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Alerj de casa nova

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FOTOCRÔNICA

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PLENÁRIO high tech tem telão 7k e 185 lugares para deputados e assessores

TEXTO CAROL SILVA FOTO JULIA PASSOS

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Ainauguração do novo Plenário após a volta do recesso parlamentar, em agosto, marcou a mudança da Alerj do histórico Palácio Tiradentes para o Edifício Lúcio Costa. É uma transição para a modernidade, com o sistema digital sendo incorporado às rotinas da Casa. No palco das votações, brilha o painel eletrônico de alta resolução (7K) com 14 metros e 504 placas de LED. Ele dá maior agilidade e transparência às sessões legislativas. O espaço é 27% mais amplo que o anterior, com 503 m² e 185 lugares para receber deputados, assessores e visitantes convidados. Já a galeria pode receber até 120 pessoas.

As mesas possuem tablets com identificação por biometria para as votações. Neles, o parlamentar tem acesso digital às pautas dos projetos de lei em debate no plenário. O registro facial é outra novidade para dar mais segurança no ingresso ao sistema. A cerimônia de abertura, realizada pelo presidente da Alerj,

O novo endereço – na Rua da Ajuda, 5 – reúne gabinetes e departamentos administrativos distribuídos pelos 34 andares do edifício já apelidado de Alerjão. A construção, da década de 1960, foi modernizada para oferecer um ambiente mais acessível, seguro, confortável e sustentável aos servidores e ao público que circula pelo Parlamento fluminense.

deputado André Ceciliano (PT), no dia 02/08, teve a presença do governador Claudio Castro, de representantes de Poderes, do comércio, da indústria, além de deputados federais e outras autoridades.

A migração começou pela Subdiretoria Geral de Informática, fundamental para dar suporte aos setores na ocupação dos espaços, sem a necessidade de interrupção dos trabalhos. A nova sede trouxe mais funcionalidade e velocidade ao trabalho do Legislativo, concentrando os departamentos, que antes funcionavam em quatro edifícios distintos, num mesmo local.

“Funcionávamos de maneira muito dispersa. Concentrar atividades no mesmo prédio nos dá um ganho de agilidade. Os recursos da Casa foram usados de forma consciente e equilibrada, possibilitando que a Assembleia economizasse cerca de dois terços do orçamento previsto”, disse o diretor-geral da Alerj, Wagner Victer.

Trabalhando há quase 35 anos no Palácio Tiradentes, o subdiretor-geral de Recursos Humanos, Roberto Lúcio Cordeiro, elege a integração das áreas administrativa e legislativa como principal vantagem: “Agora as rotinas estão mais rápidas e eficazes”.

Outro ponto positivo é a estrutura do prédio, mais moderno, com espaço para abrigar funcionários e visitantes, além de ser melhor localizado”, frisa. Ícone da arquitetura moderna nos anos 60, o prédio ganhou funcionalidades adequadas ao mundo digital e incorporou o conceito de sustentabilidade. Uma central de automação possibilita a operação de forma totalmente remota dos equipamentos, como explica o diretor do Departamento de Patrimônio da Alerj, Renan Lacerda.

“Pela Central de Automação, é possível regular a temperatura dos aparelhos de ar-condicionado, parte elétrica, computadores e outras funcionalidades”, explica.

O prédio conta com aproveitamento de água de reúso dos lavatórios, que passa por uma estação de tratamento no subsolo e volta a ser utilizada nos sistemas de tratamento do ar-condicionado. Todas as normas de acessibilidade foram atendidas com a construção de rampas, instalação de piso tátil para auxiliar os deficientes visuais e banheiros adaptados para cadeirantes. Outro ponto importante é a preocupação com a destinação do material de embalagens e o descarte correto dos dejetos para a conservação do meio ambiente. Caixas de papelão e outros produtos de reúso são direcionadas ao Projeto Light Recicla. PALÁCIO VAI ABRIGAR MUSEU A celebração da história através da cultura. Com 95 anos completados em maio, o Palácio Tiradentes deverá abrigar um centro cultural, com a mudança das atividades legislativas e administrativas da Casa para o Alerjão. A proposta é de que o local, após ajustes de restauração, conte com salas de exposição e espaços para ações educativas, exibição de filmes e apresentações artísticas. A biblioteca vai ampliar seus serviços, com possibilidade de pesquisas multimídia.

O antigo Plenário será o palco principal. Com tratamento acústico e nova iluminação, o espaço poderá receber espetáculos teatrais e musicais. A proposta contempla a instalação de pontos de luz para valorizar detalhes da belíssima arquitetura em estilo francês e as obras artísticas que compõem a sua decoração.

“Nosso papel, como servidores públicos, é fortalecer o legado que essa instituição tem para a população e que vai contribuir, de forma bastante singular, para impulsionar o desenvolvimento cultural, econômico e humano do Centro do Rio de Janeiro. Temos um conjunto de saberes, fazeres, práticas que remetem à construção do nosso país”, pontua o subdiretor de Cultura da Alerj, Nelson Freitas.

Inaugurado em 6 de maio de 1926, como sede da Câmara Federal, o Palácio Tiradentes guarda grande parte da memória política do Brasil. O primeiro edifício construído no local foi inaugurado em 1640, ainda no Brasil Colônia, e abrigou os três vereadores eleitos por voto indireto para um mandato de um ano, que cuidavam da cidade e das suas finanças. No andar de baixo ficava a “Cadeia Velha”, local onde Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ficou preso durante três anos, antes de ser enforcado, no dia 21 de abril de 1792.

Com o passar dos anos, o prédio da Casa da Câmara e Cadeia teve outros usos, como o antigo Tribunal da Relação e, com a vinda de D. João VI ao Brasil, em 1808, serviu de alojamento para a criadagem da Casa Real. Ali também foram implantados os Correios, a Tipografia Nacional, a Caixa Econômica e a Inspetoria de Higiene. Após a independência do Brasil, em 1822, José Bonifácio de Andrada e Silva determinou a reforma da Cadeia Velha, que passou a abrigar a Assembleia Geral Constituinte Brasileira. O prédio foi demolido em 1922 e, em seu lugar, foi edificada a então da sede do Legislativo fluminense.

Os recursos da Casa foram usados de forma consciente e equilibrada, possibilitando que a Assembleia economizasse cerca de dois terços do orçamento previsto"

Wagner Victer Diretor-geral da Alerj

1º Sub 2º 20º 22º 24º

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