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Vinhos & Gourmet
Herdade Vale d’évora lança tinto As tourigas da discórdia
casa kopke considerada a melhor produtora do ano pela “IWsc”
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Paulo Pereira Foto
As terras de Mértola têm surpreendido pela originalidade dos seus vinhos. com história, as vinhas deste lugar do Baixo Alentejo, esquecidas durante a campanha cerealífera do século passado, recuperam novo fôlego e fazem nascer vinhos com garra e identidade muito própria. O novo tinto As tourigas da discórdia é disso exemplo. “Estamos numa região de vinhos gulosos, estruturados, com um caráter enorme e, por consequência, com grande capacidade de envelhecimento. Este novo tinto acentua essas características do lugar”, contextualiza Filipe Sevinate Pinto, enólogo da Herdade Vale d’Évora. A par, este é também um vinho que exalta uma combinação rara no Alentejo, a apresentação em duo das castas touriga Nacional e touriga Franca. “O tourigas da discórdia não foi previamente planeado. Acabou por acontecer pela complementaridade admirável que encontramos nas provas finais em adega para fecho dos lotes do ano. A touriga Nacional, mais elegante, mais aguerrida, mais chegada à frente de boca, ganha profundidade na companhia da touriga Franca, mais de meio de boca, conseguindo-se, pelo conjunto, uma sensação mais plena”, acrescenta o enólogo. A ótima vindima de 2019 fecha os argumentos que justificam a qualidade do resultado final. “Foi um grande ano de tourigas”, recorda ainda Filipe Sevinate Pinto, “menos produtivo que o de 2018, mas com um verão ameno e sem picos de muito calor, permitindo uma maturação gradual e vinhos concentrados e elegantes”. A par do tinto As tourigas da discórdia, a Herdade Vale d´Évora lança novas edições dos tintos O Syrah da discórdia, discórdia Reserva tinto e discórdia tinto.
AKopke segue uma filosofia de produção assente em elevados padrões de qualidade que a destacaram na edição deste ano da “iWSc - international Wine & Spirits competion”, uma das mais reputadas e históricas competições internacionais com mais de 50 anos de história que distingue os melhores produtores e vinhos em mais de 90 países do mundo. “Fortified Wine Producer of the Year” e o troféu “Wine of the Year” foram os dois grandes galardões reforçando o ano histórico da produção da Kopke neste final de 2021. “Fortified Wine Producer of the Year” – Produtor do Ano na categoria de Vinhos Fortificados foi um dos prémios atribuídos à casa que tem na histórica Quinta de São luiz o berço dos seus vinhos. Reconhecida como a mais antiga casa de Vinho do Porto, a Kopke tem visto os seus vinhos consistentemente premiados, conquistando, também neste concurso, o troféu “Vinho do Ano” com o Porto tawny 40 anos, um vinho de profunda cor âmbar com um nariz extremamente complexo e sugestões de frutos secos, tais como nozes, passas e figos, envolvidos pelos subtis toques de baunilha e mel. denso, sedoso e concentrado, “um vinho que nos dá tudo o que um tawny 40 anos nos deve dar”, citando o painel de prova. “um equilíbrio entre fruta e evolução em madeira que nos conquista num final longo e delicioso”. “A excecionalidade dos vinhos da Kopke distinguida, assim, por esta prestigiada insígnia internacional que elege esta casa como uma referência de vinhos cuidados ao longo de gerações com mestria dos provadores e respeito pelas práticas artesanais dos mestres tanoeiros e provadores que fazem destes néctares verdadeiros sinais dos tempos, vinhos fascinantes com histórias para contar”. Para carlos Alves, enólogo e master blender do Vinho do Porto Kopke,” estes prémios ajudam-nos a materializar a reputação da Kopke em produzir Vinhos do Porto verdadeiramente excecionais, num compromisso diário entre a preservação de um património histórico e a construção de um espólio vínico para o futuro. Esta é a missão da minha equipa que todos os dias trabalha para perpetuar a herança da marca Kopke para as próximas gerações”. A casa Kopke foi fundada em 1638 e “tem vindo, assim, a trilhar um caminho de excelência e reconhecimento com vinhos de reputação internacional, reconhecidos pela sua consistência de qualidade”, e, desta forma, honrando a confiança dos seus consumidores”, frisa a marca.
soalheiro reserva 2020: um Alvarinho distinto
Fernão pires destaca-se com grande medalha de ouro no “concurso de Vinhos cA”
No ritual de bem receber característico das quadras festivas, assentam várias tradições, não só nas famílias minhotas como também noutros lares portugueses. A pensar nas receitas de família, cozinhadas cuidadosamente com os melhores ingredientes da região, não pode faltar o Alvarinho, uma das castas autóctones do Minho. O Soalheiro, produtor de Alvarinho em Melgaço, tem na família e tradição os valores-basilares de uma história que cresceu de uma família para várias famílias da região, que formam o seu clube de Produtores e que, em conjunto, contribuem para produzir vinhos aclamados a nível nacional e internacional. Na sua missão de promover e valorizar o Alvarinho no mundo, tem vindo a explorar a versatilidade da casta, como é exemplo o Soalheiro Reserva, que chega agora ao mercado na versão 2020, mesmo a tempo de ganhar lugar à mesa das celebrações de final de ano. Este vinho teve a sua origem em 1995, quando o produtor– fazendo jus à sua vocação inata para a inovação e para a irreverência– arriscou experimentar a junção do Alvarinho ao carvalho francês, até encontrar, após muita experimentação, o estilo do Reserva que existe desde 2006 até aos dias de hoje. Numa expressão da diversidade e da identidade de um território demarcado pela natureza, as uvas de Alvarinho selecionadas para a produção deste vinho são provenientes de vinhas de vale, com grande exposição solar, criando as condições ideais para a integração com a madeira, sempre em perfeito equilíbrio. As nuances de barrica são abraçadas de forma a complementarem o perfil aromático da casta, ao mesmo tempo que lhe acrescentam uma nova dimensão de estrutura e de complexidade. luís cerdeira, enólogo do Soalheiro, explica que “este reserva é muito preciso em termos de barrica, aliando barrica nova à barrica usada. Nesta versão do 2020, conseguimos ter uma sensação da barrica verdadeiramente elegante, talvez até um pouco mais presente do que na colheita de 2019, permitindo-lhe florescer como um vinho fantástico de guarda”. O vinho estagia 12 meses em barricas de carvalho, em contacto com borras finas. É feita a bâtonnage para lhe dar textura e complexidade. Assim, toda a identidade aromática do Alvarinho é preservada, adquirindo uma nova dimensão em volume na boca. A evolução em barricas de carvalho e a sua acidez fazem do Soalheiro Reserva um vinho perfeito para harmonizar com pratos tradicionalmente associados a vinhos tintos.
Na 8.ª edição do “concurso de Vinhos do crédito Agrícola”, competição organizada em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o grande vencedor na categoria de vinhos brancos foi o casal da coelheira limited Edition branco 2020 (na foto), um monocasta de Fernão Pires que arrecadou a Grande Medalha de Ouro. de enaltecer o facto de este néctar ter saltado, de forma quase direta, da adega para o palco dos galardoados. com origem no projeto de vinhos da família Falcão Rodrigues, no tramagal, em Abrantes, esta é uma nova referência, que acaba de ser lançada e começa agora a chegar ao mercado. Sublinhar que não se trata de uma nova colheita, mas de uma estreia absoluta. um 100% Fernão Pires, mas num patamar acima do que já existia na gama de vinhos do casal da coelheira: o terraços do tejo. de modo a enaltecer ainda mais esta que é a casta mais emblemática da região dos Vinhos do tejo e o trabalho de união e promoção conjunta, entre a comissão Vitivinícola Regional do tejo e os produtores, o casal da coelheira apostou agora nesta novidade, sob a umbrella e perfil de vinhos da “marca mãe”. com origem numa vinha velha, em que a produção é baixa e a qualidade muito boa, o casal da coelheira limited Edition branco 2020 é um branco com fermentação e estágio em madeira. como o nome destaca é uma edição limitada, com pouco mais de 1.500 garrafas disponíveis. Prima ainda por ser um vinho com certificação vegan. Para além da Grande Medalha de Ouro, a região dos Vinhos do tejo foi brindada com três Medalhas de Ouro, uma atribuída a um branco e duas a tintos – o Vila Jardim Reserva branco 2020, da Quinta Vale do Armo, o Herdade dos templários touriga Nacional Grande Escolha 2018, da Quinta do cavalinho, e o Mythos tinto 2019, do casal da coelheira.