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Marketing
pescanova reforça frota e tripulação para levar o melhor do mar até aos consumidores
APescanova vê a sua frota reforçada com a chegada de 6 novos barcos de pesca: são agora 65 os barcos responsáveis por pescar os melhores produtos que o mar oferece. destes novos seis barcos, três deles (Ponta Matirre, Ponta Macalonga e Ponta timbue) são para a captura do melhor camarão de Moçambique e os nomes foram escolhidos pelos próprios capitães da frota da Pescanova. Já para a Pescada da Namíbia, juntam-se os outros três novos barcos (lalandii 1 [na foto], Novanam One e Novanam two) para reforçar a frota. Os três novos barcos com destino a Moçambique têm 32 metros de comprimento e os restantes 3 que rumam à Namíbia têm 50 metros de comprimento. Estão ambos equipados com a última geração de motores de alta eficiência energética, o que lhes garante um alto desempenho, consumo e emissões reduzidas, para além de grandes melhorias no sistema de processamento do pescado a bordo e maior conforto para a tripulação. A realidade virtual foi utilizada como ferramenta para a conceção dos barcos, um processo pioneiro no setor. com a frota reforçada, a Pescanova conta atualmente com dois mil tripulantes, dos quais 100 capitães, que têm a experiência e o gosto pelo mar, e que se certificam que o melhor dos oceanos de Moçambique, Angola, Namíbia, Argentina e uruguai chega até casa dos consumidores com a melhor qualidade e sabor. com este aumento da frota, a Pescanova mantém o seu compromisso com 10 dos 17 Objetivos de desenvolvimento Sustentável das Nações unidas (OdS), especialmente os que estão relacionados com a produção e consumo responsáveis, inovação, a conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marítimos, assim como a contribuição para o desenvolvimento económico e social das comunidades. Pode descobrir quais os produtos que a frota da Pescanova leva até si e as suas origens, assim como inspirar-se para criar as melhores e mais saborosas receitas em www.pescanova.pt/receitas ou no instagram da Pescanova. Pode comprar todos estes produtos em supermercados e hipermercados.
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BFF anuncia uma nova imagem de marca
OBFF Banking Group anunciou há poucas semanas uma ação de rebranding da Bmarca, aplicada transversalmente a todas as operações do grupo, no mesmo momento que assinalou o processo de fusão da empresa-mãe, a Banca Farmafactoring, com o dEPObank, que, em conjunto, dão agora origem ao BFF Bank. O BFF é o operador independente líder na área de serviços financeiros especializados na Europa, contando com uma grande capacidade de geração de capital, elevada rentabilidade e um modelo de negócio sustentável e orientado para a expansão. Especializado nas áreas de factoring & lending, securities services e pagamentos bancários & empresariais. A nova versão do logotipo irá orientar a estratégia de uma nova imagem de marca do grupo, substituindo progressivamente o anterior logotipo desde 5 de março, data que assinala a fusão do dEPObank com o BFF. Através da substituição gradual da anterior imagem e respetivos materiais, conseguiremos reforçar o compromisso interno e externo do grupo com a proteção do ambiente e criar uma estratégia de sustentabilidade a todos os níveis. O processo de rebranding será acionado em toda a Europa durante o mês de março, evitando o desperdício de materiais, quer de papel como de outros recursos, que precisam de ser substituídos e organizados. A nova imagem de marca foi apresentada em primeiro lugar em março, aos “funcionários, num evento digital que reuniu todos os países do grupo, em linha com a nossa proposta de valor de uma cultura inclusiva que coloca os seus colaboradores no centro de toda a organização”. “A nossa nova imagem de marca é um símbolo deste passo importante que assinala a evolução do grupo. Estamos particularmente bem posicionados para alcançar melhores resultados, pelo que pretendíamos modernizar o nosso logotipo para alinhar a nossa imagem de marca com a nossa estratégia” – afirmou Massimiliano Belingheri, cEO do BFF Banking Group. Em Portugal, estas alterações terão impacto não só em termos de imagem, como igualmente “a denominação social sofrerá alterações”, adianta o BFF Banking Group.
iberia permite aos seus clientes em portugal fazer teste à covid-19 em condições especiais
Perante o crescente número de países que solicitam aos viajantes a realização de testes de despistagem à covid-19, a iberia prossegue os seus esforços para continuar a disponibilizar novas formas de apoiar os seus clientes a “voarem seguros e com todas as garantias”, afirma a companhia aérea. Neste âmbito, a iberia firmou um acordo com o grupo Quiron Prevención, para facilitar aos seus clientes a realização de testes à doença –tanto PcR como de anticorpos– com condições especiais, quer a nível de serviço como de preços. O acordo firmado já permitiu a realização de “mais de 13 mil provas covid-19”. Os clientes podem solicitar de uma forma mais cómoda, rápida, com atendimento personalizado e sem esperas, a realização de um teste, através da página web da iberia, ou ainda no aeropoerto de lisboa ou na rede de laboratórios distribuídos en todo o país pela Sociedade ibérica de Prevenção de Riscos Profissionais de Portugal. com a realização do teste, o passageiro obtém não só o resultado, como também um certificado oficial válido para viajar internacionalmente.
Carmo Wood lança nova gama de produtos destinada a surfistas e escolas de surf
Omercado de surf está a crescer de ano para ano em Portugal e com ele o aparecimento de inovadores conceitos e produtos para responder às necessidades deste target. A portuguesa carmo Wood, que há mais de 40 anos desenvolve produtos orientados para o turismo e lazer como restaurantes e apoios de praia, estruturas para hotéis, glamping e centenas de passadiços de acesso às praias, chega agora ao mercado do surf, com o lançamento de uma inovadora gama para suporte de pranchas, secagem de fatos e lavagem de material. construídos em madeira tratada e com garantia carmo Wood, estes artigos são resistentes à água, ao sal e ao vento e podem permanecer todo o ano no exterior, graças ao tratamento classe de risco iV, que lhes confere uma garantia de 20 anos. O suporte para pranchas de Surf da carmo Wood foi concebido para guardar, de forma fácil, rápida e ordenada 10 pranchas de surf e é retrátil, o que lhe permite ser recolhido quando não está a ser usado, otimizando o espaço que ocupa. A cuba de lavagem de fatos foi desenhada para poupar água e garantir melhores resultados na eliminação de sal e areia dos materiais de surf que depois podem ser secos no suporte de secagem de fatos carmo Wood, também ele retrátil. ideais para surfistas, hotéis, hostels, parques de campismo, escolas e lojas de surf, ou outros espaços que precisem de armazenar ou expor material de surf, estes novos produtos 100% nacionais estão à venda no site da carmo Wood ou na loja de surf Xen&co, em cascais.
oceanário de lisboa reabre a visitantes que querem descobrir segredos do oceano global
Fapil premiada por gama de produtos desenvolvidos com plástico marítimo reciclado
Foi desde o passado dia 7 de abril que o Oceanário de lisboa reabriu as portas aos visitantes interessados em “mergulhar” no grande aquário central e viajar pelo oceano global, à descoberta das mais de 500 espécies, numa experiência que estimula todos os sentidos: da alegria das crianças, ao espanto dos adultos, do entusiasmo curioso, à tranquilidade de uma visita pelo mundo subaquático. A exposição “Florestas Submersas by takashi Amano” apresenta as florestas tropicais através do maior nature aquarium do mundo. uma experiência relaxante e envolvente, conduzida pela banda sonora de Rodrigo leão. inaugurada em 2020, a instalação artística “ONE – O Mar como nunca o sentiu”, da artista Maya Almeida, é uma homenagem ao oceano, que retrata uma ligação profunda do homem com o mar, através de uma obra imersiva, com imagens realizadas exclusivamente em Portugal. com a chegada do bom tempo, dos dias longos e do progressivo desconfinamento, o Parque das Nações é uma excelente proposta para um programa completo, permitindo, além da visita ao Oceanário, momentos de lazer à beira-rio, em espaços como o Jardim das Ondas, ou um passeio panorâmico na telecabine. O Oceanário de lisboa está aberto todos os dias. O Oceanário de lisboa foi eleito a “Marca Nº1” na “Escolha do consumidor 2021”, vencendo também a preferência na categoria “Espaços de lazer e Entretenimento em família” em lisboa.
AFapil, empresa familiar 100% portuguesa e líder de mercado no desenvolvimento e comercialização de acessórios para limpeza da casa, acaba de conquistar o prémio Produto do Ano com a sua inovadora e pioneira gama de produtos Ocean, uma gama de mais de 35 produtos destinados à limpeza e organização da casa desenvolvidos com plástico marítimo reciclado das artes de pesca. A inovação Fapil é agora reconhecida pelos consumidores inquiridos que escolheram os 35 vencedores deste aclamado reconhecimento nacional, sendo a gama Ocean a grande vencedora na categoria “Acessórios limpeza”. O grande objetivo da Fapil, que há mais de 20 anos introduz plástico reciclado nos seus produtos, é vir a fabricar apenas produtos 100% reciclados. “Este é mais um grande passo no percurso da Fapil que investe diariamente na investigação e desenvolvimento de produtos para o lar e que pretende vir a ser cada vez mais sustentável no decorrer da sua atividade”, refere Fernando teixeira, cEO da Fapil. “Vermos os nossos produtos reconhecidos pelo consumidor, para quem trabalhamos diariamente há mais de 45 anos, é realmente muito gratifi cante para toda a equipa”, acrescenta o responsável. Recorde-se que todos os produtos da gama Ocean da Fapil têm na sua composição pelo menos 20% de plástico reciclado marítimo, combinado com outros plásticos reciclados e, por hora, uma pequena percentagem de plástico virgem. A atribuição do prémio “Produto do Ano” resulta de um estudo levado a cabo pela Netsonda que analisa ainda as preferências e características dos consumidores portugueses quando escolhem um produto. Este ano, destaca-se a inovação como característica diferenciadora na maioria das categorias.
Máscaras sociais certificadas pela sgs apresentam eficácia de filtragem de partículas de 94%
ASGS Portugal, empresa líder mundial em inspeção, verificação, ensaios laboratoriais, formação e certificação, atesta que mais de 80% das máscaras analisadas através de uma certificação acreditada de máscaras para uso social apresentam uma eficácia de filtração de partículas de 94%. As máscaras para uso social produzidas por empresas portuguesas apresentam um desempenho ao mesmo nível das máscaras cirúrgicas e das máscaras FFP2. devido à pandemia de covid-19, a utilização social de máscaras na comunidade assumiu uma nova posição e tornou-se fundamental e obrigatória para limitar a transmissão do vírus SARS-coV-2. Os empresários do setor têxtil nacional foram forçados a alterar os seus modelos de negócio, passando a produzir máscaras para uso social, produto que representa já 8% das exportações do setor. Face a esta necessidade, foi imperativo implementar todos os mecanismos necessários para assegurar o nível de confiança que o tema exige aos produtores do setor têxtil e também ao consumidor, através do desenvolvimento de uma certificação acreditada para as máscaras para uso social, frisa a SGS Portugal. Adriana Moura, connectivity & Products Product manager da SGS Portugal, reforça que “esta certificação das máscaras para uso social assegura às empresas do setor têxtil a garantia necessária para exportar as máscaras produzidas em Portugal para todos os países onde o referencial normativo é válido, bem como para a venda no território nacional”. A responsável frisa ainda que “é do interesse público que existam mecanismos claros de avaliação da conformidade, que permitam aos consumidores ter acesso a informação essencial sobre as máscaras para uso social que garantam a sua eficiência. A certificação de máscaras para uso social da SGS avalia os produtos de acordo com as normativas em vigor estabelecidas pelo comité Europeu de Normalização e pelo instituto Português da Qualidade”, conclui.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
gran tema
Agroalimentar em busca de inovação e sustentabilidade
Foi um dos setores menos afetado pela crise atual, já que a alimentação continua a ser uma das fatias essenciais dos orçamentos das famílias portuguesas, mas vários segmentos ou algumas empresas em particular sofreram algum impacto negativo, no último ano. As empresas agroalimentares que dependiam mais da restauração para o escoamento dos seus produtos, por exemplo, viram reduzir-se o seu volume de encomendas e tiveram de reequacionar o seu posicionamento ou a carteira de clientes. Uma das empresas entrevistadas nesta edição, a Nutrifresco, resolveu criar uma nova área dedicada aos clientes particulares, para compensar as perdas de negócio na área da restauração e hotelaria. Os casos da Quinta Aroma das Faias ou da Dunany mostram, por seu lado, uma maior resiliência face aos tempos difíceis que atravessa a economia, mas sem descurar nunca os fatores da inovação e da sustentabilidade.
Osetor agroalimentar nacional mostrou uma grande resiliência face à crise sanitária, mas nem todos os segmentos reagiram da mesma forma à travagem de consumo que tem afetado não só Portugal, como muitos outros países do mundo.
Para várias empresas, a procura manteve-se dentro dos limiares registados em anos anteriores, tendo algumas conseguido aumentar mesmo os seus negócios, uma vez que beneficiaram da maior procura por parte de refeições preparadas em casa, em detrimento do consumo em restaurantes, que teve de abrandar devido às restrições do estado de emergência e à limitação de circulação da população em geral, confinada quer ao nível das atividades de lazer quer mesmo pela recomendação de teletrabalho. com menos idas aos restaurantes, os portugueses deslocaram uma importante parte do seu consumo para alimentos e refeições feitos em casa, pelo que as empresas com refeições pré-preparadas– e cuja comercialização assente na distribuição moderna– viram as suas encomendas aumentar.
Foi este o caso da dunany Foods (caixa na pág. 34), empresa que iniciou a sua atividade nos princípios do ano passado, com a preparação de refeições pré-cozinhadas refrigeradas e que tem vindo desde então a aumentar o seu volume de faturação. depois de arrancar com um cliente em Espanha, para onde exporta diversos tipos de pratos (lasanhas, massas e moussaka), a unidade portuguesa da dunany Foods já conquistou diversos clientes da grande distribuição também em Portugal. "temos registado um aumento gradual de encomendas. isso aconteceu quer durante o ano que passou, quer já nos primeiros meses deste ano, e vamos aumentar exponencialmente as nossas vendas, agora que conquistámos um novo e importante cliente em Espanha – o lidl", salienta Xavier Pérez, administrador da dunany Foods.
Graças aos novos clientes, os objetivos da empresa agroalimentar sediada no Ribatejo– que iniciou a sua atividade através da compra de uma unidade fabril que já laborava neste setor, localizada em Samora correia– passam agora por uma significativa expansão industrial. A empresa pretende "mais do que duplicar a capacidade produtiva, através da ampliação das instalações atuais, para satisfazer o aumento da procura", adianta o mesmo responsável, referindo que o novo investimento deverá rondar os 500 mil a um milhão de euros. "Em 2021, a faturação da empresa duplicará a de 2020", adianta, sem, contudo, precisar valores.
Novas experiências aliadas à gastronomia
Além dos exemplos de inovação que se destacam nas páginas 35 e 36, existem também casos de empresas do setor agroalimentar que estão a apostar, por outro lado, em parcerias com chefes de cozinha famosos para dar a conhecer as suas marcas e novos produtos.
A Niepoort estabeleceu recentemente parcerias com o mediático chefe ljubomir Stanisic para dinamizar quer os vinhos daquela casa duriense quer também um chá produzido naquela propriedade agrícola. Através da sua marca chá camélia, Nina Gruntkowski juntou-se ao conhecido chefe para idealizarem e criarem um novo blend– o chá Flower Power, que "une delicadeza e intensidade em torno de um ritual". Às flores das plantas da camellia sinensis, adicionaram-se as folhas de chá verde da colheita de verão dos chás camélia para dar origem a este novo blend, que resulta da conceção e da visão holística de Nina Gruntkowski, proprietária da chá camélia, no Fornelo (Vila do conde), e que é a única plantação de chá com produção comercial na Europa continental.
O chefe ljubomir Stanisic acompanhou o projeto da plantação chá camélia desde o início, em 2011, quando as primeiras plantas de chá foram plantadas no jardim da casa do Porto de dirk Niepoort e Nina Gruntkowski. Além de ajudar a promover o consumo de um dos chás da quinta, o chefe é, ainda, "a única pessoa no país que recebe as flores frescas e teve a ideia de as cristalizar em açúcar, para complementar e decorar os pratos dos seus restaurantes”.
Experimentar esta edição limitada “Flower Power” não é propriamente barato, já que uma caixa de madeira de 70 gramas custa 28,90 euros.
Já umas semanas antes desta apresentação, as duas entidades tinham anunciado uma nova parceria relacionada com os vinhos daquele produtor. depois de terem idealizado alguns vinhos do douro em conjunto, como o Bicho do Mato ou o Mó, o produtor dirk Niepoort e o mediático chefe– que se tornou famoso não só pela qualidade do seu restaurante, que no final do ano passado recebeu uma estrela Michelin, mas também pela sua participação em programas de televisão relacionados com a gastronomia e restauração–, apresentam agora o tinto Sem Maneiras, um dOc alentejano de Portalegre, de 2017.
Setor terá regredido 5% em 2020, mas exportações subiram, segundo a FIPA de acordo com os dados do iNE, analisados pela Federação das indústrias Portuguesas AgroAlimentares (FiPA), as exportações deste setor tiveram um crescimento residual de 0,25% em 2020 (face a 2019), atingindo um valor aproximado de 5.065 milhões de euros. "No que diz respeito ao merca-
Dunany reforça canal da grande distribuição e vai duplicar capacidade produtiva
Com pouco mais de um ano de existência, a Dunany Foods regista um forte crescimento da sua atividade e pretende destacar-se no segmento das refeições pré-cozinhadas refrigeradas, com produtos de qualidade e de sabor apurado e adaptado a cada país onde comercializa os seus produtos (Portugal e Espanha). A empresa portuguesa iniciou a sua atividade exportando para Espanha as refeições pré-cozinhadas produzidas na sua fábrica de Samora Correia (concelho de Benavente). A Dunany começou por comercializar os seus produtos junto de uma cadeia de distribuição espanhola, mas entretanto conquistou já outros clientes da grande distribuição em ambos os países ibéricos. O tipo de pratos elaborados vão desde lasanhas com vários ingredientes, a pratos de massa, cannellonis e moussaka (comida turca), para um consumo mais corrente, do
dia a dia das famílias ou nos locais de trabalho. Mais recentemente, a empresa começou a produzir também assados (pato ou lombo de porco) embalados em vácuo, que se destacam pela qualidade conseguida, muito semelhante às refeições caseiras de dias festivos. A adesão por parte dos consumidores finais tem sido muito satisfatória, de acordo com as informações recolhidas pela empresa, salienta Xavier Pérez, administrador da Dunany Foods. Ao conquistar mais recentemente novos contratos com cadeias de distribuição como a Auchan ou o Lidl em Espanha, a empresa agroalimentar tenciona nos próximos meses concretizar um projeto de ampliação da fábrica de Samora Correia, para "mais do que duplicar a capacidade produtiva", desenvolvendo ainda novos pratos para a sua gama de refeições prontas. A par desta forte dinâmica comercial, a empresa tem vindo também sempre a inovar em termos da conceção de novos pratos. Mantendo-se focada no nicho das refeições pré-preparadas, a Dunany garante que não tenciona enveredar por outra gama de produtos, como sobremesas ou sopas. Os pratos de comida assada (embalada em vácuo) e gratinada têm tido também uma grande adesão, tanto em Espanha como em Portugal, adiantam os responsáveis da empresa, frisando que este será também um dos objetivos da ampliação da fábrica, o de desenvolver este tipo de produto, mais sofisticado e destinado a famílias com pouco tempo para dedicar à cozinha. É que a Dunany acaba por produzir algumas "receitas caseiras e tradicionais, mas a uma escala industrial, com adaptação de ingredientes e sabores a cada país", destacam os dois responsáveis. "Trabalhamos em equipa com os fornecedores e com os clientes. Compramos produtos locais sempre que possível, pela frescura, mas também para poupar custos de transporte e reduzir a poluição provocada pela nossa atividade”, destaca, por seu lado, Sergio Rodrigo, outro dos administradores da empresa. Outras preocupações desta jovem empresa, que emprega cerca de meia centena de funcionários, tem sido a integração na comunidade onde está inserida. "Pretendemos associar-nos a universidades e a outros organismos, de modo a fomentar a partilha de conhecimentos" nesta área da preparação e embalamento de refeições prontas, refere Sergio Rodrigo. "Queremos que todo o processo produtivo seja o mais sustentável possível: desde logo, temos painéis solares a alimentar a fábrica. Por outro lado, estamos a eliminar o desperdício alimentar, através da doação de excedentes a diversas instituições, como o Banco Alimentar, e instituições sociais locais", completa o mesmo gestor.
Peixe entregue à porta de clientes particulares ou chefes de cozinha
Quando se trata de alta cozinha, a qualidade tem de ser o fator essencial. Esse tem sido o lema do serviço de comercialização de peixe e marisco fresco, que há mais de 20 anos a Nutrifresco faz junto de vários chefes de cozinha a trabalhar pelo país fora. Isto, antes do covid-19 ter alterado por completo o funcionamento dos restaurantes, deixando de "molho" muitas atividades nesta área. Como fornecedora especializada de peixe fresco, polvo, marisco e congelados premium para o canal horeca, a empresa teve de encontrar alternativas para continuar a ter clientes para os vários quilos de pescado que diariamente compra em 12 lotas da costa continental e Açores (mais os produtos que importa de vários países) e acabou por se expandir também para o segmento dos particulares. Foi assim que, em abril do ano passado, surgiu o projeto Peixe à Porta, recorda Pedro Bastos, sócio-gerente da Nutrifresco, empresa familiar que opera neste mercado há mais de 22 anos, com base num negócio de família ainda mais antigo. O Peixe à Porta by Nutrifresco é uma marca que veio para ficar e que tem tido uma forte adesão, contando já com cerca de 1.500 clientes, enquadra o gestor, explicando que a atividade da empresa de Albufeira (Algarve) consiste em preparar o peixe, acondicionar e entregar em dezenas de restaurantes e hotéis no país, em casa de clientes particulares, bem como em três supermercados gourmet, sendo ainda uma pequena parte exportada. Neste campo da exportação, o peixe fresco é vendido a grossistas em países como Espanha, Alemanha ou Polónia, enquanto o mercado inglês tem estado parado, pela suspensão das ligações aéreas. Para as suas operações, a empresa conta com dois armazéns logísticos, um dos quais no Algarve e o outro em Lisboa. Quanto a importações, elas provêm de Espanha, com a compra de peixe e marisco congelados. A restauração e hotelaria continuam a representar mais de metade do volume de negócios da empresa, que em 2020 e neste início de 2021 viu a sua faturação decrescer, apesar dos novos segmentos de atividade.
Nova plataforma online
Para dinamizar mais o mercado e dar resposta às necessidades dos chefes e dos particulares, a empresa está a desenvolver uma nova plataforma online, onde, "além de ser possível encomendar peixe e marisco, será também um espaço de aprendizagem e partilha de conhecimento sobre as características das espécies, a forma de pesca e de tratamento do peixe e a sua utilização gastronómica. A marca irá continuar a utilizar as redes sociais para a divulgação dos produtos que comercializa, dos pescadores, barcos e outros produtores com que trabalha, bem como dos chefes e das receitas que preparam com a matéria-prima fornecida pela Nutrifresco", adianta Pedro Bastos. Para o próximo ano, estão previstas outras novidades, nomeadamente "novas linhas de produto, que permitam levar uma oferta cada vez mais alargada de produtos de excelência, potenciar a sua utilização gastronómica e contribuir para a valorização dos recursos marinhos nacionais", comenta o gestor. O tamboril é o peixe selvagem mais vendido pela empresa, seguindo-se o robalo selvagem, linguado, atum e peixe-galo. Além destas espécies capturadas no mar, a empresa fornece também alguns produtos de aquacultura.
Empresa trata ervas aromáticas para as indústrias alimentar, farmacêutica, química, entre outras
A Quinta Aroma das Faias, a laborar num terreno de 11,8 hectares (dos quais 10 correspondem a área cultivada), é atualmente o produtor nacional com maior área instalada de ervas aromáticas de agricultura biológica, as quais são secas depois de colhidas e usadas para os mais diversos fins. Folhas de camomila, lúcia-lima, cidreira, sálvia, hortelã vulgar e hortelã pimenta, tomilho-limão, tomilho vulgar e stevia são algumas das plantas cultivadas e tratadas nesta produtora do Montijo, que depois encaminha a produção quase exclusivamente para exportação a granel, visando os mercados do norte da Europa. Com uma capacidade instalada de 30 toneladas por ano, a Quinta Aroma das Faias produz "exclusivamente com métodos biológicos, procurando uma atividade ambientalmente sustentada, que passa pela aposta em energia solar e na poupança de água através da rega gota a gota, controlada por meios eletrónicos", enumera Rita Guerreiro, a única sócia atualmente da empresa, que arrancou em 2012, pela mão do seu irmão e alguns outros sócios, e que contou com alguns apoios financeiros do Proder. O objetivo da produtora é voltar a candidatar-se a programas de incentivos nacionais, no âmbito de "projetos inovadores no campo da agricultura biológica", afirma Rita Guerreiro. O escoamento da produção a granel é feito quase na totalidade através de grandes revendedores localizados em diversos países europeus (e de algumas empresas locais, que depois também revendem para o estrangeiro), pelo que o destino final das ervas aromáticas desidratadas é "desconhecido" para a empresária, que admite, contudo, que uma grande parte irá para "as indústrias cosmética, farmacêutica, química e alimentar". Embora em 2020 a atividade tenha corrido sem percalços, a empresa teme algum abrandamento de encomendas este ano, pelo que enveredou há alguns meses por novos segmentos, para estar menos dependente dos grandes compradores externos, tendo começado a produzir também ervas frescas, destinadas à alimentação. Surgiu, assim, o projeto da produção de ervas aromáticas frescas (cebolinho, coentros, salsa) e também de produtos com marca própria, como o chá Quinta Aroma das Faias. Em breve, a empresa terá também uma mercearia em Lisboa para comercializar alguns destes produtos. Produzindo em quatro campanhas anuais, a produtora está a ser apoiada por um agricultor francês, que é o maior produtor de produtor de regalice (ou alcaçuz), na região de Bordéus e de azeitona e azeite biológicos, provenientes de olival tradicional no Alentejo, Thierry Larriviere. O objetivo é criar sinergias, desenvolver os dois projetos em parceria, para criar, nomeadamente, produtos como azeite aromatizado com ervas e óleos essenciais. Através da parceria com este produtor francês, poderão ser escoados também produtos da Quinta Aromas das Faias para França, revela ainda Rita Guerreiro. "Acreditamos que o futuro é a produção biológica, sendo a opção mais saudável, sustentável e responsável dos recursos naturais que dispomos", promovendo sempre a melhor utilização da terra, para uma dependência cada vez menor de fertilizantes sintetizados, defende a produtora. "Os produtos são certificados, mas mais importante ainda é hoje a qualidade", afirma.
do interno, não existe ainda um valor agregado, mas acreditamos que tenham sido registadas quebras na ordem dos 5% face a 2019", afirma Pedro Queiroz, diretor-geral da FiPA.
Ao nível da exportação de produtos agroalimentares, "Espanha é o nosso principal e mais destacado mercado. Por exemplo, desde 2016, tem representado anualmente cerca de 30% do total das exportações", seguindo-se mercados como França, Brasil ou ainda os PAlOP, que têm um peso nas exportações globais em torno dos 10%. "interessantes são também mercados como os EuA, Rússia e china, para os quais se registaram ligeiros crescimentos", destaca ainda Pedro Queiroz, em declarações à "Actualidad€". "As expetativas, com base nas previsões também do iNE, é de que haja um aumento de 2,5% das exportações de produtos alimentares e bebidas, este ano, em linha com o que vínhamos a registar nos anos anteriores à pandemia. No entanto, importa salientar que é necessária estabilidade nos mercados para atingirmos este desempenho favorável. É essencial um acompanhamento– tanto ao nível das empresas como das entidades competentes, nomeadamente, o Governo– do comportamento dos mercados europeus e a influência das grandes economias mundiais (como a china, EuA, Brasil) na evolução global".
Os quatro eixos da aposta na inovação
A FiPA destaca ainda a sua associação à confederação FooddrinkEurope para o lançamento, em Portugal, dos the Foodies, uma iniciativa que pretende premiar microempresas e PME do setor agroalimentar em toda a Europa, que se destaquem com projetos, ações e iniciativas de sustentabilidade ambiental e social e inovação.
O prémio divide-se em três categorias: "the greener planet award", para iniciativas na área da redução do impacte ambiental, podendo contemplar projetos desde a diminuição das emissões de carbono à melhoria de embalagem; a categoria "the healthier living award", no campo da promoção de estilos de vida saudáveis e das iniciativas como o desenvolvimento de novos produtos ou reformulação, ou ações junto da comunidade; e a categoria "Nextgen innovator award", que pretende premiar jovens empreendedores e startups dedicadas ao desenvolvimento de sistemas alimentares mais resilientes, sustentáveis e seguros. "Acreditamos que as empresas portuguesas estão muito bem posicionadas nestas matérias e esta é uma excelente oportunidade para que mostrem o seu valor. As candidaturas são muito simples e podem ser feitas até 31 de maio, no microsite www.thefoodies.eu ou com um simples tweet para @FooddrinkEu, usando #theFoodies", frisa Pedro Queiroz.
A estes prémios europeus podem candidatar-se empresas que empreguem menos de 250 pessoas e que tenham um volume de negócios anual não superior a 50 milhões de euros e/ ou um balanço total anual que não exceda os 43 milhões de euros. Já na categoria “Nextgen innovator award”, os candidatos devem ter 40 anos ou menos, liderando uma empresa em fase de arranque.
A indústria agroalimentar "tem uma enorme transversalidade, e isso traduz-se no vasto leque de áreas em que tem vindo a apostar", seja na vertente do produto, modelos de negócio, abordagem ao consumidor ou sustentabilidade ambiental. "Em primeiro lugar, no que diz respeito ao produto, tem sido forte o investimento em conhecimento, desenvolvimento, investigação e inovação, resultando não só em novos produtos– muitos deles dando resposta à procura de nichos mais especializados–, bem como em novos formatos adaptados aos diferentes contextos de consumo (no lar, fora de casa, nos espaços do canal Horeca)– que, aliás, muito se alteraram neste último ano, exigindo uma rápida adaptação da indústria". Neste âmbito, de destacar também o trabalho em torno da melhoria do perfil nutricional dos produtos. "Falamos ainda da inovação e investigação no que respeita à segurança dos alimentos, matéria em que a FiPA está a trabalhar através do FoodSafety4Eu, um projeto de um consórcio europeu– do qual a ASAE também faz parte–, que irá desenvolver uma plataforma digital e lançar novas ferramentas práticas para apoiar o desenvolvimento e construção de um Sistema de Segurança Alimentar comum e colaborativo em toda a Europa", conclui Pedro Queiroz. também ao nível da sustentabilidade ambiental, estas empresas se estão a procurar adaptar a múltiplos desafios, de acordo com a FiPA. A começar pelas "iniciativas relacionadas com a economia circular. Nesta área, as empresas têm vindo a solidificar o seu compromisso, por exemplo, através do desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis e de projetos de estudo de análise do ciclo de vida das mesmas; da valorização de subprodutos para compostagem, destilaria ou valorização energética; da aplicação de ingredientes excedentários ou não normalizados em novas categorias para alimentação humana ou animal; e do incentivo a melhores práticas de reciclagem com projetos de escala, como é o caso dos projetos-piloto de instalação de máquinas de recolha automática de embalagens de bebidas em plástico", adianta Pedro Queiroz. Neste domínio da sustentabilidade, de assinalar ainda os investimentos da indústria em
matéria de "modelos de eficiência energética e hídrica para melhores processos e desempenhos".
Quanto à inovação ao nível dos modelos de negócios, a exportação é a grande motivação, segundo a FiPA, que salienta a consolidação que tem sido alcançada de mercados como Espanha, assim como o "foco na conquista de novos destinos, como a china e a Rússia".
Na vertente da inovação perante o consumidor, "embora a venda direta ao consumidor não seja, para grande parte das empresas, o principal canal", verifica-se ainda assim "uma intensificação da aposta no e-commerce, comenta o responsável da FiPA. O gestor salienta ainda os esforços do setor na melhoria da informação e esclarecimento destinados aos consumidores, sobretudo através dos canais online ou digitais, como as redes sociais.
Para Pedro Queiroz, é importante que os próximos quadros de apoios nacionais e comunitários continuem a prever medidas para melhorar estas áreas de atuação geral da indústria agroalimentar, quer a nível do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, quer no Next Generation Eu, em que se enquadra o Plano de Recuperação e Resiliência. "consideramos que devem ser reforçados os programas diretamente relacionados com a indústria agroalimentar (nomeadamente na valorização, diferenciação e inovação de produto), bem como ajustados os critérios de elegibilidade das empresas, agilizados os processos/ critérios de candidatura e, de um ponto de vista global, reforçada a comunicação às empresas sobre as linhas de financiamento disponíveis", frisa Pedro Queiroz. de salientar o que foi feito neste âmbito dentro do Portugal 2020, para criar sinergias entre os parceiros da cadeia alimentar, a academia, os centros de desenvolvimento e as entidades públicas. "um dos exemplos deste modelo é a candidatura, apresentada este ano, à Rede de Pólos de inovação digital para a criação do pólo FARM2FORK_ digital innovation Hub. trata-se de um projeto desenhado por um consórcio que a FiPA integra, juntamente com entidades como a cAP, APEd, cOtEc, PortugalFoods, colab4Food, iSEl, AROMNi, iNl, Beta-i e Agrogrintech, em parceria com a Portugal Ventures. O objetivo é que se constitua uma plataforma de inovação– dirigida aos setores agrícolas e agroalimentar portugueses– para desenvolver, testar e demonstrar soluções com base na tecnologia digital avançada para aplicação em ambiente empresarial real em toda a cadeia produtiva– da produção agrícola, à indústria agroalimentar e distribuição".
"Estabilidade fiscal" e legislativa
Mas, salienta o mesmo responsável, além do esforço que as empresas pretendam continuar a realizar, "têm de ser criadas condições de estabilidade quer para as empresas do setor" e de setores como o turismo e as atividades culturais e desportivas, quer para o consumidor, frisa ainda, destacando a necessidade de "estabilidade ao nível fiscal e ao nível legislativo, evitando medidas que surgem em contraciclo com o trabalho desenvolvido pela indústria, por exemplo, em áreas como a sustentabilidade".
Já a ministra da Agricultura, Maria do céu Antunes, comentou recentemente que a evolução em 2020 dos setores agroalimentar e primário “evidenciam a resiliência e a capacidade de trabalho dos agricultores portugueses e de todo setor agroalimentar”, bem como “a eficácia das medidas de crise adotadas para apoiar o setor”. Na apresentação do projeto online the Art of tasting Portugal, a governante afirmou que o ligeiro crescimento registado nas exportações destes dois setores "comprova o reconhecimento internacional da qualidade e da segurança do que produzimos e corroboram a pertinência de projetos como esta plataforma. Promover os produtos nacionais é um desígnio que devemos abraçar diariamente”, frisou recentemente, na apresentação deste novo projeto digital de promoção de iniciativas regionais através da gastronomia para divulgação dos setores primário e turístico nacionais e que potenciem as exportações nestas vertentes. Na mesma altura, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, destacou que “a costa portuguesa possui características únicas que tornam o nosso peixe no 'Melhor Peixe do Mundo', reconhecido por chefes a nível internacional, e pela grande importância da gastronomia para todos os turistas que nos visitam e para quem este é um dos aspetos decisivos para voltar a Portugal. São muitos os fatores que contribuem para esta afirmação, nomeadamente a variedade de espécies de pescado nas nossas águas, grande parte delas com elevado valor gastronómico, a biodiversidade de espécies e habitats que contribui para a diversidade existente, a qualidade nutritiva e a frescura que tornam o pescado e marisco português único e saudável", afiançou, citado pela "GazetaRural. com".
Nos primeiros dois meses de 2021, o valor de pescado transacionado nas lotas do continente português, aumentou 4,5% face ao mesmo período de 2020 e o preço médio aumentou 5,5%. O Ministério do Mar tem vindo a apoiar campanhas de promoção do consumo de espécies saudáveis, sustentáveis, de alto valor nutricional e abundantes na costa portuguesa, como, por exemplo, o carapau e a cavala, bem como campanhas de promoção de pescado transformado, como é o caso das conservas, setor que em 2020 registou um aumento de 13,1% no valor das suas exportações, atingindo os 256,6 milhões de euros.