MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA - 3ª EDIÇÃO

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3 Edição #03 ABRIL 2017 Distribuição Gratuita para Profissionais de Saúde

MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA

www.aformulabr.com.br

Diabetes mellitus

A principal causa de mortalidade no mundo representa 60% das mortes

Palavra do especialista

Individualidade

Farmacoterapia

Suplementos nutricionais MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA

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EDITORIAL Prezado(a) Prescritor(a), Seja bem-vindo(a) à mais nova edição da Revista A Fórmula, que pretende levar até você novos conhecimentos e até mesmo informações atualizadas, sempre específicas da sua área. Desta forma, vamos além do serviço em si, contribuindo para a evolução da área de saúde. Esta iniciativa se reflete em credibilidade, colocando A Fórmula à frente do seu tempo, sendo hoje referência no país, com mais de 25 anos de existência e um crescimento pautado na ética e na valorização do ser humano, tendo mais de 60 lojas em 10 estados brasileiros, sendo a tendência de crescimento ainda maior, já que os investimentos para isso não param, com novas linhas de produtos e investimentos constantes em tecnologia sempre pautado no respaldo científico. Tudo isso vai ser traduzido mais uma vez, e a partir de agora, em um conteúdo especial distribuído pelas próximas páginas. São diversos artigos, todos eles com embasamento científico e dados atuais, além das técnicas mais modernas para enriquecer o seu dia a dia. Aproveite a leitura e seja um(a) multiplicador(a) da beleza, saúde e bem-estar. Equipe A Fórmula

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REVISTA A FÓRMULA # EDIÇÃO 3


EDIÇÃO

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MEDICINA FUNCIONAL E INTEGRATIVA

ÍNDICE ABRIL/2017 Palavra do especialista

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Individualidade

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Possibilidades da Farmácia Magistral

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Formas Farmacêuticas

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Doenças crônicas

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Farmacoterapia

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Suplementos nutricionais

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Outras opções de formulações

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Projeto Gráfico: Argolo Studio Design Diretor de Arte Edu Argolo [eduargolo@argolodesign.com.br]

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PALAvRA DO ESPECIALISTA

Lidar com uma doença crônica pode ser facilitada através da combinação de fatores, que vão desde ao tratamento proposto, à postura do médico ao abordar as opções de que o paciente dispõe. Acredito que a transparência e a forma como iremos conduzir o tratamento impacta diretamente em como o paciente encara a doença e na sua recepção às opções existentes. DR. MARCELO ALMEIDA CRM-BA: 15707

Médico formado pela Universidade federal da Bahia (UFBA), pós-graduando em Medicina intensiva; Ortomolecular pós-graduado pela FAPES e palestrante em diversos eventos científicos da área médica. Atendimento ortomolecular com ênfase em Medicina IntegrativaEmgrecimento, performance e Longevidade em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. α WhatsApp: (71)988141701

Em uma doença como o diabetes, por exemplo, que muitas vezes é vista de forma estigmatizada, temos que ter um cuidado extra no trato com o paciente, para que ele possa entender que é possível conviver com a doença e ainda manter a qualidade de vida. Uma opção que gosto de apresentar aos meus pacientes são os produtos manipulados, principalmente por oferecerem o diferencial da individualização, essencial quando se lida com uma doença crônica como o diabetes. Os medicamentos disponibilizados em farmácias magistrais oferecem uma série de benefícios, ao oferecer um ativo com uma dose determinada, por exemplo, desenvolvida especialmente para aquele caso, atendendo as especificidades do paciente como estágio da doença,

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peso, e demais necessidades que possamos a vir identificar. Aliado a isso, existe a vantagem de ter maior adesão do paciente, justamente pelo manipulado ser completamente voltado às necessidades dele. O diabetes chama atenção ainda por ser associado a várias outras complicações, como hipertensão e obesidade. Em decorrência disso, muitas vezes o paciente vê-se na condição de utilizar diversos medicamentos concomitantemente. Assim, ao valer-se do produto manipulado, existe a praticidade no uso de associações de ativos em um único produto, tanto para pacientes com apenas uma patologia diagnosticada, quanto para aqueles que sofrem de duas ou mais, como diabetes e obesidade. Como profissional da área de saúde, temos ainda que ficar cientes do cenário atual. Somente no Brasil, quase 53 milhões de pessoas possuem pelo menos uma doença crônica, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS). Sabemos que muitas dessas doenças poderiam ser prevenidas ou controladas, e o nosso objetivo primordial é sempre buscar a qualidade de vida do paciente.


ARTIGO

INDIVIDUALIDADE O ato de manipular conduz para o simbólico, remetendo ao que existe de insubstituível: o elemento humano. Cada produto é elaborado de um indivíduo para um indivíduo. A partir da prescrição feita por um profissional habilitado, elabora-se o produto manipulado, o qual respeita as individualidades orgânicas, detalha-se sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. Isolar ou associar substâncias faz toda diferença no que tange ao início e continuidade do tratamento, tendo em vista uma parte considerável da população que apresenta sensibilidades, alergias ou intolerâncias, onde todo esse processo é cuidadosamente supervisionado por um farmacêutico e uma equipe responsável, gerando efetivamente o produto que o paciente fará uso. Levando em consideração o que existe de particular em cada indivíduo, um mesmo produto industrializado utilizado corriqueiramente por outra pessoa, pode não apresentar a mesma eficácia ou até mesmo apresentar um efeito distinto no mesmo. Somos sujeitos diferentes, logo, um só produto, seja medicamento ou até mesmo cosmético, pode ter interações variadas em diferentes pessoas.

Manipulados permitem que várias substâncias sejam agregadas em um único produto com ação prolongada, facilitando a vida do paciente e aumentando à aderência ao tratamento. Destaca-se também a quantidade produzida, exatamente aquela suficiente para o tempo de tratamento, evitando assim o desperdício. Um produto personalizado possibilita uma variedade de formas farmacêuticas que vão desde cápsulas, gomas, transdérmicos, pastilhas, gotas sublinguais, óvulos, supositórios, cremes, géis e outras tantas possibilidades, facilitando assim, a aceitação de outras duas significativas parcelas da população: crianças e indivíduos com algum tipo de déficit cognitivo. Inúmeras justificativas são dadas com o intuito de evidenciar os benefícios de produtos manipulados, representados primordialmente na busca por um maior conforto e bem-estar para a vida das pessoas, sendo que tudo leva a uma única consideração: respeito as individualidades, o medicamento manipulado reconhece o potencial único que habita em cada sujeito.

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FARMÁCIA MAGISTRAL:

POSSIBILIDADES

FORMAS FARMACÊUTICAS Forma farmacêutica: estado final em que se apresenta o medicamento a fim de facilitar a sua utilização por determinada via de administração e obter o efeito desejado.

INOVAÇÃO Possibilidade de conhecer e administrar as chamadas formas farmacêuticas contemporâneas, como gomas medicamentosas, shakes, gloss labial, etc. RESPEITO Permitir aos pacientes hospitalizados ou sob cuidados paliativos, principalmente nas terapias de patologias terminais, a manipulação de medicamentos variados e individualizados, com a finalidade de aumentar a sobrevida destes pacientes ou aliviar a dor e o desconforto com uma forma melhor de administração ao paciente.

Os veículos/excipientes não possuem atividade terapêutica, porém podem modificar a atividade terapêutica do fármaco, influenciando a sua biodisponibilidade, portanto estes se constituem elementos habituais e imprescindíveis nas formulações magistrais. A escolha da Forma Farmacêutica depende principalmente: - da natureza físico-química do fármaco. - do mecanismo de ação. - do local de ação do medicamento. - da dosagem.

CIÊNCIA Auxiliar em alternativas de tratamento diferenciado e estudos clínicos, manipulando ativos que não estejam disponíveis a sua associação no mercado industrial farmacêutico

As formas farmacêuticas, enfim, facilitam a administração dos medicamentos. A escolha da forma farmacêutica está diretamente relacionada com a via de administração que será utilizada.

Referências: As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman/organizadores. Laurence L. Brunton, Bruce A. Chabner, Björn C. Knollmann; [tradução: Augusto Langeloh et al.; revisão técnica: Almir Lourenço da Fonseca]. – 12 ed.– Porto Alegre: AM GH, 2012. Formulário médico farmacêutico/José Antônio de Oliveira Batistuzzo, Masayuki Itaya, Yukiko Eto – 5 ed. revista e ampliada– São Paulo: Atheneu Editora São Paulo, 2015.

Referências: Brasil. Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos, 1ª Edição / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011.

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ALGUMAS OPÇõES DE FORMAS FARMACÊUTICAS

SHAKE

Base Shakeasy® (Shake free)

CÁPSULA

DRCAPS™ O revestimento gastrorresistente é uma técnica utilizada na preparação de ativos ou formulações ou até mesmo invólucros que objetivam resistir à ação do suco gástrico, devendo desagregar-se rapidamente no suco intestinal. Foco: ideal para fármacos com melhor absorção na região intestinal, que possuam tendência à oxidação no estômago ou degradação enzimática específica, evitando assim a perda de atividade do mesmo; além disso, mascara odores e sabores residuais dos ativos orais e reduz efeitos adversos como náuseas, comparativamente à liberação imediata, garantindo o efeito máximo da droga. Característica: origem vegetal (HPMC); ideal para fármacos que demandam resistência ácida; possui perfil de estabilidade. Obs: certificação Kosher, EMEA, Sociedade Vegetariana e NON GMO.

Veículo/excipiente complemento e substituto parcial das refeições, que permite a associação de diversos ativos, com 22 vitaminas e minerais e o equilíbrio entre carboidratos, fibras e proteínas em uma porção. Pode ser consumido por pacientes em dietas específicas, com intolerâncias à lactose e glúten, como auxiliar em casos de dietas de redução de peso, reposição de nutrientes ou suplementação para atletas.

TAbLETE SUbLINGUAL Preparação farmacêutica de consistência sólida, administrada debaixo da língua. Os ativos são absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados, gerando sua difusão na trama capilar e passando diretamente à circulação sistêmica, ocasionando assim efeitos terapêuticos em poucos minutos após sua administração e sem ocorrer o efeito do metabolismo de primeira passagem. Pode conter ou não na composição o açúcar, sendo ideal para ativos em pequenas doses que necessitam da biodisponibilidade a nível sublingual ou que possuem instabilidade química e com elevada taxa metabólica (meia-vida curta), permitindo reduzir as dosagens de 1/2 a 1 /4 (dosagem confiável, por exemplo). Ideal para determinadas vitaminas lipossolúveis ou até mesmo hormônios sexuais esteroides; usado principalmente quando se deseja efeito rápido e efeito direto.

Referências: As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilman/organizadores, Laurence L. Brunton, Bruce A. Chabner, Björn C. Knollmann; [tradução: Augusto Langeloh et al.; revisão técnica: Almir Lourenço da Fonseca]. – 12 ed. – Porto Alegre: AM GH, 2012 cap. 40 pg 1163-1191. Formulário médico farmacêutico/José Antonio de Oliveira Batistuzzo, Masayuki Itaya, Yukiko Eto – 5 ed. revista e ampliada– São Paulo: Atheneu Editora São Paulo, págs. 319 -327; 330-331 – 2015. International Journal Pharmaceutical Compounding – Edição Brasileira – Vol.5,Nº 1, janeiro/fevereiro pg. 14 – 16, 2003.

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DOENÇAS CRÔNICAS

Diabetes mellitus As doenças crônicas são caracterizadas com um início gradual longo ou de indefinida duração. As principais destas são: Diabetes mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, Doença de Alzheimer (denominada atualmente nos EUA como diabetes tipo 3), Doença de Parkinson, entre outras, conforme destaca o médico Dr. Marcelo Almeida. Segundo a OMS, o aumento da expectativa de vida e fatores de riscos como obesidade, sedentarismo, estresse, apontam para uma estimativa de 50% de crescimento do índice de doenças crônicas até 2030. Outros dados também, da Agência Nacional de Saúde (ANS), informam que existem no Brasil quase 53 milhões de pessoas com pelo menos uma doença crônica, o que corresponde de acordo com as estimativas do IBGE, a cerca de 75% das pessoas com mais de 60 anos têm alguma doença crônica, sendo para o Ministério da Saúde esta é a principal causa de óbito e incapacidade prematura no país. Em 10 anos, se não forem tomadas sérias medidas preventivas as mortes em decorrência das doenças crônicas aumentarão 17%.

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O especialista Dr. Almeida cita que existem três alterações bioquímicas que são responsáveis pelo surgimento das doenças crônicas: 1) Oxidação (estresse oxidativo), a mais conhecida por estar diretamente ligada a ação de radicais livres que são consequências justamente de deficiência de micronutrientes (magnésio, zinco, vitamina C, vitamina D3, vitamina B12 entre outras); 2) Submetilação , menos conhecida, tem relação com a diminuição da capacidade de metilar - agrupar o radical metila (-CH3) . Esta deficiência facilita o surgimento de doenças como tromboses, infartos, acidente vascular encefálico (derrame) entres outras doenças; 3) Glicação é a mais comum de ser encontrada atualmente, é a ação do excesso de glicose sobre


as estruturas do nosso corpo, principalmente as protéicas. Promove as principais inflamações e degenerações, o que ocasiona o surgimento das doenças como Diabetes, Cataratas, Alzheimer e muitas outras. A Diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que vem aumentando sua prevalência de forma assustadora. Segundo Dr Marcelo, por muito tempo era vista como uma doença de cunho genético, a genética não determina ela facilita, porém hoje, sabe-se que é uma doença metabólica adquirida. O estilo de vida da população, principalmente o consumo exagerado de carboidratos simples (refinado) e o sedentarismo, tem favorecido enormemente ao crescimento do número de pessoas acometidas por esta doença. Apesar da realidade assustadora, a maioria das doenças crônicas podem ser prevenidas ou controladas, possibilitando viver com qualidade de vida. Em alguns casos, as doenças crônicas são assintomáticas (o portador não possui nenhum sintoma), mas, quando se manifestam, as crises podem ser intensas, dolorosas, muito incômodas e algumas vezes fatais. As doenças crônicas são geralmente de desenvolvimento lento, de longa duração e, por isso levam um tempo mais longo para serem curadas ou, em alguns casos, não têm cura. A maioria dessas doenças está relacionada ao avanço da idade e ao estilo de vida – hábitos alimentares, sedentarismo e estresse – característicos das

sociedades contemporâneas. As doenças crônicas podem ser classificadas em duas categorias: transmissíveis ou infecto contagiosas não transmissíveis. Entre as doenças transmissíveis estão: AIDS, hepatite B e C, além da tuberculose. Já entre as não transmissíveis estão: doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias (asma, bronquite, doenças pulmonares obstrutiva crônicas- DPOC, etc.), doenças metabólicas (obesidade, diabetes, hiper e hipotireoidismo, dislipidemias, etc.), entre outras. As doenças não transmissíveis não têm causas específicas e podem ser decorrentes de múltiplos fatores relacionados principalmente: - à condição de saúde (obesidade), doenças congênitas ou genéticas – ocorrência de outras doenças crônicas, comorbidades - aos hábitos de vida (sedentarismo ou excessos físicos, estresse, alimentação inadequada, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas) – fatores genéticos também contribuem e são considerados importantes em algumas doenças crônicas. Apesar da realidade descrita, a maioria das doenças crônicas pode ser prevenida ou controlada, possibilitando viver com qualidade de vida.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

AIDS

doenças cardiovasculares

hepatite B e C

câncer

tuberculose

doenças respiratórias (asma, bronquite, doenças pulmonares obstrutiva crônicaS- DPOC, etc)

JEJUM

doenças metabólicas (obesidade, diabetes, hiper e hipotireoidismo, dislipidemias, etc.)

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DOENÇAS CRÔNICAS

DIAbETES MELLITUS o Diabetes mellitus é um espectro de distúrbios metabólicos comuns, que se originam de uma variedade de mecanismos patogênicos, resultando, todos eles, em hiperglicemia. o número de indivíduos com diabetes aumenta rapidamente no mundo inteiro. tanto fatores genéticos, quanto ambientais contribuem para sua patogenia, que envolve a secreção insuficiente de insulina, uma redução da responsividade à insulina endógena ou exógena, aumento na produção de glicose e/ou anormalidades no metabolismo dos lipídios e das proteínas. o consequente desenvolvimento de pode levar a sintomas agudos e a anormalidades metabólicas. entretanto, as principais causas da morbidade do diabetes consistem nas complicações crônicas que surgem em decorrência da hiperglicemia prolongada, incluindo retinopatia, neuropatia, nefropatia e doenças cardiovasculares. Felizmente, em muitos pacientes, essas complicações crônicas podem ser aliviadas através de um controle contínuo do nível de glicemia. na atualidade, dispõe-se de uma ampla variedade de opções de tratamento para a hiperglicemia, que tem como alvo diferentes processos envolvidos na regulação ou desregulação da glicose.

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HOMEOSTASIA DA GLICOSE Nos seres humanos sadios, o nível de glicemia é rigorosamente mantido, apesar das amplas flutuações observadas no consumo, na utilização e na produção da glicose. A manutenção da homeostasia da glicose, geralmente designada como tolerância à glicose, é um processo sistêmico altamente desenvolvido, que envolve a integração de vários órgãos importantes através de uma comunicação em múltiplos níveis. Embora o controle endócrino do nível de glicemia, que ocorre principalmente através das ações da insulina, seja de importância vital, inúmeros níveis de comunicação entre os órgãos, através de outros hormônios, nervos, fatores locais e substratos, também desempenham um papel vital. A célula pancreática é de uma importância nesse processo homeostático, uma vez que ajusta de modo muito preciso a quantidade de insulina secretada para promover a captação de glicose após as refeições e regular o débito de glicose do fígado durante o jejum.


A) JEJUM No estado de jejum a maior parte das demandas energéticas do organismo é suprida pela oxidação dos ácidos graxos. As necessidades de glicose em jejum são suprimidas principalmente pelo fígado, com contribuição mínima dos rins. As reservas hepáticas de glicose fornecem parte dessa glicose, enquanto que a conversão de precursores gliconeogênicos, principalmente lactato, alanina e glicerol em glicerol em glicose é responsável pelo restante. A regulação dominante da glicogenólise e gliconeogênese hepáticas é realizada pelos hormônios das ilhotas pancreáticas, a insulina e glucagon. A insulina inibe a produção hepática de glicose em vários níveis e o declínio das concentrações circulantes no estado pós-absortivo (jejum) é permissivo para taxas mais elevadas de débito de glicose. O glucagon mantém as concentrações sanguíneas de glicose em níveis fisiológicos na ausência de carboidratos exógenos (durante a noite ou entre as refeições) ao estimular a gliconeogênese e a glicogenólise pelo fígado.

B) INGESTÃO DE UMA REFEIÇÃO A ingestão de uma refeição representa um desafio significativo para a homeostasia da glicose. Tipicamente, os adultos consomem 30-90g de carboidratos em uma única refeição, ou seja, uma quantidade consideravelmente maior do que o reservatório de glicose extracelular, que contém tipicamente 15-20g de glicose. Por consequente, a captação e a disposição de glicose proveniente de uma refeição exigem uma coordenação efetiva de uma variedade de processos, desde a digestão e absorção até a glicólise intracelular e a síntese do glicogênio, a fim de evitar importantes desvios das concentrações plasmáticas de glicose. A regulação da distribuição dos nutrientes após as refeições encontra-se sob o controle primário da insulina. A secreção da insulina é estimulada pela ingestão de alimento, absorção de nutrientes e aumentos da glicemia, e a insulina promove o anabolismo da glicose, dos lipídios e das proteínas.

INSULINA A posição central da insulina no metabolismo da glicose é ressaltada pelo fato de que todas as formas de diabetes humano, apresentam como causa básica, alguma anormalidade na secreção ou na ação da insulina.

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DOENÇAS CRÔNICAS

HOMEOSTASIA DA GLICOSE E DIAGNÓSTICO DO DIABETES Existem amplas categorias de homeostasia da glicose, definidas pelo nível de glicemia e jejum ou pelo nível de glicose após uma carga de glicose oral.

Homeostasia normal de glicose: glicose plasmática em jejum <5,6 m mol/L (100mg/dL)

Comprometimento da glicose em jejum (CGJ): 5,6 – 6,9 m mol/L (100 -125mg/dL)

Na atualidade, o diagnóstico de Diabetes mellitus baseia-se na correlação de uma complicação específica do diabetes com determinado nível de glicemia, isto é, o nível de glicemia em que começa a surgir uma complicação específica da diabetes, como a retinopatia. As organizações, como a American Diabetes Association (ADA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotam critérios para o diagnóstico de diabetes, com base: no nível de glicemia em jejum, no valor da glicose depois de uma carga oral de glicose ou no nível de hemoglobina A1c, a exposição de proteínas a uma concentração de glicose elevada produz glicação não enzimática dessas proteínas, incluindo a Hb. Por conseguinte, nível de HbA1c representa

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Comprometimento da tolerância à glicose (CTJ): Nível de glicose entre 7,8 – 11,1 mmol/L (140-199mg/dL) em 12 minutos após a ingestão de 75g de solução de glicose. Diabetes mellitus

uma medida da concentração média de glicose à qual, foi exposta a Hb. A glicose plasmática em jejum é mais amplamente utilizada devido à sua conveniência e baixo custo. Recentemente os critérios diagnósticos mudaram (referência de 2009) para incluir também um valor da hemoglobina A1c (A1c) de ≥ 6,5%. O comprometimento da glicose em jejum (CGJ) e o comprometimento da tolerância à glicose (CTG), anteriormente designados como pré-diabetes ou hemoglobina A1c de 5,7 – 6,4% comportam um risco acentuadamente aumentado de progressão para a diabetes tipo 2. A hemoglobina A1c de 5,7 -6,4%, o CGJ e o CTG não identificam o mesmo grupo de indivíduos, porém todos estão associados a um risco aumentado de doença cardiovascular.


CATEGORIAS DE DIABETES As quatro grandes categorias de diabetes incluem: o diabetes tipo I, o diabetes tipo 2, outras formas de diabetes e o diabetes gestacional.

TERAPIA DO DIABETES Objetivos da terapia: Aliviar os sintomas relacionados à hiperglicemia (fadiga, poliúria, etc.) e; Evitar ou reduzir complicações agu-

das e crônicas do diabetes. Para que estas metas sejam alcançadas, é preciso dispor de uma equipe multiprofissional (médicos, educadores em diabetes -enfermeiros, farmacêuticos) experiência em farmacologia, nutrição e educação do paciente. Aspecto essencial no plano do tratamento: participação ativa do paciente nos cuidados do diabetes.

Tratamento de de diabetes

Controle glicêmico - Dieta/estilo de vida - Exercícios - Medicamentos

Tratamento das condições associadas - Dislipidemia - Hipertensão - Obesidade - Doença cardiovascular

Triagem para tratamento das complicações do diabetes - Retinopatia - Doença cardiovascular - Neuropatia - Nefropatia - Outras complicações

Componentes da assistência integral ao diabetes

ASPECTOS NÃO FARMACOLÓGICOS DA TERAPIA DO DIABETES: Receber educação nutricional Praticar exercícios Receber instrução sobre os medicamentos destinados a reduzir o nível plasmático de glicose Cirurgia bariátrica (banda gástrica ajustável, derivação gástrica e desvio biliopancreático)

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DOENÇAS CRÔNICAS

SECRETAGOGOS DA INSULINA E AGENTES HIPOGLICEMIANTES ORAIS Diversas sulfonilureias, meglitinidas, agonistas do GLP-1 e inibidores da dipeptidil peptidase -4 (DPP-4) são utilizados como secretagogos para estimular a liberação de insulina.

Moduladores dos canais de KATP: Sulfonilureias Todos os membros dessa classe de fármacos são arilsufonilureias substituídas. As sulfonilureias são divididas em dois grupos ou gerações de agentes. Sulfonilureias de primeira geração: tolbutamida, tolazamida e clorpropamida, são raramente utilizadas, no tratamento do diabetes tipo 2. Sulfonilureias de segunda geração: sulfonilureias hipoglicemiantes mais potentes inclui a glibenclamida (gliburída) a glipizida e a glimepirida. Algumas estão disponíveis em uma formulação de liberação prolongada (glipizida) ou micronizada (glibenclamida). MECANISMO DE AÇÃO As sulfonilureias estimulam a liberação de insulina através de sua ligação a um sítio específico no complexo do canal de KATP de célula (o receptor de sulfonilureia, SUR), inibindo sua atividade.

Uso terapêutico As sulfonilureias são utilizadas para tratar a hi-

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perglicemia do diabetes tipo 2. Entre 50 a 80% dos pacientes adequadamente selecionados respondem a essa classe de agentes. Todos os membros da classe parecem ser igualmente eficazes. Um número significativo de pacientes que respondem inicialmente a uma sulfonilureia cessa posteriormente de responder e desenvolvem níveis inaceitáveis de hiperglicemia (falha secundária). Isso pode ocorrer em consequência de uma alteração no metabolismo do fármaco ou, mais provavelmente, da progressão da insuficiência das células . Um estudo clínico randomizado recente constatou que a melhora inicial do controle glicêmico foi menos durável no caso da monoterapia com glibenclamida (em comparação com a monoterapia com metformina ou rosiglitazona), sugerindo que a taxa de falha secundária é maior com essa classe de fármacos (Kahn e cols..2006). Contra indicação A contra indicação para o uso desses fármacos incluem diabetes tipo 1, gravidez, lactação e para as preparações mais antigas, insuficiência hepática ou renal significativa.


Ativadores da AMPK Metformina Mecanismo de ação: A metformina é o único membro da classe das biguanidas de agentes hipoglicemiantes orais, disponível para uso na atualidade (Bailey e Turner, 1996). A metformina aumenta a atividade da proteinocinase dependente de AMP (AMPK) (ZHOU e cols. 2001). A AMPK é ativada por fosforilação quando as reservas energéticas celulares encontram-se reduzidas, isto é, concentrações mais baixas de ATP e de fosfocreatina. A AMPK ativada estimula a oxidação dos ácidos graxos, a captação de glicose e o metabolismo não oxidativo e reduz tanto a lipogênese quanto a gliconeogênese. O resultado final dessas ações consiste em aumento do armazenamento de glicogênio no músculo esquelético, taxas mais baixas de produção hepática de glicose, aumento da sensibilidade à insulina e níveis mais baixos de glicemia. A metformina produz um perfil de efeitos semelhantes e dependente da ativação da AMPK (Shaw e cols.,2005). Embora o mecanismo molecular pelo qual a metformina ativa a AMPK não seja conhecido, acredita-se que seja indireto, possivelmente através da redução das reservas energéticas intracelulares. Em concordância com esse ponto de vista, foi constatado que a metformina inibe a respiração celular através de ações específicas sobre o complexo mitocondrial. A metformina exerce pouco efeito sobre o nível de glicemia nos estados normoglicêmicos e não afeta a liberação de insulina ou de outros hormônios das ilhotas e rara-

mente provoca hipoglicemia. Todavia, mesmo em indivíduos com hiperglicemia apenas leve, a metformina reduz o nível de glicemia através de uma diminuição de produção hepática de glicose. Esse efeito é, pelo menos parcialmente, mediado por uma diminuição da resistência à insulina nos tecidos alvo essenciais. O efeito hepático constitui provavelmente a forma dominante de ação, envolvendo primeiramente a supressão da gliconeogênese. Uso terapêutico: Na atualidade, a metformina é o agente oral mais comumente utilizado para tratamento do diabetes 2 e, em geral, é aceita como tratamento de primeira linha para essa doença. A metformina é efetiva como monoterapia e em combinação com praticamente outra terapia para a diabetes tipo 2, e sua utilidade é corroborada por dados obtidos de um grande número de estudos clínicos. A metformina está disponível em uma forma de liberação imediata, e o tratamento é melhor iniciado com doses baixas e titulado no decorrer de vários dias e semanas para minimizar os efeitos colaterais. MODO DE USO: A dose atualmente recomendada é de 0,5 -1,0g, 2 vezes ao dia, com dose máxima de 2.550mg. A administração do fármaco 3 vezes ao dia não tem nenhuma vantagem. Dispõe-se de uma preparação de liberação prolongada que é efetiva para dose única ao dia; a dose máxima dessa preparação é de 2g. Segundo as diretrizes da SBD 2014/2015 a Metformina pode ser tomada até 2 ou 3 vezes ao dia.

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DOENÇAS CRÔNICAS

Inibidores da Alglicosidase Retarda a absorção de carboidratos, a Acarbose reduz a glicemia em jejum em 2030 mg/dia e ocorre 0,5 a 0,8% de redução da HbA1c. É contraindicado na gravidez. Como reações adversas: meteorismo, flatulência e diarreia. Com o seu uso ocorre a diminuição

de eventos cardiovasculares, prevenção da DM2, redução do espessamento médio intimal carotídeo e melhora do perfil lipídico. Posologia: mínima e máxima 50 a 300mg, em três tomadas ao dia.

Referências: POWERS, A.C e D’ALESSIO in GOODMAN & GILMAN – As Bases Farmacológicas da Terapêutica, 12ª edição, AMGH Editora Ltda, em parceria entre GRUPO A EDUCAÇÃO e MCGRAW HILL EDUCATION, 2012 pgs 1237-1267. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2014-2015.

ACARbOSE A biotecnologia na inibição competitiva da diabetes DESCrIÇÃO A Acarbose é um inibidor de ᾳ-glicosidase obtida por biotecnologia dos filtrados de cultivo de actinomicetos como metabolismo secundário, melhorando a sensibilidade à insulina e reduzindo a glicemia pós-prandial auxiliando no controle da diabetes mellitus tipo II. MECANISMO DE AÇÃO A Acarbose funciona como um inibidor competitivo e reversível da ᾳ-amilase pancreática e das enzimas hidrolisantes da ᾳ-glicosidase ligada à membrana intestinal, sem aumentar a secreção de insulina, mas retardando a digestão de carboidratos complexos e dissacarídeos, e consequentemente diminuindo a absorção de glicose, reduzindo inclusive a hiperglicemia pós-prandial.

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ESTUDOS CLÍNICOS http://aformulabr.com.br/qrcode/acarboseafv01.pdf

INDICAÇÕES: Tratamento da Diabetes mellitus tipo II; Tratamento da pré-diabetes.

DOSE USUAL:

Recomendação oral, 25 mg como dose inicial 3 vezes ao dia, e na manutenção com dose de 50 a 100 mg 3 vezes ao dia.

SUGESTÃO DE FÓRMULA Acarbose.............................................................................. 50 mg Shakeasy® qsp .................................................................. 1 dose Modo de uso: 01 dose dissolvida em 250ml de água, 3 vezes ao dia. Indicação: pré-diabetes.

Acarbose............................................................................. 50 mg Metformina........................................................................ 500 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula), 3 vezes ao dia. Indicações: diabete mellitus tipo II.

Referências: LACY F.C.; ARMSTRONG L.L.; GOLDMAN M.P.; LANCE L.L. Drug Information Handbook. American Pharmacists Association. Lexi-Comp. 23ª edição, 2014-2015. CHIASSON, J.L.; JOSSE, R.G.; HANEFELD, M.; KARASIK,A.; LAAKSO, M. Acarbose for prevention of type 2 diabetes mellitus: the STOP-NIDDM randomised trial. Lancet, v. 15, n. 359, p. 2070-7, 2002. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pubmed/12086760>. Acesso em: 26/12/2016, as 12:55. LACY F.C.; ARMSTRONG L.L.; GOLDMAN M.P.; LANCE L.L. Drug Information Handbook. American Pharmacists Association. Lexi-Comp. 23ª edição, 2014-2015. RACHMANI, R.; BAR-DAYAN, Y.; RONEN, Z.; LEVI, Z.; SLAVACHEVSK, I.; RAVID, M. The effect of acarbose on insulin resistance in obese hypertensive subjects with normal glucose tolerance: a randomized controlled study. Diabetes Obes Metab, v. 6, n.1, p. 63-8, jan 2004. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686965>. Acesso em: 26/12/2016, as 13:08.

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FARMACOTERAPIA

Outros antidiabéticos orais A frequência do Diabetes mellitus está assumindo proporções epidêmicas em grande parte do mundo. Na maioria dos países em desenvolvimento, o aumento da incidência do Diabetes mellitus ocorre com maior intensidade nos grupos etários mais jovens (B). A incidência do diabetes tipo 1 está aumentando, particularmente na população infantil com menos de cinco anos de idade (B). As estatísticas de mortalidade e de hospitalizações por diabetes subestimam sua real contribuição (B). As doenças cardiovasculares e cerebrovasculares são as principais causas de óbito de portadores de diabetes (B). A parcela importante de óbitos em indivíduos com diabetes é prematura, ocorrendo quando ainda contribuem economicamente para a sociedade (D). Na atualidade, a prevenção primária do diabetes tipo 1 não tem base racional que se possa aplicar à população geral (B).

Intervenções no estilo de vida, com ênfase em alimentação saudável e prática regular de atividade física, reduzem a incidência de diabetes tipo 2 (A). Intervenções no controle da obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia e sedentarismo, além de prevenir o surgimento do diabetes, também previnem doenças cardiovasculares (A). O bom controle metabólico do diabetes previne o surgimento ou retarda a progressão de suas complicações crônicas, particularmente as microangiopáticas (A). Medidas de combate ao tabagismo auxiliam no controle do diabetes, na prevenção da hipertensão arterial e de doença cardiovascular (B). (A) Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência; (B) Estudos experimentais e observacionais de menor consistência (C) Relatos de casos – estudos não controlados; (D) Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consenso, estudos fisiológicos ou modelos animais.

Legenda: (A) Estudos experimentais e observacionais de melhor consistencia; (B) Estudos experimentais e observacionais de menor consistencia ; (C) Relatos de casos – estudos nao controlados; (D) Opiniao desprovida de avaliacao critica, baseada em consenso, estudos fisiologicos ou modelos animais.

ESCOLHA DO AGENTE ANTIDIABÉTICO ORAL A escolha do medicamento deve levar em conta: O estado geral do paciente e as comorbidades presentes (complicações do diabetes ou outras complicações) Os valores das glicemias de jejum e pós-prandial e da HbA1c O peso e a idade do paciente As possíveis interações com outros medicamentos, reações adversas e contraindicações.

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ESCOLHA DO AGENTE ANTIDIABÉTICO ORAL Para pacientes com diagnóstico recente, as diretrizes das Sociedades americana, europeia e brasileira de diabetes são coincidentes nas recomendações iniciais de modificações do estilo de vida associada ao uso de metformina. Para pacientes com manifestações leves: quando a glicemia for inferior a 200mg/dl, com sintomas leves ou ausentes (sem a presença de outras doenças agudas concomitantes) estão indicados os medicamentos que não promovam o aumento da secreção de insulina, principalmente se o paciente for obeso. No caso de intolerância a metformina um dos demais agentes hipoglicemiantes pode ser escolhido. Pacientes com manifestações moderadas: Quando a glicemia de jejum for superior a

200mg/dl, mas inferior a 300mg/dl, na ausência de critérios para manifestações graves, iniciar com modificações no estilo de vida e com metformina associada a outro agente hipoglicemiante. A indicação do segundo agente dependerá do predomínio de resistência à insulina/falência da célula beta. Dessa maneira o inibidor da DDP-4, a acarbose, os análogos do GLP-1, a glitazona, e os inibidores da SGLT2 podem ser a segunda ou terceira medicação. No paciente com perda ponderal, uma sulfonilureia ou glinidas podem ser combinadas. Pacientes com manifestações graves: Para os demais pacientes com valores glicêmicos superiores a 300mg/dl e manifestações graves (perda significante de peso, sintomas graves e/ou cetonuria) iniciar a insulinoterapia imediatamente.

SULFONILUREIAS Obs: Sulfonilureias não protegem contra retinopatia.

SUGESTÃO DE FÓRMULA Clorpropamida................................................................................... 100 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula) que pode variar a concentração de 100 a 250mg pela manhã (pacientes idosos- 100mg pela manhã), sendo considerado como medicamento de 1ª geração de sulfonilureias (Batistuzzo, Itaya e Eto). Obs: SBD-2014/2015 considera a dose de 125 a 500mg, uma a duas tomadas ao dia; Goodman & Gilman considera como uma sulfonilureia de 1ª geração, raramente utilizadas no tratamento da DM2.

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FARMACOTERAPIA

BIGUANIDAS SUGESTÃO DE FÓRMULA Metformina cloridrato................................................................... 500 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula) 2 a 3 vezes ao dia, às refeições. Obs: SBD 2014/2015 considera a dose de 1.000 a 2.550mg, duas a três vezes ao dia; Goodman & Gilman considera-o como único membro da classe das biguanidas de agentes hipoglicemiantes orais disponíveis para uso na atualidade (Bailey e Turner, 1996).

INIBIDORES DA ALGLICOSIDASE SUGESTÃO DE FÓRMULA Acarbose ........................................................................................... 50 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula) três vezes ao dia. Obs: SBD 2014/2015 considera a dose de 50 a 300mg, três tomadas ao dia.

MUCILAGENS USADAS EM DIABETES SUGESTÃO DE FÓRMULA Agar agar.............................................................................................. 500 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®) em concentração que varia de 1.500 a 2.000mg (3 a 4 cápsulas), 2 vezes ao dia, antes das refeições, juntamente com dois copos de água. Obs: Podem reduzir a glicemia pós-brandial e alterar consequentemente as necessidades de insulina. Deve-se tomar precauções em pacientes diabéticos.

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SuPLEmENTOS NuTRICIONAIS

COMPLEMENTAÇÃO PARA DIAbETES Os suplementos alimentares surgiram em média há quatro décadas atrás para atender às pessoas que não conseguiam suprir suas necessidades nutricionais apenas com o alimentos. Os suplementos alimentares são de gênero alimentício e constituem fontes concentradas de determinados nutrientes, inclusive: vitaminas, minerais, proteínas (aminoácidos isolados ou mistos), com efeitos nutricionais e fisiológicos dispensados sob a forma de cápsulas, pós, soluções e outras formas farmacêuticas semelhantes, tendo como o objetivo não só prevenir as carências nutricionais que por ventura apareçam, como auxiliar no tratamento de algumas patologias.

DM-II®(Dinicocisteinato de cromo) Suplemento regular da glicose DESCrIÇÃO É um complexo com cromo exclusivo e patenteado para auxiliar na redução dos níveis de glicose sanguínea. MECANISMO DE AÇÃO A suplementação com DM-II® aumenta a quantidade de cromo no organismo, fazendo com que os oligopeptideos presentes nas células sensíveis à insulina gerem a ligação ao receptor desta, e elevem de forma acentuada a atividade do substrato deste mesmo receptor (IRS-1) e do transportador de glicose (GLUT-4), concomitante com a redução de marcadores da inflamação vascular (MCP-1, CRP, ICAM-1) que são marcadores conhecidos por serem diretamente associados com a resistência insulínica. Assim, reduz os níveis de glicose sanguínea, modula os níveis de liberação insulínica e desta forma controla a resistência à mesma. Além disso, aumenta os níveis de adiponetina que modula vários processos metabólicos incluindo a regulação glicêmica e o catabolismo de ácidos graxos, funcionando também como antioxidante, por reduzir significativamente o estresse oxidativo, sem esquecer a ação anti-inflamatória por reduzir os níveis de citocinas pro inflamatórias relacionadas com a modulação positiva nos níveis da citocinas pró-inflamatória TNF diminuindo a inflamação vascular e consequentemente o aparecimento de doenças cardiovasculares.

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SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

ESTUDOS CLÍNICOS http://aformulabr.com.br/qrcode/dm2afv01.pdf

INDICAÇÕES: Prevenção da diabetes tipo II e na diminuição dos níveis de glicose no sangue. Coadjuvante no tratamento de síndrome metabólica como obesidade. Auxiliar na manutenção da saúde cardiovascular. Antioxidante. Prevenção dos processos inflamatórios vasculares.

DOSE USUAL:

Recomenda-se de 4,45mg, via oral de DM-II® diariamente, sempre no mesmo horário a fim de não afetar seu tempo de meia vida.

SUGESTÃO DE FÓRMULA Dinicocisteinato de cromo..........................................4,45 mg Modo de uso: 01 dose (TAPIOCAPS®) ao dia.

Referências: JAIN S.K.; KAHLON G.; MOREHEAD L.; DHAWAN R.; LIEBLONG B.; STAPLETON T.; CALDITO G.; HOELDTKE R.; LEVINE S.N.; BASS P.F. Effect of chromium dinicocysteinate supplementation on circulating levels of insulin, TNF-α, oxidative stress, and insulin resistance in type 2 diabetic subjects: randomized, double-blind, placebo-controlled study. Mol Nutr Food Res. V. 56 nº8, p.1333-41, Aug; 2012. Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22674882>. Acesso em: 10 de Março de 2015, às 13:26. SUSHIL K.; JENNIFER J.L.; THIRUNAVUKKARASU C.V.; JUSTIN L. Chromium dinicocysteinate supplementation can lower blood glucose, CRP, MCP-1, ICAM-1, creatinine, apparently mediated by elevated blood vitamin C and adiponectin and inhibition of NFκB, Akt, and Glut-2 in livers of zucker diabetic fatty rats. Molecular Nutrition & Food Research. V. 54, n°9, p. 1371 – 1380, Sep; 2010. Disponível em:< http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mnfr.200900177/abstract>. Acesso em: 10 de Março de 2015, às 13:52. SREEJAYAN N.; MARONE P.A.; LAU F.C.; YASMIN T.; BAGCHI M.; BAGCHI D. Safety and toxicological evaluation of a novel chromium(III) dinicocysteinate complex. Toxicol Mech Methods. V. 20 nº6 p.321-33, Jul; 2010. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm. nih.gov/pubmed/20515439>. Acesso em: 10 de Março de 2015, às 13:17.

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FITOTERAPIA

Dente-de-leão

alcachofra

Diabetes mellitus como uma desordem crônica relacionada à absorção da glicose do sangue pelas células pode aparecer como uma doença autoimune (tipo I) ou como uma desordem onde a absorção insuficiente da insulina é o principal fator fisiopatológico (tipo II). Desde os primórdios da humanidade, há relatos do uso das plantas medicinais pelo homem. Baseado no uso popular, pesquisas científicas são desenvolvidas para comprovar seus efeitos terapêuticos. Inúmeras espécies vêm sendo testadas quanto à eficácia no tratamento do diabetes, como por

carqueija

bardana

exemplo Taraxacum officinale (dente-de-leão), Cynara scolymus (alcachofra), Arctium lappa (bardana), Baccharis trimera (carqueja), dentre outras espécies. Muitos fitoterápicos são conhecidos por intervir no nível de açúcar no sangue, o que pode causar uma significante variação na necessidade de insulina. Esses fitoterápicos podem contribuir para incentivar a pesquisa na busca de novos compostos ativos para o tratamento do Diabetes mellitus de maneira a levar à comprovação da eficácia dessas espécies como hipoglicemiantes.

Referências: Cecílio, A. B. et al.Revista Eletrônica de Farmácia Vol 5(3), 23 - 28, 2008.

bANAbA LEAF Prevenção ou tratamento da diabetes do tipo II (DM2) DESCrIÇÃO O Banaba Leaf é o extrato das folhas da Lagerstroemia speciosa L, planta cultivada no Sudeste Asiático, Índia e Filipinas e seu principal ingrediente químico é o Ácido corosólico. Esse extrato foi utilizado por muitos anos na medicina popular para o tratamento de diabetes e doenças relacionadas à insuficiência renal.

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FITOTERAPIA

MECANISMO DE AÇÃO Ácido corosólico, tem atividade contra alfa-glicosidase e contribui para atividade inibidora da alfa-amilase. Ao inibir a ação enzimática da alfa-glicosidase e da alfa-amilase, as moléculas de carboidratos não sofrem degradação, dessa forma elas não são absorvidas e são enviados diretamente ao intestino para serem eliminados pelas fezes, sendo uma alternativa segura para diabéticos que precisam diminuir as taxas de glicose no sangue e também para auxiliar nas dietas de emagrecimento. Esse ácido também aumenta a produção de frutose-2,6-bifosfato, diminui os níveis intracelulares de AMPc, tanto na presença como na ausência de forscolina em hepatócitos isolados, estimulando a glicólise e inibindo a gliconeogênese. Banaba Leaf induz a translocação do GLUT4 para a membrana plasmática, aumentando assim a captação de glicose. Banaba Leaf também possui elagitaninos como Flosin B, Lagerstroemin e Reginin A que demonstraram atividade como transportadores de glicose (insulin-like).

ESTUDOS CLÍNICOS http://aformulabr.com.br/qrcode/banabaleafafv01.pdf

INDICAÇÕES: Prevenir ou tratar a diabetes do tipo II Auxiliar no gerenciamento de peso.

DOSE USUAL:

Recomenda-se o uso de 250mg de Banaba Leaf (Lagerstroemia speciosa L) 1 a 2 vezes ao dia.

SUGESTÃO DE FÓRMULA Banaba Leaf (Lagerstroemia speciosa L).............................. 16 mg Magnésio quelato .......................................................................... 50 mg Cromo quelato................................................................................. 100 mcg Gymnema silvestre extrato seco.............................................. 200 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®), 1 a 2 vezes ao dia.

Referências: FUKUSHIMA, M.; MATSUYAMA, F.; UEDA, N.; EGAWA, K.; TAKEMOTO, J.; KAJIMOTO, Y.; et al. Effect of corosolic acid on postchallenge plasma glucose levels. Diabetes Res Clin Pract. v. 73, p. 174–7. 2006. LIEBERMAN, S.; SPAHRS, R.; STANTON, A.; MARTINEZ, L.; GRINDER, M. Weight Loss, Body Measurements, and Compliance: A 12Week Total Lifestyle Intervention Pilot Study. Alternative & Complementary Therapies. Dec, 2005.

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NOSSOS PRODuTOS

LINhA ACTION SPORT pICOLINATO DE CrOMO 120 cápsulas I 280mg O Picolinato de Cromo é a forma mais bem absorvida pelo organismo do mineral cromo. Ele estabiliza os níveis de glicose, ameniza a fome e a necessidade de consumir alimento rico em carboidratos.

Benefícios: • Auxilia o organismo a utilizar a insulina. • Contribui na inibição da vontade de comer doces.

VITAMINA A + D 180 cápsulas | 250mg

Óleo de fígado de bacalhau em cápsula gelatinosa mole, com alto teor de Vitamina A e D, importante para a saúde do sangue, dos ossos, dentes e visão.

Benefícios • Atenua os processos inflamatórios. • Auxilia na fixação óssea do cálcio. • Fortalece o sistema imunológico.

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OuTRAS OPÇÕES DE FORmuLAÇÕES

A associação de ativos farmacêuticos no tratamento de doenças crônicas a exemplo na diabetes, descrita como tema nessa edição, ocasiona sinergia de ações entre os mesmos, torna mais prática a administração do composto, além de outros benefícios como a melhoria na adesão ao tratamento.

ATIVADOR DA AMPK Metformina cloridrato .................................................................. 250 mg Glibenclamida ................................................................................... 1,25 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula), uma a duas vezes ao dia junto às refeições (café da manhã e jantar). Metformina cloridrato .................................................................. 500 mg Glibenclamida .................................................................................. 5 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula) ao dia, inicialmente. Obs.: pode elevar a dose para duas vezes ao dia junto às refeições (café da manhã e jantar).

SULFONILUREIAS Gibenclamida..................................................................................... 2,5 mg Modo de uso: 01 dose (cápsula) que pode variar a concentração de 2,5 a 5mg ao dia pela manhã como tratamento inicial; 01 dose (cápsula) que pode variar de 5 a 10 mg ao dia, no tratamento de manutenção, sendo considerada como medicamento de 2ª geração de sulfonilureias (Batistuzzo, Itaya e Eto). Obs: SBD 2014/2015 considera a dose de 2,5 a 20 mg, uma a duas tomadas ao dia.

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Glimepirida.......................................................................... 1 mg Modo de uso: 01dose (cápsula) inicial de 1mg pela manhã, aumentada gradativamente, se necessário, até 4mg. A manutenção pode variar a concentração de 1 a 4mg pela manhã. Pacientes com insuficiência renal, uso de 01 dose (cápsula) de 1mg pela manhã, 3ª geração de sulfonilureias (Batistuzzo, Itaya e Eto)

Obs: SBD 2014/2015 considera a dose de 1 a 8mg, uma a duas tomadas ao dia.

MUCILAGENS Glucomanan (Amorphophallus konjak pó)........................ 500 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®) em concentração que varia de 1.500 a 2.000mg (3 a 4 doses), 2 vezes ao dia, antes das refeições.

OUTROS SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Cromo quelato.................................................................. 100 mcg Vanádio quelato............................................................... 100 mcg Goma qsp........................................................................... 1 dose Modo de uso: 01 dose 2 vezes ao dia. Indicação: suplemento complementar para diabetes. Picolinato de cromo....................................................... 600 mcg Biotina................................................................................. 2 mg Modo de uso: 01 dose (TAPIOCAPS®) ao dia, pela manhã. Indicação: suplemento complementar ao tratamento da hiperglicemia. Obs: opcional acrescentar zinco 300mg.

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OUTRAS OPÇÕES DE TRATAMENTO

ATIVADOR DA Ampk Cromo quelato ............................................................... 100 mcg L Optizinc® ........................................................................ 35 mg Vanádio quelato .............................................................. 100 mcg Vitamina B1 ....................................................................... 10 mg Vitamina B6 ....................................................................... 100 mg Inositol ................................................................................ 250 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®) 2 vezes ao dia. Indicação: suplemento complementar ao tratamento da hiperglicemia. Ácido alfa lipoico ............................................................. 600 mg Modo de uso: 01 dose (DRCAPS®) 3 vezes ao dia. Indicação: suplemento complementar ao tratamento da hiperglicemia. Obs: pode ser associada a benfotiamina 50mg. Vitamina D.......................................................................... 5.000 UI Tablete sublingual sugar free qsp............................. 1 dose Modo de uso: 1 dose ao dia por 12 semanas. Indicação: controle da glicose e resposta inflamatória na DM-II. Obs.: após o período, verificar dados laboratoriais para possíveis ajustes. Lactobacillus acidophilus............................................ 2x109 UFC Lactobacillus casei......................................................... 2x109 UFC Bifidobacterium bifidum.............................................. 2x109 UFC Modo de uso: 01 dose (DRCAPS®) ou conforme orientação do prescritor. Indicação: melhora o controle glicêmico em mulheres com diabetes gestacional Defense glucan............................................................... 1 g Lactobacillus acidophilus........................................... 50 milhões UFC Bifidobacterium longum............................................. 50 milhões UFC Bifidobacterium breve................................................. 50 milhões UFC Lactobacillus sporogenes........................................... 50 milhões UFC Shakeasy® qsp................................................................ 1 dose/sachê Modo de uso: dissolver 1 dose/sachê em 1 copo com leite ou água, 1 a 3 vezes ao dia. Indicação: antidiabético.

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Glutalytic®......................................................................... 350 mg Lactobacillus acidophillus.............. ........................... 50 milhões de UFC Lactobacillus bifidum................................................... 50 milhões de UFC Lactobacillus bulgaricus.............................................. 50 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus............................................ 50 milhões de UFC Modo de uso: 01 dose (DRCAPS®), junto às refeições de interesse. Indicação: melhorar microbiota intestinal, aumentar digestão e biodisponibilidade de nutrientes utilizados no tratamento. Magnésio quelato ......................................................... 200 mg L Optizinc® ........................................................................ 10 mg Manganês quelato ........................................................ 5 mg Potássio quelato ............................................................ 100 mg Cromo quelato ................................................................ 1000 mg Sachê sugar free qsp .................................................... 1 dose Modo de uso: dissolver 1 dose em 1 copo com água, 1 vez ao dia. Indicação: suplementação complementar no tratamento do diabetes. Vitamina E......................................................................... 400 mg Picolinato de cromo....................................................... 600 mcg Vitamina B6...................................................................... 125 mg Vitamina B12..................................................................... 500 mcg Zinco quelato…….…….................................................... 10 mg Vanádio quelato…........................................................... 500 mcg Modo de uso: 01 dose (TAPIOCAPS®) ao dia. Indicação: neuropatia diabética.

FITOTERÁPICOS Gymnema sylvestre extrato seco (75%)...................... 50 mg Cromo picolinato .................................................................. 100 mcg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®) 2 vezes ao dia, meia hora antes do almoço e do jantar. Obs: Gymnema sylvestre possui ação estimulante sobre a produção de insulina e ação diurética; pode ser usada como monodroga ou associada, e sua dose pode chegar até 400 mg ao dia.

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OUTRAS OPÇÕES DE TRATAMENTO

Glucomanan (Amorphophallus konjak pó)............................. 100 mg Spirulina (Spirulina maxima pó) ................................................ 400 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®), meia a uma hora antes das refeições, acompanhada de pelo menos 500ml de água a cada tomada. Obs: contra indicado para pacientes com diabetes tipo 2 que possuam hipertiroidismo, hiperuricemia, obstrução esofágica, pilórica ou intestinal. Fenogreco (Trigonella foenum-graecum).............................. 500 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®) duas vezes ao dia antes das principais refeições ou conforme orientação do prescritor. InnoSlim® (Panax notoginseng e Astragalus membranaceus - 2,5% de saponinas) ..... 100 mg Insea2® (Ascophyllum nodosum e Fucus vesiculosus)...... 125 mg Modo de uso: 01 dose (VCAPS®) duas vezes ao dia. Indicação: Redução da glicemia. Opção: substituir Insea2® (Ascophyllum nodosum e Fucus vesiculosus) por Bitter melon (Mormodica charantia- 10% charantina) 500 mg ou Banaba Leaf (Lagerstroemia speciosa L) 100 mg.

Referências: LEACH MJ. Gymnema sylvestre for diabetes mellitus: a Septematic revisão. J Altern complemente Med. 2007 Nov; 13 (9): 977-83. Karamali M1, Dadkhah F1, Sadrkhanlou M1, Jamilian M2, Ahmadi S3, Tajabadi-Ebrahimi M4, Jafari P5, Asemi Z6. Effects of probiotic supplementation on glycaemic control and lipid profiles in gestational diabetes: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Diabetes Metab. 2016 May 18. pii: S1262-3636(16)30401-3. doi: 10.1016/j.diabet.2016.04.009. [Epub ahead of print] CARVALHOM José Carlos Tavares. Formulário Médico-farmacêutico de Fitoterapia. 3ª edição- São Paulo: Pharmabooks, 2012. Al-Maroof RA, Al-Sharbatti SS. Serum zinc levels in diabetic patients and effect of zinc supplementation on glycemic control of type 2 diabetics. Saudi Med J. 2006 Mar;27(3):344-50. Albarracin CA, Fuqua BC, Evans JL, Goldfine ID. Chromium picolinate and biotin combination improves glucose metabolism in treated, uncontrolled overweight to obese patients with type 2 diabetes. Diabetes Metab Res Rev. 2008 Jan-Feb;24(1):41-51. Talaei A, Mohamadi M, Adgi Z. The effect of vitamin D on insulin resistance in patients with type 2 diabetes. Diabetol Metab Syndr. 2013 Feb 26;5(1):8. doi: 10.1186/1758-5996-5-8. Gupta A, Gupta R, Lal B. Effect of Trigonella foenum-graecum (fenugreek) seeds on glycaemic control and insulin resistance in type 2 diabetes mellitus: a double blind placebo controlled study. J Assoc Physicians India. 2001 Nov;49:1057-61. PRASAD, P.; KOCHHAR, A. et al. Interplay of vitamin D and metabolic syndrome: A review. Diabetes Metab Syndr. v. 10, n. 2, p. 105112. 2016. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25813139>. Acesso em: 04/07/2016, às 12:14. RAZZAGHI, R. et al. The effects of vitamin D supplementation on wound healing and metabolic status in patients with diabetic foot ulcer: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. J Diabetes Complications. doi: 10.1016/j.jdiacomp.2016.06.017. 2016. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27363929>. Acesso em: 04/07/2016, às 11:42. AL-SOFIANI, E. M. et al. Effect of Vitamin D Supplementation on Glucose Control and Inflammatory Response in Type II Diabetes: A Double Blind, Randomized Clinical Trial. Int J Endocrinol Metab. v. 13, n. 1. 2015. Disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pmc/articles/PMC4338666/>. Acesso em: 04/07/2016, às 12:34. Deryth L et al. The Use of Complementary And Alternative Therapies In Diabetes Clinics.Family Practice, vol 4, n 4. December 2002

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