ANO I I Junho – 2015 N.º 10
OPINIÃO
O ADORNADO E O MERITOCRÁTICO por Frank Delmindo (frankdelmindo@hotmail.com)
O autor de um texto, em perfil de rede social, lançou um interessante parecer: o maior inimigo do quadrinho nacional seria o próprio quadrinista brasileiro? De fato, chega a incomodar os poucos selecionados, de uma centena e meia de participantes, no resultado de aguardado concurso de mangás, promovido a cerca de um ano atrás, por uma editora grande, de porte. Tidos por amadores, a imensa maioria dos quadrinheiros ali participantes não teria nem o básico da preparação autoral? Diversos elementos parecem conspirar contra o profissionalismo dos quadrinheiros brasileiros. Um destes tais é a carapuça da mediocridade, inculcado no povo brasileiro sob o disfarce de humildade. A demonização dos ricos também nos é vendida como consolo para os mais pobres, afinal o mendigo Lázaro vai para o céu, enquanto o rico foi abraçar o capiroto no fogaréu dos infernos. Ambicionar também é algo deturpado como simples ganância, e se esforçar com vistas ao profissionalismo esbarra no estereótipo do autor nativo assemelhado a figura amadora, sem leitores, necessitado e cuja obra aguarda apenas a fixação do último prego em seu caixão, para tornar-se um clássico nacional. Não temos um ditado brasileiro, segundo o qual “só reconhecem o valor de alguém depois da sua morte”? É bem por aí... Todos estes elementos condicionam e apresentam a Literatura, bem como outras formas de arte, assemelhada a penduricalhos, “enfeites” da natureza social brasileira, fazendo-a servir apenas Médio durante suas leituras
servir apenas para... para o quê mesmo? Enfadar alunos no Ensino Médio durante suas leituras obrigatórias? Dar aos educadores literários apenas e somente a forma rebuscada de escrever como única abordagem didática prática? No lado oposto a esta visão – pedante de tão adornada e boçal de tão repetida – temos a Arte dita comercial, assim chamada por envolver o puro e simples... pagamento monetário, de pleno direito a quem a produziu. Driblando o estereótipo de ganancioso – por buscar o profissionalismo em sua arte e almejar a pouca meritocracia aqui existente – o(a) autor(a) profissional aprofunda-se nos aspectos técnicos e reprodutíveis de sua arte predileta, coisas como desenvolvimento de personagens, estrutura narrativa, etc. Estes dois tipos de comportamentos – o autor adornado estéril e o autor praticante meritocrático – competem dentro da realidade autoral brasileira. O primeiro desfila seus adornos, desenhando e querendo ser quadrinista ou mangakás de brincadeira. O segundo guerreia diuturnamente, num ciclo praticar-aprenderproduzir intermitente, buscando um oásis meritocrático no deserto editorial nacional. Contudo, a verdade é que ser um profissional dedicado e comprometido com sua arte não se encaixa lá muito bem no estilo “jeitinho brasileiro” de ser dos burajirujinos. Obter vantagens indevidas por meio do engodo e malandragem, desvalorizar a busca por melhor escolaridade e capacitação profissional, a avareza de amontoar riquezas particulares e o apelo sexista faz mais a “nossa” praia. Parabéns ao autor do texto e espero ter sido de alguma valia nestes aprofundamento proposto. Ω
GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS Cod:N1387371057615
Autor(es) DYLAN MORAES
R$33,29 E-book Não Disponível Sinopse “Ah, se, quando comecei nesta carreira lá atrás, eu soubesse de tudo o que eu sei hoje, tantos e tantos anos depois”. Tal frase já percorreu os pensamentos de muitos autores, das mais diversas mídias, como o Cinema, Música, Teatro, etc., chegando até a escapar-lhes pelos lábios. Um pensamento utilitarista a seguir seria “alguém poderia escrever um livro, mostrando o ponto de partida e opções para quem gosta e quer trabalhar como autor”. Pois GUIA PRÁTICO DO EMPREENDEDOR DOS QUADRINHOS é este livro.
Infomações e descrição da obra Categoria(s): Administração e Negócios Idioma: Português Edição/Ano: 2013 Número de páginas: 218 Peso: 288 Tipo de Capa: Capa cartão Acabamento: Brochura sem orelha Papel: Offset 75g Formato: 14 x 21 cm Miolo: Preto e branco
ACESSE E COMPRE EM http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1387371057615
O AUTOR EMPREENDEDOR
EMPREENDEDOR SOCIAL (*) por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)
Desenho
De maneira geral, ser um empreendedor significa envolver-se com um negócio privado, resultando em uma visão limitada, voltada para o valor econômico. Gregory Dees define o empreendedor social como uma das espécies do gênero dos empreendedores. Continuam sendo empreendedores, apenas munidos de uma missão social, buscando mudanças no setor social.
públicos. O protagonismo originou-se na Grécia, dando nome ao lutador principal, a atração maior de um torneio de lutas. Sendo usado depois na Literatura e Didática, protagonismo passou a designar agentes efetivos que configuram as ações de um movimento social, existindo apenas na medida em que ocorre entre diferentes articulares eficazes, e com resultados concretos e visíveis publicamente. Protagonismo existe apenas quando em ação, efetuando a transformação da condição sócio existencial.
Sob o lema "seja o novo", a coletânea de mangás nacionais AÇÃO MAGAZINE surgiu, anos
Empreendedorismo social não significa o abandono da característica economicista, mas sim sua reunião, e às vezes até mesmo submissão, ao aspecto social, visto estar fundamentado em questões sociais específicas. Chegando ao limite de não buscar, necessariamente, o lucro econômico, empreendendo sem fins lucrativos. Gregory Dees lista características que diferenciam empreendedores sociais dos demais tipos: 1) Realizar uma missão para gerar e manter valor social, não apenas valor financeiro ou privado; 2) Busca novas oportunidades para alcançar a missão social a que se propôs, persistindo quando encontra dificuldades; 3) Mantém processo constante de aprendizado, resultando em adaptação e inovação, sendo usado como recurso para ultrapassar dificuldades; 4) Iniciativas constantes, em gera ignorando as limitações ou mesmo ausência de recursos disponíveis para agir; 5) Senso de transparência com seus parceiros e cos.
O Autor Empreendedor deve conscientizar-se das diferenças entre protagonista social e o empreendedor social. O protagonista social exibe um alto grau de consciência da realidade à sua volta, entretanto, isto não significa possuir uma missão social específica e foco em objetivos práticos. O protagonismo social é a atuação participativa na sociedade, através dos meios e nas mais variadas instituições sociais, tais como família, escola, bairro, a cidade, etc.).
Enquanto isso, o Empreendedor Social, além de atuar através dos canais existentes de participação social, também busca criar novas formas e rotas atuação junto ao ambiente social. Ainda que os caminhos sejam novos e recém criados, cumprir a missão pessoal de alteração e criação continua sendo a orientação de suas ações. Um protagonista social não dedica a quase totalidade do seu tempo e energia mobilizadora, inclusive de trabalho, em suas atuações participativas. Em geral, costuma dividir sua atuação com alguma O protagonismo originou-se na Grécia, dando paralela, por para meiovenda da qual (*) Trecho extraído do livro O AUTOR EMPREENDEDOR, atividade autoria de trabalhista Dylan Moraes, disponível em nome ao lutador principal, a atração maior de um sustenta a si e, se for o caso, sua família. Isto não ocorre https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo torneio de lutas. Sendo usado depois na Literatura e com o Empreendedor Social, cujo foco busca
inclusive de trabalho, em suas atuações participativas. Em geral, costuma dividir sua atuação com alguma atividade trabalhista paralela, por meio da qual sustenta a si e, se for o caso, sua família. Isto não ocorre com o Empreendedor Social, cujo foco busca exclusividade na atividade que o levará à realização de sua missão social e pessoal. Ainda que existam certos momentos dedicados ao trabalho ou atividade de obtenção de renda para si, o Empreendedor Social almeja obter sustento próprio e de seu núcleo familiar por meio de atividades comuns tanto à sobrevivência quanto ao buscar de seus objetivos sociais, não pretendendo, necessariamente, alcançar enriquecimento pessoal. Os Empreendedores Sociais são, por definição, protagonistas sociais, entretanto, o contrário não costuma ser válido. Além de empreenderem socialmente, Empreendedores Sociais protagonizarem postos e práticas valiosas na sociedade, buscando mudanças sociais concretas, tendo por semente suas inquietações pessoais. Empreendedores Sociais já protagonizam. Resta aos protagonistas sociais o empreender socialmente. No meio das atividades de protagonismo social e empreendedorismo social, surge a Economia Criativa, um ciclo de criação, produção e distribuição de produtos e serviços que usam o capital intelectual e a própria criatividade, manifesta em produtos ou serviços, como principais recursos produtivos. Podem ser artesanatos, uma peça de teatro, cinema, curtas e médias metragens e demais produtos audiovisuais, chegando até a uma obra literária ou um programa de computador. Indo do artesanato ao software, percebe-se a abrangência de produtos possíveis de ser classificados como criativos. O autor John Howkins, em seu livro The Creative Economy, conceituou a Economia Criativa como atividades culturais ou artísticas, realizadas por pessoas isoladas ou em grupos, que exercitam a imaginação, explorando ou permitindo a terceiros a exploração de seu valor econômico ou patrimonial. Ana Carla Fonseca a define como estratégia de desenvolvimento e indústrias cuja origem vem da criatividade, habilidade e talento individuais. Para esta autora, estas indústrias apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração de propriedade intelectual. O resultado são bens e serviços de valor simbólico e econômico, numa produção que valoriza a singularidade, o simbólico e o intangível: a
curtas e médias metragens e demais produtos audiovisuais, chegando até a uma obra literária ou um programa de computador. Indo do artesanato ao software, percebe-se a abrangência de produtos possíveis de ser classificados como criativos. O autor John Howkins, em seu livro The Creative Economy, conceituou a Economia Criativa como atividades culturais ou artísticas, realizadas por pessoas isoladas ou em grupos, que exercitam a imaginação, explorando ou permitindo a terceiros a exploração de seu valor econômico ou patrimonial. Ana Carla Fonseca a define como estratégia de desenvolvimento e indústrias cuja origem vem da criatividade, habilidade e talento individuais. Para esta autora, estas indústrias apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração de propriedade intelectual. O resultado são bens e serviços de valor simbólico e econômico, numa produção que valoriza a singularidade, o simbólico e o intangível: a criatividade. A criatividade é a matéria-prima da Economia Criativa, sendo associada a outros materiais primários, todos abstratos e intangíveis, tais como a originalidade, imaginação, inovação, invenção. Criatividade implica nas capacidades de se criar o novo, de reinventar o já existente, diluir paradigmas tradicionais, fazer ligação entre elementos aparentemente desconexos, resultando nas soluções de antigos e novos problemas. Ω
MATÉRIA DE CAPA
COMO TER UM COLETIVO DE QUADRINISTAS DE SUCESSO por Dylan Moraes (dylanmoraes@gmail.com)
“Missão Impossível”? “Á Espera de Um Milagre”? Ou qualquer outro título de filme que demonstre o quão improvável é um coletivo de quadrinheiros fazer sucesso no Burajiru? Consultor de empresas multinacionais, como a Coca-Cola, o autor Christian Barbosa postou em seu perfil de rede social, um curioso gráfico de sobreposição, visualizando quatro características principais – e a inter-relação entre estas – de um projeto hipotético. Nós, da Associação ALEP, mantendo o compromisso de formar o autor de amanhã, o Autor Empreendedor, analisamos os coletivos de autores amadores de mangá e quadrinhos, e alguns de Literatura, sob as perspectivas do gráfico de Christian Barbosa. VOCÊ QUER UM COLETIVO DE AUTORES... RÁPIDO? Algo comum nos primórdios de qualquer reunião de quadrinheiros, mangakás ou escrevinhadores: esforço e empenho de todos, na esperança de ser vistos, logo ali à frente, a almejada luz no fim do túnel autoral. Todos entregam suas páginas de quadrinhos rapidamente, enviando de pronto seus textos ou participações para inclusão na próxima edição. “Onde existe vontade, existe um jeito de ser feito” é o lema na mente de todos os, até então, esforçados membros do coletivo. Tanto esforço segue firme por um tempo, dois tempos,
tempos, chegando até três tempos e, hã... de repente, começa a... diminuir?! Fraquejar e logo nota-se uma crescente lentidão a emperrar o que antes era veloz e promissor. As participações já não vem com tanta frequência, mangás e textos cobrados, costumam ter por resposta o silêncio percebido em e-mails e mensagens in box. Money, bufunfa, píla, din-din, faz-me-rir. Entendam de uma vez por todas, projeto que não remunera – pagamento, em dinheiro – seus participantes está fadado a baixíssima qualidade e, o mais comum, a paralisia no encerramento das atividades. Se um coletivo de autores conseguir remunerar os participantes, ainda que insuficientemente, pode dar continuidade em suas atividades, obtendo quadrinhos baratos de autoria desleixada e incompletos, visto serem abandonados antes de seus respectivos términos. Um coletivo de autores será rápido na produtividade e excelente na qualidade se o trabalho de seus participantes for muito bem pago. Não existe outra opção aplicável e duradoura. UM COLETIVO GRÁTIS OU BARATO – “Má ‘Tio Dylan, a gente é pobre – inclusive de espírito, a pior das pobrezas – e não dá pra pagar ninguém”. Então, a produtividade e a qualidade dos mangás ou textos do seu coletivo será baixa, senão baixíssima, caso tente ser
Fonte: https://www.facebook.com/christianbarbosa?fref=nf
ser rápido. Excelente qualidade, somente se os autores forem habilidosos em sua atividade autoral, eles próprios produzirão, não tendo de remunerar ninguém. Geralmente, apenas os fundadores do coletivo e um ou outro agregado a posteriori, costumam se importar e valorizar os objetivos do grupo, a ponto de gastar tempo e talento, produzindo material e mantendo o projeto ativo, de pé. Existem ainda alguns poucos autores, profissionais mesmo, que aceitam receber pouco para produzir páginas de mangás ou comics, quadrinhos enfim, porém muito lentamente, uma ou duas páginas ao mês. UM COLETIVO DE AUTORES EXCELENTE – Deixei o melhor para o final para reforçar um ponto: ninguém vive de vento ou brisa! Se você, leitor(a) deste
texto, não vive mais sob a tutela de seus pais, ou responsáveis, já descobriu por si mesmo(a) que a vida adulta tem suas necessidades. Comer, vestir, calçar, às vezes até a tutela dos próprios pais – quando estes alcançam idade muito avançada – são coisas integrantes da vida adulta. E será impossível para você, autor(a), arcar com tudo isso se gastar seu tempo produzindo quadrinhos sem que tal atividade o(a) remunere muito bem. Por mais que tenhamos amor pela mídia dos quadrinhos, adultos normais necessitam de fontes de renda para poder viver. A pedra de toque do quadrinho nacional, Maurício de Sousa, hoje um empresário internacional, em certa entrevista contou como seu pai o aconselhava, bem lá no início de sua carreira, a “se gostar de desenhar, encontrar uma forma de ganhar dinheiro”
dinheiro com isso”. Complemento nosso a este sábio conselho: para poder viver daquilo que se gosta. Os mangás ou Literatura de seu coletivo de autores manterão – ainda que já possuam – qualidade e produtividade excelente se os membros forem pagos, e muito bem pagos. E isto costuma acontecer quando todos os envolvidos passam a agir não apenas como um coletivo, mas sim como se fossem um verdadeiro empreendimento. De fato, uma empresa. UMA ÚLTIMA DICA – Idealizada pelo economista italiano Vilfredo Pareto, a Regra de Pareto ou Regra 80-20 prognosticava como 80% dos resultados de um agrupamento humano qualquer tendem a ser produzidos por apenas 20% dos participantes do mesmo. Desde sua criação, no final do século XIX, a Regra de Pareto foi alvo de inúmeras pesquisas e avaliações, cujos pesquisadores, atônitos, comprovavam o recorrente efeito da regra em assuntos dos mais diferenciados: a) Quando detonada, a bomba de nêutrons desperdiça 80% de seu resultado em nêutrons de alta velocidade, pouco relevantes para o efeito destrutivo, este causado de fato pelos 20% restantes, na forma de calor e impacto da detonação; b) Nos restaurantes, 80% dos pratos escolhidos pelos clientes representam 20% das opções apresentadas no cardápio; c) Nos automóveis, apenas 20% dos combustíveis movimenta o carro; d) Lâmpadas desperdiçam 80% de sua energia emitindo calor e só 20% é emitida na forma de luz. Quando trazida para o dia-a-dia das empresas, a Regra de Pareto continua vingando, comprovando como, em uma empresa: a) 80% das vendas vem de 20% dos clientes; b) 80% das queixas em um callcenter vem de 20% dos clientes atendidos; c) 80% do uso do telefone vem de apenas 20% dos funcionários; d) 80% do tempo improdutivo é causado por apenas 20% das máquinas de uma fábrica. e) 80% dos problemas com empregados vêm apenas de 20% do total destes. E o que essa tralha toda tem a ver com um coletivo de quadrinheiros ou autores bemsucedido?
Um coletivo pode usar a regra 80-20 para refinar seus membros, tornando-se um grupo excelente de autores. Pensem e façam como os administradores e os empresários de sucesso. Foco no que dá retorno. Coloque seus esforços e atividade no grupo selecionado, de maior atuação. Foque nos 20% produtivos. Kurt Hanks registra, em seu livro Up Your Productivity, a experiência de investidores financeiros, especializados em tentar salvar empresas à beira da falência. Não tem jeito: ao analisar as finanças, logo trombam com a Regra de Pareto, onde apenas 20% do total da empresa produz 80% do lucro obtido até aquele momento. Os 80% restantes da organização conseguem o desserviço de produzir mixurucas 20% do total de lucro. Identifique onde, fisicamente, estão os 20% mais produtivos (funcionários, filiais, projetos, tta´s, etc.) os “salvadores de empresas” fazem o óbvio. Concentram o tempo, o dinheiro e a energia nos 20% mais produtivos. Mudando a ênfase da empresa em prol de seu lado mais positivo, os resultados logo vêm, e a empresa sai do vermelho e volta a dar lucro e a estar “saudável” financeiramente. Você, dono(a) ou responsável por site ou page de um coletivo já começou a “paretear” os seus membros, identificando facilmente os 20% mais produtivos e os 80% empacados, não? Cedo ou tarde, vai notar aquele amigão, famoso “parça certo das horas incertas”, como integrante dos 80% improdutivos. Nesta hora, você terá que decidir se caminha rumo a algo positivo, com chance de vitória e evolução. Ou se terminarão todos nas atividades de socialização – livestreams, desafiando os desenheiros, encontrão nos eventos nerds – e jamais alcançarão o fim a que se propuseram. Ser um coletivo de autores de sucesso. Decidam-se.
Ω
O AUTOR EMPREENDEDOR Produza, divulgue e comercialize obras variadas e seja um(a) autor(a) de sucesso por Dylan Moraes Sinopse Apertados pelas pessoas e suas expectativas a nosso respeito, pelas condições ou necessidades apresentadas pela vida, e principalmente por posturas pessoais, sejam aceitas por nós mesmos ou impostas pelo ambiente, a incentivar ou limitar a busca por nossos sonhos ou profissões almejadas, terminamos por “deixar a vida nos levar”. Aceitamos o que nos é imposto. Não lutamos. Conformamo-nos. Quando o indivíduo possui um dom, algo de destaque em seu ser, tal conformismo pode chegar a ser prejudicial. Comum é o sentir-se como a ave presa na gaiola, o peixe fora d´água, uma criatura separada daquilo que a define. Tal condição de não adequar-se à vida independe de sua situação financeira, classe social, nível de escolaridade, sexo ou idade. Nas sociedades de consumo, o indivíduo costuma ser medido pelo montante de valores que produz. Contudo, ao atuar naquilo que ama, qualquer autor (a) realiza sua dimensão autoral e, se for mesmo este o seu sonho e maior objetivo, a auto realização pessoal e felicidade será automática. Se não for assim, então aquela forma de arte, prática esportiva ou profissão específica não era tão valiosa assim para esta pessoa. O conteúdo aqui presente busca formar o Autor Empreendedor, uma figura consciente das demandas presentes na profissão ou atividade autoral escolhida, focada no estabelecimento de metas e realização de objetivos, e sempre buscando aprender o necessário para atingir o sucesso. Leia um trecho Versão impressa
por
R$ 27,90
Categorias: Comercial, Artista Individual, Artes Gráficas, Educação, Artes, Administração Palavras-chave: autor, cinema, empreendedor, empreendedorismo, escultura, literatura, mangás, quadrinhos
Características Número de páginas: 152 Edição: 1(2015) Formato: A5 148x210 Coloração: Preto e branco Acabamento: Brochura c/ orelha Tipo de papel: Offset 75g Acesse e compre: https://www.clubedeautores.com.br/book/183296--O_AUTOR_EMPREENDEDOR#.VRoYM-25djo
EMPREENDEDORISMO PARA AUTORES
PARA QUEM VOCÊ ESTÁ PRODUZINDO SEUS QUADRINHOS? por Frank Delmindo (frankdelmindo@hotmail.com)
Saber a destinação, ou objetivo final, das tantas e tantas páginas de quadrinhos que você, fanzineiro ou quadrinista amador, está a produzir, pode fazer toda a diferença na hora de contabilizar os resultados de tanto esforço. Existem tantas finalidades para hq´s produzidas quanto tipos de quadrinheiros a produzilas. Mas nem sempre os primeiros estão de acordo com as intenções dos segundos. Se você produz suas HQ´s por pura diversão, sem maiores preocupações com o futuro do material resultante, então vale quase tudo. Desde aquela trama fenomenal em estilo fanfic, de Star Wars ou Conan que você bolou, até tramas estapafúrdias, cujas páginas produziu com grande divertimento. Como não dá pra explorar comercialmente, faz disso um fanzine ou posta na net. Agora, se seu objetivo é publicar via editoras, convém entrar na dança, junto dos demais dançantes: se for quadrinho infantil, tem que evitar acessos de violência, erotismo e qualquer idéia-ação de seus personagens, potencialmente perigosas e passíveis de imitação por parte das criancinhas que forem ler. Cultivar bons costumes e ter sempre alguma lição de moral interessante ao término das hq´s apresentadas é fundamental para ser aceito neste meio. Quem quer participar da festa alheia não inventa de sambar quando todos os demais presentes estão no maior heavy metal... Se o papo forem quadrinhos de super-heróis, o buraco é bem, bem mais embaixo. Os comics
buraco é bem, bem mais embaixo. Os comics estrangeiros lançados em nossas bancas costumam eclipsar qualquer tentativa nacional de produção quadrinística nesta estética: a dos super-heróis norteamericanos. Lançar seu próprio super esbarra no desinteresse dos leitores habituais dos comics republicados, na falta de competitividade comercial contra seus originários importados, e no costumeiro ranço amadorístico, quase sempre presente neste tipo de hq. Também, pudera: uma luta entre dois produtos, sendo o primeiro oriundo de um mercado tradicional no ramo das HQ´s, cuja produção evoca ares industriais, e o segundo - uma tentativa nacional de derivado do primeiro – feito monolateralmente, nas horas vagas e sob ponto de vista particular, o do autor nacional, destreinado e artesão da mídia quadrinhos, só poderia terminar em engrandecimento desmedido dos comics do Tio Sam, aquele velhote pé-no-saco, sempre a apontar nossa pequenez tupiniquim com seu dedão indicador, no conforto de cartaz recorrente. Contudo, e como o mote momentâneo são mercados consolidados de quadrinhos, o quadrinheiro local poderia tirar lições de uma outra terra prometida dos quadrinhos, o Japão. “Olha só, já vai falar aquela bobagem de como o mangá reflete mais o cotidiano das pessoas e como isso pode amealhar leitores”, seria este o enunciado pictórico a percorrer as sinapses nervosas de seu cérebro, eventual leitor(a)? Calma lá, que já explico:
eventual leitor(a)? Calma lá, que já explico: Na terra do sushi, dos Samurais e das revistas em quadrinhos volumosas e de tiragens de milhões de exemplares, é prática comum o buscar leitores fora do universo de aficcionados contumazes de quadrinhos. E como se faz isso? Pesquisando estilos de vida e perfis psicológicos, e ADEQUANDO as HQ´s a estes perfis. Existem mangás sobre tênis – para quem pratica e gosta deste esporte – mangás sobre comida – para quem curte culinária – mangás sobre automóveis – pro pessoal superfã de carros, e se tal publicação pegar metade dos espectadores da série Velozes e Furiosos, então já te(ría)mos um sucesso editorial, enfim, quadrinhos para todos os gostos. Fora isso, também existem os mangás one shot, HQ´s fechadas com começo, meio e fim, onde personagem ou personagens conceituais são apresentados. Após a publicação efetivada, observam-se as opiniões, críticas e sugestões dos leitores e, tendo estas como base, se modifica os personagens e conceitos apresentados, tudo buscando ADEQUAR o produto quadrinhos ao gosto de seu consumidor, no caso, os leitores de mangá. Quando foi apresentado de início, o personagem Naruto nada tinha de ninja. Difícil de acreditar, não? A mudança gradativa ocorrida no mercado de quadrinhos brasileiro, ao longo das últimas décadas, de meio de entretenimento de consumo de massa, para o de produto artístico de consumo segmentado, indica uma tendência de associação entre os quadrinhos e demais meios de diversão. Como exemplo, numa via de mão dupla, as peripécias marciais de Bruce Lee foram complementadas nos quadrinhos setentistas de artes marciais, tendo por referencial o personagem Master of Kung Fu, criado por Sax Rohmer e eternizado no roteiro de Doug Moench, nos desenhos de Paul Gulacy e na arte-final de Dan Adkins. E nem é necessário citar os passantes contrários, os literários Harry Potter e Senhor dos Anéis e os quadrinísticos Homem-Aranha, Batman e X-Men, todos convertidos em franquias cinematográficas bilionárias.
quadrinhos brasileiro, ao longo das últimas décadas, de meio de entretenimento de consumo de massa, para o de produto artístico de consumo segmentado, indica uma tendência de associação entre os quadrinhos e demais meios de diversão. Como exemplo, numa via de mão dupla, as peripécias marciais de Bruce Lee foram complementadas nos quadrinhos setentistas de artes marciais, tendo por referencial o personagem Master of Kung Fu, criado por Sax Rohmer e eternizado no roteiro de Doug Moench, nos desenhos de Paul Gulacy e na arte-final de Dan Adkins. E nem é necessário citar os passantes contrários, os literários Harry Potter e Senhor dos Anéis e os quadrinísticos Homem-Aranha, Batman e X-Men, todos convertidos em franquias cinematográficas bilionárias. Os leitores antigos cresceram e abandonaram as HQ´s infanto-juvenis? A nova molecada dá mais preferência pros games, TV a cabo e Internet? Então, por que não lançar uma revista em quadrinhos de um game de sucesso? Que tal uma HQ de Counter Strike? O público-alvo é exatamente o mesmo, e ao menos na teoria, seria sucesso instantâneo. Dá pra vender em gôndolas estampadas com AR-15´s na lan house de sua preferência. Só não vale ser mais caro que uma hora de jogatina! Ω