Actualidad
Economia ibérica maio 2019 ( mensal ) | N.º 263 | 2,5 € (cont.)
Da fruta aos insetos
A inovação no agroalimentar pág. 38
Turismo e imobiliário são os novos investimentos de Tim Vieira pág. 14
“El eje de éxito de la internacionalización es la innovación” pág. 24
Padel VI Torneio Ibérico de
CCILE 08 de Junho 2019 Rackets Pro EUL
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Índice
Foto de capa
índice
Sandra Marina Guerreiro
Nº 263 - maio de 2019
Actualidad
54.
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Eduardo Serra Jorge, Francisco Dezcallar e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.
Grande Tema
Da fruta aos insetos– – exemplos de inovação no setor agroalimentar 38.
Editorial 04.
06.
Cuidar a nuestros colaboradores - Francisco Dezcallar
46.
Nuevas Normas en el Régimen de Arrendamiento - Eduardo Serra Jorge
Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________
Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Maria Celeste Hagatong
Inovação – o que vamos comer em 2020?
Opinião
Periodicidade: Mensal
Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa
Confrarias de Portugal: “heróis” da terra, nobres produtos e pratos
Atualidade 20.
Schindler Iberia aproveita onda do turismo
22.
Jovens dão pistas para melhorar o mercado de trabalho
E mais... 08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 28.Marketing 34.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 50. Setor Imobiliário 54.Vinhos & Gourmet 58.Ciência e Tecnologia 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola MAIO DE 2019
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Inovação – o
em 2020?
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s transformações no mercado alimentar são cada vez mais rápidas e novos alimentos surgem todos os dias nas prateleiras dos supermercados. Por vezes, são apenas novas formas de processamento dos alimentos que já conhecemos – e que, desta forma, garantimos, por exemplo, uma maior conveniência na sua utilização (como é o caso da comida pré-pronta) ou apenas mais variedade de consumo. Por outro lado, há situações em que é o consumidor a solicitar que a alimentação seja o mais “natural” possível e se aproxime das formas tradicionais de produção, obrigando a indústria a inovar nos seus processos (por exemplo, lançando variedades menos processadas ou veganas, etc.). Seja como for, a evolução nesta área é acelerada e novos produtos, com maior ou menor fator de inovação, vão surgindo no mercado e mudando muitas vezes os nossos hábitos de consumo. Para fazer face à falta de recursos que um dia ocorrerá, algumas empresas estão já a antecipar o futuro e a introduzir alimentos alternativos como fonte proteica. Será o caso dos insetos produzidos em estufas, que estão a ser preparados para em breve entrar também na alimentação humana, como se poderá ler no “Grande Tema” desta edição. Esta deverá ser uma realidade dentro de poucos meses também em Portugal, à semelhança do que já sucede em meia dúzia de países europeus, onde já se comercializam alimentos proces4 ACT UALIDAD€
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que vamos comer
sados contendo farinha ou partes de insetos, como mosca, tenébrio ou grilo (na foto, alguns insetos inteiros desidratados ou misturados com chocolate, produzidos pela Portugal Bugs, uma das várias empresas que já se dedica a este negócio de futuro e que se apresentou na última Alimentaria). Uma forma mais sustentável de introduzir proteínas na nossa alimentação, com menores custos ambientais e que pode funcionar ainda para produzir fertilizantes orgânicos. Muitas vantagens, afirmam as empresas, mas resta saber como é que o consumidor irá reagir a esta autêntica revolução alimentar. As diversas empresas ou agroprodutores de insetos e seus derivados que se estão a posicionar para avançar nesta área logo que seja regulamentada esta atividade por parte da União Europeia – o que deverá acontecer no final do ano ou início do próximo. A grande distribuição está atenta e deverá
incorporar também a novidade no seu portefólio de produtos, apurou a ”Actualidad€” junto de fontes do setor. Outras empresas mostram nesta edição como se pode inovar na agroindústria – um dos setores mais representativos da economia nacional, responsável por um volume de negócios da ordem dos 16 mil milhões de euros e exportações superiores a cinco mil milhões –, e ao mesmo tempo apostar na economia circular, trazendo para o mercado novos produtos e reaproveitando os recursos existentes. A pensar na sustentabilidade e meio ambiente, aliados ao turismo e ao fator surpresa, tem estado também o empreendedor e “Shark Tank” Tim Vieira, entrevistado nesta edição. Conheça os seus novos projetos de investimento para o mercado nacional, nas páginas 14/18. E-mail: cfonseca@ccile.org
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Cuidar a nuestros colaboradores
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s de todos conocido que una empresa vale lo que vale por el equipo que la constituye, el resto, capital, instalaciones, etc, son meros medios que sirven para desarrollar y ayudar el esfuerzo realizado por los primeros para la consecución de los fines propuestos. Esta situación con el tiempo tiende a olvidarse, a perderse en las preocupaciones del día a día y por eso es que, de tiempo en tiempo, es importante pararnos un momento para que recordemos el valor esencial de la empresa, su personal. Hoy en día estamos en una fase de estas, en las que las empresas y no solo éstas, si no los poderes públicos también están revisando las condiciones de trabajo que ofrecen, de forma a que sus colaboradores se sientan más cómodos en su ámbito laboral y, de esta forma, tengan una mayor oportunidad de desarrollar su creatividad y su capacidad profesional, sin que ello sea en detrimento a su vida personal. Bajo esta premisa, son principalmente dos las líneas en las que se trabaja actualmente al respecto, la búsqueda de una mayor compatibilidad entre la vida laboral y la vida profesional y en establecer unas condiciones que faciliten la incorporación plena y satisfactoria de las mujeres en el mundo laboral. Respecto al primer punto, el esfuerzo se está desarrollando a su vez por dos caminos diferentes pero complementarios. El primero se refiere a la implantación en la
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empresa de la máxima f lexibilización posible en cuanto a los horarios de trabajo, ampliando los márgenes de entrada y salida en la empresa de forma que cada uno pueda adaptarlo con sus necesidades particulares (colegios, consultas, etc.) por un lado, pero también creando un banco de horas que compensen situaciones más apremiantes, tanto en pro del interés profesional como del personal, asegurando de esta forma la consecución de los objetivos pretendidos por la empresa y procurando la mínima perturbación de la vida personal y, en el peor de los casos, resarciendo al empleado con un tiempo similar al que se ha visto obligado a dispensar en su disfrute personal. El segundo punto se refiere al aprovechamiento de las posibilidades que nos ofrece la tecnología actual de forma a facilitar el trabajo a distancia, garantizando por este camino la realización del trabajo a ejecutar sin necesidad de tenerse que desplazar físicamente al puesto de trabajo, cualquiera que sea la razón que lo impida. Hoy en día, gracias a la “nube” y al desarrollo de la informática se tiene acceso rápido y seguro a cualquier aplicativo, permitiendo aplicar este tipo de soluciones en la mayoría de las empresas. En cualquier caso, esto no debe llegar nunca a ser una justificación para la creación de una separación física preponderante del empleado con el resto de sus colegas, pues la convivencia y conocimiento de
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sus compañeros, así como el espíritu de la empresa, es fundamental para la propia supervivencia de la misma. No hay que olvidar que una empresa es un proyecto común y que necesita autoalimentarse con la convivencia de las distintas partes que la constituyen La segunda condición que mencionaba al inicio de este artículo es la que dice respecto a la mayor incorporación de la mujer en el ámbito laboral. A tal fin, también se está trabajando por dos caminos para que esto sea una realidad a corto plazo a nivel de la legislación. Uno, exigiendo una equiparación retributiva entre mujeres y hombres que realicen un trabajo similar, yendo a reparar una injusticia histórica, desgraciadamente todavía vigente en nuestros días (21% de media en Portugal en la actualidad) y, por otro lado, creando un marco jurídico que no penalice a la mujer por su condición femenina, equiparando los permisos de maternidad y paternidad de forma a eliminar uno de los argumentos que se enarbolan para justificar estas diferencias salariales y de progresión profesional. Ésta es, a mi juicio la forma de combatir el problema y no creando cupos en razón al sexo que desvalorizan a la mujer y que crean limitaciones en las empresas en aquello que más se valora, que no es más que el esfuerzo y la ilusión personal de cada empleado en su trabajo. * Director General del grupo Seines E-mail: f.dezcallar@seines.pt
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
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EDP Renováveis encaixa 800 milhões de euros com venda de parques eólicos
A EDP Renováveis acordou a venda a vários investidores institucionais, que não foram revelados, das suas participações num conjunto de parques eólicos que somam uma potência instalada de 997 megawatts (MW). A operação garantirá à EDP um encaixe de 800 milhões de euros. Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis revela que na maioria destes parques eólicos detém atualmente uma participação de 51%, depois de já ter vendido posições minoritárias a outros
investidores (em 2013, 2014 e 2016). Embora tenha acordado vender agora as participações que ainda detinha, a EDP permanecerá como prestador de serviços de operação e manutenção desses parques eólicos. Em causa, estão 388 MW em operação em França, 348 MW em Espanha, 191 MW em Portugal e 71 MW na Bélgica. Esta operação, na qual a EDP Renováveis foi assessorada pelo banco JP Morgan, faz parte da estratégia de rotação de ativos apresentada em março ao mercado, que previa até 2022 a venda de quatro mil milhões de euros em ativos eólicos, além da alienação de outros ativos, designadamente centrais termoelétricas e barragens na Península Ibérica.
Governo aprova benefícios fiscais para seis projetos
O Governo aprovou as minutas de contratos fiscais a seis processos de investimento, que totalizam 89,2 milhões de euros. Os seis projetos empresariais envolvem ainda a criação de 287 postos de trabalho, entre 2020 e 2022, de acordo com um comunicado emitido pelo Executivo. O maior projeto de investimento em causa é o da Sonae Arauco, que vai investir 42,4 milhões de euros. Este projeto vai beneficiar de um “crédito de imposto, em sede de IRC, até 18%”. Está prevista a criação de 10 postos de trabalho “até 2022”. Por seu lado, a Eurostyle Systems Portugal, uma empresa de produção de peças em plástico e borracha, vai investir 18,3 milhões de euros, num projeto que prevê a criação de 128 postos de trabalho até 2020. A Panpor vai realizar um investimento de 9,5 milhões de euros e prevê criar 11 postos de trabalho até 2020. A Fibope vai investir 8,3 milhões de euros e criar 15 postos de trabalho até 2021. A Hutchinson vai realizar um investimento de 6,2 milhões de euros e criar 117 empregos até 2020. O sexto projeto aprovado foi o da Wieland, que vai realizar um investimento de 4,5 milhões de euros e criar seis postos de trabalho.
MIllennium bcp disponibiliza linha de 20 milhões de euros para ligar mercados português e moçambicano O Millennium bcp, em conjunto com o Millennium BIM, acaba de disponibilizar a Linha Millennium Portugal – Moçambique, uma linha de financiamento de 20 milhões de euros para dinamizar as trocas comerciais entre Portugal e Moçambique. Esta linha tem como objetivo fomentar o negócio internacional entre os dois países, proporcionando aos clientes do Millennium bcp e do Millennium bim um canal privilegiado para a concretização dos seus negócios. De acordo com dados recentes do INE e da Aicep, as trocas comerciais de bens e serviços entre Portugal e Moçambique cresceram 1,5% em 2018,
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face a 2017. As exportações de Portugal para Moçambique registaram um crescimento de 5,4% em 2018 face a 2017 (de 334,7 para 352,7 milhões de euros). No âmbito do Ecossistema Millennium Portugal Moçambique, o Millennium bcp dispõe-se a financiar as empresas, desde que as operações possam beneficiar de seguro de créditos ao abrigo do Sistema de Seguro de Créditos com Garantia do Estado Português (SCGE), gerido pela Cosec, e a contribuir para o desenvolvimento do negócio internacional ente os dois países, através da criação de uma linha de financiamento que cria condições favoráveis para permitir o acesso ao financiamento de empresas portuguesas, em ope-
rações de exportação para Moçambique. De destacar as principais características da Linha Millennium Portugal – Moçambique: dotação de 20 milhões de euros, utilização com recurso a remessas documentárias de exportação com pagamento a prazo até 365 dias, montante máximo por remessa de exportação de um milhão de euros, necessária cobertura da operação com Seguro de Créditos com a Garantia do Estado Português (SCGE), com a cessão dos direitos de indemnização a favor do Millennium bcp e, por outro lado, saliente-se que os bens exportados devem ter uma incorporação nacional relevante, adiantam os bancos financiadores.
Breves Banco Sabadell inaugura sucursal em Portugal O Banco Sabadell inaugurou oficialmente a sua sucursal em Portugal com o principal objetivo de prestar serviços bancários a empresas e sociedades, complementando a sua presença internacional (ver entrevista na edição nº 255). Com mais de 25 anos de experiência em Portugal, o Banco Sabadell deu início a este novo projeto em setembro de 2018 volver negócios ou a investir em Portugal e já começou, através da sua rede inter- e ajudar as empresas portuguesas a nacional, a prestar serviços a empresas tomarem as melhores decisões econóespanholas com investimentos no país micas, tanto no seu país como em novos e na sociedade portuguesa. Um acom- mercados onde a banca portuguesa não panhamento que a entidade está a con- está presente ao dia de hoje”. José Nieto cretizar para que as empresas tomem as recorda a importância do “conhecimento melhores decisões económicas tanto em que o banco tem sobre este país, onde Portugal como em especial nas geogra- conta com uma presença de mais de fias onde a banca portuguesa não tem 25 anos”. tido presença. Adicionalmente, o responsável destaca A sucursal, situada no centro de Lisboa, o “compromisso do banco com Portugal” prevê superar os mil milhões de euros de e insiste que a entidade desenvolverá volume de negócio em 2022. Em pouco “aquilo em que é número um: a banca de mais de seis meses de atividade, o volume empresas”. de negócio ultrapassou as previsões iniciais. A sucursal do Banco Sabadell em O diretor geral adjunto do Banco Sabadell Portugal, dirigida por Santiago Tiana, e diretor da Direção de Corporate & conta com uma equipa de 12 especialisInvestment Banking, José Nieto (na foto tas com uma vasta experiência no setor em cima), assegura que o principal obje- bancário português, orientada ao segtivo da entidade é “oferecer serviços ban- mento de empresas, à atividade trancários que permitam ao Banco Sabadell sacional, trade finance, financiamento estar comprometido a longo prazo com estruturado, tesouraria, mercado de empresas espanholas que estão a desen- capitais e corporate.
Empresa de engenharia BERD exporta para o Peru 125 pontes modulares Uma empresa portuguesa vai exportar para o Perú 125 pontes modulares. A BERD - empresa portuguesa de engenharia de pontes venceu o concurso internacional, no valor de 17 milhões de euros, lançado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações Peruano e as pontes modulares serão entregues no verão de 2019, potenciando uma poupança de 25% ao Governo peruano em relação aos concursos anteriores. A facilidade e a rapidez da montagem são uma prioridade destas pontes, estando previsto que uma equipa reduzida de homens possa montar uma ponte numa semana. As 125 pontes são compostas por um reduzido número de peças fáceis de montar. Estão envolvidas cerca de seis mil toneladas de aço, que serão expedidas em 300 contentores atravessando o oceano, por barco. “Vencermos este concurso internacional, a par com os principais players mundiais do setor, representa um enorme reconhecimento da qualidade das soluções que apresentamos. A inovação está no nosso ADN, pelo que entramos nesta nova área de negócios, alterando a oferta standard que existia no mercado e que estava restrita a adaptar o problema à solução”, como destacou Pedro Pacheco, CEO da BERD. A empresa de Matosinhos prevê um crescimento interessante do fornecimento de pontes modulares, numa primeira fase nos países em desenvolvimento, em especial, na América do Sul e África. A par, a empresa portuguesa encontra-se a desenvolver diversas parcerias comerciais e industriais, que permitam facilitar a sua entrada e presença em alguns destes mercados. Euronavy Engineering instala unidade de I&D e de produção em Setúbal A Euronavy Engineering assinou com a aicep Global Parques um contrato para instalar uma unidade industrial no BlueBiz – Parque Empresarial da Península de Setúbal, com uma área aproximada de 4.500 metros quadrados, que engloba uma área reservada para I&D e uma unidade de serviços de engenharia e proteção anticorrosiva. A Euronavy Engineering é uma empresa industrial e de serviços cross market, que desenvolve, produz e comercializa tintas e revestimentos de alto desempenho, assim como serviços de engenharia. Operando duas Service Line distintas, mas contudo complementares, a empresa conta com clientes nacionais de todos os setores, como a energia, petróleo e gás, indústria e contracting naval. Internacionalmente, a Euronavy Engineering – High Perfomance Coatings desenvolve, produz e fornece os seus produtos, assim como todos os serviços técnicos.
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Breves A 40 quilómetros de Lisboa, o BlueBiz ocupa uma área de 56 hectares totalmente infraestruturada e integra amplos espaços verdes dotados de arruamentos e parqueamento internos, com uma área comercializável de cerca de 23 hectares, repartidos por 8,5 hectares de área coberta e 14,5 hectares de área descoberta. Allianz reforça oferta para acidentes de trabalho A Allianz acaba de reforçar a sua oferta relacionada com acidentes de trabalho, em linha com a estratégia de transformação digital, apresentando uma solução mais simples e rápida e vocacionada para as PME. No mês em que se celebrou o dia Mundial da Prevenção e Segurança no Trabalho, a 28 de abril, a Allianz reforçou a sua oferta também com o objetivo de avaliar e melhorar as condições de trabalho, apostando num serviço de assessoria a empresas, com acompanhamento personalizado. Para os trabalhadores por conta própria, passa a ser possível realizar simulações e efetuar a compra online deste seguro na plataforma eCliente e no site da companhia. São disponibilizadas duas opções de contratação de seguros de Acidentes de Trabalho. Além do módulo “Base”, o módulo “Mais” incorpora ainda coberturas de acidentes pessoais e de assistência no estrangeiro em caso de atividade profissional. Faturação da Efapel cresce quase 10% em 2018 A Efapel, maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão e líder de mercado, atingiu em 2018 um volume de vendas no valor de 38,6 milhões de euros, o que equivale a um crescimento homólogo de aproximadamente 10%. As vendas na vertente de exportação, que representaram cerca de 30% da faturação global, cresceram, por seu lado, 11% no mesmo período. A Efapel exporta atualmente para mais de 50 países, desde a Europa e África até ao Médio Oriente e América Latina. Em 2018, as inciativas de expansão foram orientadas, com maior acuidade, para diversos países do continente europeu, onde a empresa entende “reunirem maior potencial e condições mais favoráveis”. Recorde-se que a Efapel inaugurou recentemente o seu novo edifício empresarial, em Serpins (Lousã), em cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, António Costa. O investimento global nesta nova unidade teve o apoio dos fundos europeus do Portugal 2020 - Programa Operacional de Competitividade e Internacionalização, no âmbito do projeto Diferenciação para a Internacionalização. O custo total foi de cerca de 13,724 milhões de euros, tendo recebido um apoio financeiro de 3,877 milhões.
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Santander eleito “Melhor Banco em Portugal” O Santander é o “Melhor Banco em todo o mundo. Portugal”, de acordo com a revis- O presidente executivo do Santander ta norte-americana “Global Finance”, em Portugal, Pedro Castro e Almeida, que, no âmbito dos “World’s Best explica que “o ano de 2018 foi muito Banks 2019”, identifica as instituições desafiante, em que contámos com a bancárias que mais se destacaram no integração plena do ex-Banco Popular ano passado, em mais de 150 países. Portugal, mas muito positivo, com os A “Global Finance” explica que os elei- resultados nas várias áreas a demostos foram os que “melhor souberam trarem um crescimento sustentado responder às necessidades dos seus e equilibrado do negócio gerado em clientes em mercados difíceis, esta- Portugal”. Em 2018, o resultado líquibelecendo ainda as bases de sucesso do do banco atingiu 500 milhões de para o futuro”. euros, fruto do crescimento de indiPara chegar a esses dados, foram cadores como a margem financeira tidos em conta critérios objetivos, (+24,3%) e o produto bancário (+10%). como rendibilidade, evolução de ati- Pedro Castro e Almeida destaca ainda vos, dimensão geográfica, desenvol- “a nova estratégia comercial e digital, vimento de novos negócios e inova- com foco na melhoria da experiência ção em produtos. E ainda critérios do cliente, que permitiu aumentar o subjetivos, que incluíram opiniões de número de clientes do banco principal banqueiros, executivos de empresas e digitais, em 10% e 32% respetivafinanceiras e analistas financeiros de mente, face ao ano anterior”.
Alimentaria&Horexpo Lisboa 2019 gerou um potencial de negócio de 25 milhões de euros
concretização nos próximos seis meses”. Para a responsável, estes são números “muito animadores e permitem afirmar que a edição deste ano gerou um potencial de negócio de 25 milhões de euros”. Este certame exclusivamente orientado para o segmento profissional, que A 15.ª edição da “Alimentaria&Horexpo decorreu entre 24 e 26 de março, assenLisboa 2019” teve um “balanço muito tou este ano nos eixos da inovação e dos positivo”, tendo recebido “cerca de novos produtos, uma aposta que Fátima 800 empresas participantes, entre dire- Vila Maior destacou ter sido ganha, com a tas e representadas, das quais 38% exposição de “produtos portugueses de eram internacionais”. Para a diretora grande qualidade, exportação de maior da Área de Feiras da FIL, Fátima Vila valor acrescentado, maior colocação Maior, a qualidade do certame traduz-se dos produtos portugueses, objetivos nas respostas dadas pelos visitantes que conseguimos alcançar”, destacou. no âmbito dos inquéritos realizados na A edição deste ano ficou ainda marcada Alimentaria&Horexpo Lisboa: “35% dos pelo “Live Innovation Hotel” (na foto), visitantes profissionais concretizou negó- replicando um modelo inovador do que cio e 64% admite ter identificado oportu- se designou o “Hotel mais tecnológico nidade de negócio com possibilidade de do mundo”.
Iberdrola lança na Extremadura mais 2.000 megawatts até 2022 A Iberdrola prevê avançar com 2.000 novos megawatts (MW) de potência fotovoltaica e eólica na Extremadura até 2022, o que situará esta comunidade no centro da estratégia renovável da empresa na Europa. Assim anunciou o presidente do grupo, Ignacio Galán, durante o ato de colocação da primeira pedra e instalação do painel inaugural da central fotovoltaica Núñez de Balboa, em Usagre (Badajoz), à qual assistiram também o presidente da Junta da Estremadura, Guillermo Fernández Vara, entre outras autoridades locais. Dos novos projetos nesta comunidade, alguns encontram-se já em avançado estado de desenvolvimento, como as centrais fotovoltaicas de Cáceres – Ceclavín, Arenales e Campo Arañuelo
I e II. A nova capacidade suporá ainda duplicar a potência correspondente à Iberdrola na central nuclear de Almaraz1. Esta aposta da empresa enquadra-se no seu plano para relançar as energias “limpas” em Espanha, onde a empresa investirá oito mil milhões de euros, entre 2018 e 2022, e instalará 10 mil novos megawatts até 2030, tal como anunciado recentemente. Os projetos a desenvolver na Estremadura e no resto de Espanha enquadram-se nos investimentos globais que a Iberdrola levará a cabo entre 2018 e 2022 e que ascenderão a 34 mil milhões de euros. Núñez de Balboa conta com 500 MW de potência e constitui a maior central fotovoltaica em construção em Espanha e na Europa.
Receitas turísticas atingem recorde de 16.600 milhões de euros
No ano passado, o valor das receitas turísticas aumentou 9,6%, para um novo recorde de 16.600 milhões de euros. O saldo da balança turística atingiu os 11.900 milhões de euros. Os números foram divulgados pelo Governo e mostram que “a diversificação de produtos e de mercados tem resultados evidentes, conseguindo um crescimento da receita turística de 45% desde 2015”, apontou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. Para a secretária de Estado, estes dados “evidenciam uma alteração estrutural no turismo, com grande
crescimento em valor, alargamento do turismo ao longo do ano, ao longo do território e diversificação de mercados”. Segundo destaca, desde 2015 as receitas turísticas cresceram 45%, passando de 11,5 mil milhões de euros para 16,6 mil milhões de euros, e o saldo da balança turística cresceu 52%. “Em 2015, os turistas estrangeiros gastaram 31 milhões de euros por dia e em 2018 gastaram 46 milhões de euros por dia”, salienta, apontando que “os principais crescimentos de receita ocorreram nos mercados Austrália (mais 22,6%), Finlândia (mais 22,3%), Canadá (mais 20,3%), EUA (mais 19,1%), China (mais 18,3%), Rússia (mais 15,8%), Suécia (mais 14,4%) e Brasil (mais 10,8%)”. Desde 2015 alguns destes mercados “praticamente duplicaram” o seu peso, com a China a passar de 62 milhões de euros de receitas em 2015 para 153 milhões em 2018 (+147,5%), destacando-se ainda o Canadá e os EUA.
Gestores
em Foco
Ricardo Campos foi designado presidente executivo do Activo Bank, depois da saída de Dulce Mota no final do ano passado. O gestor, que já era administrador do Activo Bank, tem 54 anos e está há mais de 20 anos ligado ao grupo BCP. De 2016 a 2018, Ricardo Campos esteve à frente da Millennium Goodie, uma plataforma digital para compras, que junta promoções e vendas, e que pertence ao polaco Bank Millennium. Além da Polónia, o gestor teve também experiência internacional na sucursal macaense do BCP e mais tarde com o Banco Comercial de Macau. Dulce Mota saiu da liderança do Activo Bank para assumir funções como vice-presidente do Banco Montepio. A Iveco anunciou a entrada de Sandra Resende (na foto) para o cargo de diretora da marca Iveco em Portugal, reportando diretamente a Ruggero Mughini, diretor-geral da Iveco para Espanha e Portugal, e que desempenhou esta função interinamente até à data. Sandra Resende conta com uma larga experiência dentro do grupo, após uma década como diretora financeira da CNH Industrial em Portugal. Sandra Resende é licenciada em Organização e Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa em Overgest (ISCTE). O novo conselho de administração da APA - Administração do Porto de Aveiro tomou posse recentemente, liderado por Fátima Lopes Alves, no cargo de presidente. A equipa integra ainda, como administradores, Isabel Moura Ramos, Nuno Marques Pereira e Helder Vale Nogueira. Fátima Lopes Alves é licenciada em Planeamento Regional e Urbano, pela Universidade de Aveiro, e com um doutoramento em Ciências Aplicadas ao Ambiente. Desde 1993, que exerce funções no Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro, sendo desde 2017 professora auxiliar com agregação. Desenvolveu ainda diversa atividade ao nível de estudos de planeamento estratégico e ambiental e da gestão das zonas costeiras e marinhas e, a nível internacional, de coordenação de projetos europeus de ordenamento e gestão do espaço marítimo, como o TPEA (2012/14) e o SIMNORAT (2017/19). Atualmente é coordenadora nacional (National Hub - Portugal) para o Mecanismo de Assistência ao Plano de Ação da Estratégia do Atlântico, para a Comissão Europeia - DG MARE (2018/20).
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Breves Prisa adquiere el 25% de Santillana por 312,5 millones de euros Prisa y Victoria Capital Partners han firmado la compraventa del 25% de Santillana. El montante de la transacción, que otorga a Prisa (editora de “Cinco Días” y “El País”) el 100% de Santillana, asciende a 312,5 millones de euros, abonados en efectivo al vendedor. Además, Santillana pagará a
Victoria Capital Partners el dividendo preferente correspondiente a sus participaciones por el ejercicio 2018 y por la parte que corresponda del ejercicio 2019 hasta el 12 de abril. La adquisición permite el control de la totalidad de la editorial, activo que permitirá elevar la generación de caja y, por tanto, el valor para el accionista. Santillana también ofrece oportunidades en el campo de la transformación digital y el posicionamiento en Iberoamérica, en un momento de perspectivas positivas para el sector de la educación. Además, la operación permitirá eliminar el dividendo preferente anual de 25,8 millones de dólares (23 millones de euros), y por tanto flexibilizar la estructura financiera de la compañía. Mutua Madrileña se alía con Cabify y entra en su filial de motos y patinetes
Carlyle comprará hasta un 40% de Cepsa por 4.275 millones de euros La firma de inversión The Carlyle Group ha alcanzado un acuerdo con Mubadala Investment Company, el fondo soberano de Abu Dabi, para adquirir una participación de entre el 30% y el 40% de Cepsa, operación que podría ascender así a unos 4.275 millones de euros, informó la sociedad.En concreto, la operación que se espera que se complete a finales de este año, se basa en una valoración del 100% de la petrolera de unos 10.687 millones de euros. Una vez finalizada la operación se confirmarán las participaciones finales de ambas partes. El capital para esta inversión provendrá de Carlyle International Energy Partners I y II, Carlyle Partners VII, Carlyle Europe Partners V y de un grupo de co-inverso-
res, indicó la firma. Mubadala continuará así siendo el accionista mayoritario de la compañía y el acuerdo supone la culminación con exito del proceso de ‘dual-track’, a través de una oferta pública de venta y una colocación privada, llevado a cabo por Mubadala para atraer nuevos socios, como parte de la estrategia de gestión de su cartera.
Talgo fabricará seis trenes para la empresa egipcia de ferrocarriles ENR
Talgo fabricará seis trenes para la empresa estatal de ferrocarriles de Egipto ENR (Egyptian National Railways) por un importe aproximado de 158 millones de euros según el contrato de adjudicación, que incluye el mantenimiento de los con-
voyes. En un hecho relevante comunicado a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), Talgo informa de que ENR notificó el pasado día 6 de abril la adjudicación de un proyecto para la fabricación de seis trenes Talgo con capacidad para cerca de 500 pasajeros por un importe de 126 millones de euros. Además, el proyecto incluye el mantenimiento de los trenes durante un periodo de ocho años por un importe de 32 millones de euros. Los trenes se entregarán durante los años 2021 y 2022.
Sacyr vende 49% de siete concesiones chilenas a Toesca La aseguradora Mutua Madrileña ha entrado en el accionariado de Movo, la filial de motos y patinetes de alquiler controlada por Cabify. La compañía ha invertido en la ronda de ampliación de capital de la firma, con la que ha recaudado 20 millones de euros en total. También ha entrado en el accio-
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Sacyr, a través de su filial Sacyr Concesiones, ha alcanzado un acuerdo para la venta del 49% de su participación en siete activos concesionales situados en Chile a Toesca Infraestructura SC Fondo de Inversión por un importe cercano a los 440 millones de euros. Según ha informado la CNMV, el importe de la operación incluye deuda asociada a la participación
vendida. Los fondos obtenidos por Sacyr con esta transacción se destinarán a la reducción parcial de la deuda corporativa. La ejecución de esta operación está sujeta al cumplimiento de las condiciones suspensivas habituales en este tipo de transacciones, incluyendo la obtención de la autorización por parte de las autoridades de competencia.
Breves Mercadona dobla su apuesta en Portugal con 150 millones de euros
La cercanía de la apertura de los primeros supermercados de Mercadona en Portugal se refleja en el progresivo aumento en la apuesta de la cadena por su filial en el país vecino, Irmadona. Según se refleja en la memoria anual de Mercadona, la compañía valenciana destinó el año pasado a esa sociedad 150 millones de euros,
frente a los 75 millones que invirtió el año anterior. Esa sociedad se constituyó formalmente en 2016, con una aportación de 10 millones de euros, por lo que, en estos tres primeros ejercicios, suma ya una inversión total de 235 millones de euros. En julio está previsto que se inaugure el primero de los 10 supermercados que Mercadona espera abrir en Portugal en 2019. El valor contable de la compañía lusa asciende a 194 millones de euros, según refleja también la memoria de la sociedad patrimonial de Juan Roig, Inmo Alameda.
nariado de Movo la firma de capital riesgo Seaya Ventures. Ambas compañías entrarán en el consejo de administración de la startup de micromovilidad, que ya opera en España, México, Chile, Colombia y Perú. Para Mutua Madrileña, la inversión en Movo supone reforzar su apuesta estratégica por la movilidad urbana compartida, un segmento en plena expansión mundial. Además, la operación permite a Mutua participar del talento y expertise de Movo en el ámbito de un negocio que está creciendo con fuerza. El banco digital Revolut suma más de 700 clientes al día en España Después de un año y medio operando en nuestro país, el banco digital Revolut ha superado la barrera de los 200 mil clientes, según ha anunciado la compañía en un comunicado. La entidad, con sede en Londres, aterrizó en el mercado español en octubre de 2017 y desde entonces ha dado de alta a más de 700 nuevos usuarios al día. España es el quinto país de Europa por volumen de usuarios para la startup .
Mediapro crece un 20% y logra un EBITDA de 222 millones El grupo audiovisual elevó un 20% sus ingresos el pasado ejercicio, hasta 1.967 millones de euros, su récord de facturación, tras crecer al doble de ritmo que en 2017, con incremento de ingresos en todas sus áreas de negocio. Durante el pasado año, Mediapro abrió 18 nuevas sedes en Serbia, Croacia, China, Canadá, Perú y Egipto, hasta sumar 58 delegaciones en todo el mundo. La incorporación de Orient Hontai al accionariado del grupo, con la compra de un 53% del capital, ha impulsado, además, el crecimiento en el sudeste asiático, con la apertura de delegaciones en Shanghái, Pekín y Hong Kong. La compañía, que invirtió 69 millones el pasado
año, ha completado su crecimiento con compras. Así, en Europa del Este cerró la integración de VPK, la mayor productora independiente de televisión en Eslovenia, mientras que, en América, la actividad en México ha crecido con la incorporación de Comtec, una de las mayores productoras de servicios audiovisuales del país. El negocio internacional supone ya el 78% de la facturación del grupo, frente al 70% en 2017.
“Grandes entidades bancarias tradicionales en España, como Santander, La Caixa o BBVA, gastan cientos de euros en márketing para aumentar sus cifras de clientes. Revolut ha logrado en un tiempo récord arañar una cuota de mercado relevante a la banca tradicional y de manera puramente orgánica”, señalan desde la firma. El banco dirigido por Nikolay Storonsky, que suma más de cuatro millones de clientes en Europa, destaca también el incremento en el número de usuarios que utilizan Revolut como cuenta bancaria principal. En el último año, sus cifras de usuarios activos – aquellos que registran transacciones al menos una vez al día – han registrado un alza del 300%, hasta los 55 mil.
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Tim Vieira: “Vou investir em memórias”
Estreou-se como empresário na África do Sul, mantém negócios em Angola e atualmente está a investir em Portugal, depois de ter sido um dos “tubarões” da primeira edição da versão portuguesa do game show “Shark Thank”. A hotelaria e o imobiliário são as duas atuais grandes apostas de Timothy Alexander Vieira, ou Tim Vieira, como é conhecido. Recebeu-nos na sua Tim’s Garage, em Cascais, sede da sua holding, a Brave Generation, para falar dos três hotéis que vai abrir nos próximos anos e de outros projetos...
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
aluguer de vídeos (filmes) foi o primeiro negócio de Timothy Alexander Vieira, ainda na África do Sul, país onde o lusodescendente nasceu. O currículo deste empresário, que já investiu em dezenas de empresas, interceta outras áreas, como a de produção artesanal de cervejas, também na África do Sul, negócio que acabaria por sucumbir à concorrência. Em 2002, Tim Vieira optou por se fixar em Angola, numa altura em que o país começava a crescer. Atualmente é dono, juntamente com o seu sócio Nuno Traguedo, de um dos mais relevantes grupos de media angolanos, a Special Edition Holding, que emprega mais de 500 colaboradores e detém algumas das principais agências de publicidade, eventos, ativações de marca e planeamento de meios do país. Também na área dos média, possui outras empresas em Moçambique e no Gana. Em Portugal, tornou-se conhecido por ter sido o “tubarão” que mais dinhei14 ACT UALIDAD€
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ro investiu em startups (perto de um milhão de euros) na primeira temporada da adaptação portuguesa do programa Shark Thank, em 2015. Atualmente é CEO da Bravegeneration, a holding criada em 2005 para gerir os seus negócios em Portugal e na Europa, nomeadamente investimentos nas áreas da agricultura, serviços, tecnologias de informação, recursos humanos, produção de cinema, e mais recentemente em imobiliário e turismo. Do seu leque de empresas fazem parte a Cognitive (empresa de tecnologia comprada à Telefónica), a Luzboa (empresa que comercializa energia), a Hexis Technology Hub (tecnologia), entre outras. Licenciado em gestão e administração de empresas, pela Chicago BOOTH School, em Londres, este empresário não duvida que o capital humano é o ativo mais valioso e procura gerir os seus negócios mantendo alta a motivação das suas equipas. Colecionador de automóveis, Tim Vieira abriu em Cascais a Tim’s Garage, espaço que
serve para armazenar os diferentes modelos da coleção, mas também para trabalhar e receber os amigos ou construir memórias futuras… O turismo atravessa uma boa fase em Portugal. Que projetos tem em curso nesta área?
Há uns quatro anos, começámos a pensar em investir em turismo em Portugal e percebemos que havia boas oportunidades fora de Lisboa e no Porto. Em Lisboa e no Porto, os preços dos imóveis estão altíssimos, o que torna difícil a perspetiva de um bom negócio, já que obriga a grandes investimentos, com um retorno mais tardio. Também acho que já há uma boa oferta hoteleira nestas duas cidades. Interessa-nos projetos onde possamos fazer a diferença porque queremos acrescentar valor aos locais onde vamos investir. Todos os projetos em que estamos a trabalhar serão alternativas ao turismo urbano e estão localizados no Alqueva, na Ericeira e na ilha açoriana de São Miguel. Todas
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Tim Vieira CEO da Brave Generation
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grande entrevista gran entrevista da Ericeira, e estamos a remodelá-lo e a requalificá-lo. O conceito mistura a vida familiar com o universo de surf e com a gastronomia, que também é muito interessante nesta região. Será um sítio para relaxar, estar com a família e desfrutar das coisas boas da Ericeira. O projeto está orçado em 15 milhões de euros. Tem ainda outro projeto para os Açores (São Miguel)?
estas zonas apresentam enormes potencialidades turísticas. Em que consiste o projeto do Alqueva?
Comprámos uma propriedade na zona de Monsaraz, de 49 hectares, e estamos a construir um hotel com 58 quartos, que será integrado numa espécie de “National Geographic Unique Lodge”, de inspiração africana, com animais. Queremos criar rinocerontes (ameaçados de extinção). Vamos fazer parte do programa que quer ajudar a conservar os rinocerontes e, em colaboração com outros parques, iremos trazer rinocerontes para a Europa. A ideia é atrair hóspedes interessados na conservação da natureza e envolvê-los nessa atividade, já que poderão participar em tarefas quotidianas da propriedade durante a sua estadia. Queremos criar fãs da conservação. À conservação da natureza, o Alqueva alia a excelência gastronómica e de vinhos do Alentejo, e também a possibilidade de praticar desportos aquáticos. Quanto custará este projeto e quando estará operacional?
O investimento total ronda os 16 milhões de euros e deverá estar con16 ACT UALIDAD€
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Projeto de 49 hectares, em Monsaraz: “estamos a construir um hotel com 58 quartos, que será integrado numa espécie de ‘National Geographic Unique Lodge’, com animais. Queremos criar rinocerontes e atrair fãs da conservação da natureza” cluído em 2021. Será gerido pela Original Hotels em parceria com a Amazing Hotels (que gere já vários hotéis em Portugal). Antes disso, abrirá o hotel da Ericeira. O que poderemos esperar desse projeto?
Sim, o espaço da Ericeira deverá abrir em 2020. Comprámos um edifício na Praia da Calada, que fica perto da vila
Esse é o projeto que está menos adiantado. Custará 30 milhões de euros e estará pronto em 2023. Eu acredito muito nos Açores, é uma região com um potencial incrível, também em termos de turismo de natureza, de turismo gastronómico e ligado ao mar. Todos estes projetos têm uma componente de sustentabilidade. A preocupação com a sustentabilidade também cruza todos estes projetos de que falou?
No Alqueva, por exemplo, iremos produzir a energia necessária ao funcionamento do projeto. Será um dos primeiros hotéis off-the-grid. Será completamente sustentável. O dos Açores terá a componente de energia geotérmica. Os seus projetos apostam na autenticidade local…
Queremos oferecer experiências marcantes e diferentes das que o turismo urbano propicia. O nosso turismo está em alta, mas para o manter temos que dar aos turistas experiências autênticas e diferenciadoras. A genuinidade vale muito e Portugal deve trabalhar no sentido de promover o que temos de singular, que é muito. Conseguimos fazer aqui coisas que é difícil fazer noutros países. Não precisamos de copiar ninguém porque seremos capazes de encontrar o nosso nicho e os nossos produtos. Outra coisa espetacular é o facto de haver muitos portugueses a trabalhar na indústria hoteleira, o que dá
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a oportunidade aos estrangeiros de contactar diretamente com locais. Isso não acontece em vários outros destinos turísticos. Outra área em que começou a investir recentemente é área do imobiliário?
Sim temos uma parceria com a construtora Alves Ribeiro e estamos a construir e a comercializar apartamentos em Cascais, um projeto que ronda os 22 milhões de euros. Temos também um projeto de residências para estudantes em Oeiras, perto da Universidade Nova e estamos com outros projetos em vista, que ainda não arrancaram, todos na zona da Grande Lisboa. Ao contrário de muitas empresas, os seus negócios em Angola mantêm-se. Que perspetivas traça para a economia angolana?
Continuo a achar que relativamente a Angola, o maior risco é não estar lá porque é um país com futuro. Estamos a falar de um país onde metade da população tem menos de 15 anos, ou seja, estes jovens vão consumir muito. Acredito que há muitas oportunidades de negócio em Angola. Por isso, continuo lá. Não chegámos a perder dinheiro em Angola, mas tivemos algumas dificuldades. Os últimos anos não têm sido fáceis, sobretudo devido às dificuldades de câmbio, mas quem se preparou, quem investiu a sério em Angola não fechou as portas. A saída de várias empresas também gerou outras oportunidades para as que lá ficaram, que estão agora a sair da crise com boas quotas de mercado. As mentalidades estão a mudar e as pessoas começam a acreditar na melhoria da economia. Se vai ser fácil? Não, nunca é fácil, mas considero que para Portugal é muito importante o relacionamento com Angola e com os outros países onde se fala português e até outros mercados, como a África do Sul. Temos a vantagem da língua, que outros não têm. Até a forma de nego-
“Penso que os vistos gold poderiam premiar projetos com a componente de sustentabilidade, ou financiar fundos orientados para investimentos sustentáveis ou para a ajudar na internacionalização das empresas portuguesas, por exemplo”
ciar, a flexibilidade e a capacidade de adaptação dos portugueses, são atributos que contam muito. Os portugueses têm uma boa sensibilidade a esses mercados. Não vejo isso noutros povos. Participou num programa de apoio ao empreendedorismo, o Shark Thank, e tem liderado várias ações de promoção de novos negócios. Que leitura faz do atual panorama de empreendedorismo em Portugal?
A crise fez as pessoas perceber que tinham que procurar outras opções. Houve um bom drive, através de eventos como a Web Summit, o trabalho das incubadoras, programas como o Shark Thank, etc, também contribuíram para mudar o ecossistema de empreendedorismo. Mesmo não sendo ainda um ecossistema maduro, já é forte e há várias maneiras de MAIO DE 2019
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grande entrevista gran entrevista Temos que ter mais urgência em nos prepararmos para a mudança porque ela acontece mais rapidamente do que nunca. O networking tem que crescer. Temos 500 milhões de pessoas na Europa, ao nosso lado. Para crescer também é importante não ter medo de falhar?
ajudar os empreendedores.. Nasceram muitas empresas realmente inovadoras. Igualmente importante é também a internacionalização. As exportações cresceram e isso é mérito dos empresários. O emprego também aumentou. As empresas foram muito importantes para a recuperação da economia portuguesa. Mas há ainda muito a melhorar. Portugal tem que pensar maior do que Portugal, levar os produtos lá para fora, disponibilizá-los em redes digitais, alargar os horizontes para fora do país, porque o mercado de cada empresa pode ser enorme. Em que áreas considera que temos que melhorar e em que áreas Portugal poderá vir a dar cartas?
Podemos e devemos melhorar a agricultura porque temos condições naturais para isso. Temos uma vantagem enorme nessa área que não está a ser usada. Um país que consegue produzir uma boa parte do que come, nunca vai ser forte. Há jovens que querem entrar nesta área e deveriam ser apoiados nesse sentido. Penso que os vistos gold poderiam premiar projetos com a componente de sustentabilidade, ou financiar fundos orientados para investimentos sustentáveis ou para a ajudar na internacionalização das empresas portuguesas, por exemplo. 18 ACT UALIDAD€
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Acho que muitos estrangeiros estariam abertos a isso. Podemos fazer muita coisa também do lado da indústria, até porque muitos dos nossos concorrentes estão com problemas: desde equipamentos para carros, aviões, painéis solares, produtos que têm a ver com a sustentabilidade. Portugal poderia estar no topo, porque tem muitos pontos a seu favor: o país está unido, as pessoas possuem formação, os salários estão a aumentar lentamente, mas já se percebe que as empresas competem entre si para atrair os melhores talentos. Os salários têm que aumentar, porque isso impulsiona toda a economia. A grande fatia do consumo depende dos portugueses, logo têm que ganhar mais para consumirem mais. Os jovens estão diferentes, exigem coisas diferentes, vivem de forma diferente: optam pelo car-sharing, pelo co-living, querem viajar mais do que comprar coisas. Tudo isto são aspetos favoráveis e que são recentes. Não só os salários contam. Os estrangeiros querem vir trabalhar para cá também devido ao lifestyle. Penso que estamos no caminho certo e há muitas áreas em que poderemos ser fortes. Há vantagens que temos que usar hoje porque tudo tem altos e baixos e temos que estar preparados para o próximo.
Tive mais falhas do que sucessos. Tive dez vezes mais insucessos do que tive sucessos, mas importa realmente como nos levantamos de cada vez que caímos e o saldo tem sido positivo para mim. Podemos perder tudo e isso não significa que somos maus, significa que tentámos. Nascemos sem nada e vamos sair do mundo sem nada. Não tenho medo de falhar, isso não me tira o sono. Não penso no que falhei, nem no que poderia ter sido. Sigo em frente. Que projetos ainda lhe falta realizar?
O próximo projeto que quero realizar é uma grande viagem com a minha família (a minha mulher e os meus três filhos) e alguns amigos. Só trabalhar e não aproveitar, não tem graça. Vamos fazer isso este ano, em junho, e andaremos em viagem pelo mundo durante 118 dias. Começaremos em São Petersburgo e passaremos pela Sibéria, Mongólia, Malásia, Indonésia, Nova Zelândia, Singapura, Japão, Canadá, Tunísia, Áustria, … viajaremos sobretudo de comboio e de barco. Não tenho dúvidas de que serão quatro meses muito divertidos. Já fiz uma grande viagem com a minha família e tenho memórias incríveis, as melhores de sempre. Tenho a certeza que isso também marcou os meus filhos. Estou a investir em memórias agora. Esse é o meu grande investimento. Os projetos de hotelaria que tem em mãos terão esse mesmo objetivo?
O objetivo é que os hóspedes possam sair de lá com boas memórias, por terem vivido experiências marcantes. Nesta era digital, é mais importante do que nunca trabalhar e apelar ao nosso lado humano.
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Schindler Iberia aproveita onda do turismo Com uma forte aposta no mercado dos elevadores em edifícios residenciais, a Schindler em Portugal regista crescimentos nesta área, assim como na vertente dos equipamentos para outros segmentos, como o comércio e grandes superfícies e os hotéis. O turismo é um dos principais responsáveis por esta dinâmica positiva, afirma Jose Manuel Nieto, o novo CEO da Schindler Iberia, que desde fevereiro lidera a atividade da empresa no mercado ibérico.
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uais as áreas de maior desenvolvimento da empresa, em Portugal?
é um destino turístico de referência a nível mundial, pelo que o setor hoteleiro assume uma enorme importância no que Portugal é um mercado que diz respeito ao crescimento do transporte continua a crescer e esta ten- vertical no país. dência está em grande medida relacionada com os desenvolvimentos dos setores Que tipo de clientes mais procuram os residencial e profissional, já que têm vossos serviços? registado ambas crescimento. Estamos A Schindler está em Portugal desde a falar de um país em que o setor é 1948 e tem estado, desde então, envolvida eminentemente residencial, que começa nos principais acontecimentos do mundo a recuperar de uma grande crise econó- empresarial do país. Além disso, conta mica, que afetou sobretudo a construção com equipamentos em obras e edifícios nova. Essa recuperação é também um de referência, desde centros comerciais, pilar essencial para o nosso setor no transportes públicos, hospitais ou hotéis. futuro, uma vez que alia o grande mer- Mas, se num primeiro momento, estivecado existente na área de elevadores à mos muito focados no setor profissional, sua modernização e reabilitação. É igual- desde a aquisição da Efacec que nos mente importante salientar que Portugal reposicionámos e adotámos uma aposta
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ ccile.org Fotos DR
clara no setor residencial. Atualmente, os nossos clientes são de ambos os tipos, ou seja, residenciais e empresariais e temos estado envolvidos nos grandes projetos no país. Atualmente, as empreitadas de maior evidência em Portugal são as que estamos a desenvolver em instalações como o NorteShopping, com 20 escadas rolantes, oito elevadores do modelo Schindler 5500 e um elevador Schindler 3300; como referências no setor hoteleiro, o The Cliff Suites na Madeira, que tem quatro elevadores 3300 assim como outros 10 elevadores especiais; o Hotel Savoy Resort da Madeira [na foto], onde estão instalados 12 elevadores 3300, 16 elevadores 5500 e um elevador especial; também temos outros projetos representativos como o edifício das oficinas
actualidad atualidade
FPM41 em Lisboa, com sete elevadores 5500; e no setor hospitalar, a ampliação do Hospital da Luz em Lisboa, com 13 elevadores 5500 e 12 escadas rolantes 9300, entre outras obras emblemáticas. Ao nível da componente de serviços, esta continua a desenvolver-se? Quer destacar alguma vertente destes serviços?
Nos últimos anos, como consequência da escassez de construção nova e do envelhecimento do parque residencial português, a modernização de elevadores tem progressivamente assumido uma maior importância. Garantir uma mobilidade eficiente dentro de um edifício é uma das novas prioridades dos condomínios e, por isso mesmo, a incorporação de novas soluções nos equipamentos já instalados ou a substituição dos mesmos por outros mais modernos é hoje essencial. A manutenção é um pilar na empresa. Conscientes da sua importância, na Schindler, contamos com soluções de manutenção preventiva competitivas, desenhadas para otimizar as instalações de transporte vertical de pessoas. Neste sentido, a Schindler dispõe de um call center, através do qual oferecemos apoio ao cliente 24 horas por dia, com profissionais que se encarregam, além disso, de garantir o correto funcionamento dos equipamentos de transporte vertical, através do controlo de alarmes remotos e da realização de chamadas automáticas de checagem. A Schindler, além de fazer a manutenção das suas próprias instalações, oferece um serviço multimarca, o Schindler Excellence. Em termos de inovação tecnológica, que novos desenvolvimentos estão a incorporar nos vossos sistemas de elevação?
A Schindler é uma empresa que aposta na digitalização e, em concreto, na aplicação da Internet das Coisas aos elevadores e escadas mecânicas. Neste sentido, a Schindler Ahead é uma plataforma digital que interliga os seus clientes, utilizadores e serviço técnico na mesma medida em que os elevadores e as escadas mecânicas se convertem em produtos mais inteli-
gentes. A informação relevante pode ser analisada em tempo real, antecipando potenciais problemas técnicos. Desta forma, a segurança e o tempo de atividade do equipamento são otimizados ao máximo. Além da internet aplicada aos ascensores e escadas mecânicas, a Schindler implementa há anos a tecnologia Port (o único sistema de pré-seleção de destinos disponíveis, em que o movimento do elevador conhece
antecipadamente o destino de cada passageiro, permitindo a sua transferência da forma mais eficiente, rápida e sustentável), que está muito presente nos nossos mercados, em particular no português. Como referências emblemáticas da aplicação desta tecnologia em Portugal, destacam-se a Torre 1 das Amoreiras e o Edifício Monumental e as sedes dos bancos BPI e Santander, em Lisboa, entre outros.
Foco na segurança O grupo de origem suíça, que é um dos líderes mundiais no setor dos elevadores, escadas e tapetes rolantes e outros serviços relacionados com o transporte vertical, transporta “diariamente mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo”, o que faz com que a “segurança seja um dos pilares inquestionáveis” para a Schindler. Isto quer ao nível da segurança dos utentes que utilizam os seus equipamentos, como dos seus próprios colaboradores, que têm de fazer a manutenção daqueles. “Temos sempre em mente o número zero. Zero acidentes. Há uns dias, celebrámos na Galiza cinco anos sem acidentes e no dia 30 de março [celebrámos], o mesmo marco no Porto”, frisa Jose Manuel Nieto. “De forma preventiva, realizamos milhares de inspeções de segurança por
ano, nas quais a própria direção da empresa participa”. Também na área da medicina no trabalho, a Schindler garante diversos serviços médicos aos seus colaboradores. O evento da Direção Regional Norte da Schindler envolveu, assim, no passado dia 30 de março mais de 180 colaboradores e suas famílias, para assinalar cinco anos sem acidentes na operação nesta região do país. Também um grupo de 47 pessoas portadoras de deficiência participou nas diferentes atividades que a Schindler, em colaboração com a Fundação Adecco, organizou, “para comemorar não só o feito de cinco anos sem acidentes, como também para reafirmar o compromisso da empresa com a diversidades e inclusão laboral de pessoas portadoras de deficiência”.
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atualidade actualidad
Jovens dão pistas para melhorar o mercado de trabalho O contributo dos jovens para aumentar a produtividade em Portugal, equilibrar a vida profissional com a pessoal e a relação entre a formação e as necessidades do mercado de trabalho dominaram o debate promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola e a Embaixada de Espanha, no passado dia 4 de abril, no Palácio Palhavã. O encontro juntou jovens e profissionais experientes e reconhecidos, como o chairman do Millennium bcp, Nuno Amado, Carla Rebelo, CEO da Adecco, e Clara Raposo, presidente do ISEG.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
que procuram os jovens nas empresas?”, começou por perguntar Carla Rebelo, CEO da Adecco e moderadora do primeiro de um ciclo de debates, que sob o mote “Ser e estar no mundo profissional” pretende abordar os desafios dos diferentes momentos da vida profissional. A iniciativa é da responsabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola e da Embaixada de Espanha e arrancou no passado dia 4 de abril, no Palácio Palhavã, juntando à mesma mesa profissionais como Clara Raposo, presidente do ISEG, e Nuno Amado, chairman do BCP, com jovens que
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estão agora a iniciar as suas car- bem a empresa antes da entrevista”, reiras profissionais, como Bernardo bem como “fazer perguntas sobre a Marçal, na Adecco, e Sara Santos, na mesma”. Pricewaterhouse Coopers. Já do lado de quem recruta, Nuno À pergunta lançada por Carla Amado sublinhou a importância Rebelo, Sara Santos indicou que o das atividades extra-curriculares no líder da empresa ou a pessoa que irá momento de escolher entre jovens chefiar a equipa é um dos fatores que com formação semelhante, já que tem em conta na busca de trabalho: permitem selecionar as chamadas soft “A capacidade do líder para motivar, skills. No entanto, o atual chairman se é ou não um bom exemplo, se a do Millennium bcp reconheceu que comunicação na empresa é fácil, se nem sempre na vida profissional é nos deixam participar, se nos dão fácil manter tempo para outras ativioportunidades são questões impor- dades e aconselhou os jovens presentes tantes para mim.” a lutar por um maior equilíbrio entre Bernardo Marçal lembrou que para a vida pessoal e a profissional: “Não se ser escolhido no local onde se se deixem escravizar, sejam focados quer trabalhar, há que “estudar muito e eficientes, mas não se acomodem,
actualidad atualidade
nem tenham medo da mudança. Se se sentem escravizados, mudem porque mudar não é mau, é bom.” A questão coloca o dedo na ferida da produtividade portuguesa e da mudança cultural que os jovens devem promover, melhorando a organização dos processos dentro das empresas e defendendo o tempo de qualidade para as suas vidas pessoais. “Isto só melhora de baixo para cima”, argumentou Nuno Amado, referindo que “os jovens podem melhorar a eficiência dos processos e a produtividade e dialogar no sentido de lutar pelos seus direitos”. Nuno Amado considera que “os jovens de hoje estão mais bem preparados e possuem uma visão mais completa do mundo” do que quando iniciou o seu percurso profissional. O atual chairman do Millennium bcp assinalou também que as tecnologias vieram abrir possibilidades aos profissionais e transformaram o modus operandi dos países. Há cerca de 40 anos, Nuno Amado trabalhou em Madrid, experimentando “um enorme choque” ao perceber a diferença cultural entre a capital espanhola e a portuguesa: “Lisboa era muito fechada, tinha uma visão muito regional, pouco dinâmica
e Madrid era muito mais aberta, mais global. Hoje já não se sente essa diferença e essa é a maior mudança dos últimos 40 anos.” Apesar de reconhecer que os jovens estão bem preparados, Nuno Amado apontou lacunas na formação orientada para as necessidades das empresas. O grupo Millennium bcp promove formação interna precisamente para dar resposta às suas necessidades. Clara Raposo, presidente do ISEG, também foi professora em Oxford, e recordou que em Inglaterra é prática corrente as empresas liderarem esse tipo de formação mais vocacionada para suprimir as suas próprias necessidades. A docente considera que não cabe às universidades fazer uma formação por medida para cada empresa, até porque cada empresa solicita diferentes conteúdos. Ainda assim, “é notória a maior proximidade entre empresas e universidades”, quer nos conteúdos lecionados, quer mesmo através da presença física das empresas no espaço universitário. Mais do que adequar a formação às empresas, Clara Raposo considera determinante adequá-la aos estudantes, já que “não devem ser formatados da mesma maneira”. A docente advoga que as
instituições de ensino superior devem dar oportunidade a que cada um se desenvolva ao seu ritmo”. Clara Raposo frisou também o relevo que já é dado às atividades extra-curriculares e à formação no domínio das soft skills, promovida pela universidade e pelos próprios alunos. O debate incidiu também sobre a necessidade de reforma da Administração Pública, quer para atrair os jovens para o exercício de cargos nos organismos do estado, quer para melhorar a eficiência dos processos. A embaixadora de Espanha em Portugal, Marta Betanzos, louvou a iniciativa, que partiu de um grupo de gestoras da CCILE, sublinhando o compromisso intelectual e cooperativo com a mesma. No final do debate, a embaixadora declarou que “saber como manter a coerência ao longo do percurso profissional e da vida é o grande desafio que todos enfrentamos”. Ruth Breitenfeld, CEO da Cepsa, em Portugal, encerrou o debate, evidenciando o caráter de continuidade que se pretende imprimir ao ciclo de debates, incentivando os jovens presentes a continuar a partilhar as suas experiências e eventuais dúvidas. MAIO DE 2019
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atualidade actualidad
“El eje de éxito de la internacionalización es la innovación” La directora general de la Cámara de España, Inmaculada Riera, anima a las Cámaras de Comercio en el Exterior a innovar y reinventarse para seguir aportando valor a las empresas. Resalta también el apoyo institucional que ejercen en el extranjero.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
ué papel han tenido las Cámaras de Comercio en el Exterior en la recuperación económica de España?
a las empresas a mejorar su posición en el mercado, en la interlocución institucional y en reforzar las relaciones bilaterales de ambos países. En el ámbito institucional las cámaras defienden los activos que Independientemente de los ciclos ¿Y en las relaciones internacionales? tenemos en nuestro país. Por ejemeconómicos y de la última crisis, que Cada cámara nace del impulso, plo desde la Cámara de Comercio fue muy dura, su papel es suma- interés y voluntad de un grupo de de España pusimos en marcha un mente importante. En el exterior empresas que entienden que es un plan de comunicación para poner son un magnífico instrumento al instrumento de apoyo a las empre- en valor los activos en un momento servicio de las empresas. Nacen de sas que llegan y a las que ya están que era necesario hacerlo. Somos la esta voluntad empresarial y se con- en el país de referencia. Y siempre cuarta economía europea y tenemos vierten en instrumento de apoyo de la mano de la Embajada y de la ratios de crecimiento muy bueno. para las empresas. Pero también son Oficina Comercial correspondien- Hay que poner en valor el crecimienun instrumento de refuerzo y apoyo te. Es un papel complementario y to y el modelo de crecimiento de la institucional. Forman parte de una el objetivo es que tanto Oficina economía española. En cada acto red cameral compuesta por 85 cáma- Comercial como Cámaras apoyen que organizamos contamos con la
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ras en España y 41 en el exterior en donde se defiende el interés general y tiene un papel institucional de defensa de nuestro país y economía muy importante.
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ayuda de la Cámara de Comercio, el apoyo fue fundamental. Ya son 41 cámaras en el exterior. ¿Hay una línea común de actuación? ¿Cómo se coordina el trabajo con todas ellas?
En los últimos meses hemos pasado de 35 a 41 y hay seis cámaras más, sobre todo en el sudeste asiático, que están tramitando la autorización. La secretaría de Estado de Comercio es quien las tutela y autoriza y la Cámara de Comercio de España quien las coordina. Existen muchos acuerdos entre ambas partes para trabajar de forma conjunta. Desde la Cámara tratamos también de que la red pueda ofrecer cada vez más tivo, promover el networking, que servicios, promover el networking las cámaras se comunicasen entre entre las cámaras para que entre unas ellas y conociesen ejemplos de serviy otras puedan encontrar nuevos cios determinados para crear oporservicios. Y también promovemos la tunidades. Promovimos igualmente participación de las cámaras euro- una mayor comunicación entre las peas para que puedan acceder a los cámaras regionales y las que están programas que gestionamos como en el exterior. Desde la Cámara organismo intermedio de la admi- de España hicimos un mapa de nistración. servicios para ver lo que se hace en La reunión que tuvimos hace unas cada una de ellas y des esta forma semanas con todas las cámaras en todas pueden aprender las mejores el exterior también tenía este obje- prácticas.
¿Cómo se va a ampliar la red de cámaras?
Es muy positivo haber pasado de 35 a 41 y que haya nuevas solicitudes. Esto demuestra la vitalidad del sistema cameral y el dinamismo empresarial. Y que realmente las empresas ven útil una cámara en el exterior. El actual crecimiento va muy orientado a Asia. Tenemos cámaras muy consolidadas, algunas pequeñas que se están activando… creo que desde la Cámara de España hemos ayudado a PUB
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atualidade actualidad éxito se debe también al trabajo del presidente y del equipo. Y además es un ejemplo de lo que debe ser una cámara, en su papel institucional y en su papel de apoyo a las empresas y de los servicios que da. Es una cámara muy activa y muy centrada en la formación. Ha cambiado el modelo de las cámaras y ha cambiado el entorno empresarial, ahora muy volcado en la innovación. ¿Cómo ayudan las cámaras a innovar?
que esto sea posible, hemos puesto en valor la red cameral y las cámaras en el exterior deben sentirse parte de ella. Desde la secretaría de Estado también se apoya y las grandes cámaras arrastran a las más pequeñas. La mezcla de todo es muy positivo porque obliga a las cámaras a reinventarse. Son iniciativa privada y dependen de fondos privados por lo que seguirán si son útiles para los socios. La clave es generar valor para las empresas y para el país. Muchas empresas empiezan su internacionalización por Portugal, dada su proximidad. ¿Qué papel tiene la CCILE?
Es una cámara no solo muy apreciada sino modelo y de excelencia. Es una cámara de un país muy importante para España por su vecindad y porque ha sido el primer paso para las exportaciones e inversiones de muchas empresas españolas. Es un país importante, estratégico y con muy buena relación de vecindad. La CCILE desarrolla un papel muy importante y prueba de ello es su prestigio. Y el 26 ACT UALIDAD€
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Porque la capacidad de adaptarte a los cambios conlleva una necesidad de innovar. Las cámaras pueden ayudar a conseguir este objetivo a través de los servicios que ofrecen. Deben ayudar a la empresa a entrar mejor en el mercado, detectar los puntos críticos que tiene... Y las mismas cámaras de comercio han de innovar y de reinventarse porque el valor que puedan aportar al sistema y a las empresas dependerá de ello. Todo forma parte de la innovación. Hay un cierto recelo por el devenir de la economía española. ¿Cómo ves a las empresas españolas?
Nunca separo innovación de internacionalización. El Hemos de estar preparados. La ecoeje de éxito de la internacio- nomía española salió de una crisis nalización es la innovación, muy profunda, con unas buenas bases, la capacidad de competir. prueba es el crecimiento conseguido. Innovar es dar a la empresa La exportación fue clave. Y ahora instrumentos de competi- estamos en un momento con un ciertividad y si no compites en to riesgo de desaceleración y además hay ciertas sombras que hay que tener en cuenta. El Brexit…veremos en qué términos y cómo se materializará y “La CCILE es un los tiempos. La economía británica ejemplo de lo que es muy importante para las empresas españolas y la incertidumbre que prodebe ser una cámavoca el Brexit se ha traducido también ra, en su papel insti- en que en el 2018 la inversión española en Reino Unido se ha parado. Es un tucional y de apoyo punto crítico desde la vertiente econóa las empresas y de mica pero también lo son los riesgos proteccionistas que a nivel mundial se los servicios que da” vislumbran. Y también las amenazas a un modelo de gran valor en términos de progreso que es el modelo de el mercado, mueres. Desde el punto comercio basado en el libre comercio. de vista macro se enfrentan a retos Creemos en ellos y los defendemos. y a cambios muy importantes. Hay La economía española ha demostrado que afrontar contextos muy difíciles una solvencia importante, ha salido como el Brexit, el riesgo es también de la crisis gracias a unas reformas que una forma de innovar. No solo se han permitido el crecimiento. Nos ha innova en los productos, en los pro- situado en Europa como una de las cesos sino también en la cultura, en principales economías. El sector exporla mentalidad y en como afrontar tador debe seguir siendo tractor de este la internacionalización. Ésta será crecimiento. Pero debemos afrontar de éxito cuando la empresa asuma también estos riesgos y ayudar a las esta innovación en el triple sen- empresas a ser más fuertes y a diversifitido: producto, proceso y cultura. car porque neutralizan riesgos.
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Cosec lança novo produto para PME quando assinala 50º aniversário
Cosec, líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, celebrou recentemente 50 anos de atividade, com o lançamento de um livro comemorativo – “Cosec 50 anos” – e de um novo produto digital, o Cosec €xpress. Na cerimónia de lançamento do livro comemorativo dos 50 anos de atividade da Cosec, realizado em Lisboa no passado dia 4 de abril, a presidente da seguradora, Maria Celeste Hagatong, destacou em especial o desempenho da companhia durante o último ano. “Fechámos o ano com chave de ouro. Com uma exposição em risco de mais
de 13 mil milhões de euros, o valor mais alto de sempre, transações seguradas correspondentes a 10% do PIB português, e quota de mercado do seguro de créditos de 51% e do seguro de caução de 53%”, referiou a gestora, durante a cerimónia, que foi presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (na foto). Na cerimónia estiveram ainda presentes, entre outras individualidades, o antigo presidente do conselho de administração da Cosec, Miguel Gomes da Costa, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Maria Celeste Hagatong sublinhou ainda que, “volvidos 50 anos”, a Cosec se mantém no mercado com o mesmo nome, a mesma atividade – exploração do ramo de seguro de créditos e do seguro de caução – e a mesma missão de apoiar as empresas portuguesas, sobretudo nas suas exportações de bens e serviços e na sua internacionalização”. Durante o evento, foi ainda anunciado o lançamento de um novo produto, totalmente digital, dedicado a facilitar o acesso das pequenas empresas ao seguro de créditos – o Cosec €xpress. Esta solução, muito competitiva do ponto de vista do preço, permite às pequenas empresas tomar decisões de crédito estratégicas e agarrar novas oportunidades comerciais de uma forma ágil. Ainda no mesmo dia, a Cosec assinou também um protocolo com o Ministério da Cultura para que o acervo de obras de arte da Companhia – constituído por 15 peças, incluindo quadros de alguns dos mais reputados pintores portugueses do século XIX e do século XX, como António da Silva Porto, Amadeo de Souza Cardoso e Maria Helena Vieira da Silva – seja exibido num espaço museológico, de modo a poder ser usufruído pela comunidade.
Barbot acaba de lançar o novo catálogo da gama Dioplaste. Além de disponibilizar um portefólio alargado de cores (56 cores), a pensar em ambientes para todos os gostos, da gama faz parte a Dioplate Eco, a primeira tinta sem biocidas (sem conservantes) lançada no mercado ibérico. Classificada como A+, este produto tem uma baixa emissão de substâncias voláteis no ar interior e por isso mesmo, com um baixo risco de toxicidade por inalação. Esta tinta de interior da Barbot apresenta outras vantagens: não tem cheiro, protegendo
a qualidade do ar, e é mais natural. Estas características da Dioplaste Eco torna-a mais amiga do consumidor, sem colocar em risco a qualidade. A tinta apresenta uma boa resistência, durabilidade e uma boa relação qualidade/preço. É, assim, “a escolha ideal para a decoração de interiores de casa e que promete agradar a toda a família”, destaca a Barbot. Já a tinta Dioplaste é bem conhecida do público, sendo a campeã de vendas da marca portuguesa. No ano passado, esta tinta mate chegou ao mercado com uma nova fórmula – oferecendo uma
maior cobertura e melhor acabamento –, mas mantendo as suas características, que conquistam o público desde os anos 60. Indicada para pinturas do interior e exterior, também não apresenta cheiro, oferece resistência à lavagem e à esfrega, boa cobertura e uma película protegida contra fungos e algas. Tal como a Dioplaste Eco, também está classificada com A+. Todas as cores podem ser afinadas nas duas tintas: Dioplaste (para exterior e interior) e Dioplaste Eco (para interior).
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Gama Dioplaste disponível em 56 cores A
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Grupo Moldtrans aposta na comunicação para 2019 O grupo Moldtrans, destacado operador ibérico de transporte terrestre internacional, marítimo, aéreo e de distribuição nacional e logística, apresentou a sua nova campanha de comunicação para 2019. Através do slogan “Simply Global”, e de uma imagem gráfica simples e colorida, “o grupo pretende destacar a simplicidade para os clientes, para além da amplitude e do alcance global dos seus serviços de transporte e de logística, diferenciando-se dos focos de outras estratégias de comunicação do setor”. Mais de 40% do volume de negócio das empresas portuguesas exportadoras é de externalização, uma tendência em aceleração devido ao comércio
eletrónico. “Para qualquer empresa, a contratação de um operador especializado como o grupo Moldtrans permite poupar custos e reduzir complexidades operativas, para além de ganhar acesso a redes de transporte e de logística internacionais, que suportam a possibilidade de fazer chegar a sua produção, ou de providenciar o seu abastecimento, mundialmente”, frisa o grupo. Por tais razões, a nova campanha destaca estes três importantes benefícios da utilização de serviços profissionais de transporte e de logística: simplicidade operativa, amplitude e alcance das soluções aptas a responder a um mercado global. “A simplicidade e a amplitude referem-se ao caráter
do grupo Moldtrans enquanto operador logístico integral, que permite aos clientes a contratação dos serviços: de transportes terrestre, marítimo, aéreo e de distribuição nacional, de logística, alfandegários, de valor acrescentado, logística para feiras, logística inversa, manipulações especiais, etc. O cliente, também, tem a facilidade de poder lidar com apenas um interlocutor em todo o processo, com a garantia de qualidade que oferecem os 40 anos de experiência do grupo, mais de 25 em Portugal. Além disso, o grupo realça o facto de fazer parte de diversas alianças logísticas internacionais, como a Global Affinity Alliance, Security Cargo Network e Palletways.
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Antonio Banderas protagoniza nova campanha de moda do El Corte Inglés
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ator espanhol Antonio Banderas, uma das figuras do cinema mais reconhecidas em todo o mundo, é o protagonista da nova campanha de moda masculina de primavera/ verão
do El Corte Inglés que passará na televisão, cinema, meios digitais e redes sociais. Antonio Banderas, que é ainda “realizador, produtor, designer e cantor, é o rosto da versatilidade e, por isso mesmo, personifica todas as facetas que compõem a personalidade de cada homem, que se refletem e ganham forma quando escolhem as suas roupas”, refere a cadeia espanhola. Sob o mote “Todos os homens, todas as marcas, num único lugar”, a campanha é dirigida a todos, independentemente do seu estilo, da sua idade ou da ocasião para que escolhem a sua roupa, sabendo que, no El Corte
Inglés, encontrarão a maior oferta de moda homem e a seleção adequada a todos os gostos. Os Grandes Armazéns apresentam o maior sortido de marcas nacionais e internacionais, num só espaço, e afirmam-se enquanto especialistas na área da moda com atendimento especializado e personalizado incluindo o serviço de alfaiataria por medida. Na campanha, as marcas próprias do El Corte Inglés Emidio Tucci e Black Emidio Tucci convivem com marcas externas como Roberto Verino, Tommy Hilfiger Tailored, Gant, Polo Ralph Lauren, Lacoste, Hackett, Emporio Armani e Calvin Klein. As marcas estão à venda nos Grandes Armazéns de Lisboa e Gaia-Porto e/ ou na loja online ElCorteIngles.pt. A campanha foi criada pela Agência Zapping, a produtora Mamma Team, sob a realização de Álvaro Colom e fotografia dos português Frederico Martins. A campanha tem como banda sonora a música ‘I’m a Wanted Man’ de Royal Deluxe.
Huawei P30 Pro recebe o prémio de “Melhor Smartphone em Fotografia” da TIPA A
Huawei anunciou que a Technical Image Press Association (TIPA) reconheceu o seu smartphone P30 Pro como um dos “Melhores Produtos de 2019”, concedendo a distinção de “Melhor Smartphone em Fotografia”. “Pelo terceiro ano consecutivo, este título foi atribuído ao principal modelo da série P da Huawei, comprovando a dedicação da marca em melhorar constantemente a qualidade, desempenho e design para redefinir o mundo da fotografia móvel”, sublinha a multinacional de telemóveis. Changzhu Li, vice-presidente da Handset Business da Huawei
Consumer, adianta que “a experiência com câmaras sempre foi o foco da estratégia da Huawei para a série Huawei P. Agradecemos à TIPA mais uma vez pela distinção ao nosso mais recente modelo, o Huawei P30 Pro. Equipado com a Leica Quad Camera, o Huawei P30 Pro reescreve as regras da fotografia com uma série de inovações – incluindo o revolucionário filtro de cores RYYB e o zoom ótico 5x – elevando a experiência fotográfica a um nível fundamental. Avanços como estes concedem aos consumidores mais liberdade para usar dispositivos Huawei e registar os momentos mais emocionan-
tes da vida enquanto estes acontecem”. O sistema de câmaras Leica Quad, equipado com um versátil sensor HMPW SuperSpectrum de 40MP e câmara de grande angular de 20MP, juntamente com uma lente SuperZoom estabilizada que utiliza o design ótico patenteado, proporciona clareza e um zoom nunca antes vistos num smartphone. A nova quarta câmara Huawei ToF captura a profundidade para obter melhores efeitos de bokeh. Em conjunto, esta matriz produz fotos com detalhes incríveis e um alcance dinâmico em qualquer situação de iluminação.
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Burger King también entra en el mundo de los e-sports L a cadena de restaurantes se convierte en el principal patrocinador de X6tence, un equipo fundado en 2004. Bianca Shen, directora de Marketing de Burger King en España y Portugal, ha explicado que “teníamos que encontrar un club que fuera clave en nuestro país y con el que compartiéramos ideales, X6tence fue el primer club de eSports en España y nosotros la primera cadena de hamburgueserías, así que ambos nos caracterizamos por ser pioneros, disruptivos, osados, divertidos… Por lo que no hemos podido contar con mejores compañeros de viaje que X6tence. Son un referente en el sector, con unos valores alineados con los de nuestra marca y una comunidad de seguidores totalmente implicada”. X6tence participa en la actualidad
en tres Súper Ligas y tiene presencia en más de diez disciplinas. En España los e-sports mueven más de 14,5 millones de euros cada año (143 millones a escala mundial) y tienen una audiencia de 5,5 millones de personas. En los
últimos meses, otras marcas como Font Vella, Mahou Cinco Estrellas o Telepizza también han apostado por sumergirse en una disciplina en la que ya llevan más tiempo otras firmas como Domino’s Pizza o San Miguel.
Frigo seduce al consumidor veggie con helados veganos
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espués de lanzar el pasado otoño, una gama de helados veganos para su marca Magnum, Frigo amplía su oferta para este tipo de consumidores, que cada vez son más. En España ya existen 3,8 millones de consumidores veggies,
según datos del estudio de The Green Revolution 2019, cifra que ha crecido en los dos últimos años a un ritmo de más de 400 mil españoles cada año. Para hacer frente a esta realidad, Frigo amplía a 14 las referencias de helados veganos bajo varias marcas: Magnum, Cornetto, Ben & Jerry’s y Solero. Estos helados veganos también podrán adquirirse en Veggie Ice Cream Store de Glovo, la primera
tienda online de helados veganos en España. “Frigo lleva años apoyando a los consumidores que se decantan por una alimentación sin productos derivados de animales con la creación de referencias adaptadas a sus necesidades. Es un orgullo poder hacer frente a esta demanda veggie ofreciendo una amplia y única oferta de 14 referencias de helados veganos y elaborados bajo los más altos estándares de calidad y excelencia que garantizan el sello de cada una de las reconocidas marcas como Cornetto, Magnum, Ben&Jerry’s y Solero”, afirma en un comunicado Diana Roig, responsable de Nutrición & Salud de Frigo España.
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Cepsa, pioneira mundial na obtenção de declaração ambiental para ceras de parafina A
Cepsa obteve a certificação ambiental EPD (declaração ambiental do produto), emitida pela entidade DNV GL-Business Assurance, para ceras de parafina produzidas na sua refinaria Gibraltar-San Roque, localizada na província de Cádiz, tornando-se assim a primeira empresa do setor, a nível mundial, a obter esta certificação. A EPD é uma declaração ambiental certificada de acordo com a norma internacional ISO 14025. É uma informação ambiental sobre um produto, baseado na análise do seu ciclo de vida. A metodologia envolve analisar e quantificar a pegada ambiental dos produtos nas suas diferentes etapas, desde a obtenção das matérias-primas e fontes de energia, utilizadas para produção, até ao destino final, como resíduo. A empresa obteve certificações EPD para sete produtos de ceras de parafina (Parasur 130, Parasur 150, Parasur
206, Parasur 600, Cerasur 725, Cerasur 725D, Gel 600). “Com a obtenção desta certificação, a Cepsa, referência no mercado nacional e Europeu de ceras de parafina, reforça o seu compromisso com o desenvolvimento de produtos sustentáveis e que respeitem o meio ambiente, processos transparentes e avanços para possíveis regulamentos no futuro”. Um dos valores da Cepsa é o seu compromisso com a sustentabilidade, sendo que um dos seus objetivos é o controlo dos impactos das suas atividades e produtos no meio ambiente. Por isso, a empresa integra nos seus sistemas de gestão, altos padrões no que respeita as questões ambientais para a organização dos produtos. Nesse sentido, além desta declaração de EPD para ceras de parafina, a Cepsa obteve em 2017 esta mesma certificação para os produtos LAB e LABSa, fabricados em Espanha (San
Roque, Cádiz) e Canadá (Bécancour), matérias-primas para a produção de detergentes biodegradáveis para os quais a empresa é líder mundial. Além desta nova certificação EPD, a fábrica de produção de parafina da Cepsa cumpre com os mais rigorosos padrões de qualidade a nível internacional. Esta instalação tem o sistema de gestão certificado de acordo com as normas ISO 9001:2000, ISO 14001:1996 e ISO 22000:2005, especificações da agência americana FDA e certificações Halal e Kosher, para que possa exportar para mercados de alimentos muçulmanos e judeus. A Cepsa fabrica cera de parafina na sua unidade de San Roque (Andaluzia), recorrendo à mais recente tecnologia disponível de produção, armazenagem e exportação de parafinas, utilizadas numa ampla variedade de aplicações, como alimentos, cosméticos, farmácia e adesivos.
Zippy elimina sacos de plástico A
Zippy deu início a um projeto interno de sustentabilidade, no sentido de eliminar gradualmente o uso de plástico até 2021, revelou a marca no Dia Mundial da Terra, que se assinalou no passado dia 22 de abril. No sentido de contribuir para um mundo mais sustentável, a Zippy vai implementar de forma faseada um conjunto alargado de medidas nas suas lojas, de norte a sul do país, até 2021. Uma das primeiras medidas consiste na substituição dos sacos e envelopes de plástico atualmente utilizados no vestuário (em média, a marca utiliza cerca de 1,7 milhões de unidades por ano) por sacos e envelopes de papel reciclado. Esta medida, em particular, começou a ser implementada no 34 ACT UALIDAD€
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final de 2018 e ocorrerá de forma faseada e gradual, até esgotar o stock atual de sacos e envelopes de plástico na rede de lojas Zippy. Nos produtos em que a eliminação total do plástico não for possível, como são exemplo os sacos para artigos de maior volume e as garrafas de água, a marca vai optar por alternativas mais amigas do ambiente, com soluções em que mistura plástico reciclado na sua composição. A marca do grupo Sonae tem outras medidas em curso, nomeadamente com os seus parceiros e fornecedores, no sentido de promover a adoção de comportamentos mais sustentáveis, reduzindo ao máximo a utilização do plástico no embalamento e no envio de mercadorias.
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Sea Life Porto organiza primeira ação pública de plogging O conceito de plogging nasceu na Suécia, em 2016, e combina o jogging com a recolha de lixo (“plocka upp” em sueco). O Sea Life Porto traz agora esta iniciativa para Portugal e a primeira ação aconteceu recentemente, a 20 de abril, em Canidelo (Vila Nova de Gaia). Foram cerca de quatro quilómetros de percurso, que foram “passados a pente fino”, por um grupo de corredores pronto para ajudar o ambiente. A iniciativa organizada pelo Sea Life Porto foi aberta à comunidade e todos os que quiserem puderam juntar-se ao plogging, que começou de manhã na Antiga Seca do Bacalhau, na praia do Canidelo. A equipa do aquário portuense ficou responsável por toda a logística e distribuição do material necessário para a recolha do lixo. Depois da recolha de vários quilos de lixo, ficam marcadas novas rondas de plogging para os terceiros sábados de cada mês. Segundo Rui Ferreira, diretor-geral do SEA LIFE Porto: “o principal objetivo desta ação é unir regularmente indivíduos que se preocupam com a temática da
sustentabilidade e que optam por fazer a diferença nas pequenas ações do dia a dia. A formação de um grupo faz-se com o propósito de mobilizar quem já tem estas preocupações e fazer com que estes membros tragam os seus familiares e amigos nas sessões seguintes. Estas ações de plogging acabam por ser uma forma divertida de juntar pessoas que partilham esta missão, a de ajudar o ambiente”, destacou o mesmo responsável. “Este tipo de ações concentra cada vez mais pessoas. As limpezas de praia que
o Sea Life Porto organiza todos os anos, há quase uma década, são um exemplo disso, uma vez que as vagas têm sido preenchidas em poucos dias” defendeu Rui Ferreira. Os locais das próximas ações serão anunciados no site do Sea Life Porto. De momento, é também possível visitar no aquário portuense a exposição “Mar de Plástico”, uma parceria com o CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto.
Plataforma PassaPortugal nasce em Lisboa F oi apresentado na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, em Lisboa, o projeto de inovação social PassaPortugal. Trata-se de uma plataforma pedagógica destinada a professores, alunos e famílias, que visa promover a valorização do território nacional e a aquisição de novas competências. A plataforma digital organiza conteúdos de diversas matérias, por ciclo de escolaridade, e conta com o apoio e recursos de várias entidades de referência tais como como a ACT, a APAN, a Associação SALVADOR, a EGOR, o INEM, Miudossegurosna.Net., a Ordem dos Arquitetos e a PSP, entre outras. Segundo Gonçalo Veiga, CEO da Gonksys, “impulsionados pela von-
tade conjunta dos nossos parceiros, iniciámos o desenvolvimento desta iniciativa de caráter social no sentido de contribuir para a educação dos mais novos através de uma plataforma capaz de disponibilizar conteúdos direcionados para os jovens com informação sobre temas tão diversos quanto a saúde e a segurança no trabalho, a segurança pública, os primeiros socorros, as novas tecnologias e o nosso tão importante património histórico e cultural. Uma ferramenta que sirva aos professores para que possam trabalhar novas competências, a alunos, mas também às famílias, para que possam desenvolver o conhecimento e o enriquecimento
humano em sinergia familiar”, conclui o responsável. A plataforma integra três grandes áreas: Locais a visitar, referenciando os pontos de interesse cultural, histórico e patrimonial dos municípios aderentes, facilitando a organização de visitas de estudo ou passeios em família; Recursos e Competências, que representa uma excelente ferramenta para apoiar e complementar a abordagem aos temas da Cidadania; e Boas Práticas, que se assume como o lado social da plataforma, que pretende ajudar a divulgar o que de melhor se faz nas escolas, através da partilha de ações e iniciativas que possam ser replicadas noutras escolas. MAIO DE 2019
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Estudo da Indra apresenta uma mobilidade do futuro mais personalizada, segura e sustentável U
ma condução autónoma, a mobilidade como serviço, a intermodalidade ou a manutenção preditiva são algumas das tendências que estão a impulsionar as novas tecnologias digitais e que serão essenciais para a mobilidade do futuro. Esta é a conclusão que se retira do Relatório sobre Tendências para o Setor de Transportes realizado pela Indra, onde a empresa analisa o contexto geopolítico, regulador, social, organizacional e tecnológico do setor, assim como os principais desafios e objetivos que em matéria de mobilidade estão na mira dos diferentes protagonistas desta transformação. “A tecnologia é a verdadeira base para uma mobilidade inteligente e sustentável no século XXI”, refere Nuno Guilherme, diretor do Negócio de Transporte e Defesa da Indra em Portugal, e acrescenta “é na velocidade da transformação que está o grande desafio deste setor”. A inteligência artificial, a cloud, o big data, a IoT, a realidade aumentada ou o machine learning estão a tornar possíveis novos modelos de mobilidade que vão trazer muitas vantagens para os utiliza-
dores, e também para os gestores, operadores e para a própria Administração Pública: custos mais reduzidos, a possibilidade de redimensionar rotas em tempo real, uma condução mais segura nos veículos e com menos impacto no meio ambiente, entre muitos outros aspetos, são algumas destas vantagens. Para a Indra, no centro da mobilidade vão estar os utilizadores, que, cada vez mais, querem ter um controlo maior das suas viagens e que serão “o eixo central de uma nova oferta de serviços de mobilidade integral, onde os operadores de mobilidade irão competir”. Graças às tecnologias que permitem a denominada economia partilhada, o big data e as soluções para a intermodalidade urbana e interurbana, muito em breve os passageiros poderão usufruir de um transporte sem barreiras tecnológicas, assistido com informação em tempo real, adaptado às suas preferências e necessidades em cada momento, otimizado e com um custo mais reduzido. Por exemplo, a partir de uma única aplicação, um utilizador poderá configurar o seu perfil, escolher vários meios de
transporte, aceder a cada um deles indistintamente e pagar no final do mês em função da utilização que tenha feito, para além de poder receber “prémios” por ter escolhido opções mais sustentáveis. Por sua vez, os operadores de autocarro, metro ou comboio, poderão dispor dentro de pouco tempo de um sistema de gestão integrada de rotas, centralizado e conectado com a informação dos passageiros e do tráfego, onde o machine learning e o big data permitirão redimensionar as rotas em tempo real ou gerar rotas à medida para utilizadores de outros meios de transporte. Desta forma, poderão realizar uma gestão mais inteligente, intermodal e otimizada dos seus serviços. A mobilidade como serviço será, de acordo com a Indra, outra das tendências para a qual vão evoluir os gestores de tráfego e concessionárias de autoestradas, com soluções de acesso a determinadas vias ou taxas variáveis e pagamento em tempo real em função das condições da via, dia ou hora, a ocupação do veículo, etc.
Voluntários reabilitam centros e acolhimento em Lisboa e Porto A Universidade Europeia e o IPAM, em parceria com a Just a Change, dedicaram o seu Dia de Responsabilidade Social à recuperação de dois centros de acolhimento. Este ano, a iniciativa decorreu em simultâneo em Lisboa e no Porto, recuperando a Associação Vitae – Centro de Acolhimento do Beato, e a Gondomar Social – casa de acolhimento residencial Gondomar Coração D’Ouro. Para a concretização desta iniciativa, as duas instituições contaram com a participação dos estudantes, professores, membros do staff e, principalmente,
com a parceria da Just a Change, um dos cinco vencedores da 1.ª Edição do Programa Jovens Empreendedores Sociais da Universidade Europeia. A Just a Change com a ajuda de milhares de voluntários reabilita dezenas de casas por ano tornando-as em lugares dignos de serem vividos com alegria e esperança. Com esta ação, a Universidade Europeia e o IPAM pretendem, por um lado, sensibilizar a comunidade académica para os mais de 500 000 portugueses que vivem em situação de pobreza habitacional, num país onde 160 mil portu-
gueses não tem casa de banho e 26% não consegue manter a casa quente. Por outro lado, este é um dia simbólico, sem aulas, que visa proporcionar à comunidade académica uma experiência de voluntariado, enaltecendo a importância do mesmo como forma de ajudar o outro, o país, as pessoas e o mundo, na sua globalidade. Ao longo dos último seis anos, as instituições já promoveram junto da comunidade académica e dos seus parceiros, seis ações distintas, onde já participaram mais de 1.500 voluntários, em prol de causas sociais e ambientais.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Da fruta aos insetos – –exemplos de inovação no setor agroalimentar
A inovação no setor agroalimentar revela-se cada vez mais intensamente, quer ao nível do produto quer dos próprios processos de produção. A economia circular, com o reaproveitamento dos desperdícios e outras formas de otimização e eficiência de processos, é uma realidade à qual os produtores e industriais do agroalimentar nacional começam a estar atentos. Da transformação que está na base da fruta que consumimos no dia a dia aos insetos processados que irão chegar à alimentação humana, as novidades são inúmeras. E os consumidores vão aderir? A resposta pode ser surpreendente.
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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
o mesmo tempo que os consuSegundo João Silva, responsá- se estão a afirmar pela dimensão e midores procuram alimentos vel pelo Departamento de Gestão e modernização tecnológica, outros há mais naturais e menos pro- Desenvolvimento da Cooperfrutas, o que se procuram evidenciar pela vercessados, mais a agricultura projeto desta cooperativa assenta pre- tente do marketing e, nomeadamente, e a agroindústria têm de se cisamente na "boa gestão dos recursos pelo marketing territorial, relevando a reinventar e inovar. Por outro lado, a e na produção com qualidade" (ver região onde se produzem e afirmando crescente escassez de recursos agrícolas e caixa na pág. 41). Este projeto de 80 Portugal como um país de produtos matérias-primas impõem que se aposte produtores individuais e dez empresas alimentares de características únicas e na chamada economia circular, o que hortofrutícolas de Alcobaça salienta-se, de grande qualidade. É o caso do proimplica as agroindústrias utilizarem os assim, numa região que é por si uma jeto "Ródão à Mesa", onde 12 pequenos desperdícios do próprio processo pro- referência no campo da fruticultura, produtores do concelho de Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) dutivo para continuar a produzir com como é Alcobaça. eficiência e qualidade. Mas se alguns projetos agroindustriais se juntaram numa associação, sob a 38 ACT UALIDAD€
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marca Terras de Oiro, para a comercialização dos seus produtos em feiras nacionais e ainda junto de eventuais mercados internacionais. Luís Simões, consultor que está a dinamizar o projeto, explica que a iniciativa arrancou em setembro passado e que estes produtos tradicionais de elevada qualidade irão ser apresentados em pelo menos 150 dias de feiras em todo o país, desde a Alimentaria&Horexpo (na foto) à Ovibeja, passando por muitas outros certames ligados ao setor, sob a marca Terras de Oiro. Azeite, vinho, mel, queijos e presunto de elevada qualidade, procurando atuar, assim, numa "estratégia concertada de promoção e divulgação da marca Terras de Oiro como selo de qualidade, que alia a tradição e a inovação". "A tradição de produção de azeite nos socalcos do Tejo é ancestral", enquadra Luís Simões, explicando assim de onde partiu a ideia de preservar e explorar as potencialidades dos produtos de Vila Velha de Ródão, num projeto que irá numa fase posterior abranger também empresas ligadas à restauração, hote-
laria e turismo do município sob o projeto "Ródão à Mesa". O marketing regional pode ajudar os pequenos produtores e agroindústrias a ter uma "marca-chapéu" que dê valor acrescentado às suas produções e que garanta melhores margens de comercialização, evitando, assim, vender os produtos a granel ou a baixo preço a produtores estrangeiros que acabam por valorizar melhor os produtos tradicionais nos circuitos da exportação. Segundo alguns produtores, a procura por produtos portugueses tradicionais é enorme, podendo-se destacar o azeite, que é procurado por produtores espanhóis e italianos, que o comercializam depois com as suas próprias marcas e com margens substancialmente superiores. Vantagens dos insetos para a alimentação humana e para o ambiente Se o tradicional é bom, o setor agroalimentar não escapa, contudo, à necessidade de inovação, em diversas áreas. E a próxima grande revolução na alimentação poderá estar a chegar – a introdução
de insetos processados na alimentação humana. Apesar da legislação ainda não permitir a sua comercialização, várias empresas emergentes estão já a dedicar-se a desenvolver alimentos que integram grilos e larvas, como sejam bolachas, farinhas ou pão, ou mesmo os insetos inteiros desidratados, que podem ser comidos como snacks, condimentados com diversos sabores. Para já, estas startups aguardam que a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar regulamente estes alimentos, o que poderá acontecer já no início do próximo ano. Daniel Murta e Rui Neves, os dois empreendedores da EntoGreen, salientam o elevado valor proteico deste alimento e que apenas se terão de vencer os receios culturais para transformar esta produção num negócio bastante interessante para os agroprodutores portugueses, com inegáveis vantagens ambientais (ver caixa na pág. 42). Se em Portugal o tema ainda é relativamente desconhecido e não há produtos em comercialização, há países europeus que estão já a comercializar alimenMAIO DE 2019
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Exportações da indústria alimentar e bebidas superam os cinco mil milhões de euros Em 2018, as exportações da indústria alimentar e das bebidas ascenderam a 5.016 milhões de euros, mais 151 milhões do que no ano anterior, o que representou o valor mais alto de sempre, frisou a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA). No total, as vendas do setor alimentar e das bebidas para o estrangeiro representaram no ano passado 8,6% das exportações portuguesas, Entre os principais destinos das exportações da indústria alimentar e das bebidas portuguesas, Espanha voltou a destacar-se, representando cerca de 25% do total exportado. O mercado francês foi o segundo mais ativo, com 9% do total exportado, e o brasileiro o terceiro, com 6% do total. No que respeita às categorias de produtos, continuam a destacar-se o azeite, o leite e produtos láteos e o vinho. “Conforme previsto pela FIPA, conseguimos alcançar este grande objetivo que era ultrapassar os cinco mil milhões de euros em ex-
tos com insetos. Finlândia, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Dinamarca e Áustria são os países que, por terem solicitado um período transitório, estão já a comercializar estes alimentos para consumo humano. A par da EntoGreen, que está ainda a estudar a altura em que avançará para a produção e comercialização de insetos para consumo humano, a Nutrix, a Bug Life-Crunchy Potential, a Portugal Bugs ou a Gotan Bug anunciaram já a intenção de lançar alimentos com insetos incorporados assim que surja a regulamentação europeia, aplicável de imediato em qualquer país comunitário. Francisco Marques, investigador e sócio da Bug Life – empresa incubada no HIESE, em Penela–, salienta que a empresa atua já nos segmentos que são 40 ACT UALIDAD€
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portações, o que revela a qualidade e a diferenciação dos produtos alimentares portugueses”, como sublinhou Jorge Tomás Henriques, presidente da FIPA. Considerando um horizonte mais alargado (2010/ 2018), as exportações do setor da indústria alimentar e das bebidas aumentaram 56%, enquanto que as importações para o mesmo período apenas aumentaram 32%, o que revela ter existido um ligeiro equilíbrio da balança comercial. Entretanto, o Governo avançou com um programa de pactos setoriais para fomentar algumas indústrias estratégicas, onde se inclui o agroalimentar. Os três primeiros Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização, que envolvem o Ministério da Economia e três setores de atividade que representam 697 associados, são a saúde, construção e agroalimentar: "quisémos começar por alguns setores que, pelo peso significativo que já têm nas exportações ou por-
Os produtores agroalimentares procuram diversas formas de se afirmar internacionalmente, apostando em marcas póprias e valorizando, assim, o território e o país onde se criam produtos com características únicas
que enfrentam desafios particulares neste momento, pudessem dar o sinal de como queremos trabalhar com as empresas a partir daqui", explicou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. A ideia é apoiar os esforços da promoção externa das exportações, da internacionalização das empresas portuguesas e também facilitar o acesso a linhas de financiamento. No campo agroalimentar, o Executivo assinou um Pacto Setorial com o Portuguese AgroFood Cluster, com 466 associados e responsável por cerca de 112 mil postos de trabalho e 16 mil milhões de euros de volume de negócios, dos quais mais de cinco mil milhões de euros em exportações. De acordo com o ministro da Economia, "o agroalimentar é um setor de grande crescimento de exportações e, para continuarmos a ser competitivos nessa área, temos que continuar a apostar no conhecimento, na inovação e mesmo na digitalização de processos".
permitidos – do pet food e aquacultura –, mas que está preparada para avançar para os restantes segmentos da alimentação animal (suinicultura e avicultura) e para a alimentação humana logo que a legislação europeia o autorize. "Prevê-se um aumento tão grande das necessidades de proteína para consumo animal que é necessário desenvolver novas formas de produção desta proteína", pelo que será fundamental recorrer aos insetos, sustenta o mesmo investigador, salientando que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) considerou desde 2010 esta solução como uma das mais promissoras para a alimentação animal e humana. Em declarações recentes, também José Gonçalves, da Nutrix, uma empresa
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Cooperfrutas aposta na sustentabilidade com novos produtos e eficiência energética A Cooperfrutas - Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas de Alcobaça iniciou a sua atividade em 1998, em Alcobaça. Em 2010, foram realizados os primeiros grandes investimentos com vista a modernizar a sua unidade industrial, através da modernização da Central Fruteira, melhorando as condições de receção, calibragem, armazenamento, embalamento e expedição da fruta recebdia dos seus associados. A modernização contínua dos seus equipamentos e a aposta em novas tecnologias e infraestruturas permitiram “otimizar custos operacionais e de produção, bem como a melhoria dos produtos e da promoção comercial, apostando na gestão e inovação, na aplicação de novas tecnologias e com a obtenção das certificações internacionais (BRC - British Retail Consortium) e (IFS – International Food Standard), contribuindo desse modo para a estabilidade económica e financeira da Cooperfrutas", destaca João Silva. A nível da comercialização, esta segue depois para os canais da grande distribuição e ainda para exportação. A nível de mercado externo, a Cooperfrutas exporta cerca de 60% da sua produção de pera rocha para diversos países, designadamente Brasil, Alemanha, Espanha, França e Marrocos A comercialização da maçã para mercado externo representa 20/30% da sua produção e tem como destino o Brasil e Espanha. Outra frente de intervenção em que a cooperativa apostou para tornar mais eficiente a atividade desenvolvida para os associados foi concretizada em 2013, através de um plano de racionalização da energia
elétrica, tendo sido ainda instalada uma unidade de miniprodução fotovoltaica de 1.080 painéis solares fotovoltaicos na cobertura do edifício, que produz em pleno, a uma média de 380 MWh por ano. Estes projetos de mode r niz ação tecnológica implicaram investimentos da ordem dos 15 milhões de euros.
Combate ao desperdício e diversificação produtiva No mesmo ano, e no âmbito da sustentabilidade ambiental da sua atividade, a Cooperfrutas lançou um inovador projeto de compostagem dos resíduos orgânicos gerados na central fruteira (tais como folhas e pequenos ramos de árvores). Nesta fase, a compostagem tem sido utilizada quer nos espaços verdes da Cooperfrutas como comercializada para terceiros, em pequenas embalagens com 750 gramas de composto orgânico, embalado em sacos recicláveis para venda em floristas e garden centres. Um “marketing verde, que tem sido uma mais valia nesta economia circular”, adianta João Silva. Com 380 hectares de pomares e um volume de produção superior a 12.500 toneladas de fruta fresca – pera rocha do oeste DOP (denominação de origem protegida) e maçã de Alcobaça IGP (indicação geográfica protegida) –, a Cooperfrutas avançou, em 2015, para um
projeto de aproveitamento de fruta desperdiçada e transformada em puré, embalada em frasco (na foto). A Puré de Fruta é uma nova linha de produtos comercializada pela cooperativa que entrou assim no mercado do processamento para “valorizar um produto que atualmente é subaproveitado na sua comercialização” e que é composto por 100% de fruta proveniente dos produtores desta cooperativa, sem qualquer adição de açúcar. “Este foco no reaproveitamento ajuda a promover a marca e a região, criando vantagens competitivas”, destaca ainda João Silva. O desenvolvimento do produto e do conceito foi realizado em parceria com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), nomeadamente com a Unidade de Investigação de Tecnologia Alimentar, onde se procedeu ao desenvolvimento de diferentes formulações e de diferentes painéis sensoriais para aferir o potencial do produto perante o consumidor. Entretanto, estão já a ser equacionados novos produtos e formatos dos purés.
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O futuro da alimentação. Vamos comer insetos?
Embora ainda não exista legislação que o permita, há já empresas portuguesas a posicionar-se para começar a produzir insetos para a alimentação humana. A EntoGreen – uma marca da Ingredient Odyssey, empresa fundada em Portugal em 2014 – acredita que embora não seja a sua posição atual “fará investimentos nesta área dentro de três a cinco anos”. Para Daniel Murta, médico veterinário e docente da FMV-ULHT, a EntoGreen estará então nessa altura apta para apresentar ao mercado alguns produtos processados com insetos e que poderão fazer parte da alimentação humana. Para já, a empresa suspendeu as suas intenções de enveredar por essa vertente, "devido aos constrangimentos legais e à pouca adesão do público, ainda, à ingestão de insetos". Mas por quê comer insetos? Em primeiro lugar, por serem uma fonte de proteína rica e sustentável, ao contrário da carne, por exemplo, asseveram Daniel Murta e Rui Neves, investigadores e fundadores da EntoGreen-Soluções Agroalimentares Sustentáveis, startup que atualmente já processa, numa unidade-piloto, farinhas com origem em larvas de mosca soldado negro para uso na alimentação animal (na foto).
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O círculo da produção de insetos para alimentação e para fertilização de solos Daniel Murta arrancou com o seu projeto em 2011, “adquirindo larvas de tenébrio molitor, uma espécie de inseto que se desenvolve a partir de farelo de trigo, e o objetivo era utilizá-las em alimentação humana. A ideia era fazer hambúrgueres de inseto, algo que se chegou a experimentar”. “Contudo, à data, os apoios e aceitação do projeto por parte do público em geral eram muito reduzidos e recebemos várias respostas negativas”, admite o empreendedor. Em finais de 2013, arranca a aventura e, com instalações cedidas pelo INIAV-Pólo de Santarém, os fundadores da Ingredient Odyssey começam por entrar na alimentação animal, preparando uma rede de parcerias com agricultores para o desenvolvimento da ideia. “Por seu lado, o Rui vinha a desenvolver a ideia de utilizar os insetos como ferramenta na redução do impacte ambiental de efluentes pecuários, e sendo químico, via a sua utilização essencialmente como combustível, recuperando os nutrientes perdidos pelos efluentes, e com impacte ambiental significativo, como alimento das larvas, as quais eram transformadas em soluções energéticas”, tendo-se juntado à EntoGreen em 2015.
Assim, foi-se redefinindo o foco do projeto. “O foco passou a ser a redução do impacte ambiental do setor agroindustrial, pela valorização de subprodutos vegetais e a utilização dos produtos finais do crescimento das larvas na alimentação animal e na nutrição vegetal”, ou seja, na fertilização orgânica dos solos agrícolas. Um aproveitamento circular, que agrada aos produtores de fruta e hortícolas, que estão a colaborar com a EntoGreen no projeto EntoValor. O tenébrio e o grilo são alguns dos insetos mais propensos ao processamento industrial, como pôde constatar quem visitou o stand da Portugal Startup na Alimentaria 2019, no final de março, uma das maiores feiras ibéricas dedicadas à alimentação, e onde estavam empresas como a Portugal Bugs ou a Bug Life. Esta última está já a produzir diversos tipos de farinha com incorporação de tenébrio e grilo ou ainda estes insetos inteiros congelados, como suplemento para a alimentação animal. Ao incorporar os insetos, a empresa "consegue ter uma vasta panóplia de utilizações, com vantagens excecionais ao nível de proteínas, vitaminas e ómegas, propriedades que ajudam a prevenir doenças cardiovasculares”. Francisco Marques adianta que os produtos são desenvolvidos com composições específicas para cada espécie a alimentar (e, nomeadamente, se se destinam a animais de estimação ou para consumo humano, como os peixes de aquacultura). A nível da alimentação humana, a empresa de Penela está já em testes avançados e irá começar a produzir para este fim logo que seja permitido, esperando que tal aconteça ainda este ano.
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portuguesa que produz uma bolacha sem glúten, com um alto teor de proteína graças a conter farinha de grilo, está confiante de que ainda este ano conseguirá comercializar os seus produtos no mercado português. E quanto a dúvidas sobre o sabor destes alimentos, explica que "com uma taxa de incorporação do animal relativamente baixa [em média, nestes produtos é de 10%], os insetos não marcam muito do ponto de vista do paladar”, garantiu ao "Jornal i" recentemente. Já a Portugal Bugs produz em Matosinhos barras proteicas, massas e farinhas, incorporando o tenébrio, e transformando assim "desperdício alimentar numa fonte de proteína de excelência", enquadra a empresa. De salientar ainda que "estes mesmos insetos possuem enormes vantagens relativamente às fontes mais convencionais de proteína animal, das quais podemos salientar a capacidade de transformarem o alimento que comem em massa edível para a população, necessitam de quantidades muito mais reduzidas de água e não precisam de grandes áreas de exploração", avança a mesma empresa. Também a nível ambiental há vantagens, como sublinha a Portugal Bugs: "os insetos libertam mil vezes menos gases de efeito de estufa do que as
explorações de bovinos". Em breve, os chocolates e produtos de panificação poderão ser outros dos alimentos onde serão incorporados partes de insetos, como forma de enriquecimento proteico. Francisco Marques garante que, nas degustações experimentais que tem realizado com os insetos em forma de farinha ou desidratados inteiros, e após alguma reticência inicial, "no final, as pessoas acabam por provar e ter uma reação positiva". Estas provas são organizadas de acordo com o estabelecido pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Rui Neves, que é igualmente presidente da Portugal Insects, salienta, por seu lado, que ainda existem poucas fábricas (menos de cinco) dedicadas a este processo no mundo inteiro. Contudo, o investimento neste setor está a ganhar escala e estão a ser construídas algumas unidades na Europa, principalmente Holanda e França, adianta. Esta associação nacional, criada em maio de 2018, congrega já nove empresas, dedicando-se a maioria destas à produção de insetos para a alimentação humana, sendo as espécies prediletas o grilo e o tenébrio. “Atualmente, no espaço europeu é apenas permitida a utilização de farinha
de inseto na alimentação de peixes em aquacultura e de animais de companhia. Contudo, prevê-se que o mercado de alimentação de galinhas e porcos seja aberto já em 2019 e 2020, respetivamente”, adianta Rui Neves, que colaborou nomeadamente com a DGAV no desenvolvimento de um “Manual de Boas Práticas na Produção Processamento e Utilização de Insetos em Alimentação Animal”, que foi o primeiro documento do género na Europa e que se encontra também traduzido para inglês. Este será, certamente, um nicho de mercado que alguns pequenos produtores e empresas agroalimentares poderão vir a explorar, com vista a alcançar novos mercados. Relativamente a esta futura produção, a FIPA admite que pode ser um mercado interessante para as empresas. "Naturalmente que a FIPA acompanha todas as tendências e está muito atenta à forma como podem alavancar a competitividade das suas associadas. Julgamos que todas as tendências mais disruptivas devem ser devidamente analisadas do ponto de vista da segurança alimentar, da aceitação por parte dos consumidores e da sociedade em geral e, naturalmente, do impacte que venham a gerar no meio ambiente", afirma Pedro Queiroz, diretor-geral da federação.
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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org MAIO
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
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Broseta apoia investimento na Península Ibérica e mercados emergentes A expansão da Broseta Abogados para Portugal, com a constituição de uma nova sociedade de advogados – Broseta - Roquette Morais e Guerra – pretende consolidar a presença ibérica da marca e oferecer aos clientes em ambos os mercados a prestação integrada de serviços jurídicos.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
s empresas e investidores com interesses na Península Ibérica ou em mercados considerados emergentes, na América Latina ou nos PALOP, podem contar com os serviços jurídicos especializados da nova sociedade de advogados Broseta-Roquette Morais e Guerra, que recentemente se constituíu em Portugal. Este escritório, que deriva da “expansão natural” da Broseta Abogados (sedeada em Madrid e com escritórios também em Valência) para Portugal, resultou na criação de um novo escritório, cujos partners portugueses são Álvaro Roquette Morais e Pedro Guerra. “A Broseta-Roquette Morais e Guerra irá beneficiar da ampla rede de parcerias e escritórios próprios da sociedade espanhola–, com mais 400 advogados –, com destaque para a América Latina”, frisa Álvaro Roquette Morais, managing partner (na foto, entre Julio Veloso e 44 ACT UALIDAD€
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Pedro Guerra). Outros mercados potenciais onde a sociedade pode dar uma mais valia diferenciadora ao nível da “representação e segurança jurídicas dos investimentos internacionais feitos pelas empresas e investidores institucionais (como fundos de investimento)” são alguns dos países dos PALOP, nomeadamente Angola e Brasil. A sociedade em Portugal conta, atualmente, com uma equipa de 15 advogados– a qual deverá duplicar num prazo de três anos–, que se repartem entre as áreas de direito financeiro e bancário, telecomunicações, imobiliário, contencioso, contratação pública, societário e comercial, entre outras. Quanto aos setores de atividade dos principais clientes, podem destacar-se o setor financeiro, as telecomunicações, o imobiliário e startups, e no futuro será implementada também a vertente de wealth management, que é uma
das áreas de atuação tradicionais da sociedade espanhola, adianta Álvaro Roquette Morais. O advogado considera que existe ainda muito interesse de investimento em Portugal por parte de empresas e fundos espanhóis, nos mais variados setores e que “esta nova Sociedade tem uma maneira de trabalhar diferente, verdadeiramente integrada na forma como presta serviços jurídicos, totalmente focada no cliente, na qualidade e nos resultados”. Julio Veloso, partner da Broseta Abogados, salienta, ainda, o grande expertise que a sociedade tem em Espanha ao nível da nova regulamentação europeia da proteção de dados, conhecimentos que pode transmitir aos clientes do escritório da participada em Portugal. Pedro Guerra adverte mesmo que esta área será “fulcral para a reputação das empresas” e até para garantir a sua continuidade.
opinión
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opinião
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opinião opinión
Por Eduardo Serra Jorge*
Nuevas normas en el Régimen de Arrendamiento
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n la sociedad portuguesa, en que el arrendamiento se ha convertido en uno de los mayores debates sociales, motivados principalmente por los antagonismos que separan la posición del arrendador y el arrendatario, muchos solicitaron la acción legislativa en esta materia. A la vista de este panorama, se publicaron la Ley 12/2019 y la Ley de 13/2019, ambas de 12 de febrero. La Ley 12/2019 vino establecer la prohibición del acoso en el arrendamiento (y subarrendamiento). Se considera acoso los actos practicados por el propietario, quien le represente o tercer interesado en la adquisición de la propiedad que perturban, consigan o afecten la dignidad del arrendatario, subarrendatario o de las personas que con éstos residan legítimamente en el arrendamiento, los someta a un ambiente intimidatorio, hostil , degradante, peligroso, humillante, desestabilizador u ofensivo, o impidan o perjudiquen gravemente el acceso y el uso, con un objetivo muy explícito: que el inquilino se sienta en la posición de querer desocupar el inmueble. Ocurriendo situación de acoso en el arrendamiento, el inquilino podrá, en concreto, intimar al propietario para que tome las medidas necesarias para corregir la situación. El propietario tendrá
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30 días para actuar y / o responder a su inquilino. En caso de que no actúe en ese sentido, el inquilino podrá exigir al propietario el pago de una sanción por un valor de 20 euros por cada día a partir del final del plazo de 30 días, hasta que el propietario le demuestre que cumple la intimación. Por su parte, la Ley de 13/2019 tiene como objetivos corregir situaciones de desequilibrio entre inquilinos y propietarios, reforzar la seguridad y la estabilidad del arrendamiento urbano y proteger a los inquilinos en una situación de especial fragilidad, destacándose los cambios en lo que se refiere a la demora del arrendatario, a la forma del contrato de arrendamiento y a la duración y oposición a la renovación del contrato. Con la entrada en vigor de la nueva ley, si el inquilino no paga las rentas, el arrendador tiene derecho a exigir, además de las rentas atrasadas, una indemnización igual al 20% de lo que se esté debiendo (anteriormente podría ser indemnizado en 50%). El propietario tendrá también un plazo de 90 días para notificar al fiador, si existe, para poder exigirle el pago de las rentas. En cuanto a la forma del contrato, que se exige que sea celebrado por escrito, ahora se establece que, en caso de falta de redacción por escrito, el arrendatario podrá probar la existencia del contrato, presentado pruebas de que utiliza
el inmueble sin oposición del propietario, así como demostrando el pago de la renta por un período de seis meses. Sin embargo, las modificaciones más profundas se produjeron en la duración del contrato y en la oposición a la renovación del mismo. De este modo, los contratos de duración determinada tienen ahora una duración mínima de un año y la duración máxima de treinta años. Si no se celebran contratos con el plazo exigido, los mismos se considerarán automáticamente ampliados o reducidos a dichos límites. Estos límites no se aplican a los contratos para vivienda no permanente o para fines especiales transitorios, en particular por motivos profesionales, de educación y formación o turismo, en ellos explícitos. Por otra parte, el contrato celebrado con plazo cierto se renovará automáticamente por un plazo mínimo de tres años si no existe oposición a la renovación. Sin embargo, la primera oposición a la renovación del contrato por parte del arrendador sólo surtirá efecto pasados tres años desde la celebración del contrato, manteniéndose el contrato en vigor hasta esa fecha, a no ser que el propietario o sus hijos necesiten el inmueble para vivir en él. * Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria José Garcia-Sociedade de Advogados Email: esjorge@esjmjgadvogados.com
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opinião
Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614
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Morais Leitão lidera “Legal 500” de 2019 A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares nossa identidade de sociedade full- de mercado de capitais, contencioso, da Silva & Associados foi consagrada -service transpareceram, em especial, concorreência europeia, ambiente e líder no ranking “Legal 500 – Euro- neste ranking . recursos naturais, entre outras. pe, Middle East and Africa” de 2019, No total, foram 15 dos advogados da A lista “Legal 500” é fundamentada com distinção de Top Tier Firm em 17 MLGTS considerados Leading Law- em resultados de pesquisa e ausáreas de atividade e reconhecimento yers :, em áreas como banking and cultação profundas, assim como nos da Morais Leitão Legal Circle e das finance , mercados de capitais, etc. méritos próprios de cada sociedade, suas parcerias em Angola (ALC Ad- Quanto às novas gerações de advo- estando em constante expansão. vogados) e Moçambique (HRA Advo- gados da Morais Leitão, sete foram No total, 47 dos advogados da Mogados). apontados pelo “Legal 500” como rais Leitão mereceram menção no A presença multijurisdicional e a Next Generation Lawyers , nas áreas “Legal 500” deste ano.
BAS reconhecida pelo ranking da Chambers nas áreas de laboral, life sciences e direito público A BAS - Sociedade de Advogados foi reconhecida pelo ranking da Chambers Europe 2019 nas áreas de prática de Employment (banda 4), Life Sciences (“ recognised practitioner ”) e Public Law (” recognised practitioner ”) em Portugal. Os advogados Alexandra Almeida Mota (banda 3) e Pedro Madeira de Brito (subiu para a banda 3) mantêm-se individualmente no ranking do diretório europeu como referências em Portugal no direito do trabalho ( employment ). O ranking individual Chambers Europe 2019 reconhece os
advogados em cada área de prática jurídica nas diversas jurisdições. Constituída em 2010, a BASSociedade de Advogados conta com uma equipa de 25 advogados e um total de 34 profissionais. Além dos escritórios em Lisboa e Porto, a BAS tem presença internacional, através das parcerias e associados em Angola, Brasil e Moçambique. Em 2019, a sociedade passou a contar, como managing partners , com os advogados e sócios Artur Filipe da Silva, Cláudia Monge e Miguel Salvador. No último mês, foi nomea-
do como nvoo sócio o advogado Marco Aurélio Constantino, passando a sociedade a contar com dez partners . O advogado acompanha a sociedade desde a sua fundação e tem larga experiência na área de direito da saúde, nomeadamente em responsabilidade médica, entre outras, como a proteção de dados, contencioso administrativo e direito administrativo. Entretanto, a sociedade criou um novo departamento, dedicado aos temas da imigração e investimento estrangeiro. Textos Clementina Fonseca cfonseca@ ccile.org
Em trânsito: » Os AAAs Advogados reforçaram a sua área de contencioso, com a contratação de Filipa Alfaia Barata, advogada com uma vasta experiência na área de contencioso, quer judicial quer arbitral, nomeadamente em litígios de natureza comercial, assim como em contencioso criminal e contraordenacional. A advogada atua em representação de pessoas e de empresas, grupos nacionais e internacionais, de grande e média dimensão, que operam num vasto leque de setores de atividade. A área de contencioso dos AAAs, liderada por José 48 act ACT ualidad€ UALIDAD€
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Jácome, integra outros experientes advogados, como Bernardo Castro Caldas, Tiago Coder Meira, Miguel Reis de Carvalho, Ana Ribeiro da Costa, suportados por um grupo mais alargado de advogados. » A CCA Ontier anunciou a nomeação de três novos sócios – Martim Bouza Serrano, Marta Duarte e Pedro Antunes, que se irão juntar aos oito já existentes. Os novos sócios irão desempenhar um importante papel no desenvolvimento e consolidação do negócio e da marca CCA em Portugal e na prossecução dos seus objetivos de crescimento a nível internacional. Martim Bouza Serrano integrou a equipa de TMT, Marta Duarte reforçou a equipa de contencioso e Pedro Antunes juntou-se às equipas de trabalho e contencioso.
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setor imobiliário
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Investimento imobiliário na ARU de Lisboa atinge quase seis mil milhões de euros O investimento imobiliário na área de reabilitação urbana (ARU)de Lisboa atingiu, em 2018, um valor recorde de 5,92 mil milhões de euros, correspondente a cerca de 13.150 transações, apurou a “Confidencial Imobiliário”. Esta atividade reflete a transação de todo o tipo de imóveis (desde prédios a frações), incluindo os diversos segmentos (desde residencial a comercial, serviços ou terrenos). Trata-se de um volume de investimento inédito neste território (considerando o reporte de dados realizado desde 2014) e assinala um crescimento de 38% face aos 4,28 mil milhões de euros transacionados no ano anterior. Também em número de operações, a atividade aumentou em 21% (10.880).
O segmento residencial foi o principal alvo de investimento, concentrando 84% das transações registadas (mais de 11.700 operações) e 68% do volume investido (4,03 mil milhões de euros). Face ao ano anterior, o investimento em habitação cresceu 42%, comparando com os 2,85 mil milhões de euros investidos em 2017. Os imóveis de comércio e serviços pesaram 21% em volume, apresentando também uma evolução positiva (22% para 1,28 mil milhões de euros) face a 2017. Em número de operações, concentraram 12% do total (cerca de 1500 transações). A transação de terrenos também se mostrou dinâmica, movimentando mais de 100 milhões de euros em 2018. Em termos geográficos, as Avenidas
Novas e Santa Maria Maior foram as freguesias com maior volume de investimento, cada uma transacionando cerca de 750 milhões de euros, seguidas por Santo António, com 688,5 milhões de euros de investimento. Entre as freguesias com maior representatividade no investimento em 2018 incluem-se ainda Arroios (519 milhões de euros), Estrela (415 milhões de euros) e Misericórdia (410 milhões de euros). No total, este conjunto de freguesias representa 60% de todo o montante transacionado na ARU de Lisboa, mas verifica-se uma crescente dispersão do investimento a cada vez mais zonas da cidade, tendo duplicado (de 6 para 12) o número de freguesias onde o investimento supera os 200 milhões de euros.
Sierra Portugal Fund vende LeiriaShopping mas continua com gestão do centro
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Sierra Portugal Fund – fundo participado e gerido pela Sonae Sierra – chegou a acordo para a venda do LeiriaShopping, numa transação de 128 milhões de euros, anunciou a Sonae Sierra, grupo que continuará responsável pela gestão e comercialização do centro comercial. A sociedade gestora de centros comerciais adiantou
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que a transaçãose “insere na estratégia de reciclagem de capital que a Sonae Sierra tem vindo a implementar com sucesso, com o objetivo de investir em ativos com oportunidades de criação de valor, bem como em projetos de desenvolvimento”. Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra, destaca que a transação
“é um marco importante na implementação da estratégia da Sonae Sierra e uma prova da elevada qualidade dos ativos imobiliários em que investimos. Em paralelo, a manutenção da gestão do LeiriaShopping comprova a elevada confiança dos investidores institucionais na nossa experiência e know-how e a contínua aposta na Sonae Sierra enquanto parceiro operacional de eleição nas várias geografias onde estamos presentes”, frisa ainda. Inaugurado em 2010, o LeiriaShopping disponibiliza 44.400 metros quadrados de área bruta locável e 117 lojas, bem como um parque de estacionamento com capacidade para mais de 1.800 viaturas. “Localizado numa área com aproximadamente 300 mil habitantes, o LeiriaShopping tem apresentado um excelente desempenho desde a sua inauguração, com plena ocupação da sua área comercial e mais de sete milhões de visitas em 2018”, adianta a Sonae Sierra.
sector inmobiliario
setor imobiliário
MAPFRE marca presença na primeira cimeira sobre alojamento local e hotelaria A seguradora MAPFRE marcou presença no “European Hospitality Summit 2019”, o primeiro evento em Portugal dedicado exclusivamente ao tema do alojamento local e hotelaria, organizado pela AHRESP - Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, e que decorreu no passado dia 13 de abril, em Lisboa. Segundo Luís Anula, CEO da MAPFRE, “estamos muito satisfeitos com a participação neste evento de dimensão nacional, pois, além de ir ao encontro da nossa crescente aposta no segmento de turismo, teremos oportunidade de prestar aconselhamento a todos os profissionais da área sobre questões relacionadas com os seguros mais adequados ao seu perfil e negócio”. Recentemente, a MAPFRE desenhou uma solução específica para alojamento
local, com a integração dos seguros de Responsabilidade Civil Exploração, Acidentes Pessoais e Multirriscos Empresa. No âmbito da parceria estabelecida entre a MAPFRE Seguros e a AHRESP, apresenta ainda como oferta complementar o seguro para Obras e/ou Remodelações. O “European Hospitality Summit 2019”, o primeiro evento em Portugal dedicado às tendências do alojamento local e hotelaria, contará com vários painéis e sessões sobre temas como inteligência artificial, futuro da hospitalidade, tendências digitais e mudanças na formação desta indústria, que contarão com a participação de diversos oradores e peritos nestas áreas.
Desde o início de 2018, surgiram 22.550 novos estabelecimentos de alojamento local, o maior aumento registado ao longo do período de boom da atividade em Portugal, sendo Lisboa o concelho de maior concentração, com mais de 15 mil registos. De acordo com o Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL), em Portugal a atividade disparou nos últimos quatro anos, aumentando de 14 mil registos, em 2014, para mais de 77 mil, em 2018.
Bolhão: o que vai mudar no principal mercado de frescos do Porto A obra de restauro e modernização do mais antigo e tradicional mercado de frescos da Invicta, classificado como monumento de interesse público desde 2013, fica apenas concluída no próximo ano, mas já é possível identificar algumas mudanças (ver maquete). Atualmente, estõ a ser realizadas as obras de reforço da estrutura e das fundações do edifício e a construção de um piso subterrâneo. Em conjunto, estas são as fases mais complexas e delicadas da obra, após a demolição total de todo o interior do mercado, entretanto já concluída. De acordo com Filipe Azevedo, administrador da Lucios – empresa com a responsabilidade da empreitada de restauro e modernização do mercado– , “a estabilização do edifício, que se encontrava em risco, é agora uma das nossas principais preocupações. Trata-se de
um processo complexo, que envolve a reconstrução de muitas das fundações originais. Temos ainda uma equipa de geólogos a acompanhar todo o processo, por forma a garantir que o edifício se vai manter estável e seguro”. Na prática, estão a ser aplicadas mais de 1.220 micro estacas para reforço das fundações, através da perfuração do solo e injeção de cimento, perfis metálicos e varões de aço. Após este processo, vai iniciar-se o rebaixamento do piso térreo, destinado à construção de um parque de estacionamento e áreas técnicas
para uso exclusivo dos comerciantes. Nesta cave, que servirá também como zona de cargas e descargas, existirá uma zona para aprovisionamento de frescos. A fase que se segue é dedicada à caixilharia, vidros e coberturas. Aqui, o maior objetivo é devolver a autenticidade primordial do Mercado do Bolhão, quer na estética como nos materiais e nos sistemas de produção dos mesmos. Todos os materiais estão a ser produzidos em Portugal, respeitando o modo de manufatura de antigamente. A empreitada, que tem um custo superior a 22 milhões de euros, promete ainda devolver o conforto e a segurança a comerciantes e visitantes, através da melhoria de redes de eletricidade e esgotos, sistemas de climatização e acessos, incluindo para pessoas com mobilidade reduzida e ligação direta ao Metro. MAIO DE 2019
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setor imobiliário
sector inmobiliario
BPI financia primeiro projeto concluído no âmbito do IFRRU 2020
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BPI foi o banco financiador do projeto de reabilitação da antiga Empresa Fabril da Trofa, um edifício industrial emblemático do século XX, agora sede corporativa do grupo português Vigent Group. Trata-se da primeira obra concluí-
da com o apoio do IFRRU 2020, contando com um financiamento através da Linha BPI/IFRRU 2020 – Reabilitação Urbana. A Linha de Crédito BPI/IFRRU 2020 – Reabilitação Urbana é o único produto de reabilitação em Portugal em que o reembolso da parte bonificada ocorre mais tarde, beneficiando ainda de uma redução de comissões de 50% face ao preçário geral do BPI. O Vigent Group possui investimentos em diversas áreas como a
engenharia e proteção de aço (Metalogalva), a indústria e comércio de produtos do mar (Brasmar) ou ainda o desenvolvimento e a gestão de ativos imobiliários, destacando-se como um dos maiores empregadores da região da Trofa. BPI com quota de 60% no volume total de financiamentos IFRRU 2020 O BPI chegou ao final de janeiro de 2019 com 25 contratos celebrados, num total de 130 milhões de euros de financiamentos, que representam 32.4% do total de fundos atribuídos ao banco nesta linha (400 milhões), a qual está em vigor até 2022.
Grupo Altis Hotels duplica faturação em seis anos A
faturação do grupo Altis em 2018 atingiu 32 milhões de euros, mais 10% comparativamente com o ano de 2017. A taxa de ocupação média foi de 81,5%. Para este crescimento o Altis Grand Hotel contribuiu com vendas de 48%, seguido do Altis Belém com 20%, Altis Avenida Hotel com 17%, Altis Prime com 11%, e Altis Suites com 4%. Segundo Diogo Fonseca e Silva, diretor-geral de Operações do grupo, “Um dos nossos principais objetivos para 2019 é manter a taxa de ocupação e crescer em preço médio”. No ano que o grupo celebra 45 anos, continua a sua expansão na cidade de Lisboa. O Altis Avenida Hotel (na foto), o cinco estrelas da Praça dos Restauradores, já conta com mais 46 quartos e suites e um recém-contruído sundeck no último piso, bem como um gastro-bar no sétimo piso,
com vista panorâmica para o centro da cidade e para o rio Tejo, que será um novo conceito de restauração, com a assinatura do chefe João Rodrigues. O presidente do conselho de administração do grupo, Raúl Martins, destacou ainda que a performance económica e financeira em 2018 foi muito positiva, tendo o EBITDA crescido para cerca de dez milhões de euros. O rácio dívida/ EBITDA está a evoluir muito positivamente, a estrutura de capitais próprios é muito sólida com um indicador de autonomia financeira de cerca de 40%, sublinhou ainda. Para 2021, está prevista a abertura do Altis Porto Hotel, um cinco estrelas com 92 quartos, restaurante, bar,
Spa, salas de reunião e sundeck, com piscina panorâmica sobre o Douro. Entretanto, o grupo Altis continua a avaliar diferentes propostas para assumir contratos de gestão de unidades, sobretudo nas cidades do Porto e de Lisboa. A estratégia de crescimento do grupo passa pela consolidação das suas unidades próprias e por integrar mais unidades em regime de gestão.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Vinhos & Gourmet
vinos & Gourmet
Confrarias de Portugal: “heróis” da terra, nobres produtos e pratos
Quase todos usam capa ou capuz e criaram confrarias para proteger e promover os produtos e receitas típicas das suas terras. A jornalista Ana Catarina André e a fotojornalista Marisa Cardoso viajaram por Portugal para contar as histórias e as motivações destes confrades, agora publicadas num livro.
“O
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
Butelo (enchido transmontano feito com bexiga ou estômago de porco e recheado com ossos e cartilagens do animal oriundas do rabo ou da espinha) com casulas (feijão seco) estava praticamente extinto, mas atualmente é servido em vários restaurantes de Bragança”, lembra a jornalista Ana Catarina André (à esquerda, na foto), coautora com a fotojornalista Marisa Cardoso (à direita, na foto) do livro “Confrarias de Portugal”. O exemplo do Butelo é representativo do trabalho das confrarias em benefício da gastronomia tradicional portuguesa: “Quando a confraria surgiu, em 2011, era preciso fazer uma reserva com 15 dias de antecedência para se comer Butelo em Bragança. Em 2018, é possível encontrá-lo todo o
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ano em mais de 90% dos restaurantes lizar um trabalho mais profundo e amda cidade”, garante o Gran Mestre da plo, que desse a conhecer aquele esforço Confraria do Butelo e da Casula, Mil- de valorização e preservação das traditon Roque, numa das passagens do livro ções e da cultura nacionais”, como exrecentemente editado em parceria com plicam as autoras na introdução do livro a Federação Portuguesa das Confrarias “Confrarias de Portugal”. Mais de 13 mil quilómetros depois, a obra compila hisGastronómicas (FPCG). A ideia de um livro sobre confrarias tórias de 56 confrarias gastronómicas e impôs-se naturalmente, a meio de uma báquicas, espalhadas por Portugal Conreportagem para a revista Sábado, que tinental e Açores. Confrarias que defenconduziu Ana Catarina André e Marisa dem produtos pouco conhecidos como Cardoso, num dia, a Almeida (Confra- o chícharo (uma leguminosa que se deria Gastronómica dos Aromas e Sabores senvolve nos solos calcários da Serra de Raianos, que junta portugueses e espa- Sicó); confrarias com nomes sugestivos, nhóis), Alvaiázere (Confraria do Chí- como a Confraria da Foda Pias - Moncharo), Carapelhos (Confrarias dos Na- ção (nome que deriva de um embuste: o bos e Companhia) e Oliveira do Bairro hábito de vender cordeiro com a barriga (Confraria dos Rojões da Bairrada com cheia de água para que parecesse mais Grelo e Batata à Racha). “Durante a via- gordinho); Confrarias que defendem gem percebemos que era imperativo rea- mais do que um produto, como a Con-
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fraria do Bolo Podre e da Gastronomia de Montemuro; Confrarias só de mulheres, como a Confraria Gastronómica As Sainhas (redenho de porco)… Todas procuram resgatar receitas de pratos que se estavam a perder e reintroduzir determinados produtos locais na gastronomia local. Os confrades organizam encontros, feiras gastronómicas e incentivam os restaurantes da zona a cozinhar estes produtos e pratos. “Estas pessoas põem a alma no trabalho que estão a desenvolver, investigam muito, recolhem testemunhos, sobretudo orais, de receitas que estão a cair em desuso, junto dos mais idosos. A Confraria do Ribatejo, por exemplo, está a editar essa recolha. É um trabalho muito valioso”, observa Ana Catarina André. Marisa Cardoso acrescenta que “a atividade desenvolvida pelas confrarias acaba por transformar as economias dessas terras”, dinamizando a agricultura, o comércio, a restauração, a hotelaria, etc, argumenta. A fotojornalista explica que, seja qual for o contexto, procura retratar as pessoas “como se fossem heróis” e, neste caso, não é difícil perceber a dimensão heroica da atividade das confrarias. Como frisa Ana Catarina André, há muito de história social neste livro: “Quisemos retratar a história dos produtos e/ou dos pratos, tentando dar a conhecer a vertente de esforço humano, de engenho e de astúcia ligados à gastronomia. Isto porque muitos destes pratos nasceram de uma estratégia para aproveitar de forma saborosa o pouco
que havia para comer. Os portugueses, ao longo do tempo, foram muito inteligentes na forma como geriram os recursos disponíveis. Essa capacidade fez nascer iguarias extraordinárias.” Genuinidade e inovação Além da ideia de preservar a genuinidade do produto, algumas confrarias querem fomentar também a inovação em torno do produto, conta Marisa Cardoso, dando o exemplo da Confraria da Cebola, no Castêlo da Maia: “Esta confraria tem um projeto para envolver os jovens das escolas profissionais, que consiste num concurso de novos pratos feitos com os diversos tipos de cebolas.” Além dessa dimensão económica e social, a obra acaba por ser um testemunho das diferenças geográficas do país, como sugere Marisa Cardoso: “Queria muito que o livro mostrasse Portugal, a diversidade de paisagens que há de norte a sul, de terra para terra.
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Quis retratar os confrades num cenário que pudesse comunicar também o património histórico ou geográfico da região de cada confraria.” Questionadas sobre o que mais as impressionou, as repórteres indicam “a generosidade das pessoas”, a forma como foram recebidas em todo o lado. Também “o empenho, quer dos confrades, quer dos locais, em preservar e promover o que as suas terras têm de especial, de único”, assinala Marisa Cardoso, lembrando-se do casal de moleiros que fornece o milho para os carolos e papas de milho, em Tondela: “São duas pessoas muito inspiradoras. Trabalham diariamente em dois moinhos de água, onde transformam o milho em farinha, desde que regressaram da África do Sul, em 1980. Tudo ardeu à volta deles no incêndio de outubro de 2018, no concelho de Tondela, mas conseguiram salvar os moinhos.” As confrarias começaram a surgir em finais da década de 80 do século passado, mas a maioria é do início deste século. Na Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas estão registadas 83 associações sem fins lucrativos. Cada confraria tem um traje específico, habitualmente formado por uma capa, com ou sem sobrecapa, e chapéu ou então um capuz. Usam também uma insígnia que alude aos produtos ou pratos que inspiram a confraria. Os novos confrades são convidados pelos membros da confraria. MAIO DE 2019
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epois da presença no “ASI Contest of the Best Sommelier of the World”, onde a Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) levou vinhos e espumantes da Bairrada até Antuérpia (Bélgica), a fim de os dar a conhecer junto de sommeliers de vários pontos do mundo, foi a vez, recentemente, de uma promoção inversa, com a visita de 15 masters of wine internacionais à região. Foi no passado dia 29 de março, no âmbito de IMW Tour to Portugal, uma iniciativa da ViniPortugal em parceria com o Institute of Masters of Wine (IMW) e cujo programa convidou a “Descubra(ir) as regiões do Alentejo, do Dão e da Bairrada”. Na Bairrada, o ponto de encontro foi no emblemático Museu do Vinho Bairrada, local ideal para que os masters pudessem aprofundar conhecimentos sobre a região, o seu terroir, castas e vinhos. “An
overview of the Bairrada Region” deu mote ao momento de partilha, conduzido pelo jornalista e crítico de vinhos Luís Lopes. Pedro Soares, presidente da CVB; os produtores e enólogos Luís Pato e Luís Patrão; e Dirceu Vianna Junior – o único master of wine de língua portuguesa – acompanharam o dia de trabalhos, com o intuito de melhor acompanharem e esclarecerem a comitiva presente, no que toca à viticultura, à produção e ao negócio à volta do vinho na região. Depois de uma “formação teórica”, foi tempo de se passar à degustação bá-
Foto Hélder Coelho
Masters of wine internacionais em formação na Bairrada D
quica, composta por mais de quatro dezenas de vinhos de vários produtores: Adega de Cantanhede, Aveleda, “Baga Friends”, Campolargo, Casa de Saima, Casca Wines, Caves Arcos do Rei, Caves do Solar de São Domingos, Caves São João, Idealdrinks, Kompassus, Lusovini, Messias, Quinta dos Abibes, V Puro e Vadio Wines.
Museu da 1.ª Demarcação com site e entrada gratuita uma vez por mês
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m agosto do ano passado, a Real Companhia Velha inaugurava um novo centro de visitas, o 17•56 Museu & Enoteca, localizado à beira do rio Douro, no Cais de Gaia. Um espaço cheio de dinâmica e que ganhou recentemente o prémio de “Melhor Enoturismo”, pela “Revista de Vinhos”. Agora, o museu pode ser “visitado” online, através do site
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Museurealcompanhiavelha.pt, e cuja entrada é gratuita uma vez por mês, para cidadãos nacionais ao segundo sábado. A apresentação do espaço no universo online engloba uma curta explicação sobre a missão e os objetivos do 17•56 Museu da 1.ª Demarcação. Pode ler-se sobre a Exposição Permanente, ou seja perceber como está segmentado o museu em si e o que significa cada um dos seus sete capítulos. A cada mês, Ana Paula Dias, conservadora do museu, elege para o site a “Peça do Mês”, descrevendo-a. No separador “Coleções”, é feita uma súmula sobre o espólio etnográfico e documental – onde se destaca o Alvará Régio assinado por D. José I, exposto no Museu na versão
original, intocável, e em duas versões digitais, passíveis de serem folheadas –, assim como as obras de pintura, entre outras peças que fazem parte do acerco da empresa. No site, em epígrafe, consta também uma breve apresentação da Real Companhia Velha, assim como da totalidade do centro de visitas 17•56 Museu & Enoteca, que, como o nome indica, acrescenta ao Museu a Enoteca, no primeiro piso. Todos os detalhes sobre localização, como chegar, horários, tipologia de bilhetes disponíveis e contactos estão também presentes neste espaço online. Para além de informativo, dispõe de algumas fotos, dispostas a “abrir o apetite” para a visita in loco ao 17•56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha.
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Lua Cheia em Vinhas Velhas lança duas novas produções Q uinta do Bronze 2015 e Maria Bonita Loureiro Barrica 2017 são os dois novos vinhos do produtor Lua Cheia em Vinhas Velhas. As duas novas referências têm a assinatura do enólogo Francisco Baptista. “Tenho procurado os anos incríveis e encontrei”. O mote é dado por Francisco Baptista, o enólogo da Lua Cheia em Vinhas Velhas. A insígnia, para além de procurar produzir vinho em várias zonas do país, tem também procurado oferecer vinhos diferenciados – Poseidon, o vinho que tem embarcado em navios bacalhoeiros, é um bom exemplo. Mas a busca de Francisco não para aqui e este ano sai para o mercado o Quinta do Bronze 2015. Tudo começa no Vale do Pinhão, região de Cima Corgo, no Douro, a
350 metros do rio. Desde 2013 que se fazem ali colheitas à procura do perfil ideal, testando as diferentes parcelas e castas existentes neste terroir. Até 2015, surpreendeu por ser precisamente “um ano incrível”. Começa então o trabalho de Francisco Baptista até obter o Quinta do Bronze, que se chama assim porque, entre vinhas, há umas ruínas de uma antiga quinta que datam de 1823. Por entre os colaboradores, começou a dizer-se que aquela Quinta já era da Idade do Bronze, embora sem fundamento histórico, como rapidamente se percebe. Mas o certo é que a expressão ficou. “Como está a correr a vindima na Quinta do Bronze?”, ouvia-se então. Relativamente ao vinho agora obti-
do, este resulta da junção das castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinto Cão. Depois da vinificação clássica, o vinho foi submetido a 24 meses de estágio em barrica e depois a 12 meses já em garrafa. O resultado é um vinho de cor rubi, repleto de intensidade, com aroma intenso mas elegante. Na boca, faz-se sentir estruturado e equilibrado, fresco e vibrante. A acidez está no ponto que o enólogo desejava: “excelente”. As notas frutadas combinam com a sublimidade da barrica e esta experiência prolonga-se através de um final de boca muito extenso. Como já percebe, esta é uma garrafa que se abre para harmonizar com cozinha tradicional portuguesa, pratos genuínos e possantes ou com queijos intensos.
Contraste traz vinhos para beber a qualquer hora É sob a chancela da Conceito Vinhos, empresa familiar sediada em Cedovim e liderada pela enóloga Rita Marques, que as novas colheitas Contraste Branco 2017 (na foto) e Contraste Tinto 2016 se apresentam ao mercado. Em cada garrafa, um convite: descobrir a multiplicidade de terroirs e os contrastes da região do Douro, de uma forma simples e descontraída. O novo Contraste Branco, recorda um dos anos mais desafiantes para a região. 2017 ficou marcado por um inverno frio e chuvoso e um verão excessivamente quente, o que atrasou a maturação da uva. Com experiência e mestria do binómio viticultura-enologia, foi possível contornar as condições meteorológicas atípicas e colher uvas saudáveis e equilibradas.
É desenhado a partir das castas Rabigato, Códega de Larinho, Códega e Arinto, plantadas em vinhas com cerca de 40 anos, localizadas num pequeno planalto granítico, a alguns quilómetros a oeste de Vila Nova de Foz Côa. Após a vinificação, parte do vinho estagiou durante oito meses em barricas de carvalho francês, o que lhe confere uma impressionante concentração, não descurando a precisão na fruta citrina e mineralidade. Pronto a beber, é a companhia ideal para pratos de peixe e vegetarianos, esperando-se, contudo, que melhore em garrafa durante cinco a dez anos. Já o Contraste Tinto 2016, exemplar vivo de uma colheita de luxo na região, tem origem em vinhas velhas, sendo composto maioritariamente por Touriga Franca, Touriga
Nacional e Tinta Roriz. Após a fermentação em cubas de aço inoxidável, repousou durante 18 meses em barricas usadas de carvalho francês. O resultado é um vinho sério, com um equilíbrio perfeito entre a acessibilidade da sua juventude e a estrutura tensa e profunda. Sem compromissos com a longevidade, sugere melhorar em garrafa durante pelo menos 10 anos. O tinto perfeito para pratos do dia a dia, como guisados ou estufados.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR MAIO DE 2019
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
EDP Ventures e Busy Angels reforçam investimento na Enging A
Enging, startup portuguesa especialista em manutenção preditiva de ativos industriais, fechou uma nova ronda de investimento, no valor de mais de 1,1 milhões de euros, que servirá para acelerar a sua estratégia de internacionalização. A Busy Angels, que mantém relação com a empresa de Oliveira do Hospital praticamente desde a sua fundação, reforça, assim, a sua confiança na solução desenvolvida e na equipa. Já a EDP Ventures, faz o seu primeiro investimento na startup, que também já trabalhava diretamente com o grupo EDP. A Enging surgiu com o objetivo de colocar no mercado soluções de manutenção preditiva diferenciadoras e que garantissem melhores resultados aos clientes. Com um algoritmo próprio, oferece uma solução que permite prever e identificar avarias em
equipamentos industriais – motores e transformadores –, em tempo real e online. Com presença em Portugal, Espanha, Reino Unido, Itália e Brasil, onde trabalha com utilities (elétricas e de águas), centrais nucleares e indústria petroquímica e de pasta de papel, a empresa quer agora cimentar presença em novas regiões: “Queremos explorar novas opções, já que as nossas soluções podem ser aplicadas a toda a indústria que contenha motores elétricos e transformadores. Este investimento vai permitir-nos acelerar a nossa operação comercial rumo à região DACH (Alemanha, Suíça e Áustria) e à Índia, zonas muito fortes na indústria”, afirma Marco Ferreira, CEO e fundador da Enging. O peso dos mercados externos é, atualmente, de 50% no volume de
faturação da startup. A expetativa é que, este ano, o valor aumente para 60% e que, a longo prazo, atinja os 90%. “Desde o nosso investimento, em 2014, que a Enging tem tido um grau de adoção notável por parte dos seus exigentes clientes nacionais e internacionais. Além do voto de confiança que damos à equipa, pretendemos com este nosso reforço de investimento criar as condições para rapidamente colocarmos os produtos da Enging em mais mercados e mais clientes”, afirma Francisco Ferreira Pinto, administrador executivo da Busy Angels. A EDP Ventures, que gere um portefólio de mais de 70 milhões de euros, investiu agora um milhão de euros na Enging, que já trabalha com a EDP Distribuição desde a sua fundação.
Solução de NB-IoT permite encontrar em tempo real lugares de estacionamento em Cascais A Vodafone Portugal avançou com um projeto pioneiro de NarrowBand-IoT (NB-IoT) no Município de Cascais, através da Cascais Próxima, que permitirá a quem vive ou visita a Vila encontrar, em tempo real, os lugares de estacionamento disponíveis nas principais e mais procuradas artérias do concelho. A solução Smart Parking, desenvolvida para a Cascais Próxima, abrange a Praia de Carcavelos e a Boca do Inferno. A solução estará integrada no ecossistema MobiCascais, permitindo ao utilizador da app MobiCascais identificar lugares livres nas zonas monitorizadas por sensores. Esta solução foi desenhada com recurso a duas tecnologias distintas que dão resposta às diferentes necessidades das zonas abrangidas: os sensores de NB-IoT na Boca do Inferno têm a particularidade de estar escondidos no subsolo 58 ACT UALIDAD€
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e, como tal, não estão visíveis ao público; na Praia de Carcavelos serão instaladas câmaras inteligentes que, além de monitorizarem os lugares disponíveis, permitem o controlo de veículos mal estacionados. Este projeto reforça a posição vanguardista do município de Cascais na adoção de novas tecnologias que têm posicionado o concelho como smart city. O NB-IoT tem inúmeras vantagens, com destaque para a segurança na ligação massiva de dispositivos IoT, maior vida útil das baterias dos equipamentos e, consequentemente, maior longevidade, o seu baixo custo de implementação para grandes áreas geográficas ou infraestruturas urbanas e a cobertura de longo alcance. A MobiCascais é a aplicação móvel do município de Cascais que suporta a
inovadora estratégia de mobilidade integrada do concelho, permitindo aos visitantes ou munícipes a aquisição e uso, de forma simples, de vários serviços de mobilidade. “A liderança do grupo Vodafone em Internet of Things, com uma gestão mundial integrada de quase 81 milhões de cartões, é o selo de garantia para a crescente procura de projetos de narrow band IoT por parte do tecido empresarial português”, afirma Paula Carioca, administradora do segmento empresarial da Vodafone Portugal. “A curto prazo, novos serviços, como o car sharing, e o uso de trotinetes serão disponibilizados nesta app”, que deverá atingir a cerca de 10 mil lugares de estacionamento no concelho, refere, por seu lado, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais.
Ciencia y tecnología
ciência e tecnologia
CDI Portugal lança prémio “Transforma TI” para as melhores aplicações tecnológicas O município de Valongo e o CDI Portugal, entidade responsável pelo Apps for Good – programa educativo tecnológico em que jovens criam aplicações para resolver problemas –, acabam de anunciar o lançamento do prémio “Transforma TI”, que irá distinguir as melhores aplicações tecnológicas que resolvam problemas sociais. O Centro de Cidadania Digital de Valongo será o espaço da aceleradora que vai ajudar a desenvolver ideias ou soluções tecnológicas nas melhores apps para que estejam prontas a serem usadas e comercializadas em Android ou IOS. O produto tecnológico terá obrigatoriamente um fim social que ajude a resolver questões do dia a dia e que promovam a melhoria da qualidade de vida dos utilizadores ou a resolução de
um problema da comunidade. Os participantes deverão ter entre 12 e 35 anos, serem residentes ou estudantes no concelho de Valongo e terem uma ideia ou uma app já desenvolvida, mas não comercializada ou disponível no mercado. A participação na competição envolve duas modalidades: Full Stack, em que integram 13 sessões de duas horas semanais para desenvolver o produto tecnológico com acompanhamento especializado e mentoria; e Flex Path, em que não têm de participar nas sessões previstas na modalidade anterior à exceção de três sessões de acompanhamento. Os vencedores do prémio serão conhecidos a 17 de julho. A ideia, o produto e a comunicação da ideia serão os três
critérios que o júri irá avaliar para determinar as seis melhores aplicações, seja a nível individual ou em equipa. “Queremos ajudar a transformar ideias inovadoras em projetos de empreendedorismo social, promovendo o talento tecnológico e desenvolvendo as competências sociais de todos os jovens de Valongo. O Centro de Cidadania Digital de Valongo quer ajudar a transformar o concelho num cluster tecnológico de referência nacional”, afirma João Baracho, diretor executivo do CDI Portugal, acrescentando ainda que iniciativas destas só são possíveis quando incentivadas por executivos municipais com uma visão clara da importância da tecnologia para a modernização e bem-estar das comunidades.
Sword Health fecha financiamento de 7,1 milhões de euros A Sword Health, startup tecnológica portuguesa que criou o primeiro sistema de fisioterapia digital que alia Inteligência Artificial a equipas clínicas humanas, acaba de anunciar que fechou um financiamento no montante de oito milhões de dólares (7,1 milhões de euros). A ronda de investimento de série A foi liderada pela Khosla Ventures e apoiada por outros business angels, contando ainda com a participação dos atuais investidores. Esta ronda de investimento vai permitir à Sword Health reforçar a sua expansão para os Estados Unidos: o objetivo da empresa é colocar o seu Terapeuta Digital em casa de cada vez mais pacientes, desenvolver as capacidades de engenharia do seu produto e investir na sua validação clínica, que provou recentemente que o programa da Sword é mais
eficaz na recuperação dos pacientes do que a fisioterapia convencional. O Terapeuta Digital de Inteligência Artificial da Sword leva a fisioterapia a casa dos pacientes, tornando-a mais conveniente e fácil de usar. Paralelamente, uma equipa clínica composta por fisioterapeutas e médicos prescreve, avalia, valida e supervisiona de forma remota todo o programa terapêutico. A abordagem da Sword permite reduzir a dor e incapacidade associadas às patologias musculoesqueléticas, que afetam uma em cada três pessoas no mundo e mais de metade da população americana, diminuindo assim os gastos com cirurgias e medicamentos. Estas doenças têm um custo anual de 190 mil milhões
de dólares (168.890 milhões de euros) só no mercado norte-americano. A Sword Health já está a trabalhar com algumas das maiores seguradoras dos Estados Unidos para tratar e prevenir as doenças musculoesqueléticas. O objetivo final é reduzir para metade os custos com estas patologias nos Estados Unidos, fornecendo ao mesmo tempo uma terapia com maior qualidade e conforto aos pacientes.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR MAIO DE 2019
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Porsche Macan Spirit
Espírito ibérico
A Porsche Ibéria já iniciou a comercialização de uma versão limitada do Macan, denominada Macan Spirit. Esta edição especial para o mercado ibérico inspira-se no 924 S Spirit de 1988, homenageando a filosofia que caracterizou a Porsche no seu início, de construir desportivos muito ligeiros, equipados com motores de pequena cilindrada e de excelentes prestações desportivas.
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nome e o espírito desta série especial nascem a partir de outro Porsche único, o 924S Spirit de 1988, que também só foi vendido em Portugal e em Espanha. Além disso, ambos os modelos têm em comum o facto de só serem vendidos em duas cores, branco e preto, distribuídas em partes iguais entre as unidades disponíveis. No caso do 924S Spirit,
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só foram produzidas quinze unidades de cada cor, ao passo que para o Macan Spirit a Porsche vai disponibilizar 100 unidades em branco e 100 unidades em preto. Agora, passadas mais de três décadas, a marca germânica volta a reconhecer e celebrar a paixão dos portugueses e espanhóis pelos seus desportivos, fazendo renascer esse “Spirit” com o Macan. Entre os elementos adicionais
de equipamento da variante Spirit do Macan em relação à versão de entrada com o motor de quatro cilindros, destacam-se o teto panorâmico, as saias laterais e os retrovisores exteriores anti encadeamento SportDesign e as jantes Macan Turbo de 20 polegadas pintadas em preto, a mesma tonalidade que encontramos nas barras de tejadilho, no para-choques traseiro, nas saídas de escape despor-
sector automóvil Setor automóvel
tivas e nas óticas de LED. No interior, destacam-se igualmente numerosas melhorias, como os tapetes, o pacote de iluminação Confort, o fundo do painel de instrumentos e os cintos de segurança em Vermelho Bordeaux e as cortinas manuais para as janelas traseiras. Também no capítulo mecânico, o Macan Spirit dá um passo à frente ao incluir o sistema de amortecimento variável, Porsche Active Suspension Management (PASM), direção assistida Plus e o sistema ParkAssist, atrás e à frente, com câmara de marcha-atrás.
Em relação a motorizações dispo- cia e 370 Nm de binário máximo. níveis, este Macan Spirit é alimen- Este bloco surge acoplado a uma tado por um motor a gasolina tur- caixa PDK com dupla embraiagem bo de 2.0 litros e quatro cilindros e sete velocidades que permite que que produz 245 cavalos de potên- este SUV acelere dos 0 aos 100
km/h em 6,7 segundos e que chegue aos 225 km/h de velocidade máxima. Todo o equipamento adicional, e ainda o depósito de combustível com 75 litros de capacidade, tornam o Macan Spirit num modelo tão atrativo como exclusivo, no qual o cliente consegue uma vantagem económica superior a 6500 euros, se somar o valor dos elementos, opcionais. Este novo Macan, já pode ser encomendado no nosso país e tem um preço que começa nos 89.911 euros. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
MAIO DE 2019
AC T UA L I DA D € 61
barómetro financeiro
barómetro financiero
Banco de Portugal baixa previsões para o PIB
Foto Alimentaria
Banco de Portugal reviu em baixa as O previsões de crescimento para este ano. O Banco Central prevê, assim, que a
economia nacional cresça 1,7% este ano, uma décima a menos do que o antecipado nas previsões de dezembro. Mesmo assim, a instituição liderada por Carlos Costa antevê que Portugal continue a convergir com a Zona Euro. As expetativas constam do "Boletim Económico" de março. A explicar a revisão em baixa da projeção de crescimento, está o comportamento do PIB no quarto trimestre do ano passado, que ficou aquém do
estimado e cujos efeitos se prolongam para 2019. Também o enquadramento externo está um pouco mais negativo, com a procura externa dirigida à economia portuguesa a ser menor. As novas previsões do Banco de Portugal coincidem com as do Fundo Monetário Internacional (FMI), que também baixou a previsão de crescimento da economia portuguesa em 2019 para os 1,7%, menos uma décima do que na última previsão (de novembro de 2018). A economia da Zona Euro também vai crescer menos.
Taxa de inflação desce para 0,8% em março
Importações continuam a crescer mais do que as exportações no arranque de 2019
Os preços no consumidor subiram 0,8% em março deste ano, divulgou o INE. Após quatro meses de travagem, a inflação acelerou em fevereiro (0,9%) face a janeiro (0,5%), mas voltou a desacelerar em março. Excluindo os produtos energéticos e produtos alimentares não transformados, a inflação subjacente fixou-se nos 0,7% em março, menos do que os 1% registados em fevereiro. As variações são em termos homólogos. A diferença entre a inflação subjacente e a "normal" reflete a variação dos combustíveis, cujos preços avançaram 1,3% em março, depois de terem caído 0,7% em fevereiro. Já a categoria dos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 2% em março (2,1% em fevereiro), frisou ainda o INE.
As exportações de bens aumentaram 4,6% em fevereiro deste ano face ao mesmo período de 2018 enquanto as importações cresceram 12,8%. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), observa-se que no trimestre terminado em cada mês (média dos últimos três meses), as compras ao exterior estão a crescer mais do que as vendas, há sete meses consecutivos. Em janeiro, as importações tinham disparado 16,6% - o maior crescimento percentual desde junho - à boleia da compra de aviões e as suas partes. Já as exportações cresceram 4,1%, continuando a desacelerar face ao mês anterior. Recorde-se que estes dados não são deflacionados, ou seja, não descontam a evolução dos preços dos bens importados e exportados. Em fevereiro, as exportações aceleraram ligeiramente enquanto as importações desaceleraram face ao mês anterior, sendo que parte desta travagem pode estar relacionada com o facto de o mês ter menos dois dias úteis do que janeiro. No entanto, uma análise mais alisada dos números pode ser feita olhando para a média dos últimos três meses feita em cada mês. Nesse caso, as exportações cresceram 5,2% e as importações de bens 11,9%.
Taxa de desemprego cai para os 6,3% em fevereiro, valor mais baixo de 17 anos
A estimativa provisória da taxa de desemprego em fevereiro é de 6,3%, o que representa uma descida de 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esta estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) para fevereiro representa o valor mais baixo desde agosto de 2002. O INE revela ainda que em fevereiro deste ano a população desempregada – cuja estimativa provisória foi de 327,3 mil pessoas – diminuiu 4% (em 13,5 mil pessoas) em relação ao mês anterior e 16,5% (64,6 mil pessoas) em comparação com o mês homólogo de 2018.
O INE confirmou ainda que em janeiro do corrente ano a população empregada foi estimada em 4,848 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,1% (sete mil pessoas) em relação a dezembro de 2018. Já em fevereiro de 2019, a estimativa provisória da população ativa foi, ainda de acordo com os dados mais recentes do INE, de 5,171 milhões de pessoas, tendo diminuído 0,3% (correspondente a menos 16,9 mil pessoas) em relação ao mês anterior (janeiro de 2019) e ficado quase ao mesmo nível (menos 1,9 mil pessoas) comparativamente com o mês homólogo de 2018. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org
62 ACT UALIDAD€
MAIO DE 2019
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial
luso español en el mes de enero-febrero de 2019
D
atacomex-Estadísticas de Comercio Exterior Español acaba de publicar los datos estadísticos del comercio bilateral referente al primer bimestre del año y que recogemos en los cuadros. El año arranca con importantes flujos comerciales en ambos los sentidos, con aumentos del 3,1% en las ventas españolas (3.343,8 millones de euros en 2018 frente a los actuales 3.449,6 millones) y del 0,2% (1.787,9 millones frente a 1.790,9 millones) en las compras españolas, lo que ha generado un saldo favorable a España de 1.661,7 millones y una tasa de cobertura del 192,9%. Los cuadros 2 y 3 referentes a la
distribución geográfica del comercio exterior español confirman una vez más la importante posición del mercado portugués como socio comercial de España. En el ranking de los principales clientes de España, Portugal mantiene la cuarta posición por detrás de Francia, Alemania y Italia, y en la lista de principales suministradores, alcanza la octava posición, con pesos relativos del 7,6% y 3,4%, respectivamente. Por lo que a la distribución sectorial se refiere (cuadros 4 y 5) destacan dos partidas la 87-Vehiculos automóviles, tractor y la partida 84-Máquinas y aparatos mecánicos, ambas lideran las listas y representan juntas el 20 % del comercio bila-
teral. De destacar en la oferta portuguesa la partida 39-Mat.plásticas; sus manufacturas con 131,4 millones de euros y la partida 27-Combustibles, aceites minerales con 115,7 millones, y en la oferta española la partida 27-Combustibles, aceites minerales con 229,6 millones y la 85-Aparatos y material eléctricos con ventas que superan los 222,7 millones. El 47% del comercio bilateral está concentrado en estas cinco partidas referidas anteriormente. Refiriéndonos a la distribución por CC.AA. la oferta española está encabezada por Cataluña, con 778 millones de euros, seguida de Madrid, con 580,1 millones, y Galicia, con
Balanza
1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-febrero de 2019 VENTAS ESPAÑOLAS 19
COMPRAS ESPAÑOLAS 19
Saldo 18
Cober 18 %
ene
913 960,29
828 775,04
190,68
1 724 280,06
883 855,16
840 424,90
195,09
feb
1 706 821,40
873 899,16
832 922,24
195,31
1 619 549,72
907 007,03
712 542,69
178,56
mar
0,00
0,00
0,00
0,00
1 772 798,36
1 024 557,96
748 240,40
173,03
abr
0,00
0,00
0,00
0,00
1 660 720,07
972 023,11
688 696,95
170,85
may
0,00
0,00
0,00
0,00
1 870 420,80
1 012 520,48
857 900,32
184,73
jun
0,00
0,00
0,00
0,00
1 768 703,00
1 056 754,24
711 948,77
167,37
jul
0,00
0,00
0,00
0,00
1 792 110,10
1 050 599,30
741 510,80
170,58
ago
0,00
0,00
0,00
0,00
1 659 938,34
841 414,54
818 523,80
197,28
sep
0,00
0,00
0,00
0,00
1 719 811,59
899 423,91
820 387,68
191,21
oct
0,00
0,00
0,00
0,00
1 974 638,16
1 020 896,56
953 741,61
193,42
nov
0,00
0,00
0,00
0,00
1 927 320,92
964 117,13
963 203,79
199,91
dic
0,00
0,00
0,00
0,00
1 595 440,58
928 133,49
667 307,09
171,90
3 449 556,74
1 787 859,46
1 661 697,29
192,94
21 085 731,71
11 561 302,90
9 524 428,81
182,38
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
64 ACT UALIDAD€
MAIO DE 2019
Cober 18 %
VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 18 ESPAÑOLAS 18
1 742 735,34
Total
Saldo 19
Rankings 2.Principales países clientes de España enero-febrero de 2019
500,7 millones, y en conjunto representan el 54% de las ventas españolas a Portugal. En el sentido contrario, se mantienen a la cabeza estas tres comunidades pero en posiciones diferentes. Madrid surge en la primera posición, con 321,4 millones de euros, seguido de Galicia, con 284,4 millones, y Cataluña, con 277,1 millones, y en conjunto estas tres regiones representaron el 49,4% de las compras españolas a Portugal. Para finalizar, y en relación al comercio exterior español, informamos que las exportaciones españolas de mercancías en este periodo crecieron un 0,3% respecto al mismo periodo del año anterior y alcanzaron los 45.544 millones de euros, máximo histórico de la serie para el acumulado en este periodo. Las importaciones españolas aumentaron un 2,2%, hasta los 52.655 millones de euros, marcando también récord histórico. Como resultado, el déficit comercial de los dos primeros meses del año alcanzó los 7.111 millones de euros, un 16,5% superior que el registrado en el mismo periodo de 2018.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-febrero de 2019 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
6 943 432,62
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
263 285,03
2
004 Alemania
5 113 680,23
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
149 210,12
3
005 Italia
3 617 682,36
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
131 412,18
4
010 Portugal
3 449 556,74
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
115 692,95
5
006 Reino Unido
3 359 860,71
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
95 420,03
6
400 Estados Unidos
2 002 848,57
6
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
67 619,98
7
003 Países Bajos
1 593 038,46
7
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
65 039,57 62 230,04
8
204 Marruecos
1 355 635,26
8
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
9
017 Bélgica
1 238 810,94
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
10
060 Polonia
1 022 985,24
57 144,21
TOTAL
1 787 859,46
11
720 China
905 257,98
12
039 Suiza
798 103,53
13
412 México
652 344,19
14
052 Turquía
600 277,00
15
208 Argelia
568 326,04
16
952 Avituallamiento terceros
497 284,37
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
17
732 Japón
430 575,10
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
257 987,41
18
038 Austria
416 881,84
3
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
229 598,01
19
061 República Checa
401 247,73
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
222 779,22
20
030 Suecia
388 279,31
5
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
204 485,42
SUBTOTAL
35 356 108,23
6
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
111 708,56
TOTAL
45 544 183,61
7
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
106 114,30
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
8
62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO
93 631,81
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
90 852,86
3.Principales países proveedores de España enero-febrero de 2019 Orden País
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-febrero de 2019 Orden Sector
004 Alemania
6 573 465,84
2
001 Francia
5 649 390,67
3
720 China
5 140 692,45
4
005 Italia
3 146 610,05
5
400 Estados Unidos
2 422 611,96
6
003 Países Bajos
1 974 490,55
7
006 Reino Unido
1 828 506,76
8
010 Portugal
1 787 859,46
9
052 Turquía
1 223 752,47
10
017 Bélgica
1 175 267,16 1 163 506,00
11
204 Marruecos
12
208 Argelia
934 792,54
13
060 Polonia
892 189,65
14
288 Nigeria
793 533,41
15
412 México
787 698,88
16
664 India
780 138,84
369 819,01
TOTAL
3 449 556,74
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia
Importe
1
Importe
6.Evolución del Intercambio Comercial 2019
7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-febrero de 2019 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 18
COMPRAS ESPAÑOLAS 18
17
632 Arabia Saudí
724 488,97
Cataluña
777 963,97
Madrid, Comunidad de
321 363,84
18
732 Japón
720 482,92
Madrid, Comunidad de
580 058,29
Galicia
284 403,96
19
061 República Checa
719 103,12
Galicia
500 719,51
Cataluña
277 118,91
20
075 Rusia
714 322,08
Andalucía
335 809,66
Andalucía
193 214,04
SUBTOTAL
39 152 903,78
Castilla-La Mancha
240 869,38
Comunitat Valenciana
157 176,11
TOTAL
52 655 232,79
Castilla y León
208 224,68
Castilla y León
147 970,89
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
MAIO DE 2019
AC T UA L I DA D € 65
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Empresas españolas distribuidoras de material informático
DP180601
Empresas españolas de distribuición de ropa
DP180602
Empresas españolas distribuidoras de gel para ultrasonido
DP181001
Sociedades de abogados en Ayamonte
DP181101
Empresas españolas de construcción de piscinas
DP181201
Empresas de distribuición en la área de la tele asistencia
DP190201
Empresas españolas com actividad en el sector agrícola
DP190202
Empresas españolas de distribuición de velas
DP190401
Empresas españolas distribuidora de productos alimenticios gourmet/ delicatessen
DP190402
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas de limpeza Empresas portuguesas distribuidoras de produtos alimentares Empresas portuguesas produtoras de têxtil Empresas portuguesas distribuidoras de bacalhau Empresas portuguesas de limpeza Empresas de produtos alimentícios bio orgânicos Empresas de distribuição de conservas Empresas portuguesas de transporte no norte de Portugal Empresas que compram carne de coelho em Portugal
DE181201 DE190101 DE190102 DE190103 DE190201 DE190202 DE190203 DE190301 DE190401
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
66 ACT UALIDAD€
MAIO DE 2019
oportunidades de negocio
oportunidades de negĂłcio
MAIO DE 2019
AC T UA L I DA D â‚Ź 67
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D F 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30 31
Maio Prazo Até
Imposto
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em março/2019
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de abril/2019
Entidades empregadoras
10
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a abril/2019
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
15
IVA
Declaração periódica trimestral e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas no 1º Trimestre de 2019
Contribuintes do regime normal trimestral
15
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em abril/2019
Sujeitos passivos do IVA
20
IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em abril/2019
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a abril/2019
Entidades empregadoras
20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em abril/2019
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estadosmembros quando tais operações se considerem aí localizadas.
31
IRS
Declaração anual de rendimentos mod. 3, do ano de 2018
Sujeitos passivos do IRS
Pode ainda ser enviada até 30 de junho
31
IRC
Declaração periódica mod. 22, referente ao exercício de 2018
Sujeitos passivos do IRC
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em março/2019
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente
31
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado em 2018 noutro Estadomembro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
31
IRC
Comunicação da entidade reportante do grupo multinacional
Sujeitos passivos do IRC, que integrem um grupo multinacional
68 ACT UALIDAD€
MAIO DE 2019
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE190101
F
BE190102
M
BE190103
F
BE190104
F
BE190105
F
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
06/09/1991
PORTUGUÊS/ INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
PORTUGUÊS
COMERCIAL
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
DIETÉTICA/ NUTRIÇÃO
PORTUGUÊS/ ITALIANO/ INGLÊS
FINANÇAS E CONTABILIDADE
ESPANHOL/ GALEGO/ INGLÊS/ ITALIANO/ ALEMÃO/PORTUGUÊS
COMERCIAL
14/09/1989
24/10/1980
BE190106
M
ESPANHOL/ INGLÊS/ ALEMÃO/ PORTUGUÊS
GESTOR DE PROJETOS
BE190107
M
ESPANHOL/ PORTUGUÊS
INFORMÁTICA
BE190108
F
21/07/1994
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ FRANCÊS
SECRETARIADO DE DIREÇÃO
BE190109
M
02/11/1976
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS
FISCALIDADE E CONTABILIDADE
BE190110
M
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ POLACO
ECONOMIA E FINANÇAS
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
PUB
novembro de 2014
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Alta cocina con los mejores productos
del Alentejo
El Alentejo es la gran inspiración en la cocina de Pedro Mendes, el chef portugués que dirige la cocina del Narcisussus FernandesII, restaurante del Alentejo Marmòris Hotel & Spa en Vila Viçosa. La bellota es uno de los ingredientes estrella de sus platos y sobre todo el más diferenciador del resto de la cocina lusa.
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Textos y Fotos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org
os protagonistas de sus platos son los ingredientes que cada temporada encuentra en tierras alentejanas. Son los productos que se llevan en las cestas de la compra la gente de esta zona pero trabajados y presentados de una forma tan especial que todo está bien encaminado para que Pedro Mendes pueda recibir una estrella Michelin en la próxima edición de los galardones culinarios. Se incorporó en el 2013 al proyecto hotelero de Marmòris, un hotel de cinco estrellas dedicado al mármol, en Vila Viçosa. Natural de Lisboa, con inicio de carrera como chef en el Algarve, es el Alentejo el
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que inspira su cocina. Entre 2015 y 2017 trabajó en otros proyectos para volver a la que siente su casa. Uno de los rasgos más característicos de su cocina es el uso de la bellota, un producto descatalogado y muchas veces relacionado con la pobreza. Pedro Mendes se empeñó hace mucho en introducir en sus platos este fruto, tan presente en la zona alentejana. Alimento habitual en la dieta de los cerdos fue cuanto menos arriesgado su apuesta por un fruto con tan poca reputación. Hoy puede apreciarse su sabor tanto en postres como en guarnición de platos y
pescados. De forma casual se puso a investigar sobre la bellota y ante su falta de presencia en las recetas decidió crear las suyas propias. Nació así el libro “El renacer de la bellota” donde Pedro Mendes comparte 30 recetas en las que aparece este producto alentejano. Carta de primavera Esta primavera Pedro Mendes está particularmente orgulloso de las propuestas de la carta. Las naranjas que visten las calles de Vila Viçosa y los espárragos e hinojos que abundan en estas tierras durante esta época del año no faltan en la carta de Mendes.
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Sugestiones Valdo Gatti
Esta nueva pizzería de la Rua del Grémio Lusitano, en Lisboa, tiene un horno que mezcla el gas con el fuego de leña. En el centro del horno, hay una piedra giratoria que ayuda las pizzas para que se cocinen de forma más homogénea. La pizza más cara que se encuentra en la carta es de 9,5 euros. Utilizan ingredientes sencillos pero de gran calidad. Una de las especialidades es la Pizza Bufalotta, con mozzarella de búfala, tomate cherry, jamón y oréganos. Morada: Rua do Grémio Lusitano, 13, Lisboa
Meat Me
Es el nombre del nuevo proyecto del grupo Sea Me dedicado al mundo de la carne, en el Chiado, entre el Teatro São Luiz e São
Setas, puerros y requesón de Rio de Minho, las ostras del Sado marinadas y puerros, el carabinero y caneloni de Cangrejoas o manitas de cerdo con cilantros son algunos de los platos para esta época sin olvidar el cremoso de algas marinas. La bellota la encontramos en uno de los tipos de pan que se ofrece y en el acompañamiento de un plato de lengua de ternera. Y entre las propuestas para los postres destaca una ya emblemática en el Narcisius FernandesII a base de naranja de varias texturas. Mendes iba para abogado y ya inmerso en la carreara decidió apostar por lo que le gustaba. Ha estado en Francia en la elitista academia de Alain Ducasse que le ha servido de fuente de inspiración. Narcisussus Fernandesi funciona como restaurante del Alentejo Marmòris Hotel & Spa, en Vila Viçosa, con entrada independiente al hotel. Ocupa el edificio de la antigua adega de la Cooperativa de Olivocultores y es un proyecto que nace en una familia dedicada al mármol. Cuartos
amplios con terraza, gimnasio, piscina y un spa de lujo. Excavado en una pedrera de mármoles, el Spa dispone de salas de tratamientos, la referida piscina que es tanto interior como exterior, baño turco y centro de fitness, entre otros servicios. Si bien el portugués el es cliente que más se instala en este hotel, los españoles no hacen sino crecer en número. Una construcción elegante que utiliza materiales nobles tanto en la construcción como en la decoración. Este hotel de cinco estrellas se ha convertido en una especie de museo del mármol. Y no es casualidad que el gran atractivo del restaurante, después de la oferta gastronómica, es una mesa de mármol hecha de un monobloco de piedra, que fue descubierta en la pedrera de los propietarios. Narcissus FernandesII (Alentejo Marmòris Hotel & Spa) Largo Gago Coutinho, nº11 Vila Viçosa Teléfono: +351 268 980 246
Foto DR
Carlos. El chef es Tomás Pires, discípulo de Aimé Carroyer, mentor de otros grandes chefs portugueses y responsable por la cocina del Pestana Palace. André Morgado es el responsable de la pastelería y Bruno Fortuna el sommellier de carnes, quien aconseja a los clientes sobre el tamaño de las piezas y las cantidades ideales según el número de personas. El restaurante cuenta con dos zonas de comida – una más informal, con mesas de mármol y otra con manteles de tela y techo forrado de mantas de Mizzete, una fábrica alentejana de lanas. Morada: Rua Duques de Bragança, 9, Lisboa
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Agenda cultural Livro
“Homens do Mar”
Com o subtítulo “Os portugueses que se destacaram na História Marítima de Portugal”, o livro “Homens do Mar” coloca a lupa nos “navegadores, descobridores, cartógrafos, cientistas, estrategas e construtores navais”, que viabilizaram a evolução da marinha portuguesa. Como se lê na sinopse desta obra “Portugal está ligado ao mar desde os seus primórdios” e “a marinha portuguesa tem uma história que se confunde com a da Nação”. O autor, José António Rodrigues Pereira, antigo diretor do Museu de Marinha, percorre os quase 900 anos de história do país para destacar o papel de mais de “50 homens que foram fundamentais para a história marítima portuguesa”. Além de “figuras incontornáveis como Gil Eanes, Diogo Cão, Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães, Pedro Nunes ou os reis D. Luís I e D. Carlos”, este livro “resgata ainda personalidades menos conhecidas como Pedro e Jorge Reinel, considerados os melhores cartógrafos do seu tempo, Gabriel Ançã, que se destacou no socorro a náufragos, ou Afonso Júlio de Cerqueira, oficial da Armada que se notabilizou nas campanhas militares no Sul de Angola, durante a Primeira Guerra Mundial, D. Fuas Roupinho, comandante das galés de D. Afonso Henriques e que foi o primeiro a obter uma vitória no mar contra os mouros”, ou “Alpoim Galvão, oficial da Armada que se distinguiu na Guerra do Ultramar”. O autor juntou neste livro homens que “marcaram de forma inequívoca a História Marítima portuguesa pela sua experiência, modo como souberam transmitir o seu saber e a sua visão inovadora, coragem e sagacidade”.
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Exposições
“Charlotte Salomon. Vida? Ou Teatro?”, no Museu Coleção Berardo Sabe-se que “entre 1940 e 1942, Charlotte Salomon pintou mais de 1300 guaches, dos quais selecionou 769 para “Vida? Ou Teatro?”, as obras que estão agora expostas no Museu Coleção Berardo. “Apressadamente, esta jovem judia criou uma das obras mais extraordinárias do século XX”, sublinha a sinopse da mostra, acrescentando que “a sua obra é da liberdade e a do adeus à Alemanha e à sua cultura”. A artista alemã viveu entre 1917 e 1943, ano em que foi assassinada em Auschwitz. Logo no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, exilou-se no Sul de França, para escapar às perseguições nazis: “Assolada pela tragédia familiar, Charlotte Salomon escreve, pinta e representa “Leben? Oder Theater? Ein Singespiel” entre o céu e a terra, numa temporalidade suspensa, como resposta à necessidade existencial de não morrer. Cada guache é um mergulho para o fundo da alma, uma forma de resistir à morte e ao desespero. Soma de experiências, sonhos, esperanças e traumas (os suicídios da tia, da mãe e, depois, da avó), Vida? Ou Teatro? é uma obra de arte total, simultaneamente sonora, visual e literária.” Como evidencia a sinopse da mostra, “o estilo de Charlotte Salomon evolui ao longo de “Vida? Ou Teatro?” e rapidamente ganha destreza e expressividade”. Além disto, “Charlotte recorre à história da arte através da citação”, evocando obras dos artistas de que mais gostava: Michelangelo, Vincent van Gogh, Auguste Rodin, Edvard Munch, Marc Chagall, Henri Matisse…
Até 11 de agosto, no Museu Coleção Berardo, em Lisboa
Teatro
Companhia da Esquina serve “A Última Ceia” “E se tivessem conhecido Hitler aos dezassete anos?” A pergunta inspira um debate político em palco, a partir do momento em que “cinco candidatos a doutoramento, que moram juntos, decidem convidar pessoas para jantar” e lhes colocam essa questão. Este é o mote para a peça “A Útima Ceia”, construída a partir do argumento de Dan Rosen para o filme com o mesmo nome (1995), que a Companhia da Esquina estreou no dia 25 de abril, no Teatro da Luz, em Lisboa. Na peça, encenada por Jorge Gomes Ribeiro, as “figuras convidadas, tendenciosa-
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mente liberais nas suas opiniĂľes polĂticas, surpreendem os anfitriĂľesâ€?. De acordo com a sinopse, “o inevitĂĄvel e radical debate polĂtico deixa o clima tenso e violento e desperta Ăłdios e memĂłrias amargasâ€?. No mesmo texto, a Companhia da Esquina, revela que “os convidados podem beber e comer o jantar, mas irĂŁo inevitavelmente morrerâ€?. AndrĂŠ Nunes, JoĂŁo Cabral, JosĂŠ Mateus, Leonor Seixas, Pedro Diogo, Rita Fernandes e Ana PatrĂcia Ramos, Carlo Porto, InĂŞs PatrĂcio, JoĂŁo Ruela, LĂdia MuĂąoz, Pedro Martinho, Pedro Pernas e QuimbĂŠ sĂŁo os protagonistas desta “refeiçãoâ€?
AtĂŠ 22 de junho, no Teatro da Luz, em Carnide, Lisboa
MĂşsica
Bruno Pernadas e MĂĄrio Delgado no “Guitarras ao Altoâ€? A quinta edição do “Guitarras ao Altoâ€? conta com “Bruno Pernadas e MĂĄrio Delgado como artistas convidados, dois mĂşsicos que vĂŁo atuar em quatro datas diferentes, entre 24 de maio e 1 de junho, em vĂĄrios palcos representativos do patrimĂłnio arquitetĂłnico do Alentejoâ€?. O evento alentejano volta a promover “um encontro inĂŠdito de duas geraçþes de mĂşsicos que se unem pelo seu amor Ă guitarraâ€?. TambĂŠm, Ă semelhança das anteriores ediçþes, o “Guitarras ao Altoâ€? alia a mĂşsica Ă gastronomia e aos Vinhos
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alentejanos. O pĂşblico poderĂĄ desfrutar este ano, durante os concertos, dos vinhos da adegasNunes Barata de Cabeção/ Mora. A organização salienta que o “guitarras ao Altoâ€? se afirma como sendo “um hino Ă guitarra e ao espĂrito interventivo alentejanoâ€?, que pretende “um regressar Ă s origens e uma valorização do interior do paĂs, levando para alĂŠm dos grandes centros urbanos mĂşsica de qualidade acessĂvel a todosâ€?.
EspetĂĄculos nos dias 24 de maio, no Crato, dia 25 de maio, em Estremoz, dia 31 de maio, em Aviz, e dia 1 de junho, em BeirĂŁ-MarvĂŁo Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Alfândega do Porto volta a acolher o North Music Festival A terceira edição do North Music Festival (N M F), mantĂŠm-se â€œĂ beira Douroâ€?, para receber este ano, Bush, Emir Kusturica & The No Smoking Orquestra, Expensive Soul; Dj Kitten, Theđ?—Śkills and The Bunny Crew, Murmur e Rich&Mendes, no dia 24 de maio, distribuĂdos por trĂŞs palcos dispostos na Alfândega do Porto. No dia seguinte atuam đ?—™Franz đ?—™Ferdinand, Bastille, CapitĂŁo Fausto, Glockenwise, Moullinex, Dj Set, Cave Story e đ?—ŚStone Dead. “O N M F nĂŁo ĂŠ ‘só’ nem ‘mais um festival’. É um encontro de geraçþes e de estilos, num local privilegiado entre o Douro e a zona histĂłrica do Porto, onde a mĂşsica ĂŠ o mote de uniĂŁo mas onde tambĂŠm hĂĄ gastrono-
mia, provas de vinho, passeios de barco e muito maisâ€?, frisa o diretor do evento, Jorge Veloso, acrescentando que “se a segunda edição foi um sucesso, a terceira ĂŠ para superar expectativas e entregar, a todos os que nos visitarem, momentos Ăşnicos e recordaçþes inesquecĂveisâ€?. AlĂŠm do palco principal, haverĂĄ “um indoor ‘fora de horas’ e um sunset para aquecer o ambiente logo a partir da abertura de portas, duas zonas de restauração (uma interior e outra exterior, dedicada a propostas de street food), wine gardens com provas de vinho e vĂĄrias outras experiĂŞnciasâ€?.
Dias 24 e 25 de maio, na Alfândega do Porto maio de 2019
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Statements Para pensar
“O nosso país representa dois terços do comércio mundial de cortiça. É importante destacar que por cada euro exportado, 85 cêntimos ficam em Portugal. Geramos um valor acrescentado importante para o país” João Rui Ferreira, presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor), “Executive Digest”, 26/4/19
“É um salto qualitativo em termos bilaterais ao nível de potências mundiais ou de países de grande afirmação europeia, e isto é muito significativo [as relações entre Portugal com a China passam a estar] ao nível do que existe com as principais potências europeias e com os Estados Unidos da América” Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República português, em declarações aos jornalistas no seu primeiro dia da visita de seis dias à China, onde se desclocou para participar no fórum “Faixa e Rota”, iniciativa chinesa de investimento em infraestruturas a que Portugal se associou através de um memorando de entendimento, e depois para uma visita de Estado, “Negócios.pt”, 26/4/19
“Nós preferiríamos a instalação de empresas [em termos de novos investimentos chineses], preferiríamos o investimento no terreno, e não o investimento financeiro, e não a compra de empresas ou de posições nas empresas - às vezes são posições minoritárias ou posições entre muitas empresas de várias nacionalidades (...). Preferiríamos que esse investimento fosse um investimento no domínio da indústria automóvel, por exemplo, ou das componentes da indústria automóvel. No domínio turístico, por que não? No domínio agroalimentar, por que não, em associação com portugueses lá? Nós gostaríamos disso” Idem, ibidem
“A China está disposta a importar mais produtos agrícolas, bens acabados e serviços competitivos” Xi Jinping, Presidente da China, falando na sessão de abertura do fórum “Faixa e Rota”, garantindo ainda que o país vai “abrir continuamente” o seu mercado e receber produtos com qualidade de todo o mundo. Isto numa altura em que se mantêm os conflitos comerciais com as autoridades norte-americanas, “Expresso”, 26/4/19
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“A China reduzirá ainda mais as suas taxas alfandegárias [permitindo novas importações de bens e serviços]” MAIO DE 2019
Idem, ibidem