Diário Oficial - Alerj Notícias (22/06/17)

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2 ESTA PARTE É EDITADA ELETRONICAMENTE DESDE 1º DE JULHO DE 2005

PARTE II PODER LEGISLATIVO

ANO XLIII - Nº 113 QUINTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2017

Com apoio da Alerj, ID Jovem será lançado no estado

Diploma Heloneida Studart: 42 são homenageados

Documento dá a jovens de baixa renda benefícios como meia-entrada >Página 2

Premiação reconhece contribuição de artistas e entidades para o desenvolvimento da cultura >Página 3

Parlamento Juvenil terá participantes de todo o estado Ao todo, 97 jovens dos 92 municípios do Rio serão ‘deputados’ por uma semana Divulgação

Política

No PJ, mulheres são maioria Amanda Alexandre

O deputado Wanderson Nogueira, coordenador do PJ, em palestra a alunos em escola estadual: “orgulho do projeto alcançar todas as cidades” S YMONE MUNAY

IMPRESSO

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Parlamento Juvenil chega à 11ª edição batendo mais um recorde. Pela primeira vez desde que o projeto foi criado, todos os 92 municípios fluminenses terão representantes. Ao todo, 97 jovens foram eleitos – um de cada município, exceto a capital, que terá três representantes por causa das diversas Regionais Administrativas e Pedagógicas; e os municípios de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; Itaguaí, na Região Metropolitana; e Valença, no Médio Paraíba, que terão dois representantes porque tiveram os maiores números de inscrições. Destes jovens, 13 já foram eleitos anteriormente. Todos são estudantes do 1º e 2º anos

do ensino médio da rede pública estadual do Rio de Janeiro, com idade entre 14 e 17 anos. As mulheres são maioria: 43 parlamentares juvenis são do sexo feminino – 42% do total. (leia box ao lado) Transparência O processo de escolha dos jovens parlamentares é transparente e democrático. Eles são escolhidos por seus próprios colegas de escola, em votação direta, feita em dois turnos. O processo eleitoral, que levou estudantes de cerca de 1,2 mil escolas públicas às urnas, terminou no dia 14 de junho e teve votação online – outra novidade desta edição. O projeto, criado pelo presidente da Casa, deputado Jorge Picciani (PMDB), com o apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), tem a finalidade de aproximar os jovens estudan-

tes do parlamento fluminense, ampliar a consciência política e formar novas lideranças. Os eleitos elaboram e discutem projetos que podem até virar lei. “O PJ oferece a oportunidade a cada ano de que mais jovens possam defender e debater seus ideais, além de constituir uma troca de experiência mútua”, diz Picciani. Orgulho Para o deputado Wanderson Nogueira (PSol), que coordena o PJ há três anos, ter representantes de todos os municípios é muito expressivo. “Uma hora depois de encerrada a votação, os candidatos já sabiam, pela internet, se tinham sido eleitos. Temos um orgulho enorme do projeto alcançar todas as cidades do nosso estado, isso prova o quanto o PJ está consolidado.”

Aos 16 anos, Odilon Codeço Fortunato Filho, foi eleito em Niterói, na Região Metropolitana, e diz ter se empenhado dia e noite até ser o mais votado e virar o representante da cidade. Na vida estudantil, integra o conselho escolar e foi idealizador do grêmio do Colégio Baltazar Bernardino, em Santa Rosa, onde cursa o segundo ano do ensino médio. “Nasci para trabalhar com política e o PJ foi um marco em minha vida. Gosto de ter contato com as comunidades, com outros estudantes e saber das necessidades deles. A minha meta será ampliar o diálogo e ouvir mais do que falar”, diz. Ele começou a mergulhar no universo político com apenas 12 anos, nas eleições municipais de 2012. Não parou mais: atuou de cabo eleitoral a coordenador de contabilidade de campanha.

A desigualdade de gênero na política persiste no país, mesmo com a obrigação, prevista em lei, de reserva de 30% das candidaturas proporcionais para elas. Embora representem a maioria do eleitorado e mais da metade da população (105 dos 207 milhões de brasileiros), as mulheres ocupam menos de 10% da Câmara dos Deputados. Nas assembleias, representam 11% dos parlamentares. Na própria Alerj, embora muito atuantes, elas ocupam apenas dez das 70 cadeiras. Nenhuma assembleia é presidida por uma mulher. No Parlamento Juvenil, o panorama é diferente. Dos 97 eleitos, 43 são mulheres – 42%. “A desigualdade não se reflete no PJ. O engajamento feminino é grande, elas ocupam espaços de poder, como a presidência e a mesa diretora”, diz Wanderson Nogueira. Julia Barbosa, 16 anos (foto), é de Porto Real, no Médio Paraíba. Aluna do Colégio Estadual República Italiana, está no segundo mandato. “O PJ faz com que as mulheres despertem e sejam mais atuantes. Adquiri conhecimento que levarei para toda a vida. E quero aprender mais.”


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