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Vinhos & Gourmet

“tejo gourmet” conta com 63 restaurantes de portugal continental e ilhas

Quinta de lemos sugere espumante geraldine rosé para ocasiões especiais

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Serão 63 os restaurantes aderentes ao “tejo Gourmet”, o “concurso de iguarias e Vinhos do tejo”, que este ano chega à décima edição. com participações de norte a sul do país e ilhas, são 63 os aderentes desta que é uma iniciativa promovida a duas pela comissão Vitivinícola Regional do tejo (cVR tejo) e pela confraria Enófila Nossa Senhora do tejo, e que vê o número recorde – atingido na última edição – ser ultrapassado em uma mão cheia de inscritos. Entre 1 de fevereiro a 31 de março, é tempo de viajar pela “Rota do tejo Gourmet” para provar e desfrutar dos menus vínicos criados especialmente para o tejo Gourmet 2022. composto por entrada, prato e sobremesa é, como não podia deixar de ser, harmonizado, a cada momento, com diferentes Vinhos do tejo. Para além da avaliação feita pelos comensais, caberá a um painel de jurados, composto por quatro profissionais em cada visita, pontuar a gastronomia, os vinhos e a harmonização. “Estamos bastante satisfeitos com a adesão a esta edição do tejo Gourmet, o que vem confirmar o espaço que este nosso concurso já ocupa no panorama nacional. conta já com uma dezena de edições – com esta incluída – o que tem, sem dúvida, ajudado a afirmar os Vinhos do tejo dentro e fora da região. Se na primeira edição aderiram 22 restaurantes, apenas da região dos Vinhos do tejo, na última, em 2019, o número subiu para 58 e, este ano, para 63 restaurantes, neste que foi salto triplo, a contar da génese.”, afirma luís de castro, presidente da cVR tejo. teresa Batista, da confraria Enófila Nossa Senhora do tejo, destaca o facto desta edição ter “muitos restaurantes novos – 34 debutantes – e oriundos de localidades em estreia, como Matosinhos, lousã, Figueira da Foz, charneca da caparica, Óbidos, Belver, loulé e, no Ribatejo, constância, Vila Nova da Barquinha e Fazendas de Almeirim. O Ribatejo é, como seria de esperar, a região que mais restaurantes inscreve, num total de 23”. Por outro lado, “pela primeira vez, há restaurantes dos Açores; são quatro e concentrados na ilha do Pico. A Madeira inscreve mais um, com cinco ao todo. temos mais restaurantes de hotéis, restaurantes com uma cozinha mais diversificada e onde a fasquia da qualidade é, também, mais elevada”. Recorde-se que o “tejo Gourmet” tem como objetivo promover os Vinhos do tejo – só e apenas os que enverguem selo de garantia de qualidade e certificação dOc do tejo ou iG tejo, atribuído pela comissão Vitivinícola Regional do tejo –, aumentando a sua oferta nas cartas vínicas, ao mesmo tempo que premeia e divulga os restaurantes, através das harmonizações entre os seus pratos e os néctares desta região vitivinícola. O “tejo Gourmet” premeia “O Melhor Restaurante” em absoluto do concurso, assim como as categorias: melhor entrada, melhor prato principal, melhor sobremesa, melhor carta de vinhos, melhor promoção, restaurante revelação, melhor casa de petiscos, melhor cozinha tradicional, melhor cozinha de autor e melhor cozinha internacional. 

Pode ser oferecido como uma prenda entre namorados, mas não só– este espumante rosé da Quinta de lemos é a sugestão ideal. Elaborado na totalidade com touriga Nacional, casta autóctone do dão, é um espumante de bolha fina e persistente, acidez equilibrada e notas sofisticadas de frutos vermelhos. Perfeito para acompanhar uma refeição, o Geraldine rosé é denso e estruturado. Batizado em honra de uma das filhas do fundador da Quinta de lemos, celso de lemos, este espumante rosé recebeu o nome de Géraldine, a descendente mais ligada às artes e à cerâmica, responsável pela criação de algumas peças de loiça do restaurante Mesa de lemos, o espaço gastronómico desta quinta do dão onde se servem todos os vinhos ali produzidos. “Este espumante é um excelente exemplo de como a nossa touriga nacional pode fazer vinhos diferentes e gastronómicos, perfeitos para virem para a mesa em ocasiões especiais”, afirma Hugo chaves, enólogo da Quinta de lemos desde a fundação do projeto. 

niepoort propõe arte para beber e para pendurar na parede

casa da passarella apresenta novas colheitas

Aligação da Niepoort aos artistas tem sido constante ao longo das últimas gerações – e sempre que possível, esta quinta centenária gosta de associar o seu vinho a outras expressões artísticas. dos cartazes de vinho do Porto do início do século XX à experimentação em rótulos de garrafas e iniciativas artísticas como o Nat cool contest, um dos valores da Niepoort passa pela construção de pontes com outras áreas da criação. É o que sucede, uma vez mais, com o turris 2018, vinho que é agora lançado em edição limitada (1333 garrafas), e que conta com uma serigrafia do artista português Bráulio Amado. Há 12 anos a viver em Nova iorque, este artista tem ganho visibilidade com as suas ilustrações para jornais e revistas como o “the New York times” ou a “New Yorker”, capas de discos e pósteres para a “Good Room”, ou videoclips que assina. “Gostamos de ter ideias fora da caixa, e por isso, pensámos em meter dentro de uma só caixa duas obras artísticas”, afirma dirk Niepoort, quinta geração desta família que produz vinho desde 1842. “Na verdade, são várias garrafas – uma que se bebe, e que contém a nossa arte em forma líquida, e outra para pendurar na parede e recordar o dia em que a bebeu, na companhia de quem quis.” Bráulio Amado teve carta branca da Niepoort para apresentar uma obra artística que acompanhasse bem esta garrafa de vinho. A imagem de uma garrafa foi o ponto de partida para os vários sketches que desenhou, de modo cada vez mais abstrato, com várias experiências tipográficas pelo meio. O verde e o vermelho, as cores de Portugal dominam esta serigrafia, que poderá sobreviver ao vinho na parede de nossa casa, ou “envelhecer” em conjunto, ganhando novas qualidades. A ideia é juntar duas obras de arte dentro de uma só caixa de vinho, enriquecendo ainda mais as propostas da Niepoort. Esta edição limitada tem o preço de venda ao público de 125 euros. 

Acasa da Passarella acaba de apresentar as suas novas colheitas, que são, como já vem sendo habitual nesta casa do dão, propostas ousadas e diferenciadas. Entre elas, destaca-se o Villa Oliveira centenária Pai d’ Aviz, um vinho de 2017 que vê a luz do dia pela primeira vez, e outros, como o casa da Passarella Fugitivo tinta Pinheira (na foto), um monocasta que arrisca e assume o regresso às raízes e a castas menos consensuais. Fascinado por vinhas velhas, pela experimentação, e por castas negligenciadas pelo tempo, o enólogo Paulo Nunes há muito que tomou para si o lema da recuperação de castas antigas, que na casa da Passarella, datada de 1892, são privilégio destas terras. Afinal, esta propriedade no sopé da Serra da Estrela conta com 70 hectares de vinha, dos quais 4,4 hectares de vinha centenária. É de castas destas vinhas– como Baga, Jaen, tinta Amarela, Alvarelhão, tinta Pinheira, touriga Nacional e tinta carvalha– que nasce, pela primeira vez, este Villa Oliveira Vinha centenária Pai d’ Aviz, de 2017. tinto de perfil clássico com enologia moderna, tem aromas distintivos de pinheiro e na boca é elegante, com acidez perfeita e final longo e fino. Essa vontade de resgatar castas antigas desprezadas pela maioria volta a mostrar-se em dois outros monocastas lançados pela casa da Passarella: O Fugitivo uva cão (2020), feito com uma casta muito antiga, e de grande acidez– tão ácida que nem os cães a comiam, daí o seu nome, é assumido agora como monocasta, gerando um vinho elegante. um outro exemplo é O Fugitivo tinta Pinheira, feito com uma casta a que raramente se associam vinhos de grande complexidade. Aqui, contudo, o resultado é um vinho encorpado, aromático e com boa longevidade. 

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