Edição Especial: Poder Feminino - OUTUBRO 2020 - ISSN 2525-801X
R E V I S TA
ADMINIS TRAÇÃO & CIÊNCIAS
OUTUBRO - 2020
ISSN 2525-801X
Projeto
FEMININE POWER
Edição Especial
PODER FEMININO !1
Edição Especial: Poder Feminino - OUTUBRO 2020 - ISSN 2525-801X
Junho 2019 semana 1
Ano 2 Volume XI
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Proibida a reprodução total ou parcial, sem a autorização por escrito.
Série Especial A Força do Conhecimento Edição 02
ISSN 2525-801X
Revista de Administração e Ciências ISSN: 2525-801X ORCIDE: 0000-0001-8789-7698 Publicação da área de Ciências Humanas
As opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. All articles are full responsability of their authors.
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Solicita-se permute
Catalogação Periodicidade Semanal ISSN 2525-801X
CDD 100
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Correspondência e Assinatura / Letters and subscription Revista de Administração e Ciências Rua Nicolau Vorobi 244 CIC – Curitiba – Paraná CEP.: 81250-210
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Revista de Administração e Ciências
Dr. Gaspar Collet Pereira Diretor Geral Revista Administração e Ciências
Editorial Edição especial trata de um tema muito importante em todos os aspectos. Está edição tem como título: PODER FEMININO
Sua opinião é muito importante para nós. Se desejar fazer elogios, comentários, críticas ou saber mais sobre os trabalhos publicados entre em contato pela nossa página no Facebook.
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"O processo de estudo só esta completo, quando o resultado obtido gera uma nova ferramenta poderosa para as pessoas.”
Prof. Morôni Kozoski
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Feminine Power
É
um projeto de desenvolvimento pessoal e profissional para mulheres, criado por Astrid Lenhart. O enfoque é a estruturação em todos os sentidos, autoliderança, liderança, empreendedorismo, bem-estar e saúde, desenvolvimento pessoal e profissional e independência financeira, que são os pilares do projeto. O projeto caracteriza-se pela promoção de encontros presenciais, que é o grande diferencial, com desenvolvimento de conteúdo e discussão de temas relevantes ao universo feminino, visando o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e de encontros de networking profissional, como também de eventos maiores, como congressos e feiras de negócios. A Feminine Power, no pilar da estruturação, desenvolverá atividades que visam o despertar do Sagrado Feminino, tema contemplado com um capítulo específico neste presente livro. Com o despertar de sua sacralidade, a mulher viverá novamente a inteireza, a plenitude e, assim, conhecerá o verdadeiro sucesso, acompanhado da felicidade. Juntas podemos mais!
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Autora do Projeto
Feminine Power
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SUMÁRIO Agradecimentos …………………………………………………………10 Introdução ……………………………………………………………….11 Ser Mulher ……………………………………………………………….18 O Sagrado Feminino ……………………………………………………30 O Sagrado Masculino ………………………………………………….43 A união do Sagrado Feminino e do Sagrado Masculino ……….55 Tantra – a sexualidade sagrada …………………………………….66 Ikigai – razão de ser da vida e de um empreendimento ………….72 Feminine Power – como tudo começou …………………………….89 Feminine Power – o que é? …………………………………………….94 Atividades que serão desenvolvidas pela Feminine Power …99 Missão, Visão e Valores …………………………………………….103 Os Pilares da Feminine Power ……………………………………104 A concretização da Feminine Power …………………………….111 Considerações finais ………………………………………………113 Bibliografia ……………………………………………………………118 !9
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AGRADECIMENTOS A Deus, por mostrar sua força e Amor nos momentos em que minha Alma conheceu a noite escura. Aos meus pais, Rudi e Erica Lenhart (in memorian), pela oportunidade desta experiência encarnatória e por todos os ensinamentos, apesar de todas as dificuldades. Aos meus irmãos, Ingrid (in memorian), Margrid, Siegrid e Elsdor, por compartilharem comigo a presente experiência familiar. À minha amiga Nelzi, por seus sempre grandes incentivos, que me ajudaram nos momentos mais difíceis da vida. À minha amiga e quase irmã, Deo, e sua mãe, Arlisa, que sempre me trataram como irmã e filha, pelo apoio incondicional nesses últimos anos, dando-me teto, alimento e muito amor. À minha amiga Célia Maria, pela amizade e pelo amparo e acolhimento em momentos muito difíceis. À Iva Cardinal, pela inspiração na criação de um projeto para as mulheres portuguesas. Ao Prof. Morôni Kozoski, por acreditar em mim e me incentivar a desenvolver e a executar o projeto da minha vida. !10
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INTRODUÇÃO
Feminine Power = Poder Feminino! Seria a Feminine Power apenas mais um projeto para mulheres empreendedoras? Com tantos projetos no mercado, seria a Feminine Power mais do mesmo? A resposta é não. E por que? A Feminine Power foi criada para todas as mulheres, sejam elas empreendedoras, líderes em empresas, profissionais liberais, empresárias, profissionais de limpeza, mulheres que, por não terem uma profissão fora de casa, são denominadas do lar, servidoras públicas, etc. A Feminine Power foi criada para acolher todas as mulheres que buscam um espaço onde possam encontrar respostas para suas perguntas, onde possam se expressar sem medo de serem julgadas. É também um espaço em que as mulheres podem aprender sobre temas específicos de suas profissões e sobre sua vida privada, desenvolver-se nos níveis pessoal e profissional.
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A Feminine Power é uma vitrine para a exposição dos empreendimentos femininos, para alavancar os novos negócios femininos, para estruturar os negócios femininos, para construir sonhos, para ajudar a mulher a sonhar e a concretizar seus sonhos. A Feminine Power quer reunir mulheres que almejam desenvolver autoliderança e liderança, alavancar os seus negócios, que queiram empreender ou que, simplesmente, buscam um espaço onde possam ser ouvidas e encontrar acolhimento para as suas necessidades pessoais e profissionais. Através de encontros semanais para discutir temas de interesse da mulher moderna, serão fortalecidos os vínculos de amizade e relacionamento pessoal.
Feminine Power = Poder Feminino – esse é o tema central deste livro, que foi escrito para todas as mulheres, de todas as etnias, de todas as religiões e crenças, de todas as profissões, para líderes, mulheres com sonhos, mulheres esposas e mães, mulheres que abdicaram de uma carreira profissional para cuidar de suas famílias. A Feminine Power é um espaço onde a mulher é simplesmente Mulher.
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E por que as mulheres precisão de um espaço apenas delas? As mulheres não podem simplesmente caminhar ao lado dos homens, como seres iguais, e defender seus direitos nesse mundo competitivo? Sim, a mulher pode e deve fazer isso. Entretanto, antes é preciso que as mulheres se fortaleçam, se conheçam, saibam o que querem, preparem-se em todos os sentidos para trilharem um caminho de sucesso. Isso é fundamental porque as mulheres não devem ter a intenção de competir com o universo masculino, e sim, aprender a caminhar ao lado desse universo, fortalecidas, senhoras de si, competentes, colocando amor nesse mundo que carece da suavidade feminina.
Não será perdida esta essência fundamental ao reunir as mulheres na Feminine Power. Pelo contrário, a mulher irá acessar a sua essência feminina, encontrando-se como mulher que esta neste plano para viver o seu propósito. Juntas, as mulheres irão descobrir sua força que, associada ao amor, inerente ao universo feminino, pode mudar o mundo.
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Da mesma forma, o objetivo do projeto não é medir força com o universo masculino. O projeto pretende auxiliar a mulher a aprender sobre o universo e, assim, ser capaz de reconhecer no universo masculino a força que precisa do amor. Masculino e Feminino - duas energias que se complementam. A primeira energia manifesta a firmeza, mas que precisa do amor para encontrar o equilíbrio.
A segunda energia manifesta o amor, mas que precisa da firmeza para se manifestar. Essas forças devem ser despertadas dentro de cada homem e cada mulher, de modo que aprendam a caminhar lado a lado, sem competições. Alguns dos aprendizados na Feminine Power: • despertar a essência do amor, • que é a essência feminina e, • na sequência, aprender a adicionar a firmeza. Dessa forma, seremos completas como mulher, vivenciando a inteireza.
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Com inteireza, somos completas em nós mesmas e passaremos a não ter mais dependência dos homens para nos fazerem felizes. Se somos inteiras, não precisaremos mais buscar a outra metade da laranja. Somos uma laranja inteira. Da mesma forma, os homens que buscam sua inteireza, equilibrando a firmeza e o amor dentro si, serão também laranjas inteiras e não precisarão buscar uma metade fora de si. Quando somos completos, encontramos fora de nós pessoas completas e, assim, aprendemos a compartilhar nossas vidas, sem cobranças, sem sentimentos mesquinhos, apenas vivendo a plenitude da inteireza. Inteireza é o segredo para a felicidade e o sucesso. Com inteireza, perdemos a vontade de competir e queremos apenas SER nesse mundo. Não importa qual é a sua área de atuação ou se você cuida do lar, você tem o dever de buscar sua inteireza e viver uma vida feliz. A felicidade não depende de outras pessoas. A felicidade depende unicamente da inteireza. O consertar do mundo começa com o consertar primeiro a si mesma. Você pode buscar todos os aperfeiçoamentos e treinamentos para aprimorar a sua trajetória profissional. Entretanto, se você não busca primeiro se conhecer e buscar o seu equilíbrio interior, a construção de sua trajetória estará em risco.
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Se você não despertar seu amor, não irá longe como pessoa e como profissional. Em algum momento, a casa irá cair.
Essa construção da mulher, através do despertar do amor, é um dos pilares da Feminine Power, chamado de Estruturação. Na Estruturação, começa a história de felicidade e sucesso das Winners, nome carinhoso dado a todas as mulheres que fazem parte da Feminine Power. Ser Winner não é sinônimo de feminista, pois isso seria um rótulo e as mulheres não precisam de rótulos. Tampouco precisam as mulheres adentrar pelo caminho de ver o universo masculino como sendo inimigo. Todos estão aqui neste plano para aprender com si mesmos e uns com os outros. Sendo assim, não cabem rótulos.
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Você quer mudar a sua história de vida? Você quer encontrar a felicidade e o sucesso, estruturando a sua vida na essência do amor? Se sim, está feito o convite para se juntar a nós!
JUNTAS PODEMOS MAIS!
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SER MULHER
Já se perguntou o que significa ser mulher? Você já pegou o dicionário para ver o que ele escreve sobre a palavra mulher? Pois vale a pena pesquisar sobre o significado dessa palavra, que descreve o ser que carrega no ventre a humanidade. “Do latim mulĭer, uma mulher é uma pessoa do sexo feminino. Trata-se de um termo que se utiliza em c o n t r a s t e a h o m e m , c o n c e i t o qu e n o m e i a o ser humano do sexo masculino. O uso mais específico da palavra mulher está vinculado à pessoa do sexo feminino que já tenha chegado à sua puberdade ou à idade adulta. Por conseguinte, a menina (ou rapariga) passa a ser mulher, de acordo com os padrões culturais, a partir da sua primeira menstruação. O papel social da mulher foi evoluindo ao longo da história. Durante séculos, a sociedade considerava que a mulher devia limitar-se a cumprir com as suas funções de esposa e mãe. Com o tempo, as mulheres começaram a desempenhar funções socais mais relevantes em diversas áreas, tanto no mundo do trabalho, dos negócios, como na política.” (https:// conceito.de/mulher)
E como uma mulher descreveria a si própria? A mulher se considera um ser em constante evolução?
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A mulher que é adulta hoje é a mesma da adolescência? Ou a mulher de hoje já aprendeu a ocupar o seu espaço, sem brigas e sem vitimizações?
Talvez, exista alguma polêmica quando se fala em vitimização, porque é entendido que a mulher não é vítima; ela é uma sobrevivente de imensos desafios, vividos geração após geração. Mas isso não faz da mulher uma vítima, e sim, uma guerreira, porque a cada conquista ela é vitoriosa.
Se a mulher não perder a sua essência amorosa na sua trajetória, ela sempre será uma guerreira com vitórias. Do contrário, se ela perder sua essência amorosa, ela apenas verá a essência masculina como dominadora e ela terá de lutar pelo seu espaço e pode vir a perder. Quando a mulher se distancia da sua essência amorosa, seu "coração" endurece e acaba por utilizar os mesmos artifícios que os homens usam. A mulher deve sempre relembrar a sua essência para ser completa. O mundo parece ser um lugar difícil para se viver em desequilíbrio. O amor e a firmeza não se entendem e cada um quer
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mostrar que é mais importante que o outro. Nesse ponto, começam todos os problemas, quer sejam de ordem romântica, quer sejam de ordem profissional.
Homens e mulheres se encontrando e compartilhando seus desequilíbrios. Como pode um relacionamento romântico sobreviver? Como podem as parcerias profissionais frutificarem?
Enquanto a mulher quer provar que ela pode fazer as coisas tanto quanto os homens, ela ainda vibra na desarmonia do amor. A mulher não tem que provar nada a ninguém. Apenas precisa seguir o caminho que o amor indica, sem nunca perder a essência do amor, que é a essência feminina. Talvez, a essa altura, você deve estar se perguntando como fica a questão do homem ter um salário maior que a mulher, mesmo ocupando os mesmos cargos? Isso se explica de uma forma até bastante simples: os homens têm medo do espaço que as mulheres estão conquistando. Eles têm medo de perder seus postos de trabalho porque a mulher, em uma grande parte, está com sua energia de amor em desequilíbrio e age de uma forma que chega a ser ameaçadora.
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Muitas mulheres que ocupam cargos de liderança perderam o seu toque de mulher e se tornaram mais masculinas no seu jeito de gerir os negócios. É como se quisessem agir igual aos homens, porém de saias. Não estou, de forma alguma, criticando esta postura, porque estas mulheres são corajosas por estarem conquistando espaços antes somente designados para os homens. Esta nova mulher que surge, embora ainda com um toque ameaçador, assusta o universo masculino, que não sabe como agir. Se for analisar com calma, nem as próprias mulheres sabem exatamente como agir. As mulheres estão ainda em uma fase muito inicial de conquista de espaços. As perguntas a serem feitas são: •As mulheres já sabem como conquistar seus espaços? •Já sabem como agir para construírem suas carreiras? •As mulheres são felizes? •As mulheres têm um relacionamento correto e maduro consigo mesmas? •Como andam seus relacionamentos românticos?
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Antes de querer alcançar o sucesso profissional, a mulher deve encontrar a si mesma, conhecer-se, saber quem ela é, o que ela quer, onde quer chegar, como quer chegar, o que deseja viver. Não é derrubando muros à força que se conquista espaços. É preciso aprender a contornar os muros e chegar do outro lado com leveza e alegria.
Como já foi dito antes, a mulher não tem que provar nada a ninguém. Tem apenas o compromisso consigo mesma de se equilibrar para poder trilhar um caminho de sucesso, regado com amor. As mulheres são capazes de encontrarem o seu equilíbrio e conquistarem, amorosamente, os seus espaços. Você também acredita nisso? Iremos continuar com algumas perguntas para reflexão: •quando foi a última vez que você sorriu para si mesma porque se sentiu bem consigo mesma? •Quando você se olhou no espelho e disse um eu te amo do fundo do coração? •Quando você dançou com você mesma pela última vez? Quando você se deu algo bonito de presente, com direito a um lindo embrulho?
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•Quando você se levou para passear, sentindo estar na melhor companhia? •Quando você agradeceu a si mesma por existir e viver uma vida bela, apesar das adversidades que a vida apresenta? •Falta alguma coisa para você se sentir feliz com o que é, com o que tem e com o que faz?
Pare com a leitura e responda essas perguntas de uma forma bem sincera. Elas são uma autoanálise para você ter uma ideia de como está sua vida e como anda o termômetro do amor, que mede a sua felicidade. Ninguém – e eu digo ninguém mesmo – pode se sentir feliz se o seu interior está em desequilíbrio. Ninguém experimenta a felicidade sem que haja gentileza consigo mesmo. Ninguém é feliz com o outro se não é feliz consigo. Pergunto novamente: o que falta para você ser feliz? Se você responder a esta pergunta, fazendo uma relação de itens que faltam, é porque você está olhando para a direção errada. Olhando para a direção errada, você não encontrará a felicidade. A felicidade não é um lugar, não é uma conquista fora de você. A
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felicidade é um estado de plenitude, de inteireza, independente de como está o seu entorno. É preciso haver um equilíbrio em tudo. Todos Precisam de dinheiro para viver uma vida digna. No entanto, não necessariamente precisam nadar em dinheiro para ser feliz. As pessoas mais ricas são aquelas que sabem administrar bem o seu dinheiro e usufruem dele de uma forma saudável. Há pessoas que não ganham altos salários, porém conseguem viajar pelo menos uma vez por ano, pintar sua casa todos os anos, trocar móveis, convidar amigos para confraternizações. Como conseguem isso? Porque sabem administrar bem o que possuem. A área financeira é também um dos pilares da Feminine Power. De nada adianta conquistar altos cargos, ter um ótimo salário e continuar endividada. A prosperidade não se mede com o valor do salário, e sim, o que você é capaz de fazer com ele. E de que vale o sucesso profissional se você não tem sucesso na sua vida pessoal, se você não se sente feliz? Não há como ser feliz na vida pessoal se você não tem um relacionamento correto consigo mesma, se você não se admira, se você não se ama, se você não se valoriza. Não espere que os outros admirem você. Não espere que os outros a valorizem. Não fique nessa dependência. A pessoa mais
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importante na sua vida deve ser você mesma. Tudo começa por você, com a forma como você se relaciona consigo mesma e como conduz a sua vida.
Você deve talvez se perguntar como fica a relação com os filhos, que são considerados como o bem mais precioso de todos. Sim, os filhos devem ser vistos dessa forma, porém você não pode se perder nessa relação. Você não pode viver a vida deles. Quando uma mãe tenta viver a vida dos filhos, ela cria todos os problemas imagináveis, tanto para si quanto para os filhos. Os filhos precisam crescer com saúde, em um ambiente saudável, tendo um relacionamento saudável com os pais e não uma relação tóxica de dependência. Criar filhos na base da dependência é tirar a vida deles, além de você tirar a sua própria vida. Você tenta viver e amar por dois e, no final, não acaba vivendo nada. Mas por que muitas mulheres têm relações tóxicas com os filhos? Não estariam elas transferindo a falta de amor para os filhos? Uma forma de compensar a falta de amor por si e a falta de afeto do par romântico? Vale a pena refletir sobre isso, se você tem a intenção de resgatar o seu amor e, por conseguinte, sua firmeza e poder. Não há como verdadeiramente amar os filhos se você rouba a sua liberdade, se você entrega a sua vida para eles. Você precisa
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ser um exemplo de firmeza e equilíbrio. Se você não for este exemplo, quem o será? Os filhos merecem o amor dos pais, mas não seu sacrifício. Este é um preço muito alto a ser pago mais adiante quando os filhos precisam sair do ninho e conquistar o mundo. Se você criou seus filhos com demasiada proteção e dependência, eles não saberão voar. Acima de tudo, ame-os, mostre alternativas de caminhos, mas não caminhe por eles. Não tente preencher o seu vazio interior, apossando-se da vida dos filhos. Antes, preencha-se com amor, cuide de si, cante e dance a vida, mostre aos filhos como ser feliz com aquilo que se tem, sem criar um mundo de necessidades.
Da mesma forma, você já parou para analisar o quão tóxica pode ser a sua relação com seu par romântico? É muito raro ver mos casais verdadeiramente felizes. O comum do relacionamento é a brincadeira da balança, ou seja, de pesar tudo o que se faz e o que se sente. É cobrar do par a atenção, o afeto, o carinho. Mas o que você faz pelo relacionamento? Como você alimenta diariamente a relação? Você a alimenta ou rouba seus nutrientes com comportamentos desequilibrados? Sim, a outra parte também deve colaborar para que haja saúde na relação. No entanto, isso não é motivo para você se tornar a juíza e fazer a cobrança de todas as faltas. Porventura você não erra também? Como você é como mulher, companheira, amante? A relação se tornou desgastada? O que você pode fazer para mudar a energia da relação?
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Não espere que seu par romântico tome a iniciativa para fazer mudanças. Você é tão responsável quanto a outra parte pela relação. Porém, não faça cobranças. Faça apenas a sua parte e permita que seu par faça a parte que lhe cabe. Seu par não está fazendo? Não faça disso um motivo para tempestades e brigas. Construa a sua parte, faça apenas o que lhe cabe e você verá a relação tomar um rumo que você nunca havia imaginado.
Muitas mulheres têm a tendência de se comportarem como se fossem mães dos seus pares. Uma grande parte das mulheres age dessa forma. Reflita se você não faz parte desse percentual. Quando a mulher assume uma postura de mãe do seu par, ela faz tudo pelo par, até mesmo servir o prato de comida. Não digo que não possa fazer um agrado de vez em quando, mas isso não pode virar rotina. Também não pode virar rotina correr atrás do par e implicar com tudo o que ele faz, fazendo as tão famosas brigas por causa da toalha molhada em cima da cama. Você, no mínimo, terá um estresse a cada dia. Reflita se isso vale a pena. Se você se tornou intolerante com seu par, avalie o grau do seu sofrimento e, antes de partir para uma separação, buque ajuda profissional. Sempre é bom resgatar a relação. Só não vale a pena se ela for abusiva, se houver violência física e psicológica. Fora isso, sempre vale a pena apostar na boa convivência e numa vida de paz. Afinal, se você não aprender com o seu par, caso decida por uma separação e você não aprender a lição, irá repetir tudo novamente no próximo relacionamento. Por essa razão,
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sempre vale a pena fazer a sua parte, de modo que haja equilíbrio e paz na relação romântica. Pois, caso não haja esse equilíbrio, a intimidade será afetada. Sem uma intimidade saudável, a relação não sobrevive. E esse é outro pilar da Fe m i n i n e Powe r : B e l e z a e Sedução. A mulher, em sua rotina caseira, muitas vezes deixa de cuidar de si e, com o passar do tempo, ela deixa de se admirar, de se amar e se sentir poderosa. Com isso, vem a insegurança de perder seu par para alguém mais atraente e, tantas vezes, a mulher passa a atender os caprichos dos seus pares, em todos os sentidos, de modo a não perdê-los. E aqui preciso fazer um alerta: se você tem medo de perder é porque você nunca teve. Reflita sobre isso. Você é poderosa, você nunca perdeu o seu poder. Você apenas acha que perdeu porque se sente sem brilho. Podem lhe tirar a sua coroa, mas você sempre será majestade. Tenha isso sempre em mente. Caminhe ao lado do seu par, não atrás dele. Caminhe ao lado do seu par, não a sua frente. O relacionamento foi feito para ser compartilhado e não para medir forças. De que adianta estar
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numa relação se todos os dias há desavenças, brigas, discussões? Qual o sentido de uma relação se não houver felicidade e sentimento de paz e acolhimento?
Aqui vale mais uma reflexão: se você não encontra o seu centro, o seu equilíbrio, como você quer compartilhar a sua vida com alguém? Se você não sabe a resposta, a Feminine Power a tem e ajudará você a se desenvolver em mais um dos pilares, que é Saúde e Bem-Estar. A Feminine Power foi projetada para trabalhar a mulher por inteiro, resgatando-a como um ser de amor, ajudando a curar suas feridas emocionais, a sentir-se poderosa, amada por si e pelos outros, bem-sucedida na vida pessoal e profissional. Foi projetada para você, mulher, que quer viver a inteireza, a plenitude, a felicidade. Esses conceitos deixarão de ser apenas conceitos para se tornarem realidade em sua vida. Você está convidada a fazer parte desse universo de amor, equilíbrio, harmonia, paz, sucesso e vitórias.
Juntas podemos mais!
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O SAGRADO FEMININO
O que vem a ser o Sagrado Feminino? Essa expressão lhe é familiar ou é a primeira vez que você ouve falar sobre o assunto? O Sagrado Feminino é considerado uma filosofia, um modo da mulher ver a si de uma forma diferente, de uma forma divina, indo além apenas de aparências físicas e valores impostos pela sociedade. A base dos ensinamentos tem a ver com harmonização dos seus corpos e dos ciclos com a natureza. Tem a ver com um equilíbrio entre o físico, emocional, mental e espiritual. Inês Gaya, em seu livro Sagrado Feminino diz: “O movimento Sagrado Feminino surge num momento de transformação planetária em que a sociedade moderna entrou num desequilíbrio de energias, vivendo polarizada num masculino “doente” e num feminino “oprimido”. Nesta mudança de paradigma tornou-se essencial resgatar a essência feminina em cada ser humano, pois é no Amor, na Beleza, na Gentileza e na Compaixão que mora a Cura do mundo”. (Inês Gaya, Sagrado Feminino, p. 46)
Trabalhar o Sagrado Feminino envolve, entre outros, trabalhar os ciclos femininos, que são mensais e tem a ver com a Lua, do contrário dos ciclos masculinos, que são anuais e tem a ver com o Sol.
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O Sagrado Feminino tem uma força que é associada à amorosidade, ao acolhimento, tanto que é a mulher que gera um ser humano em seu útero.
E a energia feminina se renova todos os meses, pelo ciclo menstrual, e ela funciona de acordo com os ciclos da lua. Até mesmo a gestação tem a contagem considerando nove luas. Era assim que se contava os meses de gestação de uma mulher antigamente. Nos tempos antigos, as mulheres faziam rituais nas diferentes luas do mês, honrando os seus ciclos.
Essa ritualística se perdeu com o passar do tempo, principalmente quando o Feminino perdeu lugar para o Masculino.
Estamos vivendo uma fase de redescoberta, de resgate das energias essenciais femininas. E isso não tem nada a ver, como já mencionei anteriormente, com feminismo. O Sagrado Feminino é a nossa energia essencial e merece nossa especial atenção.
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Quando se fala em Sagrado Feminino, fala-se em uma sabedoria interna que vem do coração, fala-se em autoconhecimento, fala-se em acessar a intuição inerente ao Feminino. Falar do Sagrado Feminino é falar do despertar de memórias antigas, de conexão com a natureza, de valores essenciais, do despertar da feminilidade e de sua sexualidade sagrada. De acordo com Juliana Viveiros Tonin, no artigo “Conheça o Sagrado Feminino – A Deusa em cada mulher – Especial dia da mulher”: “Com esse despertar, é possível se livrar dos padrões da sociedade, estabelecer conexão com a natureza, ouvir a intuição, despertar uma consciência maior e agir com ajuda do coração e pensamentos puros. Para tal conscientização, é necessário lembrar também que, em todas as mulheres, existem Deusas, iguais à Gaia, Lilith e Afrodite, que servem como chaves para reviver a mulher que está guardada, originando-se, assim, uma nova deusa”. (https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/ wicca/sagrado-feminino/)
Em cada ser humano existe uma centelha divina, tanto nas mulheres quanto nos homens, onde reside o aspecto Sagrado de nosso ser. Esse aspecto sagrado ainda está adormecido na grande maioria das pessoas. É como se ele tivesse sido apagado ou esquecido ou estivesse adormecido. Mas essa sacralidade está lá, em cada mulher e em cada homem para ser despertada. Dessa forma, gera-se uma nova consciência, uma consciência divina, que
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mudará por completo a vida da mulher e do homem, pois ambos estarão vivendo conectados com sua essência. Você agora deve estar se perguntando como você pode se conectar com seu aspecto sagrado. Há muitas maneiras de você vivenciar o Sagrado Feminino. A forma mais comum é a reunião de mulheres em chamados círculos de mulheres, em que são feitas vivências específicas, meditações, danças sagradas, músicas, em que as mulheres acessam a sua essência e, dessa forma, transformam-se na deusa. O estudo do Sagrado Feminino é muito antigo e remonta à época celta, em que as mulheres cultuavam a sua sacralidade. Elas foram chamadas de bruxas, e, mais tarde, de Wicca, por trabalharem o seu poder sagrado. A grande maioria sofreu perseguições e muitas foram queimadas em fogueiras. Na época não se falava em Sagrado Feminino. As mulheres simplesmente eram chamadas de bruxas e sofriam as consequências, pelo fato de dominarem a medicina natural e terem relação estreita com as forças da natureza. Elas tinham o conhecimento das plantas medicinais, observavam as fases lunares, tinham conexão com seu corpo físico e tinham consciência sobre seu aspecto sagrado. Segundo Juliana Viveiros Tonin, no artigo “Conheça o Sagrado Feminino – A Deusa em cada mulher – Especial dia da mulher”,
(https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/wicca/sagrado-feminino/)
há vários benefícios por se te ter conhecimento do Sagrado
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Feminino. No referido artigo, a autora cita: equilíbrio emocional; autoconhecimento; revitalização da energia feminina; valorização; controle da ansiedade; conexão com a natureza; força; corte dos medos, dúvidas, fraquezas, inseguranças e críticas; maior facilidade de lidar com desafios. Como pode-se ver, os benefícios são muitos. Seguir o caminho do Sagrado Feminino cria nas mulheres uma ligação com sua essência, permitindo o autoconhecimento. Com o autoconhecimento, vem a autovalorização e o reconhecimento de uma força que elas nem sequer imaginavam existir.
Cultuar o Sagrado Feminino é fazer uma reverência a si mesma. É reconhecer a sua essência divina e viver a vida como deusa e não com as limitações que as próprias mulheres se impõem. É romper as correntes que aprisionam a conceitos limitantes. É viver a vida com sentido, com Ikigai, tema sobre o qual falaremos em capítulo posterior. É preciso deixar claro que o Sagrado Feminino não é uma religião. É antes uma filosofia, um modo de vida, conforme foi iniciado este capítulo. A filosofia propõe que a mulher se desligue do mundo tecnológico e busque uma conexão maior com o mundo interior, onde residem os instintos e os insights. Com isso, a mulher despertará uma nova consciência sobre si mesma.
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Quando a mulher está conectada consigo mesma e consciente da sua sacralidade, ela passa a desvendar regras sociais e passa a desconstruí-las, mas sem forçar nada. Tudo é muito natural, sadio e harmonioso, porque a mulher compreende que ela não precisa gritar ao mundo a sua condição de mulher. Basta apenas ser mulher, aceitar-se exatamente como se é, aceitar e valorizar os ciclos naturais da vida, entre eles a menstruação e suas diferentes fases na vida. Isso resulta em uma autocontemplação profunda e uma nova forma de ver a vida.
A vida, que antes poderia parecer uma inimiga, abraça-lhe e lhe acolhe com profundidade. O despertar do Sagrado Feminino, da essência feminina, influencia diversas áreas da vida da mulher, tais como relacionamentos românticos, a sexualidade e a carreira profissional.
Na área de relacionamentos românticos, a mulher descobre que para o verdadeiro amor acontecer, é preciso que ela tenha autoestima e que a relação envolva sinceridade, confiança e cumplicidade.
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A autoestima vem do autoconhecimento.
A mulher que conhece a si mesma, sabe o que quer e o que não quer. A mulher que vive sua sacralidade não aceita qualquer relacionamento apenas para ter alguém ao seu lado, pois a mulher que vive sua essência celebra a sua independência, ela sabe amar com independência. Isso não significa que ela não queira estar com alguém, e sim, significa que ela não depende da pessoa amada para viver e tem a convicção de que o relacionamento é um somatório de forças, de energias. Quando o casal ama dessa forma, naturalmente vem a vontade de se dedicar ao relacionamento e de uma forma genuína. Com o despertar da sacralidade, a mulher vive sua deusa interior, conscientiza-se de sua beleza, de suas virtudes e sabe o poder que tem.
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Inês Gaya diz: “O Sagrado Feminino tem como propósito unir a H u m a n i d a d e e d e vo lv ê - l a à s u a e s s ê n c i a , equilibrando as energias e curando as guerreiras e os guerreiros feridos. Nesse sentido, intrínseco a este movimento está o renascer da Grande Deusa. Uma Deusa que há milhares e milhares de anos regia a vida na Terra e unia homens e mulheres em perfeita harmonia com o Sagrado, trazendo paz e cooperação. Nessa altura, não havia poder de uma energia sobre a outra, antes uma complementaridade e respeito por cada polaridade, por cada ser e por cada homem e mulher dentro da sociedade”. (Inês Gaya, p. 50)
A mulher, na condição de deusa, vive feliz com sua sexualidade, conhece e pratica o Tantra, assunto que será abordado em um próximo capítulo. A falta de amor-próprio faz com que a mulher se submeta aos prazeres de seu parceiro, satisfazendo seus desejos, porém não considera os próprios desejos. Grande parte das mulheres até mesmo foge do ato sexual porque não sente o envolvimento com seu parceiro. Muitas têm relações sexuais apenas para satisfazer o parceiro e pelo medo de que ele possa procurar outras parceiras. Pelo medo da perda, submetem-se a relações que lhe causam desconforto e, por isso, não têm o menor prazer.
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Por não viver plenamente sua sexualidade, muitas mulheres desenvolvem problemas sexuais, que vão desde a problemas de saúde, como candidíase, corrimentos, infecções diversas e a vaginismo, ato involuntário em que a mulher se contrai ao invés de relaxar. A m u l h e r qu e v i ve s u a s a c r a l i d a d e n ã o v i ve n a obrigatoriedade. Ela não tem obrigação de satisfazer o parceiro. O casamento serve para que um casal viva sua sacralidade, um respeitando o outro, com cumplicidade proporcionando alegrias e prazeres. Porém a intimidade não pode ser forçada, não pode ser uma obrigação. Como a intimidade faz parte dos relacionamentos, esta deve proporcionar prazer a ambas as partes. O casal deve criar os momentos íntimos, como se fossem um ritual sagrado.
E é isso que é o ato sexual: um ritual sagrado, em ambas as partes compartilham energias.
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Estas energias são tão poderosas, que criam vínculos que levam anos para se desfazerem naturalmente. Por isso, é preciso ter cuidado com quem uma pessoa se envolve. Quanto mais parceiros(as), mais vínculos vai criando. Esses vínculos, em grande parte, são nocivos, posto que não envolvem amor. São apenas encontros furtuitos, sem o menor envolvimento afetivo. No entanto, os vínculos se estabelecem, estando cientes ou não, querendo ou não. Existem técnicas específicas que rompem essas ligações energéticas, que drenam energia. Uma delas é a Jornada de Transformação, técnica desenvolvida em 2009. Com a ritualística certa, a pessoa se liberta destas e muitas outras energias indesejadas e maléficas.
Os trabalhos que envolvem o resgate da sexualidade sagrada acontecem através da expressão artística e aqui podemos citar a dança, o desenho, a escrita, a maquiagem, rituais que envolvem a energia das luas. As atividades proporcionam o equilíbrio em todos os corpos, como também a reconexão entre o corpo e a sexualidade, sendo o
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ventre a região que representa a capacidade de criar e que absorve as energias sagradas. O Sagrado Feminino na carreira profissional mostra que um emprego é muito mais que receber um salário no final do mês. O emprego é sinônimo de dignidade, prazer e é o reflexo da identidade da mulher. É sinônimo de descobrir a deusa interior, que é a essência mais pura dentro da mulher.
Muitas mulheres não se sentem realizadas profissionalmente e estão em empregos que estão longe de ser o emprego de seus sonhos.
Entretanto, por razões financeiras, não saem dos empregos para irem atrás de suas verdadeiras carreiras. Ainda não descobriram suas virtudes, a sua beleza, a guerreira, a deusa que vive dentro delas. Além desse fator, muitas mulheres não encontraram ainda a carreira dos sonhos, ainda não sabem o que querem. Esse não saber o que querem tem a ver com a falta de conexão com seu aspecto sagrado.
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A mulher que vive em concordância com sua essência sabe muito bem o que quer e onde quer chegar. A mulher que vive sua sacralidade, mesmo que não conheça as qualidades de certas deusas, vivem estas qualidades. De acordo com Sumaia de Santana Salgado, da Equipe Eu Sem Fronteiras, no artigo O que significa o Sagrado Feminino, no site ( https://www.eusemfronteiras.com.br/o-que-significa-o-sagrado-feminino/ ),
relacionou seis deusas, com suas características. Veja a descrição feita por Sumaia de Santana Salgado e veja qual das deusas se aplica a sua vida profissional:
“Afrodite: a mulher com este perfil precisa sentir paixão pelo trabalho. Ela preza o amor pela arte e beleza também na carreira. Caso ela não trabalhe especificamente com arte, fará questão de decorar seu local de trabalho, ou pelo menos a sua mesa. A mulher Afrodite sempre vai trabalhar vestida com roupas bem femininas.
Atena: o trabalho é um grande prazer para a mulher perfil Atena. A alegria em trabalhar melhora a capacidade de comunicação no ambiente profissional.
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Deméter: de perfil protetor e zeloso, esta mulher leva comida que ela mesma fez para almoçar, oferece quitutes para os colegas e coloca fotos da família em seu espaço de trabalho.
Ártemis: a mulher Ártemis tem dificuldade para cumprir ordens e a liberdade de expressão é fator que trará felicidade profissional.
Perséfone: a vida profissional precisa trazer vantagens pessoais, por exemplo: caso trabalhe em uma livraria, sentir-se-á feliz ao vender livros que tenham ligação com sua personalidade.
Hera: a mulher Hera gosta de liderar e adora quando precisam usar sua criatividade para organizar eventos”.
Juntas podemos mais! !42
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O SAGRADO MASCULINO
Se falamos em Sagrado Feminino, não podemos deixar de falar no Sagrado Masculino. Pode parecer estranho falar do Sagrado Masculino em um artigo dirigido a mulheres, mas que poderia e deveria ser lido também pelos homens. Entretanto, é importante trazer esse universo também ao universo feminino, posto que todo ser é as duas essências. O tema do Sagrado Feminino tem seu espaço há bem mais tempo, inclusive nos remetendo à civilização Celta, em que a mulher exercia o seu poder de forma saudável. No entanto, diversas literaturas apresentam como este poder foi oprimido, pois os homens, com o sentimento de perderem seu espaço e com seu sagrado em desequilíbrio, condenaram muitas mulheres à morte, considerando-as bruxas. Já alguns anos, a mulher vem despertando para o seu lado sagrado e está buscando novamente a sua conexão com sua essência de amor. Os homens, ainda em menor número, estão também buscando a reconexão com sua essência, o equilíbrio entre o amor e a firmeza.
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Como exemplos, podemos citar a Tenda da Lua e os Cavaleiros do Coração, ambos projetos da UNIPAZ – Universidade Internacional da Paz, que conduz trabalhos belíssimos com ambos os grupos. O que chama atenção é a seriedade com que o grupo de homens trabalha o seu sagrado, envolvendo crianças, jovens e adultos, em que são trabalhadas todas as etapas do aspecto Yan/ masculino, celebrando cada rito de passagem. As mulheres igualmente têm um trabalho belíssimo. Na verdade, ambos os grupos buscam a reconexão com a essência e honram o seu sagrado. O Sagrado Masculino tem como principais papeis revelar o que é efetivamente Ser Homem e desmistificar a própria trajetória de criação dos homens, trajetória esta que lhe impôs certas condições e crenças, entre elas não poder mostrar fragilidade.
Hoje em dia, ainda é possível os pais (isto inclui as mães também) dizerem aos meninos quando, por exemplo, machucamse e choram: “O que é isso, menino? Vamos tratar de parar de chorar! Você é homem e homem não chora”! Estas crenças, por incrível que pareça, estão muito enraizadas ainda nos tempos atuais e, com isso, o sagrado
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masculino vai perdendo terreno e os homens ou se brutalizando ou buscando apoio no feminino. O Sagrado Masculino leva a um novo olhar sobre os homens, em que se busca identificar o seu verdadeiro papel no mundo, na sociedade e na família, mas, acima de tudo, como indivíduo.
O Sagrado Masculino é o encontro do homem consigo mesmo.
Os homens, na sua base de criação, têm como princípio serem os provedores de suas famílias, os seres fortes, até mesmo insensíveis aos sentimentos alheios, principalmente com relação às mulheres.
São os machos que protegem as fêmeas. Mas isto, não significa que o homem não pode cuidar da mulher amorosamente. Qual mulher não gostaria de ser cuidada por um homem que esteja com seu interior equilibrado unido a mulher que está igualmente com seu interior equilibrado. Essa é a troca energética correta.
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Aos poucos, os conceitos estão mudando, apesar de ainda não estar claro como são os novos comportamentos e papeis.
A mulher está conquistando cada vez mais espaço na sociedade, mas talvez não ainda com uma percepção dentro do sagrado feminino.
Muitas mulheres, na busca de seu espaço, brutalizam-se, perdem a sua essência amorosa. Os homens, com as regras anteriores de não poderem chorar, de não terem comprometimento com as rotinas da casa, de pagarem as contas da casa, de gostarem de cargos de poder, de gostarem de futebol, carros e lutas, estão em uma fase de transição, pois não sabem ainda como se comportar e, muito menos, sabem como tratar a nova mulher que está surgindo. Por séculos, as mulheres foram vistas pelos homens como seres inferiores, admiradas pelos seus belos corpos, mas não pela sua essência. As mulheres tinham papéis específicos dentro do âmbito familiar e social. Na família, cabia às mulheres cuidarem da casa e dos filhos e não trabalhavam fora.
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Quando começaram a conquistar o seu espaço no mundo profissional, as mulheres acumularam as funções de ajudarem a prover o lar e de cuidar do lar, porque os homens ainda não ajudavam em nada em casa. Com o passar do tempo, essa realidade está mudando e, cada vez mais, os homens estão dando sua contribuição, de igual para igual, em casa. É algo tudo muito novo, tanto para homens quanto para as mulheres, e há muitas adaptações e melhorias ainda a serem feitas. Com relação aos filhos, antes eram vistos pelos homens como seres subordinados, que deviam obediência e, caso não fosse assim, os castigos chegavam a ser físicos. A agressão atingia tanto os meninos quanto as meninas, pois, afinal, as regras foram transgredidas e precisavam ser consertas e “ensinadas” de alguma forma. Esse comportamento com relação às mulheres e filhos sempre só mostrou o quão desconectado o homem esteve de sua essência. Não é apenas alguns homens que estão desconectados de sua essência. Algumas mulheres também estão desconectadas. Elas ainda buscam essa reconexão, mas tem ainda um longo caminho pela frente.
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Há ainda alguns poucos grupos de mulheres feministas, que não trabalham pelo desenvolvimento do sagrado feminino. Estão mais voltadas na reivindicação de seus direitos, não focando no resgate de sua verdadeira essência. O feminismo as vezes vibra na separação, na medição de forças de quem é melhor e mais forte. Entretanto, talvez para algumas mulheres o feminismo seja um caminho, embora mais longo, para, em algum momento encontrarem o seu equilíbrio. Quando homens e mulheres pararem de olhar para fora ao invés de olharem para dentro, encontrarão o seu valor, sem precisar da aprovação dos outros ou da medição de forças. O Sagrado Masculino reconhece o seu Sagrado Feminino e o Sagrado Feminino reconhece o seu Sagrado Masculino. Somos ambos em essência. Yin e Yang, Yang e Yin numa única trajetória. A Lua encontrando o Sol. O Sol encontrando a Lua. O homem, em seu perfeito equilíbrio, reconhece o seu sagrado masculino e honra o seu sagrado feminino.
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O homem que vive no seu equilíbrio é menos competitivo, mais empático e entende melhor os conceitos de fraternidade, respeito, comunhão. Como diz Carolina Zambelo: “É quando o seu Sagrado Masculino reconhece o seu Sagrado Feminino (sim, somos duais) que a mágica começa a acontecer. Falando na prática, você vai se perceber mais empático, menos competitivo, estendendo melhor os conceitos de irmandade, comunhão e respeito. Vai se relacionar com sua parceira por meio de uma conexão energética e não física; vai conseguir reconhecer seus valores individuais, admirá-los e respeitá-los. Sua relação com o sexo será elevada, muito além do carnal, e isso lhe trará uma satisfação incrível, que só poderá ser vivida quando se despir de pudores e da visão pornográfica inserida desde sua infância. Vai entender o sexo como algo divino que interfere diretamente no seu campo energético. E vai assumir as responsabilidades sobre todos os seus relacionamentos e atitudes diante deles, sejam eles passageiros ou não, pois compreende que a pessoa que está ao seu lado está entregue e é merecedora do seu respeito. Vai reverenciar seus filhos e reconhece-los como únicos. Assumindo junto à sua parceira a criação, trabalhando unidos na construção de um ser humano digno, sem preconceitos, consciente de seu papel no mundo. Dividirá tarefas e se sentirá orgulhoso por isso. O homem conectado ao seu Sagrado Masculino é capaz de experienciar todos os seus sentimentos de forma intensa e inteira. Chora, sorri, sente raiva, medo, desamparo, força e está integralmente presente em cada um desses momentos. Isso o torna ainda mais homem. Isso o torna único, especial, completo”. ( https://www.eusemfronteiras.com.br/osagrado-masculino/)
Da mesma forma que as mulheres, os homens também têm os seus ciclos naturais e é muito importante conhecer, honrar e respeitar esses ciclos. !49
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Os ciclos dos homens são anuais e os ciclos das mulheres são mensais. Os ciclos dos homens têm relação com o Sol e os ciclos das mulheres tem relação com a Lua.
Sendo os ciclos dos homens relacionados ao Sol, consequentemente, estes têm relação com as quatro estações do ano: outono, inverno, primavera e verão.
Sendo regido pelo Sol, as estações de maior luz solar e calor, que são a primavera e o verão, são mais favoráveis aos homens, pois estas restauram suas forças.
Carlos Caruso, no artigo O Sagrado Masculino – A Sabedoria do Homem Sagrado: “No outono, é a estação de se recolher, voltar ao útero da Mãe Terra, de preocupar-se em ajudar a Mãe. Então, sabendo disso, o homem sabe que a estação do mês para ele abrir novos negócios e fazer mudanças em sua vida é sempre a primavera, porque é a estação mais favorável para um homem sagrado adquirir força e poder. O verão é onde atinge seu ponto mais alto de poder. Esta estação é muito favorável para ser eleito pela mulher amada. Terra, servir de adubo para a vida na Terra, preocupar-se em conscientizar as pessoas as pessoas sobre ecologia e ajudar a Mãe Terra a se fortalecer. Seu ciclo, como todos os ciclos, representam os ciclos da vida: nascimento, crescimento, envelhecimento e morte. O homem que entende seus ciclos e age de acordo com eles segue o fluxo da natureza. Com isso, obtém maiores resultados em sua vida no geral. Respeitando e agindo dentro dos seus ciclos, ele faz a roda de sua vida girar, de forma fácil, harmoniosa, deixando a força do Sol e das estações anuais o auxiliar em suas conquistas em prol de
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si mesmo e em prol do planeta”. (https:// omundodegaya.com/2015/10/19/o-sagrado-masculino-asabedoria-do-homem-sagrado/)
Até há pouco tempo, a grande maioria dos homens não tinha conhecimento sobre suas próprias energias. Nem sequer sabia da existência do seu Sagrado Masculino. O sistema patriarcal escondeu essas informações dos homens. Com isso, não apenas as mulheres foram prejudicadas, mas também os homens, posto que nasceram em um sistema desequilibrado e não tiveram acesso ao conhecimento do seu aspecto sagrado. Da mesma forma que as mulheres, muito remotamente, os homens viviam os seus ciclos, tinham conhecimento sobre si mesmos, marcavam seus ciclos os viviam de forma integral. No momento em que se negou o Sagrado Feminino, punindo as mulheres até mesmo com a morte, aos homens que nasceram a partir desse período foi ocultado o conhecimento da sua sacralidade. Com isso, ambos, homens e mulheres, perderam-se na sua trajetória, vivendo vidas em desequilíbrio, longe da harmonia da sua essência. !51
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Homens e mulheres viveram vidas sem equilíbrio. De um lado, os homens sem viverem sua sacralidade, oprimindo as mulheres, oferecendo-lhes condições indignas nos lares e no trabalho. De outro lado, as mulheres que, sem conhecerem também a sua sacralidade, submetendo-se a viver vidas indignas. É muito importante que o homem conheça e respeite os ciclos de sua companheira e vice-versa. Ambos respeitando seus ciclos, complementando-se, colocam-se em harmonia com o Sol e com Mãe Terra. Dessa forma, o Yan/masculino vive em harmonia com o Yin/feminino. Homens e mulheres, reconhecendo sua sacralidade e essência, vivendo em harmonia e construindo um mundo melhor para as próximas gerações. Vivendo a sacralidade, desfazem-se as competições, as agressões, o medir de forças. Ninguém precisa provar nada a ninguém. Basta que cada um se conheça e viva a sua sacralidade. Com o Sagrado Masculino e Sagrado Feminino em harmonia, constroem-se relações saudáveis e, consequentemente, essa harmonia se refletirá sobre os filhos, que aprenderão desde cedo
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sobre a sua condição. Assim, fortalecem-se as relações e constróise um mundo mais digno e harmônico. O homem teve de viver uma vida fora de suas condições naturais. Segundo o que lhe foi imposto, ele teve de viver a sua macheza para ser considerado homem. Quanto mais rude mais homem era. Mas isso, conforme dito anteriormente, foi causado pela batalha pelo poder, que levou o feminino a uma condição inferior, porque o poder feminino era considerado ameaçador.
Oprimindo o feminino, deveria nascer um homem rude e até mesmo cruel, de modo que a mulher não pudesse mais se manifestar. Mas isso está começando a mudar. Também como falei anteriormente, embora não considere o feminismo um momento de equilíbrio, talvez fosse necessário para quebrar as correntes impostas às mulheres. Porém, quebradas as correntes, o próximo passo é o olhar para dentro para iniciar o resgate da sua sacralidade. Os homens não entendem a nova mulher que está surgindo e não sabem lidar com ela.
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A nova mulher pode até lhes parecer assustadora, porque agora a mulher já não precisa do homem para sobreviver. A mulher já tem poder sobre a sua vida e sobre o que fazer com ela. As mulheres até aprenderam a usar furadeira, a trocar lâmpadas queimadas, a abrir vidros de pepinos, tarefas antes apenas dos homens.
Cada vez mais homens estão na cozinha, saindo-se muito bem. Cada vez mais os homens tem ajudado a cuidar dos filhos, a ajudar nas tarefas domésticas, a ser, enfim, um integrante da família, e não mais aquele que deveria unicamente cuidar do sustento da casa. De qualquer forma é uma trajetória longa que nem mesmo as próprias mulheres já tenham se encontrado. Por enquanto, as mulheres estão no caminho do seu resgate. Os homens estão começando agora a colocar um olhar maior sobre si mesmos. Serão todos os homens vitoriosos na sua busca? Tomara que sim! No próximo capítulo, vamos continuar a falar sobre o tema, porém colocando juntos o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino.
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A UNIÃO DO SAGRADO FEMININO E O SAGRADO MASCULINO
Foi apresentado até agora, o Sagrado Feminino e o Sagrado Masculino em separado. Falar destas duas forças revela o quanto o planeta está em transformação e fica claro que está havendo um despertar de consciência. Homens e mulheres despertando para viverem suas verdadeiras identidades em um mundo em que o bem maior para todos trava uma luta contra forças adversas para prevalecer. Mas o que é o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino?
O Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino são momentos espirituais internos, provenientes de questionamentos do que é efetivamente Ser Homem e Ser Mulher.
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Nesses questionamentos, identifica-se a sacralidade destas duas forças, que estão presentes tanto nos homens quanto nas mulheres, mas de uma forma diferente.
Para melhor entendermos estas duas forças, vamos mostrar a representação do Sagrado Masculino/Yang e o Sagrado Feminino/ Yin em uma imagem:
https://www.significados.com.br/ying-yang/
A parte branca da imagem representa o Masculino/Yang e a parte preta representa o Feminino/Yin. São energias diferentes e que se complementam ao mesmo tempo. O Yang (parte branca) é completo em si, mas é mais completo ainda quando o Yin (bolinha preta) se manifesta nele. É o Sol (Yang) encontrando a Lua (Yin). O Yin (parte escura da
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imagem) é igualmente completo em si, mas é mais completo ainda quando o Yang (bolinha branca) se manifesta nele. Vejam que, na parte branca, a cor branca predomina, porém, o aspecto feminino se faz presente para fazer o equilíbrio e trazer a amorosidade. Sendo a cor branca predominante, significa que o corpo físico estará representado pelo masculino. Vejam também que, na parte preta, o preto predomina e o aspecto masculino se faz presente, trazendo o equilíbrio, manifestando a firmeza. Sendo a cor preta predominante, significa que o corpo físico estará representado pelo feminino. Uma vez que o objetivo deste livro não é falar sobre ideologia de gênero, não entrarei nesse assunto. Estou apenas trazendo o tema do Sagrado Masculino e Sagrado Feminino e sua respectiva representação gráfica. Sobre ideologia de gênero, deve-se buscar literatura específica. Feita a observação, vamos voltar ao símbolo do Tao, que é o símbolo acima, mais conhecido como Yang/Yin. O nome certo do símbolo é Tao, que representa as forças que compõem também a Fonte Criadora, chamada pelas pessoas de Deus, mas que, quem tem o conhecimento sobre as duas forças – Yang/Yin – chama de Deus/Deusa. Deus/Deusa que compõem a Divindade, é formado por estas duas forças, O Masculino e o Feminino.
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Por essa razão, falamos na sacralidade do Masculino e do Feminino. Resgatar esta sacralidade é objetivo de muitos buscadores, que visam encontram equilíbrio na vida, quer seja na vida pessoal e afetiva, quer seja na vida profissional. Segundo as literaturas sobre Yang e Yin, o Yang é o princípio masculino, ativo, diurno, luminoso e quente, ligado ao Sol. E o Yin é o princípio feminino, passivo, noturno e frio, ligado à Lua.
O ciclo do homem é anual, portanto solar, seguindo as quatro estações do ano.
O ciclo da mulher é mensal e acompanha a Lua.
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Complementando o que já foi dito até o momento sobre o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino, vou trazer uma citação do artigo O que é o Sagrado Masculino e Sagrado Feminino, escrito por Fatima Lopes em conjunto com Rui Estrela:
“... há algo mais profundo e especial no Sagrado Feminino... é um caminho de regresso à Casa. É sobre voltar a ter respeito e confiança em nós mesmas e em todos os seres. É sobre dar ouvidos aos ritmos do corpo e da alma, respeitar a nossa verdade e as nossas escolhas e é também sobre honrar a nossa linhagem, a nossa ancestralidade, a Mãe Terra e os mistérios da Lua. Também o Sagrado Masculino é um caminho de regresso à Casa. É um resgate da energia masculina sã. É uma conexão profunda com a energia Solar, onde estão contidos os arquétipos masculinos, desde o guerreiro ao sábio”. ( https://www.simplyflow.pt/auniao-do-sagrado-feminino-e-sagrado-masculino/)
Com essa descrição sobre o Sagrado Masculino e Sagrado Feminino, é possível concluir que ambas as forças ainda não estão equilibradas na grande maioria das pessoas. Isso pode ser visto tanto nos homens quanto nas mulheres. Tanto o homem quanto a mulher, de modo geral, ainda não sabem amar, porque, para começar, não amam si mesmos.
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Tanto um quanto o outro apostam que a felicidade está fora, está no outro e que este/esta tem a obrigação de prover a felicidade.
Por essa razão, o que se vê em diversos relacionamentos fracassados, é um homens e uma mulheres tentando suportar o outro mesmo sem existir o amor entre o casal.
O que mais tem é manipulação e chantagem emocional. É um Eu Te Amo, mas... E aí vem um desenrolar de exigências que a outra parte não tem como atender, até porque ela mesma não atende nem para si, que dirá para outra pessoa. Se, antigamente, o homem era autoritário e a mulher, submissa, hoje temos dentro das casas um homem e uma mulher que não sabem quem são, com suas energias em total desequilíbrio, e um cobrando do outro a felicidade. Como, obviamente, não a encontram, começa o desenrolar de histórias de traição, com a justificativa de que estão buscando fora o que não encontram dentro de casa. E como, pela Lei da Atração, semelhante atrai semelhante, o que foi encontrado fora de casa tem a mesma energia. A única diferença é que não tem convivência diária. Tem apenas o que é considerado a parte boa de uma relação. Quanto autoengano! Também antigamente o homem, autoritário por natureza, via os filhos igualmente como seres submissos, que lhe deviam !60
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obediência, exigida até mesmo por meio da violência física e emocional. A mulher, na época, igualmente submissa, não fazia nada para impedir estas ações.
Em contrapartida, hoje homens e mulheres tem dificuldades com a educação de seus filhos. Não lhes dão a atenção devida, não interagem. Desde cedo compram celulares de última geração e outros equipamentos para que as crianças possam se distrair. Mantendo as crianças ocupadas livra-os das tarefas da educação. Onde ficou o Sagrado Masculino e o Sagrado Feminino? Onde ficou a sacralidade destes dois seres que, ao invés de se complementarem, digladiam-se? Que exemplo estes homens e mulheres estão dando para os seus filhos?
Ao olhar para esse cenário, é possível concluir que o homem contemporâneo ficou fragilizado e é facilmente manipulado. Foram tantas as formas de fragilizar o homem, inclusive a igreja, que destruiu o símbolo fálico. A energia sagrada do homem foi considerada algo vergonhoso e até repugnante. Culturalmente, o homem não deve chorar, pois isso seria um ato de vulnerabilidade, aprecia as mulheres (de preferência, muitas), gosta de futebol e bebida alcóolica. Dessa forma, muitas pessoas descreveriam o homem. Mas o homem é muito mais que isso. O homem é um ser sagrado, da mesma forma que a mulher o é.
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No artigo A União do Sagrado Feminino e Sagrado Masculino, de Fatima Lopes e Rui Estrela: “Ao abolir e destruir o único momento marcante que redefinia e ressignificava a responsabilidade e consciência do homem, o patriarcado garantiu o controle da sua vontade, missão e princípios, assegurando que o rapaz nunca chegaria a ser um homem adulto consciente, dono e conhecedor do sagrado que em si existe. Isto fez com que o homem deixasse de respeitar os seus ciclos naturais, deixasse de saber como se conectar com seu feminino e de como viver o seu masculino saudável. O objetivo foi o desenvolvimento de uma cultura machista feita de rapazes perdidos, altamente suscetíveis e manipuláveis, que dominavam todos os quadrantes sócioeconômicos a nível mundial... Quando o homem foi desprovido da sua conexão com o seu divino, ele deixou de conseguir solidificar os seus valores e princípios, começando a desrespeitar o sagrado que existe nas mulheres”.( https:// www.simplyflow.pt/a-uniao-do-sagrado-feminino-esagrado-masculino/)
Com isso, os relacionamentos começaram a ser afetados, uma vez que o masculino começou a oprimir e a dominar o feminino. E o feminino, também em desequilíbrio não exerceu o amor firme. Ambas as energias tiveram sua participação no caminho da perda da sua essência. Consequentemente, as gerações futuras foram afetadas e o resultado pode ser visto nas atuais relações, tanto de pais e filhos quanto de homem e mulher. A mulher precisa se libertar, mas o homem também precisa.
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Há hoje uma séria de instituições, até mesmo governamentais, que dão apoio às mulheres. Entretanto, não há instituições que dão o apoio necessário ao homem.
Por exemplo, o homem agressor só tem a oportunidade da prisão, porém não tem a oportunidade de frequentar uma instituição em que ele possa se desenvolver como homem.
Enquanto o homem não trabalhar o seu Sagrado Masculino, ele será rude em todos os sentidos. Enquanto a mulher não trabalhar o seu Sagrado Feminino, ela será frágil e dominada. A mulher não pode mais perder tempo, colocando-se no papel de vítima. Ao invés disso, deve libertar-se de si própria, libertarse da falta de consciência acerca de quem ela é. O homem precisa também desenvolver-se como homem e, assim, ter uma relação saudável consigo mesmo e, por conseguinte, consigo mesmo. Quando ambos, homens e mulheres despertarem para a sua sacralidade, os homens saberão se amar e dar o amor puro e a verdade inerente ao Masculino Sagrado às mulheres. Assim voltarão a ganhar a confiança e o respeito das mulheres. Por sua vez, as mulheres, despertar para a sua sacralidade, amarão e
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admirarão a si mesma, libertando-se da dependência doentia de uma relação doentia, voltarão a ganhar o amor sublime e a admiração dos homens, mas não uma admiração carnal, e sim, uma admiração que vem do coração, pois verão a verdade face da mulher. Destacando mais um pensamento do artigo A União do Sagrado Feminino e Sagrado Masculino, de Fatima Lopes e Rui Estrela:
“O Sagrado Masculino diz que ser homem é um caminho de verdade e resgate interior e é também integrar o Feminino dentro de si. É reaprender a ser vulnerável, sensível, gentil. É sobre viver a sua verdade, respeitar-se e respeitar as mulheres, a natureza”.( https://www.simplyflow.pt/a-uniao-dosagrado-feminino-e-sagrado-masculino/)
Da mesma forma que o homem deve reaprender certos caminhos, a mulher também deve estar aberta para aprender. A mulher não é uma vítima dos homens. Ela apenas não vive a sua sacralidade e, sendo assim, ela não sabe se posicionar perante a vida e o relacionamento, submetendo-se a diversas situações, até mesmo a maus tratos e violência emocional. Devemos lembrar que o homem também é vítima de um modelo de sociedade machista que foi criado. O homem também foi impedido de viver a sua sacralidade. Sem sua sacralidade desperta, o homem irá se comportar como um ser irracional e a
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mulher ficará no papel de vítima. Porém ambos, homens e mulheres são vítimas. Agora, resta andar de mãos dadas para fazerem o seu resgate.
Para que haja esse resgate, é preciso haver um despertar de consciência nos homens e nas mulheres. É preciso despertar para a verdade de que é através do amor, da união e do desenvolvimento de uma compreensão sagrada acerca da vida que a humanidade – homens e mulheres – irão se curar e viver a sua verdadeira essência. Para que isso aconteça, é preciso que homens e mulheres se deem as mãos, trabalhem em conjunto, perdoem-se mutuamente por todo o período de vivências sem amor, que fez mal aos homens e às mulheres. Esse despertar conjunto e ações conjuntas beneficiarão as próximas gerações, os filhos que nascerão das relações saudáveis. Estes poderão olhar para trás com orgulho do amadurecimento dos pais. Esse amadurecimento não beneficiará apenas as futuras gerações, mas também a humanidade e o planeta Terra. Somente seres conscientes e equilibrados saberão cuidar do planeta. Somente seres conscientes e equilibrados deixarão um legado de amor à Terra e à humanidade. Juntos podemos mais!
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TANTRA – A SEXUALIDADE SAGRADA
Por que a inclusão deste assunto no presente artigo? Uma vez que, nos capítulos anteriores, foi falado do Sagrado Feminino e do Sagrado Masculino e sobre a união desses dois universos, o tema Tantra tem relação íntima com o projeto. Conforme já mencionado anteriormente sobre o Sagrado Feminino, muitas mulheres não se sentem realizadas sexualmente. As razões para isso são diversas e vão desde a forma como elas foram educadas em casa a preconceitos que elas mesma instituíram. Muitas mulheres não conhecem o próprio corpo. Como vão saber o que lhes dá prazer? Falar sobre o assunto para muitas é um tabu. Como não conhecem o próprio corpo, também não conhecem o corpo do seu parceiro. O resultado acaba sendo uma sexualidade morna, sem prazer e sem vontade de repetir. !66
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Muitas mulheres apenas repetem, ou seja, tem novas relações sexuais com seus parceiros, mais por se sentirem na obrigatoriedade que por vontade e prazer.
Como ficam os homens na sexualidade? O conceito que se tem é que os homens são resolvidos sexualmente falando. Certo? Errado! O simples fato do homem ejacular não significa que ele sentiu efetivamente prazer. A ejaculação é apenas um ato físico, isento de qualquer sentimento e emoção. É como uma descarga de sensações corporais. Mas isso está longe de ser prazer. O ato sexual, conforme a grande maioria das pessoas pratica, tem o foco no órgão genital. Com isso, o único chacra (centro de energia) ativado é o chacra umbilical, localizado em torno de quatro dedos abaixo do umbigo. Toda a energia se concentra nesse chacra e os demais, principalmente o cardíaco, ficam sem energia. O prazer é apenas momentâneo e localizado em apenas um ponto. Entretanto, a energia sexual é muito mais que concentrá-la no chacra umbilical. A energia sexual é tão poderosa que pode ajudar até mesmo na iluminação espiritual. Exagero essa afirmação? De forma alguma!
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Se, do ato sexual, pode resultar uma nova vida, então há muito mais por trás do ato que apenas um prazer localizado. Quando se olha para o ato sexual como um ato sagrado, em que duas pessoas trocam energias, o sexo rompe as barreiras e vai além do chacra umbilical. E aí entramos no Tantra. No Tantra, todos (os sete) chacras são ativados com o ato sexual. Na verdade, é prazer vezes sete. Tantra pode ser aprendido. Existem diversos cursos sobre o assunto e é recomendável que os casais que querem viver uma verdadeira união procurem participar da formação. O casal aprenderá diversas técnicas para exploração do corpo físico do parceiro(a). No tantra, o objetivo não é a ejaculação. O objetivo é o prazer elevado à sétima potência.
Enquanto o sexo tradicional costuma gerar cansaço nos homens, no Tantra os praticantes aumentam a sua energia. O ato sexual, do contrário do ato tradicional, pode durar horas e sempre com muita energia. Definindo Tantra, podemos dizer que é uma filosofia hindu muito antiga que vê o corpo humano como um meio para o
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autoconhecimento, conhecimento e evolução. Visto de fora, parece um ato sexual, mas o Tantra vai além. É uma experiência interior que transforma, cura e eleva.
Segundo Osho, que foi um mestre indiano, citado no artigo O que é Tantra: “Tantra não é sexo! Visto por fora, pode parecer. Vivido por dentro, transforma. Tantra é aceitação! Tantra é fluidez! Tantra é expansão! Tantra é consciência. Tantra é meditação. Tantra é divino. Tantra é o caminho do fio da navalha. Tantra não é uma técnica. Tantra é energia. Tantra é dissolução do ego. Tantra é envolvimento total. Tantra é o encontro de seres. Tantra abre o coração. Tantra é renovação. Renovação. Tantra é revolução. Palavras não definem Tantra. Tantra É”!(https:// lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/tantra-praticas-astral/ artigos/o-que-e-o-tantra-2)
Normalmente, as tradições religiosas dizem que aspirar ao caminho espiritual é abdicar dos prazeres mundanos. Com esse pensamento amplamente difundido, os aspirantes a um caminho espiritual travam uma constante luta interna. Além disso, as tradições religiosas também pregam o sexo como algo sujo e, com isso, não há entrega no ato sexual. Normalmente, o resultado é apenas o encontro de dois corpos e não de duas almas buscando crescimento através da energia sexual. O Tantra vem ao encontro dessa busca, pois ele oferece um caminho alternativo para a prática tradicional. O Tantra honra o corpo físico, mas também honra o corpo emocional, mental e espiritual. !69
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Segundo o artigo O que é Tantra:
“O Tantra tem como uma das suas mais importantes manifestações o culto de Shiva e Shakti, que são respectivamente os princípios da energia ativa masculina - Shiva, e da força passiva/receptiva feminina – Shakti (conhecida também como Kali, Durga, Parvati). O princípio masculino e feminino são assim a base de uma filosofia e de uma prática que aumenta o senso de respeito e de amor entre homem e mulher. Para o homem, a mulher é a manifestação viva da própria divindade e, como tal, ela deve ser reverenciada e amada. A atitude recíproca por parte da mulher é verdadeira, pois ela desenvolve um sentimento equivalente em relação ao homem, reverenciando o princípio da energia masculina no homem. Através da observação da dança interna Shiva/ Shakti, do equilibrio das polaridades feminina/ masculina dentro de nós entramos num espaço mais consciente, num espaço de meditação natural, no espaço do coração, onde a expansão e a completude internas acontecem. A partir daqui é possível relacionarmo-nos conosco e com os outros de uma forma mais aberta, presente e amorosa”.( https:// lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/tantra-praticasastral/artigos/o-que-e-o-tantra-2)
Como podemos ver, Tantra não foca apenas no sexo como acontece na sexualidade tradicional. O Tantra tem um propósito bem mais profundo. Tantra envolve espiritualidade e, por conseguinte, todos os chacras, corpos e todos os aspectos da vida.
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De acordo com o artigo Tantra é sobre espiritualidade e envolve todos os aspectos da vida: “Tantra é uma ciência de energia e consciência, criado para responder às quatro perguntas mais fundamentais na vida. Quem sou eu, porque estou aqui, de onde venho e para onde vou. O restante são maravilhosos subprodutos disto, mas não a essência do Tantra. Resumindo, a essência do Tantra é percebermo-nos a nós próprios e ao universo, de forma a obter a liberdade absoluta. Com este propósito existe uma enorme quantidade de técnicas muito eficientes”.( https://lifestyle.sapo.pt/astral/ praticas/tantra-praticas-astral/artigos/tantra-e-sobreespiritualidade-e-envolver-todos-os-aspectos-da-vida)
Tantra é sagrado, é divino, é profundamente prazeroso. Com a prática do Tantra, desfazem-se os preconceitos e os casais passam a viver a união de almas no ato sexual. Vivenciando a sexualidade nesse nível, há entrega, cumplicidade e amor. Todas as Winners merecem ser felizes! Por isso, a inclusão do tema no presente livro. O assunto também será tema da formação de base das Winners. A mulher que se sente realizada na sua intimidade realiza-se também profissionalmente. Tudo está intimamente ligado. Por isso, a relevância do tema. Juntas podemos mais!
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IKIGAI – RAZÃO DE SER DA VIDA DE UM EMPREENDIMENTO
Qual é o sentido que você dá a sua vida? Quantas vezes você encerrou um ano, olhou para trás e viu apenas as muitas coisas não feitas, os sonhos não realizados, as conquistas não alcançadas, as metas não atingidas? Quantas vezes você sonhou com um ano diferente no Revéillon e prometeu a si mesmo que sua vida seria diferente a partir daquele momento? Quantas vezes você fez as mesmas promessas e nunca as cumpriu, saindo e entrando ano e você sempre no mesmo lugar, não vendo um sentido para a sua vida e para aquilo que você está fazendo? A vida deve ser feita de realizações, de atos e ações que preencham a vida. A vida não pode ser um acúmulo de eventos sem sentido e que não agregam para a vida e para um todo maior. Viver uma vida sem sentido não é privilégio de poucas pessoas. A grande maioria das pessoas ainda vive uma vida vazia, uma vida que não aponta para a direção da felicidade, do bem-estar, do sucesso e das realizações. Muitas pessoas ainda se perguntam o que estão fazendo aqui neste planeta, qual o sentido que sua vida tem. Não encontrando respostas, o caminho acaba sendo a frustração, a infelicidade e o resultado, uma vida sem significado. Se perguntadas o que as faz levantar todas as manhãs, por incrível que pareça, mas vem muitas respostas de que o
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despertador as faz saírem da cama. Não há algo maior envolvido para esse ato. O presente capítulo trará elucidações para as questões até agora elencadas. A razão de colocar este assunto no presente livro deve-se às constatações que fiz sobre a forma como as pessoas estão conduzindo sua vida pessoal e profissional e o quão doentes as pessoas estão nas suas emoções e também no seu corpo físico, que vai recebendo a carga dos sentimentos do dia-adia, na sua maioria nem sempre elevados e contributivos para uma vida feliz.
No desenvolvimento a seguir, o tema sentido da vida será explorado e seus mistérios, desvendados. A nossa missão número um é encontrar um sentido, uma razão que nos faça querer sair da cama pela manhã e viver um dia feliz, com propósito. Nossa segunda tarefa é encontrar um trabalho que tenha significado, através do qual possamos servir e, assim, completar nosso propósito.
Viver com alegria, sentir plenitude, viver o propósito de vida é um desafio. Entretanto, não é nada impossível viver uma vida feliz. Com a dose certa de força de vontade e desenvolvimento de uma forma correta de pensar, a vida tenderá a se mostrar mais iluminada. Para desenvolver esse tema, trabalharei com o conceito de Ikigai.
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IKIGAI – O QUE É? “O propósito da vida é descobrir o seu presente, tudo o que está dentro de você e como você pode utilizá-lo” (William Shakespeare).
Com este pensamento inicia-se o desenvolvimento do tema central deste capítulo. William Shakespeare teve a visão correta de Ikigai, mesmo, aparentemente, não conhecendo o termo e, muito menos o seu significado. No entanto, Shakespeare usou o tempo certo em que alguém pode ter uma ação e ser feliz: presente. Este é o único tempo sobre o qual temos poder. O passado já passou. O futuro não chegou ainda e, quando este supostamente chega, já será novamente presente. O problema da maioria das pessoas é não viver no presente. A grande maioria vive no passado, acalentando depressão, sentindo-se vítima de fatos e situações. Outra parte vive na ansiedade do futuro, temendo o que pode vir pela frente ou o que pode não se realizar. Esquecem que o único momento que pode ser, de fato, vivido é o momento presente. Todo o resto não é palpável e, muito menos, passível de ser vivido. A palavra presente, usada por Shakespeare, pode também ser interpretada como dádiva, ou seja, um presente único que cada pessoa recebeu ao nascer. Sob essa ótica, presente é aquele algo
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único que somente uma única pessoa possui e somente essa única pessoa pode viver. E é esse presente que confere sentido à vida. Qual presente está dentro de você e você ainda não descobriu? Em qual tempo verbal você procura o sentido de sua vida? Steve Jobs, em muitas de suas falas, dizia que o trabalho ocupa boa parte do tempo de nossas vidas e que, por isso, deveríamos fazer o que amamos. Segundo ele: “Seu trabalho vai preencher boa parte de sua vida e a única maneira de ser verdadeiramente satisfeito é o que acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é amar o que faz” (Steve Jobs). No Japão, país conhecido por ter o maior número de pessoas centenárias, acredita-se que a saúde e, por conseguinte, a longevidade tem relação direta com a satisfação de fazer aquilo que se ama. Com esta afirmação, entramos no tema central deste capítulo: Igikai. Ikigai é uma palavra japonesa que descreve os prazeres e sentidos da vida. A palavra consiste, literalmente, de iki (viver) e gai (razão). (MOGI, 2018, p. 16).
Ikigai é a somatória de um estilo de vida e uma metodologia que traga HARMONIA, LONGEVIDADE E SATISFAÇÃO PLENA nas diferentes áreas da vida, permitindo, assim, alcançar a RAZÃO DE SER ou PROPÓSITO para a sua existência (MOGI, 2018, p. 6).
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Resumindo, Ikigai é razão de ser, a razão de ser da vida. E, quando aplicado ao negócio, Ikigai é a razão de ser do negócio. Para que serve uma empresa, um empreendimento? Se a resposta for dar muito dinheiro ao proprietário, pode até estar certa, uma vez que o objetivo é o lucro, o ganhar dinheiro. No entanto, esta resposta não está no conceito de Ikigai. A resposta deve contemplar a razão de ser da empresa, o que ela tem a oferecer para a comunidade onde ela está inserida e como o(s) seu(s) produto(s) serve(m) a um todo. Isso inclui atenção ao meio ambiente e sustentabilidade. A resposta também deve contemplar que a empresa serve para fazer o seu proprietário feliz e também as pessoas que nela trabalham. Segundo Ken Mogi, no livro Ikigai – os cinco passos para encontrar o seu propósito e ser mais feliz, encontrar o Ikigai não significa necessariamente ser bem-sucedido na vida profissional. Uma pessoa pode não ganhar o salário dos sonhos e, ainda assim, sentir-se plena, pois ela faz aquilo que ama. Isso é Ikigai. Ikigai é viver com propósito e sentir determinação para seguir em frente. É viver o seu presente no tempo presente. É uma filosofia de vida que confere plenitude. Uma pessoa pode ter sua vida transformada ao encontrar o seu Ikigai. Ela viverá com mais saúde, mais satisfação e menos estresse. Além disso, quando uma pessoa vive o seu Ikigai, ela se torna mais criativa e, consequentemente, será mais bem-
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sucedida, pois ela se sentirá plena, independente se terá recompensas financeiras ou não. Para encontrar o Ikigai, perguntas como quais são os valores pessoais e quais são as pequenas coisas que dão prazer devem ser respondidas. Essas simples perguntas e respostas são um ponto de partida para encontrar o Ikigai e, assim, viver uma vida com satisfação, bem-estar e realização. Ikigai, às vezes, é expressado como o motivo para se levantar de manhã. É o que dá uma motivação contínua para viver a vida, ou você também pode dizer que dá o apetite para a vida que deixa você ávido para receber cada novo dia (MOGI, 2018, p. 33).
Sair da cama de manhã pode não ser nenhum problema para algumas pessoas. Para outras, pode ser a tarefa mais difícil. Isso é sinal de que falta motivação para viver a vida e, portanto, não há uma razão para receber o novo dia. Consequentemente, é sinal de que a pessoa não encontrou o seu Ikigai. Ela vive a vida no piloto automático e só sai da cama por pura obrigação e não para viver um dia feliz. A vida de uma pessoa que vive no piloto automático não tem fluxo, ou seja, a vida não transcorre com tranquilidade e prazer. Quando uma pessoa tem fluxo na vida, ela certamente encontrou o seu Ikigai. Viver num estado de fluxo faz com que as pessoas estejam tão envolvidas com o que fazem que nada mais parece ter importância. Para quem vive no fluxo, o trabalho se torna um fim e não algo a ser apenas suportado para alcançar um objetivo, que pode ser o salário ou o lucro desejado no seu negócio. A pessoa que vive no fluxo não trabalha apenas pagar ter o seu sustento ou para ter lucro. Pode até fazer parte de seus objetivos, mas não é a primeira prioridade. A pessoa trabalha porque aquilo que ela faz lhe dá prazer. O salário ou o lucro são o !77
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bônus pelo que faz com prazer e alegria. Vivendo com fluxo, a pessoa se identifica com o seu trabalho ou negócio de uma forma simbiótica e alegre. Por essa razão, é um assunto sério a busca do propósito de vida. A vida de uma pessoa precisa ter coerência, senso de direção e objetivos claros. Assim, a vida de uma pessoa brilhará e ela se sentirá brilhando também interiormente, tendo prazer pela vida e com aquilo que faz. Prazer e alegria uma pessoa só sente quando vive no fluxo. E, para viver no fluxo, é preciso valorizar o aqui e agora, o presente, conforme disse William Shakespeare. Estar em estado de fluxo é importante para tornar seu trabalho agradável, mas, ao mesmo tempo, a atenção aos detalhes precisa existir para melhorar a qualidade daquilo que é executado (MOGI, 2018, p. 107).
Quando uma pessoa está em fluxo, ou seja, em harmonia interior e exterior, ela tem capacidade cognitiva de prestar atenção a pequenos detalhes que são importantes para o todo. Uma pessoa com fluxo é capaz de buscar qualidade naquilo que faz, tendo uma visão ampla, prestando atenção ao todo e a detalhes. A vida de uma pessoa em fluxo flui naturalmente e isso é sinal de que ela vive o seu Ikigai. Ken Mogi, no livro Ikigai – os cinco passos para encontrar o seu propósito de vida e ser mais feliz, diz: “..., em um nível individual, o ikigai é uma estrutura motivacional para nos fazer seguir em frente, para nos ajudar a acordar de manhã e começar a fazer as tarefas” (MOGI, 2018, p. 123).
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Para viver em fluxo, a pessoa precisa descobrir o seu Ikigai pessoal e profissional. Descobrindo o Ikigai, a pessoa fará aquilo que realmente gosta e isso automaticamente levará ao sucesso. Ela verá sentido na vida e compartilhará esse sentido através do seu serviço.
Benefícios da descoberta do Ikigai
Segundo o site Capital Social (https://capitalsocial.cnt.br/ ikigai/), no artigo Ikigai: Alinhe seu negócio à sua missão de vida, de Beatriz Torres, descobrir o Ikigai traz inúmeros benefícios, entre eles a melhora do desempenho de um negócio e a escolha certa do tipo de negócio, caso a pessoa ainda não esteja empreendendo. Para quem tem o seu negócio, será importante fazer uma reflexão para identificar se a atividade está de acordo com seu Ikigai. Se sente prazer em acordar todas as manhãs para cuidar do seu negócio, é sinal de que este é o seu Ikigai e que está no caminho certo. Entretanto, se a pessoa não tem brilho nos olhos quando pensa e fala do seu negócio, cuida dele apenas por obrigação e o considera chato e cansativo, é sinal de que está vivendo fora do seu propósito interno.
Quando uma pessoa se encaixa na segunda situação, caberá a ela decidir se vai continuar vivendo fora do seu propósito ou se pretende viver feliz e com significado, encontrando seu Ikigai. !79
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Viver com significado é fazer aquilo que se sente que se veio a este mundo para fazer. Atuar com aquilo que se gosta traz satisfação e, dessa forma, a pessoa fará um trabalho exemplar, com dedicação. Isso se refletirá no resultado de suas vendas, fidelizando clientes e atraindo novas pessoas para compra de seus produtos e serviços, pois todos irão querer experimentar o resultado de algo feito com amor e paixão. Ter um negócio alinhado ao seu Ikigai é a chave para o sucesso. Sucesso aqui não deve ser apenas visto como ganhar muito dinheiro ou enriquecer em pouco tempo. Sucesso, nesse sentido, significa trabalhar naquilo que ama, trabalhar em algo que esteja alinhado à nossa essência, aproveitando ao máximo as nossas capacidades e, como consequência, garantindo a satisfação de outras pessoas também (CAPITAL SOCIAL. Disponível em: <https://capitalsocial.cnt.br/ikigai/>).
S e n t i r s a t i s fa ç ã o a u m e n t a a a u t o e s t i m a e o h u m o r. Consequentemente, o sistema imunológico fica mais forte e, assim, as doenças se distanciam e a pessoa vive uma vida melhor e mais feliz.
Como encontrar o seu Ikigai? Para encontrar o seu Ikigai, é preciso fazer uma reflexão profunda sobre a sua vida, sobre aquilo que você pode ter nascido para fazer. Cada pessoa é única e tem um propósito único. Se a pessoa não sabe por onde começar, as perguntas sugeridas por
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Beatriz Torres, no artigo referenciado, no início deste capítulo, podem ser muito úteis: • O que você ama fazer? • No que você é bom? • No que o mundo precisa de você? • Pelo que você pode ser pago? Encontrando as respostas para estas perguntas, você certamente descobrirá o seu Ikigai. Importante é responder com sinceridade, após uma parada para reflexão. E, se as respostas não vierem, cabem as dicas dadas por Beatriz Torres no referido artigo: não atue no piloto automático; não se compare a ninguém e não deseje ter o mesmo que os outros; todas as pessoas têm talentos, uma habilidade excepcional única, que as diferenciam uma das outras; identifique as atividades diárias que lhe levam a investir seu tempo para fazer cada vez melhor; Ikigai é o antônimo de passividade ou conformismo, ou seja, ele lhe faz se sentir vivo e cheio de energia; assim que identificar o seu Ikigai, coloque-o em ação. O diagrama a seguir, criado pela Dreamstime, de Toronto, coloca de uma forma bem clara e fácil os passos a serem seguidos para a descoberta do Ikigai.
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Fonte: (CAPITAL SOCIAL. Disponível em: <https://capitalsocial.cnt.br/ikigai/>).
Como pode ser visto no diagrama, o ikigai é composto por quatro esferas: o que você ama (cor laranja), em que você é bom (verde), pelo que você pode ser pago (azul), o que o mundo precisa (cor rosa). Nas interseções, você aprofunda, porque você une o conceito das esferas: o que você ama + em que você é bom resulta na paixão; no que é bom + pelo que você pode ser pago
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resulta na profissão; pelo que você pode ser pago + o que o mundo precisa resulta na vocação; o que o mundo precisa + o que você ama resulta na missão.
Independente da atividade que realizamos, esta está em um desses conjuntos. O ikigai é o centro, pois é a junção de todas as esferas. Encontrando o Ikigai, o resultado é o sucesso nos negócios, além de uma vida com qualidade, satisfação e felicidade. Quando uma pessoa encontra uma motivação para levantar todas as manhãs, ela está pronta para criar uma vida feliz, repleta de satisfação consigo mesma e naquilo que ela faz. Uma vez que passamos boa parte de nossa vida no trabalho, vale a pena fazer algo que se ame. O dinheiro é importante, mas, isoladamente, não traz a felicidade. Da mesma forma, buscar uma p r o fi s s ã o o u a b r i r u m n e g ó c i o p e n s a n d o a p e n a s n o enriquecimento não trará satisfação e plenitude. Empreendedores que amam aquilo que fazem tem chance muito maior do seu negócio ter sucesso. Por isso, vale a pena buscar o Ikigai, trabalhar com o que se ama, sentindo que o negócio está alinhado com o propósito de vida. Viver com Ikigai
Ikigai vai muito além de descobrir o propósito ou razão de ser da vida ou de um negócio. No momento em que uma pessoa
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começa a viver o Ikigai, ela passa a sentir mais ânimo, mais motivação para viver melhor. Com isso:
Sabe-se, por exemplo, que uma boa parte de nossos transtornos afetivos apresentam uma melhora efetiva quando a pessoa começa a se comprometer consigo mesma, fazendo simplesmente aquilo que gosta, o que a identifica. Aos poucos, todo esse conjunto de pensamentos e crenças positivas atua com um verdadeiro amortecedor das ideias suicidas, das crenças limitantes e até dos medos. No entanto, não é fácil comprometer-se com nosso Ikigai, com o nosso propósito de vida. Os japoneses nos lembram que devemos ser como um guerreiro leal e corajoso que cumpre um objetivo muito específico: manter a nossa integridade e essa afinidade com a nossa própria essência (A MENTE É M A R AV I L H O S A . D i s p o n í v e l e m : < h t t p s : / / amenteemaravilhosa.com.br/ikigai-descobrir-propositosde-vida/>).
Para viver o Ikigai, é preciso aprender algumas coisas simples e básicas, entre elas nunca desejar a mesma felicidade que se supõe que os outros possuem. A felicidade que vemos nos outros pode não ser real. Da mesma forma, não é saudável querer fazer a mesma coisa que as pessoas que nos rodeiam. Além de não vivermos o Ikigai, estaremos vivendo como noventa e nove porcento da população, ou seja, fazendo igual ao que os outros fazem. O desafio é ter coragem para viver de acordo com nossos sonhos, desejos e objetivos. Com isso, seremos únicos, seremos o um porcento que aspira à satisfação verdadeira e à plenitude.
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De acordo com os japoneses, todos têm um Ikigai. E descobrir qual é o seu requer uma profunda e, muitas vezes, extensa busca de si mesmo. Porém, essa busca é extremamente importante porque, somente a partir dela, é possível trazer satisfação e significado para sua vida (MOGI, 2018, p. 6).
Encontrar o Ikigai é de suma importância para quem quer viver uma vida de plenitude e satisfação. Ter o Ikigai definido e claro confere felicidade e significado à vida. Em si, Ikigai é uma arte, uma arte de viver com significado. Quando uma pessoa encontra o seu Ikigai, ela deve segui-lo e alimentá-lo diariamente, de modo a dar sentido a sua vida. Quando se coloca significado na vida, uma tarefa rotineira converte-se em um feliz fluir, porque a pessoa age e trabalha com satisfação. Um sinal de que a vida não está transcorrendo como deveria é a vida de uma pessoa não fluir, é a vida parecer estar emperrada. Podemos até por um tempo viver sem Ikigai, fazendo de conta que a vida é apenas dormir, levantar pela manhã, talvez tomar um café da manhã com pressa e trabalhar. Mas todo ser humano um dia depara-se com a sua realidade interior e precisa tomar uma decisão do que fazer a respeito. Ela pode optar por continuar fazendo de conta e fingindo que algo não é com ela. Mas isso não durará por tanto tempo. Em algum momento de nossas vidas somos levados a refletir, a olhar para dentro e ver as respostas que sempre buscamos fora.
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Ikigai olha para dentro, porque é lá que ele está e é lá que estão as respostas que precisamos para a vida. Ikigai confere um novo olhar para uma vida sem sentido. Ikigai resgata a pessoa de uma vida sem significado e a leva para um caminho de felicidade. Com Ikigai mudamos a nossa vida, porque passamos a ver cor onde antes apenas havia o vazio. Confúcio disse: “Escolha um trabalho que você ame e não terá de trabalhar um único dia de sua vida”. Essa frase é verdadeira e se aplica ao Ikigai. Quando encontramos aquilo que amamos, não trabalhamos, e sim, ocupamo-nos com algo que nos dê prazer e nem sequer vemos o tempo passar. Sendo assim, conclui-se que felicidade não é um fim, mas é o caminho que percorremos. De nada adianta chegar ao destino se não apreciamos as flores que estão no caminho. Devemos focar nos nossos objetivos, mas nunca podemos deixar de olhar para o caminho que nos leva a eles. O passado já passou. O futuro não chegou ainda. Resta-nos apenas o presente para ser vivido na totalidade, com inteireza. Ser inteiro o tempo todo é o segredo para o Ikigai. Prestar atenção aos detalhes da vida é Ikigai. Cuidar de sua saúde é Ikigai. Ver a beleza do caminho que nos leva ao trabalho é Ikigai. Ver a beleza da família que constituímos é Ikigai. Apreciar o trabalho que realizamos todos os dias é Ikigai. Sorrir para um rosto
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entristecido é Ikigai. Escolher as palavras certas ao se dirigir a alguém é Ikigai. Ikigai é estar no fluxo constante da vida. Para finalizar, segue a última estrofe do poema O Enamorado da Vida, de Olegário Mariano, escrito em 1937:
“Vida! Quero viver todas as tuas horas, As que prendi na mão e as que nunca alcancei. Ser um pouco de ti no espelho das paisagens Para, quando morrer, levar dentro dos olhos A beleza imortal de tudo quanto amei.”
Que a vida sempre nos brinde com leveza, com beleza, com simplicidade, mas com profundeza de alma! Isso é Ikigai!
Mais algumas considerações sobre Ikigai
Ikigai é um tema apaixonante porque trata da natureza essencial humana. Todas as pessoas têm seu Ikigai. Em nome da felicidade e do bem-estar, vale a pena fazer uma viagem interior e encontrar o seu Ikigai, pois é lá que ele está. Encontrar o Ikigai não é uma tarefa difícil. Basta fazer uma auto-observação e responder as seguintes perguntas: o que eu !87
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amo fazer? O que, quando estou fazendo, faz-me esquecer do relógio? O que me dá alegria, sensação de paz e bem-estar quando estou fazendo?
A grande maioria das pessoas ainda não encontrou o seu Ikigai, ainda não está vivendo uma vida com sentido; conhece apenas o vazio existencial. Isso acontece porque o foco ainda está em viver a vida apenas para a satisfação dos desejos materiais e, quando não consegue essa satisfação, entram em cena a frustração, a decepção, a depressão. O Ikigai não necessariamente é vivido através da profissão que escolhemos. Podemos ter a nossa profissão, o nosso negócio e este não ser nosso Ikigai. Isso não tem nenhum problema, desde que a pessoa esteja consciente de que ela tem o seu emprego para garantir a sua subsistência ou tem o seu negócio para fazer dinheiro, mas que, para se sentir plena, precisa buscar um sentido para sua vida. Muitas pessoas encontram esse sentido em trabalhos voluntários. Entretanto, viver o Ikigai através da profissão é viver em plenitude. Da mesma forma, viver o Ikigai através de um negócio é altamente recompensador, porque a empresa colocará para as pessoas o seu melhor, indo ao encontro de suas necessidades e não pensará apenas no lucro pelo lucro.
A vida só tem sentindo quando encontramos o sentido que ela verdadeiramente tem e não aquele que nós queremos que ela tenha. Estamos onde estamos por uma razão, por um propósito.
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Basta apenas descobrir esta razão, este propósito, para a vida se descortinar e mostrar suas verdadeiras cores.
FEMININE POWER – COMO TUDO COMEÇOU (relato pessoal da autora) Há vários anos, eu vinha acompanhando as atividades da Confraria do Batom, que tem sede em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, e que tem como idealizadora e fundadora Iva Cardinal. Cheguei a participar de algumas atividades porque gostei muito da proposta. Quando decidi morar em Portugal, conversei com Iva Cardinal sobre a possibilidade de trazer a Confraria do Batom a este país, dentro dos mesmos moldes e propósitos. Amadurecemos a ideia e Iva chegou à conclusão de que poderia ser uma boa ideia expandir as atividades da Confraria do Batom. Para mim também seria muito interessante, porque, além de trazer uma estrutura já pronta, que tem um nome construído no Brasil, eu teria possibilidade de trabalho imediato em Portugal. Iva e eu nos reunimos na sede da Confraria do Batom, em Porto Alegre, e conversamos sobre o projeto e sobre seu lançamento. Foi uma reunião muito produtiva porque já deu para ver o nascimento do projeto em outro país.
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De modo a lançar o projeto em Portugal e, posteriormente, consolidá-lo, eu teria de buscar parcerias e apoios. Essa parte não foi muito fácil porque não houve logo uma compreensão do que é o projeto e o que se pretendia trabalhar. Em função do nome, em Portugal aconteceu uma associação à maquiagem e percebi que não houve a aceitação que eu imaginava que tivesse. Mesmo assim, não desisti e fui procurar apoio com pessoas amigas e conhecidas, que pudessem ajudar a alavancar o lançamento e a consolidação do projeto em Portugal. Esse apoio aconteceu nas pessoas de Célia Carriço, Isa Portelada, Sofia Carvalhais e Liliana Domingues, que se prontificaram a colaborar e que já foram logo denominadas de embaixadoras do projeto. Célia ficou com a tarefa de conseguir um local para o evento e ajudar na divulgação. Isa prontificou-se a ajudar na divulgação e a receber as inscrições, como também para palestrar na noite do lançamento do projeto. Sofia, uma designer de primeira, prontificou-se para fazer a arte da divulgação. Liliana, que se prontificou a ministrar palestra na noite do lançamento da Feminine Power. E já tínhamos a data para o evento de lançamento: 27/02/2020. Apesar desse valioso apoio que encontrei, as coisas não fluíram conforme esperado e o lançamento foi adiado para março 2020. Como a Confraria do Batom não tinha registro em Portugal, não seria possível buscar patrocínios para o evento. Haveria necessidade de cobrar pelo evento, de modo a cobrir as despesas.
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O valor do ingresso, porém, não poderia ser muito elevado, pois não haveria adesões. Por fim, mesmo cobrando um valor baixo, não despertou o interesse imaginado e, com isso, não haveria possibilidade de cobrir as despesas com a viagem a Portugal de Iva Cardinal. Trocando ideias com as três embaixadoras do projeto, estas sugeriram criar algo totalmente novo em Portugal, ao invés de trazer a Confraria do Batom. Primeiro resisti à ideia porque havia pensado na Confraria do Batom como o grande projeto em Portugal. Por fim, dispus-me a refletir e, depois de alguns dias, compreendi que as embaixadoras estavam certas. A Confraria do Batom é um projeto excelente para o Brasil, a começar peço nome, que todas as mulheres adoram. O nome não teve aceitação em Portugal, como também não teve aceitação de trazer algo pronto do Brasil. A ideia era mesmo criar algo especial para o público de Portugal. Com mais alguns dias de reflexão sobre o propósito do projeto, cheguei ao nome que tocou meu ser: Feminine Power. O projeto teria inicialmente uma estrutura parecida com a Confraria do Batom, porém com a estruturação dos pilares de uma forma um pouco diferente.
Lancei a ideia às embaixadoras e elas adoraram a ideia. Imediatamente nós cinco começamos a trabalhar para lançar o projeto no dia 26/03/2020. Tudo pronto, com belas palestras que
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seriam ministradas às mulheres. Entretanto, veio um novo desafio: Covid19. E, mais uma vez, o lançamento teve de ser adiado.
Mas isso não trouxe desânimo. Pelo contrário, foi motivo de buscar novas ideias e de criar algo mais espetacular ainda. Busquei apoio do coordenador da pós-graduação em Coaching que eu havia feito recentemente e ele me deu a mentoria necessária para a criação de algo que realmente impactasse o mundo das mulheres portuguesas. A primeira tarefa que ganhei foi escrever o presente livro. No começo, pareceu uma tarefa difícil, pois não sabia exatamente por onde começar. Deixei o tempo passar enquanto procurava inspiração para algo grandioso. Somente quatro meses depois, no mês de julho 2020, veio a ideia do diferencial, da razão de oferecer um espaço para as mulheres portuguesas, onde elas possam se desenvolver em todas as áreas. Ficou muito claro que a base de tudo seria a estruturação da mulher, que é o primeiro pilar da Feminine Power. Para isso, haveria necessidade de um trabalho profundo, que mexesse com a essência feminina. O insight que veio é de trabalhar o Sagrado Feminino e trabalhar o projeto de uma forma tal que abranja todas as mulheres, não apenas empreendedoras. A Feminine Power quer acolher todas as mulheres, sejam elas empreendedoras, líderes em empresas, funcionárias de empresas,
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donas de casa. Todas as mulheres terão oportunidade de se desenvolver na sua essência e também encontrar o propósito de vida, numa visão de Ikigai, assunto que mereceu um capítulo no presente livro. No momento em que as mulheres despertarem a sua sacralidade, todas as relações tor nar-se-ão saudáveis, a começar com a relação consigo mesmas. A reconexão com sua essência terá destaque especial em todos os trabalhos da Feminine Power. O projeto tende a ser ousado porque sua estrutura é ampla e abrange todas as esferas do universo feminino. Para que se possa desenvolver o trabalho na
Astrid Lenhart
sua
totalidade,
considerando os cinco pilares, que serão descritos a seguir, é preciso buscar apoio financeiro, através de patrocínios permanentes, uma vez que se pretende oferecer atividades semanais às Winners. Winner é o nome carinhoso para as mulheres que fazem parte do projeto.
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FEMININE POWER – O QUE É?
Trata-se de um projeto de desenvolvimento pessoal e profissional para mulheres, criado por Astrid Lenhart. O enfoque é autoliderança, liderança, empreendedorismo, bem-estar e saúde, desenvolvimento pessoal e profissional, estruturação e independência financeira, que são os pilares do projeto, sobre os quais será falado em capítulo específico. O projeto caracteriza-se pela promoção de encontros presenciais, que é o grande diferencial, com desenvolvimento de conteúdo e discussão de temas relevantes ao universo feminino, visando o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e de encontros de networking profissional, como também de eventos maiores, como congressos e mostra business. No começo, os eventos serão em Lisboa. No entanto, pretendese fazer chegar o projeto a todo país. E, em um futuro talvez não muito distante, pretendemos levar o projeto a outros países da Comunidade Europeia. A Feminine Power acolhe todas as mulheres; não apenas empreendedoras. Acolhe as líderes de empresas que querem aperfeiçoar o seu desempenho. Acolhe as mulheres que almejam
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postos mais elevados nas empresas em que trabalham, porém não sabem como construir o caminho para o reconhecimento e sucesso. Igualmente acolhe as mulheres que não tem profissão, ou que tem, mas estão em suas casas a cuidar dos filhos. Todas essas mulheres têm anseios em comum, que é o bem-estar, o amorpróprio, a autoestima, a felicidade, o reconhecimento como ser humano. Com esses anseios preenchidos, as mulheres vivem melhor, tem mais saúde e disposição para a sua vida cotidiana. A razão do diferencial ser encontros presenciais é para que haja interação com outras mulheres, que possam estar vivenciando os mesmos sentimentos e situações. Os encontros presenciais possibilitam a troca de experiências, a partilha de sentimentos e ouvir palavras que podem fazer a diferença em suas vidas.
As mulheres se autoanularam durante muito tempo, vivendo à sombra de seus companheiros. Cumpriram muito bem o seu papel de esposas e mães, ao mesmo tempo em que também ajudavam a ser as provedoras da casa, papel incialmente puramente masculino. Em busca de seu espaço ao Sol, as m u l h e r e s c r i a r a m j o r n a d a s d u p l a s , d e s e mp e n h a n d o primeiramente seus papeis nas empresas e, quando chegavam em suas casas, mais trabalho as aguardava. Seus companheiros raramente as ajudavam nas tarefas domésticas. Além desses dois papeis, havia ainda um terceiro: o de amante, porque os maridos
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também queriam ter momentos de intimidade com suas esposas. Cansadas ou não, elas costumavam cumprir o seu papel. A satisfação pessoal acabava por ficar em último plano. Tudo envolvia obrigatoriedade. E quem pode ser feliz nesse clima? Uma mulher, pelas suas características inatas, gosta de se cuidar, de se arrumar, de se sentir bonita. Como ela pode e sentir mulher, bonita e desejada, se ela não tem tempo para se cuidar? Muitas mulheres se fecharam no seu mundo de insatisfações, enquanto viam seus maridos irem em busca de mulheres mais atraentes. A grande maioria dos homens nunca valorizou casa limpa, roupa lavada e comida à mesa. Esses itens, para eles, sempre fizeram parte das tarefas femininas. Suas mães, também mulheres, não os ensinaram a serem companheiros, não os ensinaram tarefas domésticas, não ensinaram que casamento também significa partilha e colaboração. Não estou aqui a julgar as mães, e sim, estou a levantar um problema que acontece ainda nos tempos atuais, em que as filhas ajudam nas tarefas de casa e os filhos brincam, jogam seus jogos no computador, sem darem a sua colaboração. E não pensem que estes filhos vão mudar quando casam! Eles continuarão com o hábito de querer as coisas prontas. E segue-se no caminho dos modelos de casamento em que a mulher tem jornada dupla e o homem não ajuda em casa. Há
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exceções, mas ainda são poucas. E isso é por demais frustrante para as mulheres. Muitas mulheres reclamam dos seus maridos. Entretanto, quando tem filhos homens acabam por repetir o mesmo padrão, enquanto tem nas mãos a faca e o queijo para quebra-lo. Aos poucos as coisas estão mudando, porém ainda está longe do ideal. Vê-se ainda muita frustração e as mulheres, com isso, perdendo sua autoestima. Por essa razão, a Feminine Power criou vários produtos a s e r e m o fe r e c i d o s à s m u l h e r e s , t o d o s d e s e n v o lv i d o s presencialmente. Criar-se-ão produtos e espaços em que as necessidades e anseios das mulheres encontrarão eco. Elas sentirse-ão acolhidas e compreendidas. O que deve ficar claro é que a Feminine Power não tem nada a ver com feminismo porque acredito que feminismo é igual ao machismo. Os homens não são inimigos das mulheres e, portanto, não há necessidade de combatê-los. Homens e mulheres – Yang e Yin – complementam-se; não são opositores. Nesse ponto, entra a Feminine Power, para empoderar as mulheres, de modo que caminhem lado a lado com os homens, com alta autoestima, buscando o espaço que lhes pertence, porém, sem perder sua essência feminina.
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Por essa razão, as mulheres da Feminine Power são carinhosamente chamadas de Winners. Por que Winners? Porque elas são vencedoras pelo simples fato de saírem de suas casas para se encontrarem com outras mulheres, para falarem de si mesmas, dos seus anseios, de suas vontades, de seus objetivos, do que querem para suas vidas. Elas são Winners porque terão oportunidade de se preparar melhor para suas carreiras. Elas são Winners porque terão a oportunidade de descobrirem o seu propósito e viverem vidas mais felizes. Elas são Winners porque poderão aparecer umas para as outras, sem medos, sem vergonhas, porque todas estão na mesma busca: a felicidade.
E quem são as Winners? Todas as mulheres a partir dos 18 anos! Juntas podemos mais!
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ATIVIDADES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS PELA FEMININE POWER
Todos os encontros com as Winners serão presenciais, com palestras e workshops conduzidos por profissionais de alta reputação em suas linhas de atuação, com temas que sejam do interesse do universo feminino. Estes encontros acontecerão todas as semanas, com duração aproximada de duas horas, quando for palestra, sempre na forma de um produto da Feminine Power.
Produtos da Feminine Power Papo Smart
Neste evento, será convidada uma palestrante para falar sobre temas de interesse do universo feminino. A palestra será na forma de um bate-papo com as Winners, que terão oportunidade de interagir com a palestrante e entre si, de uma forma bem dinâmica. Periodicidade: uma vez por mês.
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Chá com Ideias Para esse evento, haverá uma palestrante para conversar com as mulheres sobre os seus negócios. Além de apresentação de um tema, o formato do produto é também uma forma de consultoria em grupo. Será um momento em que as mulheres levarão suas dúvidas, mas também suas ideias para contribuírem com as outras mulheres. Será um encontro de ideias e de apoio mútuo. Com isso, cria-se a energia da cooperação. Periodicidade: uma vez por mês.
Beauty Day Beauty Day é um encontro em que será oferecido às mulheres uma palestra na área de cuidados pessoais e beleza, visando o resgate da autoestima. Serão convidadas profissionais dessa área, que darão palestras vivenciais, farão demonstrações, tudo para deixar as Winners lindas e poderosas. Periodicidade: uma vez por mês.
Workshops e Formações Estes eventos terão duração de 4h ou mais, dependendo do tema em questão. Os temas são voltados para o desenvolvimento pessoal e profissional. Para esses eventos sempre serão contratadas profissionais de renome e altamente qualificadas para os respectivos temas.
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Estes eventos visam a formação integral das Winners, em que será desenvolvido um programa de vários módulos, que contemplarão os cinco pilares da Feminine Power. Esta formação será a base para todo o desenvolvimento das Winners, porque, após a conclusão de todos os módulos, serão oferecidos worshops e treinamentos dentro de áreas específicas, de acordo com sua linha de interesse e necessidade. Isso significa que as Winners sempre terão oportunidade para se desenvolver em todas as áreas, como também se atualizarem. Periodicidade das formações e/ou workshops: uma vez por mês. Além destas atividades, que distribuídas pelo mês, sendo uma por semana, as Winners também terão oportunidade de, através de eventos específicos, trabalharem suas energias. Para isso, serão oferecidas mensalmente Danças Circulares Sagradas e Biodança, atividades que trabalham também o resgate da essência da Deusa, do Sagrado Feminino. A Feminine Power também proporcionará uma estrutura permanente de serviços de psicologia, mentoria e Coaching. A Feminine Power quer ouvir as Winners e ajuda-las nas diferentes áreas de interesse e necessidade.
Além dos eventos descritos, a Feminine Power terá ainda:
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Eventos de Networking Profissional Esta atividade chama-se Vai lá e brilha! Acontecerá duas vezes por ano – um a cada semestre. Nesse evento, as Winners e convidadas - empreendedoras, gestoras de negócios e profissionais liberais - tem a oportunidade de apresentar os seus negócios. Será estabelecido um tempo para cada participante apresentar o seu negócio. Além de apresentar, é um momento importante de networking.
Congressos Uma vez por ano, A Feminine Power oferecerá às Winners um congresso de dois dias, em que serão desenvolvidos temas de seu interesse, no âmbito de desenvolvimento pessoal e profissional. Para esse evento, serão convidados profissionais de renome de Portugal e do exterior.
Mostra Business Igualmente, uma vez por ano será organizada uma Mostra Business, em formato de feira, na qual as Winners expõem e apresentam o seu trabalho para a comunidade em geral. Desta forma, o trabalho das Winners ficará amplamente conhecido.
Juntas podemos mais! !102
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MISSÃO, VISÃO E VALORES
A Feminine Power não poderia deixar de definir sua Missão, Visão e Valores, porque são esses três princípios que regerão as atividades da instituição. Destes princípios, resultarão os Pilares que darão sustento à Feminine Power. Antes de falar da missão da Feminine Power, vamos primeiro entender o que significa missão. A missão é o Ikigai, ou seja, é a razão de ser da Feminine Power. Sendo a missão o Ikigai, então a missão da Feminine Power é: Ajudar as mulheres a despertarem a sua sacralidade, estruturando-as em todos os setores da vida e proporcionando o equilíbrio dos cinco pilares da Feminine Power.
A visão de uma instituição dá a direção, ou seja, onde a Feminine Power quer chegar, o que ela deseja alcançar e onde ela quer chegar. Sendo assim, a visão da Feminine Power é: Ser a maior referência em Portugal e na Europa no desenvolvimento das mulheres em todas as áreas da vida, resultando em felicidade, plenitude, amor, saúde e sucesso.
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Os valores definem a maneira como a Feminine Power quer ser reconhecida. Os valores definem até mesmo a conduta das Winners. Os valores que definem a Feminine Power são: estruturação, integridade, respeito, amor, sustentabilidade e contribuição.
OS PILARES DA FEMININE POWER
Os pilares da Feminine Power são resultantes de sua Missão e representam a sustentação da instituição. Os pilares são a estrutura que compõem a instituição e o que ela vai trabalhar com as mulheres. Todas as atividades oferecidas sempre observarão os cinco pilares, que conheceremos a seguir. Dessa forma, todas as áreas da vida das Winners serão contempladas, desde a sua estruturação ao seu sucesso. Os cinco pilares da Feminine Power, que serão descritos na sequência.
Pilar 1 – Estruturação Este pilar é o que dará sustentação para os demais pilares, posto ser ele que dará início a tudo. Não é possível desenvolver uma Winner sem antes trabalhar e curar a sua base. Essa base
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contempla o despertar do Feminino Sagrado, permitindo às Winners viverem a sua sacralidade, despertando para a sua verdadeira essência. Ao trabalhar a sacralidade do Feminino, cura-se as feridas da criança interior e todas as feridas emocionais abertas ao longo da vida. Estes trabalhos de despertar e desenvolvimento do Sagrado Feminino acontecerão mediante palestras, workshops vivenciais, danças sagradas. Para isso, contaremos com pessoas de renome que conduzirão as atividades. A estruturação fará parte dos demais pilares, pois as Winners terão a oportunidade de se reconstruírem em todos os setores. O trabalho todo será desenvolvido por formações, divididas em módulos, que terão uma determinada sequência, contemplando todos os setores da vida. Ao final das formações, o trabalho não termina, porque a Femine Power sempre oferecerá atividades às Winners. O desenvolvimento das Winners nunca termina. Sempre haverá coisas novas para aprender e a compartilhar. O sucesso e a felicidade não são apenas um fim, e sim, uma estrada que se trilha com alegria e entusiasmo pelo aprendizado.
Bem-estar e saúde
Fazendo parte da estruturação, bem-estar e saúde é de grande relevância, pois não é possível trilhar o caminho do sucesso e da felicidade se não houver saúde e bem-estar. A
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Feminine Power oferecerá às Winners, além das formações, atividades semanais em que possam buscar o equilíbrio na saúde e alcançarem o seu bem-estar. A Feminine Power fará parcerias com ginásios, centros de yoga e artes marciais, de modo que as Winners se exercitem e ainda encontrem o seu bem-estar. Nos ginásios, as Winners poderão se exercitar, corrigir sua postura através de pilates, fortalecerem-se, enfim, fisicamente. Nos centros de yoga e artes marciais, as Winners aprenderão sobre equilíbrio e centramento, aprenderão a respirar a vida e, com isso, alcançarão o bem-estar. A Feminine Power também contará com a colaboração de profissionais da área de nutrição. O objetivo é que as Winners conheçam sua estrutura física e aprendam o que seu corpo físico necessita para ficar bem. Nem tudo aquilo que gostamos de comer faz-nos bem. É preciso aprender a conhecer aquilo que faz bem e o que não faz bem, de modo a termos bem-estar.
Pilar 3 – Beleza e Sedução Beleza e Sedução é também um pilar muito importante. Nenhuma mulher alcançará o sucesso se ela não se sentir bonita e sedutora. Uma mulher que não se sente bonita e sedutora tem baixa autoestima e isso se refletirá no seu trabalho, nas suas relações profissionais e nos relacionamentos afetivos.
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Nesse pilar, as Winners aprenderão a se conhecer na sua totalidade e irão aprender a despertar a beleza que já existe nelas. Muitas mulheres acham que a beleza consiste apenas em se maquiar ou passar um batom. A beleza vai além disso. A beleza é um despertar de dentro para fora. A maquiagem não é capaz de despertar a verdadeira beleza da mulher. Todas as mulheres são bonitas e tem suas particularidades. Reconhecer em si mesma a beleza não é uma das tarefas mais fáceis quando a autoestima foi passear em outros lugares. Quando a mulher não se sente bonita, ela também não se sente sedutora. E isso leva muitas mulheres a desistirem de sua felicidade. Por que se arrumar bem todas as manhãs se ninguém vai olhar para ela? Por que colocar a melhor roupa para ir ao trabalho? Por que usar sapatos de salto se a mulher se sente um lixo? Por que usar acessórios bonitos se ninguém vai reparar? Essas perguntas são resultado da falta de autoestima e amorpróprio. Realmente não adianta usar maquiagem nessas circunstâncias. A mulher vai continuar se achando um lixo de qualquer forma. Por isso, faz-se necessário todo um trabalho de estruturação da mulher, de modo que ela desperte o seu melhor. Com alta autoestima, a mulher irá querer usar a melhor roupa, usar sapatos de salto, usar belos acessórios, usar o melhor perfume, passar aquele batom com que ela se sinta poderosa. Nós nascemos poderosas. Por que, ao longo da vida, começamos a
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desistir de nós mesmas? Por que desistimos da nossa beleza interior e exterior? Por que negamos a sedução? Todas essas perguntas encontrarão suas respostas nas atividades da Feminine Power. A Femine Power ocupar-se-á em desenvolver as mulheres na sua totalidade, levando-as ao caminho da felicidade e do sucesso, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional.
Pilar 4 – Desenvolvimento pessoal e profissional
Esse pilar abrange todas as atividades da Feminine Power para as Winners que visam o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Igualmente nesse pilar será observada a estruturação. Como parte integrante das formações, as Winners terão acesso a atividades de autoconhecimento e também de desenvolvimento profissional. As atividades de autoconhecimento assumem um papel fundamental porque, acima de tudo, é preciso que as Winners se conheçam antes de quererem se desenvolver profissionalmente. O autoconhecimento é a base de todo desenvolvimento. Uma mulher que não se conhece não saberá também o que quer da vida. Não saberá o que quer e nem onde quer chegar. Com
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isso, não saberá construir uma carreira brilhante. Ficará apenas olhando para o sucesso dos outros. A Feminine Power oferecerá módulos específicos de autoconhecimento nas formações, de modo que as Winners tenham a oportunidade de mergulharem dentro de si e, assim, acessarem a sua essência. Aprendendo a se decifrar, aprenderão a decifrar o mundo. E aí reside a chave do sucesso. As formações de cunho profissional virão na sequência, quando as Winners estarão preparadas para elas. Preparando primeiro as Winners na sua essência, elas estarão preparadas para se desenvolverem profissionalmente.
Pilar 5 – Independência financeira Quem é que não sonha em ser independente financeiramente? Não tem nada errado que uma mulher dependa de seu parceiro para lhe dar o sustento. Como Winner, devemos nos abster de julgamentos. Muitas mulheres optam por deixarem suas carreiras profissionais para se dedicarem primeiro à criação e educação dos filhos. E isso não tem nada de errado. Pelo contrário, poder ficar com os filhos e lhes dar uma boa educação é um grande privilégio. É também um direito que as crianças têm. Sem citar nomes, mas há países em que a mãe ou o pai podem ficar em casa durante dois anos para cuidarem dos filhos. Não é somente a mãe que tem esse direito, mas pode-se optar também
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do pai ficar em casa. Os casais que decidem ter filhos decidem também quem ficará em casa. Normalmente o fator salário é o fator de decisão. Conheci um casal em que o pai ficou em casa porque o salário da mãe era maior. E essa decisão se dá porque a licença de dois anos não é remunerada. A mãe ou o pai tem apenas o direito de voltarem aos seus postos de trabalho. Só que isso não é uma realidade na grande maioria dos países. Então, muitas mães decidem que é hora de abrir mão de sua carreira para se dedicar aos filhos. Como mencionei acima, vejo isso como um ato muito nobre e essa decisão deve ser respeitada.
Mesmo assim, as mulheres que não trabalham fora serão muito bem-vindas como Winners, porque poderão se desenvolver no aspecto pessoal e encontrarem o seu bem-estar e felicidade. Muitas mulheres que não trabalham fora acabam por não mais cuidarem de si e, com isso, perdem a autoestima. A Feminine Power recebe de braços abertos essas guerreiras. Com isso, a Feminine Power quer ajudar essas mulheres a voltarem oportunamente ao mercado de trabalho, se essa for a sua vontade. Muitas mulheres precisão começar do zero por ficarem muito tempo fora do mercado de trabalho. Muitas vezes, terão de fazer cursos de atualização ou até mesmo mudar de área, reinventando-se em uma nova profissão que faça mais sentido na nova fase.
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A Feminine Power quer ajudar todas as mulheres: as empreendedoras, as líderes de empresas, as mulheres que querem construir uma carreira e galgarem postos mais elevados, as mulheres que não sabem qual é o seu Ikigai e, assim, não sabem qual é sua verdadeira profissão. A Feminine Power quer ajudar as Winners a serem vitoriosas na sua vida pessoal e profissional. A Feminine Power quer ajudar a construir uma nova vida para as Winners.
Juntas podemos mais!
A CONCRETIZAÇÃO DA FEMININE POWER®
De modo que se possa incluir o maior número possível de mulheres nesse projeto, é preciso contar com ajuda de apoiadores e parceiros, uma vez que se pretende oferecer todas as atividades praticamente de graça. As Winners pagarão uma taxa de adesão e uma mensalidade de um valor simbólico, mas que não cobrirão todas as despesas mensais envolvidas, tais como aluguel de um espaço apropriado para as atividades, o pagamento de palestrantes, formadores e terapeutas.
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Uma vez que se objetiva a inclusão de todas as mulheres, não é possível cobrar delas um valor de adesão e mensalidade muito alto. O valor da adesão e da mensalidade é apenas a título de energia de troca, sempre muito importante em tudo que se faz na vida, de modo que haja equilíbrio entre o dar e receber. Entretanto, para manter a estrutura do projeto, é preciso contar com investimento de empresas. Os investidores serão divididos em duas categorias: Apoiador e Parceiro.
APOIADOR A Apoiador é subdividido nas categorias outro, prata e bronze e cada remunera com um valor mensal, de acordo com sua subcategoria. Em contrapartida, o apoiador, de acordo com a subcategoria, recebe um pacote de benefícios, que inclui: ingressos nos eventos, banner no site, flyer nas redes sociais, inserção do logotipo nos materiais do evento, espaço para recados da marca durante os encontros, em tempo de acordo com a subdivisão. Cada Apoiador terá exclusividade no segmento. PARCEIRO O Parceiro oferece produtos ou serviços necessários para os eventos. Estes Parceiros podem ser gráficas, padarias, confeitarias, supermercados, minimercados, fr utarias, profissionais de marketing, fotógrafos, cinegrafista, equipamentos de som e multimídia, enfim, todo tipo de serviço e produtos
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necessários para a realização de eventos. Também recebem um pacote de benefícios/ divulgação. Os Parceiros podem ser diferentes para cada evento.
Nossa contrapartida para os Parceiros é: inserção do logotipo da empresa no flyer do evento, agradecimentos feitos pela organização no início e fim do encontro, possibilidade distribuição de materiais de divulgação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como podemos ver, a Feminine Power é um projeto arrojado e inovador. Sempre pensei em desenvolver algo para o universo feminino e masculino, os dois universos no mesmo projeto. Quando comecei a colocar o projeto no papel, percebi que isso não seria possível. Há muito a ser a trabalhado em cada universo. Primeiro é preciso acontecer a cura do feminino e do masculino, de uma forma individual, para que, depois, possam trilhar juntos um caminho saudável. Uma vez que é preciso fazer um começo, decidi por começar pelo meu universo, que é o universo feminino. No entanto, em uma próxima etapa, espero ter o apoio necessário para criar o Masculine Power. Para esse projeto, não basta apenas ter o apoio !113
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de patrocinadores. Para esse projeto, é preciso parcerias masculinas que já estejam vibrando na sua sacralidade. Mas isso no seu devido tempo porque agora o foco será a Feminine Power.
Precisamos reconstruir o universo feminino, tão machucado ao longo de tantos séculos. As feridas são muitas e algumas muito profundas. Quando a mulher conseguir se estruturar, ela será um dos pilares de apoio para reconstrução do universo masculino. As mulheres dão à luz a mulheres e a homens. A grande maioria, por estar desestruturada em todas as áreas, repassa essa desestruturação aos seus filhos. E os homens não passam essa desestruturação? Com certeza. Mas a mulher tem um papel diferente na criação dos filhos. Ela os carrega durante nove meses em seu ventre, nutre-os antes mesmo deles estarem neste plano de existência. Ao pai cabe ser o apoio aos filhos, ser a imagem da força e do amor ao mesmo tempo. Como diz Bruna Lombardi: “Pai é o porto seguro de seu filho, o ponto para buscar forças e encontrar uma fonte inesgotável de amor”. Penso que muitas pessoas vão agora dizer que muitas mulheres são mãe e pai. Sem querer entrar no mérito da questão, mas as constelações familiares explicam que cada um tem o seu papel e um não substitui o outro, mesmo que se esforce. É nobre ver muitas mulheres tentando fazer o papel duplo e até se saem bem. Mesmo assim, há uma falta emocional nos filhos que precisa ser reparada em algum momento da vida. Por mais que se diga
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que o pai não fez falta, a realidade é que fez muita falta e essa falta gera muitas feridas emocionais. Talvez alguns se perguntem porque tantos pais abandonam seus filhos e, antes disso, o casamento. As razões são diversas, mas todas envolvem a ausência de modelo familiar e a criação errada de que os meninos podem fazer tudo e as meninas tem limitações. Muitos meninos crescem com o padrão de que não precisam ser responsáveis, que basta usar e jogar fora, posto que isto é ser homem. O casamento envolve responsabilidades e muitos homens não querem assumi-las. Pulam de relacionamento em relacionamento, tendo filhos em todos eles e não assumindo nenhum. Essa ainda é a realidade atual. As mulheres, por sua vez, também com inúmeros problemas em sua estruturação, jogam a responsabilidade de sua felicidade em um parceiro. Querem a todo custo ter um relacionamento e, de preferência, que resulte em um casamento. Para isso, muitas mulheres não medem esforços até mesmo para separar casais, pelo simples fato de quererem um determinado homem. Estas mulheres não têm a menor consciência do que estão fazendo. Se um homem casado, com família, sente-se disponível para o “mercado”, não significa que as mulheres devem querer este homem. Mas a carência é tão grande que não se importam em “dividir”, não se importam em ser a “outra”. Ser mulher é algo tão extraordinário que nenhuma deveria se submeter a esse tipo de situação. Não estou aqui julgando ninguém. Estou chamando à
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consciência para que as mulheres despertem para o seu poder, para a sua sacralidade. Quando uma mulher desperta para a sua sacralidade, ela irá querer qualidade em todas as áreas da vida, a começar pela área amorosa. A mulher desperta para a sua sacralidade não irá mais aceitar migalhas e ela, segura de si, não precisará mendigar atenção de ninguém. Não que ela seja autossuficiente, mas sim, porque ela aprendeu a se amar e, por isso, a se valorizar. A nova mulher que nascerá com a Feminine Power estará tão estruturada que saberá o que quer, para onde quer ir e o que deseja realizar. Saberá também aquilo que não quer, saberá reconhecer aquilo que a faz feliz ou não. Isso é assustador? Certamente que não! Porque a nova mulher será muito feminina e honrará essa condição, com firmeza e muito amor. A nova mulher saberá como conquistar o seu espaço e como ser de alta performance no seu trabalho. Saberá ser grande mulher, esposa, amante e mãe. Quando a nova mulher olhar para si e reconhecer a sua sacralidade, ela estará pronta para ajudar no desenvolvimento do poder masculino. Como disse anteriormente, é preciso fazer um começo e esse começo será com as mulheres. Os homens terão a sua vez também, no momento certo.
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Num primeiro momento, espero encontrar o apoio necessário para colocar o projeto em prática, a começar pelo apoio no lançamento do presente livro, no registro correto da Feminine Power, no registro da marca e do logotipo, na locação de um espaço apropriado para a realização das atividades, na contratação de profissionais fixos para o projeto, na remuneração de profissionais para as atividades.
É um projeto ousado, mas que será de extrema importância para a construção de uma sociedade com novos valores, com valores positivos. Estes valores também estarão presentes no mundo dos negócios, em que se cultivará o sentido, o engajamento, as relações positivas, as emoções positivas e, claro, o lucro. Que este livro seja o começo de tudo! Que, a partir deste livro, o projeto Feminine Power seja estruturado e que possa, em breve, ser lançado para as mulheres portuguesas e, mais adiante, em outros países da Europa.
Para mim é uma grande honra estar à frente desse projeto, pois este é mais que um desejo do ego. É uma missão de vida, que eu honro com todo meu ser.
Cabe mais uma vez aqui a gratidão à Iva Cardinal, da Confraria do Batom, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul-Brasil, pela inspiração em criar algo grandioso para as mulheres de
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Portugal. Que a Confraria do Batom e a Feminine Power possam ser sempre grandes parceiras! Gratidão a todos que se sentirem tocados pela proposta da Feminine Power e irão contribuir para a sua concretização. Gratidão a todos que irão ajudar a fazer chegar a Feminine Power ao número máximo de mulheres.
Que, juntos, possamos iniciar a construção de um mundo melhor!
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_______________________________________________________________ BIBLIOGRAFIA Inês Gaya. Sagrado Feminino. Porto Editora, 2008, 290 páginas. https://www.eusemfronteiras.com.br/o-sagrado-masculino/, Escrito por Carolina Zambelo Conheça o Sagrado Feminino – A Deusa em cada mulher – ESPECIAL DIA DA MULHER! Por Juliana Viveiros Tonin https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/wicca/sagrado-feminino/ Texto escrito por Sumaia de Santana Salgado da Equipe Eu Sem Fronteiras https://www.eusemfronteiras.com.br/o-que-significa-o-sagrado-feminino/ O SAGRADO MASCULINO – A SABEDORIA DO HOMEM SAGRADO https://omundodegaya.com/2015/10/19/o-sagrado-masculino-a-sabedoria-do-homem-sagrado/. Por: Carlos Caruso – Via Sagrado Masculino https://www.simplyflow.pt/a-uniao-do-sagrado-feminino-e-sagrado-masculino/ Fatima Lopes e Rui Estrela O QUE É TANTRA? https://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/tantra-praticas-astral/artigos/o-que-e-o-tantra-2 Tantra é sobre espiritualidade e envolve todos os aspectos da vida. https://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/tantra-praticas-astral/artigos/tantra-e-sobre-espiritualidadee-envolver-todos-os-aspectos-da-vida Sexo sublime – a arte tântrica e taoísta do amor consciente, Caroline Aldred, Ed. Vitória Regia, 160 páginas A MENTE É MARAVILHOSA. Ikigai: a arte que o levará a descobrir os seus propósitos de vida. Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/ikigai-descobrir-propositos-de-vida/>. Acesso em: 20 mar. 2019. GARCIA, Héctor; MIRALLES, Francesc. Ikigai: os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018. IKIGAI BRASIL. Ikigai Brasil. 2018. Página inicial. Disponível em: <http://ikigaibrasil.com/>. Acesso em: 20 mar. 2019. ______. A solução definitiva para viver seu propósito (E-book). Disponível em: <http:// ikigaibrasil.com/>. Acesso em: 0 mar. 2019. MOGI, Ken. Os cinco passos para encontrar o seu propósito de vida e ser mais feliz. São Paulo:
Astral Cultural, 2018.
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Revista Administração e Ciências Ano 3 - Edição Especial - outubro !120 2020 - ISSN 2525-801X