ser efectuada no ano em que sejam realizadas as entradas de capital e nos cinco anos seguintes, devendo também ser observados e respeitados os limites à dedução dos benefícios fiscais previstos no Código do IRS. Para além da inclusão deste novo incentivo, foram também introduzidas alterações ao benefício fiscal relativo à remuneração convencional do capital social. Assim, e muito sucintamente, passam a ser elegíveis as conversões de quaisquer créditos em capital, o que representa um claro alargamento do âmbito deste benefício fiscal, dado que, até aqui, eram apenas elegíveis as conversões de suprimentos ou de outros empréstimos de sócios que tenham sido concedidos em dinheiro. E embora assim seja, quanto à
Por Pedro Morão Correia*
conversão de créditos de terceiros sobre a sociedade em capital, notamos que apenas são abrangidas as operações de conversão desta natureza realizadas após 1 de janeiro de 2018 ou a partir do primeiro dia do período de tributação que se inicie após esta data, quando este não coincida com o ano civil. Por outro lado, passar a ser também elegível o aumento de capital com recurso aos lucros gerados no próprio exercício, desde que o registo desta operação societária seja realizado até à entrega da declaração periódica de rendimentos do exercício em causa. Após uma exposição sucinta das alterações aos benefícios fiscais em matéria de capitalização das empresas, não podemos deixar de nos congratular com estas medidas que, a par de outras tantas previstas no Estatuto dos Benefícios Fiscais ou noutros diplomas, como é o caso, por exemplo, do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, constituem novas e importantes medidas para fortalecer e de tornar mais robusto o nosso tecido empresarial, reforçando, assim, a sua saúde financeira, com particular destaque para as PME. * Advogado da Azeredo Perdigão & Associados Email: pedrocorreia@azeredoperdigao.pt
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PBBR estabelece uma parceria com a Techlawyers A PBBR estabeleceu uma parceria com a Techlawyers para as áreas de tecnologia, IT e propriedade intelectual. De acordo com o “Jornal Económico”, as duas firmas constituíram uma nova área, designada Techlawyers by pbbr, que nasce para delinear soluções jurídicas numa era em que a tecnologia é cada vez mais crucial para as empresas e organizações. Pedro Pinto, managing partner da
PBBR, e Carina Branco, a fundadora da Techlaywers, revelaram que as duas firmas irão manter as respetivas marcas e a sua autonomia, mas vão operar em conjunto na prestação de serviços na área tecnológica. A Techlawyers by pbbr irá oferecer uma prática full service , incluindo o direito da tecnologia e do IT, direito comercial (público e privado), societário, financeiro, propriedade intelectu-
al e contencioso, adianta a mesma publicação. Entre os clientes estão empresas portuguesas e estrangeiras dos mais variados setores, universidades, fundos e empresas tecnológicas. Advogada desde 1997, Carina Branco foi durante 15 anos diretora jurídica da Novabase, onde acabou por ganhar competências na área do direito relacionada com as novas tecnologias.
Conferência luso-espanhola aborda direito da concorrência A
“IV Conferência LusoEspanhola de Direito da Concorrência”, realizada nos passados dias 25 e 26 de janeiro, em Lisboa, contou com a presença de oradores de Portugal, Espanha, França e Itália. Entre os temas em debate estiveram
o impacto das principais decisões jurisprudenciais e de autoridades da concorrência das quatro jurisdições, o e-commerce e as restrições verticais (na cadeia de valor), o controlo das operações de concentração, o diretiva sobre danos por infrações de concorrência, entre outros.
O encontro, promovido pelo Círculo dos Advogados Portugueses do Direito da Concorrência, contou ainda com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, assim como de responsáveis ligados à Autoridade da Concorrência e aos mercados financeiros.
Cuatrecasas lidera assessoria jurídica na Península Ibérica em 2017 A Cuatrecasas é a sociedade de advogados líder no mercado ibérico de fusões e aquisições (M&A), em número de operações durante o último ano. Os dados são da “Mergermarket”, agência de informação financeira e que analisa também o setor da advocacia, concluindo que a Cuatrecasas assessorou um total de 91 operações de M&A na Península Ibérica, que somam um valor global de 6.920 milhões de dólares (6.216 milhões de euros). O relatório “Global and regional M&A Report FY 2017” mostra que, também no mercado português e no mercado espanhol, considerados isoladamente, a Cuatrecasas foi líder por volume de operações
assessoradas: 16 em Portugal, com um valor global de 635 milhões de euros, e 79 em Espanha (liderança por volume, ex aequo com a Garrigues), com um valor global de 5.936 milhões. Entre algumas das principais operações assessoradas pela Cuatrecasas em 2017, em Portugal, poderão destacar-se a assessoria jurídica prestada à Saeta Yield, na compra da Lestenergia, por 186 milhões de euros; à Alantra Private Equity, na venda da Probos ao grupo alemão Dollken-Kunststoffverarbeitung / Surteco, por 99 milhões; à Artá Capital, na aquisição da Gascan à Explorer, por 70 milhões; à Pepper Group Limited, na compra do
Banco Primus, por 65 milhões; à Vialagus, na aquisição da Vimeca Transportes, por 35 milhões; e à Adira, na sua venda à Sonae Capital, por 16 milhões. Em Espanha, de destacar a assessoria à Towerbrook, Torreal e Península, na compra da Aernnova; à Centerbridge, na venda da Vela Energy à Sonnedix, por 600 milhões de euros; à 3i, na venda do grupo Mémora Servicios Funerarios à Ontario, entre outros. Este é o quinto ano consecutivo em que a “Mergermarket” posiciona a Cuatrecasas como a sociedade de advogados líder na assessoria jurídica no mercado ibérico de M&A. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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“InspiraLaw” distingue 10 advogadas portuguesas
Um grupo de 10 advogadas portuguesas foi distinguido no âmbito da “InspiraLaw”, uma iniciativa que visa reconhecer o papel das mulheres no setor da advocacia. As 10 advogadas portuguesas distinguidas pela revista espanhola “Iberian Lawyer” são Carmo Sousa Machado (sócia da Abreu Advogados), Gabriela Rodrigues Martins (sócia da AAA), Graça Carvalho (líder da equipa jurídica dos CTT), Magda Cocco (sócia da VdA), Margarida
Olazabal Cabral (sócia da MLGTS), Maria Castelos (sócia da CS Associados), Mariana Norton dos Reis (sócia da Cuatrecasas), Paula Gomes Freire (sócia da VdA), Serena Cabrita Neto (sócia da PLMJ) e Susana Pimenta de Sousa (sócia da Garrigues Portugal). A lista da iniciativa “InspiraLaw” integra ainda 40 advogadas e juristas de Espanha. Para a sua elaboração foi feita uma votação em que participaram mais de 500 profissionais do setor
jurídico. As funções que desempenham nas respetivas organizações, a senioridade, a responsabilidade na supervisão de operações a nível internacional, a especialização numa determinada área de prática ou a capacidade de liderança e de desenvolvimento de negócio foram critérios que pesaram na escolha do grupo das 50 advogadas portuguesas e espanholas que constam da lista final.
MLGTS organiza curso de Direito do Ambiente com ICJP/FDL João Tiago Silveira, João Pereira Reis e Rui Ribeiro Lima, advogados da MLGTS, participam no curso de Direito do Ambiente do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito de Lisboa, organizado em parceria com a MLGTS e coordenado
pelos Professores Carla Amado Gomes e Rui Lanceiro. O curso decorre entre 21 de fevereiro e 6 de junho e irá incidir sobre os principais temas de direito do ambiente, como o regime constitucional e a lei de bases do ambiente, a avaliação
de impacte ambiental, o licenciamento ambiental, os regimes da reserva ecológica nacional, da reserva agrícola nacional e da Natura 2000, os regimes dos resíduos, a fiscalidade, as contraordenações ambientais, a responsabilidade e o contencioso ambiental.
Em trânsito: » A CCA Ontier reforçou o seu Departamento de Fiscal com a contratação de Frederico Velasco Amaral (na foto), que passou a ser coordenador daquela equipa. O advogado transita da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, onde integrava o Departamento de Direito Fiscal no escritório do Porto. Frederico Velasco Amaral, que passou ainda pela KPMG e Garrigues, “acumula cerca de 10 anos de experiência em direito tributário, com especial enfoque em consultoria e planeamento fiscal, fiscalidade internacional, contencioso tributário e tributação aduaneira, adquirida através da participação em diversas operações de estruturação e de reorganização societárias e, bem assim, vários procedimentos e processos judiciais”, sublinha a nota de imprensa da firma.
Universidade de Lisboa, e mestre em Direito Público, pela Universidade Católica de Lisboa, tem desenvolvido a sua carreira, de mais de 12 anos, nas áreas do ordenamento do território, urbanismo e construção, contratação pública, contencioso administrativo, direito do ambiente e direito administrativo geral e regulatório.
» Paulo Bandeira (na foto), sócio do Departamento Societário, Comercial e M&A e responsável pela equipa de Startups da SRS Advogados, foi eleito presidente da Comissão de Startups e Venture Capital da UIA – Union Internationale des Avocats. “Esta eleição representa o reconhecimento do envolvimento e trabalho que Paulo Bandeira e a SRS Advogados têm desenvolvido na UIA nos últimos seis anos. O Departamento de Startups da sociedade tem acumulado experiência no setor ao longo dos últimos » A advogada Marisa Mirador acaba de integrar a cinco anos, no trabalho com startups, sociedades de equipa da Serra Lopes, Cortes Martins & Asso- capital de risco, business angels e programas de inciados (SLCM), como associada sénior. cubação e aceleração em Portugal e no estrangeiro”, Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da explicou fonte da SRS, citada pela “Advocatus”. fevereiro de 2018
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Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
*À data da preparação desta informação ainda não estava disponível o novo modelo.
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IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em dezembro/2017
Contribuintes do regime normal mensal
12
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de janeiro/2018
Entidades empregadoras
12
IRS/IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativa a janeiro de 2018
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
15
IVA
Declaração periódica trimestral e respetivos anexos, relativa às operações efectuadas no 4º Trimestre de 2017
Contribuintes do regime normal trimestral
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a janeiro/2018
Entidades empregadoras
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IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efectuadas ou do imposto do selo liquidado em janeiro/2018
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do Selo
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IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em janeiro/2018
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados membros, quando tais operações sejam aí localizadas
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SELO
Envio da declaração mensal de Imposto do Selo relativa a janeiro/2018
Sujeitos passivos de Imposto do Selo
Nova declaração*
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IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em janeiro/2018
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal da AT; ou - Por inserção direta no Portal da AT
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IRC/IRS
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em dezembro de 2017
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de NIF especial para o não residente
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IRS/IRC
Envio da declaração mod. 25 referente ao ano de 2017
Entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais
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IRS/IRC
Envio da declaração mod. 39 referente ao ano de 2017
Entidades devedoras dos rendimentos e retenções na fonte pagos a residentes, sujeitos às taxas liberatórias
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IRC
Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades
Sociedade dominante
Pode ainda ser enviada até 31 de março.
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IVA
Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2017 noutro Estado membro da EU
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
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bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE170165
F
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
PORTUGUÊS/ INGLÊS
CONSULTORA DE VENDAS E PUBLICIDADE
BE170166
F
14/04/1993
ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS
ADMINISTRATIVA
BE170167
M
17/12/1988
INGLÊS/ FRANCÊS
CONSULTOR
BE180101
F
ESPANHOL/ ITALIANO/ FRANCÊS/ INGLÊS
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
BE180102
F
GALEGO / ESPANHOL / PORTUGUÊS / INGLÊS / CATALÃO
DESENHADORA GRÁFICA
BE180103
F
15/07/1967
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL/ ITALIANO
ANALISTA FUNCIONAL/ PROGRAMADOR/ MODELAÇÃO DE DADOS/ GESTÃO E COORDENAÇÃO DE PROJETOS
BE180104
F
03/03/1981
INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO
BE180105
M
11/02/1972
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ÁREA COMERCIAL
BE180106
F
23/01/1971
ESPANHOL/ INGLÊS
ASSISTENTE DE DIREÇÃO
BE180107
F
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
ASSESSORIA DE ASSUNTOS PÚBLICOS PARA ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS. INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
BE180108
M
05/06/1990
CATALÃO/ ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO/ FRANCÊS
CONSULTOR ANALISTA / MARKETING DIGITAL
BE180109
M
04/01/1992
INGLÊS
CONSULTOR
BE180110
M
12/07/1968
INGLÊS / FRANCÊS
ADMINISTRATIVO
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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“As empresas espanholas são bem-vindas em Portugal”
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O ministro Manuel Caldeira Cabral assegura aos empresários que o crescimento da economia portuguesa vai continuar e convida os investidores estrangeiros a apostar em Portugal. Num encontro promovido pela CCILE, o titular da pasta da Economia falou ainda nos importantes avanços nas negociações da Europa com o Mercosul para que o acordo de comércio se concretize.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
ortugal e Espanha trabalham em conjunto a nível europeu e mundial”, sublinhou o ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, assinalando que longe vão os dias em que “os dois países estavam de costas voltados”. Num almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, no passado dia 21 de Dezembro, em Lisboa, que juntou gestores e empresários, o governante salientou que “a integração dos dois mercados tem sido construída com as empresas e instituições, mas também com boas relações entre os dois Estados”. Portugal e Espanha lutam juntos por uma Europa mais forte e
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pela melhoria das relações da Europa ser realidade em breve: “Há arestas com o resto do mundo. Bom exem- a limar, mas vai acontecer. Trata-se plo disso é o trabalho desenvolvido de uma oportunidade histórica para pelos dois países a favor do futuro os países do Mercosul, que durante acordo de comércio entre a União muito tempo tiveram uma economia Europeia e o Mercosul (organismo fechada, com elevadas tarifas a travar que visa um mercado comum para a entrada de produtos do exterior e os países da América do Sul), que manifestam agora uma grande aberconfigura boas oportunidades de ne- tura ao comércio internacional. Estão gócio para a Península Ibérica. Um a baixar as taxas e a deixar entrar as projeto que se tem revelado difícil importações.” Manuel Caldeira Cabral acresde concretizar, com negociações que se arrastam há quase duas décadas. centa que o bom entendimento O ministro lamenta que ainda não entre Portugal e Espanha se esse tenha conseguido chegar a esse tende a outras matérias: “Em todo acordo, mas sustenta que “o trabalho o quadro europeu e mundial tem feito e a aceleração que Portugal e havido um alinhamento de posiEspanha têm vindo a imprimir a este ções. Temos visões comuns sobre tema” permitirão que o acordo possa o projeto europeu, de que somos
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entusiastas. Temos interesses em comum.” O ministro garante que os dois Governos trabalham no sentido de “aprofundar as oportunidades bilaterais e resolver eventuais problemas”, realizando, nesse sentido, inúmeros encontros entre membros dos dois executivos. O ministério tutelado por Manuel Caldeira Cabral procura acompanhar atividade dos portugueses em Espanha: “Estive em Madrid e encontrei-me com várias empresas que laboram em Espanha. Fui também à Andaluzia, à Extremadura e à Galiza. Há sempre questões que podem ser melhoradas e há vontade de trabalhar em conjunto nesse sentido. Isto é assumido como um desígnio estratégico do nosso Governo.” O ministro sublinha que quer Portugal quer Espanha estão a recuperar. “A economia portuguesa está a crescer a um ritmo de 2,8% (nos primeiros seis meses de 2017), o maior crescimento deste século. O desemprego está nos 8,5%, caindo para metade dos 17%, que chegou a tingir no pico da crise.” Manuel Caldeira Cabral reforça a ideia de “sustentabilidade do crescimento económico, que aconteceu em simultâneo com a estabilidade fiscal e a consolidação das contas públicas”.
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03 Da mesma forma, o governante consecutivo um saldo externo realça que “o crescimento está a positivo.” ser puxado pelo investimento”, Com isto, o ministro da ecosublinhando “o aumento de 15% nomia aproveitou para dizer que do investimento das empresas os investidores estrangeiros são privadas não financeiras”. muito bem-vindos. “As empresas Outro vetor de crescimento são externas espanholas são muito “as exportações, que avançam bem-vindas em Portugal”, lem11,5%, o maior aumento da dé- brando as entradas recentes de cada e que desmente a opinião empresas como a cadeia de hiperde que as empresas portuguesas mercados Mercadona ou do bansó foram para fora porque não co Bankinter. “Queremos que setinham mercado interno”, frisa jam bem sucedidas em Portugal o governante, acrescentando que e levem uma parte de Portugal “as exportações têm tido um traje- no seu caminho de internacioto notável, crescendo a um ritmo nalização”, diz Manuel Caldeira superior ao da Alemanha ou da Cabral, lambrando que também Holanda. Temos pelo quarto ano “a internacionalização de muitas
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empresas portuguesas começa prémios que o destino Portugal esquecidos: “Irei à Fitur (Feira tem conquistado. “São prémios Internacional de Turismo de Mapor Espanha”. Aos potenciais investidores, o que muito nos honram e mos- drid) dar a conhecer ou recordar ministro realça que “Portugal tram bem a distinção que Portu- ao mundo essas distinções. Para tem estabilidade política” e que gal merece a nível internacional”, os espanhóis nada disto é novidaas agências estão a melhorar o ra- comentou o Manuel Caldeira de, já que há muito que visitam e ting atribuído ao país (avaliação Cabral, que se encarregará de conhecem Portugal.” à dívida soberana portuguesa). não deixar que estes feitos sejam O ministro frisou também que A melhor avaliação tem sido feita pelos turistas, o que se ref lete nos sucessivos prémios que Portugal tem ganho no âmbito do turismo. O ministro lembrou que em Dezembro, Portugal foi eleito Melhor Destino Turístico do Mundo nos World Travel Awards, depois de pouco antes ter sido eleito Melhor Destino Turístico da Europa. Lisboa também ganhou o prémio de “Melhor Destino para City Break do Mundo”, a Madeira foi eleita, pela terceira vez consecutiva, “Melhor Destino 10 Insular do Mundo”, entre outros 54 act ualidad€
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o número de visitantes cresce consistentemente, não só vindos da Europa, mas também de países como os EUA (a um ritmo de 40%) ou o Brasil, bem como dos países asiáticos. “Os turistas que vêm de mais longe querem ficar mais tempo e visitar mais coisas, mais países”, o que representa
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uma oportunidade de parceria, de algumas personalidades portuadvoga. Nesse sentido, importa guesas, que veem o seu valor a ser “criar pacotes de oferta turística reconhecido ao serem eleitas para comuns entre Portugal e Espanha cargos internacionais, como aconpara trabalhar mercados como a teceu com o ministro das Finanças China, o Japão ou os EUA”. português, Mário Centeno, eleito Ainda a nível do reconhecimento para a presidência do Eurogrupo, internacional, Manuel Caldeira Ca- ou com António Guterres, secretábral congratulou-se com a ascensão rio-geral das Nações Unidas.
01.O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, durante o seu discurso
09.António Martins Victor, Berta Dias da Cunha e Juan António García
02.Manuel Caldeira Cabral com o embaixador de Espanha, Eduardo Gutiérrez
10.António Silva, Enrique Santos, Manuel Caldeira Cabral e Eduardo Gutiérrez
03.Luisa Cinca, Monica Ariza, Julia Llata, Piedad Viñas, Filipa Morgado e Barbara Polzot
11.Manuel Caldeira Cabral, Eduardo Gutiérrez, Luís Castro e Almeida e Celeste Hagatong
04.Nuno Alvarez, Lurdes Meléndez, Francisco Jesús e Manuel Barrero 05.Pedro Barreto, Alvaro Sebastián de Erice e Miguel Seco 06.Clara Muñoz, Luís Lucas e Liana Carda 07.Vítor Domingues dos Santos e José Augusto Nicolau 08.João Pimenta, Olga Sevostianova e Raúl Reis
Patrocinios
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12.José Catarino Tavares, Julia Llata, Francisco Mendes da Palma e Pedro Barreto 13.José Augusto Nicolau, Guillermo Llera, Jorge Vieira e Crispin Stilwell 14.Gabriela de Andres, Teresa Rainha e Francisco Pérez Paz
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Preocupações com o ambiente têm se de transformar em oportunidades de negócio
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As empresas e os cidadãos têm rapidamente de encontrar formas de diminuir o impacto da sua atividade sobre o meio ambiente e, nomeadamente, enveredar pela reutilização das matérias-primas existentes, para que não se esgotem os recursos cada vez mais escassos, alertou o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, o orador principal num recente almoço de empresários organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, realizado no mês passado, em Lisboa.
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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
s políticas económicas a nível mundial têm de se adaptar às novas realidades populacionais do planeta, cada vez mais sobrepovoado, alertou o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, num recente almoço de empresários, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE). O governante português frisou, no seu discurso, que desde as políticas económicas mundiais, às políticas ambien56 act ualidad€
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tais, de habitação e transporte, entre “nove mil milhões de pessoas no plaoutras, teriam de se reorientar e adaptar neta em 2050 – será impensável ter o a esta realidade urgente, sob pena da es- mesmo modelo de riqueza e bem-estar”, pécie humana não conseguir sobreviver, concluiu o ministro. Por isso, as políticas económicas e amdada a escassez de recursos e matérias-primas e ao aquecimento global que bientais a nível global estão num “moafeta o mundo nas décadas mais recen- mento de viragem”, sendo necessário tes. Assim, o modelo de criação de bem- apostar na chamada “economia verde”: -estar e riqueza e de criação de emprego “o termo economia verde vai-se exaurir que foi sendo construído nas chamadas depressa, porque muito depressa vamos sociedades ocidentais, baseado em ma- perceber que toda a economia tem de térias primas e energia baratas, tem os ser verde” se queremos manter o atual dias contados. Antecipa-se que haverá nível de crescimento económico e bem
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estar, enquadrou o ministro, no evento do passado dia 11 de janeiro, que reuniu em Lisboa cerca de duas centenas de gestores, empresários e outras individualidades, essencialmente ligados a entidades ibéricas. Assim, desenha-se um “espantoso conjunto de negócios” ligado a esta nova realidade e que foi condensada na Agenda 2030 das Nações Unidas, visando o desenvolvimento sustentável, onde se inclui o Acordo de Paris, e que assenta na premissa de que é necessário converter os problemas ambientais atuais em oportunidades de negócio. Neste âmbito, de acordo com João Matos Fernandes, também o Governo português traçou uma linha de atuação, assente em três vértices: a descarbonização da sociedade, a transformação da economia consumista numa economia circular e a valorização do território natural e urbano. A descarbornização e a economia circular No primeiro caso, o Governo avançou recentemente com uma medida visando acabar com a isenção do impostos sobre produtos petrolíferos (ISP) incidente sobre a produção de energia, seguindo o exemplo de Espanha, que “tem uma taxa superior à que Portugal está a tentar impor”. Para este objetivo de reduzir as emissões de carbono – no âmbito das intenções do Acordo de Paris de impedir que, no final do século, o aquecimento do
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03 planeta supere os 1,5 a dois graus face ao período pré-industrial–, os países terão de apostar num menor uso de combustíveis fósseis a nível industrial e dos transportes e, nomeadamente, privilegiar a mobilidade elétrica. Portugal comprometeu-se a reduzir as suas emissões de carbono até 2050, atingindo a “neutralidade carbónica” em diversos setores. Para compensar as emissões dos setores em que tal não será possível, terá de haver uma gestão bastante eficiente da floresta, para o saldo ser neutro, lançou ainda o ministro. Quanto à necessidade de diminuir os níveis de consumo e prolongar no tempo a duração dos produtos, desde a sua conceção até à sua reciclagem final,
João Matos Fernandes sublinhou que este é um caminho essencial para a sustentabilidade dos recursos disponíveis, o que significa também para a própria viabilidade económica das indútsrias transformadoras. “Temos de deixar de ser consumidores para ser utilizadores”, o que significa prescindir de possuir bens per si para os utilizar temporariamente, à medida das necessidades de cada um. O ministro deu o exemplo da utilização do carros em regime de carsharing, para melhor rentabilização desses equipamentos, bem como outros exemplos de economia partilhada. “Os negócios de venda vão evoluir muito rapidamente para negócios de aluguer”, concluíu.
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Investir na economia circular (permitindo o acesso à matériaprima com melhores preços) é fundamental, ainda mais tendo em conta que a Europa só consegue produzir 9% das matérias que utiliza na produção industrial, frisou o ministro Assim, as empresas portuguesas têm de apostar em conceber os produtos 58 act ualidad€
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pensando já na sua desmontagem, re- que o Governo está a lançar. ciclagem e reutilização, o que gera diInvestir, assim, na economia circular versas oportunidades de negócio, que (permitindo o acesso à matéria-prima poderão ser mais ou menos lucrativas, com melhores preços) é fundamental, mas para as quais as instituições finan- sobretudo tendo em conta que a Euroceiras deverão dar a devida atenção e pa só consegue produzir 9% das matéapoio, no âmbito de diversas iniciativas rias que utiliza na produção industrial,
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frisou o ministro para a audiência. Eficiência energética, mas também “eficiência material”, um conceito que muitos governantes ainda não incorporaram bem, mas que obrigará a uma gestão mais eficiente de toda a cadeia de valor dos produtos, podendo tirar rentabilidade igualmente dos resíduos produzidos.
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Em Portugal, está-se a apostar em evitar a construção de novos espaços setores como a cerâmica, a cortiça, e o consequente uso de materiais de ou a construção, onde o Governo irá construção). incentivar a criação de oficinas de re- “A chave do sucesso das políticas amparação para reutilizar os produtos e bientais é manter o desenvolvimento materiais dos eletrodomésticos, entre económico e o emprego”, refere o mioutros, além de áreas com vista a redu- nistro, incentivando assim as emprezir o desperdício alimentar ou ainda a sas a tirar partido de estratégias indusocupação partilhada de espaços (para triais mais “verdes”.
01.O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, durante a sua intervenção
08.Miguel Seco, Bernardo Pinheiro Torres e Anabela Duarte
02.Álvaro Sebastián de Erice entrega ao ministro uma oferta, em nome da CCILE
09.Roger Artigues e João Matos Fernandes
03.Piedad Viñas, Francisco Ocón, Rafael Benjumea, María Ángeles Rivero e Agustín Galán
10.Nuno Amado, João Matos Fernandes e Álvaro Sebastián de Erice
04.Gustavo Martinho, Agustín Galán e Ángel Vaca
11.Piedad Viñas, Manuel Ferreira e Ruth Breitenfeld
05.José Sousa Cintra, António Martins Victor, Ruth Breitenfeld e Jorge Moreira
12.Nuno Ribeiro da Silva, Ángel Vaca e Roger Artigues
06.Vítor Domingues dos Santos, Christian Torrell e Joan Camps
13.Eduardo Serra Jorge, Paula Caetano e Maria da Luz Sousa
07.Ricardo Ferrão, Julia Llata e Sadayoshi Takagawa
14.Manuel Champalimaud, Crispin Stillwell e Emanuel de Freitas
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Volkswagen Polo
Maior e mais tecnológico
A sexta geração do Volkswagen Polo muda tudo e estabelece novas referências no segmento. Desenvolvido com base na plataforma MQB, o novo Polo é não só mais comprido e mais baixo do que a geração anterior, como também é maior no interior.
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Fotos DR
esta sexta geração, o Polo estará disponível apenas com carroçaria de cinco portas, abandonando a opção de três portas, que tinha um peso muito marginal nas vendas. O novo Volkswagen Polo é o primeiro carro da sua classe a oferecer um painel de instrumentos totalmente digital– a nova geração do Active Info Display. Os instrumentos são dispostos no mesmo eixo de visualização, com o sistema de infotainment (ecrã de 6,5 ou oito polegadas) que, na versão de topo, possui uma superfície em vidro. As interfaces digitais para smartphones permitem um acesso mais fácil às 60 act ualidad€
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suas aplicações e a vários serviços online a bordo. Não só os smartphones podem ser carregados através de um carregador, como também sem fios, através de indução. Os diferentes níveis de equipamento também foram revistos e melhorados de forma abrangente. Três níveis de equipamento são a base para a nova configuração do Polo: Trendline, Confortline e Highline. Na verão base – Trendline–, o novo Polo contará, de série, com o sistema Front Assist, que integra a travagem anticolisão frontal com detetor de peões, luzes diurnas LED com função coming home, limitador de velocidade, faróis de halogénio, volante e punho da alavanca de velocidades
em couro, ar condicionado, vidros elétricos à frente e atrás, retrovisores exteriores elétricos com desembaciador, fecho centralizado com comando à distância, ajuda ao arranque em subida, pneu sobressalente e um leque muito completo de sistemas de segurança ativa e passiva, incluindo airbags de cabeça e tórax. As jantes são de aço ou, em opção, de liga leve, sempre de 15 polegadas e com pneus 185/65. O nível Confortline acrescenta o volante multifunções, os faróis de nevoeiro com luzes de curva, jantes de liga leve de 15 ou 16 polegadas e o sistema multimédia com tablet de oito polegadas, leitor de CD, interface USB com ligação iPod/iPhone e
sector automóvil Setor automóvel
ligação Bluetooth e sistema App Connect com Mirror ink, compatível com Android Auto e Apple CarPlay, para integração de smartphones externos. O sistema áudio tem uma potência de 4x20 watts, repartida por oito altifalantes. Finalmente, o nível topo Highline, soma os bancos desportivos, o cruise control adaptativo, o ar condicionado automático, a câmara traseira, sensores de chuva e de estacionamento, jantes de liga leve de 16 polegadas e o sistema multimédia já com navegação integrada e com Volkswagen Media Control e Car net, que adiciona vários serviços online, como indicações de tráfego, meteorologia, estações de serviço ou de lugares livres em parques de estacionamento, sempre em tempo real e permite o controlo às distância de uma série de funções através de um smartphone ou tablet. Mecanicamente, há oito motorizações à escolha, repartidas entre três cavalos, destinado a equipar o Polo motores a gasolina de três cilindros GTI. com três níveis de potência: 1.0 MPI, Novidade é também o primeiro mocom 75 cavalos, e dois TSI sobreali- tor de gás natural do Polo: o 1.0 TGI mentados de 1.0 litros, com 95 cava- com 90 cavalos. A gama será ainda los e 115 cavalos. As versões mais po- completada por dois Diesel 1.6 TDI, tentes serão equipadas com motores que oferecem potências de 80 e 95 de quatro cilindros de 1.5 TSI ACT cavalos. com 150 cavalos e gestão ativa dos ci- Todos os modelos são equipados lindros, e por um 2.0 TSI, com 200 com o sistema start/stop e modo de
travagem regenerativa. A partir dos 95 cavalos de potência é possível a combinação com a caixa automática DSG de dupla embraiagem. Os valores do novo Polo começam nos 16.285 euros, no caso do 1.0 MPI de 75 cavalos. O 1.0 TSI de 95 cavalos começa nos 17.055 euros. O diesel abre nos 20.430 euros. O preço do GTI inicia-se nos 30.560 euros.
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barómetro financeiro
barómetro financiero
BBVA mantém previsões de crescimento para Portugal observatório económico BBVA manO teve, nas últimas semanas, a previsão de crescimento de Portugal, quer
de 0,4% no quarto trimestre de 2017, como de 2,6% no conjunto do ano e de 2,3% para 2018, destacando que o país está a consolidar a sua recuperação económica. O banco salienta ainda a revisão em alta do crescimento para a Zona Euro, numa recuperação global “cada vez mais sincronizada”. Este crescimento deverá permitir que, tanto as exportações de bens, como as de serviços, continuem a contribuir positivamente para a melhoria da eco-
Inflação na Zona Euro recua para 1,4% em dezembro
A taxa de inflação na Zona Euro recuou de 1,5%, em novembro, para 1,4%, em dezembro de 2017, confirmou o Eurostat. Ainda que o crescimento dos preços tenha desacelerado no final do ano, a taxa de inflação está todavia superior à registada no período homólogo (1,1%, em dezembro de 2016). Em Portugal, a inflação superou a média dos parceiros do euro, fixando-se em 1,6%. No que diz respeito à área da moeda única, os preços foram impulsionados sobretudo pelos combustíveis, tabaco e laticínios, enquanto as telecomunicações e o vestuário contribuíram para travar uma maior subida. Quanto ao conjunto da União Europeia, a subida dos preços abrandou de 1,8%, em novembro, para 1,7%, em dezembro.
nomia portuguesa durante 2018 e 2019, refere a nota do observatório. Na mesma linha, “espera-se que o apoio da política monetária continue, dado que se prevê que a sua normalização seja efetuada gradualmente, garantindo um ambiente de baixas taxas de juro durante os próximos dois anos”. A nível interno, o observatório económico do BBVA destaca positivamente a redução da incerteza quanto à política económica de Portugal, com o prémio de risco do título soberano a 10 anos português face ao alemão a continuar a diminuir.
Exportações portuguesas crescem mais que importações As exportações de mercadorias aumentaram mais do que as importações , em novembro de 2017. De acordo com o INE, as “exportações e as importações de bens registaram crescimentos homólogos nominais de, respetivamente, 11,9% e 10,4%, desacelerando ambas face ao mês anterior (+12,8% e +21,1% em outubro de 2017, pela mesma ordem) ”. As estatísticas do comércio internacional relativas a novembro de 2017 mostram ainda uma inversão da tendência dos meses anteriores, em que as importações cresceram mais que as exportações. Agosto tinha sido o último mês em que as exportações tinham crescido acima das importações (mais 13,9% e mais 12,8%, respetivamente). O saldo da balança comercial, em novembro de 2017, foi de 867 milhões de euros, um acréscimo de 17 milhões face ao mês homólogo de 2016. O acréscimo de exportações prende-se com as vendas de mercadorias aos países da União Europeia (que subiram 16,1%), tendo acontecido o mesmo com as importações (aumentaram 8,9%). O INE justifica a "desaceleração das exportações e das importações" face ao mês anterior” com o “desfazer do efeito de calendário, que empolou as variações homólogas relativas a outubro".
Portugal teve o quarto maior excedente orçamental da Zona Euro O excedente orçamental registado em Portugal, no terceiro trimestre de 2017, foi o mais elevado em 23 anos e, de acordo com os dados do Eurostat, correspondeu ao quarto mais elevado de entre os países da Zona Euro. De acordo com a mesma fonte, o excedente orçamental de 1,5% do PIB apurado entre julho e setembro do ano passado em Portugal só foi superado no Luxemburgo (2,4%), na Alemanha (2,5%) e em Malta (4,2%). Os dados do Eurostat mostram também que Portugal foi o
país da Zona Euro onde as contas públicas melhoraram de forma mais substancial entre o segundo e o terceiro trimestre (2,8 pontos percentuais). No segundo trimestre Portugal tinha um défice orçamental de 1,4% do PIB. Este bom desempenho das contas públicas no terceiro trimestre garante que o défice do conjunto de 2017 deverá ficar abaixo dos 1,4% previstos no Orçamento do Estado para 2018. O Governo apontou já para um valor de 1,2% do PIB. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-octubre de 2017
R
etomamos la publicación de los datos estadísticos de la balanza comercial hispano portuguesa referente a los diez primeros meses del año, publicados recientemente por la Secretaria de Estado de Comercio Exterior de España. Se verifica un aumento significativo en las ventas españolas a su vecino Portugal, 9,6% (14.934 millones de euros en 2016 frente a los actuales 16.370 millones de euros). Las compras españolas registran un aumento muy tenue del 0,9 % (9.052 millones de euros en 2016 frente a los actuales 9.129,7 millones de euros) Las cifras alcanzadas en este periodo representan un superávit que supera los 7.240,6 millones de euros y una tasa de cobertura del 179,3% superior a la media anual del 2016 que se situó en los 165,3%. Analizando los cuadros 2 y 3 que recogen la distribución geográfica del comercio exterior español, se constata que en el
conjunto de los diez primeros meses de 2017, el 54% de las importaciones españolas que corresponde a un valor superior a los 135.382,4 millones de euros tiene como origen los 28 países de la Unión Europea. A su vez, el 64% de la oferta exportadora española (149.022,9 millones de euros) tuvo como destino los 28 países de la Unión Europea. Portugal ocupa la cuarta posición entre los principales clientes de la Unión Europea con un peso relativo del 10,9 % (16.370,4 millones de euros) y la octava posición entre los principales proveedores europeos con un peso relativo del 6,7% (9.129,7 millones de euros). Respecto a la distribución sectorial del comercio hispano portugués, que se recoge en los cuadros 4 y 5 destacamos el importante peso de la partida 87-vehículos automóviles, tractor (1.478,3 millones de euros de ventas y 955,9 millones de euros de compras), la partida
84-máquinas y aparatos mecánicos (1.146,9 millones de euros de ventas y 452,6 millones de euros de compras) y en la tercera posición las materias plásticas; sus manufacturas (las ventas se situaron en los 1.058,0 millones de euros y las compras en 642 millones de euros). Otras partidas importantes son los combustibles, aceites minerales (960,4 millones de euros de ventas y 778,4 millones de euros de compras) y los aparatos y material eléctricos (837,8 millones de euros de ventas y 367,6 millones de euros de compras). Este conjunto de cinco partidas representa el 34% del comercio bilateral cuya cifra superó los 25.500,5 millones de euros. Respecto al comercio exterior español en general las exportaciones de mercancías en el periodo enero-octubre aumentaron un 9,3% respecto al mismo periodo del año anterior y alcanzaron los 229.801 millones de euros, máximo histórico de la serie para
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-octubre de 2017 VENTAS ESPAÑOLAS 17
COMPRAS ESPAÑOLAS 17
Saldo 17
VENTAS Cober 17 (%) ESPAÑOLAS 16
COMPRAS ESPAÑOLAS 16
Saldo 16
Cober 16 (%)
ene
1.466.668,97
851.614,13
615.055
172,22
1.306.388,32
835.926,87
470.461
156,28
feb
1.497.298,88
908.400,89
588.898
164,83
1.412.560,60
883.173,09
529.388
159,94
mar
1.782.642,64
1.027.991,04
754.652
173,41
1.538.563,58
935.140,90
603.423
164,53
abr
1.570.079,36
948.408,69
621.671
165,55
1.455.584,35
927.226,61
528.358
156,98
may
1.727.541,71
985.698,49
741.843
175,26
1.524.966,29
950.808,56
574.158
160,39
jun
1.722.502,69
926.660,01
795.843
185,88
1.600.531,67
969.597,82
630.934
165,07
jul
1.632.006,65
860.328,97
771.678
189,70
1.560.278,35
955.344,56
604.934
163,32
ago
1.453.118,61
798.746,21
654.372
181,92
1.351.994,55
742.789,86
609.205
182,02
sep
1.762.712,45
888.575,41
874.137
198,38
1.624.411,19
959.544,67
664.867
169,29
oct
1.755.813,79
933.307,97
822.506
188,13
1.559.048,72
893.131,11
665.918
174,56
nov
0,00
0,00
0
0,00
1.597.647,04
993.441,19
604.206
160,82
dic
0,00
0,00
0
0,00
1.499.512,94
857.227,02
642.286
174,93
16.370.385,74
9.129.731,82
7.240.654
179,31
18.031.487,61
10.903.352,26
7.128.135
165,38
Total
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
64 act ualidad€
fevereiro de 2018
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-octubre de 2017
el acumulado en este periodo. Las importaciones subieron un 11,3%, hasta los 250.873 millones. Como resultado, el déficit comercial de los diez primeros meses del año alcanzó los 21.073 millones de euros, un 39,9% superior al registrado en el mismo periodo de 2016, aunque es el tercer mejor saldo registrado en el acumulado de los diez primeros meses del año desde 1998, sólo superado en 2013 y 2016. Las exportaciones españolas registraron mejor evolución que las del conjunto de la zona euro y la Unión Europea. La tasa de cobertura se situó en el 91,6% (93,3% en enero-octubre de 2016) y es el tercer mejor registro de toda la serie histórica, tras los de 2013 y 2016. En términos de volumen, las exportaciones se incrementaron un 8,7%, ya que los precios, aproximados por los Índices de Valor Unitario, crecieron un 0,6%; y las importaciones subieron un 6%, pues los precios ascendieron un 5%. El saldo no energético arrojó un déficit de 3.783 millones de euros (déficit de 1.798 millones de euros en el acumulado hasta octubre de 2016) y el déficit energético se incrementó un 30,4%, hasta los 17.290 millones de euros (déficit de 13.263 millones en 2016).
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
1
001 Francia
34.369.197,97
2
004 Alemania
25.795.608,90
3
005 Italia
18.543.184,31
4
010 Portugal
16.370.385,74
5
006 Reino Unido
15.876.515,94
6
400 Estados Unidos
10.280.176,72
7
003 Países Bajos
7.778.531,30
8
017 Bélgica
6.841.900,38
9
204 Marruecos
6.680.432,45
10
720 China
5.201.598,35
11
052 Turquía
4.719.734,17
12
060 Polonia
4.495.318,29
13
412 México
3.834.402,97
14
039 Suiza
3.451.474,66
15
952 Avituallamiento terceros
2.376.963,72
16 17 18 19 20
208 Argelia 508 Brasil 732 Japón 061 República Checa 038 Austria SUBTOTAL TOTAL
2.180.316,07 2.137.299,13 2.062.119,00 1.987.872,22 1.959.662,52 176.942.694,80 229.800.524,12
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
3.Ranking principales países proveedores de España enero-octubre 2017 Orden País 1
004 Alemania
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-octubre de 2017 Orden Sector 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
955.858,15
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
778.359,13
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
642.061,61
4
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
460.726,51
5
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
452.610,51
6
61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO
378.662,29
7
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
371.957,73
8
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
367.614,84
9
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
001 Francia
27.506.132,33
720 China
21.487.583,43
4
005 Italia
16.549.900,08
5
400 Estados Unidos
11.773.495,98
6
003 Países Bajos
10.241.835,25
7
006 Reino Unido
9.576.937,21
8
010 Portugal
9.129.731,82
9
017 Bélgica
6.525.381,73
10
204 Marruecos
5.273.755,02
11
052 Turquía
5.164.480,13
12
060 Polonia
4.242.708,16
13
208 Argelia
3.705.993,64
14
288 Nigeria
3.705.402,69
15
412 México
3.504.985,03
16
061 República Checa
3.471.571,46
17
508 Brasil
3.399.041,80
18
664 India
3.318.457,01
19
732 Japón
3.245.409,61
20
632 Arabia Saudí
3.019.935,52
SUBTOTAL
187.079.542,51
TOTAL
250.873.415,72
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
9.129.731,82
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-octubre de 2017 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1.478.328,71
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
1.146.948,24
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
1.058.042,07
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
960.438,21
5
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
837.755,13
6
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
535.804,19
7
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
500.222,38
8
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
479.631,19
9
15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA
453.904,60
TOTAL
16.370.385,74
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
2
296.752,59
TOTAL
6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2017
32.236.804,60
3
Importe
1
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-octubre 2017 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 17
Cataluña
3.877.917,42
Madrid, Comunidad de
1.618.551,58
Madrid, Comunidad de
2.505.375,27
Galicia
1.585.972,78
Galicia
2.233.682,49
Cataluña
1.333.988,49
Andalucía
1.751.823,56
Andalucía
803.748,23
Castilla-La Mancha
1.151.741,99
Comunitat Valenciana
791.495,24
981.769,24
Castilla y León
552.208,99
Comunitat Valenciana
COMPRAS ESPAÑOLAS 17
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
fevereiro de 2018
ac t ua l i da d € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas transportistas españolas
DP171004
Fabricantes que produzcan suplementos alimentares y para deporte
DP171101
Distribuidores/ representantes de productos naturales/ eco/ bio en España
DP171102
Empresas españolas fabricantes de vehículos utilitarios eléctricos para servicios municipales
DP171103
Empresas españolas importadoras de vestidos de noche
DP171104
Empresas españolas proveedoras de desechables y detectables para industria alimentaria
DP180101
Fabricantes españoles de copos de patata desidratada para hacer puré instantaneo Empresas españolas interesadas en representar el proyecto “My Perfect Way” (paquetes turísticos de senderismo y montañismo) Empresa portuguesa especializada en decoración y joyería, busca empresas españolas del mismo sector para presentar sus productos
DP180102
Empresa portuguesa de equipamientos para motoristas busca agentes comerciales para el mercado español
OP170802
Empresa portuguesa del sector de la metalomecánica busca agentes comerciales para el mercado español
OP170803
Empresa portuguesa de construcción de quioscos y espacios comerciales busca agentes comerciales para el mercado español Empresa portuguesa de prestación de servicios de instalación de fibra óptica en la red de cliente o en el área de la construcción
à sua espera
OP170602 OP170801
OP171001 OP171002
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Fábricas em Portugal de confeção de roupa para senhora
DE170701
Lojas multimarca de moda infantil ou representantes em Portugal Empresas portuguesas do setor agropecuário Empresas portuguesas fabricantes de parafusos franceses e normais
DE170901 DE170902 DE171001
Distribuidores de amêndoas em Portugal
DE171101
Empresas portuguesas de mão de obra de alvenaria (pedreiros), cofragem, outros Contabilistas em Lisboa que falem espanhol Empresa espanhola do setor dos congelados procura agente comercial para Portugal Empresa espanhola representante de marcas e produtos relacionados com a medicina desportiva/ ortopedia e puericultura procura profissionais de vendas com experiência no setor farmacêutico Empresa espanhola especializada em decoração e no setor infantil procura agentes comerciais para Portugal Empresas portuguesas importadores/ distribuidoras em Portugal para apresentar os seus produtos (vinhos e cervejas) Empresas portuguesas de venda online de tecnologia para apresentar a sua empresa (do mesmo setor) para expansão em Portugal
DE171102 DE171103 OE170302
Empresa espanhola do setor energético procura assessor/ agente comercial para Portugal
OE170801
OE170304 OE170305 OE170601 OE170602
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
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oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
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ac t ua l i da d â‚Ź 67
espaço de lazer
espacio de ocio
Gourmet Experience: cinco estrelas, seis chefes e dezassete espaços
Abriu no final de 2017 o novo espaço “Gourmet Experience”, dos Grandes Armazéns El Corte Inglés, em Lisboa. À semelhança do que acontece nas lojas congéneres de Madrid, este conceito convoca o paladar pela mão de conceituados chefes e marcas. Os portugueses José Avilez, Henrique Sá Pessoa e Kiko, os espanhóis Pepe Solla e Aitor Ansorena e o mexicano Roberto Ruiz assinam as ementas de sete espaços, a que se juntam outras reconhecidas marcas, como a Alcôa, a Gin Lovers, Godiva, Landeau, La Gondola, Nannarella, Cigar World e Dammann Frères.
N
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
o sétimo andar dos Grandes praça central, onde habitam também prolongar a experiência em casa”. Para Armazéns El Corte Inglés, os espaços Alcôa, Godiva e Landeau isso conta as marcas já referidas e com o serve-se “uma vista única (dedicados aos doces), a conserveira talento de seis reputados chefes: os porsobre toda a Lisboa”, assinala La Gondola, a geladaria Nannarella, os tugueses José Avilez (com duas estrelas Susana Santos, responsável chás da Dammann Frères, o Wine Bar, Michelin), Henrique Sá Pessoa (uma pela comunicação e marketing do El o The G Bar, a Cigar World e o Club estrela Michelin) e Kiko, o galego Pepe Corte Inglés em Portugal, sublinhando del Gourmet. Solla (uma estrela Michelin), o basco que esse ingrediente não se encontra Susana Santos explica que depois da Aitor Ansorena e o mexicano Roberto em mais nenhuma das lojas da marca. bem-sucedida experiência deste concei- Ruiz (uma estrela Michelin). Este piso ganhou no final do ano pas- to nas duas lojas de Madrid, Lisboa Nesta praça “Gourmet Experience”, o sado mais argumentos: 17 novos espa- quer proporcionar uma “ainda melhor chefe José Avillez propõe a sua “assinaços pensados para “elevar a experiência experiência gourmet, somando a cozi- tura na cozinha portuguesa”, através da gastronómica dos clientes”. nha portuguesa a sabores oriundos do Tasca Chic, que tem a sua própria sala, Chama-se “Gourmet Experience”, resto do mundo, num espaço agradável, “um espaço sofisticado, cosmopolita e custou sete milhões de euros e integra com boa música e onde pode adquirir acolhedor”, onde pode degustar petiscos sete restaurantes voltados para uma produtos de excelência, que permitem inspirados nos que se serviam nas tascas
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espacio de ocio
tradicionais, como “os ovos verdes”, lembra o chefe. O chefe, galardoado com 2 estrelas Michelin no Belcanto, criou também “o espaço Jacaré”. O nome partiu das iniciais do chefe e no facto de a protagonista da carta ser “a carne cozinhada na grelha, suculenta e deliciosa”. Além de diferentes tipos de carne, pode escolher entre várias opções de guarnição, bem como de sumos naturais. Também gerido pelo grupo José Avilez, do outro lado da praça, há outro “animal”, o Cascabel, do chefe mexicano Roberto Ruiz, também detentor de um estrela Michelin pelo restaurante Punto MX. O Cascabel traz sabores mexicanos e o conceito de cozinha espetáculo, que têm garantido casa cheia no congénere de Madrid. Jose Avilez (foto da esquerda na página seguinte) garante que esta “é a cozinha mais animada da praça”. O chefe, que gere vários restaurantes em Portugal, está satisfeito por “fazer parte de um projeto bem pensado e bem
feito”, que é também “um desafio”, já que além do compromisso de qualidade, “a rapidez do serviço” é determinante. Henrique Sá Pessoa, galardoado com uma estrela Michelin no Alma, traz à “Gourmet Experience” o Balcão, uma homenagem à “cozinha nacional inspirada no ambiente autêntico e aconchegante das tabernas portuguesas”. O chefe Kiko, soma aos seus restaurantes A Cevicheria, O Talho e O Asiático o espaço O Poke, que “evoca um encontro entre a cultura havaiana e a asiática, sobretudo japonesa”. Por aqui brilham pratos leves como o poke, uma salada de peixe fresco marinado. O peixe e o marisco são a assinatura de marca de Pepe Solla. O chefe de origem galega detém uma estrela Michelin pela sua Casa Solla (Pontevedra) e estreia-se em Portugal com o Atlântico, onde se mantém fiel aos sabores do mar e à autêntica cozinha da Galiza. Como explica Luis Gracia, responsável pela cozinha deste Atlântico, “Pepe Solla
espaço de lazer
viaja muito e a sua gastronomia reflete isso mesmo ao reinterpretar clássicos galegos”. Na carta há espaço também para uma homenagem à portuguesa caldeirada, neste caso de corvina, com sabores que nos transportam simultaneamente para o continente asiático. Outra região reconhecida pela excelência gastronómica é a do País Basco, representado neste espaço gourmet pelo Imanol, de Aitor Ansorena (à esquerda na foto da página seguinte, no canto superior direito). O chefe frisa que nos seus restaurantes, os produtos são as estrelas: “O produto é o grande protagonista. Não é o chefe. A nossa prioridade é a busca contínua pelos melhores produtos. Quando o produto é bom não precisa de grande coisa, como o bacalhau português, que é seguramente dos melhores produtos do mundo. É insuperável.” No Imanol, além de propor pratos como clássicos como a tortilha ou os ovos rotos, Aitor Ansorena gostaria fevereiro de 2018
ac t ua l i da d € 69
espaço de lazer
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de “colocar as pessoas a socializar mais, através da comida, mesmo que não se conheçam antes de chegar à mesa”. No capítulo das bebidas, Susana Santos destaca o The G Bar, gerido pela Gin Lovers e o Wine Bar, espaços onde, a qualquer hora, é possível tomar um vinho, espumante, cerveja, uma bebida espirituosa ou um cocktail e degustar queijos, presuntos, ou outra iguaria. No sétimo andar do El Corte Inglês de Lisboa passa agora a morar o já conheci-
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do Club del Gourmet, onde é possível comprar bebidas e iguarias para levar para casa, bem como provar alguns dos produtos. No total, o Club del Gourmet comercializa mais de 4000 iguarias de Portugal e do mundo. A experiência gourmet pode integrar também os momentos doces proporcionados pela Alcôa, pela Godiva e pela Landeau. A Alcôa, marca de doçaria conventual, que abriu em 1957, em Alcobaça, ganha desta forma o seu
segundo espaço em Lisboa, disponibilizando o resultado de “séculos de segredos e de história”. Paula Neves (foto nesta página), responsável pela Alcôa, dá algumas pistas: “O nosso doce mais vendido é o ‘cornucópia’. Neste espaço teremos também à venda o ‘divina gula’, que criámos para o Papa Francisco, quando visitou Portugal. A montra da Alcôa exibe 22 “tentações” diferentes, “todas de doçaria conventual”, frisa Paula Neves.
espacio de ocio
Antes de o NY Times ter descoberto Susana Santos frisa que fizeram questão que a Landeau servia “um bolo de de dar um espaço à arte conserveira porchocolate diabolicamente bom”, já a tuguesa, já que são “uma parte impormarca integrava o Club del Gourmet. tante da nossa cultura, da nossa tradição Agora tem espaço próprio na praça e também da nossa capacidade de ino“Gourmet Experience”. var”. A marca eleita foi a La Gondola, Ainda no território do chocolate, a que “apresenta uma miríade de sabores Godiva, “marca premium em todo o requintados, que têm origem nas antigas mundo há mais de 90 anos”, traz a arte tradições portuguesas, acrescentadas pela do chocolate de origem belga, em dife- imaginação e pelo bom gosto de quem rentes sabores e combinações. desenha os menus e as embalagens”. Já pela arte de fazer gelados responde a A praça conta ainda com o espaNannarella, gelateria artesanal italiana e de ço Dammann Frères dedicado aos bairro, que garante “gelados feitos à mão amantes do chá. A marca francesa com 100% de carinho e todo o sabor”. apresenta uma seleção de 80 varieda-
espaço de lazer
des e misturas de chá. Por último, a Cigar World, espaço que comercializa uma cuidada selecção de charutos manufaturados nos principais países produtores. Susana Santos avança que o novo espaço está a ser muito bem recebido: “Estamos muito felizes com a afluência e com as reações das pessoas. Os clientes agradecem por termos aberto este espaço e isso é muito gratificante.” A responsável de comunicação do El Corte Inglés em Portugal adianta que “podemos esperar surpresas, já que o espaço se irá inspirar nas efemérides, criar coisas especiais para dias especiais”. Esta Gourmet Experience não se ficará por aqui, uma vez que, em breve, irá abrir ainda o restaurante El Corte Inglés, juntamente com a cafetaria e taberna (cujos espaços estão a ser reformulados). Quanto a novos espaços Gourmet Experience em Portugal, Susana Santos diz apenas que, para já, o objetivo é consolidar este conceito.
Gourmet Experience El Corte Inglés Av.ª António Augusto de Aguiar, nº 31, 7º andar, Lisboa
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ac t ua l i da d € 71
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espacio de ocio
Agenda cultural Livro
“A Viagem das Insígnias”
A Guerra Civil Portuguesa, que durou de 1828 a 1834, opondo liberais constitucionalistas, apoiantes de D. Pedro IV e da sua filha, D. Maria II, a absolutistas, partidários de D. Miguel, foi travada também no território das insígnias. A história é contada por António Miguel Trigueiros no livro “A Viagem das Insígnias”. O autor começa por afirmar que portugueses e brasileiros tiveram “a mais prestigiada Ordem Militar e Honorífica da primeira metade do século XIX”. Chamava-se Real Ordem da Torre e Espada, de Valor e Lealdade, tinha sido fundada pelo príncipe regente D. João em 1808, no Rio de Janeiro, e era apreciada em toda a Europa. Sendo atribuída por D. Miguel I, e n t ã o G r ã o Mestre das Ordens Militares portuguesas, a Ordem fortalecia os que por ele combatiam. Para a descredibilizar, D. Pedro IV criou uma segunda Ordem Militar no Porto com o mesmo nome, da Torre e Espada, mas do Valor, Lealdade e Mérito. António Trigueiros descobriu que “durante oito meses, entre agosto de 1832 e maio de 1833, duas Ordens da Torre e Espada com insígnias e estatutos muito diferentes coexistiram em Portugal”. Como D. Pedro IV venceu a guerra, prevaleceu a segunda Ordem e a primeira acabou. “Esta é a história nunca antes contada da Real Ordem da Torre e Espada, e da viagem entre continentes das suas insígnias e medalhas de Valor e Lealdade.”
Exposições
Sorolla no Thyssen-Bornemisza e na casa museu do pintor Ficou conhecido como o “pintor da luz”, muito devido às paisagens marítimas que elevou nas suas telas, mas a história da arte reconhece-lhe o talento de retratista e cronista social, já que as vivências e os costumes mereceram um olhar atento do artista. A moda é um dos aspetos sublinhados em grande parte das obras deste pintor, que viveu entre 1863 e 1923. Isso mesmo poderá confirmar a partir de 13 de fevereiro e até 27 de maio, através da exposição dedicada à presença de moda no trabalho de Joaquín Sorolla que ocorrerá, simultaneamente e complementarmente, no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza e no Museu Sorolla (ambos em Madrid): “Grande amante de moda, Sorolla é o cronista perfeito das mudanças nas tendências de vestuário e no estilo do final do século XIX e início do século XX. As suas pinturas constituem um catálogo evocativo de vestidos, jóias e acessórios reforçados pelo seu traço solto e vigoroso. O interesse do pintor na moda também é evidente na documentação disponível, como fotografias, esboços ou cartas com referências contínuas a diferentes aspetos do vestir.” No comunicado de imprensa sobre a mostra lê-se ainda que “a sua atividade como retratista da sociedade não era a única coisa que o fazia olhar para as roupas, mas também a sua ânsia de observar e o seu interesse genuíno por tudo o que o cercava. Nesse sentido, a sua figura está associada à imagem da modernidade estabelecida por Baudelaire em “O pintor da vida moderna, o artista como observador, errante, filósofo… “ e homem do mundo.” Com curadoria de Eloy Martínez de la Pera, a amostra reúne mais de setenta pinturas de museus e coleções privadas nacionais e internacionais, algumas delas nunca expostas publicamente. A exposição integra também um conjunto de vestidos e peças da época. No Thyssen-Bornemisza, a exposição desenvolve-se em quatro momentos. O primeiro, “Sorolla íntimo”, é dedicado ao contexto familiar do pintor, “mostra diferentes aspetos da sua vida quotidiana, como as cartas que envia à sua mulher de Paris, nas quais comunica as novidades da moda, e as compras de vestidos que faz para ela e para as suas filhas, assim como as obras que dedica à sua família, sobretudo à sua mulher e musa”, como “Clotilde com traje negro” (1906). O segundo capítulo, “O retrato de sociedade”, mostra uma seleção de retratos de personalidades da alta sociedade da sua época. O terceiro mostra “O veraneio elegante” focado nas termas e nas praias. A última parte retrata “Paris e a vida moderna”, mostrando os novos hábitos de ócio: os cafés, os passeios urbanos, o teatro e a ópera… No museu Sorolla, que ocupa a antiga casa do pintor, a exposição mostra “quase intato o ambiente original e todo o mobiliário, sublinhando com outras obras a elegância e o interesse que toda a família revelava pela moda.
Até 27 de maio, nos museus Thyssen-Bornemisza e Sorolla, em Madrid 72 act ualidad€
fevereiro de 2018
espacio de ocio A fotografia de Castro Prieto, no Porto
espaço de lazer
Dança
Premiado, entre outros, com os prémios César Vallejo (Perú, 2001), Bartolomé Ros (PHE, 2002) de Fotografia da Comunidade de Madrid (2003) e Nacional de Fotografia (Governo de Espanha, 2015), Juan Manuel Castro Prieto é um dos fotógrafos espanhóis de maior prestígio internacional. Poderemos conhecer melhor a sua obra através da exposição “Extraños”, que mostra trabalhos de Castro Prieto feitos entre 1983 e 2003. “Um período fundamental no processo de maturação de uma obra multifacetada, que explora a memória a partir das impressões latentes que habitam os seus espaços pessoais e familiares; o sexo e a morte coexistem em algumas das suas imagens como uma dualidade que evidencia um certo fatalismo na sua relação com a vida e, em simultâneo, uma reivindicação lúdica da existência”, lê-se na sinopse da mostra. Economista de formação, incia-se na fotografia em 1977, de forma autodidacta. Já expôs em vários locais, em Espanha, França, Peru e EUA.
Noites de flamenco às quintas no Casino Estoril
Até 11 de fevereiro, no Centro Português de Fotografía, no Porto.
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
O mês de fevereiro arranca com um espetáculo de flamenco no Lounge D do Casino Estoril, inaugurando assim um ciclo de quatro noites de “Festival Flamenco” no espaço. A bailarina Tamara López, criadora da companhia sevilhana “Flamencodanza estúdio”, atua na gala de abertura, no dia 1. Anabel Veloso é a bailarina que se segue a 8 de Fevereiro. A noite de 15 de fevereiro acolhe em palco a bailarina Eva Manzano e a gala de encerramento, a 22 de Fevereiro, é da responsabilidade de Marisol Ramos “La Zambra”. A entrada é livre e os espetáculos começam às 22 horas.
Dias 1, 8, 15 e 22 no Casino Estoril
Conferência
Arquitetura, arte e som em discussão no MAAT O MAAT dedica o dia 12 de fevereiro à “ligação entre arquitetura, arte e som, com alguns dos arquitetos dos espaços musicais e culturais mais icónicos, artistas e performers e, ainda, grandes designers de ambientes sonoros”. O evento internacional é organizado pelo MAAT e pela reSITE em parceria com a Meyer Sound de Berkeley, Califórnia. “Serão abordados os temas das soundscapes arquitetónicas, da inovação tecnológica nos ambientes sonoros, e da criação de experiências acústicas pioneiras”, avança o MAAT.
Ângelo de Sousa, Gerardo Burmester e Marcos Covelo em Cerveira Integrada no programa de comemoração dos 40 anos da Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mostra “Pintura em três atos: Ângelo de Sousa, Gerardo Burmester e Marcos Covelo” apresenta 15 obras de grande formato destes artistas, no Fórum Cultural de Cerveira. A exposição procura refletir sobre a arte contemporânea, reunindo “num único espaço-tempo, obras de três artistas de gerações distintas que, em momentos também distintos, fizeram parte da bienal de arte mais antiga do país e se encontram representados na Coleção da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC)”, os portugueses Ângelo de Sousa (Moçambique, 1938-2011) e Gerardo Burmester (Portugal, 1953) e o espanhol Marcos Covelo (Espanha, 1985). A comissária da exposição, Elisa Noronha, sustenta que “en-
quanto um fragmento da plural e/ou extensa produção destes artistas, esta mostra centra-se nas suas experiências pictóricas, e apresenta a realização da Pintura através de três possíveis processos: em Ângelo de Sousa, através de uma consciência sobre a própria Pintura, do pintar a realidade da Pintura; em Gerardo Burmester, através da sua objetualização; e em Marcos Covelo, através da sua expansão”. O presidente da FBAC, Fernando Nogueira, considera que estas mostras temporárias “são ferramentas extremamente importantes para o estudo da Coleção do Museu Bienal de Cerveira, na medida em que exigem uma reaproximação conceptual, histórica e física das obras que as constituem”.
Até 17 de março, no Fórum Cultural de Cerveira, em Vila Nova de Cerveira fevereiro de 2018
ac t ua l i da d € 73
últimas
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Statements Para pensar
“Portugal é um ótimo exemplo de um país que assumiu o compromisso de transformar a economia e está agora a colher os benefícios na forma de crescimento renovado, desemprego decrescente, acesso ao mercado sustentável e capacidade de reembolsar o empréstimo do FMI antes da data” Christine Lagarde, presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), através de um comunicado, “Jornal Económico”, 24/1/18
“Encorajo-os a continuarem neste caminho positivo para Portugal” Idem, ibidem
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“A boa notícia é, precisamente, que a Zona Euro já não é um problema (...) Assistimos a 18 trimestres consecutivos de crescimento, mais de sete milhões de empregos criados... A economia está robusta, o ciclo político [no espaço da moeda única] está também muito forte” Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, “Jornal Económico”, 24/1/2018
“Se olharmos para o ciclo [económico], a política [monetária] durante o ciclo, a Europa começou um pouco mais tarde que outras economias. Por isso, considero que o que procuramos agora é uma inversão da política de uma forma muito sustentável. Tem de ser sustentável e tem de continuar a sustentar a recuperação” Idem, ibidem
“Creo que estamos entrando en una fase de normalización de las relaciones del Tesoro español con los inversores internacionales (...) Todas las agencias de rating van a valorar la deuda española y de algún modo esto no es un tema de ahorro de costes, es que la deuda española es tan relevante que lógicamente no necesita pagar a ninguna agencia de rating” Luis de Guindos, ministro da Economía, Indústria e Competitividade do Governo espanhol, “Expansión.com”, 23/1/18