Actualidade Economia Ibérica - nº 271

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Actualidad

Economia ibérica janeiro 2020 ( mensal ) | N.º 271 | 2,5 € (cont.)

Cimeira do Clima de Madrid “A produtividade será o desafio central para as empresas em 2020” pág. 14

pág.38

“A Europa desenvolve-se na perspetiva de que os mais fortes ajudam os mais fracos” pág. 50


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Índice

Foto Capa

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Grande Tema

DR

Nº 271 - janeiro de 2020

La cumbre climática de Madrid se queda sin acuerdo para regular el mercado del carbono

38.

Actualidad

Economia ibérica

Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca, Laia Cerdán (estagiária), Olga Hernández (estagiária) e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Fernando Neves de Almeida, João Costa e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém

Editorial 04.

Madrid, capital del clima

Opinião 06.

Talento, liderança e produtividade: as chaves para 2020 - Fernando Neves de Almeida

Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org

28.

Criar uma cultura de otimização de custos - João Costa

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Ángel Vaca e Maria Celeste Hagatong

Atualidade 20.

Finance Academy, el primer preparador Autorizado por CFA Institute

22.

AEGVE analiza las tendencias en gestión de viajes en Lisboa

24.

Winche, uma aliada dos comerciantes para vender melhor

E mais... 08. Apontamentos de Economia 14.Grande Entrevista 30.Marketing 34.Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 48. Setor Imobiliário 50.Eventos 56.Vinhos & Gourmet 58.Ciência e Tecnologia 62.Barómetro Financeiro 64. Setor Automóvel 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74. Statements

Câmara de Comércio e Indústria

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Madrid,

capital del clima

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ataque a la biodiversidad terrestre y marina y la contaminación asociada con el cambio climático que se cobra 7 millones de vidas. En el caso de España y Portugal hay mucho en juego. Los estudios ya avisan de los efectos de este cambio climático en el clima y en la geografía de la Península Ibérica. Más olas de calor, más incendios forestales, más sequías, más inundaciones y más desertificación, entre otros efectos. Durante la cumbre se han escuchado las voces críticas de los ecologistas, que denuncian la falta de voluntad política para llegar a acuerdos reales y adoptar medidas concretas de forma inminente. También de los activistas, entre ellos la mediática joven Greta Thunberg, quien en Madrid recordaba que “no solo hay que educar en las escuelas, hay que educar sobre el clima a los adultos. Hay que traducir los números de la

ciencia para que la gente entienda la sensación de urgencia”. Jennifer Morgan, CEO de Greenpeace International, habló de la necesidad de una solución inminente, porque “cuesta más dinero no actuar, que tomar decisiones ahora”. Algo que los políticos deberían tener el cuenta. La UE parece estar a las puertas de actuar de forma conjunta, según las palabras de la presidenta de la Comisión Europea, Ursula Von der Leyen, quien anunció durante la COP25, que para el próximo mes de marzo presentará una ley europea para hacer irreversible la neutralidad climática en la UE. Junto al “acuerdo verde” de la UE también positivo ha sido la capacidad de organización de España y ver a las nuevas generaciones más concienciadas con el medio ambiente.  E-mail: brodrigo@ccile.org

Fotos Fernando Calvo

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adrid ha acogido la cumbre más larga de la historia y en la que estaban puestas muchas esperanzas para la lucha contra el cambio climático. Pero a pesar de algunos logros conseguidos en las casi dos semanas de reuniones, el mensaje que queda en la opinión pública es que los Gobiernos no han podido llegar a un acuerdo para la reducción de CO2. Será en la próxima cumbre, en Glasgow 2020, cuando se tendrán que fijar objetivos más ambiciosos. “Es tiempo de actuar” fue el lema elegido por Naciones Unidas. Un mensaje reafirmado por el secretario general de Naciones Unidas, António Guterres, quien al comenzar la cumbe advirtió de que “el punto sin retorno no está en el horizonte sino que se nos está echando encima. Nuestra guerra contra la naturaleza tiene que parar”. Los científicos hace tiempo que han marcado una hora de ruta para lograr que el aumento de la temperatura media mundial se quede muy por debajo de 2°C sobre los niveles preindustriales y que se limite el aumento a 1,5°C, para reducir el impacto del cambio climático, Y mientras los países intentan llegar a acuerdos para conseguirlo, la naturaleza no espera. Vemos cómo se derriten los casquetes polares, el


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opinião opinión

Talento, liderança e produtividade:

Por Fernando Neves de Almeida*

as chaves para 2020

O

s ciclos da economia são cada vez mais curtos e intensos e as perspetivas de longo prazo mais difíceis de fazer. Com a interligação global, o que acontece em determinado mercado tem influência, mais ou menos direta, mais ou menos abrangente, num outro mercado. Num mundo em que tudo funciona a uma velocidade estonteante e no qual a mudança é contínua, a flexibilidade e adaptação constante são decisivas para o mercado de trabalho e das organizações. O futuro destas dependerá cada vez mais da forma como conseguirem atrair talento, implementar liderança e distribuir produtividade. Para 2020, não se perspetiva uma recessão. A acontecer, terá como motivo o aumento das barreiras comerciais entre os EUA e a China, e por consequência, da União Europeia. O aumento do protecionismo é o principal risco para a economia, seguido de dificuldades no mercado financeiro e uma diminuição do crescimento a nível global. A guerra comercial - que se intensificou em 2019 - está a ter impacto no investimento empresarial e a obrigar as empresas a ajustamentos disruptivos nas cadeias de fornecimento. Os principais indicadores da economia mundial apontam para um decrescimento, as previsões para os PIB têm sido revistas em baixo e para

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além do declínio da confiança dos positivos e muitos dos principais empresários e de um investimento, mercados estão próximos do pleno no mínimo, tépido, as expetativas emprego. Mas, no longo prazo há sobre a uma maior inflação têm maior incerteza económica. decaído, tal como as taxas de juro Um mercado laboral forte e conlongo prazo, o que poderá obrigar fiança dos consumidores poderão ser as autoridades a continuar a intervir insuficientes para evitar uma recescom regulação e políticas de estímu- são daqui a dois anos e por isso os lo à economia. líderes devem focar-se nas questões estruturais da economia e serem proativos em vez de reativos. E, no caso de Portugal, a produtividade “as organizações deveria ser o foco. mais ágeis do ponto O resultado das eleições ditou um Governo um pouco mais instável de vista da utilização que o precedente, mas que manterá e implementação de o rigor e a disciplina fiscais, o que poderá levar ao primeiro orçamento executive search terão equilibrado de sempre, mesmo com mais hipóteses de uma maior contestação à austeridade, que, apesar da retórica política, congarantir as melhores tinuará a ser a marca do futuro próxipessoas“ mo. O consumo mantém-se robusto, mas as piores condições externas vão limitar o crescimento, que deverá Com intervenção regulatória e estí- andar em torno de 1,6%, com uma mulos orçamentais, uma eventual inflação de 0,5% e a crónica falta de recessão em 2020 será evitada. E produtividade. mesmo sem esta intervenção, uma Para mudar a produtividade é precirecessão é improvável a curto prazo. so aumentar salários, gerir melhor os Os principais mercados estão numa recursos humanos na administração fase de desenvolvimento, apesar dos pública, flexibilizar a legislação labosinais de um abrandamento genera- ral e, eventualmente, implementar lizado da economia. Um abranda- sistemas de flexisegurança para não mento é diferente de uma recessão. piorar a qualidade de vida das pesA procura e consumo mantêm-se soas. Mexendo nestas várias coisas elevados, há muito capital no merca- em simultâneo, não tenho dúvidas do, os lucros empresariais continuam que a produtividade aumentaria e as


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organizações estariam muito mais capacitadas. Com este pano de fundo, os líderes empresariais deverão preparar-se e ter uma estratégia, equilíbrio e talento, e que seja resiliente, para conduzir as organizações em tempos de maior incerteza e volatilidade. No próximo ano e meio a dois anos, deverá haver uma diminuição dos ganhos em todos os setores ao mesmo tempo. As organizações continuarão a tentar atrair o melhor talento para assegurar que têm o calibre certo de liderança e competências para lidar com uma economia mais turbulenta. Os líderes conhecem o negócio, a indústria e a cultura. São os ativos mais valiosos de uma organização e, impacto nas tendências de procura, com o input certo, conseguem asse- aquisição e retenção de talento exegurar que o negócio prospera num cutivo e as organizações mais ágeis do ponto de vista da utilização e ambiente comercial volátil. Com as diversas incertezas com implementação de executive search forte influência tanto nos mercados terão mais hipóteses de garantir as locais como nos mercados globais, melhores pessoas. os Recursos Humanos adequados A cada vez maior dificuldade em são sinónimo de desenvolvimento encontrar talento de qualidade tradas organizações, sejam privadas ou duz-se também num mercado cada públicas, pequenas, médias e gran- vez mais competitivo e com aumento des, todas elas a necessitar do melhor de salários em algumas indústrias e talento. O que faz a diferença nas setores, particularmente para as comorganizações são as pessoas, uma petências de nicho, como por exempessoa bem escolhida pode fazer toda plo as ligadas à tecnologia, setor que a diferença e está mais que com- continua a ter o maior potencial de provado que o executive search é o crescimento em todos os mercados. melhor método de fazer a correspondência entre as necessidades de pes- Management e liderança soas para a organização e o melhor A nível de management, em 2020, talento disponível no mercado. continuará a haver uma implemenHá uma variedade de fatores a tação de regulamentação para limitar afetar a procura e disponibilidade de o alcance da gestão e assegurar uma talento, sendo a desaceleração eco- supervisão efetiva das mais altas direnómica uma das de maior impacto. ções e administrações das organizaA escassez de talento tem também ções. Estas mudanças regulatórias consequências para a produtividade e acrescentaram estrutura às funções crescimento empresariais, obrigando de gestão de topo e no meio da cresa trabalhar no planeamento de forma cente omnipresença das redes sociais a conseguir o desenvolvimento de e uma pressão mais acentuada dos um negócio e a persecução de novas stakeholders, o papel e relevância das oportunidades. E conseguir novas lideranças aumentou. oportunidades exige liderança. Neste contexto, o leadership conA forma como a economia global sulting – o conjunto de ferramentas evolua continuará a ter um grande e métodos de intervenção sobre a

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liderança de uma organização e sobre as alavancas que permitem que essa liderança prospere, se desenvolva e adapte – terá um papel crescente. O leadership consulting ajuda a melhorar competências e equipas, habilitando as organizações a agarrar as oportunidades futuras, trabalhando de forma interligada, mobilizando parceiros e competências no sentido de dotar as organizações da agilidade necessária e trazer as melhores soluções para os desafios de negócio. Hoje, tudo é ágil. A economia move-se por ciclos cada vez mais curtos e intensos e também os ciclos de planeamento estratégico se encurtam. A velocidade com que é necessário colocar novos produtos e serviços no mercado é cada vez maior e a ligação a redes que extravasam o conceito de empresa essencial. As organizações precisam de talento e desenvolver novas competências, criar processos e novos modelos organizacionais, de forma a aumentar a produtividade e líderes que suportem e fomentem esta agilidade. Produtividade, talento e liderança serão, assim, as chaves da economia e do mercado de trabalho em 2020.  *Managing partner da Boyden Portugal E-mail: fernando.almeida@boyden.pt

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Foto Sandra Marina Guerreiro

EDP procura startups da sua área com parceiros mundiais

A EDP está à procura das startups mais promissoras na área da energia. Pelo quarto ano consecutivo, a

e létr ic a por tug ue s a associou-se a mais nove parceiros mundiais no programa Free Electrons, que vai decorrer em vários continentes entre março e novembro de 2020. A plataforma de inovação por tuguesa Beta-i apoia este programa. Ao todo, as 10 empresas energéticas procuram novas ideias para, sobretudo, áreas como a mobilidade e energia. Dentro destas áreas, serão avaliadas as startups que apresentarem um projeto-piloto nas áreas da mobilidade, energias limpas, redes inteligentes, digitalização e serviços de apoio ao cliente. No final, há um prémio de 200 mil dólares (181,5 mil euros) para o grande vencedor, que será conhecido em novembro

no Dubai, Emirados Árabes Unidos. Este prémio não obriga a ceder qualquer parte do capital às empresas energéticas. Além disso, haverá nove meses de atividades. As inscrições para o Free Electrons estão abertas até 31 de janeiro e poderão ser feitas através da página Freelectrons.org. Depois disso, serão selecionadas 30 startups para apresentarem as suas ideias num bootcamp que vai decorrer em março, em Singapura. Após esse evento, irão sobrar apenas 15 startups . Na fase seguinte, os projetos selecionados vão passar por três módulos: “primeiro, em Sidney, na Austrália, em junho; o segundo, em São Paulo, no Brasil, em setembro; e o terceiro e último módulo vai realizar-se no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos”, assinala a nota de imprensa divulgada pela EDP. Nas três edições anteriores, o Free Electrons recebeu um total de cerca de 500 candidaturas de startups de todos os continentes.

Garland Navegação integra o porto de Tilbury na sua rota do norte da Europa A X-Press Feeder Services vai passar a escalar o porto de Tilbury, na Inglaterra, ao agenciar um dos dois navios contentorizados, com capacidade para 740 TEU de capacidade efetiva, que terá a operar na rota NIX 1, que liga Portugal e Roterdão, na Holanda. Localizado no rio Tamisa, em Essex, o porto de Tilbury é a principal plataforma logística marítima de Londres e muito importante para todo o Reino Unido como porta de entrada para a importação de papel, bem como para outras mercadorias exportadas por Portugal.

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Passa agora a fazer parte da rota agenciada pela Garland Navegação, que representa a X-Press Feeder Services em Portugal. Para integrar o porto britânico no serviço NIX 1, o armador reformulou a rota que, com escalas semanais em Portugal, terá duas semanas de rotação. A primeira escala aconteceu em Roterdão entre 21 e 23 te a Roterdão. de novembro, de onde partiu em “Trata-se de um trabalho continuado, direção ao porto de Lisboa, onde de cada vez mais servir melhor os esteve a receber carga, entre 27 e nossos clientes, criando mais alter28. Seguiu-se Leixões, entre 29 e 30, nativas ao expetável Brexit”, adiantendo a 2 de dezembro passado por tou Carlos Ramos, o responsável da Tilbury para regressar no dia seguin- Garland Navegação por esta linha.


Breves Bankinter e Cosec assinam protocolo de distribuição de seguro de créditos

O Bankinter em Portugal e a Cosec – Companhia de Seguro de Créditos acabam de assinar um protocolo de distribuição de seguro de créditos nas redes comerciais do Bankinter. Com o apoio da seguradora líder em Portugal nos ramos de seguro de créditos e caução, o Bankinter reforça as soluções disponíveis para os seus

clientes através dos seguros de créditos da Cosec, que permitem às empresas a gestão do risco de crédito em condições mais seguras, cobrindo os prejuízos decorrentes do não pagamento das vendas a crédito de bens e serviços em Portugal e no estrangeiro. No ano em que celebra o seu 50º aniversário, a Cosec, liderada por Maria Celeste Hagatong (na foto, ao lado de Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal), reforça, mais uma vez, os seus parceiros de distribuição, através do acordo com o Bankinter Portugal, instituição bancária vocacionada para as empresas.

Novo Banco patrocinou o “21º Fórum Anual da Indústria Têxtil” O Novo Banco foi o patrocinador bancário exclusivo do maior simpósio do setor da indústria têxtil e vestuário (ITV), o Fórum da Indústria Têxtil, que decorreu no CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal), em Famalicão, no passado dia 4 de dezembro. O Fórum da Indústria Têxtil é organizado pela ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal desde 1996, e esta foi a sua 21.ª edição. Ao longo das diversas edições do evento, o foco tem incidido, sob diferentes motes, nas grandes questões do setor do têxtil e do vestuário, o que permitiu definir estratégias para a fileira, mantendo-as em constante atualização. A edição deste ano decorreu sob o

desígnio “ITV no horizonte 2025: Uma visão prospetiva”. Esta contante atualização de estratégias tem sido, a par da cooperação entre as empresas e diversas instituições do setor, um dos seus principais fatores de sucesso, criando vantagens competitivas e permitindo-lhe demarcar-se pela qualidade dos seus produtos, pelo design e inovação, assentes numa forte aposta na investigação e no desenvolvimento. O patrocínio do Novo Banco a este evento enquadra-se no âmbito do protocolo de parceria estabelecido com a ATP, para promoção do setor têxtil, e no apoio e acompanhamento que o banco mantém junto das empresas deste setor que constituem uma das mais antigas e inovadoras indústrias portuguesas.

ActivoBank lança seguro internacional flexível O ActivoBank acaba de disponibilizar o On/ Off, um seguro internacional flexível, pioneiro em Portugal, de valor fixo, que pode ser ativado ou desativado em qualquer momento, com apenas um toque. Este produto, disponível apenas através da app do banco, é formalizado com uma única subscrição, sem custos, gerando uma apólice com duração de três anos. Esta apólice fica à disposição do cliente, que pode ativá-la e desativá-la sempre que quiser. São cobrados apenas os dias em que o seguro está ativo. “Este sistema permite ao cliente total liberdade na gestão do seu seguro e torna possível uma ativação imediata, mesmo em cima da hora da viagem”, adianta uma informação do ActivoBank. Além da facilidade de ativação, o novo produto, desenvolvido em parceria com a Ocidental, distingue-se também pela abrangência das coberturas, que incluem bagagem e desportos de neve – âmbitos habitualmente considerados extras. Todas estas vantagens são extensíveis até mais seis pessoas, sem restrições de laços familiares, que podem ser adicionadas pelo segurado durante a viagem. “O On/ Off tem o custo diário de apenas 1,25 euros por pessoa, com um limite de 15 milhões de euros em coberturas e uma franquia de 75 euros por sinistro reportado”, adianta a mesma nota. Ibersol traz restaurantes Taco Bell para Portugal A cadeia de restaurantes Taco Bell vai chegar a Portugal pela mão do grupo Ibersol. Até ao fim do ano, dois restaurantes devem abrir. Os restaurantes de inspiração mexicana mas com um ambiente californiano Taco Bell vão chegar a Portugal. Com mais de sete mil restaurantes espalhados por todo o mundo, esta cadeia de restauração enquadra-se no mercado de restauração rápida e previa chegar a diversos pontos do país ainda em 2019. “Esta nova cadeia de restaurantes chega a Portugal integrada no grupo Ibersol e arrancará com dois restaurantes Taco Bell – no Norteshopping e no Almada Forum – os quais estão em fase de preparação para inauguração até ao final do ano”, de acordo com o comunicado avaçado pelo grupo. “A oferta da Taco Bell é inspirada na comida me-

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Breves xicana com ingredientes da máxima qualidade, que oferecem uma ampla variedade de sabores, aromas e texturas. Produtos sempre preparados ao momento e com uma original combinação de ingredientes frescos e saborosos. Na Taco Bell é possível experimentar produtos exclusivos como os Tacos, os Burritos, as Quesadillas ou o inovador Crunchywrap”. O grupo Ibersol é uma companhia multimarca, presente na Península Ibérica, mas também em países de língua portuguesa. Em Portugal, conta com marcas como a PizzaHut, a Burger King, a KFC e a Pans&Company. Norteamericanos são os que mais gastaram em alojamento em Portugal Os alunos e profissionais provenientes dos Estados Unidos são aqueles que mais dinheiro gastam no arrendamento em Portugal, através da Uniplaces. A plataforma de alojamento divulgou no mês passado os dados reco-

lhidos no período de quase um ano, entre 1 de janeiro e 4 de dezembro de 2019, concluindo que aquelas duas categorias gastam, em média, 676 euros no arrendamento de médio prazo.Seguem-se os estudantes oriundos do Reino Unido (586 euros), França (534 euros), Holanda (532 euros) e Alemanha (525 euros). Se não contabilizarmos o valor médio gasto no arrendamento, pertence aos alunos brasileiros a maior percentagem de arrendamento através da Uniplaces, com quase 26%. Seguem-se Espanha (8%), Itália (7,5%), França (5,8%) e Alemanha (5,8%). Mercado automóvel com 2,9% de queda em valores acumulados face ao período homólogo No mês de novembro, foram matriculados em Portugal 16.400 automóveis ligeiros de passageiros novos, ou seja, mais 5,8% do que no mês homólogo do ano anterior. Já nos 11 primeiros meses de 2019, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 206.073 unidades, o que se traduziu numa variação negativa de 2,9% relativamente a período homólogo de 2018, adianta a Acap-Associação do Comércio Automóvel de Portugal.

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Prémio Nacional de Turismo distingue nove casos de sucesso Os vencedores da “1ª edição do Prémio em Setúbal, foi distinguida na categoria Nacional de Turismo (PNT 2019)” foram de serviços turísticos. conhecidos num evento que decorreu O júri decidiu ainda reconhecer iniciano mês passado na Escola Superior de tivas e personalidades pelo seu imporHotelaria e Turismo do Estoril. A ceri- tante contributo para o setor do turismónia contou com a presença de Pedro mo: “The Presidential Train” ganhou o Barreto, administrador do BPI, bem prémio Projeto Inovador (Douro/Porto), como de Francisco Pedro Balsemão, a “Rota Estrada Nacional 2” foi distinCEO do grupo Impresa, que entrega- guida na categoria Projeto Público e o ram prémios aos vencedores. “Programa HOSPES”, da Associação de Na categoria de hotelaria foi distinguido Hotelaria de Portugal, venceu na cateo hotel alentejano “São Lourenço do goria Turismo Responsável. Barrocal”. A “Aldeia da Cuada”, na Ilhas Dionísio Pestana recebeu, por seu lado, das Flores, Açores, foi a vencedora da o Prémio Carreira, pelo seu contributo categoria Alojamento Local, na qual foi para o desenvolvimento do setor do ainda atribuída uma menção honrosa turismo em Portugal. ao “The Passenger Hostel”, no Porto. Pedro Barreto destacou a importância Na categoria de restauração, foi reco- de “ajudar todas as empresas e emprenhecido o restaurante A Cozinha, do sários que estão a começar e que estão chefe António Loureiro, de Guimarães, a fazer investimentos relevantes para e a empresa Vertigem Azul, localizada o país”.

Transição energética, energias renováveis e desafios do setor em debate O tema da “contribuição das renováveis para a transição energética é cada vez mais relevante e notado”, salientou o presidente da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, Pedro Amaral Jorge, na ressão de abertura da conferência anual desta entidade, dedicada ao tema “Da transição ao compromisso energético”. O evento, que teve lugar em Lisboa no passado dia 28 de novembro, contou com a participação de diversos especialistas nacionais e internacionais no setor da energia renovável, tendo a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, aproveitado para sensibilizar a audiência para o facto de que, apesar da eletricidade renovável ser um pilar chave para a descarbonização, toda a cadeia de valor do setor deverá ser assente numa base de economia circular, com um princípio de reutilização de materiais e matérias primas, minimizando ao máximo os impac-

tes ambientais associados à exploração de recursos naturais, à indústria de produção de equipamentos, à geração, ao transporte e à distribuição de eletricidade. Defendeu ainda que deve haver uma redução dos consumos de energia, uma vez que “a única energia verdadeiramente limpa é a que não consumimos”. O primeiro painel, moderado por Júlia Seixas, Professora da FCT Nova, e dedicado ao tema “cidadania na transição energética”, abordou as alterações climáticas e o papel da digitalização e da regulação na adoção de novos modelos de negócio, que facilitem o justo acesso do cidadão à transição energética. Destacaram-se os impactos do CO2 e de outros GEE no clima como “uma realidade inegável” que se reflete, por exemplo, na acidificação da água dos oceanos, aumento da frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos, incêndios e desflorestação.


Gestores

Abanca Innova aposta em três startups portuguesas Três startups portuguesas participaram no bootcamp presencial organizado no âmbito da terceira edição do “Programa para Startups Abanca Innova”. No total, 19 startups oriundas de Espanha, Portugal e Suíça, participaram nos dias 11 e 12 de dezembro neste evento, que teve lugar na Corunha, na sede do Abanca Innova. Durante esses dois dias, receberam palestras de especialistas em empreendedorismo e da equipa do Abanca, que os ajudaram a definir qual será a forma de colaborar com a entidade em busca da prova de conceito a desenvolver. Nestas jornadas de trabalho, empresários de renome, como Eduardo Martínez García, fundador e CEO da LUM, uma app que oferece ferramentas para mudar a forma de oferecer serviços ligados à banca comercial, e Lorenzo García Tamarit, CEO da TheLogicValue.com, empresa de software financeiro, deram sessões formativas aos participantes. Adicionalmente, Augusto Santos, CEO da Fintech Portugal, apresentou a sua visão sobre o ecossistema

das fintech em Espanha e Portugal. As startups selecionadas ficaram a conhecer a estratégia de inovação do banco, apresentada pelo diretor geral de IT, Informação, Processos e Operações, Jose Manuel Valiño, e pela diretora de Marketing, Susana Ortiz. Durante o bootcamp, as startups também tiveram a oportunidade de apresentar os seus projetos às diferentes áreas de negócio, tecnologia, investimento e inovação do banco, com o objetivo de demonstrar que a sua proposta de valor atende às necessidades da entidade e assim poderem passar à fase seguinte do programa. Mais de 30 mentores do Abanca também os ajudaram a identificar necessidades e focarem a sua proposta de valor para se adaptarem às necessidades do banco. Após essas duas sessões, o Abanca decidirá se devem ou não continuar com as provas de desenvolvimento de conceito e as propostas que continuarem passarão a ser desenvolvidas com a ajuda da equipa do Abanca Innova e da empresa HubIN.

Millennium Investment Banking eleito “Best Investment Bank em Portugal” O Millennium Investment Banking foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, Best Investment Bank em Portugal, pela Euromoney, revista internacional especializada em mercado de capitais. Esta distinção surge no contexto dos Euromoney Awards for Excellence 2019, que esta publicação promove anualmente em diversas categorias. O prémio atribuído ao Millennium bcp resulta de um estudo realizado pela “Euromoney”, com base na opinião

expressa em entrevistas a stakeholders e clientes, a nível nacional e internacional. A distinção abrange uma área de negócios do Millennium bcp que tem desenvolvido uma excelente metodologia de trabalho, cujo sucesso tem sido amplamente reconhecido. Na base da distinção da Euromoney estão o empenho e a capacidade do Millennium investment banking desenvolver soluções inovadoras e alinhadas com os objetivos e as necessidades dos clientes.

em Foco

Fernando Ulrich (na foto), presidente do conselho de administração do Banco BPI, foi distinguido pela editora Trust in News e pela revista “Exame” com o “Prémio Excelência na Liderança 2019”. Dois anos após assumir a presidência do CA do Banco BPI, Fernando Ulrich viu distinguido o seu percurso profissional de mais de 36 anos no projeto BPI. Em abril de 2004, e já com o cargo de vice-presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich tornou-se presidente executivo da entidade, cargo que ocupou até abril de 2017. Julia González (na foto) foi nomeada diretora das feiras de moda, beleza e estilo de vida organizadas pela Ifema, onde se destacam a Momad, a Shoes Room, ou a 1001Bodas. Julia González conta com uma larga experiência profissional no mundo das tendências de moda, beleza e estilo de vida. é licenciada em Publicidade e Relações Públicas, pela Universidade Complutense de Madrid, estando ligada ao Ifema há mais de 25 anos. A Boyden Portugal nomeou João Guedes Vaz (na foto) como novo partner de Leadership Consulting. A multinacional, que se afirma “líder de mercado em executive search , alarga assim a sua oferta para a área de leadership consulting e conta com João Guedes Vaz para liderar esta área que fornece às organizações ferramentas, técnicas e orientação para navegar os fatores que têm impacto no potencial do líder para o sucesso. João Guedes Vaz, licenciado em Engenharia de Sistemas, tem 22 anos de experiência profissional, tendo trabalhado em diversas multinacionais de consultoria de gestão e tendo sido ainda administrador executivo de uma empresa de engenharia.

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Breves Fidelity compra el 7,76% de Zegona, accionista mayoritario de Euskaltel Fidelity Management & Research (FMR) ha entrado en el Zegona, accionista mayoritario de Euskaltel del que posee más del 20%, con una participación de casi un 8%, tal y como informa la compañía a la FSA, la CNMV británica. Eamonn O’Hare, presidente y director General de Zegona se ha mostrado “encantado con la decisión de Fidelity de formar parte de la compañía en este momento”. FMR se convierte en el sexto accionista de la compañía por detrás de Marwyn Asset Managament que tiene un 18,95%; Artemis Investment Management, con el 16,31%: Canaccord Investment Management, que ostenta el 9,48%; Fidelity Investments Limited (FIL), que tiene un 8,86% y Capital Research & Management Company, con un 7,99%. Zegona se fundó en 2015 con el objetivo de invertir en empresas del sector europeo de las telecomunicaciones, los medios de comunicación y la tecnología y mejorar su rendimiento para ofrecer un rendimiento atractivo a los accionistas. Mahou crece un 10% fuera de España y llega a ocho nuevos países Mahou San Miguel potencia su presencia fuera de España. “El negocio del grupo en el exterior supuso el 13% del total en 2018 en volumen y esperamos que este año supere el 15%, ya que estamos creciendo por encima del 10% en lo que va de año”, ha afirmado Erik d’Auchamp, su director de la unidad de negocio internacional. La evolución, en base a sus resultados del pasado ejercicio, situará la facturación de la empresa fuera de España en torno a los 200 millones de euros y el objetivo es que el peso siga aumentando, hasta representar el 20% de las ventas en 2020. Mahou San Miguel exporta el 70% de la cerveza que se produce en España y se vende en otros países.No obstante, el grupo está abordando diferentes estrategias para potenciar su actividad fuera del país.En Europa, donde concentra el 88% de las ventas internacionales, su plan está siendo potenciar sus marcas, sobre todo San Miguel, de la mano de un socio local y atacar los segmentos más premium del mercado.

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Renfe lanza su AVE low cost

Renfe, operadora pública adscrita al Ministerio de Fomento, pondrá en circulación su AVE low cost el próximo 6 de abril, bautizado como AVLO, que permitirá comprar billetes para viajar entre Madrid y Barcelona por un precio mínimo de 10 euros y de cinco euros para los niños menores de 14 años. El importe de los billetes del nuevo servicio oscilará entre los 10 y los 60 euros en función de la demanda

que en cada m o m e n to tenga cada plaza. La compañía ferroviaria pública comenzará a explotar el AVLO con una oferta comercial de dos frecuencias diarias por sentido, si bien prevé ir ampliando sus circulaciones hasta sumar cinco a finales de 2020, precisamente para cuando está fijada la liberalización del transporte en tren y la entrada de competidores. Los nuevos operadores que entrarán en el ferrocarril el próximo año, Société Nationale des Chemins de Fer Français (SNCF) y Trenitalia, ya han avanzado su intención de hacerlo con trenes a precios asequibles.

Mercadona lidera la distribución en España Mercadona refuerza su liderazgo al frente de la distribución española, tras alcanzar el 26,1% del mercado, lo que supone ganar 0,8 puntos más de cuota, ante el crecimiento de Lidl que amenaza la tercera plaza de Dia, que sigue perdiendo cuota de mercado entre agosto y octubre de 2019, según los últimos datos presentados por la consultora líder en paneles de consumo Kantar. La firma presidida por Juan Roig, que sigue impulsando su presencia en España y crece en Por tugal, iguala con esta cuota su má ximo registrado en el mercado español. Carrefour se hace con el 8,6% del mercado tras ganar 0,3

puntos de cuota respecto al año anterior, impulsado por los importantes crecimientos en la sección de frescos, clave para generar más visitas a las tiendas. Por su par te, el grupo Dia sigue perdiendo cuota de mercado en España tras ceder en este trimestre 1,4 puntos, que le sitúa con el 6,1% del mercado, lo que marca su par ticipación más baja desde su separación de Carrefour.


Breves Santander crea una plataforma de financiación alternativa para pymes

Santander potencia la financiación alternativa para empresas, un negocio de alta rentabilidad que en España están copando actualmente los fondos internacionales. El banco ha llegado a un acuerdo para la creación de Tresmares Capital, una plataforma que ofrecerá a las pymes fórmulas de financiación no tradicionales, como la deuda privada o la toma de participaciones en el capital. Tresmares operará de forma independiente al banco, aunque se ajustará a

un marco de riesgos establecido por Santander. La gestión estará a cargo de un equipo especializado liderado por Borja Pérez Arauna y Borja Oyarzábal. Se incorporan al proyecto procedentes de Qualitas Equity, entidad que tradicionalmente ha estado vinculada al family office de la familia Polanco (Grupo Timón). Santander aportará a Tresmares hasta 900 millones de euros para un fondo de deuda privada. Además, desembolsará otros 70 millones para participar con un 40% en un fondo de capital riesgo de 175 millones. La participación restante del 60% ya está comprometida y será aportada por family office, inversores privados y el equipo gestor de Tresmares.

Enagás invierte 750 millones en la estadounidense Tallgrass y eleva su participación hasta el 30% Enagás invertirá 750 millones de euros en reforzar su presencia en la estadounidense Tallgrass Energy, con lo que elevará su participación indirecta del 12,6% actual a aproximadamente el 30%. Tras el cierre de la operación, previsto en 2020, Tallgrass será excluida de cotización de la bolsa de valores de Nueva York, según ha informado la compañía española a la Comisión Nacional de Mercado de Valores (CNMV) La compra queda condicionado a la aprobación por la junta general de accionistas de Tallgrass, determinadas autorizaciones regulatorias estadounidenses y otras condiciones habituales para este tipo de transacciones. En concreto, Enagás, a

través de determinadas filiales en las que participa junto con Blackstone Infrastructure Partners, GIC, NPS y USS y otros accionistas minoritarios, han suscrito con Tallgrass Energy, entre otros documentos, un contrato de fusión, mediante el cual adquirirán las acciones de la clase A de Tallgrass de las que todavía no son propietarios.

Repsol lanza Solify, su apuesta por el autoconsumo de energía renovable La petrolera que preside Antonio Brufau invita a particulares y a empresas a sacar el máximo partido a cada hora de sol con la nueva herramienta que bautiza como Solify. Repsol refuerza su estrategia como proveedor multienergía con esta herramienta que define como “rentable” ya que “a los ahorros inherentes al autoconsumo, suma una remuneración de 5 céntimos de euro/kWh por la energía solar que el propietario produzca y no consuma, a lo que se añaden, en el caso de clientes particulares, 5 euros al mes durante un año en la app para el pago con teléfono móvil Waylet”. Solify es un producto “llave en mano” que incluye desde la gestión de licencias y trámites de legalización de la instalación, hasta el montaje de los paneles con los máximos estándares de calidad y seguridad, así como la monitorización remota de la instalación para asegurarse de que siempre estén en perfecto estado. Amazon creó 2.200 puestos de trabajo el año pasado El gigante del comercio electrónico creó en 2019 un total de 2.200 nuevos puestos de trabajo, elevando el número de empleados fijos en el país a un total de siete mil. Las nuevas contrataciones incluyen diferentes perfiles, desde profesionales para operaciones en sus centros logísticos a ingenieros de software, científicos de datos y aprendizaje automático o expertos en la nube para Amazon Web Services, la unidad de negocio cloud de la compañía, que el pasado 31 de octubre anunció que abrirá en España tres centros de datos para potenciar sus servicios de computación en la nube. Estos centros, que se situarán en la comunidad autónoma de Aragón, estarán operativos a finales de 2022 o principios de 2023 y se prevé que generen 1.500 empleos directos en un plazo de diez años. En el 2018 cerró con 3.200 nuevas contrataciones fijas en España, lo que supuso triplicar su plantilla y alcanzar los 4.800 empleos fijos.

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AntĂłnio Saraiva Presidente da CIP

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“A produtividade será o desafio central para a generalidade das empresas portuguesas em 2020” O “desafio da produtividade” ou o “desafio ambiental e da exploração racional dos recursos” são algumas das preocupações que devem nortear a atuação das empresas portuguesas, os próximos tempos. Mas além das exigências crescentes na atividade empresarial, também a conjuntura macroeconómica apresenta relevantes riscos e constrangimentos, que podem afetar a estabilidade das PME e mesmo grandes empresas nacionais, alerta a CIP. O Brexit, a concretizar-se, deverá ter um forte impacto, em especial para os setores dos produtos informáticos e automóvel, antecipa António Saraiva.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

uais os desafios para as empresas em 2020?

Para 2020, as perspetivas externas estão longe de ser animadoras: num contexto em que as elevadas incertezas relacionadas com as tensões comerciais e com o Brexit não diminuíram, a Comissão Europeia reviu recentemente em baixa as suas projeções económicas. A modesta recuperação esperada para o próximo ano deu lugar, agora, à afirmação de que a economia europeia entrou num período prolongado de crescimento reduzido e baixa inf lação. No plano interno, as empresas

enfrentam o problema crescente da escassez de recursos humanos qualificados e um enquadramento pouco propício ao investimento e à competitividade, seja ao nível da fiscalidade, seja nas dificuldades de acesso ao financiamento, seja, ainda, ao nível de um ambiente de negócios onde os custos de contexto continuam a ter um peso excessivo. É neste enquadramento interno e externo adverso que as empresas enfrentarão os grandes desafios de fundo que se lhes colocam: o desafio da transformação digital e tecnológica, que exige mais investimento e profissionais quali-

ficados; o desafio dos mercados globais, sujeitos às ameaças da onda de protecionismo que hoje vivemos, mas onde as empresas se habituaram a explorar oportunidades para crescer; o desafio do endividamento, ainda muito elevado, onde encontramos um forte constrangimento ao investimento; o desafio ambiental e da exploração racional dos recursos, para o qual a sociedade está cada vez mais desperta; e ainda o desafio da demografia, cujas tendências terão um impacto profundo na economia e no mercado de trabalho. Todos estes desafios estão projaneiro de 2020

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grande entrevista gran entrevista culo: tivemos, na indústria, setores em que o valor acrescentado bruto aumentou a dois dígitos, como a indústria farmacêutica, ou o setor automóvel. Tivémos um aumento de mais de 15% do investimento na indústria e de mais de 24% no alojamento e restauração. Significativamente, são também os setores produtores de bens e serviços transacionáveis que, presentemente, sentem maiores pressões. O valor acrescentado bruto da indústria, que há dois anos estava a crescer 6.5%, diminuíu 1,2% no terceiro trimestre deste ano. Que estímulos defendem ao nível da diminuição do peso fiscal sobre as empresas?

No domínio da fiscalidade, a prioridade vai para o estímulo ao investimento, e, em especial, à

“O valor acrescentado bruto da indústria, que há dois anos estava a crescer 6.5%, diminuiu 1,2% no terceiro trimestre deste ano [2019]” fundamente relacionados com a produtividade, seja oferecendo oportunidades que, se corretamente exploradas, potenciarão a sua evolução, seja como condição para que sejam ultrapassados com sucesso. Destacaria, pois, a produtividade como o desafio central para a generalidade das empresas portuguesas em 2020. Quais os setores mais dinâmicos e, por outro lado, os que estão a sofrer 16 ACT UALIDAD€

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maiores quedas/ impacto competitivo?

Os setores que mostraram mais dinamismo e lideram a forte recuperação da economia portuguesa foram, de uma maneira geral, os setores produtores de bens e serviços transacionáveis, onde se destacam a indústria transformadora e o turismo, setores que reforçaram significativamente o seu peso na economia. Vejam-se os resultados alcançados em 2017, ano em que a economia mais cresceu neste sé-

capacidade de autofinanciamento do mesmo. Para tal, uma medida eficaz seria aprofundar o regime de Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos. Temos uma proposta muito concreta, que passa por aumentar a possibilidade de dedução à coleta para 50% dos lucros retidos que sejam reinvestidos em aplicações relevantes, eliminando também o limite máximo absoluto do investimento; alargar este regime a todas as empresas, até 50% da coleta de IRC.


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Propomos a correção dos aspetos mais gravosos da tributação sobre as empresas, nomeadamente as tributações autónomas. Outra proposta que apresentámos é a do aumento de 15 mil para 50 mil euros do limite de matéria coletável para efeitos de aplicação às PME da taxa reduzida, em sede de IRC. Continuamos a insistir na retoma do compromisso da redução da taxa de IRC e da eliminação progressiva das derramas. A revisão do salário mínimo contribui para estimular a economia, através do consumo (portugueses passaram a revelar maior otimismo relativamente à economia)?

Não nego que o aumento do salário mínimo tenha um efeito de estímulo ao consumo privado. Certamente que tem. No entanto, uma estratégia económica centrada no

“[No domínio da fiscalidade] outra proposta que apresentámos é a do aumento de 15 mil para 50 mil euros do limite de matéria coletável para efeitos de aplicação às PME da taxa reduzida, em sede de IRC” estímulo ao consumo esquecendo a competitividade das empresas, está, à partida, condenada ao insucesso. Terá como inevitável consequência o retorno a desequilíbrios insustentáveis, que voltarão a travar o crescimento. Para muitas empresas o aumento

do salário mínimo não será uma questão relevante. Mas para outras, aumentos excessivos podem pôr em causa a sua sobrevivência. É o caso de empresas que enfrentam a concorrência externa com margens reduzidas, sem possibilidade de repercutir o aumento dos custos nos preços, e onde o peso dos gastos com pessoal é significativo. Por isso, defendo a definição, em sede de concertação social, de critérios económicos objetivos e quantificáveis que deverão estar na base da evolução do salário mínimo nacional em cada ano. A maioria das empresas diz que vai aumentar os salários. O Governo diz que aumentos no privado podem rondar os 2,7%, muito acima da inflação... Isso é viável para as empresas?

O objetivo pretendido pelo Governo é o da fixação de um referencial JANEIRO DE 2020

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para a atualização dos salários convencionais acima da evolução esperada da produtividade e inflação. A posição da CIP é a de que a evolução salarial é, e deverá permanecer, matéria para a contratação coletiva, a negociar entre associações empresariais e sindicatos, setor a setor. Cada caso é um caso, com situações de partida, constrangimentos e potencialidades diferentes. Se, nuns casos, o repto do Governo pode fazer sentido, noutros, poderá fazer perigar a sustentabilidade económica dos setores em causa. Na concertação social, procuraremos chegar aos consensos necessários para criar um enquadramento mais favorável para as empresas gerarem mais rendimentos e distribuírem melhores salários, com mais produtividade. Como antecipa a evolução da economia em 2020?

As perspetivas para 2020 estão 18 ACT UALIDAD€

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Carreira dedicada à indústria A presidir aos destinos da CIP-Confederação Empresarial de Portugal desde 2011, António Manuel Frade Saraiva é uma figura sobejamente conhecida e associada às estruturas de associativismo empresarial. Anteriormente, foi presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, de janeiro de 2010 a janeiro de 2011, uma das entidades empresariais que deu lugar em 2011, à atual Confederação Empresarial de Portugal. A maior confederação empresarial em Portugal tem uma forte base de representação, com um universo de mais de 114 mil empresas, que empregam mais de 1,5 milhões de pessoas e geram um volume de negócios da ordem dos 105.208 milhões de euros.

Nesta qualidade, defendendo os interesses e propostas dos empresários junto das instâncias económicas, políticas e sociais, um dos protagonistas das negociações ao nível da concertação social em Portugal. Depois de uma longa carreira no setor industrial, liderou empresas como a Metalúrgica Luso-Italiana, a qual entretanto adquiriu ao grupo Mello. Além desta empresa, preside ao conselho de administração de outras empresas, como a Compta e o Taguspark, e assume outras funções em órgãos sociais de entidades como a Sofid-Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento e a Atec. É também presidente do Observatório para a Economia do Mar.


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aquém das nossas ambições. É certo que a resiliência das empresas portuguesas permitiu manter inalterada, ao longo dos últimos trimestres, uma curta vantagem relativamente ao crescimento médio da União Europeia. Noto, em algumas análises, sinais de contentamento com os resultados alcançados, que mostrariam que Portugal está a aguentar bem o impacto negativo de uma conjuntura externa mais desfavorável. Não me revejo nesta atitude de complacência. Se as perspetivas são desfavoráveis, é altura de as contrariar. É certo que, conjugando as previsões para a produção e o emprego, podemos esperar alguma recuperação da produtividade das empresas. Temo, contudo, que, sem uma política económica mais favorável, essa recuperação não seja suficiente para inverter a atual tendência de abrandamento económico. Sem uma reorientação efetiva da política económica, tenho dúvidas que mesmo a pouco ambiciosa meta de crescimento de 2,0% traçada pelo Governo possa ser alcançada. É preciso apostar verdadeiramente nas empresas. Veremos o que nos traz a proposta de Orçamento do Estado para 2020 em domínios fundamentais, como a fiscalidade e a capitalização e financiamento das empresas. Qual o impacto que o brexit terá – caso se confirme – para Portugal e para a indústria e serviços, em particular (e quais os setores mais afetados)?

O impacto do Brexit dependerá, em primeiro lugar, de se confirmar o acordo de saída alcançado com a União Europeia. Em segundo lugar, dependerá do tipo de relacionamento futuro que vier a ser estabelecido. Se se confirmar, como espero, uma saída ordenada, com acordo de saída, as empresas disporão de um período em que se poderão

preparar, durante o qual não sentirão, na prática, os efeitos do Brexit. Em 2020, o impacto não seria significativo. A médio-longo prazo, segundo as conclusões do estudo promovido pela CIP, a alteração do quadro de relacionamento entre o Reino Unido e a União Europeia encerra um risco forte, que pode resultar em reduções potenciais das exportações portuguesas de bens e serviços para o Reino Unido entre 15% e 26%, dependendo do tipo de relacionamento comercial

“[Ao longo de 2019], tem-se verificado uma forte volatilidade nas exportações para Espanha (...) Os resultados dos últimos dois meses já foram mais positivos, com um aumento de perto de 5%, em termos homólogos, em outubro“ que vier a ser estabelecido. Grosso modo, o impacto negativo do Brexit na economia elevar-se-ia, assim, a valores entre 0,5% e 1% do PIB. Um impacto que deve ser mitigado, preservando, tanto quanto possível, a intensidade do nosso relacionamento com o mercado britânico, explorando as oportunidades que este processo também encerra, diversificando, ao mesmo tempo, as nossas exportações. Tudo isto através de estratégias que tenham em conta a especificidades de cada setor e de cada região, o que requer um esforço acrescido na articulação

eficaz das entidades públicas com as associações empresariais. De acordo com o estudo da CIP, os setores com maior grau de risco associado ao Brexit seriam os produtos informáticos e eletrónicos, o equipamento elétrico e o setor automóvel. Confrontando a análise dos riscos com as oportunidades é interessante verificar que, para alguns setores que enfrentam níveis de risco elevado existem, no entanto, oportunidades que podem permitir compensar os referidos níveis de risco. Está nesta situação, por exemplo, o setor automóvel, ou, entre os que enfrentam um risco médio/ alto, o setor farmacêutico e a indústria alimentar. As exportações para Espanha estão com uma maior volatilidade. Como encara esta evolução para 2020?

De facto, ao longo deste ano, tem-se verificado uma forte volatilidade nas exportações para Espanha e, em termos globais e acumulados, o crescimento está longe de corresponder ao potencial que as nossas economias encerram. Esta evolução foi muito inf luenciada pelo comportamento das exportações de combustíveis, eletricidade e produtos da indústria extrativa (minérios metálicos), onde se registaram quedas significativas. Os resultados dos últimos dois meses já foram mais positivos, com um aumento de perto de 5%, em termos homólogos, em outubro. Temos observado acréscimos muito importantes num conjunto diversificado de setores como a indústria automóvel, máquinas e equipamentos, produtos informáticos e eletrónicos, bebidas, produtos farmacêuticos. Espero que seja o prenúncio de um forte dinamismo do comércio bilateral entre Portugal e Espanha em 2020.  JANEIRO DE 2020

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Finance Academy, el primer Preparador Oficial Autorizado en la Península Ibérica por CFA Institute Finance Academy apuesta por el mentoring para acompañar a sus alumnos en esta exigente prueba, el CFA, considerada el patrón de oro del mundo de la inversión. Es es título más completo y reconocido en todo el mundo del campo de finanzas y en toda la Península Ibérica hay menos de 1.000 personas acreditadas.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

a designación CFA fue creada por CFA Institute en 1963 y a día de hoy es la más prestigiosa a nivel internacional en el mundo de la inversión profesional. Una formación idéntica en cualquier parte del mundo que ofrece un conocimiento íntegro y práctico en gestión de carteras y análisis de inversiones. Conseguir esta certificación supone superar tres pruebas, todas ellas muy exigentes. En España lo han conseguido alrededor de unas 800 personas, y casi 160 en Portugal, de un total de más de 160 mil profesionales CFA que hay en todo el mundo. Quien lo consigue pasa

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a formar parte de un grupo de expertos altamente cualificado por su versatilidad y profundo conocimiento de los mercados, que terminan trabajando sobre todo en gestoras de fondos, banca de inversión, empresas de consultoría y otras organizaciones no financieras e incluso instituciones públicas. Finance Academy (FA) es el primer Preparador Oficial Autorizado en la Península Ibérica por CFA Institute. Lo que les distingue del resto de preparadores es que las explicaciones que imparten a sus alumnos son en español. “Todo el material es en inglés, tal y como los exámenes, pero creemos que si se

desmenuza el temario en la lengua materna de los alumnos lo van a comprender mejor”, explica Marta Calvário, socia & CEO de Finance Academy. Esta academia surgió como idea de Miguel Fresneda, empresario y profesor universitario, quien lanzó hace más de diez años en la Universidad de Barcelona el Máster de Mercado Financieros. Más tarde, juntó su lado empresarial a su pasión por la docencia para poder llevar esta formación a toda España y al resto del mundo. Le acompañan en este proyecto tres socios con la acreditación CFA: Marta Calvário, Javier Borrachero y Jorge Martret.


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Esta academia ha formado en Madrid grupos restrictos de alumnos. “Tenemos una filosofía de mentores”, apunta la responsable. Recuerda que esta certificación es igual en todo el mundo , la más completa y la que cuenta con más prestigio. “Según los datos existentes, es con la que más progresas en tu carrera y donde más ganas”, matiza. Tradicionalmente el perfil de estos alumnos era el de personas relacionadas con el mercado financiero pero ahora también hay ingenieros y auditores. “El programa permite que incluso personas que parten de cero puedan llegar al nivel. Además tenemos alumnos tanto de 23 como de 50 años”, explica Marta Calvário (en la foto). Para pasar el CFA se recomiendan alrededor de 300 horas de estudio. Con CFA “damos un repaso de 120 horas pero los alumnos tienen que poner de su parte”. El objetivo de los cursos presenciales es maximizar las probabilidades de aprobar el examen en el primer intento. En todo caso, la filosofía de FA es estar con el candidato “hasta que apruebe”. El precio del curso es de 2.400 euros y existe también un curso

online . Marta, que pasó los tres niveles preparándose por su cuenta, sabe lo duro que es la prueba y el temario. Por eso cree que con los cursos de FA “no tienes la sensación de soledad” que caracteriza a este tipo de pruebas. Desde que se puso en marcha han preparado a alumnos para el primer nivel, van a lanzar en breve el segundo y en un futuro el tercero. Desde FA están también muy involucrados en la cultura financiera, “necesaria en muchos aspectos de la vida” por lo que van a ir abriendo el negocio a otras acreditaciones y otros dominios de la educación financiera.

Mercado portugués

Desde su inicio el proyecto tiene vocación internacional y los socios esperan, a muy corto plazo, poder dar el salto a Latinoamérica ya que acaban de lanzar su plataforma de preparación online . Pero donde ya han comenzado a trabajar y a formar a nuevos candidatos es en Portugal, país natal de Marta Calvário. La primera edición del curso tuvo lugar en la Católica Porto Business School “y ya estamos trabajando en futuras ediciones”. En Lisboa, por ejemplo, han llegado a acuerdos con algunas empresas para dar a conocer el Programa CFA y esperan poder trabajar en conjunto con otras entidades interesadas en promocionar el Programa CFA en Portugal.  JANEIRO DE 2020

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AEGVE analiza las tendencias en gestión de viajes en Lisboa La Asociación Española de Gestores de Viajes de Empresa (AEGVE) organizó en el hotel NH Collection de Lisboa una jornada sobre tendencias en la gestión de los viajes. Un encuentro sobre innovación en el que se analizaron algunas de las tendencias más novedosas sobre gestión de viajes. Texto Olga Hernández olga@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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as tendencias sobre innovación en la gestión de viajes fue el tema a tratar durante la jornada de formación que la Asociación Española de Gestores de Viajes de Empresa (AEGVE) organizó el mes pasado, en el hotel NH Collection de Lisboa. Todos los ponentes con los que contó el evento transmitieron a los allí presentes cómo el sector está en continua evolución por causa de las nuevas tecnologías. La jornada comenzó con una sesión de networking entre todos los asistentes, y a continuación, tuvieron lugar las diversas ponencias en las que se compartieron experiencias, cambios del sector y su impacto. Vanda de Menezes, Regional Sales Manager de NH Hotels, fue la encargada de recibir a todos los

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profesionales del sector que acudieron al evento. Seguidamente, Alfonso Roig, de Stay Relevant, expuso su punto de vista sobre la innovación, la tecnología y su aplicación en el desarrollo personal. Frédéric Frère, leader de Travelstore Group, habló de las últimas novedades en innovación en el mercado del Business Travel; Joao Carvalho, head de SAP Concur, comentó cómo gestionar de manera innovadora y tecnológica los gastos de viajes corporativos; José Cánovas, CEO y fundador de Taksee, planteó de manera práctica cuáles son las tendencias de movilidad en el mercado corporativo; y Manuela Barber, country manager de Iberia para Portugal, ofreció algunas tendencias del sector aéreo en el mercado portugués.

Nuevas maneras de pago en la gestión de los viajes

Por otro lado, Carlos Martín, de American Express Global Commercial Services, habló de cómo se puede gestionar el medio de pago de una manera innovadora para hacer directos, controlados e invisibles los pagos a los hoteles. Y por último, Sandra Félix, travel manager de Robert Bosch, empresa referente en el uso de las tecnologías más novedosas en sus productos, habló sobre la transformación que estaba sufriendo el sector de los viajes a través de las nuevas herramientas que estaban surgiendo para gestionarlos. La sesión fue moderada y dirigida por el presidente de AEGVE y travel manager de Cepsa, Antonio Perea. 


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Winche, uma aliada dos comerciantes para vender melhor Especialistas em outsourcing comercial e em gestão e otimização de pontos de venda, os consultores da Winche Redes Comerciais chegaram a Portugal em 2016, iniciando assim a sua internacionalização. A empresa espanhola acredita que o mercado português poderá valer um quarto do seu volume de negócios e prevê aumentar a faturação de 2019 face à do exercício anterior.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

upermercados, farmácias, pontos de venda”. O gestor acres- mo”, o que “permite decidir e quiosques, hotéis, res- centa que a Winche “disponibi- reorientar a estratégia para obter taurantes, bares, lojas de liza diferentes tipos de soluções os melhores resultados”. brinquedos, perfumarias, para diferentes canais de vendas, Nas lojas, especifica Javier drogarias, lojas conve- faz auditorias e consultorias de Scherk, “a Winche gere e negoceia niência, lojas de ferragens ou lojas marca para analisar o processo de as melhores posições de produtos, de eletrónica, entre outras, podem negócios da empresa e descobrir segundas exposições, campanhas ter em comum a Winche Redes em que situação se encontra e específicas, etc. para cada refeComerciais. A consultora catalã determinar quais são as melhores rência de produto”. Os serviços trabalha com todos estes tipos soluções para otimizar a sua rede da Winche passam também por de lojas em Espanha e, desde comercial”. A consultora “também tratar “de todos os aspetos rela2016, em Portugal. Como explica recolhe dados em tempo real num cionados com a visibilidade do Javier Scherk, CEO da Winche, a grande número e variedade de produto, como displays, stoppers , empresa é “líder em Espanha em pontos de venda, que dão uma etc”. Tudo isto pode ser feito outsourcing comercial e gestão de ‘radiografia’ detalhada do consu- em diferentes canais de vendas,

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do grande consumo ao pequeno comércio. A Winche está também em Portugal, desde 2016, tirando partido da “proximidade cultural” com Espanha, onde a empresa foi criada em 2002. “O nosso objetivo sempre foi expandir a empresa e Portugal foi resultado do crescimento natural do negócio”, comenta o CEO, assinalando que “o balanço é muito positivo, já que permitiu internacionalizar a empresa, adquirir experiência multinacional, descobrir novas soluções e possibilidades e, logicamente, aumenta a faturação. A nível ibérico, a Winche Redes Comerciales, prevê terminar o ano com um crescimento entre os 10% e os 12%, alcançando uma faturação próxima dos 30 milhões de euros. Em 2018, a empresa atingiu os 26 milhões em Espanha e 1,5 milhões em Portugal. Portugal “representa 5% do volume de negócios, o que já é interessante e esperamos aumentar até 25% a faturação de 2019”, estima Javier Scherk. O CEO considera que os mercados português e espanhol não são muito diferentes: “A cultura de consumo nos dois países é bastante semelhante, de modo que algumas ações que desenvolvemos em Espanha também estão a ser testadas em Portugal e estão a correr bem. Por isso, estamos preparados para maximizar o seu impacto e aumentar exponencialmente os resultados para os nossos clientes. Por exemplo, todos os anos ativamos o ‘plano de verão’, que envolve diferentes ações para garantir o fornecimento de produtos do interesse dos turistas na costa da Espanha, como bebidas ou cremes solares, em populações que às vezes triplicam o número de habitantes. Estamos a aplicar em Portugal algo parecido e acho que no próximo verão daremos o impulso final a este projeto, no

Algarve, por exemplo. As diferen- Perfil do funcionário Winche ças não são tão grandes quanto Um dos maiores desafios, nos esperávamos. Mas, ainda assim, dois mercados, diz respeito aos existem as peculiaridades de cada recursos humanos, informa Javier país e de cada mercado. Por isso, Scherk: “O nosso trabalho comerem Portugal, temos uma equipa cial tem muitas características que, autóctone, que nos dá confiança embora possam ser apreendidas, é para ter sucesso em cada deci- difícil para estarem naturalmente são, graças ao seu conhecimen- aglutinadas. Há que saber negoto do mercado. As oportunidades ciar, dominar os números, ter a são diferentes de acordo com o capacidade de trabalhar e força momento económico e social, mas de vontade, bem como capacidade temos um plano que pode ser dialética, ser empático, honesto e, adaptado, se necessário, e esta- acima de tudo, humilde. Essas são mos a aplicá-lo bem. Portugal, por as principais características que um trabalhador da Winche deve ter. Por isso, procuramos constantemente, tanto em Espanha como “Na Winche Espanha, em Portugal, novos perfis que, com esforço e dedicação, ou de maneira no ano passado, criáinata, possuam essas capacidades mos um novo posto para disponibilizar um excelente serviço. E não é difícil: na Winche de trabalho por dia. Espanha, no ano passado, criámos Imagine-se o que um novo posto de trabalho por dia. Imagine-se o que podemos fazer podemos fazer em em Portugal com o caminho que Portugal com o camin- ainda temos que construir!” A estratégia de crescimento da ho que ainda temos empresa passa por “aumentar a que construir” diversificação de clientes e entrar em novas frentes”, como foi o caso da recente experiência no exemplo, teve alguns anos de crise setor automóvel, conta o CEO de consumo com a recessão ante- da Winche, acrescentando que rior, mas agora está a recuperar e estão a explorar outros caminhos. é um país e mercado que está na Outra possibilidade é a aquisimoda. Nesse sentido, o turismo, ção de pequenos operadores locais principalmente o espanhol, regres- com faturações na ordem dos sou em massa e isso representa dois milhões de euros. “Estamos muitas oportunidades, porque é a mapear operadores tanto em um tipo de cliente que conhece- Barcelona como Madrid, analisanmos muito bem.” do carteira de clientes, mas tamEm Espanha, sucede algo seme- bém as equipas de vendas, os prinlhante, indica: “Além de identi- cipais ativos neste tipo de negócio”, ficarmos muito bem os hábitos assinala o gestor. de consumo espanhóis, também Quanto a Portugal, há um longo sabemos o que os estrangeiros caminho a percorrer, frisa Javier que visitam o nosso país desejam. Scherk: “A experiência de Espanha Portanto, ativamos cada vez mais e da própria equipa portuguecampanhas muito específicas para sa permite-nos avançar a passos fornecer uma resposta personaliza- gigantes. Nesse sentido, a nossa da a cada empresa e produto.” ideia é aumentar o volume de traJANEIRO DE 2020

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balho com os clientes com quem começámos, consolidar determinadas posições estratégicas que lançámos recentemente e, é claro, conquistar novos clientes que confiem em nós, nem que seja uma vez. É essa a nossa grande oportunidade, porque todas as marcas que nos testam repetem.” Os

os países do Oriente, mas a sua cultura comercial não se encaixa muito com a nossa. Por isso, investigámos a Itália e o sul da França, onde tínhamos possibilidades muito interessantes. Estávamos prestes a fechar o negócio com uma empresa local, mas após um processo longo e caro, descartámos a integração. Portugal foi o passo mais natural e agora estamos a observar a América do Sul. Neste momento, a Península Ibérica ainda é o nosso principal negócio.” Em termos globais, principais sectores de atividade no Javier Scherk acredita que a trajemercado português são o grande tória só poderá ser de crescimenconsumo, brinquedos e eletrónica. to: “O outsourcing comercial é a Portugal foi o primeiro mercado grande oportunidade do futuro. exterior para a Winche, mas a Numa economia cada vez mais empresa já está a estudar a aborda- especializada, não faz sentido que gem a outros países, como adianta uma marca que fabrique produtos o CEO, explicando que o processo também se dedique a vendê-los. O tem avanços e recuos: “Analisámos importante é que se concentre na sua especialidade de fabrico e, sem deixar de ter um departamento comercial, delegue nos especialistas as tarefas de posicionar e vender mais de um milhão de visitas esse bem de consumo. É como os aos pontos de venda todos serviços de segurança para bancos: os anos, nos quais recolhe os nenhum banco tem uma equipa de dados em tempo real, sendo segurança própria, mas contrata processados por um prograempresas especializadas os ajudam, ma próprio de big data”. Além ainda que tenha gestores internos “desse profundo conhecimenque coordenam essa área. Por isso, to do setor, a Winche também sou muito otimista em relação possui equipas especializaao nosso setor, porque todos os das, que conhecem os produindicadores nos levarão ao crestos e as melhores estratégias, cimento. Talvez o maior desafio bem como uma elevada capaseja integrar as equipas de vendas cidade de negociação, para os atuais dessas empresas na nossa posicionar”. tarefa. Têm que entender que não Por tudo isso, remata o CEO, queremos tirar-lhes o trabalho, “as marcas confiam na Winche, mas sim capacitá-los para serem porque é sinónimo de expertimais eficazes, dotando-os com a se, agilidade, boa negociação e experiência e o conhecimento das ampla cobertura territorial”. melhores soluções, com diferentes possibilidades de colaboração”. 

Liderança baseada no poder da informação A Winche Redes Comerciais é uma empresa especializada em outsourcing para o setor do comércio, fundada em 2002, por Javier Scherk, em Barcelona. Com quase duas décadas de atividade no mercado espanhol, a empresa catalã atingiu a liderança, sustenta Javier Scherk: “A Winche é líder no mercado espanhol porque, ao longo de seus 18 anos de existência, recolheu muita informação e procedimentos, identificou todos os pontos de venda com potencial e conseguiu, por capilaridade, levar a sua força de vendas a todos os pontos”. Isso significa que a equipa da Winche “faz

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Por João Costa*

Criar uma cultura de otimização de custos

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m qualquer organização, Não é invulgar que as empresas independentemente do deem prioridade à obtenção de setor, normalmente há poupanças a partir dos gastos um denominador comum: diários, mas este método nora mudança. malmente só se foca nos resulTecnologias como a inteligência artificial, os transportes autónomos e as aplicações de realidade “A sua empresa deve virtual continuam a evoluir e a não só criar uma fazer incursões no setor comercial; a forma como a sua empresa cultura de redução faz negócios irá provavelmente de custos, ao defenalterar-se nos próximos anos. Quer as mudanças sejam cauder os esforços de sadas por tecnologias emergengestão de despesas tes, proteção de dados ou nova legislação, a sua empresa terá em todos os departade desenvolver a agilidade para mentos, como incendinamizar as operações em conformidade. tivar uma maior famiNo entanto, as tecnologias e liarização com os as mudanças emergentes não representam apenas potenciais fornecedores incumdesafios, também podem signibentes, os potenciais ficar oportunidades para proporcionar um novo impulso à novos fornecedores e sua empresa.

dos alcançados com esta abordagem podem ser insustentáveis e gerar resistência dos departamentos e funcionários afetados. Pode obter-se uma abordagem mais sustentável e a longo prazo para financiar as iniciativas ao procurar ativamente cash flow adicional através de esforços estratégicos de otimização de custos, impulsionados por uma filosofia de gestão de custos incorporada na cultura de uma empresa. A sua empresa deve não só criar uma cultura de redução de custos ao defender os esforços de gestão de despesas em todos os departamentos, como incentivar uma maior familiarização com os fornecedores incumbentes, os potenciais novos fornecedores e as suas indústrias, de modo a encontrar oportunidades para obter maior valor para os produtos e serviços que eles fornecem.

Incorporar a otimização de custos no seu planeamento estratégico tados a curto prazo. Por exemUm processo de planeamento plo, reduzir os custos gerais estratégico não ajuda apenas a numa determinada percentagem sua empresa a definir iniciativas relativamente ao ano anterior mais gerais, como também pode ou “congelar” as compras em ajudar a responder à pergun- determinadas áreas de despesas ta: “Como financiar os projetos podem fazer piorar as coisas, em estratégicos de maior dimensão?” vez de as melhorar. Os resulta-

Articular o impacto das poupanças de custos Além de comunicar os motivos pelos quais a empresa está a adotar estratégias de otimização de custos, explicar o valor da poupança de custos em termos equivalentes à receita e o que ela faz com o resultado final, pode ajudar os colaboradores a

as suas indústrias”

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opinión

compreender o significado geral por trás das medidas de poupança. Os colaboradores devem entender que nenhuma área de despesas deve ser considerada “sagrada” ou ficar sem resposta. Por exemplo, se os funcionários perceberem que 100 mil euros em poupanças da empresa equivalem a um milhão em vendas, podem ficar mais inclinados a encontrar áreas dentro do seu departamento onde os custos podem ser reduzidos ou simplificados. Fazer da redução de custos uma iniciativa organizacional A fim de promover o desenvolvimento de uma cultura de optimização de custos numa empresa, a administração deve definir uma iniciativa estratégica e os factores de motivação que impulsionam o movimento da empresa nesta direcção devem ser bem compreendidos por todas as partes interessadas. Para garantir a adesão máxima do pessoal, a administração da empresa deve ser capaz de responder por que razão a iniciativa de redução de custos é necessária e como é que a empresa irá beneficiar: em que é utilizado o dinheiro adicional, quanto é necessário, de que forma a empresa beneficiará de tais iniciativas, existem oportunidades acessíveis e onde é que podemos encontrar mais oportunidades? A comunicação clara em todos os níveis da empresa levará a uma mentalidade de consciencialização de custos entre os departamentos. Comprometer-se a mudar para alcançar resultados sustentáveis Muitas vezes, as empresas experimentam iniciativas de mudança na sua organização, concen-

trando-se no desempenho, no desenvolvimento e na otimização, a fim de serem bem-sucedidas em todo o ciclo de negócios. O problema que uma grande parte das empresas irá encontrar não é a capacidade em desenvolver estas iniciativas, mas como implementá-las e sustentar os resultados durante um período de tempo. Um compromisso com a mudança pode ser o principal fator decisivo para o sucesso ou o fracasso de uma iniciativa. Além de boas ideias, as empresas devem ter um plano de mudanças a longo prazo, ver se são realistas e sustentáveis num futuro próximo. As competências para implementar estas mudanças devem ser praticadas como qualquer outra competência, devem ser sustentadas por fortes capacidades e práticas organizacionais para garantir o sucesso. Para garantir a adesão máxima do pessoal, a administração deve ser capaz de responder por que razão a iniciativa de redução de custos é necessária e como é que a empresa irá beneficiar dela. Aproveitar os seus fornecedores ao compreender as suas indústrias À medida que a sua empresa avança na implementação de estratégias de otimização de custos, este é um momento oportuno para conhecer melhor as indústrias dos seus fornecedores e determinar como pode aproveitar este conhecimento para obter o máximo valor dos seus produtos e serviços. Ao desenvolver uma melhor compreensão das indústrias dos seus fornecedores, obtém conhecimento e alavancagem que lhe podem ser úteis para garantir que a sua empresa está a conse-

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guir preços competitivos para os serviços fornecidos. Continuar o impulso Quando uma empresa faz um esforço coletivo para implementar estratégias de otimização de custos, o progresso pode ter um grande começo, mas os esforços iniciais e o interesse podem começar a diminuir com o tempo. Para manter o impulso, é imperativo manter o pessoal motivado a longo prazo. Uma maneira de o conseguir é incentivando os esforços de otimização de custos, para que a equipa experiencie de forma contínua as vantagens de encontrar formas de controlar as despesas. Por exemplo, se um funcionário ou departamento fizer uma sugestão que possa resultar numa poupança anual de 10 mil euros, uma recompensa, como cartões-presente, um bónus em dinheiro, ou dias adicionados às férias, poderiam ajudar os funcionários a continuar sensíveis aos custos dentro da empresa. A instituição de incentivos e a criação de um ambiente onde os funcionários se sintam encorajados a sugerir novas oportunidades de redução de custos podem criar um esforço mais coeso em toda a empresa, no sentido de continuar os esforços de otimização de custos. Ao adotar uma abordagem em duas etapas para desenvolver uma cultura mais vasta de otimização de custos, quer através da participação da equipa como do conhecimento das indústrias fornecedoras para entender melhor os custos subjacentes, a sua empresa pode encontrar poupanças sustentáveis a longo prazo que podem voltar a ser investidas nos anos seguintes.  *Country manager da Expense Reduction Analysts E-mail: jcosta@expensereduction.com

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EDP lança plano integrado de serviços para famílias com eletricidade 100% “verde” A

EDP Comercial volta a reforçar o compromisso de estar cada vez mais presente na vida dos seus clientes e lança os Packs Living EDP, uma oferta integrada de serviços que pretende aproximar-se das necessidades das famílias portuguesas. Em pacote, e de forma simples e económica, é possível obter descontos de até 8% na fatura de energia e ter a garantia de contribuir para um planeta mais sustentável, com eletricidade 100% verde. Os planos incluem também um plafond em assistência técnica aos lares, prestada por técnicos certificados e especializados em segurança e avarias, que já é utilizado por mais de 380 mil famílias. Adicionalmente, o cliente tem também acesso a descontos em diferentes áreas de lazer, como

mobilidade, cinema e restauração, para que possa viver mais, por menos. Esta nova forma integrada de prestar serviços aos clientes está dividida em três categorias, consoante as necessidades de cada família. Seja qual for o pacote escolhido (Easy, Smart ou Full), o cliente terá ao seu dispor um conjunto de vantagens exclusivas: quatro euros de desconto na fatura da EDP Comercial por cada 40 litros de combustível acumulados mensalmente na BP, num máximo de 20 euros de desconto por mês, descontos nos cinemas Cineplace e Cinema City, duplicação do prazo de duração da subscrição do Zomato Gold, um serviço que permite ter refeições ou bebidas grátis em locais aderentes, e 5€ de desconto por mês na EMOV, uma

empresa de carsharing , com carros 100% elétricos que, como a EDP, está a promover a mobilidade elétrica em Portugal. Na versão Full, estão também disponíveis descontos de até 70% em consultas médicas numa rede com mais de 32 mil parceiros de saúde, que incluem também serviço médico ao domicílio por 15 euros. O plano de saúde EDP foi lançado no ano passado e já foi escolhido por mais de 63 mil pessoas. Com este lançamento, a EDP Comercial pretende dar um passo decisivo na sua estratégia de duplicar o número de serviços adicionais contratados pelos clientes de eletricidade e gás natural. Para comunicar ao mercado esta nova aposta, a EDP divulgou uma campanha multimeios, durante as últimas três semanas. 

Delta vai lançar cafés funcionais de venda em farmácias

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grupo Nabeiro, produz e comercializa a marca Delta Cafés, anunciou recentemente a intenção de começar a vender cafés nas farmácias portuguesas. Assim, a Delta

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Q vai lançar uma gama especial, com benefícios para a saúde, estando o lançamento previsto para os primeiros meses deste ano. Tratam-se dos cafés funcionais designados por aQtive Coffees, que terão duas versões: a Delta Q Mind Boost e a Delta Q Osteo Boost. O primeiro inclui vitamina B12, selénio e biotina e tem como objetivo reduzir o cansaço e a fadiga. O segundo é enriquecido com condoitina, vitamina D, magnésio e zinco e atua como suplemento, de forma a fortalecer os ossos e as articulações. Além disso, a marca vai disponibi-

lizar nos pontos de venda habituais o Delta Q Sweet Coffee, que será adocicado com alfarroba e que, por isso, vai dispensar o uso de açúcar. Este produto estará disponível em cápsulas. Outra novidade é o Delta Slow Coffee, que vai assinalar a entrada da marca portuguesa no mundo do café artesanal. O novo produto será comercializado individualmente ou em conjunto com os equipamentos de preparação. Outro ponto de inovação do grupo surgiu através da parceria com a startup Why Not, que, juntos, pretendem criar “a primeira soda natural portuguesa”. É a Lemon Mate, uma bebida orgânica, feita de limão, chá mate e açúcar de cana. 


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ClarkeModet: nova imagem para uma empresa com mais de 140 anos N uma época em constante mudança, a ClarkeModet apresenta a sua nova identidade corporativa, ao estrear um novo branding. “Além das novas cores, mais frescas e cheias de força, e da nova tipografia, acrescentámos ao nosso nome um +, porque a nossa filosofia é sempre somar”, enquadra a empresa. “Somar está na essência dos novos valores da companhia, pois estamos sempre em conexão com as necessidades reais dos nossos clientes, oferecemos confiança através do nosso código de ética e compromisso com a transparência, transmitimos conhecimento, ao estar sempre na van-

guarda da ciência e tecnologia, com os melhores profissionais do setor, e, demonstramos sempre a nossa adaptabilidade aos diferentes tipos de clientes e circunstâncias. Esta nova marca é uma imagem de todos os serviços que a ClarkeModet oferece em todo o ciclo completo da inovação e com uma aposta firme pelo desenvolvi-

mento”, garante a empresa especializada em processos de propriedade intelectual.  PUB

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CTT Logística promove campanha digital O s CTT avançaram com uma campanha digital para comunicar a vertente do CTT Logística, uma oferta focada nas necessidades das pequenas e médias empresas (PME) com vendas online . A campanha para meios digitais arrancou a 19 de dezembro e prolonga-se até este mês. Com o mote “O negócio e-seu. A logística e-nossa”, a campanha pretende reforçar a ideia de que a logística é da responsabilidade dos CTT, permitindo ao cliente ficar com mais tempo livre para tratar do seu negócio.

A criatividade da campanha esteve a cargo da Partners e da

CreArt. A agência de meios é a MediaCom. 

Eleven Sports assegura direitos da Supercopa de Espanha

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Supercopa de Espanha, que em 2020 estreia um novo formato e será disputada na Arábia Saudita, vai ser transmitida em

Po r t u g a l p e l a Eleven Sports. O canal desportivo assegurou os direitos de transmissão em exclusivo para o mercado nacional da prova que se disputará nos próximos dias, em Jeddah, com a participação de Barcelona, Real Madrid, Atlético

de Madrid e Valência. “A Supercopa de Espanha tem este ano um interesse acrescido pelo novo formato anunciado em fevereiro” de 2019. “Haverá mais competitividade entre quatro equipas que, historicamente, já são muito acarinhadas pelos fãs em Portugal e em todo o mundo. Não podíamos ficar de fora deste grande acontecimento desportivo”, segundo afirma Nuno Filipe Miranda, diretor de Marketing e Comunicação da Eleven Sports Portugal, em declarações ao site “Meios & Publicidade”. 

IQOS instala Smoke Free Lounge no Aeroporto de Lisboa N a sequência da abertura de uma nova loja IQOS no Aeroporto de Lisboa, a marca da Tabaqueira instalou, em parceria com a JCDecaux Airport, o seu primeiro Smoke Free Lounge.

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Localizado na zona de partidas, junto à nova loja da marca, o espaço consiste numa sala exclusivamente destinada ao consumo de produtos sem combustão e sem fumo, caso do tabaco aque-

cido ou cigarros electrónicos. A loja IQOS do Aeroportos de Lisboa conta com serviços de limpeza, carregamento, empréstimo e customização deste tipo de produtos. 


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Novo ano arranca no Terreiro do Paço com patrocínio da cerveja Sagres Zer0.0 S ob o mote “Começa 2020 do Zer0.0”, a Cerveja Sagres avançou com uma campanha de outdoors, para promover a festa de passagem de ano da cidade de Lisboa, que se realizará em parceria com a EGEAC-Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural e a Câmara Municipal de Lisboa. As festas previstas, realizadas entre os dias 29 de dezembro e 1 de janeiro de 2020 no Terreiro do Paço, incluiram concertos de vários grupos e artistas, como Clássicos no Tejo, José Cid, Xutos e Pontapés e Ornatos Violeta. Para este certame, a Sagres voltou a disponibilizar copos reutilizáveis a

quem visitou o Terreiro de Paço e tencionava adquirir alguma bebida, tendo de pagar um euro de caução,

que era devolvida após entrega do copo vazio, em qualquer bar com decoração da Sagres. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR

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El Corte Inglés y la Asociación Portuguesa de Apoyo a la Víctima celebran colaboración hasta 2021 E l Corte Inglés Portugal y APAV -Asociación Portuguesa de Apoyo a la Víctima firmaron un protocolo que se aplicará hasta 2021 y en el que se insertan varias campañas y acciones de sensibilización, formación, recogida de fondos, asociaciones de difusión de actividades programadas y apoyo a la reinserción laboral. La primera acción conjunta comenzó el pasado 21 de noviembre y se desarrolló hasta el 25 del mismo mes, coincidiendo con la celebración del Día Internacional de la Eliminación de la Violencia contra la Mujer. Por cada pastel vendido en las cafeterías de El Corte Inglés fue donado 1,50 euros a APAV. El protocolo con APAV surge en el ámbito de la responsabilidad social corporativa de El Corte Inglés y, además de que la empresa se compromete con apoyo financiero, todas las campañas de sensibilización, información o recaudación de fondos se extienden no sólo

a clientes sino también a colaboradores y colaboradoras. “ Fo r m a l i z a r esta asociación significa, para APAV, que podemos hacer llegar a más personas la urgencia de la eliminación de la violencia de género. Este es el comienzo de una relación de cooperación y amistad por los derechos de las víctimas del crimen’’, señala Carmen Rasquete, secretaria general de APAV (en la foto, a la derecha de Susana Silva, directora de Recursos Humanos de El Corte Inglés en Portugal). El Corte Inglés en Portugal colabora con numerosas entidades, como fundaciones y organizaciones cultu-

rales, deportivas y sociales, a través de patrocinios, apoyos y campañas de sensibilización o captación de fondos. Y, además, “en el ámbito de sus objetivos de responsabilidad social corporativa, busca promover internamente, un ambiente de trabajo saludable, diversificado e integrador y, externamente, contribuir activamente a una sociedad más justa, más informada y más tolerante”. 

Foto Sandra Marina Guerreiro

Encuentro navideño en la Freguesia Avenidas Novas en la capital portuguesa

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l pasado 6 de diciembre tuvo lugar, en la Biblioteca de la Freguesia Avenidas Novas, un encuentro en donde se celebraron diversas actividades culturales. Todas ellas con

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el objetivo de impulsar y apoyar la labor de las Freguesias para con los vecinos de éstas, ya que es en dónde pueden compartir todas sus dudas, sugerencias y reclamaciones respecto al barrio al que pertenecen. Todos los participantes pudieron asistir a un taller de origami en el que crearon una manualidad con la que simbólicamente dieron la bienvenida a la Navidad. Además, durante el evento, todos ellos asistieron

a un concierto. En él actuaron el Ministro de la Embajada de Japón, el doctor Sadayoshi Takagawa, la violonchelista Mariana Ottosson, el maestro Jorge Rivotti y el coro de la propia freguesia. Así pues el acontecimiento finalizó con una merienda, en la que cada asistente aportó los dulces y bebidas más típicas de Portugal. “Ha sido una iniciativa muy reconfortante teniendo en cuenta en la época en la que nos encontramos – Navidad. Creo que se deberían hacer más eventos junto con las freguesias, con la finalidad de darles soporte”, sentencia Mariana Ottosson. 


Hacer bien

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Quercus e Corticeira Amorim plantam 2.000 sobreiros em Alcácer do Sal N o passado dia 23 de novembro, mais de uma centena de volunetários da Corticeira Amorim juntaram-se a representantes da Quercus para a plantação de cerca de dois milhares de sobreiros. A iniciativa realizou-se na Herdade Castelo de Arez, em Alcácer do Sal. Desde 2011 que os voluntários da Corticeira Amorim colaboram nesta iniciativa associada ao Green Cork, tendo contribuído já para a plantação em Portugal de mais de 20 mil árvores autóctones, com especial preponderância para os sobreiros. O Alentejo volta a ser a região visada para a plantação de sobreiros, de modo a reforçar a mancha de florestas de sobro nesta área geográfica do país. A plantação foi apoiada, então, pelo projeto Green Cork, da Quercus, do qual a Corticeira Amorim é parceira, desde a sua génese, através do programa de reciclagem de rolhas Green Cork, que reverte para o financiamento da preservação da floresta autóctone portuguesa. Neste âmbito, a Missão Continente, a Quercus e a Corticeira Amorim voltaram a lançar este ano a campanha de recolha de rolhas distribuindo

500 mil “rolhinhas” pelos clientes das lojas Continente. Uma iniciativa, cujos objetivos são incentivar a reciclagem da cortiça e contribuir para a reflorestação em Portugal, que já permitiu a recolha de cerca de 84 milhões de rolhas, desde 2008. O sobreiro foi eleito, desde 2011, a árvore nacional de Portugal. É uma espécie florestal autóctone, que se distribui pela zona ocidental da região Mediterrânica, destacando-se como um ecossistema florestal singular, extremamente rico em termos de biodiversidade.

As florestas de sobro desempenham ainda funções importantes na conservação do solo, na regularização do ciclo hidrológico e na qualidade da água e na produção de oxigénio. Dos inúmeros benefícios ambientais, as florestas de sobro funcionam igualmente como sumidouros biológicos de CO2. Dado o seu crescimento lento– com um ciclo de vida que pode ultrapassar os 200 anos– os sobreiros têm um papel relevante na retenção de CO2, característica que se estende também aos produtos de cortiça e que se prolonga com a sua reciclagem. 

Millennium bcp assina pacto de mobilidade para a cidade de Lisboa O Millennium bcp, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a Câmara Municipal de Lisboa, o BCSD Portugal e um conjunto de outras 56 empresas e instituições, assinaram recentemente o Pacto de Mobilidade Empresarial (CMP), onde assumem o compromisso de tornar a mobilidade em Lisboa mais sustentável. As entidades signatárias vão adotar um conjunto de medidas que contribuirão para que Lisboa tenha um

sistema de mobilidade mais seguro, acessível, ecológico e eficiente, conforme os princípios fundamentais da colaboração, do compromisso, da transparência e da segurança. Para Miguel Maya, CEO do Millennium bcp, “apoiar a Mobilidade Sustentável é um passo imprescindível para assegurar um processo incremental assente em iniciativas concretas que contribuam para a descarbonização da região de Lisboa, pelo que participar ativamente constitui um dever das

empresas comprometidas com o futuro das pessoas e com a sustentabilidade das comunidades em que se inserem”. Esta iniciativa é uma resposta ao desafio do Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, para quem “a descarbonização se apresenta como o maior desafio da nossa geração. Necessitamos de reduzir as nossas emissões e tornar todos os tipos de transporte mais sustentáveis. Todos os dias contam e todas as ações são importantes”.  JANEIRO DE 2020

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Exponor investe em práticas sustentáveis

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epois de mais de 30 anos a receber algumas das maiores feiras e exposições que versam sobre os mais variados setores industriais, a Exponor – Feira Internacional do Porto investe mais de 65 mil euros em boas práticas de sustentabilidade. A eficiência energética e o aproveitamento de águas naturais são os dois projetos em marcha. Este é o maior parque de exposições em Portugal, com cerca de 200 mil metros quadrados, divididos em seis

pavilhões, um auditório com capacidade para 945 pessoas e mais de cinco mil metros quadrados de galerias e salas polivalentes. De olhos postos na diminuição da sua pegada ecológica, uma das medidas passa por otimizar a sua eficiência energética. Em termos práticos, serão substituídas todas as armaduras e candeeiros antigos que darão lugar a lâmpadas LED. Uma prática que permitirá a diminuição do consumo energético em 10 vezes e melhoria da performance financeira do recinto. Mas o caminho em direção a uma política de gestão “mais verde” não se fica pelo consumo energético. A Exponor revela ter em curso um projeto de aproveitamento das águas naturais, através da captação em poços subterrâneos, bem como

a implementação de boas práticas, como colocação de bombas nos furos de água já existentes; canalização de água de nascente para as centrais do empreendimento; análise, em tempo real, da qualidade da água e ainda aproveitamento de água natural para o consumo humano e exterior. Estas medidas, sundo Diogo Barbosa, diretor-geral da Exponor, “estão alinhadas com o compromisso da empresa em desenvolver uma política de gestão mais eficiente a todos os níveis, o que permitirá um crescimento mais sustentado e sustentável do negócio. Tendo em conta que recebemos, anualmente, mais de 30 feiras especializadas e centenas de eventos de variadas dimensões e tipologias, pretendemos também liderar pelo exemplo e contribuir para a adoção de boas práticas pelos nossos parceiros e expositores”, conclui. Em 2018, a Exponor registou um volume de negócios de 8,1 milhões de euros, o que representou um crescimento anual de 5%. Atualmente, emprega 39 colaboradores. 

Universidade Nova de Lisboa quer ter um edifício zero carbon A

pós a sua presença na Web Summit, BIOS, a nova startup portuguesa que pretende reduzir a pegada de CO2 através de uma tecnologia circular, prevê que no futuro as empresas sejam cada vez mais autossustentáveis. “Acredito que daqui a 10 anos, várias serão as empresas que vão deixar de se preocupar com a origem dos seus alimentos vegetais, pois serão capazes, através de um sistema operacional integrado e sustentável, de cultivá-los em suas próprias instalações”, conta Michael Parkes, fundador da BIOS. “O nosso objetivo passa em promover o cultivo de plantas, utilizando fluxos de energia desperdiçados, que reduzam a pegada de CO2 através de uma tecnologia circular”, refere 36 act ualidad€

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António Santos, colaborador da BIOS e especialista em construção e gestão de energia. Além disso, “temos o prazer de confirmar a localização do primeiro teste piloto, no novo campus da Universidade Nova SBE de Lisboa, em Carcavelos. E realçar que começámos a desenvolver, juntamente com o diretor de Sustentabilidade, Luís Veiga Martins, um roteiro para a promoção do carbon zero em todo o campus”, conta Michael Parkes. A Universidade está totalmente comprometida em ter um edifício Carbon Zero, e Luís Veiga Martins, afirma que “trabalhar com a BIOS não só ajudará a alcançar os nossos objetivos de atingir a neutralidade de carbono, como também nos permitirá oferecer aos alunos alternativas de

alimentos frescos e saudáveis”. Desta forma, Paulo Pereira, terceiro membro da equipa e especialista em projeto e construção de sistema de agricultura controlada, prevê “a criação de 200 saladas por dia para a universidade, compostas por vegetais de folhas verdes, ainda no próximo ano”. O conceito que está a ser desenvolvido traduz-se numa tecnologia de utilização e sequestração de dióxido de carbono que irá inclusive permitir, no futuro, a existência de edifícios de produção negativa de carbono e a produção de alimentos e biomassa como um bioproduto de eficiência energética. O desenvolvimento da tecnologia está a ser financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. 


Hacer bien

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Novas tecnologias vão promover uma maior integração de fontes de energia renovável I nstituições de seis países europeus juntaram-se para desenvolver tecnologias que permitam melhorar o desempenho dos sistemas de previsão da produção de energia renovável em, pelo menos, 15% e, assim, contribuir para um aumento da integração da produção destas fontes de energia. O impacto para a sociedade? Redução das emissões de CO2, impacto no desempenho das redes elétricas e nos preços no mercado de eletricidade. As tecnologias desenvolvidas envolvem modelos de previsão meteorológica; modelos de aprendizagem automática para previsão da potência de base renovável através da combinação de diferentes fontes de informação, nomeadamente meteorologia, satélites, entre outros; modelos de previsão e ferramentas de inteligência artificial para apoio à decisão baseadas em dados para otimização de armazenamento, gestão da rede elétrica e

participação no mercado de eletricidade. São duas as instituições portuguesas que integram este projeto financiado pela Comissão Europeia em quatro milhões de euros e denominado Smart4RES (modelos e previsões de geração variável de renovável de próxima geração para integração em larga-escala em sistemas e mercados de energia) – o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e a EDP CNET (Centre for New Energy Technologies). As tecnologias desenvolvidas vão ser testadas em sete países europeus – Portugal, Grécia, Roménia, França, Alemanha e Holanda -, para depois serem exploradas comercialmente pelos parceiros industriais do projeto, com negócios na venda de serviços de previsão, como é o caso da empresa alemã EMSYS, da

francesa Météo-France, da empresa norueguesa DNV GL e empresa holandesa Whiffle. “O projeto Smart4RES vai produzir um conjunto de inovações na área da integração de energia de fontes renováveis. Temos como grande objetivo do projeto o desenvolvimento de novos algoritmos e modelos de negócios para previsão da produção de base renovável e integração em vários processos de ajuda à decisão, nomeadamente no que diz respeito à gestão da rede elétrica, participação no mercado de eletricidade ou otimização de sistemas de armazenamento”, explica Ricardo Bessa, coordenador adjunto do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC. Coordenado pelo instituto de I&D francês ARMINES, este projeto inclui dois parceiros portugueses, entre outras instituições de ensino ou investigação europeias. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7º, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org

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Cumbre climática de Madrid

se queda sin acuerdo para regular el mercado del carbono

La COP25 celebrada en Madrid agranda la brecha entre los Gobiernos y la ciencia sobre la crisis climática. El acuerdo alcanzado allana el camino para cumplir los objetivos de reducción de gases de efecto invernadero. Pero deja en manos de la Cumbre de Glasgow, en 2020, que los países presenten objetivos más ambiciosos en cuanto a reducción de CO2. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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a cumbre climática más larga de la historia no tuvo el final deseado. Eran muchas las esperanzas puestas en esta cita que Madrid acogió bajo la presidencia de Chile, una vez que los conflictos en este país latinoamericano impidieron acoger la importante cita. Bajo el tema “Es tiempo de actuar” Naciones Unidas reunió en la capital del 2 al 14 de diciembre (dos días más de lo anunciado) a representantes de los casi 200 países que conforman el Acuerdo de París. El objetivo estaba marcado: que dichos países endureciesen su lucha contra el cambio climático. El secretario general de Naciones Unidas, António Guterres, fue claro en su mensaje de arranque de la

Está en manos de la Cumbre de Glasgow, en 2020, que los países presenten objetivos más ambiciosos en cuanto a reducción de CO2 cumbre advirtiendo que "el punto sin retorno no está en el horizonte sino que se nos está echando encima. Nuestra guerra contra la naturaleza tiene que parar". La hoja de ruta marcada por los científicos establece que el aumento de la temperatura media mundial se quede muy por debajo de 2°C sobre los niveles preindustriales y que se limite el aumento a 1,5 °C, para reducir el impacto del cambio climático, tal y como se acordó en el famoso Acuerdo de París de 2015. "Los esfuerzos para esto no han sido adecuados. Hay países que no están cumpliendo con los compromisos. El mundo va a producir un 120 por ciento más de combustibles

Proyectos pioneros La cumbre climática fue palco para numerosas empresas que pudieron dar a conocer sus proyectos más recientes amigos del ambiente. Fue el caso de Endesa, que presentó en Madrid Andorra, un “proyecto singular a nivel europeo en innovación y en compromiso social con el entorno como modelo de creación de valor compartido“, según explicó su consejero delegado, Jose Bogas. Se trata de una iniciativa para la sustitución de los 1.100 MW térmicos de la planta de carbón ubicada en la provincia de Teruel, por 1.725 MW renovables, más 160 MW de almacenamiento. En la actualidad, Endesa está desarrollando Planes de Futuro en los dos entornos locales (Andorra, en Teruel, y Compostilla, en León), en los que la compañía ha anunciado el cese de operación de sus centrales de carbón. Estos planes forman parte de su proceso de transformación hacia un modelo de generación de energía sin emisiones en 2050, dentro de su compromiso

con una Transición Justa. Para el consejero delegado de Endesa, se trata de “planes flexibles que permitan incluir iniciativas viables que puedan ir surgiendo, para mitigar el impacto del cese de la actividad en las zonas”. Estos planes, se basan en cuatro pilares de actuación: búsqueda proactiva de nuevas oportunidades laborales para el personal directamente afectado, el fomento de la actividad económica y el empleo (mediante cursos de formación), la formación y capacitación para la mejora de la empleabilidad y la sostenibilidad del municipio. El proyecto planteado para Andorra cuenta con una inversión de más de 1.487 millones de euros. De los 1.725 MW renovables, 1.585 MW corresponderán a la que será la mayor planta solar en construcción en Europa, 139 MW tendrán origen eólico y el proyecto contará con un sistema de almacenamiento a gran escala de hasta 159,3 MW.

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Ley europea contra el cambio climático La presidenta de la Comisión Europea, Ursula Von der Leyen, anunció en Madrid, durante la COP25, que para el próximo mes de marzo presentará una ley europea para hacer irreversible la neutralidad climática en la UE. "En marzo propondremos la primera ley climática europea para hacer la transición climática irreversible, lo que supone dotar de una perspectiva climática a todos los sectores económicos", afirmó Von der Leyen. Esto supone, a su juicio, ir hacia una energía límpia y asequible, potenciar la energía circular y diseñar una estrategia de biodiversidad. Von der Leyen habló también del plan de inversiones para poner en marcha una acción climática sustentada en la investigación, la innovación y las nuevas tecnolo-

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gías. Este plan tendrá un montante de inversiones global que llegará al billón de euros en los próximos diez años, según la presidenta de la Comisión. "Algunos me han hablado del coste. Solamente tenemos que recordar cuál sería el coste si no hiciésemos nada", alertó Von der Leyen ante el resto de líderes mundiales presentes en la Cumbre. La CE ha propuesto la creación de un Fondo de Transición para no dejar atrás "a aquellos que tienen que dar los pasos más grandes" en este proceso. Dicho fondo debe incluir fondos "privados y públicos", con financiación del Banco Europeo de Inversiones (BEI). "En resumidas cuentas: los europeos estamos preparados. Si nos movemos juntos, iremos más rápido, y eso

va en intereses de todos nosotros", afirmó Von der Leyen. El presidente del Consejo Europeo, Charles Michel, aseguró que es el momento de la "Revolución Verde". "Como presidente del Consejo Europeo, tengo un objetivo claro: convertir a Europa en el primer continente neutral para el clima del planeta para 2050. Por lo tanto, seremos los campeones de la Transición Verde". Recordó además que para 2025, "la mitad de la financiación del Banco Europeo de Inversiones se dedicará a la acción climática y la sostenibilidad medioambiental" y que, para fines del próximo año, el BEI se compromete a alinear todas sus actividades financieras con los principios y objetivos del acuerdo de París".


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La tecnología, clave para combatir el cambio climático Indra, además de ser uno de los principales patrocinadores de la COP25, participó activamente en diferentes ponencias y mesas redondas con el fin de trasladar a los líderes globales, ciudadanos y medios de comunicación cómo la tecnología, lejos de ser un riesgo, puede convertirse en un activo clave en la lucha contra el cambio climático si se enfoca adecuadamente. La compañía española reivindicó el

rol de tecnologías como la Inteligencia Artificial, el big data o el internet de las cosas en la mitigación de desastres naturales, la reducción de las emisiones de C02 en las ciudades o el impulso de la economía circular. En el caso de Indra, destacan soluciones y productos de Minsait como Smart Waste, referencia europea en gestión inteligente de residuos, sistemas para una gestión eficiente y sostenible de

la energía, sistemas que posibilitan que más de 50 millones de personas tengan acceso a agua potable cada día o la detección temprana de vertidos de hidrocarburos. Además, a través de su filial de ingeniería Prointec, contribuye a que las infraestructuras tengan el menor impacto medioambiental y se adapten a los nuevos parámetros, mejorando su diseño, con nuevos materiales y tecnologías.

Claves de la COP ¿Qué es una COP? Son las siglas en inglés de Conferencia de las Partes, el órgano de decisión de la Convención Marco de Naciones Unidas sobre cambio climático. Esta convención se adoptó en 1992 y entró en vigor en 1994. Se reúne cada año y representa al órgano supremo de toma de decisiones a través de los jefes de Estado y de Gobierno (o de sus ministros), para intentar mitigar la crisis climática a causa principalmente de las actividades humanas. ¿Quiénes participan? En total, 197 partes conforman el tratado (196 naciones más la Unión Europea). Los representantes de empresas, organizaciones internacionales, grupos de interés y asociaciones tienen estatuto de observador.

fósiles", recordó António Guterres. Son varios los desastres naturales que ya se están produciendo como el derrite de los casquetes polares, el ataque a la biodiversidad terrestre y

¿Cómo se desarrolla una COP? La convención reúne a miles de científicos, empresarios, representantes institucionales, organizaciones no gubernamentales y gobiernos de todo el mundo. Se dieron cita en Madrid 50 jefes de Estado y ministros responsables de cambio climático de decenas de países. ¿Dónde se organiza la COP? La cumbre ocupó un total de siete pabellones de IFEMA (Madrid) que suponen más de 100 mil metros cuadrados, así como un espacio adicional de unos 13 mil metros cuadrados en sus centros de convenciones y salas de reuniones, preparadas para albergar a los asistentes a la cumbre. ¿Por qué se celebra la COP25 en Madrid? Cada año cumbre del clima se

celebra en una región mundial diferente. Esta vez correspondía a América Latina, tras el turno de Europa del este con la última edición en Polonia. Brasil renunció organizarla allí como estaba previsto y Chile tomó el relevo. Debido a los grandes disturbios y revueltas en el país andino se tomó la decisión de cambiar de ubicación y España se ofreció como anfitrión. La conferencia se celebró bajo la presidencia del Gobierno de Chile y con el apoyo logístico del Gobierno de España. ¿Cuál es el retorno económico? La organización de la COP25 costó unos 60 millones de euros, aunque su impacto económico en todo Madrid rondó los 100 millones de euros.

marina y la contaminación asociada humanidad". con el cambio climático que se cobra A pesar del empeño de Naciones siete millones de vidas. En palabras Unidas, los negociadores solo pudiede António Guterres “el cambio cli- ron acordar un débil llamamiento mático es una seria amenaza para la a los países a realizar esfuerzos más JANEIRO DE 2020

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Los negociadores solo pudieron acordar un débil llamamiento a los países a realizar esfuerzos más ambiciosos contra el cambio climático

ambiciosos contra el cambio climáti- se sintieron cómodos, así que queda co. Y se aplazó de nuevo el desarrollo pendiente para el año que viene», del artículo del Acuerdo de París explicó al respecto la ministra para la referido a los mercados de dióxido de Transición Ecológica, Teresa Ribera. tra chilena de Medio Ambiente que carbono ante la posibilidad de conEste asunto se dejará para la próxi- ostentó la presidencia de esta cumbre. sensuar un texto. “Se trabajó intensa- ma cumbre, que se celebrará en Antonio Guterres, por su parte, fue mente para asegurar unos mercados Glasgow en noviembre de 2020. "Es más duro en su análisis y reconoció de carbono globales que aseguren una triste no haber podido llegar a un estar decepcionado con los resultacontabilidad robusta respetuosa de acuerdo final, estuvimos tan cerca", dos de la COP25. “La comunidad la integridad ambiental. Algunos no admitió Carolina Schmidt, la minis- internacional ha perdido una opor-

Portugal cae ocho posiciones en el CCPI Portugal ha caído ocho posiciones en el índice de Desempeño de Alteraciones Climáticas (CCPI), con un descenso en casi todas las categorías, según los resultados del Índice 2020. Publicado anualmente desde 2005, es una herramienta independiente de monitoreo para supervisar el desempeño de los países en materia de protección del clima. Su objetivo es mejorar la transparencia en la política climática internacional, permite comparar los esfuerzos de protección climática y el progreso realizado por cada país. El IDCC evalúa el desempeño de cada país en cuatro categorías: Gases de efecto invernadero (40% del ranking global), Energías Renovables (20%), Uso de Energía (20%) y Política de cambio climático (20%). En el caso concreto de Portugal, ocupa el puesto 25 en el IDCC de este año, entrando en el gru-

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po de desempeño moderado. El desempeño del país declinó en casi todas las categorías, menos de la política de cambio climático, donde sigue obteniendo una clasificación buena. En la categoría de gases de efecto invernadero, Portugal recibe una clasificación muy pobre, debido a un aumento en las emisiones en los últimos años (2012-2017). Se destacan los efectos de las sequías cada vez mayores provocadas por el cambio climático, son la razón principal de la caída en el ranking. En 2017, el país se vio afectado por severos incendios forestales y, como resultado de años sucesivos de sequías, las centrales hidroeléctricas se están quedando sin agua, lo que lleva a un aumento en la utilización de centrales de combustibles fósiles. Los expertos nacionales critican que a pesar de la implementación de un impuesto sobre el carbono y los

combustibles fósiles en 2018, el gobierno siguió proporcionando beneficios fiscales por € 2.3 miles de millones para el carbón en 2018. Reconocen el compromiso del gobierno con el objetivo de neutralidad de carbono para 2050, presentado en diciembre de 2018 y aprobado formalmente en julio de 2019, y con una eliminación gradual del carbón recientemente anticipada para 2023, que se logrará mediante energía 100% renovable dentro del medio siglo. Según indica este informe, los expertos elogian a Portugal por abogar por una acción climática ambiciosa, más recientemente en el contexto de una mayor ambición para los objetivos 2030 y 2050 a nivel de la UE. Por su desempeño en política climática internacional, el país tiene una clasificación muy buena.


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Efectos del cambio climático en España Uno de los últimos estudios realizados por Greenpeace señala que España es uno de los países más vulnerables al cambio climático, por lo que es necesaria una acción urgente y contundente que reduzca las emisiones de gases de efecto invernadero. Algunos de los efectos que producirá el calentamiento global en territorio español serán los siguientes: Aumento del nivel del mar Se espera que este siglo se produzca un aumento de entre 10 y 68 cm del nivel del mar en las costas españolas. Las zonas más vulnerables son los deltas y las playas. Este fenómeno causará pérdidas de un número importante de playas, sobre todo en el Cantábrico, y provocará la inundación de buena parte de las zonas bajas costeras especialmente los deltas del Ebro, el Llobregat y la Manga del Mar Menor. Sequía Un estudio realizado por un equipo internacional con participación del Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) ha demostrado que los árboles más grandes y de mayor altura serán los más vulnerables a la sequía. Superar el límite de 1,5 º C depararía un mayor incremento del calor extremo, lluvias torrenciales y mayor probabilidad de sequías, algo que tendrá un

efecto directo sobre la producción de alimentos, sobre todo en zonas sensibles, como el Mediterráneo. Olas de calor Los escenarios futuros barajados por Greenpeace indican que se repetirán cada verano y superarán los récords de temperaturas hasta ahora registrados. Se está generando ya un estrés hídrico que mata bosques enteros. Desde 1975, la duración de las olas de calor ha ido en aumento en España. En 2015 se sufrió un episodio de 26 días de duración. Si no se reducen las emisiones de gases de efecto invernadero, en el año 2100 podrían durar hasta tres meses. Pérdida de glaciares En España se han perdido ya más del 80% de los glaciares pirenaicos y para 2050 podrían desaparecer irreversiblemente. De los 52 glaciares que había en 1850 han desaparecido ya 33, la mayoría de ellos después de 1980. Las 3.300 hectáreas de lenguas de hielo que existían a principios del siglo XX en el Pirineo se han reducido a 390. Especies invasoras A medida que aumente la temperatura del mar, algunas especies nativas no podrán sobrevivir y algunas otras invasoras se expandirán. Según un trabajo liderado

por el Instituto de Ciencias del Mar (ICM-CSIC) la combinación del cambio climático y la sobrepesca podría provocar una auténtica devastación de la fauna marina. Inundaciones Habrá más olas de calor y más veranos calurosos con noches tórridas, así como un aumento de las lluvias torrenciales. Estos fenómenos se agudizan sobre todo por efectos relacionados con la intervención humana, como los cambios de usos del suelo y la ocupación del territorio. Incendios forestales 2017 fue el peor año de la última década, con un total de 56 grandes incendios contabilizados. El cambio climático es una de las principales causas de estos fenómenos, como consecuencia directa de un descenso progresivo de las precipitaciones, agostando el suelo. Desertificación En julio de 2017, los paleoecólogos Joel Guiot y Wolfgang Cramer anunciaron en la revista Science que en 2090 la península Ibérica podría llegar a ser como el Sáhara si se sigue aumentando la temperatura media del planeta. Según los expertos, el 75 % del suelo de la Península es susceptible de sufrir desertificación. Además, un 20% del terreno ya se puede considerar desértico.

tunidad importante para mostrar Ecológica, aseguran que el acuerdo a las peticiones que se han hecho en una mayor ambición en mitigación, “sienta las bases para que, en 2020, la calle. “El resultado de esta COP25 adaptación y financiación para hacer los países presenten compromisos es realmente una mezcla, y está muy frente a la crisis climática”, valoró de reducción de emisiones”, aunque lejos de lo que la ciencia nos dice el secretario general de Naciones desde las organizaciones sociales las que es necesario», firmó Laurence Unidas, António Guterres. Desde primeras reacciones ya son de decep- Tubiana, arquitecta del Acuerdo de el Ministerio para la Transición ción, al no responder de forma clara París en 2015.  JANEIRO DE 2020

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Belzuz Abogados debate principais alterações à legislação laboral A

Belzuz Abogados promoveu um pequeno-almoço de trabalho dedicado ao tema “Novidades e principais alterações à legislação laboral - Especial impacto na contratação a termo”. O evento, realizado no Porto, no passado dia 3 de dezembro, contou com a presença de diversos gestores dos mais variados setores de atividade, que assitiram às apresentações sobre as principais novidades previstas decorrentes das recentes alterações à legislação laboral. O “impacto significativo” das alte-

rações do Código do Trabalho relativamente à contratação a termo, assim como as obrigações em termos de formação profissional, a nova medida de apoio à contratação Converte+, bem como a introdução de uma contribuição por rotatividade excessiva, que terá impacto para muitos empregadores, assim como a revogação do regime de banco de horas individual, e o reforço da proteção na paren-

talidade, representaram alguns dos pontos mais relevantes apresentados pelos advogados da Belzuz Abogados aos participantes do encontro. 

Cruz Vilaça Advogados inaugura escritório em Lisboa A Cruz Vilaça Advogados, uma nova sociedade de advogados a operar no mercado nacional, centra a sua atividade na área de direito da União Europeia, direito da concorrência e direitos fundamentais. A sociedade está instalada na Avenida Duque de Ávila, em Lisboa. De acordo com a ”Advocatus”, o principal objetivo assumido pela Cruz Vilaça Advogados passa pelo

“compromisso de procurar soluções inovadoras e ajustadas aos desafios inerentes às suas áreas de especialização, em especial, os representados pela atual fase de transição da Europa e do mundo moderno (digital, energia e ambiente, Brexit)”, como referido pela nova sociedade. Para alcançar esse objetivo, o escritório reúne uma equipa com vasta experiência internacional, onde

se incluem as advogadas Carla Farinhas e Mariana Martins Pereira e os consultores José Guilherme Basto, José Vieira de Andrade, Francisco Costa-Cabral e Franziska Zibold. De salientar ainda Paulo de Almeida Sande, advogado e antigo administrador e diretor do gabinete em Portugal do Parlamento Europeu, que assume as funções de consultor estratégico da nova sociedade. 

Antas da Cunha Ecija distinguida com três prémios “Best Lawyers 2020” A

Antas da Cunha Ecija, sociedade de advogados internacional que presta serviços integrados com foco no direito digital, foi distinguida pelo diretório Best Lawyers com quatro prémios. A edição de 2020 do Best Lawyers atribuiu distinções a Amílcar Silva, nas áreas de corporate law e de mergers and acquisitions law, a Cláudia Leonardo, na área de litigation, e a María Ruiz de Velasco, 44 ACT UALIDAD€

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na área de financial institutions. Para Fernando Antas da Cunha, fundador e managing partner na Antas da Cunha Ecija, “é um orgulho ver a nossa equipa ser reconhecida pelo seu empenho e profissionalismo”. No total, 48 sócios da Ecija localizados em cinco países foram destacados como melhores nas suas respetivas áreas pelo “Best Lawyers”. Este

número corresponde num reconhecimento de mais de metade dos sócios que formam a equipa Ecija global, salienta a sociedade. O “Best Lawyers” é um diretório americano, que destaca anualmente os melhores advogados e sociedades, em diversas jurisdições, tendo por base “um processo de inquérito sofisticado, consciente, racional e transparente” junto dos pares. 


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ADVOCACIA E FISCALIDADE

Operações de fusão e aquisição em Portugal ascendem a 8.400 milhões de euros O s três setores em destaque entre as operações de fusão e aquisição Portugal são o imobiliário, o tecnológico e o financeiro. Ainda assim, os negócios imobiliários decresceram, no período compreendido entre janeiro e novembro de 2019, cerca de 2%. Por outro lado, o setor tecnológico apresentou um crescimento de 27% e o financeiro de 15%. Entre os principais negócios ibéricos, destaque para a compra por parte do Santander da fintech especializada em câmbios Ebury. O banco pagou 350 milhões de libras esterlinas (cerca de 400 milhões de euros) para

controlar 50,1% da empresa britânica. Outro dos negócios em destaque foi a venda da Partex à PTTEP, uma empresa tailandesa, cotada em Bolsa, pela Fundação Calouste Gulbenkian. “Os investimentos realizados por fundos de private equity somaram 33 negócios até novembro, o que representa uma redução de 15,38% se comparado ao mesmo período de 2018. Em relação aos valores investidos, apenas oito destes negócios tiveram valores divulgados, que somaram 1.590 milhões de euros”, de acordo com a “Transactional Track Record” (TTR).

No universo jurídico, a sociedade de advogados Morais Leitão destacou-se no ranking de assessores jurídicos, contabilizando até ao momento operações no montante global de 1.432 milhões de euros. Em segundo lugar, encontra-se a RRP Advogados, que entre janeiro e novembro de 2019 totalizou o valor estimando de 1.052 milhões de euros. Ainda no top 3, posiciona-se a Uría Menéndez – Proença de Carvalho. A sociedade liderada por Bernardo Ayala e António Villacampa somou até ao momento, em assessorias jurídicas, 658 milhões de euros. 

Abreu Advogados abre um novo centro de cibersegurança

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Abreu Advogados vai abrir um novo security operations center (SOC) português, designado por Abreu SOC, o qual utiliza inteligência artificial e está integrado nas instalações da sociedade de advogados. Este recente centro de informação e segurança está na “vanguarda da tecnologia para o tratamento cuidado dos ativos (informação, redes e sistemas) geridos pela sociedade, fomentando a expansão da capacidade da Abreu em matéria de cibersegurança e indo ao encontro da crescente exigência do

mercado para a proteção da informação”, nota a sociedade. Com esta solução, a Abreu potencia a sua capacidade de prevenção e proteção da informação, prosseguindo o caminho que tem percorrido de diferenciação, de inovação tecnológica e na aposta na eficiência para a proteção de dados numa era de novos desafios à transformação digital. O Abreu SOC está em funcionamento desde setembro, tendo já realizado milhares de testes, promovendo a formação da equipa e a afinação dos procedimentos de suporte às atividades de cibersegurança. Trata-se de um serviço completo que visa assegurar o reforço da segurança da informação gerada e

guardada pela sociedade de advogados mas também dos seus clientes e parceiros, dentro e fora do setor da advocacia e justiça. Com esta solução, a Abreu potencia a sua capacidade de prevenção e proteção da informação, prosseguindo o caminho que tem percorrido de diferenciação, de inovação tecnológica e na aposta na eficiência para a proteção de dados numa era de novos desafios à transformação digital. “A Abreu orgulha-se de poder apresentar um novo serviço que espelha uma aposta clara em transformação digital, em especial na área da cibersegurança, tendo como referência as maiores organizações multinacionais, independentemente do seu setor e dimensão. A nossa ação foi estruturada tendo como objetivo estabelecer a cooperação com outras entidades do setor e com organizações na área da cibersegurança”, segundo frisou João Cupertino, responsável de IT da Abreu Advogados.  JANEIRO DE 2020

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CRS Advogados participa em eventos de captação de investimento para Portugal A

Cruz, Roque, Semião e Associados iniciou a sua atividade em 2015 com três sócios fundadores, Nuno Pereira da Cruz, Raquel Galinha Roque e Telmo Guerreiro Semião. A CRS Advogados participa este mês com os sócios Nuno Pereira da Cruz e Raquel Galinha Roque em eventos internacionais no Brasil e África do Sul para a apresentação dos incentivos existentes ao investimento em Portugal. A sócia Raquel Galinha Roque participa hoje e amanhã na cidade de Joanesburgo no “O Golden Visa Português”, evento focado nas vantagens do programa em Portugal. No Brasil, os eventos decorreram

no Rio de Janeiro e São Paulo em formato de mesa redonda com vários empresários brasileiros, representantes dos setores da construção civil, financeiro,

tecnológico e de serviços. Nuno Pereira da Cruz (na foto), managing partner da CRS Advogados refere que os serviços jurídicos solicitados se focam em grandes investimentos, e em especial no setor imobiliário. A Cruz, Roque, Semião e Associados foi lançada em 2015, tendo como sócios fundadores Nuno Pereira da Cruz, Raquel Galinha Roque e Telmo Guerreiro Semião. Atualmente, esta sociedade full service ” foca-se no direito empresarial, estando especialmente vocacionada para as áreas de atuação de contratualização e contencioso. 

Pedro Melo coordena livro sobre contratação pública internacional P edro Melo, sócio da Miranda, coordenou o livro “International Public Procurement”, lançado no passado dia 7 de novembro, no Luxemburgo. A obra reúne oito capítulos, que fazem a síntese das últimas novidades em matéria de contratação pública na Alemanha, Espanha, Itália, Luxemburgo, Portugal, Estados Unidos da América, Brasil e Angola, e descreve as regras essenciais em vários domínios, como projetos de infraestrutura, energia, água e resíduos, construção e transporte, adinata a “Advocatus”. O capítulo da jurisdição angolana tem como autores os advogados Renato Guerra de Almeida, associado coordenador da Miranda, e do associado Luís Borba

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Rodrigues, do escritório angolano Fátima Freitas Advogados. Em fevereiro de 2019, Pedro Melo deixou a PLMJ, ao fim de 17 anos nesta sociedade, para integrar a Miranda & Associados, na equipa de coordenação da área de direito público e regulatório do escritório em Lisboa. A Miranda & Associados tem, atualmente, 29 sócios. Pedro Melo tem desenvolvido a sua prática na área do direito público, sendo especializado em contratação pública, contencioso administrativo e arbitragem, direito da construção, direito da energia e direito dos transportes. É presidente da comissão de

Direito Administrativo da União Internacional de Advogados e leciona na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e na Universidade Católica. Licenciado em Direito, pela Fa c u l d a d e de Direito da Universidade de Lisboa, tem duas pós-graduações: uma em Direito Administrativo, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e outra em Direito da Energia, pela Faculdade de Direito da Universidade Autónoma / Instituto Francês do Petróleo, sendo ainda mestre em Direito Administrativo, pela Faculdade de Direito da Universidade Lisboa. 


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Sérvulo lança rede internacional de escritórios

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Sérvulo vai lançar uma nova rede, a Sérvulo Latitude, que pretende estabelecer novas parcerias estratégicas. O objetivo é o de servir os clientes e assessorar potenciais investidores. Esta nova rede multilateral de parcerias estratégicas vai passar a coordenar várias jurisdições do mundo, o que lhes permite “posicionarem-se de forma mais competitiva e polivalente na prestação de serviços jurídicos, numa escala multi-jurisdicional”, de acordo com a “Advocatus”. “A rede Sérvulo Latitude traduz um conceito de proximidade entre sociedades de

advogados de referência nas jurisdições lusófonas e com raízes comuns, assente na confiança mútua e num vínculo flexível e não exclusivo que reflete simultaneamente uma relação de best friends e a autonomia e independência de cada sociedade”, segundo Paulo Câmara (na foto), managing partner da sociedade, citado pela mesma publicação. Ainda segundo Paulo Câmara (na foto),

o objetivo desta rede formal “é o de servir os nossos clientes e assessorar potenciais investidores de forma integrada num conjunto de jurisdições estratégicas onde a Sérvulo Latitude, marca presença: Portugal continental, Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor-Leste”, conclui.

VFA distinguida como “Best Boutique Law Firm 2019 Portugal”

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escritório Valério, Figueiredo & Associados (VFA) foi distinguido como “Best Boutique Law Firm 2019 Portugal & Recognized Leaders in Insolvency Law pelos Legal Awards 2019”. Os prémios “Legal Awards 2019“, atribuídos pela revista britânica “Acquisition

International”, têm distinguido, ao longo dos últimos anos, diversas sociedades de advogados portuguesas, em várias áreas de especialização. “Estamos felizes com o resultado, mas, para nós, é muito claro que nenhum prémio vale mais do que o reconhecimento dos nossos clientes e a felicida-

Em trânsito:

» A Ferreira Leite, Rua, Pontes & Associados conta agora com Gonçalo Tavares Gomes (na foto) como sócio. O advogado, que integra a sociedade desde 2011, centra a sua área de prática em contencioso, laboral e societário. Com a promoção de Gonçalo Tavares Gomes, “a sociedade continua a apostar na sua política de crescimento, contando agora com quatro sócios”, de acordo com um comunicado do escritório.

de dos nossos advogados.”, referiu o sócio da VFA, Paulo Valério, citado pela “Advocatus”. A VFA é uma sociedade de advocacia que foi criada em 2016 e que conta com escritórios em Lisboa e em Coimbra.

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ ccile.org Fotos DR

departamento de resolução de litígios. Diogo Castanheira Pereira centra a sua área de prática em direito civil, processual civil, arbitragem e penal e colabora com a sociedade desde 2010. O evento, organizado pelo “Euromoney Legal Media Group”, premeia advogados com menos de 40 anos que se destaquem nos diretórios do grupo, cujas entradas se baseiam, nomeadamente, em peer review e entrevistas com clientes.

» Hugo de Almeida Pinho, diretor jurídico da Siemens Healthineers, recebeu o prémio “In-House Counsel of the year” no setor de farmacêutica, saúde e bem-estar. O prémio, atribuído pela “Iberian Lawyer”, distingue os melhores advogados de empresa » Diogo Castanheira Pereira, advogado associado da Península Ibérica em diversas categorias e setoda CMS Rui Pena & Arnaut, venceu o prémio de res de atividade. Neste caso, o prémio distinguiu o “Rising Star Portugal”, na categoria de contencioso, trabalho desenvolvido pelo advogado português na área onde tem desenvolvido a sua carreira, ligado ao Siemens Healthineers, onde está desde 2016. JANEIRO DE 2020

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sector inmobiliario

JPS e Albatroz investem 300 milhões de euros no Royal Evolutee Óbidos A

região Oeste é o novo alvo do JPS Group, que se juntou ao Grupo Albatroz para investir 300 milhões de euros no desenvolvimento de um «velho novo resort». Trata-se do Royal Evolutee, o novo complexo de cinco estrelas que vai nascer no lugar do antigo Royal Óbidos. Ao abrigo desta joint-venture, o JPS Group uniu-se ao grupo Albatroz, detentor do projeto, assumindo a promoção da componente imobiliária do Evolutee Hotel – Royal Óbidos Spa and Golf Resort 5*, que prevê 600 novas unidades residenciais com vista para a lagoa, mar e golfe - as designadas Royal Evolutee Villas and Apartments. Neste “condomínio exclusivo”, os residentes do Royal Evolutee Villas & Apartaments poderão usufruir de piscinas privativas e dos vários serviços da «unidade hoteleira de cinco estrelas», incluindo o club

house, a piscina exterior de horizonte infinito, o ginásio e o Spa. O campo de golfe desenhado por Severiano Ballesteros – considerado um dos melhores do país, e onde terá lugar o Portugal Open 2020 – é outra das valências que promete atrair os potenciais compradores deste projeto. Os preços irão oscilar entre os 670 mil e pouco mais de um milhão de euros. A comercialização das primeiras 44 moradias já arrancou, com os lotes de terreno mais pequenos a rondarem os 1.000 m² cada.

Até à data tinham já sido vendidas dez destas unidades. Nesta primeira fase, também estarão disponíveis para venda os apartamentos turísticos, disponíveis nas tipologias T1 e T0 com entradas independentes, permitindo maximizar a sua rentabilidade, e cuja obra deverá ficar concluída em março de 2020. O JPS Group garante uma yield de 5% o que, diz em comunicado, “torna este produto extremamente atrativo”. “Nós propomos o expoente máximo do luxo, a preços considerados acessíveis para o segmento em causa”, diz o CEO do JPS Group, João Sousa, sublinhando que «quem quer e pode pagar pelo luxo, também olha para as boas oportunidades e para os preços reais do mercado”. E, #como os preços são bastante acessíveis para o segmento, é importante ter um grande rigor e critério nas vendas”. 

CBRE aumenta portefólio de edifícios sob gestão

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departamento de Property Management da CBRE, consultora imobiliária líder de mercado, é agora responsável pela gestão do portefólio de ativos do CCP 5 LL, um fundo de investimento aconselhado pela Tristan Capital Partners, em Lisboa.

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O portefólio é composto por sete edifícios que ocupam 39 mil metros quadrados de escritórios, todos localizados nas zonas mais atraentes da cidade. Com esta nomeação da gestora imobiliária britânica, a CBRE passa a gerir mais de 1.1 milhões de metros quadrados de área de escritórios, integrados no seu portefólio de Office, Logistics and Industrial que contempla atualmente 71 imóveis. Frederico Mondril, diretor associado de Gestão de Imóveis na CBRE, afirma que “a principal missão do Property Management da CBRE na

Gestão de Escritórios é passar de uma gestão focada apenas no edifício em si e nas suas facilities para um tipo de gestão mais centrada na experiência dos utilizadores, considerando programas específicos pensados para dinamizar e melhorar diariamente essa experiência. Estes novos edifícios vêm permitir a materialização da nossa visão, tornando-se mais interessantes para os investidores que procuram no centro da cidade conceitos mais inovadores de escritórios”. A CBRE era já responsável pela gestão de activos da Tristan Capital Partners na Europa, alargando agora a sua área de atuação para Lisboa. 


sector inmobiliario

setor imobiliário

Edifício Pacífico: um novo espaço com comércio e hotel Porto A

pós várias décadas de abandono, o edifício localizado à face da Avenida Fernão Magalhães, no Porto, vai dar lugar a novos espaços comerciais, serviços, escritórios, residências com serviços e um hotel. O projeto, com assinatura da Lucios Real Estate, conta com um investimento de 97 milhões de euros e prevê a conclusão para o último trimestre de 2022. Assim nasce o Edifício Pacífico, que vai ocupar a área de cerca de 49 mil metros quadrados, com espaços comerciais (supermercado), serviços (ginásio), escritórios, residências com serviços e um hotel. Com um investimento de 97 milhões de euros, a Lucios Real Estate prevê que este novo projeto vá permitir a criação de mais de 800 postos de

trabalho. O empreendimento será construído em plena harmonia com os edifícios e arruamentos circundantes. No total, são quatro novos volumes, onde haverá também um parque de estacionamento público. Serão também feitas alterações no âmbito do domí-

nio público, nomeadamente, com a criação de uma praça pedonal e alargamento da Rua dos Abraços para facilitar os acessos e libertar o fluxo de trânsito da Avenida Fernão Magalhães. De acordo com a administração do grupo Azevedo’s, detentor da Lucios Real Estate, “este é, provavelmente, o grande projeto do centro do Porto dos últimos anos, pelo que temos em mãos um desafio que exige uma enorme responsabilidade. A construção existente representa um grave problema de interesse público, apresentando um desenho pesado e desajustado à atual realidade da cidade. O nosso principal objetivo é devolver este espaço à comunidade, promovendo negócios, emprego e novas dinâmicas”. 

Heden Santa Apolónia: nasce o mais sustentável espaço de coworking do país A caba de inaugurar ”o mais sustentável espaço de coworking do país”. Com localização privilegiada no novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, instalado num dos emblemáticos edifícios de autoria do Arq. Carrilho da Graça, o Heden Santa Apolónia é um espaço de 1000m2 com salas privadas, open space e um auditório para 120 pessoas. Este novo espaço de coworking vai incorporar uma central fotovoltaica para autoconsumo (cerca de 100 painéis solares e uma potência instalada de 30kWp), capaz de alimentar a grande maioria das suas necessidades energéticas, e ainda uma fachada verde bioclimática que, graças ao seu potencial de arrefecimento passivo, irá reduzir (20% a 30%) a potência necessária para o sistema de climatização. A estas características juntam-se a iluminação LED de baixo con-

sumo e a incorporação de materiais de construção eficientes (madeiras nativas, bambu e cortiça, entre outros). O novo Heden Santa Apolónia é fruto de um investimento global de 300 mil euros, em parte financiado por pequenos investidores através da plataforma da Go Parity – plataforma de crowdlending para projetos de cariz sustentável. A preocupação com a sustentabilidade e o ambiente é um dos grandes pilares da marca que, desde a sua génese, em 2017, faz parte da Coopérnico, a primeira cooperativa portuguesa de energias renováveis, uma parceria que permite, aos espaços Heden, contribuírem ativamente para o offset do consumo de energias fósseis na grelha elétrica nacional. Os espaços Heden partilham ainda de outra característica comum: a escolha cuidada da sua localização, central e bem servida

de transportes públicos, para permitir chegar a um dos coworks de forma rápida, cómoda e amiga do ambiente. Criada com o objetivo de proporcionar um ecossistema empreendedor, estimulante, inclusivo e sustentável para freelancers e nómadas digitais de todo o mundo, a marca portuguesa de hubs criativos de coworking Heden conta já com dois espaços em Lisboa – o Heden Graça e o Heden Chiado, e anuncia agora a abertura do novo espaço em Santa Apolónia, que conta já com a Iron Hack, reconhecida escola de programação internacional, como principal inquilino para 2020. Cloudflare, Marley Spoon, e Flaner são algumas das marcas que ocupam atualmente os espaços do Chiado e Graça. Além da sustentabilidade, os espaços Heden distinguem-se também ao nível da oferta de serviços. 

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“A Europa desenvolve-se na perspetiva de que os mais fortes ajudam os mais fracos”

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A estratégia ibérica na discussão sobre o novo quadro financeiro plurianual europeu dominou a intervenção do ministro do Planemaneto Nelson de Souza, num almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, no passado dia 29 de novembro, em Lisboa. O Governo português está no grupo de países que defendem que a verba do próximo Quadro Plurianual Europeu corresponda a pelo menos 1,16% da riqueza produzida pelos Estados membros. Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

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m novembro, a Comissão te para os Assuntos Económicos Consciente desse abrandamenEuropeia reviu em baixa a e Financeiros, referiu, na altura, to, o ministro do Planeamento, expectativa de crescimento que “a falta de recuperação marca Nelson de Souza, sublinhou à da economia da zona euro uma mudança em relação às pre- plateia de empresários e gestores em 2019 para os 1,1% e apontou visões anteriores”, acrescentando presente no evento realizado pela um salto de 1,2% em 2020. Pierre que “vamos entrar num período Câmara de Comércio e IndúsMoscovici, o comissário cessan- de crescimento mais moderado”. tria Luso-Espanhola, no passado

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05 dia 29 de novembro, em Lisboa, que a discussão em curso sobre o próximo quadro comunitário financeiro plurianual, para os intervalo de anos entre 2021 e 2027, assume ainda maior relevo para os Estados-membros, que têm que saber “como financiar as suas políticas” e como “seguir o seu rumo”. Em causa está determinar qual o valor a disponibilizar, como serão distribuídas as verbas e qual a contribuição de cada país para este quadro comunitário. A estas questões soma-se mais uma variável: a saída ou não do Reino Unido, um dos países que mais contribui para o “bolo” comum. Nelson de Souza advoga que os próprios Estados-membros deveriam seguir “esta boa prática” de ter um orçamento plurianual, que “é suficientemente longo” para permitir a programação das suas

No último Quadro Financeiro Plurianual (20142020), as áreas da Coesão e da PAC levavam a fatia maior do orçamento, 36% e 37%, respetivamente. Essa tendência deverá manter-se no próximo Quadro Financeiro Plurianual (2021-2027)

06 finanças, prioridades e políticas. Em fevereiro de 2018, “Portugal definiu as posições de base para a negociação, depois de uma consulta alargada aos parceiros sociais”, lembrou o ministro, acrescentando que dois meses depois o PS e o PSD acordavam uma declaração conjunta face a esta matéria. Em maio do mesmo ano, a Comissão Europeia apresentou as suas propostas para o Quadro Financeiro Plurianual 2021 – 2027, bem como os regulamentos das políticas setoriais para a coesão, agricultura, etc. O ministro sublinha que este é um tempo de reflexão que requer “grande responsabilidade dos dirigentes políticos e de todos os Estados-membros”. Estas declarações aconteceram antes da reunião do Conselho Europeu, nos dias 12 e 13 de dezembro, altura em que os JANEIRO DE 2020

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chefes de Estado e governo da UE, acordaram que as negociações do próximo QFP para 2021-27 vão entrar numa fase de contactos bilaterais conduzidos pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Recorde-se que a proposta da Comissão Europeia aponta para um orçamento de 1 135 mil milhões, correspondente a 1,11% do Rendimento Nacional Bruto (riqueza produzida pelos Estados membros), abaixo do anterior Quadro 2014-2020, que equivalia a 1,16%, mas acima dos 1087 mil milhões propostos pela cessante presidência finlandesa da UE, (1,07% do rendimento nacional bruto). Já o Governo português defende que o valor total corresponda a 1,16% do rendimento nacional bruto (RNB). Valor que “salvaguarda o financiamento de 52 ACT UALIDAD€

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Portugal defende um reforço das novas prioridades europeias, que passam por; apoiar a digitalização, apoiara a integração dos migrantes, reforçar a segurança e a proteção das fronteiras uma Política Agrícola Comum (PAC) modernizada e de uma Política de Coesão orientada para o futuro”. Nelson de Souza realçou que “como ponto de partida para a negociação, Portugal defende que

a dimensão do próximo QFP não pode ser inferior ao atual período de programação” ou seja “uma percentagem de 1,16 % do RNB da UE27 (equivalente ao período atual sem o Reino Unido). À plateia de empresários de gestores, o ministro explicou que só assim, com o aumento de 0,05% face à proposta da Comissão se poderia “anular por completo a redução de 11% da política de Coesão prevista no QFP apresentado pela Comissão; criar adicionalmente margem suficiente para suportar as nossas pretensões na PAC, para mitigação da forte redução dos recursos previstos no Pilar II / Desenvolvimento Rural (cerca de 400 milhões de euros, a preços correntes), bem como antecipar a convergência dos pagamentos por hectare no Pilar I”. Não tendo havido acordo defi-


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11 nitivo sobre o QFP, no Conselho Europeu de dezembro, o tema transita para a próxima presidência da UE, que será da responsabilidade da Croácia, e o ministro do Planeamento teme que, se nada for acordado, a discussão ainda prossiga no segundo semestre de 2020, altura em que a Alemanha presidirá à UE. A divergência assenta no fac- 11616 milhões de euros e 9882 to de que “quem paga não quer milhões de euros, respetivamente. pagar tanto e quem recebe quer Recorde-se que o valor do QFP continuar a receber”, sintetizou soma os recursos próprios da EU, Nelson de Souza, acrescentando já que as receitas de importação que há um grupo de países, dos pertencem à EU e não aos Estaquais Portugal Espanha fazem dos membros, aos valores com parte, que defende a manutenção que cada Estado participa. do valor do último Quadro Fi- No último Quadro Financeiro nanceiro Plurianual, e há outro, Plurianual, as áreas da Coesão e formado pelos países do Norte da da PAC levavam a fatia maior do Europa e pela Alemanha, Áustria orçamento, 36% e 37%, respetie Holanda, que defende que o va- vamente. Essa tendência deverá lor deve baixar e que o seu con- manter-se no próximo Quadro tributo também deverá ser menor. Financeiro Plurianual, já que para A Alemanha, o Reino Unido e a a área da “Coesão territorial, ecoFrança foram os países que mais nómica e social” estão propostos contribuíram para o último orça- 323 mil milhões, a serem distrimento. A Polónia lidera, destaca- buídos pelos envelopes nacionais. damente, a lista de beneficiários, Para Portugal e para Espanha, esta com 51113 milhões de euros. é uma área de apoio fundamental Portugal e Espanha situam-se no O ministro do Planeamento susmeio dessa lista, tendo recebido, tenta que “para a Política de Coe-

12 são, Portugal terá que reafirmar algumas das suas ‘linhas vermelhas’ relativamente a outros pontos que serão igualmente muito relevantes para garantir a absorção plena das dotações a que teremos direito”, nomeadamente “a manutenção do nível das taxas de cofinanciamento 13 dos fundos estruturais; a manutenção das regras de anulação (a “chamada” regra n+3); a manutenção dos níveis de pré-financiamento; alguma flexibilidade nas regras relativas à concentração temática (FEDER e Fundo de Coesão). “A Europa desenvolve-se na perspetiva de que os mais fortes ajudam os mais fracos, ou seja os que têm necessidade de convergir com os padrões europeus, para que o todo beneficie”, salienta o ministro português do Planeamento, acrescentando que “foi isto que garantiu a dinâmica de crescimento dos países da UE”. À discussão sobre o próximo QFP “é preciso juntar esta visão estratégica que tem alicerçado a evolução da UE”, frisa o governante, temendo que “esteja a perder-se a noção de solidariedade” Portugal defende um reforço das JANEIRO DE 2020

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novas prioridades europeias, que passam por; apoiar a digitalização, apoiara a integração dos migrantes, reforçar a segurança e a proteção das fronteiras. Como “nada está decido até que tudo esteja decidido”, ou seja as negociações estão em curso, “não há decisões tomadas, ainda não se

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perdeu nem ganhou nada”, rema- muito mais pelo seu “instrumentou o ministro. No entanto, ob- to mais poderoso no domínio da servou ainda que “o atraso na de- microeconomia para responder ao cisão perturba a economia, num contexto menos favorável que se momento em que temos maior avizinha”. incerteza económica”. Nelson Após a obtenção do acordo sode Souza afirmou que “a Europa bre o QFP, segue-se a aprovação precisa de estímulos económi- dos Regulamentos setoriais (Polícos”, pelo que não pode esperar tica de Coesão, PAC, etc.). 

01. O ministro do Planeamento, Nelson de Souza 02. Nelson de Souza, Marta Betanzos, Luís de Castro e Almeida e Vitor Fernandes 03. Pedro Moryon, Lourdes Meléndez, Enrique Hidalgo, José Catarino Tavares, Susana Santos e Francisco Montalban 04. Enrique Hidalgo 05. Sadayoshi Takagawa, Tânia Guerra e José Fonters 06. Rita Vaqueiro, Catarina Aparício, Juan Santos e Fernando Alves 07.Fernando Velasco, José Aser Castillo, Sonsoles Ludeña e Leonor Chastre 08.Begoña Iñiguez, Alejandro Bautista, Artur Manzanares, Margarita Hernández e Luisa Cinca Patrocínios:

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09.Joaquim Amaro, João Monteiro e Carla António 10.Santiago Salazar, Miguel Seco, Carla Martins, Carlos Suárez e Jose Gabriel Chimeno 11.Monica Ariza, Belén Lorente, Jose Fernández Otero, Bernardo Pinheiro-Torres e Bernardo Palacios 12.José Lucas, Maria Almeida, Joana Carvalho e Tiago Martins 13. O evento promovido pela CCILE reuniu mais de uma centena de empresários e gestores 14.Sebastião Beltrão, Dulce Mota, Bernardo Pinheiro-Torres e Joana Carvalho 15.José Augusto Nicolau, Francisco Contreras, Leonídio Paulo Ferreira e Alejandro Bautista 16.Margarita Hernández, Antonio Carmona, Pedro Moriyón e José Catarino Tavares 17.Jose Aser Castillo, Natalia Briales e Lourdes Meléndez


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Reunião da Junta Directiva da CCILE faz balanço de um ano

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

o passado dia 12 de dezembro, a sala da administração da nova sede do Banco Santander em Lisboa acolheu a última reunião do ano da Junta Diretiva da Câmara de Comércio e Indústria LusoEspanhola (CCILE). O encontro contou com a participação de diversso membros do Conselho Consultivo da CCILE. Marta Betanzos, embaixadora de Espanha em Portugal e presidente de honra da Câmara, e o recentemente nomeado conselheiro Económico e Comercial da Embaixada de Espanha, Pedro Moriyón, marcaram igualmente presença nesta reunião, tendo a embaixadora reafirmado o apoio da Embaixada de Espanha às atividades desenvolvidas pela Câmara, destacando o papel desta entidade no apoio e dinamização empresarial no espaço ibérico. No arranque dos trabalhos da última reunião de 2019 da Junta Diretiva da CCILE, Enrique Santos, que preside a este órgão, agradeceu a presença de todos os diretivos da Câmara, com um agradecimento especial pela presença de Marta

Betanzos, assim como de António Vieira Monteiro e de Pedro Castro e Almeida, presidente e presidente executivo do Banco Santander, respetivamente. Posteriormente, Enrique Santos deu início à ordem de trabalhos do dia, tendo resumido as principais atividades desenvolvidas pela Câmara ao longos do exercício de 2019, nas suas diferentes áreas: de promoção, formação e informação, etc. e aproveitando ainda a oportunidade para fazer referência a algumas atividades previstas para o exercício de 2020, que agora se está a iniciar. Na reunião, alguns membros da Junta Diretiva avançaram com diversas propostas de iniciativas que consideram relevantes para a dinamização da Câmara, como, por exemplo, a abertura de uma delegação da Câmara no Porto para “acompanhar e apoiar uma região com uma

forte dinâmica empresarial e com relações muito estreitas com o mercado espanhol”, como salientaram. Por sua vez, Eduardo Serrra Jorge, vice-tesoureiro da Câmara, apresentou os resultados correspondentes às contas e balanço do exercício de 2019, tendo-as classificado como equilibradas, como resultado de uma “gestão cuidada”, centrada no controlo dos gastos e no aumento das receitas, através da prestação de serviços retribuídos. Na sua qualidade de vice-presidente da Câmara, António Vieira Monteiro, anfitrião do encontro, agradeceu a presença de todos e elogiou o trabalho desenvolvido pela Junta Diretiva. 

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Queijo de São Jorge DOP chegou às mesas portuguesas no Natal A

LactAçores continua a apresentar saborosas sugestões para partilhar à mesa com família e amigos, em ocasiões especiais, ou para oferecer. A Mariquinhas foi à Ilha de São Jorge e conheceu o lendário Queijo São Jorge DOP com mais de 500 anos de história. Foi amor à primeira vista, apesar da diferença de idades. Como não se conseguiu decidir por qual gostava mais, trouxe consigo o Queijo São Jorge DOP de quatro, sete e 12 meses de cura. Delicie-se com esta combinação provável com o conjunto São Jorge DOP acompanhado por um Licor de Ginja Mariquinhas num kit com três mini queijos São Jorge DOP com curas de quatro, sete e 12 meses e um licor. Este conjunto está à venda em diversas grandes superfícies, pelo preço recomendado de 9,99 euros. E para surpreender os amantes de queijo, a LactAçores apresenta duas meias fatias de queijo São Jorge DOP com curas de sete e 12 meses (na foto). Este kit pode ser adquirido em diversas lojas, tendo com o preço de venda recomendado 4,49 euros. 

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Vinho do Porto ganha destaque na Rua das Flores

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om o objetivo de trazer uma presença forte do mais icónico produto portuense – o Vinho do Porto – para uma das principais artérias comerciais da cidade, o grupo Sogevinus (que detém marcas reconhecidas como a Cálem, a Kopke, a Burmester e a Barros) abriu uma loja na Rua das Flores. O novo espaço ocupa uma área de 160 metros quadrados e posiciona-se como um local de experiências. Aqui, para além de encontrar todas as referências que integram o portefólio das várias marcas do grupo, é possível fazer provas combinadas de vinhos e aprender mais sobre aquilo que distingue os diferentes tipos de vinhos do Porto e do Douro, ou optar por fazer um pairing com chocolate e queijos. Há ainda degustações de vinho a copo (com várias sugestões de Porto branco, ruby ou tawny e DOC Douro) e de cocktails feitos à base de vinho do Porto, que poderão ser acompanhadas por outros sabores de produtos nacionais como o queijo, o azeite ou o pastel de nata. A ideia é chegar a diferentes tipos de consumidores, mostrando a versatilidade do vinho do Porto e a sua capacidade

para se adequar a diferentes momentos de consumo. “A abertura desta loja prende-se com a vontade do grupo ter uma presença na cidade do Porto”, revela Maria Manuel Ramos, diretora de Turismo da Sogevinus. “A escolha da localização na Rua das Flores foi estratégica, na medida em que se trata atualmente de uma das artérias mais trendy e icónicas da cidade, pelo que faz todo o sentido que o Vinho do Porto, um dos elementos mais fortes da identidade portuense, tenha aqui uma representação de destaque”. Para além de se dirigir aos turistas, a nova loja pretende também aproximar-se dos habitantes locais. O mais recente projeto da Sogevinus ocupa uma das mais antigas lojas desta artéria portuense, num edifício que data de 1523, construído pouco tempo após a abertura da rua, e agora reabilitado. O cuidado com a preservação da memória é visível, não apenas na fachada do edifício, mas também no interior da loja, onde, entre outros elementos, é possível encontrar uma garrafeira que dá a conhecer as colheitas vintage de todas as marcas do grupo. 


vinos & Gourmet

Terras de Lava Tinto Reserva: o melhor da Ilha do Pico A

Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (CVIP PicoWines) tem a sugestão ideal para acompanhar a sua consoada e celebrar os bons momentos, o vinho Terras de Lava Tinto Reserva. Num mês em que as mesas dos portugueses se enchem de iguarias típicas, não há melhor que um bom vinho para as acompanhar. Bernardo Cabral, o enólogo consultor da CVIP - PicoWines, afirma, “Este vinho tem grande aptidão gastronómica, acompanhando bem carnes vermelhas, pratos condimentados e queijos maturados. Tudo o que nesta altura festiva se pode encontrar em casa dos portugueses, daí ser a opção ideal para esta época.” Terras de Lava Tinto Reserva, após a fermentação, estagiou durante 14 meses, grande parte em barricas de carvalho francês e o restante em barricas de carvalho português. Como resultado, surgiu um vinho de cor rubi muito apelativa, com um aroma de ameixas pretas, mentol, chocolate preto e especiarias. A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico continua a apostar na qualidade para oferecer e levar aos portugueses o que de melhor se faz na Ilha do Pico. Após um período de preparação e organização, seguido de construção da sede, a Adega Cooperativa inicia a sua produção em 1961 com as castas nobres, Verdelho, Arinto e Terrantez do Pico. O primeiro vinho da CVIP, com o nome “Pico”, é lançado no mercado em 1965. Surgiram alguns obstáculos à produção de vinhos do Pico, e num contexto de querer recuperar um passado que já fora de esplendor e glória surge a cooperativa do Pico na Madalena e, em 1972 tornou-se óbvio que teria de se produzir vinho também a partir de uvas tintas e de castas americanas. Por questões de rentabilidade, surgem, assim, novos vinhos, que marcam também a história do Pico. A entrada do enólogo Bernardo Cabral, em 2017, marca uma nova etapa na vida destes vinhos, pois são introduzidos os primeiros monocastas assumindo o terroir vulcânico dos vinhos do Pico. Atualmente, a Cooperativa do Pico é liderada por Losménio Goulart, que “se tem preocupado em fomentar o processo de produção do vinho, tornando-o cada vez mais uma referência de muita qualidade”. 

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Wines by Heart: viagem gastronómica numa garrafeira premium A

Wines By Heart é uma garrafeira premium, com uma verdadeira wine experience, que “nasce do profundo conhecimento e paixão pelo vinho dos amigos e sócios Guilherme Corrêa, Henrique Mignoni, Igor Beron e Rômulo Mignoni”. Uma proposta inovadora, que reúne, no coração de Lisboa, produtores portugueses e internacionais num espaço onde se pode adquirir, provar e “harmonizar os melhores vinhos com uma gastronomia de excelência”, afiançam os promotores da iniciativa. Inspirados nas visitas às melhores garrafeiras e wine bars ao redor do mundo, Guilherme, Henrique, Igor e Rômulo identificaram Portugal como o país ideal para criarem um espaço moderno, sofisticado, elegante e funcional. Este projeto tem o objetivo de proporcionar uma viagem inesquecível por uma garrafeira onde podem ser encontrados aproximadamente 1.100 referências, e um wine bar com uma coleção de mais de 80 vinhos a copo, onde se pode apreciar uma cozinha alinhada com o vinho. A garrafeira apresenta a essência do vinho na sua magnífica diversidade de terroirs, com as melhores propostas de cada país, região, estilo e preço, em perfeito acondicionamento, com garrafas deitadas e bem climatizadas. Nesta primeira fase, a Wines By Heart conta com vinhos de 14 países como Portugal, França, Itália, Espanha, Alemanha, Hungria, Áustria, Eslovénia, Líbano, Argentina, Chile, Estados Unidos, México, Austrália e outros mais a caminho. Na garrafeira, 60% dos vinhos são portugueses e os outros 40% são importados diretamente pela Wines by Heart, além daqueles fornecidos por parceiros focados em grandes vinhos.  Textos Olga Hernández colga@ccile.org Fotos DR JANEIRO DE 2020

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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Indra, parceira de projeto de sistemas de aterragem por satélite nos aeroportos europeus A

Indra é um parceiro chave da aliança europeia GBAS, que se prepara para começar a implementar sistemas de aterragem assistida por satélite de última geração, em aeroportos de toda a Europa, para aumentar a capacidade das pistas de até 6% nos períodos de maior tráfego. Os sistemas GBAS permitem que as aeronaves realizem descidas mais pronunciadas, breves e precisas, o que poupa combustível e reduz o ruído e as emissões de CO2, aumentam, por outro lado, a capacidade do aeroporto: tornam possível que as aeronaves sigam diferentes rotas de descida na sua aproximação às pistas para evitar as turbulências deixadas pelo avião precedente. Os sistemas GBAS complementam – e, no futuro, substituirão – os sistemas de aterragem por instrumentos que atualmente são usados nos aeroportos. A aliança europeia GBAS representa o trabalho conjunto de aeroportos, companhias aéreas, fornecedores de serviços de navegação aérea e fabricantes para uma implementação coordenada e sincronizada de sistemas terrestres

de amplificação. O objetivo é que os primeiros trabalhos de implementação se iniciem este ano e ganhem força em 2020. Estarão centrados mais especificamente em reforçar a precisão das aproximações em condições de escassa visibilidade. Uma implementação sincronizada do GBAS para as operações de escassa visibilidade (GBAS GAST D para categorias II e III) resultará em benefícios ambientais, económicos, de capacidade e de segurança para os aeroportos, companhias aéreas e fornecedores de serviços de navegação aérea. A Indra impulsionou durante anos o desenvolvimento dos sistemas GBAS e é um dos fundadores desta aliança europeia. Contribui para a mesma com um dos elementos tecnológicos chave: o sistema NORMARC GBAS, que faz parte das soluções Indra Air Solutions, sendo capaz de guiar uma aeronave mesmo em con-

dições de visibilidade mais reduzida (CAT II e III). A tecnologia está pronta e o objetivo, agora, é conseguir que a infraestrutura e o ambiente regulatório estejam preparados. “A boa resposta a esta iniciativa é encorajadora”, afirma Hugo Moen, diretor-geral de vendas GBAS na Indra. “As transportadoras aéreas estão reticentes em investir em recetores GBAS para aeronaves, dado que poucos aeroportos dispõem da infraestrutura necessária e, em sentido inverso, os aeroportos ou fornecedores de serviços de navegação não estão a realizar investimentos, porque poucas aeronaves podem utilizar este sistema”, adverte, todavia, Hugo Moen. 

ITSector compra tecnológica Bitmaker A ITSector, empresa portuguesa especializada no desenvolvimento de software e na transformação digital para o setor financeiro, anunciou esta manhã a aquisição da Bitmaker, tecnológica portuguesa com competências ao nível da engenharia de software e design e que conta com clientes de referência no mercado nacional e internacional, como a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a

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Câmara Municipal do Porto, Associação de Turismo do Porto, Tonic App, Infraspeak, Cisco, Foehn, Sodexo, Impulzity, entre outros. Com a aquisição da Bitmaker, a ITSector pretende incrementar a implementação de projetos noutras áreas de negócio, para além da banca e do setor financeiro, expandindo a sua atividade a nível internacional, a partir da exploração de mercados onde a ITSector já opera,

como o Reino Unido, Alemanha, Suíça e Polónia na Europa, Angola, Moçambique e Quénia no mercado Africano, e Canadá na América do Norte, entre outros. Fundada em 2012, a Bitmaker passa agora a integrar o conjunto de mais de 500 trabalhadores do universo ITSector, mantendo, no entanto, a sua localização na Founders Founders, na Rua do Constituição, no Porto. 


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

Santander investe na plataforma Ebury O banco Santander anunciou “um investimento estratégico na Ebury, excelente facilitadora de trade e comércio exterior para empresas de pequena e média dimensão, no valor de 350 milhões de libras (aproximadamente, 400 milhões de euros)”. O investimento, que faz parte da estratégia digital do Santander para acelerar o crescimento através de novos empreendimentos, irá reforçar os seus serviços de comércio global e continuará consolidando a posição do Santander como banco preferencial para PMEs que já têm ou aspiram a ter relações comer-

ciais a nível internacionalmente nos seus mercados na Europa e nas Américas, bem como posteriormente na Ásia. A Ebury, que opera em 19 países e 140 moedas, tem gerado um crescimento médio anual consistente de 40% nos últimos três anos. Sediada no Reino Unido, a Ebury opera numa plataforma de distribuição única em todo o mundo, fundamentada num modelo de negócios acionado por dados, e oferece uma excelente experiência para o cliente e recursos de produtos. O Santander serve mais de quatro

milhões de clientes PME no mundo, dos quais mais de 200 mil realizam negócios internacionais. Dentro das condições da transação, o Santander irá adquirir 50,1% da Ebury, e o banco espera um retorno superior a 25% do capital investido (RoIC) em 2024. A presidente executiva do grupo Santander, Ana Botín, salientou que “as PME estão a tornar-se cada vez mais globais” e que a “parceria do Santander com a Ebury proporcionará às PME produtos e serviços mais rápidos e eficientes, acessíveis antes apenas para grandes companhias”. 

Casafari levanta cinco milhões de euros para expansão na Europa A

Casafari, a startup que quer construir a base de dados mais completa e limpa do mercado imobiliário no mundo, com aplicações que servem uma variedade de profissionais do setor, anunciou o fim da sua ronda de investimento, onde arrecadou cinco milhões de euros de um grupo de alguns dos maiores investidores da Europa. O investimento inicial tem o intuito de fazer crescer a equipa, desenvolver mais aplicações e acelerar a expansão para outros mercados europeus. Com mais de 70 trabalhadores, 40% da equipa foca-se na pesquisa e engenharia em data science e machine learning. Os investidores que lideram as ronda são os fundos de investimento Lakestar e Round Hill Capital. Lakestar, um dos maiores fundos de Ventures Capital da Europa, já investe em empresas como o AirBnBSkype, Spotify, Glovo, Revolut e faz agora o seu

primeiro investimento em Portugal com a Casafari. “A missão da Casafari é trazer transparência e eficiência ao caótico e opaco mercado imobiliário com recurso a sofisticadas operações de dados e modelos de machine learning. Somos pioneiros

na monitorização automática e garantia de qualidade de mais de dez mil fontes do mercado imobiliário, com atualizações diárias de informação sobre mais de um milhão de propriedades únicas.”, Mila Suhareva, co-fundadora da Casafari. 

Textos Olga Hernández olga@ccile.org Fotos DR JANEIRO DE 2020

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ciência e tecnologia

Ciencia y tecnología

Grupo EDP e o El Corte Inglés promovem projeto pioneiro que certifica em tempo real a origem 100% renovável da energia O grupo EDP e o El Corte Inglés aliaram-se para utilizar de forma pioneira em Espanha a tecnologia de blocos ( blockchain) e saber em tempo real a origem da energia renovável consumida pelos seus centros comerciais de Málaga, Sevilha e de Madrid no Campo de las Naciones. Este acordo enquadra-se no âmbito da relação mantida desde 2003 pelo Grupo EDP e o El Corte Inglés. A elétrica EDP há mais de uma década que fornece energia e trabalha continuamente com a empresa de distribuição comercial para oferecer soluções inovadoras e serviços de valor acrescentado tais como este projeto que agora nasce. A EDP Renováveis, líder mundial no setor das energias renováveis e um dos produtores de energia eólica mais importantes do mundo, e a comercializadora do grupo EDP em Espanha, EDP, colabo-

ram com o grupo líder europeu de grandes armazéns El Corte Inglés para garantir em tempo real a origem renovável da energia consumida nos seus estabelecimentos comerciais de Málaga, Sevilha e Campo de las Naciones (Madrid). A eletricidade provém de cinco parques da EDPR distribuídos pelas províncias de Málaga, Sevilha e Cádis, que somam uma capacidade instalada de 169,4 MW. Este projeto irá recorrer ao sistema «Blockchain Energy Tracking» que implica o uso de tecnologia de cadeia de blocos para levar a cabo um rastreio em tempo real da origem da energia consumida. O Blockchain Energy Tracking assume a função fiduciária de “controlador digital» no preciso momento em que se está a utilizar essa energia e certifica que a informação contida na ca-

deia é verdadeira. Graças ao uso desta estrutura de dados, é impossível modificar a informação já fechada, bem como a sua autenticidade e integridade”. A aplicação deste novo sistema decorre de forma paralela e complementar às tradicionais garantias de origem (GdO) emitidas pela comissão nacional espanhola dos mercados e da concorrência, CNMC, para certificar a proveniência renovável de cada MW/h consumido pelos clientes, num processo que pode alargar-se até um ano. Graças a esta tecnologia inovadora oferecida pelo grupo EDP, o El Corte Inglés tem agora ao seu dispor informação sobre o seu consumo energético atualizado em tempo real e certificado duplamente: o relatório em direto do projeto Blockchain Energy Tracking e as garantias de origem emitidas a posteriori . 

Sines Tech - Innovation & Data Center Hub é o novo hub de Sines O Sines Tech - Innovation & Data Center Hub, localizado na ZILS Zona Industrial e Logística de Sines, é o novo hub orientado para a instalação de empresas de Inovação e Data Centers promovido pela aicep Global Parques. Esta nova oferta na ZILS, da qual a EllaLink é o cliente inaugural, combina, em um único local, disponibilidade de terrenos de grande dimensão, redes de alta tensão de energia, incluindo energia verde, ligações redundantes para Madrid e Lisboa, bem como uma infraestrutura HDD (Horizontal Direction Drilling) para uma amarração segura e robusta de cabos submarinos.

60 ACT UALIDAD€

JANEIRO DE 2020

O Sines Tech está estrategicamente posicionado para a amarração de cabos submarinos e instalação de infraestruturas de data centers, ambos essenciais no tráfego de dados na Internet de hoje. Filipe Costa, CEO da aicep Global Parques realçou que “o projeto da EllaLink, que oferece conectividade de alta capacidade entre Europa, América Latina e África, marca o lançamento do nosso Sines Tech Innovation & Data Center Hub. A Zona Industrial e Logística de Sines, em Portugal, é o local perfeito para um hub de data centers, na medida em que disponibiliza uma grande

área de terreno industrial com grande capacidade de fornecimento de energia, oferecendo as infraestruturas e utilidades necessárias para o uso das telecomunicações”. Por seu lado, Diego Matas, COO da EllaLink, acrescentou que a sua companhia “avaliou vários locais de amarração durante a fase de desenvolvimento do projeto e Sines constituiu a melhor escolha. A Sines Tech fornecerá uma solução submarina e terrestre integrada e ecológica para todos os nossos clientes e parceiros, apoiando o acesso aberto da EllaLink e a filosofia neutra da operadora”. 


Ciencia y tecnología

ciência e tecnologia

Unbabel eleita como a maior scaleup portuguesa em 2019 A

Unbabel, startup portuguesa que alia a inteligência artificial de última geração com pós-edição humana à tradução automática, acaba de ser eleita como a maior scaleup portuguesa em 2019 no ranking criado pela aceleradora de startups BGI em colaboração com o EIT Digital, num relatório sobre o ecossistema português de empreendedorismo – Scale Up Portugal 2019. A Unbabel surge no primeiro lugar do pódio, num ranking composto por 25 scaleups portuguesas, e que teve como critérios de avaliação o total de investimento captado, o total de receitas, o rácio entre capital e receitas, o número de postos de trabalho criados e o potencial de criação de novos empregos, e startups fundadas entre 2013 e 2018. Recorde-se que a Unbabel fechou, em setembro passado, com sucesso

uma ronda de financiamento Série C no montante de 60 milhões de dólares, liderada pela Point72 Ventures, juntamente com a e.ventures, Greycroft e com a Indico Capital Partners, elevando para 91 milhões de dólares o investimento total captado. O relatório revela ainda que as 25 maiores scaleups portuguesas angariaram este ano um total de 178 milhões de euros em rondas de financiamento, um valor que representa um crescimento de 54% face ao valor angariado pelo top 25 em 2018. Do total de investimento captado pelas scaleups portuguesas, 87% teve origem em capital estrangeiro com os restantes 13% a serem garantidos por investidores portugueses. Os Estados Unidos surgem como o país que mais investe nas scaleups portuguesas,

com 58%, seguidos pela Alemanha (15%), Portugal (10%) e a União Europeia (4%). A Unbabel já captou 91 milhões de dólares em financiamento e conta com mais de 200 colaboradores distribuídos pela sua sede em Lisboa e nos escritórios em São Francisco, Nova Iorque e Pittsburgh. Grandes marcas, como o Facebook, Microsoft, Booking.com e a easyJet usam a Unbabel para aumentar o nível de satisfação do cliente e tornar as suas operações de apoio ao cliente mais eficientes. 

SAP e Accenture ajudam empresas de utilities a desenvolverem processos de negócio e experiência de clientes A

SAP e a Accenture anunciaram que estão a inovar e a desenvolver em conjunto uma nova solução SAP® Cloud for Utilities, a fim de apoiarem as empresas de utilities a gerirem com mais eficácia os processos de negócio e as experiências de clientes. Esta solução visa elevar a transição energética e a experiência de clientes, e permite ajudar as empresas a adaptarem-se rapidamente e a crescerem mesmo em tempos de mudança. “A SAP Cloud for Utilities é a nossa solução estratégica em cloud, desenvolvida para apoiar os processos «lead-to-cash» que podem facultar às empresas de utilities a captura de novas oportunidades e o desenvolvimento

de novos modelos de negócio num mercado dinâmico de produtos inovadores, sejam estes de commodities ou noncommodities”, afirma o co-presidente SAP Industries, Peter Maier. “O setor precisa de criar excelentes experiências de cliente com soluções integradas, de rápida disponibilização e a baixo custo”, explica. A SAP Cloud for Utilities será uma solução integrada e completa, nascida pela mão do Project Elevate, anunciado em maio de 2019. A solução foi concebida para ser implementada num ambiente cloud ou híbrido, e para ajudar as utilities a automatizarem os seus processos de vendas, e assim libertarem recursos para a cria-

ção de experiências de cliente mais significativas, que, por sua vez, podem resultar num maior índice de fidelização e de receitas. A SAP Cloud for Utilities pode incorporar tecnologias inteligentes e conhecimento de negócio em tempo real, oferecendo amplas capacidades em marketing, serviços, comércio, agregação de produtos, entre muitos outros. A solução será baseada na coleção líder de mercado SAP C/4HANA, SAP S/4HANA Cloud e SAP S/4HANA e irá usufruir do conhecimento profundo de produto e da indústria, assim como dos recursos de gestão de cliente, por parte da Accenture Technology e da Accenture Interactive. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR JANEIRO DE 2020

AC T UA L I DA D € 61


barómetro financeiro

barómetro financiero

Confiança dos consumidores aumenta em novembro

Foto DR

confiança dos consumidores A aumentou em novembro, após ter diminuído ligeiramente no mês anterior e o clima económico estabilizou, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE). “O indicador de confiança dos consumidores aumentou em novembro, após ter diminuído ligeiramente no mês anterior, retomando o movimento ascendente observado desde abril. O indicador de clima económico estabilizou em novembro, depois de ter diminuído no mês anterior”, assinala o INE.

A confiança dos consumidores melhorou ligeiramente de -7,2 pontos em outubro para -6,9 pontos em novembro. Ainda de acordo com o INE, o aumento do indicador de confiança dos consumidores resultou do contributo positivo das expectativas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar, da situação económica do país e da realização de compras importantes, tendo as opiniões sobre a situação financeira do agregado familiar contribuído negativamente.

Taxa de inflação teve Exportações aumentam mais subida homóloga de que importações em outubro As exportações de bens aumentaram 8,4% e as importações subiram 6,5% em outubro, 0,3% em novembro

O índice de preços no consumidor (IPC) aumentou 0,3% em novembro face ao mesmo mês de 2018, após ter ficado estável em outubro, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE). A inflação subjacente (que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos) registou em novembro uma variação homóloga de 0,6%, mais 0,3 pontos percentuais do que em outubro, aindat amesma fonte. A variação mensal do IPC foi de -0,1% (nula no mês precedente e de -0,4% em novembro de 2018) e a variação média dos últimos 12 meses foi de 0,4%, um valor idêntico ao registado no mês anterior.

face ao mesmo mês de 2018, sobretudo impulsionadas pela evolução do comércio dentro da União Europeia (UE), divulgou hoje o INE. Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional do Instituto Nacional de Estatística (INE), “destacam-se os acréscimos nas exportações e importações de ‘material de transporte’ (+12,9% e +19,3%, respetivamente). Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em outubro as exportações aumentaram 7,3% e as importações cresceram 5,9% (+6,7% e +10,4%, respetivamente, em setembro de 2019). No mês em análise, o défice da balança comercial de bens aumentou sete milhões de euros face ao mês homólogo de 2018, atingindo 1.647 milhões de euros, sendo que, excluindo os combustíveis e lubrificantes, o saldo foi negativo em 1.138 milhões de euros, o que representa uma redução do défice em seis milhões de euros face a outubro de 2018. No trimestre terminado em outubro de 2019, as exportações e as importações aumentaram 3,6% e 5,3%, respetivamente, face ao mesmo período de 2018 (+1,0% e +6,4%, pela mesma ordem, no terceiro trimestre de 2019). Em termos das variações homólogas mensais, o aumento de 8,4% das exportações e de 6,5% das importações em outubro (+5,4% e +13,3% em setembro de 2019, respetivamente) “foi principalmente resultado da evolução registada no comércio comunitário.

Taxa de desemprego em setembro e outubro situou-se em 6,5% As taxas de desemprego de setembro e de outubro (provisória) situaram-se em 6,5%, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em setembro de 2019, a taxa de desemprego situou-se em 6,5%, valor superior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) ao do mês anterior, inferior em 0,1 p.p. ao de três meses antes e ao do mesmo mês de 2018. Aquele valor representa uma revisão em baixa de 0,1 p.p. da estimativa provisória divulgada há um mês. Comparando com o mês precedente, a população desempregada aumentou 9,3 mil pessoas (2,8%) e a

população empregada aumentou 10,4 mil pessoas (0,2%). A estimativa provisória da taxa de desemprego de outubro de 2019 é também de 6,5%, mantendo-se o valor do mês anterior. Em setembro de 2019, a população empregada foi estimada em 4,871 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,2% (10,4 mil) em relação ao mês anterior. Já no mês de outubro de 2019, a estimativa provisória da população empregada correspondeu a 4,867 milhões de pessoas e diminuiu 0,1% (quatro mil) em relação ao mês anterior. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Land Rover Defender

Condução radical, mas confortável No mundo automóvel, há modelos que dispensam apresentações, e o Land Rover Defender é certamente um deles. 71 anos depois, a revelação da nova geração do jipe inglês, com a promessa de que, se, por um lado, continua o companheiro ideal para a aventura mais radical, satisfazendo os clientes tradicionais, por outro, mais sofisticado e adaptado ao conforto que um automóvel exige nos nossos dias.

A

Fotos DR

gama do novo Land Rover tejadilho e bolsas por cima dos vidros Defender será composta traseiros, além de uma escada e protepor versões Explorer, Ad- ções adicionais da carroçaria. venture, Country e Urban. Esteticamente, o novo Defender manO Explorer inclui um snor- tém o formato quadrado, mas numa kel, compartimento de arrumação no abordagem mais sofisticada e moderna.

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É possível encomendar um tejadilho retrátil em lona que permite que os passageiros da segunda fila do 110 se colocam em pé, uma tenda para o topo, escada lateral e compartimentos de arrumação nas janelas laterais. Ao todo,


sector automóvil Setor automóvel

há 170 acessórios à disposição. O perfil da carroçaria segue os pergaminhos do original, com as rodas muito próximas das extremidades da carroçaria, permitindo excelentes ângulos de ataque e de saída e continua disponível em duas versões de carroçaria, uma 90 de chassis mais curto e a 110, com o chassis mais longo. Tal como no modelo original, a roda suplente continua a estar presente no exterior da carroçaria, a porta da bagageira mantem as dobradiças laterais e nem sequer ficaram esquecidas as pequenas janelas alpinas no tejadilho. No habitáculo, o comando da caixa passou para o tabliê, permitindo a instalação de um lugar central dianteiro, caso seja necessário, fazendo com que a versão 90 tenha uma lotação de seis lugares. Com a carroçaria 110, há versões de cinco, seis ou sete lugares, com a possibilidade de receber, em opção, um teto de abrir em lona, que abrange todo o tejadilho.

Mas o objetivo da Land Rover foi igualmente tornar o modelo mais civilizado, capaz de agradar a quem raramente sai do asfalto. O facto de ser lançando no século XXI permite o acesso a tecnologia que o seu antecessor nem sonhava, tal como o novo sistema de informação e entretenimento Pivi Pro da Land Rover, que inclui atualizações de software automáticas sem fios. No lançamento, a gama será composta pelo motor Diesel 2.0 de quatro cilindros com 200 e 240 cavalos (D200 e D240), pelo 2.0 quatro cilindros turbo a gasolina com 300 cavalos (P300) e pelo seis cilindros a gasolina mild hybrid de 48V com 400 cavalos (P400). Todos trazem de série uma caixa automática de oito velocidades, com caixa de redutoras de duas velocidades. No início de 2021, está prevista a introdução de variantes híbridas plug-in (que se poderá chamar P400e).

O sistema de tração integral permanente tem um diferencial central bloqueável manualmente. O diferencial posterior é de bloqueio automático. Entre os vários programas de configuração do sistema de tração Terrain Response 2, controlável através do ecrã tátil, destaque para a função Wade, pensada especificamente para passagens a vau. O novo Land Rover Defender já pode ser encomendado nos concessionários da marca em Portugal, estando disponíveis diversas versões para as duas carroçarias. Os preços do Defender 90 começam nos 80.500 euros, enquanto o 110 começa nos 87.344 euros, mas as entregas só serão efetuadas na primavera. Numa fase inicial de lançamento, estará disponível uma edição especial “First Edition”, com uma configuração exclusiva, que se junta aos níveis de equipamento S, SE, HSE e X, o topo de gama.  PUB

Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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AC T UA L I DA D € 65


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas de calzado

DP190502

Universidades Españolas

DP190503

Empresas españolas que produzcan vasos de plástico

DP190504

Empresas portuguesas que producen piezas de inyección de aluminio

DP190505

Empresas españolas de equipamiento industriales en la zona de Galicia

DP190506

Empresas españolas de inyección de plástico

DP190507

Empresas españolas que fabrican ropa de lino

DP190601

Empresas españolas de distribución de materiales de construcción, en particular artículos sanitarios

DP190701

Agentes comerciales en el área de moldes y inyección de plástico

DP190702

Empresas españolas fabricantes de hilo acrílico / lana

DP190703

Empresas españolas de material agricola

DP190801

Empresas de fabricación de productos rotomoldeados

DP190802

Empresas fabricantes de utensilios de jardinería domesticos

DP190901

Empresas españolas que necesiten un agente comercial en el área de la construcción

OP190701

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas de limpeza Empresas de produtos alimenticios bio orgânicos Empresas de distribuição de conservas Empresas portuguesas de transporte no norte de Portugal Empresas que compram carne de coelho em Portugal Empresas de artigos de puericultura textil para bebés Empresas portuguesas fabricantes de cosméticos Empresas portuguesas fabricantes de toalhas Empresas portuguesas de calçado Empresas portuguesas distribuidoras de cafés de Africa, Brasil e Timor Empresas que vendam roupa usada e também panos para limpeza Empresas portuguesas no sector industrial Empresa española, lider en el sector, busca agente comercial en el mercado de menaje del hogar y hostelería Comprador de escritório no Porto

DE190201 DE190202 DE190203 DE190301 DE190401 DE190601 DE190701 DE190702 DE190801 DE190802 DE191001 DE191002 DE191003 OE190701

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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oportunidades de negocio

oportunidades de negócio

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calendário fiscal calendario fiscal >

Janeiro Prazo Imposto Até

Declaração a enviar/Obrigação

S T Q Q S S D S T Q Q S S D F 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

Observações

10

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em novembro/2019

Contribuintes do regime normal mensal

10

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro/2019

Entidades empregadoras

16

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em dezembro/2019

Sujeitos passivos do IVA

20

IRS/IRC/ Selo

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas em dezembro/2019

Entidades devedoras dos rendimentos

20

Selo

Envio da declaração mensal de Imposto do Selo relativa a dezembro/2019

Sujeitos passivos de Imposto do Selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de dezembro/2019

Entidades empregadoras

20

IVA

Envio da declaração recapitulativa mensal relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em dezembro/2019

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IVA

Declaração recapitulativa trimestral relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 4º trimestre/2019

Contribuintes do regime trimestral

20

IRS/IRC

Comunicação anual aos credores dos rendimentos que lhes foram pagos e das retenções na fonte efetuadas no ano de 2019

Entidades devedoras dos rendimentos

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 10 relativa aos rendimentos pagos e retenções na fonte efetuadas a residentes, não mencionados nas declarações mensais de remunerações, no ano de 2019

Entidades devedoras dos rendimentos

31

IRS/IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em novembro de 2019

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de NIF especial para o não residente

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 25 relativa aos donativos recebidos referente ao ano de 2019

Entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 39, relativa a rendimentos e retenções a taxas liberatórias, referente ao ano de 2019

Entidades devedoras dos rendimentos e retenções na fonte pagos a residentes, sujeitos às taxas liberatórias

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

31

IRS/IRC

Comunicação de inventários, com referência a 31 de dezembro de 2019

Entidades obrigadas à respetiva elaboração nos termos da normalização contabilística aplicável

31

IRC

Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

Pode ainda ser enviada até 31 de março

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2019 noutro Estado-membro da EU

Sujeitos passivos do IVA

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

68 ACT UALIDAD€

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- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal da AT; ou - Por inserção direta no Portal da AT

Esta nova declaração é aplicável aos sujeitos passivos quer estes tenham liquidado imposto do selo quer só tenham realizado operações isentas

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados-membros, quando tais operações sejam aí localizadas


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

BE190125

F

BE190126

F

BE190127

M

BE190128

F

BE190129

F

Data de Nascimento Línguas INGLÊS/ ESPANHOL 25/01/1966

24/03/1971

Área de Atividade ASSISTENTE EXECUTIVA

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

ADMINISTRATIVA NA ÁREA FINANCEIRA

INGLÊS/ FRANCÊS

ASSISTENTE DE OPERADOR FINANCEIRO

INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO

ENGENHARIA AGRONÓMICA

FRANCÊS/ ESPANHOL

PROFESSORA DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA

BE190130

F

18/12/1992

ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS

LOGÍSTICA

BE190131

M

01/11/1982

ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS

CONSULTOR DE NEGÓCIOS

16/11/1992

BE190132

F

ESPANHOL/ INGLÊS/PORTUGUÊS

ADMINISTRATIVA

BE190133

F

ESPANHOL/ INGLÊS

TÉCNICO DE RECURSOS HUMANOS

BE190134

F

ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS

PEDAGOGA EM RECURSOS HUMANOS

BE190135

F

ESPANHOL/ CATALÃO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS

JORNALISMO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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novembro de 2014

ac t ua l i da d € 69


espaço de lazer

espacio de ocio

É um Restaurante,

onde também se serve esperança

Projetado pela associação Crescer, o “É um Restaurante” forma e emprega pessoas que antes não tinham casa, nem emprego. O espaço quer fidelizar os clientes pela qualidade da comida e pelo serviço, para ser rentável e retirar da rua outros sem abrigo. A carta foi pensada pelo chefe Nuno Bergonse e é materializada pelo chefe David Jesus e por toda a equipa.

O

desafio da Câmara Municipal de Lisboa à Crescer era o de criar um espaço para servir refeições a sem-abrigo, mas os responsáveis da associação subiram a fasquia, como conta Florencia Salvia, coordenadora do projeto É um Restaurante: “A nossa proposta foi colocar os sem-abrigo a cozinhar e serem eles a servir refeições, ou seja abrir um restaurante, que lhes desse a oportunidade de aprender uma nova profissão e de regressar ao mercado de trabalho. É isso que as pessoas mais pedem porque sentem que há muitas barreiras para elas nesse sentido. Há expe-

70 act ualidad€

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos Arlindo Camacho

riências internacionais semelhantes que têm dado bons resultados. Acreditamos que ajudar os sem-abrigo não passa por criar abrigos comunitários, mas sim por dar-lhes uma casa (como acontece com o projeto “É uma rua, é uma casa, Lisboa Housing First”, que a Crescer gere) e viabilizar a sua integração no mercado de trabalho.” A proposta surgiu em 2016 e depois foi necessário criar o espaço físico restaurante e selecio-

nar os candidatos, conta Florencia Salvia: “Pedimos a outras associações que também trabalham com sem-abrigo para sugerirem candidatos e nós também escolhemos alguns. A nossa equipa, composta


espacio de ocio

por uma psicóloga e uma psiquiatra, e o chefe Nuno Bergonse, consultor responsável pelo conceito gastronómico que já trabalhava connosco noutros projetos, fizeram dezenas de entrevistas e escolheram os primeiros formandos. A nossa psicóloga deu-lhes formação na vertente comportamental e continua a acompanhá-los e a Escola de Hotelaria de Lisboa (EHL), que é nossa parceira, deu-lhes formação em restauração. Atualmente estão a trabalhar e em formação no É um restaurante doze pessoas e já estão mais 24 em formação na EHL. Isto porque a atual equipa terá que ser substituída em fevereiro, já que irá continuar a formação em estágio profissional noutros restaurantes. Inaugurado a 1 de outubro do ano passado, o espaço “É um restaurante” começou por servir apenas jantares, agora também abre para almoços. “Está a correr muito bem e decidimos abrir também ao almoço, antes do que estava planeado porque sentimos que a equipa consegue estar à altura”, afirma o chefe David Jesus, que depois de trabalhar em vários projetos de hotelaria e em restaurantes portugueses e internacionais, quis abraçar um projeto que o realizasse também a nível social. “Já fui escuteiro e sentia vontade de trabalhar com a comunidade, de contribuir de outra forma para uma sociedade melhor. Estou muito contente por estar neste projeto”. A equipa liderada por David Jesus cozinha e serve pratos que fomentam a partilha: entradas como rissóis de berbigão e salicórnia ou tiborna de escabeche de pato e uvas; saladas vegan como a de creme de castanha com funcho e marmelada; açorda de tomate e algas com peixe do mercado; abóbora assada com queijo de cabra, cevada e avelãs, bochechas

espaço de lazer

pessoas, mostrar-lhes que é possível terem uma vida digna, que nós acreditamos nelas e que elas também podem acreditar”. Para tal é importante “conseguir que o restaurante funcione de forma autónoma daqui a três anos”, ou seja que se subsidie a si mesmo, frisa a responsável da Crescer, acrescentando que por agora contam com uma rede de parceiros que conde porco preto; rabanada com tribuem financeiramente ou na caramelo e gelado de cardamomo qualidade de fornecedores: Delta ou pudim de azeite e mel, entre Cafés, Makro, Fundação Ageas, outras possibilidades. Fundação Montepio, Estúdio Jaca, Florencia Salvia assinala que o Prochef, L’Vivo, Adega Mayor, projeto “é um restaurante, mas Monte da Raposinha, c2catetambém é um negócio e tem que ring, Bimby, Crack Kids, Wock, dar lucro, tem que funcionar Celeste Machado, The Hotel e bem, fidelizar clientes e perdu- Chefs Agency. rar”. O chefe David Jesus subli- A Crescer foi fundada em 2001 e nha a mesma ideia: “Não somos trabalha desde essa data em intero restaurante dos coitadinhos. venção comunitária na cidade de Queremos que as pessoas venham Lisboa, gerindo 15 projetos. Na cá porque gostam, que voltem associação trabalham 50 colabopela qualidade da comida e do radores e cerca de 30 voluntários, serviço.” que podem fazer coisas tão distinO balanço tem sido “muito posi- tas como prestar apoio jurídico, tivo”, revela Florencia Salvia, não ajudar a pintar uma casa, ensisó pelo sucesso do restaurante, nar português a migrantes, entre mas principalmente pelo percurso outras coisas.  que estão a fazer estes formandos: É um Restaurante “Voltam a criar laços sociais, 5a Rua de São José, 56 passar o Natal com a família. O 1150-32 Lisboa principal objetivo é precisamente Telefone: 21 596 8325 dar uma oportunidade a estas JANEIRO DE 2020

AC T UA L I DA D € 71


espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural Livro

“Templários em Portugal”

A Ordem do Templo existiu em Portugal, entre 1119/20 e 1312. A historiadora Paula Pinto Costa debruçou-se sobre este período, estudando os “Homens de religião e de guerra”, designação que serve de subtítulo da obra “ Te m p l á r i o s em Portugal”. Sabemos que “aliavam à vida de oração a arte militar, em particular a guerra defensiva com o propósito de proteger os lugares sagrados da Terra Santa e os peregrinos vindos das mais longínquas terras europeias”, como se recorda na sinopse deste livro. Paula Pinto Costa, historiadora e professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, explica que “para além das imagens estereotipadas, das lendas e dos mitos, este livro traça a história desta ordem da Idade Média desde a sua fundação até ao processo de desacreditação e ao seu desaparecimento abrupto no início do século XIV”. Os Templários eram “apoiados pelo Papa e pelas principais monarquias da época” e viam “recompensada a sua bravura militar, com a concessão de propriedades e benesses que levaram a um poder crescente da Ordem”. A autora doutorou-se em 1999 com a tese A Ordem do Hospital em Portugal: dos finais da Idade Média à Modernidade (Porto: Fundação Engº António de Almeida, 2000). Tem dedicado o seu trabalho de investigação à história medieval, sendo especialista em ordens religioso-militares, área científica em que é autora de quase uma centena de estudos, entre livros e artigos publicados em Portugal e no estrangeiro.

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janeiro de 2020

Exposição

O Olhar inquieto de Pedro Cabrita Reis regressa a Serralves Em 1999, o , na altura, recém-inaugurado Museu de Arte Contemporânea de Serralves, expunha o trabalho do português Pedro Cabrita Reis. Duas décadas depois, o museu portuense volta a dedicar uma exposição ao artista, “especificamente concebida para os seus espaços”. “Cabrita - A Roving Gaze (Um olhar inquieto)” procura celebrar o percurso do artista, nascido em 1956 em Lisboa: “O trabalho de Pedro Cabrita Reis caracteriza-se por uma pluralidade formal e conceptual. A sua prática artística estende-se, com efeito, da pintura à fotografia, do desenho à escultura e à gravura, da obra pública às encomendas site-specific. Poder-se-á, ainda assim afirmar, que o seu idiossincrático discurso filosófico e poético foi antes de mais reconhecido como um contributo crucial e decisivo para a compreensão da escultura a partir de meados da década de 1980.” Internacionalmente reconhecido, o artista trabalha “um leque muito variado de materiais de grande simplicidade e banalidade (madeira, vidro, plástico, acrílico, borracha, gesso, metal, linho, tela e feltro)”, mantendo um “constante diálogo com a história da arte”. No comunicado de Serralves, sublinha-se ainda que “a combinação de memórias de gestos e ações da vida de todos os dias acentuam o forte ímpeto metafórico que as criações de Cabrita sempre evidenciam” e que “o uso recorrente de jogos de luz e sombra ou de opacidade e transparência transporta consigo o peso de meditações densas sobre a existência, isto é, sobre a vida e a morte”. A exposição “traduzirá exemplarmente a relação entre a prática artística de

Cabrita e a sua reflexão sobre a função dos museus através da criação de uma única obra de grande escala e forte pendor autobiográfico que percorrerá todo o espaço da exposição sem qualquer preocupação de ordem cronológica”. A mostra “dará a ver em inúmeras estruturas concebidas pelo artista, fotografias de obras de sua autoria desde 1999 até à data, em conjunto com uma série de objetos, desenhos, documentos e outros trabalhos, construindo um ambiente de instalação total onde se cruzam a vida e a obra do artista”. Esta exposição oferece ao visitante um vislumbre sobre a evolução formal e conceptual de Pedro Cabrita Reis (Lisboa, 1956), marcada pela combinação de memórias de gestos e ações da vida de todos os dias, e pela utilização de um leque muito variado de materiais de grande simplicidade. O trabalho de Pedro Cabrita Reis protagoniza também uma das atuais exposições itinerantes de Serraves, em Gaia. A mostra, com obras da Coleção de Serralves“, oferece ao visitante um vislumbre sobre a evolução formal e conceptual de Pedro Cabrita Reis” e estará patente no Espaço Corpus Christi, até 26 de janeiro.

Até 22 de março, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto


espacio de ocio Edifício dos Leões: “Lar Doce Lar” de Joana Vasconcelos O Santander transformou a sua sede, o emblemático edifício pombalino dos Leões, na Rua do Ouro, num espaço cultural que acolherá obras de arte da coleção do banco, bem como exposições temporárias. A artista plástica Joana Vasconcelos é a primeira “inquilina”, já que, durante os próximos meses e através de algumas das suas peças, materializará a exposição “Lar Doce Lar”. Como explica o Santander, em comunicado, “a mostra atravessa os três pisos do edifício como se de uma casa se tratasse” e expõe 16 peças. Entre elas, obras como o sapato Cinderela (2007), o sofá Brise (2001), o chuveiro Mãe d’ Água (2019), o Piano Dentelle #3 (2016), e o candeeiro Carmen (2001). Do espólio Santander estarão expostos “quadros de

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alguns dos nomes mais importantes da história da pintura portuguesa e que marcaram o início do século XX”, nomeadamente “quadros de José Malhoa, Vieira da Silva, Silva Porto, Souza Pinto, Almada Negreiros, Arpad Szenes, Menez e Júlio Pomar, entre outros”. Durante a visita ao edifício poderá conhecer a história do banco ao longo dos anos, que irá sendo contada em vários pontos do percurso. “Os vários gabinetes existentes terão em exposição móveis de época restaurados, pertences pessoais e exibição de utensílios relacionados com a banca. Foi também recriado um balcão do banco com toda a envolvente da atividade bancária, sendo possível ouvir alguns diálogos da época no contato com o responsável da agência.” Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

MNAA mostra obras do mais antigo pintor português Alvaro Pirez de Évora ou Álvaro di Pietro di Portogallo viveu entre 1411 e 1434 e foi o primeiro pintor português a que a história de arte faz referência. O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) exibe uma boa parte da sua obra até março naquela que é a primeira grande exposição dedicada ao pintor. “Álvaro Pirez d’Évora — Um pintor português em Itália nas vésperas do Renascimento” reúne obras de várias cidades da Europa, graças a empréstimos de grandes museus europeus, entre os quais se destacam a Gemaldegalerie (Berlim), o Musée du Petit Palais (Avignon), o Museo Nazionale di San Matteo (Pisa), a Pinacoteca Nazionale di Siena, a Galleria d’Arte Moderna (Milão), as Gallerie degli Uffizi (Florença), e ainda de muitas outras instituições museológicas e coleções privadas de referência, de Itália, França, Alemanha, Hungria e Polónia. Alvaro Pirez trabalhou na região italiana da Toscana, entre 1410 e 1434, onde terá assinado o retábulo da Igreja de Santa Croce de Fossabanda, próximo de Pisa, onde se diz oriundo de Évora. O historiador Giorgio Vasari, de 1568, também se referia ao pintor como “Alvaro Piero di Portogallo”, o que comprova a sua origem. “A qualidade plástica e a importância histórica do pintor Alvaro Pirez d’Évora, de quem se conhecem pouco mais de 50 pinturas, artisticamente enquadradas na pintura centro-italiana da época, justificam a organização de uma grande exposição sobre a sua obra e a sua época”, frisa o comunicado do MNAA, acrescentando trata-se de um “teste-

munho das intensas relações da área mediterrânica nos alvores do Renascimento”. A exposição integra “pinturas conservadas em Portugal, entre elas a preciosa Anunciação que pertenceu à coleção do chanceler alemão Konrad Adenauer, e ainda obras dos grandes pintores toscanos do seu tempo”. Ao todo são cerca de 85 peças, que pretendem “apresentar também o contexto cultural e artístico em que se desenvolveu a arte de Alvaro Pirez d’Évora”. A mostra, comissariada por Lorenzo Sbaraglio (Polo Museale della Toscana) e Joaquim Oliveira Caetano (Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga), resulta de um projeto comum concebido pelos dois museus.

Até 15 de março de 2020, no Museu Nacional de Arte Antiga janeiro de 2020

ac t ua l i da d € 73


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Statements Para pensar

“[As criptomoedas] são uma péssima ideia (...) Uma função importante que os governos das economias modernas desempenham é usar a chamada política monetária anticíclica para expandir a oferta monetária quando existe uma recessão ou perigo de recessão e reduzir a oferta monetária quando a economia está em risco de sobreaquecimento, e, se as pessoas usam criptomoedas, isso interfere na política monetária” Eric Maskin, Nobel da Economia de 2007, em entrevista à “Lusa”, a propósito de moedas virtuais, como a bitcoin, 11/12/19

“As políticas monetárias do BCE surtiram efeito no passado, mas a sua eficácia é cada vez menos clara. Não só porque o crescimento do crédito parece não reagir a mais liquidez no sistema bancário, mas também porque os efeitos de longo prazo destas medidas são desconhecidos (...) Esta política monetária é sustentável? Durante os próximos dois anos, atrever-me-ia a dizer que sim. Apesar da controvérsia gerada, há fortes razões para acreditar que nos próximos tempos a taxa de depósito ficará em -0,5% e que o programa de compras líquidas de ativos se manterá. Infelizmente, a razão principal é a falta de uma política alternativa viável. Ana Luís Andrade, analista para a Europa do The Economist Intelligence Unit, “Público”, 21/11/19

“Ao mesmo tempo, está também aberta a discussão do novo ciclo de programação [dos fundos comunitários] para o período 2021-2027. Se, por um lado, executar o Portugal 2020 é uma questão crítica num momento em que o investimento público precisa de ser impulsionado, por outro, é absolutamente imprescindível definir um planeamento e uma calendarização de todos os projetos que o país pretende concretizar. Como é possível debater de forma adequada as necessidades do país para os próximos oito anos, se metade dos recursos do ciclo anterior estão, ainda, por aplicar?” Manuel Reis Campos, presidente da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, ”Público”, 11/12/19 74 ACT UALIDAD€

JANEIRO DE 2020




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