Actualidade Economia Ibérica - nº 268

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Actualidad

Economia ibérica outubro 2019 ( mensal ) | N.º 268 | 2,5 € (cont.)

Tratado entre UE y Mercosur oportunidades y desafíos para las economías ibéricas pág.38

Consultora de risco Aon: três décadas de crescimento robusto pág. 14

Yilport antecipa expansão no tráfego portuário pág. 20

Greenfest fomenta ação em torno da sustentabilidade pág. 24


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Índice

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índice

Gestamp

Nº 268 - outubro de 2019

Actualidad

Grande Tema

El tratado de libre comercio entre UE y Mercosur: oportunidades y desafíos para las economías ibéricas

38.

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca, Olga Hernández (estagiária) e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Eduardo Serra Jorge, Jane Kirkby, Margarita Hernández e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém

Editorial 04.

Un acuerdo comercial histórico

Opinião 06.

As crianças e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados - Jane Kirkby

33.

Regresso às aulas - Margarita Hernández

46.

Alterações ao Código do Trabalho - Eduardo Serra Jorge

Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Maria Celeste Hagatong

Atualidade 22.

Alegre Portuguesa, a plataforma de comércio online com curadoria

E mais... 08. Apontamentos de Economia 14.Entrevista 30.Marketing 34.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 48. Setor Imobiliário 52.Vinhos & Gourmet 56.Ciência e Tecnologia 60. Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 64.Intercâmbio Comercial 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

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Un acuerdo comercial

histórico

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res, en especial Estados Unidos y Japón. La entrada en vigor del acuerdo se calcula que será en un mínimo de dos años y antes será necesaria la revisión legal, traducción del acuerdo y la aprobación en los Congresos de los países de Mercosur y del Parlamento Europeo. Es necesario todavía completar los detalles y redactar la letra pequeña que especificará los plazos de eliminación de las barreras comerciales y los productos de cada grupo. Mientras esto ocurre, hay consenso al considerar que algunos sectores serán los que saquen más beneficio del acuerdo. En los países de Mercosur, el agroindustrial y la pesca, en la Unión Europea, los productos industriales, los componentes de automóviles, la maquinaria, los químicos, los productos farmacéuticos, los textiles y calzado

o los tejidos de punto. Pero también hay quien vea este acuerdo con recelo, especialmente agricultores y ganaderos par quien los países de Mercosur son una verdadera amenaza. De una forma u otra, todos los países saldrán beneficiados, y dentro de la UE, España y Portugal cuentan con una posición privilegiada gracias a sus lazos culturales con los países de Mercosur que en muchos casos se traducen en lazos comerciales. A la espera de conocer todos los detalles las empresas ibéricas deben comenzar a estudiar la entrada en estos países, o bien potenciarla en el caso de que ya lo hayan hecho. Las trocas comerciales tienen mucho futuro por delante y no hay tiempo que perder. Este acuerdo ya está en marcha.  E-mail: brodrigo@ccile.org

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l Acuerdo Comercial entre la Unión Europea y Mercosur es una noticia trascendental que abre muchas perspectivas positivas y que plantea oportunidades y desafíos. Es el mayor acuerdo comercial en la historia de la UE, al afectar a 520 millones de consumidores europeos y a 260 millones de la región de Mercosur por el cual se pretende eliminar más del 90% de los aranceles en ambos mercados, lo que supone una apertura comercial sin precedentes. Para Mercosur, por su parte, representa un incentivo para que países que ahora son sólo “asociados” (Chile, Bolivia, Colombia, Ecuador, Perú, Surinam y Guyana) se decidan a formar parte plena de esta unión regional. Las cifras que manejan los informes sobre el impacto de este acuerdo hablan de un incremento del PIB de Argentina en un 0,5%, el de Brasil un 1,5%, el de Uruguay un 2,1% y el de Paraguay hasta un 10%. Por su parte, la mejora del PIB europeo sería del 0,1% en el caso de una apertura comercial completa. Según datos de la Comisión Europea, en 2018, la UE exportó bienes a Mercosur por 45 mil millones de euros e importó desde el bloque suramericano por 42.600 millones. Es decir, para los países de la UE supondrá que sus productos ingresarán en Mercosur con ventajas sobre sus competido-


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opinião opinión

As crianças e o Regulamento Geral

Por Jane Kirkby*

sobre a Proteção de Dados

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onforme resulta da alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), quando não existe outra fonte de licitude para o tratamento de dados pessoais, é necessário solicitar o consentimento do titular dos dados para o efeito. O RGPD veio reforçar os pressupostos do consentimento, exigindo no considerando (32) que o mesmo seja dado “mediante um ato positivo claro que indique uma manifestação de vontade livre, específica, informada e inequívoca de que o titular de dados consente no tratamento dos dados que lhe digam respeito”. Regra geral, salvo em situações de incapacidade jurídica, a verificação das condições aplicáveis ao consentimento quando os titulares dos dados são adultos, não enfrenta problemas de maior. A questão coloca-se quando se trata de menores, que, nos termos do disposto no artigo 122.º do Código Civil são todos aqueles que não tiverem ainda completado 18 anos de idade e, em consequência, entendeu o legislador não estarem aptos a exercer plenamente os seus direitos, em função da ausência de consciência e vontade, pressupostos típicos do discernimento. Conjugada a referida norma do Código Civil com o RGPD, os menores de 18 anos de idade não

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têm capacidade para dar o seu consentimento para o tratamento dos seus dados pessoais. Essa incapacidade é suprida pelo poder paternal e, subsidiariamente, pela tutela, conforme estabelecido no artigo 124.º do Código Civil. A preocupação do legislador comunitário com as crianças tem respaldo no considerando (38) do RGPD, que estabelece que estas “merecem proteção especial quanto aos seus dados, uma vez que podem estar menos cientes dos riscos, consequências e garantias em questão e dos seus direitos relacionados com o tratamento dos dados pessoais. Essa proteção específica deverá aplicar-se, nomeadamente, à utilização de dados pessoais de crianças para efeitos de comercialização ou de criação de perfis de personalidade ou de utilizador, bem como à recolha de dados pessoais em relação às crianças aquando da utilização de serviços disponibilizados diretamente às crianças”. Contudo, em contradição, o RGPD veio estabelecer condições especiais aplicáveis ao consentimento de crianças em relação aos serviços da sociedade de informação (e só a estes), menos protetoras dos menores. Determina, assim, o n.º 1 do artigo 8.º do regulamento que, quando for exigida a obtenção do consentimento do titular dos dados, no que respeita à oferta direta de serviços da sociedade da

informação às crianças, o tratamento dos dados pessoais de crianças é lícito se elas tiverem pelo menos 16 anos. Dando o legislador comunitário a possibilidade de os Estados-membros fixarem uma idade inferior para os efeitos referidos, desde que essa idade não seja inferior a 13 anos. Na aceção da Diretiva (UE) 2015/1535 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de setembro de 2015, consubstancia um “serviço da sociedade de informação” qualquer serviço prestado normalmente mediante remuneração, à distância, por via eletrónica e mediante pedido individual de um destinatário de serviços. Ou seja, se o legislador comunitário, por um lado, admite que as crianças não têm pleno discernimento para compreender os riscos, consequências e garantias que o tratamento dos seus dados pode envolver, por outro, permite que uma criança, menor de 16 ou 13 anos, consoante a opção de cada um dos Estados-membros, possa dar o seu consentimento para o tratamento de dados e pedir a prestação de um serviço, remunerado, à distância, por via eletrónica. A proposta de lei de execução do RGPD, aprovada pelo Grupo de Trabalho do RGPD da 1.ª Comissão da Assembleia da República Portuguesa e que irá ao Plenário para aprovação final,


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no que se refere ao tratamento de dados pessoais de crianças, suscita dúvidas interpretativas. Assim, estabelece o n.º 1 do artigo 16.º que “[n]os termos do artigo 8.º do RGPD, os dados pessoais de crianças só podem ser objeto de tratamento com base no consentimento previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º do RGPD e relativo à oferta direta de serviços da sociedade de informação quando as mesmas já tenham completado treze anos de idade”. capacidade para dar o seu consenOra, desde logo, esta redação não timento, nos termos supra menpode ser entendida no sentido de cionados, o responsável pelo trataque o consentimento é a única mento deve ter especial preocupafonte de licitude do tratamento de ção em fornecer aos titulares dos dados pessoais de crianças. Assim, dados as informações exigidas, de o tratamento de dados pessoais de forma concisa, transparente, intecrianças será lícito sempre que se ligível e de fácil acesso, utilizando verifique uma das situações previs- uma linguagem clara e simples tas nos artigos 6.º e 9.º do RGPD, adequada à idade dos destinatários. entre as quais, é certo, o consenEstando em causa o tratamento timento é apenas um dos funda- de dados de menores de 18 anos, mentos elencados, a par do cum- ou de menores de 16 ou 13, conprimento de obrigações jurídicas, soante a opção de cada um dos defesa de interesses vitais, funções Estados-membros, neste último caso no contexto da oferta direta de interesse público, entre outros. O artigo 8.º do RGPD é, apenas, de serviços da sociedade de inforaplicável no contexto da oferta mação, deverá o consentimento, direta de serviços da sociedade de quando obrigatório, ser dado pelos informação às crianças, e quando titulares das responsabilidades o fundamento do tratamento dos parentais da criança. Ademais, o responsável pelo tradados pessoais das crianças seja o consentimento. Nestas situações, e tamento deve envidar todos os somente nestas, poderão as crian- esforços adequados para verificar ças com idade a partir dos 13 anos que o consentimento foi dado ou consentir no tratamento dos seus autorizado pelo titular das respondados. A lei nacional não pode, sabilidades parentais da criança, senão, ser interpretada à luz deste tendo em conta a tecnologia dispoquadro normativo fornecido pelo nível. A supramencionada proposRGPD, sob pena de violação mani- ta de lei de execução do RGPD dá preferência a meios de autenticação festa do direito comunitário. Quando se trate de crianças com segura, como o Cartão de Cidadão

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ou a Chave Móvel Digital. O estatuto do representante legal não tem, contudo, qualquer prioridade absoluta ou incondicional sobre a criança, podendo, em determinadas situações, ser afastado, como seja quando o interesse superior do menor se sobrepuser ou quando se verificar que o mesmo já tem maturidade suficiente para, pelo menos, ser consultado quanto a questões que lhes digam respeito. Como conclui o Grupo de Trabalho do Artigo 29, no Parecer n.º 2/2009 sobre a proteção dos dados pessoais das crianças (Orientações gerais e a situação especial das escolas), “em especial, as crianças devem ser sensibilizadas para serem elas próprias as primeiras a proteger os seus dados pessoais. De acordo com este critério, deve melhorar-se a eficácia da participação gradual das crianças na proteção dos seus dados pessoais (desde a consulta até à decisão). Esta é uma área onde é possível demonstrar a eficácia da responsabilização”.  * Advogada e sócia da BAS Email: jkirkby@bas.pt

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Foto Sandra Marina Guerreiro

Lucros do Santander Totta sobem para 275,9 milhões de euros, no primeiro semestre

O Santander Totta registou um resultado líquido de 275,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, valor que representa uma subida de 4,6% em relação aos lucros de 264 milhões reportados em igual período do ano passado. “O banco continua a crescer de uma forma saudável e sustentável e a apoiar as famílias e as empresas em Portugal”, referiu o presidente executivo do banco, Pedro Castro e Almeida (na foto), durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados, realizada no passado dia 31 de julho.

dívida pública e privada e, daqui, cerca de dois terços vêm da dívida pública, o que significa que, no primeiro semestre, a aposta em dívida pública valeu ao Santander cerca de 46,6 milhões de euros. Feitas as contas, o produto bancário cresceu 7,5% e totalizou 708,1 milhões, a beneficiar da “evolução positiva das comissões, da atividade de seguros e de resultados em operações financeiras”, justifica o banco. As imparidades e provisões caíram 83,4% e totalizaram apenas 200 mil A margem financeira do Santander euros no final de junho. O rácio de Totta recuou 3,5% para os 428,7 exposições não rentáveis (NPE, na milhões, uma descida que o banco sigla em inglês, onde se inclui o créexplica com o contexto de taxas dito malparado) reduziu-se em 1,6 de juro em terreno negativo. Já as pontos percentuais, para 3,3%. “O comissões líquidas subiram em 5,8% nosso rácio de NPE já era baixo e para 192,8 milhões de euros, uma ficou ainda mais baixo. Tivemos uma evolução que, de acordo com o redução de 360 milhões de euros Santander Totta, fica a dever-se ao de NPE e ficámos com um rácio crescimento do número de clientes. alinhado com as melhores práticas Os resultados em operações finan- europeias. A nossa expetativa é de ceiras dispararam 142,5% para 99,8 que este rácio continue a reduzirmilhões, um crescimento justificado -se. Não teremos risco zero, mas pela “gestão das carteiras de dívida uma carteira de malparado nestes pública e privada”. Deste montante, níveis é muito bom”, salientou Pedro 70 milhões provêm dos ganhos com Castro e Almeida.

ID Logistics inaugura nova plataforma em Espanha A ID Logistics inaugurou uma nova plataforma, com uma área de 13 mil metros quadrados localizada em Azuqueca de Henares, na província de Guadalajara, a cerca de uma hora da capital de Espanha. Destinado especialmente a clientes de grande consumo, o novo armazém dispõe de 20 docas de carga e descarga e emprega 70 colaboradores, de forma permanente. A inauguração representa “mais uma etapa no compromisso da ID Logistics para como os centros operacionais multicliente especializados

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em setores específicos”, explica em A nível ibérico, a ID Logistics soma comunicado a operadora logística. assim mais de um milhão de metros Desta forma, a empresa aumenta quadrados em armazéns. para mais de 250 mil metros qua- “A abertura desta nova plataforma drados a superfície de armazéns que permite-nos continuar a crescer no operam com este modelo, na zona do setor de consumo e a fortalecer o corredor Henares, onde conta com nosso compromisso com a qualidade, dois outros armazéns. a rapidez e a excelência do serviço A partir destes centros serão pres- prestado. Resultado deste desentados serviços de armazenamento, volvimento é a abertura desta nova manuseamento, gestão de stocks , plataforma que já está operacional transporte e distribuição nacional, e integrada na nossa rede de distrinão apenas para o setor de grande buição”, explica Alberto Garcia de consumo, mas também para o setor Castro, diretor de Desenvolvimento farmacêutico e eletrónico. de Negócios.


Breves SIBS internacionaliza MB Way com novos parceiros A SIBS, gestora da rede Multibanco e “os membros da EMPSA agregam já responsável pela criação e gestão do 25 milhões de utilizadores, de mais de MB WAY, juntou-se a outros seis ser- 350 bancos, e com mais de um milhão viços de pagamentos móveis domés- de comerciantes aceitantes em nove ticos, líderes em nove países euro- mercados europeus, mas espera-se peus, para criar a Associação Europeia que mais países e sistemas de pagade Sistemas de Pagamentos Móveis mentos móveis se juntem à associação (European Mobile Payment Systems nos próximos meses”. Association, EMPSA). Em comunicado, De acordo com o comunicado da SIBS, citado pelo “Público”, a SIBS adianta a EMPSA pretende garantir a possibique “a colaboração destes sistemas lidade de realizar pagamentos móveis abre caminho para a interoperabilida- no estrangeiro. Dada a importância da de do MB WAY com outros sistemas interoperabilidade, a EMPSA criou um de pagamentos móveis, possibilitando grupo de trabalho, que integra também o seu uso num contexto internacional”. a SIBS, para estabelecer a comunicaOs restantes parceiros da asso- ção e o funcionamento conjunto dos ciação são o Bancontact Payconi vários sistemas. Company (Bélgica), o Swish (Suécia), Para a SIBS, trata-se de “um passo o TWINT (Suíça), o VIPPS (Noruega), o ambicioso, mas natural para sistemas MobilePay (Finlândia/ Dinamarca) e o que já atingiram um importante pataBluecode (Alemanha/Áustria). No total, mar de relevância e utilização nos seus ainda de acordo com a mesma notícia, mercados nacionais”.

Santos e Vale torna-se operador logístico oficial da Mundiarroz A Santos e Vale é, desde julho, o operador logístico oficial da Arrozeiras Mundiarroz, empresa pertencente ao grupo multinacional Ebro Foods, e detentora do Arroz Saludães e Cigala, líder de mercado em Portugal. Numa área logística dedicada, com mais de três mil metros quadrados, esta operação vem consolidar o negócio de logística da Santos e Vale e reforçar a sua posição como operador logístico de serviços integrados entre logística, distribuição e transporte. “Tratamos dos produtos do nosso cliente desde a entrada no nosso armazém logístico até à sua entrega em qualquer ponto do nosso país. Temos a operação desenhada e integrada para dar uma resposta rápida, eficiente e segura a todos os pedidos da Mundiarroz.”, referiu Joaquim Vale, administrador da Santos e Vale.

A logística tem sido uma grande aposta da Santos e Vale para complementar o leque de serviços oferecidos aos seus clientes e para conseguir oferecer uma verdadeira solução one-stop-shop. Nesta área está também incluída a logística promocional que permite efetuar todos os movimentos de handling que, por vezes, são necessários fazer e que os clientes não têm capacidade, como é o exemplo de bundles de produtos.

Empresas da Madeira geram 1,5 mil milhões de valor acrescentado bruto As empresas não financeiras da Madeira geraram 1,5 mil milhões de valor acrescentado bruto (VAB), em 2018, o que corresponde a 1,6% da valor total contabilizado no país, de acordo com os dados do estudo “Retrato da Madeira” da Pordata, citado pelo “Jornal Económico”. A maior parte do VAB da Madeira é gerado no Funchal. A capital madeirense é responsável por 1,1 mil milhões de euros dos 1,5 mil milhões gerados pela região. Segue-se Santa Cruz, com 105 milhões de euros de VAB, Câmara de Lobos, com 70 milhões, Machico, com 69 milhões, e Calheta, com 63 milhões, adianta o mesmo estudo. Continental vai abrir fábrica de antenas inteligentes em Trás os Montes A dona da Continental Mabor adquiriu uma fábrica de antenas inteligentes para veículos, situada em Vila Real, que emprega 550 pessoas e fatura 65 milhões de euros. Deste modo, a multinacional de componentes automóveis passará a ter 3.400 trabalhadores em Portugal. Criada há 30 anos pelos alemães da Motormeter, a fábrica de antenas para veículos instalada em Vila Real produz mais de 17 milhões de unidades, e pertencia até agora à Kathrein Automotive. Instalada no Parque Industrial de Constantim, esta fábrica exporta quase toda a sua produção, sendo ainda um dos principais fabricantes mundiais de antenas para veículos. Com a aquisição pela Continental, em fevereiro deste ano, a nova unidade irá passar a designar-se Continental Advanced Antenna Portugal. “A Continental Advanced Antenna pertence à divisão interior do grupo Continental, faz parte da unidade de negócio Body & Security e trabalha, essencialmente, com o segmento premium de marcas como o grupo Daimler, BMW, Audi, Volvo, entre outros gigantes do setor automóvel”, revela o grupo alemão, em comunicado. O mercado das antenas para veículos está em crescimento, estimado a Continental que cresça 6,5% anualmente até 2022. A multinacional refere ainda que as antenas inteligentes para veículos “são o ponto de partida para a conetividade do futuro dentro e fora do automóvel e são uma das grandes apostas da Continental Advanced Antenna”. ”Portojóia” assinala 30ª edição A celebrar a sua 30ª edição, a “Portojóia – Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria” aposta em iniciativas paralelas, com o objetivo de fomentar parcerias exclusivas entre marcas e setores, partilha de boas práticas entre profissionais e ainda uma visão global sobre as tendências que influenciam o mercado. Afirmando-se como a maior montra de joalharia, ourivesaria

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Breves e relojoaria em Portugal, o certame regressa à Exponor, de 26 a 29 de setembro, com o mote “Roots & Wings”, o evento, dirigido a profissionais, homenageia as raízes da arte e da tradição portuguesa ao mesmo tempo que projeta a nova geração que desenha o futuro do setor. Destaque para a iniciativa “Arts & Jewels”, que apresenta as colaborações exclusivas entre marcas de joias e criadores de outros setores, neste caso a moda, decoração, design e artes plásticas: a Eugénio Campos aliou-se à designer de moda e modelo Diana Pereira; Liliana Guerreiro, designer de joalharia contemporânea apresenta uma criação em parceria com a icónica marca de sabonetes e produtos perfumados Castelbel; a também designer Telma Mota uniu-se à marca de design de produto Madre e o joalheiro André Rocha juntou-se ao artista plástico Pedro Guimarães. O objetivo é inspirar a criação de novos produtos e diferentes áreas de negócio. Os holofotes estarão também apontados para o “Trend Spot”, espaço de tendências, com uma curadoria de peças que representam os novos movimentos criativos Efapel cresce 7% e abre subsidiária em França A Efapel registou, no primeiro semestre de 2019, vendas de 23 milhões de euros, com um acréscimo de 7% relativamente ao período homólogo de 2018. As exportações, que representam cerca de um terço das vendas globais, registaram um aumento de 13% no mesmo período. Esta empresa industrial sedeada em Serpins (Lousã) deu também mais um passo importante no seu processo de internacionalização, ao abrir uma subsidiária em França, a Efapel Solutions Électriques, com sede em Saint-Germain-en-Laye (na região de Île-de-France). A decisão de fundar esta subsidiária decorre do bom desempenho da empresa portuguesa nesse mercado europeu. “Com esta iniciativa, pretende-se o aumento da flexibilidade e rapidez na adequação comercial a este mercado, tendo em vista a recetividade em França a produtos de boa relação qualidade/preço”, adianta a companhia de aparelhagem elétrica.

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BPI App já permite iniciar transferências em contas de outros bancos O BPI reforça a sua liderança em banca ção financeira, esclarece aquele banco. digital com o lançamento de uma nova “O serviço destaca-se pela comodidade funcionalidade que permite aos seus e simplicidade de fazer várias operações clientes usar a BPI App e o BPI Net para em diferentes bancos através de um iniciar transferências através das suas único serviço digital: a BPI App ou o contas de outras entidades financeiras, BPI Net. O objetivo é levar os benefícios no âmbito da diretiva PSD2. Com esta do open banking aos clientes do BPI, funcionalidade, os clientes podem iniciar melhorando a sua experiência em todos transferências na BPI App ou BPI Net e os momentos de contacto com o banco”. escolher qual a conta de onde querem Recorde-se que o BPI também lançou realizar a transferência: as suas contas recentemente um serviço que permiBPI ou contas em outros bancos. te aos seus clientes consultar as suas Ao aceder à opção “Transferir”, o cliente contas de outros bancos na BPI App. pode escolher a Conta; se escolher uma Paralelamente, o BPI continua a introduzir conta de outro banco, confirma a opera- novas opções MBWay na sua aplicação, ção com as coordenadas do outro banco gratuitas para os seus clientes. e o pedido é enviado para a respetiva O BPI registou, entre junho de 2018 e instituição. O serviço, do lado do BPI, é junho de 2019, um crescimento de 7% no gratuito; do lado do outro banco aplica- total de utilizadores regulares de banca -se o preçário aplicado por essa institui- digital, para um total de 645 mil clientes.

Garland afirma-se no setor automóvel Há vários anos que o setor automóvel foi identificado pelo grupo Garland como um mercado a privilegiar nas suas operações. Hoje, este cluster – que engloba 975 empresas, cerca de 10 mil peças e 177 mil automóveis made in Portugal – vale cerca de 11 mil milhões de euros. Afirmando-se como um dos principais players no transporte de cargas deste setor de e para Portugal, a Garland Transport Solutions movimenta 120 camiões por semana, só no âmbito deste negócio. “Este é um mercado muito exigente. Um atraso de minutos, pode obrigar a paragens nas linhas de produção, as quais, por sua vez, implicam milhares de euros em prejuízos. A nossa performance ronda os 98% de eficácia e esta é a explicação para sermos um dos maiores players neste mercado”, justifica Jorge Rocha, customer service national director da GTS. Segundo o responsável, o setor automóvel representou 14,4% da carga movimentada pela GTS em 2018. Recorde-se

que a empresa de transportes do Grupo Garland fechou o ano passado com uma faturação de 53,4 milhões de euros, mais 4% do que no período homólogo. Isto num ano em que, na via marítima, movimentou 4,5 milhões de toneladas de carga e 6.480 contentores de granéis (bulk), e 1.060 toneladas de carga aérea. Por via terrestre, movimentou 24.630 camiões internacionais e 663 mil toneladas de carga. Com clientes do setor automóvel em todo o país, é no Parque da Autoeuropa, em Palmela, que a Garland concentra grande parte da sua atividade (75% dos 120 camiões semanais que movimenta são de cargas de empresas daquele parque).


Gestores

Vendas da SEAT crescem em agosto e registam um aumento superior a 7% em 2019 As vendas da SEAT continuam a crescer em agosto. O efeito da norma WLTP, que levou a um forte aumento nos registos automóvel na Europa em agosto de 2018 e a uma queda no mesmo mês deste ano, não prejudicou o novo recorde mensal da SEAT. Em agosto, as entregas da empresa totalizaram as 42.100 viaturas, 2% mais do que no mesmo mês do ano anterior (41.200) e 41,6% mais do que o registado em agosto de 2017 (29.700). No acumulado de 2019, a SEAT entregou 411.600 veículos, o que corresponde a um aumento de 7,2% (de janeiro a agosto de 2018: 384 mil). Com este resultado, a

empresa automóvel supera o recorde registado no mesmo período de 2018. As vendas do Cupra também seguem em alta, aumentando 70,6% entre janeiro e agosto, num total de 17.100 veículos. A quatro meses do final do ano, a nova marca tem superado amplamente todas as vendas de 2018 (14.400 unidades), adianta a empresa sediada na Catalunha.

Millennium bcp é o primeiro banco a disponibilizar abertura de conta apenas com o cartão de cidadão O Millennium bcp disponibiliza, já provativo de morada e documento desde há algumas semanas, um comprovativo da entidade patroserviço inovador a nível nacional, nal”, assegurou o banco no anúnque permite a abertura de conta cio do lançamento do ser viço, a 22 apenas com a apresentação do de julho. cartão do cidadão. Este ser viço “Com este novo ser viço, assente está disponível em todas as sucur- num protocolo celebrado entre o sais do banco. Millennium bcp e a Agência para “O Millennium bcp é, assim, o pri- a Modernização Administrativa meiro e único banco a desmate- (AMA), passa a ser possível abrir rializar o processo de aber tura de conta de uma forma mais rápida, conta, dispensando a apresenta- simples e ágil. Sempre com o ção de quatro documentos: docu- intuito de melhorar a experiência mento de identificação, car tão/ de utilização dos nossos clientes”, número fiscal, documento com- adianta a instituição bancária.

em Foco

Julie Sweet (na foto) é a nova CEO da Accenture, a nível global. Até agora, Julie Sweet era a chief executive officer da Accenture nos Estados Unidos e Canadá, mercados que representam 50% do negócio da empresa a nível global. Com mais de dez anos de experiência como membro do Global Management Commitee da Accenture, Julie Sweet, de 51 anos, desempenhou diferentes roles na organização, sempre relacionados com estratégia de negócio e investimentos. Ao longo da sua carreira na Accenture, Julie Sweet esteve sempre focada em temas de inovação, impactos da tecnologia, inclusão e diversidade e compliance. Julie Sweet é licenciada em Artes, pelo Claremont McKenna College, e doutorada em Direito, pela Columbia Law School. Antes de integrar a Accenture, trabalhou durante 10 anos no escritório de advogados Cravath, Swaine & Moore LLP. David Rowland, até agora CEO interino, foi nomeado chairman da organização. Ana Paula Serra vai substituir Elisa Ferreira na supervisão dos bancos no Banco de Portugal, por decisão do conselho de administração desta entidade. No departamento de supervisão prudencial, Ana Paula Serra é administradora do Banco de Portugal desde setembro de 2017 e tem a pasta de recursos humanos, estatística, contabilidade e controlo e gestão de risco. Foi também membro do conselho de auditoria do regulador. A Primavera BSS acaba de contratar um novo diretor executivo para a delegação de Lisboa, que terá como missão ajudar as várias marcas do grupo a crescer de forma disruptiva, em especial a partir da Região de Lisboa. O novo responsável é Bruno Agostinho (na foto), que substitui Susanne Franz, a qual passou a assumir o cargo de Brand Communication. Com mais de 25 anos de experiência de negócio e gestão de processos, tendo cumprido grande parte da sua carreira na Tech Data e Microsoft, Bruno Agostinho é agora responsável por dirigir a delegação sul da PRIMAVERA em Portugal, contando até ao final do ano com uma equipa de 40 colaboradores.

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Breves Red Eléctrica cierra la compra de Hispasat con una rebaja de precio Red Eléctrica ha cerrado definitivamente la compra del 89,7% de Hispasat, por parte del transportista y operador del sistema eléctrico que preside Jordi Sevilla, y la transacción se sustanciará el 3 de octubre. La operación, que fue acordada el pasado mes de febrero con Abertis Infraestructuras, propietaria de dicha participación ha superado la última traba administrativa: el permiso del regulador sectorial brasileño. Red Eléctrica ha conseguido una rebaja de 16 millones de euros en el precio, por lo que finalmente desembolsará 933 millones de euros en lugar de los 949 millones de euros inicialmente acordados. Un descuento que en el entorno de Red Eléctrica se atribuye a una compensación por los malos resultados económicos de Hispasat en 2018 y lo que va de 2019. Las cuentas se saldaron con un descenso de ingresos del 12,8%, así como un derrumbe de los beneficios del 49% respecto al año anterior, hasta 41,1 millones de euros. Las ventas del grupo Inditex crecen un 7% en los seis primeros meses Las ventas del grupo Inditex en el primer semestre del ejercicio 2019– entre el 1 de febrero y el 31 de julio – se han incrementado un 7%, alcanzando por primera vez los 12.820 millones de euros. A tipo de cambio constante, la cifra de negocio creció un 7%. Las ventas en tiendas comparables, por su parte, mantuvieron una vez más su firme ritmo de crecimiento y aumentaron un 5%, con incrementos positivos en todos los formatos y en todas las áreas geográficas, y tanto en tienda como en online. Este sólido desempeño operativo ha conseguido llevar el beneficio neto hasta los 1.549 millones de euros, superando en un 10% los 1.409 millones del primer semestre de 2018. El presidente de Inditex, Pablo Isla, ha subrayado “el fuerte desempeño operativo que implican estas cifras, con crecimiento de las ventas de tiendas comparables, positivo en todas las cadenas y áreas geográficas”. MásMóvil lanza su servicio de financiación al consumo MásMóvil lanzará este mes sus primeros servicios de financiación al consumo, con especial foco en préstamos para comprar teléfonos móviles de la marca Yoigo, una vez que su filial especializada en este tipo de servicios ha obtenido ya la autorización del Banco de España. La nueva compañía, denominada Xfera Consumer Finance, está participada en un 49% por el grupo MásMóvil y en el 51% restante por la entidad financiera gala BNP Paribas, a través de su filial BNP

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Repsol se acerca al millón de clientes en electricidad y gas Repsol Electricidad y Gas ha superado ya los 930 mil clientes en electricidad y gas, división que ha estrenado nuevas oficinas en Madrid que le permitirán dar respuesta a sus necesidades de crecimiento, tanto en el ámbito de la comercialización de luz y gas como en la propuesta de nuevos servicios energéticos y el desarrollo de sus proyectos renovables. El edificio está ubicado en la calle General Lacy, a menos de un kilómetro del Campus Repsol, sede del grupo multienergético, y alberga unas modernas instalaciones con capacidad para acoger a unas 500 personas. Las instalaciones disponen de un centro de control

de gestión de la energía en el que se monitorizan en tiempo real los movimientos de los mercados del sector de forma ininterrumpida. Los más de 930.000 clientes de luz y gas de Repsol se benefician de una oferta única en el mercado, con soluciones digitales de vanguardia y ventajas exclusivas, incluyendo descuentos en las más de 3.500 estaciones de servicio de Repsol en España.

Mahou se lanza a por el mercado de EE UU y alcanza el 90% de Founders

Mahou San Miguel ha incrementado su participación en la cervecera estadounidense Founders, de la que ya tenía un 30% del capital desde 2014, hasta el 90%, tomando así el control de la misma. La compañía española ha confirmado que la operación está pendiente del visto bueno de las autoridades de competencia estadounidenses. “Con este nuevo acuerdo, conso-

lidamos nuestra posición como la cervecera española más avanzada en el impulso al mundo craft y reforzamos nuestra vocación de convertirnos en un referente en el mismo a nivel internacional de la mano del mejor socio posible”, ha valorado Alberto RodríguezToquero, director general de Mahou San Miguel. Este ha subrayado que “Estados Unidos es un mercado clave para nuestra estrategia de internacionalización”. Allí, además de Founders, la compañía impulsa sus marcas Mahou, Alhambra y Solán de Cabras, además del 40% de Avery Brewing.


Deloitte invierte 18 millones en su nuevo centro de ciberseguridad de Madrid Deloitte ha inaugurado en Madrid su nuevo centro de seguridad Cybersphere Center (ECC), que cuenta con 574 profesionales de 20 nacionalidades que ofrecen servicios todas las horas del día a más de 26 países de EMEA (Europa, Oriente Medio y África). Deloitte ha invertido 18 millones de euros para la puesta en marcha de este centro, uno de los más avanzados tecnológicamente a nivel mundial. En España ya poseen más de 20 espacios, pero este constituye el primer centro de excelencia de servicios de seguridad gestionada en la región de EMEA. La multinacional apuesta por

el talento joven y actualmente integra una plantilla de 310.000 trabajadores en todo el mundo. Fernando Ruiz, presidente de Deloitte España, aseguró que su objetivo es incorporar más de tres mil profesionales al año. El centro, ubicado en la Torre Chamartín del distrito de Hortaleza, cuenta con la última tecnología en laboratorios y espacios innovadores de colaboración.

Iberdrola presenta cuatro nuevos proyectos fotovoltaicos por valor de 150 millones de euros

Iberdrola prevé invertir 150 millones de euros en cuatro nuevos proyectos fotovoltaicos en Castilla-La Mancha, con una capacidad instalada de 250 megavatios (MW), ubicados en las localidades de Uclés y Valverdejo (Cuenca); Bargas (Toledo) y Puertollano (Ciudad Real). Los proyectos se encuentran en el inicio de su tramitación, tras la publica-

ción en el Boletín Oficial del Estado (BOE) de la salida a información pública del proyecto Puertollano II, de 100 MW de potencia, y de los tres restantes: Romeral (Uclés), Olmedilla ( Valverdejo) y Barcience (Bargas), de 50 MW de capacidad cada uno, en los Documentos Oficiales de la Comunidad Autónoma. El proyecto Puertollano II aúna varios elementos innovadores, tanto desde el punto de vista tecnológico, como por la capacidad de almacenamiento, como paneles bifaciales, que permitirán una mayor producción, al contar con dos superficies sensibles a la luz, dotándolo además de una mayor vida útil.

Breves Paribas Personal Finance, que opera en España con la marca Cetelem. Xfera Consumer Finance (XCF), que tiene un capital social de seis millones de euros, acaba de obtener la autorización del Banco de España para la creación de un establecimiento financiero de crédito y una entidad de pagos, es decir, fichas bancarias, que facultan a XCF a prestar prácticamente toda clase de servicios financieros (cuentas corrientes, transferencias, tarjetas o financiación, aunque no prevé ofrecer hipotecas), excepto la captación de depósitos. Naturgy se alía con Everis para externalizar servicios de sus redes Naturgy, uno de los mayores grupos energéticos en España, ha dado un nuevo salto en su plan para reducir costes vía externalización de servicios y mejoras en la eficiencia, digitalización e innovación tecnológica con la firma de un megacontrato con la multinacional Everis. Fuentes de los sindicatos han explicado que Everis se hará con la gestión de decenas de servicios ligados a todas las redes energéticas de Naturgy. Una nueva sociedad, que ha sido denominada Lean Grids Services, y en la que estará Everis como accionista, asumirá las plantillas relacionadas con esas tareas, un proceso que podría afectar a cientos de empleados, entre 400 y 600 dependiendo de la evolución futura del acuerdo. La intención de Naturgy es seguir externalizando tareas internas y empleos con otros acuerdos millonarios como los de IBM y Everis, para acometer un programa masivo de reducción de costes y adaptación acelerada a nuevos procesos productivos más eficientes y digitales. Privalia y Veepee aumentan un 16% sus ingresos en España El negocio de Veepee (antigua Vente Privee) en España crece a doble dígito y se consolida como el segundo mercado más importante del grupo, sólo por detrás de Francia. El año pasado, las filiales españolas de Veepee y de Privalia, que pertenece al grupo francés desde 2016, sumaron una facturación de 400 millones de euros, un 16% más que el año anterior. La compañía no desglosa el resultado neto del ejercicio por países. España representa el 11,4% de la facturación de la corporación gala. En este mercado, la plataforma de venta online registró el año pasado cinco millones de pedidos, vendió 13,2 millones de productos y realizó un total de 9.500 campañas con más de 1.500 marcas (un 42% de ellas españolas). “Estos resultados demuestran la consolidación del grupo en España y avalan la lealtad de nuestras marcas colaboradoras, que presentan una tasa altísima de repetición”, indica el director general de Veepee España, Albert Serrano.

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entrevista entrevista

Pedro Penalva CEO da Aon Portugal

Consultora de risco Aon: três décadas de crescimento robusto “A capacidade que uma empresa tem em gerir toda a cadeia de valor do risco dota essa organização de uma vantagem competitiva diferenciadora e sustentável, face à sua concorrência”, afirma Pedro Penalva, CEO da Aon Portugal. O responsável aponta algumas das principais ameaças às empresas e à sociedade e explica como a consultora poderá ajudar a gerir o risco de forma estratégica. A Aon é a segunda maior empresa de gestão de risco em Portugal e tem crescido a uma média de 7% ao ano. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

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que representa Portugal para a multinacional Aon?

Fruto da dimensão do nosso país, as empresas multinacionais em Portugal, nunca apresentam um valor muito expressivo no que concerne a volume de negócios em comparação com o seu grupo. O que, na minha perspectiva, faz sentido analisar é o impacto objetivo que a operação portuguesa da Aon tem na multinacional e isso é medido não só pelo crescimento da operação (na última década apresentamos um crescimento médio anual de 7%, num período em que atravessámos uma das maiores crises económicas que há memoria em Portugal), mas fundamentalmente pela capacidade que temos tido em atrair investimento para o país, nos recursos disponibilizados para desenvolver a base de talento nacional e pelo reconhecimento que esse talento tem numa organização líder mundial na sua atividade e com mais de 50.000 colaboradores espalhados por 120 países. O facto de sermos um mercado de menor dimensão também nos permite testar a implementação de projetos pioneiros que são depois adaptados em mercados maiores. E, nos últimos anos, temos implementado um conjunto de práticas e iniciativas piloto, de que muito nos orgulhamos e que são devidamente reconhecidas no grupo.

Como tem sido a evolução dos negócios da Aon no mercado português?

Este ano completamos três décadas em Portugal, período em que o setor e o país mudaram muito. A Aon tem apresentado um crescimento robusto, o que tem contribuído para o investimento permanente do grupo em Portugal. Gostaria de notar que continuamos a crescer, em contraciclo com a economia, que enfrentava a pior recessão dos últimos 40 anos. Mantivemos a criação de emprego, o investimento e fomos reconhecidos com a confiança dos nossos clientes. O que mais tem contribuído para o nosso resultado tão

consistente é a qualidade das nossas equipas, um posicionamento muito proativo dos nossos profissionais, de grande proximidade com os clientes, e o reforço da nossa capacidade em acrescentar valor aos clientes em temas tão críticos como a sua capacidade de gerir risco e a proteção da saúde e reformas dos seus colabores. Quanto obteve a Aon em receitas brutas em 2018 e quanto espera obter este ano?

Com todas as suas linhas de negócio, o grupo Aon em Portugal fechou o ano passado nos 18 milhões de euros e deverá encerrar o exercício de 2019 apresentando uma taxa de crescimento em linha com a apresentada nos últimos exercícios. Quais são os segmentos de negócio mais significativos e os que poderão crescer mais no futuro? Pesa mais a consultoria de risco ou a corretagem de seguros?

A consultoria e o aconselhamento aos nossos clientes tem assumido um peso cada mais relevante na nossa atividade, de acordo com o nosso posicionamento de empresa de serviços profissionais. As ameaças que as empresas enfrentam são cada vez mais complexas e transversais, num mundo marcado por disrupções tecnológicas e demográficas e os riscos a que estão sujeitos têm crescido em frequência, mas também em intensidade. Basta atentar no clima geopolítico global em que vivemos e nos fenómenos naturais que cada vez com maior intensidade têm assolado o mundo. Gostaria de destacar as soluções de recursos humanos como uma das mais preponderantes e vibrantes áreas de negocio da Aon Portugal. Perante a atual realidade no mercado de trabalho - à qual se junta, ainda, a escassez de talentos -, o processo de recrutamento tem de ser suficientemente apelativo, de modo a atrair os melhores, e a proposta de valor apresentada tem de ir muito além do salário. Em termos de futuro, destaco o enorme desafio que vão continuar a representar os riscos cibernéticos num mundo cada vez mais digital e com mais de 20 mil

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milhões de aparelhos conectados à internet. Fundamental também a necessidade das empresas adoptarem uma nova estratégia para protegerem devidamente a componente intangível dos seus balanços, fonte de valor e potencial de crescimento. A propriedade intelectual assume-se como um dos ativos com maior valor para uma organização e importa, não só protegê-la devidamente, como também apoiar a criação de uma estratégia com vista ao seu desenvolvimento e à sua monetização. O objetivo da Aon é assim ajudar as empresas a criar uma estratégia baseada na relevância patrimonial da propriedade intelectual (em sentido lato). Este facto ainda é mais relevante caso a empresa esteja a preparar uma atividade de aquisição, captação de recursos, oferta pública ou outra. Que expectativas têm relativamente à evolução do mercado português?

A evolução tem sido positiva e as perspetivas são optimistas. Podemos, ainda assim, identificar alguns aspetos que podem ser reforçados ou melhorados. No caso das seguradoras, há ainda a necessidade de equilibrar a margem técnica e reforçar as suas reservas depois de um longo período de resultados muito baixos do setor. Fundamental também reforçar a sua relevância enquanto entidades capazes de responder afirmativamente às necessidades dos clientes, cada vez mais específicas e prementes. No caso da Aon, uma vez que assumimos cada vez mais o papel de consultor, o nosso propósito é dotar as pessoas, as organizações e também a sociedade dos meios e instrumentos que lhes permitam fazer face a um mundo cada vez mais complexo e incerto. Em resumo, pretendemos reduzir a volatilidade, que é o mesmo que dizer, diminuir o impacto que eventos não previstos e adversos possam ter na vida das pessoas e das organizações. Pretendemos atingir este nosso propósito através das nossas soluções de risco, saúde e reforma, suportados por uma utilização extensiva e intensiva de Data & Analytics. Ou o U tT u Ub Br Ro O d De E 2019

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entrevista entrevista Quais são os maiores desafios em termos nacionais e internacionais para a Aon e para o setor?

O maior desafio prende-se com a nossa capacidade de efetivamente diminuir a volatilidade que pode afetar os nossos clientes e seus colaboradores, proteger os balanços e contas de exploração das empresas nossas clientes e garantir a continuidade do seu negócio. Tudo isto num mundo batizado com o acrónimo “VUCA”: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. O setor segurador tem sabido adaptar-se e inclusivamente demonstrou uma resiliência notável aquando da crise financeira global de 2008, mas necessita, urgentemente, de uma transformação que terá que ser executada com rapidez e eficácia. Além da disrupção digital e do aparecimento de insurtechs, que em várias áreas ameaçam diretamente as seguradoras tradicionais e o seu modelo de negócio, toda a cadeia de valor e fundamentalmente a experiência de cliente têm que ser redesenhadas e redefinidas de forma a que o mercado segurador possa continuar com a sua função primordial de garantir a transferência de riscos, proteção da saúde e reforma, além da função crítica que desempenha como investidor institucional. A Aon lançou este ano o Global Risk Management Survey, o maior estudo de risco global, em que participam 3000 empresas em todo o mundo. Dos dez maiores riscos identificados pelas empresas, oito não têm uma solução seguradora linear. Ao longos das últimas décadas, sempre que existe um fenómeno natural de caraterísticas catastróficas, o intervalo entre a perda económica e a perda segurada têm vindo a aumentar progressivamente. Assim, o desafio da atividade seguradora é o da relevância para os seus clientes e para a sociedade. Que oportunidades identifica?

É incontestável que a capacidade que uma empresa tem em gerir toda a cadeia de valor do risco (identificação, impacto, mitigação, gestão e transferência) dota essa organização de uma vantagem 16 ACT UALIDAD€

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competitiva diferenciadora e sustentável, face à sua concorrência Por isso mesmo, pelo que referi atrás sobre os desafios do mundo em que vivemos, e pelo facto de na Aon termos as pessoas, o conhecimento, o foco em inovar, a experiência, a escala global e o capital intelectual para dar respostas a estes desafios; só posso estar profundamente optimista sobre o futuro da nossa firma e sobre as perspectivas (muito positivas) que se apresentam.

“50% das perdas finan-

ceiras das empresas a operar em Portugal decorre do aumento do preço das matérias (sintoma claro da dependência energética do país), seguida pelas taxas aceleradas de mudanças nos fatores do mercado (46%) e pela incerteza/risco político (41%)” Quais são os principais riscos que o segmento empresarial deverá acautelar em parceria com a Aon?

A principal oportunidade que importa destacar é que as empresas devem ter a capacidade de explorar os desafios com que hoje se deparam para robustecer a sua competitividade. A desaceleração económica (ou recuperação lenta), os danos de reputação e as alterações regulatórias e legislativas estão no topo das preocupações dos gestores (segundo o survey de risco que referi). Em Portugal, o risco cibernético integra, pela primeira vez, a lista dos cinco principais riscos para as empresas, que estão hoje mais cientes do impacto que o cibercrime pode representar para as suas operações. Os dados deste estudo mostram ainda que 50% das perdas

financeiras das empresas a operar em Portugal decorre do aumento do preço das matérias (sintoma claro da dependência energética do país), seguida pelas taxas aceleradas de mudanças nos fatores do mercado (46%) e pela incerteza/ risco político (41%). Esta edição de 2019 do Global Risk Management Survey foi realizada numa altura de enorme incerteza em todo o mundo, caraterizada por quedas no mercado de ações, disputas políticas comerciais, ações regulatórias agressivas, recolhas massivas de produtos defeituosos, desastres naturais devastadores, ataques cibernéticos de grande alcance e escândalos corporativos. Como consequência deste contexto, um terço dos 15 principais riscos identificados em 2019 entraram pela primeira vez na lista. O envelhecimento da força de trabalho passou da posição 37, em 2017, para a 20ª, em 2019. Prevê-se que suba para a 13ª em 2022. As alterações climáticas passaram do 45º lugar, em 2017, para 31º em 2019, uma vez que a frequência e a gravidade das catástrofes naturais contribuem para aumentar as preocupações sobre o impacto na economia global. As alterações demográficas são outro aspeto relevante. O envelhecimento da população está associado a um fenómeno demográfico caracterizado pelo decréscimo na fertilidade e um crescimento da esperança de vida. Uma menor taxa de nascimentos e o aumento da esperança de vida está a contribuir para uma alteração significativa na pirâmide etária das populações e consequentemente das empresas. Associando o desafio demográfico e o prolongamento da vida profissional, ao desenvolvimento da indústria 4.0, à inteligência artificial e à robotização teremos que colocar em questão os atuais modelos de ciclos de carreira profissional e formação. É fundamental acompanhar estas alterações e ajustar as políticas de compensação e benefícios (saúde, segurança e bem-estar). É fundamental a preparação e alinhamento destas políticas com a evolução etária dos colaboradores,


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entrevista entrevista mais critico, quando falamos de risco: o Custo Total do Risco, que é muito mais do que o somatório dos custos com seguros de uma organização . Que peso tem a mediação de seguros nos negócios da Aon?

Tem um peso relevante, mas as necessidades e expetativas dos clientes estão a mudar e isso está a forçar uma mudança do próprio mercado para se ajustar a essa realidade. É por isso que a Aon está hoje, mais do que nunca, focada na transição para um Empresa de Serviços Profissionais, totalmente comprometida com o seu papel de consultor e advisor.

acompanhando as suas necessidades e preocupações, mantendo a sua motivação e compromisso por mais tempo. Também os choques catastróficos provocados pelas alterações climáticas estão a colocar enormes desafios às empresas e a colocar sobre pressão as soluções tradicionais disponibilizadas pelo mercado segurador. É assim necessário encontrar soluções inovadoras, por vezes disruptivas, atraindo outras entidades disponíveis para colocar o seu balanço ao serviço dos riscos dos seus clientes. Um exemplo, com crescente utilização em vários setores de atividade, são os chamados seguros paramétricos, que utilizam índices facilmente mensuráveis ligados a fenómenos climáticos (temperatura, precipitação, velocidade do vento) ou outros, e cuja variação irá determinar a existência ou não de uma indemnização. Que produtos disponibilizam nos segmentos de risco cibernético e segurança de dados; risco de reputação; risco de terrorismo e risco climático ou de catástrofes naturais?

A Aon é por definição e vocação uma empresa focada em contribuir com soluções integradas que abranjam toda a cadeia de valor do risco. Todos esses riscos são altamente distribuídos e podem afectar várias áreas de uma orga18 ACT UALIDAD€

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nização (desde a unidade de negócio a uma geografia), mas todos requerem uma solução integrada que nunca passa pela simples aquisição de um produto de transferência de risco, ou seguro! O caso da cibersegurança é particularmente interessante. A questão que as organizações devem colocar não é “se vai acontecer”, mas antes “quando vai acontecer”. O potencial de impacto é totalmente distribuído pela organização. Todas as áreas estão expostas a um ataque cibernético, sendo por isso muito importante ter uma visão integrada de toda organização e da sua exposição a este tipo de riscos, efectuando um assessment detalhado e devidamente quantificado. Riscos cibernéticos não são (só) um tema do IT, mas de todas as unidades que constituem a organização. Por outro lado, quando ocorre o ataque é primordial ter uma estratégia “pós-evento”, que possibilite minorar os impactos e garantir a continuidade do negócio e das operações. É no desenvolvimento de uma abordagem consultiva, integrada e que dê uma resposta adequada a estas necessidades que nos focamos. Não somente na procura de efetuar uma transação de transferência de risco, mediante a contratação de um seguro. É na gestão proativa de toda a cadeia de valor que nos focamos, de forma a reduzir o indicador que na Aon é o

De que forma prevê que a comercialização de seguros evolua? A abordagem ao cliente, a comunicação... ?

A resposta depende muito do segmento de mercado a que nos estejamos a referir. No segmento individual, a simplificação, a rapidez, a eficiência, a utilização massiva de ferramentas digitais, a gestão do ciclo de vida do cliente e o foco numa experiência de cliente agradável e positiva (especialmente aquando da ocorrência de um sinistro) serão primordiais para o sucesso. No segmento empresarial, ainda que todos os fatores acima referidos para o segmento individual tenham que estar presentes, a abordagem deve também incluir uma componente de proximidade, na procura da humanização do processo. Apesar de a tecnologia assumir um papel fundamental na nossa atividade, o fator humano é imprescindível. Os clientes procuram um parceiro de negócio que tenha a capacidade de conhecer profundamente a sua organização, de ver para além do óbvio e a visão estratégica apurada que uma máquina não consegue garantir. A tecnologia pode dar-nos os dados, mas o fator humano é essencial para interpretá-los. A utilização de meios digitais tem que ser crescente para melhorar a experiência de cliente, mas aliar a componente tecnológica ao fator humano é crítico para uma relação empresa/ cliente que se quer duradoura. 


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Yilport antecipa expansão no tráfego portuário, sobretudo em Leixões

Foto João Morgado - Architecture Photography

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A Yilport, um dos principais operadores de gestão de portos em Portugal e em Espanha, aumentou de forma significativa o seu volume de negócios este ano, à boleia do crescimento que se tem verificado nas exportações nacionais. Para Ignacio Rodríguez, diretor-geral de dois dos terminais Ibéricos da empresa, que gere quase uma vintena de portos na Península Ibérica, bem como noutros países europeus e da América Central e na Turquia.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

crescimento das exportações continua a impulsionar a atividade portuária em Portugal e em Espanha. Segundo frisa Ignacio Rodriguez, diretor-geral da Yilport Setúbal e Yilport Huelva (Espanha), duas das operações deste grupo de origem turca, a Yilport Holding deverá terminar o ano com uma melhoria de cerca de 10% na sua atividade portuária na Península Ibérica, face a 2018. Assim, a companhia espera ultrapassar um volume de negócios de 100 milhões de EUR na atividade portuária, que representa o core business da Yilport. Além dos oito terminais portuários geridos pela companhia na Península Ibérica, a Yilport gere mais uma dezena de portos e terminais portuários em alguns países escandinavos, bem como na Turquia, Malta, Equador, Peru e Guatemala. Fora da atividade portuária, o grupo

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detém uma empresa de transporte e consolidação de cargas, a Transitex. Grupo está entre os 20 maiores operadores mundiais A operação em Portugal do grupo originário de Istambul começou em 2016, com a compra dos direitos de exploração dos terminais de contentores explorados pela Mota-Engil em oito portos (seis em Portugal e dois em Espanha). A maior das operações em Espanha é a referente ao porto de Huelva (sudoeste de Espanha), que supera, por exemplo, o movimento de carga em todos os portos portugueses (cerca de dois milhões de TEUs), exemplifica o gestor. Deste movimento, o porto de Leixões é o maior do país (ver caixa) e deverá continuar a crescer. “As exportações aumentaram muito na Península Ibérica e devem continuar a crescer”, estima ainda Ignacio Rodriguez.

A Yilport Holding, que adquiriu as operações dos terminais portuários que estavam concessionados à Tertir e à Mota-Engil Logística, por cerca de 300 milhões de euros, continua a investir nas infraestruturas adquiridas. O montante dos investimentos em curso rondam os 150 milhões de euros e destinam-se a maquinaria e sistemas tecnológicos dos portos de Lisboa, Leixões, Aveiro, Setúbal e Huelva, adianta o mesmo gestor. Além dos três portos referidos, a empresa detém ainda, em Portugal, a concessão dos terminais de contentores e carga geral da Figueira da Foz, e em Espanha do terminal de contentores de Ferrol na Galiza. O grupo mostra-se satisfeito com a aquisição realizada e adianta não existirem problemas na relação com o Estado português ou com os profissionais do setor, no mercado nacional. O porto de Huelva (foto na pág. seg.) está a crescer, sobretudo pela sua ligação


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às Canárias e ao hinterland muito específico que é a agropecuária e a indústria química. Em Portugal, o grupo emprega cerca de um milhar de funcionários e em Espanha 50. Indústria marítima cada vez mais competitiva Com a compra das operações da Tertir/ Mota Engil Logística, concretizada em 2016, a Yilport Holding tornou-se um dos 20 maiores grupos de gestão portuária do mundo (12º em 2018), e assumiu como objetivo tentar chegar ao top ten mundial, até 2025. No entanto, o perfil deste negócio está em grande mutação, assume Ignacio Rodriguez, sublinhando que muitos operadores de linha estão atualmente a tentar expandir a atividade, entrando também na área da gestão portuária, quando antes estas duas vertentes eram separadas. Por outro lado, e dada a dimensão destes grandes operadores, alguns estão a tentar também agrupar atividades não só nos portos, como também na ferrovia, integrando vários canais de distribuição de mercadorias. De salientar que, para alguns operadores, a concorrência da ferrovia poderá ser marcante para o setor portuário, bem como para o aeroportuário. “A indústria marítima em Espanha e noutros países europeus é muito competitiva e há cada vez mais concorrência”, afiança o gestor do grupo Yilport, o “braço” do grupo familiar turco Yildirim

para a área portuária. No entanto, o res- e não apostarem só no turismo, que ponsável não adianta se a Yilport estará representa uma atividade económica a equacionar alguma parceria estratégi- mais flutuante e menos estrutural para ca ou outras aquisições para fortalecer a as economias. É preciso não esquecer os riscos de recessão, que começam a sursua dimensão no mercado. A nível macroeconómico, Ignacio gir um pouco por toda a Europa, com Rodriguez sublinha a importância dos guerras comerciais de efeitos imprevisípaíses ibéricos privilegiarem a indústria veis, alerta o responsável. 

Leixões movimenta 11,5 milhões de toneladas de mercadorias até julho “O Porto de Leixões fez história em julho, ao assinalar o melhor resultado de sempre no movimento de mercadorias. Durante este mês, circularam na infraestrutura portuária cerca de dois milhões toneladas de carga (1,9 milhões), o que representa um crescimento de 25,28% face ao período homólogo do ano anterior”, adianta a APDL-Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo. Os movimentos de granéis líquidos e sólidos também se destacaram em julho, ao cresceram 5,4 e 55,4%, respetivamente. Os valores assinalados no sétimo mês do ano permitiram a recuperação no movimento acumulado de granéis líquidos e a evolução positiva no movimento dos granéis sólidos. Já a carga contentorizada voltou a crescer em julho de

2019, aumentando 15,8% relativamente ao mesmo mês de 2018. No movimento acumulado entre janeiro e julho de 2019, continuam a registar-se vários máximos em comparação com os períodos homólogos, destacando-se o total de carga Ro-Ro (carga roll-on/ roll-off, que embarca e desembarca em cima de rodas), com um aumento de 18,6%, assim como o total de carga contentorizada em contentores (mais 11,3%) e ainda o volume total em TEU´s (mais 11,5%). Desde o início do ano de 2019, passaram, em média, cerca de 1,6 milhões de toneladas de mercadorias por mês em Leixões, o que representa um aumento de 3% face ao ano anterior. Em apenas sete meses, transitaram na infraestrutura portuária 11,5 milhões de toneladas de carga.

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Alegre Portuguesa, a plataforma de comércio online com curadoria Há uma morada nova para os produtos que escapam ao consumo de massa e respondem às necessidades de consumidores que procuram qualidade, design e genuinidade. Chama-se Alegre Portuguesa e é uma plataforma de comércio online criada por Cátia Gonçalves, onde a curadoria promete fazer a diferença.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

s números das vendas mun- consumidores interessados neste tipo visibilidade, permitindo-lhes escalar diais de e-commerce não de produtos. Algumas destas mar- o negócio, da mesma forma que um param de crescer. De acordo cas possuem venda online, na sua mercado de rua com muitas marcas com um estudo publicado própria página web, e outras não. chama mais a atenção do que uma pelo e-marketeer, o mercado A maioria também não tem loja barraquinha isolada, que tem muito de e-commerce ascende, este ano, aos física. Se as juntarmos na mesma menos expressão. Acredito muito de 22.687 mil biliões de euros. plataforma podemos dar-lhes maior nesta sinergia. A venda de umas Além de serem cada vez mais os marcas impulsionará o negócio consumidores dispostos a comde outras.” Foi assim que nasceu prar online, o e-commerce reprea ideia da Alegre Portuguesa, que senta mais uma oportunidade de arrancou no início deste ano, pela venda para as marcas. Consciente mão de Cátia Gonçalves, profissiodesta realidade, a empreendedonal experiente na comunicação de ra Cátia Gonçalves foi observanoutras marcas. do o crescente aparecimento em A empreendedora criou a plataPortugal de mercados e de marcas forma, fez um curso de e-comde artesanato e de produtos de merce e estabeleceu uma parceria design português: “Comecei a ver com a Chronopost, que se encarvárias marcas giras e emergentes rega das entregas. “Esta parceem mercados de rua e muitos ria é determinante para o nosso

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negócio, já que se trata de uma empresa reconhecida pelo mercado e que garante a segurança no que se refere a todo o processo de transporte e entrega das encomendas.” A mentora e dona da Alegre Portuguesa sublinha que a plataforma acaba por ser mais uma montra para as marcas: “Nós tratamos da exposição e da comunicação dos produtos, bem como da logística e ganhamos uma comissão por cada venda. Só estaremos a faturar mais, quando ganharmos escala, com a inserção de mais marcas e com o aumento da visibilidade da plataforma no mercado externo.” A Alegre Portuguesa comercializa cerca de 30 marcas selecionadas por Cátia Gonçalves, agrupadas nas categorias de decoração, mesa e cozinha, papelaria, criança, entre outras que poderão vir a ser acrescentadas. Encontra na plataforma desde artigos personalizáveis, a candeeiros ou peças decorativas como as andorinhas de cerâmica, um dos produtos com mais procura e que mais vende na plataforma, tendo já merecido uma encomenda de uma reconhecida marca de luxo. “Recebemos uma encomenda de andorinhas por parte da Hermès, que muito nos honrou por escolher um produto nosso e por confiar na nossa plataforma”, comenta Cátia Gonçalves. Nos primeiros seis meses da Alegre Portuguesa, Cátia Gonçalves quis testar todo o processo, mais do que aumentar o número de marcas, mas a partir de agora esse número “irá, inevitavelmente, crescer até porque tem havido solicitações por parte de marcas portuguesas e estrangeiras nesse sentido”. Para estar na Alegre Portuguesa, as marcas têm que obedecer a alguns critérios, frisa a curadora: “A curadoria é precisamente o que nos diferencia de outras plataformas de e-commerce. O nosso cliente é alguém que procura produtos especiais que não se encontram no mass market, que procura artesanato ou

design moderno, qualidade de mate- respondem a momentos chave, que riais e de produção, que gosta de requerem uma oferta diferenciadora a oferecer um presente especial e é clientes, parceiros de negócio e colatambém alguém que quer uma expe- boradores. “Quando escolhemos algo riência de compra cómoda, que não especial, único e com amor, a magia exija uma deslocação. Consegue-se, acontece e é inevitável o sorriso de assim, comprar vários produtos num felicidade de quem recebe”, salienta, curto espaço de tempo, através de acrescentando que “esta premissa é valiuma única operação financeira e num da todas as marcas selecionadas para único endereço online.” a Alegre Portuguesa. Escolhas onde a Para integrar a plataforma, a marca criatividade e originalidade se cruzam e deverá pagar um valor de entrada (80 que tornam casas e pessoas mais felizes”. euros), que assegura os custos operacio- Também não está fora de hipótese nais, indica a gestora. “A partir de agora abrir uma loja pop-up para comunicar é já possível enviar para todo o mundo, o conceito e aproveitar picos de venda, respondendo às crescentes vendas para como o Natal, por exemplo. fora de Portugal”, indica a gestora. Cátia Gonçalves tem consciência A pensar no Natal ou no segmen- que esta fase exige muito investimento to corporativo, a Alegre Portuguesa monetário e humano, para que tudo criou a possibilidade de aquisição de possa crescer de forma sustentada e gift boxes de produtos da plataforma, estima alcançar uma faturação de 200 com um packaging cuidado e que mil euros dentro de três anos.  OUTUBRO DE 2019

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Greenfest: a sustentabilidade ganha força no poder do consumidor O Greenfest, o maior evento dedicado à sustentabilidade que se realiza em Portugal regressa a Lisboa para a segunda edição deste ano, depois de ter estado, em junho, em Braga. Nos próximos dias 17 a 20 de outubro, o Greenfest estará no campus de Carcavelos da Nova SBE, para debater os desafios do meio ambiente e da sustentabilidade no nosso país, tendo como mote a água e as energias renováveis. Pedro Norton de Matos, que organiza há vários anos este certame e que dá formação em várias áreas, sublinha como cada um de nós pode fazer a diferença, através do seu poder como consumidor, mas também há ações a realizar por parte das empresas e das autarquias.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

tema desta edição especial do Greenfest, a segunda edição este ano, é a água e as energias renováveis. Quais são as grandes preocupações dos agentes económicos e dos cidadãos em geral relativamente a esta matéria?

A água é vida! De todas as chamadas energias e recursos alternativos, a água é a única que não tem alternativa e a gestão deste recurso é crítica. Com efeito, a percentagem de água doce existente no planeta é muito reduzida e grande parte está gelada nos polos. Por outro lado, a água potável ainda é mais escassa, e muitos milhões de pessoas não têm acesso a tal vital recurso. A agricultura intensiva (maior consumidor de água Quais os especialistas que irão abordar doce) com recurso a químicos, e o lixo algumas destas questões? gerado pelas indústrias e populaçoes Diversos especialistas debaterão estes têm vindo a afetar a qualidade dos rios, temas em diferentes formatos, desde albufeiras e reservas aquíferas. Os oceanos, de igual modo, estão fortemente ameaçados pelo lixo gerado, pondo em Há duas grandes risco a fauna e a flora marinhas. alavancas: consumiFinalmente, o desperdício de água potável nas cidades portuguesas é muito elevado dores e cidadãos; e e urge adotar comportamentos diferentes. empresas/ marcas/ O stress hídrico vivido em Portugal nos últimos anos (de recordar que Viseu esteve autarquias, que, “em com severa escassez há dois anos, por exemconjunto, ajudam na plo) torna o tema mais visível e premente. As energias alternativas às energias de aceleração da agenda fontes fósseis, vão estar também muito da sustentabilidade” em foco na programação, que pode ser consultada no site do evento. 24 ACT UALIDAD€

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conferências, a workshops, tertúlias, palestras, teatro, música, etc. Destacaria investigadores como a Luisa Schmidt e equipa multidisciplinar da Observa; a Universidade Nova da Caparica e sua equipa de investigadores; o Instituto de Nanotecnologia de Braga ; e o ISA, entre outros. Do lado das autarquias e poder local, serão também variados os testemunhos, recheados de exemplos práticos, como o caso das ETAR que recuperam as águas cinzentas para rega. Um eixo estratégico do grande Forum Greenfest é o da participação ativa de muitos jovens. Recebemos mais de 3.500 alunos e professores dos ciclos e secundário, bem como inúmeras famílias. Os estudantes universitários–


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desde logo os da Nova SBE–, estarão também em grande número. Que efeitos esperam ter das recomendações e conclusões que possam surgir do evento?

O nosso objetivo – e já são 12 anos com várias edições –, é o de, para além da sensibilização, passar à ação. Muitos são os exemplos inspiradores e boas práticas partilhados no evento, que permitem em muitos casos replicar com sucesso. O empowerment do consumidor e o apelo a uma cidadania responsável, são também boas vias de influenciar as marcas e os legisladores. Incentivamos a responsabilidade individual e coletiva, para que cada um de nós possa ser rar também os objetivos que estavam É um tema que será abordado por um agente de mudança e não arranjar previstos para 2030. O que salientam os vários e diferentes stakeholders, conforargumentos desculpabilizantes, como especialistas sobre esta evolução? me se pode ver no programa do evento. a invocação da culpa do “eles”– “Eu Seguramente que os debates e outras não separo o lixo, porque eles depois iniciativas que decorrerão (por exem- Os contínuos incêndios que assolam juntam”...). “Eles” quem? “Eles” somos plo, a apresentação de estudos e relató- o nosso país em cada ano que passa “nós”! Há que ter essa consciência. rios de inquéritos) ajudarão a perceber estão também a criar graves problemas quais os desvios e a forma de acelerar a ambientais? A regeneração florestal deve ser aumentada? De que forma? Portugal ainda tem um longo caminho agenda da descarbonização. a percorrer em termos de produção de Acreditamos que uma correta ordenarenováveis no conjunto da produção Quanto ao abastecimento e conservação ção florestal minimizará muitos dos elétrica e pode não cumprir as metas da água, quais são as guidelines ou prin- efeitos nefastos dos incêndios. O mix previstas para 2020… Tendo de acele- cipais desafios para Portugal? de flora autóctone com as árvores de

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org OUTUBRO DE 2019

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atualidade actualidad Os materiais utilizados são também lho e valor para a sociedade. Tambem na sua grande maioria pouco ami- a chamada “economia social” ou da gos do ambiente. Felizmente que se “partilha” está em crescendo, criando tem dedicado muita investigação na inúmeras oportunidades de conjugar engenharia de materiais que se vai novos modelos de prosperidade. refletindo em inovação e estamos Há muitos conteúdos corporate para convictos que a própria legislação terá empresas. Tambem as famílias de diferentes níveis etários (dos bisavós que acompanhar. A adoção de eco materiais e técnicas aos bisnetos) têm uma variedade de de construção ecológicas deverá ser conteúdos, que incluem as áreas de acompanhada de incentivos fiscais saúde e bem estar, entre outras. pelo enorme contributo que têm para Por outro lado, é notória a conjugaos serviços prestados ao ecossistema ção de duas alavancas de aceleração e a que damos voz com inúmeras ambiental e à saúde. ativações: consumidores e cidadãos; Que outros problemas ambientais e de e empresas/ marcas/autarquias que sustentabilidade irão ser discutidos impactam toda a cadeia de valor. neste fórum? Estas duas forças em conjunto, ajucrescimento rápido, aliado ao contra- Entendemos a sustentabilidade nos dam na aceleração da agenda da susriar da monocultura perversa, contri- pilares ambiental, social, económico tentabilidade. buirá para a melhoria do quadro geral. e cultural, bem como na sua interdeO grande desafio que nos faz ter O diagnóstico está feito e é tudo uma pendência. Teremos uma aproxima- esperança neste compromisso intergeracional é o da mudança comportaquestão de implementação. ção muito holística e integrada. Acreditamos também que a moldu- É fácil constatar que há uma “economia mental necessária. Acreditamos muito ra penal deve ser muito mais severa, verde” e “azul”, que cria postos de traba- nas novas gerações.  nomeadamente para os incendiários que alimentam a cadeia de “negócio” do fogo. Vale a pena consultar a hora de origem de grande parte dos fogos... muito frequentes depois do pôr do sol...

Portugal é o 26º país mais sustentável do mundo

A questão da mobilidade mais sustentável teve um rápido desenvolvimento no nosso país, com os carros elétricos e bicicletas elétricas. Essa dinâmica vai continuar?

A maior autonomia e variedade de soluções e sua competitividade (também outras tecnologias, para além dos veículos elétricos), aliada a um progressivo aumento da consciencialização dos cidadãos, faz com que este seja um movimento imparável. A grande aceleração dar-se-á a partir de 2020... A área da construção sustentável ainda tem muito para evoluir. O que pode ser feito nesse sentido?

Há uma enorme margem de progressão no domínio da construção. Os níveis de eficiência energética são geralmente baixos, mesmo em novas construções. 26 ACT UALIDAD€

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Um relatório feito por cientistas independentes para a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável para 2019, coloca Portugal em 26.º lugar. Com 76,4 pontos em 100, Portugal encontra-se entre os 30 países mais sustentáveis do mundo, de acordo com o relatório, que avalia o desempenho de 162 países nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) adotados na Agenda 2030. Dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, Portugal está a cumprir da melhor forma o sétimo, de energias renováveis e acessíveis, que deve garantir o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis e modernas para todos. Este ODS foi medido com a percentagem da popula-

ção com acesso a eletricidade, percentagem da população com acesso a combustíveis limpos e tecnologia para cozinhar, quantidade de dióxido de carbono (CO2) lançado pela queima de combustíveis ou eletricidade e a percentagem de energia renovável utilizada no consumo de energia. Os dados também são considerados favoráveis, apesar de existirem alguns obstáculos, na saúde de qualidade, trabalho digno e crescimento económico e cidades e comunidades sustentáveis. Segundo o relatório, o país continua com grandes desafios na erradicação da fome e nos objetivos 12, 13 e 14: produção e consumo sustentáveis, ação climática e proteção da vida marinha, respetivamente.


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Pedro Moriyón Díez-Canedo, nuevo consejero Económico y Comercial de la Embajada de España P edro Moriyón Díez-Canedo ha sido designado recientemente nuevo consejero Económico y Comercial de la Embajada de España en Portugal. Licenciado en Ciencia s Económicas y Empresariales, por la Universidad Autónoma de Madrid, y Executive MBA, por el Instituto de Empresa, el nuevo consejero cuenta con una larga trayectoria profesional ocupando cargos de gran relevancia a nivel internacional. En 1985, Pedro Moriyón DíezCanedo ocupó el mismo cargo en

la Embajada de España en Lagos, Nigeria, y una década después, fue consejero de la Oficina Económica y Comercial de España en Chicago. Asimismo, Pedro Moriyón ha ostentado diferentes puestos de dirección en el Ministerio de Desarrollo de Londres. Pedro Moriyón Díez-Canedo Economía de España, donde, en la actualidad, es miembro de la subsecre- sustituye a Cecilio Oviedo tras taria como vocal asesor, en el Instituto varios años al servicio de la Español de Comercio Exterior y en el Administración Pública de España Banco Europeo de Reconstrucción y en Portugal. 

PortugalFoods lanza el Radar de Mercados Internacionales P ortugalFoods, asociación de empresas agroalimentarias nacionales, lanzará, el 26 de septiembre, el Radar de Mercados Internacionales, una plataforma que ayudará a las empresas del sector en el proceso de internacionalización, identificando los mercados prioritarios para cada productor, de acuerdo con sus ambiciones y necesidades. La presentación tendrá lugar en el Palacio Viscondes de Balsmanha, en Oporto, y está abierta a todas las empresas que deseen asistir. El Radar de Mercados Internacionales, que estará disponible online de manera gratuita, tiene identificados 55 mercados extranjeros, de los que comparte información sobre población, PIB, historial de importación, distancia, etc., para que las empresas portuguesas puedan identificar los mercados que más les interesa según sus productos y así puedan definir mejor su estra-

tegia. “Las empresas entran en la plataforma, eligen qué segmento de producto analizar, registran los aspectos que más valoran, desde el riesgo que están dispuestas a asumir hasta los valores importados por los mercados, entre otros temas, y en función de estas preferencias, la plataforma automáticamente identifica qué mercados son prioritarios para ellos. Le brinda información totalmente personalizada, ayudando a las empresas a entender hacia dónde canalizar sus esfuerzos y, por lo tanto, aumentando la probabilidad de éxito de su negocio”, explica Amândio Santos, presidente de PortugalFoods. La plataforma pertenece al Proyecto Excepcional de Portugal, siendo una herramienta basada en la Estrategia de Internacionalización de la asociación para el trienio 2019/2021, que tiene como objectivo contribuir en el

aumento de las exportaciones agroalimentarias portuguesas, que ya es uno de los sectores que más contribuye al PIB nacional: la industria agroalimentaria y de bebidas tiene un peso de aproximadamente el 19% en la industria manufacturera nacional y el sector agroalimentario tiene un peso de aproximadamente el 6% en la economía nacional. En 2018, las exportaciones del sector fueron de aproximadamente 6.549 millones de euros, lo que representa el 11,3% del total de las exportaciones portuguesas. Actualmente, emplea a unas 287 mil personas. España, Francia, Alemania, Reino Unido, Estados Unidos, Italia, Países Bajos, Angola, Bélgica y Brasil son los países que más demandan productos portugueses, pero el sector también tiene la intención de fortalecer su posición en los mercados de Asia, Medio Oriente, América Latina, Sudáfrica y Canadá. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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Dezoito marcas portuguesas na Momad em Madrid A principal feira de moda, calçado e acessórios de Madrid contou com a presença de 18 marcas portuguesas, que deram a conhecer as suas novas coleções, entre os dias 12 e 14 de setembro no espaço de exposições da Ifema. O objetivo é aumentar as vendas no mercado ibérico. O balanço da participação portuguesa é positivo, assinala Manuel Serrão, um dos responsáveis do projeto “From Portugal”. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

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s marcas Blackspider, coleção primavera/verão 2020), feira Cristina Barros, Concreto, internacional de moda, calçado e Cotton Brothers, Dunebleue, vestuário de Madrid, que decorreu Lion of Porches, Kalisson, nos dias 12 e 14 de setembro no Bagoraz, Le Cabestan, espaço de exposições da IFEMA. Karlek, Kitess, Maloka, Paul Brial, O evento ocupou um espaço de G’Oze, Marita Moreno, Milagrus, Pé de 40.000 metros quadrados de superChumbo e Scusi apresentaram as suas fície bruta e contou com a presença mais recentes coleções na MOMAD (a de cerca de 800 marcas, 25% das quais estrangeiras e foi visitado por milhares de pessoas. A participação no certame permitiu a estas marcas portuguesas “acentuar a imagem de um país produtor de excelência, capaz de conjugar design, inovação e sustentabilidade”, como assinala a Selectiva Moda, que conjuntamente com a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, desenvolveu o projeto “From Portugal”, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área da Moda. Trata-se de um grupo de mar30 ACT UALIDAD€

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cas que “para além da qualidade se diferencia pela oferta diversificada que inclui vestuário de homem, senhora e criança”, lê-se ainda no comunicado da Selectiva Moda. No final do evento Manuel Serrão, presidente da Selectiva Moda, fez um balanço positivo da participação portuguesa: “Superou as nossas expetativas, uma vez que havia alguma apreensão face ao impacto que a atual conjuntura internacional poderia ter em feiras deste tipo. Para algumas das marcas, esta feira foi mais produtiva do que anteriores edições porque fizeram mais contactos e isso poderá traduzir-se em mais vendas, quer para o mercado espanhol, muito importante para as nossas marcas, quer para o português, já que esta é a feira mais representativa do mercado ibérico no que concerne a retalhistas.” Manuel Serrão considera que na atual luta por um consumo mais sustentável de roupa, as marcas portuguesas estão bem posicionadas porque primam pela qualidade: “Todas as propostas que apelam ao consumo de qualidade e da durabilidade estão em vantagem e as marcas portuguesas apostam na qualidade. A indústria têxtil portuguesa tem vindo a bater recordes de exportações fruto dessa aposta.” Os responsáveis das marcas presentes na Momad reconhecem a importância do evento para a internacionalização. “O mercado


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espanhol é importante na estratégia da nossa marca”, declarou Sandra Lobo, representante da Cotton Brothers, marca portuguesa de vestuário para mulher que conta já com dezenas de pontos de venda espalhados por toda a Espanha. A marca apresentou a coleção de womenswear primavera/ verão 2020, com a qual esperam conquistar mais clientes. A Concreto, marca de moda do grupo Valérius, também considera o mercado espanhol estratégico, como assinala Teresa Marques Pereira, brand general manager da marca: “A nossa presença na Momad já é habitual, queremos sobretudo reencontrar e saudar os nossos clientes, é um meeting point ibérico”. Do mesmo modo, Sérgio Rosa,

representante comercial da Pé de Chumbo, pretende ver dilatadas as vendas para o mercado espanhol, que, por enquanto, representa apenas 10% das vendas da marca: “Esperamos encontrar sobretudo compradores espanhóis e para além de manter os atuais, com os quais já temos reuniões marcadas, o nosso objetivo é angariar novos clientes”. A Pé de Chumbo, sedeada em Guimarães e criada pela designer Alexandra Oliveira, está presente em mais de 30 países. A marca Cristina Barros conta também seduzir novos clientes espanhóis, apostando nesta nova colecção primavera/verão, em apontamentos diferentes do habitual. “Nesta estação damos destaque às matérias-primas sustentáveis, conjugadas com cores alegres”,

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explica Marco Costa, representante comercial da empresa. Ricardo Faria, gestor da Dunebleue, está a preparar a entrada no mercado espanhol. “Já estamos presentes em todos os países da Europa, mas em Espanha ainda não”, revela. A empresa oriunda de Vila Nova de Famalicão apresentou moda casual e vestuário desportivo e de outdoor. O projeto “From Portugal” é co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 - Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, tendo um montante de apoio elegível de 12.571.412,64 euros, dos quais 6.932.663,71 euros são provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.”  PUB

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Impressoras a jato de tinta de alta capacidade da Epson atingem 40 milhões de unidades vendidas

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Epson anunciou que as vendas globais acumuladas das suas impressoras a jato de tinta de alta capacidade, as reconhecidas EcoTank, ultrapassaram as 40 milhões unidades. A primeira impressora Epson que deixou para trás os cartuchos e introduziu o conceito de tanques de tinta recarregáveis de alta capacidade foi

lançada em 2010 na Indonésia. Durante o ano fiscal de 2018, esse conceito inovador de impressão expandiu-se para 150 países e regiões. As primeiras unidades foram distribuídas em economias emergentes, para posteriormente serem introduzidas de forma progressiva em países mais desenvolvidos, o que permitiu à Epson aumentar a percentagem de crescimento desses modelos ano após ano no mercado inkjet. Como resultado, e mantendo o seu forte posicionamento de marca e ampla gama de produtos, a Epson mantém a liderança global na cota de mercado de impressoras a jato de tinta

de alta capacidade durante nove anos consecutivos, afiança a companhia. Ainda este ano, “a Epson acelerará a transição das suas impressoras a cartuchos de tinta para os modelos de tanques de alta capacidade, destacando as vantagens incríveis em termos de custos de impressão e desempenho ambiental. Desta forma, a empresa continuará a apostar fortemente na substituição de impressoras a laser, reforçando a sua gama de impressoras a jato de tinta de alta durabilidade e velocidade de impressão, permitindo aos utilizadores imprimir livremente e sem preocupações de custo”. Assim, a Epson espera alcançar as 10,2 milhões de impressoras a jato de tinta de alta capacidade no presente ano fiscal (até 31 de março de 2020), um crescimento de 13% em relação ao exercício anterior. 

Gant Footwear apresenta coleção cápsula em exclusivo no El Corte Inglés N este outono-inverno, a Gant Footwear apresenta uma coleção cápsula, em exclusivo no El Corte Inglés de Lisboa e de Gaia. Partindo dos seus 70 anos de aprendizagem e em jeito de celebração, a Gant apresenta novas silhuetas descontraídas, que mantendo-se fiel à herança da marca, foram pensadas para os dias de hoje com um toque moderno. Esta coleção é a aposta perfeita para o dia a dia no “escritório”, onde quer que ele seja, ou para um fim de semana relaxado perto do mar. Com foco na inspiração náutica, muito associada à imagem da marca, e com a qualidade que já lhe é característica, a Gant apresenta os

modelos Long Beach e Irvine, para senhora e homem. Construídos em gáspeas de algodão orgânico, os masculinos Irvine apresentam ainda uma versão em cambraia orgânica. Designs da icónica bandeira Gant surgem bordados nas gáspeas num padrão original e alegre, rematados por apontamentos em pele na zona do calcanhar e língua dos ténis. A Gant é uma marca nascida na costa leste americana e enraizada na Europa, baseada na inovação e na qualidade com um forte foco na confeção de camisas onde começou a sua atividade. O espírito do campus universitário

em 1950 ajudou a impulsionar a marca em direção ao futuro tornando-a na “Original American Lifestyle Brand”, que é ainda um mote da marca nos dias de hoje. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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opinión

opinião

Por Margarita Hernández*

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Regresso às aulas

esde que entramos no mês de setembro, parece que todos começamos com novos planos, novas ideias, uma vontade reforçada de fazer e procurar a felicidade e o sucesso, como pessoas e como profissionais. Talvez seja porque precisamos de sentir que ficamos aquecidos para o inverno que se avizinha– será? Do meu lado, é momento de reflexão sobre o negócio e de avaliar como vão os objetivos do ano, e como podemos prepararmo-nos também para que o próximo ano a atividade continue a crescer e a nuvem de desaceleração que paira no ar não nos afete. Setembro é também um dos meses que mais job seekers – pessoas em procura ativa de uma nova oportunidade profissional – nos contactam, com a esperança de termos uma oportunidade profissional aliciante para eles. Muitos deles mostram grande profissionalismo, foco e interesse: na abordagem, na sua atitude em entrevista, na forma de manter o contacto vivo. Como em tudo na vida, saber estar e deixarmos uma boa imagem são fundamentais. Um cliente disse-me numa ocasião: “aprendi na vida a dar sempre a melhor imagem de mim próprio aos outros. Se não fizer isso, muito provavelmente não terei a oportunidade de escolher o candidato de quem mais gosto, e terei de aceitar ser eu o escolhido”. Não posso concordar mais com

ele! E não só na perspetiva de quem vai contratar, mas igualmente se aplica ao candidato. Quando um executivo procura uma nova oportunidade profissional, a forma como o faz mostra o tipo de pessoa e profissional que é. E para quem não tem mais informação sobre a pessoa, será esta a primeira imagem com que fica. Com frequência, pergunto-me se as pessoas estão mesmo conscientes disto. Sinceramente, às vezes, prefiro pensar que não estão, a pensar que esta é a (pouca) importância e o empenho que dedicam ao seu futuro profissional. Tantas e tantas vezes chega um email geral e nada personalizado utilizado indistintamente para um conjunto enorme de emails que alguém partilhou. Será que este método incentiva a responder à pessoa, a falar com ela? A mim, sinceramente, não. Quando penso no meu plano de atividades, em como gerar novas oportunidades de negócio e em que novos contactos que gostaria de

fazer, penso fundamentalmente no que podem precisar do outro lado; o que é que nós temos de diferencial e como isso pode ajudar na sua particularidade? Eu chamo a isto “empatia profissional”, e acredito que é uma característica fundamental para atingirmos os nossos objetivos.  * Country manager Portugal da Pedersen & Partners E-mail: margarita.hernandez@ pedersenandpartners.com

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Mercadona y Lanzadera buscan startups para promover la sostenibilidad M ercadona y Lanzadera impulsan el desarrollo de empresas capaces de contribuir al desarrollo sostenible de la cadena alimentaria con el fin de dar respuesta a la creciente demanda de la sociedad en materia de cuidado del medio ambiente y de la sostenibilidad. Ambas han puesto en marcha un Programa Corporate, dirigido a emprendedores innovadores en las siguientes cinco áreas: productos saludables, ahorro de energía, eliminación y reducción de plásticos, modelo de distribución urbana y gestión de residuos. El responsable de Organización de Mercadona, Nichan Bakkalian, afirma que el objetivo es trabajar conjuntamente para “afrontar estos cinco grandes retos y buscar propuestas disruptivas e innovadoras que tengan un efecto transformador en áreas en las que la sociedad está demandando soluciones”.

El proceso de selección de emprendedores lo realizará un jurado compuesto por expertos de Mercadona y Lanzadera y las empresas deberán presentar sus propuestas a lo largo del programa de aceleración, que se iniciará en enero de 2020 y durará 11 meses. Durante esta fase, Mercadona podrá adquirir los productos que sean de su interés y convertirse así en su cliente. El programa Corporate es equity-free , lo que supone que el emprendedor no deberá ceder ningún porcentaje de

la empresa por su participación. A lo largo del proceso, las start ups contarán con apoyo económico y con formación y acceso a mentores y profesionales tanto de Mercadona como Lanzadera y podrán conocer y aplicar el modelo de gestión empresarial de Calidad Total. 

Endesa y Leroy Merlin firman un acuerdo para ofrecer luz y gas E ndesa y Leroy Merlin han firmado un acuerdo para ofrecer luz y/o gas y contratar servicios técnicos presenciales en las tiendas de Leroy Merlín, retailer líder en el sector DiY ( do it yourself ). Actualmente solo está disponible en algunas tiendas, pero los clien-

tes que contraten los servicios de Endesa en estos establecimientos obtendrán descuentos especiales en su compra. Gracias a este acuerdo, los clientes de Leroy Merlin pueden contratar el suministro y los servicios de mantenimiento de Endesa como complemento de su compra en las tiendas de Majadahonda y Las Rozas, situados ambos en la Comunidad de Madrid. A partir de septiembre también podrán hacerlo en los centros Leroy Merlin de Massanassa, Barakaldo, A Coruña

y San Cugat. Además, por la contratación de los servicios de luz y gas de Endesa, el cliente podrá tener un descuento en su factura de compra de Leroy Merlin que variará en función del producto adquirido. Este descuento es inmediato, ya que se realiza en el mismo momento que el cliente paga su compra. Para Javier Uriarte, director general de Comercialización de Endesa, este acuerdo es un paso más en el nuevo impulso que ha tomado Endesa para seguir siendo la marca de referencia para los españoles a la hora de elegir su comercializadora de luz y gas en un contexto cada vez más competitivo. 

Textos Olga Hernández olga@ccile.org Fotos DR

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Hacer bien Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE)

fazer bem

Com o Plano de Mobilidade do Programa Integral de Qualificação e Emprego (PICE), as Câmaras de Comércio em Espanha, em conjunto com a CCILE, irão ajudá-lo a encontrar talento jovem na procura ativa de oportunidades de trabalho ou estágios na União Europeia. Poderá integrar na sua equipa de pessoal jovens com: • Um elevado nível em idiomas. • Uma formação e experiência adaptadas às suas necessidades. • Uma atitude e motivação para empreender uma nova aventura no estrangeiro. • Competências profissionais necessárias para desempenhar as suas tarefas e funções de forma profissional. Como funciona As Câmaras de Comércio encarregam-se de selecionar os perfis que mais se adequam às necessidades da sua empresa e oferecem uma formação virada para a mobilidade. Além disso: • Através da plataforma-Câmaras a nível europeu, a sua empresa terá entre os jovens uma projeção e reconhecimento internacionais. • Facilitamos-lhe o contacto com candidatos selecionados, possuidores de qualificações e competências necessárias para se integrarem num novo trabalho. • Realizamos um acompanhamento exaustivo da estadia do jovem na sua empresa. • Colocamos à sua disposição uma pessoa de contacto na Câmara que o ajudará durante o processo de acolhimento dos jovens. • Como empresa colaboradora, poderá obter o Selo de Empresa Comprometida com o Emprego Jovem. Para mais informações: www.programapice.es Contactos: Maria Luisa Paz mpaz@ccile.org / 918 559 614

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fazer bem Hacer bien

Alunos do ISEG juntam-se em ação solidária e sustentável N o passado dia 13 de setembro, os novos alunos de licenciatura do ISEG – Lisbon School of Economics & Management trocaram a sala de aula pelo voluntariado, em defesa do não desperdício alimentar e da proteção do meio ambiente. São mais de 400 alunos envolvidos num dia de solidariedade. Esta já é uma tradição do ISEG, que promove todos os anos um Dia Solidário com os alunos do primeiro ano de licenciatura, de forma a contribuir para a sua integração e dar-lhes a conhecer os valores humanistas e promotores da sustentabilidade da primeira escola de Economia e Gestão do país, aquela que mais novos alunos recebe anualmente. Este ano, o ISEG pretendeu sensibilizar os seus alunos para causas sustentáveis, nomeadamente com ações muito concretas de combate ao desperdício alimentar (em colaboração com a Refood), de promoção de reciclagem e reutilização de objetos (em parceria com a vizinha

Junta de Freguesia da Misericórdia) e na melhoria da limpeza urbana, numa ação conjunta com a Junta da Estrela, bem no centro de Lisboa, onde o ISEG se situa. Os novos estudantes participarão em diversas ações, que passam pela limpeza de ruas e jardins nas redondezas do ISEG, juntamente com vários técnicos de higiene urbana e pela divulgação das atividades da Refood, organização que luta contra o desperdício alimentar e a fome. O Dia Solidário não se fica por aí e leva os jovens alunos a participar no projeto “Viver Misericórdia”, através da distribuição de copos reutilizáveis pelos estabelecimentos comerciais locais, alertando para os malefícios dos tradicionais copos de plástico. Esta iniciativa resulta de uma parceria com o Turismo de Portugal, que visa melhorar a qualidade de vida dos residentes da freguesia e a sua relação com os turistas que a visitam.

“Situado no coração de Lisboa, o ISEG preocupa-se com a sustentabilidade da sua cidade e com a formação cívica dos seus alunos. Aqui formamos pessoas, que, para serem boas profissionais, precisam de se envolver ativamente com a comunidade em que se inserem” explica Clara Raposo, presidente da Business School. “Com este tipo de iniciativa pretendemos mostrar o lado mais humano e responsável da praxe, que pode ser positiva – na verdade, todos temos um papel importante para atingir os objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU, de modo a promover a prosperidade e bem-estar de todos” acrescenta ainda a Dean do ISEG. 

Tetra Pak investe em embalagens sustentáveis A Tetra Pak acaba de lançar em Portugal e Espanha um website informativo sobre sustentabilidade de embalagens. Intitulada “Boa Embalagem para um Planeta Melhor”, a plataforma destaca as medidas que a multinacional tem vindo a adotar nas suas operações, as quais são apresentadas divididas em três subcategorias: baixas emissões de CO2, reciclabilidade e renovabilidade. Os conteúdos recorrem a vídeos, infografias e ilustrações para sensibilizar os consumidores. Uma das vertentes que a companhia está a testar é a produção de palhinhas de papel para embalagens em cartão na Europa e o aumento da capacidade produtiva da sua fábrica de palhinhas em Lisboa. A introdução no mercado de tampas de plástico de origem vegetal produ-

zidas a partir da cana de açúcar, em substituição do petróleo, corresponde a outra das medidas anunciadas, assim como implementações internas, como a incorporação de carros híbridos na frota de veículos da empresa, que rondará os 50% até ao final de 2019 são outros exemplos de medidas que a companhia tem vindo a aplicar a nível local. Em Espanha, a fábrica de Arganda del Rey (Madrid) pertence ao conjunto de 11 fábricas do grupo a nível global que utilizam energia 100% renovável. Até ao momento, o grupo sueco investiu mais de 80 milhões de euros no desenvolvimento de embalagens sustentáveis e 17 milhões de euros, desde 2012, em infraestruturas de reciclagem. “Esperamos que a campanha Boa

Embalagem para um Planeta Melhor seja importante para uma escolha consciente por parte dos nossos clientes e consumidores, uma vez que explica, de forma detalhada, o motivo pelo qual as embalagens que produzimos são uma alternativa sustentável para o embalamento de bebidas e alimentos com o menor impacte ambiental possível”, afirma Ramiro Ortiz, recentemente nomeado diretor-geral da Tetra Pak Ibéria. Recentemente, a marca associou-se também ao projeto Earth Water, a única marca de água do mercado cujos 100% dos lucros revertem integralmente para apoiar o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas. Esta é a primeira marca de água comercializada em Portugal com embalagem uma embalagem de cartão Tetra Pak. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Hacer bien

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El tratado de libre comercio entre UE y Mercosur: oportunidades y desafíos para las economías ibéricas

Es un acuerdo sin precedentes con el que UE y Mercosur crean un mercado de bienes y servicios de 800 millones de consumidores y casi una cuarta parte del PIB mundial. Un acuerdo que promueve el comercio al eliminar los aranceles para el 93% de las exportaciones de Mercosur y otorga un trato preferencial para casi todo el 7% restante. Cuando todavía no se conocen los pormenores de este tratado histórico, "Actualidad€ " analiza los beneficios que traerá a las economías ibéricas así como los problemas que se plantean en los sectores que temen ser perjudicados, agricultura y ganadería.

V

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ienen tiempos nuevos en Mercosur el pasado mes de junio, las empresas, trabajadores y el comercio internacio- de libre comercio, gracias al cual economías de ambos lados del nal. En un mundo cada se abren grandes oportunidades Atlántico", afirmó el presidente de vez más global, cobra para muchas empresas y traerá la Comisión Europea (CE), Jeansentido que se sigan eli- beneficios para los consumidores. Claude Juncker, una vez cerrado minando las barreras que dificul- "Mediante este acuerdo, los países el acuerdo (ver fotos en las páginas tan el intercambio de bienes. del Mercosur han decidido abrir 39 y 42). El Ejecutivo comunitario En este contexto, llega el acuer- sus mercados a la UE. Obviamente, considera que el nuevo acuerdo do alcanzado entre la UE y eso son noticias geniales para comercial "consolidará una aso38 act ACT ualidad€ UALIDAD€

Ou o U tT u Ub Br Ro O d De E 2019


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ciación estratégica política y económica y creará oportunidades significativas para el crecimiento sostenible de ambos lados". La UE es el primer socio que ha logrado un pacto con Mercosur por el cual las empresas europeas ahorrarán cuatro mil millones de euros al año en aranceles, lo que lo convierte en el mayor acuerdo comercial que la UE haya cerrado en su historia. Los 28 países de la UE y los 4 de Mercosur (alianza entre Argentina, Brasil, Uruguay y Paraguay), comienzan a valorar y analizar el impacto que este acuerdo va a tener en la economía del país. Para el presidente del Gobierno español, Pedro Sánchez, es una "excelente noticia para el empleo y las oportunidades empresariales generadoras de prosperidad y desarrollo". Por su parte, el primer ministro luso, António Costa cree que este histórico acuerdo “facilita las exportaciones”, combate el “proteccionismo” y promueve la “apertura económica”. Pero no todos los sectores han recibido la noticia con tanta alegría. Ganaderos y agricultores están preocupados por su futuro.

y generará ganancias netas en ambos bloques, que en algunos sectores serán especialmente elevadas dados los altos aranceles existentes. Cosa distinta es cómo se distribuirán esas ganancias y cómo se puede compensar a los perdedores. Pero eso es responsabilidad de los mecanismos de redistribución internos en los distintos países”, explica Carlos Malamud, investigador principal del Real Instituto Elcano. La UE es ahora el segundo socio comercial del Mercosur, por detrás de China. “Este acuerdo abre enormes oportunidades de expansión comercial para Según un estudio de la ambas partes”, añade. En 2018, Universidad de Manchester, reali- las exportaciones de bienes de la zado en 2008 a petición de la UE, UE a Mercosur fueron de 45 mil la firma del tratado permitiría millones de euros y las de serviincrementar el PIB de Argentina cios de 23 mil millones de euros. en un 0,5%, el de Brasil un 1,5%, La UE es el mayor inversor en el de Uruguay un 2,1% y el de Mercosur, con un stock de 381 Paraguay hasta un 10%. Por su mil millones de euros, mientras parte, la mejora del PIB euro- que el stock de inversión de peo sería del 0,1% en el caso de Mercosur en la UE es de 52 mil una apertura comercial completa. millones de euros. El acuerdo “Este acuerdo de libre comercio, permitirá a las empresas europeas como todos los anteriores, per- vender sus productos industriales mitirá aumentar la producción en un mercado hasta la fecha y la eficiencia a nivel agregado muy protegido, cuyos aranceles

La UE es el mayor inversor en Mercosur, con un stock de 381 mil millones de euros, mientras que el stock de inversión de Mercosur en la UE es de 52 mil millones de euros

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Veinte años de negociaciones La primera ronda de negociaciones tuvo lugar en Río de Janeiro en junio de 1999 aunque los jefes de Estado ya habían comenzado a marcar las bases del acuerdo durante conversaciones que comenzaron en 1995. La UE no estaba dispuesta a conceder acceso al mercado agrícola y solo quería incluir en el tratado sus sectores de interés como servicios, inversiones y compras públicas. Mercosur, por su parte, defendió su sector de agronegocios e industrial. En 2016, la negociaciones se reactivaron. Las partes intercambiaron de nuevo ofertas arancelarias, pero los europeos decidieron nuevamente excluir temporalmente los productos agrícolas sensibles para el bloque europeo. Con el cambio de gobiernos en Europa y América Latina, se fue avanzando hacia un camino de mayor liberalización económica. El actual contexto internacional ha facilitado el encuentro de ambas partes con la incógnita de si Estados Unidos y China relanzarán realmente sus negociaciones comerciales.

al automóvil, calzado y textiles eran del 35%, los de auto-partes del 14%-18%, los de maquinaria del 14%-20%, los de productos químicos del 18% y los de farmacéuticos del 14%-18%. En el sector agrícola, Mercosur también eliminará sus aranceles en productos como el chocolate (arancel actual del 20%), vinos (del 27%) y gaseosas (del 20% al 35%). También elimina aranceles del 28% para productos 40 ACT UALIDAD€

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lácteos, que pasarán a ser administrados mediante cuotas. Esto será especialmente relevante para los quesos europeos. Asimismo, Mercosur se compromete a proteger 357 denominaciones de origen europeas, incluyendo el Jabugo español. Crecimiento de las exportaciones En 2018, las exportaciones de España a Mercosur representaron el 26% de las exportaciones a América Latina y las importaciones un 37%. España es además uno de los mayores inversores en Mercosur. El stock de la inversión española según los últimos datos disponibles (año 2017) alcanzó 52 mil millones de euros. Desde el Club de Exportadores e Inversores se muestran bastante optimistas con la noticia del acuerdo. “Después de tantos años negociando, lo vemos de forma muy positiva”, cuenta su presidente, Antonio Bonet. “Las cifras de las exportaciones de la UE a Mercosur han caído, este acuerdo va a permitir aumentarlas y abrir sectores a empresas españolas aumentando su cuota de mercado. Infraestructuras, transportes, energía, electricidad son algunos

ejemplos”, matiza. No se atreve a avanzar números futuros de este intercambio comercial con


gran tema grande tema

Agricultura y ganadería, los grandes perjudicados No todo es optimismo cuando hablamos de sectores tan importantes para España y Portugal como el de la agricultura y la ganadería. “Denunciamos con dureza el acuerdo con Mercosur con los datos que tenemos, afirma el secretario de relaciones internacionales de la Unión de Pequeños Agricultores y Ganaderos (UPA), José Manuel Rocha. “Los políticos nos venden que son acuerdos muy buenos, pero estamos convencidos que ciertos detalles no resultan favorecedores ni para la agricultura ni para la ganadería, matiza. Se lamenta que este acuerdo “plantee intercambiar coches por alimentos”, haciendo referencia a la tecnología que es lo que realmente quieren los países de Mercosur. Si se analizan los datos, “su PIB crecerá un 1,5% frente al 0.1% del aumento europeo, especialmente en maquinara ,textil y automóvil, con subidas de las ventas entre un 15% y un 30%”. En el caso concreto del sector agrario, “los países de Mercosur ya son el principal proveedor de la UE, con el 20% del total y el 90% de nuestros animales comen pienso procedente de estos países”, recuerda Rocha. ¿Qué impacto va a tener este acuerdo? “Una bajada brutal de los precios”, afirma tajantemente, y recuerda “que ya somos víctimas de conflictos geopolíticos, como el Brexit y Bielorrusia”.

los países de Mercosur porque entran muchos factores. “Con Brasil se ha producido una crisis muy importante, con la que no contábamos, por ejemplo, y con Argentina una sequía que afecta

Desde UPA quieren que los ciudadanos europeos conozcan la verdad, que no se hable solo de las maravillas del acuerdo y que se sepa que “la agricultura mediterránea será la más afectada, especialmente si hablamos del sector bovino, agrícola y lácteo”. Son muchos los interrogantes que se levantan, “nos preguntamos por la calidad y la seguridad alimentaria porque sabemos que los estándares de producción son diferentes y utilizan productos prohibidos por la UE”, subraya. Por ejemplo, en Mercosur funciona un modelo de ganadería extensiva, macro explotaciones que nada tienen que ver con el utilizado en la UE. “Creemos que existirá riesgo de entrada de nuevas enfermedades y es importante que se garantice un verdadero seguimiento en la frontera”, alerta la UPA. Controles que permitan hacer prevalecer los intereses de la UE y que “exista un etiquetado claro”. Se queja de que se hable ya de compensaciones económicas para agricultores y ganaderos y pide que “se estudien bien los efectos aunque sabemos que serán negativos porque no podemos competir con el precio”. En países donde les sobra la agricultura y la ganadería, con grandes extensiones y donde “utilizan hormonas de crecimientos prohibidas en la UE” por eso cree que tendremos que tener “un mayor cuida-

a las cuentas”, reconoce Antonio Bonet. No obstante, teniendo en cuenta las inversiones importantes que España tiene en estos mercados, “el acuerdo va a facilitar mucho el negocio”. Sabe que

do con lo que comemos porque puede afectar seriamente a la salud”. En Portugal también el sector ve con preocupación este nuevo acuerdo aunque tal y como señala Eduardo Oliveira e Sousa, presidente de la Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), “en este momento tenemos un problema mayor que es el Brexit”. En un momento en el que falta por conocer los pormenores del acuerdo y consciente de que tardará un tiempo en entrar en vigor, Oliveira e Sousa tiene claro que “la agricultura no es una moneda de cambio por productos tecnológicos”. Hay productos que de forma muy especial preocupan en Portugal como son el arroz, los cítricos y la carne bovina que “aunque vendrá en piezas y no en animales, puede perjudicar la carne autóctona de Portugal y España”, subraya. Se lamenta que se quiera perjudicar a los productos que cumplen muchas reglas y donde es muy importante el bienestar animal lo cual obliga a subir los precios. Ya en el caso del arroz, con un modelo de producción integrado, “no sabemos si en los países de Mercosur tienen el mismo control”. Pero desde CAP también reconocen que este acuerdo comercial beneficiará a otros productos como el vino, el aceite o productos de valor añadido como el queso.

no para todos los sectores va a tener el mismo impacto, con la preocupación especial del mundo agropecuario, pero “según el estudio realizado por la UE el balance del acuerdo en su conOUTUBRO DE 2019

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grande tema gran tema

junto es positivo”. El presidente de este club recuerda que los efectos “no se verán a corto plazo” pero no tiene dudas de que serán buenos. Y pone un ejemplo, el de Canadá, donde han amentado las exportaciones un 35% después de entrar en vigor un acuerdo comercial. “Cuando se reducen las barreras y los obstáculos se invierte más”, matiza. Y hay que tener en cuenta que en lo que se refiere a Brasil, solo en bienes ya se exportan 2.400 millones de euros, el doble que a Argentina. En el caso de Portugal, en 2018 las exportaciones lusas de mercancías para los países de Mercosur alcanzaron los 943,25 millones de euros, destacando Brasil como principal mercado, con 809,7 millones de euros de exportaciones. La Confederación Empresarial de Portugal (CIP) también considera “un buen acuerdo” el alcanzado entre ambas partes que tendrá “un impacto muy grande en la economía portuguesa”, según refiere Carla Sequeira, secretaria general de CIP. Recuerda que Portugal gana un mercado de 266 millones de consumidores y aunque el tratado tarde tiempo en ser aplicados “la apertura de los productos portugueses a este mercado podrá ser particularmente rápida. Hay productos que pasan a tasas cero de inmediato, como textil y calzado, y otros que lo harán a lo 42 ACT UALIDAD€

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do. “Desde un primer momento lo apoyamos porque es muy interesante para Europa y para España en particular”, explica Arancha Mur, directora de industria de economía y logística de la Asociación Española de Fabrica ntes de Automóviles y Camiones (ANFAC). A pesar de los aranceles ahora existentes, en el 2017 se exportaron 15 mil vehículos a los países de Mercosur, sobre todo a En 2018, las exporArgentina y Brasil. “Hemos hecho un análisis para ver el potencial taciones de España que tiene este mercado cuando a Mercosur represe ponga en práctica el acuerdo, y pensamos que podemos llegar sentaron el 26% de a los 70 mil vehículos por año”, las exportaciones a avanza Arancha Mur. Se trata de un aumento progresivo, a lo América Latina y las largo de los 15 años que tardaimportaciones un rá la eliminación progresiva de los aranceles, “pero esperamos 37%. España es adea dicho número lo antes más uno de los mayo- llegar posible, creemos que en diez años como máximo”. El potencial de res inversores en este mercado supondrá un fuerte Mercosur. El stock de impulso para el sector del autola inversión española móvil y desde Anfac no creen que vaya a substituir a otros. “Gran según los últimos parte de la fabricación, entre un 75-80%, lo exportamos a la UE datos disponibles y el resto a distintos países, entre (año 2017) alcanzó los que tienen gran peso Turquía, EE.UU. Y México. No se trata de 52.000 millones de substituir un mercado por otro euros sino de incluir a Mercosur en el top de las exportaciones”, afirma largo de ocho años, después de un la directora de industria e econoperiodo de adaptación”, explica mía y logística de la patronal. En Carla Sequeira. España se fabrica sobre todo el vehículo medio “y creemos que Automóvil y textil, los grandes encaja muy bien es estos mercabeneficiados dos”, añade Arancha Mur. A la El sector del automóvil será espera de conocer el texto defiuno de los más beneficiados de nitivo del acuerdo “vamos a ver este acuerdo y acompaña muy si hay algo que no nos gusta pero de cerca lo que va a pasar en en principio nos parece favorable los próximos meses con el acuer- al sector” y entre todos los países


gran tema grande tema

Acceso a mercados • Bienes industriales La UE liberaliza cerca del 100% de su comercio y Mercosur lo hace en un 90%. La UE ofrece la liberalización completa e inmediata de aranceles para el 80% de las exportaciones de Mercosur de productos industriales a la UE. Mercosur obtiene plazos amplios de hasta 15 años para liberalizar sectores sensibles de forma gradual. El acuerdo favorece el comercio intra-industrial al reducir los aranceles para insumos y bienes de capital.

• Bienes agroindustriales El 63% de las exportaciones argentinas a la UE son bienes agrícolas. La UE liberaliza el 99% de las importaciones agrícolas de Mercosur: para el 81,7% eliminará los aranceles de importación. En cuanto para el 17,7% restante ofrecerá cuotas o preferencias fijas. Sólo se excluyen algo más de 100 productos.

de la UE creen que España será de los más beneficiados por la mayor aproximación cultural y de idioma a los países de Mercosur “lo cual hace todo más sencillo”. Desde el sector textil también se ve con muy buenos ojos este acuerdo histórico, “finalmente apareció”, dice Paulo Vaz, director general de la Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. (ATP). Portugal se puede beneficiar mucho, “porque en mercados como Brasil ya tenemos una relación muy importante. Sabemos que también son competitivos

pero el precio no es lo único “es un mercado que ha crecido importante sino la innovación y mucho en los últimos años y grael diseño”, matiza. Si bien el cias al acuerdo Portugal podrá problema aduanero es uno de los exportar 100 millones de euros grandes impedimentos para hacer más todos los años. Y eso gracias más negocios con Mercosur tiene a que se trata de productos muy también mucho peso toda la parte específicos. En ATP saben que la administrativa. “Las mercancías industria textil en Mercosur tamllegaban al canal gris donde caían bién es importante, con algunas en la corrupción. Este acuerdo es empresas de gran dimensión pero una vía verde”, avanza Paulo Paz. “no tenemos recelo de la compeEn mercados como Argentina, tencia que pueden suponer en muy proteccionista, era hasta Europa. Llevan años produciendo ahora muy difícil para Portugal. solo para su mercado lo cual ha Ya no ocurre lo mismo con Brasil, retrasado sus argumentos compedonde a pesar de las dificultades titivos”, señala Paulo Vaz.  OUTUBRO DE 2019

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Kennedys integra escritório N. Maldonado Sousa & Associados

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Kennedys anunciou o reforço da sua presença em Portugal, com a integração do escritório N. Maldonado Sousa & Associados. Na sequência da fusão, a equipa até agora liderada pelo advogado Nuno Maldonado Sousa transita para o escritório de Lisboa da firma britânica. A multinacional de advocacia Kennedys está em Portugal desde 2011 e a sua atividade centra-se essencialmente na área seguradora e resseguradora. Através da integração do escritório de Maldonado Sousa, a Kennedys passa a contar, em Portugal, com uma equipa de dez advogados, dois dos quais sócios. Nuno Maldonado Sousa vai integrar a Kennedys na qualidade de sócio e os advogados Gabriela Rei e Carla Almeida Cruz transitam para a sociedade com o estatuto de associadas. Maldonado Sousa e a sua equipa estão especialmente vocacionados para o apoio a empresários e empresas, nos

ramos do direito societário e comercial, imobiliário e construção, laboral e ciências da vida, em assuntos de natureza contenciosa e não contenciosa, adinata o site “Advocatus”. “É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas ao Nuno [Maldonado Sousa] e à sua equipa. Estamos sempre interessados em reforçar os nossos escritórios, na justa medida em que esse reforço beneficie claramente os nossos

clientes. Este é um desses casos. Estou certo de que o Nuno e a sua equipa desempenharão um papel muito importante no que toca ao desenvolvimento da nossa prática societária e comercial, não só em Portugal, como em toda a Europa”, afirma em comunicado Nick Thomas, senior partner da Kennedys. Paulo Almeida (na foto), sócio e responsável pelo escritório de Lisboa da Kennedys, elogia “a extensa e diversificada experiência” que a sociedade liderada por Nuno Maldonado Sousa irá conferir à Kennedys e exemplifica: “será um complemento deveras importante ao trabalho que temos vindo a desenvolver na área dos seguros. A sua chegada irá ainda representar uma mais valia muito significativa no que toca a outras áreas de atividade, igualmente relevantes para os nossos clientes do setor segurador, como é o caso das ciências da vida”, nota ainda, no mesmo comunicado. 

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Em trânsito: » A Uría Menéndez-Proença de Carvalho integrou Gonçalo Reino Pires (na foto) como counsel na área de imobiliário e urbanismo, onde lidera a prática de Direito do Urbanismo. Gonçalo Reino Pires foi sócio da Serra Lopes, Cortes Martins, nos últimos anos. Licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa, a sua prática profissional centrou-se na área de urbanismo e imobiliário, focando-se no acompanhamento de projetos de promoção imobiliária.

Raquel Azevedo a sócios e João Bravo da Costa, João Dias Lopes, Joana Brandão, Mafalda Moreira, Nuno Miguel Lourenço e Rita Albuquerque a associados coordenadores. A PLMJ, que mudou recentemente de sede, para a Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, tem agora 57 sócios, 28 associados coordenadores e 48 associados sénior, totalizando cerca de 300 advogados.

» A Miranda & Associados conta agora com Susana Pinto Coelho e João Ferreira Leite como sócios. Com a promoção dos dois advogados, a Miranda & Associados continua em crescimento e a apostar no desenvolvimento da prática nacional e internacional. Susana Pinto Coelho integra as áreas de direito do ambiente, regulatório, energia, investimento estrangeiro e fusões e aquisições da » A PLMJ anunciou a nomeação de dois sócios e sociedade. Por sua vez, João Ferreira Leite centra a seis associados coordenadores, em vários depar- sua prática nas áreas do direito bancário e seguros, tamentos. O escritório promoveu Pedro Lomba e direito societário e comercial e direito regulatório.

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aBOGACÍA Y FISCALIDAD

ADVOCACIA E FISCALIDADE

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opinião opinión

Por Eduardo Serra Jorge*

Alterações ao Código

do Trabalho

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1 de outubro de 2019 entrarão em vigor novas regras laborais, em virtude da publicação da Lei n.º 93/2019, de 4 de setembro. A alteração ao Código do Trabalho traduz-se em várias mudanças em face do paradigma atual das situações laborais. Em primeiro lugar, as medidas de ação positiva em favor de trabalhador com deficiência ou doença crónica englobam também agora o trabalhador com doença oncológica. Por outro lado, no contrato de trabalho por tempo indeterminado, aos trabalhadores que estejam à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração aplica-se agora 180 dias de período experimental que, previamente, eram apenas atribuídos a trabalhadores que exercessem cargos de elevada complexidade técnica ou responsabilidade. Contudo, não foi só o regime do contrato de trabalho por tempo indeterminado que sofreu mudanças. O regime dos contratos de trabalho a tempo resolutivo sofreu igualmente alterações, inclusivamente mais significativas. Com a alteração, a maior parte do regime do contrato de trabalho a termo resolutivo passa a não poder ser afastado por instrumento de 46 ACT UALIDAD€

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regulamentação coletiva de trabalho. Também se limitou mais a utilização dos contratos a termo. Foi extinta a possibilidade de contratação a termo fundamentada em contratação de jovens à procura do primeiro emprego e de desempregados de longa duração. Agora só é possível a contratação de desempregados há 25 meses ou mais e com 45 ou mais anos (desempregados de longa duração). Por outro lado, de agora em diante, apenas as entidades empregadores que tenham menos de 250 trabalhadores podem contratar a termo por motivos de início de laboração ou por ocasião de abertura de novo estabelecimento ou lançamento de nova atividade. O regime da duração dos contratos a termo também foi revisto. Passa a ter um limite máximo de dois anos para os contratos a termo certo e de quatro anos para os contratos a termo incerto, mantendo-se o limite máximo de três renovações para os contratos a termo certo. Alerta-se, porém, para o facto de que a duração total destas renovações não pode exceder a duração do período inicial do contrato. No que toca à duração do trabalho, também no regime do trabalho intermitente houve mudanças. A prestação de trabalho intermitente agora não pode ser inferior a cinco meses a tempo completo

por ano e, pelo menos, três meses devem ser consecutivos. Com a alteração ao Código do Trabalho visou-se proteger, também, os trabalhadores temporários. Com a entrada em vigor das novas regras laborais, existe agora um limite de seis renovações a estes contratos, enquanto se mantenha o motivo justificativo que levou ao recurso a este tipo de contratação, exceto em caso de substituição direta ou indireta de trabalhadores ausentes. Por sua vez, é aplicável ao trabalhador temporário o instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável a trabalhadores do utilizador que exerçam as mesmas funções. Houve, igualmente, necessidade de reforçar a proteção dos trabalhadores em casos de assédio. Agora o trabalhador pode invocar justa causa de resolução de contrato de trabalho em caso de assédio praticado pela entidade empregadora ou por outros trabalhadores. Por outro lado, foi instituído o dever do empregador, para além de respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e probidade, abster-se de praticar quaisquer atos que possam afetar a dignidade do trabalhador, que sejam discriminatórios, lesivos, intimidatórios, hostis ou humilhantes para o trabalhador, nomeadamente, o assédio. Passa, ainda, a ser abusiva a sanção disciplinar motivada pelo facto do


opinión

trabalhador ter alegado ser vítima de assédio ou ser testemunha em processo judicial e/ ou contraordenacional de assédio. Por sua vez, sofreu também alterações o regime de escolha da convenção aplicável pelo trabalhador que não seja filiado em qualquer associação sindical, quando sejam aplicáveis no âmbito de uma empresa, uma ou mais convenções coletivas. O trabalhador continua a poder escolher qual daqueles instrumentos lhe passa a ser aplicável, contudo, agora, o trabalhador tem que se integrar no âmbito do setor de atividade, profissional e geográfico do instrumento escolhido. O trabalhador pode fazer a escolha nos três meses posteriores à entrada em vigor do instrumento escolhido ou ao início da execução do contrato de trabalho, se este for posterior.

Contudo, o trabalhador só poderá escolher uma vez enquanto estiver ao serviço do mesmo empregador, ou de outro a que sejam aplicáveis as mesmas convenções coletivas. A Lei n.º 93/2019, de 4 de setembro, veio também alterar Código dos Regimes Contributivos, adicionando-lhe uma nova regra: Contribuição Adicional por Rotatividade Excessiva. Assim, a partir de 1 de janeiro de 2020, às pessoas coletivas e às pessoas singulares com atividade empresarial, que no mesmo ano civil apresentem um peso anual de contratação a termo resolutivo superior ao respetivo indicador setorial em vigor, é aplicada uma contribuição adicional por rotatividade excessiva, cuja taxa é progressiva, podendo ir até ao limite de 2% do valor total das remunerações base. A imple-

opinião

mentação desta medida depende da publicação de uma portaria do Governo, no primeiro trimestre de cada ano civil, com a definição do indicador setorial. Os contratos de trabalho celebrados antes da entrada em vigor desta lei ficam sujeitos à mesma, salvo quanto a condições de validade e a efeitos de factos ou situações anteriores àquele momento. Contudo, as regras respeitantes aos contratos de trabalho a termo resolutivo, no que respeita à sua admissibilidade, renovação e duração, e à renovação dos contratos de trabalho temporário, não se aplicam aos contratos celebrados antes da entrada em vigor das novas regras.  * Partner da Eduardo Serra Jorge & Maria José Garcia-Sociedade de Advogados Email: esjorge@esjmjgadvogados.com

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Portugal mantém boa atividade no primeiro semestre O mercado imobiliário português continua a evidenciar um bom desempenho e apenas a escassez de oferta que se regista em alguns setores tem condicionado a atividade de ocupação nos primeiros seis meses do ano. O investimento em imobiliário comercial revelou também um bom dinamismo, com o setor hoteleiro a protagonizar a maior operação do semestre. Segundo Marta Esteves Costa, partner e Head of Research da Cushman & Wakefield, “ A evolução saudável e sustentável da economia, aliada a uma capacidade crescente de atração de capital estrangeiro, conferem a Portugal um novo estatuto no mercado imobiliário internacional. As cidades de Lisboa e

Porto despertam um interesse cada vez maior junto de ocupantes e investidores internacionais e de forma transversal nos diferentes setores de atividade.” Entre janeiro e maio de 2019, o volume de ocupação de escritórios na Grande Lisboa manteve-se em linha com o período homólogo, ainda que a escassez de espaços tenha condicionado os níveis de procura. No total, foram transacionados cerca de 70 mil metros quadrados, correspondentes a 74 negócios, mantendo-se a tendência de aumento da área média ocupada por operação que, entre janeiro e maio superou os 950 metros quadrados, 25% acima da média dos últimos cinco anos.

A Zona 5 (Parque das Nações) continua a ser a mais dinâmica e, além de concentrar 36% deste volume, foi também a que registou o maior negócio do semestre, a compra da nova sede da Ageas, com 17.400 metros quadrados. Seguem-se a Zona 2 (Central Business District) e Zona 3 (Nova Zona de Escritórios) com 19% e 17% de área transacionada, respetivamente. A taxa de desocupação manteve o movimento de descida acentuado, atingindo os 3,9%, valor mais baixo de sempre e que representa apenas 182 mil metros quadrados de oferta disponível em toda a Grande Lisboa. Neste contexto de mercado, as rendas prime subiram de forma generalizada, adianta a mesma análise. 

Renovação do edifício Monumental conta com gestão de projeto e obra da Engexpor A Engexpor foi selecionada pela Merlin Properties para a gestão de projeto e obra na reabilitação do edifício Monumental, em Lisboa (na foto, vista da Praça Duque de Saldanha). O edifício será totalmente remodelado, com uma intervenção abrangente e estruturante que incidirá no interior da zona comercial, escritórios e estacionamento, além da renovação integral da fachada, que terá uma imagem moderna e transparente e será mais eficiente e sustentável em termos ambientais. O projeto prevê fachadas ativas ventiladas em vidro e com gestão centralizada para controlo da luz e das condições térmicas. Com a reabilitação, pretende-se obter para o edifício a certificação LEED Gold, a segunda mais alta classificação do sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental) que estabelece estratégias e padrões para a criação de edifícios

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sustentáveis. Miguel Alegria, CEO da Engexpor, refere: “O Monumental é uma referência histórica da cidade de Lisboa, localizado numa zona emblemática e recentemente requalificada. É para nós um grande orgulho e um enorme desafio estarmos envolvidos num projeto que irá transformar o Monumental num edifício de última

geração, com objetivos muito ambiciosos em termos de sustentabilidade ambiental, e que irá contribuir ainda mais para a requalificação e embelezamento desta zona nobre de Lisboa”. As obras deverão decorrer nos próximos 15 meses, mantendo o edifício as valências de escritórios, área comercial e cinemas. 


sector inmobiliario

setor imobiliário

Novo empreendimento nasce na Baixa do Porto E m plena Baixa do Porto, na Praça da Liberdade, surge o Living Aliados, composto por 15 apartamentos de tipologias T1 a T2, com áreas entre os 54 e os 128 metros quadrados. Trata-se de um projeto de reabilitação urbana, que permitirá reconverter um edifício histórico do início do século XX, que conserva a sua imponente fachada original, destinado agora ao segmento residencial premium. Em regime de co-exclusividade, a Predibisa e a JLL foram as consultoras mandatadas para comercialização das habitações. Com autoria do arquiteto António Leitão Barbosa e promovido pela

Qua ntico-A lbatross, principais investidores e assessores do Fundo Vesta Real Estate, o imóvel agrega habitações distribuídas entre três pisos e está localizado naquela que é considerada a zona prime da cidade, o eixo Aliados. Caracterizado pelo edificado histórico circundante, o edifício desenvolve-se através de uma ampla fachada ao longo da Rua de Sampaio Bruno, onde está instalado o Café Embaixador (pertencente a outros proprietários) e cuja parte do edifício acolhe

agora o Living Aliados. Materiais e acabamentos de qualidade superior e funcionalidade dos espaços interiores pensada ao detalhe são fatores distintivos dos apartamentos, onde um pé-direito alto e as varandas e terraços virados a sul possibilitam uma excelente exposição solar. 

Uptown Vilamoura em construção

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eve recentemente início a construção da primeira fase do empreendimento Uptown, de Vilamoura World, que contempla 31 moradias e apartamentos, dos quais 40% já estão comercializados. A construção está entregue ao Grupo Casais e prevê-se que esteja terminada no último trimestre de 2020. Focado na qualidade de vida, o Uptown oferece espaços verdes que rodeiam e interligam as moradias e apartamentos, proporcionando uma área com pouca densidade popula-

cional, e uma sensação de espaço e silêncio, o que assegura que este local seja perfeito para viver. O projeto, concebido pelo arquiteto Jacques Ferrier, inspira-se na arquitetura tradicional Portuguesa com linhas e traços limpos, quartos com muita luminosidade e jardins privados. O Uptown combina perfeitamente com a paisagem natural e fica apenas a oito minutos de carro da Marina de Vilamoura. O projeto, localizado na exclusiva zona norte de Vilamoura, tem acessos fáceis para o Colégio Internacional de Vilamoura, para o Dom Pedro Victoria Golf Course– que acolhe o Portugal Masters– e para o Vilamoura Equestrian Centre– que recebe anualmente o Vilamoura Atlantic Tour & Champions Tour.

O Uptown pretende criar uma nova centralidade em Vilamoura, uma comunidade que integra grandes espaços públicos ao redor do clube com piscina e uma área comercial com um mercado, serviços e restaurantes. Os apartamentos e moradias T2, V2 e V3 estão disponíveis, por preços que começam em 294.500 euros. Desenvolvido como um local para viver, visitar ou passar férias, Vilamoura está associada a qualidade de vida, lifestyle e localização, oferecendo sempre experiências positivas para todos os perfis de pessoas. Tendo como cenário a espetacular costa algarvia, Vilamoura oferece variadas opções de lazer, incluindo uma Marina premiada, praias infindáveis, campos de golfe de renome, centro hípico de classe mundial e infraestruturas de saúde e educação de grande qualidade. No showroom da Uptown, em Vilamoura, os clientes podem informar-se sobre o projeto e vê-lo em modelo de escala.  OUTUBRO DE 2019

AC T UA L I DA D € 49


setor imobiliário

sector inmobiliario

Savills desenvolve projeto de arquitetura para a Lace Investment Partners A consultora imobiliária Savills desenvolveu o projeto de arquitetura das novas instalações da Lace Investment Partners, no Edifício Omni, na Av. Duque de Ávila, nº 141, em Lisboa. O novo escritório da empresa gestora de investimento localiza-se no quinto piso do Omni e conta com uma área total de 250 metros quadrados que foram totalmente projetados e executados pelo departamento de Arquitetura da Savills Portugal. Os arquitetos Bárbara Clemente e Pedro Gomes da Savills Portugal responsáveis por este projeto comentam: “O projeto foi desenvolvido numa estreita relação com o cliente, de modo a adaptar o espaço existente às necessidades futuras. A Lace é uma empresa com um espírito muito jovem, dinâmico e transparente. Estes são valores que se refletem no novo espaço: um ambiente claro, confortável e intemporal”, adianta Pedro Gomes.

“Realizámos uma obra em modelo chave-na-mão com um tempo de execução muito célere. O resultado está à vista, num espaço bastante funcional e agradável, com as características profissionais necessárias para os consultores da Lace desempenharem as suas funções com o

maior conforto e eficácia possível”. Fundada em 2018, a Lace Investment Partners é uma empresa consultora de gestão de investimentos e ativos composta por um pequeno grupo de profissionais com uma longa carreira na área de Real Assets Investment Management. 

Quintela e Penalva comercializa empreendimento na frente ribeirinha de Lisboa A Quintela e Penalva – Real Estate, consultora imobiliária portuguesa, acaba de iniciar a comercialização de um dos empreendimentos mais privilegiados da cidade de Lisboa – o Prata Riverside Village. Trata-se de uma nova área urbana, que se destaca pela arquitetura contemporânea e pela localização privilegiada na frente ribeirinha do Tejo. Trata-se da segunda fase de comercialização do empreendimento, depois de a primeira ter já esgotado. Localizado em Marvila, antigo bairro industrial que recentemente se transformou num dos locais mais trendy da capital, este empreendimento situa-se a poucos minutos do centro histórico de

Lisboa e do Parque das Nações. Desenhado por Renzo Piano, arquiteto vencedor de um “Prémio Pritzker”, o “Prata Riverside Village oferece um espaço ímpar, construído e equipado com materiais e acabamentos de alta qualidade. De apartamentos T0 a T4, tudo foi pensado ao pormenor para valorizar a luz natural de Lisboa e garantir uma vista única sobre o rio Tejo. Esta nova vila urbana oferece ainda acesso a uma praça central, constituída por diversas lojas, serviços e equipamentos de lazer”. Segundo Jorge Costa, diretor de Empreendimentos da Quintela e Penalva, “as linhas icónicas da arquitetura do Prata Riverside Village, inspiradas nas

velas das embarcações que navegam o Tejo, integram, de forma harmoniosa, a paisagem da frente ribeirinha e dão uma personalidade única e elegante ao projeto. Aliada à sua arquitetura singular, a localização privilegiada de Lisboa torna esta vila urbana o sítio ideal para quem procura qualidade, conforto e segurança em plena capital”. Estes novos apartamentos, em fase de comercialização, destacam-se ainda pelo estilo e conforto que oferecem, desde cozinhas de design italiano, totalmente equipadas, até aos painéis solares, jardins privados para cada condomínio e sistemas integrados de controlo e segurança. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

50 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2019


sector inmobiliario

setor imobiliário

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AC T UA L I DA D € 51


Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Taylor’s propõe novas experiências de prova para os seus Vinhos do Porto

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riada em 1692, a Taylor’s é uma das mais antigas casas de produção e comércio do vinho do Porto, possuindo uma das maiores reservas de vinhos raros envelhecidos em casco, como os vinhos do Porto Tawny de idade. A esta marca se deve a criação dos vinhos LBV ( Late Bottled Vintage ), continuando a ser o principal produtor nesta categoria. Algumas destas raridades, bem como os diferentes rótulos atualmente em comercialização pela Taylor’s podem ser provados na Taylor’s Lisboa, que abriu no passado mês de maio, na marginal do Rio Tejo. A loja apresenta agora novas experiências de prova, como explica a marca em comunicado: “A Taylor’s coloca à prova uma vasta seleção de vinhos da casa a copo, dos Vin52 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2019

tage clássicos, incluindo algumas edições raras, aos Tawnies e colheitas envelhecidos, pelos quais a marca é reconhecida. A novidade para a rentrée está nas experiências, que permitem provar uma seleção de vinhos e conhecer mais sobre cada estilo de Porto. A ‘Taylor’s Vintage Experience’ (50 euros) propõe uma introdução ao estilo mais clássico do Vinho do Porto, em que o vinho é engarrafado depois de dois anos de estágio em madeira e o seu envelhecimento é feito em garrafa. Esta viagem convida a provar dois Vintage Single Quinta, raramente disponíveis a copo, e cujas uvas são provenientes de uma única propriedade, mostrando o carácter e perfil da Quinta - Taylor’s Quinta de Terra Feita 2005 e Quinta de Vargellas e dois Vintage Clássicos – Taylor’s Vintage 2009 e 2003. Reconhecida

pela qualidade dos seus Tawnies, não poderia faltar uma experiência vertical de Porto envelhecido em madeira. A nova ‘Taylor’s Tawny Experience’ (90 euros) percorre todos os perfis: 10, 20, 30 e 40 anos e termina com muito especial Taylor’s Very Old Single Harvest Port, que é lançado 50 anos após a sua colheita. A terceira opção pode ser considerada uma homenagem ao espólio de Vintages clássicos da marca, apenas declarados em anos de excecional qualidade. A seleção viaja no tempo pelas colheitas de 2009, 2007, 2003, 1994 e 1985, para mostrar a evolução de aromas do envelhecimento em garrafa característicos deste estilo (“Vintage Clássicos Taylor’s” - 90 euros). Alguns destes vinhos ficaram para a história do vinho do Porto por terem conquistado as pontuações máximas da crítica internacional.


vinos & Gourmet

A marca informa ainda que “nesta nova carta, existe ainda a possibilidade de provar o icónico Taylor’s Porto Vintage 1985 a copo, por 24 euros”. As provas podem ser acompanhadas de petiscos como o azeite Quinta de Vargellas, com pão; seleção de queijos portugueses; seleção de enchidos portugueses; as tradicionais amêndoas torradas; trufas de chocolate negro e pastel de nata. Os vinhos também estão dispo-

níveis para compra na loja, “inclusivamente o mais recente Vintage Clássico 2017, considerado uma referência no espólio Taylor’s”. A marca pertence ao grupo The Fladgate Partnership, também detentor das marcas Croft, Fonseca e Krohn, bem como do hotel vínico The Yeatman, em Gaia, do Hotel Infante Sagres, no Porto, e do Vintage House Hotel, no Pinhão. A holding é líder na produção de categorias especiais de vinho do Porto, que exporta para mais de

Vinhos & Gourmet

105 países. O grupo está já a desenvolver o projecto World of Wine, “que transformará a zona histórica de Vila Nova de Gaia com um complexo de cinco museus/experiências, dez restaurantes, uma escola de vinhos e culinária e várias lojas” e cuja conclusão está previsto para 2020 (projeto abordado no “Grande Tema” da revista Actualidad€ nº 266). Texto Susana Marques smarques@ccile. org Foto DR

Programa de Sustentabilidade da CVRA premiado internacionalmente A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVR A) viu o seu Programa de Sustentabilidade ser distinguido com o título de “Embaixador Europeu de Inovação Rural de 2019”, pelo Liaison, projeto criado pela Comissão Europeia, em 2012, para promover os melhores projetos europeus ao nível da inovação na agricultura e silvicultura em áreas rurais. O concurso recebeu mais de 200 inscrições de 13 países. Consideraram, pelo caráter inovador e inspirador do Programa de Sustentabilidade, conhecido pela sigla PSVA, um dos melhores exemplos de “trabalho em conjunto” em prol da inovação de toda a Europa. A cerimónia de entrega de prémios vai ter lugar em Bruxelas, no próximo dia 3 de dezembro. “Em Portugal, a CVR A foi pioneira no desenvolvimento e implementação de um programa de sustentabilidade, de adesão voluntária, capaz de olhar para a problemática de forma integrada e por forma a responder a diferentes motivações. Lançado em 2014, o PSVA seguiu uma prática já estabelecida em diversas regiões vitivinícolas mundiais, ten-

do vindo a ganhar importância em mercados nos quais os vinhos do Alentejo ganham posição” afirma João Luís Barroso, gestor do PSVA. O PSVA é uma iniciativa pioneira em Portugal, de adesão voluntária, liderado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVR A) e dirigida a produtores de uva e de vinho da Região Vitivinícola do Alentejo. Dada a dependência total dos recursos naturais, o objetivo do PSVA prende-se à proteção e valorização destes ativos naturais, através de práticas sustentáveis nas

vinhas e adegas, com redução de custos e desperdícios, proteção do meio ambiente e melhoria do bem-estar da sociedade em geral. “A CVR A tem vindo a ser, frequentemente, reconhecida pelo seu trabalho em incorporar na região uma estratégia de sustentabilidade verdadeiramente inovadora. O Programa conta, neste momento, com 382 membros, que corresponde a uma área de 8.266 hectares”, adianta aquela comissão vitivinícola na sua página web. Texto e Foto Actualidad€ actualidade@ ccile.org

 OUTUBRO DE 2019

AC T UA L I DA D € 53


Vinhos & Gourmet

vinos & Gourmet

Quinta de La Rosa abre novo Marcolino espaço gastronómico Sebo apresenta QP Antão Vaz Premium 2018 A Marcolino Sebo Wines And Oils lançou o seu monovarietal QP Antão Vaz Premium 2018, integralmente baseado na casta autóctone que lhe dá nome. Este vinho apresenta cor citrina, aroma complexo de fruta tropical madura, notas cítricas e ligeiro mineral. Na boca, é fresco, estruturado, com algum acídulo, bem equilibrado e persistente. Aconselha-se especialmente para acompanhamento de mariscos e peixes grelhados, servido a uma temperatura ideal de 10/ 12 graus centígrados. Deste QP Antão Vaz Premium 2018, foram engarrafadas cinco mil unidades. O preço de venda recomendado (PVP) é de cinco euros. Todo o processo de produção foi supervisionado pelo enólogo Jorge Santos. 

C

onhecida pelos seus vinhos do Douro e do Porto, a Quinta de La Rosa, situada perto da vila do Pinhão, em pleno coração do Douro Vinhateiro, é também famosa pelo seu vinagre de vinho do Porto, azeite virgem extra e cervejas artesanais. É ainda identificada ao nível do enoturismo, com uma oferta vasta, e da gastronomia. É precisamente sobre gastronomia que versa a mais recente aposta deste projecto. Depois de, em Maio de 2017, ter inaugurado o Cozinha da Clara (Claire’s Kitchen) – restaurante assim chamado em jeito de homenagem a Claire Feuerheerd, avó de Sophia Bergqvist, co-proprietária e gestora da Quinta La Rosa –, é agora tempo de abrir “as portas” a um novo espaço: o Tim’s Terrace. Como é apanágio da Quinta de La Rosa, o nome carrega emoção e é um tributo a Tim Bergqvist, pai de Sophia, falecido há um ano. Apaixonado pelo Douro e pela sua Quinta de La Rosa, Tim gostava especialmente de fazer as suas refeições ao ar livre. Num registo mais informal e descontraído, o

Terraço do Tim nasce para alargar a oferta gastronómica da Quinta de La Rosa, que agora conta com pizzas & tapas ao almoço (terça-feira a sábado) e barbecue ao jantar (terças e sábados; ou sob marcação). A comida é rainha, mas não vive sem os vinhos e cervejas da La Rosa, que são reis! De relembrar que o restaurante Cozinha da Clara está aberto diariamente, das 12h30 às 22h00, dando destaque a uma comida cheia de sabores tradicionais. Fazer pizzas é uma das “habilidades” de Kit Weaver, um dos três filhos de Sophia Bergqvist, que para ajudar a implementar este novo projecto fez formação em Inglaterra. Já ligado aos negócios da Quinta de La Rosa, por via da produção das cervejas artesanais (La Rosa Lager, IPA e Stout), o jovem e 25 anos vê neste mais um elo de ligação ao projeto da família – e ao Douro, local onde um dia sonha viver a tempo inteiro. Às pizzas juntam-se o prego do Tim, uma das iguarias favoritas do pai de Sophia Bergqvist. O restaurante tem capacidade para 30 lugares. 

Textos Olga Hernández olga@ccile.org Fotos DR

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outubro de 2019


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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Sonae Arauco é a primeira empresa portuguesa distinguida com o prémio “Best Digital Transformation Enterprise” A Sonae Arauco, uma das maiores empresas mundiais de soluções de produtos derivados de madeira, recebeu o prémio “Best Digital Transformation Enterprise”, que destaca o papel da empresa portuguesa na sua estratégia de transição do modelo tradicional de negócio para o digital. É a primeira vez que uma companhia nacional consegue esta distinção, atribuída pela Digital Enterprise Show (DES). Esta foi a quarta edição destes prémios, que visam distinguir os projetos de transformação digital que apresentem uma abordagem disruptiva e inovadora para a experiência de cliente, gestão de tecnologias de informação ou novos modelos de negócio. “Para a Sonae Arauco, a digitali-

zação é parte integrante da nossa estratégia, uma importante ferramenta para que a empresa se afirme como parceiro de eleição dos nossos clientes e se torne mais c omp e t it i v a no contexto global dos produtos derivados de madeira”, afirma Rui Correia, CEO da Sonae Arauco. A Sonae Arauco definiu um plano estratégico para os próximos anos, com o “intuito de integrar cada vez mais a transformação digital no crescimento da empresa. Alguns

dos principais focos são a experiência do cliente, a fábrica digital e a gestão do talento na organização”, adianta a companhia portuguesa. Os últimos premiados com este galardão foram a NH Hotels, em 2018, e a Iberdrola e a Meliá Hotels, nos anos anteriores. 

BPI e CaixaBank levam empreendedores portugueses a Silicon Valley e a Cambridge U m total de seis empresas portuguesas, vencedoras e finalistas da 12ª edição dos Prémios Empreendedor XXI, participaram em programas de acompanhamento internacional em Silicon Valley e em Cambridge. Os Prémios Empreendedor XXI são uma iniciativa do CaixaBank, promovida através da DayOne, a sua divisão especializada em empresas tecnológicas inovadoras e respetivos investidores. Em Portugal, os prémios são organizados pelo BPI. Os representantes de quatro startups portuguesas – Huub, Peekmed, Pro Drone e Seacliq – estiveram em Silicon Valley, um polo de inovação e um local de referência a nível mundial, para conhecer em primeira-mão as

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tecnologias com potencial de modificar as “regras do jogo” de diferentes indústrias e aceder a ferramentas, desenvolvendo ideias disruptivas. Como indica Iván Bofarull, CIO da ESADE e diretor do programa formativo, “esta iniciativa pretende ajudar os empreendedores portugueses a serem mais ambiciosos com os seus projetos e a pensar em grande, com a metodologia Moonshot Thinking”. Para Pedro Araújo, da Seacliq, “este programa proporciona aos empresários uma perspetiva muito interessante sobre como estabelecer metas ambiciosas para o negócio, sem esquecer o foco no que é mais importante”. João Pedro Ribeiro, da PeekMed, destaca que “uma questão realmente

importante é que nos devemos centrar no cliente, compreender as suas preocupações, necessidades, para poder construir um produto melhor”. A atividade faz parte do programa de acompanhamento, cujo objetivo é dar aos participantes informação para localizar mercados, setores e pessoas que podem vir a ser fundamentais para o desenvolvimento das suas empresas. Este programa é dirigido a empresas que já se encontram numa fase mais avançada e pretende ser um curso de transformação, de inspiração e de exploração. Um dos objetivos é incentivar a mudança de mentalidades, que possam transformar a respetiva indústria, a forma de pensar e aprender a antecipar ameaças futuras. 


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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Altran e Vodafone celebram parceria para desenvolver projetos de inteligência artificial A

Altran, líder global em consultoria de engenharia e R&D, estabeleceu uma parceria com a Vodafone Portugal para co-desenvolver a área de inteligência artificial (AI) e data science, com o objetivo de criar eficiência operacional e melhorar a experiência dos clientes do operador de telecomunicações. Esta parceria reforça uma colaboração iniciada entre as duas empresas em 2014, nas áreas de qualidade de serviço e de experiência de clientes empresariais e particulares. Agora, pretende-se “alargar os benefícios já obtidos nas áreas anteriormente mencionadas,

através da criação de uma prática centralizada de AI, com incidência em cloud, machine learning e automation”. Como frisa Bruno Casadinho, COO da Altran Portugal: “a transversalidade do AI & data science é total, a todos os setores da nossa economia, público ou privado” e obrigada ao estabelecimento de parcerias com várias entidades para um melhor conhecimento e aproveitamento desta tecnologia. “Os dados digitais disponíveis aumentam exponencialmente todos os dias, a capacidade de processamento ao nosso dispor na cloud dá-nos a f lexibilidade e velocida-

de de crescimento outrora inexistente em soluções on-premisses e, por fim, contamos ainda com uma infraestrutura de conetividade extremamente evoluída, quer no fixo quer no móvel”, enquadra ainda o responsável. ”Esta parceira com a Altran representa uma oportunidade para a Vodafone trabalhar e desenvolver uses cases inovadores, que tornem o nosso serviço cada vez mais eficiente, nomeadamente na deteção de forma mais célere de problemas, bem como na antecipação de eventuais anomalias”, afirma, por seu lado, João Nascimento, CTO da Vodafone Portugal. 

DB Schenker estuda formas de melhorar ergonomia dos seus colaboradores de armazém

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DB Schenker, empresa líder em gestão e logística da cadeia de abastecimento, concluiu com sucesso na Alemanha um projeto teste do uso de exoesqueletos, em diferentes centros de trabalho, implementado com o objetivo de libertar os colaboradores dos seus armazéns de tarefas que exigem um grande esforço físico. Também conhecidos como esqueletos externos ou robôs de suporte, estes dispositivos tecno-

lógicos são estruturas de suporte eletromecânicas que são transportadas com o corpo e que estão desenhadas para apoiar os colaboradores durante os movimentos de elevação e rotação de cargas. A sua fisionomia protege as vértebras lombares e os músculos das costas, prevenindo a tensão nestas partes do corpo que, frequentemente, são a causa de doenças e da incapacidade para trabalhar. A abordagem inicial do projeto foi realizada em torno da seleção de pedidos e da sequência de embalagens com um máximo de 15 quilogramas. Os colaboradores equipados com um exoesqueleto retiraram as embalagens

das prateleiras de armazenamento e colocaram-nas em paletes, enquanto que o exoesqueleto apoiava as sequências de movimento, facilitando assim as suas funções. Mesmo em armazéns altamente automatizados, os colaboradores continuam a ser indispensáveis para muitas atividades. Um exoesqueleto combina o poder da máquina com a competência motora humana, proporcionando a solução perfeita, adianta a companhia. Thomas Schulz, CHRO da companhia logística, afirmou que “para a DB Schenker, os seus colaboradores são o ativo mais importante e valioso. Por esta razão, estamos realmente satisfeitos por poder anunciar que estamos a dar passos importantes para melhorar as suas condições de trabalho e, sobretudo, contribuir para que sejam mais saudáveis”, contribuindo para o “objetivo estratégico de sermos a empresa eleita para proporcionar serviços logísticos inovadores e líderes no setor”. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

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AC T UA L I DA D € 59


Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Peugeot 3008 Hybrid4

O modelo de série mais potente da marca A história da marca ganha agora uma nova dimensão, com este novo SUV Peugeot 3008 de elevado desempenho, que regista um nível de potência nunca alcançado por um modelo Peugeot de série. Esta versão topo de gama oferece tração às 4 rodas e desenvolve o equivalente a 300 cavalos.

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Fotos DR

epois de ter abandonado os híbridos diesel, a Peugeot volta a apostar nos híbridos, desta vez com uma nova geração plug-in, só que associada a motores a gasolina. Ao anunciar 300 cavalos de potência máxima, o Peugeot 3008 GT Hybrid4, torna-se, assim, no Peugeot de estrada mais potente de sempre. Este é o resultado da combinação de uma motorização PureTech de 200 CV e dois motores elétricos: um no trem dianteiro, acoplado à transmissão e-EAT8, e que desenvolve 110 cavalos, e outro acoplado ao trem traseiro, 60 ACT UALIDAD€

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com uma potência de 112 cavalos. Apenas com o condutor a bordo, a aceleração de zero a 100 km/h é cumprida em 5,9 segundos. A capacidade da bateria é 13,2 kWh para uma autonomia 100% elétrica de 59 quilómetros de acordo com o protocolo de WLTP.

No que concerne aos carregamentos das baterias, o 3008, poderá recarregar os respetivos packs através de uma tomada doméstica de 3,3 kW de 8 A (amperes) ou tomada reforçada de 3,3 kW e 14 A, num período de tempo que varia entre as oito e as quatro horas, respetivamente. O carregamento da bateria é fácil e rápido. Ao utilizar uma Wallbox (carga acelerada), a carga completa do veículo é feita em 1h45. Como tecnologias mais destacadas nestas versões, a nova função Brake, que permite travar o carro sem tocar no pedal, funcionando como um travão-motor, e


sector automóvil Setor automóvel

recarregando as baterias no processo. Presente também está o novo sistema i-Booster, um sistema de travagem pilotada, que recupera a energia dissipada em travagem ou desacelerações, integrando uma bomba elétrica para o seu funcionamento, ao invés de uma bomba de vácuo presente nas versões térmicas. Igualmente presente, a nova função onde o manómetro da direita, tradie-SAVE, que permite guardar parte cionalmente empregue para o contaou totalidade da capacidade das bate- -rotações, passa a ser ocupado por um rias, pode ser para apenas 10 ou 20 manómetro específico, com três zonas km, ou então a autonomia total, para bem demarcadas: Eco, a fase em que a condução é mais eficaz em termos utilizar mais tarde. Finalmente, as diferenças para as energéticos; Power, altura em que a versões com apenas motor térmico po- condução consegue ser mais dinâmidem ser observadas também no painel ca e enérgica; e Charge, a fase em que de instrumentos Peugeot i-Cockpit, a energia dissipada na desaceleração e

travagem, é reaproveitada para carregar a bateria. O modo 4WD proporciona uma tração melhorada em estradas ou terrenos difíceis. O resultado é uma excelente aderência: seja em estradas molhadas, enlameadas, com neve ou sinuosas, a potência é distribuída uniformemente pelas quatro rodas do veículo. Assim, o 3008 oferece potência e quatro rodas motrizes, com emissões de CO2 ao melhor nível no mercado: 29g de CO2 por quilómetro, de acordo com o protocolo WLTP. Datas de lançamento e preços, ainda não temos informação, mas não deve estar longe dos valores da concorrência.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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AC T UA L I DA D € 61


barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica em Portugal estabiliza

indicador da evolução da atividaO de económica em Portugal estabilizou em julho, pondo fim a cinco

meses seguidos de queda. O indicador de atividade económica registou, assim, uma taxa de variação homóloga de 1,6%, o mesmo registo que se havia verificado em junho. Depois de ter aumentado para 2,4% em janeiro, este indicador tem registado sempre quedas, indiciando um abrandamento da economia portuguesa. Uma evolução que se fica a dever sobretudo ao consumo, que "acelerou ligeiramente em julho, refletindo

Inflação na Zona Euro em mínimos de 2016 A inflação da Zona Euro manteve-se nos 1% em agosto, continuando em mínimos de três anos. Portugal foi o único Estado-membro da União Europeia com deflação. Ainda de acordo com o Eurostat, a taxa de inflação em agosto de 2018 na Zona Euro era de 2,1%. Perante este cenário, o Banco Central Europeu anunciou um pacote de estímulos na economia da Zona Euro. Portugal foi o único país comunitário a registar deflação, ou seja, os preços baixaram em vez de subir, o que não favorece a atividade económica. O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, fixou-se em -0,1%, o que compara com -0,7% em julho. No conjunto da UE, a taxa de inflação situou-se nos 1,4%.

um contributo positivo da componente de consumo corrente". Em sentido contrário, o indicador de FBCF "desacelerou em julho, verificando-se um contributo negativo da componente de máquinas e equipamentos e um contributo positivo menos expressivo das componentes de construção e de material de transporte". Ainda segundo o INE, a informação proveniente dos indicadores de curto prazo, disponível até julho, aponta, em termos nominais, para uma diminuição na indústria e um abrandamento nos serviços.

Importações disparam em julho As exportações de bens em Portugal aumentaram 1,3% em julho (3%, excluindo os combustíveis e lubrificantes), o que representa um ritmo seis vezes inferior ao crescimento verificado nas importações de mercadorias (7,9%) neste mês, anunciou o Instituto Nacional de Estatística. Assim, o INE destaca "o acréscimo de 27,9% nas importações de material de transporte", sobretudo na rubrica referente maioritariamente a aviões, que contribuiu 4,2 pontos percentuais para a taxa de variação homóloga total. Na mesma linha da tendência verificada na primeira metade do ano, com o crescimento das importações a triplicar o aumento das exportações, o défice da balança comercial de bens atingiu 1.751 milhões de euros em julho, aumentando, deste modo, em 452 milhões o valor registado no mesmo mês de 2018. Dos dez maiores mercados de destino para as mercadorias portuguesas em 2018, metade registaram uma quebra nas transações, na evolução homóloga face a julho do ano passado. Em termos percentuais, Angola teve a quebra mais acentuada (-12,2%), mas os mais penalizadores, em volume de vendas, foram Espanha (22 milhões de euros), que é o maior mercado externo, o Reino Unido (21 milhões) e a Alemanha (17 milhões).

Desemprego mantém-se nos 6,6%, pelo terceiro mês seguido O nível do desemprego em Portugal manteve-se, em junho, em 6,6% da população ativa, no mesmo valor que se registava em maio e em abril, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Havia, no mês em análise, 338,6 mil pessoas em idade ativa fora do mercado de trabalho, menos 16 mil do que na mesma altura do ano passado. A estimativa de junho foi revista em baixa face à primeira projeção, conhecida há um mês, e compara com a taxa de 6,9% do mês homólogo de 2018. A estimativa provisória do INE para julho de 2019 aponta para uma descida do desemprego, com a taxa a baixar para 6,5%.

A confirmar-se esta estimativa provisória, tal significa um regresso à taxa que se registava em março deste ano, antes de o desemprego subir para 6,6% e estabilizar neste patamar. Os 6,6% que se registaram em abril, maio e junho correspondem, precisamente, ao nível de desemprego previsto pelo Governo para o conjunto de 2019. Além de estimar todos os meses o valor da taxa de desemprego, o INE divulga a cada três meses uma estimativa trimestral. De acordo com a estimativa mais recente, referente ao segundo trimestre, 6,3% da população ativa estava desempregada. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial entre Portugal y España en el periodo enero-julio de 2019

S

e acaban de hacer públicos los datos estadísticos del comercio hispano portugués referentes a los siete primeros meses de este año y se mantiene el dinamismo que caracteriza este comercio. Las ventas españolas en lo que va de año ya superan los 12.807,1 millones de euros, 4,9% más de las alcanzadas en 2018 (12.208,5 millones). Las compras españolas registraron, a su vez, una quiebra del -4,1%, pasando de los 6.907,3 millones de euros en 2018 a los actuales 6.627,3 millones. Se habrá de destacar el aumento de 18,4% de las compras espa-

ñolas en el mes de julio (1.057,1 millones de euros) frente al mes de junio (892,7 millones). El superávit se mantiene favorable al mercado español, con un total de 6.179,8 millones de euros y un saldo de cobertura del 193,25%. No se detectan considerables alteraciones en la distribución sectorial del comercio hispano portugués, respeto a los periodos anteriores. Encabeza la lista de las principales partidas de la oferta española la 87 (vehículos automóviles; tractor) con 1.366,6 millones de euros, seguido de la partida 84 (máquinas y aparatos mecánicos) 929,2 millones, y en la

tercera posición la 27 (combustibles, aceites minerales), con ventas por valor de 845,5 millones. En la demanda española, destaca igualmente la partida 87 (vehículos automóviles; tractor), con 935,2 millones de euros, seguido de la partida 39 (materias plásticas; sus manufacturas), con 512,6 millones, y la partida 84 (Máquinas y aparatos mecánicos), com 500 millones. El sector automóvil, concretamente la partida 87, mantiene un peso muy importante en los f lujos comerciales entre los dos países del 12%, y que en estos siete meses del año ya supera los 19.434,4 millones de euros. Por lo que a la distribución geo-

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-julio de 2019 VENTAS ESPAÑOLAS 19

COMPRAS ESPAÑOLAS 19

Saldo 18

Cober 18 %

ene

913 960,29

828 775,04

190,68

1 724 280,06

883 855,16

840 424,90

195,09

feb

1 706 821,40

873 899,16

832 922,24

195,31

1 619 549,72

907 007,03

712 542,69

178,56

mar

1 812 053,31

984 166,48

827 886,83

184,12

1 772 798,36

1 024 557,96

748 240,40

173,03

abr

1 810 815,75

906 315,91

904 499,83

199,80

1 660 720,07

972 023,11

688 696,95

170,85

may

1 951 251,80

999 087,41

952 164,40

195,30

1 870 420,80

1 012 520,48

857 900,32

184,73

jun

1 894 918,30

892 750,62

1 002 167,69

212,26

1 768 703,00

1 056 754,24

711 948,77

167,37

jul

1 888 569,00

1 057 136,40

831 432,60

178,65

1 792 110,10

1 050 599,30

741 510,80

170,58

ago

0,00

0,00

0,00

0,00

1 659 938,34

841 414,54

818 523,80

197,28

sep

0,00

0,00

0,00

0,00

1 719 811,59

899 423,91

820 387,68

191,21

oct

0,00

0,00

0,00

0,00

1 974 638,16

1 020 896,56

953 741,61

193,42

nov

0,00

0,00

0,00

0,00

1 927 320,92

964 117,13

963 203,79

199,91

dic

0,00

0,00

0,00

0,00

1 595 440,58

928 133,49

667 307,09

171,90

12 807 164,91

6 627 316,27

6 179 848,63

193,25

21 085 731,71

11 561 302,90

9 524 428,81

182,38

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

64 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2019

Cober 19 %

VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 18 ESPAÑOLAS 18

1 742 735,34

Total

Saldo 19


Rankings 2.Principales países clientes de España enero-julio de 2019

gráfica se refiere y que recogemos en el cuadro 6, Madrid, Cataluña y Galicia lideran el ranking , y juntas representan el 52% del comercio bilateral. En las ventas españolas a Portugal, Cataluña surge en la primera posición, con una cifra de ventas de 2.891,4 millones de euros (22,6% sobre el total de las ventas), seguido de Madrid, con 2.134,5 millones (16,7%), y Galicia, con 1.824,7 millones (14,3%). En las compras españolas a Portugal, Madrid asume el liderazgo, con 1.139,1 millones de euros (17,2%), Cataluña con 1.081,6 millones (16,3%) y en la tercera posición Galicia, con 1.071,2 millones (16,2%). Portugal mantiene la cuarta posición en el ranking de los principales clientes de España, con un peso relativo del 7,4%, y la sétima posición entre los principales proveedores de España, con un peso relativo sobre el total de la demanda española del 3,5%. Francia y Alemania se consolidan como principales socios comerciales de España. 

Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org

Orden País

Importe

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-julio de 2019 Orden Sector

Importe

1

001 Francia

26 231 004,72

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

2

004 Alemania

19 072 302,73

2

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

512 657,44

3

005 Italia

13 846 824,99

3

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

499 987,28

935 210,65

4

010 Portugal

12 807 164,91

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

387 474,17

5

006 Reino Unido

11 768 321,91

5

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

367 785,75

6

400 Estados Unidos

8 076 185,04

6

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

239 573,07

7

003 Países Bajos

5 929 084,58

7

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

236 529,11

8

204 Marruecos

5 082 380,00

8

73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO

223 188,73

9

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

9

017 Bélgica

4 719 879,94

10

720 China

3 665 458,02

11

060 Polonia

3 663 277,46

12

039 Suiza

3 049 251,65

13

412 México

2 538 463,06

14

052 Turquía

2 525 701,52

217 988,05

TOTAL

6 627 316,27

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-julio de 2019 Orden Sector

Importe

15

952 Avituallamiento terceros

2 149 628,83

16

208 Argelia

1 953 358,50

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

17

951 Avituall.y combust. intercambios comunitarios

1 571 244,77

2

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

929 249,00

18

732 Japón

1 528 398,77

3

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

845 490,83

19

061 República Checa

1 513 704,71

4

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

772 992,45

20

038 Austria

1 471 341,24

5

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

754 787,33

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

494 624,66

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

414 029,81

8

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

340 362,70

9

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

SUBTOTAL

133 162 977,35

TOTAL

172 694 967,44

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Principales países proveedores de España enero-julio de 2019 Orden País

Importe

1

004 Alemania

23 780 249,24

2

001 Francia

19 821 775,14

3

720 China

16 914 290,31

4

005 Italia

12 358 271,22

5

400 Estados Unidos

8 956 386,59

6

003 Países Bajos

7 825 710,57

7

010 Portugal

6 627 316,27

8

006 Reino Unido

6 625 574,36

9

052 Turquía

4 604 184,66

10

204 Marruecos

4 246 218,23

11

017 Bélgica

4 194 357,77

12

060 Polonia

3 346 370,30

13

288 Nigeria

3 039 739,13

14

412 México

2 869 609,90

15

732 Japón

2 641 324,93

16

061 República Checa

2 607 473,88

17

664 India

2 582 898,86

18

632 Arabia Saudí

2 546 626,96

19

959 Países y territorios no determinados.Intraco.

2 349 334,99

20

216 Libia

2 320 763,49

SUBTOTAL

140 258 476,80

TOTAL

189 893 195,04

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

1 366 557,08

338 435,27

TOTAL

12 807 164,91

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

6.Evolución del intercambio comercial 2019

7.Ranking principales CC.AA. proveedoras/clientes de Portugal enero-julio de 2019 CC.AA.

VENTAS ESPAÑOLAS 18

COMPRAS ESPAÑOLAS 18

Cataluña

2 891 449,60

Madrid, Comunidad de

1 139 088,64

Madrid, Comunidad de

2 134 550,01

Cataluña

1 081 581,30

Galicia

1 824 710,38

Galicia

1 071 262,62

Andalucía

1 183 583,27

Andalucía

647 181,08

Castilla-La Mancha

892 601,36

Comunitat Valenciana

561 632,96

Comunitat Valenciana

794 506,18

Castilla-León

521 578,58

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

OUTUBRO DE 2019

AC T UA L I DA D € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas portuguesas exportadoras para Barcelona

DP190501

Empresas españolas de calzado

DP190502

Universidades españolas

DP190503

Empresas españolas que produzcan vasos de plástico

DP190504

Empresas portuguesas que producen piezas de inyección de aluminio

DP190505

Empresas españolas de equipamiento industriales en la zona de Galicia

DP190506

Empresas españolas de inyección de plástico

DP190507

Empresas españolas que fabrican ropa de lino

DP190601

Empresas españolas de distribución de materiales de construcción, en particular artículos sanitarios

DP190701

Agentes comerciales en el área de moldes y inyección de plástico

DP190702

Empresas españolas fabricantes de hilo acrílico/ lana

DP190703

Empresas españolas de material agricola

DP190801

Empresas de fabricación de productos rotomoldeados

DP190802

Empresas españolas que necesiten un agente comercial en el área de la construcción

OP190701

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas produtoras de têxtil Empresas portuguesas distribuidoras de bacalhau Empresas portuguesas de limpeza Empresas de produtos alimentícios bio orgânicos Empresas de distribuição de conservas Empresas portuguesas de transporte no norte de Portugal Empresas que compram carne de coelho em Portugal Empresas de artigos de puericultura textil para bebés Empresas portuguesas fabricantes de cosméticos Empresas portuguesas fabricantes de toalhas Empresas portuguesas de calçado Empresas portuguesas distribuidoras de cafés de África, Brasil e Timor Comprador de escritório no Porto

DE190102 DE190103 DE190201 DE190202 DE190203 DE190301 DE190401 DE190601 DE190701 DE190702 DE190801 DE190802 OE190701

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

66 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2019


oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

OUTUBRO DE 2019

AC T UA L I DA D € 67


calendário fiscal calendario fiscal >

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Outubro Prazo Até

Imposto

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em agosto/2019

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de setembro/2019

Entidades empregadoras

10

IRS

Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a setembro/2019

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

12

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em setembro/2019

Sujeitos passivos do IVA

15

IVA

Pagamento do IVA apurado na declaração periódica mensal relativa às operações efetuadas em agosto/2019

Contribuintes do regime normal mensal

21

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em setembro/2019

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

21

Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a setembro/2019

Entidades empregadoras

21

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em setembro/2019

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas

21

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 3º trimestre/2019

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros quando tais operações se considerem aí localizadas

31

IRC

Pagamento especial por conta (PEC)

Sujeitos passivos que exercem a título principal, uma atividade de natureza comercial industrial ou agrícola

2ª prestação (50%)

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em agosto/2019

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente

68 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2019

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

BE190117

F

BE190118

M

30/05/1974

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

KEY ACCOUNT

BE190119

M

25/05/1993

INGLÊS/ PORTUGUÊS

ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

FRANCÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL

ACCOUNT 6 MARKETING

04/09/1991

INGLÊS/ FRANCÊS/ ÁRABE/ ESPANHOL

ADMINISTRATIVA / CONSULTORIA IMOBILIÁRIA

BE190120

M

BE190121

F

Data de Nascimento Línguas ESPANHOL / INGLÊS

Área de Atividade ARQUITETURA/ GESTÃO DE NEGÓCIO

BE190122

M

INGLÊS/ FRANCÊS

AUDITOR

BE190123

F

ESPANHOL/ INGLÊS

ASSESSORIA JURÍDICA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

BE190124

M

INGLÊS FRANCÊS/ PORTUGUÊS/ ITALIANO

PROFESSOR DE DIREITO INTERNACIONAL

BE190125

F

INGLÊS/ ESPANHOL

ASSISTENTE EXECUTIVA

BE190126

F

BE190127

M

25/01/1966

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

ADMINISTRATIVA NA ÁREA FINANCEIRA

INGLÊS/ FRANCÊS

ASSISTENTE DE OPERADOR FINANCEIRO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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novembro de 2014

ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

Coreto: na Maia há “música” para o estômago

A partitura em causa neste coreto é a ementa, onde não faltam pistas para uma “sinfonia” de sabores de carnes maturadas “de qualidade superior”, garante Pedro Maia, o “maestro” que orquestrou este restaurante, localizado na Maia, na Quinta da Boa Vista, que sedeará a Casa da Fundação Gramaxo.

O

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

costelão de vaca, o t-bone e o tomahawk são as estrelas da carta do restaurante Coreto, especializado no corte, maturação e confeção de carnes. O espaço está localizado na Quinta da Boa Vista, na Maia, atualmente aberta ao público como parque de lazer, e foi construído de raiz para homenagear as típicas construções que começaram a surgir nos jardins e praças, em Portugal, no século XIX, como palco de concertos. Este coreto octogonal, erguido em ferro trabalhado, há dois anos, abriu ao público em março deste ano como restaurante, com paredes de vidro para assegurar o conforto térmico e uma generosa esplanada rodeada da vegeta-

70 ACT UALIDAD€

OUTUBRO DE 2019

ção centenária da quinta, de esculturas de João Cutileiro, Zulmiro de Carvalho e Sobral Centeno, e, em breve, da Casa da Fundação Gramaxo, projetada por Álvaro Siza Vieira para albergar um auditório, diferentes áreas de exposição, bem como serviços de apoio e administrativos. Os clientes têm desta forma a possibilidade de comer num coreto. “É o único restaurante a funcionar num coreto, em Portugal”, assinala Pedro Maia, o empresário que ganhou a concessão do espaço. As carnes maturadas não são uma novidade para Pedro Maia, que já detém outro restaurante especializado nestes produtos, a Biferia, em Vila do Conde, “Há cinco anos, comecei a

estudar as carnes maturadas, e fui para um talho aprender sobre os diferentes tipo de cortes, aprender a avaliar a gordura do animal, através da cor e da textura. Comecei a perceber quais são os produtores que têm animais com carne de qualidade superior. Só trabalho com carnes autóctones e algumas estrangeiras de qualidade superior, ou seja, animais criados em sistemas extensivos, bem alimentados com produtos locais, massajados pela natureza das zonas onde vivem, onde se deitam.” O empresário não tem dúvidas de que Portugal está entre os melhores neste capítulo e conta que não é à toa que o documentário “Steak (R)evolution”, de Franck Ribière, “acaba com os pro-


espacio de ocio

tagonistas a comerem um bife português (identificado no filme como sendo proveniente de um boi de Chaves), no reputado restaurante espanhol El Capricho, que é só considerado o restaurante onde se serve o melhor bife do mundo”. Pedro Maia também fez questão de ir ao El Capricho (Jimenez de Jamuz, em Leão) para experimentar a carne e ver como trabalhavam, como conservam a carne, também numa cave. Aproveita para recordar que a técnica de maturação como forma de conservar a carne é antiga. “Os talhos dantes funcionavam em caves, onde acontecia uma natural maturação”, explica. Pedro Maia gosta de comprar “o animal na totalidade, ainda no matadouro, já que é mais fácil identificar a qualidade do produto nessa fase, e depois é cortado e maturado no restaurante”. O gestor refere-se à cave do restaurante, “o fosso da orquestra”, onde funciona a cozinha e a sala de temperatura controlada, onde a carne vai maturando, no mínimo durante trinta dias”. O resto da magia acontece na grelha, com carne

previamente escolhida pelo cliente. “O nosso restaurante é muito exclusivo pelo que quem cá vem aprecia este tipo de carne e por isso temos uma classificação tão alta no Trip Advisor, no Google e no Facebook”, frisa Pedro Maia, acrescentando que adotam em todo o processo “uma relação de honestidade com o produto”. Os cortes de carne costelão, t-bone e tomahawk são mesmo os pratos mais pedidos, mas a carta disponibiliza também bifes de vitela, filet mignon, entrecôte, nacos de vitela e posta . Em alternativa às carnes maturadas, há bife de Atum ou de seitan, polvo e bacalhau, tudo feito na brasa. Há também uma lista de sete acompanhamentos, que inclui arroz caldoso, legumes, cogumelos flamejados, batata frita rústica ou puré de batata-doce. Para afinar os “instrumentos”, antes do prato principal, pode eleger entradas como o carpaccio de novilho do vazio maturado (uma espécie de presunto de vaca), cecina de Leão ou cogumelos com farinheira e mel.

espaço de lazer

Em jeito de encore, pode optar entre o bolo de chocolate com gelado de framboesa e pistácio, a tarte de lima, a tarte tatin de pera ou a panna cotta de café. Pedro Maia informa ainda que a refeição pode terminar com café artesanal, especialmente torrado para o Coreto. O gestor atesta que a seleção de vinhos portugueses é igualmente cuidada, bem como a decoração, que também privilegia o “made in Portugal”: as mesas e o balcão são de mármore vermelho de Estremoz e “lembram os desenhos da carne”; as cadeiras em pele vieram de Rebordosa e a louça foi feita por um mestre oleiro alentejano. Além de poder desfrutar das carnes maturadas neste “palco”, também poderá comprá-la crua no Coreto para confecionar em casa. 

Restaurante Coreto Parque de Lazer da Fundação Gramaxo Quinta da Boa Vista Rua Nossa Senhora de Bom Despacho; Maia Telefone: 961301724

OUTUBRO DE 2019

AC T UA L I DA D € 71


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Agenda cultural Livro

“Alquimia, O Poder Surpreendente das Ideias Absurdas”

Rory Sutherland, vice-presidente da Ogilvy e “um dos principais gurus da publicidade mundial” é o autor de “Alquimia, O Poder Surpreendente das Ideias Absurdas”. O livro , editado pela Dom Quixote, “começa por dar o exemplo da equipa a quem pediram para criar uma bebida que concorresse com a CocaCola e acabou por inventar o Red Bull para explicar que ser ilógico potencia a criatividade e a resolução de problemas”. A obra “Alquimia” desenvolve a tese de que “não compensa ser lógico se todos os outros o forem”. O autor sugere: “Ousa ser estupidez e só assim terás ideias geniais”, já que “só fugindo da lógica e seguindo a intuição se potencia a criatividade e a resolução de problemas”. As onze regras alquimistas de Rory Sunderland sustentam: O oposto de uma boa ideia pode ser outra boa ideia; Objetivos medianos não interessam a ninguém; Não compensa sermos lógicos se os outros também são; A natureza da nossa atenção afecta a natureza da nossa experiência; Uma flor é uma erva daninha com um bom orçamento de publicidade; O problema da lógica é matar a magia; Uma boa intuição que não pode ser observada não deixa de ser ciência. O mesmo se pode dizer de uma feliz coincidência; Temos de pôr à prova as contra-intuições, pelo simples facto de que mais ninguém o fará; Resolver problemas de forma racional é como jogar golfe só com um taco; Devemos atrever-nos a ser triviais; Se houvesse uma resposta lógica já a teríamos encontrado. O autor propõe ainda a 12ª: Porquê restringirmo-nos a um número previamente determinado? Rory Sunderland foi várias vezes membro do júri no prestigiado festival de publicidade que anualmente decorre em Cannes e as suas TED Talks ultrapassam as 6,5 milhões de visualizações.

72 act ualidad€

outubro de 2019

Exposição

Sarah Affonso protagoniza exposições no Museu do Chiado e na Fundação Gulbenkian A relação entre a obra de Sarah Affonso e a arte popular do Minho poderá ter começado na sua infância, já que a pintora, nascida em Lisboa em 1899, viveu em Viana do Castelo entre 1903 e 1914. A filigrana, os bordados e o artesanato figurativo de Barcelos (também chamado figurado de Barcelos) influenciou a sua produção artística, como é possível comprovar através da mostra “Sarah Affonso e a Arte Popular do Minho”, patente no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian: “Apesar do retrato ter sido a grande marca autoral da sua obra, a artista abandona este registo, preferindo integrar determinados aspetos do vernáculo minhoto nas suas composições. A exposição apresenta, em paralelo, as obras de Sarah Affonso com os objetos cerâmicos, têxteis, de ourivesaria, que formam parte do léxico visual que a inspirou e onde se incluem empréstimos de museus e colecionadores portugueses.” A curadora da mostra Ana Vasconcelos, destaca a “Casamento na Aldeia”, que pertence à coleção de arte moderna do museu: “Esta é talvez a pintura mais conhecida de Sarah Affonso, emblemática da sua obra do final dos anos 1930. Em primeiro plano vemos figuras de um casamento, com os noivos e os convidados, entre os quais o menino vestido “à maruja” e a menina com um vestido de folhos. Este grupo poderia ser inspirado numa ilustração francesa – nele se entrevê a influência de Rousseau. Além do arco de festa que forma o eixo central, a referência ao Minho acontece no plano intermédio pela representação dos bonecos de cerâmica, que formam uma pequena banda de músicos que marcham, e na parelha de bois (de barro) em frente da casinha branca. Estes conjuntos sublinham, por um lado, a ocasião festiva e, por outro, o enquadramento rural da cena.” Com esta mostra, o Museu Calouste Gulbenkian associa-se ao Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado para assinalar o 120.º aniversário do nascimento de Sarah Affonso. No Museu do Chiado é possível visitar a exposição “Sarah Affonso. Os dias das pequenas coisas”, com curadoria de Maria de Aires Silveira e Emília Ferreira. Esta mostra propõe uma visão mais abrangente do trabalho da artista: “Propondo um percurso biográfico e criativo de Sarah Affonso, abordaremos a sua formação artística, e descobriremos uma artista multifacetada, com obra que vai de uma multiplicidade de registos de desenho à pintura, passando pelo bordado e que se manifesta também de modo muito particular na relação com a paisagem, intervindo e criando, paisagística e pragmaticamente, o entorno da casa da família em Bicesse (Cascais).” A artista foi casada com Almada Negreiros e estudou com Columbano Bordalo Pinheiro. Ambas as mostras procuram relembrar “Sarah Affonso como uma artista modernista, reconhecida com um percurso próprio, de notável qualidade”.

Até 7 de outubro, no museu da Fundação Calouste Gulbenkian e até 22 de março de 2020, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado


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Festival Flamenco no Porto Pela primeira vez, o Festival Flamenco organizado pela Flamenco Atlântico chega à cidade do Porto, com espetáculos na Casa da Música. Dia 10, atua o projeto Camerata, “um grupo musical com mais de 15 anos no âmbito do flamenco, jazz e música clássica”. Composto pelos músicos Jose Luis López, Ramiro Obedman e Pablo Suárez, este grupo propõe uma abordagem contemporânea e vanguardista de temas clássicos, com interpretações de peças de mestres como Satie e Debussy e colaborações com artistas como Carmen Linares e J.M. Cañizares. A acompanhar os músicos, atuará a bailarina Anabel Veloso. No dia 23, na sala Suggia da Casa da Música, sobe ao palco Dorantes, apelidada de “a jóia do piano flamenco”. O músico de Sevilha “pertence a uma das famílias ciganas lendárias da história do flamenco”. A ele se deve a introdução do piano no flamenco, instrumento que estudou no Conservatório Superior de Música de Sevilha. Dorantes é o autor do emblemático “Orobroy” (1998), considerado hoje um clássico do flamenco, pelo qual recebeu vários prémios. O mesmo sucedeu com o álbum “Sur”, de 2002, bem como com outros trabalhos realizados pelo músico. “Em 2009, recebe o Prémio Nacional Jovem Criador,

sendo descrito pela crítica como especialista na técnica, inovador na composição e perfeito na execução”, recorda a organização do festival. Além destes dois espetáculos em outubro, atua também em novembro, no dia 25, o bailarino Eduardo Guerreiro: “É o momento deste grande bailarino, que, com uma estética atual, um profundo conhecimento da essência do flamenco, o talento, o físico poderoso e grande carisma, triunfa onde dança”. Todos estes espetáculos estão inseridos na programação da Mostra Espanha 2019.

Dia 10 e 23 de outubro e dia 25 de novembro, na Casa da Música, no Porto Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Exposição conta detalhes da viagem de Magalhães e de Elcano A primeira viagem de circum-navegação começava há 500 anos, a 10 de agosto, sob o comando de Fernão de Magalhães. A expedição paga pelo rei de Carlos V de Espanha partiu de Sevilha, onde atualmente se pode visitar a exposição “ A Viagem mais longa”, que procura contar a história desta expedição, que começou em 1519 e terminou em 1522, já sob o comando de Juan Sebastián Elcano, já que Fernão de Magalhães só realizou a viagem até às Filipinas, porque morreu lá (a 27 de abril de 1521, na ilha de Mactan). A primeira volta ao mundo tinha como objetivo principal chegar à Ilha das Molucas (conhecida como a ilha das especiarias, tão cobiçadas pelos europeus), navegando pelo Pacífico. A aventura é contada através desta mostra, organizada pelo Ministério espanhol da Cultura e do Deporte e pela Ação Cultural Espanhola, a decorrer no Arquivo Geral das Índias, até 23 de fevereiro de 2020. “Explicaremos não só como se deu a primeira volta ao mundo, como também a que mundo é que se deu a volta, e que realidades preexistentes foram pela primeira vez interconectadas com uma realidade global”, assinala o texto sobre a mostra. A organização procurou “dar voz aos protagonistas da expedição, reunindo testemunhos escritos dos que planearam, prepararam e executaram a viagem” para fazer justiça “ao valor da aventura que os heróis da Armada das Especiarias”, que se tornou “num dos

maiores feitos da História da Humanidade”. Entre outros documentos e testemunhos, é possível ver a versão portuguesa do Tratado de Tordesilhas, guardado no

Arquivo Geral de Sevilha e a crónica da viagem de Antonio Pigafetta, guardada na Biblioteca da Universidade de Coimbra.

Até 23 de fevereiro, no Arquivo Geral das Índias, em Sevilha outubro de 2019

ac t ua l i da d € 73


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Statements Para pensar

“Teremos de ajudar o mercado a ajustar-se assim– e essa é uma das funções do poder público, do Estado e do poder político, que é ter uma função reguladora. Espero que o mercado se possa autorregular. Acho que, além do mais, há um dado fundamental, porque a elasticidade da procura é bastante inferior à elasticidade da especulação” António Costa, primeiro-ministro, sobre a situação do mercado imobiliário, “Sapo24”, 19/9/19

“Isto [concessão de financiamentos de oito mil milhões de euros através da linha Capitalizar] significa que quase 9% do total do crédito às empresas e à economia portuguesa foi suportado pelo sistema de garantia mútua” Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto e da Economia, precisando ainda que, desde 2015, as empresas viram o seu rácio de endividamento recuar de um valor equivalente a cerca de 100% do PIB para cerca de 70% do PIB, ao mesmo tempo que a sua autonomia financeira aumentou para níveis próximos dos 39%, “Eco. pt”, 19/9/19

“A introdução dos REITs é um passo muito revelante para Portugal e irá beneficiar o mercado quer a nível ibérico quer a nível europeu, numa perspetiva de médio e longo prazo (...) Portugal junta-se, agora, aos mercados mais importantes da Europa [o que demostra que os] reguladores percebem que o imobiliário cotado pode ter um papel muito benéfico na captação de capital estrangeiro e na recuperação económica” Dominique Moerenhout, CEO da associação que representa os REITs (mecanismos enquadrados no âmbito das alterações às recém-constituídas SIGI) a nível europeu, a EPRA, e em e que foi um dos oradores do “Portugal Real Estate Summit”, recentemente realizado no Estoril

“Quando a Espanha alterou o seu regime de REITs, em 2013, a capitalização total de mercado do setor imobiliário cotado espanhol multiplicou-se por dez no ano seguinte, sendo uma fatia substancial desse investimento capital de origem estrangeira. A Irlanda e a Itália também tiveram um crescimento impressionante na sequência de legislações de REITs bem-sucedidas. Com isto em mente, parece não haver razão para duvidar que Portugal terá efeitos benéficos semelhantes” 74 ACT UALIDAD€

Idem, ibidem OUTUBRO DE 2019




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