Nร MERO
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fevereiro de 2018
25 anos Grupo Coral da Escola Secundรกria de Bocage
Coral bocage
A propósito dos 25 anos do Grupo Coral O Grupo Coral da Escola Secundária de Bocage faz 25 anos! 25 anos plenos de realizações, alegrias e também frustrações que um projeto de vida audaz sempre pressupõe! Vindo em 1993 do Projeto “Viva a Escola “ foi sua intenção, numa perspetiva pedagógica humanística, contribuir para o desenvolvimento de atitudes e valores de solidariedade entre os seus membros, bem como para o desenvolvimento da cultura musical na comunidade escolar e educativa “ (artigo 3.º dos Estatutos). Embora dotado de personalidade jurídica a partir de 1995, é sempre em nome da Escola Secundária de Bocage que se apresenta e proclama, onde quer que aconteçam as suas apresentações públicas. Aqui, na nossa escola, continua a encontrar, 25 anos depois, a sua identidade e razão de ser. Ter participado na sua criação, ter acompanhado o seu crescimento e testemunhado a sua força dinamizadora ao longo do tempo, foi um privilégio e emoção! Rosa Maria Capela 1.ª Presidente da Direção
Colaboradores Alina Fernandes Antonieta Gil Clara Lopes Cristóvão Isaura Duarte de Oliveira José Flórido MM Maria José Rosa Maria Capela
Equipa responsável Alexandra Cabral Miguel Teixeira Paula Barros
Coordenação Alexandra Cabral
Logotipos André e Joana
jornalsemnome@gmail.com
Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Secundária du Bocage http://apesbocage.blogspot.pt/ https://sites.google.com/site/apesbocage/ Novo email da associação 2
Coral bocage
1995
2005
2013
25 anos passaram E quase não dei por tal Muitas peças se cantaram No nosso grupo coral Religiosas e profanas Tudo entrou no nosso canto Afinadas as nossas vozes? Umas sim, outras nem tanto
1996
Mas ninguém vai desistir E vamos continuar Até a voz permitir E a idade nos deixar Alegria e convivência São coisas boas e sãs A juntar à paciência Do maestro Raul Avelãs “As life holds enough worries for us! So let’s sing, my friends, as best as we can!” Antonieta Gil
2016
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Coral bocage
Carta Aberta ao Meu Coro (Sem Acordo Ortográfico) Querido Coro, Cantar-te “Parabéns a você” é uma obrigação social à qual não devo (nem quero) eximir-me. Contudo, a minha obrigação pessoal situa-se noutra esfera, é de outra natureza. Por isso, que hei-de eu dizer-te, quando completas os teus vinte e cinco anos? Sim, que hei-de dizer-te? Constatar que estou presa à minha Escola porque tu existes, é quase nada. Afirmar que me ocupas utilmente neste meu tempo, às vezes tão preguiçoso, outras demasiado voraz, é muito pouco. Tampouco chega apregoar que me enriqueces com momentos de convívio e camaradagem, aproximando vontades e experiências, partilhando prazeres e afectos, pulverizando ideias pré-concebidas e desvendando personalidades recônditas. E também é escasso pensar que incentivas a minha vontade de superação quando sinto calcificar-se a minha voz (que eu não quero calar, nunca, mesmo quando ela me doa). É escasso reconhecer que me arrastas para fora da minha zona de conforto, violentando a inércia que teima em progredir, ameaçando emparedar-me à medida que os anos se sobrepõem. Escasso confessar que és um lenitivo para fundas angústias e fundos desassossegos. Isso tudo, e o que ainda fica por dizer, é verdade. E é bom… Mas continua a ser pouco. Porque não define a tua essência naquilo que mais intrinsecamente me toca. Isso tudo, e o que ainda fica por dizer, poderia incluir-te indiscriminadamente no círculo de tantas outras ocupações. O que de facto te define, te coloca no lugar único que tu ocupas em mim, te eleva a meus olhos é isto: permites-me que o meu canto seja reza. Visito-te para orar, cantando às puras energias que agora são as minhas duas filhas, o meu pai, a minha irmã, o meu sobrinho… Que tão cedo se diluíram na Ordem Cósmica e ainda intangível para mim. A eles elevo a minha voz, cantando: “The Lord bless you and keep you”. E quero crer que as minhas preces valem a triplicar, porque os madeirenses dizem que cantar é rezar três vezes. E assim sendo, mais fácil se torna a minha própria redenção. Clara Lopes Janeiro de 2018
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Coral bocage
2011
Celebração das Bodas de Prata do Coral da Escola Secundária du Bocage. Desde 1997 que estou integrada no Grupo Coral da Escola Secundária do Bocage, como coralista, num contributo gratificante, para a divulgação da música e do canto coral. No espirito do Grupo Coral da Escola Secundária du Bocage, não cabe só fazer, cantar e partilhar música com a comunidade, cabe também o espaço de convívio entre os coralistas, onde primam os afetos, a ajuda mútua e a cumplicidade, fatores importantes para o desenvolvimento e enriquecimento Humano. Parabéns ao G. C. E. S. B, aos seus promotores, e a todos os elementos que o constituem. Obrigada por me permitirem integrar este projeto escolar, por me terem acolhido e acarinhado no grupo, e um obrigada especial por me ajudarem a crescer e a tornar-me uma pessoa melhor, numa ótica de valores e virtudes dos bons relacionamentos, que em conjunto com a música e o canto trazem leveza às adversidades do dia-a-dia. Zazá (Isaura Duarte de Oliveira)
Faz agora 25 anos que me aproximei de amigos da minha Escola que queriam cantar em coro. Iria ser maestro João Paulo Reya, meu amigo de longa data, assim como fui de sua irmã. Sempre gostei de cantar e, não o tendo feito quando fui aluno do Liceu, foi então a altura de apoiar e entrar neste projeto que alguns iriam lançar. E, por obra e arte dos dois maestros que nos conduziram, pelos dirigentes que nos enquadraram, pelos outros companheiros cantores que nos acompanharam, pelos diferentes apoios diretivos da gestão escolar, cá cheguei aos 25 anos. Tem sido uma boa aventura, muitos episódios se passaram, algumas notas ao lado, mas uma imensa cumplicidade entre os coralistas e maestros levaram-me a não desistir. Tem valido a pena. José Flórido
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Coral bocage
2014
Como “enfeitiçar” uma coralista Pelos idos natalícios de 1998 - creio - fui desafiada por uma grande amiga que, conhecendo a minha paixão pela música, me convidou para ir ouvir um Concerto de Natal do grupo Coral da Escola onde trabalhava a Luísa Neto, sua prima - vulgo: o Liceu.! Não pensei duas vezes e, lá fomos... Para ela era uma “seca” mas, por amizade, partilhava a companhia!... Ao aproximarmo-nos do portal da Igreja de S. Sebastião, - escancarado, tal era a afluência do público - jorravam já, em golfadas, melodias natalícias que reavivavam, em mim, as saudades de todos os meus “deleites musicais”: da meninice à juventude, da liturgia à contemplação das noites estreladas…. Só depois do meu regresso de Moçambique, em 1991, se acabara o prazer da música coral... e, mesmo assim, quantas vezes não aproveitei a música para passar, aos meus alunos, os mais variados “saberes”?! “O Postal dos Correios” dos Xutos foi aprendido assim!... Mas já passara tanto tempo!... Não conseguimos entrar na Igreja, mas lembro-me bem da emoção estética que me envolveu, ao ouvir o coro entoar a cantata “Venha celebrar a Criança Luz” de Tom Fettke que, múltiplas vezes, foi uma das “pérolas” oferecidas ao público de Setúbal (e não só…), pelo Natal!.... Já que não havia “posses” para contratar instrumentos, recorreu-se, a gravação orquestral, (hoje diríamos play back...) acrescentando esplendor sonoro às vozes e à melodia! Apagadas as luzes, só tive um comentário: “ Que inveja!!!” Mas, à mistura com os votos de “Bom Natal”, veio o convite: - Porque não te juntas a nós?! … - Mas eu não pertenço ao quadro da vossa Escola! - E depois? Qual é o dec-lei que te impede de “musicar as palavras com que ensinas?! Não foi preciso 2º convite! A partir daí, semeei a minha vida de docente com felizes momentos de puro prazer musical, alegre partilha e convivência com outros (e foram muitos….) grupos corais e instrumentais com que sempre nos enriquecemos. Sou sempre feliz a cantar mas, quer com o maestro João P. Reya, quer com o maestro Raul Avelãs, houve peças que, para mim, foram “pilares” na atuação do Grupo, das mais simples às mais elaboradas: de um ternurento “Natal de Elvas” a um esplendoroso “Orfeu e Euridice”; de um típico “Natal Russo” a um contemplativo “O Magnum Mysterium”… Aquele Natal de 98….. inesperadamente, foi o momento único pelo qual não se espera e que às vezes acontece para “enfeitiçar” uma coralista MM
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Coral bocage
Porque estou no Coral O tempo passou e nem demos por isso. Já lá vão 8 anos desde que aceitámos o convite do prof Flórido para ingressarmos no Coral. Efetivamente, tem sido uma experiência muito gratificante. Os ensaios semanais são oportunidades de encontro, de trabalho vocal, mas, principalmente, de momentos de muito boa disposição e de amizade. Com os Concertos somos tomados por alguma ansiedade, que se dissipa com a nossa performance, nem sempre ao nível pretendido pelo nosso Maestro, que tem uma paciência e dedicação sem preço para com este grupo. Celebremos os 25 anos com alegria e vontade de continuar bem vivo este grupo Coral. Maria José e Cristóvão
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Grupo coral
2016
2017
OBRIGADA a todos Estou no Grupo Coral há 24 anos e na sua Direção desde 2010. Este é o meu testemunho em forma de agradecimento. Ao longo dos anos a Direção do Grupo Coral esforçou-se por dar cumprimento aos objetivos estatutários e assegurar que o grupo se mantinha coeso e empenhado num projeto que agora completa vinte e cinco anos de vida e que sendo, de acordo com o artigo 4º do seu estatuto, “de duração ilimitada “ esperamos dure outros tantos. O nosso trabalho foi orientado no sentido de cumprir os planos de atividades definidos bem como os acordos de protocolo estabelecidos com algumas entidades, e desenvolvido com o apoio, empenho e dedicação de muitas pessoas a quem devemos os nossos agradecimentos. Foram anos com muitas e diversas atividades, desde concertos a convívios e passeios, que só conseguimos concretizar porque tivemos o apoio e a colaboração das Direções da Escola, da Câmara Municipal de Setúbal, da Empresa SECIL, do Maestro Raul Avelãs, dos coralistas e de muitos amigos do Grupo Coral. A todos o nosso Muito Obrigado. Alina Fernandes
(Presidente da Direção do GCESB) 8