Actualidad
Economia ibérica dezembro 2020 ( mensal ) | N.º 282 | 2,5 € (cont.)
Alta velocidad liberalizada en España PÁG. 32
Instituto de Soldadura e Qualidade: ADN tecnológico ao serviço das empresas pág. 14
Caderno Especial XXV Torneio Ibérico de Golfe CCILE pág. 43
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Índice
Foto de Capa
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Patier
Nº 282 - dezembro de 2020
Actualidad
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo
Grande Tema 32.
Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Juan Jose Llorente e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org
La liberalización del transporte de pasajeros por tren comienza en España con nuevos competidores para Renfe en la alta velocidad
Impressão What Colour is This? Rua do Coudel, 14, Loja A 2725-274 Mem-Martins Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787
Editorial 04.
Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong
Liberalización del AVE, una buena oportunidad para todos
Opinião 06.
Três conselhos-chave para a estratégia de reembolsos e devoluções no online, em época de saldos - Juan Jose Llorente
Atualidade 18.
Setor das FinTech na Península Ibérica: ainda imaturo, mas promissor
E mais... 08. Apontamentos de Economia 14. Grande Entrevista 18. Atualidade 22. Marketing 28. Fazer Bem 40. Ciência e Tecnologia 43. Caderno Especial 56. Setor Automóvel 58. Intercâmbio Comercial 60. Oportunidades de Negócio 62. Calendário Fiscal 63. Bolsa de Trabalho 64. Espaço de Lazer 66. Statements
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Liberalización del AVE, una buena oportunidad para todos
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ace 40 años, con las infraestructuras ferroviarias muy antiguas, España optó por invertir y crear otras nuevas de cero. Han sido inversiones muy altas pero se ha conseguido que España sea el segundo país del mundo en número de kilómetros de red, solo por detrás de la China cuyo entramado supera los 20.000 kilómetros. No obstante, es el país con más kilómetros de AVE por habitante pero los usuarios españoles lo utilizan mucho menos que en otros países. La liberalización del mercado de trenes de alta velocidad va a traer muchos cambios en el sector. Primero, la competencia implicará mejores precios. Se espera que con nuevos operadores los billetes se abaraten y se gane así nuevos viajeros. Además de otros operadores llega el modelo low cost , tal y como ocurrió hace unos años en los viajes de avión. En Francia la operadora SNCF, que a partir de marzo operará en España, ha tenido mucho éxito. El país galo, con una población 1,5 veces la española, tiene casi cuatro veces más pasajeros de tren de alta velocidad. Y en Italia, donde el mercado es libre hace ya unos años, los precios han bajado tanto que los pasajeros se han multiplicado por 2,5 desde entonces. Otro de los aspectos positivos del AVE es que se trata de un medio de transporte más limpio que el avión. Con más competencia y
mayores frecuencias de trenes, probablemente el tren gane la guerra al avión en muchos trayectos. Esto implica menos emisiones de CO2. Hay quien defiende que no se trata de ganar cuota de mercado al avión sino conseguir atraer a viajeros que utilizan normalmente el coche e incluso a aquellos que antes no se planteaban este tipo de trayectos en ningún medio de transporte. Igual de importante es la rentabilidad de las grandes inversiones realizadas por Adif en la red de alta velocidad en los últimos 30 años. No se trata de recuperarla pero sí de cubrir los costes de explotación y lograr una mínima rentabilidad. Con la liberalización habrá más frecuencias de trenes y se espera que más pasajeros, que pagarán una parte a Adif, dentro del billete, para rentabilizar la infraestructura.
Y además está el canon, el peaje que cobra Adif a los operadores por el uso de las infraestructuras. Queda la duda de cómo va a afectar al servicio la entrada de nuevos operadores. Se teme que un menor valor de los billetes implique también un peor servicio. Puede pasar por ser un modelo de bajo coste pero al mismo tiempo las compañías, si quieren ganarse la confianza de los viajeros, van a tener que esforzarse por ofrecer un muy buen servicio. Si la pandemia lo permite, el próximo año podremos ver un aumento en el número de viajeros, empezando por el trayecto Madrid-Barcelona. Si funciona bien, no tardarán en llegar otras conexiones de la mano de distintos operadores. E-mail: brodrigo@ccile.org
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Por Juan Jose Llorente*
Três conselhos-chave para a estratégia de reembolsos
e devoluções no online, em época de saldos
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estes últimos meses, os hábitos dos consumidores tiveram que se adaptar às circunstâncias provocadas pela crise sanitária, e o comércio eletrónico converteu-se numa das grandes opções ao realizar compras durante o confinamento. Só nos países europeus, 23% dos consumidores afirma ter aumentado a sua frequência de compra online e acabaram por aumentar também os seus gastos em 40%. Com o início dos saldos a tendência mantém-se, já que o comércio eletrónico adquiriu um papel fundamental que nas próximas semanas também representará um desafio importante para o comércio online e retailers. As grandes filas que anteriormente representavam o início dos saldos, este ano, devido à covid-19 transformaram-se em compras online, o que inevitavelmente supõe um aumento no número de devoluções e pedidos de reembolso. Em condições normais, uma compra realizada pela Internet tem três vezes mais probabilidade de se transformar numa devolução que as que são realizadas em estabelecimentos físicos. Se o aumento das vendas online mencionado acima persistir, isto levará a uma onda de reembolsos e chargebacks para as empresas. Como lidar com a acumulação destes pedidos nos
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desses motivos destaca-se dos restantes: 64,2% das devoluções devem-se ao facto do produto não ser fiel à descri1. Quanto maior o prazo, menos ção. E estão a proliferar os e-commerce que caem no erro de não especificar devoluções Uma maneira de suavizar o efeito as medidas ou a cor do produto. Para negativo das devoluções nos e-com- combater isto, é fundamental propormerce é fazer todo o possível para evitar cionar toda a informação possível sobre que ocorram. Para isso é preciso contar cada artigo, incluir fotografias em alta com uma política de devoluções flexí- resolução e detalhes específicos para vel, já que tal como afirma um estu- que os compradores tenham uma ideia do da Universidade do Texas, quanto real do que estão a comprar. maior for o prazo que os consumidores têm para devolver um artigo, menor é 2. Devoluções como ferramenta de a probabilidade de o fazerem. Assim, venda quase todos os vendedores online dis- As políticas de devolução das lojas põem de uma política de devoluções online são lidas por 67% dos comprade trinta dias, mas só 5% dos consu- dores antes de realizarem a compra. Por midores considerariam devolver um isso, porque não dedicar-lhe o mesmo item após esse período. Isto deve-se ou mais esforço que a qualquer outro ao efeito da “teoria de nível da concei- tipo de conteúdo na loja? Uma das tualização” e ao “efeito dotação”, que opções, como já comentei anteriorevidencia que quando algo está longe, mente, é oferecer flexibilidade: quané menos concreto e que quanto mais to mais permissiva for a política, maior tempo as pessoas possuem algo, mais a é a probabilidade de que os compradodesejam possuir. res realizem a compra e menor de que Por outro lado, é também funda- a devolvam. mental contar com descrições precisas Outro aspeto chave é o de utilizar dos produtos. Habitualmente, existem uma linguagem clara e simples, uma diferentes motivos para as devoluções vez que os consumidores não costude produtos ou cancelamentos de ser- mam ter tempo para decifrar nenhum viços, como um defeito na embalagem, texto com terminologias legais, é por receção do produto errado ou que não isso que realizar um resumo no princífunciona. Na conjuntura atual, um pio, ser o mais transparente possível ou últimos meses com os atuais decorrentes deste período de saldos?
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assegurar que os compradores aceitam todos os termos, facilitará aos consumidores o entendimento da política de devolução, e posteriormente facilitará à loja, no infeliz caso de uma disputa. Por último, proporcionar atenção ao cliente numa devolução, tal como se fosse uma venda, é essencial pois, como afirma a Zalando, baseando-se na sua experiência, os melhores clientes são também os que mais pedidos devolvem. Por isso, é muito proveitoso utilizar as devoluções como uma oportunidade para reforçar a relação com os clientes que mais gastam e evitar a penalização económica de maneira a que se preserve a relação a longo prazo.
parte desta complicação. Trata-se de um fundo de dinheiro que se encontra na conta da sua empresa ao lado do processador de pagamentos. Os reembolsos podem ser feitos automaticamente a partir daí, o que reduz o tempo administrativo e garante que o dinheiro é devolvido à conta do cliente em pouco tempo. No entanto, a rejeição do pedido de reembolso pode levar a que o cliente decida formalizar uma disputa da transação com a entidade emissora do seu cartão e iniciar um chargeback. Se o produto ou serviço foi entregue corretamente, o comerciante tem direito a defender-se com uma disputa, mas para isso é importante explicar 3. É melhor fazer uma devolução de forma clara o caso e apresentar que lidar com um chargeback documentação que o confirme. Será Os reembolsos podem parecer com- necessário apresentar comprovativos de plexos do ponto de vista operacional, entrega e provas de que a reclamação já que se tem que transferir de novo o está assegurada e será coberta através dinheiro da conta bancária do comer- da emissão de um reembolso. ciante para a do cliente. Criar uma Um chargeback é, portanto, um canreserva de reembolsos pode resolver celamento de uma transação que já se
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tinha autorizado. Faz-se quando o comprador quer que o vendedor devolva o dinheiro, o merchant se nega e o comprador solicita à entidade emissora do cartão que faça a devolução. Os chargebacks, além das penalizações e inconvenientes que causam, podem-se evitar reembolsando o dinheiro sem demora. Infelizmente, neste momento, muitos negócios tiveram que fazer mais reembolsos que em condições normais. Desta forma a melhor maneira de gerir é reduzir a sua frequência. Quando ocorrem, podem ser geridos através de comunicações abertas e uma reserva de reembolso bem gerida. Além disso, para reduzir as solicitações também é importante adaptar as políticas de devolução para que sejam mais flexíveis, mais fáceis de compreender e nos deem segurança na altura de lidar com as disputas com os clientes. * Country manager Spain & VP Sales Southern Europe da Adyen E-mail:adyen@canelapr.com
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
Gigas compra Oni, por 40 milhões de euros A Gigas, multinacional espanhola especializada em serviços de cloud computing, acaba de anunciar que fechou um acordo vinculativo com a sociedade de investimento GAEA Inversión para a aquisição da Oni, operadora de telecomunicações líder no segmento empresarial em Portugal e parte do grupo Cabonitel. A GAEA, gerida pela lnveready, que é obrigacionista da Gigas, após uma reorganização acionista e societária da Cabonitel, passará a deter 100% do capital social da ONI. O preço da transação foi definido em 40 milhões de euros (valor patrimonial). A Oni vai terminar 2020 com receitas estimadas de 37,3 milhões de euros e um EBITDA normalizado de sete milhões de euros, ou seja, com esta aquisição e a anunciada em setembro da operadora irlandesa Ignitar, a Gigas irá atingir receitas proforma totais este ano de aproximadamente 50 milhões de euros e um EBITDA consolidado profor-
ma ajustado (excluindo custos de M&A) de cerca de 10,2 milhões de euros. A Oni fornece serviços de telecomunicações, cloud e TI/ segurança, a cerca de 1.100 grandes e médias empresas, bem como serviços de retalho de voz e dados para outras operadoras de telecomunicações. Detém dois centros de dados próprios (Lisboa e Porto), redes de fibra metropolitanas em Portugal e uma rede de fibra que liga Madrid a Lisboa e Porto, e que irá favorecer a integração de serviços e operações com a Gigas na Península Ibérica. A equipa da Oni é constituída por 165 pessoas. “Após a compra, a empresa de capital de risco GAEA/Inveready tornar-se-á na principal acionista da Gigas e irá proporcionar estabilidade financeira e um histórico e conhecimento comprovados em telecomunicações e M&A”, adianta a Gigas, em comunicado de imprensa. Os restantes 38% do valor serão pagos em dinheiro (através de dois aumentos
de capital) e de ações da Gigas recém-emitidas. Com a aquisição da ONI, a Gigas inicia a sua nova fase de se tornar um operador relevante no mercado de serviços convergentes de telecomunicações, cloud e segurança para empresas da Península Ibérica, reforça a sua oferta de produtos para ser um fornecedor abrangente (one stop shop) às empresas e agrega uma equipa humana e capacidades de telecomunicações em Portugal que, juntamente com a experiência da Gigas em virtualização e a sua rede global de centros de dados, irão constituir a base para o lançamento de serviços de telecomunicações OTT (over the top, ou seja usando redes de terceiros) para outros países. A Gigas já está presente em Portugal desde 2019 através da aquisição realizada no ano passado da AHP (fornecedor de serviços cloud), cujas operações continuam a ser lideradas pelo administrador José Ferreira Cruz.
Novo Banco lança serviço de agregação financeira para negócios e empresas O Novo Banco acaba de lançar um serviço de agregação financeira e gestão de tesouraria, que permite às empresas “ter uma visão global de todas as contas à ordem, de todos os bancos, numa única plataforma, com informação enriquecida e capacidade de iniciar operações”, revela a instituição financeira. Trata-se de “uma nova solução pioneira que oferece um conjunto de funcionalidades que visam apoiar a gestão financeira diária das empresas, a NBnetwork+, que se encontra integrada no NBnetwork, o homebanking para os clientes negócios e empresas”, adianta o banco, em comunicado. O banco afirma que a ativação digital dos clientes “ganha enorme importância no contexto atual”, e que “uma solução inovadora como o NBnetwork+, que se encontra integrada no NBnetwork, traz várias vantagens para as empre-
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sas”. “Através da agregação de contas de outros bancos é possível, num só local e de forma mais célere a consulta dos saldos consolidados das contas dos diferentes bancos e o acesso a um calendário financeiro, que possibilita uma previsão de receitas e despesas, o que permite uma estimativa da tesouraria para os próximos dias, com ganhos em termos de eficiência operacional”, adianta o Novo Banco. A “visibilidade sobre a estrutura de custos fixos e variáveis, já que através da categorização de despesas será possível acompanhar o histórico das diferentes categorias de despesa (salários, rendas, juros, energia, impostos, contribuições…) e, com base nesta informação, facilitar a tomada de decisão sobre a necessidade de otimização de custos com medidas como layoffs, moratórias, linhas de apoio ou adiamento de paga-
mento de impostos”. O cliente que trabalhe só com o Novo Banco (não valorizando, por isso, a agregação de contas de outros bancos), terá possibilidade de usufruir de funcionalidades como o calendário financeiro, categorização de despesas, alertas, eventos, entre outras, adianta o comunicado. Esta solução tira partido do novo contexto de open banking decorrente da diretiva europeia de serviços de pagamento (PSD2), que possibilita a partilha de informação a terceiros, devidamente certificados, dos saldos e movimentos da conta à ordem dos clientes e mediante a sua autorização. E que possibilita a iniciação de pagamentos a partir de qualquer conta da empresa, com origem no NB ou noutros bancos. “O cliente continuará, no entanto, a usar as credenciais de acesso ao homebanking do banco origem”, explica o NB.
Breves Resultado do Millennium bcp cresce 1% até setembro O resultado core do Millenniumbcp Por outro lado, o banco registou ascendeu a 835,2 milhões de euros “níveis de liquidez elevados, muito nos primeiros nove meses de 2020 acima dos requisitos regulamentares”. (862,7 milhões de euros, excluindo o No mesmo comunicado, o Millennium impacto dos itens específicos), cres- bcp revela que obteve um “aumento cendo 1% face ao período homólogo de 2.400 milhões de euros no crédido ano anterior. to performing e de 3.100 milhões de O resultado líquido totalizou “146,3 euros nos recursos totais de clientes, milhões de euros nos primeiros nove face a 30 de setembro de 2019”. O meses de 2020, influenciado pelo banco destaca, neste âmbito, o “forte reforço expressivo das imparidades, apoio às empresas, que foram resnum contexto de pandemia covid- ponsáveis por 89% do crescimento do 19”, adianta a instituição liderada por crédito performing face a setembro Miguel Maya, através de um comuni- de 2019”. cado de imprensa. Ao nível da qualidade de crédito, o total O banco destaca ainda, no período de NPE reduziu-se em 900 milhões de em análise, “os custos operacionais euros (-20,4%), em termos homólogos, controlados”, que o tornam “um dos “com níveis de cobertura confortáveis”. bancos mais eficientes da Zona Euro, De salientar ainda o crescimento dos com cost to core income, em base recursos totais de clientes, em 1.600 comparável, de 48%”. milhões de euros face ao final de 2019.
BPI anuncia linha de 100 milhões de euros para apoiar empresas O BPI e a Associação dos Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (AMREN2) celebraram no mês passado um protocolo comercial, através do qual a Rede de Agentes da EN2 vai beneficiar de condições comerciais especiais no acesso a uma linha de crédito com um montante global de 100 milhões de Euros. A AMREN2 anunciou recentemente a criação da “Rede de Agentes”, com vista a promover o produto turístico que representa aquela via rodoviária. O protocolo com o BPI destina-se a todas essas empresas e negócios que direta ou indiretamente tenham ligação com a Rota da EN2, trazendo benefícios no apoio à atividade, através de um pacote de produtos e serviços financeiros. Pedro Barreto elogiou o “trabalho feito pela AMREN2 e manifestou a sua satisfação com o acordo alcançado,
que vai permitir às empresas da Rota EN2, muitas delas pequenos negócios, aceder a financiamento em condições vantajosas. O BPI vai continuar a apoiar os projetos e as empresas do interior e do setor do turismo em geral, com o objetivo de mitigar os efeitos da pandemia e acelerar a retoma da economia,” destacou o administrador do BPI. Na rede, podem inscrever-se os estabelecimentos de alojamento, de restauração, farmácias ou oficinas, empresas de animação turística, agências de viagens, entre outras empresas, que se encontram ao longo dos 35 concelhos atravessados pela EN2. O presidente da AMREN2 destacou, por seu lado, que “este financiamento vai contribuir para fortalecer a atividade económica neste que é o maior projeto de coesão territorial em Portugal”, concluiu Luís Machado.
Nacex aumenta capacidade de resposta em Lisboa com abertura de um novo centro de distribuição A Nacex Portugal, empresa de transporte expresso da Logista em Portugal, acaba de reforçar a presença e a capacidade de resposta na cidade de Lisboa, com a abertura de um novo centro de distribuição, na zona do Parque das Nações. O novo centro tem uma área de 1.500 metros quadrados, o quíntuplo do espaço disponível no anterior centro de distribuição junto às Twin Towers. O novo espaço do Parque das Nações junta-se ao centro de distribuição localizado em Prior Velho para dar uma resposta exclusiva à cidade de Lisboa. “A mudança para este novo e maior espaço deriva do crescimento que temos registado no volume de envios ao longo dos últimos meses, devido ao aumento de expedições e de novos clientes motivado pela pandemia”, explica João Jales, country manager da Nacex Portugal. Só na área da grande Lisboa, além dos centros de distribuição no Parque das Nações e Prior Velho, a Nacex está presente também na Amadora, Carnaxide, Venda do Pinheiro e Alcochete. Alunos da Universidade de Oviedo vencem “EDP University Challenge 2020” Alunos da Universidade de Oviedo são os grandes vencedores do “EDP University Challenge”, o programa desenvolvido pelo grupo EDP para apoiar e fomentar o espírito empreendedor dos alunos universitários. Esta, é uma iniciativa que abrange a EDP em Portugal, a EDP Brasil e a EDP Renováveis e que, este ano, recebeu 173 candidaturas. Tanto as semifinais como a final global foram realizadas de forma digital. Este ano, os estudantes do ensino superior das áreas de engenharia, gestão e marketing foram desafiados a desenvolver um projeto focado no tema da sustentabilidade e, em Portugal, os grupos tiveram de desenvolver um projeto que aborde esta temática de acordo com áreas como a eficiência energética, a mobilidade elétrica ou a economia circular. Nesta edição do projeto, que incentiva os estudantes universitários a aplicarem os seus conhecimentos académicos num projeto que se centra num tema relacionado com o grupo EDP, a equipa vencedora apresentou o projeto “Geração Sustentável e Armazenamento Subterrâneo de Energia”, no âmbito da descarbonização do setor elétrico.
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Breves Produção de viaturas automóveis em Portugal quebra quase 26% até outubro Em outubro de 2020, foram produzidos, em Portugal, 29.714 veículos automóveis ligeiros e pesados, tendo-se verificado uma queda de 6,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em termos acumulados, de janeiro a outubro de 2020, registou-se um decréscimo de 25,8% em comparação com o período homólogo, correspondendo a 215.414 unidades fabricadas em 2020, adianta a Acap. A informação estatística relativa aos dez meses de 2020 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel já que 98,1% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo, o que, sublinhe-se, contribui de forma significativa para a balança comercial portuguesa. A Europa continuou a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional – com 93,9 por cento – com a Alemanha (22,1%), França (17,3%), Espanha (10,8%), Itália (10,3%) e Reino Unido (7,7%) no topo do ranking. Makro Portugal anuncia parceria com Zone Soft para apoiar negócios da restauração A Makro Portugal acaba de anunciar uma parceria com a Zone Soft, empresa que desenvolve software especificamente para a área da restauração e bebidas, comércio em geral e mobilidade. A partir de 1 de janeiro 2021, entrará em vigor a nova lei fiscal que abrange todos os estabelecimentos comerciais, incluindo os da restauração, e que se traduz na necessidade de atualização do software de faturação, representando a maior alteração de software de faturação em sete anos de certificação. As principais alterações que entram em vigor referem-se à obrigatoriedade de impressão de um código QR único, por cada fatura emitida, sendo que através deste mecanismo o consumidor poderá fazer a leitura e enviar a informação contida no código diretamente para o portal e-fatura. Uma vez que muitos restaurantes não têm software de faturação, ou até mesmo hardware adequado para acompanhar esta medida, muitos terão de adotar um novo software de faturação, adianta o grupo grossista. “Com o objetivo de apoiar este esforço de transição, a makro desenvolveu uma parceria com a Zone Soft, para novas adesões ao ZS Rest e a outras soluções da empresa de forma a que os seus clientes, nomeadamente os do canal horeca possam aceder a formas mais vantajosas de procederem a esta atualização”, comenta Cristina Maia, Head of Marketing da Makro Portugal. Esta parceria reúne um conjunto de softwares – faturação, encomendas, fidelização e gestão –, de forma a simplificar o trabalho dos estabelecimentos e a fortalecer a sua proposta de valor junto dos seus clientes.
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Portugal deverá crescer 6% em 2021, mas só recupera em 2022 A economia portuguesa deverá sofrer uma recessão de -8% este ano, em linha com a média da Zona Euro, e crescerá 6% em 2021, acima da média da Zona Euro (de +4,8%), estima a Euler Hermes, acionista da Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, antecipando, contudo, que Portugal não recuperará totalmente das perdas causadas pela pandemia antes de 2022. Em consequência deste contexto, a líder mundial em seguro de créditos aponta para que Portugal registe um aumento de 15% do número de insolvências este ano e no próximo. Em comparação com 2019, estes números representam uma subida de 33%. De acordo com os analistas da Euler Hermes, e apesar de alguns resultados positivos fruto do esforço de contenção da propagação do vírus e de uma melhor gestão da crise sanitária, quando comparado com outros países da Zona Euro, Portugal foi fortemente atingido pela recessão causada pelo confinamento (-13,8% de contração do PIB no segundo trimestre de 2020). Portugal foi, a seguir à Grécia, o país da Zona Euro em que o consumo foi mais afetado pela pandemia,
nomeadamente devido ao peso que têm no consumo interno as atividades relacionadas com hotelaria e restauração, transportes, vestuário e calçado, entretenimento e cultura, mobiliário e artigos para a casa (cerca de 27% do PIB). A favor da recuperação, Portugal beneficiará da retoma internacional do comércio de bens, cujas exportações representam 27% do PIB nacional; a contribuir para moderar a velocidade da retoma, explicam os analistas, estão, por um lado, a recuperação muito comedida do turismo – que apenas deverá atingir o nível pré-crise em 2023 e, por outro, a previsível manutenção, até ao final de 2021, de medidas de contenção em Portugal e nos países vizinhos (Espanha, França, Reino Unido). De acordo com o estudo “Living on with a Covid-19 hum”, recentemente publicado pela Euler Hermes, os dados do segundo trimestre do ano confirmaram uma contração do PIB mundial sem precedentes (-6,1% em relação ao trimestre anterior) após o choque da crise sanitária. Assim, os analistas estimam que o PIB mundial se situe nos -4,7% em 2020, atingindo os +4,6% em 2021.
Aquila Capital projeta novos investimentos em Portugal
A Aquila Capital, gestora alemã especializada em investimentos de longo prazo em ativos como energia ou imobiliário e com 11.100 milhões de euros em ativos sob gestão, lançou a Estratégia de Eficiência Energética, centrada em investimentos em pequenos e médios projetos de eficiência energética, nos setores público e privado e com foco na Europa. Através destes projetos, a Aquila Capital contribui de forma ativa para a obtenção dos Objetivos Energéticos e Climáticos da União Europeia para 2020, reforçando o seu
compromisso com o investimento sustentável. Em Portugal, onde tem investido em diversos ativos de energia hídrica e solar e ainda do ramo imobiliário, procura novos projetos imobiliários na área logística, dotados de características “ambientalmente sustentáveis”. A AQ Volta tem mais de 50 projetos, que representam mais de dois GW de capacidade no mercado ibérico. Por cá, o portefólio totaliza 500MW, sendo que conta com oito centrais solares já em operação e vários projetos em desenvolvimento.
Gestores
Portugal Blue pretende mobilizar 75 milhões para a economia azul O Fundo Europeu de Investimento (FEI)– o braço de capital de risco do Grupo Banco Europeu de Investimento (BEI)– e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), em representação do Fundo Azul, lançaram um novo programa destinado a apoiar investimento em empresas portuguesas que operarem nos setores relacionados com o oceano. A nova parceria, Portugal Blue, consiste num fundo-de-fundos, subscrito em 25 milhões de euros por cada uma das instituições, e deverá ainda atrair 25 milhões de euros adicionais de capital privado de investidores institucionais alinhados com as prioridades de ação climática, bem como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações Unidas.
No total, o Portugal Blue pretende mobilizar mais de 75 milhões de euros de capital privado, público e europeu para fomentar o ecossistema da economia azul portuguesa, disponibilizando capital de risco e expansão a mais de 30 empresas, em todos os estágios de desenvolvimento. O programa de investimento cobrirá até 70% da dimensão dos fundos selecionados, com o intuito de potenciar a capacidade crítica da plataforma local da economia azul. O programa irá selecionar uma ou duas equipas a operar a partir de Portugal, dotadas de um conhecimento profundo do ecossistema azul português e que se proponham atuar em conformidade com os Princípios Financeiros da Economia Azul Sustentável.
Apenas 40% das empresas tem solidez para suportar o impacto da pandemia “Cerca de 40% das empresas portuguesas têm um nível de resiliência financeira elevado ou médio-alto, facto que lhes permite enfrentar a crise económica motivada pela pandemia de covid-19 de forma mais robusta do que as restantes empresas, independentemente da severidade do impacto sentido no setor em que operam”. A conclusão é do estudo “Resiliência Financeira das Empresas em Portugal”, organizado pela Informa D&B, que tem como objetivo fornecer ao tecido empresarial mais uma “ferramenta” que permita avaliar onde se encontram as suas maiores forças e debilidades. O estudo assinala também que 28% das empresas tem resiliência média. Em situação mais vulnerável estão 33% das empresas com um nível de resiliência mínimo ou reduzido face ao setor em que operam. Este facto revela que uma
fatia significativa do tecido empresarial terá maiores dificuldades em ultrapassar a crise económica provocada pela pandemia, em especial as 27% que operam em setores mais afetados, de acordo com a análise de impacto setorial realizadas em maio pela Informa D&B. Para Teresa Cardoso de Menezes, diretora-geral da Informa D&B, “as empresas resilientes vão ter um papel fundamental na recuperação da economia. Tendem a emergir mais robustas após as crises pois saberão redesenhar as suas estratégias de crescimento e de diversificação de risco através de novas abordagens, produtos, serviços e novos mercados. O tecido empresarial português tem quase metade das empresas com uma boa resiliência, o que será um forte contributo para enfrentar os desafios colocados por esta pandemia”.
em Foco
Victoria González-Bueno (na foto) é a nova cônsul-geral de Espanha em Lisboa. É licenciada em direito, pela Universidad Pontificia de Comillas. Entrou na carreira diplomática em 1992, exercendo diversos cargos no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, quer na Subdireção-Geral das Nações Unidas, quer na assessoria internacional. Entre 1994 e 1996, foi cônsul na Alemanha, seguindo-se destinos como a Embaixada da Argélia, como conselheira política, e a Holanda, como conselheira cultural, tendo depois voltado às funções consulares, como cônsul-geral no Equador, entre 2008 e 2011. Até 2013, foi subdiretora-geral de Assuntos Jurídicos Consulares em Espanha. Integrou, posteriormente, a Representação Permanente de Espanha junto da União Europeia, em Bruxelas, enquanto conselheira do Grupo Político Militar, durante dois anos, e como conselheira de Assuntos de Justiça e Interior, até 2017. Mais recentemente, desempenhou outros cargos ligados à diplomacia em Espanha e em Itália. Foi nomeada oficialmente como Conselheira de Turismo da Embaixada de Espanha em Portugal Yolanda Martínez, que tomou posse do cargo no passado dia 1 de novembro. Doutorada em Sociologia e licenciada em Ciências Politicas, pertence ao Corpo Superior de Administradores Civis do Estado espanhol desde 1993. Em 2003, entrou para a Administração Turística do Estado, onde ocupou o cargo de Conselheira de Turismo da Embaixada de Espanha em Berna e Berlim. Dirigiu também o Gabinete do Diretor-Geral de Turespaña e, até à data, foi subdiretora-geral de Conhecimento e Estudos Turísticos deste organismo espanhol. O grupo Moldtrans, destacado operador ibérico de transporte terrestre internacional, marítimo, aéreo e de distribuição nacional, logística, serviços de feiras e aduaneiros, anunciou duas nomeações para as lideranças das delegações espanholas de Irún e de Alicante. Por um lado, Miren Eizaguirre assumiu a direção da delegação da Moldtrans Norte, em Irún. Por seu turno, Juan Pedro Ortuño passou a ser o novo diretor da delegação do grupo Moldtrans em Alicante.
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Breves Endesa dispara su beneficio hasta los 1.511 millones de euros Endesa obtuvo un beneficio neto de 1.511 millones de euros en los nueve primeros meses del año, lo que representa un aumento del 758,5% frente los 176 millones de euros del mismo periodo del ejercicio anterior, según ha informado la compañía. Esta diferencia se debe principalmente al deterioro contable de activos de más de 1.800 millones de euros que la compañía cargó el año pasado por la decisión de adelantar el cierre de sus plantas peninsulares de carbón. El consejero delegado ejecutivo del grupo, José Bogas, declaró que “el modelo de la compañía nos ha permitido acabar el tercer trimestre del año con unos resultados sólidos a pesar de la complejidad del entorno. Durante estos meses nuestra prioridad ha sido atender las necesidades de miles de nuestros clientes y aminorar el efecto de la pandemia en las comunidades en las que tenemos presencia”. Ifema, elegida mejor centro de convenciones del mundo Ifema, el recinto ferial de Madrid, ha sido premiada como mejor centro de convenciones y destino MICE (siglas en inglés de reuniones, incentivos, conferencias y exposiciones) del mundo en la primera edición de los World Travel Awards, la iniciativa global que reconoce la excelencia en los sectores de viajes, turismo y hostelería. La institución galardonada recibió el reconocimiento como un impulso para su estrategia de convertirse en referente internacional del turismo de negocios y de contribuir al crecimiento económico de Madrid. “Una estrategia también enfocada en la digitalización, a la que estamos volcando nuestros recursos, y que nos llevará a ganar mucho más peso internacional y a alcanzar nuevos mercados”, afirmó en un comunicado José Vicente de los Mozos, presidente de Ifema. Renault Bank arranca en España con una cuenta al 0,65% El grupo automovilístico ha puesto en marcha Renault Bank, un banco de ahorro 100% digital. Con un proceso de contratación “ágil y sencillo” y de forma online, Renault Bank ofrecerá a partir de este jueves dos productos en España: una cuenta a la vista remunerada al 0,65% TAE y un depósito a plazo fijo con una TAE del 1% y un plazo de 24 meses. “El objetivo es muy sen-
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Naturgy vende su negocio en Chile a la china State Grid
Naturgy ha alcanzado un acuerdo para vender su participación del 96,04% en su filial chilena, la Compañía General de Electricidad en Chile (CGE), a la estatal china State Grid International Development Limited (SGID) por un precio total de compra de 2.570 millones de euros. El cierre de la transacción está sujeto a las aprobaciones reglamentarias pertinentes y la autorización de competencia. “El acuerdo
alcanzado nos permite avanzar de manera decidida en nuestra transformación y supone un primer paso importante en nuestros objetivos de rotación de activos que nos permitirá ser más ambiciosos en nuestros planes de inversión y crecimiento. Queremos ser una compañía líder en la transición energética a nivel global y esta operación nos proporciona flexibilidad estratégica y mayor capacidad financiera para crecer”, explicó el presidente de Naturgy, Francisco Reynés. La antigua Gas Natural calcula que con esta operación su deuda consolidada se reducirá en unos cuatro mil millones de euros.
El grupo Sacyr gana la obra para la línea de la Beira Alta El grupo Sacyr, a través de Somague y Neopul, ha ganado la adjudicación de la obra de modernización de la línea Beira Alta, valorada en 57,6 millones de euros. La ejecución de la obra se debe llevar a cabo en un plazo de 760 días y consiste en la renovación integra del canal ferroviario y superestructura de vía a lo largo de 40 kilómetros. Dicha obra comprende movimientos de tierra, drenaje, vías férreas, obras de arte, estaciones y paradas, servicios afectados, instalaciones de tracción eléctrica fija e infraestructu-
ras de señalización y telecomunicaciones, según ha explicado el grupo. En el mercado luso, Neopul tiene en curso otros contratos, entre ellos el mantenimiento de vía y catenaria de la Red Nacional de Ferrocarriles y la electrificación de la línea Minho, entre Viana do Castelo y Valença Fronteira.
Repsol y Nortegas se alían en las gasineras
Repsol y Nortegas han puesto en marcha el primer punto de suministro continuo de gas natural comprimido (GNC) para vehículos en la rotonda de salida de Sestao y Barkaldo, en Bizkaia. La instalación es la primera gasinera de Bizkaia con suministro continuo de GNC, sin necesidad de depósito, para turismos y furgonetas, así como para autobuses y camiones
de reparto, y ha supuesto una inversión cercana a los 400 mil euros. El gr upo público vasco EVE apoya el proyecto, inaugurado este viernes, con ayudas a la movilidad eficiente. El consejero delegado de Repsol, Josu Jon Imaz, ha indicado que el gas natural vehicular es una fuente de energía con menores niveles de emisiones de CO2. La alianza de Repsol y Nortegas permitirá la implantación de una red de puntos de suministro de gas natural vehicular en las estaciones de servicio del grupo Repsol, prioritariamente en el País Vasco, Cantabria y Asturias.
Credit Suisse refuerza su apuesta por España con una nueva división El banco suizo Credit Suisse ha anunciado internamente el fichaje de Hans Narberhaus en calidad de managing director, para financiación apalancada para la región EMEA en España. Esta división es de nueva creación en España, aunque ya existe en otros países. Credit Suisse cuenta con una destacada posición en el negocio de financiación apalancada en otros mercados y es uno de los principales actores globales, y ahora ha decidido replicar
esta estructura también en España y Portugal, razón por la que acaba de realizar este nuevo fichaje. El banco de origen suizo está reubicando parte de su negocio de banca de inversión para Europa en Madrid, que ahora pasará a ser uno de los principales centros internacionales del grupo.
Breves cillo. Tener acceso a una nueva fuente de financiación, diversificar nuestros fondos y conseguir un mejor coste, ya que esencialmente nos refinanciamos en el mercado de capitales. Así conseguiremos ser más agresivos, tener una mayor rentabilidad y más competitividad en el mercado español”, ha indicado en la presentación del banco el director general de RCI Bank and Services en la Península Ibérica, Géraud Lecerf. Acciona invertirá 150 millones para crecer en renovables en Portugal Acciona invertirá 150 millones de euros en Portugal hasta 2024 para duplicar su peso en renovables, la mayoría con nuevas plantas de energía solar. En la actualidad, cuenta con 120 MW, repartidos en 17 parques eólicos, y una histórica central fotovoltaica en Moura, que con 46 MW, fue una de las mayores de Europa. Así lo ha declarado Alexandre Kisslinger, director de Acciona Energía en Portugal, en una entrevista concedida a ECO/Capital. Acciona tiene el objetivo de instalar 5.000 MW verdes hasta 2024 en todo el mundo, de los que 3.000 MW recalarán en España. Con la irrupción de la pandemia, la compañía presidida por José Manuel Entrecanales ha puesto el freno en varios negocios pero no en el de las energías limpias. Hace unas semanas, señaló que su cartera de proyectos renovables firmes con vistas a ese mismo 2024 se ha incrementado hasta los 6.313 MW y que podría construirlos sin afectar a su solvencia financiera con la incorporación de socios o con desinversiones. Mercadona tendrá más cuatro supermercados en Portugal en 2021 La cadena de supermercados española Mercadona ha abierto su décimo séptimo supermercado en Portugal, ubicado en Paços de Ferreira (norte), y prevé concluir 2020 con una veintena de tiendas en funcionamiento, después de que en julio de 2019 iniciara su expansión por el país luso. Según un comunicado de la cadena de distribución alimentaria presidida por Juan Roig, Mercadona abrirá antes de finales de este año otros tres establecimientos en las localidades de Campanhã, Águeda, y Viana do Castelo, todas al norte del país. El nuevo supermercado de Paços de Ferreira supone la creación de 60 puestos de trabajo directos y la siguiente apertura tendrá lugar en Águeda el 16 de noviembre. En 2021, Mercadona planea abrir otros cuatro supermercados más al norte del país, en las ciudades de Santa Maria da Feira, Guimarães, Porto y Vila Nova de Famalicão. La cadena supera ya el millar de empleados en Portugal.
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Instituto de Soldadura e Qualidade: ADN tecnológico ao serviço das empresas
Com 55 anos de atividade e mais de 30 de internacionalização, o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) atua em 14 países, em áreas como: agricultura, energia, espaço, mobilidade, saúde e sustentabilidade. João Safara, administrador do ISQ, fala da evolução deste organismo, cuja faturação ultrapassa os 50 milhões de euros. O mercado espanhol responde por três milhões de euros do volume de negócios, sendo uma das principais apostas do ISQ.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
que pode o ISQ fazer pelas empresas e em que áreas intervem?
O ISQ sendo a maior infraestrutura tecnológica portuguesa, com 16 laboratórios acreditados e uma das principais referências da engenharia nacional, posiciona-se num patamar diferente da generalidade das empresas especializadas em engenharia e certificação, ao integrar valências avançadas, comités internacionais de normalização e projetos avançados de I&D. O ISQ trabalha em soluções de engenharia com serviços integrados de inspeções 14 act ualidad€
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técnicas, consultoria, ensaios e análises, formação, obrigações legais e metrologia para os setores de oil & gas , energia, aeronáutica e aeroespacial, indústria de processo, saúde, mobilidade e smart cities, transportes e infraestruturas e agroindústria. As áreas de investigação e intervenção são despertadas pelas necessidades das empresas?
Ajudamos os clientes, quer sejam empresas ou individuais a alinhar os seus objetivos com a regulamentação e normas aplicáveis e no cumprimento das suas metas e ne-
cessidades nas áreas da qualidade, segurança, gestão de ativos e responsabilidade ambiental e social. Existem inúmeros projetos de investigação que são desenvolvidos pelo ISQ, juntamente com universidades, centros tecnológicos, empresas públicas ou privadas quer sejam nacionais ou internacionais. A criação da ideia desses projetos pode partir do ISQ após o diagnóstico de um determinado setor, mercado, processo produtivo ou produto ou são as empresas a procurar o ISQ na busca de uma determinada solução para um problema existente.
gran entrevista grande entrevista Quais foram os principais feitos do ISQ?
Em 2020 o ISQ completa 55 anos de existência. Começou como um pequeno Instituto de Soldadura e transformou-se na maior infraestrutura tecnológica nacional, com projeção transversal à economia, possuindo mais de 30 participações empresariais, um grupo com mais de 1300 colaboradores e com presença em quatro continentes do mundo. A longevidade, a sua ambição e sustentabilidade ao longo dos anos é um feito que está ao alcance de muitas poucas organizações nacionais. O ISQ emprega cerca de 800 pessoas em Portugal e mais de metade deste número tem no mínimo licenciatura. A larga maioria tem formação nos diversos ramos de engenharia ou em áreas técnicas. Trabalhamos com praticamente todas as universidades e politécnicos de Portugal. Quanto investem por ano em I&D e de onde vem o financiamento? Qual a percentagem de receitas próprias?
O ISQ já participou em mais de 450 projetos de I&D ao longo da sua história com investimento nos últimos anos anual médio entre 3 e 3,5 milhões de euros, com o apoio de programas nacionais, da União Europeia, ou de investimento próprio em áreas estratégicas que sirvam os nossos clientes. Que projetos em que o ISQ está envolvido atualmente destaca?
Todos os projetos e os clientes são importantes para o ISQ. Desde uma pequena calibração, um ensaio de qualidade do ar, uma inspeção a um elevador, um curso de formação, um simples ensaio químico ou no apoio mais exigente na construção ou conversão
João Safara Administrador do ISQ
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de uma refinaria, todos os projetos e respetivos clientes são tratados da mesma forma profissional, idoneidade e com a mesma competência técnica. Claro que um projeto como o ITER é único e é uma honra o ISQ poder participar ou estar presente no inicio do atual projeto nacional de hidrogénio verde é algo aliciante e muito desafiador, mas o grande destaque ao longo dos anos é a lealdade do ISQ aos seus clientes e destes ao ISQ. O projeto Intelicrop – Earth Observation Solutions – é um projeto financiado pela Agência Espacial Europeia, que terminou no início de 2020. Neste projeto, diversos dados de observação da Terra via satélite (constelação Copernicus), foram analisados e usados no cálculo de vários indicadores, como índices de vegetação, que através de algoritmos de inteligência artificial, permitem prever zonas de risco fitossanitário (e.g. pargas e doenças) em vastos campos agrícolas. O Smart Green House – é um projeto focado no apoio à decisão para o setor agrícola, e em especial, atualmente para cultivo em estufas. Este projeto pretende promover a implementação de sensores IoT (Internet das Coisas) em estufas, para medir em tempo real parâmetros agrícolas 16 ACT UALIDAD€
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de solo, água, e ar (temperatura, humidade, PH, eletrocondutividade, O2, CO2, entre outros). Estes dados são enviados automaticamente para uma plataforma cloud com uma in-
“O ISQ tem servido inúmeras PME industriais espanholas, bem como grandes grupos empresariais... O mercado Espanhol é absolutamente estratégico para o ISQ” terface gráfica para o utilizador via computador, tablet, ou smartphone. Desta forma, o utilizador poderá visualizar indicadores agrícolas em tempo real, registar histórico de dados, receber alertas caso haja anomalias em determinados parâmetros, e através de algorítmos de inteligência artificial poderá ainda ter previsões de indicadores ou riscos fitossanitários. O objetivo é otimizar este tipo de culturas em termos de produtividade e uso de recursos. O ISQ, pretende apoiar a digitalização do setor
no caminho da sustentabilidade. O projeto SIM4.0 –está inteiramente inserido no mundo da indústria 4.0. Não contempla apresentar um produto, mas sim um serviço de apoio às indústrias no caminho da digitalização, mas, mais do que tudo, na melhoria da eficiência e sustentabilidade. Neste projeto, existe uma interação muito forte com casos de estudo industriais, onde se analisa um determinado problema, e se implementa solução customizada. Alguns exemplos são: otimização de processos fabris, otimização do planeamento fabril, monitorização em tempo real de parâmetros, deteção de falhas e anomalias. E para isto, temos implementado diversas ferramentas, tal como: automação, inteligência artificial para análise de dados ou reconhecimento de imagem, IoT, Edge-computing (computação de ponta). O projeto E.Tijolo terminou em setembro de 2020 e visou avaliar a viabilidade da integração de beatas de cigarro em tijolo cerâmico, para aplicação em divisórias construtivas interiores (sendo extensível a outras aplicações, como revestimento, decorativas, etc.). Para esse efeito, o ISQ estabeleceu um consórcio de forma a integrar todas as partes interessadas e necessárias, nomeadamente: o Laboratório da Paisagem de Guimarães – fornecedor de beatas – e o Centro de Valorização de Resíduos– construção dos protótipos de tijolo com integração da beata. O projeto visou a produção de protótipos de tijolos cerâmicos de barro vermelho com diferentes incorporações de pontas de cigarros. Que projetos têm com o mercado espanhol? Quem são os principais clientes e quanto poderá valer este mercado para o ISQ?
O grupo ISQ está presente em Espanha, desde 2004, através de várias empresas participadas. Conta, neste momento, com um número aproximado de 80 colaboradores e escritórios em
gran entrevista grande entrevista
Madrid e Albacete, Ponferrada (Castela e Leão), Oviedo (Astúrias), Vigo (Galiza), e com um volume de negócios superior a três milhões de euros por ano. Em Espanha, o grupo ISQ atua essencialmente no âmbito dos serviços industriais de verificação de conformidade, nomeadamente ensaios não destrutivos e inspeção, em diversos setores industriais como: produção de energia – centrais térmicas, centrais de ciclo combinado, centrais nucleares, renováveis (eólicas e solares); produção de pasta e papel; produção de aglomerados de madeira; distribuição de gás natural; refinarias; petroquímicas; indústria naval e inspeção regulamentária. Ao longo dos anos, o ISQ tem servido inúmeras PME industriais espanholas, bem como grandes grupos empresariais como a Acciona, Siemens Gamesa, Nortegas, Canal Isabel II, Endesa, Navantia entre outros. O mercado espanhol é absolutamente estratégico para o ISQ. Em que outros mercados vê potencial para a expansão do ISQ?
O ISQ possui empresas no seu grupo em determinadas geografias que são muito relevantes como em Espanha, Argélia, Brasil, Angola, Macau e Timor, e diferentes projetos de exportação por vários países dos quatro continentes (Europa, América do Sul,
Ásia e África). O ISQ e as suas empresas participadas estão preparadas para trabalhar em qualquer geografia, na medida que a experiência adquirida em mais de 30 anos de internacionalização permitem dar esse conforto a qualquer cliente. O ISQ é cada vez mais uma empresa e menos um instituto?
O ISQ é uma organização ímpar em Portugal e mesmo na Europa existem poucas organizações com as características do ISQ. O seu ADN de infraestrutura tecnológica juntamente com a necessidade de arranjar negócio, na medida que não tem estrutura acionista, torna-a uma organização centrada no cliente e na busca de so-
luções e inovações para uma comunidade melhor. Quais são os serviços ou áreas mais lucrativas, ou mais promissoras?
Todas as áreas e serviços são importantes para o ISQ e suas empresas do grupo. Obviamente que teremos que estar no state of the art da indústria e teremos que acompanhar as mais recentes evoluções tecnológicas que o mundo atravessa. A corrida pelas soluções digitais vai ditar quem vai triunfar junto do cliente, a entidade que não tiver um growth mindset será completamente ultrapassada pela concorrência. Como tem evoluído o volume de negócios?
A situação financeira do ISQ tem melhorado nos últimos anos e hoje o ISQ possui um balanço muito mais equilibrado. No ano 2019 e 2018 o volume de negócios das contas individuais foi aproximadamente 50,7 milhões de euros e com um resultado líquido de 1,4 milhões em 2018 e 2,5 milhões em 2019. Este ano de 2020, as contas individuais e consolidadas do ISQ, devido à pandemia, vão naturalmente ser piores do que no ano de 2019. Esperamos ter uma quebra de 15% do volume de negócios e projetamos ter um resultado positivo, mas relativamente baixo. DEZEMBRO DE 2020
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Setor das FinTech na Península Ibérica: ainda imaturo, mas promissor O primeiro relatório sobre FinTech em Portugal e em Espanha, apresentado pela Nova SBE, pelo BPI e pela Fundação La Caixa, apura que há mais de 200 empresas de tecnologia para finanças na Península Ibérica, no entanto a maioria ainda não gera lucros. Afonso Eça, um dos coordenadores do estudo, considera que este é um setor “vibrante e promissor”, mas ainda “imaturo”, e ressalva que por enquanto não se vislumbra como será a relação futura destas empresas com os incumbentes: bancos e seguradoras. Mais previsível é a consolidação do setor por via de fusões e aquisições, que permitirão a estes operadores ganharem a necessária escala.
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Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
medida que os consumido- sidades, nomeadamente em áreas res e os seus comportamen- como pagamentos, seguros, mercatos mudam, evidenciando do de capitais, gestão de poupanças, uma crescente preferên- transferências de dinheiro, hipotecia pela digitalização no cas imobiliárias, finanças pessoais, que diz respeito à gestão das suas regulação, blockchain (tecnologia finanças, a tecnologia tem permi- associada à contabilidade da transatido adaptar os serviços e os pro- ção de criptomoedas) e empréstimos. dutos financeiros tradicionais, no As chamadas FinTech (empresas de sentido de providenciar alternati- tecnologia para o setor financeiro) vas digitais apropriadas às neces- combinam modelos de negócio e 18 ACT UALIDAD€
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tecnologias inovadores, de modo a permitir que esta disrupção aconteça no setor financeiro. Para analisar melhor o setor e estas empresas na Península Ibérica, a Universidade Nova SBE criou a FinTech Initiative, desenvolvida pelo Nova Finance Knowledge Center, no contexto da Social Equity Initiative (Iniciativa para a Equidade Social), criada pela referida universidade, em
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parceria com o BPI e a Fundação e 36 portuguesas identificadas pelo La Caixa, para impulsionar o setor estudo) e a maioria delas atua, por social em Portugal com uma visão enquanto, apenas a nível nacional, de longo prazo, retratando-o e à exceção de algumas empresas de desenvolvendo programas de inves- pagamentos que já trabalham para tigação e capacitação para apoiar o mercado europeu (como a portuorganizações sociais. De acordo com guesa EasyPay, por exemplo). Em a Nova SBE, a FinTech Initiative termos de inovação e de segmentos visa “o desenvolvimento de investi- em que apostam são semelhantes. gação e educação em torno do tema No entanto, as empresas de FinTech das FinTech e do seu impacto na espanholas têm uma maior dimenindústria dos serviços financeiros são do que as portuguesas, o que se tais como banca comercial, banca compreende, dada a maior dimende investimento e gestão de ativos”. são do mercado espanhol.” Pretende ainda “promover e divulgar informação e conhecimento sobre FinTech junto da sociedade, nomea“A, grande questão damente o impacto na literacia finanreside em saber onde ceira e inclusão”. Neste contexto, foi apresentado um relatório sobre o é que os investidores setor, no passado dia 6 de novemirão apostar daqui bro, numa conferência online sobre FinTech, promovida pelas três citaem diante se vão das instituições. Este Fintech Report investir nas pequenas permite concluir que “o ecossistema de FinTech na Península Ibérica não empresas de FinTech é muito diferente do de outras zonas ou nos bancos” da Europa, no entanto o fenómeno em Portugal e em Espanha começou mais tarde”, observa Afonso Eça, professor na Universidade Nova SBE Mesmo assim, ganhar escala e um dos coordenadores do estudo. é o grande desafio para o setor “Nos Estados Unidos da América e na Península Ibérica e no resto do em alguns países europeus come- mundo e é isso que se espera que çaram a surgir mais empresas por aconteça, adianta o supervisor deste volta de 2008, mas na Península FinTech Report: “ A maioria destas Ibérica só a partir de 2015, ainda empresas são largamente deficitárias que já houvesse tecnologia ligada e vivem da injeção de capital de funàs finanças, porque a inovação tem dos de capital de risco. Espera-se que sido contínua”, esclarece o professor, haja uma consolidação deste mercaacrescentando que “a crise financei- do. A tendência é que estas emprera de 2008 determinou outro tipo de sas se fundam ou sejam adquiridas preocupações no setor financeiro e por grandes empresas, como bancos, de seguros, nomeadamente a sobre- o que já aconteceu. Possivelmente, vivência, o que abriu caminho para algumas empresas irão fechar, como que outros players mais pequenos aconteceu já no Reino Unido, desde pudessem entrar na área da tecnolo- que a pandemia começou. A grangia para finanças”. de questão reside em saber onde Este estudo permite mapear o ecos- é que os investidores irão apostar sistema de empresas que operam daqui em diante, se vão investir nas nesta área, indica Afonso Eça: “Há pequenas empresas de FinTech ou mais de 200 empresas FinTech na nos bancos.” Península Ibérica (206 espanholas A maioria destas pequenas empre-
sas ainda não provou a eficácia do seu modelo de negócio (ainda não geram lucro) e por parte dos incumbentes (bancos e seguradoras) não há muita abertura para parcerias ou negócios com estes operadores, assinala Afonso Eça: “É pouco clara quer do lado das FinTech quer do lado dos incumbentes como poderá ser a sua relação no futuro. Parecem correr em pistas paralelas”. Ou seja, não se encontram: “O sistema financeiro olha com desconfiança para estas empresas, que em alguns casos são concorrentes dos próprios bancos ou apresentam soluções que os bancos consideram que podem desenvolver eles próprios. Existe muito essa ideia por parte da banca de que conseguem desenvolver estas tecnologias dentro de casa. Isso tenderá a mudar, à medida que as empresas ganhem escala.” Também é verdade que “algumas B2B (business to business - desenvolvem soluções para a banca como a portuguesa Feedzai, que deteta fraudes para instituições financeiras, através de data science) já têm uma relação de negócios com a banca”, mas as B2B (business-to-consumer – vendem produtos aos consumidores) dificilmente serão parceiras da banca tradicional, sustenta o professor. Os seus potenciais parceiros ou clientes estão no retalho, que opera cada vez mais com soluções digitais: “O segmento de B2C é mais dinâmico e mais apetecível porque há muitos utilizadores, mas o desafio é ter muitos clientes, já que ter muitos utilizadores de uma determinada solução ou aplicação, não significa ter muitos clientes. De salientar que esta é “uma área onde há uma forte regulação, sobretudo desde há 12 anos, e que irá continuar a ser cada vez mais regulada”, afirma Afonso Eça, sublinhando que “a forma como a regulação irá avançar, será determinante para a capacidade destas empresas evoluírem de forma positiva ou não”. DEZEMBRO DE 2020
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Números em destaque no FinTech Report - Desde 2010, as empresas de FinTech já obtiveram investimentos na ordem dos 100 biliões de dólares, mas foi sobretudo a partir de 2015 que os fundos de capital de risco se começaram a interessar por estas empresas. - 42% das empresas do top 50 de FinTechs estão localizadas na região da Ásia e do Pacífico, o que inclui a Austrália e a Nova Zelândia, 34% situam-se no continente americano e 24% estão na EMEA (região que compreende a Europa, o Médio Oriente e a África). - Por países, os EUA lideram a tabela de maior número (26%) de FinTech do top 50, seguido pela China (14%), Reino Unido (12%), Índia (8%), Brasil (6%), Alemanha (6%), Austrália (6%), Japão (4%), Singapura (4%), Indonésia (2%), Suécia (2%), Canadá (2%), Coreia (2%), Israel (2%), Lituânia (2%) e Vietname (2%). - No top 50 europeu (dados de 2019), três operam em regtech tecnologia ao serviço da regulação), três em insurtech (tecnologia aplicada ao setor de seguros), 16 em pagamentos e transações, seis em mercado de capitais & gestão de poupança, sete em empréstimos e crédito, cinco em plataformas de gestão financeira, oito em neo-bancos (operam online), e duas em blockchain & crypto. - No que concerne à localização, quase metade das empresas deste top 50 europeu situa-se no Reino Unido (44%). Na Alemanha estão 14%, em França também 14%, na Suécia situam-se 8%, na Suíça 6%, na Dinamarca 4% e em Itália também 4%. A Holanda,
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Espanha e Portugal sediam cada um 2% das empresas europeias deste top 50. - No total, as empresas deste top 50 europeu de FinTechs valem 68 biliões de euros. - Em termos ibéricos, Espanha detém uma quota de 85% do mercado de Fintech e as FinTechs portuguesas representam os restantes 15%. No entanto, no top três de cada segmento, uma das empresas é portuguesa. - As três maiores empresas do setor na Península Ibérica são: Pagatelia (com receitas operacionais de 58.973.798 de euros); Creditea (com receitas operacionais de 20.928.169 de euros) e Feedzai (com receitas operacionais de 18.944.662 de euros). - Das 242 empresas identificadas, apenas 162 FinTech reportaram dados financeiros. Para estas, as receitas operacionais somam 275.363.287 de euros no total (Portugal contribui com 20% e Espanha com 80%). Calcula-se que o resultado líquido do setor na Península Ibérica seja negativo, refletindo um prejuízo de 22.810.443 de euros. - As três mais lucrativas são espanholas: Innofis (Crealogix), com 2.838.725 de euros de lucros depois de impostos; Sipay, com 1.105.456 de euros de lucros depois de impostos, e T-advisor, que obteve 1.038.209 de euros de lucros depois de impostos. - A EbankIT é a portuguesa mais lucrativa, com 902.628 euros de lucros depois de impostos.
O relatório analisa também o mercado africano de FinTech, que está noutro patamar, nota Afonso Eça: “Se na Europa, 99% da população está bancarizada e a digitalização procura inovar um negócio que tem cinco séculos, com operadores que resultam da fusão ou da aquisição de várias marcas, muitas delas com mais de 100 anos, em África, muitas pessoas abrem a sua primeira conta bancária através do telemóvel e, muitas vezes, o seu saldo de telemóvel corresponde à sua conta bancária. Nos mercados africanos, as FinTech parecem representar uma oportunidade com potenciais benefícios para saltar etapas no desen-
Em África, “existe ainda um défice muito forte na inclusão financeira, o que representa uma oportunidade enorme para o crescimento continuado das FinTech” volvimento financeiro e estimular a inclusão financeira da África subsariana, onde mais de 60% da população adulta não tem conta bancária.” Este relatório “mostra-nos que existe ainda um défice muito forte na inclusão financeira, o que representa uma oportunidade enorme para o crescimento continuado das FinTech ”. Afonso Eça conclui que “ninguém sabe como será a relação das pessoas com as suas finanças daqui a dez anos”. A inovação é constante, e a mudança também, pelo que este mercado, “ainda imaturo em Portugal e Espanha, continuará a ser um setor muito vibrante e interessante”.
opinión
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opinião
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marketing
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World Travel Awards 2020: Portugal renova “título” de Melhor Destino Europeu Num ano duro, o mês de novembro começou com uma boa notícia para o setor de turismo em Portugal, já que pelo quarto ano consecutivo o país foi eleito o Melhor Destino da Europa, na edição 2020 dos World Travel Awards. Na lista de premiados deste ano estão ainda Madeira, Açores, Porto, Lisboa, Madrid e o Dark Sky Alqueva, o primeiro projeto de astroturismo português e o primeiro transfronteiriço.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
á quatro anos consecutivos que os profissionais do setor do turismo que votam nos World Travel Awards elegem Portugal como o melhor destino da Europa. Além desta distinção, Portugal arrecadou mais 26 prémios na edição de 2020, que decorreu em formato virtual no passado dia 1 de novembro. A cidade do Porto foi considerada o melhor destino europeu para uma escapadela urbana (“city break”), numa corrida que incluía mais 13 cidades: Amesterdão (Holanda), Atenas (Grécia), Belfast (Irlanda do Norte), Berlim (Alemanha), Copenhaga (Dinamarca), Dublin (República da Irlanda), Genebra (Suíça), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Paris (França), Roma (Itália), São Petersburgo (Rússia) e Veneza (Itália). A Invicta está também nomeada na categoria “city break” nos prémios mundiais dos World Travel Awards, anunciados a 27 de novembro, depois do fecho desta edição. Destaque também para a cidade de Lisboa, que foi distinguida como Melhor Destino Europeu de Cruzeiros e Melhor Porto de Cruzeiros, e para o Algarve que volta a ser o Melhor Destino de Praia da Europa. As ilhas da Madeira receberam o prémio de Melhor Destino Insular da Europa e os Açores ganharam na categoria Melhor Destino de Turismo de Aventura. A Portugal coube o total de 27 prémios. A nível ibérico, é de realçar os
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dois prémios atribuídos ao projeto Dark Sky Alqueva: Melhor Turismo Responsável Europeu (já atribuído em 2019 ao mesmo projeto) e Melhor Projeto de Turismo Europeu. Criado em 2011, este é o primeiro projeto de astroturismo português e o primeiro de cariz transfronteiriço, uma vez que abarca uma área de 9.700,00 km2 em torno do Lago Alqueva (entre Portugal e Espanha). Reclama ser o primeiro destino starlight do mundo e chama-se Dark Sky para sublinhar o objetivo de defender níveis zero de poluição luminosa no área. A seleção dos nomeados é céu noturno, em torno do Alqueva. realizada à escala mundial por Em Espanha, é ainda de salien- milhares de profissionais do setor, tar o prémio atribuído à cidade que todos os anos juntamente de Madrid, de Melhor Destino com os consumidores elegem os Europeu na categoria de Encontros seus favoritos. Graham Cooke, Fundador dos e Conferências. Os World Travel Awards, tam- World Travel Awards frisa que “os bém apelidados de “Óscares do nomeados representam a ‘nata’ turismo” começaram a ser atri- do setor de viagens e turismo buídos em 1993, como forma na Europa, pelo que estão todos de reconhecimento do trabalho de parabéns”, acrescentando que e inovação do setor do turismo, “todos demonstraram uma resiliênbem como para a estimular a com- cia assinalável num ano de desafios petitividade e a qualidade nesta sem precedentes”.
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Garland recebe prémio “Best of Best Global Sales” A Garland acaba de ser distinguida com o prémio “Best of Best Global Sales”, nos “EGLN Member Awards 2020”, cuja cerimónia teve lugar virtualmente, no final de outubro. Além desta distinção, a empresa recebeu ainda uma menção honrosa como melhor membro da Elite Global Logistics Network (EGLN) na região Europa/ Marrocos. “Os votos provieram dos 315 membros que compõem aquela que é uma das mais exclusivas
redes de transitários do mundo”, adianta um comunicado da Garland. A EGLN é uma rede de empresas de logística exclusiva de seis estrelas – “Best in Class” –, à qual os associados apenas se podem juntar por convite. Os membros são empresas estabelecidas e líderes de mercado na área de transitários nos países onde operam. Além da Garland, apenas mais quatro empresas com instalações em Portugal fazem parte desta rede. “Estas distinções deixam-nos
naturalmente muito orgulhosos, já que resultam da votação de 315 empresas líderes no nosso setor em todo o mundo. É a recompensa por um trabalho muito intenso das nossas equipas, que nunca se conformam com o tanto que já alcançámos. Hoje, o grupo Garland é um dos operadores logísticos líderes no país em que nos acolhe há quase 245 anos e muito o devemos aos nossos colaboradores”, aponta Peter Dawson, presidente do grupo Garland.
WOW lança marca própria de chocolate
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hama-se Vinte Vinte e é a nova marca de chocolate produzida na fábrica do Museu do Chocolate do WOW– World of Wine. Do centro histórico de Vila Nova de Gaia para o mundo, há quatro gamas de chocolate e 25 produtos diferentes para descobrir e apreciar. Os Vinte Vinte dividem-se em quatro gamas: Classic, Fusion, Cacau Intensity e Grand Cru. Para além disto, a oferta dos chocolates Vinte Vinte contempla ainda Caixas de Bombons, Latas com Trufas (as clássicas e de Vinho do Porto Fonseca) e ainda Cacau em nibs e em pó. Pedro Araújo, o mestre de Chocolate responsável pela cria-
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ção e desenvolvimento da marca, explica porque razão se chama Vinte Vinte: “os cacauzais nascem sobretudo num território circunscrito do planeta, a chamada faixa do cacau que é precisamente uma área compreendida vinte graus a Norte do Equador e vinte graus a Sul do Equador. Como sabemos que o bom chocolate depende de um cacau de qualidade, a nossa marca chama-se Vinte Vinte, porque é produzida inteiramente em Vila Nova de Gaia com cacau criteriosamente escolhido e colhido nos melhores terroir.” Assim, o visitante que a partir de novembro visite o Museu, vai assistir a todos os processos de produção e embalamento da marca. “Não temos nada a esconder, toda a fábrica está visível para o visitante, que pode acompanhar todos os processos em tempo real”, acrescenta ainda Pedro Araújo, também conhecido como “Doctor Bean” do WOW,
pelas suas competências de especialista no que ao cacau e ao chocolate diz respeito. Por entre as diferentes gamas dos chocolates Vinte Vinte, há espaço para ofertas mais consensuais: as gamas Classic e Fusion. Quanto a “bean to bar”, ou seja, chocolate produzido exclusiva e obrigatoriamente a partir de favas de cacau, a Vinte Vinte disponibiliza as gamas Cacau Intensity e Grand Cru. “São chocolates para colocar na boca e deixar derreter na língua. Os aromas do cacau e do terroir de origem vão sentir-se garantidamente”, explica Pedro Araújo, enquanto reforça que o chocolate não se deve mastigar. O chocolate Vinte Vinte, nos seus primeiros dois meses (até final do ano), está a ser vendido unicamente nas lojas do World of Wine. No início de 2021, a marca vai expandir-se para pontos de venda em todo o país. No decorrer de 2022, o WOW pretende ainda iniciar um plano de internacionalização da marca, levando os chocolates produzidos em Vila Nova de Gaia a todo o mundo.
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Cepsa lança nova campanha para promover gás engarrafado entregue em todo o país
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ortugal Por Ti”, é o lema da nova campanha da Cepsa, que acaba de ser lançada, sublinhando as vantagens do serviço de entrega de garrafas de gás onde o cliente quiser, em qualquer ponto do país, de forma segura e com todas as condições de higiene, tão necessárias nesta altura de pandemia.
A campanha irá prolongar-se por sete semanas e será suportada por um plano de meios, que inclui TV, rádios, meios digitais e também redes sociais. No caso das TV, estão previstos patrocínios de programas e live promotions, envolvendo apresentadores de programas, na SIC e na TVI.
Nas rádios, a campanha irá ser emitida na RFM e na Rádio Renascença. Com este serviço, os clientes da Cepsa têm a vida facilitada, basta fazerem os pedidos através da app da marca, no site Cepsa.pt ou por telefone e “recebem com toda a comodidade garrafas de gás leves no peso e no preço. Trata-se de garrafas de manuseamento fácil, já que têm uma asa ergonómica, e a gola guarda válvulas confere-lhes a segurança desejada. Aos novos clientes, a Cepsa está a oferecer o redutor para a garrafa”, adianta a marca. Esta iniciativa segue a linha da campanha “Cepsa por Ti”, lançada no início do ano, reforçando a dimensão global da empresa e a diversidade da sua oferta. Agora chega o “Portugal Por Ti”, com o mesmo mote: a Cepsa faz tudo pelos seus clientes, assegura a marca de energia. PUB
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Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 2 0 E-mail: 20 ccile@ccile.org Website: www.portugalespanha.org
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Revelados os serviços digitais mais procurados por pequenos negócios portugueses D e acordo com um estudo realizado pela Fiverr, a necessidade de agilizar a transformação digital dispara procura por serviços de marketing digital. No seu segundo relatório semestral, onde se inclui o “Índice de Pequenos Negócios” a plataforma Fiverr destaca a variedade de diferentes serviços que os pequenos negócios indicaram ser mais úteis para o seu sucesso num mundo onde o digital vem primeiro. O “Índice de Pequenos Negócios” da Fiverr analisa dados provenientes de milhões de pesquisas por todo o mundo, de forma a identificar os serviços que mais se destacaram. Deste modo, é possível prever os produtos, plataformas e ferramentas que os pequenos negócios mais procuram para os ajudar a delinear estratégias futuras.
Em Portugal, o estudo destacou o seguinte top 3 de serviços mais procurados nos últimos seis meses, que se podem resumir em: landing page (99% das pesquisas), WordPress (81% das pesquisas), e, finalmente, o SEO (search engine optimization, ou processo de otimização de mecanismos de pesquisa), com 59% das buscas realizadas. De acordo com os últimos dados da European Business School (ISAG), 37% dos portugueses compraram mais online e têm intenção de aumentar esse hábito no futuro (37,5%), atestando a necessidade de transformação digital do comércio em Portugal. Por outro lado, a esta necessidade de mercado, junta-se a elevada taxa de desemprego em Portugal (mais de 407 mil em julho, segundo o IEFP) que está a obrigar
à reinvenção de muitos profissionais. Neste sentido, plataformas de service-as-a-product, como a Fiverr, surgem como uma forma eficiente e segura de mudar a forma de trabalhar em conjunto. Com este estudo, fica claro que tanto em Portugal como no mundo, a experiência de consumo e presença digitais se tornaram absolutamente cruciais. Na Fiverr, queremos ajudar a que essa transformação digital, agora mais necessária do que nunca, seja um sucesso. A Fiverr tem a capacidade única de não só identificar os tipos de serviços mais procurados pelos pequenos negócios, como também lhes dar acesso a profissionais qualificados que os podem ajudar”, como salienta Peggy de Lange, VP de Expansão Internacional.
Maior frescura com os novos secadores FreshCare+ da Whirlpool
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e gostaria de não se preocupar se as roupas ficam com vincos ao fim de muito tempo na máquina de secar, ou de ter de ter de esperar pelo fim de um ciclo e apressar-se a descarregar a máquina para evitar odores desagradáveis, agora, não precisa de ter mais preocupações. Com um novo design, a gama de secadores FreshCare+ da Whirlpool mantém as roupas suaves e frescas durante horas, mesmo após o
fim do ciclo, para que possa relaxar e aproveitar a vida. Graças à inovadora tecnologia 6º Sentido da Whirlpool e ao Motor Inverter, os secadores FreshCare+ também oferecem eficiência A+++ e excelentes resultados sem esforço. A exclusiva função FreshCare+ da Whirlpool assegura diariamente a frescura da roupa, sem esforço. No final do ciclo de secagem, o secador FreshCare+ usa movimentos delicados bidirecionais para minimizar a fixação de vincos nas roupas, mesmo que não sejam retiradas imediatamente da máquina. O secador combina a movimentação delicada do tambor com o controlo de temperatura inteligente, inibindo a proliferação das principais fontes de maus odores dentro do secador.
Após o fim do ciclo, a tecnologia FreshCare+ é ativada automaticamente sempre que o secador deteta que a temperatura no tambor desceu abaixo dos 35°C. Isto evita a acumulação das principais fontes de maus odores dentro do secador e pode durar até seis horas após o fim do ciclo de secagem. Quando a temperatura fica muito alta, esta tecnologia desliga automaticamente a resistência, evitando assim a fixação de vincos no tecido. Graças a este controlo preciso, o secador FreshCare+ garante que toda a sua roupa seja tratada, para si. Oferece igualmente uma brilhante flexibilidade, podendo ser ativado durante a fase inicial do ciclo ou a qualquer momento durante o ciclo de secagem. FreshCare+ manterá a roupa fresca no final do ciclo e poderá ser interrompido sempre que estiver pronto para retirar a roupa da máquina.
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Foto Sandra Marina Guerreiro
Endesa adere ao BCSD Portugal e reforça compromisso com a sustentabilidade
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adesão da Endesa Portugal ao BCSD Portugal ajudará a identificar iniciativas de sucesso transferindo-as para a sua realidade empresarial, desenvolvendo as suas melhores práticas e estabelecendo alianças. É uma nova plataforma de diálogo com seus grupos de interesse em Portugal. Nuno Ribeiro da Silva, diretor-geral da Endesa em Portugal afirma: “Na Endesa, a Sustentabilidade faz parte da gestão do nosso negócio, dia a dia.
Consideramos a sustentabilidade como um foco do negócio para gerar valor a longo prazo, mediante a integração dos ativos sociais, ambientais e éticos na gestão do negócio. Apostamos num modelo de negócio sustentável, dinâmico, eficiente e alinhado com a visão estratégica de ser motor da transformação energética na sociedade”. Recorde-se que a Endesa foi uma das primeiras empresas espanholas que aderiu ao Pacto Mundial das Nações Unidas (Global Compact), em 2002 e incorpora os seus princípios nas Normativas de Integridade Corporativa, Política e Estratégia de Sustentabilidade. Estendeu também este mesmo enfoque a todas a geografias onde está presente. Em 2019, na Endesa confirmou a
firme contribuição para os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas), em especial: ODS 7 (energias renováveis e acessíveis), ODS 9 (indústria, inovação e infraestruturas), ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis) e, especialmente, ODS 13 (ação climática) onde está dedicado mais do 90% dos investimentos do “Plano Estratégico 2020/2022”. A Endesa também contribui de forma indireta, mediante o desenvolvimento de programas e iniciativas sociais, para a consecução do ODS 4 (educação de qualidade) e ODS 8 (trabalho digno e crescimento económico). A incorporação da Endesa no BCSD Portugal afirma a sua estratégia de presença e atividade nos fóruns relevantes de RSC tanto a nível nacional como internacional, reforçando o posicionamento da empresa no domínio da sustentabilidade.
BBVA já disponibiliza cartões bancários produzidos a partir de materiais reciclados O BBVA, em Portugal, já disponibiliza aos seus clientes cartões produzidos a partir de materiais reciclados (86%). Também o papel que utiliza para os fazer chegar aos seus clientes é reciclado, tornando todo este processo num processo mais amigo do ambiente. Esta alteração está a ser feita, de forma gradual, sobre a totalidade dos cartões de débito do banco em Portugal e vai permitir a clientes particulares e empresas utilizarem um meio de pagamento mais ecológico. Estes novos cartões mantém todas as suas funcionalidades, com destaque para a tecnologia contactless, que permite aos clientes fazer compras até 50 euros sem necessidade de introduzir o PIN, e a possibilidade de serem utilizados no MB Way. De acordo com a SIBS, “o BBVA é o
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primeiro emissor a ter não só cartões em PVC reciclado, como a lançar a campanha em materiais também reciclados (papel de carta e envelopes)”, realça o BBVA. Recorde-se ainda que em Portugal, este banco financiou em 2019 a primeira operação de papel comercial verde, com a Navigator, e com o grupo Pestan, a primeira emissão mundial de obrigações verdes do setor hoteleiro, e com a BA Glass uma linha de papel comercial sustentável. Já em 2020, participou na emissão de obrigações verdes da EDP e desenvolveu ainda um processo de certificação sustentável vocacionado para os projetos das pequenas e médias empresas, no âmbito do qual já durante a pandemia financiou sete
projetos em diversos setores. Perante o Compromisso BBVA 2025 Em linha com o Plano de Ação da Comissão Europeia sobre finanças sustentáveis, o BBVA assumiu a estratégia para avançar na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e do Acordo de Paris sobre Alterações Climáticas. Trata-se de um compromisso a oito anos (2018-2025) baseado em tês pilares: financiar, gerir e incluir. O BBVA comprometeu-se a mobilizar cem mil milhões de euros em financiamento verde e social, infraestruturas sustentáveis e agribusiness, empreendimentos sociais e inclusão financeira. Para esta missão, foram já utilizados 40% daquele valor.
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Produtos da Amorim Cork Composites com balanço de carbono negativo A
Amorim Cork Composites, Unidade de Aglomerados Compósitos da Corticeira Amorim, encomendou à EY três estudos de pegada de carbono e avaliação do ciclo de vida, que concluíram sem qualquer exceção que o balanço de carbono de todos os produtos analisados é negativo quando considerado o sequestro da floresta do montado. Os estudos, que avaliaram, então, os impactos ambientais causados pela gestão florestal, transporte de matérias-primas e produção, concluíram que o Top Layer NRT 94 permite um sequestro de carbono até -39kg de CO2/m2, o Underlay Fusion permite um sequestro até -14,2kg CO2/m2, e o Footcork Evolution permite um sequestro até -8,4kg CO2/m2. Considerada a empresa mais tecnoló-
gica da Corticeira Amorim, a Amorim Cork Composites, que desenvolve soluções inovadoras para indústrias exigentes como a aeroespacial, automóvel, construção, energia, mobiliário, calçado, desportiva e de bens consumo, considerou para esta análise de ciclo de vida alguns dos produtos mais representativos das suas atividades. O Top Layer NRT 94 é um componente composto maioritariamente por cortiça de alta densidade destinado à industria de pavimentos, o Underlay Fusion, igualmente fadado para a área de pavimentos, é um produto aplicado entre a superfície de betão e o pavimento final com o objetivo de melhorar o conforto térmico e o isolamento acústico das habitações, por seu turno o Footcork Evolution é um material destinado a aplicações da indústria do cal-
çado. Tanto o Underlay Fusion como o Footcork Evolution são materiais compostos por cortiça, mas integram na sua formulação subprodutos de outras indústrias que seriam habitualmente descartados e colocados em aterros. Ao incorporar estes materiais de economia circular, a Amorim Cork Composites contribui para a diminuição do seu impacto ambiental, dando paralelamente uma segunda vida a produtos em fim de vida. Na verdade, sendo a cortiça um material que promove sinergias com outras matérias-primas e subprodutos, sempre que possível são utilizados como matéria-prima materiais reciclados de outras indústrias. De resto, a máxima que presidiu à criação da própria empresa, em 1963: valorizar os subprodutos da produção de rolhas de cortiça.
Plataforma contribui objetivos de desenvolvimento sustentável de municípios U m consórcio universitário e uma empresa liderados pelo Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) juntaram-se para criar a Plataforma ODSlocal - Plataforma Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que visa levar os objetivos de desenvolvimento sustentável a todos os municípios do país e facilitar a sua concretização. Esta iniciativa, que beneficia do apoio da Fundação La Caixa, é promovida pelo CNADS, associado a dois centros de investigação universitários (Observa/ICS-Universidade de Lisboa e MARE/FCT-Universidade Nova de Lisboa) e à startup especializada em ambiente e alterações climáticas 2adapt. O objetivo é incentivar a adesão aos 17 ODS propostos pela ONU na Agenda 2030, através da mobilização dos municípios portugueses,
dando destaque aos atores locais e às suas iniciativas e promovendo a participação cívica. O lançamento do projeto, que inclui um portal online de base tecnológica, um plano de capacitação e um ciclo de eventos, foi feito em novembro. De acordo com Filipe Duarte Santos, presidente do CNADS, “o contexto da pandemia trouxe novos desafios aos governos locais, que enquanto executores de políticas e catalisadores de mudança estão colocados ao melhor nível para vincular as comunidades locais com as metas globais aprovadas pela ONU em diversas temáticas, como erradicação da pobreza, saúde, educação, biodiversidade, governança e mobilidade”. Os governos locais e a sociedade civil podem utilizar a plataforma ODSlocal para identificar prioridades de ação, divulgar e gerir boas práticas, aumen-
tar a participação de diferentes atores da sociedade, reforçar a coesão social e mobilizar esforços para o bem comum, entre outros aspetos. A plataforma, através do seu portal, permite ainda que os municípios possam acompanhar o progresso dos ODS nos seus territórios, medir o impacto desse avanço e aceder a relatórios com rigor e transparência, promovendo a mudança de comportamentos em prol de uma transição positiva, justa e inclusiva. A implementação dos 17 ODS é um desafio para Portugal que requer uma parceria global alargada com a participação ativa de todos. Neste contexto, “a plataforma ODSlocal vai contribuir para que os municípios atinjam o desenvolvimento sustentável em diferentes âmbitos: económico, social e ambiental”, refere João Ferrão, coordenador do projeto.
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La liberalización del transporte de pasajeros por tren
comienza en España con nuevos competidores para Renfe en la alta velocidad La compañía francesa SNCF será el primer competidor de Renfe en alta velocidad con su línea low cost Ouigo que empezará a operar el próximo 15 de marzo. Esta liberalización puede optimizar el aprovechamiento de una red extensa y robusta y traer cambios en todo el sistema de transportes. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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l próximo 14 de diciembre es la fecha acordada para el inicio de la liberalización del transporte ferroviario de pasajeros en España aunque la competencia de Renfe no comenzará a operar hasta marzo de 2021. La entrada de nuevos operadores no es sino fruto de la directiva de la Unión Europea que obliga a todos sus Estados miembros a liberalizar el transporte de pasajeros por tren como ya se hizo en su día con el de mercancías. Se pretende crear un mercado más competitivo con mayores ventajas para el consumidor. Renfe logró encadenar en 2019 un nuevo récord histórico anual de viajeros transportados en sus trenes de Alta Velocidad (AVE), con 22,4 millones. Un aumento del 4,9%, o lo que es lo mismo, un millón más de nuevos viajeros. Con esta liberalización, que lleva implícita más trenes y mejores precios, el objetivo prioritario es que usuarios que actualmente optan por el avión y mayoritariamente por el transporte por carretera, coche y autobús, elijan el tren como medio de transporte. España tiene la segunda red ferroviaria más larga del mundo, por detrás de China (la primera si se tiene en cuenta el número de habitantes) y la menos usada. Aprovecha su red ferroviaria menos de la mitad que Alemania y hasta cuatro veces menos que Países Bajos, siendo una de las más infrautilizadas de Europa. Cuenta con un índice de intensidad de uso de 35,3 puntos, frente a los 53 puntos de la media europea o los 75 de Alemania. “España ha construido una red ferroviaria muy extensa, dado el tamaño del país. Su principal fortaleza es la relacionada con el sector de la construcción e ingeniería de obra pública. Las
Alta Velocidad alcanza los 3.402 kilómetros, de los que 2.606 km. Según los datos son de alta velocidad de ancho estándar; 694 km corresponden facilitados por Adif, a red convencional de ancho ibéactualmente la red rico puro y 102 km a red mixta de titularidad de Adif (combinación de ancho estándar y ancho ibérico). Desde 1992, Alta Velocidad año en que se puso en servicio la primera línea de alta velocidad, alcanza los 3.402 de 476 km de longitud, esta red kilómetros ha crecido notablemente e incluye todas las líneas de alta velocidebilidades tienen que ver con el dad de nueva construcción, que problema de que esta red se está son la mayoría, y algunos tramos utilizando con una capacidad de la red convencional que se muy inferior al nivel para el que han adaptado para circular a más fue diseñada, pues el mercado de 200 km/h. Desde su puesno es suficientemente amplio”, ta en marcha, la alta velocidad explica Javier A sensio, profe- ha contado con una inversión sor del departamento de econo- aproximada de 51.775 millones mía aplicada de la Universidad de euros, lo que ha contribuido a Autónoma de Barcelona (UAB). situar al sector ferroviario como El objetivo de la liberalización en uno de los principales motores es, precisamente, incrementar el de desarrollo socioeconómico de grado de utilización de la red. España. No hay que olvidad que entre A finales del año pasado, seis los retos de Adif está el de que candidatos solicitaron capacidad 9 de cada 10 ciudadanos estén a a Adif para prestar los servicios menos de 30 kilómetros de una de transporte de viajeros por estación de alta velocidad. ferrocarril: Renfe, Eagle Rail, Según los datos facilitados por Rielsfera, Motion Rail, Eco Rail el Administrador de Estructuras e ILSA. El total de peticiones Ferroviarias (Adif ) actualmente superó con mucho la capacidad la red de titularidad de Adif disponible, por lo que A DIF DEZEMBRO DE 2020
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A lta Velocidad aplicó criterios de priorización en función del uso de los paquetes establecidos. La aplicación de estos criterios tuvo como resultado la pre-adjudicación a Renfe, ILSA y R ielsfera (f ilial española de SNCF). Las tres empresas ofertarán sus servicios en los corredores Madrid-Barcelona-Frontera fran-
cesa, Madrid-Levante (Valencia/ Alicante) y Madrid-Sur (Sevilla/ Málaga). Además se decidió que Renfe mantenga el monopolio en los ser vicios de Cercanías y regionales convencionales al menos hasta 2026 una vez que estas líneas se consideran servicios públicos. Una apertura a nuevos ope-
radores que los expertos en infraestructuras consideran como una oportunidad para que España aproveche una red de alta capacidad muy robusta y muy extensa que ha construido durante las últimas décadas. El ferrocarril es uno de los modos de transporte más sostenible, seguro y que más efectos externos tiene. Incrementar la cuota de transporte por ferrocarril implica mejorar en todos los parámetros, sin olvidar el impacto que va a tener también en la reducción de los precios. Además, con la entrada de dos nuevos operadores, Adif recibirá más dinero en cánones que le ayudará a mejorar su actual situación deficitaria. Líneas de bajo coste Tal y como pasó en el transporte aéreo, la llegada de nuevos
Líneas de alta velocidad y altas prestaciones en España Desde su puesta en marcha, la alta velocidad ha contado con una inversión aproximada de 51.775 millones de euros, lo que ha contribuido a situar al sector ferroviario como en uno de los principales motores de desarrollo socioeconómico de España. El incremento del volumen de inversión se convierte en foco de creación de puestos de trabajo (directos e indirectos), refuerza la cohesión territorial y abre nuevos mercados, especialmente en el sector servicios.
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operadores en el ferrocarril va a traer asociado el modelo de viajes low cost . Para adelantarse a su futura competencia, Renfe tenía previsto lanzar su línea de bajo coste, AVLO, el pasado 6 de abril, planes que fueron alterados por el estado de alarma y su derivado confinamiento. La idea era explotar primero la línea más rentable, Madrid-Barcelona, con una oferta comercial de dos frecuencias diarias por sentido para ir ampliándolas a lo largo del año. Los precios, entre 10 y 60 euros. Para ofrecer este servicio Renfe transformó unidades de la serie 112 de Talgo ofreciendo 438 plazas por tren, un 20% más de lo habitual al eliminar la clase preferente. La compañía quiere incorporar después nuevos trenes de la serie 106 con una capacidad de 581 plazas. Se desconoce todavía una nueva fecha de lanzamiento de AVLO. También debido a la pandemia SNCF ha tenido que aplazar sus planes aunque no dejan de ser 36 ACT UALIDAD€
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ambiciosos. Comenzará a operar el 15 de marzo de 2021 en la línea Madrid-Barcelona, con paradas en Zaragoza y Tarragona. Posteriormente expandirá su servicio a las líneas que unen la capital española con Valencia, A licante, Córdoba, Sevilla y Málaga, tal y como indicó la directora general de la ferroviaria francesa en España, Hélène Valenzuela, durante la presentación del nuevo servicio. La compañía operará con trenes Alstom Euroduplex (doble piso), por primera vez sobre las vías de alta velocidad de España. Disponen de 512 plazas y un servicio de bar a bordo. La f lota de trenes sumará 14 unidades, es decir, 7.196 plazas diarias. A más largo plazo, la intención es escalar esta oferta hasta 30 mil plazas diarias. Estos trenes alcanzan los 320 km/h. La serie 103 de AVE (Siemens) que cubre la ruta Madrid-Barcelona ofrece 404 plazas con una velocidad máxima de 350km/h. SNCF ha optado por mantener el nom-
bre de Ouigo para sus trenes de alta velocidad en España, el mismo que utiliza en Francia desde que empezó a operar allí en 2013. “Ouigo va a popularizar la alta velocidad en España. Nuestra llegada corresponde con la apertura del transporte de alta velocidad que podría conducir a duplicar el número de pasajeros que elegirán este medio de transporte ecológico en los diez próximos años. Ouigo es alta velocidad, alta calidad y bajos precios”, afirmó Hélène Valenzuela. Y avisa además que la lucha no estará entre competidores sino “contra el coche y el avión. Hay un mercado que no está atendido. Va a cambiar el panorama de la alta velocidad en España”. Víctor Ruiz Ezpeleta, profesor y experto en el mercado ferroviario de EAE Business School, señala que esta entrada "es buena para el sistema ferroviario español, deficitario en muchas líneas, y para Renfe”. Excepto la línea Barcelona-Madrid, el resto de
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líneas de alta velocidad está sien- sin duda". Para su debut SNCF ha anundo deficitaria por el momento. “Al entrar otros operadores, debe- ciado 10 mil billetes a un euro rán pagar a Renfe por usar el servicio y ayudará a mantener los gastos de las líneas. Habrá que En su debut en ver las cantidades y la optimizaEspaña, el próximo ción del servicio para hacerlo rentable pero seguro que mejorará el 15 de marzo, la comsistema ". Respecto al impacto pañía francesa SNCF para los viajeros, Víctor Ruiz de Ezpeleta aclara que "la entrada de ha anunciado 10.000 SNCF y otros posibles operadores billetes a un euro en un futuro cercano transforma el panorama con un servicio con para el lanzamiento más compañías y más posibilidade Ouigo des para los viajeros. Habrá más ofertas y horarios para escoger, se abaratarán los precios y las para el lanzamiento de Ouigo compañías deberán ofrecer mejor en nuestro país. Javier García servicio para captar más clientes. Seijas, socio responsable de Esto beneficiará a los usuarios, Infraestructuras, Modelling &
Project Finance en EY España, señala igualmente que “con la liberalización la batalla de los precios va a estar en el servicio low cost, que en el tren no se ha explotado todavía como ha ocurrido con el avión”. Una rivalidad entre compañías en donde también tendrán mucho que decir “las plataformas tecnológicas que surjan alrededor, conectando los trenes con taxis, coches compartidos, autobuses, avión...todo lo que mejore la experiencia de los viajeros”, puntualiza el consultor. En un contexto de tanta incertidumbre, con el sector del turismo tan afectado, “las infraestructuras pueden ser la fortaleza para la recuperación”, añade. ILSA fue otro de los operadores seleccionados por Adif para PUB
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competir con Renfe. Este consorcio hispanoitaliano (alianza entre Air Nostrum y Trenitalia) tiene previsto operar en la primavera de 2022. Se ha visto obligado a posponer su entrada en España por causa de la
los está fabricando el consorcio formado por Hitachi y Bombardier, socio tecnológico de ILSA Los ferrocarriles Frecciarossa 1000 tendrán una capacidad de 450 viajeros y se encuentran entre los más rápidos y de más bajo consumo del mercado. “Con las tecnologías de propulsión y control más avanzadas, estos trenes rápidos y silenciosos ya son muy populares entre los viajeros de larga distancia en Italia. La liberalización del transporte ferroviario permitirá a ILSA ofrecer nuevos servicios ferroviarios en España, fomentando la movilidad crisis civd-19 y el retraso en la pre- en tren en lugar de en coche o paración de sus trenes. El consorcio avión, contribuyendo así a los objeoperará servicios de alta velocidad tivos de sostenibilidad mundial”, en las líneas Madrid-Barcelona, señaló Franco Beretta, presidente Madrid-Va lencia/A licante y y director general de Bombardier Madrid-Sevilla/Màlaga. Sus trenes Transportation Italia.
Precio del canon Con la entrada de dos nuevos operadores, el operador ferroviario Adif recibirá más dinero en cánones (el peaje que cobra por el uso de las infraestructuras) y de esta forma va a poder mejorar su actual situación deficitaria. Hace apenas unas semanas Adif ha confirmado que mantendrá durante 2021 los cánones vigentes, a excepción de la tarifa de entrada a la alta velocidad que se rebaja en un 23%. No obstante, el ministerio de Transportes compensará a Adif por la diferencia de los ingresos entre la aplicación de las tarifas vigentes y los que habrían obtenido con su propuesta. Según explica en comunicado el operador, se pretende así “proporcionar unas condiciones
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atractivas” para la utilización de las líneas férreas “teniendo en cuenta la incertidumbre generada por la actual crisis sanitaria y social, adoptando medidas ten-
dentes a facilitar la expansión de la oferta de servicios” con el objetivo de alcanzar en el 2021 los niveles de tráfico previos a la pandemia.
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
SandSpace e Plastic Free World vencem 6ª Edição do Apps for Good
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romovido pelo CDI Portugal (Centro para a Inclusão Digital) , o Apps for Good “é um programa que pretende seduzir jovens (entre os 10 e 18 anos) e professores para a utilização da tecnologia como forma de resolver os seus problemas, propondo um novo modelo educativo mais intuitivo, colaborativo e prático”. O objetivo do programa “é desenvolver aplicações (apps) para smartphones e tablets que possam contribuir para a resolução de problemas relacionados com a sustentabilida-
de do mundo em que vivemos”. Na sexta edição deste programa foram atribuídos 11 prémios, no passado dia 17 de setembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, sendo a ‘SandSpace’ a aplicação vencedora do 1º Prémio da linha do secundário, e a ‘Plastic Free World’, na linha do Básico. Criada pelos jovens do Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite, a ‘SandSpace’ permite indicar e saber os níveis de ocupação do areal de 685 praias marítimas e fluviais de todo o país. Esta app também
ganhou o Prémio Tecnológico. A melhor aplicação do ensino básico pertence à Escola B.S. Levante da Maia e disponibiliza dicas simples e práticas para a redução do plástico. A ‘Plastic Free World’ também conquistou o Prémio do Público. No ensino básico, o segundo lugar foi atribuído à ‘PooPet’ do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches – que tem por objetivo eliminar o problema dos dejetos dos animais através de pontos de recolha – e o terceiro lugar à ‘Cartão Escolar Digital’ da Escola Básica 2,3 Piscinas – que permite substituir a utilização do cartão escolar físico pela utilização do telemóvel. Nos segundo e terceiro lugares do Ensino Secundário ficaram, respetivamente, a ‘Faster’, do Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro, que pretende ajudar na entrega rápida de encomendas de pequenas e médias dimensões, e a ‘Auxilium’, da Escola Secundária Tomás Cabreira, que pretende ajudar pessoas presas em vícios como o alcoolismo ou a toxicodependência.
DPD lança plataforma de criação de lojas online A empresa de transporte expresso DPD Portugal acaba de lançar uma nova ferramenta de e-commerce, em parceria com a Weasy (weasy.io): uma plataforma que permite a criação de lojas online. “Com a pandemia, as vendas online dispararam e o mercado B2C evoluiu bastante. As redes sociais serviram para nos mostrar que o comércio online pode ser feito de diversas formas. No entanto, algumas entidades criaram o seu website e depararam-se, muitas vezes, com várias barreiras, mas sem qualquer apoio inicial“, explica Carla Pereira, diretora de Marketing e Comunicação da DPD Portugal, acrescentando que “a DPD procurou uma solução
no mercado que representasse uma solução credível para estes desafios, e estabeleceu a parceria com a Weasy (weasy.io)”. O objetivo da DPD E-commerce “é disponibilizar uma plataforma, a baixo custo, que integre o acompanhamento inicial ao setup da loja, integrações com lojas já existentes (social media) e que inclua integração com pagamentos (Multibanco, Mbway, cartão de crédito, Paypal, etc.),” conclui a responsável.
O serviço abrange todos os setores de negócio e as entidades que o requisitarem poderão fazer expedições com ou sem conta na DPD, de forma totalmente integrada. Os planos de preços mensais das lojas variam entre os 7,90 os 29,90 euros e são adaptados às necessidades e maturidade dos negócios.
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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Caderno especial
XXV Torneio Ibérico de Golfe CCILE DEZEMBRO DE 2020
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caderno Especial caderno especial
Mário Afonso vence Torneio da CCILE em Belas
A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola voltou a juntar em campo gestores e empresários portugueses e espanhóis, para disputarem o Torneio Ibérico de Golfe CCILE. Na 25ª edição da prova participaram 49 jogadores, reunidos no passado dia 24 de outubro, no Belas Clube de Campo. Mário Afonso, com 23 pontos gross, foi o vencedor do torneio.
F
oi no campo do Belas Clube de Campo que o Torneio Ibérico de Golfe CCILE se realizou mais uma vez, mas este ano em condições especiais de segurança. Tal foi possível também pela forte redução do número de inscrições aceites pela organização, a cargo da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, com a colaboração da Mediagolf. Este ano, foram apenas 49 os jogadores aceites que marcaram presença na prova, ou seja, quase metade dos do ano passado. Esta 25ª edição da prova decorreu no passado dia 24 de outubro, uma vez mais em Belas, reunindo gestores ligados à comunidade luso-espanhola em Portugal, que disputaram a prova na modalidade stableford de 18 buracos. A participar no torneio pela segunda vez, Mário Afonso acabou por vencer o percurso de Belas, com 23 pontos (ver lista completa de classificações nas págs. 52/54). “Foi a minha segunda participação”,
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Na sua segunda participação nesta prova, Mário Afonso acabou por vencer o Torneio Ibérico de 2020 afirma Mário Afonso. “A prova correu-me surpreendentemente bem, dado que não costumo conseguir bons resultados em Belas, pelo menos em torneios individuais. Apesar de ter começado mal ambas as voltas, com um duplo bogey no 10 e um triplo bogey no 1, nos restantes buracos consegui esquecer-me desses erros e ter bons resultados. E que teriam sido melhores, não fosse uma pontinha de falta de sorte ou falta de 02 jeito nalguns putts relati-
vamente curtos. Felizmente, já ganhei algumas vezes, mas ganhar o gross tem um significado especial”, sublinha ainda à “Actualidad€”. Praticante da modalidade há 15 anos, Mário Afonso participa em “alguns torneios, apesar da maioria das voltas ser de treino”, reconhece. “Costumo jogar com amigos e colegas do banco”, afirma o gestor de 46 anos. Quanto à evolução da modalidade, considera que tem havido uma grande mudança nos praticantes. “Acho que está a melhorar, devagarinho. Há ainda a ideia generalizada que o golfe é um desporto caro, apenas acessível a elites. O que não corresponde de todo à verdade. Existe necessidade de algum investimento inicial, é verdade, mas o investimento principal relaciona-se com o tempo e a dedicação que são necessários quando se começa a jogar até o jogo começar a ser divertido. Depois disso, raramente se olha para trás. E Portugal tem condições
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excecionais para a prática do golfe, conseguimos jogar praticamente o ano inteiro enquanto muitos países europeus fazem pausas de inverno”, salienta. Torneio em segurança A segurança foi sempre uma prioridade durante as horas em que decorreu o torneio, como frisaram quer a organização, quer o conjunto de patrocinadores e jogadores. Mário Afonso considera que se tratou de um torneio seguro. “Foram acauteladas as devidas condições de segurança durante o jogo, até porque, felizmente, o golfe é um desporto praticado ao ar livre e ainda que seja jogado na companhia de outros jogadores, é fácil manter o devido distanciamento social na formação onde estamos inseridos”. Relativamente à parte de convívio social, lamenta que tenha sido limitado, dadas as circunstâncias, mas que assim foi “um convívio seguro”. Por seu lado, Enrique Santos, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, salienta: “durante este XXV Torneio Ibérico, foram acauteladas todas as normas de higiene e segurança recomendadas para a atual situação pandémica, ainda mais sendo uma atividade física ao ar livre, e pensamos que todos se sentiram seguros em participar. Inclusivamente na parte do almoço, sorteio e entrega de prémios, tudo decorreu de forma muito ordenada, para garantir a distância social e outras regras essenciais”. Também a Repsol Portuguesa, uma das marcas que apoia o torneio há largos anos,
sublinha que “o evento cumpriu com as recomendações da DGS”, tendo-se verificado “um comportamento de cumprimento dessas normas por parte dos participantes”, nomeadamente quando alertados previamente para alguma regra a seguir. ”, destaca António Martins Victor, diretor de Comunicação e de Relações Externas da Repsol Portuguesa. “Para a Repsol, a segurança é a nossa prioridade. A outra prioridade, nos tempos que vivemos, é o fornecimento de bens e serviços essenciais à vida e à economia”, enquadra ainda. Também Enrique Hidalgo, diretor-geral do El Corte Inglés em Portugal, considera que “as condições de segurança foram cumpridas, algo que já esperávamos da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola. O El Corte Inglés percebe que esta fase requer uma grande adaptação dos es-
paços e das formas de trabalho, pois também nós fomos obrigados a reinventar-nos para receber da forma mais segura possível os nossos clientes e colaboradores”, realça. Marcas mantêm apoio O facto de várias marcas comerciais terem mantido, uma vez mais, o seu patrocínio a este torneio, que atrai há vários anos um conjunto relevante de gestores de entre a comunidade empresarial luso-espanhola, representa um reconhecimento do peso institucional da CCILE, considera Enrique Santos. Para a Repsol Portuguesa, este torneio é, de facto, uma das iniciativas que permitem manter a estreita relação institucional com esta comunidade e a CCILE. Uma iniciativa que permite consolidar “a nossa ligação institucional à Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola e aos seus
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Em jogo
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associados, enquanto network de negócios relevante neste país”, realça António Martins Victor. O retorno esperado é significativo: trata-se do “reconhecimento para a empresa que enquanto fornecedora de energia e de outros bens essenciais, sobretudo num ambiente de pandemia, continua junto dos seus clientes e parceiros de negócio”, conclui. Outra marca que patrocina há longa data a prova, é o Corte Inglés Portugal. Enrique Hidalgo justifica a manutenção deste patrocínio com a posição da empresa em “apoiar os seus parceiros e qualquer modalidade desportiva que promova a saúde e a competitividade”. Sem falar de um retorno concreto, o gestor adianta apenas que “tal como nas demais iniciativas da CCILE, procuramos, acima de tudo, estar onde estão os parceiros e os clientes do El Corte Inglés”. Também a Endesa frisa que o torneio pode “ser um continua na pág. 52 01.A performance de Mário Afonso, o vencedor da prova deste ano 02. Jose Gabriel Chimeno, numa das tacadas do jogo, disputado na modalidade shotgun de 18 buracos 03.Abílio Pinheiro, Emilio Martin Bauza, Henrique Ferreira e Carlos Ribeiro 04.Manuel Anok, num momento de concentração 05.Jose María Santo Tomas, Luis Valero Artola, João Potier e Balbino Prieto 06.Xavier Pérez Swaine durante a sua prova, onde conquistou o prémio especial Drive Mais Longo Homens 07. Reinério Furtado Pereira, Francisco Castro e Almeida e José Maria Magriço
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08.O bar de campo deu apoio aos jogadores, cumprindo todas as regras de segurança 09.O staff da CCILE, com António Martins Victor, anfitrião do evento
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Sorteio
Depois da prova e do almoço, realizou-se um sorteio de prémios, tendo todos os jogadores recebido uma oferta das empresas que patrocinaram o evento deste ano
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01. António Martins Victor 02. Hélio Nunes, Luís Alves, Virgílio Borges e António Nobre 03. Manuel Anok, Eduardo Correia de Andrade, José Soares Barroso e Xavier Pérez 04.Tiago Figueiredo, Julio de la Sen, Júlio Lopes Alves e Jose Gabriel Chimeno 05.Reinério Furtado Pereira, Luís Alves Costa, Francisco Castro e Almeida e José Maria Magriço
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06.Isabel Moreno, Antonio Basagoiti, Victor Rodrigues e Carlos Manuel Mota 07.Fernando Velasco, Fernando Sobral, António Oliveira e Jorge Valério 08.Jose Santo Tomas, Luis Valero, João Potier e Balbino Prieto 09. Gregório Cabo e Gilberto Kaneko 10.Emilio Martín, Henrique Ferreira, Carlos Ribeiro e Abílio Simões Pereira 11. Mário Afonso, Henrique Duarte, Noé Oliveira e João Pedro Martins 12.Henrique Mota, Magadiel Catarro e Isabel Luiza Campos 13.Paulo Moura, Carlos Pereira e Hélder Martins 14.Pilar Riera, María Jesus Riera, Isabelle Catarino e Sonsoles Fernández
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Prémios
Vencedores
Mário Afonso venceu a prova gross, com 23 pontos
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15.Mário Afonso recebe o prémio de vencedor do torneio das mãos de António Martins Victor 16. Luis Valero entrega o prémio a Carlos Ribeiro, 1º classificado da 1ª Categoria Net 17. Xavier Pérez recebeu um dos prémios das categorias especiais 18. Isabelle Catarino venceu os prémios Bola Mais Perto do Buraco Senhoras e Drive Mais Longo Senhoras19.e 20.Carlos Filipe Pereira e Isabelle Catarino foram os últimos classificados na sua categoria e, por isso, levaram o prémio de consolação “Forrabolas” 21 e 25.João Potier recebeu os prémios de Bola Mais Perto do Buraco Homens e de 2º classificado da 2ª Categoria Net 22.Reinério Pereira (com 20 pontos) e Noé Oliveira (com 21 pontos) foram o Par Revelação 23.María Jesus Riera foi a 2ª classificada Net Senhoras 24. Pilar Riera foi a vencedora Net Senhoras 26. Fernando Velasco conquistou o 1º lugar da 2ª Categoria Net 27. Manuel Anok foi o 2º classificado da 1ª Categoria Net
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caderno Especial caderno especial catalisador de variadas atividades económicas e empresariais, promovidas com êxito pela CCILE”, mas num ambiente descontraído, além de “representar os valores com os quais a Endesa está plenamente identificada”, adianta Julia Llata, diretora de Comunicação. Por outro lado, a Endesa considera que “este des-
porto pode ser uma alavanca para a recuperação de Portugal e do turismo”. Ao nível do retorno pretendido, este passa por “aumentar a nossa visibilidade e notoriedade e, consequentemente, as vendas”, afirma a mesma fonte. A mesma responsável considera que “as condições proporcionadas foram total-
mente seguras e satisfatórias, na minha opinião. Damos os parabéns pela excelente organização, neste difícil contexto”.
Caderno Especial: Textos Clementina Fonseca Fotos Sandra Marina Guerreiro e Filipe Guerra
Classificação GROSS Posição
Nome
Pontos
36
Isabel Costa
8
(05:03)
18
Julio de la Sen
25
(14:11)
37
Emílio Martin Bauza
6
(03:03)
19
Henrique Duarte
25
(15:10)
38
Carlos Manuel Gaspar Mota
6
(03:03)
20
Xavier Pérez
25
(16:09)
39
Jorge Valério
6
(03:03)
21
José Martinho Barroso
23
(15:08)
40
Henrique Barata Mota
6
(04:02)
41
Balbino Prieto
5
(04:01)
42
Hélder Martins
5
(05:00)
(10:08)
43
Luis Valero Artola
4
(03:01)
Front/ Back
1
Mário Afonso
23
(11:12)
2
Carlos Ribeiro
23
(14:09)
3
Reinério Furtado Pereira
23
(15:08)
4
Tiago Figueiredo
22
(12:10)
5
Noé Oliveira
19
(07:12)
6
Manuel Anok
18
Net - 2ª Cat. Pos.
Nome
Gross Pontos
Front/ Back
7
Eduardo Correia Andrade
18
(11:07)
44
Maria Jesus Riera
4
(04:00)
1
Fernando Velasco
45
(22:23)
8
José Gabriel Chimeno
17
(08:09)
45
Sonsoles Fernández
3
(03:00)
2
João Potier
39
(18:21)
9
José Maria Magriço
17
(08:09)
(03:03)
3
Fernando Sobral
36
(19:17)
10
Pilar Riera
16
(07:09)
(02:00)
4
António Oliveira
34
(17:17)
11
Luís António Alves Costa
16
(08:08)
5
Virgilio António Borges
34
(17:17)
12
Gilberto Kaneko
16
(09:07)
6
António Nobre
34
(20:14)
13
Julio de La Sen
16
(09:07)
14
Xavier Pérez Swaine
16
(11:05)
15
Gregório Cabo
16
(12:04)
16
João Potier
15
(06:09)
17
Henrique Ferreira
15
(08:07)
18
Abílio Pinheiro
15
(08:07)
19
João Pedro Martins
20
António Nobre
21 22
António Oliveira Ricardo Jorge Coelho
45 47
Paulo José Moura
48
Isabel Moreno
49
Pos.
(00:00)
7
Francisco Castro e Almeida
34
(20:14)
8
Pilar Riera
33
(15:18)
9
Jorge Valério
32
(13:19)
Front/ Back
Nome
Pontos
10
Jose Maria Santo Tomás
32
(15:17)
11
Maria Jesus Riera
31
(19:12)
12
Isabel Costa Campos
29
(16:13)
13
Luís Alves
28
(19:09)
14
Hélder Martins
28
(20:08)
15
Magadiel Catarro
27
(15:12)
16
Hélio Nunes
26
(09:17)
37
(21:16)
Mário Afonso
36
(17:19)
15
(10:05)
3
(07:07)
0
Carlos Filipe Pereira
(02:00)
Carlos Ribeiro
(09:06)
14
2
1
15
(07:07)
2
Net - 1ª Cat.
2
14
3
Isabelle Catarino
4 5
Manuel Anok Noé Oliveira Abílio Pinheiro
36 35 35
(19:17) (14:21) (18:17)
23
Virgílio António Borges
14
(08:06)
6
Reinério Furtado Pereira
34
(20:14)
24
Francisco Castro e Almeida
14
(10:04)
7
Henrique Ferreira
33
(17:16)
25
Fernando Velasco
13
(06:07)
8
Tiago Figueiredo
30
(16:14)
26
Luís Alves
13
(08:05)
9
José Gabriel Chimeno
29
(13:16)
27
Fernando Sobral
12
(07:05)
10
José Maria Magriço
29
(14:15)
28
Henrique Duarte
12
(08:04)
11
Gregório Cabo
29
(19:10)
29
Júlio Lopes Alves
11
(04:07)
12
Ricardo Jorge Coelho
28
30
11
(07:04)
(14:14)
Magadiel Catarro
13
Luís Alves Costa
28
(14:14)
14
Gilberto Kaneko
27
15
Júlio Lopes Alves
26
31
José Martinho Barroso
11
(09:02)
32
Hélio Nunes
9
(04:05)
17
Vítor Manuel Rodrigues
26
(11:15)
18
Carlos M. Gaspar Mota
26
(13:13)
19
Balbino Prieto
25
(14:11)
20
Emílio Martin Bauza
23
(11:12)
21
Henrique Barata Mota
23
(12:11)
22
Luis Valero Artola
23
(15:18)
23
Antonio Basagoiti
21
(13:08)
24
Sonsoles Fernández
20
(14:06)
(14:13)
25
Isabel Moreno
19
(13:06)
(11:15)
18
(07:11)
33
Jose Maria Santo Tomás
9
(04:05)
26
Paulo José Moura
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Antonio Basagoiti
9
(06:03)
16
João Pedro Martins
26
(15:11)
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Isabelle Catarino
18
(11:07)
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Vítor Manuel Rodrigues
8
(03:05)
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Eduardo Correia Andrade
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Carlos Filipe Pereira
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caderno especial
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caderno Especial caderno especial
Classificação Senhoras - Net Nome
Pontos
Front/ Back
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Pilar Riera
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(15:18)
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María Jesus Riera
31
(19:12)
3
Isabem Costa Campos
29
(16:13)
4
Sonsoles Fernández
20
(14:06)
5
Isabel Moreno
19
(13:06)
6
Isabelle Catarino
18
(11:07)
Drive mais Longo-Homens Xavier Pérez Swaine
Par revelação Reinério Pereira- 20 pontos / Noé Oliveira – 21 pontos
Drive Mais Longo-Senhoras Isabelle Catarino
Bola Mais Perto do Buraco Misto João Potier
Lista completa de classificações disponível no nosso site
www.portugalespanha.org Informação cedida pela Mediagolf
Agradecimentos
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PATROCÍNIOS
APOIOS Media partner
Notícias
CCILE participou uma vez mais no torneio Expresso BPI Golf Cup
E
ste ano, a CCILE voltou a estar representada com uma equipa no Expresso BPI 2020, a maior prova amadora de golfe e que é mesmo considerado o maior evento desportivo nacional para empresas. A equipa da CCILE marcou presença no segundo dia de qualificações regionais (QR Centro), que decorreu a 10 de outubro, no Montebelo Golfe (Viseu). Os quatro jogadores da equipa deste ano foram Diego Molero Sayas, Sergio Garcia, Fernando Velasco (os três, na foto) e Jose Luis Vega. A equipa da CCILE classificou-se em 13º lugar nesta etapa, com 69 pontos.
Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR
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caderno especial
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Renault Clio e-tech Hybrid Mais amigo do ambiente O Renault Clio é um verdadeiro clássico da marca e a sua popularidade entre os portugueses já tem várias décadas de história. No entanto, numa altura em que as motorizações amigas do ambiente ganham terreno entre os consumidores, já faltava uma versão híbrida deste best-seller.
E
Fotos DR
sta versão full hybrid ofe- atingem o seu pico de binário nas rotarece uma experiência única, ções mais baixas. O mesmo não ocorre devido à sua capacidade de no Clio E-Tech, que tem uma entrega circulação em modo elétri- instantânea e linear de potência. co e à reatividade nos arranOutro dos pontos de destaque do ques e acelerações. novo Renault Clio é a caixa de veloO novo Clio E-Tech emite cerca de metade dos gases poluentes de um carro exclusivamente a combustão, logo o valor de IUC pago é substancialmente mais baixo, quando comparado com um carro a diesel ou gasolina. Possui dois motores, um a combustão e outro elétrico. Neste caso, o motor elétrico serve de apoio ao motor a combustão e trabalham em sintonia ou de forma autónoma, garantindo uma melhor performance comparativamente com os carros exclusivamente a combustão, pois estes últimos, têm um atraso na entrega de potência e não 56 ACT UALIDAD€
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cidades automática multimodo, que garante arranques sistemáticos em tração elétrica, uma circulação elétrica maximizada até 80 % do tempo na cidade e o prazer do silêncio da condução elétrica.
sector automóvil Setor automóvel
Dentro ou fora da cidade, o modo híbrido permite a poupança de combustível em viagens mais longas. Esta redução do consumo pode atingir os 40% quando comparada com uma motorização a gasolina. Além do prazer de condução, o novo Renault Clio garante a segurança de acelerações rápidas, graças ao motor de 140 CV de potência combinada. A capacidade de resposta imediata dos seus motores elétricos, associados à caixa de velocidades automática multimodo, permite arranques rápidos e passagens de velocidades fluidas. Exteriormente, o Clio E-Tech, mantém o chassis do “tradicional” Clio V, diferenciando-se apenas na presença de pequenos pormenores em azul alusivos à submarca E-Tech.
Também as jantes e cores são as já existentes como opção para o Clio V. No seu interior, o painel de bordo apresenta animações específicas para a versão full hybrid, como, por exemplo, o estado de recarga da bateria e a utilização do motor térmico. O botão Stop & Start, presente nas restantes motorizações, é substituído pelo botão “EV” específico que permite forçar a circulação em modo elétrico, dependendo do nível de carga da bateria disponível. Cada detalhe conta e o Clio E-Tech conta com materiais e acabamentos de grande qualidade. Sinta-se no futuro e desfrute das tenologias que este automóvel tem para lhe oferecer, como o grande ecrã multimédia tátil de 9.3” e o travão de estacionamento
assistido com função Auto-Hold. Com lançamento previsto até ao final do ano, o novo Renault Clio junta-se à gama de híbridos E-tech, sendo acompanhado pelos novos Mégane e Captur. Tal como toda a gama, também o Clio vai receber uma motorização E-tech Hybrid e passar a proporcionar uma experiência muito diferente daquela a que estamos habituados com os motores a combustão térmica, visto que este novo modelo permite circular em modo totalmente elétrico, com reatividade imediata aos arranques e acelerações. Todos estas inovações têm um propósito em comum, garantir que o Clio E-Tech é eficiente, económico, ecológico e fantástico de conduzir. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
DEZEMBRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 57
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial luso
español en enero-septiembre de 2020
L
os datos estadísticos del comercio hispano portugués referentes a los nueve primeros meses de este año reflejan quiebras tanto en las ventas españolas (16.189,5 millones de euros en 2019, frente a los actuales 14.325,6 millones) como en las compras (8.326,1 millones alcanzados en 2019, frente a 7.698,1 millones en estos nueve primeros meses del año), lo cual representa descensos del -11,5% y del -7,5%, respectivamente. Estas variaciones negativas son un claro reflejo del actual contexto económico que viven nuestras economías y el mundo en general provocado por la crisis sanitaria del covid-19. A pesar de ello, España mantiene con el mercado luso un saldo positivo de 6.627,5 millones de euros y una tasa de cobertura del 186,09%. Respecto a la distribución geográfica del comercio exterior español que se detalla en los cuadros 2 y 3 no se detectan alteraciones significativas en el ranking de
los principales proveedores pero si en el ranking de clientes de España. Portugal mantiene, en este periodo, la cuarta posición entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7,6% y la séptima posición entre los principales proveedores con un peso del 3,9% sobre el total de las importaciones españolas. Se habrá de indicar que las exportaciones españolas en dicho periodo superaron los 188.401,3 millones de euros y las importaciones 199.506,6 millones. Francia y Alemania mantienen sus posiciones como principales socios comerciales de España y un punto a destacar se refiere al mercado chino que mantiene un importante ritmo de crecimiento como proveedor de España, ocupando la segunda posición con un peso relativo del 11% y ventas por valor de 21.611,1 millones de euros, únicamente superado por el mercado alemán. Tampoco se detectan alteraciones signi-
ficativas en la distribución sectorial del comercio hispano portugués respecto a igual periodo del año pasado o incluso si lo comparamos con los periodos anteriores. La lista de principales partidas de la oferta portuguesa a España está encabezada por la partida 87-vehículos automóviles; tractor (887 millones de euros), seguido por la partida 84-máquinas y aparatos mecánicos (618,3 millones), la 39-materias plásticas; sus manufacturas (551,1 millones), 27-combustibles, aceites minerales (418,9 millones), 72-fundición, hierro y acero (353,9 millones) y en la sexta posición la partida 85-Aparatos y material eléctricos (309,1 millones). Este conjunto de seis partidas representa el 40,8% del total de la demanda española a Portugal. En el sentido contrario, la partida 87-vehículos automóviles, tractor (1.200,8 millones de euros) encabeza la lista, seguido de la partida 84-máquinas y aparatos
Balanza
1. Balanza comercial España - Portugal en enero-septiembre de 2020 VENTAS ESPAÑOLAS 20
COMPRAS ESPAÑOLAS 20
VENTAS COMPRAS Cober 20 % ESPAÑOLAS 19 ESPAÑOLAS 19
Saldo 19
Cober 19 %
ene
1 778 762,75
1 003 845,34
774 917,41
177,19
1 742 735,34
913 960,29
828 775,04
190,68
feb
1 724 629,55
1 005 714,30
718 915,25
171,48
1 706 821,40
873 899,16
832 922,24
195,31
mar
1 581 766,04
906 741,35
675 024,69
174,45
1 812 053,31
984 166,48
827 886,83
184,12
abr
1 055 661,19
571 257,22
484 403,97
184,80
1 810 815,75
906 315,91
904 499,83
199,80
may
1 336 168,90
598 908,11
737 260,79
223,10
1 951 251,80
999 087,41
952 164,40
195,30
jun
1 718 689,32
852 608,01
866 081,31
201,58
1 894 918,30
892 750,62
1 002 167,69
212,26
jul
1 814 995,51
994 977,75
820 017,76
182,42
1 888 569,00
1 057 136,40
831 432,60
178,65
ago
1 489 093,95
758 815,50
730 278,45
196,24
1 572 644,63
694 691,19
877 953,44
226,38
sep
1 825 809,88
1 005 194,80
820 615,08
181,64
1 809 737,87
1 004 127,43
805 610,44
180,23
oct
2 077 533,09
1 104 109,06
973 424,03
188,16
nov
1 868 799,77
1 020 269,73
848 530,05
183,17
dic
1 769 405,43
973 285,64
796 119,79
181,80
21 905 285,70
11 423 799,32
10 481 486,38
191,75
Total
14 325 577,09
7 698 062,38
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
58 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2020
Saldo 20
6 627 514,71
186,09
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España - enero-septiembre 2020
mecánicos (1.107,3 millones), la 85-Aparatos y material eléctricos (1.024,6 millones), 39-Materias plásticas; sus manufacturas (798,8 millones), en la quinta posición la 27-combustibles, aceites minerales (685,6 millones),y en la sexta y última posición la partida 02-carne y despojos comestibles con ventas por valor de 483,5 millones. También este grupo de seis partidas tiene un peso muy significativo en el comercio hispano portugués, con un peso relativo que supera los 37% del total de las ventas españolas a Portugal. Por lo que a la distribución por CC.AA. se refiere, Cataluña mantiene el liderazgo entre las principales regiones proveedoras de Portugal con una cifra de ventas que supera los 3.034,9 millones de euros (21,2% del total de las ventas españolas a Portugal) seguido de la CA de Madrid, con 2.434,4 millones (17%), y en la tercera posición Galicia, con 1.961,8 millones, es decir el 13,7% de la oferta española. Respecto a las compras españolas, Madrid encabeza la lista, con 1.264,7 millones de euros (16,2% sobre el total de las compras españolas), seguido de Galicia, con 1.226,5 millones (16%), y en la tercera posición Cataluña, con 1.215,7 millones (16%).
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal - enero-septiembre 2020 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
30 328 898,89
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
2
004 Alemania
21 423 931,37
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
618 315,54
3
005 Italia
14 583 690,31
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
551 122,25
4
010 Portugal
14 325 577,09
4
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
418 836,79
5
006 Reino Unido
12 040 735,60
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
353 924,89
6
400 Estados Unidos
8 935 203,72
6
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
309 111,44
7
003 Países Bajos
6 721 965,54
7
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
279 267,55
8
720 China
5 701 962,81
8
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
273 912,36
9
9
017 Bélgica
5 252 960,45
10
204 Marruecos
5 242 727,45
11
060 Polonia
4 236 148,91
12
039 Suiza
3 748 538,44
13
052 Turquía
2 875 898,30
14
412 México
2 293 530,99
15
732 Japón
1 842 489,41
887 008,53
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
251 454,46
TOTAL
7 698 062,38
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal - enero-septiembre 2020 Orden Sector
Importe
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
1 107 322,42
3
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
1 024 604,78
1 629 422,68
4
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
798 784,39
1 602 096,36
5
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
685 647,09
SUBTOTAL
148 045 696,42
6
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
483 529,41
TOTAL
188 401 334,40
7
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
482 277,41
8
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
395 431,61
9
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
370 416,37
16
030 Suecia
1 832 573,72
17
061 República Checa
1 747 222,82
18
952 Avituallamiento terceros
19
508 Brasil
20
038 Austria
1 680 121,55
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
3.Ranking principales países proveedores de España - enero-septiembre 2020 Orden País
1 200 814,07
TOTAL
14 325 577,09
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Importe
1
004 Alemania
2
720 China
21 611 055,26
3
001 Francia
20 478 351,28
4
005 Italia
12 523 354,10
5
400 Estados Unidos
10 872 075,31
6
003 Países Bajos
9 118 535,26
7
010 Portugal
7 698 062,38
8
006 Reino Unido
6 722 112,93
6.Evolución del intercambio comercial de España - enero-septiembre 2020
24 275 227,24
9
017 Bélgica
4 958 516,75
10
052 Turquía
4 559 912,47
11
204 Marruecos
4 504 180,11
12
060 Polonia
3 915 729,01
13
288 Nigeria
3 097 929,04
14
508 Brasil
2 856 726,61
15
039 Suiza
2 777 304,45
16
664 India
2 476 002,59
7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal - enero-septiembre 2020 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 19
COMPRAS ESPAÑOLAS 19
Cataluña
3 034 902,68
Madrid, Comunidad de
1 264 703,10
Madrid, Comunidad de
2 434 373,57
Galicia
1 226 492,91
17
061 República Checa
2 455 393,64
18
959 Países y territorios no determinados.Intraco.
2 389 583,34
19
412 México
2 383 578,62
Galicia
1 961 813,75
Cataluña
1 215 712,96
20
732 Japón
2 219 328,87
Andalucía
1 466 436,42
Andalucía
802 039,46
SUBTOTAL
151 892 959,26
Castilla-La Mancha
1 043 573,03
Castilla y León
663 038,20
TOTAL
199 506 559,39
Comunitat Valenciana
996 640,61
Comunitat Valenciana
618 612,71
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
DEZEMBRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 59
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
DP201102
Distribuidores de equipos de estética
DP201102
Fabricantes de máquinas zanjadoras
DP201101
Empresas de elevadores hidráulicos para piscinas
DP201002
Empresas españolas de ferreterías
DP201001
Empresas portuguesas para a venda dos seus serviços/produtos relacionados com a Gestão Documental de fornecedores, empresas contratadas e prestadores de serviços
DP200902
Empresas españolas fabricantes de produtos sen gluten (galletas y tortas)
DP200901
Empresas en el sector automovilístico
DP200702
Representantes comerciales y distribuidores en el sector vitivinícola, venta de cápsulas para vino, vino espumoso y aceite
DP200701
Empresas españolas de torrefacción e distribuición de café
DP200601
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Fabricantes portugueses de equipamentos de proteção individual Empresas portuguesas distribuidoras de frutas Importadores/distribuidores portugueses de cervejas artesanais Empresas portuguesas que produzem tecidos têxteis para hospitais e farmácias Empresas portuguesas de cebolas e batatas Empresas dedicadas à pesca Farmacias, hospitais e dentistas em Portugal Empresas de roupa de desporto Empresas portuguesas de segurança
DE201102 DE201101 DE201001 DE200701 DE200601 DE200504 DE200503 DE200502 DE200501
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
60 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2020
oportunidades de negocio
oportunidades de negócio
DEZEMBRO DE 2020
AC T UA L I DA D € 61
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D F 2 3 4 5 6 7 F 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30 31
Dezembro Prazo Imposto Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em outubro/2020
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de novembro/2020
Entidades empregadoras
10
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativa a novembro/2020
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
14
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em novembro/2020
Sujeitos passivos do IVA
15
IVA
Pagamento do IVA apurado na declaração periódica mensal relativa às operações efetuadas em outubro/2020
Contribuintes do regime normal mensal
15
IRC
3º pagamento por conta do IRC de 2020
Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil
Este pagamento pode ser limitado/ afastado. Por outro lado, no âmbito das medidas relativas ao Covid 19, as entidades que sejam micro, pequenas e médias empresas, bem como cooperativas podem ficar dispensadas.
15
IRC
3º pagamento adicional por conta (derrama estadual) do exercício de 2020
Sujeitos passivos de IRC que desenvolvam a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000€
Este pagamento pode ser limitado/ afastado
21
IRS/IRC/ selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em novembro/2020
Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo
IRS/IRC/ selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em novembro/2020
Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo
21
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a novembro/2020
Entidades empregadoras
21
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em novembro/2020
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estadosmembros quando tais operações se considerem aí localizadas
21
IRS
3º pagamento por conta do IRS 2020
Sujeitos passivos de IRS com rendimentos empresariais e profissionais
Este pagamento pode ser limitado/ afastado
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em outubro/2020
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de NIF especial para o não residente
62 ACT UALIDAD€
DEZEMBRO DE 2020
--Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
BE200141
F
Data de Nascimento Línguas
Área de Atividade
09/08/1984
CONTABILIDADE, GESTÃO E CONTROLO / TRADUÇÃO ESPANHOL PORTUGUÊS
PORTUGUÊS / ESPANHOL
BE200142
M
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS
CONSULTOR/ GESTOR DE PROJECTOS
BE200143
M
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS
JORNALISTA / FOTÓGRAFO
BE200144
F
BE200145
M
BE200146
M
BE200147
M
12/03/1984
22/11/1959
ESPANHOL
RECURSOS HUMANOS
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS / ASSESSORIA LOGÍSTICA
PORTUGUÊS/ INGLÊS
GESTOR DE CONTA (RAMO SEGUROS NÃO-VIDA)
ESPANHOL/ INGLÊS
ARTE / GRAFISMO E COMUNICAÇÃO
BE200148
F
17/03/1992
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
BE200149
F
12/04/1995
INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE200150
F
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BE200151
F
ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
BE200152
F
19/01/1992
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
BE200153
F
01/12/1975
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO/ LOGÍSTICA/ PRODUÇÃO/ ÁREA COMERCIAL
BE200154
M
18/02/1993
ESPANHOL
ADVOCACIA
BE200155
F
23/10/1980
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
SECRETÁRIA DE DIREÇÃO / TESOURARIA
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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novembro de 2014
ac t ua l i da d € 63
espaço de lazer
espacio de ocio
Agenda cultural Livros
“Uma História da Filosofia”
Considerado um dos mais eminentes pensadores do mundo, A. C. Grayling escreveu e organizou cerca de trinta livros de filosofia e outros temas. Daí ser tão aguardada a tradução da obra “Uma História da Filosofia”, por Desidério Murcho. A. C. Grayling explora neste livro “as principais questões intelectuais que persistem ao longo dos séculos e nas mais variadas circunstâncias”. O autor “examina o enraizamento histórico das linhas de pensamento que compõem a filosofia como a conhecemos hoje. Esta História “começa antes de Buda e Confúcio, depois segue para as antigas escolas gregas de pensamento, através do domínio do cristianismo sobre o pensamento europeu, para a Renascença e o Iluminismo quando os desenvolvimentos nas ciências naturais e revoluções no pensamento sobre o status moral dos indivíduos tiveram um impacto dramático na forma de ver o mundo”. A obra prossegue com a análise dos “filósofos modernos como Darwin, Marx e Freud, cujo pensamento deu origem às ciências sociais” e “finalmente toca a filosofia e a lógica hoje que desempenharam um papel importante na ascensão da computação e da ciência cognitiva”. Grayling “também analisa a história tumultuada do pensamento na Índia e na China, bem como o mundo islâmico”. O escritor “conclui perguntando o que aprendemos sobre a natureza da humanidade a partir desse antigo corpo de pensamento, e que progresso ainda temos de fazer para alcançar entendimento e perspetiva em relação ao que é bom e certo, sobre como a sociedade deve ser organizada, sobre significado e valor, e especialmente a busca pela vida boa e que vale a pena”.
64 act ualidad€
DEZEmBRo DE 2020
Exposição
Uma “Torre Literária” em Famalicão “Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos” é o título de um poema do poeta surrealista português Mário Cesariny, que inspirou o nome do novo espaço expositivo que a Fundação Cupertino de Miranda abriu ao público, no passado dia 19 de outubro: Torre Literária – Louvor e Simplificação da Literatura Portuguesa. “Este espaço é dedicado à literatura Portuguesa, mas não há a necessidade de se ter conhecimentos prévios para compreender o que se vai ver nesta exposição”, alerta a Fundação no texto de apresentação da mostra, que se estende por quatro andares e 14 salas, que se percorrem por uma rampa em espiral. “A exposição é apresentada do presente para o passado, tentando estabelecer conexões entre cada um dos espaços que, por vezes, poderão não ser tão evidentes. Iniciamos no século XX e recuamos até ao século XV. As salas estão marcadas por anos, que indicam datas de textos”, detalha o press release sobre este novo núcleo expositivo, acrescentando que “a Literatura Portuguesa está ligada a vários formatos e suportes, nomeadamente ao filme, como o caso particular dos filmes de Manoel de Oliveira, que têm uma relação muito íntima com a literatura portuguesa, justificando a sua presença ao longo da exposição”. A fundação acrescenta que a Torre Literária “é um espaço que se apresenta dinâmico, com a ligação entre várias artes – filme, música, literatura”. Fernando Pessoa e Luís de Camões figuram entre os autores homenageados nesta exposição, que está relacionada com a obra “Cânone”, um livro recentemente editado pela Tinta da China, da autoria de António M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel Tamen, que são também os curadores da mostra. O livro e a exposição abordam escritores da literatura portuguesa que para estes ensaístas constituem o “cânone”. A mostra oferece ainda a possibilidade ao visitante de levar para casa um retrato personalizado: “Encontrará ainda nesta exposição um espaço onde poderá tirar uma fotografia, designado de Photomaton, onde através do uso de algoritmos de visão computacional e de técnicas generativas não deterministas, o Photomaton cria retratos dos visitantes, usando apenas elementos tipográficos, mais especificamente letras. Assim, cada visitante da Torre Literária pode criar o seu retrato tipográfico e combiná-lo com um dos textos dos vários autores à escolha. Durante a criação de cada retrato, milhares de letras são posicionadas de forma precisa para criar representações reconhecíveis dos rostos dos visitantes. Porém, este processo não é determinístico, permitindo a cada retrato ser um único e irrepetível. Deste modo, o Photomaton demonstra como a Criatividade Computacional pode enriquecer a experiência museológica, tornando-a mais interativa e participativa.” Na Fundação Cupertino de Miranda, em Famalicão
Almada Negreiros e os painéis de São Vicente Atribuídos ao pintor do século XV Nuno Gonçalves, os Painéis de São Vicente são uma das mais relevantes obras da coleção do Museu Nacional de Arte Antiga: “Apresentam um agrupamento de 58 personagens em torno da dupla figuração de São Vicente, distribuídas por seis pinturas: uma solene e monumental assembleia representativa da Corte e de vários estratos da sociedade portuguesa da época, em ato de veneração ao patrono e inspirador da expansão militar quatrocentista no Magrebe. Estas figuras, em volumes claramente afirmados, tão caracterizadas pela concentração expressiva dos rostos e atitudes quanto pela requintada definição pictórica dos trajes e adereços, parecem aliar, nesta encenação cerimonial, o intuito de uma evocação narrativa a uma visão contemplativa. Embora permaneça
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problemático o pleno entendimento da intenção e significado da obra, crê-se que o autor das tábuas é o pintor régio de D. Afonso V, Nuno Gonçalves, e que estariam originalmente integradas no retábulo de São Vicente da capela-mor da Sé de Lisboa.” A sua importância simbólica na cultura portuguesa tocou também Almada Negreiros, que estudou incansavelmente a obra. O pintor, que viveu entre 1893 e 1970, “elaborou, ao longo de décadas, uma proposta de agregação de múltiplas pinturas deste Museu, imaginando-as num retábulo único, que incluía os Painéis de São Vicente”. Almada Negreiros, figura maior do Modernismo português, baseou-se em pressupostos geométricos, para definir o posicionamento das obras, sugerindo que o seu destino original seria a Capela do Fundador, no Mosteiro da Batalha. “Esta sua investigação resultou numa produção ímpar, esbatendo fronteiras entre investigação e criação de arte”, assinala o MNAA, em comunicado sobre a exposição de alguns destes trabalhos. “Recentemente, algumas das suas obras foram objeto de estudo por parte de investigadores das áreas da matemática e das belas-artes, interessados na compreensão dos traçados geométricos em causa, o que permitiu o restauro da obra até hoje inédita. Estudo em fio dos painéis de São Vicente (1950), para esta
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ocasião.” A mostra inclui ainda “Os quinze painéis na Capela do Fundador (1960), obra nunca antes apresentada na sua forma completa, e dois desenhos, também inéditos, que mostram como a partir de uma pintura do Museu Ecce Homo Almada Negreiros desenvolveu o seu caminho para a abstração”. O MNAA tem atualmente em curso um projeto de estudo, conservação e restauro dos Painéis de São Vicente, que durará até 2022 e resulta de um protocolo mecenático, para três anos, de 2020 a 2022, assinado entre o MNAA, o Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga, a Direcão-Geral do Património Cultural e a Fundação Millennium bcp. Desde junho deste ano, é possível “visitar o local onde decorrerá o processo de restauro dos painéis, no Piso 3 do Museu, devidamente vedado mas visível a quem visita, permitindo o acompanhamento in loco dos trabalhos nas suas várias fases”. Além da participação de conservadores do MNAA, integram este projeto dois elementos contratados especificamente para esta intervenção, contando-se ainda com o apoio técnico do Laboratório José de Figueiredo e do Laboratório Hércules da Universidade de Évora. Ainda a reforçar a equipa, há também um grupo de consultores internacionais que inclui conservadores-restauradores e historiadores de arte da Universidade de Gent (Bélgica), do Instituto Central de Restauro da Bélgica, da National Gallery de Londres (Reino Unido), do Metropolitan Museum of Art (EUA) e do Museo Nacional del Prado (Espanha). Até 10 de janeiro de 2021, no MNAA, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Mostra no Museu do Prado reflete sobre as mulheres na pintura Que posição ocuparam as mulheres no sistema artístico espanhol desde a chegada de Isabel II ao exílio de Afonso XIII? Que imagem feminina o Estado validou através das obras que premiou e adquiriu para coleções públicas? Em que consistiram os sucessivos papéis de modelos, musas e pintoras amadoras que as mulheres desempenharam até serem finalmente consideradas como artistas? Estas e outras perguntas são abordadas na primeira exposição organizada pelo Museu do Prado desde a sua reabertura depois do confinamento. “Invitadas” (Convidadas) é o nome desta mostra comissariada por Carlos G. Navarro, conservador da Área de Pintura do século XIX deste museu. De assinalar que o Museu do Prado, criado pela portuguesa Isabel de Bragança, rainha de Espanha, “se converteu num elemento central de compra e exibição de arte contemporâneo e desempenhou um papel substancial na construção da ideia de escola espanhola moderna”.
A mostra está “organizada através de episódios particularmente significativos deste sistema artístico”. De salientar que “as mulheres que aparecem raramente são protagonistas da sua própria vontade e raramente estão nos lugares que desejam; eles eram apenas convidadas incómodas na cena artística de seu tempo”, lê-se na sinopse da exposição. As obras expostas compreendem um período que vai desde Rosario Weiss (1814-1843) até Elena Brockmann (1867-1946): “A primeira parte da mostra ilustra o apoio oficial recebido pelas obras que ilustravam mulheres que se ajustavam ao ideal burguês. O Estado legitimou essas obras, através de comissões, prémios ou aquisições, e elas foram aceites como valiosas amostras da maturidade dos seus autores, rejeitando todos aqueles que se opuseram a esse imaginário. O contexto em que essas representações foram validadas serve de prelúdio para a segunda parte da amostra. Aborda aspetos centrais da carreira de mulheres artistas, cujo desenvolvimento foi determinado pelo pensamento predominante da sua época, que projetou a sua formação, participação na cena artística e reconhecimento público.” Até 14 de março de 2021, no Museu do Prado, em Madrid deze m br o de 2 0 2 0
ac t ua l i da d € 65
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Statements Para pensar
“A crise veio exacerbar alguns dos desafios existentes e está a criar novos riscos. É uma situação que reforça a necessidade de fazer o melhor uso possível das medidas de apoio disponibilizadas pela União Europeia, assegurando que o investimento e as reformas previstas na Zona Euro permitam corrigir os desequilíbrios [macroeconómicos]” Relatório da Comissão Europeia, organismo que voltou a recomendar “prudência” na gestão da crise pandémica, para não comprometer a sustentabilidade das finanças públicas, “Público”, 18/11/20
“Embora as últimas notícias sobre a vacina sejam encorajantes, ainda podemos ter de vir a enfrentar ciclos recorrentes de aceleração do contágio e de imposições de restrições à atividade antes duma imunidade generalizada poder ser atingida” Cristina Lagarde, presidente do BCE, moderando o otimismo sobre o surgimento para breve de vacinas contra o novo coronavírus, considerando que haverá, efetivamente, uma “retoma atribulada” da economia, sobretudo pela penalização sentida ao nível do setor dos serviços, “Público”, 11/11/20
“Embora todas as opções estejam em cima da mesa, [o programa de compra de ativos da pandemia e o programa de empréstimos de longo prazo aos bancos] têm provado ser eficazes na atual conjuntura e podem ser ajustados de forma dinâmica para reagir à evolução da pandemia. Portanto, é provável que estes continuem a ser os principais instrumentos para ajustar a nossa política monetária (...) tão importante como o volume de compras de dívida é a sua duração” Idem, ibidem
“Estou seguro que todos nós vamos conseguir, à medida que a pandemia vai diminuindo em 2021, voltar à normalidade e ver a nossa competitividade aumentar” Fernando Quintas, gestor de Mercado da AICEP Global, no painel “Comércio Internacional – Saiba o que está a mudar”, inserido na conferência “Portugal Exportador 2020”, “O Jornal Económico”, 18/11/20
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“[Por um lado, os] empresários continuaram a mostrar meios e capacidade para batalhar, mesmo com a pandemia [Por outro, a rapidez com que as várias empresas se adaptaram nas questões como a inovação de mercados e] do produto em si, da produção de novos produtos, da mudança de processos, maquinaria, redes de clientes” Idem, ibidem