Plano municipal de desenvolvimento turístico sustentável

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Ano 2016


Prefeitura Municipal de Extrema: Prefeito: Luiz Carlos Bergamin Vice-Prefeito: Joรฃo Batista da Silva Gerente de Turismo: Ana Paula Odoni

COMTUR (Diretoria): Presidente: Renato de Paula Souza Vice-Presidente: Cleide da Silva Santos Claudino Secretรกria: Rafaela Ferreira da Silva

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PREFÁCIO

Trabalhar o turismo para muitos é algo simples. Aos olhos ingênuos, “fazer turismo” é fácil, é só misturar os ingredientes: lugar bonito + restaurante + hotel e... voilá! Como em um passe de mágica os turistas virão, deixarão todos ricos e satisfeitos! O que a experiência mostra, entretanto, é que as coisas não são assim tão simples. O que passa despercebido aos simplistas é a enorme complexidade e as inúmeras relações que envolvem o turismo, o que torna essa atividade tão extraordinária e ao mesmo tempo tão difícil. Em uma pesquisa um pouco mais cuidadosa podemos observar que casos de sucesso de turismo não se deram da noite para o dia e não surgiram de fórmulas simples. É importante que se diga: quando citamos “casos de sucesso” estamos tratando de uma combinação de situações que culminam na satisfação do turista, dos empreendedores, do poder público e, claro, da comunidade local. Não existem fórmulas perfeitas, ou “receitas de bolo” para o sucesso de destinos turísticos. O que podemos garantir, entretanto, é que a falta de planejamento é a principal causa de insucesso. Ter um objetivo e traçar um caminho para alcançá-lo é o passo inicial de qualquer jornada. Trabalhar de forma planejada diz muito sobre o futuro de um destino, e é certo que não há sucesso que perdure se não tiver sido devidamente embasado, pensado, planejado. Hoje, temos a grata satisfação de ter em mãos o Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo Sustentável de Extrema. Um documento que demonstra seriedade e responsabilidade dos gestores na busca por desenvolver o turismo de forma sustentável. Trata-se de um documento completo, bem construído e fundamentado, apresentando a direção que o município vai seguir na busca por seu objetivo: “fazer com que a atividade turística seja a segunda economia do município”. Vemos aqui, projetos importantes e necessários que deverão ser trabalhados e defendidos pelos empreendedores, pelo poder público e pela comunidade local, tendo sempre o COMTUR como importante articulador e o Circuito Turístico como grande parceiro. Destacamos: para que a execução deste Plano seja efetiva não bastará a ação de um setor isolado! É fundamental o envolvimento de todos, o engajamento, a colaboração, a parceria. Iniciativas como essa muito nos felicitam! Quando um município elabora um Plano de Turismo, ele está demonstrando sua intenção em garantir frutos perenes e sustentáveis com a atividade. Mas, agora, um novo desafio se apresenta: executar o planejamento sem perder o objetivo de vista. É importante que se diga: em alguns momentos será necessário rever um ou outro projeto, as condições mudam, novas necessidades surgem e grandes oportunidades podem aparecer, é natural. A boa notícia é que um Plano bem construído como o que temos em mãos permitirá ao município lidar com as mudanças e seguir seu rumo, sem perder-se no caminho, e alcançar o objetivo traçado. Parabenizamos os envolvidos pelo trabalho e sugerimos a todos, empreendedores, poder público, comunidade: trabalhem juntos, construam juntos, tenham em mente que o alcance do objetivo aqui delineado trará bons frutos nunca vistos para todos, cultivem!

Gustavo Arrais Secretário Adjunto de Estado de Turismo 05


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Palavra do Prefeito

Extrema, um ambiente seguro de negócio! Extrema é um município em pleno desenvolvimento, a boa qualidade da gestão administrativa das políticas públicas pode ser apreciada nos índices de desenvolvimento dos municípios, em 2015 Extrema alcançou o 1º lugar no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico dos Municípios Brasileiros (FIRJAN). Este desenvolvimento foi impulsionado pela industrialização, permitindo a elevação da arrecadação municipal e a aplicação desses recursos na melhoria da qualidade de vida dos habitantes e na diversificação da base econômica por meio do desenvolvimento da atividade turística. A comunidade extremense tem respondido bem ao fomento turístico, ofertando serviços e produtos e aprendendo a participar da gestão da política pública por meio do conselho de turismo, do processo participativo de elaboração do Plano de Turismo, do circuito turístico . Tenho o prazer de afirmar que a política pública de turismo em Extrema é realizada em processos participativos, prova disto é o presente plano de turismo que revela as dificuldades e apresenta as estratégias traçadas coletivamente para posicionar Extrema no mercado nacional de turismo. Concluo minha gestão administrativa acreditando na potencialidade turística de Extrema, na capacidade administrativa da próxima gestão que me sucederá e no empreendedorismo da população. Vou investir em Extrema e convido empresários de visão a consolidar Extrema como um destino de turismo de natureza.

Luiz Carlos Bergamin Gestão 2013 a 2016 Gestão 2009 a 2012 Gestão 2001 a 2004 Gestão 1997 a 2000 Gestão 1989 a 1992

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Palavra do COMTUR

Extrema, com encantadores atrativos naturais, artístico e cultural, o turismo é uma opção de sucesso para contínuo crescimento socioeconômico-cultural e ambiental. É fundamental o enriquecimento da estadia do turista em nossa cidade, possibilitar ao turista acesso à história, cultura, artesanato, festas tradicionais, gastronomia, cachoeiras, trilhas, serviços de qualidade com práticas de sustentabilidade. O PMDTS – Plano Municipal de Desenvolvimento de Turismo Sustentável vem de encontro com as necessidades atuais de nossa cidade que deseja o turismo como sua segunda economia. O COMTUR participou da elaboração do PMDTS: 2017-2020, em oficinas e reuniões, juntamente com a Gerência de Turismo, Esfera Consultoria e a Comissão do PMDTS. Afim, de que os visitantes e os munícipes se beneficiem do turismo sustentável, tem se a necessidade da união das forças do Poder Público e da Sociedade Civil. O COMTUR – Conselho Municipal de Turismo é o meio de união entre Poder Público, Setor Privado e Comunidade Local. O Conselho contribui para a gestão turística integrada e participativa. Além, de deliberar, fiscalizar, apresentar planos, deve apoiar e participar de programas e projetos de interesse turístico, visando à promoção, estruturação e o desenvolvimento de políticas públicas eficientes, democráticas e sustentável. Vale ressaltar também, que o funcionamento do COMTUR/FUMTUR cumpre um dos critérios para receber o ICMS Turístico; uma suplementação financeira para investimentos no setor, instituído pela Lei Estadual n. 18.030/2009 (Lei Robin Hood), Além, de participar do Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas; elaborar e implementar uma política municipal de turismo. Confiamos que o PMDTS oriente o desenvolvimento sustentável da atividade turística, proporcione o aumento da geração de renda e melhor qualidade de vida dos munícipes; que bens e serviços turísticos já existentes sejam aperfeiçoados; posicione nosso Município ao Mercado Nacional.

Cleide da Silva Santos Claudino Presidente em exercício Gestão 2015-2017

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Sumário

1. Apresentação do Destino

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2. Introdução

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3. Monitoramento do PMDTS 2012/2016 e os Desafios para 2017/2020

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4. Análise do Ambiente Externo

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4.1. Megatendências do Turismo 4.2. Cenário do Turismo Nacional 4.3. Cenário do Turismo Estadual

5. Análise do Ambiente Interno

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5.1. Perfil Socioeconômico de Extrema 5.2. Política Turística de Extrema 5.2.1. Regionalização Turística 5.2.2. Organização Territorial como Condição para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável 5.3. Análise da Oferta Turística

6. Estudo de Mercado

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6.1. Análise da Demanda Turística 6.2. Análise do Posicionamento Online 6.3. Análise de Destinos Concorrentes

7. Consolidação do Diagnóstico – Matriz FOFA

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8. Planejamento Estratégico

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8.1. Prognóstico 8.2. Eixos De Desenvolvimento 8.3. Diretrizes Estratégicas

9. Implementação de Gestão do PMDTS

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9.1. Priorização De Projetos 9.2. Matriz De Desenvolvimento 9.3. Cronograma Físico-Financeiro

10. Considerações Finais

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Comissão Gestora

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Equipe Técnica

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Referência Bibliográfica

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1. APRESENTAÇÃO DO DESTINO

O município de Extrema está localizado na região extremo sul do Estado de Minas Gerais, distanciando-se de sua capital Belo Horizonte, 476 quilômetros e 100 quilômetros das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas. De acordo com a pesquisa de 244.586 km². O território de Extrema foi constituído a partir do desmembramento, em 1901, de terras pertencentes à Camanducaia, uma das mais antigas freguesias instituídas pela administração colonial na região, que atualmente compõe o sul do Estado de Minas Gerais. Historicamente, a primeira alusão referente a um núcleo populacional denominado Extrema, data de 1795, quando foi registrado, junto à matriz de Camanducaia, o batismo de uma criança cujos pais eram moradores do “bairro da Extrema”. Em agosto de 1832, treze anos depois de enviada, pela primeira vez à Cúria de São Paulo, uma petição de moradores locais, a qual solicitava a autorização para construir uma capela nesse local. Dessa maneira, tal iniciativa, foi aprovada pela autoridade diocesana, sendo a mesma consagrada à Santa Rita de Cássia. Ao longo do século XIX, diversos movimentos separatistas eclodiram na região, envolvendo além de autoridades, a população de Extrema. Nos últimos anos do século supracitado, a imigração de europeus ganhou impulso, especialmente de italianos e portugueses. O mando exercido pelos coronéis, a despeito de autoridades nomeadas pelo governo provincial, passou a conviver com a presença de imigrantes, que aos poucos foram inserindo-se na vida política e social da localidade. No que diz respeito à emancipação políticoadministrativa, ocorreu em 16 de setembro de 1901. Os esforços de modernização por parte da elite local, nas primeiras décadas do século, não conseguiram modificar o cotidiano dos habitantes da sede e dos bairros, uma 13


vez que apresentavam uma rotina marcada por três fatores recorrentes: longas distâncias, péssimas condições das vias de acesso e falta de assistência do governo do Estado. Vale ressaltar, que o século XX, foi marcado por intensas transformações na região, das quais é imprescindível destacar 6 aspectos relevantes: (1) A conclusão das obras da BR-31 (Atual BR 381 – Rodovia Fernão Dias) no ano de 1961; (2) Os primeiros esforços para a adoção do Turismo como instrumento de desenvolvimento socioeconômico (década de 1960); (3) A instalação da primeira indústria na década de 1970; (4) A duplicação da BR 381, concluída em 2005; (5) A intensificação da política de atração de indústrias (que perpassa as décadas de 1980 até o presente momento) e (6) O incentivo à diversificação da economia local, aliado à preocupação com a manutenção dos recursos naturais e culturais. No tocante ao âmbito da gestão turística, é importante salientar a institucionalização do Turismo no município no ano de 1996, por meio da criação do Conselho Municipal de Turismo. Posteriormente, anos mais tarde, verificou-se a instauração do Órgão Municipal de Turismo, momento no qual coincidiu com os primeiros esforços de entidades e população de municípios (também de cidadãos de Extrema) da região, objetivando criar assim, a Associação do Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas Gerais. Neste contexto, a parceria firmada entre municipalidade e associação possibilitou o engajamento do município nas políticas regional e estadual de turismo, além da reafirmação da atividade turística como vetor de desenvolvimento socioeconômico local. O cenário do turismo local, nas duas últimas décadas, sofreu significativas alterações, advindas da elaboração e aperfeiçoamento gradual dos instrumentos que compõem a política municipal de turismo e do processo de regionalização do turismo que resultou na criação de 5 Rotas Turísticas: a Rota das Rosas, a Rota dos Ventos, a Rota das Águas, a Rota do Sol e a Rota das Pedras. Com efeito, em 2017, o município de Extrema comemora os dez anos de criação e implantação do Processo de Roteirização Municipal. Concebido nos moldes do Programa de Regionalização Roteiros do Brasil, do Ministério do Turismo, este processo buscou promover e apoiar o empreendedorismo em todo o território municipal, a partir dos atrativos naturais e culturais existentes no âmbito do município e de cada região turística. Nesse panorama, destacamos a importância das ações desenvolvidas no município no que se refere à proteção ambiental. Todo o território de Extrema compõe, com mais sete municípios, a Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável – APA Estadual Fernão Dias. Esta unidade criada no ano de 1997 em decorrência do processo de licenciamento de duplicação da Rodovia BR 381, com o intuito de proteger as nascentes do Rio Jaguari-Piracicaba, bem como os fragmentos de Floresta Atlântica. Além disso, o município é pioneiro no Brasil na implantação de um projeto de conservação dos recursos hídricos, por meio de um pagamento aos proprietários rurais pelo serviço ambiental de conservação das águas. No que concerne ao aspecto cultural, avanços, igualmente, foram sentidos. O município preserva um patrimônio que abrange estruturas arquitetônicas e urbanísticas, bens imóveis e integrados, patrimônios materiais, além de uma ampla lista de patrimônios inventariados. Atualmente, são 8 imóveis protegidos por tombamento municipal e 214 bens inventariados. O território de Extrema contempla ainda um sítio arqueológico e dois sítios naturais de valor histórico, sendo esses a Serra do Lopo e o Rio Jaguari. Ademais, a região, é digna de nota o calendário anual de eventos municipais, 14


cujas atrações (que sintetizam a influência de diversas matrizes culturais) são capazes de atrair visitantes e turistas, bem como atender às necessidades da população local. Nesta conjuntura, a elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável 20172020 – Rotas Turísticas apresenta como proposta dar continuidade a esta política de Turismo local, visto que tem consagrado Extrema no âmbito regional e estadual de turismo, por intermédio de uma gestão descentralizada e comprometida com o desenvolvimento do turismo.

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2. INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável (PMDTS) – Rotas Turísticas de Extrema propõe orientar a gestão turística no município de Extrema, Minas Gerais, no período de 2017 até 2020. O objetivo principal é consolidar o turismo como estratégia de desenvolvimento local sustentável, firmando-o como a segunda economia do município. O presente documento é proveniente da revisão do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável (PMDTS) - Rotas Turísticas 2012/2014 e da sua versão (2015-2016), foi pautado nos princípios de planejamento integrado, participativo, estratégico e sustentável. No que se refere à estrutura, o documento em questão, diferencia-se das versões anteriores, uma vez que o mesmo foi elaborado a partir de 6 eixos, sendo estes: (1) Gestão compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros; (2) Marketing do destino; (3) Informações turísticas e inteligência competitiva; (4) Qualificação da rede de serviços e da produção associada; (5) Empreendedorismo e promoção de investimentos privados e (6) Infraestrutura turística. Esses eixos tiveram sua origem no cruzamento dos 8 eixos integrantes do Programa de Regionalização do Turismo com os dados da matriz FOFA elaborada para o destino de Extrema. Dessa forma, traduzem uma tentativa de responder aos anseios e necessidades da Gerência de Turismo e da comunidade em relação à gestão da atividade turística no município de Extrema. Ressaltamos que para o processo de elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável, foram traçadas pela Gerência de Turismo da Administração Municipal, pelo Conselho Municipal de Turismo e a pela empresa Esfera Consultoria, (vencedora do processo licitatório cujo objeto foi a contratação de empresa especializada para revisão do PMDTS), 5 etapas, as quais são abordadas sucintamente: 17


ETAPA 1 - PLANEJAMENTO DA OPERACIONALIZAÇÃO E DA LOGÍSTICA DO PROCESSO. Esta fase englobou o levantamento documental, estudo preliminar da área e a realização de reuniões com a equipe da Gerência de Turismo para a elaboração do plano metodológico e do cronograma de trabalho. ETAPA 2 - DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO. Nessa etapa foi realizada a 1ª Oficina participativa (realizada durante dois dias) que objetivou atualizar e validar o Diagnóstico Turístico de Extrema por meio de análise SWOT. Para isso, a Gerência de Turismo disponibilizou aos membros da Comissão Gestora do processo participativo de atualização do PMDTS, membros do Conselho, cadeia produtiva e comunidade local, os seguintes documentos: o INVTUR 2015, a pesquisa de demanda turística, o diagnóstico de potenciais das rotas turísticas, a matriz FOFA, a estatística de demanda/janeiro de 2016 e a estatística de atendimento do CIT. Além disso, os presentes tiveram acesso ao monitoramento 2015-2016, ao Plano Diretor, à Política Municipal de Turismo e ao livro do Ministério do Turismo intitulado Segmentação do Turismo. O resultado desta reunião culminou na construção da análise SWOT. ETAPA 3 - PROGNÓSTICO, EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO. Essa fase objetivou a composição do prognóstico do destino turístico de Extrema. Mediante a isso, foram promovidas duas reuniões com a comunidade, onde os participantes elaboraram e discutiram os intentos estratégicos (Missão, Visão, Valores e Objetivos), as metas e os indicadores. Foram também atualizadas as diretrizes e linhas de ação, a partir da definição (priorização) de 6 eixos de desenvolvimento. O resultado final desta etapa desencadeou na obtenção de um prognóstico. ETAPA 4 - PROGRAMAS E PROJETOS. Essa etapa cumpriu-se por meio da elaboração da 3ª Oficina participativa, realizada durante 2 dias. Nessa fase, os participantes validaram e a priorizaram os Projetos alocados em cada Eixo de Desenvolvimento. Isso ocorreu a partir de uma análise do monitoramento do PMDTS nas versões anteriores, das sugestões de ações do diagnóstico de potenciais das rotas e das novas sugestões que emergiram da atualização participativa da Matriz FOFA. ETAPA 5 - APRECIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL 2017-2020 E CONSULTA PÚBLICA. Essa etapa constituiu-se de dois momentos: o primeiro diz respeito à delimitação de um período de sete dias, quando a primeira versão do PMDTS, consolidada pela consultoria e validada pela Comissão Gestora em Reunião Extraordinária do COMTUR, (realizada em 12 de julho de 2016), foi submetida à apreciação pública. Durante o período mencionado, além de o PMDTS ser disponibilizado para consulta, inseriu-se um formulário com a finalidade de acolher sugestões de inclusão, exclusão ou reformulação das ações, dos projetos e/ou programas propostos no plano, como forma de contribuir com sua redação final.

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Ressaltamos que o processo de construção do PMDTS 2017-2020 ocorreu ao longo dos meses de março até agosto, e concomitante a isso, nesse período, foram realizadas 7 reuniões participativas. Tomaram parte nestes encontros os seguintes membros: funcionários da Administração Municipal (Divisão de Agricultura e Pecuária, Gerências de Turismo, Cultura, Esporte, Marketing, Secretarias de Meio Ambiente e Obras e Urbanismo), Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas Gerais, Câmara Municipal de Extrema, Conselho Municipal de Turismo de Extrema, Associação Atrativos do Salto, membros de associações diversas, empreendedores dos ramos hoteleiros e de alimentos e bebidas e membros da comunidade. O documento resultante desse trabalho, ou seja, o Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável de Extrema 2017-2020 reflete o esforço da Administração Municipal e coletivo de atender às múltiplas questões que interferem no equilíbrio socioeconômico da comunidade e dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito em Extrema desde 2002, quando houve a institucionalização do Órgão Municipal de Turismo pela Lei Complementar N° 13/2002. Desse modo, este documento é destinado a orientar a Administração Municipal, os membros da instância de governança local, a comunidade e empreendedores do trade turístico, acerca da execução dos projetos, ações e programas contidos no PMDTS. Esperamos com este planejamento posicionar Extrema no mercado nacional como um destino de Turismo de Natureza.

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3. MONITORAMENTO DO PMDTS 2012/2016 E OS DESAFIOS PARA 2017/2020 O planejamento turístico municipal está em seu quarto ciclo. Referimo-nos à elaboração dos planos municipais para os períodos de 2010/2011 (1ª versão, motivada pelo processo de ICMS Turístico1), de 2012/2014 (2ª versão e a 1ª em processo participativo) e de 2015/2016 (3ª versão - quando o PMDTS teve seus objetivos atualizados pela equipe da Gerência de Turismo e COMTUR) e o presente momento que marca a elaboração de diretrizes para o período 2017 - 2020. No processo em questão, ou seja, na revisão do PMDTS para o período 2017/2020, faz-se necessária uma análise do processo de planejamento até aqui empreendido e do seu monitoramento. Vale lembrar que planejar é uma etapa que antecede a execução das ações programadas para cumprir os objetivos e alcançar as metas definidas. Já o monitoramento permite o acompanhamento contínuo e permanente das ações e etapas do plano e estabelece mecanismos de correção de rumos quando necessário. Para o cumprimento do ciclo, tem-se a avaliação que mensura os resultados gerados com o plano, por meio da verificação dos indicadores que permitem aferir a execução das metas propostas que culminam nas transformações projetadas e, a partir daí, gerar um novo ciclo de planejamento. Isso é o que se chama de ciclo PDCA, conforme ilustra a figura a seguir.

1 Esta iniciativa esteve relacionada ao PROGESTUR Serras Verdes Programa de Estruturação da Gestão Turística, Circuito Turísticos Serras Verdes do Sul de Minas Gerais, 2010).

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Figura 3: Ciclo PDCA

Ação corretiva no insucesso Padronizar e treinar no sucesso

Localizar problemas Estabelecer planos de ação

Verificar atingimento de meta Acompanhar indicadores

Execução do plano Colocar plano em prática

Fonte: Portal Administração, 2016 ².

Constata-se no caso de Extrema uma rotina de monitoramento ainda muito incipiente que, em razão da pequena equipe técnica e diminuta estrutura do órgão, não favoreceu o uso desse mecanismo tão importante para o desenvolvimento da gestão do turismo. Juntamente a isso, reconhece-se a imprecisão dos instrumentos de parametrização (objetivos, metas e indicadores) do plano em suas versões anteriores, assim, o que se pretendeu aprimorar nesta versão do PMDTS, o primeiro subsídio para a instalação de um sistema estruturado de monitoramento e a avaliação dos impactos do PMDTS. Com efeito, o acompanhamento do PMDTS 2012-2014 foi inicialmente realizado por meio do Cronograma Anual de Ações Turísticas Desenvolvidas, elaborado para a composição do Dossiê de Habilitação ao ICMS Turístico e restringiu-se a identificar anualmente o status de implementação dos programas, projetos e ações, sem, contudo, avaliar o alcance e a efetividade em termos de transformação da realidade turística do município, assim como a vinculação aos objetivos e metas propostos. A partir de junho de 2013, com a ampliação da equipe da Gerência de Turismo para 3 técnicos, teve início o registro trimestral do acompanhamento dos programas, projetos e ações do PMDTS bem como das ações de rotina da Gerência de Turismo. Ao final de 2014, utilizando o monitoramento trimestral, realizou-se uma análise geral do andamento dos 57 programas, projetos e ações integrantes do PMDTS 2012-2014. Na ocasião constatou-se que 35 ações estavam em andamento (61,404%), 9 concluídas (15,789%), 3 não iniciadas (5,263%), 7 paralisadas (12,281%) e 3 canceladas (5,263%). A partir desta análise realizada no âmbito do COMTUR, o PMDTS foi atualizado para o período de 2015-2016, com objetivo de concluir a execução do PMDTS 2012-2014. Os projetos e ações foram reorganizados em 19 projetos e ações com execução prevista até dezembro 2016. Desses, temos hoje, 17 em andamento (89,48%), apenas 1 concluído (5,26%) e 1 não iniciado (5,26%). O acompanhamento do PMDTS 2015-2016 foi realizado trimestralmente (restrito ao cronograma de 22


execução das ações) e anualmente o monitoramento físico-financeiro foi apresentado ao conselho. A avaliação de impacto e assertividade, contudo, ainda não foi efetivado. Do ponto de vista da implantação dos projetos, programas e ações contidos no PMDTS, essa avaliação indicou uma força de execução muito baixa em razão de dois fatores principais: a grande quantidade de ações contidas no plano 2012/2014 e a baixa capacidade operacional da reduzida equipe técnica do órgão. A despeito disso, o PMDTS foi inserido integralmente ao Plano Pluri Anual – PPA 2014-2017, o que se considera muito positivo na perspectiva do seu uso como documento norteador da política pública de Turismo no tocante à composição do orçamento municipal. Porém, a inserção das ações e projetos no PPA, garantindo orçamento para os investimentos necessários para o setor, não se mostrou suficiente para a implantação de uma política pública robusta, uma vez que a baixa capacidade executiva da reduzida equipe da Gerência de Turismo limitou a utilização integral dos recursos disponíveis e a aplicação do orçamento planejado, conforme aponta a tabela a seguir: Tabela 1: Execução Orçamentária Anual da Gerência de Turismo Ano

Orçamento previsto

Orçamento executado

Percentagem de execução

2012

1.780.500,00

420.899,84

23.63%

2013

1.617.000,00

404.250,45

25.00%

2014

1.958.609,79

494.677,87

25,25%

2015

1.731.678,17

770.054,83

44.46%

2016

2.066.854,83

1.087.376,16

52.61%

Total

9.154.642,79

3.177.259,15

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Fonte: Secretaria de Administração, Fazenda e Planejamento. Extrema, 2016.

Constatou-se que embora contemplasse um orçamento de pouco mais de R$ 9.000.000,00, garantidos pelo PPA para o período de 5 anos, a Gerência de Turismo não conseguiu executar cerca de R$ 6.500.000,00, o que indica também dificuldades de monitoramento e também de execução. Nota-se, ainda, uma evolução na gestão do PMDTS, a partir de 2013, quando foi elaborada pela primeira vez, um monitoramento dos programas, projetos e ações contidos no PMDTS. Tal iniciativa, contudo, não conseguiu impor-se como instrumento eficiente de gestão que abarcasse por completo toda a realidade analisada. A dificuldade atualmente encontra-se, sobretudo, na falta de um mecanismo de gestão que disponha de um monitoramento e uma avaliação eficaz. Para isso, ressalta-se a importância da existência de um Sistema Municipal de Informação Turística (que contemple também a gestão do plano e o desempenho do setor), com equipe qualificada para gerar de forma contínua as informações sobre a competência, o grau de execução, os impactos e os benefícios resultantes dos programas, projetos e ações realizadas. Nesse contexto, acredita-se que com a recente aquisição do software estatístico SPSS – IBM foi possível à realização do primeiro estudo de demanda na alta temporada Janeiro de 2016 (com 23


previsão para atualização bianual), a atualização anual do INVTUR, a sistematização da estatística de atendimento do CIT e a elaboração do boletim de ocupação hoteleira. Assim, inicia-se a constituição de um banco de dados que se aproxima de uma base mais consistente para o processo de monitoramento e avaliação dos resultados do PMDTS. Também ressaltamos que ações como a realização de pesquisas nos eventos turísticos, a mensuração do impacto do turismo nas finanças públicas e no PIB municipal ou um estudo da competitividade do destino, mostram que há ainda um caminho significativo a percorrer no campo da estruturação efetiva de um Sistema Municipal de Informação Turística. Com efeito, espera-se que este sistema seja não apenas restrito a informação para o turista como já mencionado, mas numa perspectiva ampliada (da inteligência de mercado e da inteligência de gestão) para o destino basear o seu processo de tomada de decisão e consequentemente a gestão do PMDTS. Desse modo, a análise do processo de gestão dos três primeiros planos de turismo propiciou a compreensão (compartilhada coletivamente durante fase de elaboração do PMDTS 2017-2020) da necessidade que a Administração Municipal tem de: • Avançar na estruturação do Sistema Municipal de Informações Turísticas de forma a possibilitar o aperfeiçoamento da coleta e tratamento de informações turísticas e sobre o mercado (para subsidiar o ciclo de planejamento do PMDTS); • Incentivar e obter maior envolvimento e participação de empreendedores da iniciativa privada e do COMTUR, principalmente, na execução das ações do PMDTS, até então quase que exclusivamente destinadas à ação da Gerência de Turismo; • Priorizar a seleção de programas, projetos e ações estratégicos para figurar no plano, de modo a diminuir o número de atividades que se enquadram na rotina do Órgão Municipal de Turismo e garantir a execução de ações prioritárias para o turismo no município; • Diminuir o número de objetivos específicos; • Inserir no presente Plano Municipal de Turismo metas e indicadores para balizar o processo de execução, monitoramento e avaliação das ações; • Executar os programas e projetos contidos no PMDTS por meio da contratação de consultoria de maneira a permitir que os técnicos do Órgão Municipal de Turismo, com sua reduzida equipe, se concentrem na gestão estratégica da política municipal de Turismo. Logo, o presente documento parte dessas constatações e buscará a melhoria e aperfeiçoamento dos itens aqui apontados.

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4. ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO 4.1. Megatendências do Turismo

Nos últimos 50 anos, o número de viagens nacionais e internacionais cresceu consideravelmente. Este quadro está relacionado a uma conjuntura de intensificação do processo de globalização neoliberal, onde destacamos os avanços tecnológicos verificados no setor de transporte, a expansão dos sistemas de comunicação e o surgimento de uma cultura do consumo que sobretudo, impactou o turismo na medida em que prega o consumo turístico como necessidade básica do homem/consumidor. Nesse cenário, mesmo frente a uma sucessão de crises econômicas, o turismo enquanto um fenômeno social posiciona-se numa projeção ascendente em termos de crescimento de volumes de receitas e de fluxo turístico, nos mais variados destinos em oferta na atualidade. Assim, a economia do turismo, mantém-se com desempenho superior a maior parte das indústrias tradicionais. O estudo intitulado as Tendências Macro do Turismo Mundial desenvolvido pela EMBRATUR em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE aponta para uma tendência de diversificação e aumento da oferta de destinos turísticos no cenário global, o que o estudo relaciona a dois fatores, o primeiro diz respeito ao crescimento da renda das pessoas, particularmente dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, que permite reservar maiores parcelas da renda para o consumo de bens e serviços menos essenciais, como o turismo. Já o segundo fator está associado às mudanças do perfil do “consumidor” do turismo, que passa a buscar atrativos menos convencionais e produtos mais exóticos, mais disponíveis em destinos não tradicionais, o que sinaliza a mudança no comportamento da demanda internacional que busca novos produtos e destinos – diferentes da oferta tradicional. 27


Para a EMBRATUR, essa mudança se deve, também, a outra tendência: esgotamento do ciclo de vida dos produtos turísticos daquelas localidades já intensamente visitadas, assim como à ampliação do grau de segurança propiciada pelo hábito de viajar, o que aumenta consideravelmente as perspectivas de crescimento das novas destinações turísticas e de surgimento de outras. Tal tendência caracteriza-se como uma importante oportunidade de mercado para os países menos desenvolvidos e que apresentam potencialidades efetivas de crescimento, como é o caso do Brasil. Ainda segundo o instituto, melhores perspectivas para esses países decorrem de um processo de saturação do mercado tradicional, do progressivo transbordamento dos fluxos turísticos para novos mercados, além da tendência manifesta da busca do exótico e de destinações que alterem o cotidiano (EMBRATUR, 2006, p. 8). Desse quadro, os destinos e empreendedores do turismo precisarão viabilizar e compreender: • Disponibilizar facilidades: o processo de consumo se dará quão maior for a facilidade de localização, acesso, compreensão e concretização da compra, por meio de sistemas online, processos gerenciais e operações mais ágeis, flexíveis e customizáveis; • Ofertar experiências inéditas: cada vez mais o exótico, o inusitado e o não tradicional ganharão espaço na mente e no desejo do turista, que almeja descobrir lugares novos. Nesse caso, diferenciação e autenticidade é a palavra de ordem; • Proporcionar cuidado com o corpo e a mente: viagens turísticas, independentemente da motivação principal para cultura, lazer, natureza e etc. como oportunidade e/ou mecanismo de qualidade de vida e de regeneração ou preservação das condições físicas, emocionais, estéticas e espiritualistas, numa perspectiva holística; • Oportunizar ao turista fazer parte do enredo: isso significa que o turista anseia criar a sua própria história de viagem e levar o enredo, materializar e contar a sua história de viagem. O turista como protagonista da experiência turística e da composição do seu roteiro de viagem. Customização dos pacotes e personalização das viagens são ideias centrais dessa tendência; • Retorno às origens e fuga da rotina: manifesta-se como alternativa de escape de lugares estressantes, proporcionando aos turistas férias em destinações de forte vocação ecológica, longínquos, com pessoas e costumes exóticos e que de alguma forma remeta o turista ao seu passado, que seja capaz de suscitar emoções provenientes da sua memória afetiva; • Compromisso social e valorização dos elementos de sustentabilidade das empresas e destinos: apresenta-se cada vez mais com o objetivo de tornar as comunidades mais responsáveis ambientalmente e socialmente, incluindo-se aí os benefícios da atividade sobre os recursos naturais e humanos das destinações que devem ser gerados pelo turismo e percebidos pelo turista na sua viagem. O turista moderno deseja perceber que a sua passagem pelo destino contribui para melhoria da qualidade de vida do lugar e para práticas empresariais mais coerentes com as grandes questões globais; • Atendimento individualizado ao consumidor: produtos diferenciados, singulares, individualizados, mesmo pagando um preço alto para consumi-los, a procura turística se efetivará cada vez mais individualmente; • Longevidade e retardamento do envelhecimento: aumento da expectativa de vida e melhoria na qualidade de vida significa uma tendência demográfica importante ao lazer e ao turismo. Isso significa indivíduos mais longevos, dispostos fisicamente e ávidos por experiências de consumo diferentes; • Expansão da economia compartilhada: Airbnb e Uber, já são plataformas bem conhecidas e muito 28


utilizadas por viajantes do mundo todo que exemplificam essa tendência; • Disponibilidade de recursos e falta de tempo: isso aponta para a realização de viagens mais curtas, a destinos mais próximos, pequenas e mais frequentes “escapadas”; • Crescimento dos Poshtels: é um híbrido de posh (chique) com hostels em inglês (albergue), que vem sendo procurado por turistas que buscam boa relação custo-benefício, mas que não abrem mão do design, do ambiente e de certo conforto. Apresenta-se como um novo conceito de hospedagem e uma das principais tendências de 2016, como opções de meios de hospedagem econômicos, charmosos, bem decorados e com facilidades tecnológicas. • Uso das redes sociais, popularização dos vídeos e intensificação do móbile: o ambiente virtual e os vídeos estão cada vez mais em evidência e mais utilizados pela população em geral. Saber contar uma estória e comover as pessoas em 30 ou no máximo 60 segundos é a tônica desse ambiente. Eles são fantásticos para promover destinos, hotéis, atrativos turísticos, passeios e etc. De acordo com pesquisa publicada pelo Google, 80% das buscas de viagens no Youtube estão relacionadas à escolha do destino. O uso do smartphone para planejar uma viagem já é uma realidade inconteste. A emarketer, empresa especializada em pesquisas online, aponta que em 2016 nos Estados Unidos 75% das buscas online sobre viagens serão feitas pelo celular, gerando 51% das receitas do setor. O Google explica: o novo comportamento dos usuários de mobile modificou a jornada de compra do viajante. Os consumidores utilizam os “micro-momentos” (momentos que buscam informações em meio a outras tarefas) para pesquisar, planejar, reservar, comprar e compartilhar suas viagens, mas muitos empreendedores do setor de turismo ainda não atentaram para a importância de estar na palma das mãos dos consumidores. As ferramentas de marketing digital, como blogs, mídias sociais e anúncios online são muito eficientes na promoção de roteiros especializados; • Destinos como acessórios de moda: Modismo em ser visto em certos lugares do mundo; • A mistura do Turismo de Negócios com o de Lazer: A divisão do mundo do trabalho e do lazer está cada vez mais tênue, pois os profissionais aproveitam as viagens corporativas para conhecer e desfrutar o destino turístico, suas atrações, restaurantes e etc. Esses viajantes estão familiarizados com sites e aplicativos para gerenciar suas viagens e querem usá-los também para o seu lazer; • Turismo de Experiência - milhares de turistas, principalmente os mais jovens, não querem apenas conhecer os famosos cartões postais, normalmente lotados e marcados pelo turismo de massa. Eles buscam novas experiências, como conhecer a rotina local, saborear pratos e bebidas típicas, de preferência na casa de algum nativo, aprender a cozinhar, fabricar sua cerveja, colher e comprar frutas, dentre outras atividades e vivências; • Aventura da experiência: estímulos através de “experiências turísticas” memoráveis e seguras: conforto e aventura, aventura e segurança; • Fortalecimento de segmentos turísticos e do turismo de interesse específico - a facilidade de encontrar online o público alvo adequado para produtos bem específicos, como Turismo Cervejeiro, viagens espiritualizadas, viagens com pets, e etc., possibilitou o crescimento das empresas especializadas em determinados nichos. Elas oferecem uma gama de serviços e experiências que atendem (e superam) às expectativas dos clientes. O conjunto de tendências relacionadas acima retrata o que o SEBRAE (2014) considera como os três mais importantes tipos de tendências no turismo, fatores a serem observados no planejamento de Extrema. Conforme a figura a seguir: 29


Figura 4: Tipos de Tendências no Turismo

DENTRO DO SEGUIMENTO DO TURISMO PODEMOS AVALIAR DIVERSOS TIPO DE TENDÊNCIAS

Tendência de oferta

Tendência da seguimentação de procura

Tendência no consumo do turismo

Tipos ou locais de destinos mais procurados, ou seja, com maior tendência de venda

Perfil do cliente que mais cresce nos últimos anos, por exemplo o turista de aventura

Como o turimo é vendido, ou seja, como os clientes compram a sua viagem

Fonte: SEBRAE, 2014.

O que se espera ao observar esse conjunto de tendências, que os gestores públicos e os empreendedores do turismo de Extrema, compreenda, interpretem e rapidamente contemplem-nas nos produtos, serviços e atrativos que compõem a oferta turística integral do destino. Isso significa atribuir qualidade e diferenciação ao destino e, portanto, atratividade. Contudo, além da qualidade dos produtos e serviços (manifesta principalmente no atendimento e nas características dos atrativos), o destino turístico necessita ter ou buscar um posicionamento no mercado. Isso significa garantir um lugar na mente dos consumidores – em um contexto de descentralização dos fluxos no cenário global e aumento na quantidade e no nível da qualidade da concorrência no mercado turístico. Para Kotler e Armstrong, importantes estudiosos da área do marketing, determinar um posicionamento para um produto significa lhe fornecer atributos importantes, fixando o lugar ocupado pelo produto na mente dos consumidores. Aliado a esse processo, a imagem – soma das crenças, das ideias e impressões que as pessoas atribuem ao destino – deve ser construída e traduzida em forma de uma marca turística para o destino. Diante disso, uma imagem positiva e atraente é importante para a criação de um símbolo forte (marca) que por sua vez contribui para a conquista e o reconhecimento do cliente pelas empresas e pelo destino. De maneira geral, os turistas são influenciados pela reputação do lugar escolhido e pelo produto a ser comprado. Em todas as associações que o turista faz (melhores preços, melhores itinerários, oferta de destinos condizentes com o material publicitário, diversificação de pontos de venda/ distribuição, diversos meios de comunicação), grande parte da compra dos clientes se dá em função da marca, da reputação e da imagem do destino. Nesse sentido, esse deverá ser um direcionamento priorizado pelas lideranças do setor para a consolidação de Extrema como um destino competitivo ao longo dos próximos anos, atento às principais tendências que se firmarão como requisitos do negócio turismo – cada dia mais compeitivo. 30


4.2. Cenário do Turismo Nacional O setor de turismo tem mantido, nos últimos anos, uma tendência de crescimento satisfatório e dá mostras que, mesmo com a crise internacional e a consequente desaceleração do crescimento econômico no país, tem possibilidades de manter o seu vigor. Segundo a Organização Mundial do Turismo, cerca de 50 milhões a mais de turistas viajaram para destinos internacionais em todo o mundo em 2015, o que corresponde a um aumento de 4,4% comparativamente a 2014, chegando a 1,184 bilhões de turistas internacionais em deslocamento com pernoite no mundo, um recorde desde o início da série histórica (2007). Gráfico 1: Mundo - Chegadas Internacionais de Turistas (em milhões) 1200 1100 1000

911

950

928

994

1.040

1.088

1.134

1.184

891

900 Milhões

800 700 600 500 400 300 200 100 0

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015 (prev.)

Fonte: UNWTO (Organização Mundial do Turismo), 2015.

31


Deste total, 16,1% ou 190 milhões de chegadas internacionais correspondem à chegada em países das Américas. Gráfico 2: Mundo - Chegadas Internacionais de Turistas | Continentes

AMÉRICAS 190,7 milhões (16,1%)

ÁFRICA 53,3 milhões (4,5%)

ORIENTE MÉDIO 53,9 milhões (4,6%) ÁSIA E PACÍFICO 277,6 milhões (23,4%)

EUROPA 608,6 milhões (51,4%)

Fonte: UNWTO (Organização Mundial do Turismo), 2015.

De acordo com o Ministério do Turismo (2012), o turismo brasileiro cresceu 6%, dois pontos percentuais acima da média mundial anual e 5% no ano de 2013. No turismo internacional, segundo o Estudo da Demanda Turística Internacional (2013), o Brasil também ganhou posições com a contribuição do segmento de negócios e eventos e pelos serviços prestados que foram elogiados em quesitos como hospitalidade, gastronomia e hotelaria. Outros segmentos também se destacaram com o crescimento do turismo no Brasil, principalmente os segmentos de Turismo Cultural e de Natureza que sugerem um ambiente de negócio propício à expansão de novos destinos e atividades turísticas no país em seus diversos segmentos. Dados da OMT, obtidos no site Observatório do Turismo3, mostravam que em 2015, havia uma grande expectativa com relação à redução dos impostos que incidem no combustível da aviação, o que acabou ocasionando um efeito dominó positivo no mercado como um todo, pois, o deslocamento mais barato encorajou o turista a viajar mais, fato que foi interrompido devido elevação dos preços praticados pelos donos de hotéis e pousadas com o aumento da demanda. Por outro lado, mesmo com o aumento do preço dos combustíveis para veículos automotores, houve um aumento das viagens terrestres pelas estradas concedidas à iniciativa privada, como é o caso da Rodovia Fernão Dias que dá acesso ao município de Extrema. Segundo o Índice ABCR4 de Atividade (compostos pelo fluxo de veículos leves e pesados), divulgado pela Pesquisa Anual da Conjuntura Econômica do Turismo 2015 e 2016, o tráfego nas rodovias concedidas à iniciativa 32

3 Disponível em: http://www.observatoriodoturismo.com.br/pdf/ANUARIO_2015_BASE_2014.pdf. Acesso em 11/07/2016. 4 Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.


privada cresceu 2,4% em 2014, com aumento de 4,2% no movimento de veículos leves e queda de 2,6% no fluxo de veículos pesados, fruto de uma queda na atividade industrial. Já em 2015, o tráfego recuou em 1,8% com o fluxo de veículos pesados caindo ainda mais, queda de 6,0% e o de veículos leves queda de 0,4%, fruto do enfraquecimento da economia com a consequente queda do consumo, da renda, da atividade industrial e do aumento da taxa de desemprego. Sob essa perspectiva, as consequências do enfraquecimento econômico atingem, ainda, as empresas aéreas, com a redução na frequência das viagens corporativas e de turismo. Concomitantemente, o dólar em alta eleva custos de itens essenciais para a aviação, como o querosene, que é cotado na moeda norte-americana. Segundo dados da ABEAR5, as reuniões de negócios e eventos corporativos – que eram motivo cerca de dois terços das viagens domésticas realizadas no país – caíram pela metade em 2015. As perspectivas são de redução da oferta de voos para destinos domésticos, fruto da redução na demanda, o que torna o custo do transporte aéreo insustentável. Não obstante, a queda na demanda, há uma tendência a qual estima que com o dólar em alta, o turista brasileiro deve viajar mais dentro do próprio país (a partir da utilização de veículos automotores ou por meio da aviação). Certo é que o turismo doméstico já responde por aproximadamente 85% da receita do setor no país (INFRAERO, 2013). Segundo a Infraero6, para cada desembarque internacional, há dez desembarques domésticos no país. Em 2012, foram 85,4 milhões de chegadas nos 67 principais aeroportos do país, crescimento de 7,8% ante os 79,2 milhões de 2011. Este número revela o vigor do turismo interno e o que ele representa como aposta para alavancar o setor. É importante destacar que a Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo – PACET 2016, (referente ao ano 2015), detectou, de modo geral, amplo predomínio da intenção de viagens pelo Brasil em relação ao propósito de realização de viagens para o exterior, em todas as segmentações de renda, faixa etária, grau de instrução, local de residência e gênero dos informantes. Com relação aos desembarques de estrangeiros, segundo o Ministério do Turismo, nos últimos anos o fluxo de turistas sul-americanos no Brasil cresceu acima da média. Em 2009, cerca de 2 milhões de sul-americanos vieram ao Brasil. Em 2013, esse número saltou para 2,936 milhões. Em 2014, este número aumentou ainda mais, devido ao grande número de sul-americanos presentes para a Copa do Mundo, o que fez com que o Brasil se tornasse mais conhecido por nossos vizinhos. Antes da Copa do Mundo FIFA 2014, a Argentina já liderava o ranking de países emissores de turistas para o Brasil. Em 2012, foi registrada a entrada de 1,67 milhão de visitantes argentinos em território brasileiro - um crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. Em segundo lugar estava os Estados Unidos, com 586,4 mil visitantes, e em terceiro lugar a Alemanha, com o envio de 258.437 turistas para destinos brasileiros. O Chile, com aproximadamente 250 mil visitantes, ocupava a 5ª posição no ranking, logo atrás do Uruguai (253.864). No ano da Copa do Mundo, o Brasil registrou a entrada de 6.429.852 turistas internacionais. Pela primeira vez, o país superou a marca dos 6 milhões de estrangeiros. A Argentina continuou em primeiro lugar na lista de principais países emissores, com 1.743.930 turistas, seguida dos Estados Unidos (656.801). O Chile (336.950) foi o país que mais se destacou e assumiu a terceira colocação. O aumento do número de visitantes estrangeiros verificado durante a realização da Copa do Mundo e o público esperado para as Olimpíadas de 2016 apontam para a importância dos eventos esportivos ou mega eventos como grandes negócios para o turismo. O desafio para o Brasil agora é garantir condições para o setor crescer de forma continuada, com reflexo em todo o território nacional. 5 6

Associação Brasileira das Empresas Aéreas. Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária.

33


Tabela 2: Principais Países Emissores de Visitantes ao Brasil (2003-2012) Países emissores

Chegadas de turistas

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Argentina

786.568

922.484

992.299

933.061

921.679 1.017.675 1.211.159 1.399.592 1.593.775 1.671.604

Estados Unidos

668.668

705.997

793.559

721.633

695.749

625.506

603.647

641.377

594.947

586.463

Alemanha

283.615

294.989

308.598

277.182

257.740

254.264

215.595

226.630

241.739

258.437

Uruguai

270.251

309.732

341.647

255.349

226.111

199.403

189.412

228.545

261.204

253.864

Chile

126.591

155.026

169.953

176.357

260.439

240.087

170.491

200.724

217.200

250.586

Paraguai

189.170

204.758

249.030

198.958

212.022

217.709

180.373

194.340

192.730

246.401

Itália

221.190

276.563

303.878

287.898

268.685

265.724

253.546

245.491

229.484

230.114

França

211.347

224.160

263.829

275.913

254.357

214.440

205.860

199.719

207.890

218.626

Fonte: Ministério do Turismo, 2013.

No ano de 2012, R$ 11,2 bilhões foram concedidos em créditos específicos para o setor, beneficiando empresas aéreas, meios de hospedagem, agências de viagens, locadoras de automóveis, restaurantes e parques temáticos, permitindo aos destinos e aos empreendedores devidamente preparados, se beneficiarem de investimentos para fomentar a chegada de um maior número de turistas. O contexto apresentado do turismo no Brasil demonstrou um crescimento importante nos últimos anos, o cenário econômico atual se apresenta mais preocupante e pode ter impactos diretos nas decisões dos turistas. De acordo com dados da Fecomercio - SP – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo e da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, divulgados no início de 2015, o ano de 2014 foi um ano de retrações tanto na indústria quanto no comércio, não só na região sudeste, mas em todo o país. A expectativa é de retomada do crescimento com o equilíbrio das contas públicas, mudanças na política econômica e maior estabilidade no contexto político. Com efeito, o ano de 2016 e provavelmente 2017, serão anos de contenção de gastos, principalmente com viagens e turismo, até que tenhamos maiores garantias de estabilidade econômica no país e retomada do crescimento.

4.3. Cenário do Turismo Estadual Minas Gerais é um Estado que apresenta um vasto e diversificado patrimônio histórico-cultural, artístico e natural. Dotado de grande extensão territorial, equivalente a países como a França e a Espanha, possui grutas com inscrições pré-históricas, cidades históricas, centros comerciais, relevos diversos, estâncias hidrominerais, parques florestais, grandes lagos represados, os rios São Francisco, Doce, Jequitinhonha e Grande entre outros. Geograficamente, o Estado se encontra no eixo central do país, entre os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e a capital do Distrito Federal, Brasília. Possui uma economia forte, detentora da maior rede 34


de distribuição de energia da América Latina, sendo o segundo maior exportador do país e o maior produtor de nióbio do mundo, estando à frente na produção de minério de ferro, café, leite, cimento e aço bruto7. A economia mineira corresponde às economias de países como Chile e Israel, sendo considerada a segunda maior exportadora do país. No que tange ao Turismo, Minas é um dos principais destinos turísticos brasileiros, onde se destacam alguns segmentos tais como o histórico-cultural (patrimônio edificado, obras de arte, gastronomia, religiosidade entre outros), encontrados em cidades históricas, em centros de cultura e negócios e em espaços de arte. Outro segmento relevante no estado é o Turismo Rural que tem na ruralidade e na gastronomia um grande potencial, possuindo uma grande quantidade de empreendimentos com essa finalidade. Além disso, Minas apresenta também, uma enormidade de destinos de natureza, reflexo das belezas cênicas encontradas em seu território, que atraem muitos adeptos do Ecoturismo e do Turismo de Aventura. Somente a Região Metropolitana de Belo Horizonte (Infraero, 2010), participou com 5,16% dos embarques e desembarques do país e a oferta de meios de hospedagem do Estado corresponde a 10% da oferta nacional, sendo responsável pela geração de mais de 27 mil empregos diretos8. Segundo dados da EMBRATUR, Minas Gerais recebe 10% do fluxo do turismo doméstico e 6% do turismo internacional, sendo o segundo estado do Brasil em número de destinos com potencial turístico, atrás apenas do Estado de São Paulo. Conforme dados do Observatório do Turismo de Minas Gerais (2015), apresentados no relatório Turismo Mineiro em Números, em 2014, o Estado recebeu 24 milhões de turistas, representando um crescimento de 4,2% em comparação ao ano de 2013 e quase 10 milhões a mais que o fluxo de turistas recebido em 2010. Vale ressaltar, ainda, que estes números representam um fluxo considerável de visitantes do próprio estado, viajando regionalmente (66,8% provenientes de Minas Gerais). Estes turistas deixaram uma receita turística de mais de 16 bilhões de reais na economia mineira em 2014, com um gasto que representou um acréscimo de 22,1% em relação ao ano anterior. Segundo constata o Observatório do Turismo, da receita turística obtida no ano de 2014, 29,2% foram deixados nos meios de hospedagem, 20,5% em compras, 20,2% no setor de alimentos e bebidas, 18,2% com transportes (exceto aéreo) e 9,9% foram gastos com atrativos e passeios, com as demais despesas somando 2%. Gráfico 3: Fluxo Turístico em Minas Gerais (em milhões de chegadas)

21,7

23,0

24,0

17,3 11,4

2008

13,3

14,2

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais, 2014. 7 8

Disponível em: http://www.descubraminas.com.br/MinasGerais> Acesso em 17/07/2016. Disponível em: http://www.turismo.mg.gov.br> Acesso em 17/07/2016.

35


Em 2014, o número de empreendimentos formais que contribuíram para o aumento das receitas turísticas no Estado, aumentou 3,8% em relação ao ano anterior, alcançando 63.656 empreendimentos, com destaque maior para a região norte do Estado (Baixo e Médio Jequitinhonha) e Triângulo Mineiro que cresceram próximo de 8% no número de empreendimentos formais no setor de turismo. Já o número de empregos formais no setor atingiu R$415.291,00, um aumento de 1,8% em relação ao ano anterior, com uma renda média mensal de R$1.289,71, representando um crescimento de 8,9% em relação ao ano de 2013, mas ainda bem abaixo da renda média mensal do setor de turismo no Brasil que no mesmo ano alcançou o valor de R$1.544,27 para cada trabalhador. O número de empregados do setor de turismo em relação ao total de empregos formais no Estado, em 2014, foi equivalente a 8,19%, apresentando um pequeno crescimento em relação a 2013. Da mesma forma, o número de estabelecimentos no setor de turismo também vem crescendo e alcançou um total de 12,38%, do total de todas as atividades econômicas existentes no Estado. No entanto, o turismo ainda representa pouco em relação à renda auferida no Estado por todas as atividades econômicas. O turismo gerou em receitas totais para o Estado R$535.603,896 dos 9 bilhões e meio de reais obtidos por todas as atividades econômicas, o que representa apenas 5,52% deste total (BRASIL, 2014)9. Vale mencionar, que o destaque representado pelos números mais atualizados do ano de 2014, referente à chegada de turistas e receitas turísticas geradas no estado, se deve ao aumento da quantidade de turistas devido a Copa do Mundo. Nos próximos dois anos, quando forem divulgados os números de 2015 e 2016, será possível obter uma noção mais adequada do que conformou este acréscimo e o que este resultado representou em ganhos reais de demanda turística com a chegada espontânea, sem o impacto dos mega eventos nos números absolutos.

36

9

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais, 2014.


5. Análise do Ambiente Interno 5.1. Perfil Socioeconômico de Extrema

O município de Extrema está localizado na Mesorregião Sul/Sudoeste de Minas Gerais, divisa com o estado de São Paulo, estando a 476 km de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais e apenas a 100 km da capital paulista, São Paulo. O município ocupa uma área de 244 km² e conta com uma população de 33.082 habitantes (IBGE, 2015). Segundo dados da Prefeitura Municipal, sua economia é composta 62% pela prestação de serviços, e 38% pela indústria, sendo essa última a responsável por elevar nos últimos 15 anos à população do município em 50%%. Em grande medida, isso ocorreu devido ao aumento do número de empresas verificado nos últimos anos (aumento de aproximadamente 300% - chegando a 174 empresas em 2015). Atualmente, são 132 indústrias em funcionamento no município. Estes números demonstram a relevância do desenvolvimento do município nos últimos anos, que o levaram a se firmar como o segundo polo industrial do estado, levando em conta a arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço (ICMS) em relação ao número de habitantes. De fato, Extrema, está atrás apenas de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Empresas como Bauducco, Kopenhagen, Rexam, Centauro e Panasonic, contribuíram para a transformação no cenário do município e para o emprego de mais de duas mil pessoas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos do Ministério do Trabalho (CAGED, 2015). Neste período, o PIB do interior do estado de Minas Gerais cresceu 49%, cerca de dez pontos percentuais a mais do que o das metrópoles, sendo o município de Extrema, um dos destaques entre as cidades interioranas que contribuíram para o crescimento do país. 37


Em 2013, a Fundação João Pinheiro apontou Extrema como a melhor cidade mineira para se viver (Índice Mineiro de Responsabilidade Social - 2013). Em 2015, foi considerada a melhor cidade do país em desenvolvimento municipal, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN, 2015) no IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal), com uma pontuação de 0,9050, classificada como cidade com alto desenvolvimento municipal. É válido ressaltar que esta pesquisa, considerou três áreas de desenvolvimento: emprego e renda, educação e saúde. Vários indicadores ajudam a medir este salto de desenvolvimento de Extrema. Um deles é o PIB do município que em 2000 era de R$ 326 milhões, ultrapassando os R$ 3 bilhões em 2012, alcançando o 4º melhor resultado no Sul de Minas Gerais, atrás apenas dos municípios de Poços de Caldas, Varginha e Pouso Alegre. Cidades estas com pelo menos quatro vezes o tamanho de sua população, o que representa um PIB per capta de R$ 85.345,00, 4 vezes maior que o PIB per capta do estado de Minas Gerais que é de R$ 19.573,00. Conforme dados fornecidos pelo SEBRAE, no relatório da Identidade Econômica dos Municípios Mineiros, 2011. Gráfico 4: Cinco Maiores Economias da Região | 2011 (em R$ milhões) 4.143

4.037

3.408 2.502

Poços de Caldas

Varginha

Pouso Alegre

Extrema

1.937

Guaxupé Fonte: SEBRAE-MG, 2011.

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mensurado em 2010 foi de 0,732, considerado como Alto Desenvolvimento Humano, 75º do Estado, e vem crescendo consideravelmente, tendo saltado de 0,607 para 0,732 entre os anos de 2000 a 2010, representando um crescimento de 20,6% no período.

Gráfico 5: Evolução do IDH de Extrema (1991|2010) IDH 1991

0,700

IDH 2010

IDH 2000

0,475

0,732

0,607

0,761 0,636

0,849

Longevidade 0,729

0,678

0,633 Renda

0,434 0,241

Educação

1991

2000

2010 Fonte: SEBRAE-MG, 2011.

38


Gráfico 6: População por Classe de Rendimento Mensal | 2010 Mais de 30 s.m.

0

De 20 a 30 s.m.

0

De 15 a 20 s.m.

48

De 10 a 15 s.m.

55

De 5 a 10 s.m.

GINI 20103 0,40 668 1.451

De 3 a 5 s.m.

2.016

De 2 a 3 s.m.

7.181

De 1 a 2 s.m. 3.021

De 1/2 a 1 s.m. Sem Rendimento

417 Fonte: SEBRAE-MG, 2011.

Entretanto, a crise econômica dos últimos anos trouxe impactos significativos. Somente em 2015, um total de 1.096 vagas de emprego foram fechadas, o que representou o fechamento de cerca de 3 postos de trabalho por dia no município. Segundo dados da Secretaria de Comunicação, sistematizados pela Consultoria, 20 empresas foram abertas no município entre os anos de 2014 e 2016, enquanto outras 27 tiveram suas atividades encerradas, 12 delas possuíam mais de 10 anos de existência. Mesmo com alguns números desfavoráveis, Extrema vem conseguindo manter-se em situação de destaque entre os municípios mineiros e da região sudeste do país. Ainda segundo o SEBRAE, o crescimento na arrecadação de R$19 milhões em 2002 para R$97 milhões em 2012, com um saldo entre as receitas e despesas de R$31 milhões, possibilitou a administração pública condições para investir não só na infraestrutura e na qualidade dos serviços oferecidos a população, mas também investir em outros setores de desenvolvimento. Um desses setores que vem sendo fomentados para suprir oscilações econômicas e para garantir a qualidade ambiental do município é o turismo. Atualmente o município conta com uma rede hoteleira com mais de 35 hotéis e pousadas que oferecem aproximadamente 2.000 leitos. A taxa média de ocupação destes leitos é de 80%, o que vem atraindo o interesse de novos empreendedores, demonstrando mais uma força econômica e o potencial que o setor pode representar para o município (Prefeitura Municipal de Extrema, 2015). No ano de 2015, diversos fatores que contribuíram para o otimismo dos investidores em Extrema, dentre eles podemos destacar: 1) Melhor cidade do Brasil em desenvolvimento municipal, 18ª em emprego e renda, 515ª em saúde e 49ª em educação (FIRJAN, 2015); 2) Melhor cidade para se viver em Minas Gerais no Índice Mineiro de Responsabilidade Social da Fundação João Pinheiro (ano base 2010 | edição 2013); 3) Destaque no IDEB, atingindo em 2012 a meta projetada para 2016 (6,1); 4) 4ª colocada no Sul de Minas no ranking do PIB (IBGE – ano base 2010 | edição 2012); 5) 2ª colocada no Prêmio Mineiro de Excelência em Gestão Pública Municipal; 6) Vencedora do “Prêmio Internacional de Dubai 2012 de Melhores Práticas para Melhoria das Condições de Vida”, com o Projeto Conservador das Águas, promovido pela ONU; 39


7) 2º Polo Industrial do estado com 174 empresas levando em conta a arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em relação ao número de habitantes; 8) Cidade do Sul de Minas que teve maior crescimento populacional entre os anos de 2000 a 2013, 64,9%.

5.2. Política Turística de Extrema No ano de 1960, ocorreu a primeira tentativa de institucionalizar o turismo no município de Extrema, quando através da Lei Nº 392 de 1967, foi criado o Conselho Municipal de Turismo com a competência de “estudar e propor à administração municipal as medidas necessárias à difusão e amparo ao turismo no município, em colaboração com os órgãos e entidades oficiais especializadas, promover cursos para formação técnica e prestar assistência às caravanas turísticas”. De acordo com o disposto nessa lei, o conselho seria composto por 9 membros de livre escolha do prefeito e a aprovação de seu regimento seria de competência da Câmara Legislativa. Embora até o presente momento, os colaboradores da Gerência de Turismo não tenham obtido êxito em localizar nos arquivos do município, documentos que lançam luz sobre o funcionamento desse órgão no período que compreende os anos de 1967 a 1996; Associamos esta ação à conjuntura dos anos 1950 - 1960, quando se verifica dois aspectos relevantes: a ampliação e melhoria da infraestrutura de transportes e a definição de uma Política Nacional de Turismo através da criação da EMBRATUR - Empresa Brasileira de Turismo e do Conselho Nacional de Turismo, em 1966. No caso de Extrema, somente no ano 1996 voltamos a ter notícias sobre a existência de um conselho. Nesse ano foi instituído, através da Lei Nº 1.232, o Conselho Municipal de Turismo, com a finalidade de assessorar o governo municipal no desenvolvimento do turismo em Extrema. Sua composição era de 5 membros, livremente nomeados pelo prefeito. O regimento interno foi aprovado por decreto. As décadas de 1990 e 2000 na região foram marcadas por expressivas transformações. Salientamos a duplicação da BR 381 - Rodovia Fernão Dias (que diminuiu sensivelmente o tempo de viagem de quem se deslocava de Extrema até as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas) e a estruturação institucional do turismo na administração pública por meio da Lei Complementar Nº 13 de 2002 que criou o Departamento de Turismo e Cultura como marcos importante nesse processo. É válido lembrar, que a criação do órgão municipal de turismo coincidiu com os primeiros esforços de entidades e população de municípios da região para criar a Associação do Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas Gerais. Nesse cenário, mereceu destaque a atuação do então prefeito, Luiz Carlos Bergamin e de doze cidadãos locais que se tornaram sócio-fundadores do referido circuito turístico e conseguiram instalar em Extrema a primeira sede da associação, cujos membros em sua primeira constituição elegeram para presidente o então diretor do Departamento de Turismo e Cultura de Extrema. Desde então, a parceria firmada entre municipalidade e associação possibilitou o engajamento do município nas políticas regional e estadual de turismo e a reafirmação da atividade turística como vetor de desenvolvimento socioeconômico local. Ademais, citamos o início da implantação da Política Municipal de Regionalização do Turismo 40


em 2007, como momento que significou um divisor de águas. Concebido nos moldes do Programa de Regionalização Roteiros do Brasil, do Ministério do Turismo, este processo buscou promover e apoiar o empreendedorismo turístico disperso pelo território municipal, valorizando os atrativos naturais e culturais existentes em cada região do município. Para isso foram organizadas 5 rotas turísticas, uma para cada região: norte, sul, leste, oeste e centro. Essas são a Rota do Sol, a Rota dos Ventos, a Rota das Águas, a Rota das Pedras e a Rota das Rosas. O cenário do turismo em Extrema foi favorecido, ao longo da primeira década dos anos 2000 por diversas interferências, um exemplo disso, diz respeito à criação da Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável APA Fernão Dias, que engloba todo o território de Extrema. Além disso, houve outros fatores importantes, como: a elaboração do primeiro Plano Diretor, instituído pela Lei Complementar Nº 1.574, de 15 de janeiro de 2001 e a construção da Agenda 21, de 2005, o primeiro planejamento estratégico integrado e participativo de longo prazo que o município teve. Nesses processos, teve lugar a adoção coletiva de uma perspectiva estratégica de desenvolvimento sustentável que tinha por objetivo central promover a reestruturação da economia local, através da harmonização das oportunidades advindas da industrialização, da agricultura e do turismo. No que se refere ao Conselho Municipal de Turismo de Extrema, ao longo dos anos, observamos readequações em sua composição e atuação. Destacamos a revisão, em 2005, da lei de criação do conselho, que desde então passou a ter função deliberativa, consultiva, normativa, fiscalizadora e de assessoramento, assim como, ser responsável pela conjunção entre o poder público e a sociedade civil. Na mesma ocasião, a composição do conselho foi ampliada, passando a apresentar 5 representantes do setor público (indicados pelo chefe do Executivo) e 14 do setor privado e/ ou comunidade local (indicados por seus pares e a homologação realizada pelo prefeito). Ficou definido ainda que as funções de presidente e vice não poderiam mais ser exercidas por membros do setor público. Finalmente, a mesma lei criou o Fundo Municipal de Turismo e estipulou que o regimento interno do conselho deveria a partir desse momento ser aprovado por decreto municipal. Nesse panorama, ocorreram outras mudanças no cenário do turismo local, vinculadas diretamente à promulgação, em 2009, da Lei Estadual Hobin Hood nº 18.030, mecanismo através do qual o Estado de Minas Gerais instituiu novos critérios para a distribuição das cotas do ICMS para os municípios, visando descentralizar a distribuição de renda, incentivar o aumento da arrecadação dos municípios e induzir e promover a aplicação de recursos municipais nas áreas sociais.Ao instituir o critério turismo como um componente que integra as cotas do ICMS, a Secretaria Estadual de Turismo motivou os municípios com potencial e vocação turística a implantar uma gestão municipal profissional atendendo critérios de organização jurídica e de gestão descentralizada e participativa propostos pelo Estado. Para Extrema, as principais vantagens obtidas no referido processo foram: maior integração com as políticas públicas de turismo vigentes e a organização institucional resultante da elaboração dos trabalhos que compõe o dossiê entregue anualmente à Secretaria de Estado de Turismo como requisito parcial para obtenção dos recursos previstos no Critério Turismo. Cabe ressaltar ainda, que na primeira edição do processo de habilitação, em 2010, Extrema não foi aprovada. Entretanto, o esforço realizado no pleito, possibilitou a elaboração do primeiro Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável (PMDTS) elaborado no âmbito do Conselho Municipal de Turismo. 41


A partir de 2011, o município se habilitou em todas as edições com nota 10 e em 2012 foi realizado o primeiro processo participativo de elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável (PMDTS), para o período 2012 - 2014. Este plano foi absorvido no planejamento do PPA 2014 - 2017 (atualizado para o período de 2015 até 2016) e está em implementação pela Gerência de Turismo.

5.2.1. Regionalização Turística As primeiras ações de planejamento da regionalização do turismo em Extrema ocorreram em 2007, quando teve início o processo de delimitação das 5 regiões turísticas, orientado pelo Programa de Regionalização do Turismo (PRT) - Roteiros do Brasil (2004) do Ministério do Turismo. Este Programa chegou ao município devido à integração das ações do órgão municipal de turismo e Circuito Turístico Serras Verdes do Sul de Minas Gerais – Brasil. Os conteúdos dispostos nos manuais do PRT possibilitaram a sistematização de uma metodologia de organização territorial da atividade turística local, mostrando-se uma ferramenta capaz de orientar o planejamento turístico municipal alinhado com as políticas públicas do país e contribuir para colocar Extrema no mercado turístico. A partir desses conhecimentos, o órgão municipal de turismo e os membros do COMTUR, iniciaram o processo de planejamento da atividade turística de modo regionalizado. Para definir os perímetros das regiões turísticas foram considerados os seguintes documentos: o Inventário da Oferta Turística (2006), a carta topográfica do IBGE, o mapa das bacias hidrográficas, o zoneamento do Plano Diretor, o percurso da BR-381 e as vias municipais, o zoneamento da APA Fernão Dias, e, por fim as Unidades Territoriais de Planejamento. Consideramos também neste processo, a beleza cênica do território proporcionada pelo relevo serrano, a abundância de água e o Bioma de Floresta Atlântica. O objetivo principal desta ação foi identificar onde a atividade turística estava ocorrendo no território municipal e delimitar o perímetro das regiões turísticas. Evidenciou-se que a atividade turística estava mais estruturada em três “áreas”: na Serra do Lopo, no Rio Jaguari (região do Salto) e no centro urbano. Esse mapeamento também sinalizou que o turismo ocorria de forma pontual e difusa em todo o território municipal. A regionalização turística foi compreendida como uma estratégia com potencial para desenvolver a atividade em todo o território e bem como um modelo de gestão de política pública descentralizada, coordenada, integrada e capaz de dar sustentação aos compromissos da Agenda 21 de Extrema. Deste modo, citamos como os principais objetivos da regionalização municipal os seguintes que indicamos abaixo: • Dar qualidade ao produto turístico; • Diversificar a oferta turística; • Estruturar o destino turístico; • Ampliar e qualificar o mercado de trabalho; • Ampliar o consumo do produto turístico no mercado nacional; • Aumentar a taxa de permanência e gasto médio do turista; • Oportunizar aos empreendedores dispersos no território municipal as mesmas oportunidades de negócios para o desenvolvimento de suas atividades. A partir deste trabalho, foi desenhada a regionalização turística em 5 áreas conforme o mapa a seguir: 42


Figura 5: Mapa da Regionalização Turística de Extrema

Fonte: Prefeitura de Extrema, 2007.

Para cada região foi criada uma Rota Turística . Na perspectiva da regionalização do turismo, a Gerência de Turismo de Extrema, entende rota como um percurso contínuo que organiza e estrutura a atividade turística nas vias públicas por meio da sinalização turística. Nesse contexto, a rota é uma linha, representada pelas vias públicas, onde seria implantada a sinalização turística e em torno das quais se organizaria a oferta principal. Assim, tem-se que rota é linha e região é área. O objetivo da Rota Turística, conforme definição do Ministério do Turismo é fomentar e ordenar o empreendedorismo, além de orientar o fluxo turístico em todo o território municipal, favorecendo a identificação e o aproveitamento da diversidade de recursos, da infraestrutura e dos serviços turísticos de cada região. Nesse projeto, ganham importância as vias estruturais do turismo, essas vias foram designadas para dar condições de deslocamento entre as regiões turísticas, facilitando a fruição dos serviços e das atrações. De maneira geral, são tratadas como vias principais, básicas, que possibilitam o acesso a outras vias, caminhos e passagens dentro da grande área de proteção que Extrema está localizada. No mapa abaixo é possível observar o traçado das vias estruturais do turismo onde estão em implantação as Rotas Turísticas. 10 Rota é um percurso contínuo que organiza e estrutura a atividade turística nas vias públicas por meio de sinalização turística, dentre outras medidas. O objetivo da Rota Turística é fomentar e ordenar o empreendedorismo, além de orientar o fluxo turístico em todo o território municipal, favorecendo a identificação e o aproveitamento da diversidade de recursos, da infraestrutura e dos serviços turísticos de cada região (MTUR, 2004).

43


Figura 6: Mapa das Vias Estruturais do Município de Extrema

Fonte: Prefeitura de Extrema, 2007.

O nome e as cores das Rotas Turísticas foram definidos utilizando-se como referência a rosa dos ventos e os quatro elementos naturais, (água, ar, terra e fogo), e o quinto elemento: a espiritualidade. Esses elementos foram associados às características predominantes das regiões. Assim, tem-se, na região: • Rota dos Ventos (elemento ar): Situa-se na porção sul do município. Seu principal atrativo é a Serra do Lopo, com os mirantes naturais e rampas de voo livre; • Rota das Águas (elemento água): Região leste onde está localizado o rio Jaguari, com os seus saltos e cachoeiras que possibilitam a prática de rafting; • Rota das Pedras (elemento terra): Localiza-se na porção oeste do território. A terra é o elemento central. O atrativo âncora desta rota é a inscrição rupestre do sítio arqueológico Pedra do Índio; • Rota do Sol (elemento fogo): Situa-se na porção norte do município e é caracterizada pelo elemento fogo em referência à zona do território que mais recebe horas de incidência solar; • Rota das Rosa (elemento espiritualidade): Corresponde ao centro urbano, que tem por atrativo principal o Santuário de Santa Rita (padroeira do município e contempla a rosa como símbolo), situado na Praça Presidente Vargas, marco zero do município. Para promover as Rotas foi elaborada a logomarca da regionalização e um pictograma para cada rota, conforme figuras a seguir. 44


Figura 7: Logomarca das Rotas Turísticas de Extrema

Fonte: Gerência de Turismo, 2007.

Figura 8: Pictogramas das Rotas Turísticas de Extrema

Fonte: Gerência de Turismo, 2007.

Cada região turística é uma unidade de planejamento que apresenta níveis de maturação diferentes, e, por conseguinte, apresentam necessidades de intervenção e estímulos específicos, tanto na política de turismo quanto na política urbana e territorial.

5.2.2. Organização Territorial como condição para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável Concordamos com a OMT quando esta assevera que “a qualidade da organização territorial, a proteção ambiental e a organização racional dos usos da terra condicionam em grande parte a competitividade do destino turístico” . O instrumento de planejamento que promove esta organização é o Plano Diretor, por estabelecer normas para o uso do solo, parâmetros urbanísticos e integração da dimensão territorial das políticas setoriais do município com objetivos de garantir o direito às funções sociais da cidade e gerar um ambiente de inclusão socioeconômica e qualidade de vida para todos. Por ser um instrumento de planejamento estratégico de longo prazo e por determinar a localização 11

OMT, 1999.

45


espacial dos investimentos públicos e privados, o Plano Diretor orienta a elaboração do Plano Pluri Anual/Lei das Diretrizes Orçamentárias/Lei Orçamentária Anual e a elaboração dos planos setoriais, dentre eles o PMDTS. Devido a localização estratégica da cidade, às margens da BR 381 e a sua proximidade com as metrópoles paulistas de São Paulo e de Campinas, o crescimento econômico (impulsionado pela industrialização que atrai em média 1.000 pessoas/ano para morar e trabalhar no município), verificase em Extrema um desenfreado processo de parcelamento do solo. A incompreensão da sociedade extremense sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais oriundos do acelerado processo de insdustrialização-urbanização-fragmentação do solo e as dificuldades com que a administração municipal tem apresentado em lidar com o tema, tem colocado frequentemente em risco a implantação da atividade turística. Isso ocorre, em grande medida, em razão das constantes alterações que deturpam substancialmente o Plano Diretor e a sua perspectiva de direcionamento para o desenvolvimento das funções sociais do território. Nos últimos anos, o Ministério Público tem recebido recorrentes solicitações para averiguar e barrar processos/propostas de alteração dos parâmetros urbanísticos do Plano Diretor ou a votação de leis que autorizem a criação de áreas urbanas não previstas no Plano Diretor. A criação de áreas urbanas isoladas gera altos custos de implantação de infraestrutura pública (saúde, educação, transporte, água, etc.), diminuem a qualidade de vida da população, além de multiplicarem problemas sociais como os de segurança pública, por exemplo, e deformam significativamente a paisagem. Consequentemente áreas como Pessegueiro, Roseira, Tenentes, Godoi e Mantiqueira vão perdendo velozmente a atratividade turística. Considerando que todo o território municipal é de interesse turístico e que, no entanto, em razão de tais transformações, há áreas que consultores estão apontando como de baixa relevância para a regionalização turística12. Acredita-se, que será necessário promover ampla e rápida discussão sobre o tema, reavaliar os perímetros das regiões turísticas e a instância de governança local, atuar intensamente junto com a Secretaria de Urbanismo e as demais secretarias municipais para a implantação do Sistema de Planejamento Territorial e Urbano das Unidades Territoriais de Planejamento conforme previsto no Plano Diretor. Em última análise, faz-se imperioso que a sociedade extremense compreenda que o Plano Diretor é o grande guardião da qualidade de vida de todos, na medida em que estabelece parâmetros claros de uso, de ocupação e de proteção do espaço territorial. Assim sendo, é um patrimônio crucial da municipalidade e deve ser valorizado e resguardado como tal, mantendo-se a sua integridade, diametralmente oposto a recorrência dos últimos anos: uma mutilação paulatina do seu conteúdo e forma e a consequente transfiguração do município.

5.3. Análise da Oferta Turística O município de Extrema apresenta uma diversidade de atributos naturais. Esses sustentaram, durante décadas, fluxos espontâneos de visitantes e turistas atraídos, sobretudo, pelo conjunto das belezas naturais presentes, especialmente, em algumas regiões do território. Apoiado em um planejamento territorial estimulado pelo poder público local, há cerca de dez anos, teve início um movimento de turistificação, que visou aprimorar a viabilidade econômica dos recursos naturais e culturais existentes. 46

12

Como ocorreu no Relatório do Diagnóstico de Potenciais Atrativos, Serviços e Produtos Turísticos realizado em dez 2015/jan 2016.


Por certo, na primeira década do século XXI, evidenciou-se, por meio da realização de um estudo pertinente, a estruturação da atividade turística em três “áreas”: na Serra do Lopo, no rio Jaguari (região do Salto) e no centro urbano. Nessas áreas, podiam ser observados uma gama de meios de alimentação e hospedagem, serviços e equipamentos turísticos, não raro dividiam espaço com outros serviços básicos e com a atividade industrial. Nos anos posteriores, verificamos a instalação de meios de hospedagem e alimentação e o surgimento de iniciativas de empreendedores ligados à produção agropecuária em distintos pontos do território do município. Esse movimento foi associado à potencialidade turística observada nessas regiões, (a beleza cênica proveniente do relevo serrano da Serra da Mantiqueira, da vegetação de Floresta Atlântica e da abundância hídrica). Concomitante a isso, no mesmo período, foi avaliado que o movimento de expansão dos serviços acima supracitados, estava associado ao fato de todo o território estar inserido na APA Estadual Fernão Dias, uma Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável. Mediante a isso, acreditava-se que a mesma imprimia uma marca ecológica ao município e conferia o tom da sua especialização turística: Turismo de Natureza. É importante frisar que essa percepção, ou seja, a visão de que a potencialidade turística residia em todo o território, integralmente, como decorrência dos elementos que o incluem na APA Fernão Dias, não é procedente. É notório o potencial cênico e paisagístico de Extrema em razão dos atributos já mencionados anteriormente. Isso se manifesta em todo o território. No entanto, essa condição, isoladamente, não representa atratividade turística. É o que ocorre, por exemplo, em comunidades como Pessegueiros, Roseira e Godoi. O potencial paisagístico é necessário para abrigar e conferir valor agregado a um atrativo de fato, como se verifica apenas em algumas regiões. Nessa esteira, cabe ainda argumentar que belas paisagens sem um objetivo de fruição (atrativo) não representam atratividade para o turista de hoje, uma vez que não se satisfaz mais apenas com a contemplação. Por essa razão, este plano prioriza o incremento de atratividade do destino, seja com a requalificação de atrativos existentes ou a elaboração de novos atrativos e roteiros nas rotas turísticas. Contudo, o grande foco, nesse sentido, encontra-se na estruturação de atrativos âncoras significativos para cada uma das rotas. No que se refere à oferta turística, atualmente, notamos a predominância do segmento de Turismo de Natureza, o qual engloba as práticas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, com a exploração de forma complementar em outros segmentos, tais como: o Turismo Cultural, o de Negócios e Eventos, do bem estar e até Rural, devido ao fato de se apresentarem com intensidades diferentes nas 5 regiões turísticas do município. Por fim, a partir de uma análise da oferta turística presente em cada região turística foi possível descrever um resumo do Projeto Diagnóstico das Rotas Turísticas, realizado no início de 2016, conforme apresenta o quadro abaixo:

47


Quadro 1: Diagnóstico das Rotas ROTAS TURÍSTICAS

OFERTA ATUAL

COMO ESTÁ

O QUE PODE MELHORAR

Oferta Âncora: Parque Municipal da Cachoeira do Salto Atrativos: Rafting no rio Jaguari, Prainha Ronan Ranoi, Pico do Lobo Guará (voo livre); Equipamentos: Alambique J.J.Carvalho, Cachaçaria Empyreo, Apiário Flor Brasil, DoSalto Doces, Recanto do Ipê (Café Mineiro); 5 Meios de Hospedagem; 6 Meios de alimentação.

Oferta âncora potencial não estruturada (Projeto Conservador das Águas); Atrativos complementares e serviços dispersos no território; Possuem uma Associação de Atrativos.

Estruturação do Atrativo âncora Roteiro Turístico que interligue seus atrativos e serviços; Fomento para maior articulação e fortalecimento da Associação Turística local.

Oferta Âncora: Serra do Lopo Atrativos: Trilhas, rappel, escaladas nas Pedras do Cume e das Flores, Parque Ecológico Pico dos Cabritos e Reserva Florestal do Sauá, Rampas de voo Livre, Convento AinKarim. 3 Meios de Hospedagem. 1 Meio de Alimentação;

Oferta Âncora atual pouco representativa; Oferta âncora potencial não reconhecida (Circuito Outlet); Atrativos turísticos de pouca expressividade; Poucos eventos priorizados como de interesse turístico; Falta de opções para entretenimento, principalmente noturno; Muito pouco patrimônio cultural associado à oferta geral.

Estruturação e Reposicionamento do Atrativo âncora; Criação de Festival Gastronômico; Aproveitamento da Piedina como tradição da culinária extremense; Gestão compartilhada dos eventos de interesse turístico e fomento ao calendário de eventos turísticos; Incentivos para atração de opções de entretenimento.

Oferta Âncora: Santuário Santa Rita Atrativos: Mirante da Caixa D’Água, Parque Municipal de Eventos/Cine Teatro, Parque Municipal da Cachoeira do Jaguari, Prédios históricos, Feira do Produtor Rural. 13 Meios de Hospedagem; 37 Meios de Alimentação;

Desarticulação entre os empreendedores; Vias com acesso restrito e desconectadas.

Estruturação e Reposicionamento do Atrativo âncora; Criação de Festival Gastronômico; Aproveitamento da Piedina como tradição da culinária extremense; Gestão compartilhada dos eventos de interesse turístico e fomento ao calendário de eventos turísticos; Incentivos para atração de opções de entretenimento.

Oferta Âncora: Pedra do Índio Atrativos: Cachoeira do Índio, produção associada no Recanto Tathy, artesanato típico, retiro budista. 2 Meios de hospedagem; 2 Meios de alimentação;

Oferta âncora não estruturada; Atrativos turísticos de pouca expressividade; Processo de articulação dos empreendedores em torno da produção de azeite; Empreendimentos ainda em processo de estruturação; Vias estruturais e terrenos sob pressão (chacreamento, invasões do limite destinado as vias públicas, etc.). Carência de serviços turísticos como meios de hospedagem e alimentação.

Estruturação do Atrativo âncora (Museu de Território da Pedra do Índio); Fiscalização e respeito ao Plano Diretor; Sinalização Turística; Apoio na formação da Associação Turística local; Apoio na estruturação de novos atrativos; Fomento para instalação de Novos serviços e equipamentos turísticos;

Oferta Âncora: Esportes Off Road Atrativos: Cachoeira das Anhumas, Prainha do Juncal, Equipamentos: Estância Turística do Braizinho, Cachaçaria Porteira de Minas, botecos e produção de queijos e doces artesanais. 4 Meios de hospedagem; 3 Meios de alimentação;

Oferta âncora não estruturada (Toca da Onça e cachoeiras de maior interesse turísticos); Atrativos turísticos de pouca expressividade; Vias estruturais e terrenos sob pressão (chacreamento, invasões do limite destinado as vias públicas, etc.); Carência de serviços turísticos como meios de hospedagem e alimentação; Deficiência em serviços como telefonia e internet.

Estruturação do Atrativo âncora; Apoio na formação da Associação Turística local; Apoio na estruturação de novos atrativos e roteiros; Fiscalização e respeito ao Plano Diretor; Sinalização Turística; Fomento para instalação de novos serviços e equipamentos turísticos.

Fonte: Esfera Consultoria, DGTUR, 2016.

48


O plano em questão propõe o incremento de atratividade do destino, seja com a requalificação de atrativos existentes ou a estruturação de novos atrativos e de roteiros nas rotas. Entretanto, o grande foco nesse sentido, localiza-se na estruturação de atrativos âncora significativos para cada uma das rotas. Ressalvamos que a requalificação de atrativos existentes e/ou a estruturação de novos atrativos e roteiros nas rotas devem orientar o processo de planejamento dos novos atrativos e produtos que foram identificados em etapa anterior ao processo participativo do PMDTS (durante realização de um diagnóstico de potenciais atrativos, produtos e serviços turísticos, bem como dos empreendimentos que já compõem a oferta atual). A experiência e a vivência turística é o que atribui valor ao produto na perspectiva do turista. Nesse aspecto, a Rota dos Ventos e das Águas com as atividades de aventura ao ar livre (destaque para o rafting no rio Jaguari, as trilhas e o voo livre na Serra do Lopo e no Pico do Lobo Guará) tendem a consolidarem-se cada vez mais como atrações mais expressivas da oferta global. Por outro lado, a potencialidade vislumbrada em outras regiões turísticas como nas Rotas do Sol e das Pedras, por exemplo, indicam que a atratividade turística de Extrema ainda não alcançou o seu ápice. O processo de regionalização e (consequente organização das rotas) deverá ser revisto no sentido de proporcionar maior conectividade e complementação da oferta turística existente em cada rota. Isso equivale a estimular a implantação de novos negócios que integram a cadeia produtiva que complementem a oferta turística existente de cada rota. No mesmo sentido, é imprescindível ressaltar que essa ação visa colocar fim à descontinuidade de serviços existentes hoje entre os empreendimentos e atrativos de cada rota. De maneira similar, destaca-se que esse adensamento deve ocorrer de modo a considerar as especificidades de cada região com o objetivo de promover seu desenvolvimento. Nesse contexto, um projeto de estímulo a este tipo de empreendimento deve ser priorizado. Enquanto isso não ocorrer, a criação de roteiros autoguiados associada a um processo de preparação e estruturação dos novos atrativos, mostra-se como uma estratégia favorável para dotar e distribuir no território novos elementos de atratividade turística. Outro ponto a ser enfatizado é referente às rotas não apresentarem uma oferta de produtos e serviços tematizadas (em torno de um conceito de oferta integrada) ou especializadas por segmento. Tal situação expõe uma descontinuidade da oferta de produtos, serviços e atrações ao longo das rotas, fruto de uma fragilidade no posicionamento e da estruturação dos atrativos âncora de cada rota que em alguns pontos, contribui para o baixo adensamento de atrações e facilidades turísticas. No geral, é notória a falta de informação dos empreendedores locais sobre a composição da oferta turística. Por um lado, limita a diferenciação (ou especialização da oferta) de cada rota com a criação de uma identidade turística específica, capaz de marcar os seus atributos distintivos e, por outro lado, a complementação entre elas como preconiza o processo de regionalização. Diante disso, do ponto de vista da oferta global seria muito positivo para a competitividade do destino como um todo, desenvolvendo o turismo em cada região turística a partir de sua oferta âncora e de seus atrativos complementares de cada segmento. Essa ação poderia ser facilitada, por exemplo, se a tematização da oferta a partir dos elementos que sustentaram a proposição dos ícones da rosa dos ventos (da regionalização do município) fosse utilizada como fonte de desenvolvimento de produtos 49


e serviços, associado a um plano de segmentação turística das regiões e rotas respectivas. O quadro a seguir foi construído a partir das discussões apresentadas no Diagnóstico de Potenciais Atrativos, Produtos, Equipamentos e Serviços Turísticos de Extrema – DGTUR, 2016, e validado de forma participativa na oficina de diagnóstico do PMDTS 2017/2020. Além disso, apresenta uma primeira reflexão sobre um potencial plano de segmentação turística para Extrema, considerando a oferta atual de cada rota13. Quadro 2: Segmentação Turística Potencial de cada Rota Segmentação Turística Potencial Matriz de Priorização de MTUR

Rotas Turísticas de Extrema

Rota das Águas Rota dos Ventos Rota das Rosas Rota das Pedras

A

R

Ec

Es

Ec N C

A

Es

R

Es

Rota do Sol

Ec

R

A

Es

Rotas Turísticas

Ec

A

R

C

N

S

CULTURA

C

ECOTURISMO

Ec

ESPORTES

Es

NEGÓCIOS E EVENTOS

N

AVENTURA

A

RURAL

R

C Ec

SOL E PRAIA

Es Fonte: Esfera Consultora, DGTUR, 2016.

Vale salientar que o exercício de reflexão sobre a segmentação turística das rotas aponta duas constatações relevantes, que impactam diretamente na atratividade do destino e na composição do quadro acima: apesar de uma vocação cultural, muito agregado ao modo de vida rural e a cultura caipira que a cidade exerce (ou deveria exercer como “O Portal de Minas”) há um escasso patrimônio cultural associado a oferta geral, o que gera empobrecimento da experiência turística e coloca em cheque o potencial para desenvolvimento do Turismo Rural, mesmo como segmento complementar, pois, o município está perdendo a ruralidade. Hoje, de acordo com entrevistas realizadas no trabalho de campo do DGTUR (2016), estima-se que 80% da população sejam de imigrantes. Mediante a isso, forma-se uma nova cultura, sem identidade territorial e pouco vinculada às tradições da cidade e ao estilo de vida rural, base para o desenvolvimento deste segmento, quando se reconhece que o turismo é uma atividade eminentemente de apropriação. Em contraposição, o calendário de eventos turísticos (Quadro 3) se restringe a poucas datas no ano, concentradas nos meses de maio, julho, agosto e setembro, e não se propõe a cobrir essa lacuna mencionada e a promoção de “valores da terra” no campo da oferta cultural; O que ainda permite espaço para agregar valor à experiência turística e consequentemente reduzir a limitação que o município apresenta para diferenciação do destino na mente do cliente. 50

13 Cabe ressaltar que esse quadro foi proposto a partir da sistematização gerada com o Diagnóstico de Potenciais Atrativos, Produtos, Equipamentos e Serviços Turísticos de Extrema, 2016, que fez uma análise parcial da oferta, visto que seu objetivo era levantar potenciais e não avaliar a estrutura já ofertada em cada rota.


Quadro 3: Calendário de Eventos Turísticos de Extrema NOME DO EVENTO

DATA

CATEGORIA

AMBITO

05 a 09 de fevereiro

Populares/Folclóricos

Municipal

FESTA DE SANTA RITA

14 a 29 de maio

Religiosos

Municipal

24º ENCONTRO DE BANDAS DE CORETO

22 de maio

Populares/Folclóricos

Regional

31ª FESTA DO PEÃO BOIADEIRO DE EXTREMA

26 a 29 de maio

Outros

Regional

VII FESTIVAL DE INVERNO DE EXTREMA

08 a 31 de julho

Culturais/Artísticos e Outros

Municipal e Regional

12 e 13 de agosto

Culturais/Artísticos

Nacional

2ª SONS E SABORES DO NOSSO NORDESTE

10 e 11 de setembro

Populares/Folclóricos

Municipal

115º ANIVERSÁRIO DA CIDADE e 7º FESTIVAL DE COMIDA DE BOTECO

16 a 18 de setembro

Gastronômicos/Produtos e Outros

Municipal

6º EXTREMA MOTOFEST

23 a 25 de setembro

Outros

Nacional

24 de dezembro

Outros

Municipal

31 de dezembro e 01 de janeiro de 2017

Outros

Municipal

CARNAVAL

46º FESTIVAL NACIONAL DA CANÇÃO e 5º FESTIVAL NACIONAL DA CULTURA

NATAL RÉVEILLON

Fonte: Gerência de Turismo, 2016.

51


52


6. ESTUDO DE MERCADO 6.1. Análise da Demanda Turística Em 2016, a Prefeitura Municipal de Extrema realizou a primeira Pesquisa de Demanda Turística (Alta temporada) com o objetivo de identificar o perfil do turista e do excursionista que visitam o município. A investigação foi realizada no mês de Janeiro com 248 entrevistados, sendo 40 questionários aplicados com turistas de negócios. Os questionários foram aplicados em dois grandes hotéis da cidade, duas grandes empresas receptoras de muitos visitantes por fazerem parte do Circuito Outlet (compras) e atrativos das Rotas das Rosas, dos Ventos e das Águas. É importante ressaltar, acerca das análises, foram realizadas considerando dois públicos diferenciados na pesquisa, aqueles que viajam a lazer e os que viajam a negócios, assim, os resultados aqui discutidos são um compilado parcial do relatório completo, disponível para consulta na Gerência de Turismo, associados a outras pesquisas e referências consultadas pela consultoria. No tocante ao público que viaja a lazer, a predominância é de casais, com faixa etária entre 20 e 39 anos, preferencialmente viajam com a família, sendo quase 90% originados do estado de São Paulo. Possuem boa escolaridade e renda, a maioria com renda familiar superior a 6 salários. Suas principais motivações de viagem são o lazer e o descanso, o ecoturismo e o turismo de aventura. Esse é um dado relevante, pois, torna possível relacionar a motivação da quase totalidade dos entrevistados com a vocação identificada no município para a prática do turismo de natureza, onde o lazer e o descanso se combinam com a prática de atividades ao ar livre na natureza, características dos segmentos de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Segundo a pesquisa do Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil (MTUR, 2010), as principais 53


motivações dos turistas de natureza estão relacionadas a uma fuga do dia a dia, do trabalho, do estresse e da violência em busca de descanso e o resgate da vida e do prazer (retorno às origens e a infância), muitas vezes ligadas a natureza e as férias em ambientes rurais. Dessa forma, o ato de viajar torna-se uma forma de satisfazer a estas necessidades de contrapor ao ritmo da vida metropolitana e se permitir relaxar. Extrema, com suas áreas naturais preservadas, aos pés da Serra da Mantiqueira, com boa estrutura para a prática de atividades na natureza e apenas 100 quilômetros da cidade de São Paulo, apresenta potencial para atrair ainda mais público com este perfil. Por outro lado, devido ao seu desenvolvimento industrial e pela dinâmica econômica, é indiscutível o potencial para turismo de negócios e a sua participação no turismo local, embora não quantificada, é expressiva. Desta maneira, investimentos estruturais para atração de eventos e a qualificação de oferta de serviços e atrações para esse público, como indicado na análise das tendências de mercado em sessão anterior, contribuirão para o desenvolvimento da economia do turismo em Extrema. Segundo a Pesquisa de Demanda Turística, a grande maioria das pessoas que visita Extrema, teve a indicação de amigos e parentes para conhecerem o município, o que nos permite concluir que as pessoas que visitam ou conhecem Extrema tiveram boas experiências na cidade e contribuem para que o boca a boca seja um importante método de divulgação do turismo no município. Outro destaque da pesquisa foi referente à quantidade de entrevistados que buscam na internet (31,73%), principalmente em sites e redes sociais, informações que contribuíram para decisão de conhecer o município, conforme demonstra o gráfico a seguir. Diante desse cenário, é importante que a cidade tenha um bom posicionamento na web, para que esta seja uma ferramenta positiva no processo de tomada de decisão dos turistas. Gráfico 7: Influência na Tomada de Decisão sobre a escolha do Destino

36,54% 30,29%

9,13% 0,96%

Impressos

3,85%

1,44%

Indicações de amigos

Indicações de familiares

2,88%

TV

Morador das redondezas

Sites

3,85%

Redes sociais Retorno a Trabalho

3,37%

2,88%

Já conhecia Não opinaram

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística, 2016.

54


Já na pesquisa Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil (MTUR, 2010), 62% do público costumava decidir suas viagens por meio de avaliação de conteúdo em sites da internet. Sabemos que hoje, a força das redes sociais aumentou e que cada vez mais os turistas não só procuram informações sobre os destinos no ambiente virtual, mas também opiniões sobre os atrativos, equipamentos e serviços turísticos antes de fazer as malas. A Pesquisa de Demanda Turística aponta ainda que devido a sua localização privilegiada, (com acesso facilitado pela Rodovia Fernão Dias), que a maioria absoluta dos turistas que visitam Extrema, o fazem de carro, demonstrando um enorme potencial de visibilidade para a cidade por meio dessa rodovia. Além disso, utilizam principalmente os serviços de alimentação (75%) e hospedagem (56%). Apesar de parecer insuficiente, já que apenas 18% dos visitantes demonstraram realizar passeios turísticos por meio de agência de receptivo, este número pode ser considerado adequado, uma vez que, atualmente, há maior independência das pessoas ao organizarem suas viagens, com facilidades encontradas principalmente na internet. Dados da Pesquisa de Demanda Turística realizada para o Estado de Minas Gerais (2014), demonstram que apenas 1% das pessoas que visitaram o estado organizaram sua viagem por meio de uma agência de viagens e deste 1%, apenas 13,5% adquiriram passeios turísticos independente de pacote turístico com as agências. A partir disso, nos permite concluir que existe um bom direcionamento para a comercialização de atividades turísticas, mesmo com apenas uma agência de receptivo instalada na cidade. Gráfico 8: Serviços utilizados pelos Turistas de Lazer

6,25% 1,44% 6,25% 18,27% 2,88% 75,00% 55,77%

Não opinaram

Outros

Transporte local

Alimentação

Não utilizaram

Passeios Turísticos

Meios de hospedagem Fonte: Pesquisa de Demanda Turística, 2016.

Em se tratando da permanência dos turistas em Extrema, é um fator a ser mais bem trabalhado. Apenas 24% dos turistas permanecem mais do que 4 dias no município. A grande maioria permanece entre 1 e 3 dias (cerca de 73%). 55


Gráfico 9: Permanência no Destino 2 a 3 dias: 47,12%

4 a 5 dias: 23,08% 1 dia: 25,96% 6 a 7 dias: 0,48%

Mais de 7 dias: 1,92%

Não opinaram: 1,44%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística, 2016.

Em relação ao gasto médio por pessoa na cidade é para mais de 70% das pessoas acima de 300 reais, sendo 31% dos gastos são acima de 700 reais durante sua estada no município. Segundo a Pesquisa do Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil (MTUR, 2010), o consumo dos turistas em uma viagem não tem relação direta com o perfil de consumo destas pessoas em seu dia a dia, e sim com o valor que a viagem tem na vida do indivíduo e sua família. Nesse sentido, a economia da experiência, fundamentada na inovação das formas de interação dos turistas com os serviços, produtos e pessoas do destino, passa a ter papel fundamental para a mensuração de valor não apenas monetário, mas também sentimental e emocional, devido ao fato de ter um maior significado para os visitantes e, consequentemente influencia no seu gasto. É importante frisar que o turista de natureza possui valores que contribuem para que ele se identifique com os destinos procurados para visitar e com isso, o planejamento deve se atentar a cenários e condições específicas e implicam em decisões que o destino deva tomar. Dentre elas, é fundamental que o destino priorize a manutenção de uma natureza exuberante, equipamentos seguros e normas de segurança colocadas em prática por todos os prestadores de serviços. Além de disso, fornecer informações precisas sobre o lugar, preferencialmente em centros de informações no caminho que levam os turistas ao ambiente natural, e juntamente a isso, oferecer formas de pagamento atrativas com boas opções para comer e beber e claro, empresas e profissionais competentes para realizar atividades na natureza. Ademais, é importante os destinos reavaliarem o conceito do que seja uma hospedagem confortável, pois, a qualidade do sono é fator essencial para os turistas de natureza e isto implica na qualidade dos equipamentos e no silêncio do ambiente, como indica a pesquisa realizada pelo MTUR (2010) com este público. Por outro lado, as informações antes do deslocamento do turista para o local devem ser precisas, aliando corretamente a expectativa que será gerada com a realidade do que será encontrado no local. Facilidade de acesso às atividades, serviços de atendimento bancário (banco 24 horas onde várias agências podem ser acessadas do mesmo terminal), telefonia e internet de 56


qualidade, programação noturna e pacotes sem exceder no número de atividades são também de suma importância. Por fim, é fundamental enfatizar o que as pesquisas apontam sobre a questão dos valores. Para o turista de natureza (ecoturismo e turismo de aventura, principalmente), o respeito com o meio ambiente, o preço justo e a boa qualidade de vida da população local, contribuem para manter a experiência do turista de natureza em níveis elevados de satisfação. Essas premissas devem ser almejadas pelos destinos que pretendem consolidar-se neste segmento, conforme constata a pesquisa sobre o Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil (MTUR, 2010); Assim como indicado na análise das tendências, sustentabilidade territorial, responsabilidade social das empresas, valorização das tradições e saberes locais (gastronomia típica, folclore entre outros) devem estar associadas às experiências oferecidas, pois, certamente serão contabilizadas pelos turistas na avaliação acerca do destino e contarão na hora de decidir sobre a próxima viagem.

6.2. Análise do Posicionamento Online A Internet é considerada a principal ferramenta para escolha de um destino turístico e está presente em todas as fases de uma viagem, contribuindo para a decisão sobre o roteiro, organização da viagem, registro e compartilhamento das informações. De acordo com os dados do Google, a cada hora, mais de 700 mil internautas realizam buscas sobre viagens no site Google. A expectativa de crescimento de vendas de viagens on-line foi de mais de 34% no ano de 2014, segundo a eMarketer14, principalmente com o crescimento da utilização dos dispositivos mobile durante as viagens, fator contribuinte inclusive para se encontrar atividades no local onde estão. A internet foi ainda a fonte de informação mais citada para organização das viagens, segundo pesquisa do Ministério do Turismo e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas- FIPE: representou 37,0% da escolha do destino por turistas internacionais em 2013, com tendência de crescimento frente aos números do ano anterior. (BRASIL, 2014) As Webs interativas, incluindo os aplicativos para smartphones e tablets, se diferenciam dos guias de viagem e meios convencionais de promoção do turismo, uma vez que expõem a avaliação dos próprios usuários que estiveram nos hotéis, pousadas e atrativos turísticos. Para se ter uma ideia da força dessas ferramentas, apenas o Tripadvisor, já acumulou mais de 320 milhões de avaliações, segundo informações do próprio portal obtidas em março de 2016, cobrindo mais de 6,2 milhões de acomodações, restaurantes e atrações no mundo. Neste contexto, para realização desta pesquisa15, foram visitados os principais sites de busca, redes sociais e demais sites relacionados à Extrema com o intuito de identificar como o destino se apresenta na internet para os turistas e para os operadores/agentes dos canais de distribuição, caracterizando o posicionamento online do destino. Ao todo, foram visitados 23 endereços eletrônicos na internet que são importantes fontes de consulta durante a escolha de um destino turístico com as características de Extrema. Os sites visitados foram separados em “Sites de busca”, “Informações sobre destinos turísticos”, “Reservas online”, “Redes sociais” e “Informações sobre Extrema”. A seguir são apresentados os principais resultados dessa pesquisa que se encontra na íntegra em um documento que permanecerá disponível para a consulta na Gerência de Turismo. 14

Disponível em: http://www.turismo.gov.br/ultimas-noticias/2872-a-importancia-da-internet-para-o-turismo.html Acesso: 30/03/2016.

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Quadro 4: Endereços Eletrônicos Visitados Categoria Site de busca

Logo

Endereço web www.google.com.br www.tripadvisor.com.br www.webventure.com.br www.descubraminas.com.br www.turismo.mg.gov.br

Informações sobre Destinos Turísticos

www.minasgerais.com.br www.visiteminasgerais.com.br www.viajeaqui.abril.com.br/guia4rodas www.roteirodeturismo.com.br www.viagem.uol.com.br www.feriasbrasil.com.br www.decolar.com www.expedia.com.br

Reservas Online

www.booking.com www.hotelurbano.com www.trivago.com.br www.facebook.com www.youtube.com

Redes Sociais www.twitter.com www.instagram.com www.extrema.mg.gov.br Informações sobre Extrema

www.extrematur.com.br www.extremadeaaz.com

Elaboração: Esfera Consultoria, 2016.

58

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística, 2016.

15 O relatório completo da pesquisa encontra-se disponível para consulta na Gerência de Turismo. Aqui, no contexto do PMDTS, apresentamos apenas uma versão síntese com os principais resultados da pesquisa. Para conhecer mais detalhes do posicionamento online do destino, assim como da análise da concorrência feita nesta pesquisa, sugerimos consultar o relatório na sua íntegra.


A visita a esses sites constatou certa fragilidade em relação a presença de Extrema e de publicações relacionadas ao turismo do município, necessitando, assim, de um programa de alimentação constante e monitoramento, com vistas a aumentar a eficiência dessas ferramentas para a divulgação do município e do turismo enquanto atividade econômica, objetivando a atração de maior número de visitantes por meio da exposição online. O Facebook, como a rede social com maior número de usuários, necessita de atenção especial, potencializando o perfil Extrema Portal de Minas ou criando um perfil específico para divulgação do turismo e dos eventos com fotos e vídeos em alta resolução. Paralelamente, a publicação institucional ou o incentivo para uma maior publicação de vídeos de qualidade no Youtube é uma estratégia importante, pois, mantém novos e atualizados vídeos para serem visualizados na própria plataforma ou compartilhados em outras redes sociais como o Twitter e Facebook, ampliando o número de visualizações e contribuindo para divulgação do turismo no município. Quanto aos sites de turismo, é preciso avaliar a existência de conteúdos sobre a atividade turística de Extrema nos principais portais de turismo existentes. Em alguns, há a necessidade de incentivar os empreendedores a se fazerem presentes. Para isso, a Administração Municipal precisa abastecer esses sites de informações, convidar para um Famtour ou mesmo sugerir que seja divulgado o destino como é o caso do site Webventure, referência para praticantes de esportes de aventura e que não apresenta nenhuma informação das atividades de aventura realizadas em Extrema. Os sites institucionais, extrema.mg.gov.br e extrematur.com.br, são portais estáticos, de baixa interação com os usuários, entretanto, cumprem bem o papel de forma complementar, de informar seus visitantes sobre os temas a que lhe são pertinentes. Observou-se que podem melhorar a qualidade das fotos apresentadas e no caso do extrematur.com.br, criar formas de maior interaçãopor meio de reportagens, depoimentos, links para compartilhamentos das principais notícias sobre os atrativos e equipamentos turístico do município, gerando interface com o usuário. O site extremadeaaz.com.br, exerce um importante papel como ferramenta de busca específica do município para a população local e para possíveis turistas que venham a conhecer sua existência, dependendo seu sucesso ao estabelecimento de novas parcerias com os empreendedores locais. No geral, a partir da análise da descrição e dos comentários dos principais equipamentos e atrações de Extrema, é possível afirmar que o posicionamento atual tende a privilegiar os recursos naturais e a prática de atividades de aventura em contato com a natureza. As atividades de aventura se destacam por apresentarem uma operação regular confiável que atende ao turista regular, com agendamento prévio específico. No entanto, as avaliações nas redes sociais indicaram alguns problemas, tais como: cancelamentos sem justificativa aparente e indisponibilidade de atendimento no local onde a agência fica instalada. É válido mencionar, que os atrativos naturais se apresentam, de certa maneira, passivos, com a necessidade de aliar mais interação ao que se apresenta atualmente mais como contemplação. Por meio das informações online foi possível perceber apenas o Rafting como iniciativa de experiência real no destino. Disso, concluímos que é necessário que os proprietários e agentes do poder público reestruturem os atrativos turísticos existentes e reorganizem os dados que divulgam os referidos atrativos e eventos locais, para, dessa forma, ampliar a percepção dos turistas sobre as possibilidades e práticas existentes em Extrema. A maior parte dos comentários identificados é de turistas de regiões próximas que enxergam o 59


município de Extrema como uma opção de lazer e descanso nas férias, feriados e finais de semana, desconsiderando o município como um destino turístico. Os turistas, em geral, são pessoas que se deslocam para a região por outros motivos e acabam usufruindo dos atrativos (Mirantes e Parques Municipais, Gastronomia, vivências rurais e na natureza), vistos com um bom nível de atratividade, mas incapazes de induzir um fluxo turístico permanente. Porém, são interessantes ao serem considerados como oferta complementar. Por outro lado, alguns recursos e atrativos são bastante específicos e diferenciados. Apesar da baixa popularidade, sua singularidade pode induzir fluxo de nichos com alto interesse por um tema específico. Esses nichos são limitados em quantidade, mas constituem um mercado importante, pois, não têm concorrentes, uma vez que o Projeto Conservador das Águas (projeto ambiental mais premiado do país) tem sua experiência de mais de 20 anos o município, contemplando a Serra do Lopo, com uma exuberância natural, além de belas vistas para a região Mantiqueira, o Rafting no rio Jaguari, considerado um dos melhores do país, especificidades não encontradas em qualquer lugar. Entre os segmentos identificados, os de maiores destaques são o Turismo de Aventura e o Ecoturismo, presente nos principais atrativos, fotos nas redes sociais, entre outros. Quanto ao segmento de Turismo Rural, foram encontradas algumas imagens de pessoas realizando cavalgada, conceitualmente entraria como atividade de aventura. No entanto, nota-se a presença da ruralidade ao se referir ao Portal de Minas Gerais, fato que precisa contribuir para o resgate de uma cultura de tradições e culinária rural que vem sendo perdida, assim como a produção associada e as cavalgadas rurais entre os diversos atrativos naturais de Extrema.

6.3. Análise de Destinos Concorrentes Uma das etapas fundamentais do processo de planejamento turístico refere-se à avaliação do ambiente externo, que implica em conhecer melhor os principais destinos concorrentes. Segundo o Ministério do Turismo (BRASIL, 2010), com o processo de globalização, a concorrência no mercado turístico não está mais no hotel vizinho ou em algum destino próximo a cidade: ela está em qualquer lugar do mundo. Por esse motivo, é importante entender o posicionamento de alguns destinos turísticos em estágio semelhante a Extrema. O objetivo desta ação é identificar os diferenciais de cada um e verificar os aspectos que contribuem com sua competitividade. Isso colabora com a definição de um diferencial competitivo para o destino a ser trabalhado – seja por meio de boas práticas identificadas em destinos similares ou pontos falhos. Para a realização de uma análise de destinos concorrentes de Extrema, foram selecionados cinco destinos. A escolha dessas localidades está relacionada à proximidade dessas destinações em relação a Extrema e foi realizada a partir da indicação da Gerência de Turismo. Uma exceção é Brotas, escolhida por ser um destino consolidado para a prática do rafting. Ademais, é importante pontuar que os mesmos possuem condições de acesso um tanto similares em relação ao mercado alvo principal (São Paulo), o que torna a comparação mais efetiva, evitando distorções exageradas de mercado relacionadas ao custo e tempo de deslocamento.

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1) Joanópolis/SP; 2) Monte Verde/MG; 3) Socorro/SP; 4) Gonçalves/MG; 5) Brotas/SP. A esse respeito, é preciso considerar que esses destinos se posicionam bem nos segmentos de Aventura e Ecoturismo. Além disso, algumas dessas localidades são destacadas como referências em seus segmentos pela literatura específica, e, ainda foram reconhecidas pela Comissão Gestora do processo participativo de atualização do PMDTS de Extrema como destinações de referência para o município. Desse modo, foi realizada16 uma pesquisa online considerando alguns aspectos relevantes para um destino turístico, tais como: • Segmentos turísticos principais; • Posicionamento online: informações de destaque encontradas na web; • Diferenciais ou fatores-chave encontrados em cada destino; • Mercados – alvo seja ele geográfico ou relacionado ao perfil do público; • Arranjo Institucional: existência de órgão municipal responsável pelo turismo, bem como instância de governança municipal. Para obtenção das informações, foram consultados sites oficiais dos municípios analisados, dados obtidos em redes sociais e sites colaborativos de destaque para o turismo, como o Facebook, Booking e Tripadvisor. Além disso, utilizou-se a base secundária de dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, para obtenção de dados relativos aos estabelecimentos formais de hospedagem. A seguir, apresenta-se a tabela sintetizando os principais resultados obtidos a partir desta análise:

16 O relatório completo da pesquisa encontra-se disponível para consulta na Gerência de Turismo. Aqui, no contexto do PMDTS, apresentamos apenas uma versão síntese com os principais resultados da pesquisa. Para conhecer mais detalhes da análise da concorrência feita nesta pesquisa, assim como do posicionamento online, sugerimos consultor o relatório na sua íntegra.

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62 1.079

- Maior queda d’agua de São Paulo - Município produtor de água - Mata Atlântica.

- Ecoturismo - Turismo Rural - Esportes de Aventura.

Gonçalves/MG 24.391 hab.

Brotas/SP 23.419 hab.

Socorro/MG 139.565 hab.

- Capital do Turismo de Aventura.

- Turismo de Montanha - Clima de Montanha (Inverno e Romantismo) - Produção de orgânicos - Ecoturismo - Artesanato. - Turismo de Aventura.

- Turismo de Aventura.

- Socorro Acessível. - Turismo de Aventura - Ecoturismo - Portadores de Necessidades Especiais.

4.253

9.766

6.427

30.573

1.668

Quant. Avaliações TripAdvisor

- Melhor cidade do Brasil - Um dos melhores Rafting do Brasil - Projeto Conservador das Águas - Portal turístico.

Principais Diferenciais

- Ecoturismo - Turismo de Aventura

Segmento Alvo

- Turismo de Montanha - Pousadas charmosas e sofisticadas e Romance Monte Verde/MG - Aventura e Ecoturismo. - Clima de Romance 4.500 hab. - Passeios Ecológicos.

Joanópolis/SP 12.725 hab.

Extrema/MG 33.082 hab.

Destino

Quadro 5: Análise dos Destinos Concorrentes

28.310

147.830

135.162

78.018

3.986

115.081

Check-in Facebook

8,35 pontos

7,7 pontos

7,6 pontos

8,2 pontos

8,7 pontos

7,5 pontos

Média Avaliação Bookink

15 Hotéis e similares

31 Hotéis e similares

34 Hotéis e similares

105 Hotéis e similares

11 Hotéis e similares

18 Hotéis e similares

Quant. Hotéis (RAIS)

Elaborado por: Esfera Consultoria, 2016.

- Secretaria de Turismo e Cultura; - COMTUR; - Associação Pró Turismo de Gonçalves.

- Sec. de Turismo Exclusiva - COMTUR - ABROTUR

- Sec. de Turismo Exclusiva - COMTUR

- Secretaria exclusiva de turismo (Camanducaia) - COMTUR (Camanducaia) - AHPMV

- Sec. de Turismo e Eventos - COMTUR

- Departamento de Cultura e Turismo - COMTUR - Assoc. Atrativos do Salto

Arranjo Institucional


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7. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO - MATRIZ FOFA

Por meio da análise de diferentes variáveis relacionadas aos ambientes externo e interno do município de Extrema (de maneira a fundamentar o planejamento turístico), elaborou-se uma matriz de avaliação estratégica. A metodologia aplicada seguiu a perspectiva de Peter Drucker (1974) o qual define planejamento estratégico como um processo contínuo e sistemático para se tomar decisões no plano presente, com o maior conhecimento possível do futuro, organizando sistematicamente as atividades necessárias à execução das decisões. Essa perspectiva leva em conta as condições internas (forças e fraquezas) confrontadas com as oportunidades e as ameaças do ambiente externo. Para tanto, são definidas premissas básicas que devem ser seguidas com base nas informações coletadas em atividades específicas. A técnica adotada utilizou-se de uma das principais ferramentas para se proceder ao planejamento estratégico, a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, OpportunitiesandThreats, leia-se: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), em que identifica as potencialidades e fragilidades relacionadas ao município de Extrema, na perspectiva da atividade turística. Baseado no cruzamento de pontos fracos e ameaças indicaram-se as forças restritivas, bem como entre pontos fortes e oportunidades que apontaram as forças impulsoras, ambas, presentes nos ambientes interno e externo e que podem impactar no processo de gestão para o desenvolvimento do turismo local. Com o objetivo de mitigar o que se coloca como risco, assim como aproveitar da melhor forma possível os fatores que estimulam o turismo do município, elencaram-se premissas defensivas ou de recuperação e ofensivas ou 65


de avanço, respectivamente. A seguir, apresentamos a Matriz FOFA17, que sintetiza a análise SWOT18 realizada pela consultoria, a partir da visão geral do território: Quadro 5: Matriz FOFA Pontos Fortes

Pontos Fracos

Política ambiental e preservação de recursos naturais;

Formação de cultura turística ainda muito incipiente;

Política pública de regionalização com a criação das rotas turísticas e processo de planejamento e gestão participativa do setor, com execução orçamentária de acordo com o PMDTS;

Grande quantidade de atrativos com características semelhantes (sendo boa parte recursos ainda não acessíveis para uso turístico) X baixa qualidade de atrativos disponíveis;

Sistema Municipal de Saúde e Educação;

Falta de uma identidade turística do destino, fruto da ausência de estratégia de posicionamento de mercado e comunicação;

Disponibilidade orçamentária para investimento em infraestrutura turística; Sinalização turística e viária;

Oferta inadequada (quantidade x qualidade) de equipamentos e serviços turísticos (alimentação, transporte, atividades de aventura e receptivo, etc.);

Beleza cênica do território municipal;

Estrutura técnica (RH) insuficiente da Gerência de Turismo;

Trilhas estruturadas em ambientes preservados;

Desintegração/desarticulação das políticas públicas setoriais com a estratégia de turismo (cultura, esporte, urbanismo entre outros);

Isenção fiscal dada aos meios de hospedagem como estímulo ao empreendedorismo para complementação da oferta.

Oportunidades Grande disponibilidade hídrica e áreas verdes associados à valorização do contato com a natureza e à paixão dos ecoturistas pela água; Visibilidade gerada pelo Projeto Conservador das Águas e índice FIRJAN frente à crise hídrica e econômica do país;

Falta formação, qualificação e informação para o turismo (empresários, trabalhadores e comunidade).

Ameaças Falta de mão de obra qualificada e disponível para o setor; Falta de hospitalidade da população, em geral, processo de descaracterização e perda da identidade cultural (ruralidade); Disponibilidade de telefonia celular e internet limitada ou ausente em diversas áreas da zona rural;

Possibilidade de estruturar atrativos âncora nas Rotas das Pedras e do Sol e atrativos complementares nas demais rotas, com aproveitamento das belezas naturais e dos recursos culturais recentemente identificados;

Período de chuvas coincidente com a alta temporada, o que limita as possibilidades de fruição e, consequentemente, de expansão do turismo nos segmentos âncora;

Possibilidade de exploração do Turismo de Bem-Estar e Natureza (com foco em experiências holísticas, espiritualidade e tratamentos alternativos) e do Turismo Esportivo como mecanismo de incremento da oferta e divulgação e visibilidade para o destino;

A velocidade do crescimento urbano industrial, com acelerado processo de fragmentação do solo, intensificação da especulação imobiliária sobre áreas preservadas, degradação ambiental e perda da qualidade estética da paisagem;

Disponibilidade orçamentária para isenção fiscal a outros tipos de empreendimentos do turismo como mecanismo de incentivo e orientação à complementação da cadeia;

Consolidação de destinos concorrentes, com melhor estrutura de gestão pública e marketing de destino;

Localização geográfica estratégica e facilidade de acesso (proximidade de SP capital, às margens da BR Fernão Dias);

Crescimento da criminalidade e violência urbana associada à facilidade de acesso e exposição do município na mídia.

Novas tecnologias de comunicação, interação e gestão dos negócios turísticos (aplicativos, mídias sociais, etc.); Novas regionalidades e parcerias em razão do Mosaico da Mantiqueira e do Consórcio PCJ. Fonte: Pesquisa de Demanda Turística, 2016.

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17 Matriz que consolida a análise das Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças que influem sobre o destino, ou outra unidade de análise. É um importante instrumento de análise ambiental, muito utilizado para, uma vez que avalia a interdependência e influência mútua de fatores importantes que caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e o externo (oportunidades e ameaças). 18 O SWOT é a sigla em inglês dos termos ingleses Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças).


67


68


8. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 8.1. Prognóstico Para definição de um posicionamento estratégico para o destino Extrema, foram analisadas e projetadas oportunidades e ameaças para o turismo no município, o conjunto de atributos distintivos, as competências principais e as limitações que a instância de governança local apresenta como destino turístico. Esse exercício resultou na definição do ideário (um negócio, da missão, da visão de futuro, do conjunto de valores e de um objetivo central) que orientará o processo de planejamento e gestão do destino. A definição de negócio é uma das mais relevantes no processo de gestão estratégica, devido ao fato de ser o conceito que orienta todas as outras decisões. Produto é o resultado final de um processo produtivo, com a possibilidade de obter características tangíveis ou não. Seu valor social depende diretamente do seu grau de utilidade (efetiva ou emocional), e suas características sempre dependerão do contexto macro ambiental. Já o negócio, por sua vez, é uma definição muito mais ampla, que deve agregar o efetivo diferencial competitivo oferecido e perpetuar-se ao longo do tempo. Trata-se de uma orientação estratégica que deve orientar o desenvolvimento de produtos e serviços, de ações e projetos de investimento, uma vez que se refere aos benefícios que o destino deve entregar, ao explorar um campo de atuação. Assim, temos como definição do negócio:

Negócio: Turismo Sustentável A missão define um propósito de ser do destino e uma razão central para sua existência. A missão orienta a ação dos diversos interessados no turismo em Extrema para que através de um comportamento compartilhado possam realizar o seu propósito. Assim, a missão estabelecida no planejamento participativo para o PMDTS 2017/2020 é: 69


Missão: Pensar, planejar e empreender cooperativamente o turismo, como vetor de sustentabilidade do desenvolvimento municipal.

Enquanto a missão estabelece o que o destino deve ser e como os envolvidos nesse processo devem se comportar para cumprir o propósito de ser um grande empreendimento coletivo, a visão de futuro estabelece aonde Extrema quer chegar e como deseja ser percebida como um destino turístico consolidado, competitivo e sustentável. Visão é a intenção que norteia o destino Extrema e todos envolvidos nesse processo. É, portanto, uma orientação sobre quais ações devem ser adotadas hoje para que o desejado ocorra, de forma a estabelecer a direção do desenvolvimento turístico ante as realidades do mercado e do ambiente competitivo, dando significado para que ela seja compartilhada por todos os atores envolvidos com a atividade turística.

Visão: ser um destino de Turismo de Natureza competitivo, reconhecido por nossas práticas de sustentabilidade.

Os valores são princípios que balizam as ações desenvolvidas no destino. É a resposta às perguntas: Em que cremos? Quais são as nossas “verdades”? Assim sendo, valores são virtudes desejáveis ou características básicas positivas que o destino (e todas as organizações e atores que o compõem) quer adquirir, preservar e incentivar, representando tudo àquilo que ele não está disposto a negociar, aconteça o que acontecer. Representa deste modo, a base para a construção da cultura e o seu processo de socialização. Para a Extrema, são valores fundamentais:

Valores: • Gestão democrática, participativa, integrada e transparente; • Busca contínua pela sustentabilidade; • Respeito à natureza e à legislação vigente; • Valorização da história, da cultura e dos costumes locais; • Postura e atitude empreendedora.

Os valores são princípios que balizam as ações desenvolvidas no destino. É a resposta às perguntas: Em que cremos? Quais são as nossas “verdades”? Assim sendo, valores são virtudes desejáveis ou características básicas positivas que o destino (e todas as organizações e atores que o compõem) quer adquirir, preservar e incentivar, representando tudo àquilo que ele não está disposto a negociar, aconteça o que acontecer. Representa deste modo, a base para a construção da cultura e o seu processo de socialização. Para a Extrema, são valores fundamentais: A figura a seguir representa a integração dos intentos estratégicos propostos para o destino neste plano e a forma como eles sustentam o negócio que o destino pretende operar. 70


Figura 8: Postura Estratégica Integrada

MISSÃO

VISÃO

MISSÃO

VISÃO

VALORES

Pensar, planejar e empreender cooperativamente o turismo, como vetor de sustentabilidade do desenvolvimento municipal.

Ser um destino de Turismo de Natureza competitivo e reconhecido por nossas práticas de sustentabilidade

- Gestão democrática, participativa, integrada e transparente - Busca contínua pela sustentabilidade - Respeito à natureza e à legislação vigente - Valorização da história, da cultura e dos costumes locais - Postura e atitude empreendedora

VALORES

NEGÓCIO: Turismo Sustentável Fonte: Esfera Consultoria.

Uma vez compreendida a relação e a força dos intentos estratégicos, é importante o PMDTS voltar-se para um objetivo geral, que esclareça o alcance e a finalidade das ações, projetos e programas que serão propostos como detalhamento da estratégia. Nesse sentido, o objetivo central deste plano estabelece o resultado final esperado de um conjunto de ações estratégicas organizadas e alocadas sob um conjunto de eixos de desenvolvimento capazes de, em seu conjunto, levar o destino ao cumprimento da sua missão institucional ao afetar a sua direção e a sua sustentabilidade como um todo. É ele, portanto, que tangibiliza os eixos de desenvolvimento e as diretrizes estratégicas respectivas. O objetivo geral existe para que todo o destino possa compreender com mais clareza de que forma todos os seus esforços deverão ser empreendidos em torno de questões concretas. A fim de indicar quais as prioridades, os projetos e as ações deverão ser – de fato – encampados pela coletividade para o alcance do resultado pretendido. Assim, temos como objetivo geral do planejamento estratégico de Extrema:

Objetivo Geral: Consolidar o turismo como estratégia de desenvolvimento local sustentável, firmando-o como a segunda economia do município.

E como detalhamento operacional deste objetivo maior, segue-se uma relação de 7 objetivos específicos, que detalham em resultados parciais a composição e o alcance do objetivo geral proposto, estabelecendo uma espécie de passo a passo para o alcance do objetivo geral. Assim, os objetivos, geral e específicos, foram elaborados a partir da visão de futuro proposta para o destino.

Objetivos Específicos: 1) Investir na melhoria da infraestrutura turística; 2) Fortalecer a governança e a estruturação do Sistema Municipal de Turismo; 3) Investir em ações de qualificação da rede de serviços e da produção associada; 4) Concluir a implantação do Sistema Municipal de Informações Turísticas; 5) Estimular a ampliação e a diversificação dos empreendimentos da cadeia produtiva do turismo; 6) Consolidar a oferta de produtos e roteiros competitivos para inserção no mercado; 7) Posicionar o destino no mercado turístico nacional. 71


A partir dos objetivos específicos estipulados, definiram-se as metas e os indicadores respectivos como mecanismo de referência para a mensuração da efetividade do plano e dos seus resultados potenciais, disponibilizando assim, parâmetros claros para a avaliação do PMDTS 2017/2020. As metas e os indicadores relacionados aos objetivos específicos são apresentados no quadro a seguir: Quadro 6: Objetivos Específicos, Metas e Indicadores Objetivos Específicos

Indicadores de Resultado

Investir na melhoria da qualidade da infraestrutura turística.

Adequar turisticamente, até 2020, 8 vias estruturais.

Quantidade de vias turísticas estruturadas; Estrada Parque da Serra do Lopo implantada.

Fortalecer a governança e a estruturação do Sistema Municipal de Turismo.

Ter uma associação turística criada e em funcionamento em cada Região Turística até 2018.

Número de Associações formalizadas; Número de empreendimentos associados por rota.

Investir na qualificação da rede de serviços e da produção associada.

Atender 30% dos empreendimentos turísticos do município em Programa de Qualificação até 2020.

Percentual de empreendedores qualificados; Percentual de gestores qualificados; Número de trabalhadores qualificados Número de empreendimentos com CADASTUR; Número de participantes da Produção Associada ao Turismo qualificados.

Concluir a implantação do Sistema Municipal de Informações Turísticas.

Ter, pelo menos, uma nova pesquisa sistematizada e divulgada a cada ano pelo Observatório de Turismo.

Totalidade das pesquisas sistematizadas com série histórica; Número de boletins/relatórios publicados.

Consolidar a oferta de produtos e roteiros competitivos para inserção no mercado.

Criar pelo menos um roteiro autoguiado por Rota e 3 roteiros de segmentos prioritários até 2018.

Quantidade de Roteiros Turísticos comercializados pelas principais agências e operadoras dos mercados priorizados.

Estimular a ampliação e a diversificação dos empreendimentos da cadeia produtiva do turismo.

Firmar 12 convênios de PPP para estruturação e abertura de novos atrativos até 2020.

Quantidade de novos empreendimentos abertos; Número de convênios de PPP firmados.

Posicionar o destino no mercado turístico nacional.

Ter o Plano de Marketing Turístico elaborado e pronto para implantação até 2017.

Plano de Marketing aprovado no COMTUR; Posicionamento de mercado definido; Marca turística desenvolvida.

Elaboração: Esfera Consultoria, 2016.

72

Metas

Fonte: oficinas de planejamento participativo


73

Número de trabalhadores qualificados

Número de empreendimentos associados por rota

Elaboração: Esfera Consultoria, 2016.

Estrada Parque da Serra do Lopo implantada Número de empreendimentos com CADASTUR

Totalidade das pesquisas sistematizadas com série histórica

Percentual de empreendedores e gestores qualificados

Número de Associações formalizadas

Quantidade de vias estruturadas

Número de boletins/relatórios publicados

Ter, pelo menos, uma nova pesquisa sistematizada e divulgada a cada ano pelo Observatório de Turismo

Atender 30% dos empreendimentos turísticos em Programa de Qualificação até 2020

Ter uma associação turística criada e em funcionamento em cada Região Turística até 2018

Adequar turisticamente, até 2020, 8 vias estruturais

Concluir a implantação do Sistema Municipal de Informações Turísticas

Investir na qualificação da rede de serviços e da produção associada

Investir na melhoria da qualidade da infraestrutura turística

Fortalecer a governança e a estruturação do Sistema Municipal de Turismo

Figura 9: Objetivos Específicos, Metas e Indicadores

Quantidade de novos empreendimentos abertos

Número de convênios de PPP firmados

Firmar 12 convênios de PPP para estruturação e abertura de novos atrativos até 2020

Estimular a ampliação e a diversificação dos empreendimentos da cadeia produtiva do turismo

Fonte: oficinas de planejamento participativo

Marca turística desenvolvida

Posicionamento de mercado definido

Plano de Marketing aprovado no COMTUR

Ter o Plano de Marketing Turístico elaborado e pronto para implantação até 2017

Posicionar o destino no mercado turístico nacional


8.2. Eixos de Desenvolvimento Os eixos de desenvolvimento presentes neste plano tiveram sua origem no cruzamento dos 8 eixos integrantes do Programa de Regionalização do Turismo com os dados da matriz FOFA, elaborada para o destino de Extrema e traduzem uma tentativa de responder aos anseios e necessidades da Gerência de Turismo e comunidade no que refere-se à gestão da atividade turística no município de Extrema. Trata-se de um conjunto que reúne linhas de ações que deverão balizar a direção da atuação das empresas, entidades e gestão municipal durante a vigência desse planejamento, à luz dos objetivos estratégicos. Nesse sentido, o foco da ação do destino deverá orientar-se para esses eixos, pois, o desenvolvimento que se pretende como resultado deste planejamento estratégico alicerça-se sobre os mesmos. Em outras palavras, podem-se denominar os eixos de desenvolvimento ou eixos estratégicos como temas estruturantes da gestão estratégica do destino. As iniciativas estratégicas, por sua vez, são linhas de atuação que indicam ações claras e definidas, organizadas tematicamente e alocadas em cada eixo estratégico respectivo, onde serão alocados os mais diversos recursos do destino, tornando possível o acompanhamento sistemático dos trabalhos desenvolvidos e o gerenciamento dos objetivos inicialmente propostos, através da utilização de indicadores gerenciais. Dessa forma, partindo do entendimento que o negócio de Extrema é Turismo Sustentável, definimos neste planejamento, que as iniciativas estratégicas seriam classificadas em torno de 06 eixos que pudessem sustentar essas distintas linhas de atuação. A definição e seleção dos eixos estratégicos consideraram as recomendações do PRT do Ministério do Turismo (08 eixos sugeridos e adotados na versão anterior do PMDTS), enquanto alinhamento às diretrizes da Política Nacional de Turismo e a análise situacional de Extrema que considerou as questões locais, as especificidades do destino e o atual estágio de desenvolvimento. Para tanto, cada um desses eixos foi construído com base nas sugestões de iniciativas estratégicas que pudessem preencher os seguintes requisitos e responder aos objetivos estabelecidos: Solidificar os pontos fortes mais eminentes; Resolver os pontos fracos mais relevantes; Aproveitar as oportunidades mais rentáveis;

Anular as possíveis ameaças mais significativas; Cumprir os desafios estratégicos mais importantes.

A figura 10 apresenta os 6 eixos de desenvolvimento a partir dos quais deverão ser desenvolvidas suas principais ações estratégicas: Figura 10: Eixos de Desenvolvimento Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parcerias

Marketing do Destino

Elaboração: Esfera Consultoria, 2016.

74

Informações turísticas e Inteligência Competitiva

Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

Infraestrutura Turística

Fonte: oficinas de planejamento participativo


75

Neste eixo procura-se efetivar programas e projetos que viabilizem a gestão compartilhada e descentralizada do destino de forma a fortalecer a participação social, a cidadania, o associativismo, o cooperativismo, a coerência e a modernização e integração de políticas públicas, priorizando a formação de alianças estratégicas internas e externas que resultem em: fortalecimento da política de turismo, captação de recursos, organização e fortalecimento das instâncias de governança, sensibilização e mobilização comunitária, fortalecimento dos arranjos institucionais e intersetoriais, dentre outros processos que resultem na formação de uma cultura turística.

Este eixo tem por objetivo o planejamento e o desenvolvimento de uma estratégia de mercado para os produtos turísticos, com a criação de uma identidade turística para o destino, a partir de elementos observados na oferta e na demanda, utilizando a segmentação turística ou procurando compreendê-la para posicionamento do destino no mercado turístico. Procura também articular a cadeia produtiva de forma a se obter produtos estruturados e segmentados, adequar a promoção e o apoio a comercialização, sendo definidos os principais meios de se promover o destino no cenário nacional.

Neste eixo procura-se incrementar e incorporar valor agregado e ambiente favorável para o desenvolvimento do turismo. É caracterizado por um conjunto de ações e projetos formado por obras, instalações, revitalizações como edificações de uso público, acesso, infraestrutura e equipamentos urbanos, restaurações, dentre outras ações essenciais e indispensáveis para o turismo ou em função dele. Objetiva dotar as rotas turísticas de melhores condições estruturais, de trafegabilidade e de aproveitamento da paisagem, organizando o fluxo e estimulando o empreendedorismo.

Este eixo tem por objetivo subsidiar a gestão turística local com informações estratégicas para análise, tomada de decisões e monitoramento do processo de desenvolvimento turístico, a partir da geração de inteligência de mercado viabilizada por um conjunto de estudos que sejam capazes de monitorar a performance do negócio, o comportamento do mercado e os resultados do PMDTS. Entende-se que as informações turísticas voltadas para orientação e estímulo aos turistas e operadores devam fazer parte deste eixo no tocante à sua organização, atualização e difusão subsidiando as estratégias de marketing com foco no perfil dos turistas e da comunicação que se pretende realizar sobre o destino. Assim esse eixo estrutura-se na tríade: informação para gestão do PMDTS, informação para planejamento e monitoramento do negócio e informação para comunicação.

Sustentabilidade, inovação, aumento da competitividade e excelência dos serviços e produtos turísticos são as palavras de ordem neste eixo. Assim, objetiva a composição de uma cadeia produtiva formalizada, integrada qualificada e diversificada, agregando valor nos processos de produção, comercialização e operação, de forma a dinamizar a economia e as atividades desenvolvidas no território do município, por meio de programas de qualificação e orientação para adequação das normas, legislações e parâmetros de qualidade exigidos para essa cadeia.

Neste eixo procura-se potencializar o empreendedorismo em busca de dinamização da economia local por meio do estímulo, apoio e orientação para o adensamento e a diversificação da cadeia produtiva do turismo, estimulando a cultura empreendedora interna, prospectando novos investidores e subsidiando o setor com incentivos, identificação de oportunidades com riscos controlados e negociações políticas que facilitem e ampliem os meios técnicos, financeiros, fiscais e jurídicos para se obter os melhores resultados econômicos com o turismo no município.

Marketing do Destino

Infraestrutura turística

Informações Turísticas e Inteligência Competitiva

Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

Especificação do Eixo

Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

Eixos de Desenvolvimento

Quadro 7: Especificações dos Eixos de Desenvolvimento


76

Elaboração: Esfera Consultoria, 2016.

Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

5

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

6

informações Turísticas e Inteligência Competitiva

4

Objetivo Geral: Consolidar o Turismo como estratégia de desenvolvimento local sustentável, firmando-o como a segunda economia do município

Gestão compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1

Figura 11: Vinculação do Objetivo Geral com os Eixos de Desenvolvimento

Infraestrutura Turística

3

Marketing do Destino

2

Fonte: oficinas de planejamento participativo


77

Organizar, aualizar e qualificar as informações turísticas do município

Informações Turísticas

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados Incentivar a adequação e a diversificação da oferta de entreteniento e lazer

Qualificar as pessoas

Estruturar os atrativos âncoras do município

Qualificar e facilitar o acesso as Rotas e seus atrativos turísticos

Infraestrutura Turística

Qualificação da Rede de Serviços

Incrementar a atratividade turística do território

Posicionar o turismo de Extrema no cenário turístico nacional

Marketing de Destino

Estimular e orientar a instalação de novos empreendimentos turísticos

Qualificar as empresas

Prospectar portunidades de investimentos

Elaboração: Esfera Consultoria, 2016.

Estimular a gestão sustentável dos empreendimentos turísticos e a Responsabilidade Social Corporativa

Produzir, sistematizar e difundir internamente informações estratégicas Qualificar os negócios

Investir na formação da cultura turístia no Município

Estimular, apoiar e investir no surgimento, a valorização e consolidação de artistas e manifestações culturais que possam compor a produção associada ao turismo

Dotar as Rotas de infraestrutura que possibilite a exploração dos diversos segmentos turísticos

Criar e gerenciar a identidade turística do destino

Fortalecer a articulação inter-setorial da Administração Municipal para a gestão integrada e o posicionamento do turismo com política pública estratégica prioritária para o desenvolvimento municipal

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

Monitorar a performace do desenvolvimento turístico do mercado e das ações do PMDTS

Fortalecimento e reestruturação do Sistea Minucipal e gestão compartilhada do Turismo

Promover a integração e o alinhamento da Política Municipal de Turismo às políticas estadual e Federal

Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO

Figura 12: Diretrizes Estratégicas

8.3. Diretrizes Estratégicas


78 Fortalecimento do COMTUR / FUMTUR

Cooperação Inter setorial para Integração das políticas Associações das Rotas Turísticas

10 Anos da Regionalização Turística

Plano Diretor e Turismo

Fortalecer a articulação inter-setorial da Administração Municipal para a gestão integrada e o posicionamento do turismo como política pública estratégica prioritária para o desenvolvimento municipal

Planejamento estratégico do Órgão Municipal de Turismo

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

Políticas Públicas de Turismo

Promover a integração e o alinhamento da Política Municipal de Turismo às políticas estadual e federal

Programas

Fortalecer e estruturar o Sistema Municipal e a gestão compartilhada

Diretrizes Estratégicas

Segurança Turística

Formação de redes

Criar redes de relacionamento interinstitucional e alianças estratégicas

Cultura Turística

Investir na formação da cultura turística no Município

GESTÃO COMPARTILHADA, ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E FORMAÇÃO DE REDE DE PARCEIROS


79

Posicionamento de Mercado

Posicionar o turismo de Extrema no cenário turístico nacional

Gestão de Eventos de interesse turístico

Incrementar a atratividade turística do território

Roteirização Turística

Programas

Marketing do Destino

Criar e gerenciar a identidade turística do destino

Diretrizes Estratégicas

MARKETING DO DESTINO

Economia Criativa

Estimular, apoiar e investir no surgimento, a valorização e consolidação de artistas e manifestações culturais que possam compor a produção associada ao turismo


80

Segurança Turística

Vias Estruturais do Turismo

Manutenção da Infraestrutura Turística

Qualificar e facilitar o acesso as Rotas e seus atrativos turísticos

Estruturação de Atrativos

Programas

Estruturar os atrativos âncoras do município

Diretrizes Estratégicas

INFRAESTRUTURA TURÍSTICA

Dotar as Rotas de infraestrutura que possibilite a exploração dos diversos segmentos turísticos


81

Sistema Municipal de Informações Turísticas

Organizar, atualizar e qualificar as informações turísticas do município

Monitoramento da Performance do Desenvolvimento Turístico

Programas

Monitorar a performance do desenvolvimento turístico do mercado e das ações do PMDTS

Diretrizes Estratégicas

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

Produzir, sistematizar e difundir internamente informações estratégicas


82

Qualificar as pessoas

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

Qualificar as empresas

Programas

Qualificar os negócios

Diretrizes Estratégicas

Responsabilidade Socioambiental na Cadeia do Turismo

Estimular a gestão sustentável dos empreendimentos turísticos e a Responsabilidade Social Corporativa

QUALIFICAÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS E DA PRODUÇÃO ASSOCIADA


83

Incentivar a adequação e a diversificação da oferta de entretenimento e lazer

Estimulo ao Empreendedorismo

Programas

Estimular e orientar a instalação de novos empreendimentos turísticos

Diretrizes Estratégicas

EMPREENDEDORISMO E PROMOÇÃO DE INVESTIMENTOS PRIVADOS

Prospectar oportunidades de investimentos


84


9. IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO DO PMDTS 9.1. Priorização de Projetos A partir da definição dos projetos e de suas especificações, o próximo passo foi elencar quais precisam ser realizados primeiramente, quais têm mais urgência de execução e aqueles que são mais estratégicos para o alcance de determinado objetivo/meta. Para a definição de prioridades do Plano de Ação do PMDTS de Extrema/MG, utilizou-se uma metodologia conhecida como “GUT”. O processo se dá por meio da atribuição de uma nota (de 1 a 5) para cada uma das ações, nos três aspectos: Gravidade, Urgência e Tendência (origem do nome GUT), em que a Gravidade é o tamanho do impacto daquela variável, caso ela venha a acontecer; a Urgência está relacionada ao tempo que essa variável deverá levar para acontecer, quanto maior a urgência menor o tempo disponível para resolver esse problema e a Tendência diz respeito ao potencial da variável em piorar pouco a pouco ou bruscamente, caso o problema não seja resolvido.

85


Tabela 3: Critério de pontos à aplicação da GUT. Nota

Gravidade

Urgência

Tendência

5

Extremamente grave

Precisa de ação imediata

...irá piorar rapidamente

4

Muito grave

É urgente

...irá piorar em pouco tempo

3

Grave

O mais rápido possível

...irá piorar

2

Pouco grave

Pouco urgente

...irá piorar a longo prazo

1

Sem gravidade

Pode esperar

...não irá mudar Fonte: Portal Sobre Administração19.

Multiplicando os valores de cada um desses aspectos (Gravidade, Urgência e Tendência), temse uma ordem de prioridade. Os problemas com maior prioridade são os quais devem ser tratados primeiro, justamente por serem os de maior Gravidade, Urgência e Tendência. Neste panorama, os demais foram colocados no plano de ação de médio e longo prazo. Através do GUT, a equipe técnica da consultoria responsável pelo PMDTS de Extrema/MG, juntamente com membros da Gerência de Turismo e Comissão Gestora do processo participativo de atualização do PMDTS, definiram a priorização dos projetos previstos para o PMDTS. Dos 45 (quarenta e cinco) projetos identificados, chegou-se a seguinte ordem de priorização para execução: 10 (dez) projetos como Máxima Prioridade; 18 (dezoito) como Alta Prioridade; 9 (nove) como Média Prioridade e 8 (oito) projetos como Baixa Prioridade. Tabela 4: Pontuação de cada Prioridade e número de Projetos Matriz de priorização G.U.T. para priorização de problemas Pontuação

Priorização

Número de Projetos

125-101

Máxima Prioridade

10

100-76

Alta Prioridade

18

75-51

Média Prioridade

9

50-1

Baixa Prioridade

8

TOTAL

45 Fonte: Esfera Consultoria, 2016.

A partir do número de projetos previstos por eixo de desenvolvimento, de acordo com a ordem de prioridade, conforme apresentado na Tabela 03, é possível notar que o eixo “Gestão Compartilhada, articulação e formação de rede de parceiros” apresenta uma maior quantidade de projetos e a maior concentração de projetos priorizados como Máxima e Alta Prioridade. 86

19

Disponível em: http://www.sobreadministracao.com/matriz-gut-guia-completo. Acesso em 16/07/2016.


Tabela 5: Pontuação de cada Prioridade e número de Projetos Máxima Prioridade

Alta Prioridade

Média Prioridade

Baixa Prioridade

Total

Gestão Compartilhada, Articulação Institucional e Formação de Redes

9

8

1

1

19

Marketing do Destino

-

4

2

2

8

Infraestrutura Turística

-

4

1

3

8

Informações Turísticas

1

1

-

1

3

Qualificação da Rede de Serviços e Produção Associada

-

-

4

-

4

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos

-

1

1

1

3

10

18

9

8

45

EIXO DE DESENVOLVIMENTO

Total

Elaborado por: Esfera Consultoria, 2016.

TOTAL

Para melhor compreensão da estratégia que será utilizada no desenvolvimento do PMDTS de Extrema, serão expostos a seguir os programas e projetos por eixo de desenvolvimento com suas respectivas diretrizes, pontuação e priorização, permitindo, assim, verificar a inter-relação existente entre as intervenções propostas, com o objetivo de contribuir para definição do cronograma de execução. 1º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Gestão compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros Nº

PROGRAMA

PROJETO

PONTUAÇÃO

PRIORIDADE

1

Associações Turísticas das Rotas

Criação e Fortalecimento das Associações turísticas em cada Rota

125

Máxima Prioridade

2

10 anos da Regionalização

Modernização da Lei que institui a Política Municipal de Turismo

125

Máxima Prioridade

3

10 anos da Regionalização

Campanha educativa e Evento de Comemoração dos 10 anos da Regionalização Turística de Extrema

125

Máxima Prioridade

4

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

Elaboração do Planejamento Estratégico do Órgão Municipal de Turismo

125

Máxima Prioridade

6

Plano Diretor e Turismo

Unidades Territoriais de Planejamento

125

Máxima Prioridade

7

Plano Diretor e Turismo

Ordenamento territorial para o desenvolvimento turístico

125

Máxima Prioridade

8

Cooperação inter-setorial

Política Municipal de Turismo Integrada

125

Máxima Prioridade

Elaboração de uma Política de Educação para Sustentabilidade

125

Máxima Prioridade

9

Cultura Turística

87


10

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

Criação da Secretaria Municipal de Turismo de Extrema

125

Máxima Prioridade

11

Políticas Públicas de Turismo

Fóruns de Turismo

100

Alta Prioridade

14

Cultura Turística

Educação Turística

100

Alta Prioridade

15

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR

Planejamento Estratégico do COMTUR

100

Alta Prioridade

16

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR

Sensibilização para gestão turística compartilhada

100

Alta Prioridade

18

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR

Qualificação Técnica do COMTUR

100

Alta Prioridade

19

Políticas Públicas de Turismo

Fortalecimento do Circuito Serras Verdes

100

Alta Prioridade

26

Segurança Turística

Vizinhança Solidária

80

Alta Prioridade

27

Cultura Turística

Cultura Empreendedora para o turismo

80

Alta Prioridade

34

Formação de Redes

Constituição de Parcerias Institucionais

64

Média Prioridade

39

Cultura Turística

Mobilidade para os processos educativos

48

Baixa Prioridade

2º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Marketing do Destino

88

PROGRAMA

PROJETO

PONTUAÇÃO

PRIORIDADE

12

Marketing do Destino

Elaboração do Plano de Marketing do Destino

100

Alta Prioridade

20

Gestão de Eventos de interesse turístico

Atração de eventos Esportivos para o município

100

Alta Prioridade

25

Roteirização Turística

Roteiros Turísticos

80

Alta Prioridade

28

Marketing do Destino

Implementação do Plano de Marketing

80

Alta Prioridade

33

Posicionamento de Mercado

Divulga Extrema

64

Média Prioridade

37

Economia Criativa

Fomentar a produção cultural e os saberes e fazeres da população extremense

60

Média Prioridade

42

Gestão de Eventos de interesse turístico

Reposicionamento em relação aos Eventos de Interesse turístico

48

Baixa Prioridade

44

Gestão de Eventos de interesse turístico

Criação do Festival Gastronômico

36

Baixa Prioridade


3º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Infraestrutura Turística Nº

PROGRAMA

PROJETO

PONTUAÇÃO

PRIORIDADE

13

Estruturação de atrativos

Estruturação de atrativos âncora

100

Alta Prioridade

21

Manutenção da Infraestrutura Turística

Aquisição de um veículo para manutenção da infraestrutura

100

Alta Prioridade

22

Vias Estruturais do Turismo

Adequar turisticamente 8 das vias estruturais previstas no Plano Diretor (MG 460. EX. 333,160,370,70,10, 485, 120)

100

Alta Prioridade

23

Estruturação de atrativos

Parcerias Público Privadas para estruturação de novos atrativos

100

Alta Prioridade

32

Estruturação de atrativos

Sinalização Turística e Interpretativa

64

Média Prioridade

40

Segurança Turística

Segurança dos Turistas e do Patrimônio

48

Baixa Prioridade

41

Vias Estruturais do Turismo

Aplicativo de acesso às Rotas Turísticas

48

Baixa Prioridade

45

Vias Estruturais do Turismo

Reestruturação dos Portais Norte e Sul

24

Baixa Prioridade

4º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Informações Turísticas e Inteligência Competitiva Nº

PROGRAMA

PROJETO

PONTUAÇÃO

PRIORIDADE

5

Sistema Municipal de Informações Turísticas

Observatório do Turismo de Extrema

125

Máxima Prioridade

Monitoramento da Performance do Desenvolvimento Turístico

Monitoramento dos indicadores do PMDTS

80

Alta Prioridade

Monitoramento da Performance do Desenvolvimento Turístico

Monitoramento dos impactos econômicos, sociais e ecológicos do turismo no desenvolvimento local

48

Baixa Prioridade

24

38

89


5º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada Nº

PROGRAMA

PROJETO

PONTUAÇÃO

PRIORIDADE

29

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

Qualificação da Produção Associada

75

Média Prioridade

30

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

Qualificação Empresarial

75

Média Prioridade

31

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

Qualificação Profissional

75

Média Prioridade

35

Responsabilidade Socioambiental na Cadeia do Turismo

Responsabilidade dos Empreendedores do Turismo com o Meio Ambiente

60

Média Prioridade

6º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Empreendedorismo e promoção de investimentos privados

90

PROGRAMA

PROJETO

PONTUAÇÃO

PRIORIDADE

17

Estimulo ao Empreendedorismo

Oportunidades de negócios nos Segmentos Prioritários das Rotas

100

Alta Prioridade

36

Estimulo ao Empreendedorismo

Assessoria Técnica na Modelagem dos Negócios Turísticos

60

Média Prioridade

43

Estimulo ao Empreendedorismo

Isenção Fiscal no Turismo

48

Baixa Prioridade


91

3

2

1

Modernização da Lei que institui a Política Municipal de Turismo

Campanha educativa e Evento de Comemoração dos 10 anos da Regionalização Turística de Extrema

10 anos da Regionalização

Criação e Fortalecimento das Associações turísticas em cada Rota

PROJETO

10 anos da Regionalização

Associações Turísticas das Rotas

PROGRAMA

Criar a Campanha educativa; Organizar evento de Comemoração dos 10 anos da Regionalização; Criar uma publicação comemorativa dos 10 anos.

Atualizar a Lei Municipal de Turismo.

Sensibilizar e mobilizar o trade e a Iniciativa Privada para cooperação mútua na gestão turística municipal; Realizar oficinas de capacitação para formação das Associações e fomento das já existentes; Buscar suporte técnico na criação, formalização e revisão dos processos executivos e de gestão de associações junto ao CTSV; Integra-las ao COMTUR e ao CTSV como representação da iniciativa privada; Ter um canal de comunicação e buscar a inclusão das associações como associados ao CTSV.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo; COMTUR;

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

1º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Gestão compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

9.2. Matriz de Desenvolvimento

COMTUR

Procuradoria Jurídica Municipal

COMTUR; CTSV.

PARCEIROS

Gerência de Marketing; Gerência de Turismo; COMTUR.

Empresa de Consultoria

Empresa de Consultoria

EXECUÇÃO

jan/17 a dez/17

jan/17 a dez/17

jan/17 a dez/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


92

7

6

4

Plano Diretor e Turismo

Plano Diretor e Turismo

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

PROGRAMA

Compreender as implicações e participar ativamente do monitoramento e fiscalização do Plano Diretor; Propor as demandas e diretrizes do turismo no Plano Diretor, de forma a priorizar áreas de preservação ambiental e de expansão de empreendimentos turísticos.

Articular a implantação do planejamento integrado das Unidades Territoriais de planejamento previsto no Plano Diretor.

Unidades Territoriais de Planejamento

Ordenamento territorial para o desenvolvimento turístico;

Estabelecer o posicionamento estratégico do órgão na condução da Política Setorial; Realizar estudo preliminar de estruturação e composição do órgão municipal de turismo; Desenhar o modelo de gestão do órgão e do sistema de monitoramento do PMDTS.

ESPECIFICAÇÕES

Elaboração do Planejamento Estratégico do Órgão Municipal de Turismo

PROJETO

Prefeitura Municipal; Gerência de Turismo; COMTUR.

Prefeitura Municipal; Gerência de Turismo.

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

Secretaria de Obras e Urbanismo; Câmara Legislativa; Promotoria Pública

Secretarias municipais

Prefeitura Municipal

PARCEIROS

Gerência de Turismo; COMTUR.

Prefeitura Municipal; Gerência de Turismo.

Empresa Especializada

EXECUÇÃO

contínuo a partir de jan/17

contínuo a partir de jan/17

jan/17 a set/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


93

8

Cooperação inter-setorial

PROGRAMA Política Municipal de Turismo Integrada

PROJETO Sensibilizar os setores sobre o seu papel e monitorar a execução da Política Pública de Turismo; Participação efetiva do COMTUR e da Gerência de Turismo nos Conselhos Prioritários Municipais (Conselho de Política Territorial e Urbana; Meio Ambiente; Cultura; Esportes) e nos processos de planejamento das Políticas Setoriais respectivas; Articular a realização de um Fórum de Políticas Urbanas para união dos Conselhos Municipais na gestão compartilhada; Inserir as demandas do turismo nos planos setoriais; Ampliar a oferta de horários de transporte público nas Rotas; Exemplos de demandas do processo participativo do PMDTS: Ampliar o atendimento e a qualidade do sinal de telefonia fixa, celular e internet nas rotas turísticas; Melhorar a coleta de lixo nas comunidades rurais; Consolidar o calendário esportivo de interesse turístico; Coordenação compartilhada dos Eventos de interesse turístico com os demais setores de Esporte e Cultura.

ESPECIFICAÇÕES Gerência de Turismo; COMTUR

RESPONSÁVEIS Gabinete; Gerência de Marketing

PARCEIROS Gerência de Turismo; COMTUR

EXECUÇÃO jan/17 a jun/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


94

11

10

9

Políticas Públicas de Turismo

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

Cultura Turística

PROGRAMA

Fóruns de Turismo

Criação da Secretaria Municipal de Turismo de Extrema

Elaboração de uma Política de Educação para Sustentabilidade

PROJETO

Acompanhar as deliberações dos Fóruns Regional, Estadual e Federal de Turismo de forma remota no ano de 2017 e presencial sempre que possível a partir de 2018; Buscar os canais de comunicação abertos e a realização de eventos pontuais (capacitação, oficinas e treinamentos) sobre as políticas públicas de turismo em todas as esferas, atendendo todo o trade conforme a necessidade, junto ao CTSV.

Criar e adequar a estrutura técnica e orçamentária para as demandas da Política Municipal, com a alocação de novos profissionais de apoio (Profissional de Comunicação e Marketing e Profissional de Sistema de Informação);

Articular a elaboração de uma Política de Educação para Sustentabilidade

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo

Prefeitura Municipal

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

Gerência de Marketing; Secretaria de Educação; Gerência de Cultura; COMTUR; Câmara de Vereadores; CTSV.

COMTUR

Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Urbanismo, Educação e Saúde; Gerência de Cultura.

PARCEIROS

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo; Gerência de Cultura; Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Urbanismo, Educação e Saúde.

EXECUÇÃO

abr/17 a set/17

jan/17 a jun/17

jan/17 a dez/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


95

15

14

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR

Cultura Turística

PROGRAMA

Planejamento Estratégico do COMTUR

Educação Turística

PROJETO

Elaborar o Planejamento Estratégico: Elaborar Plano de Ações para execução e monitoramento do PMDTS 2107/2020; Alterar o Regimento Interno e a Lei de composição do Conselho; Capitalização do FUMTUR por meio de Lei de Taxa de Turismo; Obter suporte técnico do CTSV por meio de participações pontuais nas reuniões do COMTUR, desde que a pauta se justifique.

Campanha de Educação Turística para a comunidade, sociedade civil organizada, cadeia produtiva do turismo, servidores públicos, políticos (Associar a ideia aos 10 anos da Regionalização); Aprimorar o Conhecendo Extrema para o Trade e comunidade; Instituir à nível municipal o dia do Turismo (02 de março); Suporte técnico do CTSV por meio de eventos de mobilização e sensibilização dos atores envolvidos direta e indiretamente.

ESPECIFICAÇÕES

COMTUR

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

Gerência de Turismo; CTSV.

Gerência de Marketing; Secretaria de Educação; Gerência de Cultura; COMTUR; Câmara de Vereadores; CTSV.

PARCEIROS

Empresa de Consultoria

Gerência de Turismo

EXECUÇÃO

jul/17 a jun/18

abr/17 a set/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


96

26

19

18

16

Segurança Turística

Políticas Públicas de Turismo

Vizinhança Solidária

Fortalecimento do Circuito Serras Verdes

Qualificação Técnica do COMTUR

Sensibilização para gestão turística compartilhada

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR

PROJETO

PROGRAMA

Articular a implantação do Programa Vizinhança Solidária em parceria com a Polícia Militar

Abertura de debates sistemáticos e contínuos de alinhamento de diretrizes estratégicas comuns às políticas em todas as esferas de forma a melhorar e fortalecer o processo de gestão da Instância de Governança Regional e seus Programas, Projetos e Ações específicos.

Qualificar os Conselheiros Orientar a atuação COMTUR junto aos Conselhos Prioritários Municipais (Conselho de Política Territorial e Urbana, Meio Ambiente, Cultura e Esportes).

Sensibilizar o Trade e a Iniciativa Privada para cooperação mútua na gestão turística municipal; Disponibilizar-se dos canais de comunicação mantidos pelo CTSV e de sua participação pontual em reuniões cuja pauta se justifique.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo; COMTUR.

Gerência de Turismo; COMTUR.

Gerência de Turismo; COMTUR.

Gerência de Turismo; COMTUR.

RESPONSÁVEIS

Polícia Militar

Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais; CTSV.

Conselhos Municipais; Fóruns regionais e estaduais de Turismo; Gabinete; Secretarias municipais.

ACIEX; SEBRAE; CTSV.

PARCEIROS

COMTUR

Gerência de Turismo; COMTUR.

Empresa de Consultoria

Empresa de Consultoria

EXECUÇÃO

jan/18 a jun/18

out/17 a mar/18

out/17 a set/18

jul/17 a jun/18

PRAZO DE EXECUÇÃO


97

39

34

27

Cultura Turística

Formação de Redes

Cultura Turística

PROGRAMA

Mobilidade para os processos educativos

Constituição de Parcerias Institucionais

Cultura Empreendedora para o turismo

PROJETO

Adquirir 1 (um) Micro ônibus para realização das ações educativas do turismo.

Estabelecer parcerias para realização de eventos, capacitação e captação de recursos para projetos e intervenções no município; Buscar suporte técnico do CTSV para realização de ações conforme pontuadas: Eventos, Capacitações, Captações de Recursos através de projetos específicos e Intervenções no município.

Implantar a cultura empreendedora nas instituições de ensino; Formalizar parceria com o SEBRAE e Junior Achievement.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo; Secretaria de Educação.

Gerência de Turismo; COMTUR.

Gerência de Turismo; Secretaria de Educação;

RESPONSÁVEIS

Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Urbanismo, Educação, Saúde; Gerência de Cultura.

CTSV; Secretaria de Estado do Turismo; Ministério do Turismo; Sistema S;

ACIEX; SEBRAE; Junior Achievement.

PARCEIROS

Gerência de Turismo; Secretaria de Educação.

Gerência de Turismo; COMTUR.

Secretaria de Educação; ACIEX; SEBRAE; Junior Achievement.

EXECUÇÃO

abr/19 a set/19

out/18 a jun/19

contínuo a partir de jan/18

PRAZO DE EXECUÇÃO


98

25

20

12

Roteirização Turística

Gestão de Eventos de interesse turístico

Marketing do Destino

PROGRAMA

Roteiros Turísticos

Atração de eventos Esportivos para o município

Elaboração do Plano de Marketing do Destino

PROJETO

2º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Marketing do Destino

Gerência de Turismo

Gerência de Marketing; Gerência de Turismo;

RESPONSÁVEIS

Criar roteiros autoguiados por Gerência de Rota e roteiros generalistas nos Turismo segmentos prioritários; Articular parcerias para divulgação de atrativos dos municípios vizinhos (Camanducaia, Itapeva, Joanópolis, Pedra Bela e Toledo), a partir roteiros turísticos integrados; Criar roteiros integrados com municípios da Mantiqueira e das Bacias PCJ aproveitando a parceria com o Consórcio PCJ e com o Mosaico da Mantiqueira.

Criar um calendário de eventos esportivos de interesse turístico e atualizá-lo anualmente atendendo às normas da Secretaria de Estado do Turismo; Criar incentivos para atração de eventos esportivos.

Elaborar o Plano de Marketing Turístico; Estabelecer a identidade turística de cada região/Rota; Endomarketing (Comunidade e Trade);Estimular o comércio local na divulgação da atratividade turística do município; Plano de segmentação e atrativos âncora; Criação de marca e slogan; Plano de Mídia; Banco de Imagens.

ESPECIFICAÇÕES

Prefeituras dos municípios da serra da Mantiqueira e das Bacias PCJ, APA Fernão Dias, Consórcio PCJ e Mosaico da Mantiqueira

Gerência de Esportes

COMTUR

PARCEIROS

Empresa Especializada

Gerência de Turismo

Empresa Especializada

EXECUÇÃO

jan/18 a jun/18

contínuo a partir de out/17

abr/17 a mar/18

PRAZO DE EXECUÇÃO


99

33

28

Posicionamento de Mercado

Marketing do Destino

PROGRAMA

Divulga Extrema

Implementação do Plano de Marketing

PROJETO

Assessoria de Imprensa; Estimular a divulgação do município na mídia nacional como referência em projetos e ações de preservação ambiental (Projeto Conservador das Águas) e qualidade de vida (índice FIRJAN); Divulgar as belezas cênicas do território de Extrema nos principais núcleos emissores de turismo da região e vias de acesso ao município (São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Rodovia Fernão Dias, etc.); Manter as ações de rotina, promoção, divulgação e apoio a comercialização; Disponibilizar-se de canal de mídia mantida pelo CTSV para suporte no processo.

Implementar as estratégias e ações apresentadas no plano, conforme cronograma proposto para o período de 2018 a 2020.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo; Gerência de Marketing.

Gerência de Marketing; Gerência de Turismo;

RESPONSÁVEIS

Prefeitura Municipal; Secretaria de Meio Ambiente.

COMTUR

PARCEIROS

Gerência de Turismo; Gerência de Marketing.

Gerência de Marketing; Gerência de Turismo;

EXECUÇÃO

Semestral a partir de jul/18

contínuo a partir de jan/18

PRAZO DE EXECUÇÃO


100

44

42

37

Gestão de Eventos de interesse turístico

Gestão de Eventos de interesse turístico

Economia Criativa

PROGRAMA

Criação do Festival Gastronômico

Reposicionamento em relação aos Eventos de Interesse turístico

Fomentar a produção cultural e os saberes e fazeres da população extremense

PROJETO

Criar o Festival em data estratégica do calendário de eventos do município.

Priorizar e selecionar os eventos de interesse turístico para a gestão do turismo; Deliberação do COMTUR sobre o calendário de eventos turísticos.

Criar um folder sobre patrimônio cultural; Criar uma publicação a partir de uma pesquisa sobre a gastronomia extremense; Tombamento da Piedina como patrimônio cultural do município; Apoiar a revitalização de grupos culturais em parceria com a Gerência de Cultura.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

Gerência de Cultura; ACIEX.

Gerência de Cultura; Gerência de Esportes; ACIEX; COMTUR.

Gerência de Cultura

PARCEIROS

Gerência de Turismo; Gerência de Cultura; ACIEX.

Gerência de Turismo; Gerência de Cultura; Gerência de Esportes; ACIEX; COMTUR.

Empresa Especializada

EXECUÇÃO

out/19 a mar/20

jul/19 a mar/20

jan/19 a dez/19

PRAZO DE EXECUÇÃO


101

22

21

13

Aquisição de um veículo para manutenção da infraestrutura

Adequar turisticamente 8 das vias estruturais previstas no Plano Diretor (MG 460. EX. 333,160,370,70,10, 485, 120

Vias Estruturais do Turismo

Estruturação de atrativos âncora

PROJETO

Manutenção da Infraestrutura Turística

Estruturação de atrativos

PROGRAMA

3º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Infraestrutura Turística

Estruturar os mirantes; Elaborar o Projeto executivo e implantar/revitalizar a sinalização turística nas vias estruturais das Rotas; Tratamentos paisagísticos; Marcos de quilometragem; Acostamento e ciclovia; Instalar os Pórticos de entrada em cada Rota; Promover incentivos para melhoria e conservação das fachadas, canteiros, margens das estradas e passeios.

Adquirir 1 (um) veículo caçamba para 5 profissionais que executam a manutenção da infraestrutura turística; Renovar os equipamentos.

Elaboração de Projetos Executivos para estruturação dos atrativos âncora de cada Rota. Rota do Sol - Toca da Onça e cachoeiras de maior relevância; Rota das Pedras Museu de território (sítio arqueológico) da Pedra do Índio; Rota das Rosas - Circuito Outlet; Rota dos Ventos Estrada Parque; Rota das Águas – Roteiro do Projeto Conservador das Águas.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo; Associações das Rotas; COMTUR

RESPONSÁVEIS

Associações das Rotas; COMTUR; Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Prefeitura Municipal

Secretaria Municipal de Obras

PARCEIROS

Empresas Especializadas; Secretaria Municipal de Obras.

Gerência de Turismo

Empresas Especializadas

EXECUÇÃO

out/17 a set/19

out/17 a mar/18

abr/17 a mar/18

PRAZO DE EXECUÇÃO


102

45

41

40

32

23

Aplicativo de acesso às Rotas Turísticas

Reestruturação dos Portais Norte e Sul

Vias Estruturais do Turismo

Segurança dos Turistas e do Patrimônio

Segurança Turística

Vias Estruturais do Turismo

Sinalização Turística e Interpretativa

Parcerias Público Privadas para estruturação de novos atrativos

PROJETO

Estruturação de atrativos

Estruturação de atrativos

PROGRAMA

Reestruturar os Portais Norte e Sul adequando ao posicionamento do destino (Portal de Minas)

Criar um aplicativo com os roteiros autoguiados das Rotas Turísticas

Instalar câmeras de vigilância para monitoramento dos atrativos turísticos; Estimular a criação da Guarda Patrimonial e turística para vigilância dos atrativos turísticos e apoio aos turistas.

Elaborar projeto executivo e implantar a sinalização nos principais atrativos de cada Rota

Elaborar Edital e selecionar os proprietários de recursos naturais diferenciados e conservadores das águas para firmar convênios para estruturar novos atrativos Parceria Público Privada.

ESPECIFICAÇÕES

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

Gabinete do Prefeito; Gerência de Turismo.

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

Gabinete do prefeito

Associações das Rotas; COMTUR.

Setor de monitoramento; Polícia Militar; Corpo de Bombeiros.

Secretaria Municipal de Obras

Associações das Rotas; COMTUR; Secretaria Municipal de Obras; Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

PARCEIROS

Secretaria Municipal de Obras

Empresa Especializada

Gerência de Turismo; COMTUR; Polícia Militar.

Empresa Especializada

Gerência de Turismo

EXECUÇÃO

abr/20 a dez/20

jul/19 a mar/20

abr/19 a set/19

abr/18 a mar/19

out/17 a set/19

PRAZO DE EXECUÇÃO


103

38

24

5

Monitoramento dos impactos econômicos, sociais e ecológicos do turismo no desenvolvimento local

Monitoramento da Performance do Desenvolvimento Turístico

Realizar diagnóstico socioeconômico do turismo (Receitas turísticas); Realizar diagnóstico socioambiental do turismo.

Monitorar a evolução dos indicadores de cada ação prevista no PMDTS de forma anual.

Monitoramento dos indicadores do PMDTS

Monitoramento da Performance do Desenvolvimento Turístico

ESPECIFICAÇÕES

Ter pelo menos um especialista em Sistema de Informação atuando a frente do Observatório; Alinhar com os projetos de pesquisa de demanda local com foco no turismo regional do CTSV; Realizar as seguintes pesquisas e levantamento de dados; Pesquisas de Demanda; Avaliação dos turistas nas Redes Sociais; Estatísticas de Atendimento; Inventário da Oferta Turística (Inventário Eletrônico); Boletim Hoteleiro; Mapa da oferta turística por região; Estudo de Competitividade; Hierarquização de atrativos turísticos; Pesquisa dos eventos; Tornar às informações acessíveis.

PROJETO

Observatório do Turismo de Extrema

Sistema Municipal de Informações Turísticas

PROGRAMA

4º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Informações Turísticas e Inteligência Competitiva

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

Associações das Rotas; COMTUR

Associações das Rotas; COMTUR.

Associações das Rotas; COMTUR; CTSV.

PARCEIROS

Empresa Especializada

Gerência de Turismo; COMTUR.

Empresas Especializadas

EXECUÇÃO

abr/19 a mar/20

sempre em março do ano seguinte

contínuo a partir de jan/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


104

35

31

30

29

Qualificação Empresarial

Responsabilidade dos Empreendedores do Turismo com o Meio Ambiente

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

Responsabilidade Socioambiental na Cadeia do Turismo

Qualificação Empresarial

Qualificação da Produção Associada

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo

PROJETO

PROGRAMA

Criar campanha de sensibilização, orientação e incentivos para a adoção de práticas de responsabilidade socioambiental; Criar o selo dos empreendimentos sustentáveis; Qualificação específica no tema.

Elaborar e Executar o Programa Municipal de Qualificação Profissional

Elaborar e Executar o Programa Municipal de Qualificação Profissional; Orientar os empreendimentos turísticos quanto à inclusão de informações de localização e divulgação no Google Maps, TripAdvisor e redes sociais; Incentivar o CADASTUR na cadeia produtiva do turismo; Incentivar o SBCLASS nos meios de hospedagem

Elaborar e Executar o Programa Municipal de Qualificação da Produção Associada ao Turismo; Estimular o associativismo e o cooperativismo de produtores.

ESPECIFICAÇÕES

5º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Qualificação da rede de serviços e da produção associada

Gerência de Turismo; Gerência de Marketing.

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

Gerência de Turismo

RESPONSÁVEIS

COMTUR; Secretaria Municipal de Meio Ambiente; Associações das Rotas.

ACIEX; SEBRAE; SENAC; SENAR.

ACIEX; SEBRAE.

Gerência de Cultura; Vigilância Sanitária Municipal; ACIEX; SEBRAE; Sindicato dos Produtores Rurais.

PARCEIROS

Empresa Especializada;

Empresa Especializada;

Empresa Especializada;

Empresa Especializada;

EXECUÇÃO

Contínuo a partir de jan/19

contínuo a partir de abr/20

contínuo a partir de abr/19

contínuo a partir de abr/18

PRAZO DE EXECUÇÃO


105

43

36

17

Estimulo ao Empreendedorismo Isenção Fiscal no Turismo

Assessoria Técnica na Modelagem dos Negócios Turísticos

Oportunidades de negócios nos Segmentos Prioritários das Rotas

Estimulo ao Empreendedorismo

Estimulo ao Empreendedorismo

PROJETO

PROGRAMA

Atualizar a lei ampliando a isenção fiscal para empreendimentos turísticos e utilizá-la para atrair empreendedores nos elos não atendidos da cadeia do turismo ao longo das Rotas Turísticas (alimentação, transporte e agências/receptivos turísticos, entretenimento); Tombar a Edificação da Venda do Célio e incentivar o fomento para divulgação da culinária local.

Oferecer assessoria e orientação técnica em modelagem de negócios, plano de investimentos e aprimoramento dos negócios turísticos locais; Incentivar a participação no fortalecimento da oferta de atrativos turísticos do município (Atrativos potenciais identificados no diagnóstico, mais a Cachoeira do Salto Grande); Qualificação específica no tema.

Realizar estudo sobre os segmentos prioritários das Rotas Turísticas, para orientação dos empreendedores quanto ao perfil do público alvo das Rotas; Gerar boletins de oportunidades de negócios em turismo.

ESPECIFICAÇÕES

6º EIXO DE DESENVOLVIMENTO - Empreendedorismo e promoção de investimentos privados

Gerência de Turismo; COMTUR.

Gerência de Turismo; COMTUR.

Gerência de Turismo; COMTUR.

RESPONSÁVEIS

Gabinete do prefeito; Procuradoria Jurídica Municipal.

ACIEX; SEBRAE.

Associações das Rotas

PARCEIROS

Câmara de Vereadores

Empresa Especializada;

Empresa Especializada;

EXECUÇÃO

contínuo a partir de jul/19

jan/19 a dez/19

jul/17 a dez/17

PRAZO DE EXECUÇÃO


106

18%

6%

9%

18%

45 Projetos 7%

Grafico 9: Percentual de Projetos por Eixo de Desenvolvimento

42%

Elaborado por: Esfera Consultoria, 2016.

Informações Turísticas e Inteligência Estratégica

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

Marketing do Destino

Infraestrutura Turística

Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

Gestão Compartilhada e Formação de Rede


107

Plano Diretor e Turismo

Cooperação inter-setorial

Cultura Turística

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

7

8

9

10

Criação da Secretaria Municipal de Turismo de Extrema

Elaboração de uma Política de Educação para Sustentabilidade

Política Municipal de Turismo Integrada

Ordenamento territorial para o desenvolvimento turístico;

Unidades Territoriais de Planejamento

Plano Diretor e Turismo

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

6

R$

R$

R$

R$

R$

-

-

-

-

-

R$ 420.000.00

Observatório do Turismo de Extrema

Sistema Municipal de Informações Turísticas

6. Informações Turísticas

5

R$ 18.000.00

4

R$ 5.000.00

Elaboração do Planejamento Estratégico do Órgão Municipal de Turismo

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

3

Atualização da Lei Municipal de Turismo

R$ 32.000.00

Estruturação do Órgão Municipal de Turismo

10 anos da Regionalização

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

2

Criação e Fortalecimento das Associações turísticas em cada Rota

ESTIMATIVA DE CUSTO

R$ 24.000.00

10 anos da Regionalização

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1

PROJETO

Campanha Educativa e Evento de Comemoração dos 10 anos da Regionalização Turística de Extrema

Associações Turísticas das Rotas

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

PROGRAMA

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO 2017/2020

Tabela 5: Cronograma Físico-Financeiro

9.3. Cronograma Físico-Financeiro

2018

2019

2020

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

2017


108 R$

R$

R$ 150.000.00

Qualificação Técnica do COMTUR

Fortalecimento do Circuito Serras Verdes Atração de eventos Esportivos para o município Aquisição de um veículo para manutenção da infraestrutura Adequar turisticamente 8 das vias estruturais previstas no Plano Diretor

Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR Estimulo ao Empreendedorismo Fortalecimento do COMTUR/FUMTUR Alinhamento às Políticas Públicas Regional, Estadual e Federal Gestão de Eventos de interesse turístico Manutenção da Infraestrutura Turística Vias Estruturais do Turismo

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

6. Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

2. Marketing do Destino

3. Infraestrutura Turística

3. Infraestrutura Turística

15

16

17

18

19

20

21

22

(MG 460. EX. 333,160,370,70,10, 485, 120)

Oportunidades de negócios nos Segmentos Prioritários das Rotas

Sensibilização para gestão turística compartilhada

Planejamento Estratégico do COMTUR

Educação Turística

Cultura Turística

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

14

R$ 3.000.000.00

-

-

R$ 7.000.00

R$ 22.000.00

R$ 9.000.00

R$ 8.000.00

R$ 80.000.00

R$ 800.000.00

Estruturação de atrativos âncora

Estruturação de atrativos

2. Marketing do Destino

13

R$ 270.000.00

Elaboração do Plano de Marketing do Destino

Marketingdo Destino

2. Marketing do Destino

12

ESTIMATIVA DE CUSTO R$ 18.000.00

11

PROJETO

Fóruns de Turismo

Políticas Públicas de Turismo

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

PROGRAMA

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO 2017/2020

Nº 2018

2019

2020

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

2017


109

R$ 90.000.00

R$ 900.000.00

Cultura Empreendedora para o turismo Implementação do Plano de Marketing

Sinalização Turística e Interpretativa Divulga Extrema

Segurança Turística

Cultura Turística

Marketing do Destino

Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo Qualificação da Cadeia Produtiva do Turismo Estruturação de atrativos Posicionamento de Mercado Formação de Redes

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

2. Marketing do Destino

5. Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

5. Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

5. Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

2. Marketing do Destino

2. Marketing do Destino

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

26

27

28

29

30

31

32

33

34

Constituição de Parcerias Institucionais

Qualificação Profissional

Qualificação Empresarial

Qualificação da Produção Associada

Vizinhança Solidária

Roteiros Turísticos

Roteirização Turística

2. Marketing do Destino

-

R$ 12.000.00

R$ 90.000.00

R$ 178.000.00

R$ 90.000.00

R$ 90.000.00

R$ 90.000.00

R$

R$ 47.000.00

-

25

R$

Monitoramento dos indicadores do PMDTS

Monitoramento da Performance do Desenvolvimento Turístico

4. Informações Turísticas

24

R$ 1.200.000.00

ESTIMATIVA DE CUSTO

Parcerias Público Privadas para estruturação de novos atrativos

PROJETO

Estruturação de atrativos

PROGRAMA

2. Marketing do Destino

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO 2017/2020

23

Nº 2018

2019

2020

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

2017


110

37

2017

R$ 2.255.000,00

R$ 2.706.000,00

2018

Reestruturação dos Portais Norte e Sul

Vias Estruturais do Turismo

3. Infraestrutura Turística

45

R$ 8.595.000,00

Criação do Festival Gastronômico

Gestão de Eventos de interesse turístico

2. Marketing do Destino

44

ESTIMATIVA DE CUSTO

Isenção Fiscal no Turismo

Estimulo ao Empreendedorismo

6. Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

43

TOTAL

Reposicionamento em relação aos Eventos de Interesse turístico

Gestão de Eventos de interesse turístico

2. Marketing do Destino

42

-

2018

2019

2020

Elaborado por: Esfera Consultoria, 2016.

R$ 941.000,00

2020

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

2017

R$ 2.653.000,00

2019

R$ 300.000.00

R$ 14.000.00

R$ 12.000.00

R$

R$ 45.000.00

Aplicativo de acesso às Rotas Turísticas

Vias Estruturais do Turismo

3. Infraestrutura Turística

41

R$ 300.000.00

Segurança dos Turistas e do Patrimônio

Segurança Turística

3. Infraestrutura Turística

40

R$ 120.000.00

Cultura Turística

R$ 48.000.00

R$ 45.000.00

Fomentar a produção cultural e os saberes e fazeres da população extremense

Monitoramento da Monitoramento dos impactos Performance do econômicos, sociais e ecológicos do Desenvolvimento Turístico turismo no desenvolvimento local

R$ 52.000.00

R$ 44.000.00

ESTIMATIVA DE CUSTO

Assessoria Técnica na Modelagem dos Negócios Turísticos

Responsabilidade dos Empreendedores do Turismo com o Meio Ambiente

PROJETO

Mobilidade para os processos educativos

1. Gestão Compartilhada, articulação institucional e formação de rede de parceiros

39

4. Informações Turísticas

2. Marketing do Destino

36

38

Estimulo ao Empreendedorismo

6. Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

35

Economia Criativa

Responsabilidade Socioambiental na Cadeia do Turismo

6. Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

PROGRAMA

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO 2017/2020


111

69%

5%

5%

16%

1%

4%

Elaborado por: Esfera Consultoria, 2016.

Informações Turísticas e Inteligência Estratégica

Empreendedorismo e Promoção de Investimentos Privados

Marketing do Destino

Infraestrutura Turística

Qualificação da Rede de Serviços e da Produção Associada

Gestão Compartilhada e Formação de Rede

Gráfico 10: Percentual de cada Eixo de Desenvolvimento no Orçamento do PMDTS 2017 | 2020


112


10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Extrema é um destino turístico ainda em formação e a administração pública municipal juntamente com os empreendedores consiste em seu principal agente fomentador. A comunidade extremense tem respondido bem ao fomento desta atividade econômica, devido a existência de uma considerável rede de equipamentos, serviços e produtos voltados para o atendimento ao público visitante. Esta evolução tem sido favorecida pela integração da política municipal aliada as políticas nacional e estadual de regionalização turística, o que tem propiciado a formação dos atores públicos e privados, a estruturação do Sistema Municipal de Turismo, bem como o fortalecimento das instâncias de governança, local (COMTUR) e regional (CTSV). Há cerca de 10 anos, Extrema vem buscando estruturar um modelo de gestão descentralizada e participativa do turismo que atenda também (de maneira mais ampla) às necessidades e às exigências do desenvolvimento local sustentável e, dessa forma, contribua significativamente com esse, numa perspectiva integral (e por isso integradora) de territorialização turística. Para tanto, a partir do Programa de Regionalização do Turismo do Ministério do Turismo, adotou a regionalização como o seu modelo referencial de planejamento, por meio da criação das Rotas Turísticas. Essa estratégia de abordagem espacial para o fomento e a organização da atividade turística apresenta, hoje, resultados incontestes e evidências consistentes de sua consolidação. Nesse bojo, o PMDTS | Rotas Turísticas de ExtremaMG, 10 ANOS, empreendido pela Gerência de Turismo, com envolvimento do COMTUR e do trade local (num processo participativo de planejamento) e execução 113


da Esfera Consultoria, posicionou-se (no conjunto de ações constantes no PMDTS – Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável - Rotas Turísticas 2012/2014, atualizado no ano 2015/2016) como uma ação de operacionalização deste modelo de desenvolvimento, delineado pelas rotas turísticas, numa amostra clara de seu amadurecimento. Com a finalização dos trabalhos que resultaram no PMDTS | Rotas Turísticas de Extrema-MG, 10 ANOS, encerra-se a etapa de planejamento estratégico da política pública de turismo do município de Extrema para o período 2017 até 2020. Em face desse cenário, o documento que resultou no Plano Municipal de Turismo de Extrema 2017-2020 refletiu os esforços da Administração Municipal, dos membros da instância de governança local, da sociedade e empreendedores do trade turístico buscou dar continuidade à política de turismo vigente e consolidar a atividade turística como estratégia de desenvolvimento local sustentável. Este documento representa o pacto social que orientará as políticas públicas e os negócios no período de 2017 a 2020. Pautado nos princípios de planejamento integrado, participativo, estratégico e sustentável, o presente documento foi proveniente da revisão do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável (PMDTS) - Rotas Turísticas de Extrema 10 anos, o qual visa orientar e convergir à ação dos diversos atores que fazem o turismo do município e congregar a todos para a visão de futuro compartilhada desse plano: consolidar Extrema como um destino de Turismo de Natureza competitivo. No processo participativo de elaboração do plano foi acordado que o Turismo Sustentável é o negócio coletivo. Ao final deste processo, assumiu-se o compromisso de buscar coletivamente empreender a execução e o monitoramento/avaliação dos programas, projetos e ações contidos no referido documento e, além disso, firmou-se o objetivo de fazer com que a atividade turística seja a segunda economia do município. Sob esse contexto, reiteramos a centralidade do COMTUR (Conselho Municipal de Turismo), como um espaço permanente de discussão e deliberações sobre a política local que deverá no decorrer dos próximos anos atuar no sentido de promover, de modo contínuo, a melhoria e aperfeiçoamento das ações contidas no documento em questão. Para realizar o intento, programas e projetos estão organizados em 6 eixos e suas metas e indicadores estabelecidos. O próximo desafio coletivo é a execução e o monitoramento/ avaliação, para isto, será necessário aperfeiçoar os processos de gestão, promover melhorias na articulação e fortalecimento da rede de parceiros, objetivando bem posicionar Extrema no mercado nacional. Por fim, neste processo de planejamento participativo foi possível apreciar que a política de turismo tem sido assertiva, que em 2017 temos muito a comemorar com os 10 anos da nossa regionalização e muito a aprimorar, especialmente, o desafio de formar uma cultura turística. Com este novo plano de turismo ficou evidente as fragilidades, pactuamos as prioridades e nos corresponsabilizamos com a execução para posicionar Extrema, no mercado nacional de Turismo de Natureza.

114


115


COMISSÃO GESTORA Comissão Gestora do Processo Participativo de Atualização do Plano Municipal de Desenvolvimento Turístico Sustentável Rotas Turísticas – Decreto nº 2.996/2016 COORDENADORA: Dora Ribeiro – Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Turismo. MEMBROS REPRESENTANTES: Ana Paula Odoni - Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Turismo Ana Flávia Fernandes Egídio - Secretaria Municipal de Educação Anelise Calvão Barouch - Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo Francisco França Streapco - Gabinete do Prefeito - Gerência de Marketing João Adolfo dos Reis Lopes - Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Esporte e Lazer João Batista Gomes Pinto - Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Cultura Lázara Hosana Pereira Tesser Ortiz - Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Cultura Paulo Henrique Pereira - Secretaria Municipal de Meio Ambiente Márcio José Vieira - Câmara Municipal de Extrema Renato de Paula Souza – COMTUR (Presidência) - Associação dos Moradores do Salto de Cima e Região Fernanda Nunes de Paiva - Circuito Turístico Serras Verdes Sul de Minas Gerais Carlos Crescente - Empreendedor - Pousada Céu da Mantiqueira (Setor de hospedagem) Cinthia Quivetto Sanchez - Associação Atrativos do Salto; Cristiano Paulino de Jesus - Idea Publicidade Dionísio Alberto Fulop - Empreendedor - Recanto Tathy (Produção Associada ao Turismo) Edson Marques Viera - Empreendedor - Rancho Extremo Sabor (Setor de Alimentação) Eduardo Aparecido Benedito de Almeida - Empreendedor - Grupo Pururuca (Setores de alimentação e hospedagem) Jair Cassimiro Lopes - Empreendedor - Armazén Bertolotti (Setor de Alimentação) Margareth Raiano Higashi - Associação dos Artistas e artesãos de Extrema –CREARTE Oscar Hugo Aloysius Maria Brenninkmeijer - Empreendedor - Hotel Villa Lobos (Setor de hospedagem) Ricardo Q.T.Rodrigues - Empreendedor - Pousada Muxarabi (Setor de hospedagem e Produção Associada ao Turismo) Sheyla Ribeiro - Empreendedora - Hotel Extrema Clube (Setor de hospedagem) Tim Benke - Empreendedor - Recanto Lakshmi (Setor de hospedagem) Valmir Almeida Silva – Associação Comercial e Industrial de Extrema – ACIEX Vera Ligia Nascimento Toledo – Empreendedora Laticínio Santa Isabel - Produção Associada ao Turismo 116


Participantes das Oficinas Ana America Rezende – Produção associada ao Turismo Ana Flavia Fernandes Egidio - Secretaria Municipal de Educação Antonio L. Freitas – Secretaria de Saúde Vigilância Sanitária Aparecida Neves - Secretaria Municipal de Educação Carlos Crescente - Empreendedor - Pousada Céu da Mantiqueira (Setor de hospedagem) Carolina Mamede- Secretaria Municipal de Educação Cinthia Quivetto Sanchez - Associação Atrativos do Salto; Cleide da Silva Santos Claudino – Presidente em exercício COMTUR e empreendedora Pousada Lago Dourado Dalva Frade Zamboni - Associação Atrativos do Salto; Dionisio Alberto Fulop - Empreendedor - Recanto Tathy (Produção Associada ao Turismo) Edson Marques Viera - Rancho Extremo Sabor (Setor de Alimentação) Fernanda Moraes - Artesã Fernanda Nunes de Paiva - Circuito Turístico Serras Verdes Sul de Minas Gerais Gustavo F. dos Santos – Produtora de Cogumelos Lázara Hosana Pereira Tesser Ortiz - Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Cultura Irene Cerante– empreendedora do futuro Extrema Hostel João Adolfo dos Reis Lopes - Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Esporte e Lazer João Batista Gomes Pinto - Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Cultura José Carlos Zambone – Empreendedor Recanto do Ipê Marcelo A. Araujo – Departamento de Agricultura e Pecuária Márcio José Vieira - Câmara Municipal de Extrema Margareth Raiano Higashi - Associação dos Artistas e artesãos de Extrema –CREARTE Maria José – Artesã Otavio Cerante – empreendedora do futuro Extrema Hostel Patricia Akemi - Secretaria Municipal de Meio Ambiente Rafaela Ferreira da Silva - Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura - Gerência de Turismo Renato de Paula Souza – COMTUR (Presidência) - Associação dos Moradores do Salto de Cima e Região Ricardo Q.T.Rodrigues - Empreendedor - Pousada Muxarabi (Setor de hospedagem e Produção Associada ao Turismo) Rita Augusto Santos – Produtora de Cogumelos Sheyla Ribeiro - Empreendedora - Hotel Extrema Clube (Setor de hospedagem) Vera Ligia Nascimento Toledo – Empreendedora Laticínio Santa Isabel - Produção Associada ao Turismo 117


118


EQUIPE TÉCNICA

ESFERA CONSULTORIA Tom Pires - Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Mestre em Turismo e Meio Ambiente, Centro Universitário UNA - Belo Horizonte/MG MBA em Administração Estratégica, Centro Universitário Estácio de Sá - Belo Horizonte/MG Especializado em Turismo, Políticas Públicas e Desenvolvimento Local, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG Bacharel em Turismo, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG André Jordani - Diretor de Finanças e Projetos Especializado em Estudos Ambientais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG Técnico em Planejamento, HomoSapiens Escola de Planejamento – Belo Horizonte/MG Bacharel em Turismo, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG Joyce Kimarce do Carmo Pereira - Revisão Bacharel em Turismo - UFMG Mestranda em Estudos do Lazer - EEFFTO/UFMG Pós-Graduanda em Políticas Públicas - UNICAMP

PREFEITURA MUNICIPAL DE EXTREMA Dora Ribeiro - Coordenadora da Gerência de Turismo – Prefeitura Municipal de Extrema Especializada em Educação Ambiental, Universidade Estadual de Campinas – Campinas/SP Bacharel em Geografia, Universidade de São Paulo – São Paulo/SP Rafaela Ferreira da Silva - Redação final Doutoranda em História – PEPG - PUC-SP Mestre em História – PEPG - PUC-SP Especializada em História, Sociedade e Cultura – PUC-SP

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo / FGV Projetos, Ministério do Turismo. - 11.ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2015. 98 p. Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo / FGV Projetos, Ministério do Turismo. - 12.ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2016. 117 p. ABETA. Perfil do turista de aventura e do ecoturista no Brasil. Ministério do Turismo; Ilustrações de Eduardo Caçador Pontes. São Paulo: ABETA, 2010. 96 p. BRASIL, Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo: Marcos Conceituais. Brasília: Ministério do Turismo, 2006. BRASIL, Ministério do Turismo. Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil: 2002 e 2006. Brasília: Ministério do Turismo, 2007. EMBRATUR/FIPE – Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil – 2006. EMBRATUR/FIPE – Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil – 2010. BRASIL, Ministério do Turismo. Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil. Ministério do Turismo & ABETA. São Paulo: ABETA, 2010. Sondagem do Consumidor – intenção de Viagem / Ministério do Turismo e Fundação Getúlio Vargas. Brasília, 2015.

CARACTERIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DO TURISMO DOMÉSTICO NO BRASIL – 2010/2011. Relatório Executivo. Ministério do Turismo, Embratur e FIPE. São Paulo, 2012. BRASIL. Ministério do Turismo. Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo Regional. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais, 2014. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil: diretrizes políticas. Brasília, 2004. Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo: Diretrizes, Metas e Programas 2003-2006. Brasília, 2003. Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo: Diretrizes, Metas e Programas 2007-2010 – Uma Viagem de Inclusão. Brasília, 2007. Ministério do Turismo. Turismo no Brasil 2011-2014. Brasília, 2011. 120


PREFEITURA MUNICIPAL DE EXTREMA. Gerência de Turismo. INVTUR (Inventário Turístico de Extrema 2015). Extrema, 2015. Gerência de Turismo. Relatório de Estatística de Atendimento do Centro de Informações turísticas de Extrema, 2015. Gerência de Turismo. Relatório da Pesquisa de Demanda Turística de Extrema, 2016. Secretaria de Administração, Fazenda e Planejamento. Prefeitura Municipal de Extrema, 2016. OMT. Organización Mundial del Turismo - Agenda para Planificadores Locales: TURISMO SOSTENIBLE Y GESTIÓN MUNICIPAL. Edición para América Latina y El Caribe. Madrid, España, 1999.

Eletrônicas: Ministério do Turismo. Cartilha Mais Turismo mais desenvolvimento 2013. Disponível em: http://www. turismo.gov.br/publicacoes/item/80-mais-turismo-mais-desenvolvimento-indicadores.html. Acesso em Junho de 2016. Ministério do Turismo. Demanda Turística – Internacional. Disponível em: http://www.dadosefatos. turismo.gov.br/ dadosefatos/demanda_turistica/internacional. Acesso em Junho de 2016. Portal da Administração. Disponível em: http://www.portaladministração.com.br. Acesso em: 16/07/2016. Observatório do Turismo de SP. Disponível em: http://www.observatoriodoturismo.com.br/pdf/ ANUARIO_2015_BASE_2014.pdf. Acesso em 11/07/2016. Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio. Disponível em: http://www.descubraminas.com.br/ MinasGerais> Acesso em 17/07/2016. Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais. Disponível em: http://www.turismo.mg.gov.br> Acesso em 17/07/2016. Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/ultimasnoticias/2872-a-importancia-da-internet-para-o-turismo.html. Acesso: 30/03/2016.

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Projeto Gráfico: Rai Lopes

Diagramação: Idea Publicidade (www.ideapublicidade.com.br)

Fotos: Acervo Prefeitura Municipal de Extrema

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