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Advocacia e Fiscalidade
Morais Leitão e tech4Covid19 levam projeto TeamLoan a hackathon mundial
A pandemia trouxe desafios para várias cial Times. o desemprego e fecho de atividades e empresas, colocando muitos colaboraA Morais Leitão juntou-se a este projeto reduzindo os encargos tanto do próprio dores em situações de lay-off e desemdesde o início, contribuindo para a sua Estado, como das empresas. prego. Com o objetivo de fazer o enoperacionalização legal e para o esclaEstes foram os fatores diferenciadores contro entre equipas que se encontram recimento das empresas participantes, que levaram a Morais Leitão a escolher nesta situação e empresas que viram os à luz de alternativas jurídicas aplicáveis. este projeto para apresentar no Global pedidos e encomendas multiplicarem-se, A solução, de utilização totalmente graLegal Hackathon. Esta iniciativa reúne as surgiu o TeamLoan, um projeto voluntátuita, distingue-se por pensar o mercado sociedades de advogados mais inovario desenvolvido no âmbito do movimenlaboral de uma forma completamente doras num teste mundial à colaboração to tech4COVID19. O marketplace digital diferente, com muito mais flexibilidade, e virtual, promovendo a identificação e defoi apoiado pela Morais Leitão, que leva, pelo seu potencial, replicável em outros senvolvimento de soluções para os deagora, o projeto ao Global Legal Hackapaíses e ao longo de um período alarsafios mais complexos suscitados pela thon, uma iniciativa de promoção dos gado. Adicionalmente, disponibiliza respandemia, em colaboração com os seus melhores projetos a nível global de compostas mais eficientes às necessidades clientes, parceiros e sociedade civil, de bate à pandemia, promovida pelo Finanurgentes das empresas, combatendo uma maneira geral.
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Cuatrecasas Acelera procura novas startups
A aceleradora de startups legaltech e de alta complexidade jurídica da Cuatrecasas iniciou o processo de inscrições para a quinta edição. A Cuatrecasas Acelera, a primeira aceleradora de startups da Europa promovida por uma sociedade de advogados, e que já impulsionou quase 30 projetos, vai passar grande parte do seu programa ao formato digital. Com o objetivo de manter o nível de qualidade dos processos de seleção e mentoria, a Cuatrecasas Acelera vai fazer uso das mais avançadas ferramentas tecnológicas. Esta edição vai colocar o foco nas tecnologias blockchain e na inteligência artificial e vai entregar às seis startups selecionadas uma carteira digital com 80 tokens que vão poder ser trocados por assessoria jurídica com base na tecnologia blockchain. O programa vai contar com a colaboração da Netmentora, Microbank e Alastria. O processo de seleção irá valorizar projetos com soluções inovadoras para a advocacia de negócios, de base tecnológica e de elevada complexidade jurídica de outros âmbitos, que ofereçam soluções para a digitalização do negócio e projetos centrados em soluções de tecnologias blockchain e SmartContracts. Para poder participar, as startups devem ter um produto mínimo viável e terem sido constituídas há menos de cinco anos.
Em trânsito:
» A sociedade de advogados Linklaters promoveu os advogados João Pateira Ferreira e Vera Ferreira de Lima a counsel. João Pateira Ferreira integra a equipa de direito da concorrência do escritório de Lisboa da Linklaters, ao qual se juntou em 2014. A sua prática tem passado pelo apoio a operações de controlo de concentrações de empresas, nacionais e estrangeiras, que operam nos mais diversos setores de atividade e pela assessoria a clientes no âmbito de investigações desenvolvidas pela Comissão Europeia ou pela Autoridade da Concorrência. Já Vera Ferreira de Lima é membro da equipa de direito financeiro e integra o escritório da Linklaters de Lisboa desde 2005. A sua atividade tem estado focada essencialmente nas áreas de direito financeiro, com particular destaque para a área do direito dos valores mobiliários, tendo participado na estruturação de
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
diversas ofertas públicas e privadas de valores mobiliários, quer representativas de capital quer de dívida.
» Tiago Fiuza (na foto), da equipa de Comercial, Contratos e Concorrência da PRA-
-Raposo, Sá Miranda & As
sociados, foi nomeado como sócio de indústria da sociedade. O novo sócio iniciou o seu percurso na PRA, como advogado estagiário, em 2010. Exerce as suas funções no escritório de Lisboa e lidera aquele departamento no escritório do Algarve.Com esta promoção, a PRA conta agora com 15 sócios e 120 advogados, consolidando ainda mais a sua equipa.
Por Margarita Hernández*
– as tecnologias de informação no tempo pós-covid
De repente vemo-nos confinados em casa, deixando a rotina de irmos ao nosso local de trabalho todos os dias para o isolamento, sendo necessário utilizarmos novas ferramentas e processos.
Essa mudança gerou desafios relevantes para a função de IT (tecnologia) das organizações. Conversámos com CI O e CT O de empresas de diferentes áreas (banca, retalho, energia, serviços, indústria) para entender como eles apoiaram os negócios nesta crise e as principais lições aprendidas.
Os desafios que as empresas enfrentaram nesses primeiros dias de confinamento são óbvios: • Como garantir a segurança dos funcionários? • Como manter os processos de negócio? Ou minimizar a interrupção? Ou como apoiar os negócio nas mudanças de processos exigidas pelas situações da crise? • Como garantir o atendimento ao cliente com a qualidade habitual? O relacionamento com terceiros? • Adaptar a previsão de procura ao novo mercado.
Os gestores de tecnologia (CI O e CT O) descrevem os eixos de atuação:
1. Assegurar o teletrabalho para
os funcionários. Algumas empresas já possuíam processos digitais, incluindo um certo nível de teletrabalho. Para outros, foi uma mudança retumbante. As ações nesta área incluíram em quase todos os
casos a expansão da infraestrutura de comunicações (VPN) e, em alguns casos, o fornecimento de dispositivos móveis aos funcionários que não os possuíam. Houve alguns pro
blemas de disponibilidade de laptops no mercado. 2.Cibersegurança. Independentemente do setor, todas as empresas têm medo de serem atacadas e perderem informações críticas sobre seus negócios.
Os CI O e CT O concentraram as suas equipas na revisão de procedimentos, ferramentas e em garantir a solidez das suas infraestruturas. 3.Ferramentas colaborativas.
Para ultrapassar a distância, todos nos voltámos para elas.
De ter um uso real mínimo na maioria das empresas, elas tornaram-se indispensáveis no dia a dia de todos os trabalhadores virtuais. Os CI O e CT O lançaram “pílulas” de treino e formação para garantir o conhecimento e eficiência na sua utilização.
4. Impacto nos processos de
negócio. Dependendo do setor, as empresas tiveram um impacto maior ou menor nos seus processos de negócio. As empresas no setor alimentar e algumas no setor da saúde tiveram picos de procura. No retalho, ao fechar lojas e armazéns, não houve atividade, mas foram criados problemas logísticos para, por exemplo, receber o material que começava a che-
gar da Ásia (compras programadas). Na indústria automóvel, todos sabemos que houve uma escassez de componentes.
A tecnologia teve de adaptar os processos de negócios com agilidade, para dar resposta às exigências do momento.
Depois de superar– assim esperamos– este estágio, perguntamos aos CI O e CT O entrevistados quais foram as principais lições: • Teletrabalho é viável. O problema não são as ferramentas, mas a filosofia, os processos, para garantir a eficiência da equipa. • A comunicação é fundamental para garantir o compromisso da equipa. Os dailys da manhã– reuniões de meia hora para discutir em equipa– tornaram-se comuns. Promovem a união e a
resiliência organizacional. • É essencial manter o foco no que é importante– remover o que não agrega valor, eliminar longas reuniões– focar na resolução. • Obviamente, proteger os colaboradores e o negócio. A vulnerabilidade nos humaniza. • A pressão pela transformação digital será ainda maior. • As empresas valorizaram mais o papel da área de tecnologia neste processo. • As mudanças foram mais ágeis nas empresas menos hierárquicas.
A maioria das empresas está a retornar aos escritórios, pelo menos parte das equipas. A decisão de quanto teletrabalho e como é proposto deve ir além das empresas, uma vez que o impacto na sociedade e no meio ambiente, é tão relevante que requer coordenação com iniciativas de cidades sustentáveis. Se o teletrabalho chegou para ficar, teremos que lidar com novos desafios, com que muitos trabalhadores estão já a confrontar-se.
Quanto ao talento dos profissionais que vão construir o futuro, ele não mudou substancialmente. Vamos procurar profissionais: • com alta capacidade de aprendizagem; • com adaptabilidade; • capazes de liderar projetos; • com habilidades de comunicação.
*Country Manager Portugal da Pedersen &
Partners E-mail: margarita.hernandez@ pedersenandpartners.com