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Gestão e Estratégia

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Unomásdos presta consultoria no âmbito da internacionalização ibérica das empresas

A consultora de origem espanhola Unomásdos está a lançar diversos serviços de apoio à gestão das empresas em Portugal ou em vias de se internacionalizar, especialmente dirigidos a pequenas e médias empresas, que normalmente necessitam mais de apoio à reorganização ou restruturação das suas atividades ou operações. Segundo Jesús Bescos, responsável pelo Desenvolvimento de Negócio em Portugal da consultora de origem espanhola, um dos targets da Unomásdos no nosso mercado são as empresas espanholas que pretendem instalar-se em Portugal.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Éuma das mais recentes consultoras de gestão a atuar em Portugal. de origem espanhola, a unomásdos está a lançar diversos serEspanha, enquadram os responsáveis pela unomásdos, Jesús Bescos e Fernando Velasco. Em contrapartida, as PME portuguesas que pretendam começar viços novos em Portugal e um dos targets são as empresas espanholas que pretendem instalar-se em Portugal, quer para diversificar a sua atividade, ou ainda para aproveitar o facto do sistema fiscal ser mais vantajoso neste mercado do que em algumas regiões de a operar diretamente em Espanha podem recorrer também aos serviços da unomásdos em termos de serviços como ajuda à constituição jurídica de empresas, apresentação de documentação, procura de localizações para escritórios, apoio à gestão, contratação de recursos humanos, adaptação à legislação internacional, entre muitos “outros serviços que garantem um bom arranque ao nível da internacionalização para o espaço ibérico” (ver caixa), afirmam ainda os dois gestores.

A consultora, que arrancou em Portugal há cerca de seis meses, disponibiliza também alguns serviços de apoio aos próprios empresários e gestores, neste processo de deslocação para outro mercado, ou

mesmo para fazerem um upgrade das suas competências de gestão e direção.

“A empresa em Espanha tem clientes nos setores da banca, química, editorial, distribuição, restauração, educação ou outros serviços” exemplifica Jesús Bescos (na foto, à esq.), responsável pelo desenvolvimento de Negócio em Portugal da consultora de origem espanhola.

“Acrescentamos valor em todas as áreas de uma empresa, mas talvez mais em desenvolvimento de negócio, assim como nas áreas administrativa, financeira e de recursos humanos”, adianta Fernando Velasco.

Os dois consultores referem a “extensa experiência” que têm de gestão e administração de empresas de âmbito ibérico, sobretudo de empresas espanholas a operar em Portugal, que representa um mercado bastante específico, comentam.

Entre os serviços que são disponibilizados, estão o apoio à estratégia e desenvolvimento corporativo, ajudando nomeadamente na definição do melhor modelo de internacionalização para cada empresa, bem como dos passos a seguir nesta etapa, com ou sem parcerias locais. Para apoiar as empresas nestes processos, a unomásdos conta com alguns parceiros especializados, seja em serviços jurídicos, seja em termos de contabilidade.

O trabalho de consultoria empresarial desenvolvido pela unomásdos há mais de 20 anos foi, no ano passado, reconhecido pela Associação Espanhola de Escolas de direção de Empresas. Mais recentemente, o sócio fundador da unonásdos, Javier González, assumiu funções como diretor-geral daquela associação. Esta distinção e esta ligação deverão catapultar a empresa “em termos de notoriedade e credibilidade para chegar junto de novos clientes, quer em Portugal quer em Espanha”, acreditam os dois gestores. “Acrescentamos valor às empresas através de serviços de qualidade baseados na confiança, apostando em relacionamentos de longo prazo e defendendo interesses da propriedade”, rematam ainda os gestores espanhóis. 

Principais serviços prestados

Os principais serviços prestados pela Unomásdos são: • Finanças corporativas: organização, controlo e revisão da contabilidade de um novo estabelecimento, integração com os sistemas da matriz, declarações fiscais, jurídicas, atas corporativas, controlo de gestão e relatórios, fornecendo interim management se for preciso para o novo mercado ou no mercado de origem; • Organização e recursos humanos: avaliar a capacidade de uma organização de gerir um novo mercado, planeamento dos colaboradores necessários, procura e seleção de candidatos, definição e administração dos planos de remuneração, avaliação de desempenho. • Comercial e marketing: elaboração do Plano GTM (público-alvo, território, canais), determinação de preços, análise da concorrência, gestão da força de vendas (objetivos, formação, avaliação, remuneração, estrategia, execução e acompanhamento da ação comercial), sistemas de apoio ao cliente; • Operações e projetos: através de metodologias de gestão de projetos comprovadas, a empresa disponibiliza suporte para gerir qualquer tipo de projeto relativo às operações. Gestão da cadeia de fornecimentos, departamentos de produção, estudo e melhoria de processos.

Técnicas Reunidas distinguida “Empresa del Año 2022” por Fedecom La empresa española ha destacado por su actividad comercial y perfil internacional en Emiratos Árabes Unidos.

Texto Actualidad€ Fotos DR

La Federación de cámaras Oficiales de comercio de España en Europa, África, Asia y Oceanía (Fedecom) ha elegido, en 2022, a la empresa española técnicas Reunidas como merecedora de su premio anual gracias a su actividad comercial y perfil internacional llevada a cabo en Emiratos Árabes unidos. un galardón que fue entregado el pasado 3 de febrero por la ministra de industria, Reyes Maroto, en la cena de Gala de la cámara de comercio de España en dubái, el último acto de las actividades de conmemoración del día de España en la “Expo dubái 2020”.

“cuando pensamos en Emiratos Árabes unidos pensamos en prosperidad, una prosperidad en la que tantas empresas españolas han jugado un papel importante. Ninguno más que técnicas Reunidas”, destacó el presidente de Fedecom, Eduardo Barrachina, durante la entrega del premio. Por su parte, Juan lladó, presidente de técnicas Reunidas, recibió el mismo como “reconocimiento a la larga trayectoria de la empresa en los mercados internacionales, a la contribución de sus iniciativas a la capacidad exportadora de nuestro país y a su constante incorporación de compañías españolas al desarrollo de sus proyectos”. la ministra Maroto destacó durante su intervención la presencia de empresas españolas grandes y pequeñas, en prácticamente todos los sectores de un mercado tan “competitivo y exigente” como el emiratí. técnicas Reunidas destaca en su sector a escala internacional, con presencia en 25 países y una trayectoria que suma más de 1.000 plantas industriales en sus 61 años de experiencia. Su actividad se centra principalmente en el desarrollo de proyectos de ingeniería, diseño y construcción de plantas industriales y tecnología para la transición energética, con posiciones de liderazgo en combustibles limpios, química sostenible y gas natural, y soluciones ligadas a la economía circular y a la descarbonización, tales como secuestro y captura de cO2, hidrógeno renovable, biocombustibles, valorización de residuos, etc., iniciativas que convierten a su sede en España en un centro de excelencia en ingeniería.

En noviembre de 2021, técnicas Reunidas y su socio emiratí target consiguieron un contrato de más de 830 millones de euros en Abu dabi para el diseño y ejecución de las instalaciones terrestres necesarias para el procesamiento de gas procedente del campo de dalma, en la costa noroeste del país. 

Efapel pretende impulsionar mercado espanhol e aposta em novos produtos

Reforçar os mercados atuais onde atua e apostar no desenvolvimento tecnológico, com a criação de novos produtos, são as duas áreas de intervenção da Efapel para o curto e médio prazo, revela Américo Duarte, administrador da empresa portuguesa.

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

Omercado espanhol é um dos targets da estratégia de crescimento da Efapel, o maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão (interruptores e tomadas elétricas) para o mercado residencial. A empresa liderada por Américo duarte (na foto) tenciona explorar, através da sua subsidiária espanhola, novas oportunidades comerciais no mercado vizinho “Exportamos para mais de 50 países. A Espanha é um mercado relevante, que justificou a criação de uma subsidiária, a EfapelSoluciones Eléctricas, com sede em Vigo”, na Galiza. A operar com uma equipa comercial que cobre todo território de Espanha, esta empresa mantém a intenção de aprofundar a sua dinâmica comercial junto dos clientes locais

A nível de exportações, a empresa de Serpins (distrito de coimbra) mantém-se focada nos mercados europeu e da América latina. Atualmente, exporta para mais de meia centena de países, como França e Alemanha. O chile, a colômbia, o Peru e o México são os principais mercados-alvo para novos produtos que o fabricante está a lançar, entre os quais a nova série de embeber “latina”, em cujo desenvolvimento aplicou cerca de 2,4 milhões de euros (ver caixa). Empresa investe mais 2,1 milhões de euros

O desenvolvimento de novos produtos irá acelerar, depois da conclusão das obras de ampliação do módulo fabril, na unidade de Serpins, adianta Américo duarte. “As obras de ampliação do Edifício 2 foram concluídas no final de 2021”, tendo esta empreitada como finalidade “o aumento da capacidade produtiva e de armazenamento”.

Para o ano em curso, a empresa prevê investir um total de 2,1 milhões de euros, destinados sobretudo ao “incremento de melhorias do processo e também para responder às necessidades de produção de novos produtos”, destaca o líder da empresa, que emprega cerca

Novos produtos deverão atingir vendas de três milhões de euros

Líder de mercado em Portugal, a Efapel garante que “o regular crescimento verificado das vendas se deve à melhoria da imagem da marca”, com a perceção do consumidor de que “os produtos da marca têm uma excelente relação entre qualidade, preço e serviço, em comparação com a demais oferta no mercado”. “Os desafios enfrentados pela Efapel são uma prova de resiliência face ao impacto de uma pandemia severa que atingiu a economia global, mesmo com atrasos, escassez de produtos e custos cada vez maiores de matérias-primas, a Efapel, ainda conseguiu no ano de 2021, realizar dois lançamentos: a Série Latina e a solução de domótica, a Série Domus 40”, que deverão representar vendas superiores a três milhões de euros no ano de lançamento. Com o propósito de atender à procura de um mercado global, a Série Latina complementa o portefólio de aparelhagens de embeber (embutir) com novas funções e acabamentos. Já a Série Domus 40, disponível inicialmente só em Portugal, acrescenta um sistema domótico com inúmeras funcionalidades, como controlo remoto, medição de consumos e criação de cenários. Com estes novos produtos, a Efapel reforça o seu investimento no mercado nacional, assim como para outros mercados, com soluções que cumprem os mais diversos requisitos internacionais.

de 450 pessoas.

Sobre o impacto da pandemia na empresa, nos dois anos que agora se completam, o gestor frisa que o pior já passou e que quer em 2020 quer em 2021 a empresa conseguiu aumentar as suas vendas. Este valor atingiu os 52,5 milhões de euros em 2021, com um crescimento de 25%, de acordo com a informação mais recente da empresa.

Américo duarte recorda os acontecimentos de 2020: “a Efapel ultrapassou a fase mais aguda da crise pandémica sem parar a produção, tomando todas as medidas necessárias para minimizar os seus efeitos. Perdeu, temporariamente, cerca de 15% da sua capacidade produtiva”, devido a paragens de alguns funcionários em consequência da covid-19, mas nunca “recorreu ao lay off, nem teve tal recurso em perspetiva”, frisa o administrador. “Os efeitos de quebra e recuperação, devidas à pandemia, atingiram todos os mercados de maneira praticamente uniforme”, comenta, referindo-se quer às vendas no mercado nacional quer no exterior. 

“As lideranças e as organizações terão de se adaptar ao teletrabalho”

Andrea Nunes (na foto), a country manager do grupo Constant em Portugal, aponta alguns caminhos para responder aos atuais desafios do mundo do trabalho e das apostas desta multinacional especializada em soluções de recursos humanos. Criado em Espanha há 35 anos, o grupo Constant está presente no mercado português desde 2016. Nos dois mercados juntos, o volume de negócios ultrapassou os 200 milhões de euros. A perspetiva é de continuar a crescer, em linha com o aumento do outsourcing de recursos humanos.

Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Que balanço fazem da vossa presença em Portugal? O que tem sido mais desafiante? Operamos em Portugal desde 2016, em áreas como outsourcing, trabalho temporário, facilities e recrutamento especializado. Na análise de seis anos de presença em Portugal fazemos um balanço muito positivo, corroborado pela relação consolidada e de confiança com os nossos clientes, oferecendo soluções inovadoras e acompanhando as necessidades prementes de um mercado extremamente dinâmico e difícil, que luta com uma crescente escassez de mão-de-obra especializada e não especializada.

Quantos profissionais já empregaram no mercado de trabalho? Quantos em trabalho temporário? O grupo constant tem mais de 10 mil colaboradores; cerca de três mil em trabalho temporário. desde 2017, empregámos em Portugal mais de 20 mil pessoas, integradas em projetos de cariz mais temporário e em projetos de continuidade que nos permitem reforçar a relação de parceria com colaboradores e empresas.

Quanto vale o mercado português em faturação? O grupo constant está em Portugal desde 2016 e fecha 2021 com uma faturação de cerca de 15 milhões. Entre Portugal e Espanha, faturámos mais de 200 milhões de euros.

Quais as razões para que uma empresa escolha os vossos serviços? Orgulhamo-nos de apresentar ao mercado uma estrutura de gestão muito sénior, com 15 a 20 anos de experiência neste setor de consultoria e gestão de recursos humanos. São as pessoas a chave de qualquer organização, são elas as responsáveis por diariamente escutarem o mercado, e por fazerem da gestão dos recursos humanos um fator chave para o êxito do nosso tecido empresarial. O grupo constant inova e pretende continuar a investir no desenvolvimento tecnológico aplicando em todas as operações de outsourcing uma gestão por produtividade alavancada em sistemas altamente evoluídos de PowerBi (business inteligence).

Os especialistas em recursos humanos da nossa empresa analisam constantemente as tendências mais recentes, a nível mundial de forma a que as mesmas sejam replicadas nos clientes e nas suas boas práticas.

Em que áreas prestam consultoria? Prestamos consultoria ao nível da gestão de recursos humanos, recrutamento e seleção de perfis qualificados, avaliação psicológica, descrição e análise funcional, benchmarking salarial, estudo de clima organizacional, apoiamos as nossas empresas parceiras em todo o plano de desenvolvimento dos seus recursos humanos.

Em que áreas têm apostado e crescido mais? Em 2017, iniciámos a área de trabalho temporário apenas com o escritório de lisboa e contamos terminar o ano de 2022 com sete delegações: lisboa, Vila Franca Xira, leiria, Águeda, Porto, trofa e Viana do castelo. No ano de 2018, apostámos no lançamento da área de recrutamento especializado orientado para uma avaliação de hard e soft skills, com consultores seniores, experientes na avaliação de competências, mas após a pandemia muito se alterou, as empresas tiveram que repensar e adaptar os seus modelos de negócio e os profissionais precisaram de adquirir novas competências, alguns adaptaram-se efetivamente e outros acabaram por mudar de trabalho, encontrando-se o mercado em constante mutação. Ainda em 2018, investimos no setor do outsourcing logístico, e passados quatro anos tornámo-nos numa das empresas de prestação de serviços de recursos humanos logísticos inhouse, que mais investe e pretende investir em Portugal e Espanha nos próximos anos. trabalhamos com algumas das maiores insígnias ibéricas e contamos duplicar em 2022 a faturação neste setor. Em 2019 reforçamos a presença no setor das facilities, em serviços de limpeza gerais de escritórios ou unidades fabris, residências seniores e residências de estudantes.

Como medem a produtividade dos serviços que prestam? Os nossos serviços são geridos através da utilização de PowerBi, o que nos permite ter os insights a partir dos dados de forma a facilitar a tomada de decisão de forma mais rápida e assertiva. É fulcral que tenhamos ferramentas que nos auxiliem a interpretar os dados, de forma a entendermos qual o contexto e o resultado diário das operações. O Bi (Business intelligence) possibilita identificar lacunas, oportunidades de melhoria e riscos que podem ser mitigados com essa identificação prévia.

As empresas em Portugal estavam preparadas para o teletrabalho (tecnologicamente e em termos organizacionais)? Adaptaram-se bem? Não restam dúvidas, teremos a nível mundial um antes e um depois da covid-19. Este cenário de crise social incetou para a maioria das organizações e colaboradores um novo desafio, o teletrabalho, uma prática legislada desde 2003 em Portugal. O teletrabalho surge diante de uma sociedade tecnológica e globalizada que percebeu não ser mais necessária a presença de todos os colaboradores no espaço físico das empresas, mas esse desafio parecia mais longínquo, apesar de aplicado por várias empresas tecnológicas e multinacionais em diversos setores de atividade, o teletrabalho não fazia ainda parte das prioridades dos gestores. Para uma melhor adaptação a esta realidade é fulcral alterar rotinas, é fundamental agendar reuniões diárias e regulares com as equipas através das plataformas teams, Zoom, Hangouts Meet, Scribblar, entre outras, certificando desta forma que todos estão a trabalhar na mesma direção para alcançar os mesmos objetivos. comunicar com frequência é garantir que se alimenta o espírito de equipa, os colaboradores não se veem diariamente nem têm oportunidade de trocar ideias de forma casual ou em ambiente informal, na copa, no “open space”, ou no intervalo entre reuniões. confiar nos colaboradores, mas responsabilizá-los ao mesmo tempo, confiar que cumprem os seus objetivos e consequentemente resultados, mas se tal não acontecer assinalar o incumprimento uma vez que “smart working” implica igualmente uma maior capacidade de auto-gestão. Reunir por videoconferência permite compreender o estado de espírito dos colaboradores, as suas reações e emoções. com o teletrabalho, perde-se o convívio pessoal diário e que faz muita diferença. Não nos podemos esquecer que mais de metade da comunicação é não verbal.

O teletrabalho será uma tendência em crescimento, nos próximos tempos? Qual poderá ser o contributo de empresas como a vossa, neste contexto? O que muda para o grupo Constant? O teletrabalho provoca profundas alterações na vida dos colaboradores e das organizações, principalmente no que refere às estruturas destas. Se por um lado , o teletrabalho poderá ser visto como uma vantagem para o colaborador no que respeita a uma redução de custos em transporte e outros, não perder horas no trânsito, flexibilizar o horário de trabalho, permitindo um maior convívio com a família de modo a reduzir o stress e aumentar a qualidade de vida, poderá em contrapartida reduzir o network, uma vez que o colaborador não estabelece contato no espaço físico da empresa, e aumentar a dependência tecnológica bem como a vulnerabilidade dos dados e principalmente a

Patrícia Rodrigues e Andreia Silva, responsáveis pela gestão e coordenação da área de Outsourcing Logístico do grupo Constant

dificuldade em distinguir as atividades profissionais das tarefas de casa, podendo acarretar uma diminuição do convívio familiar. Aprendemos a viver com o teletrabalho, quase como uma condição, e não será possível voltarmos atrás, as lideranças e as organizações terão de se adaptar, os candidatos referem o modelo híbrido presencial/ teletrabalho como uma das condições para mudarem de emprego ou para se manterem na empresa atual. Para o grupo constant, e pelo facto de desenvolvermos a nossa atividade na gestão de pessoas, o trabalho presencial é fulcral, os consultores precisam visitar colaboradores, aferir necessidades, motivos de motivação e desmotivação e são esses fatores de proximidade que nos distinguem.

Qual é o grau de digitalização dos vossos serviços? Quando enfrentamos a realidade da pandemia e do teletrabalho, o grupo constant já estava totalmente adaptado, todos os colaboradores têm o seu portátil e toda a documentação é digitalizada. Adaptamos o cumprimento das disposições legais transferindo o envio de documentação por correio pelo envio por email, com documentos de fácil preenchimento e com assinaturas digitais.

Como consideram que vai evoluir o outsourcing no domínio de recursos humanos, em Portugal e em Espanha? Ao nível do outsourcing temos sentido no mercado um aumento significativo da procura e das necessidades e nestes últimos quatro anos temos trabalhado diariamente com o nossos clientes atuais e potenciais, de modo a contribuir para uma espécie de mudança cultural, que é passar de uma cultura de gestão própria para uma cultura de resultado, processo e eficiência. Estamos, em conjunto com os nossos clientes, a fazer esse caminho, que visa associar com sucesso pessoas, processos e tecnologia/informação, através de equipas especializadas na área da logística, de processo e engenharia. Esta mudança cultural é gradual, mas a verdade é que mais do que uma alternativa a equipas fixas. Aquilo em que acreditamos é que através de profissionais altamente especializados e experientes, efetuando atividades de diagnóstico completos de processos, implementando tecnologia como um meio facilitador de atividade operacional, sob a base de políticas de gestão de recursos humanos, ajustadas e focadas, damos um passo muito importante para uma maior eficiência e eficácia das nossas operações (dos nossos clientes). É um percurso que ainda tem alguns bloqueios culturais, normais e naturais, que acreditamos que com o evoluir do mercado e das necessidades, vai necessariamente significar um crescimento do outsourcing. 

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