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Cirtec pretende voltar a crescer, com aumento de negócios na Europa e África

A Cirtec – Comércio Internacional de Representações Técnicas pretende aumentar os negócios com clientes europeus, antecipando uma retoma da atividade industrial durante os próximos meses. Para Miguel Pestana, CEO da Cirtec, há atividades industriais e de mobilidade que deverão recuperar em força este ano, depois da forte crise dos últimos meses, exigindo novos equipamentos para a sua produção. Por outro lado, a empresa está a apostar também em alguns países africanos com a sua atividade complementar de acessórios para a filtração de combustíveis de aviação.

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Se 2020 foi um ano difícil para a cirtec, devido à suspensão de algumas atividades industriais ou da aeronáutica – um dos seus setores importantes –, este ano está a mostrar ainda alguma dificuldade de retoma. Mas Miguel Pestana (na foto, à dir.), cEO da empresa portuguesa, espera que a atividade da cirtec comece a melhorar, já que muitos setores industriais poderão vir a registar uma forte recuperação, necessitando de adquirir novos equipamentos este ano, depois da forte crise dos últimos meses. tendo como principais clientes alguns dos maiores fabricantes de produtos petroquímicos da Península ibérica (Petrogal e Repsol), ou de cimentos (cimpor, Secil), ou ainda de celulose e papel (Navigator, Altri e Renova), a

Cerca de 80% da atividade da Cirtec está ligada aos equipamentos para a indústria, sendo os restantes 20% dos negócios resultantes de vendas de equipamentos para o tratamento de águas e resíduos e ainda para a aviação

cirtec – comércio internacional de Representações técnicas sofreu uma quebra das suas encomendas no ano que passou, devido à crise industrial e de toda a economia em geral a nível europeu e mundial, em especial no primeiro semestre de 2020. Os efeitos sobre a faturação da empresa foram significativos, com uma queda de quase 25% face a 2019, ano em que atingiu um volume de negócios de 1,9 milhões de euros.

Miguel Pestana realça ainda que “a faturação média nos últimos dez anos tem sido boa”, facto que permitiu à cirtec acomodar o abrandamento registado no ano excecional de 2020 e “manter uma forte dinâmica comercial para voltar a crescer com os atuais e potenciais novos clientes”, salienta o mesmo responsável. As áreas de atividade dos seus clientes passam ainda pela indústria de plásticos, farmacêuticas, cerâmicas, agroalimentar, metalomecânica, siderurgia, energia, entre muitas outras.

Esta área da indústria pesada repre-

senta cerca de 80% dos seus negócios (com a venda de máquinas e equipamentos como compressores, máquinas de enchimento, bombas e sistemas de vácuo, ou torres de arrefecimento), estando os restantes 20% repartidos em equipamentos para a operação de tratamento de águas e resíduos e para equipamentos para a aviação (como filtros para combustível).

Esta última área foi particularmente afetada na Europa, com a restrição dos voos comerciais, mas a cirtec continua a realizar muitos negócios em alguns países PAlOP para companhias de aviação, adianta Miguel Pestana. “temos 27 anos de forte implementação no mercado e, apesar de haver muita concorrência nesta atividade da importação e comercialização de equipamentos para a indústria, somos uma grande empresa especialista em representações técnicas com centenas de clientes, enquadra Miguel Pestana.

Por outro lado, a empresa apostou também em novos equipamentos destinados à atividade empresarial e ao público em geral, como os chuveiros portáteis de descontaminação (que eliminam o vírus SARS-coV-2 dos equipamentos de proteção individual em menos de quatro minutos ou do interior de espaços sanitários).

A grande maioria dos produtos importados pela cirtec vêm de países como a Alemanha, França, Finlândia, Estados unidos da América, Holanda ou itália, sendo uma pequena parte importada também de Espanha.

Quanto à manutenção dos equipamentos que comercializa, esta é também garantida aos clientes pela cirtec, mas é realizada através de empresas subcontratadas, caso a caso, em função do tipo de produtos. 

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AASMVAZ, um percurso de crescimento no setor das soluções logísticas de transporte

Primeiro como agente de vendas da Lufthansa e depois como agente transitário, a AASMVAZ tem protagonizado uma trajetória de negócio ascendente, tendo conquistado o estatuto de PME Líder. O CEO António Vaz adianta que o transporte aéreo é o segmento mais representativo para a empresa, mas sustenta que Portugal e o resto da Europa devem apostar na ferrovia para movimentar as mercadorias.

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Quando decidiu abrir a sua própria empresa, António Alberto Sotto Mayor Vaz já contava com três décadas de experiência em logística, uma vez que em 1968 começou a supervisionar a carga da lufthansa, no Aeroporto de lisboa. A relação com a transportadora aérea alemã durou 45 anos (34 como funcionário e 11 com agente geral de vendas GSA) e foi “uma verdadeira escola de logística”, frisa o empresário, recordando que a formação era uma aposta contínua da companhia: “Essa ligação fez-me ver, desde o primeiro momento, a importância da logística e a permanente necessidade duma atualização constante, assim como as consequências de uma atitude assente na improvisação e na falta de rigor. Graças à formação recebida, pude tornar-me instrutor, certificado pela iAtA, na área das mercadorias perigosas, e formador da APAt, não só nessa área como também na área dos cursos gerais de carga aérea.”

A ligação à companhia alemã alicerçou os primeiros anos de atividade da AASMVAZ, a empresa que António Vaz fundou em setembro de 2002 com a sócia Esperança Martins. A AASMVAZ começou a operar como agente geral de vendas para o centro, sul e ilhas de Portugal, da lufthansa cargo, AG (Grupo deutsche lufthansa, GMBH), atividade que desenvolveu durante 11 anos. A partir de janeiro de 2014, a empresa alterou o seu ramo de atividade e tornou-se agente transitário. “A transição de GSA-Agente Geral de Vendas para agente transitário foi um desafio enorme, mas que tem sido levado a bom porto”, assinala António Vaz, acrescentando que “a evolução, desde o primeiro dia, tem sido extremamente positiva”. O cEO fornece alguns dados que substanciam a afirmação: “A AASMVAZ começou com duas pessoas (eu e a minha atual sócia), em lisboa, no terminal de carga do aeroporto de lisboa. Atualmente, a equipa é constituída por treze pessoas, dez em lisboa e três no Porto (aeroporto Francisco Sá carneiro). A empresa possui, desde 2018 e até ao presente, o estatuto de PME líder. Somos um agente acreditado pela iAtA-international Air transport Assotiation e pela ANAc-Autoridade Nacional da Aviação civil; paralelamente, integramos várias associações e câmaras de comércio, nomeadamente a câmara de comércio e indústria luso-Espanhola, assim como a WcA-World cargo Association, AlG-Aerospace logistic Group, life logistic, iPAtA-international Air transport Associations; somos membros da AcEGE-Associação cristã de Empresários e Gestores. Por fim, penso que devo salientar que, desde há quatro anos a esta parte, somos certificados pela SGS com a norma iSO 9001.”

Sem querer precisar o valor da faturação, António Vaz adianta que “o crescimento tem sido contínuo” e que “a empresa tem gerado lucros todos os anos”. O gestor recorda ainda que “para se ser candidato a PME líder tem que se ter um mínimo de

oito funcionários e uma faturação superior a 1.250.000 euros” e que “a AASMVAZ obedece sem qualquer problema a esses parâmetros”.

A atual pandemia forçou o setor logístico a adaptar-se, conta: “Perto de 90% do transporte aéreo de mercadorias fazia-se nos aviões de passageiros. com a quebra abrupta das viagens de passageiros, muitos aviões passaram a transportar apenas carga. Por outro lado, o consumo mundial também baixou, pelo que a carga transportada também é menor.”

Ainda assim, a pandemia não tem afetado significativamente o negócio da AASMVAZ, observa o empresário: “Nunca me passou pela cabeça que viesse a acontecer uma pandemia como a atual, com as proporções a nível nacional e internacional que tem tido. Porém, dada a natureza da nossa atividade, não nos tem afetado de sobremaneira. Para isso, tivemos que nos ajustar e criar soluções logísticas que pudessem substituir os modos mais convencionais – nomeadamente, arranjar uma substituição ao transporte aéreo. Esse ajuste só foi possível porque temos uma equipa muito bem formada, motivada e preparada para qualquer tipo de problemas que nos surjam.”

O gestor recorda que a AASMVAZ tem sido capaz de superar os obstáculos que têm surgido no seu percurso: “Ainda que sem comparação, já passámos por situações bastante complicadas, como por exemplo a crise financeira de 2008, a bancarrota de Portugal em 2011, a erupção do vulcão na islândia, que afetou a aviação mundial, principalmente a europeia, duma forma bastante grave, etc. Apesar de todas estas crises, a AASMVAZ conseguiu sempre não só assegurar os postos de trabalhos dos seus funcionários, como ainda aumentar o grupo.”

A competência e o sucesso da empresa assentam na qualidade da equipa, sublinha António Vaz: “É muito difícil estabelecer comparações com a nossa concorrência, contudo, nós pautamo-nos por ter uma equipa bastante bem formada, flexível, polivalente, atualizada e motivada. trabalhamos num conceito de 7/24, o que nos permite dar resposta a qualquer solicitação, independentemente da hora ou dia em que nos contactam.”

A AASMVAZ trabalha sobretudo com os mercados da Europa, América do Norte, Ásia e com o mercado doméstico, com frota própria e subcontratada, no caso do transporte

terrestre, e totalmente subcontratada para o aéreo e marítimo. António Vaz informa que, na faturação, “a fatia mais larga deve-se ao transporte de carga em avião” ainda que “o barco e o camião sejam também expressivos”. Já o comboio, “neste momento não tem qualquer significado”.

Apesar de a ferrovia ser pouco usada pela empresa, António Vaz gostaria que Portugal apostasse no desenvolvimento das linhas férreas: “ligações ferroviárias desenvolvidas, bem apetrechadas e organizadas de e para o interior do país seriam sem dúvida uma grande mais valia, sobretudo se essas ligações pudessem estar ligadas às fronteiras. Neste momento, não me parece que haja uma necessidade premente da alta velocidade para transporte de mercadorias. Os meios que já existem (Alfa e intercidades) se estiverem bem organizados e com linhas devidamente atualizadas e eficazes, penso que podem responder às necessidades.” O empresário sustenta que “o comboio constitui uma boa solução para o transporte de mercadorias na Europa, nbem como entre a Europa e a Ásia, até por razões de ordem ambiental. A ferrovia deveria ser uma aposta, assim haja vontade política.”

Em Portugal, o cEO da AASMVAZ aguarda as prometidas inovações, quer no domínio da ferrovia, quer do transporte aéreo: “Fala-se na modernização das linhas férreas e dos portos marítimos. Se vierem a acontecer, será muito bom. Quanto ao novo Aeroporto de lisboa, se continuarmos a insistir na solução Montijo, penso que só servirá para gastar dinheiro mal gasto e continuarmos com os mesmos problemas que temos tido.” O empresário considera necessário um novo aeroporto, em Alcochete, por exemplo. “como eu já estou à espera do novo aeroporto desde 1969, talvez os meus bisnetos o possam vir a utilizar”, graceja.

No prato das despesas da AASMVAZ pesa sobretudo a carga fiscal, que António Vaz considera “bastante elevada”. Na estrutura de custos, o gestor destaca também “as rendas dos escritórios nos aeroportos nacionais e, por fim, o preço altíssimo dos combustíveis, assim como as despesas com portagens e scuts”. 

António Vaz considera que linhas férreas “bem apetrechadas e organizadas de e para o interior do país seriam uma grande mais valia, sobretudo se essas ligações pudessem estar ligadas às fronteiras”

El centro logístico extremeño con visión y perspectiva ibérica

La Plataforma Logística del Suroeste Europeo pretende contribuir al desarrollo económico para el suroeste peninsular. Su presidente, Miguel Bernal, cuenta los últimos avances en las obras y analiza el alcance que puede tener esta nueva e importante infraestructura para España y Portugal.

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

La idea de la Plataforma logística del Suroeste Europeo (PlSWE) se remonta a 2004 cuando se propuso su creación para crear una infraestructura que permitiese potenciar la economía de la región. después de una década de escasos avances, en 2015 se colocó la primera piedra, aunque después llegarían más problemas que paralizaron las obras. con más retrasos de lo planeado, desde 2019 el terreno cuenta con suelo logístico industrial, de altas prestaciones, con disponibilidad inmediata para el desarrollo de proyectos empresariales interesados en implantarse en Extremadura. “la primera etapa de PlSWE se encuentra completamente urbanizada y disponible para acoger la implantación de empresas. desde el año 2019 se encuentra ejerciendo actividad la primera industria implantada, Ardo-Monliz”, comienza por explica Miguel Bernal (en la foto en la pág. 25), director general de Extremadura Avante y presidente de la PlSWE. En este momento se está finalizando la tramitación administrativa para iniciar la urbanización de la segunda y tercera etapas, con lo que se llegará a la superficie total ordenada por el Proyecto de interés Regional de 132 hectáreas. “durante el año 2022 estará disponible la totalidad del suelo logístico”, añade. la puesta en actividad de la PlSWE, así como del resto de servicios empresariales asociados que se desarrollarán en esta infraestructura, “supone la puesta en valor de un nodo intermodal dentro del corredor atlántico”, resalta Miguel Bernal. Asimismo, cree importante que no se analice la PlSWE como una actuación urbanística aislada “sino que se pretende llevar a cabo una gestión coordinada entre los tres principales desarrollos industriales y logísticos que actualmente tiene la región (PlSWE, Expaciomérida, y Expacionavalmoral), de manera que se complementen en un consorcio de servicios y bajo una gestión común”. también relevante es “la presencia más que probable de los puertos que consideran a Extremadura dentro de su hinterland, tanto en España como Portugal. Por tanto, PlSWE es un elemento de gran potencial en la

cadena de suministro del suroeste ibérico”. En el caso concreto de Extremadura, supone contar con una infraestructura logística e industrial de importante magnitud, con capacidad de captar proyectos empresariales de escala internacional.

Colaboración portuguesa desde el primer momento la plataforma ha colaborado con entidades y empresas portuguesas. “la propia Estrategia logística Regional se ha alimentado, y ha contado en todo momento con una visión y perspectiva hispano-lusa. uno de nuestros puntos diferenciadores es el factor transfronterizo”, indica Bernal. Recuerda también que la voluntad política del gobierno regional de Extremadura y del gobierno de Portugal es que “la Plataforma logística del Suroeste Europeo sea una de las herramientas que contribuyan al desarrollo económico para el suroeste peninsular. Esto tiene como consecuencia la colaboración con el Gobierno portugués, empresas públicas y privadas, cámaras municipales, operadores logísticos, puertos, etc…”, matiza.

Sobre el modelo de negocio que se va a llevar a cabo en la PlSWE, se está trabajando en la planificación y desarrollo del plan de acción. No obstante, su presidente reconoce que el trabajo llevado a cabo por la tmZ en Mercazaragoza, la terminal ferroportuaria interior líder en España, ha sido analizado en el ámbito de las buenas prácticas consideradas para el desarrollo de la

Estrategia logística Regional. “Se han considerado similitudes pues ambas localizaciones son regiones de interior, están en el hinterland de grandes puertos y la distancia a los mismos posibilita una buena operación de cara a la intermodalidad, sumando por tanto las potencialidades de tren y carretera en el ámbito de las exportaciones/ importaciones”. con una inversión total próxima a los 50 millones de euros, la plataforma contará con el hub de mercancías, una terminal marítima de interior y una terminal ferroviaria de una capacidad anual prevista que sea de 376.320 tEuS, permitiendo el tránsito de trenes de hasta 750 metros de longitud. desde el punto de vista de la cadena logística, supondrá la intermodalidad tren-carretera que posibilita la liberación de costes añadidos y repercute de manera positiva en la competitividad de las empresas. 

RTP y Euskaltel llegan a un acuerdo histórico para tener televisión portuguesa en los hogares españoles

ARtP (Radio y televisión de Portugal) y el Grupo Euskaltel, incluyendo Euskaltel, R cable, telecable, Racctel+ y Virgin telco, han culminado un acuerdo histórico para la emisión del canal internacional de la cadena lusa en España. la alianza, calificada como histórica en el marco de las relaciones entre España y Portugal, permite traer RtP internacional a 430 mil hogares españoles.

las emisiones comenzaron el pasado mes de abril. la cámara de comercio e industria luso Española (ccilE) y la cámara de comercio Hispano Portuguesa (cHP) plantearon en la última cumbre ibérica, celebrada el 2 de octubre de 2020, que se abriese una línea de trabajo para que en España se pudiese disfrutar y aprovechar la difusión de la televisión portuguesa. los dos objetivos fundamentales de esta iniciativa son el de reforzar el conocimiento y el acercamiento de la lengua portuguesa a los ciudadanos españoles y potenciar la desaparición de las barreras de comunicación posibilitando la existencia de un mercado ibérico más cohesionado con un mayor intercambio cultural y económico. las marcas /operadores del grupo Euskaltel que operan en España y que tendrán acuerdos en paquetes comerciales con RtPi son: Euskaltel, R cable, telecable, Racctel+ y Virgin telco. 

Nueva expansión de Abanca tras la compra de Novo Banco en España

El banco gallego Abanca alcanza los 100 mil millones de euros en volumen de negocio después de su última adquisición, confirmando su apuesta en el mercado ibérico.

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR

Abanca vuelve a mover ficha en el mercado ibérico con la compra de la filial española de Novo Banco. con esta nueva adquisición, la entidad gallega logra superar los 100.000 millones de euros de negocio. El banco gallego lleva desde 2018 expandiéndose en la Península ibérica, después de la compra del Banco caixa Geral (la filial en España de la cGd), de la red del deustche Bank en Portugal y de Bankoa. con la compra del Novo Banco refuerza su posicionamiento y según explica la entidad, es estratégica en el negocio de banca personal y privada y en el negocio de empresas. “la compra representa un bajo riesgo de ejecución y mínimo consumo de capital”. Novo Banco aporta un volumen de negocio de 4.287 millones, diez sucursales, 172 empleados y una red de 102 agentes financieros especializados. tras el rescate del BES por parte del Gobierno portugués la filial española se vendió al fondo estadounidense lone Star, con quien ha cerrado el acuerdo Abanca, en subasta, por un valor que no ha trascendido oficialmente. No obstante, la matriz portuguesa tuvo que sanear con 166 millones de euros la filial en el mercado español para lograr su venta. Novo Banco ya había vendido en diciembre su gestora en España a trea Asset Management.

Según la cNMV portuguesa, Novo Banco ha explorado “varias opciones estratégicas” con respecto a sus operaciones en España y decidió lanzar un proceso de venta en mayo de 2020. las actividades españolas fueron reclasificadas como operaciones discontinuadas en el balance de Novo Banco a 30 de septiembre de 2020. El acuerdo representa la opción “más adecuada” para el banco, dado que “aseguran el mantenimiento del servicio al cliente y ofreciendo atractivas perspectivas a largo plazo tanto para los clientes como para los empleados en España”. Esta transacción es un “hito importante” en la estrategia de Novo Banco para desinvertir de activos y operaciones “no esenciales”, en particular para reducir la complejidad de su estructura y los costes, señala el comunicado. Asimismo, permite al banco continuar con su estrategia de reasignar recursos a su negocio bancario principal en Portugal. El cierre de la operación está pendiente de la aprobación de las autoridades, y se espera que ocurra en la segunda mitad de 2021.

En junio del año pasado Abanca desistió de la compra del 95% del portugués Eurobic después de anunciar la operación en febrero. No se cumplieron las condiciones pactadas entre ambas entidades y se canceló por tanto la operación, aunque ya entonces el banco gallego avisó que seguiría buscando operaciones de compra que aporten sinergias a su proyecto en Portugal.

En los últimos años se han visto movimientos entre distintos bancos ibéricos. En el 2015, Santander totta, la filial lusa del Santander se hacía con Banif. Meses después Bankinter adquirió los negocios de banca de particulares, privada y corporativa del británico Barclays en Portugal. Y a finales de 2018 caixaBank se hacía finalmente con el 100% del BPi, banco en el que estaba presente desde 1995.

En España además se han producido en la última década muchas fusiones en la banca si se compara con su entorno europeo. El año pasado se cerró la de caixaBank y Bankia, cuya integración ya ha recibido luz verde de competencia y ya ha empezado a formalizarse. una fusión que también repercute en Portugal, una vez que caixaBank es propietaria del BPi. Y la fusión más reciente, unicaja y liberbank, cuya integración comenzará en el segundo semestre del año. 

Diálogo en Madrid sobre la transición energética en África

España se une a Portugal en dar prioridad al continente africano, tal y como quedó reflejado en la jornada de diálogo celebrada en Madrid sobre la transición energética en África. Los participantes debatieron formas de reforzar la cooperación y los esfuerzos públicos y privados para generar riqueza, empleo y más sostenibilidad.

Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR

Con la mirada puesta en el Fórum de Alto Nivel uE-África sobre inversión Verde que se celebraba días después en lisboa, la capital española acogió una jornada de debate sobre la transición energética en África. uno de los diálogos conocidos como “Green talks” y que en esta ocasión estuvo organizado por la Presidencia portuguesa del consejo de la unión Europea, en colaboración con el Banco Europeo de inversiones (BEi) y el Ministerio de Relaciones Exteriores, unión Europea y cooperación. Gran parte del futuro europeo se juega en África y el desarrollo sostenible de dicho continente es esencial para Europa. de ahí la importancia de estas conferencias que permiten compartir las perspectivas locales de desarrollo sostenible e inversión verde lideradas por el sector público y privado. “Apoyar el desarrollo sostenible de África debe ser una prioridad para Europa en las próximas décadas. Es esencial trabajar en conjunto para impulsar la transición energética en el continente, creando riqueza y empleo con menos polución y más sostenibilidad, lo que requiere la conyugación de esfuerzos públicos y privados”, afirmó João Mira Gomes, Embajador de Portugal en España. Por su parte, Ricardo Mourinho Félix, vicepresidente del Banco Europeo de inversiones (BEi), recordó que “es imprescindible continuar trabajando en proyectos que aceleren una transición tras la crisis provocada por el covid-19. compartiendo conocimientos técnicos, financieros y medioambientales entre África y Europa, así como identificando las mejores prácticas en relación a los desafíos compartidos, avanzaremos hacia un futuro más verde y sostenible”. Recordó igualmente que la sostenibilidad ha sido siempre esencial para el BEi, institución que cuenta con gran experiencia en proyectos relacionados con la energía como son los de instalación de paneles solares en las escuelas y en los hospitales. “tenemos una larga experiencia como pieza clave de la arquitectura financiera de la uE”, puntualizó. En 2020, el grupo BEi proporcionó un récord de 4.700 millones de euros para inversiones innovadoras públicas y privadas en África, de las cuales un 70% se destinó a estados y regiones frágiles. Francisco André, secretario de Estado de Asuntos Exteriores y cooperación de Portugal, hizo referencia a la importancia de estas jornadas para buscar soluciones en un continente que es bajo emisor de gases pero que “paga un alto precio por el cambio climático”. las distintas jornadas sobre la temática de la transición verde celebradas en Europa y África “nos confirman lo que sabíamos, que la inversión verde y la transición energética son oportunidades para el desarrollo social” sin olvidar que “verde y sostenible son palabras claves que buscan los inversores”. Ángeles Moreno Bau, Secretaria de Estado de cooperación internacional de España, habló de la transición ecológica como primer pilar de la nueva estrategia de España e hizo referencia a algunas de las políticas que se han puesto en marcha para ayudar al continente africano. “El compromiso de España con África es total y estamos muy satisfechos y agradecidos por el impulso a estas políticas en la presidencia europea”, puntualizó. Jean-Pierre Sánchez, director de desarrollo de Negocio en África de Siemens Gamesa, y João Neto, responsable regional de la ONG cESAl en África, contaron igualmente sus experiencias profesionales en el continente africano. “En África hay mucho recurso eólico y solar y mejor aprovechado, generaría más empleo”, subrayó Sánchez. João Neto señaló que si se busca desarrollo sostenible inclusivo “hay que pensar en el protagonismo de las personas y de las comunidades”. 

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