SAÚDE E VIDA 8ª REVISTA

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8 Edição #08 JULHO 2018 Distribuição Gratuita para Profissionais de Saúde

SAÚDE E vIDA

www.aformulabr.com.br

Doença diverticular Opções teraupêuticas

Síndrome do intestino irritável Variações no consultório

Infecção urinária masculina Prevenção e recorrência

Tratamentos alopáticos e fitoterápicos

SAÚDE E VIDA

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EDITORIAL Prezado(a) prescritor(a), Seja muito bem-vindo(a) à mais uma edição da Revista A Fórmula. Como missão temos o objetivo de mostrar a realidade dos consultórios dos prescritores e residências dos pacientes, buscando agregar mais conhecimento técnico e científico às suas rotinas. Com excelência desde cada produto manipulado até nossa linha própria, levamos mais praticidade e qualidade para o dia a dia de quem confia no nosso trabalho, reforçando o slogan “Especialista em você”. Com mais de 70 farmácias abertas por todo território nacional e mais uma vez ganhadora do Selo de Excelência em Franchising (SEF) da Associação Brasileira de Franchising (ABF), estamos muito felizes e agradecidos por essa conquista, também fruto da nossa parceria de bem-estar e saúde. Assim, buscamos sempre inovação aliada ao conhecimento técnico para transformar as necessidades diárias encontradas nos consultórios em praticidade, conforto, segurança e eficácia com os nossos produtos personalizados. Boa leitura e até a próxima! Equipe A Fórmula

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REVISTA A FÓRMULA # EDIÇÃO 8


EDIÇãO

8 SAÚDE E vIDA 04 05 06 06 10

ÍNDICE JULHO/2018

PALAVRA DO ESPECIALISTA POLIfENOIS X BIODISPONIBILIDADE fARmáCIA mAGISTRAL: POSSIBILIDADES fORmAS fARmACÊUTICAS

13 DOENÇA DIVERTICULAR

OSTEOARTROSE

DO 16 SÍNDROmE INTESTINO IRRITáVEL

URINáRIA 21 INfECÇãO mASCULINA

CRÔNICA 24 ARTRITE DA CHIKUNGUNYA

30 OUTRAS OPÇÕES DE fORmULAÇÕES

Projeto Gráfico: Argolo Studio Design Diretor de Arte Edu Argolo [eduargolo@gmail.com]

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PALAVRA DO ESPECIALISTA Magistrar na minha visão é ministrar dose específica em uma forma adequada para um perfil único, seja criança, adolescente ou mesmo idoso, levando em consideração possibilidades suscetíveis a sensibilidades, efeitos adversos e evolução no tratamento. A experiência em manipular vem da prática de observar e estudar o ser humano, percebendo possíveis associações não existentes no mercado, incluindo a economia e segurança em não “sobrar” produto e não correr o risco de usar em outro momento que não seja adequado clinicamente. Dr. Nelson Dinamarco Ludovico Pós-doutorado Business Administration- Florida Christian University-FCU/EUA, Doutorado Laboratório de Hipertensão Arterial da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Mestrado em Cardiologia pelo Ambulatório de Hipertensão Arterial/ Cardiopatia Hipertensiva da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP, Professor Adjunto de Cardiologia – UESC, Especialização (Lato-Sensu) em Cardiologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; Graduado em Medicina pela CesGranRio, em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Paulista e em Engenharia Mecânica pelo Instituto Mauá de Tecnologia - IMT.

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Com o manipulado a preservação da saúde do paciente é um ponto em questão, mesmo daqueles avessos a medicação ou suplementação, possibilitando maximizar os resultados e quebrar a resistência ao auto cuidado impactando positivamente no resultado. Assim, como prescritor, percebo uma infinidade de possibilidades com a farmácia magistral , funcionando como uma ferramenta, inclusive terapêutica, garantido o sucesso na mesma, respeitando a alteração corporal com o passar da idade do indivíduo, objetivando uma longevidade para quem atendemos.

“Com o manipulado a preservação da saúde do paciente é um ponto em questão, mesmo daqueles avessos a medicação ou suplementação”.


ARTIGO

Polifenois Biodisponibilidade em foco A biodisponibilidade pode ser definida como a fração de um nutriente ou não nutriente que está disponível para o corpo humano para funções fisiológicas e / ou armazenamento. Para polifenois, isto envolve principalmente os seguintes processos relacionados ao sistema digestório: (1) liberação de polifenois da matriz alimentar; (2) alterações nos polifenois durante a digestão gástrica / intestinal; (3) captação celular de agliconas e alguns polifenois conjugados pelos enterócitos; (4) fermentação microbiológica de polifenois não absorvidos ou re-excretados via bile ou pâncreas para produzir metabólitos adicionais; (5) modificações enzimáticas de fase I / II que ocorrem na captação (no intestino delgado / cólon); (6) transporte na corrente sanguínea e subsequente redistribuição de tecido;

Fator

.

1,2

(7) excreção renal ou re-excreção no intestino via sucos biliares e pancreáticos. A biodisponibilidade parece ser favoravelmente afetada pela (1) dose fisiológica, (2) menor tamanho de partícula e aquecimento (do alimento) - estes últimos melhoram sua liberação do alimento e (3) a presença de uma certa quantidade de lipídios, bem como baixos níveis de proteínas e carboidratos indigeríveis. A ingestão simultânea de micronutrientes antioxidantes, como as vitaminas C e E, pode, até certo ponto, reduzir a degradação gastrointestinal dos polifenois. Já a associação de polifenois pode conferir biodisponibilidade superior, pois uma gama deles são responsáveis pelo bloqueio do efluxo intestinal, por exemplo, quercetina aumenta a biodisponibilidade de catequinas. A tabela abaixo sistematiza alguns fatores que impactam na biodisponibilidade de polifenois:

Exemplos

Detalhamento

• Formas agliconas (livres de açúcar) • Formas glicosídicas (ligado a um açúcar)

Formas agliconas são bem mais absorvidas do que glicosídicas.

• Glicosídeos • Ésteres • Polímeros

Dependem da microbiota/enzimas intestinais para sua metabolização e consequente absorção.

Metabolização pré-sistêmica

•Polifenois livres

As reações de glicuronidação, metilação e sulfatação podem acelerar sua excreção biliar/urinária

Microbiota intestinal

•Polifenois ligados ao ácido glicurônico

Bactérias da microbiota que contêm beta-glicuronidases podem quebrar a ligação do ácido glicurônico com o polifenol, deixando-o propício novamente à permeação entérica.

Administração conjunta de polifenois

•Todos

O processo absortivo de polifenois parece ser não saturável, o que possivelmente implica em uma absorção preservada com a administração simultânea de vários deles.

Alimento x suplemento

• Quercetina alimentar (casca da cebola) x quercetina como suplemento

A absorção do produto isolado tende a ser maior do que presente na matriz alimentar.

Estrutura química

Referências: 1. Nutr Rev. 2014 Jul;72(7):429-52. 2.Cozzolino, S. 2012.

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FARMÁCIA MAGISTRAL:

FORMAS FARMACÊUTICAS

POSSIBILIDADES

As drogas em geral, são administradas em formas farmacêuticas as mais diversas. Nestas formas farmacêuticas, além da droga ativa ou princípio ativo existem os veículos/ excipientes.

Transformação de formas farmacêuticas A transformação de formas farmacêuticas é um procedimento que consiste na manipulação de medicamento industrializado visando ao preparo de uma forma farmacêutica a partir de outra. Possui regras definidas pela RDC 67/2007 da Anvisa, que é a norma sanitária para a manipulação de medicamentos em farmácias no Brasil. A farmácia pode transformar especialidade farmacêutica, em caráter excepcional quando da indisponibilidade da matéria-prima no mercado e ausência da especialidade (medicamento industrializado) na dose e concentração e ou forma farmacêutica compatíveis com as condições clínicas do paciente, de forma a adequá-la à prescrição. Exemplos de transformações de formas farmacêuticas:

EXEMPLO

FORMA FARMACÊUTICA ORIGINAL

NOVA FORMA FARMACÊUTICA

Antibióticos

Comprimidos/ cápsulas

Suspensões orais

Medicamentos administrados por sonda nasogástrica

Comprimidos/ cápsulas/pós

Soluções/ suspensões orais

Sedativohipnóticos

Comprimidos

Soluções/ suspensões orais

Suplementos nutricionais

Comprimidos

Pós/ suspensões orais

Referências: 1.ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. <http://portal.anvisa.gov. br/.> 2. RBCF. 2009;45(1):117-20 3. Rev. Paul. Pediatr. 2016;(34):4

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É necessário ressaltar o importante papel que os excipientes podem desempenhar na liberação do princípio ativo. Os veículos/excipientes não têm atividade terapêutica, porém podem modificar a atividade terapêutica do fármaco, influenciando a sua biodisponibilidade, portanto estes se constituem elementos habituais e imprescindíveis nas formulações magistrais. A escolha da Forma Farmacêutica depende principalmente: da natureza físico-química do fármaco; do mecanismo de ação; do local de ação do medicamento; da dosagem: As formas farmacêuticas, enfim, facilitam a administração dos medicamentos. A escolha da forma farmacêutica está diretamente relacionada com a via de administração que será utilizada.


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FORMAS FARMACÊUTICAS SUBLINGUAIS Quando prescrever e como orientar o paciente? O que são formas farmacêuticas sublinguais (SL)? São formas dos medicamentos apropriadas para administração pela mucosa oral. Se caracterizam por entrar diretamente na circulação sanguínea pela cavidade sublingual e não sofrer efeitos no suco gástrico e da biotransformação de primeira passagem hepática. Essa via promove rápida ação do medicamento, pois este atravessa o fino epitélio e vasos sanguíneos abundantes, podendo estar biodisponível em cerca de um minuto, com pico de concentração plasmática entre 10 a 15 minutos.

Situações de saúde que geram limitações quanto à biodisponibilidade de fármacos e nutrientes pela via oral, como cirurgia bariátrica, uso prolongado de medicamentos antiulcerosos (IBP e anti-H2) e desordens absortivas (fibrose cística), podem ser também um critério para a escolha desta via de administração. O profissional de saúde que optar por esta via, deve proceder com orientações importantes ao paciente, para sua utilização correta:

Formas farmacêuticas sólidas SL

Formas farmacêuticas líquidas SL

Exemplos

Tablete SL Pastilhas SL Lâminas SL Strip/filme oral SL

Recomendações gerais

Deixar o medicamento debaixo da língua até ser absorvido completamente; Se for fumante, não fumar até que haja completa absorção; Não comer e beber durante a administração; Estar atento para não engolir o produto acidentalmente.

Recomendações específicas

Não triturar Não mastigar

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Vitamina B12 ............................. 200* mcg Strip SL qsp ............................... 1 dose Modo de uso: 1 dose ao dia. *Dose máxima: até 1000mcg/dia. Trometamol cetorolaco.... 10 mg Pastilha SL qsp ..................... 1 dose Modo de uso: 1 dose ao dia.

Solução SL

Testosterona............................10 mg/5 gotas Gotas oleosas SL qsp ...........1 frasco Modo de uso: 1 dose (5 gotas) ao dia.

Clonazepam............................ 0,25 mg Pastilha SL qsp ..................... 1 dose Modo de uso: 1 a 2 doses ao dia.

Referências: SANTOS, L; TORRIANI, MS; BARROS, E. Medicamentos na prática da farmácia clínica, 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

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Normal

Osteoartrose

OSTEOARTROSE

TRATAMENTOS ALOPÁTICOS E FITOTERÁPICOS A osteoartrose ou artrose é uma doença caracterizada pela degeneração das articulações, afetando geralmente os joelhos, quadris e mãos. Quando as articulações perdem a cartilagem, os ossos crescem para tentar reparar o dano, resultando em um crescimento anormal dos ossos e agravando o quadro progressivamente. Essa deformação óssea pode desencadear um processo doloroso e limitar o movimento das articulações.1

Há evidências de que as citocinas pró-inflamatórias desempenham um papel significativo na patogênese da osteoartrose. Citocinas incluindo a interleucina-1 (IL-1), o fator de necrose tumoral ɒ, IL-6, IL-7, IL-17 e IL-18 podem promover a degradação da proteína da matriz extracelular da cartilagem articular ou sinergizar com outras citocinas para amplificar e acelerar a destruição da cartilagem.1

As mulheres são afetadas pela osteoartrose com mais frequência do que os homens e a prevalência aumenta com o aumento da idade. O excesso de peso e o trabalho físico pesado podem estar relacionados com a osteoartrose em alguns casos, mas os fatores não-mecânicos e a disposição genética também estão envolvidos.2,3 A osteoartrose, seja ela primária ou secundária, resulta em problemas de qualidade de vida devido a dor e deficiência física.4

Boswellia serrata: Os medicamentos à base de plantas são utilizados em diversas formas para o tratamento da osteoartrite em todo o mundo.5 Há evidências científicas de alta qualidade de que, em pessoas com osteoartrose, o extrato seco de Boswellia serrata melhorou consideravelmente a dor e a função física.1 O extrato de Boswellia serrata é rico em compostos triterpênicos tetracíclicos e atua como um agente anti-inflamatório

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Boswellia serrata

Enxofre

não hormonal e como analgésico pela inibição da enzima 5-lipoxigenase, evitando a formação de leucotrienos inflamatórios.9 Diacereína: A diacereína é um derivado da antraquinona que inibe a produção e a atividade das citocinas implicadas na osteoartrose e de processos envolvidos na degradação das cartilagens, como a interleucina-1, a síntese de proteases e a produção de radicais livres.1,9 Além disso, a diacereína age estimulando a produção de componentes da matriz cartilaginosa, como colágeno e proteoglicanos. Devido ao seu mecanismo não inibir a síntese de prostaglandinas, a diacereína apresenta maior tolerância gástrica em relação

aos anti-inflamatórios não esteroidais convencionais.9 Metilsulfonilmetano: o metilsulfonilmetano é um suplemento dietético com uso crescente, popularmente usado para dores artríticas e reumáticas, utilizado frequentemente em combinação com sulfato de glucosamina e condroitina. Devido ao teor de enxofre em sua composição, o metilsulfonilmetano mantém os tecidos conjuntivos normais no organismo. O metilsulfonilmetano pode ter atividades anti-inflamatórias, propriedades quimiopreventivas, inibição da síntese de prostaciclina, ação antiaterosclerótica e atividade de eliminação de radicais livres.6-8

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Boswellia serrata (extrato seco, 70% de AKBA)........................... 500 mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs), 2 a 3 vezes ao dia. Diacereína.......................................................................................................... 50 mg Modo de uso: 1 a 2 doses (cápsulas) ao dia, em períodos não inferiores a 6 meses. Obs: O tratamento poderá estender-se por ciclos mais longos. Deve ser tomada juntamente com as refeições, para facilitar sua absorção.

Referências: 1.Cameron M, Chrubasik S. Cochrane Database Syst Rev. 2014; 5: CD002947. 2.van den Berg WB. Osteoarthritis Cartilage. 2011 Apr; 19(4):338-41. 3.Zhang Y, Jordan JM. Clin Geriatr Med. 2010 Aug; 26(3):355-69. 4.Schmitz N, Kraus VB, Aigner T. Curr Drug Targets. 2010 May; 11(5):521-7. 5.Cameron M, et al. Phytother Res. 2009 Nov; 23(11):1497-515. 6.Ebisuzaki K. Anticancer Res 2003; 23:453e8. 7.Beilke MA, et al. J Lab Clin Med 1987;110:91e6. 8.Kim LS, et al. OsteoArthritis and Cartilage. 2006; 14, 286e294. 9.Batistuzzo JAO, et al. Formulário médico-farmacêutico. São Paulo: Tecnopress, 2011; 4 ed. p.275. 10.LEMOS, A. H. Das teorias às Formulações em Ortomolecular. 2 ed. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2016.

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Osteoartrose ESTUDOS CLÍNICOS

INFORME TÉCNICO A FÓRMULA

METILSULFONILMETANO (MSM) Modulador de inflamação e do estresse oxidativo

http://aformulabr.com.br/qrcode/ metilsulfoafv01.pdf

DESCRIÇÃO MSM (Metilsulfonilmetano) é um composto organosulfurado derivado do DMSO, utilizado como suplemento dietético, encontrado em uma variedade de alimentos (incluindo frutas, legumes, grãos e leite). MECANISMO DE AÇÃO MSM age como anti-inflamatório, aumentando a permeabilidade celular, melhorando a absorção de nutrientes e reduzindo o acúmulo de toxinas nas articulações. O teor de enxofre em sua composição, mantém os tecidos conjuntivos normais necessário à síntese de colágeno, MSM também alivia a dor por processos inibitórios da transmissão de impulsos ao longo das fibras nervosas do tipo C, além de aumentar o fluxo sanguíneo e reduzir os espasmos musculares. MSM atua interferindo no processo de inflamação e do estresse oxidativo nos níveis transcricionais e subcelulares, inibindo a atividade transcricional de NF-kB que é considerada como uma via de sinalização pró-inflamatória, responsável pela regulação positiva de genes que codificam citocinas, quimiocinas e moléculas de adesão. MSM também pode diminuir a expressão de óxido nítrico sintase indutível (iNOS) e ciclooxigenase-2 (COX-2) através da supressão de NF-kB; reduzindo a produção de agentes vasodilatadores, como óxido nítrico (NO) e prostanoides. O MSM influencia a ativação de pelo menos quatro tipos de fatores de transcrição: NF-kB, transdutores de sinal e ativadores de transcrição (STAT), p53 e fator nuclear derivado de eritroides 2 (Nrf2), regulando assim, o equilíbrio entre espécies reativas de oxigênio e enzimas antioxidantes enzimas ROS e antioxidantes.

INDICAÇÕES: Osteoartrite; Artrite; Artrose; Anti-inflamatório; Proteção da cartilagem.

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 300mg a 6g de MSM (Metilsulfonilmetano) ao dia. SUGESTÃO DE FÓRMULA MSM (Metilsulfonilmetano)......................................................................................... 5g Move® (Boswellia serrata-20% AKBA)................................................................. 100mg Selênio quelato................................................................................................................... 50mcg Sachê qsp............................................................................................................................... 1 sachê Modo de uso: dissolver 1 sachê ao dia, em copo com 250 ml de água. Indicação: modulação inflamatória; condroprotetor. Referências: NOTARNICOLA, Angela et al. Methylsulfonylmethane and boswellic acids versus glucosamine sulfate in the treatment of knee arthritis: Randomized trial. International journal of immunopathology and pharmacology, v. 29, n. 1, p. 140-146, 2016. Disponivel em: < http://www.revistas. usp.br/rbefe/article/view/16568/0>. Acesso em: 18 de abril de 2018. KIM, L. S. et al. Efficacy of methylsulfonylmethane (MSM) in osteoarthritis pain of the knee: a pilot clinical trial. Osteoarthritis and Cartilage, v. 14, n. 3, p. 286-294, 2006. Disponivel em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pubmed/16309928>. Acesso em: 18 de abril de 2018. BUTAWAN, Matthew; BENJAMIN, Rodney L.; BLOOMER, Richard J. Methylsulfonylmethane: Applications and Safety of a Novel Dietary Supplement. Nutrients, v. 9, n. 3, p. 290, 2017. Disponivel em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/ articles/PMC5372953/>. Acesso em: 18 de abril de 2018.

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DOENÇA DIVERTICULAR

OPÇÕES DE TRATAMENTO

Dr. Hunaldo Menezes

Mestre e Doutor em Cirurgia Digestiva. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia, da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Professor Adjunto Doutor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas.

Divertículos Divertículos inflamados

A Doença Diverticular é uma patologia da pessoa adulta, atingindo tanto homens quanto mulheres, cuja frequência se torna cada vez maior após os 40 anos, atingindo seu pico por volta dos 80 anos, onde acomete praticamente todos os indivíduos. Tratam-se de “formações saculiformes” ou “bolsas” que se formam ao longo do intestino grosso, principalmente no cólon sigmoide. Estima-se que no Brasil são diagnosticados em torno de 2 milhões de casos por ano. Acredita-se que elas se formem, entre outros motivos, pelos hábitos sedentários que adotamos hoje em dia, inclusive com dietas que priorizam a alimentação industria-

lizada, que é pobre em fibras, deixando o intestino funcionalmente mais lentificado, propiciando o aparecimento da doença. Apesar de ser uma patologia crônica e sem um tratamento curativo, na grande maioria dos casos é silenciosa e assintomática, de modo que grande parte da população nunca vai saber que tem o problema. Eventualmente a pessoa que é portadora de doença diverticular pode evoluir para duas situações que necessitarão de cuidados mais especializados: a diverticulite e a hemorragia digestiva baixa. No primeiro a suspeita desse problema vem diante

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DOENÇA DIVERTICULAR

Ingestão de fibras como frutas, verduras, legumes e grãos evitam a diverticulite e hemorragia

Febre e mal estar um dos sintomas observados no portador de doença diverticular

de um quadro de febre, mal estar geral, dor no abdome, principalmente no lado esquerdo e parada do funcionamento intestinal. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, uma dieta sem condimentos ou frituras, além de uma boa hidratação, que poderá ser feita em casa ou em ambiente hospitalar (internado), dependendo da intensidade dos sintomas e da situação clínica do paciente. Na maioria dos casos a remissão desse quadro é atingida e o paciente fica curado após 7 a 10 dias. Na segunda situação, que é o sangramento, embora seja menos frequente que a diverticulite, também pode ser um problema grave por conta da quantidade de sangue que se pode perder. O paciente apresenta eliminação de sangue vivo em quantidades variáveis pelo anus, podendo ficar pálido, com sudorese fria, tonturas e desmaios, revelando hipotensão postural pela perda sanguínea. A internação é mandatória e o tratamento clínico baseado na

reposição de cristaloides e eventual transfusão sanguínea controla e interrompe o quadro hemorrágico na imensa maioria dos casos. Em situações pouco frequentes, tanto a diverticulite quanto o sangramento podem evoluir para tratamento cirúrgico. Tanto a doença diverticular quanto as suas complicações (diverticulite e hemorragia) podem ser evitadas adotando-se um estilo de vida saudável, baseado principalmente na correção dos hábitos alimentares, com o aumento da ingestão de fibras (frutas, verduras, legumes e grãos), no incremento do consumo de água e na adoção de prática rotineira de atividade física, o que leva a um funcionamento regular do intestino e evita a constipação intestinal, muito frequente nos pacientes com este tipo de patologia. Em alguns casos, a prescrição de laxantes, fibras e analgésicos podem ajudar bastante no tratamento.

SUGESTÃO DE FÓRMULA Cáscara sagrada (Rhamnus purshiana) .......................................... 300 mg Agar agar (Gracilaria confervoides L.) ............................................... 200 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) à noite. Referências: 1.Bafutto M, Oliveira EC. Doença diverticular dos cólons. In: Zaterka S, Eizig JN, editores. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-Graduação. 2a ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2016. p. 819-40. 2.Freitas JA, Tacla M. Doença diverticular do cólon. In: Dani R, Passos MCF, editores Gastroenterologia Essencial. 4a ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan; 2011. p. 449-55. 3. Pereira NAG. Doença Diverticular do Cólon (dissertação). Porto: Faculdade de Medicina – Universidade do Porto; 2012.

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ESTUDOS CLÍNICOS

INFORME TÉCNICO A FÓRMULA

MESALAZINA Aminossalicilato para prevenção e redução dos sintomas na diverticulite

http://aformulabr.com.br/qrcode/ mesalazinaafv01.pdf

DESCRIÇÃO Mesalazina é um metabólito ativo da sulfassalazina, pertencente à classe dos 5-aminossalicilatos. MECANISMO DE AÇÃO Mesalazina inibe a quimiotaxia leucocitária, diminui a produção de mediadores pró-inflamatórios (citocinas e leucotrienos) e elimina os radicais livres. Exerce ação local sobre o intestino grosso ao reduzir a inflamação e inibindo a enzima cicloxigenase, responsável pela liberação de prostaglandinas pela mucosa do cólon. Estudos relatam múltiplos efeitos anti-inflamatórios de Mesalazina, que inclui a inibição da síntese de IL-1, reduzindo o sinal de transcrição para TNFɒ e NF-KB, além de apresentar propriedade antioxidante, eliminando os radicais livres. Além disso, a Mesalazina reduz a inflamação da mucosa, agindo nas células epiteliais do cólon e nos leucócitos infiltrados, com sua eficácia clínica correlacionando-se, portanto, à sua concentração local no intestino.

INDICAÇÕES: Doença diverticular; Recolite ulcerativa; Inflamações colorretais (proctite ulcerativa e proctossigmoidite ulcerativa); Doença de Crohn.

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 800mg a 2,4g de Mesalazina ao dia. Uso infantil: 30 a 50 mg/kg por dia, divididos em 3 a 4 tomadas. Recomendação retal de 1 a 4g de Mesalazina ao dia. SUGESTÕES DE FÓRMULAS Mesalazina...........................................................1,6g Modo de uso: 1 dose ao dia. + Mesalazina..............................................................4g Enema qsp.........................................................100ml Modo de uso: aplicação retal 2 vezes por semana. Indicação: remissão da colite ulcerativa. + Defense glucan...........................................................55mg Inositol........................................................................150mg Lactase......................................................................100mg Amilase........................................................................50mg Protease.......................................................................30mg Lipase..........................................................................2,5mg Modo de uso: 1 dose, 2 vezes ao dia, após o almoço e jantar, por 4 semanas consecutivas. Indicação: melhora das condições clínicas da inflamação intestinal (redução do inchaço, flatulência e dor abdominal). Referências: TURSI, Antonio et al. Mesalazine and/or Lactobacillus casei in preventing recurrence of symptomatic uncomplicated diverticular disease of the colon: a prospective, randomized, open-label study. Journal of clinical gastroenterology, v. 40, n. 4, p. 312-316, 2006. Disponivel em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16633103>. Acesso em: 30 de Abril de 2018. D’ALBASIO, G. et al. Combined therapy with 5-aminosalicylic acid tablets and enemas for maintaining remission in ulcerative colitis: a randomized double-blind study. American Journal of Gastroenterology, v. 92, n. 7, 1997. Disponivel em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/ pubmed/9219787>. Acesso em: 30 de Abril de 2018.

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Síndrome do intestino irritável

Opções de tratamento

Joyce Desirê Cavalcanti Gomes - CRN5: 6127 Nutricionista, formada pelo Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), Recife – PE. Pós-graduada em Especialização em Nutrição Esportiva (UNINASSAU). Membra do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Paulo Afonso-BA, desde 2015.

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é uma desordem funcional do intestino, condicionalmente episódica, crônica e multifatorial, que se caracteriza pela dor abdominal ou desconforto, hábitos de evacuações alterados, distensão abdominal, alterações no aspecto das fezes, podendo apresentar também diarreias e/ou constipação. Em alguns casos, pode evoluir e apresentar outros sintomas, tais como: perda de peso, sangramento retal, esteatorreia e intolerância à lactose e ao glúten. O intestino das pessoas com SII parece ter uma maior sensibilidade a diferentes estímulos como determinados alimentos e à ansiedade.

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Síndrome do intestino irritável

Não há indícios claros relacionados à faixa etária, mas alguns estudos apontam uma maior prevalência inicial na fase da adolescência ou de adulto jovem e raramente aparecendo pela primeira vez após os 50 anos de idade. E a incidência é maior em mulheres do que homens. O tratamento é um grande desafio, pois envolve diversos fatores, dependendo também da sintomatologia do paciente. Pontualmente, os tratamentos envolvem a normalização dos hábitos intestinais e redução da dor abdominal, podendo ser usados fármacos ou não. Para um tratamento eficaz, é necessária a modificação no estilo de vida, com objetivo de melhorar a saúde do indivíduo, estimulando a prática regular de atividade física, maior tempo para o lazer, horas adequadas de sono, os hábitos saudáveis de alimentação, etc. O nutricionista tem papel fundamental para avaliar o estado nutricional atual do paciente; analisar funcionamento do trato gastrointestinal em relação à digestão; avaliar qualitativamente e quantitativamente as refeições ingeridas e possíveis alimentos que causam desconforto (através do diário alimentar); e elaborar uma reeducação

alimentar individualizada, respeitando os costumes, gostos, que deve ser mantida para maior eficácia do resultado na qualidade de vida. A conduta nutricional para regularização do funcionamento intestinal é baseada numa reeducação alimentar rica em fibras (frutas, legumes e verduras), com prioridade aos alimentos in natura ou minimamente processados, aumento do consumo de água e utilização de prebióticos e probióticos. Em geral, os principais alimentos que podem agravar a sensibilidade dos pacientes e devem ser evitados, são: alimentos ricos em açúcar, muito gordurosos, café, chocolate, trigo, centeio, refrigerantes, leite e derivados, álcool e as bebidas que contenham cafeína. Todos estes pontos são importantes para que o paciente apresente resultados positivos e melhore significativamente a sua qualidade de vida. Desta forma, é possível compreender que existe uma íntima relação entre os fatores relacionados à SII e a nutrição. Todos estes pontos apresentados são relevantes para que o paciente apresente resultados positivos e melhore significativamente a sua qualidade de vida.

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Psyllium (Plantago ovata) ....................................................................... 500mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 3 vezes ao dia, antes das principais refeições ou conforme orientação do prescritor. Indicação: regularizador intestinal. Lactobacillus acidophilus ......................................................................... 750 milhões UFC Lactobacillus rhamnosus ......................................................................... 1 bilhão UFC Lactobacillus casei ....................................................................................... 750 milhões UFC Bifidobacterium longum ........................................................................... 1 bilhão UFC Frutooligossacarídeo (FOS) ..................................................................... 800 mg Modo de uso: dissolver 1 sachê em 350ml de água, 1 vez ao dia, em alguma refeição ou suco. Indicação: regularizador intestinal. Referências: Andrade, VLA, Fonseca, TN, Gouveia, CA, Kbayashi, TG, Leite, RGS, Mattar, RA, Silva, FAA. Dieta restritiva de FODMEPs como opção terapêutica na síndrome do intestino irritável: revisão sistemática. GED gastroenterol. endosc. Vol 34(1), pág 34-41, 2015. Kivit, S. et al. Regulation of intestinal immune responses throughTLR activation: implications for pro- and prebiotics. Frontiers in Immunology. Vol 5, fev 2014. MAHAN, L.; ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE, alimentos, nutrição e dietoterapia. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010. Moraes-Filho, JPP. Síndrome do intestino irritável. Revista Brasileira de Medicina. Vol 67, n 9, Moreira Jr Editora, 2010. Ribeiro, LM, et al. Influência da resposta individual ao estresse e das comorbidades psiquiátricas na síndrome do intestino irritável. Rev Psiq Clín. Vol. 38(2), pág 77-83, 2011. Thompson, WG, Longstreth, GF, Drossman, DA, Heaton, KW, Irvne, EJ, Muller-Lissner, SA. Functional bowel disorders and functional abdominal pain. Vol. 45, pág 43-47, 1999.

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REVISTA A FÓRMULA # EDIÇÃO 8


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Síndrome do intestino irritável

ESTUDOS CLÍNICOS

INFORME TÉCNICO A FÓRMULA

PSYLLYUM PÓ Fibra prebiótica no cuidado intestinal

http://aformulabr.com.br/qrcode/ psylliumpoafv01.pdf

DESCRIÇÃO Psyllium pó (Plantago ovata) é uma erva medindo 50 cm que produz flores brancas, agrupadas em espigas na ponta de pequenas hastes que tem como constituintes L Arabinose, D Xilose e Ácido galacturônico, mas seus principais constituintes são as fibras, mucilagens e óleos. MECANISMO DE AÇÃO Psyllium pó atua como um prebiótico para a microbiota intestinal provocando mudanças em sua composição e induzindo o crescimento de bactérias benéficas, reduzindo o processo inflamatório intestinal. Apresenta em sua composição mucilagens que absorvem considerável quantidade de água, elevando o volume do bolo fecal que por sua vez aumenta o lúmen intestinal. Além disso, Psyllium pó retarda tanto o esvaziamento gástrico como a absorção de carboidratos a partir do intestino delgado. Seus óleos favorecem a propriedade laxativa aumentando a emoliência das fezes e reduzindo o esforço para evacuação, útil nos casos de hemorroidas. As fibras presentes em Psyllium pó alcançam o cólon praticamente inalteradas, causando aumento do volume de conteúdo colônico com consequente ativação da motilidade propulsora, aumentando o teor de água nas fezes com eficácia laxante em indivíduos com constipação crônica.

INDICAÇÕES: Síndrome do Intestino Irritável; Obstipação crônica; Hemorroidas.

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 500mg a 10g de Psyllium pó (Plantago ovata) ao dia.

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Psyllium pó (Plantago ovata) ................................................................. 5g Sachê qsp............................................................................................................ 1 sachê Modo de uso: dissolver 1 sachê em 250ml de água ao dia. + Lactobacillus acidophilus........................................................................... 37,5 x 109 UFC Bifidobacterium ssp...................................................................................... 37,5 x 109 UFC Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: remissão da Doença de Crohn. Obs: dose referenciada em estudos científicos.

Referências: FUJIMORI, Shunji et al. High dose probiotic and prebiotic cotherapy for remission induction of active Crohn’s disease. Journal of gastroenterology and hepatology, v. 22, n. 8, p. 1199-1204, 2007. Disponível: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17688660>. Acesso em: 25 de Abril de 2018. CASTRO, Liliane et al. Terapia nutricional nas doenças inflamatórias intestinais. 2015. Disponível: < http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/486.pdf>. Acesso em: 25 de Abril de 2018. OGATA, Miyuki et al. Supplemental psyllium fibre regulates the intestinal barrier and inflammation in normal and colitic mice. British Journal of Nutrition, v. 118, n. 9, p. 661-672, 2017. Disponível: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29185927>. Acesso em: 25 de Abril de 2018. EL-SALHY, Magdy et al. Dietary fiber in irritable bowel syndrome. International journal of molecular medicine, v. 40, n. 3, p. 607-613, 2017. Disponível: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5548066/>. Acesso em: 25 de Abril de 2018.

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Infecção urinária masculina

Prevenção da recorrência Infecções do trato urinário são raras em homens saudáveis. Porém, quando ocorrem, na maioria das vezes são resultado de uma condição subjacente, como doença prostática, incontinência ou alguma outra condição. Como quase sempre existe alguma outra condição envolvida, as infecções do trato urinário nos homens são quase sempre consideradas complicadas.2 Apresentação clínica, história pregressa, achados de exame físico e estudos de laboratório podem ser usados para gerar possíveis diagnósticos.1 Alguns medicamentos naturais funcionam de forma semelhante aos antibióticos. Outros têm mecanismos únicos, como aumentar a função imunológica, bloquear a adesão bacteriana na uretra ou causar um efeito diurético ou de descarga para eliminar as bactérias.

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Infecção urinária masculina

Cranberry O extrato de cranberry é obtido dos frutos de Vaccinium macrocarpom e contém antocianidinas, proantocianidinas, taninos, ácidos fenólicos e flavonoides. Estudos relatam que os constituintes do cranberry impedem a adesão bacteriana à mucosa do trato urinário e, portanto, impedem a colonização patogênica.3-5 Estudos clínicos sugerem que a ingestão de produtos de cranberry, incluindo suco de cranberry ou extratos de cranberry, pode reduzir a incidência de infecções no trato urinário em 35% a 38% em comparação com a não tomada dos produtos.6-8

Em um ensaio clínico, o uso de 400 mg de cranberry duas vezes ao dia durante 6 meses reduziu significativamente o risco de infecção do trato urinário em pacientes com infecções recorrentes.9 Em outro ensaio clínico, a administração oral de 800 mg de cranberry em cápsulas duas vezes ao dia durante 6 meses também reduziu o risco de infecção do trato urinário em pacientes com história de infecções recorrentes.10 Um ensaio clínico maior relatou que a administração do extrato de cranberry na dose diária de 500 mg durante 6 meses foi comparável ao trimetoprim na dose de 100 mg diárias para prevenir a infecção do trato urinário em pacientes com infecções recorrentes.11

SUGESTÃO DE FÓRMULA Cranberry (ext. seco 25% -Vaccinium macrocarpon)...150 mg L. acidophillus................................................... 50 mg L. casei.............................................................. 50 mg L. rhamnosus.................................................... 50 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 2 vezes ao dia. Indicação: auxiliar no tratamento de infecções do trato urinário. Opção: Cranberry (extrato seco, 25% de procianidinas) 300 mg/dose (cápsula), duas vezes ao dia, entre refeições. Obs: dose até 400mg/dose.

Referências: 1.Raynor MC, Carson CC 3rd. Med Clin North Am. 2011 Jan;95(1):43-54 2.Lipsky BA. Ann Intern Med. 1989 Jan 15;110(2):138-50 3.Harkins K. What’s the use of cranberry juice? Age Ageing 2000;29:9-12. 4.Schmidt DR, Sobota AE. Microbios 1988;55:173-81. 5.Burger O, et al. FEMS Immunol Med Microbiol 2000;29:295-301. 6.Jepson RG, Craig JC. Mol Nutr Food Res 2007;51:738-45. 7.Jepson RG, Craig JC. Cochrane Database Syst Rev 2008;(1):CD001321. 8.Wang CH, et al. Arch Intern.Med 7-9-2012;172(13):988-996. 9.Walker EB, et al. J Fam Pract 1997;45:167-8. 10.Mazokopakis EE, et al. J Altern Complement Med 2009;15:1155. 11.McMurdo MET, et al. J Antimicrob Chemother 2009;63:389-95.

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ESTUDOS CLÍNICOS

INFORME TÉCNICO A FÓRMULA

CRANBERRY Fitoterápico reconhecido no tratamento das vias urinárias

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DESCRIÇÃO Cranberry (Vaccinium macrocarpon) é uma planta nativa da América do Norte que possui em sua composição antocianidinas, flavonoides, proantocianidinas, taninos condensados e ácidos fenólicos, tendo como parte utilizada seus frutos, sob a forma de extrato concentrado de 10:1. MECANISMO DE AÇÃO Cranberry (Vaccinium macrocarpon) inibe a adesão do tipo I e P-fimbrilados uropatógenos, tais como E. coli no epitélio do sistema urinário, impedindo assim a sua colonização e infecção subsequente. As evidências sugerem que a fração antocianidina/proantocianidina é a que possui essa propriedade antiadesão sem causar dano ao sistema renal.

INDICAÇÕES: Prevenção e tratamento das infecções do trato urinário; Prevenção de cálculo renal; Tratamento de úlcera estomacal causada por H. pylori; Antienvelhecimento.

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 300 a 400mg de Cranberry (Vaccinium macrocarpon), 2 vezes ao dia.

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Cranberry (Vaccinium macrocarpon) extr. seco 25%....................... 150mg L. acidophillus...................................................................................................... 50mg L. casei.................................................................................................................... 50mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 2 vezes ao dia. Indicação: infecção do trato urinário. Cranberry (Vaccinium macrocarpon) extr. seco 25%....................... 300mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs), 2 vezes ao dia. Indicação: infecção do trato urinário, doença periodontal.

Referências: BATISTUZZO, J. A O; ITAYA, M.; ETO, Y. Formulário Médico-Farmacêutico. 5 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2015. LEMOS, A. H. Das teorias às Formulações em Ortomolecular. 2 ed. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2016. JEPSON, Ruth G.; WILLIAMS, Gabrielle; CRAIG, Jonathan C. Cranberries for preventing urinary tract infections. The Cochrane Library, 2012. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23076891>. Acesso em 29/03/2018 às 12:30. YARNELL, Eric. Botanical medicines for the urinary tract. World journal of urology, v. 20, n. 5, p. 285-293, 2002. Disponível em: < https://www.ncbi. nlm.nih.gov/pubmed/12522584>. Acesso em 29/03/2018 às 12:30. RORIZ-FILHO, Jarbas S. et al. Infecção do trato urinário. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 43, n. 2, p. 118-125, 2010. Disponível em: < http://revista. fmrp.usp.br/2010/vol43n2/Simp3_Infec%E7%E3o%20do%20trato%20urin%E1rio.pdf>. Acesso em 29/03/2018 às 12:30. CYSTITIS, TED. Uncomplicated urinary infection in women: diagnosis. Rev Assoc Med Bras, v. 57, n. 3, p. 255-258, 2011. Disponível em: < http:// www.scielo.br/pdf/ramb/v57n3/v57n3a04.pdf>. Acesso em 29/03/2018 às 12:30. ARAÚJO, C. N. M. et al. Pielonefrite aguda: diagnóstico e manejo. Revista Médica de Minas Gerais, v. 18, n. 3 Supl 4, p. S59-S62, 2008. Disponível em: < http://www.rmmg.org/numerosanteriores/18>. Acesso em 29/03/2018 às 12:30. r. 2005. Disponível em:< http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15810945>. Acesso em:01 de Setembro de 2015, às 12:47.

SAÚDE E VIDA

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ARTRITE CRÔNICA DA CHIKUNGUNYA

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE UMA DOENÇA DEBILITANTE

Dr. Kennedy Amaral

Médico Reumatologista da Secretaria de Justiça e Cidadania de Pernambuco; Médico Reumatologista da Policlínica Municipal de Salgueiro – PE

O vírus chikungunya (CHIKV) é um vírus de RNA pequeno, do gênero dos alfavírus, com propriedades artritogênicas, causador de doença febril aguda de elevadas taxas de morbidade conhecida como febre Chikungunya.[1] A transmissão do vírus para seres humanos ocorre através da picada de mosquitos do gênero Aedes, entre os quais se destacam o Aedes aegypti e Aedes albopictus, espécies amplamente distribuídas em regiões tropicais, subtropicais e temperadas.[2, 3]

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O CHIKV foi isolado pela primeira vez na Tanzânia (Áfria Oriental) em 1953 durante um grande surto de doença febril aguda muito semelhante à dengue no planalto de Makonde.[4] Após décadas sendo reportada em surtos dispersos em vários países da África e Ásia, a febre Chikungunya (CHIKF) se tornou uma doença global a partir de 2005, quando surgiu pela primeira vez no sudoeste do Oceano Índico.[5] Nas Américas, foram diagnosticados os primeiros casos locais de Chikungunya na Ilha de São Martinho no ano de 2013. Desde então,


A febre Chikungunya se caracteriza clinicamente pela ocorrência abrupta de febre alta, poliartralgia, cefaleia e exantema 2 a 5 dias após a picada pelo mosquito.

a doença se espalhou por 45 países das Américas do Norte, Central e do Sul, resultando em mais de 2,9 milhões de casos suspeitos e confirmados até o final de 2016. [6] A febre Chikungunya se caracteriza clinicamente pela ocorrência abrupta de febre alta, poliartralgia, cefaleia e exantema 2 a 5 dias após a picada pelo mosquito. O quadro clínico agudo inclui ainda fadiga intensa, anorexia, náusea, vômitos e diarreia. Os pacientes são sintomáticos em até 95% dos casos, e os sintomas na fase aguda podem durar em média 10 dias.[7] A poliartralgia é relata por cerca de 98% dos pacientes e junto com a febre é o sintoma mais característico da doença. Geralmente a artralgia é simétrica, bilateral e acomete principalmente tornozelos, punhos, falanges, cotovelos, ombros e joelhos. [8] Após a fase aguda da doença, um número variável de paciente pode evoluir com sintomas articulares e musculoesqueléticos persistentes por mais de 3 meses, caracterizando a fase crônica dessa patologia. Os sintomas incluem artralgias, artrites e edema geralmente em mãos, punhos, tornozelos e joelhos.[9] Um estudo retrospectivo realizado na Colombia com 283 pacientes que tiveram CHIKF concluiu que pelo menos metade desenvolveu sequelas reumatológicas crônicas, incluindo artralgia, rigidez matinal, edema e vermelhidão articular. [10] Demostrou-se que uma grande variedade de citocinas tais como IFN-�, IL-5, IL-6, IL-10 e, particular-

mente IL-7 e IL-15 associadas ao desenvolvimento de artrite reumatoide e inflamação articular, foram produzidas em resposta à infecção pelo CHIKV. Um aumento nos níveis plasmáticos de IL-1 e IL-6 e uma redução nos níveis de RANTES correlacionaram-se à doença grave. [11] Na frase crônica da doença (> 3 meses), a artralgia persistente esteve associada a aumento dos níveis de IL-6, IL-17 e GM-CSF. É importante destacar que a IL-17 e a IL-6 estão associadas à destruição da matriz extracelular e reabsorção óssea em pacientes com artrite reumatoide e IL-1 e IL-8 à artrite destrutiva em paciente com CHIKV [12] Até o momento, não há tratamento antiviral específico eficaz contra o CHIKV, dessa forma o tratamento da fase aguda consiste no uso de medicamentos sintomáticos, hidratação e terapia de suporte.[13] Podem ser utilizados paracetamol, opioides fracos (codeína), tramadol e inclusive morfina para casos refratários e selecionados. Os anti-inflamatórios não-hormonais e os salicilatos não são recomendados na fase aguda da doença devido ao risco de complicações hemorrágicas relacionados à dengue. O estágio pós-agudo (4ª semana ao 3º mês), caracterizado pela persistência de tendinites, artrite, artralgia dentre outras manifestações musculoesqueléticas, pode ser tratado com analgésicos, AINES, corticosteroides ou drogas para dor neuropática, como gabapentina e pregabalina. [14, 15] O tratamento das manifestações reumáticas

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ARTRITE CRÔNICA DA CHIKUNGUNYA

crônicas da CHIKF representa um desafio para clínicos e reumatologistas em todo o mundo. São sugeridos como opções para o tratamento dos sintomas crônicos AINES, corticosteroides, hidroxicloroquina (HCQ), sufassalazina (SSZ), metotrexato (MTX) e agentes biológicos, em monoterapia ou combinados. [16, 17]

Com base nos conhecimentos atuais sobre a patogênese da doença reumática crônica do CHIKV, no risco de deformidades articulares, no mecanismo de ação do MTX em outras doenças reumáticas inflamatórias e na necessidade urgente de minimizar sequelas, sugeriu-se que o MTX seja a droga de escolha na terapia de pacientes com chikungunya crônica. [18, 19]

SUGESTÕES DE FÓRMULAS Metotrexato .................................................................................................... 15 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) por semana. + Ácido fólico ....................................................................................................... 5 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) por semana . Hidroxicloroquina .......................................................................................... 400 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) por dia.

Referências: 1.Lo Presti, A., Lai, A., Cella, E., Zehender, G., & Ciccozzi, M. (2014). Chikungunya virus, epidemiology, clinics and phylogenesis: A review. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, 7(12), 925-932. doi:10.1016/s1995-7645(14)60164-4 2.Petersen, L. R., & Powers, A. M. (2016). Chikungunya: epidemiology. F1000Research. doi:10.12688/f1000research.7171.1 3.MacFadden, D. R., & Bogoch, I. I. (2014). Chikungunya. Canadian Medical Association Journal, 186(10), 775-775. doi:10.1503/cmaj.140031 4.Ross, R. W. (1956). The Newala epidemic: III. The virus: isolation, pathogenic properties and relationship to the epidemic. Journal of Hygiene, 54(02), 177-191. doi:10.1017/s0022172400044442 5.Morrison, T. E. (2014). Reemergence of Chikungunya Virus. Journal of Virology, 88(20), 11644-11647. doi:10.1128/jvi.01432-14 6.Yactayo, S., Staples, J. E., Millot, V., Cibrelus, L., & Ramon-Pardo, P. (2016). Epidemiology of Chikungunya in the Americas. The Journal of Infectious Diseases, 214(5), 441-445. doi:10.1093/infdis/jiw390 7.Simon, F., Javelle, E., Oliver, M., Leparc-Goffart, I., & Marimoutou, C. (2011). Chikungunya Virus Infection. Current Infectious Disease Reports, 13(3), 218-228. doi:10.1007/s11908-011-0180-1 8.Thiberville, S., Moyen, N., Dupuis-Maguiraga, L., Nougairede, A., Gould, E. A., Roques, P., & De Lamballerie, X. (2013). Chikungunya fever: Epidemiology, clinical syndrome, pathogenesis and therapy. Antiviral Research, 99(3), 345-370. doi:10.1016/j.antiviral.2013.06.009 9.Krutikov, M., & Manson, J. (2016). Chikungunya Virus Infection: An Update on Joint Manifestations and Management. Rambam Maimonides Medical Journal, 7(4), e0033. doi:10.5041/rmmj.10260 10.Rodriguez-Morales, A. J., Gil-Restrepo, A. F., Ramírez-Jaramillo, V., Montoya-Arias, C. P., Acevedo-Mendoza, W. F., Bedoya-Arias, J. E., … Lagos-Grisales, G. J. (2016). Post-chikungunya chronic inflammatory rheumatism: results from a retrospective follow-up study of 283 adult and child cases in La Virginia, Risaralda, Colombia. F1000Research, 5, 360. doi:10.12688/f1000research.8235.2 11.Ng, L. F., Chow, A., Sun, Y., Kwek, D. J., Lim, P., Dimatatac, F., … Leo, Y. (2009). IL-1�, IL-6, and RANTES as Biomarkers of Chikungunya Severity. PLoS ONE, 4(1), e4261. doi:10.1371/journal.pone.0004261 12.Chow, A., Her, Z., Ong, E. K., Chen, J., Dimatatac, F., Kwek, D. J., … Ng, L. F. (2011). Persistent Arthralgia Induced by Chikungunya Virus Infection is Associated with Interleukin-6 and Granulocyte Macrophage Colony-Stimulating Factor. The Journal of Infectious Diseases, 203(2), 149-157. doi:10.1093/ infdis/jiq042 13.Parashar, D., & Cherian, S. (2014). Antiviral Perspectives for Chikungunya Virus. BioMed Research International, 2014, 1-11. doi:10.1155/2014/631642 14.World Health Organization (2008) Guidelines on clinical management of Chikungunya Fever. Retrieved from South-East Asia Regional Office of WHO website: http://www.wpro.who.int/mvp/topics/ntd/Clinical_Mgnt_Chikungunya_W H O_SEARO.pdf 15.Simon F, Javelle E, Cabie A, Bouquillard E, Troisgros O, Gentile G et al (2015) French guidelines for the management of chikungunya (acute and persistent presentations). November 2014. Med Mal Infect 45(7):243–263. doi:10.1016/j.medmal.2015.05.007 16.Javelle, E., Ribera, A., Degasne, I., Marimoutou, C., & Simon, F. (2014). Clinical spectrum of post-chikungunya rheumatic musculoskeletal disorders and use of disease-modifying antirheumatic drugs to treat the chronic inflammatory entities: 6-year experience from Reunion Island. BMC Infectious Diseases, 14(Suppl 2), O20. doi:10.1186/1471-2334-14-s2-o20 17.Javelle E, Ribera A, Degasne I, Gaüzère B, Marimoutou C, Simon F (2015) Specific management of post-chikungunya rheumatic disorders: a retrospective study of 159 cases in Reunion Island from 2006-2012. PLoS Negl Trop Dis 9(3):e0003603. doi:10.1371/journal.pntd.000360 18.Kennedy Amaral Pereira, J., & Schoen, R. T. (2017). Management of chikungunya arthritis. Clinical Rheumatology. doi:10.1007/s10067-017-3766-7 19.Martí-Carvajal, A., Ramon-Pardo, P., Javelle, E., Simon, F., Aldighieri, S., Horvath, H., … Reveiz, L. (2017). Interventions for treating patients with chikungunya virus infection-related rheumatic and musculoskeletal disorders: A systematic review. PLOS ONE, 12(6), e0179028. doi:10.1371/journal. pone.0179

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ESTUDOS CLÍNICOS

INFORME TÉCNICO A FÓRMULA

HIDROXICLOROQUINA SULFATO Escolha como antireumático

http://aformulabr.com.br/qrcode/ hidrosulfatoafv01.pdf

DESCRIÇÃO Hidroxicloroquina sulfato pertence à família dos compostos derivados 4-aminoquinolínico, considerado antirreumático de ação lenta. MECANISMO DE AÇÃO Hidroxicloroquina sulfato bloqueia o processamento antigênico, modificando o pH intracelular através do seu acúmulo nos lisossomos, além de alterar a função celular (ex. macrófagos), inibindo o estímulo das células CD4+ e a produção de interleucinas. Sem a interação entre as células apresentadoras de antígenos e as células CD4+, a Hidroxicloroquina sulfato promove uma redução na liberação de interleucina-1, interleucina-6 e no fator de necrose tumoral alfa, o que contribui para o efeito anti-inflamatório. Como agente antirreumático, Hidroxicloroquina sulfato atua como imunosupressor leve, inibindo a produção do fator reumatoide, além de acumular-se nos glóbulos brancos, estabilizando a membrana lisossômica e inibindo a atividade de várias enzimas, incluindo a colagenase e protease, responsável pela quebra da cartilagem. A Hidroxicloroquina sulfato pode ser uma opção ao tratamento da fisiopatologia da Chikungunya, relacionada com o comprometimento das articulações, músculos, inclusive manejo do quadro articular crônico em gestantes e lactantes, tendo em vista sua reconhecida segurança.

INDICAÇÕES: Artrite reumatoide; Malária, Lúpus eritematoso, embolia entre outras patologias associadas.

DOSE USUAL:

Recomendação oral de 200 a 600mg diária de Hidroxicloroquina sulfato. SUGESTÕES DE FÓRMULAS Hidroxicloroquina sulfato.......................................................................... 200mg Modo de uso: 1 a 2 doses (cápsula) ao dia. Indicação: artrite reumatoide - manutenção. Hidroxicloroquina sulfato ......................................................................... 200mg Metotrexato...................................................................................................... 10mg Sulfassalazina................................................................................................. 500mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 2 vezes ao dia, durante 6 semanas. + Ácido fólico........................................................................................................ 1mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia, em horários distintos da formulação acima. Indicação: controle dos sintomas articulares nos pacientes refratários. Hidroxicloroquina sulfato.......................................................................... 400mg Aceclofenaco.................................................................................................... 200mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: chikungunya - fase subaguda. Referências: FARIA, Ana Carolina et al. Chikungunya: Manejo Clínico. Ministério da Saúde. 2017. Disponível em: < http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/25/chikungunya-novo-protocolo.pdf>. Acesso em: 30 de abril de 2018, às 10:03.

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PROBIÓTICOS

OUTRAS OPÇÕES DE fORmULAÇÕES

A associação de ativos farmacêuticos ocasiona a sinergia de ações entre os mesmos, torna mais prática a administração do composto, além de outros benefícios como a melhoria na adesão ao tratamento descritos nos artigos anteriores.

OSTEOARTROSE Metilsulfonilmetano.................................................................................... 500 mg Modo de uso: 3 a 6 g ao dia, divididos em 2 doses (cápsulas). UC-II...................................................................................................................... 40 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Condroitina sulfato....................................................................................... 1,5 g Glucosamina sulfato.................................................................................... 1,2 g Metilsulfonilmetano (MSM) ................................................................... 300 mg Shake qsp ......................................................................................................... 1 dose Modo de uso: 1 dose dissolvido em 250ml de água, 1 vez ao dia, após uma refeição. Condroitina sulfato....................................................................................... 1,5 g Glucosamina sulfato.................................................................................... 1,2 g Manganês (quelato) .................................................................................... 2 mg Vitamina C.......................................................................................................... 50 mg Sachê qsp .......................................................................................................... 1 dose Modo de uso: dissolver 1 sachê em 350ml de água, 1 vez ao dia, após uma refeição. Bromelina (Ananas comosus)................................................................ 250mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs), 30 minutos antes do almoço e do jantar. Obs: redução da dor na artrose. Silimarina (Silybum marianum).............................................................. 300mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs) ao dia. + Metotrexato..................................................................................................... 12mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) por semana ou conforme orientação do prescritor. Obs: artrite reumatoide ativa. SAME ................................................................................................................... 50 mg MSM .................................................................................................................... 500 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 2 vezes ao dia. Obs: proteção da cartilagem.

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SAME.................................................................................................................... 200mg UC - II.................................................................................................................... 40mg Sulfato de gucosamina.............................................................................. 1,5g Silício quelato.................................................................................................. 5mg Sachê qsp.......................................................................................................... 1 sachê Modo de uso: dissolver 1 sachê em copo com 250ml de água fria ou gelada. Obs: artroses resistentes. UC II®.................................................................................................................... 20mg Colágeno hidrolisado.................................................................................. 2g Osteosil®............................................................................................................ 25mg Fosfolipídio de Caviar Oral®..................................................................... 75mg Sachê qsp.......................................................................................................... 1 dose Modo de uso: dissolver o conteúdo de 1 sachê, 2 vezes ao dia, preferencialmente longe das refeições (Silício). Obs: reposição de UC II®, tratamento ósseo e modulação do processo inflamatório nos casos de osteoartrite (OA). Capsaícina......................................................................................................... 0,001% Mentol................................................................................................................ 3% Cânfora............................................................................................................... 3% Salicilato de metila....................................................................................... 12% Base creme qsp............................................................................................. 100g Modo de uso: aplicar nas regiões doloridas 2 vezes ao dia. Obs: creme anestésico. DMSO................................................................................................................... 30% Tintura de arnica (Arnica montana)................................................... 10% Oléo de rosa mosqueta (Rosa canina L.).......................................... 5% Creme qsp......................................................................................................... 60g Modo de uso: aplicar nas regiões doloridas 4 vezes ao dia. Obs: creme anestésico.

DOENÇA DIVERTICULAR Plantago ovata .............................................................................................. 3,5 g Modo de uso: dissolver 1 sachê em 1 copo com água, pela manhã e à noite. Polietilenoglicol (Macrogol) .................................................................... 14g Modo de uso: dissolver 1 sachê em 1 copo com água, administrando pela manhã e à noite. Garra do diabo (Harpagophytum procumbens)........................... 300 mg Curcuma longa extrato seco................................................................... 200 mg L Taurina ............................................................................................................. 150 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula), 2 vezes ao dia. Indicação: modular a inflamação na diverticulite.

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OUTRAS OPÇÕES DE FORMULAÇÕES

Lactobacillus acidophillus......................................................................... 950 milhões UFC Bifidobacterium bifidum............................................................................. 100 milhões UFC Bifidobacterium lactis.................................................................................. 900 milhões UFC Polidextrose...................................................................................................... 3,5 g Base shake sem lactose qsp ................................................................... 1 sachê Modo de uso: 1 dose ao dia, dissolvida em 250ml de água. Indicação: constipação intestinal crônica.

SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL Maracujá doce (Passiflora alata) extrato seco ........................... 50mg Mulungu (Erythrina mulungu) extrato seco ................................. 50mg Camomila pó (Matricaria chamomilla)............................................. 50 mg Xarope qsp ...................................................................................................... 10 ml Modo de uso: adultos, 1 dose uma ou duas vezes ao dia. Indicação: reduz a ansiedade e estresse, atuando como calmante. Frutooligossacarídeo (FOS) .................................................................... 800 mg Inulina ................................................................................................................ 500 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) ao dia. Indicação: regularizador intestinal. Melissa officinalis extrato seco ........................................................... 250 mg Modo de uso: 1 ou 2 doses (cápsulas) ao dia. Indicação: calmante. Lactobacillus acidophilus ........................................................................ 350 milhões UFC Lactobacillus bulgaricus .......................................................................... 350 milhões UFC Lactobacillus casei ..................................................................................... 350 milhões UFC Lactobacillus bifidum................................................................................. 350 milhões UFC Frutooligossacarídeo (FOS) qsp .......................................................... 1 dose Modo de uso: 1 dose (cápsula), duas vezes ao dia, antes de uma refeição principal. Indicação: regularizador intestinal. Lactobacillus acidophilus ........................................................................ 1 bilhão UFC Lactobacillus rhamnosus ....................................................................... 800 milhões UFC Lactobacillus casei ...................................................................................... 900 milhões UFC Lactobacillus bifidum ................................................................................ 800 milhões UFC Psyllium (Plantago psyllium) ............................................................... 3g Sachê qsp ........................................................................................................ 1 dose Modo de uso: dissolver 1 sachê em 250ml de água, consumir de 1 a 2 vezes ao dia. Indicação: auxilia no metabolismo da absorção dos carboidratos.

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Fibregum B® ................................................................................. 5g Lactobacillus acidophilus....................................................... 800 milhões de UFC Lactobacillus rhamnosus....................................................... 1,5 bilhões de UFC Lactobacillus casei..................................................................... 900 milhões de UFC Sachê qsp........................................................................................ 1 sachê Modo de uso: 1 dose ao dia, diluída em 200 ml de água. Indicação: bom funcionamento intestinal e reequilíbrio da flora. Lactobacillus acidophilus....................................................... 3,5 x 109 UFC Lactobacillus plantarum......................................................... 2 x 108 UFC Lactobacillus rhamnosus....................................................... 2 x 108 UFC Bifidobacterium breve.............................................................. 2 x 108 UFC Bifidobacterium lactis.............................................................. 2 x 108 UFC Bifidobacterium longum......................................................... 2 x 108 UFC Streptococcus termophilus................................................... 2 x 108 UFC Sachê qsp........................................................................................ 1 sachê Modo de uso: dissolver 1 sachê ao dia em copo de 250ml com água fria ou gelada. Indicação: pool de probióticos para pacientes com Síndrome do Intestino Irritável. Ziam................................................................................................... 5g Fibregum B®.................................................................................. 5g Sachê qsp........................................................................................ 1 sachê Modo de uso: dissolver 1 dose/sachê ao dia em 250 ml de água ou suco. Indicação: disbiose intestinal. Obs: Pode ser adicionado a alimentos “in natura”, substituindo em até 20% farinhas de trigo, arroz e mandioca nas receitas.

INFECÇÃO URINÁRIA MASCULINA Unha de gato extrato seco (Uncaria tomentosa)......................... 250mg Amora branca (Morus alba)..................................................................... 200mg Uxi amarelo (Endopleura uchi)............................................................... 100mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs), 2 vezes ao dia. Indicação: auxiliar no tratamento dos sintomas de infecção do trato urinário. Saw palmeto (Serenoa repens extrato seco) ................................. 160 mg Urtica dioica L (extrato seco) ................................................................... 60 mg Pinus pinaster (extrato seco) .................................................................. 2,5 mg Modo de uso: 1 dose (VCAPs), 2 vezes ao dia. Indicação: auxiliar no tratamento dos sintomas do trato urinário inferior (LUTS). Opção: Saw palmeto (Serenoa repens extrato seco) 160 mg +Urtica dioica L. (extrato seco) .................................................................................................. 120 mg. Modo de uso: 1 a 2 doses (VCAPS) ao dia.

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OUTRAS OPÇÕES DE FORMULAÇÕES

Pool de probióticos (Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus plantarum, Bifidobacterium breve, Streptococcus termophilus)*............................. 10 bilhões UFC Modo de uso: 1 a 2 doses (cápsula) ao dia, durante as refeições. Obs: Divididos em partes iguais para formar 10bilh UFC.

ARTRITE CRÔNICA DA CHIKUNGUNYA Sulfassalazina ................................................................................ 500 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) de 12 em 12h. Paracetamol ..................................................................................... 300 mg Naproxeno ........................................................................................ 300 mg Carisoprodol ...................................................................................... 100 mg Prednisona ......................................................................................... 2,5 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) de 12 em 12h, se sentir dor. Duloxetina ......................................................................................... 30 mg Paracetamol ..................................................................................... 500 mg Amitriptilina HCl .............................................................................. 25 mg Modo de uso: 1 dose (cápsula) à noite.

Referências:

Goldenberg DL. Am J Med. 2009;122(12):14-21 CHA, Bong Ki et al. The effect of a multispecies probiotic mixture on the symptoms and fecal microbiota in diarrhea-dominant irritable bowel syndrome: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Journal of clinical gastroenterology, v. 46, n. 3, p. 220-227, 2012. Clauw DJ. Am J Med. 2009;122(12):3-13 Russell IJ, et al. J Rheumatol 1995;22:953-8. Bagis S, et al. Rheumatol Int 2013;33(1):167-72. McCarty DJ, et al. Semin Arthr Rheum 1994;23:41-7. Casanueva B, et al. Rheumatol Int 2013;33(10):2665-70. Cameron M, Chrubasik S. Cochrane Database Syst Rev. 2014; 5: CD002947. van den Berg WB. Osteoarthritis Cartilage. 2011 Apr; 19(4):338-41. Zhang Y, Jordan JM. Clin Geriatr Med. 2010 Aug; 26(3):355-69. Bafutto M, Oliveira EC. Doença diverticular dos cólons. In: Zaterka S, Eizig JN, editores. Tratado de Gastroenterologia da Graduação à Pós-Graduação. 2a ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2016. p. 819-40. Freitas JA, Tacla M. Doença diverticular do cólon. In: Dani R, Passos MCF, editores Gastroenterologia Essencial. 4a ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan; 2011. p. 449-55. Pereira NAG. Doença Diverticular do Cólon (dissertação). Porto: Faculdade de Medicina – Universidade do Porto; 2012. Schmitz N, Kraus VB, Aigner T. Curr Drug Targets. 2010 May; 11(5):521-7. Cameron M, et al. Phytother Res. 2009 Nov; 23(11):1497-515. Ebisuzaki K. Anticancer Res 2003; 23:453e8. Beilke MA, et al. J Lab Clin Med 1987;110:91e6. Kim LS, et al. OsteoArthritis and Cartilage. 2006; 14, 286e294. Batistuzzo JAO, et al. Formulário médico-farmacêutico. São Paulo: Tecnopress, 2011; 4 ed. p.275. LEMOS, A. H. Das teorias às Formulações em Ortomolecular. 2 ed. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2016. Cordero MD, et al. Antioxid Redox Signal. 2013;19(12):1356-61. Alcocer-Gómez E, et al. CNS Neurosci Ther. 2017 Feb;23(2):188-189. Lister RE. J Int Med Res 2002;30:195-9. GUIA DE PRESCRIÇÃO. Revista de Nutrição Integrada e Imunologia..Biotec. Ano 01, N° 01/ 2017. OLSZEWER E.; JALDIN C. Formulação magistral na prática ortomolecular. 3 ed. Editora Fapes – São Paulo, 2010. CANTINI, F. et al. Fluoxetin combined with cyclobenzaprine in the treatment of fibromyalgia. Minerva medica, v. 85, n. 3, p. 97-100, 1994. OZERBIL O.; OKUDAN N.; GÖKBEL H.; LEVENDOĞLU F. Comparison of the effects of two antidepressants on exercise performance of the female patients with fibromyalgia. Clin Rheumatol. V.25, nº4, p.495-7. Jul. 2006. Disponível em:< http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16267603>. Acesso em: 06 de Setembro de 2016, às 10:14. CORDERO M.D.; ALCOCER-GÓMEZ E.; MIGUEL M.; CULIC O.; CARRIÓN A.M.; ALVAREZ-SUAREZ J.M.; BULLÓN P.; BATTINO M.; FERNÁNDEZ-RODRÍGUEZ A.; SÁNCHEZ-ALCAZAR J.A. Can coenzyme q10 improve clinical and molecular parameters in fibromyalgia? Antioxid Redox Signal. V.19, nº12, p.1356-61. Oct. 2013. Disponível em:< http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23458405>. Acesso em: 06 de Setembro de 2016, às 10:26. TEITELBAUM J.E.; JOHNSON C.; ST CYR J. The use of D-ribose in chronic fatigue syndrome and fibromyalgia: a pilot study. J Altern Complement

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